Teologia da prosperidade e Teologia da libertaçã

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SEMINARIO TEOLOGICO BATISTA PROJETO 70 APARECIDO DONISETE DA SILVA TÍTULO DO TRABALHO: Teologia da prosperidade e Teologia da libertação Lontra

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SEMINARIO TEOLOGICO BATISTA PROJETO 70

APARECIDO DONISETE DA SILVA

TÍTULO DO TRABALHO:

Teologia da prosperidade e Teologia da libertação

Lontra

2022APARECIDO DONISETE DA SILVA

TRABALHO DE HISTORIA DA IGREJA

Trabalho de conclusão de modulo de

Historia da igreja

Orientador: Prof. Ivan Andrade

Lontra2022

SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO...................................4

1.1 TITULO...................................................4

1.2 AUTOR....................................................4

1.3 ORIENTADOR...............................................4

2 TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO.....................................5

2.1 ORIGEM...................................................5

2.2 HISTORIA NO BRASIL.......................................5

2.3 CARTAZES DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE

3 TEOLOGIA DA PROSPERIDADE...................................5

3.1 ORIGEM...................................................5

3.2 HISTORIA NO BRASIL.......................................5

TRABALHO DE HISTORIA DA IGREJA

1.1 TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO E TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

1.2 AUTOR

Nome do aluno: Aparecido Donisete da Silva

Endereço completo: Rua São João 218, Lontra –MG - CEP 39437-000

Telefone: 38 99912778 – vivo

E-mail: [email protected]

1.3 ORIENTADOR

Prof. Ivan Andrade

2 TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃ

2.1 ORIGEM

O inicio da Teologia da libertação teve como plano de fundo os anos de

1950 após o fim da ameaça fascista e a emergência de dois blocos

distintos EUA e URSS entrando assim na era de ouro do capitalismo uma

época em que toda historia da igreja está centralizada na Europa e em

Roma  , uma época em que a critica da realidade social, fome, miséria,

entra em conflito com o estado e com a igreja, durante a segunda

metade do século XX, surge um movimento teológico que ficaria

conhecido como Teologia da Libertação. Desejando uma renovação nos

métodos pelos quais a igreja se fazia presente no mundo. A sociedade

reunida ganha o mundo com seu desejo de levar a igreja mais próxima

dos pobres, oprimidos

Época do Ecumênico Vaticano II (1962-1965) quando os católicos

tentaram restabelecer o diálogo com a cultura moderna. Havia vários

bispos que eram participantes desta idéia a ponto de Criarem o termo

“Igreja dos pobres”, pois sabiam que o maior problema da igreja não

era a heresia e os desvios, mas sim de ordem econômica e,

conseqüentemente, política. Perceberam que a pobreza era um afronta a

Deus trazendo inúmeras transformações no modo de pensar e agir da

igreja Católica apostólica romana.

Foi assim que desafiado pela própria realidade e estimulado pelos

bispos (primeiro na Conferência de Medelín - Colômbia, 1968 - e depois

na Conferência de Puebla - México, 1979) surge a Teologia da

Libertação com a idéia de que se converter aos pobres era se converter

a Deus

Tendo como marco o trabalho de teólogos com o peruano Gustavo

Gutierrez autor do livro A força histórica dos pobres, ou dos

brasileiros Hugo Assmman e Leonardo Boff que entre outras obras

escreveram respectivamente Teologia desde la Práxis de la Liberación e

Jesus Cristo Libertador.

O ponto central e original da Teologia da Libertação foi a opção

preferencial pelos pobres.

2.2 HISTORIA NO BRASIL

No Brasil o movimento toma sua forma a partir da proclamação da

republica em 1889 quando a religião católica deixou de ser oficial,

junto com a falta de padres e o avanço do protestantismo no Brasil.

Mas foi a partir de 1960 onde dois acontecimentos influenciaram para o

crescimento do movimento no Brasil: o concilio vaticano ii e o golpe

militar de 1964eapós os anos 1970 os teólogos da libertação tinham

amplo apoio vindo da cúpula da Igreja Católica no Brasil. Bispos e

cardeais como Dom Adriano Hipólito, Dom Cláudio Hummes, Dom Evaristo

Arns, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Cândido Padin, Dom Mauro Morelli e

outros

Os pilares principais da teologia da Libertação, entre os quais

se destacam: a libertação humana como antecipação da salvação final em

Cristo, uma nova leitura da Bíblia, uma forte crítica moral e social

do capitalismo dependente, o desenvolvimento de comunidades de base

cristãs entre os pobres como uma nova forma de Igreja e,

especialmente, uma opção preferencial pelos pobres e a solidariedade

com sua luta de autolibertação. É para entender como se deu essa

aproximação desse segmento dentro do clero católico com a teoria

marxista é que se faz necessário a leitura de dois clássicos da

Sociologia − Max Weber e Karl Marx. O primeiro oferecendo o conceito

de afinidade eletiva e o segundo com sua poderosa análise crítico da

sociedade.

No Brasil esse movimento encontrou como sua principal base de

difundir o pensamento a conferencia nacional de bispos que após quase

trezentos anos de colonização e a igreja atrela ao estado após a

independência da igreja deixa de ser um poder estatal afinal A igreja

estava distante de ser dogmática conforme determinada durante o

concilio de Trento

Mas essa maneira de conceber a realidade não foi inserida de

maneira igual em toda a igreja devido as suas praticas diferentes e

contraditórias no Brasil chegaram a apoiar o golpe e a instauração do

regime militar de 1964. Época da instauração da conturbada “Marcha da

Família com Deus pela Liberdade”.

A Igreja dos pobres no Brasil se confundia com a Igreja

institucional e claramente precisava dialogar com a sociedade

brasileira e participar das suas grandes transformações políticas.

A Igreja Católica no país tende a enquadrar-se nessa nova cultura

política. A revolução se torna uma sonho cantada em muitos cantos

litúrgicos seguindo a mesma linha dos contra o regime militar.

Em 1970, Dom Hélder Câmara denunciou em Paris a prática de

tortura no Brasil, manchando a imagem do regime e do país no exterior.

Dom Hélder foi censurado nos meios de comunicação social por anos

seguidos.

A partir de 1984 teve início a Reação Vaticana. Entre 1983 e 1987

o Vaticano definitivamente colocou-se contra as ações e, em parte, às

proposições da Teologia da Libertação. Passou a uma série de

iniciativas visando restabelecer na Igreja principalmente da América

Latina sua própria visão sobre o homem e a sociedade.

O século vinte foi época de grandes avanços científicos e

industriais ma sofreu com grandes muitos males: as Grandes Guerras,

racismos, perseguições político religiosas, intolerância, fragmentação

ideológica etc. com tantas mudanças a religião e a religiosidade já

não era mais determinada e engolida pelos cristãos que agora passa a

ser critico tanto do que se prega bem como da forma como os que pregam

vivem trazendo a perda do monopólio absoluto que a igreja tinha.

2.3 CARTAZES DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE248

CF-1973

Tema: Fraternidade e LibertaçãoLema: O egoísmo escraviza, o amor liberta

CF-1978

Tema: Fraternidade no Mundo do TrabalhoLema: Trabalho e justiça para todos

CF-1980

Tema: Fraternidade no mundo das MigraçõesExigência da EucaristiaLema: Para onde vais?

CF-1985

Tema: Fraternidade e fomeLema: Pão para quem tem fome

CF-1986

Tema: Fraternidade e terra

Lema: Terra de Deus, terra de irmãos

248Fonte: CNBB, disponível em:  http://www.cnbb.org.br/index.php?

op=pagina&chaveid=247. Acesso em06.04.06.

249 Fonte: BETTO, frei. Puebla para o povo. Petrópolis: vozes 1979. passim.

3 TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

3.1 ORIGEM DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

Na década de 40 nos Estados Unidos o movimento pioneiro

chamado de “A teologia da prosperidade” teve seu inicio com os

americanos E. W. Kenyon, Kenneth Hagin, e outros que o

seguiram como Kenneth Copeland, Benny Hinn, David (Paul)

Yonggi Cho, entre outros.

Em Portugal se destacou Jorge Tadeu, fundador da Igreja

Maná, e também o Brasil.

No ano de 1937 Hagin associou aos pentecostais, recebeu o

batismo com o Espírito Santo e falou em línguas e foi

licenciado como pastor das Assembléias de Deus e pastoreou

várias igrejas no Texas. Em 1949 começou a envolver-se com

pregadores independentes de cura divina e em 1962 fundou seu

próprio ministério. Finalmente, em 1966 fez da cidade de

Tulsa, em Oklahoma, a sede de suas atividades. Ao longo dos

anos, o Seminário Radiofônico da Fé, a Escola Bíblica por

Correspondência Rhema, o Centro de Treinamento Bíblico Rhema e

a revista “Word of Faith” (Palavra da Fé) alcançaram um imenso

número de pessoas.

Hagin dizia ter recebido a unção divina para ser mestre e

profeta. Em seu fascínio pelo sobrenatural, alegou ter tido

oito visões de Jesus Cristo nos anos 50, bem como diversas

outras experiências fora do corpo. Segundo ele, seus ensinos

lhe foram transmitidos diretamente pelo próprio Deus mediante

revelações especiais. Todavia, ficou comprovado posteriormente

que ele se inspirou grandemente em Kenyon, a ponto de copiar,

quase palavra por palavra, livros inteiros desse antecessor

É nesse período que a Teoria da Prosperidade é trazida

ao país com a fundação das igrejas neopentecostais. Que

possuíam um caráter inovador em relação ao pentecostalismo e

ao protestantismo histórico. Entre esses elementos inovadores

estão a ênfase no maniqueísmo e na guerra espiritual; a adoção

da Teologia da Prosperidade; a flexibilidade quanto aos

padrões de usos e costumes de santidade e a estrutura

empresarial, fugindo ao discurso estritamente religioso e

organizando-se e difundindo-se dentro dos princípios da

economia de mercado. A teologia da prosperidade ensina que

Deus quer riqueza para todos os seus filhos e de que, se algum

filho de Deus não é rico, é porque ele está errando ou

semeando errado devendo assim ofertar dinheiro para colher

mais. E não se cansa de repetir que nem doenças nem problemas

financeiros são da vontade de Deus para o cristão, nem é

necessário que este se confronte com eles durante a vida.

A teologia da prosperidade não aceita os pobres, e os

trata como miseráveis. Sua idéia é que o cristão que tem uma

vida simples tem um problema em seu relacionamento com Deus.

Mas sabemos que os ensinos de Cristo e dos apóstolos em

relação a não se acumular ou se desejar as riquezas deste

mundo eram claras. Uma de suas características é romper com um

modelo de Cristianismo voltado para a pobreza – rejeição do

mundo em nome de algo superior, a vida eterna.

John Piper denunciou que a teologia da prosperidade é o

“outro evangelho

Na teologia da prosperidade as pregações bíblicas, que

levavam ao arrependimento, estão agora sendo substituídas por

mensagens com títulos atraentes, tais como “Eu nasci pra ser

feliz” ou “Uma vida de prosperidade” e isso têm enchido

rapidamente as igrejas.

Ao invés de ensinar a renúncia, a teologia da prosperidade

ensina a ganância.

As idéias básicas da confissão positiva não surgiram no

pentecostalismo, e sim em algumas seitas sincréticas da Nova

Inglaterra, no início do século 20.

3.2 HISTORIA NO BRASIL

O Brasil é um importador e consumidor de bens materiais e

culturais norte-americanos. Isso ocorre também na área

religiosa. Também é conhecida como “confissão positiva”,

“palavra da fé”, “movimento da fé” e “evangelho da saúde e da

prosperidade

Essa doutrina encontrou apoio nas igrejas neo-pentecostais

como a Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Macedo, a

Igreja Internacional da Graça de Deus, do Missionário R. R.

Soares, a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo

Apóstolo Waldemiro Santiago, também dissidente da Igreja

Universal, a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada

pelo casal Estevam e Sônia Hernandes, a Igreja Vitória em

Cristo, além da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, de

Valnice Milhomens.

Com livros extremamente simples, Hagin conseguiu

influenciar os rumos da igreja no Brasil mais do que qualquer

outro líder religioso.

As primeiras neopentecostais surgiram no contexto

imediatamente posterior ao durante o governo Médici. A

propaganda governamental enfatizava ostensivamente a

emergência de um Brasil potência como forma de desviar a

atenção da repressão, que recrudesceu durante seu governo, e

também dos agravantes sociais. O período foi marcado por

avanço das telecomunicações, facilidades de crédito, ampliação

do consumo, sobretudo das classes média e alta. Isso

representou maior diversificação econômica e conseqüentemente

menor dependência de um produto de exportação. Foi numa

sociedade em que o milagre econômico não representou inclusão

social nem ampliou os ganhos reais da maioria dos

trabalhadores, que o neopentecostalismo fincou raízes e se

expandiu. Por outro lado, a recessão nos países desenvolvidos,

o endividamento do regime militar e a dependência econômica do

Brasil

Nas primeiras décadas do pentecostalismo no Brasil (1910-

1960) essa doutrina era praticamente desconhecida de seus

pregadores. A doutrina e o modo de ser das primeiras igrejas

mantinham uma tensão com o mundo secular e rejeitavam suas

benesses materiais, valorizando a pobreza e o trabalho

missionário. O perfil de seus fundadores também influiu sobre

isso. Tanto os italianos que fundaram a Congregação Cristã do

Brasil quanto os suecos que fundaram a Assembléia de Deus, por

exemplo, eram pessoas de um meio social simples e que

praticavam um protestantismo mais voltado para a expectativa

da segunda vinda do messias. Posteriormente, mesmo as novas

igrejas fundadas no país como a do Evangelho Quadrangular e a

Pentecostal Deus é Amor desconheciam a TP.

Portanto, o neopentecostalismo representa uma ruptura com

esse paradigma religioso.

Houve também uma maior aproximação dos grupos pentecostais

e neopentecostais da política partidária. E ao fazer isso

tentaram importar, para o Brasil, o que a Direita religiosa

praticava nos Estados Unidos com sua forte Revista Brasileira

de História das Religiões.

Partem para a ntervenção em questões sociais e políticas.

Isso incluiu a aquisição de emissoras de rádio e televisão,

prática que se tornou desbragada após a redemocratização em

meados da década de 1980. A proliferação de programas

evangélicos copiava o modelo da Igreja Eletrônica‖ nos Estados

Unidos. A eleição de deputados evangélicos a partir de1989.

Ao romper com o modelo de rejeição do mundo do

pentecostalismo clássico, o neopentecostalismo se caracteriza

por sua positivação e, se inicialmente atendia aos interesses

de protestantes das classes média e alta, posteriormente foi

assimilado também pelos pobres por sua aspiração à ascensão

social e por garantir um meio mágico e fácil de

enriquecimento: pronunciar as palavras corretas e contribuir

para a igreja dá ao fiel a legitimidade para pressionar Deus a

lhe abençoar. Fundador da Igreja Internacional da Graça e um

dos principais televangelistas