Slides "PPP em Angola: quadro legal e modelos contratuais" - 2009

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PPP EM ANGOLA PPP EM ANGOLA QUADRO LEGAL QUADRO LEGAL E MODELOS CONTRATUAIS

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PPP EM ANGOLAPPP EM ANGOLA

QUADRO LEGAL QUADRO LEGAL E

MODELOS CONTRATUAIS

ÍNDICEÍNDICE

I. JUSTIFICAÇÃO

II. QUADRO LEGAL ACTUAL

III. MODELOS CONTRATUAIS1. CONTRATO DE CONCESSÃO2. EMPRESA LOCAL DE CAPITAIS MISTOS3. ASSOCIAÇÃO EM PARTICIPAÇÃO4. SOCIEDADE DE FIM ESPECÍFICO

IV. EVOLUÇÃO DO QUADRO LEGAL

V. CONCLUSÕES

Uma PPP é uma parceria em que o sector privado não se limita a disponibilizar um bem, sendo não se limita a disponibilizar um bem, sendo

responsável pela sua manutenção e desempenho durante todo o tempo do contrato.

I. JUSTIFICAÇÃOI. JUSTIFICAÇÃO

O Governo é responsável por Resultado

A dívida pública aumenta

O Governo vem utilizando o regime de contratação tradicionalO Governo vem utilizando o regime de contratação tradicional

Obter o financiamento A dívida pública aumenta significativamente

Contratar o fornecimento e a construção

O Governo começa a pagar aos construtores/fornecedores ainda antes dos bens/serviços

estarem disponíveis ao utilizador

Assegurar a gestão, a manutenção e a

disponibilização dos bens/serviços ao utilizador ao

longo dos anos

O Governo é o responsável pelo in(sucesso) dos projectos

Planificação plurianual da despesa pública e redução do peso dos grandes projectos no Orçamento de Estado

•Como a contratação do financiamento fica a cargo do parceiro privado, o Governo só inscreve no Orçamento de Estado o montante necessário para cobrir os pagamentos anuais do projecto

3 razões para o Governo contratar em regime de PPP3 razões para o Governo contratar em regime de PPP

Remuneração como contrapartida da disponibilidade do bem/serviço público e variável em função do bom/mau desempenho do parceiro privado•Uma vez que os pagamentos se baseiam na disponibilidade dos bens/serviços, o Governo só começa a pagar ao parceiro privado a partir do momento em que a construção termina e os serviços estão disponíveis ao utilizador

Transferência da maioria dos riscos para o parceiro privado, que fica responsável pelo (in)sucesso do projecto•A responsabilidade pelo projecto, construção, gestão, manutenção e disponibilização dos bens/serviços recai sobre o parceiro privado

II. QUADRO LEGAL ACTUALII. QUADRO LEGAL ACTUAL� O actual quadro legal não contém nenhum diploma

legislativo que regule em especial a contratação em regimede PPP;

� Não obstante, são vários os diplomas que permitemenquadrar legalmente as PPP:› Lei das Empresas Públicas - Lei n.º 9/95, de 15 de Setembro;› Regulamento da Lei das Empresas Públicas - Decreto n.º 8/02, de 12 de

Abril;› Normas de Organização e Funcionamento dos Órgãos da

Administração Local do Estado - Decreto-Lei n.º 2/07, de 3 de Janeiro;› Regime de Realização das Despesas Públicas - Decreto n.º 7/96, de 16

de Fevereiro;› Lei das Sociedades Comerciais – Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro;› Lei dos Contratos de Conta em Participação, Consórcios e

Agrupamentos de Empresas - Lei n.º 19/03, de 12 de Agosto;› Lei da Arbitragem Voluntária – Lei n.º 16/03, de 25 de Julho.

� Podem ser parceiros públicos:

› O Estado (Ministérios, Governos Provinciais, Administrações Municipais eComunais);

› As Empresas Públicas (de âmbito nacional ou local).

� O Conselho de Ministros aprovou, no passado mês deOutubro, as 8 Regras Fundamentais das PPP para o ProgramaOutubro, as 8 Regras Fundamentais das PPP para o Programade Habitação Social, que incluem as seguintes:

› O risco do projecto imobiliário deve estar equitativamente distribuídoentre o Parceiro Publico e o Parceiro Privado (Regra nº3)

› O risco da contraparte deve ser coberto por garantias (regra nº4)› As empreitadas principais são obrigatoriamente adjudicadas por

concurso público (Regra nº6)› Compete ao parceiro público assegurar o controlo financeiro e a

divulgação da informação financeira sobre as PPP (Regra nº8)

III. MODELOS CONTRATUAISIII. MODELOS CONTRATUAIS

� O modelo contratual de cada PPP é sempre único,adaptado às especificidades do projecto;

� Sem prejuízo, as PPP existentes em Angola podemreconduzir-se a quatro modelos contratuais:

1. Contrato de concessão1. Contrato de concessão2. Empresa local de capitais mistos3. Associação em participação4. Sociedade de fim especifico

� Na maior parte dos casos a estrutura contratual das PPP éhíbrida, combinando elementos de diferentes modeloscontratuais.

1.1. Contrato de Concessão (BOT)Contrato de Concessão (BOT)OBJECTO: Concessão para a construção e exploração do aproveitamento Hidroeléctrico do Chicapa (Lunda-Sul)DURAÇÃO: 40 anos

FINANCIAMENTO:

ENE, EP ALROSA CO.

Acordo de Crédito

Acordo de Crédito

Bancos

FinanciamentoFinanciamento

ReembolsoReembolso

PROJECTO HIDROELECTRICA DA CHICAPA

FINANCIAMENTO: Parceiro privado

RECEITAS: Tarifas cobradas aos consumidores; revisão das tarifas em caso de novas necessidades publicas (compensação)

HIDROCHICAPA, SA

45% ENE e 55% ALROSA

Contrato de Concessão

Construtor

Contrato Empreitada

Contrato Empreitada

Consumidores

Venda de Energia

Venda de Energia

Pag. TarifasPag. Tarifas

2.2. Empresa Local de Capitais Mistos (JV)Empresa Local de Capitais Mistos (JV)OBJECTO: Construção de redes de infra-estrutura eléctrica, de abastecimento de água, saneamento, drenagem e pavimentação e passeios. EDURB

Adquirentes

PROGRAMA PILOTO LUANDA-SUL

GPLContrato

Cooperação e Contrato

Cooperação e

Pagamento dos TerrenosPagamento dos Terrenos

Contrato concessão de

direito de superfície

Contrato concessão de

direito de superfície

passeios. DURAÇÃO: Indeterminada

FINANCIAMENTO: Parceiro privado

RECEITAS: Vendas dos terrenos urbanizados aos consumidores

Empreiteiro 2 Promotor Imobiliário

Contrato Desenvolvimento Urbano Auto financiado

Contrato Desenvolvimento Urbano Auto financiado

EDURB50% GPL e 50% OSEL

Realização de Plano Director e Loteamentos Pagamento das

Infra-Estruturas construídas

Pagamento das Infra-Estruturas

construídas

Empreiteiro 1

OSELPrivate Equity

Cooperação e Gestão

Cooperação e Gestão

Contrato de EmpreitadaContrato de Empreitada

Contrato de Promoção Imobiliária

Contrato de Promoção Imobiliária

3.3. Associação em Participação (JV)Associação em Participação (JV)OBJECTO: Prospecção do kimberlito SangaminaDURAÇÃO: 2 anos renováveis até ao máximo de 5 anos

FINANCIAMENTO: Parceiro privado

ENDIAMA, EP

PROJECTO SANGAMINA

Contrato de Associação em

ParticipaçãoRECEITAS: Apenas quando o projecto entrar na fase de exploração

BANCOS

FinanciamentoFinanciamento

KAZONDO, SAOPUS MINING, LTD

Participação

51% ENDIAMA; 29% OPUS; 20% KAZONDO

FinanciamentoFinanciamento

Na fase de exploração, as entidades participantes na prospecção constituem, em regra, uma sociedade.

4.4. Sociedade de Fim Especifico (SPV)Sociedade de Fim Especifico (SPV)OBJECTO: Concessão para a avaliação, desenvolvimento e produção de gás naturalDURAÇÃO: 35 anos

FINANCIAMENTO: Parceiros privados

CHEVRON

Equity

Contrato de InvestimentoContrato de Investimento

PROJECTO ANGOLA LNG

TOTAL

Equity

BP

Equity

ENI

Equity

SONANGOL

Equity

Parceiros privados e público;

RECEITAS: Comercialização de gás natural

ANGOLA LNG LTD.

Exploração e Comercialização de

Gás Natural

BP 13,6%; ENI 13,6%, Total 13,6%, Chevron

36,4%, Sonangol22,8%

SOMG

Exploração e Manutenção

Gasodutos

OPCO

Gestão do Projecto

ANGOLA LNG SUPPLY

SERVICES

Gestão do transporte do

Gás

BancosFinanciamentoFinanciamento

IV. EVOLUÇÃO DO QUADRO LEGAL IV. EVOLUÇÃO DO QUADRO LEGAL

� A existência de um diploma legal que discipline as PPP não éessencial e poderá até nem ser conveniente.

� É mais vantajoso:

› Estabelecer linhas gerais orientadoras dos projectos PPP por sector de› Estabelecer linhas gerais orientadoras dos projectos PPP por sector deactividade;

› Tornar os diplomas legais existentes (sua interpretação) e emelaboração mais PPP friendly;

› Assegurar a implementação das decisões legislativas mediante acapacitação dos técnicos da administração pública para bemrepresentar o interesse público no âmbito das PPP.

• Cada sector de actividade deverá ter os seus guidelines, que acomodem asespecificidades do sector;

• Estão actualmente em preparação pelo Ministério da Energia os respectivos guidelines.

L INHAS GERAIS ORIENTADORAS

DOS PROJECTOS

• Alterações ao procedimento concursal previstas no novo Código da ContrataçãoPública: definição das especificações, procedimento por negociação, admissibilidadedas unsolicited proposals (já existem na Lei dos Diamantes) e possibilidade de nãoadjudicação.

• Promoção da descentralização administrativa e fomento da criação de empresasDIPLOMAS • Promoção da descentralização administrativa e fomento da criação de empresaspúblicas / de capitais mistos de âmbito local;

• Desenvolvimento da arbitragem e ratificação da Convenção de Nova York;• Introdução de novas cláusulas nos contratos PPP: revisão das especificações, clara

enunciação dos riscos, mecanismos de avaliação de desempenho, reequilíbriofinanceiro, extinção do contrato por iniciativa do Estado e responsabilização doparceiro privado pelos actos dos seus subcontratados.

DIPLOMAS LEGAIS MAIS PPP

FRIENDLY

• Capacitação dos técnicos do Estado para defenderem o interesse público inerente acada PPP;

• O parceiro público deve ser capaz de: identificar os objectivos da PPP (resultadospretendidos), avaliar as propostas, tomar a decisão de lançar ou não uma PPP,negociar uma efectiva repartição dos riscos, acompanhar a execução do contrato,avaliar o desempenho do parceiro privado e exigir garantias de bom e pontualcumprimento.

IMPLEMENTAÇÃO DAS DECISÕES LEGISLATI VAS

V. CONCLUSÕES V. CONCLUSÕES

� O Governo Angolano pôs já em prática algumas PPP, queservirão como projectos-piloto, permitindo daí retirar válidaslições;

� A utilização de PPP em maior escala permitirá ao Governoassegurar a qualidade e a continuidade da prestação dosassegurar a qualidade e a continuidade da prestação dosserviços públicos inerentes às diversas infra-estruturas queagora estão a ser construídas/reabilitadas;

� Mais do que transferir o risco do financiamento para o sectorprivado, interessa ao governo beneficiar no longo prazo doknow-how técnico e de gestão do sector privado.

Sofia Vale

[email protected]

Luanda, 30 de Novembro de 2009