Applicability of non-invasively collected matrices for human biomonitoring
Sintese do artigo de Levandovski, R., Sasso, E., & Hidalgo, M. P. (2013). Chronotype: a review of...
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Cronotipo: uma revisão dos avanços, limites e aplicabilidade dos principais
instrumentos utilizados na literatura para avaliar o fenótipo humano
Levandovski, R., Sasso, E., & Hidalgo, M. P. (2013). Chronotype: a review of the advances, limits and applicability of the main instruments used in the literature to assess human phenotype. Trends Psychiatry Psychotherapy, 35 (1), 3-11.
Principais conceitos
Cronobiologia
● Ritmos biológicos (circadianos, circanuais, ultradianos)
● Sistema de temporização (geração interna de ritmicidade => relógios biológicos)
● Sincronização (ritmos endogénos e exógenos)
● Cronotipos
● Zeitgebers ● Jet lag social
Cronotipo: uma revisão dos avanços, limites e aplicabilidade dos principaisinstrumentos utilizados na literatura para avaliar o fenótipo humano
● Crescente interesse para entender o processo regulatório do corpo● Desenvolvimento do constructo CRONOTIPO
Portanto...Proposta da revisão:
➢ Entender conceitos
➢ Apontar diferenças e aplicação dos instrumentos mais utilizados
➢ Trab: observacional, experimental, duplo-cego, randomizado, ensaio
clínico controlado
➢ Entre 1960-2011 em inglês, francês, espanhol, portugês, italiano
➢ Palavras-chave: Matutinidade, Tipo Matutino, Cronotipo
➢ Bases: Medline e Cochrane
➢ 437 artigos revisados
➢ 232 trab. questionários cronotipos, dimensão comportamental ou
preferências para sono
TEM
PE
RA
TUR
A
CRONOTIPO: concepção e desenvolvimento do constructo
1. Atributo dos seres humanos que reflete sua fase circadiana individual
( Levandovski, Sasso & Hidalgo, 2013)
FASE
FOME
FUN
ÇÕ
ES
FÍS
ICA
S
ONOScognição
Níveishormonais
Cronotipo: uma revisão dos avanços, limites e aplicabilidade dos principaisinstrumentos utilizados na literatura para avaliar o fenótipo humano
● Proposta: rever avanços, limites e aplicabilidade dos instrumentos
● Objetivo: avaliar diferenças entre os questionários MEQ, CSM, MCTQ ● MEQ¹ - Questionário de Matutinidade e Vespertinidade de Orne & Östberg
● CSM² - Composite Scale of Morningness
● MCTQ³ - Questionário de Cronotipo de Munique ● 1 -Preferências de fase do comportamento individual em 24 horas
● 2 - Posição da fase do sono em dias livres e laborais
● 3 - Semelhante ao MEQ + indicado para trabalhadores em turno
MEQ Morningness Eveningness Questionnaire
➢ Validado com sujeitos (18-32 anos) => Incongruência
➢ Estima tendências para M/V através de autorelatos
➢ 19 questões > subjetivas sobre: melhor H dormir/acordar, esportes...
➢ Temperatura + alta para matutinos
➢ Pontuação correlacionada com ritmos fisiológicos (hormônios) e
comportamentais, de 16 a 86, + altas para matutinos
➢ V= cama 99m depois que M; M = acordam114m que V
➢ Dificuldade comprimento => Adan & Almirall (1991) = rMEQ
rMEC: reduced MEC
➢ Dificuldade comprimento => Adan & Almirall (1991) = rMEQ ¹
➢ 5 questões: melhor periodo do dia; hora sono/vigília;
➢ grau de cansaço 1/2h ao acordar;
➢ preferências comportamentais manhã/tarde
➢ Rapidez e confiabilidade²
➢ Correlações entre itens e validade adequada
➢ Validado em população majoritariamente jovem³
(Adan & Almirall, 1991¹; Caci, Deschaux, Adan & Natale, 2009;
Natale, Esposito, Martoni & Fabbri, 2006³)
CSM: Escala de Matutinidade Composta
➢ Carência de avaliações psicométricas para trabalhadores noturnos¹➢ 13 melhores itens de 3 instrumentos➢ 9 itens do MEQ e 4 do Diurnal Type Scale²➢ Perg. “Quão fácil é acordar pela manhã ou às 6:00 pm”➢ Preferências de horas para diferentes atividades➢ Escores entre 13 e 55➢ Pontos de corte entre 10th e 90th➢ Vespertinos 22; Matutinos ≥ 44; Intermediários 23 ≤ scores ≤ 43
(Smith, Reilly, & Midkiff 1989¹; Torsvall & Akerstedt, 1989²)
CSM: Escala de Matutinidade Composta
➢ Consistência interna alpha = 0.85¹
➢ Boas propriedades psicométricas com estudantes e trabalhadores² ³
➢ Estabilidade para trabalhadores noturnos ou rotativos²
➢ Melhor avaliação psicométrica que o MEQ¹
➢ Não validado para marcadores fisiológicos (cortisol, melatonina),
temperatura
(Smith, Reilly, & Midkiff,1989¹; Caci et al., 1999²; Grenwood, 1994;
Levandowski, Sasso, Hidalgo, 2013)
MCTQ: Questionário de Cronotipo de Munique
➢ Avaliação de cronotipos com autorelatos de fases do sono¹
➢ Questões distintas para sono nos dias livres e laborais²
➢ Base de cálculo: MID-SLEEP = Ponto de ref. do sono em dias livres
➢ Enfâse para o sono livre ≠ dias laborais com defict de sono
➢ Mensuração quantitativa = cronotipo variável continua
➢ + Comportamento do sono que preferências
➢ Não categorial. Distrib. contínua para populações específicas
(Roenneberg, Wirz-Justice & Merrow 2004¹; Allebrandt, & Roenneberg, 2008²)
MCTQ: Questionário de Cronotipo de Munique
➢ Estudos Epidemiológicos sobre cronotipos¹
➢ Alta correlação com o MEQ (r = -0.73)¹
➢ Principal diferença: MEQ + preferências que tempo de sono/vigília =
traços da personalidade + que hábitos atuais da vida real²
➢ Critérios de exclusão = despertadores em dias livres³
➢ Cálculo para débito do sono³
➢ Não validado para trabalhadores por turno³
(Zavada, Beersma, Daan, & Roenneberg, 2005¹; Sack et al., 2007²;
Levandowski, Sasso, Hidalgo, 2013³)
Limitações dos instrumentos: desconsiderar pistas sociais e horários de trabalho
➢ dificuldade de avaliação para trabalho em turno (TT) e rotativos (TR)¹
➢ Escala específica: Diurnal Type Scale²
➢ Adequação psicométrica CSM questionável = Diurnal Type scale²
➢ Mascaramento das preferências = estímulo laboral³
(Korczak, Martynhak, Pedrazzoli, Brito & Louzada, 2008¹; Adan & Almirall 1992¹; Campos & Martino, 2004¹; Torskall & Akersted, 1980²; Mitchell, Hoese, Liu, Fogg & Eastman, 1997³; Petru, Wittmann, Nowak, Birkholz, & Angerer, 2005³)
Limitações dos instrumentos:Influências de aspectos socioculturais
➢ Distribuição de scores do MEQ mostrou influências culturais¹
➢ Diferenças sig. Japoneses 56.2 e Coreanos 49.1 (all age groups)¹
➢ CSM: estudantes espanhois vespertinos ≤ 21; intermediários 22 - 39;
matutinos ≥ 40²
➢ Novos critérios para diferentes class. de grupos (20th e 80th)²
➢ Tipos vespertinos e matutinos moderados²
(Park et al., 1998¹; Adam, Caci & Prat, 2005²)
Limitações dos instrumentos: influência das refeições
➢ Hora refeição = importante sincronizador do RC¹
➢ Influência no metabolismo e performance humana¹
➢ Alta estabilidade nas 2 princ. refeições em dias livres e laborais (670s)¹
➢ Avanço na hora do desjejum em dias livres² ³
➢ Matutinos: refeições e cama mais cedo em dias livres² ³
(Costa et al., 1989¹; Nakede et al., 2009²; Fleig & Randler, 2009³)
Limitações dos instrumentos: influência da idade
➢ Relação preferências circadianas sig. correlacionadas com idade¹
➢ Aumento da idade = maiores scores matutinos¹
➢ Mudança do cronotipo com desenvolvimento¹
➢ Adolescentes, deficts e mudanças no mecanismos de regulação do sono²
➢ Adultos (50y) tendências para matutinidade³
➢ Insuficiência de scores para class. cronotipos na meia idade³
(Taillard, 2004¹; Paine, 2006¹; Carrier, 1997¹; Duffy, 2002¹;
Monk, 2007¹; Carskadon, Vieira & Acebo,1993²)
(Paine, 2006³; Taillard, 2004³)
Limitações dos instrumentos: influência do genero
➢ Estudos falharam na relação cronotipos e genero¹
➢ Diferenças sig. entre M e F em enfermeiros (TI) e estudantes ²
➢ Mulheres + matutinas que homens²
➢ Consideração para relação genero e cronotipos em diferentes ocupações³
(Adan, 2005¹; Russo, Bruni, Lucidi, Ferri, & Violani 2007¹; BaHammam, Almistehi, Albati, & AlShaya 2011¹; Motohashi, 1988²; Ishihara, 1987²; Levandowski, Sasso, Hidalgo, 2013³)
)
Outros fatores que possivelmente afetam a avaliação
➢ Influência do grau de Matutinidade na evolução diurna do alerta¹➢ Auto percepção do alerta menor em jovens adultos verpertinos bons²
dormidores = maior sonolência objetiva e subjetiva² ➢ Percepção individual de “maior bem estar” e perg. hipotéticas em todos
os instrumentos (Inf. MEQ)³ ➢ Correlação + matutinos > bem estar = níveis hormonais e temperatura³➢ Crítica: dias laborais e livres, dif. individuais no sono/vigília*
(Clodore et al, 1987¹; Matchock & Mordkoff, 2009²; Volk, Dyroff, Georgi & Pflug,1994²; Dijk & Duff, 1999²;) (Andrade, Benedito-Silva & Mena-Barreto, 1992³; Bailey & Heitkemper, 2001³; Dijk & Duffy, 1999³; Roenneberg & Merrow, 2007³; Roenneberg, Wirz-Justice & Merrow, 2003*)
Portanto...
★ Mid-sleep + questões subjetivas = Estimativa da fase do sono
★ Medidas objetivas para avaliação da fase interna são demandadas para
entender influências geneticas e moleculares nas oscilções RC individual¹
★ Estudos tentam usar a expressão do gene clock em culturas de pele para
medir as diferenças interindividuais. ²
(Brown et al., 2005¹; Pagani et al., 2011²)
Tendências da revisão:
❖ Cronotipos em Psicologia e psiquiatria =>
❖ controvérsias no diagnóstico e classificação
❖ Se Cronotipos vistos como:
❖ Dimensão matutinidade/vespertinidade OU
❖ Comportamento anormal OU mudança de comport. no crescimento?
❖ Dimensão comportmental ?
(Satoh, Mishima, Inoue, Ebisawa & Shimizu, 2003¹; Wyatt, Stepanski & Kirkby, 2006; Ahn et al., 2008¹; Ferraz, Borges & Vianna, 2008; Wood et al., 2009; Hosfstra et al., 2010)
Discussão… Se são vistos como:
❖ No MEQ: scores das fases do sono = variáveis contínuas = (M, I, V)
❖ Cronotipos = medidas de comportamento? sem sentido pontos de corte
para anormalidades
❖ Vistos como dimensão comportamental => envolver dif. aspectos do
comportamento => Est. da personalidade
❖ Expressão dos relógios individuais e estímulos externos => mudanças:
doenças, jet leg, turno de trabalho
(Levandovski, Sasso, & Hidalgo, 2013)
Discussão... então:
❖ Instabilidade do cronotipo: considerar a idade nas amostras (variável
intrínseca)
❖ MCTQ incompleto (fase do sono e não: apetite, atividades, alerta)
❖ MEQ impreciso para investigar sincronizadores internos X externos
❖ Limitações decorrentes dos conceitos não uniformes
(dimensão/tipologia) => Equívocos
(Levandovski, Sasso, & Hidalgo, 2013)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
➢ MEQ & MCTQ testa hipóteses em estudos epidemiológicos/clínicos sobre a importância dos ritmos da vida em condições reais (depressão em V)¹
➢ Jet leg social: discrepância entre tempo endogeno e social com dif. absoluta em midsleep = variavel + fortemente correlacionada = não otimização do tempo pode ser causa da depressão.²
(Hidalgo, Caumo, Posser, Coccaro, Camozzato & Chaves, 2009¹; Levandowki, Dantas, Fernandes,
Caumo, Torre, Roenneberg et al., 2011²)
Recomendações e conclusões:
★ Antes de realizar estudos: testar estabilidade das medidas = confiabilidade
★ Considerar idade, TT, padrão de sono para escolher instrumento + adequado, sendo:
★ MCTQ para estudos sobre dessincronização
★ MEQ para avaliar cronotipos que mudam
★ Versão modificada do MCTQ para TT
★ Estimular o uso e desenvolvimento dos instrumentos - limitações
★ Medidas informativas para avaliar elementos comportamentais, biológicos e fisiológicos
associados a RC
★ Responsáveis pela introdução de conceitos de Cronobiologia na pesq. Clínica e Epidemiológica
com contribuições para o conhecimento da regulação do sistema temporal
(Levandovski, Sasso, & Hidalgo, 2013)
Para saber seu cronotipo:
http://www.temponavida.com/gmdrb/gmdrb/Cronotipo.html
Muito obrigada!