Programa de Apoio aos Dirigentes Muncipais de Educação: caderno de oficinas

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Parcerias

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.

Pradime : programa de apoio aos dirigentes municipais de Educação / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. – Brasília, DF : Ministério da Educação, 2006.

48p. : il. – (Caderno de Oficinas ; v.2)

1.Educação. I. Título. II. Título: Caderno de Oficinas.

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Ministério da EducaçãoSecretaria de Educação BásicaDiretor do Departamento de Projetos EducacionaisArmando Amorim Simões

Fundo Nacional de Desenvolvimento da EducaçãoPresidente Jose Henrique Paim Fernandes

Diretor de Programas EspeciaisLeopoldo Jorge Alves Júnior

Análise da produção textualMaria de Salete Silva

Revisão finalLeonardo Barros de Oliveira

Projeto gráficoTDA - Desenho & Arte Ltda.

Revisão do projeto gráficoAna Maria Brigatte

Apoio de ediçãoDeise Sampaio MeisterHelber Ricardo VieiraMarcia Gonçalves da Silva

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICAEsplanada dos Ministérios - Bloco L5° Andar - Sala 500 - GabineteBrasília/DF - CEP: 70 047-900Tel. (61) 3226 2682Fax (61) 3226 [email protected]

IMPRESSO NO BRASIL

Esta obra foi editada pelo Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, para atender a objetivos do Programa Fundescola, em conformidade com o Acordo de Empréstimo número 7122 com o Banco Mundial, no âmbito do Projeto 914BRA1111 da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco.

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Apresentação ..................................................................................................................... 7

Oficinas Pedagógicas 4 e 5 Políticas, planejamento, financiamento e gestão orçamentária da educação para o desenvolvimento .............................................................................. 9

1. Apresentação ............................................................................................................. 11

2. Objetivos ..................................................................................................................... 11

2.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 11

2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................... 11

3. Organização das Atividades ...................................................................................... 12

4. Procedimentos de Trabalho ....................................................................................... 13

Folha de Trabalho 1 ........................................................................................................ 17

Folha de Trabalho 2 ...................................................................................................... 33

Oficina Pedagógica 6 Gestão de recursos materiais ............................................................................................. 35

1. Apresentação .............................................................................................................. 37

2. Objetivos ..................................................................................................................... 37

2.1. Objetivo Geral ..................................................................................................... 37

2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................... 38

3. Organização das Atividades .......... ............................................................................ 38

4. Procedimentos de Trabalho ...................................................................................... 39

Folha de Trabalho 1 ....................................................................................................... 42

Folha de Trabalho 2 ....................................................................................................... 45

Sumário

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APRESENTAÇÃO

O Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação (Pradime) é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o objetivo de fortalecer a atuação dos dirigentes ante a gestão dos sistemas de ensino e das políticas educacionais, bem como com o de contribuir para o avanço do País em relação às metas do Plano Nacional de Educação (PNE).

A parceria realizada entre MEC, Undime, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e Banco Mundial (Bird) possibilitou a realização desse Programa. Alinhado com o compromisso de promover os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, bem como com as metas estabelecidas no Marco de Ação de Dacar (2000) e no PNE, o Pradime enfatiza a dimensão educacional do desenvolvimento humano e sustentável e chama a atenção do dirigente para o papel da educação no processo de desenvolvimento local.

Com nova denominação e novos conteúdos, o Pradime retoma a experiência do Programa de Apoio aos Secretários Municipais de Educação (Prasem), realizado pelo MEC em 1997, 1999 e 2001. A nova denominação ressalta a figura do dirigente municipal de educação, em conformidade com a Undime. Os novos conteúdos afinam-se com o contexto dos atuais desafios da política educacional do País, destacando o papel estratégico do dirigente municipal nesse cenário. Além disso, abrangem um conjunto de unidades temáticas, no formato de palestras e oficinas, enfatizando aspectos práticos e teóricos de conhecimentos úteis à gestão dos sistemas de ensino e da política educacional no âmbito municipal.

Este Caderno é parte integrante da série de materiais a ser oferecida aos dirigentes municipais de educação para o apoio à sua gestão. Esperamos que a continuidade do Programa possa contribuir para o desenvolvimento da Educação Básica nos municípios brasileiros e para a superação das desigualdades sociais em nosso País.

Fernando Haddad

Ministro de Estado da Educação

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OFICINAS PEDAGÓGICAS 4 e 5

POLÍTICAS, PLANEJAMENTO, FINANCIAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA DA EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO COM IGUALDADE SOCIAL

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Oficinas Pedagógicas 4 e 5

Políticas, planejamento, financiamento e gestão orçamentária da educação para o desenvolvimento com igualdade social

1. APRESENTAÇÃO Com o objetivo de explicitar a necessidade de vincular a formulação de metas do Plano

Municipal de Educação (PME) a recursos financeiros para sua implementação, optou-

se por trabalhar de forma conjunta os temas que tratam de “Políticas Educacionais” e

“Financiamento e Gestão Orçamentária da Educação”.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

• Compreender o papel estratégico do Plano Municipal de Educação, relacionando-o

à importância da negociação e da efetiva alocação de recursos financeiros para sua

materialização.

2.2. Objetivos Específicos

• Formular meta para o PME a partir das determinações do Plano Nacional de Educação (PNE).

• Definir programa, indicador e recursos financeiros necessários ao cumprimento da

meta proposta para o Plano Municipal de Educação, integrando planejamento e

orçamento.

Cândido Alberto Gomes1

Denise Cristina Corrêa da Rocha2

Regina Tereza Cestari de Oliveira3

Ana Luiza de Oliva Buratto (colaboradora)4

Ignêz Martins Pimenta (colaboradora)5

Valéria Virgínia Lopes (colaboradora)6

1 - Consultor da Unesco. Professor titular-fundador da Universidade Católica de Brasília - UCB.2 - Bacharel em Economia pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG e Mestre em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas/SP.3 - Doutora em Educação pela Unicamp. Professora do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Católica Dom Bosco/MT.4 - Mestra em Família na Sociedade Comtemporânea pela Universidade Católica de Salvador/BA. Sócia-fundadora e integrante do conselho técnico da

Avante – Educação e Mobilização Social/BA.5 - Mestre pela Universidade de Brasília - UnB. Professora da Faculdade Cândido Mendes/ES.6 - Mestre pela Faculdade de Educação da USP. Pesquisadora no Centro de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas da Educação - CEPPPE – FE/USP.

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• Elaborar estratégias de mobilização social para a participação da sociedade civil

organizada no processo de construção do Plano Municipal de Educação.

3. ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

A oficina tem a duração de três horas. Para garantir um melhor aproveitamento do tempo,

as atividades estão organizadas conforme o quadro abaixo.

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4. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

A oficina deve ser realizada de acordo com os seguintes procedimentos:

Atividade 1 – 5 min

• Apresentação do grupo e do mediador.

• Apresentação do tema e dos objetivos da oficina.

Atividade 2 – 15 min

• Leitura do fragmento da história de “Alice no País das Maravilhas”.

Convida-se dois participantes para encenar um diálogo, que constitui um fragmento da

história de “Alice no País das Maravilhas”.

Os participantes realizam a leitura do trecho da história “Alice no País das Maravilhas”,

como elemento disparador e motivador da oficina. Essa atividade visa reconhecer a

importância de saber “onde estamos e aonde queremos chegar”.

* Fala de Alice: – Por favor, como devo fazer para sair daqui?

* Fala do gato: – Depende muito para onde você quer ir...

* Fala de Alice: – Para onde não tem importância.

* Fala do gato: – Então, não tem importância o caminho que você tomar.

Após a leitura do diálogo, o mediador faz a seguinte pergunta para conduzir o grupo

ao tema da oficina:

* Qual a relação entre a história e a elaboração do Plano Municipal de Educação?

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Atividade 3 – 30 min

• Leitura e análise conjunta das características do município de Itajumirim do Oeste: perfil

econômico e demográfico, perfil e orçamento da educação para o exercício de 2006.

• Organização dos grupos de trabalho.

Os participantes devem se dividir em três subgrupos para a realização das atividades.

Atividade 4 – 60 min

• Realização da atividade em cinco momentos:

1º momento:

Cada subgrupo analisa as metas de matrícula do PNE e os dados referentes ao

diagnóstico do município de Itajumirim do Oeste, selecionando as questões prioritárias

para a implementação do PME.

- Dado nº 1: características econômicas e demográficas do município de Itajumirim

do Oeste.

- Dado nº 2: perfil da educação no município (taxas de atendimento, taxas de

reprovação e abandono, rede física).

- Dado nº 3: orçamento da educação para o exercício de 2006.

2º momento:

A partir da consulta das metas de matrícula do Plano Nacional de Educação (Quadro

1) e dos dados referentes ao diagnóstico do município em questão (Quadros 2 a 8),

cada subgrupo formula uma meta do PME, conforme a orientação disposta na Folha

de Trabalho 1.

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3º momento:

Cada subgrupo formula um programa para a implementação da meta elaborada no

segundo momento da atividade nº 4, conforme a orientação disposta na Folha de

Trabalho 1.

4º momento:

Cada subgrupo identifica os atores sociais e as providências que deverão ser tomadas,

a fim de mobilizá-los para a construção coletiva do PME no município de Itajumirim

do Oeste, conforme a orientação disposta na Folha de Trabalho 1.

5º momento:

Cada subgrupo escolhe um relator que deverá apresentar, de forma objetiva, os

resultados do trabalho do subgrupo.

Atividade 5 – 45 min

• A partir da análise de uma situação-problema constante na Folha de Trabalho 2,

cada subgrupo representa um grupo de atores.

- Grupo do dirigente municipal de educação: apresentará argumentos para defender

a construção do centro de educação infantil; - Grupo do prefeito: apresentará argumentos contrários à construção do centro e

dará a decisão final do prefeito;

- Grupo do Conselho Municipal de Educação: apresentará argumentos para defender

a construção do centro, ancorado na defesa do direito à educação.

Atividade 6 – 10 min

• Encerramento da oficina.

* Comentários sobre os ganhos da oficina para a prática dos dirigentes.

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Atividade 7 – 15 min

• Avaliação.

* Aplicação do instrumento de avaliação do Pradime.

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FOLHA DE TRABALHO 1

1º momento:

Analisar as metas de matrícula do PNE e os dados do município de Itajumirim do Oeste

apresentados a seguir.

2º momento:

Elaborar uma meta para o Plano Municipal de Educação - PME.

3º momento:

Formular um programa que possa vir a ser implementado, a fim de atingir a meta elaborada

para o PME.

4° momento:

Identificar os atores sociais e as providências relativas à sua mobilização para a construção do

PME em Itajumirim do Oeste, com base nas questões propostas na Folha de Trabalho 1.

5° momento:

Apresentar os resultados do trabalho. Cada grupo deverá escolher um relator, que apresentará

de forma objetiva os resultados do trabalho do subgrupo, o que deverá levar em conta:

* a definição da política do município para a educação;

* a meta formulada para o PME;

* a descrição do programa;

* a reflexão sobre a mobilização e o envolvimento dos atores na construção do PME.

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Dado nº 1: Caracterização do município de Itajumirim do Oeste1

O município de Itajumirim do Oeste possui 35.542 habitantes distribuídos em um território

de 1.042 km2; 27.286 residentes situam-se em áreas urbanas e 8.256, na zona rural.

Suas principais atividades econômicas estão voltadas para o setor de serviços, notadamente

para o comércio, com algumas poucas indústrias instaladas, particularmente na manufatura

de couros. No setor agrícola, destacam-se a produção de milho e feijão, ao lado da

pecuária.

A população do município tem se mantido relativamente estável nos últimos anos e,

segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, sua distribuição

por faixa etária é a seguinte:

Quadro 1: Metas de matrícula do PNE

1 - Os quadros de 2 a 8 foram gentilmente cedidos pelo consultor da Câmara dos Deputados – Ricardo Chaves de Rezende Martins, e foram elaborados para o Programa denominado “Câmara nas Câmaras”. Ao consultor nossos sinceros agradecimentos pela possibilidade de utili-zação desses dados.

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Quadro 2: Estimativa de população em 2004

Dado nº 2: Perfil da educação no município de Itajumirim do Oeste

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e da nova Lei Orgânica, o município

passou a atuar com mais autonomia na organização dos serviços educacionais e do pessoal

sob sua responsabilidade. Mesmo assim, permanece vinculado ao Sistema Estadual de

Ensino e sujeito às normas emanadas do Conselho Estadual de Educação, bem como à

autorização de funcionamento, reconhecimento, credenciamento, supervisão e avaliação

de suas escolas pelos órgãos do referido Sistema.

Desde a sua instalação em 1967, o município é mantenedor de instituições escolares

situadas nas zonas urbana e rural. Com o aumento da demanda na década de 1970,

houve a necessidade de expansão da rede escolar, o que ocorreu em virtude da construção

de escolas municipais na periferia da cidade e da municipalização de escolas estaduais.

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Atualmente, o município de Itajumirim do Oeste é responsável por uma rede de 97 escolas

que atendem 8.659 matrículas de Ensino Fundamental e 425 matrículas de pré-escola.

Além dessas escolas, existem no município oito escolas estaduais de Ensino Fundamental,

das quais três oferecem também o Ensino Médio. A rede física escolar atende apenas o

Ensino Fundamental, conforme pode ser observado no Quadro 3:

Quadro 3: Rede física escolar de Ensino Fundamental, por dependênciaadministrativa, localização e área de atuação – 1998/2004

A criação de novas escolas municipais e a ampliação das já existentes, incluída a implantação

de novas séries, não costumavam obedecer a critérios claramente explicitados. As decisões

eram tomadas pelo prefeito e pelo Secretário Municipal de Educação, com base na

reivindicação das comunidades e na disponibilidade financeira domunicípio. Isso resultou

na existência de uma rede de escolas cuja distribuição nem sempre corresponde, de forma

adequada, à distribuição da população no território do município. A Secretaria Municipal

de Educação iniciou, em 1999, a implantação de um Sistema de Informações Gerenciais

para fazer um levantamento e organizar os dados indispensáveis para que possa gerenciar

a rede escolar e participar com mais segurança da elaboração do orçamento anual.

Os quadros a seguir apresentam as taxas de atendimento, reprovação e abandono da rede

de ensino do município de Itajumirim do Oeste:

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Quadro 5: Evolução das taxas de reprovação no Ensino Fundamental – 1996/2003

Quadro 4: Atendimento à população de 0 a 14 anos – 1998/2004

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Quadro 6: Evolução das taxas de abandono no Ensino Fundamental – 1996/2003

Dado nº 3: Projeto de Lei Orçamentária para 2006

O Projeto de Lei Orçamentária encaminhado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo

estima a receita e fixa a despesa do município de Itajumirim do Oeste para o exercício

financeiro de 2006. Destacam-se, a seguir, os valores relativos às despesas fixadas para a

Secretaria Municipal de Educação (Quadro 7) e às estimativas dessas despesas por fonte

de recursos (Quadro 8).

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Quadro 7: Despesas fixadas para a SME para 2006

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Quadro 8: Despesas estimadas da SME por fontes de recursos para 2006

O Plano Municipal de Educação é:

• Mecanismo de Política de Estado – com duração para além do período de um governo;

esse mecanismo exige negociação de interesses e propostas para e com todo o mu-

nicípio.

• Instrumento de Gestão da Educação – organizador e orientador do planejamento, das

ações, do acompanhamento e da avaliação.

Assim, apresenta-se aqui um pequeno exercício de detalhamento do processo de plane-

jamento.

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2 - Esse formulário apresenta alguns campos do documento técnico elaborado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para orientar a formulação dos Atributos de Programas do Plano Plurianual – PPA.

Etapas de elaboração de uma meta e de um programa2

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Exercício: Etapas de elaboração de uma meta e de um programa

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FOLHA DE TRABALHO 2 • A partir da análise de uma situação-problema exposta a seguir, o grupo deverá ser

dividido em três subgrupos para discutir a forma de atuação dos atores especificados

com o seguinte perfil:

* grupo do dirigente municipal de educação: apresentará argumentos para defender

a construção do centro de educação infantil;

* grupo do prefeito: apresentará argumentos contrários à construção do centro e dará

a decisão final do prefeito;

* grupo do Conselho Municipal de Educação: apresentará argumentos para defender

a construção do centro, ancorado na defesa do direito à educação.

Situação-problema:

Um “Município X”, como muitos outros no Brasil, tem deficiência de atendimento pela

pré-escola e, sobretudo, pela creche. Cansada de não conseguir vagas, a população de

um bairro novo, de baixa renda, organizou-se para reivindicar a construção de um centro

de educação infantil.

O Conselho de Direitos da Criança e o Conselho Municipal de Educação declararam que

o centro precisa ser construído o mais rápido possível. O Ministério Público encaminhou

comunicação ao município com a recomendação de que deve iniciar a construção no

período máximo de seis meses.

O Secretário de Obras diz que o projeto não está no orçamento, e ele não pode desconsiderar

a prioridade dada à pavimentação de ruas e à manutenção das estradas vicinais.

O Secretário de Finanças diz que a arrecadação é baixa e que não há dinheiro para atender

à população, até mesmo porque o centro não está no PPA e não pode mais ser incluído.

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A Câmara Municipal se opõe à construção do centro, porque não está na área de interesse

dos vereadores.

Você, dirigente municipal de educação, acompanhado de pessoas da sua escolha, encontra-

se com o prefeito para decidir o assunto. O prefeito está na companhia dos Secretários de

Obras e de Finanças e de vereadores do seu partido.

Ao final da encenação, o prefeito citado na situação-problema declara e apresenta a

justificativa da sua decisão.

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OFICINA PEDAGÓGICA 6

GESTÃO DERECURSOS MATERIAIS

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Oficina Pedagógica 6

Gestão de recursos materiais

1. APRESENTAÇÃO

Esta oficina, cujo tema é “Gestão de Recursos Materiais”, visa criar um espaço de discussão e

troca de experiências entre os dirigentes municipais de educação, acerca dos conhecimentos

assimilados na palestra e sua aplicação em situações práticas, no âmbito municipal. Tem

como ponto central a discussão sobre a importância do planejamento de rede escolar

como instrumento de gestão da educação com qualidade social, com vistas a subsidiar

tecnicamente os dirigentes para o estudo da oferta e demanda escolar e, ainda, a contribuir

para uma tomada de decisão efetiva e consciente nos municípios onde atuam.

A partir das discussões ocorridas na palestra, todos os participantes estão desafiados a

exercitar a sua compreensão sobre o tema abordado, executando as atividades propostas

com base na sua realidade local.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

• Reconhecer a importância do planejamento como estratégia de política pública

educacional, a partir da leitura, análise e discussão das realidades locais e da ampliação

dos conhecimentos sobre os procedimentos para a realização do planejamento de rede

escolar.

Ricardo Chaves de Rezende Martins1

Ricardo Stumpf Alves de Souza2

Vera Lúcia Baptista Castiglioni3

Patricia Rangel de Moraes (colaboradora)4

1 - Mestre em Educação pela Universidade de Havana/Cuba. Bióloga. Professora em nível superior da Faculdade Vitoriana/Vitória/ES.2 - Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados na área de Educação.3 - Mestranda em Educação e Valores pela Universidade de Barcelona Virtual, UBV/OEI. Secretária Municipal de Educação de Serra/ES (1985-

1988/1993-1996).4 - Mestre em Desenho Urbano pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Arquiteto.

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2.2. Objetivos Específicos

• Analisar e vivenciar situações práticas que requerem estudos sobre a oferta e a demanda

escolar no município, a fim de tomar decisões acertadas na expansão e/ou organização

da rede escolar.

• Discutir a necessidade da definição de uma infra-estrutura escolar mínima para as escolas

do campo e das áreas urbanas e propor, sob a ótica de educador e gestor, os ambientes

escolares (espaços físicos) necessários, considerando os aspectos da qualidade e da

adequação dos objetivos educacionais do sistema ou da rede de ensino.

3. ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

As atividades da oficina têm a duração de duas horas. Para garantir a melhor utilização do tempo, prevê-se que essas atividades se desenvolvam conforme estão apresentadas no seguinte quadro:

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4. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

A oficina deve ser realizada de acordo com os seguintes procedimentos:

Atividade 1 – 15 min

• Apresentação da oficina.

Os participantes devem ser organizados em círculo.

O mediador apresenta-se ao grupo, caso ainda não o tenha feito nas oficinas

anteriores.

Em seguida, apresenta a proposta da oficina, mencionando o objetivo geral e os

específicos, sua importância, a utilização racional do tempo e as atividades a serem

realizadas.

Atividade 2 – 5 min

• Organização dos subgrupos de trabalho e escolha dos relatores.

Os dirigentes municipais de educação devem organizar-se em subgrupos no mínimo,

cinco e de, no máximo, de oito pessoas.

Cada subgrupo deve escolher um relator que o representará no momento da socialização

(plenária).

Atividade 3 – 80 min

• Análise e discussão de duas situações:

* leitura e análise dos casos apresentados;

* registro das conclusões dos subgrupos.

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Esta atividade tem como foco a discussão do planejamento da rede escolar com base

na análise de duas situações:

Situação 1

Planejando a rede escolar

• Leitura, análise e discussão da situação.

Cada subgrupo deve fazer uma leitura atenta do caso apresentado e uma análise criteriosa

dos Quadros 1 e 2, constantes na Folha de Trabalho 1, com o objetivo de uma tomada

de decisão acertada em relação à expansão ou não da rede física e à organização da

matrícula escolar.

Com base nas discussões provocadas pela análise do caso e pelos Quadros 1 e 2, os subgrupos

devem responder às questões “a” e “b”, constantes na Folha de Trabalho 1.

Situação 2

Refletindo sobre a infra-estrutura escolar.

• Leitura, análise e discussão das questões apresentadas.

Cada subgrupo deve fazer, com base na palestra apresentada, na sua experiência

profissional e na leitura de sua realidade, uma análise crítica sobre a infra-estrutura das

escolas, tanto as do campo como as das áreas urbanas.

Considerando os aspectos da qualidade e da adequação dos objetivos educacionais

do sistema ou da rede de ensino, cada subgrupo deve responder às cinco questões

apresentadas, registrando as conclusões no quadro específico.

A realização dessa atividade consta na Folha de Trabalho 2.

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• Socialização dos resultados dos trabalhos dos subgrupos.

Cada subgrupo, por meio do seu relator, deve expor as suas conclusões sobre a situação 1.

Concluídas as apresentações dos subgrupos, deve haver a complementação das informações

pelos demais integrantes dos subgrupos. O mediador faz a sistematização ao término das

apresentações.

O mesmo procedimento deve ocorrer em relação à situação 2.

O mediador promove uma rodada de comentários dos participantes sobre a relação entre

os resultados da oficina e a realidade do seu município.

Atividade 4 – 10 min

• Avaliação.

O mediador faz a distribuição dos instrumentos de avaliação, destacando aos participantes

a importância da sua contribuição mediante a discriminação da sua satisfação em relação

a cada um dos itens apresentados.

Preenchido o instrumento de avaliação, os participantes devem entregá-lo ao

mediador.

Atividade 5 – 10 min

• Encerramento.

O mediador faz o encerramento da oficina, apontando os principais ganhos, oportunidade

em que os participantes também destacarão o que levam como contribuição para suas

práticas.

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FOLHA DE TRABALHO 1

Com base na leitura do texto e na análise dos quadros a seguir, responda às questões

propostas.

Planejando a rede escolar

Cumprindo uma disposição legal, a Secretaria Municipal de Educação concluiu a elaboração

do PME e, primando pelos princípios da gestão democrática, convocou os vários segmentos

da comunidade para validar o referido Plano antes de submetê-lo à aprovação do Poder

Legislativo Municipal. Na ocasião, um membro do Conselho Municipal de Educação

apresentou a seguinte indagação:

“O projeto do Plano Municipal de Educação propõe a universalização do Ensino

Fundamental e registra que, pelo menos, 587 crianças de 7 a 14 anos ainda estão

fora da escola. E não está prevista a construção de uma única escola nova. Ao

contrário, cogita-se de fechar, já em 2006, 17 escolas na zona rural. Não parece

haver uma contradição nas ações propostas?”

A Secretaria ofereceu a seguinte resposta:

“De fato, não há necessidade de construção de novas escolas para a absorção imediata

de pouco menos de 600 novos alunos, dos quais cerca de 310 estão na periferia

urbana e 290, na zona rural. Ao elaborar o diagnóstico para o PME, foi constatado

que o número de matrículas no Ensino Fundamental regular tem apresentado certa

estabilidade, nos últimos anos, com alguma tendência a decréscimo. Além disso, o

número médio de alunos por turma na zona urbana e, sobretudo, na zona rural, está

abaixo do padrão estabelecido pela Secretaria, que é de 35 alunos por turma. E o

número de turmas atendidas, em razão da disponibilidade de salas de aula, pode ser

ampliado, por exemplo, em mais de 40% na zona urbana. Há, pois, vagas ociosas

para a matrícula não só dessas crianças já localizadas pelo recenseamento escolar,

como para absorver ainda um eventual aumento de demanda, decorrente tanto do

aumento da natalidade no Município, quanto de movimentos migratórios.”

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E, para comprovar seus argumentos, a Secretaria distribuiu aos presentes os seguintes

quadros:

Quadro 1

Quadro 2

a) Você estaria convencido pelos argumentos e dados apresentados pela Secretaria de

Educação de que a situação de vagas seria solucionada, tanto na zona urbana como na

rural? ( ) Sim ( ) Não

b) É possível ampliar o atendimento sem necessidade de construir novos prédios escolares?

Caso afirmativo, justifique como será o atendimento sem submeter os alunos a

deslocamentos excessivos, para não prejudicar a jornada escolar e as demais atividades

de suas vidas. Se negativo, explique as razões.

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FOLHA DE TRABALHO 2Com base na leitura do texto, responda às questões propostas.

Refletindo sobre a infra-estrutura escolar

A LDB prevê, em seu art. 4º, IX, que o dever do Estado com a educação escolar pública será

efetivado mediante a garantia de “padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como

a variedade e quantidade mínima, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento

do processo ensino-aprendizagem”. Esses padrões mínimos se referem ao ambiente

escolar, ao atendimento das necessidades do processo ensino-aprendizagem e das demais

atividades que a ele dão suporte.

Quanto ao ambiente escolar, é importante que os sistemas de ensino definam uma

infra-estrutura mínima para as escolas de Educação Básica, compatível com o tamanho

dos estabelecimentos e as realidades regionais. Essa definição, como uma das ações do

planejamento de rede escolar, possibilita melhor estruturação e adequação das escolas,

assim como a otimização dos recursos financeiros para as construções e manutenção dos

prédios escolares.

Comecemos, então, a refletir sobre esse assunto, caracterizando os aspectos abaixo

mencionados para os quais o dirigente municipal de educação deve voltar suas atenções

com vistas à definição da infra-estrutura mínima dos prédios escolares:

1. Que critérios devem ser considerados para a escolha do terreno das escolas?

2. Quais atores devem participar da definição do programa de necessidades?

3. Quais os ambientes escolares (espaços físicos) com os quais devem contar, como

infra-estrutura mínima, as escolas do campo e das áreas urbanas, considerando

os aspectos da qualidade e da adequação dos objetivos educacionais?

4. Considerando os insuficientes recursos financeiros do município, o que proporia

como alternativas para viabilizar a infra-estrutura mínima para as escolas?

5. De que forma o Dirigente Municipal de Educação – DME – pode atuar nas diversas

etapas relativas à construção, ampliação e reformas de prédios escolares para assegurar

que a infra-estrutura das escolas esteja a serviço da educação de qualidade?

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Coloque as suas sugestões no quadro a seguir:

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ANOTAÇÕES

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