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Lima Duarte - MG Plano Diretor Participativo Relatório de Diretrizes e Propostas para o Plano Diretor Coordenação Geral: Paulo Cesar Pontes Braga Coordenação Técnica: Bárbara Lópes Barbosa

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Lima Duarte - MGPlano Diretor Participativo

Relatório de Diretrizes e Propostas para o Plano Diretor

Coordenação Geral: Paulo Cesar Pontes Braga Coordenação Técnica: Bárbara Lópes Barbosa

Plano Diretor Participativo de Lima Duarte - MG

Relatório de Diretrizes e Propostas para o Plano Diretor

Coordenação Geral: Paulo Cesar Pontes Braga Coordenação Técnica: Bárbara Lópes Barbosa

Convênio Universidade Federal de Juíz de Fora e Prefeitura de Lima Duarte

Março 2014

EQUIPE DE TRABALHO

Coordenação:

Coordenação Geral: Paulo Cesar Pontes Fraga

Coordenação Executiva: Bárbara Lopes Barbosa

Área - Organização Territorial Urbana e Habitação: Lívia Ribeiro Abreu Muchinelli

Área - Evolução Histórica e Patrimônio Cultural: Pedro Leão Coelho

Área - Meio Físico: Roberto Marques Neto

Área - Dinâmica Socioeconômica: Eduardo Condé

Área - Mobilização e Capacitação Social: Rogéria da Silva Martins

Área: Cartografia: Ricardo T. Zaidan

Bolsistas:

Arquitetura e Urbanismo: Aline Fernandes Barata, Bruna Alves Prado Mar-tins, Fabiana de Almeida Assis, Filipe Quaresma Poyares de Oliveira, Ga-briela de Morais, Marina Oliveira Franzini, Marina Annes Duarte e William Matos.

Geografia: Fernanda Fontebassi, Camila Rodrigues, Júlia de Oliveira Costa, Talison Paulo Ferreira e Waltencir Menon Junior.

Ciências Sociais: Paulo César Caminha Ramos Filho

Comunicação Social: Ana Eliza Avelar e Halana Lima

Direito: Bárbara Machado Pires e Ana Beatriz Reis

Administração Municipal:

Gestão 2008 - 2012

Prefeito Geraldo Gomes de Souza

Vice Elenice Pereira Delgado Santeli

Gestão 2013 – 2016

Prefeito – Arzenclever Geraldino Silva

Vice-prefeito - Thiago Magella Fonseca Silva

APRESENTAÇÃO 9

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS - ORIENTAÇÃO CONCEITUAL 11

2. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DAS PROPOSIÇÕES DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE LIMA DUARTE 13

2.1. PROBLEMAS E DIFICULDADES 13

3. DOS EIXOS TEMÁTICOS E DAS DIRETRIZES GERAIS 13

4. DA POLÍTICA URBANA DO MUNICÍPIO 14

4.1. DOS PRINCÍPIOS 14

5. USO DO SOLO URBANO E HABITAÇÃO 15

5.1. PERÍMETROS URBANOS 15

5.2. MACROZONEAMENTO 16

5.3. ZONEAMENTO DA MACROÁREA DE URBANIZAÇÃO CONSOLIDADA 22

5.4. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA 27

6. DO PROCESSO GERAL DE GESTÃO 32

6.1. CADASTRO MULTIFINALITÁRIO 32

6.2. DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO 33

6.2.1. REFORMULAÇÃO DE CARREIRAS 33

6.2.2. TREINAMENTO E FORMAÇÃO: 34

6.2.3. PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DA MÁQUINA PúBLICA. 35

6.2.4. DOS DADOS E DA TRANSPARêNCIA PúBLICA 35

6.2.5. DO CONTROLE DOS SERVIDORES 36

6.2.6. DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E EM NOME DO PLANEJAMENTO: 37

6.2.7. POLÍTICA MUNICIPAL DE ATUALIZAÇÃO DE BENS 39

6.2.8. DO PAPEL DO PODER LEGISLATIVO NESSA QUESTÃO 39

7. DIRETRIZES ESPECÍFICAS DE PLANEJAMENTO E INDICATIVO DE PROJETOS PARA ESTRUTURAÇÃO URBANA 40

7.1. ACESSO: 40

7.2. INFRAESTRUTUTURA VIÁRIA 40

7.3. MOBILIDADE E CIRCULAÇÃO 41

7.4. COMUNICAÇõES 42

7.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 42

7.6. ESTRUTURA FUNDIÁRIA 43

7.7. HABITAÇÃO 44

7.8. SANEAMENTO BÁSICO 44

7.8.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E COLETA DE ESGOTO 45

7.8.2. COLETA DE LIxO 46

7.8.3. ENERGIA ELéTRICA 47

7.9. EDUCAÇÃO 47

SUMÁRIO

7.9.1. UMA CARREIRA MAIS ATRAENTE E COM SALÁRIOS MAIS ESTIMULANTES 48

7.9.2. ATIVIDADES E FUNCIONAMENTO DA ESTRUTURA ESCOLAR 48

7.9.3. GRUPO LOCAL PARA AVALIAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO E PRÁTICAS ESCOLARES 49

7.9.4. CRIAÇÃO DE UM GRUPO DE TRABALHO ENTRE A SECRETARIA, REPRESENTANTES DE PROFESSORES E PAIS DE ALUNOS, PARA MONITORAMENTO DO ANO LETIVO E PRÁTICAS EDUCACIONAIS 50

7.9.5. PROGRAMA MUNICIPAL DE ATUALIZAÇÃO E FORMAÇÃO 50

7.9.6. RECURSOS E EQUIPAMENTOS 51

7.9.7. CRIAÇÃO DE UM “CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA” 53

7.10. ESPORTE E LAZER 54

7.11. SAúDE 56

7.12. ASSISTêNCIA SOCIAL 58

7.13. PATRIMôNIO CULTURAL 60

7.14. TURISMO E MEIO AMBIENTE 60

7.14.1. AÇõES DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE 63

7.14.2. AÇõES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 65

7.15. IMPLANTAÇÃO DE GRANDES EQUIPAMENTOS 65

7.16. ECONOMIA 65

7.17. EMPREGO E FORMAÇÃO 67

8. PARTICIPAÇÃO SOCIAL 68

8.1. CRIAÇÃO DO CONSELHO DA CIDADE E DE DESENVOLVIMENTO URBANO 68

8.2. CONFERêNCIA DA CIDADE 70

9. DESAFIOS ACIMA DOS 50 ANOS 70

10. DAS REVISÕES DO PLANO DIRETOR 72

ANEXO I - TABELA DE MACROZONEAMENTO_USOS E INSTRUMENTOS_ LIMA DUARTE - MG 77

ANEXO II - TABELA DE ZONEAMENTO URBANO_USOS

E INSTRUMENTOS_ LIMA DUARTE - MG 78

ANEXO III - MAPA 1 85

ANEXO IV - MAPA 2 86

ANEXO V - MAPA 3 87

ANEXO VI - MAPA 4 88

ANEXO VII - MAPA 5 89

ANEXO VIII - MAPA 6 90

ANEXO IX - MAPA 7 91

APRESENTAÇÃO

O presente documento é resultado de meses de discussão e debates de-

senvolvidos em foros democráticos de participação que envolveu diversos

atores públicos, da iniciativa privada e, principalmente, a população de

Lima Duarte. Representou, também, uma importante parceria da Univer-

sidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do Centro de Pesquisas So-

ciais e da Pró-Reitoria de Extensão, com a Prefeitura de Lima Duarte. Para

a UFJF, o trabalho se desenvolveu no âmbito de sua vocação de compro-

misso com o desenvolvimento dos municípios de seu entorno, cumprindo

o importante papel de universidade pública e socialmente referenciada e

oferecendo aos seus acadêmicos, a possibilidade de adquirir conhecimen-

to prático.

Assim, entre os anos de 2012 e 2013, foi desenvolvido os estudos técni-

cos para o desenvolvimento do Plano Diretor Participativo de Lima Duarte,

em conformidade com o que preconiza o Estatuto das Cidades. O trabalho

contou com muitos esforços vindos de diversas mãos. O plano aconteceu

em um período de transição de gestão da administração municipal, sendo

desenvolvido, entretanto, sem o prejuízo de sua qualidade, destacando a

colaboração em que ambas as gestões deram para que os levantamentos e

investigações pudessem transcorrer, mesmo com toda a dificuldade deste

momento de ajustes e mudanças.

O processo de elaboração do estudo implicou num profícuo trabalho que

integrou a equipe técnica, sob a coordenação do Centro de Pesquisas So-

ciais, estudantes, população e técnicos do Poder Público Municipal. Os

munícipes se fizeram representar nas reuniões públicas organizadas nos

distritos municipais, nas audiência públicas e, notadamente, no Conselho

Gestor, espaços nos quais colocaram ativamente suas expectativas, pro-

postas, opiniões e esperanças de uma Lima Duarte mais acessível e melhor

para se viver.

O desenvolvimento urbano foi um tema bastante explorado pelos mora-

dores de Lima Duarte e que vem recebendo a atenção, também de outros

municípios. Nesse sentido, pela sua importância merece atenção do Poder

Público para que o desenvolvimento municipal seja não somente munici-

pal , mas social e que, implique na melhoria da qualidade de vida de seus

habitantes.

é importante lembrar que este plano não é um ponto final, mas uma parte

do processo de planejamento e ação. Quando planejamos, assumimos os

riscos de uma realidade imperfeita, mas com um pensamento direcionado

para as peculiaridades de Lima Duarte, e com ideias bem pensadas, menos

improvisos e mais instrumentos e ferramentas, o desenvolvimento munici-

pal tende a ser mais igualitário.

O processo dos estudos e investigações se desenvolveu com total trans-

parência e abertura, fato este que nos forneceu uma real aproximação da

realidade dos limaduartinos. Notamos uma população com grandes po-

tencialidades de participação nos processos decisórios para o desenvolvi-

mento municipal. é essencial que esta participação continue acontecendo

e que os moradores se sintam realmente responsáveis e pertencentes a

Lima Duarte.

A participação neste processo gratificante tanto para a equipe profissional,

quanto para os estudantes, enquanto técnicos e cidadãos. Podemos ava-

liar este período como sendo de grande aprendizado para todos os envol-

vidos na elaboração do Plano Diretor Participativo de Lima Duarte.

Finalizamos agradecendo aos cidadãos do município que mostraram como

é possível participar e lutar coletivamente na busca por cidades mais jus-

tas, acessíveis e melhores para se viver.

Paulo Cesar Pontes Fraga

Bárbara Lopes Barbosa

11

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS - ORIENTAÇÃO CONCEITUAL

O material aqui apresentado, pelo que se poderá observar, contempla o

Ordenamento Territorial abrangendo a complexidade da estrutura urbana,

seus instrumentos urbanísticos e legais e os mecanismos da Gestão.

Entretanto, é necessário refletir que o município de Lima Duarte, pelo seu

porte, não comporta um zoneamento com grande complexidade por não

existir nela as especialidades que as cidades de portes médio e grande

têm.

Seguindo as próprias recomendações de elaboração dos Planos Diretores

do Ministério das Cidades, um plano diretor para um município de pe-

queno porte terá de ser flexível, distinguindo os traços predominantes de

sua cultura, estabelecendo regulamentos para uma adequada ocupação

com base nos condicionantes naturais, nos determinantes legais, na com-

patibilidade com a infraestrutura e na disciplina de atividades que causem

impactos ou incômodos à vizinhança; tratar de suas demandas críticas e

prioridades, como é o caso no que se refere às especificidades que repre-

sentam no fato de haver no município uma reserva natural do porte do

Parque Estadual do Ibitipoca em seu território.

Assim, devido a algumas especificidades de Lima Duarte abrem-se exce-

ções, que são aquelas áreas que exigem tratamento diferenciado: as do

patrimônio histórico-cultural-ambiental e eixo turístico econômico.

Toma-se como princípios básicos para as diretrizes de urbanização:

1. Ter clareza nos principais pontos diagnosticados e na solução

apresentada, baseada sempre na argumentação da comunidade

local, de seus representantes e nos levantamentos técnicos;

2. Não “engessar” nem “especializar” o que é simples, facilitando a

aplicação dos instrumentos e diretrizes de planejamento;

3. Evitar o que é não é condizente com os princípios da sustentabi-

lidade (ambientalmente equilibrado, socialmente justo e econo-

micamente viável);

4. Buscar dotar a cidade de uma orientação segura para a moradia

digna que evite segregação social, difusão urbana,vazios urba-

nos, sobretudo especulação imobiliária.

O próprio apontamento dos instrumentos deverá ser cauteloso. Zonas es-

peciais são reflexos de consequências das “especialidades”: áreas carentes

e de exclusão social (favelas), invasões e coisas que tais são deformidades

urbanas de cidades grandes, mas que podem acontecer em menor escala

em cidades de pequeno porte como é o caso de Lima Duarte. Em geral

encontraremos: carência de infraestrutura por falta de recursos, ocupação

em áreas impróprias muitas vezes por indisponibilidade de áreas adequa-

das e/ou vícios culturais (ocupação às margens de rios), e situação fundi-

ária irregular também por vício cultural ou resultante da falta de recursos

financeiros para sua regularização, cultura da sonegação de impostos, falta

de fiscalização, entre outros problemas.

O ponto principal para este plano é dar soluções viáveis para os problemas

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de infraestrutura, saneamento e regularização fundiária e prevenção de

deturpações do uso do solo devido à especulação imobiliária. No caso da

região de Conceição do Ibitipoca esta questão deve ser ainda mais caute-

losa. As recomendações para o parcelamento e uso e ocupação do solo

serão claras e objetivas, com foco diferenciado na questão da fiscalização

com envolvimento comunitário.

Serão registradas a priori as questões mais críticas do sítio urbano, o pa-

drão de ocupação urbana, o suporte físico – áreas de risco, usos compatí-

veis e incompatíveis, mobilidade crítica, os vazios urbanos, os fenômenos

da segregação social e da difusão urbana – tipologia habitacional, defini-

ção das áreas adequadas e não adequadas à ocupação e à expansão urba-

na, etc.

Finalmente, para a gestão urbana, deverão ser recomendadas formas de

simples aplicabilidade da gestão participativa, de forma que o plano possa

ser efetivamente aplicado.

Todas as propostas aqui colocadas têm por base a Constituição Federal, o

Estatuto da Cidade, o Código Florestal e demais leis de âmbito federal, es-

tadual, assim como a Lei Orgânica do Município. Foram ainda consideradas

aqui as legislações municipais existentes, incluindo propostas de revisões e

adequações quando necessário.

é de extrema importância colocar que o Plano Diretor representa um di-

recionamento para o desenvolvimento do município. Ele não traz solu-

ções imediatas, mas apresenta de formas gerais os possíveis e melhores

caminhos encontrados para o planejamento urbano municipal. Assim,

este documento não terá valor se estas diretrizes não forem trabalhadas

e detalhadas, quando for o caso, para serem aplicadas da melhor maneira

possível. é neste momento que se torna imprescindível que o corpo téc-

nico do município tenha conhecimento dos pontos aqui levantados e que

busquem formas de aplicá-los. E o mais importante: a população deve es-

tar presente em todo este processo para a escolha de ações que realmente

representem a vontade coletiva.

Bárbara Lopes Barbosa

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2. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO DAS PROPOSIÇÕES

DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE LIMA DUARTE

O Prognóstico, objeto deste relatório foi realizado a partir dos levantamen-

tos bibliográficos, documentais, visitas de campo e do relatório comunitá-

rio encaminhado, além das informações coletadas com os agentes locais,

núcleo gestor e técnicos municipais.

O relatório é agrupado por áreas temáticas, abordando as questões de

uso do solo, em seus aspectos físicos e jurídicos, proteção ambiental e do

patrimônio cultural, questões sociais de saúde, educação, lazer, esporte,

cultura e assistência social, entre outras matrizes estruturantes da dinâ-

mica urbana.

As diretrizes serão apresentadas com Prazos Para as Ações:

Imediato: (1 ano)

Curto Prazo: (2 a 4 anos)

Médio Prazo: (4 a 8 anos)

Longo Prazo: (8 a 12 anos)

2.1. PROBLEMAS E DIFICULDADES

O município não apresenta uma estrutura administrativa/organizacional

que nos permita adquirir os dados de forma consistente e sistematizada.

Isto se reflete na falta de consonância de informações entre as duas ges-

tões - a gestão com que trabalhávamos no início do processo e que viemos

a trabalhar depois. Destacamos que isto é um problema não só da cidade

de Lima Duarte, mas da estrutura administrativa/organizacional dos muni-

cípios brasileiros, como um todo.

Outra dificuldade se refere à eficiência da participação comunitária, já que

as questões relativas ao planejamento à longo prazo, que devem constar

no plano diretor, são raramente levantadas pela população em geral. Em

contrapartida, os problemas que necessitam de solução mais imediata, di-

recionados principalmente à infraestrutura urbana, são os mais destaca-

dos. Isto se deve à real precariedade de certas áreas, mas principalmente,

se deve à falta de capacitação dos técnicos e da população em geral acerca

do que representa o Plano Diretor Municipal.

Destacamos novamente que este não é um problema exclusivo de Lima

Duarte, há ainda uma ineficiência nos mecanismos de capacitação conti-

nuada que esclareça os instrumentos de gestão e cidadania, além da es-

cassez de técnicos especialistas para cada área de ação na gestão munici-

pal em muitos dos municípios brasileiros.

3. DOS EIXOS TEMÁTICOS E DAS DIRETRIZES GERAIS

Dispõe sobre os oito eixos temáticos que estruturam as diretrizes e metas

do Plano:

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1. Política urbana: do uso e ocupação do solo macro e micro (con-

trole de uso do solo em áreas de risco).

2. Habitação social e regularização fundiária;

3. Infraestrutura urbana, saneamento ambiental e mobilidade (sis-

tema viário);

4. Políticas de preservação ambiental e exploração de recursos hí-

dricos;

5. Políticas sociais (saúde, educação, segurança, esporte e lazer);

6. Políticas de proteção patrimonial e Turismo;

7. Desenvolvimento econômico e finanças públicas;

8. Gestão e participação comunitária.

4. DA POLÍTICA URBANA DO MUNICÍPIO

4.1. DOS PRINCÍPIOS

São princípios da Política Urbana do Município:

I - a função social da cidade;

II - a função social da propriedade imobiliária urbana;

III - o direito à cidade sustentável;

IV - a equidade social;

V - o direito à informação;

VI - a gestão democrática da cidade.

A função social da cidade no Município de Lima Duarte corresponde ao

direito à cidade para todos, o que compreende os direitos à terra urbani-

zada, moradia, saneamento básico, segurança física e psicossocial, infra-

estrutura e serviços públicos, mobilidade urbana, ao acesso universal aos

espaços e equipamentos públicos e de uso público, educação, ao trabalho,

cultura e lazer, ao exercício da religiosidade plena e produção econômica.

A propriedade imobiliária urbana cumpre sua função quando, em aten-

dimento às funções sociais da cidade e respeitadas as exigências funda-

mentais do ordenamento territorial estabelecidas no Plano Diretor, forem

utilizadas para:

I - habitação, principalmente Habitação de Interesse Social, HIS;

II - atividades econômicas geradoras de oportunidades de trabalho

e renda;

III - infraestrutura, equipamentos e serviços públicos;

IV - conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural;

V - atividades do terceiro setor.

A cidade sustentável é a que propicia o desenvolvimento socialmente jus-

to, ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando a ga-

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rantir qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.

O cumprimento do princípio da equidade social implica no reconhecimen-

to e no respeito às diferenças entre pessoas e grupos sociais, e na orien-

tação das políticas públicas no sentido da inclusão social de grupos, histo-

ricamente, em situação de desvantagem e da redução das desigualdades

intraurbanas.

O direito à informação requer transparência da gestão, mediante a dispo-

nibilização das informações sobre a realidade municipal e as ações gover-

namentais, criando as condições para o planejamento e a gestão partici-

pativos, assegurando a clareza da informação sobre o patrimônio físico e

imaterial do Município.

A gestão democrática é a que incorpora a participação dos diferentes seg-

mentos da sociedade em sua formulação, implementação, acompanha-

mento e controle, fortalecendo a cidadania.

5. USO DO SOLO URBANO E HABITAÇÃO

Foi desenvolvida a partir dos dados levantados e dos relatórios já produzi-

dos. Em linhas gerais as principais situações problema e definição de pro-

posta devem procurar incorporar as seguintes estratégias:

• Análise do perímetro urbano e expansões urbanas da sede e dis-

tritos, com necessidade de revisão em pontos isolados.

• Definição das Macrozonas, entendidas como zonas que estabe-

lecem um referencial para o uso e a ocupação do solo, e demais pro-

jetos.

• Descrição das macrozonas, assim como dos princípios e critérios

utilizados para defini-las e seus objetivos específicos.

5.1. PERÍMETROS URBANOS

Neste trabalho foi sugerida a revisão do perímetro urbano da sede (atu-

almente especificado na Lei 1.066), a partir da identificação de todos os

bairros e loteamentos, assim como de outros elementos que se localizam

nas extremidades da cidade (como o aterro sanitário, etc) e áreas passíveis

de ocupação, de modo a criar um desenho coeso. Nos distritos estes se

mantêm os mesmo de acordo com as Leis nº 1066, 1086 e 1087.

é de fundamental importância se manter um perímetro enxuto a fim de

reduzir os gastos públicos com serviços urbanos (coleta de lixo, pavimen-

tação, etc), sempre aproveitando a infraestrutura existente, valorizando,

dessa forma, a função social da terra, balizando o crescimento físico de

Lima Duarte, através da expansão do território, de maneira inteligente e

planejada.

Esta delimitação foi realizada através da observação, usando como limi-

tes as áreas verdes remanescentes. Mas, sugere-se que, para revisão da

lei específica, ela seja completada com a realização de levantamentos de

campo, com uso de GPS para registrar as coordenadas cartográficas e os

marcos referenciais.

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5.2. MACROZONEAMENTO

A síntese final dos resultados obtidos com os levantamentos executados

para o Plano Diretor se materializa no zoneamento ambiental. Trata-se, no

caso, do chamado macrozoeneamento, levado a efeito para todo o territó-

rio municipal na escala de 1/50.000, e que fornece as diretrizes gerais de

uso da terra em diferentes zonas conforme suas potencialidades e restri-

ções de uso.

O macrozoneamento se pautou nos princípios da geodiversidade como

conduta metodológica (CPRM, 2008), ideia emanada a partir das corre-

lações entre os atributos geográficos que foram objeto de maior detalha-

mento durante o diagnóstico (base geológica, relevo, solos, hidrografia,

vegetação, clima).

O conceito de geodiversidade foi introduzido na década de 1990 para fins

de conservação do patrimônio natural, delimitando a definição a partir da

diversidade e importância de atributos naturais como as rochas e recursos

minerais relacionados, o relevo e seu interesse paisagístico e os solos, con-

forme as proposições de Eberhard (1997). Gray (2004) estende a alçada do

conceito de geodiversidade além dos projetos conservacionistas, ressal-

tando sua aplicabilidade ao planejamento territorial. Nessa perspectiva,

Stanley (2001) concebe a idéia de geodiversidade a partir da interação en-

tre os elementos naturais e as sociedades envolvidas, seus modos de vida

e padrões culturais, sendo tal conceito, portanto, um produto das estreitas

inter-relações entre sociedade e natureza.

Mapa 1 - Distrito Sede - Perímetro urbano. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014)

17

No Brasil, o conceito de geodiversidade se desenvolveu simultaneamente

aos países desenvolvidos, assumindo em nossa cultura geocientífica uma

tônica voltada fundamentalmente para o planejamento (SILVA et al. 2008),

o que motivou a sua adoção como suporte conceitual e metodológico para

a presente proposta de zoneamento. Embora o conceito de geodiversida-

de esteja fundamentado nos aspectos abióticos, inerentes ao meio físico,

o mesmo não exclui a importante idéia de biodiversidade, uma vez que as

rochas, as formas de relevo e os solos constituem o suporte geoecológico

para as biocenoses; é sobre os elementos físicos que compõem o biótopo

que se organizam os agrupamentos da flora e da fauna, em estreita intera-

ção e interdependência.

O município de Lima Duarte, de acordo com a classificação do CPRM (2008),

partilha de geossistema designado por Coberturas metassedimentares e

metavulcanossedimentares proterozoicas, diferentemente tectonizadas,

dobradas e metamorfizadas. O território municipal se assenta fundamen-

talmente em rochas metassedimentares, apresentando características tí-

picas destes domínios geológicos: diversidade geomorfológica em termos

morfográficos e morfométricos, densidade hidrográfica considerável, alta

densidade de falhas e diáclases, descontinuidades geomecânicas e hidro-

lógicas dadas por contatos litológicos conspícuos.

Tais características, que podem variar significativamente de um local para

o outro, limitam estes terrenos ao aporte de obras de grande porte, como

extensos cortes lineares e escavação de taludes profundos, sob o risco de

catalização dos processos erosivos e de movimentos de massa. Da mesma

forma, o contraste entre as coberturas pedológicas oriundas da intemperi-

zação de litologias diversas definem diferentes aptidões para as atividades

agrícolas.

A partir das premissas expostas, foi elaborada uma proposta de zonea-

mento ambiental para o município de Lima Duarte associando os princí-

pios da geodiversidade com a biodiversidade sobreposta aos elementos

inorgânicos da paisagem. O documento cartográfico apresentado na esca-

la de 1/50.000 e seu texto explicativo iluminam o planejamento territorial

na medida em que elucida as pontencialidades e restrições de uso da terra

diferenciadas em áreas.

(I) Macroárea de Preservação Ambiental: Compreende a área do Parque

Estadual do Ibitipoca, uma Unidade de Conservação de Proteção Integral

onde não são permitidas atividades de exploração e manejo dos recursos,

os quais devem ser integralmente protegidos, ainda que sejam permitidas

atividades voltadas para o turismo e pesquisa científica, sob a anuência e

controle do órgão ambiental responsável.

Sendo o Parque Estadual do Ibitipoca uma área protegida por lei e cuja

administração é da alçada do governo estadual, ficou estabelecido o status

de zona de preservação, uma vez que tal conduta é inerente a tal modali-

dade de Unidade de Conservação, na qual o caráter de proteção integral

engendra forte conotação preservacionista, conduta segundo a qual ne-

nhuma ordem de exploração dos recursos pode ser levada a efeito. Ainda

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que a gestão da Macroárea de Preservação, correspondente à área do

parque, seja de responsabilidade supramunicipal, é salutar que o plane-

jamento e ordenação do território de Lima Duarte se processe integrada-

mente a esta área, com a qual estabelece constantes trocas de matéria,

energia e informação. Grande parte da zona de amortecimento do Parque

Estadual do Ibitipoca está alocada no perímetro municipal de Lima Duarte,

o que exige um sistema de uso da terra mais controlado. Além disso, a área

do parque partilha de importante corredor ecológico regional, exaltando

ainda mais a conveniência de articulação entre seu planejamento interno

e aquele voltado para suas adjacências.

(II) Macroárea de Proteção dos Recursos Ambientais: Esta zona cor-

responde às áreas serranas exteriores ao Parque Estadual do Ibitipoca.

Trata-se de serras quartzíticas íngremes e de notória beleza cênica que

comportam mata de encosta e campos rupestres altimontanos, elemen-

tos que perfazem um interessante quadro de geodiversidade ao qual se

sobrepõem arranjos vegetacionais importantes no quadro fitogeográfico

regional, e que partilham do corredor ecológico da Serra da Mantiquei-

ra. Configuram, portanto, eixos funcionais de conectividades inseridos em

projeto de planejamento ambiental em caráter regional, o que justifica de

forma eloquente a necessidade de proteção à vegetação existente.

Tais áreas, personificadas, sobretudo, em rochas friáveis susceptíveis a

processos de desplacamento, são marcadas por encostas íngremes que

delimitam topos estreitos com aplainamento de cimeira associados a al-

gumas proeminências aguçadas. A densidade de falhas e outras desconti-

nuidades na estrutura rochosa é significativa, e os solos provenientes da

alteração destas rochas têm baixa disponibilidade de nutrientes, capacida-

de restrita de retenção hídrica e precária assimilação da matéria orgânica.

Tais propriedades definem áreas de alta fragilidade potencial e capacidade

produtiva restrita. Considera-se, portanto, que são viáveis, quando muito,

apenas atividades agropecuárias de subsistência em pequenos espaços no

caso em que estas já ocorram, sendo terminantemente desaconselhável o

fomento de usos intensivos em grande escala, bem como a disseminação

da prática de subsistência. Da mesma forma, a substituição da vegetação

nativa por silvicultura de Eucalyptus comprometeria a função de corredor

ecológico, bem como o regime hidrológico da área, depositária de várias

nascentes.

Em síntese, as principais restrições para o uso e ocupação da Macroárea

de Proteção dos Recursos Ambientais consiste na declividade do terre-

no, nos litotipos existentes e seus aspectos estruturais (falhas e juntas) e

nos solos de matriz arenosa e alta susceptibilidade a erosão associados

às rochas que lhes deram origem. Inequivocamente, sobressaem as po-

tencialidades expressas pela beleza cênica inerentes a estas formas de

relevo e à vegetação que dão aporte, abrigando vegetação de campos ru-

pestres, disjunta e frágil por natureza, e corredores de floresta ombrófila

alto montana e floresta estacional semidecidual montana, fundamentais

para garantir o trânsito da fauna. Justifica-se ainda uma zona com foco na

proteção a presença do Parque Estadual do Ibitipoca, com a qual estabele-

ce conexão na parte norte do município, onde coincide com parte de sua

zona de amortecimento.

19

A área de amortecimento no entorno do Parque Estadual do Ibitipoca (PEI)

também faz parte desta Macroárea. Portanto seu perímetro, que está ba-

seado na Lei Federal No 9.985, de 18 de julho de 2000 e no Plano de Ma-

nejo do PEI, coincidem com a porta que contorna o PEI. Seu uso e ocupa-

ção do solo deverão ser definidos pelo Conselho Gestor do Parque, como

estabelece a Lei Federal No 9.985, 18 de julho de 2000, sendo considerada

sempre a lei mais restritiva em favor da proteção ambiental desta área.

Observando-se, sempre, o tempo de validade do Plano de Manejo. Se o

Plano de Manejo estiver com o prazo vencido, deverá ser atualizado, em

acordo com a legislação que o regula.

(III) Macroárea de Uso Agropecuário Restrito: A proposta de uma zona

desta estirpe se justifica, fundamentalmente, por: A) necessidade de se

estabelecer corredores em mosaico entre a Serra do Ibitipoca e as ser-

ras Negras e de Lima Duarte ao longo do alinhamento da Mantiqueira; B)

presença de vegetação de campo limpo no setor oeste do município, que

imprime forte singularidade no quadro fitogeográfico em questão. A espa-

cialização da zona em apreço se dá em conformidade a estes dois critérios,

aparecendo conectada aos corredores inerentes à Macroárea II e na por-

ção oeste de Lima Duarte.

O corredor vegetacional que se materializa ao longo dos alinhamentos ser-

ranos não é contínuo. As próprias serras encontram-se significativamente

dissecadas, com deslocamentos atrelados ao tectonismo que acometeu

a área de estudo. Dessa forma, algumas rupturas da vegetação inerente

ao grande corredor ecológico da Serra da Mantiqueira se dão em interca-

lação a outras formas de uso da terra, como áreas de pastagem, peque-

nos talhões de cultivo, silvicultura e mesmo capoeiras em regeneração. Tal

configuração espacial dá margem aos chamados corredores em mosaicos,

modalidade de corredor ecológico que se consubstancia com a própria

diversidade de estruturas paisagísticas e formas de uso da terra que for-

mam mosaicos complexos. Nessas áreas, que margeiam a Macroárea de

Proteção dos Recursos Ambientais, o uso da terra deve ser controlado

a fim de que grandes hiatos vegetacionais não se imponham como bar-

reiras funcionais ao deslocamento da fauna. Parte-se do princípio que a

intercalação de fragmentos florestais com outras formas de uso, destitu-

ídos de um caráter mais intensivo, formem um arranjo adequado para a

manutenção do fluxo gênico. No sopé das serras Negra e de Lima Duarte,

quando a passagem para outros compartimentos geomorfológicos não é

abrupta, delimitou-se uma estreita faixa adequada a presente zona com a

função de “tampão” para a zona anteriormente descrita, cuja função de

proteção pode ser melhor garantida quando se considera a presença de

“áreas-filtro”. Nessa zona admitem-se práticas silviculturais de pouca mon-

ta, bem como investidas agropecuárias em pequenas áreas, sem o aspecto

de criação em massa ou cultivo em larga escala.

Na parte oeste de Lima Duarte, sobretudo na porção compreendida na

bacia do Rio Grande, também se recomenda que o uso da terra para fins

agropecuários e silviculturais ocorra de forma controlada. Isso em função

das paisagens próprias que se formam nesse setor que imbrica em direção

à calha do Rio Grande, dotado de clima ameno e portador de vegetação

de campo limpo entremeada por algumas manchas de campo sujo que

20

assumem forte singularidade no contexto fitogeográfico regional. Embo-

ra os apelos conservacionistas encontrem maior adesão em contextos

florestais, de vegetação arbórea, não se deve relegar a segundo plano as

paisagens dominadas pelo estrato vegetal herbáceo e arbustivo dos cam-

pos rupestres e altimontanos, normalmente depositários de considerável

número de endemismos. A importância ambiental do setor em questão

também se deve à sua posição na hierarquia fluvial regional, uma vez que

abriga uma série de nascentes alimentadoras do Rio Grande em seu alto

curso, este um dos mais importantes componentes da grande bacia do Rio

Paraná. é indiscutível a necessidade de proteção destes mananciais, bem

como das suas áreas de recarga.

Atualmente, a Macroárea III vem sendo aproveitada, em sua porção que

compreende o setor oeste de Lima Duarte, pelo cultivo de Eucalyptus, que

vêm substituindo de forma imperiosa os campos limpos naturais. Ainda

que se considere a rentabilidade dessa prática e sua conveniência com al-

ternativa produtiva no meio rural, fica veementemente alertada a incom-

patibilidade de tal prática com as características destes terrenos, ficando a

recomendação para um maior controle da atividade silvicultural processa-

da, sob o risco desta comprometer, irreversivelmente, as funções geoeco-

lógicas vigentes nas áreas de campo.

Neste caso, quando a área para plantio de eucalipto for maior do que

200 ha, é recomendável a aprovação da Secretaria de Meio Ambiente.

(IV) Macroárea de Uso Agropecuário Intensivo: O fomento de práticas

de uso da terra em caráter mais intensivo no território municipal de Lima

Duarte tem maior adequabilidade na porção centro-leste sobre as morfo-

logias amorreadas que aportam solos mais profundos e bem desenvolvi-

dos. Embora nem sempre os padrões de declividade destas morfologias

admitam a mecanização agrícola, os mantos de alteração mais profundos e

argilosos, formados pela intemperização de litologias gnáissicas, admitem

um manejo mais adequado e suportam um pastoreio mais significativo.

Sobre estes terrenos, justamente, é que as atividades agropecuárias mais

intensivas se processam. Os terrenos emoldurados em morros litologica-

mente embasados por gnaisses configuram os compartimentos de maior

remoção da mata nativa e o aproveitamento mais intensivo para pasta-

gem, ainda que restem alguns fragmentos florestais, que, na presente pro-

posta de zoneamento, devem ser mantidos, principalmente nas encostas

com declive mais acentuado, considerando que as atividades agropecuá-

rias em Lima Duarte tem sido restritas.

A existência de uma zona voltada para uso mais intensivo não implica,

de forma alguma, no estabelecimento de conflitos de uso da terra dados

por práticas despudoradas em relação à legislação ambiental. Ainda que

as atividades agropecuárias e silviculturais encontrem na Macroárea IV

seu espaço mais adequado, as mesmas só terão legitimidade caso se pro-

cessarem em consonância ao Código Florestal, mantendo-se as áreas de

preservação permanente em todas as modalidades verificadas na área,

bem como a porcentagem de reserva legal. A manutenção dessas áreas é

fundamental para que não se formem grandes descontinuidades de ele-

mentos nativos da paisagem, enobrecendo sobremaneira as propostas de

21

Mapa 2- Macrozoneamento do Municípo. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014)

planejamento ambiental.

(V) Macroárea de Urbanização Consolidada: abrange as áreas urbanas

do distrito sede, dos distritos e vilarejos, onde se nota maiores índices de

adensamento, maior oferta de infraestrutura instalada e diversidade de

atividades. Nestas áreas admitem-se:

1. adensamento, desde que sua infraestrutura comporte, havendo

de ter seus indicadores de ocupação e aproveitamento ocupação

regulados segundo a capacidade da rede viária e a existência de

equipamentos comunitários compatíveis com a demanda previs-

ta.

2. previsão de áreas para a habitação de interesse social.

3. empreendimentos econômicos que dinamizem a área, todavia

em espaços adequados e que comportem fluxos de veículos e

disponibilizem espaços para estacionamento.

A MUC, em virtude de apresentar grau de complexidade mais elevado que

as demais macroáreas, possui um zoneamento específico, que pretende

realizar uma leitura mais aproximada dos conflitos urbanos, o que será

visto no tópico seguinte.

22

um controle de uso do solo específico e mais restritivo no que se refere

à não descaracterização da paisagem cultural local. Devem ser definidos

posteriormente instrumentos de incentivo à proteção do patrimônio edi-

ficado. Além disso, podem ser criados perímetros de proteção, áreas mais

restritivas, para os conjuntos. Estas recomendações também servem para

os distritos. Deverão ser observadas as leis Estadual e Federal de proteção

de cursos d´água.

(III) Zona de Adensamento Intermediário – ZAI – (Santa Terezinha, Nossa

Senhora das Graças, etc): Trata-se de bairros próximos ao centro e áreas

de topografia menos acidentada. Consiste em área de adensamento inter-

mediário. O uso residencial deverá ser priorizado, no entanto, serão per-

mitidos usos comerciais e de serviços de escala local. Existe um parque

Municipal naquela região.

(IV) Zona de Adensamento Restrito I – ZARI – (Vila Cruzeiro): O bairro usu-

frui de boa proximidade com o Centro e infraestrutura instalada. Deve ser

estimulada apenas a ocupação dos vazios e o uso misto e se estes não se

localizarem próximos ao rio. Atenção ao alagamentos que restringem sua

ocupação. Proposta de criação de um Parque margeando o Rio.

(V) Zona de Adensamento Restrito II - ZRII: Compreende os novos lote-

amentos que se encontram, em grande parte, ainda vazios. Estas áreas

se encontram margeando áreas de risco, onde já aconteceram escorrega-

mento de terreno e, portanto, demandam maiores restrições, tais como:

índice máximo de ocupação baixo, com a permissão de construção de ape-

nas 1 (um) pavimento, manutenção de grande área verde, e, também,

5.3. ZONEAMENTO DA MACROÁREA DE URBANIZAÇÃO CON-SOLIDADA

O zoneamento da Macroárea de urbanização consolidada se estrutura a

partir da definição dos distritos urbanos: sede – com zoneamento detalha-

do, Conceição do Ibitipoca, São Domingos da Bocaina e São José dos Lopes

– com especificações de ocupação em alguns casos. Os demais lugarejos

com características urbanas seguirão as diretrizes gerais de ocupação defi-

nidas no quadro de zoneamento e macrozoneamento municipal em anexo.

O zoneamento da Macroárea de urbanização consolidada se subdivide em:

(I) Zona de Controle de Adensamento 1– ZCA1 - (Centro): Compreende

o centro da cidade, propriamente dito. A Zona apresenta boa diversida-

de de serviços e abriga a maior parte das repartições públicas municipais,

incluindo a Prefeitura e a Câmara dos Vereadores. Esta zona, no distrito

sede, apresenta sinais de saturação viária. Deverão ser definidos coeficien-

tes de aproveitamento e taxas de ocupação inferiores aos das outra Zonas

Centrais, tanto na sede quanto nos distritos. Deverão ser observadas as

leis Estadual e Federal de proteção de cursos d´água.

(II) Zona de Controle de Adensamento 2– ZCA2 – (Centro e adjacências):

Compreende duas porções do território central da sede, envolvendo: Joa-

quim Otaviano, Avenida Manoel Otaviano Ferreira, Rua Benvindo de Pau-

la, Rua Maria Tomé de oliveira, Rua Antônio Carlos, Rua Vieira Pinto, Rua

José de Sales, Rua Olímpio Otacílio, Rua Joaquim Murtinho, Rua Oldemar

Guimarães, conforme zonas delimitadas em mapa. Nesta zona deve haver

23

recuperação ambiental em algumas partes. Levando em conta que alguns

lotes estão acima da inclinação recomendada (acima de 30%), contamos

com o bom senso a fim de não se estimular a sua ocupação. Quando possí-

vel, recomenda-se a correção do arruamento, de forma que ele não permi-

ta ruas lineares com sentido para fundo de vales; as vias principais deverão

seguir as linhas das curvas de nível e as secundárias deverão ser alternadas

para que as quadras suavizem o caimento da água. Deverão ser destinadas

maiores taxas de permeabilidade, bem como de áreas manutenção/recu-

peração da vegetação.

(VI) Zona de Adensamento Restrito III - ZRIII: Compreende as demais áre-

as do município, sobretudo em áreas de localizadas do outro lado da BR

em relação ao centro, com topografia mais acidentada. O uso residencial

deverá ser priorizado, no entanto, serão permitidos usos comerciais e de

serviços de escala local. Nestas áreas não são permitidos equipamentos

que causam incômodo.

(VII) Zona de Adensamento Prioritário – ZAP – (Jardim Primavera): Com-

preende área prioritária para o adensamento no município. Área de to-

pografia suave, proximidade com o Centro, infraestrutura instalada, boa

malha viária e ocorrência de diversos vazios. Maiores coeficientes de apro-

veitamento. Área indicada para alocação de equipamentos públicos (Esco-

las, Creches, Centros de Referências, Postos de Saúde, outros).

(VIII) Zona ZEIS: Zona de Especial Interesse Social – (ZEIS): As áreas de vul-

nerabilidade social estão dispersas pelo território municipal, no entanto,

por meio do exercício de identificá-las foi possível delimitar áreas de maior

concentração. Estas áreas apresentam baixas densidades, descontinuida-

des do tecido urbano, pouca diversidade de atividades e carências no que

tange a urbanização. Nestas áreas existem diversos pontos de deslizamen-

to, habitações em áreas de risco, improvisadas e irregularidades fundiá-

rias. A ZEIS se subdividem em:

ZEIS – 1 – Bairros Poço da Pedra e Batatal. Áreas onde ocorrem assen-

tamentos habitacionais constituídos por populações de baixa renda, já

consolidados e decorrentes de ocupação espontânea e sem título de pro-

priedade, carentes de infra-estrutura urbana; em alguns trecho apresen-

tam riscos à ocupação. Localiza-se ao longo do antigo leito da linha férrea,

resultando em vias estreitas e perigosas. Carente de áreas de lazer, etc.

ZEIS – 2 – Compreende os conjuntos habitacionais dos bairros Poço da Pe-

dra e Batatal. São conjuntos consolidados, promovido pelo poder público,

que no entanto apresentam irregularidades.

ZEIS - 3 - Compreende área vazia atualmente, mas passível de futura im-

plantação de habitação social.

(IX) Zona de Dinamização Econômica – ZDE: Área adequada à implantação

de industrias sobretudo de médio porte e atividades comerciais, de ser-

viço, relacionados à rodovia, como a rodoviária, assim como, elementos

geradores de ruídos. Deverá ser regulada a implantação de equipamentos

geradores de tráfego, ruídos e outros impactos, o que exigirá estudos es-

pecíficos como o Estudo de Impacto de Vizinhança. Esta área está localiza-

da às margens da BR - 267, assim como ao redor dos laticínios.

24

(X) Zona de Proteção Ambiental – ZPA: São as áreas públicas ou privadas,

caracterizadas por paisagens naturais exuberantes ou habitat da biodiver-

siodade, passíveis de serem transformadas em unidades de conservação e

parques públicos, habilitadas a programas de proteção, preservação e/ou

recuperação ambiental e, também, possíveis objeto de parceria público-

-privada. Destacamos as margens do rio em todo o município, que deman-

dam uma restrição de ocupação por alagamento e as áreas arborizadas do

distrito sede.

(XI) Zona de Baixo Impacto Urbano - ZBU: Esta área possui parcelamentos

diferenciados de baixa densidade e grande dispersão, tendo significativa

ocorrência de chácaras. Pretende-se conter a expansão desta Zona, além

de coibir a ocorrência de loteamentos de dimensões reduzidas em seu

interior. Deverão ser destinadas maiores taxas de permeabilidade, bem

como de áreas manutenção/recuperação da vegetação. Deverá ser incen-

tivada a exploração de atividades econômicas sustentáveis, sobretudo as

relacionadas ao turismo e ao lazer, e à agricultura familiar. Admite-se a

dotação de redes de infraestrutura urbana. Não deverá ser incentivada

a constituição de condomínios fechados, assim como em todo território

municipal. Esta zona aparece nos distritos onde já acontece a exploração

da atividade turística.

25

Mapa 3 - Zoneamento Urbano da Sede. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014)

Mapa 4 - Croquis do Zoneamento Urbano do Distrito de Conceição de Ibitipoca Distrito Conceição do Ibitipoca Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014)

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Mapa 5 - Croquis do Zoneamento Urbano do Distrito de São Domingos da Bocaina. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014)

Mapa 6 - Croquis do Zoneamento Urbano do Distrito de São José dos Lopes. Fonte: Equi-pe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014)

27

5.4. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

Habilitam-se, no Município, os instrumentos de Política Urbana abaixo lis-

tados, que poderão ser detalhados nesta lei ou em lei específica, quando

for o caso:

Instrumentos para o ordenamento territorial:

a) Parcelamento, Edificação ou Utilização compulsórios, IPTU Pro-

gressivo no Tempo e Desapropriação com títulos da Dívida Pública;

b) Consórcio Imobiliário;

c) Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS;

d) Outorga Onerosa do Direito de Construir;

e) Transferência do Direito de Construir;

f) Direito de Preempção;

g) Direito de Superfície;

h) Operações Urbanas Consorciadas;

i) Estudo de Impacto de Vizinhança;

j) Usucapião especial de imóvel urbano;

k) Usucapião Coletivo;

l) Concessão de uso especial para fins de moradia;

m) Permuta;

n) Desapropriação Urbanística e Por Zona.

Devem ser abordados de forma mais detalhada, indicando também a ne-

cessidade de legislação específica os instrumentos do Parcelamento, Edi-

ficação ou Utilização Compulsórios, Operações Urbanas Consorciadas, o

Estudo de Impacto de Vizinhança, a Regularização Fundiária, as Áreas de

Tombamento, as Unidades de Conservação, as Zonas de Especial Interesse

Social- ZEIS, a Transferência do Direito de Construir, o Direito de Preemp-

ção condicionado a Programa e projetos específicos e a Outorga Onerosa

de Uso vinculada à operação urbana consorciada.

Acerca do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios,do Direito

de Preempção, das Operações Urbanas Consorciadas, do Estudo de Im-

pacto de Vizinhança, da Regularização Fundiária, das Áreas de Tombamen-

to, das Unidades de Conservação, das Zonas de Especial Interesse Social–

ZEIS, da Transferência do Direito de Construir e da Outorga Onerosa do

solo, deve-se seguir as orientações específicas:

• Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

Para o pleno atendimento da função social da cidade e da propriedade, o

Município poderá exigir do proprietário de imóvel considerado não edifi-

cado, subutilizado, ou não utilizado, nos termos desta Lei e da sua legis-

lação própria, seu adequado aproveitamento na forma de parcelamento,

edificação ou utilização compulsórios, sob pena sucessivamente de:

I - aplicação do IPTU progressivo no tempo;

II - desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública.

28

Lei municipal específica detalhará as áreas onde incidirá este instrumento

legal, devendo ainda fixar as condições e prazos para sua implementação,

de acordo com o que determina a Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade).

A lei de uso e ocupação do solo definirá o aproveitamento mínimo que

caracterizará o imóvel como subutilizado.

O proprietário deverá ser notificado pelo Poder Executivo para o cumpri-

mento desta obrigação mediante averbação em cartório de registro de

imóveis.

Em caso de descumprimento das condições e prazos previstos na lei espe-

cífica, a qual se refere o caput deste artigo, o Município procederá à apli-

cação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)

progressivo no tempo pelo prazo máximo de 05 (cinco) anos, não podendo

a alíquota de um ano ser o dobro da anterior e respeitando a alíquota má-

xima de 15%.

Findo o prazo para aplicação do Imposto sobre a Propriedade Predial eTer-

ritorial Urbana (IPTU) progressivo no tempo sem que o proprietário tenha-

atendido as exigências definidas, a Prefeitura providenciará a desapropria-

ção do imóvel com títulos da dívida pública.

• Direito de Preempção.

O Direito de Preempção é o instrumento que confere ao Poder Público mu-

nicipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação

onerosa entre particulares.

O Poder Público Municipal poderá usar o direito de preferência nos pro-

gramas e projetos específicos a serem indicados por lei própria, com prazo

de vigência máximo de cinco anos, renovável por mais um ano, obedecen-

do aos seguintes procedimentos:

I - O proprietário deverá notificar o Município de sua intenção de

alienar o imóvel com antecedência de 60 (sessenta) dias, para

que o Poder Executivo manifeste por escrito o seu interesse em

comprá-lo;

II - A notificação mencionada no inciso I deverá vir acompanhada da

proposta de compra assinada por terceiro interessado na aquisi-

ção do imóvel, na qual deverá constar o preço oferecido;

III - Transcorrido o prazo de 60 (sessenta) dias estipulado no inciso

I sem que o Município tenha se decidido a formalizar a compra

mediante o instrumento legal cabível, fica o proprietário autori-

zado a realizar a alienação a terceiros, nas condições da proposta

apresentada;

IV - Concretizada a venda do imóvel a terceiros, o proprietário fica

obrigado a apresentar cópia do instrumento público de aliena-

ção do imóvel à Prefeitura, no prazo de 30 (trinta) dias contado

de sua lavratura.

A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada à

Prefeitura é nula de pleno direito.

Ocorrida a primeira hipótese aqui colocada, o Município poderá adquirir

29

o imóvel pelo valor da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade

Predial e Territorial Urbana (IPTU) ou pelo valor indicado na proposta apre-

sentada, se este for inferior àquele.

A compra do imóvel deverá ser justificada com apresentação pública dos

interesses sociais de compra do imóvel por parte do poder público.

• Das Operações Urbanas Consorciadas

A Operação Urbana Consorciada, OUC, é um conjunto de intervenções e

medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação

dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores priva-

dos, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas

estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas,entre outras

medidas:

I - modificação de índices e características de parcelamento do solo,

uso e ocupaçãodo solo e subsolo, bem como alterações das normas

edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrentes;

II - a regularização de construções, reformas e ampliações executa-

das em desacordo com a legislação vigente.

Lei específica, baseada em estudos complementares, detalhará áreas para

aplicação das Operações Urbanas Consorciadas e os demais procedimen-

tos inerentes ao seu funcionamento.

Da lei específica que aprovar as operações urbanas consorciadas deverá-

constar o plano de operação, contendo:

I - definição da área a ser atingida;

II - programa básico de ocupação da área;

III - programa de atendimento econômico e social para a população

diretamente afetada;

IV - finalidades da operação;

V - estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV);

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários perma-

nentes e investidores privados em função das medidas descritas no

parágrafo único do artigo anterior;

VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilha-

do com arepresentação da sociedade civil.

Os recursos obtidos pelo poder público serão aplicados exclusivamente na

própria intervenção.

A lei específica que aprovar a Operação Urbana Consorciada poderá pre-

ver a emissão, pelo Município, de quantidade determinada de Certificados

de Potencial Adicional de Construção (CPACs), unicamente na área objeto

da operação, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no

pagamento das obras necessárias à própria operação.

• Do Estudo de Impacto de Vizinhança

O Estudo de Impacto de Vizinhança, EIV, e o respectivo Relatório do Estudo

30

de Impacto de Vizinhança, REIV, são documentos técnicos a serem exigidos

pelo Executivo municipal nos casos previstos nesta Lei ou em lei específica

para a concessão de licenças e autorizações de construção, ampliação ou

funcionamento de empreendimentos ou atividades que possam afetar a

qualidade de vida da população residente na sua área de influência.

Lei específica definirá os empreendimentos e atividades, privados ou pú-

blicos, em área urbana, que dependerão de elaboração de Estudo de Im-

pacto de Vizinhança (EIV) para obter licenças ou autorizações de constru-

ção, ampliação ou funcionamento.

Enquanto não for promulgada lei específica regulamentando a utilização

do EIV no município de Lima Duarte – MG, todos os empreendimentos

classificados como de grande porte deverão ser submetidos à elaboração

de EIV. Assim como nas determinações trazidas pelo zoneamento presente

neste plano.

O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e ne-

gativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da

comunidade residente na área ou proximidades, analisando os seguintes

aspectos:

I - adensamento populacional;

II - infraestrutura e serviços urbanos;

III - equipamentos urbanos e comunitários;

IV - uso e ocupação do solo;

V - valorização imobiliária;

VI - geração de tráfego e demanda por transporte público;

VII - ventilação e iluminação natural;

VIII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;

Ix - as relações de vizinhança pré-existentes.

• Regularização Fundiária

O Poder Público Municipal, visando o cumprimento da função social da

cidade e da propriedade, poderá utilizar-se dos seguintes instrumentos

previstos na Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade):

I - usucapião especial de imóvel urbano;

II - concessão do direito real de uso;

III - desapropriação, aplicável para implantação de equipamentos de

interesse coletivo e de regularização fundiária;

IV - Concessão de uso especial para fins de moradia;

V - Usucapião coletivo.

• Áreas de Tombamento

O Poder Público Municipal, visando a preservação do patrimônio cultural

do município, poderá utilizar-se da demarcação de áreas e perímetros para

fins de tombamento.

As áreas prioritárias para aplicação do instrumento citado correspondem

31

às edificações cadastradas pelo IPHAN e IEPHA dentre as quais as que es-

tão na área histórica da sede, assim como nos distritos e povoados de Lima

Duarte.

O Poder Público municipal definirá em lei posterior o procedimento de

tombamento, obedecendo as regras do Decreto-Lei federal n.º 25/37.

• Das Unidades de Conservação

O poder público municipal, visando a preservação do patrimônio ambien-

tal do município, poderá se utilizar da demarcação de Unidades de Con-

servação.

O Poder Público municipal definirá em lei posterior o procedimento de

criação destas Unidades de Conservação, obedecendo as regras da Lei Fe-

deral n.º 9.985/00, que regulamenta o Sistema Nacional de Unidades de

conservação – SNUC.

• Das Zonas de Especial Interesse Social - ZEIS

O Poder Público Municipal, visando a elevação da qualidade de vida nas

áreas mais carentes do Município mediante a regularização fundiária e

urbanística destas áreas, poderá utilizar-se da demarcação de Zonas de

Especial Interesse Social.

O Poder Público municipal definirá em lei posterior o procedimento de

regulamentação das áreas já demarcadas e a criação de novas Zonas de

Especial Interesse Social, obedecendo as orientações e exigências mínimas

para as Zonas Habitacionais de Interesse Social constantes na Lei Fede-

ral n.º 6766/79, com redação alterada pelas Leis Federais n.º 9.785/99 e

nº10.932/04.

• Da Transferência do Direito de Construir

A Transferência do Direito de Construir, TDC, é o instrumento pelo qual

o Poder Público Municipal poderá permitir ao proprietário de imóvel ur-

bano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante

escritura pública, o direito de construir previsto neste Plano Diretor ou em

legislação urbanística dele decorrente, quando o imóvel de sua proprieda-

de for considerado necessário para fins de:

I - preservação de áreas de valor ambiental indicadas nesta Lei ou

em lei específica;

II - preservação de imóvel considerado de interesse histórico, cultu-

ral, paisagístico ou social;

III - regularização fundiária de Zonas Especial de Interesse Social -

ZEIS;

O Poder Público Municipal definirá em lei posterior o funcionamento da

TDC, obedecendo as regras da Lei Federal n.º 10.257/01, em especial seu

artigo 35.

Todas as edificações protegidas por tombamento municipal, estadual ou

federal podem aplicar a transferência do potencial construtivo para áreas

de mesmo índice urbanístico.

32

• Da Outorga Onerosa de Uso

A outorga onerosa de uso é o instrumento pelo qual o Poder Público Muni-

cipal, mediante pagamento de contrapartida financeira a ser prestada pelo

beneficiário, poderá autorizar usos ou o exercício de parâmetros urbanísti-

cos mais permissivos, nas situações e mediante os critérios estabelecidos

em lei.

A outorga onerosa de uso será admitida estritamente no âmbito de opera-

ções urbanas consorciadas.

A lei que criar cada operação urbana consorciada estabelecerá as situa-

ções e critérios específicos para a aplicação do instrumento.

6. DO PROCESSO GERAL DE GESTÃO

6.1. CADASTRO MULTIFINALITÁRIO

O cadastro integra informações gráficas (cartográficas) a informações al-

fanuméricas (uso do solo, proprietário, número de pavimentos, etc.) em

um mesmo sistema. Dessa forma, o CTM torna-se uma base sobre a qual

podem ser construídas diversas bases temáticas, tais como o cadastro tri-

butário, a base de dados do sistema de saúde, o cadastro de áreas verdes

e públicas, e assim por diante.

Dentre suas funções, uma de grande importância é a função fiscal, que se

refere à identificação dos bens imóveis e de seus proprietários com a fina-

lidade de regulamentar o recolhimento de impostos;

Como diretriz geral, e coloca importante para a efetivação do zoneamento

que a definição dos limites e nomes dos bairros seja feita de forma imedia-

ta, mesmo que precedente ao cadastro multifinalitário.

Objetivos:

Existem informações dispersas que precisam ser organizadas, como sis-

temas de arquivo que não funcionam e resultam em amontoamento de

documentos. Portanto, urge organizar os arquivos antes de informatizá-los

e criar instrumentos para informação e planejamento.

Desenvolver, com isso, um centro de processamento de informações li-

gado à Secretaria de Administração (ou equivalente) envolvendo esses

funcionários específicos. Esta seção teria por função organizar os dados

e torná-los apresentáveis ao fim do processo, divulgando-os. Os técnicos

de nível médio operariam para melhorar as estruturas de acesso nos ór-

gãos municipais e acompanhar sua manutenção. A estrutura burocrática

pode ser oriunda de servidores já existentes, com treinamento adicional.

No tempo, esta estrutura pode representar economia na operação da má-

quina pública, com otimização de ações administrativas.

O cadastro multifinalitário facilita a arrecadação tornando-a mais eficien-

te, isto traz maior justiça social ao município e impacto positivo nas finan-

ças públicas. O retorno do imposto territorial urbano coletado de forma

reestruturada pode rapidamente cobrir os custos de sua implementação.

33

Implementação:

• A Prefeitura precisa de um arquivista dotado de instrumentos

adequados e isso é uma necessidade permanente porque, com um

cadastro multifinalitário funcionando, alguém precisa orientar sua

alimentação.

• Podem ser estabelecidos convênios com universidades para trei-

namento de pessoal ou mesmo para estágio, facilitando esse pro-

cesso.

• O cadastro multifinalitário municipal deve ser alimentado por

toda a máquina pública, ao fim de cada mês e sob o controle de um

órgão (preferencialmente já existente) ligado ao gabinete do Prefei-

to, facilitaria tanto para a administração quanto para o cidadão em

busca de informações. O custo disso estaria longe de ser proibitivo e,

em um concurso público, poderiam ser contratados alguns servido-

res com especialidade em sistemas de informação para operaciona-

lizar esta proposta (item 8.2.1.)

• Interligação de todas áreas em um banco municipal de informa-

ções.

• Criação – por iniciativa do Executivo – de uma “Lei Municipal de

Gestão e Acesso a Informação”, estabelecendo a obrigatoriedade do

cadastro, a obrigatoriedade de registro das atividades, mecanismos

de divulgação pública das mesmas, adaptação a Lei de Informação,

com respectivas sanções pela ausência de registros e prazos de im-

plantação.

Prazo de implementação:

• 18 meses para implantar condições

• Até dois anos para completar o projeto por inteiro, incluindo no-

vos servidores.

Atualização, após implementação, mensal ou semanal (dependendo dos

dados)

Financiamento:

• Orçamento municipal

• Ministério das Cidades

• Convênio com instituições de ensino – Universidades Federais

6.2. DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

6.2.1. REFORMULAÇÃO DE CARREIRAS

Objetivo: Novo plano de cargos

• Censo do funcionalismo;

• cadastramento das funções, competências, formação e adequa-

ção de estrutura

34

• estudo prévio de necessidades a partir do Plano Diretor e da se-

cretaria de Administração.

• Comissão de trabalho para reformulação de carreiras, composta

por:

• Representantes do gabinete do prefeito (dois secretários muni-

cipais)

• Representantes dos servidores – 1 por cada setor administrativo

• 1 representante sindical (ou de associação) dos servidores

• 1 vereador (designado pela Mesa Diretora da Câmara)

• 1 representante do Ministério Público.

Seu objetivo é encaminhar proposta para o poder executivo

Constituir grupo de trabalho por cada área do plano de carreira como uma

subcomissão – educação, saúde, etc. – convocada a partir da Comissão de

Trabalho para fornecer subsídios ao projeto geral de reformulação.

• Apresentação de estudo de viabilidade econômica e temporal a

partir da Comissão e de estudos do poder executivo

• Como sugestão esta comissão pode ser concebida a partir da

conferência da Cidade

• Elaboração de projeto de lei específico

Prazo para implementação:

• 2 anos.

• Avaliação do programa em 3 anos após este prazo para adapta-

ção funcional.

Financiamento:

• Orçamentário, a partir de estudo de viabilidade por comissão,

poder executivo e poder legislativo

6.2.2. TREINAMENTO E FORMAÇÃO:

Objetivo: melhorar formação e atendimento aos cidadãos

• Os servidores necessitam de política de qualificação em caráter

permanente. Para tanto sugere-se

A - levantamento dos gargalos administrativos a partir do próprio execu-

tivo

B - recolher informações a partir da Conferência da Cidade

C - plano de necessidades estritamente ligados aos interesses públicos

D - comissão de capacitação interna a máquina da Prefeitura

E - cronograma de cursos de atualização e/ou formação

F - Convênios com entidades públicas (como universidades ou órgãos fe-

derais e/ou estaduais) para viabilizar ações

• Os servidores de todas as secretarias precisam de capacitação

35

para operação de computadores, mesmo operações simples como

pacotes envolvendo texto/planilha/cadastro multifinalitário/apre-

sentação. Sem as ferramentas, as práticas persistirão tradicionais

Financiamento:

• recursos orçamentários

Prazo de implementação:

• 8 meses para ações de formação.

• 24 meses para complementar processo

6.2.3. PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DA MÁQUINA PúBLICA.

Objetivo: Atualizar a máquina pública e prepara-la para melhor responder

às demandas informacionais e de transparência oriundas da cidadania

• Buscar programas de incentivo em níveis estadual e federal

quanto à aquisição de máquinas e software, além de cursos formati-

vos ao longo do tempo, para permanecerem ativos e com capacida-

de de responder aos cidadãos. Como exemplo, não se faz necessária

a existência da Lei de Informação caso os servidores não saibam de

sua aplicação ou sejam informados por memorando. Os funcionários

precisam estar preparados para cumprir a lei e fazê-lo em tempo de-

terminado.

• Ao estruturar um plano de cargos, deve ser concebida a contra-

tação de dois especialistas de nível superior em Tecnologia de Infor-

mação (TI) com ênfase em organização e operação de bancos de da-

dos (e não técnicos de Ensino Médio) e dois técnicos de nível médio

para acompanhamento e processamento de informações.

Prazo de implementação:

• 18 meses

Financiamento:

• Recursos orçamentários e programas federais e estaduais

6.2.4. DOS DADOS E DA TRANSPARêNCIA PúBLICA

• Desenvolver, com isso, um centro de processamento de infor-

mações ligado à Secretaria de Administração (ou equivalente) en-

volvendo esses funcionários sugeridos. Esta seção teria por função

organizar os dados e torná-los apresentáveis ao fim do processo,

divulgando-os. Ao fim, é a base do cadastro multifinalitário. Os técni-

cos de nível médio operariam para melhorar as estruturas de acesso

36

nos órgãos municipais e acompanhar sua manutenção. A estrutura

burocrática pode ser oriunda de servidores já existentes, com treina-

mento adicional, e poderia incorporar a seção sugerida relativa ao

treinamento e capacitação de servidores. No tempo, esta estrutura

pode representar economia na operação da máquina pública, com

otimização de ações administrativas.

• Disponibilidade de dados organizados no sítio internet da Pre-

feitura com atualização mensal. Os dados podem ser estruturados

por área – Economia, Administração, Educação, Saúde, Assistência

Social, Infraestrutura, Esporte e Lazer e Legislação Municipal.

• Disponibilidade de terminais de consulta – Câmara, Prefeitura,

Secretaria de Turismo, Correio, um centro de vivência – para essas in-

formações. O acesso não será tão grande, mas sua oferta é essencial

para disseminar uma cultura de informação e aumentá-la ao longo

do tempo.

• Contratar, com o devido processo legal, uma consultoria inicial

que disseminasse práticas para viabilizar essas ideias pode ser uma

saída para o início de um processo de modernização técnica.

• Produzir, em nível legislativo, Lei de Acesso Local a Informação,

obrigando a alimentação e disponibilidade dos dados tanto do Legis-

lativo quanto do Executivo.

Prazo de implementação:

• 2 anos, incluindo a Lei de Informação Municipal

Financiamento:

• Recursos orçamentários, Programas federais e estaduais

6.2.5. DO CONTROLE DOS SERVIDORES

A profissão de servidor público é alvo de muitas críticas (muitas injustas,

mas não a totalidade delas). O ingresso no serviço público é absolutamen-

te digno, meritório, competitivo e representa o contato do funcionário

com o cidadão. Sendo assim, é razoável aferir o bom exercício profissional

e as atividades do próprio servidor. Por um lado, é verdade que os planos

de carreira são fracos e pouco estimulantes, assim como a remuneração

pode deixar a desejar.

Objetivo: Acompanhar, estimular e melhorar a atividade no serviço públi-

co local

• Programa de avaliação e estímulo

– Constituir, experimentalmente, duas comissão de mérito –

uma no executivo e uma no legislativo - a partir de indicadores

de desempenho pré-selecionados por setor, que realizaria rela-

tório ao fim de cada exercício, sobre progressos ou estagnação

da atividade, dando publicidade de desempenho (sem personali-

zação) aos seus resultados para toda a sociedade.

37

– Cada uma dessas comissões seria constituída por um presiden-

te (que a presidiria e votaria em caso de empate), três servido-

res de carreira, dois representantes da sociedade (participação

externa, podendo ser recrutados em organizações, associações,

sindicatos, conselhos locais) e um representante designado pelo

Ministério Público.

– Haveria reuniões e, ao fim de novembro de cada ano, seria di-

vulgado o balanço dos resultados, a partir da avaliação de indi-

cadores.

– Sugere-se a constituição de um estudo externo à Prefeitura

para definir os indicadores a serem considerados. Por exemplo,

assiduidade, formação, capacidade de resposta, nível de adesão

a cursos de formação e atualização e congêneres.

– Após avaliação experimental de um ano, poderia ser criada

lei específica para sua existência, avançando seu escopo sobre

promoção na carreira. Claro que deverá ser apreciada sua cons-

titucionalidade e legalidade, incluindo instâncias recursais mas

seria um passo importante para a responsabilização e melhora

na qualidade do serviço público.

Prazo de Implementação:

• 1 ano em caráter experimental

• 18 a 24 meses para Lei específica

Financiamento:

• Recursos orçamentários

6.2.6. DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E EM NOME DO PLANEJAMENTO:

Objetivo: Reorganizar e preparar a máquina pública para gestão mais efi-

ciente

• Uma secretaria adjunta ao gabinete do Prefeito – Governo

• Propõe-se 6 secretarias operacionais

» Educação, Cultura, Esporte e Lazer

– Seções: Educação e Cultura /Esporte/Lazer/Acompanha-

mento e desenvolvimento de Ações

» Saúde

» Assistência

– Gestão de política social

– Cadastro único

– Setor para Acompanhamento e desenvolvimento de Ações

38

» Turismo

– Ações de planejamento, implementação e gestão da área

estratégica do turismo

– Setor para Acompanhamento e desenvolvimento de Ações

» Criar Secretaria de Infraestrutura

– Inclui toda a área ade obras, fiscalização inerente, trans-

porte, frota,

– Engenharia

– Gestão do resíduos

– Setor para Acompanhamento e desenvolvimento de Ações

» Criar Secretaria de Administração, Planejamento e Orçamen-

to

– Setor de Controle e Gestão (controle administrativo e gestão

de RH, formação e treinamento)

– Setor de Informação e Divulgação: novos funcionários de TI

(nível superior e técnicos, incluídos em concurso público)

– Setor de orçamento (elaboração, implementação e acompa-

nhamento), arrecadação (fiscalização, reforma cadastral, simila-

res) e licenças municipais;

– Setor de Fiscalização Posturas Municipais

– Compras e Licitações

– Setor para Acompanhamento e desenvolvimento de Ações

– Setor de Planejamento (dimensionar diagnósticos, buscar in-

vestimentos, realizar estudos, desenvolver projetos de médio e

longo prazo)

• Criar um grupo de estudos para elaborar projetos (de-

senvolver competência) junto aos diversos níveis de go-

verno ou com relação ao investimento privado.

• Participar de comissões para ações transversais

• Propor política de compra, atualização e manutenção

de recursos físicos (equipamentos e similares), etc. Pro-

por “Política Municipal de Atualização de Bens”

• Assessorar o Conselho da Cidade

• Criar uma Ouvidoria Municipal. Um servidor designado, com

mandato de 02 anos, para receber, remeter, cobrar e responder a

reclamações e observações relativas à administração pública.

• Ao lado de cada secretário de nível operacional, um administra-

dor de carreira (incluir em concurso público) que seria adjunto ao

secretário (função de organização administrativa).

39

Prazo de Implementação:

• Até 1 ano para reformular estrutura

• até 18 meses para reestruturar o setor de arrecadação e fiscali-

zação

• até 6 meses para Ouvidoria

Financiamento:

• recursos orçamentários

6.2.7. POLÍTICA MUNICIPAL DE ATUALIZAÇÃO DE BENS

Dentro do setor de planejamento, criar uma comissão de trabalho para

propor atualização, dada superação tecnológica, obsolescência, dano, etc.,

dos bens municipais relativos ao funcionamento da máquina pública em

várias áreas. Esta política estabeleceria tempos mínimo e máximo para

substituição de equipamentos, planejamento para disponibilidade orça-

mentária, busca de recursos externos e similares.

Prazo de implementação:

• 1 ano

Financiamento:

• recursos orçamentários - reduzidos para a Comissão, mas incre-

mentais, ao longo dos anos, dependendo dos estudos.

6.2.8. DO PAPEL DO PODER LEGISLATIVO NESSA QUESTÃO

A Câmara Municipal tem um papel importante nesse processo. Pode ser

proposta uma lei específica obrigando o Poder Executivo a promover tais

ações (ou ações similares), mas dotando-o de instrumentos adequados,

tanto financeiros quanto técnicos. Portanto, deve-se discutir, em paralelo,

um plano de cargos para o funcionalismo e estabelecer um diálogo aberto

com relação aos recursos orçamentários para ações dessa natureza. O po-

der Legislativo é parte da solução, não um expectador passivo.

Prazo desejável para ações legislativas

• Entre 6 meses e 24 meses

Financiamento:

• Recursos orçamentários

40

7. DIRETRIZES ESPECÍFICAS DE PLANEJAMENTO E INDICATIVO

DE PROJETOS PARA ESTRUTURAÇÃO URBANA

7.1. ACESSO:

• Pelas oficinas comunitárias, pode-se perceber que o transporte

para os distritos, especialmente, é insuficiente e as condições das

estradas são desfavoráveis ao acesso.

• Estradas rurais têm manutenção periódica, mas na estação das

chuvas a precariedade destas torna complicado o fluxo, dificultando

o escoamento da produção, o acesso às escolas e turismo.

Proposta: disponibilização de mais horários de ônibus e melhorias nas es-

tradas para os distritos, de modo a viabilizar a circulação de moradores e

turistas, principalmente em épocas de chuvas, incentivar o uso de trans-

portes alternativos, para o que a Prefeitura deve abrir licitação.

7.2. INFRAESTRUTUTURA VIÁRIA

• Na BR-267, novos núcleos de expansão/ diferentes entradas (ris-

co aos pedestres e motoristas).

• Proposta: Reforço da segurança para acesso aos bairros Afonso

Pena – Vila Belmiro que estão do outro lado da BR.

• Má conservação das vias e sinalização. A pavimentação asfálti-

ca não é indicada ao município (manutenção de instalações subter-

râneas e à topografia), de forma preferencial. Os passeios também

apresentam problemas de conservação e sofrem interrupções por

degraus, acessos a garagens, e edificações que avançam o alinha-

mento.

Propostas: conservação das vias e calçadas e, quando possível, substi-

tuição do calçamento que não é indicado. Novos calçamentos devem ser

realizados com blocos individuais, preferencialmente. Complementação e

compatibilização da sinalização com o plano de sinalização de trânsito no

centro e bairros e turístico.

• O transporte de cargas é um grave problema na zona urbana,

com conflito de usos por não existir uma hierarquia urbana definida,

representando incômodo aos moradores e riscos ao patrimônio. Ex:

bairro Nossa Senhora das Graças: fluxo de caminhões e ônibus (de-

pósito de materiais de construção e uma garagem)

Proposta: Definição de uma hierarquia viária, a partir de leis adjacentes

à este plano, tais como a lei de parcelamento do solo urbano. Abertura

de “novas vias, fazendo ligações entre bairros, diminuindo assim o aden-

samento de veículos nas áreas mais centrais e facilitando o acesso dos

moradores aos equipamentos dos bairros vizinhos, permitindo um melhor

aproveitamento dos equipamentos públicos, como é o caso, por exemplo,

do bairro Vila Palmares e Piúna que se ligam somente através da BR 267,

Vila Afonso Pena e Vila Belmiro com apenas uma ligação e do Bairro Patri-

41

mônio com a Rua Antônio Duque Filho, que seguem paralelas sem nenhu-

ma ligação, entre outros bairros.”

• Alguns bairros, como Poço da Pedra e Batatal, têm suas edifica-

ções implantadas sem afastamento.

Proposta: recomenda-se a transformação das vias em vias pedestráveis e

proposição de uma via alternativa de veículos.

• Alguns bairros, como o Batatal, sofrem com deslizamentos de

encostas nos períodos de chuvas

Proposta: recomenda-se a contenção das encostas, assim como a não ocu-

pação extensiva desta áreas, segundo este PDP.

7.3. MOBILIDADE E CIRCULAÇÃO

• No que tange à mobilidade e ao transporte no município, nota-

-se que o principal transporte utilizado pela população para viagens

intermunicipais é o ônibus. Porém, para os deslocamentos internos,

os principais transportes utilizados são o carro, a bicicleta e a pé, que

são transportes individualizados e não coletivos, devido, sobretudo,

às distâncias percorridas e a precariedade do serviço de transporte

coletivo.

Propostas: Para minimizar as demandas relativas ao deslocamento urba-

no, será necessário priorizar os transportes coletivos, criar infraestrutura

básica para dar suporte aos ciclistas, como ciclo-faixas ou ciclovias nas vias

de maior tráfego e melhoria da infraestrutura para os pedestres, retoman-

do aqui o ponto de melhoria das calçadas e mobiliário urbano. (resumir

com a parte de baixo) Conclusão doTerminal Rodoviário no bairro Piúna,

implantação de terminais urbanos.

De acordo com a Lei de MOBILIDADE URBANA, nº 12.587, os municípios

acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, na

forma da lei, à elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano

de Mobilidade Urbana, integrado e compatível com os respectivos planos

diretores ou neles inserido. Apesar de Lima Duarte não ser obrigada, su-

gere-se diretrizes referentes à mobilidade urbana e recomenda-se a ela-

boração futura de um plano setorial dedicado à mobilidade intraurbana.

Destacam-se as propostas de criação de ciclovias/faixas em algumas vias

da cidade, o incentivo ao uso de veículos não-motorizados, a instalação de

bicicletários em locais públicos.

Como exemplo, propõe-se a criação de uma Rua Modelo. Esta é uma pro-

posta de tornar a cidade universalmente acessível, e a população mais

sensível à questão de uma cidade para todos. A ideia da criação da rua mo-

delo é fazer com que a partir desta, possa se ter um exemplo para toda a

cidade, fazendo com que seja qualificada a mobilidade de todo indivíduo.

Para a construção da Rua Modelo deve ser escolhida uma via pelo Conse-

lho da Cidade - que deverá ser criado - juntamente com a secretaria de pla-

nejamento e obras. E, para a elaboração do projeto deverão ser buscadas

parcerias com as universidades públicas próximas para assistência técnica.

As adaptações desta rua deverão contemplar as necessidades universais

42

de acessibilidade, respeitando as normas previstas na NBR 9050.

• Não existe nenhum tipo de política voltada para a acessibilidade

universal: faltam vagas para portadores de dificuldades de locomo-

ção e a inexistem rampas, além da própria inadequação das calça-

das. As vias não se encontram em condições de igualdade de circula-

ção ou transporte, a fim de garantir a mobilidade para todo tipo de

transeunte, pois não estão adaptadas para deficientes permanentes,

nem temporários.

Proposta: Adaptação à Lei de acessibilidade universal, no 10.098, de 2000,

que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da aces-

sibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade redu-

zida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços

públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos

meios de transporte e de comunicação. O planejamento e a urbanização

das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deve-

rão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para as

pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Segundo

esta lei, as vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público

existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários

urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que

vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais am-

pla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade

reduzida.

7.4. COMUNICAÇõES

• Internet: banda larga, rádio e 3G/ problemas conectividade, ain-

da mais nos distritos

• Redes de televisão: transmissão da rede aberta s/ parabólica é

fraca/ TV’s por assinatura apresentam problemas de manutenção

Proposta: ampliação das redes de transmissão e da manutenção e maior

fiscalização pela Prefeitura dos contratos com as prestadoras de serviços.

7.5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

• Ocupações em área de risco e residências em situação precária

de habitabilidade.

Proposta: maior fiscalização da prefeitura e cumprimento do PLHIS, com a

construção de novas habitações para realocação destas pessoas.

• Área central: ocupação com maior densidade, gabarito maior e

maior ocupação do lote. Ao redor da região central: existem diferen-

tes loteamentos, em terreno montanhoso ainda desocupados.

Proposta: Restrição da ocupação na área central, já muito adensada, e

precaução no adensamento dos condomínios ao redor, de acordo com o

zoneamento indicado nesta lei.

43

7.6. ESTRUTURA FUNDIÁRIA

• Lei de Perímetro Urbano: sede/ perímetros dos distritos.

• Código de Posturas: necessita enfatizar o bem-estar urbano e po-

der de polícia da prefeitura.

• Código de Obras e Lei de diretrizes no Centro: procedimento

para a autorização das obras, construções, aprovação de projetos e

penalidades. Necessita revisão e atualização.

Proposta: confecção, revisão e compatibilização destas leis. Aumento da

fiscalização, apoio ao aumento do contingente de fiscais da prefeitura.

• Lei sobre a Ocupação e Uso do Solo do distrito de Conceição de

Ibitipoca: Precisa ser revisada e compatibilizada com a legislação mu-

nicipal que está sendo criada e revisada. Algumas das diretrizes que

ainda não foram aplicadas (turismo e infraestruturas) estão sendo

incorporadas ao PDP.

Proposta: Necessidade de regularização fundiária e adequação às especi-

ficações da área de amortecimento do parque a ser regulamentado pelo

conselho e direção do parque. Se a lei de amortecimento do parque vier

a ser revisada, a lei de expansão Urbana do distrito deverá se adaptar ao

limite do perímetro de amortecimento.

• Leis ambientais: Lei nº 916 - extração de areia (precisa ser com-

patibilizada com a legislação federal) e Lei nº 822 -Área de Proteção

Especial do Rio do Peixe (falta ser compatibiliza com a Lei das Águas).

Falta uma lei específica sobre a extração de saibro no município.

• Faltam leis específicas (Parcelamento ; Uso e Ocupação do Solo

Urbano do Município); rigor na atuação dos órgãos competentes e

fiscalização.

• A Planta de valores é antiga e não é seguida no cálculo do IPTU:

precisa ser revista – Há necessidade da criação de um cadastro multi-

finalitário para adequação da arrecadação do município. Áreas mais

valorizadas devem possuir um imposto predial superior, porém de-

vem ser definidos requisitos para garantir o equilíbrio das cobranças

para a população de baixa renda.

• Carência de regularização fundiária.

Proposta: confecção, revisão e compatibilização destas leis. Aumento da

fiscalização, apoio ao aumento do contingente de fiscais da prefeitura. So-

bre e extração de saibro no bairro Santo Antônio, implementar estratégias

para separar estruturalmente a extração do restante dobairro. A prefei-

tura, através da secretaria de obras poderá disponibilizar um número te-

lefônico para denuncias relacionadas à construções irregulares para que

a população contribua com a fiscalização. Devem ser feitos trabalhos de

educação comunitária relacionados às leis urbanísticas.

O cadastro multifinalitário poderá contribuir também com a solução da

regularização fundiária no município. Deverá ser feita uma análise caso a

caso, sendo possivelmente necessária a assessoria jurídica e assistência

técnica em arquitetura e urbanismo pública e gratuita para a população

44

de baixa renda. Deve-se prover a regularização/legalização de ocupações

irregulares, exceto as situadas em áreas de risco e em áreas de proteção

permanente. Algumas das possíveis soluções são de aplicação do instru-

mento de usucapião coletivo ou individual no caso de imóveis particulares

ocupados pelo tempo constante em lei e comprovado, doação ou conces-

são de direito real de uso e da concessão especial para fins de moradia nas

áreas definidas pelo Plano Diretor como Zona de Especial Interesse Social

(ZEIS) coma devida avaliação e autorização legislativa.

7.7. HABITAÇÃO

• Expressivo número de residências com baixo nível de habitabi-

lidade: problemas construtivos e presença de áreas de risco, proxi-

midade a cursos d’água, construções em antigos “lixões” e alguns

casos de declividades acentuadas, adensamento excessivo, carentes

de infraestrutura, sem unidade sanitária domiciliar exclusiva, domi-

cílios rústicos, improvisados, em situação de coabitação familiar, ina-

dequação fundiária passíveis de regularização, com predominância

de uso residencial multifamiliar horizontal destinado à população de

baixa renda.

Proposta: Seguir o PLHIS: a remoção/demolição das unidades habitacio-

nais, o reassentamento, monitorado e indenização das famílias, todos

objeto de futuras leis complementares a este Plano. Já para as situações

de déficit quantitativo (o Plano aponta, no Quadro Síntese de Custos de

Intervenções, a construção de 75 casas de dois quartos de 36,84 m² para

suprir o déficit habitacional quantitativo), indica-sea produção de unida-

des habitacionais, de lotes urbanizados e doação de cestas de materiais, e

a utilização do instrumento ZEIS nas áreas vazias, a ser definido pelo Plano

Diretor. Indica-se também a ampliação da unidade habitacional; inclusão

no Programa Municipal Melhoria Habitacional e implantação de infraes-

trutura e saneamento básico; programa de regularização fundiária, com

a utilização de instrumentos como ZEIS(Podem ainda ser utilizados instru-

mentos como a titulação e concessão de uso especial para moradia, de di-

reito real de usos e usucapião urbano), dentre outros instrumentos legais;

produção de unidade sanitária. Expansão para os distritos, com a implan-

tação com PMCMV Rural em São José dos Lopes. Restrição em Ibitipoca da

implantação de habitações de alto valor aquisitivo, devido à ocorrência de

condomínios fechados.

7.8. SANEAMENTO BÁSICO

Estimular ações integradas pela via do Consórcio Intermunicipal de Sane-

amento Básico da Zona da Mata de Minas Gerais”, que engloba os muni-

cípios que possuem abastecimento e tratamento de água e esgoto com

recursos próprios (Abre Campo, Acaiaca, Carangola, Conceição de Ipane-

ma, Fervedouro, Jequeri, Lajinha, Lima Duarte, Manhuaçu, Manhumirim,

Muriaé, Pocrane, Ponte Nova, Raul Soares, Recreio, Reduto, Rio Doce, Se-

nador Firmino, Senhora de Oliveira, Tocantins, Tombos, Vermelho Novo

e Viçosa.). Tais ações envolvem planejamentos orçamentários conjuntos,

facilitando compras, cursos e projetos para os participantes.

45

De forma geral:

• Incrementar a cooperação técnica e a capacidade em gerar pro-

jetos com a finalidade de captar recursos como, por exemplo, para

estações de captação e tratamento e regulação de hidrômetros, pa-

ralelamente à expansão das interligações e recursos de planejamen-

to visando à ocupação territorial (como vetor de crescimento)

• Para Lima Duarte, sede e Conceição do Ibitipoca em particular,

pensando na integração ao setor turístico, integrar ações para evitar

a ocupação sem planejamento de hotéis ou pousadas, que deman-

dam energia, água e esgoto, ao lado de condições de deslocamento

(estradas e vias adequadas) e de serviços (restaurantes ou comér-

cio), não podem ser realizadas sem equipes conjuntas de trabalho,

que estruturem uma reflexão sobre o futuro do município. Portanto,

exige-se mais integração e menos dispersão, tanto técnica quanto

administrativa. O poder político e legal da Prefeitura envolve grau

crescente de regulação, não de permissão indiscriminada de ocupa-

ção.

• Incentivar ações ligadas a coleta e tratamento de lixo com solu-

ções regionais, antes que isoladas, com atuação.

• Buscar projetos e fontes de recurso para coleta adequada do es-

goto e limpeza dos rios, buscando maior interação entre a cidade

e seus cursos d’agua. Tais medidas deverão ser tomadas não só na

sede como também nos distritos e zona rural. Especial atenção para

São José dos Lopes nesta questão.

Prazo de implementação:

• Para ações integrativas de cooperação e projetos, de um a 08

meses e, daí por diante, de forma permanente;

• Para coleta e tratamento de lixo – convênios interregionais – até

2 anos, pois envolve também acertos técnicos de descarte e reapro-

veitamento

Financiamento:

• Orçamento (Não há grande previsão de gastos)

7.8.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA E COLETA DE ESGOTO

• O município é bem atendido pelos serviços de saneamento bási-

co: 94% de pessoas vivem em domicílios com água encanada, entre-

tanto, as regiões Rancharia, Palmital, Capoeira Grande apresentam

maiores problemas de abastecimento. O mesmo se dá com os servi-

ços de esgotamento sanitário.

• Estação sem sinalização, manutenção ou proteção contra entra-

da de pessoas e animais. Funciona na sobrecarga e não são realiza-

das análises de rotina..

• Áreas de baixa pressão e também sem hidrômetros, registrando,

por isso, um consumo per capta acima da média nacional.

46

• Os distritos são atendidos pela rede de água, porém,São José dos

Lopes e São Domingos da Bocaina, apenas são canalizados, não têm

água tratada, nem hidrômetração; e Conceição do Ibitipoca e Orva-

lho possuem captação em poços, com cloração e hidrômetração em

apenas algumas casas em Conceição de Ibitipoca, sem proteção das

nascentes e sem tratamento.

• Segundo o PLHIS, não foi identificada nenhuma atividade exerci-

da por parte do município para tratamento do esgotamento e, me-

nos de 2% dos domicílios têm solução individual. Além disso, o corpo

receptor já apresenta fortes odores e proliferação de bichos por falta

de monitoramento.

• O esgotamento sanitário ocorre, em boa parte, de forma unitá-

ria. Há problemas na rede, vazamentos ou entupimentos, além de

não contar com nenhuma estação elevatória de esgoto ou linhas de

recalque.

• Não existe nenhum setor específico para gestão dos serviços

de fiscalização, manutenção ou monitoramento do sistema, nem

indicadores para o sistema de drenagem pluvial ou verbas para a

drenagem urbana. Logo, já existe assoreamento de canais, erosão e

alagamentos.

Proposta: A proposta relativa ao problema dos esgotos envolve aporte fi-

nanceiro, mas também a Saúde Pública e deve ser objeto de todos e quais-

quer investimentos em infraestrutura e busca de linhas de financiamento

em órgãos de fomento, particularmente federais. A melhoria da qualidade

deste tratamento deve ser acompanhada pelo Poder Público, no sentido

de ampliar as fossas sépticas, conectar a rede geral nas comunidades aon-

de isto é possível e integrar a área rural a um sistema geral de tratamento

sanitário dentro das possibilidades técnicas.

Tratar o problema do abastecimento como problema público implicará em

captar recursos para tratar a água, aumentar a interligação e desenvolver

formas alternadas de armazenamento, distribuição e tratamento. Nova-

mente, este esforço exigirá a captação de recursos via projetos, predomi-

nantemente, junto ao Governo Federal. Cabe também o investimento em

construções que possam captar água da chuva, a educação para ferver ou

tratar a própria água, eventualmente a construção de pequenos reservató-

rios e, muito importante, a oferta de projetos integrados para tratamento

de água e esgoto, além da construção das redes paralelas e o entendimen-

to de que a Saúde Pública é impactada por estes dois investimentos.

Fortalecimento do órgão responsável. Resolução dos problemas pontuais,

especialmente nos distritos. E finalização do Plano Municipal de Sanea-

mento Básico que já vem sendo elaborado e pretende sistematizar o servi-

ço e o PDP reforça os pontos que também constam nele.

7.8.2. COLETA DE LIxO

• Não há coleta seletiva, acompanhada de projeto de educação

ambiental, que abarque toda a população, a fim de auxiliar na me-

47

lhoria da usina de compostagem e reciclagem existente.

Proposta: O destino do lixo, mesmo com problemas apontados como al-

guma inadequação no local, atende à demanda do município. Atenta-se

para um provável esgotamento em 2018, o que obrigará a definição de

novo local. O Plano Diretor deve apontar possibilidades e não negligenciar

a demora na concessão de licença ambiental. Além disso, parece ser ne-

cessária a modernização da coleta (dois caminhões) e um planejamento

de mais longo prazo envolvendo o crescimento da própria cidade. Sugere-

-se, também, a modernização dos registros – que vem sendo manuscritos

a partir da própria usina. Os convênios com municípios vizinhos são uma

boa iniciativa a permanecer, dentro da capacidade de absorção do novo

local.

Criação de pontos de Entrega Voluntária – PEV. Funcionam como postos

ou locais fixos, onde os munícipes, espontaneamente, colocam os resíduos

no adequado recipiente com cores para os diferentes tipos de resíduos, de

acordo com a Resolução CONAMA nº 275, de 24/04/2001. Procurar Reso-

lução CONAMA nº 275/01, inclusive nos distritos.

7.8.3. ENERGIA ELéTRICA

• O crescimento desordenado da cidade faz com que haja locais

com iluminação pública inconstante. Há distritos e vilarejos sem ilu-

minação, também. Há ainda locais com sobrecarga de energia elétri-

ca, principalmente em áreas que sofreram processo de verticaliza-

ção, sem aumento da carga. Na zona rural do município o problema

é mais grave. Há necessidade de melhorar o sistema em quase todo

o município.

Proposta: Solução das deficiências quanto à questão de iluminação. In-

centivo a métodos alternativos para economia doméstica e manutenção

do meio ambiente, como aquecimento solar da água para banho, entre

outras soluções que tenham comprovada eficiência ecológica, com opções

para desconto em conta, etc.

7.9. EDUCAÇÃO

O setor Educação parece realmente subfinanciado em todos os níveis. Mas

esta é uma parte da questão. O recrutamento de pessoal administrativo e

professores, a capacitação de todos (ainda que os professores devam ser

o foco principal dessa ação), precisa ocorrer em um ambiente de trabalho

salubre, equipado e preparado para receber alunos. O desafio da Escola

Pública não é mais criar vagas, antes é manter, aprovar, ampliar a qualida-

de do atendimento e ampliar o compromisso público. De qualquer forma,

várias dessas sugestões esbarram na complexidade institucional. A Prefei-

tura tem maior capacidade mobilizadora dentro do município, mas pouca

ou nenhuma ingerência no Ensino Médio.

Alunos precisam de estímulos, acompanhamento, disciplina de estudo

e na escola e para a vida; professores precisam de livros, acesso a inter-

net, estímulo financeiro e de carreira e projeto de trabalho; gestores de

48

aprofundamento, abertura para parcerias e estudo e disponibilidade para

inovação. Todos precisam, por outro lado, de alguma dedicação menos

burocrática, mais capacidade de liderança e horizonte de trabalho. Em ní-

vel municipal não é possível realizar tudo, mas uma parte relevante de

um projeto parecido. A carreira do magistério municipal não é atraente, o

número de funcionários no setor é baixo, não há estímulo financeiro, nem

observou ações ou projeção de projetos para a educação continuada de

professores e funcionários da área de educação. As escolas são desequi-

padas de computadores , livros., laboratórios. A estrutura dos prédios são

suficientes.

7.9.1. UMA CARREIRA MAIS ATRAENTE E COM SALÁRIOS MAIS ESTIMULANTES

• Parte da estrutura mais geral de reformulação do funcionalismo,

deve incluir questões específicas dos professores e servidores – pro-

moção, incentivos por titulação, treinamento periódico, atualização

tecnológica

• o debate sobre critérios de promoção deve desenvolver meca-

nismos de avaliação dos professores e técnicos. Deve incluir dedica-

ção e tempo na escola, formação, atualização e resultado em escalas

a serem definidas em grupo de trabalho.

• Complementar quadro contratando professores e servidores em

número suficiente, a partir de estudo da secretaria específica com

relação ao quadro atual, aposentadorias e necessidades descober-

tas.

• Há a necessidade de concursos públicos visando à formação de

um profissional competente em sua área de formação, mas tam-

bémcapaz de compreender um projeto integrador, participativo e

de uma escola mais integral.

Prazo de implementação:

• até 3 anos

Financiamento:

• Orçamento

7.9.2. ATIVIDADES E FUNCIONAMENTO DA ESTRUTURA ESCO-LAR

• atividades que complementem a formação – formação física,

cultural de caráter geral, de orientação para a cidadania, atividades

extraclasse e estímulo à participação em eventos de caráter nacional

ou regional

• desenvolver noção de escola integral – não apenas para perma-

necer lá com a aluno, mas para atender o exposto imediatamente

acima e organizar um horário de estudo específico

» escolas integrais exigem espaço físico e recursos humanos.

49

Recomenda-se estudo criterioso, dada a dependência de estru-

tura adequada.

• perfil de gestão

» Não podem ser escolhidos gestores meramente burocráticos

ou por indicações pessoais, muito menos eleitos sem a menor

capacidade de produzir resultado. Isso significa que os direto-

res, precisam de capacitação – compreender o processo legal,

noções de administração organizacional e orçamentária. Sem li-

derança, eles pouco podem fazer no estímulo aos demais atores

– alunos e professores.

» Devem ser dadas aos gestores as condições materiais obje-

tivas – alguma garantia de financiamento e instalações e apoio

institucional permanente. Nesse sentido, alguma autonomia de-

veria ser dada às escolas.

Prazo de implementação:

• Novos profissionais – até 2 anos, mediante estudo de demanda

• Mudança de formação: grupo de trabalho visando implementa-

ção ematé 18 meses12 meses

• Escola integral – Formação de grupo de trabalho visando apre-

sentar plano em 8 meses

• Perfil de gestão – nos próximos concursos públicos para novos e

cursos de atualização para os atuais – começar com 3 meses e seguir

progressivamente mediante plano de atualização

Financiamento:

• Recursos Orçamentários, para novos servidores;

• Recursos orçamentários recursos federais e estaduais, para es-

cola integral

• Recursos orçamentários, para mudar perfil de gestão.

7.9.3. GRUPO LOCAL PARA AVALIAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO E PRÁTICAS ESCOLARES

• Com professores de cada área, desenvolver consultas, grupos de

trabalho, práticas de feedback organizacional e de aprendizagem. Ao

invés de mera implementadora, a escola tornar-se-ia agente mais

ativo no desenvolvimento das ações, estimuladora de participação

e menos atrelada às determinações burocráticas meramente execu-

toras.

Prazo de implementação:

• 6 meses

Financiamento:

50

• mínimo ou não se aplica, recursos da secretaria quando neces-

sário

7.9.4. CRIAÇÃO DE UM GRUPO DE TRABALHO ENTRE A SECRE-TARIA, REPRESENTANTES DE PROFESSORES E PAIS DE ALUNOS, PARA MONITORAMENTO DO ANO LETIVO E PRÁTICAS EDUCA-CIONAIS

• Reuniões a cada 3 meses (3 reuniões/ano)

• Ressalte-se a o cuidado necessário para contar com a quebra de

resistências e a dedicação necessária para reuniões, instrumentos de

discussão e acompanhamento

• Pode avaliar pontos de estrangulamento, necessidades, avanços

e acompanhar o progresso de indicadores

• Se for o caso, incrementar o Conselho Municipal de Educação e

dotá-lo de instrumentos para tal

Prazo de implementação:

• 6 meses

Financiamento:

• mínimo ou não se aplica, recursos da secretaria quando neces-

sário.

7.9.5. PROGRAMA MUNICIPAL DE ATUALIZAÇÃO E FORMAÇÃO

• Programa de incentivo a formação em nível de especialização ou

pós-graduação estricto senso, preferencialmente para professores

mas também para técnicos, com a seguinte sugestão:

• Obrigatoriedade em cursar área onde atua e/ou área de gestão

– Inscrição livre, mas estabelecimento de prioridades pelas áre-

as de conhecimento

– Redução de carga horaria (a ser regulamentada)

– Tempo máximo de 1 ano para atualização ou especialização/2

anos para pós estricto senso

– Contrapartida de compromisso em permanecer no serviço

público municipal pelo tempo igual ao utilizado na formação

– Criação, pela secretaria, de regulamentação própria para o to-

tal de servidores afastados ao mesmo tempo e os graus de prio-

ridade para saída

• Programa de Incentivo a Atualização

– Cursos rápidos, com menos de 1 ano de duração, definidos

como de prioridade para ações mais rápidas

– Nos dois casos, a Secretaria deve acompanhar os cursos e

monitorar progresso pelo seu setor de Desenvolvimento e Acom-

51

panhamento de Ações, recomendando a continuação ou suspen-

são do convênio/atividade.

• Ampliação do contato com universidades para programas de for-

mação continuada, atualização ou liderança. O espaço sugerido aci-

ma, um centro de educação, poderia ser utilizado para cursos locais,

ofertados mediante convênios.

Tempo de implementação:

• Até 8 meses para incentivo a atualização

• Até 18 meses para iniciar especialização e pós estrito-senso

• Até 1 ano para convênios

• Daí por diante, mediante calendário por setor/escola anual

Financiamento:

• exige a contratação temporária (durante afastamento integral, se

for o caso) e pagamento de convênios (se for o caso)

• parcerias com o setor público

• Recursos orçamentários

• Programas de incentivo à formação –buscar financiamento fede-

ral e/ou estadual

7.9.6. RECURSOS E EQUIPAMENTOS

Buscar soluções adequadas à realidade do município, mas sem compro-

meter a qualidade do ensino ofertado. Buscar implementar ações para fa-

vorecer mecanismos e recursos compartilhados. Não distinguiras escolas

urbanas das escolas rurais, salvo havendo problema emergencial de infra-

estrutura.

• Biblioteca Municipal

– Sem prejuízo de bibliotecas locais em escolas, promover uma

maior disponibilidade de títulos físicos e digitais

– Política de aquisição de acervos digitais e físicos

– Computadores conectados à rede mundial em número de 30

terminais

– Aquisição de 30 tablets (ou similar) para consulta e leitura

dentro desse ambiente

– Ambiente wi-fi para uso de notebooks ou tablets

– Contígua ao Centro de Educação e Cultura (item 10.9.7.)

• Biblioteca volante

52

Prazo:

• até 2,5 anos

Financiamento:

Aquisição de ônibus , livros e mídias digitais:

– Orçamento

– Recursos federais e/ou estaduais via projeto

• Laboratórios –

» cada escola deve ter um espaço coletivo de Formação para a

Ciência”: um laboratório para Física/Química/Biologia e um Es-

paço para Ciências Humanas, ambos conectados a rede mundial.

• Reformas de construções

» Objetiva melhorar o ambiente escolar e da administração,

como infraestrutura, pintura, iluminação e limpeza, tornando o

ambiente mais agradável

» Estabelecer escala de prioridade, no orçamento, nas constru-

ções – das escolas mais carentes para a secretaria e não o con-

trário

• Equipamentos

» Equipagem de escolas urbanas com duas salas multimídia –

projetor e computador, para aulas específicas. Podem coincidir

com os laboratórios mencionados no item acima.

» Aquisição de móveis escolares adequados – política de reno-

vação (definir tempo e prioridade)

» Aquisição de material pedagógico para pré-escola

» Política municipal de atualização de material permanente – co-

missão de trabalho para fixar metas de substituição/atualização

• A possibilidade de construir novas escolas não parece emergen-

cial. Entretanto, deve ser precedida de rigoroso estudo de demanda

e aproveitamento das estruturas existentes, inclusive dadas as pro-

postas anteriores para biblioteca, laboratório, etc.

Prazo:

• Até 3 anos para biblioteca

• Até 3 anos para laboratórios

• Até 4 anos para reformas

• Até 4 anos para atualização/troca de móveis e equipamentos de

uso regular

Financiamento:

• Orçamento

53

• Governo Federal- Ministério da Educação e Ministério da Ciência

e Tecnologia (FINEP)

• Creche e maternal: Estudos indicam que a presença de creches

podem produzir efeitos positivos para que a mãe possa, após a licen-

ça maternidade e/ou amamentação, contribuir para a renda familiar

ou ser, ela própria, a principal fonte de renda da família. Da mesma

forma, uma creche pode facilitar o acompanhamento da criança em

termos nutricionais e de formação dos primeiros meses e anos.

Proposta: Viabilizar a implementação de duas ou três creches emergenciais

em área urbana. A sugestão de localidade é de uma creche na comunidade

do Manejo, que pode reunir as crianças das proximidades e outras duas na

sede, nos bairros do Batatal e Santa Teresinha ou alguma área próxima. A

base utilizada para a sugestão destas regiões sobrepõe as áreas considera-

das de renda mais baixa com os registros do IBGE de maior concentração

de crianças abaixo de 5 anos, podendo ser feito estudo específico.

Se os recursos de creche podem ser deduzidos da rubrica de Educação, a

gestão da questão em nível municipal deve vincular educação e assistência

como instrumento regulatório e de gestão. A consecução de programa lo-

cal de creche deveria vincular-se ao sistema local de assistência, reforçan-

do, assim, um pilar da proteção social de grande relevância.

Constituir equipe de trabalho com educação, assistência e planejamento.

Isto porque outras creches além das emergenciais demandam estudo mais

criterioso de demanda.

Prazo para implementação:

• até três anos

Financiamento:

• Recurso orçamentário

• Programa federal específico (“Brasil Carinhoso”, que depende

fundamentalmente de solicitação de projetos pelo poder público

municipal, a adesão aos seus pilares e o fornecimento de informa-

ções básicas. Trata-se de uma ação integrada em educação, assistên-

cia e saúde que pode atingir um grande alcance.)

• Convênio com entidade (associações religiosas ou laicas com

certificação de filantropia ou utilizar instalações dessas associações

(como aluguel) envolvendo pessoal próprio (ou contratado nos limi-

tes legais) e recursos orçamentários)

7.9.7. CRIAÇÃO DE UM “CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA”

Esta é uma indicação que exige investimento em construção e áreas co-

muns, sendo mais dispendiosa. Entretanto, ela pode abrigar um centro

cultural de referência multimídia, a própria Secretaria de Educação, Cultu-

ra, Esporte e Lazer, um local para encontros e reuniões coletivas e uma pe-

54

quena área de jardim que poderia ser utilizada para atividades ao ar livre.

Trata-se de um ponto referencial para a cultura da cidade, um polo atrator

de pessoas e uma nova referencia no ambiente urbano.

Sugere-se sua localização próxima ao centro, ou no bairro Patrimônio, afim

de que se privilegie para alocação do equipamento um edifício com valor

patrimonial, preferencialmente protegido por tombamento.

• Biblioteca

• Infocentro e área wi-fi

• Anfiteatro multimídia, permitindo palestras, encontros ou ativi-

dades culturais (cinema, teatro).

• Espaço para apresentações culturais ao ar livre

• Um museu e/ou espaço para exposições

• Gestão da secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer

Prazo de implementação:

• até 4 anos

Financiamento:

• Governo federal ou estadual via projetos

• Parceria privada para manutenção da área

• Recursos orçamentários complementares

7.10. ESPORTE E LAZER

• Carência de ações voltadas às praticas esportivas

Proposta: Incentivar a prática cotidiana de esportes, aproveitar escolas

nos fins de semana, equipamentos públicos de ginástica podem ser espa-

lhados em lugares como / estimular o uso de áreas públicas (conservação

dos locais, melhorando a qualidade de vida) /ciclismo com mais segurança

exige ciclovias demarcadas / combinação de turismo e esporte. (precisam

tornar-se efetivas) ações para o esporte na sede e nos distritos.

No campo esportivo, mais que gerar atletas importa a prática mais coti-

diana de esportes e programas de acesso. A combinação de monitores,

equipamentos e atividades sistemáticas podem ajudar a disseminar e con-

solidar o esporte. Essa prática tem ainda a vantagem de estimular o uso de

áreas públicas e combinar estas atividades com eventos ligados à Saúde e

à conservação dos locais, melhorando a qualidade de vida.

• Escolas podem ser aproveitadas em finais de semana,

– Mediante apoio da comunidade, pode ser desenvolvido pro-

grama para aproveitamento do espaço escolar para atividades

esportivas

• acordos podem ser firmados entre a Prefeitura e entidades para

estímulo esportivo

55

– programas que vinculam atividade esportiva e ações na es-

cola

• equipamentos públicos de ginástica podem ser disponibilizados

em lugares como parques e no centro.

– Algumas modalidades de aparelhos podem ser adaptados

para locais públicos. Distribuição estratégica por praças em pon-

tos da cidade com maior concentração populacional e de deslo-

camento.

• estimular a prática do ciclismo com mais segurança

– estudar a implementação de uma ciclovia ao longo do eixo

que atravessa a cidade – área de interface com Secretaria de

Obras e de Planejamento

• Estimular competições interescolares ou interbairros

– Monitoria necessária, por voluntariado ou

• Criar e estimular grupos locais de caminhada, criando monitoria

para tanto

– por voluntariado, por professores de educação física, contra-

tos temporários)

Prazo de implementação:

• Abertura de escolas – depende da disponibilidade de pessoal e

estudo breve de viabilidade, dada a necessidade de monitoria: de 3

a 6 meses.

• Equipamentos públicos de ginástica: entre 6 e 24 meses;

• Projeto e implementação de ciclovia – até 2,5 anos;

• Competições interescolares e interbairros – calendário em até 6

meses, periodicidade anual;

• Grupos de caminhada – organização em até 6 meses.

Financiamento:

• Abertura de escolas – custo baixo, programa de monitoria, recur-

sos orçamentários se necessário;

• Equipamentos públicos de ginástica: entre 1 e 2,5 anos – recur-

sos orçamentários;

• Projeto e implementação de ciclovia – até 2,5 anos – recursos

orçamentários;

• Competições interescolares e interbairros – calendário em até 6

meses, periodicidade anual – parceria com setor privado;

• Grupos de caminhada – organização em até 6 meses – parceria

com setor privado.

56

7.11. SAúDE

O município não comporta investimentos públicos de alta complexidade,

dadas suas características próprias e do Sistema único de Saúde (SUS). O

setor privado dificilmente realizaria investimentos de alta complexidade

dado o baixo retorno. De qualquer forma, sistemas de alta complexidade

são demandados na ponta superior das questões de Saúde, em processos

de diagnóstico e internação envolvendo maior gravidade, procedimentos

específicos e/ou especializados e aparelhamento. Em Lima Duarte o bem-

-estar em Saúde depende de saúde básica, acompanhamento, capacidade

de deslocamento rápido e eficiente, oferta de serviços emergenciais e ge-

renciamento de demanda eficiente.

Para o SUS, a cobertura do “Saúde da Família” em equipes atinge 100% do

município, enquanto a cobertura em saúde bucal atinge 64%. Evidente-

mente que a cobertura em 100% do PSF não é uma condição de excelên-

cia, mas uma possibilidade geográfica. O PSF é um programa fundamental

para a saúde básica e a ele deve ser emprestada toda atenção, uma vez

que o contato entre a população e esses profissionais representa uma pos-

sibilidade de entrada importante para a qualidade de vida. A integração

com a saúde bucal facilita em muito esse acompanhamento.

Portanto, a lógica de gestão da Saúde em nível municipal exige desde o

acompanhamento das famílias até o gerenciamento de demanda. Com

base nisso,

• a oferta de acesso ao sistema deve melhorar pelo início, ou seja,

quando o usuário busca a rede SUS. Facilitar acesso via telefone e

internet e horário diferenciado no posto de saúde para marcar aten-

dimento. Este problema é puramente gerencial

• Contratação – esta questão é delicada. Claramente o sistema

local de atendimento comporta mais clínicos e não especialidades

complexas. O perfil de atendimento envolve clínico e ginecologista.

Por isso, deve ser observada a relação entre demanda e atendimento

e verificar necessidade de novas contratações de profissionais.

• Gerência do quadro – Reclamações sobre frequência foram apre-

sentadas em audiências públicas e não podem ser ignoradas pelo

gestor. Se existem médicos ou outros profissionais da área em férias,

a obviedade de sua substituição é gritante. Se há a falta de profis-

sionais, então soluções alternativas devem ser procuradas, desde

programas de contratação até ofertas mais atraentes de emprego.

Mas, independente da remuneração, existem contratos de trabalho

a serem cumpridos.

• Melhorar postos de saúde e condições de atendimento – progra-

ma de reforma predial e compra de móveis e equipamentos. Deve

ser planejada dentro de uma política municipal de substituição de

• uma clínica volante equipada e que atenda, periodicamente, em

localidades mais afastadas, particularmente na zona rural. Uma via-

tura, do tipo ônibus, equipada com aparelhamento básico e agenda

de visitas. Pode ser precedida por avaliação do PSF e a própria equi-

57

pe pode gerenciar esse atendimento. Medidas como atendimento

volante podem parecer ultrapassadas, mas aproximam o Estado das

pessoas.

• 3 ambulâncias equipadas com equipamentos de emergência: (1)

a de remoção para polos de referência, (2) a área rural e (3) atendi-

mento local em geral. Isso deve sempre ser pensado evitando sur-

presas motivadas por falta de gerenciamento; uma delas sempre

estará na cidade como reserva.

• Ambulância implica em plantonista de emergência, motorista e

auxiliar. Esta equipe não precisa ser imobilizada em uma tarefa. Mo-

toristas devem ter escala de prioridade (sendo o topo a ambulân-

cia), auxiliar de enfermagem (deve existir sempre um que esteja a

ser mobilizado) e o médico clínico pode atender em várias situações.

Novamente retornamos a questão da gestão, uma vez que cada pro-

fissional deve ter treinamento específico para a função.

• a Santa Casa necessita de incremento de leitos, ainda que não

seja uma demanda explosiva. Dado seu perfil de atendimento , suge-

re-se incrementar 15% no total de leitos para melhorar demanda (7

ou 8 leitos a mais). Se isso implicar em obras, complica-se o quadro.

A equipe local de saúde deve definir prioridade de aumento de leitos

e, claro, isso deve ser repactuado.

• A gestão precisa operar com bancos de dados operacionais para

consulta, os arquivos precisam ser modernizados, o acompanha-

mento do sistema precisa melhorar, implicando aqui marcação de

consultas, guias de internação, as ações do PSF, entre outras. Esta

proposta surge em conjunto ao cadastro multifinalitário.

• modernizar o quadro de funcionários com treinamento adequa-

do para operar o Sistema de Saúde local, por mais simples que seja,

atendendo, registrando, monitorando e, com isso, oferecendo quali-

dade são fundamentais nesse processo.

Prazos de implementação:

• Facilitar acesso via telefone e internet e horário diferenciado no

posto de saúde para marcar atendimento – entre 6 e 8 meses

• Contratação de médicos e auxiliares – até 2 anos

• gerência do quadro - imediata

• uma clínica volante equipada - até 18 meses

• melhorar postos de saúde e condições gerais – dentro da “Po-

lítica Municipal de Atualização de Bens”; programa de substituição

de equipamentos e obras, acompanhamento periódico. Completar

primeira rodada em 3 anos.

• 3 ambulâncias equipadas com equipamentos de emergência –

até 18 meses.

• Contratação de novos servidores para ambulância (ou readaptar

58

servidores do quadro) – até 1 ano para readaptar, até dois para com-

pletar quadro

• Ampliar 7 leitos a 8 leitos – repactuação e recursos necessários. 2

meses para implementar estudo de acréscimo de leitos, até um ano

para repactuar.

• Alimentação de bancos de dados para cadastro multifinalitário

– até 2 anos

• Treinamento para registros e acompanhamento – até 1 ano

Financiamento:

• Facilitar acesso – recursos orçamentários

• Contratação de médicos e auxiliares – recursos orçamentários

• gerência do quadro - recursos orçamentários (reduzidos)

• melhorar postos e reequipamento – recursos orçamentários; go-

verno federal; governo estadual

• uma clínica volante equipada - governo federal; recursos orça-

mentários; doação

• Ambulâncias equipadas com equipamentos de emergência – até

18 meses. - recursos orçamentários; governo federal; governo esta-

dual; doação

• Contratação de novos servidores para ambulância (ou readaptar

servidores do quadro) – recursos orçamentários

• Ampliar 7 leitos a 8 leitos – recursos orçamentários (repasse SUS

e parte do investimento com recursos próprios)

• Alimentação de bancos de dados para cadastro multifinalitário –

recursos orçamentários

• Treinamento para registros e acompanhamento – recursos orça-

mentários

7.12. ASSISTêNCIA SOCIAL

A assistência social hoje é predominantemente realizada por programas

federais, bastando citar referências como o “Bolsa Família”, o BPC, assis-

tência previdenciária ou “Brasil Carinhoso”. Nesse caso, boa parte deles

decorre também da oferta de informações oriundas do Cadastro único de

Assistência (CAD-único), construídas a partir de informações sobre as fa-

mílias no que poderíamos chamar de risco social. Exatamente porque o

CAD representa uma base essencial de informação, conduzida pela Prefei-

tura e informada ao próprio Governo Federal, urge atuar em duas frentes

para sempre melhorar o sistema:

• Monitoramento para acompanhamento da evolução das famílias

e do próprio cadastro;

59

• Estruturação de pessoal e equipamentos para ação imediata,

quando for o caso.

• Capacitação para gestão de programas sociais, seja oriundo do

nível federal, seja local.

• Consolidação do Sistema único de Assistência (SUAS) pela ga-

rantia de pessoal, recursos de capital e para ações locais. A vulne-

rabilidade indicada no corpo do CAD mostra a persistência quanto a

necessidade de ação com relação à fome, miséria extrema, violência

e assemelhados.

• Já há um centro de referência (CRAS)e uma equipe volante, além

de dois coletivos, atendendo 50 pessoas no “ProJovem Adolescen-

te”. Se o próprio cadastro e seu monitoramento identificar,

» a equipe de assistência pode ser a promotora de ações en-

volvendo projetos locais, geralmente de menor complexidade e

custo mais reduzido, sobre drogas, crianças e adolescentes, es-

portes, idosos, população de rua, para monitoramento ou inter-

venção.

– Com base em plano próprio, propor ações emergenciais

ou permanentes, dentro do espírito do SUAS, de ação direta

do poder público.

– o poder público pode estabelecer parceria com a socie-

dade civil, aproveitando a própria existência de associações

dentro de uma proposta local de assistência.

– valorizar o conselho local de assistência.

Prazo de implementação:

• Monitoramento para acompanhamento da evolução das famílias

e do próprio cadastro – espera-se que em curso, se não, implantação

imediata

• Estruturação de pessoal e equipamentos para ação imediata,

quando for o caso. – em curso, com equipamento próprio. Pode de-

mandar atualização; neste caso, 01 ano

• Capacitação para gestão de programas sociais, seja oriundo do

nível federal, seja local – ação de caráter permanente. Incentivar cur-

so de capacitação, com prazo de até 8 meses

• Ações locais – com base em plano, até 18 meses, se houver ne-

cessidade.

• o poder público pode estabelecer parceria com a sociedade civil,

aproveitando a própria existência de associações dentro de uma pro-

posta local de assistência – até 1 ano

• valorizar o conselho local de assistência – a qualquer tempo

60

Financiamento:

• Governo federal

• Recursos orçamentários

7.13. PATRIMôNIO CULTURAL

Proposta: Confecção de inventários e determinação de tombamentos, es-

pecialmente nos bairros: Barreira, Casuarinas, Matadouro e Centro. Maior

atenção às edificações históricas, com a reforma de bens culturais, inclusi-

ve nos distritos - especialmente, São Domingos; em Manejo, preservação

árvore centenária; e em Lopes maior atenção ao Patrimônio Musical.

Nos vilarejos, incentivo a preservação dos costumes locais através da va-

lorização dos bens imateriais destas áreas, com a realização de oficinas

de educação e ferias para a valorização cultural, etc. O primeiro passo é

inventariar o saber local destas vilas e distritos. Além dos distritos o patri-

mônio dos vilarejos, como Mogol, Manejo, Orvalho, Souza do rio Grande,

Palmital, entre outros também deve ser levantado e protegido.

Deve-se destacar o patrimônio imaterial1 que também deve ser salvaguar-

dado através do Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial e contar

com políticas de financiamento por parte do poder público para que não

se percam no tempo.

Reforça-se a necessidade de restringir o trânsito de carros de maior porte

nas regiões adjacentes aos bens culturais.

7.14. TURISMO E MEIO AMBIENTE

• As principais dificuldades hoje neste tema são: falta de investi-

mento, informação, capacitação, e apoio às festas populares e à per-

manência do homem no campo, para o desenvolvimento do turismo

rural, com a expansão de monoculturas. Além disso, os impactos,

principalmente na Vila de Conceição de Ibitipoca, com o crescimento

urbano desordenado e especulação imobiliária, assim como os pro-

blemas que atingem os turistas, como meios de acessos, sinalização

insuficiente; falta de infraestrutura e equipamentos turísticos, divul-

gação sem critérios e a informalidade crescente do setor.

• Há uma demanda de áreas de lazer na sede que podem ser vin-

culadas à áreas verdes e à educação ambiental.

Propostas:

• Sugere-se a criação de uma praça para o bairro “Paradinha” ou

em suas proximidades.

• Propõe-se a criação de um parque linear ao longo do Rio do Pei-

1

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) define como Patrimônio Cultural Imaterial “as práticas, representações, expressões, conhecimen-tos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.” Esta definição está de acordo com a Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, ratificada pelo Brasil em março de 2006.

61

xe a partir da ponte na rua Estevão Cândido no sentido para Concei-

ção de Ibitipoca, conforme mapa de zoneamento.

• Buscar a aplicação de políticas ambientais que tragam contrapar-

tidas ao produtor rural. Um exemplo de política de contrapartida é o

programa “Produtor de Água” é uma iniciativa da ANA – Agência Na-

cional de Águas - que tem como objetivo a redução da erosão e as-

soreamento dos mananciais nas áreas rurais. O programa, de adesão

voluntária, prevê o apoio técnico e financeiro à execução de ações de

conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de

terraços e bacias de infiltração, a readequação de estradas vicinais, a

recuperação e proteção de nascentes, o reflorestamento de áreas de

proteção permanente e reserva legal, o saneamento ambiental, etc.

Prevê também o pagamento de incentivos (ou uma espécie de com-

pensação financeira) aos produtores rurais que, comprovadamente

contribuem para a proteção e recuperação de mananciais, gerando

benefícios para a bacia e a população. Ver mais em: http://produtor-

deagua.ana.gov.br/

• A concessão dos incentivos ocorre somente após a implantação,

parcial ou total, das ações e práticas conservacionistas previamen-

te contratadas e os valores a serem pagos são calculados de acordo

com os resultados: abatimento da erosão e da sedimentação, redu-

ção da poluição difusa e aumento da infiltração de água no solo.

• Implantar em definitivo o “Plano Municipal de Turismo”, com

atualizações que se fizerem necessárias;

• Profissionalizar o quadro da secretaria visando organizar, prepa-

rar e planejar o setor. A Secretaria deve ser estimuladora e instância

regulatória do turismo em área municipal. Isso exige dela capacidade

de articulação com os vários atores no processo, mais que vultosos

investimentos materiais.

• Incluir no quadro de servidores dois profissionais em Turismo via

concurso público.

A partir do “Plano” supracitado:

• Permitir o desenvolvimento de agências locais com profissiona-

lização mais elevada, com a secretaria apoiando a formação desse

empreendedor. Obviamente que esta ação não envolve grande nú-

mero de agências, mas qualificação do que existe. Se não existe, o

município comporta de 3 a 4 agências envolvendo ações turísticas.

Ligado a isso,

• Treinamento adequado de monitores e melhoria de qualificação

dos envolvidos no setor.

• Mapear as deficiências estruturais – estradas, locais, equipamen-

tos – e promover correções. Atuar em conjunção com secretarias de

obras e planejamento

• Implementar atividades ao longo do ano para evitar cair em pro-

blemas sazonais. Esta seria a iniciativa da secretaria

• Criar marco regulatório para atividades turísticas em nível local,

62

criando facilitadores e mecanismos de proteção ambiental.

• Estimular formas de envolvimento da população em atividades

ligadas ao Turismo, ampliando a educação ambiental, ponto de im-

portância estratégica para a cidade.

• Parcerias locais com pousadas/hotéis, por exemplo, estimulando

que moradores locais possam prestar serviços de turismo

• Regular e fiscalizar, em consonância com o setor de licenças, a

liberação e acompanhamento de equipamentos locais como hotéis,

pousadas e similares, bem como empreendimentos ligados ao turis-

mo

• Criação de Políticas Públicas que atendam às demandas de tu-

rismo e cultura e promovam a integração social com a promoção da

visitação em todas as áreas com viabilidade e condições de visitação

do município, buscando a dessaturação de Ibitipoca; a prevenção

por pesquisas de demanda, estruturação e fortalecimento da rede

do local e planejamento urbano.

• Sensibilizar a comunidade para o turismo (cartilhas educativas,

palestras para escolas e comunidade, etc) e capacitação da mão-de-

-obra dos envolvidos com o turismo.

• Criação de um “Programa de monitoria e avaliação do plano”;

com a capacitação dos gestores e da diretoria para captação de re-

cursos e gestão de projetos; disponibilizar dados e envolver a po-

pulação com programas de educação ambiental e patrimonial (até

2014).

• Promover o artesanato local – fazer levantamento de potencia-

lidades.

• Facilitar o acesso à informação sobre os destinos turísticos –

principalmente relacionado aos distritos além de Ibitipoca.

• Considerar os estudos de criação de “Unidades de Conservação”

de outras áreas além de Ibitipoca; criação de Parque – Estadual ou

Nacional, na parte alta da Serra Negra, abrangendo os municípios de

Lima Duarte, Santa Barbara do Monte Verde, Olaria e Rio Preto; e

APA – Área de Proteção Ambiental Municipal: Serra de Lima Duarte

e Serra Negra.

• O calendário de eventos deve ser regionalizado, incluindo as fes-

tas dos distritos e localidades, deve-se ainda trabalhar com a divul-

gação desse para a comunidade local.

• Melhorar a infraestrutura básica e turística, a segurança pública

e a sinalização, especialmente estabelecendo parcerias entre os se-

tores público e privado.

• Incentivar o Agroturismo, principalmente no distrito de São José

dos Lopes, com a implantação de associações e cooperativas.

• Desenvolvimento de projeto de lei focando em São Domingos,

que proíba passeios de barco e bote na época da pesca, com rigor na

63

fiscalização no período da reprodução e criação de Parque Municipal

de Souza.

• Articulação entre a produção local os restaurantes locais, princi-

palmente em Manejo.

• Melhoria ou instalação de equipamentos nos distritos, tais como:

creches, bibliotecas, Posto de saúde, quadra, parque infantil e escola

de ensino fundamental.

Prazos de implementação:

• Para o “Plano Municipal de Turismo” – até 02 anos. Este prazo

deve-se ao fato da existência de ações propostas para curto, médio

e longo prazos.

• Servidores –até 2 anos

• Para mapeamento, treinamento, calendário de atividades – até

8 meses

• Marco regulatório – envolve processos legislativo e proposta em

si – até 18 meses

• Regular e fiscalizar – depende da legislação atual e do marco re-

gulatório futuro – entre 1 mês e 18 meses

Financiamento:

• Servidores – recursos orçamentários

• mapeamento, treinamento, calendário de atividade – recursos

orçamentários, mas custo baixo

• regular e fiscalizar – recursos orçamentários

7.14.1. AÇõES DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Recentemente, no mês de julho de 2013, a sede municipal foi acometida

por escorregamento rotacional favorecido por sucessivos cortes levados

a efeito ao longo da vertente que foram paulatinamente modificando o

regime hidrodinâmico operante no domínio da encosta, culminando com

um último corte basal voltado para dar aporte a duas obras mais recentes.

Relatos proferidos por moradores locais e proprietários afetados chama-

ram a atenção para o uso de explosivos para desmonte do relevo, o que

provavelmente sacramentou o comprometimento das condições geotécni-

cas, constituindo o estopim para o movimento de massa.

Foram registrados pela Defesa Civil outros escorregamentos de encostas

em diversas áreas do município que ocorreram por falta de planejamento

técnico e devido à utilização de formas equivocadas de manejo do solo.

Considerando o papel fundamental da vegetação para a manutenção da

estabilidade das encostas, é importante que se volte para a questão das

áreas de preservação permanente (APP’s) de topos de morro, cuja presen-

ça é de relevância, pelo menos nas áreas que não foram comprometidas

64

com a urbanização. As matas nativas, quando presentes nos segmentos

superiores dos morros, a partir do terço superior de suas encostas exer-

cem importante efeito de interceptação das águas pluviais e de desacele-

ração do escoamento superficial, contribuindo sobremaneira para a regu-

larização do regime hidrológico. A figura 34 traz o traçados das áreas de

preservação permanente potenciais existentes na área urbana e adjacên-

cias, nos quais quaisquer outras formas de uso materializam contextos de

conflito de uso da terra. Sempre que exequível, a mata deve ser mantida

ou incorporadas a estes sítios por meio de programas de reflorestamento.

Tais cuidados podem evitar também o assoreamento de córregos e rios e

consequentemente enchentes no município.

Mapa 7 - Localização das potenciais áreas de preservação permanente de topo de morro para a área urbana de Lima Duarte e adjacências. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elabo-ração do Plano Diretor Participativo de Lima Duarte.

65

7.14.2. AÇõES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

• Em um município que tem potencial turístico ligado a parque es-tadual e áreas ao ar livre.

» Criar cursos e/ou palestras públicas (a noite ou ao fim de se-mana) sobre meio-ambiente, sustentabilidade

» Parceria entre secretaria de educação/turismo/planejamento

Prazo de implementação:

• Até 8 meses

Financiamento:

• Recursos orçamentários compartilhados nas secretarias

7.15. IMPLANTAÇÃO DE GRANDES EQUIPAMENTOS

é eminente a lotação do cemitério municipal, não sendo indicada a am-pliação do mesmo. Portanto, coloca-se como proposta de estruturação ur-bana a criação de um novo cemitério para o município.

A princípio a localização indicada é na região atrás da Vila Palmares, sendo necessária a realização de um estudo de impacto ambiental e de impacto de vizinhança. EIA/RIMA e EIV para a implantação do equipamento. Este estudo deverá ser acompanhado pela secretaria de obras e pelo Conselho da Cidade.

7.16. ECONOMIA

Mesmo que a agropecuária esteja ligada predominantemente à agricul-tura familiar e à produção leiteira, há uma parte importante do PIB local atrelada a ela indicando que o acompanhamento e a adoção de mecanis-mos de apoio a esta atividade permanecem na ordem do dia. A produção é basicamente em torno de arroz, feijão e milho no caso do plantio; lenha e carvão no caso da extração vegetal e, para os rebanhos, o destaque é para a produção de leite2 . A secretaria ligada ao setor enfatiza a predominância do segmento leiteiro e da agricultura familiar, bem como a presença de laticínios/cooperativas que adquirem produtos na região.

é observável que o dinamismo e a diversificação não estão, em quantias significativas, disponíveis em municípios com as características de Lima Du-arte, cuja possibilidade de expansão não está na ampliação de um público consumidor mais diversificado. Mas urge regularem aspectos do sistema econômico local que merecem destaque, reforçando o setor de comércio e serviços.

O que tem feito os municípios com relação ao emprego? Quase nada. Exis-te alguma agência que identifique oportunidades, estimule o trabalhador ou facilite sua formação? Existiria a possibilidade de parcerias locais para formação de mão de obra? No campo e na cidade é preciso identificar pontos fortes e fracos da economia e mapear as ações locais. O que tem sido feito com relação à agricultura familiar para fornecer produtos para a própria cidade e região? A pecuária de leite tem produtividade baixa, então o que fazer para aumentá-la? O setor de serviços é despreparado

2 As informações são das pesquisas de “Produção Pecuária Municipal” e “Produção Agríco-la Municipal” do IBGE para 2011.

66

para incrementar a economia? Os agentes locais importam mão de obra? Os municípios estão perdendo, ao longo dos anos, a dimensão de bem--estar e construção de indicadores positivos, recebendo em troca projetos políticos de fôlego curto. Municípios precisam de gestores qualificados e focados em um projeto. Certamente isso não representa a redenção, to-davia pavimenta o caminho para maior estabilidade, juntamente com uma economia de recursos e procedimentos, criando algum horizonte para tra-balhadores e empresários que observem o município como um caminho virtuoso, e não um obstáculo ao desenvolvimento. O município ainda é o lugar onde as pessoas vivem e esperam gozar de bem-estar. é preciso, ur-gentemente, que as lideranças políticas e os agentes de Estado entendam isso de forma inequívoca.

• Estimular o caráter político da administração – a capacidade para negociar e programar parcerias ao lado da capacidade do Poder Pú-blico em construir secretarias competentes e uma burocracia voltada para o conjunto da sociedade. Muitas vezes a própria burocracia não está preparada para compreender seu papel de agente do Estado e de serviço à população. Urge preparar a burocracia como gestora da qualidade de vida do município. Por isso toda a ênfase em formação já descrita nos itens anteriores.

• Formalização de empresas.

» Há evidente espaço para aumentar a formalização de ativida-des, regular alvarás, negociar débitos, propor incentivos.

» Criar uma força tarefa para realizar um Censo local de ativida-des urbanas, não para punir mas, antes, para buscar regularizar situações irregulares e atualizar cadastro

• Melhoria da fiscalização considerando aspectos técnicos

» Contratar fiscais municipais via concurso público (realizar es-tudo de demanda)

• Melhorar arrecadação de recursos próprios. Isso implica em:

» Regularizar empresas

» Regularizar atividades

» Realizar recadastro imobiliário e mudança na planta de valo-res do IPTU, para desenvolver justiça fiscal

» Fiscalização mais efetiva e em número suficiente

• Incentivos setoriais como aplicação na área de Turismo e pro-dução agropecuária – estudos dirigidos a este fim e aplicação para desoneração

• Melhor aproveitamento de programas federais em moderniza-ção, habitação, saneamento e congêneres – busca de oportunidades e realização de projetos.

• Áreas mais intensivas em mão de obra podem ser utilizadas as-sociadas a estes programas incentivando contratações locais (via in-centivos indiretos).

• Outra possibilidade é a integração com municípios próximos co-ordenando atividades e serviços – um pequeno consórcio operado entre os prefeitos – por variados setores, proporcionando, dentro dos limites locais, ações coletivas que podem integrar compras go-vernamentais, empreendimentos conjuntos ligados aos investimen-tos públicos (em meio-ambiente, saneamento, etc.) e um plano inte-

67

grado sub-regional de interesse das próprias prefeituras.

• Da mesma forma é possível incentivar a organização (ou melho-rar as já existentes) de instituições representativas locais (associa-ções ou sindicatos) que se integrem a um projeto regional. A Confe-rência da Cidade pode ser um excelente estímulo para este debate.

Prazo de Implementação:

• Mecanismos de formação e estímulo a burocracia – ações entre imediato e 2 anos

• Formalização de empresas, força tarefa, regularização – de ime-diato a 18 meses

• Contratar fiscais municipais via concurso público (realizar estudo de demanda) – até 2 anos para completar processo

• Realizar recadastro imobiliário- 18 meses

• mudança na planta de valores do IPTU – até 2 anos

• Incentivos setoriais como aplicação na área de Turismo e produ-ção agropecuária – até 2 anos

• Melhor aproveitamento de programas federais em moderniza-ção, habitação, saneamento e congêneres – imediata

• integração com municípios próximos coordenando atividades e serviços – um pequeno consórcio operado entre os prefeitos – entre 6 meses e 2 anos

Financiamento:

• Mecanismos de formação e estímulo a burocracia – recursos or-

çamentários

• Formalização de empresas, força tarefa, regularização –

– Recursos orçamentários

– Convênio para força-tarefa

• Contratar fiscais municipais via concurso público – recursos or-çamentários

• Realizar recadastro imobiliário

– Recursos orçamentários - via convênio

– Ministério das Cidades

• Incentivos setoriais – estudo pra desoneração

• Melhor aproveitamento de programas federais – governo federal

• Integração com municípios próximos coordenando atividades e serviços – um pequeno consórcio operado entre os prefeitos

– Orçamento

– Governo estadual

7.17. EMPREGO E FORMAÇÃO

Emprego revela partes da dinâmica econômica e o município não tem va-gas a oferecer em larga escala, uma vez que os empregos públicos são limitados estruturalmente. Assim, a preocupação com formação de capital humano deve ser permanente.. Não sendo um gerador direto que possa

68

dar conta da questão, o poder público pode facilitar o acesso pela forma-ção (quando é o caso), regularizar e fiscalizar as atividades econômicas, além de desenvolver ferramentas de planejamento com apoio de setores sociais variados.

• Constituir equipe de trabalho com educação e planejamento

• Cursos técnicos são importantes e o programa PRONATEC do Go-verno Federal pode auxiliar nessa formação

(http://www.brasilsemmiseria.gov.br/documentos/cartilha-prona-tec-bsm-v.2012.pdf)

• A possibilidade de atração de turmas locais para faculdades e universidades ou o incentivo ao ensino a distância com salas públi-cas, podem ajudar a acelerar processos formativos. O custo da sala não é tão elevado – infraestrutura de acesso à internet, 2telas e/ou terminais adequados, mesas e cadeiras, espaço físico – e podem ser suportados com o apoio do Governo Federal através do MEC (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12502&Itemid=823) ou de negociações com o setor privado de Educação.

Prazo de implementação:

• de 6 meses a 24 meses

Financiamento:

• Recurso orçamentário

• Governo federal

• Parceria público-privada

8. PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Instrumentos de planejamento e de democratização da gestão urbana:

A. Assistência técnica em arquitetura e urbanismo e jurídica gratui-ta para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos;

B. Órgãos colegiados de controle social das políticas públicas – Es-pecificação para o Conselho da Cidade e maior atenção para o Con-selho de Turismo e Meio Ambiente;

C. Debates, audiências e consultas públicas;

D. Conferências sobre assuntos de interesse urbano – Especificação para as Conferências da Cidade;

E. Iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e pro-jetos de desenvolvimento urbano;

F. Referendo popular;

G. Plebiscito;

H. Orçamento Participativo.

8.1. CRIAÇÃO DO CONSELHO DA CIDADE E DE DESEN-VOLVIMENTO URBANO

Cabe ao Conselho da Cidade e de Desenvolvimento Urbano, órgão colegia-do permanente, de caráter paritário, normativo e deliberativo e composto por representantes do Poder público e da Sociedade Civil, dentre outras atribuiçõesdefinidas em lei as seguintes:

69

I - participar do planejamento geral e setorial do Município, inclusi-ve para fins da elaboração do orçamento-programa e do orçamento anual;

II - acompanhar a implementação do Plano Diretor, seus planos específicos,programas e projetos;

III - propor as revisões do Plano Diretor;

IV - Levar ao debate junto à comunidade o Orçamento Anual Parti-cipativo

V - propor e apreciar a implementação de projetos específicos;

VI - realizar debates locais e regionais sobre o planejamento e desen-volvimento urbano municipal;

VII- promover discussões públicas sobre proposições e projetos de desenvolvimento e acompanhamento da implementação do Plano Diretor;

Deverá ser criado um Regimento próprio, a ser elaborado pelo pleno do conselho.

O Conselho da cidade e de Desenvolvimento Urbano será integrado por:

I. Educação, Cultura, Esporte e Lazer,

II. Turismo

III. Meio ambiente

IV. Secretaria de Administração, Planejamento e Orçamento

V. Saúde

VI. Educação

VII. 1 (um) representante de entidade empresarial;

VIII. 1 (um) representante de entidade de trabalhadores;

Ix. 1 (um) representante de entidades ambientalistas;

x. 1 (um) representante de Órgão Federal ou Estadual instalado no Município;

xI. 3 (três) representante dos Conselhos de Bairro.

xII. Prefeito (ou delegação de competência feita pelo mesmo)

xIII. Presidente da Câmara (ou vereador com delegação de compe-tência da Mesa Diretora)

O Chefe do Poder Executivo participará das reuniões do Conselho, sem direitoa voto, exceto quando houver necessidade de desempate.

Periodicidade:

• Reuniões trimestrais

Implementação:

• Alocação de um servidor com função de secretariar as reuniões do conselho (que não necessita de vínculo permanente, podendo ser deslocado para a função sem necessidade de contratação específica)

• Um local para reuniões, que pode ser a própria Câmara ou a Pre-feitura

70

• Material de consumo

• Material permanente – móveis, computador, impressora

Prazo para implementação:

• 6 meses para a formação do plenário e outros 6 meses para o início de seu funcionamento, já com regimento próprio em funcio-namento. Depois, a cada trimestre.

Financiamento:

• Dotação orçamentária a ser definida pelo Executivo, e aprovada pela Câmara no processo normal do ciclo orçamentário, tomando por base as deliberações do Conselho para o ano seguinte. Ressalte--se que o volume de recursos é bastante reduzido para a máquina administrativa e o funcionamento geral.

• Deve-se vedar qualquer remuneração por função gratificada a qualquer um dos 11 membros efetivos (ou seus suplentes).

8.2. CONFERêNCIA DA CIDADE

Objetivo:

• Instrumento para discussão das grandes questões municipais, organizadas por grandes áreas – educação/saúde/turismo/infraes-trutura/esporte-lazer/habitação e uso do solo sob a Coordenação do Conselho da Cidade.

• Tomando o Plano Diretor como base, a conferência poderia de-sencadear estratégias de ação mais integradoras e indicações para o planejamento das ações.

• Organizar grupos de trabalho e produzir relatório conclusivo so-bre os temas

• Estabelecer metas gerais para a cidade e fornecer base de deba-te de curto/médio e longo prazo, alimentando o Plano Plurianual, os orçamentos e elementos de planejamento.

Prazo para implementação:

• 3 meses após o Conselho da Cidade ter seu regimento aprovado

Financiamento:

• Dotação orçamentária estabelecida no orçamento municipal para financiar as reuniões, deslocamento interno na cidade, alimen-tação e custos operacionais gerais.

9. DESAFIOS ACIMA DOS 50 ANOS

Questões associadas ao lazer, à vida ativa, ao incremento dos gastos com Saúde e à maior longevidade da população.

• Constituir equipe de trabalho com saúde, educação, assistência, obras e planejamento

71

• uma cidade bem sinalizada e organizada espacialmente

» reforçar sinalização vertical e horizontal, com placas, faixas altas e demarcações

• adaptar praças e criar locais de lazer em espaços urbanos ade-quados para qualquer idade

» bancos, banheiro público, mesas

• acessibilidade – rampas e passeios adaptados

• espaços de convivência e vivência, com atividades como cursos, encontros e acesso à informática.

» promover parceria para tal, poderia promover um espaço co-letivo de atividades no núcleo urbano e o incentivo a atividades culturais (como cinema, teatro ou similar) E/OU

» utilização de prédio público a noite ou no fim de semana com esta finalidade

• criação e manutenção de programas periódicos envolvendo exercícios, consultas preventivas e acompanhamento familiar.

» Malgrado a existência de “Saúde da Família”, desenvolver ca-nais de registro e acompanhamento de pacientes para interven-ção, quanto for o caso, devem ser implantados a partir dos locais de prevenção

» Parceria com setor privado

• Programa “Conheça a Cidade”, aberto a todos. Programa de par-ticipação dos cidadãos valorizando a tradição cultural, a arquitetura,

os locais relevantes da cidade, na área urbana e do entorno

» Desenvolvido a partir da educação, Turismo e Saúde, ação transversal para estimular o conhecimento sobre a cidade e a região. Poderia ser realizado uma vez ao mês com equipes que se alternassem e com apoio da economia local

Prazo de implementação:

• Constituir equipe de trabalho com saúde, educação, assistência, obras e planejamento – imediata ou após ajuste administrativo (3 meses)

• uma cidade bem sinalizada e organizada espacialmente – em até 06 meses

• adaptar praças e criar locais de lazer em espaços urbanos ade-quados para qualquer idade – em até 3 anos

• acessibilidade – em até 18 meses

• espaços de convivência e vivência, com atividades como cursos, encontros e acesso à informática - até 2,5 anos

• criação e manutenção de programas periódicos envolvendo exercícios, consultas preventivas e acompanhamento familiar – até 6 meses para planejamento (muitas ações já existem)

• Programa “Conheça a Cidade”, aberto a todos – em até 8 meses.

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Financiamento:

• Uma cidade bem sinalizada e organizada espacialmente – orça-mento

• Adaptar praças e criar locais de lazer em espaços urbanos ade-quados para qualquer idade – em até 3 anos – orçamento e recursos federais

• Acessibilidade – em até 18 meses – orçamento

• Espaços de convivência e vivência, com atividades como cursos, encontros e acesso à informática- até 2,5 anos – orçamento e recur-sos federais

• Criação e manutenção de programas periódicos envolvendo exercícios, consultas preventivas e acompanhamento familiar –orça-mento e recursos federais

• Programa “Conheça a Cidade”, aberto a todos – orçamento.

10. DAS REVISÕES DO PLANO DIRETOR

As revisões atinentes ao Plano Diretor Participativo de Lima Duarte se fa-rão mediante lei específica, mediante decisão do Conselho da Cidade e de Desenvolvimento Urbano, homologada por ato do Poder Executivo.

O Poder Executivo, por meio do órgão municipal de planejamento, coorde-nará e promoverá os estudos necessários para a revisão do Plano Diretor.

Qualquer proposta de modificação, total ou parcial, em qualquer tempo, deste Plano Diretor deverá ser objeto de debate público e parecer prévio

do Conselho da Cidade, antes de sua votação pela Câmara Municipal.

Qualquer revisão ou alteração desta Lei Complementar deverá envolver estudo global do respectivo Distrito, isolado ou em conjunto, e ser acom-panhada de análise de seu impacto na infraestrutura urbana e comunitá-ria. Da mesma forma, deverá ser instruída com parecer técnico do órgão municipal de planejamento e demais órgãos afins com a matéria tratada.

No prazo máximo de dois anos da vigência desta Lei Complementar deve-rão ser iniciados os seguintes planos:

I - plano Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado;

II - plano Municipal de Regularização Fundiária de Interesse Social e Específico.

A revisão do Plano deverá ser feita em um prazo de 10 anos, seguindo os procedimentos referentes à participação Social e levantamento técnicos que contemplem as mesmas exigências da elaboração, segundo o Estatuto da Cidade.

73

74

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Campinas, 1991.

SUETERGARAY, D. M. A. Desertificação: recuperação e desenvolvimento

sustentável. In: GUERRA, A. J. T; CUNHA, S. B. (Org.) Geomorfologia e meio

ambiente. 2° Ed. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1998. 394.

SUMMERFIELD, M. A. Global Geomorphology. New York: John Wiley &

Sons, 1991. 537p.

VALENTE, A. S. M; GARCIA, P. O; SALIMENA, F. R. G. Zona da mata mineira:

aspectos fitogeográficos e conservacionistas. In: PAULA, A. P; OLIVEIRA,

L. (Org.) Arqueologia e patrimônio da zona da mata mineira. Juiz de Fora:

Editar, 2006. 220p.

VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel/ FA-

PESP/Lincoln Institute, 1998.

TABELA DE MACROZONEAMENTO _ USOS E INSTRUMENTOS_ Lima Duarte

SIGLAS MACROZONAS Instrumentos a serem aplicados: Categorias de uso

MAP Macroárea de Preservação Ambiental - Conforme previsto no SNUC; - Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer;

- Turismo;

- Pesquisa.

MAUAC Macroárea de Uso Agropecuário Restrito - Direito de Preempção;

- Operação Consorciada;

- Aplicação do Código Florestal para eliminação/minimização de conflitos de área de preservação permanente;

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial unifamiliar

- Cultivo em pequenas glebas;

- Pastagem extensiva.

MAU Macroárea de Urbanização Consolidada - VER QUADRO ESPECÍFICO - VER QUADRO ESPECÍFICO

MAURI Macroárea de Uso Agropecuário Intensivo - Aplicação do Código Florestal para eliminação/minimização de conflitos de área de preservação permanente;

- Residencial Unifamiliar;

- Lazer e similares;

- Cultivo em glebas médias a grandes;

- Pastagem intensiva;

- Agroindustrial.

MAPA Macroárea de Proteção dos Recursos Ambientais

- Direito de Preempção;

- Operação Consorciada;

- Aplicação do Código Florestal para eliminação/minimização de conflitos de área de preservação permanente;

- Recuperação em áreas pontuais.

- Conservação;

- Lazer;

- Turismo;

- Pesquisa.

ANEXO I - TABELA DE MACROZONEAMENTO_USOS E INSTRUMENTOS_ LIMA DUARTE - MG

TABELA DE ZONEAMENTO URBANO_ USOS E INSTRUMENTOS_ Lima Duarte – Minas Gerais

Zonas Siglas Características Gerais/ Ações

Instrumentos a serem aplicados: Categorias de uso

ZCA 1

Compreende o centro da cidade, propriamente dito. A Zona apresenta boa diversidade de serviços e abriga a maior parte das repartições públicas municipais, incluindo a Prefeitura e a Câmara dos Vereadores. Esta zona apresenta sinais de saturação viária. Deverão ser definidos coeficientes de aproveitamento e taxas de ocupação inferiores aos das outra Zonas Centrais.

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Direito de Preempção;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Transferência do Direito de Construir (gerador);

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço (exceto geradores de tráfego)

- Equipamentos Sociais e Comunitários (exceto geradores de tráfego)

- Lazer e similares

- Residencial Zona de Controle de

Adensamento

ZCA 2

Compreende duas porções do território central da sede. Nesta zona deve haver um controle de uso do solo específico e mais restritivo no que se refere à não descaracterização da paisagem cultural local. Devem ser definidos posteriormente instrumentos de incentivo à proteção do patrimônio edificado. Além disso, podem ser criados perímetros de proteção, áreas mais restritivas, para os conjuntos.

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Direito de Preempção;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Transferência do Direito de Construir (gerador);

- IPTU Progressivo no tempo;

- Comercial de pequeno e médio porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial

Zona Adensamento Intermediário

ZAI

Trata-se de bairros próximos ao centro e áreas de

topografia menos acidentada. Consiste em área de

adensamento intermediário. É proposto um parque linear

nas margens do rio naquele trecho. Incentivo à ocupação

mista.

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório;

- IPTU Progressivo no tempo;

- Desapropriação com pagamentos em títulos;

- Direito de Preempção;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Comercial de pequeno e médio porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial

ANEXO II - TABELA DE ZONEAMENTO URBANO_USOS E INSTRUMENTOS_ LIMA DUARTE - MG

ZAR 1

O bairro usufrui de boa proximidade com o Centro e

infraestrutura instalada. Deve ser estimulada a ocupação

dos vazios e o uso misto. Atenção ao alagamentos que

restringem sua ocupação.

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Direito de Preempção;

- Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório;

- Desapropriação com pagamentos em títulos;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Transferência do Direito de Construir (receptor);

- IPTU Progressivo no tempo;

- Comercial de pequeno e médio porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial

Zona Adensamento

Restrito

ZAR 2

Compreende os novos loteamentos que se encontram,

em grande parte, ainda vazios. Estas áreas se encontram

margeando áreas de risco, onde já aconteceram

escorregamento de terreno e, portanto, demandam

maiores restrições, tais como: índice máximo de

ocupação baixo, com a permissão de construção de

apenas 1 (um) pavimento. Levando em conta que alguns

lotes estão acima da inclinação recomendada (acima de

30%), não deve ser estimulada sua ocupação. Quando

possível, recomenda-se a correção do arruamento, de

forma que ele não permita ruas lineares com sentido para

fundo de vales; as vias principais deverão seguir as

linhas das curvas de nível e as secundárias deverão ser

alternadas para que as quadras suavizem o caimento da

água. Deverão ser destinadas maiores taxas de

permeabilidade, bem como de áreas

manutenção/recuperação da vegetação.

- Direito de Preempção;

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Comercial de pequeno porte;

- Residencial

- Lazer

ZAR 3

Compreende, sobretudo as áreas de localizadas do outro

lado da BR em relação ao centro, com topografia mais

acidentada. O uso residencial deverá ser priorizado, no

entanto, serão permitidos usos comerciais e de serviços

de escala local. Nestas áreas não são permitidos

equipamentos que causam incomodo.

- Direito de Preempção;

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Comercial de pequeno porte;

- Residencial

- Lazer

Zona de Adensamento

Prioritário ZAP

Compreende área prioritária para o adensamento no

município. Área de topografia suave, proximidade com o

Centro, infraestrutura instalada, boa malha viária e

ocorrência de diversos vazios. Maiores coeficientes de

aproveitamento; Área indicada para alocação de

equipamentos públicos (Escolas, Creches, Centros de

Referências, Postos de Saúde, outros);

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório;

- IPTU Progressivo no tempo;

- Desapropriação com pagamentos em títulos;

- Direito de Preempção;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Transferência do Direito de Construir (receptor);

- Outorga Onerosa do Direito de Construir;

- Permuta.

- Comercial de pequeno e médio porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial

Zona ZEIS: Zona de Especial

Interesse Social ZEIS

As áreas de vulnerabilidade social estão dispersas pelo território municipal, no entanto, por meio do exercício de identificá-las foi

possível delimitar áreas de maior concentração. Estas áreas apresentam baixas densidades, descontinuidades do tecido urbano,

pouca diversidade de atividades e carências no que tange a urbanização. Nestas áreas existem diversos pontos de

deslizamento, habitações em áreas de risco, improvisadas e irregularidades fundiárias. As ZEIS se subdividem em ZEIS 1, ZEIS

2 e ZEIS 3.

ZEIS 1

Áreas onde ocorrem assentamentos habitacionais constituídos por populações de baixa renda, já consolidados e decorrentes de ocupação espontânea e sem título de propriedade, carentes de infraestrutura urbana; em alguns trechos apresentam riscos à ocupação. Localiza-se ao longo do antigo leito da linha férrea, resultando em vias estreitas e perigosas. Carente de áreas de lazer, etc.

- Ampliação da oferta de infraestrutura;

- Fornecimento de Assistência Técnica Gratuita;1

- Promoção de Regularização Fundiária para as habitações em condições adequadas de ocupação;

- Gradual deslocamento de moradores situados em habitações inadequadas ou improvisadas (identificadas por levantamento técnico prévio) para habitações de interesse social integradas ao tecido urbano próximas a esta zona.

- Flexibilização dos parâmetros de ocupação do solo, propiciando maior acesso à terra;

- Limitação de área máxima em 375m², impossibilitando

excessivos remembramentos e a consequente expulsão

da população local na ZEIS.

- Concessão de uso especial para fins de moradia;

- Usucapião especial de imóvel urbano;

- Usucapião Coletivo;

- Permuta

- Operações Urbanas Consorciadas

- Transferência do Direito de Construir (gerador);

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial unifamiliar.

ZEIS 2

São conjuntos consolidados, promovido pelo poder

público, que no entanto apresentam irregularidades.

- Ampliação da oferta de infraestrutura;

- Fornecimento de Assistência Técnica Gratuita;2

- Promoção de Regularização Fundiária para as habitações em condições adequadas de ocupação;

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial unifamiliar.

1 A assistência técnica gratuita de Arquitetura e Engenharia deverá ser oferecida a toda população de baixa renda do município, conforme Lei Federal 11.888/08. As zonas de especial interesse social e áreas emergenciais deverão ter atendimento prioritário e possuir programas especiais. 2 A assistência técnica gratuita de Arquitetura e Engenharia deverá ser oferecida a toda população de baixa renda do município, conforme Lei Federal 11.888/08. As zonas de especial interesse social e áreas emergenciais deverão ter atendimento prioritário e possuir programas especiais.

ZEIS 1

Áreas onde ocorrem assentamentos habitacionais constituídos por populações de baixa renda, já consolidados e decorrentes de ocupação espontânea e sem título de propriedade, carentes de infraestrutura urbana; em alguns trechos apresentam riscos à ocupação. Localiza-se ao longo do antigo leito da linha férrea, resultando em vias estreitas e perigosas. Carente de áreas de lazer, etc.

- Ampliação da oferta de infraestrutura;

- Fornecimento de Assistência Técnica Gratuita;1

- Promoção de Regularização Fundiária para as habitações em condições adequadas de ocupação;

- Gradual deslocamento de moradores situados em habitações inadequadas ou improvisadas (identificadas por levantamento técnico prévio) para habitações de interesse social integradas ao tecido urbano próximas a esta zona.

- Flexibilização dos parâmetros de ocupação do solo, propiciando maior acesso à terra;

- Limitação de área máxima em 375m², impossibilitando

excessivos remembramentos e a consequente expulsão

da população local na ZEIS.

- Concessão de uso especial para fins de moradia;

- Usucapião especial de imóvel urbano;

- Usucapião Coletivo;

- Permuta

- Operações Urbanas Consorciadas

- Transferência do Direito de Construir (gerador);

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial unifamiliar.

ZEIS 2

São conjuntos consolidados, promovido pelo poder

público, que no entanto apresentam irregularidades.

- Ampliação da oferta de infraestrutura;

- Fornecimento de Assistência Técnica Gratuita;2

- Promoção de Regularização Fundiária para as habitações em condições adequadas de ocupação;

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Lazer e similares

- Residencial unifamiliar.

1 A assistência técnica gratuita de Arquitetura e Engenharia deverá ser oferecida a toda população de baixa renda do município, conforme Lei Federal 11.888/08. As zonas de especial interesse social e áreas emergenciais deverão ter atendimento prioritário e possuir programas especiais. 2 A assistência técnica gratuita de Arquitetura e Engenharia deverá ser oferecida a toda população de baixa renda do município, conforme Lei Federal 11.888/08. As zonas de especial interesse social e áreas emergenciais deverão ter atendimento prioritário e possuir programas especiais.

ZEIS 3

Compreende área vazia atualmente, mas passível de

futura implantação de habitação social.

- Instalação de infraestrutura adequada;

- Direito de Preempção;

- Permuta;

- Operações Urbanas Consorciadas;

- Comercial de pequeno porte;

- Serviço

- Equipamentos Sociais e Comunitários

- Residencial unifamiliar.

ZONA DE DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA

ZDE

Área adequada à implantação de indústrias, sobretudo de

médio porte e atividades comerciais, de serviço,

relacionados à rodovia, como a rodoviária, assim como,

elementos geradores de ruídos. Deverá ser regulada a

implantação de equipamentos geradores de tráfego,

ruídos e outros impactos, o que exigirá estudos

específicos como o Estudo de Impacto de Vizinhança.

Esta área se localiza às margens da BR - 267, assim

como ao redor dos laticínios.

- Restrição ao desenvolvimento de atividades poluentes;

- Restrição à ocupação habitacional;

- Direito de Preempção;

- Operação Urbana Consorciada;

- Estudo de Impacto de Vizinhança;

- Estudo de Impacto Ambiental;

- Comercial de pequeno e médio porte e grande porte;

- Serviços

ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

ZPA

São as áreas públicas ou privadas, caracterizadas por

paisagens naturais exuberantes ou habitat da

biodiversiodade, passíveis de serem transformadas em

unidades de conservação e parques públicos, habilitadas

a programas de proteção, preservação e/ou recuperação

ambiental e, também, possíveis objeto de parceria

público-privada. Destacamos as margens do rio, que

demandam uma restrição de ocupação por alagamento e

as áreas arborizadas pelo distrito sede.

- Desapropriação;

- Direito de Preempção;

- Transferência do Direito de Construir (gerador);

- Permuta

- Lazer e similares

- Ambiental

ZONA DE BAIXO

IMPACTO URBANO

ZBU

Esta área possui parcelamentos diferenciados de baixa

densidade e grande dispersão, tendo significativa

ocorrência de chácaras. Pretende-se conter a expansão

desta macroárea além de coibir a ocorrência de

loteamentos de dimensões reduzidas em seu interior.

- Desapropriação;

- Direito de Preempção;

- Permuta

- Lazer e similares

- Ambiental

- Residencial

- Comércio e serviços de pequeno porte

Deverão ser destinadas maiores taxas de

permeabilidade, bem como de áreas

manutenção/recuperação da vegetação. Deverá ser

incentivada a exploração de atividades econômicas

sustentáveis, sobretudo as relacionadas ao turismo e ao

lazer, e à agricultura familiar. Admite-se a dotação de

redes de infraestrutura urbana. Não deverá ser

incentivada a constituição de condomínios fechados,

assim como em todo território municipal. Esta zona

aparece nos distritos onde já acontece a exploração da

atividade turística.

ANEXO III - MAPA 1:

Distrito Sede - Perímetro urbano. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014).

ANEXO IV - MAPA 2:

Macrozoneamento do Municípo. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014).

ANEXO V - MAPA 3:

Zoneamento Urbano da Sede. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014).

ANEXO VI - MAPA 4:

Croquis do Zoneamento Urbano do Distrito de Conceição de Ibitipoca Distrito Conceição do Ibitipoca Fonte: Equipe Técnica de apoio à ela-

boração do Plano Diretor de Lima Duarte (2014).

ANEXO VII - MAPA 5:

Croquis do Zoneamento Urbano do Distrito de São Domingos da Bocaina. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de

Lima Duarte (2014)

ANEXO VIII - MAPA 6:

Croquis do Zoneamento Urbano do Distrito de São José dos Lopes. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor de Lima

Duarte (2014).

ANEXO IX - MAPA 7: Localização das potenciais áreas de preservação permanente de topo de morro para a área urbana de Lima Duarte e adjacências. Fonte: Equipe Técnica de apoio à elaboração do Plano Diretor Participativo de Lima Duarte.