O Povoado do Outeiro do Circo (Beja) no seu enquadramento regional. Contributo dos materiais...

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Fátima Sofia Oliveira da Silva O povoado do Outeiro do Circo (Beja) no seu enquadramento regional - Contributos dos materiais cerâmicos Dissertação de Mestrado em Arqueologia e Território, na área científica de Arqueologia e especialização em Arqueologia Proto-Histórica, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, sob a orientação da Doutora Raquel Vilaça Julho de 2013

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Fátima Sofia Oliveira da Silva

O povoado do Outeiro do Circo (Beja) no seu

enquadramento regional - Contributos dos materiais

cerâmicos

Dissertação de Mestrado em Arqueologia e Território, na área científica de Arqueologia e

especialização em Arqueologia Proto-Histórica, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de

Coimbra, sob a orientação da Doutora Raquel Vilaça

Julho de 2013

Faculdade de Letras

O povoado do Outeiro do Circo (Beja) no

seu enquadramento regional - Contributos

dos materiais cerâmicos

Ficha Técnica:

Tipo de trabalho Dissertação de Mestrado

Título O povoado do Outeiro do Circo (Beja) no seu

enquadramento regional - Contributos dos materiais

cerâmicos

Autor Fátima Sofia Oliveira da Silva

Orientador Doutora Raquel Vilaça

Júri Presidente: Doutora Helena Catarino

Vogais:

1. Doutora Ana Margarida Arruda

2. Doutora Raquel Vilaça

Identificação do Curso 2º Ciclo em Arqueologia e Território

Área científica Arqueologia

Especialidade Arqueologia Proto-Histórica

Data da defesa 7-10-2013

Resumo

A investigação arqueológica desenvolvida no Outeiro do Circo (Beja) possibilitou a

definição e caracterização de um complexo sistema defensivo de dimensões incomuns

para o que é conhecido na região. O seu estudo, aliado à interpretação estratigráfica e

a outros dados materiais, permitiu o estabelecimento de novas considerações acerca

do povoamento em altura no Bronze Final. A análise ao espólio cerâmico, exumado na

sondagem 1, viabilizou a aquisição de importantes resultados, relacionados não só

com a cadeia operatória que envolve a actividade oleira, mas também com a sua

distribuição pelo território alentejano, baseada numa comparação formal, tecnológica

e decorativa. A clara evidência de paralelos e semelhanças morfológicas entre

cerâmicas de povoados cronologicamente coevos conduziu a uma reflexão sobre os

modelos de ocupação do território e às dinâmicas comunitárias associadas ao sistema

de povoamento, levando à integração do sítio no último quartel do II milénio a. C.

Palavras-chave: Cerâmica, Povoamento, Bronze Final, Sudoeste Peninsular

Abstract

The archaeological investigation developed in Outeiro do Circo (Beja) allowed the

definition and characterization of a complex defensive system of unusual dimensions

for what is known in this region. This study, combined with the stratigraphic

interpretation and material information, allowed the establishment of new

considerations about Late Bronze Age settlements. The ceramic analysis, found in

survey 1, enabled the acquisition of important results, related not only with chain

working involving the ceramic manufacture, but also with the distribution in the

Alentejo region, based in a formal, technological and decorative comparison. The

morphological parallels and similarities between ceramics found in coeval settlements

lead to a reflection of territorial occupation models and community dynamics

associated to the settlement system, leading to the integration of this archaeological

place in the last quarter of second millennium b. C.

Keywords: Ceramics, Settlements, Late Bronze Age, Peninsular Southwest

Agradecimentos

A realização desta dissertação não teria sido possível sem a contribuição de algumas

pessoas que me acompanharam ao longo deste percurso que agora termina. Por esta

razão deixo expresso o meu agradecimento:

À Professora Raquel Vilaça, minha orientadora nesta dissertação, a forma como me

conduziu ao longo destes anos, pela disponibilidade no esclarecimento de dúvidas, nos

conselhos, assim como nas críticas e sugestões feitas durante a realização deste

trabalho. Agradeço, sobretudo, por toda a formação e aprendizagem ao longo do meu

percurso académico e pessoal.

À Ana Bica, ao Miguel Serra e ao Eduardo Porfírio, um agradecimento muito

especial pela permanente disponibilidade demonstrada em todas as fases que levaram

à concretização deste trabalho. O inestimável apoio e incentivo na preparação e

elaboração deste estudo, o auxilio na resolução de problemas que foram surgindo,

mas sobretudo pelos ensinamentos preciosos e pela amizade demonstrada. Obrigado

por me continuarem a acompanhar nesta jornada e por incentivarem o meu interesse

pelo conhecimento e pela investigação.

À Diana Fernandes, inestimável companheira, pelo incansável apoio e permanente

disponibilidade nas discussões e críticas que ajudaram à realização deste trabalho. Um

especial bem-haja pela amizade e dedicação.

À Susana Ribeiro, pela paciência e compreensão ao longo destes anos e sobretudo

pela amizade que preencheu o vazio deixado pela família.

Aos meus amigos, Diogo, Bernardo, Joel, Vilela, Anita, João, Lia, Carolina, Inês,

Romeu, Fred, Rafael, Tânia, Zo, Fátima, Cátia e muitos mais que, de forma consciente

ou inconsciente, contribuíram para a prossecução deste trabalho, sobretudo pela

transmissão de força nos momentos mais críticos deste percurso. Um obrigado a

todos, pela preciosa ajuda e pela partilha de conhecimentos e vivências em Coimbra.

Aos meus pais e aos meus irmãos pelo apoio incondicional, possibilitando a

estabilidade necessária para me dedicar a este trabalho, pela confiança que

depositaram em mim e a compreensão nos momentos mais difíceis. A eles dedico este

trabalho!

Índice

Capítulo I - Introdução………………………………..……………………………………………….……………8

Capítulo II - O sítio do Outeiro do Circo…………………..………………………………….…………….10

1. Estado da Arte síntese da investigação arqueológica…….……………….……….………10

2. Enquadramento Geográfico………………………………………………..……….………………….15

2.1. Localização geográfica…………….……………………………………………….………………16

2.2. Características do meio natural e recursos do território……….…………………16

2.3. Descrição geral do sítio………………………………………………………….………………..20

3. Intervenções arqueológicas no local….………………………….………………………....…….23

3.1. Dados da Escavação…………………….………………………….……………………….………23

3.2. Sondagem 1…………………………………………………………….…………….…….………….24

3.2.1. Descrição das camadas estratigráficas………………….……..……..……………24

3.3.2. Interpretação da estratigrafia: fases e estruturas ……….………………..…28

Capítulo III - Estudo dos materiais cerâmicos……………………….…….………..………….………32

1. Objectivos e Metodologia ……………………………………………….……………………………..32

1.1. Critérios de Inventário……………………………………………………………………………35

2. Amostra…………………………………..………………………….………..……………………………….43

3. Análise dos materiais cerâmicos por fase…………………...………….……………………….45

3.1. Fase II………………………………………………..……….……………………..…………………….45

3.2. Fase III…………………………………………………….……………………………………………….46

3.2.1. Fase IIIA………………………………………….………………………………………………..46

2.2.2. Fase IIIB………………………………………………..………………………………………….48

2.3.3. Fase IIIC……………………………………………….….……………………………………….48

3.3. Fase IV………………………………………………………….………………………..……………….50

3.4. Fase V………………………………………………………………..……………………….……………51

4. Considerações gerais da amostra…………….………………………..……………………………55

4.1. Análise tecnológica ………………….………………………………………………………..……55

4.2. Análise morfológica…………….…………………………………………………………..………61

4.2.1. Bordos……………………….………………………………………………………….…..…….61

4.2.2. Estudo Tipológico………………………………………………………………….…………62

4.2.3. Fundos………………………………………………………………….……..………….……….69

4.2.4. Aplicações plásticas ………………………………………………….…….…………….…70

4.2.5. Perfurações…………………………………………………………………..……………….…72

4.2.6. Outros objectos cerâmicos…………………….……………………………………..….72

4.3. Análise decorativa……………………………………………….………………………………..…74

4.4. Síntese da análise do conjunto cerâmico………………………………..…………….…80

Capítulo IV - Integração cronológica e cultural do Outeiro do Circo………………............86

1. Distribuição das cerâmicas no território………………………..………………………….….…87

2. Modelos de ocupação do espaço…………………………………………………………..…….….96

3. Integração do povoado no território………………………………………………………….……99

Capítulo V - Considerações finais ……………………………………………..…………………..…..…..103

Bibliografia………………………………………………………………………………………………………….……105

Anexos (Figuras e Estampas)

Inventário

8

Capítulo I - Introdução

O povoado do Outeiro do Circo foi alvo de escavações arqueológicas, pela primeira

vez, entre os anos de 2008 e 2011, tendo as intervenções, que incidiram sobre um

troço da muralha, possibilitado a caracterização do complexo sistema defensivo que

rodeia todo o sítio. A esta descoberta, impôs-se o estudo e sistematização dos

materiais arqueológicos exumados em escavação com o objectivo de conhecer melhor

a realidade do sítio e assim circunscrever os espaços e as territorialidades que o

caracterizam.

O trabalho que aqui se apresenta materializa os resultados obtidos com o estudo

das cerâmicas provenientes da Sondagem 1, que através da análise sistemática de uma

amostra seleccionada, pretende auxiliar a compreensão da dinâmica da tradição oleira

do sítio. Neste sentido, e conscientes das limitações impostas por este tipo de estudo,

consideramos pertinente que a análise compreenda a distribuição da cerâmica pelo

território, de modo a integra-la num conjunto regional contemporâneo.

O planeamento e organização deste trabalho ditaram que o mesmo se estruturasse

em cinco capítulos respectivamente subdivididos. Assim, inicialmente, no Capítulo II,

repartido em três pontos essenciais, realizaremos uma aproximação ao povoado do

Outeiro do Circo, analisando em 1 os contributos que a investigação prestou ao

conhecimento do mesmo, realizando uma síntese da investigação arqueológica, em 2

procede-se à inserção do Outeiro do Circo no território, traçando as principais

características do meio natural, atendendo aos recursos e à sua relação com a

paisagem e realizando uma descrição geral do sítio. Posteriormente, em 3, analisam-se

os dados provenientes das intervenções arqueológicas desenvolvidas no sítio,

interpretando a estratigrafia e as estruturas identificadas.

No Capítulo III, subdividido em cinco pontos essenciais, debruçar-nos-emos sobre o

conjunto cerâmico. Em 1 estabelecem-se os objectivos da análise sistemática do

conjunto cerâmico, particularizando as questões relacionadas com a metodologia. O

estudo dos materiais decorreu segundo um procedimento consistente, tendo como

objectivo a definição da cadeia produtiva oleira. Em 2, descrevemos a amostra,

expondo os parâmetros definidos na selecção dos fragmentos estudados e em 3

9

procederemos à análise dos materiais cerâmicos individualizando-os por fases. Em 4

são elaboradas as considerações gerais da amostra através de uma apreciação comum

do conjunto, definindo os atributos tecnológicos, formais e decorativos e em 5

organiza-se uma síntese dos resultados obtidos, fruto da anterior análise às cerâmicas,

definindo a produção oleira do sítio.

No Capítulo IV realiza-se uma aproximação à integração cronológica e cultural do

Outeiro do Circo, considerando os aspectos discutidos nos capítulos anteriores. Em 1

efectua-se uma análise concreta do conjunto cerâmico com base na aferição de

paralelos exógenos, de modo a compreender a distribuição das cerâmicas pelo

território, definindo as tradições produtivas (locais ou regionais) e estabelecendo, com

base nos contexto e estratigrafias dos povoados coevos, uma evolução das formas e

decorações do Outeiro do Circo. No ponto 2, com base nos sítios onde se verificam

semelhanças entre as cerâmicas tentaremos definir os modelos de ocupação do

espaço, analisando as estratégias e as dinâmicas existentes na rede de povoamento do

Bronze Final no território do Alentejo. Por fim, em 3, com base nas evidências

arqueológicas conhecidas e na conjugação dos resultados obtidos ao longo do estudo,

debatem-se algumas problemáticas inerentes ao conhecimento do Outeiro do Circo,

especialmente as relações estabelecidas, ao longo do II milénio a.C., entre o povoado e

as comunidades coetâneas.

Posto isto, pretende-se apresentar um estudo que recai sobre a cultura material

cerâmica disponível, recorrendo a novos dados referentes ao enquadramento espacial

e cronológico do Outeiro do Circo e contribuindo para uma integração sociocultural do

povoado na região alentejana.

10

Capítulo II - O sítio do Outeiro do Circo

1. Estado da Arte: síntese da investigação arqueológica

As grandes dimensões do Outeiro do Circo (Mombeja, Portugal) chamaram, desde

cedo, a atenção das populações que habitam o interior Alentejano. O lugar de

destaque que o povoado ocupa na paisagem e os vestígios das muralhas

representariam marcos importantes para as pessoas que ocuparam aquela região ao

longo do tempo. Actualmente, o local é conhecido como “Muros” ou “Cerro dos

Muros”, epíteto atribuído pela população da região devido aos restos da fortificação

antiga, ainda hoje visível.

As primeiras referências bibliográficas dedicadas ao Outeiro do Circo remontam ao

século XVIII, nas “Memorias Parochiaes de 1758” onde o local é mencionado por

diversas vezes. Nos finais do século XIX, Pedro de Azevedo efectua uma recolha dessas

memórias para «O Archeologo Português» (1896; 1897; 1900), sendo apenas nessa

altura publicadas. A designação de Outeiro do Circo surge nestas referências pela

primeira vez: “Há perto desta vila hu Outeyro de bastante eminencia que chamão o

Outeyro do Circo (…).” (AZEVEDO, 1896: 307), nome que se encontra ausente na Carta

Militar de Portugal1. No entanto, o povoado será identificado na bibliografia

arqueológica como Outeiro do Circo até à actualidade.

Das referências compiladas por Pedro de Azevedo sobressaem pequenas narrativas

sobre o sítio, que nos mostram as lendas e estórias locais associadas às ruínas do

Outeiro do Circo. Numa passagem é possível observar que as memórias do local estão

associadas ao mito da fortificação pertencer aos Mouros: “(…) e junto de seu cume há

em roda hu muro de pedra antíguo, que os Mouros chamarão Crastro, e hoje os

Militares entricheiramento. Esta já em parte totalmente razo e paresse foi obra dos

Mouros na sua retirada.” (AZEVEDO, 1896: 307). Por outro lado, num outro excerto, é

possível verificar a associação do sítio com a fundação da cidade do Beja: “(…) dizem as

pessoas velhas que nelle quizerão edificar a Cidade de Beja, porem não descubro

notícia certa porque dezistirão e fizeram aonde hoje existe e bem se vê que só fizeram 1 Segundo a consulta das edições de 1946, 1987 e 2010 da Carta Militar de Portugal, folha nº 520.

11

os alicerces e não houve terra ou Cidade por não se achar dentro nem fora dos Muros

signal algum de ruina e dizem por esta razão se intitula esta freguesia de Mombeja por

se chamar Monte de Beja (…).” (AZEVEDO, 1990: 299). Não existem, porém, dados que

possam confirmar que teria sido neste local a primeira tentativa de edificação da

cidade de Beja. No entanto, a lenda deixou o seu rasto na toponímia, transmitindo o

seu nome à actual aldeia de Mombeja, que derivaria de Montes de Beja.

O panorama do conhecimento arqueológico na região do Alentejo, especialmente

no território que envolve o Outeiro do Circo, nos primórdios do século XX, restringe-se

a um conjunto disperso de achados furtuitos, que denunciam a riqueza da região. As

recolhas efectuadas pelo arqueólogo José Leite de Vasconcelos, no Alentejo2,

reportam inúmeros achados da Idade do Bronze, realçando-se a descoberta de alguns

achados metálicos e contextos sepulcrais com “tampas insculturadas”

(VASCONCELLOS, 1906; 1915; 1927/29), provenientes da zona de Mombeja, Trigaches

e Santa Vitória. Nas décadas seguintes, o interesse da região perpetuará no trabalho

desenvolvido por Abel Viana e Fernando Nunes Ribeiro. O estudo realizado por estes

dois investigadores permitiu a identificação de vários instrumentos metálicos e o

reconhecimento e escavação de algumas necrópoles (VIANA, 1947; 1954; 1955; 1958;

RIBEIRO, 1965; 1966/67; VIANA e RIBEIRO, 1956). Estas importantes descobertas

começavam a revelar e sistematizar o conhecimento da Idade do Bronze na região. É

neste contexto que o Outeiro do Circo, votado ao silêncio até aos meados do século

XX, volta a ser mencionado, por Abel Viana, que faz uma breve alusão ao povoado,

atribuindo-lhe, pela primeira vez, uma cronologia da Idade do Bronze (VIANA, 1949:

153).

A década de 70 representa um marco no alargamento do corpo de dados

disponíveis para o estudo da Idade do Bronze no Sudoeste Peninsular, protagonizado

pela publicação de uma série de investigações sistemáticas. O contributo da

investigação desenvolvida por Schubart (1971; 1975), na análise do espólio recolhido

em contextos sepulcrais, foi fundamental para a sistematização e definição do quadro

evolutivo da Idade do Bronze do Sudoeste. Em simultâneo realizam-se outros estudos,

2 Recolhas realizadas por José Leite de Vasconcellos em diversas zonas do país, de materiais

arqueológicos para a colecção do Museu de Etnologia de Lisboa.

12

centrados na cultura material da Idade do Bronze, como o trabalho de Lopéz Roa

(1977), sobre cerâmica com decoração brunida, ou o estudo devolvido por Ruíz Mata

(1979), que define a tipologia das cerâmicas provenientes da Andaluzia Ocidental. O

notável contributo destes investigadores, juntamente com a investigação de Almagro-

Gorbea (1977) sobre a Extremadura espanhola, permite traçar uma visão mais ampla

da realidade arqueológica, geográfica e cronológica para a Idade do Bronze do

Sudoeste Peninsular.

Relativamente ao Outeiro do Circo, ainda na década de 70, prospecções realizadas

na zona de Beringel, por Luís Raposo e C. Vaz Pinto, resultaram na recolha de alguns

materiais encontrados à superfície do povoado. Alguns anos depois, Rui Parreira

(1977) baseando-se na análise dos materiais provenientes dessa prospecção, publica o

primeiro artigo dedicado exclusivamente ao sítio. A realização de uma descrição

detalhada das características do perímetro amuralhado autorizou a definição da planta

do sistema defensivo. Neste sentido, o estudo dos elementos do povoado, realizado

por Rui Parreira, especialmente o contributo da cerâmica de ornatos brunidos permitiu

estabelecer uma cronologia de ocupação entre o século X a.C. e os inícios do século VII

a.C. para o Outeiro do Circo (PARREIRA, 1977: 35). O artigo publicado posteriormente

por Rui Parreira e Monge Soares (1980) integra o Outeiro do Circo no conjunto de

povoados em altura do Sul de Portugal.

Nos anos subsequentes, o sítio é evocado de forma mais recorrente, assistindo-se a

um surto dos trabalhos arqueológicos, especialmente relacionados com o estudo do

povoamento. O incremento da investigação nas proximidades do Outeiro do Circo

possibilitou a definição de uma ocupação dispersa pela planície, centrada no Bronze

Médio, que se materializa pela descoberta de várias necrópoles (PARREIRA e SOARES,

1980: 111) e pela revisão cronológica das estelas encontradas na região (BARCELÓ,

1991; GOMES, 1995: 135). Os recentes dados arqueológicos permitiram efectuar uma

rectificação do quadro cronológico anteriormente elaborado por Schubart (1975).

Destaca-se a correcção realizada por Rui Parreira (1995; 1998), que clarifica a

diferenciação crono-cultural existente para o Bronze do Sudoeste. Como

consequência, tal revisão, colocará a ocupação do Outeiro do Circo na última fase

deste período, Bronze do Sudoeste III, tendo em conta, o pressuposto, de que a

13

formação dos povoados fortificados em altura terá ocorrido no final da Idade do

Bronze (PARREIRA, 1995: 133; PARREIRA e SOARES, 1980).

O conjunto de dados agora produzidos levanta questões sobre o tipo de relações

que o Outeiro de Circo teria com as realidades adjacentes. As características inerentes

a este sítio, como a elevada dimensão do povoado e a posição de destaque que ocupa

na planície permitem questionar que o povoado teria na organização e hierarquização

deste território, sendo diversas vezes evocado como elemento estruturante no

controlo do território (PARREIRA, 1995: 38; 1998: 272; ARNAUD, 1992; SOARES e

SILVA, 1995: 38).

O ano de 2008 representa um ponto de viragem na história de investigação do

Outeiro do Circo. O local é pela primeira vez alvo de uma intervenção arqueológica, no

âmbito do projecto de investigação “A transição Bronze Final/ 1º Idade do Ferro no Sul

de Portugal: O caso do Outeiro do Circo”, sob a direcção de Miguel Serra e Eduardo

Porfírio. O projecto previa a realização de sondagens na zona de talude da muralha,

com intuito de proceder à caracterização detalhada do complexo defensivo. Ainda no

decorrer desse ano, os responsáveis pelo projecto publicam um artigo, onde

apresentam os resultados de prospecções realizadas no povoado, juntamente com a

interpretação da fotografia aérea3 do sítio (SERRA et al, 2008). O estudo da planimetria

do Outeiro do Circo viria a ser complementado, alguns anos mais tarde, por uma

análise arqueogeografica, permitindo corrigir e identificar novos elementos na planta

anteriormente conhecida (SERRA e PORFÍRIO, 2010a). Os dados conhecidos até ao

momento, resultantes das escavações empreendidas no local, correspondem aos

trabalhos desenvolvidos entre 2008 e 2011. Os resultados obtidos permitem avançar

com uma caracterização, ainda pouco detalhada, da arquitectura do sistema defensivo

por outro lado, a análise do espólio exumado encontra-se ainda numa fase inicial

(SERRA E PORFÍRIO, 2012; SERRA e PORFÍRIO, no prelo).

Nos últimos anos, o conhecimento da região tem-se pautado por diversas

escavações arqueológicas em povoados fortificados em altura, com ocupações coevas

com o Outeiro do Circo, como é o caso do Passo Alto, em Serpa (SOARES, 2003;

SOARES et al, 2009) ou o Castro dos Ratinhos, em Moura (BERROCAL-RANGEL e SILVA,

3 Estudo realizado no âmbito de um projecto PNTA, aprovado em 2001, para o qual não se obteve

financiamento.

14

2010) onde se constatam semelhanças nas estratégias de implantação e no espólio

cerâmico, subentendendo-se relações culturais (SERRA e PORFÍRIO, 2012: 144). Em

simultâneo, um vasto conjunto de novos dados surgem no âmbito de intervenções de

emergência por todo território4 alentejano. A descoberta de sítios relacionados com a

ocupação em planície, materializados sobretudo em povoados abertos, com fossas,

documentam uma intensa ocupação do território durante o II milénio a.C.,

especialmente durante o Bronze Médio (AUNTUNES et al, 2012).

Os recentes dados necessitam de uma análise intensiva dos contextos de modo a

definir com clareza as suas ocupações. De todo o modo, é certo que estas descobertas

arrastam consigo novas linhas de investigação focadas na compreensão das dinâmicas

e estratégias de povoamento que actuaram durante a Idade do Bronze do Sudoeste

Peninsular. Deste modo, o Outeiro do Circo emerge como elemento fundamental na

análise desta realidade

4 Descobertas realizadas na região do Baixo e Alto Alentejo por diversas empresas de Arqueologia no

âmbito do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva para a implantação do sistema de rega da albufeira do Alqueva, e na construção da Auto-Estrada A26 (Sines-Beja).

15

2. Enquadramento Geográfico

A observação e análise dos elementos que compõem um território é parte

representante e complementar de um estudo arqueológico. A sua caracterização e

definição, através da investigação paisagística e de testemunhos de ocupação antiga,

permitirá a reconstituição de todo um sistema de ocupação e exploração territorial,

construído com base em várias estratégias planeadas pelas comunidades humanas.

À representação das relações entre seres-humanos e meio-ambiente respondem,

geralmente, a franca proximidade de recursos essenciais à manutenção do equilíbrio

social. Neste sentido, a localização de diferentes nichos ecológicos, de natureza fluvial,

agrícola, mineira e mesmo de posicionamento geográfico estratégico, são essenciais à

aferição e avaliação dos modelos de actuação das comunidades numa determinada

área geográfica.

A organização e dispersão das comunidades pelo território, bem como as relações

sociais que estabelecem entre si e com o meio natural, denunciam por si só uma série

de paisagens heterogéneas e dinâmicas. Integrantes de uma realidade densamente

entrelaçada e fluida, as próprias sociedades, ao longo do tempo, modelam e são

modeladas pela paisagem. Rompendo com a ideia de uma natureza passiva, de um

simples cenário onde se desenvolvem actividades humanas, a perspectiva ecológica

defende que a paisagem deve ser compreendida como um elemento de acção entre os

agentes que a constituem. As relações existentes entre os elementos que a integram

(o humano, o natural, o animal e o vegetal) não permitem a separação entre o humano

e o ambiente, visto que o primeiro não está apenas implicado na paisagem mas é

também constituído por ela. Segundo esta perspectiva de simbiose entre Homem e

habitat, conhecida como “dwelling perspective”, a paisagem é assim constituída por

um registo duradouro de vidas e actividades de gerações passadas que ali residiram,

deixando impresso no ambiente e na sua relação como o mesmo, algo de si próprias

(INGOLD, 2002: 189-208). Neste sentido, considera-se que a paisagem carrega consigo

as actividades realizadas pelos seus habitantes quer no passado, no presente ou no

futuro.

16

Em suma, admite-se que o Homem não circula exclusivamente num espaço físico,

mas sim num espaço socializado e categorizado. Essa socialização estabelece os

parâmetros culturais para a forma como o meio é vivido, ocupado e percorrido,

através de paisagens dinâmicas onde os elementos físicos se cruzam com as

percepções e sentidos, formando um todo orgânico onde as dinâmicas de circulação

funcionam e se transformam.

2.1. Localização geográfica

O povoado do Outeiro do Circo localiza-se na zona sul de Portugal, inserindo-se na

região do Baixo Alentejo. Administrativamente pertence ao distrito de Beja (Portugal),

e situa-se entre o limite divisório das freguesias de Mombeja e Beringel, com as

seguintes coordenadas geográficas: N: 338° 02’ 20’’ de latitude; W: 8° 00’ 30’’ de

longitude (ver anexo, Fig. 1 e 2). Apresenta uma altitude máxima de 276 metros. O

acesso ao povoado faz-se pela estrada municipal 529, que liga Beringel a Mombeja. A

meio caminho deste percurso encontra-se um atalho, junto ao Monte do Circo. O

percurso até ao cimo do povoado apenas pode ser efectuado a pé, por um trilho em

terra batida.

2.2. Características do meio natural e recursos do território

A região do Baixo Alentejo que acolhe o povoado do Outeiro do Circo é dominada

por paisagens de relevos suaves e monótonos, consequência da extensa peneplanície

que sistematicamente caracteriza a morfologia do território do Sudoeste peninsular,

especificamente o Alentejo (FEIO, 1952; RIBEIRO, 1987). Toda esta área administrativa

encontra-se demarcada por barreiras físicas naturais, fruto de acidentes geográficos,

que a delimitam e separam das regiões do Alto Alentejo e do Algarve. A Norte

deparamo-nos com a Serra de Portel que se ergue bruscamente interrompendo a

planície, contrastando com o que acontece a Sul, em que a planura desta região

começa a subir gradualmente até atingir o ponto mais elevado da Serra do Caldeirão,

que separa o interior alentejano da Orla algarvia. Longitudinalmente, os cursos de

água demarcam as principais fronteiras do território baixo alentejano. A oeste, a bacia

17

hidrográfica do Sado e a Serra da Vigia separam o litoral do interior e a este, o curso do

Guadiana e do Chança preconizam os principais elementos fronteiriços desta área, que

actualmente marca a fronteira política entre Portugal e Espanha (FEIO, 1952: 51-83).

A aparência e génese dos baixos-relevos da peneplanície do Baixo Alentejo derivam

de contínuos processos de erosão e sedimentação, conferindo à paisagem uma certa

monotonia, marcada por uma planície extensa, por vezes quase perfeita, como

acontece a Oeste e Sudoeste de Beja, próximo de Santa Vitória e entre Brinches-Pias-

Moura. Esta uniformidade morfológica apenas é quebrada por alguns relevos e

acidentes tectónicos que derivam de uma persistente erosão e de deformações da

planície sobre diferentes formações litológicas. As serras do Baixo Alentejo, apesar da

sua baixa altitude, evidenciam-se na paisagem envolvente e encontram-se agrupadas

em dois tipos distintos: relevos residuais com elevações pontuais, como a Serra de

Ficalho, perto da fronteira com Espanha ou a Serra de Alcaria Ruiva próxima de

Mértola; e relevos tectónicos com elevações graduais, corporalizados na vasta área da

Serra de Portel, na Serra de Barrancos e no Caldeirão, que se forma gradualmente,

desde Castro Verde até á Orla Algarvia (FEIO, 1952: 75 e segs).

A rede hidrográfica desta região é dominada pela influência das bacias do Sado e do

Guadiana. O povoado do Outeiro do Circo, que se situa no intermédio da área de

influência destes dois grandes rios do Sul de Portugal, desfruta da aproximação de

correntes subsidiárias a estes cursos de água. A oeste, as ribeiras do Roxo e da Figueira

correm para o Sado, e a este as ribeiras da Cardina e de Odearce confluem para o rio

Guadiana (SERRA E PORFÍRIO, 2012:138).

Em termos geomorfológicos esta área insere-se em formações da Zona Ossa

Morena (ZOM), constituindo uma unidade estrutural diferenciada dentro do Maciço

Ibério, com materiais do Pré-Câmbrico e Paleozóico (OLIVEIRA, 1992). Particularmente,

a zona em que se insere o Outeiro do Circo é ocupada, de forma substancial, pelo

Complexo Ígneo de Beja (CIB)5. No que respeita à litologia, esta é caracterizada pelos

Gabros de Beja do Complexo Plutono - Vulcânico de Odivelas, que se distingue pela

presença de rochas básicas, como os gabros e os dioritos (ver anexo, fig. 3). De referir

ainda, que muito próximo localiza-se o Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches (COBA)

5 Carta Geológica de Portugal na escala 1/200 000, folha 8, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa.

18

apresentando uma litologia evidentemente distinta do CIB, constituído essencialmente

por serpentinitos, anfibolitos e metagabros (Ibidem, 1992: 19-30).

Ao analisarmos as características dos solos actuais segundo as Cartas de capacidade

e uso dos solos6, verificamos a existência, no local onde se situa o Outeiro do Circo, de

terras com grande aptidão agrícola, pelas classes A, B e C, tipicamente de ocorrência

fértil. Tratam-se de solos designados por “Barros Pretos”, caracterizados por depósitos

argilosos e espessos de cor escura de baixa permeabilidade que tornam os solos,

circundantes ao Outeiro do Circo, mais susceptíveis à erosão e escorrimento

(CARDOSO, 1965). Por outro lado, a esta particularidade, associa-se o sistema aquífero

dos Gabros de Beja, que confere às terras a elasticidade e rigidez necessária à sua

fertilidade proporcionando um elevado potencial agrícola (DUQUE, 2005: 66;

CARDOSO, 1965). São também frequentes as rochas carbonatadas primárias, típicas de

zonas baixas, nas quais se inserem os “caliços” interpretados como depósitos terciários

(OLIVEIRA, 1992: 67-69).

Relativamente aos recursos mineiros disponíveis, a cartografia7 permite observar

que todo o Sudoeste Peninsular é rico em jazidas minerais. Incluído no Bloco

Meridional de Maciço Hespérico, a região distingue-se pela existência de jazidas de

manganés e de pirite de ferro cuprífera (THADEU, 1965: 10). Estas localizam-se numa

faixa de cerca de 10 km de largura, que atravessa o Baixo Alentejo desde a fronteira,

entre as minas de São Domingos e Alcoutim, e desaparece entre Aljustrel e Ferreira do

Alentejo (Ibidem: 30). Na margem esquerda do Guadiana encontram-se a maior parte

dos recursos mineiros do Baixo Alentejo, como as ocorrências minerais associadas à

faixa dolomítica entre Ficalho e Moura, e a faixa piritosa portuguesa, rica em metais

nobres, como o ouro e a prata, mas também em cobre (GASPAR, 1998: 401). Exemplo

disso são as minas de S. Domingos, próximas da fronteira com o Guadiana ou ainda as

minas de Aljustrel, no centro do Baixo Alentejo. Ambas as jazidas são conhecidas pelos

vestígios de exploração antiga (DOMERGUE, 1987; GASPAR, 1998: 401).

6 Carta de capacidade e uso dos solos, na escala 1:50 000, folha 43-A, Secretaria do Estado da

Agricultura, 1959 e Carta de capacidade e uso dos solos, na escala 1:50 000, folha 43-C, Secretaria da

Agricultura, 1961. 7 Carta mineira de Portugal, escala 1:500 000, Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos, Serviços

Geológicos de Portugal, Lisboa, 1961.

19

Por sua vez, o Outeiro do Circo apresenta uma grande proximidade a jazidas de

minério, como é o caso da Mina da Juliana (Santa Vitória, Beja), rica em cobre.

Localizada aproximadamente a 15 km do povoado, os vestígios de exploração indicam

que poderá remontar à Idade do Bronze8 (DOMERGUE, 1987: 503). Mais afastada, mas

sem menor importância, destaca-se a região de Ourique – Castro Verde, sobejamente

conhecida como zona mineira com um grande número de “chapéus-de-ferro” ricos em

cobre, ouro e prata, como atesta a mina de Neves Corvo (PARREIRA, 1998: 268).

No que concerne à evolução da cobertura vegetal desta região conhece-se ainda

muito pouco das espécies autóctones, que moldavam e caracterizavam a paisagem

proto-histórica. No entanto, alguns estudos baseados em análises polínicas permitiram

já traçar modelos e séries padrão de diversas áreas do Sudoeste Peninsular. Segundo

dados paleoecológicos realizados em povoados na Extremadura Espanhola, a paisagem

terá sofrido uma transformação ao longo do II e I milénio a.C., assinalado pela

alteração dos espécimes vegetais e do aumento da pluviosidade. Alterações, que se

traduziram na amplificação dos bosques esclerofilo mediterrâneo (LOPÉZ GARCIA et al,

2003: 274) sendo frequentemente apontadas como consequência da acção antrópica

das populações na bacia média do Guadiana (GRAU ALMERO et al, 1998: 161).

A mudança paleoclimática que se constata no final da Idade do Bronze coincide com

o término do período climatológico Subboreal e início do Subatlântico. Em Huelva, no

povoado de El Trastejon foi possível constatar esta dinâmica da vegetação, verificando-

se que a ocupação mais antiga (1700 - 1100 BC) se encontra representada por Quercus

coccifera, e numa fase posterior (1100-750 BC) surge sobre a forma de Cupressaceae.

Estas condições ambientais observam-se também no Alentejo português, onde as

espécies termófilas- Olea europaea- são substituídas por quercíneas de tipo

cuducifolio, em resultado das condições ambientais mais húmidas que caracterizam

este período de transição climático (PULIDO et al, 2007: 43 apud HERNÁNDEZ

CARRATERO, no prelo). Note-se assim, que apesar dos escassos dados paleoecológicas

existentes para esta região, para o momento que aqui nos ocupa, outras regiões

vizinhas conheceriam uma importante cobertura vegetal de montado denso. A

reconstituição das paisagens antigas precisa ainda de ser definida e analisada, no

8 Onde foram encontrados dois machados planos de bronze do tipo Alentejano (VEIGA, 1891:211;

DOMERGUE, 1987: 503; 1990: 114).

20

entanto, esta deve procurar distinguir a influência dos elementos antrópicos na

evolução da paisagem.

2.3. Descrição geral do sítio

O povoado do Outeiro do Circo encontra-se implantado numa crista de cabeços

alongados, que se erguem suavemente da planície que caracteriza a paisagem

envolvente, conferindo-lhe uma certa individualidade fisiográfica (ver anexo, fig. 4 e 5).

Aufere de uma posição central e destacada no território, porque apesar da sua baixa

altitude, que oscila entre os 254 e os 276 metros, possuí um amplo domínio em todos

os quadrantes, excepto a norte, onde o Outeiro do Circo aparece dissimulado, por

elevações semelhantes, como o Cabeço de Serpe, localizado muito próximo e que

atinge uma altitude de 258 metros, ou ainda, os cerros do Moinho do Mira (276m),

Cerro do Penedo Furado (241m), Cabeço do Outeiro (212m) e o Cerro do Monte Arrais

(233m) (SERRA e PORFÍRIO, 2012: 138). Estes relevos que compõem o panorama

natural em que se ergue o Outeiro do Circo são comummente designados por “Serra

de Beringel”9 que no seu conjunto formam uma pequena barreira visual, que impede o

controlo do território para norte.

A nível topográfico, o povoado desenvolve-se em duas plataformas alongadas de

forma mais ou menos elipsoidal. A área mais a norte do povoado é mais inferior e

aplanada, a outra plataforma, mais a sul tem o formato estreito e mais elevada. As

vertentes das encostas têm declives suaves, não sendo difícil o acesso ao topo do

povoado (ver anexo, fig. 6). O sistema amuralhado que rodeia o local, quase na sua

totalidade, ter-se-á apresentado como a única barreira física de acesso ao povoado.

Actualmente, as suas faces apenas são visíveis com a limpeza da vegetação (ver anexo,

fig. 7), podendo-se observar que os vestígios da estrutura artificial atingem em alguns

troços uma média de 4 a 5 metros de espessura (PARREIRA, 1977: 33). No terreno é

possível observar a ocorrência de inúmeros blocos de barro cozido ao longo da

muralha exterior (ver anexo, fig. 8). Praticamente toda a muralha conserva ainda

9 A designação “Serra de Beringel” é atribuída localmente pelos habitantes que vivem nas povoações de

Mombeja e Beringel.

21

alguma altura, sobretudo no troço noroeste, onde apresenta cerca de 2 metros de

altura, sendo o extremo Nordeste o que apresenta o troço mais arrasado, com as

pedras que constituem o aparelho a estarem apenas à altura do solo (SERRA et al,

2008: 158).

A planta da fortificação inicialmente apresentada permitiu identificar uma forma

elipsoidal alongada, que acompanha a morfologia do terreno, onde é possível observar

um pequeno troço na parte sudeste, com dupla cintura de muralha (PARREIRA e

SOARES, 1980: 112). Trabalhos posteriores de prospecção no terreno e interpretações

da fotografia aérea (SERRA et al, 2008; SERRA e PORFÍRIO, 2010a; SERRA e PORFÍRIO,

no prelo) permitiram efectuar uma nova reinterpretação da planta anteriormente

apresentada, bem como a descoberta e exibição de novos elementos. O recurso a

recentes técnicas de fotointerpretação possibilitaram ainda aceder a um conjunto de

novos dados, que anteriormente seriam impossíveis de obter, reproduzindo uma

planta (ver anexo, fig. 9) com maior aproximação à realidade observada no terreno

(SERRA E PORFÍRIO, 2010a).

Deste modo, foi possível determinar com maior precisão a área dos taludes que

rodeiam o povoado, sendo estimado uma área com 17 hectares (Ibidem, idem),

anteriormente estimada em 8 hectares (BERROCAL-RANGEL,1992: 218). A dupla

cintura de muralha apenas se observa em algumas partes do perímetro amuralhado,

como no troço sudeste, ainda visível no terreno (ver anexo, fig. 10) (SERRA e PORFÍRIO,

2010a; SERRA e PORFÍRIO, no prelo). A análise da fotografia aérea permitiu também a

identificação de uma zona que parece corresponder à entrada principal do povoado e

que se encontra ladeada por dois bastiões semicirculares (SERRA et al, 2008: 158). O

tratamento de várias imagens do Google Earth permitiram definir com maior

pormenor a entrada principal (ver anexo, fig. 11), facilitando o reconhecimento das

formas que, neste caso, não se observam no terreno, devido à acção destruidora da

agricultura mecanizada (SERRA e PORFÍRIO, 2010a). Foram ainda identificados, no topo

Norte do exterior do povoado, vários muros de pedra (ver anexo, fig. 9) de

funcionalidade até agora indeterminada, que se desenvolvem perpendicularmente à

muralha, ao longo da encosta. (SERRA et al, 2008: 158-159). O espaço interno do

povoado não apresenta vestígios claros de construções, apesar da imensa cerâmica

encontrada à superfície. A impossibilidade de encontrar esses rastos arquitectónicos

22

superficiais dever-se-á, essencialmente, ao facto destes terrenos serem alvo contínuo

de uma prática agrícola intensa e mecanizada. As prospecções no local revelaram

ainda a descoberta de um afloramento na zona central, com a presença de “covinhas”.

As duas construções em pedra visíveis no interior do sítio parecem corresponder a

elementos distintos. O longo muro que se situa na parte mais alta do povoado,

equidistante das linhas muralha a noroeste e sudeste, parece funcionar apenas como

divisão de propriedades recentes. Ao invés, a outra construção em pedra que divide a

plataforma Nordeste, aparenta ser uma continuação natural da muralha, não se

observando no terreno a ligação com o troço sudeste (ver anexo, fig. 9). Ainda que não

tenhamos dados suficientes para afirmar que este elemento é contemporâneo do

povoado, coloca-se a questão da divisão funcional, ocorrendo uma situação de

ocupações com características distintas, como já foi proposto para outros povoados,

onde se distingue uma área baixa, que supõe-se servir para o gado, e uma zona alta,

melhor definida, onde se concentrariam as estruturas habitacionais (ARNAUD, 1979:

61).

As particularidades da região em que se insere o Outeiro do Circo são fundamentais

para compreender e explicar a escolha do local para a implantação das comunidades.

Indissociavelmente ligado à peneplanície, o povoado, aufere de características

fisiográficas excelentes, reunindo condições de visibilidade essenciais para o controlo

do território. Por outro lado, a proximidade de diversos recursos naturais permite o

acesso privilegiado a matérias-primas facilitando assim, o desenvolvimento de

actividades ligadas à exploração do meio ambiente. Estas características presentes no

ecossistema da região deverão ter sido fulcrais para a fixação as comunidades que

habitaram o Outeiro do Circo, assim como outros factores de ordem socioeconómica.

23

3. Intervenções arqueológicas no local

A primeira intervenção arqueológica no Outeiro do Circo realizou-se no âmbito do

projecto de investigação “A transição Bronze Final/ 1º Idade do Ferro no Sul de

Portugal: O caso do Outeiro do Circo”, com a coordenação de Miguel Serra e Eduardo

Porfírio, integrado no Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos10. Os trabalhos de

escavação realizaram-se entre o ano de 2008 e 2011, sendo os dados aqui

apresentados, o resultado dessas intervenções.

3.1. Dados da escavação

A intervenção arqueológica efectuada no Outeiro do Circo centrou-se na escavação

do talude da muralha, no troço sudoeste, no sentido de avaliar o estado de

conservação da mesma e consequentemente proceder à caracterização tipológico-

construtiva do sistema defensivo. Neste sentido, a realização da Sondagem 1

pretendeu definir a estratigrafia do local, considerando a identificação de um possível

quadro cronológico da estrutura e a sua relação com as áreas internas do povoado.

Durante o decorrer dos trabalhos procedeu-se ainda à abertura de uma outra

pequena sondagem de diagnóstico (2x2) – Sondagem 2 – no interior do povoado com

o objectivo de avaliar o potencial estratigráfico e o grau de impacto dos trabalhos

agrícola nas possíveis estruturas arqueológicas, notando-se nesta área uma maior

concentração de fragmentos de cerâmicas brunidas (SERRA e PORFÍRIO, 2010b: 4).

Localizada na vertente Sudeste do povoado, os resultados desta sondagem revelaram

a existência de uma enorme sedimentação ocorrida no interior do povoado,

observando-se uma única camada de barros negros que atinge cerca de 1 metro de

profundidade, concluindo-se assim, que a lavoura mecânica não afectou o substrato

arqueológico (SERRA E PORFÍRIO, 2012: 144). Os materiais cerâmicos exumados desta

sondagem enquadram-se genericamente no final da Idade do Bronze, no entanto, não

serão alvo de análise neste trabalho (ver anexo, fig. 12). As escavações da Sondagem 1

10

Contou com o financiamento da Câmara Municipal de Beja, da Empresa de Arqueologia Palimpsesto, Estudo e Preservação do Património Cultura, Lda e o apoio da Junta de Freguesia de Mombeja.

24

permitiram delinear uma primeira interpretação para a estratigrafia e estruturas

identificadas.

3.2. Sondagem 1

A sondagem foi implantada transversalmente no talude Sudoeste do povoado,

numa área em que a preservação em altura dos taludes artificiais atingia cerca de 5

metros, indicando uma melhor conservação do sistema defensivo. Inicialmente a

sondagem tinha uma área de 48m2 (12 x 4m), sendo posteriormente realizado um

alargamento no seu limite sudeste de 4 x 2m (ver anexo, fig.13). A definição da

estratigrafia permitiu o registo de um total de 23 camadas que podem ser

sistematizadas do seguindo modo.

3.2.1. Descrição da estratigrafia

Camada 1 – Sedimento argiloso, pouco compacto, com coloração castanho-escuro,

grão grosso, presença de muitos elementos vegetais (raízes e ramos) e alguns

elementos pétreos de pequeno a grande calibre. Apresenta todas as evidências de se

tratar de uma bolsa provocada por revolvimentos ocorridos em data relativamente

recente, conforme se pôde comprovar pelos inúmeros vestígios de sacos de plástico,

identificados debaixo de várias pedras soltas.

Camada 2 – Sedimento de terra humosa, muito semelhante ao da camada 1,

diferenciando-se por uma coloração mais negra, pelo baixo nível de compaticidade e

pelo calibre menor dos elementos litológicos.

Camada 3 – Sedimento de textura argilosa, extremamente compacto, de tonalidade

castanha escura, de grão grosso, presença de inúmeros elementos vegetais (raízes) e

litológicos de pequeno a grande calibre. As características desta camada e a

observação da superfície do terreno apontam para o facto de se encontrar perturbada

pela realização de trabalhos agrícolas, nomeadamente junto ao limite Norte da

sondagem.

25

Camada 4 – Sedimento argiloso muito compacto, grão grosso, coloração castanha, com

vários elementos litológicos de calibre pequeno a grande e alguns elementos vegetais,

essencialmente raízes.

Camada 5 – Sedimento de matriz argilosa, muito compacta, grão grosso, com

tonalidade castanha muito escura, com a presença de carvões e inúmeros elementos

litológicos de calibre médio a grande tamanho (concentrados na área dos quadrados

A1’, B1’, A1 e B1). Registou-se ainda a presença de algumas raízes.

Camada 6 – Sedimento de textura argilosa, medianamente compacto, grão médio,

tonalidade negra, presença de algumas raízes. Registou-se a presença de inúmeros

blocos pétreos de calibre pequeno e médio, de fragmentos cerâmicos, restos

faunísticos e alguns carvões. De referir ainda, a existência de pequenos nódulo de

caliço.

Camada 7 – Sedimento com textura argilo-arenosa, de grão médio pouco compacto,

apresenta numerosos fragmentos cerâmicos, alguns carvões. Presença de inúmeros

blocos pétreos de calibre pequeno a médio que correspondem ao enchimento do

Muro superior da muralha compósita

Camada 8 – Sedimento argiloso de grão médio, compacto, com coloração castanho-

acinzentada e com raros elementos litológicos de pequeno calibre. Regista-se a

presença de fragmentos cerâmicos.

Camada 9 – Sedimento argiloso de grão grosso, bastante compacto, de tonalidade

castanho-escura. Apresenta alguns elementos litológicos de calibre pequeno, restos

faunísticos, blocos de barro “cozido” e algumas raízes, registando-se ainda alguns

nódulos de caliço.

26

Camada 10 – Sedimento de matriz argilosa de grão médio, compacto, de tonalidade

castanho-clara. Presença de blocos pétreos de calibre mediano, fragmentos cerâmicos

e restos faunísticos.

Camada 11 – Sedimento extremamente semelhante ao da Camada 10 diferenciando-se

apenas pela presença extremamente reduzida de elementos litológicos.

Camada 12 – Sedimento argilo-arenoso de grão médio, extremamente compacto, de

tonalidade castanho-amarelada, muito homogéneo. Registou-se a presença de alguns

carvões, elementos litológicos e materiais arqueológicos. Diferenciava-se bem das

restantes camadas quer pela sua tonalidade mais clara, quer pela presença de diversos

nódulos de caliço branco.

Camada 13 – Sedimento de textura argilosa, compacta, de tonalidade castanha.

Presença de elementos litológicos de calibre pequeno em número reduzido.

Camada 14 – Sedimento argiloso de grão grosso, homogéneo, muito compacto de

tonalidade castanha escura, presença de alguns blocos pétreos de calibre pequeno e

médio e vários nódulos de caliço.

Camada 15 – Nível compacto de barro “cozido” de coloração alaranjada caracterizado

pela presença de nódulos/blocos extremamente compactos apresentando por vezes

uma tonalidade enegrecida, resultado provável da exposição a um processo de

combustão.

Camada 16 – Sedimento de matriz argilosa de grão grosso, bastante compacto, de

coloração castanho-clara. Escassos elementos litológicos de calibre pequeno, algumas

raízes de árvores e inúmeros nódulos/blocos de barro.

Camada 17 – Sedimento de textura argilosa de grão grosso, compacto, coloração

castanho-escura, presença de alguns fragmentos cerâmicos e de blocos pétreos de

calibre pequeno a médio. Registou-se ainda uma grande frequência de blocos e

27

nódulos de barro “cozido”. Esta camada cobre e envolve os grandes blocos pétreos

que constituem o topo do muro de contenção da muralha compósita.

Camada 18 – Sedimento de matriz argilosa de grão grosso, bastante compacto,

coloração castanho-escura. Envolve os grandes blocos pétreos da estrutura inferior,

designado como Muro de Contenção da muralha compósita. Nesta camada

recolheram-se vários fragmentos cerâmicos e blocos de barro “cozido”. Este estrato

constitui ainda a última camada de enchimento do fosso.

Camada 19 – Sedimento argiloso, compacto, de tonalidade castanha, extremamente

semelhante ao da Camada 20, diferenciando-se pela presença de alguns elementos

pétreos de calibre pequeno a médio.

Camada 20 – Sedimento argiloso de grão grosso, compacto, coloração castanha,

presença de alguns elementos litológicos de calibre pequeno e alguns blocos e nódulos

de barro.

Camada 21 – Sedimento de textura argilosa, muito semelhante ao da camada 20,

diferenciando-se por apresentar um índice de plasticidade menor.

Camada 22 – Sedimento argiloso, extremamente plástico, de grão grosso, pouco

compacto, com coloração castanho-alaranjada. Registou-se a presença de alguns

fragmentos cerâmicos e elementos litológicos de calibre pequeno a médio, bem como

algumas raízes de árvores.

Camada 23 – Sedimento de matriz argilosa de grão grosso, extremamente compacta,

coloração castanho-clara, apresentando-se mesclado com o substrato geológico.

28

3.2.2. Interpretação da estratigrafia: fases e estruturas

A interpretação do registo estratigráfico da Sondagem 111 revelou-se bastante

complexa, especialmente na definição da sequência ocupacional do sistema defensivo.

Apesar das dificuldades de uma leitura diacrónica das estruturas detectadas

verificaram-se semelhanças entre as camadas que permitiram identificar uma

associação estratigráfica. Neste sentido, a leitura da estratigrafia teve em consideração

a correlação das diversas camadas, agrupando-as em fases distintas de acordo com a

construção e/ou utilização do sistema defensivo. Entenda-se que o faseamento aqui

proposto não se fundamenta exclusivamente em identificar momentos distintos de

ocupação do local, baseando-se antes no propósito de compreender a implantação e

utilização da estrutura defensiva (ver anexo, fig. 14).

Relativamente ao período de utilização do espaço, as estruturas identificadas,

nomeadamente a muralha compósita e o fosso, deixaram pouco clara a sua relação

estratigráfica, facto que dificulta precisar se a sua construção foi simultânea ou

realizada em momentos distintos. Não obstante, a muralha compósita permite definir

um momento de ocupação do complexo defensivo, que corresponderia à sua

construção e utilização. A desactivação da muralha ocorreu posteriormente, num

momento que é materializado pelas camadas de abandono. Por outro lado, os

materiais cerâmicos não apresentam alterações tecno-morfológicas, que nos

permitam circunscrever diferentes períodos cronológicos. Deste modo, os dados

disponíveis evidenciam que a ocupação do sistema defensivo poderá ter ocorrido

ininterruptamente, durante um largo período de tempo.

Fosso (fase I e II): Na zona norte da Sondagem 1, no sopé do declive identificou-se

uma estrutura negativa, com secção em “U” que corresponde ao fosso (fase I).

Construído no substrato geológico, ostenta cerca de 2 metros de profundidade por 3

de largura (ver anexo, fig. 15). As camadas detectadas no interior do fosso (fase II)

pressupõem a desactivação do mesmo num determinado momento. A morfologia dos

11

É de salientar que a interpretação aqui proposta resulta não só da consulta do relatório de escavação de 2010, mas também da participação voluntária nas quatro campanhas de escavação e ainda de ideias trocadas com a equipa do Projecto Outeiro do Circo. Neste sentido, a interpretação da estratigrafia não dever ser considerada como única e absoluta, ficando aberto o debate para futuras reinterpretações.

29

níveis que preenchem a estrutura negativa [camada 19 a 23] e a sua relação

estratigráfica com os estratos superiores levantam dúvidas, tanto ao nível da sua

formação, como à própria funcionalidade do fosso.

A forma como estão dispostas as camadas 21 e 22, sugere uma deposição natural

das terras, o que indica que o fosso teria funcionado num momento anterior à

construção da muralha, possivelmente com um caracter defensivo (ver anexo, fig. 14).

A confirmar esta hipótese, o fosso, poderá assim tratar-se do primeiro momento de

ocupação do local. O abandono da estrutura de defesa poderia ser justificado pelos

constantes deslizamentos de terra e pedra que rolavam encosta abaixo, preenchendo-

o na sua totalidade, como parecem indicar as camadas 19 e 20. Posto isto, a fase II,

caracterizada pelas camadas que preenchem o fosso serviram de contenção à

estrutura mais complexa que lhe sucedeu, a muralha compósita.

No entanto, perturbações verificadas nas camadas superiores, nomeadamente na

camada 5, 16 e 17, condicionam a leitura e interpretação da estratigrafia, sugerindo

dúvidas na relação estratigráfica do fosso e das camadas que o preenchem, com a

muralha compósita. O revolvimento desta área da sondagem12, especialmente da

camada 16 (fase V - abandono), que faz notar na leitura do perfil, a sua evidente

perturbação, cortando a relação ente as camadas de enchimento do fosso (fase II) e a

muralha compósita (fase III), situação que impõe questionar uma outra hipótese

interpretativa. Por isso, parece plausível encetar a possibilidade de o fosso ter

funcionado associado à construção da muralha, como fornecedor de terras na

edificação da estrutura. Esta asserção, apesar de arriscada não deverá ser posta de

lado até que se confirmem melhor as relações estratigráficas entre as camadas.

Muralha Compósita (Fase III): Trata-se de um elemento arquitectónico complexo,

com cerca de 10 metros de extensão, sobre uma encosta com 5 metros de desnível. Na

construção deste sistema defensivo encontramos três elementos principais, que

funcionariam articulados entre si: rampa e plataforma (fase IIIA), o muro superior (fase

IIIB), e o muro de contenção (fase IIIC) (ver anexo, fig. 11).

12

Certamente fruto da prática agrícola mecanizada ao longo dos anos verificada em toda a área do povoado, e em especial na zona mais a norte da Sondagem 1. Facto que terá contribuindo, certamente, para a destruição dos contextos arqueológico.

30

A rampa e plataforma (Fase IIIA) situada nos estratos mais inferiores correspondem

aos níveis de preparação do terreno, para a construção da muralha. A sua base é

formada por um sedimento de barro “cozido” [camada 15], com cerca de 8 metros de

comprimento, que acompanha a pendente natural do terreno. Na zona mais a sul, a

rampa é ainda constituída por estratos de aterro [camada 13 e 14] para regularização

do solo. Imediatamente acima assenta uma camada [12] muito compacta e de

sedimento diferenciado dos restantes estratos registados na estratigrafia da

Sondagem 1. A natureza específica desta camada e a sua extensão sugere tratar-se de

uma plataforma de terra batida e barro cozido construída com o propósito de

consolidação da encosta13 para a construção da estrutura.

A edificação de uma base estável para a construção da muralha concedeu a solidez

necessária para a construção do muro superior (Fase IIIB). Localizado na parte mais

elevada do talude é composto por dois alinhamentos de grandes blocos pétreos, que

constituem um paramento interno e externo, com cerca de 1,5m de largura,

preenchido por pedra miúda disposta horizontalmente (ver anexo, fig. 16 e 17). A

escavação do enchimento do muro superior [camada 7] revelou um sedimento

argiloso na sua base, com inúmeros vestígios de fauna.

No sopé da encosta, zona de transição para o espaço externo ao sistema defensivo,

localiza-se uma estrutura composta por uma aglomeração de grandes blocos pétreos,

com cerca de 2m de extensão, que constituiriam um robusto muro de contenção (fase

IIIC). A sua funcionalidade prender-se-ia com a sustentação de terras provenientes da

encosta, evitando deste modo deslizamentos (ver anexo, fig. 18). A escavação do muro

de contenção [camada 18] demonstrou que esta estrutura foi construída sobre uma

série de sedimentos que preenchiam parcialmente o fosso, concluindo assim o seu

processo de colmatação (ver anexo, fig. 14). No entanto, os revolvimentos de terras

verificados nesta zona da sondagem, como referido anteriormente, dificultam a

interpretação da relação entre o fosso e a muralha compósita.

Ocupação interna do povoado (Fase IV): O muro superior do sistema defensivo

preconiza a separação entre a área de ocupação e utilização interna do povoado e o

13

Análises mineralógicas efectuadas aos blocos de barro demonstram que as temperaturas de cozedura são bastantes distintas, ocorrendo entre os 600 e 1000

0C (OSÓRIO et al, no prelo, a).

31

exterior do mesmo. As camadas [6, 8, 9, 10 e 11] localizadas intra-muros, junto ao

muro superior, parecem corresponder aos níveis de ocupação interna do povoado. A

escavação destas camadas revelou um elevado número de restos faunísticos, bem

como a presença de fragmentos cerâmicos com fabrico finos e pastas de boa

qualidade, indicando deste modo, a possibilidade de corresponderem a um contexto

de utilização doméstico, coetâneo ao funcionamento do sistema defensivo. Contudo, a

reduzida área escavada não nos permite determinar com rigor a utilização específica

destes estratos, sendo por isso, fundamental o alargamento da sondagem para que se

possam aferir dados mais concretos.

Níveis de abandono (Fase V) e revolvimento (Fase VI): Os níveis de abandono do

sistema defensivo (Fase V) estão materializados nas terras acumuladas após a sua

utilização [camada 5, 16 e 17]. Com uma elevada potência estratigráfica,

especialmente a camada 5, a escavação destas camadas revelou uma grande

quantidade de materiais de filiação proto-histórica, tendo-se verificado também alguns

materiais de épocas mais recentes, essencialmente no topo sul da camada que

deverão corresponder a intrusões. Foi nesta fase que se assinalou o maior número de

cerâmica decorada, nomeadamente de ornatos brunidos, e se detectaram dois

fragmentos de escória e alguma fauna.

Os níveis superiores de revolvimento (Fase VI) resultam de deposições recentes e

de terras de arrastamento. As características das camadas [camada, 1, 2, 3 e 4]

apresentam-se muito semelhantes entre si, o que poderá ser originado por

partilharem o mesmo processo de formação. De facto estas camadas parecem resultar

da acumulação, ao longo do tempo, de pedra proveniente da limpeza dos terrenos

cultivados no talude da muralha, protegido pela linha de árvores, bem como do seu

revolvimento pela procura de pedra para reutilização como material de construção,

que sabemos ter sido recorrente ao longo do século XX (informações orais).

Paralelamente ocorreu a acumulação e sedimentação do solo em conjunto com

materiais arqueológicos de sucessivos períodos históricos, com materiais muito

erodidos.

32

Capítulo III - Estudos dos materiais cerâmicos

1. Objectivos e Metodologia

O presente estudo pretende dar a conhecer o conjunto cerâmico exumado na

Sondagem 1, através da análise sistemática dos seus atributos tecnológicos, formais e

decorativos de modo a definir a cronologia da estrutura defensiva. O conhecimento das

produções oleiras do Outeiro do Circo prende-se com a necessidade de percepcionar a

realidade cronológica deste habitat e, ao mesmo tempo, tentar clarificar o

relacionamento cultural com os povoados coevos da região. Neste sentido, um dos

objectivos centrais que norteou este trabalho foi compreender o processo de

manufactura dos recipientes cerâmicos, bem como a elaboração de um quadro

tipológico das formas presentes, sem esquecer a análise das decorações.

Desta forma, a articulação dos atributos técnicos, morfológicos e decorativos das

cerâmicas do Outeiro do Circo é fundamental para aceder às técnicas de fabrico

utilizadas na modelação dos recipientes, depreender os usos e funcionalidades

possivelmente atribuídos às formas cerâmicas e ainda averiguar a disseminação das

mesmas pelo território. Posto isto, é nosso propósito estabelecer uma cronologia

relativa para o sítio através dos materiais cerâmicos, analisando a sua distribuição pelo

território e integrando-os na complexa análise do povoamento do Sudoeste Peninsular

Sendo este o primeiro estudo realizado ao material cerâmico proveniente de

escavação, convém ressalvar que corresponde a uma ínfima parte da realidade

arqueológica do sítio. Por isso, é fundamental considerar que as conclusões aqui

apresentadas devem ser entendidas como propostas provisórias, passíveis de revisão

quando futuramente comparadas com novos dados.

As cerâmicas arqueológicas constituem um elemento fundamental no estudo da

evolução das sociedades, permitindo uma abordagem interpretativa das realidades do

passado. A complexidade envolvida no seu fabrico, desde a recolha da matéria-prima, a

modelação das argilas, os acabamentos e decoração das peças, o processo de cozedura

até aos usos e funcionalidades concedidos aos recipientes cerâmicos revelam uma

33

série de procedimentos que nos permitem estudá-las sob múltiplas abordagens. Neste

sentido, a análise da cerâmica arqueológica deve adoptar critérios base de

classificação, tendo como premissa fundamental que toda a categorização deve ser

entendida como um processo arbitrário e um mero instrumento de trabalho de auxílio,

concebido unicamente para resolver um determinado problema.

A nomenclatura adoptada na classificação de cerâmica deve ter em atenção a

posterior integração dos objectos em grupos semelhantes permitindo a sua

comparação. Neste sentido, a nomenclatura adoptada para a classificação técnico-

morfológica realizada neste estudo baseou-se nos trabalhos de alguns autores sobre

cerâmica. Destacam-se as propostas de Balfet, Fauvet-Berthelot e Monzon (1989),

Orton, Tyers e Vince (1997), Rice (1987), Shepard (1956) e Rye (1981). Tomamos

também em consideração uma das principais tipologias regionais, Vilaça (1995), por

considerarmos uma visão holística da região centro, para a Idade do Bronze.

Auxiliamo-nos ainda de alguns trabalhos locais peninsulares, como o Castro dos

Ratinhos, em Moura (BERROCAL-RANGEL e SILVA, 2010), o Castillo del Alange, em

Badajoz (PAVÓN SOLDEVILLA, 1998a) e El Risco, em Cáceres (ENRÍQUEZ NAVASCUÉS,

et al, 2001). Neste sentido a definição dos critérios tipológicos foi previamente

uniformizada antes de ser integrada e manipulada no inventário, baseando-se em

unidades classificatórias que englobam parâmetros tecnológicos e morfológicos.

A caracterização tecnológica dos fragmentos teve como objectivo abranger as

diversas categorias de análise técnica, como a produção, tipos de fabrico,

caracterização das pastas, tipos de tratamento de superfície, espessura e decoração.

Por sua vez, na análise morfológica deparamo-nos com alguma dificuldade devido à

elevada fragmentação da amostra, sendo impossível obter o perfil completo dos

recipientes, o que dificultou a análise intrínseca e a sua integração nos vários grupos

tipológicos.

A enorme quantidade de fragmentos aliada à diversidade de tipos morfológicos

existentes nos conjunto cerâmicos exige a criação de um esboço tipológico, que

permita uma descrição detalhada das formas existentes, atribuindo sempre que

possível uma função, paralelos e uma cronologia. Portanto, a elaboração da tabela

formal para o conjunto cerâmico aqui estudado, baseou-se nos pressupostos de alguns

34

autores, referidos anteriormente, introduzindo algumas adaptações sempre que

necessário.

Genericamente estruturou-se a tabela diferenciando-se as formas abertas das

fechadas, organizando-as mediante a diferença do estreitamento do bordo segundo a

metodologia adoptada para a cerâmica do Castro dos Ratinhos (BERROCAL-RANGEL e

SILVA, 2010: 277). A observação dos perfis alicerçou-se na organização dos critérios

geométricos descritas por Balfet e colaboradores (BALFET et al, 1983) e Rice (1987:

219), sendo determinante na distinção dos tipos morfológicos e respectivas variantes.

O cálculo do diâmetro dos bordos foi realizado quando o tamanho do fragmento e o

seu ângulo de abertura eram suficientes para a medição. Por isso, a elaboração do

quadro de formas do Outeiro do Circo foi unicamente baseado na análise dos bordos

que permitissem o cálculo do diâmetro.

O conjunto cerâmico exumado na Sondagem 1 foi, numa primeira fase, lavado e

marcado. A grande quantidade de materiais face ao tempo disponível para estudo

exigiu a divisão do material em dois grupos distintos: o primeiro, constituído por todos

os fragmentos passíveis de classificação (bordos, asas, fundos, carenas, pegas

mamilares, fragmentos decorados) sem esquecer alguns elementos relacionados com o

fabrico das peças, como sejam, acabamentos de superfície, técnicas de modelação,

reutilização de recipientes, entre outros. O outro grupo é composto por todos os

fragmentos que consideramos como inclassificáveis14. De referir, que a selecção tentou

ser o mais prudente possível, dando primazia aos materiais passíveis de expressão

gráfica, mas sem nunca esquecer os atributos de análise tecnológica, fundamentais

para nos dar informações sobre o processo de manufactura dos recipientes. A etapa

seguinte no processo de análise compreendeu a criação de uma base de dados em

formato Excel para que a informação pudesse ser informatizada, sistematizada e

tratada estatisticamente. Foi atribuído o número de inventário a cada peça, ou

conjunto de peças que colam entre si, tendo sido desenhados os materiais que

possibilitaram inferência de formas ou sempre que se justificasse.

14

Consideramos como inclassificáveis os fragmentos informes e sem atributos relevantes para o tipo de análise efectuada. Porém procedemos à sua marcação não inviabilizando, deste modo, o seu estudo em trabalhos futuros.

35

O estudo dos fragmentos baseia-se unicamente na observação macroscópica das

características técnicas, morfológicas e decorativas da cerâmica, pelo que os

resultados foram condicionados pelas limitações que este tipo de análise impõe.

1.1. Critérios de Inventário:

Análise tecnológica: teve em consideração os atributos dos fragmentos cerâmicos

de modo a analisar o processo de manufactura dos recipientes. A complexidade

envolvida no seu fabrico remete para o estudo das características intrínsecas, que nos

permitem aceder às técnicas de produção dos recipientes, compreendendo as suas

etapas até à obtenção do objecto final. Deste modo, os atributos tecnológicos

analisados foram aos seguintes:

Modelação: as técnicas de modelação na realização do recipiente cerâmico ficam

imprimidas na pasta dos recipientes. Distinguimos assim modelação: manual; torno e

indeterminada.

Cor/Cozedura: A caracterização cromática dos fragmentos baseou-se no Código de

cores Munsell Soil Color Charts. No entanto, a imensa variedade na coloração das peças

exigiu a adopção de grupos dominantes: Castanhos-escuros (5YR 3/2); Castanhos-claros

(5YR 4/3); Avermelhados (2.5 YR 4/6); Alaranjados (5YR 5/6); Cinzentos-claros (10 YR 4/1);

Cinzentos-escuros (10 YR 3/1); Negros (10YR 2/1). Analisamos as cores das superfícies,

interna e externa e do núcleo dos fragmentos que se agruparam de acordo com o

ambiente de cozedura.

36

C1 - Cozedura redutora

Pasta de coloração irregular com tons escuros que

variam entre os castanhos-escuros, os cinzentos e a cor

negra.

C2 - Cozedura Oxidante

Pasta de coloração irregular que pode variar entre os

castanhos-claros e os tons mais avermelhados e

alaranjados.

C3 - Cozedura redutora com

arrefecimento oxidante

Pasta com superfície (s) de tons vermelhos e laranjas;

núcleo (s) escuros com cor que podem variar entre os

castanhos-escuros, os cinzentos e a cor negra.

C4 - Cozedura oxidante com

arrefecimento redutor

Pasta com superfície (s) escuras, que variam entre os

castanhos, os cinzentos e negros; núcleo (s) mais claros,

com tons avermelhados e alaranjados.

C5 - Cozedura Irregulares

Pastas com colorações muito irregulares, que

combinam múltiplas combinações de cores,

assinalando-se as mesmas cores presentes nas

cozeduras anteriores.

Quadro 1: Ambiente de cozedura dos fragmentos cerâmicos.

A caracterização da pasta resulta da análise de vários atributos que conjugados

entre si nos dão informações acerca do fabrico das cerâmicas. A análise dos elementos

não plásticos (e.n.p.) limitou-se a uma observação macroscópica dos fragmentos, por

considerarmos que a identificação da natureza dos e.n.p necessita de métodos de

análise complementar, optamos por fazer a sua caracterização de uma forma global a

todo o conjunto. No entanto, consideramos outros aspectos na análise dos mesmos

como sejam:

Granulometria dos e.n.p.: foram considerados três tipos de calibre, mediante a sua

dimensão:

Pequeno Calibre: <0,5 mm;

Médio Calibre: = 0,5 a 1mm;

Grande Calibre: <1mm.

37

Frequência dos e.n.p.: assiduidade das partículas nas pastas.

Raros: <15%

Médios: entre 15 e 30%

Abundantes:> 30 %

Compactidade das pastas: a associação da análise visual da frequência e

granulometria dos e.n.p. permite uma descrição qualitativa das pastas:

Homogéneas: e.n.p. de pequeno calibre, escassos e bem distribuído;

Compactas: e.n.p. de médio calibre com frequência e distribuição regular;

Pouco compactas: e.n.p. abundantes de grande calibre e mal distribuídos;

Friáveis: e.n.p. abundantes de grande calibre, com uma textura pouca

compacta, sendo facilmente fragmentadas das argilas.

Fabrico: a combinação dos elementos de análise das pastas (granulometria;

frequência e compactidade) permite identificar fabricos distintos:

Fino: pastas homogéneas com e.n.p. de pequeno calibre e rara frequência;

Médio: pastas compactas com e.n.p. de calibre e frequência mediana;

Grosseiro: pastas de textura pouco compactas ou friáveis com e.n.p. de grande

calibre e muito abundantes.

Tratamento de superfície: neste campo englobamos o acabamento dado às

superfícies das peças após a sua modelação. O estado de conservação das peças foi

também tido em consideração, provocados pelo uso, particularmente nas superfícies

internas e nos fundos, ou por processos pós-deposicionais que desgastam e corroem as

peças e impossibilitam em alguns casos a determinação do tratamento original da

peça. Tivemos em consideração o acabamento das superfícies internas e externas.

Posto isto, distinguimos os seguintes tipos de tratamento de superfície:

Alisamento: superfície regularizada com as mãos, ou com um objecto liso,

sobre a pasta húmida ou meio seca do recipiente;

38

Polimento: superfície alisada através do atrito intenso de um objecto liso e

duro, conferindo à peça um aspecto brilhante e uniforme. Suave ao toque, o

polimento é realizado após a secagem do recipiente, antes da cozedura;

Brunimento: superfície polida com um objecto liso e duro, conferindo à peça

um brilho intenso e característico. O tratamento é aplicado após uma longa

secagem da pasta;

Espatulamento: superfície consequente de um processo idêntico ao do

brunimento, mas dando à peça um aspecto facetado, provocado pelo objecto

executante que arrasta a pasta na sua passagem;

Engobe: revestimento de água e argila que é aplicado na peça antes da

cozedura, ainda que se tenha verificado pouca fiabilidade na aferição das peças

com este tipo de tratamento;

Cepillado: resultante da raspagem da pasta ainda húmida com uma escova,

criando marcas incisas irregulares;

Rugosa: superfície que não apresenta qualquer tipo de tratamento, com

superfície rugosa e áspera ao tacto;

Corroída: superfície que apresenta um desenvolvido estado de degradação,

geralmente com pastas muito friáveis, provocados pelo uso ou pela erosão,

como por processos pós-deposicionais.

Decoração: a identificação das técnicas decorativas baseou-se no tipo de instrumento e

na organização dos motivos decorativos criados. Deste modo, identificaram-se 7

39

técnicas decorativas15, que podem ser aplicadas nas superfícies do corpo, no lábio e na

base dos recipientes:

Dec. Brunida: realizada através de um polimento intenso provocando um

contraste de brilho no recipiente até à formação de padrões decorativos.

Produzidos com instrumentos de ponta romba (seixo, punção de madeira) ou

com peles de animais cortidas (couro), a sua aplicação efectua-se com a pasta

seca mas antes da cozedura do recipiente. A decoração brunida resulta assim,

do alinhamento das partículas de argilas, que depois de aplicado à parede do

recipiente confere-lhes um brilho característico;

Incisão: realizada com um objecto duro mais ou menos pontiagudo, a incisão

permite criar motivos de baixo-relevo. O motivo produzido pela aplicação desta

técnica depende do grau de humidade da pasta, da espessura do instrumento

utilizado. A incisão é geralmente realizada após a secagem do recipiente, antes

da cozedura;

Penteada: realizada através de uma matriz múltipla em forma de pente, criando

no recipiente uma regularidade de linhas contínuas e paralelas. Os motivos

variam entre rectos e entre-cruzados, dependendo da acção do oleiro no

momento em que passou o pente. Os motivos criados indicam que se realizou

numa fase com a pasta ainda pouco seca, pelo arrastamento da argila que o

pente exige;

Impressão: é definida pela utilização de uma matriz natural, criando motivos

digitados (dedos) ou ungulados (unhas), ou ainda pela impressão de uma matriz

fabricada;

Aplicação plástica: consiste na aplicação de um elemento de argila sobre a

superfície do recipiente, criando motivos de alto relevos, de cariz ornamental;

15

A definição e descrição das técnicas decorativas limita-se apenas aos elementos presentes no conjunto de materiais cerâmicos estudados no âmbito deste trabalho.

40

Caneluras: tal como na incisão é realizado com um instrumento duro, mais ou

menos rombo. No entanto, ao contrário da incisão, as caneluras produzem

motivos mais profundos, sendo mesmo extraída pasta da superfície dos

recipientes. Esta forma de excisão não necessita de ser realizada com a pasta

seca, sendo mais fácil até realizar a canelura com a argila ainda fresca;

Puncionamento: realizada através de um instrumento pontiagudo ou um

estilete, criando motivos descontínuos;

Incrustação: Consideramos como um técnica decorativa porque a sua aplicação

prossupõe a realização de um negativo onde será aplicado a incrustação, que no

caso identificado na amostra foi efectuado por meio de uma impressão de

matriz regular. Sendo assim visível a execução de duas técnicas distintas para a

criação de apenas um motivo decorativo.

Dec. Mista: Quando se verifica a associação de duas ou mais técnicas

decorativas no mesmo fragmento.

Análise morfológica: optamos por uma metodologia que tentou ser o mais

objectiva e universal possível e, tal como já referimos, socorremo-nos de propostas de

alguns autores. Na classificação morfológica dos fragmentos consideramos elementos

que fazem parte do perfil dos recipientes: bordo; bojo; lábio; colo; fundo; carena; asa

de rolo; asa de fita; pega mamilar, e outros fragmentos cerâmicos como as colheres ou

as fichas.

Bordo: na análise dos bordos tivemos em conta a sua orientação, desde a zona de

união com o colo até à extremidade superior do recipiente. O cálculo do diâmetro de

abertura do recipiente foi realizado, excepto quando o tamanho do fragmento não

permitia. Individualizamos ainda a descrição dos lábios de acordo com a sua

morfologia. Deste modo, os bordos podem ser: verticais; reentrantes e esvasados. No

caso dos lábios podem ocorrer lábios: planos; convexos; biselados; espessados interna

41

e/ou externamente. Não obstante, podem suceder particularidades nos bordos e nos

lábios, que serão devidamente discriminadas na sua descrição.

A determinação dos diâmetros de abertura dos recipientes possibilitou-nos

estabelecer uma divisão tripartida das formas, em pequenos, médios e grandes. No

entanto, considerámos pertinente, face à diversidade de tamanhos observados,

integrá-los em categorias de acordo com o seu diâmetro.

Bordos Categoria

Pequenos (I) - 0 a 6 cm

(II) - 7 a 15 cm

Médios (III) - 16 a 25 cm

(IV) - 26 a 35 cm

Grandes (V) - Superiores a 36 cm

Quadro 2: Categoria de diâmetro dos bordos.

Fundo: a análise da base dos recipientes, zona de união do fundo à pança, foi

bastante dificultada pela elevada fracturação dos materiais. Por isso, preferirmos

analisar apenas o fundo, a parte mais inferior do recipiente. Sempre que possível

calculou-se o seu diâmetro. Definiram-se assim vários tipos de fundo, de acordo com a

sua posição: plano; plano espessado; umbilical ou ainda de pé anelar

Elementos de preensão: reunimos aqui os elementos cerâmicos aplicados aos

recipientes, por meio de “rebite” ou colagem. A análise das suas características tal

como o tamanho, a morfologia, a secção e sua funcionalidade permitiu distinguir 3

elementos distintos:

Fundos Categorias

Pequeno (I) 5 a 9cm

Médio (II) 10 a 14cm

Grande (III) superiores a 15cm

Quadro 3: Categoria de diâmetros dos fundos.

42

Asas: distinguimos asas de rolo ou fita respectivamente agrupadas de acordo com

secções: circular; oval; elíptica; sub-rectangular; sub-triangular; Indeterminada (no caso

de fracturadas);

Pegas: mediante a sua forma distinguimos pegas em lingueta16, bífidas e mamilares

(estas podem ter perfurações singulares ou duplas);

Mamilos: distinguem-se pelo seu pequeno tamanho, de forma arredondada e de

contorno sub-circular.

Colos: Zona entre o bordo e a pança do recipiente. Na caracterização destes

elementos será analisada a sua orientação e estrangulamento visto que esta é

determinante na forma do recipiente.

Carenas: representam pontos de intersecção ou convergência de diferentes

curvaturas nos recipientes. Analisadas mediante a sua posição no corpo do recipiente

podem ser altas, médias ou baixas. Analisaram-se apenas os fragmentos de carenas

que apresentavam em associação ao bordo.

Espessura: mede a largura das paredes dos vários elementos que compõe o corpo

dos recipientes.

Paredes Finas: <3 cm;

Paredes médias: 4 a 6 cm;

Paredes Grossas:> 7 cm;

Sem significado: aplica-se a pegas mamilares e asas.

Outros elementos cerâmicos: fichas onde analisamos a forma, diâmetro e espessura.

16

Referenciadas na bibliografia também como, em orelha (BALFET et al, 1983:34)

43

2. A amostra

O grande volume de materiais cerâmicos exumados na Sondagem 1 determinou a

selecção de uma amostra para estudo que se adaptasse aos objectivos específicos da

investigação. O processo de selecção privilegiou assim, a análise dos fragmentos

cerâmicos classificáveis, tendo por base critérios previamente definidos (ver cap.III.1).

Por outro lado, a triagem do corpo cerâmico deu primazia aos materiais provenientes

de contextos primários minimizando, deste modo, os riscos de contaminação com

materiais posteriores, que se verificam nos estratos superficiais, devido aos trabalhos

de lavoura inerentes ao aproveitamento agrícola do local.

Neste sentido, optou-se por excluir os materiais provenientes de contextos

perturbados como é o caso da fase VI [camada 1 a 4], que correspondem a estratos de

revolvimento resultantes da acumulação e sedimentação ao longo do tempo,

integrando materiais de vários períodos cronológicos (ver cap. II.3.2.2). Por outro lado,

considerou-se adequado subtrair os materiais procedentes de derrubes de perfil17 da

sondagem, que levantam dúvidas quanto à sua contextualização estratigráfica.

Convém ressalvar que os materiais provenientes da fase VI e de derrubes de perfil

possuem um conjunto considerável de materiais classificáveis que interessa estudar,

mas não incluímos na nossa análise.

Efectuada a triagem da amostra constatamos que a mesma corresponde a uma

fracção minoritária do universo de fragmentos da sondagem 1. Contabilizando-se uma

única vez os fragmentos provenientes da mesma peça, a amostra totaliza 1483 peças,

representando apenas 17% do conjunto de materiais exumados (quadro 4).

17

No início das campanhas de escavação verificavam-se abatimentos no perfil da sondagem que resultam da instabilidade dos solos.

44

A distribuição dos fragmentos pelo faseamento aqui proposto é bastante irregular,

notando-se uma relação directa na representatividade da amostra com o total de

fragmentos exumados de cada uma das fases (quadro 4). A maioria dos materiais

seleccionados provém da fase V, que corresponde já ao momento de abandono do

sistema defensivo. Por sua vez, os materiais classificáveis da fase II, III e IV

acompanham a tendência ascendente da totalidade dos fragmentos. Por último, é de

notar que o momento de abertura do fosso, fase I, não regista nenhum fragmento

cerâmico.

Fases Total de fragmentos

%

Nº de fragmentos Classificáveis

%

Fase I 0 0 % 0 0 %

Fase II 293 3% 10 1 %

Fase III 785 9% 178 12%

Fase IV 936 11% 262 18%

Fase V 4684 54% 1033 69%

Fase VI 2290 26% - -

Derrube de perfil 244 3% - -

Total 8744 100% 1483 100%

Quadro 4: Distribuição dos fragmentos por fase.

45

3. Análise dos materiais cerâmicos por fase

No sentido de compreender a construção do sistema defensivo, a análise e

descrição dos materiais cerâmicos foi realizada de acordo com as fases identificadas na

Sondagem 1 (ver cap.II.3.2.2). Salientamos neste ponto os atributos técnicos,

morfológicos e decorativos dos materiais cerâmicos, a partir do inventário geral do

espólio, que se encontra em anexo. De modo a facilitar a leitura da informação obtida

recorremos à análise estatística dos dados.

3.1. Fase II

Os materiais provenientes do enchimento do fosso estão materializados pelas

camadas [19], [20], [21], [22] e [23]. Apenas se contabilizaram 10 fragmentos

cerâmicos classificáveis, considerando que as camadas [19] e [23] não contaram

nenhum fragmento.

A nível tecnológico os materiais evidenciam modelação manual, sendo

caracterizados maioritariamente por fabricos finos (80%), com pastas homogéneas e

e.n.p. de pequeno calibre e baixa frequência. Os restantes materiais apresentam

fabricos médios de pastas compactas e e.n.p. de granulometria e frequência mediana.

Relativamente ao ambiente de cozedura cerca de metade dos materiais desta fase

possuí colorações escuras (C1), indicando uma cozedura redutora. Verificam-se ainda

alguns fragmentos de cozedura oxidante (C2) e outros apresentam tonalidades

diversas, que designamos como irregulares (C5).

A observação do tratamento de superfície demonstrou que a técnica de alisamento

predomina nesta fase, tanto nas superfícies internas (70%), como nas superfícies

externas (60%). O acabamento brunido surge em alguns fragmentos (20% em ambas

superfícies), seguindo-se o polimento, que apenas de observa na superfície externa de

uma peça (10%). Note-se ainda a presença de alguns fragmentos onde não se detectou

qualquer tipo de tratamento (rugosas), representados de igual modo em ambas

superfícies (10%).

46

A nível morfológico, identificaram-se quatro bordos com orientação esvasada e

vertical, possuindo lábios convexos, biselados ou espessados quer internamente, quer

externamente. Apenas foi possível determinar o diâmetro de abertura a um fragmento

de bordo, que se integra no tipo 3A (ver anexo, est. I). Regista-se ainda presença de

dois fundos planos.

3.2. Fase III: Muralha compósita

Como foi referido anteriormente (ver cap. II.3.2.2) a muralha é composta por três

elementos distintos: os níveis da rampa e plataforma (Fase IIIA); o muro superior (Fase

IIIB); e o muro de contenção (Fase IIIC). Apesar de se considerar que funcionariam

articulados entre si, contribuindo para a consistência da muralha, estes elementos

representam momentos distintos na edificação do sistema defensivo. Com o intuito de

compreender a construção da muralha, analisamos individualmente cada um destes

elementos. No total contabilizaram-se 178 fragmentos, distribuídos desigualmente

pelas sub-fases, agora descritas:

3.2.1. Fase IIIA

De um total de 130 fragmentos classificáveis, todos apresentam evidências de

manufactura manual. O fabrico fino predomina no conjunto (88,5%) possuindo pastas

homogéneas com e.n.p. de pequeno calibre e muito pouco frequentes. Por sua vez, os

fragmentos de fabrico mediano também marcam presença (10%), distinguindo-se com

pastas compactas de e.n.p. de calibre e frequência mediana. Uma parte muito residual

destes materiais apresentam fabricos grosseiros, caracterizados por pastas pouco

compactas e de abundantes desengordurantes. A coloração das paredes dos

fragmentos é maioritariamente de cor escura, indicando ambientes de cozedura

redutora (73%), sendo também verificável a presença de fragmentos de coloração

avermelhada (2%), sugerindo um ambiente oxidante. Os restantes materiais possuem

colorações diversas (C2- 10%; C3- 7%; C5-9%).

O acabamento alisado predomina nas superfícies deste conjunto (sup. int. – 51%;

sup. ext.- 44%), seguindo-se o brunimento (sup.int. -25%; sup. Ext.- 33%). O

47

tratamento polido surge também como acabamento aplicado em ambas as superfícies

(17%), tal como o espatulado que apenas se verifica na superfície externa (2%). Por sua

vez, identificou-se um fragmento com superfície interna cepillado. Os fragmentos com

superfície rugosa estão também presentes, em ambas as superfícies (5%), tendo ainda

se verificado, na superfície interna, pastas que se apresentam corroídas (2%).

Relativamente à análise morfológica contabilizamos um total de 68 bordos, com

orientações esvasadas (47%), verticais (38,2%) e reentrantes (14,7%). Quanto aos

lábios são na sua maioria convexos (70%), seguindo-se lábios planos (17,6%) e

biselados (1,5%). Estão ainda presentes o lábios de morfologia espessada,

internamente (1,5%), exteriormente (4,4%), e em ambos os lados (2,9%). Apenas foi

possível reconstituir um total de 12 recipientes que se integram nos seguindo grupos

tipológicos:

Tipos Nº de recipientes Diâmetro (cm) Categoria

3 2 22-33 3-4

5 1 12 2

7 3 17-19 3

9 1 8 2

11 3 11-12 2

12 1 28 4

Outros 1 28 4 Quadro 5: Tipos morfológicos da fase IIIA.

Os dois fundos identificados são planos, encontrando-se muito fragmentados para

determinar o seu diâmetro. Relativamente aos sistemas de preensão identificaram-se:

3 asas de rolo com secção oval ou sub-triangular; 4 pegas tipo lingueta alongadas,

aplicadas sobre o bojo vertical ou horizontalmente, ou desenvolvendo se a partir do

lábio. Contabilizaram-se ainda 8 fragmentos com decoração: incisa (1); impressa (1);

penteada (1); plástica (1) e decoração brunida (4) (ver anexo, est. II a X).

48

3.2.2. Fase IIIB

Foram contabilizados apenas 17 fragmentos cerâmicos provenientes do enchimento

do muro superior. Os materiais são de modelação manual e apresentam na sua

maioria fabricos finos (70%), de pastas homogéneas e e.n.p. pequenos de rara

frequência. Os restantes possuem fabricos medianos com pastas compactas e e.n.p. de

calibre e frequência mediana. Relativamente á coloração das paredes dos fragmentos

nota-se uma diversidade no ambiente de cozedura a que estiveram sujeitos. Verifica-

se o predomínio das cozeduras redutoras (47%) que apresentam colorações escuras,

face a uma multiplicidade de colorações. Note-se ainda que as colorações oxidantes

não estão presentes. A análise do tratamento de superfícies dos fragmentos permitiu

identificar apenas a presença de dois tipos de acabamento, o alisamento (82%) e o

polimento (11%), exceptuando um exemplar, que se apresenta com tratamento

espatulado, na superfície interna.

A nível morfológico identificaram-se 7 bordos, com orientações extrovertidas,

verticais e apenas um reentrante. Os seus lábios são maioritariamente convexos,

contabilizando apenas com um exemplar de lábio biselado, e outro espesso

externamente. Foi possível reconstituir uma forma, ainda que parcialmente, que

integramos no Tipo 11 do reportório formal. Identificaram-se ainda, 4 asas de rolo com

secção oval e circular, sendo que uma não foi possível determinar a secção por se

encontrar fracturada. O único fundo presente é plano. Não se registaram decorações

nos materiais (ver anexo, est. XI).

3.2.3. Fase IIIC

Identificaram-se 174 fragmentos na camada que envolve o muro de contenção e

colmata o enchimento do fosso. A nível tecnológico correspondem a cerâmicas de

fabrico manual, que apresentam atributos finos (45,2%), médios (9,7%) e grosseiro

(45,2%). As pastas são homogéneas (42%), compactas (48,4%) e pouco compactas

(9,7%). A análise dos e.n.p. permitiu verificar o predomínio de grãos de calibre e

frequência mediana nos fragmentos cerâmicos (45%). No entanto observam-se e.n.p.

de granulometria pequena e escassa frequência (42%) ou pelo contrário de grande

49

calibre e muito abundantes nas pastas (13%). A coloração dos fragmentos é

maioritariamente por superfícies avermelhadas, com núcleos escuros (36%), seguindo-

se os fragmentos apenas com cores escuras (29%). No entanto, as cozeduras

irregulares estão também presentes apresentando uma variedade de cores (23%). Os

restantes fragmentos apresentam núcleos de tom avermelhado e superfícies escuras

(13%).

A observação tratamento de superfície permitiu constatar que as paredes alisadas

(61,3) são o acabamento quase exclusivo destes materiais, porém o polimento surge

nas superfícies de um fragmento. Os restantes materiais apresentam superfícies

rugosas, indicando que não sofreram qualquer tipo de acabamento das pastas.

Morfologicamente identificaram-se 21 bordos, sendo na sua maioria esvasados

(91,9%), seguindo-se bordos com orientação vertical (3,3%) e reentrante (4,8%). Os

lábios apresentam-se maioritariamente convexos, surgindo apenas um exemplar

biselado. Apenas foi possível integrar 2 exemplares na tipologia formal,

correspondentes ao Tipo 12. Identificaram-se vários elementos de preensão: 4 pegas

do tipo lingueta mais ou menos alongadas, aplicadas horizontalmente sobre o bojo,

com secção sub-elíptica; 4 pegas mamilares pouco alongadas de secção sub-triangular,

aplicadas sobre o bojo e uma asa de rolo com secção sub-triangular (estampa X: nº

1466). Os dois exemplares de fundo presentes são planos. É de salientar que nenhum

dos fragmentos desta fase apresentou decoração (ver anexo, est. XII a XIV)

A análise global desta fase permite-nos aferir que os materiais cerâmicos recolhidos

nas diferentes sub-fases são semelhantes, pelo menos no que diz respeito à

manufactura das peças. Verificam-se pequenas diferenças ao nível do tipo de fabrico,

nomeadamente comparando a fase IIIC, com as restantes, que apresenta um fabrico

grosseiro, com pastas menos bem cuidadas, com uma maior percentagem de

superfícies rugosas e mais e.n.p. No que concerne à cor das pastas verificou-se que os

tons mais escuros predominam indicando cozeduras redutoras. No entanto, na fase

IIIC, as pastas com superfícies de tons vermelhos e núcleos escuros predominam o

conjunto indicando uma cozedura redutora com arrefecimento oxidante. A ausência

de cozeduras oxidantes é notável, verificando-se apenas uma percentagem muito

residual na fase IIIA. É ainda de salientar que apenas a fase IIIA demonstrou a presença

50

de fragmentos decorados, bem como a presença de um fragmento de bojo que parece

tratar-se de um cadinho18. Análises efectuadas ao fragmento por micro-EDXRF

permitiram verificar a presença de diversos nódulos dourados compostos por ligas de

ouro e prata com algumas impurezas de cobre (VALÉRIO et al, no prelo).

3.3. Fase IV

O nível de ocupação interna do povoado registou um total de 262 fragmentos

classificáveis, que provêem de diferentes camadas e distribuem-se de forma irregular,

sendo a maioria dos materiais provenientes da camada 6.

A nível tecnológico correspondem a recipientes de modelação manual, à excepção

de quatro fragmentos que apresentam vestígio de manufactura a torno. Quase todos

os materiais exumados nesta fase possuem fabricos finos (92%), de pastas

homogéneas e elementos não plásticos de grão pequeno e pouco frequentes. Com

uma presença mais residual verificam-se os fabricos medianos (7,5%) de pastas

compactas e e.n.p. de granulometria e frequência média, e por último os fabricos

grosseiros (0,8%), caracterizados pelas pastas pouco compactas e e.n.p. muito

abundantes. A grande maioria dos materiais apresenta cores negras, resultantes de

cozeduras em ambientes redutores (69%), estando ainda presentes fragmentos com

núcleos escuros e superfícies de tons avermelhadas (14%). As cozeduras oxidantes são

pouco frequentes (2%), tal como as superfícies de cores escuras e núcleos vermelhos

(4%). Por sua vez, as colorações irregulares (11%) surgem com alguma regularidade

nesta fase.

Na observação do tipo de tratamento de superfície interna constatamos a

predominância de acabamentos alisados (36%), seguindo-se as superfícies brunidas

(31%) e polidas (22,5%). Uma pequena quantidade de fragmentos verifica superfícies

espatuladas (3,4%), e um exemplar parece possuir engobe na pasta. As superfícies

apresentam ainda fragmentos sem acabamento, rugosas (4,2%), ou ainda corroídas

(3,1%). Os tratamentos das superfícies externas apresentam-se muito semelhantes,

18

Identificação efectuada durante a inventariação da amostra, posteriormente confirmada à lupa binocular.

51

apenas diferindo, ligeiramente, na representatividade dos tipos de acabamento, como

é o caso das superfícies brunidas (42%), que aparece como acabamento predominante.

A nível morfológico identificaram-se 121 bordos que podem ser esvasadados

(53%),verticais (34%) ou reentrantes (13%). Os lábios são na sua maioria convexos,

podendo também surgir lábios planos, biselados e espessados interna ou

externamente. Apenas 10 fragmentos de bordo permitiram integração em tipos

morfológicos, onde se verificaram a presença de vários tipos e diâmetros diversos,

sendo predominantes os recipientes de pequeno e médio tamanho (Quadro 6).

Tipos Nº de recipientes Diâmetro

(cm)

Categoria

Tipo 1 1 12 2

Tipo 2 1 14 2

Tipo 4 1 22 3

Tipo 6 2 18-26 3-4

Tipo 9 1 11 2

Tipo 10 1 34 4

Tipo 12 3 20-30 3-4

Quadro 6: Tipo morfológicos da fase IV.

Contabilizaram-se ainda 8 fundos planos. Relativamente aos sistemas de preensão

foi possível identificar 1 exemplar de asa de rolo com secção oval; 4 pegas em lingueta

aplicadas de secção elíptica, surgindo aplicadas perpendicular ou horizontalmente

sobre o bojo. Regista-se aina 1 único exemplar de pega bífida (ver anexo, est. XVI, nº

780). É de assinalar a presença de um ficha circular fragmentada, e duas peças cuja

morfologia não nos foi possível de determinar. Verificaram-se ainda 24 fragmentos

com decoração, notando-se a aplicação de diversas técnicas: decoração brunida (16);

incisão (3); impressão (2); caneluras (1); penteado (1); e ainda 1 exemplar com

decoração mista (ver anexo, est. XV a XXVIII).

52

3.4. Fase V

A maioria dos fragmentos cerâmicos da amostra provém desta fase, que

corresponde ao abandono da utilização do sistema defensivo. Contabilizou-se um total

de 1033 fragmentos classificáveis, que se distribuem irregularmente pelas camadas. A

modelação das peças foi realizada manualmente, à excepção de 2 fragmentos de bojo,

que apresentam marcas de fabrico a torno. A análise da pasta permitiu identificar o

predomínio do fabrico fino, caracterizado por pastas homogéneas (50%), seguindo-se

o fabrico médio (40%) de pastas compactas, e o fabrico grosseiro (9%) representado

por pastas de baixa compactidade. É de salientar a presença, ainda que muito residual,

de pastas muito friáveis (1%). Relativamente aos elementos não plásticos verifica-se a

presença dominante de pequenos grãos e baixa frequência (54%), observando

também e.n.p. de médio calibre (37%) e frequência baixa (50%). Surgem ainda grãos

de grande calibre (8,6%) e com abundante regularidade (10%). Apresentam na sua

maioria cozeduras redutoras, com cores escura (56%), ou ainda de superfícies de

coloração avermelhada e núcleos escuros (18%). Por sua vez, as cozeduras oxidantes

estão praticamente ausentes (1%), verificando-se no entanto, fragmentos com núcleos

avermelhados e superfícies negras e núcleos de tom avermelhado (11%). De referir

que alguns fragmentos apresentam uma diversidade do colorações (13%).

Na avaliação do tratamento de superfície verifica-se o predomínio dos fragmentos

alisados, tanto na superfície interior (37,4%), como na exterior (33,2%). Por sua vez, as

superfícies brunidas são mais comuns nas superfícies exteriores (23,6%), do que na

face interior (16,9%). O polimento (13%) observa-se com menor representatividade

nas superfícies (13%), tal como o acabamento espatulado (1%) muito pouco frequente.

Um fragmento parece possuir um acabamento com engobe na superfície interna, e

outro tem a superfície externa cepillada. Uma parte significativa dos fragmentos desta

fase não apresenta qualquer tipo de tratamento de superfície, sendo que se verifica

mais na face interna (27,1%) do que na externa (24,7%). Surgem ainda algumas

superfícies corroídas em ambas as superfícies.

Em termos morfológicos o espólio desta camada conta 546 bordos, que podem ter

uma orientação esvasada (47%) vertical (37%) e ainda reentrante (16%), quando à

orientação do lábio a grande maioria é convexo, mas verificam-se também lábios

53

biselados, planos, espessados internamente e/ou externamente, Do conjunto de

fragmentos de bordo foi possível definir o tipo morfológico de 85 recipientes. Estão

representados todas as formas definidas:

Tipo Nº de recipientes Diâmetros Categoria

Tipo 1 3 6 – 18 1-2-3

Tipo 2 4 10 – 18 2-3

Tipo 3 7 26 – 36 3-4-5

Tipo 4 2 30 – 44 4-5

Tipo 5 3 10 – 12 2

Tipo 6 11 16 – 26 3-4

Tipo 7 2 20 – 26 3-4

Tipo 8 6 29 – 44 4-5

Tipo 9 3 6 – 12 1-2

Tipo 10 13 18 – 48 3-4-5

Tipo 11 13 9 – 14 2

Tipo 12 16 18 – 38 3-4-5

Outros 2 18 3

Quadro 7: Tipos morfológicos da fase V.

Identificaram-se 76 fundos, sendo a grande parte fundos planos. No entanto

surgem 3 exemplares de fundos umbilicais e ainda 1 exemplar do que parece ser um

fundo de pé anelar. De referir ainda que 4 exemplares permitiram determinar o

diâmetro do fundo, variando entre os 11 e 13 cm. Relativamente aos sistemas de

preensão apresentam-se de várias formas, asas e pegas. Verificaram-se 31 exemplares

de asas que na sua maioria são de rolo com secções circulares, ovais e sub-

triangulares. As asas de fita aparecem em número inferior, apenas 5 exemplares e

podem ter secção sub-rectangular, sub-rectangular e elíptica. Relativamente às pegas

identificaram-se 42 exemplares que apresentam diferentes soluções. As pegas em

lingueta, 31 exemplares, com secções sub-eliptica ou oval, sendo alongadas, alargadas

aplicadas horizontalmente. As pegas mamilares, 4 exemplares, que possuem

perfurações verticais, singulares ou duplas. As 4 fichas identificadas possuem forma

54

circular com diâmetros variáveis entre os 2,5 cm e os 5 cm. Relativamente à espessura

atingem 1,2 cm. Um exemplar apresenta decoração de ornatos brunidos. Registou-se

ainda a presenta de um fragmento uma colher. Contaram-se 9 fragmentos com

perfurações, localizados no bojo com perfuração singular, possivelmente de reparação.

Contabilizaram-se ainda 55 fragmentos decorados registando-se uma variedade de

técnicas aplicadas: decoração brunidas (33); penteada (5); plástica (4); Incisa (6);

Impressa (3); Canelura (2) e mista (2). Identificaram-se ainda 7 fragmentos

indeterminados (ver anexo, est. XXIX a LXXV).

55

4. Considerações gerais da amostra

A relação das características tecnológicas, morfológicas e decorativas de cada fase,

apresentadas anteriormente, é fundamental para dar a conhecer as produções oleiras

do Outeiro do Circo. A identificação do processo de manufactura, desde a preparação

e modelação da argila até à obtenção do produto final revelam as particularidades

morfológicas e decorativas que definem o conjunto cerâmico.

Neste capítulo salientam-se as características gerais de fabrico, as formas

reconhecidas e as técnicas decorativas da amostra, que se mostram determinantes no

momento de compreender a construção do sistema defensivo e sua subsequente

desactivação.

4.1 Análise tecnológica

O ciclo de produção dos materiais cerâmicos inicia-se com a extracção da argila e a

sua depuração, preparando-a para uso, no fabrico de peças cerâmicas. O

procedimento que antecede a modelação da argila dá origem a cerâmicas de atributos

distintos. Deste modo, analisando as características da pasta, da granulometria e

regularidade elementos não plásticos constatamos que os fragmentos com fabrico fino

(62%) predominam no conjunto, possuindo pastas bastante homogéneas e e.n.p. de

pequeno calibre e baixa frequência. Os fabricos médios (31%), por sua vez, surgem

com alguma frequência na amostra, apresentando pastas compactas e e.n.p. de calibre

e frequência mediana. De assinalar que, o fabrico fino é claramente superior em todas

as fases excepto, na fase V, onde a sua percentagem é ligeiramente superior à

presença de fragmentos de fabrico médio (Gráfico 1). Por sua vez, o fabrico grosseiro

(7%) de pastas pouco compactas e e.n.p. muito frequentes e de grande calibre, tem

uma presença mais residual nas diferentes fases, estando mesmo ausente na fase II

(Gráfico 1).

56

A presença de elementos não plásticos é bastante frequente entre as pastas do

conjunto cerâmico, notando-se a utilização de elementos de origem mineral e vegetal.

A adição dos e.n.p. reduz a plasticidade da argila, adquirindo a consistência desejada

para a modelação dos recipientes cerâmicos. Relativamente aos desengordurantes

minerais da amostra nota-se uma relação entre o calibre e frequência dos mesmos,

prevalecendo os e.n.p. de pequeno calibre e baixa frequência, que surgem quase

sempre associados a pastas homogéneas (Gráfico 2). O mesmo acontece nos e.n.p. de

calibre médio e grande, que aparecem junto a desengordurante frequência mediana e

abundante, respectivamente.

Gráfico 2: Frequência e calibre dos e.n.p. no total da amostra.

Note-se ainda a frequente presença de matéria orgânica nos fragmentos cerâmicos,

que facilitariam a modelação da argila. Os elementos vegetais são observáveis tanto

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fase II Fase III Fase IV Fase V

B

Fino

Médio

Grosseiro

Gráfico 1: Distribuição dos tipos de fabrico por fase.

57

nas superfícies dos recipientes, através da impressão deixada, como nas fracturas dos

fragmentos, mostrando-se em alguns casos carbonizados.

A etapa da modelação encerra o processo da preparação da argila para o uso,

depois de devidamente depurada e mistura obtendo a consistência ideal para ser

trabalhada. Tratando-se do momento em que o recipiente adquire a sua forma, a

modelação é um elemento fundamental na análise tecnológica das cerâmicas. Após

uma observação cuidada da amostra verificou-se que os materiais são exclusivamente

de modelação manual, à excepção de 4 fragmentos (0,3% do total da amostra), que

apresentam evidências de manufactura com recurso à roda de oleiro. Estes materiais

de modelação a torno provêm da fase IV e V e, face ao seu caracter residual,

consideramos tratarem-se de intrusões nas camadas, sendo posteriores à sua

formação19. Ainda relativamente à modelação da argila, a análise das fracturas dos

fragmentos cerâmicos, numa apreciação geral da amostra, permite observar as

evidências de manufactura empregues na execução das peças. Os recipientes

cerâmicos foram modelados a partir de rolos, placas ou por repuxamento indicando

deste modo, as várias técnicas utilizadas na execução dos materiais cerâmicos.

O exame realizado às superfícies dos materiais cerâmicos observa a presença de

vários tipos de tratamento, o que implicaria, certamente, o recurso a materiais

distintos para a execução do acabamento das superfícies. As superfícies alisadas são as

mais frequentes nas superfícies da amostra, seguindo-se o tratamento brunido que

apesar de bem representado na superfície interna é mais frequente na superfície

exterior dos recipientes, especialmente na fase IV (Gráfico 3). O acabamento polido

encontra-se com alguma regularidade nas superfícies dos materiais, representado

equitativamente em ambas as superfícies. Ainda que pouco expressivos, as superfícies

espatuladas e cepilladas estão também presentes. De referir a presença na fase V de 1

exemplar onde a superfície parece ter sido aplicado engobe.

19

A camada 5 e 17 (fase V) sofreram diversas perturbações, como se pode verificar durante a escavação das mesmas. Um dos fragmentos da fase V trata-se de um fragmento de sigillata.

58

Gráfico 3: Tratamento de superfície por fase.

Apesar da variedade de acabamentos de superfícies, verifica-se um conjunto

significativo de fragmentos com ausência de aplicação de tratamento, apresentando

superfícies rugosas (Gráfico 3). Por outo lado, alguns materiais possuem superfícies

corroídas que podem resultar do efeito de várias acções, nomeadamente, devido ao

uso e utilização dos recipientes ou por processos pós-deposicionais.

Após aplicação ou não de motivos decorativos nas cerâmicas e de uma secagem da

argila, a cozedura é a fase que encerra o processo de manufactura dos recipientes

cerâmicos. A observação das cores das superfícies e do núcleo dos materiais serviu de

indicador para a definição dos ambientes de cozeduras a que os recipientes foram

sujeitos (ver cap.III.1). As cozeduras em ambiente redutor predominam no conjunto,

apresentando pastas de coloração escuras que podem variar entre o castanho-escuro

e o negro (C1), seguindo-se outras que apesar de possuírem cozeduras redutoras

sofreram um arrefecimento oxidante, com núcleos escuros e superfícies mais

avermelhadas (C3) (Gráfico 4).

59

As cozeduras em ambiente oxidante são menos frequentes na amostra,

apresentando tons mais claros variando entre o castanho claro e o vermelho (C2). Por

outro lado, uma parte muito residual do conjunto apresenta núcleos avermelhados,

com superfícies escuras indicando, uma cozedura oxidante com finalização ou

arrefecimento redutor (C4). Identificou-se ainda outro tipo que engloba as cozeduras

irregulares (C5), pelo facto dos fragmentos apresentarem múltiplas combinações de

cores, que variam entre os tons claros e os escuros (Gráfico 4).

A tendência de predominância das cores verifica-se igualmente nas fases

identificadas, salientando-se apenas que na fase V, verificam-se vários fragmentos de

cozeduras irregulares, em relação percentual com as outras fases estudadas. (Gráfico

4). A diversidade de tonalidades, e múltiplas combinações de cores presentes nos

materiais cerâmicos denunciam o insuficiente controlo que estas comunidades tinham

sobre a cozedura, no entanto, realça-se o predomínio das colorações escuras sobre as

restantes. Porém, o ambiente de cozedura não determina por si só a cor dos materiais

cerâmicos, existindo um conjunto de agentes que actuam em simultâneo originando a

coloração presente nas pastas. O método de cozedura utilizado, a selecção do

combustível, o tipo de argila empregue, a percentagem de matéria orgânica, as

oscilações e o controlo da temperatura, a disposição dos recipientes e o tempo de

cozedura são intervenientes num processo pouco linear, sujeito a inúmeras alterações

durante o processo de cozedura até à obtenção do recipiente. Sem mencionar que o

uso e os processos pós-deposicionais provocam alterações nas cores dos recipientes

cerâmicos.

Gráfico 4: A - Ambiente de cozedura na amostra; B - Ambiente de cozedura por fases.

60

Após relacionarmos os resultados de todas as fases, não verificamos diferenças

significativas que nos permitam definir mudanças a nível tecnológico. As características

tecnológicas da amostra revelam uma preocupação inerente na selecção das pastas

para o fabrico dos recipientes cerâmicos, sendo que o predomínio das pastas bem

depuradas traduz uma selecção prévia do tipo argila a ser utilizado na sua elaboração.

De facto, os atributos que estas cerâmicas possuem são essenciais no momento de

moldar os recipientes, permitindo um fácil manuseamento da argila, bem como a

aplicação de técnicas distintas na sua manufactura facilitando, deste modo, a criação

de recipientes de morfologia diversificada. Por sua vez, o tratamento de superfície

confere aos recipientes uma uniformização das pastas, através da regularização das

superfícies retirando os excessos de argila e os elementos não plásticos de maior

dimensão. No caso específico deste conjunto, verifica-se a preferência por

acabamentos alisados ou brunidos, denotando-se assim, um especial cuidado neste

procedimento que antecede a cozedura, ou em alguns casos, a aplicação de motivos

decorativos.

A etapa final da cozedura apresenta-se como a mais complicada de descrever e

explicar. O leque de elementos que funcionam como variáveis neste processo limita a

percepção das condições de como ocorreu a cozedura dos recipientes. A análise da cor

das pastas dos fragmentos, ainda que muito limitada permitiu verificar a

predominância de colorações escuras que indicar ambientes de cozedura redutoras,

face a uma variedade de tonalidades, que alteram entre os negros e os vermelhos,

conjugados de diversas formas entes ambas as superfícies e o núcleo da cerâmica.

Neste sentido, a análise geral da amostra revela uma homogeneidade no

procedimento adoptado na realização dos recipientes cerâmicos. Porém, constata-se

que os oleiros do Outeiro do Circo dominavam um conjunto de técnicas diversificadas

para a manufactura de peças cerâmicas.

61

4.2. Análise Morfológica

No âmbito das características formais valorizou-se sobretudo o estudo dos bordos,

uma vez que devido ao elevado nível de fracturação do conjunto, não foi possível

reconstituir formas completas. O espólio inventariado soma um total de 766 bordos

sendo o elemento morfológico mais frequente da amostra. A análise da orientação e

do tipo de lábio permite identificar uma diversidade de bordos que correspondem a

diferentes recipientes. Neste sentido, os bordos esvasados são os mais comuns,

seguindo se os verticais e os reentrantes, sendo os lábios planos os mais frequentes

em todas as orientações (Quadro 8). Os bordos com lábios convexos e biselados estão

presentes, tal como espessados, ainda que menor número.

Considerando que não possuímos formas de perfil completo, o estudo morfológico

da amostra focou-se na análise das características formais do corpo dos recipientes

cerâmicos. Não obstante, foram alvo de análise outros elementos cerâmicos, que

possuem características singulares e que merecem um estudo morfológico.

4.2.1. Bordos

Bordo/Lábio

Plano

Convexo

Biselado

Espessado

Total

Int. Ext. Ambos

Vertical 188 55 17 6 9 6 281

Reentrante 87 22 6 2 0 0 117

Esvasado 307 29 25 2 4 1 368

Total 582 106 48 10 13 7 766

Quadro 8: Tipos de bordo e lábio

A presença de carenas é uma característica fundamental na análise morfológica dos

recipientes cerâmicos. Alguns bordos surgem em associação a carenas e outras

apresentam-se isoladas devido à fracturação, no entanto, permite constatar que cerca

de 14% da amostra trata-se de elementos procedentes de recipientes carenados.

62

4.2.2. Estudo tipológico

Do universo de bordos identificados apenas foi possível determinar o diâmetro de

abertura a 111 fragmentos, o que representa cerca de 15% do total de bordos da

amostra (Quadro 9). A maioria das formas que permitiu o cálculo do diâmetro e

subsequente integração na tabela formal provém da fase com maior número de

bordos, a fase V. Comparativamente a fase III registou maior percentagem de formas

reconstituídas em relação à fase IV. Por sua vez a fase II, apenas permitiu a integração

formal de um recipiente.

Bordos Fase II Fase III Fase IV Fase V Total

Nº total de bordos 4 95 121 546 766

Nº de bordos

Reconstituídos

1 15 10 85 111

Quadro 9: Distribuição de bordos reconstituídos por fase.

Com base nos critérios adoptados na metodologia definimos 12 tipos formais,

porém em alguns casos preferimos não atribuir nenhum tipo morfológico por se tratar

de fragmentos muito pequenos e não permitirem uma atribuição segura.

Genericamente pode distinguir-se recipientes de perfis carenados, de perfil em S,

recipientes globulares e hemisféricos, que podem variar entre tamanhos pequenos,

médios e grandes tamanhos, englobando um grande conjunto de formas, assim

agrupadas:

Tipo 1: reúne pequenos e médios recipientes de perfil em S. Apresentam colos

curtos que podem ser suaves ou esvasados, com bordos extrovertidos. Os lábios são

convexos e possuem panças mais ou menos globulares. Os seus diâmetros variam

entre os 6 e 18 cm. As pastas têm tons escuros, que indicam cozeduras de ambientes

redutores. A variante A ostenta um perfil suave, pouco marcado com um diâmetro

estimado 14 cm, de fabrico fino, com as superfícies brunidas. A variante B tem entre

12 e 18 cm de diâmetro de abertura, com bordos revirados para fora, muito

63

estrangulados e panças globulares, de fabrico fino e paredes alisadas. A variante C

distingue-se da anterior por possuir um diâmetro mais reduzido, cerca de 6 cm e ter as

pastas friáveis, sem qualquer tipo de tratamento de superfície.

Tipo 2: reúne as taças carenadas de pequeno e médio tamanho, de perfil esférico.

Os colos são mais ou menos desenvolvidos, apresentando bordos verticais ou

extrovertidos, com lábios convexos. A variante A caracteriza-se por carenas baixas e

bastante angulosas e os seus diâmetros de abertura variam entre os 10 e 12 cm. Por

sua vez, as restantes variantes têm carenas médias, sendo que a variante B têm o colo

ligeiramente estrangulado, possuindo um diâmetro de 14 cm, e a variante C tem a

carena pouco marcada, de colo vertical, distinguindo-se da variante anterior, com um

diâmetro de abertura estimado nos 18cm. Apresentam paredes com uma espessura

fina e fabricos medianos (variante A) e finos (variante B e C). Os tratamentos de

superfície são maioritariamente alisados, registando-se também superfícies polidas.

Tipo 3: reúne um conjunto diversificado de taças carenadas de médio e grande

tamanho. Tratam-se de formas compósitas com carenas marcadas, os seus diâmetros

oscilam entre os 22 e 42 cm. A variante A e B possuem colos geralmente bastante

desenvolvidos, terminando em bordos extrovertidos, com lábios convexos ou

espessados internamente. A variante A apresenta colos bastante estrangulados, com

uma inflexão bem marcada que separa os bordos extrovertidos. Por sua vez a variante

A1 distingue-se por ter bordos ligeiramente espessados internamente. A variante B

está representada por apenas 1 exemplar e distingue-se por possuir uma carena mais

suave e colos ligeiramente esvasado. Apresentam fabricos finos, médio e grosseiros,

com paredes de espessura fina a grosseira. Os tratamentos de superfície podem ser

alisados e polidas. As superfícies com acabamentos brunidos apenas se registaram em

dois exemplares da variante A. A variante C, distingue-se das anteriores por possuir

carena alta com corpo cónico. Os colos são desenvolvidos podendo ser suavemente

esvasados (variante C) ou ligeiramente estrangulado, projectando o bordo para o

exterior (variante C1). Apresentam fabricos finos, com pastas bem depuradas. Os

acabamentos são alisados e brunidos.

64

Quadro 10: Tabela de formas do Outeiro do Circo, Tipo 1 a 8.

65

Tipo 4: taças carenadas de perfil combinado muito esvasado com desenvolvimento

particular do colo e do bordo, que após uma carena pronunciada os projecta para o

exterior. A variante A apresenta colos muito alongados e aberto, com lábios convexos

ou biselados, variando os seus diâmetros entre os 30 e 44 cm. Apresentam fabricos

finos e medianos, com acabamentos pouco cuidados. Por sua vez a variante B,

distingue-se pela grossura das paredes, pelo seu diâmetro de abertura que se situa nos

22 cm, e pelo tratamento de superfície, que revela um brunimento exímio.

Tipo 5: pequenos recipientes hemisféricos de perfil em calote. Possuem paredes

concavas (variante A), rectas de perfil aberto (variante B) ou ainda bordos verticais

(variante C). Os lábios podem ser convexos ou planos. Os seus diâmetros oscilam entre

os 10 e 13 cm. Apresentam fabricos médios, à excepção do variante C que apresenta

pastas de fabricos grosseiros. Os acabamentos são pouco cuidados, apresentando

superfícies rugosas.

Tipo 6: reúne um conjunto diversificado de recipientes hemisféricos de médio

tamanho. Os bordos podem ser ligeiramente esvasados com paredes pouco

flexionadas (variante A), bordos verticais ou sub-verticais (variante B) e ainda

reentrante, com paredes concavas (variante C). Os lábios são convexos, planos ou

biselados. Têm o perfil aberto, com diâmetros que variam de 16 a 26 cm. Os fabricos

podem ser finos, médios e grosseiros. Todos têm as paredes médias à excepção de um.

As superfícies podem ser alisadas, polidas e brunidos ou ainda rugosas superfícies

rugosas.

Tipo 7: reúne recipientes de perfil muito aberto de médio tamanho. Apresentam

perfis esvasados, com diâmetros que oscilam entre os 17 e 0s 26 cm. A variante A

apresenta paredes rectas de perfil muito aberto, por sua vez, as paredes da variante B

são ligeiramente concavas, com perfil de casquete esférico. Os seus fabricos são finos,

com tratamentos de superfície alisados ou polidos, à excepção de um exemplar da

variante A que apresenta fabricos grosseiro, sem qualquer tipo de tratamento de

superfície. Apesar de não possuirmos nenhum exemplar completo, o prolongamento

das paredes indica-nos que se tratariam de recipientes pouco profundos.

66

Tipo 8: reúne os recipientes de perfil aberto de médio e grande tamanho. As

paredes são concavas e divergentes, conferindo-lhes um perfil esférico. Os lábios

podem ser planos ou convexos. Os diâmetros variam entre os 29 e os 44 cm. Possuem

fabricos finos, médios e grosseiros. As superfícies são alisadas, polidas ou rugosas.

Tipo 9: pequenos recipientes globulares de perfil fechado. As paredes são

reentrantes e bastante concavas. Os lábios podem ser convexos, planos ou espessados

internamente. Os seus diâmetros variam entre os 6 e 12 cm. A variante B distinguem-

se de anterior pelas paredes serem ligeiramente menos côncavas e por possuir

diâmetros mais de abertura mais reduzidos, entre 6 e 8 cm. Os fabricos deste tipo

podem ser finos ou médios, com superfícies maioritariamente alisadas.

Tipo 10: forma semelhante à anterior, com diâmetros superiores, que variam entre

os 18 e os 48 cm, tratando-se de recipientes globulares de médio (variante A) e grande

tamanho (variante B). Os fabricos são finos, médio ou grosseiros. Apresentando vários

tipos de tratamento de superfície: alisadas, brunidas, polidas, espatuladas e rugosas.

As paredes têm uma espessura mediana ou grossa.

Tipo 11: reúne um conjunto diversificado de pequenos recipientes de corpo ovóide.

Apesar de não se registar nenhum exemplar completo, a curvatura do ombro indica

que o corpo se desenvolveria em perfis com corpo ovóides ou globular. Os lábios

podem ser convexos, plano, biselados ou espessados internamente, com diâmetros de

abertura que variam entre os 6 e os 14 cm. Apresentam colos curtos, bem

diferenciados, de bordos verticais ou ligeiramente esvasados (variante A) ou colos

estrangulados com bordos esvasados (variante B). Um dos exemplares da variante B

apresenta um pequeno mamilo decorativo. Possuem fabricos finos, medianos e

grosseiros. As pastas são de um modo geral bem depuradas, com acabamentos

preferencialmente brunidos, polidos e alisados.

67

Quadro 11: Tabela de formas do Outeiro do Circo, Tipo 7 a “Outros”.

68

Tipo 12: reúne um conjunto diversificado de potes. Os lábios são convexos, planos

ou espessados. Os diâmetros de abertura oscilam entre os 18 e os 38 cm. Apesar de

não se verificar recipientes completos, os exemplares apresentam uma certa

diversidade formal. Deste modo, apresentam colos verticais diferenciados do corpo do

recipiente, mediante uma inflexão para o exterior (variante A), com fabricos finos e

superfícies brunidas. A variante B conta apenas com um exemplar, que se distingue

dos restantes, possuindo um colo vertical muito desenvolvido, apresentando fabrico

médio e superfícies polidas. Por sua vez, as variantes C e D agrupam um conjunto

variado de recipientes, com o colo quase ausente, distinguindo de apenas pelo bordo,

que no caso da variante C é vertical e espessado internamente, e na variante D o bordo

é esvasado, o que originaria recipientes de perfil em S. Apresentam fabricos medianos

e grosseiros com superfícies alisadas, polidas e brunidas.

Outros: tratam-se de formas singulares que apresentam elevada fragmentação não

sendo possível, deste modo, atribuir uma caracterização morfológica segura.

95: recipiente paredes subcilíndricas, de bordo esvasado e lábio convexo. O

diâmetro de abertura ronda os 18 cm. De fabrico grosseiro e superfícies alisadas.

226: recipiente de bordo vertical, com as paredes espessas. O seu diâmetro é de 18

cm. Tem fabrico grosseiro e superfícies rugosas.

1317: recipiente carenado de perfil troncocónico. Apresenta o colo reentrante, com

uma inflexão aguda na carena, tornando o seu perfil semi-fechado. Com um diâmetro

estimado nos 28 cm, possuí paredes muito grossas e apresenta fabrico fino, com

pastas bem depuradas. As superfícies são alisadas internamente e brunidas no

exterior.

69

4.2.3. Fundos

A análise da parte mais inferior dos recipientes permitiu distinguir vários tipos de

fundos, apesar de ser condicionada pela fragmentação dos materiais. De um total de

91 exemplares foi possível atestar a predominância dos fundos planos (Quadro 12),

com espessuras grossas que parecem pertencer a fundos de médios e grandes

recipientes. Apesentam fabricos diversos e na sua maioria não possuem qualquer tipo

de tratamento de superfícies. Alguns casos permitiram determinar o diâmetro do

fundo que variam entre os 11 e 13 cm (ver anexo, XLIX e XXXVI). De referir que um

exemplar apesar de se tratar de um fundo plano é ligeiramente espessado.

Tipo de fundo Nº de exemplares

Plano 86

Plano espessado 1

Umbilicais 3

Pé Anelar? 1

Quadro 12: Tipo de fundos.

Os fundo umbilicais presentes na amostra possuem um ou mais “omphalos” e

surgem apenas na fase V (ver anexo, est. XXXI, nº 955; est. XXXIX, nº 399). De

espessuras finas, parecem tratar-se de fundos associados a recipientes de pequeno

tamanho, aparecendo por vezes associados a formas carenadas. Apresentam um

cuidado especial no acabamento das superfícies com tratamentos alisados, polido ou

brunido. De salientar que um dos fragmentos possui decoração brunida na superfície

interna. De referir ainda a presença de 1 único exemplar do que parecer ser um fundo

com pé anelar, no entanto, a elevada fragmentação da peça não permite determinar

com segurança (ver anexo, est. XXXIX, nº 429).

As técnicas de modelação dos fundos deve ser um aspecto a considerar na sua

análise. A observação das fracturas permitiu identificar, em alguns fragmentos de

fundos planos, evidencias de terem sidos realizados por placas e posterior

70

compactação. Por sua vez, os fundo umbilicais não apresentam estas evidências, sendo

possível o recurso a processos de manufactura diferentes.

4.2.4. Aplicações plásticas

A análise e distinção dos vários tipos de elementos de preensão prendeu-se com a

atribuição do seu caracter funcional e/ou decorativo dos mesmos. Deste modo,

observamos as características formais, as dimensões, o modo de fixação e o local do

recipiente onde se desenvolvem, distinguindo assim: asas e pegas de caracter

funcional e pequenos mamilos que pela sua dimensão atribuímos um caracter

decorativo.

As pegas predominam no universo das aplicações plásticas, podendo assumir

diferentes formas (Gráfico 5). As mais comuns são as pegas em lingueta que surgem

aplicadas vertical ou horizontalmente sobre a parede dos recipientes e apresentam

secções ovais e sub-elípticas, com formas cónicas ou alargadas podem ser alongadas

ou mais achatadas. Por sua vez, as pegas bífidas, possuem uma forma muito particular,

fazendo lembrar a asa de uma borboleta.

Os 4 exemplares de pegas mamilares identificadas apresentam perfurações,

podendo ser simples ou duplas. Em ambos os casos, as perfurações têm uma

orientação vertical, tratando-se de elementos de suspensão. De salientar ainda, o facto

de dois exemplares possuírem decoração brunida na superfície interna (ver anexo, est.

LXX, nº 1701; est. LXXI, nº 1093).

Gráfico 5: Tipo de pegas.

71

As pegas desenvolvem-se na sua grande maioria no corpo dos recipientes, ao longo

da pança, no entanto um dos exemplares surge junto ao bordo do recipiente.

No caso das asas contabilizaram-se um total de 40 exemplares que apenas se

identificam na fase de abando no sistema defensivo, fase V. Observando a técnica de

modelação e a sua forma distinguiram-se asas de rolo e de fita possuindo diversas

secções (Gráfico 6).

As mais frequentes são as asas de rolo, contando 35 exemplares que apesar de

idênticas entre si, tanto na forma como na espessura (entre os 0,5 e 1 cm) apresentam

diferentes secções: ovais; circulares e sub-triangulares. Classificamos dois exemplares

como indeterminado, por não permitiram a identificação da secção devido a estarem

fracturados. As restantes tratam-se de asas de fita e caracterizam-se por possuir

espessuras mais largas (entre os 2,5 e 4,5 cm) e secções elípticas, sub-rectangulares e

sub-triangulares. Do total de asas nenhum dos fragmentos apresenta-se completo,

sendo difícil estimar o seu tamanho, no entanto deveriam possuir o tamanho e

curvatura suficiente para permitir a passagem de pelo menos um dedo, para assegurar

a sua função de preensão. Por outro lado, não verificamos nenhuma asa em ligação

com o corpo do recipiente, no entanto, sabemos que seriam coladas aos recipientes,

mediante o alargamento das suas extremidades (VILAÇA, 1995: 52).

Gráfico 6: Secções das asas em rolo e fita.

72

4.2.5. Perfurações

Apesar das perfurações verificadas nos recipientes possuírem indubitavelmente um

função prática prático podem representar distintos tipos de utilizações. Deste modo, é

de assinalar que para além das pegas mamilares foram identificados outros

fragmentos com orifícios, verificando-se apenas uma perfuração por exemplar. Foram

assim identificados um total de 15 fragmentos com perfurações, que nos mostram o

duplo uso destes elementos, que altera mediante a localização da perfuração no

recipiente e a análise do tipo de orifício criado. Verificamos que as perfurações que se

localizam nas pegas mamilares foram realizadas antes de cozedura e possuem um cariz

utilitário de suspensão dos recipientes. As restantes perfurações localizam-se nas

paredes dos recipientes, e num caso junto ao bordo (ver anexo, est. LII, nº 338), com

uma orientação horizontal. A análise do orifício revelou uma secção cónica da

perfuração, o que indica terem sido realizadas pós-cozedura. Deste modo, estas

perfurações são interpretadas como orifícios de reparação realizadas nos recipientes,

comummente conhecidos na bibliografia, como “gatos”.

4.2.6. Outros objectos cerâmicos

Foram identificadas 6 exemplares de fichas, com forma circular. Tratam-se de

peças de relativamente pequenas, com um diâmetro que varia entre os 2,4 e os 5 cm e

de espessura média de 1 cm. Dois exemplares estão fragmentados e outro apresenta

decoração brunida num das superfícies (ver anexo, est. LXXII, nº 1063). Estas peças

cerâmicas são frequentemente interpretadas como fichas de jogo, que seriam

reutilizações de recipientes cerâmicos.

Um conjunto de nove fragmentos cerâmicos foram classificados como

indeterminados não permitindo uma atribuição morfológica. No entanto, e apesar das

dificuldades de interpretação funcional destes fragmentos cerâmicos, algumas das

suas características permitem equacionar possíveis usos. Neste sentido, um fragmento

de espessura considerável apresenta decoração penteada (ver anexo, est. LXXIV, nº

622), numa das superfícies podendo tratar-se de um possível fragmento de piso. Dois

fragmentos (ver anexo, est. XLV, nº 565 e est. XXXII, nº 914) de diferentes dimensões

73

apresentam uma das extremidades bastante polidas podendo tratar-se de polidores,

no tratamento de superfície dos recipientes cerâmicos. Um outro fragmento encontra-

se fracturado, mas parece formar um triângulo, apresentando superfícies bastante

polidas (ver anexo, est. 54, 801). De referir, que peças similares com os bordo

intensamente polidos, e até de forma triangular apareceram no povoado de Concejiles

(Badajóz), denominados de “recortados” (VILAÇA et al, 2012, p.137, fig. 10.2),

tratando-se de possíveis fragmentos de recipientes, que foram modificados e

reutilizados. Os restantes fragmentos pela elevada fragmentação não permitem aferir

qualquer hipótese interpretativa para a sua funcionalidade. Um deles possuí uma

perfuração, outro apresenta uma depressão na parede do fragmento, tal como outro

que apresenta três depressões, no que parece ser a superfície externa (ver anexo, est.

XIX, nº 647; est. LXVI, 946; est. XXXIX, nº 557).

Foi ainda reconhecida uma peça cerâmica, que apesar de fragmentada parece

tratar-se de uma colher (ver anexo, est. LXI, nº 450).

74

4.3. Análise decorativa

A decoração dos recipientes cerâmicos realiza-se, de um modo geral, previamente

à cozedura dos mesmos, sendo por isso parte integrante no processo de manufactura.

Porém, analisamos os fragmentos decorados da amostra considerando que a aplicação

das técnicas decorativas não está necessariamente condicionada por parâmetros

funcionais, como acontece na modelação das formas. A diversidade e a adopção de

técnicas decorativas prender-se-á antes com questões do âmbito cultural, mas

também, com os próprios gostos e gesto do oleiro que executa a peça.

A amostra revelou um total de 87 fragmentos decorados, o que representa apenas

5,8% do conjunto estudado. Relativamente à sua distribuição pelas fases identificadas

verifica-se a presença de peças decoradas apenas na camada III, IV e V, predominando

na fase V (Gráfico 7). É ainda de notar, que na fase III apenas surgem materiais

decorados na rampa e plataforma, fase IIIA.

A pequena quantidade de fragmentos decorados contrasta com a diversidade de

técnicas decorativas presentes. Quantitativamente destaca-se a predominância da

decoração brunida (61%), seguida da decoração incisa (11%), penteada (8%), impressa

(7%), plástica (6%) e canelada (3%). Em três fragmentos (3%), observam-se decorações

mistas em que duas técnicas decorativas são utilizadas em simultâneo mesmo

fragmento

0

5

10

15

20

25

30

35

Fase IIIA

Fase IV

Fase V

Gráfico 7: distribuição das técnicas decorativas por fase.

75

A análise tecnológica dos fragmentos decorados permitiu verificar que foram

realizados com modelação manual, denotando-se um cuidado especial no fabrico

destas peças. Os fabricos finos de pastas homogéneas (86,2%), com e.n.p. de pequeno

calibre e pouca frequência predominam no conjunto. Seguem-se as pastas compactas

(11,5%), com e.n.p. de calibre e frequência mediana e, por fim, em quantidade

residual, as pastas grosseiras (2,3%), de baixa compacticidade, com e.n.p. muito

frequentes e de grande calibre. A observação das cores das superfícies e do núcleo dos

materiais mostra a prevalência de pastas de coloração escura, indicando cozeduras

com ambientes redutores. A presença de fragmentos de cozedura oxidante

homogénea e cores avermelhadas/alaranjadas é rara, surgindo apenas em fragmentos

com decoração incisa, penteada e com aplicações plásticas (Gráfico 8).

No sentido de avaliar a gramática decorativa dos fragmentos decorados considerou-

se útil avaliar a disposição geométrica dos elementos decorativos e a sua localização

nos recipientes. Assim, estabeleceram-se duas variantes A e B, que distinguem se a

decoração foi executada no lábio ou no bojo. No caso da variante B avalia-se ainda se

se dispõem no interior ou exterior dos recipientes.

Os fragmentos com decoração brunida predominam no universo de decorados do

Outeiro do Circo, com 53 exemplares e mais um de técnica mista, sendo a sua maioria

proveniente da fase V (Gráfico 7). O tratamento de superfície mostra-se bastante

0 10 20 30 40 50 60

Mista

Can.

Ap.p

Imp.

Pent.

Inc.

Brun.

C1

C2

C3

C4

C5

Gráfico 8: Ambiente de cozedura por técnica decorativa.

76

cuidado, predominando o brunimento em ambas as superfícies (85% int./91% ext.),

sobre o alisamento e o polimento.

Relativamente à disposição decorativa apenas se restringe à variante B, realçando-

se sua localização numa ficha e num fundo. Quanto à localização dos motivos

decorativos, a maior parte localiza-se na superfície interna (30 ex.), seguida de perto

pela decoração na face externa (23 ex.), registando-se apenas um fragmento decorado

em ambas superfícies (Gráfico 9).

O estudo dos motivos decorativos foi muito condicionado pelo grau de

fragmentação do espólio. Metodologicamente, decompuseram-se os motivos em

elementos primários, motivos secundários e composições decorativas. Para facilitar a

descrição, os elementos decorativos primários (sempre segmentos de recta mais ou

menos regulares) foram classificados em função da largura de traço como: linhas (< 3

mm), faixas (3 a 10 mm) e bandas (> 10 mm). Os motivos secundários são associações

de elementos primários, e as composições são associações de motivos secundários

(OSÓRIO et al, no prelo, b).

O diagrama de análise da organização decorativa (Quadro 13) mostra que os

motivos secundários identificados são: ziguezagues configurados por linhas com

quebras sinuosas (4 ex.); traços paralelos (17 ex.); traços convergentes,

constantemente associados a sequências de formas triangulares (12 ex.). Apenas

algumas peças permitem perceber qual a associação destes motivos em composições

mais complexas. Identificam-se três combinações decorativas: uma combina uma faixa

de ziguezagues e linhas paralelas a preenche-lo (1 ex.); outra associa faixas ou bandas

horizontais, a partir das quais se desenvolvem, linhas ou faixas paralelas (12 ex.); a

Gráfico 9: Localização das decorações brunidas.

77

última combinação consiste em motivos reticulados (6 ex.) (ver anexo, est. X; XXVII;

LXX; LXXI; LXXII).

Quadro 13: Diagrama dos motivos decorativos brunidos

Os motivos incisos (11%) ocorrem em superfícies alisadas ou polidas, e ainda em

casos com superfícies rugosas. Na variante A, as incisões traduzem-se em golpes mais

ou menos paralelos, dispostos oblíqua ou perpendicularmente ao lábio (1 ex.). Quanto

à variante B (9 ex.), as incisões consistem geralmente em traços pouco profundos. Os

motivos são quase sempre paralelos, com excepção de um exemplar que associa

traços paralelos e convergentes. Em 5 fragmentos a decoração surge no exterior20, em

3 no interior e existe ainda um decorado em ambas superfícies (ver anexo, est. X;

XXVII; LXXIII).

20

É ainda de mencionar um fragmento de fundo com decoração interna proveniente de prospecção no povoado.

78

A decoração penteada (8%) surge sempre na variante B, no exterior das peças. Os

traços são executados com instrumento com vários dentes rombos, traçando

caneluras mais ou menos paralelas de acordo com as características da pasta húmida.

Os traçados podem correr em paralelo ou cruzar-se. As superfícies são

maioritariamente alisadas ou a rugosidade impede essa apreciação (ver anexo, est. X;

LXXIV).

As peças com decorações impressas (7%) possuem acabamentos variados: alisados,

brunidos, polidos, espatulados ou rugosos. Quanto à localização decorativa restringe-

se à variante A, executada exclusivamente com matriz natural/humana. Esta matriz

pode ser a unha, que forma motivos ovóides (ungulações), ou o dedo, que produz

motivos subcirculares (dedadas) (ver anexo, est. X; XXVIII; LXXV)

As decorações plásticas (6%) surgem na fase V e resumem-se a pequenos mamilos

de forma arredondado e contorno sub-circular.Com superfícies alisadas apenas surgem

na variante B, no bojo (3 ex.) ou abaixo do bordo (2 ex.) (ver anexo, est. LXXIV).

Quadro 14: Localização nos recipientes dos motivos das técnicas decorativas.

79

A decoração canelada representa 3% do total decorado. A morfologia das caneluras

é muito variada mas as composições, surgem apenas na variante B, no exterior do

bojo. Os sulcos são horizontais ou diagonais, paralelos, muito profundos ou mais

superficiais. As superfícies apresentam acabamentos alisados ou brunidos revelando

algum cuidado (ver anexo, est. XXVIII; LXXIII).

Por último, verificamos três exemplares com aplicação de técnica mista (3%), onde

se associam técnicas distintas no mesmo recipiente. Exclusivos da variante B, formam

composições mais complexas do que os fragmentos onde é aplicado exclusivamente

apenas uma técnica. Verifica-se assim três associações distintas: incisão + dec. brunida

(fase IV); incisão + puncionamento (fase V) e impressão com incrustação (fase V). A

incisão aparece ainda associada ao puncionamento, parecendo a incisão traçar o

desenho principal e o puncionamento usado para preencher certas áreas, de forma

subsidiária21. Por seu lado a impressão com incrustação, poderia ser considerada uma

técnica per se pois é a própria incrustação que requer a criação de um negativo a

preencher com pasta branca (OSÓRIO et al, no prelo, b). Este fragmento apresenta

vários círculos alinhados (ver anexo, est. XXVIII; LXXV).

Numa apreciação geral dos fragmentos decorados é possível verificar que os oleiros

do Outeiro do Circo possuíam o conhecimento de várias técnicas para decorar os seus

recipientes, com o recurso a diferentes objectos. O elevado grau de facturação deste

conjunto de decorados, condicionou a análise morfológica dos mesmos, sendo que

apenas um caso com decoração plástica permite tipificação formal e correlação com a

tabela de formas (Tipo 11). Não obstante a observação da morfologia de alguns

fragmentos decorados por brunimento permite aferir que pertenceriam a pequenas

taças e a outros recipientes carenados. Reconhece-se ainda que algumas peças de

paredes grossas, originárias de recipientes de médio e grande porte, apresentam

decorações incisas, penteadas, impressas e caneladas. Entre estas identificam-se

alguns recipientes de forma fechada.

21

Um outro fragmento que não está incluído na amostra deste trabalho (fase VI) também associa a incisão e o puncionamento.

80

4.4. Síntese da análise do conjunto cerâmico

O estudo do conjunto artefactual permitiu, entre outros aspectos, compreender o

processo de manufactura implícito ao fabrico de cerâmica, definir as propriedades

formais dos recipientes e avaliar o tipo de decorações presentes, auxiliando deste

modo, à caracterização dos principais atributos das cerâmicas do Outeiro do Circo.

Todavia, é importante realçar que a cerâmica exumada na sondagem 1 provém do

sistema defensivo, contexto que não é representativo de toda a realidade que

certamente comporta o povoado do Outeiro do Circo.

A análise comparativa das cerâmicas não revelou diferenças significativas entre as

fases identificadas na sondagem 1. A nível tecnológico denota-se uma certa

homogeneidade nas técnicas de produção, sendo os materiais quase exclusivamente

de modelação manual. Os fabricos apresentam-se na sua maioria finos e de pastas com

acabamentos cuidados, verificando-se apenas uma pequena diferença percentual

entre a sua distribuição por fase. O conjunto apresenta uma coloração

predominantemente escura, reveladores de ambientes de cozeduras ricas em carbono.

A análise mineralógica de alguns fragmentos com decoração brunida permite supor

que as temperaturas de cozedura terão ocorrido os 600 e 9000 C (Osório et al, no prelo,

b). Por sua vez, a análise morfológica permitiu reconhecer as características formais

dos recipientes que compõem o conjunto cerâmico. O estudo tipológico possibilitou a

definição de 12 tipos formais que se distinguem tanto pela forma e design de cada

tipo, como pela possível funcionalidade atribuída a cada recipiente. Analisando a sua

distribuição pelas fases anteriormente definidas, verifica-se que a maioria das formas

cerâmicas provém da fase V (76%), registando a presença de todos os tipos

morfológicos e sendo o tipo 8 exclusivo desta fase (Gráfico 10).

81

Gráfico 10: Distribuição dos tipos morfológicos por fase.

Por sua vez, a fase III (14%) e IV (9%) têm presentes menos formas, sendo apenas o

tipo 9 e o tipo 12 comum em ambas. Da fase II apenas é proveniente uma forma do

tipo 3. Os recipientes identificados como “Outros” provêm da fase V e III.

A variedade formal registada nas peças do Outeiro do Circo deve ser lida como o

resultado de escolhas e opções adoptadas pela comunidade que as produziu e utilizou,

de acordo não só com a funcionalidade mas também com o gosto, técnica e

experiência dos oleiros. A gama de recipientes presentes na amostra é variada, tanto

na forma como na capacidade volumétrica, o que poderá indicar uma utilização

específica dos recipientes em determinadas tarefas. A diversidade de tamanhos e a sua

associação a formas de perfil aberto ou fechado encontra-se bem patente no

reportório formal, onde predominam os recipientes de médio tamanho, seguidos dos

pequenos e grandes contentores (gráfico 11). Neste sentido, e apesar dos escassos

indícios de utilização, a capacidade volumétrica do recipiente e o seu design formal

podem ser indicadores fundamentais na hora de alcançar as funcionalidades

imputadas aos recipientes pelas comunidades que as produziram e utilizaram.

82

Gráfico 11: Categoria de diâmetros.

Analisando a distribuição dos tipos formais constatou-se que, os recipientes de

perfil em S (tipo 1), que representam 3,6% do reportório formal, concentram-se na

fase V da sondagem 1, sendo de assinalar ainda a presença de um exemplar da

variante B, na fase IV. Morfologicamente, tratam-se de recipientes abertos de

pequeno e médio tamanho de perfil suave. De paredes finas, apresentam superfícies

cuidadas, com tratamento brunidos ou alisados, exceptuando a variante C que

apresenta superfícies rugosas. Neste sentido, a análise das características formais e

técnicas indicam que estes recipientes estariam relacionados com o consumo

individual de alimentos, ou colectivo no caso dos recipientes de médio tamanho.

Os recipientes carenados (tipo 2, 3 e 4) apresentam atributos formais muito

diversificados, como a posição da carena, a orientação do bordo, o desenvolvimento

do colo e a sua capacidade volumétrica. A presença variável destes elementos foi

fundamental na diferenciação e consequente caracterização funcional das peças.

Representadas em 17% do reportório formal, encontram-se presentes em todas as

fases, com predominância na fase V. O tipo 3A é a variante mais frequente deste

conjunto e está presente em 3 fases distintas (fase II, IIIA e V). As formas carenadas

possuem fabricos finos e médios, apresentam pastas de fabrico cuidado e tratamentos

de superfície bastante variados (brunidos, polidos, alisados, etc.). Na sua maioria

surgem enquanto peças de médio e grande tamanho, verificando-se igualmente a

presença de pequenos recipientes (tipo 2). Tratando-se de formas abertas, a sua

variedade morfológica e dimensional denuncia usos distintos, estando os pequenos

recipientes relacionados com o consumo individual de alimentos, enquanto os

83

recipientes de média e grande capacidade seriam utilizados na confecção e/ou

preparação de alimentos, relacionando-se assim como o consumo colectivo.

Com notória expressividade, surge um diversificado conjunto de formas simples:

recipientes com perfis hemisféricos (Tipo 5 e 6); recipientes de paredes rectas (Tipo 7);

e ainda os recipientes abertos de médio e grande tamanho (Tipo 8), que apesar de

possuírem dimensões e orientações do bordo distintas, não apresentam qualquer

carena ou inflexão na orientação do bordo. Representam 24,3% do conjunto e verifica-

se a presença de todos os tipos na fase V, à excepção da do tipo 7B, que apenas está

presente na fase IIIA. Por sua vez, o Tipo 6, na variante B e C, verifica-se também na

fase IV. O tipo 5 (3,6%) e tipo 6 (11,7%) podem enquadrar-se nas conhecidas taças

hemisféricas ou em calote. Possuem diâmetros variáveis, entre pequenos recipientes

com perfil em calote (tipo 5), e recipientes de médio tamanho, com colos divergentes,

de paredes mais ou menos convexas (tipo 6), baseando-se a sua distinção no diâmetro

de abertura, que se traduziria em usos distintos dos recipientes. Neste sentido, o tipo 5

estaria relacionado com o consumo individual de alimentos sólidos ou líquidos

enquanto o tipo 6, pelas suas características formais, estaria relacionado com a

preparação e confecção de alimentos. Outro aspecto a salientar é o facto de o tipo 5

não possuir acabamentos de superfície, ao contrário do tipo 6 que apresenta

superfícies com acabamentos mais cuidados. O tipo 7 (4,5%) enquadra-se nas formas

designadas como pratos, apresentando recipientes de médio tamanho, muito abertos,

com paredes rectas e colos de tendência vertical (variante A), ou com paredes

ligeiramente concavas (variante B). Relativamente à sua funcionalidade poderiam estar

relacionados com o consumo individual de alimentos. Por sua vez, o tipo 8 (5%) inclui

recipientes abertos de médio e grande tamanho, com um índice de profundidade

inferior aos recipientes presentes no Tipo 6. Tendo em conta o tamanho e a sua forma

muito aberta, estas peças poderiam estar relacionadas com a preparação e confecção

de alimentos.

Os recipientes globulares representam 17% do conjunto formal e correspondem a

formas simples de perfil fechado, com uma inclinação das paredes para o interior (tipo

9 e 10). A distinção entre o tipo 9 (4,5%) e o tipo 10 (12,6%) baseia-se unicamente na

diferença de capacidade volumétrica das formas, incluindo recipientes pequenos (tipo

9), médios e grandes (tipo 10). Relativamente à sua distribuição pelas fases verifica-se

84

uma presença efectiva destes tipos na fase V, enquanto se constata que as variantes A

e B também estão presentes na fase IV. Apenas a variante B do Tipo 9 é visível na fase

IIIA.). O perfil fechado destas formas cerâmicas indica que se tratariam de recipientes

para a contenção de líquidos, para o seu armazenamento e transporte.

O reportório formal inclui ainda um conjunto de pequenos recipientes de corpo

ovóide (tipo 11), que representam 15% do total de formas. Relativamente à sua

distribuição por fase, estas peças registaram-se de forma expressiva na fase V, sendo

que a variante B e C foram também identificadas na fase IIIA. Identificou-se ainda um

exemplar da variante C na fase IIIB. Apesar da elevada fragmentação, que dificultou a

classificação, a análise morfológica permite classificar estes recipientes enquanto

formas fechadas, que se desenvolveriam em perfis ovóides ou globulares. Apresentam

fabricos finos e acabamentos cuidados (brunidos, polidos ou alisados). A variante B

verifica o único exemplar formal com decoração, um pequeno mamilo aplicado sobre o

bordo (ver anexo, est. LXXIV, nº 146).

Os potes de médio e grande tamanho (tipo 12) são o tipo morfológico mais comum

no conjunto (20%), estando presentes em todas as fases, excepto na fase II e IIIB. É de

salientar a grande concentração deste tipo de recipientes na fase V, especialmente das

variantes C e D. Apesar de não possuirmos nenhum exemplar completo, o colo bem

marcado de alguns dos exemplares parece indicar que a sua pança de desenvolveria

globularmente, terminando em fundo plano. O seu perfil fechado e as suas

capacidades volumétricas poderiam relacionar-se com o armazenamento e transporte

de expedientes alimentares. Foram ainda identificadas três formas que pela fraca

reconstituição de perfil não integramos em nenhum tipo morfológico. A tabela formal

apresenta assim uma variedade de recipientes dotados de características

intrinsecamente relacionadas com actividades do âmbito doméstico, no entanto

assume-se que estas peças poderiam ter funcionado de acordo com outras acções, não

excluindo assim outras possibilidades de uso, sendo de referir a presença de um

possível cadinho em cerâmica que se relaciona com produção de ouro (VALÉRIO et al,

no prelo).

Relativamente à análise dos fundos dos recipientes verificou-se a predominância

dos fundos planos em relação aos umbilicais, apenas presentes na fase V. Por sua vez,

as aplicações plásticas presentes na amostra circunscrevem-se a pegas, asas de

85

caracter funcional e pequenos mamilos interpretados como decorativos. Alguns

exemplares de pegas mamilares apresentam perfurações que serviriam para a

suspensão dos recipientes cerâmicos. Surgem ainda um outro conjunto de perfurações

no bojo do recipiente, que pelo tipo de orifício parecem resultar de reparações

realizadas pós-cozedura. Por último, identificou-se um conjunto de materiais que

parecem ser fragmentos de recipientes reutilizados e modificados, é o caso de um

conjunto de fichas e alguns fragmentos classificados como indeterminados. Verificou-

se ainda a presença de uma colher.

A escassa frequência de peças decoradas, apenas presente nas fases V, IV e IIIA,

contrasta com a quantidade e diversidade de motivos e técnicas decorativas que se

registaram ao longo da análise. Entre estas contam-se a decoração brunida, incisa,

penteada, impressa, plástica, canelada e mista.

Após a análise dos elementos que definem a amostra é possível afirmar que as

cerâmicas presentes na sondagem 1 apresentam uma certa homogeneidade dentro do

conjunto. Os tipos morfológicos parecem distribuir-se de forma aleatória pelas fases,

não sendo possível dizer que se regista uma continuidade e/ou ruptura no padrão

formal. No entanto, e apesar das especificidades assinaladas entre as fases, as técnicas

de fabrico, as características morfológicas dos recipientes e as suas decorações

parecem indicar uma continuidade de ocupação relativamente circunscrita no tempo.

Em síntese, apesar das diferentes fases identificadas na sequência estratigráfica da

Sondagem 1, as características do espólio não evidenciam momentos de ocupação

cronológica distintos, pressupondo antes a sua pertença a um âmbito cultural

semelhante que evidencia uma continuidade de ocupação do espaço, relacionado com

a construção do sistema defensivo.

86

Capítulo IV - Integração cronológica e cultural do Outeiro do

Circo

Os dados disponíveis sobre a ocupação humana do Outeiro do Circo têm permitido

encetar uma integração cronológica e cultural centrada no final da Idade do Bronze do

Sudoeste, baseada sobretudo nas características de implantação, no sistema defensivo

e em alguns achados de superfície (PARREIRA e SOARES, 1980; SERRA e PORFÍRIO:

2012). A análise aplicada às cerâmicas, provenientes da escavação da sondagem 1,

possibilitou a definição de uma tipologia formal e decorativa para o sítio,

sistematizando deste modo, o conhecimento da produção cerâmica.

Perante a necessidade de compreender determinadas dinâmicas sociais e

económicas entre o Outeiro do Circo e o território envolvente, utilizamos como

instrumento de estudo a distribuição das categorias tipológicas da cerâmica,

comparando-as tipológica e tecnologicamente com outros locais coetâneos. Neste

sentido, a análise da dispersão geográfica das cerâmicas, aliada à confrontação de

elementos cronológicos e sequências estratigráficas de outros sítios arqueológicos

permitirá compreender por um lado se existe um padrão de povoamento por onde

este tipo de cerâmica de dissemina e por outro analisar as relações que o Outeiro do

Circo teria com esses povoados. Tendo em conta que não existe ainda um

conhecimento real da estrutura de povoamento existente na época, o que aqui se

apresenta não pretende ser mais do que uma proposta que requer mais constatação,

através de uma análise territorial pormenorizada. O reconhecimento de um

dinamismo direccionado e aliado ao tipo de povoamento é ainda escasso, no entanto,

este tem vindo a ser atenuado por investigações recentes, novos achados e datações

que possibilitarão traçar uma relação entre diferentes habitats e comunidades, através

de um modelo evolutivo do sistema de ocupação do território nos II e I milénios a. C.

87

1. Distribuição das cerâmicas no território

Privilegiando as regiões mais próximas ao Outeiro do Circo, a procura e comparação

entre as cerâmicas deste sítio e de outros povoados similares, centrou-se

essencialmente no Sudoeste peninsular, em especial no Baixo e Alto Alentejo. Como

forma de complemento, perante a ausência de estudos cerâmicos intensivos numa

importante parte de sítios destas regiões, expandimos a procura de paralelos

tipológicos a áreas geográficas mais afastadas, ampliando assim a análise a um

território mais vasto. Neste sentido, a análise focou essencialmente a comparação de

elementos comuns nos reportórios de cerâmicas manuais dos sítios, de modo a

compreender como se desenvolveu a disseminação das cerâmicas no território.

O diversificado conjunto de formas cerâmicas presentes no Outeiro do Circo

permitiu estabelecer inúmeros paralelos com os povoados conhecidos na região. No

caso dos recipientes de perfil em “S” (tipo 1), formas semelhantes surgem no final da

Idade do Bronze, na zona de Serpa, nos povoados do Passo Alto (SOARES, 2003: 305-

306) e Serra Alta (Ibidem, 2005: 126), na Estremadura portuguesa, no Cabeço do

Mouro (CARDOSO, 2006: 37, fig.9 nº 10), e na Tapada da Ajuda (CARDOSO e SILVA,

2004: 254, fig. 32.1). Na Beira Baixa, o povoado do Monte do Frade regista uma forma

similar à variante 1C (VILAÇA, 1995: Est. XCIV- 4), ou ainda o Tipo 3 do Castro do

Cabeço da Argemela (FERNANDES, no prelo). Por sua vez, na Extremadura espanhola, o

povoado de Alange (Badajoz) regista perfis semelhantes, mas em contextos do Bronze

Pleno daquela região (PÁVON SOLDEVILA, 1998a: 48, fig. 24).

Inversamente, os recipientes carenados surgem como formas muito frequentes em

contextos do final da Idade do Bronze, um pouco por todo o território peninsular.

Apesar da sua grande difusão, a grande variedade formal permite distinguir

especificidades regionais ou locais que se notam quer na morfologia das peças, quer

na qualidade de fabrico, possuindo ou não decoração. De qualquer modo, os

recipientes carenados adquirem um protagonismo indiscutível na hora de contribuir

para a definição cultural e cronológica dos povoados da Idade do Bronze. O tipo 2 do

reportório formal do Outeiro do Circo e as suas variantes apresentam características

morfológicas com os vasos tradicionalmente denominados “tipo Atalaia” e “tipo Santa

88

Vitória”, que singularizam o “Bronze do Sudoeste I e II” definido por Schubart (1971;

1975). Amplamente registadas em necrópoles e cistas do Alentejo e Algarve, estas

formas encontram paralelo na Extremadura espanhola e na Andaluzia, especialmente

a variante 2A. Constituindo um conjunto tipológico comum nos reportórios formais do

final da Idade do Bronze, este tipo de recipiente parece retomar as características

conceptuais das últimas produções cerâmicas do II milénio a.C.. Surgem em povoados

do Bronze Final da margem esquerda do Guadiana, como Santa Margarida (SOARES,

2005: 116, fig.5 nº53-54) Passo Alto (ibidem, 2012: 269, fig.21 nº9) ou no Castro dos

Ratinhos (Moura), que possui exemplares destas formas imprimidas nas suas variantes

VIB e VIC (BERROCAL-RANGEL e SILVA, 2010: 297). No Alentejo Central, os povoados

da Coroa do Frade (ARNAUD, 1979: 85, fig. 19.1), Castelo do Giraldo (MATALOTO,

1999, fig. 3, nº 4 a 7) e Arraiolos (ALMEIDA et al, 2012: 234, fig. 10) registam formas

similares nos seus conjuntos cerâmicos. Verifica-se ainda uma ampla distribuição desta

forma pelo Norte e Centro de Portugal (MARTINS, 1987: 48; KALB, 1978: 138;

CORREIA, 1993: 235, fig. 3), com especial incidência nos povoados da Beira Baixa com

ocupações centradas entre os séculos XII- XI a.C. e no final da segunda metade do

século IX a.C. (VILAÇA, 1995: 274). Por sua vez, na Extremadura Espanhola é possível

observar a continuidade destas formas ao longo de Idade do Bronze, registadas na fase

Solana II e Umbria I (1700 – 1.100 a.C.) de Alange, estratos que correspondem ao

Bronze Pleno daquela região (PAVÓN SOLDEVILLA, 1998b: 225- 233). No povoado de El

Risco a forma é registada na fase II, em contexto do Bronze Final (ENRÍQUEZ

NAVASCUÉS, 2001: 52-53). Registam-se ainda na Andaluzia Ocidental (AUBET

SEMMLER et al, 1983: 58, nº 18).

Relativamente aos recipientes carenados de médio e grande tamanho (tipo 3 e 4),

estes correspondem a formas habituais nos quadros morfológicos dos povoados do

final da Idade do Bronze do Sudoeste Peninsular, especialmente o tipo 3. O paralelo

mais próximo do Outeiro do Circo encontra-se em Arroteia (Mombeja), com formas

muito semelhantes à variante 3C (PORFÍRIO e SERRA, 2012, fig.7). Na margem

esquerda do Guadiana, multiplicam-se os povoados com paralelos para estas formas;

Passo Alto (SOARES et al, 2012: 270, fig.22), Entre Águas 5 (ROCHA et al, 2012: 651,

sub-tipo 3.1) Misericórdia (SOARES, 1996: 110, fig.4), com taças de carenas médias e

altas e o Castro dos Ratinhos na variante VIA (BERROCAL-RANGEL e SILVA, 2010: 295,

89

fig. 139). No Alentejo Central verificam-se formas semelhantes no Alto de S. Gens

(MATALOTO, 2004a: 153-154, fig.16 e 17), Padrão e Castelo (Calado e Rocha, 1997),

Evoramonte (COSTA, 2012: 708, fig. 5) e no Casarão da Mesquita 3, onde foram

identificadas formas semelhantes, com destaque para os recipientes de carena média

e alta, mais profundos, idênticos às formas 3 e 4. (SANTOS et al, 2008: 68, fig. 15, nº 1,

2 e 9), com datações que indicam uma ocupação compreendida entre os finais do

Bronze Pleno e a Idade do Ferro (Ibidem: 82). Em Arraiolos surge um conjunto de taças

carenadas semelhantes ao tipo IV da amostra (ALMEIDA et al, 2012: 235, fig. 12). No

Alentejo litoral esta forma é visível na Cerradinha (SILVA e SOARES, 1978, est. IX) e na

Estremadura surge representada no povoado da Tapada da Ajuda através de peças

com carenas média e alta (CARDOSO e SILVA, 2004: 237, fig. 9, 10, 11 e 12). Na

Extremadura espanhola, o povoado de Alange regista estas formas na fase Umbria I,

contexto atribuído ao final da Idade do Bronze (PAVÓN SOLDEVILLA, 1998b: 236,

fig.52;), tal como em Concejiles (VILAÇA et al, 2012: 132, fig.4). Em Medellin,

recipientes de carena alta e mais profundos, como os tipos 3C e 3C1 do Outeiro do

Circo, provém de unidades mais antigas atribuídas aos séculos XIV-XIII a.C. (JIMÉNEZ

ÁVILA e GUERRA MILLÁN, 2012: 75, fig.18) contrastando com formas carenadas de

perfil mais suave e curvado, por vezes com bordo ligeiramente almendrado,

provenientes de estratos superiores, datados do séc. X a.C., e típicas dos repertórios

formais do Bronze Final do Sudoeste (ibidem: 78, fig.8 nº1-3; fig.10 e fig.21).

Encontramos ainda similitudes na Andaluzia Ocidental, através de formas bastante

recorrentes (Ruiz Mata, 1979, p.5), designadamente na fase I do Cabezo de San Pedro

(BLÁSQUEZ MARTÍNEZ et al, 1979: 41; fig.11 e 12), Mesa de Setefilla (AUBET SEMMLER

et al, 1983: 72, fig. 23, nº53).

Os recipientes hemisféricos e as suas variantes encontram-se disseminados em

contextos do Bronze Final um pouco por todo o território peninsular. Porém, estas

formas verificam uma longa diacronia, registadas desde o Calcolítico até aos

momentos iniciais da Idade do Ferro. No território português, na região do Alentejo

Central, alguns povoados com ocupação do Bronze Final revelam formas semelhantes,

como demonstram os casos da Coroa do Frade (ARNAUD, 1979: 82, fig.16), Casarão da

Mesquita (SANTOS et al, 2008: 67, fig. 14) e o Castelo do Giraldo, onde se detectou

uma pequena taça hemisférica (MATALOTO, 1999: 30, fig. 3, nº3). Em Arraiolos, as

90

formas identificadas no tipo IV, como recipientes semi-hemisféricos, de paredes

concavas divergentes (ALMEIDA et al, 2012: 236, fig. 15), configuram excelentes

paralelos para estes recipientes. O mesmo se verifica em Evoramonte onde surgem

taças hemisféricas muito semelhantes a alguns exemplares do Tipo 8 (COSTA, 2012:

708, fig. 5. nº 1456), bem como no povoado de Alto de S. Gens (MATALOTO, 2004a:

162, fig.22) em que o seu contexto cronológico se encontra atribuído à transição entre

o Bronze Final e a Idade do Ferro, em torno do século VII a.C. (ibidem: 165). Ainda

assim, na zona de Mourão, a Quinta da Fidalga, com uma ocupação centrada na fase

média da Idade do Bronze, proporciona também paralelos para as taças hemisféricas e

em calote (SILVA e SOARES, 2008: 100, fig. 17).

Para a margem esquerda do Guadiana, multiplicam-se os sítios do final da Idade do

Bronze onde se verificam formas similares. Realçamos, as formas do Passo Alto

(SOARES et al, 2012: 271, fig. 23), Castro dos Ratinhos (BERROCAL-RANGEL e SILVA,

2010: 287, fig.134.I), Santa Margarida (SOARES, 2005: 116, fig.5), Salsa 3 (DEUS et al,

2010, fig. 14-15) e ainda o sítio de Entre Águas 5, com taças hemisféricas de perfil

esférico ou em calote – sub-tipo 1.1. e 1.2 (ROCHA, et al, 2012: 661). Estas formas são

ainda comuns nos povoados calcolíticos do Baixo Alentejo e Algarve, especialmente as

taças em calote (SILVA e SOARES, 1976-77: fig. 1; 1981: 128-129).

Encontram-se ainda paralelos em outras zonas do território português, mais

distantes do Outeiro do Circo, como por exemplo, na Estremadura portuguesa, no

povoado do final da Idade do Bronze da Tapada da Ajuda (CARDOSO e SILVA, 2004:

244, fig. 16, nº4 a 7 e fig. nº 1 a 5) e no sítio do Bronze Pleno do Casal da Torre, através

de formas definidas como pratos, taças e tigelas, distinguíveis pelo índice de

profundidade, muito semelhantes ao Tipos 5 e 6 e suas variantes (CARVALHO, 1999:

71, fig. 5 e p. 72, fig. 6 nº 5-9), ou ainda comparáveis ao Tipo 7 (Ibidem: 72, fig. 6.11).

Na Beira interior estas formas revelam-se bastante comuns entre os povoados com

ocupação do Bronze Final, especialmente os recipientes hemisféricos ou em calote

(VILAÇA, 1995: 117, fig.1.4; 202, fig. 8.3; 323; fig.12.3). Por sua vez, em território

espanhol, encontramos formas semelhantes na Extremadura, nomeadamente no

povoado de El Risco, na fase II (Bronze Final 900- 750 a.C.) (ENRÍQUEZ NAVASCUÉS et

al, 2001: 53, fig. 18), que pelas suas dimensões se assemelha ao Tipo 5 do Outeiro do

Circo. Em Badajoz, o povoado de Concejiles oferece exemplares destas formas com

91

diversos tamanhos (VILAÇA, et al, 2012:133, fig.5) tal como o sítio de Carrascalejo

(ENRIQUEZ NAVASCUÉS e DRAKE GARCIA, 2007, pag. 116, fig. 49.7). O povoado de

Alange, na mesma região, possui diversos recipientes hemisféricos, semelhantes às

formas do Outeiro do Circo, que aparecem representados em todas as fases de

ocupação do sítio, desde o Horizonte Epicalcolítico (1800/1700 a.C.) até ao final da

Idade o Bronze (1000/900 a.C.) (PAVÓN SOLDEVILA, 1998a: 48-50, fig.24- 26). Na

Andaluzia, um vasto conjunto de povoados (PELLICER CATALÁN, 1987-1988)

documentam este tipo de recipientes, tais como, Mesa de Setefilla (AUBET SEMMER et

al, 1983: 71, fig.22, nº44; pag. 92, nº131) ou Cabezo de San Pedro (BLÁSQUEZ

MARTINEZ et al, 1979). Os recipientes globulares, à semelhança dos hemisféricos,

apresentam uma ampla tradição calcolítica perdurando durante toda a Idade do

Bronze. Os exemplares esféricos e globulares estão amplamente difundidos nos

povoados de cronologia calcolítica do Baixo Alentejo e Algarve (SILVA e SOARES, 1976-

77: fig.1; VALERA-, 2000: 39, fig. 4), contudo estas formas são muito comuns em

contextos do Bronze Final no Sudoeste Peninsular. Na margem esquerda do Guadiana,

os povoados de Santa Margarida (SOARES, 2005: 115, fig.4. nº1-10), Passo Alto

(SOARES, 2012: 271, fig.23 nº15 e 16), Salsa 3 (DEUS et al, 2010, fig.16.4) e o sítio de

Entre Águas 5 (ROCHA et al, 2012: 661, 3) partilham similitudes morfológicas com os

recipientes globulares do Outeiro do Circo. Na região do Alentejo Central estas formas

surgem também em povoados do Bronze Final, como a Coroa do Frade (ARNAUD,

1979: Fig.15.7), o Casarão da Mesquita (SANTOS et al, 2008: 70, fig.17) e Arraiolos

(ALMEIDA et al, 2012: 238, fig. 20.2).

Por sua vez é na Extremadura espanhola que alguns povoados permitem observar a

perduração destas formas na sua longa diacronia. É o caso de alguns povoados da

região de Badajoz, como o povoado de Alange que possuí alguns recipientes que

evocam, do ponto de vista morfológico, semelhanças com as formas do Outeiro do

Circo, estando documentadas em todos os momentos de ocupação daquele povoado,

desde o Calcolítico até ao final da Idade do Bronze (PAVÓN SOLDEVILA, 1998a, fig.

29.18), bem como Carrascalejo (ENRIQUEZ NAVASCUÉS e DRAKE GARCÍA, 2007: 115,

fig. 48). Verifica-se uma grande dispersão destas formas pelo Sudoeste Peninsular, mas

também por outras regiões peninsulares, como na Beira Baixa (VILAÇA, 1995: Est.

CCXVII, 4 e CCXXXII, 3) ou na Andaluzia (GÓMEZ TOSCANO, 1998: 179).

92

Os paralelos para os recipientes de corpo ovóide (tipo 11), e suas variantes são

escassos, devido ao facto de não possuirmos o perfil completo dos recipientes. No

entanto, do ponto de vista morfológico identificaram-se algumas formas semelhantes

à variante A, nomeadamente em Arraiolos - designados de pequenos potes de colo

diferenciado, forma VIII- (ALMEIDA et al, 2012: 239, fig.21). Ainda no Alentejo Central,

o povoado da Coroa do Frade (ARNAUD, 1979: 84, fig. 18.8), o Castelo do Giraldo

(MATALOTO, 1999: fig.3.11), Cabeço da Bruxa (KALB e HOCK, 1985: 50, nº20), ainda

que com formas ligeiramente maiores, demonstram similitudes para com as formas do

Outeiro do Circo. Na mesma região, é ainda de referir o Casarão da Mesquita 3 que

regista a presença de formas fundas de corpo globular, de bordos rectos ou

ligeiramente extrovertidos (SANTOS et al, 2008: 71, fig. 18.6). Na Extremadura, o

povoado de Concejiles conta com pequenos recipientes de colo vertical ou

ligeiramente esvasado, de pança de tendência globular ou elipsoidal (VILAÇA et al,

2012: 134, fig. 6, Tipo 5), e também na região da Andaluzia surgem formas muito

semelhantes de corpo globular e colos rectos ou estrangulados (RUIZ MATA, 1995:

296, fig. 12).

Por último, os recipientes identificados como potes (Tipo 12) são bastantes comuns

nos reportórios formais do Bronze Final, em especial do Sudoeste Peninsular,

denominados como uma das formas mais típicas deste período. No Alentejo Central,

estas formas são frequentes e registam-se no Castelo do Giraldo (MATALOTO, 1999:

30, fig. 3.11), no povoado de Arraiolos (ALMEIDA et al, 2012: fig. 22) e no sítio de

Soeiros (CALADO et al, 1999a: 15, fig. 4.1). Na Estremadura portuguesa são visíveis na

Tapada da Ajuda, através de potes de grande variedade morfológica, em que se

salientam os potes de colo fechado, semelhantes às formas identificadas neste

conjunto (CARDOSO e SILVA, 2004: 262, fig. 4). Para a Beira Interior, estas formas

estão documentadas por potes de colos bem marcados, no Castelejo (VILAÇA, 1995:

Est. XXIV, 1; p. 117, tipo 11) Monte do Frade (Ididem, Est. XC, 4 e XCIX, 2.) e Alegrios

(Ididem Est. CXLIII, 1). Na Extremadura surgem recipientes similares na região de

Badajoz, nomeadamente em Concejiles (VILAÇA et al, 2012: 134, fig. 6), em Medellin,

com semelhanças na variante D, denominados de potes de perfil em S (JIMÉNEZ ÁVILA

e GUERRA MILLÁN, 2012: 82, fig. 11.3), em Alange (PAVÓN SOLDEVILA, 1998: 131), e

93

em El Risco - tipo C1, fase II e III, com um perfil ovóide e colos bem marcados

(ENRÍQUEZ NAVASCUÉS, 2001: 74, fig. 22).

Nas formas identificadas como “Outros”, apenas um exemplar permitiu estabelecer

paralelo. Trata-se do fragmento nº 1317 (ver anexo, est. VIII), correspondente a uma

forma carenada de colo reentrante. Verifica-se que é uma forma comum nos povoados

do Calcolítico do Baixo Alentejo e Algarve (SILVA e SOARES, 1976-77, fig. 1, tipo 4),

como o Cabeço da Mina e Vale de Pincel II (Ibidem, 1981: 128, fig. 100.10), ou ainda

em formas semelhantes do Calcolítico Final da Extremadura espanhola (ENRÍQUEZ

NAVASCUÉS e DRAKE GARCIA, 2007: 116: fig. 49. 69).

No conjunto de cerâmicas decoradas do Outeiro do Circo dominam as decorações

brunidas, sendo uma técnica bastante característica no Bronze Final do Sudoeste

português e espanhol. A localização da decoração brunida, no seu contexto regional é

atípica, verificando-se preferencialmente a sua aplicação no interior dos recipientes

(OSÓRIO et al, no prelo, b). Este tipo de ornamentação ocorre sobretudo entre as

cerâmicas manuais ditas “de reticula brunida” atribuídas, grosso modo, ao séc. IX a.C.

e posteriores nas regiões de Huelva e do Guadalquivir (ALMAGRO-GORBEA, 1977: 127;

LOPEZ ROA, 1977, 342; TORRES ORTIZ, 2002: 128). Por oposição, na regiao da

Estremadura, Beiras e Alentejo, a decoração das cerâmicas de “ornatos brunidos”

localiza-se preferencialmente no exterior dos recipientes (CARDOSO, 1995: 40; VILAÇA,

1995: 283, 297; SOARES,2005: 134), com um balizamento cronológico extensível entre

os séculos XIII/XII e VIII/VII a.C. (SOARES, 2005: 141).

A decoração incisa com composições simples tem uma ampla diacronia

conhecendo-se desde o Neolítico. No caso dos bordos com incisão, são frequentes

sobretudo no Norte e Centro do País (VILAÇA, 1995: 279), mas são pouco conhecidas a

sul do Tejo, tornando-se mais frequentes em contextos do Inicio da Idade do Ferro, no

Alentejo (MATALOTO, 2004b, p. 161, fig. 22 ; SOARES, 2005, p. 136) e na Extremadura

espanhola (ENRÍQUEZ NAVASCUÉS et al, 2001: 73).

Tal como no caso das incisões, também os bordos com impressões são frequentes

pelo menos desde o Calcolítico e não permitem grandes discussões crono-culturais. É

no entanto interessante notar a ausência de superfícies cepilladas relacionadas com

94

este conjunto do Outeiro do Circo22, porque a sua coexistência é associada a

produções do Final da Idade do Bronze e I Idade do Ferro (SOARES, 2005: 136; VILAÇA,

1995: 306).

A decoração penteada é conhecida desde o Calcolítico do Centro e Norte de

Portugal e na I e II Idades do Ferro na bacia do Douro e Beira Alta (OSÓRIO e SANTOS,

2003: 404-405). Identifica-se ainda no Sul, como no Álamo (Moura), Ibn Amar (Lagoa) e

na Extremadura Espanhola, em sítios como por exemplo o ou Los Concejilles (Badajoz),

cujo enquadramento cronológico dos contextos é difícil de precisar (SOARES, 2005, p.

123-127; VILAÇA et al , 2012, p. 143). Por sua vez, a decoração plástica e canelada são

técnicas registadas desde o Neolítico e a abundância de paralelos limita as inferências

crono-culturais.

Por último, as decorações mistas, no caso do fragmento que associa decoração

brunida no interior e incisa no exterior. A associação destas técnicas no mesmo

recipiente não é inédita no Bronze Final e observa-se por exemplo em Arraiolos

(ALMEIDA et al, 2012, p. 243) ou no Abrigo Grande das Bocas, em Santarém

(CARREIRA, 1994, Est. XXVIII.1), embora nessas situações se concilie na mesma

composição, o que não é o caso. A aplicação de pasta branca, numa sequência para a

qual não encontrámos paralelos exactos, faz lembrar um exemplo exumado em Alange

(PAVÓN SOLDEVILLA, 1998a, pp. 187, Lám. 8). A incrustação com pasta branca é

frequentemente associada a Cogeces ou Cogotas I, no entanto o fragmento em estudo

é residual e bastante atípico, pelo que nos parece prematuro remeter para uma

ligação entre o Outeiro do Circo e a cultura material dessas áreas (OSÓRIO et al, no

prelo, b).

A análise e comparação morfológica ao conjunto cerâmico do Outeiro do Circo,

permitiu constatar a existência de uma ampla distribuição geográfica de recipientes

semelhantes, encontrando paralelos para as suas formas e decorações em diversos

povoados do fim da Idade do Bronze do Sudoeste peninsular. Com especial incidência

nas regiões do Baixo e Alto Alentejo e Extremadura espanhola, estas formas

encontram-se distribuídas também por outras regiões como a Beira Baixa,

Estremadura e Andaluzia. Relativamente à cronologia dos materiais verifica-se a

22

É de notar que na totalidade de fragmentos estudados apenas um exemplar apresenta superfícies cepilladas.

95

presença de formas e decorações caracterizadas por uma longa diacronia de utilização,

que não permitem aferições cronológicas e culturais seguras, contrastando com

elementos representativos de um período cronológico especifico. Os elementos de

longa duração correspondem às formas hemisféricas e globulares que estão registadas

no Calcolítico e que perduram durante a Idade do Bronze, chegando mesmo aos

momentos iniciais da Idade do Ferro. Representam assim uma filiação Calcolítica que

não parece ter sofrido grandes alterações ao longo de milénios. Estas formas,

juntamente com as decorações incisas, penteadas, plásticas e caneladas pela ampla

diacronia e abrangência geográfica que apresentam, constituem algumas dificuldades

na hora de estabelecer aferições culturais. Por outro lado, outros elementos de filiação

Calcolítica, como é o caso da forma 1317 (ver anexo, est. VIII) com evidentes paralelos

em povoados do Calcolítico do Baixo Alentejo, ou a presença de uma colher, ou ainda

de um braçal de arqueiro, sugerem uma presença Calcolítica, porém estes elementos

são ainda insuficientes para afirmar uma ocupação tão recuada.

Por sua vez, a grande maioria dos materiais apresentam elementos formais e

decorativos típicos das tabelas formais do Bronze Final do Sul do território Peninsular.

O conjunto diversificado de recipientes carenados, os potes de grande tamanho, os

recipientes de perfil em “S”, ou as decorações brunidas, ou ainda as grandes pegas

mamilares representam elementos com uma distribuição geográfica ampla,

verificando-se em contextos do final da Idade do Bronze. No entanto, alguns

elementos parecem resultar de derivações do período antecedente, é o caso dos

recipientes de carena baixa. Considera-se pois que as características formais e

decorativas do conjunto denunciam uma continuidade das formas, com tradições

antigas que perduraram no tempo, a par de elementos inovadores, que revelam a

adopção de novos que definem o final da Idade do Bronze.

Neste sentido, a leitura dos materiais cerâmicos e dos seus paralelos parecem

apontar para produções de âmbito supra-regionais, mas que apresentam

particularidades típicas de produções locais, sendo a sua disseminação pelo território

fruto das dinâmicas de circulação e contactos entre as comunidades que habitavam o

território ao longo do II e I milénio a.C.

96

2. Modelos de ocupação do espaço

A análise aos atributos tecnológicos e formais da cerâmica do Outeiro do Circo

permitiu criar uma aproximação à realidade crono-cultural em que se inseria este

povoado. Os resultados da comparação e distribuição tipológica dos recipientes, assim

como o testemunho crescente de vestígios arqueológicos de utilização do espaço,

denunciam um povoamento intenso durante o II e I milénio a. C., disperso pelo vasto

território do sudoeste peninsular, especialmente no que respeita ao território

alentejano.

O modelo de organização das comunidades no Bronze Final é ainda mal conhecido,

no entanto, a sistematização de trabalhos levados a cabo na margem esquerda do

Guadiana (SOARES, 2005) e no Alto Alentejo (MATALOTO, 2012), a par de escavações

em povoados (BERROCAL-RANGEL e SILVA, 2010; SOARES, 2012) e a descoberta de

novos sítios (ANTUNES et al, 2012) permitem começar a delinear a evolução das

formas de povoamento e as estratégias adoptadas pelas comunidades do final da

Idade do Bronze.

Segundo uma análise individual, o povoamento na margem esquerda do Guadiana

revela um polimorfismo de habitats estruturado em quatro grandes grupos; 1) os

grandes povoados fortificados próximos ao Guadiana (Crespa, Misericórdia, Laço e

Ratinhos) ou junto aos seus afluentes (Passo Alto); 2) povoados mais pequenos

implantados em altura, localizados entre a bacia do Chança e o Baixo Ardila (Álamo e

Serra Alta); 3) pequenos povoados fortificados, situados em zonas com boa capacidade

agrícola (Quinta do Pantufo, Moitão d’Altura, S. Brás); 4) e os povoados abertos de

planície, sem condições de defesa naturais ou artificiais, localizados junto a linhas de

água (Santa Margarida e Casa Branca 1; Salsa 3) (SOARES, 2005, 142; ANTUNES et al,

2012).

No Alto Alentejo a rede de povoamento para o Bronze Final é igualmente

diversificada revelando estratégias de implantação organizadas, com povoados

instalados em pontos bastante elevados, como na Serra d’Ossa (Evoramonte, Castelo e

o Alto de S. Gens), na Serra de Portel (Monfurado, São Bartolomeu), ou ainda na zona

de Évora, o povoado da Coroa do Frade (MATALOTO, 2012). Existe ainda um conjunto

97

de povoados implantados em altura, com dimensões mais reduzidas que os anteriores,

mas que possuem um lugar de relevo na paisagem, e dos quais se destacam os

povoados de Castelo Velho de Lucefécit (CALADO, 1993: 76-77), Castelo do Giraldo

(MATALOTO, 1999) e a Rocha do Vigio 2 (CALADO e MATALOTO, 2008: 188), e ainda o

povoado de São Pedro de Arraiolos (ALMEIDA et al, 2012: 230). Ainda no Alto Alentejo,

destacam-se um conjunto de pequenos povoados localizados na planície, próximos a

cursos de água e com solos de boa capacidade agrícola (Zambujal do Amigo, Paço da

Quinta ou Sobral, Horta do Albardão 3; Casarão da Mesquita 3; Casarão da Mesquita 4;

Monte da Cabida 3) (CALADO e MATALOTO, 2001: 78; ANTUNES et al, 2012).

Particularmente, e ainda que com algumas lacunas de investigação, o povoamento

na região do Alentejo apresenta-se diversificado, tanto nas estratégias de implantação

como nas dimensões dos sítios habitados. A aparente coexistência de diferentes

habitats coloca questões relacionadas com o possível processo de hierarquização

social que terá ocorrido durante o Bronze Final no Alentejo Interior. Surgem assim

grandes povoados fortificados, ou naturalmente defendidos, que ocupam lugares

centrais no território e que agregariam a “elite”, detentora de poder sobre um

determinado espaço geográfico (PARREIRA, 1995; 1998). Na sua dependência,

existiriam povoados mais pequenos em altura, fortificados ou não, localizados em

pontos estratégicos, junto a corredores de passagem naturais, possíveis controladores

das principais vias de trânsito, e ainda povoados abertos em planície implantados junto

a cursos de águas e com boas capacidades de produção agrícola (MATALOTO, 2012;

ANTUNES et al, 2012).

Parece assim ter existido uma rede de povoamento no Bronze Final em que os

povoados em altura funcionavam como centros aglutinadores do território, como

centros políticos e económicos controlando uma população dispersa em pequenos

habitats, implantados em altura ou em planície. Apesar de não conhecermos

verdadeiramente o tipo de relações que as comunidades manteriam, existe a

possibilidade de interacção entre os vários tipos de ocupação, vocacionada para o

controlo do território e aliada a povoados dispersos por zonas planas, que por sua vez,

seriam direccionados para a exploração de recursos e para a prática de actividades

agro-pecuárias. Este modelo de ocupação e exploração territorial é advogado por

diversos autores para outras regiões como na Estremadura portuguesa (SOARES e

98

SILVA, 1995; CARDOSO, 2004) e espanhola (PÁVON SOLDEVILLA, 1998b: 214) e ainda

para a Andaluzia (GOMEZ TOSCANO, 1998), sendo que cada um destes sistemas agiria

de acordo com a sua própria dinâmica social, cultural e económica.

99

3. Integração do povoado no território

O Outeiro do Circo integra-se no tipo de habitat em altura, com dimensões

suficientes para funcionar enquanto aglutinador das comunidades da envolvente

territorial. A posição que ocupa no território, controlando importantes pontos

paisagísticos, de passagem natural, parece atestar o papel deste tipo de povoados

como “lugares-centrais”. Seriam assim, eixos dinamizadores, responsáveis pela

organização do território, quer na exploração do solo agrícola e dos recursos mineiros

ou no controlo de rotas terrestres que seriam eventualmente privilegiados para

implantação de estelas (RUIZ-GALVEZ e GALÁN DOMINGO, 1991) como lembra a estela

de Pomar/Ervidel II (GOMES e MONTEIRO, 1976-77), localizada num vasto corredor de

circulação entre o Outeiro do Circo e o povoado da Mangancha (PARREIRA, 1995: 132).

O território imediato ao Outeiro do Circo é testemunho de uma intensa ocupação

do espaço, durante o Bronze Médio, conhecendo-se dois importantes núcleos de

necrópoles de cistas, situadas nas ribeiras adjacentes, a norte, junto à Ribeira da

Figueira (Alcaria, Zambujeira 4, Trigaches e Base Aérea de Beja) (PARREIRA e SOARES,

1980, PARREIRA, 1982) e a Sul, próximo das ribeiras do Roxo e Chaminé, nas regiões de

Santa Vitória e Ervidel (Corte da Azenha, Mós, Ulmo, Cata, Monte do Outeiro, Ervidel

1, Herdade do Pomar ou Ervidel 2, Ervidel 3, Monte dos Carriços) (PARREIRA e SOARES,

1980; ARNAUD, 1992). A estes exemplos juntam-se as recentes descobertas que

permitiram identificar um conjunto de povoados abertos, localizados na planície e

constituídos por estruturas negativas identificadas como fossas/”silos”. A Norte e Este

do Outeiro do Circo contam-se alguns sítios, (Pedreira de Trigaches 2 e 3; Horta de

Penéque; Horta de Jacinto; Vinha das Caliças 5) enquadráveis, de um modo geral, no

Bronze Médio mas que reflectem um sistema de povoamento e uma estratégia

construtiva que é comum à detectada no Bronze Final na peneplanície do Baixo

Alentejo, na margem esquerda do Guadiana e no Alto Alentejo (ANTUNES et al, 2012:

278). A única excepção aparenta ser o povoado aberto de Arroteia, localizado a cerca

de 1km do Outeiro do Circo e inserido numa fase transitória entre o Bronze Médio e o

Bronze Final (PORFÍRIO e SERRA, 2012). Esta intensa ocupação do território durante o

Bronze Médio leva a questionar se o Outeiro do Circo terá começado a assumir um

100

papel de relevo ainda durante o Bronze Médio, demonstrando o início de um processo

de estruturação do território (PARREIRA, 1998: 270; SERRA e PORFÍRIO, 2012: 145).

Comparativamente, esta realidade é constatada na Extremadura espanhola, nos

povoados de Alange e Trastejón onde é possível observar a coexistência de povoado

em altura com outro tipo de ocupações (PAVÓN SOLDEVILLA, 1998a; HURTADO PÉREZ,

et al, 2011: 156).

No Alentejo Interior estas relações estão ainda por confirmar, visto que a

emergência dos grandes povoados fortificados parece ter ocorrido no Bronze Final23,

como demonstrado no Passo Alto, Castro dos Ratinhos e Coroa do Frade (BERROCAL-

RANGEL e SILVA, 2012; ARNAUD, 1979; SOARES, 2005: 142). Relativamente ao

funcionamento dos sistemas defensivos, os elementos cronológicos situam a

construção da muralha do Castro dos Ratinhos (fosso e talude) entre os séculos XIII e

XI a.C. (BERROCAL-RANGEL e SILVA, 2010: 243) enquanto o aparelho de defesa do

Passo Alto, que terá tido uma utilização nos séculos X e IX a. C., terá sido implantado

no século X, ou mesmo num momento anterior (SOARES, 2012: 263).

Em relação ao término da ocupação destes locais, normalmente enquadram-se nos

momentos finais da Idade do Bronze no entanto, alguns povoados da região

documentam manifestações atribuíveis à Idade do Ferro, com fases finais de ocupação

centradas nos séculos VII e VI a.C. como são os casos dos povoados do Castro dos

Ratinhos e Passo Alto, respectivamente (BERROCAL-RANGEL e SILVA, 2010: 420;

SOARES, 2009: 552). No Alentejo Central, os grandes povoados fortificados à

semelhança do Baixo Alentejo, parecem ter-se mantido em funcionamento pelo

menos até ao século VIII, tendo entrado em colapso nos momentos iniciais do século

VII a.C., (MATALOTO, 2012: 199), como parecem indicar os vestígios do Alto de S.Gens,

Coroa do Frade e Arraiolos com indícios, ainda que pouco seguros, de uma ocupação

da I Idade do Ferro (MATALOTO, 2004a: 169). O que parece ocorrer também no Alto

do Castelinho da Serra onde se parece verificar uma ocupação ao longo do I milénio

a.C. (GIBSON et al, 1988). Os dados da Extremadura poderão elucidar-nos um pouco

melhor sobre as tendências de continuidade de ocupação dos povoados nos inícios da

Idade do Ferro, testemunhado no povoado de Alange (PAVÓN SOLDEVILLA, 1998a: 90),

23

O povoado de S. Brás na margem esquerda do Guadiana tem ocupação do Calcolítico até ao Bronze recente, com um nível de ocupação do Bronze Final (PARREIRA, 1983).

101

El Risco (ENRÍQUEZ NAVASCUÉS et al, 2001: 61) ou Medellín (JIMÉNEZ ÁVILA e GUERRA

MILLÁN, 2012). Neste sentido, o colapso e degradação dos grandes povoados que

caracterizam o povoamento do Bronze Final parece ter o término a partir dos inícios

do século VII a.C., verificando-se uma profunda alteração nas redes de povoamento na

fase de transição do Bronze Final para a I Idade do Ferro. O desaparecimento dos

povoados corresponde a uma transformação tão acentuada que dificilmente resultaria

de acção de estímulos exteriores, deverá antes resultar, ou associar-se a uma

conjectura local, ou regional, resultante de dinâmicas internas.

Os dados disponíveis para o Outeiro do Circo não permitem ainda precisar o

momento de edificação do povoado bem como o seu abandono. Não obstante,

recentes datações por radiocarbono da Sondagem 1, a partir de duas amostras de

restos ósseos de fauna mamalógica provenientes da muralha compósita (camada 12) e

da parte interna do povoado (camada 6), possibilitaram o enquadramento da

construção do sistema defensivo no último quartel do II milénio a.C., nos séculos XII-XI

a.C. (Quadro 15) (VALÉRIO et al, no prelo).

Estes elementos tendem a confirmar a contemporaneidade do sítio com os

povoados fortificados da região, corroborando deste modo os resultados obtidos com

o estudo das cerâmicas. A análise efectuada aos metais provenientes da escavação do

sistema defensivo permite não só atestar a produção de metalurgia do bronze e ouro

neste povoado, como também, segundo os autores, constitui-los como os vestígios

mais antigos encontrados no Sudoeste Peninsular até ao momento (ibidem, idem).

Quadro 15: Datas de radiocarbono para o Outeiro do Circo (*intervalos de maior probabilidade a negrito) (VALÉRIO et al, no prelo).

Ref. Lab. Proveniência Data 14

C (BP)

δ13

C (‰)

Data Calibrada (cal BC)*

1σ 2σ

Sac-2884 Camada 12 2880±45 -21,8 1128-994 988-980

1211-925

Sac-2885 Camada 6 2900±45 -21,5 1190-1178 1159-1144 1131-1010

1259-1231 1219-973 957-939

102

Face ao exposto, é possível integrar o povoado do Outeiro do Circo na complexa

rede de povoamento do Bronze Final que caracterizaria a região do Alentejo e todo o

Sudoeste Peninsular. Revela-se ainda uma estratégia de assentamento que concede

prioridade à defensibilidade dos povoados, ao controlo do território e à proximidade e

exploração dos recursos naturais. Porém, as propostas de leitura sobre a estruturação

social durante o Bronze Final carecem ainda de bases sólidas, continuando a faltar

dados que permitam obter uma visão mais ampla sobre o modo como se organizavam

as comunidades no território ao longo do II e I milénios a.C.

Neste sentido, considera-se fundamental a realização de um estudo sistemático

sobre o povoamento do final da Idade do Bronze no Alentejo que permita delimitar as

estratégias de ocupação do território, incidindo sobre os locais de assentamento e as

variáveis que influenciaram essa escolha. A explicação deverá passar não só por um

alargamento da base documental, mas também, possivelmente, por uma revisão

crítica dos pressupostos da sequência da Idade do Bronze, dos contextos e da cultura

material. Portanto, reitera-se a necessidade de elaboração de um quadro morfológico

para as cerâmicas da Idade do Bronze do Sudoeste, no território português, que

permita compreender a evolução formal e técnica das cerâmicas arqueológicas e que

auxilie a compreensão sobre os factores socioeconómicos que determinaram, por um

lado, a conservação e tradição dos sistemas de fabrico dos recipientes cerâmicos, ou

por outro lado, a inovação e adopção de novas técnicas de produção. Posto isto, a

comparação detalhada entre reportórios formais presentes em povoados com

diferentes tipos de ocupação, poderá funcionar no sentido de contribuir com novos

dados que auxiliem na caracterização de diferenças ou semelhanças sociais,

económicas e culturais entre comunidades,

Persiste a necessidade de alcançar respostas que recaiam sobre as dinâmicas

estabelecidas entre as diversas estratégias de ocupação durante o II e I milénio a.C.,

sendo, para isso, fundamental, compreender as mudanças e/ou permanências, formais

ou técnicas, dos materiais cerâmicos ao longo do tempo, de modo a determinar as

transformações e evolução do povoamento ocorridas no Bronze Final na região do

Alentejo.

103

Capítulo V – Considerações finais

A importância do Outeiro do Circo e a necessidade da sua compreensão geral

impõe-se face às suas características de implantação, às suas dimensões, ao complexo

sistema defensivo que rodeia todo o povoado e ao lugar de destaque que ocupa no

território em relação a outros testemunhos arqueológicos. Todos estes atributos

permitem argumentar sobre o possível papel desempenhado pelo Outeiro do Circo

enquanto organizador do território envolvente durante o final da Idade do Bronze.

A análise pormenorizada aos materiais cerâmicos do Outeiro do Circo possibilitou a

caracterização da produção oleira como um conjunto homogéneo, sem evidências

significativas de diferenças entre as várias fases. A par de tal, também a interpretação

estratigráfica indica uma ininterrupta ocupação do sítio intervencionado, até ao

abandono do sistema defensivo, sem que se possam distinguir diferentes fases

cronológicas de ocupação. Maioritariamente manuais, à excepção de dois fragmentos,

as cerâmicas analisadas apresentam uma variedade formal que estaria

intrinsecamente relacionada com funções do foro doméstico, quer de armazenagem

quer de consumo.

Comparando com a realidade material de outros povoados com ocupações

centradas no final da Idade do Bronze, a tipologia cerâmica do Outeiro do Circo aufere

de uma ampla distribuição geográfica, encontrando paralelos em vários sítios coevos

da região alentejana e do Sudoeste Peninsular. Apesar da possibilidade dos materiais

terem sido sujeitos a transporte e circulação a longas distâncias, a maioria das

produções sugere uma origem local ou regional, no entanto, a disseminação espacial

das semelhanças entre as formas cerâmicas denuncia a existência de dinâmicas e

relações existentes entre as comunidades do Bronze Final. Os modelos de ocupação do

território estão ainda por sistematizar mas deixam perceber as possíveis relações

existentes entre povoados, organizados numa rede de hierarquias.

Neste sentido, o Outeiro do Circo relaciona-se com os povoados fortificados em

altura do Bronze Final do Sudoeste. As datações obtidas corroboram a análise aqui

efectuada e centram a utilização do sistema defensivo deste povoado no último

quartel do II milénio a.C. A comprovada actividade metalúrgica, de bronze e de ouro,

104

constitui mais um indício sobre a importância deste local na rede de povoamento do

Bronze Final do interior alentejano. As características associadas ao seu padrão de

assentamento denunciam a necessidade de uma estratégia de controlo territorial,

ligada ao domínio dos recursos mineiros, à exploração agrícola e às principais rotas de

comunicação com outras regiões vizinhas, manifestando mais uma vez a relevância do

povoado perante a rede de povoamento do Bronze Final.

Em suma, e apesar das questões que continuam a carecer de novos dados e

respostas, este trabalho permitiu caracterizar e definir uma parcela da realidade

crono-cultural em que se inserem os vestígios arqueológicos do Outeiro do Circo. A

relação que este sítio possa ter tido com ocupações anteriores às estabelecidas,

nomeadamente durante o Bronze Médio, encontra-se ainda por clarificar, no entanto,

e tendo em conta o actual crescimento de trabalhos de investigação nesta região, os

resultados e explicações aqui expostos devem ser entendidos como um contributo

essencial para a realização de posteriores e renovadas interpretações sobre as

ocupações humanas do Alentejo nos II e I milénios a. C.

Considera-se ainda que, a título futuro, seria interessante comparar os resultados

aqui apresentados com o espólio cerâmico proveniente da sondagem 2, de modo a

possibilitar uma comparação que corrobore ou altere as nossas hipóteses e

constatações. Neste seguimento, impõe-se também a continuação de escavações

arqueológicas no povoado, de modo a possibilitar uma visão mais alargada sobre a

organização interna e o sistema comunitário que existiria no povoado do Outeiro do

Circo.

105

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escala 1/200 000: Folha 8. Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa

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- Carta de capacidade e uso dos solos, folha 43 A, Escala 1: 50 000, Secretaria do

Estado da Agricultura, 1959

- Carta de capacidade e uso dos solos, folha 43 C, Escala 1: 50 000, Secretaria da

Agricultura,1961

Anexos

Índice de Figuras

Figura 1: Localização do Outeiro do Circo na Península Ibérica.

Figura 2: Localização do Outeiro do Circo na Carta Militar de Portugal (escala 1: 25000), folha

520.

Figura 3: Localização aproximada do Outeiro do Circo na Carta Geológica (escala 1/200000),

folha 8.

Figura 4: Outeiro do Circo visto de norte (fotografia de Miguel Serra).

Figura 5: Imagem aérea do Outeiro do Circo (extraída do Google Earth, 2013).

Figura 6: Fotografia aérea, vista Oeste do Outeiro do Circo (fotografia de Maria João Macedo).

Figura 7: Linha exterior da muralha (SERRA et al, 2008).

Figura 8: Blocos de barro cozido (SERRA et al, 2008).

Figura 9: Fotointerpretação da imagem aérea do Outeiro do Circo (Google Earth, 2009).

Legenda - vermelho: muralha; verde: estruturas indeterminadas; azul: divisão de propriedade

de época histórica; amarelo: continuação da muralha? (SERRA e PORFÍRIO, 2012: 8) (imagem

adaptada).

Figura 10: Fotografia aérea vista de Sul, onde se observa a dupla linha de muralha (fotografia

de Maria João Macedo).

Figura 11: Reconstituição tridimensional da entrada principal do Outeiro do Circo (SERRA e

PORFÍRIO, no prelo).

Figura 12: Localização no povoado das Sondagens 1 e 2.

Figura 13: Levantamento Topográfico da Sondagem 1.

Figura 14: Perfil Oeste da Sondagem 1.

Figura 15: Fotografia do fosso.

Figura 16: Fotografia do muro superior.

Figura 17: Fotografia do muro superior depois de escavado o enchimento.

Figura 18: Fotografia do muro de contenção.

Índice de Estampas

Estampa I - Desenhos dos materiais da Fase II.

Estampa II a X - Desenhos dos materiais da Fase IIIA.

Estampa XI - Desenhos dos materiais da Fase IIIB.

Estampa XII e XIV - Desenhos dos materiais da Fase IIIC.

Estampa XV a XXVIII - Desenhos dos materiais da Fase IV.

Estampa XXIX a LXXV - Desenhos dos materiais da Fase V.

Figura 1: Localização do Outeiro do Circo na Península Ibérica.

Figura 2: Localização do Outeiro do Circo na Carta Militar de Portugal (escala 1:25000), folha 520.

Figura 3: Localização aproximada do Outeiro do Circo na Carta Geológica (escala 1/200 000) folha 8.

Figura 4: Outeiro do Circo visto de Norte (fotografia de Miguel Serra).

Figura 5: Imagem aérea do Outeiro do Circo (extraída do Google Earth, 2013)

Figura 6: Fotografia aérea, vista Oeste do Outeiro do Circo (fotografia de Maria João Macedo).

Figura 7: Linha exterior da muralha (SERRA et al, 2008)

Figura 8: Blocos de barro cozido (SERRA et al, 2008)

Figura 9: Fotointerpretação da imagem aérea do Outeiro do Circo (Google Earth,

2009). Legenda - vermelho: muralhas, verde: estruturas indeterminadas; azul: divisão

de propriedade de época histórica; amarelo: continuação da muralha? (SERRA e

PORFÍRIO, 2012: 8) (imagem adaptada).

Figura 10: Fotografia aérea visto de Sul, onde se observa a dupla linha de muralha (fotografia de Maria João Macedo).

Figura 11: Reconstituição tridimensional da entrada principal do Outeiro do Circo (SERRA e PORFÍRIO, no prelo).

Figura 12: Localização no povoado das Sondagens 1 e 2.

Figura 13: Levantamento Topográfico da Sondagem 1.

Figura 14: Perfil Oeste da Sondagem 1.

Figura 15: Fotografia do fosso.

Figura 16: Fotografia do muro superior da muralha.

Figura 1: Fotografia do muro superior depois de escavado o enchimento.

Figura 18: Fotografia do muro de contenção.

Inventário

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

Identificação Morfologia

Forma

Modelação

Cor

Pasta Fabrico

Esp.

Trat.de Superfície Decoração

Obs

Des. Nº Camada Nº de

frag. Granulometria

(e.n.p.) Frequência

(e.n.p.) Compacticidade Sup.

Interna Sup.

Externa

1 5 1 carena manual C5 M A C M G 8 8 N

2 5 2 bordo manual C1 P R F F M 1 1 N

3 5 1 carena manual C1 P M H F F 1 1 S

4 5 2 fundo manual C5 M M C M G 7 8 canelado S

5 5 1 bordo manual C1 P A H F F 1 1 N

6 5 1 fundo manual C5 M M C M M 7 7 N

7 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 N

8 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 S

9 5 1 pega manual C5 M M C M G 1 1 N

10 5 1 bordo manual C2 P M C M G 1 1 N

11 5 1 bordo manual C5 G A P.C G G 7 7 S

12 5 1 bordo manual C3 M M C M F 1 1 S

13 5 1 pega manual C1 M M C M G 7 7 S

14 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 S

15 5 1 bojo manual C5 P M C M M 1 1 perfuração S

16 5 1 bordo manual C1 P M C M F 1 1 S

17 5 1 fundo manual C1 M M C M G 1 8 N

19 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 N

20 5 1 bordo c/carena

manual C1 M M C M M 1 1 S

21 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 2 N

22 5 1 bordo manual C5 P M C M M 1 1 N

23 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 2 N

24 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

25 5 1 carena manual C1 M M C M M 1 1 N

26 5 1 bordo manual C5 M M C M F 7 7 S

27 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

28 5 1 bordo manual C4 M M C M F 2 1 S

29 5 1 bordo manual C5 M M C M M 1 1 N

30 5 1 bojo manual C3 P M C M G 1 7 penteada S

31 5 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 N

32 5 1 bordo Tipo 10A

manual C1 M M C M M 1 1 S

33 5 1 bordo manual C1 P M C M M 8 8 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

34 5 1 bordo Tipo 7A manual C2 P R H F M 1 1 S

35 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

36 5 1 bordo manual C3 G A P.C G G 7 7 N

37 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

38 5 1 bordo manual C2 M M C M G 7 7 S

39 5 1 carena manual C1 P R H F F 1 1 N

40 5 1 bordo manual C1 P M C M F 1 1 N

41 5 1 fundo manual C1 M M C M G 1 1 S

42 5 1 fundo manual C1 M M C M F 7 1 S

43 5 1 bordo Tipo 12C

manual C1 P M C M M 1 1 S

44 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 1 N

45 5 1 bordo manual C3 G M P.C G G 7 7 S

46 5 1 asa de rolo manual C3 M M C M S.S 7 7 S

47 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

48 5 1 bordo Tipo 6A manual C1 P M C M M 1 1 S

49 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 S

50 5 1 carena manual C5 P R H F M 1 2 N

51 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 2 N

52 5 1 bordo manual C5 P M C M G 1 1 N

53 5 1 carena manual C5 P R H F G 1 2 N

54 5 1 bordo Tipo 8 manual C1 M M C M M 1 1 S

55 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 1 N

56 5 1 bordo c/carena

Tipo 2A manual C1 P M C M F 1 1 S

57 5 1 bordo manual C2 M M C M M 8 7 N

58 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 2 S

59 5 2 carena manual C2 G A P.C G M 7 7 N

60 5 1 pega manual C2 G A P.C G G 7 7 S

61 5 1 bordo c/carena

Tipo 3A1

manual C3 M M C M G 1 1 S

62 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

63 5 2 fundo manual C5 M M C M G 1 1 N

64 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

65 5 1 bordo c/carena

manual C5 G A P.C G F 7 7 S

66 5 1 bordo manual C3 M M C M G 1 1 S

67 5 3 bojo manual C1 M M C M M 1 1 mista S

68 5 2 bordo Tipo manual C1 P R H F M 1 4 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

12D

69 5 3 bordo c/carena

Tipo 4A manual C3 M M C M M 1 1 S

70 5 1 asa de rolo manual C2 M A P.C M S.S 7 7 S

71 5 1 pega manual C2 M M P.C G S.S 7 7 S

72 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 2 N

73 5 1 bordo manual C1 M A F G G 8 7 S

74 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 S

75 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 N

76 5 1 asa de rolo manual C1 M M C M S.S 1 1 S

77 5 1 asa de rolo manual C1 M M C M S.S 7 7 S

78 5 1 bojo manual C5 G A P.C G G 8 1 perfuração S

79 5 1 bordo manual C2 M R H M G 1 1 N

80 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

81 5 1 bordo manual C3 P R H F F 1 1 S

82 5 1 bordo manual C1 P M C M M 1 1 N

83 5 1 bordo Tipo 11B

manual C1 P M C M M 1 1 S

84 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

85 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

86 5 1 bordo manual C5 P M C M F 1 1 N

87 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

88 5 1 bordo Tipo 11A

manual C1 M M C M G 1 2 S

89 5 1 carena manual C5 M M C M F 1 1 N

90 5 1 bordo manual C1 M M C M M 2 2 S

91 5 1 fundo manual C5 P R H F F 1 1 N

92 5 1 pega manual C1 P M C M G 7 7 S

93 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 N

94 5 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F F 3 3 S

95 5 1 bordo Outros manual C3 G A P.C G M 1 1 S

96 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 2 S

97 5 1 bordo manual C3 M M C M F 7 7 N

98 5 1 bordo manual C1 P M C M F 7 7 N

99 5 1 carena manual C1 M M C M M 1 1 N

100 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

101 5 1 bordo manual C5 M M C M F 1 1 N

102 5 1 fundo manual C3 G M P.C M G 7 7 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

103 5 1 asa de rolo manual C3 G A F G S.S 7 7 S

104 5 1 bordo manual C5 G A P.C G M 7 7 N

105 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 impressão vegetal

N

106 5 1 carena manual C4 G A F G F 8 8 N

107 5 1 asa de rolo manual C1 M R H F S.S 1 1 S

108 5 1 bordo Tipo 9B manual C1 M M C M F 1 7 S

109 5 1 carena manual C5 P M F M M 7 8 N

110 5 2 bordo manual C5 M A P.C G G 7 7 S

111 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

112 5 1 carena manual C1 G A P.C G M 7 7 N

113 5 1 bordo manual C1 G M P.C G G 1 1 S

114 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

115 5 1 pega manual C1 G A P.C G M 7 7 dupla perfuração

S

116 5 1 pega manual C2 G A P.C G G 7 7 S

117 5 1 bordo Tipo 12D

manual C3 M M C M M 1 1 S

118 5 1 bordo manual C1 P M C M M 2 2 N

119 5 1 bordo Tipo 8 manual C3 M M C M G 7 8 S

120 5 1 ficha manual C2 M M C M F 7 7 S

121 5 2 bordo Tipo 5B manual C1 M A F G F 7 7 S

122 5 1 bordo manual C3 G A P.C G M 7 7 S

123 5 1 bordo manual C3 M M C M F 7 7 N

124 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 1 S

125 5 1 carena manual C1 M M C M F 1 1 N

126 5 1 bojo c/arranque de mamilo

manual C1 M M C M M 7 7 plástica S

127 5 1 bordo Tipo 12C

manual C2 G A P.C G G 7 7 S

128 5 1 fundo manual C1 G A P.C G G 7 7 N

129 5 1 bordo manual C2 G A P.C G G 7 7 S

130 5 1 bojo manual C3 G A P.C G G 7 7 N

131 5 1 bordo manual C3 M M C M F 1 1 N

132 5 1 bordo manual C1 M M C M G 7 8 S

133 5 1 bordo manual C1 G A P.C G M 8 8 S

134 5 1 bordo manual C1 M M C M F 7 7 N

135 5 1 fundo manual C2 P R H F G 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

136 5 1 bordo manual C3 P M C M M 7 1 S

137 5 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 N

138 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

139 5 1 bordo manual C3 M M F M G 1 8 S

140 5 1 carena manual C3 M A P.C G G 1 1 N

141 5 1 bordo manual C5 M A P.C M M 7 7 N

142 5 1 asa de rolo manual C3 P R H F S.S 1 1 S

143 5 1 bojo manual C5 P M C M G 1 7 penteada S

144 5 1 bordo manual C2 P M C M F 1 1 N

145 5 1 bordo Tipo 11A

manual C5 M M C M M 7 7 S

146 5 1 bordo c/mamilo

Tipo 11B

manual C2 P R H F F 1 1 plástica S

147 5 1 bordo Tipo 10B

manual C5 M M C M G 1 1 S

148 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

149 5 1 bordo Tipo 6B manual C3 G M F M M 1 1 S

150 5 1 bordo manual C1 P R F F M 8 8 S

151 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

152 5 1 carena manual C3 M M C M G 8 1 N

153 5 1 bordo Tipo 9A manual C1 M M C M F 7 7 S

154 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

155 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 2 S

156 5 1 bordo manual C2 M M C M M 1 7 N

157 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 N

158 5 1 carena manual C1 G A P.C G M 8 7 N

159 5 1 bordo manual C3 M M C M F 7 7 N

160 5 1 bordo manual C5 M M C M M 7 1 S

161 5 1 fundo manual C2 G A P.C G G 7 7 N

162 5 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 S

163 5 1 bordo manual C3 P M C M M 1 1 N

164 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 1 S

165 5 1 bordo manual C5 P M C M G 1 1 S

166 5 1 bordo manual C2 P M C M F 1 1 S

167 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 7 N

168 5 1 bordo Tipo 12C

manual C1 M A P.C G G 7 1 S

169 5 1 fundo manual C3 G M C M M 1 1 N

170 5 1 carena manual C1 M M C M G 7 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

171 5 1 bordo manual C3 P M P.C M M 1 1 N

172 5 1 bordo Tipo 10A

manual C1 P M C M M 1 8 S

173 5 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

174 5 1 bordo manual C3 P M C M G 7 7 N

175 5 1 pega manual C2 G A P.C G S.S 7 7 S

176 5 1 bordo manual C3 G A P.C G M 7 7 N

177 5 1 pega manual C5 M M C M M 1 1 S

178 5 1 bordo manual C1 G A P.C G M 7 7 S

179 5 1 bordo manual C5 M M C M M 1 7 N

180 5 1 bordo manual C3 M M C M G 7 7 N

181 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

182 5 1 bordo manual C1 P M C M F 1 1 N

183 5 1 bordo manual C3 M A P.C G G 1 1 S

184 5 1 carena manual C3 G A P.C G G 8 8 N

185 5 1 pega manual C3 G A P.C G S.S 8 7 S

186 5 1 bordo Tipo 7A manual C5 G A F G M 7 7 S

187 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

188 5 1 bordo Tipo 5C manual C1 M M C M M 7 7 S

189 5 1 carena manual C1 G A F G M 8 7 N

190 5 1 bordo manual C5 M M C M G 1 1 S

191 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

192 5 1 fundo manual C2 M M C M M 7 1 N

193 5 1 bordo c/carena

manual C2 M M C M F 1 1 S

194 5 1 bojo manual C1 M M C M M 7 1 incisa S

195 5 1 bordo manual C5 M A P.C G M 7 7 N

196 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

197 5 1 pega manual C3 G A P.C G S.S 7 7 S

198 5 1 bordo manual C1 G A P.C G M 7 1 N

199 5 1 asa de rolo manual C2 M M C M S.S 7 7 S

200 5 1 carena manual C5 M M C M M 1 1 N

201 5 1 bordo manual C1 M M C M F 7 1 N

202 5 1 fundo manual C5 M M C M G 8 1 N

203 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

204 5 2 pega manual C5 G A F G S.S 8 8 S

205 5 1 ficha manual C5 P M C M G 1 2 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

206 5 1 bordo manual C1 P M C M M 7 7 N

207 5 1 bordo manual C3 M M C M G 1 1 S

208 5 1 bordo manual C5 P M C M F 1 1 N

209 5 1 fundo manual C1 P M C M M 1 1 N

210 5 1 bordo Tipo 5A manual C3 M M C M F 1 1 S

211 5 1 bordo manual C1 M A P.C G M 1 1 N

212 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

213 5 1 bordo manual C1 M A P.C G F 7 7 S

214 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

215 5 1 bordo manual C1 P M C M M 1 1 N

216 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

217 5 1 bordo manual C3 M M C M G 1 1 S

218 5 1 carena manual C1 M M C M F 1 1 N

219 5 1 carena manual C1 P M H F F 1 1 N

220 5 1 bordo manual C1 M M C M G 7 7 S

221 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

222 5 1 bordo manual C5 G A P.C G F 7 7 N

223 5 1 bordo manual C5 P R H F F 1 1 N

224 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

225 5 1 asa de rolo manual C2 P R H F S.S 8 8 S

226 5 1 bordo Outros manual C5 G A P.C G G 7 7 S

227 5 1 carena manual C1 M A P.C G F 7 7 S

228 5 1 bordo manual C1 M M C M G 7 1 S

229 5 1 bojo manual C3 P M C M F 1 1 N

230 5 1 carena manual C5 P R H F G 2 2 N

231 5 1 bojo manual C5 M A C M F 7 7 S

232 5 1 bordo manual C5 M M C M G 1 1 N

233 5 1 bordo Tipo 11A

manual C3 G A P.C G M 7 7 S

234 5 1 bordo Tipo 10A

manual C2 M M C M G 1 1 S

235 5 1 bordo manual C3 G A P.C M M 7 7 S

236 5 1 bojo manual C5 M M C M M 7 1 dupla perfuração

S

237 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 1 S

238 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

239 5 1 fundo manual C5 M A P.C G G 7 7 N

240 5 1 bordo manual C5 G A F M G 7 8 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

241 5 1 carena manual C3 M M C M M 7 7 N

242 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

243 5 1 bordo c/carena

manual C3 M M C M M 1 1 S

244 5 1 bordo manual C5 M M C M M 1 1 N

245 5 1 bordo manual C2 P R H F M 1 1 S

246 5 1 bordo manual C2 P M C M G 1 1 N

247 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 1 N

248 5 1 bojo manual C5 G A P.C G G 7 7 N

249 5 1 fundo manual C5 G A P.C G G 7 1 N

250 5 1 carena manual C5 M M C M M 7 1 N

251 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

252 5 1 fundo manual C5 G M F M G 8 7 S

253 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

254 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

255 5 1 bordo Tipo 6 B manual C2 G M P.C G M 7 7 S

256 5 1 pega manual C1 G M P.C G M 7 8 S

257 5 1 asa de rolo manual C3 P R H F S.S 7 7 S

258 5 1 bordo Tipo 6C manual C5 G A P.C G M 7 7 S

259 5 1 bordo Tipo 8 manual C3 G A P.C G G 7 7 S

260 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 1 N

261 5 1 bordo manual C3 P R H F F 1 1 N

262 5 1 bojo manual C1 G A P.C G G 7 7 perfuração S

263 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

264 5 1 bordo manual C1 P R H F M 7 1 N

265 5 1 bordo manual C1 M A C M G 7 7 S

266 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 1 N

267 5 1 bordo manual C1 M M C M M 8 8 N

268 5 1 fundo manual C5 G A P.C G G 7 1 N

269 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

270 5 1 bordo manual C2 M M C M G 1 7 N

271 5 1 bojo manual C3 M M C M G 8 8 N

272 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 7 7 S

273 5 1 pega manual C2 G A P.C G G 7 7 S

274 5 1 bordo manual C5 M M C M G 1 1 N

275 5 1 fundo manual C5 M M C M G 7 7 S

276 5 1 fundo manual C1 M M C M M 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

277 5 1 carena manual C1 P R H F M 7 1 N

278 5 1 bordo manual C3 G M P.C G G 7 7 S

279 5 1 bojo manual C1 G A P.C G G 7 7 perfuração S

280 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

281 5 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 S

282 5 1 carena manual C5 M M C M M 1 1 S

283 5 1 bordo manual C2 M M C M G 7 1 S

284 5 1 pega manual C5 M A P.C G G 7 7 S

285 5 1 bordo manual C2 M M C M F 7 7 N

286 5 1 carena manual C1 M M C M F 7 7 S

287 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

288 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

289 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 N

290 5 1 bordo manual C5 M M C M F 1 1 S

291 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

292 5 1 bordo manual C3 M M C M G 1 1 N

293 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

294 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

295 5 1 asa de rolo manual C3 M M C M S.S 7 7 S

296 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

297 5 1 bojo torno C2 P R H F F 1 1 Sigillata N

298 5 1 bordo manual C3 M M C M F 1 1 N

299 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

300 5 1 carena manual C1 M M C M F 8 1 N

301 5 1 fundo manual C5 M M C M G 7 7 N

302 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 N

303 5 1 bordo manual C3 M A F M F 7 7 N

304 5 1 carena manual C5 M M C M G 7 7 N

305 5 2 fundo manual C2 M M C M G 7 1 N

306 5 1 bordo manual C4 M M C M M 1 1 S

307 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

308 5 1 bordo manual C2 M M C M F 1 1 N

309 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 7 7 N

310 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 7 7 N

311 5 1 carena manual C5 M M C M F 8 1 N

312 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

313 5 1 bojo manual C3 G A P.C G G 7 7 perfuração S

314 5 1 carena manual C5 M M C M F 7 7 S

315 5 1 fundo manual C3 M M C M G 7 7 N

316 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

317 5 1 fundo manual C1 M M C M G 7 7 N

318 5 1 fundo manual C3 M M F M G 8 8 S

319 5 1 bordo manual C5 M M C M M 1 1 S

320 5 2 fundo manual C5 G A P.C M G 7 7 N

321 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

322 5 1 pega manual C3 M M C M S.S 7 7 S

323 5 1 bordo Tipo 8 manual C3 M M C M M 7 7 S

324 5 1 bojo manual C2 M M C M M 7 7 N

325 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 1 S

326 5 1 pega manual C5 G A P.C G G 8 7 S

327 5 1 fundo manual C1 G A P.C G G 7 7 S

328 5 1 bordo manual C3 M M C M F 7 7 N

329 5 1 bordo manual C2 M M C M F 7 7 S

330 5 1 bordo manual C1 G A P.C G M 7 7 S

331 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 7 7 N

332 5 1 bordo manual C5 G A P.C G M 7 7 N

333 5 1 pega manual C5 M M C M G 7 7 S

334 5 1 bordo manual C3 M A C M M 8 8 N

335 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

336 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

337 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

338 5 1 bordo Tipo 10A

manual C2 P R H F M 1 1 perfuração S

339 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

340 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

341 5 1 fundo manual C3 G A F G G 8 8 N

342 5 1 bordo manual C5 M M C M G 7 7 N

343 5 1 bojo manual C5 M M F M M 8 8 N

344 5 1 carena manual C1 M M C M F 7 7 N

345 5 1 bordo manual C2 G A P.C G M 7 7 N

346 5 1 bordo manual C5 M M C M G 7 7 N

347 5 1 fundo manual C5 M M C M G 7 7 N

348 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

349 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

350 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 S

351 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

352 5 1 pega manual C5 M M C M M 7 7 S

353 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

354 5 1 fundo manual C3 M M C M M 7 7 N

355 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

356 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 S

357 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

358 5 1 bojo manual C2 M M C M M 7 7 N

359 5 1 bordo manual C1 M A C M M 7 7 N

360 5 1 fundo manual C2 M M C M M 7 7 N

361 5 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

362 5 1 fundo manual C3 M M C M G 1 1 N

363 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

364 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

365 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

366 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

367 5 1 asa de rolo manual C4 M M C M S.S 7 7 S

368 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

369 5 1 carena manual C3 M M C M F 7 7 N

370 5 1 bordo manual C2 M M C M F 1 1 N

371 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

372 5 1 bordo manual C2 M M C M F 1 1 N

373 5 1 bordo Tipo 9B manual C3 P R H F F 1 1 S

374 5 2 bojo manual C3 P R H F M 1 2 N

375 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 impressão vegetal

N

376 5 1 bordo manual C3 P R H F F 1 2 S

377 5 1 carena manual C1 M M C M M 1 2 N

378 5 1 carena manual C1 P M F M M 8 8 S

379 5 1 carena manual C1 P R H F F 1 1 N

380 5 1 bordo Tipo 6A manual C1 P R C F M 1 2 S

381 5 2 bojo manual C3 P R H F G 1 1 S

382 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 impressão vegetal

N

383 5 1 asa de fita manual C2 M M F M M 8 8 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

384 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

385 5 1 bojo manual C3 P R H F M 1 1 N

386 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

387 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

388 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

389 5 1 fundo manual C2 M M C M M 7 7 N

390 5 1 bordo manual C3 G A P.C G M 7 7 N

391 5 1 bordo manual C2 P M C M M 1 1 N

392 5 1 pega manual C5 G A P.C G S.S 8 8 S

393 5 1 bordo c/carena

manual C1 M M C M G 1 1 S

394 5 1 carena manual C1 M M C M M 2 2 N

395 5 1 carena manual C5 M M C M M 7 7 N

396 5 1 fundo manual C3 M M C M G 1 1 S

397 5 1 fundo manual C5 M M C M G 7 7 S

398 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

399 5 2 fundo manual C1 M M C M F 1 1 omphalos S

400 5 1 bordo manual C3 M M C M M 7 8 N

401 5 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

402 5 1 bordo manual C3 M A C M M 7 7 S

403 5 1 asa de fita manual C3 M M C M S.S 7 7 S

404 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

405 5 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

406 5 1 bordo manual C2 P M H F F 1 1 S

407 5 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

408 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

409 5 1 bojo manual C2 G A F G M 8 8 perfuração S

410 5 1 bordo manual C2 G A P.C G M 7 7 S

411 5 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

412 5 1 bordo manual C2 M A F M F 8 8 N

413 5 1 carena manual C1 P R H F G 7 7 N

414 5 1 bordo manual C3 G A P.C G G 7 7 S

415 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

416 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

417 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 7 7 impressão S

418 5 1 carena manual C5 M M C M M 7 7 N

419 5 1 bordo manual C3 G A P.C G M 7 7 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

420 5 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 N

421 5 1 bordo manual C5 M A P.C G G 7 7 N

422 5 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

423 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 7 7 N

424 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

425 5 1 bojo Tipo 6A manual C1 G A P.C G G 7 7 canelado S

426 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 2 N

427 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

428 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

429 5 1 fundo manual C5 M M C M G 1 8 S

430 5 1 bordo Tipo 11B

manual C1 P R H F F 2 2 S

431 5 1 bordo c/carena

manual C3 P R H F F 2 2 S

432 5 1 fundo manual C2 M M C M G 1 1 N

433 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 S

434 5 2 bordo Tipo 12A

manual C3 P R H F F 3 3 S

435 5 1 bordo c/carena

manual C2 M M C M M 1 2 S

436 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

437 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

438 5 1 carena manual C1 M M C M F 1 1 S

439 5 1 bordo Tipo 8 manual C3 P R H F M 2 2 S

440 5 3 bojo manual C4 P R H F M 2 3 N

441 5 1 bordo manual C2 P R H F M 1 1 N

442 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

443 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 2 N

444 5 1 bordo manual C2 M M C M M 8 1 S

445 5 1 bordo manual C1 P R C F F 1 1 N

446 5 4 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

447 5 1 bordo c/carena

manual C1 M M C M F 2 2 S

448 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 2 S

449 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 N

450 5 2 colher manual C1 P R H F S.S 1 1 S

451 5 1 carena manual C1 P R H F F 3 3 N

452 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

453 5 1 asa de fita manual C3 M M C M S.S 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

454 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 2 N

455 5 2 carena manual C1 M M C F M 1 1 S

456 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

457 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

458 5 1 carena manual C1 P R H F F 1 1 S

459 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

460 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

461 5 1 bordo Tipo 6A manual C5 M M C M M 1 1 S

462 5 1 fundo manual C3 M M C M G 7 7 S

463 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

464 5 1 bordo manual C3 P R H F G 2 2 S

465 5 1 bordo manual C1 M M C M M 7 2 N

466 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

467 5 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

468 5 1 bordo manual C1 M M C M M 2 2 N

469 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

470 5 1 carena manual C1 P R H F F 1 1 N

471 5 1 fundo manual C2 M M C M M 7 1 S

472 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 4 S

473 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 2 ornatos brunidos S

474 5 1 fundo manual C1 G A P.C G G 1 1 S

475 5 1 bordo manual C3 M M C M F 1 1 N

476 5 1 bordo Tipo 8 manual C1 G M P.C G G 1 1 S

477 5 1 bordo manual C2 P R H F F 2 1 N

478 5 1 bordo manual C5 P R H F M 2 2 impressão vegetal

S

479 5 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 N

480 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

481 5 1 carena manual C3 P R H F F 1 1 N

482 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

483 5 1 bordo manual C3 M M C M G 1 1 N

484 5 1 bordo manual C3 M M F M G 1 1 S

485 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 S

486 5 1 bordo Tipo 6B manual C1 P R H F M 2 1 S

487 5 1 bordo manual C5 M M C M M 1 1 S

488 5 1 bordo manual C2 P R H F F 2 2 N

489 5 1 bordo manual C3 P M H M F 2 2 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

490 5 1 carena manual C3 P R H F F 1 2 S

491 5 1 fundo manual C1 P M H F M 1 1 N

492 5 1 asa de rolo manual C2 P R H F S.S 1 1 S

493 5 1 bojo manual C3 P R H F M 4 3 N

494 5 1 bojo manual C4 P R H F M 7 7 penteada S

495 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 S

496 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 2 N

497 5 1 bordo manual C5 M A C M M 1 1 S

498 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 N

499 5 2 bordo c/carena

Tipo 3C manual C1 P R H F M 3 3 S

500 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 1 S

501 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 1 S

502 5 1 bordo manual C2 M M C M M 2 2 N

503 5 1 pega manual C1 P R H F S.S 2 1 S

504 5 1 bordo Tipo 2C manual C1 P R H F F 1 2 S

505 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

506 5 1 carena manual C1 M M C M M 1 1 N

507 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

508 5 1 bordo Tipo 11A

manual C1 P R H F F 1 2 S

509 5 3 carena manual C1 P R H F M 1 3 N

510 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

511 5 1 fundo manual C1 P R H F M 1 2 N

512 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 N

513 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 2 S

514 5 1 bordo manual C1 G A P.C G G 1 1 S

515 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

516 5 1 bordo manual C3 P R H F G 1 7 S

517 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 N

518 5 1 carena manual C2 M M C M M 1 1 N

519 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

520 5 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 N

521 5 1 bordo c/carena

Tipo 2A manual C1 M M C M F 2 1 S

522 5 1 pega manual C1 M M C M S.S 1 1 S

523 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 2 2 S

524 5 1 bordo Tipo 12C

manual C1 M M C M M 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

525 5 1 bojo manual C1 P R H F G 2 2 incisa S

526 5 1 bordo manual C3 P R H F G 1 1 N

527 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

528 5 1 carena manual C5 M M C M G 7 2 N

529 5 1 bordo c/mamilo

manual C1 P R H F G 1 1 plástica S

530 5 3 bojo manual C3 P R H F M 3 3 N

531 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 N

532 5 4 bordo c/carena

Tipo 2A manual C1 M M C M F 1 2 S

533 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

534 5 4 fundo manual C5 G M C M G 4 1 S

535 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 S

536 5 1 pega manual C1 M M C M S.S 1 1 perfuração S

537 5 1 bordo c/carena

Tipo 3B manual C1 P R H F M 2 2 S

538 5 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F F 2 2 S

539 5 1 bojo manual C1 M M C M M 7 7 perfuração S

540 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 S

541 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 N

542 5 1 fundo manual C5 P R H F G 2 2 S

543 5 1 bordo Tipo 11A

manual C1 M M C M F 1 1 S

544 5 1 bordo Tipo 12D

manual C2 M M C M G 1 1 S

545 5 1 fundo manual C1 G A P.C G G 7 1 N

546 5 2 bordo Tipo 10A

manual C5 G A P.C G M 7 7 S

547 5 1 carena manual C1 P R H F F 2 3 N

548 5 1 pega manual C5 M M C M S.S 1 1 S

549 5 2 bojo manual C3 P R H F M 2 3 N

550 5 1 bordo manual C5 M M C M G 1 1 S

551 5 1 bordo Tipo 1C manual C1 M M F M F 7 7 S

552 5 1 pega manual C2 P R H F S.S 1 1 S

553 5 1 bojo manual C1 G A P.C G G 7 1 N

554 5 1 bordo manual C1 P R H F F 8 2 N

555 5 1 bordo manual C1 M M C M G 2 2 S

556 5 1 bojo c/arranque de mamilo

manual C4 P R H F M 1 1 plástica S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

557 5 1 indeterminado

manual C2 P R H F M 7 1 S

558 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

559 5 1 carena manual C5 M M C M M 1 1 N

560 5 1 fundo manual C1 P R H F F 1 1 S

561 5 1 bordo Tipo 12C

manual C1 P R H F G 2 2 S

562 5 2 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

563 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 N

564 5 1 bordo manual C5 P R H F M 2 2 N

565 5 1 indeterminado

manual C1 P R H F M 7 2 S

566 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

567 5 1 bordo manual C2 P R H F F 3 3 S

568 5 2 bordo manual C5 P R H F M 1 2 S

569 5 1 asa de rolo manual C2 M M C M S.S 1 1 S

570 5 1 bojo manual C1 P R H F F 2 2 N

571 5 1 fundo manual C1 M M C M G 1 2 N

572 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 3 3 S

573 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 1 S

574 5 1 bordo manual C2 M M C M G 2 2 S

575 5 1 ficha manual C1 M M C M G 2 2 S

576 5 1 bordo Tipo 12D

manual C1 P R H F F 3 3 S

577 5 1 carena manual C2 M M C M M 1 1 N

578 5 1 bojo manual C4 P R H F F 2 3 N

579 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

580 5 1 pega manual C5 P R H F M 1 1 S

581 5 1 fundo manual C5 M M C M G 7 1 N

582 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 N

583 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 N

584 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

585 5 1 bordo manual C5 M M C M M 1 1 S

586 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 N

587 5 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 N

588 5 1 carena manual C2 P R H F M 2 2 N

589 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 3 N

590 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 N

591 5 1 fundo manual C1 M M C M M 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

592 5 1 carena manual C1 M M C M F 1 3 N

593 5 1 bojo manual C1 P R H F G 4 3 ornatos brunidos S

594 5 1 fundo manual C1 P R H F F 4 3 ornatos brunidos S

595 5 2 bojo manual C1 P R H F F 1 7 penteada S

596 5 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 N

597 5 1 bordo manual C5 M M C M G 1 1 S

598 5 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 N

599 5 3 bordo c/carena

Tipo 3C manual C1 P R H F G 4 3 concreções S

600 5 1 bordo manual C3 P R H F G 2 1 incisa S

601 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

602 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

603 5 3 fundo manual C5 M M C M G 8 4 N

604 5 1 carena manual C1 M M C M G 1 1 N

605 5 1 carena manual C3 M M C M M 2 2 N

606 5 1 carena manual C1 P R H F F 3 3 N

607 5 1 bordo manual C1 M M C M F 1 1 N

608 5 1 carena manual C3 P R H F M 2 2 S

609 5 1 fundo manual C1 M M C M G 1 1 S

610 5 1 fundo manual C5 P R H F M 1 3 N

611 5 1 carena manual C2 P R H F F 1 1 N

612 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 N

613 5 1 bordo manual C3 M M P.C M M 8 8 N

614 5 1 bojo manual C1 M M C M M 1 2 N

615 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 N

616 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 2 S

617 5 1 bordo c/carena

Tipo 3A manual C1 M M C M M 3 3 S

618 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

619 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

620 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

621 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

622 5 1 indeterminado

manual C2 P R H F G 1 8 penteada S

623 5 1 bojo manual C1 P R H F F 4 4 N

624 5 1 carena manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

625 5 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 ornatos brunidos S

626 5 1 bojo Tipo 10B

manual C1 P R H F M 1 3 ornatos brunidos S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

627 5 1 pega manual C1 P R H F G 1 1 S

628 5 2 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

629 5 1 bordo manual C2 P R H F G 3 2 S

630 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

631 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

632 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 N

633 5 1 bordo Tipo 11A

manual C1 P R H F F 3 3 S

634 6 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

635 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 2 S

636 6 1 bordo manual C3 G M P.C G G 8 8 S

637 6 1 bojo manual C5 P R H F M 3 2 N

638 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 1 S

639 6 1 bordo Tipo 1B manual C3 P R H F F 1 1 S

640 6 1 bordo manual C3 P R H F M 8 3 concreções S

641 6 2 bojo manual C1 P R H F G 4 2 N

642 6 1 carena manual C2 M M C M M 1 1 N

643 6 1 bordo manual C5 M M C M G 1 1 S

644 6 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

645 6 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

646 6 1 bordo torno C1 M M C M M 1 8 S

647 6 1 indeterminado

manual C1 P R H F S.S 7 7 perfuração S

648 6 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 ornatos brunidos S

649 6 1 bordo manual C2 P R H F F 2 1 S

650 6 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

651 6 1 bordo manual C1 P R H F F 1 2 S

652 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

653 6 1 bordo manual C1 P R C F F 2 2 S

654 6 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 S

655 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

656 6 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

657 6 1 carena manual C1 P R H F M 2 1 N

658 6 1 bordo manual C3 P R H F G 2 3 S

659 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

660 6 1 bojo manual C5 M M C F G 1 3 N

661 6 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

662 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 3 S

663 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

664 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

665 5 1 carena manual C3 P R H F M 1 1 N

666 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

667 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

668 6 1 fundo manual C1 P R H F G 1 1 N

669 6 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

670 6 2 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

671 6 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

672 6 1 carena manual C3 M M F M M 8 8 N

673 6 1 bordo manual C1 G M C M M 1 1 S

674 6 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

675 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 1 S

676 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 2 N

677 6 1 bordo manual C5 P R H F M 2 2 S

678 6 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

679 6 1 bojo manual C2 P R H F G 4 2 N

680 6 1 bordo manual C1 P R H F F 2 3 S

681 6 1 carena manual C2 P R H F F 2 2 S

682 6 1 bojo manual C1 P R H F G 7 3 N

683 6 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

684 6 1 carena manual C1 P R H F M 2 3 N

685 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

686 6 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

687 6 1 bordo manual C4 P R H F G 1 1 S

688 6 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 S

689 6 1 bordo manual C3 P R H F M 2 3 S

690 6 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

691 6 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F M 1 1 S

692 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

693 6 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

694 6 1 pega manual C1 P R H F S.S 1 1 S

695 6 1 bojo manual C1 P R H F M 1 1 incisa S

696 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 1 N

697 6 1 bordo manual C3 P R H F F 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

698 6 1 bojo manual C3 P R H F G 1 1 incisa S

699 6 1 carena manual C1 P R H F F 3 8 N

700 6 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 S

701 6 1 bordo manual C2 P R H F M 2 2 S

702 6 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 S

703 6 1 bordo manual C4 M M C M M 7 7 S

704 6 2 carena manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

705 6 1 bojo manual C5 P R H F G 1 5 N

706 6 1 carena manual C1 P R H F F 3 3 N

707 6 1 bordo manual C1 M R C M M 1 1 N

708 6 1 bojo manual C3 M M C M M 1 7 penteada S

709 6 1 bojo manual C2 P R H F G 3 3 N

710 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 2 S

711 6 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

712 6 1 bordo manual C3 P R H F M 3 2 impressão S

713 6 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

714 6 1 bordo manual C3 P R H F M 1 3 S

715 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

716 6 1 bordo manual C3 P R H F M 1 2 S

717 6 1 bojo manual C2 P R H F F 1 3 S

718 6 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

719 6 1 carena manual C1 P R H F F 1 2 N

720 6 1 bordo manual C5 P R H F G 1 1 S

721 6 1 bojo manual C1 P R H F G 1 1 mista S

722 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

723 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

724 6 1 bojo manual C1 P M H F M 2 2 perfuraçoes S

725 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 2 N

726 6 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F M 2 2 S

727 6 1 fundo manual C3 P R H F G 2 2 N

728 6 2 carena manual C5 P R H F M 3 3 N

729 6 1 bordo c/carena

Tipo 2B manual C1 P R H F F 1 1 S

730 6 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

731 6 1 fundo manual C1 P R H F G 2 2 S

732 6 1 carena manual C1 P R H F G 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

733 6 1 bordo manual C5 P R H F G 2 2 S

734 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

735 6 1 bordo manual C1 P R H F F 3 2 S

736 6 1 bojo manual C5 P R H F F 1 2 N

737 6 1 bordo Tipo 10B

manual C3 M M C M G 1 1 S

738 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

739 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

740 6 2 bordo manual C5 P R H F G 2 2 S

741 6 1 bordo manual C3 P R H F G 1 1 S

742 6 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

743 6 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

744 6 1 bojo torno C1 P R H F G 1 8 N

745 6 2 carena manual C3 M M C M M 7 7 N

746 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

747 6 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

748 6 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

749 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 2 S

750 6 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

751 6 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

752 6 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

753 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

754 6 1 bordo manual C1 P R H F G 8 4 impressão S

755 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

756 6 1 bojo manual C1 P R H F M 1 1 incisa S

757 6 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

758 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

759 6 1 fundo manual C5 P R H F G 2 1 N

760 6 1 bojo manual C1 M M C M M 2 3 N

761 6 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

762 6 1 carena manual C1 P R H F M 1 3 S

763 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 4 N

764 6 1 carena manual C5 P R H F M 1 3 N

765 6 1 carena manual C1 P R H F G 1 2 N

766 6 1 bordo manual C1 P R H F M 7 1 N

767 6 2 bordo manual C3 P R H F F 3 3 S

768 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 2 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

769 6 1 bojo manual C3 P R H F F 3 3 canelado S

770 6 1 bordo Tipo 12C

manual C1 P R H F G 2 3 S

771 6 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

772 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

773 6 1 bojo manual C3 P R H F M 3 2 ornatos brunidos S

774 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

775 6 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 N

776 6 1 bojo manual C3 P R H F F 4 3 N

777 6 1 bordo manual C2 P R H F G 2 1 S

778 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

779 6 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

780 6 1 pega manual C2 M M C M S.S 1 1 S

781 6 1 carena manual C1 P R H F M 1 3 N

782 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

783 6 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

784 6 1 bordo manual C3 P R H F G 2 2 S

785 6 1 bojo manual C1 P R H F G 2 2 N

786 6 1 bojo manual C5 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

787 6 1 bojo manual C1 P R H F F 1 4 N

788 6 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

789 6 2 bordo Tipo 12B

manual C3 M M C M G 2 1 S

790 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

791 6 1 bordo manual C4 P R H F G 2 2 S

792 6 1 carena manual C2 P R H F F 2 2 N

793 6 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

794 6 1 bordo manual C3 G A P.C G G 7 7 N

795 6 1 bojo manual C1 P R H F M 4 2 N

796 6 1 bordo Tipo 9A manual C1 P R H F M 1 1 S

797 6 1 bordo manual C1 P R H F F 8 1 N

798 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

799 6 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

800 6 1 pega manual C2 M M C F S.S 7 7 S

801 6 1 indeterminado

manual C1 P R H F F 3 3 S

802 6 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

803 6 1 bojo manual C5 P R H F M 1 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

804 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 2 S

805 6 1 pega manual C1 P R H F S.S 1 1 S

806 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

807 6 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

808 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

809 6 1 bordo manual C1 P R H F M 4 1 S

810 6 1 carena manual C1 P R H F M 1 3 N

811 6 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 S

812 6 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

813 6 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

814 6 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

815 6 1 carena manual C5 M M C M M 7 1 N

816 6 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

817 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 3 S

818 6 2 bojo manual C1 P R H F M 3 2 ornatos brunidos S

819 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

820 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

821 6 1 bojo manual C1 P R H F F 2 3 N

822 6 1 bojo manual C1 P R H F F 3 2 N

823 6 1 bordo Tipo 6C manual C1 P R H F M 1 1 S

824 6 1 carena manual C3 P R H F M 5 5 N

825 6 1 bordo manual C5 P R H F F 7 7 N

826 6 1 bordo manual C5 P R H F M 2 3 S

827 6 1 bojo manual C5 P R H F G 3 3 N

828 6 1 bordo manual C1 P R H F G 3 3 S

829 6 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

830 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

831 6 1 bordo Tipo 6B manual C3 P R H F F 2 3 S

832 6 2 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

833 6 1 bojo manual C1 P R H F G 2 3 N

834 6 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

835 6 2 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

836 6 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 N

837 6 1 bordo manual C1 P R H F G 1 2 S

838 6 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

839 6 1 pega manual C3 P R H F S.S 8 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

840 6 1 bojo manual C1 P R H F G 2 3 N

841 6 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

842 6 1 fundo manual C1 P R H F G 3 3 S

843 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

844 6 1 carena manual C1 P R H F F 4 3 N

845 6 1 carena manual C3 P R H F M 2 3 N

846 6 1 bordo manual C5 P R H F M 3 1 S

847 6 1 bordo Tipo 4B manual C1 P R H F G 3 3 S

848 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

849 6 1 fundo manual C1 P R H F M 2 2 S

850 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

851 6 1 carena manual C3 P R H F F 1 2 S

852 6 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

853 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

854 5 1 bordo manual C2 P R H F M 5 8 S

855 5 1 bojo manual C1 P R H F G 4 3 N

856 5 2 bordo manual C5 M M C M M 2 2 N

857 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

858 5 1 carena manual C1 P R H F F 2 3 N

859 5 1 bordo manual C5 P R H F M 2 2 N

860 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

861 5 3 carena manual C4 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

862 5 1 bojo manual C5 M M C M M 1 3 N

863 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

864 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 S

865 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

866 5 1 bordo Tipo 10A

manual C2 P R H F M 3 3 S

867 5 1 carena manual C1 P R H F M 8 3 S

868 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 N

869 5 1 bordo manual C3 P R H F F 3 3 S

870 5 2 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

871 5 1 carena manual C1 P R H F F 1 3 N

872 5 1 bojo manual C5 P R H F G 1 3 N

873 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

874 5 1 pega manual C5 M M C M G 1 1 S

875 5 1 fundo manual C5 P R H F G 1 2 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

876 5 3 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

877 5 1 carena manual C5 P R H F M 1 2 N

878 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

879 5 2 bordo c/carena

manual C1 P R H F F 3 3 S

880 5 1 bordo manual C2 P R H F G 2 2 S

881 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F M 2 2 S

882 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

883 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

884 5 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

885 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

886 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

887 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 3 S

888 5 1 bordo Tipo 11B

manual C1 P R H F F 3 3 S

889 5 1 carena manual C2 P R H F M 3 3 N

890 5 1 bordo Tipo 11A

manual C1 P R H F F 3 3 S

891 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

892 5 1 bojo manual C1 P R H F G 4 4 N

893 5 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F F 3 3 S

894 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

895 5 1 bordo manual C1 P R F F M 1 1 N

896 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

897 5 2 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

898 5 4 bordo Tipo 11A

manual C2 P R H F F 1 1 S

899 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

900 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 N

901 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

902 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 N

903 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

904 5 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

905 5 1 bordo c/carena

Tipo 3A1

manual C1 P R H F M 3 3 S

906 5 1 bordo manual C3 P R H F G 2 3 S

907 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

908 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

909 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

910 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

911 5 1 bordo Tipo 6A manual C1 P R H F M 1 1 S

912 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

913 5 1 bojo manual C5 P R H F M 2 3 N

914 5 1 indeterminado

manual C5 M M C M M 3 3 S

915 5 2 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

916 5 2 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

917 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

918 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

919 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

920 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

921 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

922 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

923 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

924 5 1 bordo manual C3 P R H F G 2 2 S

925 5 1 bordo Tipo 10A

manual C1 P R H F M 2 2 S

926 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

927 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

928 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

929 5 1 bojo manual C5 P R H F M 2 3 N

930 5 1 fundo manual C3 P R H F G 1 1 N

931 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

932 5 1 bojo manual C3 P R H F G 3 3 N

933 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

934 5 1 carena manual C1 P R H F G 2 2 N

935 5 1 bordo Tipo 11A

manual C1 P R H F F 3 3 S

936 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

937 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

938 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 N

939 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 N

940 5 1 bordo manual C1 P R H F G 3 3 S

941 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

942 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

943 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

944 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

945 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 3 S

946 5 1 indeterminado

manual C1 P R H F F 1 2 S

947 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

948 5 1 bordo Tipo 12D

manual C1 P R H F M 3 3 S

949 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

950 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

951 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 ornatos brunidos S

952 5 2 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

953 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

954 5 1 bojo manual C1 P R H F F 2 3 N

955 5 1 fundo manual C1 P R H F F 2 3 "omphalos" S

956 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

957 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

958 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

959 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

960 5 1 asa de rolo manual C2 P R H F S.S 7 7 S

961 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

962 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 N

963 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 ornatos brunidos S

964 5 1 carena manual C5 P R H F M 3 3 N

965 5 1 bojo manual C3 P R H F M 2 2 N

966 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

967 5 1 bordo manual C2 P R H F G 2 2 S

968 5 1 bojo manual C1 P R H F G 2 6 N

969 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 N

970 5 1 bordo manual C3 P R H F M 3 3 S

971 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

972 5 1 bojo manual C3 P R H F M 2 3 N

973 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 N

974 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

975 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

976 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

977 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

978 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 8 S

979 5 1 carena manual C1 P R H F F 3 3 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

980 5 1 bordo Tipo 1A manual C1 P R H F F 2 3 S

981 5 2 fundo manual C1 M M C M G 7 2 S

982 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

983 5 1 bojo manual C2 P R H F M 2 2 N

984 5 1 bojo manual C1 P R H F F 2 3 N

985 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 N

986 5 1 carena manual C3 P R H F M 1 1 N

987 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

988 5 1 bojo manual C5 P R H F M 3 3 N

989 5 1 bojo manual C2 P R H F M 2 3 N

990 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

991 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

992 5 1 bojo manual C1 P R H F G 4 2 N

993 5 1 bojo manual C1 P R H F M 7 3 N

994 5 1 bojo manual C3 M M C M M 1 1 N

995 5 2 bordo Tipo 6C manual C3 P R H F M 2 2 S

996 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

997 5 1 bojo manual C5 M M C M M 1 3 N

998 5 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

999 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1000 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1001 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 2 N

1002 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1003 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 S

1004 5 1 bordo manual C1 M M C M G 1 1 S

1005 5 1 carena manual C5 M M C M M 7 1 N

1006 5 1 pega manual C1 M M C M S.S 7 7 S

1007 5 1 bordo manual C3 P R H F M 3 3 S

1008 5 1 bordo Tipo 12C

manual C1 P R H F M 3 3 S

1009 5 1 bordo manual C3 P R F F G 1 1 S

1010 5 1 carena manual C1 P R H F M 8 2 N

1011 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

1012 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

1013 7 2 bordo manual C5 M M C M F 1 1 S

1014 7 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

1015 7 1 bordo Tipo manual C3 M M C M M 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

11B

1016 7 1 fundo manual C2 P R H F G 2 2 S

1017 7 1 bordo manual C5 M M C M M 1 1 S

1018 7 1 bojo manual C5 P R H F M 2 1 N

1019 7 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1020 7 1 asa de rolo manual C3 M M C M S.S 1 1 S

1021 7 1 asa de rolo manual C3 P R H F S.S 1 1 S

1022 7 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

1023 7 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1024 7 1 bojo manual C1 P R H F G 4 2 N

1025 7 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 fracturada N

1026 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 3 S

1027 5 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

1028 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1029 5 2 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1030 5 1 pega manual C1 M M F M S.S 7 7 S

1031 5 1 bordo manual C1 P R H F G 1 4 impressão S

1032 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1033 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1034 5 1 bojo manual C1 P R H F M 4 3 N

1035 5 1 bojo manual C1 P R H F M 4 3 N

1036 5 1 bojo manual C1 P R H F M 4 4 N

1037 5 1 bordo manual C1 P R F F G 1 8 S

1038 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1039 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 ornatos brunidos S

1040 5 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1041 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

1042 5 1 fundo manual C1 M M C M G 1 1 N

1043 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1044 5 1 bordo Tipo 10A

manual C1 P R H F G 2 2 marca de dedos na

pasta

S

1045 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1046 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1047 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 2 S

1048 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 3 S

1049 5 1 fundo manual C1 P R H F M 7 7 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1050 5 1 pega manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1051 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

1052 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 3 S

1053 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 2 ornatos brunidos S

1054 5 1 fundo manual C1 P R H F G 3 1 S

1055 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

1056 5 1 bordo manual C1 P R H F F 2 2 S

1057 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1058 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1059 5 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F F 2 3 S

1060 5 1 bordo manual C3 P R H F M 3 2 S

1061 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1062 5 1 bojo manual C1 P R H F M 4 4 N

1063 5 1 ficha manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1064 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1065 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 4 S

1066 5 1 bojo manual C5 P R H F F 3 3 N

1067 5 1 indeterminado

manual C2 P R H F M 8 8 incisa S

1068 5 1 bordo Tipo 10B

manual C3 M M C M G 3 4 S

1069 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1070 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 S

1071 5 1 pega manual C1 P R H F S.S 3 3 ornatos brunidos S

1072 5 1 bojo manual C3 P R H F M 2 3 N

1073 5 1 pega manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1074 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 2 N

1075 5 1 fundo manual C1 P R H F M 3 3 S

1076 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 ornatos brunidos S

1077 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

1078 5 1 bordo c/carena

Tipo 3A manual C1 P R H F M 3 3 S

1079 5 2 bordo manual C3 P R H F F 3 3 S

1080 5 1 bojo manual C1 P R H F M 7 3 N

1081 5 1 carena manual C1 P R H F F 1 1 S

1082 5 1 fundo manual C3 M M C M G 2 2 impressão vegetal

S

1083 5 1 bojo manual C1 P R H F M 4 4 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1084 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 N

1085 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1086 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

1087 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1088 5 1 bordo manual C1 P R H F M 1 4 impressão S

1089 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 2 S

1090 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

1091 5 2 carena manual C3 P R H F M 2 2 S

1092 5 1 bojo manual C1 P R H F G 1 3 N

1093 5 1 pega manual C1 P R H F S.S 3 3 ornatos brunidos dupla perfuração

S

1094 5 1 fundo manual C1 P R H F G 1 2 S

1095 5 1 pega manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1096 5 2 bordo Tipo 10A

manual C3 M M C M M 3 3 S

1097 5 1 bordo Tipo 12C

manual C1 P R H F M 3 3 S

1098 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1099 5 1 bojo manual C3 P R H F M 3 3 N

1100 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1101 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1102 5 2 asa de rolo manual C3 P R H F S.S 1 1 S

1103 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

1104 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

1105 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1106 5 1 carena manual C3 P R H F M 2 2 N

1107 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1108 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 2 N

1109 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1110 5 1 bojo manual C5 P R H F M 1 1 N

1111 5 1 bojo manual C5 P R H F G 2 2 N

1112 5 1 bojo manual C1 P R H F F 2 3 N

1113 5 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

1114 5 1 bordo Tipo 12C

manual C3 P R H F G 3 3 S

1115 5 1 bojo manual C1 P R H F G 4 2 N

1116 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1117 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

1118 5 2 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1119 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1120 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

1121 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1122 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1123 5 1 fundo manual C1 P R H F M 2 2 S

1124 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1125 5 1 carena manual C3 P R H F G 1 1 S

1126 5 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

1127 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1128 5 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

1129 5 1 bojo manual C3 P R H F M 1 3 N

1130 5 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

1131 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1132 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1133 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1134 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1135 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1136 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 2 N

1137 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 2 N

1138 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1139 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 4 S

1140 5 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

1141 5 1 bordo manual C4 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

1142 5 1 carena manual C1 P R H F G 3 3 ornatos brunidos S

1143 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1144 5 1 carena manual C1 P R H F M 2 2 S

1145 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1146 5 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

1147 5 1 carena manual C5 P R H F G 1 3 S

1148 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

1149 5 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1150 5 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1151 5 1 carena manual C1 P R H F F 3 3 S

1152 5 1 bojo manual C1 P R H F M 2 3 N

1153 5 1 bordo Tipo 6C manual C1 P R H F M 3 3 S

1154 5 1 pega manual C5 P R H F M 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1155 5 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

1156 5 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1157 5 1 bordo Tipo 1B manual C1 P R H F F 1 1 S

1158 5 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1159 5 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1160 5 1 bordo Tipo 12D

manual C3 P R H F M 3 3 S

1161 5 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 S

1162 5 1 bojo manual C1 P R H F G 1 3 N

1163 5 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1164 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1165 5 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1166 5 1 bojo manual C1 P R H F M 3 1 N

1167 5 e 12 3 bordo manual C3 P R H F F 3 3 S

1168 7 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1169 7 1 bojo manual C5 M M C M G 1 1 N

1170 7 1 bojo manual C5 P R H F M 1 1 N

1171 7 1 bojo manual C1 P R H F F 1 1 N

1172 8 1 bojo manual C5 P R H F G 2 3 N

1173 8 1 fundo manual C1 P R H F G 1 1 S

1174 8 1 bojo manual C1 P R H F M 1 1 N

1175 8 1 bordo manual C1 P R H F M 2 3 S

1176 8 2 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1177 8 1 bojo manual C5 P R H F M 1 3 N

1178 8 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1179 8 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1180 8 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1181 8 1 bordo manual C1 P R H F G 3 3 S

1182 8 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1183 8 2 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1184 8 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 3 3 S

1185 8 12 bordo Tipo 12A

manual C1 P R H F M 4 4 S

1186 8 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1187 8 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1188 8 2 ficha manual C1 P R H F M 1 1 S

1189 8 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1190 8 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1191 8 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1192 8 1 bordo manual C3 P R H F M 3 3 S

1193 8 1 bordo manual C3 P R H F G 7 7 S

1194 8 1 bordo manual C3 P R H F M 2 2 S

1195 10 1 bojo manual C5 P R H F G 3 1 N

1196 10 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1197 10 1 bojo manual C1 P R H F G 2 1 N

1198 10 1 bojo manual C4 P R H F F 3 3 N

1199 10 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1200 10 1 bordo manual C3 P R H F M 4 4 S

1201 10 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1202 11 4 bordo c/carena

manual C1 P R H F M 3 3 S

1203 11 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 ornatos brunidos S

1204 11 3 carena manual C1 P R H F M 2 3 S

1205 11 1 bojo manual C1 P R H F F 1 3 N

1206 11 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

1207 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1208 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1209 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1210 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1211 11 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1212 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1213 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1214 11 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1215 11 1 bojo manual C1 P R H F G 1 1 N

1216 11 1 bojo manual C1 P R H F M 4 4 N

1217 11 1 fundo manual C1 P R H F M 2 2 S

1218 11 1 bojo manual C5 P R H F M 3 3 N

1219 11 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1220 12 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1221 12 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

1237 12 2 bojo manual C1 P R H F F 2 2 N

1223 12 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

1243 12 1 bojo manual C1 P R H F M 2 2 N

1225 12 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

1226 12 1 bordo manual C2 M M C M F 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1257 12 1 bojo manual C1 P R H F M 1 1 N

1259 12 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1229 12 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 S

1263 12 1 bordo Tipo 11B

manual C1 P R H F F 2 2 S

1231 12 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 S

1265 12 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F M 3 3 S

1268 12 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1269 12 1 bojo c/arranque de mamilo

manual C5 P R H F M 1 1 plástica S

1235 12 1 bordo manual C4 P R H F M 2 2 S

1236 12 1 bordo manual C2 P R H F M 1 1 S

1277 12 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1280 12 2 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1282 12 1 bordo Tipo 11B

manual C1 P R H F F 2 2 S

1240 12 1 pega manual C5 P R H F S.S 7 7 N

1287 12 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1288 12 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1290 12 1 bojo manual C1 P R H F F 3 3 N

1292 12 1 bojo manual C1 P R H F G 3 2 N

1293 12 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1294 12 1 bojo manual C1 P R H F M 1 4 N

1296 12 3 bordo manual C1 P R H F G 3 3 S

1248 12 2 bordo manual C2 P R H F M 2 2 S

1301 12 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1224 12 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

1232 12 1 bordo Tipo 9B manual C1 P R H F M 1 1 S

1239 12 2 bordo Tipo 7B manual C1 P R H F M 2 2 S

1246 12 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1249 12 1 bordo manual C1 P R H F M 2 3 S

1251 12 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 S

1256 12 2 ficha manual C3 P R H F M 1 1 S

1254 12 1 bojo manual C1 P R H F F 8 1 N

1274 12 2 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1279 12 2 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1260 12 1 bojo manual C2 P R H F F 1 3 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1261 12 1 bordo manual C2 P R H F M 2 2 N

1262 12 e 5 2 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1281 12 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1284 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

1289 12 1 bordo Tipo 12C

manual C1 P R H F M 2 1 S

1298 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 2 S

1300 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

1234 12 1 bojo manual C1 P R H F G 1 7 penteada S

1222 12 1 bojo manual C1 P R H F G 1 1 N

1227 12 1 bojo manual C1 P R H F M 8 8 S

1228 12 1 bordo c/carena

Tipo 3A manual C1 M M C M F 1 1 S

1272 12 1 bordo manual C4 P R H F M 3 3 S

1230 12 1 bordo Tipo 11B

manual C1 M M C M F 2 2 S

1233 12 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1238 12 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1241 12 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

1242 12 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1244 12 1 bordo Tipo 7B manual C1 P R H F M 1 1 S

1247 12 1 bojo manual C1 P R H F G 2 1 N

1250 12 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

1252 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

1253 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

1255 12 1 asa de rolo manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1258 12 1 pega manual C1 P R H F S.S 1 1 S

1266 12 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1267 12 1 bordo manual C1 M M C M F 1 1 S

1271 12 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1273 12 1 bordo manual C1 P R H F G 2 2 S

1275 12 2 bordo manual C1 P R H F M 1 3 S

1276 12 1 bordo manual C1 P R H F M 2 1 S

1291 12 4 bordo c/carena

Tipo 3C1

manual C3 P R H F M 1 1 S

1278 12 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1283 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

1285 12 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 impressão S

1286 12 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1295 12 1 bordo c/carena

manual C1 P R H F M 2 2 S

1297 12 1 bordo Tipo 5C manual C1 P R H F M 1 1 S

1299 12 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1245 12 2 bordo Tipo 7B manual C3 P R H F M 2 2 S

1264 12 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

1270 12 1 bordo manual C2 P R H F M 2 2 S

1302 13 1 carena manual C1 M M C M M 1 1 S

1303 13 1 pega manual C5 G A P.C G S.S 7 7 S

1304 13 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 S

1305 13 1 bojo manual C5 P R H F M 1 1 vestígios de ouro

S

1306 13 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1307 13 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1308 13 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

1309 13 1 bojo manual C1 P R H F M 8 3 N

1310 13 1 bojo manual C1 P R H F M 1 1 N

1311 13 1 bojo manual C1 P R H F G 1 3 N

1312 13 1 carena manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1313 13 1 bojo manual C3 P R H F G 3 3 ornatos brunidos S

1314 13 1 bojo manual C1 P R H F M 1 1 N

1315 13 1 bojo manual C1 P R H F G 1 3 N

1316 13 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1317 13 1 bordo Outros manual C1 P R H F G 1 3 S

1318 13 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1319 13 1 carena manual C1 P R H F G 3 3 ornatos brunidos S

1320 13 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 ornatos brunidos S

1321 13 1 bojo manual C3 P R H F F 2 2 N

1322 13 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1323 13 1 bojo manual C1 P R H F G 3 3 N

1324 13 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1325 13 1 bordo manual C1 P R H F F 3 3 S

1326 13 1 bojo manual C1 P R H F M 1 2 incisa S

1327 13 1 bojo manual C2 P R H F M 3 3 N

1328 13 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1329 13 1 fundo manual C1 P R H F G 1 1 S

1330 13 1 bordo manual C1 P R H F M 3 3 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1331 13 1 carena manual C5 P R H F M 1 1 S

1332 13 1 bojo manual C1 P R H F M 1 3 N

1333 13 1 bojo manual C1 P R H F F 6 4 N

1334 14 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1335 14 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1336 14 1 bordo manual C3 M M C M M 7 1 S

1337 14 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1338 15 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1339 15 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

1340 15 1 fundo manual C2 P R H F G 1 1 S

1341 15 1 bordo manual C5 P R H F F 1 1 S

1342 15 1 bordo manual C2 P R H F F 1 1 S

1343 15 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

1344 15 1 carena manual C1 P R H F M 1 1 N

1345 15 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 S

1346 15 1 pega manual C2 P R H F M 1 1 S

1347 15 1 carena manual C2 P R H F M 1 1 N

1348 15 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

1349 15 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1350 16 1 bordo manual C1 P R H F M 2 2 S

1351 17 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

1352 17 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

1353 17 1 carena manual C1 M M C M F 7 7 N

1354 17 1 fundo manual C3 M M C M G 7 7 S

1355 17 1 indeterminado

manual C3 M M C M M 7 7 S

1356 17 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 S

1357 17 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 S

1358 17 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 N

1359 17 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

1360 17 1 bordo manual C1 M M C M M 1 1 S

1361 17 1 bojo manual C3 M M C M M 7 7 incisa S

1362 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

1363 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

1364 17 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

1365 17 1 carena manual C1 P R H F F 1 1 N

1366 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1367 17 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

1368 17 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

1369 17 1 bordo manual C1 M M C M F 7 7 N

1370 17 1 bordo manual C2 M M C M F 1 7 S

1371 17 1 bordo manual C5 M M C M M 7 7 S

1372 17 3 bojo torno C5 M M C M F 1 1 N

1373 17 1 fundo manual C2 G A P.C G M 7 7 S

1374 17 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1375 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1376 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 S

1377 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 S

1378 17 1 fundo manual C5 M M C M M 7 7 S

1379 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 S

1380 17 1 bordo manual C1 M M C M F 7 7 S

1381 17 1 bordo manual C1 M M C M F 7 7 N

1382 17 1 fundo manual C3 M M C M G 7 7 N

1383 17 1 fundo manual C2 M M C M M 7 7 S

1384 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

1385 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1386 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1387 17 1 fundo manual C1 M M C M M 7 7 S

1388 17 1 bordo manual C1 M M C M M 3 7 N

1389 17 1 bordo manual C1 P R H F F 1 1 N

1390 17 1 carena manual C3 P R H F M 1 1 N

1391 17 1 carena manual C5 M M C M M 7 7 S

1392 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1393 17 1 asa de fita manual C3 M M C M M 7 7 S

1394 17 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

1395 17 1 asa de fita manual C1 G A P.C G S.S 7 7 S

1396 17 1 bordo manual C2 P R H F M 7 1 S

1397 17 1 bojo manual C1 G A P.C G G 7 7 N

1398 17 1 fundo manual C2 P R H F F 7 7 S

1399 17 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 S

1400 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 N

1401 17 1 carena manual C3 M M C M M 7 7 N

1402 17 1 fundo manual C3 M M C M M 7 7 S

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1403 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 N

1404 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1405 17 1 bordo manual C1 P R H F F 7 7 N

1406 17 1 asa de rolo manual C1 M M C M M 7 7 S

1407 17 1 bordo Tipo 12C

manual C3 G A P.C G M 7 7 S

1408 17 1 carena manual C1 M M C M M 7 7 N

1409 17 1 bordo manual C1 P R H F F 7 7 S

1410 17 1 bordo c/carena

Tipo 4A manual C1 P R H F M 7 7 S

1411 17 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1412 17 1 bordo manual C2 G A P.C G F 7 7 S

1413 17 1 bordo manual C3 P R H F M 7 7 S

1414 17 2 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1415 17 1 asa de rolo manual C1 M M C M S.S 7 7 S

1416 17 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1417 17 1 bojo manual C5 M M C M M 7 7 N

1418 17 1 pega manual C3 P R H F S.S 7 7 S

1419 17 1 carena manual C3 G A P.C G G 7 7 S

1420 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 S

1421 17 1 bordo manual C3 G A P.C G M 7 7 N

1422 17 1 bordo manual C5 G A P.C G M 7 7 N

1423 17 1 bordo manual C5 M M C M M 7 7 incisa S

1424 17 1 bojo manual C1 M M C M G 7 7 N

1425 17 1 bordo manual C2 M M C M M 7 7 N

1426 17 1 bordo manual C3 M M C M M 1 1 S

1427 17 1 fundo manual C1 M M C M G 7 7 S

1428 17 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 S

1429 17 1 bordo manual C1 P R H F M 7 7 N

1430 17 1 bordo manual C3 P R H F M 7 7 S

1431 17 1 pega manual C2 M M C M S.S 1 1 S

1432 17 1 bordo manual C5 M M C M F 7 7 N

1433 17 1 fundo manual C1 M M C M M 8 7 S

1434 17 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

1435 17 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 N

1436 17 1 bordo Tipo 10A

manual C1 P R H F M 1 1 S

1437 17 1 bojo manual C3 P R H F M 7 1 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1438 17 1 bordo manual C2 P R H F M 1 1 S

1439 17 1 carena manual C1 M M C M M 1 1 N

1440 18 1 bordo manual C3 P R H F G 2 2 S

1441 18 1 bordo Tipo 12D

manual C3 M M C M M 1 1 S

1442 18 1 bordo manual C3 P R H F G 1 1 S

1443 18 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1444 18 1 bordo manual C3 P R H F F 1 1 S

1445 18 1 bordo manual C1 M M C M F 7 7 S

1446 18 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1447 18 1 bordo manual C3 G A P.C G G 7 7 S

1448 18 1 bordo manual C1 P R H F G 1 1 S

1449 18 1 bordo manual C3 M M C M M 7 7 S

1450 18 1 carena manual C3 M M C M M 1 1 S

1451 18 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1452 18 1 bordo manual C2 M M C M M 1 1 N

1453 18 1 bordo manual C3 M M C M G 1 1 S

1454 18 1 fundo manual C1 G M C M M 7 7 S

1455 18 1 bordo manual C5 M M C F M 7 7 S

1456 18 1 pega manual C5 G A P.C G S.S 7 7 S

1457 18 1 bordo manual C3 P R H F M 1 1 S

1458 18 1 bordo manual C2 P R H F M 1 1 S

1459 18 1 bordo manual C5 P R H F M 1 1 S

1460 18 1 carena manual C2 P R H F M 1 1 S

1461 18 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1462 18 1 bordo manual C5 M M C M M 7 7 S

1463 18 1 carena manual C5 M M C M G 1 1 N

1464 18 1 pega manual C3 P R H F S.S 1 1 S

1465 18 1 fundo manual C3 M M C M G 7 7 N

1466 18 1 asa de rolo manual C2 P R H F S.S 1 1 S

1467 18 1 bordo Tipo 12D

manual C1 M M C M G 1 1 S

1468 18 1 pega manual C5 M M C M S.S 1 1 S

1469 18 1 pega manual C5 G A P.C G S.S 7 7 S

1470 18 1 bordo manual C1 M M C M M 7 7 S

1471 20 1 fundo manual C5 M M C M G 1 1 S

1472 20 1 bojo manual C1 P R H F M 1 2 N

Legenda: Cor: C1: cores escuras homogéneas (castanho escuro a negro); C2: cores avermelhadas/alaranjadas homogéneas; C3: superfície(s) avermelhadas(s) com núcleo escuro; C4: superfícies escuras com núcleos avermelhados; C5:

cores muito irregulares. Pasta: Granulometria (e.n.p) – P: pequeno; M: médio; G: grandes. Frequência (e.n.p.) - R:raros; M: médios; A: abundantes. Compacticidade da pasta: H:homogénea; C: compacta; PC: pouco compacta; F: friáveis Fabrico: F: fino; M: médio; G: grosseiro. Espessura – F: paredes finas; M: paredes médias; G: paredes grossas; S.S.: sem significado. Tratamento de Superfície: 1: alisado; 2: polido; 3: brunido; 4: espatulado; 5: engobe; 6: “cepillado”; 7: rugoso; 8: corroído.

1473 21 1 bojo manual C2 P R H F M 1 1 N

1474 21 1 bordo Tipo 3C manual C5 P R H F M 1 1 S

1475 21 1 bordo manual C2 P R H F M 1 1 S

1476 21 1 fundo manual C1 M M C M M 7 7 S

1477 22 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1478 22 1 bojo manual C2 P R H F M 3 3 N

1479 22 1 bojo manual C1 P R H F M 3 3 N

1480 22 1 bordo manual C1 P R H F M 1 1 S

1481 5 1 bojo manual C5 M M C M M 1 1 mista S

1482 16 1 bojo manual C2 M M C M M 7 7 N

1483 16 1 bojo manual C1 M M C M M 7 7 N

1484 16 1 bojo manual C3 M M C M G 7 7 N