Ministério Pastoral

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1 Ministério Pastoral Teologia & Prática Conteúdo I. Surgimento da Disciplina .................................................................................................................. 2 II. Entendendo o Ministério Pastoral na Bíblia: ........................................................................................ 3 III. Preparo Para Pastorear .................................................................................................................... 5 IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ? .............................................................................................................. 7 V. Pastor , ministro da Palavra.................................................................................................................. 8 VI. Pastor Pra Quê? .............................................................................................................................. 11 VII. A Apresentação do Pastor ............................................................................................................. 12 VIII. O Pastor e o Púlpito ................................................................................................................... 21 X. O Culto na Igreja.............................................................................................................................. 25 XI. O Pastor e a Organização da Igreja / Ministérios ................................................................... 29 BIBLIOGRAFIA: ....................................................................................................................................... 30

Transcript of Ministério Pastoral

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Ministério Pastoral

Teologia & Prática

Conteúdo I. Surgimento da Disciplina .................................................................................................................. 2

II. Entendendo o Ministério Pastoral na Bíblia: ........................................................................................ 3

III. Preparo Para Pastorear .................................................................................................................... 5

IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ? .............................................................................................................. 7

V. Pastor , ministro da Palavra.................................................................................................................. 8

VI. Pastor Pra Quê? .............................................................................................................................. 11

VII. A Apresentação do Pastor ............................................................................................................. 12

VIII. O Pastor e o Púlpito ................................................................................................................... 21

X. O Culto na Igreja .............................................................................................................................. 25

XI. O Pastor e a Organização da Igreja / Ministérios ................................................................... 29

BIBLIOGRAFIA: ....................................................................................................................................... 30

2

I. Surgimento da Disciplina

Titulos: Pastoral, Pastoreio, Pastorado, Teologia Pastoral, Teologia Prática,

Teologia Ministerial…

Nos séculos XVIII e XIX é que se desenvolve a teologia pastoral ou “teologia

aplicada”, sob influência do iluminismo1. Em 1810 Friederich Schleiermacher2 cria a

cátedra de Teologia Prática, na faculdade de Teologia na Universidade de Berlim.

A terminologia que tem prevalecido na teologia católica não distingue com suficiente

clareza entre pastoral e teologia pastoral; os dois termos são freqüentemente utilizados

como sinônimos e seus significados podem até ser confundidos de fato. Mais

corretamente, no catolicismo “pastoral” indica o complexo de atividades desenvolvidas

na igreja para a consecução de seus próprios objetivos; “teologia pastoral” indica a

reflexão, criticamente fundamentada, sobre o acontecimento pastoral.

Na área protestante alemã percebe-se a distinção, pelo contrário, entre teologia

pastoral e teologia prática; “teologia pastoral” indica a reflexão sobre a atitude do pastor

em geral, a respeito de sua própria profissão e à ajuda prestada ao incremento das

aptidões pessoais do pastor (prudentia pastoralis), enquanto que “teologia prática”

designa a reflexão crítica sobre a tarefa eclesial. A proposta feita recentemente no

âmbito católico de se substituir a expressão “teologia pastoral” por “teologia prática” se

situa em correspondência ao deslocamento da reflexão sobre a atividade do pastor na

igreja para a reflexão sobre o agir da igreja em suas dimensões.3

Para o pensamento das igrejas que surgiram a partir da Reforma do século XVI,

falar de “pastoral” tem significado, principalmente, referir-se à função do pastor [no

entanto] os reformadores do século XVI nunca falaram de “pastoral”, quando muito,

referiram-se ao ministério do pastor e sua ordem própria. É óbvio que, com o correr do

tempo, produziu-se no pensamento protestante uma redução do conceito, que foi

ficando limitado à pessoa (ou à figura, como se queira) do ministro ordenado [...] esta

tendência, fortemente arraigada no protestantismo, influi fortemente para que a

compreensão da pastoral siga focalizando a figura do “pastor”.4

1 Movimento filosófico e literário do séc. XVIII, caracterizado por profunda crença no poder da razão humana e da ciência como

forças propulsoras do progresso da humanidade; ILUSTRAÇÃO; FILOSOFIA DAS LUZES - Dicionário Aulete. 2 Friederich foi um Teólogo e Filosofo alemão.

3 PACOMIO, L et alli (orgs.). Diccionário teológico multidisciplinar. Salamanca: Sigueme, 1997, 2 volumes (vocábulo: Teologia

Pastoral), p. 84 4 SANTA ANA, Julio de. Pelas trilhas do mundo, a serviço do Reino. São Bernardo do Campo: Imprensa Metodista e Faculdade de

Teologia da Igreja Metodista, 1985, p. 31.

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II. Entendendo o Ministério Pastoral na Bíblia:

No Antigo Testamento:

Vê-se na história dos hebreus a criação de rebanhos de ovelhas. Quando Deus é

chamado de pastor faz-se menção ao cotidiano dos pastores que cuidavam, guiavam e

protegiam esses rebanhos. O salmo 23 retrata a excelência do pastoreio divino por

Israel. “O pastor é autoridade e solicitude, poder e carinho, vigor e ternura ...” (Ronaldo

Sathler - Rosa citando Libanio, p.17) .

“Ser pastor em Israel é ser fiel a vocação do povo. Daí que os dirigentes da

nação eram chamados pastores: Jeremias, por exemplo, critica os maus pastores de

Israel, culminando com um discurso através do qual foi fustigando, sucessivamente a

família real de Judá, aos reis Joacaz, Joaquim e Jeconias (cf. Jr 21.11 - 23.2) ” (Julio

de Santa Ana, p.35).

Para Julio de Santa Ana, a figura pastoral vetero–testamentário tem haver com a

liderança política da época, pois esses tinham condições de guiar, proteger e cuidar do

povo ou rebanho. (Livro: Pelas Trilhas do Mundo a Caminho do Reino).

No Novo Testamento:

- No novo pacto ou aliança Jesus Cristo é o Bom pastor. Toda sua vida é a

atividade pastoral. Ele é o modelo excelente e perfeito “A pessoa e prática de

Jesus é modelo por excelência do ministério da igreja e do ministério do pastor

e da pastora” (Ronaldo Sather-Rosa, p.29).

- “O Objetivo central de toda ação pastoral é que Cristo seja formado, ou seja,

que Cristo permeie toda a vida das pessoas e seus múltiplos relacionamentos:

com Deus, com o próximo, com a natureza e com elas mesmas (cf João 10.10)”.

Ronaldo Sather-Rosa p.31 citando Bonhoeffer, 1955, p.55-78).

- Não tem como entender o ministério pastoral na Bíblia sem refletir na atuação

de Iavé em Israel e de Cristo no mundo. Deus presente na história, cuidando do

seu rebanho.

Lendo Sobre o Dom

“Ele mesmo concedeu uns para (...) pastores e mestres.” Ef 4.11

“Neste texto parece se referir a mesma função. Pastorear e ensinar são habilidades

que se sobrepõem, no entanto são distintas. Emissários (apóstolos) fundavam

4

congregações. Profetas falavam a palavra de Deus. Proclamadores das boas-novas

(evangelistas) comunicam as boas-novas de modo que as pessoas se voltem do

pecado e aceitam o perdão de Deus por intermédio do messias. Pastores prosseguem

a partir desse ponto, discipulando e aconselhando os crentes novos e maduros para

viverem a vida messiânica. Mestres comunicam e aplicam a verdade bíblica. Nenhum

deve se orgulhar quanto a sua posição, mas sim preparar o povo de Deus, conforme

explicado nos vv. 12-13” . (David H Stern, p.637.)

Vocação Pastoral

Vocação é: chamamento, ato de convidar ou solicitar.

Vocação Geral: Toda humanidade, de maneira indistinta, é convocada a

participar gratuitamente dos benefícios do Evangelho com base nos méritos da

morte de Cristo.

Vocação Específico: Embora todos sejam convidados a usufruir dos meios da

graça, nem todos serão convidados a exercer o ministério da Palavra. É um

chamado que depende única e exclusivamente dos desígnios e da soberania de

Deus.5

Liderança Espiritual

Liderança e serviço estão intimamente ligados na proposta bíblica espiritual.

Aqueles a qual Deus chama para o ministério da Palavra, i.é., Pastoral,

exercem liderança espiritual. Essa liderança é algo que de alguma maneira

relaciona-se com a vida e missão dos crentes. A ação dessa liderança muitas

vezes não está clara no meio evangélico, na maioria das vezes é relacionada a

administração, organização e preocupações institucional e não com a palavra.

Liderança terrena tem haver com chefia, comando, representante de um grupo

de pessoas, aquele que exerce influência sob outros. Liderança espiritual tem

haver com conduzir, guiar, orientar, influenciar, tudo com base na palavra de

Deus.

5 Definições de vocação extraído do Dicionário Teologico, p.289

5

III. Preparo Para Pastorear

A necessidade de uma preparação a vocacionados é muito mais exigida hoje do

que antes. Dennis Bickers tratando sobre esse assunto afirma: “O ministério é

árduo. Os pastores de hoje se deparam com questões que seus predecessores

nunca enfrentaram: AIDS, cristãos divorciados, aborto, problemas sociais,

violência entre jovens e distorção de valores são apenas algumas das questões

difíceis que devem ser tratadas pelos pastores de hoje.” 6

“Fomos chamados para pastorear, para conduzir homens e mulheres a Cristo, a

se conformarem à imagem dele. Esta é a nossa tarefa, é para isso que nos

preparamos, estudamos e ministramos. Para ver pessoas sendo cada vez mais

semelhante ao filho de Deus, refletindo sua glória, sua humanidade perfeita.”7

A igreja sempre teve a preocupação de ter pastores preparados na sua

edificação. Caso contrario não teríamos tantas orientações no Novo Testamento

dirigida exclusivamente a essas pessoas que pastoreiam. Podemos afirmar que

preparação é a exigência do Senhor (dono) da Igreja para o pastor.

Preparo significa:

Obedecer aos Princípios Bíblicos pastorais

Manter a espiritualidade através da Oração, Leitura e Meditação bíblica.

Cito aqui também leituras extras: livros e jornais.

Estar contextualizado e atualizado.

Estudar Teologia.

O estudo da teologia é o estudo sobre a palavra de Deus. O dom pastoral é o

ministério da palavra. Como sou ministro (servo) daquilo que não conheço? O que

vou falar daquilo que não estudei e não tenho conhecimento?

Contra as tendências narcisistas

Narcisista de “Narciso”, herói da mitologia grega. “O auto-admirador”. Pessoa

muito vaidosa, enamorado de si mesma.

James Houston diz que podemos identificar pelo menos oito características de

desvios nos narcisistas:

6 Extraído do livro Pastor e Profissional, p.61

7 Extraído do livro Nova Liderança, autor Ricardo Barbosa, p.102

6

1. Noções grandiosas de auto-importância, acentuadas por conceitos fantasiosos de

liderança.

2. Preocupação com fantasias de sucesso, poder, brilhantismo e beleza ilimitados (...).

3. Exibicionismo a serviço da publicidade, para aumentar vendas e gerar falsas

expectativas.

4. Fortes sentimentos de raiva, inferioridade, vergonha, humilhação ou vazio diante da

critica ou indiferença de outros.

5. Sentimento de que o mundo lhe deve muito, de modo que o individuo é tomado por

um profundo sentimento de injustiça, ciúme, inveja e ressentimento quando não é

reconhecido.

6. Exploração Interpessoal, que leva o individuo a derrubar outros que se apresentam

como rivais em potencial e que criam alguma ameaça ao ego inseguro do narcisista.

7. Relacionamentos que oscilam entre a super-idealização ou então a desvalorização,

e nunca se caracterizam pela estabilidade ou constância.

8. Uma falta de empatia, que torna esse líder incapaz de tratar os outros com

sensibilidade e gentileza. No final, os outros se sentem explorados e manipulados.

Extraído de: Nova Liderança, p.178-179.

Vivendo o Fruto do Espírito:

Ágape: O maior destes. “Tudo começa com o amor de Deus”

Chara: A alegria do viver, ou reviver, de ter encontrado o que foi perdido, de ser

reconciliado.

Eirene: O melhor da vida: a paz. Jesus nos trouxe a paz.

Makrothumia: A paciência divina e humana. Expressa a atitude de nunca perder

a calma a paciência com as pessoas ou acontecimentos (eventos) diários.

Chrestotes: A benignidade. “Tratar os outros de modo que Deus nos tratou”

Agathosune: A bondade ou generosidade. Generosidade que brota do coração

benigno.

Pistis: A virtude da confiança: fé. “Descreve o homem em cujo serviço fiel

podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas.”

Prautes: Força e suavidade: mansidão. “prautes é o poder que, mediante o

Espírito de Deus, faz a força poderosa e explosiva da ira ser aproveitada no

serviço humano e divino”

Egkrateia: A vitória sobre o desejo: temperança. “a qualidade que capacita o

homem a viver e andar no mundo, conservando imaculadas as suas vestes.”

Extraído de Barclay, William, As Obras da Carne e o Fruto do Espírito.

7

Na relação pastor fruto do Espírito podemos ver a busca da integridade

ministerial. Enquanto que na relação pastor narcisismo, vimos a decadência dessa

integridade

IV. IMAGEM: Tudo Ou NADA ?

Modelo pastoral influenciado pela pós-modernidade:

Empresarial (percebe a necessidade do “mercado”)

Status, posição (Poder)

Politicagem (política de interesses pessoais)

Modelo Pastoral Bíblico:

• Modelo Excelente: Cristo

• O livro Teologia Pastoral do escritor José Deneval Mendes, p.26, apresenta

quatro aspectos do modelo neotestamentário pastoral, ou seja, o pastor em

relação as ovelhas deve:

1 – Governar 3 - Alimentar

2 – Defender 4 – Cuidar

A imagem que reflete Cristo jamais é influenciada pelo presente século, pelo

contrário, protesta e convida a reflexão e mudanças necessárias (nascer de novo).

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V. Pastor , ministro da Palavra

Alguns princípios para exercer melhor sua função:

“Transformando Olhos em Ouvidos”

Se tornar um Exegeta e Hermeneuta.

O pastor jamais pode esquecer de “ouvir” a voz de Deus. Quando lê não pode

deixar-se levar só pelas necessidades dos outros mas antes aplicar a palavra de Deus

as suas necessidades.

Exegeta: pessoa que faz comentário ou dissertação para esclarecimento ou

minuciosa interpretação de um texto ou de uma palavra.

Hermeneuta: pessoa que Interpretar os sentido das palavras ou texto.

O ministério do pastor é pregar a palavra para orientar, cuidar e guiar. Ele será a

pessoa que transmite as verdades bíblicas através de comentários e interpretação do

texto. Ele também dará esclarecimentos acerca da Bíblia.

Atualmente temos mais condições e mais ferramentas do que outros tiveram no

passado (pesquisas nas áreas de arqueologia, história, geografia, filologia, entre

outras, alem de acesso mais fácil a informações, livros, bibliotecas).

Pastor igual a Cristo

1. Na vida particular 6. No fazer discípulos

2. Na vida Espiritual 7. Nas reuniões

3. Na Vida Emocional 8. Nas Finanças

4. No Ensino 9. Na Santidade

5. Nos Sermões 10. Na Autoridade

Ralph M. Riggs diz que “é impossível que um ministro do Evangelho seja

verdadeiramente espiritual em público e carnal na vida espiritual”

A vida particular do pastor testemunha o Evangelho de Cristo. O que muitas

ovelhas não entendem ainda é que o pastor precisa cuidar também de si mesmo e de

sua família.

A vida particular, espiritual e emocional está relacionada ao cuidado próprio.

O pastor deve cuidar-se ou prevenir-se contra os males deste século, entre eles

cito: ansiedade, estresse, fadiga. Algo que o pastor deve planejar também com

bastante responsabilidade é sua vida futura (velhice e jubilação).

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Sobre a vida familiar a Bíblia da uma orientação para os casados: “mas o

homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua

esposa” 1Co 7.33, mas por outro lado essa não pode ser uma preocupação que lhe

tire da posição em Cristo “pois se alguém vem a mim (a Cristo) e ama o seu pai, sua

mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até a sua própria vida mais do que

a mim, não pode ser meu discípulo” Lc 14.26. Ainda temos a orientação em 1 Tm 3 que

entre os muitos requisitos para o ministério pastoral encontramos alguns requisitos

sobre a família: ser marido de uma só mulher, e governar bem sua própria família,

tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois se alguém não governar sua

própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?

Comodismo X Ativismo

Os extremos nos cercam não só na teologia pastoral, mas em quase todos

pensamentos acerca de Deus. Sempre tem os dois lados. Na atuação pastoral deve

haver aquela harmonia necessária para não ter exageros. O ativismo filosoficamente

definido é a doutrina que faz da atividade a essência da realidade. Já o comodismo é o

sistema ou atitude que leva o individuo a atender, acima de tudo, à própria comodidade

(bem-estar ou conforto).

O pastor não pode se acomodar, pelo contrário deve saber de suas

responsabilidades com a igreja, com sua família, consigo mesmo e acima de tudo

com Deus que o chamou para esse trabalho.

Por outro lado, não pode ser um ativista. Jhon White em seu livro Encontrei um

Líder, escreve o seguinte capitulo:

“Os líderes de Deus não são viciados em trabalho. Eles trabalham duro sem escravizar-

se ao cativeiro do próprio trabalho. Eles não têm medo do trabalho ou receio de delegar

tarefas. Um bom líder considera o trabalho como um meio de alcançar um objetivo

especifico.” p.64

Leve em consideração isso. Como Temos falado em várias aulas o ministério

pastoral é o que mais está em evidencia na igreja cristã da atualidade. Considere essa

liderança como um serviço para alcançar Objetivos para o Reino de Deus: edificação,

discípulos...

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Expectativas

Na Teologia Pastoral acredito que não deveria faltar essa reflexão: Quais são

minhas expectativas para o pastorear no século XXI? Mais importante ainda: em

quem focalizo minhas expectativas?

Com tantas pressões para “resultados” a frustração pastoral pode acontecer

quando não “crescer”, no sentido de demonstrar resultados. Lemos na Bíblia “Eu

plantei, Apolo Regou; mas Deus que dá o crescimento. Pelo que nem o que planta é

alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento. Ora, o que planta e o

que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho” I Co

3: 6-8

Páginas 1 – 10, escrito pelo Pr. Elmer M. B.

Bibliografia

Nas Trilhas do Mundo, A Caminho do Reino. Julio de Santa Ana

Trabalho Pastoral em Tempo de Insegurança. Ronaldo Satler-Rosa

Encontrei um Lider. John White

Nova Liderança, Valdir Steuernagel & Ricardo Barbosa (editores)

Pastores Ainda em Perigo, Jaime Kemp

O Guia do Pastor, Ralph M. Riggs

A Vocação espiritual do Pastor, Eugene Peterson

Um Pastor Segundo O Coração de Deus, Eugene Peterson

Teologia Pastoral, José Deneval Mendes

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VI. Pastor Pra Quê?

De todos os animais domésticos, as ovelhas são as que mais exigem trabalho e

esforço do pastor, exigem atenção e cuidado meticuloso, por isso a sorte de uma

ovelha depende grandemente do tipo de pessoa que é o seu pastor. Com um bom

pastor, não se falta nada, as ovelhas crescem e se desenvolvem. Deixada por si

mesma, perde-se facilmente, pois sua tendência é desviar-se do caminho; ela não

percebe os perigos. Se for deixada em um pasto por um longo tempo, acaba

destruindo-o, arrancando até as raízes da grama. Se a ovelha cair numa pequena

valeta e ficar de pernas para o ar, ela não consegue se levantar e, se ninguém a ajuda,

acaba logo morrendo.

A sorte de uma ovelha depende do pastor. A Bíblia mostra que o homem é como

uma ovelha, pois sua tendência é desviar-se do caminho bom e tomar o caminho da

destruição. Ele também precisa ser pastoreado, Is 53:6. De madrugada, o pastor

chama cada ovelha para fora do aprisco, pois quando vier o calor do dia, o rebanho

poderá se deitar na sombra já bem alimentada. Se houverem vários rebanhos reunidos

ali no aprisco, ele chama cada ovelha pelo nome, e elas reconhecem a sua voz,

seguindo-o.

Sua preocupação é levar as ovelhas à boa pastagem, dar- lhes água, proteção,

cuidado às doentes, e às que se desviam do caminho. À tarde conduz novamente o

rebanho ao aprisco e as faz entrar uma por uma.

Passa a mão examinando cada uma, individualmente, nas feridas derrama óleo e

cuida dos carrapatos e pestes. Conta suas ovelhas e, faltando uma, volta a procurá-la,

conforme LC 15:3, 7. O pastor vigia constantemente, ele precisa ir onde encontrar

pastos verdejantes e água.

A ovelha precisa se sentir segura e sem temor para crescer e se desenvolver bem,

pois, se estiver inquieta, com temores, não se alimenta bem e não haverá

desenvolvimento e reprodução. Por isso, a sorte das ovelhas depende do pastor e da

maneira que cuida delas. Aqueles que têm compaixão pelas ovelhas dão sua vida por

elas. Quando longe de sua casa, o pastor faz curral com galhos de espinhos para

proteção e se deita na estrada durante as noites longas, protegendo o rebanho dos

predadores.

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VII. A Apresentação do Pastor

Cuidado com seu corpo;

Nosso corpo é o veiculo através do qual funciona todo o nosso ministério. Se

esse veículo adoecer, a pontualidade e a eficiência serão prejudicadas. É razoável,

pois, que cuidemos bem do nosso corpo, que nos foi dado pelo Senhor, pois, além do

mais, somos templos do Espírito Santo, I CO 6:19, 20. Ter um bom físico não deve ser

finalidade em si mesma, mas possuir um bom físico, forte, é uma vantagem para o

ministro de Deus. Capacita-nos a sermos desgastados para Deus e dar plena

expressão e eficiência à sua capacitação espiritual e mental.

Abusar do corpo é algo insensato e, pouco tempo para o repouso e recuperação

leva a ruína da nossa saúde.

Leia SL 127:2 e MC 6:31. Na passagem de LC 21:34 diz que não devemos ficar

sobrecarregados pela gula e pelas preocupações deste mundo, pois isso seria laço

para nós. Em GL 5:23 fala de domínio próprio e Paulo fala em manter seu corpo em

sujeição, I CO 9:27.

Asseio Pessoal;

O ministro de Deus deve ser um homem limpo. Nem mesmo uma vida

financeira difícil não justifica o andar sujo. O obreiro do Senhor precisa andar bem

arrumado, cheiroso, e cujo asseio ressalte a vista. Também se condena o andar

exageradamente na moda.

A higiene pessoal e corporal deve ser tão perfeita como a da mente, do coração

e da linguagem. Há ministros e obreiros que proferem termos incompatíveis com o

decoro do ministro do Evangelho. Aliás, mesmo sendo dotado de um linguajar pobre,

errado, com pouco vocabulário é obrigação do homem de Deus procurar melhorar,

através de estudo e leitura.

Dignidade

Se um homem não tiver dignidade, não pode ser ministro do Evangelho.

Dignidade é um conjunto no qual fazem parte NOBREZA, DECORO, GRAVIDADE,

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SERIEDADE, e COMPOSTURA. Não quer dizer que o homem de Deus precisa ter no

seu rosto piedade forçada, semblante solene ou ameaçador, mas um comportamento

que inspira RESPEITABILIDADE. Ele é líder espiritual e exemplo moral do povo de

Deus; tem o dever de ser homem temperado, mesmo que seja jovem (I TM 4:12). Em

EF 5:4 Paulo recomenda que não haja entre eles: Conversação torpe; Palavras vãs;

Chocarrices, etc.

O homem de Deus não deve ser excessivamente intimo com os membros da

igreja para não ser desrespeitado. Excesso de familiaridade diminui sua autoridade e o

rebaixo no conceito e respeito dos demais crentes.

Tato;

Significa prudência, pois atitudes, palavras ou gestos impensados prejudicam

sua imagem e seu trabalho. Há casos em que o pastor precisa corrigir comportamento

das pessoas, jovens, adultos ou crianças; ou corrigir alguma desordem na igreja, ou

numa reunião ou assembléia, discorda de uma opinião não compatível com a verdade

e em todos esses casos não pode ferir a suscetibilidade das pessoas, não humilhar,

não desmoralizar, não ofender, não criar clima desagradável, não ferir ninguém, enfim.

Discrição;

Ser tardio em falar e pronto a ouvir é uma virtude, TG 1:19. Para não sermos

acusados falsamente em dados momentos, Paulo ensina: RM 14:16 – “Não seja, pois,

vituperado (repreendido) o vosso bem”.

O homem de Deus tem que ser de vontade firme e controlada e mente sábia

para agir com prudência, não se envolvendo em situações de embaraços.

Veja alguns exemplos:

1. Ser sempre cavalheiro, mas cauteloso;

2. Quando levar para casa pessoa de sexo oposto, ir sempre acompanhado de

uma terceira pessoa, nunca deve ir sozinho;

3. Todo contato com o sexo oposto deve ser extremamente cauteloso;

4. Há obreiros que só são afetuosos com mulheres; isso precisa ser evitado.

5. Tratar com distinção determinadas pessoas e outras não é acepção de pessoas,

e tem de ser evitado;

6. Tratar de forma privilegiada pessoas financeiramente abastadas é uma atitude

reprovável;

7. Entrar em conversa de pessoas, mesmo sendo membros da sua igreja, quando

estes falam em particular, é falta de discrição e até de educação.

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8. Usar termos que traduzem fascinação por alguma pessoa, mesmo sem malicia é

censurável;

9. Elogiar só mulheres ou somente a esposa, quando se tratar de casal, mesmo

que as intenções sejam as mais justas e puras, pode suscitar comentários

desagradáveis.

ERROS A EVITAR

Um pastor com vida consagrada normalmente sabe comportar-se dignamente no

exercício da sua nobre missão. Nas suas múltiplas atividades, no desejo de evitar

contendas, os esforços para resolver com amor cristão problemas complicados que

surgem na sua igreja, nas relações pessoais e funcionais no ministério, não é fácil

seguir o Mestre e ser prudente e sábio, mantendo sempre o padrão ético da sua

posição. Se fizer escrupulosamente o exame da sua própria personalidade, ficará mais

bem preparado para reconhecer e corrigir suas fraquezas, e manter a pureza de

motivos no exercício de seu ministério.

Há variedade de temperamentos entre pastores como em qualquer outro grupo

de pessoas.

Alguns são ardorosos e cheios de confiança e esperança; outros são irascíveis e

facilmente ficam zangados e aborrecidos. Alguns são calmos e tranqüilos, enquanto

outros nervosos e facilmente ficam agitados. O pastor pode cultivar com proveito a

honestidade intelectual; ter e manter as convicções quanto às verdades primordiais da

fé cristã.

Em questões de interpretação e métodos de serviço, deve reconhecer que não é

infalível, e procurar reconhecer a verdade na posição daqueles que não concordam

com ele.

Devido às fraquezas humanas, o comportamento do pastor nem sempre condiz

com seu conhecimento. Em certas circunstâncias é difícil subordinar o seu

personalismo aos ideais do ministério cristão. Pastores mais experientes e espirituais

oferecem conselhos valiosos para os jovens pastores na formação de seus valores

éticos. O irmão D.J. Storer, no seu livro “THE PREACHER”, menciona alguns erros da

vida ética do pregador (homem de Deus);

1. Falta interesse e desejo de ajudar os irmãos na solução de seus

problemas.

2. O perigo de não tratar de seus próprios negócios.

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3. A perda do idealismo da sua vocação.

4. Agitação em torno dos problemas que incomodam os irmãos.

5. Desejo e esforço de galgar a preeminência entre os colegas de ministério

“custe o que custar”.

O Dr. Storer ainda recomenda que, para vencer esses erros (fraquezas), usar as

seguintes sugestões;

a. Cultivar o espírito de justiça nas relações pessoais.

b. Desenvolver o espírito de cooperação na satisfação das

necessidades de outros irmãos.

c. Praticar a disciplina própria com firmeza e HONESTIDADE.

d. Procurar entender de forma realística os problemas do corpo de

obreiros (as) da congregação e do ministério.

e. Reconhecer que nunca se deve semear discórdia e dissensões em

nenhum lugar.

Não é fácil para um pastor reconhecer suas fraquezas próprias, mas seguindo

os preceitos apresentados, a possibilidade do erro ministerial diminui e sua

credibilidade aumenta.

Em muitos lugares vemos que, há pastores e dirigentes com tendência a

censurar asperamente e com prazer, as faltas de seus irmãos obreiros. É os

“caçadores de pecados”, os “Indiana Jones das nossas igrejas”. MT 7:12 diz: “Tudo

quanto, pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles;

porque está é a Lei e os profetas”.

Aplicando os princípios éticos já mencionados tiramos mais alguns preceitos,

que, não realizados, constituem grave erro;

1. O obreiro consciencioso não procurará ganhar membros nas igrejas

vizinhas, para aumentar a sua própria, mas trabalhará para evangelizar

os incrédulos e formação do seu próprio corpo de obreiros.

2. Não divulgara boatos ou fofocas ou informações confidenciais que

prejudiquem o nome de obreiros ou irmãos da igreja.

3. Falará-lhes pessoalmente, sobre as acusações contra eles, e os

defenderá contra acusações falsas.

4. Não aceitará crítica mordaz contra o seu antecessor, e nas mudanças

dos planos de administração do ministério, não condenará tudo que os

outros fizeram ou queriam fazer.

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5. É detestável quando um dirigente se esforça para ser melhor do que

outro de outra congregação, em vez de trabalhar para o

engrandecimento do reino de Deus.

6. Quando chegar o dia de entregar o comando da igreja a outro obreiro,

deixara tudo bem organizado, sem fazer o papel de Absalão.

7. Reconhecerá que Deus o chamou ao ministério NA SUA

DENOMINAÇÃO e que tem deveres junto à mesma, cooperando com

seus programas e trabalhando para aumentar a sua influencia e poder.

8. Reconhecer que, na providencia de Deus foi à SUA DENOMINAÇÃO que

recebeu seu preparo e a OPORTUNIDADE da SEPARAÇÃO ao serviço

do Senhor.

9. Dedicará todo o seu tempo ao ministério cristão sem “embaraçar-se com

as coisas desse mundo”.

10. Não se esquivará dos seus deveres como cidadão da pátria, dando bom

exemplo de cumpridor das leis.

11. Como homem de Deus tem responsabilidades especiais para com

mulheres, sejam mais jovens ou mais idosas, sempre as respeitando de

modo especial e tratando-as com honra e dignidade devidas.

12. Cuidará bem da SUA PRÓPRIA FAMILIA. (Este item será objeto de

estudo especial).

O JULGAMENTO

Mesmo sem provas concretas, costumamos avaliar as pessoas e condená-las,

baseado em suposições... Jesus deixou claro que isso envolve sérios riscos, baseados

em suposições, às vezes até ilógicas. Os danos são IRREVERSIVEIS. Em MT 7:1 se

encontra a frase “juízo temerário”, mas muitos não fazem idéia do que possa significar

TEMERÁRIO.

Temerário significa:

...Imprudente ...Perigoso

...Precipitado ...Sem fundamento

Jesus estava se referindo ao mau hábito de culpar alguém de forma infundada,

através de criticas amargas e injustas. Os fariseus;

a. Criticavam o relacionamento de Jesus com os pecadores; MT 9:10-11 – “... porque come o vosso mestre com os publicanos e

pecadores?”.

O critico é um “descobridor” de erros vive à procura de falhas alheias.

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b. Criticavam o ministério de Jesus;

MT 9:34 – “... Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios”.

O julgador temerário imagina as PIORES INTENÇÕES DAS PESSOAS.

Jogam “água fria” nos seus planos e entusiasmo, ministério, etc.

c. Arrogantes e sem misericórdia nos seus juízos;

Confiam demais em si mesmos, crendo que são justos e desprezam os

outros.

LC 18:11 – “... ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens,

roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda como esse publicano”.

d. Porque Jesus condena o juízo temerário?

“...Não julgueis...”

Esses têm uma visão míope dos fatos. Não corrigem a si mesmos, mas querem

sempre interferir na conduta e pensamentos dos outros.

Amado pastor peça a Deus que vos livre da tentação de fazer critica amargas e

emitir juízos temerários sobre o teu próximo.

O OTIMISMO EXAGERADO

Diz o dicionário brasileiro Globo: otimismo é a tendência de se ver tudo pelo lado

bom. E quando, vitória após vitória, o otimismo se torna exagerado?Vem àquela

sensação de orgulho, aquela alegria resultante do sucesso.

É comum ver alguém se regozijar numa vitória espiritual, mas observe;

NECESSITAMOS MEDIR O GRAU DO NOSSO REGOZIJO, porque às vezes a nossa

alegria não é do Senhor, mas carnal, e, sendo assim corremos sério perigo. Lendo I

SM 15:13-26, vemos que SAUL ALEGROU-SE NAS VITÓRIAS que o Senhor lhe havia

dado, mas o Senhor NÃO SE ALEGROU com a sua alegria, alegria de Saul.

Até o apostolo Paulo certa vez se regozijou de seu trabalho, mas voltou atrás,

dizendo:

“Não eu, mas a graça de Deus está comigo” I CO 15:10.

Muitos ministros têm tropeçado nessa pedra, do otimismo exagerado, levando

uma vida de excessiva satisfação própria; gozo em si pelos trabalhos realizados; tem a

satisfação de ver sua própria voz gravada, seja no vídeo ou na TV; fazem questão que

o coro da igreja, o grupo de louvor, a banda da SUA igreja recebam os maiores elogios,

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e daí por diante, as coisas passam para o plano, não de sacrifícios da obra do Senhor,

mas de exibicionismos.

Pelos nossos sucessos espirituais, seremos tentados a crer cada vez mais que

“somos os bons” e a depender apenas de nós mesmos e que daqui para frente TUDO

VAI BEM. Como Jesus fez, nossa atitude deveria ser de nos retirar para um lugar a

sós, para um particular com ELE e nos livrar desse perigo espiritual, que mais cedo,

mais tarde, leva ao orgulho.

O PESSIMISMO

Diz o dicionário já mencionado que é a tendência para ver e julgar as coisas pelo

lado tudo péssimo, ou mais desfavorável e de tudo esperam o pior.

Ora, sejamos claros, se esperamos APENAS E SEMPRE O PIOR, é porque

NÃO TEMOS FÉ. E o que diz em HB 13:6: “Sem fé ninguém pode agradar a Deus,

porque que vai para Deus precisa crer que Ele existe e que recompensa os que o

procuram”.

VEJA BEM: O pastor é testemunha de uma verdade infinitamente maior do que

ele mesmo. É embaixador do Deus Eterno; um vaso frágil é verdade, mas um vaso que

leva perdidos o tesouro da vida eterna.

A PERSEVERANÇA

A maioria dos livros da Bíblia foi escritos num contexto em que os servos de

Deus vinham sofrendo grande rejeição por parte das pessoas para as quais foram

enviados. Veja os exemplos de Jeremias e do próprio Jesus, além de perseguição

(Elias, Paulo, Pedro e João).

Isto mostra o que ser esperado por aqueles que servem a Deus, e como um

exemplo da forma COMO DEVEM REAGIR diante da perseguição e do sofrimento.

Em Romanos 8:17, somos caracterizados como co-sofredores com Cristo e co-

herdeiros de sua glória. Nos vs 35-39 ele afirma que nenhuma espécie de sofrimento

pode separar-nos de Cristo. Concluímos então que o sofrimento poderia ser usado

para tentar separar-nos de Deus, mas que não precisa prevalecer. O sofrimento nos

alcança unicamente na medida em que o onipotente Deus permite e em que os

propósitos de Deus são alcançados nos sofrimentos de seus servos.

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O MEDO

Medo - o medo é uma emoção de afastamento e envolve uma fuga do perigo. É

uma reação a um perigo real e eminente, a resposta emociona, são controladas pelo

sistema nervoso. O medo pode dilatar as pupilas; sobrevém tremor e calafrio. Essa

reação é natural por Deus para a preservação da vida. A Bíblia não condena, embora

exorte a jogarmos o fardo do medo sobre o Senhor. (SL 55:2-5,22).

Israel sentiu medo e, quando estavam sem saída, olharam para o alto e só assim

receberam o livramento. SL121.

A mensagem de Deus para nós é “Não temas”, EX 14:10-15; IS 41:10-14 e, diz

uma publicação evangélica que 366 vezes aparece à frase “não temas”.

Temor – é um sentimento consciente, racional, que nos ajuda a não estarmos em

situações perigosas sem necessidade. Como a Bíblia ensina prudência, o Senhor Deus

também nos deu este sentimento o título de alerta e preservação.

PV 14:16 – “O sábio é cauteloso e desvia-se do mal,...”.

Além do temor reverente pela grandeza e santidade do Senhor, devemos TEMER

PECAR CONTRA ELE.

MT 10:28 – “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma, temei,

antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.

Fobia – é uma emoção parecida com o medo, sem o perigo ser real. Gera uma

energia psíquica que causa doenças físicas. Também gera FÉ NEGATIVA, e gera o

que a pessoa teme,

JÓ 3:25 – “Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece”.

Deus opera pela fé, o inimigo usa fobia para oprimir.

Exemplos: medo do escuro, de altura, lugar fechado, barata, etc.

A mãe que corre para debaixo da cama com os filhos quando chove ou troveja,

passa essa fobia para filhos, netos etc.

Ansiedade – medo e fobia juntos; é um MEDO ANTECIPADO de um perigo que

está por vir. Prejudicial, não resolve e nada melhora com sua presença.

MT 6:27 – “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso

da sua vida?”.

Muda para pior, a tensão provoca enfermidade no corpo. É verdade que as

preocupações contribuem para a ansiedade.

O que são preocupações? É uma busca de soluções reais para os problemas da

vida humana. Paulo se preocupava com as igrejas;

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II CO 11:28 – “Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim

diariamente, a preocupação com todas as igrejas”.

A Bíblia manda descansar (confiar) no Senhor. Veja os vs de SL 37: 3-7, onde

salientamos o vs 5 – “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará”.

Veja ainda;

MT 6:.34 – “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois amanhã

trará seus cuidados; basta cada dia seu mal”.

Lembre-se, amigo obreiro (a), SEPARE TEMPO PARA PENSAR E BUSCAR

RESPOSTAS.

Em seguida:

I PE 5:7 – “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado

de vós”. Viu só, dê o teu fardo e serás amparado por Ele.

SL 55:22 – “Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá; jamais permitirá

que o justo seja abalado”.

Cultivando relacionamento intimo com Deus, fortalecerá tua fé, banindo

ANSIEDADES da tua vida. A presença de Deus em nossa vida “TIRA” o medo.

SL 23:4 – “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,

porque tu estás comigo;...”.

Tome posse da promessa de que Deus ama você e cuida de você; veja MT

10:28-31, onde salientamos o vs 31 – “Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que

muitos pardais”.

Remorso – É um tipo de ansiedade, caracterizado pelo medo de receber um castigo

por um erro praticado. O Senhor Deus nos perdoa os pecados e nos absolve da pena.

I JO 4:18 – “No amor não existe medo; antes o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o

medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”.

O medo deve ser evitado, pois trás o fracasso e perturbações à personalidade

do individuo.

Além do mais, o pastor inseguro está transmitindo o medo e a insegurança ao

rebanho do Senhor. Como o medo causa preocupação, esta nos torna tensos e

nervosos.

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VIII. O Pastor e o Púlpito

Todas as grandes organizações do mundo moderno possuem o seu “ponto alto”, o

qual só pode ser ocupado por alguém que seja capaz e que tenha sido preparado

especialmente para ocupá-lo. O templo evangélico também tem o “ponto alto” este

lugar é exatamente o púlpito.

AO ASSUMIR O PÚLPITO

O Pastor não deve, de modo algum, abusar do púlpito; não é o púlpito lugar para

censurar os defeitos de terceiros, defender-se de seus adversários, ou mesmo contra –

atacar com indiretas aqueles com quem mantém diferença. Agraciar seus amigos ou

enaltecer os benfeitores (seus ou da igreja) também é prejudicial, pois, cria divisões

dentro da igreja.

O púlpito também não é lugar para queixas contra inflação e contra insuficiência

de remuneração. Se houver divisão na igreja – fato este cada vez mais comum – o

púlpito nunca deverá ser usado para favorecer um e combater o outro, mas só para

uni-los a todos.

Além destas coisas, o pastor deve cultivar elegantemente a sua postura no

púlpito de uma igreja. Paulo recomenda a Timóteo: “Para que saibas como convém

andar na Casa de Deus” (I TM 3:15), e não se pode “oferecer sobre o altar pão imundo”

ML 6:7, como muitos fazem com vocabulário vulgar, gracejos, anedotas e etc,

procurando “distrair” as pessoas em lugar de proclamar a verdadeira mensagem do

Evangelho de Jesus Cristo.

Cada vez que o ministro sobe ao púlpito, os olhares que se lhe voltam passam

em revistas, não só as suas palavras, mas a sua voz, e sua expressão, a sua

movimentação, não ficando indiferente todo o seu modo de vestir.

Como o pregador é a própria pregação, ele pode tornar ineficiente a mensagem nele

contida, se não observar algumas regras e atitudes próprias que a ética nos ensina na

conduta do mensageiro no púlpito, como;

a) Pregar gritando o tempo todo, sem se aperceber que está diante de um

microfone;

b) Bater o pé no chão com força repetidamente e dar murros no púlpito com

estardalhaço.

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c) Gesticular demasiadamente, insinuando às vezes gírias ou imoralidades, e às

vezes pular, sem se dar conta disso; o corpo deve ser naturalmente dosado por

gestos conforme a dinâmica do sermão;

d) Falar de olhos fechados ou arregalados, bem como olhar de modo fixo para

cima ou para o piso como se tivesse perdido algo, e com medo de encarar o

auditório. O certo é que os olhos devem acompanhar o que se fala, pois às

vezes falam mais claro que as palavras, e ajudam o pregador a sentir o efeito da

mensagem;

e) Molhar o dedo na língua para virar as páginas na Bíblia, ou sopra-las com a

mesma finalidade;

f) Coçar – se de modo inconveniente e limpar as narinas, quando no púlpito, ou

mesmo fazer cacoetes ou tiques mímicos.

g) Fazer a leitura Bíblica que anunciou e não mais voltar a ela;

h) Não conversar no púlpito, senão o estritamente necessário, e não despachar o

expediente no horário do culto;

i) O pastor deve chegar cedo à Casa do Senhor Deus, porque assim fazendo, dará

bom exemplo ao rebanho e não contemplará o semblante do povo com sinais de

impaciência e cansaço.

O TRAJE

Reconhecemos que pastores e/ou dirigentes de igrejas não são astros de

cinema, que tenham luxuosas roupas a fim de vesti-las em cada reunião. Porém,

reconhecemos que ele não é nenhum “coitado” para ter de andar despenteado,

barbado, roupa suja ou rasgada e de pés descalços.

Infelizmente uma grande maioria dos nossos pastores e dirigentes de igrejas não

tem recursos financeiros para possuir um rico guarda-roupas.

Mas, de forma alguma justifica que andem sujos e desarrumados. Uma roupa usada,

porém lavada e BEM PASSADA (Cadê as mulheres virtuosas?), compõe melhor quem

a veste, do que a melhor roupa que não esteja bem lavada e bem passada. Vejo

pastores que, depois de ate 10, 15 anos de pastorado não sabem dar nó em gravata,

vemos homens de Deus com camisas até sem passar e calças com três, quatro quinas,

para vergonha de suas esposas.

Tenha ou não tenha roupas novas, o pastor ou dirigente deve se trajar

condignamente com sua função, lembrando-se sempre que ele é o melhor cartão de

apresentação da igreja à qual pastoreia.

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Às vezes vemos homens de Deus combinando cores extravagantes que mais

parecem árvores de Natal. Veja abaixo algumas regras básicas:

Ter sapatos sempre lustrados;

Ter cabelo sempre aparado e penteado;

Fazer barba diariamente. Como os barbeadores descartáveis são baratos, não

tem desculpas para andar barbado;

Ter unhas sempre limpas e bem amparadas. Imagine um pastor de unhas

crescidas e sujas, repugna as ovelhas. A idéia geral é de que a negligencia

física acompanha a negligencia espiritual;

Cuidado com os dentes! Uma boca mal cuidada e desdentada é repugnante. Os

dentes são muito importantes na apresentação de um homem de Deus. Não

esqueça a escova de dente; ela é para ser usada mais de um a vez por dia.

MAU HÁLITO - Evitar comer alho e cebola em certas ocasiões é uma opção

favorável a esse tipo de problema. Imagine, pastores e dirigentes com mau

hálito orando por alguém isso seriam horríveis! Se o problema é de estômago,

faça um tratamento, se é falta de uma boa higiene bucal, misericórdia!

Como vai presidir uma reunião, uma festa, um casamento, uma entrevista, um

aconselhamento pastoral?

MAU CHEIRO NAS AXILAS – Pastores e dirigentes, usem um desodorante e, se

possível use também perfume, nada muito exagerado, isso ajudará a evitar

aquele “cheirinho” tão desagradável que, principalmente em tempo de calor

causa suor...

Tomar banho uma vez por dia é higiênico e saudável!

Combinar suas gravatas em relação às roupas que se usa em determinada

ocasião, lembrando que a gravata não é um enfeite e sim um complemento que

tem grande valor estético em relação ao conjunto.

LINGUAGEM

Aproveitamos para nesse item, falar dos pecados da língua. Tiago, irmão de

Jesus, usou praticamente um capítulo inteiro de sua epístola (capítulo 3) referente a

esse assunto. Diz que “todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em

palavra, o tal varão é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo”. (TG 3:2).

Vejamos os tropeços em que o pastor pode incorrer ao longo de seu ministério, através

da linguagem falada;

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CONVERSAÇÃO TORPE

É da abundância do coração que a boca fala, LC 6:45; MT 15:18. A fala é a

faculdade que distingue os homens dos animais; é o sinal de sua personalidade.

O caráter de uma pessoa é revelado pela maneira de falar e se expressar. Por isso,

Paulo fala em CL 3:8 – “... despojai-vos... das palavras torpes da vossa boca”. Estava

se referindo à linguagem obscena do falar, do abuso da boca suja, pois o termo grego

“AISCHROS” significa FEIO, VERGONHOSO, VIL, AVILTANTE, e retém a idéia tanto

de profanação como a de obscenidade, juntamente com a idéia de abuso. Ele ainda

condena veementemente essa prática, que é oposta à santidade cristã, dizendo que, a

não ser a que for bom para promover a edificação, nenhuma palavra deve sair de

nossa boca; Nem; prostituição (profanação, aviltamento); impureza ou avareza

(mesquinhez, esganação); torpezas (procedimento ignóbil, impudicícia); parvoíces

(tolices); chocarrices (gracejo atrevido).

Mas, antes ações de graças. Pois é, pastores e dirigentes devem fazer uso da

fala com ações de graça, apropriando-se dessa faculdade, e bendizer e louvar a Deus,

sempre edificando.

Nem imaginamos pastores fazendo parte de rodas de escarnecedores, pois MT

12:36 os condena. O termo torpe também significa “pobre”, “decadente”, “mau ou

corrupto”, “imoral” e utilizar tal linguagem acostumará o ministro a não dar ouvidos a

Deus, “TAL COMO OS IMPIOS TEMEM FAZÊ-LO”.

Procedendo assim têm levados muitos, ao descrédito, perda total de autoridade

espiritual e de unção, tornando suas palavras como o sino que tini e, levadas pelo

vento.

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X. O Culto na Igreja

DEFINIÇÕES DE CULTO

A. Dicionário:

Homenagem a uma divindade; adoração; veneração (pequeno dicionário brasileiro da

língua portuguesa 9º edição editora Civilização brasileira).

B. Diversos autores:

1. Conjunto de Manifestação de atos de adoração;

2. A mais elevada homenagem que se presta a uma divindade, isto é,

adoração na mais restrita acepção do termo;

3. É uma serie de ações, ou seja, atos conjugados praticados pelo

adorador. Estes atos em conjunto são o que forma o culto.

4. O culto é a resposta do homem à revelação de Deus.

5. O culto é honra, reverencia e louvor que a criatura dedica à Divindade.

COMENTÁRIO INICIAL

O culto é tão antigo como o homem. Já era praticado no Éden, pois vemos Caim

e Abel praticando-o; Caim, ritualista, hipócrita, é adorador por mera formalidade; Abel

prático, sincero e cultuando de coração.

O livro de Isaias fala do culto formalista daqueles que o adoravam a Deus só de

lábios. A mulher samaritana imaginava um local único onde se devia adorar a Deus.

Ate hoje muitos estão presos a lugares, marcas e costumes e tradições, mas, o

Altíssimo é imensurável, não tem fronteiras, não aceita o culto “enlatado”.

Pode-se cultuar a Deus no fundo do mar, na mais alta montanha, no vale mais

profundo, nas naves espaciais ou em outro planeta. Em JO 4:23 Jesus fala que os

verdadeiros adoradores adorarão o Pai “em espírito em verdade”.

Houve infelizmente, uma degeneração no culto e existem pessoas que prestam

“cultos aos anjos”. (CL 2:18) e até culto a demônios. O apostolo Paulo chama de

CULTO RACIONAL, a apresentação de nossos “corpos em sacrifício vivo, santo e

agradável a Deus” (RM 12:1).

Explicando esse versículo;

A partir do capítulo 12, até o fim, o apostolo Paulo se preocupa em quando

Paulo fala em “apresenteis”, pode ser traduzida também por “oferecer”. Culto racional

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provavelmente se trata de “culto espiritual”. Em contraste como formalismo existente no

templo de Jerusalém.

OS CULTOS HOJE

Os elementos do culto evangélico dos dias atuais são:

- Hinos (louvores)

- Leitura Bíblica

- Oração

- Contribuição

- Pregação

- Bênção Apostólica

HINOS

A função da música na igreja é preparar o povo para receber a poderosa palavra

de Deus. Os hinos dão vitalidade ao culto, pois através deles o adorador extravasa

seus sentimentos de louvor gratidão a Deus.

Diz-se que os cristãos primitivos cantavam muito, herança recebida dos judeus,

Plínio, escrevendo ao imperador sobre o culto dos cristãos, dizia: “Eles estão sempre

cantando”. Os Salmos são o mais maravilhoso hinário de todos os tempos.

A LEITURA DA PALAVRA

A leitura das escrituras deve ocupar um lugar de destaque no culto público. É

claro que todos os cristãos devem portar suas bíblias, para acompanhamento da

leitura, cristão sem bíblia é soldado desarmado; É falta de testemunho, falta de

coragem de ser confundido ou identificado como sendo “um dos tais”, ou seja “um

crente”.

Nossas igrejas fazem normalmente leituras responsivas, ou seja, um leitor no

caso, o dirigente do culto lê um versículo e o povo responde com outro, até o fim do

capitulo ou do texto escolhido.

O salmista declara: “oh! Quanto amo a tua lei! Ela é a minha meditação o dia

todo”.

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A ORAÇÃO

A oração é um dos principais e indispensáveis elementos do culto a Deus.

É o momento em que a alma se descobre perante o criador e invoca - lhe as

suas bênçãos. Orar é entrar em contato com o Senhor ouvindo-lhe as repreensões,

seus cuidados, seu amor, expor-lhe nossos apelos e receber Dele as bênçãos. Oração

não é um discurso, como fazia os fariseus; não é uma reza como muitos fazem, não é

como um disco, que repete a mesma musica, várias e várias vezes, oração não é

memorização.

A oração que sai da boca, sem que o coração a direcione, é como uma seta que

sai em alvo errado.

CONTRIBUIÇÃO

Um culto sem ofertas, dízimos é anti-bíblico, pois os mesmos representam a expressão

de gratidão do cultuador.

A contribuição no culto é bíblica, leia MC 12:41-44, o dízimo deve ser entregue à

igreja, (a casa do tesouro afim de que haja mantimento a ela ML 3:10).

Além de beneficiar ao corpo de Cristo num todo, o dízimo beneficia nossas

vidas, pois é um segredo espiritual (Por vossa causa repreenderei o devorador, para

que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o

SENHOR dos Exércitos ML 3:11), ou seja, devido a sua atitude, Deus repreende a

atuação de roubo em sua vida.

A PREGAÇÃO DA PALAVRA

É a parte central do culto. O pregador é o transmissor das verdades do eterno

Deus. Para o pastor, a pregação deve ocupar o lugar supremo da sua vida, dos seus

propósitos dos seus interesses, das suas ocupações, dos seus estudos e esforços.

Tudo que está ligado à sua, submete-se à sua função de pregar.

Se fizer do ministério de pregar, um campo de intrigas, explorações, vantagens

financeiras e sociais, sua queda será inevitável e fatal, sua obra será inútil e prejudicial

a Cristo e sua causa.

Afinal, a pregação revela o propósito de Deus aos homens, transmite graça,

sabedoria, poder e vida. Quando a pregação diminui, o povo perece, por falta de visão

e do conhecimento de Deus; quando a pregação desaparece, as trevas cobrem os

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corações e as almas se perdem. A causa de Cristo nos tempos apostólico se expandiu

pela pregação da palavra de Deus. Espero que hoje esteja se expandindo pela minha

e sua pregação!

A BENÇÃO APOSTÓLICA

A bênção apostólica, ao término de cada oficio sagrado, é uma prática já

consagrada entre nós.

A benção apostólica era comum no A.T., conforme NM 6:24-26.

NM 6:24-26 “O Senhor te abençoe e te guarde, o Senhor faça resplandecer o rosto

sobre ti e tenha misericórdia de ti, o Senhor sobre ti levante teu rosto e te dê paz”.

Mas a benção usada é a que se encontra em II CO 13:13. Normalmente,

fazemos assim: o ministro oficiante, ao final do culto, levanta as mãos sobre o auditório

e profere a benção com solenidade. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de

Deus nosso Pai e as consolações do Espírito Santo sejam com todos desde agora e

para sempre. Amém”. Em algumas igrejas, a bênção apostólica e cantada.

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XI. O Pastor e a Organização da Igreja / Ministérios

Na pratica pastoral o pastor não é o faz tudo. Acredito que já ficou claro que o

ministério pastoral é o ministério da palavra. Quando outras coisas atrapalham o pastor

de preparar sermões, aconselhar, orientar as ovelhas de acordo com a Bíblia, deve-se

resolver rapidamente para que o brilho do ministério não se apague.

Sendo assim, o pastor deve delegar atividades aos membros, acompanha-lós na

execução, lembre-se, acompanhar significa explicar como fazer, conversar para saber

se tudo estar correndo bem. Muitos pastores acham que só vai sair bem feito se ele

fazer, isto não é verdadeiro, outras pessoas farão e cometerão erros e acertos, cabe a

nós pastores administrar, organizar.

Uma igreja organizada funciona com os ministérios que tem. Não queira colocar

uma pessoa para fazer um monte de coisa. Assim como você não deve se acumular de

atividades, seus liderados também não então se têm duas atividades a serem feitas,

faça uma de cada vez. Segue algumas orientações importantes:

Treine de pouco em pouco.

Busque um crescimento com qualidade.

Se não tem quem atua naquele ministério, treine alguém para aquela função.

Na questão administrativa: Procure pessoas da igreja que te ajude a fazer

atas e estatísticas, organizar livros de rol permanente, rol dos membros

ativos.

Não se fadigue com questões administrativas, o tesoureiro, assessor de

finanças, devem ser pessoas de confiança, com bom testemunho. Estas

pessoas o ajudarão e muito, sendo elas bem treinadas.

Reuniões de liderança devem ser bem objetivas e com freqüência.

Não deixe a igreja tomar seu tempo todo, lembre-se do que foi dito, se o

pastor não governa bem a sua própria casa, não pode governar a casa de

Deus, ou seja, sua família vem antes da igreja, e você deve cuidar muito bem

da família, antes de cuidar de outras pessoas.

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BIBLIOGRAFIA:

BENTES, João Marques. O Guia do Pastor. Flórida: Vida, 1993 KESSLER, Nemuel. Ética Pastoral: O Comportamento do Pastor Diante de Deus e da Sociedade. Rio de Janeiro: CPAD, 1988. TURNER, Donald T. A Prática do Pastorado. São Paulo: IBR, 1989. PETERSON, Eugene. Um Pastor Segundo o Coração de Deus. Rio de Janeiro: Textus, 2000. MENDES, José Deneval. Teologia Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

ATIVIDADES

Sugerimos a leitura do Manual de Liturgia da sua denominação.

Manual de liturgia da IEAB

pedidos na CDL: 11 / 4284 7113 [email protected]

Pesquisa / Trabalho

Faça uma pesquisa bíblica sobre Divórcio e Disciplina. Como se faz essa pesquisa?

Usando apenas a Bíblia, encontre os versículos que falem sobre Divórcio, após ler,

explique o que você entendeu. Faça o mesmo com o tema disciplina. Lembrando que

estes temas o pastor lhe dar com ele no cotidiano da igreja.

RESPONDA:

OBS: Prefira responder usando suas palavras, não copiando exatamente a resposta.

1. O que significa preparar para pastorear?

2. No ministério pastoral, o que é tendências narcisistas?

3. Qual é o modelo pastoral Bíblico?

4. Quem é o modelo pastoral excelente?

5. Para que o povo precisa de pastor?

6. Cite pelo menos 3 erros que o pastor deve evitar

7. Porque o pastor não deve se ocupar com muitas coisas?