GUIA DO AUTOR PÓS-GRADUAÇÃO

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GUIA DO AUTOR PÓS-GRADUAÇÃO Produção de Materiais

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GUIA DO AUTOR

PÓS-GRADUAÇÃO

Produção de Materiais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância:

ReitorWilson de Matos Silva

Vice-ReitorWilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de AdministraçãoWilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de EADWillian Victor Kendrick de Matos Silva

Presidente da MantenedoraCláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a DistânciaDireção Comercial, de Expansão e Novos NegóciosMarcos GoisDireção de OperaçõesChrystiano MincoffCoordenação de SistemasFabrício Ricardo LazilhaCoordenação de PolosReginaldo CarneiroCoordenação de Pós-Graduação, Extensão e Produção de MateriaisRenato DutraCoordenação de GraduaçãoKátia CoelhoCoordenação Administrativa/Serviços CompartilhadosEvandro BolsoniGerência de Inteligência de Mercado/DigitalBruno JorgeGerência de MarketingHarrisson BraitSupervisão do Núcleo de Produção de MateriaisNalva Aparecida da Rosa MouraSupervisão de MateriaisNádila de Almeida Toledo Design InstrucionalFernando Henrique MendesRossana Costa Giani Projeto GráficoJaime de Marchi JuniorJosé Jhonny CoelhoEditoraçãoDaniel Fuverki Hey, Humberto Garcia da Silva, Jaime de Marchi Junior, José Jhonny Coelho, Nara Emi Tanaka Yamashita, Reginaldo Yoshida, Robson Yuiti Saito e Thayla Daiany Guimarães CripaldiRevisão TextualJaquelina Kutsunugi, Keren Pardini, Maria Fernanda Canova Vasconcelos, Nayara Valenciano, Rhaysa Ricci Correa, Susana Inácio

Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so-lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho.

Cada um de nós tem uma grande responsabilida-de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-sos fará grande diferença no futuro.

Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe-cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros.

No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci-ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.

Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-meja ser reconhecido como uma instituição uni-versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati-va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona-mento permanente com os egressos, incentivan-do a educação continuada.

Prezado(a) professor(a), bem-vindo(a) à Comunidade do Conhecimento.

Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conheci-mento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atem-poral, global, democratizado, transformado pelas tecno-logias digitais e virtuais.

De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação mediante a conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares.

As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informação e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos.

A apropriação dessa nova forma de conhecer transfor-mou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar.

Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnolo-gia que temos e que está disponível.

Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modi-ficou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecno-logias atuais e suas novas ferramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transfor-mando a todos nós.

Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com am-bientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.

Willian Victor Kendrick de Matos SilvaPró-Reitor de EaD

A IMPORTÂNCIA DA PÓS-GRADUAÇÃO

O Brasil está passando por grandes transformações, em especial nas últimas décadas, motivadas pela es-tabilização e crescimento da economia, tendo como consequência o aumento da sua importância e popu-laridade no cenário global. Esta importância tem se refletido em crescentes investimentos internacionais e nacionais nas empresas e na infraestrutura do país, fato que só não é maior devido a uma grande carência de mão de obra especializada.

Nesse sentindo, as exigências do mercado de traba-lho são cada vez maiores. A graduação, que no passa-do era um diferenciador da mão de obra, não é mais suficiente para garantir a empregabilidade. É preci so o constante aperfeiçoamento e a continuidade dos estudos para quem quer crescer profissionalmen-te, o que pode ser alcançado por meio de cursos de pós-graduação.

A pós-graduação lato sensu a distância da Unicesu-mar conta hoje com 16 cursos de especialização e MBA nas áreas de Gestão, Educação e Meio Ambien te. Entretanto, entendemos que o modelo atual, sozinho, não é suficiente e, pensando neste novo Brasil e nos novos desafios, estamos desenvolvendo um novo modelo de Pós-Graduação com uma metodologia diferenciada, com foco na autonomia do aluno e na qualidade dos recursos educacionais.

Estes novos cursos estão sendo planejados para uma nova geração de alunos, aliando conteúdo teórico e aplicação prática, trazen do informações atualizadas e alinhadas com as neces sidades atuais.

Nosso objetivo é que estes novos cursos de pós-gra-duação lato sensu na Unicesumar oportunizem ao alu-no conhecer um conjunto de disciplinas e conteúdos, fortalecendo seu arcabouço teórico, oportunizando sua aplicação no dia a dia e, desta forma, ajudando na transformação pessoal e profissional.

Professor Dr. Renato DutraCoordenador de Pós-Graduação, Extensão e Produção de Materiais EaD

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9 HISTÓRICO E ESTRUTURA DA INSTITUIÇÃO

11 O LIVRO DIDÁTICO NA EAD

14 ESTRUTURA DO LIVRO

17 INÍCIO DA UNIDADE

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 18

PLANO DE ESTUDO 19

INTRODUÇÃO DA UNIDADE 19

21 DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO DA UNIDADE

TÓPICOS 21

Ação Coletiva 22

Fatos & Dados 22

Quadro-Resumo 23

Minicasos 24

Saiba Mais 25

Reflita 25

Atenção! 26

Recapitulando 26

Atividade de Estudo do Tópico 27

SUMÁRIO

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29 ENCERRAMENTO DA UNIDADE

CONSIDERAÇÕES FINAIS DA UNIDADE 30

PALAVRAS-CHAVE 31

RESUMO DA UNIDADE 31

MATERIAIS COMPLEMENTARES 34

LEITURA COMPLEMENTAR 36

RELATO DE CASO 37

REFERÊNCIAS 38

39 RECOMENDAÇÕES FINAIS PARA O AUTOR

LINGUAGEM DIALÓGICA 39

PLÁGIO E DIREITOS AUTORAIS 40

UTILIZAÇÃO DE IMAGENS, DESENHOS, ILUSTRAÇÕES E FOTOGRAFIAS 43

UTILIZAÇÃO DE VÍDEOS 45

UTILIZAÇÃO DE ARTIGOS, NOTÍCIAS E TEXTOS DE OUTROS AUTORES 46

47 REFERÊNCIAS

49 ANEXO I - O NOVO MODELO DA PÓS-GRADUÇÃO

53 ANEXO II - FLUXO DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICA

57 ANEXO III - EXEMPLO DE UNIDADE DO LIVRO DE PÓS-GRADUAÇÃO

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SEJAM BEM-VINDOS!

Caro(a) Professor(a),

É um prazer tê-lo(a) em nossa equipe de desenvolvimento de conteúdos para a Educação a Distância. A Unicesumar (Centro Universitário Cesumar) é considerada o melhor centro universitário do sul do Brasil, com atuação destacada na educação presencial e a distância, com mais de 40.000 alu-nos, sendo 30.000 alunos na modalidade a distância.

Entre nossos alunos, contamos com profissionais qualificados, especialis-tas, mestres e doutores, alunos que buscam uma educação a distância de qualidade. Por isso, nossa responsabilidade em promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento é muito grande e está agora sendo compartilhada com você.

Boa leitura!

APRESENTAÇÃO

MANUAL DE ESCRITA DO LIVRO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Histórico e Estrutura da Instituição

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HISTÓRICO E ESTRUTURA DA INSTITUIÇÃO

Antes de iniciar a produção do material, é importante que você, pro-fessor(a)-autor(a), conheça um pouco mais de nossa instituição e nos-sa preocupação com a qualidade de ensino.

O Centro Universitário Cesumar é pessoa jurídica de direito pri-vado, com sede e foro na cidade de Maringá – Estado do Paraná, fun-dado em 7 de junho de 1986. Nossa atuação na educação superior teve início no ano de 1990 com os cursos de Administração e Processa-mento de Dados, cursos reconhecidos no ano de 1993. Tivemos um crescimento orgânico até o ano de 2002, ano em que recebemos pare-cer favorável do Ministério da Educação para transformação das Fa-culdades Integradas de Maringá em Centro Universitário de Maringá.

Em 2006, tivemos a conquista do Credenciamento da EaD para oferta de cursos de graduação e pós-graduação. A EaD nesses 7 anos de existência tem alcançado inúmeros índices de satisfação, demonstrada pelos diversos tipos de avaliação, inclusive dos conceitos do ENADE, que se refletem no IGC da instituição atualmente com nota 4, situando a Unicesumar como o terceiro melhor centro univer-sitário do sul do Brasil.

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Além do Polo de Maringá situado na Unidade Sede, possuímos 57 polos espalhados pelo Brasil e contamos atualmente com mais de 30 mil alunos de graduação e pós-graduação a distância.

Ao todo, são 23 anos de história e hoje, em 2013, disponibiliza-mos na Unidade Sede uma infraestrutura para atender a comunidade acadêmica, assentada em 90 mil m2 de área construída.

Atualmente, possuímos 49 cursos superiores na modalidade pre-sencial e 17 na modalidade a distância. Possuímos também cursos de pós-graduação lato sensu nas diferentes áreas do conhecimento e

dois programas de pós-graduação stricto sensu – Mestrado em Direito e na área da Saúde, de-vidamente recomenda-dos pela CAPES.

Para garantir a ex-celência de ensino na graduação, pós-gradu-ação, e a qualidade na pesquisa e extensão,

contamos com um corpo docente formado por doutores e mestres, e uma equipe de técnicos e profissionais preparados para o desenvol-vimento das atividades necessárias ao bom desempenho do Centro Universitário.

O Livro Didático na EAD

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O LIVRO DIDÁTICO NA EAD

Sabemos que para uma formação acadêmica de qualidade, vários fa-tores se fazem relevantes. Há os que tratam da capacitação docente, do Projeto Político Pedagógico, da matriz curricular, da metodologia, entre outros. Ao pensarmos em Educação a Distância, além dos ele-mentos citados, destaca-se aqui aquele que remete à elaboração do material didático, em especial do livro didático.

Inicialmente, para ilustrar a importância do material didático, vale mencionar o que diz o texto dos Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância:

O Material Didático, tanto do ponto de vista da aborda-gem do conteúdo, quanto da forma, deve estar concebido de acordo com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no projeto pedagógico, de modo a facilitar a construção do conhecimento e mediar a interlocu-ção entre estudante e professor, devendo passar por rigoroso processo de avaliação prévia (pré-testagem), com o objetivo de identificar necessidades de ajustes, visando o seu aperfei-çoamento (MEC, 2007, p.13).

Segundo Barbosa (2006):É comum que no contexto de um sistema de Educação a Dis-tância o material didático seja um dos aspectos mais discutidos e que exigem mais ações de planejamento das equipes peda-gógicas (gestores, professores-conteudistas, pedagogos, dese-nhista instrucional, entre outros) e de produção (produtores gráficos e infográficos, produtores de vídeo, animações e si-mulações, programadores, revisores ortográficos, entre outros). Isso não acontece por acaso, pois em se tratando de EaD, o material didático assume o papel de mediador principal, senão o único, das interações dos alunos com os conteúdos (p.8).

Diferentemente dos modelos apresentados na modalidade presencial, o livro didático da EaD se constitui mediante algumas particularida-des. Assim, ele se torna um dos agentes primordiais no processo de ensino-aprendizagem na medida em que necessita estabelecer com o aluno uma relação de diálogo e de autonomia. Deste modo, a produ-ção de materiais didáticos para EaD abrange características impor-

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tantes, tendo em vista a adoção de um caráter dialógico de linguagem que promova a interatividade com os alunos.

O material para ensino a distância pode adotar um estilo mais coloquial, mas deve ser claro e enxuto, tomando-se grande cuidado para apresentar as informações de modo controlado, articulando-as com atividades e exercícios que devem permear o texto e não ficar soltos no final. É neces-sário incluir casos e exemplos do cotidiano, de maneira a mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos e facilitar a incorporação das novas informações aos esquemas mentais preexistentes. As atividades de estudo, bem como os casos e exemplos, devem integrar organicamente o texto, funcio-nando como recursos de tessitura e não como apêndices dis-pensáveis. Isso significa que o aluno é levado a raciocinar e refletir com base nos exemplos, casos e atividades de estudo, de tal maneira que esses elementos se tornam essenciais para a compreensão do texto (SALGADO, 2002, p.3).

Nesse sentido, vale esclarecer que:a produção textual para EaD é essencialmente didática e dialógica. Pressupõe um forte diálogo com o leitor (aluno). [...] Geralmente, os livros-texto e manuais são produzidos em uma perspectiva unidirecional. Isso significa que não estão preocupados em estabelecer o diálogo com o leitor. Diferentemente desse modelo, os textos em EaD devem priorizar uma relação mais próxima e dialógica com o alu-no, deve haver interação entre o texto produzido e o leitor (FRANCO, 2007, p.25).

De acordo com os Referenciais de Qualidade para Educação Supe-rior a Distância, os materiais didáticos devem “ser estruturados em linguagem dialógica, de modo a promover autonomia do estudante desenvolvendo sua capacidade para aprender e controlar o próprio desenvolvimento” (MEC, 2007, p.15). Ainda conforme os referen-ciais, o material didático precisa “detalhar que competências cogniti-vas, habilidades e atitudes o estudante deverá alcançar ao fim de cada unidade, módulo, disciplina, oferecendo-lhe oportunidades sistemáti-cas de auto-avaliação” (MEC, 2007, p.15).

Ao se produzir o livro didático, é indispensável que você prime

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pela clareza dos objetivos a serem cumpridos, estabelecendo um cro-nograma para a execução das etapas (estruturação básica: apresenta-ção, unidades, referencial teórico, plano de estudo, exemplos, cases, considerações finais e revisão). Esse gerenciamento é imprescindível para que o material seja produzido em tempo hábil:

Em EAD o conceito de gestão assume força central e singu-lar no processo de elaboração dos materiais que contemplam todas as possibilidades didático-pedagógicas do curso. Pois, na concepção de uma proposta de curso na modalidade a dis-tância a preparação do material é uma etapa de extrema im-portância [...]. Nesse sentido, no processo de elaboração de materiais didáticos para EAD, a gestão tem como implicação fundamental a necessidade de compreensão das diferentes funções de cada um dos envolvidos. Numa equipe multi-disciplinar, os focos de pesquisa e análise não permanecem apenas nas atividades sob a responsabilidade dos líderes e/ou coordenadores. Mas, dizem respeito às competências de cada um nas diversas etapas de revisão e reelaboração que se des-dobram em ciclos sucessivos (CATAPAN, 2001, pp. 66-67).

Além da apresentação de exemplos e cases capazes de ilustrar de modo facilitado os conceitos abordados, expor um referencial bibliográfico de qualidade, com autores e fontes reconhecidos nacional e interna-cionalmente, também se organiza como fator essencial e que agrega valor de autoridade ao texto. Assim como fazer uso de publicações em periódicos, dando preferência para os indexados no Qualis/CAPES, igualmente representa uma condição para excelência da produção do livro didático. Como modelo ideal, estabelecemos um parâmetro de pelo menos vinte referências para cada livro produzido.

O trato com a correção gramatical, bem como com a escolha das terminologias, é outro quesito que merece sua atenção especial. Ao fazer uso de termos pouco comuns, específicos de determinada área de conhecimento, convém inserir o recurso do “Saiba Mais”, que irá explanar seus conceitos.

A fim de que a vida útil do livro didático possa durar em torno de dois anos sem profundas atualizações, é imprescindível que você te-nha o devido cuidado com a temporalidade das informações e concei-

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tos, bem como com os exercícios, exemplos, cases, dados estatísticos, reportagens, tabelas, imagens e demais subsídios textuais.

Destarte, podemos concluir que a prática da mediação produzida pelo material didático, ou por meio da mediação tecnológica, precisa priorizar pela mesma qualidade daquela conferida por meio da tuto-ria. No que se institui como processo de ensino-aprendizagem, você deve planejar materiais criativos, priorizando uma linguagem dialógi-ca, constituindo assim uma interação ativa com o alunado.

ESTRUTURA DO LIVRO

Conforme comentamos anteriormente, entendemos que você, profes-sor(a)-autor(a), é um(a) especialista no assunto e grande detentor(a) do conhecimento teórico e prático, mas para alcançarmos a excelência acadêmica na EAD, precisamos seguir uma estrutura de escrita de conteúdos desenvolvida e aprimorada nesses anos de atuação na EAD.

O livro de pós-graduação da EAD/Unicesumar é composto de 04 unidades (capítulos) que organizam e estruturam o conteúdo. Cada unidade aborda conteúdos específicos da disciplina e deve ser desenvolvida de forma a ser independente, na medida do possível. Em cada unidade os conteúdos devem ser estruturados em tópicos e sugerimos que esta estrutura contenha de 3 a 5 tópicos, com 4 páginas aproximadamente por tópico, totalizando um material de 80 laudas aproximadamente.

Além do conteúdo base com as 4 unidades, solicitamos, ainda, que o professor escreva uma resenha do material com aproximada-mente 10 laudas, que deverá ser enviada em arquivo separado do res-tante do material.

Além do texto conceitual, o tópico e a unidade contêm alguns elementos projetados para melhor organizar o conteúdo e facilitar

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o entendimento por parte dos alunos. Alguns destes elementos são obrigatórios, essenciais e outros elementos podem ser usados opcio-nalmente.

Entre os elementos obrigatórios para cada unidade, incluímos Objetivos de Aprendizagem, Plano de Estudo, Introdução, Conside-rações finais, Palavras-chave, Resumo e Relato de Caso.

Para cada tópico são obrigatórios Fatos e Dados, Atividades de Estudo e Recapitulando (que aparecem no final de cada tópico).

Mini-Caso e Saiba Mais são elementos essenciais para a unidade.Entre os elementos opcionais, Reflita, Atenção, Quadro-Resumo,

Material complementar (livro, filme e web) e Leitura complementar, su-gerimos que utilize, na medida do possível, no mínimo 2 por unidade.

Nossos livros são divididos sempre em 4 unidades. Cada unidade é estruturada em três grandes partes; o início da unidade onde são apresentadas as informações iniciais e introdutórias; o desenvolvi-mento da unidade, onde você desenvolverá o conteúdo propriamente dito e o encerramento da unidade, onde você finalizará o conteúdo tentando ligar os pontos e costurar o entendimento.

O início da unidade que contém a apresentação da unidade, os objetivos e plano de estudo; o desenvolvimento da unidade organiza e estrutura o conteúdo em tópicos e em cada tópico são apresentados os conteúdos da disciplina; e o encerramento da unidade com as consi-derações finais, o relato de caso, o resumo, as referências e os materiais complementares.

Apesar das unidades darem uma sequência ao conteúdo, sugeri-mos que estas unidades, no entanto, sejam independentes umas das outras, ou seja, deve ser possível ao aluno, ao estudar qualquer das unidades, obter um conhecimento completo sobre o tema abordado na Unidade, sem necessidade de consulta às demais.

Início da Unidade

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INÍCIO DA UNIDADE

Cada unidade é estruturada em: apresentação da unidade, que contém o título, autor, objetivos e plano de estudo; desenvolvimento do con-teúdo, que é organizado em tópicos; as considerações finais; o resumo; o relato de caso e os materiais complementares.

Nossos livros são divididos sempre em 4 unidades. Apesar das unidades darem uma sequência ao conteúdo, sugerimos que estas unidades, no entanto, sejam independentes umas das outras, ou seja, deve ser possível ao aluno, ao estudar qualquer das unidades, obter um conhecimento completo sobre o tema abordado na Unidade, sem necessidade de consulta às demais.

Ao iniciar a escrita do início da unidade, o primeiro quesito soli-citado é o título da unidade. Em seguida, nome e titulação do autor, e então os objetivos de aprendizagem. Leve em consideração para quem este conteúdo será apresentado.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Cada unidade deve conter os objetivos de aprendizagem, ou seja, o que você, professor(a), espera que seus alunos aprendam. Os objetivos de aprendizagem demonstram quais são os principais assuntos abordados no conteúdo e deverão ser especificados respondendo a questões que serão consideradas ao longo dos tópicos desenvolvidos na Unidade.

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Estes objetivos devem ser claros, concisos e começar com um ver-bo na forma do infinitivo, conforme sugestão do quadro 1.

Quadro 1- Sugestão de verbos que podem ser utilizados

nos objetivos de aprendizagem

Analisar Demonstrar Enumerar Listar

Aplicar Descrever Estimar Organizar

Avaliar Diferenciar Exemplificar Planejar

Citar Discutir Explicar Relatar

Comparar Elaborar Identificar Relacionar

Compreender Empregar Ilustrar Selecionar

Definir Entender Investigar SintetizarFonte: elaboração própria (2013)

Exemplo da apresentação dos objetivos:

UNIDADE I

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

Professor Me. João da Silva

Objetivos de Aprendizagem

■ Definir políticas monetária e fiscal.

■ Apresentar os instrumentos utilizados pelo governo nas políticas

monetária e fiscal.

■ Discutir os efeitos esperados das políticas monetária e fiscal.

■ Apresentar a estrutura tributária brasileira.

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PLANO DE ESTUDO

Uma vez apresentados os objetivos de aprendizagem da unidade, a seguir, são elencados no Plano de Estudo da unidade os tópicos que você abordará nesta unidade. Cada unidade deve apresentar de 3 a 5 tópicos.

Exemplos de Planos de Estudo:

Plano de Estudo

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

■ A comunicação por meio do desenho

■ O desenvolvimento da criança por meio de seus desenhos

■ Imitação ou cópia?

■ Fases do desenho infantil: fases da garatuja (desordenada, con-

trolada e com atribuição de nomes); fase pré-esquemática; fase

esquemática

INTRODUÇÃO DA UNIDADE

Em cada unidade, é importante introduzir os conceitos que serão abordados. Na introdução, você deverá apresentar o que vai ser discu-tido ao longo da unidade. Deve, ainda, escrever um breve histórico do tema a ser abordado e demonstrar a importância do assunto tratado. Para isso, pedimos o uso de aproximadamente 1 lauda.

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Exemplo de Introdução da Unidade:

INTRODUÇÃO

Você já reparou, com certeza, como nossa vida é extremamente de-pendente das organizações, não é mesmo? Ao levantar pela manhã, seu café da manhã já está repleto de evidências da existência e da dependência de organizações. Uma organização – ou várias – foi a responsável por beneficiar, torrar, moer, embalar e comercializar o café que você vai saborear. Seu pãozinho veio de uma padaria no seu bair-ro, uma pequena organização. Podemos avançar ao longo do seu dia, e isto se repetirá em praticamente todos os momentos, até o momento em que, à noite, exausto, você irá dormir. A propósito, seu confortável colchão foi produzido também por uma organização. E não menos importante, o dinheiro que você usou para comprar esse colchão e todos os outros produtos que consumiu ao longo do dia – e que foram produzidos por organizações – também foi ganho por meio de seu esforço, provavelmente, em uma organização.

Então, a afirmação que fiz anteriormente de que nossa vida é de-pendente das organizações, não é exagero. Isto porque, desde sempre, o homem achou por bem organizar-se para sobreviver. Sozinhos, so-mos frágeis frente à natureza e às intempéries que enfrentamos. Não conseguimos, sozinhos, produzir tudo o que precisamos para nossa existência. Simplesmente precisamos de outras pessoas para isso.

Assim, a organização surgiu de forma natural entre as pessoas em diversos arranjos e com propósitos diversos. Evidentemente que produzir os resultados desejados dependeu, desde sempre, do grau de organização conseguido. Arranjos organizacionais melhor estabeleci-dos tiveram sucesso durante muito tempo, como certas nações que so-breviveram ao tempo e estão hoje muito vivas – vide o caso da China.

Nesta Unidade, vamos compreender melhor o desenvolvimento das organizações e do pensamento administrativo.

Desenvolvimento do Conteúdo da Unidade

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DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO DA UNIDADE

Conforme comentado anteriormente, os conteúdos conceituais e fac-tuais são apresentados ao aluno no desenvolvimento do conteúdo da unidade, que é organizando em tópicos e subtópicos.

TÓPICOS

Visando termos uma estrutura mais uniforme, sugerimos que cada unidade seja organizada em três a cinco tópicos, dependendo da com-plexidade e conveniência de cada conteúdo. Terminada a introdução da unidade, discorra sobre o conteúdo de forma dialógica, organizan-do-o nos tópicos que foram apresentados no plano de estudos.

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Para saber mais sobre os principais economistas e suas principais contribuições e obras para o campo das ciências econômicas, acesse:

<www.corecon-rj.org.br/grandes_economistas.asp>.

Conforme comentamos, o conteúdo do tópico pode conter elementos obrigatórios, essenciais e opcionais e ajudaram a ilustrar melhor o conteúdo.

Fatos & Dados A inclusão de dados factuais ou atualidades enriquece o texto, po-rém, carece de perenidade, pois o dinâmico ambiente competitivo em que as organizações estão inseridas pode requerer que os fatos sejam

Dentro de cada tópico, além do texto referente ao conteúdo po-dem ser usados os elementos opcionais e essenciais, bem como devem ser inseridos no final os elementos obrigatórios.

Exemplo de Tópico:

AÇÃO COLETIVA

Em 1971, o conceito de ação coletiva foi criado por Mancur Olson, onde a economia passou a se preocupar com a oferta de bens públicos por meio da colaboração de, no mínimo, duas pessoas, e o impacto que este consumo gera aos demais, as chamadas externalidades, ou seja, a partir da data citada, a eco-nomia passou a estudar o impacto, tanto negativo quanto positivo, do consumo de um bem na vida dos demais.

Por exemplo, imagine uma fábrica têxtil e um rio passando ao lado, no qual uma comunidade de pescadores vive diretamente da pesca. A fábrica joga os dejetos no rio, poluindo e matando os peixes, afetando, assim, a vida dos pescadores, que não terão mais como sobreviver da pesca nesta localidade. Neste caso, o governo, por meio de suas políticas públicas, precisa interferir.

Desenvolvimento do Conteúdo da Unidade

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SOCIALIZAÇÃO é o processo pelo qual, ao longo da vida, a pessoa aprende e interioriza os elementos socioculturais de seu meio, inte-grando-os na estrutura de sua personalidade sob a influência de expe-riências e agentes sociais significativos, e adaptando-se assim ao am-biente social em que vive (ROCHER, 1971 apud LAKATOS, 1997, p. 123).

Exemplo extraído de: BERNARDES, Cyro; MARCONDES, Reynaldo C. Sociologia aplicada à administração. 7 ed.

São Paulo: Saraiva, 2009.

As ações das empresas do bilionário Eike Batista amargaram um prejuízo recorde no primeiro trimestre de 2013, conforme noticiado na imprensa. A OGX, perdeu 20% do valor por um movimento de alienação de papéis feito pelo próprio empresário. A notícia completa pode ser lida no link:

<http://www.valor.com.br/>

atualizados constantemente. Portanto, ao referenciar um dado factual ou atualidade, faça-o em uma caixa de texto separada, de modo a ser possível a atualização periódica.

Exemplo de Fatos & Dados:

Quadro-ResumoAo discorrer sobre um determinado conceito, pode ser vantajoso ela-borar um pequeno quadro-resumo para o aluno fixar a ideia. Este quadro será diagramado para ficar na borda da página, ao lado do texto onde o conceito foi explano mais detalhadamente. Os quadros-resumo servem como ferramenta de memorização e fixação.

Exemplo de quadro-resumo:

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MinicasosO aluno deve conseguir ligar os conceitos tratados no texto com ex-periências práticas ou aplicações possíveis para sua realidade. Neste sentido, o uso de minicasos ilustrativos pode ser uma ferramenta im-portante para atingir esse objetivo, assim como ilustrações e gravuras (desde que se tenha autorização para a utilização). Procure tornar seu conteúdo prático e aplicável, citando situações em que o conceito po-deria servir como solução a um problema ou situação em que o gestor poderia se deparar. Neste elemento sugerimos um contéudo com no máximo meia lauda.

Exemplo de minicaso:

DOMINO’S

Depois que um vídeo de mau gosto foi divulgado pela Internet por dois funcionários, a Domino’s Pizza aprendeu uma valiosa lição so-bre o poder das mídias sociais

Quando dois funcionários em Conover, Carolina do Norte, postaram um vídeo no YouTube em que apareciam preparando sanduíches enquanto colocavam queijo no nariz e violavam outros padrões de higiene, a Domino’s aprendeu uma importante lição sobre relações públicas e comunicação de marca na era moderna. Ao identificar os funcionários – que alegaram que o vídeo era apenas uma brincadeira e os sanduíches nunca foram entregues –, a empresa os demitiu. Em questão de dias, porém, houve mais de um milhão de downloads do ví-deo e uma onda de publicidade negativa. Quando uma pesquisa mos-trou que a percepção de qualidade da marca passou de positiva para negativa naquele curto espaço de tempo, a empresa tomou medidas incisivas por meio de mídias sociais, como Twitter, YouTube e outros.

Exemplo extraído de: KOTLER, Phillip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson

Education do Brasil, 2012.

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Para saber mais sobre os principais economistas e suas principais contri-buições e obras para o campo das ciências econômicas, acesse:<www.corecon-rj.org.br/grandes_economistas.asp>.

Saiba MaisTem como objetivo explicar um pouco melhor um determinado con-ceito ou apresentar um assunto que não precisa ser explicado no texto do tópico, mas que tenha ligação com o assunto discutido. Geral-mente algo que requer maiores explicações ou que pode ser objeto de curiosidade dos alunos. Pode ser apresentado através de link, reporta-gem, artigo científico, entre outros (Vide tópico sobre plágio).

Exemplo de Saiba Mais:

ReflitaPergunta ou Frase interessante relacionado ao conteúdo estudado, mas que não esteja no corpo do texto, que faça com que o aluno re-flita sobre o assunto e procure buscar maiores informações. Pode ser uma frase do próprio autor ou de outro profissional da área, desde que apresentada a fonte.

Exemplo de Reflita:

“No passado, a sabedoria convencional sustentava que a moeda não afetava a economia. Hoje, há consenso de que a política monetária pode afetar, significativamente, as atividades reais de uma economia no curto prazo .... ” (THORNTON; WHELOCK, 1995, p.7).

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ATENÇÃO!

Os instrumentos da Política Monetária que o Banco Central pode utilizar para estimular ou desestimular a economia são recolhimento compulsó-rio, taxa de redesconto e operação de mercado aberto.

RECAPITULANDO ■ A política monetária é a atuação do governo no que diz respeito à quan-

tidade de moeda em circulação e à taxa de juros. ■ O Governo utiliza três instrumentos na política monetária: recolhimento

compulsório, taxa de redesconto e operação de mercado aberto. ■ A quantidade de moeda em circulação afeta a taxa de juros. ■ Quanto menor for a quantidade de moeda em circulação, maior será a

taxa de juros. ■ Taxa de juros alta dificulta o crédito e reduz a demanda. ■ A taxa de juros afeta, dentre outros fatores, o consumo, o preço das

ações, o investimento etc.

Atenção!Conceito ou Explicação rápida e fundamental para o entendimento de um determinado tema que tenha sido discutido no texto, com o objetivo de chamar a atenção do aluno para aquela questão..

Exemplo de Atenção:

RecapitulandoO recapitulando é uma lista resumida dos principais conceitos e ex-plicações abordados no tópico, com o objetivo de levar o aluno a re-lembrar os conceitos estudados de forma mais rápida e concisa.

Exemplo de Recapitulando:

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Atividade de Estudo do TópicoApós discorrer sobre o conteúdo do tópico, apresente de 2 a 3 ativida-des relevantes para revisão e entendimento do conteúdo. Estas ativi-dades servirão como forma de levar o aluno a sair do estado passivo de leitura do conteúdo e refletir sobre o conceito que acabou de ser visto.

Serão atividades, de preferência objetivas, apresentadas de forma interativa no livro digital, podendo ser questões ou outros tipos de exercícios que serão desenvolvidos com nossa equipe de Design Edu-cacional.

As questões objetivas podem ser do tipo: ■ Múltipla escolha; deve conter 5 alternativas, sendo uma

correta. ■ Verdadeiro ou Falso. ■ Completar lacunas. ■ Associação de conceitos.

Já as questões discursivas devem ser de respostas diretas, como: ■ Associar um conceito estudado no tópico com uma situação

real. ■ Desenvolver um conceito. ■ Solucionar um problema.

A resposta correta deve ser indicada no próprio texto, no caso das questões objetivas, e apresentar uma sugestão de resposta sintética para as questões discursivas.

Exemplo de Atividade de Estudo do Tópico:

ATIVIDADE DE ESTUDO

1. Conforme Limeira (2010), para que o produto alcance a liderança de mercado e crie vantagem competitiva e valor para o cliente, o ge-rente de marketing deve adotar uma estratégia de diferenciação, en-

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tendida como a estratégia que visa a desenvolver um conjunto de diferenças significativas e valorizadas pelo cliente para distinguir seu produto do dos concorrentes. Sobre este assunto, leia as afirmações e assinale a alternativa correta:

I. A diferenciação por atributos e benefícios do produto exige o de-senvolvimento de inovações de produto com base em pesquisas de marketing, de novos produtos e de novas tecnologias.

II. Uma estratégia adotada em mercados em crescimento é o da dife-renciação por serviços agregados, dificilmente passíveis de imitação pela concorrência.

III. A melhor de todas as estratégias de diferenciação é sempre o preço, pois é sustentável ao longo do tempo e não necessita de especifica-ções de produto exclusivas.

IV. O consumidor quando escolhe um produto pela marca comprova que a diferenciação por imagem pode ser efetiva, quando a marca é reconhecida como de valor superior pelo cliente.

a. ( ) Somente I e IV estão corretas.

b. ( ) Somente II e III estão corretas.

c. ( ) Somente I, II e IV estão corretas.

d. ( ) Somente I, III e IV estão corretas.

e. ( ) Todas estão corretas.

No caso de atividades subjetivas, o aluno escreverá sua resposta e na sequência poderá ver a sugestão de resposta que você indicou.

Atividade de Estudo 2

1. Vamos supor que o governo queira reduzir a taxa de inflação utilizan-do a política monetária. Explique o que poderá ser feito pelo governo por meio dos instrumentos da política monetária.

Sugestão de resposta: Para reduzir a taxa de inflação utilizando a política monetária, é necessário aumentar a taxa de juros. Para isto, o governo deverá reduzir a quantidade de moeda em circulação e, por meio dos instrumentos da política monetária, deverá aumentar o percentual das reservas compulsórias, ou aumentar a taxa de redesconto, ou comprar títulos públicos.

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ENCERRAMENTO DA UNIDADE

Após discorrer sobre o conteúdo nos tópicos, você deverá encerrá a unidade tecendo suas considerações finais, resumindo o conteúdo e apresentando os materiais complementares e referências.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS DA UNIDADE

Chegando ao final de unidade, você deverá escrever suas conside-rações finais a respeito do conteúdo abordado, que devem conter deduções lógicas, avaliações críticas e correspondentes aos objetivos descritos durante o desenvolvimento do conteúdo e que foram apre-sentadas na Introdução. A ideia não é compor um resumo ou síntese de todo o conteúdo da Unidade, pois este será abordado no Resumo.

Exemplo de Considerações Finais da Unidade:

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta Unidade, conseguimos revisitar fundamentos que talvez você já tenha conhecido na sua formação. Vimos o desenvolvimento da teoria administrativa e entendemos que nada acontece por acaso.

Na verdade, os seres humanos sempre dependeram em maior ou menor grau das organizações para sua sobrevivência. No decorrer dos séculos, essas organizações tomaram importância ainda maior e, com o advento da Revolução Industrial, irreversivelmente mantêm a sociedade como a conhecemos hoje.

Evidentemente que os desafios para os administradores ganharam com-plexidade à medida que as organizações tornavam-se também mais complexas. Hoje, fundamentalmente, vivemos momentos de transição de uma sociedade quase que inteiramente industrial para uma sociedade onde o conhecimento e a tecnologia desenvolvem-se em velocidades as-sustadoras. Chegamos a temer que algum dia não consigamos dar conta de acompanhar a velocidade dessas transformações. Evidentemente que, em uma era em que o conhecimento se multiplica nesses níveis, o ele-mento humano ganha importância, pois até que a inteligência artificial seja estabelecida para os computadores, são os seres humanos que pen-sam, que criam, que têm sensações. Portanto, se você acha que o desafio do administrador é grande hoje, tenha certeza que será gigantesco nos próximos anos.

Muito sucesso!!

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PALAVRAS-CHAVE

■ Carga Tributária.

■ Impostos.

■ Instrumentos da Política Fiscal.

■ Instrumentos da Política Monetária.

■ Moeda.

■ Política Fiscal.

■ Política Monetária.

■ Taxa de Juros.

RESUMO DA UNIDADE

Elaborar um texto de resumo da unidade contendo 4 a 6 parágrafos resumindo a disciplina. Incluir no final do resumo um mapa concei-tual que mostre os conceitos trabalhados na unidade, representando assim a estrutura de significados (conceitos e ideias) e suas relações.

PALAVRAS-CHAVE

Uma palavra-chave é uma palavra que resume os temas principais de um texto. É um termo que identifica ideias e temas de especial impor-tância para servir de referência a pesquisas. Um único parágrafo pode conter várias palavras-chave (ou palavras-chaves, pois ambos plurais são aceitos).

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Exemplo de Resumo:

RESUMO

O governo pode estimular ou desestimular a economia por meio da política monetária, que pode ser definida como a atuação do governo no que diz respeito à quantidade de moeda em circulação e à taxa de juros. Para controlar a quantidade de moeda em circulação, e conse-quentemente a taxa de juros, o governo, por meio do Banco Central, dispõe de três instrumentos: recolhimento compulsório, taxa de re-desconto e operação de mercado aberto. Outra forma de afetar a taxa de juros é definir a taxa de juros básica da economia, a SELIC.

A política fiscal é outra política macroeconômica utilizada para aquecer ou desestimular a economia e é definida como a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de tributos e gastos. Com esta política, o governo pode estimular a economia, reduzindo os tri-butos e/ou aumento os gastos. Caso contrário, se o governo quiser conter a atividade econômica, ele poderá aumentar os tributos e/ou reduzir gastos. Isto pode ser visualizado no mapa conceitual a seguir.

O que é um Mapa Conceitual?

O Mapa Conceitual é uma técnica desenvolvida da década de 1970 por Navok, que representa graficamente o conhecimento sobre um determinado assunto (ALVARÃES; LEITE, 2012). Em ou-tras palavras, são diagramas que indicam a relação entre concei-tos. Moreira observa que:

De maneira ampla, mapas conceituais são apenas diagramas que indicam relações entre conceitos. Mais especificamente, podem ser interpretados como diagramas hierárquicos que pro-curam refletir a organização conceitual de uma disciplina ou de parte dela. Ou seja, sua existência deriva da estrutura conceitual de uma disciplina ou de um corpo de conhecimentos (MOREIRA, 2006, p.45).

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Pode Pode

AtravésAtravés

É subidividida

Composta por

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Determina Estabelece De�ne

De�ne

É composto por

são são

É composto por

De�nidaPor meio de

Composta por Composta por

Fundamentada

Composta por

É subidividida

Banco Central Tributos

Carga Tributária

Indiretos Indiretos

ProgressivosRegressivos

SELIC

Arrecadação Gastos

Política Monetária Política Fiscal

Políticas Macroeconômicas

Governo

Desestimular a economiaEstimular a economia

Operação de Mercado Aberto

Depósito Compulsório

Taxa de Redesconto

Taxas de JurosMoeda

Obs.: Caso tenha dificuldade em elaborar o mapa, especifique uma lista dos principais conceitos abordados na unidade e indique quais conceitos têm ligação uns com os outros. A partir destas informações, a equipe de Design Educacional irá elaborar um mapa conceitual para posterior validação do professor.

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MATERIAIS COMPLEMENTARES

Indicar materiais complementares que explorem com mais profundi-dade, exemplifiquem ou contextualizem conteúdos abordados na uni-dade. Estes materiais podem ser livros, vídeos, links na web, leituras complementares de artigos e notícias etc.

Sugestão de LivrosSugestão de livros nos quais o conteúdo da unidade poderá ser me-lhor entendido caso o aluno queira se aprofundar no assunto.

Exemplo de Sugestão de Livros:

Química AmbientalThomas G. Spiro e William M. Stigliani

Editora: Prentice Hall

Sinopse: em Química Ambiental, Spiro (Princeton University)

e Stigliani (University of Northern Iowa) apresentam e

detalham as bases químicas de temas como energia,

atmosfera, hidrosfera/litosfera e biosfera com objetividade

e clareza, como se contassem uma história, mas acrescentando quadros para aprofundar e testar o conhecimento.

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Sugestão de FilmesSugestão de filmes, seriados e vídeos contextualizando o conteúdo. Apresentar obrigatoriamente uma sinopse e uma contextualização do vídeo para a unidade, visando melhor entendimento.

Exemplo de sugestão de vídeo:

O Homem que Mudou o JogoBennett Miller

Elenco: Brad Pitt, Philip Seymour Hoffman, Robin Wright, Jonah Hill, Chris Pratt, Kathryn MorrisProdução: Michael De Luca, Rachael Horovitz, Scott RudinDuração: 133 min.Ano: 2011País: EUAGênero: DramaClassificação: 10 anos

Sinopse: Brad Pitt vive Billy Beane, gerente geral do Oakland Athletics, time de beisebol que usou um sofisticado software de análise para conseguir reunir um elenco de qualidade sem gastar muito. Ele precisou desenvolver esse novo método porque, comparado aos outros grandes times da liga, o Athletics tinha pouco dinheiro disponível. Ainda assim, conseguiu se equiparar às maiores equipes do torneio.

Comentário: No filme Moneyball (O Homem que Mudou o Jogo), o ator Brad Pitt passa a aplicar uma técnica estatística para contratar e utilizar jogadores para determinadas posições no time. O filme mostra a vida real do personagem Billy Beane, cuja técnica foi copiada com sucesso pelos grandes clubes americanos.O filme indica um uso de recursos totalmente divergente do paradigma dominante até então. Esta organização, sem dúvida, influenciou o ambiente e provocou a reação de outros sistemas organizacionais.

Você consegue pensar em outras organizações que influenciaram o ambiente onde estão inseridas?

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Na Web Sugestões de links na Web que remetam a textos, artigos, notícias, blogs ou vídeos que possam complementar o entendimento do con-teúdo da unidade.

Exemplo de na Web:

Para saber quanto pagamos, em média, de imposto no Brasil por produto, acesse:<http://www.fiepr.org.br/sombradoimposto>

LEITURA COMPLEMENTAR

Textos na íntegra ou parciais escritos pelo autor, por um colaborador do autor ou uma autoridade na área (desde que autorizado formal-mente pelo autor do texto), que ajudem na compreensão dos concei-tos abordados. Não devem conter mais que 3 laudas.

Exemplo de Leitura Complementar:

O QUE É POLÍTICA FISCAL?

Entende-se por política fiscal a atuação do governo na arrecadação de impostos e seus gastos. Neste caso, o governo atua sobre o sistema tribu-tário de forma alterar as despesas do setor privado.

A arrecadação de impostos afeta o nível da demanda ao influir na renda disponível que os indivíduos poderão destinar para o consumo e pou-pança. Dado um nível de renda, quanto maiores os impostos, menor será a renda disponível e, portanto o consumo. Os gastos são diretamente um elemento da demanda; dessa forma, quanto maior o gasto público, maior a demanda e maior o produto.

Assim, se a economia apresenta tendência para a queda no nível de ati-vidade, o governo pode estimulá-la, cortando impostos e/ou elevando

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gastos. Pode ocorrer o inverso, caso o objetivo seja diminuir o nível de ati-vidade. Qualquer aumento de imposto ou a criação de um novo somente poderá entrar em vigor no ano seguinte à sua promulgação.

A carga tributária total no Brasil não é particularmente alta, é menor que a dos EUA e muito menor que a da Europa. Porém sua distribuição é bas-tante anormal. Apenas 6.2% do arrecadado se refere ao Imposto de Ren-da de Pessoas Físicas, participação essa que nos países industrializados varia geralmente entre 18% e 26% e nos EUA chega a 38%.

A maior parte da nossa carga tributária se concentra nos impostos indi-retos (46% da arrecadação total), contra 15% a 30% nos países industria-lizados e sobre as operações financeiras, cuja arrecadação total é de 4.4% do total, conta 0.1% a 2.3% nos países desenvolvidos.

No que se refere aos impostos diretos, a sonegação é pública e do conhe-cimento de todos, principalmente nas camadas mais altas. Empresários, fazendeiros e altos executivos camuflam seus ganhos e superestimam suas despesas, usando todos os tipos de filigranas e engodos. A classe média não assalariada – profissionais liberais, microempresários e médios proprietários rurais – também ignora, na prática, o Imposto de Renda.

Parte do texto extraído de: <http://www.carlosescossia.com/2009/09/carlos-escossia-entende-se-por-politica.html>. Acesso em: 28 jun. 2013.

RELATO DE CASO

Ao final de cada unidade, é obrigatório apresentar um relato de caso, que é um instrumento pedagógico que apresenta um acontecimento ou problema real (vide exemplo no anexo I), de tal forma que o aluno seja obrigado a raciocinar, argumentar e refletir sobre o tema, assim como relacionar o caso aos conceitos estudados.

O relato de caso deve ser atual, pertinente à unidade e pode ser exploratório, analítico ou descritivo, com 1 a 2 laudas, sempre apresen-tando a fonte de pesquisa (ver tópico sobre direitos autorais e plágios).

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REFERÊNCIAS

As referências são elementos obrigatórios. Devem conter a relação das obras citadas na unidade, organizadas em ordem alfabética, con-secutivamente, para facilitar sua identificação ao final do livro.

Procure trazer referencial bibliográfico de qualidade com autores reconhecidos na área, buscando autores nacionais e internacionais. Referencie também textos publicados em periódicos dando preferên-cia para os indexados no Qualis/CAPES, bem como revistas reco-nhecidas na área (Exemplo: Exame, Revista HSM etc.).

Sugerimos que para cada livro tenhamos no mínimo 20 referên-cias, tendo no mínimo 4 referências internacionais.

Exemplo de Referências:

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, V. C. O jogo no contexto da educação psicomotora. São Paulo: Ed. Cortez, 1992.

AROEIRA, Maria L. C.; SOARES, Maria I. B.; MENDES, Rosa E. A. Didática de pré-escola: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.

BERTOLD, Janice; RUSCHEL, Maria. Jogar e Brincar - Revista do professor. Porto Alegre, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de educação fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/set, 1998.

CAGLIARI, Luiz C. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 1998.

Recomendações Finais para o Autor

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RECOMENDAÇÕES FINAIS PARA O AUTOR

É importante que o autor traga um bom embasamento teórico, mas que este sirva como subsídio para a aplicação prática. Para isso, indi-camos que cada unidade tenha um relato de caso real que ilustre os conceitos abordados na disciplina. Além disso, o texto deve ser rico em exemplificações, conseguindo aliar o conteúdo com o dia a dia do profissional da área do livro.

Conforme comentamos anteriormente, os livros são planejados para ter uma vida útil de 2 anos sem atualizações. Sabemos que em al-guns casos precisaremos atualizar com uma periodicidade maior, mas em sua maioria, sugerimos que sejam usados exemplos e cases atuais. Procure se atentar a isto para que, na medida do possível, o livro não precise ser atualizado antes de 2 anos de utilização.

LINGUAGEM DIALÓGICA

Em termos gerais, a escrita dialógica, necessária para a produção de materiais na Educação a Distância, pode ser conceituada como um meio de aproximação entre o professor-autor e o seu leitor, no caso o acadêmico, submetendo a um diálogo claro e de fácil entendimento entre ambos os interlocutores. Alguns teóricos sugerem que o livro didático seja redigido na primeira pessoa, já o aluno deverá ser refe-renciado no singular, conforme o exemplo a seguir:

[...] Dessa forma, caro(a) acadêmico(a), por acreditar na possibilidade de reflexão do professor por meio do seu pro-cesso de formação, seja inicial ou continuada, apresento a você as três concepções epistemológicas existentes histori-camente que marcaram e ainda marcam a história da for-mação de professores, e determinam, em última instância, a atuação do professor na dinâmica interna da sala de aula (RAYMUNDO, 2012, p.16).

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Portanto, assumir uma linguagem que permitirá a constante abertura ao diálogo é posicionar o professor como sujeito acessível às discus-sões. Além disso, faz com que o acadêmico, ao interagir com o livro didático, perceba a si mesmo se fazendo coautor na construção dos saberes.

A linguagem de um texto de pós-graduação, apesar de dialógica, não é infantilizada, ou seja, trata-se de um trabalho de conteúdo cien-tífico, aplicável a situações práticas. Portanto, ao elaborar seu texto, leve em conta que seu público é formado por alunos que já possuem graduação e muitas vezes também pós-graduação, além de mestres e doutores. É perfeitamente possível a elaboração de um texto com rigor científico em uma linguagem dialogada, e é isso o que se espera deste trabalho.

PLÁGIO E DIREITOS AUTORAIS

Nos tempos atuais de velocidades inimagináveis de transmissão de dados e informações, segue-se por consequência uma troca também veloz de conteúdos apropriados indevidamente de fontes alheias. Os conteúdos acadêmicos, assim como a música, obras ficcionais e tantos outros produtos da mente e pesquisa humana, tornam-se presa fácil para autores cujos critérios éticos são questionáveis.

A Unicesumar busca primar, de forma zelosa, pela consistência e originalidade dos textos disponibilizados para seus acadêmicos. Por-tanto, na seleção de professores conteudistas, um dos critérios avalia-tivos na contratação é a originalidade.

Evidentemente que as obras científicas podem ser citadas na pes-quisa e produção de materiais, desde que corretamente referenciadas. As regras para citação são detalhadamente descritas nos normativos da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Nunca é demais frisar que a não observância destas regras cons-titui delito, passível de sanções na esfera cível e criminal. A Lei

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10.692/2003, que alterou a redação do art. 184 do Código Penal (De-creto-Lei 2.848/40), detalha no seu Art. 1º que,

Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com

intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autoriza-ção expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Com base nisto, o autor, uma vez que aceitou produzir material

para a Unicesumar, deve tomar os cuidados necessários para que o mesmo tenha a qualidade solicitada e, ao mesmo tempo, não viole nenhum dos itens abaixo relacionados.

PlágioPara resguardar-se de conteúdos ilicitamente produzidos, a Unicesu-mar vale-se de softwares detectores de plágio. Portanto, ao produzir seu material, o professor deve ter o cuidado e atenção para que seu texto possa ser considerado original, inclusive evitando a prática do autoplágio, que se constitui na cópia fiel de suas próprias obras cujo direito autoral já tenha sido cedido de alguma forma a terceiros. A au-torreferência, no entanto, é permitida, desde que tratada como citação acadêmica, como se fora de terceiro autor, conforme regras da ABNT.

São diversos os tipos possíveis de plágio, como a cópia fiel, muitas vezes inserida como uma paráfrase.

Para exemplificar o que foi dito acima, seguem alguns exemplos do que é considerado plágio.

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Exemplo:

No texto original:

Ao longo dessa linha de análise, Weber desenvolveu um modelo de interpretação baseado na atribuição hipotética de racionalidade que independe de pressupostos subjetivos e naturalistas, ao mesmo tempo que redefine o processo hermenêutico como uma forma de análise causal singular.

Exemplo de plágio por meio de paráfrase:

Consoante a este tipo de análise, Weber desenvolveu um modelo de interpretação baseado na atribuição hipotética de racionalidade que independe de pressupostos subjetivos e naturalistas, ao mesmo tempo que redefine o processo hermenêutico como uma forma de análise causal singular (RINGER, 2004).

Percebe-se que, mesmo com a citação da fonte, o texto acima cons-titui-se em plágio, pois reproduz integralmente o texto original, sem observar a boa regra de citação científica, no caso, colocar o trecho en-tre aspas e referenciar a obra original citando autor e a página da qual a citação foi extraída. Neste caso, uma forma de citação correta seria:

Podemos afirmar que, conforme Ringer (2004, p. 16), “Weber desenvol-veu um modelo de interpretação baseado na atribuição hipotética de racionalidade que independe de pressupostos subjetivos e na-turalistas, ao mesmo tempo que redefine o processo hermenêutico como uma forma de análise causal singular”.

Vários outros artifícios de plágio são utilizados, sendo um dos mais comuns a elaboração de texto à base de uma referência textual, sem a menção do autor original.

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Exemplo:

No texto original:

Uma parte do produto é caracterizada por seus valores intangíveis, ou seja, sua alma; são os benefícios que o consumidor espera ao comprar ou usar um produto. Uma roupa de grife, por exemplo, tem os aspec-tos tangíveis como modelagem, padronagem, acabamento etc., e os valores intangíveis representados pelos benefícios, tais como status e prestígio que a marca confere ao consumidor.

Exemplo de plágio:

Sabemos que um produto possui características tangíveis e intangíveis, sendo que as tangíveis podemos perceber, como exemplo, no caso de uma roupa de grife, pela sua modelagem e acabamento, enquanto que as intangíveis poderiam ser o status e prestígio que o uso daquela de-terminada marca proporciona ao consumidor.

Para construção de um texto como esse, a forma correta de citação seria:

Conforme Cobra (2009) destaca, um produto possui características tan-gíveis e intangíveis, sendo que as tangíveis podemos perceber, como exemplo, no caso de uma roupa de grife, pela sua modelagem e acaba-mento, enquanto que os intangíveis poderiam ser o status e prestígio que o uso daquela determinada marca proporciona ao consumidor.

UTILIZAÇÃO DE IMAGENS, DESENHOS, ILUSTRAÇÕES E FOTOGRAFIAS

Certamente, um recurso poderoso para fixação de um conceito é a utilização de imagens, na forma de desenhos, ilustrações, fotografias, quadros, entre outros.

Os materiais produzidos por você podem conter imagens, e reco-mendamos que contenham.

No entanto, quando falamos de plágio, referimo-nos a todo tipo de direito autoral, tema amplamente abordado na legislação. A Lei

44Reprodução proibida. A

rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

9.610/98 (Lei dos Direitos Autorais), no Título II, Capítulo I, Art. 7º, declara:

Das Obras ProtegidasArt. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do es-pírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;III - as obras dramáticas e dramático-musicais;IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma;V - as composições musicais, tenham ou não letra;VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;XII - os programas de computador;XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopé-dias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, consti-tuam uma criação intelectual.[...]§ 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que prote-gem os demais campos da propriedade imaterial.

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Note que, conforme os incisos VII, VIII e IX, as imagens, sob quaisquer formatos, estão protegidas por direitos autorais.

Caso tenha interesse em utilizar uma imagem ou fotografia, de-ve-se solicitar a autorização do autor ou titular da mesma, e, após autorizado, indicar sempre o nome do autor da imagem ou fotografia.

Caso a fotografia retrate uma pessoa, é uma obra intelectual que abriga dois direitos; são protegidos: o do fotógrafo (direitos autorais) e da pessoa retratada (direitos de imagem), cuja autorização para uso deve ser solicitada de ambos.

Para evitar qualquer tipo de problema, é preferível a utilização de imagens disponíveis no banco de imagens utilizado pela Instituição.

Assim, se necessitar inserir alguma imagem que não seja de sua autoria ou da qual não tenha autorização, solicitamos que você mes-mo selecione as imagens por meio do site <www.shutterstock.com> e indique o código da imagem (Image ID) desejada para que a equipe de diagramação faça o download para uso no seu livro.

Deve-se lembrar que as imagens disponíveis na internet não são de domínio público e não podem ser utilizadas sem a prévia solicita-ção de autorização, como foi mencionado anteriormente.

UTILIZAÇÃO DE VÍDEOS

Com relação aos vídeos, seguir o mesmo padrão de utilização de ima-gens e fotografias. Não se pode disponibilizar ou utilizar vídeos que não sejam de sua própria autoria.

Ainda que o vídeo esteja disponível em sites como YouTube, de-ve-se ter autorização do autor do mesmo para que seja utilizado o vídeo.

46Reprodução proibida. A

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UTILIZAÇÃO DE ARTIGOS, NOTÍCIAS E TEXTOS DE OUTROS AUTORES

Outro recurso bastante interessante e comumente utilizado em ele-mentos como “Mini-Caso”, “Leitura Complementar” e “Relato de Caso”, ou até mesmo como explicação de um determinado tema den-tro do livro, é o uso de textos que não são de sua autoria, tais como notícias, artigos ou outros textos extraídos de sites, livros, revistas ou periódicos. Nestes casos, as mesmas orientações com relação à utili-zação de imagens e vídeos devem ser observados.

Textos que não são de sua autoria só podem ser publicados na ín-tegra com autorização formal do detentor do direito autoral da obra, ou caso esteja explicitamente identificado no texto original que está permitida sua reprodução sem autorização. Deve-se tomar especial atenção com textos de revistas e jornais, mesmo que tenham sido re-produzidos em diversos outros sites.

A recomendação é que, neste caso se faça um resumo do texto original, ou seja utilizado o recurso de citação direta ou indireta, como já é feito em trabalhos científicos, ou ainda, no caso de se utilizar o texto, limitar-se a apenas 10% do texto original, sempre não se esque-cendo de fazer a devida referência.

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REFERÊNCIAS

ALVARÃES, A. C. T.; LEITE, L. S. O uso de mapas conceituais como instru-mentos pedagógicos: Um estudo de caso no curso de Administração. Re-vista Gestão e Sociedade, V. 01, n°1, Rio de Janeiro: 2012.

ALVES, L. R. A.; SHIKIDA, P. F. A.; SANTOS, C. V. dos. Aspectos da agroindús-tria canavieira do Paraná: panorama estrutural e dinâmica de crescimen-to. In: Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural/First Sober/Iaae Joint Symposium, 37., 1999, Foz do Iguaçu. Anais... Brasília: SOBER, 1999.

ANSELIN, L. MicroQAP: a Microcomputer Implementation of Generalized Measures of Spatial Association. Working Paper. Santa Barbara: Depart-ment of Geography, University of California, 1986.

BARBOSA, I. B. Metodologia para produção de material impresso para EaD. Curso: Formação de Professores para Educação a Distância, abr. 2005. Disponível em: <http://www.ead.ufsc.br/ambiente/mod/resource/view.php?id=132>. Acesso em: 28 jun. 2013.

BONELLI, R. Estado de uma Nação: Textos de apoio. Estado e Economia: Estado e Crescimento Econômico no Brasil. Rio de Janeiro: Ipea, fev. 2009. p. 77. (Texto para Discussão, n. 1393).

BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais de qualidade para a edu-cação superior a distância. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/referenciaisead.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2013.

CATAPAN, Araci Hack. Tertium: o novo modo do ser, do saber e do apre-ender (Construindo uma taxionomia para mediação pedagógica em tec-nologia de comunicação digital). Florianópolis, 2001, 237 p. Tese (Dou-torado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

COBRA, Marcos. Administração de marketing no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

LIMA, J. F. de et al. A localização e as mudanças da distribuição setorial do PIB nos estados da região Sul (1970-1998). In: Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural (SOBER), Cuiabá. Anais... Cuiabá: SOBER, v. 1, 2004.

FRANCO, M. A. Elaboração de material impresso: conceitos e propostas. In: CORRÊA, J. (Org.). Educação a Distância: orientações metodológicas. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MAIA, J. M. Economia Internacional e Comércio Exterior. 14ª ed. São Paulo: Atllas, 2011.

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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

MOREIRA, M. A. Mapas Conceituais e Diagramas V. Porto Alegre: 2006.

RINGER, Fritz K. A metodologia de Max Weber: unificação das ciências culturais e sociais. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

SCHREIBER, Anderson (coord.). Direito e Mídia. São Paulo: Atlas, 2013.

SILVA, A. M.; EGITO, N. B.; SANTIAGO, H. D. O uso de mapas conceituais: fa-zendo a ponte entre o conhecimento prévio e a aprendizagem significati-va na disciplina de inglês instrumental. Anais do XXII SBIE, Aracaju, 2011.

O novo modelo da Pós-Graduação

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ANEXO I

O NOVO MODELO DA PÓS-GRADUAÇÃO

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O NOVO MODELO DA PÓS-GRADUAÇÃO

Prezado(a) Professor(a),Você foi convidado(a) a desenvolver uma disciplina para a Pós-

Graduação Unicesumar. Este novo modelo de especialização a dis-tância faz parte de um projeto pensado para ser mais flexível e base-ado na autonomia do aluno. Neste projeto, a qualidade dos recursos educacionais é essencial, e além do conteúdo de qualidade desenvol-vido por você, estaremos produzindo conteúdos interativos com o apoio de recursos de vídeo.

A nova pós-graduação da Unicesumar está planejada para ter 10 disciplinas que deverão ser cursadas em 12 meses. Nestes doze me-ses, em média, o aluno percorrerá o conteúdo, assistirá a videoaulas, resolverá estudos de caso e interagirá com tutores especialistas em cada disciplina. Dentro deste processo, quando terminar as 10 disci-plinas, ele poderá ingressar no módulo de TCC, recebendo orienta-ção e apresentando o trabalho presencialmente no polo, no final do processo. Apesar de ter sido pensado em 12 meses, o aluno poderá cursar em menos tempo, podendo finalizar em até 8 meses, desde que consiga cumprir todas as atividades e percorrer todos os conteúdos.

Esta possibilidade se dá pela forma como a pós está estruturada, não contendo turmas e tendo recursos educacionais autoinstrucio-nais. Cada aluno poderá iniciar seu curso logo após a matrícula, a qualquer dia do ano.

Mesmo sendo um conteúdo autoinstrucional em que cada aluno poderá estar em um momento diferente do curso ou das disciplinas, o modelo permite a interação entre os alunos por meio de fóruns temáticos, sempre abertos à participação, e que serão acompanhados e mediados por nossos tutores. Além disso, o aluno a qualquer mo-mento poderá tirar suas dúvidas diretamente com nossos tutores, que responderão em um prazo de 2 dias úteis.

Cada disciplina está planejada para ser cursada em 4 semanas e contará com um vídeo de apresentação, livro interativo com os con-

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teúdos divididos em unidades, aulas e prova online. Cada livro in-terativo contará com um conteúdo de aproximadamente 80 laudas, divididas em 4 unidades, cada uma pensada para ser realizada em aproximadamente uma semana. Para cada unidade, poderemos ter de 3 (três) a 5 (cinco) tópicos, que no nosso modelo chamamos de aulas. Nas aulas, os conteúdos serão explanados e desenvolvidos.

Uma aula (tópico) tem aproximadamente um conteúdo de 5 lau-das e contará com o texto do conteúdo, uma videoaula que durará de 5 a 10 minutos e uma atividade, exercício ou interação que ajude o aluno na construção do conhecimento sobre o conteúdo da aula. Além disso, poderão existir podcasts onde convidados pelo autor ou especialistas podem discorrer ou responder perguntas sobre um de-terminado conteúdo. Ao final da aula, é apresentado um exercício de autoestudo para o aluno resolver. Só após percorrer todos estes re-cursos e realizar a atividade o aluno poderá prosseguir para a aula seguinte. Ao final das 4 aulas, ele encerrará a unidade e poderá iniciar a unidade seguinte. Somente após percorrer as 4 unidades do conte-údo o aluno poderá resolver o estudo de caso proposto no início da disciplina e realizar a prova online.

Pós Graduação

(12 Meses)

Atividade Subjetiva Estudo de Caso

Disciplina 1 - (1 Mês)TCC

D2

D3

D4

D5

D6

D7

D8

D9

D10

Resumo (Com mapa Conceitual)

Relato deCaso

MateriaisComplementares

Unidade 1 - (1 Semana)U2

U3

U4

ProvaFinal

VideoApres

E-Book interativo online• 5 Laudas -> 15 páginas e-Book

Vídeocasts & PodCasts• VideoCast• 5 Minutos com contéudo do livro• PodCasts com entrevistas (opcional)

Quiz (Exercício de Fixação)• Teste, rápido, exercício

Aula

1 2 3 4

2 Min.

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Após o término das 10 disciplinas, o aluno poderá iniciar o mó-dulo de TCC, onde ele primeiro percorrerá um conteúdo de metodo-logia da pesquisa, finalizando com uma prova online para, na sequên-cia, iniciar o processo de orientação do TCC.

É importante salientar que o aluno poderá se inscrever em disci-plinas de forma avulsa antes, durante ou depois da realização de um curso de pós-graduação lato sensu. Nos casos nos quais ele fizer a disciplina antes, esta será aproveitada como crédito.

O livro que você desenvolverá, e objeto deste guia, com as 4 uni-dades, os conteúdos das aulas e seus respectivos vídeos, será o mate-rial-base para o desenvolvimento do livro interativo que será acessado pelo aluno em nosso Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Fluxo de Produção de Material Didático

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ANEXO II

FLUXO DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO

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FLUXO DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO

Você foi convidado(a) a desenvolver uma disciplina para a Pós-Gra-duação Unicesumar. O trabalho de um professor(a)-autor(a) (conteu-dista) corresponde à escrita de um conteúdo-base que originará um livro interativo, a gravação de vídeos, o desenvolvimento de um estu-do de caso, atividades subjetivas e objetivas (estudo de caso, fórum e questões).

No que tange à escrita do conteúdo, nossa experiência nesses mais de sete anos de EAD mostra que o livro didático é um dos principais recursos nesta modalidade de educação e que seu conteúdo deve ser desenvolvido levando em consideração o perfil do aluno e as carac-terísticas inerentes do modelo. Para que isso ocorra desenvolvemos uma estrutura e um formato de livros didáticos. Portanto, para que tenhamos sucesso no processo de aprendizagem do aluno, é impor-tante seguir a estrutura de livros didáticos da Unicesumar, estrutura esta explicada com mais detalhes neste guia. Embora seja necessário seguir esta estrutura, não é preciso a formatação ou diagramação, pois todo o processo de diagramação digital será feito pela nossa equipe de produção de materiais.

O processo de produção de materiais da Unicesumar segue um fluxo desenhado para assegurar a qualidade do material e o seguimen-to dos prazos. Este processo se inicia com o convite ao(à) professor(a) por meio de nossa coordenação. Ao aceitar o convite, você é solicita-do(a) a assinar uma carta de aceite, contendo as principais ativida-des, prazos e dados contratuais. Com base nesta carta de aceite, nossa equipe elabora um contrato de prestação de serviços que estabelece condições referentes aos prazos, às entregas, aos direitos autorais e de imagem e demais direitos e deveres referentes aos trabalhos de desen-volvimento de conteúdos.

Após a carta de aceite e o contrato assinado, você iniciará o pro-cesso de desenvolvimento dos materiais. Para melhor te auxiliar e te dar feedback, dividimos esta etapa em 3 entregas parciais.

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A primeira entrega é o desenvolvimento do Plano de Ensino e proposta de sumário do material, que são desenvolvidos a partir dos objetivos e da ementa constantes na carta de aceite. Estes documentos deverão ser encaminhados ao coordenador responsável, que encami-nhará para a comissão editorial, para que juntos avaliem e proponham melhorias caso necessário. Este parecer é retornado a você, que deverá proceder com os ajustes e iniciar o processo de escrita do material.

No prazo combinado para a segunda entrega parcial, você enviará à coordenação o conteúdo referente às duas primeiras unidades, que novamente submeterá à comissão editorial e retornará ao professor com o parecer do conteúdo das duas primeiras unidades. No prazo combinado para a terceira entrega parcial, você deverá enviar o conte-údo base completo com as 4 unidades, conteúdo este que novamente será encaminhado para o coordenador e seguirá o mesmo trâmite que as entregas anteriores.

Uma vez que você proceda com os ajustes sugeridos pela comissão editorial, o processo de escrita é finalizado, iniciando o fluxo de pro-dução de material multimídia. Este fluxo se inicia pelo envio do con-teúdo-base do livro para a equipe de revisão, que procederá com a verificação de plágio e revisão ortográfica e gramatical. Na sequência, este material é encaminhado para a equipe de design instrucional e produção de materiais para a confecção do livro interativo. Quando

Assinaturada Carta de

Aceita

Assinaturado

Contrato

Plano de Ensino eSumário

Feedbackda

ComissãoEditorial

• 3 dias úteis • 5 dias úteis •10 dias corridos • 2 dias corridos

Feedbackda

ComissãoEditorial

Envio dos 2PrimeirosCapítulos

Envio do Texto

Finalizado

Feedbackda

ComissãoEditorial

• 45 dias corridos • 90 dias • 5 dias corridos • 3 dias corridos

Figura 1: Fluxo de Contratação e Escrita do Conteúdo-base

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finalizada a produção, o livro interativo é enviado ao professor para validação e considerações finais, para que em seguida a equipe de pro-dução de materiais proceda com os ajustes, caso necessário.

Envio doTexto

Finalizado

Veri�caçãode

Plágio

CorreçãoOrtográ�ca e Gramatical

Projeto de Design

Educacional

FinalizaçãoProdução

do MaterialMultimídia

Veri�caçãodo Professor

Autor

2ªRevisão

Figura 2: Fluxo de Produção de Material

Multimídia

exemplo de Unidade do livro de pós-graduação

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ANEXO III

EXEMPLO DE UNIDADE DO LIVRO DE PÓS-GRADUAÇÃO

IIUN

IDA

DE

Prof.ª Me. Andréia Moreira da Fonseca Boechat

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

Objetivos de Aprendizagem

■ Definir políticas monetária e fiscal.

■ Apresentar os instrumentos utilizados pelo governo nas políticas monetária e fiscal.

■ Discutir os efeitos esperados das políticas monetária e fiscal.

■ Apresentar a estrutura tributária brasileira.

Plano de Estudo

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

■ Definição de política monetária.

■ Instrumentos utilizados pela política monetária.

■ Efeitos esperados da política monetária.

■ Definição de política fiscal.

■ Estrutura tributária brasileira.

■ Instrumentos utilizados da política fiscal.

■ Efeitos esperados da política fiscal

Introdução

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INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a),Nesta segunda unidade discutiremos duas políticas muito impor-

tantes e muito utilizadas pelo governo para tentar estabilizar a eco-nomia e fazer com que o país cresça, que são as políticas monetária e fiscal. Claro, que ambas devem ser utilizadas juntas e de forma concisa com a política cambial, que veremos na unidade III do nosso livro, para que o objetivo do governo, naquele momento, seja atendido de forma mais eficiente possível.

Em relação à política monetária, você provavelmente já percebeu que o mercado fica ansioso para conhecer as alterações que o governo fará, e se fará, na política monetária brasileira. Só esta expectativa já gera uma certa instabilidade. E esta é uma situação muito comum, pois a cada 45 dias a equipe responsável pela definição da política monetária, que no caso do Brasil é definido pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), se reúne. Nesta reunião, é analisada a econo-mia nacional e definido se haverá alterações na política monetária ou não e se houver alterações, quais serão estas mudanças e qual o efeito esperado.

E a política fiscal?! Você também já ouviu, e talvez até defenda, uma reforma fiscal urgente, mas você sabe o que é política fiscal? O que seria de fato esta reforma? Ok! Todos sabem que política fis-cal está relacionada à arrecadação de impostos e que temos muitos impostos no Brasil. Porém, não é somente imposto; outra variável que faz parte da política fiscal são os gastos do governo. E o governo pode estimular ou desestimular a economia alterando os gastos e ou as receitas.

Você já deve estar se perguntando como o governo utiliza as po-líticas monetária e fiscal e com qual objetivo. É isto que veremos, com maiores detalhes, agora.

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

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POLÍTICA MONETÁRIA: MOEDA E TAXA DE JUROS

DEFINIÇÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA

Quando falamos em política monetária estamos nos referindo as in-tervenções do governo no mercado financeiro, no qual ele atua dire-tamente sobre a quantidade de moeda em circulação e indiretamente sobre a taxa de juros, com objetivo principal de estabilizar a economia, para gerar altos níveis de emprego e produto.

Mas como é esta atuação do governo? Antes de discutirmos os ins-trumentos utilizados pelo governo na política monetária, é preciso conhecer um pouco mais sobre moeda e taxa de juros. Vamos iniciar pela definição e funções da moeda, pois a moeda é um instrumento básico para que se possa atuar no mercado.

Moeda é um ativo, que possui maior liquidez[1], utilizado para realizar transações e possui três funções:

a. Meio de troca – serve como intermediário entre as mercado-rias.

b. Unidade de conta – estabelece preço dos bens e serviços.c. Reserva de valor – permite guardar.

E quais são os fatores que levam os indivíduos a demandarem mo-eda? Os agentes econômicos (empresas e consumidores) demandam

Política Monetária é a intervenção do governo no que diz respeito à quantidade de moeda em circulação e à taxa de juros.

[1] Liquidez é a capacidade que um ativo

tem de se transformar

em poder de compra, ou seja, em mercadoria.

Política Monetária: Moeda e Taxa de Juros

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moeda por três motivos:a. Transação - para adquirir bens e serviços.b. Precaução - para atender uma necessidade que não estava sen-

do prevista.c. Especulação - para render juros.

A demanda de moeda é inversamente proporcional à taxa de juros e depende diretamente da renda. Vamos ver cada uma dessas relações com calma.

Pense na taxa de juros como um custo de oportunidade, no caso, o sacrifício que o indivíduo faz ao abrir mão de gastar moeda naquele momento para poder guardar. Nesta situação, quando maior for a taxa de juros, maior será o custo de oportunidade de reter moeda e, assim, menor será a demanda por moeda. Caso contrário, quando a taxa de juros está baixa, os indivíduos preferirão adquirir bens e serviços, não tendo incentivo a guardar moeda, assim, a demanda de moeda será maior.

Com altas taxas de juros, a demanda de moeda é menor porque é mais vantajoso investir para render juros do que comprar bens e ser-viços naquele momento, em outras palavras, menor será o motivo de especulação e como o dinheiro está aplicado para render juros, menos também serão os motivos de transação e precaução.

Em relação à renda, quanto maior for a renda da pessoa, mais moeda ela demandará, pois o aumento da renda aumenta a demanda por bens e serviços e assim, a demanda por moeda também aumenta.

Até aqui discutimos o lado de demanda de moeda. Agora, vou apresentar a você o outro lado, a oferta de moeda, que é controlada pelo governo federal, por meio do Banco Central, que é o órgão res-ponsável por todos os assuntos referentes à moeda e à taxa de juros.

Porém, não é o único que afeta a oferta de moeda, os bancos comerciais, que são intermediários financeiros que captam recursos dos poupadores e emprestam para os investidores, também afetam a quantidade de moeda em circulação. O processo citado acima é o

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

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que chamamos de “criação de moeda”. Vamos ver exatamente como funciona?

Os empréstimos feitos pelos bancos comerciais são feitos me-diante a abertura de um depósito à vista e não da entrega do dinheiro à pessoa. Esta pessoa pagará sua dívidas, em geral, via cheques, trans-ferência e boletos, ficando uma parte do depósito no próprio banco. Assim, uma parcela é reservada e a outra é emprestada para outra pessoa. Neste caso, houve uma multiplicação do depósito inicial e o banco vai “criando moeda.”

Para ficar mais fácil o entendimento desta situação, utilizarei um exemplo. Segundo Mendes (2009), um depósito inicial de R$ 100,00 em um banco deve manter 20% como reservas compulsória[1]. Destes R$ 100,00, o banco destina R$ 20 para reservas e empresta R$ 80,00. Os R$ 80,00 retornam ao banco na forma de novo depósito. Dos R$ 80, R$ 16,00 transformam-se em reservas e R$ 64,00 são reem-prestados. Esses voltam como depósito e reinicia-se o ciclo. Percebe-se que os R$ 100,00 iniciais de depósitos multiplicam-se, gerando uma sequência de depósitos nos valores: R$ 80,00; R$ 64,00; R$ 51,20; R$ 40,96 etc.

Assim, segundo o mesmo autor, um depósito inicial de R$ 100,00 gerou um total de depósitos no banco de R$ 500,00, isto é, foi multi-plicado por 5. Como milhões de depósitos à vista e se ele deve reco-lher compulsoriamente 20% junto ao Bacen, então o poder de criação de moeda desse banco é de R$ 500 milhões (ou seja: R$ 100 milhões divididos por 0,2).

Caro(a) aluno(a), somente o Banco Central pode autorizar a emissão de moeda e os bancos comerciais multiplicam esta moeda por meio de empréstimo!

Outra variável da política monetária é a taxa de juros, que pode ser definida como tudo que se ganha pela aplicação de recursos du-rante um determinado período de tempo, em outras palavras, é o pre-ço da moeda.

A taxa de juros pode ser definida pelo governo, que é o caso do

[1] Reservas compulsórias é uma porcentagem que os

bancos comerciais são obrigados a depositarem no

Banco Central para a segurança do

Sistema Financeiro Nacional.

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Sistema de Liquidação e Custódia (SELIC), a Taxa referencial (TR) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Estas taxas são as básicas da economia e servem para a formação das demais taxa de juros, que são for-madas no mercado, por meio da de-manda e oferta de moeda.

Uma observação muito importante é que o investimento e o con-sumo variam com a taxa de juros, ou seja, o que vai definir se o indiví-duo irá consumir ou investir, será a taxa de juros. Se o juro estiver bai-xo, o investimento reduz e aumenta o consumo. Caso contrário, se a taxa de juros estiver alta, o consumo reduz e o investimento aumenta.

Seguindo esta linha, se o governo quiser aumentar a demanda, ele utilizará os instrumentos da política monetária de forma a reduzir a taxa de juros e ou, reduzirá a taxa SELIC, que é a taxa de juros básica da economia. Caso contrário, se o governo quiser reduzir a demanda, ele aumenta a taxa de juros.

Então, podemos resumir a política monetária como a atuação do governo nas condições de crédito, no aumento ou diminuição da mo-eda em circulação na economia e sobre o consumo privado, investi-mento, mercado de ações e investimento direto estrangeiro. Durante esta unidade, iremos ver quais são os instrumentos que o governo utiliza para atuar nas variáveis citadas acima.

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Para conhecer mais e acompanhar a política monetária brasileira, acesse o site do Banco Central: <http://www.bcb.gov.br/pt-br/pa-ginas/default.aspx>.

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INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Como a política monetária é o controle, por parte do governo, da quantidade de moeda em circulação e consequentemente da taxa de juros, o governo pode contrair ou expandir a oferta de moeda me-diante três instrumentos clássicos: recolhimentos compulsórios, taxa de redesconto e operação de mercado aberto (open market).

a) Recolhimentos compulsórios – é uma parcela dos depósitos à vista que os bancos devem depositar no Banco Central, ou seja, uma parte dos recursos aplicados nos bancos, via depósitos à vista, ficam no próprio banco para fazer frente aos saques, o que chamamos de encai-xe bancário, outra parte é depositada no Banco Central, os depósitos compulsórios, e o que resta, é emprestado, criando, assim, a moeda, como expliquei acima.

Quanto maior for o recolhimento compulsório, menos moeda terá disponível para os bancos comerciais fazerem empréstimos e assim, menos moeda haverá em circulação, reduzindo a liquidez do Sistema Financeiro nacional. Se o governo quiser aumentar a quanti-dade de moeda em circulação ou reduzir a taxa de juros do mercado, ele poderá diminuir a taxa de recolhimento compulsório, com isto, haverá mais moeda em circulação, reduzindo a taxa de juros.

Segundo o Banco Central (2013), em Junho de 2013 o valor do Recolhimento Compulsório era de 43% dos depósitos à vista nos bancos comerciais.

b) Taxa de redesconto – são as taxas que o Banco Central cobra dos bancos comerciais para fazer empréstimos. Quanto maior a taxa de redesconto, menos empréstimos os bancos comerciais vão fazer junto ao Banco Central e assim, menos moeda haverá em circulação. Caso

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o objetivo do governo seja expandir a oferta de moeda, ele poderá re-duzir a taxa de redesconto, fazendo com que os bancos comerciais ad-quiram mais empréstimos e assim, haverá mais moeda em circulação.

BC reduz taxa de redesconto para bancos e ajusta compulsório

O Banco Central (BC) anunciou na noite desta quinta-feira a redu-ção nas taxas cobradas das instituições financeiras que utilizarem o redesconto. Nas operações de um dia útil, o custo foi ajustado de Selic mais 6% ao ano para Selic mais 1% ao ano. A taxa das operações de até 15 dias úteis passou de Selic mais 4% ao ano para Selic mais 2%. Para operações de até 90 dias corridos, a taxa continua em Selic mais 2% ao ano. A circular que trata do assunto entra em vigor no segundo dia útil após a data de sua publicação.

Parte extraída do texto disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/bc-reduz-taxa-de-redesconto-para-bancos-e-ajusta-compulsorio>. Acesso em: 20 jun. 2013.

c) Operação de mercado aberto (open market) – é o instrumento mais utilizado na política monetária, pois é o mais rápido a gerar resultados e representa as operações de mercado em que o governo negocia seus títulos públicos. Se o governo quiser expandir a oferta de moeda, ele compra os títulos do mercado e, com isto, injeta mais mo-eda na economia e reduz a taxa de juros. Caso contrário, se o objetivo for reduzir a oferta de moeda, o governo vende seus títulos, reduzindo a quantidade de moeda em circulação e aumentando a taxa de juros.

Os títulos públicos que são negociados são de Obrigações do Tesouro Nacional e outros títulos da dívida pública, como Letra do Tesouro Nacional e Nota do Tesouro Nacional. A venda dos títulos é feita via leilões para contrair a base monetária.

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ATENÇÃO!

Os instrumentos da Política Monetária que o Banco Central pode utilizar para estimular ou desestimular a economia são recolhimento compulsório, taxa de redesconto e operação de mercado aberto.

A figura 1 mostra o feito da compra dos títulos públicos pelo Banco Central nas variáveis macroeconômicas. O Banco Central, ao adquirir os títulos públicos, aumenta a oferta de moeda e as reservas bancá-rias, com isto, a taxa de juros cai, fazendo com que o consumo e o investimento aumentem, a moeda é desvalorizada (iremos ver isto na unidade III) e os preços dos ativos sobem. Com a moeda desvaloriza-da, as exportações aumentam e com os preços dos ativos mais altos, o consumo e o investimento também aumentam. Toda esta situação faz com que a demanda agregada aumente também.

Figura 1: Efeitos da compra de títulos públicos pelo Banco Central sobre as

variáveis macroeconômicas.

Fonte: Carvalho et al ( 2008)

Os investimentose o consumocrescem

As taxas reais de juros caem

A moeda local,isto é, o real (R$), desvaloriza

Os preços dosativos sobem

As exportaçõeslíquidas se expandem

Os investimentose o consumo crescem

A demandaagregadaaumenta

A oferta monetária e reservas bancáriasaumentam

O Bacen compratítulos públicos

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Como você deve ter percebido, a liquidez do mercado, quer dizer, a quantidade de moeda em circulação, afeta a taxa de juros. O governo pode, por meio dos três instrumentos citados, reduzir a taxa de juros mediante a expansão da oferta de moeda ou aumentar a taxa de juros, reduzindo a oferta de moeda.

Por exemplo, vamos supor que a economia esteja aquecida, ou seja, com muita demanda, gerando assim inflação, e o governo precisa reduzir a inflação (estabilizar a economia) e resolve utilizar a política monetária para isto. Para reduzir a inflação, é necessário reduzir a demanda, que é feito aumentando a taxa de juros. Então, o governo deverá reduzir a quantidade de moeda em circulação e, consequen-temente, aumentar a taxa de juros. Ele tem três possibilidades, utili-zando os instrumentos da política monetária: ele pode aumentar os recolhimentos compulsórios ou aumentar a taxa de redesconto (que o resultado no mercado demora) ou, de uma forma mais rápida, vender, por meio de leilões, os títulos públicos.

Outro exemplo, a economia está estagnada e o governo precisa fazer com que o país cresça (um dos objetivos das políticas macroeconômi-cas), utilizando, também, a política monetária. Neste caso, é necessário reduzir a taxa de juros, para aumentar o consumo, consequentemente, a produção e o número de empregos. Utilizando os instrumentos mo-netários, o governo poderá diminuir o recolhimento compulsório ou diminuir a taxa de redesconto ou comprar títulos públicos que estão no mercado. Em qualquer uma dessas formas, ele aumentará a quantidade de moeda em circulação e reduzirá a taxa de juros.

“No passado, a sabedoria convencional sustentava que a moeda não afetava a economia. Hoje, há consenso de que a política mo-netária pode afetar, significativamente, as atividades reais de uma economia no curto prazo, mas apenas o nível de preços no longo prazo” (THORNTON; WHELOCK, 1995, p.7).

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EFEITOS ESPERADOS DA POLÍTICA MONETÁRIA

Após você conhecer o que é política monetária, quais são as variáveis que são afetadas e quais são os instrumentos utilizados, irei apresentar os efeitos esperados da política monetária sobre as variáveis macro- -econômicas, principalmente em relação ao consumo privado, investi-mento, mercado de ações e investimento direto estrangeiro.

a) Efeito da taxa de juros sobre o consumo e o investimento (especulação) Como já discutimos, a taxa de juros define o consumo e o investimen-to. Uma oferta de moeda baixa, aumenta a taxa de juros, desestimulan-do o consumo e aumentando o investimento. A redução do consumo é maior para as pessoas de renda mais baixa, pois elas compram mais a prazo do que os consumidores com poder aquisitivo maior, principal-mente dos bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos.

Já, se a taxa de juros reduzir, o efeito é oposto: o consumo é es-timulado e o investimento é desestimulado, aquecendo a economia. A desvantagem é que com a economia aquecida, a inflação aumenta.

Em relação ao investimento dos empresários, funciona da mesma forma que o consumo. Taxas de juros altas, reduzem o investimento, pois fica caro para o empresário adquirir, por exemplo, máquinas e equipamentos, já que são bens, em geral, financiados. Quando a taxa de juros reduz, o investimento aumenta.

b) Efeito da taxa de juros sobre os preços das açõesO valor da ação é determinado pelos dividendos pagos pelas empre-sas. Uma pessoa ao comprar uma ação espera ter ganhos de capital ao vendê-la. Se a taxa de juros estiver alta, é mais vantajoso adquirir títulos e menos ações, desta forma, o preço das ações cai, pois terá menos demanda. Já se a taxa de juros estiver baixa, os títulos não valerão tanto a pena, aumentando a demanda e, consequentemente, o preço das ações.

COMPLEMENTAR

Filme: Wall Street: O dinheiro nunca dorme

Diretor: Oliver Stone

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c) Efeitos da taxa de juros sobre o investimento direto estrangeiroAs empresas, ao tomarem empréstimos, comparam a taxa de juros in-terna e externa. Se a taxa de juros externa for menor do que a taxa de juros interna, levando em consideração a taxa de câmbio, as empresas tomarão empréstimos no exterior. Caso o governo queira reduzir o número de empréstimos estrangeiros, ele elevará a taxa de juros inter-na. Caso contrário, reduz a taxa de juros interna, aumentando assim, os empréstimos contraídos internamente por empresas estrangeiras.

d) Efeitos da taxa de juros sobre a poupançaA poupança é influenciada fortemente pela taxa de juros. Quanto maior for a taxa de juros, mais as pessoas estarão dispostas a poupar e investir na poupança. Se a poupança render muito pouco, os indivídu-os sacarão mais para aumentar o consumo. Para o governo estimular a poupança, ele aumenta a taxa de juros.

Rendimento da poupança fica maior com alta da Selic

Com a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) de aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, a 8% ao ano, a poupança passou a render 0,4551% ao mês, correspondente a um rendimento de 5,60% ao ano, acrescidos da Taxa Referencial (TR), segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabi-lidade (Anefac). O aumento deixa a Selic como poupança mais vantajosa que a maioria dos fundos de investimento.

Parte extraída do texto disponível em: <http://www.jb.com.br/economia/noticias/2013/05/29/rendimento-da-poupanca-fica-maior-com-alta-da-selic-confira/>. Acesso em: 19 jun. 2013.

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e) Efeitos da taxa de juros sobre os preçosOutra variável que é afetada pela taxa de juros é o preço, ou melhor, a inflação. Quando a taxa SELIC aumenta, aumentam também as outras taxas de juros, desestimulando o consumo e consequentemen-te, os preços. Então, uma forma excelente e muito usual para conter o aumento da inflação, é aumentar a taxa de juros.

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1. Política monetária é a atuação do governo do que diz respei-to à quantidade de moeda em circulação e à taxa de juros. Vamos supor que o governo queira reduzir a taxa de inflação utilizando a política monetária, para atingir este objetivo, o governo deverá:

a. Aumentar a quantidade de moeda em circulação e aumentar a taxa de juros.

b. Reduzir a quantidade de moeda em circulação e au-mentar a taxa de juros.

c. Aumentar os gastos e reduzir os impostos.d. Aumentar a taxa de juros e os impostos.

2. Sabemos que, na política monetária, o governo utiliza al-guns instrumentos que alteram a quantidade de moeda em circulação. Explique quais são os instrumentos que o gover-no dispõe na política monetária.

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RECAPITULANDO

■ A política monetária é a atuação do governo no que diz respeito à quantidade de moeda em circulação e à taxa de juros.

■ O Governo utiliza três instrumentos na política mone-tária: recolhimento compulsório, taxa de redesconto e operação de mercado aberto.

■ A quantidade de moeda em circulação afeta a taxa de juros.

■ Quanto menor for a quantidade de moeda em circula-ção, maior será a taxa de juros.

■ Taxa de juros alta dificulta o crédito e reduz a demanda. ■ A taxa de juros afeta, dentre outros fatores, o consumo,

o preço das ações, o investimento etc.

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POLÍTICA FISCAL: RECEITA E GASTOS PÚBLICOS

DEFINIÇÃO DE POLÍTICA FISCAL

Política fiscal é a atuação do governo no que diz respeito à arrecada-ção de tributos e aos gastos públicos, com o objetivo básico conduzir, de forma eficiente, a área administrativa do governo, promovendo o bem-estar social, mediante melhorias da infraestrutura, como cons-trução de escolas, estradas, hospitais, salários de funcionários etc.

A política fiscal, assim como as demais políticas macroeconômi-cas, tem como função ajudar o governo a atingir seus objetivos, como já discutimos, geração de empregos, crescimento econômico, estabili-zação da economia, entre outros.

Como a política fiscal é a atuação do governo em relação a gas-tos e arrecadação, vamos deixar claro o que são estas variáveis e o que afetam. Primeiro vamos analisar os gastos públicos, que afetam diretamente o nível de demanda da economia. O gasto do governo é composto por:

■ Consumo - gasto com pagamento de funcionários e despesas com material, água, energia elétrica etc.

■ Transferências - despesas com o setor privado, como previ-dência social.

■ Juros - pagamento de juros da dívida interna e externa.

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■ Subsídios - é um tipo de transferência, onde o governo paga uma parte do preço dos produtos para que os consumidores consumam mais ou os produtores produzam mais.

Já a arrecadação afeta a renda e o consumo e é feita via tributos, que são divididos em impostos, taxas de contribuições. Os impostos são uma quantidade de dinheiro que os agentes econômicos pagam para o governo (federal, estadual e municipal) para custear as despesas admi-nistrativas e os investimentos do governo em infraestrutura. Diferen-te das taxas, que são pagas em troca de um determinado serviço, como coleta de luz e iluminação pública. Já as contribuições têm como ob-jetivo principal gerar um benefício ao contribuinte.

Os tributos são classificados de duas formas: sobre a forma de incidência e sobre a base de incidência.

Sobre a forma de incidência: ■ Diretos - são os tributos que incidem diretamente sobre o

agente pagador, ou seja, sobre a renda e riqueza, como por exemplo, IPTU, Imposto de Renda e IPVA. Este tipo de tri-buto corresponde a, aproximadamente, 25,7% da arrecadação.

■ Indiretos – são os tributos que incidem sobre o preço dos bens e serviços. Este tipo corresponde a 48,% da participação e é dividido entre consumidores e empresas e podemos citar o ICMS, IOF, IPI, ISS, entre outros.

Você deve está se perguntando sobre os outros 25,8%. Este percentual corresponde às contribuições, como INSS e FGTS. O quadro 5 mos-tra os principais tributos diretos e indiretos do país e suas respectivas alíquotas.

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TRIBUTOS ALÍQUOTA

Diretos

IRFP Entre 7,5% e 27,%, conforme a renda

IPTU Varia conforme a região e o tamanho do imóvel

IPVA Varia conforme o valor do veículo e estado

Indiretos

ICMS 27 legislações diferentes

IOF Depende da operação financeira

ISS De 2% a 5%

IPI Varia do tipo de bem

Sobre a base de incidência: ■ Progressivos – esse tipo de tributo aumenta conforme a renda

aumenta, ou seja, os mais ricos pagam mais. Como exemplo, podemos citar os tributos diretos.

■ Regressivos – os regressivos aumentam, proporcionalmente, conforme a renda diminuiu, em outras palavras, as classes me-nos favorecidas sentem mais o peso desse tipo de tributo do que as classes altas, isto porque são os tributos indiretos, ou seja, incidem sobre bens e serviços.

■ Neutros – independente da renda, a taxação é a mesma, Como exemplo, são as contribuições.

Agora que você já sabe onde o governo gasta o que arrecada e os tipos de tributos, você já se perguntou qual o valor arrecadado e gasto? No ano de 2012, foram arrecadados, por meio dos tributos, R$880,8 bi-lhões de reais e foram gastos R$804,7 bilhões. Se compararmos com o ano de 2011, houve um aumento de 11% nos gastos e de 7,7% da arrecadação. Mesmo com este aumento, ainda temos um superávit nominal de R$76,1 bilhões de reais.

Quadro 5 – Principais tributos diretos e indiretos e suas alíquotas

Fonte: elaboração própria (2013)

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Você deve estar se perguntando como cheguei ao valor de R$76,1 bilhões de reais de superávit público. Temos dois tipos de déficit ou superávit público: o primário e o nominal. Primeiro, é o total arreca-dado menos o total gasto, sem levar em consideração as receitas não financeiras, como despesas e pagamentos de juros e correção mone-tária e cambial. Diferente do nominal, que é calculado diminuindo o total arrecadado do total do total gasto. Se o valor for positivo, dize-mos que houve um superávit público. Caso contrário, déficit público.

Quando temos um déficit, o governo pode, por meio da política fiscal, aumentar os impostos ou reduzir os gastos. Porém, se não for suficiente, o governo deverá utilizar a política monetária, emitindo moeda ou vendendo títulos públicos. Como você percebeu, as políti-cas fiscal e monetária estão interligadas.

ESTRUTURA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA

A forma como o sistema tributário é estruturado determina o impac-to dos tributos sobre o nível e a distribuição de renda, a organização econômica, a competitividade, entre outros fatores.

No Brasil, o sistema tributário é regressivo e a maior parte dos impostos são indiretos, o que faz aumentar a desigualdade de renda, já

que o peso dos impostos para as clas-ses menos favorecidas, é maior. Para você ter uma ideia, pesquisas mostram que uma pessoa que recebe até dois salários mínimos por mês, pagam, em média, 48,8% em tributos e uma pes-soa que recebe acima de trinta salários mínimos, paga 26,5%.

Temos no Brasil, aproximada-mente, 80 tipos de tributos, sendo responsável, por praticamente 35% do

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Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, o governo recebe, em impostos, quase um terço do que o país produz, possuindo assim, a maior carga tributária da América Latina e ocupando a 145º posição em tributos do mundo, em um total de 181 países pesquisados.

Outra característica do nosso sistema tributário é a forma como os impostos são calculados. Os impostos são cobrados pelas três esfe-ras do governo (Federal, Estadual e Municipal), cada esfera segue leis que estipulam as alíquotas que são aplicadas sobre cada bem e serviço e os impostos incidem sobre todas as fases do processo produtivo. A União é responsável por 70% da arrecadação, os estados por 26% e os municípios 4%.

Governo federal dá início à reforma do ICMS

O governo iniciou nesta sexta-feira o processo de reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) inte-restadual e de mudança no indexador que corrige a dívida dos estados e municípios com a União.

Foi remetido ao Congresso Nacional um projeto de resolução unificando gradualmente as alíquotas do ICMS nas operações e prestações interestaduais. Além disso, o Palácio do Planalto também enviou um projeto de lei complementar que prevê a aprovação de um convênio no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para convalidar todos os incentivos fiscais concedidos pelos estados, no passado, sem aprovação do Conselho. Por fim, também foi expedida uma medida provisória criando fundos de compensação e de desenvolvimento regional para cobrir as perdas de arrecadação dos estados com a queda da alíquota.

Parte extraída do texto disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/economia/governo-federal-da-inicio-a-reforma-do-i-cms>. Acesso em: 19 jun. 2013.

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O quadro 6 mostra alguns produtos e seus respectivos valores, em por-centagem, que são de impostos.

PRODUTO PORCENTAGEM DE IMPOSTO

Arroz 17%

Café 20%

Cerveja 56%

Cigarro 80%

Frutas no geral 22%

Gasolina 53%

Leite 19%

Livro 16%

Pão francês 17%

Refrigerante 45%

Shampoo 44%

Como você pode observar, separei vários tipo de produtos e todos, mes-mo os produtos da cesta básica, como café, leite e pão francês têm acima de 15% do valor em impostos. Estes valores comprovam como o sistema tributário brasileiro é regressivo.

INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Assim como na política monetária, na política fiscal o governo tam-bém utiliza instrumentos para estimular ou desestimular a economia, de modo a atingir seus objetivos, o crescimento e estabilização eco-nômica. No caso da política fiscal, os instrumentos utilizados são o aumento ou redução dos impostos e dos gastos.

Se o governo quiser estimular a economia mediante a política fiscal, ele tem duas opções: ou reduz o valor dos impostos ou expan-

Quadro 6: Impostos, em

média, de alguns produtos no

Brasil

Fonte: elaboração própria, baseada

na FIEPR (2013)

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de os gastos, principalmente em infraestrutura. Caso contrário, se o objetivo for desestimular a economia, por causa, por exemplo, de um aumento exagerado da demanda que esteja gerando inflação, o gover-no pode aumentar os impostos ou reduzir os gastos.

Você deve estar se perguntando se o governo ou altera os impos-tos ou altera os gastos. Não, o governo pode estimular ou desestimular a economia alterando as duas variáveis e não somente uma.

Os instrumentos da política fiscal também são muito eficazes na melhoria da distribuição de renda. Uma forma de reduzir a desigual-dade de renda é reduzir os impostos indiretos e ou aumentar os gastos governamentais para as classes menos favorecidas.

A política fiscal também pode ser utilizada para desenvolver se-tores específicos da economia ou regiões do país, como foi o caso, no ano de 2012, do setor automobilístico, no qual o governo reduziu o imposto sobre produção industrial (IPI) dos automóveis e da linha branca, assim, reduzindo o preço dos bens, aumentando a demanda, aumentando a produção e, consequentemente, desenvolvendo estes setores.

EFEITOS ESPERADOS DA POLÍTICA FISCAL

Como já foi discutido, os gastos do governo e os impostos afetam o nível de demanda da economia. Os gastos afetam diretamente a de-manda agregada. Neste caso, quanto maior for o gasto público, maior será a demanda e, consequentemente, maior será o produto.

Já a arrecadação afeta o nível de demanda ao influenciar a renda disponível que as pessoas poderão destinar para poupança e consumo. Assim, quanto maiores forem os tributos, menor será a renda dispo-nível, pois os indivíduos gastarão uma parcela maior do que recebem para pagar impostos e menor será a parcela disponível para consumir.

Como já foi discutido, se a economia estiver desestimulada, ou seja, com redução do nível de atividade, o governo pode utilizar a po-

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lítica fiscal para mudar esta situação e aquecer a economia por meio da redução dos impostos e ou aumento dos gastos. Caso contrário, se o governo quiser desacelerar a economia, ele aumenta os impostos e ou reduz o gasto.

Então, a redução da carga tributária, aumenta a renda disponível, provocando expansão do consumo e de demanda agregada. Como sa-bemos que o consumo depende da renda, um aumento nos impostos reduz o consumo, pois diminui a renda disponível, afetando a oferta agregada e, consequentemente, o nível de emprego.

Em relação aos gastos, o funcionamento é bem parecido. Redu-ção nos gastos do governo afeta diretamente a demanda agregada e o resultado é o mesmo do aumento dos impostos: reduz a oferta agre-gada e o nível de emprego.

RECAPITULANDO

■ Política Fiscal é a atuação do governo do que diz respeito

à arrecadação de tributos e gastos.

■ A política fiscal afeta a renda e o nível de demanda.

■ A principal característica da carga tributária brasileira são

os tributos regressivos.

■ A forma como o sistema tributário está organizado afeta a

distribuição de renda.

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1. Política fiscal é definida como a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de tributos e aos gastos do governo. Vamos supor que o objetivo do governo seja de-sestimular a economia utilizando a política fiscal. Marque a alternativa correta:

a. Aumenta os gatos e reduz os tributos.b. Reduz gastos e tributos.c. Reduz gastos e aumenta os tributos.d. Aumenta a taxa de juros.

2. Vimos que os tributos são divididos em impostos, taxas e contribuições. Os impostos são classificados quanto à base de incidência em impostos regressivos de progressivos. Di-ferencie impostos regressivos de regressivos.

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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Discutimos nesta segunda unidade, duas políticas macroeconômicas muito utilizadas, a política monetária, que se refere à quantidade de moeda em circulação e a taxa de juros e a política fiscal, que são os gastos e arrecadação do governo.

O governo deve utilizar, corretamente, os instrumentos dessas políticas para reduzir a concentração de renda (política fiscal) e esta-bilizar a economia (política monetária), aumentando o bem-estar da população, sem prejudicar as empresas.

PALAVRAS-CHAVE

■ Carga Tributária.

■ Impostos.

■ Instrumentos da Política Fiscal.

■ Instrumentos da Política Monetária.

■ Moeda.

■ Política Fiscal.

■ Política Monetária.

■ Taxa de Juros.

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GOVERNO PRORROGA REDUÇÃO DO IPI PARA VEÍCULOS E AQUECE A ECONOMIA

Andréia Moreira da Fonseca Boechat

Em maio de 2012, o governo resolveu reduzir o Imposto sobre Produtos Indus-trializados dos automóveis e da linha branca, sendo prorrogado diversas vezes durante o ano, com objetivo de aquecer a economia, principalmente o setor auto-mobilístico, que andava em recessão. Ob-jetivo este que foi atingindo, pois houve um aumento de 10% na venda de auto-móveis.

Em 2013, o governo publicou um decre-to que prorroga até 31 de dezembro de 2013 a redução do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (IPI) de automóveis e caminhões. O governo resolveu manter a alíquota de 2% para veículos flex, popu-lar e à gasolina. Já para carros flex 1.0 a 2.0, a alíquota será de 9%, e para automó-veis somente à gasolina, de 10%. Valores bem abaixo do normal. Para os automó-veis acima de 2.0, alíquota continuará em 25% para gasolina e 18% flex. Para cami-nhões o imposto é zero.

A redução do IPI só para o setor auto-mobilístico reduzirá em R$ 2,2 bilhões

a arrecadação do governo. Porém, com redução da carga tributária, o preço dos automóveis reduz consideravelmente, aumentando, assim, a demanda agrega-da e consequentemente a oferta, geran-do mais empregos. Foram 22.942 novas vagas criadas, aumentando a renda na-cional. Além de desenvolver os setores que são direta ou indiretamente ligados ao setor automobilístico.

Claro, que a redução do IPI não gera ape-nas pontos favoráveis. Temos também, com o aumento do número de veículos, problemas como o aumento da poluição e trânsito, principalmente nas grandes ci-dades. Além da redução do repasse dos impostos para os municípios.

Sem falar na linha branca, que são pro-dutos como fogão, geladeira e congela-dor. A alíquota da máquina de lavar, por exemplo, é de 10%. Para o Ministro Guido Mantega, hoje no Brasil todas as famílias sonham com a máquina de lavar, que deixou de ser um objeto de luxo para se tornar um bem essencial.

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

80Reprodução proibida. A

rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

RESUMO

O governo pode estimular ou desestimular a economia por meio da política monetária, que pode ser definida como a atuação do governo no que diz respeito à quantidade de moeda em circulação e à taxa de juros. Para controlar a quantidade de moeda em circulação, e conse-quentemente a taxa de juros, o governo, por meio do Banco Central, dispõe de três instrumentos: recolhimento compulsório, taxa de re-desconto e operação de mercado aberto. Outra forma de afetar a taxa de juros é definir a taxa de juros básica da economia, a SELIC.

A política fiscal é outra política macroeconômica utilizada para aquecer ou desestimular a economia e é definida como a atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de tributos e gastos. Com esta política, o governo pode estimular a economia, reduzindo os tri-butos e/ou aumento os gastos. Caso contrário, se o governo quiser conter a atividade econômica, ele poderá aumentar os tributos e/ou reduzir gastos. Isto pode ser visualizado no mapa conceitual abaixo.

Resumo

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Banco Central Tributos

Carga Tributária

Indiretos Indiretos

ProgressivosRegressivos

SELIC

Arrecadação Gastos

Política Monetária Política Fiscal

Políticas Macroeconômicas

Governo

Desestimular a economiaEstimular a economia

Operação de Mercado Aberto

Depósito Compulsório

Taxa de Redesconto

Taxas de JurosMoeda

Figura 2: Mapa Conceitual sobre Políticas Monetária e Fiscal.

Fonte: elaboração própria (2013)

MATERIAL COMPLEMENTAR82

Wall Street: O dinheiro nunca dorme

Diretor: Oliver StoneElenco: Michael Douglas, Shia LaBeouf, Josh Brolin, Carey MulliganProdução: Edward R. Pressman, Michael Douglas, Eric Kopeloff’, Alessandro Camon (exec.), Celia D. Costas (exec.)Roteiro: Bryan Burrough (história), Allan Loeb (roteiro), Stephen Schiff (escritor)Fotografia: Rodrigo PrietoTrilha Sonora: Craig ArmstrongDuração: 127minAno: 2010País: EUAGênero: DramaCor: ColoridoDistribuidora: Fox FilmesEstúdio: Edward R. Pressman Film CorporationClassificação: 12 anos

Sinopse: Depois de passar oito anos na cadeia por fraudes financeiras, Gordon Gekko é liberto, mas ninguém esperava por ele à saída do presídio. A filha, Winnie Gekko, o culpa por várias tragédias familiares e não quer mais vê-lo. A moça namora o jovem especialista financeiro Jacob Moore, que admira o seu patrão Lewis Zabel. A empresa de Zabel sofre uma crise financeira enquanto Moore se encontra com Gekko, que lhe fala sobre Bretton James, um influente investidor de Wall Street. Moore descobre que James foi quem causou a ruína do patrão e também foi o responsável pela longa pena de Gekko. Moore e Gekko se aliam buscando vingança contra James.

Comentário: O filme é muito interessante, pois mostra o chamado “efeito manada”, fato este que acontece muito na economia, principalmente no mercado de ações, onde um indivíduo consegue manipular os demais agentes, de modo a levar vantagens financeiras.

MATERIAL COMPLEMENTAR

83

Dois livros muito interessantes sobre economia são: Macroeconomia em Contexto, do autor Peter E. Kennedy, e Macroeconomia, do autor Olivier Blanchard. O primeiro livro procura explicar a economia do dia a dia, por meio de reportagens de jornais. O outro livro é muito utilizado nos cursos de economia e áreas afins.

Para saber quanto pagamos, em média, de imposto no Brasil por produto, acesse: <http://www.fiepr.org.br/sombradoimposto/FreeComponent14466content115735.shtml>.

POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

84Reprodução proibida. A

rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

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CARVALHO, J.L et al. Fundamentos de economia: Macroeconomia. São Paulo: Cengage Learning, 2008, v. 1

COSTA, P. Y; SOUZA, S.C.F. Tributação, Política Fiscal e Desenvolvimento Econômico. II Encontro de Estudos Tributários. Londrina, 2008.

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MENDES, J.T.G. Economia: fundamentos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2009.

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