ÈSÊ .*t'í Bi'

140
æ~T~ —raw. "•" •¦¦¦•¦¦¦¦ . "'•''" '-:; :¦<¦-¦ \'"'¦""" "\ "-:--"~"" "^ "'""" TT^fc '"fewí * * ., ..-.. 'S>V ' '¦''. T-íi -"..'.U/í .;;,.-. :,;,;vv;;' . ¦/-;.;;,;..,,.;• ::;.l!.^.:___T..--.... ;:. .. ..,,,7.;..^.,,,;„..;:-J.,.J.;:;;r.^^ ¦ ÈSÊ .*t'í Bi' •Õ 3vmct(/f>v:

Transcript of ÈSÊ .*t'í Bi'

~T ~ —ra w. "•" •¦¦¦•¦¦¦¦ . "'•''" '-:;

:¦<¦-¦ '"'¦""" "\ "-:--"~"" "^ "'"""

TT^fc

'"fewí * * ., ..-..

'S>V ' •

'¦''. T-íi -"..'.U/í .;;,.-. :,;,;vv;;' . ¦/-;.; ;,;..,,.;•

::;.l!.^.:_ __T..--.... ;:. .. ..,,,7.;..^.,,,;„..;:-J.,.J.;:;;r.^^ ¦

ÈSÊ .*t'í

Bi'

•Õ 3vmct(/f>v:

PT

**^->ni v.- ,'^^^^^^^^P^PSP?^P^__________P!Bi

, ^-•m"r^r ., ^.«««m»,,»^ ft J-PKPln_____t ____________

:..'•¦..' t:':"'}r."

/I . i'.

FERNANDO DE MELIO VIANNA ASSINOU

A NOVA CONSTITUIRÃO BRASILEIRA

GÒJVÍ 1JMA PARKER "51"

• O Senador'MeUo Vianna — Presidente da Assem-

bleia Constituinte — foi um dos 323 estadistas que

assinaram a nova Constituição Brasileira. É interes-

sante notar que todas as assinaturas constantes daqus-

le documento foram firmadas com uma Parker "51".

tu

_É_W____H";__WU___~_______ _B ¦__n~_| __T"'

'.""¦'". O O a

^^_»r^ •¦¦*...

AFtTZYBASHEfF

rarker Oi• • • a caneta mais desejada do mundo

^ctualmente, onde quer que se registrem factos histó-

ricos, Você pode estar certo de que a Parker "51"

terá um papel a desempenhar. Companheira ideal deéstadistES e escritores — auxiliar indispensável de artistas,compositores e homens de negócio — a "51"

vem mere-cendo a preferência de vultcs notáveis em todo o mundo.

E 83 investigações realizadas em 34 países vieram confirmar

que a Parker é, realmente, a caneta mais desejada do mundo.

A "51"

constitui o presente ideal para formaturas,aniversários e outras datas especiais. É de uma be-leza e funcionamento impecáveis. Perfeitamente equi-

C//~e4<c?tW4 tóco> com fâfflZã

librada, sua precisão se compara à do mais fino relógio.A ponta encerrada e protegida evita extravasamento detinta e qualquer desarranjo na pana. Toque de leve opapel e ela começará a escrever suave e instantaneamente.

A caneta "51" é a única especialmente desenhada para o

emprego da nova Parker Superchrome — a tinta super-bri-lhante, super- permanente que ssca à medida que se escreve!

Peça ao revendedor de sua preferência para lhe mostraras duas Parker "51" — a de tamanho regular e a demi-size. Existem diversos tipos de pena à escolha, adequadosa qualquer estilo de letra.

uamcui/

PREÇOS:

Canetas Parker "51" Cr$ 450,00 e Cr$ 375,00

Demi-Size com tampa folheada Cr$ 450,00Demi-Size com tampa de aço Cr$ 375,00

REPRESENTANTES EXCLUSIVOS PARA TODO O BRASIL E POSTO CENTRAL DE CONSERTOS: COSTA, PORTELA & CIA., RUA 1.° DE MARÇO, 9-1.° ANDAR RIO DE JANEIRO

•^7

17sssgs^^^r

\v

Tecido Aristocrático

1

heesvon

Ideal Para OsMomentos 9eEsporte E Elegância

Para os trajes alegres de esporte, nos quaisa elegância se harmoniza com a leveza,

a graça, a liberdade de movimentos...

nada mais apropriado do que o linho

KREESVOID. Prestigiado por uma prefe-rência que é, hoje, universal, KREES-

VOID impõe-se por sua insuperável

qualidade de linho de alta estirpe. Tem

ótima queda... imprime à silhueta uma

linha de distinção inconfundível... suas

cores são firmes, inalteráveis... Preferi-lo

para as suas toilettes de esporte será uma

garantia de plena satisfação a todas

as exigências do seu bom gosto.

)0úm§ãi

¦¦'<4Wà

mm

fe u&r4t-t\ 'pm§m

WQSVOti

Fabricado pela "The Lurgan

Weaving Co.", de Lurgan,

Irlanda do Norte.

DISTRIBUIDORES PARA O BRASIL

s. B. 16

AGOSTO-194J

VIDA DOMÉSTICA

é~"*w~~--^^^

^——^^ p-=—=-*" IP

%jumI^TODO O MUNDO... EM TODOS OS LARES

OUÇA: FESTIVAIS

G. E., todas as 4.as feiras

ás 20:30 hs. na Radio Na-

cional e REPTO AOS ENCI-

CLOPÊDICOS, todas as 3.a« feiras

ás 20:30 hs. na Radio Cultura

de São Paido.

Locomotivas pequenas, porém pos-

santes, penetram profundamente no

âmago da terra à busca dos vagões

carregados de carvão e minério

para a riqueza e bem estar da

humanidade. A eletricidade possi-

bilita muitas tarefas mineiras: —

poderosos guinchos elétricos elevam

toneladas de minério das galerias

subterrâneas para a superfície —

motores elétricos impulsionam

exhaustores que retiram os gases

venenosos, purificando o ar que

os mineiros respiram. Em todo o

mundo, existem equipamentos

General Electric acionando maqui-

narias de mineração.

Onde quer que a energia- elétrica

sirva a humanidade, V. encontrará

a poderosa influência das pesquisas,da engenharia e da capacidade

criadora da General Electric.

8.289—A-8-8

GENERAL HH ELECTRIC

Produtos e/a General Electric Co., E. U. A.

— 4 —

AGOSTO-1948 VÍDÁ DOMÉSTICA

34

^ ^"^

vezes seguidas

Omega é cronometro único e

exclusivo dos Jogos Olímpicos!

.o.^A

P0^

TÉCNICOS MUNDIAIS REAFIRMAM OFICIALMENTE SUA CONFIANÇA NA FAMOSA PRECISÃO OMEGA I

¦i

Em Los Angeles, em 32... Em Berlim,

em 36... E agora em Londres, em 48...

É, portanto, a terceira vez consecutiva que

Omega foi escolhido oficialmente como o cro-

nómetro único e exclusivo dos Jogos Olímpi-

cos! Ai concorrem os melhores atletas do

mundo... Uma fracção mínima de décimos de

segundo muitas vezes pesa nas decisões...

Grande, portanto, é a responsabilidade dcs téc-

nicos mundiais de cronometragem que actuaram

e actuarão nas Olimpíadas! E são homens dessa

responsabilidade que, por três vezes consecuti-

vas, escolheram Omega como o cronômetro

absoluto, único e exclusivo, na medição do tem-

po em todas as provas olímpicas! Uma decisão

como esta, unânime e verificada em três Olim-

piadas consecutivas, fala por si! Fala da con-

fiança reafirmada três vezes sobre a famosa

Precisão Omega, que assim incorpora à sua

gloriosa série de triunfos mais esta grande

consagração por parte das mais respeitáveis

autoridades mundiais da técnica cronométrica!

O

— 5 —

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

l-fli;

Um complemento de be-

lezo e conforto para a

DECORAÇÃO de um lar.

POLTRONA — significa con-^

fôrto. No aconchego de um des-

canso cômodo, agradável e re-

parador, as idéias repousam de

um dia fatigante e árduo. Além

disso, . *.

POLTRONA significa beleza.

Nas suas linhas de curvas har-

moniosas, nos seus trabalhos

de talha nas madeiras de lei,

estão a marca inconfundível de

um artista de gênio criador. E,

a coleção de

POLTRONAS - da Tapeçaria

Souza Batista Ltda., das quais

apresentamos nesta página ai-

gumas poucas idéias, constitui,

sem dúvida, o iabor continuado

de uma secção aperfeiçoada

cuja direção está entregue a

especialistas de mérito.

POLTRONA — significará, por-

tanto, no seu novo lar, a idéia

renovadora do ambiente domes-

tico para a realização de maior

beleza decorativa e maior con-

fôrto e bem estar.

TAPEÇARIAS — PASSADEIRAS

— TECIDOS PARA CORTIHAS —

MOBILIÁRIOS DE LUXO — Orça-

mentos sem compromissor

LARGO DA CARIOCA,

9 E 11 — TEL. 42-1993

RIO DE JANEIRO

•.. '. ' "*, .,..-;......;... . . ....... ..-;.-:..--

¦=.

|L_—,_.„ ,,~™. ,„ _ 1MM

— 6 —

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

'SMC?" ^^ •x^m^mm^^^m^^j^^s^^^^;: -, .„ v ,. „ __ -

" ^S. --,..'..

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-19'8

rs

jm\W+^^^^0^k ^¦^P*"^^ *~m<m*> ¦#¦¦«* — ¦ * ' ' ¦' — ¦¦"* ** - — ¦« ~-l~-r- -^

^HJ^AP^ ^^HêHHIp* /¦ *

rAV^VRktS. £. JHA AAP^^^ ^^mW^Tè .^ WMmmmrm^m^t^K.^^* ^A AAv^^

^H ™1PJ Bk. <fl AlW .X ^^^bHHa! P^*

/^¦J AAM T^y§KH AAft ^A| AP* _^^w ^^mmmm\ \\^^^\\ \\ M_ ^mm AH HP

fl K m a^^^^B ^hW 4P Jm '«fl

B a% *l j^.

^HHt *mmmr?mmmm\\W:'' 'AM»

/ 1 ^HHHHAAAH ^^^^^^^m^TT <TmTT~^ ' ^m\ P^

^A£- 'Ik AL 1^K>^ ^ ffrjibtfmmmmmmmm\

•^Mm\ AH^^ ^Afea '•¦'í1aA Abm^^^Ab^ HhT WAk ^H A^H «B» -Mm\ AH Ak AH aa K

^B mmmTmmW AB HH^ HHHHHHHHHHHHHHHT AmmmmWmWàmY Am\ ^P^2 \**m\WmmmmW HHmbShHbHaI m*^J HaIaT^IaH WÁm\

aLl^éÉH MT mm UW

^^HHHHHHHHHHHHHHHHP^^^^^^^ AFXTÂG'^ ^^^m\m

' ^«flw^rmÈMífíÊM ju P"ji bjm/à\b ni Bhh

fl I hl hl ah

..aAA'^pMOQOPWDUTOmSFâBRICANTeê VA

I

_ 8 —

VGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

I

^aB^B^B^BfcSBÍÍB^^^~ Pi \ .-J^ZgM^^B^^^^^^SBJSZ^ ,| "~""'bÍ^W I

Viaje pela PAAmelhor maneira não hájjlfl

^ A Pan American insiste

em dar a máxima

atenção aos mínimos

detalhes de sua

viagem.

I

i

É um prazer para o viajante

internacional verificar a

simplicidade de uma viagem

, or Clipper - desde a reserva

da passagem até a chegada.

As agências de passagens

da PAA, convenientemente

ocalizadas em toda

parte, põem ao seu alcance

os mais longínquos

recantos da terra.

Através de todo o mundo, a vasta

rede meteorológica da PAA mantém

uma vigília constante - perscrutandò,

prevendo, cartografando - numa assis-

tência vital que somente um perfeito

conhecimento pode proporcionar - as-

segurando assim a V. S. os padrões

mais elevados de segurança e conforto.

Pa ai ÀffFRfCAJV World Airways^

ç/J^êde dos Clippers léac/orns

PASSAGEIROSCLIPPER CARGO

- CORRES P0 N D Ê H C I ft

__ 9 _

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-194Í

^9 li -v

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

mm.'/..:. ,v-—^.v>t

m

**T-^V'/* í;^'??

BH

0 'Vf LO-''w- hH

»0 •«:•.,.4^^^;'Vi\Íl^,pJ^-,--'^»'^ü:í^i.V v.-;.'íí.íí".v-"'.'.-

£<; ,/v' r.^é"'-

"-' VjjjIjtfnr»**^»^^-Mfij.-'u -.

.'^V^V-Í'.«'>.

ÉStll

_,...',

NAAVENIDA13DEMAION.45V. S. encontrará os mais lindos artigos para cortinas, tapeçaria e decora-

ç5es. Ali, as mais afamadas fábricas de todo o Brasil fizeram um grande

estoque de mercadorias valiosas que devem ser vendidas a baixos preços.

DIRETAMENTE DA FÁBRICA AO CONSUMIDOR

Veja, para exemplo, alguns dos preços baixos:

Voile tipo suisso, de 1.40 mt. de larg. — mt. Cr$ 25.00

Marquizete a partir de Cr$ 15.00 o metro

Passadeiras de linóleum, artigo inglês, mt. Cr$ 15.00

fyêVfàè

A» • ¦„<:

pS5«pí

X

* fc l

' ' '

1$ iv<\-v^É_ ü sf

KMh>i..;^

sw

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

j^«#í#íítt$v' ??5

^m^^r^^^^XÊ^ MM ^m Ur ^^^^ f

Urt' wmm mm%.^Mm\ Kfxm \ \¦ UKfttttWxMAm Uw'^^mmmUl Um H • v*v \ v \

Uwf- ¦ • WmW \m\ ^^^^^B ¦£££. * "*"" <r \^ \

«»» N0V0VM02 é acrescentado...— quando você completa sua refeição com

Malzbier da BrahmaE que grande valor!... Valor nutritivo redobrado!... Por-que Malzbier da Brahma aumenta o poder alimentício dequalquer refeição. E sua presença à mesa- torna-se aindamais indispensável, quando falta um ou outro alimento!Por ser levem?nte adoci ada e de baixo teor alcóoli-co, Malzbier da Brahma é a cerveja das famílias, prefe-

:S ; rida em todos o; lares. Acrescente sempre ao seu alm >-ço, lanche ou jantar, um novo valor — o valor nutritivode Malzbier da Brahma! Prove-a... ah! que sabor!

OUÇA AS IRRADIAÇÕES ESPORTIVAS

DA RADIO DIFUSSORA SAO PAULO,

aos domingos, às 15,1", hrs. Diariamente:"Parada dos Fsportes", das 20.15 às 20,30

u tnivu ( m uums; hcor43!U

-ODUTO DA CA CEPVE,A.,A B.AHMA , A .. _ S. PAULO _ „o DE JANE1,0 - CU.m.A - , ALESRE _ P. FUND0

% *_

11111 wwii^sii§AQjy^fl

—12

AGOSTO-1948

3 camas de graça?

VIDA DOMÉSTICA

i p—r: i }EÊmmmmm&Sim! Adquirindo um grupo cons-

tituído de um Sofá-Cama e duas

Poltronas-Cama DRAGO, pelo

mesmo preço que lhe custaria um

grupo comum, V. terá, realmente

de graça, três camas perfeitas e

absolutamente confortáveis! Em

qualquer das lojas DRAGO, V.

poderá escolher, em uma linha

variada, o grupo que mais llie

agrade em estilo e melhor se adap-

te ao espaço disponível em seu lar.

Modelo .*522 — Elegantíssimo grupo

em estilo rústico, composto de sofá e duas

poltronas-cama. Acabamento esmerado e

finamente tapeçado em cretone ou gobelin.

Com estrado cie madeira c molejo integral.

Modelo 520 - Belo e elegante grupo em

estilo colonial, formado de sofá e duas poltro-

nas-cama. De construção sólida, em excelen-

te material e primoroso acabamento. Tapeça-

do em damasco de seda de ótima qualidade.

^^«í^sl Iv^^^í/M^ ^""^"^-«^ --===íí^^'^'fc-^'$-vS:^Í7^' Os

sofás e poltronas-cama DRAGO conquis-

^Jfl ^^s»^j\\ x. ^^^//r^^^-^/^^mÍ taram a preferência pública, pela facilidade

-<^í /// *L"'^N^Jüsfobj/f11 com 1ue s^o convertidos, para uso como

uT^V— j i^V^. ^4^v£l iL^y^ li[Jr^^ ffl

sofás, poltronas ou confortáveis camas.

^jjfS^fag,^ IRr~~ fír ^^Á^^jj ^yr^ ^éffíU^iir Vvtvn catálogo grátis

iS^SoM-Cama DRAGO»2™gj^mericana

a solução do pequeno espaço

UM PRODUTO DAS INDÚSTRIAS REUNIDAS SOFÁ- CAMA DRAGO LTDA.

Fábrica e Escritório: Av. Suburbana. 711 — Tel. 23-78% • 43-2001

Lojas: Rua 7 de Setembro, 20U - Tel. 43-4131 • Rua do Catete, 141-A — Tel. 25-5312 • Av. Princesa Isabel. 72-A — Tel. 37-1533

— 13 —

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-194íi

W&Êl

. "™^^rr>TÇ^,

-rtflSBBS»».^

¦ W

ATKINSONS

, UntaS m E-t?

EXTRATO • COLO N I A • LOÇÃO

— 14 —

MêMm(éémmFaça bolos Lsta semana... E sempre... Sem esperar os grandes diasAs amigas hcarão encantadas, as visitas ficarão captivas. Fermento Royalesta a seu dispor para assegurar-lhe bolos bonitos e apetitosos

¦'7,

->')'- ri''

§É|§|§m|

2 COLHERES (SOPA)

MANTEIGA

1 xícara rasa açúcar

3 GEMAS

Vt XÍCARA LEITE

1 COLHER (CHÁ) ESSÊNCIA

•1 Va XÍCARAS RASAS FARJ-

NHA DE TRIGO

•3 COLHERES (CHÁ) ROYAL

Bata bem a manteiga com o açúcar.

Acrescente as gemas que também de -

vem estar muito bem batidas, e a es-

sência. Peneire juntos a farinha e o

Royal e adicione-os alternadamente

com o leite à primeira mistura.

Forma untada e forno brando, du-

rante mais ou menos 45 minutos.

Cubra o bolo com creme de chocolate,

massa de suspiro ou creme Chantilly.

1 m ' 11111 ^K5: ;^¥^w*^Wí1 *] lf í 11 M^.ÈMMÈÊÈÈSÈl

fO SEGREDO DA "BOA MÃO

VIDA DOMÉSTICA

«AGOSTO-1948

f| O FOGO SURGIU ^_jÈÊÊt<^^^^\_

=3»^ ASSIM . .. y^^^^^^^^^P ^^*fc

3W^#

Esta é a garantia dos proprietá-

rios que se acautelam com uma

apólice SATMA de seguro con-

tra o fogo! Uma pequena taxa

adicional assegura o pagamento

integral dos aluguéis. Procure um

agente da Sul América Terrestres,

Marítimos e Acidentes, e informe-

se melhor sobre as vantagens ofe-

recidas pelo plano SATMA de se-

guro contra o fogo.

SUL AMÉRICA TERRESTRES, MARÍTIMOS E ACIDENTESA MAIOX COMPANHIA DE SEGUROS EM SEU GÊNERO DA AMÉRICA LATINA

RIO DE JANEIRO " "

— 16

AGOSTO-1948

Para a realização do seu ideal

de conforto nós temos os

VIDA DOMÉSTICA

MOBILIÁRIOS E DECORAÇÕES

que lhe convém... a preços que ninguém tem

<AS À^^<t|ME§^Fundada em 1912

65 RUA DA CARIOCA 67 — RIO

TECIDOS modernos em desenhos exclusivos

TAPETES e passadeiras — um sorrimenro

in.omparável em beleza e qualidade.

- *___£™K_B«? >^__B9B9____8_________K, ' ¦;

\^__s£_lEf_-_6^^^^_____________l

\-f________i_____________________B -

: '4---------_---V

WlÊXsllÊÊÊSÊIÊiSÊÍÊÊ

ifp'¦':;•;¦.;

¦illlllll

A forração do pi-so, executada em passadeira aveíu-

dada cinza, realça a combinação das pe-ças principais - o sofá estofado de verde, a pol-trona de grenat e a poltrona de chintz claro com

flores—, agrupadas harmoniosamente para proporcio-

nar conforto, beleza e distinção, em contraste com otom escuro aos^ móveis As decorações, de ve-

ludo grenat; sobre voile Suiço creme

y^ complexam o conjunto,- obra de um

bom decorador.

lili

— 17 —

VIDA DOMÉSTICAAGÔSTO-1948

i?/ m torno de vti.cê...- •\

/O \j \

fllraarante suaèstao de primavera

Refrescante, deliciosa,

sempre oportuna em sua

suprema distinção de acento

britânico, a tradicional

English Lavender Atkinsons

é uma brisa perfumada e

primaveril envolvendo você

e destacando o seu

fino bom gosto...

fll- * \\V^ -^V';. \ '* ;i

'A

ê/yC*^^/ «-*$.* fiale9U»nalavandaintjleza.

W^^^ ATK1NS.0-NS J^Ê^mmmmW^'^ Wr ^^

Toda a linhagem

nova apresentação

TalcoTalco de ToileleÓleo

DrilhanlinaSabonete

!!"'• »mo as brisas no**®?

16 —

IREVISTA DO LAR E DA MULHER —. MAGAZINE MENSAL

Propriedade da SOCIEDADE GRÁFICA VIDA DOMÉSTICA LTDA. —Rua Ria-chuelo 414—Rio —Tel. 32-0170 (Rede interna) — End. Teleg. «VIDOME» — Cx.Postal 2981 —Sucursal em S. Paulo: Amancio Barreira — Viaduto Sta. Efigênia, 281

Representante nos Estados Unidos da América do Norte, Inglaterra, França eArgentina: Joshua B. Powers Inc.

As colaborações devêm ser datilografadas de um só lado do papel e trazer o nomedo colaborador. Nao devolvemos originais publicados ou não, mesmo quando se trate de lotos.

Fundação de: JESUS GONÇALVES FIDALGO

EÍiretor-Responsável: CARLOS GONÇALVES FIDALGO

Dir -Ger. e Red. Chefe: ANTÔNIO IBRAHIM HADDAD

Dir.-Artist. e Social: CLEMENTE DOS SANTOS FARROCO

Dir. de Publicidade: FELISBERTO OROFINO

Número avulso, Cr$ 10.00 — Número atraztfdo Cr$ 12,00

ASSINATURAS SOB REGISTRO

Brasil — Portugal e Espanha : Anual.

Semestral

Outros países* Anual

CrS 115,00

CrS 60,00

Cr$ 140.00

ANO XXIX — N? 3G5 — AGOSTO - 1948

(Este número contém 140 páginas)

EFEMÉRIDEGLORIOSA

O

CONSELHEIRO Rodrigues Alves

ainda foi um. daqueles venerabilíssi-

mos homens forjado ao tempo do

Império. Inteligência privilegiada, a parde verdadeiras virtudes cívicas e morais,

fizeram desse grande brasileiro uma dasfiguras mais nobres no cenário político doBrasil, em todos os tempos.

Sua vida pública, iniciada ainda em plenajuventude é um luminoso espelho dos maisdignos exemplos de trabalho e de patriotismo.

Cheio de vivo ardor democrático e, for-mado num ambiente de honra, o Conselheiro

Rodrigues Alves, cujo centenário comemora-mos, merece ter a sua memória relembradae venerada pela Nação.

Sua obra, que se levantou para jamaisperecer, viverá no respeito das gerações,superiormente.

A sua presidência foi um contínuo per-passar de benemerências públicas se reco-mendando a todas as honras, pelo acerto,a ponderação, o amor à causa pública que,acima de tudo, êle colocava.

A figura admirável de Rio Branco con-duzindo os destinos do Brasil no concertodos povos, a ação de Osvaldo Cruz, extin-

guindo a febre amarela, Pereira Passos trans-formando o Rio de Janeiro, marcam, emconjunto, no panorama da civilização brasi-leira, uma grande etapa no progresso do

povo, na marcha ascendente da Nação.

Mas, não é tudo, ainda. Reaparelhou-se aEsquadra com grandes unidades, o Exércitosofreu reformas consideráveis, criou-se a

primeira embaixada permanente no Brasil

que, por sinal, foi a dos Estados Unidos etodos os serviços públicos foram ampliadosnum sentido de reestruturação e aparelha-mento.

O Brasil, em quatro anos galgou um dos

seus maiores estágios, a tal ponto marcante

que, pode-se dizer, o País saiu arcabouçadode novo, com novas vigas mestras, que per-mitiram novos impulsionamentos de suas

forças vivas: de sua estabilidade e, principal-mente, pela amplitude de maiores horizontesinternos e internacionais.

As comemorações que se estão realizando

por motivo do centenário de Rodrigues Alves,

exprimem um acontecimento no qual a Nação

está empenhada como um testemunho de

quanto deve a esse digno varão. Êle incarnoutodas as virtudes dos grandes homens bra-

sileiros, quer do Império ou da República

desses os mais felizes que puderam trabalhar

pela felicidade de sua Pátria e da Humani-dade.

Rodrigues Alves é um marco glorioso na

estrada dos nossos destinos. A sua figura,

à medida que decorrem os dias, se agigantae se define melhor, numa estatura moral

que nos deve envaidecer, num exemplo de

força cívica e de trabalho profícuo e patrió-tico.

Rodrigues Alves pois, onde quer que tenha

atuado.desde o Colégio Pedro II onde sem-

Mesa que presidiu a cerimônia comemorativa no Conselho Federal daOrdem dos Advogados do Brasil, vendo-se: Senador Fernando MeloViana; dr. Augusto Pinto Lima. Presidente do Conselho Federal; Minis-

tro Raul Fernandes e Ministro Adroaldo Mesquita da Costa.

pre foi um dos melhores alunos até o finalde seus gloriosos dias, é de vê-lo, ainda na

escola, durante o curso jurídico, repartindo

o seu tempo entre as aulas, a imprensa, na

qual recebeu a honrosa incumbência de ser

o redator da Imprensa Acadêmica e, logo

a seguir no Partido Conservador de S. Paulo,

também trabalhando com denodado esforço.

No Parlamento, desde 1870, dando do seuformoso intelecto as premissas de umaencantadora messe.

A sua folha de serviços à Nação, quandodeputado é longa e valiosa. Ministro da Fa-

zenda, a sua, administração foi altamente

proveitosa, como positiva foi a sua ascenção

ao governo de S. Paulo, onde entre muitos

serviços ampliou o ensino em todos os graus.Venerável pelo seu caráter íntegro e por

tantas virtudes como homem e como cidadão,

o Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues

Alves, deixou, de sua vida um rastro lu-

minoso que o torna um dos mais assinala-

dos vultos nacionais.

O centenário de seu nascimento, ocorrido

agora a 7 de julho, a rememoração desse

acontecimento ocorrido há um século em

Guaratinguetá, é uma autêntica festividade

nacional, pelo muito que êle quis e fês pek»Brasil,

O representantede São Paulo noConselho Federalda Ordem dosAdvogados, depu-t a d o AurelianoLeite quando pro-feria sua oração.

D representante doDistrito Federal noConselho da Or-dem dos Advoga-dos, dr. Bartolo-meu Anacleto aofalar na mesma

cerimônia

No Instituto His-tórico e Geográ-fico Brasileiro ven-do-se o MinistroAugusto TavaresFilho fazendo oelogio do ex-Pre-

sidente.

O acadêmico Aluí-zio de Castro fa-Tando sobre apersonalidade d eRodrigues Alves

na Academia Bra-sileira de Letras.

Em baixo: — Um aspecto da assistência no Instituto Histórico.

r \

: ;

fiti-3^-

I

VIDA DOMÉSTICA

Deixamos, intencionalmente, para estenúmero as palavras abaixo transcritas quedizem do apreço, da estima e, mais do quetudo, das saudades de três inestimáveis ami-gos de Jesus Gonçalves Fiaalgo, fundadorde «Vida Doméstica».

JESUS GONÇALVES FIDALGO

AGOSTO-1948

Três nomes ilustres enfeixando, um triân-

guio de ouro,. um ramalhete de evocações

preciosas pela grandeza desses afetos, quedizem, expressivamente, do quanto e do como essa nobre criatura foi compreendida eestimada. Enfim, uma nota de saudade.

UM MODELO DE FORCADE VONTADE

HENRIQUE ROXO

CONHECÍ

Jesus Gonçalves Fidalgo

no meu tempo de Interno da As-

sistência a Alienados, em 1898,sendo eu terceiro anista de medicina eêle empregado do Hospital.

Era um rapaz que nós vimos desdelogo que se podia alçar a grandes vôos.

De inteligência muito viva, de capacidade

de trabalho enorme, buscava fazer seu ser-

viço depressa e bem. Nas horas vagas, es-tava sempre a estudar. Em pouco tem-

po, passou a Enfermeiro e depois, Enfer-

meiro-chefe do Pavilhão de Observações.

Desempenhava suas funções de modoirrepreensível: nosso chefe, Prof. Tei-xeira Brandão o tinha na melhor conta

e os alienados muito o estimavam. Sabialidar com eles e nunca os maltra-tava. Naquela época não havia máquina

de escrever e não tendo boa letra,

entrou para uma escola, e, em breve,

adquiriu sua linda caligrafia. Matri-

culando-se na Escola de Comércio, das

primeiras que aqui se abriram logo, o

seu Diretor, Conde de Cândido Mendes,

entrou a apreciá-lo como um dos melho-

res alunos e a encarregá-lo das mais im-

portantes missões.

Organizou-se uma Cooperativa queera uma intermediária entre o fazendei-

ro e o comprador, a primeira iniciativa

de feiras livres, e Jesus Gonçalves foi

encarregado de tudo, com absoluto

sucesso.

Mais tarde, tendo colaborado, ativa-

mente no Jornal do Brasil, fundou Vida

Doméstica que, desde logo, superou to-

das as revistas ilustradas que entãohavia.

Sempre teve a preocupação de serela impressa no melhor papel couché

que houvesse e, no longo período de

guerra, observei os esforços que fazia,

para que esta norma de conduta se não

quebrasse.

Preocupava-se em tirar ótimas foto-

grafias, muitas delas coloridas, e todosos principais acontecimentos que du-rante o mês ocorressem, ficavam gra-vados nas páginas deste admirável ma-

gazine.

Um fato deve ser assinalado; nunca

Jesus Gonçalves permitiu, por preço ai-

gum, que se comentassem assuntos poli-ticos, em desacordo com a sua consci-

ência.

Acompanhei, sempre de perto, a vida

de Jesus Gonçalves. Tinha-o como umdos meus melhores e mais sinceros

amigos.

Nos dias de festas, êle estava sempre

a meu lado, alegrando-se com as hon-

— 20 —

MODELO DEVIRTUDES

BIANOR PENALBER

EM

MARÇO de 1931, numa das mi-

nhas primeiras viagens ao Rio, pro-cedente do Pará, tive vontade de

ir à redação da Vida Doméstica, revista

de que me tornara leitor assíduo e que jáadmirava, principalmente pela decência

da sua matéria editorial, capaz de pas-sar. como até hoje, sob os olhos da mais

cândida donzela. Apresentei-me, quandosatisfiz esse desejo, a um homem baixo,

austero e simpático ao mesmo tempo e

que era o próprio diretor do grande ma-

gazine.

Jesus Gonçalves Fidalgo, cujo nome

consigno agora, 17 anos depois, com

emoção, ternura e saudade, revelou-se-

me loqo uma alma simples e um nobre

coração. Quis êle, que sempre se apagou

numa imensa modéstia, exaltar e projetara pobre personalidade do médico inex-

pressivo de província e obscuro profes-sor, que o procurava e a quem recebia

tão amàvelmente. Chamou um fotógrafo,

fêz-me sentar ao lado dum redator, con-

versamos e despedi-me. Dentro de pou-cos dias, abro a Vida Doméstica e lá

estava eu, cheio de importância, home-

nageado em duas páginas ilustradas, queainda guardo, no arquivo das minhas gra-tas recordações, como a primeira mani-

festação de bondade de Jesus Gonçalves

Fidalgo para comigo.

Antes de regressar ao Pará, avistei-

me com êle, a fim de agradecer o gestodelicado, que tanto me sensibilizara. E,ao salientar o excesso da sua generosi-dade, expressa nas referências a mimfeitas, pronunciou uma frase, que foi umconsolo, um bálsamo e um estímulo a umhomem, como eu, que lutava, então, nasua terra natal, para não ser esmagadoe sobreviver na profissão abraçada:

— O senhor precisa aparecer evencer...

Desde essa época, já distante, datamas

^ minhas relações, que se foram es-

treitando, pelas freqüentes viagens pormim empreendidas ao Rio, com esse es-

pírito de eleição eque se extinguiu há

poucos dias, para amargura e desola-

ção dos que se lhe afeiçoaram e o ex-tremeciam.

Nestes últimos três anos, permane-cendo maior temporada na metrópole,apertei^ ainda mais fortemente os laçosda amizade que eu consagrava carinho-samente a Jesus Gonçalves Fidalgo.

Em meio a tormenta que hoje se de-sencadeia na sociedade, subvertendo amoral e mantendo, por isso, uma ondade egoísmo, hipocrisia e improbidade,a figura singular do meu pranteado e

UMA FIGURAEXEMPLAR

De CASTRO E SILVA

CHEGADO

ao Brasil, Jesus Gon-

çalves Fidalgo trazia consigo a

inabalável vontade de vencer. A

Espanha enchia todo o seu coração,

mas os seus olhos já se cravavam ansio-

sos nos contornos da terra brasileira, queo recebia com satisfação e agrado.

Trabalhador e diligente, esse homem

europeu que nos procurava em definitivo,

em querendo entregar-se a uma pátrianova. morejava de sol a sol, tentando

amealhar dinheiro e sonhos, para os dias

do futuro, que lhe devia ser risonho e

feliz, entre nós.

Foi tudo, aqui. E, com o nome marca-

damente poético, que possuía, dava-se

inteiro à vida nacional, na sua pujançacriadora.

. Aqui, aprofundou as suas raízes genea-lógicas e cresceu a família, esgalhando-se

mais e mais, num frondejar de sombra,

boa e farta, e num frutificar dadivoso

de frutos opímos, nesta terra brasileira.

Sonhou muito. E cada sonho era um

anseio de vitória e um formidável de-

sejo de concretismo, de realidade cria-

dora.

O tempo marchava. E êle, tentando

preencher uma grande lacuna, fundou,

arrojadamente, «Vida Doméstica», umarevista para o lar e a mulher.

Traçou um programa, um grandioso

programa, e cumpriu-o integralmente,

vitoriosamente. Mais de cinco lustres devida esta Revista já desfruta, brilhante-mente marcados. U'a existência, nestas

plagas indígenas, que nos orgulha e en-vaidece, num crescendo maior de afir-mação do seu patrimônio material cmoral, inestimáveis. E êle, clarividentee perspicaz, batalhador e operoso, chefee operário ao mesmo tempo, soube ele-var, dia a dia, o conceito de «Vida Do-mestiça», hoje um cabedal desta pátria,que já lhe pertencia e o pranteia, agora.

Com o exemplo laborioso do trabalhohonesto, Jesus Gonçalves Fidalgo im-

primiu entre os muitos que o seguiamu'a escola de honestidade à profissão,de amor ao trabalho, de valorização àmoral e à verdade, e um muito de pa-triotismo às cousas do Brasil, a que tanto

queria e exalçava.

Os que conviviam, assim, nessa fa-mília de imprensa, sadia e boa, hão decontinuar a obra delineada pelo velhoartífice, para que a sua memória estejasempre viva no contínuo

progresso destaCasa, onde a Moral se instalou comoproprietária e a Verdade, em sua com-

AGOSTO-1948

MODELO DE VIRTUDES (Conclusão)

inolvidável amigo crescia cada vez maisno culto da minha admiração. Nuncao vi até os derradeiros dias de sua vidalaboriosa, honesta, preciosa e exemplar,

que não fosse demonstrando o vigor dumaprimorado caráter e o ardoroso e in-cessante desejo de ser útil e bom a quan-tos se lhe acercavam. Mesmo gravo-mente enfermo, quando as resistências

físicas se lhe diminuíam e baqueavam,

conservava a grandeza do coração, tendo

para os seus amigos, como eu, gestossuaves e magnânimos

que só se podecompreender num espírito iluminado einvulgar. Foi, a rigor, um modelo dovirtudes.

UM MODELO DE FORÇA DE VON-TADE — (Conclusão)

rürias que me eram tributadas, e gra-vando-as na Vida Doméstica, com osmais bondosos comentários.

Nos dias de desgraça e de dor, bus-cava confortar-me com palavras de umaboa amizade.

Era um entusiasta de sua Pátria, a Es-

panha, e o título e medalha de Comen-dador que lhe foram dados, representam

ato de absoluta justiça, pois era um es-

panhol, verdadeiramente patriota e desse

ardente patriotismo fazia um constante

panegírico do que era a vida na Espanhae muito se alegrava, já nos seus dias dedoença, com a esperança de que lá nosencontrássemos,

para admirar o pro-gresso espanhol. Sempre o apreciei comoum modelo de força de vontade.

Tendo chegado paupérrimo e não en-contrando a recebê-lo o tio, com quecontava,

poderia, se fosse outro, quedar-se dentro do horizonte estreito, que selhe deparou.

^ Compreendendo

que lhe não seria pos-sível subir, se não à custa de estudo eesforço, aprimorou-se e em longas vigílias,3 luz de vela, e conseguiu destacar-seentre os melhores alunos, mesmo em

questões de matemática superior que|á figurava no Curso das Escolas deComércio.

cm exposições que então organizou,

destacou-se sempre de modo perfeito.Venceu à custa de esforço próprio e Tei-xeira Brandão e Cândido Mendes lhe de-

ram a mão e a primeira orientação, tudomais foi feito por êle.

A perseverança era uma de suas vir-tudes e Johnson

já dizia que as grandesobras não eram executadas

pela forçae sim pela perseverança.

Wilcox disse: tu és o arquiteto do teupróprio destino. Trabalha, espera e ousa.Nada pode, porém, ser feito sem o au-xilio de Deus. E Este muito fêz pelo meuamigo que como eu, nele confiava.

Jesus Gonçalves foi um vencedor,um bom e justo, trabalhador infatigável,amigo dedicadíssimo.

ÜMA FIGURA EXEMPLAR

clusão)(Con-

panhia, comparticipa desse desenvolvimen-to material, que se desdobra honestamen-te, num labutar contínuo.

Há mais de quinze anos que inscrevientre os meus poucos amigos, este amigosincero que se foi, —

pelo desapareci-mento físico — mas que jamais o es-

quecerei, pelo espírito de amizade quenos aproximara sempre.

Em todas as horas a nossa compreen-são era perfeita e sincera, como há sido,de há muito, com os seus continuadores,nesta mansão de vida espiritual, onde o

pensamento se expande e a arte se apri-mora em cada página e em cada nú-mero, trabalhados pelo grande ideal do

progresso, que é a vida, arte, espírito,nessa marcha sincera para Deus.

Morto, temos a chorar o seu desapa-

recimento, o seu convívio, a sua pre-sença, mas havemos de encontrá-lo sem-

pre paternal e amigo, em todas as ma-nifestações de caráter e inteligência, quesoube imprimir à sua, para a vida dos

que o sucederam em linha colateral ou

o fizeram na do coração, do respeito,

da amizade pura.

Jesus Gonçalves Fidalgo, — dono de

um nome eloqüente e adamantino —

viveu toda u'a vida de coração e be-

leza, deixando a nós, seus amigos, a

lembrança de uma bondade eterna e

uma sinceridade perfeita, que nos vita-

liza a alma e alegra todo ser, na recor-

dação imorredoura de u'a saudade

aquele que soube ser digno dos brasi-

ieiros que o receberam sem rebuços e

o choram agora, com a verdadeira lá-

grima dos feridos!

Continuam a chegar-nos sentidas manifestações pelo falecimento de JesusGonçalves Fidalgo, fundador desta revista. E isso, que poderá parecer a muitosum fato simples, nos envolve e nos eleva a um âmbito de reconhecimentoimperecível.

Queremos agora aludir e agradecer, em especial, à nota com que Fon-Fon,

a sempre querida revista carioca, de tantos méritos, ressaltou a personalidade do

nosso Diretor. Do mesmo modo, confessamo-nos sensibilizados com o carinho da

prestimosa publicação que é o Diário de Barcelona e da Rádio Guanabara, no seu

Programa «Estante Sonora», do distinto professor Álvaro Salgado, as homenagens

dos seus aprêços à nobre figura desse homem raro que foi Jesus Gonçalves Fidal-

go, nosso orientador.

VÍDÁ DOMÉSTICA

GRANDE HEI DÊ UM GRANDE POVO

mm' ^Wm^^mÊm^W^\r^^*

mHm -<<m «H

W/%, Wk -

Jàf f

Nestes dias em que tanto falamos em «de-mocracia» devemos olhar a Suécia comoum país onde essa palavra democracia temum sentido todo especial e verdadeiro.

Em Dezembro próximo findo, por ocasiãoda passagem do 40° aniversário da ascen-ção de Gustavo V ao trono, disse o Sr. TageErlander, Presidente do Conselho de Minis-tros que os progressos da Suécia, ordem so-ciai, cultural e econômica, nestes últimosdecênios, eram sem precedentes.

De fato, tudo isso parece que está muitocerto quando pensamos que esse Rei Gus-tavo se recusou a ser coroado, adotandoum formoso lema: «com o povo pela Pátria».

Presentemente esse rei democrata; verda-deiramente, conta 90 anos de idade. Mas90 anos com saúde, ânimo e fôrçá dó von-tade para dirigir uma nação forte veréspei-tável. Nação que o estima e venera pelo quetem realizado em benefício do seu povo.

Desde o advento de seu governo que ademocratização da Suécia e o sistema par-lamentar formam a base da política daSuécia.

Rei muitíssimo viajado, com o mais amploconhecimento de homens, e povos o bom reiGustavo V é uma figura que se tem impôs-to no cenário internacional pelo tato e sa-bedoria com que representa um dos povosmais interessantes e adiantados da terra.

Foi êle quem promoveu, antes da guerrade 1914, a reunião dos países nórdicos e quetão acentuados benefícios trouxe evitandoenvolvê-las nessa hecatombe.

Foi êle ainda a grande voz pedindo cie-mência para as nações subjugadas.

Prevendo os acontecimentos que acaba-ram ensangüentando o mundo, ultimamente,o Rei Gustavo batalhou com decisão e cora-gem até os últimos instantes em prol da paz.E, se não pôde evitar a desgraça na casados vizinhos, contudo, salvou, heroicamentea sua nobre e feliz pátria dessa outra guerracriminosa e nefasta, para todas as criaturas.

Dizem que é, a pessoa mais querida emsua terra e isso já seria muitíssimo, masnao e tudo para êle que é também a maisadmirada.

Daí, dizer-se que os suecos o têm nãoapenas como o representante oficial de seupovo mas também como o símbolo das vir-tudes da sua raça.

Comemorando a 16 de julho último o seuaniversário natalício os suecos bem senti-ram o orgulho com que entoam o seu belohino:

«O nosso país do norte, as nossas verdesmontanhas, o céu azul de nossa terra

Nele queremos viver e morrer».Grande Rei, de um Grande Povo.Grande Povo que é digno desse grande Rei.

h:

— 21 —

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-]'

MISSÃO ECONÔMICA ARGENTINA EM VISITA AO BRASIL

IBHhI¦''.'. 'iÉfe-^yí ^'! f^flwB '•' *Wwf^B

'** n • BH||§f BH pbf^ Kf

Sj^E ^LmmBkmmWÈÈmmmm Hí '

188818' ' Wfâm& wÊíÊÍÈÊÈr *¦ *^il Hk. **¦ y*ww| HKlf-

AM BbJI ^kfl ^U ^kv liL''^ÉblflBi^tt k8H y Bm me! BB ^m ^b-. -

NO

auditório do Ministério da Fezenda, sob a pre-sidência do Sr. Ministro Coriêa e Castro, reali-zou-se a primeira conferência do Sr. Embaixador

Abelardo Alvarez Prado, chefe da missão de ban-

queiros argentinos que se encontrou em visita oficialao Brasil.

A ^conferência que foi pública e teve grande reper-cussão assinalou, igualmente, um momento feliz decordialidade, de que é um dos apanágios entre osdois maiores países da América do Sul.

Apresentando o conferencista, o Ministro Corrêa eCastro teceu os mais altos comentários em torno doconferencista como estes:

«Advogado, professor, reitor universitário, periodista,parlamentar, banqueiro,- o Embaixador Alvarez Pradoé uma personalidade de escol, que, na sua brilhantetrajetória, vem deixando, por onde passa, marcas in-deléveis de inteligência e cultura. S. Exa. o GeneralPeron conseguiu atrair o Embaixador Alvarez Prado

para um dos mais importantes setores da organizaçãoda Argentina.»

Falou a seguir o Sr. Abelardo Alvarez Prado, ur-dindo magnífico tema cujo interesse sempre crescentetrouxe o auditório preso à palavra erudita desse no-tável economista, nosso hóspede de honra.

Cumpre, no entanto focalizar que a Missão Econô-mica Argentina conta ainda com outros homens emi-nentes de grande cultura e pensamento, como o Sr.Kiuro Eduardo Real, Diretor Técnico do Banco CentralArgentino que também fêz interessantíssima conferên-cia: «A Reforma do Regime Bancário da RepúblicaArgentina».,

^o Prof. Carlos A. Lessa, Diretor da Facul-dade de Ciências Econômicas, figuras que representamde fato uma das pautas da cultura no grande paísirmão.

** mJ^^T.. ^BH ^¦^Bk ^fr ***" * Âm\ I \W bB I^^B Ís llí ^'^P^EVant iPBÉP** ^¦^¦mÍ^V Jmmmmmt*' JLmW ¦Bill WÊÈ ÉfüS^HW^

A

HOMENAGEM prestada ao Sr. João Daudt d'01i-veira, Presidente da Confederação Nacional doComércio, no Copacabana Palace Hotel, resultou

numa expressiva solenidade.

Nesse banquete encontravam-se representantes detodas as classes produtoras do Brasil, fato esse, sópor si, realmente notável.

Compareceram, entre outras personalidades, os Srs.Professor Pereira Lira, representando o Sr. Presidenteda República; Governador Macedo Soares, do Estadodo Rio, Governador Moisés Lupion, do Paraná, MorvanFigueiredo, Minstro do Trabalho, Daniel de Carvalho,Ministro da Agricultura, Adroaldo Costa, Ministro daJustiça, Embaixador João Neves da Fontoura, SenadoresArthur Santos, Benjamin Galotti, Peneira Pinto, DurvalCruz, Jones Neves e Ribeiro

'Goruilves, Deputados

José Augusto, Eurico Souza Leão^ Rogério Vieira,

O Sr. João Daudt d'Oliveira foi saudado pelo repre-sentante da Bahia, Sr. Antônio Osmar Gomes, que noimpedimento do Sr. Arthur Fraga, presidente da As-sociação Comercial e da Federação do Comércio doEstado leu o discurso do qual destacamos os seguia-tes trechos:

João Daudt d'OHveira, nosso patrono e mestre deenergia, já em 1942, quando foi eleito Presidente daAssociação Comercial do Rio de Janeiro era seu sóciobenemérito. Sucedeu à Manuel Ferreira Guimarãescuja administração marcou uma fase de (trabalho pro-veitoso e exemplar. Percebera o novo Presidente, coma esclarecida visão que Deus lhe deu, desde os pri-meiros instantes da investidura, a grande responsai;!-lidade da função, quando o mundo era abalado pelamaior convulsão de todos os .tempos, que ameaçavatodas as instituições,s tudo destruindo e subvertendo.O momentc era, como continua a ser, de imensas ei;-ficuldades mas o valoroso chefe, sempre de ânimoforte, à frente de uma vanguarda de combatentes

Uosta Neto e Darci Gross, General César Obino, Che-fe do Estado Maior das Forças Armadas, Coronel

Mario Gomes e Carlos Roberto de Aguiar Moreira.

Todas essas personalidades sentaram na mesa de hon-ra, tende comparecido ao banquete cerca de milpessoas.

abnegados, estimulava-os na conquista pacífica de

melhores dias, mirando a defesa das classes produtorese dos interesses econômicos do Brasil.

-.GOSTO-1948

'ffl°~/i

VIDA DOMÉSTICA

Venerdvel e Arquiepiscopal

^$0 Ordem Terceira de Nosso

Senhora do Monte do Carmo

AS BRILHANTES COMEMORAÇÕES DO SEU

3o CENTENÁRIO

S. Emcia. Revma. o Sr. Cardeal Arcebispo D.Jaime Câmara, ao penetrar no templo.

Ao alto àdireita: — Um aspecto do templopo£ ocasião do solene Pontificial do dia 18.

A

DEVOÇÃO de Nossa Senhorado Carmo sempre foi, desde osprimeiros dias da colonizaçãodo Rio de Janeiro, fervorosa e

constante.A. Venerável e Arquiepiscopal Ordem

3,! de Nossa Senhora do Monte do Car-mo, tem tido, é inegável, uma atuaçãoprestimosa e benemérita que há trêsséculos se efetiva sem interrupção.

i' I:n\cicr- Revma. quando se retirava após ce-

iearado o Pontificial, acompanhado do Prior.

Inauguração da placa comemorativa do 3ccentenário.

Grupo na Sacristia, depois da solenidade,vendo-se a Embaixatriz de Portugal, irmã

Priora e demais Irmãs da Ordem.

— 23 -

AG0ST0-19Í;

VIDA DOMÉSTICA

^mm^mmammmmammmmmmumBmmmm»m^m^mmsâmmmâmmmmm^WÊmmmm1mmm»ÊiA ^^jk S '/^í^&^íálStséjíéi '^ÉAÉiHl^^SHH^SA^i^^ll^^^^,^

ük' flH HHhW C IhHHHHH ^f*^ÍÍ^^^*l$¥l »t^flBLjHHH»W *$¦<& *3$p^ i; 'f''r/* ^*f^* ^ Í^Í^^Í^^'^* iO; "^AE^!!!?*? AHHT ^F ' $

ÍÍHwS jJAT MKr \m mmmmWS~mmWÊ^ tÈÈÉ Mmmm K

r.„ «lta ò esauerda: — O Banquete do dia 10 no Clube Ginástico Por-

u°guí _ ÀCabeceira S. Exa. Revma o Sr. Bispo D. Jorge Marcos de

Oliveira, o Sr. Embaixador de Portugal e senhora, o irmão Prior sr. Jorge

Francisco de Campos e a irmã Priora Dna. Leopoldina Tavares de Campo:;.

À direita- - D. Jorge Marcos de Oliveira discursando a hora do ban-

quete, no Ginástico Português.

horas — Na Igreja da Ordem,solene tríduo em louvor do

Nossa Senhora do Carmo — Excelsa Padroeira da Instituição.

V DIA- Oficiante —S. Exa. Revma. o Sr. D. Pedro Massa,

DD Bispo-Pralacto do Rio Negro. Pregador —O Revmo. Pe.

Dr Elpidio Cotias. 2" DIA: Oficiante — S. Exa. Revma. o

Sr D Jorge Marcos de Oliveira, DD. Bispo Auxiliar e Co-

missário da Ordem. Pregador — Revmo. Cônego Dr. José

Maria Moss Tapajós. 3* DIA: Oficiante — S. Exa. Revma. o

Sr. D. Pedro Massa, DD. Bispo-Prelado do Rio Negro. Pre-

gâüor Revmo. Pe. Paulo Consulini. Serviram ainda o Exmo.

Mons. Dr. Francisco de Melo e Souza, como Diácono, o Revmo.

O Secretário Dr. Mario Pena daRocha quando proferia seu discurso.

Servida e assistida hoje, porbrilhante Mesa Administrativatendo à frente o eminente D.

Jorge Marcos de Oliveira —

Bispo Auxiliar, Comissário da

Ordem e o Sr. Jorge Franciscode Campos, Prior, Com. José

Vieira Goulart, Sub-Prior, Dr.

Mário Pena da Rocha, Secrc-tário interino, Artur Alves deAraújo, Tesoureiro, AntônioTeixeira Novais Jr.. Proc. da

Ordem, Américo Monteiro,Mestre de Noviços, Com. JoséPinto Duarte, Proc. do Hospi-

tal, Artur Lopes Cardoso, Proc.

do Cemitério, bem como ou-

trás tantas figuras de relevo

social, caminha, cada vez mais,

em prol de seus maravilhososideais cristãos.

Transcorrendo a 19 de Ju-

lho último, o 3'> centenário de

sua fundação, realizaram-se

3Xcepcionais comemorações sob

o programa seguinte:DIA 12: Ãs 10 horas —

Na Igreja da Ordem, Missa

de requiem, com libera-me can-

tado, em sufrágio dos Funda-

dores, Comissários, Priores,

Beneméritos e Benfeitores, Ser-

vidores e Irmãos falecidos.

DIAS 13, 14 e 15: Às 20

Detalhe da me:a do almoço.

%¦¦*¦& M-jg*, ^'l.-^^^^S^i^^KÊtMmm AAHr ^|Br^ ¦Br?*"'.1^

Â- ¦ ?*':.' '^-*~

«s*s» *¦v*'"r^^^^B^^AHl^HH^,' ~^^AAB?^^^HI" iJHfcXt*'¦: *&**»;

Grupo formado antes do banquete.

Cônego Dr. Francisco Tapa-

jós, como Sub-diácono, e o

Revmo. Cônego Dr. José Ma-

ria Moss Tapajós como Mos-

tre de Cerimônias.DIA 16: As 9 horas — Na

Igreja da Ordem, Missa con-

ventual festiva em louvor da

Excelsa Padroeira — Nossa

Senhora do Carmo — com

prática ao Evangelho. Inaugu-

ração na Sacristia, da placa

de bronze comemorativa cío

tricentenário. Distribuição Ac

esmolas, dos legados de Irmaus

Benfeitores. Ãs 20 horas

TE DEUM solene, com Bênção

do SS. Sacramento, oficiando

S. Exa. Revma. D. Rosalvo

da Costa Rego, DD. Bispo A- -

xiliar, ocupando o púlpito o

M.D. Comissário da Orde >

S. Exa. Revma. o Sr. D. Jorge

Marcos de Oliveira, Bispo Au-

xiliar.DIA 18: Ãs 10 horas —

g^LENE PONTIFICAL, por Sua

Eminência Reverendíssima o

Sr. Cardeal Arcebispo D. JM'

me de Barros Câmara, asstfs-

tido pelo Revmo. Mons. Dr.

Francisco de Assis Caruso

Revmos. Cônegos Dr. Fran-

cisco Tapajós e Dr. Ivo <-a-

gliari. Ocupou a tribuna se-

grada o Revmo. Mons. ±>f:

Outro detalhe da mesa que P»»'

diu o àgape do 3? centenário-

— 24 —

AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

O irmão Prior sr Jorge Francisco de Campos, abrindo a sessão magna.À seguir: — S. Exa. Revmo D. Jorge Marcos de Oliveira, Bispo Aux. eComissário da Ordem, numa formosa oração encerrando a sessão magna.

Benedito Marinho, servindo de Mestre de Cerimônias oRevmo. Mons. Dr. Gastão Neves. A parte musical esteve acargo do Coro "Pe. José Maurício", sob a regência do mães-tro Maximiliano Hellman.

DIA 19: As 21 horas — SESSÃO MAGNA, no salão nobredo Liceu Literário Português, obedecendo ao seguinte des-dobramento: 1) Abertura — pelo Caríssimo Irmão Prior Sr.Jorge Francisco de Campos; 2) Solo de violino pelo Prof.Flausino do Vale, do Conservatório Mineiro de Música, queexecutará "Aclágio da Sonata ao Luar", de Beethoven, em

à direita: — A mesa qu^ presidiu a sessão magna comemorativa do 3?

centenário da Ordem.Em baixo: — Um aspecto da assistência seleta e numerosa que assistiu

as solenidades.

': Jí ^Èfá^*^ WSSit&â .———————B————————_—,,_^. * *v ____?PÍ__H _flPti_fl» ^—**mm <mm» i i in— j_i___¦_________ii_m¦_____MKifl___HMr^^__RI

& ifli i_i __HlfiÉi '¦¦¦..",¦.;.-:,¦..••*-¦..

;.:.:;•,:...-.-',. ¦>'->'»

E_s9 ¦___ :<dWkSBjSU mim ¦ ¦frj

*: *:1_kíI Et_BQr9__F^IW__H __r~- Ji flflfl»| _K__ftr_fl H__C :_H _t fl Ktill fl ftk^^Üh MfÍ9 n_i _r< J_______í fll _H__. ?

• :vv-- j£lll^i WÊÈtf' iliifl^

-^'^V^^v-M rjj~-j|____P_^f"{V__ra_-^-P^_P_^-_-Kf*l«WErKlij—I&.I*-' 'l8!'»

,'}__F^^r^lllM^ 'liH

H ' ' :- ^Ü_i B£-¦: ,'M^^-:^ ffl-r?l—l^-?' Si^,ln^lw'w»^JP^?^yPlPPw'' ^r_B-»Vj-'^ J^_______Hí^,<' <'.f_k__i Kl

;m>*SW*_-SS_> - __M__B3-fllR!lJffliffJBIK ^.^^^HBfaw^ "' II IA !" ^ «i _P^fl B?S; is» j&P^fi <.!*• "HL iÉlf t •w CJ^^ii ^Jr'eT*' * ** >_jP ^ J^&ljí^ * '*¦* 7^__i -i_i____Ki _¦ ? -*1'** i*^K—__r^.-.______Ri <

W&W iMb: ^-raÉi; •¦" >' ^ _____1 _k_B ___l^^& ^ ^_l _»:: M@ ___^S____i_^^_—_l __r~ _B

___P^:,_Hf ¦ ^__PÍ--__-K^^^ií__y6vi fllS_r * ¦ VR B

-K-l-f iS '^__l __^^»Si S->'_iPi__lKiíiB___PK% i_P_ MWJÊ ___¦ • fl _F^i_Bfl_L * _?_¦

EJ-J _fl __k rjltfl ^ J__J__S_ÉL- _P

S__i -' __Ü_i __t ___ _K' _¦__ IBlllKi-- JSiii

¦_M_I wÊ B::_fli _fl __; ¦£833 PB H___ Pr~* E^sw. __i H EImII I m mm

D. Jorge Marcos de OliveiraBispo Auxiliar — Comissá-

rio da V. Ordem; Jorge Fran-cisco de Campos — Prior; JoséDuarte Lopes Corrêa — PriorJubilado; Alberto Tavares Fer-reira — Prior Jubilado; An-tônio Teixeira Novais Júnior

Procurador da V. Ordem;Bernardo José Gomes — PriorGraduado; Dr. Ildefonso Mas-carenhas da Silva — Sub-PriorGraduado.

O cirurgião Dr. João Barbosa de Mel-Io proferindo aplaudido discurso c

propósito das solenidades.

arranjo de sua autoria; 3) Ave Maria —Poesia — pelo autor Renato Teixeira No-vais; 4) Discurso do Dr. João BarbosaMelo, do Corpo Médico do Hospital; 5) So-Io de harpa — pela Prof. Léa Bach, queexecutará "Vers Ia Source", de MareeiFournier; 6) Ode de Bastos Tigre — pelaSta. Cândida Ivete. G) Solo de violino —

pelo Prof. Flausino do Vale, "Grande Valsade Concerto", de Charles Bérliot; 8) Ora-ção oficial — pelo Dr. Ildefonso Mascare-nhas da Silva (Irmão Sub-Prior Gradua-do); D) Solo de harpa — pela Prof. LéaBacha, "Estudo

de Concerto", de Pesse;10) Encerramento — por S. Exa. Revma.D. Jorge Marcos de Oliveira, DD. BispoAuxiliar e Comissário da Ordem.

Além das solenes festividades constan-tes deste programa, a Mesa Administra-tiva fará publicar uma "Memória His-tórica", trabalho de que se incumbiramo Prior Graduado Sr. Bernardo José Go-mes e o Sub-Prior Graduado Dr. IldefonsoMascarenhas da Silva.

Serão também cunhadas medalhas co-memorativas do magno evento.

Cumpre focalizar o brilho, a unção re-ligiosa com que foram celebradas todasas festividades em louvor da Padroeirada Ordem, Nossa Senhora do Monte doCarmo, venerada há 3 séculos pelos seusfiéis servidores que desde aquele 1648, atéos dias atuais não medem sacrifícios paraatingir os seus objetivos de assinaladaproeminência.

Foi a seguinte a comissão que elaborouos festejos do tri-centenário da VenerávelOrdem:-.

„G____I1P___L :,?"_i 5í__l ü

______( '^v!ti

"t^V1 ••:'3F*-,,r^_BWN^'í?!v'•.'.-.'¦''¦' '.'

B______^ "*'v«>j% ___________________B

_SimW& íjJIF^L iik ] ____________________

______KPl[|í€ *.?"Ü_FW*fci ¦ '___HHfcsSEJ______K#»^Jkli_^ k ^*w.£?^*W <r • ™^

::¦¦: jÊÊSmmms Wm__liBs-á \~*&>* êi i9p____I__^^»f \Jw y**__F^_l_l

'•**& -BHKv-^ v^I^ ^

'm %

~Mj- ;.

~fiffK__ - __r ¦ -Mi

l____^ill^__ÍWl B_^_i L-l

_E^3_i ___—_¦

¦I > h, "^\,,_Sffl___________M_______E#*v:^'<ú'X* MIM MlfinW—————1

A Srta CanâIJa Yvete declamando a inspiradaode, de Bastos Tigre, em louvor à N. S. do Carmo.À direita: — A consagrada artista, Prof. Léa Bach

executando um número de harpa.

- 25 -

INAUGURAÇÃO DO IMPORTANTE ESTABELECIMENTOINDUSTRIAL MOINHO GUANABARA. PERTENCENTE A

GRANDE FIRMA

DIANDA. LOPEZ & CIA. LTDA.

HmÜmm Hb¦ •¦ ': í 'flfl

Hfllipíflr''**'-.^fl

¦HfflfllflflflflflifuraP^'<,^k ^WÊÉfâfaK i-tf#*,"'"^Br^H¥ HP^a"^WMW^^k &ÊfrWÊÊÍ flflflfllflflfe-, ''

^^hh^^h|

HJ jflj HMUI ill^ fll

HHHHHHHHHH9H. flfl Hi: yJ HrHH~~~\ IhT flflHHHHHHHB

I K flW¦¦/ ' fl? "' flflfl - - V; ¦ wJ

vJ| aflT fll Hf ^BB»3flBF Itífl^CvC^islÉ ^^^HRI

O Sr. Presidente da República, acompanhado do Sr. Ministro do Trabalho, é

recebido no Moinho Guanabara pelo Chefe da firma D. Eduardo Lopez.

O Sr. Presidente da República ao chegar ladeado pelo Ministro do Trabalho,

D. Eduardo Lopez e Senhora D. Eduardo Lopez.

TRANSCORREU,

solenemente, a visita que o chefe do governo, general Eu-

rico Gaspar Dutra íês às 'instalações

do Moinho Guanabara, nesta capital.

A lirma Dianda Lopez & Cia., num contínuo desejo de progresso vem,

aparelhando as suas instalações de molde a torná-las as mais perfeitas possíveis.Após a inauguração do notável moinho, o Presidente Dutra bateu a primeiraestaca para as fundações da maior fábrica de massas alimentícias do mundo.

Trata-se de um empreendimento extraordinário. A fábrica de biscoitos, a de

óleo hidrogenado 3 a de rações balanceadas, formarão um conjunto de forma

que todos os produtos do trigo sejam aproveitados de um modo total.

Depois de percorrer e admirar minuciosamente, as admiráveis instalações do

Moinho Guanabara, o Presidente da República, acompanhado de grande nú-

D. Eduardo Lopez agradece ao Sr. Presidente da República a honra de sua

presença na inauguração do grande Moinho.

mero de convidados especiais reuniram-se no terreno destinado ao novo edi-

Coube a D. Eduardo Lopez, Chefe da firma Dianda Lopez & Cia. Ltda.,

saudar o Chefe do Governo que a seguir impulsionou a máquina que bateu

a primeira estaca da futura organização que será, por todos os motivos, um

orgulho da indústria do País. Os capitais que são argentinos e brasileiros, têm

como principal objetivo, concorrer e trabalhar pelo barateamento do custo de

vida e cooperar para maior entendimento entre as duas nações amigas. E só

isso é grande ideal ao qual todos devem dar a melhor e mais viva solidariedade.

jflflfljflfl ¦flflffiflBflBHflSrafll ^nHslnffippS flflH;^'¦+'. 3 .flflM: ^i^^Sfll%$&?'• flflfll ¦¦¦ A* f^t vJrK ^fmmw^ üflflflflV- I flflralFtLij»»»,, ^^uflafll^ * l ^

w'flflflflflHfr v* um *

JMflBt,, s -' wÊ^^rm*'^^M:'ei--:^''''>Êm' ^fl9f ily yk ff*'^

^^J^K-J BKp~-' í.%flpví'1r^'' -^llív I

.Jyt*/ ^^RflflV ^flfll ^yN !

O Sr. Preddente da República em companhia do Ministro do Trabalho e D. Edu-ardo Lopez aciona a batida da primeira estaca da construção da maior fábrica

de Massas do mundo.

Ã. esquerda: — O Sr. Presidente da República em companhia de D. EduardoLopez, do ministro da Marinha e ilustres visitantes, colhe nas mãos o trigo que

acabava do ser moído.

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

FESTEJADO O CENTENÁRIO DA INSTITUIÇÃODAS ASSOCIAÇÕES DAS FILHAS DE MARIA

. . . E assim falou Santa Cata-rina Labouré: «A Virgem me dis-oe que queria uma Associaçãode Filhas de Maria...» Eis que,em todo o mundo cristão elasse reúnem para exaltar a Mãede Jesus e Mãe nossa no queDeus Altíssimo deu-A para queEla seja a Rosa Mystica, aTurris Eburnea, F i d e i Arca,Refugium Peccatorum de todosiós.

Realizou-se a 17, 18 e 19 de Ju-ího último o Congresso da Ascco-ciação das Filhas de Maria. Rea-lizou-se para comemorar o cen-tenário de sua instituição pie-dosa.

Num programa bem elabora-do, com missas solenes, Bênçãodo Santíssimo e outras cerimô-nias religiosas, com sessões defistudo e sessões solenes, t.rans-correram, com brilho e entusi-asmo Iodas as comemoraçõesmarianas. Um dos momentosmais tocantes do belo concla-ve, foi, por certo aquele «Atode Consagração»:

O' Maria concebida sem pe-cado, a fim de merecermos vos-sa especial proteção, escolhe-mo-vos como nossa protetora,advogada, Senhora nossa enossa Mãe.

Firmamos, a vossos pés, adecidida resolução de traba-lhar, com todas as nossas fôr-ças, para aumentar vossa gló-ria e espalhar vosso culto.

Virgem Imaculada, a Vós, '

inteiramente, nos consgramos,alma e corpo, inteligência,vontade e coração.

O eminente Padre Elder Câmara, no-tável orador sacro e pedagogo insigne,num dos seus empolgantes improvisos.

À seguir: — D. Jorge Marcos de Olivei-ra, Bispo de Bargis cercado do CônegoOlympio de Mello e P. d. FranciscoGodinho ilustram com suas presençasos trabalhos do Congresso das Filhas

de Maria.

S. Exa. Reverendíssima, ao microfonepronunciando notável oração alusiva ao

Congresío Mariano.

— 27

UMA

GLÓRIA

DO

BRASIL

^^Bt^T-.^IPBS '.^» tkf.v-Zi^B ^^- ^ÉiBri^Bflil3te5M^^B^J^gfe7T v ^íSwi'' 4H|r'vJBS i

' ¦*"í«Br jHSfflnwflSBF-

••»" t***'.''.'•'¦¦ tBi r TBfflf

MWHIf/ilBIHBfMiMIBBnnBiTlffíliilMIliii 1111 ii^^m n 1^^^^^^ M.MM ^B H| "y

IH BK I^-í' ^1 ^B HS B| '-.

Hr« ^H H^mHhI hÉT' frff^^B BL». wm i^B Bit»'*!

HoSB^r .JnB^^B ínarf >ímséSH BB ¦¦ '¦^¦séS» áuti^B ^B§^B

Br jéSI /^\-JI^bYbyb1HRl'J'* ttTj ¦¦Iyí

^ '

BrlPliÉ^al MBSÍffiw«%àM %,- li

J yW utti I 1

BBr - h -i^awÊÊ ^BSÉBI JÊSSÊm a* ¦¦UmBKÊT*Bsff ••^V/éBa ^fc^Bs '

ffSwSHffi^BT' IB*

Em 15 de junho último foi pedido ao Professor Roxo que opinasse a respeitoda realização das sessões, tal o conceito em que é tido no estrangeiro.

Há inscritas no Congresso, cerca de 2 mil pessoas representando 25 países.Do valimento e interesse desse Congresso, disse, com toda a autoridade

Brock Crisholm: "Talvez nv-ca antes na história tenha havido uma reunião maiáimportante de qualquer classe do que este Congresso possa ser, se todas ai

p SP3CIALMENTE convidado a representar a Amé-

t-„ rica no Congresso Internacional de Saúde Mental.d Londres, seguiu o professor Henrique Roxo,

Diga-se, desde logo, que o Professor Henrique Roxotem sido alvo das mais significativas demonstraçõesde apreço intelectual e pessoal'por parte da ComissãoOrganizadora do Congresso.

Foi uma grande honra que lhe foi conferida e, tam-bém, ao Brasil, tal a de ser o mestre a voz que há defalar em nome da psiquiatria americana.

Em 25 de janeiro do corrente, a Comissão Organi-zadora, tendo em vista os méritos do Professor Roxo,colocou-o como Coordenador e já, em março, era en-carregado de relatar o tema: "Plano

para a SaúdeMental; Organização, Adestramento e Propaganda' .

ü 'Sm|^| '

»^^BüHBBX^^^H ^^^B-í^tfB^ált^k.'' °^^H^H^'

-''ABs" âWb* ¦""** 'J5HB

**t

pessoas qualificadas e obrigadas a concorrer assim o fizerem e se ao mesmotempo prescindirem de toda paixão local ou nacional"Destarte, a glória iniludível que nos cabe de vermos tão distinguido tãohomenageado, exclusivamente pelos seus títulos de sábio e de santo que orna

mentam o espírito e o coração de Henrique Roxo, éde molde a nos encher de justa e nobre vaidade.

O Congresso tem como um dos seus programasenvidar esforços para que diminua o número semprecrescente de doentes mentais.

Cuidará ainda do problema das crianças neuro-psicopatas e, segundo estamos informados, um dos< .y grandes pontos a ser focalizado pelo Professor Roxo

.£M sera o da excitabilidade geral que se vem manifestandono ambiente internacional e interno dos povos.

Dada a importância de tão douta reunião, não émais necessário encarecer o quanto já foi distinguidoo nosso País com a escolha de Henrique Roxo parrdebater os problemas neuro-psíquicos do continenteamericano. Isso já é uma glória para o Brasil.

VOLTOU DE MADRID O EMBAIXADOR ESPANHOLFlagrante tomado no aeroporto no momento do desem-barque do sr. Conde de Casas Rojas, Embaixador daEspanha no Brasvl que veiu acompanhado ãe sua filha,princesa de Brancovan, sendo S. Excia. recebido comexpressiva homenagem da colônia de seu nobre pais.

COB-: r—¦ -ir

i * '.4ÍÍ4

\\,SV

r/- s, y V<S?^K

c^i^m

m

fe:ml

Aspectos da recepção oferecida pelo Sr. CamiloOuquejo a algumas figuras integrantes do corpo de bailee de coros de Espanha que, há pouco nos visitaram. Forampoucos espetáculos - mas é assim mesmo: "o

que ébom dura pouco-... Mas, ihcontestàvelmente, os espetaculos com muita graça, com muito «salero» deixaramno Rio nma saudade maior do que toda a Guanabara,mais formidável do que todas as maravilhas do Alhambra.

ENTREGA DE ESPADINS AOS FUTUROS

OFICIAIS DA FORÇA AÉREA

BRASILEIRA

Aspectos expressivos da entrega de espadins aos novos cadetes da Aeronáutica. O des-file em continência à bandeira nacional, o solene juramento, o momento sentimental dorecebimento dos espadins das mãos das madrinhas e finalmente o desfile perante àsautoridades presentes são esses momentos sempre lembrados pelos futuros oficiais.

REALIZOU-SE na Escola de Aeronáutica, a sole-

nidade da entrega dos espadins à nova turma, deCadetes do Ar.

Na ?nesma ocasião foi comemorada a criação daEscola dos Afonsos.

Compareceram à bela solenidade inúmeras autori-dades civis e militares, representantes do corpo diplo-mático acreditado junto ao nosso Governo, represen-tantes do Presidente da República, vários ministrosde Estado e inúmeras famílias de oficiais.

Constituiu espetáculo empolgante a formatura dos

jovens alunos da aeronáutica que receberam dos pre-sentes vivos aplausos, pelo garbo, disciplina e entusias-mo com que se apresentaram.

A cerimônia teve início às 9 horas com a pres-tação cio compromisso pelos novos cadetes.

Leu o compromisso o capitão Raul Alves de Carva-lho, o qual foi repetido, solenemente por todos os alunos.

Em seguida ocupou o microfone o cadete presidenteda Sociedade dos Cadetes do Ar, para oferecer umespadim ao brigadeiro Dias da Costa, e outro repre-sentante do cadete Pompeu Marques, o primeiro daturma de 1947, que está presentemente nos EstadosUnidos. Concluídas as solenidades foi servida aos pre-sentes, magnífica mesa de frios às autoridades e demaisconvidados.

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

BARONESA DE TAQUARA

Há vidas que valem pe-Io acervo de bondade ede beleza que espalhou,em derredor, visando afelicidade alheia. Nessaformosa compreensão deassistência a Exma. Se-n h o r a D. LeopoldinaFrancisco de AndradeFonseca Telles, Baronesade Taquara, tem cons-truído uma grande einolvidável obra. Senho-ra aureolada das maisbelas virtudes, o seu no-me é, por todo o populo-so bairro de Jacarepaguá,um patrimônio dos maiselevados atributos cris-tãos. A passagem de seu86? aniversário será moti-vo de alegria para todos.

DR. JOSÉ PEREIRA LIRA

Com a passagem, a 23

^ do corrente, do aniversá-rio natalício do eminenteProf. José Pereira Lira,Chefe da Casa Civil daPresidência da República,

seus inúmero? amigos,discípulos, admiradores,irão levar ao mestre in-signe, ao cidadão dig-níssimo, o testemunho do

quanto a sua pessoa ins-pira em altos e nobressentimentos. Realmente,focalizando a data emque o Professor PereiraLira passa mais um ani-versário no panorama desua nobre vida, cheiadas mais assinaladas ati-vidades, queremos foca-lizar o homem público eo cidadão com todas as

grandes virtudes que ilustram o seu caráter de escól.

He sfiv ';'jB

DR. CARLOS LUZ

V

Zxpressão de cultura mo-derna, inteligência privi-legiada, caráter adaman-tino, tudo isso se reúnena personalidade invul-

gar de Carlos Luz figurados maiores encômios. Aefeméride de seu aniver-sário natalício, a 4 docorrente, será o motivode mais uma consagra-

ção do homem público,cuja atuação em váriossetores governamentaisse tem afirmado em ca-racteres positivos e afesta gratulatória pelapassagem dessa data pordemais cara aos seusamigos e admiradores.

DR. PEDRO TEIXEIRA

A efeméride de 18 deagosto marca no calen-dário médico o transcur-so do aniversário nata-lício do Dr. Pedro Tei-xeira. distinto cirurgião

que através de um pas-sado de trabalho abne-

gado e ininterrupto, temgrangeado a estima e aadmiração. O seu aniver-sário natalício é uma fes-ta para os que o temconhecido na hora incer-ta das agruras e penas,dissipando dores, mino-rando sofrimentos alheios.Aliamo-nos também a ês-se imenso número que oquer bem e que o temna mais alta expressão decultura médica, de cida-

dão e de amigo.

D. PLÁCIDO DE OLIVEIRA. O. S. B.

D. Plácido é uma dessasalmas boas, cheias devirtudes excelsas e, ain-da, com a graça e aamabilidade de um tem-peramento de artista. E'um sacerdote e um com-positor cujos méritos têmsido assinalados peloscríticos e por quantosapreciam a música Sa-era. Transcorrendo o seuaniversário natalício a 29do corrente, os inúmerosamigos de D. Plácido, osadmiradores de suas vir-tudes e de sua arte vãoprestar-lhe, por certo,uma justa homenagem."

Be^BBfe^ 'JÜ

' I

^b i ^HHyHi ^hm9hm't

Professorandas Gaúchas em visita aos Srs. Clemente Mariani, ministro da Educação, e Adroaldo Costa, daJustiça, vendo-so S. Exas. entre o brilhante grupo das distintas moças que, sem favor algum, representa, a

juventude sul-riograndense no que essa tem de intelectualidade e coração.

&S^&%SSS^ jf^^-^TO REUNIDA EM SEU AlM5Ç0 ÍNT.MO COM A

da «A. C. D.», e ofertante do agape. Lourfvíl PeròSS íESS da

,<<A" B" L»'.lsac Moutinho, Vice presidente

court. secretario particular do Sr. Herbert Moses e V rw? ' almoços.íntimos naquela sociedade, Biten-

da fi C D°SO n°SS° convidado de *°n™ e estimado sócio

~ 30 —

A audição dos alunos da Professora Lponnr J v u

aSaSo^^íl^l0 Pel?í^e musicfsía V JSS^Sí!;7'?"

n° SalÕ° L?renzo Fernandes, assinalou maisaplausos de brilhante assistência que os foi ouvfr com VÃ'£l ^° . conse;?uira™ os melhores e entusiásticosos seus alunos, numa pôse^S' ^â^vfda DonTéític"0'0

J'G°n°r ^ F'eite8Wre

AGOSTÔ-1Ô48VIDA DOMÉSTICA

OS ESPANHÓIS COMEMORARAM O 18 DE JULHO

>O Sr. Conde de Casa Rojas y Moreno» Embaixador da Espanha, no Brasil, recepcionou, a 18 de Julho último,a colônia espanhola e seus amigos brasileiros. Em regozijo à data nacional, realizou-se, essa linda festade Espanha que deixou uma inolvidável impressão. Falando aos espanhóis, principalmente, o Embaixador,rememorou as lutas que, afinal, resultaram um engran decimento de seu país. O Sr. Presidente Gaspar Dutrafês-se representar nas solenidades da comemoração aludida. Nestes dois aspectos tomados na residênciado Sr. Conde da Casa Rojas, sente-se bem a alegria e entusiasmo patriótico no decorrer da solenidade. Foramagraciados com a Grande Cruz de Beneficência o Hospital da Bahia e com as cruzes de Izabel a Cato-lica e de Affonso o sábio, o Sr. Garcia Vinolas, adido cultural da Embaixada. Cumpre aludir, ainda, a en-trega por purte do Sr. Embaixador de um pergaminho de gratidão ao sr. Manuel Barreiro Cabanelas, figurabenemérita, pelo acervo de obras meritórias em que está empenhado. O pergaminho lhe foi oferecido pela

cidade de Pontevedras, seu rincão natal.

• '^8aMBfaÉÉIife^^^A^^BL

MhbI BIM^^>m>#^^^bi^'v\^j'^^^^^^^7JBB mmw mmW^^i$*X/.*p **?* 3£&£ ¦*- ^ , - &f

Comemoraram aj suas bodas de ouro o Sr. José Guimarães Júnior e Sra. Corina Cruz Guimarães a 24 de Junhoúltimo. Após a missa gratulatória rezada na Candelária, o ilustre casai cercado de seus filhos, Dr. AlcindoGuimarães, deputado federal, Drs. João e José Cruz Guimarães, Sra. Maria José Guimarães de Souza Limae Sra. Alice Guimarães da Silva Lima e de seus netos, ofereceram magnífica recepção em sua residência,

onde receberam incontáveis amigos e admiradores.

D. LEOPOLDINA DE CAMPOS

A oito do corrente trans-correrá o aniversário na-talício da Exma. Sra. D.Leopoldina de Campos,esposa do Sr. Jorge deCampos. Senhora que é,realmente, um padrão deformosas virtudes cristãs,

prestigiada pelas obrasmeritórias às quais estáadstrita pelos dotes deseu boníssimo coração, aSra. Leopoldina de Cam-

pos, assistirá, a uma ver-dadeira festa de alegria,no seio de sua família ede seus amigos inúmeros,

pelo transcurso da grataefeméride de seu nas-

cimento.

DR. OTÁVIO MANGABEIRA

Há homens cujo perfil sóem largos traços podemser definidos. O sr. Otá-vio Mangabeira, está, anosso ver, nesse caso.Tal é o acervo de servi-

ços prestados ao Paísem vários setores da Ad-ministração pública, tal aimensitude de obras, dasiniciativas, das doutrinas

professadas, dos ideaislevantados, que fazem deS. Exa. um ponto altona história da civilizaçãobrasileira. A 27 do cor-rente transcorre o seuaniversário natalicio queo encontrará à frente daBahia, essa terra quereúne os encantos deuma natureza magníficae o prestígio das cousashistóricas das quais foio berço feliz de nossa

pátria. Comemorando-o ter-se-á festejado a efeméride

do nascimento no Brasil, de um grande estadista,

que é o sr. Otávio Mangabeira.

PROFESSOR ARNALDO DE MORAIS

E' sempre com muita ale-

gria que registramos a

passagem, a 28 do cor-

rente, do aniversário na-talício do sábio e emi-

nente Prof. Dr. Arnaldo

de Morais. O ilustre ca-

tedrático da FaculdadeNacional de Medicina e

que também é conselhei-ro do Conselho Técnicoe Administrativo da Fa-culdade, possui, entre-tantos títulos queo devem desvaneceraquele que o estudo nãodá, nem a opulência oua glória — que é o deser um grande servidor

da Humanidade.

DR. JOSÉ SALAZAR SOBRINHO

Será um momento de jú-bilo aquele em que os

amigos e admiradores doDr. José Salazar Sobri-nho, festejarão a 19 docorrente, o seu aniversá-rio natalicio. Médico doAmbulatório do ServiçoMédico da Cia. Sul Amé-rica Terrestre, Marítimose Acidentes S. A., figuraprestimosa na sociedade,o seu aniversário propor-cionará q oportunidade

para uma justa homena-gem ao distinto médico

de consagrada fama.

SERAFIM FERREIRA BARBOSA

O sr. Serafim FerreiraBarbosa, é além de pes-soa de projeção nosmeios do alto comérciodesta cidade, uma figuraque inspira, desde logo,uma sincera simpatia queadvém da sua própriamaneira de ser. Trans-correndo, a 21 deste, oseu aniversário natalicio,não só os seus inúmerosamigos como os que es-tão adstritos à firma Tei-xeira Barbosa & Cia., daqual é êle o digno che-fe, terão a oportunidadede testemunhar ao ani-versariante a sua estima

e admiração.

'H • IsV ít^R^H

mr /IMk*-' JH Bi

— 31

jK:

^Sâi^ ¦ '*¦•$'''.'•'•'••¦'•'

• *: ¦

""" AAAãSJmâ ...

HaMHHAAHh

I |S; wwwmxBass&ms&mmí

$b&:N?/A

Num ambiente de encantamento de arte realizou-seo enlace matrimonial da gentil senhorinha Lolita, di-leta filha do Sr. Alfredo Salcedo Jaccbsen e Sra. Pau-Ü?a„.Fonseca Jacobser»' com o Dr. Georges CharlesWalbornn, distinto engenheiro, filho do Sr. GeorgcMarhal Walbornn e Sra. Madeleine Hélène WalbornnA cerimonia que se realizou na Catedral Metropolita-na, teve excepcional relevo social, dado os nomes

que constituíram o feliz acontecimento.

Healizou-se no dia 21 de junho último, na cidade deCataguazes, Minas Gerais, o casamento do Sr. Ary-Koerner Pinto Picaluga. funcionário da Rádio Nacio-nol. com a srta. Edith Maceió Cabral, servindo de pa-drinhos no civil por parte da noiva o Sr. EdwardCabral e Srta. Adalgiza Marcelo e do noivo o Sr.Pedro Alvares Cabral e senhora, no religioso, porparte da noiva o Sr. Pedro Alvares Cabral e Senhora

e do noivo o Sr. Jair Picaluga e Senhora.

A esquerda: — Realizou-se o enlace matrimonial dasenhorinha Maria Thereza de Mello Wanderley. filhado Sr. Thimolec de Mesquita Wanderley. com o SrLarry Villela Rabello. «lho do Sr. Carlos BaSos Ha!bello. Foram padrinhos, no civil, o Sr. Antônio Cardo-

Vna, CBnua„C°imbra e Srta" Maria da ConceiçáoVillela Rabello e no religioso, os pais dos noivof.

CASAMENTOS OU

SOCIEDAD

O novel e feliz casal, Dr. Georges Charles Walbornne sua esposa logo após a cerimônia de suas bodas

matrimoniais.

H, alizou-se, com muito brilho, a benção nupcial da senho-rinha Norah de Sá Cavalcanti, dileta filha do Dr. Luiz Ca-valcanti Filho e Sra. Marina Maciel de Sá Cavalcanti, como senhor Carlos Alberto de Tiães Elbe, químico industrial,filho do Sr. Arlindo de Tiães Elbe e D. Angélica Duarte TiãesElbe. A solenidade que teve lugar na Glória do Outeiro, foiparaninfada pelo Dr. Dauro Porto Mendes e Sra. Iwanoska Ma-ciei de Sá Mende3; Dr. Fiel de Carvalho Fontes e Sra. MariaDuarte Fontes. No civil serviram de testemunhas o Dr. RubensAntunes Maciel, Sra- Maria Célia Antunes Maciel, Sr. Alfredo

Cavalcanti e Srta. Leonor Carvalhal Cavalcanti.

Em baixo: — Realizou-se, sob as bênçãos de Nossa Senhorada Glória do Outeiro, o enlace da senhorinha Teresinha Mi-riam Dolabela Portela, filha da Snra. Iracema Carvalho Piresde Sá, com o sr. José Luiz Osório de Almeida, filho do Sr.

José Osório de Alm*-"'t Júnior.

' ¦ IPHf mm\ Wk Mm\m\w

'¦¦¦ ¦m\\%\\ BES^H RÉ1'flfl BSBhOHÉÜ < i ^m\m\m\m\m\m\m\mmmw^^> mw, stosmm- Ua

¦1 mIPI, r m E^- 1¦C BI C UmWÃ 'l^lL' ' "'"JM

IHB^HI Bfl H :'JH B&, wlBEl^M

|1B K^fi n 1 ¦¦ ;'sH In ^1 HMM^^. ^^m\m\ m\\

'"¦¦''$mm Ummã ^m

V ^^^W' ^•¦•':';'; :*C"-¦ K. JECA ¦ ' "''¦' ^:: 11 Kil I

"¦ V—C H"'38 h&JM m mm

JH BBÜ9 |ff\ já&mÊ!Ur^WÊmw%r°' ^B H^il

"11B j^?"^' "' ^'£M9^BBIKÍÍi^B^^^^^^^^^^^^^^^^^^^H

,|w li BI ^^CLi C

/.''..%HffS£Jtè£3tô^2B^BSsBMBr HBBSIB^^^^^^BBBBBBHBBHMBMHHHflBBHEMBBSÍ

B^ --¦ -- ^^B C •» I á

' ¦'&

IRáBÍ mw\ <B ' áJ Â^-^k '¦•'-

Um\\\\\\w^*'*m\\\\ *• w^^Kmi^^^^^^^k. JÊf '-' H ãí»'

I H1' IIL ^ MC Ifxá k í|B^

Bx ai* : ;Í:::fl ¦

mmW * jS CBL' ,^ ' «^^^K^^^^^^^^G

C fc& ~*^Ipí&: C

Hf ^^^CC^^H11 *B 1

¦ í';'v, >^|f[H Bf •

^;SC'A mâi

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

Maria Lidia filhinha adorada do sr. Álvaro RodriguesRamalho e D. Olivia Pereira Ramalho, lindazinha noencanto de sua 1? Comunhão, quando tirou para «Vida Regina Celi, completou dez anos, a 24 de Junho último, dia de S. João- Seus extremosos pais, o Sr. BenicioDoméstica», sua revista predileta, esta graciosa fo- Augusto Ferreira Filho e Snra. Catarina Lamote Ferreira Filho» ofereceram-lhe encantadora festa infantil

tografia. à caipira cujo foto ilustra esta página e que se tornou inesquecível à meninada.

Tudith, a graciosa filhinha do sr. Nottan Alkaim e D.Carmelia Lattuca Alkaim. no dia de sua primeira co-

munhão no Colégio Assunção.

íí"ÍaBÍl!Ce^ÍM™»tgt55Lme«,íno' filha d0 sr- ManueI da Moita, conceituado construtor nesta cidade e da

H„ T,Sh« ,Í„ «ihJS Si" P°Sa

Í0™03 seus amiguinhos, no dia em que completou dez anos. a 12

de Julho ultimo, olhando a bela mesa de doces que, realmente, está conforme ela sonhara. E foi ness<-momento que. indiscreta, a nossa objetiva surpreendeu-a assim...

Antônio Carlos é um garoto lourinho de olhos azuis, que aniversariou no dia 15

Foi uma linda festa infantil o aniversário natalicio de Nely Luz Madeira, filha grama VaátSc^E^luf o*'^^^^ ^^/"^n^^^r^^^nK

* sr. Arnaldo Augus.o Madeira e da Sra Maria da Luz Madeira. no dia 5 de diS,i„,o cronista'"; fddf e redir^d^oes^d^Fana Caldas, a glória desse lar feliz.

34 —

do

ÀGÜSTÓ-1948

ENCANTADORA FESTA NASOC. HÍPICA BRASILEIRA

CD EALIZOU-SE, com muito realce, o festival1\ de beneficência em prol do várias obras so-ciais promovido por um grupo de distintas .sonho-ras, na Sociedade Hípica Brasileira.

Visando os mais nobres propósitos, com o pres-tígio das bolas obras e amparado por figuras doeleição na alta sociedade, resultou o "jantar

ame-ricano", num instante de rara magia que, devemoslouvar irrestritamente pelas suas finalidades pro-cípuas.

Almas devotadas à prática das causas justas,forjadoras da beleza através, muitas vezes, asmais angustiosas dores humanas, não há dúvida,

que chega a enternecer o trabalho que todos sa-bemos custam essas organizações sociais destina-das ao amparo dos que necessitam.

Bem haja Deus, pondo essas criaturas que vivem

VIDA DOMÉSTICA

m flkr /!^à\ í^Hb —111• -jB

BHjpiSf flflfj» '

^Èk&' -lü

^¦¦¦w ^pdflflflW a A jflfflflV flflflkniê- at^abL. V ^^jfc

k flflflflflflW k^PflflflflH^ flBfllflflp^flflflKflflflflflfly^^P^ B^^;^f AH¦fl flVil

" "-;- -**^'Wflflir^KjBflflflflflflflfly n >>^flflfl laflfl

¦ m «tír J****SI1' ^ . ¦¦-— .SBflB^T * bbb¦II «sIl "flfl™

™ ,?xvk flj

^-—-^-tvzztommw M^flflflflflflfl»^ IIsa IW v i fp w^ ¦ f- - ''¦£¦¦1 ' ^B "^JflflflKiÉÉflHP'' BB 'w JmBBB? i iflflWl v '^flflflflflflfl fl^^ !

flBaivM RÉ:' ¦'¦ ¦^¦y-- «FBflfc ^ BL* flflflW !

¦!& vS fl^KC»Íi :-: m W -+L P Jr^''?l B¦ M^'fllBI JâÀiit flifll ¦'i -flflpí ' •*•*flflflfll BM 'BBflflBBBBrv * > BBBB1 jíf fll Bk¦ «n» m K' ¦ a ¦ ¦ flF% IB ^fll I¦ P

' '-^fllflflfe , >4BPV Br •. J*. -™bb Jfl aL. fl L «¦¦¦» '

«¦¦ BflflflflflflflflfliBl flEv^r — BBBBki. ¦ ¦'flflF^^^^fll X v- B &¦ Bfl^Jfl flfl^ ..^^flB BT .^^BflWJBfl flflk.

^*fl ' AB* *fl BÜJ 1 flfc fll 1 fll Bfl Bflfli Bfl

Bl Bb^1.aTfll Bl^ .^^1 BlflW fll Hp:,«ifl B^fllBl Bl^BI Bl fl^Afl i .^^B Bhl<l Jfl8 H ral' ^Bi^4"**3^Bfl

I II BI K? m^^WIP^' jij IMBB i . ^i^^1^^^^^^''^

IV _¦ HIfll RI Él¦fl^Jfli BflBflBBBBflfl"^^W"~

Bjjj» Y

'. V, ' %H ¦ Iflflf

'>3H fl fx' I; fl

BflflBflflVÍBflBflfl^ I a^ ^K 't !íf« flBwfl '>illfl Hi XflflF -¦•"¦• ¦ ¦"¦'^'-flflfl»^ XnBHwL-MflflwHHI

II' ^LiBBF''.i " ''flfliflH ^'M i''fll ¦Wfli^' Sr"«^^B

C Hk. fll BA Aü Ha "í

Bi flWíjB ¦¦¦m íkm tflk ^^flflfl^BtaBi I¦tEmHfl^

' ;«| B™» I

iB:9 jiflflflflB ¦ 8 b^ Sfl ^&* ¦•¦'Bfl ÍHL.fl ^^^iiMflfl BK^Ira BpUIBI ,^^v««¦Bt ¦•*¦¦ Bfl^^f ' flflfltfÉKlflflflflHflBBBBFi\. ^vV^J Be ••» fll BK>k ífei flBAi B i i .j ^r^^ at .flflL-fll fci i II PTi (jjj p v. fi^K<^Blflfll

^r" ">»^^BMBMW'..s^Ía^ '^^MB^" ' M flfl BÉrflBB

BflHHHHHHH^^i BB] B« B flfl Bl BI BL ^B B

devotadas à caridade e criam emoções para osfelizes, para que, gozando-as, possam, também,minorar os sofrimentos dos que choram e dar, nãodiremos a felicidade, mas suavisar o agravo dasinfelicidades.

O "jantar americano" realizado na prestimosa

Sociedade Hípica Brasileira, foi assim dessas festas

que têm o esplendor das cousas louváveis, peloque representam de bem e utilidade sociais.

Dentre as distintas senhoras que integram anotável associação e a cujo esforço se deve a fes-üvidade, anotamos as seguintes:

Antônio Sarda, Des. André Pereira de Faria,Augusto Vasconcellos, Ministro Afranio Antônio

^fl KOM Ki5? - •./•¦ ;ll':'; ^flFBii! Hfl^^BBBV a flBB&P

'JPBfl BT '.Hk- ¦' Jm.- ¦ ' ¦ flBT'*"• tm*i

'vfflflfl flE&H»flBfe.:; •. flfll EPi^lB BSfl- flflfl^"'fllK- '^Bc B«flBL¦1 flflicí9flB^^9 ¦¦¦ flTflfl ¦BflflBflflBKflT^flfll P^r^iflflMflHÍBflBBflk. BF^Efl] flkBJBfll BB KVflafll B il BB

Kfl^l^fll f ^^flflfll HJL B•

KÍ''* ?^fl^flflflflflflflBflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflB

¦¦¦¦¦¦H^;''^ I

Costa, Agostinho Porto, Assis Moura, A. P. Car-valho, Arthur Francisco Kastrup. Eduardo Triivdade, Eduardo Torres Gomes, Fernando Thedím.

Fernando Formiga, Fernando Falcão, Francisco

de Paula Pinto, Almirante Guilherme Bastos Pe-

reira das Neves, Sra. Gabriella Besanzoni Lago,

Guilherme Gomes de Mattos, Gabriel Ferreira,

Hamilcar Beviláqua, Haroldo Buarque de Macedo,

Henrique Dodsworth, Ivo Magalhães, I. Veríssimo

de Mello, José Lins do Rego, José Pereira Caldas,

José Cândido Ferraz, João Lyra Filho, Joaquim

Sarbosa de Figueiredo Paschoal, J. C. de Brito

Cunha, José Saraiva, José Carlos Vieira, Joaquim

Fiúza Ramos, José de Verda, Lucilo Braga, Letacio

Jensen, Leodegardo Luz, Luiz Nabuco, D. Maria

Luiza Silva, Oscar Machado Vieira, Paulo Aze-

vedo, Pedro Bergamo.

— 35 —

Wmit' ' &kà ÉÊr ^Or JB^^**-';- '

'JHAHaTBaYtSi^ W *-*PJ A^SJlpÊ1' *B Ar^^^j^S AevSaI ^9

P*HMHteu *JÊ

B.2 * '¦

wMw^^mÉÊmmmmmmti "7

wP^P^^i SKShEhAmPaaY^^ÍHAÍ^aI PT^?'' t! AP^A¥Hp twJlikHfl JFHaPTAP /iffjl *:$Mmmw ¦ lHfl• JF^^yHl ¦¦£ -^HAT JHi HAk ¦, 3jr^ <^MHÍHi AM^HAy ..„ _ JM wW^MA .s~MmWíWm AM^HElHAl WÊmmM m¥ ;A™ »Xr^\ K JíIIhI

| # ^B^BL^^haf-haB^^BE'-J&' A ar•"'¦• jJJ^HHHBif JaDaI AM-.. «Ejm- 1 ^ li :*1 hhaaiÍak

Lx i hhT' ^ hhhhaT - j—A—*?^^<:: J pp^^WÉfST'8" ~'"^JBJTahL^I

hhaI AHAHHk» B^. •'I^fl

aIaW^aV '

ah! Ir /JH H» í ^ ^fl aaWS B^tí -. fl

KST.fl^"^^^^ '* 1 Am.< Aml B^,v^^^

p*^ ' ^Js» BB i fl ""¦¦•

fl »¦*¦" ^: Ef _... .^AAAMf -.. 4 HT W i AH HR .HHl V

fl B9HftHl AH^SÊEfrfe iMmmW^ti&^S ' k i V KB^ ^''

AH R& ambA H HHAtaX HAk- ^

Xarriego foi, de fato, a apresentação desses chapéus

super modernos, cuja espiritualidade fizeram um verdadei-

ro «primor» de apaixonamentos.

Xamego, resultou numa festa única de caridade em be*

nefício do Hospital dos Estrangeiros. O seu ambiente foi

a A. B. I. Os seus cenários, a própria elegância de distintas

damas de nossa melhor sociedade.

í«wVe(^o

36 —

L '^ eL^\ PWf: *^B» ^ ^V ft,J BÉf :-jj eefer^^tM bMÉ^^^^I eeP^^ee^l,jB^^i BT**SB BS^wl'¦ ' :J^^yy^y^P*BP''/:'

^^ ^¦^Bt^^^^MeP^e»'iíÍ^^ee^^eBriÍ' ^BBBenBI ¦ '^^Hee»nBr:" '^^^^B^^Í^5

lál KÉ lef •'' : eeeel F eeef j 1' 'ííl

|à Ml|í ^^k. ' '^I^V

W #^*TC 1119 eee^l kT' BB B«P f^aMBlâ \ ' ^lT^

BBBBBBBBBBBBBBBBBBBlB^dBBKB 4H -*'Í E^^B) ^ & ^| HIbV HilHr} * < i% j^*BsBé^ 1

^JPKMfJ WewWI BÜBmE <HH BB' ' !^r»S*4 i "SS/^fl

H^| B ^Bfl ¦MCT* - ife, -i.;.«l» JSv ^BB* ^MBBk'^"'l e^Br f9 BB í*t«II BW ;:'.h'- ' láfl H ^Bi EL*4^'^BI Berar^

***** w*^'--3» ^H

iSv ¦'"/ 1

\^X PÍÉál B^nl bPB K^l F V^tewJ "'idni

If ÀêÊÊBÊH;JBr I Jl 1 \3feiBl BEBEM BTOSB1 BMgBM» BB\- MBBBBrRPv "^'l*HSBfir /M BBSr-v BI^Bm^BÍ i IBKt v, V \ MCnH BKjI ¦jfjffiMBwPPeBBBk. ^Bl B&^

' - • ?r»«<grjL- _^jH Mrafv'-"' Bellbj . «|| À SyfljJI U K1j8r ^SE|¦¦B^,^^ LübmI bb';Ir 4b1 èmHbIMP^ ^éévJ H9P# /# W^HI BB>m^Bl BBHJbbI bbiBJL. J BBBBBBBBBBB Bm-If ^B MPnf '/jrl* m ^Bl BcT"'

^"¦¦¦¦^^^^ wj Bet

UMA FESTA

DE ALTA DISTINÇÃO

SOCIAL

Dentre tantas, anotamos as senhoras Dolores Guinle,

Elo Willemsens, Álvaro Castro, Raynar Kumlin Carlos

Thiré, Henrique Mindlin, Edgard Fortes, Frank Zezza, Lour-

des Ruy Barbosa, Octavio Guinle, Bocayuva Cunha, Elzie

Lessa, Arthur Bernardes, Pena Herrera, Chryso Fontes,

Fernando Frota, Roberto Assunção, Jean Louis Gagnon,

que constituiram os vários elementos coordenadores desse

interessante movimento com altas finalidades sociais.

— 37

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-líl

NO COLÉGIO JACOBINA

LA PALOMA: Gilda Beatriz Brasil Barcellos. Simone Albuquerque Mello, Vera Lúcia

Silveira de Lemos, Heloísa Maria da Fonseca Guimarães. Jandira Negrão de Lima,

Beatriz Pestana de Aguiar. Heloísa Toller Gomes, Vera Lúcia Fontoura.

NO JARDIM: Regina Lúcia Campos de Carvalho, Maria Regina Ribeiro, ElisabethSaldanha da Gama, Maria Lúcia Neves Xavier, Maria Celina Pereira da Neves,Sylvia Maria Lustosa, Maria Helena Costa Ribeiro, Vera Lúcia Dupuy, Ivana Cor-

rêa Duarte.

BONEQUINHAS: Vera Regina Salgado. Sheila Barros Barreto, Helena PennaLacombe.

Realizou-se, a 10 de Julho último, uma festinha do Curso infantil do Colégio Jacobina, tendo as famílias apreciado diversas re-

presentações e dansas das pequeninas. As professoras Maria Du-tra, Lourdes Stelling, Glória Futuro e Rosette Miranda estão de

parabéns pelos resultados que conseguiram das suas jovens alunas.

mmwM&mmtvfawe&L.' '*tk"'':,ÊÈm - '--*—**' ¦ fflPfflffiflSIllillK

BALLET: Evangelina Vilela, Gilda Castro Araújo Leite, Jandira Negrão de Lima,Maria Lúcia Neves Xavier, Sylvia Maria Lustosa, Ivana Corrêa Duarte, Vera Lúcia

Dupuy, Maria Lina Sá e Benevides.

^Iii ^1 B l^^l»»»»»»»!»»»»! í»»a'' HlP^^^aM í^v*.- ".^^1»!

WBL. %^mWÊmmmM >»tit% ^^MhH

••*-BSÉii5»t3>^B^rlr^^ a, ,->t . »'

mÊ^M^i^z^^Ái \ '™m^Ji

™ tt#l IPPy^ «*£JP -

— 38 —

DANSA TIROLESA: Cândida Maria CostaCouto, Ana Luiza Collor de Mello. LúciaMaria Pimenta Alves, Meire Regina Câmara

Campos.

DIVERTEM-SE AS

CRIANÇAS NOS

FESTEJOS DE S.

PEDRO. NO INS-

TI T U T O LA-

FAYETTE

No Departamento Preliminar doInstituto Lafayette foi realizada nomês de Junho último uma encantadora festa Junina, na qual tomaramparte todas as crianças do Jardim deInfância, habilmente ensaiadas e dirigidas pelas duas dedicadas mestrasElza Rocha e Cirene Barrozo. Foiuma encantadora tarde, durante a

qual as crianças desempenharam dar.-ças e cânticos apropriados a essas fes-tividades, estando todas elas vestidascom lindos e pitorescos trajes sertane-jos. Não faltou, para maior alegria,a farta mesa de doces característicos.Na foto que damos ao lado vê-se umaspecto geral de uma das danças.

AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

rl^â

A esquerda: - O Sr. François Brière, Encarregado de Negócios da Franca aolado do Sr. Vieira de Melo, Diretor da Agência Nacional. Nas demais fotos

diversos aspectos dos bailados.

014

DE JULHO, data magna da França e que é, afinal, detodos os povos livres, teve este ano repercussão condigna.

Organizada pela Secretaria de Educação da Prefeitura, e tendoainda à frente a figura ilustre do Dr. Vieira de Melo, Diretor daAgência Nacional, realizou-se um belo espetáculo no Teatro Muni-cipal em homenagem à França.

Com a presença do Embaixador Guerin, de altas personalidadesdo mundo oficial, intelectuais, atuou, brilhantemente, o corpo debaile infantil, orientado pela Sra. Vera Grabinska e PierreMichailovsky. Não è de hoje que se cogita, entre nós, da realizaçãode um teatro infantil. Várias têm sido as tentativas. Jorací Camargo, ^5;

tm,H

- t#í-

-«kWJVi

A.s Bandeiras do Brasil e da França, erguidas, entusiàs-ucamente, pelo grupo coreográfico, orientado por Vera

Grabinska e Pierre Michailovsky.

ná tempos, fêz um interessante teatro de crianças

^ no terreno da ribalta escolar D. Maria Rosa,

Sustorgio Wanderlei, C. Paula Barros e outrosciaram grandes realizações cênicas. No bailado,ntretanto, temos que acentuar o que têm feito'ierre

Michailovsky e Vera Grabinska com'cuação marcante, como das comemorações

aludidas.

Nestas fotos vemos o curioso e brilhante corpo¦ie baile, orientado por esses dois grandes ar-

• stas, atuando no Teatro Municipal, em ho-tenagem à data magna da tomada da Bastilha.

:*j> '*•

PS*^

Dois números sensacionais que constituíram um deslumbramentode graça e expressão artística.

O Sr. Vieira de Melo, Diretor da Agência Nacional,falando para exaltar a gloriosa efeméride, vamosdizer, universal, da liberdade dos povos, iniciou a lindafesta, cuja expressão coerográfica assinalou um triunfoexpressivo desse conjunto de petizes enamorados dabela arte de Terpsicore.

39

_.„„-. j-.—¦-,

.¦--,-¦..-,.;; .- ¦*;-'_''- ¦¦' r~ T« ™—

L:Ü

s

¦/

^-V\

Dois flagrantes dos salões do Automóvel Clube

14 DE JULHO

O embaixador Herbert Guerin, num instantâneo expressivo em que parece ouviruma recordação feliz de sua gloriosa Terra.

O Sr. Herbert Guerin, embai-

xador da França, é uma das

mais prestimosas figuras do cor-

po diplomático e as suas ativi-

BR7 'Br-* ^'jtãtm ^¦ü-il^BüsHB|Bfeydl L' -\a^L I

'HHH ¦ |Mvi

Franceses e brasileiros misturando Veuve Cliquot e Guaraná, num testemunho decordialidade, talvez, ou, polo menos, de bom gosto...

_ AO —

.&&'."*%£Í*^í

dades constantes e espinhosos

negócios de sua representação

dizem do homem e do diplo-

mata.

S. Exa., para comemorar a

grande data nacional francesa,

além da recepção na Embaixa-

da, da festa cívica-escolar no

Teatro Ginástico, do festival da

Associação Brasileira de Educa-

ção, e o que se realizou, na Es-

cola Militar de Rezende, à noi-

te, nos salões do Automóvel Clu-

be do Brasil, reuniu-se a colo-

nia francesa, para a celebração

da tomada da Bastilha, efeméri-

de que todos os povos livres co-

memoram com grandes júbilos.

As fotografias que ilustram

estas páginas refletem a ale-

gria, o convívio cordial que re-

ÍJ|5»Sa*

.*si m< j.1 -f^

w^

^fU:lJr^ V

'.'QT

'.:'v

4L *"hav5S i

nas comemorações da tomada da Bastilha.

UMA DATA DA FRANÇA E DO MUNDO

QUE LEMBRA UMA EPOPÉIA PELA LIBER-

DADE r>QS DIREITOS HUMANOS

uniu franceses e brasileiros,

dentre os quais muitos intelec-

tuais, professores e pessoas dedistintas categorias sociais, numinstante de exaltação à França,so espírito francês, e às suas

Rlórias imorredouras.

Parabéns, pois, ao Sr. Guerin' aos seus ilustres auxiliares deapresentação

que conseguiram,êste ano, dar um grande brilhoaos festejos de 14 de Julho, en-tre nós.

Os nossos flagrantes surpre-cnderam no Automóvel Clube doBrasil

quando, sob a presidên-cia de S. Exa., o EmbaixadorHerbert Guerin, a colônia fran-°esa domiciliada entre nós seentregava, entusiàsticamente, arememoração

de sua gloriosa

Pátria, dessa França imortal que

nós brasileiros sempre a tive-

mos no melhor lugar dos nossos

aprêços intelectuais, reconhecen-

do-a como se fora uma segunda

pátria de onde nos tem vindo,

através de séculos, um exemplo

contínuo das mais palpitantes

liberdades cuja repercussão cí-

viça estão assinaladas nos fatos

de nossa história gloriosa.

Daí, o júbilo com que partici-

pamos da data de 14 de Julho

por ser igualmente nossa, como

povo livre que no conceito do

mundo, dentre os que presam

os ensinamentos do evangelho

cristão, fora das influências es-

tranhas de teorias fora de nos-

sas sensibilidades sociais, fora

da civilização da América.

^¦flr •"• '^B PW '

: *BB

HT ''AJM^HHH^ F^ r

! I

A mesa do Embaixador, num dos salões de Automóvel Clube, na noite de 14 de julho

I V^Ia^I v^l h "' B B^' ^B

I |r^i *0 Àflf i BB mÊmmW AM rl ||l

' ^L-W fl

Naquela valsa inesquecível - «J'ai retourné à Ia chambrette d'amour témoinnotre folie».

do

— 41 —

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

ÜÊ* J» ' «* 5- 4—pJIÍÍ_—_——- ^V^__k ^ü ^^r"-™--¦ ,&|| ^Eiífllfl

____P>**"~"~~ -x^^__gj_p^l|fl^^^^^^^^___^_^!^!^-m;^./ ife. ,._Xi '-\ .i W-*- • jJlL* '-«__k^^___P^ *"•'••' • -^-*^M____wlS^" **tSw'- ^^ "j,

___tí~ *

_áate " "'*^JR'Í_M _¦& (•"**-*_; .MM

~_H ^i-*~MMMME MMMMMMMMMMi ___.:' \_MHB''^Hra^' í-v-íí^ j__ *

____m l' __i- •' ______ ____flV__H mmmtL _f__H ___K _P_______V ^^________H __H ___________ \3_y __B* ^l|r/ ' tflH

-L. ^-i^r_B_—w_~f *"v'*"" *£*'' #**».**"_flflHár **t '«;" ,- -^'«Zflfe uí^y^l^

w ___—__E^- ÜMa_| ___ ^L. ¦' '* ^¦HHP^k

"'^Jfl ____. fjk' in miiií*P^t'*

?.<v<- i.< , - _t .._*•• " -<#•*'.'! iT; 11 _ *¦. if-rrH Ti^Yí —**rr**~*—*-1—ili——'——«_»ME%* _1 _t ^k

Nas gravuras acima aparecem o ministro Armando Trompowsky, a sra. generalGordon Saville, a sra. Ligia Trompcwsky Heck e major general Gordon Saville.

OS

OFICIAIS cia Força Aérea Brasileira, tendo à frente o mi-nistro Armando Trompowsky e sua esposa, sra. Sephora

Trompowsky, ofereceram uma festa de despedida ao major generalGordon Saville e sua esposa, que regressaram aos Estados Unidos.A festa caipira realizou-se no aprazível e pitoresco Clube do Piraquê,decorado com as bandeirolas de papel, lanternas, bananeiras, e

Ao alto e à esquerda: — Instantâneos colhidos na re-

sidência do Sr. Batista Pinto, chefe da Secção doPessoal da Agência Nacional, numa das mais belas

festas juninas deste ano.

outros adornos que tornaram o ambiente ti-

pico. Os oficiais estrangeiros, mesmo os demaior graduação, apareceram em trajes ti

picos, inclusive o general Saville, que revê-lando o bom humor e alegria dos americanos,apresentou-se de "Biriba".

A nota culminantefoi, sem dúvida, o afinadíssimo "choro", di-rígido pelo brigadeiro Raimundo de Vasconce-tos Aboim e sua esposa, ambos exímios artistasda sanfona e da concertina. O "conjunto" atra-vessou as dependências do clube, animando asdansas. Outra nota pitoresca foi a despedida,em versos de matuto. Dirigiu o "coro" o briga-deiro Aboim.

A senhora Sephora Trompowsky ofereceuà senhora Gordon Saville uma belíssima pul-seira de ouro e águas-marinhas, como lem-branca das amigas que conquistou no Brasil.

Aliás, os festejos joaninos sempre foram,no Brasil, motivo alegre de brincadeiras tra-dicionais.

_ 42 —

A.GOSTO-I948VIDA DOMÉSTICA

**** . *******

BaVo-ort£? SB

//>

J)W m^mmmwWw^ÊmmmmT^ 1Ü •IjLáH^^S'-vv *ii.<*.'^^ fr^í^lj™ V m- tUÉ

^-¦ítíL/^^BB^^B ò^B^m -MT^B» ié tBrSlit;, »" •* W-í ••* ^"'-W- ¦r.rr '^¦^^m^^ 7^^

BfodMtRüÍBff^Wvi^BM^rBff»|P^y •'. !C -3E^ ijTir arnmWl *'^m£

1 .*#* JTk • *^ai*w ^''¦ # • VM^^S^ta^Bt^'3 t

^ ^'44X'1 " '<. ^ÉÉJBBII^HMB Mmmmmm

Í^líllitf53^BeÍÍÉ^BMyá^BPsih-fl^fcKBr-'B»Jtó**^*~''^P^^A TK^fSSri''"«fiv r- 1l~"''¦'¦¦ '^#} ' /t"'?; •¦•'-• ''wkm\\\mmmm%Umm\m\m^^^Bmm\U^mmm UmmW&mfi. .-í ãmL, jfaB^IsSSgafe• 11BMBB B^^y»^'-' <^ H^^^B ^lm J&yBí BB wm*. * T. f à *, * í v, i^B^B

IBBBBMyr^B^Bsg' ¦;.* 'i a';'U y: Aij ^N/> ^mUWL^-^r^^z -fmL A

*. -*" <Fi • | A ""^""^

JBB^wShKk», Ba<<Bf .,•^f-^í/tn ¦>'¦*• ¦!,'¦'• ^BrB

*':L*< HK^rap. í--.-'/^?/ ••>.~.-:

>; ••¦*.'' .a^a^I

^r^TW^.^w^l.. F ^*^L-*m ^ JfàâK w JKSLmS i' . * . ^*váf*w*j«Bl^yj^ci v*""! í r/r'!'* #v.>V-"^" feTjr ^- !«•* »X0 X \-*

*v '* * %wfUmmmlWmW^^wé'^ ^f^C'?'^^^.^ k 7/

'CfJ/-^' '" V' ^^

I IPuí^^^l^U&^^MÉãi ¦M^?Mbiii«iujA^É-J^B^r^-^':;^£<^?^^^riTl^ mm" ii '"' il<imBBB^BBBB^RI

Ao alto e à esquerda — O Orfeão de Portugal,

numa festa típica «casamento caipira» por ocr-

sião das comemorações juninas, este ano, no Rio.

que apesar do encanto que proporcionam ao

vê-los subir, coloridos e luminosos, são,

contudo, prejudiciais c custam às vezes

preciosas vidas pelos incêndios que oca-

sionam.

Fogueiras, estrelinhas c repuxos de ouro

e de prata, foguetes e morteiros, encheram

e iluminaram os céus cariocas como um

relicário de pedrarias.As nossas reportagens fotográficas dizem

:>em do quanto foram magnificentes as

noitadas de Sto. Antônio e de S. João, como

:las mais características de nossas tradições.

'V'-'- -y -, -.¦'* • '.', * -\

Em todo o território do país, do norte ao

sul, por essa época, há uma evocação donosso passado português nessas festivi-dades de Sto. Antônio e S. João. São os"bois" — no nordeste; "bumba-meu-boi"

no Pará e o "boi-bumbá" com cantoriastípicas à maneira das "pastorinhas" doNatal.

Este ano, aqui no Rio, estiveram animad-díssimos os festejos joaninos; bailes cai-!;ií'as, fogueiras e fogos de artifício en-cneram as noites das "sortes" de uma ale-

8'i'ia esfusiante e comunicativa.Os balões, devido à imensa propaganda

'¦•atra, estiveram raros c é pelo fato

%L IMIISBEIbHWKH' r 2S IxJrÍb^ t-"mWí jíK^iÍSW^^vÍ^nÍ^^^^^^i^MfàW^Mmw&tffi^m%x^''?á*WTL T/i'* *^ ^ & \Wf*íf1mmmm Bfeíl: Wt^.' i ? ^K-

mH.""•lRsCLBflÍKBÉÍ0/''fi*;'-%?R +i -W&I"^i\\m'-w m^bIMBm^-'^J f-1 4 m s •N1 / i <> * C B:':

'JWyy^^r t T'"''.f

!'fc''*2L^JBiLBBr* a ff b iv -:jí«(S-'SB • *

* - I ¦¦é^0mmwd ;/'v ¦;' íl;viíJ i Mm

^,-i.\ ,i"- * > !l'"*',"^CCPS'*''í -'jH I \v ; ttCíiÍ

Aspecto da «Festa Junina» em homenagem a San-to Antônio, realizada na residência do sr. Anto-nio Ferreira Mourão, funcionário da Secretaria daCasa da Moeda e sua Exma. esposa D. Francisco

Ferreira Mourão, professora Municipal levada aefeito em sua residência a rua Castro Alves n.41 na Estação do Meier. A orquestra esteve soba batuta do maestro «Chiquinho» da Rádio Nacio-

nal, que se vê também na referida fotografia.

"Cai-cai balão, cai-cai, balão, aqui naminha mão".

Era uma espécie de apelo à esperança,

que a criançada de outrora fazia com en-tusiasmo e que, a civilização vai, aos pou-cos. suprimindo, para deixar, apenas a re-

miniscência como um símbolo de alguma

cousa boa que passou. . .

— 43 —

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

KiA imponente

edifício do Minis-frVJ tério da Fazenda com o obe-/fl lisco do Monumento ao Ba-

.. ^fl fllli rão de Rio Branco.

-^JbI ^ colunada da parte térrea

/ flj do Ministério da Educação."¦ Perspectiva da Avenida Gra-rgjfll Ça Aranha ^ndo ao fundo

f°jpjfl i o Ministério da Educação e

* Jfll ° ediíício Novo Mundo.

fl'' U !QSu brasiIeiras seguindo as

*!'" linhas modernas que se en-

-^w, .. .*•-..,¦...,.....¦« ;,:.ft[i.^.;: i:-..;i.-.;ii '!¦':.'Al-^^^Míí^^BBBWBBBB

TODA

essa vasta área chamada Esplanada doCastelo, cortada de ruas novas e largas emcujo alinhamento se erguem edifícios modernos

c importantes, era há trinta anos ocupada pelomorro do Castelo.

Começou em 1921 o verdadeiro desmonte daquelavelha parte desta "mui leal e heróica cidade de SanSebastian do Rio de Janeiro". Enormes escavadeirastrabalhavam ininterruptamente enchendo de terra pe-quenos trens cujas cargas eram despejadas na praiade Santa Luzia e mais além formando o atual aero-

porto tantos Dumont e adjacências. Várias mangueiras

jorravam fortes jatos de água, minando as partes maiselevadas do morro, fazendo ruir enormes blocos deterra que carregavam consigo os restos de casas quehaviam no alto. Não poucas vezes assistimos a taisdesabamentos e eram de grande emoção os momentosem que uma casa de 2 ou 3 pavimentos vinha morroabaixo.

Antes porém o morro do Castelo sofreu grandescortes que ocorreram nos anos de 1904 a 1907 quandose realizavam as obras da abertura da Avenida Central,hoje Avenida Rio Branco.

Eram naquele tempo marginais do morro do Casteloas ruas Santa Luzia pelo lado do mar e Misericórdia,continuação da anterior; a rua São José e a rua daAjuda que ficava entre essa e a rua Santa Luzia.Da rua da Ajuda existe ainda um trecho, hoje ruaChile; o convento da Ajuda ficava na área agoraocupada pela Cinelândia.

A Jdéia do arrasamento do morro do Castelo datados tempos de D. João VI. Em 1838, portanto já notempo do Império apresentaram os engenheiros ConradoJacob de Niemeyer e Pedro de Alcântara Bellegardeum requerimento para o desmonte.

Para chegar ao alto do morro haviam várias la-deiras: a da Misericórdia junto ao velho prédio daSanta Casa da Misericórdia, no largo onde está oMinistério da Agricultura, o Museu Histórico e aigreja da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.Nessa igreja estão guardados os altares e o púlpito daantiga igreja dos padres Jesuítas outrora existentesno alto do morro.

A ladeira do Carmo, também chamada ladeira dcCastelo, começava na rua São José e era continuaçãoda rua do Carmo. Havia ainda a ladeira da Ajudaque teve também o nome de ladeira do Poço do Por-teiro. Tal logradouro, conforme nos contaram, tinhafama de não primar pelo asseio. Durante o ano eraum desleixo, o lixo jogado pelo meio da rua e de noiteos vagabundos perambulavam por aí. Mas, quando seaproximava o dia da Procissão de São Sebastião era

Si»ía,TXO!- ~~ ° Passad? e ° Presente: a centenária igreja de-anta Luzia cercada pela massa imponente dos Ministérios dc

Trabalho e da Educação.

_ 44 —

AGOSTO-1948

José Heitgen

VIDA DOMÉSTICA

grande a azáfama, todos trata-

vam de remover o aspecto imun-

do e no dia da passagem da pro-

cissão era de ver-se a ladeira.

Folhas de mangueira espalhadas

pelo chão, ricos panos e colchas

de damasco pendurados nas ja-nelas, grinaldas com bandeiras

atravessavam a rua de lado a

lado e nos vãos das janelas ha-

via luminárias. Ã noite soltavam-

se foguetes. Mas, conforme os

dias iam passando a ladeira caía

na velha pasmaceira para surgir

limpa e engalanada no ano se-

guinte no dia da procissão.

Também havia foguetório em

tempos idos numa venda na rua

da Ajuda próximo à ladeira desse

nome. Festejava-se aí o dia 13

de Junho, efeméride de Santo

Antônio.Ainda é dos nossos dias o ve-

lho portão que existia na atual

rua México perto da Escola Na-

cional de Belas Artes, onde se lia— "Chácara da Floresta". Tal

chácara pertencera a Salvador Correia, sobrinho de Mem de Sá.

Logo após a transferência da cidade para o morro do Castelc

trataram os padres Jesuítas de aí construir sua igreja e convento c

neles permaneceram até sua expulsão pelo decreto do marquês de

Pombal. Poucos anos antes de sua saída tinham eles começado a

construção de novo templo cujas ruínas foram aproveitadas para a

instalação do Observatório Meteorológico depois transferido para

São Cristóvão.

Em terras do antigo seminário, que também serviu posteriormente

de Hospital Militar foi encontrada uma galeria subterrânea julgando-

se haver aí enormes tesouros escondidos. Houve, assim consta, um

grupo de ingleses que propusera o arrasamento do morro por conta

própria, tendo em mira, é claro, os supostos lendários tesouros es-

condidos pelos padres Jesuítas. Tais tesouros, como se verificou depois

durante o desmonte, não passaram de lenda.

Foi do morro do Castelo que se espandiu a cidade do Rio de Janeiro;

o primitivo agrupamento de casas de taipa havido antes na pequena

praia entre o Pão de Açúcar e o Forte de São João marcou de fato

a fundação da colônia portuguesa na Guanabara mas foi de pouca

duração sendo transferido para o alto do morro do Castelo onde os

poucos povoadores se sentiam mais seguros e de onde podiam melhor

defender-se contra os ataques de índios hostis aliados aos francese*.

Teve o morro do Castelo ainda outros nomes que se referiam tonto

a certos setores como ao morro inteiro, entre ?™*l^™'^™

do Descanso, Alto de Sé e Monte de S Januário. Pren^e o nom

Morro do Castelo ao Forte havido aí denominado de Sao J«mano

erigido em 1662 por Fernando Dias da Luz. Num documento de 1813

lê-se a respeito desse antigo forte "uma chácara no Morro do Castelo

da parte do mar, onde havia vestígios de um forte .

Durante o aeuaceiro de 11 a 17 de Fevereiro de 1811 rum parte

do morro oelos íados da rua da Misericórdia. Chamou-se essa chuva

de 'TKua do Monfe"! Houve muitas mortes entre mulheres e crianças

a rwtfvrs íM^ur^s.™À direita! — Eis a Avenida Almirante Barroso com o Jockey Club e o Club Naval,

lembranças da criação da Avenida Central.

Em baixo: — Esses dois adolescentes representam a juventude brasileira na cria-

ção de B. Giorgi tendo ao fundo a cinelândia onde existiu o convento da Ajuda.

À direita o edifício do I. P. A. S. E.. um ângulo da Biblioteca Nacional fa

es-

querda no segundo plano o Supremo Tribunal Federal. — Os celebres azulejos de

Portinari crSdoí para o não menos célebr, edifício do Ministério de Educação

e Saúde.

llin LlAHHuiltelAAHAA AH m ^PWWB^AmAw^WWBBAW

11 hVhmhB H

Afc~~~--~ 'I^IhhhhhhhT

.SII^MK^?^1 ^^^QÍ^HhhhhhhhhhPSÍ'WHÈm xK^^rnSàm" ÊÊmÈ '-^-'.^^^AHHHHHHHP^-^ÍíÍ'

IBK^-^r i\V]§ IShhhhhBIIShK*^ iV " ^HhhhhhhT

õmt» ty?** AT •"-"¦¦•' «hW

¦hLJi»^ SMHHHHHb^-^ «¦ -¦ ¦Br^ ^M Bk hhhhB

iiAH H^^^ He AHÍ****Í ÍaBBPIPK::. ¦:¦

B^ÉBÉBHB Vl^flÂVÂMJHAVHHHHHAHAA^^ '' T^N»1HH Bai HhHABhhV ¦¦ íWm fS*'íHHHflHl ^. '¦¦¦"' HPHA HAl

MwiJI^AHAbaI HP5 '**' ^ f^H aHHA*fv^í!C'rB Sffi\^| AaVMT ww n*fh*v- ^PBí^jBÉ - * .flHHHHHHHHHHHV ^s^ÍÍlHHfl HJBD^ánSlK^l^ iÜ^HH HHHAll^lllIflflHH LhHM

MT «_»»'»«„. IlnArv/ *'.;%-*.j , m^^^^^^mwmmmM^mm,"¦¦ -j. mWtâfÈfffi! ^'«£^HHr^^^*9^RIVHHHW9*"*"^^^JPHHk¦HbHHHHE HA '

HjW -íWBitw** ~s.r-íi':íí" m Ht' HjHBAHfWAJAAj v% HHHf &>* HHbPJP^**íW- f^M.HHHH^*^^**^^! ^BI^ÍÍÍm^iÍéiÍíÍSÍHk HB AV:'HAl HAi'

W Ww Tíf * •'' ?í'l" *í«»"

~~p t^¥% HP? »¦ f fcf »«l'

^hHmhMHH^É^ v^^m^-^lwf ** I! lfBiaJ H~\m mm-Wm HAmm1"' ^®M". B

'-' HHaThhÍ i iithi 111 ¦ ¦BMllBfr. i''.

'¦'?-:' • WÊkWi H¥bM HbH h1

W 7^r pjj,(\' -Â Ih^^BÉ-S 3 5 3 IJAB AMr^Hl IjnABlHHHMr/ <$M >mmwÊÊ AHDhJaW

jt*f^TO|ÍPvBMa H^^^JSf^^rS^^^HHjABAAMl tàmÊ. AHtJaI Rh '"' 'i-al

«X^Hfi^HHAFwJ ABr

Hftf^^3yAr^tt H HHH HAP:V BúAfc^' ** *'•'•'¦¦¦ ¦'•¦• . -'•SARAR^SÂpAP AHX JAHmcoAJ M$ .,* ^Mm ÂBpHA ^B- , .y. .j<»s«3MEf^^^^^^^—j«MMBMHBP,r^

Tendo como fundo o Pão de Açúcar aparece na fotografia a mo-

derníssima Avenida Marechal Ancora.

Uma recordação daExposição do Cente-nário: o edifício doMinistério da Agricul-tura com sua cúpola4e vidro vendo-se no

primeiro plano o mo-demo monumento aoBarão de Rio Branco,pnde existe no sub-solo uma garage sub-

terrânea.

— 45 —

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

v \ 7V ... .

¦ '7- -^7Vv

?*-^Carlos Gomes

NA

ULTIMA fase do Império o Brasildebatia-se para quebrar os tormentososgrilhões que algemavam centenas demíseros escravos.

Travam-se fortes discussões na Câmara eos comentários quotidianos se alongam, ara-piamente difundidos, nas colunas dos jornais,exacerbados na pena de José do Patrocínio.

Esta expectativa trazia a vida do País aba-lada, em verdadeiro sobressalto: a nobrezareceiosa de perder os seus inúmeros lacaiose os faustosos fazendeiros que usufruíam dasentranhas da terra, nos seus feudos, toda a

CARLOSE O MOVIMENTO

espécie de riqueza prediziam ruína completa...que seria de suas lavouras sem os braçosservos ?

Mas o interesse de um punhado de aven-tureiros e egoístas não poderia sufocar orugir dos pesados açoites e o pranto da raçamartirizàda.

A promulgação da lei do ventre livre ten-tara remediar a desesperada situação, porém,muito pouco adiantara ou quase nada, talmedida, ante aquela tremenda tragédia, poisas rendosas reminiscências do tráfico humanohaviam escurecido a razão do homem inaces-sível à percepção que próprio se tornara es-cravo, em troca de moeda. . .

Estamos em 1880.. . nesta época, partiade volta à Europa um músico brasileiro —Carlos Gomes, levando um esboço literário,traçado de improviso, a seu pedido, daautoria do Visconde de Taunay. Este manus-crito havia sido idealizado poucos momentosantes, no quarto do Hotel França, onde sehospedara o Maestro e encerrava o altruísmocaracterizante da raça cativa perante o so-frimento; intitulava-se. . .

O ESCRAVO

(resumo)

O Conde Rodrigo, grande senhor português,proprietário de vasta fazenda à margem doRio Paraíba, possuído de ódio mortal, per-seguia a sua filha de criação, a indígena Ilára

Escreveu D ÉA

devido ao namoro que presenciara entre ajovem e o seu filho Américo.

Interpõe-se entre ambos e tudo empreendepara afastá-los, persuadindo o rapaz a es-quecer tão nefasta e louca paixão. Mais umavez é desobedecido, pois Américo resolve secasar com a jovem que reciprocamente lhedispensa forte amizade, não obstante viveramargurada, deplorando os acontecimentos elamentando a sua triste desdita — ter nascidoescrava!

O Conde, entretanto, jamais consentirá talvexatória união e tenta impedi-la a todo otranse, escalando o filho para integrar a ar-mada lusitana em Niterói.

Cumprida esta ordem, aproximara-o dalinda Condessa Boissy, originária de famíliatradicional, porém, o indiferentismo de Amé-rico mais contribui para enfurecer seu paique escarnece Ilára e arrasta-a a contrairnúpeias com o tamôio Iberê, que apesar dea amar era retribuído com desprezo, poiscomovido reconhecia no filho do implacávelsenhor branco, um rival absoluto, a quemjurara, em tempos idos, eterna gratidão poro haver livrado, de uma feita, do dilacerantechicote do carrasco João Fera.

Américo ciente do inesperado casamentotenta perseguir Iberê, amaldiçoando-o. Comsurpresa, verifica que o recém casal escravo

(ítVWi -

*í <*>r tx~c.-&uv-—

m^ «-^«rTfw*^ TXtsz. Xl {3 "^

U^ul^&, ^ jfY^^^è\^JLt \G^jií^

C ffVv» Cttx<

^.

Jh*~~ * ^^ .^^ ^a (fèr^a ^i^^ 4w^^r^>U- /Kg,

J

• *• A-«^,

/

I'f V-il sr UL - w

•^L-^X.- v*» V*V '*-rV<V 0 dV**»,!

Ka-4

**'hn^Jtl

«lJÉc

^^g Cd~^ v^ 4^

7,^7777:0 7777'¦¦ ¦¦;. ^«-~r,a-^x.^.-CJe__,

Õ~^-C^.5 -s.

46 —

Foc.Smile « dedicai do «O ESCRAVO» (08„„lmento cedido pelo ^ & ^^ ^ ^^^

.-,.,-

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

GOMESABOLICIONISTA

DE SOUZA

está liberto conforme o traiçoeiro plano doseu pai e da engenhosa Condessa Boissy.

Neste ínterim explode entre os tamôios oódio contra os portugueses. Jurando vingançasa armada lusitana se prepara para o com-bate; dela faz parte Américo que está moral-mente abatido pelo desespero; entregar-se-áà luta com o intutito de morrer. . . capturam-no os selvagens como refém de guerra.Aproxima-se o chefe para lhe impor condi-ções... é o seu antigo escravo!

A tribu delira, entretanto Iberê vê nesteregozijo toda a pujança do seu malogrado so-frimento: é repudiado por Ilára, a quem lou-camente ama e mais uma vez sentindo-seferido no seu brio, desespera-se; ainda mesmoassim salvará o juramento prestado ao filhodo senhor branco — gratidão e fidelidade!. . .e em cumprimento da palavra dada libertaAmérico e Ilára para que ambos constituíssemuma vida feliz, posteriormente, entregando-seaos companheiros para o sacrifício de morte.

Carlos Gomes, chegando ao velho Conti-nente, recorreu a um libretista italiano, Ro-dolpho Paravicini a fim de que traduzisseeste manuscrito e uma vez pronto empenhou-se na composição da ópera, buscando ins-piração no seu belo sítio em Manggianico,na redondeza do Lago do Lecco, não vendo,nestas paragens, paisagens italianas e simbrasileiras, pois as mais belas que fossemimpunham-lhe a idéia do Brasil — o seueterno sonho! Quantas vezes alucinado, emterra estrangeira, não teria olhado o céu es-trelado, em noite alta procurando vislumbrara lonca miragem do Cruzeiro do Sul!.. .

A composição desta ópera foi, muitas vezes,interrompida pelas recalcitrantes atribulaçõesda sua vida, rias as palavras de Taunay re-percutiam-lhe nos ouvidos, encorajando-o:"Trabalha

pelos infelizes para que Deus tefaça feliz!"... e a 15 de março de 1884 es-creve ao grande estadista afirmando-lhe quehavia parado a composição devido ao 3* e4' atos estarem defeituosos, porém em brevea recomeçaria.

Em 1885 recorreu a um seu amigo, Te-nente Giganti, com o intuito de aderir ao21? ato um "Hino de Liberdade", o que viriaa ser, sempre maistarde, o "pomo"

dadiscórdia nos tribu-nais, devido à cerra-da oposição que lhefizera Rodolpho Para-vicini, atestando nãoconsentir os estranhosversos em seu li-breto.

Caneta que serviu paraa assinatura da lei

Áurea.

Carlos Gomes, evi-tando magoar o seuamigo, preferiu reti-rá-la dos cartazes.Posteriormente, uma

Companhia Lírica, deBuenos Aires, quislevá-la à cena, po-rém o Maestro re-

jeitou a oferta; o seu desejo era estreá-la noBrasil.

O Empresário Musella preocupado na r.?-ganização de uma temporada que em brevepartiria rumo à Corte do Rio de Janeiro, nemcogitava de incluí-la no repertório daCompanhia.

13 DE MAIO DE 1888...

Espalha-se no horizonte da Pátria de CastroAlves a aurora da liberdade, varrem-se negrosespetros de grilhões... do cativeiro as portasabriram-se. É mais um dia glorioso nas efe-mérides da História Brasileira.

Sobre o pergaminho a Princesa Regente —

D. Isabel, utilizando-se de alva caneta demarfim, rubricara o seu autógrafo. . . Estáassinada a lei áurea. Ouvem-se estrondosas

palmas, jubilosos vivas. O turbilhão da massa

popular aclama a Redentora.

Muito embora longe um ardente coraçãotambém vibrara — Carlos Gomes lança mãoda pena e escreve esta magnífica missiva:

"Senhora "**•

Digne-se Vossa Alteza acolher este drama,

no qual um brasileiro tentou representar o

nobre caráter de um indígena escravisado.

Na memorável data de 13 de maio em prol

de muitos semelhantes ao protagonista deste

drama, Vossa Alteza, com ânimo gentil e pa-

triótico, teve a glória de transmudar o ca-

tiveiro em eterna alegria e liberdade. Assim

a palavra — "Escravo" — no Brasil, pertence

simplesmente à legenda do passado. É, pois,

em sinal de profunda gratidão e homenagem,

que, como artista brasileiro, tenho a subida

honra de dedicar este meu trabalho à Excelsa

Princesa, em quem o Brasil reverencia o

mesmo alto espírito, a mesma grandeza de

ânimo de D. Pedro II e eu a mesma generosa

proteção que me glorio de haver recebido do

Augusto Pai de Vossa Alteza Imperial.

mmi^^^^^mmmmt''¥^mm

¦fc^ I

jB;a;:"-;- a. ';f I

mj , i. pfjwo §«*?. f(,ft.f&ic: ^illfefl

¦ '¦'

a-;--. ^ 5-' ^ .f« ***!¦ .1TmmmmmmmWmmmmm&mmmMmmmm^^*É*áÈ^*ii*a*~*àm~L^*-*~. —... •. .... «¦-<¦'

* W« «A. H

||| ^HÍn&sa fy^aJm/

Hoje, 29 de julho, dia em que o Brasil saúda

o aniversário da Augusta Regente, levo aos

pés de Vossa Alteza este "Escravo" — talvez

tão pobre como os milhares de outros que

abençoam a Vossa Alteza, na mesma efusão

do reconhecimento com que sou

De Vossa Alteza Imperial

Súdito fiel e reverente

(a) Antônio Carlos Gomes

julho de 1888".Milão, 29 de

A 9 de julho de 1889 chegava Carlos Gomesà Corte do Rio de Janeiro.

Visitou S.S. M.M. Imperiais. Aproveitandotão propícia oportunidade a Princesa pediu-lhe que executasse ao piano alguns trechosda ópera.

Quarenta e sete dias antes da Proclamaçãoda República, a 27 de setembro de 1889 subiuà cena a ópera "O Escravo" (Lo Schiavo),ovacionada por entusiásticos aplausos no Tea-tro Lírico, não contando a presença do Im-

perador devido ao falecimento de D. Afonso.

A 27 de outubro, em 3» recita, recebeuCarlos Gomes as congratulações do Monarca

expressadas no distintivo da Ordem da Rosa,

pois a sua ópera havia arrebatado coraçõese a execução, de alguns trechos, apenas, seriasuficiente para imortalizá-la: a doce Ária"Ciei di Parahiba" ou as apaixonadas Ro-manzas "Comme Serenamente" e "Quando

nascesti tu".

Carlos Gomes não vacilou em lançar mãode certos recursos que emprestassem à suaobra o desejado realismo necessário e assimverificamos, no final do bailado "Dansa dosTamôios" o aparecimento de chocalhos (ma-racás), flautas e assobios, instrumentos am-

piamente usados por esse nosso elementoselvícola.

Tendo sido a 11 de julho a passagem do112'? aniversário natalicio (1836-1948), desteilustre compositor, reverenciamos a memóriado artista que vibrou plangente lira, cujassentimentais cordas eram fibras do coraçãodos homens... eis a razão da justiça que lherendeu André Rebouças nesta expressão:"Maestro da Abolição".

— 47 —

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1943

. ....... . ;i~r,.._

«Rebocadores na ponta do Caju» — RIO

i;

«Barcaças baianas» — SALVADOR

WM^MM

**i ^..''^aJjSJ* *^&w^:^-*^^l?!—_

%*K/lV&QwifaWfrE A SUA ARTE

ZOROASTRO G. FIGUEIREDO

/~"ENARO DE CARVALHO é um dos mais jovens pintores(

"7 do Brasil, baiano nato, cuja arte, mais do que aureolar-lheo nome, muito elevará a sua pátria onde quer possa ela

ser mostrada porque tem o que entusiasme e o que empolgue.

Genaro não é um artista ainda por apresentar-se. Seu nomeé bem familiarizado, já, nos círculos artísticos nacionais, poissobre sua simpática personalidade, suas bem cultivadas noçõesna sublime escola de Paulo Rembrandt, muitos foram os elo-gios das críticas carioca e fluminense, quando êle exibiu suastelas em Salões na metrópole brasileira e no Estado do Rio.

Gigli, o famoso tenor italiano, tão encantado ficara ao apre-ciar a exposição deste genial rapaz, que coincidia com a estadado famoso cantor na Capital Federal, que lhe ofereceu umcurso na Itália, quisesse Genaro aceitá-lo. Na velha Europa,creio, muito pouco Genaro teria que se aperfeiçoar. É que êleé um artista inato. Suas obras impressionam pelo assombroso

poder criativo do pintor que pinta enlevado, recortando a pai-sagem, tal qual é, para nô-la exibir, quadrangulada, na realcante formosura das suas tintas que combinam exatamente ostons da Natureza, em vezes, deparando-se ao espectador comtal perfeição que mais parece a própria imagem da vida, porquetemos a impressão que, na quadratura, tudo sem ovimenta: omar se ondula, balouçam as palmeiras, as nuvens — eternasviaturas celestes — deslisam pelos caminhos do firmamento e ovento nos trás aos ouvidos todos os ruídos do mundo. Assimsão os quadros de Genaro.

Ultimamente, outro grande sucesso veio êle de obter com asua recente exposição no "hall" do Edifício Oceania, o aristo-crático prédio de apartamentos situado no Farol da Barra emSalvador e onde mostrou cerca de cinqüenta telas, as mais va-riadas: marinhas, casarios, paisagens, aguadas, desenhos, enfiminúmeros motivos focalizando "típicos" da Bahia e do Rio,"panoramas" lindos de praias, parques, mares e ruas da Bahia,os famosos casarios da sua terra, da nossa maravilhosa e en-cantadora Bahia de Todos os Sntos, cuja Cidade comemoraráno próximo ano seu quarto centenário quando, decerto, Genaromostrará ao mundo inteiro, que a visitará, as telas a que mereporto e outras mais que o seu gênio magnífico já deve terem esboço. Dos quadros expostos na mostra a que me refiro,acima, destacamos pela beleza invulgar, os seguintes: "Onda

em Amaralina", "Parque Campo Grande", "Barcaças Baianas' ,"Rebocadores da Ponta do Caju" e "Sobrados Baianos" (Salão

Brasileiro de 1947) "Rua feia", "Bas-fond" (Lapa-Rio)

"Fu-

nâmbulo triste", "Baiana do acaragé".Ilustramos a presente com algumas fotos de telas do brilhante

pintor, cuja obra avulta na pinacoteca brasileira pela belezado modernismo sadio que ela representa, sem ser preciso, paraser moderna, descer ao ridículo dessa pintura que nos apresen-tam cheia de "artritismos"

e riscados incompreensíveis. Nadadisto. Genaro pinta o belo de maneira inédita. Suas telas sãopoemas que brotam da alma do poeta que êle é, no imaginar, nocolorir e no desenhar as incidências da Vida em toda a suapujança.

«**•*«";.<., • >" i. .Bit ;i>* ; »*í'\*,\'v le s ,' X.&K:"'.

,t4\ ;"Í|b. ; Bl ^B ^

B

¦BB^flfl^ÉÍÉV ffflBAW^1! "^--^^H "*Â^'«S?vN flflfl^flnB

flflflfl üflflfl»

O Sovem pintor Genaro de Carvalho dá os últimos retoques numa das suasfamosas telas.

«Parque Campo Grande» — SALVADOS

48 —

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

Um aspecto da inauguração da nova Seà<2 Social do Foto Clube Brasileiro, ã ruaFrarudin Roosevelt, 84 - 5? andar, grupo 5D4, no momento em que o sr. NogueiraBorges fazia seu discurso, cercado pela Diretoria, representantes da SociedadeFluminense de Fotografia, Associação Cristã de Moços e de outras Associações.

A inauguração teve lugar a 10 de Julho do corrente ano.

VIDA DOME NOSSA CAPA

A figura que ilustra a nossacapa representa uma concepção

de Madona polonesa, pelo pintorDimitri Ismailovitch.

É o retrato da Princesa Yolan-da Radziwill, o qual figura na

exposição retrospectiva do pintor,no Salão do Ministério da Edu-

cação, inaugurada a 29 de julhoúltimo, em colaboração com MariaMargarida, a distinta e aplaudida

artista discípula de D. Ismailo-

vitch.

A exposição em apreço é co-memorativa dos 21 anos de Brasil

do consagrado artista.

O VICE-PRESIDENTE DA RCA EM PALESTRA COM OS R^-

PRESENTANTES DA IMPRENSA CARIOCA

wfá?*$ '^-^^T^^gm

-, .T ".

/ í-f . -~ " .V- ¦--*"---.-¦

¦

" U____

NA

TARDE do dia 19 do mês últimoo Sr. Meade Brunet, vice-presi-dente da Rádio Corporation of

•ímérica e diretor gerente da Divisãointernacional da referida Cia., recebeu

: o Hotel Copacabana a visita de diver-sos representantes da imprensa destacapital, com os quais manteve interes-¦ante

palestra sobre diversos assuntosigados à RCA.

Interrogado sobre os trabalhos cien-'üicos dos laboratórios de pesquisas

da RCA, disse o Sr. Brunet:«Como a ciência, o rádio não possui•Ponteiras. A pesquisa de novos aper-

ieiçoamentos é sem fim. Através da vi-•ão dos seus cientistas, o talento dosseus engenheiros e a boa vontade doseus diretores a RCA permanece no

Limiar do futuro, preparada para avan-íar a serviço da América e do mundo.

_Os laboratórios de pesquisas da RCAUao se limitam ao rádio, investigandoa eletrônica e a acústica, estendendor-is suas pesquisas ao campo da óticae físico-química».

Quanto ao desenvolvimento da tele-visão, assunto que constituiu o maiorinteresse por parte dos representantesda imprensa, disse ainda o Sr. Brunet:

«Até o fim do corrente ano deverãoestar instaladas nos Estados Unidos 50estações. Cerca de 80% dessas insta-lações estão a cargo da RCA. 750.000aparelhos televisores de recepção es-tarão instalados nos lares e associa-çoes norte-americanas nesse mesmo pe-

rlodo. Grandes somas estão sendo gas-tas pela RCA nos Estados Unidos em

pesquisas para o melhoramento e am-

pliação do sistema de televisão. A di-

ficuldade encontrada refere-se à adap-tação dos programas de rádio ao sis-

tema de televisão. Há grande interesse

nos Estados Unidos, o que também de-

ve estar acontecendo nos demais pai-ses pelos espetáculos ao ar livre ouacontecimentos desenrolados em locaisde difícil acesso üansmitidos pela te-levisão. Lentes de aproximação permi-tem se acompanhar de perto os fatoscomo se verificou durante a célebreluta de Joe Louis — Joel Walcott».

O Sr. Meade Brunet que partiu de

volta aos Estados Unidos na manhã do

dia 21 do corrente, pelo avião da Pa-

nair achou-se deveras encantado com_o

que viu no Ro de Janeiro e em São

Paulo. Falando à imprensa paulista du-

rante a sua visita à capital bandeiran-

te teve ocasião de dizer:

«A hospitalidade brasileira já é mui-

to conhecida em meu país mas o pro-

gresso e as possibilidades desta terra

são coisas que devem ser vistas. Estou

encantado com esta visita, principal-mente pela oportunidade que tenho de

conhecer o maior centro industrial da

América Latina».

Ilustra esta nota o flagrante colhido

nos salões do apartamento do Sr. Bru-

net no Hotel Copacabana quando pa-

lestrava com os representantes da ira-

prensa local.

A 20 de lunho último, teve lugar a bênção da Capela da paróquia da Sagrada

Família. Criada por Sua Emcia. D. Jaime de Barros Câmara,^ Cardeal Arcebispo^ a

nova Matriz, situada a rua dó Livramento, onde também está instalada a residên-

cia dos Missionários da Sagrada Família, é a primeira que esses padres têm des-

de que trabalham no Biasil. A cerimônia da bênção da nova Capela revestiu-se

de grande solenidade com a presença do S. Eminência que oficiou e de altas auto-

ridades que foram especialmente assistir. Nestas fotos vemos o altar-mor, algumas

imareis e o momento em que D. Jaime de Barros Câmara abençoava o novotemplo de Jesus.

A ESPLANADA — (Conclusão)

alcoólicas e cujo ganha-pão consistiu em cantar modinhas pelas ruas

fazendo dançar um boneco de molas que segurava na mão. Dizem

que êle tinha o privilégio/de entrar nas casas de família onde fazia

dançar o boneco; mas o boneco servia apenas de pretexto pois o Bitü

era portador de cartinhas de namorados e tais cartinhas só podiamser entregues longe da vista de terceiros. A lembrança do Bitú ficou

perpetuada numa modinha conhecida e cantada com pequenas varia-

ções em todo o Brasil."Vem cá Bitú, Vem cá Bitú"

Mas que conto do vigário! dirá o paciente leitor. Fala-nos o autor

do antigo Morro do Castelo e mostra fotografias de ruas que nada têm

a vêr com o assunto. Têm sim! pois todos os aspectos que apresentamos

estão localizados na área que o sempre lembrado morro ocupava.

O PASSAMENTO DO DR. OLIVEIRA BOTELHO

O falecimento do sábio professor Dr. J. de Oliveira

Botelho, deixou uma grande ausência, na sociedade

e no campo científico. Era uma figura marcante a do

médico e a do homem cheio de um devotamento aos

seus ideais de nobres fins humanitários que chegava

a enternecer. Natural da Bahia, filho de pais bahia-

nos, seu progenitor, médico também, deixou ilustre

nome como catedrático da Faculdade de Medicina de

sua terra. Ká mais de 40 anos que conseguindo por

provas públicas o honroso posto de membro titular da

Academia Nacional de Medicina, recebeu um expres-

sívo voto de louvor «pelos serviços prestados à ciênciae à pátria. Não era tudo: o seu renome haveria de

projetar-se para além das fronteiras como se projetouquando recebeu na Bélgica medalha de ouro pelosseus proficientes estudos, como também em Paris eMadrid, tevo a mesma recompensa por seus notáveisserviços quando introduziu pela primeira vez aoperação do pneumotórax artificial, que logrou ser,

por êle, igualmente introduzido em outros países daEuropa e quase todos da América, inclusive no Bra-sil. Membro da Real Academia de Medicina de Ge-

nova, membro honorário do Instituto de Ciências Médicas do México, o Dr. Oli-veira Botelho, ocupou ainda, com brilho, o cargo de Chefe da clínica de um dos

pavilhões do Hospital Metropolitano de Nova York, do qual ao deixar suas ativi-daães viu publicado, por médicos norte-americanos um belo livro em seu louvor.Desaparecendo agora, deixa o Dr. Oliveira Botelho uma obra imperecível aos cui-dados do Dr. Olivio Gonçalves Martins seu genro e amigo que, por certo, há decontinuar a elevá-la. dignificando-a como, por todos os títulos merece. Tendo, arequerimento do deputado Manoel Novais, a Câmara lançado em ata um votode pesar pelo seu desaparecimento, deu um público testemunho dos altos méritosdo grande cientista morto. O seu enterramento foi, de fato, uma consagração ven-do-se várias instituições científicas representadas inclusive a Academia Nacionalde Medicina, que prestaram à memória do mestre as homenagens do respeito e

da admiração.

— 49 —

__P^« ¦ ^___i

;""""' '¦¦"¦"¦-^-•¦¦•'¦¦'''¦-'^¦^¦w^v™^,^^..;.. «^

j ;•; v.j>yBaBJ

.,,: bBBBBWfSaBSjBBBlBMBB^^r^ t',%^^v'i^^f " S H*"""'Bl

I M»IBraflMgfllal Bw raiU P^filM Hr1^^^^ A ^^B

£:. •¦* -^SsBBBttM^flPl^BKVKF^5^ —-^31 Bgüfe *• • '•4&§

^BkV BBI^^^b^. Be^Bl BB^^ HBBB^^^bI

^b1 ¦!¦¦¦¦JPaSBK? IktwJwS^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBbHbBBB

BlBiik|jB§lM|« BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB

gfeffi^vffiftBffi i '^B^MiTíeBtaa-BBBT^BBBBBBBBBBlBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBt

.*¦ r-i^rcr^T

||§ H^^i^gS »BJ BKlBflflnBBfBBBÍ ^—r^¦• .*fty~'"" BJ^B ^B B96P*SS9ftl*flBBl "ip"" r" " "

1 '^^Hlfl ^unjufl >^â k^fll BBv "ev «r ¦ ¦• ^/ít^BBsMi -'^ÈBjBflBjÈáltíHBsl^^^" *^*IBh^»

Ao alto: — Aspecto da secção comercial de Grundy Center no E^rrdn ri* T«,.,„ r i. ¦principal na localidade de Sheridan, no Laao^Mo^tna* no ÍJIie Tmericano.^

" Ru°

QUASE dois séculos, no dia 4 dejulho de 1776, na cidade de Philadel-phia, o segundo Congresso Continentalproclamou a independência dos Esta-

dos Unidos da América do Norte.Este acontecimento foi uma alvorada de

liberdade para todo o mundo. No Credo daLiberdade, escrito por Jefferson, rubricadopor Washington, e por todos os demais mem-bros do Congresso Continental, estão grava-das para sempre estas palavras imortais:

"Cremos axiomáticas as seguintes verdades:

que todos os homens foram criados iguais— que lhes conferiu o Criador certos direitosinalienáveis, entre os quais o de vida, o deliberdade, e o de procurarem a própria feli-cidade. . ."

oOo

Philadelphia — a cidade onde se proclamoua independência norte-americana, foi a pri-meira capital dos Estados Unidos. Hoje emdia, Philadelphia é a terceira cidade do país,e tem uma população mais ou menos igual àdo Rio de Janeiro, ou seja, de uns 2 milhõesde habitantes. Está situada no Estado de

— 50 —

Pennsylvania, onde 300 ursos e 30.000 cervossao mortos anualmente pelos caçadores. Penn-sylvania é o Estado do ferro, do carvão doaço. fi maior do que a Hungria e mais nopuloso do que a Holanda. P

oOo

O único Estado que ganha à Pennsylvaniaem população é o Estado de Nova York quetem o cognome de Império. q

Nova York, se bem que seja um Estadopequeno em território, mantém 10% da no-pukaçao dos Estados Unidos. En/cada^Onorte-americanos, um é nascido em NovaYork Das 308 batalhas pela independência

À m travtraf n? sol° d0 ^e é hoje o Estado

de Nova York A gente do Estado de NovaYork e segundo as estatísticas, a gente maiseconômica dos Estados Unidos. Nova Yorktem o maior número de milionários e o menornumero de divórcios em toda a nação

n-^A E,Stad° de N°Va York está a fabulosa

cidade do mesmo nome. Esta metrópole emeé um verdadeiro conto da carochinha temquase 8 milhões de habitantes, dos quais cerca

de 2 milhões nasceram em países estrangeirasEm Nova York existem 200 jornais em líng; asestrangeiras.

Entretanto, esta grande Babilônia, é aomesmo tempo 100% norte-americana. Em o-ieoutro lugar do mundo senão nos Estados uifi-dos, poderia existir uma rua como a Brosd-W.y, e arranha-céus de 70 andares? Em queoutro lugar do mundo, pode-se encontrar tãofacilmente uma torta de maçã perfeita, eviajar 50 quilômetros de trem por 85 cWtavos? Só mesmo em Nova York, só mesi.ionos Estados Unidos. . .

oOo

E uns 250 quilômetros ao norte da cosmo-polita Nova York, está Boston, capital espi-ritual da Nova Inglaterra.

Por Nova Inglaterra se entende o conjuntodos Estados de Massachussetts, ConnecticutRhode Island, New Hampshire, Vermont cMaine. Na Nova Inglaterra foram lançadaspor assim dizer, as primeiras sementes doideal democrático de liberdade individual erespeito pelos direitos do próximo. . .

Boston é a cidade tradicional por excelência,em cujas ruas ainda parecem vibrar as vozesdos grandes patriotas da Independência norte-americana. Boston é o berço do que se chamao espírito ianque. Ianque significa bravura eseveridade, individualismo e espírito de ini-ciativa. Os habitantes de Boston são os herrdeiros legítimos das límpidas tradições pu-ritanas de seus fundadores. Um livro queatente contra a moral jamais é encontradonas vitrines duma livraria de Boston

Mas não se creia que Boston seja uma ei-dade fria ou hostil. Pelo contrário, as portasda metrópole estiveram sempre abertas àimigração. Os puritanos protestantes admi-tiram, por exemplo, a chegada de grandescontingentes de irlandeses católicos. Hoje emdia a parte sul da cidade é predominantemen-te irlandesa. Como os irlandeses são tão nu-merosos, o prefeito de Boston tem sido sem-pre um católico.. .

No Estado de Massachussetts, uma em cadacinco pessoas é nascida no estrangeiro. É omesmo cadinho de raças, que encontramosem tantas outras partes da América. O es-trangeiro chega, encontra trabalho, estabe-lece um lar, e é assimilado. Através das ge-rações, os filhos dos irlandeses crescem, paraser tao norte-americanos como os descen-dentes da mais pura estirpe de Boston.

De Boston, símbolo da tradição ianque, se-guimos a rota dos pioneiros.. .

E vamos chegar às pradeiras do oeste, poronde um dia galoparam Bufalo Bill e KitCarson. . .

GOMO VIVEP O I

Aqui a vida adquire características de pas-toral romântica, evocando a caravana alegree colorida dos vaqueiros de todos os tempos...

De uma forma geral oeste são os Estadosde Montana, Idaho, Nevada, Utah, Colorado,Wyoming, Novo México e Arizona.

Esta é a parte mais nova, e menos densa-mente povoada dos Estados Unidos. Um ele-mento essencial na vida do oeste é a água.Da quantidade de chuva depende o verde daspastagens, e da irrigação dependem os trigais.Alem de gado e trigo, o oeste produz petró-ieo, cobre e outros minerais. Aqui, a mulhersempre desempenhou um papel importante,^m Montana, a primeira mulher foi eleitapara a câmara de representantes. O Brasilainda era um império quando, em Wyoming,as mulheres já tinham o direito de voto.

Wyoming é o Estado onde não se precisacarteira de chauffeur para guiar um auto-móvel. O mesmo acontece na Dakota do Sul,

que se bem não seja propriamente Oeste, c

entretanto o coração das pradeiras norte-

americanas. Durante a estação de caça, na

Dakota do Sul, os caçadores matam 15 mil

faisões por hora. Há neste Estado uma lei

que protege a vida dos sapos e das rãs. . .

Em certa forma, o Estado sulino de Texas

pode ser incluído no que se considera o Oeste

dos Estados Unidos. Em realidade, Texas é

a terra dos enormes rebanhos de gado, e

dos mais extraordinários "cow-boys". Mas

Texas é, talvez, — como diria um texano —

um Estado à parte. É conhecido como o Estado

da Estrela Solitária. Para os que ali nasce-

ram, Texas é o maior, o mais rico, o mais

feliz, o mais bem organizado dos Estados

da União. . .

O que é fa/to, é que o Oeste, como um todo,

é talvez o que dizia Lord Bryce: "O oeste

é a parte mais americana da América, por

que os pontos em que difere do Leste, são

precisamente os pontos em que a América

difere da Europa..."

Nas noites enluaradas, enquanto o gado

dorme mansamente, pelas cochilhas cheias de

silêncio, a voz dos "cow-boys" se eleva ao som

das guitarras dolentes. . .

0O0

Mas se o Oeste é romântico, o Sul dos Es-

tados Unidos é por certo uma região cheia

de côr e aventura... O Sul compreende os

Estados de Virgínia, a Carolina do Norte, a

Carolina do Sul, Geórgia, Florida, Alabama,

Tennessee, Mississipi, Arkansas e Louisiana...

O espírito marcial do Sul é posto em relevo

pelo fato de que, durante as duas Grandes

Guerras Mundiais, os sulistas foram os pri-meiros a querer lutar ao lado dos Aliados. . .

Ao contrario do que acontece na costa

Leste, no Sul os estrangeiros são escassos. O

sangue Anglo-Saxão predomina nesta zona,

que é por isso também predominantemente

protestante. O espírito religioso do Sul se

exprime claramente em detalhes como o fato

de que na maioria das cidades sulistas estão

proibidos os bares. Aqui há também um gran-de número de jornais que ostentam, comolema, um versículo da Bíblia. . .

A economia do Sul é predominantementerural, sendo que o algodão e o tabaco são

os principais produtos. As grandes plantaçõesde algodão imprimiram à história do Sul uma

feição singular. Alguma coisa da fidalguia

do grande fazendeiro permanece na paisagem,

que se enquadra no ritmo quase místico das

canções negras.

__0 Cavalheiro Sulino — espelho das virtu-

des de que um homem pode orgulhar-se —

UM POVO LIVREAL NETO

deu ao sul dos Estados Unidos uma feiçãosenhorial, que as grandes mansões — már-more, granito e bronze — perpetuam no ce-nário iluminado pelo ardente sol do golfodo México. A este aspecto senhorial, a no-breza e a força do Homem Preto trouxe umacontribuição definitiva, que as águas pro-fundas do rio Mississipi evocam através dasgerações...

0O0

E antes de prosseguir em direção à etapafinal desta viagem por UMA NAÇÃO DEHOMENS LIVRES, vamos deter-nos por ummomento na terra da grama azul e dos gran-des cavalos de corrida. É Kentucky, o Estadoem que — segundo as estatísticas — a mai-oria dos norte-americanos gostaria de viver.

Kentucky, a terra de Abraham Lincoln, écruzada por vinte estradas de ferro diferen-

iim^mWSÊS^^^mmm^^j^^lmM^^^BS^^KÊSBS^Sw^ ¦«J,<kjJ^r^^BuflB »»»»»W4^[»»»I Bf^íi'''^B mW<^^^^mí^mwmt/?''''''Jmm4m\

mk*[email protected] HB CBfepPD^^B H^^ "X^s" • W^^fift^mW-^*^ l^mmmmmY^tf9^W^^'' l""*1 vJhÇHmS^^Í^SB I^H

-•í'ü»ÍL,3 3m*2. - -«^v.~ J*^' HKát^-^ a»--i ^9A ^Êwvfízmmmln*''' ¦ ttâSfiSÈl á&mm w^" "*y9ÊmmJm^Pr?.m&

ÂWSmm^^* S3R:^mL^uâí1 fciüv ' -íc^Hfjn.^ Tf ^^^^BHfTTJ ^ai?} * * mmm^.^eA^-j^Snfmm mm!' #HKl

'-.'f»lW jm^-à^»»»üllK^B

'.'•*••"'.* *'-^vv-*^v '''•'&'- í**^ viv^a-' i

¦ ;«b'mmm?sàmk*(*£*j&BBÍ9m& mmwàmmKÊ^iátiSmvSumTmf

'^"-V"- "^'-V ^Jf^^T ^J^^^S^^lí^SKESK^ ^Snliâfr^^W *1^SÊÊÊÈm^^m^ DmmmmmZ^SfmU

Ao alto: — Uma vista aérea parcial da área industrial da cidade e aistrito comei ciai de Boston. —

Em baixo: — Fotografia da cidade de Filadélfia, mostrando Logan Circle e alguns grandes edifícios.

tes, e tem maior número de milhas de riosnavegáveis que qualquer outro Estado.

Mas o que dá a Kentucky um colorido todo

especial, são os seus famosos montanhezes.

O Montanhez de Kentucky, se bem que seja

em geral de pura descendência anglo-saxona,tem muitas afinidades com o caboclo brasi-

leiro. Estes homens altos e magros, de longas

barbas e pachorra infinita, completam aquela

observação que diz que os Estados Unidos

têm de tudo, para todos os gostos.

0O0

Se o Leste é indústria, se o Oeste é ro-mance, se o Sul é grandeza senhorial — asregiões centrais do Middle West por suavez são uma personificação bem caracterís-tica do Americanismo. Por Middle West ge-ralmente se entende os Estados de Minnesota,Winsconsin, Iowa, Missouri, Illinois, Indiana,Michigan e Ohio.

Nas cidadezinhas de Iowa, ou às margensdo rio Missouri, é fácil encontrar aquele ho-mem de costumes singelos, amável e de es-

pírito claro, que nós chamamos o nosso amigoamericano. Nesta região se vive em forma

tipicamente norte-americana, fazendo um cul-to de virtudes como a honestidade, a simpa-tia, a simplicidade...

É aqui no Middle West, no Estado de In-diana, que existe uma cidade batizada com onome de Brasil, em homenagem ao povo bra-sileiro. No Brasil de Indiana a vida trans-corre plàcidamente, dentro das normas ca-racterísticas de filosofia norte-americana doMiddle West. Esta filosofia nada tem de pe-dante nem de complicada. E a filosofia do tra-balho, do amor familiar, do dever cumpridoe da marcha para o progresso.. .

0O0

E assim, no aniversário da independênciados Estados Unidos da América do Norte,acabamos de ver como vive uma nação dehomens livres. Há quase dois séculos, se pro-clamou a independência deste país, que seriadestinado a erguer-se como um guardião in-trepido da independência e da liberdade dospovos cristãos. A festa da independência dosnorte-americanos é pois uma festa de todasas nações do mundo democrático.

— 51 —

¦:''Wi' ^*&i' ¦ '"• 'SBJ^v^^^" S ^?B^BBJBflKÍla£íái

M-rV *]*m A

RIO DE JANEIRO: AVENIDA PRESIDENTE WILSON, 165

Para limpar... use o «Ardena Tônico

para a Pele» juntamente com o «Ardena

Creme de Limpeza».

Molhe uma compressa de algodão emágua fria, esprema-a e embeba-a, em se-

guida, no "Ardena Tônico para a Pele".Coloque sobre a compressa um pouco de"Ardena Creme de Limpeza" e com mo-vimentos firmes, de baixo para cima, passe-a sobre o rosto e colo. Retire o excessode creme com as toalhinhas de papel

"Vel-

va Tissues".

Para tonificar... use o «Ardena Tôni-

co para a Pele».

Após a limpeza da cutis, umedeça um pe-daço de algodão em água fria, esprema-o

e embeba-o em "Ardena Tônico para aPele".

Bata vivamente sobre o colo, pescoço erosto, durante 3 a 5 minutos, sempre commovimentos de baixo para cima.

Estenda o queixo para frente e continuibatendo nos cantos dos lábios.

Para suavizar (cutis seca ou cansada) use

o «Ardena Creme de Laranja».

Limpe e tonifique sua cutis. Estenda um pou-co de "Ardena

Creme de Laranja" sobre o colo,pescoço e rosto. Faça as mãos flexíveis e,com as pontas dos dedos, dê pequenas pan-cadinhas com movimentos de baixo para cima.Retire o excesso de creme com as toalhinhasde papel

"Velva Tissues", deixando somenteuma fina camada do creme durante toda anoite. Pela manhã, retire o "Ardena Cremede Laranja" e refresque novamente sua cutiscom "Ardena

Tônico para a Pele" antes deaplicar o maquillage.

^j»Í^*jp^''' -•'' í -. flflBfl^sh?ifl^^^^^^~ ^^^T—"^

/.<¦} "íálS&ílS^ J1 "y-

, <**¦ '*¦'•'''£ m*1'^ .<- íÊÊI' jSêèÊ *

*í*'ÍIÍÍBkÍ'!

jgggjg— ~^*ZZIZZZZ.

"~'——-. "~ZZ1_" ~_""

_"" -—¦•¦>¦* ........-,...,. ;. • .-, j

ím salão de beleza com os produtos de Elizabeth Arden

Agora, em seu próprio lar, a Sra. pode aplicar os produtosde Elizabeth Arden à maneira dos seus Salões de Beleza,

famosos em todo o mundo. Os preparados essenciais de

Elizabeth Arden têm três finalidades: limpar... to-

nificar... e suavizar. Usando-os de acordo com suas ^

recomendações, a Sra. terá resultados positivos e há

de alegrar-se ao ver, diariamente, alvorecer em seu rosto

uma nova beleza. . . mais jovem e mais encantadora.

v^

y^tófe^

4fe

SÃO PAULO: CASA ANGLO BRASILEIRA • ó.» SOBRELOJA

Para tonificar o contorno do rosto.. . use

o «Ardena Especial Adstringente».

Limpe e tonifique sua cutis como expli-

cado anteriormente. Umedeça uma com-

pressa de algodão no "Ardena Especial

Adstringente" e bata rapidamente com

ela em redor do rosto e colo, fazendo sem-

pre os movimentos de baixo para cima.

Descanse alguns minutos e faça, então,

seu maquillage.

Para suavizar... (cutis normal e jovem)

use o «Ardena Creme Velva».

Depois de limpar e tonificar sua pele,

aplique uma fina camada do "Ardena Cre-

me Velva" sobre o colo, pescoço e rosto.

Faça as mãos flexíveis e com as pontas

dos dedos, dê pequenas pancadinhas com

movimentos de baixo para cima. Retire

o excesso de creme com as tolhinhas de

papel "Velva Tissues".

Depois de um dia de cansaço. . . use o «Ar-

dena Creme Máscara Velva».

Limpe, tonifique e suavize sua pele. Aplique

uma camada de "Creme Máscara Velva" norosto, pescoço e colo. Coloque os dedos po-legares no canto dos olhos.

Deixe o creme durante 15 minutos, evitando,nesse tempo, movimentos com os músculos

do rosto. Retire o "Ardena Creme Máscara

Velva" com algodão umedecido em água mor-

na. Refresque novamente seu rosto com o"Ardena Tônico para a Pele" e aplique seu

maquillage.

DnNHffi__-Vt1 ^^^^fL^ **'*

^^r ^riM^^^fcl_^^^^^^S^'^r^^^^^^^^^^^^|^^^^^^^^^^^^B ^^^P^^^^^e^K^O :^^^^*"~-__||Í__|HÉI^^^^^^!*i*s,^i-^_ ^^H" ' ,Jt '^^^^^^*-^*á^hÍ^^B_Ís ? ¦* ** _B*

^_<M_ } $•**> \~% ""•^^'á'

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

O ME£HOR CONTO DE 194%GRANDE CONCURSO LITERÁRIO

PARA A SELEÇÃO DO MELHOR CONTO

CUJA PUBLICAÇÃO SERÁ REMUNERADA

com CR$ 2.000,00

COMISSÃO JULGADORA:

Corlna Rebuá

Povina Cavalcanti

C. Paula Barros.

RESULTADO DO JULGAMENTO DOS CONTOS APRESENTADOS NO TERCEIRO

PERÍODO, CUJA RELAÇÃO TOTAL FOI PUBLICADA NO NÚMERO DE

JULHO ÚLTIMO

A comissão julgadora selecionou, para publicação nos meses deAgosto, Setembro e Outubro, em 'Vida Doméstica", e para parti-ciparem do livro anual, os seguintes contos:

HILDA CHEGOU NA PRIMAVERA: Pseudônimo "Cecil I".Nome: Lycio Tavares Magalhães, residente à Rua Barão de Mes-quita 931 ap. 204 — Distrito Federal.

AMORES DE ZÉ CONDEUBA: Pseudônimo "Lúcia de Lame-mour". Nome: Gilberto de Souza Lima, residente à Rua Duque deCaxias 19, Santa Inez, Estado da Bahia.

AS PIRANHAS: Pseudônimo "Reck Vitral". Nome Neyde A. deMoraes Rego Joppert, residente à Rua Coronel Lamartine w 151,Vila Militar de Petropolis —• Estado do Rio.

Feita a publicação de cada um dos contos acima, seu autor re-ceberá, de acordo com o Regulamento, Cr$ 200,00. Aqueles que re-sidirem nesta Capital poderão comparecer à nossa redação. Os re-sidentes no interior receberão pelo Correio, em Vale Postal.

Retratos: Solicitamos a todos o^ concurrentes cujos contos foramselecionados em todos os períodos o obséquio de nos enviarem re-tratos. Será preferível em formato postal; no entanto, não exis-tindo, poderão ser enviados retratos pequenos. Juntamente com aidentidade e endereço solicitamos que nos dêm esclarecimentosbiográficos pessoais, inclusive sobre as atividades literárias. Aremessa dos retratos é indispensável para o preparo do livro anual"OS MELHORES CONTOS DE 1948", que servirá para o lança-mento dos autores selecionados.

De acordo com as Disposições Finais do Regulamento, a co-missão julgou justo destacar com "Menção Honrosa" para serem

publicados, independente da participação no livro anual, os se-

guintes:OS BRINCOS DA AVÕZINHA: Pseudônimo "Lúcia de Alencar".

Nome: Rosa Coelho Pereira do Carmo, residente na Rua ÂngeloNeto, 144 — Farol — Maceió, Estado de Alagoas.

BOCÔ: Pseudônimo "J. Simandro". Nome: Benedito Merlin, re-sidente à Rua Amador Bueno 314 — Santos — Estado de São Paulo.

IMPOSSÍVEL: Pseudônimo "Oneide Lopes". Nome: OneideLopes, residente em Belém, Estado do Pará. Delegacia Fiscal.

Os autores dos contos acima receberão, após a publicação, Cr$100,00, que lhes serão remetidos em Vale Postal.

0 0

LEO CANTO — Infelizmente o concurrente que usou o pseudo-nimo à margem e teve o seu conto selecionado no primeiro período,não nos enviou, até hoje, sua identidade. Como só entrarão nolivro "OS MELHORES CONTOS DE 1948" os trabalhos de au-tores perfeitamente identificados, caso a identidade de Leo Cantonão nos chegue às mãos até a saída do referido livro de contosdeixará o trabalho desse autor, intitulado "As estranhas maniasdo Comendador", de ser incluído entre os que se submeterão àsegunda prova de seleção para o complemento de pagamento deCr$ 2.000,00 destinado ao conto laureado em 1948.

JÁ ESTÁ EM PREPARO O LIVRO DE LANÇAMENTO DOS NOVOS CONTISTASUMA SEGUNDA PROVA DE SELEÇÃO QUE SERÁ FEITA PELOS LEITORES DE TODO O BRASIL

Uma das condições do Regu-

lamento do nosso Concurso Li-

terário determina a edição de

um livro anual, no qual serão pu-blicados os contos selecionados.

Esse livro constituirá o lançamen-

to dos novos contistas iniciados

através do concurso de «VIDA

DOMÉSTICA»' e é, sem dúvida,

um dos mais interessantes direi-

tos a que os concurrentes fazem

jú's. Dessa edição, como bem

acentua o Regulamento, cada

autor de conto publicado rece-

berá 29 exemplares em brochura

e I em encadernação de luxo.

Lançada a edição os leitores

de «Vida Doméstica» deverão

dar a sua opinião pessoal paraa escolha do «MELHOR CONTO

DE 1948», cujo autor receberá,

então, o complemento de paga-mento de Cr$ 2.000,00, além de

receber o pergaminho fornecido

pelo Departamento de Letras da

Associação de Artistas Brasilei-

ros, laureando-o como um novo

escritor de contos. Além do per-

gaminho será ofertado ao autor

selecionado pelo's leitores de

UMA NOVA INICIATIVAAfim de compensar o interesse dos nossos prezados leitores

por este Concurso, vamos destinar presentes aos que enviaremas melhores apreciações e justificações de voto, distribuindoexemplares do livro «OS MELHORES CONTOS DE 1948» eassinaturas semestrais de «VIDA DOMÉSTICA.

«Vida Doméstica» um exemplar

úã obra, lindamente encadernada,

e que lhe será entregue com a

dedicatória dos elementos parti-cipantes da comissão julgadora.Caso nos seja possível é pensa-mento desta redação organizar

uma solenidade artístico-literária

para a entrega solene do citado

Diploma, realçando, deste modo,

o espírito moral desse Concurso

de «Vida Doméstica» que aspira

tornar-se, com o correr dos anos,

em um marco inicial da carreira

das letras.

AGUARDEM, OS NOSSOS LEITORES, O LIVRO DOS CONTOS SELECIONADOS. PARADAREM A SUA OPINIÃO SOBRE QUAL É O MELHOR DOS CONTOS APRESENTADOSDURANTE OS DOZE MESES. LEIAM AS INSTRUÇÕES PARA A VOTAÇÃO. NO REGU-

LAMENTO QUE TEM SIDO PUBLICADO EM VÁRIOS NÚMEROS DE«VIDA DOMÉSTICA»

— 54

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

BR^^B^ BIIe '& ijÊÉb ABIBfl^w ¦ '^% ' ¦" '^k^ytiÉÉiÉfl^iHflBBBHHH^^^^H^" ''

# ^»^ÉrftíSflflflHfl1l PBBfl^J^SflB

^B»^^^HBÍt "^^^^•* * '¦ """'^A^BIflHHHfl^Bflfl^^^*"íif*fc

---"«Ü^á. „:v.,.,,..,í»^«^jgMi i.ii .

¦^áflflfl^^^^^^^HÍliilSí» ¦

fljp^ " -'^~—_^^^^— ^^bBt..g^^^ ^B^B*''^^Bfl^^3HBBff B^BBI^Hl BBJBBJ^^^1* V"' ^jjj&i***^'¦ ¦* ^vt^wPHP^^S BV'''''BJ

CONTO SELECIONADO PARA 0 CONCURSO

0 MELHOR CONTO DE 1948De LYCIO TAVARES MAGALHÃES

Ilustração de JOSÉ GERALDO

'wmawta

A

CARTA do meu amigoCelestino veio naquelamanhã, e trouxe uma

porção de recordações queeu, havia muito tempo, julgavamortas em mim. Fiquei lendo erelendo as palavras que êle es-crevera, como se fosse precisoguardá-las para sempre. Um tre-

cho, mais do que tudo, tinha

uma força invencível, uma atra-

ção que prendia meus olhos no

papel e os fazia voltar, uma por-ção de vezes, às mesmas pala-vras: «...soube, há alguns dias,

que sua irmã está casada. Não

sei quem a levou como esposa,

mas poderia ter sido eu, não é

mesmo?»

Aquelas frases só tinham sig-nificação para nós três: minhairmã, Celestino e eu. Mas Hildanão gostaria de lê-las, agora.Estava casada, voltara para oRio e eu esperava que ela ti-vesse conseguido uma fuga com-

pleta do passado. O nome de Ce-lestino e as coisas de que êlefalava, num tom quase amargo,

acordariam as tristes lembran-ças das quais Hilda lutara porlibertar-se, durante tanto tempo,e haveriam de pintar novamen-te velhos quadros como o quecomeçava a tomar forma emmeu espírito.

. A primavera trouxe Hilda devolta ao lar.

— 55 —

VIDA DOMÉSTICA

Depois de um longo tempominha irmã regressava à nos-sa fazenda em Rio Novo. Traziacom ela dois anos de Faculdadee uma bagagem de coisas eidéias novas da cidade. Mas oque esperávamos, antes de tudo,que voltasse com Hilda, eraaquela alegria sadia e ruidosacom que ela enchia toda a casae que minha mãe, minha mulhere eu havíamos desejado tantodurante sua ausência.

Ela chegou de repente, semcarta ou telegrama que anun-ciasse sua vinda. Nem se podiaesperar outra coisa de uma pes-soa de caráter e atitudes sur-preendentes como sempre foraminha irmã.

Eu estava à entrada da pro-priedade, na parte mais baixado morro, espiando os emprega-dos trabalharem nos canteiros.E estava satisfeito porque osdois homens pareciam tratar asplantas com um cuidado que eracomo um prolongamento do meucarinho e do carinho de minhamãe, daquilo que trazia um con-tentamento tão grande para den-tro de nós, todos os anos na pri-mavera, quando as flores abriame se derramavam pela pequenaplanície ou subiam, numa ondacolorida, as encostas da colina,até a casa lá em cima.

Voltei-me, quando a porteirarangeu. Uma charrete tinha fei-to volta e ia-se afastando, nu-ma nuvem de poeira. Vi alguémentrar e arregalei os olhos, reco-nhecendo Hilda na mulher quevinha correndo para mim.

Não dei um passo nem fiz umgesto, até que ela chegasse bemperto. Olhei-a, então, ainda meioespantado, e ela sorriu paramim, de detrás da braçada deflores frescas que trazia. Está-vamos os dois emocionados. Sen-ti que ela procurava conter odesejo de atirar-se sobre mim,ali, na frente dos homens. Nãoesperei mais. Tomei-a nos bra-ços e beijei-lhe o rosto, sentindovoltar com força ao meu coraçãoa emoção afetuosa que sempreme atraíra para ela. Afastei-aum pouco, para admirá-la, e vique seus olhos estavam molha-dos.

Ela jamais gostara de parecersentimental. Conteve as lágri-mas e eu ouvi sua voz, agrada-vel e natural como antes, a vozque eu sempre escutava delicia-do e que estivera calada paramim, durante aqueles anos.

Você está ficando velho. ..Cabelo branco, não é?

A mão dela estava me alisan-do as têmporas onde os primei-ros fios brancos tinham aponta-do, dias atrás. Eu estava fican-do velho, sim.

São trinta e dois anos, Hil-da... Você também está dife-rente.

Ela mudara, realmente, na-queles dois anos. Não havia be-leza no rosto dela, nunca houve-ra, mas qualquer coisa que sem-pre me parecera adorável aindaestava lá. Tornara-se mais mu-lher, tinha emagrecido um pou-co e criara um busto firme, quese podia adivinhar através dovestido.

São vinte e três anos dou-tor.

Gostei de ouvi-la chamar-me«doutor». Hilda estava zombandoda minha profissão como costu-mava fazer desde que eu entra-

56

ra para a Faculdade. Lembrei-me de quando brigávamos, dojeito com que ela me chamavade «parteiro» e de como mamãese escandalizava, dizendo queaquilo não era palavra decentepara uma moça. Isso me trouxeum contentamento gostoso. Hil-da era a mesma de sempre, osanos não a tinham mudado, nemmudariam nada para nós dois.Eu podia sentir que seria assim.Era bom que ela tivesse vindo eestivesse ali, falando comigo.Um sentimento feliz, uma von-tade maluca de dizer tolices, degracejo, como nos velhos tem-pos, ia começando a inundar-me.Mas haveria tempo para isso,depois.

E a sua volta. .. assim derepente?

Ora, nada de mais... Ter-minei as provas mais cedo e es-tou cansada da cidade. Resolvique este ano as férias seriamaqui. Vim p'ra ficar um tem-pão... Estava louca de saúda-des. Saudades de vocês... distoaqui. ..

Olhou em redor, demorando oolhar nas coisas. Eu sabia o queera aquela sensação de voltarpara casa, para os campos, osmorros e o céu familiares, depoisde uma ausência prolongada. Econhecia bem aquele desejo eu-rioso de rever tudo e todos noprimeiro instante.

O rosto de Hilda iluminou-sequando ela olhou a casa, lavadade sol, no alto do morro. Sorriue perguntou:

Como vai mamãe? E Lídia?—- Bem... Vão ficar doidas de

contentes quando souberem quevocê voltou. Vamos subir?Segurei as flores e fomos su-

oindo, de mãos dadas. Hilda fi-cou calada, como se tivesse pen-sado em qualquer coisa, de re-pente. Achei que ela estava in-quieta, pensei que talvez esti-vesse preocupada mesmo nomeio da alegria do nosso encon-tro e que agora alguma coisa de-via estar despertando em seu

cio. b ela calava-se para ouviro que quer que fosse que estavatalamto dentro dela. Sentf sulmao trêmula na minha.

Então pensei em Celestino. Sópodia ser aquilo. Êle e minhairmã... Minha disposição de es-pinto mudou, de um instantepara outro. A lembrança do ra-paz empurrou para longe o con-tentamento despreocupado deminutos atrás e meteu-se dentrode mim, como já devia ter to-mado conta de Hilda, que ia ca-minhando silenciosa e me pare-

íadodlStante' mesmo alí> ao meu

Lembrei-me do que Hilda es-crevera numa de suas cartas«••• a lembrança de Celestinome acompanha por toda parteNa aula, em passeios, à noiteem meu quarto, é sempre a ima-gem dele que eu vejo à minhafrente, sorrindo daquele jeitoque ele sabe sorrir. .» E issodeu-me, de súbito, a impressãode que o rapaz estava ali, entrenos dois, e que, como já tantasvezes acontecera antes, íamos,os três, subindo em direção àcasa.

Ela ainda não tinha pergunta-do por Celestino e eu gostariaque ela não o fizesse nunca, massabia que de um momento paraoutro a ouvia fazendo a pergun-

ta. Era uma questão de esperar

que ela quebrasse o silêncio. En-

quanto isso, eu também ficaria

calado, pensando no passado. ..

Celestino vivera na Fazenda daEstrela, a vasta propriedade doCoronel Romualclo, tio do rapaz,cujas terras confinavam com asnossas. Meu pai e o Coronel ti-nham sido grandes amigos emesmo agora, que meu pai jánão vivia, nossas famílias man-tinham firme essa amizade. An-tigamente, o garoto Celestinocostumava passar dias inteirosna nossa fazenda. No verão,principalmente, quando êle vi-nha de manhã bem cedo paraas aulas que eu improvisava pa-ra os filhos dos colonos das vi-zinhanças, ficava até tarde, prê-so pelo fascínio que Hilda e astravessuras dela pareciam tersobre êle. Os dois brincaram ecresceram juntos, como compa-nheiros ideais, e ninguém pen-sou em separá-los quando chegoua adolescência. Sabíamos que osentimento bom que os aproxi-mara um do outro seria capazde afastar os perigos que a vidafizesse brotar dentro deles. Con-tinuaram juntos, montavam acavalo, faziam longos passeios eiam as reuniões do clubezinhode Rio Novo. Só os dois, com asidéias, as preferências e a ale-gria barulhenta que tinham emcomum. A cidade não falava por-que já se acostumara a não verum sem o outro, e os dois nãoviam porque a cidade haveria detalar.

Celestino era a única pessoa emquem Hilda poderia encontrarmocidade e alegria. Eu estava noRio, noivo e estudando Medicina,e minha mãe tornara-se triste éirritável depois que uma embo-ha matara meu pai em poucashoras. De uma vez que vim àfazenda, em férias, Hilda con-f essou-me abruptamente, no meiode uma conversa banal, queamava Celestino. Surpreendi-me. Eu pensara muitas vezesque a mocidade deles se trans-formaria, algum dia, que aquiloacabaria acontecendo, mais cedoou mais tarde. Mas o que medesconcertava era que minha ir-ma ja nao fosse uma criançaassim de uma hora para outra'e que estivesse amando.

E êle? — perguntei.Não sei... Não sei o queCelestino pensa de mim. Vocêsabe... nos sempre fomos comoirmãos. Isso torna as coisas di-liceis... Êle não se declarariaassim... facilmente. Mas, às vê-zes, penso que êle também meama. Tenho quase certeza, dou-tor...

Quando as férias terminaramlevei Hilda para o Rio comigo.Ela ia em busca de uma Facul-dade qualquer que ensinasse idi-ornas, que no fim de algum tem-po a transformasse numa ver-dadeira poliglota, como meu paitao ardentemente desejara Ce-lestmo acompanhou-nos à esta-çao. Lembro-me do jeito comque entrei no trem, fingindouma pressa desnecessária paraapanhar lugares, e os deixei sò-zinhos na plataforma, de mãosdadas um de olhos perdidos norosto do outro. Não vi mais nada. Mas sei que Hilda partiucom uma espécie de convicçãode que Celestino a amava, por-que algum tempo depois, quan-

AGOSTO-194>'

do regressei à fazenda, casado iformado, e a deixei no Rio comnossos parentes, comecei a receber cartas que ela escrevia. Podiam-se sentir, insinuando-se na:entrelinhas, querendo saltar d<:meio das palavras, a ternura ra esperança que Hilda levara nocoração.

Mais ou menos três meses depois de minha chegada, a notícia rebentou como uma bombaCelestino estava namorando um;;prima! O pessoal pacato de Ri<Novo alvoroçou-se atirou-se ànovidade como cão esfomeadoavança em pedaço de carne. Coi-sa daquela espécie era rara nacidade. «Nada de mais. Ora, dei-xa o rapaz namorar. .. Mas êleesqueceu a Hilda muito depressa... e depois, a prima é aleijada. E' sim! Não tem uma perna.Mas o pai tem duas fazendas emSão Paulo. .. Moça sem umaperna, que horror! E parece queé p'ra casar, não é mesmo?»

Eu sabia dos comentários epensava em Hilda. O nome delaestava no meio da história. Eracomum ouvir meus doentes re-ferindo-se a ela num tom de Iamento: «Coitada da sua irmã.não é doutor? Também ela nãodevia ter ido embora p'ro Rio.Ela já sabe do negócio doutor?»Sempre que podia, eu deixavaas perguntas sem resposta, Aqui-Io me irritava. Mas ninguém ti-nha culpa. Afinal de contas elestinham pensado como eu, ti-nham visto Hilda e Celestinodestinados um para o outro. Da-va a impressão de que só o ra-paz, em toda Rio Novo, nuncasoubera do amor de minha rima.

Hilda continuou escrevendo-me do Rio e, cada vez mais, onome de Celestino repetia-se nascartas. Algumas vezes eu mesurpreendi lendo verdadeirasconfissões e me perguntava seHilda não escrevera aquelas coi-sas para si mesma e as puserapor engano no envelope que memandara. Não, claro que não eraisso. Ela escrevia para mim mes-mo, precisava conversar com ai-guém, desabafar, libertar-se dopeso que de vez em quando en-chia seu coração. E queria con-selhos, queria saber de uma por-ção de coisas que acabavam sem-pre levando a Celestino. Entãoeu tinha de mentir.

«Meu novo consultório e mi-nha clientela, aqui em Rio Novo,quase não me deixam tempo pa-ra pensar. Estou cheio de tra-balho e não tenho podido ir àFazenda da Estrela. Não sei deCelestino nem do pessoal de lá.Me também não tem aparecidopor aqui, mas creio que vai bemde saúde ou já teriam chamadoo «médico da família». Porquevocê não lhe escreve?»

Ela respondeu porque. «Nóscombinamos não escrever um pa-ra o outro. Eu poderia quebrara promessa mas é impossível es-crever para êle porque acho quenão posso falar das mesmas coi-sas simples e sinceras de quefalávamos antes. Não sou maisuma menina e êle agora é o ho-mem que eu amo. Acho inútil edesonesto escrever uma cartamentirosa, já que não terei co-ragem bastante para confessara êle o mesmo que estou dizen-do ou o que tenho escrito paravocê.»

Eu escondera a verdade duran-te todo aquele tempo, pensando,algumas vezes, que a cidade, os

AGOSTO-1948

estudos ou novas amizades pu-

dessem mudar os sentimentos de

Hilda. Mas agora que ela volta-

ra e estava caminhando a meu

lado, imersa nos pensamentos

que eu conhecia tão bem e que

punham como uma sombra no

rosto dela, sentia-me arrependi-

do pelo que acontecera no pas-sado e culpado pelo que eu sa-bia que ia acontecer dali a ai-

guns instantes, quando a farça

terminasse e fosse preciso esma-

gar todas as esperanças que mi-nha irmã trazia com ela.

Quando, finalmente, Hilda ia-lou, senti medo. Tinha certezade que a pergunta viria daquelavez.

Que novidades há cm RioNovo, doutor?

A voz dela estava fraca, meiomudada. Parecia que ela estive-ra todo o tempo pensando nummodo qualquer de entrar no as-sunto e que agora se arrependiade ter começado. Mas eu tinhade achar coisas para dizer, darum jeito de falar e parecer des-

preocupado.Há alguma coisa... O «seu»

Artur, dos Correios, morreu de

pneumonia, no meio do inver-no. Ah! a Violeta, a filha dos

Vieira, fugiu com o capataz dafazenda deles. Tinha cara desonsa a pequena, não tinha ?Você sabe que a Rosinha e oNoel casaram-se no ano passa-do?... Pois já chegou o primei-ro filho. Fui eu quem tomouconta da Rosinha. O pimpolhonasceu com quase cinco quilos. ..

E o Celestino, como vai?«E o Celestino, como vai?» A

pergunta repetiu-se dentro demim, como num eco. Tinha che-

gado o momento. Lembrei-me,não sei como, do meu examevestibular, na Faculdade. Foraa única ocasião em que eu sen-tira coisa igual, diante de umavoz cie uma pergunta e, comonaquele dia, estavam lá o nó na

garganta e a sensação de qual-quer coisa que secava a salivadentro da boca e não me deixa-va dizer nada. E, como naqueledia, havia diante de mim umrosto e uns olhos à espera deque eu falasse. Só que agora eunão tinha pressa. Gostaria deficar calado, indefinidamente,mas não podia.

O Celestino também casou.Falei sem olhar para ela. Nem

era preciso. Mesmo assim, como rosto virado para o outro la-do, eu podia sentir o mal queminhas palavras tinham feito aHilda. A mão dela apertou a mi-nha, com força, e as unhas ma-chucaram-me a carne, como seela sentisse uma necessidade for-te de ferir alguém ou de agarrar-se a mim, apenas. Eu não sa-bia. Só sabia, como se estivesseolhando, que o rosto dela estavavoltado para mim e que havia nasua boca e nos olhos uma expres-são que eu não queria ver. Umaexpectativa dolorosa irradiava-sedela e chegava até mim, comouma coisa viva. Se eu não dis-sesse nada, aquela tensão nãose quebraria e Hilda ficariaolhando para mim, até não seiquando. Então eu falei.

-7- Casou com uma prima.J^uisa, o nome dela. Boa moça,ótima moça mesmo... Acho queo Celestino é completamente fe-uz, apesar de ela ser aleijada.Perdeu uma perna em crian-Ça... Mas é encantadora, mes-^o assim. Foi outro dia ao meu

VIDA DOMÉSTICA

consultório, apoiada nas mule-tas. Não quer perna mecânica,diz que tem horror. Fiquei compena dela. . . Está esperando cri-anca, ainda para este ano.

Hilda continuava calada. Sóentão a olhei e vi que ela esti-vera chorando em silêncio, du-rante todo o tempo. Os olhosjá estavam vermelhos, por trásde névoa molhada, e as lágri-mas tinham corrido e estavambrilhando no rosto transtornado.O tremor que agitava sua mão,dentro da minha, vinha daquiloque pareciam soluços sacudindoseu corpo. A figura de Hilda,totalmente vencida pela emoção,andando devagar, curvada, agar-rando-se a mim como se temes-se cair, trouxe-me remorso vio-lento. Mas, alguma coisa, dofundo do meu espírito, dizia queo pior ficara para trás. Eu tinhadito tudo, falado sem parar emais facilmente do que pensara.Tinha contado que o Celestinose casara, que era feliz, que te-ria um filho de outra mulher. Etinha dito todas aquelas coisascomo se não tratasse do homemque ela amava, como se fosseapenas mais uma novidade deRio Novo. Porém tinha sido me-lhor assim, que eu mesmo a ti-vesse desiludido para sempre,e de uma vez, do que outros vi-essem a derramar veneno, gotaa gota, em sua alma.

Passei a mão pela cintura deHilda e puxei-a para bem juntode mim, sentindo invadir-me cienovo a emoção afetuosa que meforçava sempre a estreitá-la nosbraços e a mantê-la apertadacontra o peito, como uma crian-

ça. Tomei o lenço e enxuguei osolhos e o rosto dela, possuído ou-tra vez pelo misto de ternura eremorso que eu não podia evi-tar.

— Vamos, Hilda. . . Agora vo-cê sabe... êle não a amava. Eninguém merece essas lágrimas,meu bem.

Um grito alegre chegou aténós. Vi Lídia descendo, aos pu-los, as escadas da varanda e pre-cipitando-se em nossa direção.Só então percebi que estávamos

perto de casa.

Afastei Hilda e olhei-a no ros-to, ansiosamente. Ainda havialágrimas brilhando nos seusolhos. Continuamos subindo eeu pensei que não seria fácil pa-ra ela enfrentar minha mulher,depois do que se passara. Hilda,entretanto, tinha recursos ines-

perados. Surpreendeu-me outravez. Transformou as lágrimas dedesespero em lágrimas de ale

gria, arrancou as flores de minha mão e correu para LídiaAs duas abraçaram-se, num entusiasmo afetuoso e quando che

guei perto, também minha mulher tinha um princípio de chôro no rosto alegre.

Compreendi que Hilda nãocontaria nada, que tinha resol-vido esconder de todos, mesmode mamãe e de Lídia, aquilo quetinha sido o seu drama românti-co. E nem era preciso pedir-mesegredo. Ela sabia que eu tnha

guardado, só para mim, suasconfissões e esperanças e quenão partilharia agora, com nin-

guém, sua decepção. Era como

se já tivéssemos combinado.

Segui ao lado delas, em silên-cio. Minha mulher continuavafalando, querendo saber uma

(Conclui na página 135)

57

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-194?:

: n

álÉBflflflflflfl^^ lÉlfll Mm^. í>''0"4^B. H^Vj| mlfH^w

'f Í->^S fl

PPsflW ^ü BB

WsÊ^MrxSiíí jjbbVJbW' bJ? * -.(i*^ íS9 B*

BBBBHBb •¦ ^jB B' IBH' - .aBb B>

k "'w*r!"T wIh í'

^"tUbI Br '

V ¦•% .flfl flfl»' '

iK&BBBBBBBBBF

Bil^j B

ffiffiBeBfil B

- j^ÊÊí a^^ "^^tBBBBBBBBBBBBBt^^

..- JÊKBSBÈBB&Étk? WP

'<JÉBflBBE3&r *•-' -^^^B^'

bbbbbbIáfl HPPjBfB

Cuide riaü

SM»

BelezaACNE... pesadelo da mocidade pode ser

vencida, diz Helena Rubinstein

jr

;,fl B^^bIIb .; fl ^MI'I'V Ph II

'^ ifl Bflful& ifl fe^*"''" „ WBBBBBBBBBBBBBBgflP .j^flflfl Bb^bw fl I'

^1 BM^IBfl B™^ ''' ^1 Hfl I'

•í^^bbbbbBPK*^'íí;< !* ''í^bbbW^r '** ÉÊw^^^^mt^^^^^^^'1^^^'

'-. ''^^^hNSbSWsB^B^' - "-''"'h-' "

•¦ ifflr

:.4fi

58 —

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

Y

O Acne aparece de preferência na adolescência e se não for tratadoadequadamente deixará marcas por toda a vida.

O Acne é caracterizado na pele oleosa, por espinhas que são a con-seqüência de cravos inflamados. Os cravos são originados na maioria doscasos por uma secreção excessiva das glândulas sebáceas. Na pele seca,o acne se manifesta sob a forma de granulações sub-cutâneas, vermelhasc brancas.

O tratamento para ter maior eficácia deve combinar os cuidados es-

peciais da pele com um regime alimentar. Nos casos mais acentuados éaconselhável um exame médico, para diagnosticar o distúrbio do orga-nismo que causa o acne.

Helena Rubinstein idealizou um tratamento específico, cura radicaldo acne e melhora sensível do estado geral da pele.

O Creme Acne desinfeta os poros, cicatriza espinhas e cravos infla-mados, purifica e normaliza a pele, restituindo-lhe uma saúde perfeita.Deixar a noite inteira onde houver espinhas e irritação. Em camadamuito leve pode servir de base de maquilage.

A Loção Refinadora impede a formação dos cravos, fecha os poros,possui qualidades antisséticas e curativas que garantem a higiene dacútis. A Loção Refinadora afina a textura da pele, dando-lhe vida etransparência. Usar o mais freqüentemente possível.

Durante o tratamento é indispensável dar a maior atenção à limpeza

da pele, que no caso de acne, é de primordial importância.

O Creme Pasteurizado dissolve o maquilage, remove todas as im-

purtüsas, acalma, refresca e suaviza deliciosamente.

O Sabão em Creme impõe-se para desembaraçar profundamente os

poros, regular as funções das glândulas sebáceas e assegurar uma epi-derme impecável. O Sabão em Creme se usa com água e é recomendado

duas vezes por dia.

O regime alimentar a ser observado é o seguinte:

Beber diariamente em jejum um copo dágua.

¦Evitar os alimentos muito gordurosos e condimentados.

Ab&ter-se de álcool, chocolate e conservas.

Às leitoras do Rio e São Paulo, Helena Rubinstein tem o maior prazerde convidar para uma consulta graciosa nos seus Salões, onde encon-

trarão os cuidados científicos e estéticos que celebrizaram os Salões

de Paris e Nova Iorque.

Às que se encontram demasiado distantes, Helena Rubinstein sugere

uma consulta por correspondência, para ajudá-las na escolha dos pro-dutos a fim de obter o resultado máximo.

^1 BF '''~'^l ^h

HHbhBf ^B

•'«**. 1Bifi ' ^B ¦% ia Vn^^T* ¦ ^B

^9b!u^é^_/ .. tB ¦«B üimtt ^ I

1 ¦mhhh BwSBBBI

59 -

VíDA DOMÉSTICA

BI

H Bar1

ifti

(The Jolson Story)

— ELENCO —

Al Jolson Larrv Parl«Julie Benson zZiL SIS!

ãr&r??.:::::¦'¦¦•'•¦¦••'••••¦•• H?5"athienU°ucrk4ader.::: ::::::;:: rPfF-Padre McGee. Jo-CarroM Dennison

Al Jolson (em criança)..... f™!8*

f"8*?Ann Murray (em criança) Ann t«SSOscar Hammerstein í"n.

T°ídEdwin Maxwell

Uma Produção em Tecnicolor da COLUMBIA PICTURESgida por ALFRED E. GREEN

Diri-

— 60

1^

M princípios deste séculoi vivia em Washington a~J pequena família Yoelson:

o chefe, o Cantor Yoelson,sua esposa e o pequeno Asa, en-tao com cerca de doze anos deidade.

Certa tarde Asa viveu, emcompanhia de sua namoradaAnn Murray, uma aventura exci-tante. Foram a um teatro de va-riedades. Havia um desses nú-meros em que a assistência tam-bem toma parte. E Asa obteveaplausos cantando da platéiacom o comediante Steve Mar-tin, que atuava no palco. Saiudali correndo quando lembrou-se que o pai o esperava na si-nagoga, para as orações.

Naquela mesma noite o Can-tor Yoelson ficou horrorizado aodescobrir que o filho havia can-todo num teatro. Isso porqueSteye Martm o procurou a fimde lhe propor que deixasse Asafazer com êle um número de va-riedades. Está claro que Martinsaiu dali com a mais formal dasrecusas.

Dias depois a pequena «trou-pe>> de Martin mudou-se paraBaltimore. Quando Asa soubedisso, não teve dúvidas. Fugiude casa e rumou para Baltimoretambém. La chegando, a primei-ra coisa que lhe aconteceu foiser agarrado pela polícia e en-viado ao Asilo Santa Maria. Alificou, cantando no coro da igre-ja e ajudando no serviço religio-so, ate que chegasse o seu pai

chamado de Washington. O en-contro de Asa com os pais, emreunião presidida pelo padre-di-retor do asilo e com a presençade Steve Martin — foi drama-tica. O pequeno estava firme-mente decidido a seguir a carrei-ra teatral. O Cantor Yoelsonterminou por entregá-lo á guar-da de Steve Martin.

Os anos que se seguiram fo-ram de tranqüilidade e saudadepara os Yoelson. Recebiam re-gularmente cartas e fotografiasde Asa, que havia mudado o no^me para Al Jolson e obtinha su-cesso com Steve Martin em seunumero de variedades. Jolsonchega assim aos dezoito anos.vivia tentando convencer Mar-tin de que êle, Al, devia fazerum numero no palco, com queo outro nao concordava, conten-tando-se com o sucesso que ob-tinham com o velho número.

Trt7"tr^anto uma noite, emLouisyille, aconteceu que o can-

ÍSm y Baron' <*ue fazia umnumero com o rosto pintado depreto, passou muito da conta no

mâSEf xT-flcou em estado lasti-

5S- ao podia atuar- E Jus"ftt£n

G nUma noite em <Jue osiamosos empresários Lew Do-ckstader e Hammerstein esta-vam entre a assistência! Al Jol-

rnS.Pãra salvar Tony> P^tou orosto de preto e entrou no pai-

ce» ÍE 5e? luMar' A «perfoman-

ce» do falso Tony Baron foi delal catGgona que Dockstader

(Continua na pág. 137)

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

ofofáô E.E.U.UCOLEEN GRAY, PELA ESTIMA. A SERVIÇO DO BRASIL

CoUm s#»

J.Yr* >"' (• ...V < '« .

DORIS

Jensen. . . Nenhuma es-trêla é mais linda do que essenome... E, contudo, como asclareiras que se afundam no

nada, a sombra dessas duas palavrasdeixou de existir, para surgir, comoum novo sol, em lugar daquele astroterreno, um ídolo do povo. DorisJensen, em 1922, nascia em Nebraska,num lindo 23 de Outubro. . . Parece

que foi ontem. . . Filha de fazendeiro-fazendeiro, nos Estados Unidos quer

dizer abastança, conforto — começouos seus estudos num conceituado HighSchool. Já em 1939 recebia o alto

grau, com a posse de um honroso di-ploma. Doris Jensen queria mais, sem-pre mais. E foi, em 1943, bachareladaem Artes. A esse tempo, a jovem deNebraska, enriquecida com tantos ensina-mentos, começou a pensar em viajar. Viajar,neste país de curiosos e estudiosos, deixou deser um prazer para se converter, pela ânsiade saber, numa necessidade.

Foi o que fêz Doris Jensen. Tomou um"bus"

e rumou para o Pacífico, com o espí-fito povoado por um mundo de desejos es-

quesitos. . . Hollywood surgia à sua frentecomo um sonho... E, sonhando, percebeuque a fantasia de seus cismares crescia dian-te^ de seus olhos claros e bondosos. . . Sim,ali estava a Meca do cinema!

Os contornos tomavam dimensões certas.Avolumava-se o panorama divino dos cena-fios misteriosos. .. Tudo, como num decifrarde segredos, aproximava-se para a realidade

wmmmmmmBmBm^sÊKm^^^^^S^^^M^'^^'^^^^^- & "?*'''/'•+ ~. " '^*.í5íSfV*" *-' * •"''- • .- * •

mr '^^^^^^fkmmiã3mm^SÊm\"¦ ''-

¦H ^m ti ' j^^j^^SmM Ummm mmk ~I : : à mmwmmmm%i/!^*?3m\ W\

8»i Bllfe>«Bjtefe "^B Br:>'

• "'^^^mmmmWR''' "^WÊm mmmL

¦¦ftk lãfr 1ÊarjL^ '\ " '^ m

mmmm ^L ¦ ^S&i ^MmmwSSÊÈti* v- k,' h '¦ Uspijmm

¦ K^ll Bi'r *^B

llr Bk. m\ IBMfl

- '*>M- mm JpH kW^ m\. ¦ ml ¦ fl. .mm\k'-'-'^ Jw jkr ^B K^^B<ÜE^^.':' ¦ - '.-'&?*., ""^Í/^B ^1

','sW^w"' m Àr P^^B

IBIfl ^ÜB ^B Bi«^ ::JiBB mmim ^UE^Êai^m FÍHi 4*m.'•....*> SH ^1 jmmmIh.

- § «'-j.-' BB^B^i w ¦ .Am

'-E W^MA' ~^m\ II .M ^mWmmtm

'^m ' m mÊÊÊÊmÊ B ¦¦¦«-;«&« ^m wè

^^^BÉ^^^fe\'«* Bufe **r: '^Ltofijr • ^feik. ^H^^H^»'^

'^hIH •&' UÈtíàtlià. *£*{§ í^feí-. . wH Um v<JB„ <-i,$i3K3IBmi3e£^ ' - i 'maUJ

m ^fl

BI Br fl 9

W:'\ f ¦ N iiiliüliJ™ m mm

emotiva de Doris. .. Tudo, até que, aos 16

de Outubro de 1944, o primeiro contacto ficou

defronte de suas pupilas incrédulas e felizes. ..

Culta, apaixonada pelas letras, fatalmente

acabaria como acabou: casando-se com um

notável escritor. E o escolhido foi Rodney

Amateux, a quem coube a distinção de produ-zir o tema que serviu de "test"

para a ex-

Doris Jensen, já agora Coleen Gray.

10 de Junho de 1946. . . Data que significou,

para a garota da véspera, a revelação bíblica

de uma grande e inesquecível passagem. . .

Nascia nesse dia Susan.

Tantas apoteoses, em tão curto tempo! Só

uma cousa jamais deixou de ser exibida, sem

as reservas protocolares que matam e afogam

as mais puras ilusões. Foi o coração afetuoso

de Coleem Gray. Este, sim, sempre ficou àvista de todos, como as sombras que se re-fletem das montanhas enormes.. . Tendo sido,ao começo da vida, uma heroina em buscade todas as fortunas intelectuais, diluiu-seesse perfil, mais tarde, para transformar-seem luz num céu de opala.. .

Coleen Gray escreveu algumas palavras bo-nitas para os brasileiros. E eu não quero per-turbar a beleza dessa leitura, tão meiga e tãosuave, que chega a adormecer a própria terrado Brasil, com a humanização dessa estrela,imagem radiosa de uma harmonia sem fime sem tradução, porque é a própria harmoniada vida!

New York, Junho de 1948

SERZEDELLO MACHADO

01

*&

VIDA DOMÉSTICA

9

AGOSTO-1948

MESES SÃO PASSADOS

Abalizadas opiniões sobre esta secção — Falam

í^ij os cr'*'cos» aplaudem os radialistas e incentivam

os leitores

Quando em julho de 1947, a diretoria destarevista nos encarregou de organizar uma secçãode rádio, muito nos desvaneceu aquela escolha,pois, assim, deixaríamos as funções de modestoredator-social para passar à categoria de rádio-cronista sob a responsabilidade direta de nossaassinatura. Assim, procurando corresponder nãsó à confiança que em nós depositavam os dire-tores de VIDA DOMESTICA, mas, também, deuma maneira especial agradar e contar com aopinião pública, que, em todo o Brasil, nas di-versas rodas literárias, se forma da legião deleitores de nossa revista, fizemos aparecer nossasreportagens sob a epígrafe: "Ilustrações Radio-fônicas". Felizmente não nos faltou o apoio de

que tanto necessitávamos e, logo na segunda publicação, enumera-mos algumas das cartas que recebemos de amigos e admiradores,que procuravam nos estimular a prosseguirmos em nossa tarefade pôr em relevo os legítimos valores que integram nosso "broad-

casting", quer na capital, quer no interior.Festejando esta secção seu primeiro aniversário, sentimos sen-

sibilizar nossa vaidade (porque não confessar?...) pois, a quan-tidade de missivas, telegramas, telefonemas e mesmo pessoalmente,demonstra, mais uma vez, a sinceridade dos que têm testemunhadonosso esforço em procurar fazer mais e melhor para atualizarsempre uma velha rádio-campanha, que o insigne mestre RoquetcPinto definiu em poucas palavras:

"pela cultura dos que vivemem nossa terra, pelo progresso do Brasil".

As fotos que ilustram esta página e trechos da correspondênciainsuspeita que, até agora, nos tem sido enviada dizem melhor que

I

mÊ HfcN%nM| hhaIé^jÍahBhI hV

Nilo Sérgio, Gilberto Alves e Carlos Frias concordam com a opinião de Dircinhae Linda. . . O sorriso diz tudo. . .

'AH HAhS * P^HPAAAr' ^HHH X' mWm H^^ÜP «* Ám *

sswaiHHfer »¦ BÊw An^MmrÉWmmwà

K^9^H^?^^^PJP^Vr^ÍAj Av jHAkLíÍHI

W^^w^^^^-^y^'' ^^waI hh HH

NeuzaMaydarevista

Maria revolta-se porque Dilú Melo, Belinha Silva, Heleninha Costa e Elda: não lhe dão uma «chancesinha» de apreciar a rádio-crônica de nossa... Nelson Gonçalves diz aos outros «azes» da Rádio Nacional: «Depois

da meninas, serei o «primeiro» a ler a Vida Doméstica»...

Eüj&MÍ^%í ¦'WL^wSÉt' %'>*"*•:'$: Ã-X" ' '

~«~^ÍAAl*»ís ""^" BJP1IÉÉ2.-

^gMiÊÊ^

flaul íe Sá, Raimundo Lopes. Luiz Brunini, Nestor de Holanda, Sérgio deAn. irai Gurgel não puderam deixai de «examinar» e aplaudir nossa

Oliveira esecção.

'"'"' Mmm\ HHhÍ BhbI^' $j__|| ^*^'%t$qE W \^I^HhI

A^HHHHHHHHHHHHHHHHHA^A^Br * '^íT^ */^" \ ^*J ^í^^^t HHWHaE^A^^A^BêéÍI

Na «nova» emissora dos 25.andares. Atila Nunes «fala mais alto» e diz aos seus com-panheiros de trabalho: «inegavelmente! E' uma «big» secção»...

.'^Bl^B fl' ' mV'W mmmW^wnmf *hL W^ AL ^^ .HHHHHHHÍ Sti? ' ' ' • Mmf

TedalordTstfsecçT cf^u!'>*°doU° **"*"

£ce c°™ntários bastante lisongeiros aoreaator desta secção. Ciro Monteiro comenta: «De fato o «nosso» Rodolfo tem razão».

^Zrt^wTZ^^^0 ?? n°SSa Parte: ? " - U™ *« Q™ ™*lh°r

ZbZTlffnlZ QUe SG U COm satisfãs™. Uma secção de rádio que

4 *

«^L rZrra Cí?nI sua Cidade.» (a) Fernando Jacques.

i rádlZ'JZ l9n%Ul V^d° CaWaS> ^oximar do público que gosta

To.t^aZfZJ™ rfalham Para fazer um rádi° d* W* o públicogoste cada vez mais", (a) Miguel Gustavo. A « uma secção valorizada

Ra^oTnZrn, Poente da Associação Brasileira de Cronistas

l aZZ^rL , Z c?n-a™tul° c°™ Vida Doméstica pelo transcurso do

tóZTLZ niÍLIlustr5?°7e; Radiofônicas. A Orlando Caldas, pela vi-toria,o meu abraço cordial." (a) Alziro Zarur A«. e suas páginas

St0/erS.XVÍna,DTé^?a têm siã0 uma orientalão seguTZs

Ztm n i ', °^ndo CaUas!" (a) Cahué Filho. >

«.. e assim,

7tala a^n Jf> °r CaUa.s> ™cê cumpriu, galhardamente, a primeiraempa, a mms difícil a mais íngreme. Entretanto, nesses poucos 365 dias,

CnltJrf^ trahalho admirável de divulgação radiofônica. Prossiga.Contara com o apoio dos verdadeiros nomes de rádio." (a) Heron Do-mmgues. *

«. ..Orlando Caldas soube dar às suas páginas de Ilustrações

— 62 —

AGÔSTO-1948

RtuUójjémctwVIDA DOMÉSTICA

Reportagens de

Orlando Caldas

Radiofônicas de Vida Doméstica vivacidade,

interesse e feição nova que poucas revistas

poderão sequer igualar. Parabéns! Votos de

prosperidade é o que lhe asseguramos, nesta

fase aniversilária." (a) Aurélio Brasilio.

"Posso afirmar que é a melhor secção da

querida revista Vida Doméstica. A você,

Orlando Caldas, parabéns e à nossa revista

um conselho sincero: Não perca a valiosa co-

laboração deste simpático e querido redator."

(a) Heleninha Costa. +"...Do you want

to know my sincere opinion about Ilustrações

Radiofônicas ? / think is wonderful and. . .

well, isn't that enough? (a) Elda May da

«. . . e assim, Orlando Caldas, felicito-o por

dirigir a mais perfeita e mais honesta secção

radiofônica da nossa imprensa. Parabéns a

Vida Doméstica/' (a) Nuno Rolanã. ". . .em

face do que enumerei, não vacilo um instante

em afirmar que a secção de rádio de Vida

Doméstica que você tão dedicadamente dirige,

é das mais completas, das mais brilhantes e

das mais interessantes, prestando um inesti-

mável serviço ao broadeasting indígena. Para

frente, pois, com os votos de felicidade e o

abraço amigo do Renato Murce." + "Meu

caro Orlando Caldas, você realizou um velho

sonho do pessoal do rádio. Parabéns, e con-

tinui com essa magnífica secção em Vida

Doméstica." (a) Nelson Gonçalves. + ".. .e

quando a sua probidade profissional fizer

você olhar para o caminho a percorrer e você

verificar quanto falta para chegar à Perfeição,

lembre-se de olhar para trás e ver o extenso

caminho que você já percorreu, com a sua

honestidade e capacidade. Conte sempre com

a admiração que não é somente minha, mas

de todos os honestos trabalhadores de rádio,

e com o abraço leal do velho amigo e admira-

dor Alberto Lazzoli." + ". . .enfim, meu caro

amigo Orlando, é para mim um prazer imenso

felicitá-lo pelo brilho com que você vem de-

senvolvendo a página que justamente estava

faltando nessa poderosa e conceituada re-

vista. Creio firmemente que a sua capacidade

UM POUCO DE «FOLCLORE» ESPANHOL APRESENTADOS POR LINDAS

ESPANHOLAS

''¦ ;.." • • !:^<\^;;?,"-'¦'yWJBBÊ '' '

Jt _¦ "^L '" --* ^ ______ >

__________k *'¦__¦____' L ___i^__________k ___nU___í fl__rfl_

__i _____«

__r '___¦'

__i ________!

?;¦.•¦'"

•'¦'"¦*>

Li;- ; •¦ ¦¦-•.¦¦ '¦:"¦:. ¦ - .¦¦¦¦.¦¦; ,.:..i.'': :."¦;.• ¦¦¦-¦: '¦¦'•-'•••"¦ ;

___ __^P _ÉL _____fe_v _É_fl_____Jfl^____K______

__i __L «wBr WÊm ' -,!_§ w—a if __i. '"*

«Bi

JB _f ^^¦p'

v. '_JP^^_ %_t.~ <S____i________L

MK^Ék :''*¦¦• ¦?

\ i ^| *i_______P^ y '

• '^

j_i Wt^vtwSm 1E7_

_^N^J*,| v, 4W ' V l_ 1-1 B? - .VIè^S ____--¦

I ''' ___C^ie^^_S_l_l _É

? JS? ^| ^^ fl[ ÍbtoPt———————————P\ _^ I fl

^t _» -TK-SjJ -P^j? í % í^ I

J_l ¦ S*"*- ?* __¦ I _¦< aflDUfQQI iÜM- ^.Jr" v%'fl \ - '¦¦ II !S_I 4Í' - -!Ir'"' ''^ \J--i fl I_W1 "% !_r\ Xl_____f

¦-¦¦¦ ¦ *_______!_ 1^1'¦ ¦ l____Wfl ^ í * - ^m

_¦ »1™7^I F s .. j -VH sk 1;,: JÉL¦ JpÜl___l __l *^_________J _¥__rfl I ¦*^•11¦' ri v

I ^r^Pl __Émr'r-'it^f'_---r^ -fll¦¦ sr L^T___________________________H_i _________________¦_fl _¦ ^^__________ __r ______¦____________¦

BÉl^i^ j_^:*'4:*^^___^_»^*íÉ^^^r ^SeÉ y'

^i1^!»'.^ . .-,---t.-^- '—.--'.--íf'

^fe..^^ *1^KhPwHHH

-ii~-m «o cronista o sentido da letra do interessante número que acabavam de cantar no audi-

^¦•"SfH-dS Nadonal Tá haviam dado sSas impressões sobre o Brasil e o que mais lhes agradara nessatono da Radio Nacional. '« "™™

f uma perguntcI um tanto indiscreta, se vê advertido pelas lindas espa-«tournée». «"™d%h™™°J aJf "J'

puerta"bien te voy a comprar pano para um delantal».

ALVARENGA e RANCHINHO, os «milionários»

do riso...

atingirá o máximo, deixando à posteridade

em centenário festivo e saudoso. São os meus

melhores votos de prosperidade que desejo a

você e a Vida Doméstica pela passagem do

primeiro aniversário das Ilustrações Radio-

fônicas inteligentemente dirigidas por você.

Com um grande e afetuoso abraço." (a) Ro-

ãolfo Mayer. + Rádio é movimento, é vida,

é comunicação, é simpatia, é atração, é ale-

gria, é, enfim, algo de muito difícil de se

fazer, e você, Orlando Caldas, sabe, melhor

do que eu, que assim é. Daí, ser sua secção

um espelho dessa nervosa atividade radio-

fônica, e por isso merecer a voga que real-

mente tem entre os leitores dessa prestigiosarevista." (a) Álvaro Salgado. + Entusiásti-

cos cumprimentos passagem primeiro aniver-

sário sua magnífica atuação cronista radio-

fônico brilhante revista Vida Doméstica (a)Mafra Filho. +

"Ao brilhante confrade e ami-

go sinceros cumprimentos primeiro aniversário

sua movimentada secção Vida Doméstica

envia Divisão Divulgação Radio Globo (a)Migueis."

— 63 —

wns vomsttcÉAGOSTO-154-5

TUPI-DIFUSORA

OU

DIFUSORA-TUPI

s

Tí ©

wk|w&A supremacia das E.rnis- de grandes empresas quesoras Associadas é um sabem anunciar1.4-Maiorfato positivo e indiscu- coeficiente de ouvintes,tive]: 1 - Maior recebi- conforme o provam asmento de cartas, verda- estatísticas de empresasdeixas avalanches, para especializadas. Não háos seus concursos e pro- dúvida! Tup: - Difusora

gramas. 2-Maior público, ou Difusora-Tupi estãorepresentado pelas enor- sempre na dianteira, por-mes multidões que com- que oferecem melhores

parecem ao auditório da programas aos ouvintesCidade do Rádio. 3 - A e maiores resultados

preferência das verbas aos seus anunciantes!

TU PI-DIFUSORADepartamento Comercial i

ÚNICAS EMISSORAS PAULISTAS QUE

TRANSMITEM SIMULTANEAMENTE

EM ONDAS CURTAS E LONGAS

São Paulo — Rua Senador Feijó, 144 - Telefone 2-3273

Rio: Av. Venezuela, 43 - 5.° andar - Telefone 23-1647

SMSSSÊi

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

POR QUE NOS MANDARAM MORRER

QUE

CÉU opaco, o que existe

aqui por estas bandas! E

que coisa triste, essa neve cain-

do sempre e branquejando tudo!

Parece até que o mundo vai aca-

bar, quando essa ventania sopra

com maior furor, sacudindo o es-

queleto das árvores esgalhadas e

pondo a descoberto a lousa sob a

qual repouso. Tenho a impressão,

certas ocasiões, de que ninguém

mais se lembra de nós, de mim e

de meus companheiros. Não su-

portamos este ambiente estranho

e, quando nos lembramos da terra

onde nascemos, daquela terra tão

quente de sol, de céu azul e noi-

tes estreladas, sentimos que nossaalma se despedaça.

Deviam, pelo menos, nos tersepultado à beira de uma estrada,de onde pudéssemos ver a passa-gem de veículos conduzindo via-

jantes. Seria uma recordação domundo que deixámos atrás, umalembrança da humanidade à qualjá pertencemos e por quem demosnossas vidas.

Mas. .. talvez tenham feitobem em nos deixar aqui nestasolidão, sozinhos, sem flores ouquem quer que seja para nos ve-lar. Essa é uma atitude mais sin-cera, menos hipócrita. Ainda on-tem, quando nos puseram a fardanos ombros e nos mandaram guer-rear, disseram-nos:

— O mundo está sendo destro-çado pelas forças do Mal. É pre-ciso lutar, torna-se necessário osacrifício de alguns, para que adefinitiva paz desça sobre a Terra.Não vê, então, que o esforço égeral? Repare só: todos os po-vos amantes da liberdade seacham agrupados do nosso lado,empenhando-se ao máximo paraconseguir a vitória final. Vocênão tem vontade de presenciarao advento de uma era belíssima,de paz e concórdia entre os po-vos? Claro que sim! Seus descen-dentes, através dos anos, vene-rarão sua memória e seu nomeserá sempre lembrado com res-peito por seu país. Tome.

Segurámos o fuzil que nosderam e rumámos para o navioque nos deveria trazer para estaterra inhóspita, cheia de neve ede morte. Outros rapazes, vindosde países os mais distantes, tam-bém aqui chegaram para bata-lhar por um mundo melhor. Eramrussos, ingleses, indianos, polo-neses, australianos, tudo gentemoça e alegre, que estava im-buida do complexo messiânico.Iriam salvar o mundo. Pois se erao que nos haviam dito!. . . A pazreinaria de maneira definitiva en-tre os povos.

Muitos deles aqui chegados,não mais voltaram a rever o céude suas terras e o riso de seusfilhos; ficaram, tal como eu, sobeste chão frio, silencioso, inteira-mente esquecidos.

Tempos depois de havermosdado nossa vida pela liberdade,a guerra terminou. Era verãoaqui na Europa e o outono já seaproximava. As árvores estavamfloridas e um ambiente de paze sossego desceu sobre os montese vales adjacentes. Senti-me feliz

por ter dado minha vida para

EM VÃO?...Por CLAUDIONOR LUTTGARDES CARDOSO DE CASTRO

Esta pequena crônica serve como um libelo contra os pro-palados rumores de uma próxima guerra mundial, na ocasião em

que acabamos de emergir de uma colossal catástrofe que avas-solou o mundo e quando ainda temos os olhos ra^os dágua dechorar os nossos mortos.

Se nos fosse dado ouvir, encostando o rosto no túmulo deum dos inúmeros jovens sacrificados na última contenda, os

queixumes pelo mesmo levantados, escutaríamos coisa maisou menos assim...

que um ambiente de tal ordemvoltasse a reinar sobre a Terra.

E comecei a me sentir ditoso

por me achar entre os que su-cumbiram pela liberdade. As fi-

guras de meus antigos compa-nheiros de armas, mortos antesde mim e cujas sepulturas ro-

deavam o local de meu eterno

descanso, voltaram ao meu cé-rebro.

Havia um russo, chamado Boris,

muito alegre e sempre pronto anos contar uma anedota. Tocava

gaita, nas horas de folga. Sabia

as , mais bonitas melodias do

folclore de seu país. Constante-mente, deleitava-nos com os açor-

des maviosos de "Olhos Negros","Barqueiro do Volga" e muitas

outras velhas canções. Vez poroutra, nos intervalos, contava um

fato qualquer passado em sua

terra: uma festa popular, a pe-raltice de seu filhinho, etc. Quan-do pensava no garoto, sentia-se

satisfeito por estar lutando para

preservá-lo dos horrores de outra

conflagração. E costumava dizer

que a humanidade era, toda ela,

uma só. O único ideal da mesma

consistia em viver em paz. As

denominações "povo

pacífico","povo

guerreiro", "povo escravo"

e muitas outras eram criações

dos políticos, para poderem con-

vulsionar o mundo com as guer-

ras. Mas esta seria a última,

dizia de dedo em riste.

Um dia, quando o combate se

fazia mais intenso, saiu numa

patrulha avançada e não mais

voltou. A gaita ficou atirada num

canto da tarimba onde dormia.

Outro bom camarada, foi o

Agamir, um indiano bronzeado,

de seus 35 anos e que veio incor-

porado a um batalhão imperial

britânico, onde havia gente de

toda raça. Nascera em Ceilão e

correra, como embarcadiço, todos

os portos da Ásia e África, a

bordo de navios pesqueiros. Sabia,

orientar-se pelos astros e, à noi-

te, quando nos achávamos a ca-

minho da frente, divertia-nos

com as lendas que nos contava a

respeito das estrelas e da lua,,

coisa muito conhecida de seu.

povo, lá na milenária índia. Mor-

reu em conseqüência da explosão

de uma mina terrestre, quando

seu pelotão de reconhecimento

fazia uma incursão em setor ini-

migo.

Tanto êle como o Boris, o russo

da gaita, foram dados à sepulturaaqui onde me acho e estão a pou-cos passos de mim. Mas nós jánão nos comunicamos como ou-trora, com aquela franqueza quenos era peculiar. Sentíamo-nosirmanados, naqueles tempos, em

virtude de fazermos conjuntamen-

te um grande sacrifício que, mais

tarde, já muito tarde, saberíamosser inútil. E não éramos ingênuos.

Tudo nos levava a crer no que,com tanto alarde, era apregoado

pela imprensa de todo o mundo

livre, como era conhecido naquela

ocasião o bloco de países quelutava nas diversas frentes, com-

batendo o nazi-nipo-fascismo.

Quando o combate se tornava

mais árduo e o nosso ânimo di-

minuia, algo servia para nos rea-

nimar no prosseguimento da cam-

panha: era a notícia da assina-tura de um dos inúmeros trata-

dos de amizade e ajuda mútuaentre o meu país e o de meus

companheiros. Abraços eram tro-

cados, debaixo da algazarra pro-duzida pelo despacho telegráfico.Momentos depois, marchávamos

sorrindo ao encontro da morte

que, se viesse, serviria como um

tijolo na construção do maravi-lhoso edifício da paz.

De vez em quando, um não

regressava. Não raras vezes, uma

patrulha inteira nunca mais dava

notícias de si. Novos combatentes

chegavam e a lembrança, a sau-

dade dos velhos camaradas mor-

tos amargurava nossos corações.

Mas o telégrafo continuava a

trazer boas notícias. Agora, o

nome de uma cidade russa, Yalta,

na península de Criméia, era o

assunto do dia. Lá estavam sen-

do assentados os definitivos pia-nos para a tão cobiçada e defi-

nitiva paz.

Quando o conflito terminou,

houve mais uma reunião em

Potsdam, na Alemanha, onde os

grandes líderes vencedores se en-

contraram. E foi quando, derro-

tado o inimigo comum, as dis-

senções foram surgindo. Ã pro-

porção que as tropas eram des-

mobilizadas, à medida que nós

íamos ficando solitários aqui porestas paragens, as mesmas cenas

que precederam ao grande con-

flito no qual tomámos parte iam

se repetindo: conferências sobre

conferências, tanto de um lado

como do outro, para as quais as

grandes potências, convidavam

os pequenos países, procurandoatraí-los para a sua órbita de

influência, com o que teriam ma-

téria-prima e potencial humano

à disposição.

E a técnica era a mesma. Sem-

pre se invocava a necessidade de

salvar o mundo, quando na ver-

dade pretendia-se, tão somente,

o aniquilamento de um concur-

rente no mercado mundial. Tudo

uma questão de dinheiro! E paraisso excitava-se, durante anos e

metòdicamente, o patriotismo dos

jovens de todos os países do globo,acirrando os ânimos contra a

facção adversária. No momento

em que a situação conviesse, a

convulsão teria início, à custa

do sacrifício de homens como nós,

vilmente ludibriados quanto aos

objetivos da contenda.

Por isso essa atitude que agora

mantemos, eu e meus companhei-

ros mortos, de indivíduos cuja

boa-fé foi traída. Francamente,

sentimo-nos revoltados, mais do

que nunca, quando ouvimos falar

que pretendem levar nossos restos

mortais de volta às nossas pá-trias. Como voltarmos ao nosso

solo querido na qualidade de he-

róis mortos, se o nosso sacrifício

de nada valeu? De que maneira

poderemos receber o beijo e o

choro agradecido de nossos fi-

lhos, se nada foi feito em bene-

fício deles e o mundo se acha,

como dantes, à beira de outro

abismo? De que valerá ser alvo

de grandes homenagens, com ban-

das de música e toques de si-

lêncio, se naquele mesmo instante

sabemos estar sendo tramada a

morte de nossos filhos e o deses-

pêro de nossas mães e esposas?

Não.nada disso. Nós, os mortos

de guerra, merecemos um poucomais de respeito. Que não se pro-movam pantomimas cívicas à

nossa custa, durante as quais ora-

dores lembrarão que é precisovingar nossa morte, sem se aper-

ceberem que fariam melhor se

pregassem o esquecimento e a

comunhão de ideais. Que se lem-

brem de nós, os mortos de guerra,com saudade, mas que esse sen-timento seja extensivo aos mor-

tos de guerra de todas as naciona-lidades, credos e cores, para quea verdadeira paz possa reinar

sobre os povos da Terra. Antesdisso, que ninguém se preocupecomigo, com o Boris, com o Aga-

mir e com todos os outros nossos

companheiros que nesta solidãonos rodeiam. Enquanto os senho-

res do mundo não deixarem o

hábito de prometer à humanidade

paz e de só lhe dar morte, guerra,fome e desolação, que não se

homenageiem fingidamente aquê-

les, como nós, que tão sórdida-

mente foram enganados.

Este chão é muito frio, as ár-

vores estão por demais nuas e

a neve não cessa de cair sobre

as cruzes brancas que ornam

este recanto onde nos achamos.

Mas, por favor, não nos levem

daqui, enquanto não pudermosrender graças a Deus por termos

morrido para a salvação da hu-

manidade.

— 65

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-194,

/jr O novo processo

.|ff jf PRIVILÉGIO

DE COTY EM TODO MUNDO

as partículas de pó de arroz e ronge

Processo exclusivo, máquinas exclusivas, dão ao novo

pó de arroz "Air

Spun" uma composição macia e

perfeitamente homogênea. E o novo rouge "Air

Spun",

feito pelo mesmo processo, é agora uma carícia

colorida, que pode ser escolhida numa gama de 10

lindas cores tentadoras. Novos tons, novas embalagens.

Peça uma amostra "Air Spun", indicando se deseja o

"ma-

quillage" claro, médio ou escuro, à Caixa Postal 199, Rio

Pó de Arroz e Rouge "AIR

SPUN"

— 66 —

BOATO QUE TALVEZ A

MAVERA NÃO CONFIRME

(Crônica de ZENAIDE ANDRÉA)

|OR MAIS incrível que venha parecer à

posteridade, o "new

look"" ainda teminimigos. . . e de ambos os sexos! Certo,no futuro, ao ser evocado, como de

praxe, o presente capítulo de renovação damoda, classificado talvez, pelos vindouros,como uma conseqüência do início da era atô-mica, haverá alguém tão pasmo quanto nós.frente ao fenômeno dessa inimizade. Quealguns homens não aceitem a nova silhuetafeminina com bons olhos, vá lá: ela é um

pouco, senão muito, menos objetiva que aanterior... Que não tenham maior dispo-sição para enfrentar o acréscimo de despesas

que lhes trouxe tanto pano a mais, e tantas"guepières" e tantos "balconnets",

na indu-mentária das esposas, filhas e demais paren-tas por sua conta — eis um direito que lhes

pertence insofismavelmente. Afinal, os pari-sienses tiveram uma bela idéia, não há dúvida,mas que tem feito penar mais os dignos filhosde Adão do que mesmo as suas sorridentescompanheiras já desabituadas do espartilhoe do andar e atitudes à Roxane. .. Quantoàs mulheres, porém, não se pode compreendermuito bem, a não ser invocando pesadas ra-zões de ordem econômica e até sociológica,

por que resistem ainda a um tipo de elegânciatão romântica. Pois não são elas afeitas sem-

pre a quanto relembre o esplendor de sonhoe poesia do século passado ? Mesmo as quese dizem ultra-modernas, as que, até no amor,preferem Hollywood a tudo mais, não deixamde ser sensíveis a tal influência. O própriocinema é que lhes dá a dose cotidiana de ro-mantismo, embora em versões exíguas e hábil-mente atualizadas, medidas a centímetro, demodo a torná-lo inofensivo, apenas necessárioao "standard"

do nosso dia-a-dia. ..

Não sabemos, contudo, se parte desseshomens e dessas mulheres, o prognóstico se-gundo o qual a próxima primavera abolirá,aqui, o uso das saias longas e de outras com-plicações das nossas vestes, ditadas por Parisontem e hoje, e mundialmente aceitas. Oprazer será todo deles, e delas, isto nem sediscute... A voz profética, entretanto, talvezvenha de longe, do Velho Mundo mesmo. Umavez nestas plagas, facilmente lhe deram, comoexplicação do que afirma, o pretexto do nossoclima —

que não é, de fato, muito propício,a tudo quanto levamos em cima do corpo,nesta estação, ainda que os vestidos não sejamde lã. . . Realmente, a capital da moda temfeito uns recuos sintomáticos na questão.Nada de muito importante dentro das linhasmestras da situação: um traje de rua maiscurto, uma saia mais colante, um ou outropar de ombros menos redondos, uma cinturaquase que à vontade. Tudo isto, porém, parao diário, porque a grande elegância, os mo-clelos "d'après-midi",

os de "soirée", continuam

imponentíssimos, ou melhor: românticos anais não poder. Basta olhar o que ilustra esta

: a§lna ~7. náo su§"ere logo uma estampa an-'ga? Aliás, quase todos os do gênero trazem

um clima espiritual semelhante, um ar degravura a Deverin e Gavarini. E, sob êles,_•orno àquela época, presumimos fe, se pro--irar, encontramos. . .) os folhos dos "jupons",

'¦ ;s laços de fita, as rendas delicadas como teias

üe aranha, as ligas côr de rosa, os coletinhos;e cetim ou os rígidos coletes de barbatanas.. .

A par, entretanto, de um ou outro detalheque possa indicar novas mudanças na silhuetaconsagrada, vemos a insistência com quevanos dos mais ilustres figurinistas francesessituam a mulher na nova concepção da modapor eles lançada, também para rua. Apesarae simples, os vestidos matinais continuammuito "estudados".

A saia não é demasiadoonga, mas... em verdade, nunca o foi, con-

forme sempre acentuaram todos os cronistas,

tendo havido apenas alguns exageros. Nos

modelos para tarde, deparamos agora, o mais

recentemente, uma tendência cada vez mais

requintada de feminilidade, que se generalizade um para outro

"atelier" parisiense.

Por tudo isso, e mais pelo "charme"

da

mulher patrícia, aguardamos uma entrada

triunfal da próxima temporada elegante, a

começar neste mês, com o Grande Prêmio

Brasil, que antecipa o advento da primaveraentre nós. E não acreditamos que o calor

do Rio, mesmo em setembro ou já em no-

vembro, seja motivo para que caia o "new

look, se até lá Paris não o quiser. . .

GERMAINE LECOMTE — A primavera jáestá presente nesta radiosa criação para noite,que ora nos chega de Paris.. . Ampla saiade tafetá róseo; corpo e túnica de seda tam-bém rosa, listada de preto, guarnecidos com

ponta de renda negra.

A IMPERIALSimões & Alijo

Apresenta sempre no Rio, em1? logar, as maravilhosascriações da moda nos «ate-liers» de Nova York ede Hollywood. — GonçalvesDias, n? 56 — Tel. 22-1296. -

— 67 —

Grandes nomes

da famosa

costura

francesa...

||&

' ""^ ¦¦• -''

iJJr^k. ^^^^BB| BH?a

'flK^P ## ^1 |p

-SiL,í mm"a%ã^^ •••^

a^fe^M; yB Hg|Br' jjpBj^

•-TJwl^v^m ^H BBP

S bW. ,rí-^ÉiMfc' ^^H IN"^PMJ

WM^^^Íimm^^mmmM: ^^B B»--'^'

^afl Ir^sl Ift, ^^ MU

lis II HÜ bbW ^"J wÊí

I l|l^' "'^-.^'' »fl BflW ^B BI1 ígf- - ¦

.. ;/*< BlBB BBl-"- ^bbj

*r í ¦ ?« S ísl BBI BBhíBmW "«.;', I: BB/ if> ^k- | 1 $$H Jf|--. . ^* tf* *"¦!

Vestido para noite de JEAN PATOU. A imensa saia

de mousseline branca com liláses estampados é usa-

da com dois forros de mousseline um violeta e outro

rosa. A mesma mousseline drapeia de um lado do

corpete e termina num grande laço.

Vestido para noite de JEAN PATOU criado, origi-

nalmente, em belo chamalote branco.

Uma das características da moda de 1948 são as saias

amplas levantadas atrás. Como exemplo vemos aqui

uma criação de MAGGY ROUFF. dentro desse es-

pírito: vestido de renda negra.tendo uma faixa de

cetim rosa no original.

Vestido para noite criado por JACQUES FATH em

tafetá negro. O decote e o babado, colocado atrás

da saia, são de bordado inglês.

7-;";" ,-,¦ ¦- !'¦

*\ 4'$

JÊ KL

p ^9 A para embelezar

€; Mm: ;.jfl K '

I ^

as mulheres

de todo mundo

l.VM&.i;«i'?tiÃffl"^iiiãi-B-/va^ „.<

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

B. 14.011 —Vestido de crepe «mousse» cinza ou preto. O

corpete com decote quadrado é abotoado na frente. Longa

echarpe de cetim «bordeaux» e rosa prende-se na cintura.

B. 14.012 — Uma echarpe de veludo negro com forro rosa,

drapeada de ambos os lados da cintura, desce a\é a ex-

tremidade da saia. Corpete cruzado e abotoado do lado.

Fundo rosa no decote e botões brancos.

¦"^» flBJ^BJ ¦lei''" lei ¦ VÉiãS ils» flBflT

§^BBflflfl\'

\ Aflflflflflflfl\ BB^^BfV^I ' ' "• »wf^^B fliflfl Bft

SBBflv HflflflflYJflfl^r wJbb v-^1 i Bíl !H

flflBB flfl B^ÍB/ VflBfl \ I / BÜÊi IKtij'fll B^IllilflBaPirí-»

^Bi Be^fle BflBfl v B ^^B^BVcc^wk--' J^H Bflflflk • \ M^BB^SeBB^flBJ&^^^flBB^P"^

BBB -l x^^VflBBfle

- 70 —

B. 14 014

B. 14.013 — De crepe «mousse» ou crepe «mat», com uma

echarpe em «drapè» sobre as cadeiras e caindo em laços

de duas cores, na frente. Echarpe drapeada em duas cores

também no decote. Mangas três quartos.

B. 14.014 — Vestido de «lainage» marrom. Corpete bem

justo, cruzado e drapeado dos lados. Echarpe incrustada

na saia sobre a costura do lado drapeia-se em viés no lado

oposto e com um forro de tecido de côr. Decote em

ponta de lança.

B. 14012.

¦

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

B. 14.007 — Vestido para tarde fei-

to de dois tecidos. Tafetá «pékiné»

para a blusa e tafetá de uma só

côr para a larga saia em forma. A

faixa da cintura bem larga e dra-

peada é igualmente em tafetá.

B. 14.008 —Vestido muito colante

em crepe «mat» ou crepe de lã

cinza. Decote repuxado. Saia justa

indo até o corpete sob faixa bem

larga e drapeada, em crepe rosa.

Luvas cinza.

1 %2flPü3^HP^' ^^ssíw^

I lü ^r ^3HHMHM^HB^H^H^lV^HH

d$L jr ^^f

tr^ mM, -M m vXiãflfl ^^rff (*tt /0m' rw™^^^^ flB wfl\

*SflflSflB i ^ ^?~\kWBmm !'¦ :'/lÉ^I HhhHIÍ^I flB Hllfll HlíjOÊKÊÊ W3h I

''WSÈ flMMBB flK8§fl rv. S liai

JoflH BMfll Hr fc^-^arl Pfl*'¦ ^Hp^ § flfl flllH

^^flfll Hfl\ â*fl^ flBv ' Kjflflflfl !¦> I -tB iflB WÊT

B. 14.009 — Vestido de crepe

«mousse» marrom. Uma echar-

pe em crepe «mat» verme-

lho vindo do decote, desce

em viés pelo corpete e ter-

mina na saia em forma.

B. 14.010 —Neste vestido de

veludo negro, com uma pala

de renda, a faixa é uma longa

echarpe drapeada na frente

com um nó atrás. Laço cain-

do até a extremidade da saia.

— 71

v/IDA DOMÉSTICA AGOSTO-lüíl'

BBflflflflflflflflflBBBBBflBBHBnBH^^i^^ * -~ * -i*;-- iJ1"-r'l)'w,"»-',",^"lr11^

^-- - — ¦¦¦*>», «t-^w-^ju j j., ^' ^" - ¦j.-jt-w—**, BBBB38B9^^^^g^rifÉT,.

. JXRx £>> '^^l^^^^^^^^fl*^1^"-»»»^¦

^

¦'M&fll BBi

flfl W^'

Delicado conjunto matinal de HEIM. Saia em

«lainage» listada de vermelho e branco. Casa-

quinho azul com vivos nas mangas e na gola

do mesmo tecido da saia.

Um duas peças de MAGGY ROUFF. Saia de

crepe «marocain» azul. Blusa de crepe «ma-

rocain» branco pontilhada de vermelho. «Bas-

que» com babados duplos assimétricos. Cinto

de verniz vermelho.

Criação de JEAN PATOU para tarde em seda

branca com «pois» azuis. Sobre a saia pode-secolocar uma outra saia móvel em tafetá azul.

72

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

JEAN PATOU — Vestido para tarde em crepe

róseo. A saia é completamente plissada e ornada

em baixo com «casas de abelhas». Sublinhando

o talhe, cinturão de gamo marrom.

Vestido matinal de JEANNE LAFAURIE criado

em xadrez vermelho e branco. Decote amplo

em forma de coração.

Vestido para tarde de JEAN PATOU em seda

leve quadriculada em cinza e branco. Grandes

bolsos drapeados.

73

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

588 — Vestido para um «cocktail», em seda ornado com

bordados em marrom.

|*^í

.-/ bordados em marrom. *'jwSíSSêí***

3» 589 — Costume para tarde em tecido ou seda amarelo. i^^^2^Ít^V ^sT^^m^

Ornar com bordados ^È^P^^W j€ *!*!$^ ¦

590 — Costume para tarde em crepe ou seda azul. A partesuperior é drapeada na frente e atrás. «Basque»

«godets».

— 74 —

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

• ': .'" ! v.

¦¦¦..¦ » ! - •

v ,v i'|^

"^ * I ! \ \Onfr'0 M#4>^ c*£

591 - Em tecido rosa oste vestido para todas as horas. Blusa 592 —Vestido de duas cores

para qualquer hora do dia.

ornada de fitas de veludo. «Bolero» e saia com «volants» de 593 — Vestido estampado com «basque» e saia em «godets».

rendas valencianas.

75 —

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO-1948

«Robe manteau» de HEIM em

íã leve marrom tendo na cintura

«basques» soltas com vivos de

renda branca. Chapéuzinho «ca-

notier» em palha branca.

Costume de BRUYÈRE para tar-

de em jérsei marrom e «lainage»

«rosée». A blusa é ornada com

um «jabot» em renda marrom.

Em baixo:

MODELO —ANDHRÉE—Uma

rola com as azas abertas orna

a frente deste «canotier» em

tela negra.

MODELO ANDHRÉE — Chapéuesportivo em feltro cinza ornado

com laço de chamalote da mes-

ma côr ou de côr diferente, como

no original

B_8 PL\ ' ____/' JV^^ÊÊÊv ¦;'')^'^a»wSSS 1_L__ '

'ü ¦ j_____I ___¦ ¦ ¦ * 3_£__E_HBBSr^HK> ¦ w*r ^w ':",: ifti—w MHs' !«; ¦• S ¦ ' ___T \~___i '"IMbB!

— 7(i —

At;OSTO-l»48VIDA DOMESTICA

Ao lado:

CRIAÇÃO ANDHRÉE-Pequeno «canotier»

em fita «bayadère».

Em baixo:

MODELO ANDHRÉE-Chapéu com duas ro-

dilhas em «gros grain» abóbora com um tufo

de penas de avestruz ao natural.

flK '*$$t<£%>x>%i* "jK iL \ l . m. lk m 'JiH i-f^^J^rQ '¦ '"¦ '" :^^^*'^^B ^^^h> ^^O^BBflB flfli

JEAN PATOU — «Robe manteau» em jérsei fl I

azul-marinho alegrado por uma gola ampla B^^^^fl£ flfl

enviezada de tecido com listas vermelhas fl flfl I

brancas. BflBflflflBBl flfl 'JÉÉ -*Bfl fl '-'IBflRBflflfl

flflflflflBflflf ^BflflflflBBBflflflflflT^ üfl "•^

BBflBflBBBe ^^JWS l , sSãllHa

Os Rouge Líquidos «ROSITA» (para peles claras) e

«POZIONKA» (para peles morenas) foram especialmente

preparados para darem às suas faces uma coloração na-

tural. Para terminar a sua maquilagem use o pó de arroz

«Rachel-Rose» ou «Copacabana» as cores modernas. Afa-

mados preperados de MME. SELDA POTOCKA. Peça

amostras para R. Carlos de Carvalho. 47 — Rio.

77 —

:-:!:"-.- -r-^crr...,-..¦.. ~-¦;">.;'. -

¦.

VIDA DOMÉSTICA

j

597 — Vestido para «cocktail» em crepe «geor-

gette». A barra da saia e as mangas emplassao ornadas de fita de seda de duas cores.

AGOSTO-19,<íj

598 —Vestido para «cocktail» com casaco

de seda listada. Saia de uma só côr.

599 —Vestido para tarde em «taffetá».

Saia muito larga e pregueada. Rendas

plissadas guarnecem as mangas e orlam

a pala.

78 —

BBL

COPA € COZMHA

*«£&:a ;¦!s"":'"*a-",a« ¦•*¦• j'á«j, a ;: .

• * i

sr- ¦ > .7

cacil°a T-

,rado Pe*a Sra" clichês de

celtas de u

,#00****

2S0g-deO ttmêndoos P

150 «• de

toxx°daS"

B4 hK>"v v\ "f

!**>-, v- ;*a* *** **

li*..- Jw^^jwtsaSf^^ ¦"' 1^Bfl

• - ^m^^sSmWÊmVÊ^SU^^iSSlI^Si'^'•:*-,-\:<%' t;.»<í»$&ãraB&ifSlÍ Mi^™MBB BBb:'¦>' "' ' '

fJjWfer- <wfc :»*B*gdBBg3rajèiamB B-, - *%%%:

kB^Kw^BV^ ''{^5í*'^Ér!^í»»Í^M(^ BBJ mMfíÊk TÊtüf::í^f^w?çBfcjBvjPí;;.%7PJn«' .\^HPBbb Hr9 Br*^rB Nbb^j88BoJMro^í'^Bg ''*$B| BafSflBtÉpl Wm 19

¦"^BwKm '•*»*•'•' jJrSbSI"

"" J^^flB BHBrJ H^i»»Bfl BBB^tefc. «i

ákmmmwi *, »-trai mjám HÉk" iS"-«MM"* jjl BF-'ik ^íaBBBBB ^IBBi bWB^^ Bff^

l^SÜPán ir -^bh BMé^^v E^bbbI B^^^ BP^^:

ItwKJBet^BI BBfcw •-- "•" ' a^Í#BB| ^KBg^mm^s^^j^^m ^mm^mm»m BB '%ííâiv'#\v

laMKllBj Br^BJ fflBBJ '.,-v "a'4'?' l«I9SK9ABHBBBM 'M ^aifll l!ik.^BBflflflHn Eüf K\iáL vi! *-«

%r>:'->L ^ ¦.Êàm BbbbbI El BIB BÜ3 i^ '.:.:

jv;''vlHfc *'*/

i- 'í/JBbbk^^- ^ ¦ a^i BÜ^Ijm m&m EJI éési^H 15 - |«| Ç.

u^Smmk ¦%* '• ¦ * - € PI P^8BH * ^ -: .wíí

%-.s ¦ .a >f. í'^PBma'm'-iW';i^%tP*-'a a • ¦ **-*¦. *. .- -.-jbbbt •lt*A^.-<<s&^' ;^••\\ -.-Vi^ly*? *V-, ' ¦¦^BBaBBBBBJ ^^JÉteSihpgf*^^ ^: ^-- * '¦ ¦ "-•'-a •' ¦'" aa. ,. ^. -a^ ftâmmv&vÈF '-¦"¦\^ *** *

iv ^^'.'fi'. -'"¦.«'¦!', ¦?¦- '>sí. . i r' .t ^|BBjtaBBBJaWBBBBtlMBMWsaRSI^ '•*

^< -^ <(,>*'.-.ft-i. ' . .,ví>W$$K£^ia

' a, . v,^aK^i3HfflBÍHH»PJSfe3SeSKPg^^ -lià-*%!!?' '' "'flBt.'»i'-ft* ' ^^*fc,"í'i-t -

u -^

a *^Sa^*> ^C%xa'«.m.\'^^^:>- *' *

.-¦-*:.:. 1-iA- ^.>.-s.^ j? _ .. a.a.^aa«^ ^ri. ^ ,a _, |í; -...¦¦ .-' ...;¦'.- *.a. ¦¦ ¦;.....- ' ..i i- . a_-/ ___^„,

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

COPA ;E COZINHARECEITAS EXPERIMENTADAS PELA

SRA. CACILDA T. SEABRA

• Maneira de cortar uma garrafa — Imerge-se qualquer torcida dealgodão em essência de terebentina ou em petróleo e enrola-se em voltada garrafa no ponto por onde se deseja fazer o corte.

Deita-se-lhe fogo e quando êle se apagar, mergulha-se de repente aparte assim aquecida num vaso de água fria.

O corte operar-se-á imediatamente no ponto onde esteve a torcida dealgodão.

MENU PARA O ALMOÇO

Ovos com molho de carneBifes à carioca

Couve-flor em cremeBananada com ameixa

OVOS COM MOLHO DE CARNE —(sobre pirão de feijão) — Prepare umbom pirão de feijão preto, arrume noprato, faça sobre êle pequenas cavidadesquebre em cada uma, 1 ovo, polvilhe-ocom sal, regue com o molho do bife eleve ao forno.

BIFES À CARIOCA - Tome um bompeso de alcatra, corte em bifes, tempere-os e fnte-os.

Na gordura que fritar a carne, juntemais 1 colher de banha, cebola, 1 folhade louro, 6 tomates grandes, um pedaci-nho de aipo e cheiro verde.

Refogue bem, junte 1% copos dáguae sal a vontade e deixe ferver até en-grossar para então passar por peneira.

COUVE-FLOR EM CREME — Cozinhea couve-flor em água e sal e escorra. Se-pare os raminhos, frite-os em manteigae cubra-os com o seguinte molho: doure1 boa colher de manteiga com 1 de fa-rinha de trigo, e aos poucos junte 1 %copos de leite, até formar um creme. Adi-cione fora do fogo 2 gemas, cozinhe-asem fogo brando em seguida.

Junte depois 2 colheres de queijo rala-do e sal à vontade. J

BANANADA COM AMEIXAS — Esmague bastante 12 bananas «prata» bemmaduras, junte 200 g. de ameixas PrT-tas passadas na máquina de moer, % quí-

?,iÍe arÇUCar e 1:colher de s°Pa de min-leiga. Leve ao fogo muito brando atéa massa tomar consistência bem grossa.

Despeje ainda quente em caixa vasiade bananada, forrada de papel imnermeavel e deixe secar. P

MENU PARA O JANTAR

Creme de legumesVagens à francesa

Língua afiambrada com talharimPudim de maçãs e passa

CREME DE LEGUMES — Leve aofogo 2 litros de água fria, um pedaço decarne, 2 ovos e um pedaço de paio. Dei-xe ferver lentamente durante 1 hora

para então juntar, 4 cenouras, 2 batatas,1 alho porrô grande, 3 tomates, % couve-flor. Cozinhe durante 20 minutos e passepela peneira.

Quase na hora de servir, adicione 1colher de manteiga.

VAGENS À FRANCESA — Cozinhe %quilo de vagens já limpas dos fios emágua, sal, pimenta do reino e 1 cebola.

Escorra a água e reserve.Ponha na caçarola 100 g. de manteiga,

salsa picada e um pouco da água que re-servou do cozimento. Deixe ferver umpouco e sirva.

LÍNGUA AFIAMBRADA COM TA-LHARIM — Corte a língua afiambradaem fatias cozinhe-as até amolecer, junteao molho bastante tomates, alho porrôbem picado, e 1 colher de manteiga. Pas-se estes ingredientes pela peneira, junteazeitonas, pedaços de presuntos e 1 co-lher de qualquer molho.

Cozinhe talharim fresco, passe-o emmanteiga dourada e arrume-o de um la-do da travessa e do outro lado a línguaguizada. Cubra com o molho e sirva oqueijo à parte.

PUDIM DE MAÇÃS E PASSAS -Corte em fatias muito finas 6 maçãs jádescascadas e cozinhe-as em pouca água250 g. de açúcar e 250 g. de passas sem

STrf- °fehesf?iar- À Parte amol?.

ça 200 g. de biscoitos «champanhe» emleite, esmague bem com o garfo, junte5 ovos inteiros e 1 cálice de vinho doPorto. Misture esta preparação àpr°

Z\\XZ?£. fÔ™a ™eIada- A-eForno quente.

COMO APROVEITAR SOBRASTORTA DE CARNE ASSADA OU CO-

Vn^it 7 PrePa;Ç Qualquer; massa paratortas, forre a forma, encha com o re-

cheio cubra com tiras da mesma massa,PueC<t °0m gema' G aSSe em forn°

Recheio: corte cebolas, tomates e re-fogue com gordura, adicione a carnepartida em pedaços, misture bem, junteazeitonas sem caroços, pedaços de pai-mito se tiver na ocasião, ovos cozidos e«petit-pois», misture um pouco de caldo,deixe ferver um pouco para engrossaro molho e junte salsa picada.

FRITURAS DE PÃO VELHO - Cor-

ftLP'ã0 d1Ur° em fatias mais ou menos

tenT1'6^8^ 1 °V0 batÍd° e miS"turado 1 xícara de leite e 2 colheres de

queijo ralado. Una de duas em duas fatias com uma pasta de paté ou uma tiri-nna de queijo ou ainda presunto etc

Passe em seguida em farinha de' rôs-ca e frite.

BOLO DE ARROZ - Aproveite o ar-roz de véspera, juntando ao mesmo, 1co her de manteiga, 3 colheres de queijoralado, salsa e cebolinha picada, 3 ge-mas e um pouco de nós-moscada.

Arrume metade desta mistura em pra-to raso de pirex coloque aí, um bom gui-

— 80 —

zado de camarões com creme, cubra coma outra metade, pincele com gema e Wao torno. Sirva no mesmo prata

^/SALGADINHOS COM PÃO a^^..Jeca o pão dormido em tóte môrno^'passe-o pela peneira. no

G

Junte a este «purée» sal n™ *>,«, ^nós-moscada e salsa ficada

m P°UC° de

STsSMríâSH

DESEJANDO SOLUCIONAR OTTAtQUER DUVIDA ESCREVA PARAnSEGUINTE ENDEREÇO °Uma. Sra.Cacilda T. SeabraRedatora da Seção "Copa

e Cozinha" darevista "Vida Doméstica-

Caixa Postal 2981Rio de Janeiro

Correspondência (no fim da revista)

DOCES DIVERSOS

BOLO BREVIDADE — Continuação da pá-gina da ilustração.

MODO DE FAZER: Bata bastante 200g. de manteiga com 2 xícaras de açúcarAdicione 6 gemas, 1 vidro de leite decoco, a maizena, farinha, fermento e sal

Bata bastante, deite em 2 fôrmas rasasuntadas e asse em forno regular.

Geléia de damascos para o recheio ea superfície.

Ponha de molho em água morna 200g. de damascos secos e uma hora depoismude e água e leve ao fogo com 200 g. deaçúcar. Passe pela peneira e recheie odoce.

Á parte, amoleça um pouco, alguns da-mascos (mais ou menos 50 g.) e cozi-nhe-os em calda mais ou menos em pontode fio.

Estes damascos são para enfeitarModo de enfeitar o bolo:Cave o bolo, um pouco na parte de

cima, deixe uma barra de 2 centímetrosde largura unte esta e os lados com ge-eia e polvilhe com amêndoas, moídas etorradas.

Encha o meio do bolo com a geléia eao redor coloque os damascos inteirosTermine com folhinhas de glacê verde

GELÉIA DE MARMELO — Cozinheem água, as cascas e sementes dos mar-meios, tendo o cuidado de aproveitar sò-mente os muitos frescos para não da-rem mau gosto.

Deixe ferver bem até a água ficar go-mosa. a parte cozinhe os marmelos des-

mSaS ° CleP°ÍS jlmte a ágUa da *•

Passe tudo pela peneira e por umpano úmido. '

Meca então a água em copos e juntetantos copos de açúcar quantos tem deágua e leve ao fogo.Tão depressa comece fazer ondas «*_

latinosas retira-se do fogo.

.'GrmL1ATwINA DE UVAS - So<^ bem

1* I „de UVaS' lave êstes bagaços com

pano? a ferVendo e côe tudo por

nhndlC°T,m,;Ít0 bem' jUnte % C°P° de vi-

cad* ri0*? Gv5 f0lhas de -elatina P^a

úmL ?°>ãe*hquid0- Côe P°r um Pan°S

' Jrte frUtas Picadas e ^ve à ge-ladeira> Mexa de vez em quando até a fe-

as frJ»T*r consistência e deste modoas fiutas ficam espalhadas na gelatina.

na^ANH?LAS - Tome coco fresco,

La"t°' Jetire a Parte branca e com um

orflf\d°r í batatas' tire fita* com-

Kf f Parte' PrePare calda em pontode pasta com 300 g. de açúcar e 1 co-

turP afUa ° Vá deitando aí as fitas. Mis-

nm «2? P0UC° ° Vá deitando aos montesem pedra mármore untada.

ovoALGA*DINHOS DE OVOS ~ Cozinhe-ovos, corte-os em quatro pedaços separeas gemas (reserve as claras) e misture-

mós?rdaqUeiJ° ParmeZ°n' mantei^ "

orff^ ?aí imia pasta ° com o saco df-ornamentar faça pequenos "suspiros" só-oie as claras.

Enfeite em cima com uma passa.

T^nALGADINHOS COM AMEIXAS -•

laça uma pequena massagem nas amei-xas e com cuidado retire os caroços,

tn n£?í prePare uma pasta de presun-

móm ' PaSSas também passadas pelamaquina e manteiga.

dêPformÍe fS afeixas com esta pasta.

pape° gantG G U'Se em caixctas de,

AGOSTO 1948 VIDA DOMÉSTICA

¦'¦"'.jM'' V-V'*''-•'¦^te'-***- ,r!«^' ¦ '^W ^^í »ii ¦LflVflr

'"ê**"" '^ÊÈÈk. JÉÜ PS tffl !¦

^flM |Mft|g|jgH| flflJt? jflfi ? flfl HflfiBIlf: V

Vestido para tarde de «chez MENDEL» em

chamalote sépia. Saia toda drapeada atrás.

Criação de JEANNE LAFAURIE —Vestido sim-

pies para manhas em «lainage pied de poule»

cinza e negra com saia em pregas soltas. Cinto

e botões em couro envernizado negro. Punhos,

gola e a parte inferior da saia em «pique»

branco

V

Para noite, CARVEN sugere um esplêndido ves-

tido de organdi branco com motivos bordados,

enriquecido com uma barra de veludo que orla

as bainhas do casaquinho e da saia.

Uma nota indispensável sua elegância soo a

belos bem cuidados. Umas gotas do TÔNICO N?,1 (para

cabelos secos) bastam para restituuem a oleosidade na-

tural e a vida dos seus ^{^"g^^ScíÂbrilhantes. Um preparado de MME. SELDA POIUOK.A.

— 81

_. ....... _..r

rr—

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO-1948

594 ~ Vestido para «coclctail» em seda estam-

pada côr oliva. Saia com guarnição em pregas

pela parte de trás.

595 — Vestido para «coclctail» em «taffetá» ne-

gro. Ornado de flores apresenta a forma de

avental, tendo a saia pregueada.

596 — Vestido para tarde em seda com «pois».

Volante em forma nas costas e, nos ombros

um laço.

^B#v ¦']}>., LU\ U\ ^mm\ ^Pmm\ WtÊÊÊmmmm

.......... t*n-**A''""' ^^Ht '¦$¦*""*'¦-¦¦ m\\\\\\\\\\\\\\\\\\w9m\\\m\ ^m\mm\ Wr^ mm W&kJÊm mw

m^z Mm. Mm mw^y^^Êmm. wt ^^Umr^ mW

^^-3mm rB

™m\ ^mÊmm WmtÊ^^sSBk ym Br--. m\W m\r mn0Âv

JlktB Bfe #•! Bi fl fl BkjB Bkíí^'iSBrl^B ^fl B^ i^k

flf :'^Hk*flR &1^B1^^B v*^ fl B'B:fltÍl'^fl -. Z^Jl^j^Ê

j^flflflÉfl {«^Bkrf^flB ^^m*m^m*mmw^ \wk\wÈÈk W\^^

mm. f // / ?

flM » « U I : i U? i i | | I.{ I \ \ \ ¦ —•-... ,|; í t ! j ; | .j , >

m*M. i í * i * t i ' ! • j

— 82 —

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

^BflVIBflBflW ^&^

BflW *&fr

1do sensacional

sucesso de víBfflÈmmR

outra surpresase prepara ^

,{

para você f*

wVIDA JUVENIL será uma nova re-vista, dedicada à mocidade brasi-leira. Está sendo preparada com omesmo cuidado redatorial com quesão feitas «Vida Doméstica» e «Vida

Infantil»! duas revistas já consa-

gradas pelos leitores.

AGUARDE,

EM BREVES MESES,

^^^O APARECIMENTO DE^V

vii)i]np— 83

•• ' .,", '-— •"—=•—^-..

¦ ..:

_

¦

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

7

li

li

Ê" ff ¦'i-:£8B 4 — Vestido em crepe mate, preto ou azul marinho. O cor*

W& ^1 pete justo, tem decote em redondo, guarnecido de um

%-v W bouillonné em lacinhos, de mousseline rosa pálido. As man- ^SJKSW

I sj " ^ gas se alargam sobre uma dupla manga de mousseline .jHffijlflSI

' \ ;\ franzida sobre um estreito punho. A saia moldando os qua- (B*>SSfc5»

/ w1, drís, abre sobre dois altos babados plissados. JPfWK^\

11^ #P P .^ KII ^ ES y^^^^^ | ^ m

¦ K ^ ST^ .^ m x^^^ m ^è ^ ^^ ^

«( PP^I I BHr I -í"y/^**'!^í Kt^K?* } W7/ü ¦^^^1 I JEr I //~v»jÉ ife^^^sa^^^

m *%K ra K ^vi ^^^

— Vestido para confeccionar em tafetá' ou crepefaille. O corpinho e o alto da saia, inteiramente traba-lhados de nervuras. Mangas três-quartos. Gola e canhões

em lingerie.

— «Robe-manteau» em lã fina. Feitio cruzado, obo-toando do lado e guarnecido de um drapeado subindo e

arredondado abaixo da saia. Mangas três-quartos.

LUVARIA E GALERIAS GOMES - Ouvidor 185, até Ra-malho Ortigão, 38 — Bolsas, Luvas, Meias «Cysne», Lou-

ças para presentes e um mundo de novidades.

• 84 —

. AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

— Vestido de lã ou

shantung. O corpinho,

ajustado, fecha na gola

por um grosso botão

sob uma gola virada.

Mangas três quartos,terminando num ca-

nhão. As bandas incrus-

tadas na frente da saia,

formam prega cruzada

adiante prendendo na

cintura por duas pinces.— «Robe tailleur»

em lã fina. O corpinho

abre sobre um coletede lingerie de golaalfaiate. As pregas do

corpinho e da saia são

seguras por umas cru-

zetas feitas dos viéses

do tecido.

À direita: -- Vestido de tarde em lã fina ouseda. Corpinho ajustado, de mangas «raglan».Saia em forma. Uma abinha em forma coloca-da na cintura. Pequenos oolsos verticais de-

bruados.

ÊÈrJ&

§^"lfSk Iw'"^feü \

gsassí ãttmi.JÊ | /'

M tm Km ^ ÍmÊ^Ssfc* flr ^SlsflWflk JMÊÊk IMÉI^

.^¦¦fll flW 1 Hflk /^' tr *\ PrMa II) I* Sifllfll Kfll flflj '-"¦'¦*' ^{ - \ \. flBfljl E&íHfll ¦

'¦/! ^ Ki. ÜMÜ Br:-!l

^"^¦¦¦¦^E^l^Hfl^flWk V'%È /^'#J^''; «àK H--«-:^^S^WÉPlM";':"flB\

fll r- li ¦¦^'¦' / fcl" lá \\

fll ¦ ' jM^ v'M PI kV

Al ¦ *''¦ '"i*i ¦ ''-Híl wm H&

fll ¦ >m ts? fjf%

fl ||,

•¦<: ^ '

j

' '

fll ' C~rA>fl .v -is 1 ' '¦'»

jflj ;,:='íV". J. ; 1

Bf-r,r '1 ' •• r Iri

AH ? ¦=

3 — Vestido para a

tarde em lã escocesa,

O corpete que desce em

ponta adiante, sobre a

saia, é guarnecido de

um recorte repicado. A

parte detrás da saia é

a fio direito. Á frente¦\m

viéses. Mangas co-

lantes.

CABELOS BRANCOSsó tem quem quer,quem os não quer, usaJUVENTUDE ALE-

XANDRE.

• 85 ;| \

VIDA DOMÉSTICA

0.175 — Vestido com a blusa "vieux rose" abotoada nos ombros,baia cinza com pregas presas; iniciais bordadas sobre fundo cinza.°u17(L"~ Costume com as nervuras do corpete descendo sobre a calça

bouffante" com elástico nas pernas. Mangas curtas com punhos.Bolero arredondado na frente.

0.177 — Vestido "vieux rose", tendo o corpete uma incrustação detecido fantasia. Gola e punhos de "linon". Saia franzida com bolsos

de tecido fantasia.

0.178 — Vestido de "lainage" em xadrez. O corpete e as mangas curtas

cortados na direção do xadrez e a saia franzida em viés. Tiras emviés ornam a frente.

0.179 — Vestido de "lainage" cinza. Pala arredondada com nervuras,

mangas curtas com punhos e saia com pregas arredondadas e guar-necida de nervuras.

0.180— Vestido de "lainage" clara. Corpete simples com listas en-

viesadas. Gola e punhos de "lingerie". Saia franzida.

0.181—Vestido de "lainage" vermelho. Pregas no corpete e mangas

franzidas nos punhos. Saia em "plissée".

A beleza aíraeA beleza é o maior atrativo da mulher,por isso mesmo, deve ser cuidadosa-mente conservada. A pele que não res-pira resseca e torna-se horrivelmenteescura.

O viço, o brilho de uma pele viva esadia voltam a imperar com o uso doCreme de Alface «Brilhante» — Expe-rimente-o.

reme de Alface

AGOSTO-1948

;(/ \. <--•; " ' ' ~ ' ""'"j

O, |?5 O aÉP Cp ^^-ífèfi* °gP

— 86

AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

¦ • • ', •¦ ¦¦¦; ¦ ¦"¦¦¦ ¦- ~^~-TV^r-V^^r^,

.„ .-,._. -

V t/ í éo que você mais exige!

E... a criação do Pó-de-Arroz Tormento

foi confiada a ^UM-fá $t-

PANAM — CASA DE AMIGOS

— 87

'«*

Nesta página encontrarão as nos-sas gentis leitoras, seis lindos vesti-dos, criações felizes da moda pari-siense, sendo a partir da esquerda:1? — um alinhadíssimo vestido pa-ra a tarde, em crepe azul noite. Mo-vimento de drapé em viés, rematan-do num laço no lado esquerdo.Mangas colante. 2° — Vestido emcrepe grego, fingindo um «duas

-«.

*£ã

w* > -

'¦>%>.

*\ r !;¦':

F.I093Í

V

r.ioysè

fndl /v.m"M

i i

yU

F.iO'95F \oJ»56

'? .,' /

^^¦'

F. i095 i

h/Ã í

i n

peças». Pequeninas nervuras dispostas em leque, com recortes à frentee ao lado. Cintura embutida. Saia direita com pregas cruzadas na fren-te. 3o — Elegante vestido em crepe «mousse» marrom. Largo decoteem crapezio. Drapeado do mesmo tecido, partindo na frente das costu-

^tde,baix? dos braços, cruza-se adiante, depois atrás, nas costas,voltando a dar um no adiante. Mangas colantes. 4° - Vestido «habillé»

em crepe florido. Corpinho justo guarnecido por duas bandas cruzadas,

^!S^«°nmQPteqUeíiaS P1^gas- Saia larga* de três Panos Passados. Man-

gas tres-quartos 5° - Gracioso vestido em crepe mate fosco, côr de

^LCOmr e; L-°nga, tunica em forma> caind0 sobre uma saia a fiodireito. Incrustações de renda, tom sobre tom, no corpete e mangascompridas terminando a um punho. Finalmente o último mòdê-Io ae vestido, sendo o corpete drapeado de cada lado sobre um recorteformando bico adiante. Saia franzida atrás e nos lados. Mangas colantes.

«Modelos de Paris, exclusiva publicação de «Vida Doméstica» no Brasil»

JÜP^ rfÊÍfèl MOCINHAS j^

M'm(fr ' "> i 1 /"" %

V' 13-745 — Vestido em tafetá ou á0§y ^KWjgl .Vy V3\

^ *| ^repe fòsco> rosa. O corpinho mol- ÍOÍM Z>~ jBL^11 fi \ , g£

canelo a cintura tem a enfeitá-lo Jh i - *M\

I \ wf, X <fi? >v5L Um flchu cobrindo os ombros. Saia J§ ¦'" 1©' JÊÊÊ4 %ff/ %*y WÈ ?nga'

franzicla um pouco abaixo V Jh-dKüáli M l"\

*$K fflL ,

Clntura- Tií,a de cetim na côr, /f In/l|/W\7f%\ /«fy ¦^¦¦taB^

danfl° nó< enquadra o fichu e for- S~~T/ ?'XM ^-""^HPX m\ \W->3 jÊm Al K

ma barra' em baixo> na saia. Medi- í -^/ 7 xV? 1/ ^-

/ N.Xli/v ''4*^^B '

BI ¦¦». s para ° vestido, 5m e 50, com \k / 3^/~ N

I ^Éwl-^ \ 1 J ai. largura de 90 centímetros. %\/¦

/l ^&£r-~ //,*~ L

%~-^T^fflp\ liláiBI aaaW V- 13'746 - Vestido em tafetá A Wofcr^" fí/ \

JS^ &A A" KllG\l HF^I aaV V^rr,e água- ° corpete, franzido ^

'''"\d F^-" //// \l

^E^^^^i^l-^ |Y// kJw#d^BV ^|HHHHi adiante, vem incrustar-se com pon- K*.^"- v/ / | ; \\

K \ f HI)I'^V jü^pta sobre a comprida saia, franzida. KiiffeM •tás' ^1

\ 'Ml I J3B\V^ ^W /^F Bolero curto em veludo roxo ou Wl-?r "K'h~i^'%

J%&*?¦'"'¦'¦'i V>-1 li VifiKr X*%SSr^vT^ / y preto, com bandas e mangas três- CVi^:'/ ! fV A /

"* l \\ jCTF íSEr^V^ (/: ' quartos. Grande laço de veludo na ^7tm«F í '

^ \Âtt-t AWK^i K^&áÈ&imF*^ c°r, na cintura e lacinhos idênticos /-''•'-ffl^ V\ I Ií^/7i\\; f \! W^\ JfmÊÊÊMàfU^'

em baixo, na saia. (Tecido: 5,m. 50 />'*-/íf;' ¦*''-\ I fs

fíf H v-l VI \/' /iflillm de tecido 0,m. 90). /á^i^l l l.:l

':'¦' \ f ¦

^^j2yífc^<i,^í!*r-^***'''jkV ^rtj./^T í^j4í'^**' "1

s j|T««v * Mfflüi^™ Hfs^K BBF ¦Bf^BaB^ft ¦•¦ •^¦HBBWaB^^

JEr^*?"'^1'*'-^...*,"" ffi ' 'n^T

"Ti»* ** ,*«-'i^l **' *^?* *s&sr *'«•• Bm^^s^^I^wmBÉi

\U Bp^fc

V. 13.747 — Vestido em crepemate branco ou rosado. O cor-

pinho, franzido é montado numcorte arredondado formando pa-Ia e descendo em tira adiante.A saia em baixo em forma e ocinto guarnecido de piques. Golavirada sublinhada por um laçona cór do vestido. Mangas cur-tas e franzidas. (Tafetá, 5,m,50

em tecido de 0,m,90j.

V. 13.748 — Vestido em tafe-tá ou moiré preto. O corpinho,com decote em bico, é abotoado.Um «bouillonné» do mesmotecido sublinha o recorte, for-mando grande gola e uma nasaia franzida nos quadris e embaixo. Mangas curtas presas aosbraços por um punho. São tam-bém enfeitadas com bouillonné.

(5,m.50 em tecido de 0,m,90).V. 13.749 — Vestido de crepeda China ou crepe georgette. O

V , s 5 ? 4 jf V.J3F4&

aa unina ou crepe georgette. ,corpinho franze, adiante, sobre uma tira abotoada, alargando ate abaixo das espaduas onde vem formar mangas curtas em godeus.

Os franzidos, tanto no corpinho como na saia, são repetidos em bouillonnés ajustando a cintura.

— 89 --

=£^

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

A. 118—Combinação de jérseibordada a "plumetis".

Parte decima franzindo sob a saia que

termina em ponta.

A. 119 — Calça combinandocom a combinação. Pernas bor-dadas com "plumetis"

e cin-tura com elástico.

A. 120—"Robe de chambre"de cetim negro ornamentadade rosa velho em corte den-teado. Cordão grosso na cin-tura terminando em grandes

borlas.

A. 121 — Vestido caseiro de ve-ludo rosa velho. O bolero e ospunhos da manga com umaguarnição de marta nas ex-

tremidades.

Mil : \--rJK^/

T b J

9 "¦**'' ^W-

A124 \^\J\Jr^ ,-,.

A. 125 — Camisola de crepc daChina côr de rosa. Corpetecortado em bolero e franzidona frente. As mangas, simu-lando uma capinha, são em"mousseline" do mesmo tom.

A. 126 — Pijama com calça develudo marrom, presa a umapala em ponta; blusa de "bu-

bienne" côr de rosa, bordadacom um monograma em cada

bolso.

fl _¦ ^^___ W-¦ mí M ^_ vk /$É_i Swfâ

Í&-

¦ '^jniL__1fttf'«S -k____| __^^^ ,j»-**i..\* j> _____ ^r _k^_U_l__L ^___i _____ '¦¦¦••.¦%. ^Rj**^' ._* . - __________fl^^ ¦-'* ¦%$*¦ »**^'^SSm;*'»^^__i 45 "' ¦'"'¦''i^W*W8^^ ^___l ____t

- 90 —

A. 122 — Combinação de crepeda China côr de rosa comguarnição em "croquet"

domesmo tom.

A. 123 — Calça de crepe daChina côr de rosa combinandocom a combinação. Franzidospresos à parte superior emponta e guarnecida de "cro-

quet".

A. 124 — Camisa em "voile"

pétala de rosa, com franzidosprendendo-a em pala arredon-dada de renda do mesmo tom.Mangas curtas e franzidas.

A.125

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

Uíl '

Será isto o fim do meu romance?"...— —i mm , g

Já sei qual a razão de sua tristeza,

minha filha. É a indiferença de seu

marido. Estava prevendo isso. Há

dias, em conversa, êle me disse que,depois de casada, você descuidou-se

ve sua beleza. É uma verdade . .

/EMBELEZADOR BÁSICO

O depoimento de milha-

res e milhares de jovens

v. senhoras, em vários

inquéritos, revelou

que a mulher bra-

sileira - famosa pe-

Ia sua beleza - con-

sidera o Leite de

Colônia o seu em-

belezador básico !

^—N

r"atm^. S

Antes de casar-se, você usava Leite de

Colônia. Depois, descuidou-se... Vie-

ram as imperfeições e você só pensaem maquillage para disfarçá-las. Se

você esquece sua beleza... seu ma-

rido esquece você. Trate sua pele.

Foi um conselho sincero de mãe para fi-

lha. Lúcia voltou ao uso do Leite de

Colônia... E, hoje, ela recebe este tele-

fonema : — "Alô, querida!... Vamos

ao jantar dansante comemorar nosso

5.° ano de casados ? Sim ?... Até já".

â/rt as imperfeições da

DE C O L O N I A...

Não oculte! úMê

pele com LEITE

Creia nesta verdade! Não se iluda com a mentira da be-

leza artificial: o maquillage excessivo para ocultar as

imperfeições do rosto, que impede a vital respiração da

pele. Corrija manchas, sardas, cravos, espinhas e outras

erupções da cutis com Leite de Colônia. Aplique-o dia-

riamente. Ao levantar-se, para limpar sua cutis. Durante

o dia, como fixador do pó e protetor da pele. Ao dei-

tar-se, para retirar o maquillage e limpar novamente a

pele. Assim, seu rosto ganhará aquela irradiante beleza

natural. Leite de Colônia limpa, alveja e amacia a pele.

feítede fbtonia,O EMBELEZADOR DA MULHER

Record

— 91 —

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO-1948

LONDRES APRESENTA AVICTORIA CHAPPELLE, «copyright» do B. N. S.,

A PORÇÃO

DESTE DELICIOSO

PUDIM ROYAL! J

% CHOCOU» fe

oM^Q^ff?A"~C'0m/re5,as em forma ãe le<*ue estreitando em pe-queno corpete bem justo no corpo consegue-se a impressão de maiorampUtude de formas; os «godets»

sob o decote acenCma imprZZx T\TT>T*Tm ombros caídos.

t„,ZÍ?*UTA~ Ampla saia em grupos de «godets»

mas com pregassalientes na cintura em lugar de entrarem na costura. Notar afraíjafrisada como parte do novo estilo de cabelo.

SOBREMESA QUE AGRA-

DA A TODOS. NUTRITI-

VA E MUITO SABOROSA.

Experimente também

as gelatinas Royal nos

sabores: Cereja, Moran-

go, Framboesa, Limão.

OS COSTUREIROS britânicos

estão apresentando uma f as-cinante variedade de modelosdestinados à primavera. As cole-ções oferecem realmente uma ex-traordinária demonstração da ca-pacidade dos desenhistas, cujaimaginação vôa alto, sem, con-tudo, afastar-se das linhas fun-

damentais dos últimos tempos.Estas, como se sabe, compreen-dem essencialmente a cinturadelgada, os vestidos longos e ouso de babados. Os vestidos po-derão variar entre 13 e 14 pole-gadas do solo, embora possamhaver variações maiores, paramais ou para menos. No entan-

PUDINS

ROYALPRODUTO DA STANDARD BRANDS OF BRAZIL, INC.

92 —

«SE»

Se eu nunca houvesse te encontrado um dia,Hor acaso talvez no meu destino,A me falar, em tua voz macia,Sobre um sonho de amor e um desatino!

Se eu nunca compreendesse, o que seriaTodo o nosso romance pequenino,O fim desse romance onde eu previa,A ingratidão de um coração ferino!

Se eu nunca suspeitasse, que teu tédioEra por minha causa e que o remédio,Melhor, era, ir assim me abandonando.. .

Creias, que eu nunca, te diria nada,Sobre esta vida trêmula e agitada,Sobre essas noites que passei chorando!

FABIANO SOBRINHO

AGOSTO-1948

MOVA SILHUETA PARA 1948special para VIDA «DOMÉSTICA»

VIDA DOMÉSTICA

f§^BflflBflBxiV' BB.

'.'«S^BflF" wfla

"Eu prefiro as

escôt/asTek

por seu formato«

" Tek é melhor

pana mim

porque limpa melhor"

A ESQUERDA — Novo tipo de "tailleur":quadris ligeiramente salien-tes, ombros caídos e saia bem apertada. Ã DIREITA — Linha princesamodelando o corpete apertado e acentuando o busto; tríplice pregaem leque nos quadris. Notar o chapéu, o estilo do cabelo e o veu

vestido com este casaco.

to. os costureiros insistem numponto: o comprimento deve estarem função da estatura de cadauma., Os babados podem ser abun-dantes, enquanto as saias serãoestreitas ou amplas, ou ainda fi-carão num meio termo sensato.Há uma larga tolerância quantoao emprego de accessórios, de-

pendendo isso dos estilos usadose do gosto individual. E poucasvezes, sob esse aspecto, a modafoi mais liberal do que nos diasatuais. As silhuetas poderão des-tacar-se de diferentes maneiras,conforme o atestam os desenhos

que ilustram o presente comen-(Continua na pág. 110)

LIBERTAÇÃO

Sei que me amas.. . que te amo... por que então,Timbras em me ocultar o teu amor,Veiando a intensa luz de uma paixão,Que eu sei que vibra e freme com ardor?.. .

Não atino porque, por que razãoNão falas com franqueza e destemorInsistindo em manter-me na ilusão,Se sabes que conheço o teu calor.. .

Confessa.. . Sim, confessa o sentimentoQue sem rebuços nem constrangimento,Sei que impera em teu nobre coração...

Diante pois, da Divina Providência,Clamemos deste amor toda a eloqüência,Em salmos de aleluia e redenção!...

PETRARCA MARANHÃO

"£ pra mim ha um modelo

especial: Tek òimlorl"

l/mpa, 4 pequenae não machuca"

flfl H

**1 ÉPl BT^^BflB^[BJ BB^fi^^jjÉB . Br jé^^^^^^k B^^^BB^^^V^ j*ÉÜ Sf ém '*** ^fl"^ ^B ^^^*^>»*.flflW^4*

VL eS <-3flT9lflBB. '¦ Wr

'^^^Bflflflfe

^^^™J Bfl^^^ ^^^BB^v/*^V^v^C?[''-W-^^M Belflt BrtO^

produto do (Sfvvwiriyncdb^^

sp i b: -.—r-rr- ——-TrjTj

VIDA DOMÉSTICA

«ir

Si:

1]

R- fl _fe'* .'fll

_¦¦_! PJ_fí_^ I B_!___>^9 I_^' ___KwId_£^v^1__^ __A_h9___BI __l

^^_.__ rLKMB&HI 0 ,''iiVfl_______Hw__^__vS—s 1^^^__R__PS_nT_|i__il^_i_s(B5_K____fí_i ___r ''-«""BB BBIBwl—B~B¦'^~——fBB

_____Í___rÍB PgP^s^__1_1H_/í^HEflU-Br 'wiffl _w

_s__ifiJé^___I_HWnii 1 ¦(1H__0____* _B_It>w_WB S_*«_i

__Wi!* y iHMBflUP^ ,^tfl \vWM SaH-l

_____fl______)__pn_Kfl__E_PvHBfl______^H3_____l_H ilS ^_£^_ii9p_lfl

_S^t__^_J_' ^BflB)^^__^____fcv£f^l6j^_ \B«

31 I. vi v E vJ^U^^^S 8_rv)l^f JsBSEP-^

i ¦& 3 _K-e?^^__ r _1 HlI^vÍbI—I11BiSWSSwêJI fl HwaBB^WB

JHBjB_^^ja___B_pSí23í___t'í^_^%Bfe!^^5^BBBBBBBBBBBBBBBBB______¦_¦ 1

*fí'

cwmmdoim, íorráòiníío...

iáaumtinno...!'

I ;

¦ «3?&% -_á8__S^__^•''•'"\ -*__$»wi?*' ^^

W* !'\

\ __«#d(__lBi__-

^ amei\&otm

a marca

apresenta a o\eo

DELICIA

* !,

AGOSTO-1948

IMPRESSÕES DO NORTE

RECIFE, SUAS COISAS E O FENÔMENO AGAMENON..

ALVARUS DE OLIVEIRA

Gostamos de ver as cidades no

seu despertar.. . Ver-lhes o abrir

dos olhos, ouvir-lhes os primeiros

suspiros ainda em bocejos. . .

Vermos a gente simples, os tra-

balhadores, os vendeiros e sobre-

tudo os jornaleiros, na sua árdua

faina das primeiras etapas da

vida de grandes metrópoles. Re-

cife tem o despertar de uma gran-

de cidade. É a capital do Norte

e uma das primeiras cidades do

Brasil.

Os bondes do Recife estão su-

jos e abaixo do serviço que vimos

na Bahia. Dizem que a Compa-

nhia está para falir e que a ei-

dade ficará sem seus carros. É

coisa aliás, muito em moda no

norte, a paralização dos bondes.

E nós que gostamos deles, n?~

de luxo, belas vitrines. Há casa:

que podiam estar no Rio de Jr<

neiro, na Avenida Rio Brancr

Cidade de progresso, de come.

cio e indústria bem adiantado'

Recife, pelo seu traçado — ilhas

ligadas por inúmeras pontes-tem aspecto diferente de tôdasi

as cidades que conhecíamos, c,

pela sua topografia, bem merece

o cognome de "Veneza

Br;

sileira".

Corremos toda a cidade, de

ponta a ponta. Santo Antônio,

Recife, Bonfim, vimos e obser-

vamos toda ela, toda sua beleza,

toda sua pujança e encontramos

muitos motivos de entusiasmo e

de admiração.

Visitamos seus tradicionais jor-nais como

"Diário de Pernam-

Uma das pontes de Recife — a de Boa Vista

achamos nenhuma graça em ei*

dades cm bondes... Entretan-

to, o serviço de ônibus é mara-

vilhoso, lá estão os "gostosões",

automáticos, cortando a cidade

de todos os lados e a Autoviá-

ria, dizem, tem exclusividade e

acabará com as pequenas em-

presas. Uns combatem a coisa:— É um dos escândalos de Aga-

menon; deu privilégio de um ser-viço que deveria ser de todos.

Outros afirmam: — Não queriamcolocar ônibus na cidade, e sóassim o Agamenon conseguiuresolver o problema. .. .

Já cedo, acotovelávamos com a

gente da Rua Nova, da Praça daIndependência ou da Avenida 10de Novembro.

Bom comércio possui o Recife,casas grandes, com instalações

buco", dos Associados, o primeiro

jornal da América Latina, em

idade: — 123 anos! Vimos a Dro-

garia Dalvino Sobral, cuja data

de fundação é de 1815 e que é

a Drogaria mais velha da Amé-

rica Latina. O "Jornal do Comer-

cio" merece destaque pois as suas

instalações são as melhores que

já vimos; e nós conhecemos os

melhores jornais do país. Suas

oficinas, suas impressoras, sua

organização, seu depósito com

maquinaria própria, seu arquivo,

são provas de quanto podem a

organização e o trabalho. Pelo

mesmo caminho vai a "Rádio

Jornal do Comércio" que visita-

mos. É uma maravilha e não há

exagero em dizer-se que ali no

Recife, ficará a melhor e mais

bem instalada estação emissora

Éllíffig I

wÊèÊêè

WêêÊSWêÊêK^^MÊêMê

"I I.'

-Illlllllltlíígiil

" li

¦¦¦'¦•¦¦¦X .v$ã_É__ss_íS^:^w^^*?^^

Bairro de São José na capital de Pernambuco

94 —

ttS("'"'"'"'"''*"n;Sa_l5Í

AGOSTOU948 VIDA DOMÉSTICA

Avenida 10 de Novembro na cidade de Recife

do Brasil e uma das melhoresdo Universo. Aparelhagem técni-ca superior, organização primoro-sa, prédio magnífico. Os estúdios,em edifício ao lado do "Jornal

do Comercio", são também a úl-tima palavra em matéria derádio. Por fim, no alto do prédio,uma formosa visão do Recifee um "Roof", luxuoso, onde amocidade recifense se divertirá.

Merecem os maiores elogiosestas duas obras de Pessoa de

Queiroz a quem o Recife deveos seus melhores jornais:

"Jornal

do Comércio" e "Diário da Noite".E ficará devendo também a suamelhor emissora, a "Rádio Jornaldo Comércio". A atual emissorado Recife, a "Rádio Clube de Per-nambuco", é uma primorosa es-tação e seus programas bons,são ouvidos em todo o Brasil, sen-do, há tempos atrás, a única vozbrasileira que se elevava aomundo pelas ondas curtas.

Os cinemas do Recife (constroe-se um São Luiz nas caracterís-ticas do Rio), são de primeira

to: Vingativo, que não perdoavaos seus inimigos.

No célebre caso Agamenon-Gilberto Freyre, lamentavam queêle tivesse prendido o ilustre ho-mem de letras mas diziam queGilberto Freyre defendia os mo-cambos como coisa tradicional doRecife que não deveria aca-bar (?) Se assim foi, não se jus-tificava a mesma campanha, poisera para melhorar a condição devida do pobre habitante destescasebres que no Rio chamamosde Favelas... Enquanto estasestão trepadas pelos morros, namaioria, os mocambos são ele-vados dentro dos terrenos ala-gados e quando a maré sobe ficamas casas cercadas de água, como

pequeninas ilhas. É um aspecto

pinturesco e característico doRecife.

Já assistíamos a um pôr do solno Recife e olhando do GrandeHotel, víamos a ponte abrir-se

para deixar passar os barcas quevinham do mar para o rio. OBeberibe e o Capibaribe lá es-

Uma vista aérea da cidade de Recife

e a Avenida 10 de Novembrodava-nos a impressão de que es-távamos na Esplanada do Cas-telo, com seus arranha-céus mo-dernos, com seu luxo e seu extra-ordinário movimento.

Nós falamos no fenômeno Aga-menon. Há quem o ataque, masouvimos motoristas e gente sim-pies das ruas que o elogiavamrasgadamente. Vimos os aterrosque êle fêz para acabar com osalagados e os mocambos. Vimosas casas que êle construiu parao operariado. Vimos escolas edi-ficadas, estradas asfaltadas emuita gente dizia: Isto, aquilo,aquilo outro se deve a Agame-non. Pena que êle não ficasse e,se chegasse a presidente da Re-pública, o Brasil endireitaria...Todos lhe reconhecem um defei-

tavam com suas águas meio tur-

vas, a receber os últimos raios

do astro rei. Lá distante o ocea-

no parecia um lago de tão sos-

segado.O Porto do Recife foi construi

do com a ajuda da Natureza

pois os recifes que.se espalham

pelas costas de Pernambucoforam fechados a cimento, e as-

sim se fêz um paredão natural

que abriga navios que entram no

Recife para carga e descarga.

18 armazéns possui o cais, tanto

quanto o Rio o seu movimento é

enorme...Recife noturna com seus anÚTi-

cios luminosos, com suas vitrinesenfeitadas, chegava ao fim deüm dia a mais de luta em proldo progresso da sua gente, èdo Brasil!

AS "TOALHINHAS"

COMUNS SÃO

COISA DO PASSADO

A MULHER MODERNA

Modess

• Já é tempo de acabar com essa

improvização na higiene íntima da

mulher. O tecido das "toalhinhas"

comuns não foi feito com essa

finalidade e torna-se áspero e irri-

tante com o uso, fazendo os "dias

críticos" mais desagradáveis ainda.

Modess é mais higiênico, porque

cada absorvente é usado uma só

vez, eliminando os inconvenientes

da lavagem. Se ainda não o usa,

procure conhecer Modess ainda

este mês! É mais barato do que

você pensa.

É UM PRODUTO DA

Veja porquêMODESS é melhor do que as

"toalhinhas'' comuns

W

MAIS ABSORVENTE - Feito de

polpa especial importada, que ab-sorve muito mais que o melhoralgodão.

MAIS SEGURO - Três camadas de

papel impermeável protegem oenchimento na parte interior, evi-tando manchas embaraçosas I

MAIS EFICIENTE - Três envoltórios

de papel extra-macio: um poríora, para evitar que a umidade

se espalhe na superfície, e dois pordentro, que ajudam a absorçãorápida.

MAIS CONFORTÁVEL - Todos os

elementos que entram na confec-

ção de Modess são selecionados

para lhe proporcionar o máximo

conforto, proteção e segurança.

if í ' I l'í:ív.: >'':&ffi«BiiKr^Lm

fh r—

^m%>

GRÁTIS! Um livro sobre menstruação, "Ser Quase

Mulher e Ser Feliz!" para orientar sua filha na "nova

fase" e 2 amostras de Modess. Enviar este cupom, com

Cr$ 2,00 registrados, para Anita Galvão — Johnson &;

Johnson — Caixa Postal 13G-A - São Paulo.

1 - AAA — 140

Nome: Idade:

Rua:. . N.o

Cidade: Estado:..

95 —

- ^...„L-.:."..' .,¦¦.-,....,.¦-<¦¦.¦¦¦¦

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

Mmmmml&Z? tM S ^ ^ m\ *. km. W^^B

máWwB^ ^ -mim

âà Ê \A\\iH

mi<e$TRfí*i 1jfff '<^j^\ Fntre Cr$ 50'000'00 f/m

vi I^X^vv ^^k*^ '^ yyj^ím, mmmmmmWW

^mmw^^-^Ám^^^r/// ^ / /

m\WmWWf^jí^^^r^rS^ss

r\y zardj !

m+^^^^^S^Ss' >J? logo às d

*^^^^[^rs' tre também a su<

^S^^S^S^ ^ Ouro Lever. Enlão

r**

WZÍfr///////.

0£PK£S$A/

a próxima feli-

Compre Lever

úzias! E encon-

Estrela de

ou viaje

para Hollywood ou receba na

Exprinter 50 mil cruzeiros.

SABONETE

LEVERPERFUMADO * DELICIOSO"OFICIAL" EM HOLLYWOCD >)ÉÊz3

A MESA — COMO SE PÕE. A ELEGÂNCIA E O

DAS FLORES — O CRISTAL, A PORCELANA E AS

NHORA QUE OFERECE O JAN

Em o número passado, tratamos exclusivamente de

três grandes banquetes, que bem se poderiam dizer

diplomáticos. Hoje, porém, vamos descer a minúcias,

que deverão agradar às nossas juvenis leitoras, orien-

tando-as de forma conveniente e segura sobre o pre-

paro da mesa para um grande jantar ou um grande

almoço, explicando-lhes como tem de agir a dona da

casa, para que tudo fique em ordem e nada falte des-

de os jantares e almoços íntimos, até aos clássicos

banquetes.

Damos a palavra, mais uma vez, à consagrada es-

critora francesa, Condessa de Gencé, que no capítulo

... a mesa, do seu «Tratado de Civilidade e de E+ique

ta» assim explica:

«a maneira como a mesa ó posta, prova a elevaaa

consideração que se tem pelos convidados, quer sejam

apenas conhecidos, quer sejam amigos íntimos.

Não se é obrigado a mostrar um luxo que esteja

muito além das nossas condições ou recursos. A ele-

gancia e o bom gôsio bastam para fazer ver aos con-

vidados que se é uma pessoa cuidadosa e conhecedora

dos deveres duma boa dona de casa.

Sobre a mesa devem colocar-se os objetos de uti-

lidade imediata e uns pequenos nadas cuja superflui-

dade é relativa, mas que concorrem para embelezar o

conjunto e aumentar o conforto. São estas minúcias

que constituem o luxo da mesa.

A toalha alvíssima impõe-se, adamascada ou com

rendas.

Uma dona de casa cuidadosa não deve deixar colo-

car uma toalha na mesa sem primeiro a examinar de

todos os lados, a fim de que não tenha mancha ou um

rasgão; só se admite ser vincada ao comprimento.

Não se coloca a toalha sobre a mesa mas intercala-

se um pano de lã ou mesmo de algodão, que terá a

dupla vantagem de amortecer o ruído da louça e de

proteger a mesa contra alguma nódoa.

A mesa deve ser proporcionada ao número de con-

vidados que se recebe. Cada pessoa deve dispor pelo

menos de setenta centímetros.

As flores são sempre o mais lindo ornamento da

mesa. No meio colocar-se-á um centro com flores cu|o

tamanho será proporcionado à me'sa, mas não muito

alto para permitir a todos os convidados verem-se e

comunicarem mutuamente.

Depois da toalha estar posta sobre a mesa e as fio-

res colocadas ao centro ou nas extremidades, procede-

se à disposição dos talheres, pratos, etc.

Os melhores serviços são aqueles em que somente

entram o cristal, a porcelana e pratas.

Todavia, as ricas baixelas só aparecem nos jantares

de grande cerimônia. Entre amigos não convém pa-

tentear grande luxo. *

Os pratos são colocados em redor da mesa, mas de

maneira a que um espaço nunca menos inferior a se"

tenta centímetros fique livre diante de cada convi-

vidado.

96

É*

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

líòaòBOM GOSTO ACIMA DE TUDO — O ENCANTO

PRATAS. A PRÉVIA E ATENTA INSPEÇÃO DA SE-TAR, ANTES DESTE SER SERVIDO

Os pratos estarão afastados oito centímetros pouco

mais ou menos, da borda da mesa. À direita põe-seas facas, è esquerda so garfos e a colher à direita dasfacas.

Os garfos, colheres e facas de metal ou prata, de-vem estar irrepreensivelmente limpos.

Não se devem dispor sobre a mesa senão os uten-sílios estritamente necessários para a refeição.

Os galheteiros e as mostardeiras só aparecem se ai-

gum dos convidados os requisitar. Os saleiros e as pi-menteiras colocam-se sobre a mesa, porque nem todos

podem ter o mesmo paladar.Sobre o sal e a pimenta haverá pequeninas colhe-

res de prata, de marfim ou de cristal.

A saladeira nunca aparece num jantar a não ser

quando se trate de uma salada russa. A terrina tam-bém nunca deve aparecer.

Os copos dispõem-se em frente do prato, em linha.O número e a forma variam segundo o número e o

gênero de vinhos que se serve.

São dispostos na ordem do serviço: o copo paraágua, e à direita copo para vinho tinto, copo de côr

para vinho branco, taça para vinho espumoso e cálices

para vinhos licorosos.

Só quando as dimensões da mesa o não permitemé que se não dispõem os cristais em linha.

A água ó servida em jarros de cristal ou sendo mine-

ral apresentada nos seus recipientes naturais. Os vinhos

são servidos pelos criados e anunciado por eles clara-

mente: vêm em garrafas de cristal ou nas suas própiias

garrafas.

Enquanto não são servidos os vinhos devem conser-

var-se estes num lugar cuja temperatura lhes seja fa-

vorável.

O quardanapo, deve ser como a toalha de uma bran-

cura imaculada. Põe-se ou sobre o prato, ou à esquer-

da, formando um retângulo. Dissimula-se o pão numa

preqa do guardanapo.Hoje já se não usa dispôrse o guardanapo em for-

mas originais.

A sopa pode ser servida antes dos convidados en-

trarem.

Cada um põe o guardanapo depois que a dona da

casa colocar o seu.

Uma medida que é mister não falhar: que a ninguém

falte o guardanapo.Nos grandes jantares coloca-se diante de cada con-

vidado, um pequeno cartão no qual se inscreveu o menu.

Um outro cartão menciona o nome do conviva que ocu-

pará o lugar. Este segundo cartão deve dar bem nas

vistas apenas se entre na sala de jantar. O cardápio

basta que seja visto depois de se estar sentado.

Nos jantares de pouca cerimônia, ou íntimos, os

donos da casa, contentar-se-ão em indicar verbalmente

a cada convidado o lugar que este tem de ocupar.

Prosseguiremos no próximo número

MME. X

^Mm

tão fresca

como uma sombra

no verão

Onde encontrará você uma fragrância tao

r

fresca e delicada como a da Água de Lavender

de Yardley ? Ela foi criada para fazê-la sentir-se

fresca e confortável—a qualquer hora, em

qualquer lugar. E de perfume muito agradável.,

tendo uma delicadeza especial que se torna parte

da sua personalidade. Este frescor permanece

com você—durante o dia inteiro.

YA RDLEY

English Lavendere 'o

sabonete de luxo do mando''

Agora Yardley vem novamente da Inglaterra

YARDLEY . 33 OLD BOND STREET • LONDON

Agente Exclusivo para o Brasil: Leo L. Prochownik, Rua Sorocaba 35, Rio de Janeiro

— 97 —

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

VM COPO 0£ 6NERG/A

TODDY é riquíssimo...! todo o mundo

o diz. A sua fama universal provém, porém,

da eficiência de seus elementos vitais... que

ajudam a recuperar energias, a fortificar o

corpo e a mente de crianças e adultos,

contribuindo para manter o ânimo sempre

alegre... intensamente ativo e otimista!

Tome TODDY diariamente...TODDY nutre...

fortalece e deleita.

J iii^H^flflflflflflflflUflflflí

De Janeiro a Dezembro, frio ou quente, TODDY é o melhor alimento

C A1 % jjjjjEfp^

| CALORIASllBlIÉ FÓSFORO-PROTEÍNAS

i

ERA UMA bela noite do mês

d'Elul.Poética e silenciosa, a lua, rai-

nha da noite, derramava suavís-sima luz prateada sobre os altosmuros de Jerusalém. Dominavaa velha cidade.

De quando em quando, ouvia-se o som de maviosas flautas,liras e vozes de cantores, no fes-tival de opulento palácio.

Pelas janelas ogivais, irradia-va em viva claridade o aspectofestivo.

Envolta em espesso véu negro,uma dama, que, no andar levee harmonioso, mostrava ser jo-vem, retirava-se discretamente

pelas portas do fundo do solar.Parecia empenhada em que nãoa vissem. Aproveitara, com cer-teza. a vibração social do festim

para sair.Logo, ao alcançar a rua, apres-

sou o passo. Não se adiantaramuito, quando parou sob a copade árvore frondosa. Pôs-se àescuta.

Silvo agudo e repetido feriu-lhe os ouvidos. Em seguida, certovulto também embuçado aproxi-mou-se.

—Ester, falou baixinho a vozmasculina, até que enfim vieste.Já receiava houvesse nosso planofalhado.

A mulher descobriu ligeira-

mente a cabeça e mostrou o parde olhos negros e profundos como

aquela mesma noite enluarada.— Marcus, quase nosso plano

caiu por terra, realmente. Meu

marido, por coincidência, hoje

não me deixou um só instante.

Só agora há pouco, ao se inicia-

rem as danças, distraíu-se e, as-

sim, consegui escapar.

— 98 —

Presença do Divino

Mestre(Conto de VERA MILWARD DE CARVALHO)

Desvencilhando-se do manto,êle a enlaçou fortemente.

Querida, sussurrou-lhe ao ou-vido, por que suplícios passeidurante esta interminável espera!Receei nunca mais viesses. Enão podia suportar a idéia deviver algumas horas sem ti.

A êle se aconchegou.Meu amor, balbuciou emo-

cionada, maiores tormentos pas-sei em não acorrer logo ao teuencontro. Para mim, a vida semti é noite permanente, porém,sem o luar que a vivifica e em-beleza.

Marcus passou as mãos sobreseus cabelos doirados, mirando-acom ternura. Profunda paixãoestampou-se-lhe no olhar. Com-

primindo-a ardentemente junto aocoração, êle colou os lábios norosto da moça.

Vida de minha vida! falouentre suspiros, vamo-nos depres-sa. Para nossa segurança e donosso amor, convém que nosafastemos daqui com urgência.A cerca de duzentos passos dasportas da cidade, a caravana nosespera e nos conduzirá ao pri-meiro porto, onde embarcaremosna galera que nos levará a Roma.Desde o momento em que pisar-mos o solo da minha cidade,

nenhum homem ousará disputar-te a meu amor.

Marcus ajudou a jovem a co-brir-se de novo com o manto.E iniciaram o caminhar. Rápido,transpuseram ruas e vielas. Atin-giram, afinal, as portas de Jerusa-lém.

O moço propôs à companheira,caminharem ainda mais depressa.

Vento frio soprava, impressio-nando qual sentido lamento. Osmochos piavam o canto triste.Mais pálida do que nunca, a luasumia nas alturas do MonteErego.

Atingiam os dois amantes asáleas do horto de Gethsemani,recostado na fralda oriental doMonte das Oliveiras. Chegadosao primeiro atalho, Ester parou,de súbito.

O raio esquivo e argênteo da-quele resto de luar projetava-senum homem de joelhos, olharfito no céu, semblante de amar-gura, o vulto aureolado por lu-minosidade estranha.

A moça, como que levada porforça indômita, desvencilhou-se docompanheiro.

Seu olhar fixou-se na visão ex-traordinária...

Naquele momento, as trevasdesciam sobre a terra, mas, des-

tacado, e envolto no halo res-

plandescente, Êle, o Divino Mes-tre orava!

Ester, querida, onde estás?

perguntou Marcus ansioso. Dá-me tua mão, para que possamoscontinuar, do contrário, perdes-te na escuridão.

Nem respondeu. Qualquer cou-sa de sobrenatural acontecera.

Imóvel, parecia nada ou-vir. A imagem iluminada daqueleHomem de joelhos perturbara-ainteiramente. Lágrimas ardentesbrotavam-lhe dos olhos.

Ester! insistiu o rapaz an-

gustiado, não me ouves?Não o ouvia. Pensava obstina-

damente naquele vulto. Sem sabercomo. quase que instintivamente,ajoelhou-se e beijou a terra queemoldurava o quadro indescri-tível...

Então, desejo imenso de retro-ceder apoderou-se da jovem. Pa-recia havê-la despertado de urasonho. Para onde iria àquela lio-ra? Como estariam os filhos semos seus cuidados? E o esposo, a

quem jurara fidelidade, que jul-garia de ausência tão prolon-gada ?

Regressou. Ansiosa, percorriao caminho impensadamente tri-lhado, cada vez mais depresso.Chegou a correr.

Enquanto Marcus, como alu-cinado, persistia em chamá-la, ela

prosseguia e, pouco depois, trans-

punha os umbrais de Jerusalém.

Quando Ester ganhou nova-mente a porta do palácio, encheu-lhe o coração, a paz que jamaissentira em toda a sua vida.

Voltava feliz, para os filhos,

para o marido, para seu lar.. •

AGOSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

Y.I0.2OS j

vv. fO.íOi

V. 10.203 — Camisola de crepeda China azul pálido. Bustojusto por

"pinces nervures" e

um. babado franzido em lugarde mangas. 3m,90 em lm.

V. 10.204 — Combinação decrepe cetim rosa incrustando-se em ponta no corpinho derenda ocre com fundo de"Tulle".

lm,40 em 0m,90; ren-da: 0m,40 em 90.

V. 10.205 — Camisola em "rayon" côr de rosa.

Peitilho em ponta com um babadinho "tuyauté"

que também aparece na gola e nos punhos.

4m,25 em 90. V. 10.206 — Combinação de cetim

azul pastel guarnecida de renda. Cetim: lm,75 em

90. Renda: 0m,30 em 90.

V. 10.207 — Combinação em tecido de seda com

o corpinho de "voile" estampado em branco,

rosa e azul, guarnecido com um largo viés côr

de rosa. Rosa: lm,60; estampado: 0m,40 em 90.

V. 10.208 — Calça de fazenda de seda rosa

alargando-se aos lados com um tecido de "voile"

estampado. Rosa: lm; estampado: 0m,50 em 90.

V. 10.209 — Pijama de jérsei "vieux rose" com

a calça presa a uma pala em ponta. Botões de

cerâmica e monograma bordado no bolso. 5m

em lm. V. 10.210 — Camisola de "voile" azul

claro com "casas de abelha" na pala e na cin

tura. 4m,50 em 90.

Pasta «ALIZABEM»Produto

d'A EMBELEZADORAR. Riachuelo, 392/4 — Rio de Janeiro

Preço, Rio Cr? 20,00 - No Interior até Cr$ 35,00

Distribuidores: Rio e S. Paulo — PERFUMARIA LOPESDistribuidores, n^

^^ _ CARLOS LE0NARDO

R. Sta. Cecília, 1506 -,«.'¦,_

Belém.. — PARA — PARA COMERCIAL LTDA. — Travessa 7 de Setembro. 152

\ \ 'V- x

__ f !(' 1 t t

Wü . v» loa io

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-194F

VESTIDOS

ALINHADOSm

%

*>

t*:o\

tr^" i

n

\ /

— 100 —

Da esquerda para a direita: —

Vestido de lã, azul marinho ou

preto para a tarde. Corpinho«chemisier» abotoando adiante.Saia em forma, incrustada depanos «re pi quês» continuandoem pinces no comprido. Mangastrês quartos terminando por umcanhão de lingerie condizendocom o colarinho e os pequenos

laços de frente.

Bonito vestido de lã, tendo ocorpinho plissado de cada lado¦lê um recox-te, com colete abo-toando adiante. Saia plissadados lados. Mangas três-quartos.

Neste lindo vestido de lã a saia é toda ela plissada. As pregas dafrente se contornam em recortes sobre o corpinho abotoado. Gola re-

batida. Mangas três-quartos com canhões.

Para a tarde, eis um elegantíssimo vestido de lã. A saia, em forma,e guarnecda a frente e atrás, por grupos de duas pregas redondas,

Õüeno 27rt6S,Pel° C0rP6te- G°la ChaIe Cunhada P°r um pe-queno babado franzido, bem como os canhões e o alto do recorte do

corpinho.

AGOSTO-194SVIDA DOMÉSTICA

Vestido para a tarde em lã azul claro. O corpinho, que<"ruza fecha por duas carreiras de botões. Saia caindo di-reita, com panos em forma adiante e bolsos para chuva.

Mangas três quartos terminando por um canhão.Vestido «chemisier» em lã fina ou toile de seda de nuanceclara. A parte da frente e as costas plissadas e sublinhadas

adiante por um trabalho de incrustações. Mangas três-quar-

tos com canhões.

Vestido de lã para a tarde. O corpinho ajustado e abo-

toado adiante é guarnecido por dois bolsos incrustados de

pequenas tiras. O cavado das pregas, é guarnecido, na ai-

cura dos quadris, de tiras também incrustadas.

LUVARIA E GALERIA GOMES — Ouvidor 185, até Ramalho

Ortigão, 38. Casacos, Vestidos, Manteaux, Écharpes, Luvas,

Bijouterias e Bolsas.

Ne$M^\r * ¦" T i ^i^T /t^^ W' " " *¦

J>^«BKnBnHwL

f .'.'y '7y .'.-Ag;:. 7. i^MM^^aiHH^HB%G Si

ÊmimÈ .^wal^HB^aBaBBHBl aBI

—.—--—¦—X**

— 101 —

¦ ' I

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO- 19/J8

V. 10.871 — Vestido práticoem fazenda verde com"pois" brancos, abotoado nafrente, com gola de "linge-

rie". Efeitos de pregas nasaia. Mangas curtas com

reverso de "lingerie".

V. 10.872 — Vestido de fa-zenda vermelha. Gola e re-versos arredondados; man-gas curtas quimono com acostura por cima. Grandes

bolsos embutidos.

V. 10.873 — Vestido de sedaou "rayon" côr de rosa, comguarnições no corpete e nasaia de seda estampada.Decote quadrado. Mangasbalão e laço na cintura.

V. 10.874 — Vestido decrepe "mousse".

Franzidosno corpete e na saia prê-sos por

"smocks". Gola e

reverso de "tailleur". Man-

gas curtas com punhos.

V. 10.875 — Ves-tido de fazenda

pesada ou "ray-

on", fechado combotões fantasia,

gola e reverso de'tailleur", incrus-tando-se com re-cortes que termi-nam em "plis

ronds" na saia.Mangas curtas.

V.io 8?4

— 102 —

S. 193

S. 194

b. 190 — Diias-peças estampado com a saia plissada. Casaco abotoado na frentee guarnecido de bolsos combinando com a gola e o cinto Maneas -wií8.191-Duas-peças em crepe de lã ou crepe "mousse"

Safa ™ forma e

q W2SaC°DueaCs nfc0aremr'nte "Z Um botão- «™r„ição de passamanSS. 192 —Duas-peças em "lamage"

ou crepe "mousse". A saia com prega do

lado esquerdo prolongando o talhe do casaco que é bem justo e abotoado em,r .-JieS;

tangas tres-quartos e gola de "lingerie".-Vestido de lainage" ou crepe "mat".

Corpete abotoado dos ladosSaia presa a uma pala em ponta. Mangas longas e justas-Saia esporte em "lainage". Cortada em forma, presa a um cintoreto e guarnecida de dois bolsos com abas.

S. 195 —Blusa de crepe estampado, guarnecida de ambos os lados com "dé-coupes" e abotoada na frente. Mangas curtas

S. 196 —Blusa de "foulard" estampado, tendo a frente guarnecida de pregas

presas a mcrustações em ponta. Gola chalé. Mangas curtas 'S. 197 —Saia elegante em "lainage"

em forma e fechada do lado com umaprega. Bolso embutido.

S. 198—Saia em "lainage" fantasia com pregas fundas e presa a uma cinturacortada em pontas.

S. 199 —Blusa de crepe da China, fazenda de seda ou crepe "mousse". Mangas

curtas.S. 200 — Blusa de crepe da China, crepe "mousse"

ou fazenda de seda. Palaem ponta sobre as pregas da frente. A gola, os reversos, os adornos e a pala

com pespontos visíveis.S. 201 —Saia em "lainage" castanha. Largos "panneaux"

em forma dos lados,prendendo-se na frente em recorte, tendo botões a salientá-lo.

S19Z

•g^""^' """"'*' *: -; --"" .---«mmm—-

VIDA DOMÉSTICA

MESMO TEMA

AGOSTO-194$

J. 12.383 — Para este encantadorvestidinho a parte da frente e dascostas se farão em azul marinhocom os lados branco, ou vice-versaa frente e as costas branco e os la-dos em azul. Para crianças de 2 a4 anos. Tecido a empregar: 0,75 de

branco e 0,50 de azul.

J. 12.384 — Um tecido de «pois» eum tecido liso, serão utilizados deduas maneiras diversas. A saia éfranzida sob o corpinho chato abo-toado à frente. Para crianças de2 a 4 anos, serão preciso 1 metrode tecido de 90 centímetros de lar-gura, para a saia e 30 centímetros

para a guarnição.

s^\gT\ DUAS VARIAÇÕES PARA UM

í W^^MWmtm l^é^m X' AJ. 12.385 — Um vestidinho simplesem voile estampado e voile liso.Nos ombros, franzidos, o vestidocortado em forma. As incrustações,essas, montadas em um duplo pon-

to solto

J. 12.386 — Dois vestidinhos em cretone estampado e cretone liso.Num deles o cabeção e a bainha são em cretone estampado e no ou-tro os corpos do vestido é que são em cretone estampado. Para cri-

ancas de 1 a 2 anos. 0,m50 de tecido para cada um deles.

J. 12.387 — Vestidos em zefir, quadriculado e liso, branco e verme-lho. Sobre a saia quadriculada, e na cintura as incrustações forman-do alças, a gola e a tira da bainha são lisas. Na saia quadriculada,são lisas. Para crianças de 2 a 4 anos. (Tecido a empregar: lm,30

— Guarnição 0,30 de tecido. Largura de ambos 0,90.

__ 104 —

J. 12.388 — Em linho lisoe azul e linho branco, estespequeninos vestidos têm umapala formando contrastecom a saia. Esta em for-ma, montada sobre pinces sô-bre a pala. Para 2 a 4 anos.Tecido: 1 m. em tecido de 90cents.. Pala e pequeninas man-gas: 0,m,30 com larg. de 0,90.

^mw ^^| BflB^^^1 ^N *** BBBBBBB^vfl B^Br^BBnl V^*- *V. «^.^BBBBBBBBE^BbI BBBBBW. M

Na carreira dtí cima: _ ,.V. 10.167 — Encantador vestidinho de tarde, em 15 fina de cor carregada. Aph-

cações do mesmo tecido pregadas em bico, no corpinho, e repetindo-se nas mangaslevemente abauladas e curtas. Para meninas de 11 a 12 anos.

V. 10.168 — Vestidinho de algodão, quadriculado de azul num fundo branco.A Pata que fecha bem como a pala do corpete empregadas no sentido contrário.A gola e os cai hões das mangas, orlados de bicos. Para menina de 5 a 6 anos.

V. 10.169 — Prático vestidinho em lã azul rei. O corpinho prolonga-se sobre asaia, desenhado em duas peças. Os bolsos colocados obliquamente no corpi-nho são abotoados. Para menina de 9 a 10 anos

V. 10.170 — Vestidinho para a tarde, n'uma linda cor de rosa ou azul. _ As

Pregas cruzadas, dos lados, partem de uma curta pala desenhando largos festoes,marcados por um botão Gola e canhões em linon branco. Para 3 a 4 anos.

V. 10.171 _ a parte superior deste vestido é em lã azul, ao passo que curtasmangas e os viésep orlando os bolsos, são de lã cinza. A saia levemente em forma.Botões a fantasia. Para menina de 9 a 10 anos.

vQ 9°rr,eira d'- baixo, a partir da esquerda:

m™'t3 2 ~~

^Ui}° Prático- êste vestido tem a adorná-lo no corpete e na golamcrustaçoes «repiquees», continuando na saia em duas pregas fundas. Cinto domesmo tecido com fivela metálica. Para meninas de 13 a 14 anos

mra1U'1/d "" Vestidinho em Ia azul pálido com uma grande pala em bico donde

partem pregas cruzadas. Tira abotoada seguindo a forma da pala. Pequeno cola-nnno em pique branco. Para a idade de 3 a 4 anos.VV 10-17i-~ Recortes partindo dos ombros e descendo em linha oblíqua até

ÍL "íí"^' d°°

?T)gemna duas~ grandes pregas. Dois pequenos recortes paralelosterminando nos bolsos Guarniçao em pique branco. Para mocinhas de 11 a 12 anosV. lU.l/o — Lindo vestidinho para uma pequenina de 3 a 4 anos. E' para con-'i:r^LTtã^Jez^za cur,c pala lechada por dols bo,ões s* c°loSQTr,V,-~10-17?-

Por ÚHlT e parcí uma Pequenina de 5 a 6 anos, eis um vestidinhoem Ia azul com pois brancos, bem gracioso e alinhado. Os pregas fundas na saiapanem de dois recortes arredondados. Bolsos pequenos nos dois lados "

:--ü—-^_^;.^

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-1948

CAPA BORDADAPARA ESTOJO

DE PÓ DE ARROZ

O desenho e colorido desse trabalho foram baseadosnas decorações originais encontradas na cerâmica

persa.Material Necessário: — Linha Mouliné (Siranded

Cotton) marca «Âncora» — 3 meadas de F574 (VerdeLouro) — (Usar três fios juntos) — 15 cm. de feltroverde garrafa. 1 agulha Milward «Crewel» n9 6.

i?fW%^ ¦ttMiMr ,. ,^SM vi ¦Z*S5ÊSÊ£mmmmmtir ^^mmmr . 'm. -^ ^mmmm*. Wmw^^v^MmmFe

^^K*J*«y[f *'élÉmWEmW mW^Xmmmm\WEammmmmmmmmm\

Traçar o desenho completo no fel-tro, na parte da frente da peça e tra-çar as linhas duplas da borda na par-te de trás. Seguir o diagrama paracolocação dos pontos.

As letras no diagrama represen-tam os pontos usados e são como se-

gue: B — ponto de casearF — carreiras unidas de ponto de

haste

S — ponto cheioU — ponto de haste,j/azer a borda de ponto de casear

ao redor da peça trazeira também,e então, recortar o tecido ao redorde ambas as peças. Unir as beiradasdas duas peças deixando uma aber-tura no alto para colocar o estojo.Fazer dois pequenos pingentes pre-gá-los de cada lado da abertura.

BIQUINHOS DE FRIVOLITÉ PARA LENÇOS2261

Material Necessário Linha Mercer-Crochet «Corrente» n? 601 novelo de 20 gramas de uma côr escolhida. 1 lançadeira. 2 lencinhos.Abreviações: — r — anel; Ir — anel grande; p — picot; lp — picot com-

prido; cl — unir; sp — espaço; sr — anel pequeno; ds — nó duplo; pp —

picot pequeno; sep — separado; rw —nó esquerdo; ch — corrente,

Primeiro Lenço: — Sr de (4 ds,p)2 vezes, 4 ds, cl e atar, X rw, Ir de 4ds, 3 pp sep por 2 ds, 4 ds, pp, 10ds, cl e atar. Rw, sp de Vz cm, r de2 ds, unir ao 2? p de sr, 2 ds, 6 spsep por 2 ds, cl. Sp de% e unir a li-nha ao último pp de Ir. Sr de 4 ds,unir ao último p do r anterior, 4ds, p, 4 ds, cl e atar. Repetir do Xaté conseguir o comprimento dese-

jado. Atar e cortar a linha. Guarne-cer a renda ao redor do lenço.

Segundo Lenço:—Motivo (Fazer 4) Começar pelo

canto, Ir de 4 ds, pp, 10 ds, p, 4 ds,

p, 6 ds, pp, 4 ds, cl. X sr de 4 ds,unir ao último pp Ir anterior, 2 ds,9 xp sep por 2 ds, 2 ds, cl. Rw, spds !4 cm, fazer um r central de 8ds, pp, 4 ds, lp, 4 ds pp, 8 ds, cl. Rw,sp de % cm, sr de (2ds,p) 2 vezes,2 ds unir ao p central do sr anterior,2 ds, 8 ps sep por 2 ds, 2 ds, cl. Rw,sp de V2 cm, r central de 8 ds, unirao último pp do r central anterior,4 ds, unir ao lp do 1° r central, 4 ds,pp, 8 ds, cl. Rw, sp de % cm, sr de2 ds, 4 ps sep por 2 ds, 2 ds, unirao ante-penúltimo p do último sr.2 ds, 4 p sep por 2 ds, 2 ds, pp, 4ds, cl. Lr de 4 ds, unir ao pp do sranterior, 10 ds, p, 10 ds, pp, 4 ds,cl Sr de 4 ds, unir ao pp do r pre-cedente, 2 ds, 9 ps sep por 2 ds, 2ds, cl. Rw, sp de % cm, fazer e uniroutro r central como os anteriores.

Rw, sp de V2 cm, r de (2 ds,p) 2 vê-zes, 2 ds, unir ao p central do últi-mo sr, 2 ds, 8 ps sep por 2 ds, 2 ds,cl. Rw, sp de xk cm, fazer unir outror central. Rw, sp de % cm, r de 2ds, 4 sep por 2 ds, 2 ds, unir ao ante-penúltimo p do último sr, 2 ds, 4 psep por 2 ds, pp, 4 ds, cl. R de 4 ds,unir ao pp do r precedente, 6 ds, p.4 ds, p, 10 ds, pp, 4 ds, cl.

Repetir do X mais uma vez, unin-do o último pp do último r centralao 1° pp do 1? r central e unindo oúltimo pp do último sr ao 19 pp do1? lr. Atar e cortar a linha.

Biquinho1! — R de 2 cls, p, 2 ds,unir ao 2? p livre do 1° lr leito nomotivo, 2 ds, 5 ps sep por 2 ds, 2 ds,cl. X sp de V2 cm, r de 2 ds, p, 2 ds,unir ao penúltimo p do r precedente,2 ds, 5 ps sep por 2 ds, 2 ds, cl. Re-petir do X até a peça alcançar a po-si ção correspondente no outro ladodo lenço, unindo o 69 p no último rdo biquinho ao 1? p livre do 3? lrfeito no seguinte motivo:

Continuar assim até unir 4 moti-vos. Depois de terminar o frivolité,alinhavar os cantos nos lugares.

Com uma regua, traçar linhas nolenço seguindo os picots do canto.Prender os cantos do lenço, com pon-to de casear sobre a linha traçada,prendendo também os picots.

Guarnecer a rendinha nas parteslaterais do lenço.

- 106 -í

AGOSTO-J948

VIDA DOMESTICA

prepare

¦¦ 1& a$\ ^"wACCDill bacalhoadas!

OW— VÈ

tentadores...

AZEITE

Azeite Rita, consagra-

do pelas boas donas de

casa do Brasil, é puro e

vale perfeitamente por um

azeite estrangeiro, porque

alia o gosto inconfundível

do azeite de oliva à grande

riqueza vitamínica e alta

digestibilidade do óleo de

amendoim. Prefira sempre

em sua casa o Azeite Rita!

De paladar suave... exce-

lente para sala-

das, maioneses e

Uma íeliz combinação de azeite de oliva e óleo de amendoim.

Anderson, Clayton & Cia. Ltda.

-pODA a vida suiça, pode-se di-

« zer, tem uma regularidadecronométrica. Nada perturba esteritmo admirável. Tudo aqui fun-ciona seguramente, harmoniosa-mente como um maquinismo bemconstruído, bem ajustado. Pensa-se logo num relógio e se é natu-ralmente levado a admitir quenão foi sem profundas razões dcordem psicológica que este povo,mais do que qualquer outro, sededicou à indústria relojoeira.

A propósito, não deixa de serinteressante conhecer a históriado desenvolvimento dessa indús-tria. Na Suiça, segundo a tradi-ção, nasceu ela nas montanhas doJura., no Cantão de Neuchatel,tendo sido criada por DanielJean-Richard. Em 1679, Richard,consertando um relógio inglês,ficou tão encantado com êle queantes que tivesse decorrido umano já havia iniciado a manufa-tura de relógios de bolso. Masquase um século antes, em 1587,o relojoeiro Charles Cusin mu-dara-se de Autin, na Borgonha,para Genebra, e algum tempo de-pois a êle se reuniram numerosasvítimas da perseguição religiosana França e na Itália. Já nessetempo havia em Genebra umaafamada indústria de joalheria,que oferecia um campo ideal para<> desenvolvimento da manufaturaJe relógios. Independente do dessacidade, um centro secundário daindústria suiça desenvolveu-se du-'•ante os séculos XVII e XVIIIno vale Joux do Cantão de Vaud.A-Qui, outras vítimas da perse-guição religiosa — os huguenotesfranceses — entre as quais se en-contra.vam muitos artífices com-

«PORQUE OS SUÍÇOS SE TORNARAM OSMAIORES PRODUTORES DE RELÓGIO

DO MUNDO»

petentes, deram um sensível im-pulso à jovem indústria.

Algum tempo depois a manu-fatura de relógios ganhou, por as-sim dizer, todo o Cantão de Neu-chatel. Para os montanheses dês-se Cantão passou a ser uma pro-veitosa distração para as longashoras de inverno, quando as es-tradas se conservavam imprati-caveis.

Por P. W. CLARK — S.I.J.

Não é um gracejo dizer que aindústria que tanto tem contri-buido para a prosperidade daSuiça começou como um passa-tempo. O que é fato, porém, éque os relojoeiros do Jura sãohoje tão ciosos e entusiastas dasua arte como no começo quandofaziam relógios para distrair-se.E a Suiça é provavelmente oúnico país do mundo onde os la-

SÁDICA

Por teu capricho não serás escrava.Por meu capricho não serás rainha.

Em ti vibra uma alma tempestiva,entregue às convulsões do inconsciente;se tens no porte a graça que cativa,o olhar promete, o coração desmente.

E assim tu passas flácida, lasciva,nesse viver vazio e indiferente,presa da chama que o teu peito aviva,tendo sorrisos para toda a gente.

Através dessa forma sedutoraquanto simulas, finges e alarãeiascom esta tua aparência tentadora!

Mas quem conhece o impulso que te invadevê no sangue corrente em tuas veiaso estranho instinto do Marquês de Sade.. .

JOSÉ SCHIAVO

MARTINS FONTES

Â. *'»*.*-%

vradores e pastores usam reló-gios de pulso como um emblemade orgulho nacional.

A indústria relojoeira suiça es-tá agora praticamente, toda ela,estabelecida nas montanhas doJura; entre os rios Reno e Ró-dano. Genebra com a sua antigatradição de cidade joalheria, man-tém a posição de centro manu-fatureiro de relógios de luxo, en-quanto os peritos relojoeiros dovale Joux e do Gros de Vaud es-pecializaram-se em criar as fa-mosas "pièces

compliquées", oscronógrafos e "stop-watches",

queforam de tanta utilidade paraos aviadores durante a guerra.

No Cantão de Neuchatel, prin-cipalmente em La Chaux-de-Fonds, Le Locle e nos vales LaSague e Travers, são fabricado*relógios de todas as qualidades,o que também se faz no Jurabernés, onde a indústria se achacentralizada em Bienne e Solo-thurn, e nos vales St. Imier eTavannes.

O fabrico de relógios não éapenas um motivo de orgulho daSuiça: é também, e sobretudoJuma parte substancial de toda'a sua economia, sem a qual ela ¦teria dificuldade para viver emanter a sua brilhante situação,como uma das mais antigas de-mocracias do mundo, O recen-.seamento de 1946 mostrou que!de cerca de 1.300.000 de pes-soas empregadas existentes naSuiça, aproximadamente 50.000esta.vam diretamente ligadas àindústria relojoeira.

— 107 —

to :— .-.-_¦..-.:.. SSÍ «as-asasaasi^.—^_*_i _^_

VIDA DOMÉSTICA AGOSTO-194&

«#&**

o^*em casaPão é o primeiro dos alimentos! Não passe sem

êle ! E, se gostar de fazer pão em casa, use Fer-

mento Seco Fleischmann. Este famoso produtoassegura um pão de primeira qualidade, no vo-

lume, na aparência, na textura da ma-sa e no

sabor. E pode dispensar a refrigeração, bastando

para conservá-lo que seja colocado em

lug^r fresco e seco! Veja a receita

nos dizeres da latinha.

FERMENTO SECO

FLEISCHMANN°roduto da Standard Brands of Brazil, Inc. - Rio de Janeiro

âaalttlrfgJt J^frffrSS^^^Bi^iaaM

WkWkW

'' ¦ -r t' *(i w^^ '?&"- an Mula* ¦ |^| v« b

^^^mff^lMB]ÉB|^^Bb íáfHESr SZrWI l '

Realizou-se na venerável Gruta do Bom Jesus, na ei-

dade de Bom Jesus da Lapa. Estado da Bahia, o

enlace matrimonial do sr. Zezito Miranda Duarte,

radiotelegrafista, com a prof? Maria de Lourdes Ma-

tos Porto, ambos da sociedade Lapense.

— 108 —

Um aspecto do enlace matrimonial, celebrado nacatedral de Garanhuns. Pernambuco, do sr. SilvioMarques Cavalcanti, sargento rádio telegraiista da4? zona aérea de Curitiba, com a srta. Ruth MarquesCavalcanti, filha do sr. Pedro Cavalcanti, sub-prefei-

to da cidade e d. Esteliana Leite Cavalcanti.

flealizou-se nesta capital o enlace nupcial do sr. Ge-raldo Cavalcanti de Oliveira com a srta. Helena Te-reza Lima de Oliveira, celebrado no mês findo, Na

f*»*narafia o momento da troca dos anéis.

FOLHEANDO UM LIVRODE POESIAS

(«Acorda Castro Alves!» — Rogaciano Leite — Fortaleza)

LUIZ OTÁVIO

Em homenagem ao nosso grande CastroAlve,' . do qual se festejou há pouco o cen-tenáuo, o poeta Rogaciano Leite publicou olivrinho "Acorda, Castro Alves!" que gentil-mente nos enviou do Ceará.

Contém o opúsculo apenas cinco Poemas,mas já podemos por êle avaliar perfeita-mente o grande valor poético do autor.

Na primeira Poesia "Acorda, CastroAlves!", Rogaciano Leite reverencia a me-mória do poeta baiano, compondo um Poemaexpressivo, sincero e atual. Relembrando ogrande vate patrício, identificou-se tantocom sua vida e sua Poesia, que os seus ver-sos têm aquela nítida feição condoreira e in-flamada de Castro Alves. Aliás, alguém jáobservou que o nosso gênio parecia escreverPoemas para serem lidos em Praças públicascomo discursos candentes! E no mesmo tomRogaciano escreve:

"Tn foste o "leader" de um povo

Herói de uma grande raça;Levaste o trabalho aos campos,As liberdades à praça!Pois vem ver quantas choupanasGuardando dores humanas,Cheias de fome e suor.. .Livraste os negros de outrora.Liberta os brancos d'agora,Que o prêmio será maior!"

Desenvolve-se assim este grande Poema,bela homenagem ao lírico de "A Cachoeirade Paulo Afonso".

Mais atuante n"Os Trabalhadores", opoeta integra-se no momento atual e sentindoas desigualdades sociais, oferece-nos um beloPoema de feição social. Rico em imagens,òm ritmo, em sonoridade! Pinta com cores/ivas o drama de muitos trabalhadores. Ve-jamos um trecho:

"De dia, é no labor! Exposto ao sol e

[à chuva!De noite, na infecção de uma choupana

[escuraOnde em breve uma filha há-de tornar-se

[impuraE uma mulher faminta há-de ficar

[viuva!No quarto Poema exalta os expedicionários

cearenses da última guerra. Ê pois um Poemapatriótico muito bem desenvolvido.

"Solar da Fraternidade" fecha o livrinhodeste poeta espontâneo, rico em musicalidade,em Poesia, em Idealismo. Idealismo puro dealma de verdadeiro poeta que deseja oshomens melhores para que a Humanidadeseja menos sofredora. Bem prova tal afir-mativa e talvez seja um símbolo ou a pro-fissão de fé deste poeta, o belo final doseu livro:

"Um novo mundo brotaria a fluxSe a bomba-atômica espalhasse raiosNão de rancores — mas de Amor e Luz!'

CONTINENTAL é O CÍgaiT3 de

qualidade mais popular em todo

o Brasil. Ligadjs ponta com

ponta, os cigarros continental

fumados num só dia atingiriam

350 quilômetros. Prefira também

o cigarro cuja qualidade é ates-

tada por tão larga preferência.

COMPANHIA DE CIGARROS C^J/Ofl^íCl f/Zíl^t / ^Q^Bg W^^l PONTE,RA

BBBBBBBBBBBBBBBVaBfc=^5»^0BBÍB

Cada cigarro Souza Cruz é sempre

o melhor em sua classe

TOALHA E QUARDANAPO PARACRIANÇA n/28/6

MATERIAL NECESSÁRIO: —LINHA MOULINÉ (STRANDED COTTON) MARCA «ANCORA»

2 meadas de azul escuro e retalhos de verde, amarelo, tangerina, ver-melho, rosa, azul médio, cinza e branco.

35 x 50 cm. de um tecido apropriado (para a toalha) 28 x 30 cm. parao guardanapo

4 mts. de viés azul pálido.1 agulha Milward «Crewel» n? 6.Recortar a curva do decote no guardanapo e pregar o viés em toda

a volta do guardanapo e da toalha. Traçar os motivos nas duas peças,de conformidade com o modele fotográfico.

Boraar o zig-zag das bordas a 3 cm. da beirada da toalha e a 2 cm.da ao guardanapo, usando 6 fios de linha azul escuro. Bordar em se-guiaa os motivos, usando 3 fios de linha exceto para as faces onde sedeve usar dois fios.

CAVALO: — contorno em ponto de haste côr de tangerina e bolas emponto cheio. Cascos e olhos em ponto cheio côr de cinza. Arreios emponto cheio azul médio.

MOÇA: — Rosto, braços e pernas em ponto de haste côr de rosa,cabelo cinza, blusa e laço vermelhos, e saia verde em ponto cadeia; asbolinnas da blusa e a boca são em ponto rococó vermelho. Olhos emazul médio em ponto rococó contornados em côr de cinza. Sapatos empomo cheio côr de cinza

ELEFANTE: — Contorno em ponto cheio, casquete vermelho em pontode naste com rococó verde. Sela em fios trançados vermelhos presoscom pontinhos e contornada com ponto de haste: franja em ponto decasear azul escuro. O sino é em ponto cadeia amarelo. Tamborete verdeem ponto de haste com cruzes côr de tangerina.

/ %^^ ^X / JN

^p\ WffilX \ 0000°OOo^rs Y\ Jmmjmmt \\ ( (Dmwmmmr^^0 \ I I/Sà I ° ^ I

escuríÍS ™Z~°}apeu br£nco em P°nto chel°;

Contornar o chapéu e o rosto com linha cinza em ponto de haste; orelhas, nariz e boca em vermelho; olhos em azul

SmSns nSs san«to ™ n^nto S °S

tZ, f^0 V^T ^^ c««*°: - contorno ^ ponto de haste vermelho e bolinhas em rococó. Mãos em ponto de hast? rola

taSerilia azul °P

médio vermelho. Varetas para o tambor em côr cinza. Tambor em ponto de haste azul escuro com as linhas em zig-zag em

-_,_——-«ti.—-r—r — juj^MiJi^enae

VIDA DOMESTICAAGOSTO-

J• • • nessa encantadora

proximidade que leva

ao doce laço do

matrimônio ••.

Quando êle se aproxima . ..galante... atencioso... enlevado...

Nesse momento, nada na mulher devequebrar^ o encanto. Um pequeno defeito na peleserá suficiente para desencantá-lo, para fazer com

que ele se afaste. Milhões de mulheres passaramvitoriosamente por esse. momento encantador epodem comprovar que a Pomada Reny

lhes deu uma cutis maravilhosa,sem rugas, sem manchas, sem

cravos, sem espinhas.,

íf^ÊmmmmW^mm

Modo de usar «

pomoda Reny

„ forte coma-

frlcclonondo-*e, js ^a

omoclQ' —

PÓ DE ARROZ "RENY"

Complete a sua "toilette" aplicando o PÓ DE ARROZ"RENY",

deliciosamente perfumado, finíssimo e de notáveladerência. 3 tamanhos: Pequeno - Méd io - Gra nde.

a™J£™?ros b€m caídos acent^n as linhas em dia-

mZlal, f°3 C°m

l)0t°eS que fecham sob ° traço, quadris ligeira-mente aumentados e efeito do casaco cruzado sobre os quadris. Mangaslongas e apertadas.

Ím^En^n~Arpl? ?aSÜC0 most™ndo o efeito de ombros caídos,

grande gola arredondada e amplas mangas. Muito importante a novasilhueta triangular.

LONDRES APRESENTA ANOVA SILHUETA PARA 1948

(Conclusão)

tário. O problema do busto resu-me-se na cintura, que deve sersempre delgada, e no tipo do ves-tido. Naturalmente, os vestidosde maior comprimento e maisamplos deverão ter cintura mais

bem marcada. No entanto, asblusas continuam na ordem dodia, com ou sem decotes. Comojá ficou dito, os vestidos variammuito: uns com muito pano, ou-tros de saias estreitas, estas úl-timas no entanto mais enfeita-das. com pregas e babados, su-banhando de qualquer modo, po-rém. as curvas femininas. Nisto,

SINO

SAUDADE

Saudade! Evocação das coisas do passado,Desejo de tornar a um momento feliz

OuJr^nÇa Ser? fim de um instant* abençoado

Que a memória nao esquece e o coração bendiz!

luUJ^1 PensaTent0 em azas transformado

Buscando recordar a mulher que nos quis

2om« a° qUe+f,C°,U de um son"° malogrado

Como as cartas de amor de um noivado infeliz!

És a triste canção do marujo distanteDe seu berço natal! És a luz que se esvaiNo derrade.ro olhar de um ser agonizante!

És da ausência cruel a dor que mortifica,

|s o lenço a acenar nos dedos de quem vaiÉs o pranto a verter dos olhos de quem fica''

AGUINALDO DE GÓES

110 —

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO-1ÍJ48

NADA MAIS ATRAENTE!

SEUS CAMLOS...

ESQUERDA —A saia ampla aparece em vários estilos: detalhesnesta silhueta mostram a saia cortada em viés com quadris volumosossalientados e modelados em pregas triangulares. Um bolero justoharmoniza o comprimento do busto e os ombros arredondados e caídos,

são obtidos pelas mangas raglan.

A DIREITA — A acentuação do basto é dada aqui por meio de hábeispregas da fazenda; ombros sem enchimentos; saia em "paniers"

co-locada sobre out7%a dá um aspecto original ao corpo. i:

aliás, todos os modelos obede-cem a uma constante, isto é, afeminilizar ao máximo, em con-traposição aos estilos de algunsanos atrás, que buscavam os mo-dêlos masculinos. Os dejotes nadatêm de ortodoxos. Do mesmomodo que outras particularida-des. eles se acham condicionadosao ar de feminilidade a que já

nos referimos, mas, quando apa-recém, a tendência é para to-marem a forma de V. A fortecurvatura circundando o colotambém aparece, mas, nos casosdas blusas em babados e pregas.O uso das luvas está subordina-do um pouco ao estilo de ves-tido ou costume, e um pouco ac

gosto individual.

INUTILMENTE

Quem dera que cessasse de bater,Este sino teimoso e singular,

Que não se cansa nunca de dizer— A vida é bela! Devemo-la cantar!

Este sino teimoso e singular,

Que é o meu inquieto coração,

Que não se cansa nunca de tocarPor tudo quanto é vivo e é ilusão!. . .

Ah! louco sino, sonoro, impenitente,Teus repiques festivos vão cessar,Quando o tempo mostrar que estás presente,Mas que ninguém, jamais, veio te escutar!

Salvador-BAHIALOURDES BACELAR

fll Kifel';;>'*'5ffl ÍKSwSSifli B^

a ^ ^p&m ^^fliflSiL/ ^^^^S^flifliflP^^*^ ¦* \ *$*^!| wliii^r jflflflflflF >JflB?*líÍll§ls

j((P^ "^

^fBÍ^Í£>' * ' *

%Sfl¥ *

flr J^ Ã

v*^?*^.'jipitF^ fp'*""* *

w& M d fll

t$fpllvv te,r um Perfume irresistível... lj

jL s^1*I» I IDá aos seus cabelos — beieza, fi F"

"*\'4Í. ¦ I

hÍL brilho, saúde! E dá a você — um lj§ ifc2^^j2Í'v I^Hr novo poder de* a trarão! «n^lltíã»^i; »Hv m lí*í'Hfllftiíi ' ¦ Ki

H Ou você prefere o fino ÓleoP,oyal Briar? TrWÍfffe^è^íNele também está presente o perfume /SErrVw 1p^^^que deixa saudade. //JlÍÍI'\f m

HflA //SP** '•!

ii 1\

Hflk © I¦Lfl&flk Com o mesmo perfume inconfun- r^tAft

li I^L

dível, amacia os cabelos, assen- fe**** j I I

^k ta o penteado. B-

S*J,ÍI 1/

Ll^T*s «BI/BB58/BB0 - 10 ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^HBBMHHBBflflflflflj

111 -

J

VIDA DOMÉSTICA

L"*-

M crepúsculo vespertino deI fevereiro, no ano de 1595,

J em Veneza.Parece, à primeira vista,

que os crepúsculos vespertinos

em Veneza, como em qualquer

parte do mundo, têm sido e se-

rão sempre iguais, em todas as

épocas. O sol desce ao Ocidente.

A luz do dia que se vai apagan-

do pouco a pouco. As sombras

que vão crescendo na mesma

proporção... Finalmente, a noi-

te com a abóbada do céu crave-

jada de pontinhos brilhantes...Mas, para o narrador de con-

tos, os crepúsculos vespertinosde Veneza não têm podido ser

todos iguais. E, como o narrador

se erige, por sua livre vontade

e por sua fantasia, em dono ab-

soluto de pessoas, lugares e ele-

mentos, dispõe, a seu gosto, até

da maravilhosa cenografia da

Natureza e manda que as cousassejam como êle quer que sejam.

As águas do golfo, filho do

Adriático, começaram a mudar

a côr de seu manto, eriçado de

ondulações. A intensidade lumi-nosa de seu azul foi-se trocandoem esverdeado transparente elímpido, que ainda conserva fai-xas de cristal brilhante, quandorecebe os últimos raios do sol.Pouco a pouco vai perdendo seubrilho e transparência ao escu-recer, dentro da mesma tonali-dade do verde. Depois é cinzen-to nublado, roxo, côr de chum-bo.

A laguna e os maravilhososcanais, espelhos nos quais secontemplam os edifícios, pelosmúltiplos olhos de suas janelas— ourivesaria de pedra talha-da —, apagam as luzes miste-riosas que os gênios invisíveisde suas águas acendem sob asuperfície.

%As pontes traçam faixas escu-ras e úmidas... Mais sombriae mais triste é a que projeta asinistra «Ponte dos suspiros».

Poucas gôndolas já, sulcandoos cristais estendidos entre ospalácios e as vivendas dos pró-ceres. Alguma canção- — sem-pre longínqua, como se o can-tor gondoleiro não se aproxi-masse jamais de nenhuma pa-ragem — ritmada pelos choquessuaves, como beijos dos remose da água.

Ampliam-se a «Piazzeta» e o«Canal» grande, na solidão qua-se absoluta. Ainda brilham o ou-ro das cúpulas e os encaixes demármore das torres, vibrantesde toques lentos e graves, quan-do as negruras se estendem jáde noite cerrada, pelos últimoscanais e pelas ruas estreitas, la-birinto de arranhões na massade edifícios. Fachadas sombrea-das pelo véu negro com que anoite cobre a nua escultura deseu corpo feito de luz da lua. Osmúltiplos olhos, antes filigranasogiyais e escarças, já são covasvasias com a cegueira trágica enegra da escuridão. Só, em ai-guns, talvez vigias da cidade, aqual logo se entregará ao so-no... e à orgia se acende otriste olhar de uma luz tênue,atrás das pupilas de cristal poli-cromo. Aqueles olhares caem sô-bre as águas já negras e se alar-

gam tremendo, como lágrimasluminosas, que, coalhadas no li-

quido murmurante, não acaba-rão nunca de cair...

Esses são os olhares que, atô-nitos e espantados em sua im-

potência, contemplarão os lan-

112 —

ces de estocadas; verão os vul-tos recatados atrás do disfarce,sumindo-se nas portas mistério-sas, que talvez se abram só pa-ra as aventuras galantes; pre-senciarão a queda de um corposob o manto espesso da água,depois daquele grito angustio-so...

Será, então, que as lágrimasluminosas, coalhadas no líquidomurmurante, tremerão mais, co-mo em convulsos estremecimen-tos de terror.

Por um dos últimos canaisdeslizou uma gôndola. Silencio-sos. o gondoleiro e a pessoa queutiliza a embarcação, só se ouve,compassado, o leve choque doremo ao impulsar a marcha.

e os vícios daquela sociedade,entregue a paixões desenfrea-das, eram os principais aliadosde Ezequiel. Em suas mãos ávi-

das iam ficando os restos demuitas fortunas não resgatadas

pelos donos anteriores; pouco a

pouco iam-se enterrando ali, nosórdido rincão, em farrapos, emtroca de uns punhados de ce-

quins (antiga moeda de ouro ita-liana), logo dissipados num jô-go, numa orgia, que não raroterminava numa aventura deamor, à qual a adaga de uma as-sassino contratado dava um fimsangrento.

Seu viver miserável, gastando,apenas, o imprescindível para osustento próprio e o da velha

A CONVERSÃO DO ATEUPe. SEBASTIÃO MARIA SS.CC.

Há uma pequena praça, cujo

pavimento, revestido de lousa,

desce até a água por três de-

graus de pedra carcomida pelotempo e pela umidade. A esca-da. como uma cabeça apoiadano canal, banha nele sua cabe-leirp de musgo.

Aü se detém a gôndola, da

qual se desprende, pisando o pri-meiro degrau, um vulto arcadoe envolto em ampla roupagem.Fica um momento buscando naescarcela, enquanto o gondolei-ro. naciente, espera, com a mãoestendida, até que nela caiamumas moedas de cobre.

O vulto arcado perde-se porumfl das ruelas sórdidas que de-scmbocam na pequena praça. Aponteira de um bastão acompa-nha cada passo que dá. com um-golr»e sêoo sobre o pavimento depeõVa. Todo o peso do corpo cur-vado se apoia naqueles golpes,como num arrimo.

O canal e a praça ficam deser-tos de tudo, menos de som. Ain-da se ouvem, já ao longe, os gol-pes do bastão sobre as pedras eo ritmar dos remos nas águasne^-T-as.

P»Q péssimo humor chegava ovelho Ezequiel a sua choupana.Havia empregado toda a tardepercorrendo as casas de seus de-vedores, a maioria poderosos,sem conseguir cobrar nem umvi^t^m.

Fm uma das ruelas mais afãs-tadns da cidade de mármore eouro, tinha Ezequiel sua resi-dênnia e uma tenda, oue era umamontoado heterogênio de cou-sas que ninguém teria pensadoque Pudessem estar juntas.

Negociava com tudo. o velhoateu, e nada havia para êle des-prezível se seu instinto rapacelhe fazia deslumbrar um lucropor pequeno que fosse.

Assim, junto a pequenas ni-nharias e roupas ensebadas, pe-nnor dos mesquinhos emprésti-mos feitos a pessoas de humildecondição, viam-se jóias de valorprimores de ourivesaria e dêcinzel, quadros dos grandes mes-três venezianos...

Ainda que oculto naquele afãs-tadn rincão, tinha, entre sua cli-enteia, pessoas da mais alta aris-tocracia de Veneza. Os prazeres

empregada que o servia, criouno bairro sua fama de avaroriquíssimo. Afirmava-se que, no

porão, sob o teto mísero, pas-sava longas horas da noite con-tando os enormes montões deseu inútil tesouro. Sabia êle des-sa fama e, temeroso dela, nuncase aventurava a sair de noitenem a regressar a seu barracãoantes que o sol desaparecesse

por completo. Por isso, aqueleregresso, já de noite, aumenta-va seu mau humor com o receioe o fazia caminhar apressado,espiando as sombras, nas quaisvia. a cada passo, oculto e es-preitando-o, o assassino imagi-nado por seu terror.

Pouco depois de internar-se nasombria rede de ruelas, ouviu,não muito longe, um rumor depeleja; vozes iradas, estampidode uma arma... um grito...passos que se afastavam velo-zes... Silêncio outra vez...

O tremor não o impediu dechegar a sua casa; e quando jápensava na sua sorte por tê-losalvo de tão temíveis perigos,sentiu eriçarem-se-lhes os pou-cos cabelos ao ver que um vultose afastava de sua porta e reso-lutamente se dirigia a êle..

Misericórdia!... Valha-meJeová!... Senhor, nada possodar-vos!... Compadecei-vos deum pobre velho, que nada pos-sui! Não é verdade o que vosdisseram, crêde-me! Eu vos juropor...

Uma gargalhada alegre cor-tou as lamentações do velho, quepareciam intermináveis.

Não jureis nada, Ezequiel,pois creio em vós, de bom gra-do. Tenho, acaso, aparência desalteador?... Por Deus, temiaquo não viésseis. Mas, abri aporta e entremos. Não vamostratar nossos negócios na rua...

Perdoai, Senhor — disseainda tremendo e receioso. Estáa rua tão escura... Se me fi-zésseis o favor de dar-vos a co-nhecer, porque...

Tendes razão. Acreditei quepela voz conhecerieis o vossoamigo, Tizianello.

Ah! Sois vós? Perdoai, per-doai...

E. com mão trêmula, que fêzretinir as chaves que tirou de

AGOSTO-1948

sua ensebada bolsa, abriu a por-ta rinchante, de gonzos mal en-graxados. Fêz entrar primeiro ohóspede enquanto gaguejava:

Não sabeis quanto me ale-gra vossa vinda. Já sei não soiscomo outros que nunca se lem-bram de pagar o pobre Ezequiel.Quanta maldade! Porém vós,ah! vós sois diferente. Não éem vão que corre por vossasveias o nobre sangue do gran-dioso artista... Precisamentetenho que atender a alguns com-promissos... Oh! compromissosde negócios, não acrediteis...Mas sentai-vos! Sem parar defalar, acendeu uma vela e pre-parou o assento mais cômodo,que ofereceu à visita, ficando êlede pé, dirigindo a seu hóspedeolhares de expectação, pese aoshipócritas louvores que lhe ha-via dedicado.

Tizianello era o sobrenomecom se conhecia em Veneza oTiziano Vecello, jovem de 25anos, então pintor, como seu pai,Marcos Vecello. Ambos eramdiscípulos do grande Tiziano, jáfalecido, e continuadores de suaEscola. Marcos era, além disso,primo do mestre.

O Tizianello, na época destanarração, seguia o gênero devida a que se entregavam os jo-vens de seu tempo. Vida frívola,de prazeres e aventuras, que êlealternava com a arte, na quealcançou maestria tal, imitandoo estilo de seu glorioso parente,que algumas de suas obras — aFlagelação -— A ceia — S. Car-los Borromeu — pareciam, à pri-meira vista, do próprio Tiziano.

O jovem pintor ouviu pacien-temente a gárrula linguagem dovelho ateu, contemplando-o comum sorriso um pouco irônico.Quando terminou de falar, tirouda capa um embrulho e deste,um crucifixo, que mostrou aEzequiel.

Que vos parece isto?O ateu teve um instintivo mo-

vimento de recuo.Não vos alarmeis — sorriu

o Tizianello. Não trato de con-verter-vos ao cristianismo. Nãome interessam vossos assuntosde consciência, mas sim vossosconhecimentos em matéria dejóias valiosas.

Ezequiel havia assumido umaatitude meio irada e meio con-lusa, com olhares turvos, queiam do crucifixo a Tiziano Ve-cello e deste ao crucifixo.

. — Prestai bem atenção — in-

sistiu o Tizianello; a cruz é deouro maciço; a imagem de mar-iim. tao primorosamente lavra-da, como só pôde fazê-lo Benve-nuto Cellini. Os pregos são bri-inantes. As gotas de sangue, pe-quenos granates incrustados nomarfim...

O velho, com os olhos desme-suradamente abertos, contem-plava a jóia, murmurando:

Benvenuto Cellini!..: Ben-

venuto Cellini...

„™T SÍm' afirmou Tizianello,

uma obra-prima do grande ar-tista. Presente de um nobre pa-

t£?o° G Vereza a me" ParenteTiziano... Herdou-o meu pai,

que o conserva como relíquia.Mas eu preciso hoje de dinhei-ro, Ezequiel. e não encontrei ou-tra cousa para trazer-vos em pe-nhor... Recuperá-lo-ei, breve-mente; não quero dar a meu paio desgosto de perdê-lo... É uma

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

Uma boa fotografia É A MELHOR RECORDAÇÃO

QUE VOCÊ PODERÁ GUARDAR

DOS SEUS DIAS MAIS FELIZES

BATIZADO CASAMENTO

ANIVERSÁRIO FESTINHA INFANTIL

BAILE DE FORMATURA SOLENIDADE CÍVICAINAUGURAÇÃO DA NOVA FÁBRICA

INAUGURAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

INAUGURAÇÃO DE UM NOVO LAR

Todos estes momentospoderão ser, anos mais tarde, relembrados com a perpetuaçãodas cenas que só uma boa fotografia lhe pode proporcionar.

Solicite a ajuda do SERVIÇO FOTOGRÁFICO def/

VOA DOMESTICA\\

Rua Riachuelo 414 - 6? pavimentoTel. 32-0170 ramal 5

APURO TÉCNICO PROFISSIONAL — ARTE — ACA-

BAMENTO E APRESENTAÇÃO ESMERADOS —

TABELAS MODERADAS.

dívida de honra. Emprestai-meduzentos cequins.

A voz de Tizianello já não era

jovial e sim trêmula, sombria,ao formular sua petição.

Ezequiel estendeu as duasmãos, como se repelisse algumacousa monstruosa. Sua cabeçafazia movimentos negativos en-

quanto exclamava, com voz en-trecortada:

Não quero isso em minhacasa! Levai-o... Acreditava quevínheis pagar-me algo do queme deveis... Duzentos cequins...Misericórdia! Quereis arruinar-me? Nenhum cequim mais;nenhuma piastra...

—- Pensai bem. Só a cruz valemais do dobro, e vos repito queo resgatarei logo. Antes de cin-co dias... Restituir-vos-ei tre-zentos cequins. Ora, não é maunegócio...

Não quero isso em minha

casa...Escrúpulos de consciência?

Não vejais nisto mais do queuma jóia de valor e deixai detolices... Resolvei, pois, é ur-gente minha necessidade e te-nho pouco tempo a perder.

Não! Não! Tirai-o de mi-nha vista. Não quero isso emminha casa! Não o quero!

Tizianello friamente exclamouentão:

Escolhei, velho avaro! Ouesta cruz, em troca do que vosproponho, ou esta..

E. rapidamente, desembanhouum punhal, que cravou na mesa.

Havia passado já em Venezao Carnaval, com a fascinação desua magnificência e de seu luxo;com a tulmutuosa afluência de

gente que de todas as partesacudia para presenciar as es-plêndidas festas tradicionais epopulares; com seus fantásticosdesfiles de milhares de gôndo-Ias. ricamente adornadas comtapetes, damascos, ouro e pedra-rias e cheias de alegres masca-ras. explosão de bulício, decanções, de risos; com as insíg-nias das nações estrangeirasdesfraldadas ao vento e a ban-deira de são Marcos adornadado leão alado, ondulando comgalhardia em todas as torres dacidade; com as ricas tapeçarias

pendentes das sacadas e janelasdos palácios; com o incêndio po-licromo das iluminações, quebra-do em luzente chuva de estrelas,

que banhavam suas fantasias nalaguna e nos canais; com seuslances galantes e sangrentos,nos que a morte chegava entreruídos de beijos e gargalha-das...

Havia começado a quaresmaque. para muitos, passava, ain-da. inadvertida e já haviamtranscorrido muitos dias maisdos que Tizianello fixara pararesgatar o crucifixo e ainda se-guia em poder de Ezequiel aimagem maravilhosa do Reden-tor. Era impressionante a ex-

pressão do rosto, em que as pe-quenas feições tinham um angus-tioso realismo, supremo acertodo artista, perito no cinzel. Acabeça levantada, em dolorosacontração do pescoço, que levan-tava o tórax fazendo realçarsua anatomia; os olhos aindaabertos, procurando o céu; a bo-ca entreaberta, talvez na divinasúplica de piedade para seus ver-dugos ao pronunciar a frase su-blime, embora incompreensível

para grande parte da Humani-dade:

«Perdoai-lhes, Senhor, porquenão sabem o que fazem...»

Uma irritação surda invadiao espírito de Ezequiel cada vezque seus olhos se fixavam nasagrada imagem. Sua vontadetratava de evitá-la. Não queriaolhar para ela e, a seu pesar,seus olhares, como que solicita-dos por uma atração misteriosa,acabavam pousando-se na mara-

yilhosa reprodução da vítimaimolada nas aras de seu amoraos homens...

Era uma obsessão fascinadora.Chegou a ver a expressão dorosto divino e torturado, aindaquando fechava os olhos e bus-cava maior escuridão, cobrindoas pálpebras com as mãos con-vulsas.

Tomou uma resolução incom-cebível para sua avareza. Res-tituiria o crucifixo a Tizianellosem esperar que pagasse sua dí-vida. Tudo, antes que continuarsubmetido ao tormento que, co-mo um malefício, padecia des-de que a imagem entrou na suacasa.

O decurso implacável dos diashavia feito chegar a semanaSanta, culminada na tragédiado Calvário; e foi justamentena quinta-feira daquela semanaque resolveu restituir a jóia tor-turante.

Dirigiu-se a casa de Tizianellocom o crucifixo envolto no Ien-ço. Tremiam-lhe as mãos porta-doras do prodígio de arte. E oateu sofreu a decepção de saberpor um criado que seus senho-res. pai e filho, haviam-se au-sentado de Veneza.

Furioso ante o fracasso de seudesígnio, teve a tentação de ar-rojar a jóia ao fundo do canal.Não o fêz porém... Por que?Talvez a avareza teve nele maispoder do que a perda inútil deum objeto que tinha altíssimovalor material.

Chegou a sua casa possuído deuma cólera surda, ante a loucaimposição de reter a imagem doCristo, contra sua vontade; e aoentrar na tenda, cedendo a umimpulso irresistível de seu fu-ror. arremessou, violentamente,a um canto, o invólucro que pa-recia queimar-lhe as mãos, edeixou cair-se, ofegante pela suaraiva impotente, na cadeira on-de ficou com o rosto sumido emsuas mãos ossudas que tremiamnervosas e febrilmente.

Era a hora nona...Um mal estar crescente o ator-

mentava. Foi, primeiramente,uma dor punjente na fronte, co-mo se fosse causada por cravosinvisíveis. Depois uma sensaçãodilacerante nas mãos e nos pés,como o dilacerar da carne e umcorpo estranho triturando os os-sos. Por último, a crueldade pro-fanadora de uma lança no ladoque o fêz levantar-se. soltandoum gemido de dor intensa.

Com a fronte banhada de suorgelado, com as mãos trêmulas,desfez o embrulho que, antes,lançara com ira e desprezo. E,ante seu olhar atônito, que, aospoucos, se cobriu de um prantoincompreensível apareceu umprodígio, que êle contemplou,caindo de joelhos, tremendo, bal-buciando palavras incoerentes...

A imagem de marfim havia(Conclui na página 117)

— 113 —

s^

AGÔSTO-1948 VIDA DOMÉSTICA

A

:j j

'l

SOPAS

CARNES

PEIXES

^^^^^^>>- shS

LEGUMES

sãaag

SALADAS

MOLHOS

0°A

qualquer prato!

feito de puras proteínas vege-

tais, o Molho Saroma dá um sa-

bor rico e diferente a sopas, cai*-

nes, peixes, saladas, legumes,

coquetel de tomate e muito es-

pecialmente a molhos. É um pro-

duto de alta qualidade garanti-

do pela Standard Brands — fa-

bricante do famoso Fermento

Royal. Molho Saro-

ma completa e enri-

quece suas refeições.

MOLHO

tXPtWMENUasde-iciosas e nutri-

Uvas sopas ou

consomes lei-

ías com Cubi-

nhos Saroma de

rico sabor de

carne. No mver-

no ou no verão

constituem um

complemento

indispensávelem sua mesa.

MôIho

SAROMA

FpMtH TEMPWM»

rpROUlHtóHlW0U»»S'

COM MRM<* VEOítftIS

aromaSAUDÁVEL PORQUE E

FEITO DE PURAS

PROTEÍNAS VEGETAIS.

" * * * -

PRODUTO DA

STANDARD BRANDS

OF BRAZIL, INC.

mjv Como fazia costumeiramente, Frederico mm

lll!ífl?Vj Grande passeava pelos jardins de seu palácio, ©jSI

Como fazia costumeiramente, Frederico oGrande passeava pelos jardins de seu palácio,quando percebeu por uma janela que um dcseus criados servia-se de sua tabaqueira. Cha-mou-o e disse:

— Gostas desta, tabaqueira ?Muito envergonhado por ter sido surpreen-

dido, o pajem respondeu afirmativamente, de-

pois de muito custo. Frederico mostrou-se"grande":

—- Muito bem. Toma-a; ela é muito pequenamira dois. . .

G diretor duma revista a uma formosa bai-larina:

— Um de meus redatores queria publicarauuêle retrato que a srta. me ofereceu... masnão o permiti. . .

—• Como ?!—¦ Se êle o fizesse, qualquer um teria seu

retrato com apenas dez cruzeiros. . . e soumuito egoísta. . .

A despeito das aparências, os militares tam-bém sabem ser galantes:

Num suntuoso baile no Itamarati, um gene-rol chegou a um jovem Capitão — seu Aju-dante de Ordens —, que a. um canto do salão

palestrava com sua, noiva.A juventude imóvel, enquanto há música

no ar ? !

Q Capitão explicou:É que minha noiva e eu estamos um

pouco cansados. . .Neste caso, a oportunidade é minha!

Se ela está cansada, convido-a para dançarcomigo... e já, para não ter tempo de tomar

fôlego e negar-me a contradança. . . Vamosdançar, srta. ? . . .

li possível que o Asno de Esopo, tão can-sado de representar a imbecilidade, tivesse re-clamado :

— Se eu ainda uma vez tomar parte numaãe tuas fábulas, vê se me fazes dizer algo deracional e de bem espirituoso. . .

Esopo esquivou-se:—¦ Algo de racional e de bem espirituoso ? . . .

Não achas que se assim eu procedesse os lei-tores iriam deduzir que passaste a ser o mo-ralista e eu o asno ? !. . .

Embora só encerre falta de diplomacia, émister se registre um diálogo entre Vendômee a Sra. Neynours. Ela possuía um enorme na-riz e pintava escandalosamente os lábios. Ofen-dendo o físico do nobre, teve dele a resposta.

— .. . e a sra. parece um papagaio comendocereja. . .

Numa recepção em que um partido políticocomemorava a vitória dum candidato seu aoCongresso Nacional, o eleito perguntou à filhado Presidente do partido :

—- A srta. votou ?- ¦ Não voto por este Estado, Senador. . .

—- Ah! Com seu voto,srta., 7riinha vitória te-ria sido bem mais glo-riosa!. . .

^^. ria sido bem mais glo- ^^.

- 114

AGOSTO-1948

NÃO ME

ESQUEÇAS

• Vês esta pequenina flor azul,que nasce em profusão, nos bar-ranços, às margens do Reno ?!

Sim, Gretchen! Ê uma florque. embora seja minúscula, émuito linda, porque tem a atra-ção de refletir a côr pura docéu e dos teus olhos!

E também porque ela encerrauma lenda suavíssima de amore de saudade. Vou contar-te ahistória do azul não-me-esqueças.

Wergiss-mein-nicht era umalindíssima donzela, de tez pá-lida e longas trancas louras.Constantemente passeava com seunoivo nas margens do rio Renoe aquelas águas profundas e can-tantes, foram as testemunhas so-Ienes de juramentos e promessas.

Uma esplendente manhã de pri-mavera seu noivo participou-lheque antes do suspirado enlace, iafazer uma breve viagem de nego-cios, para a realização de seussonhos.

Wergiss-mein-nicht acedeu àproposta, com os olhos embacia-dos de lágrimas e Alexandre par-tiu acenando-lhe do navio, mui-tas o muitas vezes com seu bran-co lenço, num adeus saudoso.

Dias sucederam-se, meses vol-vera.m com seu séquito de flores,de frutos e de neve, nas muta-ções esplêndidas da natureza, masAlexandre não voltava e nemenviava notícias.

O ingrato tinha-se olvidado deWergiss-mein-nicht!

E a pobre donzela loura, co-meçou a definhar, e todas as tar-des: ia às margens do Reno, cho-rar saudades do infiel, até queuma feiticeira, (dizem os habi-tantes daquela localidade, que erauma fada deslumbrante, disfar-cada, com andrajos), vendo-a nacomovente expansão da sua dor,dissera-lhe penalizada:

Infeliz menina! Lamentas decerto, a ausência do teu noivo.Sei que Alexandre não voltarájamais a realizar o suspiradoenlace. Em distantes terras, noestonteamento delirante das gran-des cidades, esqueceu-se de ti.Mas antes da tua existência ter-rena, eras uma flor. Queres voltarà tua vida de outrora?!

Oh, sim! Nada mais me in-teressa na vida humana, depoisda ingratidão do meu noivo.

Está bem! respondeu a fei-ticeira suspirando. Que os fadosse cumpram! Voltarás a ser aflor singela de côr azul, saudosae linda, e povoarás as margensdo rio Reno, pelos barrancos,como a espiar a volta do noivoingrato.

E assim sucedeu!Uma manhã festiva, um bando

de forasteiros, vindos de diversaspartes do mundo, cruzaram-sealegremente por aqueles lugarespoéticos e só um deles parou acontemplar aquela mimosíssimaflor azul,que o parecia fitar, tra-zendo-lhe à memória, os grandesolhos azuis da noiva abandonada.

Procurou de novo a cabanada pálida donzela, mas esta es-tava em ruínas, emaranhada defolhagens e cipós e nada maisdenunciava a estadia de Wergiss-mein-nicht.

VIDA DOMÉSTICA

Nascida na harmonia cativante de

um corpo formoso, a sedução feminina

encontra seu realce na sedosa maciez da

Lingerie Valisère, de tecido indesmalháve

e corte individual rigoroso,

que é todo um poema de beleza.

LIMGmiE• m \GbaJkmn

CONTACTO QUE É UMA CARÍCIA

Alguns habitantes daqueles êr-mos, contaram-lhe então que ajovem tinha perecido, mas ai-guém, apontando-lhe as floresazuis das margens do Reno, mur-

murou.— Tua noiva está ali! Êuma daquelas flores.

Alexandre correu pressuroso acolher as flores azuis e ao aper-tá-la,s junto ao coração, ouviu

PANAM — CASA UV AMIGOS

uma voz débil que vinha do seiode uma flor, que lhe segredavamuito baixinho:

— Não me esqueças!

Maria Carlota—(Rio).

IMî AMBM ATOAS

PROBLEMAS!

IliJastam os que a vida in-

tensa de nossos dias já nos

obriga a ter. Se você ou os

seus precisam de um Tôni-

co, a escolha está feita: - Há

quasi 70 anos a EMULSÃO

DE SCOTT tem fortificado

várias gerações. A EMULSÃO

DE SCOTT é riquíssima em

cálcio, vitaminas e fósforo.

EMULSAOnSCOTT115

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

-s mulheres mais formosas

do mundo usam X V_yj_\|J_y l)

— porque não faz o mesmo ?

• Cuide da beleza, da juventude, do frescor de

sua cútis, com Cold Cream Pon.l's. Pela ação

ultra-penelrante de seus ingredientes, o Cold Cream

Pond's limpa integralmente os poros, r. movendo o

make-up, o pó de arroz, o rouge, os delrilos e a po-eira, assegurando a com-

pleta rt spiração e reno-

vação das células, quetornam a cútis mais be a

e mais suave. Us >-o todas

as noites. E para beleza

e suavidade extras,

aplique-o também pelasmanhãs.

Paru perjeila tnnquibge

use, lambe n, Poria"* V.

ôlirnab se ara 6 e rr z

pcfejVs

OUÇA ÊSTFS EXCELENTES

PROUR MA PON..'á:

Teatro ' ornPs: 2ns., 4as. e 6na. foiris,

às li .50 horas, nn IJádio São Pa..Io.'*A

Vida (- Assim": üas. -ta-», e 6as.,

às 17,jU ha. na liádio iNacioual do i.io.

i*~—-— El^l

- "^^Pa-Clareia-Arnflic^

íí

CONHECIMENTOS

Ü1EIS

w(

v

AR LIVRE — Permanecer grande par^e dotempo ao ar livre e no verão dormir com asjanelas abertas, constituem ótimos recursospara fortalecer o organismo, pois são hábitossalutares que protegem o indivíduo contraos ataques de algumas infecções.

ÁGUA DA CHUVA —A água da chuvanão é potável, isto é, não se presta paraser bebida. A água da chuva, resultando dacondensação de vapor dágua — água disti-lada — contém ar dissolvido, mas é absoluta-mente desprovida de sais, cuja presença,dentro de determinados limites, constitui umdos característicos da água potável e sãoimprescindíveis para o nosso organismo.

FALTA DE APETITE — A falta de ape-tite ou anorexia é um fato muito comumentre as crianças, trazendo sempre preocu-pações aos pais zelosos pela saúde de seusfilhos. Geralmente provém de falta de disci-plina na alimentação, quando não se tratade doença. Na criança sã depende bem maisdos pais e do ambiente de um modo geral,que da própria criança. É fenômeno freqüenteentre as classes abastadas e remediadas, nasfamílias pouco numerosas e, particularmente,naquelas em que a prole se reduz a um únicofilho. As causas dessa falta de apetite, cha-mada "Anorexia nervosa", bem como os eíei-tos, podem ser o resultado de dois erros deconduta: demasiado empenho em que a cri-anca coma e coação. O ato de comer deve sernatural e espontâneo, o excessivo ofereci-mento de alimentos, tem como natural con-seqüência, o inevitável desinteresse que des-perta o que é dado com desmedida pródiga-lidade; a obrigatoriedade por sua vez geraa revolta das coisas que são de qualquerforma impostas. Além de tirar à criança oensejo da iniciativa da escolha e despertar-lhe certas tendências natas, a importânciademasiada que se dá ao petiz altera-lhe aindaa personalidade fazendo-o voluntarioso eobstinado.

As formas de inapetência crônica na cri-anca podem ser grupadas em três tipos:

A que provém de doenças reais e que sóse modifica com o tratamento adequado dacausa. E assim que a sífilis, a verminose, opaludismo, a tuberculose, as várias anemias,afecções da garganta, nariz e ouvidos, etc,podem produzi-las. Esta forma não é a maisfreqüente.

A que provém da alimentação desordenadaou sem orientação: falta de horários, refei-ções com espaços demasiadamente pequenos,guloseimas nos intervalos, monotonia pelarepetição excessiva dos mesmos pratos, etc.Esta forma deriva antes da falta de adminis-tração no lar ou de erros de disciplinadoméstica.

Por fim, a forma já descrita acima e que,se instalando de maneira insidiosa. lenta,traiçoeira, provém, sobretudo, de erros deconduta ou erros de assistência dos pais ouresponsáveis.

ç^m

AGOSTO-1948VIDA DOMÉSTICA

(^jômem de

Durante estes últimos festejosde S. João deu-se um fato quea todos admirou pelo ineditismo.

Temos um amigo alucinado pelonetinho. O garoto tem dois anosapenas e é o dono da casa toda.Um "ai Jesus". O avô é bobíssimo

por êle e a avó, então, é até deenjoar. D. Antonieta, não sabemais que fazer com o pimpolhoque é, realmente, inteligente eengraçadinho.

Nesta época de fogos, o Car-linhos entendeu de querer fogostodos os dias e, para comprar oavô, assim que esse entra emcasa corre, enovela-se-lhe nas

pernas e pergunta: trouxe fogos,

paisinho ?

O vovô, babado de gosto, comum sorriso delicioso de bona-cheirão, entrega o embrulho ondevêm estrelinhas, chuveirinhos deprata, caixas de fósforos de corese rodinhas, principalmente.

Em pouco, a fumarada dos fogosinvade a casa toda. D. Antonietatosse, D. Ada fica enjoada, maso garoto se diverte, e isso étudo... ^

Imaginem vocês, que numa des-sas noites estavam todos soltan-do fogos para distrair o Carlinhos,quando um morteiro de assobioqueimou a mão do Dr. Massapèda Cunha.

Foi um deus nos acuda, quefoi que não foi, põe manteiga,dizia D. Lídia, apressada, man-teiga não, é melhor limão, diziaD. Antonieta.

O garotinho vendo o avô com amão queimada deitou a chorar.Ali, então, ao invés de trataremdo doutor quiseram todos ami-mar o curumim que mais e maisse esguelava.

Nisto minha mulher chegando àjanela perguntou à criada quesaía: "que é que tem o Carli-nhos?". "Não vê que o doutor sequeimou e êle está chorando... ésó isso, sim senhora"...

"Foi grande a queimadura?"

perguntou Alicinha. "Não senhora,naturalmente que o doutor estásentindo muitas dores".. .

Minha mulher, chamando a vi-zinha, ensinou-lhe: "ponha

gelo,D. Antonieta, gelo! E ótimo!""Na

queimadura?" "Sim, senho-

ra! Essa receita é da gaveta deTia Ricarda e foi ensinada porum médico estrangeiro cujo nomenão me lembro".

Daí há pouco: triunfo completo.O doutor Massapè da Cunha,sorria aliviado e o Carlinhos jáestava de novo, com o pai, navaranda segurando no cabo deuma vassoura em cuja extremi-dade estrelejava uma rodinha deS. João.

NOVA GRUTARESTAURANTE

PREÇOS MÓDICOS — GÊNEROS DE 1? QUALIDADEEsta casa é conhecida pelos seus famosos grelhados ao gostodo m,ais exigente paladar; variado sortimento de vinhos na-cionais e estrangeiros. Especialidade em massas feitas à vistada nossa distinta clientela, cosinhadas e temperadas por chefe

de alta competência.

MOLINARO & Dl MARCO LTDARUA REGENTE FEIJÕ, 26 - Tel. 22-4838 - RIO DE JANEIRO

A CONVERSÃO DO ATEU (Conclusão)

descido a cabeça, já sem a vida

que nela cinzelara o artista Cel-lini. Os granates, que represemtavam o sangue divino, tinham-se fundido num líquido verme-lho. que escorria pelo marfim,em fios finos, sangrentos...

Ezequiel não pôde reter, pormais tempo, o remorso de seucrime sacrílego e, enquanto assombras da noite amortalhavama ciHade de Veneza, naquela Sex-ta-feira Santa, sai a correr pe-Ias ruas com o Cristo que, a tre-mer, segura entre os seus bra-Ços. procurando um lugar san-to nara aquele Crucifixo e umasilo de bonança para a sua ai-ma atormentada. No fim demuito correr, alucinado e can-

sado, entrou na Igreja de Nos-so Senhor dos Passos no momen-to preciso em que Frei Dimas,

pregando, concitava a todos seuscaros fiéis a se arrependeremde seus crimes e pecados, pro-metendo nova vida por amor aCristo Crucificado.

Ao terminar seu Sermão, FreiDimas recebe, banhado em lá-

grimas, e pedindo confissão, oarrenendido ateu que, caindo de

joelhos, declara ser um traidor,

um avarento e pérfido inimigo

do Divino Redentor.Ouviu e absolveu o contrito

pecador e o Sa^to Cristo Ben-

dito a àquela Igreja doou. Enaauela Sexta-Feira Santa, Deusmais um ateu salvou.

BEF %à __Éi^ m_i

___________

Aumente o

encanto de sua

aparência... com *dift

Somente o Soutien Life e a Cinta Life são tão

anatômicamente cortados e conjugados para

proporcionar-lhe o máximo de elegância—com

inteira liberdade de movimentos. Eis porque

maior número de mulheres usam as creaçõss

Formfit do que quaisquer outras.

Faça uma prova hoje mesmo, numa das

boas lojas de sua cidade

FABRICADO SOMENTE POR THE FORMFIT COMPANY • CHICAGO • NEW YORK

Distribuidores exclusivos

POLIMERCANTE DO BRASIL LTDA. ? Caixa Postal 3.108 - Rio

117

AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

:ÊWMBW>BM;m

:^^:BBMBB[-BBMBB^::B

WMmmMmMmmLmÊãmmmWãm

llliiliilS1

NA SUATE

:::lllIlliil.Í|sí;I|0í:|:S||lí

:P|ÍlllÍÍlI;ÍI|Íll

I i

íJ^flflMfll^flflk *"_ >fMflWyí^6W v •'

4 HMíSBaà v WllfivJxp''\ l?JÍ flfl^^^ xflHVnK' ¦ ~ ¦

'àntisséptico

adstringentebagtericida

REDUZA AGORDURAPor Um Novo Método

Ao atender às Estréias de Cinema deHollywood, um médico descobriu ummétodo seguro e rápido de remover oexcesso de feia gordura. Comece a per-der peso na primeira semana e muitosquilos ao mês. Basta tomar 2 pastilhas3 vezes por dia. Este novo método, cha-mado Formode, traz nova vitalida-de, saúde e energia como também umaaparência atraente, ao dissolver a gor-dura. V. não só se sentirá como parecerá10 anos mais jovem. Não é necessáriofazer regime alimentar, nem usar drogasdrásticas ou praticar exercícios em excesso.Atua ajudando a natureza. Formodereduz a gordura de um modo garantidocomo V. deseja. Peça Formode, hojemesmo, em qualquer farmácia. A nossagarantia é a sua maior proteção. "

Leia VIDA INFANTIL

Agora muitos usam

DENTADURA POSTIÇAcom verdadeira comodidade

Se V. usa dentadura postiça, coma,fale, ria ou cante sem temor de queela se desprenda ou caia da boca.FIXODENT, um pó aperfeiçoado,de sabor agradável, conserva as denraduras postiças mais firmes na bocae mais cômodas. FIXODENT nãodeixa nenhuma sensação pegajosa.Não provoca náuseas. É alcalino (nãoácido). Perfuma o hálito. CompreFIXODENT em qualquer farmácia.

Distribuidora para todo o Brasil:

ODONTOLOGIA AMERICANA LTDA.

Av. Rio Branco, 114, 1.» - Rio de Janeiro

92-B

!

MPRISiO

DE VENTRE? .apit/. ~*>

inorAtivas¦ "^ Wn*^ NAO PRODUZEM CÓLICAS

i&f&I li^tíF*^ \\

\\\\\^^SÈ^ \\

JÊ* t\ HKBEHA

G\J1A CRATig

para SUCESSOS CULINÁRIOS!

• E o novo iivrode Receitas"OS MAGOS DA CULINÁRIA"onde

encontrará 65 receitasvariadas, saborosas e paratodos os paladares.

AMIDO DE MILHO

MARCAS REGISTRADAS A.

. A "MAIZENA

DURYEA" 50- 3 5I Caixa Postal, 6-B - São Paulo

| Peço enviar-me, GRÁTIS, o livro

j "OS

MAGOS DA CULINÁRIA"

I NOME ___

RUA.

ICIDADE ESTADO_ 11

% #Èm I

1 "^ÉSSr

II

NOS DOMÍNIOS DO IDIOMAPor SEBASTIÃO VALENÇA

XI

Paralelepípedo, paralepído. Tanto mais quando. Sínclisepronominal. Dado em vez de determinado, suposto Dito(sem artigo). Sinonímia do verbo ter.

* * *23. E. R. — Em delicada carta este leitor pergunta se écorreta a forma usual paralelepípcdo, uma vez que o dicionário

de Simões da Fonseca, melhorado por João Ribeiro, registaparalelipipedo. <=Si»lci

Ê sim, senhor. Os que adotam paralelipípeão ficariam con-vencidos do erro em que estão, se abrissem, pelo menos o "Vo-cabulario" de Ramiz Galvão, que, com todo o peso de sua au-toridade, afirma:

"Ê viciosa a forma paralelipípeão".

Se, como supõe Cândido de Figueiredo, acompanhado porAntenor Nascentes, a palavra nos veio do latim parallelevipedum(o que parece incontestável), menos certo não é que do gregoo^ vocábulo passou à língua do Lácio, que adaptou a forma he-

lemca parallelepipedon, modificando-lhe a terminação para —dum, a qual o nosso idioma converteu em do.

Por aí já se vai vendo que paralelepípede (com e final), comoalguns usam, é arremedo do francês e, portanto, grafia defei-

Com esta palavra - que o povo simplifica em paralepípedu- aeu-sie o mesmo que se deu com bondadoso, sauãadoso, gra-tuitiãade, e outras, em que uma sílaba semelhante ou igual àvizinha e omitida na pronunciação vulgar. A tal fenômeno oslingüistas dao nome de haplologia, que é um capítulo da leido menor esforço, ou lei da preguiça, na classificação irônicade João Ribeiro.

aJ^OS?/ haPloloj>ia> Portanto, é que se diz bondoso, em vezde bondadoso, saudoso por sauãadoso, gratuidade em lugar n,-

gratuitiãaãe e o referido paralepípedo ao lado de paralelem-peão, para não citarmos muitos mais.

Paralelepípedo é formado dos seguintes elementos: parállelo.que quer dizer: igualmente distante em toda a extensão eepipedo, do grego epipedos, que significa: superfície plana,'oumelhor: sobre a terra, visto como epi quer dizer sobre, em cimade, a superfície, e —

pedo (grego pedon) o chão, a terra.

inn,T*° aS PedraS ^calçamento das ruas se colocam parais-lamente, uma* em relação às outras, e como se acham num

plano, a língua moderna as designa pelo nome de paralelepípedo,

muito encurtada)' <*ue os leitore* conhecem

iJnZl^JZ* q?~m suP°nha *ue a forma paralelopípedo sejalegitima, mas estão errados os que pensam assim: nem é para-lelopipedo, nem paralelipípeão, nem paralelepípede. Paralelem-

pedo e que e a forma rigorosamente certa, embora os pree-ui-çosos prefiram paralepínedo, que não é correta, mas tem ex-phcaçao científica. Escolha o sr. E. R. entre o correto e o so-frivel, mas despreze sempre o que é máu.

* *

?4' °l. Filho — "Tanto

mais quando numa obra de grande

ESS dfme-Se *llaba a antiSa". « incrível que semlhante cons-truçao haja saído da pena de um escritor que revela conhe-

cimentes de lingüística. Com efeito, não se diz em portuguêstanto mais quando: o que se diz é tanto mais quanto. Alémdisso, o pronome colocado depois do verbo (define-se) está emdesacordo com as normas do bom escrever. Todos dizem na-turaJmente—"tanto mais quanto me disse êle não gostar detal brincadeira»-empregando o pronome antes do verbo emproclise, como dizem os gramáticos. '

O mesmo escritor diz, em vários passos do seu artigo —"numa língua dada" e outras coisas em que emprega fado

Tal aplicação da palavra dado não é, porém, de bom cunho* *

^2J5'nS'/'~~N!0 escreva mais dito, dita, em vez de o dito, a

car% «a %?* dlZ; em. HngUa Sã' é: "°

dit° livro custou-mecaro a dita^ carta chegou com grande atraso". A moda in-íeliz de usar dito sem o competente artigo definido nada temde vernácula. E um calão forense-já o dissemos, - que Z

XZ T^To1 ^ *»¦»«**«• J^ídica brasileira felizmenteainda nao aceitaram. Talvez este uso tenha tido origem emleituras espanholas, por influência do castelhano So que

o n^fnZ1,6-86 d6Ve tradUZir por "it0' mas P°r tal, êss

*

Quemo perfilha, nao se esqueça de que referido, aludido citado suvracitado etc, são sinônimos de ditoe, como este ^prescindemdo artigo ou adjetivo articular que necessariamente há de áT-

JSí ^Mou^^r°eH baffls z ;7rimae™(Conolui na pág. 122)

— 118

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO 1948

MIM

ú\^J

.^•i

FREI CANECA

Em 1817 Pernambuco vivia aquela memorávelquadra que terminou afogando em sangue um dosgrandes surtos do nosso nativismo.

Mas, a gente bravia da famosa terra do Arraialdo Bom Jesus jamais se acobardou diante dos sa-orifícios cm prol dos seus ideais de liberdade.

Em 1821,, quando, de novo repontam varonis osnossos heróis e mártires, entre eles está Frei Joa-quim do Amor Divino Caneca.

Filho de Domingos da Silva Rebelo, apelidado deCaneca, e de D. Francisca Maria Alexandrina deSiqueira, nasceu esse extraordinário apóstolo dasliberdades nacionais em Recife no mês de Julhode 1779.

Ingressando na ordem dos carmelitas em breve,teve o título de "leitor"

em retórica e geometriapassando, mais tarde, a "definidor"

e serviu comosecretário do "visitador"

que era então, por essetempo, o bispo do Maranhão, Frei Carlos de S. José.

Logo naquela sanguinolenta jornada de 1817,vamos encontrar Frei Caneca servindo ao governorevolucionário, pelo que foi preso e condenado aquatro anos de reclusão.

Triste acontecimento aquele quando Frei Canecapassou com uma corrente ao pescoço, peiado e hu~milhado, entre a multidão que apinhava as ruasdo Recife.

Quantos, cabisbaixos diante do espetáculo las-timável de assistir esse vulto memorável passarassim,

^ choraram na emoção da cena angustiosa!

Atrás dele os companheiros, também de mãosatadas, ladeados pelos soldados que marchavamao som de marchas militares e que também serecolhiam aos presídios da Bahia.

Quatro anos de penas e de reclusão não aque-brantaram o ânimo varonil do sacerdote. Quatroanos de vicissitudes e humilhações não abaterama tempera de bronze do valoroso patriota.

Em 1824} rebenta a revolução que ficou conhe-cida na história como Confederação do Equador.Combatendo o governo no seu jornal — o ThiphisPernambucano — e entusiasmado por Manoel deCarvalho Paes de Andrade, Frei Joaquim do AmorDivino Caneca não trepida em jogar de novo asua vida, pelo seu jornal.

Lançada a revolução, o valoroso carmelita cons-titui um dos seus mais vigorosos esteios pela suacoragem cívica, patriotismo e decisão.

Co?n o fracasso total da causa, preso e julgadopor uma comissão militar, vamos encontrá-lo dealma serena e firme para o supremo momento.

A. sua execução foi marcada para 13 de Janeiro

de 1825. Nesse dia, pela manhã, saiu êle ostentando

o hábito da Ordem da Madre de Deus. Cortejo fú-nebre de uma solenidade impressionante, caminhou

a passo lento até o Largo do Terço, onde foi, então,

celebrada a cerimônia de desautoração do sa-

cerdote.

Depois de revestido de suas paramentas, por dois

frades que o aspergiam e rezavam, foram, as mes-

mas vestes retiradas de uma em uma com o mesmo

cerimonial, ficando o frade só de calça e camisa.

Uma vez assim desautorado, foi entregue ao car-

rasco e o cortejo marchou para o largo da forca.Aí chegado o executor se recusou, terminantemente,

a cumprir a sua, angustiosa missão.

(Conclui na pág. 122)

M

V\

r

AmW ' • • •

\\\\\\mmW^mw^^^^^^m Brk* * *m\r^ ^^mmmmmmwOmm * *

mv ^mm Ww * *

m ^^wLm •':1 6KW^I ¦/ •'¦¦V Jmm\ mm**

¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦

m\j \mv \ *

¦ tfssfc ) /

m^mmm^m^m.

Acalme TOPOSestes tomentosdo resfriadof

<

v ^l^mWÁmm.

Apenas com este

tratamento

simples

m O RESFRIADO de seu filhinho põe-lhe o nariza garganta e o peito em perigo—e todos estesorgaos requerem auxílio. Pode dar rápidoauxilio ao nariz, à garganta e ao peito comuma simples fricção de Vick VapoRub aodeitar a criança.

Vapores medicinais do VapoRub são aspi-rados diretamente às vias respiratórias irri-taaas, onde somente vapores podem checardiretamente. Acalmam a irritação, desakvjam a mucosidade, desafogam a respiraçãoaliviam a tosse. Ao mesmo tempo. .Como cataplasma, VapoRub atua sobre apele, extraindo" a opressão do peito e dagarganta.Enquanto a criança dorme confortável-mente, VapoRub continua atuando. Os pioresefeitos do resfriado passam, quase sempre,na manha seguinte.

Vick VapoRub

¦ v>ícjn( \M-ü"Kt A r AMA VUz> rKUUUTUal

^p^^j^g^B^fc^fe-1 mente perfumada, devolve aos \{J\

5s|feüSlã^SÍ^^^^ / cabelos brancos a côr natural. /

>9 PETRÓLEO QUINADO, evita 1

Q) a queda e embranquecimento J

/ precoce dos cabelos. Y

m PRODUTOS DA MAIS ALIA CONFIANÇAPRODUTOS PINDORAMA (PERFUMARIAS) S/A-Ed. Próprio<RUA ANNA NERY, 1944-RIO

119 —

VIDA DOMÉSTICA

Até você está

em perigo

de ter PIORRÉlfl!

De cada 3 pessoas —

rt estão ameaçadas

Gengivas moles e sensíveis... gen-givas que sangram ao escovar osdentes... são sinais de que a im-

placável Piorréia — que mina as

gengivas e faz perder os dentes —-

está à espreita.

Se notar qualquer destes sintoma*

de mau agouro — acautele-se! Comece a proteger-se logo contraPiorréia usando o método experi-menlado Forhan. Escove os dentesduas vezes ao dia (fazendo, ao mes-mo tempo, massagem nas gengivas)com Forhan's para as Gengivas —

o único dentifrício que contém oadstringente especial do Dr. Forhai

para evitar a Piorréia. Exames clí-nicos recentes demonstraram que95% dos casos ameaçados de Pior-réia apresentaram notável melhoraem apenas 30 dias deste tratamen-to simples.

Vá ao seu dentista com regula-ridade. Siga as indicações dele. F

para manter seus dentes firmes cbrilhantes, suas gengivas sãs e vigo-rosas — comece a usar hoje mesmoo dentifrício Forhan's.

Escove os dentes com

Forliarfs

O TEMPO CORRE

Por DAISY LOURDINHA

O tempo corre e com êle vãodesaparecendo os dias bons emque vivemos, os dias de tempes-tade outras vezes, mas enfren-tados corajosamente.

E com quanta saudade recor-damos os dias de sol. alegria efelicidade do passado! Como correo tempo! Para nós, jovens quevivemos num mundo de ilusõese fantasias, como é belo recordaros anos de infância, aquela qua-dra alegre e despreocupada denossas vidas em que nossos co-rações só desejavam e só sen-tiam prazeres, risos, ao lado denossos queridos pais!

Quantas que, como eu, na suajuventude, já não possuem aque-Ias duas criaturas mais amadas!Quantas que, como eu, já não têmconsigo aquela fada boa e cari-nhosa, aquele anjo bom que énossa mãe e aquele santo com-panheiro e dedicado amigo queé nosso pai...

Sim, o tempo corre e com êlevão correndo também os dias desol e alegria de nossa vida. ..

Para meus escritos vêm ape-nas as palavras luto, tristeza,dor e saudade, porque... o tempocorre; com êle, vão-se tambémas minhas ilusões...

BKj| • '^Jr* "»"" ^^tW

\ facilita o tratamento da /

y pele porque eqüivale a %.

I 2 CREMES NUM So'! I

Neuáa Maria, filha ào casal SebastiãoRibeiro e Aparecida Pibeiro, residentesna cidade de Bauru, Estado de SãoPau,'- — A menina Ilka, dileta filhinhado sr. Sandoval Canabrava. Inspetorda «Columbia» — Cia. de Seguros, nacidade de Anápolis. Estado de Goiás,e de sua esposa d. Margarida de PaivaCanabrava, no dia de sua primeira Co-munhão a 23 de Maio de 1948. na Ca-pela do Ginásio Auxilium daquela prós-

pera cidade goiana.

"NflO ESPERE SOFRER OE

>A» V«J/PIORRÉIA PflRfl USAR FQRHANS•

Wo /USE F0RHBNS E EVITÍ ft ™RRfa"

PEDINDO AMOR

LOURDES MOREIRA

Lira sentida

doces harpejos

de mil ensejos

soltas no ar

Teu som de vida

traduz em beijos

loucos desejos

de muito amar.

Aves do ninho

nos teus gorgeiosdeixas anseios

no peito meu,de teu carinho

sentir em meio

o doce enleio

do beijo teu

Rosa entreaberta

jardim florido

não vês partidodo caule a flor?

Oh! Vem poetameu peito amigo

chora sentido

pedindo Amor.

O Creme Rugol simplifica de

forma extraordinária o seu

tratamento de beleza, Porque

Rugol é ao mesmo tempo um

creme embelezador e de lim-

peza! Suaviza, clareia e nutre

a pele. E serve também como

excelente creme-base. Rugol

é muito indicado nos casos de

pele imperfeita, com espinhas,

cravos, rugas ou manchas.

Comece a usar hoje mesmo o

Creme Rugol, que dá à cútis

maravilhosa brancura... diáfa-

no esplendor de primavera..,

Quase todas as im.perfeiçôes da cútisnascem nas chama,das camadas sub-cutâneas, onde énecessário estimu-lar e nutrir a pele

Aplique Rugoltodas as noites,com massagensde 3 a s minutos.

f«^ CREME

KÜGUGOI.MintéM em segredo Ma Idade, potmn

LIMPA, CLAREIA E EMBELEZA A Pflf

ÂGÒSTÒ-1948

LIVROS NOVOS

LACORDAIRE — (da Acade-mia Francesa) — «MARIA MA-DALENA» — Editora Anchieta— «Maria Madalena» é um li-vro lindo, mais do que isso, éuma obra maravilhosa, como as-sunto, como estilo, como inten-ção.

Além disso apresentada con-dignamente, em papel magnífi-co e muito bem ilustrada, é obraque não pode faltar nas melho-res coleções.

Parabéns a Editora Anchieta.KITTY REED — «Amor que

Castiga» — Editora Anchieta —«Amor que Castiga» é um

romance de amor. Em. estilo le-ve, suave mesmo que se faz emagradável passatempo, deveráalcançar sucesso.

A tradução é de Haydée Cal-masini, e a edição da EditoraAnchieta, de S. Paulo.

JACY MONTEIRO — «AlmaRediviva» — Jacy Monteiro, de-ve ser uma alma boa e extrema-mente sensível.

O seu livro de versos denun-cia um coração encordoado emlira, cheio de ingênua esperan-ça dos que acreditam no amor.

Versos espontâneos, simples,com a inspiração dos poetas au-tênticos, é formosa expressão doseu temperamento de artista.

Srta. Bernadete, dileta filha do sr. LuizCirilo de Souza, proprietária da Emprê-sa de Transportes «Santa Isabel» e desua esposa d. Petronila de Souza, resi-dentes em Areia Branca, Estado do RioGrande do Norte. — Cabo Nelson daSilva Porto, rádio telegraíista da Pre-feitura Municipal de Londrina, Estadodo Paraná, que acaba de contrair ca-samento com a srta. Adair Parreira

Moura, nossa distinta assinante.

MINIATURAS

Com quatro versos, se escreveum poema de valor.. .Com quatro letra? escrevoo nome do meu amor...

LUIZ OTÁVIO

4FP10

Completou 1 ano de idade a meninrCarmer „ucia «lha do sr. Antônio dePaula Costa e da sra. Odete FontesCosta, residentes nesta capital. — Orobusto garoto Luiz Carlos, filho do sr.Braul no Fieno e sra. Divina Alves Fie-no. residentes em Tanabí, Estado deSao Paulo, numa fotografia tirada u»seu seu primeiro aniversário. — OdilonEstrá, filhinho dileto do sr CelestinoEstrá Molineiro e da sra. Maria MartinsEstra. que completará dois anos de ida-

de a 8 de Agosto do corrente aaof

AGOSTO-I948VIDA DOMÉSTICA

A PSIQUIATRIA AO ALCANCE DE TODOSCARTA A UMA ESPOSA DESESPERADA

Dr. EDMUNDO MAIA

(Psiquiatra do Hospital de Juquerí~São Paulo)

"Minha distinta senhora,

Tenho por hábito não responder, direta e publicamente, ãscartas de meus leitores. Quando o assunto nelas exposto é deinteresse geral, costumo aproveitá-lo para base de artigos queescrevo para a imprensa leiga. E o tenho feito inúmeras vezesDuas cartas, porém, das que tenho entre a correspondência depsiquiatria, merecem destaque pelo problema humano e socialque encerram; responderei a ambas publicamente. É claroque terei o cuidado de suprimir os elementos que possam iden-tificar os autores das cartas em apreço. Terei também deabandonar os detalhes mínimos e encarar os casos global-mente. Hoje responderei a uma das cartas. A sua, minha se-nhora. Oportunamente, atenderei ao "jovem sofredor, incom-preendido, angustiado, perdido no turbilhão da vida, sem saberque rumo tomar, que destino seguir..."

Minha senhora,

Compreendo bem sua grande dor de esposa correta, de mãecarinhosa, de dona de casa dedicada. Compreendo bem os con-flitos instintivos e morais que se chocam terrivelmente dentrode seu coração de mulher honesta. Compreendo também a suanecessidade em desabafar as máguas, em ouvir uma palavrahumana de conforto, em revelar, por fim, seu drama —comoo diz — numa carta longa escrita em linhas inquietas, nervosas,borrifadas de lágrimas de revolta e de dor e enviada a umdesconhecido — no caso, o autor destas linhas —que, se lheagradece a confiança, receia não estar à altura de a poderaconselhar.

De antemão devo dizer-lhe que a sra. como mãe é dignados maiores louvores e homenagens. Eu exalto aqui a nobrezae grandeza de sua personalidade. Sim, minha senhora, porqueneste prosaico século XX ser mãe, por resolução prévia, cons-cientemente, ser mãe de cinco filhos é algo de nobre, de gran-dioso, de heróico. Sobretudo em sua situação de mulher rica, ele-gante, instruída e de posição social elevada. Ê preciso mesmoser superior para dispensar, ou pelo menos transferir as exi-gências rigorosas da moda, para limitar a movimentação davida social. A senhora tem, pois, a obrigação de ser inteligentee prática frente aos problemas da vida. E é apelando para asua compreensão de mulher superior que escrevo à esposamagoada em seu amor-próprio.

Exijo-lhe mais um perdão para o seu marido. Bem sei queisso não é fácil. Mas ainda uma das coisas sublimes na mulheré saber perdoar, perdoar com letras maiúsculas. Faça isso paraseu próprio bem, para bem de seus filhos que tanto necessitamda^ senhora para a segurança de seu lar. de seu grande lar.Não é lógico nem humano destruir 15 anos de convívio íntimoassim num erolpe precipitado. O desesnêro embota o nosso ra-ciocínio, sufoca o nosso lado bom, deixa-nos desarvorados naescuridão do pessimismo. E nós, nesse estado fazemos asmaiores tolices, cometemos faltas, repetimos até situações in-fantís, cegos para nós mesmos, cegos para a realidade da vida,surdos ao apelo do bom senso, mudos para a serenidade, ini-bidos para os largos gestos de vitória. Quem permanece nesseestado terá todas as probabilidades de perder qualquer parada.E a senhora que já venceu tantas paradas difíceis na vida aolado do seu marido e de seus filhos, vença mais esta. Êle re-conheceu a falta, curvou-se todo para o seu lado, pediu-lheperdão. Que lhe falta mais? Que êle abandonasse o lar efosse viver com a outra, como infelizmente a gente vê nasaventuras comuns. E que depois, ante as lágrimas órfãs deseus filhos e c espinho social da mulher abandonada, ou des-quitada, como quiser, o seu coração de mãe fosse buscá-lopara o lar desmoronado? Bem sei que a senhora tem fortes ar-gumentos para me apresentar. Mas fique certa de uma cousa:não é qualquer mulher que serve para aventuras, sobretudoquando se habituou a certo modo de vida e atingiu certa idade!Creia que a senhora só será feliz, só terá paz interior em seular. Depois, como a senhora me fala de seu marido, reconhe-cendo-lhe as qualidades de bom pai e de ótimo chefe de fa-mília. demonstra que ainda o ama. Isso é bom sinal. Deixede lado os pequenos defeitos, os atritos, as incompatibilidadescorriqueiras e comuns em todo casal. São detalhes. E a artede viver bem nos ensina que não devemos dar demasiada im-

portância aos detalhes da vida. Evite rememorar as cenas

passadas que, afinal de contas nenhum benefício prático nosoferecem. Relembra que tudo passa na vida. As grandes, comoas pequenas emoções. As grandes tristezas, as grandes paixões.Tudo, tudo passa na vida. A questão é a gente saber suportar

(Conclue na pág. 125)

Os Sofrimentos das MulheresOs médicos sabem as

graves conseqüências que

podem ter certos sofrimen-

los das mulheres, causados

pelas congestões e infla-

mações dos importantes ór-

gãos útero-ovarianos.

Esses sofrimentos as ve-

zes são tão penosos que muitas mulheres receiam

perder o domínio de seus nervos!

A vida assim é um martírio !

Para tratar as congestões e as inflamações útero-

ovarianas, use Regulador Gesteira sem demora.

Regulador Gesteira trata os padecimentos nervosos

produzidos pelos sofrimentos do útero, peso no ventre,

dores, eólicas e perturbações da menstruação, debi-

lidade, palidez e tendência a hemorragia, provocadas

pelo mau funcionamento do útero, fraqueza geral e

desânimo, tristezas súbitas, palpitações, tonturas, peso,calor e dôies de cabeça, enjôos, dores nas cadeiras,

falta d disposição para fazer qualquer trabalho, can-

sacos e outras sérias alterações da saúde causadas

pelas congestões e inflamações do útero.

Regulador Gesteira trata estas congestões e infla-

mações internas e as complicações provenientes des-

tas inflamações.

Comece hoje mesmo

a usar Regulador Gesteira

Serviço clínico de SENHORASDO

DR. ÁDOLPHO BRUNODr. Bruno Filho (Assistente)Especializados em GINECOLOGIA e OBSTETRÍCIA, atendemcom hora marcada, pelos telefones: 421052 e 29-0312, em salareservada no Edifício Carioca. (Lg. da Carioca, 1-5) — 3? and.

diariamente.

MOLÉSTIAS NERVOSAS E MENTAIS—PSICOTERAPIA

CLINICA ESPECIALISADA

DR. EDMUNDO MAIAPsiquiatra do Hospital de Juqueri

Cons.: R. Xavier de Toledo, 141-3* andar s. 4 — S. PauloFone 4-7404 — (Marcar hora)

DR. PAULO PERISSÉVflR!7rC!

e suas complicações (ÚlceragV nllluuM Eczernas e inchações das pernas)

DOENÇAS ANO-RETAISAv. Rio Branco, 108 - 10?, sala 1013 — Diariamente consultas com hora

marcada pelo telefone 28-4531

— 121 —

VIDA. DOMESTICA

Móveis de Fibrax

CASA FLORPatente N. 31.111

Ml IR ¦ MU

Av. 28 de Setembro, 19Tel. 48-36-14

k1mgm4Í0^fak^ ^M^l..C-£ Cs BÉÍÍKÉÉ

Não seja do "Contra"!

Faça o regime ENO •

"Sal de Fructa" ENO

laxante e antiácido

ao deitar e ao levan-

tar - para garantir o

seu bom humor diário.

ENO"SAI DE FRUCTA"

JsÁJ-lflrlrlil

a

AGOSTO-1948

MXQAW ÂcJrc V

REMETEMOS CATÁLOGOS PARA O INTERIOR

Um material de máxima garantia e beleza, que proporcionaráa sua residência um aspecto de alegria e conforto. De grande

durabilidade e resistência, tanto.ao sol quanto à chuva.

Quando V. S. desejar adquirir móveis para HALL, JARDIM,PRAIA ou INTERIORES compre Móveis de FIBRAX

PATENTEADOS

Praça Tiradentes, 50^ACA -¦ A~Tel. 22-3708 CASA FLOR

QUE Elizabeth, consorte do ImperadorFrancisco José da Áustria de 1854 a 1898só podia ver os próprios filhos se entregasseuma nota escrita ao Chanceler da Cortecom 24 horas de antecedência? Os prínci-pes imperiais necessitavam de preparo eensaio para aquela ocasião, segundo a eti-queta da corte de Viena.

QUE em 1931 foi solto cm Arras.na França, um pombo que vivia em Saigon,na Oonchinchina, o qual, embora levado emnavio e trem numa gaiola fechada, voltoupara seu pombal voando 7200 milhas semerrar o caminho ?

QUE o pioneiro da pesquisa petrolíferano Brasil foi Eugênio Ferreira de Camargo(1892-1896) que, particularmente, escavouum poço tubular em Bofete, São Paulo, em-bora esse esforço resultasse nulo, pois o poçojorrou água sulfurosa?

QUE existem no nordeste do Brasil,do Estado do Piauí ao Estado da Bahia, 377açudes com a capacidade global de 3.167,7milhões de metros cúbicos?

-QUE o hino nacional brasileiro, se-gundo manuscrito de Francisco Manoel daSilva existente na Escola Nacional de Músicado Rio de Janeiro, foi composto com letrado magistrado Ovidio Saraiva de Carvalhopor ocasião da abdicação de D. Pedro I a7 de Abril de 1831?

TUTUTUTU— I

TU

f^l

FU

ur-wjisuiiiiiiiim

FIGURAS HISTÓRICAS

(Conclusão)

&U

Ameaçado pelo juiz de sofrerterríveis penas, nem assim seabala.nçou a enforcar o herói emártir.

Mandaram-se buscar uns sen-tenciados mas foi em vão por-que todos se recusavam a tãohorrível dever.

; Nessa conjuntura, Frei Caneca

j/oi posto em posição diante deum pelotão de soldados e a estes

gritou corajosamente: "Meus ami-

gos, peço que não me deixempadecer por muito tempo".

A descarga ecoou por toda apraça caindo esse grande idea-lista da independência do Brasil.

Frei Caneca deixou vários tra-balhos científicos e literários, pu-blicados em 1877, sob o títulode "Obras

Políticas e Literáriasde Frei Joaquim do Amor DivinoCaneca".

NOS DOMÍNIOS DO IDIOMA (Conclusão)

l^mpanhava ou seguia de perto o segundo, não lhe ficando

mestre'^ nlS *"* Um mdivíduo se te™ * Palavra de um

de ater %ZS ** qUe &° Verb° Ur> aí' se clá a significação

nheiro %! *™\ amma?> seus sinônimos. Não possuindo di-nheiro, e natural que alguém o procure ter, isto é adauirir

mof sertão ZV^ ^T^ POC,emos <»z« que alffi

T Ltf^l S,d° V6rbo ter> do mesmo m°do que, variandode estilo, nos podemos servir de afagar, acariciar, alknentar

ouSa s£zr°aJ% ierSe aliuém mã(í ***** ~f poÍ

aLumaÍS« ILÍ %T P6' Possuind^ segurando, agarrandoalguma coisa, nao hesitamos em dizer que a temos em mãos

queMe sTas ?Zr?8Uém ÜVeSSe «fc«'« Poderíamos Tte

o^lma atZn t ?Y

-fporque as merecera. Se um passo da Bíblia

íiwêSsao*f£ n^lÍT ?™1^ coisa, podemos-dizer que elavem essa coisa. Quando alguém cambaleia, pode-se pedir a outro

que o tenha, para que não caia, e em tal caso o verbo ter ésinônimo de apoiar. Se uma pessoa é caluniada nem por issopoderemos deixar de ter por bons os seus atos e aprovámos

ter meS.r LT con?id?rand°9» * V™™ do injurildor podeter mentido nas acusações feitas.

Quanta sinonímia tem o verbo ter!

NOTA ¦ Caixa postal n. 739 — Salvador.

— 122

AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

Ú&é^Míi máÈ ÉÊÊ JÈHÈ

¦¦'¦' ; '-V-J„ I" i4F Nota importante -- Mais um artigo exclusivo

t ,tfK#/f~*£' 40 do *íossas cosa» — Agasalho muito útil paraWÈ®$$- .- ;-*ÍY; ^JÉNÉb. ^r meninos

— Côr azul marinho — Tamanhos de*&?5,*$ÇV JrMÊES 2 *12 ancs*""Cr$

.140,0°e mah Cr* 5'00 ***

Jf jiBBf Cir% tf nSnho.;^! J0]?1 ™sPens6r,° d<> mesmo tocido. Ta- .í^^^V

WÊ na*de*£ÔL^* ~ TamaE de™ Tl2 S?~ ^^^-^^^^^^^^^^^^^^$ %\| V

mais Cr$ 5'°° por ldade' S%3P

«| Cr$ 455,00 c mais Cr$ 10,00 por idade. — Com ^m raminhos em Pura lã. Artigo do Uruguai com exciusivi-fi ^%Jl 'f •?*HBr^calça mescla cinza slack fantasia - - Tamanhos m dade Para nossas casas. Tamanhos de 4 a 14 anos — Prejl ^1§>V ll\*4 1

'mm

||| de 6 a 13 anos — Preço CrS 460,00 e mais Cr$ Ç°s Cr$ 145'°° e mais Cr$ 5.°° P°r 'dade. M^^^^Xv wmlm

Matriz:tu*/ &*dtttâm t-^^^fe

São Pavão - «#«*<» <ft'lero*3*ciaro\7je0.é

fhL~t£alça,s com brâgul."

lhas todas forradas de te.ctdo de lã _ Cores escu-ras. Tamanhos de 4 a 12fnos.-^EreC° Cl'$ 74,00e mais CrS 2,00 por idade.

fe tropical superior

forradas em todasas cores - Tama-nhos de 4. a 12 anos.Preço Cr$ 85,00 emais Cr$ 3,00 por

idade. v

for/o ufafr* -J2u<* Jo$ */#«&*<&$ ffZ$.

sa?x<? *f£»&0ijo sesWi -•¦ fs/>sffjr **¦:.**f4fWq*f'*',** '#r**(**.--4*0- pscm arttfic? *t(/srA4 0<?

— 123

VtDÀ DOMÉSTICAAGÔSTÔ-1948

CANDELABROS

ABAT-JOURS

BAIXELAS

FAQUEIROS

¦iliS\

MALAS MODERNAS

ARTIGOS DE ESPORTES

mi ao chá das c\nc ' .g dte.

seu apurado 90^0 g dep0is

£ nuando, ao oW'e Vimvtessoes oo

te-0aSStre,eo-^OC,Uee,a" / ^

APARELHOS

ELÉTRICOS

\ UTENSÍLIOS

DOMÉSTICOS

/*! Ç* '

DISCOS E TOCA-DISCOS

GRAVADORES DE SOM

VEN0ASA^S1A

<W^ CARRINHOS — BARES

JOGOS PARA BEBIDAS

PIANOS INGLESES

E FRANCESES*

MESBLA

O enlace matrimonial da senhorinha lussara Vaz como Cap. Confucio Danton de Paula Avelino, do qualforam padrinhos o sr. Cel. Pedro de Assunção e sua

Exma. esposa.

MOVIMENTO ARTÍSTICO

Em homenagem ao pintor Garcia Le-ma e sua distinta esposa e colaboradora,o escritor Jarbas de Carvalho ofereceuna A. B. I. um coquetel elegantíssimo.

Homem de fino gosto, um gentlemana todos os títulos, o anfitrião cativou aquantos foram cumprimentar o ilustrepintor Garcia Lema pelo êxito alcança-do em sua exposição no Museu Nacionalde Belas Artes.

Transcorre a 6 do corren-te o aniversário da Exma.Sra. Angélica Torres Gal-Io. virtuosa progenitorade nosso prezado amigoAntônio Torres. A distin-ta senhora que é figuraaltamente estimada numlargo circulo de pessoasreceberá as homenagensque lhe são devidas portedos os seus méritos

pessoais.

— 124 —¦

Francisco Luiz, o lindo«Francisquinho», filho daSra. Alayde da CostaPaiva Domingues e seuesposo, o sr. FranciscoDomingues, e que porcompletar o seu primei-ro ano a 21 de junho úl-limo deu motivo a umafesta em casa de seuspais, à qual compare-ceu muitos dos seus bons

amiguinhos.

A direita: A graciosa artista Bertine das Neves éacrobata de fama e êxito, vem fazer do os maioressucessos nos recantos baiano graças a sua capacidadeartística. Bertine é um produto de Campina Grande,Estado de Paraíba. Não é somente querida pelos seusfans, como é orgulho de seus pais, Sr. Joaquim Lopesdas Neves, Campeão Africano e D. Maria Amélia dasNeves, proprietários do famoso «Circo Bertine», oraem recreio na Usina São Bento — Município de SantoAmaro — Estado da Bahia. — À esquerda: Sônia Ma-na. filhinha do casal Tufí Mohalem e Laila MuradMohalem residentes em Cristina, sul de Minas. Sôniaé sobrinha de nosso assíduo leitor sr. Murad Sobrinho,

do Varginha.

¦.'^..

Realizou-se em Santos, Estado de São Paulo, o enlacematrimonial do sr. Benedito Alves de Godoy com asrta. Rosa Coutinho Marques. A cerimônia religiosa,celebrada na Igreja de Santo Antônio, teve como pa-arinnos o sr. Joviano de Godoy e sra., por parte donoivo e o sr. Antônio Dias Pinheiro e sra. pela noivq,

Na fotograíia uma pose dos noivos-

AGÒSTÒ-1948

VIDA DOMÉSTICA

t^mtmmma mmmt &fiM^SÊ VmtmmmW}

\fluB BvBS HdÍ! TmWm

^ÊÊÊ^mmm^^ÊnÊÊ ^ÈÊRmÃfm¥\w*mT

Aproveitando a data de 5 deMaio último reproduzimos agoraa fotografia da linda medalho,de bronze com a qual,em 5 deMaio de 1821, Napoleão Bona-parte, prisioneiro na Ilha de SantaHelena, condecorou alguns de seusmais devotados amigos e servi-dores.

Como se vê, trata-se de umformoso e artístico bronze tendonuma das faces a efígie de Na-poleão coroado de louros, tendoem volta os seguintes dizeres:"Napoléon — Empereur" e noreverso "Campagnes

de 1792 à

1815" e no centro esta expressivalegenda dedicatória: "A ses com-pagnons de gloire sa dernièrepensée. St. Hélène 5 Mai, 1821".

A medalha que serviu à re-produção fotográfica pertence, dehá muito, à tradicional famíliaSouza Climaco, de Ponta Nova,em Minas Gerais, que a tem entreas suas melhores relíquias pelomuito que ela vale e pelo quesugere sobre a vida desse Na-poléon Bonaparte, a um tempo:Gênio com todas as suas carac-terísticas e Homem em todos osseus defeitos, as suas paixões eas suas grandezas dalma.

produtos rTTB^T»>^DE ALTA

QUALIDADE

MACACOS UNIVERSAIS

Até 2 TonsTipo de Segurança

BOMBAS DE AR

para automóveis

^güL-DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS"

MESBLARua do Passeio. 4Qy54

PREÇOS ESPECIAIS PARA REVEN O E D O R E S

A PSIQUIATRIA AO ALCANCE DE TODOS

(Conclusão)esses momentos difíceis. Lamúrias, discussões, atitudes teatrais,jogo sádico-masoquista entre marido e mulher só servem paraprolongar esses momentos delicados, terríveis, mas passageiros,vamos, minha senhora, o fato foi consumado. Aceite-o deirente com todo seu realismo e crueldade e, pensando nas cria-turas que muito necessitam e dependem da senhora, como osseus filhos, recomece tudo de novo. É difícil, bem o sei, mase possível. A senhora que já venceu outras horas difíceis navida, que já perdoou a primeira vez, que tem a dignidade deser mãe de cinco brasileiros fortes e sãos, não mais tem odireito de recuar, de fugir, de pensar em suicídios, como fazemos fracos. Vamos, perdoe como mulher a seu marido e recomececomo esposa e mãe a vida, essa vida real, difícil, mas queafinal merece ser vivida, bem vivida.

Confio na sua personalidade de mulher superior. E fico coma certeza de que vencerá mais este momento difícil e delicadode sua vida. — Respeitosamente, e com muita admiração,

(S. Paulo, junho de 1948) Edmundo Maia

"prendem" 1 mm

de uma carícia para wÊ* flf I '

completar e realçar "'WÊ- m Icorreção impecável .

Jjp m /

da mulher elegante. I|;- -; ^çíé^R II I

MEIAS NYLON

UM PRODUTO DA COMPANHIA BRASILEIRA RHODIACETA-FÁBRICA DE RAIONSANTO ANDRÉ - (SÃO PAULO) - E.P.S.J.

Panam -Casa de Amigoí

— 125 -

fl

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO-1948

A ESCOLA REMINGTON

EM

COPACABANA

Transcorreu, no mês passado, o 2o aniversário dasucursal dessa Escola, em Copacabana, na

R. Miguel Lemos, 44 — 5o andar.

Grupo onde se vêem membros da administração e do corpo docente da Escola.

Aula de taquigrafia. Aspecto de uma aula de dactilografia.

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

MUITÍSSIMO

MELHOR

é a proteção da pele do bebêcom um produto medicinal, cieivtificamente preparado, a um sim-pies talco boratadol

Proteja o seu bebê contra osincômodos do calor (brotoejas,assaduras) com o inimitável...

Klll

ASSEGURE 0 SEU FUTURO!

\ &Uuda*id&

\ CONTABILIDADE

R CORRES-NDÊNCIA,

sua casa, nashoras de folga.

Torne-se um peritoGuarda-Livros,

apenas em 25 se-manas.

(fratlttCódigo Civil Brasileiro

um Compêndio deCaligrafia, um con-junto de livros para

escrlura-

ção, etc.

Mensalidades suavíssimas. V. S. poderá ganhar maisdinheiro do que o custo de seus estudos, logo apósinicia-los. O programa consta de: Escrituração mer-cantil, Aritmética comercial, Direito Comercial.Correspondência, Ortografia oficial, Psicologia co-

K-rka^a5fe?&!- CADA alunO FARÁ A ESCRITU-

RAÇÃO COMPLETA DE UMA CASA COMERCIAL...ENVIE-NOS! HOJE MESMO O COUPON ABAIXO:

INSTITUTO ÜNlifERSflL BRÍsILEÍroCAIXA POSTAL, 5058 - SÃO PAULO 267limo Sr. Diretor: Peço enviar-me GRÁTIS, o folheto-"Comoganhar dinheiro com trabalhos de Contabilidade"

flMNOME..

RUA..N.O..

CIDA DE

ESTADO

^iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii*

foémi-rfittisséfttm-

MATERNIDADE ARNALDO DE MORAESTelefone 27-0110

V

V

GRANADO

UM PRODUTO CREDENCIADO PELO SÍMBOLO DE CONFIANÇA.

Assistência técnica doProf. ARNALDO DE MORAES

Parto com assistência médica e interriamento por 7 dias — Cr$ 2 000,00.Operações ginecológicas, tumores deventre tumores do seio, tratamento demoléstias de senhoras. — Tiatamento

°f- tum°res Pelos Raios X e peloraaium. Diagnóstico do câncer. Trata-mento da esterilidade.

Aceitam-se doentes de médicos estra-nhos a Maternidade para partos e cirur-

gia de senhoras.i-»Tt« ~~ yiu ue sennoras.RUA CONSTANTE RAMOS N9 173 _ COPACABANA

— 126 —

«S=SÍ^==32-«iiíi«

AGOSTO-1948

VIDA DOMÉSTICA

A interessante Nilza. distinta aluna de Áíll \ , \ \VMy\ \k .^r^^ MM \ \ I \IVpiano da Academia de Música em Ponta #lflfilK>^L &3tó l 1(1 Ém\W'mmí

' ^^fc \ \/// I MW\

Grossa, Paraná, no dia em que com- (HlW^Àf^ V*' uY \ JV fll '^

\ W l^T \pletou onze anos. pousando para «Vida vJBKlr Wlt^^> JVJFuAfc \ \LJ-^\ \Domestica», em casa de seus pais, o Sr. F^AA \ M^Bf Awmmfa¥ *WÍ \ \ \ \

José Ferreira Barbosa, gerente das Ca- »JL^ ^ \ \~* mmmmW» ^,^SW \

\sas Pernambucanas e da Prof. Nelita W., ' -mmmmm^^mmmmmmmW'-' "^Smf ^

Monção Barbosa. B1I& '¦ f :'¦'?*»[ Jj \

As meninas Yaracy e Aldenora filhinhas \f£^á\ ' ^L_^' '

1§B /7 £ A tó^^Ado sr. Floriano Cid e sua senhora D. WvÜl/fvj tfi ' ' ÍZq^S^J- :'•]Preciosa Cid, no dia de suas primei- WrSfeC ^ ÊÊKM ^é^W^T^^ras

/ / ' í ^ '£* £"&*B Br:

"': Y V

^ Após alguns dias de uso do maravilho-

so creme ANTISARDINA, as minhascolegas me receberam estupefactas:

Oh, — como você está bonita!

Como foi isso, heim ? Notei também que a minhacútis ficara aveludada e livre de impurezas; fiquei con-tentissima e sou agora a maior propagandista desse mira-culoso oreoarado.

(ass.) Maria de Lourdes Rocha

Rio de Janeiro

Lucinha, aos 5 meses, enlevo do lar docasal Paulo e Julia Costa.

- Mm 'W '

^mmmmmw.•^RdSMaaT* ^mwmlWtÜFlWmmm*

rWI?^*fts^ÊI&ÍÊm^Émm^f^->^MM mw\ WF^íMfâ&mWtMK> .f^Wa6^'*SimrmlfímW J%»

*Pfc^y,^M?JtPflWfDH^^ipJ'¦> %j»^BiB^BÍ$*<a^- ^^^^JBP^IHrTWT WVwt"«•ftdSMUf^Bfl

.i^mmWÊSm^^^F^ ' ^ '

^v* -^^l^^^^^filrfí^flhí fm^B^^^BK^- jtSPffi *l^uH£-^

z3mvBBkmw $ftm!Iflfe ~"""*"**-«-^ -l v

l m^m mm^^ep ^^^ümm \mw^^3S^m •• .hH^'"'' ^&ãu l^B BpMfe^. ^^ mmwm ^Ej ^^^L t^^ÉíSS^k^sIPÍIIes

«fl Ib BB^ i<:'% -• '¦''"Bi H^r BB mWk ^*"*"'"jÊÊ ^^^J^•HB fl^ Br

"''ifflniirti1 Sli im' cjfi Rrx• j^t^sví Bi ~:^^ BB*

^SBP^BP?^^F^' <&i0*^^^^*'m*m mm&SS"'"' ^^^*"cl 'IIB W Brm^' ^u..- ,>$^ jura B' ¦'• "• ¦¦ "'^B

HfeB mm

Eis w«i hndo espetáculo de educação física, realizado, com n-.uito entusiasmo, na Escola Normal de Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas sob „*•'-*mestra Prof. Maria José Souza. ae syiinas' s°b a direção da ilustre

127 —

VIDA DOMÉSTICA ACOSTO-1948

*$^fecf/2__2ÍS3L

Passe seos fi".^^^ -"^-~"

||JOHMSOH

íM.«O**6

De 2,5 à 22 H.P.

Peçam catálogos

SECÇÃO MARÍTIMA

MESBLARUA DO PASSEIO, 48/56

ESPINHAS DO ROSTO

As espinhas do rosto se evitam

conservando a pele bem limpa e

os poros completamente desobs-

truidos. O uso diário do Leite de

Lanolina do Dr. Denrik faz des-

aparecer as espinhas e dá à peluum aspecto jovem e sadio. É o

que há de melhor para a pele.

Leite de Lanolina

Leiam VIDA INFANTIL

w^r\ Adeus

St CALOS

Uma gota ••«do famoso GETS-IT

alivia a dor dos calos ins-

tantàneamente. Dentro

em pouco o calo poderáser removido facilmente.

GETS-ITfi

SKSfi8SB_S6S9__SHa_S9_a8SB9BSM

IJR5 cotftE(os^i

§

Aprenda pelo métodoCORRESPONDÊNCIA.

Corte e Costura. Estude EM SU/~PRÓPRIA CASA. e em pouco!

v tempo será uma excelente!| modista, perfeitamente prepa-í

rada para qualquer trabalho.S-_ "MENSALIDADES SUAVÍSSIMAS!

ENVIE-NOS HOJE MESMO O COUPON ABAIXO

V INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO13 Caixo Poital-5058 - São Paulo

limo. sr. Diretor: Peço enviar-me GRÁTIS o folheto completo sôbre\o curso de Corte e Costura por correspondência.

Msssssss^^sssss^s^isim

i0

~2ÍT§

—J

05 BRINCOS

m nvózmnnConto de ROSA COELHO PEREIRA DO CARMO

MENÇÃO HONROSA DO CONCURSO LITERÁRIO

LEMBRO-ME

sempre, com re-novada ternura, de minhaavó materna, a nossa vovóRosinha, como lhe chama-

vamos todos os netos.

Devia beirar pelos 60 anos

quando a vi pela primeira vez,e jamais esqueci a impressão pro-funda que deixou em meu espí-rito de criança aquela extraordi-nária figura de mulher.

Residia no interior, senhora de

grandes propriedades, as quaissuperintendia com autoridade e

justiça admiráveis.

Nós morávamos na Capital e,um dia, minha mãe foi visitá-lae mostrar-lhe os netos.

Parece que a estou vendo: con-versava na varanda com meu tioJosé Augusto. Ambos de cabelosbrancos... (a mãe tinha apenas15 anos mais do que o filho. ..).Vestia de preto, com sobriedade,deixando, todavia, transparecerainda, uns laivos de vaidade e ele-gância no broche de ouro que fe-chava a renda do decote e nunsbrincos de onix, originalíssimose lindos, verdadeira jóia de arteda ourivesaria portuguesa.

Este adorno estava tão ligadoà pessoa de minha avó que ja-mais a víamos sem êle. Foi, en-tão, o seu formato raro que des-pertou a minha atenção. Tinhama forma de um pássaro de asasabertas, sobre as quais, uma ren-da finíssima de ricos e maravilho-sos contornos, em filigrana dou-rada, dava às mesmas, sobre oonix reluzente, um realce encan-tador. Pendia do bico da ave umaminúscula bolinha de ouro, tam-bém lindamente trabalhada.

Um dia, muito mais tarde, foique soube a sua história senti-mental e o quanto significavampara o coração da avózinha.

Escoaram-se os tempos, numasucessão de paisagens e de fatosdiversos e eu já era mocinhaquando vovó Rosinha veio residirem nossa companhia.

Ao saber de sua vinda, o meupensamento voou para os brincoscuja lembrança exercia sobre mimuma espécie de sortilégio a quenão me podia furtar.

Possuiria ela, ainda, o precio-so adorno ?

E, ao abraçar, comovida, a boavelhinha, o meu olhar descansoucheio de admiração, sobre os ma-ravilhosos e inseparáveis brin-?os... Finalmente tinham vindotambém. Como outrora, continua-vam no mesmo lugar, belos eamados.

Vovó Rosinha gostava muito deconversar comigo. — "Lembras-

me um pouco, a menina que eu

fui", dizia ela acariciando osmeus cabelos.

Ouvi-la contar episódios de suamocidade constituía, naquele tem-po, o maior prazer de minha vida.Romântica, por atavismo, talvez,sempre adorei as histórias queBabá me contava e, não raro,eram os meus sonhos povoadosde príncipes, princesas e castelosencantados... Associava, então,o seu romance, tão decantado portodos e que tinha para mim umraro sabor, aos lindos contos defadas que encheram de encantosos meus primeiros sonhos.

Vovó Rosinha casara-se aos14 anos com um moço de 18.

Enviuvara aos 24 anos de idademas foram tão completos e pro-fundamente felizes esses 10 anosde amor que bastaram para en-cher o resto de sua longa exis-tência, de 90 e tantos anos.

Há tanto tempo já, mas me pa-rece ouvi-la: "Meu marido deviaviajar para a Bahia, a negócios, e,no momento, não podia acompa-nhá-lo (aí, ela suspirava, e eu,que a ouvia, suspirava também...).Antigamente os correios erammuito demorados, por isso acer-tamos logo o dia em que êle de-veria voltar. Foram 20 longosdias de ausência, mas valerama pena! Se visses a alegria deteu avô ante a festa que lhe pre-parei..." Seguia-se, então, umsilêncio cheio de reticências esaudades.

Depois, sorria e continuava, do-cemente: "Trouxe-me,

desta vez,presentes lindos. Ainda me lem-bro.. . Quatorze vestidos de sê-das tão bonitas como hoje nãohá mais; nove mantilhas de ren-das e um terço, todo de ouro ma-ciço..." Nova pausa. Novos sus-piros. ..

Eu tinha os lábios e o coraçãosuspensos às suas palavras aimaginar que espécie de homemhouvera sido meu avô, esse avôtão estranhamente amado poruma criatura com a inteligênciae o feitio independente e altivode minha avó, para que as recor-dações por êle deixadas permane-cessem tão vivas e se tornassemtão reais, pelo simples poder desua evocação. Uma personalidadeforte ou um grande amoroso, tal-vez, para que, mais de meio sé-culo após a sua morte, fosse lem-brado e chorado com a mesmaleal ternura de outrora.

Às vezes, curiosa, indagava:"Vovó, a senhora que ficou viu-va tão jovem e devia ter sidolinda, por que não se casou outravez?"

Suavemente, ela recostava a ca-beca no espaldar da cadeira, sem-

128 —

AGOSTO-1948

pre colocada no vão de uma ja-nela e erguia o olhar pensativoe sereno para o céu distante— "Nunca

pensei nisso, menina",respondia, aduzindo: "Os

meusfilhos e a lembrança do meu ma-rido sempre me bastaram. Quan-do êle se foi, pensei que o se-guiria logo. Mas, o tempo é umgrande remédio! Continuei viven-do, sofrendo, envelhecendo... Sóas alegrias do meu coração ex-tinguiram-se para sempre como seu dono..."

Depois, ficava muito quieta, oolhar perdido num mundo de vi-soes e cismas estranhas paramim...

Uma tarde, conversávamos co-mo de costume, quando lhe faleisobre os brincos. Morria de impa-ciência por fazê-lo e estava ape-nas à espera de uma oportunida-de. Confessei-lhe o fascínio quesentia por eles, desde que os viraoutrora e indaguei-lhe o motivopor que nunca os deixara de usar.

Ela fitou-me tristonha e silen-ciosamente. E a resposta que deudesconcertou-me por completo:— "Serão

teus, um dia, minhafilha. Eles já devem mesmo estarcansados de adornar um rostode velha..."

Vexadíssima, retruquei-lhe vi-vãmente: "Não,

não, vovó, nãoera nisto que eu pensava e ja-mais tive tal idéia! O que sempreansiei por saber era o motivo queos tornaram tão preciosos paraa senhora. Somente isto..."

Risonha, ante o meu embaraço,disse-me: "Sim,

de há muito queme apercebi disto, sua curiosa..."E, acariciando os brincos, num

gesto que se havia tornado fa-miliar pelo hábito constante defazê-lo, continuou: — "Eles

têmrealmente, uma história, antigacomo eu mesma. Uma históriaque poderia ter sido luminosa efeliz se o destino, tão adversopara mim, não a truncasse parasempre..."

Pêz uma pausa e prosseguiu:"Foram eles o último presente de

teu avô, — amada recordação deamor e de felicidade que irá alémda vida, pois nem a morte separaaqueles que um grande amor uniraqui na terra!"

Ficou, depois, por muito tem-po silenciosa, a alma evadida parao reino encantado e sem frontei-'•as, onde viviam os seus pensa-mentos, a reviver, talvez, pelomilagre da saudade, todo uminundo de ternura íntima, ciosa-mente guardado em seu grandee generoso coração.

Inconsciente, segui o seu olharProjetado sobre o vôo alado dasandorinhas em festa e o perpas-ar inconstante da doce brisa daarde, impelindo para estranhosunios as brancas nuvens fuga-as... °

Chegava aos nossos ouvidos o

; '"to

embalador das últimas ei-¦ ^ras

e, de súbito, senti-me cul-i da de sua mágua presente. Sin-cwamente arrependida da minha

; 'isenção,

abracei-a, afetuosa--onte dizendo-lhe: "Perdôe-mevovô Rosinha. Sou uma tola, mas110 tive a intenção de magoá-la".

e-rlL-"3? quem disse <*ue ™e ma-boastet Gosto mesmo de recor_dar os meus dias felizes, poisnuem recorda vê de novo", co-

mo disse o poeta. Ditosos os quearmazenam durante a mocidadealguma cousa com que enfeitarna velhice os pobres sonhos de-sencantados! Procura sempre, mi-nha filha, viver e sentir o ladobom da vida, descobrindo sò-mente os clarões dominantes desuas belezas e haurir plenamenteo instante supremo de venturaque o destino caprichoso puserum dia em teu caminho, na cer-teza de que, quando já não foremnegros^ os teus lindos cabelos enem tao seguro o vigor das tuasmãos — tú ressurgirás, pelo po-der divino da recordação e dasaudade, ao antigo e glorioso es-plendor das passadas eras! Vês,ainda hoje, parece um sonho im-possível, mas o certo é que àsvezes, julgo ouvir a voz do'teuavo e sentir as suas mãos ama-das, pondo-me estes brincos no(ha do meu aniversário... Umaeternidade nos separa, mas o meuvelho e cansado coração aindarepete, em surdina, as suas pala-vras: "Passem-se

os anos e eusempre te verei assim, como ago-ra estás: jovem e linda! E a des-peito de todos os revezes, eu teamarei com o mesmo amor, inal-terável e profundo! Fixemos esteinstante em nossos corações eele será sempre novo e igual pelaforça poderosa de nossa saudadequando formos velhinhos e o re-cordarmos... Depois, de manso,beijou um, depois o outro e abra-çou-me... Abraçou-me. . . Doisdias depois morria inesperada-mente, em pleno vigor da mo-cidade. Eis o motivo porque ja-mais me separei de sua últimalembrança, remanescente fiel dosmeus primeiros desesperos, daminha forçada resignação, da mi-nha perene saudade..."

Eu já não podia deter as lágri-mas que desciam lenta e silen-ciosamente pelas minhas faces.

Vovó Rosinha beijou-me comuma ternura imensa, uma névoaensombrando os seus tristonhosolhos: — "Querida,

querida fi-lha!"

Pobre avózinha! Há dois lustrosque guardo a relíquia preciosaque ela me legou.

Tem, para mim, valor inestimá-vel esta singela dádiva, que mar-cou um episódio de um dos maisbelos romances de amor que mefoi dado conhecer.

No redemoinho incessante dosdias que correm, estes brincos deonix valem por um símbolo detodas as belezas perenes e éter-nas que floresceram no passadoe que, ainda hoje, nesse fim tor-mentoso de uma éra dinâmica,que atingiu a culminâncias ines-peradas, para descer a profun-dezas supremas, — tornam a vi-da digna de ser vivida!

Não fiquei insensível às mu-tações que a vida moderna ope-rou ao meu redor; todavia, nãomorreu de todo na moça meiodescrente de hoje, a criança so-nhadora de outrora, que adoravabonecas, príncipes e fadas.

Permaneceu inalterável, indes-trutível, em meu espírito a cen-telha de fé na grandeza do po-der do amor — razão suprema davida humana — centelha surgidanum dia já distante, pelo milagreda visão de uma mulher incom-parável, que durante setenta lon-gos anos guardou no coração alembrança do seu grande Amor,com a mesma viva e leal ternurade outrora!

VIDA DOMÉSTICA

ELIMINE

com a Loção Itefinadora

e o Creme Acne

Helena Ilnbinstein,

para combater espinhase cravos, criou aLoção Refinadora e oCreme Acne, que consti-tuem em si um trata-mento completo. Notrabalho, nos passeios,nas reuniões... destaque-se

pela perfeição de sua pele.

Loção Itefinadora

impede a formação de cravos,fecha os poros, possui qualidadesantissépticas e curativas que garantema higiene impecável da cutis. 50.00

Creme Acne

desinfeta e cicatriza espinhas ecravos inflamados, purifica enormaliza a pele, restituindo-lheuma saúde perfeita. 35.00

mwF^

•rafe • '•• ' f '<#

mÈt ^

\r^v ¦¦- ¦ ¦ aa a aa

Durante o tratamento:

Beba diariamente em jejumum copo d'água. Evite os

alimentos muito gordurosos e

condimentados. Abstenha-se de

álcool, chocolate e conservas.

Nao encontrando estes produ-tos na sua cidade, faça seus

pedidos pelo reembolso postal.

helena rubinsteinAvenida Rio Branco, 311 -Rio — Praça da República, 61 -São Paulo

— 129

VIDA DOMÉSTICAAGOSTO-1948

ACOMPANHE A NOVA MODA COM

/^#--^xam/?

C7

A nova moda que está

empolgando ós Estados

Unidos inspirou RAV1NG,

a côr criada por Peggy Sage

para trazer — com seu

toque provocante — maior

realce às toaletes do

novo estilo. Seja moderna

também - com RAVING!

Outras tonalidades: //

o VICTOlíIAiN ROSE lio DAKK BLAZE /

M

40 DE ¦<: \ SC \! DU R A M AIS!

n\\^

PERMITA QUE LHE FflQOMOS PRESENTE OESTE

TESOURO UE COISAS ÚTEIS E OGRODÂVEIS

Com o fim de familiarizar a mulher com o maravilhoso con-junto de ensinamentos, conselhos etc, publicados por

"LAFAMÍLIA", revista de trabalhos para o lar, editada no Mé-xico, em língua espanhola, escolhemos 6 de seus melhoresnúmeros contendo cerca de 1/2 dúzia de lindos trabalhosem tecido já pronto para bordar, além de 12 volumosossuplementos com riscos em tamanho natural para se fazertoda classe de belos e maravilhosos bordados, para adornoe embelezamento do lar e, aproximadamente, 100 páginashtografadas em 8 cores, com as quais pode-se formar umgrande álbum de desenhos para ponto' de cruz, bordadosaplicados, etc, etc Este conjunto oferece ainda um milharde páginas de modas, receitas culinárias, tricô, crochê, con-selhos de beleza e conhecimentos úteis em geral.Todo este material que lhe custaria normalmente uma quan-tia elevada para adquirir, nós lhe venderemos e tambémenviaremos para o Interior mediante o coupon abaixo ape-nas pela quantia de 25 cruzeiros.

ENVIE HOJE MESMO ESTE COUPONSnr. FERNANDO CHINAGLIA

Av. Pres. Vargas, 502 - 19." andar — Rio ds Janeiro

cheque

vale-postal "° V° ° CrS 25'00 para remessa

dos 6 números seleccionados da revista "LA FAMÍLIA".

HINO NACIONAL

De JOÃO BAPTISTA DENIS NETTO

Depois que todos os inscritostomaram seus lugares nas car-teiras, feita a chamada e confe-ridos os cartões de identidadedos concorrentes, passaram adistribuir os folhetos destinadosàs provas do concurso.

Os cargos vagos ascendiam a100 e os habilitados aos mesmos

passavam de 1.000. Probabilida-de remota de se conseguir umaclassificação à altura de apro-veitamento imediato, por isso queo colocado de 101 por diante, fi-caria, esperando a chegada desua hora, "até as cousas melho-rarem", como diz o povo.

Português e matemática, emgrau rudimentar, constituíam asmatérias do concurso. Todos osconcorrentes, sem dúvida, haviamestudado as mesmas, nos seusvariados pontos, de acordo como programa, por isso que nin-guém poderia, nem de leve, suporaquele acontecimento surpreso,logo na Hora H, depois de fe-chados, por assim dizer, em cias-se, para o início das provas.

E embora pareça inverossímil,o examinador fêz cientes os que

ali se achavam de que todo aquê-le que escrevesse o Hino Nacio-nal. na íntegra, teria nota 100,só por isso, e estaria aprovado,'independentemente da resoluçãode quaisquer dos temas apresen-tados no folheto. Só teria valor,no entanto, para efeito do pro-metido, o Hino Nacional escritosem erros e pontuado com exa-tidão.

Nenhum dos candidatos seaventurou a essa interessante"prova de fogo", uma vez queninguém obteve a nota maior,demonstrando-se, positivamente,que entre mil indivíduos de re-lativa cultura, nenhum sabia oHino Pátrio de cór.

Talvez esse acontecimento umtanto vergonhoso fosse evitado,senão diminuído pelo menos, parao futuro, se houvesse obrigato-riedade de se aprender nos esta-belecimentos de ensino o "Ou-

viram do Ipiranga", constituindoo Hino, ponto invariável e eli-minatório, para a aprovação nosGrupos Escolares, Externatos, Gi-násios, Colégios, etc.

¦fc- ^^¦MllHüW ^mmW^ J&£

^m ' siJmmw^^Mk j ' - '^^slEr?'

amMmãmmÊÊMmMmãmMmãi m\\ éÊÊÊB??**1**1* L, â .- Imãm

üm aspecto do enlace nupc:c:l da Senhorinha Professora Zaira Tavares com o Te-nente Wolney Chaves na capital baiana no dia 8 de Maio p. p., na Igreja do Sa-grado Coraçpo de Jesus. A noiva é filha da exma. Sra. D. Arlinda Tavares e doSr. Noé Tavares, alio funcionário da Secretaria da Fazenda no Estado da Bahia.O noivo, da Exma. Sra. D. Alina da Silva Chaves e do sr. Ulysses Chaves, resi-dentes nesta Capital Federal. — Realizou-se no dia 3 de Abril na Catedral dede Santa Luzia, em Mossoró, Rio Grande do Norte, o enlace matrimonial do sr.Manoel Lúcio de Gois, escriturário do Instituto dos Marítimos, em Areia Branca,com a srta. Maria Marques de Gois, da sociedade local, filha do cel. Francisco

Marques de Sousa e d. Luiza Oliveira de Souza.

"Ca"*forca...não podefa^r

mal

a ojaam toma QuaKer, 0 alimento integralr Sim, V. estará melhor pr< p radopara qualquer emergência e to-n ar na prime ira refeição a d li-ciosa e pura Aveia QUAKFR. Éenorme o valor nutritivo destesaboroso flimento que todos ne-cessitam t dos cs di s. SirvaQUAKER diariamente na refeiçãomctinal.

•Não mande dinheiro em espécie. Envie somente cheque, vale-postal ou

registrado com valor declarado.

Akertl Jn devaé*r e

»

— 130

AGOSTO-1948

i ~ jfl n' .llpMMHH|Bg! -

' *' üs! s£;

VIDA DOMÉSTICA

0 PREPARADO QUE,0/

A pele é o envoltório da beleza de seu corpo. Associe àperfeição de suas formas ajuventude, a suavidade e ofrescor de uma linda cútis.Envolva-se no

"it" de uma

pele perfumada e macia

e seia também um tipo

LEITE DE ROSAS.

, 7- --:- ~~~>N ^0^

Realizou-se nesta capital o enlace matrimonial do sr.Nelson Augusto Lázaro, filho da viuva Beatriz da Sil-va Lázaro com a srta. Alice dos Prazeres Galvão filhado casal Joaquim dos Prazeres Galvão e Hilda da SilvaGalvão. Em nossa fotografia vemos uma pose dosnoivos no dia da cerimônia religiosa, celebrada naigreja de Sao Sebastião dos Capuchinhos, às 17,30

horas do dia 29 de Maio do corrente ano.

ÜMPA.ALVEJAE^ACIAÃCUT.S

O MAIS EFICIENTE E ACONSELHADO EMBELEZADOR DA MULHER"...

Realizou-se a 11 de Maio o casamento da senhoritacatarina Elias, filha do sr. João Elias negociante nes-ta jyraça e d. Carlota Elias, com o sr. Orlando Ferrari

^apute. hlho do sr. João Ferrari Capute e D. Adelia

i-orrari Caputo. na igreja de N. S. do Loreto, emJacarepaguá.

Sr. ^Bastos

Silva, leitor de «Vida Doméstica» em Belojardim. — Nosso leitor sr. Olivio Alves Ferreira, for-m, °uem Períto-contador, residente na cidade deoelo Horizonte. — Sr. Oswaldo José de Souza, indus-tnal da cidade de Brazôpolis, Estado de Minas Ge-

rais, sócio da Indústria de Calçados Souza.

§§ ^Hy^ ^B v JH ^KriÉ^I

rua Olímpio de Melo, 619-A e D.S. Cristóvão — Rio de Janeiro.

Vera Lúcia em companhia de seus pais sr. Nilton Al-ves da Cunha o sra. Edna Almeida da Cunha e desua írmazmha, no dia em que comemorou ssu 2? ani-

versário nata'-'-^ a 18 de Junho findo.

Na cidade de São Carlos, Estado de São Paulo, onderesidem contrataram casamento o sr. Sydney G. WyssBarreto, funcionário da «Cia. Telefônica Brasileira» ea srta. Vicentina C. Falvo. Nossa fotografia é umapose dos noivos para «Vida Doméstica». — Magda eSara, filhas do casal dr. Erasmo Batista e sra. Flau-zina Batista, assíduos leitores de «Vida Doméstica» em

Monte Carmelo, Estado de Minas Gerais.

— 131 —

"""•'¦¦'¦.' ¦"¦ —¦

VIDA DOMÉSTICA

Faz calor, mas, de subi-to, cai um temporal, eV. chega em casa enchar-cado, os pés molhados!Eis o momento de apa-nhar um resiriado!...Ê também o momento deaplicar algumas gotas deMistol em cada narina.Mistol espalha-se sobreas mucosas irritadas ediminui o congestiona-mento, desobstruindo oscondutos e permitindouma respiração normal

wpSírtí?1

MistolPARA A HIGIENE NASAL

Uie Mlstol-Rub Unguento,

para fricções fôbre a (ar-

ganta, o peito e ai costas.

i* ¦ S M • -10

MOÇA DE MINHARUA

De EDMAR MAGALHÃES

A NOSSA crônica de hoje tem** o sentido de uma conversa,

pois desejamos mostrar a você,

jovem de minha rua, como com-

preendemos a sua vida, aparen-temente tão cheia de mistérios,incompreensível para muita gen-te...

Há muito que seguimos osseus passos, penetrando as pé-talas róseas dos seus sonhos, ouas nuvens carregadas e negrasda sua triste realidade...

Outro dia, observamos a ma-neira pela qual você, moça deminha rua, desceu de um bon-de superlotado. As mãos tinhama posição das coisas exaustas,doloridas. No seu olhar refle-tiam as angústias da alma, ashoras amarguradas do seu tra-balho. A própria roupa, minhajovem, era amarrotada pela in-cômoda tarefa de permanecerjunto a uma mesa, tendo à fren-te a máquina de escrever. Osseus dedos não param no tecla-do, eles, que talvez sonhassemcom um piano, só conhecem amúsica da sua labuta. Há sem-pre um mundo de papeis di-ante dos seus olhos, enquantoas cifras bailam no seu cérebro,onde os castelos e as ilusões pa-recém adormecidas...

Sim, nós sabemos quem évocê, sabemos daqueles que fi-cam à hora crepuscular, plan-tados na linha, aguardando comansiedade o seu regresso. A vi-da para você começou muitocedo, apenas teve a felicidadede concluir o curso primário, etão depressa lá se foi para o tra-balho cotidiano, funcionária deescritório... Os seus vencimen-tos, as suas gratificações, vocêos destina aos irmãozinhos, àpobre mãe, e em último lugara você mesma...

Entretanto, jovem de minharua, não falecem de todo emvocê as aspirações das coisasbelas. Você também sabe ser ale-gre. Todas as suas lutas não di-mmuem o calor do entusiasmo,da festa que existe nos seus de-zoito anos... Nós a vimos numdia destes, ornada de flores, ves-tindo um traje maravilhoso,cheio de fitas coloridas, para fes-tejar a Primavera. Seria a suaprimavera, moça de minha rua...

Ontem, sem espanto, naquelemesmo bonde cheio de gente,verificamos a sua volta da ei-dade, fatigada pelo trabalho dodia. Nós a vimos e pensamosem escrever esta crônica, lem-brando que você, moça deminha rua, é uma das obreirassilenciosas e anônimas, que fa-zem o nosso progresso...

Felicitações para você, para oseu espírito forte e que sabe ven-cer o tempo! Muitos bondes ha-verão de conduzi-la nas ma-nhãs douradas de sol, e muitosserão aqueles em que você re-

gressará à modesta casinha, nashoras de prece e recolhimento,

saudada sempre com afeto e

Hx UT v~ :|t4

USOlf(6

MagieDESODORANTE

MAG1C elimina a trans-

piração c o cheiro de

suor. Protege os vestidos

!•; A~—\\ e evita res-

/ \yrKb—** tnçoes aos

LX "~7 seus encantos.

LABORATÓRIO OLIVEIRA JÚNIOR

IMIlt IIII VIDA ELEGANTE

\\ vv**Zi&#w/##Usar ternos de Unho Irlandêsé um predicado de elegância,conforto e economia. Têm me-lhor. queda, não encolhem emesmo após inúmeras lavagensmantêm a sua aparência novae distinta. Economize, usandoternos de Linho Irlandês — du-ram muito mais, e são de umaimpecável elegância.

AGOSTO-194ft

UM FAROL CONTROLADO

PELO RÁDIO SUBSTITUI AN-

TIGA BARCA-FAROL SUECA

O primeiro farol sueco contro •

lado pelo rádio começou a fun-cionar, há pouco tempo, erraUtgrunden, na entrada sul doestreito de Kalmar, no mar Bál-tico. Em virtude de sua pou-ca profundidade, estas águas;constituem um enorme perigo*para os navegantes e, no decor-rer dos últimos oitenta anos,,três barcas-farol se sucederarmem constante vigilância sobre os;bancos de areia de Utgrunden..

O farol de Utgrunden não temi

guarnição e é operado e contro-lado inteiramente pelo rádio ins-talado no farol de Garpen, situa-do a quatro milhas náuticas mais;para o oeste. A força elétrica pa-ra o farol é fornecida através deum cabo submarino, mas todasas várias operações, tais comoacender e apagar o farol elétri-co, manter as luzes de gás e elé-trica, manejar os sinais de rádioou a estação geradora, assim co-mo variar os sinais para tempoclaro ou nevoeiro, são realizadas

por meio de transmissões de on-das ultra-curtas. Este processoapresenta duas vantagens: o ca-bo submarino utilizado pode sermuito simples e pouco dispendio-so e o controle ininterrupto domanuseio do farol torna-se pos-sível, mesmo se o cabo vier a separtir.

As emissões dirigentes das ope-rações emanam do farol de Gar-pen, por meio de alavancas mar-cadas com a função desejada.Estas emissões agem sobre umseletor em Utgrunden e, por estemeio, dão cumprimento às açõesordenadas pelo operador. A es-tação de rádio de Utgrundenpassa então automaticamente dereceptora para transmissora, tor-nando possível ao operador cer-tificar-se de que a ordem foi exe-cutada de maneira apropriada.O controle ininterrupto é man-tido pelas emissões automáticasdo farol, de cinco em cinco mi-nutos, havendo um alarme auto-matico se faltam estes sinais- Emsuma, o operador pode chamarUtgrunden para verificação, aqualquer momento que deseje. Oaparelhamento,

que despertou jáconsiderável atenção dos círculosmarítimos escandinavos e estran-geiros, foi desenhado e construí-do pelos afamados técnicos sue-cos de faróis, a Companhia AGA.Em recente número do «AGA-JORNAL», foi publicada uma ex-tensa descrição técnica desta no-va instalação.

/TS LOVELY

THE IRISH LINEN GUILD BELFAST

132 —

ternura pelo pequeno grupo quefica plantado na linha...

Você, moça de minha rua, tem.uma vida edificante. O cronistacontinuará a ver a sua história,colaborando para a grandeza dacidade, espalhando na terra assementes do sacrifício, colhen-do, ora os verdes frutos da es-perança, ora as murchas e des-botadas flores dos desenganos!...

AGÓSTO-1Ô48VIDA DOMÉSTICA

COPA E COZINHA

CORRESPONDÊNCIA

HILDA CHAGAS — Morada Nova—Ceará: Já providencieia remessa de meu livro pelo reembolso postal.

LYGIA DA CUNHA NASSAR — Capanêma — Pará: Quersaber como confeitar bolos? É fácil. Qualquer objeto, figura,etc é um motivo. Tudo depende da amiga ter arte.

Sabendo a base principal, (glacês, massas, etc.) qualquercousa serve para uma "idéia".

Há tempos andava eu à procura de algo diferente. Pois bem,apreciando uma linda vitrine de objetos de arte, inspirei-menum lindo centro de mesa.

Foi facílima sua execução. Esta constava de um prato, apoia-do sobre uma coluna. (Esta era a base). O prato foi feito comuma massa de biscoito (a massa tem que ser feita com o ôvointeiro para não esfarelar) arrumada no fundo de uma fôrma(do lado de fora) e coberta depois de assada com glacê. 0prato foi cheio de frutas ou flores tudo de açúcar.

Junto à coluna da base, foram colocados, 7/ anjos, fingindosuportes para o prato.

Como base, um prato maior, porém vasio e apenas 2 pom-binhos de um dos lados. Este prato foi de massa de bolo. Foide grande efeito esta "inspiração".

Quanto aos bicos, aqui no Rio é dificílimo encontrá-los.Ouvi dizer que em Pernambuco existe uma casa (Viana

Leal) que tem tudo que se refere à arte de confeitar.

FLORA N. CARVALHO — Vila de Barro Preto — Ilhéus —Bahia: Veja a resposta anterior. Quanto ao livro Royál dirija-se a "Standard Brands of Brazil, Inc.", Caixa Postal 1523 — Riode Janeiro.

CARMEN SILVA — Riachão do Jacuipe — Bahia: Veja a res-

posta anterior dada a Lygia da Cunha Nassar. Aqui no Rio nãoexistem livros exclusivamente para ensinar a confeitar. Maistarde publicarei um.

NOEMIA ALVACER LARRAT — Cidade de Porto de Moz— Pará: O livro seguirá conforme me pede. Muito agradecida

pela preferência.UBALDINA FERREIRA VALLOIS — Araçatuba — Estado

de São Paulo: Veja a resposta acima.

ALICE D'OLINDA SOARES — Ilhéus — Bahia: Para armaruma boneca, a amiga prepare 2 bolos, um maior e outro menor,ou asse em fôrma bem alta, de modo que a parte de baixo sejamais larga, afinando em cima. Cave no centro em cima e enfieaí o corpo de uma boneca de celulóide ou a que achar maisbonita. Corte a parte da frente dando um feitio elegante, dei-xando o bolo conservar o jeito com que sair da fôrma, apenasdos lados e atrás. "Vista" toda a boneca com glacê, das cores

que desejar, coloque rosinhas na saia e na cabeça, ponha os"cabelos" com o próprio glacê, usando para isso o bico de funilmuito fino

Tome por modelo, figuras de damas antigas.Gôndolas, casas, etc, faça-as também de bolo recortado. O

sino pode ser feito com massa de biscoito, conforme já disse

e colocado sobre um sino de folha, untada. Este porém, geral-mente é feito em cartolina e coberto com brilhantina. Também

são feitos de açúcar; para isso é necessário fôrma própria, e

essa só feita de encomenda. (São feitas em gêsso).Vou remeter meu livro "Arte Culinária Brasileira" pelo re-

embolso postal, como foi solicitado. Não conheço qualquer obrasobre o assunto que me pede. Penso editar um breve.

MADAME SANTIAGO — Rio de Janeiro: Eis o modo de

preparar o presunto, como me pediu em sua carta.Corte a perna do porco de modo que fique bem redonda em

cima e tire-lhe o pé.Leve ao fogo uma grande panela, encha-a com água, uma

quantidade relativa de sal (se gostar do presunto muito sal-

gado junte mais sal) louro, toucinho e pimenta em grão. Deixe

esfriar a salmoura, arrume a carne em barril ou grande tacho

de barro, cubra-a com a salmoura e tampe cuidadosamente de

maneira que não entre ar. Deixe aí durante 30 dias. Para con-

servar a carne é preciso que não se lhe toque com os dedos,

nem a fure com o garfo.Desejando dar côr vermelha à carne, esfregue-se salitre em

pó, mas em pequena quantidade para não endurecer a mesma.

No fim de um mês, retire a perna da salmoura, deixe es-

correr, pendure no fumeiro para secar. Uma vez escorrido, passemanteiga, farinha de rosca e leve ao forno por uns momentos'.

JAMILE SAADI — Brodósqui — São Paulo: Os almoços sim-

pies devem sempre constar de saladas, isto é, pratos frios,

peixes, legumes e carnes.Sobremesas leves ou frutas. Use vinho Sauternes, cerveja,

água mineral ou mesmo laranjada, suco de uvas, etc. Escolha

uma destas bebidas.Para almoços de cerimônia empregue: frios sortidos, ovos

preparados de diversos modos, peixes, "soufflés", caças, etc.

Sobremesas de cremes, queijos, pudins.Vinhos finos como vinho do Reno, etc. e vinho do Porto

para a sobremesa.(Os peixes são servidos com vinho branco seco).

se /@0-%0&

desse nas árvores...

• • .não tei-fe*.11108 <We nos descu\P*r

... pela escassos de certas cores. Todavia, já instalamos

novas máquinas para aumentar a produção, atendendo

assim à procura sempre crescente de Kem-Tone -

a tinta mais vendida em todo o mundo.

E lembre-se — há somente uma Kem-Tone!

A venda nas melhores casas do

centro e de todos os bairros.

Exija a genuína

PAREDES INTERNAS

______ ___rri I>_____B >_?•""«"«\w.iàà/ xwk,

Já W ^yK^r

ACABAMENTO MÁGICO ^hTT^^^PARA

TINTAS E £Êjk

56.511

SherwinVERNIZES

Williams**AS^

SAO PAULO: RUA BARÃO DE ITAPETININGA 124

REVENDEDORES EM TODO O PAÍS

— 133

VIDA DOMÉSTICA

2\ >

magnética\NOS OLHOS

0 verdadeiro espetáculode beleza está nos olhosdas mulheres que usamGilion. Cilion alonga, es-curece e recurva

os cílios e impede

a formação decaspas e terçóis.í

Prefira o TUBO GRANDE,rende mais e custa relat.i-vãmente, muito menos.

CILIONambeleza e protege os olhos

LIVROS NOVOSO PATINHO FEIO— "Edições

Melhoramentos" — Na sua feliz epopularíssima série de álbuns"Historietas",

sob número 15, as"Edições Melhoramentos" vêm de

lançar a conhecida história "O

Patinho Feio".Narrativa das mais apreciadas

e populares em todo o mundo eatravés inúmeras gerações,

"OPatinho Feio" é uma lição de ex-celente moral, de envolta comaventuras que sobre serem sin-gelas são também altamente emo-cionantes, seja para crianças sejapara adultos, pelo muito de to-cante, ingênuo, simples porémhumano, de que se reveste.

fabril

\ \

\ --r*8* \

assenta e

dá brilho

ao cabelo!

De Wltt • RIo-londres-Novo Kjrk - Buen

A ü

— 134

Ivste de Pina Azeredo, filha do sr.Crimildes de Azeredo e d. Conceiçãode Pina Azeredo, no dia de sua pri-meira comunhão, realizada na Capelado Ginásio Auxilium da cidade de Ana-

polis. Estado de Goiás.

Como pr&miíâfmçoes da pdef

— ^ ** i*

^ «se.

pelo menos

2 vezes por semana !

O( V ,

Aristolino é um sabão liquido, antis-

séptico e germicida. Sua espuma

medicinal, ativa e abundante remove

todos os residuos que se acumulam

nos poros, promovendo a limpeza

absoluta da pele, deixando-a fresca e

aveludada . . . livre de imperfeições.

Mo banho parcial ou geral para a

higiene dos cabelos e do couro ca-

beludo . . . Use sempre Aristolino.

LABORATOÍUO OLIVEIRA JUNiOr?

P*«A*»ouQVlDÂO

e P«« icc/a

00 pAPAl...

a 'amilid

GRINDELIADE OLIVEIRA JÚNIOR

gr

AGOSTO-1948

A SUÉCIA PROPÕE UM INTERCÂMBIO NUMISMÁTI-

CO REGULAR

Em uma conferência realiza-da na Cidade do México, em finsdo ano passado, pelo ConselhoInternacional de Museus, foi re-cebida com grande interesse csubmetida à UNESCO uma pro-posta sueca encaminhada parapromover um intercâmbio numis-má.tico internacional, disse emum relatório o observador suecona referida conferência, Sr. NilsHedberg. Segundo o autor da re-ferida proposta, Dr. N. L. Ras-musson, do Museu Numismáticode Estocolmo, um intercâmbio re-guiar de todas as novas moedase medalhas seria um processo efi-caz para conservar as peças nu-mismáticas para gerações futu-ras, além do seu valor imediatopara os cientistas e coleciona-dores.

Na conferência, apresentou-setambém uma interessante coleçãode fotografias de museus mo-dernos suecos. Estas tinham sidoexpostas anteriormente na Ingla-terra e na Holanda e, depois deterem sido apresentadas no Mé-xico, foram enviadas para osEstados Unidos. Segundo infor-ma a imprensa sueca, foi tãogrande ali o interesse demonstra-ao por esta coleção reveladora datécnica aplicada nos museus sue-cosv que será retida na América,na qualidade de exposição ambu-lante, até o verão de 3 949, quan-do seguirá para a Dinamarca epara outros países.

- ''¦;.,;;:;;ffT"7" %fX'M^iêS^^^

Aloisio e Luzia, lilhos do sr. Oscar Va-lentim de Gouvêa e sra. Judith C. Gou-vêa, ofereceram esta fotografia à «VidaDoméstica», como recordação de suaprimeira Comunhão, feita na Matriz deRio Novo. Estado de Minas Gerais, em

Maio do corrente ano.

AUTOMÓVEL QUE PODERÁFAZER 640 KM. POR HORA

Foi exposto em Brooklands oautomóvel com que o campeãode velocidade britânico, JohnCobb, pretende bater seu própriorecord de 369,7 milhas por hora,estabelecido em agosto de 1939.

Mr. Cobb levara o automóvelpara Bonnevilee Salt Flats, noEstado de Utah, nos EstadosUnidos, onde fará sua tentativa.Falando à imprensa, manifestou-se confiante em alcançar umavelocidade de 400 milhas porhora com seu automóvel "Rail-ton".

O "Railton" está equipado com

dois motores Napier de 1.200H.P. Os pneumáticos foram es-pecialmente fabricados pela Dun-lop Rubber Company, tendo sidosujeitos a experiências que asse-guraram correr a uma velocidadede 4.20 milhas por hora, duranteum espaço de 7 milhas. Serãoenviados 50 desses pneumáticospara, as experiências assim comopara a prova. — B. N. S.

AGOSTO-1948

HILDA CHEGOU NA PRI-

MA VER A — (Conclusão)

porção de coisas, mostrando ad-miração pelo aspeto saudável efeliz que Hilda trazia da cida-de. O falatório devia estar fa-zendo mal a minha irmã, masnão havia nada que eu pudessefazer. Graças a Deus, estávamoschegando.

Quando subíamos para a va-randa minha mãe apareceu àporta e olhou para nós, estupe-facta. Hilda fitou-a, por um mo-mento, parada no último de-grau. Depois atirou-se nos bra-ços dela, soluçando.

Olhei o rosto de minha mãe,grudado aos cabelos de minhairmã, e vi as rugas cavarem-sena testa branca. Pensei que eladevia ter suspeitado de qualquercoisa em sua filha, qualquer coi-sa diferente da alegria que Hil-da levara, dois anos atrás, e queparecia não voltar com ela.

Diante das palavras de Ceies-tino, por trás das quais pareciaesconder-se uma espécie de la-mento, eu pensava nos difíceiscaminhos que os homens percor-rem para achar a felicidade ou,mais comumente, para ver queela jamais esteve lá, onde a pro-curaram. E pensava principal-mente nestes, que se desiludem,que não encontram mais que aimitação do que buscaram, por-que Hilda e Celestino estão en-tre eles.

TOSSE -BRONOÜITE

ASMA-CATARRO

CRI PEFRAQUEZA PULMONAR

tome o

WlLIVROS RAROS

Um conhecido colecionador delivros raros, Mr. Foyle, adquiriurecentemente um exemplar muitobem conservado da primeira edi-ção do Terceiro Volume das Obrasde Shakespeare 1663, segundoparece o único exemplar impressonessas condições. A compra foifeita na biblioteca de Ham House,Richmond no condado de Surrey.O preço pago por esse volume, queé finamente encadernado em mar-roquim vermelho, foi de 4.000libras esterlinas. Na mesma vendafoi pago o preço de 2.900 ester-linos pela primeira edição de"Grodiale,

or Pour Last Nights",traduzido do francês pelo CondeRivers e impresso em Caxton em1479.

Em Sotheby's de Londres, umexemplar da raríssima primeiraedição do "Treatrise

concernyngethe frutyfull Sayngs of Dauyd"de John Wisher, impresso porWynkyn de Worde, em 16 dejunho de 1508, foi vendido por620 esterlinos e a primeira edi-São de "Erudtissimi

viri GuilielmiRossei Opus", impresso por R.Pynson, em 1523, foi vendido por220 esterlinos. Ambos perten-ciam ao Deão e Capítulo da Ca-tedral de Chichester e foram com-prados pelo Re. W. K. L. Clarke,

SEGREDOS CONFIADOS

A POUCOS

VIDA DOMÉSTICA

&]fdfâ?/0Ml&'

Há certas coisas sobre as quais não

se pode falar abertamente—coh.tsno entanto que todos devem sjher.Xer-dades existem que são perigosas paraalguns—mas que, em mãos cios i|ii<as compreendem, são antes fatores ii<poderio pessoal e realizações. A irá*dos relatos de milagres e mi.siéri-.sdos antigos, há muitos séculos de suasecreta e paciente perquirição das leisda natureza—suas espantosas desço-bertas sobre os processos recônditosdo espírito humano e o domínio d»sproblemas da vida. Outrora envolvi-dos em mistério para proteger-se con-tra a destruição pelo medo e a igno-râncía das massas, estes fatos consiituein uma herança útil para milhares,de homens e mulheres que os usamhoje em dia em suas próprias casas.

ESTE LIVRO GRÁTIS

Os Rosicrucians (não é uma organizaçãoreligiosa), velha irmandade de ensino, con-servaram sua secreta sabedoria por séculosem seus arquivos. Convidam agora todos aparticipar da utilidade prática dos seus en-sinawentos. Escreva-nos hoje pedindo uniexemplar grátis do livro "The Mastery ofI ife.' Em suas páginas pode estar o segre-do de uma nova vida de oportunidades parao leitor. Endereço: Scribe N. H. S.

&fie ROSICRUCIANS(AM O RO

S.m José. Califórnia, U. S. A.

PROVOCAÇÕES...

Se soubesses o desejo

que trago dentro de mim,tu não falavas em beijo,nem ficavas rindo assim...

Luiz Otávio

> t\\\Hini<'"////

mm»**AWMimà

SAÚDE SEGURA

SÓ COM VELAS

ESTERILISANTES

SENUN

AS PEDRAS DA

VIDA

De EDMAR MAGALHÃES

Foi num domingo destes queestive presente ao belíssimo ser-mão de Frei Miguel. O grandeorador é realmente notável, pare-cendo possuir na sua voz de ex-celente português o filão da ver-dade eterna. A sua eloqüência, ocalor e a convicção de suas pa-lavras, ganhando todo o templo,faziam com que todos estivessematentos naquele instante de ro-ligião e de fé.

Êle nos falou sobre as maze-Ias da vida, os espinhos que todosnós encontramos na nossa jor-nada, as misérias humanas, o ani-quilamento do homem pelo ho-mem. Nós não temos o direito darevolta, não podemos apresentaras nossas reações de violência evingança quando fôr levantadocontra nós o fatídico chicote dodestino. Não, é aí que devemos sermais e mais prudentes, pensarem Deus, volver os nossos olhospara Jesus crucificado, mergulhara nossa alma nesse mar de infini-ta misericórdia, que somente areligião pode oferecer. . .

Vai aiém, muito além mesmo,a filosofia do sacerdote. Os malesmorais e físicos, uns que abremferidas no espírito, outros quedeixam cicatrizes no corpo, sãoos efeitos da própria existência,e que não aniquilam, mas redi-mem. Há uma arma invisível emtodos nós. Ela é terrível, capazdos maiores crimes, e que sò-mente com o ensinamento e arazão pode ser combatida, trans-formada em instrumento de bon-dade. E o pensamento. Mais velozque a luz, mais rápido que o som,êle vai atingir o inimigo ondequer que se encontre. . .

Frei Miguel é muito sábio. Seique êle não explica novidades,está repetindo o catecismo dobem, ajudando os homens paraa procura do caminho da fraterni-dade e do amor, coisas tão belascomo seculares, entretanto, comque saber êle nos fala! O seusermão tem qualquer coisa dedivino, que nos atrai e nos im-pressiona. Todas as dificuldadessão passageiras, desde que hajaem nós a chama da resistência.Os embates são grandes, as sebestecem armadilhas à nossa frente,as nossas forças são quase ven-cidas, muitas vezes, mas não nosdevemos capitular. Tudo isso nãopassa de pequeninas pedras, AGPEDRAS DA VIDA, que nos sãoatiradas pelas mãos do destino.É em tais momentos que reco-nhecemos a fortaleza da nossaformação. Essas pedras nunca po-derão atingir, para a destruição,o homem forte, possuindo elas asua virtude, que é a de burilar,aperfeiçoar pela resignação, pelosofrimento e pelo sacrifício o nos-so espírito. . .

Ouvindo Frei Miguel eu pudesentir uma das mais sólidas or-ganizações humanas, uma liçãoimortal de altruísmo e perfeição.Quanto exemplo, quanta verdade,quanta beleza a gente colhe dasafirmações puras e sinceras dogrande pregador de Cristo!

JÓIAS ERELÓGIOS DO RIO

PELO REEMBOLSOPOSTAL

N? 121 — Suíço, 15 rubis, chapeadoa ouro, com pulseira chapeada.Cr$ 485,00.N? 21 — ROAMER, c/15 rubis, chap.a ouro, fundo de aço, Cr$ 525,00.N? 20 — IDEM cremado, fundo deaço, Cr$ 465,00.

N° 51 — SUÍÇO, c/rubis, cordonet

grosso, vidro alto, chap. a ouro, mo-d3rno, CrS 445,00.N° IU — Idem Cromado. Cr$ 350,00.

W? 120 — SUÍÇO, c/ rubis, croma-do. c/correia de ouro, moderno, ga-rantido. Cr$ 200,00

V? 11 — MEDA, c/ rubis, cromado,recém-chegados, modernos. Cr$250,00.N? 28 — Idem, c/ponteiros de sea-central. Cr$ 310,00.

Relógios de pulso para homens:

OMEGA, aço Cr$ 870,00OMEGA, chap. a ouro Cr$ 1.150,00OMEGA, aço automát. Cr$ 1.600 00TISSOT, cromado .... Cr$ 660,'00TISSOT, chap. a ouro CrS 850,00TISSOT, aço, automát. Cr$ 1.100,00CYMA, de aço Cr$ 650,00CYMA, chap a ouro.. Cr$ 950,00

PEÇAM CATÁLOGOS

ÂNGELO SIMÕES

JOALHERIA ÂNGELOPraça Tiradentes. 39 — Rio

Honra teu pai e tua mãe, como

honras ao Senhor, porque os três

tomaram parte na tua criação.

pÔR KIKnOl||

CERA

DR. LUSTOSA

— 135 —

VÍDÁ DÓi/íÊSÍlÒÀ AGOSTO-1948

NA XVIII* EXPOSIÇÃO DE CANÁRIOS

ARMOURtj(j^

Jr.

I AM BEM a senhora tem seus momentos difíceis:

hasta que falte a cozinheira ou apareça uma

visita inesperada. Mas, se for previdente, nenhum

susto correrá porque terá sempre em sua dis-

pensa os bons produtos AllMf UR-Star, que lhe

permitem iazer deliciosas refeições num instante.

FRIGORÍFICO z/MmVttlOUir DO BRASIL S/AS. PAULO: R.Paula Souza, 294-Tel. 4-6866

SANTOS: R. General Câmara,248-Te!.2507

CAMPINAS: Rua Costa Aguiar, 265 - Tel. 3119

RIO DE JANEIRO: R. Antônio Lage,30 -Tel.43-0072

UM

RETRATO

... talvez de um vulto amigo,que uma lágrima de saudadereaviva na sua memória... talvezde um rostinho infantil, que for-ma a alegria do seu lar... talvez o

que fixou um momento inesque-cível e feliz da sua vida...

É o que lhe proporciona, pelosistema de reembolso postal, a

GALERIA ÚNICAa maior organização especiali-zada no ramo, apresentando-lhe perfeitas reproduções acrayon e a pastel (coloridos),montadas em elegantes qua-dros de galalites inquebráveis,com cantoneiras de metal cro-mado, próprios para móveis.

Em dois tamanhos:

Cms. 18 x 24 a crayon Cr$ 80,00a pastel Cr$ 100,00

Cms. 24 x 30 a crayon Cr$ 140,00a pastel Cr$ 170,00

Remeta-nos, em carta registrada, juntamente com seu ende-rêço completo, o retrato que deseja ter ampliado, indicando otamanho escolhido e se em crayon ou pastel, e aguarde parapagá-lo, quando o receber na Agência do Correio da sua loca-

lidade, no prazo de vinte a trinta dias.

'¦àÉÊma BL

Medalhas de marcassitas com retratos ou Santos. Retratos em

esmaltes e porcelanas para túmulos. Peçam prospetos.

GALERIA ÚNICAAVENIDA MARECHAL FLORIANO N? 152 — 1? ANDAR — RIO DE JANEIRO

¦ ¦• í 1 Jh-I-Ij

Sm^í'^,' <tjl fSk. '' **' .£<J9^^L.* St ^V**. *

àm Ã*Tr* ^^1'''^J^^^Mmmmm%X>' «''!'"'

Todos os anos, sob. os auspícios da Avicultora Alonso, Ltda. vem se realizandoesses certames que têm atraído inúmeros expositores e pessoas interessadas noslindos prisioneiros de propício canto, cuja música faz a alegria de muitos coraçõeshumanos.

Canários frisados parisienses, canários hamburgueses, canários Roller, brancosfrisados e outros, em profusão, fazem um espetáculo inenarrável para os amantesdesses inocentes canarinhos cujo destino é cantar... cantar... nas gaiolas doira-das mas cuja alma, quem sabe, através do seu canto, não dirá. talvez, a Deus:

quero voar, voar! Ganhar a imensidade do azul destes céus.

Cincoenta e sete prêmios foram distribuídos pela Avicultora Alonso, Ltda. num

desejo de incentivar a produção de canários de raça, à frente da qual vamos en-

contrar o sr. Joaquim Alonso, chefe da importante firma promotora do certame e

um dos mais abalisados técnicos da canário cultura. Nos flagrantes desta páginavemos um aspéto da exposição após a inauguração e um grupo de expositorese visitantes.

TROVAS

No meio de tal barulhoE de tanta confusão,Só ouço, liricamente,O meu próprio coração...

LUIZ OCTAVIO

LIRISMO

Pra te esquecer, teus retratosRasguei um por um...—Em vão!Não pude rasgar aqueleGravado no coração.

SOARES DA CUNHA

^•? *—~^;s;-i*^^ 8B^3Py-:'- * Y ^- •'r<

í:h'*&"'&'':£-7~T~zj£^ mkã^u;.;*8

'-^IJmM JBKÍfJlrfjjSiii HWWPWBI WjmWÊ 'VA' D

Casa do Arcai, no Douro em Portugal, onde se vê a ilustre poetisa portuguesaALICE BASTO, na sua residência de campo em companhia de entes queridos.

Publicamos hoje um magnífico soneto da saudosa poetisa portuguesa Snra.Alice Basto, falecia- recentemente em Baião Douro, em Portugal, e que deixouinümeros trabalhos literários dignos do ma^.es louvores e que merecem ser O-

nhecidos. dado o seu espírito sensível e profundamente sentimental.

CANTANDO TAMBÉM SE REZA

136 —

Meus filhos! Doce oraçãoQue eu rezo todos os diasCom a alma e coraçãoRetalhados de agonias.

Meus filhos! Queira o SenhorQue esta prece de saudadeDe sacrifícios, de amorValha para a eternidade.

Douro, 1945

Meus filhos! Minha riqueza,Vós sois o meu universo.1Meus filhos! Cantar eu rezoCom que embalei vosso berço.

Meus filhos! Estremecidos,Peço a Deus esta alegria:Sob os vossos olhos queridos-Se fechem os meus um dia.

ALICE BASTO

AGÒSTÓ-Í948

SONHOS DOURADOS

(Continuação)

o procurou nos camarins, paracontratá-lo. Lá descobriu a ma-

nobra de Al. Foi ao próprio Al

que êle contratou, não sem ter

tido antes uma porção de con-tratempos, pois o rapaz recusa-va abandonar Steve Martin. Afi-nal foi o bom e generoso Mar-tin... que o abandonou!

Ingressando no elenco dos fa-mosos Menestreis de Dockstader,Al propôs-lhe casamento. A mo-mesmo sentia cansaço da rotinae da música tradicional do«show». E que as «blue sessions»dos negros de New Orleans ofascinavam. Era o nascimentode uma nova espécie de música— o jazz — e suas possibilidadeseram infinitas. Por isso Al Jol-son deixou os Menestreis e, deuma hora para outra, ficou de-sempregado. Ninguém queria sa-ber do novo gênero que êle que-ria introduzir.

Cansado, o rapaz voltou aolar, onde Papá e mama Yoelsontrataram, auxiliados por AnnMurray, agora uma pequena en-cantadora, de convencer Al aabandonar o palco. Mas nessamesma noite Al recebeu um te-lefonema de Nova York. TonyBaron havia se tornado gerentedo célebre teatro de variedadesde Schubert e chamava o seuamigo para lá. Era a Broadway!E lá se foi Al Jolson.

Tony Baron apenas lhe im-pôs uma condição: tomar comogerente Steve Martin. E Al Jol-son estreiou cantando «Mam-my», com o rosto de negro. Foiuma noite memorável, uma dasmais sensacionais noites que aBroadway já conheceu, acla-mando um novo astro, que deviareinar durante um quarto de sé-culo como soberano absoluto dascanções de jazz!

No Winter Garden Jolson aca-oou montando suas próprias re-vistas. Suas canções, levadaspelo disco, cobriram toda a na-çáo. Em Hollywood pensava-seem lançar o cinema sonoro. Pre-cisavam de um grande astro pa-ra o primeiro filme e chama-ram Al Jolson. Antes de partirJolson reuniu todos os artistasde Nova York em um teatro daRua 42, para despedir-se deles.Foi cantando que descobriu en-tre a assistência, ao lado de Fio-renz Ziegfeld, uma linda estrê-Ia de revistas musicais, JulieBenson. Foi para ela que êlecantou «April Showers». Naque-Ia mesma noite, mais tarde, to-mado de uma paixão fulminante,Al propôs-lhe casamento. A mo-ço sorriu. Achava tudo aquilorápido de mais e pensava quesua carreira no teatro de Zieg-feld era mais importante. Gos-tava dele... mas podiam espe-rar mais um pouco.

Al Jolson partiu para Holly-wood, a empenhar o seu nomenaquilo que muitos reputavamuma aventura louca — o cine-ma sonoro. Todos os dias êletelefonava para Julie. Quandosoube que ela estreiava na Broa-dway desejou-lhe boa sorte... eembarcou num avião para assis-tir a estréia. Foi a sorte de Ju-ne Benson. Quando a cortina seabriu para o seu bailado, ela,nervosa, ia-se perdendo numdesastre artístico irremediável

V*ÍDÀ DOMÉSTICA

msuUcmíkRENAL

A causa doreumatismo gotosoJuntas rígidas e inchadas, tor-turadas pelo reumatismo goto-so, são sintomas de rins ine-ficientes. As dores que essesmales provocam são insupor-Laveis, tornam os dias maislongos e as noites intermina-veis, deixando o doente desa-nimado, sem forças para o tra-balho ou disposição para os

prazeres da vida. Milhares depessoas se arrastam por aí, so-frendo horrivelmente, quandopoderiam evitar de vez esses

padecimentos, seguindo o sim-pies conselho que aqui damos.É preciso que seus rins voltema funcionar normalmente; paraisso, o melhor recurso, o maisrápido e seguro é começar hojemesmo a tomar as Pílulas DeWitt. Especialmente prepara-Jas para combater os distúrbiosrenais, as Pílulas De Witt ali-viam as dores imediatamente,restaurando e vigor e a vitali-dade ao organismo, graças ásua magnífica ação diuretica.Á venda em todas as Far-macias e Drogarias.

Pílulas

De WITTpara os Rins e a BexigaEM VIDROS DE 40 E 100 PÍLULASO GRANDE E' MAIS ECONÔMICO/

PRISÔO DE VENTRE?

Tome pílulas

CARTCRpara o fígado

quando a voz que embalava anação ergueu-se da platéia nu-ma canção maravilhosa: Al Jol-son! E a estréia de Julie trans-formou-se num sucesso incom-parável!

Casaram-se. A estréia de «OCantor do Jazz», o primeiro fil-me sonoro, acrescentou uma no-va glória ao nome de Jolson.Hollywood o reclamava para umoutro filme. Jolson voltou paralá, acompanhado de Julie Ben-son, também transformada emestrela de cinema. Mais outrofilme. Outro mais, este reunin-do Jolson e Julie. Mas a moçaestava cansada do trabalhoexaustivo dos estúdios. Sonhavacom o seu próprio lar. Conven-ceu o marido a comprar um lin-do bangalô e a abandonar a car-reira. Al Jolson, sempre apaixo-nado pela esposa, concordou.

Os meses passaram. Julie no-tava que o marido não era fe-liz. Sabia de onde advinha a suatristeza. O seu coração doía comisso. E Jolson nunca mais can-tou.

Um dia os pais de Jolson vie-ram passar uns dias com o fi-lho e a nora. No dia do aniver-sário do Cantor houve um jan-tar, ao qual compareceram TonyBaron e Steve Martin. Depois do

jantar foram todos a um «nightclub», onde havia um bonito«show». Acercaram-se de uma

grande mesa.Aconteceu o inevitável: artis-

tas e público reconheceram AlJolson e, entre aplausos, pedi-ram que êle cantasse ao menosuma de suas canções. Jolson, fiela sua promessa à Julie, recu-sou-se. Mas todos insistiam e porfim Julie mesma, com um olhar,aquiesceu. Então Jolson cantouuma, duas três canções, sempredelirantemente aplaudido. Julieolhou para o velho Cantor Yoel-son, que, com um sorriso com-preensivo e triste, concordou si-lenciosamente com ela. A moçalevantou-se e dirigiu-se para aporta. Em meio dos artistas do«show», Al Jolson era um outrohomem. Cantava «Deixa-meCantar e Serei Feliz» quandoJulie Benson o olhou pela últi-ma vez. Ela se foi para nuncamais voltar.

MINIATURAS

DESÂNIMO

Tanto esforço e amargura!Ai tanto trabalho em vão!Sempre a mesma Desventura!Sempre a mesma Solidão...

PARA A FRENTE!

Para vencer jamais olheso Caminho do Passado...Pois senão, triste e vencido,tu ficarias parado!...

REVOLTA

Da vida estou enojado!Do Mundo mais do que cheio!— Deste Mundo tão bonitoque o Homem torna tão feio!...

Nem demasiado fortes...

Nem demasiado brandas...

PRECISAS

Embalagem vermelha

RESTITUIÇÃO

...e continua

brilhando í\a 1948!

QUAL 0 SEU SEGREDO?

LOÇÀO BRILHANTE! Ricardosabe, por experiência própria,que a Loção Brilhante conserva ,a beleza e a juventude dos vcabelos, limpa o couro cabelu-do, diminui a seborrém e evitaa caspa. Si V. tem cabelosbrancos, a Loção Brilhante —

que não é tintura — devolveaos seus cabelos a sua côr pri-mitiva. Brilhe agora e continuesempre brilhando no futuro,sem temer os anos ! Use, cornoRicardo, a Loção Brilhantecontra os cabelos brancos ea caspa, para a eterna moci-dade de seus cabelos I

POR QUE CAEM OS CABELOS?

Os cabelos, como as plantas,necessitam de muito cuidado ealimentação. A planta morre porfalta de ar. O mesmo acontece

com os cabelos. Aseborréia e o exces*so de células mor- '

tas(caspa),causam

a obstrução dos¦poros, asfixiam as ,raízes do cabelo e odebilitam. Por issocaem os cabelos.N3o deixe que istolbe aconteça! Usea Loção Brilhante,cuja ação higieni.zadora elimina aobstrução dos po«ro», penetra nosbulbos capilares edá nova vida aocabelo.

Eu te roubei muito beijo.E o remorso me tortura!.— Restitui-los desejo,Mas proíbes tal ventura..

LUIZ OTÁVIO

&£9

137 —

VIDA DOMÉSTICA

AGOSTO-1948

A WA SOC/ALÁf. m>.um W0N â£LT F'

evidentemente, numa breve nota tudo quanto vem fazendo oI 1 bn,bi no terreno da educação social. É, sem dúvida, tarefa ingente, a quese impuzeram esses abnegados elementos de progresso que são os educad^essociais, cuja primeira turma se formou em 1946, em terras de Piratininga.

Tentaremos resumir, nas linhas seguintes, algumas das realizações daquelabenemérita entidade, nesse campo de ação, por certo tão vasto:

^ Visitas periódicas às fábricas, projeções cinematográficas, com películase fundo educativo, palestras culturais e outras iniciativas, como a Escola

de Corte e Costura, em funcionamento, em São Gonçalo, aí estão a atestar otrabalho fecundo da Secção de Educação Social do SESI. Tudo isso vem des-pertando, já agora, o interesse do trabalhador, inicialmente arredío e hojecompreendendo bem o objetivo patriótico de seu amigo, o educador social.

No seu acervo de realizações, conta também o SESI com uma revista des-tinada aos filhos dos trabalhadores na indústria — o SESINHO — entregue àorientação de um técnico no assunto. Há, também, o "Clube dos Sesinhos", jácom mais de 1.000 sócios. Dos planos traçados já está em execução o Teatrodo Trabalhador; o primeiro elenco organizado, o da América Fabril, em adian-tados ensaios. Haverá, além disso, conjuntos orquestrais e de canto orfeônico,já tendo sido lançado um grande concurso musical, em busca de talentos.A biblioteca circulante será, em breve, uma esplêndida realidade, bem como o"Jornal do Trabalhador" a ser gratuitamente distribuído nas fábricas.Cursos populares serão dados pelos Educadores Sociais, tendo mesmoa Secção de Educação Social entrado em con-Lacto com as indústrias que mantêm, por contaprópria, cursos de alfabetização de adultos. Outravitoriosa iniciativa é a das caixas de reclamaçõese quadros de avisos, destinados a receber a opi-nião do trabalhador sobre as condições em quelhe é prestada a ajuda moral e material doSESI. E desse modo que a Secção de EducaçãoSocial trabalha, pugnando pela paz social doBrasil. As gravuras que acompanham este textodizem bem das atividades culturais dos edu-•^adores do SESI.

W€ ¦NA'/í\ff /___r-s1*l ^7¦&$&-¦£ ^|| tWÊâ :mw

''i'lmlt\ '_j___l4k /'1 I !__¦»» ^'\l ' W /ft

¦ ¦ §_____! ¦ 4 •&• SI Ji___L^ '.,

cá- W'"

I ül '^"W- MMÊMKÊKÈÊÊmmm

wÊÊÊêM ^Jff;, >,4éjl', i____^ / mA.-''"*" Vw"!

H' -PIK-I ''¦*¦'•jBiBBllte^Wt»Tv"rsjgJjJBKL-

"S _B___8r-- ;;/' - 1»

[*4:\_p_| EÉI vi it ^tíX"'. ^ÜH ft^—i _H_ IR :_^ >__v \S^§____________yrM--_r «/:'-¦• •!__..

É •¦¦ • :'^Bb^ :»f '" m'W?it 1W - H _i

* : BBf p;?wL ~KrJ ^h^^^-^^^^K

Bffff^ ":- <cg^-,y--": ^^iMlm^lKffigili j • K#ir--2 __g-^ar_i. IR^ JilJp » *. ^C::;- ,^i ,t ^.«í_M_R_Es^m^t• ^Jlgscif _WEI.. ¦,:___P!w—WSkxV^Í_w|££*tH—e___w BBH*w __P ___HP l_fc *_£_ta^<^H_r* ' t__ <m ¦, i». ^ X. iw ____l__MBnffyMwfa'^--- «¦ *»>¦•-*¦• *«•' ¦ ¦ ¦ ¦

'•• •• ¦¦ T>^>2^^^^__^ga5_W-_-_- ^^%^-<kwHm _«^r^fil*___i:#:F^:___l,^__ V- *^.- vB ___¦__* ^Wi__™Í_8l«§sS^Sf£«^**£''"*''*i£-.-' H F

^ yT^Mm' mÊw • JfanÊÊ®H •:

'^lr,fd_É8V. **' »'>' •' '^>- JHBP^fc- ^

_——H——_^mJJW_^'!_^jx**^' -*»V'< ffiPK _nfi£a I r ^SuS' ^^w

__HE;í'i_Hr^^_P^i __^^^_K7'^__k___R-.•'"*' í',''-"''*'?'^™^Hfi_i_^r'*''

h ^^fs.v.A #^^-'>jj__py^[i%^%ds^yj ^':i^B _é_n

B___| B—_jIIbk-i^™ __^^y__I _B__I ^I^^B

f - 138 —

-•"

^ ^^^j^^ . ,.. ,,.

% :. ...___,.

•m ¦«%«•*' ;cr<\0 *¦¦.¦-»« -5» ¦"¦¦¦*

do <^SBV <**»#*

*****cotíet

**"

,tovo-

.o^ „v^eS' ,vA&*a

Tybyreçá

f £3

ir ti

'S I-.

i

• Ao comprar um sabonete \Vale Quanto

Pesa, verifique, com atenção, Se o mesmo

tem gravada em seu envoltório a figura de

uma balança. O verdadeiro sabonete Vale

Quanto Pesa tem essa figura gravada

como símbolo de sua legitimidade.

GRANDE, BOM E BARATO!• À VENDA EM TODO O BRASIL *

+ 0.¥errd*-9*