DEBORA CORDEIRO BRAGA - Tese - À Margem das Feiras de Negócios

233
DEBORA CORDEIRO BRAGA À MARGEM DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS Uso do tempo livre do turista em São Paulo Tese de Doutorado reformulada para concorrer ao III PRÊMIO EBAPE- FGV/EMBRATUR DE MONOGRAFIAS, ESTUDOS DE CASO E REPORTAGENS DO SETOR DE TURISMO E HOTELARIA categoria Pós- graduação com o foco para a Gestão Pública e Gestão Privada do Turismo. São Paulo, maio de 2006

Transcript of DEBORA CORDEIRO BRAGA - Tese - À Margem das Feiras de Negócios

DEBORA CORDEIRO BRAGA

À MARGEM DAS FEIRAS DE

NEGÓCIOS

Uso do tempo livre do turista em São Paulo

Tese de Doutorado reformulada para concorrer ao III PRÊMIO EBAPE-FGV/EMBRATUR DE MONOGRAFIAS, ESTUDOS DE CASO E REPORTAGENS DO SETOR DE

TURISMO E HOTELARIA categoria Pós-graduação com o foco para a Gestão Pública e Gestão Privada do Turismo.

São Paulo, maio de 2006

2

À MARGEM DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS

Uso do tempo livre do turista em São Paulo

Debora Cordeiro Braga

Banca Examinadora:

Profa. Dra. Olga Tulik Presidente

Prof. Dr. Mário Jorge Pires 1o Membro

Profa. Dra. Sarah Bacal 2o Membro

Prof. Dr. Luiz Gonzaga Goddoi Trigo 3o Membro

Prof. Dr. Haroldo Leitão Camargo 4o Membro

São Paulo, 06 de abril de 2005

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço com muita sinceridade e gratidão as pessoas que abaixo relaciono, pois sem o apoio e incentivo delas este trabalho não seria realizado.

À querida Profa. Dra. Olga Tulik, que tem acreditado sempre em meu potencial.

À Profa. Dra. Sarah Bacal que de forma rigorosa me fez entender o caminho correto da pesquisa.

Ao Prof. Dr. Luiz Gonzaga Godoi Trigo que mostrou a importância de um estudo coerente com a realidade.

Ao Sr. Armando A. P. Campos Mello, Diretor Superintendente da UBRAFE, que acreditou na importância desta pesquisa e viabilizou a chancela da associação para a realização do trabalho de campo.

Ao Sr. Roberto Vertemati, Diretor adjunto de Turismo Receptivo da AVBAV-SP, por suas ricas contribuições.

Ao Prof. Roosevelt Hamam, reconhecido e premiado representante do setor de eventos que despertou meu interesse pela área.

Aos empresários das agências de viagens de receptivo de São Paulo que disponibilizaram seu tempo para responder à entrevista.

A todos os turistas de negócio que responderam ao questionário com presteza e seriedade.

À Profa. Dra. Karina Toledo Solha, eterna amiga que me apoiou emocionalmente no momento que mais precisei e deixou suas tarefas cotidianas para me ajudar na revisão final.

À grande amiga Vitória Muzi que, com o carinho de sempre, viabilizou a impressão dos exemplares.

À Profa. Ms. Irene Tulik Mariano Roque que teve participação importante na finalização.

Ao Rodrigo Valim Oliveira que com suas habilidades confeccionou os gráficos e tabelas que ilustram estas páginas.

Aos alunos de turismo André, Isabella, Laura e Moysés, que enfrentaram os desafios do campo e cumpriram as metas solicitadas.

Ao meu filho, Victor Braga Ramos, que suportou meu nervosismo e minha ausência.

Aos meus familiares e amigos que muito me ajudaram cuidando do Victor enquanto eu estava trabalhando.

Ao Luís Alberto de Araújo Ramos, sem palavras.

4À MARGEM DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS

Uso do tempo livre do turista em São Paulo

RESUMO

O turista das feiras de negócios da cidade de São Paulo e o uso de seu

tempo livre constituem o tema desta pesquisa. O objetivo principal é caracterizar o

turista de negócios e entender a oferta de recursos e de serviços, principalmente aquela

relacionada ao lazer, à hospedagem e ao agenciamento visando dar sugestões e

direcionamentos para ações da gestão pública e de empresas turísticas.

Este estudo, fundamentado na literatura específica e no trabalho de

campo, considerou o universo das feiras de negócios para isolar seu objeto - o turista de

negócios. As interações com São Paulo estão apoiadas na distribuição espacial dos

diferentes componentes relacionados a este turista. A análise comparativa entre os

diversos elementos estudados é feita com base no método SWOT (Strenght, Weaknesse,

Oportunitie, Threat).

Conclui-se que o turismo de negócios é assunto polêmico e ainda não

resolvido; São Paulo apresenta todas as condições que favorecem este tipo de turismo;

as feiras de negócios recebem turistas; o turista de negócios pode apresentar diferentes

características quanto ao uso do tempo livre.

Palavras-chave: turistas de negócios, feiras de negócios, serviços receptivos, tempo

livre, atividades de lazer, São Paulo.

5Alongside business fairs

THE USE OF THE TOURIST SPARE TIME

ABSTRACT

The tourist from the business fairs of São Paulo and the use of their

spare time provide the theme of this survey. The main goal is to characterise the

business tourist and to understand the services and resources availability, especially that

related to leisure, hotels and agencies services.

This survey, based on specific literature as well as field study, has

considered the environment of the business fairs to isolate its subject – the business

tourist. The interaction with São Paulo is backed by the spatial distribution of the

different components related to the tourist.

The conclusion is: business tourism is controversial and not resolved

a subject so far; São Paulo displays every condition that favour this kind of tourism;

business fairs, are attended by tourists indeed; the business tourist may present different

characteristics concerning the use of spare time.

Keywords: business tourists, business fairs, receptive services, spare time, leisure

activities, São Paulo.

6À MARGEM DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS Uso do tempo livre do turista em São Paulo

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 12

1. TURISMO E TURISTA DE NEGÓCIOS 18

1.1. Conceitos e abordagens do Turismo de Negócios 18 1.2. Caracterização do turista de negócios 27 1.3. Turismo e eventos: as feiras de negócios 38 1.4. Lazer e trabalho: uma relação complexa 43

2. SÃO PAULO: CIDADE DO TURISMO DE NEGÓCIOS 51

2.1. Características da metrópole: a razão de ser do turismo de negócios em São Paulo 51

2.2. A oferta paulistana de atrativos: diversidade e distribuição territorial 57 2.3. Hotelaria em São Paulo: características e localização 71 2.4. Agências de turismo receptivo em São Paulo: atuação

e estrutura funcional 82 3. O UNIVERSO DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS 99

3.1. Os números das feiras em São Paulo 99 3.2. A natureza dos dados no universo das feiras de negócios 101 3.3. O cenário das feiras de negócios 105

4. O TURISTA DE NEGÓCIOS EM SÃO PAULO 124

4.1. Características: biossociais, ciclo de vida na família e classe econômica 124

4.2. Interações com São Paulo: motivos, atividades, interesses e serviços 138 4.3. Uso do tempo livre: atividades de lazer, preferências e

fatores limitantes 148 4.4. Oportunidades e riscos: análise SWOT 167

CONSIDERAÇÕES FINAIS 174

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 181

APÊNDICES 191

ANEXOS 209

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: A Natureza e a Esfera de Ação do Turismo de Negócios 24

Figura 2: Distritos do Município de São Paulo – 2004 52

Figura 3: Mapa do Centro Expandido Considerado na Lei de Trânsito da Cidade de São Paulo 81

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Motivo da Viagem do Turista Estrangeiro que Visita o Brasil – Valores % (1994-2002)

28

Tabela 2: Caracterização do Turista Estrangeiro Segundo Motivo de Viagem, Permanência, Gasto per capita Diário e Renda Média per capita por Ano – 2003

29

Tabela 3: Chegada de Turistas Estrangeiro no Brasil Segundo o Portão de Entrada – 2003

54

Tabela 4: Motivo da Viagem de Turistas Internacionais Segundo Cidade Visitada – 2003

55

Tabela 5: Classificação de Atrativos Turísticos em São Paulo 60

Tabela 6: Espaço para Feiras de Negócios na Cidade de São Paulo com mais de 20.000 m2

101

Tabela 7: Eventos Pesquisados, Público Estimado e Questionários Aplicados 104

Tabela 8: Origem dos Visitantes por Região, Estado e Continente 126

LISTA DE QUADROS

Quadro1: Pontos Fortes e Oportunidades 168

Quadro 2: Pontos Fracos Ameaças 171

LISTA DE GRÁFICOS

8Gráfico 2.2.1.: Categorias de Atrativos por Região de São Paulo 63 Gráfico 2.2.2.: Tipos de Atrativos na Região Oeste 64 Gráfico 2.2.3.: Tipos de Atrativos na Região Central 66 Gráfico 2.2.4.: Tipos de Atrativos na Região Sul 67 Gráfico 2.2.5.: Tipos de Atrativos na Região Leste 68 Gráfico 2.2.6.: Tipos de Atrativos na Região Norte 69 Gráfico 2.3.1.: Categoria dos Meios de Hospedagem de São Paulo 73 Gráfico 2.3.2.: Distribuição dos Meios de Hospedagem pelas Regiões de São Paulo 74 Gráfico 2.3.3: Distribuição dos Meios de Hospedagem 1 � pelas Regiões de São Paulo 75 Gráfico 2.3.4: Distribuição dos Meios de Hospedagem 2 � pelas Regiões de São Paulo 76 Gráfico 2.3.5: Distribuição dos Meios de Hospedagem 3 � pelas Regiões de São Paulo 78 Gráfico 2.3.6: Distribuição dos Meios de Hospedagem 4 � pelas Regiões de São Paulo 79 Gráfico 2.3.7: Distribuição dos Meios de Hospedagem 5 � pelas Regiões de São Paulo 80 Gráfico 2.4.1: Atuação das Agências de Receptivo 87 Gráfico 2.4.2: Representantes das Agências 88 Gráfico 2.4.3: Meses de Maior Procura 89 Gráfico 2.4.4: Principais Serviços Vendidos 91 Gráfico 2.4.5: Interesse do Turista de Negócios por Atrativos Turísticos 92 Gráfico 2.4.6: Número de Funcionários 95 Gráfico 2.4.7: Funcionários Específicos de Serviço Receptivo 96 Gráfico 2.4.8: Frota Própria 97 Gráfico 2.4.9: Tipo de Veículos 97 Gráfico 2.4.10: Serviços Terceirizados 98 Gráfico 3.3.1: Áreas de Atuação 118 Gráfico 3.3.2: Público Estimado Gráfico 3.3.3: Duração das Feiras 120 Gráfico 3.3.4: Dias da Semana 120 Gráfico 3.3.5: Local de Realização das Feiras 121 Gráfico 3.3.6: Organizadores Filiados à UBRAFE 122 Gráfico 3.3.7: Agências de Viagens Oficiais 123 Gráfico 4.1.1: Origem 126 Gráfico 4.1.2: Chefe de Família por Gênero 127 Gráfico 4.1.3: Renda Familiar Mensal 128 Gráfico 4.1.4: Renda por Ocupação 129 Gráfico 4.1.5: Ocupação 130 Gráfico 4.1.6: Faixa Etária 131 Gráfico 4.1.7: Grau de Instrução 132 Gráfico 4.1.8: Estado Civil 133 Gráfico 4.1.9: Estado Civil e Idade dos Filhos 135 Gráfico 4.1.10: Classe Econômica 137 Gráfico 4.2.1: Motivo da Vista a São Paulo 138 Gráfico 4.2.2: Tempo de Permanência 139 Gráfico 4.2.3: Permanência nos Dias da Semana 140 Gráfico 4.2.4: Número de Visitas a São Paulo 141

9Gráfico 4.2.5: Custeio da Viagem 142 Gráfico 4.2.6: Hospedagem 143 Gráfico 4.2.7: Classificação dos Hotéis segundo entrevistados 144 Gráfico 4.2.8: Classificação dos Hotéis por Região com Base no Guia 4 Rodas Brasil

e Outras Fontes 145 Gráfico 4.2.9: Categoria Citada e a Real 146 Gráfico 4.2.10: Existência de Espaços Interessantes no Hotel 147 Gráfico 4.2.11: Espaços Interessantes no Hotel 147 Gráfico 4.3.1: Atividades pela Manhã 148 Gráfico 4.3.2: Atividades Após a Feira 150 Gráfico 4.3.3: Disponibilidade de Tempo para Diversão 151 Gráfico 4.3.4: Horas Disponíveis para Diversão 151 Gráfico 4.3.5: Conhecimento de Atrativos em São Paulo 152 Gráfico 4.3.6: Tipo de Atrativo Conhecido 153 Gráfico 4.3.7: Interesse por Passeio Turístico por São Paulo 154 Gráfico 4.3.8: Tipo de Atrativos que Despertam Interesse 154 Gráfico 4.3.9: Ocupação por Interesse em Passeio por São Paulo 156 Gráfico 4.3.10: Conhecimento Sobre Agências de Receptivo em São Paulo 157 Gráfico 4.3.11: Tipo de Agências Citadas 158 Gráfico 4.3.12: Imagem Mais Interessante de São Paulo 159 Gráfico 4.3.13: Atividades de Lazer Preferidas 161 Gráfico 4.3.14: Gosto em Visitar São Paulo a Lazer 162 Gráfico 4.3.15: Impedimento para Visitar São Paulo a Lazer 164 Gráfico 4.3.16: Interesse em Visitar São Paulo com a Família 165 Gráfico 4.3.17: Fatores Positivos para Trazer a Família 165 Gráfico 4.3.18: Fatores Negativos para Trazer a Família 166

LISTA DE APÊNDICES

Apêndice 1: Tabelas capítulo 2 192

Apêndice 2: Tabelas capítulo 3 197

Apêndice 3: Tabelas capítulo 4 199

10LISTA DE ANEXOS

Anexo 1: Subprefeituras e Distritos do Município de São Paulo 210

Anexo 2: Trafego Aéreo de Passageiros em Linhas Regulares Nacionais e Regionais entre os Aeroportos das Capitais e os da Grande São Paulo - 2000 211

Anexo 3: Movimento de Passageiros nos Terminais Rodoviários Intermunicipais e Interestaduais da Cidade de São Paulo 2000-2002 212

Anexo 4: População Total, por Grupo de Idade, segundo Subprefeituras e Distritos Municipais de São Paulo – 2004 213

Anexo 5: Ficha para Classificar Hotéis 216

Anexo 6: Agências de Receptivo na Grande São Paulo 217

Anexo 7: Questionário para Agências de Receptivo 2004 221

Anexo 8: Espaços na Cidade de São Paulo que Comportam Feiras de Negócios 223

Anexo 9: Lista de Todas as Feiras Agendadas para o Segundo Semestre de 2004 na cidade de São Paulo 224

Anexo 10: Feiras em São Paulo com Público entre 20 e 100 mil Visitantes Realizadas no Segundo Semestre de 2004 226

Anexo 11: Questionário Turista de Negócios 2004 227

Anexo 12: Estágios e subdivisões do ciclo de vida na família e as principais características – Teoria dos Ninhos 230

Anexo 13: Critério de Classificação Econômica Brasil – ANEP 231

Anexo 14: Objetivos do PLATUM 2003 e 2004-2006 233

11LISTA DE ABREVIATURAS

ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos

ABIH - Associação Brasileira da Indústria Hoteleira

ABRABIN - Associação Brasileira dos Bingos

ABRESI - Associação Brasileira de Restaurantes e Similares

ANEP - Associação Nacional de Empresas de Pesquisa

BITO - Brazilian Incoming Tour Operators

CTIs - Centrais de Informações Turísticas

EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo

FAVECC - Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais

FITS - Fórum Interamericano de Turismo Sustentável

IBOPE - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas

OMT - Organização Mundial do Turismo

SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas

SPC&VB - Convention & Visitours Bureau de São Paulo

SWOT - Strenght, Weaknesse, Oportunitie, Threat

UBRAFE -União Brasileira dos Promotores de Feiras

WTTC - World Travel e Tourism Council

1�- Uma estrela – meio de hospedagem simples

2�- Duas estrelas – meio de hospedagem médio conforto

3�- Três estrelas – meio de hospedagem confortável

4�- Quatro estrelas – meio de hospedagem muito confortável

5�- Cinco estrelas – meio de hospedagem luxo

12À MARGEM DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS

Uso do tempo livre do turista em São Paulo

INTRODUÇÃO

A relevância da cidade de São Paulo na economia nacional e a sua

função como pólo irradiador do desenvolvimento da metrópole ocorreram graças à

extraordinária expansão dos equipamentos e serviços. Estes fatos contribuíram,

também, para a sua consolidação como centro de negócios e como destino preferencial

para a realização de eventos.

A diversidade paulistana concorre para a grande variedade e o volume

de eventos realizados, entre os quais se destacam as feiras de negócios, exposições,

convenções, congressos, seminários, entre outros. Esses eventos têm por característica

fundamental atrair visitantes das mais diversas origens motivados por um amplo leque

de interesses.

Nessa realidade, destaca-se o denominado Turismo de Negócios,

assunto controvertido, centralizado na figura do turista de negócios. Observa-se,

entretanto, que as informações sobre este público, quando existem, aparecem dispersas,

sem menção aos critérios utilizados e, quase sempre, relacionadas às abordagens

econômicas como o gasto diário e o tempo de permanência. Esta questão já começa a

preocupar os órgãos públicos e as associações de classe ligados ao turismo, que

discutem ações para avaliar, detalhadamente, a demanda de turistas nos eventos de São

Paulo.

Esta trama de relações justifica a escolha da cidade de São Paulo como

13espaço desta investigação e os eventos como ponto de partida para se chegar ao

Turismo de Negócios. Entretanto, buscava-se compreender o agente deste segmento e,

para isso, houve a necessidade de delimitar o espaço privilegiado onde ele atua, que são

as feiras de negócios.

Trata-se de um assunto oportuno e atual uma vez que, em 2003, a

Prefeitura desenvolveu uma campanha, fundamentada nos 450 anos da fundação da

cidade, composta por diversas ações de marketing, que resultaram em um calendário de

eventos, concursos artístico-culturais, chancela para projetos de empresas de cunho

social, visando divulgar São Paulo como um destino com opções diferenciadas.

Esse fato instigou o interesse em entender melhor as características do

turista de negócios e verificar qual o potencial deste público para visitar atrativos

turísticos e, conseqüentemente, aferir a sua compreensão de São Paulo também como

um destino turístico de lazer.

Assim, estabeleceu-se como problema de pesquisa a seguinte questão:

Quais as atividades de lazer que o turista de negócios desenvolve em seu tempo

livre ?

Observações empíricas da realidade paulistana e estatísticas do setor

turístico, mostraram que, efetivamente, o Turismo de Negócios é um segmento

importante. Levantamentos preliminares indicaram que a hotelaria paulistana é bastante

dependente deste tipo de turista e que as ações institucionais de divulgação da cidade,

usualmente vinculam São Paulo ao comércio e aos eventos.

O caráter eclético da oferta turística de São Paulo, manifesta-se nos

atrativos inerentes aos espaços urbanos complexos e, também, às áreas verdes como os

Parques do Pico do Jaraguá e da Cantareira. Essa realidade da oferta de recursos é

14subutilizada para o Turismo de Negócios. Percebeu-se, então, que seria interessante

desenvolver uma pesquisa com o objetivo principal verificar as relações entre estes dois

elementos: turista de negócios e visitação de atrativos turísticos na cidade.

Por conseguinte, objetivos específicos nortearam esta pesquisa, tais

como: entender a relação do turista de negócios e seu tempo livre em São Paulo;

verificar se o turista de negócios está presente em feiras de grande porte; constatar se

este público tem possibilidade de consumir roteiros turísticos da cidade de São Paulo;

estabelecer a relação entre o interesse do turista de negócios e os serviços de receptivo

oferecidos na capital paulista; entender as necessidades do turista de negócios quanto

aos equipamentos e serviços; analisar a relação dos tipos de ocupação dos turistas de

negócios e a sua disponibilidade para a prática do lazer; e avaliar o conhecimento do

turista de negócios sobre a oferta de atrativos turísticos da cidade de São Paulo.

A busca bibliográfica mostrou que o tema é pouco estudado, pois a

maioria das obras que tratam do Turismo ou do Turista de Negócios são genéricas e não

se aprofundam no assunto. Entre elas destacam-se: Andrade (2000), Beni (2000),

COOPER at all (2001), Cunha (2000), Montenero Montejano (2001), Lickrish e Jenkins

(1997), Oliveira (2000), OMT (2001), Rose (2002) e Swarbrooke (2000).

Entre as referências específicas ligadas ao Turismo de Negócios a ao

Turismo em São Paulo foram consultados os autores: Ansarah (1999), Canovas (2004),

Holloway (1992), Kuazaqui (2000), Martins (2002), Mastrobuono (2003), Moraes

(1999), Pelizzer (2004 e 2005), Serson (2000) e Tavares (2002), além de dados

estatísticos do SEADE e da EMBRATUR. Essas obras contribuíram para entender este

segmento de turismo e a oferta, a variedade e a distribuição territorial dos equipamentos

e serviços na cidade de São Paulo.

15Algumas obras ligadas ao marketing turístico fazem referências ao

Turismo de Negócios, como um segmento de mercado, como as de Barreto Filho

(1999), Cobra (2001), Kotler at all. (1994), Middeleton e Clarke (2002) e Vaz (1999).

Entretanto, esses autores não caracterizam este público de forma a revelar suas

necessidade nas cidades que visitam. Autores, como Nishimura (2000) e Carvalho

(2000) que tratam de projetos hoteleiros, referem-se a algumas características dos

turistas de negócios e indicam suas preferências. Para analisar as Feiras de Negócios, no

conjunto dos eventos foram consultadas obras de Britto e Fontes (2002), Cesca (1997)

Ferreira (1997), Freitas (1997), Martin (2003) e Matias (2000), que permitiram situar,

no complexo conjunto deste segmento, as Feiras de Negócios.

As atividades de lazer e sua relação com o trabalho e o tempo livre

estão fundamentadas em Bacal (2003), Camargo (1986 e 1998), De Mais (1999, 2000a

e 2000b), Dumazedier (1999), Krippendorf (2001), Marcelino (1995) e Parker (1978).

Para discutir o lazer no turismo urbano foram analisadas as obras de Castrogiovanni

(2000), Gastal (1999), Krause (1999), Marchena Gómez (1995).

O embasamento necessário para o estudo do turista de negócios,

considerando-se que ele é um consumidor potencial, foi obtido em obras sobre o

comportamento do consumidor como Gade (1989), Giacomini (1991), Giglio (2002),

Kotler (2000) e Swarbrooke e Horner (2002). Os autores Mattar (1996), Rutter e Abreu

(1994), SEBRAE (1997b) e Tagliacarne (1976), que abordam pesquisa de mercado,

foram fundamentais para apoiar o trabalho de campo junto aos turistas.

Obras sobre métodos de pesquisa em Turismo e metodologia científica

auxiliaram a definição dos caminhos adotados durante todas a etapas deste trabalho.

Bissoli (2000), Gil (1994), Lemos (1999), Mathieson e Wall (1988), Pereira (2001),

Petrocchi (1998), Richardson (1999), Ruschmann (1997) e Teixeira (1977), entre outros

16citados nas referências bibliográficas, contribuíram para dirimir dúvidas sobre

procedimentos de investigação e análises. Com base em métodos de pesquisa

segmentada, explicados por Lage (1992), Smith (1989) e Weinstein (1995), foram

colhidos dados detalhados sobre os eventos que são realizados na cidade de São Paulo e

separaram-se as feiras que têm caráter comercial porque servem de fórum para a

realização de negócios como espaço onde os turistas de negócios podem ser encontrados

e investigados.

A internet foi outro canal de busca bibliográfica uma vez que muitos dados

estatísticos e pesquisas quantitativas sobre fluxo de turistas em São Paulo foram

acessados em sites de órgão oficiais como SEADE, IBGE, EMBRATUR, SPC&VB,

Anhembi Turismo e secretarias estaduais e municipais.

Como exposto, esta pesquisa envolveu o estudo de vários

componentes do turismo, como os atrativos, a hotelaria, agências de receptivo, feiras de

negócios e o próprio turista, que exigiram fundamentação teórica e procedimentos

metodológicos específicos para cada um deles. Para facilitar a compreensão, a descrição

dos procedimentos aparece no item pertinente ao assunto tratado.

Diante do quadro complexo envolvendo o turista de negócios que

freqüenta feiras comerciais na cidade de São Paulo, o problema desta pesquisa

direcionou-se para este agente, mais precisamente para o uso do seu tempo livre com

atividades de lazer.

Para responder o problema de pesquisa foram levantadas três

hipóteses:

1o O turista de negócios, além de não ter tempo livre, não se interessa pela visitação dos

atrativos da cidade de São Paulo.

172o O interesse do turista de negócios, no seu tempo livre, restringe-se às atividades de

lazer associativas.

3o O receptivo em São Paulo não atende às necessidades do tempo livre do turista de

negócios.

Para alcançar os objetivos propostos e aferir as hipóteses, esta

pesquisa foi estruturada em quatro capítulos: Turismo e turista de Negócios; São Paulo:

cidade do Turismo de Negócios; O universo das feiras de negócios; e O turista de

Negócios em São Paulo.

O primeiro capítulo oferece o aporte conceitual inserindo o turismo de

negócios entre os eventos, além de analisar a complexidade da relação entre lazer e

trabalho. São Paulo como cidade do turismo de negócios trata das condições que

propiciaram tal atividade, abordando atrativos, hotelaria e receptivo. O terceiro capítulo

analisa a quantidade de feiras de negócios, suas particularidades como cenário de

transações comerciais. A pesquisa completa-se com a investigação do agente principal,

avaliando características, interações em São Paulo, uso do tempo livre e as

oportunidades e ameaças da complexa relação que se estabeleceu entre os diversos

dados analisados.

18

1. TURISMO E TURISTA DE NEGÓCIOS

1.1. Conceitos e Abordagens do Turismo de Negócios

Para analisar e compreender o Turismo de Negócios partiu-se da

definição geral de Turismo aceita pela Organização Mundial do Turismo (OMT), órgão

mundial de regulamentação e estudo do turismo. Esse órgão considera Turismo como:

“atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios e outras.” (OMT, 2001:38).

Dessa forma, para a OMT, o negócio pode ser visto como fator capaz

de promover o deslocamento de pessoas para fora de seu lugar de residência habitual,

em busca de outros destinos.

Já o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), órgão público

federal responsável pela gestão pública da atividade turística no Brasil e de realizar

estudos estatísticos e pesquisas sobre o setor, define turismo como:

“Uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações de compra e venda de serviços turísticos efetuadas entre os agentes econômicos do turismo. É gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita” (EMBRATUR, 1992).

A polêmica sobre o exercício de atividades remuneradas no turismo é

uma constante em discussões acadêmicas e na bibliografia sobre Turismo de Negócios,

observando-se, inclusive, dúvidas sobre a consideração de viagens de negócios que são

realizadas sem livre arbítrio, ou seja, de forma obrigatória e que, indiretamente, acabam

19gerando alguma remuneração.

Entretanto, entende-se que a atividade remunerada, expressa na

definição, refere-se a pessoas que viajam para trabalhar de forma permanente, como

diplomatas ou profissionais que são transferidos de cidade para exercer uma função

designada. A própria EMBRATUR, em suas pesquisas sobre demanda turística

internacional, considera negócios e convenções como motivadores do turismo. Assim,

seria incoerente excluir o Turismo de Negócios da definição de Turismo adotada por

esse órgão público. Além disso, a própria definição deixa claro que o deslocamento por

qualquer motivo e o consumo de serviços turísticos caracterizam a atividade turística.

A OMT destaca, ainda, que grande parte do desenvolvimento e

progresso do turismo mundial, seja internacional ou interno, ocorrido na segunda

metade do século XX, deveu-se ao:

“crescimento progressivo das relações comerciais entre os diferentes mercados mundiais, que trouxe consigo o incremento correspondente dos deslocamentos não mais por motivos de lazer, mas por motivos de negócio ou estudos profissionais.” (OMT 2001:3-4).

Esta afirmativa reforça a relevância das viagens de negócios na

atividade turística, confirmando que o Turismo de Negócios pode ser considerado como

segmento do turismo. Lickorish e Jenkins também apontam a importância econômica do

Turismo de Negócios como um segmento que atinge escala internacional. (LICKORISH

e JENKINS 1997:72-74).

Martin mostrando a relevância do Turismo de Negócios na economia

mundial, cita dados do World Travel e Tourism Council (WTTC) que revelam que o

turismo de eventos e tecnologia são os que mais crescem no mundo, representando

9,9%. (WTTC Apud MARTIN, 2003:17-18).

20Beni explica turismo de negócios como sendo o:

“Deslocamento de executivos e homens de negócios, portanto turistas potencias, que afluem aos grandes centros empresariais e cosmopolitas a fim de efetuar transações e atividades profissionais, comerciais e industriais, empregando seu tempo livre no consumo de recreação e entretenimento típicos desses grandes centros, incluindo-se também a freqüência a restaurantes com gastronomia típica e internacional.” (BENI, 2002:423).

Alguns autores como Prado e Pelizzer relacionam o Turismo de

Negócios às viagens corporativas. Prado mostra a especificidade do turismo de negócios

como uma oportunidade de negócios para agências de viagens. Utiliza o termo viagens

corporativas para designar as viagens feitas por pessoas ligadas a empresas com o

propósito de realizar negócios e diferencia este tipo de turismo do Turismo de Lazer.

(PRADO, 2002:17-20). Pelizzer também discute o Turismo de Negócios pela ótica de

agências de viagens que trabalham com público corporativo, ou seja, pessoas jurídicas

que enviam funcionários para viagens de negócios. Para esse autor Turismo de

Negócios se identifica como Turismo Corporativo. (PELIZZER, 2005:30-31). Pelizzer

ainda isola o lazer do Turismo de Negócios ao afirmar que:

“... as modalidades relacionadas às viagens dos executivos ou profissionais liberais ou às viagens custeadas pelas empresas, na sua grande maioria. São viagens que não contemplam férias, lazer e turismo.” (PELIZZER, 2005:30-31).

Entende-se que o Turismo de Negócios se diferencia do Turismo de

Lazer, mas o reduzido número de pesquisas sobre o assunto não permite afirmar que o

Turismo de Negócios seja custeado principalmente ou exclusivamente por empresas.

Empiricamente, sabe-se que existem viajantes a negócios que por conta própria, buscam

cursos de especialização profissional, visitam feiras e participam de eventos para

atualizar conhecimentos e ampliar relacionamentos profissionais individuais, não se

atendo somente aos interesses das empresas que representam. Além disso, quando se

21trata de profissional liberal, é sutil a diferença entre o que é pessoa física e jurídica

porque, em muitos casos, o advogado, o médico ou até o representante comercial

constitui-se na própria empresa que não tem outros funcionários além dele próprio.

Assim só uma investigação detalhada tornaria possível dissociar pessoa física e jurídica,

e saber qual delas custeia a viagem de negócios.

Moraes explica o Turismo de Negócios como um segmento

determinado pela motivação da viagem que, por isso, tem características específicas

(MORAES, 1999:31). Ansarah aborda o tema como um segmento do turismo que

ocorre em metrópoles ligadas à indústria e aos serviços, e também relaciona esta

modalidade de turismo a eventos que impulsionam a realização de contatos

profissionais ou a obtenção de conhecimentos que favoreçam negócios. (ANSARAH,

1999:35-55).

Esta autora mostra números sobre o fluxo de Turismo de Negócios no

Brasil e os equipamentos e serviços que este segmento utiliza e informa dados

estatísticos de 1989 sobre o fluxo do turismo de negócios no Estado de São Paulo.

Mostra que 48,77% dos estrangeiros que vistam o Estado de São Paulo o fazem por

motivo de negócios, entretanto, considerando o total de turistas estrangeiros, a grande

maioria (74,86%) não utiliza serviços de agências para organizar suas viagens.

(ANSARAH, 1999:35-55).

Percebe-se que é grande o número de viagens de negócios que não são

intermediadas por agências. Esse fato revela que existe um público individual que faz

turismo de negócios e pode não estar sendo considerado em estudos de planejamento,

pois há uma idéia generalizada que Turismo de Negócios é, apenas aquele custeado por

empresas.

22Oliveira restringe o homem de negócios a executivos que se

utilizam de equipamentos e serviços de luxo (OLIVEIRA,2000:74). Observações

empíricas mostram que existem pequenos negociantes que se hospedam em hotéis

simples localizados junto às ruas comerciais dos grandes centros urbanos, que pouco

utilizam serviços complementares como táxis ou guias bilíngües e, muito menos,

serviços de luxo.

Outro aspecto abordado por Oliveira é o Turismo de Compras

entendido como um tipo ligado à necessidade do turista em adquirir lembranças:

“Turismo de Compras: Poucos viajantes conseguem voltar para casa sem trazer uma lembrança, por menor que ela seja. Sempre algo novo vem na bagagem. Criar esse tipo de turismo pode levar a localidade a obter estupendos lucros financeiros, que promovam seu próprio desenvolvimento sustentado.” (OLIVEIRA, 2000:70).

Diante da escassez de estudos sobre Turismo de Compras não se pode

ligar esse tipo, exclusivamente, a lembranças que o turista leva para o local de

residência. Montaner Montejano estuda o Turismo de Compras ligado ao Turismo

Urbano citando que parte da motivação está em adquirir produtos, porém, não relaciona

este tipo a negócios. Para ele o Turismo de Compras é feito por pessoas consumistas

com poder aquisitivo médio e alto. (MONTANER MONTEJANO, 2001:270).

Montaner Montejano também analisa o Turismo de Negócios e de

Congressos relacionando-os ao Turismo Urbano, destacando os equipamentos e

serviços utilizados e identifica, como destinos destes tipos, os grandes centros

comerciais ou capitais de negócios. (MONTANER MONTEJANO, 2001:264-265).

Outro autor que se preocupou com os tipos de Turismo e com o

Turismo de Negócios foi Andrade. Para ele:

“O conjunto de atividade de visitação e de lazer praticado por quem viaja a negócios referentes aos diversos setores da atividade

23comercial ou industrial ou para conhecer mercados, estabelecer contatos, firmar convênios, treinar novas tecnologias, vender ou comprar bens ou serviços denomina-se turismo de negócios, turismo técnico, viagem de negócios.” (ANDRADE, 2000: 73-74).

Andrade observa que alguns estudiosos e órgãos reguladores do

turismo não consideram o turista de negócios como turista, efetivamente, porque este

não viaja em seu tempo livre (ANDRADE, 2000: 73-74). Mas, como dito

anteriormente, foi exatamente por entender que o turismo de negócios é exercido por

pessoas com potencial para consumir atividades de lazer e recreativas na cidade onde

realizam seus negócios, que se escolheu este grupo como objeto desta pesquisa.

Cabe ressaltar que, em sua definição, Andrade considera Turismo de

Negócios e Turismo Técnico como sinônimos. Entretanto, essa questão é discutível e

merece atenção porque o Turismo Técnico pode estar vinculado ao Turismo Científico,

que tem por finalidade desenvolver pesquisas nos lugares visitados ou viajar para

estudar e adquirir conhecimentos técnicos. Nesse caso não se entende Turismo Técnico

relacionado com negócios.

Há, ainda, o Turismo Técnico que alguns incluem no Turismo Urbano,

direcionado para a visita de fábricas para conhecer processos de produção,

equipamentos e tecnologia com o intuito de melhorar e inovar negócios. Por este ângulo

de análise é possível considerar Turismo Técnico como um tipo de Turismo de

Negócios, e não um sinônimo do conceito mais amplo.

Percebe-se que a excessiva segmentação do Turismo complica, ainda

mais, as tentativas de classificação, pois muitos tipos de turismo, ou de turistas, estão

interligados.

24Figura 1: A Natureza e a Esfera de Ação do Turismo de Negócios

Fonte: SWARBROOKE (2000:86).

Swarbrooke, por exemplo, para mostrar que o Turismo de Negócios é

amplo e diversificado apresenta um diagrama (Figura 1) com modalidades de viagens e

eventos relacionados a esse tipo de Turismo (SWARBROOKE, 2000:85-86), porém não

explica estas modalidades, o que abre margem para algumas dúvidas. Assim, enquanto

Swarbrooke relaciona viagens de estudo e intercâmbio estudantil como Turismo de

Negócios, Rose entende esta modalidade como:

“ ... o Turismo praticado por jovens estudantes, com o objetivo de realizarem cursos ou aprenderem idiomas em outros países. Os estudantes ficam acomodados em casa de família e freqüentam cursos regulares.” (ROSE, 2002:10).

Definição aceita por Oliveira que, além de explicar Turismo de

Incentivo revela dados sobre o movimento mundial de pessoas que viajam para aprender

Viagens de negócios individuais

Exposições: -expositores - turistas

Turismo de

Negócios

Viagens de estudo e intercâmbios estudantis

Reuniões e conferências

Lançamentos de produtos

Viagens de incentivo

Cursos de treinamento

25idiomas fora de seu país de origem (OLIVEIRA, 2000:72). Com base nos

apontamentos de Rose e Oliveira fica difícil entender o Turismo de Intercâmbio como

negócios, tal como Swarbrooke indica, uma vez que não envolve profissionais

realizando transações comerciais e sim estudantes, que buscam ampliar conhecimentos.

A definição de turismo da OMT (2001) foi o ponto de partida para

contextualizar o Turismo de Negócios. Verificou-se que a mencionada finalidade

negócios não deixa dúvidas quanto à possibilidade de existir um tipo denominado

Turismo de Negócios.

Na definição da EMBRATUR, datada de 1992 mas ainda divulgada

em sua página da internet em 2004, consta a polêmica questão da atividade remunerada

como empecilho para classificar uma pessoa como turista. Essa idéia, entretanto, pode

ser considerada ultrapassada, tendo em vista a definição de turismo da OMT e as

discussões apresentadas sobre o assunto.

O exame da literatura específica de turismo revelou que, nem sempre,

há consenso entre os autores, principalmente quanto às divisões do Turismo de

Negócios. Todos concordam, porém, que o termo é aplicado ao turista que faz negócios,

aqui entendido como transação comercial de compra e venda, além de prestação de

serviços, visitas técnicas e outras atividades profissionais como reuniões e treinamentos.

Os autores discutem várias particularidades do Turismo de Negócios

relacionadas: ao envolvimento de pessoa física ou jurídica; à organização da viagem por

agências de turismo; à iniciativa individual ou da empresa; ao custeio da viagem; ao

nível sócio-econômico dos turistas de negócios; à categoria dos serviços utilizados; à

inserção do Turismo de Negócios em outros tipos de turismo; e à participação em

eventos.

26Diante do material consultado foi possível tecer algumas

considerações que nortearam esta pesquisa:

1º O Turismo de Negócios é caracterizado pela possibilidade de

realização de negócios, ou seja, transações comerciais e profissionais que,

necessariamente não precisam acontecer no lugar visitado.

2º As divisões do Turismo de Negócios ainda não foram totalmente

esclarecidas. O assunto é complexo e polêmico, como ocorre, de um modo geral, com

todas as classificações apoiadas no critério de motivações. Considerando que não há

consenso quanto à definição de Turismo de Negócios ou seus subtipos, optou-se, para

esta pesquisa, por estudá-lo como atividade que ocorre, principalmente, no espaço

urbano.

3º Questões não esclarecidas como: origem dos visitantes;

características biossociais; nível hierárquico profissional; estágio no ciclo da família;

tempo de permanência; disponibilidade de tempo livre; serviços e equipamentos

turísticos utilizados; interesse em visitar atrativos turísticos na cidade destino;

atividades de lazer preferidas; e hábito de viajar com a família serviram para nortear

este estudo e foram consideradas no questionário aplicado aos turistas de negócios.

4º Diante da polêmica conceitual, optou-se pelas idéias de Cunha, que

concilia negócios e exercício profissional e destaca a importância dos centros urbanos,

industriais e localidades com centros de congressos e exposições como principais

destinos do Turismo de Negócios (CUNHA, 2001:51-52). Assim, a definição a seguir,

apoiada em Cunha, norteia esta pesquisa:

Turismo de Negócios é o conjunto de atividades de visitação

praticado em lugar diferente do de residência habitual de pessoas que viajam com

27as finalidades de realizar negócios, cumprir tarefas profissionais, participar de

eventos de caráter comercial, ou simplesmente, estabelecer contatos que possam

gerar futuros negócios, aos mais diversos setores da economia.

Assunto polêmico, atual e relevante no contexto mundial, conforme já

constatado pela OMT, o Turismo de Negócios só poderá ser compreendido a partir de

estudos sistemáticos com fundamentação teórico-metodológica, Entendendo-se que essa

atividade resulta, sobretudo, da atuação de um agente, partiu-se, na seqüência, para a

caracterização dessa figura que é o turista de negócios.

1.2. Caracterização do Turista de Negócios

Caracterizar o turista de negócios não é uma tarefa fácil diante da falta

de clareza conceitual, da variedade e abrangência dos subtipos do Turismo de Negócios

e da escassez bibliográfica sobre o assunto. Além disso, os dados existentes são

esparsos e constituídos por séries incompletas, não apontam os critérios utilizados nas

pesquisas e misturam alguns tipos de turismo como negócios, convenções, congressos e

outros.

Uma primeira categoria de análise é a dos turistas de negócios

corporativos e os individuais, podendo-se inferir que são dois grupos com perfis bem

diferentes, já que um viaja para a empresa e outro viaja por iniciativa própria.

Assim, interesses e hábitos de consumo podem ser diferentes, tanto no

que diz respeito a tipos de equipamentos e serviços turísticos que utilizam, quanto no

que se refere à disposição para aproveitar, ao máximo, os recursos da cidade que está

visitando a trabalho.

28Entretanto, algumas fontes podem servir para isolar dados sobre o

turista de negócios. Por exemplo, nos Estudos da Demanda Turística Internacional, da

EMBRATUR, entre os motivos da viagem do turista estrangeiro que visita o Brasil

aparece o item Negócios / Congressos / Convenções. (Tabela 1).

Tabela 1

Motivo da Viagem do Turista Estrangeiro que Visita o Brasil – valores % (1994-2002)

Motivo 1994 1995 1996 1997 1998 1999*

2000 2001 2002 2003 Média

Lazer / Turismo 63,2 58,4 56,3 48,3 53,1 77,6 57,0 55,5 51,2 53,9 57,4 Negócios / Congressos / Convenções 22,3 26,9 28,7 32,6 26,7 21,2 27,9 30,2 28,3 26,0 27,1 Visitar familiares / Amigos 13,1 11,1 10,9 17,0 18,7 - 10,9 10,6 15,6 17,1 12,5 Outros 1,4 3,6 4,1 2,1 1,6 1,2 4,2 3,7 4,9 3,0 3,0

Fonte: dados compilados dos documentos: Estudo da Demanda Turística Internacional dos anos de 1998, 2000, 2001, 2002, 2003 www.embratur.gov.br acessado em 09/10/2004 e em 23/12/2004. * dados do ano de 1999 foram colhidos no Estudo de Demanda de 2003, pois não estavam disponíveis no site da Embratur.

Como os percentuais mostram, os turistas estrangeiros que visitaram o

Brasil por esses motivos representam 27,1%, em média, no período de 1994 e 2003,

percentual inferior aos turistas que visitaram o país por motivo de lazer (57,4%).

Observa-se que não houve variação percentual muito grande nesse período,

permanecendo os valores entre 21,2% e 32,6%. Assim pode-se afirmar que o volume de

turistas estrangeiros a negócios no Brasil, embora não supere o de lazer, é

quantitativamente representativo.

Conforme a EMBRATUR, os turistas estrangeiros que visitaram o

Brasil a negócios, no ano de 2003, permaneceram, em média, 9,7 dias, valor inferior ao

da permanência dos turistas que estiveram no país por outros motivos. Entretanto, o

gasto médio diário per capita dos turistas de negócios foi 20,5% maior que o dos

turistas de lazer e 42,6% superior aos gastos dos turistas que vieram visitar

familiares/amigos. No que se refere à renda média per capita, o turista de negócios

29superou os turistas que visitaram o Brasil por outros motivos. (Tabela 2).

Tabela 2

Caracterização do Turista Estrangeiro Segundo Motivo de Viagem, Permanência, Gasto per capita Diário e Renda Média per capita por Ano - 2003.

Motivo da viagem Permanência média (dias)

Gasto médio per

capita dia (US$) Renda média per

capita ano (US$)

Negócios/Congressos/Convenções 9,7 106,46 35.879,80 Lazer 13,6 84,63 27.378,90 Visitar familiares / Amigos 19,2 61,10 28.793,81 Tratamento de saúde 22,0 120,00 34.753,20 Fonte: Estudo da Demanda Turística Internacional 2003 www.embratur.gov.br <http://www.embratur.gov.br/0-

catalogo-documentos/demanda%20turistica/EstudodaDemandaTuristicaInternacional2003.pdf> acessado em 05/01/2005 - páginas 34,36,38.

Depreende-se destes dados que o turista de negócios estrangeiro em

viagem pelo Brasil, realmente gasta mais, embora permaneça por menor tempo,

comparativamente aos motivados por outros fatores. Além disso, este segmento é o que

apresenta a maior renda anual, o que leva a inferir que trata-se de pessoas com alto

poder aquisitivo.

Verificou-se que dados estatísticos sobre turistas de negócios no Brasil

são escassos e que, além do Estudos da Demanda Turística Internacional, publicado

anualmente pela EMBRATUR não foram localizadas outras fontes. O mesmo pode-se

dizer em relação ao turismo interno, pois o Estudo do Mercado Doméstico realizado

pelo EMBRATUR em 2001 não revela o motivo da viagem, o que impede extrair dados

sobre o turista de negócios ou mesmo, sobre turismo de negócios.

Outra possibilidade para captar o volume de turistas de negócios é a

venda de passagens aéreas. Uma fonte que tem dados disponíveis é o Fórum das

Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (FAVECC), que conta com

27 agências, que somados aos postos de serviços e filiais totalizam 577 escritórios

30especializados em viagens de negócios. O FAVECC revela o volume de passagens

aéreas vendidas no Brasil por motivo de negócios. No território nacional estas agências

respondem por 33% do volume total de emissão de passagens aéreas, e congregam 67%

do mercado de viagens corporativas, empregando mais de quatro mil pessoas e

movimentando R$ 4,152 bilhões apenas em 2003. Do total das vendas, 83,1% referem-

se a passagens aéreas; 12,6% à hospedagem, 1,1% à locação de veículos, 1,0% a

excursões de terceiros e 2,1% a outros serviços.

Mais uma vez, observa-se que os dados, restringem-se, apenas, a

alguns componentes e uma categoria do amplo leque de elementos que poderiam

auxiliar na caracterização do turista de negócios. Neste caso, os dados referem-se ao

fluxo por via aérea e a turistas de negócios que se utilizam dos serviços de agências de

viagens que atendem o público corporativo. Inexistem informações sobre fluxos

terrestres e sobre turistas de negócios individuais, que utilizam transporte rodoviário

intermunicipal regular ou automóvel próprio. Embora perceba-se que este tipo de turista

de negócios existe, não há como quantificá-lo ou caracterizá-lo pela absoluta falta de

dados.

Hábitos de consumo e gastos com produtos e serviços são

fundamentais quando se pretende caracterizar o turista de negócios e, geralmente, são

perspectivas abordadas em conjunto. Lickorish e Jenkins indicam que os turistas de

negócios demandam os mesmos serviços que os turistas de lazer (transporte,

alojamento, alimentação e serviços locais). Entretanto, a diferença está na categoria dos

serviços que, muitas vezes são de luxo, e na opção por alojamento em localizações

estratégias para a realização do negócio, sem muita preocupação com o preço, pois as

despesas são pagas pelas empresas (LICKORISH e JENKINS, 1997:74).

Conseqüentemente os gastos per capita dos turistas de negócios costumam ser

31superiores aos dos turistas de lazer, o que se confirmou com os dados da já menciona

pesquisa da EMBRATUR.

Mas, esses autores apontam que as empresas custeiam as viagens de

seus funcionários e os gastos referentes a esta atividade são considerados essenciais e

não um luxo, ainda que, em períodos recessivos, as empresas tendam a consumir

categorias inferiores ao escolher assentos em aeronaves e hotéis, além de optar por

permanências mais curtas, embora continuem financiando viagens. (LICKORISH e

JENKINS, 1997:74).

Percebe-se que, em muitos casos, as viagens do turista de negócios

podem ser custeadas pela empresa, pois os gastos tornam-se parte de uma transação

comercial e acabam sendo diluídos nos custos dos produtos ou serviços. Por isso, em

viagens corporativas, geralmente são utilizados serviços de qualidade e, até mesmo de

luxo, visando o bem-estar do homem de negócios que, muitas vezes, para viabilizar

importantes transações comerciais, fica privado do conforto de sua residência. A

escolha dos serviços, em alguns casos, está ligada, muito mais à conveniência, como a

localização, do que, simplesmente ao luxo.

Entretanto, dependendo do nível hierárquico do funcionário que viaja

a negócios, ou do porte da empresa, pode ocorrer demanda por produtos e serviços mais

simples, considerando-se que a prática mostra a ocorrência de um fluxo de turistas de

negócios por via terrestre. Verifica-se que, além dos turistas de negócios que demandam

serviços de luxo, há, também, funcionários de níveis hierárquicos baixos que viajam a

trabalho e outros que assumem os custos da própria viagem. Outra característica dos

turistas de negócios é a maior freqüência das viagens, em comparação ao turista de

lazer. Swarbrooke explica que os turistas de negócios:

32 “Na maioria das vezes são pessoas que fazem mais viagens num ano do que a média dos turistas de lazer, por isso eles exigem mais infra-estrutura de transportes e dos serviços na destinação.” (SWARBROOKE, 2000:85).

Esse fato, evidentemente, contribui para aumentar os custos de

viagens, mas também explica a maior exigência dos turistas de negócios por bons

serviços. Esta conjunção de conseqüências pode justificar a recente tendência de

investimentos em hotéis econômicos. Teich relata que grandes redes hoteleiras, que

seguem padrões de qualidade internacionais, estão investindo na construção de hotéis

econômicos (similares à categoria duas estrelas) e supereconômicos (similares à uma

estrela). Conforme esse autor, estima-se que 50 novos hotéis deste tipo sejam

inaugurados no Brasil, até o ano de 2007, em regiões estratégicas, sendo sete na cidade

de São Paulo (TEICH, 2005:12), que se volta para o turismo de negócios. Tais

empreendimentos contam com número reduzido de funcionários e estrutura montada

para diminuir todos os tipos de custos, servindo perfeitamente para hospedar turistas de

negócios que desejam ter gastos menores.

Pode-se inferir, pelas considerações feitas que existem, no mínimo,

duas categorias de turistas de negócios: aqueles que, por conta da empresa ou com

recursos próprios, utilizam equipamentos caros e luxuosos; e outros que procuram

opções alternativas em virtude de restrições financeiras pessoais ou das empresas que

representam. O primeiro tipo, seja por aparentar sucesso, seja por não ter sido

considerada a existência de um outro, foi o que mais chamou a atenção de todos, até

agora. A idéia de negócio está associada a dinheiro, a executivos bem vestidos que

buscam equipamentos e serviços de boa qualidade porque os custos são creditados à

empresa. Nessa perspectiva, torna-se difícil, para o senso comum, identificar como

turista de negócios uma pessoa que utiliza equipamentos e serviços em desacordo com

essa idéia.

33Pesquisando o caso de Salvador, Canovas verificou que o turista de

negócios arca com parte de seus próprios gastos (CANOVAS, 2004:156). Algumas

dessas idéias podem ser apreendidas de recente pesquisa do European Incentive and

Business Travel & Meeting Exhibition, divulgada na Gazeta Mercantil:

“Apesar de o turista de negócios representar apenas 20% das pessoas transportadas, ele corresponde a mais de 60% do faturamento das empresas de aviação. Os passageiros aéreos que se deslocam a negócio viajam na baixa temporada de lazer e tantas vezes quantas os negócios demandarem. Utilizam-se freqüentemente das ‘tarifas cheias’ (tarifas aéreas sem descontos) da classe econômica, por não poderem submeter-se às restrições impostas pelas tarifas promocionais, como a de permanência mínima de vários dias. Entre eles, os executivos são os principais freqüentadores das classes mais dispendiosas, como a executiva e a primeira classe. Também se hospedam em melhores hotéis ou flats e gastam mais em alimentação e transporte terrestre (táxis e aluguéis de automóveis)”. (apud MARTIN, 2003:20).

Entretanto, não se deve confundir luxo com qualidade. O turista de

negócios, qualquer que seja o tipo, precisa de serviços eficientes, que atendam às suas

necessidades que, usualmente, são individualizadas e próprias, pois elas não se

enquadram no perfil de produtos estruturados para o turismo de lazer, como pacotes

turísticos ou serviços padronizados e inflexíveis.

Nesta pesquisa, o uso do tempo livre do turista de negócios assume

grande importância, uma vez que constitui o objetivo maior deste estudo.

Lickorish e Jenkins chamam a atenção para a relação entre o tempo

livre e as atividades de lazer que podem ser realizadas nos lugares visitados. Destacam

que os órgãos de turismo de muitos países ainda não se deram conta da potencialidade

do turista de negócios ser também turista de lazer.

“A todo ello se añade el hecho de que los viajeros de negocios pueden utilizar su tiempo de ´no-negocio` para actividades de ocio.....podría aprovechar su tempo libre para realizar actividades paralelas en la ciudad visitada. No obstante, las organizaciones turísticas de muchos países han sido lentas en darse cuenta de este potencial de los viajeros de negocios de convertirse en viajeros de ocio cuando se encuentran en sus destinos.” (LICKORISH e JENKINS, 1997:74).

34Nesta linha de raciocínio, Holloway aponta a necessidade de

planejamento voltado para o turista de negócios, que consome as mesmas facilidades

que o turista de lazer, inclusive entretenimento e recreação. Mas ressalta as diferenças

que precisam ser consideradas por profissionais do turismo, uma vez que o turista de

negócios viaja para locais que, nem sempre, fazem parte de roteiros turísticos. Lembra

que demanda de negócios não é suscetível a fatores sazonais como clima ou época do

ano, e também não sofre influência com a variação cambial, pois as relações comerciais

tendem a se tornarem mais freqüentes em épocas de crise quando se observa uma

postura empresarial mais agressiva para fazer mais negócios. (HOLLOWAY, 1992:37-

39).

Ainda com relação ao tempo livre, Holloway explica que os turistas de

negócios concentram suas viagens em vôos no início da manhã e no início da noite,

visando otimizar seu dia de trabalho, e poucos passam o final de semana no destino do

negócio, provocando ociosidade dos equipamentos locais. (HOLLOWAY, 1992:37-39).

Holloway observa que algumas esposas que acompanham seus

maridos em viagens de negócios, procuram por atrativos nas proximidades do local

visitado. Comenta também que o número de mulheres de negócios vem aumentando e

demandando serviços especiais (HOLLOWAY, 1992:37-39), assunto que deveria ser

objeto de pesquisa no Brasil, pois não existem dados a este respeito.

Deve-se ressaltar que, no século XXI, não se pode mais pensar que o

turista de negócios seja exclusivamente, do sexo masculino, embora se perceba

empiricamente que predominam homens de negócios. A mulher de um modo geral vem

conquistando espaços na sociedade. Giacomini Filho revela que:

“A mulher tem adquirido importância crescente nas forças sociais brasileiras; seu peso na produção e consumo aumentou; sua participação política é gradativamente maior, não causando mais

35surpresa termos uma mulher como ministra e outra como prefeita. Seu poder de decisão aumentou, passando de uma figura materna e serviçal para de uma profissional e administradora com visão apurada do que comprar para si e família.” (GIACOMINI FILHO, 1991:52).

No mundo contemporâneo, as mulheres vêm, cada vez mais, ocupando

postos de trabalho. Muitas estão em cargos executivos e realizam viagens de negócios

na mesma freqüência ou forma que os homens. Cobra afirma que:

“As mulheres no século 21 deverão estar em maioria na PEA (População Economicamente Ativa), e por isso estarão batizando gostos e tendências de consumo também em viagens de negócios e lazer e estabelecendo parâmetros para um serviço de hospitalidade com maior conforto e requinte.” (COBRA, 2001:61).

Essa tendência já pode ser observada em alguns hotéis que

desenvolveram atendimento diferenciado para executivas mulheres, sobretudo na

decoração e na oferta de facilidades inerentes ao gênero feminino, como forma de atrair

as turistas de negócios. (NISHIMURA, 2000:230).

Diante desta colocação sobre a mulher de negócios fica difícil

entender que o cônjuge homem acompanhe suas esposa em viagens de negócios,

pressupondo-se que ele também tenha um vínculo empregatício e não dispõe de tempo

livre para acompanhar a esposa. Por outro lado, estas mulheres podem ter filhos e estes

podem ser seus acompanhantes em viagens de negócios, principalmente em períodos de

férias. Além disso, a condição de acompanhante da mãe pode proporcionar

oportunidades para contato com outras culturas e outros ambientes naturais.

Dependendo do caso, a mulher de negócios terá que levar alguém que cuide dos filhos

enquanto ela desempenha sua função profissional.

Apesar de antigos, pois referem-se a 1982, os dados apresentados por

Hudman e Hankins mostram que cerca de 17% dos respondentes de uma pesquisa do

Travel Market Yearbook afirmaram viajar a negócios na companhia da esposa. Esse

36percentual, embora pouco significativo, indica que, realmente, existe uma parcela de

turistas de negócios que viaja com familiares. Dados mais recentes sobre o assunto não

foram encontrados, o que reforça a idéia da necessidade de estudos sobre o turista de

negócios.

A busca pela caracterização do turista de negócios tornou evidente que

pouco se sabe sobre o assunto. Mas, revelou que existem tipos diferentes de turistas de

negócios, cada qual utilizando equipamentos e serviços ajustados às suas necessidades e

ao seu orçamento. Pode-se dizer que, no contexto do turismo em geral, o volume de

turistas de negócios é relativamente considerável, embora os dados se misturem aos de

alguns tipos de eventos, e pouco se saiba sobre os critérios utilizados.

Outro fato observado foi a ligação das viagens corporativas com as

agências de turismo e os serviços de luxo, pois, neste caso, as despesas são custeadas

pelas empresas. Por outro lado, há aqueles que utilizam equipamentos e serviços de

menores custos, embora possam primar pela qualidade. E ainda, os turistas de negócio

individuais que dispensam serviços de agenciamento.

Informações pontuais sobre o uso do tempo livre, assunto que assume

especial interesse para esta pesquisa, foram importantes para revelar determinadas

características desse segmento: poucos turistas de negócios permanecem no local

visitado durante o final de semana; o potencial de atrativos e de entretenimento é

subutilizado; poucas são as opções de lazer colocadas à disposição desses turistas e das

esposas acompanhantes; mulheres de negócios já marcam presença no setor e alguns

estabelecimentos hoteleiros já desenvolveram adaptações para atender a essa clientela.

Percebeu-se, ainda, uma estreita relação do turista de negócios com os

eventos, o que transparece nos dados da EMBRATUR e em algumas informações

37colhidas na literatura de turismo. Esse fato levou à idéia de abordar o segmento de

eventos e, neste, o subtipo feira de negócios, que maior interesse apresenta para esta

pesquisa.

1.3. Turismo e eventos: as feiras e os negócios

Há consenso entre os autores quanto à estreita relação do Turismo e do

turista de Negócios com eventos. Esse fato, que tem gerado dificuldades para a

conceituação do Turismo de Negócios, em virtude da relevância dos eventos para este

segmento, é o aspecto mais polêmico, e mesmo contraditório, da questão. Entretanto,

essa discussão mostra a necessidade de se analisar os eventos, seus tipos e classificações

para poder esclarecer quais estão, realmente relacionados aos negócios.

Constatou-se, que não há consenso em relação a definição de eventos.

Alguns autores sequer se preocupam com este aspecto. O que se observa, são

abordagens distintas para eventos. Cesca valoriza o evento como um instrumento das

relações públicas (CESCA, 1997:14); Britto e Fontes destacam a importância

socioeconômica dos eventos (BRITTO e FONTES, 2002:33-37); Ferreira aponta o

evento como um veículo de comunicação dirigida (FERREIRA, 1997:13-14) e Freitas

explica os eventos como parte do planejamento estratégico de organizações.

(FREITAS,1997:75-80).

Evidentemente, transparece nestas abordagens o interesse de alguns

autores voltado para Relações Públicas, área que se dedica à organização dos eventos e

ao seu enfoque no contexto da empresa. O tema no âmbito do turismo, entretanto, ainda

não foi devidamente considerado. Para esta disciplina, a importância do evento

extrapola a sua organização e funcionalidade para chegar aos efeitos destes na infra-

estrutura, nos equipamentos e nos serviços, do núcleo receptor, utilizados pelo turista.

38A abrangência dos eventos e o seu leque de influencia dificultam

propostas de conceituação, classificação e tipificação. Entretanto, observa-se que os

autores concordam que os eventos são acontecimentos planejados que reúnem pessoas

em um determinado espaço e tempo.

A diversidade dos tipos de eventos conhecidos exige uma classificação

que só será possível com a determinação de critérios. Martin enumera nove critérios,

que embora não sejam excludentes, facilitam a análise:

1 abrangência – podem ser divididos em internacionais, continentais, nacionais,

regionais ou municipais.

2 competição – relacionados às disputas e premiações.

3 demonstração ou exposição – motivado pela apresentação de produtos ou serviços.

4 data ou freqüência – subdivididos em permanentes (com ocorrência periódica),

esporádico (com intervalos irregulares entre as edições), únicos (ocorrem apenas

uma vez) e de oportunidade (promovidos em momentos propícios).

5 categoria e função estratégia – sendo públicos ou privados, subcategorizados de

acordo com as funções: promocional, comercial, institucional, divulgação,

integração, social e misto.

6 dimensão – separado entre macroeventos, eventos de grande, médio e pequeno

porte.

7 objetivo ou área de interesse – distribuídos entre 24 áreas (artístico, assistencial,

científico, cívico, cultural, desportivo, divulgação, ecoturismo, educativo,

empresarial, expositivo, filantrópico, folclórico, gastronômico, governamental,

incentivo, informativo, institucional, político, promocional, religioso, social, técnico,

39turismo/lazer).

8 perfil dos participantes – podendo ser um publico geral, dirigido ou específico.

9 tipo de adesão – podendo ser fechado (adesão restrita) ou aberto (acesso livre ou

venda de ingresso). (MARTIN, 2003:39-42).

A classificação de Freitas considera seis funções: divulgação;

integração; promoção institucional; promoção de produtos e serviços; incentivo e de

pressão organizada. E afirma:

“ ... todas, sem exceção, atenderão à função estratégica e portanto de política de negócios, seja de um banco, de uma construtora, de uma escola, de uma associação de classe, de um hospital, etc.” (FREITAS, 1997:78)

Há semelhança entre a classificação de Freitas e a de Martin quando

este considera categoria e função estratégica. Entretanto, nenhum deles relaciona, a

estas classificações, tipos de eventos, o que facilitaria o entendimento daqueles

diretamente ligados às transações comerciais e profissionais, ou seja, à promoção de

negócios.

Os tipos de eventos são diversificados e numerosos. Martin, por

exemplo, relaciona 84 tipos mais conhecidos e, dentre estes, explica os 49 que considera

mais comuns no mercado (MARTIN, 2003:44-58). Britto e Fontes listam 78 tipos de

eventos que mais movimentam a infra-estrutura turística, agrupando-os entre:

programas de visitas, exposições, encontros técnicos e científicos, encontros de

conveniência, cerimoniais, competições, inaugurações, lançamentos, excursões,

desfiles, leilões, dias específicos e outros indefinidos (BRITTO e FONTES, 2002:60-92).

As classificações dos eventos mostram a grande variedade existente,

40permitindo identificar aqueles que são promotores de transações comerciais. Optou,

então, por analisar as definições dos eventos do tipo feiras, pois a prática tem

demonstrado que são os que reúnem empresas e profissionais de segmentos específicos,

com propósitos ligados às funções de negócios apontadas por Freitas.

Observou-se que existe ligeira diferença entre os autores ao

relacionarem feiras e exposições. Para Martin, as feiras e exposições estão entre os

eventos voltados a um público aberto, com acesso livre ou com cobrança de ingresso,

que pode ser visitado por qualquer interessado. Feiras e exposições são tratados como

sinônimos, sendo destacada a eficácia comercial deste tipo de evento. (MARTIN,

2003:39-60).

Britto e Fontes entendem que as feiras são um tipo de exposição,

embora ressaltem que as exposições têm caráter mais amplo:

“ ... são todos os eventos que se destinam a apresentar ou demonstrar in loco ou de forma itinerante e ao público, novos equipamentos, produtos, artefatos artísticos, destinações turísticas e serviços, entre outros, com a finalidade de divulgá-los, promovê-los e vendê-los, direta ou indiretamente, ao seu público alvo.” (BRITTO E FONTES, 2002:64).

Na definição de feiras enaltecem seu caráter comercial:

“É uma iniciativa de uma ou várias empresas que se associam para divulgar e promover seus produtos, técnicas e serviços, visando a comercialização. A finalidade principal da feira é, em última instância, a conquista de mercado, isto é, o aumento da demanda pelos produtos em exposição. Na montagem da feira as mercadorias são expostas e preparadas de forma a permitir que sejam examinadas, tocadas ou degustadas pelos visitantes. Esse contato direto do público com os produtos estimula a concretização de negócios, fazendo com que a feira funcione como eficiente recurso de marketing dos produtos”. (BRITTO E FONTES, 2002:64).

Para Cesca a diferença entre exposição e feira está no fato da primeira

ter caráter exclusivo de divulgação e demonstração, enquanto a feira visa a venda

41(CESCA, 1997:17-18). Ferreira faz uma pequena diferenciação entre exposição e

feira, explicando que a exposição pode ser itinerante e os produtos expostos podem não

estar à venda, e destaca o caráter comercial da feira:

“Os objetivos da feira são a divulgação, o lançamento de novos produtos ou serviços, relações com os concorrentes, atendimento de clientes reais e potenciais, criação de conceito e imagem favoráveis, comparação com os concorrentes, vaidade na participação e, naturalmente, a venda direta ou indireta do que está sendo exibido em seus diferentes estandes, tanto para o mercado interno como para o internacional.” (FERREIRA, 1997:13-17).

Diante desse quadro de idéias sobre feiras e exposições, pode-se dizer

que todos os autores concordam num ponto: as feiras têm caráter comercial. Assim, é

viável afirmar, que a grande maioria das feiras está ligada a realização de negócios,

mesmo que apenas se destinem à demonstração e não permitam vendas. Isso porque

trata-se de um tipo de acontecimento planejado para promover a reunião de pessoas para

divulgar, entender, discutir e experimentar produtos e serviços ligados a um

determinada atividade, como agropecuária, industria ou serviços. Ações desenvolvidas

nesses espaços terão, portanto, por conseqüência transações comerciais ou profissionais.

Este tipo de evento pode ser considerado como motivador do deslocamento de pessoas

para negócios e, conseqüentemente, um fator impulsionador do Turismo de Negócios.

As feiras, pela aproximação com os negócios, foram selecionadas para compor o espaço

em que se realizou esta pesquisa sobre o turista de negócios.

Entretanto, é preciso saber quais as feiras capazes de atrair públicos

internacionais, continentais, nacionais, regionais para se constatar a presença de Turistas

de Negócios entre seus visitantes e expositores. Acredita-se que o porte, tanto em

relação à área de exposição, quanto em função do número de visitantes esperados,

possam ser fatores indicativos de sua capacidade de motivar demandas de lugares mais

distantes, podendo ser identificados com turistas de negócios.

42Como o presente trabalho desenvolve-se na cidade de São Paulo e

objetiva entender a interação dos turistas de negócios, visitantes de feiras comerciais,

com o tempo livre que dispõem neste centro urbano, revela-se importante entender

alguns conceitos ligados a lazer e trabalho como instrumento de preparação para a

pesquisa de campo.

1.4. Lazer e trabalho: uma relação complexa

Lazer e tempo livre estão estreitamente relacionados e têm grande

importância para esta pesquisa que trata do uso do tempo do turista de negócios, no

destino urbano que visita, após participar de feiras com o intuito comercial.

Dentre os vários autores que tratam do lazer, utilizou-se como

principal fonte Bacal, que se dedicou ao estudo do tempo livre, partindo da relação do

homem pós-industrial com o tempo. Essa autora dividiu o tempo diário, ou tempo total,

em tempo necessário (trabalho) e tempo liberado (destituído de obrigações), lembrando

que dentro deste último tempo a pessoa ainda desenvolve atividades fisiológicas como

sono, alimentação e higiene, além de atividades sociais ligadas à família e às ações

sociais. (BACAL, 2003:9-20).

O tempo livre, portanto, é aquele que sobra após sua utilização para o

trabalho e para as atividades necessárias, como o conforto pessoal e social que ocupam

parte do tempo liberado. O tempo livre, então, pode ser destinado ao repouso (motivos

de deficiência) ou à diversão (motivos de excesso), e nele são desenvolvidas atividades

discricionais, de livre-arbítrio (BACAL, 2003:97-107).

A análise das atividades realizadas no tempo livre remete para os

43lazeres. Conforme Bacal:

“Os lazeres são atividades discricionais realizadas no tempo livre, sendo este considerado a parcela de tempo (do cotidiano, fins de semana, feriados e/ou férias) na qual o homem não tem atividades impostas (laborais, familiares ou sociais), podendo realizar atividades segundo a sua vontade.” (BACAL, 2003:106).

A relação do turista de negócios com seu trabalho e o lazer precisa ser

analisada e Parker discute esta relação, questionando se o lazer pode ser considerado

como oposto ao trabalho, ou se, apenas, tem a função de recuperar o homem para o

trabalho do dia seguinte. Destaca três abordagens da sociedade referentes ao trabalho e

ao lazer (PARKER, 1978:79-95), que são interessantes para quem quer entender as

atitudes de pessoas que, teoricamente, estão em tempo de trabalho mas, ao mesmo

tempo, têm tempo liberado para fazer o que gostam e, além disso, estão a distância de

sua rotina cotidiana.

A primeira abordagem coloca o trabalho como a parte séria da vida e o

lazer como um mero subsidiário, coisa menor ou inexistente. Neste caso observa-se a

priorização do trabalho. A segunda abordagem coloca o lazer como o grande objetivo

da vida, e o trabalho um meio para se chegar a este fim. Constitui a exaltação do lazer.

A terceira abordagem considera que, tanto o lazer como o trabalho são partes

reconciliáveis e uma pode enriquecer a outra. É a tendência de igualdade entre trabalho

e lazer. (PARKER, 1978:79-95).

Entende-se que, dentre o grande número de turistas de negócios, é

possível encontrar pessoas que se identificam com qualquer uma destas abordagens.

Poderia haver um grupo que prioriza o trabalho, outro o lazer, e um outro que consegue

o equilíbrio entre ambos. A pesquisa sobre o uso do tempo livre do turista de negócios

poderá trazer surpresas, pois trata-se de um assunto polêmico, e que nem sempre é

totalmente revelado porque, como observa Parker, muitas pessoas ainda não se

44desvincularam da idéia ainda arraigada na sociedade cristã de que o trabalho

enobrece (bem/céu) e o lazer empobrece (mau/inferno). (PARKER,1978:80).

Voguel mostra que homens de negócios nos Estados Unidos e no

Japão têm dificuldade para distinguir o tempo de trabalho do tempo de lazer, isso

porque os japoneses costumam levar clientes para jogar golfe ou para festas com

gueixas e portanto, confundindo lazer e trabalho. Médicos e homens de negócios

prósperos, denominados profissionais liberais, não costumam fazer separação marcante

entre trabalho e lazer; ao contrário, o assalariado, em virtude da rigidez de seu turno de

trabalho distingue claramente o tempo de trabalho do de lazer. (VOGUEL apud

PARKER, 1978:85).

Para determinados tipos de turista de negócios que freqüentam feiras

comerciais, é, às vezes, difícil diferenciar trabalho e lazer, principalmente porque

trabalham em um ambiente festivo, colorido e descontraído onde a meta é chamar a

atenção do maior número possível de pessoas para alcançar seus objetivos. Além disso,

muitos profissionais liberais também participam de feiras de negócios. Nesta comunhão

entre trabalho e turismo de negócios pode-se perceber uma fusão entre o lazer e o

trabalho. Entretanto o que interessa para este estudo é o que o turista faz à margem da

feira de negócios. Convém entender se o turista tem disposição para conhecer a cidade

onde está fazendo negócios ou, simplesmente, reage negativamente porque este

ambiente o remete à idéia de trabalho e de obrigação.

Parker distingue três tipos de reação ao lazer em conseqüência da

característica do trabalho ao qual o homem se submete:

1 o lazer pode ser a extensão do trabalho quando há incentivo e motivação;

2 o lazer pode ser a oposição ao trabalho quando é opressivo e prejudicial; ou

453 o lazer pode ser a neutralidade, sendo conseqüência de um trabalho realizado

com tédio e sem entusiasmo.

Entende-se que a atitude do turista de negócios, frente à utilização de

seu tempo livre, tem estreita relação com sua atividade profissional ou com a hierarquia

que ocupa e as funções que desempenha. Estes fatores, porém, são de difícil

mensuração, uma vez que o ambiente de trabalho é bastante subjetivo e também pode

influenciar a realidade profissional.

Considerando que o presente trabalho sobre turista de negócios

também investiga atividades que este desenvolve em seu tempo livre, buscou-se um

critério de classificação de atividades de lazer a fim de viabilizar agrupamentos e

análises. Optou-se pela classificação de Camargo que divide as atividades de lazer em

seis tipos:

1 físicas - ligadas a atividades que movimentam o corpo, como caminhadas, esportes e

exercícios físicos;

2 manuais - ligadas ao contato com coisas em seu estado natural para então

transformá-las, como a bricolagem e a jardinagem;

3 artísticas - relacionadas ao imaginário, ao belo e ao faz-de-conta, ou seja, ligadas às

artes, como cinema, teatro, pintura, literatura;

4 intelectuais - tudo que impulsiona o crescimento pessoal, o conhecimento, a

informação e a aprendizagem, como ler jornais e revistas, assistir à TV ou discutir

idéias;

5 associativas - ligadas ao contato com as pessoas, sociabilização como encontrar

amigos, estar com a família ou fazer parte de associações e movimentos

46sócioculturais.

6 turísticas - busca por novas paisagens, novos estilos de vida como viagens e

passeios a lugares distintos do cotidiano. (CAMARGO, 1986:16-28).

Além desta classificação, existem obras que tratam especificamente do

lazer e turismo em áreas urbanas e que podem auxiliar para compreender as atividades

que os turistas desenvolvem nas grandes cidades e os tipos de atrativos relacionados,

principalmente, a atributos histórico-culturais, técnico-científicos e de entretenimento, e

com menor importância para atrativos referentes a manifestações de usos e costumes e à

natureza.

Destaca-se a importância de atrativos histórico-culturais e do fascínio

simbólico que estes espaços exercem sobre as pessoas, uma vez que as cidades

concentram monumentos e outros elementos que representam períodos da evolução das

várias fases históricas da sociedade moderna (CASTROGIOVANNI, 2000:25). Esse

autor afirma que:

"A cidade é uma construção física e imaginária, compreende um lugar e faz parte do todo geográfico. O tecido urbano é dinâmico e está inserido no processo histórico de uma sociedade. O traçado de uma cidade é uma arte processual e representa uma leitura temporal. A cada instante há mais do que os olhos podem ver, do que o olfato pode sentir ou do que os ouvidos podem escutar. Cada momento é repleto de sentimentos e associações a significados, portanto, há uma constante construção de significados. A cidade é o que é visto, mas mais ainda, o que pode ser sentido." (CASTROGIOVANNI, 2000:25)

Neste sentido, a atratividade dos centros urbanos distancia-se de

questões naturais. Por outro lado é fortalecida por realizações técnico-científicas que

demonstram ou representam o domínio do homem sobre o ambiente, graças às

pesquisas e ao desenvolvimento técnico-cultural da sociedade. Esta imagem de homem

construtor tem muitos opositores, que analisam a evolução tecnológica e os

conglomerados urbanos como ações de destruição ambiental e ganância capitalista.

47Entretanto, não há como negar que, para muitos, uma grande cidade como São Paulo

ou Nova Iorque constitui-se em espaço mágico que tem vida incessante e inebriante,

repleto de informações atualizadas e, conseqüentemente, de variadas opções de

entretenimento. (SERSON, 2000:233).

Fala-se em entretenimento em centros urbanos, porque este pode ser

entendido como um conceito ligado a metrópoles, constituindo-se em um elemento de

atração bastante significativo para o Turismo Urbano, pois são nestes espaços que as

novidades acontecem. Trigo destaca que o entretenimento está ligado à transformação

de informações em mercadoria, realidade percebida em cidades arraigadas de

significado de contemporaneidade, inovação e tecnologia:

“Em uma sociedade cuja informação é uma mercadoria valiosa e os fluxos de circulação da informação são controlados por instituições e empresas ligadas aos mais diversos setores produtivos, existe uma intrincada rede que agrupa em um mesmo fenômeno atividades que, na origem, são diferentes (esportes, notícias, arte, educação, lazer, turismo, show-business), mas que se articulam enquanto mercadorias destinadas a um consumo específico e caracterizado pelo prazer. Surge um grande e difuso espaço que pode ser denominado entretenimento ........ Ele perpassa todas as atividades e possibilita transformar tudo, literalmente tudo, em mercadoria para consumo, das mais ordinárias e baratas até as pretensiosamente mais exclusivas, sofisticadas e caras”. (TRIGO, 2003:21-22).

Entende-se que existam pessoas que se sentem atraídas e outras que

repelem os centros urbanos como espaços para serem visitados a lazer. Muitas cidades,

como São Paulo, têm sua imagem vinculada ao trabalho, à produção industrial, ao

comércio, à prosperidade financeira e ao entretenimento, e, em alguns casos, pouco se

ressalta de suas qualidades histórico-culturais porque estas não foram transformadas em

mercadoria que possa ser consumida de forma a promover status a quem as admira,

assim o entretenimento acaba se destacando, tornando-se o principal atrativo de centros

urbanos.

48Como esta pesquisa objetiva estudar os turistas de negócios que se

constituem em pessoas que desenvolvem atividades profissionais fora de seu domicílio,

com interesse maior em entender como estes usufruem seu tempo livre no centro urbano

visitado e, conseqüentemente, quais as atividades que lhe aprazem neste espaço, foi

preciso analisar a relação entre lazer e trabalho, bem como atividades de lazer em áreas

urbanas.

Para isso foi feita a análise do tempo livre e de lazer, segundo a linha

de análise de Bacal, com destaque para as atividades discricionais de repouso e de

diversão. Em seguida verificou-se que existem linhas teóricas que analisam a relação

entre o lazer e o trabalho, sendo estes opostos ou complementares. A bibliografia

mostrou, também, que existem profissionais com dificuldade para distinguir lazer de

trabalho e outros que conseguem dividir bem estas atividades.

Mas, a influência do trabalho sobre as atividades de lazer também

pode ocorrer em conseqüência do grau de satisfação do homem com seu trabalho,

podendo gerar as já mencionadas atitudes diferentes frente ao lazer. Apesar de se

considerar difícil detectar esta interferência, pesquisas sobre turismo de negócios

deveriam estudar melhor o assunto.

Outro elemento ligado ao lazer que se coloca como importante para a

consecução deste trabalho é a classificação de atividades de lazer para viabilizar

análises dos hábitos e preferências do turista de negócios. Assim como os tipos de

atrativos mais comuns que são ofertados em centros urbanos e viabilizam atividades de

lazer, uma vez que o presente trabalho se concretiza em feiras de negócios da cidade de

São Paulo.

Entendendo-se que São Paulo constitui um centro urbano complexo é

49que se dedica o próximo capítulo para descrever desde a infra-estrutura até serviços

de turismo que a cidade oferece, através de uma análise espacial e administrativa do

município.

50

2. SÃO PAULO: CIDADE DO TURISMO DE

NEGÓCIOS

2.1. Características da metrópole: a razão de ser do Turismo de Negócios em São Paulo

As grandes cidades vêm sendo apontadas como destinos preferenciais

para o Turismo de Negócios. Atividade cuja característica é gerar rentabilidade, o

Turismo de Negócios vem se expandindo nas sociedades industrializadas, que agregam

aos seus mais diversos recursos econômicos, sociais e culturais, a diversidade dos

serviços aos quais se juntam os atrativos turísticos e agências de receptivo. Nova Iorque,

Paris, Milão, Barcelona, Frankfurt, Londres, Tóquio e muitas outras estão entre as

cidades que atraem pessoas motivadas por relações comerciais e negócios em suas mais

diversas formas. No Brasil, algumas grandes cidades, como São Paulo, estão no rol

daquelas que interessam a investidores, técnicos, executivos entre tantos outros

inclinados a realizar negócios e participar de eventos, entre os quais se destacam feiras

comerciais, congressos, seminários, visitas técnicas e reuniões corporativas.

A região metropolitana de São Paulo, polarizada pela capital, é

formada por 39 municípios, e constitui uma enorme mancha urbana, onde estão

reunidas todas as condições que favorecem o Turismo de Negócios: sistema de

transportes, que a partir da capital se irradia em todas as direções; aeroportos, estações

rodoviárias e serviços especializados de táxi, helicópteros, motoboys, além do metrô e

outros; comércio e serviços em geral que primam pela diversidade; hospedagem

diferenciada, de vários níveis, capaz de atender públicos com necessidades específicas

como é o caso dos turistas de negócios.

51Figura 2: Distritos do Município de São Paulo - 2004

Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/mapas/index.php - acessado em 17/12/04

Legenda: Azul e nuances: Região Norte – 18 distritos Vermelho e nuances: Região Leste – 33 distritos Amarelo: Região Central – 08 distritos Marrom e nuances: Região Oeste – 15 distritos Verde e nuances: Região Sul – 22 distritos

A extraordinária efervescência de São Paulo identifica-se com a

imagem de metrópole agitada, geralmente associada à avenida Paulista, local de grande

concentração das instituições financeiras do País1, das principais federações de

empresários e industriais do Brasil2, do museu cujo acervo é de interesse internacional3,

de mansões que remetem à história de famílias abastadas do início do processo de

1 Segundo o http://www.paulistaviva.com.br/ acessado em 02/01/2005: “Paulista dos grandes bancos. Do

Chase Manhattan, de Tóquio, passando pelo Exterior, de Espanha, o Union,, o da Argentina, o da República do Uruguai, o Central do Brasil. São noventa, sendo que muitos não se abrem para a rua, estão acima, não disponíveis para o público comum”.

2 A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo ocupam um prédio na Av. Paulista, 1313. http://www.fiesp.com.br/fiesp/secao2/index.asp?id=574&se=18 acessado em 02/01/2005.

3 O Museu de Arte de São Paulo (MASP), localizado à Av. Paulista 1578, possui acervo com obras de artistas de diversos Países europeus e americanos, de renome internacional. Seu acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, fazendo parte dos bens nacionais. http://www.masp.art.br/default.asp?PG=MUN acessado 02/01/2005.

52industrialização da cidade4. Na avenida Paulista manifestações e eventos políticos e

socioculturais5 acontecem, reunindo milhares de pessoas. A esta artéria paulistana

marcada pela expressiva realização de negócios, outras se juntam, como a região da

avenida Luiz Carlos Berrini e outros centros comerciais distribuídos pelos diversos

distritos do município (anexo 1).

Segundo dados da Prefeitura e do SEADE6, o município de São Paulo

está dividido em cinco regiões, compostas por 96 distritos, totalizando 1.509

quilômetros quadrados de área7, registrando uma população de 10.676.760 habitantes8

no ano de 2004.

Em São Paulo, a maior metrópole da América do Sul, estão instaladas

sedes de empresas multinacionais, grandes grupos financeiros, centros de comércio com

relevância nacional, além de uma vasta e variada quantidade de empresas nas áreas de

serviços, condição que também propicia o desenvolvimento do Turismo de Negócios.

Segundo dados do site oficial de turismo da cidade:

“A cidade de São Paulo é o maior destino de turismo de negócios da América Latina. Os números confirmam seu potencial. Este ano, por exemplo, mais de 70% das feiras programadas no País foram realizadas na Capital. E, para 2005, espera-se crescimento maior. Segundo dados da UBRAFE - União Brasileira dos Promotores de Feiras - já estão agendadas para o próximo ano 150 feiras, reunindo 35 mil empresas. Desse total, 75% dos eventos ocorrerão na cidade de São Paulo. Todo mês cerca de 1,4 milhão de pessoas desembarcam na cidade para fazer negócios e participar de eventos internacionais. São 90 mil eventos por

4 Hoje a Casa das Rosas, antiga residência da família Ramos de Azevedo, localizado no número 37 da

Avenida Paulista, é um espaço cultural gerido pelo Governo do Estado. http://www.sampa.art.br/SAOPAULO/casadasrosas.htm acessado em 02/01/2005. 5 Um exemplo foi a Parada do Orgulho Gay, que segundo dados da Policia Militar, reuniu 1,5 milhões de

pessoas na edição de 2004 que aconteceu no dia 13/06/2004. http://exclusivo.terra.com.br/paradagay/interna/0,,OI324568-EI3613,00.html acessado em 02/01/2005.

6 http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/numeros_da_cidade/index.php - acessado em 17/12/04 e http://www.seade.gov.br/produtos/msp/ acessado em 19/12/04.

7 Fonte: http://ww1.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/organogramas/index.php?p=487&more=1&c=1&tb =1&pb=1, acessado em 17/12/04.

8 Fonte: http://www.seade.gov.br/produtos/msp/ acessado em 19/12/04.

53ano. É um segmento que gera 5 bilhões de reais ao ano, movimentando no total 56 setores da economia.” (http://www.cidadedesaopaulo.com/ acessado em 02/01/2005).

A dimensão dessa atividade é favorecida pelo sistema de transporte,

sendo o aeroporto uma parte essencial para o desenvolvimento do turismo.

Dados do Anuário Estatístico do Embratur revelam que o aeroporto

internacional de São Paulo constitui principal portão de entrada do Brasil, com um

movimento de 1.991.281 desembarques de estrangeiros, representando 48,7% do total

de chegadas no Brasil. (EMBRATUR 2004:13-14) (tabela 3).

Tabela 3

Chegada de Turistas Estrangeiros no Brasil Segundo o Portão de Entrada - 2003

Portão de entrada Número de turistas estrangeiros % São Paulo 1.991.281 48,7

Rio de Janeiro 629.508 15,4 Rio Grande do Sul 566.134 13,8

Paraná 428.974 10,5 Outros estados 474.693 11,6

Total 4.090.590 100 Fonte: Anuário Estatístico 2004 EMBRATUR em <http://www.embratur.gov.br/0-catalogo-documentos/Anuario/AnuarioEstatistico2004.pdf> acessado em 27/12/2004.

Conforme o Panrotas, o aeroporto de Cumbica é o terminal aéreo que

mais recebe vôos internacionais, e o de Congonhas o de maior fluxo de vôos domésticos

do Brasil. Esses dados e informações devem ser vistos com cautela, pois muitas pessoas

apenas passam pelos aeroportos, e seguem para outros destinos, por tratar-se de um

ponto de chegada e de conexão. (PANROTAS, maio 2004).

O Estudo sobre a Demanda Turística Internacional de 2003 analisa a

relevância da motivação de negócios para os turistas que chegam a São Paulo, que se

destaca entre as cidades brasileiras mais visitadas por estrangeiros (tabela 4).

54A pesquisa da EMBRATUR, entretanto, não fornece valores

absolutos, apenas percentuais, o que dificulta avaliar o volume de turistas. Pelo mesmo

motivo fica difícil, também, quantificar os turistas de negócios que chegam a São Paulo.

Tabela 4

Motivo da Viagem de Turistas Internacionais Segundo Cidade Visitada - 2003

Cidade Motivo da Viagem em %

Negócios Lazer Outros São Paulo 37,9 42,7 19,4 Belo Horizonte 34,2 30,3 35,4 Rio de Janeiro 25,4 57,9 16,7 Porto Alegre 25,4 55,3 19,3 Recife 18,9 62,6 18,5 Salvador 15,3 71,1 13,6 Florianópolis 15,3 68,1 16,6 Fortaleza 15,0 66,3 18,7 Foz do Iguaçu 12,5 75,7 11,8

Fonte: Estudo da Demanda Turística Internacional 2003 em <http://www.embratur.gov.br/0-catalogo-documentos/demanda%20turistica/EstudodaDemandaTuristicaInternacional2003.pdf> acessado em 27/12/2004.

A análise de dados sobre Tráfego Aéreo de Passageiros, em linhas

regulares nacionais nos aeroportos da grande São Paulo, fornecidos pelo Anuário

Estatístico da EMBRATUR de 2002 (anexo 2), permite que se tenha uma idéia do

volume de pessoas que desembarcam na capital paulista por linhas aéreas regulares, e

saber quais são as cidades que mais enviam visitantes, por via aérea, para a cidade de

São Paulo. Chega-se a esta conclusão subtraindo-se do número de chegadas, as partidas

de São Paulo para diversas capitais. Deste modo foi possível identificar, no território

nacional, localidades que se caracterizam como emissivas para São Paulo, aqueles onde

o resultado é positivo. Observa-se que, em 2001, São Paulo recebeu aproximadamente

540 mil visitantes domésticos, sendo que os principais pólos emissores de turistas para

São Paulo foram: Curitiba (PR), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ),

Salvador (BA) e Recife (PE).

55Componente importante do sistema de transportes, os terminais

rodoviários têm função similar à dos aeroportos. Em São Paulo existem quatro terminais

rodoviários que movimentam fluxos nacional e internacional, totalizando o

desembarque de mais de 1,4 milhão de pessoas por mês, que chegam à cidade por

ônibus, conforme números da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento

Econômico e Turismo do Estado de São Paulo9 (anexo 3).

O volume de pessoas que chega a São Paulo, por via terrestre indica a

importância desse destino no panorama nacional. Entretanto, este fluxo não tem sido

relacionado a São Paulo como destino de lazer, apesar de sua potencialidade, traduzida

em uma vasta oferta de museus, monumentos, teatros, cinemas, parques e outros tipos

de entretenimento como boates, bares e restaurantes. Sua imagem permanece voltada,

principalmente, para os negócios.

Na realidade, São Paulo comanda uma grande metrópole que sofre

com as conseqüências de um crescimento populacional rápido e desordenado. O

planejamento urbano deve procurar amenizar problemas relacionados à ocupação do

solo, ao transporte, à habitação, à poluição, ao saneamento básico e questões sociais

ligadas à educação, saúde, distribuição de renda e violência. A densidade populacional é

de 7.077,4 hab./Km2 10, sendo grande o número de visitantes que transitam na cidade

diariamente. A imagem que se tem desse espaço é de grande demanda e até, saturação

dos serviços públicos, situação que, muitas vezes faz, com que as pessoas dele se

distanciem e só o visitem por necessidades de trabalho como, por exemplo, realizar

negócios. Outras vezes, a cidade é visitada pela concentração de acervo histórico-

cultural e pelas opções de entretenimento ímpares que detém.

9 www.ciencia.sp.gov.br. Acessados em 10/04/2004. 10 Dados do SEADE referentes a 2004. http://www.seade.gov.br/produtos/msp/tabela_sintese.htm

acessado em 19/12/2004.

56Outros componentes contribuem para explicar a diversidade de São

Paulo como destino turístico de lazer e de negócios. A análise da oferta de atrativos da

cidade, segundo as cinco regiões serviu para avaliar a sua contigüidade em relação aos

espaços que concentram as feiras de negócios e os desafios de acesso podendo auxiliar

na elaboração de roteiros para o turista de negócios.

2.2. Oferta de atrativos paulistana: diversidade e distribuição territorial

A variedade e grande quantidade de atrativos que a cidade de São

Paulo possui torna difícil a tarefa de listar todos os espaços de interesse turístico. Fazer

um levantamento de campo para constatar e descrever cada um dos atrativos, bem como

horários de acesso, preços e outros dados característicos, esta seria a forma mais

completa para a elaboração de um guia, ou mesmo um catálogo, que subsidiasse turistas

e até moradores sobre pontos de São Paulo interessantes para visitação. Entretanto, o

que existe são informações pontuais e não se tem conhecimento de um material que

congregue toda a oferta da cidade. Sabe-se que tal trabalho depende de patrocínio e

incentivo público e privado para se concretizar, além de exigir pesquisa detalhada e

constantes atualizações, em função da dinâmica percebida com a abertura e o

fechamento de estabelecimentos ligados ao setor de entretenimento, como bares e casas

noturnas.

Alguns sites, jornais e revistas relacionam os teatros, cinemas e filmes

em cartaz na capital, o mesmo acontece com restaurantes, bares e casas de show.

Entretanto, se em um determinado dia ou semana não existe nenhum acontecimento

programado para um destes espaços, este não figura na lista destes meios de

comunicação e, portanto, pode ser esquecido como espaço potencial de visitação.

57Os monumentos ou construções vinculados a fatos históricos ou que

representam estilos de época ou, ainda, que se destacam pela beleza arquitetônica ou

pela importância relativa às questões técnico-científicas como viadutos, estações,

avenidas, shopping centers e indústrias, muitas vezes não aparecem entre as opções de

passeios registradas em guias ou revistas ligadas ao lazer, entretenimento ou turismo. O

patrimônio edificado, por exemplo, muitas vezes não exerce atração sobre moradores ou

visitantes freqüentes, e, no entanto, podem apresentar grande interesse para turistas que

se encantam com a suntuosidade e variedade dos estilos da arquitetura de uma cidade

que é marcada pela imagem de grande metrópole.

Apenas alguns monumentos históricos são destacados em guias

turísticos especializados. O Guia Brasil 4 Rodas 2005, por exemplo, que relaciona 51

locais de interesse histórico-cultural entre os quais: diversos museus, construções,

igrejas; 14 parques naturais; 4 parques temáticos; 8 manifestações e usos populares

como feiras e bairros típicos; diversos restaurantes e bares. Mas, nada remete às

conquistas técnico-científicas, aos shopping centers, às ruas comerciais, aos

característicos prédios COPON, Edifício Itália, ou à Cidade Universitária, ou, ainda, à

avenida Luiz Carlos Berrini com seus prédios comerciais de arquitetura impar, ou ao

autódromo e aos estádios de futebol, palcos de decisões dos principais campeonatos

brasileiros. A vasta oferta de cinemas e teatros, considerados espaços onde são

realizados os acontecimentos programados, principal fator diferencial do lazer de São

Paulo, também não é mencionada.

Diante da falta de uma única fonte que relacione os atrativos de São

Paulo e não cabendo, neste momento, realizar um levantamento de campo minucioso,

58pois esta não é a proposta do presente trabalho, foram utilizadas diversas fontes11

para o levantamento do que se acredita ser de interesse turístico, incluindo-se

construções tombadas mas que, atualmente, não estão em boas condições para serem

visitadas, embora futuramente possam compor roteiros histórico-culturais, em função de

sua relevância arquitetônica ou histórica.

Para elaborar uma lista completa de atrativos turísticos da cidade de

São Paulo, estes foram classificados, com base na metodologia da EMBRATUR, em

seis categorias subdivididas em 24 tipos (tabela 5).

11 SEADE que publica o www.guiacultura.sp.gpv.br acessado em 23/12/2004; Anhembi Turismo que publica o www.cidadedesaopaulo.com acessado em 23/12/2004; http://www.embratur.com.br acessado em 26/02/2004; www.spcvb.com.br acessado em 19/12/2004; www.guiasp.com.br acessado em 19/12/2004; www.saopaulobairros.com.br acessado em 19/12/2004; http://www.abresi.com.br acessado em 27/12/2004; www.meuseus.sp.gov.br; www.prefeitura.sp.gov.br acessado em 19/12/2004. Guia Brasil 4 Rodas 2005; Revista Veja São Paulo, Guia do Estado de São Paulo; http://geo.sampa.prodam.sp.gov.br/principal.asp# acessado 05/01/2005.

59Tabela 5

Classificação de Atrativos Turísticos em São Paulo

Categorias Num. Abs. % Tipos Núm. Abs. %

1. Acontecimentos Programados

351 25,0 1. Cinema 244 17,4 2. Shows 15 1,1 3. Teatro 92 6,6

2. Divertimento 233 16,6

4. Bar 107 7,6 5. Dança 86 6,1 6. Esporte 24 1,7 7. Parque temático 16 1,2

3. Histórico-cultural 303 21,6

8. Biblioteca 13 0,9 9. Centro Cultural 79 5,6

10. Monumento 97 6,9 11. Museu 90 6,4 12. Religioso 23 1,6 13. Roteiro 1 0,1

4. Manifestações e Usos Populares

398 28,4

14. Bairro 5 0,4 15. Feiras 12 0,9 16. Festas 2 0,1 17. Gastronomia 379 27,0

5. Naturais 56 4,0 18. Parques 46 3,3 19. Praças 10 0,7

6. Técnico-científico 62 4,4

20. Avenida 6 0,4 21. Compras 40 2,9 22. Edifício 10 0,7 23. Estação 4 0,3 24. Viaduto 2 0,1

Total 1403 100 Total 1403 100 Fonte: adaptado de EMBRATUR 1984:15-22 e dados compilados de diversas fontes citadas nas referências bibliográficas.

Observa-se que os atrativos da categoria manifestações e usos

populares são os que mais se destacam (28,4%). Nesse conjunto merece realce a

gastronomia que congrega restaurantes de diversos tipos de cozinha, fato comprovado

pelos dados da Associação Brasileira de Restaurantes e Similares (ABRESI)12, que

enumera, aproximadamente, 3.500 restaurantes diferenciados, entre 46 tipos de cozinhas

internacionais, indicando que São Paulo é conhecida por sua gastronomia de qualidade.

Os listados nesta pesquisa são apenas os que aparecem no Guia Brasil 4 Rodas 2005, no

Guia O Estado de São Paulo e na Veja São Paulo. Assim, pode-se dizer que foram

considerados apenas os restaurantes com cardápio e ambiente adequado para atrair

turistas, sendo ignorados aqueles que servem refeições de baixo custo para atender à

60população local que busca estabelecimentos situados nas proximidades do lugar onde

trabalha. Entende-se que esses restaurantes de categoria simples compõem infra-

estrutura de alimentos e bebidas que não têm caráter de atrativo turístico.

Em seguida, destacam-se os acontecimentos programados com uma

participação de 25,0% entre os atrativos. Nessa categoria são considerados cinemas,

teatros e locais de shows, sendo bastante significativo o número total de cinemas. Os

atrativos histórico-culturais (21,6%) figuram como a terceira categoria que mais ocorre

em São Paulo, com destaque para a quantidade de monumentos, museus e centros

culturais. Estes números ressaltam a significância da vida artístico-cultural e a

importância histórica da cidade.

A categoria “divertimento” que engloba espaços para atividades

noturnas como bares, danceterias e similares, parques temáticos e locais para a prática

de esportes como estádios, ginásios e autódromos também têm importante participação

entre os atrativos da cidade (16,6%). Deve-se considerar ainda os bingos que, segundo a

Associação Brasileira dos Bingos (ABRABIN)13, são aproximadamente 110 na cidade

de São Paulo, além das casas de jogos eletrônicos e as lan house, empreendimentos, que

podem ser classificados como atrativos de entretenimento do tipo jogos de azar. A falta

de informações precisas sobre a localização destes equipamentos impediu que fossem

discriminados. Sabe-se, entretanto, que eles estão espalhados por todas as regiões de

São Paulo, e que poderiam reforçar o percentual de entretenimento que a cidade oferece.

Os atrativos técnico-científicos que se referem a obras realizadas

pelo homem, e que representam ícones da urbanização como obras arquitetônicas e

locais para compras, entre os quais estão shopping centers e ruas comerciais, têm

12 http://www.abresi.com.br acessado em 27/12/2004. 13 http://www.abrabin.com.br/final/index.htm acessado em 06/01/2005.

61uma participação de 4,4% entre os atrativos. Apesar da Prefeitura de São Paulo14

divulgar que a cidade possui 70 shopping centers, o levantamento mostrou que os

locais de compra mais conhecidos somam apenas 40. Esse número exagerado talvez

se explique pelo critério adotado nas estatísticas da gestão municipal: devem estar

sendo contabilizadas galerias e grupos de estabelecimentos comerciais que não

chegam a ter a característica de shopping center, pois entende-se que nesse deve

haver infra-estrutura como estacionamento, áreas de alimentação e outros

entretenimentos que complementam o caráter comercial do lugar.

Considerando-se que São Paulo é eminentemente urbana sobressai

esse caráter em detrimento da natureza. Entretanto o município conta com parques de

grandes áreas territoriais e relevante valor de atração turística em função de sua

beleza cênica (4,0%), como o caso do Parque do Ibirapuera e o Parque da Cantareira,

ou de sua infra-estrutura como o Jardim Zoológico.

Com base nesta classificação fez-se uma análise dos tipos de

atrativos e sua localização em relação às regiões: Central (1), Leste (2), Norte (3),

Oeste (4) e Sul (5), e segundo o tipo e a categoria. Esse procedimento serviu para

conhecer onde a concentração é maior além de contribuir para identificar atrativos

turísticos que possam interessar aos turistas de negócios. Além disso, a localização

dos atrativos facilita a análise da viabilidade de acesso para quem visita feiras de

negócios.

14 Dado divulgado no site da Prefeitura: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=1122> acesso em 05/12/2005.

62

Gráfico 2.2.1.: Categorias de Atrativos por Região de São Paulo

Constatou-se que a Região Oeste, com 128 Km2 de área, concentra o

maior número de atrativos. Ela é compreendida pelos distritos: Alto de Pinheiros, Barra

Funda, Butantã, Itaim Bibi, Jaguara, Jaguaré, Jardim Paulista, Lapa, Morumbi, Perdizes,

Pinheiros, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Vila Leopoldina, Vila Sônia. Nesta região

destacam-se as manifestações e usos populares, com significativa participação da

gastronomia pois, segundo o levantamento, a grande maioria dos restaurantes

diferenciados concentra-se nos distritos de Itaim Bibi, Perdizes, Pinheiros e Jardim

Paulista. Da mesma forma, os entretenimentos que congregam bares e casas noturnas

para dançar e locais para esportes também são muito presentes nestas localidades. A

seguir aparecem, os acontecimentos programados, pois nos distritos Jardim Paulista,

Pinheiros, Perdizes e Morumbi também existe uma grande oferta de salas de cinema,

atrativo que mais aparece nesta categoria. Os atrativos histórico-culturais também se

sobressaem, com um significativo número de museus, centros culturais e monumentos.

Há grande oferta de atrativos técnico-científicos, concentrando muitos locais para

8,4

2,4

10,8

4,9

0,61,6

3,2 1,4 1,60,6

0,50,4

1,7 0,60,90,60,7

0,4

5,9

7,4

5,4

16,4

0,9 1,0

5,8

4,8

2,9

5,8 1,3 0,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

%

1 2 3 4 5 Acontecimentos Programados Divertimento Histórico-culturalManifestações e Usos Populares Natural Técnico-científica

63realizar compras, entre eles os mais tradicionais shopping centers como o Eldorado e

o Iguatemi. Esta região é a segunda que mais oferta atrativos naturais, com significativo

número de parques.

Gráfico 2.2.2.: Tipos de Atrativos na Região Oeste

16,0%

20,0%

14,6%

44,2%

2,5% 2,7%

Acontecimentos Programados Divertimento Histórico-cultural

Manifestações e Usos Populares Natural Técnico-científica

64

A Região Central, segundo dados do SEADE15, tem 26 Km2 sendo

a que detém maior densidade populacional da cidade (13.351,6 hab./Km2) (anexo 4).

Composta pelos distritos: Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade,

República, Santa Cecília e Sé é a segunda região em concentração de atrativos, com

predomínio dos histórico-culturais. Isso se explica por ter sido nesta que o município

foi fundado, razão pela qual ela concentra construções de valor histórico, como

monumentos, centros culturais, museus e espaços religiosos. Em seguida, destacam-

se os acontecimentos programados, pois as avenidas Paulista, Consolação,

Liberdade, Brigadeiro Luiz Antônio e Rui Barbosa sediam grande número de

cinemas e o maior número de teatros da cidade. A oferta de manifestações e usos

populares se sobressai em virtude da ocorrência de restaurantes, alguns bastante

tradicionais que vêm funcionando por décadas, como exemplo o Bassi na Bela Vista.

Os entretenimentos também são freqüentes na Região Central que abriga bares e

casas noturnas como o Bar Brahma, na conhecida esquina da avenida Ipiranga com a

avenida São João. Os atrativos técnico-científicos destacam-se em função de

edifícios e obras urbanas como o viaduto do Chá e o Edifício COPAN.

15 http://www.seade.gov.br/produtos/msp/dem/dem9_009.htm> acessado em 06/01/2005.

65

Gráfico 2.2.3.: Tipos de Atrativos na Região Central

29,4%

8,2%

37,6%

17,2%

2,0% 5,7%

Acontecimentos Programados Divertimento Histórico-cultural

Manifestações e Usos Populares Natural Técnico-científica

66

A Região Sul, que é a maior em área abrangendo 733 Km2 (48,6%

do total do território do município) é composta por 22 distritos. É a terceira que mais

oferece atrativos. Considerando que os distritos de Moema, Campo Belo, Santo Amaro

e Vila Mariana são bairros com muitos estabelecimentos comerciais ligados a alimentos

e bebidas, verifica-se significativo número de manifestações e usos populares

decorrentes dos inúmeros restaurantes, e também de acontecimentos programados,

sendo que dentre todas as regiões do município esta é a que mais oferece salas de

cinema. A seguir vêm os entretenimentos, graças a grande quantidade de bares, casas

noturnas e locais para a prática de esportes. Os atrativos histórico-culturais se destacam

com a presença de diversos museus e monumentos. Os atrativos naturais também têm

relevância nesta região, que concentra o maior número de parques da cidade como

Ibirapuera, Guarapiranga e Jardim Botânico e Jardim Zoológico. A ocorrência de

atrativos técnico-científicos se dá em função de diversos espaços de compras da região.

Gráfico 2.2.4.: Tipos de Atrativos na Região Sul

26,9%

22,3% 13,6%

26,9%

6,0% 4,3%

Acontecimentos Programados Divertimento Histórico-cultural

Manifestações e Usos Populares Natural Técnico-científica

67A Região Leste que congrega 33 distritos em uma área de 327 Km2,

caracteriza-se por ser a região mais populosa de São Paulo com 37% do total dos

moradores. Possui apenas 7,8% do total de atrativos da cidade, sendo que os

acontecimentos programados são os que mais aparecem (41,3%). Alguns monumentos

constituem os atrativos histórico-culturais. O razoável número de bares na região

garante a sua participação nos entretenimentos da cidade (18,3%).

Gráfico 2.2.5.: Tipos de Atrativos na Região Leste

Com 295 Km2, a Região Norte é a que conta com menor oferta de

atrativos, despontando, também, os acontecimentos programados em função de salas de

41,3%

18,3%

20,2%

8,3%

6,4%5,5%

Acontecimentos Programados Divertimento Histórico-cultural

Manifestações e Usos Populares Natural Técnico-científica

68cinema. Os museus se destacam com atrativos histórico-culturais, sendo que a região

concentra a maior área territorial da cidade em atrativos naturais, com destaque para os

Parques Estaduais da Cantareira e do Jaraguá.

Gráfico 2.2.6.: Tipos de Atrativos na Região Norte

Por fim, deve-se considerar que um sistema de transporte adequado

e eficiente pode beneficiar a visitação aos atrativos. Nas regiões Oeste e Central, o

metrô, que é um transporte público, acaba sendo um fator positivo para o turismo de

negócios, uma vez que o acesso é fácil para as pessoas provenientes dos espaços de

eventos localizados nas regiões Norte e Oeste (Santana- Pavilhão Anhembi, Vila

Guilherme-Expo Center Norte, Vila Leopoldina – ITM) e para aquelas hospedadas

nos principais redutos de hotéis como República, Consolação, Bela Vista e Jardim

Paulista. Esse fato garante ao turista certa liberdade para fazer visitas por conta

própria. Entretanto, turistas que buscam os espaços de eventos localizados na zona

33,8%

12,7%18,3%

12,7%

14,1%

8,5%

Acontecimentos Programados Divertimento Histórico-cultural

Manifestações e Usos Populares Natural Técnico-científica

69sul (Cursino - Imigrantes, Santo Amaro – Expo Center Transamérica e Moema –

Pavilhão da Bienal) enfrentam problemas. Esses locais ficam distantes das regiões

Oeste e Central e, além disso, não há transporte público eficiente que ligue estas

regiões. Os hóspedes dos luxuosos hotéis da região da Berrini também enfrentam o

problema da distância e do acesso. Tais dificuldades podem levar o turista a

restringir suas visitas aos atrativos da cidade e, provavelmente, eles se limitarão a

procurar atrativos da Região Sul.

Mesmo, sendo numerosos e diversificados os atrativos de São

Paulo parecem ser pouco procurados por grupos de turistas. A demanda por roteiros

turísticos pela cidade, apoiados em ônibus ou vans, é eventual, conforme depoimento

de funcionários de hotéis e agências que atendem basicamente o público de negócios.

A oferta de atrativos foi analisada para verificar a disponibilidade de

recursos oferecidos ao turista de negócios para eventual uso de seu tempo livre. A

ampliação do tempo de permanência poderá vir em decorrência dessa procura que,

certamente será facilitada se houver uma rede de meios de hospedagem eficiente,

adequada e de acesso fácil em relação aos objetivos deste segmento.

70

2.3. Hotelaria em São Paulo: características e localização

Com relação à infra-estrutura de hospedagem observa-se que a

hotelaria paulistana passou por uma fase de ampliação e reformulação na última década

e, hoje, estão instalados hotéis de diversas redes hoteleiras internacionais, com

empreendimentos desde super luxo até hotéis econômicos (CARVALHO; 2000:209-

210). Esse processo introduziu novos conceitos de serviços e de qualidade no

atendimento. Segundo a ABEOC estima-se que, atualmente, São Paulo conte com

aproximadamente 66 mil unidades habitacionais (UHs), incluindo a oferta de flats

(ABEOC Apud MARTIN, 2002:3-4)

Entende-se que para estudar o turista de negócios, é fundamental

conhecer o conjunto e as características dos hotéis de São Paulo. Além disso, é

importante avaliar a sua distribuição pelas regiões administrativas do município e

conhecer as suas categorias em relação ao conforto.

Dados sobre a nova matriz de classificação hoteleira, elaborada por

um convênio entre a EMBRATUR e a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira

(ABIH)16, viabilizaram a análise das categorias dos hotéis de São Paulo. Novas normas

sobre classificação de meios de hospedagem estão vigentes desde 2002 e os antigos

regulamentos de fiscalização e procedimentos de classificação da EMBRATUR, que

obrigavam os hotéis a colocarem, em local visível, uma placa divulgando sua

classificação junto ao órgão federal, foram revogados por uma deliberação normativa.

Assim ficou facultativo aos meios de hospedagem requerer a classificação mediante o

pagamento de uma taxa, dependendo da categoria do estabelecimento. Todavia

16 Associação que reúne hotéis de todo o Brasil, com forte representatividade junto ao setor e em

conselhos instituídos pela EMBRATUR.

71verificou-se que apenas 20 hotéis, em todo o País, estão oficialmente classificados

pela nova matriz e nenhum destes localiza-se em São Paulo.

Diante desta constatação, percebeu-se que seria necessário buscar uma

nova fonte que descrevesse os meios de hospedagem de São Paulo, da forma mais

próxima, possível, da classificação oficial. Então recorreu-se ao Guia Brasil 4 Rodas,

referente a 2005, que relaciona 132 hotéis e 86 flats classificando-os entre as categorias

luxo (que será considerada similar a 5�), muito confortável (4�), confortável (3�),

médio conforto (2�) e simples (1�). Esse guia também indica o endereço dos

estabelecimentos, permitindo a localização dos hotéis nas cinco regiões de São Paulo. A

utilização desta fonte justifica-se pelas sucessivas classificações que este periódico vem

apresentado dos hotéis do País. Entretanto, alguns hotéis tradicionais como o Maksoud

Plaza não constavam neste guia e, além disso, hotéis simples não foram avaliados por

esta fonte, que tem caráter eminentemente comercial. Assim, em virtude de fatores

subjetivos, alguns empreendimentos hoteleiros podem não ter sido divulgados. Decidiu-

se, então, por buscar outras fontes que relacionassem hotéis e serviços, de forma a

viabilizar uma categorização similar à atribuída pelo Guia Brasil 4 Rodas, para

completar a lista de hotéis da cidade.

Utilizou-se dados do site www.hotelonline.com.br que divulga uma

lista com quase 300 hotéis e flats localizados na capital paulista, sendo que 197 destes já

constavam da relação do Guia 4 Rodas. Dos 101 restantes, 51 estavam desativados ou

não foi possível fazer contato telefônico para atestar sua categoria de conforto. Outros

50 foram contatados e verificando-se alguns dados básicos (anexo 5), atribuiu-se

categoria similar à adotada pelo Guia 4 Rodas.

72Além disso, fez-se uma comparação com a lista dos hotéis

divulgados no site oficial da cidade17, que somam 318, mais os 144 flats e três

albergues, totalizando 465 equipamentos de hospedagem na cidade de São Paulo, dos

quais 203 foram incluídos na lista de hotéis elaborada para este estudo, considerando a

região em que estão localizados e a categoria, segundo os dados básicos fornecidos no

site, sobre serviços e acomodações destes empreendimentos hoteleiros.

49,7%

20,0%

22,5%

5,3% 2,5%

Uma Duas Três Quatro Cinco

Gráfico 2.3.1.: Categoria dos Meios de Hospedagem de São Paulo

17 http://www.cidadedesaopaulo.com/ acessado em 21/01/2005.

73

No conjunto, o levantamento considerou 471 meios de hospedagem

instalados na cidade de São Paulo, incluindo-se hotéis, flats e albergues, que foram

classificados segundo suas condições de conforto. Essa avaliação foi feita de acordo

com os serviços e equipamentos que oferecem, com base nos critérios divulgados no

Guia Brasil 4 Rodas 2005.

47,3%

26,8%

19,5%

3,8% 2,5%

Central Oeste Sul Norte Leste

Gráfico 2.3.2.: Distribuição dos Meios de Hospedagem pelas Regiões de São Paulo

O que se observou com este levantamento foi que quase a metade dos

empreendimentos hoteleiros da cidade de São Paulo são simples, considerados como

1� (49,7%). Trata-se de hotéis de pequeno porte com uma oferta entre 20 e 100 UHs

que, na maioria dos casos, não oferecem serviços de internet, room service,

equipamentos de lazer ou estacionamento. São negócios familiares, com poucas redes

hoteleiras, atuando neste segmento até o momento desta análise, podendo-se citar

apenas três hotéis da bandeira Formule 1 da rede Accor, considerados como super

econômicos. No geral, estes meios de hospedagem têm a média das diárias entre R$

30,00 e R$ 70,00.

74Verifica-se que 33,1% estão localizados na Região Central, que é

bem servida por estações de metrô e linhas de ônibus metropolitano, facilitando o

deslocamento dos turistas pela cidade toda; 7,0% na Região Oeste, bem distribuídos por

todos os distritos, mas poucos estão nos arredores do ITM Expo Feiras e Convenções;

4,9% na Região Sul, com destaque para as imediações do aeroporto de Congonhas,

2,8% na Região Norte, nas proximidades do terminal rodoviário do Tietê e,

conseqüentemente, perto do Pavilhão do Anhembi e do Expo Center Norte; e 1,9% na

Região Leste, com concentração no distrito do Brás, que tem vocação comercial.

33,1

7,0

4,9

2,81,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

%

Central Oeste Sul Norte Leste

Gráfico 2.3.3: Distribuição dos Meios de Hospedagem 1 ���� pelas Regiões de São Paulo

75

7,6

8,7

3,4

0,00,2

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

%

Central Oeste Sul Norte Leste

Os hotéis de categoria de médio conforto, ou seja, 2�, oferecem

serviços e equipamentos variados e com qualidade um pouco superior aos classificados

com 1�. Cobram diárias mais elevadas, que giram em torno de R$ 70,00 e R$ 150,00.

Estes empreendimentos também têm características de empresas familiares. Como

exemplo de bandeira de rede internacional classificada com 2�, pode-se citar o IBIS,

também da rede Accor, que possui apartamentos confortáveis mas não oferece serviço

de quarto, de mensageiro ou outras facilidades.

Os hotéis e flats de 2� somam 20% da oferta de meios de

hospedagem da cidade, sendo que 8,7% destes estão na região oeste, 7,6% na região

central e 3,4% na Região Sul e apenas 0,2% na região leste. Não existe nenhum hotel

desta categoria na Região Norte, exatamente onde se concentram os centros de

exposições que abrigam as feiras de negócios.

Gráfico 2.3.4: Distribuição dos Meios de Hospedagem 2 ���� pelas Regiões de São Paulo

76O número de meios de hospedagem confortáveis, considerados 3�,

supera um pouco os de 2�, representando 22,5% da oferta hoteleira de São Paulo. São

hotéis ou flats que oferecem serviços de qualidade como room service 24 horas por dia,

business center com facilidades como fax, computador, impressora, internet para

viabilizar o dia-a-dia do turista de negócios, restaurantes e, usualmente, possuem

equipamentos de lazer como fitness center, piscina e sauna. Na maioria, são

empreendimentos de redes hoteleiras como a bandeira de flats Parthenon e

Transamérica e hotéis como o Blue Tree. As diárias variam entre R$ 150,00 e R$

300,00.

Grande parte destes meios de hospedagem localiza-se na Região Sul

(9,1%), com concentração nos distritos de Moema e Vila Mariana, que estão perto do

Pavilhão da Bienal e no distrito de Santo Amaro, com destaque para as imediações da

avenida Luiz Carlos Berrini e rua Américo Brasiliense, áreas que concentram sedes de

grandes empresas e estão próximos ao Expo Center Transamérica. Vale destacar, que é

quase nula a oferta de hotéis 3� nas imediações do Centro de Exposições Imigrantes.

A Região Oeste abriga 7,0% de hotéis 3�, que se aglutinam no

distrito do Jardim Paulista. Esta possui comércio sofisticado e vários estabelecimentos

de entretenimento e gastronomia, além de ruas arborizadas e bairros residenciais.

Distrito limítrofe à avenida Paulista o Jardim Paulista é servido por metrô, o que facilita

o deslocamento pela cidade. Quem se hospeda nesta região está próximo à Região

Central, mas em um ambiente urbano que possui vida noturna mais animada que a do

centro da cidade que, em virtude de suas características como centro de negócios,

apresenta, durante a noite, logradouros ocupados por moradores de rua e marginais.

Avalia-se que os investidores do setor hoteleiro têm preferência por distritos

77contemplados com a lei de zoneamento, que viabiliza conjugar as funções comercial

e residencial.

A Região Norte conta com 1,1% da oferta de hotéis 3�, que se

posicionam nas proximidades do Expo Center Norte (Novotel Expo Center Norte) e do

Pavilhão do Anhembi (Holiday Inn Park Anhembi). A Região Leste possui, apenas,

0,4% de hotéis 3�.

4,9

7,0

9,1

1,1

0,4

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

%

Central Oeste Sul Norte Leste

Gráfico 2.3.5: Distribuição dos Meios de Hospedagem 3 ���� pelas Regiões de São Paulo

78

Os hotéis de categoria 4� são considerados muito confortáveis em

função de suas instalações, pois têm a decoração sempre renovada, transmitindo a

sensação de um espaço novo, sofisticado, limpo e organizado. No geral possuem áreas

com dimensões maiores que os hotéis de menor conforto. Oferecem, também, serviços

de qualidade e equipamentos de lazer variados. Cobram diárias entre R$ 300,00 e R$

500,00.

Este tipo de estabelecimento hoteleiro totaliza apenas 5,3% das opções

de hospedagem de São Paulo, e se concentra na Região Oeste (2,8%), possivelmente

pelos mesmos motivos apontados para a categoria de hotéis 3�. Nas regiões Sul e

Central com a participação de 1,3%, cada uma. Importante destacar que não existe

oferta de hotéis desta categoria nas regiões Norte e Leste.

1,3

2,8

1,3

0,0 0,0

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

Central Oeste Sul Norte Leste

Gráfico 2.3.6: Distribuição dos Meios de Hospedagem 4 ���� pelas Regiões de São Paulo

79

Já os hotéis 5�, além de muito conforto, oferecem serviços de

luxo, com atendimento personalizado e equipamentos de gastronomia e lazer

diferenciados, cobram diárias superiores a R$ 500,00. Representam apenas 2,5% da

oferta de empreendimentos hoteleiros. Entretanto, são construções de grande porte com

uma média de 220 apartamentos por hotel, o que representa quase 3.000 UHs, em São

Paulo, destinadas a um público elitizado, pois as diárias cobradas superam o salário

mínimo.

Os hotéis luxuosos, 5�, localizam-se, principalmente, na Região

Oeste (1,3%), especificamente no distrito do Jardim Paulista. A região Sul conta com

0,8% destes empreendimentos, nas proximidades da avenida Luiz Carlos Berrini, e

0,4% estão na região Central, no distrito da Bela Vista, localizados próximos à avenida

Paulista, que faz divisa com o Jardim Paulista.

0,4

1,3

0,8

0,0 0,0

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Central Oeste Sul Norte Leste

Gráfico 2.3.7: Distribuição dos Meios de Hospedagem 5 ���� pelas Regiões de São Paulo

80A análise geral da hotelaria paulistana mostra que a maior oferta de

estabelecimentos hoteleiros na cidade de São Paulo é de categoria simples. Entretanto, o

número de UHs deste tipo de hotel deve ser superado pelas UHs de hotéis de 3� e 4�,

pois estes últimos constituem empreendimentos de porte maior e apesar de totalizarem

menor número de estabelecimentos acabam somando uma oferta maior de

apartamentos.

Foi possível avaliar ainda, que a maioria dos hotéis da cidade está

localizada na Região Central e em bairros próximos, ou seja, no centro expandido, tal

como ocorre com a oferta de atrativos.

Figura 3: Mapa do Centro Expandido Considerado na Lei de Trânsito da Cidade de São Paulo

Fonte: <http://www.sodesp.com.br/rodizio.htm> acessado em 22/01/05.

81O centro expandido compreende todos os distritos da Região

Central; parte de alguns distritos da Região Leste, como Brás, Mooca, Belém e Pari;

alguns distritos da Região Oeste, como Barra Funda, Perdizes, Pinheiros, Jardim

Paulista , na sua totalidade e parte do Itaim Bibi; e os bairros da Região Sul como

Moema e Vila Mariana e fração dos bairros da Saúde e Ipiranga. Não abrange nenhuma

área da Região Norte.

Com base na figura 3 destaca-se, mais uma vez, a avenida Paulista que

liga os bairros da Consolação ao da Vila Mariana. Esta artéria de circulação localiza-se

quase no núcleo do centro expandido, o que serve para reforçar sua importância na

rotina da cidade como nó nevrálgico do tráfego de pessoas, e como área de

concentração de comércio e serviços, opções de lazer, linhas de metrô e outras

facilidades. Essas condições contribuem para consolidar sua imagem de representante

da efervescência de São Paulo.

A dimensão ampla da cidade de São Paulo inserida na metrópole dá a

idéia de um mega espaço que inviabiliza a organização de roteiros turísticos. Porém,

verificando-se apenas o centro expandido, ressalta a distribuição aglomerada dos hotéis

e atrativos, o que facilita os itinerários de visitação turística.

2.4. Agências de Turismo receptivo em São Paulo: atuação e estrutura funcional

Agências de turismo receptivo são tratadas em obras de vários autores.

Destacam-se Tomelin (2001) e Vogeler Ruiz e Hernández Armand (1997) que

descrevem as tipologias das agências de viagem; Gonzalez Cobreros (1999) que aborda

produtos de agências voltados para o turismo urbano e metropolitano; e Fremont (1983)

que trata dos procedimentos de uma agência de viagens. Além destes autores, Tavares

82(2002) explica os serviços de city-tour ressaltando os problemas que São Paulo

enfrenta diante do agenciamento de roteiros turísticos.

Este é um tipo especial de agência, pois fornece serviços para

operadoras turísticas e para o próprio turista, enquanto este está viajando. Tomelin

explica:

“As agências de receptivo prestam serviços para as operadoras de turismo por meio do oferecimento ao turista de uma gama variada de serviços, como transfers entre aeroporto e hotel (e vice-versa), city-tours e assessoria ao turista enquanto ele estiver no destino da viagem. Além de prestarem serviços e serem pagas por isso pelas operadoras e agências, as agências de receptivo obtêm receita pela montagem de passeios e programas que são oferecidos ao turista e cobrados à parte do pacote turístico.” (TOMELIN, 2001:25)

Tavares trata de roteiros turísticos e da importância deste serviço para

o desenvolvimento do turismo, uma vez que, potencializam atrativos por meio de sua

contextualização histórica e social, e viabilizam a visitação de pontos dispersos pela

cidade, facilitando o consumo do produto turístico. Esta autora identificou 12 agências

atuantes com receptivo em São Paulo (TAVARES, 2002:9-64), mas seus dados não são

suficientes para esclarecer a realidade deste segmento. Assim iniciou-se um

levantamento das empresas que fazem estes serviços na capital paulista, pois alguns

aspectos peculiares foram percebidos e mereceram ser investigados como: a ausência

deste tipo de agência em hotéis e a pouca divulgação de roteiros pela cidade.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV-SP)18

registra mais de 450 agências com sede na cidade de São Paulo. Para distinguir as que

trabalham com serviços de receptivo foi utilizado material da Diretoria de Turismo

Receptivo, que aponta dez empresas, na metrópole, especializadas nestes serviços.

18 www.abav.org.br acessado em 02/06/2004

83O pequeno número de agências de receptivo pode ser explicado pela

característica eminentemente emissora que São Paulo detém. Em virtude desse fato, as

agências se especializam na venda de pacotes e serviços para outros destinos e poucas

se dedicam ao turismo receptivo. Isto se confirma com as estatísticas da EMBRATUR19

dos últimos anos que revelam que o município é o principal pólo emissivo de turistas do

Brasil e, também o que mais envia turistas para o exterior.

Considerando que existe uma associação de empresas que trabalham

com turismo receptivo, a Brazilian Incoming Tour Operators (BITO)20 verificou-se as

agências paulistanas associadas e constatou-se que apenas uma, das 41 associadas, tem

sede em São Paulo, e esta já havia sido listada pela ABAV-SP.

Em virtude do pequeno número de empresas localizadas e, também

sabendo que nem todas as agências são filiadas a ABAV foi necessário recorrer aos

serviços de receptivo no site do Convention & Visitours Bureau de São Paulo

(SPC&VB)21. Esta nova pesquisa revelou seis agências pertencentes ao receptivo. O

exame do Guia 2004 de São Paulo do SPC&VB, relaciona 17 agências de viagens e

operadoras de turismo receptivo. Somando-se as agências do site e do guia, e excluindo

as coincidentes, obteve-se um total de 18 agências de receptivo referendadas por este

órgão. Destas, seis também estavam incluídas na lista da ABAV-SP.

A verificação das 13 agências de receptivo divulgadas no site oficial

dos atrativos e serviços turísticos do município22, mostrou que seis delas coincidiam

com as divulgadas pelo SPC&VB e pela ABAV-SP. No levantamento das agências

19 Anuário Estatístico da EMBRATUR dos anos de 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003

www.embratur.gov.br acessado em 09/10/2004 e em 23/12/2004. 20 <http://bito.com.br/index.htm> acesso em 17/12/2004 21 <http://www.spcvb.com.br> acesso em 08/04/2004. 22 www.cidadedesaopaulo.com.br

84relacionadas no Panrotas23, que se colocavam como especializadas em receptivo,

foram encontradas 24 agências, sendo que quatro já constavam das listas anteriores.

Além destes canais de divulgação e das associações, outros cinco

nomes de agências de receptivo foram indicados por pessoas que trabalham em agências

de viagens ou em hotéis renomados da cidade de São Paulo. Entretanto, através de

contato com os prestadores de serviços, descobriu-se que duas delas não são empresas

regularmente constituídas, sendo consideradas informais, apesar de prestarem serviços

regulares de city-tour e de serem recomendadas por recepcionistas de hotéis. Isso indica

a fragilidade do setor com relação às questões legais e também, de marketing, pois

pessoas físicas acabam divulgando seus serviços de forma mais eficiente que as

agências de receptivo especializadas.

Para completar a investigação do universo de agências de receptivo de

São Paulo, foram listadas todas as citadas pelos entrevistados na pesquisa realizada com

os visitantes das feiras de negócio e constatou-se, através da busca na internet, que

apenas quatro delas efetivamente, oferecem serviços de receptivo, sendo que uma,

apesar de divulgar em seu site passeios em pontos turísticos do município, está sediada

em Campinas. Esta última foi desconsiderada no levantamento final das agências de

receptivo de São Paulo, além de outras duas que já figuravam nos levantamentos

anteriores.

Este exaustivo trabalho de busca revelou um universo de 53 agências

em São Paulo, que afirmam trabalhar com serviços de receptivo. Assim, compilando-se

os dados destas diversas fontes foi possível relacionar endereço e outros dados

cadastrais destas empresas (anexo 6).

23 Revista utilizada por agencias de viagens, que entre outras informações, possui uma seção que

relaciona nome e endereço das agências assinantes de todo o Brasil, destacando, com pequeno asterisco, aquelas especializadas em turismo receptivo.

85A partir deste rol, foram analisados os sites das agências

verificando-se que muitas não têm o receptivo como principal serviço. Como

instrumento de verificação, solicitou-se, por e-mail, a elaboração de um roteiro

específico para um grupo de estrangeiros que gostaria de visitar museus no feriado de

15 de novembro de 2004. De todas as agências apenas seis responderam ao pedido

informando o roteiro e os preços. Entretanto, apenas uma percebeu que o dia solicitado

era uma segunda-feira, único dia em que, tradicionalmente no mundo inteiro, os museus

não abrem para a visitação, inviabilizando, portanto, o roteiro.

Este fato indicou que as agências de receptivo de São Paulo não estão

realmente estruturadas e preparadas para atender àqueles que desejam visitar os

atrativos turísticos da capital. Do universo de empresas apenas 11,3% atenderam a uma

solicitação de serviços e não atentaram para o fato mais importante em agenciamentos

turísticos, que é a viabilidade de realização do roteiro. Assim, resolveu-se fazer uma

pesquisa diretamente com estes prestadores de serviços para colher dados sobre clientes,

principais produtos e serviços oferecidos, a fim de melhor entender este ramo da

atividade turística de São Paulo.

Um questionário sucinto foi aplicado aos responsáveis pela empresa,

visando conhecer as principais características destas agências com relação à sua atuação

junto aos turistas e a sua estrutura funcional (anexo 7). Com este trabalho descobriu-se

que doze das empresas pesquisadas não trabalham efetivamente com receptivo em São

Paulo ou então, terceirizam todos os serviços e, portanto, não se consideram agências de

receptivo. A avaliação mostrou outros problemas: o telefone de três agências não foi

atendido por dias e horas consecutivos; em três delas os responsáveis não quiseram

responder ao questionário; e uma agência solicitou que o questionário fosse enviado por

86e-mail, mas não o respondeu até a conclusão deste estudo. Restaram, assim, 34

agências por meio das quais foi possível aferir como atuam no receptivo da cidade de

São Paulo e saber a estrutura funcional predominante.

22,6%

13,2%64,2%

Não trabalham com receptivo Sem resposta Trabalham com receptivo

Gráfico 2.4.1: Atuação das Agências de Receptivo

Entre as pessoas que responderam ao questionário, 41,2% são

proprietários ou diretores, representantes com grande conhecimento do funcionamento e

propósito da empresa, com condições de explicar o que realmente acontece com o

negócio de agências de receptivo. Outros 35,3% correspondem a pessoas com cargo de

gerente, supervisores ou coordenadores de áreas, com conhecimentos suficientes para

dar informações coerentes e precisas. O restante, 23,5%, refere-se a pessoas que fazem

o atendimento diretamente do público, funcionários titulados como agentes de viagens,

consultores de viagem ou atendentes, que podem não ter informações precisas sobre os

objetivos e o planejamento estratégico da empresa, entretanto conhecem os produtos

87vendidos e sabem quem os consomem, podendo, assim, dar respostas coerentes ao

que foi questionado.

23,5%

41,2%

35,3%

Agente Diretor proprietário Gerente

Gráfico 2.4.2: Representantes das Agências

Com relação à atuação da agência junto aos turistas foram verificadas

informações sobre os meses de maior procura, para avaliar a sazonalidade, as

características dos principais consumidores, os produtos mais vendidos, divulgação dos

serviços, a idéia que fazem do turista de negócios enquanto consumidor de atrativos

turísticos de São Paulo e as principais dificuldades enfrentadas neste ramo de atividade.

Nas agências, os meses apontados como sendo os de maior procura de

produtos concentram-se no segundo semestre: novembro (11,3%), outubro (10,8%),

setembro (10,8%) e agosto (9,8%). Por outro lado, os meses de janeiro (2,1%), fevereiro

(4,6%) e dezembro (5,7%) são os de menor movimento. As feiras de negócios

88predominam em agosto e setembro e os meses de menor ocorrência destes eventos

são dezembro e janeiro. Percebe-se que há coincidência em ambos os casos, levando à

possibilidade de que os turistas visitantes de feiras de negócios sejam os principais

consumidores de serviços receptivos.

2,1

4,6

9,38,8

9,3 9,3

8,2

9,8

10,8 10,8

11,3

5,7

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

%

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembo

Gráfico 2.4.3: Meses de Maior Procura

Destacam-se como principais consumidores dos serviços de receptivo,

os operadores e agências do exterior ou de outras cidades do Brasil (46,0%). Isso mostra

que as empresas estão habituadas a atender, basicamente, turistas estrangeiros que

visitam São Paulo intermediados por agências ou através de pacotes turísticos. A seguir,

aparecem consumidores diretos (34,0%), sendo que algumas agências citam os

hóspedes de hotéis. O que indica que mesmo sem a presença de agências em lobbies de

hotéis há procura por serviços de receptivo, que acabam sendo indicados

informalmente, por recepcionistas, uma vez que as agências não estão localizadas nas

proximidades dos distritos onde os hotéis estão fixados. Além disso, este processo de

comunicação dá margem à atuação de empresas ilegais, como já foi dito. Entre os

89consumidores diretos estão os participantes de feiras de negócios, mostrando que os

turistas de negócios também utilizam serviços de agências de receptivo. Algumas

agências (8,0%) atendem outras, da própria cidade de São Paulo atuando como

terceirizadas; 6,0% vendem seus serviços para empresas que enviam funcionários para

São Paulo; e outras 6,0% para organizadoras de eventos. Assim é reforçada a idéia de

que os turistas de negócios servem-se das agências de receptivo, que podem não ser a

maioria, mas que têm alguma relevância para o setor.

Com relação aos produtos que as agências de receptivo mais vendem

destacam-se os city-tours (45,5%) e os transfers ou traslados (32,7%), as reservas em

hotéis (12,7%) e a realização ou intermediação de eventos (3,6%). Já 5,5% deram

respostas que não se encaixam nestas categorias. Estes dados indicam que, realmente,

existe visitação de atrativos turísticos da cidade de São Paulo conduzida por agências de

receptivo, que também oferecem assistência ao turista na cidade com serviços de

transporte, hospedagem e eventos, tendo, assim, condições para atender aos turistas de

negócios.

90

45,5

32,7

12,7

5,53,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

City Tour Transfer Hotel Outros Eventos

Gráfico 2.4.4: Principais Serviços Vendidos

A forma de divulgação mais utilizada pelas agências pesquisadas é o

folder (25,0%) descritivo e promocional dos serviços de receptivo, seguida da internet

(22,5%) como canal de divulgação e a participação em eventos e montagem de estandes

11,2% e na mesma proporção, anúncios em revistas e jornais. Os hotéis (8,8%), as

agências e operadoras turísticas (7,5%) figuram como outros canais de divulgação.

Indicação e propaganda boca-a-boca corresponderam a 3,8%. As demais respostas

(10,0%) não se enquadram em nenhuma destas categorias, pois estavam ligadas às ações

diferenciadas em aeroportos, órgão públicos ou junto a câmaras de comércio.

A grande maioria dos responsáveis pelas agências (73,5%) acredita

que os turistas de negócios têm interesse em visitar pontos turísticos de São Paulo,

entretanto alguns comentam que isto acontece esporadicamente pois falta estímulo e

divulgação dos atrativos para este público, e que esta demanda tem aumentado

ultimamente. Já 26,5% dizem que o turista de negócios não faz passeios a pontos

91turísticos da cidade e apontam que é um público que não tem tempo para este tipo de

atividade ou não tem informação sobre a oferta de atrativos. Em um ponto os que

responderam positiva ou negativamente a esta questão concordam: há falta de

divulgação sobre os atrativos turísticos de São Paulo para os turistas de negócios.

Gráfico 2.4.5: Interesse do Turista de Negócios por Atrativos Turísticos

Entre as principais dificuldades enfrentadas para operar o turismo

receptivo em São Paulo, 34,8% estão ligadas aos problemas de acesso a atrativos, às

opções de estacionamento e ao trânsito da cidade. Em seguida, aparecem a falta de

ações públicas (22,7%) para regulamentar e ordenar o turismo no município, o excesso

de leis e a burocracia que dificultam a atuação das empresas de turismo receptivo que,

além disso, não contam com apoio governamental para ampliar a atuação. Do total,

10,6% referem-se à falta de divulgação dos atrativos turísticos e da cidade propriamente

dita, que não possui um símbolo ou uma política de sinalização eficiente. Assim, pode-

se dizer que 33,3% das respostas estão relacionadas às medidas que devem ser tomadas

pelo poder público. Interessante destacar que 16,7% das dificuldades apontadas estão

2 6 ,5

7 3 ,5

0 ,0

1 0 ,0

2 0 ,0

3 0 ,0

4 0 ,0

5 0 ,0

6 0 ,0

7 0 ,0

8 0 ,0

%

N ão S im

92ligadas a problemas do próprio setor de agenciamento e turismo como: a falta de

mão-de-obra especializada, localização e tarifas dos hotéis como fator limitante de

demanda e a desunião das agências de receptivo para buscar soluções conjuntas. Por

fim, são citados problemas urbanos (15,2%) como violência, falta de segurança, limpeza

pública e a presença de camelôs e moradores de rua, deficiências mais amplas que

também competem à instância governamental, e que não podem ser solucionadas a

curto ou médio prazo, pois têm relação com questões mais amplas socioeconômicas,

culturais e estruturais.

Para analisar a estrutura funcional das empresas verificou-se o tempo

de atuação da empresa em serviços receptivos e a participação desses serviços no

faturamento total da empresa, o que permitiu verificar a representatividade deste tipo de

serviço. Para saber o porte da empresa, investigou-se o número total de funcionários e

aqueles que trabalham exclusivamente com receptivo; a existência de frota própria e os

serviços que são terceirizados. Vale destacar que 23,5% dos entrevistados não quiseram

informar o número do CNPJ das empresas, documento que confirma a legalidade de

atuação da empresa, mas acredita-se que esta recusa esteja ligada a preocupações

comerciais, considerando-se que todas as empresas listadas atuem regularmente, pois

figuram em canais de divulgação conceituados como Panrotas e sites de associações e

órgão oficiais.

Com relação ao tempo de atuação em serviços receptivos, observa-se

que a maioria das empresas está no mercado há mais de nove anos (50,0%), aparentando

serem tradicionais no setor; 38,2% estão atuando apenas nos últimos quatro anos, sendo

que 5,9% destas têm menos de um ano ramo, mostrando que o setor está se renovando.

Ainda existem empresas, cujo tempo de atuação é de cinco a nove anos (11,8%), que já

podem ser consideradas consolidadas no mercado.

93Os serviços de receptivo representam mais de 60% do faturamento

para 41,2% das empresas investigadas, e 8,8% atribuem entre 40% e 60% do

faturamento aos serviços receptivos. Este grupo de empresas mostra que, realmente, se

dedicam a este setor do turismo. Entretanto, para 20,6%, estes serviços não chegam a

10% do faturamento; 14,7% indicam que os serviços de receptivo contribuem com

aproximadamente 10% e 20% do faturamento e 8,8% entre 20% e 40%, dados que

revelam que, dentre as empresas pesquisadas, existe um representativo número de

agências que não são especializadas em turismo receptivo e que possivelmente não

oferecem serviços de qualidade porque este setor não é sua prioridade nem seu principal

serviço. Destaca-se que 5,9% não responderam a esta questão.

Verifica-se que 41,2% das agências têm entre 6 e 10 funcionários,

8,8% entre 11 e 20 funcionários e 17,7% têm mais de 20, indicando que são empresas

de médio a grande porte. Considerando que dados da EMBRATUR24 mostram que as

agências de viagens do Estado de São Paulo têm em média 5,3 funcionários e a média

brasileira é de 4,6 funcionários por agência, podendo-se perceber que este grupo de

empresas tem um número de funcionários superior à média. Entretanto, 20,6% são

empresas de pequeno porte, com menos de 3 funcionários, e 8,8% têm entre 3 e 5

funcionários.

24 Publicação da Embratur sobre: Mão-de-obra empregada nas atividades turísticas em 2002. Compilação

de dados sobre o mercado formal de trabalho em atividades turísticas geradas a partir de informações coletadas na RAIS – Relação Anual de Informações Sociais, editada a partir de base de dados cedidos sobre os setores de alojamento, alimentação, agência de viagem, atividades recreativas, transporte rodoviário não urbano, transporte aéreo e aluguel de automóveis.http://www.embratur.gov.br/br/conteudo/ver.asp?conteudoId=1152&id=160 acessado em 09/01/2005.

94

20,6

8,8

41,2

8,8

17,6

2,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

%

Até 3 de 3 a 5 de 6 a 10 de 11 a 20 mais de 20 Sem resposta

Gráfico 2.4.6: Número de Funcionários

95

A análise do número de funcionários dedicados exclusivamente aos

serviços receptivos, mostra que a grande maioria das empresas (32,4%) têm entre um e

dois funcionários específicos de receptivo e 29,4% das agências contam com um quadro

entre 3 e 4 funcionários de receptivo, o que comprova que, nem sempre, este é o

principal produto das agências pesquisadas. Mas 23,5% das agências têm entre 5 e 10

funcionários atuando apenas com receptivo e 11,8% possuem mais de 10 funcionários

especializados. Aponta-se que 2,9% não responderam a esta questão alegando ser uma

informação confidencial.

32,4

29,4

23,5

11,8

2,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

%

de 1 a 2 de 3 a 4 de 5 a 10 mais de 10 Sem resposta

Gráfico 2.4.7: Funcionários Específicos de Serviço Receptivo

Observa-se que é maior o número de agências de receptivo que não

contam com frota própria (58,8%) e, daquelas que possuem veículos (41,2%), a maioria

disponibiliza para o serviço de receptivo automóveis de luxo (45,4%) transportando, no

96máximo, 3 pessoas; em seguida as vans, com 36,4%, veículos com capacidade para

até 12 pessoas; e, por fim, os ônibus e microônibus que transportam mais de 20 pessoas,

com 18,2%. Percebe-se que, em geral, os serviços de receptivo têm estrutura própria

para transportar pequenos grupos de turistas, fato que atende à demanda de turistas de

negócios que necessita de serviços específicos e individualizados.

58,8%

41,2%

Nâo Sim

Gráfico 2.4.8: Frota Própria

45,5

36,4

18,2

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

%

Carro Van Õnibus / microonibus

Gráfico 2.4.9: Tipos de Veículo

No geral, observa-se que quase a totalidade das agências investigadas

terceirizam os serviços de guias e de transporte (88,2%), indicando que as pessoas que

97têm contato direto com o turista, não têm vínculo empregatício. Deste modo, a

garantia da qualidade destes serviços fica prejudicada, e a agência corre o risco de, em

determinado dia, não conseguir contratar o profissional em que confia e, assim, acaba

recorrendo a um cadastro sem ter certeza da competência do profissional que está

terceirizando. Das empresas entrevistadas 5,9% só utilizam o transporte terceirizado,

pois têm guias em seu quadro de funcionários. 2,9% terceirizam apenas os guias, pois

utilizam frota própria. Entretanto algumas agências recorrem a outros serviços

terceirizados, como motoristas, recepcionistas no aeroporto e monitores (2,9%).

88,2%

5,9%

2,9%

2,9%

Guias e Transporte Transporte Guias Outros

Gráfico 2.4.10: Serviços Terceirizados

3. O UNIVERSO DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS

983.1. Os números das feiras em São Paulo

O fato de São Paulo ser um centro comercial de relevância para a

economia nacional, aliado às condições dos serviços e equipamentos turísticos

oferecidos e às campanhas institucionais de captação de eventos para a cidade, faz com

que a capital paulista seja palco de inúmeros eventos de abrangência nacional e

internacional. Pesquisas do São Paulo Convention & Visitor Bureau (SPC&VB) aponta

que são realizados, aproximadamente, 74 mil eventos, entre feiras, congressos,

convenções, treinamentos e encontros educacionais, na cidade, por ano. Só em São

Paulo, o setor de eventos movimentou, no ano de 1999, R$ 2,6 bilhões, em 2000 cerca

de R$ 3,5 bilhões e estima-se que 432 mil postos de trabalho estejam ligados direta ou

indiretamente a eventos, com influência sobre 56 setores econômicos diferentes.

(MARTINS, 2002:3-4).

São 31 empresas organizadores de eventos associadas à União

Brasileira dos Promotores de Feiras (UBRAFE), que têm sede na região da Grande São

Paulo, sendo que, uma análise preliminar sobre as feiras que acontecem no segundo

semestre de 2004 mostra que 10% destas empresas são responsáveis por,

aproximadamente, 80% das grandes feiras de negócios realizadas na cidade de São

Paulo.

Neste setor pujante destacam-se as feiras de negócios, geralmente com

visitação total de mais de 20 mil pessoas, e com duração média de 4 dias. São eventos

que instigam relações comerciais, atraindo negócios e públicos de diversas regiões.

Dados estatísticos compilados pela Associação Brasileira de Empresas de Eventos

(ABEOC -SP) mostram que 70% das pessoas que visitam São Paulo têm os negócios

como motivação. Estes dados apontam, ainda, que 76% das feiras de negócios

realizadas no Brasil acontecem na cidade de São Paulo. Se for computado o número de

99feiras de negócios e os dias no ano, pode-se dizer que, na cidade, ocorre uma a cada

quatro dias, sendo que, em 2003, São Paulo foi sede de 107 feiras. (MARTINS, 2002:3-4).

Vale destacar que novos espaços para feiras e exposições foram

criados nos últimos cinco anos para atender a demanda crescente deste tipo de evento,

como é o caso do Expo Center Transamérica, o ITM Expo e o Frei Caneca Convention

Center. No total, São Paulo possui mais 250 mil metros quadrados de áreas destinadas a

feiras e exposições, como mostra o anexo 8, que lista os dez principais locais onde as

feiras de negócios acontecem. Entretanto, notou-se que, em função da área total, estes

espaços podem ser divididos entre os que têm capacidade para grandes eventos e

aqueles que recebem apenas pequenas feiras, muitas vezes conjugadas com congressos

ou encontros fechados de empresas.

Sendo assim, excluíram-se os espaços com área total inferior a 20 mil

metros quadrados porque só interessavam os locais que comportam grandes feiras de

negócios. Estabeleceu-se, portanto, que os eventos que seriam contabilizados para

compor o universo de turistas de negócios seriam aqueles, cujo número previsto de

visitantes fosse superior a 20 mil pessoas e inferior a 100 mil, conforme embasamento

sobre classificação em razão da dimensão do evento. Na tabela 6 aparecem os espaços

considerados como locais de investigação das grandes feiras de negócios em questão.

Tabela 6

Espaço para Feiras de Negócios na Cidade de São Paulo com Mais de 20.000 m2

Espaço Área Total em m2 Pavilhão de Exposições do Anhembi 75.600 Expo Center Norte 60.596 Centro de Exposições Imigrantes 50.000 ITM Expo Feiras e Convenções 38.000 Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Pavilhão da Bienal) 30.000 Transamérica Expo Center 22.000

Fonte: sites dos espaços de eventos relacionados nas referências bibliográficas.

100

Com base nos dados do SPCVB foi feito o levantamento das feiras

programadas para o segundo semestre de 2004 em São Paulo. No total, 47 feiras foram

relacionadas (anexo 9). Na relação geral das feiras observou-se que muitas eram em

eventos de pequeno porte, com público estimado inferior a 20 mil pessoas, sendo que

alguns não eram abertos ao público ou tiveram seus ingressos vendidos a um grupo

restrito de visitantes, com funções bastante específicas; outros apresentavam

características de eventos para grande público sem focar negócios entre empresas.

Assim, os limites estabelecidos para o universo de pesquisa ficou restringido a 24 feiras

de grande porte com caráter comercial e de abrangência internacional (anexo 10).

3.2. A natureza dos dados no universo das feiras de negócios

A delimitação do universo das feiras e de suas características básicas

foi fundamental para chegar à natureza dos dados que nortearam esta pesquisa. Diante

de um total de 24 feiras de grande porte com um público estimado em 1.424.300

pessoas, foi preciso estabelecer critérios para determinar, nesse universo, a proporção de

feiras e de pessoas que seriam objeto de investigação. Considerando que foi definido

um critério para determinar a amostra de pesquisa e considerando que os eventos se

concentravam nos meses de agosto e setembro, optou-se por investigar as 18 feiras

realizadas neste período. A amostra de eventos pesquisada representa 75% do total do

universo de grandes feiras do segundo semestre de 2004.

Após a definição da amostra foram feitos contatos telefônicos com os

responsáveis pelos espaços listados para a complementação das informações sobre o

calendário dos eventos, organizadores, duração das feiras e outros dados cadastrais que

101serviram para montar a estratégia de investigação de campo. No decorrer deste

levantamento observou-se que da fase de planejamento até a realização do evento,

houve alterações de datas e até mesmo de locais. Assim, as listas que se encontram nos

anexos foram atualizadas correspondendo à realidade do período investigado.

O número de questionários a ser aplicado em cada feira foi

estabelecido a partir do número total de visitantes previstos no universo, totalizando

1.424.300 pessoas.

Na busca por fundamentação, verificou-se que uma pesquisa realizada

em nível nacional, pelo SEBRAE e FBC&VB (2004) revelou que apenas 32,8% dos

participantes dos eventos são relacionados a turistas, sendo os demais ligados a

moradores da própria cidade onde o evento acontece.

Deve-se, entretanto, considerar que por esses dados corresponderem

ao Brasil e serem desconhecidos os critérios utilizados, a falta de outras fontes levou a

se adotar esta proporção para o cálculo da amostra de turistas nas feiras de negócios da

cidade de São Paulo. Com base nessa pesquisa do SEBRAE e FBC&VB chegou-se ao

número de 467.170 pessoas que, possivelmente, residem fora de São Paulo e em seus

municípios limítrofes.

Restava estabelecer o número de questionários a serem aplicados aos

turistas. Para tanto foi utilizado critério de Arkin e Colton que estabelece uma amostra

de no mínimo 1.111 questionários, com uma margem de erro de, aproximadamente, 3%,

na hipótese de p=0,5 com coeficiente de confiança de 95,5%. (ARKIN e COLTON

apud TAGLIACARNE 1976:176). Portanto, ficou determinado que, em cada feira,

seriam aplicados entre 50 e 80 questionários, dependendo das possibilidades de

aplicação e disposição dos visitantes em responder.

102Foi montado um banco de dados com material do site de todos os

18 eventos pesquisados contendo: nome completo do evento, o segmento a que está

ligado, o local onde aconteceria, a data, as empresas organizadoras ou promotoras e o

público estimado para apoiar os preparativos da investigação de campo. Além disso,

esse material possibilitou uma análise sobre a divulgação de serviços e dos atrativos

turísticos em São Paulo.

A pesquisa de campo, junto aos turistas de negócios, foi realizada por

quatro entrevistadores, alunos de turismo, com domínio de no mínimo uma língua

estrangeira, que foram treinados para compreender o propósito de cada pergunta e

aprender as maneiras de abordar os visitantes da feira, procedimentos de auto-

identificação, vestimenta, postura profissional e critérios para descartar entrevistados.

Em média, cada um aplicou 17 questionários em cada feira, o número de questionários

aplicados dependia do volume de pessoas que estava visitando a feira no dia da

pesquisa, por isso nem sempre existe uma proporção coerente com o número de

visitantes previstos e o número de questionários aplicados. Assim, o total referente à

amostra pesquisada foi de 1.183 questionários válidos (anexo 11).

Tabela 7

Eventos Pesquisados, Público Estimado e Questionários Aplicados

Nome da Feira Público Estimado

Número de Questionários Aplicados*

1. ForMóbile – Feira Internacional de Móveis 30.000 83

2. Adventure Sports Fair 2004 86.000 63

3. PhotoImage Brazil – Feira Internacional de Imagem 25.000 61

4. Movimat 2004 – Feira de Logística, Movimentação, Armazenagem e Transporte de Materiais

35.000 64

5. Brasil Fishing Show 2004 30.000 73

1036. IT Brazil Comdex - Feira e Congresso Internacional de Informática e

Telecomunicações 80.000 82

7. 29a Housewares & Gift Fair South America 30.000 52

8. FISP - Feira Internacional de Segurança e Proteção 60.000 87

9. Escolar – 18a Feira Internacional de Produtos para Escola, Papelaria, Escritório e Informática

40.000 68

10. Fiaflora – Feira Internacional de Floricultura, Paisagismo e Jardinagem

38.000 66

11. Expocatólica 2004 – Feira Internacional de Livros e Artigos Religiosos

21.000 62

12. Cosmoprof Cosmética– Feira Internacional da Beleza 80.000 57

13. Feitintas– IV Feira da Indústria de Tintas e Vernizes e Produtos Correlatos

22.000 59

14. Expomusic 2004 - 21a Feira Internacional da Música 43.000 56

15. Fehab – 20a Feira Inter. da Indústria da Construção e Equimac Feira Inter. de Máquinas e Equip. para Construção Civil

65.000 61

16. Equipotel 2004 - 42a Feira Inter. Equipamentos, Produtos e Serviços para Hotéis, Motéis, Flats, Restaurantes e Similares

48.000 67

17. Fesqua – V Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes

20.000 56

18. Pet South America 2004 – Feira Internacional de Produtos e Serviços da Linha Pet e Veterinária

20.000 66

Total 773.000 1.183

Número provável de turistas da amostra (32,8%) 254.200 0,5%

pesquisado

Fonte: Sites dos eventos relacionados nas referências bibliográficas. Adotou-se, como público estimado, o número de visitantes divulgado pelos organizadores que, algumas vezes, relatavam dados da última edição do evento e, em outros, forneciam uma previsão para 2004. * dados do trabalho de campo.

Visando alcançar turistas de negócios, foram estabelecidos os

seguintes critérios para abordar o público das grandes feiras:

1 não ser morador da cidade de São Paulo ou de seus municípios limítrofes;

2 estar na cidade a negócios ou especificamente para participar da feira.

Estas foram questões-filtro da pesquisa. Inicialmente, estabeleceu-se

que só seriam entrevistados os visitantes que pernoitassem em São Paulo, entretanto, no

pré-teste, observou-se que o número de visitantes vindos do interior de São Paulo, com

104permanência de um único dia era bastante significativo, assim alterou-se o

questionário, pois, entendeu-se que este público também deveria ser considerado uma

vez que têm potencial para visitar São Paulo a passeio ou destinar horas de sua estada

para o lazer, considerando assim turistas e excursionistas a negócios na cidade.

Considerando-se que, em média, as grandes feiras selecionadas têm

duração de quatro dias, ficou estabelecido que os questionários seriam aplicados no

segundo e terceiro dia da feira, descartando-se o primeiro e último que têm fluxo de

visitantes atípicos. Além disso, no primeiro dia, quando acontecem as cerimônias

solenes de abertura, o número de visitantes costuma ser pequeno. Já, no último, além de

haver excesso de visitantes, o que dificulta a circulação no interior da feira, alguns

eventos têm horário reduzido.

3.3. O cenário das feiras de negócios

A grande quantidade de dados levantados exigiu a sua organização

conforme critérios específicos que servissem para situar todos os eventos motivadores

de negócios, e que pudessem explicar as características dos expositores e a tradição do

evento no mercado, além de informações sobre a empresa organizadora. Como o

objetivo principal deste trabalho é entender o que os turistas, visitantes das feiras fazem

no tempo livre, buscaram-se informações nos sites, a respeito de passeios turísticos ou

agências de receptivo com city-tour ou simplesmente, links promovendo atrativos na

cidade de São Paulo.

ForMóbile 2004 Feira Internacional de Fornecedores da Indústria

da Madeira e de Móveis (04 a 07/08 – quarta a sábado), realizada no Pavilhão de

Exposições do Anhembi, feira voltada para empresas moveleiras, marceneiros,

105arquitetos, decoradores, designers, com público estimado pelos organizadores em

30.000 pessoas, durante os quatro dias do evento. Foram expostas matérias-primas

como fórmicas, madeiras, materiais industrializados, ferragens e equipamentos como

máquinas de corte preciso, furadeiras e ferramentas em geral. A empresa organizadora

do evento foi a G+G Eventos e Promoções, associada da UBRAFE, e a realização

ficou a crédito da Móbile e da WR São Paulo Feiras e Congressos. No sitedo evento não

havia links com endereços que pudessem dar informações turísticas sobre São Paulo,

entretanto, a CVC era divulgada como a operadora turística oficial do evento e a TAM

transportadora, tanto no meio eletrônico como no material impresso, planta de

localização, distribuído gratuitamente na feira. Pelo fato do evento ser realizado no

Anhembi, órgão oficial responsável pelo turismo no município de São Paulo, existia no

interior da feira uma sala gerenciada por este órgão, mais um balcão de informações que

funcionavam como Centrais de Informações Turísticas (CTIs), distribuindo folhetos e

prestando auxílio a pessoas interessadas em dados sobre a cidade. Estes dois espaços

estiveram presentes em todos os eventos realizado no Pavilhão do Anhembi, variando a

quantidade e diversidade dos folhetos, bem como o número de pessoas trabalhando.

Adventure Sports Fair (07 a 11/08 – sábado a quarta), único dos

eventos pesquisados que foi realizado no Pavilhão da Bienal, acredita-se que o pequeno

número de feiras realizadas neste local esteja relacionado ao fato de tratar-se de um

espaço pertencente a uma fundação ligada às artes e cultura e, portanto, com uma

filosofia de comercialização do espaço um pouco diferente dos demais, que têm como

negócio a locação para eventos. Apesar deste evento se encaixar nos limites

determinados para feiras de negócios, ele tinha características diferenciadas dos demais

por se tratar de um acontecimento ligado a esportes de aventura e turismo de aventura,

portanto, muitos municípios tinham estandes montados divulgando suas belezas naturais

propícias para a prática destas atividades, outros expositores eram as empresas de

106equipamentos ou serviços voltados à aventura, como barcos, carros, cordas, roupas e

utensílios de segurança. A principal especificidade deste evento, aberto ao público

através da venda de ingressos na bilheteria no valor de R$ 12,00, foi que os visitantes

eram basicamente de moradores de São Paulo, o público estimado era de 86.000 pessoas

durante os cinco dias da feira, entende-se que por focar este público o evento foi

realizado inclusive em um final de semana. Assim, as entrevistas foram concentradas

em expositores, que na maioria eram provenientes de outras cidades e estavam em São

Paulo para trabalhar na feira, portanto se encaixavam no perfil de turista de negócios.

Este evento foi organizado pela Promotrade Feiras e Congressos e em paralelo

aconteceu o Fórum Interamericano de Turismo Sustentável (FITS) e o Simpósio de

Certificação em Turismo de Aventura. No site a TAM viagens era divulgada como

operadora oficial do evento, que divulgava preços de pacotes incluindo apenas hotel,

com destaque para um que oferece transporte gratuito para a feira, passagem aérea e

transfer "aeroporto de Congonhas/hotel/aeroporto de Congonhas", sem oferecer

qualquer facilidade de locomoção para o evento ou passeios pela cidade.

PhotoImage Brazil 2004 – 13a Feira Internacional de Imagem (11

a 13/08 – quarta a sexta), evento realizado no Centro de Exposições Imigrantes, feira

voltada para profissionais de fotografia, cinema, editoração, iluminação, arte cênica,

comunicação visual e outros segmentos afins, com público estimado de 25.000 pessoas

durante os três dias do evento. Em exposição havia produtos como máquinas

fotográficas, impressoras, de serigrafia, produtos químicos, papéis, lâmpadas e outros

materiais ligados a imagens. O evento foi organizado pela Alcântara Machado,

associada da UBRAFE. Como na data da entrevista a empresa não havia recebido o

comunicado da UBRAFE a respeito da pesquisa, dois dos entrevistadores foram

obrigados a deixar a feira sem ter concluído o trabalho, mesmo assim a meta de

questionários foi atendida. No site do evento havia informações sobre pacotes para o

107evento, oferecidos pela Almax, empresa coligada ao grupo Alcântara Machado, que

na verdade oferece uma lista de hotéis e passagens aéreas da Gol, com preços especiais

para participantes do evento. Além disso, há um link com o título: Bem-Vindo a São

Paulo, que oferece serviços de receptivo com transporte para a feira, reservas em

restaurantes e teatros, tours para Guarujá, Campos do Jordão, Rio de Janeiro e em São

Paulo.

Movimat 2004 (10 a 13/08 – terça a sexta), feira que aconteceu no

Expo Center Norte, nos pavilhões Branco e Azul, voltada para todo o tipo de empresas,

pois oferecia produtos e serviços ligados à logística com exposição de esteiras,

empilhadeiras, cestos, palets e alta tecnologia de gerenciamento de embalagens,

armazenamento, transporte e movimentação de produtos ou insumos, portanto grande

parte dos visitantes constituía-se de pessoas realizando negócios. O evento foi

organizado pela IMAM Feiras e Promoções, como este organizador não é associado à

UBRAFE, os entrevistadores também tiveram problemas para concluir a pesquisa, pois

dois foram convidados a se retirar do evento antes do horário previsto. O site do evento

é muito simples, não contendo nenhum tipo de informações sobre serviços turísticos.

Brazil Fishing Show 2004 (11 a 15/08 – quarta a domingo), feira

realizada no Transamérica Expo Center, voltada para as pessoas que praticam pesca

esportiva ou admiram a atividade. Como se trata de um evento que atinge o consumidor

final e está ligado ao turismo, suas características eram similares a Adventure Fair, com

maior público de residentes em São Paulo e aberta no final de semana, com público

estimado de 30.000 pessoas nos cinco dias do evento. Os expositores variavam entre

produtos para pesca, camping, hotéis e pousadas com infra-estrutura para pesca, iscas,

publicações específicas, municípios, Estados e órgãos públicos ligados à atividade. O

evento foi organizado pela All Fishing com apoio da revista Pesca e Companhia,

108EMBRATUR, Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora

(IBAMA), Governo dos Estados do Amazonas e Pará e a empresa de produtos de pesca

Mazzaferro. No site havia a divulgação da agência Sugoi Turismo oferecendo pacotes

promocionais de hospedagem, sem qualquer referência a passeios por São Paulo.

IT Brasil Comdex (17 a 20/08 – terça a sexta), feira e congresso

realizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Trata-se de um evento de

abrangência internacional, ligado, tradicionalmente à informática e ampliando para o

setor de telecomunicações; assim a feira tem como público-alvo empresas e o público

em geral, pois se constatou a presença de muitos estudantes visitando o evento, sendo

que o público estimado era de 80.000 nos quatro dias de sua duração. Os expositores

demonstravam produtos de soft e hardware, impressoras e equipamentos periféricos,

insumos de informática e havia uma área específica ligada à telefonia. Paralelamente à

feira acontecia um congresso e diversos eventos considerados como verticais, mas que

ocupavam o mesmo espaço do pavilhão sem permitir ao visitante a identificação de que

estava em um “outro” evento. A feira foi organizada pela Guazzelli Messe Frankfurt

Feiras, filiada à UBRAFE, em conjunto com a Sociedade de Usuários de Informática e

telecomunicações de São Paulo SUCESU-SP e a MediaLive Internacional. Neste

evento, os organizadores estavam aplicando um questionário para avaliar a satisfação

dos visitantes com relação ao evento e ao Anhembi Turismo, uma pesquisa institucional

que visava caracterizar os turistas de São Paulo, com objetivos descritos na ata da 130a

reunião do Conselho Municipal do Turismo (COMTUR), mesmo assim os

pesquisadores conseguiram cumprir a meta de trabalho. No site havia no item "contato"

a divulgação de preços de hotéis e telefone a SGP Internacional Viagens e Turismo

Ltda, sem mencionar qualquer informação sobre serviços de turismo receptivo, mas

como a feira aconteceu no Anhembi havia os postos de informação e no portão de saída

da feira eram distribuídos folhetos de casas noturnas voltadas para o público masculino

109e as moças que distribuíam o folheto resistiam em entregá-los para mulheres.

29a Houseware & Gift South America (21 a 24/08 – sábado a

terça), feira de abrangência internacional que aconteceu no Expo Center Norte,

ocupando todos os pavilhões, voltada exclusivamente para visitantes vinculados a uma

empresa, pois o credenciamento só era realizado com o fornecimento do CNPJ da

empresa a que o visitante representava. O público estimado pelos organizadores era de

30.000 pessoas entre lojistas, arquitetos, designers e outros profissionais ligados à

decoração, durante os quatro dias da feira. Havia expositores fabricantes, importadores e

distribuidores de produtos para casa e artigos de presentes em geral, sendo que uma ala

foi destinada a empresas chinesas, inclusive com um bureau de negócios montado com

serviço de tradutor intérprete. Vale destacar que como o principal público era formado

por comerciantes, a feira aconteceu inclusive no final de semana, quando muitos

estabelecimentos comerciais ficam fechados e o número de visitantes não moradores de

São Paulo não era significativo. A Grafite Feiras e Promoção foi a empresa

organizadora do evento, é associada a UBRAFE. No site de divulgação não existam

informações sobre serviços turísticos na cidade de São Paulo, entretanto, na feira foi

reservado um local para a divulgação da rede de hotéis da rede Atlântica, onde os

visitantes podiam fazer reserva de hotel.

FISP – XV Feira Internacional de Segurança e Proteção (25 a

27/08 – quarta a sexta) O evento aconteceu no Centro de Exposições Imigrantes e era

voltado para empresas de diversos segmentos, uma vez que tratava do tema segurança,

em que produtos e equipamentos como capacete, luva, botas e óculos ligados à

segurança do trabalhador e serviços de primeiros socorros, prevenção de incêndio, trato

de lixo químico e hospitalar eram expostos e demonstrados. O público previsto era de

60.000 pessoas durante os três dias do evento. A realização do evento foi atribuída a

110Animaseg, Sindise e Abraseg e a organização ficou por conta do Grupo CIPA

Feiras e Congressos, associado à UBRAFE, que promovia eventos integrados e outros

simultâneos acontecendo no mesmo espaço, pois todos estavam voltados para segurança

e o visitante não conseguia perceber a delimitação das áreas dos eventos. O site remetia

a um folheto de divulgação e inscrição no evento que divulgava como agência de

viagens a Commissair Congressos, Eventos e Turismo, localizada em São Paulo, sem

mencionar serviços turísticos na cidade de São Paulo.Com relação à hospedagem

remetia à Fixmídia e mostrava a Varig como Cia. Aérea (contatos da Varig também

eram divulgados nos crachás). No geral, o site era de difícil navegação não permitindo

link direto com as empresas mencionadas.

Escolar 2004 – 18a Feira Internacional de Produtos, Serviços &

Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelaria (31/08 a 03/09 – terça a sexta),

feira realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, voltada para o público escolar,

papelarias e informática, tendo como visitantes pessoas variadas como professores,

pedagogos, proprietários de escolas, lojistas, comerciantes e distribuidores de material

escolar, desenhistas e outros profissionais ligados ao setor de papelaria. O número de

visitantes estimado era de 40.000 pessoas. O evento foi organizado pela Francal

Feiras, filiada à UBRAFE, que também foi responsável pelo simpósio e cursos livres

que aconteciam paralelamente à feira. Tanto o site do evento como o material de

divulgação colocava a Varig como Cia. Aérea oficial do evento e a Agência de Viagens

Must Tour, que inclusive contava com um estande, divulgando os roteiros do Anhembi

Turismo, mas quando foi solicitado um city tour individual para visitar museus, a

pessoa que fazia o atendimento no local não soube dar informações, ligou para a sede da

agência e foi informado que só seria possível realizar o passeio se houvesse um grupo,

entretanto forneceram o telefone de uma outra agência (Gol Tour) que poderia atender

ao pedido fazendo roteiros individuais por São Paulo.

111Fiaflora Expo Garden – 7a Feira Internacional do Paisagismo,

Jardinagem e Floricultura (02 a 05/09 – quinta a domingo), realizada no Centro de

Exposições Imigrantes, voltada para arquitetos, paisagistas, decoradores, lojistas de

floricultura, com público estimado em mais de 40.000 visitantes entre nacionais e

internacionais, nos quatro dias do evento. Tinha expositores de equipamentos e

utensílios de jardinagem, adubo, terra, vasos, móveis de jardim e uma grande variedade

de flores. O evento foi organizado pela T&T Associados Feiras e Exposições com

apoio da Alcântara Machado, ambas filiadas à UBRAFE. No site existiam informações

sobre pacotes de viagem com link para a agência Almax, divulgando os hotéis da rede

Atlântica e apontando a TAM como transportadora aérea oficial, entretanto nenhum

dado sobre atrativos ou passeios em São Paulo eram divulgados.

Expocatólica 2004 – Feira de Livros e Artigos Religiosos (08 a

12/09 – quarta a domingo), feira realizada no Expo Center Norte com exposição de

livros e obras religiosas, imagens, batinas e roupas para religiosos, terços, velas e outros

artigos votivos. O número de visitantes estimado era de 21.000, sendo que nos dias úteis

o evento era restrito a religiosos e comerciantes e no sábado e domingo aberto para o

público em geral. A feira foi organizada pela Promocat Marketing de Serviços com

apoio de diversas editoras religiosas, Rede Vida e Conferência Nacional de Bispos do

Brasil (CNBB). No site havia a divulgação da agência Itiquira Turismo, mas sem

divulgar serviços de receptivo em São Paulo.

Cosmoprof Cosmética – 14a Feira Internacional da Beleza (11 a

14/09 – sábado a terça), evento realizado no Pavilhão de Exposições do Anhembi,

voltado para o público de cabeleireiros, esteticistas, maquiadores, dermatologistas e

outras pessoas ligadas à cosmética, com público previsto de 80.000 visitantes, sendo

que o acesso era restrito a profissionais e comerciantes sendo o convite distribuído para

112convidados dos expositores ou adquirido, pelo valor de R$ 10,00 para profissionais

sem convite. Os expositores eram fabricantes, nacionais e internacionais, de produtos de

higiene pessoal como xampus, cremes, sabonetes, perfumes, maquiagens, tinturas de

cabelo, além de equipamentos e utensílios como secadores, escovas, pincéis, tesouras e

uma infinidade de produtos para o corpo. Havia demonstrações de uso de produtos com

estandes bastante concorridos. O evento foi organizado pela Alcântara Machado,

associada da UBRAFE, e em paralelo acontecia o Congresso Internacional Científico de

Estética. No site havia o link com a chamada: torne sua viagem econômica, que remetia

para a agência Almax com divulgação de diversos hotéis em São Paulo, venda de

passagem aérea e a divulgação de passeios por cidades do interior de São Paulo, na

cidade do Rio de Janeiro e o tour: São Paulo Night and Day.

Feitintas 2004 – IV Feira da Indústria de Tintas e Vernizes &

Produtos Correlatos (15 a 18/04 – quarta a sábado), realizada no Centro de

Exposições Imigrantes, voltada para empresas e profissionais ligados a diversas áreas

que utilizam tintas, como construção civil, automotivos e tecelagem, sendo estimado um

público de 43.000 visitantes nos quatro dias da feira. Os expositores eram de indústrias

químicas com linhas de tintas e algumas distribuidoras de empresas internacionais, além

de indústrias de pincéis e outros instrumentos ligados a tintas e pinturas. O evento foi

organizado e promovido pelo Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado

de São Paulo (SITIVESP). No site do evento havia o item pacote de viagem remetendo

à agência HomeTour, com divulgação de hotéis com preços de diárias, destacando

aqueles que ofereciam transporte para a feira, mas não fazia divulgação de passeios por

São Paulo.

Expomusic 2004 – 21a Feira Internacional da Música,

Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Afins (15 a 19/09 – quarta a

113domingo), evento realizado no Expo Center Norte, nos pavilhões Branco e Verde,

voltado para o público que trabalha com música e shows, com ingresso gratuito para

lojistas que se cadastravam na entrada da feira, ou ingresso vendido a R$10,00 para

quaisquer outros interessados. Assim, a feira foi visitada pelo público em geral, com

grande concentração de moradores de São Paulo, e a estimativa era de 22.000 pessoas

visitando o evento. Os expositores eram de indústrias, importadores e distribuidores de

instrumentos musicais e acessórios, equipamentos de áudio e iluminação, mas a feira era

apenas de exposição sem a venda de produtos. A Francal Feiras, fiada à UBRAF, foi a

promotora do evento. No site e no guia do visitante, distribuído gratuitamente, havia a

divulgação da Must Tour como agência de viagens e a Varig como Cia. Aérea oficial do

evento, sem destaque para atrativos da cidade de São Paulo.

FEHAB – 20a Feira Internacional da Indústria da Construção (21

a 25/09 – terça a sábado), realizada no Expo Center Norte voltada para negócios na

área de construção civil, com público estimado em 65.000 pessoas nos cinco dias da

feira, mas dificilmente este marco tenha sido atingido em função do pequeno número de

visitantes que se encontrou no local. Os expositores, bastante variados expunham

equipamentos, ferramentas, insumos e serviços relacionados à área de construção civil.

A Guazzalli Messe Frankfurt Feiras, associada à UBRAFE, foi responsável pela

promoção e organização do evento e em paralelo acontecia a EQUIMAC – Feira

Internacional de Máquinas e Equipamentos para Construção Civil e o 3o Salão do

Locador de Equipamentos. No site, no item "informações", estava divulgada a agência

como operadora de turismo oficial do evento a IT Viagens de Incentivo,

disponibilizando serviços de reserva de hotéis, passagens aéreas e outros serviços não

especificados.

Equipotel 2004 - 42a Feira Internacional de Equipamentos,

114Produtos e Serviços para Hotéis, Motéis, Flats, Restaurantes, Bares,

Lanchonetes, Fast Food, Casas Noturnas, Cozinhas Industriais, Hospitais,

Lavanderias e Similares (27 a 30/09 – segunda a quinta). Evento realizado no

Pavilhão de Exposições do Anhembi, voltado para empreendimento de hospedagem,

alimentação e afins, com público estimado de 48.000 visitantes durante os quatro dias

do evento. Expositores de móveis, equipamentos de segurança, equipamentos e

utensílios de cozinha, produtos de decoração, insumos de cozinha, editoras e

associações. O evento foi promovido e organizado pela Equipotel Feiras, Edições e

Promoções Ltda., filiada à UBRAFE. Simultaneamente aconteceram palestras e

cursos, e em paralelo foi realizado o 46o Congresso Nacional de Hotéis organizado

pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). No site do evento não havia

qualquer divulgação de serviços turísticos, entretanto no Mapa de Localização e Guia de

Eventos, distribuído gratuitamente na feira, havia uma lista de cinco roteiros de traslado

sob responsabilidade da Breda Turismo e a Must Tour aparecia como agência oficial do

evento, responsável por reservas de hotéis, passagens aéreas, traslados e city tours para

todos os participantes da feira, inclusive com estande próprio. Além disso, a sala e o

guichê do Anhembi Turismo distribuíam folhetos com os roteiros promovidos pela

Prefeitura de São Paulo. Neste evento também havia a presença de pesquisadores do

Anhembi abordando visitantes.

Fesqua – V Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e

Componentes (28/09 a 01/10 – terça a sexta), evento realizado no Centro de

Exposições Imigrantes voltado para o setor de construção civil e serralheria com

estimativa de público na ordem de 20.000 pessoas. Os expositores concentravam-se em

produtores de insumos metálicos, ferro, alumínio e inox para as áreas de edificação e

acabamento. O evento foi organizado pela CIPA Feiras e Congressos, filiada à

UBRAFE como dito anteriormente, e realizado pala CT César Tavares Comunicações.

115E simultaneamente aconteciam outros cinco eventos afins: a Exposição de Produtos

e Equipamentos para Serralherias, a Mostra Internacional de Estruturas Metálicas, a

Feira Internacional de Equipamentos e Serviços de Instalações Prediais, o Salão de

Tecnologia de Acabamento de Fachadas e o Fórum de Inovações Tecnológicas da

Arquitetura e Construção, mas na verdade ao visitante não era perceptível a separação

destes eventos. No site havia um indicativo para hospedagem que trazia uma lista de

endereços de hotéis e no verso do crachá o telefone da Varig era divulgado para

informações sobre pacotes turísticos, mas nenhum dado sobre turismo receptivo foi

fornecido.

Pet South América 2004 – 3a Feira Internacional de Produtos e

Serviços para a Linha Pet e Veterinária (29/09 a 01/10 – quarta a sexta), realizada

no Transamérica Expo Center voltado para o público que trabalha, cria ou simplesmente

admira animais domésticos, como veterinários, instrutores, criadores, lojistas, com

estimativa de 20.000 visitantes. Os expositores variavam entre produtores de alimentos,

remédios, ração e higienização até enfeites e brinquedos para animais domésticos (cães,

gatos, pássaros, peixes, etc.). A feira foi organizada e promovida pela VNU Business

Media, associada à UBRAFE e simultaneamente aconteceram o Congresso Paulista de

Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, o Fórum Pet Food da América Latina e os

eventos titulados de coorporativos: Seminário Internacional de Estética Canina,

Encontro para Empresários da Indústria de Pet Food, entre outros. O site de divulgação

da feira tinha um item chamado "pacote de viagem", que ao ser acessado remetia à

agência oficial do evento Fly One, mas eram fornecidos apenas telefone e e-mail de

contato sem nenhuma informação sobre serviços turísticos, e o hotel Transamérica

aparecia como oficial do evento.

Na análise geral das 18 feiras de negócios, observa-se que são

116variados os segmentos que as feiras atingem: turismo e hotelaria (16,7%),

construção civil (16,7%), móveis e decoração (16,7%), tecnologia e comunicação

(16,7%), artefatos para indústrias em geral (11,1%), área escolar (5,6%), artigos

religiosos (5,6%), produtos de estética (5,6%) e animais domésticos (5,6%).

16,7%

16,7%

16,7%16,7%

11,1%

5,6%

5,6%5,6%

5,6%

Turismo/Hotelaria Móveis/Decoração Construção Civil

Telecomunicação Indústria EscolaReligião Estética Animais domésticos

Gráfico 3.3.1: Áreas de Atuação

Considerando o público estimado, 27,8%, das feiras, esperavam entre

20.000 e 30.000 visitantes, 22,2% entre 30.000 e 39.000 visitantes, outros 22,2% entre

11740.000 e 59.000, e 27,8% estimavam público superior a 59.000 pessoas. Estes dados

mostram que a amostra selecionada estava equilibrada com relação ao número de

visitantes.

27,8

22,2 22,2

27,8

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Menos de 30.000 de 30.000 a 39.000 de 40.000 a 59.000 mais de 59.000

Gráfico 3.3.2: Público Estimado

A duração média das feiras foi de 4,2 dias, sendo 61,1% com duração

de quatro dias, 27,8% foram realizadas em três dias e 11,1% aconteceram em cinco dias.

Do total de feiras analisado, a maioria (44,4%) foi realizada apenas em dias úteis, 16,7%

foram até o sábado e 38,9% funcionaram em dias úteis e durante todo o fim de semana.

Fato que mostra que as feiras de negócios também aproveitam o sábado e domingo para

atender a um público sem disponibilidade de horário em dias úteis, que podem ser os

turistas de negócios que viajam por conta própria.

118

27,8

61,1

11,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

3 dias 4 dias 5 dias

Gráfico 3.3.3: Duração das Feiras

44,4%

16,7%

38,9%

Só dias úteis Dias úteis + sábado Dias úteis + sábado + domingo

Gráfico 3.3.4: Dias da semana

Com relação aos espaços de eventos há uma distribuição equilibrada

entre o Anhembi, o Expo Center Norte e o Centro de Exposições Imigrantes, cada um

abrigou 27,8% das feiras, respectivamente, em seguida vem o Transamérica Expo

Center que sediou 11,1% e por fim o Pavilhão da Bienal onde 5,6% das feiras

119aconteceu. Destaca-se que nenhuma das feiras pesquisadas foi realizada no ITM

Expo Feiras e Convenções. Assim, é possível afirmar que os principais espaços para

grandes feiras de negócios em São Paulo são o Anhembi e o Expo Center Norte, ambos

na zona Norte da cidade e o Centro de Exposições Imigrantes, na zona Sul.

27,8%

27,8%

27,8%

11,1%5,6%

Pavilhão do Anhembi Expo Center NorteCentro de Exposições Imigrantes Trasamérica Expo CenterPavilhão da Bienal

Gráfico 3.3.5: Local de Realização das feiras

Quanto aos organizadores das feiras, apenas cinco empresas não são

filiadas à UBRAFE (28,0%); sendo que uma delas é um sindicato que não tem como

propósito principal a realização de eventos. Dos organizadores filiados, destaque para

Alcântara Machado, CIPA, Francal e Guazzelli Messe Frankfurt, responsáveis pela

promoção de dois eventos cada uma (11,1%).

120

11,1%

11,1%

11,1%

11,1%5,6%5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%5,6%

Alcântara Machado UBRAFE CIPA UBRAFE Francal UBRAFE

Guazzelli Messe Frankfurt UBRAFE Equipotel UBRAFE Grafite UBRAFE

G+G UBRAFE T&T UBRAFE VNU UBRAFE

All Fishing Imam Promocat

Promotrade SITIVesp

Gráfico 3.3.6: Organizadores Filiados à UBRAFE

121

Referente a informações turísticas, apenas três eventos não

divulgavam agências de viagens oficiais (16,7%). As agências Almax e Must Tour

estavam, cada uma, vinculada a três eventos diferentes, mostrando sua significância no

mercado de Feiras de Negócios, com destaque para a Almax que, no próprio site dos

eventos, divulga passeios pela cidade de São Paulo. Entretanto, no geral, organizadores

dos eventos não valorizam os atrativos turísticos de São Paulo ou a promoção de

passeios opcionais para expositores ou visitantes. Também é mínimo o número de

agências de receptivo que se utilizam deste canal de informação diretamente voltado

para o turista de negócios.

16,7%

16,7%

16,7%5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%

5,6%5,6%

Almax Must Tour Sem agência Commissair CVC Fly One

Home Tour Itiquira IT Viagens SGP Sugoi TAM

Gráfico 3.3.7: Agências de Viagens Oficiais

122

4. O TURISTA DE NEGÓCIOS EM SÃO PAULO

4.1. Características biossociais, ciclo de vida da família e classe econômica

Para a análise biossocial foram considerados os dados sobre origem,

ocupação, idade, escolaridade, estado civil, renda e gênero. Por entender que os

elementos biossociais analisados isoladamente servem apenas para caracterizar

genericamente o grupo pesquisado, resolveu-se ampliar as análises para conseguir dados

que indicassem segmentos dentro do público de turistas de negócios. Como Smith

(1988:39-40) explica, o processo de segmentação serve-se de alguns critérios para

definir grupos de pessoas que sejam relativamente, similares, e que, ao mesmo tempo,

sejam relativamente diferentes de outros grupos.

Deste modo, a análise inclui também, o estágio no ciclo de vida da

família e a classe econômica, critérios ligados ao estudo do consumidor que apóiam

pesquisas de mercado e planos de marketing. Explicações destes critérios estão

detalhadas juntamente com o estudo dos resultados.

Acredita-se que a análise das características biossociais, aliada à do

estágio no ciclo de vida da família e à da classe social possam subsidiar ações de

marketing ou de planejamento turístico, pois além de avaliar dados genéricos, permite

verificar a existência de grupos homogêneos de visitantes, facilitando a compreensão de

suas características como segmento consumidor.

Com relação à origem dos turistas de negócios, observa-se que a

grande maioria (37,4%) é proveniente do próprio Estado de São Paulo. Além do Estado

paulista os outros estados da Região Sudeste são os que mais enviam turistas de

123negócios para as feiras: Minas Gerais (11,0%), Rio de Janeiro (11,0%) e Espírito

Santo (2,0%). Assim, no total, a Região Sudeste congrega 61,4% dos visitantes das

feiras de São Paulo. Em seguida, vêm os Estados do Sul, Paraná (8,9%), Rio Grande do

Sul (6,5%) e Santa Catarina (5,8%). Os Estados do Centro-oeste também têm

relevância, sendo o Distrito Federal (2,5%), Goiás (1,8%) e o Mato Grosso (1,1%) os

Estados mais presentes desta região. Já os Estados do Nordeste não têm grande

representatividade, sendo que a soma dos nove estados representam apenas 5,8% do

total dos visitantes, com destaque para Bahia (2,7%), Pernambuco (1,1%) e Ceará

(0,5%). Da Região Norte também é pouco o número de turistas de negócios, sendo Pará

(0,9%) e Amazonas (0,8%) os mais representativos.

Acredita-se que o grau de desenvolvimento socioeconômico e a

localização dos estados em relação a São Paulo sejam os fatores que determinam a

maior concentração de visitantes provenientes das regiões Sudeste e Sul. Entretanto,

observa-se que regiões em desenvolvimento, como no caso os estado do centro-oeste,

também enviam considerável número de turistas de negócios para as feiras em São

Paulo.

Com relação aos 2,5% de visitantes estrangeiros, é importante destacar

que a maioria provém da América Central e do Sul (1,0%), com representatividade

maior dos argentinos, seguidos pelos uruguaios. Dos visitantes da América do Norte

(0,3) destacam-se os americanos; dos europeus (0,5%), os italianos; e dos visitantes da

Ásia e Oriente Médio (0,7%) destacam-se os chineses.

Tabela 8

Origem dos Visitantes por Região, Estado e Continente Região n. abs Subtotal Estado n. abs Subtotal

124SUDESTE 726 61,4% SP 442 37,4%

MG 130 11,0% RJ 130 11,0% ES 24 2,0%

SUL 251 21,2% PR 105 8,9%

RS 77 6,5% SC 69 5,8%

CENTRO-OESTE 74 6,2% DF 30 2,5%

GO 21 1,8%

MT 13 1,1% MS 10 0,9%

NORDESTE 69 5,8% BA 32 2,7%

PE 13 1,1% MA 10 0,8% CE 6 0,5% Outros 8 0,7%

NORTE 31 2,6% PA 11 0,9%

AM 9 0,8% Outros 11 0,9%

ESTRANGEIROS 30 2,5% America Latina 12 1,0%

Europa 6 0,5% América do Norte 4 0,3% Ásia e Oriente Médio 8 0,7%

Sem resposta 2 0,2% 2 0,2%

TOTAL 1183 100,0% 1183 100,0%

61,5

21,3

6,3 5,82,6 2,5

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

%

SUDESTE SUL CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE Estrangeiros

Região

Gráfico 4.1.1: Origem

Referente ao gênero dos entrevistados há o predomínio de homens

72,9%, enquanto as mulheres representam 27,1%. O cruzamento desse dado com a

125posição família mostrou que, entre os homens, 56,5% eram chefes de família e,

dentre as mulheres, apenas, 10,2% se constituíam em chefes da família, revelando a

parcela das turistas de negócios, que freqüentam feiras de negócios em São Paulo, e que

são provedoras da família. No geral, apenas 33,3% dos entrevistados não são chefes da

família, portanto, mais da metade dos entrevistados (66,7%) são os responsáveis pelo

sustento da família.

16,4

56,5

16,9

10,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

%

Homens Mulheres

Não Sim

Gráfico 4.1.2: Chefe de Família por Gênero

126

Na análise da renda familiar verifica-se uma distribuição normal

com renda familiar mensal média de aproximadamente R$ 6.000, mostrando que há

concentração das pessoas com renda entre R$ 3.001 e R$ 5.000 (30,6%), seguidos dos

visitantes com renda entre R$ 5.001 e R$10.000 (26,0%), e daqueles com rendimento

familiar mensal de R$ 1.001 a R$ 3.000 (25,0%). Por fim, vem os entrevistados

com renda na ordem de R$ 10.001 a R$ 15.000 com 8,8% , ficando a soma dos

percentuais das faixas das extremidades menor que 10%.

0,4

3,5

25

30,6

26

8,8

3,52,2

0

5

10

15

20

25

30

35

%

Até R$ 500,00 de R$ 501,00 a1.000,00

de R$ 1.001,00a 3.000,00

de R$ 3.001,00a 5.000,00

de R$ 5001,00a 10.000,00

de R$10.001,00 a15.000,00

de R$15.001,00 a20.000,00

ma is de R$20.000,00

Faixa de Renda

Gráfico 4.1.3: Renda Familiar Mensal

Para determinar ocupação optou-se pelo método de Mattar (1997:56),

com algumas adaptações, estabelecendo onze categorias de ocupação em função do

porte da empresa e do poder de decisão, dividindo ocupações administrativas e

operacionais. Considerou-se esta classificação a mais adequada para a presente

pesquisa, pois era importante entender a posição profissional dos turistas de negócios

frente à tomada de decisões.

Cruzando os dados da renda com os de ocupação observa-se que, dos

127turistas com renda familiar mensal entre R$ 3.001 e R$ 5.000, destacam-se os

profissionais liberais, representando 7,7%, seguidos pelos proprietários ou gestores de

empresas de médio porte (5,8%) e proprietários de empresas de pequeno porte (5,7%).

No segundo grupo de concentração de renda (entre R$ 5.001 e R$ 10.000), destacam-se

os proprietários de empresas de pequeno porte (6,3%), os proprietários de empresas de

médio porte (5,5%) e os profissionais liberais (4,7%). Na terceira faixa de renda (de R$

1.001 a R$ 3.000) os profissionais liberais continuam em maioria (7,4%), seguidos das

pessoas com cargo de chefia em áreas operacionais (4,4%), pessoas com cargo de chefia

em áreas administrativas (3,3%) e assistentes em áreas administrativas (3,3%).

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Até R$ 500

de R$ 501 a 1.000

de R$ 1.001 a 3.000

de R$ 3.001 a 5.000

de R$ 5001 a 10.000

de R$ 10.001 a 15.000

de R$ 15.001 a 20.000

mais de R$ 20.000

Ocupação A Ocupação B Ocupação C Ocupação D Ocupação E Ocupação F

Ocupação G Ocupação H Ocupação I Ocupação J Ocupação K

Gráfico 4.1.4: Renda por Ocupação

Legenda: A. Proprietário de empresa de grande porte / alto executivo / alto funcionário do governo. B. Profissional liberal. C. Proprietário de empresa de médio porte / Professor universitário / Executivo de empresas de médio porte. D. Proprietário de empresa de pequeno porte. E. Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas administrativas. F. Técnico / Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas operacionais. G. Microempresário / Professor do ensino fundamental. H. Assistente de áreas administrativas. I. Ajudante / Trabalhador braçal. J. Atua na economia informal / Ambulante. K. Outra ocupação que não se encaixa em nenhuma das anteriores.

128

Na análise geral dos visitantes das feiras, por ocupação, observa-se

que se destacam os profissionais liberais (22,3%), seguidos dos proprietários de

empresas de pequeno porte (18,1%) e dos proprietários ou executivos de empresas de

médio porte (16,2%). Os encarregados ou chefes de áreas administrativas somam 14,7%

e os encarregados ou chefes de áreas operacionais perfazem 10,1%. Turistas de

negócios que ocupam cargos de assistentes de áreas administrativas representam 6,7% e

os proprietários ou executivos de empresas de grande porte 5,7%. Já as demais

ocupações como microempresário, trabalhador braçal, ambulante e outras não

especificadas somam 6,2%.

22,318,1

16,214,7

10,16,7

5,73,5

1,70,70,3

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

%Ajudante / Trabalho braçal

Ajudante / traba lhador braça lDona de casa. Estudante, desempregado, doente ou inválido

Micro empresário / Professor de ensino fundamentalProprietário de empresa de grande por te / alto executivo / alto fumciomário do governo

Assistente de áreas administrativasTécnico / enca rregado / Chefe ou gerente de áreas operacionais

Encarregado / chefe ou gerente de áreas administrativasProprietário de empresa de médio porte / professor universitár io / executivo de empresa de médio porte

Proprietário de empresa de pequeno porteProfissiona l Liberal

Gráfico 4.1.5: Ocupação

129

A faixa etária predominante dos turistas de negócios está entre 35

e 44 anos (26,8%). Aos mais novos, com idade entre 30 e 34 anos (22,8%), seguem

aqueles da faixa entre 45 e 54 anos (17,5%); em quarto lugar estão os visitantes com

idade entre 25 e 29 anos (17,4%). Registra-se a presença de visitantes entre 18 e 24 anos

(11,0%), grupo que pode ser representado por profissionais recém-ingressados no

mercado de trabalho ou mesmo estagiários. Verifica-se que a idade média dos turistas é

de 36 anos e que os maiores de 55 anos representam apenas 4,5% do total. Assim pode-

se dizer que quase a totalidade dos entrevistados nas feiras de negócios (84,5%) tem

entre 25 e 54 anos, faixa etária da população adulta, economicamente ativa,

confirmando que se trata de um público com idade de estar exercendo plenamente suas

tarefas profissionais.

11,0

17,4

22,8

26,8

17,5

4,1

0,4

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

%

18 - 24 anos 25 - 29 anos 30 - 34 anos 35 - 44 anos 45 - 54 anos 55 - 64 anos mais de 65 anos

Gráfico 4.1.6: Faixa Etária

130

Considerando o grau de instrução, observa-se que a maioria dos

entrevistados tem nível superior completo e pós-graduação (57,1% e 1,2%

respectivamente), instrução compatível com cargos de chefia e gestão de negócios, bem

como profissionais liberais. Os turistas de negócios com ensino médio completo ou

superior incompleto correspondem a 32,5% e aqueles com nível de instrução menor não

somam 9,2% do total de entrevistados.

0,3

3,6

5,3

32,5

57,1

1,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

%

Primário incompleto

Primário completo

Ginasio completo

Ensino médio completo

Superior completo

Pós Graduação

Gráfico 4.1.7: Grau de Instrução

131

Os casados predominam entre os entrevistados, representando

metade dos turistas das feiras (50,0%), depois seguem os solteiros (38,5%) e por fim os

separados (10,3%). Os viúvos representam apenas 1,2% do total pesquisado.

38,5%

50,0%

10,3%1,2%

Solteiro Casado Separado Viúvo

Gráfico 4.1.8: Estado Civil

A análise, segundo o critério de estágio no ciclo de vida da família,

está baseada no modelo explicado e detalhado por Gade. A escolha deste autor dentre os

muitos que tratam do tema se deu em função da abrangência e coerência com a

realidade atual dos estágios estabelecidos. São quatro estágios para o público jovem

(solteiro I, recém-casado, ninho cheio I e monoparentais I); quatro estágios para as

pessoas de meia idade (solteiro II, ninho cheio II, monoparentais II e ninho vazio); e

dois para os idosos (solteiro II e ninho vazio II). (GADE, 1998:169-171). No total são

dez estágios das pessoas relacionadas à questão familiar (anexo 12), que além de avaliar

idade e estado civil verifica a relação do entrevistado com parentes e dependentes.

132Destaca-se, também, que Swarbrooke e Horner mostram que cônjuges e filhos

influenciam os hábitos de consumo e também têm grande participação no processo de

decisão por destinos turísticos. (SWARBROOKE e HORNER 2001: 111).

Para analisar o estágio no ciclo de vida da família partiu-se dos dados

sobre idade, considerando que os turistas de negócios com idade até 29 anos são jovens

(33,8%), os de meia idade entre 30 e 54 representam 61,7% e 4,5% são idosos com mais

de 55 anos. Depois os dados sobre estado civil e idade dos filhos foram cruzados para

localizar os estágios que mais se destacavam.

Dentre os casados, 51,8% possuem filhos que moram na mesma casa,

sendo que a idade predominante dos filhos é entre 11 e 18 anos (16,8%). Assim, com

base nos dados avaliados foi possível afirmar que dentre os turistas de negócios

predominam chefes de família de meia-idade que se localizam no estágio da família de

ninho cheio II caracterizado por um segmento de casais com filhos pré-adolescentes ou

adolescentes, com hábito de consumo típico das necessidades dos jovens e da família, o

domicílio geralmente é maior, gastam com eletrodomésticos, consomem serviços

médicos, dentários, gastam com ensino, esportes e incluem os filhos jovens nas opções

de lazer.

Entre os solteiros, apenas 3,5% moram com filhos, assim a maioria

deste grupo encontra-se no estágio da família intitulado como solteiro II que se

caracteriza por incluir adultos com idade entre 30 e 54 anos, sozinhos, que não tem

filhos. Dispõem da sua renda para si e consomem serviços de saúde, turismo, locação de

fitas de vídeo, além de produtos pessoais.

Apenas 3,7% dos separados que mora com filhos, também com idade

predominante entre 11 e 18 anos, encontram-se na categoria de monoparentais II, que se

133caracteriza por pais de meia idade, que carregam as responsabilidades da família

sozinhos, com consumo baseado nas necessidades dos jovens, serviços médicos,

dentários, ensino, esportes, eletrodomésticos. Seu lazer inclui os jovens, mas todos este

itens são consumidos em quantidade reduzida devido à única fonte de renda. Os filhos

passam a decidir por vários itens de consumo, principalmente alimentação. A maioria

dos separados (96,3%) não têm filhos ou não moram com eles portanto também se

encaixam na classificação de solteiro II.

Entre os viúvos, 0,6% moram com filhos com idade entre 18 e 30

anos, localizando-se no estágio da família chamado de monoparentais II, mas

destacando que os filhos já podem ser considerados como adultos e, portanto, menos

dependentes dos pais com relação à decisão de consumo.

1,1 1,40,7 0,3 0,0

11,3

14,4

16,8

8,6

0,70,2

1,01,6

0,90,0 0,1 0,0 0,2 0,3 0,1

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

%

Solteiro Casado Sepa rado Viuvo

Até 5 anos de 6 a 10 anos de 11 a 18 anos de 18 a 30 anos ma is de 30 anos

Gráfico 4.1.9: Estado Civil e Idade dos Filhos

Outro elemento escolhido para fazer análise dos turistas de negócios

segundo segmentos de consumidor foi a classe econômica dos turistas de negócios

através da metodologia da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa ANEP, que

134divide as pessoas em sete grupos distintos de classes econômicas, definidas segundo

uma pontuação que considera a posse de bens duráveis, informações sobre a residência

e o grau de instrução do chefe da família. Trata-se de uma metodologia mais ampla que

a análise da renda, portanto, este conceito é usualmente utilizado para apoiar pesquisas

mercadológicas, assim pode, auxiliar na melhor caracterização do turista (anexo 13).

Esta pontuação é baseada no levantamento socioeconômico feito pelo

Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas (IBOPE) no ano de 2000. As

classes econômicas e a representação de cada uma delas no Brasil ou em regiões

metropolitanas é divulgada em percentuais. A escolha por este critério se deu por se

tratar de um método adequado à realidade brasileira. O resultado estabelece a

circunstância econômica, de forma a entender o poder de compra do entrevistado com

base em um padrão nacional.

Sobre a classe econômica dos turistas de negócios constatou-se que

32,2% dos entrevistados estão na classe A2, outros 29,1% na classe B1, além de 20,5%

na classe B2 e 9,9% na classe A1. Esses dados confirmam que turistas visitantes das

feiras constituem-se na elite econômica do Brasil.

135

9,9%

32,2%

29,1%

20,5%

8,0%0,3%

A1 A2 B1 B2 C D

Gráfico 4.1.10: Classe Econômica

136

4.2. Interações com São Paulo: motivos, atividade, interesses e serviços

Como interações do turista de negócios com São Paulo considera-se o

motivo da visita dos entrevistados, quantidade de dias e os dias da semana em que

permanecem na cidade, freqüência das visitas a São Paulo, custeador da viagem, meio

de hospedagem, características do meio de hospedagem, bem como, espaços e

equipamentos de lazer que oferecem.

A avaliação do motivo da visita a São Paulo serviu para avaliar se os

entrevistados entendiam sua presença na feira como meio de realizar negócios ou,

simplesmente, como participantes de um evento. Assim, respostas espontâneas levaram

ao seguinte resultado: 57% afirmaram que estavam na cidade a negócios; 42,3%

disseram que estavam na cidade por causa da feira; e 0,7% não responderam a esta

pergunta. Estes dados mostram que além da feira, outros negócios podem ser realizados

na cidade no período do evento ou, então, que as feiras por si só se constituem em

negócios.

Motivo da Visita

57,0%

42,3%

0,7%

Negócio / Trabalho Feira / Convenção Sem resposta

Gráfico 4.2.1: Motivo da Visita a São Paulo

Os turistas de negócios permanecem na cidade, em média 3,7 dias,

137dado compatível com a média de duração das feiras que é de 4 dias. Apesar da

distribuição equilibrada entre a quantidade de dias que os turistas ficam em São Paulo,

destacam-se aqueles que permanecem 3 dias (18,3%) e os que ficam 4 dias (16,7%). É

pequeno o percentual de pessoas cuja estada dura 5 dias (12,8%) e 6 dias (7,1%). Mas,

14,1% permanecem 7 dias, ou seja, uma semana completa, sugerindo que devem

aproveitar a viagem a São Paulo para outras atividades além da feira, seja a trabalho ou

a lazer. Entre esses turistas, 15,4% ficam apenas um dia, portanto, não pernoitam.

15,4 15,2

18,3

16,7

12,8

7,1

14,1

0,4

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

%

1 2 3 4 5 6 7 Sem resposta

Número de dias

Gráfico 4.2.2: Tempo de Permanência

138

Na análise dos dias da semana, observa-se maior concentração dos

turistas nas quartas, quintas e sextas-feiras, sendo que os dias de menor freqüência de

turistas são segundas-feiras e domingos. Tal dado confirma que a permanência dos

entrevistados, na cidade de São Paulo está diretamente ligada ao evento, pois de todas as

feiras pesquisadas 61,1% acontecem entre terça e sábado, sendo a quinta-feira o dia

central da maioria das feiras. Entretanto, vale destacar que, mesmo sendo pequeno, o

número de turistas que fica na cidade de São Paulo no domingo (9,9%), estes podem ser

considerados visitantes potenciais dos atrativos turísticos, porque, provavelmente, têm

alguma disponibilidade de tempo livre.

9,5

12,8

16,9

18,7 19,0

13,0

9,9

0,1

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

%

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Domingo Sem Resposta

Gráfico 4.2.3: Permanência nos Dias da Semana

139

Dos visitantes entrevistados, apenas 12,3% estavam em São Paulo

pela primeira vez; 25,4% já haviam estado na cidade entre duas e cinco vezes; 14,5%

entre seis e dez vezes; a maioria (47,6%) já esteve na cidade mais de dez vezes; e 0,2%

não respondeu a esta questão. Constata-se, portanto, que a grande maioria dos turistas

de negócios vem freqüentemente à capital. Este fato confirmou-se ao verificar que a

maioria dos entrevistados conhece inúmeros atrativos turísticos de São Paulo, como será

analisado posteriormente.

12,3%

25,4%

14,5%

47,6%

0,2%

1a. vez 2 a 5 vezes 6 a 10 vezes mais de 10 vezes Sem resposta

Gráfico 4.2.4: Número de Visitas a São Paulo

140

Com relação ao custeio da viagem observa-se que em 59,4% dos

casos a empresa custeia a viagem. Entretanto, uma parte dos visitantes das feiras arca

com suas próprias despesas (29,9%), enquanto outros 10,2% dividem os gastos com a

empresa. Este dado contraria a idéia divulgada na literatura específica que, usualmente

relaciona o turismo de negócios a uma atividade custeada por pessoa jurídica. Por outro

lado, confirma que existem turistas de negócios que viajam por conta própria ou, como

já analisado na ocupação, que muitos são profissionais liberais ou proprietários de

pequenas e médias empresas, e que, portanto, custeiam a própria viagem. Existe ainda

0,3% que tem as despesas pagas por empresas-clientes e 0,2% não respondeu a esta

questão.

59,4%

29,9%

0,3%10,2%0,2%

Empresa Entrevistado Cliente Empresa e entrevistado Sem resposta

Gráfico 4.2.5: Custeio da Viagem

141

Referente à hospedagem, a grande maioria fica hospedada em

hotel ou flat (59,7%), mas é considerável o número de pessoas que se hospedam em

casa de amigos ou parentes (19,2%), enquanto 1,3% fica em alojamento ou apartamento

da empresa e 0,8% tem residência em São Paulo. O albergue da juventude como local

de hospedagem aparece com 00,2%. Já, 18,8% são turistas de negócios que não

pernoitam em São Paulo, número bem próximo aos 15,4% que permanecem na cidade

por apenas um dia. Nesta questão 2,4% utilizaram outro tipo de meio de hospedagem,

como alojamento da empresa, residência própria, motel ou albergue.

59,7

19,2

18,8

1,3

0,8

0,3

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

%

Hotel / Flat

Casa de parentes / amigos

Não pernoita

Alojamento de empresas

Residencia própr ia

Outros

Gráfico 4.2.6: Hospedagem

142

Para os visitantes que se utilizam de hotéis foi indagada a categoria

e o nome do mesmo. O que se observou foi que, em muitos casos, os turistas de

negócios não sabem a categoria do hotel ou preferiram omitir esta informação, pois

53,8% não responderam a esta questão. Dos que responderam a esta questão, 16,1%

afirmaram estar em um hotel 5� e 14,3% disseram estar hospedados em um 4�,

11,5% afirmaram estar em um classificado como 3�, 3,7% em hotel 2� e, apenas,

0,6% confirmou estar hospedado em um hotel de categoria 1�. Em alguns casos, o

nome do hotel declarado não conferia com a classificação.

16,114,3

11,5

3,70,6

53,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

%

Cinco Quatro Três D uas Uma Não sabe / nãorespondeu

Classificação

Gráfico 4.2.7: Classificação dos Hotéis segundo os Entrevistados

Analisando a lista dos nomes de hotéis citados, 25,1% não foram

identificados, pois não constavam nas outras fontes consultadas para listar os hotéis de

São Paulo, que foi utilizada como referência para categorizar os hotéis e flats. Dos

hotéis mencionados, observa-se que as redes hoteleiras de categoria 3� são as mais

utilizadas (36,1%). Entre eles destacam-se os hotéis Holiday Inn, flats da Parthenon,

Hotéis Blue Tree, Novotel, Confort da rede Atlântica e Meliá. Estas redes possuem

143estabelecimentos em todas as regiões de São Paulo, além de terem hotéis nas

proximidades dos centros de eventos onde acontecem as feiras. Em seguida vêm os

hotéis considerados 2� como os da rede Íbis (20,8%), e diversos hotéis localizados na

região central. Apenas 7,6% dos entrevistados ficaram em hotel 4�com destaque para o

Hotel Transamérica. Apenas 2,7% dos hotéis citados são classificados como 5�.

Estes dados confirmam que nem sempre os turistas de negócios se

utilizam de equipamentos e serviços de luxo, pois a maioria dos entrevistados

hospedou-se em hotéis de 3� e 2�, considerados confortáveis ou de médio conforto.

Entretanto, a maioria dos estabelecimentos pertence a redes hoteleiras que seguem

padrões internacionais, o que pode garantir qualidade e conforto.

2,7

7,6

36,1

20,8

7,6

25,1

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

%

Cinco Quatro Três Duas Uma Nã o sabe / nãorespondeu

Gráfico 4.2.8: Classificação dos Hotéis por Região com Base no Guia 4 Rodas Brasil e outras fontes

Comparando a classificação dos hotéis colhida junto aos turistas de

negócios com a classificação de padrão de conforto do Guia Brasil 4 Rodas de 2005,

observa-se que, usualmente, os turistas de negócios não têm clareza quanto à categoria

144do meio de hospedagem em que se hospedam. O gráfico 19 compara a classificação

citada pelos entrevistados com a real categoria dos hotéis mencionados e demonstra as

discrepâncias.

16,1

2,7

14,3

7,6

11,5

36,1

3,7

20,8

0,6

7,6

53,8

25,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

%

Cinco Quatro Três Duas Uma Não sabe/não respondeu

Hóspede Guia

Gráfico 4.2.9: Categoria Citada e a Categoria Real

145A existência de equipamentos ou serviços interessantes nos hotéis

mencionados foi considerada para verificar se o turista de negócios teria opções para

usufruir de seu tempo livre nos próprios estabelecimentos. Do total de hotéis, 30,2%

não oferecia nada de interessante. Em 44,2% existem equipamentos interessantes no

hotel, sendo que espaços ligados a atividades físicas (26,1%) como sala de fitness,

quadras e pistas de cooper foram os mais lembrados. Piscinas foram mencionadas por

26,1% dos entrevistados que conheciam espaços de interesse no hotel; bares e

restaurantes foram citados por 21,8% dos hóspedes; sauna e massagem por 19,1% e

6,9% citaram outros equipamentos como internet e salão de jogos.

30,2%

44,2%

25,6%

Não Sim Não Sabe

Gráfico 4.2.10: Existência de Espaços Interessantes no Hotel

146

2 6 ,1 2 6 ,1

2 1 ,8

1 9 ,1

6 ,9

0 ,0

5 ,0

1 0 ,0

1 5 ,0

2 0 ,0

2 5 ,0

3 0 ,0

%

F it n e ss C e n t e r P isc in a B a r / R e st a ur a n t e Sa un a O ut r o s

Gráfico 4.2.11: Espaços Interessantes no Hotel

4.3. Uso do tempo livre: atividades de lazer, preferências e fatores limitantes

Considerando-se que a maioria das feiras de negócios ocorre nos períodos

da tarde e da noite, pressupõe-se que esse turista tenha disponibilidade de tempo livre

durante as manhãs. Esta questão foi investigada verificando-se que: no início do dia a

maioria dos turistas trabalha (33,1%); 19,3% estavam viajando, tendo chegado a São Paulo

no dia da entrevista; 4,5% estiveram na feira; e 0,3% almoçou. Isso significa que 56,9% dos

entrevistados não tinham tempo livre no período da manhã, pois estavam desenvolvendo

atividades relacionadas ao trabalho ou às necessidades fisiológicas, que não podem ser

consideradas no uso do tempo livre. Por outro lado, 19,3% descansaram, 10,8% fizeram

compras, 7,1% passearam, 1,6% visitou amigos e parentes, 1,3% realizou exercícios físicos,

gerando um total de 40,1% de pessoas que tiveram tempo livre para utilizá-lo com livre

arbítrio. Esse percentual revela-se bastante interessante para propostas de atividade de

lazer. Ainda 1,1% das respostas não se encaixavam nas categorias estabelecidas no

agrupamento; e 1,6% não respondeu a esta questão.

147

33,1

19,3

19,2

10,8

7,1

4,5

1,6

1,3

0,3

1,1

1,6

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

%

Trabalhou

Descansou

Viagem

Compras

Passeio

Feira

Visitou amigos ou parentes

Exercício Físico

Almoçou

Outros

Sem resposta

Gráfico 4.3.1: Atividades pela Manhã

Outra possibilidade de existir tempo livre é após a feira, neste caso, a

atividade mais citada foi jantar (28,2%). Analisar esta opção em relação ao turista de

neócios é bastante complicado, porque esta pode assumir diferentes formas: meramente

de caráter de subsistência, e não seria lazer; pode ser uma atividade de associativa de

lazer, para degustar pratos diferentes ou freqüentar restaurantes com ambiente

diferenciado, podendo estar tornam a refeição uma atividade para conhecer

manifestações e usos populares de São Paulo, e isso pode acontecer na companhia de

amigos ou mesmo colegas de trabalho. Neste caso, a atividade não é obrigatória, nem

discricional. Assim, optou-se por não considera-la de lazer.

Descansar e dormir somam 33,0% das respostas e constituem-se em

atividades obrigatórias para estabilizar funções fisiológicas, mostrando que grande parte

dos entrevistados não tem disposição física para lazer após a feira. Esta decisão também

pode ocorrer por falta de opção de lazer, seja por desconhecimento, seja por receio de se

aventurar numa grande cidade. Outros 16,6% viajariam após a feira, provavelmente

retornando à cidade de origem; e 3,5% explicaram que iriam trabalhar. Assim 20,1%

dos turistas de negócios, realmente, não teiram tempo livre após visitar a feira.

148Atividades descompromissadas com a profissão ou com

necessidades fisiológicas, foram citadas por 17,1% . Estes, na maioria, buscam

entretenimentos noturnos como beber (5,5%), divertir-se no contexto geral sem

especificar como (5,4%), passear (3,2%), também em caráter genérico, e 3,0%

mencionaram compras. Assim, pode-se ressaltar que é pequeno o percentual de turistas

de negócios com disposição para o lazer após a visita à feira. Aqueles que se encaixam

neste perfil têm interesses peculiares, que podem estar ligados à busca de aventura por

estar longe de seu cotidiano familiar, limitando, assim, propostas para o lazer noturno

deste público. Destaca-se que 1,4% deu outras respostas variadas e sem significância.

Do total, 0,2% não respondeu a esta questão.

28,2

17,716,6

15,3

5,5 5,4

3,5 3,2 3,01,4

0,2

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

%

Jantar D esca nsar Viajar Dormir Beber Divertir-se Trabalha r Passear Compras Outros Sem resposta

Gráfico 4.3.2: Atividades após a feira

Foi indagado se o turista de negócios havia reservado algumas horas

para se divertir em São Paulo, buscando-se com isso verificar se havia tempo para o

lazer. Respostas negativas ocorreu em 69,7% dos casos. Dos 30,3% que responderam

afirmativamente a esta questão, 52,0% tinha entre 6 e 24 horas para se divertir, o que

149pode ser considerado um dia para o lazer; 38,0% disse ter até 5 horas para diversão,

ou seja, meio dia; e 8,4% disse ter reservado entre 25 e 48 horas para lazer, ou seja, dois

dias; apenas 1,6% mencionou períodos maiores. Apesar de ser pequeno o percentual de

turistas de negócios com tempo para diversão observa-se que aqueles que têm esta

disposição reservam em média um dia para passear em São Paulo.

69,7%

30,3%

Não Sim

Gráfico 4.3.3: Disponibilidade de Tempo para Diversão

150

38,0

52,0

8,4

1,6

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

%

Até 5 horas

de 6 a 24 horas

de 25 a 48 horas

mais de 48 horas

Inte

rval

os

de

hora

s

Gráfico 4.3.4: Horas Disponíveis para Diversão

Do total de entrevistados, 56,8% conhecem atrativos turísticos de São

Paulo; enquanto 43,2% tinham total desconhecimento sobre locais turísticos. Esse fato é

bastante relevante, pois a falta de informação pode estar restringindo os passeios de

turista de negócios pela cidade. Dentre as respostas sobre os atrativos, os mais citados

foram os histórico-culturais (30,1%) como museus, monumentos e igrejas. Em seguida

aparecem os naturais (27,8%) como Parque do Ibirapuera, Jardim Zoológico e praças;

12,3% enumeraram realizações técnico-científicas como avenidas, viadutos, shopping

centers; 10,4% mencionaram entretenimentos como espaços de diversão noturna,

parques temáticos ou estádios de futebol; 6,6% referiram-se aos acontecimentos

programados como cinema, shows ou teatro; e outros 4,4% citaram restaurantes ou

espaços gastronômicos. Apenas 3,2% citaram manifestações populares como festas ou

bairros típicos; 2,5% deram alguma resposta que não se encaixava nas categorias

estabelecidas; e 1,9% não descreveu o atrativo que conhecia.

151

43,2%

56,8%

Não Sim

Gráfico 4.3.5: Conhecimento de Atrativos em São Paulo

31,1

27,8

12,3

10,4

6,6

4,4

3,2

2,5

1,9

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

%

Histórico - Cultura is

Na tura is

Realizações Técnico-científica s

Entretenimento

Acontecimentos Programados

Gastronomia

Manifestações e Usos Tradiciona is / Populares

Outros

Sem Resposta

Gráfico 4.3.6: Tipo de Atrativo Conhecido

Mais da metade dos entrevistados (53,5%) confirmou que tinha

interesse em fazer um passeio turístico por São Paulo. Entretanto, 46,5 disse não ter este

interesse. Os locais apontados, como de maior curiosidade, foram os atrativos histórico-

152culturais (31,6%); em seguida os naturais (14,9%); a atividade de city-tour teve uma

representação de 14,7%; e a participação em acontecimentos programados de 11,1%;

em seguida aparecem obras ligadas a realizações técnico-científicas (7,8%),

entretenimento (6,8%); manifestações populares (3,1%); e apenas 2,7% citou

gastronomia.

Destaca-se, portanto, que atrativos como monumentos, museus e

igrejas, que remetem à compreensão histórica e cultural da metrópole são os que

despertam maior interesse e que os atrativos ligados à natureza também instigam

curiosidade. Observou-se que um número significativo de turistas tem vontade de fazer

um city-tour para conhecer os principais pontos turísticos de São Paulo e que a tão

variada gastronomia não constitui fator de relevante interesse dos turistas de negócios.

53,5%

46,5%

Não Sim

Gráfico 4.3.7: Interesse em Passeio Turístico por São Paulo

153

31,6

14,9

14,7

11,1

7,8

6,8

3,1

2,7

1,7

5,5

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Historico / Cultura is

Natura is

City Tour

Acontecimentos progranados

Realizações Técnico - científicos

Entretenimento

Manifestações e usos tradicionais / populares

Gastronomia

Outros

Não respondeu

Gráfico 4.3.8: Tipo de Atrativos que Despertam Interesse

154

Relacionando a ocupação profissional com o interesse em fazer

passeios em São Paulo, observou-se que, dentre as várias categorias, aqueles turistas

que, proporcionalmente, demonstram mais interesse em passear pela cidade são os que

deram respostas evasivas (65,0%), não sendo possível entender sua autonomia em

decisões ou seu vínculo empregatício; os profissionais alocados em cargos com vínculo

empregatício em vagas sem grande prestígio (encarregado, chefe ou gerente de áreas

administrativas) constituem-se no segundo grupo que mais se interessa em passeios por

São Paulo (63,2%); depois vêm os ajudantes e trabalhadores braçais (62,5%). Observa-

se, portanto, que os profissionais que ocupam cargos com pequeno grau de autonomia

de decisões são os que valorizam a possibilidade de lazer em São Paulo.

Os proprietários de pequenas empresas e os profissionais liberais que,

na maioria dos casos, são responsáveis pelo custeio da própria viagem, são os que

menos se interessam em passear por São Paulo com percentuais na ordem de 54,7% e

51,9% de respostas negativas. Infere-se, portanto, que este grupo de turistas prioriza o

trabalho.

Esta constatação confirma que o trabalho influencia o lazer de

diferentes formas. Esse tema foi discutido por Parker que afirma:

“A experiência de trabalho e as atitudes para com o trabalho influenciam o lazer de muitas maneiras .... As diferenças culturais fazem com que o mesmo tipo de trabalho afete o lazer de diversas maneiras em países diferentes.” (PARKER, 1978:80-95).

Assim, pode-se dizer que, no caso dos turistas de negócios que

participam de feiras em São Paulo, a influência do trabalho sobre o lazer está ligada às

questões financeiras e de responsabilidade pelo negócio, pois os proprietários ou

autônomos são os principais promotores do sucesso da empresa e, deste modo, então

155acabam por não dar importância ao lazer no destino em que estão realizando

negócios e, efetivamente aproveitam a viagem, apenas, com o intuito profissional. Por

outro lado, os trabalhadores assalariados, que muitas vezes têm sua viagem paga pela

empresa, se interessam em aproveitar ao máximo sua estada na cidade e buscam ocupar

seu tempo livre com passeios, pois seu grau de responsabilidade sobre o negócio não é

tão evidente como acontece com os outros profissionais mencionados.

45,5

54,5

51,9

48,1

43,5

56,5

54,7

45,3

36,8

63,2

44,2

55,8

43,9

56,1

44,3

55,7

37,5

62,5

50,0

50,0

35,0

65,0

0, 0

10, 0

20, 0

30, 0

40, 0

50, 0

60, 0

70, 0

80, 0

90, 0

100, 0

%

A B C D E F G H I J K

Não Sim

Gráfico 4.3.9: Ocupação por Interesse em Passeio por São Paulo

Legenda: A. Proprietário de empresa de grande porte / alto executivo / alto funcionário do governo. B. Profissional liberal. C. Proprietário de empresa de médio porte / Professor universitário / Executivo de empresas de médio porte. D. Proprietário de empresa de pequeno porte. E. Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas administrativas. F. Técnico / Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas operacionais. G. Microempresário / Professor do ensino fundamental. H. Assistente de áreas administrativas. I. Ajudante / Trabalhador braçal. J. Atua na economia informal / Ambulante. K. Outra ocupação que não se encaixa em nenhuma das anteriores.

Como a maioria dos turistas a negócios nas feiras demonstrou

interesse em fazer passeios turístico, verificou-se se eles conheciam agências de turismo

156que oferecessem passeios por São Paulo. Apenas 6,4% respondeu afirmativamente a

esta questão. Dentre as agências citadas apenas 34,2% eram empresas que realmente

oferecem serviços de receptivo como city-tour. Além da Itiquira, agência oficial de um

dos eventos pesquisados, foi destacada a CVC, que oferece um passeio em ônibus leito,

regular de terça a domingo, que parte da região central para a visitação panorâmica dos

principais pontos de São Paulo. As demais agências citadas, ou eram desconhecidas

(22,4%), ou eram agências convencionais com caráter emissivo (6,6%), ou operadoras

que não ofertam pacotes turísticos para São Paulo (5,3%) ou, então, eram

transportadoras especializadas apenas em transfer, que não oferecem serviços de guias

(3,9%). A prefeitura também foi citada por 3,9% dos entrevistados.

93,6%

6,4%

Nã o Sim

Gráfico 4.3.10: Conhecimento Sobre Agências de Receptivo em São Paulo

157

34,2

23,722,4

6,65,3

3,9 3,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Agência receptivo /oficial do evento

Sem resposta Não encontrada Convenciona l O pera dora sempacote para SP

Prefeitura / hotel Transportadoras

Gráfico 4.3.11: Tipo de Agências Citadas

Para complementar, e até confirmar o interesse dos turistas de

negócios com relação a visitas espontâneas, indagou-se, de forma aberta, o que eles

achavam que São Paulo oferecia de mais interessante. Observou-se que aquilo que mais

chama a atenção dos entrevistados é a imagem de negócios da cidade (37,1%), como

centro industrial e de serviços, destacando-se o comércio, bem como as muitas

oportunidades que oferece como opções de produtos, empregos e relações profissionais.

Em seguida, vem a imagem urbana da metrópole (20,2%) na qual se destaca a grande

quantidade de pessoas, a diversidade dos lugares, o movimento de carros, e o

funcionamento dia-e-noite de alguns estabelecimentos comerciais.

A diversidade e inovação das opções de entretenimento foi citada por

11% dos pesquisados, 10,8% deram respostas que remetiam para a história, cultura ou

manifestações populares, 7,0% citaram a gastronomia, 4,3% referiram-se a parentes e

amigos, 2,1% a acontecimentos programados, 1,9% refereiu-se às realizações técnico

científicas, tais como arquitetura e sistema viário e de transporte. Considerando que

30,1% citaram os atrativos turísticos que São Paulo tem de mais interessantes,

158percebeu-se que considerável parte dos turistas de negócios entende que São Paulo

tem um lado para lazer.

Apenas 2,0% disse que São Paulo não tem absolutamente nada de

interessante, 2,1% deram respostas que não se enquadravam nas categorias de

agrupamento e 0,9% não respondeu a esta questão.

37 ,1

20 ,2

11,0

10 ,8

7 ,0

4 ,3

2 ,1

2,0

1,9

0 ,7

0,0 5,0 1 0 ,0 15 ,0 20,0 25,0 30 ,0 35,0 40,0

%

Ima gem de neg ócios, com ércio ou oportunidades

I magem u rba na

Entr etenimen to

Cu ltura , h istó ria, man istesfações populares

Gastro nomia

Am igos e p aren tes

Acon tecimen tos pr ogr ama dos

Na da

Arq uitetu ra, Rea lizações técn ico cientificos

Atra tivos turísticos

Gráfico 4.3.12: Imagem Mais Interessante de São Paulo

Para analisar as atividades de lazer que os turistas apontaram ter

vontade de desenvolver no tempo livre em São Paulo, usou-se como base a classificação

indicada por Camargo. Como visto anteriormente, este autor enumera seis categorias de

atividades de lazer (físicas, manuais, artísticas, intelectuais, associativas e turísticas)

(CAMARGO, 1986:20-28). No entanto, algumas adaptações se fizeram necessárias para

enquadrar o leque de opões apresentado pelos turistas. Cinco destas categorias foram

mantidas, as atividades manuais foram substituídas por passivas e de descanso e duas

foram acrescidas em função de sua representatividade com atividades ligadas à

gastronomia e às compras.

159Assim, as atividades de lazer apontadas como de interesse dos

turistas de negócios foram classificadas da seguinte forma:

1 artísticas – ir ao teatro, assistir a shows musicais, ir ao cinema;

2 associativas – visitar boates, freqüentar bares, encontrar amigos e parentes, visitar

festas típicas, estar com a família;

3 físicas – passear em parques ou áreas verdes, fazer exercício físico, usar piscina,

sauna, fitness do hotel;

4 intelectuais – visitar museus ou centro culturais, conhecer monumentos históricos,

ler, escrever ou digitar cartas, e-mail;

5 turísticas – fazer city-tour, contemplar belezas da cidade;

6 passivas de descanso – ficar no hotel, ver TV, ouvir música, dormir, descansar,

meditar;

7 consumistas – fazer compras, passear em shopping;

8 gastronômicas – comer em restaurantes, freqüentar bar ou restaurante do hotel.

Observa-se que as atividades artísticas, são as que se sobressaem

(20,2%); depois vêm as atividades de gastronomia (15,7%); em seguida figuram as

atividades associativas (15,4%), aquelas que se imaginou ser preferidas pelos turistas;

com 13,8% aparecem as atividades intelectuais; as atividades consumistas representam

12,1% das preferências; as atividades físicas 8,8%; as atividades passivas e de descanso

6,9%; e por último aparecem as atividades turísticas (6,8%).

160A análise comparativa entre os dados gerais sobre pontos de

interesse dos turistas em visitar em São Paulo com atividades que gostariam de fazer em

seu tempo livre, mostra alguma distorção ou discrepância. Por exemplo, 14,7% dos

turistas afirmaram ter interesse em fazer city-tour em São Paulo, mas apenas 6,9%

apontou gosto por atividades turísticas, entre elas fazer city-tour. Esta inconsistência

pode resultar da diferença da estrutura das perguntas. A questão sobre interesse foi

aberta, obrigando a uma resposta espontânea, enquanto a questão sobre gosto foi

fechada, onde o turista escolhia as atividades preferidas. Entretanto tal assunto deve ser

investigado mais a fundo para detectar se em algum dos momentos o turista não foi

preciso em suas respostas.

20,2

15,7 15,4

13,8

12,1

8,8

6,9 6,8

0,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

%

A rtística s Gastronomicas A ssocia tivas Intelectua is Consumista s Física s Passiva s dedesca nso

Turísticas Sem resposta

Gráfico 4.3.13: Atividades de Lazer Preferidas

161

Interessante perceber que 67,3% dos entrevistados confirmaram ter

interesse em visitar São Paulo a passeio, isso é mais de dois terços dos entrevistados, o

que mostra que os turistas de negócios conhecem o potencial da cidade para a diversão.

Entretanto, 32,7% não têm interesse em visitar São Paulo a passeio.

67,3%

32,7%

Não Sim

Gráfico 4.3.14: Gosto em Visitar São Paulo a Lazer

Inferindo que, provavelmente, os turistas de negócios que não

visitariam a cidade a passeio são pessoas que relacionam a imagem de São Paulo com o

trabalho, indagou-se o motivo. Os problemas urbanos como violência, poluição, trânsito

e correria figuram como os principais impedimentos para visitas a lazer, somando

22,8% das respostas. Outras preferências para viajar a lazer, como praias ou a busca de

lugares calmos, foram apontadas por 22,3% dos entrevistados; 19,9% consideram a

cidade sem atrativo para visitá-la a passeio; e 17,6%, efetivamente vinculam a imagem

de São Paulo aos negócios, negando-a como destino de lazer.

162Assim, pode-se dizer que quase a totalidade das respostas (82,6%)

para justificar a não visita a lazer à metrópole, estão ligadas a sua característica

cosmopolita, e as demais respostas estão relacionadas a questões de mercado como falta

de informação (3,7%), distância do local de origem (3,5%), preços (2,0%) ou por já

conhecer a cidade e 0,7% deu outras respostas descontextualizadas.

Conhecendo os fatores impeditivos que os turistas de negócios citaram

como motivo para não visitar São Paulo a lazer, é possível verificar que o fato da cidade

ser o núcleo de uma metrópole, é apontado como o maior defeito. Sabe-se que os

problemas urbanos que afetam a população paulistana também repelem turistas e

entende-se que uma solução está longe de ser alcançada. Mas, por outro lado, é

exatamente a característica de agitação e efervescência cultural e de entretenimento que

motiva a maioria dos entrevistados a visitar a cidade para lazer. Assim, pode-se dizer

que, realmente, existem turistas de negócios que não são demanda potencial para São

Paulo a lazer em função de gostos e preferências. Esse aspecto dificilmente poderá ser

alterado por campanhas de marketing, vale a pena, portanto, investir em ações voltadas

para os turistas que têm predisposição para passear em São Paulo, ressaltando os

atributos de grande centro urbano.

163

22,8

22,3

19,9

17,6

3,7

3,5

2,0

1,7

0,7

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

%

Problema s urbanos

Outras preferência s

Sem atrativo

Imagem de negócios

Falta informação tur ística

Distante

Alto custo

Já conhece

Outros

Gráfico 4.3.15: Impedimento para Visitar São Paulo a Lazer

É importante destacar que 69,3% dos turistas de negócios gostariam de

trazer a família para visitar São Paulo. Os motivos positivos apontados, segundo o grau

de importância foram: atrativos turísticos de forma geral (36,2%); acontecimentos

programados como show, teatro e cinema (13,0%); compras (12,9%); parques ao ar

livre (8,2%); visita a amigos e parentes (7,1%); atrativos histórico-culturais (6,7%);

gastronomia (5,4%); entretenimento (4,2%); imagem de negócios 2,8%; além de outros

motivos como arquitetura, conveniência de estar com a família e a imagem urbana

(3,4%).

164

30,7%

69,3%

Não Sim

Gráfico 4.3.16: Interesse em Visitar São Paulo com a Família

36,2

13,0

12,9

8,2

7,1

6,7

5,4

4,2

2,8

3,4

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0

%

Atrativos turísticos

Acontecimentos progra mados

Comércio

Atrativos naturais

Amigos e parentes

Cultura / histór ia

Gastronomia

Entretenimento

Imagem de negócio

Outros

Gráfico 4.3.17: Fatores Positivos para Trazer a Família

Entre os turistas, 30,7% afirmaram que não gostariam de trazer a

família para visitar São Paulo, justificando com os seguintes pontos negativos: 27,9%

não consideram a cidade atrativa para passear com a família; 25,8% destacam os

problemas urbanos como trânsito e violência como impeditivos; 20,5% têm outras

preferências para viajar com a família; 7,7% não viaja com a família; 6,0% relaciona a

165imagem de negócios como negativa para viajar com a família; 4,0% afirmaram que

a família já conhecia a cidade portanto, não a visitariam de novo; para 2,3%, o custo de

São Paulo é muito alto; 2,3% ressaltaram que falta informação sobre os atrativos de

lazer da cidade; 2,0% citaram a distância entre São Paulo e sua residência como

empecilho; 1,3% deu respostas que não se encaixavam nas categorias estabelecidas.

Estes motivos negativos são bastante similares aos apontados como impedimentos para

visitar a cidade a passeio, havendo alguma mudança nos percentuais, exceto no caso dos

turistas de negócios que não viajam com a família.

27,9

25,8

20,5

7,7

6,0

4,0

2,3

2,3

2,0

1,3

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

%

Sem atrativo

Problemas urbanos

Outras preferências

Não via ja com família

Imagem de negócios

Já conhece

Custo

Falta de informação

Distância

Outros

Gráfico 4.3.18: Fatores Negativos para Trazer a Família

4.4. Oportunidades e ameaças: análise SWOT

A análise cuidadosa de todos os dados coletados, mostrou a

diversidade de interfaces do turista de negócios com a cidade de São Paulo, tornando

166possível isolar seis aspectos principais:

1º cidade – relativo ao sistema de transporte, acesso e questões de infra-estrutura básica.

2º atrativos – segundo categorias, tipos e distribuição territorial;

3º meios de hospedagem – com relação à classificação de conforto e localização;

4º agências de receptivo – pelo prisma de produtos, serviços e estrutura funcional;

5º feiras de negócios – no que se refere à quantificação e á aproximação com o turismo

de negócios;

6º turista de negócios – conforme características biossociais, ciclo de vida na família,

classe econômica, interação com o destino e o uso de tempo livre.

Em virtude de adequação do método SWOT (Strenght, Weaknesse,

Oportunitie, Threat), aos casos de análise comparativa de um grande conjunto de dados

e informações, entendeu-se ser interessante adotar este procedimento para avaliar a

realidade investigada, o que poderá facilitar uma visão geral e ampla dos diversos

elementos estudados.

Dentre os muitos autores que abordam o planejamento, o marketing e

a gestão do turismo em nível municipal, Pereira explica o método SWOT como parte

integrante de um plano de marketing, mostrando quadros comparativos que viabilizam

análises objetivas. (PEREIRA, 2001:66-72). Petrocchi, por sua vez, destaca que pontos

fortes e fracos referem-se à análise interna do município, enquanto as oportunidades e

ameaças são conseqüências prováveis em função de diversos fatores que influenciam

estes elementos internos. (PETROCCHI, 1998:263-277). Assim, foram considerados

como pontos fortes e fracos os principais resultados da pesquisa em relação aos seis

elementos analisados.

167Em seqüência, foram elaborados dois quadros: o quadro 1 reúne os

pontos fortes detectados no decorrer deste trabalho, com descrição das oportunidades a

eles relacionadas; o quadro 2 aponta pontos fracos negativos com as ameaças que os

circundam.

Quadro 1

Pontos Fortes e Oportunidades A Cidade

Pontos Fortes Oportunidades Aeroporto de Guarulhos é o principal

portão de entrada de turistas estrangeiros

no Brasil.

Turistas estrangeiros passam,

obrigatoriamente, por São Paulo e podem

ser motivados a visitar a cidade.

Aeroporto de Congonhas é o terminal

aeroviário com maior movimento no país.

Turistas domésticos podem ser

incentivados a visitar São Paulo entre

conexões de seus vôos.

Atrativos Pontos Fortes Oportunidades

Atrativos ligados a acontecimentos

programados existem em grande número e

bem distribuídos pelas cinco regiões

administrativas da cidade.

Turistas têm facilidade para visitar, por

conta própria, os eventos programados que

acontecem na cidade.

Oferta de entretenimentos diversificada e

diferenciada, se comparada com outras

cidades do Brasil.

Entretenimentos da cidade têm

potencialidade para servir como atrativo do

turismo de lazer.

Atrativos histórico-culturais de importância

internacional.

Atrativos histórico-culturais da cidade têm

potencialidade para o turismo de lazer.

Variedade e qualidade da gastronomia. Turista se interessa em conhecer os

restaurantes diferenciados da cidade.

Oferta de atrativos naturais de valor

paisagístico diferenciado.

Diversidade de áreas verdes podem

surpreender os turistas que só pensam em

São Paulo como centro urbano.

O valor dos atrativos técnico-científicos é

reconhecido nacionalmente.

Oferta de espaços de compras é capaz de

motivar visitas a lazer.

Meios de Hospedagem Pontos Fortes Oportunidades

168Grande oferta de meios de hospedagem de

diversas categorias de conforto.

Possibilidade de atender turistas de todas as

faixas de renda.

Hotelaria está concentrada no chamado

centro expandido.

Maioria dos hotéis está próxima aos

atrativos turísticos.

Hotelaria entende que é preciso aumentar a

permanência do turista de negócios na

cidade.

Empresariado pode se mobilizar para

divulgar atrativos turísticos em conjunto

com agências de receptivo.

Agências de Receptivo Pontos Fortes Oportunidades

Existência de agências especializadas em

serviços receptivos.

Possibilidade de oferecer serviços de

receptivo de qualidade para os turistas.

Feiras de Negócios Pontos Fortes Oportunidades

A maioria das grandes feiras de negócios

acontece em São Paulo.

Organizadores têm facilidades para

viabilizar os eventos na cidade.

Organizadores de eventos precisam que a

cidade de São Paulo seja bem-vista como

sede de eventos.

Facilita a adesão deste segmento para

divulgar atrativos turísticos da cidade.

Turistas de Negócios Pontos Positivos Oportunidades

São provenientes, principalmente, do

interior de São Paulo e da Região Sudeste.

Divulgação da cidade pode ser direcionada

para o estado paulista.

Maioria constitui-se em chefes de família. Provedores na maioria profissionais liberais

Renda média de R$ 6.000,00 e

classificados como classe econômica A2 e

B1.

Público com renda mensal alta, se comparada

ao salário mínimo atual de R$ 240,00, fazendo

parte de uma minoria abastada do país.

Na maioria são profissionais liberais ou

empresários.

Pessoas que têm autonomia sobre seu

tempo livre, uma vez que são os principais

tomadores de decisão.

Têm idade entre 30 e 44 anos, faixa etária

de uma população economicamente ativa.

Deve ter boa saúde e recursos financeiros

para viajar a lazer.

Na maioria dos casos são casados, com

filhos jovens. (ninho cheio II).

Costumam viajar para destinos que tenham

atrativos para adolescentes, como

entretenimento e atrativos naturais.

São pessoas que freqüentemente vêm a São

Paulo.

Podem ser motivados a conhecer novidades

pois já têm uma idéia da diversidade da

169oferta de São Paulo.

Maioria se hospeda em hotéis ou flats. Mais fácil de localizar e promover ações de

marketing.

Poucos hotéis oferecem equipamentos de

lazer.

Interessante para os hotéis simples

mostrarem o que a cidade tem de

interessante para encantar o hóspede.

Boa parte dos turistas de negócios tem

tempo livre pela manhã (40,1%)

Promover passeios turísticos pela manhã.

Parte dos turistas de negócios (30,3%) reserva

mais de 6 horas para se divertir em São Paulo.

Demanda potencial para serviços turísticos

receptivos.

Mais da metade dos turistas de negócios

tem interesse em fazer passeios pela cidade.

Demanda potencial para roteiros turísticos.

A minoria dos turistas de negócios conhece

agências que fazem serviços específicos de

receptivo.

Possibilidade de novas empresas se

firmarem neste mercado.

Turistas de negócio se interessam por

atividades de lazer ligadas ao artístico.

Suscetíveis a adquirir acontecimentos

programados, entretenimentos e atrativos

histórico-culturais. Categorias de atrativos

que a cidade tem maior oferta.

67,3% dos turistas de negócios têm

disposição em visitar São Paulo a lazer

Realmente são demandas potenciais para

turismo de lazer.

69,3% dos turistas de negócios trariam a

família para conhecer São Paulo.

Constituem público que realmente pode

ampliar o número de visitantes da cidade.

Destaca-se que com relação aos pontos fortes, os atrativos e os turistas

são os elementos que mais geram oportunidades para o turismo em São Paulo, enquanto

que as agências de receptivo pouco contribuem positivamente.

Quadro 2

Pontos Fracos e Ameaças A Cidade

Pontos Fracos Ameaças

170Falta de uma política de desenvolvimento do

turismo que determine diretrizes de divulgação

e comercialização do turismo de São Paulo.

A cidade ser vista apenas como destino de

negócios sem atrair pessoas a lazer.

Ações isoladas de promoção da cidade. Gasto do dinheiro público sem resultados

eficientes.

Problemas urbanos como violência,

trânsito, saneamento básico.

Afastam turistas e deixam moradores locais

desgostosos.

Atrativos Pontos Fracos Ameaças

Falta de divulgação sobre acontecimentos

programados junto às feiras de negócios.

Turista de negócios não sabe onde são

realizados os acontecimentos programados,

portanto não se programam para visita-los.

Ações isoladas de divulgação de alguns

empreendimentos e entretenimento em

algumas feiras de negócio.

Turista não percebe a relevância da oferta

de entretenimentos como um conjunto de

atrativos suficiente para motivar visitas a

lazer.

Conjunto de atrativos históricos não são

divulgados nas feiras de negócios.

Turista não tem conhecimento de formas

que facilitem, ou mesmo viabilizem a visita

a atrativos histórico-culturais.

Os esforços de revitalização do centro

histórico ainda não surtiram efeitos.

Área central imprópria para visitação

turística.

As manifestações e usos populares só se

destacam em função da gastronomia,

enquanto festas ou outros eventos não são

divulgados.

Turista não percebe atrativos ligados a

manifestações e usos populares em uma

metrópole que abriga tantas culturas

diferentes.

Atrativos naturais são pouco divulgados e

seu acesso é difícil.

Turistas não se interessam em conhecer

parques por desinformação.

Atrativos técnico-científicos não são

divulgados em feiras de negócios.

Turistas não conseguem compreender o

quanto a cidade pode oferecer com relação

a atrativos técnico-científicos.

Meios de Hospedagem Pontos Fracos Ameaças

Hotelaria não incentiva hospedes a visitar

atrativos turísticos de São Paulo.

Turistas não conhecem o que a cidade

oferece de interessante, portanto, não

estendem sua estada.

171Falta de um critério de regulamentação e

fiscalização dos serviços hoteleiros.

Distorção na classificação dos meios de

hospedagem.

Agências de Receptivo Pontos Fracos Ameaças

Agências de receptivo não se fazem presentes

nas feiras de negócios nem em hotéis.

Turistas de negócios e outros visitantes não

conhecem a oferta de agências de receptivo.

Desunião dos empresários de agências de

receptivo.

Falta de força política para reivindicar

ações políticas.

Falta de regulamentação e fiscalização dos

serviços de receptivo.

Distorção na qualidade dos serviços

receptivos prestados aos turistas.

Feiras de Negócios Pontos Fracos Ameaças

Espaços onde as feiras são realizadas ficam

distantes dos hotéis.

Turista passa por dificuldades de transporte

para se locomover do meio de hospedagem

ao local da feira.

Espaços de eventos não divulgam atrativos

da cidade de São Paulo.

Inibe a possibilidade do turista de ampliar

sua permanência na cidade.

Espaços de eventos da cidade precisam ser

modernizados.

Feiras de grande porte deixam de ser

realizadas em São Paulo.

Organizadores de eventos não estão

sensibilizados com a importância de

divulgar atrativos turísticos de São Paulo.

Contribuir para uma imagem que a cidade

só é própria para negócios.

Turistas de Negócios Pontos Fracos Ameaças

Na maioria são profissionais liberais ou

empresários.

Arcam com suas próprias despesas de viagem.

Permanência média de 3,7 dias, durante

dias da semana.

Hotéis têm baixa ocupação nos finais de

semana.

Poucos turistas de negócios têm tempo

livre no período da noite.

Organização de passeios noturnos para

turistas de negócios pode fracassar.

A imagem de negócios é o que mais

interessa aos turistas de negócios em São

Paulo.

Maior dificuldade de convencê-los das

qualidades de atrativos turísticos que a

cidade oferece.

Os turistas que não visitariam São Paulo a

lazer apontam como principal motivo o

Constatação de que a falta de informação

sobre atrativos da cidade limitam o

172fato da São Paulo não ter atrativos. interesse em visitá-la a lazer.

Com relação aos pontos fracos, os seis elementos apresentam aspectos

de ameaça na relação do turista de negócios com a cidade de São Paulo, sendo os

ligados aos atrativos os mais numerosos.

Assim, ações que tenham o propósito de dinamizar positivamente as

interações avaliadas no âmbito do uso do tempo livre do turista de negócios em São

Paulo, podem se apoiar neste conjunto de análises comparativas para otimizar os pontos

fortes, aproveitando as oportunidades apontadas, minimizando os pontos fracos e

anulando as ameaças detectadas acerca do tema pesquisado.

173

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa tem como foco principal o turista de negócios na cidade

de São Paulo. No decorrer do estudo foi feita a avaliação conceitual do turismo e do

turista de negócios, que apontou para uma grande diversidade de idéias na abordagem

dos tipos de turismo relacionados aos eventos e aos negócios.

Com relação ao Turismo de Negócios, conclui-se que ele acontece,

predominantemente, em áreas urbanas e caracteriza-se por transações comerciais e

profissionais; não há consenso sobre as divisões do turismo de negócios, embora tenha

sido estabelecida a sua relação estreita com eventos, principalmente, feiras. Estas são,

na verdade, o tipo que mais capta turistas de negócios.

Na investigação do turista de negócios foram identificados, pelo

menos dois grandes tipos, considerando o consumo de serviços:

1o turista que tem suas despesas custeadas pela empresa ou por ele próprio, e se utiliza

de equipamentos e serviços de alto custo e padrão;

2o turista que procura equipamentos e serviços simples e de valor acessível, custeado

pela empresa ou por ele próprio.

Foi feita uma avaliação geral de todo os dados levantados e analisados

sobre a oferta turística de São Paulo (atrativos, meios de hospedagem e agenciamento

receptivo), a realidade das feiras de negócios e, principalmente, sobre os turistas de

negócios que visitam nas feiras comerciais; de forma a fundamentar a proposição de

algumas ações que possam vir a minimizar ameaças e otimizar oportunidades, visando

tornar o turista de negócios um turista de lazer para a cidade de São Paulo.

174Primeiramente é importante destacar que a presença de turistas de

negócios nas grandes feiras, que fizeram parte da amostra de pesquisa, foi comprovada.

Verificou-se, ainda, que a proporção deste público, vindo de outras cidades que não

São Paulo e os municípios limítrofes, variava em função da vocação da feira e de sua

tradição como evento motivador de negócios.

Confirmou-se, também, que este segmento constitui-se em demanda

potencial para visitar São Paulo a passeio, porque tem tempo livre e vontade de

conhecer atrativos na cidade. Entretanto, algumas medidas precisam ser viabilizadas

para efetivamente motivar este público.

Entendeu-se que é de interesse de empresários das áreas de eventos,

hotelaria, agenciamento, e também do poder público, uma análise objetiva do que

precisa ser modificado para que São Paulo se consolide como destino turístico de lazer,

além de sua vocação principal que é de negócios. Constatou-se que existem atrativos e

infra-estrutura capazes de atender visitantes que tenham interesse de desvendar a

diversidade paulistana. Mas algumas arestas precisam ser aparadas para que a cidade

explore positivamente esta sua característica, enaltecendo seus atributos para que a

população local e os visitantes valorizem tudo o que São Paulo oferece.

Observou-se que, de certa forma, a hierarquia do cargo dos turistas de

negócios acaba influenciando sua disponibilidade para o lazer, pois aqueles que têm

funções que exigem autonomia e grande poder de decisão são os que menos se

interessam por passeios. Os outros, com funções de menor prestígio, ou que têm menor

responsabilidade sobre o negócio, são os mais animados em visitar atrativos. Abrem-se,

assim, oportunidades para que futuros trabalhos explorem esta questão com maior

profundidade.

175Verificou-se que a maioria dos turistas de negócios possui algum

conhecimento sobre atrativos da cidade de São Paulo, destacando-se atrativos histórico-

culturais, naturais e entretenimentos usualmente divulgados. Por outro lado, as

atividades de lazer que mais interessam a este público estão ligadas às artes como

museus, exposições, teatro, shows e cinemas, acontecimentos em geral ou que se

viabilizam em atrativos histórico-culturais e de entretenimento. Assim, é possível dizer

que, apesar de algumas discrepâncias detectadas, há coerência entre o que o turista de

negócios já ouviu falar ou conheceu em São Paulo, com aquilo que ele gosta de fazer

em seu tempo livre.

O que se apreende com estas descobertas, é que não há como

promover um destino turístico sem diretrizes de ação, ainda mais quando se trata de São

Paulo, que possui diversos atributos, desde negócios até meio ambiente. Deve ficar

claro o que, como e para quem divulgar a cidade. Os objetivos do Plano Municipal de

Turismo (PLATUM) (anexo14) só serão efetivados quando ficar estabelecido o objeto

alvo das estratégias e o público a que se destinam. Nesta seqüência pode-se identificar,

por exemplo, o turismo de negócios como objeto; a divulgação e a melhoria da infra-

estrutura de receptivo como estratégia; e o turista de negócios como público-alvo.

A fim de atender ao objetivo geral deste trabalho acadêmico, que é

contribuir para o estudo do turismo de negócios, foram elaboradas algumas estratégias

de ação, visando transformar o turista de negócios em consumidor de lazer em São

Paulo. Pretende-se, assim, abrir o debate sobre o turismo e o turista de negócios que

visita feiras comerciais na capital. A descrição das estratégias de ação mistura-se à

confirmação ou negação das hipóteses:

Com relação à primeira hipótese, que turista de negócios, além de não

ter tempo livre, não se interessa pela visitação dos atrativos da cidade de São Paulo,

176afirma-se que foi parcialmente negada.

Verificou-se que parte dos turistas de negócios tem tempo livre para

desfrutar de atividades de lazer no destino visitado, pois reserva algum tempo para lazer

em São Paulo ou têm horas disponíveis no período da manhã. Entretanto, uma grande

quantidade de turistas, realmente, não desfruta de tempo livre em suas viagens de

negócios.

Quanto ao interesse em visitar atrativos, a hipótese foi negada, uma

vez que muitos turistas demonstraram disposição para visitar a cidade apenas a passeio,

podendo, inclusive, virem acompanhados da família. Assim, conclui-se que tanto o

turista de negócios que tem tempo livre em suas viagens, como aquele que não tem,

mostra-se motivado em conhecer atrativos da cidade de São Paulo.

Pode-se afirmar, portanto, que o turista de negócios é um segmento

potencial para turismo de lazer na cidade de São Paulo, uma vez que tem algum

conhecimento sobre o destino e confirma interesse em visitar atrativos turísticos. Neste

sentido, entende-se que seja prioritário estruturar e divulgar os atrativos turísticos para,

efetivamente, transformar o turista de negócios em demanda por lazer.

A segunda hipótese sobre o interesse do turista de negócios, no seu

tempo livre, restringir-se às atividades de lazer associativas, foi parcialmente negada.

Apesar de parte dos turistas demonstrar interesse por atividades de

entretenimento noturno, o que se aproxima de atividades associativas, uma vez que

propiciam encontros sociais e ambientes de interação de pessoas. O interesse, dos

turistas de negócios por atividades artísticas de lazer foi o que mais se destacou.

Portanto, o importante é distanciar-se da idéia, que paira sobre os turistas de negócios,

que estes só têm interesse em boates, bares e casas noturnas para interagir com um

177ambiente diferente de seu cotidiano e revestido por uma sensação de liberdade por

estar distante de seu local de residência.

Constatou-se, por outro lado, que a cidade de São Paulo realmente

possui, de forma diferenciada, quantidade e variedade de atrativos como museus, casas

de show, estádios, teatros e cinemas, que se relacionam estreitamente com atividades

artísticas de lazer. Assim estes atrativos mereceriam maior destaque em ações de

promoção da oferta turística paulistana.

A terceira hipótese, apontando que o receptivo em São Paulo não

atende às necessidades do tempo livre do turista de negócios foi confirmada.

A pesquisa comprovou que os turistas das feiras de negócios têm

interesse em visitar atrativos turísticos de variados tipos, mas, poucos sabem sobre

localização, acesso, horário de funcionamento, preço ou serviços de agenciamento

necessários para viabilizar a visitação. Verifica-se que a cidade não possui um sistema

de sinalização turística, canais de divulgação ou comercialização eficientes sobre

atrativos turísticos e a iniciativa privada também não apresenta alternativas para suprir

esta falta de informação.

Isso foi constatado quando os turistas de negócio apontaram atrativos

divulgados pela mídia de forma geral, como museus e parques, mas não conseguiram

descrever um conjunto de atrativos de valor suficientemente interessante para motivar

uma viagem exclusivamente a lazer, apesar de saberem que a cidade tem este potencial.

As agências de receptivo não parecem preocupadas em incentivar o

turista de negócios a visitar os atrativos de lazer, pois não se fazem presentes nas feiras

de negócios e também não têm postos de atendimento em hotéis ou outros locais

freqüentados por este tipo de turista. Observou-se atitude passiva das agências com

178relação à oferta de roteiros turísticos, que são organizados apenas quando

demandados. Os organizadores das feiras também pouco destacam atrativos de São

Paulo ou promovem passeios pela cidade para atender o público de turistas.

Vale destacar, que enquanto os serviços de receptivo não atenderem os

turistas de negócios no uso de seu tempo livre, será difícil conseguir fazer com que este

estenda seu tempo de permanência, fato que beneficiaria todo o setor turístico e a

própria cidade.

A pesquisa mostrou que aproximadamente 300.000 turistas de

negócios freqüentam feiras comerciais e demonstram interesse em roteiros turísticos.

Assim, a demanda potencial por serviços de receptivo no período de um semestre é

bastante significativa em termos quantitativos. Cabe, então, às empresas do setor

estabelecer ações efetivas para atender o turista de negócios em seu tempo livre.

A existência de uma demanda potencial não garante o sucesso de um

empreendimento, pois outros fatores conjunturais precisam ser analisados e as ações de

marketing devem considerar as especificidades deste público, cujo perfil biossocial é

característico e apresenta necessidades de consumo diferenciadas, exigindo serviços

personalizados e de qualidade.

Entende-se, portanto que o turista de negócios é, realmente, uma

demanda potencial para o turismo de lazer em São Paulo e que ações da iniciativa

privada e do poder público precisam ser efetivadas, de forma conjunta, para identificar

caminhos para melhorar atender a este segmento. O próprio turista, se estiver satisfeito,

poderá ser um excelente canal de divulgação da cidade.

Finalmente, acredita-se que São Paulo possa tornar-se uma das cidades

mais visitadas no Brasil, desde que o setor turístico se mobilize para estabelecer uma

179política de ação coerente, vinculada a serviços receptivos de qualidade, que sirva

como estratégia de divulgação dos atrativos e do clima cosmopolita da cidade. Ações

que visem a ampliação da visitação devem estar direcionadas aos turistas de negócios

que visitam feiras e têm predisposição para conhecer São Paulo com um olhar turístico.

Este público, à margem das feiras de negócios, pode revelar-se como um turista de

lazer.

180

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRIL. Guia Brasil 2005. Guia Quatro Rodas. São Paulo: Abril. 2005

ABRIL. Veja São Paulo. São Paulo: Abril. 08/01/2004

ALTÉS MACHÍN, Carmen. Marketing y turismo. Madrid: Síntesis. 1997.

ANDRADE, José Vicente de. Gestão em lazer e turismo. Belo Horizonte: Autêntica. 2001.

ANDRADE, J. V. Turismo: fundamentos e dimensões. 8a ed. São Paulo: Ática. 2000.

ANSARAH, Marilia (org.). Turismo segmentação de mercado. São Paulo: Futura. 1999.

BACAL, Sarah. Lazer e o universo dos possíveis. São Paulo: Aleph. 2003.

____________. Pressuposto do comportamento turístico: influências psicológicas, sócio-culturais e econômicas. São Paulo: ECA-USP. (Tese de Doutorado). 1984.

BACHA, Maria de Lourdes. Introdução à pesquisa de marketing. São Paulo: CenaUn. 1998.

BARBOSA, Y. O despertar do turismo: um olhar crítico sobre os não-lugares. São Paulo: Aleph. 2001.

BARRETO FILHO, Abdon. Marketing Turístico para o espaço urbano: comentários acadêmicos e profissionais. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e GASTAL, Susana (Orgs.). Turismo Urbano: cidades, sites de excitação turística. Porto Alegre: Edição dos Autores, 1999.

BENNETT P e KASSARJIAN, H. O comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas. 1975.

BENI, Mário. Globalização do turismo: megatendências do setor e a realidade brasileira. São Paulo: Aleph. 2003.

BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. São Paulo: SENAC. 2000.

_____________. Caracterização da natureza dos fluxos para a classificação da demanda por turismo. São Paulo. Escola de Sociologia e Política de São Paulo: ECA-USP. (Dissertação de Mestrado). 1981.

BERG, Leo van den; BORG, Jan van der; MEER, Jan van der. Gestion del turismo en las grandes ciudades: estudio comparativo del desarrollo y estrategias turísticas en seis futuros destinos y dos ya estabelecidos. In: Estudios turisticos. Madri. IET. Numero 126.1995. pág. 33-61.

BISSOLI, M. Planejamento turístico municipal com suporte em sistemas de informação. São Paulo: Futura. 2000.

BOULLON, R. Planejamento do espaço turístico. Tradução de Josely Vianna Baptista. Bauru: EDUSC. 2002

BOULLON, R. Proyectos turísticos: identificação, localização y dimensionamento. México: Diana, 1996.

BRAGA, Debora Cordeiro. Investigação da demanda turística como fator fundamental para o planejamento e o desenvolvimento do turismo. In: REJOWSKI, M e COSTA, B.

181Turismo Contemporâneo: desenvolvimento, estratégia e gestão. São Paulo: Atlas, 2003. pág.43-60.

______________. Demanda turística: teoria e prática, São Paulo: ECA-USP. (Dissertação de Mestrado). 2000.

BRAMWELL, Bill. Strategic planning before and after a mega-event. In: Tourism Management. Great Britain: Pergamon. vol. 18. número 3. 1997. pág. 167-176.

BRASIL, EMBRATUR. Anuário estatístico 2002. Brasília: EMBRATUR. Volume 292001.

BRASIL, EMBRATUR. Anuário estatístico 2001. Brasília: EMBRATUR. 2001.

BRASIL, EMBRATUR. Estudo da demanda turística internacional 2001. Brasília: EMBRATUR. 2001.

BRASIL, EMBRATUR. Metodologia do inventário da oferta turística. Rio de Janeiro: EMBRATUR. 1984.

BRITTO, Janaína e FONTES, Nena. Estratégias para eventos: uma ótica do marketing e do turismo. São Paulo: Aleph. 2002.

CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna. 1998.

_____________. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense. 1986.

CANOVAS, Maria Irene Francisco. O Turismo de negócios e o consumo cultural e de lazer na cidade de Salvador: motivações e atitudes. São Paulo: ECA-USP. (Tese de Doutorado). 2004.

CARVALHO, Virgílio Nelson da Silva. Turismo e hotelaria desenvolvendo a economia. In: LAGE, Beatriz e MILONE, Paulo (orgs.) Turismo teoria e prática. São Paulo: Atlas. 2000. p. 206-222.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Turismo e ordenação no espaço urbano. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Turismo Urbano. São Paulo: Contexto. 2000. 23-32.

CAZES, George. Investigación pluridisciplinaria sobre el turismo urbano. (Francia). In: Estudios turísticos. Madri. IET. numero 126.1995. pág. 23-32.

CERVO, A e BERVIAN, P. Metodologia científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil. 1978.

CESCA, C. Organização de eventos. 2a ed. São Paulo: Summus. 1997.

CHISNALL, Peter. Pesquisa mercadológica. São Paulo. Saraiva. 1980.

CLAWSON, M e KNETSCH, J.L. Economics of outdoor recreation. Baltimore: The Johns Hopkins. 1969.

COBRA, Marcos. Marketing de Turismo. São Paulo: Cobra, 2001.

COOPER, Chris. et all. Turismo: princípios e práticas. Tradução de Roberto Cataldo Costa. 2a ed. Porto Alegre: Bookman. 2001.

CUNHA, Licínio. Introdução ao turismo. Lisboa: Verbo. 2001.

DE MASI, Domenico. O futuro do trabalho. 5a ed. Tradução de Yadyr A. Figueiredo. 5a ed. Rio de Janeiro: José Olímpio. 2000ª.

_______________. Perspectivas para o trabalho e o tempo livre. In: SESC/WLRA. Lazer numa sociedade globalizada. Tradução Mario Damineli. São Paulo:

182SESC/WLRA. 2000b. pág. 121-137.

________________. Desenvolvimento sem trabalho. 6a ed. Tradução de Eugênia Deheinzelin. São Paulo: Esfera. 1999.

DEMO, P. Pesquisa e informação qualitativa. Campinas: Papirus. 2001.

DENCKER, A. e DA VIÁ, S. Pesquisa empírica em ciências humanas. São Paulo: Futura. 2001.

DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva / SESC. 1999.

ECO, H. Como se faz uma tese. Tradução: Gil C. C. Souza. São Paulo: Perspectiva. 1997

FERNANDES, I. e COELHO, M. Economia do turismo: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus. 2002.

FERREIRA, Waldir. Evento como veículo de comunicação dirigida aproximativo. In: Turismo em Análise. São Paulo: ECA-USP. volume 8. número 1. maio 1997. pág. 13-17.

FREITAS, Sidineia Gomes. Eventos: estratégia do mundo dos negócios. In: Turismo em Análise. São Paulo: ECA-USP. volume 8. número 1. maio 1997. pág. 75-80.

FLORES, D. Marketing hoteleiro – uma abordagem do comportamento do consumidor em viagens de lazer. Rio de Janeiro: EBAP/FGV. (Dissertação de Mestrado). 1992.

FOGUEL, Sérgio e SOUZA. Carlos César. Desenvolvimento organizacional. São Paulo: Atlas.1989.

FREMONT, Pámela. How to open and run a money-making travel agency. New York: Wiley Press.1983.

GADE, Christiane. Psicologia do consumidor e da propaganda. Ed. Revisada e ampliada. São Paulo: EPU, 1998.

GASTAL, Susana. P produto cidade: caminhos de cultura, caminhos de turismo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e GASTAL, Susana (Orgs.). Turismo Urbano: cidades, sites de excitação turística. Porto Alegre: Edição dos Autores, 1999.

GIACOMINI Fo. Gino. Consumidor versus propaganda. São Paulo: Summus. 1991.

GIGLIO, Ernesto M. O comportamento do consumidor. Learning. 2a ed. Revisada e ampliada. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.

GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas. 1994.

_______________. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas. 1991.

GONZALEZ COBREROS, Maria Angeles. Fundamentos teóricos y gestión práctica de las agencias de viajes. Madrid: Síntesis. 1999.

HOLLOWAY, J. Christopher. The Business of Tourism. 3a ed. Londres: Pitman. 1992.

HUDMAN, Lloyd E. e HAWKINS, Donald E. Tourism in Contemporary Society: Na Introductory text. New Jersey:. 1989.

KOTLER, P. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall. 2000.

KOTLER, P; HAIDER, D. H. e REIN, I. Marketing público: como atrair investimentos, empresas e turismo para cidades, regiões, estados e países. São Paulo: Makron Books, 1994.

KRAUSE, Carlos Alberto. Turismo urbano e suas nuances. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e GASTAL, Susana (Orgs.). Turismo Urbano: cidades, sites de

183excitação turística. Porto Alegre: Edição dos Autores, 1999.

KRIPPENDORF, J. Sociologia do turismo: para uma nova compreensão do lazer e das viagens. São Paulo: Aleph. 2001.

KUAZAQUI, Edmir. Marketing Turístico e de Hospitalidade: fontes de enpregabilidade e desenvolvimento para o Brasil. São Paulo: Makron Books. 2000.

KURZ, Roberto. A ditadura do tempo abstrato. In: SESC/WLRA. Lazer numa sociedade globalizada. Tradução Mario Damineli. São Paulo: SESC/WLRA. 2000. pág. 39-46.

LAGE, Beatriz. Segmentação do mercado turístico. In: Turismo em Análise. São Paulo. ECA-USP. v.3, n.2, 1992. pág.61-74.

________________. Economia em turismo – uma análise de suas influências sobre o comportamento do consumidor. São Paulo: ECA-USP. (Tese de Doutorado). 1988.

________________. As expectativas da empresa aérea nacional face ao comportamento do usuário e os elementos condicionantes da propaganda. São Paulo: ECA-USP. (Dissertação de Mestrado). 1982.

LEMOS, Leandro Antônio. O Turismo e as informações de mercado. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e GASTAL, Susana (Orgs.). Turismo Urbano: cidades, sites de excitação turística. Porto Alegre: Edição dos Autores, 1999.

LICKORISH, Leonard J. e JENKINS, Carson L. Uma introducción al Turismo. Madrid: Síntesis. 1997.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e Humanização. 2a ed. Campinas: Papirus. 1995.

MARCHENA GÓMEZ, Manuel. El turismo metropolitano: una aproximación conceptual. In: Estudios Turisticos. Madri. IET. numero 126.1995. pág. 7-21.

MARRIS, Tyrrell. The role and impact of mega-events and attractions on regional and national tourism development. In: Revue de Tourisme. Saint Gallen. AIEST. Número 4. 1987. pág. 3-5.

MARTIN, V. Manual prático de eventos. São Paulo: Atlas. 2003.

MARTINS, Tuga. Mercado de eventos: Ninguém segura. In Meio e Mensagem Especial. São Paulo 25/03/2002. pág. 3-4.

______________. Diálogo com Roberto Gheler: Turismo na terra da garoa. In Meio e Mensagem Especial. São Paulo 25/03/2002. pág. 8-9.

MASTROBUONO, F. Ações de captação de eventos na cidade de São Paulo como estratégias para o fomento do turismo. São Paulo: ECA-USP. (Dissertação de mestrado). 2003.

MATHIESON, A e WALL, G. Tourism: economic, physical and social impacts. New York: Longman Scientific & Technical. 1988.

MATIAS, M. Os centros de convenções do Estado de São Paulo: como fator de desenvolvimento do turismo de eventos no Estado. São Paulo: ECA-USP. (Dissertação de Mestrado). 2000.

MATTAR, F. Pesquisa de marketing. São Paulo: Atlas. 1996.

McINTOSH, Robert & GUPTA, Shashikant. Turismo: planeación, administración Y perspectivas. México: Limusa. 1987.

MIDDELETON, Victor e CLARKE, Jackie. Marketing de turismo: teoria e prática. Tradução Fabíola de C. S. Vasconcellos. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

184

MONTANERO MONTEJANO, J. Estrutura do Mercado Turístico. São Paulo: Roca. 2001.

_________________. Psicosociologia del turismo. Madrid. Síntesis. 1996.

MORAES, C. Turismo segmentação de mercado: um estudo introdutório. In: ANSARAH, Marilia (org.). Turismo segmentação de mercado. São Paulo: Futura. 1999. pág. 13-33.

MUÑOZ OÑATE, F. Marketing Turístico. Madrid: Centro de Estudios Ramon Areces. 1994.

NISHIMURA, Jorge. Planejamento de um hotel voltado para negócios. In: LAGE, Beatriz e MILONE, Paulo (Orgs.) Turismo teoria e prática. São Paulo: Atlas. 2000. p. 223-231.

O ESTADO DE SÃO PAULO. Guia. São Paulo: O Estado de São Paulo. No 170 de 07 a 13/01/2005

O ESTADO DE SÃO PAULO. Guia. São Paulo: O Estado de São Paulo. No 168 de 17 a 23/12/2004

OLIVEIRA, Antonio Pereira. Turismo e desenvolvimento: planejamento e organização. 2a ed. São Paulo: Atlas. 2000.

OMT. Introdução ao Turismo. Tradução: Dolores Matin Rodriguez Córner. São Paulo: Roca, 2001.

PARKER, Stanley. A sociologia do Lazer. Tradução de Heloisa Toller Gomes. Rio de Janeiro: Zahar. 1978.

PEARCE, D. Tourism today: a geographical analysis. New York: Longman Scientific & Technical.1988.

PELIZZER, Hilário Ângelo. Planejamento e gestão da hospitalidade no turismo receptivo In: DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Planejamento e gestão em turismo e hospitalidade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

PELIZZER, Hilário Ângelo. Turismo de negócios: qualidade na gestão de viagens empresariais. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

PEREIRA, Berenice Curtis Mércio. Viagem na atualidade. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e GASTAL, Susana (Orgs.). Turismo Urbano: cidades, sites de excitação turística. Porto Alegre: Edição dos Autores, 1999.

PEREIRA, Marcos. Marketing de cidades turísticas. São Paulo: Chronos, 2001.

PETROCCHI, Mario. Turismo: planejamento e gestão. São Paulo: Futura. 2001.

PINE, B. Joseph e GILMORE, James H. The Experience Economy. Boston: Harvard Business School Press. 1999.

PIRES, Mario Jorge. Lazer e Turismo Cultural. Barueri: Manole. 2001.

PORTO, Fernando. Trade reconhece a urgência de reorganizar o segmento de receptivo nacional. In: Turismo em Números. São Paulo: SINDETUR. Ano 3. Edição 34/2004.

PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Consumo e espaço: turismo, lazer e outros temas. São Paulo: Roca. 2001.

PRADO, Wania Gaspar Martins do. Manual prático para organização de viagens. São Paulo: Aleph. 2002.

185

REJOWSKI, Mirian (org.). Turismo no percurso do tempo. São Paulo: Aleph. 2002.

_____________. Turismo e pesquisa científica. Campinas: Papirus. 1996.

RICHARDSON, R. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas. 1999.

ROSE, Alexandre T. Turismo: Planejamento e Marketing. Barueri: Manole, 2002.

RUSCHMANN, D . Turismo e planejamento sustentável. Campinas. Papirus. 1997.

RUTTER, M e ABREU, S. Pesquisa de mercado. São Paulo: Ática. 1994.

SAKATA, M. Tendências metodológicas da pesquisa acadêmica em turismo. São Paulo: ECA-USP.(Dissertação de Mestrado). 2002

SÃO PAULO CONVENTION & VISITOUR BUREAU. Guia Mais 2004 São Paulo. São Paulo: TPI. 2004

SEBRAE série administrador. Marketing de serviços. São Paulo: SEBRAE-SP. 1997.

_______________. Pesquisa de mercado. São Paulo: SEBRAE-SP. 1997.

SERSON, Julio. Ações estratégicas no turismo: o caso de São Paulo. In: LAGE, Beatriz e MILONE, Paulo (Orgs.) Turismo teoria e prática. São Paulo: Atlas. 2000. p. 234-239.

SEVERINO, A. Metodologia do trabalho científico. 22a ed. São Paulo: Cortez. 2002

SILVA, Fernando Brasil da. A Psicologia dos serviços em turismo e hotelaria. São Paulo: Thomson.2003.

________________. A Psicologia aplicada ao turismo e hotelaria. São Paulo: CenaUn.2000.

SMITH, S. Tourism analysis: a handbook. New York: Longman Scientific & Technical.1989.

STEVENSON, William J. Estatística aplicada à administração. São Paulo: HARBRA. 1981.

SWARBROOKE, John e HORNER, Susan. O comportamento do consumidor no Turismo. Tradução Saulo Krieger. São Paulo: Aleph. 2002.

SWARBROOKE, John. Turismo sustentável Volume V. Tradução Saulo Krieger. São Paulo: Aleph. 2000.

TAGLIACARNE, Guglielmo. Pesquisa de Mercado: Técnica e Prática. São Paulo. Atlas. 1978.

TAVARES, Adriana de Menezes. City tour. São Paulo: Aleph. 2002.

TEICH, Daniel Hessel. Redes apostam em hotel econômico. In: O Estado de São Paulo. Caderno Negócios B. São Paulo. 05/01/2005.

TEIXEIRA, Gilberto. Um ensaio crítico sobre a metodologia de pesquisa de viagens turísticas. Cadernos de Administração. São Paulo. FEA/USP. 1977.

________________. Classificação de variáveis nas pesquisas de recreação e turismo. Cadernos de Administração. São Paulo. FEA/USP. 1974.

TINEU, R. As influências da comunicação informal na promoção de localidades turísticas. São Paulo: ECA-USP. (Dissertação de Mestrado). 2002.

TOMELIN, Carlos Alberto. Mercado de agências de viagens e turismo. São Paulo: Aleph. 2001.

186

TRIGO, L. Entretenimento: uma crítica aberta. São Paulo:SENAC. 2003

TRUJILLO, V. Pesquisa de mercado: qualitativa e quantitativa. São Paulo: Scortecci. 2001.

TURISMO EM ANÁLISE. Escola de Comunicações e Artes da USP. São Paulo: ECA-USP Volume 8. Número 1. maio 1997.

TULIK, Olga. Turismo e meios de hospedagem: casa de temporada. São Paulo: Roca. 2001

________________. Residências Secundárias: Presença, Dimensão e Expressividade do Fenômeno no Estado de São Paulo. São Paulo: ECA-USP (Livre Docência). 1995.

URRY, John. O olhar do turista. Tradução Carlos E. M. de Moura. São Paulo: SENAC/Nobel. 1999.

VAZ, Gil. Marketing turístico. São Paulo: Pioneira. 1999.

VOGELER RUIZ, Carlos e HERNÁNDEZ ARMAND, Enrique. Estructura y organización del mercado turístico. 2ª edição. Madrid: Centro de Estudios Ramón Areces. 1997.

WEINSTEIN, Art. Segmentação de mercado. São Paulo: Atlas. 1995.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS

<http://www.fiaflora.com.br/fiaflora/scripts/p_home.asp?icone=vazio&titulo=vazio&tipo=9&MENU2=45> acesso em 10/04/2004

<http://www.feicorte.com.br/2004/index.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.expomilk.com.br/expomilk/scripts/p_dados.asp?icone=iconea0014.gif&titulo=Dados+da+Feira&MENU2=44&FEIRA=224> acesso em 10/04/2004

<http://www.brasiltec.com.br/publico.htm> acesso em 10/04/2004

<http://www.salaodoautomovel.com.br/salaodoautomovel/scripts/p_noticias.asp?modoNoticia=913&primeiro=1&newsRoot=913&bloco=8> acesso em 10/04/2004

<http://www.cosmoprofcosmetica.com.br/cosmoprofcosmetica/scripts/p_estatistica.asp?tipo=3&icone=iconea0020.gif&titulo=Estat%EDsticas+do+Evento&MENU2=4&FEIRA=266> acesso em 10/04/2004

<http://search.marsfind.com/ufts.html?ver=100&uid=d733ec4037a711d8827c0060670627f6&status=404&query=http%3A%2F%2Fwww.cosmoprofcosmetica.com.br%2F2003%2Findex.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.idmc.com.br/fisp/> acesso em 10/04/2004

<http://www.photoimagebrazil.com.br/feiradeimagem/scripts/p_estatistica.asp?tipo=3&icone=iconea0020.gif&titulo=Estat%EDsticas+do+Evento&MENU2=4&FEIRA=220> acesso em 10/04/2004

<http://www.fenit.com.br/fenit/scripts/p_estatistica.asp?tipo=3&icone=iconea0020.gif&titulo=Estat%EDsticas+do+Evento&MENU2=4&FEIRA=209> acesso em 10/04/2004

<http://www.urbis2004.com.br/urbis/scripts/p_estatistica.asp?tipo=3&icone=iconea002

1870.gif&titulo=Estat%EDsticas+do+Evento&MENU2=4&FEIRA=258> acesso em 10/04/2004

<http://www.feiraescolar.com.br/feiraescolar/index.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.feiraexpolazer.com.br/feiraexpolazer/index.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.feiraexpomusic.com.br/feiraexpomusic/index.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.feirafrancal.com.br/feirafrancal/index.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.hospitalar.com.br> acesso em 10/04/2004

<http://www.fispal.com.br> acesso em 10/04/2004

<http://www.abfexpo.com.br/abf.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.expopostos.com.br/visitar_feira/01_a_feira.php> acesso em 10/04/2004

<http://www.bricolage.com.br/not_feira.html> acesso em 10/04/2004

<http://www.isashow.com.br/site/isashow/index.php> acesso em 10/04/2004

<http://www.anfamoto.com.br/imprensa10.htm> acesso em 10/04/2004

<http://www.equipotel.com.br/balanco.shtml> acesso em 10/04/2004

<http://search.marsfind.com/ufts.html?ver=100&uid=d733ec4037a711d8827c0060670627f6&status=404&query=http%3A%2F%2Fwww.ficoc.com.br%2F> acesso em 10/04/2004

<http://www.comdexbrasil.com.br/index.asp> acesso em 10/04/2004

<http://www.fipan.com.br/port/index.htm> acesso em 10/04/2004

<http://www.pettradefair.com.br/> acesso em 10/04/2004

<http://www.fbcevb.com.br/pesquisa.asp> acesso em 07/04/04

<http://www.cidadesaopaulo.com> acesso em 22/03/04

<http://www.sric-bi.com/VALS/types.shtml> acesso em 22/02/2004

<http://www.ibope.com.br/social/aspprc.htm> acesso em 24/02/2004

<http://www.ibge.gov.br/cicades/default2.php> acesso em 24/02/2004

<http://www.anep.org.br/pesquisaemfoco/dez2002/cceb.htm> acesso em 24/02/2004

<http://www.dieese.org.br/pof/pof2.html> acesso em: 25/02/2004

<http://www.seade.gov.br/titabpv98/dem/ANU2001/dem200101.htm> acesso em 26/02/2004

<http://www.spcvb.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.spcvb.com.br> acesso em 26/04/2004

<http://www.visitesaopaulo.com.br> acesso em 26/04/2004

<http://www.anhembi.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.ubrafe.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.abeoc.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.itm.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.expocenternorte.com.br> acesso em 08/04/2004

188<http://www.centoexposiçõesimigrnates.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.hoteltransamerica.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.espaçounique.com.br> acesso em 08/04/2004

<http://www.guiaculturia.sp.gov.br> acesso em 01/06/2004

<http://www.abave.com.br> acesso em 01/06/2004

<http://www.visitesaopaulo.com.br> acesso em 01/06/2004

<http://www.anhembi.com.br> acesso em 01/06/2004

<http://www.cidadedesaopaulo.com.br> acesso em 01/06/2004

<http://www.sindiprom.com.br> acesso em 16/06/2004

<http://www.ubrafe.com.br> acesso em 16/06/2004

<http://www.wttc.org > acesso em 09/10/2004

<http://www.world-tourism.org > acesso em 09/10/2004

<http://www.embratur.gov.br> acesso em 09/10/2004

<http://www.favecc.org.br> acesso em 09/10/2004

<http://www.businesstravel.com.br> acesso em 09/10/2004

<http://brasilviagem.com/pontur/?CodCid=4> acesso em 17/12/2004

<http://bito.com.br/index.htm> acesso em 17/12/2004

<http://www.cidadedesaopaulo.com/dados.htm> acesso em 17/12/2004

<http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/mapas/index.php> acesso em 17/12/04

<http://www.saopaulo.sp.gov.br/saopaulo/turismo/cap_ptos.htm> acesso em 18/12/2004

<http://www.museus.sp.gov.br/indexmuseus.htm> acesso em 18/12/2004

<http://www.guiasp.com.br/guiasp/site/passeios_diversoes/lista_completa...> acesso em 18/12/2004

<http://www.guiacultural.sp.gov.br> acesso em 18/12/2004

<http://www.saopaulobairros.com.br/index.php> acesso em 18/12/04

<http://www.abrasce.com.br> acesso em 19/12/2004

<http://www.seade.gov.br/produtos/msp/car/car2_m001.pdf> acesso em 19/12/2004

<http://www.seade.gov.br/produtos/msp> acesso em 19/12/2004

<http://www1.uol.com.br/diversao/guiafolhasp/pa1712200402.shtml> acesso em 19/12/2004

<http://www.seade.gov.br/produtos/msp/dem/dem9_009.htm> acesso em 06/01/2005.

<http://www.abrabin.com.br/final/index.htm> acesso em 06/01/2005

189<http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.php?p=1122> acesso em 05/12/2005

<http://www.hotelonline.com.br> acesso em 10/01/2005

<http://www.hoteissaopaulo.com.br/todos-os-hoteis-em-sao-paulo.html> acesso em 21/01/05

<http://www.hoteldesconto.com.br/hdesc/hotelSearch.do> acesso em 21/01/05

<http://www.cidadedesaopaulo.com/> acesso em 21/01/05

<http://www.sodesp.com.br/rodizio.htm> acesso em 22/01/05

< http://anhembi.terra.com.br/ > acesso em 23/01/05

<http://www.abih.com.br/principal/classificacao/matriz.php> acesso em 28/01/05

190

APÊNDICES

191Apêndice 1

Tabelas capítulo 2

Tabela 2.2.1.: Categorias de Atrativos por Região de São Paulo

Central Leste Norte Oeste Sul Total Tipos de atrativos n. abs % n. abs. % n. abs. % n. abs. % n. abs. % n. abs. %

Acontecimentos Programados 118 8,4 45 3,2 24 1,7 83 5,9 81 5,8 351 25,0

Entretenimento 33 2,4 20 1,4 9 0,6 104 7,4 67 4,8 233 16,6

Histórico-cultural 151 10,8 22 1,6 13 0,9 76 5,4 41 2,9 303 21,6

Manifestações e Usos Populares 69 4,9 9 0,6 9 0,6 230 16,4 81 5,8 398 28,4

Natural 8 0,6 7 0,5 10 0,7 13 0,9 18 1,3 56 4,0

Técnico-científica 23 1,6 6 0,4 6 0,4 14 1,0 13 0,9 62 4,4

Total 402 28,7 109 7,8 71 5,1 520 37,1 301 21,5 1403 100,0 Tabela 2.2.2.: Tipos de Atrativos na Região Oeste

Tipos de atrativos n. abs. % Acontecimentos Programados 83 16,0

Entretenimento 104 20,0 Histórico-cultural 76 14,6

Manifestações e Usos Populares 230 44,2 Natural 13 2,5

Técnico-científica 14 2,7

Total 520 100,0 Tabela 2.2.3.: Tipos de Atrativos na Região Central

Tipos de atrativos n. abs. % Acontecimentos Programados 118 29,4

Entretenimento 33 8,2 Histórico-cultural 151 37,6

Manifestações e Usos Populares 69 17,2 Natural 8 2,0

Técnico-científica 23 5,7

Total 402 100,00 Tabela 2.2.4.: Tipos de Atrativos na Região Sul

Tipos de atrativos n. abs. % Acontecimentos Programados 81 26,9

Entretenimento 67 22,3 Histórico-cultural 41 13,6

Manifestações e Usos Populares 81 26,9 Natural 18 6,0

Técnico-científica 13 4,3

Total 301 100,0

192Tabela 2.2.5.: Tipos de Atrativos na Região Leste

Tipos de atrativos n. abs. % Acontecimentos Programados 45 41,3

Entretenimento 20 18,3 Histórico-cultural 22 20,2

Manifestações e Usos Populares 9 8,3 Natural 7 6,4

Técnico-científica 6 5,5

Total 109 100,0 Tabela 2.2.6.: Tipos de Atrativos na Região Norte

Tipos de atrativos n. abs. % Acontecimentos Programados 24 33,8

Entretenimento 9 12,7 Histórico-cultural 13 18,3

Manifestações e Usos Populares 9 12,7 Natural 10 14,1

Técnico-científica 6 8,5

Total 71 100,0 Tabela 2.3.1.: Categoria dos Meios de Hospedagem de São Paulo

Categoria n. abs. % 1� 234 49,7 2� 94 20,0 3� 106 22,5 4� 25 5,3 5� 12 2,5

Total 471 100,0 Tabela 2.3.2.: Distribuição dos Meios de Hospedagem pelas Regiões de São Paulo

Região n. abs. % Central 223 47,3 Oeste 126 26,8 Sul 92 19,5

Norte 18 3,8 Leste 12 2,5

Total 471 100,0 Tabela 2.3.3: Distribuição dos Meios de Hospedagem 1 ���� pelas Regiões de São Paulo

Região 1���� % Central 156 33,1 Oeste 33 7,0 Sul 23 4,9

Norte 13 2,8 Leste 9 1,9 Total 234 49,7

193Tabela 2.3.4: Distribuição dos Meios de Hospedagem 2 ���� pelas Regiões de São Paulo

Região 2���� % Central 36 7,6 Oeste 41 8,7 Sul 16 3,4

Norte 0 0,0 Leste 1 0,2 Total 94 20,0

Tabela 2.3.5: Distribuição dos Meios de Hospedagem 3 ���� pelas Regiões de São Paulo

Região 3���� % Central 23 4,9 Oeste 33 7,0 Sul 43 9,1

Norte 5 1,1 Leste 2 0,4 Total 106 22,5

Tabela 2.3.6: Distribuição dos Meios de Hospedagem 4 ���� pelas Regiões de São Paulo

Região 4���� % Central 6 1,3 Oeste 13 2,8 Sul 6 1,3

Norte 0 0,0 Leste 0 0,0 Total 25 5,3

Tabela 2.3.7: Distribuição dos Meios de Hospedagem 5 ���� pelas Regiões de São Paulo

Região 5���� % Central 2 0,4 Oeste 6 1,3 Sul 4 0,8

Norte 0 0,0 Leste 0 0,0 Total 12 2,5

Tabela 2.4.1: Atuação das Agências de Receptivo

Agências n. abs. % Trabalham com receptivo 34 64,2

Não trabalham com receptivo 12 22,6 Sem resposta 7 13,2

Total 53 100,0 Tabela 2.4.2: Representantes das Agências

Cargo n. abs. % Diretor proprietário 14 41,2

Gerente 12 35,3 Agente 8 23,5

Total 34 100,0

194Tabela 2.4.3: Meses de Maior Procura

Meses n. abs. % Janeiro 4 2,1

Fevereiro 9 4,6 Março 18 9,3 Abril 17 8,8 Maio 18 9,3 Junho 18 9,3 Julho 16 8,2

Agosto 19 9,8 Setembro 21 10,8 Outubro 21 10,8

Novembro 22 11,3 Dezembo 11 5,7

Total 194 100,0 Tabela 2.4.4: Principais Serviços Vendidos

Serviços n. abs. % City-Tour 25 45,5 Transfer 18 32,7

Hotel 7 12,7 Outros 3 5,5

Eventos 2 3,6 Total 55 100,0

Tabela 2.4.5: Interesse do Turista de Negócios por Atrativos Turísticos

Turista tem Interesse em Passeios n. abs. % Não 9 26,5 Sim 25 73,5

Total 34 100,0 Tabela 2.4.6: Número de Funcionários

Quantidade n. abs. % Até 3 7 20,6

de 3 a 5 3 8,8 de 6 a 10 14 41,2

De 11 a 20 3 8,8 mais de 20 6 17,6

Sem resposta 1 2,9

Total 34 100,0 Tabela 2.4.7: Funcionários Específicos de Serviço Receptivo

Quantidade n. abs. % de 1 a 2 11 32,4 de 3 a 4 10 29,4

de 5 a 10 8 23,5 mais de 10 4 11,8

Sem resposta 1 2,9 Total 34 100,0

195Tabela 2.4.8: Frota Própria

Frota própria n. abs. % Não 20 58,8 Sim 14 41,2

Total 34 100,0 Tabela 2.4.9: Tipo de Veículos

Tipos n. abs. % Carro 10 45,5 Van 8 36,4

ônibus / microônibus 4 18,2 Total 22 100,0

Tabela 2.4.10: Serviços Terceirizados

Serviços n. abs. % Guias e Transporte 30 88,2

Transporte 2 5,9 Guias 1 2,9 Outros 1 2,9 Total 34 100,0

196

Apêndice 2

Tabelas capítulo 3

Tabela 3.3.1: Áreas de Atuação

Área de Atuação n. abs. % Turismo / Hotelaria 3 16,7 Móveis / Decoração 3 16,7

Construção Civil 3 16,7 Telecomunicação 3 16,7

Indústria 2 11,1 Escola 1 5,6

Religião 1 5,6 Estética 1 5,6

Animais domésticos 1 5,6

Total 18 100,0 Tabela 3.3.2: Público Estimado

Público n. abs. % De 20.000 de 30.000 5 27,8 de 30.000 a 39.000 4 22,2 de 40.000 a 59.000 4 22,2

mais de 59.000 5 27,8 Total 18 100,0

Tabela 3.3.3: Duração das Feiras

Duração da Feira n. abs. % 3 dias 5 27,8 4 dias 11 61,1 5 dias 2 11,1

Total 18 100,0 Tabela 3.3.4: Dias da Semana

Dias da Semana n. abs. % Só dias úteis 8 44,4

Dias úteis + sábado 3 16,7 Dias úteis + sábado + domingo 7 38,9

Total 18 100,0 Tabela 3.3.5: Local de Realização das Feiras

Local de Realização n. abs. % Pavilhão do Anhembi 5 27,8

Expo Center Norte 5 27,8 Centro de Exposições Imigrantes 5 27,8

Transamérica Expo Center 2 11,1 Pavilhão da Bienal 1 5,6

Total 18 100,0 Tabela 3.3.6: Organizadores Filiados à UBRAFE

Organizadores n. abs. %

197

Alcântara Machado UBRAFE 2 11,1 CIPA UBRAFE 2 11,1

Francal UBRAFE 2 11,1

Guazzelli Messe Frankfurt UBRAFE 2 11,1 Equipotel UBRAFE 1 5,6

Grafite UBRAFE 1 5,6 G+G UBRAFE 1 5,6 T&T UBRAFE 1 5,6 VNU UBRAFE 1 5,6

All Fishing 1 5,6 Imam 1 5,6

Promocat 1 5,6 Promotrade 1 5,6 SITIVesp 1 5,6

Total 18 100,0 Tabela 3.3.7: Agências de Viagens Oficiais

Agências Oficiais n. ab.s % Almax 3 16,7

Must Tour 3 16,7 Sem agência 3 16,7 Commissair 1 5,6

CVC 1 5,6 Fly One 1 5,6

Home Tour 1 5,6 Itiquira 1 5,6

IT Viagens 1 5,6 SGP 1 5,6

Sugoi 1 5,6 TAM 1 5,6

Total 18 100,0

198

Apêndice 3

Tabelas capítulo 4

Tabela 4.1.1: Origem

Região n. abs. Subtotal SUDESTE 726 61,4%

SUL 251 21,2%

CENTRO-OESTE 74 6,3%

NORDESTE 69 5,8%

NORTE 31 2,6%

ESTRANGEIROS 30 2,5%

Sem resposta 2 0,2%

TOTAL 1183 100,0% Tabela 4.1.2: Chefe de Família por Gênero Chefes de Família

Não Sim Total Gênero n. abs. Não n. abs. Sim n. abs. % Homens 194 16,4 668 56,5 862 72,9

Mulheres 200 16,9 121 10,2 321 27,1

Total 394 33,3 789 66,7 1183 100,0 Tabela 4.1.3: Renda Familiar Mensal

Faixa de Renda n. abs. % Até R$ 500,00 5 0,4

de R$ 501,00 a 1.000,00 41 3,5

de R$ 1.001,00 a 3.000,00 296 25,0

de R$ 3.001,00 a 5.000,00 362 30,6

de R$ 5001,00 a 10.000,00 308 26,0

de R$ 10.001,00 a 15.000,00 104 8,8

de R$ 15.001,00 a 20.000,00 41 3,5

mais de R$ 20.000,00 26 2,2

Total 1183 100,0

199Tabela 4.1.4: Renda por Ocupação

Ocupação Faixa de Renda

A B C D E F G H I J K Total

Até R$ 500 0,0 0,2 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5

de R$ 501 a 1.000 0,3 0,4 0,3 0,3 0,8 0,2 0,1 0,4 0,6 0,0 0,1 3,5

de R$ 1.001 a 3.000 0,5 7,4 1,0 3,2 3,3 4,4 1,4 3,3 0,1 0,3 0,2 25,1

de R$ 3.001 a 5.000 0,3 7,7 5,8 5,7 4,8 2,7 1,1 1,7 0,0 0,1 0,7 30,6

de R$ 5001 a 10.000 1,5 4,7 5,5 6,3 4,3 1,9 0,6 0,8 0,0 0,0 0,3 25,9

de R$ 10.001 a 15.000 1,1 1,2 2,2 2,3 0,9 0,5 0,2 0,3 0,0 0,0 0,2 8,9

de R$ 15.001 a 20.000 1,1 0,3 0,9 0,3 0,3 0,3 0,1 0,0 0,0 0,0 0,3 3,6

mais de R$ 20.000 0,8 0,3 0,5 0,0 0,3 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 2,3

Total 5,6 22,2 16,2 18,1 14,8 10,3 3,6 6,7 0,7 0,4 1,8 100,0

Tabela 4.1.5: Ocupação

Ocupação n. abs. % Profissional Liberal 264 22,3

Proprietário de empresa de pequeno porte 214 18,1 Proprietário de empresa de médio porte /

Professor universitário / Executivo de empresa de médio porte 192 16,2

Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas administrativas 174 14,7

Técnico / encarregado / Chefe ou Gerente de áreas operacionais 120 10,1

Assistente de áreas administrativas 79 6,7 Proprietário de empresa de grande porte / alto

executivo / alto funcionário do governo 67 5,7 Micro empresário / Professor de ensino

fundamental 41 3,5 Outra ocupação que não se encaixa em nenhuma

das anteriores 20 1,7

Ajudante / Trabalhador braçal 8 0,7

Ambulante / Trabalho informal 4 0,3

Total 1183 100,0 Tabela 4.1.6: Faixa Etária

Faixa Etária n. abs. % 18 - 24 anos 130 11,0

25 - 29 anos 206 17,4

30 - 34 anos 270 22,8

35 - 44 anos 317 26,8

45 - 54 anos 207 17,5

55 - 64 anos 48 4,1

mais de 65 anos 5 0,4

Total 1183 100,0

200Tabela 4.1.7: Grau de Instrução

Grau de Instrução n. abs. % Primário incompleto 4 0,3

Primário completo 42 3,6

Ginásio completo 63 5,3

Ensino médio completo 384 32,5

Superior completo 676 57,1

Pós-Graduação 14 1,2

Total 1183 100,0 Tabela 4.1.8: Estado Civil

Estado Civil n. abs. % Casado 591 50,0

Solteiro 456 38,5

Separado 122 10,3

Viúvo 14 1,2

Total 1183 100,0 Tabela 4.1.9: Estado Civil e Idade dos Filhos

Faixa Etária até 5 anos de 6 a 10 anos de 11 a 18 anos de 18 a 30 anos mais de 30 anos Estado Civil n. abs. % n. abs. % n. abs. % n. abs. % n. abs. %

Solteiro 13 1,1 16 1,4 8 0,7 4 0,3 0 0,0

Casado 134 11,3 170 14,4 199 16,8 102 8,6 8 0,7

Separado 2 0,2 12 1,0 19 1,6 11 0,9 0 0,0

Viúvo 1 0,1 0 0,0 2 0,2 4 0,3 1 0,1

Total Filhos 150 12,7 198 16,7 228 19,3 121 10,2 9 0,8 Tabela 4.1.10: Classe Econômica

Classe n. abs. % A1 117 9,9

A2 381 32,2

B1 344 29,1

B2 242 20,5

C 95 8,0

D 4 0,3

Total 1183 100,0 Tabela 4.2.1: Motivo da Visita a São Paulo

Motivo n. abs. % Negócio / Trabalho 674 57,0

Feira / Convenção 501 42,3

Sem resposta 8 0,7

Total 1183 100,0

201Tabela 4.2.2: Tempo de Permanência

Quantidade de dias n. abs. %

1 182 15,4

2 180 15,2

3 216 18,3

4 197 16,7

5 152 12,8

6 84 7,1

7 167 14,1

Sem resposta 5 0,4

Total 1183 100,0 Tabela 4.2.3: Permanência nos Dias da Semana

Dias da Semana n. abs. % Segunda-feira 420 9,5

Terça-feira 567 12,8

Quarta-feira 748 16,9

Quinta-feira 827 18,7

Sexta-feira 838 19,0

Sábado 572 13,0

Domingo 439 9,9

Sem Resposta 5 0,1

Total 4416 100,0 Tabela 4.2.4: Número de Visitas a São Paulo

Número de Visita já Realizadas n. abs. %

1a. vez 146 12,3

2 a 5 vezes 301 25,4

6 a 10 vezes 171 14,5

mais de 10 vezes 563 47,6

Sem resposta 2 0,2

Total 1183 100,0 Tabela 4.2.5: Custeio da Viagem

Responsável pelo Custeio n. abs. %

Empresa 703 59,4

Entrevistado 354 29,9

Cliente 3 0,3

Empresa e entrevistado 121 10,2

Sem resposta 2 0,2

Total 1183 100,0

202Tabela 4.2.6: Hospedagem

Meio de Hospedagem n. abs. % Hotel / Flat 706 59,7

Casa de parentes / amigos 227 19,2

Não pernoita 222 18,8

Alojamento de empresas 15 1,3

Residência própria 10 0,8

Outros 3 0,3

Total 1183 100,0 Tabela 4.2.7: Classificação dos Hotéis segundo entrevistados

Categoria n. abs. % 5� 114 16,1

4� 101 14,3

3� 81 11,5

2� 26 3,7

1� 4 0,6

Não sabe / não respondeu 380 53,8

Total 706 100,0 Tabela 4.2.8: Classificação dos Hotéis por Região com Base no Guia 4 Rodas Brasil e Outras Fontes

Classificação n. abs. % 5� 19 2,7

4� 54 7,6

3� 255 36,1

2� 147 20,8

1� 54 7,6

Não sabe / não respondeu 177 25,1

Total 706 100,0 Tabela 4.2.9: Categoria Citada e a Real Entrevistado Guia

Categoria n. abs. % n. abs. % 5� 114 16,1 19 2,7

4� 101 14,3 54 7,6

3� 81 11,5 255 36,1

2� 26 3,7 147 20,8

1� 4 0,6 54 7,6

Não sabe/não respondeu 380 53,8 177 25,1

Total 706 100,0 706 100,0 Tabela 4.2.10: Existência de Espaços Interessantes no Hotel Existência de Espaços Interessantes n. abs. %

Não 213 30,2

Sim 312 44,2

Não Sabe 181 25,6

Total 706 100,0 Tabela 4.2.11: Espaços Interessantes no Hotel

Espaços Interessantes n. abs. %

203Fitness Center 224 26,1

Piscina 224 26,1

Bar / Restaurante 187 21,8

Sauna / Massagem 164 19,1

Outros 59 6,9

Total 858 100,0 Tabela 4.3.1: Atividades pela Manhã

Atividades pela Manhã n. abs. % Trabalhar 402 33,1

Descansar 235 19,3

Viajar 234 19,2

Comprar 131 10,8

Passear 86 7,1

Estar na Feira 55 4,5

Visitar amigos ou parentes 20 1,6

Praticar Exercício Físico 16 1,3

Almoçar 4 0,3

Outros 13 1,1

Sem resposta 20 1,6

Total 1216 100,0 Tabela 4.3.2: Atividades Após a Feira

Atividades após a Feira n. abs. % Jantar 506 28,2

Descansar 318 17,7

Viajar 297 16,6

Dormir 275 15,3

Beber 98 5,5

Divertir-se 97 5,4

Trabalhar 62 3,5

Passear 58 3,2

Comprar 53 3,0

Outros 25 1,4

Sem resposta 3 0,2

Total 1792 100,0 Tabela 4.3.3: Disponibilidade de Tempo para Diversão

Tempo para Diversão n. abs. % Não 825 69,7

Sim 358 30,3

Total 1183 100,0

204Tabela 4.3.4: Horas Disponíveis para Diversão

Intervalo de Horas para Diversão n. abs. % Até 5 horas 136 38,0

de 6 a 24 horas 186 52,0

de 25 a 48 horas 30 8,4

mais de 48 horas 6 1,6

Total 358 100,0 Tabela 4.3.5: Conhecimento de Atrativos em São Paulo

Conhecimento sobre Atrativos n. abs. % Não 511 43,2

Sim 672 56,8

Total 1183 100,0 Tabela 4.3.6: Tipo de Atrativo Conhecido

Tipo de Atrativos n. abs. % Histórico-culturais 341 31,1

Naturais 305 27,8

Realizações Técnico-científicas 135 12,3

Entretenimento 114 10,4

Acontecimentos Programados 72 6,6

Gastronomia 48 4,4

Manifestações e Usos Tradicionais / Populares 35 3,2

Outros 27 2,5

Sem Resposta 21 1,9

Total 1098 100,0 Tabela 4.3.7: Interesse por Passeio Turístico por São Paulo

Interesse por Passeio Turístico n. abs. % Não 550 46,5

Sim 633 53,5

Total 1183 100,0 Tabela 4.3.8: Tipo de Atrativos que Despertam Interesse

Tabela 27 - Atrativos que despertam interesse n. abs. % Histórico-culturais 254 31,6

Naturais 120 14,9

City-Tour 118 14,7

Acontecimentos programados 89 11,1

Realizações Técnico-científicos 63 7,8

Entretenimento 55 6,8

Manifestações e usos tradicionais / populares 25 3,1

Gastronomia 22 2,7

Outros 14 1,7

Não respondeu 44 5,5

Total 804 100,0

205Tabela 4.3.9: Ocupação por Interesse em Passeio por São Paulo Interesse em passeio Ocupação

Não % Sim % Total %

A 30 45,5 36 54,5 66 100,0 B 137 51,9 127 48,1 264 100,0 C 84 43,5 109 56,5 193 100,0 D 117 54,7 97 45,3 214 100,0 E 64 36,8 110 63,2 174 100,0 F 53 44,2 67 55,8 120 100,0 G 18 43,9 23 56,1 41 100,0 H 35 44,3 44 55,7 79 100,0 I 3 37,5 5 62,5 8 100,0 J 2 50,0 2 50,0 4 100,0 K 7 35,0 13 65,0 20 100,0

Total 550 46,5 633 53,5 1183 100,0 Tabela 4.3.10: Conhecimento Sobre Agências de Receptivo em São Paulo

Conhecimento sobre Agência n. abs. %

Não 1107 93,6

Sim 76 6,4

Total 1183 100,0 Tabela 4.3.11: Tipo de Agências Citadas

Tipo n. abs. %

Agência receptivo / oficial do evento 26 34,2

Sem resposta 18 23,7

Não encontrada 17 22,4

Convencional 5 6,6

Operadora sem pacote para SP 4 5,3

Prefeitura / hotel 3 3,9

Transportadoras 3 3,9

Total 76 100,0

206Tabela 4.3.12: Imagem Mais Interessante de São Paulo

Imagem mais Interesse n. abs. % Imagem de negócios, comércio ou oportunidades 524 37,1

Imagem urbana 285 20,2

Entretenimento 156 11,0

Cultura, história, manifestações populares 153 10,8

Gastronomia 99 7,0

Amigos e parentes 61 4,3

Acontecimentos programados 29 2,1

Nada 28 2,0

Arquitetura, Realizações Técnico-científicas 27 1,9

Atrativos turísticos 10 0,7

Outros 29 2,1

Sem resposta 13 0,9

Total 1414 100,0 Tabela 4.3.13: Atividades de Lazer Preferidas

Atividades Preferidas n. abs. % Artísticas 1196 20,2

Gastronômicas 180 15,7

Associativas 1505 15,4

Intelectuais 740 13,8

Consumistas 1167 12,1

Físicas 291 8,8

Passivas de descanso 490 6,9

Turísticas 764 6,8

Sem resposta 18 0,3

Total 6351 100,0 Tabela 4.3.14: Gosto em Visitar São Paulo a Lazer

Visitar a Passeio n. abs. % Não 387 32,7

Sim 796 67,3

Total 1183 100,0 Tabela 4.3.15: Impedimento para Visitar São Paulo a Lazer

Impedimentos para Passear n. abs. % Problemas urbanos 92 22,8

Outras preferências 90 22,3

Sem atrativo 80 19,9

Imagem de negócios 71 17,6

Falta informação turística 15 3,7

Distante 14 3,5

Alto custo 8 2,0

Já conhece 7 1,7

Outros 3 0,7

Sem resposta 23 5,7

Total 380 100,0 Tabela 4.3.16: Interesse em Visitar São Paulo com a Família

Visitar com a família n. abs %

207Não 363 30,7

Sim 820 69,3

Total 1183 100,0 Tabela 4.3.17: Fatores Positivos para Trazer a Família

Motivos para Viajar com a Família n. abs % Atrativos turísticos 389 36,2

Acontecimentos programados 140 13,0

Comércio 139 12,9

Atrativos naturais 88 8,2

Amigos e parentes 76 7,1

Cultura / história 72 6,7

Gastronomia 58 5,4

Entretenimento 45 4,2

Imagem de negócio 30 2,8

Outros 37 3,4

Total 1074 100,0 Tabela 4.3.18: Fatores Negativos para Trazer a Família

Motivos para não viajar com a família n. abs % Sem atrativo 83 27,9

Problemas urbanos 77 25,8

Outras preferências 61 20,5

Não viaja com família 23 7,7

Imagem de negócios 18 6,0

Já conhece 12 4,0

Custo 7 2,3

Falta de informação 7 2,3

Distância 6 2,0

Outros 4 1,3

Total 298 100,0

208

ANEXOS

209

Anexo 1

Subprefeituras e Distritos do Município de São Paulo

210Anexo 2

Tráfego aéreo de passageiros, linhas regulares nacionais e regionais entre os aeroportos das capitais e os da grande São Paulo – 2000.

Origem Chegadas Partidas Diferença Aracaju 11.806 15.021 (3.215) Belém 56.949 135.758 (78.809) Belo Horizonte 119.070 118.045 1.025 Boa Vista 1.968 1.586 382 Brasília 659.871 684.442 (24.571) Campo Grande 104.848 111.848 (7.000) Cuiabá 91.194 90.746 448 Curitiba 728.752 243.468 485.284 Florianópolis 225.449 237.692 (12.243) Fortaleza 213.731 221.795 (8.064) Goiânia 195.716 81.990 113.726 João Pessoa 25.390 21.049 4.341 Macapá 4.019 5.171 (1.152) Maceió 57.945 75.157 (17.212) Manaus 122.517 120.857 1.660 Natal 69.145 75.361 (6.216) Porto Alegre 581.879 528.460 53.419 Porto Velho 11.044 10.104 940 Recife 287.785 279.478 8.307 Rio Branco 6.618 5.689 929 Rio de Janeiro 2.052.653 2.030.927 21.726 São Luís 14.765 17.077 (2.312) Salvador 470.967 455.187 15.780 Teresina 4.563 5.803 (1.240) Vitória 167.790 178.865 (11.075) TOTAL 6.427.509 5.886.893 540.616 Fontes: Departamento de Aviação Civil / Embratur Anuário Estatístico 2002.

Anexo 3

211Movimento de Passageiros nos Terminais Rodoviários Intermunicipais e

Interestaduais da Cidade de São Paulo – 2000-2002 Tietê Barra Funda Jabaqua ra Bresser* Total Mês EmbaRua Desemb. EmbaRua Desemb. EmbaRua Desem. EmbaRua Desemb. EmbaRua Desemb.

Janeiro 1.115.130 1.193.400 363.147 388.095 272.442 - 110.742 133.145 1.861.461 1.714.640 Fevereiro 840.298 795.716 268.455 248.960 178.944 - 75.700 74.628 1.363.397 1.119.304

Março 913.356 834.773 304.705 283.828 229.545 - 89.972 87.134 1.537.578 1.205.735 Abril 902.155 788.533 309.633 275.767 202.475 - 91.439 80.815 1.505.702 1.145.115 Maio 843.375 773.376 278.472 277.476 169.191 - 78.712 81.044 1.369.750 1.131.896 Junho 870.214 736.950 281.894 256.999 161.890 - 84.178 75.050 1.398.176 1.068.999 Julho 1.009.797 965.187 347.094 322.915 185.649 - 110.126 107.328 1.652.666 1.395.430

Agosto 834.847 766.978 273.597 258.154 164.705 - 78.230 76.329 1.351.379 1.101.461 Setembro 893.427 764.943 302.124 260.826 181.879 - 88.424 77.806 1.465.854 1.103.575 Outubro 899.194 847.906 304.051 290.758 222.021 - 83.322 86.082 1.508.588 1.224.746

Novembro 854.783 - 288.720 - 200.753 - 78.490 - 1.422.746 - Dezembro 1.316.378 - 444.345 - 308.765 - 141.463 - 2.210.951 -

Total 2000 11.292.954 8.467.762 3.766.237 2.863.778 2.478.259 - 1.110.798 879.361 18.648.248

12.210.901

Janeiro 1.172.399 1.250.543 384.132 417.184 314.417 116.136 143.296 1.987.084 1.811.023 Fevereiro 914.270 845.056 308.942 275.898 236.622 92.289 83.057 1.552.123 1.204.011

Março 872.991 834.177 290.687 266.557 196.162 74.203 79.234 1.434.043 1.179.968 Abril 911.284 814.015 325.159 296.121 206.098 92.715 84.565 1.535.256 1.194.701 Maio 829.497 771.098 285.782 279.497 162.534 79.457 79.895 1.357.270 1.130.490 Junho 868.654 734.586 287.336 261.702 159.887 84.775 75.003 1.400.652 1.071.291 Julho 1.012.561 956.169 361.318 348.486 186.431 112.294 111.239 1.672.604 1.415.894

Agosto 818.521 708.538 285.118 267.718 165.756 75.584 71.866 1.344.979 1.048.122 Setembro 818.746 732.849 291.998 278.824 179.025 77.641 75.628 1.367.410 1.087.301 Outubro 835.657 751.970 299.899 279.700 196.724 77.476 73.936 1.409.756 1.105.606

Novembro 808.188 707.580 297.010 271.130 203.023 73.708 69.775 1.381.929 1.048.485 Dezembro 1.288.259 939.037 430.869 341.163 285.909 desativado desativado - -

Total 2001 11.151.027 10.045.618 3.848.250 3.583.980 2.492.588 - 956.278 947.494 16.443.106 13.296.892

Janeiro 1.111.014 1.182.408 369.257 401.342 273.283 desativado desativado 1.753.554 .583.750 Fevereiro 879.478 831.843 288.245 273.276 212.349 desativado desativado 1.380.072 1.105.119

Março 959.879 805.508 320.578 279.029 203.802 desativado desativado 1.484.259 .084.537 Abril 857.433 769.488 279.003 276.386 173.448 desativado desativado 1.309.884 1.045.874 Maio 911.619 748.084 310.717 267.030 172.172 desativado desativado 1.394.508 1.015.114 Junho -

1o sem 2002

4.719.423 4.337.331 1.567.800 1.497.063 1.035.054 - - 7.322.277 5.834.394

Fonte: Boletim Informativo Mensal da Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo ago. 2000 a jan. 2001. * terminal Bresser foi desativado em dezembro de 2001

212

Anexo 4

População Total, por Grupo de Idade, segundo Subprefeituras e Distritos Municipais de São Paulo - 2004

Subprefeituras e Distritos 0 a 9 Anos 10 a 17 Anos

18 a 24 Anos

25 a 59 Anos

60 Anos e Mais Total

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 1.787.962 1.338.763 1.320.339 5.169.568 1.063.128 10.679.760 Aricanduva 35.292 29.761 29.587 129.595 37.920 262.155

Aricanduva 14.064 11.385 11.311 46.398 11.201 94.359

Carrão 9.213 8.088 7.741 37.146 12.859 75.047

Vila Formosa 12.015 10.288 10.535 46.051 13.860 92.749 Butantã 58.514 45.725 47.557 187.845 37.926 377.567

Butantã 5.068 4.771 5.883 26.450 8.565 50.737

Morumbi 4.259 3.282 3.924 17.473 3.937 32.875

Raposo Tavares 17.100 12.692 12.659 44.686 5.672 92.809

Rio Pequeno 18.727 14.621 14.383 55.248 10.357 113.336

Vila Sônia 13.360 10.359 10.708 43.988 9.395 87.810 Campo Limpo 105.632 74.556 73.609 255.579 29.477 538.853

Campo Limpo 38.133 27.307 26.883 95.187 12.296 199.806

Capão Redondo 49.889 36.337 35.284 118.892 13.350 253.752

Vila Andrade 17.610 10.912 11.442 41.500 3.831 85.295 Casa Verde/Cachoeirinha 52.138 39.479 38.730 148.387 32.918 311.652

Cachoeirinha 29.951 20.980 19.403 71.060 11.615 153.009

Casa Verde 10.426 9.096 9.452 39.050 11.554 79.578

Limão 11.761 9.403 9.875 38.277 9.749 79.065 Itaim Paulista 80.077 56.509 47.929 172.262 22.354 379.131

Itaim Paulista 48.560 34.380 28.798 102.944 12.455 227.137

Vila Curuçá 31.517 22.129 19.131 69.318 9.899 151.994

Itaquera 91.683 68.488 66.170 240.917 35.565 502.823

Cidade Líder 21.619 16.526 15.922 59.131 8.662 121.860

Itaquera 39.888 28.148 26.333 98.201 15.028 207.598

José Bonifácio 17.653 14.337 15.191 52.271 7.568 107.020

Parque do Carmo 12.523 9.477 8.724 31.314 4.307 66.345 Jabaquara 32.576 25.352 25.504 106.723 23.919 214.074

Jabaquara 32.576 25.352 25.504 106.723 23.919 214.074 Lapa 28.557 24.928 29.607 134.984 45.105 263.181

Barra Funda 1.230 1.072 1.415 5.942 2.447 12.106

Jaguara 3.077 2.744 2.900 12.129 3.582 24.432

Jaguaré 6.832 4.889 5.289 20.532 4.428 41.970

Lapa 5.157 4.891 5.762 28.724 12.519 57.053

Perdizes 9.054 8.623 11.171 53.866 18.019 100.733

Vila Leopoldina 3.207 2.709 3.070 13.791 4.110 26.887 M'Boi Mirim 105.779 73.069 70.477 239.640 25.409 514.374

Jardim Ângela 58.922 38.941 36.697 121.569 10.553 266.682

Jardim São Luís 46.857 34.128 33.780 118.071 14.856 247.692

Moóca 32.503 28.080 31.003 146.514 56.792 294.892

Água Rasa 9.293 8.247 8.831 40.822 15.475 82.668

Belém 4.330 3.575 4.069 17.547 7.299 36.820

Brás 3.418 2.256 2.741 11.810 2.761 22.986

Moóca 5.949 5.464 5.968 29.898 13.158 60.437

Pari 1.480 1.196 1.516 6.411 2.661 13.264

Tatuapé 8.033 7.342 7.878 40.026 15.438 78.717

213Parelheiros 30.928 19.967 16.717 57.122 5.853 130.587

Marsilac 2.151 1.460 1.077 3.761 716 9.165

Parelheiros 28.777 18.507 15.640 53.361 5.137 121.422 Penha 69.635 56.389 55.678 234.673 59.303 475.678

Artur Alvim 15.998 12.958 13.886 54.427 11.982 109.251

Cangaíba 23.982 18.516 16.864 70.347 13.449 143.158

Penha 15.713 13.162 13.442 59.811 19.839 121.967

Vila Matilde 13.942 11.753 11.486 50.088 14.033 101.302 Perus 28.850 18.322 16.112 61.778 6.651 131.713

Anhanguera 12.032 7.474 6.114 25.259 1.856 52.735

Perus 16.818 10.848 9.998 36.519 4.795 78.978 Pinheiros 20.007 18.895 27.289 135.563 52.141 253.895

Alto de Pinheiros 3.706 3.515 4.785 22.448 8.055 42.509

Itaim Bibi 6.277 5.899 7.922 40.037 14.495 74.630

Jardim Paulista 5.455 5.091 8.515 41.791 17.281 78.133

Pinheiros 4.569 4.390 6.067 31.287 12.310 58.623 Pirituba 71.142 53.989 50.738 202.413 34.838 413.120

Jaraguá 32.513 23.726 20.845 78.215 8.894 164.193

Pirituba 25.352 20.171 19.203 81.198 17.090 163.014

São Domingos 13.277 10.092 10.690 43.000 8.854 85.913 Santana/Tucuruvi 37.367 33.056 36.697 162.587 48.575 318.282

Mandaqui 14.587 11.843 11.712 52.675 12.232 103.049

Santana 12.067 11.155 14.416 62.400 20.012 120.050

Tucuruvi 10.713 10.058 10.569 47.512 16.331 95.183 Santo Amaro 23.952 20.942 24.131 111.481 32.288 212.794

Campo Belo 6.575 5.625 7.347 32.684 10.931 63.162

Campo Grande 12.577 10.506 10.477 49.404 10.332 93.296

Santo Amaro 4.800 4.811 6.307 29.393 11.025 56.336

São Mateus 82.222 57.856 51.370 192.828 25.202 409.478

Iguatemi 25.558 17.747 14.818 54.091 5.100 117.314

São Mateus 27.683 21.148 19.262 75.385 12.582 156.060

São Rafael 28.981 18.961 17.290 63.352 7.520 136.104 São Miguel 80.127 56.537 50.195 181.017 27.004 394.880

Jardim Helena 31.022 21.182 18.751 64.757 8.508 144.220

São Miguel 16.954 12.634 11.646 45.058 9.582 95.874

Vila Jacuí 32.151 22.721 19.798 71.202 8.914 154.786 Sé 34.259 27.463 41.220 186.709 60.162 349.813

Bela Vista 5.487 4.304 7.382 33.299 9.895 60.367

Bom Retiro 3.240 2.348 2.891 11.798 3.895 24.172

Cambuci 2.913 2.441 2.901 12.904 5.313 26.472

Consolação 3.648 3.315 6.056 27.118 10.909 51.046

Liberdade 5.961 5.079 6.826 30.640 9.283 57.789

República 4.256 3.114 5.252 25.551 6.606 44.779

Santa Cecília 6.411 5.188 7.518 35.605 12.159 66.881

Sé 2.343 1.674 2.394 9.794 2.102 18.307 Socorro 124.207 88.432 83.292 289.496 34.217 619.644

Cidade Dutra 35.469 27.479 25.821 94.079 13.568 196.416

Grajaú 84.510 56.870 52.961 176.214 15.023 385.578

Socorro 4.228 4.083 4.510 19.203 5.626 37.650 Tremembé/Jaçanã 47.276 34.238 33.261 126.864 25.890 267.529

Jaçanã 15.451 11.616 11.428 43.344 10.538 92.377

Tremembé 31.825 22.622 21.833 83.520 15.352 175.152 Vila Maria/Vila Guilherme 43.425 34.298 35.381 140.696 38.444 292.244

Vila Guilherme 5.445 4.828 5.433 22.894 8.075 46.675

Vila Maria 17.965 13.286 13.611 52.355 13.194 110.411

Vila Medeiros 20.015 16.184 16.337 65.447 17.175 135.158

214Vila Mariana 27.278 25.665 32.642 163.722 55.551 304.858

Moema 5.958 5.418 7.304 38.360 11.948 68.988

Saúde 11.109 10.273 11.925 61.308 21.191 115.806

Vila Mariana 10.211 9.974 13.413 64.054 22.412 120.064 Vila Prudente/Sapopemba 84.323 66.128 62.346 252.956 53.711 519.464

São Lucas 19.006 15.540 15.125 67.481 17.494 134.646

Sapopemba 52.737 39.945 36.191 136.675 21.309 286.857

Vila Prudente 12.580 10.643 11.030 48.800 14.908 97.961

Fonte: Fundação Seade; IBGE.

Nota: População em 1º de julho.

215

Anexo 5

Ficha para Classificar Hotéis

Nome do Hotel: _____________________________________

Ano de fundação: ____________

Última reforma: ____________

Equipamentos e serviços nos apartamentos e hotel:

( )frigobar, ( )ar-condicionado, ( )varanda, ( )aquecimento central, ( )room service,

( )TV a cabo, ( )internet, ( )lavanderia, ( )piscina, ( )fitness center, ( )restaurante.

Número de apartamentos: __________

Preço da diária: ___________

Número de funcionários: _____________

Site: ___________ E-mail: ___________

216

Anexo 6

Agência de Receptivo na Grande São Paulo

Nome Endereço Principais serviços

1. Aeroporto Express Rua Cristianópolis, 30 Mooca CEP 03128-030 Tel.: 11-6121-7795 [email protected] www.aeroportoexpress.com.br

City-tour

2. Agência Roxy de Turismo Pça. Dom José Gaspar, 76 Cj. 51 CEP 01047-010 Tel.: 3214-4114 [email protected] www.roxytravel.com.br

Receptivo

3. ALMAX Rua Diogo Moreira, 132 Cj. 1905 CEP 05423-010 Tel.: 3035-1000 www.almax.com.br

Receptivo Eventos

4. Andanças Rua São Silvestre, 440 sala 9 Tel.: 6351-3821 e 3451-3710 [email protected] www.andançatur.com.br

Passeios a pé e de metrô

5. BBTurismo Rua Araújo, 216 2a sobreloja CEP 01220-020 São Paulo-SP Tel.: 3259-2577 fax 3257-3067 www.bbtuRuacom.br

6. Beeline Viagens e Turismo Rua Pamplona, 700 Cj. 74 CEP 01405-001 Tel.: 3171-1544 [email protected] www.beeline.com.br

Receptivo

7. BSP Associados Viagens e Turismo

Av. Brig. Faria Lima, 2229 Cj 52 CEP 01451-927 Tel.: 3819-4724 [email protected] www.bsptuRuacom.br

Receptivo

8. Caminhos e Paisagens Rua Itajaí, 98 – Mooca - São Paulo – SP CEP 03162-060 Tel.: 6694-3679 [email protected] www.caminosepaisagens.com.br

City-tour , roteiros turísticos

9. Chamonix Operadora de Turismo

Rua Stella, 515 Cj. 161 bl. H CEP 04011-002 Tel.: 5082-3416 [email protected] www.chamonix.com.br

Receptivo

10. Check Point Operadora de Turismo Receptivo

Rua Jacques Du Cerceau, 84 CEP 03624-120 Tel.: 6091-1316 www.checkpoint.com.br

City-tour, roteiros turísticos, by night, roteiro ecológico

11. Circuito São Paulo Rua Cancioneiro de Évora, 552 Tel.: 5182-3974 www.circuitosaopaulo.com.br

Receptivo com roteiros regulares

12. Coraltur Turismo Pça. da República, 95 CEP 01045-001 Tel.: 3255-7188 [email protected] www.coraltur.com.br

Receptivo

13. CVC Turismo Rua Gertrudes de Lima, 51/53 Santo André CEP: 09020-000 Tel.: (11) 2191-8400 www.cvc.com.br

City-tour, roteiros turísticos

14. DLS Agência de Viagens e Turismo

Rua Joaquim Nabuco, 47 Cj 34 A CEP 04621-000 Tel.: 5531-3377 [email protected]

Transfer

217 15. Easygoing Rua Cristiano Viana, 1182 CEP 05411-002

Tel.: 3801-9540 [email protected] www.easygoing.com.br

City-tour, roteiros turísticos, bynight, roteiros ecológicos

16. Ecology Passagens e Turismo

Rua Cel. Joaquim Ferreira Lobo, 203 CEP 04544-150 São Paulo-SP Tel.: 3845-0273 fax3849-0731 www.ecology.com.br

17. Free Way Rua Capitão Cavalcanti, 322 CEP 04017-000 São Paulo-SP Tel.: 5088-0999 Fax:5574-1141 [email protected] www.freeway.tur.br

Ecoturismo

18. Gipsy Tours Av. Vieira de Carvalho, 115 - 4º andar - cj. 42 – São Paulo CEP 01210-010 Tel.: 3338-2500 [email protected] www.receptivobrasil.com.br

Receptivo

19. Go in São Paulo Av. São Luís,187 lj.8 CEP 01046-001 Tel.: 3289-3814 Cel. 9211-5399 [email protected] www.goinsaopaulo.com.br

City-tour e roteiros turísticos

20. Gol Tour Av. São Luís, 187 lj 8 CEP 01046-001 Tel.: 3256-2388 [email protected] www.goltour.com.br

Receptivo

21. Graffit Viagens e Turismo Rua Carlos Petit, 423 CEP 04110-001 Tel.: 5549-9569 [email protected] www.graffit.com.br

Roteiros temáticos

22. GRP Brasil Agencia de Viagens, Turismo e Representações Ltda.

Rua Formosa, 111 cj.92 CEP 01049-000 São Paulo-SP Tel.: 32583139 Fax 3258-3139 RUA 204

23. Inventos, Viagens de Incentivo, Lazer e Negócios, Viagens de Incentivo

Rua dos Três Irmãos, 201 cj. 12/13 CEP 05615-190 São Paulo-SP Tel.: 3721-2127 fax 37212127 www.incentivossp.com.br

24. IT Viagens de Incentivo Al. Rio Negro, 911 9o and. CEP 06454-000 Barueri-SP Tel.: 4195-1660 Fax4191-8316 www.it-incentivo.com.br

25. Itiquira Turismo Rua Felipe de Oliveira, 36 – 3o and. CEP 01001-010 Tel.: 3101-3266 [email protected]

Receptivo

26. Jamal Transportes Locadoras e Receptivo

Rua Afonso José de Carvalho, 108 CEP 05451-000 Tel.: 3022-7583 [email protected] www.jamaltur.com.br

Receptivo

27. Lusanova Tour Operator Brasil

Av. São Luís, 112 –14o and. CEP 01046-000 Tel.: 3237-5091 [email protected] www.lusanova.com.br

Receptivo

28. MC Tour Av. Angélica, 1761 Tel.: 3668-5444 [email protected]

Receptivo

29. Miratur Agência de Viagens e Turismo

Rua Albuquerque Lins, 537 Cj.51/54 CEP 01230-001 Tel.: 3824-0644 [email protected] www.miratuRuacom.br

City-tour, passeios a pé, roteiros culturais

30. MKT Eventos e Turismo Ltda.

Rua Pascal, 1076 CEP 04616-004 São Paulo-SP Tel.: 5542-4355 Fax50448640 www.mkteventos.com.br

31. Mr. Trip Operadora Turística Rua 7 de Abril, 97 Cj 1A CEP 01043-000

Tel.: 3256-9799 [email protected]

Receptivo

218www.mrtrip.com.br

32. Must Tour Agencia de Viagens e Turismo

Av. Paulista, 491 – cj. 82 CEP 01311-000 Tel.: 3284-1666 [email protected] www.musttouRuacom.br

City´-tour, roteiros turísticos

33. Newmon Travel & Conventions

Al. Iraé, 620 cj. 32 CEP 04075-000 Tel.: 5052-3233 [email protected] www.newmon.com.br

Receptivo

34. Nippon Brasil Viagens e turismo

Rua Marconi,31 cj. 82 CEP 01047-000 Tel.: 3151-6492 [email protected]

Receptivo

35. Plantur Agência de Viagens e Turismo

Al. Dos Nhambiquaras, 1518 cj.93A CEP 04090-003 Tel.: 5533-3644 [email protected] www.plantur.com.br

Receptivo

36. Prince Tour Agência de Viagens e Turismo

Rua da Glória, 234 CEP 01510-000 Tel.: 3104-3111 [email protected]

Receptivo

37. Queensberry Viagens e Turismo

Av. São Luís, 165 – 2o and. CEP 01046-911 Tel.: 3217-7100 [email protected] www.queensberry.com.br www.go4brazil.com

City-tour, roteiros turísticos

38. Receptivo São Paulo Viagens e Turismo

Av. Ipiranga, 345 cj.902 CEP 01046-925 Tel.: 3258-4313 [email protected]

Receptivo

39. Receptur Viagens e Turismo (trasnfer e guias)

Av. Ipiranga, 104 cj. 83 CEP 01046-000 Tel.: 3259-4066 [email protected]

Receptivo

40. Remer Agência de Viagens e Turismo

Rua Cons. Crispiniano, 344 cj. 208 CEP 01037-000 Tel.:223-6376 [email protected]

Receptivo

41. RMB Rua Dom Paulo Pedrosa, 701 Cj. 93 CEP: 05687-001 Tel.: 3758-1569 [email protected] www.rmbcitytour.sites.uol.com.br

City-tour, roteiros turísticos

42. Santa Rita Viagens e Turismo

Rua Sen. Eloi de Souza, 50 CEP:03821-060 Tel.:: (11) 6943.8000 [email protected] www.turismosantarita.com.br

City-tour, roteiros turísticos

43. SP Guide Turismo Receptivo Rua Capote Valente, 874 Sala 08 CEP 05409-002 São Paulo-SP Tel.: 3083-2381 Fax 30624275 www.spguide.com.br

44. Taks Tour Rua Rahal, 272 – Guarulhos-SP CEP 07097-020 Tel.: 6459-3355 www.takstouRuacom.br

Transfer

45. TAM Viagens Rua Bela Cintra, 1.149 – cj 16A CEP 01415-907 Tel.: 3068-7900, 3068-7919, 0800 555 200 [email protected] [email protected] www.tamviagens.com.br

Passeio a pé

46. Tayar Rua Dona Avelina, 68 CEP 04111-010 Tel.: 5081-3118 [email protected] www.taya.com.br

City-tour, roteiros turísticos

219 47. Terra Nobre Rua Cardoso de Almeida, 60 - cj. 151 CEP 05013-

000 - Tel.: 3676.1200 - Fax. 3676.0261 São Paulo - SP – Brasil [email protected] www.terranobre.com.br

City-tour e roteiros culturais

48. Tunibra Travel Turismo Pca. da Liberdade, 170 CEP 01503-010 Tel.: 3346-8200 [email protected] www.tunibra.com.br

City-tour

49. Univer Receptivo Agência de Viagens

Rua Tomaz Gonzaga, 08 cj. 32 CEP 01506-020 Tel.: 3277-4044 [email protected]

Receptivo

50. Urben Turismo Rua Gassipós, 147 - Vila Mariana - 04019-090 / São Paulo - SP – Brasil - Tel.:/Fax: (11) 5081-6785 [email protected] www.urbenturismo.com.br

City-tour e roteiros turísticos

51. Voyage Agência de Viagens e Turismo

Av. Paulista, 726- cj.604 CEP 01310-100 Tel.: 3372-0177 [email protected] www.voyagetur.com.br

Receptivo

52. Viaggio Turismo Av. São Luís, 196 CEP 01046-913 Tel.: 3255-7737 [email protected]

Receptivo

53. VVS Sampa Tur Agência de Viagens (city-tour)

Rua Domingos de Moraes, 770- Lj. 43 CEP 04010-100 Tel.:5571-4249 [email protected] www.sampatuRuacom.br

Receptivo

Fonte: www.cidadesaopaulo.com.br acesso em 10/10/2004 (6-19); www.spcvb.com.br acesso em 10/10/04 (3-8); Panrotas março 2004 (20-43); Lista fornecida pela ABAV-SP (44-46), Agências citadas na pesquisa (46-50).

220

Anexo 7

Questionário para Agências de Receptivo 2004

1. Nome do entrevistado:_________________________________________________

2. Cargo: _______________________________

3. Desde quando sua empresa trabalha com serviço de receptivo em São Paulo?

( ) menos de 6 meses ( ) de 6 meses a 1 ano ( ) de 1 a 2 anos ( ) de 3 a 4 anos ( ) de 5 a 6 anos ( ) de 7 a 9 anos ( ) mais de 10 anos

4. Qual o produto receptivo que mais vede?

( ) transfer/ traslados/ transporte ( ) city tour / principais pontos turísticos ( ) ______________________________________________________________________

5. Quem são os principais consumidores de seus serviços receptivos em São Paulo?

( ) empresas que compram para funcionários ou visitantes

( ) organizadores de eventos de São Paulo ( ) agencias de viagens de outras cidades ( ) agências de viagens de São Paulo ( ) consumidor direto ( ) outros _______________________________

6. Onde faz a divulgação de seus serviços de receptivo?

( ) hotéis Como? ______________________________ ( ) feiras e eventos Como? ______________________________ ( ) revistas especializadas Qual? _______________________________ ( ) tarifários Qual? _______________________________ ( ) outros _______________________________

7. Quais os meses de maior procura por serviços receptivos?

( )jan ( )fev ( )mar ( )abr ( )mai ( )jun ( )jul ( )ago ( )set ( )out ( )nov ( )dez

8. Quais as principais dificuldades para operar o receptivo na cidade de São Paulo?

______________________________________________________________________ 9. Você acha que o turista de negócios tem interesse em visitar pontos turísticos de São Paulo?

221( ) não ________________________________ ( ) sim ________________________________ 10. Qual o percentual do faturamento de sua empresa proveniente dos serviços receptivos?

( ) menos de 10% ( ) de 10 a 20% ( ) de 30 a 40% ( ) de 50 a 60% ( ) mais de 60%

11. Tem frota própria para serviços de receptivo?

( ) não ( ) sim 11a. Quais veículos? _________________________________________________

12. Número de empregados?

( ) até 3 ( ) 3 a 5 ( ) de 6 a 10 ( ) de 11 a 20 ( ) mais de 20

13. Quantos destes funcionários trabalham especificamente com turismo receptivo? _______________

14. Quais serviços são terceirizados?

( ) guia ( ) transporte ( ) ____________________________________

15. A empresa tem CNPJ ? ( ) não ( ) sim ______________________________

16. Razão Social: _______________________________________________________________ 17. Data da entrevista: _____/______/_____

Problemas e observações:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Anexo 8

Espaços na Cidade de São Paulo que Comportam Feiras de Negócios

222Local Endereço Área

Pavilhão de Exposições 57.600m2 Palácio convenções 18.000m2 Total 75.600m2

Rua José Bernardo Pinto, 333 - Pavilhão azul 16.195m2 Vila Guilherme Vermelho 12.727m2 CEP 02055-000 - São Paulo Verde 8.100m2 – SP Tel.: 11 6224-5959 Amarelo 8.675m2 http://www.expocnorte.com.br/ Branco I 4.870 m2 II 8.060 m2 email: [email protected] Auditórios 1.969 m2 Total 60.596 m2

Rod. dos Imigrantes, km.1,5 Pavilhão 1 - 22.464 m2 04329-900 São Paulo/SP Pavilhão 2 - 10.962 m2 Tel.: (11) 5073-7799 Pavilhão 3 - 4.176 m2 Fax: (11) 5058-9400 Áreas cobertas 12.398m2 http://www.centroimigrantes.com.br/web/index.htm

Total 50.000m2

Av. Engenheiro Roberto Zuccolo, 555 Pavilhão 1 - 8.672m2 – Vila Leopoldina - São Paulo/SP Pavilhão 2 – 7.072m2 Email: [email protected] Pavilhão 3 – 9.465m2 Tel.: (11) 3839-7210 / 7211 Pavilhão 4 – 9. 855m2 http://200.152.208.135/itm/ Centro convenções 9.855m2 Total 38.000m2

Parque Ibirapuera, Portão 3 CEP 04094-000 São Paulo - SP – Brasil Tel.:(11) 5574-5922

(11) 5573 9974 - (11) 5573-5377 Fax: (11) 5549 0230 http://bienalsaopaulo.terra.com.br/informa.asp

Av. Doutor Mario Villas Boas Rodrigues, 387 Pavilhão A 6.000m2 - Sto Amaro. Tel.: 5643-3000 Pavilhão B 6.000m2 http://www.transamericaexpo.com.br/ Pavilhão C 8.000m2 Mezanino 2.000m2 Total 22.000m2

Rua Chico Pontes, 1.500, Vila Guilherme

Tel.: 0800-130-155

Frei Caneca Shopping e

Convention Center

Rua Frei Caneca, 596, Cerqueira César+C34

Total 6.500m2

Avenida das Nações Unidas, nº 12.551-9 Centro Convenções 5.000m2 Tel.: 3043-7108 Salas 760m2 http://www.worldtradecentersp.com.br/site/eventos.html

Total 5.760m2

Espaço São Luís Rua Luis Coelho, 323, Haddok Lobo Tel.: (11) 3120-5346

Total 2.574 m2

Av. Rebouças, 600 - Cerqueira César - CEP 05402-000 - São Paulo - SP – Brasil Fone :

Centro de Convenções Rebouças

(5511) 3898-7850 / Fax : (5511) 3081-1125 http://www.convencoesreboucas.com.br/frm_espacos.htm

Total 1.976m2

E-mail : rebouç[email protected]

Anexo 9

Lista de Todas as Feiras Agendadas para o Segundo Semestre de 2004 na Cidade de São Paulo

223Evento Local Público Início Fim

1. Feira FLV - Frutas, Verduras e Legumes Transamérica 10.000 04/07/04 06/07/04 Expo Center 2. Francal - 36a. Feira de calçados e Pavilhão Anhembi 43.000 13/07/04 16/07/04 acessórios de Moda, Máquinas e Equipamentos 3. Expo Pet Trade Fair 2004 Expo Center Norte 50.000 13/07/04 18/07/04 4. Abióptica - Feira Internacional Ótica Transamérica 18.000 15/07/04 18/07/04 Expo Center 5. Feira Brasil Cachaça 2004 Pavilhão Anhembi 10.000 22/07/04 25/07/04 6. FIPAN - Encontro Comercial e Industrial de Expo Center Norte 30.000 27/07/04 30/07/04 pequenos varejos de alimentos da América Latina 7. Sport Business Show 2004 Expo Center Norte 7.000 29/07/04 31/07/04 8. Brazil Promotion Transamérica 15.000 03/08/04 05/08/04 Expo Center 9. Formóbile - Feira Internacional de Móveis Pavilhão Anhembi 30.000 04/08/04 07/08/04 10. PhotoImage Brazil - Feira Internacional Centro Exposições 25.000 04/08/04 07/08/04 de Imagem Imigrantes 11. Adventure Sports Fair 2004 Pavilhão Bienal 86.000 07/08/04 11/08/04 12. Salão Lingerie Brasil - Mostra Internacional ITM Expo 6.000 08/08/04 10/08/04 de Lingerie e tendências em moda íntima 13. Movimat 2004 Feira de Logística, Movimen- Expo Center Norte 35.000 10/08/04 13/08/04 tação, Armazenagem e Transporte de Materiais 14. Expolazer 2004 Feira Internacional de Prod. Expo Center Norte 8.000 11/08/04 14/08/04 e Serviços para Piscinas, Parques Temáticos e Lazer 15. Brazil Fishing Show Transamerica 30.000 11/08/04 15/08/04 Expo Center 16. Comdex IT Brasil Feira e Congresso Pavilhão Anhembi 80.000 17/08/04 20/08/04 Internacional de Informática e de Telecomunicações 17. Transnacional 2004 Transamerica 15.000 18/08/04 20/08/04 Expo Center 18. 3a. Linea Domus South America - Expo Center Norte 5.000 21/08/04 24/08/04 Salão do Mobiliário 19. 29a. Housewares & Gift Fair South America Expo Center Norte 30.000 21/08/04 24/08/04 20. FISP - Feira Internacional de Segurança Centro Exposições 60.000 25/08/04 27/08/04 e Proteção Imigrantes 21. 2a. Sport Fair South America ITM Expo 5.000 28/08/04 31/08/04 22. TecnoBebida Latin America - Feira Internacional Transamérica 14.300 31/08/04 02/09/04 de Soluções e Tecnologia para a Indústria de Bebidas Expo Center 23. Escolar - 18a Feira Internacional de Produtos Pavihão Anhembi 40.000 31/08/04 03/09/04 para Escola, Papelaria, Escritório e Iinformática

24. Higiexpo 2004 - Feira de Produtos e Serviços ITM Expo 8.000 01/09/04 03/09/04 para Higiene, Limpeza e Conservação Ambiental 25. Fiaflora - Feira Internacional da Centro Exposições 40.000 02/09/04 05/09/04 Floricultura, Paisagismo e Jardinagem Imigrantes 26. Expocatólica / 2004 - Feira Expo Center Norte 21.000 08/09/04 12/09/04 Internacional de Livros e Artigos Religiosos

22427. Cosmoprof Cosmética Feira Internacional Pavilhão Anhembi 80.000 11/09/04 14/09/04 da Beleza Hair & Beauty Show 28. FICOC / 2004 - Feira Internacional do Expo Mart 26.000 15/09/04 18/09/04 Consumidor Cristão 29. Expomusic / 2004 Expo Center Norte 43.000 15/09/04 18/09/04 21a Feira Internacional da Música 30. Feitintas - IV Feira da Indústria de Centro Exposições 22.000 15/0904 18/09/04 Tintas e Vernizes e produtos correlatos Imigrantes 31. Expo Cachaça – A Bebida Mundial ITM Expo 10.000 16/09/04 19/09/04 do Brasil 32. Maximídia Transamerica 12.000 29/set 01/out Expo Center 33. Equimac – Feira Internacional de Expo Center Norte 65.000 21/09/04 25/09/04 Máquinas e Equipamentos da Construção Civil 34. Expotrel- Exposição Nacional de Veículos, Centro Exposições 6.000 25/09/04 26/09/04 Equip. Serv. de Transporte do Setor Energia Elétrica Imigrantes 35. Equipotel 2004- Feira Internacional de Equip., Pavilhão Anhembi 48.000 27/09/04 30/09/04 produtos e serviços para Hotéis, Flats, Motéis, etc. 36. Expo Serralheria - Exposição de Produtos Centro Exposições 20.000 29/09/04 02/10/04 e Equipamentos para Serralherias Imigrantes 37. Pet South America 2004 – Feira Internacional Transamerica 20.000 29/09/04 01/10/04 de Produtos e Serviços da Linha Pet e Veterinária Expo Center 38.GlobalShop South America Feira Internacional de Transamerica 12.000 29/09/04 01/10/04 Merchandising no PDV, Equip.e serviços para Varejo Expo Center 39. Farmag Expo 2004 Trsansamerica 7.800 07/10/04 09/10/04 Expo Center 40. Salão de Motopeças Expo Center Norte 28.000 13/10/04 16/10/04 41. Salão Internacional do Automóvel Pavilhão Anhembi 500.000 21/10/04 31/10/04 42. Expomilk – Exposição da Pecuária Leiteira Centro Exposições 18.000 26/10/04 30/10/04 e Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite Imigrantes 43. Negócio nos Trilhos 2004 - Eventos ITM EXPO 5.300 26/10/04 28/10/04 sobre negócios ferroviários e metroviários 44. Usinagem 2004 - Feira e Congresso Expo Center Norte 6.000 27/10/04 29/10/04 45. Fimai - Feira e Seminário Internacional Expo Center Norte 28.000 03/11/04 05/11/04 de Meio Ambiente Industrial 46. Brasiltec - Salão e Forum de Inovação Pavilhão Anhembi 80.000 17/11/04 20/11/04 Tecnológica 47. ISA Show 2004 South America - Feira Sul - Expo Center Norte 15.000 23/11/04 25/11/04

Americana de Automação, Sistemas e Instrumentação

Anexo 10

Feiras em São Paulo com Público entre 20 e 100 mil Visitantes Realizadas no Segundo Semestre de 2004

Nome da Feira Número Data Setor

1. Francal - 36a. Feira de calçados e 43.000 13/07/04 16/07/04 Calçados

225

2. Expo Pet Trade Fair 2004 50.000 13/07/04 18/07/04 Animais domésticos

3. FIPAN - Encontro comercial e Industrial 30.000 27/07/04 30/07/04 Alimentício

4. Formóbile - Feira Internacional de móveis 30.000 04/08/04 07/08/04 Moveleiro

5. PhotoImage Brazil – Feira Internacional 25.000 04/08/04 07/08/04 Comunicação

6. Adventure Sports Fair 2004 86.000 07/08/04 11/08/04 Esporte e turismo

7. Movimat 2004 / Feira de Logística, 35.000 10/08/04 13/08/04 Transportes

8. Brasil Fishing Show 2004 30.000 11/08/04 15/08/04 Agrobusiness

9. Comdex IT Brasil / Feira e Congresso 80.000 17/08/04 20/08/04 Informática eTelecom.

10. 29a Housewares & Gift Fair South America 30.000 21/08/04 24/08/04 Presentes e variedade

11. FISP - Feira Internacional de Segurança 60.000 25/08/04 27/08/04 Segurança

12. Escolar - 18a Feira Internacional 40.000 31/08/04 03/09/04 Escolas e papelarias

13. Fiaflora - Feira Internacional 40.000 02/09/04 05/09/04 Jardinagem

14. Expocatólica / 2004 21.000 08/09/04 12/09/04 Artigos religiosos

15. Cosmoprof Cosmética 80.000 11/09/04 14/09/04 Estética

16. Expomusic / 2004 43.000 15/09/04 18/09/04 Música

17. Feitintas - IV Feira da Indústria 22.000 15/0904 18/09/04 Construção civil

18. Equimac - Feira Internacional 65.000 21/09/04 25/09/04 Construção civil

19. Equipotel 2004 - Feira Internacional 48.000 27/09/04 30/09/04 Hotelaria

20. Expo Serralheria - Exposição de Produtos 20.000 29/09/04 02/10/04 Construção civil

21. Pet South America 2004 20.000 29/09/04 01/10/04 Animais domésticos

22. Salão de Motopeças 28.000 13/10/04 16/10/04 Automobilística

23. Fimai - Feira e Seminário Internacional 28.000 03/11/04 05/11/04 Meio Ambiente

24. Brasiltec - Salão e Fórum de Inovação 80.000 17/11/04 20/11/04 Informática e Telecom.

Total de visitantes 1.424.300

Os eventos em negrito compõem a amostra

226

Anexo 11

Questionário Turista de Negócios 2004

227Cartão 1 – Atividades no tempo livre

A. Fazer city- tour B. Freqüentar bares C. Visitar boates D. Comer em restaurantes E. Fazer compras F. Passear em shopping G. Ir ao teatro H. Ir ao cinema I. Assistir a shows musicais J. Visitar museus ou centro culturais K. Encontrar amigos e parentes L. Passear em parques ou áreas verdes M. Conhecer monumentos históricos N. Visitar festas típicas O. Estar com a família P. Contemplar belezas da cidade Q. Fazer exercício físico R. Ficar no hotel S. Usar piscina, sauna, fitness do hotel T. Freqüentar bar ou restaurante do hotel U. Ver TV V. Ouvir música W. Dormir X. Ler Y. Escrever ou digitar cartas, e-mails Z. Descansar, meditar

228 Cartão 2 – Ocupação (se aposentado indicar a categoria quando estava na ativa) A. Proprietário de empresa de grande porte / alto executivo / alto funcionário

do governo. B. Profissional liberal. C. Proprietário de empresa de médio porte / Professor universitário /

Executivo de empresas de médio porte. D. Proprietário de empresa de pequeno porte. E. Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas administrativas. F. Técnico / Encarregado / Chefe ou Gerente de áreas operacionais. G. Microempresário / Professor do ensino fundamental. H. Assistente de áreas administrativas. I. Ajudante / Trabalhador braçal. J. Atua na economia informal / Ambulante. K. Dona de casa, estudante, desempregado (mais de seis meses), doente ou

invalido. Cartão 3 – Idade A. 18-24 anos B. 25-29 anos C. 30-34 anos D. 35-44 anos E. 45-54 anos F. 55-64 anos G. mais de 65 anos. Cartão 4 – Renda Qual sua faixa de renda familiar mensal?

(Por favor inclua todos os rendimentos como salários, pensões, aluguéis, dividendos, ganhos de capitais da família).

A. Até R$ 500 B. de R$ 501 a 1.000 C. de R$ 1.001 a 3.000 D. de R$ 3.001 a 5.000 E. de R$ 5.001 a 10.000 F. de R$ 10.001 a 15.000 G. de R$ 15.001 a 20.000 H. mais de R$ 20.000

229

Anexo 12

Estágios e subdivisões do ciclo de vida na família e as principais características – Teoria dos Ninhos

Estágio Subdivisão Características Solteiro I • Solteiro abaixo de 35 anos que vive com a família - consumo

orientado para bens de consumo pessoal; • Solteiro abaixo de 35 anos que vive sozinho - consumo

orientado para bens de consumo pessoal e também consome itens para casa.

Jovem Recém-casado • Casal jovem, sem filhos – consumo de bens duráveis, mas também de lazer, passeios e produtos pessoais.

Ninho cheio• I • Casal jovem, com filhos pequenos, o que implica a aquisição e uso de produtos e serviços infantis.

Monoparentais I • Um dos pais, solteiro ou separado que está criando filhos pequenos sozinho – consumo se caracteriza pela necessidade de serviços e produtos que facilitem esta tarefa, principalmente quando trabalha, porém conta com menos recursos financeiros.

Solteiro II • Solteiros com idade entre 35 e 64 anos, sozinhos, que não tem filhos. Dispõem da sua renda para si e consomem serviços de saúde, turismo, locação de fitas de vídeo, além de produtos pessoais.

Meia-idade Ninho cheio II • Casais com idade entre 35 e 64 anos, com filhos pré-adolescentes ou adolescentes – consumo típico das necessidades dos jovens e da família, o domicílio geralmente é maior, consomem serviços médicos, dentários, gastam com ensino, esportes, eletrodomésticos, seu lazer inclui os jovens.

Monoparentais II

• Pais com meia idade que carregam as responsabilidades da família sozinhos - consumo das necessidades dos jovens, serviços médicos, dentários, ensino, esportes, eletrodomésticos, seu lazer inclui os jovens, mas todos estes itens são consumidos em quantidade reduzida devido à única fonte de renda. Os filhos quando passam a decidir por vários itens de consumo, principalmente alimentação, que compram e consomem sozinhos.

Ninho vazio I • Casais sem filhos em casa. Freqüentemente os dois trabalham e dispõem da sua renda para gastar com facilidades e ou conveniências.

Idosos Solteiro III • Pessoa com mais de 64 anos que vive sozinha, consumidora ou usuária de lazer, turismo e serviços médicos, muito sensível à segurança e a atividades grupais. Tem pequena renda.

Ninho vazio II Casais acima de 64 anos, em geral aposentados, com saúde, energia e forma física reduzida, assim como a renda é, freqüentemente, menor - consumidores de lazer, turismo e serviços médicos, muito sensível à segurança.

Fonte: GADE (1998:169-171)

230

Anexo 13

Critério de Classificação Econômica Brasil – ANEP

A adoção do mercado de apenas um Critério de Classificação Econômica comum restabelece a unicidade dos mecanismos de avaliação do potencial de compra dos consumidores, após alguns anos de existência de dois critérios. O novo sistema, batizado de Critério de Classificação Econômica Brasil, enfatiza sua função de estimar o poder de compra das pessoas e famílias urbanas, abandonando a pretensão de classificar a população em termos de “classes sociais”. A divisão de mercado definida pelas entidades é, exclusivamente de classes econômicas. SISTEMA DE PONTOS Posse de itens

Não T E M

tem 1 2 3 4 ou +Televisão em cores 0 2 3 4 5Rádio 0 1 2 3 4Banheiro 0 2 3 4 4Automóvel 0 2 4 5 5Empregada mensalis ta 0 2 4 4 4Aspirador de pó 0 1 1 1 1Máquina de lavar 0 1 1 1 1Videocassete 0 2 2 2 2Geladeira 0 2 2 2 2Freezer (aparelho independente 0 1 1 1 1ou parte da geladeira duplex) Grau de Instrução do chefe de família Analfabeto / Primário incompleto 0Primário completo / Ginasial incompleto 1Ginasial completo / Colegial incompleto 2Colegial completo / Superior incompleto 3Superior completo 5 CORTES DO CRITÉRIO BRASIL Dados LSE 96

C l a s s e P O N T O S T O T A L B R A S IL (% )A 1 3 0 -3 4 1A 2 2 5 -2 9 4B 1 2 1 -2 4 7B 2 1 7 -2 0 1 2C 1 1 -1 6 3 1D 6 -1 0 3 3E 0 -5 1 2

Renda familiar por classes

231Classe Pontos Faixa de Renda (R$) Renda Média (R$)

A1 30-34 5555 ou + 5894 A2 25-29 2944 a 5554 3743 B1 21-24 1771 a 2943 2444 B2 17-20 1065 a 1770 1614 C 11-16 497 a 1064 844 D 6-10 263 a 496 435 E 0-5 até 262 229

232

Anexo 14

Objetivos do PLATUM 2003 e 2004-2006

PROMOÇÃO E INFORMAÇÃO

1 Criação de material de apoio promocional a eventos de grande apelo turístico;

2 Participação cooperada em feiras e eventos com o empresariado;

3 Produção de material promocional turístico – folheteria, brindes, vídeos e banco de imagens;

4 Realização de Fam Tours, Press Trips e Workshops de promoção da cidade;

5 Contratação de serviço de assessoria de comunicação para divulgação da cidade.

INFRA-ESTRUTURA E MANUTENÇÃO

1 Reestruturação dos Serviços de Informação Turística – Call Center, CIT, Loja SP e SITE;

2 Disponibilização de roteiros turísticos de ônibus;

3 Programa de trabalho para desenvolvimento de oportunidades de organização da oferta turística;

4 Criação de indicadores de desempenho da atividade turística com respectivo banco de dados;

5 Criação do banco de dados de eventos nacionais para suporte a captação;

6 Manutenção do funcionamento do COMTUR

Fonte: http://anhembi.terra.com.br/ acessado em 23/01/05.

PLATUM 2004-2006

MARKETING TURÍSTICO

1 Criação de material promocional turístico: folheteria, brindes, vídeos e banco de imagens;

2 Participação em feiras e eventos turísticos nacionais e internacionais;

3 Realização de Fam tours, Press Trips, Site Inspections e Workshops de promoção da cidade;

4 Contratação de Serviços de assessoria de comunicação e veiculação em mídia.

233ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

1 Reestruturação dos Serviços de informação Turística: Call Center, aperfeiçoamento de mã-de-obra, Totens de auto-atendimento, CIT, Loja SP e Site;

2 Disponibilização de Roteiros Turísticos de ônibus e a pé;

3 Programa de trabalho para desenvolvimento de oportunidade de organização da oferta turística;

4 Criação de indicadores de desempenho da atividade turística;

5 Criação de banco de dados de eventos nacionais para suporte a captação;

6 Manutenção do funcionamento do COMTUR.

Fonte: http://anhembi.terra.com.br/ acessado em 23/01/05.