TEMPO: inst. <•/ ¦•"tu.vris, TKMI1.: cm ílecl.VENTOS: fracdii VI.SIBÍL1DADE: nio-Iái-''MÁXIMA: 26.7. MINI-MA: 21,1. (Mnis deiii.Iluis na Agòuda, )iúg. 3do Cad. do Classifica)

JORNAL DORio de Janeiro—>• Sexta-feira, 6 de maio de 1966

*.__. JORNAL DO BRASILJv. Rio Branco, U0/U2

End. Tel. JORBRASIL-(GB) — Tel. Rede

Interna 22-1S18. Sucursais:Rua Barão de Itiipetiniiiga151 — conj. 21/22 (SP) -Tel. 32-8702 — Setor Co-mercial — Edifício Central

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Cr$ SVOO. AssinaturaPostal: Ano — Cr$ 25 000.]Semestre — Cr$ 15 000.1Anual Via Aérea Brasil —ICr$ 80 000. Semestral VialAérea Brasil — Cr$ í40 000. EXTERIOR: . Assi\na tura Via Aérea paraos EUA: Mensal — ÜS_\10.00; Trimestral — US$130.00. Venda avulta no Uru-<guai: Dias úteis, $ 3,00 —Dom. $ 5,50. Venda avulsana Argentina: Dhrs úteis,20 pesos — Dom. 30 pesos.

ACHADOS E PERDIDOS

CARTEIRA PERDIDA - AndralSilva Braga, arquiteto, perdeu suacarteira profissional n. 8 938 D.,• ii.itida pela CREA, Seção do Es-tado da Guanabara.

GRATIFICA-SE bem a quemachou • entregar uma cadernetacom vários documentos, um dê-les título de eleitor, pertencenteao Sr. Antônio Barbosa Cavalcan**ti. Praça Pio X, 15, s| 905. Tel.23-4648.

PASSAPORTE PERDIDO - Perten-centa à Amélia de Jesus FariaPeres, de 463 442 expedida em1964.

PERDEU-SE 1 livro Diário n.o 1da firma Café e Bar da Manhã

, Údír^estabelecida .-na- Rua Per-nombuco n. 469. Pede-se a qüorhenconlrartelefonar pj 29-1744.

PERDEU-SE o livro de Registrode Pagamento do Imposto (porVerba) n.° 1 da firma Camilo Lo-pes, estabelecida na Rua Minis-tro Alfredo Valadão n. 77-A, boxG. Pede-.a a quem encontrar en-

PERDEU-SE o titulo de sócio pro-prietário n. 508, matricula .3 582do Sr. Manuel Rodrigues. Pede-sepor favor entregar na portaria doAmerica F. Clube- ou na Rua J<ge Rudge 184.

PERDI carteira com documentosimportantes Diamandy. Favor te-lefonar 27-4498, boa recompensa.

SILHUETA INFANTIL MODASLTDA., tendo perdido seu cartãode Inscrição do DRM n. 158 115,pede a quem a encontrar o fa-vor da devolvê-lo, entregando-ona Rua Maria Freitas, 103-A, emMadureira. Gratifica-se.

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DOMÉSTICOSAMAS, ARRUMADEIRASE COPEIRASAGÊNCIA SR. MOTTA tem as me-lhores diaristas, efetivas, com do-cumentos, referências — Copeiras,arrumadeiras, cozinheiras, lav.,pass. e faxineiros. — Tel. 37-5533.

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ARRUMADEIRA - GAROTA, d.família, precisa-sa urgente na R.Domingot Ferreira n. 183 - 7.o•ndar - T.l. 36-7973.

ARRUMADEIRA . PASSADEIRA -Cr» 40000. Pr.cisase, das 8 ès1/ nora». Av. Epitíaio P«sso«,•70, ap. «04.

ATENÇÃO «• Empregada» domís-tica» — Praclsam-se, ótimo» or-denadoi. Rua Senador Dantas, 39,2.» «ndar, sala 206.

ARRUMADEIRAS, copeiras e ba-bas — Precisam-se, ótimos orde-nados. Rua Senador Dantas, 39,2.o andar, iala 206.

'0JÊÊASILAno LXXVI — N.o 104

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Costa e Silva resguautgfxi autoridade de CasteNO JEITO DE LONDRES

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e Térêsópqlis e muilo frio, a seleção fêz treino individual na Granja Coiiiari

Terroristascaçados naGuatemalaTôdãs as saidas da Cidade de

Guatemala estão vigiadas e he-licópteros do Governo sobre-voam a região na tentativa deencontrai- com vida o Presi-dente da Corte Suprema deJustiça, Romero Augusto deLéon, e o Secretário de Im-prensa, Baltazar Morales, queíorain raptados por terroristas.

O cano onde viajava o Se-cretário de Imprensa foi ataca-do ontem por um grupo de des-conhecidos, dos quais (uns to-.maram conta da direção e rap-taram o Jornalista BaltazarMorales, e outros saíram emperseguição de seu íilho e deseu motorista, que foram nie-tralhados algumas ruas depois,na presença de cerca de 30 pes-soas. (Página 8)

Mem de Sáacha fracacrise goiana

O Ministro da Justiça,Sr. Mem de Sá, afirmouontem, jiouco depois deconferenciar com o Presi-dente da República, que oGoverno não dá maior im-portância aos incidentesocorridos na Assembléiade Goiás e que a crise seráresolvida com remédiosestritamente constitucio-nais."Uma comissão de depu-tados da ARENA de Goiás,liderada pelo Vice-Gover-nador do Estado, Sr. Osí-ris Teixeira, deverá avis-tar-se ainda hoje com oPresidente Castelo Bran-co, a quem relatará oslances da crise goiana epedirá os bons ofícios fe-derais visando à normali-zacáo da situação. (Pag. 3)

Hanói abatesete aviõesamericanos

A Agência Nova Chinaanunciou ontem a queda desete aparelhos norte-ame-ricanos no Vietname doNorte, abatidos pelas bate-rias antiaéreas, mas o Co-mando Militar dos EUA emSaigon só acusou a perdade um Tl-underschief F-105,a 104 km a nordeste deHanói, estando desapareci-do seu piloto.

Em Saigon, um tribunalmilitar condenou a um anode prisão o Major Le VanDan, pelo assassinio de suamulher, a famosa "MulherTigre, sua companheira in-separa vel nos combatescontra os guerrilheiros viet-congs no delta do Mekong.Van Dan- foi surpreendidonum hotel, em companhiade outra, e a mulher ten-tou matá-lo a facadas. tPá-'gina 2) :'.<

Diretor fazdistúrbiosno presídio

Porto Alegre (Sucursal)O Diretor da PenitenciáriaEstadual de Porto Alegre,Coronel Dastro Dutra, ir-mão do Deputado TarsoDutra, provocou gravesdistúrbios ao ser demitido,negando-se a entregar ocargo e reunindo os presosno anfiteatro para promo-ver, com sua esposa aolado, verdadeiro comícioem que os insuflava à re—volta.

Diante disso, foi neces-sária a presença do Se-cretário do Interior, Sr.Mário Mondino, e do Ar-cebispo D. Vicente Sche-rer, para retirar o CoronelDutra do local e acalmaros presos, que se viramdiante de 300 soldados daBrigada Militar e mesmoassim só se contiveram de-pois de ver três de seuscompanheiros feridos abala.

Vinda de Amarildo e Jairconstrange os jogadores

Embora a Comissão Técnicatenha reunido os jogadores depoisdo almoço de ontem a fim de pre-parar o ambiente para uma recep-ção simpática a Amarildo e Jair daCosta, não foi possível disfarçar oclima de constrangimento na con-centração de Teresópolis provoca-do pela notícia da chegada na pró-xima segunda-feira dos dois novosconvocados.

A impressão geral entre os jo-gadores é que os dirigentes do fu-tebol italiano não iriam' mudar deopinião se o Presidente da CBD, Sr.João Havelange, não lhes tivesseprometido que Amarildo e Jair vi-riam na condição de titulares.

NA ALEGRIA DA VOLTA

Pele, que continua se queixan-do de dores, no músculo da coxa eno calcanhar, faz exame médicohoje de manhã e individual à tar-de, para que sejam testadas as suaspossibilidades de estar presente notreino coletivo de domingo, inte-grando a equipe Grená, contra oBangu.

Sob intenso nevoeiro e tempe-ratura muito baixa, os jogadoresreiniciaram ontem as atividadescom individual, realizado na Gran-ja Comari, do qual só não partici-param Zito, Pele, Jairzinho e Lima.(Páginas 19 e 20)

Z***^

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Amarildo faz as malas com ajuda de sua irmã Nicéia (UPI)

Como explicação de seu comportamento em facede certos problemas suscitados à margem do pro-cesso sucessório, o General Costa e Silva manifestouontem a preocupação de contribuir para o resguar-do, o reconhecimento geral e mesmo o ref orçamentoda autoridade presidencial até o último dia do1 man-dato do Marechal Castelo Branco.

Desconheceu o Ministro da Guerra os estímulosque lhe foram levados por algumas figuras políti-cas, no sentido de que resistisse à tendência do Pre-sidente da República para influir decisivamente naescolha de seu companheiro de chapa, ponderando,a propósito do nome do Sr. Pedro Aleixo, que nãoteria razões para se opor à indicação de um doshomens mais ilustres do cenário político nacional,Na questão do domicílio eleitoral, o General Costae Silva reconhece estar diante de uma das regrasfixadas para o desenvolvimento do processo suces-sório, cabendo-lhe acatar a sua aplicação pelo Pre-sidente da República, embora, como militar, com-preenda a reivindicação do General Amauri Kruel.Examinado ontem pelos dirigentes do MDB, ocaso Kruel está preocupando a Oposição, que dese-jaria apresentar-se com um candidato presidenciala altura da conjuntura militar, mas entende quenao deve ir além de objetivos especificamente poli»ticos, pois seu alvo principal é a restauração do po-der civil e a plena redemoeratização do País. Novasconsultas serão feitas nos próximos dias, esperan-do-se que já na próxima semana, com a presençado Sr. Vieira de Melo em Brasília, possa a ComissãoExecutiva Nacional do MDB traçar rumos definiti-vos ao comportamento da organização oposicionistaem face da questão sucessória.

O Gabinete Executivo Nacional da ARENA reú-ne-se hoje, no Rio, para tomar decisões preparató-rias da escolha do companheiro de chapa do Gene-ral Costa e Silva, prevendo-se o afastamento do cri-tério das consultas na base de lista e admitindo-se,mesmo, que seja desde logo indicado à Comissão Di-retora o nome do Sr. Pedro Aleixo.

O Presidente da Câmara, Sr. Adauto Cardoso,ofereceu ao Senador Daniel Krieger o Palácio Tira-dentes para que a Convenção do dia 26 se realizeaqui, mas o Presidente da ARENA ainda não se de-finiu quanto a essa possibilidade. (Noticiário e Co-luna dó Castelío, página 4, e Coisas da Política,página 6)

Brasileirasna aberturade Canes

O filme polonês Cinzas; deAndrzej Wajda, que narra acampanha de Napoleão na Po-lõnia, inaugurou ontem o 20."Festival Cinematográfico In-ternacional de Canes, em ce-rimônia presidida pelo Minis-tro Louis Joxe, à qual estive-ram presentes, representando oBrasil, as atrizes Maria LúciaDaríl e Isabela,

O Festival, onde a maioratração tem sido a presença deSofia Loren, que preside o júri,continua hoje com a apresen-tação do filme La Religiense,de Jacques Rivette, proibido emtodo o território francês, quecompensa, segundo os críticos,n retirada de La Guerre est Fi-nic, feito a pedidos do Governoespanhol. (Página 2)

Delarei pededemissãodo Trânsito

O Diretor do Departa-mento de Trânsito, Gene-ral Delarei Gomide, cha-mou ontem os seus auxi-liares, no final do expe-diente, e comunicou-lhesque irá hoje pela manhãao Palácio Guanabara, afim de pedir ao Governa-dor Negrão de Lima a suaimediata substituição nachefia do órgão.

A falta de recursos fl-nanceiros e os saláriosbaixos e atrasados do pes-soai do Trânsito foram ai-gumas razões que levaramo General Delarei Gomidea afastar-se. Até há pou-co, o Departamento era,mantido pelo, estaciona-mentos pagos, cuja arre-cadação agora é efetuadapela Secretaria de Finan-ças. (Página 11)

Castelomantém voto1vinculado

O voto vinculado — obriga-ção que tem o eleitor de votar,para deputado federal e esta-dual em nomes do mesmoPartido —- foi mantido ontempelo Presidente Castelo Bran-co, quando vetou os Artigos28, 40 e 41 do projeto de leique substituía, no Código Elei-toral e nas normas para o pre-enchimento de cédula única,todas as referências ao sis-tema.

Na justificativa que enviouao Congresso, o Presidente re-conheceu, referindo-se ao vo-to vinculado, que "as restri-ções impostas à faculdade deescolha do eleitor acarretam.de certa medida, cerceamen-to de sua liberdade politica", eatribuiu tudo ao sistema dePartidos adotado no Pais. tPá-gina 4;

Diretoresestão contraexcedentes

OS diretores de escolasmédicas do Rio e do Esta-do do Rio, inclusive como apoio dos primeiros e se-gundanistas das faculda-des, não pretendem acei-tar matricula , dos exce-dentes, êste ano, e deverãodizer isso à comissão no-meada pelo Ministro Pe-dro Aleixo para tratar docaso, em reunião para aqual foram convocados,amanhã cedo.

Na manhã de hoje os,diretores farão uma reu-nião prévia na FaculdadeNacional de Medicina, on-d'e acertarão possivelmen-te unificados os pontos-de-vista a serem levadosamanhã ã _çomisão. Umacoisa pelo menos já é certapara os excedentes: mes-:mo que fique decididoaceitá-los, terão que fazernovo vestibular. (Pág. 15),'

ARRUMADEIRA _ Pago 70 000 apassar roupa. Documento: Av Ma-tacaní, 1 525, ap. 2 - Muda.

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2„ 1.° Cad., Jorna], do Brasil, sexta-feira, 6-5-06

UMA SENHORA PRESIDENTE;.4$a':-íí;.; .;.."¦:

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So/ia Loren, eleita Presidente, tio Júri do Festival tle Cinema em Canes. conversa com seu maridoCario Põnti no aeroporto tle Londres (UPI)

Filme polonês de ÁndrzejWajda abre o 20.° FestivalCinematográfico de Canes

Canes (Celina Luz, enviada especial) — .0 VigésimoFestival Cinematográfico Internacional de Canes come-cou ontem sob um tempo maravilhoso, com a presença devárias vedetas, sendo inaugurado com a exibição do filmepolonês de Andrzej Wajda Cinzas, sobre a campanha deNapoleão na Polônia, indicado para a abertura depois quea URSS vetou o norte-<americano Doutor Jioago-, sob opretexto de que a obra (baseada em livro de Boris Pas-ternak) é anti-soviética.

O Brasil esteve presente à cerimônia de abertura, re-presentado pelas atrizes Isabela (de O Desafio) e MariaLúcia Dahl (de Menino de Engenho), que chegaram namanhã de quarta-feira pelo Boeing da Air France. KirkDouglas, Leslie Caron, Glenn Ford, Catherine Derieuve: eMlchèle Morgan estavam entre as vedetas presentes ã ce-rimônia inaugural, presidida pelo Ministro francês LouisJoxe.

A-RELIGIOSA¦Ç, - ';. *

?-A apresentação hoje de LaReligíeuxc, filme francês deJacques Rivette, compensaráãe; certa forma, pelo toque deinsubmissão à. atitude do Go-vérno da França, que proibiut.' obra no pais. uma compen-eacáo pela retirada do Festi-vai de La Guerre est, Finic, deif-lain Resnais, em vista neprotesto espanhol (a históriase passa durante a Guerra Ci-vil da Espanha).

Para o filme de Rivette, ha-verá uma exceção nos hábitosdó Festival: não serão ven-dldas entradas para o púbíico,pois em vista da proibição sòrmente os credenciados poderãovê-lo.

SOFIA

A maior de todas as atra-ções, em Canes, é Sofia Loren,que preside o júri, formadoainda por Vinícius de Moraes,Peter Ustinov, Richard Lester,Armand Salacrou, André Mau-rols e Maurice Genevoix.•ujPuas reuniões preparatóriasdo júri já foram realizadas, eamanhã os jurados terão umaentrevista especial com a Prin-césâ Margareth, que- chegou

para presidir a manifestaçãoinglesa.. '. .

PROGRAMAÇÃO

A programação de hoje in-clui o filme alemão' Es e ama-nhã a grande atração será Mo-nica Vitti e seu filme inglêsModcsty Blaise, de Joseph Lo-sey, Ò Festival será encerradocom ti fita polonesa

'Pharâori,de Jerzy Kawalerovicz.

A maioria dos stanils de pro-paganda dos filmes .concor-:rentes já está instalada noterraço do Palácio do Fetsival,e entre eles, pela primeira vez,o brasileiro já fornece infor-mações aos jornalistas lutei'?nacionais.

MATRAGA :,v'. '

O Brasil será representadono Vigésimo Festival Cinema-tográfico Internacional de Ca-nes pelo filme A Hora c Vezde Augusto Matraga, de Ro-berto Santos, produzido porLuís Carlos Barreto e inter-pretado por Leonardo Villar,Joffre Soares. Maria Ribeiro,Flávio Migliaccio. Maurício doValle e José Marinho.

Matraga será exibido no dia18, e desde já é consideradocomo um dos mais fortes conrcorrentes à mostra. .0 produ-tor Luís Carlos Barreto é es-perado em Canes no dia 12.

Deputadostemem Brasilno Vietname

Brasília (Sucursal) — Os,Deputados Campos Vergai(ARENAtSP) e Padre Nobre(MDB-MG) afirmaram, ontem,na Câmara, que estão apreen-sivos com a possibilidade de oBrasil vir a participar da guer-ra no Vietname, tendo, o pri-meiro, acusado "parte da in»dústria paulista" de pretenderarrastai' o país ao conflito "poramor aos mllhõe de dólares dosEstados Unidos".

O Deputado Campos Vergairessaltou que "nesse momen-to encontra-se em Washingtono criminoso Vitorio de tal, re-presentante de indústrias pau-listas, preparando e negocian-do a participação do Brasil naluta que se desenvolve no Viet-name".

Em suas declarações o Pa-dre Nobre considerou "crimenacional" o envio de alimen-tos e materiais bélicos paraajudar os norte-americanos naguerra do sudeste asiático, lem-brando que "quando no Brasilos clamores da miséria são osefeitos de uma. causa terrívelque se chama fome, nós, bra-sileiros, não podemos ficar ca-lados, a não ser que pense-mos que outros que não os na-cionais sâo os interesses do Go-vêrno brasileiro". ...

RDA mandaarmas paraq Vietcong

Bonn (UPI-JB) — A Repú-blica Democrática Alemã estáaoastecendo o Vietname doNorte com fuzis e metralhado-ras, denunciou, ontem, o Minis-tro ,do Exterior da RepúblicaFederal Alemã, Karl Carsten,em- discurso pronunciado noParlamento'O representante do Governo

de Bonn não informou a quan-tidade de armas enviadas aHanói e nem qual a fonte dainformação que obteve.

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Senhora Cao Ky confessa nos jornalistas, sorrindo, que recebetelefonemas diários com ameaças de morte a sea marido (UPI)

Tio Sam não sabe a quempagar aluguel de holel

Joseph Galloway, da UPIEspecial para o j'BSaigon (UPI-JB) — O proprietário chinês do Hotel Ca-

pitai, uma hospedaria, para praças-de-pré, queixou-se hojede que o Tio Sam deixou, por mais de um ano, de pagar oaluguel e apelou para o Embaixador Henry Cabot Lodge afim,de que este procure remediar o esquecimento.

Um porta-voz norte-americano disse que os Estados Uni-dos "não estavam procurando tomar o dinheiro de ninguém"e que teria satisfação de pagar o aluguel se soubesse a quemfazê-lo.

O hotel tem sido objeto de litígios Judiciários. O proprie-tário Truong Binh fêz sua queixa numa matéria paga inti-tulada: Por Que Você Não Faga o Aluguel? A carta aberta éendereçada a Lodge. Nela é solicitado ao Comando de Assis-tência Militar dos Estados Unidos no Vietname do Sul quepague o que é devido ao hotel desde janeiro de 1965. E ter-mina com o apelo: "Por favor, Sr. Embaixador, pague-me oaluguel."

Uma visita à pequena casa de Binh, no populoso e pro-míscuo subúrbio de Cholon, deu os seguintes resultados:Binh possui o hotel de seis andares que aloja cente-nas de soldados em trânsito.As hospedagens, no montante de 200 mil' dólares para oano de 19(55, náo foram pagas.—- Binh tem um mandado judicial de um tribunal deSaigon em que está estabelecido que o Governo dos EstadosUnidos deve pagar o que deve.

A filha de Binh, que fala inglês, comentou: "Nossa fa-milia é grande. Não temos rendimentos há mais de um ano.Como poderemos viver?. Nada dissemos enquanto o caso es-tava no tribunal, mas agora, que ganhamos e não nos pagam,temos de espalhar isto aos quatro ventos."Nossa parada seguinte foi no Escritório Militar Norte-Americano de Imóveis e Contratos, onde o Major Robert Hen-derson sorriu pàlidamente e puxando de seu arquivo um vo-lumoso dossiê deu as seguintes Informações:

,. — Binh contrulu o hotel em terra arrendada de umcerto Lau Tsang.,Blnh arrendou o edifício a um empresário norte-ame-ricano que por sua vez o subiocou ao Exército dos EstadosUnidos, a sublocação expirou a 31 de dezembro de 1964 e ohotel reverteu a Binh.O proprietário da terra, Tsang, processou Binh e con-seguiu um mandado Judicial anulando o arrendamento feito

por Binh t ordenando-lhe vender o hotel a Tsang."Veja" — disse Henderson — "não estamos tentando ex-torquir o dinheiro de qualquer dos dois. Reconhecemos o ar-rendamento, estamos usando o edifício e alsiuém eventual-mente receberá o dinheiro. Mas tudo está emaranhado em

pelo menos dois processos Judiciais e apenas náo queremospagar por temor de náo pagar à pessoa certa".O débito vencido está rendendo 2,5% de Juros até que ostribunais decidam.Henderson fechou o dossiê e pólo de lado quase comose fosse uma grande lata cheia de vermes.

Moscou e Pequim jogam opingue-pongue da mentira

Por Charles R. Smith, da UPIEspecial prtra o Jll

Uon-Kong — Quem está mentindo — a União Soviéti-ca ou a China? Os dois gigantes comunistas acusam-se umao outro de mentir a respeito do transporte de material so-viético de guerra através da China para' o Vietname doNorte.Os russos têm acusado repetidamente os chineses de es-tarem impondo obstáculos ao fluxo desse material de guerra.Os chineses negam de pés juntos a acusação, afirmando queos soviéticos não estão enviando muita coisa.Quem está mentindo? Um deles está ou talvez ambos.Os analistas de serviços de inteligência aqui acreditam

que há um grão de verdade no que ambos estão dizendo, mashá ainda um grão maior de ficção.A última troca < de insultos ocorreu como resultado deacusações feitas pelo Ministro da Defesa soviético, RodlonMalinovsky. Suas acusações deflagraram a mais, elaborada ne-

, gativa de Pequim até agora."Malinovsky é um mentiroso", reza uma declaração doMinistério do Exterior de Pequim.Em apoio de sua negativa e contra-acusações. o Ministé-

rio do Exterior»citou algumas estatísticas interessantes a res-peito dos embarques de ajuda soviética para o Vietname doNorte. ;

' Apenas alguns dias antes, o Primeiro-Ministro Chu En-lal desmentira as acusações soviéticas e fizera algumas porconta própria, Chu descreveu as acusações soviéticas como"uma dolorosa e lnsidiosa tentativa de semear a discórdiaentre a China e o Vietname, a fim de solapar a unidade en-tre os povos chinês e vietnamita contra o imperialismo norte-americano".

Alguns sinologistas aqui acreditam que Chu pode estarcom a razão, pelo menos em purte. Mas eles também acre-ditam „ que os russos podem estar igualmente com a razãoquando acusam a China de prejudicar o fluxo da ajuda su-viética para o Vietname do Norte.

Nfio há dúvida de que Pequim e Moscou estão empenhadasnuma séria competição por influência em Hanói. Os sinolo-gistas aqui geralmente julgam que os soviéticos estão con-quistando influência às custas dos chineses.

Uma das razões é o óbvio aumento da assistência mili-tar soviética nos, últimos meses, particularmente no fome-cimento de materiais mais aperfeiçoados, que a China nãoteria capacidade para fornecer.

Os chineses admitem que a União Soviética Incrementousua ajuda ao Vietname do Norte, mas acusam repetidamentede que se trata de uma quantidade ínfima, considerando otamanho e a riqueza da Rússia.

Se os números citados pelo Ministério do Exterior chinêssobre os embarques soviéticos no ano passado são corretos, asacusações chinesas pareceriam procedentes, dizem os ana-listas. >Fontes dos serviços de inteligência têm recebido notícias

não confirmadas vindas da Cortina de Bambu no sentido deque, na realidade, a China está prejudicando os embarquessoviéticos de material de guerra.

Os relatórios indicam que os chineses têm retardado osembarques pela imposição de rigorosa inspeção e regulamen-tos de controle de trânsito; além disso, têm-se apossado departe do material.

As fontes salientam que essas notícias não são confirma-das. Verdade ou não, essas fontes acreditam que os chinesesnão vêem com bons olhos a ajuda soviética aumentar muitorapidamente por causa dos efeitos que isso podia ter na ri-validade Moecou—Pequim por influência em Hanói.

China anuncia queda de seteaviões dos EUA no Vietname

Saigon (UPI-JB) — A agên-cia Nova China noticiou ontema queda de sete aviões norte-americanos, abatidos pelas ba-terlas antiaéreas norte-vietna-mitas, embora o Comando Mi-lltar em Saigon só tivesseacusado a perda de um Thun-derschlef F-105, derrubado a104 km a nordeste de Hanói. Opiloto foi dado como desapa-recido.

As fortes chuvas que conti-nuam caindo impediram oprosseguimento dos bombar-deios contra os objetivos cos-tetros vietnamitas e só se rea-lizaram oito missões de ataquecontra as posições inimigas,sem resultados práticos. Ape-nas nos locais onde a precipi-tação pluvial era menor, pôdea artilharia disparar seus ca-nhões contra embarcações ecomboios norte-vietnamitas.AÇÕES

Apesar do mau tempo, foramatingidos 17 juncos, um emba-samento antiaéreo, seis eclifi-cios e uma ponte.

No sul, porém, o dia íoi de

grande atividade. Os bombar-delros B-52, do Comando Aé-reo Estratégico, com base emGuam, continuaram, pelo quin-to dia consecutivo, suas in-cursões contra as rotas e de-pósltos de abastecimento doVietcong, nas proximidades dafronteira do Camboja. Os B-52podem operar em plena épocadas monções, porque voam aci-ma das nuvens e são equipadoscom bombas dirigidas pelo ra-dar contra qualquer alvo.

Além dos bombardeios dosB-52, a aviação atacou, no dei-.ta do Mekong, um batalhãovi.tcong entrincheirado pertocie Can Tho, a 128 km a Su-doeste de Saigon. Destruíram54 edifícios e danificaram ou-tros 55.

No Sul, um Phantom da Fôr-ca Aérea viu-se obrigado a ten-tar um pouso de emergência,perto da bafa de Camrangh.Seus dois tripulantes foramsalvos.ACIDENTE

O Exército informou tambémque foram recuperados os ca-

dáveres dos 21 norte-amerlea-nos que morreram quarta-fei-ra, quando o gigantesco heli-cóptero CH-47 em que viaja-vam se precipitou na selva, a177 quilômetros a noroeste deSaigon. Não se revelaram ascausas do acidente. Um porta-voz, porém, disse que os tripu-lantes do helicóptero não tive-ram tempo de saltar de pára-quedas.

No. semana concluída em 30de abril, os norte-americanostiveram 70 mortos em ação noVietname, 589 foram feridos eoutros sete figuram, oficial-mente, como desaparecidos.

A lista, de mortos duplica,exatamente, a da semana an-terior.

Na mesma semana, o númerocie baixas do inimigo foi de 456,o que reduz a proporção a fa-vor dos norte-americanos, na-semana anterior.

Condenado assassino de Mine. TigreSaigon (UPI-JB) — O Ma-

jor Le Van Dan, um dos he-róis mais condecorados doVietname do Sul, foi conde-nado ontem a um ano de pri-são, por ter matado sua mu-lher, a famosa Mulher Tigrequando ela o surpreendeu numhotel cm companhia de outramulher.

Dan, do 40 anos de idade,•disse ao tribunal que a espô-sa, de 45 anos, sua companhei-ra Inseparável' nos combatescontra os guerrilheiros viet-congs do Delta do Mekong,atacou-o a golpes de faca nohotel, obrigando-o a dispararo revólver para se defender.

MULHER DIFERENTE"Uma faca na mão de uma

mulher conhecida como SaTrigc é algo muito diferentede uma faca na mão de uma

mulher qualquer", alegou, du-rante o julgamento, o MajorDan. que, mais tarde, depoisde ouvir a sentença, afirmou:"aceito o veredito; era inevi-tável".

Dan era Comandante do440° Batalhão de Batedores,'que sa converteu num dosmais implacáveis inimigos doVietcong. Esta unidade é aúnica do Vietname do" Sul quemereceu uma citação especialdos Estados Unidos, por açõesem que a Tigre combateu aolado de seu esposo-

O Promotor afirmou que aMulher Tigre penetrou no ho-tel armada apenas com umpar de tesouras para cortar ocabelo da jovem amante deseu marido. Esta foi uma dasraras vezes em que ela nãoestava com seu ointurão debalas e as habituais pistolasde calibre 45.

A defesa de Dan esteve acargo de uma bela advogadavietnamita, que descreveu aesposa do Major como umamulher muito forte e dema-siadamente ciumenta. Afirmouque, em outra oportunidade,ela havia ferido a bala omarido, num ataque de ciú-mes.

"O major é um homem quetemia sua mulher" frisou aadvogada de defesa.

A Mulher Tigre, de caráterpouco moderado e náo multobonita, converteu-se numa exi-mia atiradora e campeã de ca-rate, muito antes de que elae o Major Dan desertassemdo Vietname do Norte em 1954.para se incorporarem ao Exér-cito sul-vietnamita. Era tam-bém a única mulher no Bata-ltíão de Batedores.

Inglaterra acha a paz difícilLondres fUPI-JB) — O Go-

vêrno da Grã-Bretanha infor-mou ao Embaixador Especialdos Estados Unidos, AverellHarriman, que há poucas pos-slbilidades da paz no Vietnameporque os norte-vietnamitas echineses acreditam que vãoganhar a guerra.

Lorde Waltson, alto funciona-rio do Foreign Office, afirmouna Câmara dos Comuns quetem poucas esperanças de umasolução rápida para o problemavietnamita. Disse que a situa-ção no Sudeste asiático se tor-

na cada vez mais grave c quea maneira mais eficiente e pro-vável de impor negociações aoscomunistas é intensificar aação militar, "para eles perde-rem as esperanças de vencer aluta".DENÚNCIA

O Jornal Diário do Povo, dePequim, acusou ontem a UniãoSoviética de haver tomado umaposição de cúpula entre os"monstros e fenômenos do ex-terior" que apoiam os esforçosdas EUA para a celebração de"úma paz à moda imperialista.

— Ultimamente — prosseguiuo jornal — o Governo de Lyn-don Johnson vem tratando deforçar outros a aceitarem suas"conversações de paz", escalo-nando sua guerra no Vietnamee dissimulando seus esforçosbélicos".

Diz a seguir que "os vence-dores máximos das íraudulen-tas conversações de paz são osrevisionistas modernos soviéti-cos, cujo cartão de visita ex-pressa "ajudai o Vietname eoponha-o aos EUA".

EUA preocupados com seus presosGenebra, Londres (UPI-JB)

— O Embaixador Itinerante daCasa Branca, Averrel Harri-man, chegou ontem a Gene-bra para discutir com o Pre-sidente da Cruz Vermelha In-ternacional, Samuel Gonard,a possibilidade de obter melhortratamento para os norte-americanos prisioneiros doVietcong.

Poucas horas antes da che-gada de Harriman, o Secreta-rio-Geral das Nações Unidas,U Thant, discutiu o problemacom Gonard, tendo afirmadoque não poderá dar nenhumconselho útil sóbre a situaçãodos prisioneiros norte-ameri-canos.

Harriman chegou a Genebra,procedente de Londres, onde

conferenciou com o Primeira-Ministro Harold Wilson sóbreo Vietname, a politica mun-dial e os problemas enfrenta-dos pelos aliados- na Europa,O Embaixador Itinerante via-Jou na manhã de ontem numavião comercial.

Jornal do Exército chinêsadmite divergência interna

Tõoiiio (UPI-JB) — O Diáriodo Exército de Libertação, por-ta-voz das Forças Armadas daChina, admitiu ontem haversérias divergências no país sô-bre a política adotada nos âm-bitos nacional e internacional,apontando os estudantes e in-telectuais como principais res-ponsáveis pelas "divergênciasde opinião".

Segundo a Agência NovaChina, o jornal chinês decla-rou textualmente que "estu-diosos, especialistas e professo-res levantaram vôo em oposi-ção ao Partido eao socialismo,transformando deliberadamen-te coisas simples em misté-rios".

APOIO

Para o Diário do Exército âeLibertação, "os giupos descon-

Chinesespassarãodo bilhão

Londres (UPI — JB) —Até o ano 2 000 a China terá1 bilhão e 750 milhões dehabitantes, segundo um es-tudo feito pelo Real Insti-tuto de Assuntos Internado-nais, que tomou por base oatual índice de crescimentopopulacional chinês de 2 porcento e as informações ofi-ciosas de que os chineses, nomomento, somam entre 720e 750 milhões.

O estudo foi preparado porDick Wilson, especialista emquestões do Extremo Orien-.te, tendo sido publicado noúltimo número da revistamensal The World Today.A reportagem declara que"a tremenda explosão po-pulàcional da China não ex-clui, necessariamente, a.con-tenção dos chineses dentrode suas fronteiras."

tentes trabalham em coordena-ção com os elementos oportu-nistas que realizam atividadesantipartidárias dentro do pró-prio Partido Comunista Chi-nés."

Afirmou também que "ascampanhas do grupo contra oGoverno têm o mesmo tom domovimento internacional anti-chinês, guiado pelos imperialis-tas, revisionistas modernos ereacionários de todos os pai-ses."

HIPÓTESE

Segundo os observadores po-liticos ocidentais, as afirma-ções do jornal de Pequim dãoa entender que o grupo de in-telectuais está a favor da co-existência pacifica e de umasolução negociada para a guer-ra do Vietname.

O editorial do Diário doExército de Libertação chamaatenção, especialmente, para ofato de "a nova onda anti-partidária e anti-socialista uti-lizar os pensamentos de Marx,Lenine e Mao Tsé-tung paraapoiar seus argumentos."

Mais adiante, segundo fontesocidentais, o jornal chinês che-ga a afirmar que as autorida-des de Pequim temem que ocapitalismo seja implantado nopais, "através de meios violen-tos ou pacíficos, com o uso debalas de açúcar". De cem mo-dos diferentes, conclui o jornalchinês, os dissidentes tentamespalhar um vírus ideológico epolítico de caráter reacionário,além de idéias sóbre o sistemade vida burguês, tentando des-moralizar e corromper os co-munistas, o proletariado e ou-tros revolucionários.

Goldwater Romenoschegama Hanói

acusaFulbright

Washington (UPI-JB) —O ex-Senador Barry Gold-water, da extrema direita,acusou ontem o Presidenteda Comissão de Relações Ex-teriores do Senado, SenadorWilliam Fulbright, de fazerapelos "para ajudar e con-fortar nossos inimigos".

Falando na ConferênciaAnual das Mulheres do Par-tido Republicano, Goldwaterafirmou, bastante irritado,que há poucos dias assistiupela televisão vários sena-dores democratas declara-rem que os Estados Unidos"eram arrogantes, expansio-nistas e imorais". Nada, emtempo de guerra, acrescen-tou o antigo candidato aPresidência, pode justificarajuda e conforto aos ini-migos.

Londres (UPI-JB) — Parauma "visita de amizade",chegou ontem a Hanói a de-legação da Romênia presidi-da por Emil Bodnaraber,membro da Comissão Exe-cutiva da PC romeno, convi-dado pelas autoridades nor-te-vietnamitas para visitar oSudeste asiático.

Segundo a agência de no-ticias do Vietname do Norte,milhares de pessoas recebe-ram em Hanói os represen-tantes romenos, cercados noOcidente por especulaçõesque consideram possível queBodnaraber explore as pos-sibilidades de uma conferên-cia de paz para solucionar aguerra no Vietname.j

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Jornal do Bnu.1I, «exia-Tolra, fi-s-Bfí, I.~ Cad.

Governo não atribui maior importância â crise de GoiáO Ministro da. Justiça, Sr.

Mem de Sá, disso ontem, cie-pois de um encontro com oPresidente Castelo Branco, quonão atribui maior gravidadeaos incidentes ocorridos naAssembléia Legislativa de Goi-ás, por entender que acontecl-mentos semelhantes são regis-Irados em câmaras legislativasde todo o mundo.

Acrescentou o Sr. Mem deSá que o Governo não possuiinformações completas sobre osincidentes, mas garantiu que oprocedimento federal obedece-rã estritamente ao que prevê aConstituição. Nesse sentido,uma comissão de parlamenta-res goianos, liderados pelo Vi-ce-Governador Osiris -Teixeira,«e avistará hoje com o Maré-chal Castelo Branco.

O DESMENTODO

O Ministro da Justiça des-mentiu que o Governador Otá-vio Laje lhe tivesse solicitadoa decretação da intervençãofederal na Assembléia de Goi-ás, durante o contato tcleíõ-nico que mantiveram anteon-tem.

O Ministro Mem de Sã Jápossui informações sobre os in-cidentes verificados na Assem-bléia Legislativa de Goiás, for-necidas pelo Serviço Nacional

do Informações c pelo próprioGovernador do Estado, as quaissubmeteu à apreciação do Mu-rechal Castelo Branco. Ontemà tarde recebeu em seu gabl-nete o Deputado, goiano LisboaMachado, que lhe solicitou umaaudiência com o Presidente daRepública p'ara a comissão doparlamentares liderados peloVice-Govcrnador dc Goiás.

A PROPORÇÃO DEVIDA

Segundo informações filtra-das no gabinete do Ministroda Justiça, o Governo não con-sidera grande a. profundidadeda crise aberta em Goiás pelosIncidentes ocorridos na Assem-bléia Legislativa, entendendonão ser necessária a adoção demedidas preventivas pelo Go-Torno federal, pelo menos acurto prazo.

Apenas após o encontro" dacomissão dos líderes da ARENAcom o Presidente CasteloBranco o Governo poderá ava- .liar as conseqüências imedia-tas dos incidentes, o que nãoimplica contudo, que estejadisposto a aconselhar medidasde cerceamento das atividadesdos parlamentares goianos,como a decretação do recessodo poder legislativo, hipóteseque é afastada pelo próprioGovernador,Otávio Laje.

Crise provoca doisdiscursos na Câmara

Brasília (Sucursal) — A pro-pósito dos incidentes havidosna Assembléia Legislativa deGoiás o Deputado Celestino Fi-lho. Presidente do MDB naque-le Estado, leu, ontem, da tribu-na da Câmara, nota em queacusa, os membros da ARENAde tentarem desmoralizar aMesa daquele .legislativo- e. aomesmo tempo, apela ao Presi-dente da República "para quenão __,e transforme em instru-mento de vingança do Gover-nador Otávio Laje". '

Assinala o manifesto que "adecretação do recesso da As-sembléia goiana seria interpre-tada pelo povo como um meio¦de impedir a apuração de de-núncias contra o Governador,trazidas a público por depu-tados do MDB".

A NOTA

í; o seguinte o texto da notado MDB:"São lamentáveis as ocor-réncias verificadas na Assem-bléia Legislativa do Estado deGoiás. Lamentáveis, sobretudo,porque elas decorrem do umplano premeditado pelo Govér-no e sua bancada na Assem-bléia, no sentido de desmorali-zarem a Mesa, daquele Podei',constituída por elementos daOposição. Por outro lado, asgraves denúncias formuladaspor elementos do MDB goianocontra o Governador não estãoagradando a esse mandatário,que, no seu primarismo políti-co, entende ser mais conveni-ente calar a boca dos democra-tas através de um recesso par-lamentar forçado. Os fatos sederam em virtude de convoca-ção do Secretáro da Fazendapara explicar á Câmara e aopovo goiano o motivo da dis-criminação que praticou pa-gando somente os deputadosdo Governo, numa insólito ges-to de coação e injustiça. Umdos fatores, também, é não seconformar a bancada daARENA com a proporcionalicla-

de de membros na CPI por elamesma requerida para apuraras acusações contra o Govér-no em transações da TerracapS.A., de propriedade do'Go-vernador e seu irmão, Secre-tário do Planejamento, com oDepartamento de' Estradas deRodagem.

Goiás espera ' que o Senhor

Presidente da República nãose transforme em instrumentode vindita do inabilidoso Go-vernador que implantou na-quele Estado um clima políti-co de intranqüilidade, sòmonteTivido antes de 1930. A decre-tação do recesso da Assembléiaseria interpretada pelo povocomo um meio de impedir aapuração de denúncias contrao Governador trazidas, a públi-co pelos deputados goianos".

RÉPLICA

O Deputado Jnles Machado,que é pai do Governador Otá-vio Laje, foi à tribuna, logoem seguida, para defender o fi-lho das Imputações feitas pe-los representantes da Oposição,acentuando que "as calúnias einjúrias hão de cair sóbreaqueles que não sabem respei-tar a honra alheia".

E acrescentou:— Dada a sua traição, o

Deputado Olímpio Jaime, en-quanto não se pronuncia o STF,é o Presidente da AssembléiaLegislativa goiana. A sua do-lorosa situação moral lhe vaiexcitando a paixão e nesse es-tado pretende exercer, na dl-reção da Assembléia, uma açãoditatorial. Se os deputados daARENA lhe opõem objeçõescom pedidos de palavra pelaordem ou protestam contra osdesmandos, éle deixa a cadeirada Presidência e. a bala, querimpor sua truculência. Assimaconteceu ontem, para vergo-nha de Goiás. E esse o homemque a bancada do MDB conse-guiu subornar com a Presiden-cia que êle conspurca".

Dois anos cie criseDepartamento de Pesquisa do JB

As crises no Governo goianocomeçaram onze dias depois daRevolução de abril, quando o"deputada

da cx-UDN, EmivalCaiado, exigiu a queda do Go-vernador Mauro Borges. Nodia 4 de maio, os partidos daoposição anunciaram o pedidode impeachment do Governa-dor, baseando-se em seu pas-sado ideológico. Durante se;emeses, Mauro Borges conseguiuequilibrar-se no poder, re-ousando afastar os seus antigosauxiliares — acusados de sub-versivos —, suportando .longosinterrogatórios militares eameaçando resistir a qualquertentativa de intervenção.

No dia 11 de novembro, de-pois de um violento ataque deMauro Borges ao Comandanteda Guarnição de Goiás, Coro-nel Cunha Melo, chegaram aGoiânia os primeiris conti-gentes de pára-quedistas e umacompanhia motomecanizadacom seis tanques Sherman. Nodia 25, as tropas do Exércitoocuparam a Capital e prende-ram todos os colaboradores de'Mauro implicados em IPMs.No. dia seguinte, o PresidenteCastelo Branco decretou a in-tervenção- federal, nomeandointerventor o Coronel MeiraMatos.

Dois meses depois, nova crisecm Goiás: no dia 8 de janeirocie 1965, contingentes da Poli-cia Militar e civil cercavama Assembléia. Era dia de elei-ção de novo Governador. OMarechal Emilio Ribas Júnior,indicado pelo Presidente Cas-telo Branco, tinha a sua eleirção garantida por unanimida-de, mas o problema estava naescolha do Vice. Apoiado peloPTB e UDN, o Sr. ResendeMonteiro, T/ice-Governador deMauro Borges, disse ao Inter-ventor Meira Matos que nãorenunciaria enquanto prevaje-cesse a orientação de eleger-seum pessedista para o cargo,conforme promessa feita peloGeneral Golberl, em nome doPresidente Castelo Branco.Depois de uma reunião entre obloco da Oposição e o Inter-ventor, Resende Monteiro vol-tou atrís e aceitou a candi-dattira do pessedista AlmirTurismo, ex-Presidente da As-sembléia. Usando de muitahabilidade política, Meira Ma-tos concluiu com êxito a sua

! tarefai Ribas s Turismo íoram

eleitos e o PSD goiano com-portou-se ã sua maneira clás-sica: pedir o máximo e até omínimo, para aceitar o pos-sível.

O Marechal Ribas tomouposse com a seguinte frase: "Oproblema de Goiás merece pro-funda atenção, pois aquilo éuma bomba atômica". Na rea-lidade. cinco meses depois êleteve de enfrentar nova crise.Ao determinar a prisão de umpadre, um juiz de Direito e oitouniversitários, o Marechal Ri-bas abriu um sério conflito en-tre o Governo e o Clero. O Se-cretário de Segurança, Capi-tão Vicente Albuquerque, foiacusado de espancar os estu-dantes. Diante da prisão dopa-dre, o Arcebispo de Goiâniatentou intervir, mas o Gover-nador se recusou a recebê-loem audiência, No dia 7 de ju-nho, o Arcebispo disse, em en-trevista à imprensa, que o Go-vêrno estava em campanhacontra a Igreja, fazendo tudopara desmoralizá-la. Só a in-tervenção direta do Presidente,Castelo Branco conseguiu aca-"l.âr com a crise. O juiz, o pa-dre e os estudantes foram sol-tos e o Secretário de Seguran-ça demitido e convidado a vol-tar imediatamente à tropa.

No dia 4 de novembro, OtávioLaje, Governador eleito pelaUDN, prometia ao PresidenteCastelo Branco governar semsectarismo, mas com partida-rismo, escolhendo para o seuSecretariado os elementos doGoverno do Marechal Ribas: Oseu propósito era enterrar aoligarquia do Senador PedroLudovico, pai do ex-Governa-dor Mauro Borges.

A atual crise começou no dia16 de abril, com a tumultuadaeleição para a Mesa da Assem-bléia Legislativa. Com a pre-.sença de todos os Secretários,dos Comandantes da PoliciaMilitar e do 10.° Batalhão deCaçadores no plenário, o MDBelegeu por vinte votos a zerotoda a Mesa da Assembléia. Os19 deputados da ARENA seabstiveram. Os círculos milita-res goianos classificaram a elei-ção de "anti-revolucionária emerecedora de repressão ime-diata do Governo, através dacassação de mandatos e direi-tos políticos".

Assembléia goiana sereúne sem agitações

A FESTA DO EMBAIXADOR

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Goiânia (Correspondente) —Mesmo diante da diminuiçãodas tensões na Assembléia, queontem realizou uma sessãotranqüila com n ARENA e oMDB presentes, o Governoconsiderou insustentável ns.suas relações com o Legisla'-tivo ao' proclamar, através doSecretário da Justiça, Sr. RuiBrasil Cavalcanti, que o PoderLegislativo não tem condiçõesde funciono mento em virtudedo ambiente de insegurança epor- ter o seu Presidente. Depu-tado Olímpio Jaime, rompidorelações da Casa com todo osistema situacionista.

Governo, segundo o Secre-tário da Justiça, não indica so-luçõcs para conjurar a crise,por não tê-las concebido, 2iiasestá convicto de que não liáremédios fora da utilização dosInstrumentos federais e por is-so despachou ontem no Rio,como emissários seu e da ARE-NA, o Vice-Governador OsircsTeixeira, o Líder do GovernoAri Valadáo e o Deputado El-eivai .Caiado, os quais preten-dem outorgar ao Governo fe-deral todo o poder decisóriosobre o situação goiano.TENTATIVA CONCILIADORA

. . O Líder da Oposição, Sr. Sc-bastião Arantes, e o Vice-Líderdo Governo, Sr. Ursuiino Leãoexaminaram ontem a possibili-dade de uma solução concilia-tória no próprio ambiente doplenário e com base na fixa-ção do ponto-de-vista de que asolução da crise está na pers-pectiva local de concórdia, cnão na utilização da força sua-soria federal. Passaram a esti-mular o diálogo dentro da.sbancadas, trabalho nara o qualo próprio Presidente da As-sembléia deu a sua contribui-çao, na tarde de ontem. aoprocurar representantes daarena como um meio de ali-yiar as tensões deflagradas 'an-teontem.

Os círculos oficiais e milita-res de Goiânia declararam-saontem convencidos de que acrise não será solucionada commedidas superficiais, exigindomesmo uma atitude federal epreviram um desdobramentosangrento das divergências po-Jiticas nara os próximos diasOs emissários da arena e doGoverno que viajaram ao Riodeverão dar idêntico testemu-•Jrlm ao Presidente Ca.steioBranco, a quem dirão — se-Ruuoo. declararam ao partir —que o futuro próximo da poli-aca oe Goiás 6 imprevisível.,»*_r ¦n,vexs da êxtreniàçaopauidana, e o ambiente geralde ódio estabelecido desde a vi-tom do MDB „a Assembléia.Os meios militares locais li-Rados ao 10.» BC informaramao General Nogueira Pais Có-

r'-Í'uq a ^tuação política deGoiás e realmente grave e nãoserão surpreendidos com cenasrie sangue dentro do plenárioda. Assembléia. Entendem o"círculos militares que o Govér-nlf- /- !W obrieacão de tomarmoYideiic.as acauteladoras, poismais tarde poderá vir ..'seracusado de não se prevenir con-tra crimes políticos graves emGoiás. Os oficiais do setor doinformações cio 10." BC fizeramum relatório completo às auto-ndades de Brasília, dnpois doouvirem a gravação dos episó-dios de anteontem na Assem-bleia.

ARENA FALA

Em manifesto divulgado on-tem, os 19 deputados da ARE-NA fixaram a seguinte inter-pretação da crise;

— A agressão iminente deque foi vitima o Deputado Ge-nesio Borges encontrou repulsade todos os componentes daARENA na Assembléia.

— O comportamento doPresidente da Casa representaa quebra da dignidade do PoderLegislativo.

— Houve flagrante demons-tração de desarmonia entre ospodéres, quando o Presidente daCasa desceu da condição deChefe do Poder Legislativo, pa-ra assacar injúrias contra oChefe do Poder Executivo.

— Desrespeitou-se a Consti-tuição o o Regimento Internoquando, ao se verificar o quo-rum para deliberação, o Sr.Presidente deu como .presentesvinte dos Srs. Deputados, quan-do na verdade estavam presen-tes apenas dezoito.

— o ¦ comportamento doPresidente importa em falta dedecoro parlamentar, quebra daharmonia entre os podéres edesrespeito à honradez c digni-dade do Parlamento, o que tor-na impossível o seu futuro fun-cionamento, no clima em quçestá sendo conduzido. A banca-da da ARENA, desagravando ;>povo goiano nos seus foros docivilização e dignidade, dá co-nhecimento à consciência na-cional que as ocorrências noPlenário da Casa devem ser de-bifadas ao MDB que, numa tra-ma diabólica e impatriótica, de-seja criar para Goiás um climade intranqüilidade, desequili-brio e desarmonia, no objetivorevanchista de impedir o Go-vêrno de realizar o bem cole-tivo."

POSIÇÃO CONTRA •TRAMA

O Deputado Nigel Spcnciere,do MDB, pediu ontem em dis-curso na Assembléia "uma po-sição do Legislativo" no sentidodo esclarecimento da denún-. ¦cia do Presidente da Casa, Sr.Olímpio Jaime, segundo a qualo Governador do Estado arma-ra um "plano diabólico" paraeliminar o Presidente da As-sembléia e o Deputado Antônio •Magalhães, Secretário-Geral doMDB, afirmando em seguidanáo ser concebívcl que o Go-vémo pretenda, pelo massacrofísico, sufocar- a voz oposicio-nista simplesmente porque elase ergue numa faculdade de-

mocratlca de opor-se aos po-derosos.

• Em resposta, o vice-lider doGoverno, Deputado UrsuiinoLeão, assegurou que "a tramadiabólica" só existe como bou-to posto em circulação pelosforjadores de crise, podendogarantir que o Governador nãotem o propósito do silenciar aOposição, mas antes a preten-de viva e atuante, embora, res-peitadora. da dignidade c daautoridade do Governo.

De outra parte, fontes doMDB revelaram que a Oposi-ção, a continuar a hostilidadegovernamental contra a suabancada, poderá propor seja oGovernador Otávio Laje pro-cessado por crime de responsa-bilidade com base nas provasde corrupção juntadas contraêle — e seu irmão Jair Lajede Siqueira, proprietário deuma empresa de terraplenagem— pelo Deputado Antônio Ma-galhães, do MDB.

APELO A CASTELO

Em telegrama ao PresidenteCastelo Branco, ao MinistroMem de Sá e ao Senador Da-niel Krieger, os Deputados daARENA pediram a atenção fe-deral para o restabelecimentoda normalidade legislativa emGoiás, afirmando que a ban-cada do MDB dç forma nlti-damente revnnchfeta, criouuma situação insustentável noLegislativo.

Denunciamos a Vossa Ex-ctlência — diz o telegrama —manobra da bancada do MDBna Assembléia Legislativa, nosentido de perturbar o funcio-namento normal do Poder Le-gislativo com ataques soezes eviolentos ao Governo do Esta-do, com evidentes intuitos re-vanchistas e permanente pro-pósito de desmoralizar a Re-volução, desobedecendo ao Re-Cimento Interno e a própriaConstituição e não atendendosequer ao quorum indispensá-vel para deliberação. Tudo -te-mos feito no sentido de resta-belecer as normas democráticas,a independência e a harmoniaentre os podéres do Estado, nãoencontrando a menor réssónân-cia entre nossos adversários. Asituação agravou-.se quando opróprio Presidente da Assem-bléia, numa atitude insólita edeplorável. respondendo emtermos violentos a uma questãone ordem suscitada, terminoupor assacar arma tentando :il-vejar o Deputado Genésio Bor-ges, no que íoi obstado. Dcnun-ciando os lamentáveis fatos aVossa Excelência, pedimos suaatenção no sentido de que sejarestabelecida a normalidade le-gislativa, bem como responsa-bilizamos o MDB goiano pelasgraves conseqüências que pode-rão advir.

O CLIMA DE ÓDIO

O Deputado Enrico Barbosa,o principal porta-voz da ban-cada do MDB, afirmou ontemao JORNAL DO BRASIL quetodo o conflito cie Goiás temfundamento e base no climade ódio e intolerância criadono Estado pelas ayjes do Go-vêrnoj "de cujo estado de es-pirito a vindita tomou cintade tal forma que até a pressãoeconômica — não pagamentodos subsídios dos deputadosoposicionistas — foi adotariapelo Secretário da Fazenda".

A atual crise política deGoiás — disse o Sr. EuricoBarbosa — íoi provocada atra-vés de artifícios, o que demons-Ira a premeditação dos come-timentos visando à sua ocor-rência. E por que se premedi-tou a provocação de sua ocor-rência? Por motivos inválidos,do ponto-de-vista do melhorfuncionamento do mecanismodemocrático, mas notórios eevidentes em face de suas mo-ti.vações. O atual Governogoiano, ou melhor, o atualExecutivo de Goiás, está sedeixando levar pela intolerán-cia c pelo ódio político de de-terminadas facções — hoje re-presentadas pela ARENA — epor isso mesmo so descontro-lou totalmente. Basta dizer-seque já contava éle com 22deputados, dentre 39, da As-sembléia, quando, cedendo àpressão daqueles que lhe exi-giam exonerações, transferén-cias e outras modalidades dehostilidade ao adversário, aca-bou por ficar em minoria, emface da não concordância dedeputados que, tendo manifes-tado ingresso na facção gover-nista, terminaram por não seconformar com os métodosmesquinhos, sujeitos à inspira-ção da antiga UDN.

— A política em nosso Esta-do — concluiu — caiu na me-diocridade. Não se discute, por-que não há um plano de Go-Hérno. As finanças estaduaisacham-se falidas, porque, paraa eleição do atual Governo,foram nomeados e contratadossele mil funcionários. A infra-estrutura foi esquecida. Háapenas o ódio, a intolerância,a dominar a inspiração dos de-tentores do Poder. Sofremosum retrocesso de mais de 30unos. Este é um pequeno re-trato da crise que está polari-zando as atenções do País.

TRANSFERENCIAA CASTELO

Embora a decretação do re-cesso da Assembléia, por atorespaldado na força revolucio-nária do Governo, seja prega-da nos meios situacionistas co-mo única medida em condiçõesde pôr termo à crise politicano Legislativo e à desarmoniaconsumada entre aquele Podere o Executivo, o GovernadorOtávio Laje não indicou ontemesta solução nos constatos quefêz com a área federal, os quaisse revestiram do uma naturezainformativa, conquanto tenhapersuadido, pessoalmente, deque fora da utilização dos Ins-trumentos federais não há re-médios capazes de pacificar osantagonismos da politica deGoiás.

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Leitão da Cunha afirma queBrasil tem sido favorecidoem sua amizade com os EUA

Nova Iorque (UPI-JBl — O Embaixador do Brasil emWashington, Sr. Vasco Leitão da Cunha, disse em banque-te que lhe foi oferecido pela Sociedade Pan-Americana dosEstados Unidos que o Brasil foi "eonsistentemente favore-cido" cm suas relações com aquele pais, onde encontrao tipo de amizade que "n5o é uma via de mão única".

Depois de render tributo à memória dos fundadoresda Sociedade Pan-Americana dos EUA, o Sr. Leitão daCunha disse que desejaria consagrar sua "orientação e eu-forços à nobre causa da amizade brasileiro-norte-ameri-cana e à solidariedade pan-americana, a que os estadistascriadores daquela geração de fundadores deram tanta ins-pirãçãp e generosa ação".DOM1CIO DA GAMA

Entre os fundadores da So-ciedade Pan-Americana dosEstados Unidos, o EmbaixadorVasco Leitão da Cunha lem-.brou um de seus predécèssores,Domicio da Gama, que suce-deu Joaquim Nabuco o. fren-¦te da Embaixada brasileira emWashington.

Sóbre a correspondência bra-sileira à amizade norte-ame-ricana lembrou a participaçãode seus pais em duas guer-ras mundiais e agora na »çáoem São Domingos:

— O Brasil, ao participai'deduas- guerras mundiais com òsEstados Unidos, e de unia açãoconjunta na República Domi-nicana, também 'tem sido uniamigo nos momentos de ne-ces.sidade. Isso ocorreu porquonas duas oportunidades está-vamos igualmente conveiipidoáda justiça da causa defendi-da pelos Estados Unidos, enãoparamos para pensar nos sa-orifícios requeridas.

DOIS AMERICANOS

O Embaixador brasileiro lem-brou especialmente o nome dedois norte-ameriamos funda-dores da Sociedade Pan-Ame-ricana: John Bassot Moore eo ex-Secretário de Estado Eli-hu Root, ôste o primeiro Se-cretário de Eslado norte-ame-ricano a visitar o Brasil.

A visita deu-se em 1906, porocasião da terceira conferêncianorte-americana reunida noRio de Janeiro, e constituiu-senum dos pontos fundamentaisda história das relações entreos dois países, sob a inspiraçãodo então Ministro das RelaçõesExteriores brasileiro, o Barãodo Rio Branco, c do primeiroEmbaixador do Brasil emWashington. Joaquim Nabuco,

— Durante a gestão de RioBranco — continuou o Sr. Lei-

Bueno acusaoDCTdeabrir cartas

Bfcisília (Sucursal) — Assi-nalando que a censura postalsó prevalece em países tota-litários, o Deputado CunhaBueno (ARENA paulista), de-nunciou, ontem, no plenário daCâmara, a violação de corres-pondência sua, procedente doexterior.

Declarando-se i n«d i g n a docom o fato, o representantepaulista encaminhou pedidode informações ao Ministérioda Viação. indagando "em quetexto legal se baseia o DCTpara promover a violação decorresRondéncia particular".

tão da Cunha — o Brasil re-solvc.u todas as questões pen-dentes no que sé refere a ter-riltôrios; com seus vizinhos sul-americanos, e o Ministro teve,no principio do «óculo, a vi-são antecipada, da futura im-portâiicia das relações entre oBrasil e os Estados Unidos.

— Nabuco foi o agente dessapolítioa nova e revolucionária

acrescentou o Embaixadorsubstituindo uma orienta-ção vinds. de Londres e Parispela de Washington. Para nos-sa sorte, ambos oontaram coma cooperação do grande B«-cretário d« Estado Root, qu«anunciou no Rio de Janeiro ospomos cardeais da politica dosEstados Unidos.

Citou, em seguida, palavra»de Root sóbre a política norte-americana, pronunciadas porocasião daquela visita: "Não.pretendemos nem desejamosoutros direitos ou privilégiosalém daqueles que reconhece-mos para todas as repúblicasdas Américas".

BAS3ET MOORE

No fiai de seu discurso, oEmbaixador Vasco Leit&o daCunha referiu-se mais demo-radamente % Basset Moore, emquem lembrou o grande cate-.drático de Direito Intwnacio-irai "e bom amigo e assessordo Barão do Rio Branco du-a-ante a visita dêáte aos Esta-dos Unidos de 1893 a 1895".

Encerrou afirmando que Bas-set Moore, cuja coletânea daDireito Internacional continuasendo uma obra de erudição,dissa uma vez <$ue seu lemaera "colocar a causa acima' do renome". E eç*i meto al- .truistica. na. opinito do Sr.Leitão da Cunha, foi efeíi-vamen.io a história de sue. de-votada cooperação oom o Bra-sil.

Governo deTorres fazdois anos

Niterói (Sucursal) — Qua-renta deputados, sendo 35 daARENA, subscreveram ontemmoção de aplausos ao Gover-nador Paulo Torres, pela pas-sngem amanhã do segundo ani-versaria de sua adminirtraçâo.

A moção diz que "o GavêrnoPaulo Tôrr«s cimentou naconsciência <ia grande íamiliafluminense a certeza de qt» oEstado do Rio marcha certo imdireção ao quadro evolutivo do.progresso social%

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Presidente da Assembléia ^do Maranhão renunciou para;atender a apelo de Sarnei ;;;

São Luis (Correspondente) — O Deputado Magno Ba*celar (MDB), que renunciou à Presidência da AssembléiaLegislativa do Maranhào, logo após ter sido eleito, disseqüe o fêz para atender a um apelo do Governador JoSéSarnei, que procurava uma fórmula para unir as lôi-çaj»governamentais, para dar base ao seu programa adminis-• '•ativo. J"

Anteriormente, o Governador José Sarnei recusararsas> examinar o problema da eleição da nova Mesa da As*sembléia. Com a renúncia do Sr. Magno Bacelar, forameleitos Presidente o Deputado Nunes Freire, da ARENA"<_Vice-Presidente o Deputado Orleans Brandão, do MDB".'"' ,SARNEI NEGA

O Governador José Sarneiafirmou ontem que não teve.nenhuma ingerência no pio-blema da eleição da Mesa daAssembléia Legislativa. O Go-vernador reptou a Oposição a• declarar de que forma, onde e

como coagiu ou cerceou liber*dades partidárias.

Disse o Governador Josô.Sarnei que "o Maranhão n$ipretornará ao clima da prima-rismo político" pqrque "está.empenhado na batalha do pro*gresso". ..

Câmara prepara exame daida de Bilac para Parissem corte de vencimentos

>•_.>TI*

Brasília (Sucursal) — A Câmara Federal terá, de exa-Jminar, na próxima semana, a situação do Deputado BiíWPinto, atual Embaixador brasileiro na França, que dei-xou o Pais sem pedir licença do mandato ou sem renun>>ciar a êle, fazendo, jus, portanto, aos vencimentos fixos,embora a Constituição determina a perda do seu manda-to legislativo.

O Sr. Bilac Pinto, ao ser nomeado Embaixador, nãorenunciou ao seu mandato, não se sabendo os motivos: sajjor escrúpulos, pois dizia que só se considerava Embai-xador depois de apresentar suas credenciais ao Presiden-te De Gaulle ou, por Julgar que a perda do mandato se-ria automática.

' REPRESENTAÇÃO

A Constituição estabelece, em¦seu Artigo 48, que o parlamen-.tar perderá o mandato, seocupar cargo público do qualpossa ser demitido ad nutum.O Regimento Interno, entre-tanto, determina uma série deformalidades para que a medi-tia seja decretada. A ptrda domandato tem de ser declaradapela Câmara, mediante proces-eo formal.

A Mesa da Câmara n5o tempodêiws para declarar, de ofi-cio. que o 3r. Bilac Ptoto per-deu o mandato. Terá que ha-ver .uma representação, ou deum parlamentar, de um Partidoou Prccurador-Geral da Repú-blica. Eísa representação seráenviada à Comissão de Justi-ça, para" emitir parecer e ela-borar um projeto d» resolução— se procede a denúncia —, afim de que o plenário delibere.

- TRÈ3 EXEMPLOS

E isso leva tempo e já hou-ve três exemplos na própriaCâmara, que mostram a- len-ti dão do processo. Em 1962, ocartão Deputado Nestor Jostaaeumiu um cargo na direçãodo Banco do Braiil sem re-nunciar 90 mandato, pedindoapenas licença, contrariandoportanto, o dispositivo eonstitu-cional. A Comissão de Justiça,"hamada a opinar, demorou¦tanto que, terminada a Legis-latura. o Sr. Nestor Jost pre-feriu ficar no Banco do Brasil(onde continua at« hoje) e nãose candidatar a reeleição.

No mesmo ano, o Deputado.Antônio Baby do ex-PTB doParaná, assumiu cargo de Di-retor da Rede Ferroviária Fe-deral, mtdlante pedido de li-eença na Câmara e o mesmo

processo foi feito, ocorrendo amesma demora, dando tempo aque o Sr. Antônio Baby dei-xassa a RFF e se candidatas»»a reeleição, em outubro de 1963,,tendo sido reeleito.

Um ano antes, em 1961,"oDeputado Paulo de Tarso ba-sumiu a Prefeitura de Brasi»lia. nomeado pelo então Pre-sidente Jânio Quadros, pedia-do licença à Câmara, embora;a Constituição não o permitia1-se. Nova demora no exame,renúncia de Jânio e o Sr, Pau-lo de Tarso voltou à Câmara,terminou o seu mandato, can-dioatou-se novamente- em 1962,íoi reeleito, até que cm 1S6Ía Revolução cassou o seu man-dato.

No caso do Sr. Bilac Pinto.a. solução terá de, partir daMesa, acreditando-se que o SnAdauto Cardoso enterra enicontatos com o EmbaixadorBilac Pinto, para expor-ihe aproblema.

Na perda do seu mandato,será efetivado o Sr. José Huin-berto, que atualmente ocupa a-vaga do Ministro Pedro Alei-xo e, para a vaga que se abri-'rá. será convocado o Sr. Leo-poldto Maciel. Este, porém, an-tecipou-^e e enviou oficio ft,Mesa. comunicando que assu-miu o mandato.

A respeito da informação doSr. Adauto Cardoio, de queaguarda comunicação oficial doItamarati. dizendo que o Sr.Bilac Pinto assumiu o cargode Embaixador, dificilmenteesse documento servirá, jurldi-cam ente, para determinar avacância do mandato. O Re-gimento Interno diz, claramen-te, que o assunto deve ser pro-vocado por um deputado, umPartido político ou pelo Pro-ourador-Geral da República,

»;í..'-

1.° Cad., Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-66

Coluna do Castello

1

Apreensão no MDB comos rumos de Kruel

Brasília (Sucursal) — O caso Kruel,examinado ontem numa reunião informal aedirigentes do MDB, está preocupando a Opo-sição que, embora desejosa ãe ter um çan-didato à sucessão presidencial à altura ãa con-juntura militar, não -pretende transformar-se^numa simples base de lançamento ãe fo-guetes. Para alguns chefes ão MDB; a candi-datura Kruel, tal: como foi colocada np. de-senrolar dos acontecimentos, bem poderá re-vresentar um definido desafio militar ao co-mando dominante nas Forças Armadas e, co-mo tal, transformar-se no estopim ãe umaviolenta crise. .' .

Entendem aqueles proceres que a Oposi-ção não deve ir além de objetivos especifica-mente políticos, não se esquecendo de ques".u alvo principal é contribuir para a restau-ração ão poder civil e a plena redemecrati-zação do Pais. Na medida em que colaboras-se para transferir a decisão para o âmbitodas Forças Armadas, estaria contrariandoseus objetivos básicos e faltando aos compro-missos que motivaram a. organização do Par-tido. ___ .

O caso Kruel, no entender dessa impor-tante corrente do MDB, evolui de maneiranão satisfatória, desde que já não resta ãú-vida de que o Comandante do II Exércitocultivou a hipótese da sua candidatura à su-cessão presidencial como si7nples alternativaao malogro do seu esforço de conquistar oGoverno de São Paulo. Tratar-se-ia, portan-to, de uma colocação revanchista, tanto maisgrave quanto atras ãe si o General AmauriKruel teria os grupos dirigentes de São Pau-lo, cheios ãe ressentimento por uma longaquarentena e ansiosos de revide.

É possível que a Oposição nada possafazer no sentido de conter as reações ão Co-mandante do II Exército e ãe outros políticosmilitares que se consideram prejudicados pelaorientação do Governo Castelo Branco. Noentanto, uma coisa estará ao seu alcance,que é não se engajar num tipo de ação quetranscende e complica o âmbito da respon-sabilidade ãe um Partido civil.

Essas objeções são feitas, por enquanto,intramuros, representando uma, viva adver-tência mas não um veto às atividades quevêm- sendo desenvolvidas por algumas dasprincipais figuras ão MDB. Essa advertên-cia não exclui a decisão ãe assumir respon-sabilidaães comuns, desde que as decisões setomem através dos organismos partidárioscompetentes.

Como se sabe, processam-se através dolíder Vieira de Melo as articulações do Par-tido com o General Amauri Kruel. São elasdo pleno conhecimento do Senador Oscar Pas-sos, Presidente do MDB. Por outro lado, tra-duzem tendências notórias ãe uma correnteoposicionista, na qual formam os antigos tra-balhistas.

Como se verificou, ontem, mais uma ves,110 encontro informal dos dirigentes partida-rios, as âemarches ¦provocam apreensões en-tre numerosos líderes oposicionistas e restri-ções declaradas, persisti7ido outras tendên-cias, como a ãe omitir-se o Partido da disputapresidencial e, até mesmo, de examinar apossibilidade de colaborar no movimento emfavor ãa eleição ão General Costa e Silva, des-de que tal coisa importe um fortaleciinentodos compromissos do candidato com os obje-tivos da redemocratização.

Novas consultas serão feitas daqui pordiante, e com maior intensidade, esperando-se que, já na próxima semana, com a presen-ça do Sr. Vieira ãe Melo, possa a ExecutivaNacional ão MDB traçar rumos definidos naelaboração de uma atitude partiãária queatenâa aos interesses comuns.

XJm problema de dois

O Sr. Ronãon Pacheco, Secretário-Geralda ARENA, ao chegar ontem a Brasília, en- 'controu sobre sua mesa dois telegramas, umdo Presidente da República e outro ão Presi-dente da ARENA, convocanão-o a voltar aoRio com urgência.

Com relação à Vice-Presidência, diz o Sr.Ronãon Pacheco que as consultas vão prós-seguir, mas que, na verdade, o caso será so-lucionado ãe comum acordo pelo PresidenteCastelo Branco e o Ministro Costa e Silva. Oque êlés decidirem, a ARENA aceitará.

Anote-se que já não se fala mais liumadecisão pessoal ão Marechal nem de uma es-colha na área específica ão Chefe ão Governo.

Juraci falará sobre Paraguai

7 O Ministério do Exterior comunicou'on-tem à Câmara que o Ministro Juraci Maga-Ihães, atendendo ao requerimento áe convo-cação do Deputado Wilsán Martins, compare-çerá à Câmara no próximo dia, 18 para falarsobre a crise com o Paraguai.

Campanha de Ademar

General Murici aceita o lançamento deseu nome à sucessão em PernambucoCosta e Silva não aceitarána Presidência divisãode podêres com o Congresso

O Ministro Costa e Silva, comentando com amigos

a tese da introdução de normas parlamentaristas no rè-

gime presidencialista — surgida na Escola Superior de

Guerra —, declarou que não aceita, eleito Presidente,

a divisão de podôres com o Congresso, seja quanto a

escolha ou à derrubada do Ministério ou de um só Mi-

nistro.Ao Senador Auro de Moura Andrade, também em

conversa recente, o Ministro Costa e Silva confessou queaceita os critérios adotados para a sua própria indi-cação como candidato, compreende que a eleição indi-reta é uma contigência do momento político, mas, noPoder, vai lutar muito pela volta da eleição direta.

FRACASSO do Presidente da República edo poder político, representadopelo Congresso.

A opinião unanime, tento nabancada, governitsa quanto naprópria Oposição, é de que a¦emenda oposicionista, que Isen-¦¦ta os Generais Amauri Kruele Justino Alves Bastas da cxl-gêncla de domicilio eleitoral,não passará. Um senador in-fòrmavã-i ontem, ter o próprioPresidente fechado a questãoem torno do assunto e o Sr.Daniel Krieger, líder no Sena-do. afirmava ser pessoalmentepela obolição, mas no futuro.

'Agora, segundo êle, o mon-mento feito pela Oposição nosentido de aprovar a emenda— e as constantes conversasde lideres oposicionistas com oGeneral Amauri Kruel — pre-judicava mais ainda as suaspoucas possibilidades de apro-vação.

Coordenado com os últimos acontecimen-tos, o Governador Ademar de Barros lança-ria nos próximos dias uma campanha em fa-vor da realização de eleições diretas para SãoPaulo e para o .Brasil.

Duar com angústia

O Deputado Dnar Mendes diz que prefe-rirá não disputar as próximas eleições. A idéiade disputá-la deixa-o angustiado, pois teriade fazê-lo lado a lado com seus tradicionaisadversários da região, o Deputado último ãeCarvalho e o Deputado Guilhermino de OU-veira. Depois disso, ao que tudo indica, aARENA morrerá e êle terá de recompor oquadro da divisão dos municípios. "Mas emque base e com que motivos> se já apareci jun-to com nossos adversários?", perguntai •

Tentarão o "impeachment" em Goiás

O MDB de Goiás, em represália contraa pressão política da ARENA, examina a hi-potese de tentar o impeachment cio Governa-dor Otávio Laje.

Carlos Castello Branco

Recife (Sucursal) — O Ge-neral Andrade Murici decidiuaceitar o lançamento de suacandidatura ao Governo dePernambuco, para unir no-Es-tado a Revolução, segundoanunciou ontem o DeputadoAdauto Jo.sé de Melo, daARENA, garantindo que o Co-mandante da 7.* Região Mili-tar "só mudará de posição, ago--ra, se surgir outro nome capazde unir mais".

O ex-Governador Cid Sam-paio, que' viajou ao Rio emcompanhia do GovernadorPaulo Guerra, para participarda reunião em que a ARENAde Pernambuco escolherá, como Marechal Castelo Branco, oseu candidato ã sucessão noEstado, desautorizou a Inclusãode seu nome na lista que o Pre-sidente trouxe de CampinaGrande.GUERRA NO RIO

No Rio, ao desembarcar noGaleão, o Sr. Paulo Guerra,

que íoi recebido, entre outra.!pessoas, pelo Secretário de Im-prensa da Presidência, Sr. Jo-sé Wanibcrto, e pelo MajorLahyr, representante do Minis-tro Costa e Silva, disse que asua viagem se prendia apenasa "assuntos administrativos*;.Mas 6 certo quo boje, no' Pala-cio das Laranjeiras, fixará, como Presidente Castelo Branco,os critérios para a escolha donome a ser submetido a apre-ciação da ARENA de Pernam-bueo.

A uma pergunta sobre oscandidatos a candidato o Go-vernador apontou o DeputadoCosta Cavalcanti, que se en-contra va ao seu lado:

— Eis um bom candidato empotencial.

E depois informou que pelomenos 10 nomes vão figurar nalista.

Ex-UDN de Minas aconselhaMagalhães Pinto a desistirde sua candidatura a Vice

Belo Horizonte (Sucursal! — O ex-Governador Ma-gailiães Pinto foi aconselhado pelos ex-udenistas minei-ros a desistir-de sua candidatura à Vice-Presidência daRepública, enquanto os setores da ARENA anunciavamque o Sr. Pedro Aleixo vem consolidando sua posição den-tro da ARENA de Minas.

O lider do Governo Magalhães Pinto na AssembléiaLegiâlativa, Deputado Hélio Garcia, disse ontem que oscandidatos lembrados pára a Vice-Presidéncia não re-sistirão a qualquer pronunciamento popular.

ExigênciasO fracasso da tese dos mili-

tares da Escola Superior deGuerra — que é também dealguns juristas — ípt previsto,ontem, pouco antes de ser co-nhecido o pensamento do Ml-nistro Costa e Silva, como ine-vitável,

A idéia da modificação doregime íoi levada ao Ministropelo jurista Gama e Silva, deSão Paulo, que recebera a in-cumbéncia de sondar o atnbi-ente no Ministério da Guerrapara a sua adoção. Pessoal-mente, o Sr.' Gama e Silva écontra o projeto, porém levou-o ao conhecimento do Minis-tro por solicitação de amigos.

O Ministro da Guerra estáconsciente de que assumirá aPresidência da República, de-pois que sua candidatura fôraprovada pela Convenção daAliança Renovadora Nacional,a renllznr-se em Brasília nopróximo dii^ 26 e a partir deentão apenas aguardará a ra-tiíicação dc sua vitória p_!qCongresso, no pleito indiretode 3 de outubro, Entende que,alterado o regime, mesmo demodo a airibuir-se ao Con-gresso maiores podêres, os seus,rie virtual sucessor do Maré-chal Castelo Branco, seriamafetados. E deseja exercita-los, quando eleito, em sua pie-nitúde.

DOMICÍLIO .

Apesar de ter confirmadoseu pedido ao General AmauriKruel, rio sentido de que lhodesse um prazo até 20 de maiopara a solução do problema, oMinistro Costa e Silva não de-seja se envolver de modo ne-nhtim na questão do domicílioeleitoral, pois acha que se tra-ta de ¦ assunto da competência

movimentamos políticos paulistas

COMUNICAÇÃO

O Viçe-Govériiador do Piauíe Presidente da Assembléia*Le-gislativã do Estado, Sr. JoãoClímacçi d'Almeida, compare-ecu ontem, às 15 horas, ao Ga-binete do Ministro Cosia e Sil-va, para .comunicar-lhe que abancada da ARENA do Piauíno Congresso já está instruídapara votar em seu nome.

No mesmo encontro o Vice-Governador disse ao Ministroque é candidato único daARENA ao Governo do seu" Es-tado, nas próximas eleições denovembro. O Ministro Casta, eSilva agradeceu a visita do Sr.João Ciímaco, que embarcarádomingo para Teresina, levan-do resultados de entendimeu-tos com o Ministro da Guerra e

com o Pre.sidentc- Castelo Bran-co sobre a seca que ameaça oE-Wdo.

Ato Complementar h.° 9 ficapronto até segunda-íeira eCastelo o assina até dia 12

O Ato Complementar n.° 9, terá sua redação final con-cluida até segunda-feira, e será assinado pelo Presidenteda República, até o dia 12, segundo informou ontem o Ml-nistro da Justiça, Senador Mem de Sá, no Palácio das La-ra.ijeiraa, pouco depois de ter entregue a minuta do do-cumento ao Marechal Castelo Branco. \

Além de restabelecer as atribuições da Justiça Eleito-ral na sucessão presidencial, o novo Ata Complementar de-termina prazos para argüições de inelegibilidades.no pro-cesso das candidaturas às eleições indiretas para Presi-dente, Vice-Presidente e Governadores.

REUNIÃO

São Paulo (Sucursall — Adivulgação das exigências es-tabelecidns pelo PresidenteCastelo Branco para os candi-datos à sucessão paulista —ser revolucionário autêntico,pertencer á ARENA e ter lide-»rança política — movimentouontem os meios políticos do Es-tado, fazendo surgir declara-çóes do candidaturas e filia-ções repentinas ao Partido si-tuacionisla.

A noite, depois de diversasreuniões na Assembléia Legis-lativa e inúmeras visitas dedeputados do extinto PSP aoPalácio dos Bandeirantes, oDeputado Herbert Levi decla-rou-se candidato, atitude queserá tomada hoje também pe-lo Vice-Governadoí- Laudo Na-tel e o Sr. Gastão Vidigal.

MOVIMENTAÇÃO

Nos meios politicos paulistas,comentava-se ontem que ostrês requisitos básicos para osaspirantes ao Governo esta-dual restringiram ns posslbili-dades de escolha a pràticamen-te dois nomes, os dos Srs. Au-ro de Moura Andrade e AbreuSodré, revolucionários, mem-bros da ARENA e detentores •de relativa liderança política.Os Srs. Paulo Egídio e GastãoVidigal, embora preencham asduas primeiras exigências, são,na opinião dos políticos, de-stl-tuidos da terceira.

Quanto ao Professor Carva-lho Pinto, antes de tudo umnão-revolucionário — é con-trário ao blpartidarismo e àseleições indiretas —, sua sl-inação é agravada por não per-tencèr aos quadros do Partidodo Governo. E mesmo que ve-nha a filiar-se — no que sedepara com a resistência doSr. Arnaldo Cordeira e outros— poderá vir a ser indicadona lista tríplice, mas vetado na* escolha do único neme peloGabinete Executivo. É um ris-co que, acredita-se, o ex-Go-vernador de São Paulo não

quererá correr, devido às im-pliçações que lssó traria a seuprestígio.

O Sr. Parla Lima, simpáticoá Revolução e no MDB, que.pretenderia introduzi-lo comouma espécie de cunha naARENA, onde provavelmenteseria indicado, tem reduzidas.'¦uns possibilidades pelo fatode que. deixando vago o cargode Prefeito, seria substituídopolo Sr. Leóncio Ferraz, con-siderado, elemento anti-revolu-cionário pelo Governo federal.

A CONFIANÇA DE AURO

No Rio, o Senador Auro Mou-ra Andrade mostrou-se con-vencido de que, confirmada atranferéncia de 30 deputadosestaduais ademaristas para aARENA, será o candidato doPartido revolucionário à suces-são paulista.

Ao Ministro Costa e Silva, oSr. Moura Andrade, demons-trándó que o Governo de SãôPaulo é o seu objetivo imedia-to, comunicou ontem que abremão de sua indicação 7p a r adisputar a Vice-Presidéncia daRepública.

EGÍDIO NAO ARTICULA

Dcclarando-se favorável àseleições diretas para o cargode Governador, "p o r q u e hãmaior diálogo entre os candi-datos e o povo", o MinistroPaulo Egídio, da Indústria e doComércio, declarou-se o n t e mcandidato à sucessão paulista,mas informou que não farágestões entre os deputados are-Distas para consolidar sua can-didatura.

MEM DE SA OBSERVA

O Ministro da Justiça, Sena-dor Mem de Sá. viaja esta ma-nhã pnra São Paulo, onde per-manecerá. até segunda-feira,mantendo contatos com diver-sos setores políticos sobre a su-cessão do Governador Ademarde Barros.

PRESTIGIO

Disse o Sr. Hélio Garcia queo Sr. .Magalhães Pinto náodisputar dentro da ARENA,porque a hora "é dos quenão têm voto e o ex-Gover-nador iria macular-se com es-ta disputa".

Ainda segundo o^Sr. HélioGarcia, o pensamento já domi-nante na ex-UDN mineira, quecontinua seguindo a orienta-ção política do Sr. MagalhãesPinto é o seguinte: o ,ex-Go-vernador deveria, desistir desua candidatura porque nãoestá sendo obedecido mil crité-rio democrático de escolha.

O Deputado Mendes de Mo-rals, cumprindo missão deter-minada pelo ex-Presidente Eu-rico Dutra, solicitará hoje aoPresidente. C ae t e 1 o Branco ainclusão de nomes de ex-pes-sedistas na lista, formada para

consultas, de possíveis candi-datos á Vice-Presidéncia daRepúblicla

O cx-Presidente tem mani-fe.stado a amigos sua simpatiapelo nome do Deputado mi-neiro Ovídio de Abreu, defen-detido sempre a presença depolíticas do extinto PSD na.lista de consultas, organizadaapenas com os nomes de ex-udenistas.ARENA CARIOCA

O problema da escolha docandidato do Partido gover-nista a Vice-Presidente da Re-pública sorá. focalizado peloDeputado Nina Ribeiro nareu-nião de hoje do Gabinete Exe-cutivo da ARENA carioca, em-bóra os dirigentes partidáriosentendam que o Diretório Re-gional não deve manifestar-seantes de consultado pela dire-ção nacional. (

PAREDE proporá modificaçãodo calendário eleitoralpara tranqüilidade do País

Os nove deputados da Partido da Reforma Democrática— que só poderá registrar-se no próximo ano — vão proporao Presidente Castelo Branco a alteração do calendárioeleitoral, como a primeira de uma série de providenciasdestinadas a "desanuviar o, tenso clima político e militar,além de promover o desafogo da Chefia da Nação".

A proposta, segundo os deputados do PAREDE, possi-bilitaria ainda a organização definitiva dos Partidos poli-ticos, sob cujo. sistema, então, se processariam as eleições

_ parlamentares. Neste item está o maior interesse dos ele-' mentos do PAREDE, pois desejam evitar a opção entre assublegendas da ARENA e do MDB.

dos, tão logo sé realize a elei-ção presidencial.

Pela sugestão a ser enviadaao Presidente da República, os

¦ man d a, tos parlamentares se-riam prorrogados por dois me-ses.

— Em compensação — írisao Deputado Claudionor Macha-do — seria afastado o am-biente de constrangimento pa-ra os homens públicos, conde-nados a optar por uma dasduas únicas agremiações poli-ticas ou então ausentar-se davida política do País".

PROPOSTAA proposta do PAREDE, que

está sendo coordenada peloDeputado Claudionor Machado,contém três itens: antecipa-ção de 90 dias das eleições paraPresidente e Vice-Presidente daRepública, bem como de Go-vc-rnadores; adiamento de 60dias das eleições parlamenta-res, que seriam efetivadas em15 de janeiro, ao invés de 15de novembro; e autorização pa-ra a criação de até cinco Par-tidos políticos, como determl-na a Lei Orgânica dos Parti-

Último define eleiçãoindireta como legítima

Luta na ARENA gaúcha éentre Tarso e Peracclii

Brasíliatendendo

Os Deputados Rondon Pa-checo, Guilherme Machado ePaulo Sarasate receberam có-pias da minuta do Ato Com-plementar n.° 9 e segtmda-íei-ra, reunidos no Ministério daJustiça, cuidarão da redaçãofinal.

Em Brasília, o Sr. RondonPacheco informou que o AC-9

• manterá o processo de registro

Vetado oprojeto de

dos candidatos às eleições in-diretas perante as Mesas dasAssembléias Legislativas (oudo Congresso, na hipótese desucessão presidencial), nias es-¦tabelccerá, que a impugnaçãodessas candidaturas será feitaperante a Justiça Eleitoral,admltlndo-se o recurso, emcada caso, a partir do momen-to em que o resultado da Con-venção fôr comunicado ao Trl-bunal competente.

Oposição emMinas ataca

nacionalidade a Revolução

Parlo Alegre (Sucursal) —Os seis candidatos ao Governodo Estado, todos da AliançaRenovadora Nacional estão ho-je reduzidos a dois: os Srs.Tarso Dutra e Peracchl Barce-los, outrom integrantes domesmo Partido, o PSD e hojemüitendo em áreas 'opostas.

Enquanto o Sr. Tarso Dutrarepresente as tendências pesse-distas, o Ministro do Trabalhoencarna o espirito da oposiçãodos dias que antecederam «o31 de março de 1964.

DERROTA OU MORTE

Ambos encontram-se hojedisputando as preferências dosque serão convocados com po-deres conveu_4onais para a es-colha do sucessor do<Sr. lidoMeneghetti. Um exemplo dadisposição dos candidatos podeser encontrada na recente ati-tude do Sr. Tarso Dutra, quan-do disse que somente por trêsrazões admitia a possibilidadede não disputar a eleição; umaderrota dentro do Partido, a

suspensão do pleito ou a pró-pria morte. Até então, admitia-se nos círculos revolucionáriosdo Rio Grande do Sul a hlpó-tese de um terceiro nome, e oSr. Peracchl' Barcelos aindanão se havia lançado.

Foi a partir dal que os doiscandidatos passaram à ação.prática, percorrendo o interiordo Estado. Hoje, o divisor estánitidamente marcado e os ca-bos eleitorais desenvolvem os-tensivamente o seu trabalho.Para o Sr. Tarso Dutra, estãotrabalhando diversos secreta-rios de Estado, o que levou os

. observadores políticos à, espe-eulação de que êle poderá vira contar com o apoio do Go-vernador. Em favor do Sr. Pe-racchi Barcelos contem-se,além de cabos eleitorais, as 11-deranças' dos extintos PL eUDN e também do PRP.

_ (Sucursal) — De-" a legitimidade da

eleição indireta do futuro Pre-sidente da República, o vice-líder da ARENA, Deputado Ül-«timo de Carvalho declarou on-ontem, da Tribuna da Cámnra,que, "para se alcançar a De-mocracia plena, há um traba-lho para o qual todos estãoconvocados, desde o Chefe doGoverno no mais modesto bra-sileiro".

Ao contestar as palavras dovice-líder do MDB, Sr. JpãoHerculino, de que prefeririamorrer "a participar do crimeda eleição indireta", o Sr. Ül-timo de Carvalho acentuouque "os parlamentares têm po-deres constituintes". E acres-centoü:

Só não podemos mudar aFederação e a República.

RESPOSTA

A afirmativa de que depois daRevolução os comunistas estãose fingindo de mortos, "pelolado do Partido de lá, porquedentro da ARENA não há lu-gar nem ao menos para eles sefingirem de mortos", respon-deu o Sr. João Herculino:

Na ARENA há lugar paraos corruptos, porque no MDB

não ficaram, o Governo nãodeixaria.

Esse diálogo resultou da teseexposta pelo Sr. Ultimo deCarvalho de que o Governo sónão realiza eleições diretaspara evitar'que.o Pais volte acair nas mãos dos corruptos edos comunistas.

DEFESA DA ELEIÇÃODIRETA

Recife (Sucursal) — O líderdo MDB na Assembléia Legis-lativa, Deputado Andrade LI-ma, anunciou ontem que abancada oposicionista lutarásempre em defesa de eleiçõesdiretas e só comparecerá à ses-são em qtie será eleito futuroGovernador para fazer seuprotesto contra a eleição indi-reta, retirando-se em seguida.

A tendência da bancada doMDB pernambucano foi anun-ciada pelo Deputado AndradeLima em aparte a discurso doDeputado Geraldo Pinho Al-ves, que concitou seus colega?-parlamentares a se manifesta-rem contra o processo de es-colha do candidato da ARENA,dizendo que íoi eleita, "uma

lista dos 10 mais", sem repre-sentante da Assembléia.

Brasília (Sucursal) — Oprojeto de- lei, aprovadopelo Congresso, que reduziapara dois anos o prazo paraa aquisição da nacionalida-de brasileira . aos naturaisde paises fronteiriços aoBrasil e àqueles que houves-sem trabalhado em empre-sas brasileiras por prazoigual ou superior a doisanos, foi integralmente ve-tado pelo Presidente Caste-¦io Branco.

Justificando o seu ato,alegou o Presidente da Re-pública que o critério ,debeneficio aos naturais depaíses limítrofes ao territô-rio brasileiro é injusto, -ten-do em vista, por exemplo, asituação das pessoas nasci-das no Chile, que não é paislimítrofe com o Brasil.Anunciou, por outro lado, oMarechal Castelo Branco osplanos do Governo para re-meter em breve ao Congres-so o projeto do Estatuto dosEstrangeiros, que irá regu-lamentar definitivamente amatéria.

*t

Belo Horizonte (Sucursal) —O MDB de Minas iniciou on-tem violenta campanha contraos Governos federal e estadual,através de uma série de dis-cursos na Assembléia Legisla-tiva, que deverá continuar ama-nliá, no comício de instalaçãoda Comissão Diretora Regional/marcado para as 20 horas.

,_' Os deputados do MDB ml-'neiro, entre os. quais os Srs.

José de Castro Ferreira, JoséMaria Magalhães, João BoscoMurta Laje, Ganesco Aparecidoe Dalton Canabrava, ocuparama tribuna da Assembléia paraatacar principalmente o Go-Vêrno federal.

SEM MEDO

O primeiro orador do -4DBa ocupar a tribuna foi o Sr.João Bosco Murta Laje, queexigiu eleições diretas, atacoua política económlco-flnanceirae disse serem intocáveis os di-reitos já adquh-ldos pelos tra-balhadores.

Outros oradores, como os Srs.Jçsé de Castro, José Maria Ma-galhães e Dalton Canabrava,acusaram o Governo de entre-guista e de adotar uma políticamineral contrária aos interês-ses nacionais.

Presidente mantém o voto vinculadoBrasília (Sucursal) — O Presiden-

te Castelo Branco, confirmando asadvertências feitas pelos líderes doGoverno no Congresso, vetou parcial-mente o projeto de lei que altera aredação do Código Eleitoral, pararestaurar o sistema do voto vinculado

~

(o eleitor vota para deputado federale estadual em nomes de um mesmoPartido, obrigatoriamente) nas elei-ções diretas.

Os três dispositivos do projeto ve-tados pelo Presidente — Artigos 28,40 e 41 —.tratavam de substituir noCódigo Eleitoral todas as referênciasao voto vinculado, Inclusive nas nor-mas para o preenchimento da cédulaúnica pelo eleitor. _,

RAZÕES DO PRESIDENTE

Na justificação dos vetos, ontemencaminhada ao Congresso Nacional,

declara o Presidente Castelo Brancoem defesa do voto vinculado:

— Se os Partidos são organismosreputados, pela ordem constitucional,assim como pela opinião comum dadoutrina política, elementos essenciaisao regime democrático, o fortaleci-mento das agremiações partidárias,mediante a preservação da disciplinaentre os seus adeptos e sua melhor emais sólida arregimentação, não podesenão favorecer o aperfeiçoamento daDemocracia. É certo que as restriçõesimpostas à Faculdade de escolha doeleitor acarretam, em certa medida,cerceamento de sua liberdade politi-ca. Tais restrições, em escala menosampla, são resultantes, todavia, do

próprio sistema de Partidos, adotadoem nossa organização política, pois,não podendo ser votado senão quemconstar de 'lista apresentada pelas

instituições partidárias, o eleitor há'

de clngir-se à indicação dos nomes

que lhe tenham sido propostos. O vo-

to vinculado, restringindo a escolha,

nas eleições proporcionais, aos nomes

dos candidatos do mesmo Partido,

pertence, assim, à índole do sistema

vigorante/entre nós.

E conclui o Presidente:— A não-coincidência possível en-

tre a opinião dos eleitores * a orlen-tação dos Partidos, no qúe diz res-

peito à indicação de candidatos, nãoleva, necessariamente, a que se hajade eliminar o principio do voto parti-dário ou vinculado, mas induz, sò-mente, a que se aperfeiçoem a orga-nização e o funcionamento dos Par-tidos políticos, de maneira a estabe-lecer-se consonância entre as tendên-

cias das correntes de opinião e as de-cisões dos órgãos dirigentes.

. _.. _ --.¦.•¦•s

Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-66, 1.° Cad. — 5

TURISMO NO ZÔO

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O Sr. í/ntcns Notnroberto diz-se disposto a devolver «o ÍWo </o .{/o ính oii/ígn condição de centro de turismo

Duas mil pessoas levaramentre rosas as três irmãsmissionárias à sepultura

Mais de duas mil pessoas acompanharam ao Cerni-tério de São João Batista as três missionárias da Socie-dade Filhas do Coração de Maria, que morreram ante-ontem em acidente de automóvel, na Avenida das Ban-deiras, e íoram levadas ontem, da Capela do InstitutoSocial, em caixões brancos, rodeados por nove coroas derosas brancas e vermelhas.

A Irmã Ànhè Marte Christine Germalne Marsaud,que vivera como a "imagem da Igreja, mulher missioná-ria" segundo palavras do escrito? católico Alceu Amoro-so Lima, íoi sepultada às 11 Horas, ao lado dc suas com-panheiras de missão Irene Callou e Helena Borges, quemorreram

' no mesmo acidente.

ULTIMAS PALAVRASUma hora antes de ocorrer o

acidente que matou a IrmãArine Máfié Germalne Mar-saud. francesa naturalizadabrasileira, pertencente à UniãoInternacional das Ligas Cato-licas Femininas, com sede naHolanda e no Brasil, filiada àSociedade das Filhas do Cora-ção de Maria, ela tinha conver-sado, pelo telefone, com a D.Stella Faro, de 78 anos de ida-de e uma das cinco religiosasdo Rio de Janeiro, que solicita-ram sua vinda para o Brasil à

. Confederação Católica do Riode Janeiro. •

Dona Stella Faro, em compa-nliia de Dona Eloisa CabralWemeck, da Viúva AlmiranteSousa e Silva, de Dona Fermi-na Moreira da Fonseca c DonaCelina de Paula Machado, re-lembraram, ontem, durante amissa de corpo presente, ceie-brada pelo Padre EvaristoPoelman, na Capela do Insli-Luto Social, a convivência da29 anos com Mme. Marsaud,desde o momento em que a re-cebéram no Píer da PraçaMauá, em 1937, ao lado cio Car-

. deal Arcebispo do Rio de Ja-neiro, Dem, Sebastião Leme.

No final da conversa comDona Stella, a Irmã Marsaudcomentava sobre a idade dasduas pioneiras na implantaçãodos serviços sociais no Brasil,qua criaram escolas em todosos Estados, uma rom 78 e aoutra com 67 anos. Então toiquando a Irmã. Marsaud aíir-mou, como última frase entre-ambas: ' "Nós nos encontrare-mos na casa do Pai para ummerecido descanso".

Entre oito oradores presentesao ato de sepultamento, o Pro-íessor Alceu de Amoroso Limafalou primeiro, para fazer umapequena mostra da ação sociale religiosa da Irmã Marsaudem beneficio do Brasil, junta-mente com êle, que foi um dosfundadores masculinos do Ins-tituto Social, por ela criado,entre 15 outras escolas espa-lhadas pelo Brasil, do Ceará aoRio Grande do Sul.

Lembrou os 30 anos de convi-vio e sua obra "impessoal, portoda a parte do Brasil, ondehoje todes choram sua morte,'e alunos, mestres e companhei-ros de trabalho seguem seuexemplo repetindo com fideli-dade missionária as suas li-ções".

Mais adiante, frisou o Prof.Amoroso Lima: "Sua imagemdeixada em todo o País é a daIgreja Missionária, é o exem-pio da Igreja mulher missioná-ria, quando tratou com tantoautor a tantos, inclusive minhafilha, e nesta ocasião nós cho-ramos a sua perda, peles olhose pelo espírito".

Falaram ainda a Diretora daEscola de Serviços Sociais daUniversidade do Brasil i atualUniversidade Federal do Rio deJaneiro), D. Maria Amáíiá:Professores Milton Cordovil eMoacir Veloso: o Diretor da' Escoin de Agronomia da Uni-versiüadê Rural do Rio de Ja-xíeifq, Prof. Honório Monteiro,as professoras Helofsn Helena

dn. Silva, em nome dns mestrassuas alunas, e Araci Cardoso,Diretora do Instituto Social daPUC.

A Irtíiiã Marsaud era Direto-rn. da Escola de Educação Fa-miiiár da Universidade Rural,no quilômetro 47 da Rio-SãoPaulo. Sua residência era nolocal denominado FazendaPatioba, uma das divisões daUniversidade Rural. Todas assuas coisas c objetos que a ro-deavam serão conservados nes-sa localidade.. Esta íoi sua úl-tinia Escola criada, sendo queoutras esião espalhadas peloCeará, Pernambuco, Goiás, Es-pirito Santo, Paraná. RioGrande dó Sul, Guanabara,Estado do Rio, Bahia e outresEstados.

Os túmulos receberam os nü-meros 3 110. 3 111 e 3 112, sen-do este último o da Irmã Mar-saud. Compareceram Inúmerascongregações religiosas, inte-lectuais, militares, administra-doras, colégios, escolas, politi-cos, companheiros missionáriose alunos da Irmã Marsaud.

Novo Diretor do Zoo tomouposse ontem na Quinta e jáanunciou primeiras medidas

O aumento da área do Jardim Zoológico, atualmentecom 90 mil metros quadrados, c a reinstalação de seu res-taurante — até agora servindo de abrigo para cobras —são duas das medidas a serem discutidas já nos próximosdias pelo nóvo Diretor do Zôo, Sr. Mateus Neli Notaroberto.que assumiu ontem o cargo, em solenidade realizada naQuinta da Boa Vista.

O nóvo Diretor não se retfériu especificamente a ne-nhuma medida durante o seu discurso de posse, mas sabe-se que, alem do aumento da área do Zôo e da colocação dorestaurante em funcionamento, a primeira a ser discutidaem breve com o Diretor do. Departamento de Parques,está em pauta, em caráter urgente, o aumento do preço dosingressos, que passariam a custar Cr$ 300.

LEVANTAMENTO

Em seu discurso, o novo Di-retor do Jardim Zoológico rea-firmou que sua preocupaçãoinicial será fazer o levanta-mento da situação do Zôo, ba-seando sua conduta semprenuma colaboração estreita comtodos o.s funcionários, visando•a devolver à instituição suafunção de local turístico, de re-creação e estudo.

O aumento da área do Zôoseria realizado mediante acôr-do com o Diretor do Departa-mento de Parques e Jardins,que cederia um trecho daQuinta da Boa Vista que nãotrouxesse prejuízo para a pai-sàgém e fosse ao mesmo tom-po útil aos planos do novo Di-retor.

O Sr. Mateus Neli Nota Ro-berto afirmou, após o seu dis-curso, que todas as obras ini-ciadas pelo ex-Diretor serãoconcluídas. Outra medida aser tomada pelo nóvo Diretoré o aumento do número de ani-mais brasileiros no Zôo, con-siderado ínfimo em relação ariqueza e ã variedade da íau-na nacional,

OUTRAS PROVIDÊNCIAS

Também a construção deum compartimento destinadoexclusivamente a abrigar pin-güins e dotado de ar refrige-rado, embora não tenha sidoexaminada pelo novo Diretor,deverá concretizar-se, já que

o projeto se encontra prática-mente pronto, tendo inclusiveseu custo estipulado.

Outra providência será ado-tar o Zôo de Sâo Paulo comomodelo a ser seguido pelo doRio. que, na opinião de algu-mas autoridades, tem e sem-pre teve tudo para ser um dosmelhores do Pais. e só não oíoi até agora, justamente,

'porestar relegado a um plano se-cundário.

O nóvo Diretor é Professorde Zoologia Aplicada na Fa-culdade de Veterinária de Ni-terói, tendo trabalhado no Zôodurante três anos, na décadade 1950. Até ontem, exerceuem caráter interino a Direçãodo Zóo o Sr. Adelmar Coim-bra, cuja não efetivação nocargo causou estranheza a cer-tos círculos, já que, além deser antigo funcionário da ins-tituição, é considerado comoconhecedor profundo dos pro-blemas que a ela estão afetos.

Durante a posse do nôvo-Di-retor do Zóo, falaram tambémo Sr. Adelmar Coimbra. Che-fe do Serviço Técnico Cienti-fico do Jardim Zoológico doRio, o Sr. Danton Andrade Fi-gueira, representando o Secre-tário de Economia, o Presiden-te da Associação Brasileira deVeterinária e o Professor Do-mingos Aubês, Presidente daSociedade Brasileira de Medi-cina Veterinária.

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Departamento de Parquesretira árvores doentes epromete mais "playgrounds"

Dentro de um plano de embelezamento de parques,praças e ruas do Rio, o Departamento de Parques já re-tirou cerca de 300 das 1 700 árvores doentes que há naCidade, com o auxilio do Corpo de Bombeiros, devendoconcluir a operação até o inicio de junho.

O Diretor do Departamento, Sr. Gildo Alves Borges,promete para breve#a colocação de play-grounds novosem 21 praças e parques, ao mesmo tempo que estes lo-cais ganharão 120 bancos de madeira e 100 de concreto,que já estão sendo construídos.

Mães mortas terão missapela nona vez na igrejado Lins de Vasconcelos

Os fiéis da Paróquia do Lins voltarão a assistir, de--pois de amanhã. Dia das Mães, ã Missa da Saudade quehá nove anos vem sendo oficiada pelo padre FranciscoJosé, em homenagem às mães falecidas. A missa serárezada às 18 horas, com palestra substituindo o sermão.

Desde o ano dc 1957, quando a idéia da missa surgiude'lima. conversa do pároco com o irmão leigo Manuelde Almeida, o número de pessoas que afluem à igreja noDia das Mães vem aumentando. Já há dez mil nomes demães falecidas no Livro de Intenções. «

SIMPLES

O p-adre Francisco José in-formou que se trata de missasimples, cm que, na hora doMemento dos Mortos o Livrode Intenções é colocado sóbreo altar, encimado por umavela. i

Durante a homília o padre serefere àquelas que deixaramórfãos, pedindo a Deus pelassuas almas, porque "mesmodepois de mortas servem deguia aos nossos passos".

ELETRODOMÉSTICOS

Entregamosno mesmo dia!

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As compras feitas hoje e amanha, mesmo a prazo,serão entregues amanha mesmo!A Ultralar colocará 60 caminhões de sua frotapara atender a todos os compradorespara fazer com que o Dia das Mães seja maisalegre e completo

Continua hoje e amanhã a promoçãoque abalou a cidade!As ofertas de hoje e amanhã jamaisse repetirão!

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A Administração RegionaldeCopacabana e a ACISUL tam-bém vão comemorar, depois deamanhã, às 18h, na. Praça doLido, o Dià das Mães, com mis-sa campal que será celebradapelo Bispo Dom Valdir Calhei-i;os.

A .Sr.a Maria de Lurdes Pa-checo de Queirós, eleita Mãe doAno de Copacabana, e ft Sr."Olivia Gaberol Ferreira, a, maisantiga moradora do bairro, se-rão homenageadas após amissa.

DLU quer papéis na lata delixo para manter o Rio táolimpo como ao amanhecer

As ruas do Centro da Cidade amanhecem inteiramentelimpas todas as manhãs, mas às 9 horas já estão todassujas e há mais papel jogado ao chão, a poucos metros daslatas de coletas, do que propriamente dentro delas, pois"o brasileiro parece ser o único povo do mundo que, aoacabar de ler um jornal, o joga no meio da rua".

Estes e outros maus hábitos segundo o Diretor doDLU, Sr. Macedo Soares, exigem que o Departamento lanceuma campanha para que a população se habitue a respei-tar a limpeza de sua Cidade, o que será feito no próximoano, quando, oferecendo melhores serviços, o DLU poderáexigir e multar com maiores razões os infratores.

mo por' exemplo, multar porestacionamento proibido, antesde oferecer aos motoristas am-pias áreas de parqueamento.— O mesmo aplica-se à lim-peza da Cidade. Somente quan-do o DLU possuir, pelo menos,mais duas usinas de tratamen-to de lixo, realizar uma coletaorganizada e oferecer uma var-redura em perfeitas condições,conforme acredito ter no iniciodo próximo ano, aí então te-remos condições de aplicar vio-lentas multas.

A ARTE DE EXIGIRTenho certeza de que o Rio

de Janeiro jamais serti, uma ci-dade limpa — acrescenta o Sr.Macedo Soares — enquanto nãose lançar uma campanha vio-lenta de repressão a uma par-te considerável da populaçãoque não possui hábitos ade-quados.Mas só poderei exigirtal coisa da população, quandoder muito mais em troca. Exi-gir antes de dar é um erro, co-

O PROGRAMAÉ o seguinte o programa que

o Ministro da Marinha espa-nhola cumprirá na Guanabara:dia 9, às 9h30m, visita ao Minis-tro Araripe Macedo, quando se-rá recepcionado no Salão No-bre do Gabinete; às 10h30m,

. cerimônia militar ria estátua doAlmirante Tamandaré; às 11horas, audiência no Palácio dasLaranjeiras com o Presidenteda República: às 12 horas, ai-moço oferecido pelo Embaixa-dor da Espanha no Brasil. Nomesmo dia, às 15 horas, visitade cortesia ao Ministro Costa

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Ministro da Marinha daEspanha chega no domingoe fica três dias lio Brasil

Para uma visita oficial de três dias ao Brasil, chegaráàs 21h20m de amanhã ao Rio de Janeiro o Ministro, daMarinha da Espanha, Almirante Pedro Nieto Antunez, queatende a convite do Ministro da Marinha, Almirante Ara-ripe Macedo.

O Ministro da Marinha espanhola, que retornará aoseu pais no próximo dia 11 de maio, cumprirá no Brasilum extenso programa de visitas, e será recebido pelo Pre-sidente Castelo Branco, no Palácio das Laranjeiras.

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OS PLAY GROUNDS

Os 21 novos parques e praçasa possuírem play-gronds, se-gundo o Diretor do Departa-mento de ParqUes, são os se-guintes: Parque Guinle, ondeserão retirados os danificados,para serem trocados por novos;Parque Vila Isabel, Campo deSão Cristóvão e as praças Ber-nadeli, no Lido; Tamandaré,em Botafogo; Cardeal ArcoVerde, em Copacabana; Mar-

quês de Erval, em Santa Cruz;Antero de Quental, Leblon; No-bel, Gra jau; Xavier de Brito,Tijuca; Saenz Pena: N. S. daPaz, em Ipanema; Antônio Vi-zeu, no Alto da Boa Vista: DelVecchio, Rio Comprido; Barãoda Taquara, em Jacarepaguá;do Trabalhador, em Bangu;Ana Gonzaga, em Sepetiba e;Estocolmo, em Bangu, além dosJardins de Alá da Praia deBotafogo e do Méier.

Assembléia Fiscalizaçãoorganizaseu quadro

A Assembléia Legislativa vo-tara na próxima semana o pro-jeto de resolução da Mesa Dl-retora que organiza o seu qua-dro de funcionários, tendo re-cebido ontem dezenas de cmen-cias que irão à publicação e se-rão discutidas e votadas a par-tir de tèrça-íeira.

A Assembléia terá de vo'.aro projeto nn próxima semanapois, de acordo com a Consti-tuição do Estado, fica impedi-da de votar matéria referentea pessoal 180 dias antes daseleições.

quer retirarcarrocinhas

As carrocinhas, triciclos ecaixas térmicas empregadasna venda ambulante de pes-cado e miúdo de reses têmum prazo até hoje para se-rem retiradas das ruas porseus donos, pois do contra-rio, segundo determinaçõesbaixadas ontem pelo Diretordo Departamento de Fisca-lização, Sr. Luís Marciano deCarvalho, o Governo usaráde força policial para fazercumprir suas ordens.

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o melhor você faz é com¦_W trm I II \|MmmT _^ I -i ^*UÜÜ kIH» II fcE§n_L Bllll _M1I« &\ -'^Jv7íl _m$m •¦-íIV«re-V^^Hf wmm vv|\^«11 411 111 x."DIGA SIGA"preferido há mais de 200 anos na Inglaterra e há riiais de 30 no Brasil!

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e Silva; às lõh.âni ao Minis-tro Eduardo Gomes; às'16h30mao Governador Negrão de Li-ma; e às 20 horas, comparece-rá à recepção a ser oferecidaem sua homenagem, no SalãoNobre do Gabinete do Minis-tro da Marinha.

No dia 10, às 10 horas, o Ml«nistro espanhol visitará ás ins-talações do Centro de AdestTa-mento Almirante Marque»Leão; às 12h30m, será nome-nageado com um almoço noMiramar Palace Hotel; e às19h30m, oferecerá uma recep-ção na Embaixada da Espanha.

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Cartasciosleitores

JORNAL DO BRASIL COISAS DA POLÍTICA

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«j. O Sr. Ericarlos Vidal Gui-marães diz que, por causa deuma ordem do Diretor deTrânsito, proibindo parada deônibus Interestaduais na Ave-nida Brasil, de madrugada não 'há transporte naquela rodovia,o que obriga a longas caminha-das os que vão cedo para o tra-balho ou chegam tarde dele."Não acha, General Delarei,que essa proibição é repugnan-te, desumana e ilegal?";j_ O ex-empregado da Panairdo Brasil, Sr. , Jorge Bentes,afirma'que "cada dia-que'.ias- ,ce é um novo dia deesperah-ça para os antigos funcionáriosda Panair, que aguardam a vi-tória dos seus direitos." O Sr.Bentes apoia a destituição, dosindico da massa falida e de-monstra sua preocupação a res-peito do desgaste do materialparado e arrendado, o que ain-da trará prejuízo aos funcio-nários "os maiores credores nafalência".;_; Dona Henriqueta Palha,enfermeira aposentada, tececonsiderações a respeito dè no-tícias procedentes dos EstadosUnidos, que anunciam a pro-vável cura do câncer. "Maiscedo ou mais tarde os cientls-tas descobrirão que o câncerestá relacionado exclusivamen-te com a alimentação humana.Fatores cancerígenos, como de-rivados de petróleo, radioatlvl-dade etc, não nos atingiram6e não estivéssemos predispôs-tos à doença. Dona Henrique-ta enumera o que • considera"aberrações alimentares": en-latados, comida excessivamentequente, alimentos multo cozi-dos. mastigação deficiente e cx-cessos no comer. "As teoriasnão interessam, falharam tó-das. A prática — e eu estudeialimentação humana durante35 anos — mostra que a causado câncer só pode estar no queo homem come e como èle ofaz".í|í O- Sr. Francisco Barreto,de Aracaju, escreve reclaman-do o estado da-Rio-Bahia, notrecho que se segue a Jequié."Creio que foram as últimaschuvas, pois em janeiro estavatudo bem. Sendo estrada quepermite altas velocidades, umpequeno buraco pode produzirum desastre de gravíssimasproporções".$: O 1.° Secretário da Assem-bléia Legislativa do Amazonas,Sr.; Isaac de Oliveira Sabbá,envia cópia autêntica do reque-íimento formulado pelo Depu-tadó José Francisco da Gama eSilva, que consignou voto delouvor e congratulações aoJORNAL DO BRASIL notranscurso do seu 75." aniversá-rio.

$z O Sr, Paulo Gomes Jar-dim protesta contra a apréen-,são de carteiras de motoristaspor motivos banais.-pelo Ser-viço de Trânsito, o que temsido causa de exploração e su-bòrno em benefício de algunsde seus agentes. O Sr. Jardimdirigia sua lambreta pela RuaCândido Benício quando o PVn.° 4 017, de nome Jorge, obri-gou-o a parar para fiscaliza-ção. Encontrando os papéis émordem, o guarda apreendeu acarteira alegando falta detransferência do recibo, o quenão procedia, pois o Sr. Jar-dim apresentou o recibo decompra da lambreta. "Não soucontra a fiscalização do trân-sito — explica o leitor — massou contra a apreensão de car-terras por motivo banal, o quedeve ser substituído por adver-têncla ou multa, de acordo coma lei. (...) Uma vez apreen-dido o documento, está abertoo caminho para o achaque" —conclui o Sr.. Paulo GomesJardim.«jj O Sr. Sérvulo Batista pedea atenção das autoridades res-ponsáveis para o calçamentoda Rua Leopoídina Rego, emfrente à estação de Ramos."Em várias partes o asfalto jádesapareceu, deixando ver osparalelepipedos, que saltam aoImpacto dos pneus, aumentan-do os buracos è lançando ver-dadelros petardos em direçãoas calçadas". Afirma o leitorque essa situação1^ não se temalterado nos últimos dois me^ses, , "graças à insensibilidadedo Departamento de Obras doEstado, que não toma conhe-cimento das crateras daquelarua, dia a dia mais numero-sas."

jj» D. Lidia T. Barcelos escre-ve criticando os programas detelevisão do chamado "hora-rio nobre". "De nobre, o hora-' rio só tem o nome. É o mes- ,mo. amontoado de mau gosto,grosseria e ¦ charlatanlce publi-citaria dos outros horários e detodas; as emissoras dé televisãodo Rio.** D. Lídia só. aceita osfilmes policiais, "sempre, bons." '

;|e O Sr. Roberto Assunção deCastro protesta contra a

falta de policiamento da PraçaAntero de Oitenta! no Leblon."Os que chegam tarde em casa,por dever profissional, como émeu caso, náo têm coragem deatravessar a praça, tal a quan- 'tidade de desocupados, de mácatadura, que se juntam emgrupos nos locais menos :ilu-minados. Não há sinal de po-liciamento em redor. Um dosmeus vizinhos anda agora ar-mado e me aconselhou que fi-zesse.o mesmo". Afirma o Sr.Assunção de Castro que o pro-blema é de todo o bairro,, ondeé difícil ver a tradicional duplados Cosme e Damião.

Dlretor-Pr.sidonto:C. Pereira Carneiro

Rio, 6 do maio do 1966Diretores:

M. F. do Nascimento Brito e Celso dc Souza c SilvaEdltor-Chefe:Alberto Dines

DesnacionalizaçãoPoucas questões são objeto de tão meiro tipo de concorrência as nações de

acirrados debates nos países subdesenvol-Vidos quanto a do capital estrangeiro. Asopiniões se dividem entre os que ° júlgaiuindispensável e os que o condenam como

principal instrumento utilizado, por gru-

pos alienígenas, para suas conquistas

indústria nascente defenderam-se eficiên-temente através de tarifas aduaneiras queencareciam o similar estrangeiro tornan-do o nacional competitivo. Obviamentetais medidas não têm eficácia contra o es-tabelecimento de firmas estrangeiras Mo

econômicas. No Brasil, a política do Go- país. Outras formas de amparo ao empre-

vêrno Revolucionário sobre o assunto toi>nou-se, recentemente, objeto de violentosataques, nos quais se procura demonstrar

que ela entra em conflito com os inte-rêsses do país e do seu desenvolvimento.

Quando o Governo Revolucionárioassumiu o poder, em abril de. 1964, eu-controu os investimentos estrangeiros re-

guiados de forma altamente restritiva. ALei 4131 de setembro de 1962 èstabele-,cia que a remessa de lucros não podia ul-strapassar 10% do valor dos investimen-tos, independentemente dc qualquer di-ficuldade cambial. Esse tipo de restrição

praticamente desconhecido em outras par-les do mundo, significava o fechamento*de nossas portas à contribuição externa.

O Governo Revolucionário ao elimi-nar o teto à remessa de lucros agiu, pois,acertadamente e consoante os interessesdo "País.

Antes do surto industrial, o capitalalienígena podia entrar em quantidadesindefinidas visto que nossa economia, to-talmente voltada para o exterior, geravaautomaticamente as cambiais necessárias asua remuneração e retorno. Presentemen-te, o fato de que nosso dinamismo se ba-seia numa industrialização orientada parafornecimento do mercado interno cria li-mites rígidos à contribuição estrangeiradada nossa restrita disponibilidade cam-bial, para remunerar e reembolsar invés-timentos e financiamentos externos. Nessesentido lembraríamos que, em 1953-1954,a Comissão Mista Brasil-Estados Unidosnão aprovou projetos até o montante de500 milhões de dólares, conforme inicial-mente previsto, porque julgou nossas dis-

ponibilidades cambiais insuficientes paraamortizar os empréstimos requeridos nadata pré-estabelecida. Da mesma forma osfinanciamentos externos obtidos entre1956 e 1961 nos colocaram em sérias di-

ficuldades de balanço de pagamentos,

sário nacional deveriam ser encontradas.

Esse novo tipo de concorência se ré-velou tão eficiente que a França, país tra-dicionalmçnte industrial, julgou necessá-rio adotar uma série de medidas defensi-vas contra a invasão de firmas estrangei-ras. Entre elas temos a colocação de em-

pecilhos à compra de indústrias locais porgrupos alienígenas, a" promoção de fusõesde empresas nacionais nos setores mais

particularmente ameaçados etc. No Brasilo PAEG tratou expressamente do proble-ma quando no capítulo relativo ao merca-

do de capitais reconheceu a necessidade

de colocar o empresário nacional "em con-

clições de competição com os empresários

estrangeiros". Na prática, porém, poucoou nada fêz nesse sentido. A Lei 4 728 de

julho de 1965 coloca certas restrições ao

acesso de grupos estrangeiros ao merca-

do de capitais. Estas só valem, porém,

quando ocorrerem dificuldades cambiais.

O problema, que se procura resolver é,

pois, obviamente, o do balanço de paga-mentos. A despreocupação do Governo

brasileiro com medidas práticas cbegou a

tal ponto que algumas de suas iniciativas

vêm contribuindo para colocar o empre-

sário brasileiro em posição de inferiori-

dade relativamente ao estrangeiro, ou se-

ja, na situação oposta daquela que se con-

siderou teoricamente recomendável. Sem

dúvida, não existe da parle do Governo

brasileiro nenhum desejo de discriminar

contra o empresário nacional. O simples

fato, porém;, de que não tenha atentado

para corolários menos desejáveis de certas

medidas de política econômica é extrema-

mente grave. A esse respeito o caso mais

notório é o dos sicaps e da Instrução

289 da SUMOC, que subiram, no ano pas-sado, a cerca de 300 milhões de dólares

ou 482 bilhões de cruzeiros. Tais opera-

cões, que certamente não eram reclama-

apenas resolvidas pelo reescalonamento das por pressões inelutáveis do balanço de

das amortizações. A conclusão lógica dessa pagamentos, levaram a que as empresas

análise é de que se deve criar um clima estrangeiras, seiis principais beneficiários,

favorável à entrada de capitais sem, con- desfrutassem de crédito fácil e barato no

tudo, pretender que lhes caiba o ôims justo momento em que as brasileiras, como

principal da eliminação do nosso atraso conseqüência da política antiinflacionária,

econômico. Seria, portanto, erro relaxar tinham-no escasso e caro. O que isso sig-

o esforço interno na esperança de uma so- nificou cm termos de "desnacionalização'

lução milagrosa vinda dó exterior, bem jdispensa comentários.

.como cumular os investidores alienígenas jj_m SUma, mesmo deixando-se de lado

de favores e vantagens qüe só se justifica- os exageros e demagogia, com que vem

^riam se nosso desenvolvimento dependesse gendo tratado o assunto, é inegável quedeles de forma principal e não subsidiária. n_%0 !,£ no pafs um amparo sistemático ao

ÍSà luz das premissas acima colocadas empresariado nacional. Ora, nossa indús-

que se deve examinar o problema da "des- tria, e estamos pensando naquelas unida-

des eficientes e bem administradas, não

pode sem apoio .concorrer com empresasalienígenas que dispõem de abundantesrecursos financeiros, tecnologia própria,

nacionalização", atual cavalo de batalhados adversários da política econômica ofi-ciai. O fenômeno da "desnacionalização"

se acha estreitamente ligado à entrada decapitais estrangeiros. Sem negar esse fato _ larga experiência. Não nos cabe discri-

gostaríamos, todavia, de assinalar que es-tamos diante de um corolário da concor-rência de indústrias em escala internado-nal. Recapitulemos.

Até duas ou três décadas atrás, quan-do uma empresa industrial desejava abrirmercado em outro país, procurava neleintroduzir seus produtos nomeando re-

presentantes, desenvolvendo c a m p a n h a

publicitária etc. Hoje a conquista de no-vos mercados é feita pela criação de uni-dades produtivas completas dentro dasfronteiras do país visado. Contra o pri-

minar as medidas a serem adotadas paraque o empresário nacional fique, na ex-

pressão do PAEG, "em condições de com-

petição com o empresário estrangeiro".Já existe uma experiência internacionalsobre O assunto e o Governo brasileiro nãoestá impedido de encontrar fórmulas no-vas mais adaptadas às condições locais. O

•importante é corrigir, quanto antes, asdistorções da política adotada. E nesse sen-lido o reexame da Instrução 289 e dos_>sivaps poderia ser um primeiro passode grande importância. **¦

0 Ministro da Guerra ea autoridade de Castelo1

• Algumas informaçõesseguras, colhidas em fon-'tes

diferentes quanto àcolocação mas iguais naidoneidade e categoria,permitem-nos dar ao lei-tor um quadro das inten- ¦ções ão Ministro da Guer-ra em relação a certosproblemas políticos susci-tados pelo áesãobramen-to do processo sucessório.

Diante desses proble-mas, em seu conjunto, daquestão da Vice-Presi-ãência à questão ão do- .micílio eleitoral, manifes-ta o General Costa e Sil-va a preocupação ãe seconduzir de modo a res-guardar o prestígio e aliderança política do Pre-sidente ãa República. De

, pleno acordo com a tesesustentada pelo Chance-ler Juraci Magalhães, oMinistro da Guerra en-tende do seu dever, namedida mesmo que seafirme como candidatopresidencial, contribuirpara a preservação, o re-conhecimento geral e **_*reforçamento ãa axdori-dade ão Marechal Caste-

. lo Branco até o ultimoãia de seu manâato.

O fenômeno ão âeclí-nio ãa autoridade presi-dencial, provocado portrises que fossem inten-cionalmente deflagradasquer no campo civil querno militar, não afetariaapenas ao Marechal Cas-telo. É convicção declara-ãa do General Costa eSilva que esse fenômenoatingiria muito menos aoPresidente que ao siste-ma revolucionário ãe queêle é e continuará a sero condutor, enquanto nãofôr normalmente substi-tuião na chefia.

Essa convicção impli.ca obediência à liderançapolítica ão Presidente daRepública, explicando-seassim, sintèticamente, ocomportamento do Mi-' nistro da Guerra nas vá-rias fases ãe implantação

áe sua candidatura pre-siãencial e, agora, em fa-ce de alguns problemasmenores que estão sen-do suscitados à margemdela.

A Vice-PresidênciaPor isso desconheceu o

Ministro da Guerra os es-tímulos quê lhe foram le-vaãos por algumas figu-ras políticas, no sentidode que resistisse à ten-dência do Presidente ãaRepilblica para influirdecisivamente na escolhaão seu companheiro dechapa.

Quando se evidencioua preferência presiden-ciai pelo nome do Sr. Pe-dro Aleixo, o Gen. Costae Silva ponderou a umadessas figuras que não ti-nha razões para se oporà escolha — se confirma-da — de um dos homensmais ilustres do cenáriopolítico nacional, alémdisso vinculado ãe modoinequívoco ao pensamen-to dos líderes militaresda Revolução, e a quemo Ministro ãa Guerra áe-via algumas palavras cia-ras ãe compreensão, apa-recidas na imprensa nomomento em que algunsagentes políticos traba-lhavam ostensivamente(e quase vitoriosamente)para tornar sua canãiãa-tura presidencial incom-patível com a posição doMarechal Castelo.

Lembrou ainda o Ge-neral Costa e Silva queêle próprio incluíra o no-me ão Ministro ãa Edu-cação numa pequena re-lação sugerida ao Presi-dente da República, naqual figuravam os Srs.Etelvino Lins, GustavoCapanema, João Calmon,Auro Moura Andrade eMagalhães Pinto.

O domicílio

Sobre o domicilio elei-toral, o General Costa e

Silva não desamparou oGeneral Kruel, chegandoa falar ao Marechal Cas-telo, estimulando em ãa-do momento a apresen- .tação de uma emendaconstitucional através ãoDeputado Tarso Dutra e,por fim, reconhecendo depúblico, como militar,que a exigência era in-justa e discriminatória.

Estando, porém, essaexigência inscrita entreas regras fixadas no AtoInstitucional n.° 3, en-tende êle que, como Mi-nistro da Guerra e comocanãiãato à Presidência,não lhe cabe outro pro-ceáimento senão acatara aplicação desse instru-mento, do qual é o Ma-' rechal Castelo Branco oexecutor fiel. Criar umconflito com a autorida-de presidencial em tornoãe tal problema seria lu-tar pelos elementos aces-sórios do processo da su-cessão, em prejuízo doprincipal, que é mantera normalidade desse pro-cesso e, através dele, acontinuidade pacífica dosistema revolucionário,no qual está integrado oComandante do II Exér-cito.

A eleição indireta

Parcialmente publica-da na imprensa brasilei-ra, restaura-se a opiniãodo Ministro da Guerra,emitida perante jornalis-tas estrangeiros, sobre aeleição presidencial dês-te ano: a eleição direta éo ideal como processo ãeescolha democrática e oBrasil deverá restabele-cê-la mais adiante; naatual conjuntura, entre-tanto, a eleição indiretaera a única solução ca-paz ãe dar à Revoluçãode 1964 a segurança ãecontinuidade, sem pre-juízo do princípio da ro-tativiãade ão Poder.

A revolução decrépitaTristão de Athayde

O número de 15 deabril do Time é dedicadoa Londres, como Capitaluniversal da década queestamos vivendo, depoisde Viena, Paris, Berlim,Roma, Nova Iorque, queocuparam esse posto emdécadas anteriores donosso século. Nessa es-plèndida reportagem, oque marca hojtf o sinalcaracterístico da velhaCapital inglesa, depois deter sido condenada adesaparecer do mapa pe-Ias Ververfungswaffen deHitler, — é o triunfo qua-se total da n\ocidade.Youth is the word andthe ãeed in Lonâon. NoLondres de 1966, a moci-dade é o verbo e a ação.Os teenagers tomaramconta da Cidade. Nãoapenas por bem, sem dú-'vida. Há no Londres de1966, na palavra dessaesplêndida reportagem, bmelhor e também o pior,como bem estamos vendono processo do incrívelcasal de sádicos, que ex-cede em monstruosidadetudo o que a imaginaçãode um Hoffmann, de umPoe, de um João PauloRichter pudesse imagi-nar. E aliás as criançase os moços é que são suasvítimas. Mas há, tam-bém, um v.erdor, umapresença, um calor de ju-ventude, em vias de ope-rar jama autêntica blooã-lesssrevolution, como dizo editorialista, uma revo-lução incruenta. E so-bretudo uma revoluçãoprimaveril.

Pois bem, na hora em

que vemos a mocidadeda velha Inglaterra to-mar conta das ruas, dosteatros, dos cafés, dos sa-lões e sobretudo das es-,colas e eleger seu primei-ro ministro de menos de50 anos, que eles chamampor camaradagem degooã olá arolã, que as-sistimos nós, há doisanos, neste.nosso jovemBrasil?

Vemos a mocidade mar-ginalizada, por uma re-volução que se fêz sem oseu apoio e sem o seu co-nhecimento, tramada nosgabinetes e nos quartéispela velha geração, semque ela fosse consultada.Vemos a mocidade man-tida à distância por sus-peita de infiltração co-munista, de convicçõesmarxistas, de propósitossubversivos, sem poderreunir-se livremente, sempoder manifestar-se sin-ceramente, cercada depoliciais armados de me-tralhadoras quando pro-movem qualquer mani-festação coletiva. Vemosos jornais estudantis im-pedidos de circular e ve-mos estudantes católicos

. e mesmo moças, recolhi-dos ao xadrez, em S. Pau-lo, em Belo Horizonte, noRecife, em Porto Alegre,onde quer que façamqualquer demonstraçãode protesto. Vemos su-cederem-se os Ministrosda Educação sem que sefaça a tão apregoadaaproximação com os mo-ços. Vemos o próprioPresidente da Repúblicadeclarar que toda essa

agitação entre os estu-dantes é "fomentada pe-los comunistas". E por-tanto é artificial, é exó-tica, é insincera. E comisso demonstrando quenem êle está vendo a evi-dência, isto é, que háuma mentalidade novanas novas gerações, quetem de manifestar-se,que tem de ser ouvida, eque não é conseqüênciade qualquer manejo co-munista ou fascista, na-cional ou estrangeiro,mâs fruto de uma atmos-fera. nova, que banha omundo inteiro e que seestá manifestando até naCidade do conservadoris-mo mais tradicional, naCidade do Establishment,da conservadora e mo-ná;-quica Inglaterra!

Esse é o mais triste es-'petáculo, talvez, de nós-sa atualidade nacional.Sempre achei que o erroda minha geração foi oenvelhecimento prematu-ro. Não tivemos mocida-de em tempo e fomos for-çados a viver, ao arrepioda corrente, para ser mo-ços em velhos já que nãoo fomos em moços. Eagora o que vemos é umanova geração, ciue querser moça, silenciada peloterrorismo inconfessadoem vez de ser estimuladapor uma "revolução in-cruenta". E enquantouma nacionalidade de-crépita, como a inglesa,faz uma revolução juve-nil, uma nacionalidadejuvenil, como a nossa, fazuma revolução decré-pita...

Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-66, l.o Cad. — 7

Nei explica no Simpósio JB a baixa

produtividade das populações ruraisO Ministro da Agricultura, Sr, Nei

Brnga, disse ontem, no Simpósio que oJORNAL DO BRASIL promove na, IVFeira de Utensilios e Serviços de Escri-tório, que a política desinílncionúrin. obri-ga o Governo a manter os níveis de ren-da dos produtores, embora a baixa pro-dutivldade dos homens do campo se de-va à pouca recompensa que têm por seutrabalho.

O Ministro explicou que o Governo'•segue um caminho certo, cónscio de quea chave do problema está nos preços ini-jiimos compensadores, credito e asslstên-cia fáceis aos produtores", mas "enquan-to o principal objetivo da política finan-ceira fôr debelar a inflação, não será. pos-sível dar-lhes ponderáveis aumentos emsua, renda real, sem transferi-los aosconsumidores".

CONCEITTJAÇAO

O Sr. Nei Braga iniciou a sua confe-rência, O lUinistcrio da Agricultura e aIniciativa Privada, explicando o concei-to de iniciativa privada e ns atribuições

.específicas da sua Pasta, após o que apon-tou a doutrina social cristã como "a quemais se adapta ft, realidade do mundo dehoje e a única, que cobre t#dos os as-pectos das relações entre o Ministérioda Agricultura o a iniciativa privada".

Em seguida, destacou que o proble-ma básico do campo é educacional, ex-plioando que a questão envolve desde for-inação e estímulo de técnicos altamenteespecializados e de administradores, atéos planejadores globais:Sem que este problema seja devi-damente estudado e equacionado, tudo oque fizermos no setor agrícola eqüivaleriaa tentar levantar um edifício sem cuidarantes do lançar-lhe a.s fundações.

ANALISE

Passou, então, â análise do setor agri-cola, dizendo que "em nenhum outro se-tor a iniciativa privada ocupa posiçãoproporcionalmente mais importante, e tal-vez seja onde está menos organizada,principalmente por falta de estímulo doPoder público".Por sua própria origem histórica— disse o Ministro — a agricultura bra-fiileira apresenta-se hoje, em muitos se-tóres, com baixos níveis de produtividade.Seu dinamismo sempre dependeu de es-tiinulos externos, fora do seu controle,À medida que o País cresceu, o mercadointerno foi-se desenvolvendo, quer pelosimples aumento demográfico, quer peloenriquecimento das populações urbanas,foi a mesma velha agricultura, herançade quatro séculos, que assumiu a funçãode abastecê-lo em suas crescentes e va-riadas necessidades.

Explicou o Sr.Jtfel Braga que "a rea-ção do poder público, à medida que as.tensões cresciam, pautou-se no passado.As soluções procuradas, caracterizadaspela ineficácia, não passaram de merospaliativos ou de tentativas de curar o malpelo combate aos sintomas mais visíveis,através de efeito momentâneo, que agra-varam profundamente o futuro, que é odia presente".

Quando a situação chegou a umponto realmente critico, elas passaram aser apresentadas em .termos demagógi-cos, Incompatíveis com os processos po-líticos e com as nossas tradições cristãse democráticas. Essa a situação encon-trada pela Revolução.

MISSÃO DO CAMPO

Depois de citar o discurso no qual oPresidente Castelo Branco disse que osetor agrícola tem o tríplice papel dealimentar uma população crescente, defornecer as matérias-primas á indústria,e do conseguir, pela exportação, as dl-visas que o País exigirá sempre, o Sr.Nei Braga somou "mais duas tarefas deigual importância: a de liberar crescen-tes contingentes de mão-de-obra para osdemais setores e a de ser cada vez maisum dos grandes mercados internos paraa produção nacional".

Ressaltou que, na sua opinião, o meiorural brasileiro tem condições para exe-cutar todas as tarefas, desde que a ngri-cultura e a pecuária sejam estimuladas.E explicou:

A variável estratégica no planeja-mento e na execução de uma. política doestímulo aos produtores agropecuários éa sua remuneração. A tendência até hápouco verificada no Brasil vinha sendodesfavorável aos agricultores, que vinhamrecebendo cada vez proporcionalmentemenos por seu trabalho. Quais os resul-tados? Desestímulo « redução gradativada capacidade de investir. E isso fêz comque o setor agrícola chegasse à metadeda década de 60 com baixíssimos índicesde produtividade.

MAIOR PRODUTIVIDADE

Em seguido, disse o Ministro que"três fatores condicionam o aumento daprodutividade do campo: a utilização donovas e melhores espécies de vegetais ouanimais; o uso de fertilizantes, c a me-canlzação.

Poderíamos alinhar dados que de-monstram o atraso de nossa agricultura,causado pela incapacidade de investir quoo setor apresenta, incapacidade causa-da por uma baixa renda, esta por suavez decorrente dos preços baixos e pro-porcionalmente decrescentes que os agri-cultores recebem.

O Sr, Nei Braga acrescentou que "se-ria fácil chegar à. conclusão simplista deque ob agricultores precisam recebermais, mas uma política de defesa dospreços ao produtor precisa levar em con-ta as reações do mercado, suas ca paci-dades de compra. Precisamos encontrar afórmula que nos permita aumentar a ca-pneidade do inversão 6 de consumo dosagricultores sem reduzir a. dos consumi-dores urbanos".

Essa a chave do problema: preçosmínimos compensadores, crédito c assis-tência fáceis para os produtores, visandocondições de aumento de produtividade.O Governo da Revolução, consciente daurgência da problemática agrícola, lan-,çou-se, desde o início, na direção cor-reta,

TRABALHO DA REVOLUÇÃO

O Ministro íêz em seguida um rela-to sobre o que já foi feito pelo Govêr-no nestes 24 meses, em cada um dos prin-cipais campos de ação do poder públicosobre a economia agrária, e explicou:

Enquanto as medidas destinadasa dar eficiência ao setor intermediárionão tiverem ainda produzido seus resul-tados, e enquanto o principal objetivo dapolítica financeira fôr debelar a infla-ção, não será possível, logicamente, daraos produtores aumentos ponderáveis emsua renda real, sem transferir esses au-mentos para os consumidores, que fica-riam com seu poder de compra reduzi-do. Em face dessa realidade, ainda vi-gorante, mas que em breve tenderá adesaparecer, a política governamental setem concentrado na manutenção dos ní-veis de renda dos produtores, enquantoprocura meios de apoiá-los e assisti-lospor outros métodos.

BONS RESULTADOS

Em seguida o Ministro ressaltou quea nova política de crédito rural ("novaslinhas de crédito foram abertas, as taxasde juros dos empréstimos agrícolas re-duzidas, e as aplicações amDliadas"), amodernização do setor intermediário —"que vai obtendo os primeiros resulta-dos" — a reforma tributária, e o au-mento de fertilizantes têm apresentadobons resultados.

Terminando, o Sr. Nei Braga íêz umrelato da atuação do seu Ministério, "pre-sente em todos os campos da atividadeagropecuária", e disse:

Tôda a ação governamental sobreo campo deve visar, cm primeiro lugar,o melhoramento das condições de vidadas populações rurais. Temos uma con-tribuição a dar. Precisamos dinnmizar emodernizar a agricultura brasileira, nãoapenas para nós mesmos, mas para omundo.

Bernard aponta razões do atraso do campoO Vice-Diretor Executivo do.JORNAL

DO BRASIL, Sr. Barnard Campos, apre-sentando o Ministro Nei Bragá~aos par-ticipantes do Simpósio JB, apontou o cs-forço para a afirmação industrial comoresponsável por "um atraso incalculávelem matéria de agricultura".

O Sr. Bernard Campos explicou que oBrasil "teve uma legislação trabalhistaanterior ao advento da classe operária,mas não foi capaz de estender a prote-ção nem ao trabalhador nem ao produ-tor rural".

INTEGRA

É o seguinte, na íntegra, o discursoproferido ontem pelo Vice-Diretor do JB:

• "Senhores:A convicção de que o Brasil era um

país essencialmente agrícola foi a respon-sável por um sentimento oposto, que noslevou a uma ânsia industrializadora pelaqual procuramos subestimar, por um me-canismo de compensação, as possibilida-des agrárias.

A partir da Segunda Guerra Mundial,quando se abriu para nosso País um non-zonte de possibilidades industriais, osbrasileiros começaram a sucumbir a umsentimento de vergonha pela estruturapredominantemente agrária de nossa eco-nomia. Jogava-se sobre a agricultura tôdaa responsabilidade pelo atraso econômicodo Pais e todos, principalmente os maismoços, renegavam a tradição rural, parase identificarem com a miragem do pro-gresso representado na imagem exclusivada indústria".ílRRO

"Passamos de Pais essencialmenteagrícola a País em desenvolvimento in-dustrial. E o esforço para a afirmaçãoindustrial nos custou um atraso incal-culável em matéria de agricultura. O Bra-sil teve uma legislação trabalhista ante-rior ao advento da classe operária, masnão foi capaz de estender a proteção aotrabalhador nem ao produtor rural. A fi-gura paternalista de Getúlio Vargas cui-dou de. proteger a um só tempo o íutu-ro industrial e o futuro operário, o pri-meiro com facilidades dadas pelo Estadoe o segundo com a oferta de uma justiçasoical mais aparente do que real, masnão deu à agricultura os créditos para asua modernização, nem ao trabalhadorrural a condição mínima para a sobrevi-vencia em termos econômicos.

Ainda está fcpr ser desvendado o enig-ma da figura carismática de Vargas, que,sendo proprietário de terra, se empenhoucoin exclusividade em modelar uma eco-nomia industrial.

fi nesta dicotomla inexplicável queestá a vertente de alguns problemas que.afligem iioje a população, cujo abasteci-mento de gêneros e produtos agropecuá-rios apresentam aspectos dramáticos epessimistas. Torna-se incompreensívelpara o homem da rua que um pais dota-do de espantosa perspectiva de progres-so industrial, já provada numa inflaçãogalopante e na desinflação em etapa fi-nal, ainda se veja a braços com proble-mas de produção agrária.*'

ESTAGNAÇÃO

"Na verdade, a agricultura brasilel-ra permaneceu num estágio insuficientepara atender às necessidades do País,cuja população aumenta em números im-pressionantes, Os governantes tinhamvergonha de canalizar os" recursos públl-cos para as atividades agropecuárias. Eno entanto o domínio político doPaís continuava a repousar na maioriado colégio eleitoral do País, que é a zonarural onde a figura do coronel e a do-cilidade das massas humanas se combi-nam para a manutenção de um esquemade domínio claro e irrecusável.

A fase final da inflação, propulsorado conturbado processo político dos anos62 e 63, atingiu frontalmente a estruturaagrária do País com as sementes da agi-tação subversiva. O movimento de 31 domarço de 64, reunindo opinião pública aForças Armadas na mesma determinaçãode defender o regime democrático, Impôsuma composição política que alterou pro-fundamente a correlação de forças tra-dicionais."

A REVOLUÇÃO

"Iniciou-se um Governo com a res-ponsabilidade de renovar as estruturassem violentar os direitos, pois esse é oúnico cainlnho realmente democráticocapaz de aparelhar o Brasil para o .de-«envolvimento econômico, Embora a re-cuperação financeira tenha sido prolon-gada no tempo, em decorrência do cri-tério gradualista que estabeleceu etapaspara o saneamento monetário, e em con-

seqüência o desenvolvimento tenha sidoretardado, apesar da unanimidade em re-conhecê-lo como esforço prioritário, ofato Irrecusável é que a Revolução signi-ficou um avanço no tratamento dispensa-do_ à agricultura. O Governo perdeu omedo de dispensar cuidados e atenção aoprodutor rural.

Os números que representam as atl-vidades econômicas do ano passadoacusam um aumento de volume auspi-cioso na produção rural. E por mais quehaja vozes Interessadas em proclamar osfenômenos de ordem natural como a cau-sa dessa produção, ninguém pode desço-nhecer a política realista iniciada peloGoverno que levou o crédito às fontes daatividade rural e começou a criar incen-tivos multiplicadores de possibilidades.-Estamos apenas no início de uma recune-ração da agricultura e os efeitos aí sãomuito mais rápidos do que nas ativida-des industriais".

CREDENCIAIS

"Hoje temos aqui neste encontro o•Ministro da Agricultura: o Sr. Nei Bra-ga pertence a uma geração política queJião íoi motivada para o desenvolvlmeu-to da agricultura, mas êle, pessoalmente,realizou a sua vida pública num Estadoque representa um exemplo excepcionaldas possibilidades que estão reservadas _produção rural, O Paraná se afirmounuma demonstração pujante de economiaagrícola, ao mesmo tempo em que o Bra-sil se voltava com exclusividade para aatividade industrial. No entanto, o Pa-raná se aparelhou também industrial-mente e se modernizou, com usinas hl-drelétricas e estradas, ambas componen-tes de uma prosperidade agrária que dâbem a medida do que espera o Brasil,quando em vèz de considerarmos sepa-radamente a indústria e a agricultura,empreendermos' uma política de desen-volvimento de ambas.

iiste é o momento de lembrar que aprosperidade econômica e a afirmaçãoagrícola do Paraná foram obra da inicia-tiva privada, e do espírito pioneiro debrasileiros, que «fluíram com esperançae vontade 'de

trabalhar na terra que sedispôs a acolhê-los. fi um homem iden-tificado com a prosperidade do Paraná,é sobre quem repousa a responsabilidadede conduzir o Ministério da Agricultura,que iremos ouvir esta noite".

Pela primeira vez será demonstradoaos jornalistas brasileiros como se fazum jornal com o emprego do computadoreletrônico, na conferência ilustrada queo Professor Proença Rosa realizará hojeas lOh, na It Feira de Utensilios e Ser-viços de Escritório, no Museu de ArteModerna.

Durante a palestra serão exibidascenas de todas as etapas da confecçãode uma edição do jornal Sentlnel Star,da cidade de.Orlando, na Califórnia, queesta empregando o computador NCR-315para uma tiragem de 130 mil exempla-res diários, trabalhando coni 17 agênciasnoticiosas, nacionais e internacionais.JORNAL ELETRÔNICO

O conferencista vai explicar como épossível o emprego do computador em-todas nsjases da composição do jornal,as quais possuem três etapas mais impor-tantes: o operador datilografa a repor-tagem em máquina especial, introduzindoautomaticamente o texto no computador;o aparelho divide as palavras de acôrdôcom a moderna técnica jornalística como emprego do lead, da interpretação eda'opinião do jornal, e aciona automàti-camente o linotípo para a obtenção de'«uma composição gráfica homogênea coma seleção das fotografias para a ilustra-ção. Todos os linotipos da empresa, peloprocesso eletrônico, fundem as palavrasno chumbo de acordo com as instruçõesdo computador.ATRAÇÃO

Está sendo exposto na IV USE o quede mais moderno existe no momento em

IV USE mostra como computador faz jornalsistemas de microfilmagem: enquanto nostand da Kodak são efetuadas demons-trações- contínuas do funcionamento doaparelho do tipo planetário para. a pro-dução de microfilmes de 35mm, com ope-ração semi-automática, no stand da Mei-ra S/A, acha-se exposta uma máquina re-veladora de microfilmes de 35mm, comcapacidade para filme de 30 metros, ouseja, aproximadamente a reprodução de30 jornais de tamanho comum, num totalde 1 200 páginas.

A máquina de microfilmagem. acimareferida faz reduções de cinco até 21 vê-zes e seu-sistema óptico, de focalizaçãoautomática contínua, opera com uma ob-jetiva Mlcro-Pilme Ektar í/8. Para ocontrole da produção de microfilmes dis-põe de um contador automático de expo-sições realizadas e o obturador e o trans-' porte do filme são acionados elètricamen-te com a unidade filmadora capacitadapara realizar até 30 exposições (chapas)por minuto.

ORIGINAIS"

Como atração, a reveladora da MeiraS/A está exibindo uma série de docúmen-tos históricos como a representação feitaao Imperador Pedro II pelos comercian-tes cariocas em 1815, protestando contraa atuação dos mascates da época, nas ruase praças do Rio; o original da Lei Áurea,que libertou os escravos, assinada em 13de maio de 1888 pela Princesa Isabel, aRedentora. O documento é o decretadopela Assembléia Geral e contém, alémdo texto escrito a mão, o timbre imperiale as insígnias da Casa. Esses documentos

pertencem ao acervo da Biblioteca Nacio-nal e, pela reprodução e ampliação dareveladora, são facilmente legíveis, o quecontribui para atrair a atenção de váriosprofessores de História do Rio, que foramà Feira especialmente para vê-losMAQUINAS

Uma das grandes atrações da IVUSE é o stand da Intercomercial Sueco-Brasileira INSUBRA S/A, que apresentauma ultra-sensivel calculadora-impressoraDielil Transmatic, capaz de oferecer re-sultados com 16 casas, operando a umavelocidade de 850 rotações por minuto.

A INSUBRA expõe também a maquinade escrever Adler, desde a pequena Tippaaté o complexo modelo 51C, elétrico, queopera alternadamente com fita comum ecarbonada, podendo reproduzir uma es-crita comparável a cópias em off-set. Emcontraste, há ainda a Àdler Model 7, deapenas três teclas, precursora de todasas outras.

PROGRAMA

Amanhã, data de encerramento dociclo de conferências, haverá ainda osseguintes palestras: às 16h o Sr. SérgioMendonça falará sobre Aplicações de Pro-cessamento de Dados para a Administra-ção de Pessoal; às 18h, o Gerente da Di-visão de Eletrônica da Burroughs, Sr.George Herz, abordará o tema Da Respon-sabllidade Social do Computador; e, en-cerrando o Simpósio promovido peloJORNAL DO BRASIL, o Ministro Rober-to Campos falará sobre O Ministério doPlanejamento e a Iniciativa Privada.

Um passofirme nas tele-comunicações

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MÊÊi^^^Mm-B W°i&—__HÍ___I________R___F' WS

I *S mGeneral Dirceu Lacerda

Coutinho ,

Coube a este |ornal publicarlonga reportagem «obre nossodesatualizado sistema de teleco-municações, o qual constitui ver-dndeito pesadelo para quem de*seja uma ligação telefônica entreo Rio e algumas cidades do !n-terior.

Raro é o dia em que náo apa-rece uma reclamação contra osserviços de comunicações, osquais, em certos casos, levamdias para a transmissão e recep-

ção de mensagens, quando nãosão .lidados por circunstânciasimprevistas. Infelizmente, grandeparte do nosso obsoleto sistemaainda continua na base do fiosuspenso em postes de madeira,ficando tudo à mercê das intenv

péries e dos ladrões de fios.O Brasil não pode continuar

preso às trilhas dos velhos car-ros de bois. A empresa «statalEMBRATEL anuncia um plano di-retor do Sistema Nacional de Te-lecomunicações, iniciando-o comprofunda reforma no chamadoTronco Sul, tendo como objetivoa Implantação de um plano decomunicações por microondas eque atenda o Este tripés altaqualidade, alta capacidade e altaconfiabilidade.

Com oito meses do existência,apenas, os quais foram dedica-dos, cm grande parle, a organi-zação e funcionamenlo da cm*presa, a EMBRATEL, embora es-fatal, porém, organizada noi mol-des de uma instituição particular,vem de dar um passo de gigante.

O teu Presidente, o GeneralDirceu de lacerda Coutinho, pro-fundo conhecedor do problema,teve ¦ preocupação de escolherauxiliares de reconhecida técnica,constituindo, assim, uma equipede larga experiência profissional.

A EMBRATEL acaba de firmarcontraio com a LASA, associadado grupo "Serviços Aéreos Cru-zeiro do Sul", para o levanta»mento da melhor rota que ôssí«gure as mais perfeitas condiçõestécnicas de funcionamento de 22estações repetidoras, que serãomontadas ao longo da artériaSão Paulo-Pôrto Alegre, num per-curso de 1 SOO quilômetros.

Localizados os pontos onde de-verão ter montadas aquelas emis-soras, serão feitos os testes ciepropagação, com o objetivo dcverificar a viabilidade de utiii-zação dos mencionados locais.Uma vez aprovados, serão ini-ciadas imediatamente as obrascíveis para o recebimento doequipamento, que poderá ser en-comendado paralelamente, já quesão necessários de 18 a 24 me-ses para a sua entrega,- ,.

Dentro do esquema de traba-lho traçado pela EMBRATEL, ca-berá aos Estados o estabeleci-menlo de uma rede que lhespermita a utilização do TroncoSul, o qual, depois de concluído,proporcionará um lucro da or-dem de 100 000 dólares por dia.O principal, porém, é que aEMBRATEL, tendo como finalida-de explorar e controlar os ser-viços de telecomunicações, este-iam ou venham ficar sob o re-gime de exploração direta doGoverno Federal, lem o controlado sistema de comunicações, po-dendo mobilizá-lo, a qualquerhora, em defesa da SegurançaNacional.

O contrato para o levantamen-to da rota será executado ern150 dias, ficando a LASA coma incumbência de entregar os re-sultados parciais à proporção queos mesmos sejam concluídos.

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g, _ 1.0 cad., Jornal do Brasil, sexta-feira, 0-5-06

Cem estudantes são detidos ^j__5£$£ÍSocialistas Franceses mantêm políticaquerem ONU de proibição de vôos damais forte OTAN sobre sen território em J]/[a(jjj e fiQQ dqq ÒS fUClS d°ÍS diPlomatm de Franco

Estocolmo (UPI-JB) — Coma participação de delegações de54 países íoi aberto ontem,nesta Cidade, o X CongressoInternacional Socialista, lendoo primeiro orador do dia, Bra-no Pitterman, Presidente nus-trinco da Internacional, criti-endo ns Nações Unidas por"sua fraqueza na solução deproblemas urgentes".

— Apesar de notórios êxitosparciais — acrescentou Pltter-man — a ONU não pode pre-servar a paz mundial. A guerraéuma realidnde no.Sudeste daÁsia, uma guerra que englobatodos os recursos técnicos eeconômicos de uma grande po-tência. Ató o momento, a ONUí_ão teve nenhum êxito noVietname.

Entre outros, participam doCongresso socialista o Primei-'ro-Ministro da Dinamarca,Jens Otto Krng; o ex-Prcmierda Áustria, Bruno Krelky; o'. ex-Chanceler da Bélgica, Paul-Henri Spaak; o Presidente doPartido Socialista da França,Gui Mollet e a Secretãria-Ge-

i ral do Partido Mjipai, de Is-[ rael, Sr.» Golda Meier.

Para físicoURSS venceno cosmos

Londres (UPI-JB) — O iísi-co Peter Kapitza, educado naUnião Soviética e principal eo-.laborador de Sir Ernest Ru-iheríord nas primeiras pesqui-sas atômicas realizadas no Oci-dente, . de opinião que os ci-

, -entistas soviéticas marchamcoin vantagem sobre os Esta-dos Unidos nas investigaçõesespaciais.

Kapitza, considerando poste-riorunemte o pai das armas nu-1 cleares soviéticas, dedica-se, nomomento, a pesquisas sobre afísica das baixas temperaturas.Elogiou o ensino da ciência na' União Soviética, onde atual-mente mais de 2 500 estudan-tes recebem prática especial,em laboratórios modernas man-tidos pelo Estado.

Em sua visita a Cambridge,| esta semana, falou na utillda-I de de uma cooperação entre os• Estados Unidos o União Sovié-

tica, no campo oientífico e, In-9 terrogado sobre a importância

de so consumirem enormes so-mas na corrida espacial parafazer um homem descer na

| Lua, respondeu simplesmente:|

"Vale a (pena gastar US$ 12 bi-Ihões por ano na guerra do

. vietname?"

Rodésia vaij a Londres

¦pasSalisbury (UPI-JB) — O

Primeiro-Ministro Ian Smithnomeou, ontem, os trêsmembros, da Comissão queirá a Londres amanhã parainiciar as negociações como Governo britânico sobre o

; fita da crise provocada com\ a, declaração de independen-; cia da Rodésia, em novem-: bro do ano passado.

A Comissão do Governo de; Salisbury está composta do'i ex-Ministro da Fazenda e

• principal assessor econômicodo Govêmo, Sir CorneliusGreenfield; Presidente daJunta de Serviços Públicas,

; Stanley Morris e o Secreta-i rio do Ministério e do Pri-] meiro-Ministro Smith, Ge-| rald Clark.

Segundo o comunicado di-<I vulgado ontem pelo Govêr-I no rodesiano, as reuniões

entre os representantes dos

| dois paises começarão na; próxima semana em "ten-.-

j no neutro", fora dos edifi-\ cios públicos britânicos ou

II rodesianos.

Paris (UPI-JB) — A França tentará fortalecer suaposição política antes da viagem do Presidente CharlesDe Gauile a Moscou, cm junho próximo, segundo -disse-ram ontem observadores ocidentais, acrescentando queprovavelmente a decisão francesa cio proibir o vôo deaparelhos militares da OTAN sobre seu território façaparte dessa orientação.

O Governo francês enviou quarta-feira comunicadoaos Estados membros da Organização do Tratado doAtlântico Norte dizendo que retiraria o direito perma-nente de efetuar tais vôos militares. A partir de 1 de ju-nho, a autorização para que os aviõqs sejam operadosterá que ser renovada mensalmente, segundo so informou.

A VIAGEM

De Gauile seguira para Mos-cou no dia 20 de junho, e dezdias após expira o prazo paraque a OTAN retire seu coman-do militar da França. EmWashington, fontes oficiais dis-sernm que os Estados Unidosdeverão coordenar um planoestratégico com seus aliados noque se refere á OTAN, tendoem vista a aparente tentativafrancesa de enfraquecer a Or-ganização.

Alguns observadores acredl-Iam que um plano deve ser

aprovado para o dia 0 de ju-nho, data em que se realiza emBruxelas uma sessão do Con-selbo da Organização; Dessaforma, seria evitado qualquerefeito psicológico negativo den-tro da Aliança.

Acrescentaram o.s mesmosobservadores que os aliadosnão se mostram sufioienterhen-te unidos e firmes, e que comIsso poderão dar uma impres-são negativa, confusa e Inde-cisa, exatamente no instanteem que De Gauile procura for-talexier sua posiçã.o ante aUnião Soviética.

Inglaterra acusa a URSSde travar o progresso dareunião do desarmamento

Genebra (UPl —¦ JB) — O Ministro do Desarmamen-lo da Grã-Bretanha, Lorde Chalfton, acusou, severamentea União Soviética, ontem, "pela forma obstinada com que.se nega a unir-se aos países ocidentais para impedir a dis-seminação das armas nucleares", declarando que se a reu-nião sobre desarme continuar no atual ritmo, "jamais ai-cançará seus propósitos".

Lorde Chalfton disse que "tudo o que interessa ao Go-vêrno de Moscou é levar adiante uma campanha obcecada,revanchista, e com apenas uma idéia em mente: ir contraas propostas ocidentais". Lembrou a seguir aos represen-tantes soviéticos que um acordo proibindo a proliferaçãodas armas nucleares é de "Importância vital para a huma-nidade".PERIGO

O delegado britânico ã Con-ferência de Genebra declarouque "se não pudermos colocarfim a disseminação dns armasatômicas e o fizermos .media-lamente, chegaremos a umponto em que todos os progra-mas de desarmamento ficarãoentorpecidos para sempre'"

Depois de lembrar que a reu-nião de ontem foi a penúltimasessão antes do recesso de seissemanas, Lord Chalfont decla-rou que ató agora nada saadiantou de prático em Gene-bra em conseqüência da posl-ção de Moscou.

— Os soviéticos — declarou— acreditam que um pacto donão proliferação atômica» é

uma medida quase que exclu-si vãmente contra um pais: aRepública Federal Alemã, quejá prometeu repetidas i vezesque não fabricará armas nu-clenres,

RECONHECIMENTO

Concluindo seu ¦ discurso,Lord Chalfont reconheceu que"apesar de tudo a União So-viética parece disposta a acei-•tar os perigos de que as armasnucleares possam realmenteproliferar pela Europa e o res-to do mundo. 35 sinal de mio-pia e doutrlnari&mo negar-sea ver onde estão os Verdadeirosperigas que dificultam nossocaminho", concluiu o represen-tante britânico.

Madri (UPI-JB) — Cemalunos da Universidade deMadri foram detidos ontemdurante uma das mais vio-lentas manifestações deprotesto na Capital espa-nhora, onde, apesar da re-pressão policial, 500 estu-dantes saíram às ruas paraexigir o fim da tutela doGoverno sobre seus centrosacadêmicos.

A marcha sobre Madri co-meçou por volta de meio-dia, ao término de uma reu-nião num dos prédios daUniversidade de Barcelona,fechada pelo Governo, o.uma resolução pedindo aoGoverno que solte todos osestudantes detidos em ma-nifestações anteriores e querevogue as medidas puniti-vas tomadas contra eles.

Renúncia cieUlbricht ésô boato

Berlim (UPI-JB) — Os di-plomatas ocidentais não derammuita atenção aos boatos quecorrem sobre a renúncia do lí-

. der comunista da AlemanhaOriental. Walter Ulbricht, ób-aervando que os jornais comu-instas deram ontem, com gran-:lo destaque, a mensagemenviada por Ulbricht ao Imp-2-

• rador da Etiópia, Hailé Séla.s-slé, pelo aniversário da liber-tação do seu pnis.

Se os boatos sobre sua re-núácla fossem exatos — disse-ram os diplomatas — os Jor-nais comunistas não dariaminformações sobre as atividu-des de Ulbricht.¦RENÚNCIA AOS 73

O jornal -Jild Zcltuns, deHamburgo, publicou ontemuma nota anunciando que Ul-bricht pretende renunciar nodia 30 de junho, quando fará73 anes.

Uma nota intitulada UlbrichtRenunciará? diz que ó Presi-dente, da Alemanha Oriental

. perdeu os podêres poi-quo pa-troclnou conversações com os.soclttlistaK da Alemanha Oci-dental.

Terminada a reunião, 500estudantes decidiram sairàs ruas e manifestar seuprotesto. A primeira provi-dência que tomaram foi pro-vocar um congestionamentode trânsito, derrubando ca-bos de bondes em cruza-mentos estratégicos, a .fimde impedir que a Policiachegasse até êlcs.

Por sua vez, os policiaisisolaram a área da Univer-sidade e se' lançaram combastões sobre os estudantesque se dispersavam á che-gada cia Polícia e voltavama se reunir em outra locali-dade para prosseguir a mar-cha.

Quando o.s estudantes co-meçaram a apedrejar _, Po-lícla Montada, foram cerca-

dos por unidades policiaisde reforço, que detiveram100 alunos da Universidade.Um grupo de estudantes queconseguiu escapar dos agen-tes da ordem do Generalís-simo Franco invadiu a se-de dos decanos da Universi-dade, destruindo os painéisde vidro das portas traseirasdo edifício.

Ao mesmo tempo, em Bar-celona, mais de 600 estu-dantes organizaram umam a n i f e stação numa dasprincipais ruas da Cidade,Paseo de- Garcia, onde aosgritos davam vivas ã liber-dade e à democracia e pe-diam a demissão do Reitor.Acabaram sendo dispersa-dos pela Polícia.

Roma (UPI-JB) — Os ràptores do padre e Conselhei-ro espanhol, Monsenhor Marco Ussia Urrutiçoechea, pre-tendiam seqüestrar os Embaixadores da Espanha na Itá-lia e na Santa Sé, Alfonso Sanchez Bella e Antônio Gar-riguez, revelou ontem o jornal romano II Messagero.

O Monsenhor Urrutieoechea íoi raptado há uma se-mana em Roma, por anarquistas espanhóis que, segundonoticias não confirmadas, desejam utilizá-lo para conse-guir que o Generalissimo Franco, através da mediação dePaulo VI, liberte os presos politicos da Espanha, Até ago-ra a Polícia italiana não conseguiu localizar os ràptores.

seqüestro para forçar o Gene-ralisslmo Franco a libertar o.spresos .políticos.

INasser acusado no Iémenpelos monarquistas delançar bombas de napalm

Beirute (UPI-JB) — O Ministro de Informação doiémen, Hasehm Ben Hasehm, do regime monárquico noexílio, declarou ontem que a República Árabe Unida vio-lou o acordo celebrado o ano passado, "lançando bombasde napalm sobre aldeias iem.-nis.as desde 26 de abril úl-timo". '

O representante iemenita também acusou o Governodo Cairo de não cumprir o acordo que regulava a trocatíe prisioneiros de guerra, afirmando que "milhares de pri-¦sioneiros egípcios foram soltos pelos monarquistas enqúàii-to muitos de nossos homens eram entregues às forças re-publlcanas de Sanna, em flagrante desacordo eom o tra-tado existente entre nossos paises".

BRINCADEIRA

O El Mcssaffcro informa, queanteontem de- manhã recebeuum telefonema

"anônimo deuina pessoa com sotaque espa-nhol que depois de afirmar seramiga dos ràptores, embora nãoconcordasse com seus métodos,revelou a existência de umplano para raptar qs dois em-baixadores espanhóis que sereuniriam secretamente naque-Ia tarde.

No principio, pensou-se quese tratava de uma brincadeira,porém quando se verificou queos dois embaixadores iriam re-almente se reunir à tarde, osresponsáveis pelo jornal avi-saram a Polícia, não tendo en-tretanto sido levada a efeito atentativa de seqüestro.

A Embaixada, tia Espanhajunto á Santa Sô recebeu duascartas de seu Conselheiro Ecle-siítstico. Monsenhor Urruticoe-chea, que afirma estar bem desaúde e em mãos de compatrlo-tas. Os ràptores não chegarama se comunicar com-os autori-dades, porém circulam rumoresem

"Madri de que utilizarão o

SUSPEITA

Os padres èspáimóls residen-tes em Roma suspeitam da no-tícia procedente da Confedera-ção Nacional das Trabalhado-res de Madri, segundo a qual orapto teria sido realizado pormembros de uma organizaçãoanarco-slndicalista, por não ve-rem nenhuma ligação entre odesaparecimento do Monsenhore as organizações sindicais.

Segundo os observadores, osreligiosos se perguntam por querazão os anarquistas teriamraptado o Monsenhor, que éapenas um Conselheiro Eclesi-ástlco, e náo uma pessoa maissignificativa, se desejavam de-monstrar seu protesto contraFranco. Cogito-se da possiblli-dade de que se trate de umamanobra para desviar as in-vestigações, as -quais, desde ndivulgação na, noticia de Ma-dri, convergiram para os refu-giàdos espanhóis residentes naItália.

RAU—Arábia Saudita,uma briga sem saída

UepiirluiiiiMito de Pesquisa do JU

Mitterrand forma na França Françaantigabinete para campanha liberanas eleições parlamentares nomes

Paris (UPl — JB) — O líder esquerdista e ex-candida-to â Presidência François Mitterrand divulgou a relação deum Gabinete-fantasma de seis homens, fato inédito napolítica francesa, para encabeçar uma ofensiva contra oPresidente Charles de Gauile, nas eleições gerais parla-mentares de 1967.

Integram o Gabinete-fantasma o líder do Partido So-cialista e ex-Primeiro-Ministro Guy Mollet (Ministério cioExterior e Defesa), o socialista radical René Billíères (Mi-nistérlo da Educação), o Prefeito socialista de MarselhaGaston Defèrre (questões sociais e administrativas) o eco-nomlsta Etiènne Hirsch (Planejamento Econômico), o pou-co conhecido senador socialista Ludovic Tran (questõeseconômicas e financeiras), e o ex-deputado radical Miche:Sulie (direitos do homem e do cidadão).

PLANOS

O Gabinete fantasma se reu-nlrá, pela primeira vez, dia 12,a fim de traçar seus .planos cpõ-los em execução Imediata-mente. Além desses Ministrosfantasmas, o Gabinete Mltter-rand incluirá outros, inclusiveuma mulher (a Sta. Maric-Thèrese Eyquem), encarrega-dos de questões secundárias.

A grande omissão no Gablne-te ó a do ex-Premler PierreMendes-France, que deseja umretorno ao cenário político,mias se recusou unir-se a Ml.-terrand.

A principal taxefa do Gabi-nete fantasma será elaborar a

campanha dc oposição n DeGauile, que deverá iniciar-seem março ou abril de 19C7,Oriado por instruções do Co-mitê Executivo da Federaçãodas Esquerdas Socialista e De-mocrática (recentemente orga-uizada o da qual Mitterrand éo primeiro presidente), o Gabi-nete deverá designar cândida-tos esquerdistas para cerca de300 das 4.2 cadeiras da Assem-bléia Nacional, bem como che-gar a uma espécie de acordoeleitoral com a União Centris-ta Democrática, também re-centemente estabelecida porJean Lecánuet, ex-ca»didntopresidencial de tendência cen-triste.

Paris (UPI-JB) — O Govêr-no .francês modificou ontemuma lei secular que proibia darnomes fora do comum às crinn-ças registradas no pais: o Dlá-rio Oficial diz que a lei permiteagora aos pais darem os nomesque desejarem a, seus íllhos,com exceção dos que foramdescritos como "Jantasias"i

Uma familia de Finisterre,na Bretanha, vai poder agora,finalmente, registrar suas cri-ancas depois de muitas recusasdo cartório. Os filhos da .ami-lia Goarnic só têm nomes cel-tas — Adraboran, Maiwen,Gwendal, Dhvezha e Sklerijenn.

Hóstias emcaça-niqueisna

No agitado inundo árabe nãohá dois países que se difereu-ciem tão completamente quan-to Egito c Arábia Saudita.

Enquanto o Egito já tem 15anos de revolução, a Arábia seencontrava até há um par dedécadas no mèdiévalismo maiscompleto, .sustentada por setiaagricultores e pastores nõmá-des.

fese mèdiévalismo foi subs-tituido, nos últimos anos, poruma situação híbrida, meio an-Mga e meio moderna.

Governando essa terra emtransformação, a família realnão mudou "basicamente deidéias. O choque com o nasse-rismo Unha de sei- violento.

A oportunidade pnra o con-flito armado ia surgir em 10.2.No Iémen, a monarquia foiderrubada c proclamada a re-pública, mas os monarquistasresolveram resistir. Seguiu-soa guerra civil, em que a RAUentrou decididamente ao ladodos republicanos. O Rei Saud,ft quem ossustava «ma repú-blica em sua vizinhança, en-troú do outro lado. Em no-vembro de 1962 aviões da RAUatacaram uma aldeia da Ará-bia, e as dois paises romperamrelações definitivamente.

A RAU chegou a ter 60 000soldados no Iémen, enquanto oRei Saud dava todo o seu apoioao.s monarquistas. No início de1964, entrotano, a situação ca-minhou para. uma estabiliza-ção. A República do Iêmen dei-xou de ameaçar a famíliaSaud. que se firmou no poder,enquanto a RAU passava a terno Iênieri pouco mais do qu*uma fonte de despesas.

Em março de 1964, RAU rArábia Saudita reataram rela-ções diplomáticas.

Mas a" 3T.ieria civil não aca-bou. Em novembro de 1965, osdefensores da pacificação con-seguiram levar a uma mesa deconferências aa duas facçõesdo Iémen. A conferência foiadiada sem que se chegasse auma conclusão.

RAU e Arábia Saudita con-tinuam a procurar o fim daguerra. Mas também entre elesnáo desapareceram as difereu-ças. Os egípcios dizem que afamilia real é uma desgraçaque impede a Arábia de pro-gredir, enquanto os árabes di-aem que o que os egípcios que-rem é dominar o Iémen paradepois apoderar-se do petróleo,da Arábia, a. única indústria'do país.

Fiat assina convênio parainstalar na URSS fábricade dois mil carros por dia

Turim (UPI-JB) — O Governo soviético e a compa-nhia italiana Fiat firmaram um acordo, de várias tente-,nas de milhões de dólares, para a instalação na URSS deuma fábrica que produzirá dois mil automóveis por dia,segundo se anunciou ontem oficialmente.

O acordo, firmado depois de duas semanas de nego-ciações entre funcionários soviéticos e a companhia Fiat,foi descrito como o convênio automobilístico internacionalmais importante da História e como uma notícia gratapara o consumidor soviético.

uOs Biombosrecebidos aovos nàdres

v; América Latina pede aoMercado Comum Europeuum diálogo permahente

Os 14 paises da América Latina, entre os quais oBrasil, que mantêm representantes junto à ComunidadeEconômica Européia (CEE), em Bruxelas, vão apresentarproposta criando uma c»mlssão conjunta permanente, quevise a institucionalizar q diálogo entre as missões latino-americanas e a CEE.

Essa comissão constituiria íóro permanente, para oexame e a discussão dos assuntos relacionados com o in-tercâmblo comercial entre a América Latina e o MercadoComum Europeu, tendo em vista à solução do problema daspreferências tarifárias discriminatórias outorgadas pela

| a intervenção da Polícia e a .CEE em favor dos países africanos associados.

Paris (ITPI-JB) — ComI ovos e tomates podres, mem-

Ibros

do Comitê de Veteranosimpediram por algumas ho-ras, ontem, a representaçãoda peça Os Biombos, (Les

f Paravents) de Jean Genet,1 considerada difamatória àsI tropas francesas que luta-1 ram na Argélia e que sò-I mente foi apresentada com

prisão de 60 manifestantesEm declaração pública, o

Comitê de Veteranos afir-mou que a peça constitui"outro exemplo de nosso

| sentimento para os vetera-jnos que morreram com o[mesmo uniforme que agora

OBJETIVOSVisando solucionar esse pro-

blema agudo, latino-americanose' os membros da CEE vêmmantendo contatos em Bruxe-Ias. O primeiro ciclo de con-tatos teve lugar em 1963 e osegundo ciclo, cujos trabalhos

;ise está desacreditando em .. foram iniciados com a apre-'-*£ -ia*_4-a nftr. ria rniiiMn»n^iln l.i + I: i Os Biombos".U A ação da peça de Genet

H desenvolve-se entre soldados7-1 franceses que participaram| na guerra da Ar-gélia d con-

|gj tém diversas passagens quer..v| as Federações de Veteranos7j interpretaram como uma;7jacusação de antipatrlotismo

í.ontra o Exército francês.

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sentaçfio de memorando lati-no-americano, em fevereiro de1965, deverá encerrar-se pròxi-mamente, com a apresentaçãode documento pedindo a cria-ção dessa comissão conjunta.

Os objetivos principais desseórgão seriam: a) análise daevolução da integração eco-nômica européia em função daAmérica Latina; b) elaboração,estudo e debate conjunto demedidas conoretas de largo ai-cnnce a. serem tomada» pela

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CEE e pela América Latinacom vistas á expansão das re-laçCes comerciais, financeirase culturais entre os duas re-giões; c) análise das decisõescomunitárias imediatas que af e-tam os interesses latino-ame-ricanos e apresentação de su-gestões para a eficaz correçãodessas decisões; d) assegurara continuidade, regularidade dodiálogo entre os dois grupos.

Entendem os paises latino-americanos que essa Comissãogarantirá a unidade de atua-ção técnica e política, aumèn-tando o poder negociador do.sEstados que a inteiram. A co-missão reunir-se-á cada quatroanos, com delegados da CEE,ou extraordinariamente, sem-pre que houver questão urgen-te e objetivas.

«5

Cidade' do Vaticano (UPl-JB) — O L'0--erwi.or. Ro-mano uniu-se ontem aos de-mais órgãos da imprensa ita-liana para protestar contra ainstalação na Igreja de SãoCarlos Ferrara de um "caça-níqueis", onde, com uma levepressão do polegar sobre umbotão c uma moedtnha, os fiéispodem adquirir as hóstias paraa comunhão.

O órgão oficial do Vaticanoesclarece que as hóstias nãoestão ainda consagradas, comoafirmam os jornais italianos,mas que mesmo assim a má-quina é uma "iniciativa deplo-rável", desvirtuando o sentidoda permissão concedida peloConcilio aos fiéis para que pu-dessem colocar suas própriashóstias, sobre a patena duranteo Ofertaria a fim de seremconsagradas.

A idéia de instalar a, íímqui-na na Igreja de 'São CarlosFerrara surgiu para resolver aobjeção de que a prática de pe-gar a hóstia era antl-hlgiènlca.Construída sobre o mármore, o"caça-níquels" deixa cair umenvelope contendo uma hóstialogo depois que o fiel colocara moedinha e apertar ó botão.

A revista Europeo e os jor-nais II Tempo e II Messagerocriticaram violentamente a'máquina, sem no entanto pre-cisarem que as hóstias não vi-nliam consagradas, tendo o IIMessagero chegado a afirmarque quando o fiel ouvisse oreplear de mn sinlnho dentroda máquina, depois de colocara moeda, poderia ficar tran-quilo porque a hóstia íôra cou-«agrada.. %

Júri em Londres vai hojedeliberar sobre os erimesdos sádicos de Yorkshire

tiChester, Inglaterra (UPI-JB) — O júri se reunirá hoje

para deliberar sobre os Crimes da Charneca de Yorkshire,de que são acusados Ian Brady e sua amante Myra Hindley,uma vez concluída, ontem, a defesa dos réus, a cargo doadvogado Emlyn Hooson.

Hooson acusou a Sra. Maureen Smith, cunhada deIan Brady, de falso testemunho, e procurou invalidar par-te das provas apresentadas contra os réus pelo PromotorElwin Jones, alegando que elas se fundamentam, em parte,no depoimento da Sra. Smith.. £

COOPERAÇÃO

O anúncio oficial não revê-lou o montante do acordo, masem fontes dignas de crédito foidito que a União Soviética pa-garia mais do US$ 300 milhõesá Fiat . .

Desde os dias em que o.fa-lecido Henry Ford foi ã 'URSSpara ajudar a estabelecer anascente Indústria automobi-lística soviética, nao houve con-vénlo semelhante entre o Oci-dente e o Oriente.

O anúncio indicou que osacertos financeiras são estu-ciados paio Vnesiatrgbanlc. (obanco de comércio exterior so-viético) e o Banco InstitutoMobiliare Italiano.

O convênio foi assinado cmTurim, na presença do Em-baixador soviético na Itália, S.P, Kozirev, sendo os firmanteso Presidente da Fiat, VittorioVallatta, c o Ministro da In-chistria Automobilística sovié-tica, A. M. Turasov.

O anúncio oficial deu poucosdetalhes, limitando-se a cou-signar que "as partes eoncor-daram num programa de co-operação concreta, visando tan-to á seleção do modelo do au-tomóvel a ser produzido comoá organização do conjunto doengenharia para a instalação

EUA jazemnovo testesubterrâneo

FALTA DE PROVAS

A defesa reiterou não haverprovas de que o casal tenhacometido os assassínios de Les-ley Ánn Downey e John Kil-bride, e que a morte de EdwardEvan, a machadadas, não foipremeditada: Brady planejararoubá-lo, e matou-o por ter re-slstido.

Procurou o advogado Hoosonincriminar a principal teste-munha da acusação, DavidSmith, a quem apresentou comoum indivíduo sem princípios ecruel, com antecedentes cri-minais. Smith, a seu ver, estámais implicado no caso do queparece.

L e m b r o u, finalmente, quetanto Brady como Myra dis-seram, em seus depoimentos,que a menina Lesley Ann saiuviva de sua casa, em compa-nhia de David, depois do tersido obrigada a posar para fo-tos pornográficas. Smith eMaureen negavam, contudo, quetivessem estado lá, nessa oca.-sião.

Quanto ao assassinio de JohnKilbrlde, de 12 anos, alegou oadvogado Emlyn Hooson que afinica prova contra Myra eBrady é uma caderneta, naqual está escrito o nome domenino.

Súharto admite soluçãopacifica para guerra nãodeclarada com a Malásia

Jacarta e Kuala Lumpur (UPI-JB) — O Ministro dasForças Armadas e Vice-Prlmeiro-Ministro indonésio, Ge-neral Suharto, admitiu ontem a possibilidade de uma so-lução pacifica para a guerra não declarada entre a In-donésia e a Malásia, e fontes autorizadas de Kuala Lum-pur anunciaram para as próximas semanas o inicio dasconversações entre os dois paises.

Bancoc será, talvez, a sede da reunião, que terá aparticipação do Vice-Primeiro-Ministro da Malásia, TunAbdul Razak, do Ministro do Exterior indonésio, AdamMalik, e dos Chanceleres Narciso Ramos, das Filipinas, eThanat Khoman, da Tailândia, como mediadores.

Campo de Provas «le Nevada(UPI-JB —• Os Estados Unidosrealizarão hoje sua terceira ex-plosáo nuclear subterrânea emtrês dias consecutivos, tambémcom uma bomba dc potênciaequivalente a 20 mil toneladasde TNT.

A experiência se fará, comoas demais, no campo de pro-vas de Nevada. Um porta-vozda Comissão de Energia Ató-mlca declarou que, segundo oregistro dos instrumentos co-locados na área de explosão,não houve filtração radioativanas duas experiências anterio-res. .

Tentes combomba A têmJapão contra

CONVERSAÇÕES

A última reunião entre' re-presentantes da Indonésia e daMalásia, países envolvidos nu-ma guerra náo declarada hátrês anos, se realizou em ju-nho de 1964.

Em entrevista difundida pe-

Ia agência oficial Ant ara, o'aIndonésia, o General Suhartose declarou a favor da paz coma Malásia, fundamentada noprincípio da solução, pacífica.Apesar disso, continuará apo-lando "os que combatem pelaliberdade" no Estado de Bor-néu,

:*.3--.

Tóquio (UPI-JB) — Porta-vozes do Ministério do Exte-rior do Japão afirmaram, on-tem, que seu Governo apresen-tara um protesto se a Françaou China realizarem provasatômicas na atmosfera, comofoi anunciado por alguns jor-nais europeus.

Desde 1954, quando os Esta-dos Unidos explodiram umabomba atômica no atol de Enl-wetok e contaminaram a tri-pulação . do pesqueiro japonêsDragão Feliz, matando ummarinheiro, o Governo de Tó-quio protesta contra todasas experiências nucleares naatmosfera.

— Nem a França nem aChina — declararam os porta-vozes do Governo japonês —conseguirão amigos no Japãose concretizarem as noticias deque pretendem fazer experiên-(das atômicas na atmosfera.

ele uma fábrica com uma ca-pacldade de produção de doismil automóveis diários". '

ADAPTAÇÃO

Segundo as mesmas fontes, ¦a fábrica soviética de automo-veis Fiat estará situada cmMlnslc, Gorki ou Zaporozhe, .mas não se mencionou a datade sua, construção.

As íontes acrescentaram quea fábrica produzirá o Fiat 1100ou o novo Fia. 114, ambos decinco lugares, mas que, qual-quer que seja o modelo esco-Ihido pelos soviéticos, serão in-iroduzidos nele as modifica-ções necessárias para. que pos-sa con-esponder ás condiçõesdo clima o das estradas daURSS.

Embora não se pudesse obtermais detalhes, em fontes in-tíustriajs íoi dito que o acòr- .do beneficiará amplos setoresfinanceiros italianos. Acresceu-taram que se esperava que a.Fiat passaria 75^í. do pagamen-to soviético a subcontratantes.

Do lado soviético, o convé-nio com a Fiat se enquadradentro das promessas formu-ladas pelos novos líderes doKremito, de quadruplicar aprodução de automóveis nocurso dos próximos cinco anos.

Americanoslançarão navecom três

Downey, Califórnia (UPr-JB)' O Diretor do Programa Apoio,Joseph Shèa, previu ontem apossibilidade de os Estados Uni-dos colocarem cm órbita, umanave espacial tripulada por trêshomens, antes do fim desteano.

Shea concedeu uma entrevia-ta á imprensa na Central NorthAmerican Aviation Inc. e an-teclpou que os cosmonautas es-colhidos para essa viagem, de10 a 14 dias de duração, seriamVirgil Grlssom, Edward Whitee Roger Chafee. O objetivo se-ria prepará-los para um vôo àLua.

Adenauervaiado emJerusalém

Jesusalém (UPI-JB) — Maisde mil estudantes da Universi-dade Hebraica chocaram-se on-tem com a policia, quando, aosgritos de "Volte para Casal",protestavam contra a visita aIsrael do ex-Chanceler Kon-xard Adenauer, que teve de en-trax e sair por uma porta tra-seira da Universidade, ondepassou meia-hora, manuseandolivros raros, em companhia doReitor Eliahu Elath.

O ex-Chanceler da RepúblicaFederal da Alemanha declarouem Jerusalém que acredita napossibilidade de Israel trans-formar-se, em pouco tempo, namais poderosa nação do Orien-te Médio, tendo anunciado ain-da que seu país está dispostoa ajudar o Governo israelensea "ativar o desenvolvimento dopais", e que este foi o motivoda assinatura do Tratado da»Reparações.

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Jornal do Brasil, sexta-feira* 6-5-06, 1.° Cad.. <& Sj*,« il

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Latino-americanos pedem aajuda belga para melhorarrelações com Mercado Comum

Bruxelas (UPI-JB) — Quinze países latino-amerlca-nos, em nota verbal entregue ontem em Bruxelas peloEmbaixador argentino ao Chanceler belga Pierre Harmel,pediram à Bélgica para apoiar uma campanha para me-lhoi-ar as relações da América Latina com o Mercado Co-mum Europeu.

A nota afirma que os diplomatas latino-americanosjunto ao MEC consideram necessárias algumas modifica-ções e ajustes nos regulamentos interno e externo da co-munidade, e acham que "devem ser implantadas normaseficazes <Je comércio em cooperação com a América La-

' tina".DESVANTAGEM

Estas modificações, segun-do a nota, deveriam ser f ei-tas de maneira a permitira "libertação da situação decrescente inferioridade decondições que poderiam le-var a uma posição de des-vantagem comum para o in-tercâmbio entre a AméricaLatina e a Comunidade".

Os embaixadores afirmamque, nos últimos dois anosíoram mantidos "úteis deba-tes sóbre os problemas rela-tivos ao comércio de seusprodutos de exportação com

os países da Comunidade", eqüe suas gestões não se ba-searam somente na necessi-dade de abrir novos merca-dos na Europa, mas tambémno interesse de supri-los re-gularmente.

O Embaixador argentino,Pernandez GUI, estavaacompanhado dos embaixa-dores do Brasil, Chile e Cos-ta Rica. A nota verbal ter-¦mina assinalando a necessi-dade de estabelecer, namaior brevidade possivel,uma comissão permanenteda América patina e doMercado Comum Europeu.

Ministros cio Trabalho sereúnem na Venezuela parafazer balanço da Aliança

Caracas (UPI-JB) — Os Ministros de Trabalho detodo o Hemisfério se reunirão a partir de amanhã na Ve-nezuela, em sua II Conferência Interamericana, para fa-zer um balanço de tudo quanto se fêz dentro do progra-ma da Aliança para o Progresso. A reunião será no lu-xuoso Hotel Macuto Sheraton, no litoral das Caraibas.

O chefe da delegação venezuelana, Ministro Hens Sil-va Torres, disse que o objetivo da reunião é formular re-comeídações, projetos e resoluções sóbre os aspectos so-ciais do desenvolvimento econômico das Américas.PROBLEMAS

Além do tema da Aliança, osMinistros das 20 Repúblicasdiscutirão os problemas traba-Ihistas do Hemisfério e a fun-ção que lhes corresponde noplanejamento e desenvolvlmen-to dos programas trabalhistas esociais.

Serão estudados, também, osmeios de dar-se execução àsresoluções adotadas na I Reu-nião Interamericana de Minis-•tros do Trabalho, que foi rea-lizada em Bogotá, de 5 a 11 demaio de 1963. A conferência seencerrará no dia 14.

Filha de Pinilla é aEva Perón da Colômbia

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Bogotá — Muitos a compa-ram a Eva Perón e outros aconsideram, única mas todosestão de acordo em que a se-nadora colombiana de 31 anosé a alma da Aliança NacionalPopular (ANAPO), o movimen-to político do ex-ditador e ex-General Gustavo Rojas Pi-nilla.

A semelhança que Maria Eu-genia Rojas de Moreno Diaz,filha de Rojas Pinilla, possater com Eva Perón reside ape-nas na sua dedicação òs obrassociais e no seu esforço paratomar contato com a classecolombiana que corresponderiaaos descamisados argentinos.

CARREIRA

A Identidade pára ai. A se-nadora tem porte atlético, ex-pressão e gestos decididos, ca-racterísticas que aliadas à co-ragem facilitaram sua sur-preendente carreira políticanum pais onde essa atividadeé reservada aos homens.

Os colombianos, especial-mente seus partidários, recor-dam que ela voltou secreta-mente à Colômbia uma sema-na depois que o regime che-fiado pelo seu pai foi derruba-do, em maio de 1957, por ummovimento politico-militar queposteriormente se traduziu na"frente nacional" que gover-na o país até hoje.

Seu inesperado retorno, naépoca, foi, quando menos im-prudente e os colombianos na-da queriam com Rojas Pinillae sua familia, exilados na Re-pública Dominicana do Gene-ralissimo Rafael Leonidas Tru-jillo.

No regime do então GeneralRojas Pinilla, Maria Eugênia,recém-casada, fundou e di_-i-giu a controvertida decretariaNacional de Assistência Social(SENDAS), dedicada a umprograma de ação social emfavor das classes pobres. AOposição, na época, denunciousua "intenção política e deina-góglca" e o caráter de imita-ção da campanha de Eva Fe-rón na Argentina.

Maria Eugênia diz agora sõ-bre esse aspecto da ditadurachefiada por seu pai que "asrealizações do Governo dasPorcas Armadas, especialmen-te a obra desenvolvida pelaSenda, nos serviram muito emnossos propósitos politlcos. Opovo se lembra e nos agra-dece".

Casada em 1955 com o advo-yado Samuel Moreno Dios,também senador eleito, MariaEugênia tem dois filhos, Sa-muel Gustavo, de seis anos, eNestor Ivan, de cinco, e sò-mente o seu longo dia de 18

-horas de atividade permiteconjugar os deveres da família"|i

obrigações de dirigente po-'.ca. Passa & manhã nos es-«rHórlos de ANAPO e depoispercorre os bairros pobres dacapital. A noite participa dereuniões políticas reservadas oupúblicas.

NA OPOSIÇÃO

Sua carreira política, comeleitorado próprio, começou em1962, na oposição, quando se,candidatou àCâmara dosDeputados, a instâncias do paie dos primeiros militantes dorojaspiUinismo. Venceu naseleições e em 1964 foi reeleita,

tornando a sua eleição para oSenado, em março deste ano,um desenvolvimento natural,mas Maria Eugênia, como éconhecida familiarmente e napolítica, disse que "nunca pen-sou na possibilidade" de serpresidente.

Ex-campeã de equltação, es-tá afastada do esporte pelafalta de tempo mas algumasvezes pilota "teco-teco" e he-licóptero e prefere dirigir pes-socümente seu carro. Ein 1955sofreu um desastre de helicóp-tero quando dirigia. O motorparou e o aparelho caiu, masMaria Eugenia não sofreu fe-rimentos graves.

A ANAPO, na definição deMaria Eugênia, é um "movi-mento nacionalista social ecristão, que luta pelo povo epela tomada do poder para pôlo a serviço das classes necessltadas da Colômbia. Esse mo-ylmento não advoga a luta declasses".

Os rojasplnillistas estão re-gistrados pelo Partido Conser-vador, atendendo à exigênciaconstitucional que só permitecandidatos com o registro deum dos dois partidos governai.-tes. Maria Eugênia, no entan-to, disse que prefere náo sedefinir. "Esse trabalho, deixoa meus amigos e inimigos".

PROGRAMA

A senadora apresentou a seuseleitores o seguinte programa:

1) — Criação de uma As-sembléia Nacional Constituin-te para derrogar a Frente Na-cional e estabelecer os basesde um Estado moderno, complanificação econômica e in-tegração nacional.

2) — Nacionalização . doBanco da República para re-cuperar o controle monetário ecanalizar o crédito.

3) — Nacionalizar o comer-cio exterior para sustar a ten-dência monopolista, da atualeconomia colombiana. •

4) — Fazer a educação gra-tuita em todos os níveis e criaro Instituto Nacional de Alfa-betização.

5) — Por em prática umplano nacional de saúde e fa-zer funcionar em bases técnl-cas os Institutos de Nutrição ePrevidência.

6) — Realizar uma reformaagrária integral e utilizar asgrandes extensões de terrasinexploradas com base noprincipio da produtividade.

7) — Nacionalizar a indús-tria do petróleo, respeitando osinteresses nacionais e estran-geiros, mas iniciando de ime-diaifco as negociações.

8) — Criação do Banco daHabitação e do Ministério daJuventude.

Admiradora do lider liberalJorge Gaitán, assassinado emnove de abril de 1948, quandose realizava em Bogotá a Con-feréncia Interamericano, e deJuan Perón, que conheceu pes-eoalmente em Buenos Aires,em 1954, Maria Eugênia dizque Fidel Castro 'fez a revolu-ção que os cubanos queriam,mas acho que podia fazer tunacoisa mais nacionalista, semse entregar a uma potência es-trangeira. Não estou de acôr-do com que se tenha entrega-do aos russos"..'

Caçados por terra e por aros terroristas da Guatemala

Guatemala (UPI-JB) — Forças doExército e da Polícia vigiam todas as sai-das da Capital enquanto helicópteros so-brevoam a Cidade para ver se descobrem,ainda com vida, o Presidente da CortoSuprema de Justiça, Romero Augusto doLeón, e o Secretário de Informação doGoverno, Baltazar Morales, raptados on-tem por desconhecidos.

O filho de Baltazar Morales e seu cho-fer, Isabelo Canizares, foram mortos a tirospelos agressores ao tentarem fugir depoisque o carro em que viajavam foi metra-lhado, acreditando-se que o atentado fa-

ça parte de um plano terrorista para im-pedir a posse do Presidente eleito, Men-dez Montenegro.

ATENTADO

Os doiB ocupantes do carro atacadoíoram perseguidos por várias ruas, á vis-ta de cerca de 30 pessoas, e mortos an-tes que conseguissem obter asilo ém ai-guma casa. O Secretário de Imprensa jãhavia recebido diversas ameaças de morte.

As "Forças Armadas da Revolução"teriam sido as responsáveis pelo rapto deRomero Augusto de León, ocorrido quar-

ta-feira, e Já haviam ameaçado de mor-te, por escrito, diversos membros do atualGoverno militar.

Apesar do temor das autoridades nosentido de que os terroristas tentassemimpedir a Inauguração do Parlamento, acerimônia realizou-se ontem em um cil-ma de tranqüilidade, embora sob forte vi-gllância policial.

O Presidente Peralta Azurdia assistiuà Inauguração, e o advogado Mário Fuen-tes Perrucini foi eleito Presidente doParlamento, que se reúne pela primeiravez desde o golpe militar de 1963.

América Latina consulta aChina para saber se elarespeita clesnuclearização

Cidade do México (UPI-JB) — A Comissão Prepara-tórla para a Desnuclearização da América Latina resol-veu, por proposta da Colômbia e do Chile, consultar aChina, extra-oficialmente, sóbre a possibilidade de aquê-le pais respeitar um tratado que proíba a instalação efabricação de armas nucleares na América Latina.

A Comissão, que voltará a reunir-se em agosto, en-caminhou a todas as chancelarias as propostas ao pro-jeto de tratado e recomendou que os Governos represen-tados na reunião, bem como os que mandaram observa-dores (EUA, Inglaterra, URSS, França e Holanda), queapresentem sugestõss antes de 15 de julho próximo.

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Um país em que os militares mandamComo todos os telegramas proveni-

entes da Guatemala sâo censurados ódifícil ter Uma idéia do que acontecerealmente nessa pequena república, domi-nada inteiramente pelos militares, que aocupam desde março de 1963, quando oentão Ministro da Defesa, Coronel En-rlque Peralta Azurdia derrubou o Pre-dente Ydigoras Fuenttes.

Considerado nn época de sua eleição,pelo Newsweek como um "direitista ex-tremado", Ydigoras Fuentes caiu poucosdias depois de ter sido anunciada a en-trada no pais dp ex-Presidente Juan JoséArevalo, apontado como o homem queiniciou a "comunização" da Guatemala,terminada com a queda de Arbsnz Guz-mán em 1954.

A Junta Militar que sucedeu a Ydi-goras Fuentes, sob o pretexto de "erra-dicar a possibilidade de um Governo ex-tremista", dissolveu o Congresso, cance-lou ns eleições que estavam marcadas paranovembro, suspendeu a Constituição eproibiu todas as atividades políticas parti-darias.

Foi nesse clima que se desenrolaramns eleições de março deste ano, das quaissaiu vitorioso o candidato clvilista JúlioCésar Mendez Montenegro. Durante a

campanha? os três cimdidatos opositoresacusaram-se mutuamente de comunistase depois das eleições os três denunciaramas fraudes cometidas.

Mendez Montenegro é um advogadoe professor que pouco participou da vidapública. O grande trunfo eleitoral do qualdispôs foi ser irmão de Mário Montene-gro, fundador do Partido Revolucionárioque se suicidou, ou foir, assassinado (aGuatemala é um pais confuso) no anopassado.

Sem grande presença política-, e, se-gundo alguns, pouco preparado, MendezMontenegro não é um esquerdista teó-rico, nem muito menos um homem ligadocmocionalmente ao povo: sua vitória pa-rece ter sido, antes de mais nada, umsinal do repúdio ao Governo militar dePeralta Azurdia.

Emljora, na época das eleições, o cor-respondente da Columbia BroadcastingSystem na Guatemala tenha dito que onúmero de comunistas no pais e maior,atualmente, que quando da queda de Ar-benz, o comunismo parece ser uma forçaque não conta multo no panorama po-lítico guatemalteco.

Os comunistas não apoiaram nenhum;candidato, e os três repudiaram um even-

tual apoio. A única atividade nitidamen-te esquerdista no país é o das ForçasArmadas da Revolução, chefiadas porLuiz Augusto Túrclos de Lima, ex-oficialdo Exército, que atua na região norte-oriental da Guatemala, mantendo-se im-bativel, mas não conseguindo nenhumaconquista significativa de terreno.

O rapto das duas autoridades, quesegundo alguns, já teriam sido mortas,é um ato que pode servir tanto aos guer-rilheiros, interessados em um plano deterrorismo que não fica bem especificado,quanto aos militares direitistas, que po-derlam se beneficiar de um clima de in-tranqüilidade para não abandonar o po-:der.

A realidade é que o clima de calmaaparente no qual está se desenrolando avida política guatemalteca contrasta coma agitação que precedeu ns eleições, quan-do todos acreditavam na iminência deum golpe militar.

Mendez Montenegro ainda náo tomouposse e, segundo tudo indica, muita coisapode acontecer antes disso. Do ponto-de-vista teórico, parece difícil que a extrema,confusão do país ceda lugar, como porum passe de mágica, a um Governo cons-titucional e democrático, eleito contra aJunta Militar, que o. domina.

APROVAÇÃOO Itamarati considerou boa

medida a decisão da Çoníérêri-cia preparatória para Desnu-clearização da América Latina(COPREDAL), de encaminharao exame das Chancelarias odocumento de trabalho e o an-teprojeto brasileiro-colomblano,discutidos durante o terceiroperíodo de sessões da confe-rência, ontem encerrado noMéxico.

Desta forma os Governos la-tino-americanos terão tempopara analisar demoradamente o.anteprojeto brasileiro, exami-liando; com a devida atenção,

Peru negapresençade Gue var a

Lima ÍUPI-JB) — O Chefede Polícia, Xavier CamposMontoya, declarou que Emes-to Guevara não está no Pe^ue que a entrevista com o ex-Ministro cubano "num pontodos Andes", publicada no se-manário Le Ore, de Roma, pe-lo jornalista Paolo Sinesi, "éuma fraude forjada pelos co-munistas ".

os premissas levantadas peloBrasil para a eficácia de talacordo, até quê a COPREDALse volte a reunir, em agostovindouro.

O'Itamarati entende que umassunto de tamanha magnitudenáo poderia ser examinado deafogadilho, necessitando serapreciado por todos os setoresinteressados de cada país. Porisso mesmo o Brasil manifestou,desde o inicio dos trabalhos doIII período de sessões da CO-PREDAL, a opinião de que sedeveria votar, nessa oportuni-dade, um anteprojeto de Acôr-do de Desnuclearizaçáo.

Mann avisasua saídaa juraci

O Sr. Thomas Mann envioutelegrama ao Ministro JuraciMagalhães e ao EmbaixadorPio Corrêa comunicando quedeixará o serviço público norte-americano, para dedicar-se aatividades privadas onde espe-ra continuar mantendo rela-ções de amizade com ambos, efazendo votos para que a co-operação e a amizade entreBrasil e Estados Unidos prós-sigam firmes e estáveis.

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Com quantos quilômetros se aposenta um Volkswagen?Desculpe, mas não podemos lhe dar

a resposta certa.O que podemos lhe dizer é que o

Volkswagen é fabricado para durar o máximo.Seu motor é de baixa rotação. O curso

dos^ pistões é reduzido, tornandomínimo o desgaste das peças móveis.

Seu .sistema de refrigeração a ardispensa radiador de água, bomba d'água,tubinhos, mangueiras... todas essascoisas que estão sujeitas a enferrujar. t

entupir, vazar, estourar.O chassi é blindado por meio de

uma chapa de aço.Achamos que essa é a melhor maneira de

evitar danos às partes mecânicas e elétricas.Foi ainda pensando na durabilidade

do Volkswagen que se adotou a suspensãopor barras de torção.

Elas«são de aço e praticamenteinquebráveis.Temos ainda um Livrete de Serviços

Técnicos que acompanha cada Volkswagen»Êle e uma garantia adicional para

manter o Volkswagen sempqe em forma.Como v. vê, fizemos tudo parao Volkswagen ser um carro durável.Agora, se v. souber de algum

Volkswagen quese aposentou por velhice,avise-nos por favor. \Nós também estamos curiosos parasaber quanto êle dura.®

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10 — 1.° Cad,, Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-

Informe JB M AV TEMPO ADIA ESCULTURAS

O novo Mato GrossoA erradicação do analfabetismo em,

Mato Grosso é anunciada com convic-ção pelo Governador Pedro Pedrossian,que veio ao Rio realçar as possibilida-âes de seu Estado junto aos órgãos fe-derais. O plano para acabar com o anal-fabetismo já está pronto e em breve suaexecução porá Mato Grosso em posiçãode liderança no campo educacional.

Mas, também, a infra-estrutura èobjeto da ação do Governo, cuja médiaâe idade fica nos trinta e poucos anos.Já está planejado o programa de ener-gia e estradas. A começar pelo Sr, Pe-dro Pedrossian, Mato Grosso é gover-nado por gente jovem e técnica: todosestão iio ccxmêço da casa dos trinta anos.exceto o Secretário da Fazenda, que émais idoso.

O companheiro do Governador Pe-drosslan- na viagem ao Rio ê o Secre-tário de Governo e Coordenação Econô-mica, Sr. Roberto Augusto Galvão, tam-bém otimista em relação a. Mato Grossoe confiante no estilo renovador de Go-vêrno ali inaugurado a 31 de janeiro."Mato Grosso em breve será outro",afirma Pedrossian, homem que acreditaem planejamento e dis: que a melhor po-litica ê a administração eficiente. Re-crutou no Rio e em S. Paulo duas de-zenas de economistas e técnicos, que jáse radicaram em Mato Grosso e iâenti-ficaram-se com as aspirações de pro-gresso da população que elegeu um ho-mem novo na esperança de ver reno-varem-se os métodos para a transforma-ção efetiva das possibilidades do Estadoem realidade a curto prazo.

sidente, aceitando-lhe as razões, con-cluiu:

Aceito o' seu ponto-de-vista, Sü:nador; depois, o Sr. ainda tem mais qua-tro anos de mandato...

Quatro não, Presidente — inter-veio, rápido, o Sr. Viturino Freire —; eutenho é mais 5 anos e 3 meses, se o baila

^Jôr inté lá...Curioso sóbre o significado da ex-

pressão, o Presidente ouviu do Sr. Vito-rino Freire a seguinte história:

Há muitos anos, quando eu eraoficial de gabinete do Secretário de Agrl-cultura de Pernambuco, saímos, num diade Carnaval, eu, o Secretário, o GilbertoFreire, o Antiógenes Chaves, o EuricoChaves Filho e outros, e fomos ao fa-moso Clube das Pás, que é o clube dosestivadores, mas muito rico, com .umabela sede. Lá, eu fui tirar unia mulatapara dançar e ela respondeu que para aprimeira dança já estava comprimitida;aí, eu perguntei se poderia ser a segun-da. Também estava comprimitida. MeioIrritado, eu perguntei: e a trigésima?Ela respondeu: pode ser, se o balis fôrintè lá...

PesquisaPreparando-se para o concurso ehr

que disputará mais uma cátedra — a deOrtopedia e Traumatologia —, o Pro-íessor Noi)a Monteiro está empenhadonuma pesquisa sobre a luxação congè-nlta da rótula, envolvendo o exame decinco mil meninas entre 11 e 15 anos.A doença, que só se manifesta geralmen-te depois dos 40 anos, através da incha-ção do joelho, é privativa das mulheres.

Na OposiçãoOs deputados da Oposição estão di-

zendo que os eleitores do General Costae Silva atravessam atualmente uma fa-se de depressão: depois de se pronun-ciarem na ARENA, começaram a notarque o ambiente nas antecâmaras presi-denciais já não é mais tão acolhedor-quanto antes.

HistóriaQuando, em 1945, começaram a apa-

recer grupos gritando "Queremos Getú-lio!" nos comícios do Generai Dutra, e oschefes militares ficaram profundamenteIrritados e foram procurar o então Mi-nistro da Guerra, para dizer-lhe que"com Getúlio não haverá eleições: é pre-ciso derrubá-lo", o General Dutra con-tinuou tranqüilo:

Já estou muito velho — disse êle— para o Dr. Getúlio querer botar gui-sos nas minhas platinas. Não farei ne-riliuin movimento contra êle sem umamotivação.

Os generais foram embora e as ma-nobras getullstas continuaram; um dia,o General Dutra foi procurado por umpolítico, que lhe sugeria retirar a can-didatura, para contornar "as dlficulda-des que estão sendo criadas pelo Presi-dente". E o General Dutra:

Retirar, eu não retiro. O Dr. Ge-túlio, que a lançou, é quem pode retira-Ia. Eu vou até as urnas com minha mu-lher e meu ajudante de ordens.

Pouco depois, como se esperava, veioo golpe, precipitado pela nomeação doSr. Benjamim Vargas para a Chefia dePolicia. O General Renato Paquet, Co-mandante da Vila Militar, tentou resis-tir e íoi preso no posto, enquanto seuscomandados sustentavam a deposição doditador. Entre os mais entusiasmadoschefes da Vila, naquele tempo, estava oCoronel Artur da Costa e Silva.

Pelo telefoneTentamos falar para o CADÊ (Con-

&3lho Administrativo de Defesa Econô-mica). Os telefones que constam do ca-tálogo como sendo do CADÊ pertencem,na verdade, ao Banco da Habitação.

Ligamos para 02. Foi preciso fazervárias tentativas, porque ninguém aten-dia: parece que as telefonistas estavamausentes. Enfim, uma delas deu o ar desua graça. Pedimos o telefone do Con-selho Administrativo de Defesa Econô-mica. Ela perguntou que coisa era essa.Explicamos que era um órgão ligado àPresidência da República. «

Por que o senhor não procura nocatálogo? ela quis saber.

Já fizemos isso, minha senhora,mas o catálogo está errado.

Ela tinha boa vontade. Deixou-nos3 minutos na Unha, esperando, e depoisdesabafou:

O senhor tenha paciência, masisso que o senhor pediu é muito compli-cado. Acho que não botaram telefonelá não.

O fim do baile

Conta o Senador Vitorino Freire querecentemente, ao explicar ao MarechalCastelo Branco por que não aceitaria ne-nhum posto de direção na ARENA, o Pre-

Briga de canarinhosPrenuncia-se uma pequena guerra

em tomo do càriafinho Tri, desenhadopor Ziraldo para servir de símbolo, àseleção brasileira que vai a Londresdisputar a Copa do Mundo, Alguns su-jeitos espertos mas sem muita imagina-ção resolveram lançar mão da idéia eiriflacionár o mercado de canarinhospretos, azuis e até verde-amarelos. OSr. João Havelange, Presidente da CBD,oficializou o canarinho de Ziraldo, masjá apareceu por ai um canarinho.diíe-rente, com o escudo da CBD no peito,numa contrafação que nem Ziraldo nema CBD estão dispostos a tolerar. Vãoimpedir a exploração comercial da idéia,e têm farta munição legal para isso: ca-narinhos há muitos, mas um só ver-dadeiro.

FórmulaAs Caixas Econômicas, sob o coman-

do administrativo e hierárquico do seuConselho Superior, e sob o comando nor-mativo e com a assistência financeira doBanco Nacional da Habitação, vão en-trar a pleno vapor na execução do pia-no habitacional.

O convênio padrão entre o BNH eas Caixas foi aprovado no dia 3, pelosdois órgãos de cúpula, e agora as Cai-xas poderão operar imediatamente, íi-nanciando os construtores e comprado-res de casa própria.Melo Bastos

A Professora Liana de Melo Bastosescreve para negar que seu pai, o Co-mandante Melo Bastos, esteja voando naArábia Saudita: éle continua exilado noUruguai. Além disso, esclarece que nãorecebeu nenhuma indenização de 11 ml-Ihões de cruzeiros, mas de 9 milhões e800 mil, "e que correspondia a menos de50 por cento da indenização legal. (Note-se que foi acordo na Justiça do Tra-balho.)

Diz ainda que as dificuldades eco-nômicas da família têm sido resolvidascom o fruto de seu próprio esforço, so-mado ao de sua mãe e de outra irmã.todas professoras, além da ajuda de di-versos "companheiros de meu pai, que,conhecedores do seu valor pessoal, nostêm prestado a mais completa solidarie-dade".

Cidadão HonorárioExcelente idéia teve o Deputado

Passos Porto, de Sergipe, apresentandoum projeto para dignificar o titulo deCidadão Honorário. Houve época, aquino Rio, em que praticamente todos osdias algum deputado apresentava umprojeto para dar a cidadania carioca aalguém. Na maioria dos casos, o homena-geado não. merecia a homenagem, queacabou se desmoralizando, a tal pontoque multa gente já não considera a idéiatão llsonjeira assim.

Depois, não fica lá muito bem dar otítulo e depois rasgar, como aconteceu,por exemplo, com o Sr. Leonel Brlzola,que há pouco mais de dois anos erá umdos cidadãos mais intitulados do País.Quando velo a Revolução, muitas Cá-muras Municipais que já tinham apro-vado a homenagem perceberam logoque não era muito prudente Insistir na-quele erro de cálculo.

Lance-livre

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Nega o Senador Daniel Krieger ter feitonos últimos dias qualquer comentário só-bre a candidatura do Sr. Magalhães Pintoà Vice-Presidência da República, e muitomenos nos termos divulgados pela imprensa.Segundo o Sr. Daniel Krieger, a última vezque encontrou o Sr. Magalhães Pinto foina instalação da ARENA,.em Brasília.

O Deputado Armando Falcão será oentrevistado de hoje do programa O As*Minto é Política, na TV Rio.

O A Tribuna Médica está organizandotuna exposição de artes plásticas de auto-res médicos na Cantu Móveis, na Rua Ba-rão de Ipanema. A Inauguração será nodia 17, com um coquetel.,

O O Professor Machado da Silva, cate-drático de Inglês do Colégio Pedro II e daUniversidade Católica, é o responsável pelocurso sobre o Romantismo na Poesia Ame-ricana, no ciclo de altos estudos, destinadoa professores no colégio-padrão. O ProfessorMachado da Silva escolheu para sua assis-tente a Professora Bernardina da SilveiraPinheiro, também dos quadros do Pedro IIe da Universidade Católica.

Chega amanha, ao Rio, a convite doPresidente do IBC, o jornalista Kelsey VanMusschenbroek, do Financial Times, de Lon-dres.

O Sr. Oscar Bloch, Diretor-Superln-tendnete de Bloch Editores, é o homena-geado de huje do almoço da Associação Bra-

sileira de - Propaganda, no restaurante daMesbla.

Chega amanhã ao Rio o Sr. Robert T.Love, Diietor-Executivo de Gorton> ofGloucwster Inc. dos Estados Tinidos, queassinará em Natal, dia 9, um contrato paradistribuição mundial da produção de la-gosta exportável da Produtores de.Pescado— PROPESA.

\O Teatro de Arena da Guanabara apre-

sentará a partir do próximo dia 10 Os Es-peetrM, de Ibsen. •''

O O Senador Auro de Moura Andrade,que anteontem à noite visitou o GeneralCosta e Silva e ontem pela onanh& estevedemoradamente com o Marechal Dutra,embarcou para São Paulo sem dar as sen-Baclonais declarações que tinha prometidoi. imprensa.

Destruída pelos primeiros temporaisdeste ano, a ponte de Tribobô, fundamen-tal para o tráfego em direção a 'Campos,Vitória e outras importantes cidades, ¦ foipouco depois consertada pelo Departamentode Estradas de Rodagem do Estado do Rio.O segundo temporal, porém, danificou no-vãmente a ponte, c o DER não parecedisposto a dar uma nova aportunidade a elaou a outros temporais. Em conseqüência,sofre terrivelmente toda uma Imensa re-gião, enquanto o DER conjectura sóbre ainconveniência das chuvas sóbre consertosmal feitos. Por não ter feito um bom tra-balho, da primeira vez, o DER terá quei-efazê-lo agora.

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Alunos daPUC debatemo i 'A • ,N • A 5 1te-ie-ie

Às [tròius eliminatórias do Concurso de tismituras na Areia — que seriam realizadas amanhã — foram ãdindás para o dia li, emvirtude do nmu tempo. O local continuará o mesmo: Praia de Copacabana, entre as Ruas Fernandes Meiulci e Rodolfo Dantas, em fren.te a agência da Air Trance do Copacabana Palace. Como o inicio do certame foi adiado, líâ a possibilidade dc mais candidatos se ins.«reverem no Serviço de Relações Públicas do JB ou nas agências de Copacabana (Av. Copacabana, 610 e 1 100). bem como na agênciada Air France no Copacabana PaUtce. O prêmio maior será uma viagem de ida e volta a Paris, pois o vencedor representará o Bra-

sil no Campeonato Mundial de Esculturas na Areia em La Baule, praia francesa

Primeira crítica

Yan MicKalski

"Verde que te quero verde"Apesar de alguns momentos dc autêntica beleia, emo-

cão c poesia ciue Verde Que Te Quero Verde oferece, te-mos certeza de que teria sido preferível homenagear Gar-cia Loteai neste ano do trigésimo aniversário de sua mor-te, com a encenação de uma das suas peças na íntegra.Estas antologias cênicas são sempre muito perigosas, ain-da mais quando se trata de um poeta como Garcia Lorca,cujo contato com o público depende da criação de umclima mágico, que não pode ser cortado abruptamente acada momento, para ser recriado de novo, logo a seguir.

Verde Que Te Quero Verde fica frustrado, em gran-âe parte, por causa desta fragmentação; os autores e odiretor não somente não souberam evitar este perigo, co-mo até parecem ter feito questão de acentuá-lo. O iniciodo espetáculo, então, chega quase, a ser desastroso, detão fragmentado, agitado e tumultuado: quem não temum considerável conhecimento prévio da obra de Lorca,dificilmente encontrará o fio da meada nos primeiros quin-ze minutos do espetáculo. E a única obra apresentada naintegra, O Retábulo de Dom Cristóbal, que fecha a pri-meira parte, tem apenas o interesse de uma curiosidade,sem fornecer indicações realmente válidas sobre a essên-cia da obra do poeta.

As coisas melhoram bastante na segunda parte, quan-ão são apresentadas pequenas cenas de Dona Rositçt Sol-teira, A Casa de Bernarda Alba, Mariana Plneda e Bodasde Sangue, ligadas por textos bastante esclarecedores, a¦maioria dos quais de autoria do próprio Lorca. Mesmoaqui, porém, a fragmentação é excessiva: um pouco maisde material documentário c informativo, e cenas mais de-senvolvidas, teriam dado ao espectador uma idéia bemmais completa sobre as peças que foram abordadas, semo perigo de saturá-lo,' pois o espetáculo, tal como esta,não chega a uma hora e meia de duração. É nos último*minutos, quando a morte do poeta è relembrada atravésde poesias, que o espetáculo atinge o seu. climax emo-cional.

Maria Fernanda domina completamente o espetáculo,v.om o seu privilegiado e generoso temperamento de atriz,graças ao qual projeta sempre à platéia a magia do tex-to, mesmo nas cenas cujo tom nos pareceu^ um tanto ãe-clamatôrio, como por exemplo no trecho de Dona Roslta.E nas canções que Maria Fernanda interpreta, com sur-preendente musicalidade e com irresistível vitalidade dra-mática, o espetáculo levanta vôo e transcende as limita-ções da sua concepção.

Através da. amostra de Verde Que Te Quero Verde,Maria Fernanda prova ser uma autêntica atriz lorquiana.Ela fica nos devendo, agora, uma das grandes peças deLorca.

Serão homenageados pela indústriatêxtil os senhores Drs. Arthur Santos

e Nestor JostO SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FIAÇÃO E TECE-

LAGEM DO RIO DE JANEIRO vai prestar uma homenagem,

em nome da indústria têxtil do nosso País, aos Srs. Drs.

ARTHUR SANTOS e NESTOR JOST, pelo acertado ato do

Governo reconduzindo-os para o exercício dos cargos de

Diretor da Carteira de Crédito Geral e Diretor da Carteira

de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil.

A homenagem consistirá num jantar que lhes será ofe-

recido pelo referido Sindicato no próximo dia 10 do cor-

rente, às 20h30m, no Hotel Glória.

As listas de adesão se encontrem ns Secretaria do

eludido Sindicato, è Rua México,. 168, 7." andar, nesta Ci-

dade.

Prêmio Esso vai além-dotrabalho de reportagem epassa a valer 2 milhões

A transformação do Prêmio Esso dc Reportagem emPrêmio Esso de Jornalismo, e o aumento de seu valor pa-ra CrS 2 milhões, além da viagem dc ida e volta a NovaIorque, pela VARIG, e mais USí» 250 de ajuda de custo,foram anunciados ontem pelo Vics-Presidente da EssoBrasileira de Petróleo, Sr. Paulo de Carvalho Barbosa.

De agora em diante, os trabalhos concorrentes serãoclassificados nas categorias de Reportagem, Fotografia,Trabalho Esportivo, Informação Econômica, InformaçãoCientífica e Equipe, tendo sido também substancialmentemodificado, havendo Prêmios Esso de Imprensa Regional,no valor de Cr$ 500 mil.DISTRIBUIÇÃO

O Prêmio Esso de Jornalismoserá escolhido entre os seis fi-nalistas de cada categoria, eaos cinco restantes serão con-feridos prêmios de Cr$ 700 mil.Os prêmios Esso de ImprensaRegional — no valor de Cr$ 500mil; cada um — .serão conferi-dos aos melhores' trabalhos decada grupo não contempladoeom qualquer outro.

Disse o Sr. Paulo Barbosaque agora o julgamento doconcurso será feito em duasetapas — a primeira, por trêscomissões regionais que indica-rão os melhores trabalhos decada, categoria, e a segunda poruma comissão nacional, que osjulgará e apontará, dentre osfinalistas, os vencedores reglo-nais, os premiados em cada ca-tegoria.COMISSÕES

As comissões regionais fun-cionarão no Rio, em São Pauloe em Recife. A comissão do Riojulgará os trabalhos oriundosdos Estados da Guanabara(grupo 1), Minas, Rio de Ja-neiro, Espirito Santo e Bahia(grupo 2). A de São Paulo jul-gará os trabalhos da capitalpaulista (grupo 3) c dos Esta-dos do Rio Grande do Sul, Pa-raná, Santa Catarina, interiorde- São Paulo, Mato Grosso,Goiás c Brasília (grupo 4). E.finalmente, a de Recife, quejulgará os trabalhos de Per-nambuco, Sergipe; Alagoas, Pa-

raiba, Rio Grande do Norte,Ceará, Acre, Piaui, Maranhão,Pará, Amazonas e Territóriosfederais (grupo 5).

A comissão nacional será lin-tegrarta por um elemento dacomissão do Rio, outro da deSão Paulo c outro da de Rèci-íe, todos indicados pelas pró-prins comissões regionais.

A inscrição dos trabalhos se-rá feita mediante a remessa áetrês recortes da matéria, como nome do veiculo que a divul-gou, data e local da publicaçãotom a indicação Prêmio Essode Jornalismo e a especifica-çao da categoria (reportagem,fotografia, informação cientiü-ca, trabalho esportivo, informa-ção econômica ou equipe). Ca-da jornalista poderá, concorrercom'um máximo de três traba-Ihos de cada categoria. No ca-so da fotografia, além dos trêsrecortes, o concorrente deveráenviar, também, três cópias <tefoto em tamanho 18x24.

Só poderão 6er inscritos noPrêmio Esso de Jornalismo ostrabalhos publicados no pe-riodo de 16 de maio de 1985 a31 de Julho de 1966 e que fo-rem recebidos nas sedes dascomissões regionais até o dia15 de agosto deste ano.

Os concorrentes da Guana-bara, Minas, Estado do Rio,Espirito Santo e Bahia deverãoenviar seus trabalhos para aAssociação Brasileira de Rela-ções Públicas, Av. Rio Branco,120, sala 1112, no Rio.

Empregado rouba a sorte daLoteria e foge com milhõesdo prêmio maior em Manaus

Manaus (Correspondente) — A Loteria Estadual doAmazonas, ganhadora do lfi prêmio da última extração,perdeu-o, depois de ter rec.ontabilizado os CrS 19 milhões,para o seu auxiliar de tesouro José Mitoso Primo, que,a exemplo do irmão, enfiou o dinheiro no bolso e desa-pareceu com a roupa do corpo, um revólver e uma caixade balas.

O mesmo delegado que há dois meses prendeu Gua-taçara Mitoso, autor de um desfalque de Cr$ 32 milhõesna Caixa Econômica Federal do Amazonas, está agora noencalço do auxiliar de tesoureiro que se apropriou doprêmio correspondente a um bilhete devolvido à Loteria

. por não ter sido vendido a ninguém.tante", e fazendo-a temerque pretendesse suicidar-se.

O Delegado Salum Ornar, en-tretanto, não acredita em talpretensão e prosseguiu nas in-vestigações, enquanto a Lote-ria divulgava nota oficial naqual esclarece que "continuafuncionando normalmente".

O DESFALQUE

A Policia acha que José Mit-toso aproveitou-se da ausênciado Presidente da Loteria, Co-ronel Nolasco Pennafort, paradesaparecer com o dinheiro, oque fêz depois de despedir-seda família, dizendo que iria"cumprir uma missão impor»

75.O

CONVITEANIVERSÁRIO

DA

COMPANHIA ANTARCTICA PAULISTAA Comissão Organizadora dos Festejos da Filial-Rio tem a honra de

convidar os amigos, fregueses, fornecedores e o público em geral, para assis-tirem à Missa Solene de Ação de Graças, pelo 75.° aniversário da CompanhiaAntarctica Paulista, a ser celebrada na Igreja da Candelária, no dia 8 de maiode 1966, às 10 horas, sendo oficiante Sua Eminência o Cardeal Dom Jaime deBarros Câmara, com a participação do Coral Metropolitano de São Paulo,sob a regência do Padre Maestro João Lyrio Tallarico. , (P

A Comissão Organizadora

O ié-lê-ié foi tema de umdebate ontem na PontifíciaUniversidade Católica, entreos alunos da terceira sérieda Escola de Sociologia ePolítica' e o jornalista Ar-mando Aflalo, do JORNALDO BRASIL, durante a aulado professor Sérgio Lemos,da Cadeira de Sociologia daVida Cotidiana.

Partindo dos problemasda divinlzacão da juventudee do mito de que os jovens,constituem um mundo emseparado — temas propôs-tos pelo professor Sérgio Le-mos — foram debatidas asrazões do desenvolvimentodesse tipo de música na ju-veiitude brasileira e as in-íluências européias e ame-ricanas.

Os debates não foramfeitos em tom critico e simanalítico, destacando os as-pectos positivos e negativosde um problema muito atuale, cuja análise, em profun-dkHirie, deverá ser feita pe-los alunos de Sociologia, apartir das conclusões preli-minares que o debate pro-porcionou.

Secretáriasreelegem suaPresidente

A Sr." Nanei Palladinl, doBanco Lowndes, foi reeleita,ontem Presidente do Clube dasSecretárias do Rio de Janeiroe prometeu — ao ser anuncia-do o resultado — lutar, emseu novo período, pelo aprimo-ramento da cultura das sócias,o intercâmbio de conhecimen-tos e a difusão das normas daprofissão.

A chapa reeleita, que ontemofereceu um almoço de con-fraternização, no Clube Co-mercial, íicou assim constitui-da: Presidente — Nanei Palia-dlni; Vice — Rcné Martinell;li» Secretária — Maria ReginaLouza; 2.» Secretária — LaísRibeiro Ameijeira; e Tesourei-ra — Ivone Lucile Bonnet,substituindo a Sr.» ReginaMial, que pediu demissão docargo.

Fundação dáprêmio a,monografias

O Instituto de Direito Pú-blico e Ciência Política da Fun-dação Getúlio Vargas está pa-trocinando um concurso de mo-nografias sob o tema PartidosPolíticos, com mínimo de 200e máximo de 250 páginas dacti-lografadas em espaço dois de-vendo ser entregues até 30 denovembro e prêmios de Cr? 500mil ao primeiro o Cr$ 300 mtlao segundo colocado.

Os originais deverão ser re-digidos em português e acom-panhados à parte da qualifi-ficação pessoal do candidato,com indicação da residência e' currlculuttt j 'itae. Qualquer pes-soa residente no Brasil; excetoos membros do Conselho Dire-tor e funcionários do IDPCP,poderá concorrer, estando otema subdividido em: 1 — As-pectos sociológicos, políticos ejurídicos; 2 — Diversos siste-mas partidários; Partidos, po-liticos e sistemas eleitorais;3 — Bipartidarismo e multi-partidarismo; crítica; e, 4 — Oproblema brasileiro, os Partidosextintos pela Revolução, pers-pectlvas do futuro. A Funda-ção Getúlio Vargas, na Praiade Botafogo, 186, dá informa-ções complementares.

Orador dosmelhores éD, Antônio

Niterói (Sucursal) — O Ai--cebispo desta Capital, Dom An-tònlo de Almeida Morais Jú-•nior, acaba de receber de Roma,por intermédio do Núncio Após-itólico no Brasil, Dom Sebas-tião Baggio, o título de O Me-lhor Orador Sacro da últimafase do Concilio Ecumênico,pelo que já várias personallda-des lhe endereçaram, mensa-gens de congratulações.

Ao ser cumprimentado ontempor vários deputados, o Arce-bispo fêz questão de salientarque foi classificado 6 melhororador, mas só entre as autori-dades participantes de uma dasetapas do Concilio, se bem queem seu ciclo de palestras "te-nha sido obrigado a. usar, emcitações, nada menos que oitoidiomas".

MEC levaVerdi a

fluminensesNiterói (Sucursal) — A Tra-

viata, de Verdi, será apresen-tada amanhã, as 21 h, no Tea-tro Municipal de Niterói, sobo patrocínio da Divisão ExtraEscolar do Ministério da Edu-cação e Cultura, com seusprincipais papéis vividos porÁurea Carquejal, Roberto dcGregórlo e Ernâni Camargo. Aregência da orquestra estará acargo dos maestros André Vi-vante e Consuelo Matos Sa-vastane, do Teatro Municipaldo Rio.

~~T3~r \.-v\y:-;vr-;

Jornal do Brasil, sexta-feira, C-5-66, 1." Càd. mÍ. _£

Falta de recursos faz DelareiPara Peracchi nem Cristoestaria livre das vaiasque recebeu no Maracanã

São Paulo (Sucursal) — Ao chegar a esta Capital, oMinistro do Trabalho, Sr. Peracchi Barcelos, afirmou que"se Cristo estivesse na festa do Maracanã, no Dia do Tra-balho, também o teriam vaiado", como lhe aconteceu aoser citado nos microfones do estádio como uma das au-toridades presentes ao jogo da seleção brasileira.

O Ministro disse, ainda, que o Governo não tem enunca teve nenhum propósito de extinguir ou restringirqualquer direito, vantagem ou conquista dos trabalhadorese que só pensou em modificar a estabilidade depois quealguns trabalhadores fizeram várias sugestões contra oinstituto.MÁRIO MARTINS

Ao presidir ontem a posse daDiretoria do Sindicato Nacionalda Indústria de Tratores, Ca-minhões, Automóveis o VeículosSimilares e da ANFAVEA, oMinistro do Trabalho anunciouquo dera entrada, junto aoMinistro da Justiça, de umprocesso contra o jornalistaMario Martins, tio JORNAL'DO BRASIL, por causa do ar-tigo Pele salva a Festa, publi-cado no último domingo.

Alegou que a frase a êle atri-buida — "a modificação do ins-tituto da estabilidade sairá, doaa quem doer" — não íoi encou-trada- entre as notas tnquigrú-ficas de seu discurso no RotaryClube.

Acrescentou quo, apesar deter sido Presidente da CPI sô-bre o IBAD (Instituto Brasllei-ro de Ação Democrática), rece-beu ajuda mas íoi da Ação De-mócrática Parlamentar, que lhedeu faixas para a sua candi-datura.

COBAL envia ao Nordeste30 caminhões tia SUDENEcom 1800 sacas de arroz

Trinta caminhões seguiram ontem para Recife, trans-portando um carregamento de 1800 sacas de arroz daCompanhia Brasileira de Alimentos — COBAL e quedeverão ser entregues à CANESA — Centrais de Abaste-cimento do Nordeste S. A. órgão subsidiário da SUDE-NE, a fim de melhorar as condições das regiões mais atin-gidas pelas secas.

A Assessoria de Imprensa da COBAL informou quealém de arroz, o órgão pode enviar para o Nordeste char-que, feijão, leite em pó, farinha de mandioca e gorduravegetal. Novos carregamentos de arroz deverão seguir paraRecife até que se esgotem as 5 000 sacas estocadas nos ar-mazéns da COBAL.TRANSPORTE

O transporte de arro2 parao Recife está sendo feito emcaminhões que a SUDENEcomprou em São Paulo paraabrir estradas, e que estão sen-do aproveitados a íim de re-cluzir as despesas. O Sr. Pau-lo de Sousa Filho, funcionárioda SUDENE que vem coorde-nando o serviço de transporte,disse ontem que os primeiroscaminhões deverão chegar aRecife no dia 12.

Informou ainda ter recebidotelegrama da Superintendênciaanunciando melhoria das con-dições ii03 26 municípios doNordeste mais atingidos pelaestiagem — 14 no Oeará, 8no Rio Grande do Norte e 4 uaParaíba-AMEAÇA

Recife (Sucursal) — O Su-peri ntendente-Substituto daSUDENE, Sr. Fernando Mota,

comunicou ontem àquele òr-gão, após visitar áreas do ser-tão paraibano, que, naquela re-gião, "a lavoura está em épocade floração, necessitando dechuvas para embonecar o mi-lho o segurar o feijão, sob pe-na de perder-se a safra".

O Sr. Fernando Mota pediuquo a SUDENE providencias'-se com urgência o envio cie180 motobombas para irrigaçãodo sertão paraibano, enquantomais de dez caminhões condu-zlndo 80 toneladas de alünen-tos seguiam para as cidadesde São João tío Jaguaribe eJagüaraha, no Ceará.

Em Quixadá, no Ceará, se-gundo o telegrama enviado on-tem ao JORNAL DO BRASILpelo padre Antônio Vieira, alavoura foi totalmente perdi-da. provocando desolação noseio da população, que vemabandonando a Cidade emgrandes levas, à procura de re-cursas. t

Soviéticos não transigemna defesa da paz mundial,afirma cientista Belousov

O cientista soviético Vladimir Belousov, atualmente noRio a convite da Academia Brasileira de Ciências, em en-trevista coletiva concedida ontem, afirmou que a "UniãoSoviética defende, intransigentemente, a proscrieão total(ias armas atômicas:

. — Com esse comportamento, o povo soviético pretendefixar uma' importante posição em defesa da paz mundialtantas vezes ameaçada por pessoas alheias ao sofrimentoe as preocupações de milhões de homens espalhados nelomundo todo — acrescentou.A COOPERAÇÃO

— A União Soviética temboa vontade em ajudar outrasnações, que recebem importân-te colaboração científica, parti-cularmente os países africanose asiáticos. Essa ajuda temmuitas formas e a mais im-portante é o oferecimento debôlsas-de-estudo a estudantesestrangeiros interessados noaperfeiçoamento tecnológico.Além disso, fazemos a permu-ta de técnicos e doamos mate-rial para pesquisas, além defornecermos maquinarias fi-nanciadas a longo prazo, quan-do se tratara de paises menosdesenvolvidos.

O Professor Vladimir Belou-sov anunciou que, em recentespesquisas, técnicos soviéticosdescobriram ricas minas dodiamantes, carvão e ferro, naSibéria, e que oportunamenteo Governo comunicará oficial-mente a potencialidade daque-Ias reservas.

O Professor Vladimir Belou-sov, Catedrático de Geologiada Universidade de Moscou emembro da Academia Soviétl-ca de Ciências, conhece apenasos idiomas russo e inglês, e,respondendo as perguntasatravés de um intérprete, disseque não faria qualquer refe-rência a assuntos políticos.

Governo quer transformar aCosteira em uma grandeempresa de reparos navais

Brasília (Sucursal) — O Presidente da República an-tecipou ontem o propósito de transformar a CompanhiaNacional de Navegação Costeira e parte do acervo doí.oide Brasileiro em uma grande organização de reparosÍX™»? afss'nar,° decret° «ue reformula o sistema deintervenção federal naquela empresa, substituindo o Inter- <v«ntor por uma Junta Interventora. |tÂvinA,ioUvÍL- coml-ost,a de Sois representantes do Minis-Kh« Í^Í Ç / Um d0 Ministério do Planejamento, ten-do sido nomeados o Comandante Rafael Fonseca o en-5Tn w,?aUl0,

MaTcl<? e ° «onomista José Lira ,/ubstttuTn-do o Interventor Leônidas Costa. O decreto enumera ex-pressamente os objetivos do Governo, em retagáo à em-

OS OBJETIVOS

Os obletivos são os seguintes:Organizar nova empresa de re-parações navais, em que deve-i'á transformarHse a atualCompanhia Nacional de Nave-gação Costeira; Atualizar acontabilidade da companhia; oProceder o levantamento dovaior do acervo da CompanhiaCosteira a ser transferido parao Lólde Brasileiro c desta em-presa a ser transferido para anova companhia de reparaçõesnavais.

No mesmo decreto, falandoainda das incumbências daJunta Interventora recôm-no-

meada, determina o Presiden-te;"Caberá à Junta Intervento-ra apresentar projeto de orga-nização de uma companhia dereparos navais, para utilizaçãodo equipamento e material ho-je existentes nas CompanhiasNacional de Navegação Costei-ra e Lólde Brasileiro e afetosao setor de reparos navais, bemcomo, atendidos òs interessesda nova companhia, propornormas para o aproveitamento,no todo ou em parte, do pes-soai respectivo, e as condiçõesque o mesmo se dará submeten-do aos Ministros da- Viação edo Planejamento as soluçõesencontradas."

A falta de recursos finnncei-tos e os salários baixos e atra-nados do pessoal do Departa-mento dc Transite fizeram com.que o Diretor daquele órgão,General Delarei Gomide. reu-nlsse ontem seus auxiliares pa-ra anunciar que colocará hojeo seu cargo á disposição doGovernador Negrão de Limn.

O Chefe do Serviço de Par-queamento, Sr. Mclciades An-tão, apresentou outros moti-vos para o afastamento do Di-retor do Trânsito, ao afirmarque "o General Delarei vinhasofrendo várias pressões e sen-do alvo de calúnias que o co-locavam mal perante a opiniãopública, além de não contarcom pessoal suficiente".SEM RECURSOS

— O Governo do Estado,nesta difícil fase financeiraque atravessa, náo pôde dar•até agora as verbas necessáriaspara atender;as exigências dotrânsito que, até há pouco tem-po, era mantido com o diuhei-ro arrecadado nas áreas de os-tacionamento. Com a transfe-rência daquela arrecadação pa-rá a Secretaria de Finanças.ficamos sô na dependência deverbas que nunca chegaram —afirmou o Sr. Melciades Antão.

pedir demissão do TrânsitoOs funcionários íoram

pressionados a se empenhar aomáximo, mas faltam os re-cursos e, o que ó pior, cs sala-rios, além de atrasados cm doisimcses, são muito baixos --acresceu l ou.

DO BOLSO

Meu dinheiro — prossè-giuu o Sr. Mclciades Antão —íoi muitas vezes desviado embeneficio do Departamento, co-mo provo com as notos decompra em meu poder, todaselas pagas por mim, Atú o dl-nheiro para fazer uma chavesaiu do meu bolso. Ainda hojenão recebi Cr? 17 mil que (jas-tei no Departamento.

Apesar disso, aeusain-mede estar vendendo vagos cati-vas, quando cm meus 60 anosde vida nunca tive & honestl-dade manchada. Por minham ã o passaram negócios dcCrS 300 milhões dc comprasentre a Marinha e a Esso.

SABERÁ HOJE

O General Delarei Gonüde .sóciará conhecimento de sua de-cisão ao Governador Negrão deLinia, hoje pela manhã, quandoapresentará seu pedido de de-missão em caráter irrevogável.O Diretor do Trânsito perma-

néoerfi, contudo, à frente du ór-gão, até que o Governador no-mele o substituto.

COMPUTADORES

O General Delarei Goniideesclareceu ontem — antes deanunciar seu afastamento doórgão — que a compra de doiscomputadores eletrônicos, des-tinados à sinalização do trân-sito, foi feita legalmente depoisde uma concorrência pública,durante a gestão de seu ante-cessor, o Coronel Américo Fon-tencle. Em nota oficial, o Diro-tor do Trânsito afirmou quetodos as documentos da tran-sação estão à disposição da im-prensa, "sendo fácil verificarque a compra foi anterior àminha posse", acrescentandoque não faz a sua defesa, masa do Coronel Fontenele, por tercerteza de que ii conduta doantecessor foi honesta.

A nota oficial do General De-larei Gfamlde foi decorrência dcuotfcla publicada por um ves-pertino, que classificou a com-pra dos computadores como ne-íjociála, por não ter havidoconcorrência pública. O atualDiretor do Trânsito esclareceuque a concorrência foi vencidapor firma de Sáo Paulo, queíaz as últimos preparativos pa-ra a instalação do equipa-mento.

Est acionamento poderáser à moda parisiense

O Departamento de Transi-to está estudando a possiblli-dado de introduzir o estácio-namento gratuito por uma ho-ra, semelhante ao existente emParis, mas para isso vai pre-cisar dn. colaboração das grau-des empresas cariocas, que con-feccionarão relógios de papelão,apropriados para marcar a en-trada e saída de cada, veículo.

O Departamento de Trânsitoacredita que o sistema resolve-rá em parte o problema de cs-tacionamentò nas grandes ceu-tros comerciais, porque os mo-toristas poderão parar duranteo tempo determinado e, logoapós, cederão a vaga para ou-tro. em constante rodízio.

DIFICULDADES

O Cliele do Serviço de Par-queámento; Sr. Melciades An-tão, disse que o Departamentode Trânsito tem dificuldadespara colocar a medida em pra-tica, por falta de verba neces-síiria à confecção dos relógiosapropriados.

Segundo a idéia preliminar,cuda veiculo poderá estacionar

durante uma hora, das sete ãs"IO horas. O período será au-montado durante o almoço,"para que os motoristas nãocomam apressadamente e, de-pois, passem mal ao volante".

EM PARIS

Em Paris, o estacionamentoê gratuito e está equacionadograças á Zona Azul: área emque é permitido estacionar, musapenas durante umn, hora. Omotorista coloca um disco depapelão no pára-brisa, indican-do a hora em que encostou ocarro no meio-fio. A própriatabela do disco diz até que lio-ra se pode ficar estacionado.Geralmente, ê permitido esta-ciõiíar durante uma hora, me-nos uo almoço, quando se podeficar de llh30m à,s ir»h30m, e ánoite, quando o estacionamentoé livre.

A Zona Azul tem um fiscal,encarregado das multas, quan-do o motorista se esquece decolocar o disco, on então quan-do não tira o carro da Zona atempo.

Ato 2 livramaranhensesda cassação

Brasília (Sucursal) — Váriosparlamentares raniinhen-

s e s, largamente beneficiadospela fraude — conforme pro-vou o próprio Tribunal Supe-rlor Eleitoral, através de slndi-câncin —. escaparam de per-der o mandato porque aquelnCorte julgou prejudicados 137recursos apresentados pelo ex-tinto PSP e pelo DeputadoClódòmlr Millet contra deci-soes cio TRE do Maranhão.

O TSE baseou-se em recen-(os deliberações suas, resultan-tes do Artigo 18 do Ato Insti-tuclona! n.» 2, que extinguiuos partidos políticos, mas man-dou'| apurar os crimes eleitoraispraticados no Estado, remeten-do os autos ao TRE para qutvesto os envie 'ao ProcuradorRegional da República, que to-mará ns providencias neces-sáriasi

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; * A) única • semelhança; qúe *existe hoje eni dia-entre-o JOR;-NAL DO, BR ASIL e os outros /¦jornais é qúe todos sío 'feitos;'con?v •texto e fotos. • '.Para!;

ser inelípen-J;-ciente e porque é realista, p JBJ':'é hoje um jornal industrializadoque os leitores; transformaram no--matutino dc melhor circulação eLmaior centimetragem. É por isto :querei JB não fica velho,; -' ;

JORNAL DO BRASI L75 anos de renovação.

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12 *- 1.° Cad., Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-68

Castelo institui grupopara formular o PlanoNacional de Estatística

Um Plano Nacional de Estatística, Incluindo estatistl-cas básicas, primárias o secundárias, de interesse nacional,será formulado por um grupo de trabalho especial criadopor ato do Presidente Castelo Branco e proposto pelo Mi-nistro do Planejamento, Sr. Roberto Campos.

• O grupo — Informou o Br; Na*_areth Teixeira Dias,assessor do Ministro Roberto Campos — já está analisai.-do as

".ases do Plano Nacional de Estatística e os instru-mentos destinados a sua execução, com a coordenação doSecretário Geral do EPEA, Sr. João Paulo Veloso.

Vale do Rio Doce e GrupoAntunes firmam protocolo

CURTO PRAZO

A necessidade de obter ummínimo de estatísticas para aformulação dos planos e pro-gramas governamentais — dis-se o Sr. Nazaré Teixeira Dias— determinou a reorganizaçãodo IBGE e a atualização dasestatísticas principais, sob aorientação do Ministério deOrganismos Regionais.

Em conseqüência — prosse-guiu — já se conseguiu, pràti-camente, atualizar as estatisti-cas industriais e todo o siste-ma de contas nacionais, quehavia parado em 1961. Os tra-balhos de apuração do censo

de 1900, que parecia perdido,estão cm fase adiantada e rit-mo acelerado e os inquéritoseconômicos foram restabeleci-dos.

PIANO¦ O grupo de trabalho — con-

cluiu — cuidará ainda da es-trutura- institucional do siste-ma estatístico, e ficará incum-bido da execução anual do Pia-no, fazendo sugestões quanto àsua organização administrati-va, forma de financiamento,sistema de recrutamento etreinamento, critérios de re-numeração de pessoal.

O Ministro das Minas eEnergia, Sr. Mauro Thibau,anunciou ontem, em entre-vjsta à Imprensa de Belo Ho-rizonte, que. será assinado,nos próximos dias, um pro-tocolo entre a CompanhiaVale do Rio Doce e o GrupoAntunes objetivando a har-monlzação de seus Intcrês-ses e ao inicio de entendi-mentos que possam conduzira acordos específicos sôbrcdesenvolvimento regio nal,evitando a concorrência en-tre aquelas organizações.

No Rio, o Gabinete do Mi-nistro Mavíro Thibau distri-buiu noticia informando queo protocolo já havia sido as-sinado, considerando "a con-

• veniência de ser promovidaa expansão do mercado parao minério de ferro brasilei-ro no exterior através da

ação ordenada e agressivaque permita o melhor apro-veitamento das oportunida-des de venda" e "a necessi-dade de ser obtido o melhoraproveitamento dos recursosminerais do pais".CONJUGAÇÃO

No item relativo ao de-senvolvimento regional, dizo Protocolo: "Objetivando aconjugação de esforços paraque, no Estado de Minas Ge-rais, os signatários desen-volvam ampla cooperaçãocom o fim de bem aprovei-tar os recursos naturais ehumanos dessa unidade daFederação, mediante pro-moção, participação ou apoiode empreendimentos econô-micos, entre os quais podeser destacado desde já o in-

vestimento que a MBR de-verá fazer com a construçãodc uma Usina dc Peieti_açãoem Joaquim Murtinho, e "deuma Usina Siderúrgica des-tinada basicamente à expor-tação de produtos siderúrgi-cos semi-acabados, e even-tualmente acabados".

A Diretoria da CompanhiaVale do Rio Doce aprovou alivre transformação de suasações preferenciais nomina-tlvas em ações ao portadore vice-versa. Desta forma, asações nominativas poderãoser transformadas em açõesao portador, que têm maiorvalor ria Bolsa, pela simplesapresentação no Serviço deAções da C.V.R.D., em dataa ser oportunamente anun-ciada pela empresa.

METAMIG convoca classesprodutoras a integraremsiderurgia no Paraopeba

Belo Horizonte (Sucursal) — O Governo tíe Minasabriu ontem um crédito especial de CrS 5 bilhões para aparticipação do Estado no capital da Aços Minas GeraisS.A. — AÇOMINAS — enquanto a Metais Minas GeraisS.A. — METAMIG — iniciou a convocação dos dlrigen-tes das entidades das classes produtoras para integrarema empresa piloto destinada a implantar a Usina Siderúr-gica no Vale da Paraopeba.

Informou o Presidente da METAMIG, Engenheiro An-tônio de Franco, que já determinou que a vinculação de¦zero vinte por cento 4a receita do imposto único sobreminérios à empresa estatal seja inserida no seu plano detrabalho deste ano,, para fazer face às despesas necessá-rias à implantação da Usina da AÇOMINAS.

Gasparian pede ao CNE quenão adie debate do "swaps"

RAZÃO DA AÇOMINAS

Afirmou o Sr. Antônio deFranco que "embora decidida-mente empenhados na concre-tização do projeto da siderúr-gica do Paraopeba e Metamigaplaude a prioridade da expan-são das usinas já existentes.Todavia, estudos em poder doGoverno do Estado mostram aconveniência de se iniciar comurgência a execução do iprojetode uma nova siderúrgica degrande porte para perfilados,que será a produção da Aço-minas".

Merece a,tenção especial aexpansão da Cia. Siderúrgica

Nacional — disse. Esta, a nos-so ver, poderá ser feita, masnão visando a capacidade finalde 3,5 milhões de tons. HáInclusiva técnicos do STA-Tda própria Volta Redonda quedesaconselham a política loca-lista, isto é, a total expansão noEstado do Rio de Janeiro. Amais aconselhável será atingiro máximo de 2.5 milhões detons. em Volta Redonda e par-ticipar expressivamente da usi-na - 2. Com isso, a CSN man-terá a sua, liderança da pro-dução de aço no Brasil além deconcorrer para evitar o aumen-to dos desequilíbrios regionais.

Serviço de Assistência MédicaDomiciliar e de Urgência

(SAMDU)

EDITAL

O Presidente da Comissão Permanente de Inquéritodesignada pela Portaria n.° 923, de 12 de maio de 1964,do Sr. Diretor Geral do Serviço de Assistência Médica Do-•niciliar e de Urgência (SAMDU), cita, pelo presente, WAN-DA RODRIGUES DE FARIA, Atendente NS-7, lotada no Pôs-to de Bangu; ANTÔNIO ARABUTAN CAVALCANTI FARIASDA SILVA, Atendente NS-7, lotado na Administração Central;GABRIELA PINTO LEAL, Auxiliar de Escritório NS-8, lotadana Administração Central; JOÃO ANTÔNIO MEDEIROSDORNELLES, Auxiliar de Escritório NS-8, lotado na Adminis-tração Central e CARLOS SIMÕES, Auxiliar de: EscritórioNS-8, lotado na Administração Central, para virem a estaComissão apresentar defesa escrita, no processo a que res-pondem por abandono de emprego, no prazo de 10 dias,a partir da publicação deste, na sede da Comissão, na salado Serviço Jurídico, na Avenida Venezuela, 134 — 9.° an-dar, onde lhes será dada vista dos autos.

Rio de Janeiro, 19 de abril de 1966.Ass.) Raimundo Linhares de Araújo

Presidente da C.P.I. (P

Instituto de Aposentadoria ePensões dos Bancários

Edital de convocaçãoO Presidente da Comissão de Inquérito designada pela

Portaria n.° Jl. 275/66, de 17-3-966, do Sr. Interventor doInstituto, solicita o comparecimento do SR. AMAURY MA-CHADO SILVA, para prestar esclarecimentos à Comissão ins-talada na sala n.° 723, no 7.° andar do edifício sede doIAPB, na Avenida Nilo Peçanha n.° 31, dentro do prazo de15 (quinze) dias, a fim de não. ser enquadrado como revel.

O problema dos swaps foiontem novamente debatido emreunião do Conselho Nacionalde Economia, quando o Consc-lheiro Fernando Gasparian so-licitou ao plenário que nftopostergue o tratamento do as-sunto, assinalando que "o mes-mo è de alto interesse nacio-nal e deve ser debatido sò-mente na esfera econômica,sem conotações politico-parti-darias, pois seu objetivo é ape-nas alertar sobre possíveis fa-lhas na execução da políticaeconômica do Governo".

Enquanto o Presidenlte doiCNE, Conselheiro H a r o 1 d oPolland, afirmava que "a mis-são do órgão não era elogiarou silenciar-se sobre atos doGoverno, e sim manter-se emconstante exame dos problemaseconômico.." o Consc lheiroPaulo Pender sugeria que oDepartamento Econômico doCNE elaborasse um documen-to, na base do qual o Conse-

. lho se manifestaria ao Conse-lho Monetário Nacional.

PREOCUPAÇÕES DEGASPARIAN

Ao pec.ir que o Coi.isemo nãopostergasse o debate do pro-iblema dos swaps, relembrou oConselheiro Fernando Gaspa-tiari que íazla isso baseado em¦experiência anterior, quando,Juntamente com o ConselheiroObregon <"e Carvalho, criticoua Resolução n.° 5 do BancoCentral, afirmando que a mes-•ma elevaria o preço do dinhel-ro no mercado de capitais."Suas críticas foram reconhe-cidas posteriormente pelo Go-vêrno que .dmou medidas cor-retiras, mas o silêncio impediuque o Conselho tivesse umaatuação alertadora, como erade se esperar."

PARECER DE GLYCON

O Conselheiro Glycon dePaiva, que ontem não compa-receu à reuntão do Conselho,distribuiu ao CNE o seguinteparecer sobre o problema dosswaps:

O nesso eminente colegade Plenário, Conselheiro Fer-nando Gasparian, propõe queo CNE represente junto aoConselho Monetário Nacional,favoravelmente ã suspensãodas operações de permuta tem-porária de valores monetários— Swaps —, ainda que de in-terêsse mútuo dos permutan-tes, seja com garantia de taxade câmbio no final de contratode permuta ou mesmo sem eia,transação que vem favoreceu-do as empresas brasileiras comcrédito no exterior, em detrl-mento daqueles que não o tem,conforme nos explica o propo-nente.

Apreciando as razões doConselheiro Gasparian, e acei-tando-as em parte, indicamos

Em 5 de maio de 1966.Ass.) Carlos Alberto de Borges Rodrigues

Presidente. (P

Shopping Center IguatemiA Shopping Center Igusteml ltda. comunica «oi interessado! que,

por falta de pagamento de mais de três prestações mensais, estão rescin-dldos os seguintes contratos, nos termos da cláusula II."iN.Osi 126, !59, 238,

591, £94, .00, 601,886, 930, 931, 995,

1222, 1269, 1310, 1363,13.0, 1662, 1791, 2025,2043, . 2044, 2045, 2067,2291, 2404, 2405, 2406,

242, 265, 409, 452, 506, 515,617, 630, 733, 765, 774, 791,954, 996, 1017, 1091, 1209, 1217,

1431, 1453, 1455, 1495, 1496, 1526,2026, 2027, 2028, 2029, 2030, 2042,2073, 2154, 2161, 2196, 2250, 2262,2407, 2408, 2544, 2596, 2549, 2710,

2795, 2796, 2798, 2800, 2801, 2910, 2956, 3016, 3058, 3068,3106, 3107, 3164, 3165, 3234, 3344, 3405, 3452, 3553, 3610,3611, 3624, 3676, 3706, 4115, 4116, 4191. 4194, 4455, 4456,4477, 4486, 4576, 4530, 4591, 4608, 4670, 4685, 4762, 4790,4926, 3978, 4979, 4980, 4982, 5052, 5068, 5084, 5298, 5318,5404, 5506, 5521, 541), 5572, 5605, 5633, 5634, 5635, 5636,5637, 5701, 5769, 578-, 5909, 5917, 5918, 5919, 5920, 5921,5962, 5963, 5966, 5968, 5981, 5986, 5987, 5988, 5989, 5990,-6075, 6159, «305, 6355,6651, 6661, 6937, 6949,7401, 7492, 7493, 7538,7803, 7845, 7905, 8017,8449, 8451, 8483, 8626,

H'¦¦/3fe

•-. M*> ¦•*.

6256, 6357, 6376, 6377, 6583, 6645,'6950, 7173, 7199, 7200, 7209, 7256,7539, 7554, 7646, 7670, 7690, 7719,8085, 8086, 8290, 8353, 6392, 8445,8910, 9058, 9059, 9061, 9063, 9247,

9313* 9475,' 9480', 9481', 9503, 9504, 9508, 9591, 9617, 9639,9727, 9882, 10117, 10498, 10499, 10500, 10565, 10607, 10695, 10696,

10981, 10982, 10983, 10984, 10985, 11036, 11094, 11449, 12038, 15046,15047, 15076, 15163, 15276, 15300, 15301, 15393, 15409, 15449, 15544,15601, 15602, 15653, 15667, 15668, 15711, 15728, 15748, 15786, 15804,15986, 15987, 16072, 16119, 16167, 16211, 16245, 16246, 16462, 16522,16523, 16525, 16545, 16628, 16649, 16782, 16812, 16937, 17013, 17017,17030, 17119, 17249, 17299, 17374, 17461, 17468, 17635, 17637, 17639,17663, 17717, 17725, 17858, 17933, 17946, 17985, 18079, 18146, 18158,18174, 18210, 18212, 18228, 18286, 18360, 18411, 18412, 18586, 18610,18615, 18690, 18759, 18754, 18931, 18981, 19057, 19093, 19124, 19266,19444, 19445, 19560, 19561, 19594, 19641, 19642, 19643, 19668, 19670,19720, 19732, 19753, 19784, 19788, 19789, 19790, 19791, 19792, 19866,19869, 19955. . , , ._

Os contratos rescindidos e respectivos carnes devem ser devolvidos,pois não tôm mais valor legal. . . ¦'•>.

S. Paulo, 30 de ebrll de 1966A DIRETORIA (P

substituir-lhe a. proposta pelaseguinte:

Quo o CNE, pelos 6eus re-presentantes perante o BancoCentral, Conselheiros Obregonde Carvalho e José BonifácioCoutinho Nogueira, submetaao Banco e ao Conselho Mone-tório a argumentação e as ra-zões a nós submetidas peloConselheiro Gasparian. paraque esses órgãos as estudem ejustifiquem a aparente desi-gualdade de condições de com-petição no mercado de créditodenunciados por sua Excelen-cia, desigualdade que se carac-teriza pela diferença de opor-Umidade oferecidas às emprê-sas brasileiras conforme te-nham ou não crédito no exte-rior.

As justificativas do substitu-tlvo são as seguintes:

ai Os CrS 153,8 bilhões decapital ce giro. obtidos em19S4. como produto de swaps,se originaram, segundo o Con-selheiro Gasparian. de USS 313milhões pernrutados. Isto é, ês-ses swaps foram negociados auma taxa de cambio de CrS 490por dólar, quando a taxa erana época de CrS 1252,82. Doduas uma: ou a SUMOC fezum -negócio fabuloso e at-é mo-ralmente classificável de abusodo poder econômico do Govêr-no sôbrc as indefesas empresasbrasileiras com. crédito no ex-terior ou apenas reformou umresto de swaps do montante deUSS 815 milhões, herdadas doGoverno Kubitschek. decorreu-te de expediente que esse Go-vêrno se utilizou para desça-racterizar o déficit de 1960.Cumpre relembrar, nesta altu-ra, que todos os Governos sub-seqüentes vêm honrando, mes-mo nos dias mais agudos daliderança Brizola, a liquidaçãoou a reforma, desse pesadocompromisso:

b) Os swaps. de 19G5CrS 14.7,6 bilhões permutadospor USS 123 milhões foramcontratados a uma taxa deCr$ 1200, qucmdo a taxa pre-valente na época era deCrS 1848,25. Esse negócio doBanco Central não foi tão bomquanto ó anterior, realizado pe-Ia SUMOC, mas cai na classedaqueles que não se fazem to-dos os dias por falta de oca-sião. Ainda é contrato excep-cional, de alto interesse para oBanco Central;

c) A permuta sem garantiade taxa de câmbio (Cr$ 334,4bilhões rendendo ao BancoCentral USS 174,5 milhões) fo-ram feitas à taxa de Cr $ 1930por dólar, taxa situada entreas duas últimas referidas, beminferiores, todavia, à taxa vi-gente de Cr$ 2 200 por dólar.Se- esses últimos swaps não fo-ram liquidados em tempo, deJram jim pre juízo às empresasbrasileiras com' crédito no ex-terior da ordem de

(174,5—153,2) — US$ 21,3 ml-Ihões, pagos ao Banco Central,além dos juros próprios dasquantias temporariamente per-imitadas. As empresas brasilei-ras com crédito no exterior te-riam pago, assim, um Juro realde 14% e, em cruzeiros corren-tes, de 2 a 3% ao mês.

— & nossa suspeita de que asoperações de permuta realiza-das, que o Conselheiro Gas-parlan considera discriminató-rias contra as empresas brasi-leiras sem crédito no exterior,parecem ter sido mais do in-terêsse do Governo brasileirodo que mesmo dessas emprê-sas. Essa conclusão é qu. jus-tlfica a nova redação para aproposta que, em nossa opinião,o CNE deve submeter ao Cou-selho Monetário."SWAPS" E INFLAÇÃO

O swaps é a- enlrega de certaquantidade de dólares pelo in-teressado por um tempo deter-minado ao Governo, sendo queêste dá os cruzeiros correspon-dentes e garante no fim doperíodo a volta, dos mesmos dó-lares contra a devolução doscruzeiros inicialmente entre-gues. Economistas e fontes cre-denciadas junto aos meios íi-nanceiros consideram que aoperação swap "não pode dei-xar de ser inflacionisttt, porquerealmente aumenta o melo cir-culanle, através de emissões deresgate".

Segundo estas fontes, recen-tes providências do Governocoibiram os operações tle swapsem favor unicamente das ope-raçõ.s decorrentes da Instru-ção 289. Entretanto, indagamos economistas e financistas osseguintes pontos: "quais os lu-cros auferidos pelas empresasestrangeiras no intervalo des-sas operações? Sabe-se que aLei de Mercado de Capitaiscoíbe operações especulativasdessa natureza, mas na reali-tíade houve fiscalização para aentrada de dólares através deswaps e que continuam a en-trar pela Instrução 289".

Segundo essa opinião, o me-cáuismo de swaps e da Instru-ção 289 significa um afluxo dehot money — dinheiro maiscaro — que se tem prestadoa especulações lucrativas nomercado mobiliário. Assinalamainda que, embora a 289 eximao Governo da responsabilidadede retorno de câmbio, perma-nece ainda ampla margem delucro, pelo compromisso quetem o Governo de manter umataxa estável do dólar peraaiteum determinado tempo. O queleva a acreditar que a Instru-ção 289, prevalecerá mesmo de-pois de' resgate total dos nos-sos sivaps, tanto mais que elateve a finalidade de protegero capital de giro, sem qualquervinculação com o swap —acrescentam.

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RÁDIO JORNAL DO BRASILMúsica ê Informação

PRIMEIRA EMISSORA BRASILEIRA DE UTILIDADE PÚBLICA

BOLSAS E MERCADOS

Scania baterecordede vendas

São Paulo (Sucursal) —A Scania Vabis do Brasil ul-trapassou seu recorde devendas, de 130 unidadesmensais, faturando no úl-timo mês de abril, 160veículos; entre caminhões eônibus, o índice de venda,nos últimos quatro meses,atingiu a 359 unidades.

A introdução do veículopesado nos mais diversos se-tores de transporte é apon-tado como a causa do au-mento de vendas, que possi-billtou a ampliação da pro-dução em 1066, para aten-der ao mercado interno. Aaquisição do produto foi fa-cilitada pela política empreVgada nas'-operações de fi-nanciamento através do FI-NAME.

DÓLARCompraVenda .LIBRACompraVenda .

2 1952 210

6 1806 240

LrvnEAbriu ontem o mercado dc

cambio livre calmo, com o Ban-co do Brasil e 03 banioos parti-ciliares comprando o dólar a ....Crs _ 20O e vendendo a Cr* 2 2.0 e a, libra a CrS 6 146,10c vendendo a Cr* . 220 e a ...Cr? 6 213,20, Fechou inalterado.

Total de títuloi negociados nomercado principal 241 373. Vo-Iun-.. em CrS 346 671 620. Fo-rani . en vidos no merc_do sscun-dárlo 244 738, no valo. de ...

MOEDASMANUAL

Na abertura, ds mercado de

cambio manual o dólar-papol

e pam a venda a Crí 2 310 e paraa libra a CrS 0 180 e a Orí 0 240.

Fc-hou Inalterado,

O Banco do Brasil operava nas

«.sulntcs taxas:

Dólar 2 220,00 2 200,00Frnnco lranc. 454,10 448,80Coma. Sueca 431,30 426,20Libra lrland. « 213,20 6 146,10IFlorlm 613,10 606,40Xellm 87,10 85,10Coroa norueg. 311,40 307,40Libra í 213,20 6 146,10P6so uruguaio 36,70 29,70P6so argent. 9,60 8,80Lira 3 567,00 3 323,00

TÍTULOSCrí 124 606 340, no m.rcado de Cr$ 4 643 6C0. Índice BV-90,4.

frações 4 018, no de Baixa dc 0,3. Venderam-se letras

Cr$ 7 707 180 e no mercado d<3 de cambio na Importância de

ofertas 2 232, no de Cr. 1024 456 650.

Franco oulço 313,40Coroa dlnam, 322,30Marco 353,60Dólar cnnad. 2 0(14,40Escudo 78,40Pcseta 38,00Franco Belga 44,80

CONVÊNIOMANUALFranco íranc. 445.00Libra 6 180,00Dólar 2 193,00P6so uruguaio 305,00Peso uruguaio 32,00Franco suíço 3"5,00Escudo . ... 77,00Marco 543,00Pene... 36,80Franco belga 43,00Pftso arg, ... 9.40Lira 3,30Bolívar 480,00

309,60318,20547,40

2 043,5076,0036,3044,20

135,006 240,002 210,00

515.0035,00

515,0077.50

333,0037,0044,40

e,303,58

485,00

VENDAS REALIZADAS ONTEM:

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BANCOS E CIAS.

BANCO DO BRASILIdemIdem

COMPANHIAS DIVERSASAÇOS VILARES, prcí

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BRAKMA, pref., nomBRAHMA, ordináriaIdemIdemIdemOrdinária Rec

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LOJAS AMERICANAS . .IdemIdemIdem

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MOINHO SANTISTA . .BETROBAS, novas . . .

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IdemPreferenciais ....Idem • • ¦

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3 3203 3253 330

DEBÊNTURES DIVERSOS

PETROBRASIdemIdem •Idem

VEMAG S. A., VEÍC. MÁQ.AGRÍCOLAS, cm 359 dias3.» emissão (Cr.? 000) . .

LETRAS HIPOTECÁRIAS DOB. E. Iciem ,. •->•••»-••

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1 000800600200

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600480

MERCADO SECUNDÁRIO

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Paulista d. Força e Luz Paulista de Força e Lua Paulista de Força e Lua

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Vale do Rio Doce PortVale do Rio Doco PortValo do Rio Doce PortVale do Rio Doce Port

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Cimento Ara tuRefinaria Uniflo Pref. NomBanco' Bsbvdo Guanabara NomV_m„g S. A. Olosse Engenharia do Fundições Ord. Nom. .Ma_ne_m_nn OrdWhlt. Martins Deodoro Industrial Deodoro Industrial Deodoro Industrial Deodoro Industrial

Carioca Industrial OrdCarioca Industrial Ord.

Carloci Industrial PrefCarioca Industrial Pref '—

Llsras Telefônicas C\ 18 Atlas Incorporadora e Administradora .Motorista Unlío Com. Impo. Nom '.IBanoo Credito Tcnrlt. S. A. Ord. Nom.Banco Oedito Terrtt. S. A. Pref. Nom.

Quantidade 1 Cl. Valor

35 300f. 16 500

1. 300

31 50049 70016 800

200300000

1 5001 034

4508

1.3214

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300260

1 400100500 '300

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37 580200300800000

4 100300

2 1001 300

4 000700

300100

4 310123182

707877

102101'10O

3 610..3 6005 5305 4805 4603 400

3905 380

340

2606 0506 0206 OOO

6003003S0380375370

1 35.1 400

3301 3501 000

420730250245240223

965953

940933

240700

« ooo350360

2 483 000

2 366 000

9 912 700

48 693 320

3 627 000300 00060 000

936 SOO.10 000224 OCO344 000135 OOO

37 380 00084 000

1 425 OOO

786 300

439 000

4 414 300120 00070 000

4 310 00043 00063 520

MÉDIA 8/N DOS TÍTULOS PAIt-ICÜLflRES DA BALSA DO RIO DE JANEIRO

3-3-663587

30-4-663583-

4-3-66 28-4-663613 3682

(Elaborada pela Serviço Nac! onal de Investimentos Ltda.)

«FUNDOS MOIUOS DE INVESTIMENTOS"

Maio de 19631923

1.

Data Valor da Cota 1 «lt. Dlst. I Vai. do FundoCr| Cr| | CrJ

FUNDO CRESCINCO 4-5 599,00 10,00 março 38 113 354CONDOMÍNIO DELTEC 4-5 306,00 21,00 março ?-__%¦__FUNDO ATLÂNTICO 30-4 292,00 10,00 abril 1 067 034FUNDO HALUES 3-5 -28,80 1_'__ ?MÇ0_ _\ __FUNDO VERA CRUZ I 4-5 | 3 599,00 . 55,00 dezemb. a44 543FUNDO OROICA 26-4 186,00 *_*_JnBX'}0 *2i?9!FUNDO 8 B S .. 29-4 128,00 13,00 março 162 liaFUNDO BRASIL"""" 27-4 276,00 2,50 março 129 469

SSnSrtec.:::::::::::::.: 28.4 662.00 m» novemb. mob-tFUNDOTAMOIO 36-4 992,00 2^ M3

BOLSA DE NOVA IORQUE

p,

.019Í1V

E Toc-sd AJ Ind 5-3]8Alli-d Chem XD 42Allla Chal 34Am Cun 32-34Amn Fom Pow XD .... 18Am Met CL 54-l|4Amer STD 21Amer Smelt 64-38Am TT 56-1J8Amer Tob XD 33-l]2Anaconda -5-718Armour 40Atlan Ref 82-1J8Atlas Corp 3-l|2Balt Ohlo 38-i;2Bendlx 33-3|8Can Fac 55Caso JI 26-1J8Cer o Ero Ches & OH 76Chrysler 45Col Das 26-7;8Coned _«-3;4

Cont Tel» Com PD Crown Zell Curtis» W Dupont Ea_1> Air Eastman . .....Ford Gen El Gen Foods Gen Motors ....Gillette Glldden Goodyear Giaoe WR TBMInt Harv Int Nlck Int Tel & Tel .Johns ManvilleKennecott . . ¦.Kroger LehmanLoc_heed

32-l|443-3851-1|822-l|2

200-112103127-1|248-113

lll-3]471-1|48833-3:824-1847-3J848

53645-l|49372-3|453-318

119-1182730

Loevt. Thea Lone Star Cem ..Mont Ward Nat Dlst Nat Lead Ny Oentr Otls ElevPac Gel Pan A W A ParamountPenn RR .......Phillips P Pub S. E. RCA Rep STL Rey Tob XD ....Sinclair XD .....Socony Mob Southern' Rail ..STD o Cal XD ..STD o Ind STD o NJ Standard Brands

33-31416-3 835-1833-1263-1875-Í25032 —-

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81-114 StudebaSer

65-374>157-330-535-352-739-138-3:860-l|288-11231-1J47043756934-318

«liol

Jornal do Brasil, sexta-feira, G-ã-66, 1,° Cad. 13

Paulo Egídio quer eliminar fatoresde miséria e estruturas obsoletasBancos e indústria elogiamjuro menor para duplicatas

COMUNIDADE

Belo Horbonte (Sucursal) —A Circular 37 do Banco Cen-trai que determinou o redes-conto de duplicatas a jurosmais baixos provocou ontemuma euforia entre os banquei-ros e industriais mineiros quevêem na medida uma ajuda àexpansão do crédito em basesflão inflacionárlás, enquanto ocomércio protestava contra áprovidência/alegando que "elasó atinge a indústria, pois «impossível a todos os comerei-antes aderirem à CONEP".

Segundo o Presidente do Sin-ciicato dos Bancos de Minas,Sr. Francisco de Assis Castro,"a Circular 37 proporcionaráuma injeção boa. de créditopara 6 comércio e a indústria,pois todos os títulos que esta-vam represados nas firmasvoltarão a ter nova movimen-tação'na rede bancária priva-da, trazendo a calma para to-dos os setores de atividades".

Segundo o banqueiro João doNascimento Pires, apesar de o.s

bancos terem aberto duas car-tetras de desconto há cerca deuma semana, "a providênciado Banco Central acaba, defl-nitlvamente e em termos reais,com a retração de crédito. Foi'outro lado, a ampliação do re-desconto por um prazo de 80dias firmará, as bases neces-sárlas para que toda expansãocrediticia se faça dentro daverdadeira capacidade de apli-cação, além de criar boas con-dições para a redução, defini-tiva, das taxas de juros emtoda a rede bancária".

Também o Presidentç da Fe-deração das Indústrias de Ml-nas, Sr. Fábio de Araújo Mota,aplaudiu a medida do BancoCentral, classifclando-a como'"um sintoma de que o Govêr-no está reabnente disposto natender as reivindicações dasclasses empresariais, uma vezque > nossas sugestões são feitasno sentido de cooperar com aação governamental. Ontemmesmo começamos a sentir osprimeiros efeitos da Circulai-

37,. quando foram redesconta-,dos mais de Cr$ 80. milhõesde . duas indústrias filiadas àFederação das Indústrias".

Já o comércio mineiro, atra-vês do Presidente da Associa-cão Comercial de Minas, Sr.Euler Marques de Andrade,classificou a Circular 37 como"uma medida inicial do Govêr-no em atender às empresascom uma maior liberação docrédito. Entretanto ela só atin-ge as indústrias, pois são mui-to poucas as casas comerciaisque têm condições de aderir áCONEP e, portanto, habilita-' rem-se ao crédito proporciona-do pela Circular 37.

Esta dificuldade, entretanto,não existe por nossa vontade,mas pelo simples fato dc queo comércio compra de indús-trios que ainda não aderiramao sistema de estabilização depreços do Governo federal. As-sim, se a indústria aumenta ospreços, o comércio também õobrigado a fazer o mesmo".

Eletrodomésticos continuam Obrigaçõescom vendas em expansão vendem maispor todo o País5 diz Sindicato de 1 bilhão

São Paulo (Sucursal) ~- A publicação Si7iaees-_ilriii-_Notícias, do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos,Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo e da As-sociação Brasileira da Indústria «Elétrica e Eletrônica in-forma que continua a expansão de vendas de aparelhoseletrodomésticos para o comércio de todo o País.

Dos 12 produtos pesquisados apenas os aspiradores depó registraram, no mês de março do corrente ano, um mo-vimento de vendas inferior ao assinalado no mesmo mêsdo ano passado. Apenas doLs produtos apresentaram umadiferença percentual de vendas negativa entre março efevereiro do corrente ano: os aspiradores de pó, comlí,7% e' os ventiladores domésticos, com 34,3*;ó.AUMENTO GLOBAL

O aumento global das vendasdos 12 produtos pesquisados foido 69 453 unidades, em marçode 1965, para 139 65. unidadesem março do corrente ano, oque correspondeu a um aumen-to absoluto de 70 203 unidades,ou seja, 101,1%.

Dos 12 aparelhos recensca-dos, 6 registravam um aumen-to de vendas superior a. 90%(aparelhos de ar condicionado,batedeiras de bolo, grills, liqui-difleadores, ventiladores domes-ticos e refrigeradores), cn-quanto que apenaa um (seca-dores de cabelos) apresentouaumento de vendas inferior a

43%, pois registrou um àümeri-to de 19,3%.

Os aumentos de vendas dosaparelhos recenseados em mar-ço em relação a fevereiro fo-ram os seguintes: aparelhos doar condicionado: mais 13,895-,aspiradores de pó: 14,7%, bate-cleiras dn bolo: mais 3,6%, en-eeradeiras: mais 47,9%; exnus-tores , domésticos, mais 6,1%,ferros, de engomar automáti-cos: mais 34,9%, grills: mais6,4%, liqüidificadores: mais39,8%, refrigeradores domésti-cos: mais 21,4%, secadores decabelos: mais 34,6%, tostado-res: masl 39,5%, e ventiladoresdomésticos: menos 34,3%.

Mercadorias_l oài_: — mo

O mtraulo tia caie ___>__iv_l iimci-uou ontem, eiünio e uuü-tarado, comi o -tipo 7, saíra, 19_.|65, contribuição _* 22,50 dólaresao pr«ço anterior _e Crí '4500 por 10 quilos. Náo houve vendassôlwo o disponível c foram, despachados para embarqui. 34 129sacas de café. Fechou inalterado. Entrada» ? (147. Embsuwíos na-da, Esiitêi-cla 247 447 s_ca3.' » » »

OAÍFfi — NOVA IOHÔUEI O café Santos "B" p-iri entrega futura iecliou entro 15 pon-to» de balsa, e 10 de alta. V.nd.ram-se dois lotes. Os Contra-tos Ei e 'R" ti8o foram cotados, o mercado de entrega. Une-dlwta fechou inalterado e com regime moderado de operações.

f?w^ AS°UtOS 4 í®chou Inalterado a 41-1'..centavos dc dólar porllbra-pêso, o mesmo ocorrendo eom os colombianos Manlzalcs,Medellta, Armênia e Glrardot que fecharam a 48-3|4 centavos.Os mexicano, lavados Coatepeo o o Ambrla número 2 AA fecha-ram inalterados a -3-1*4 « 35 centavos de dólar por llbra-püso,respectivamente.» » »

AOÜOAR — RIOO mercado da açúcar esteve Ilnue _ Inalterado. Entradas300 sacoo do Estado do Rio. Saídas 8 000 Existência 40 504sacos.

• • <ALGODÃO — RIO

• O mercado d» aljçodlio em rama funcionou calmo e inalterado.Entradas 126 fardos de Sio Paulo. Saídas 2C0. Exl.têncl» 2 153fardos.If.*'*

OERBAIS E DIVERSOS — RIO: Movimento do mercado,' ontem, segundo boletim do Serviçode Iufowná.ç&o Agrícola (Convônio Ministério da Agricultura —USAID): ^ • ..'ARROZ — mercado" estilvel com regular movimento. Bene-ftelado tipo especial por saca de 00 quilos: Amarelão dos Esta-dos centrais de 23 000 a 24 000. De S. Catarina de 22 000 a23 000, do R. G. do Sul de 19 500 a 20 000 e do Estado dó Rio(Mlraoema) de 19 000 a 20 000 — do Sul Agulha dc 19 500 a20 000 — Bleu-Rose de 16 500 a 17 000 — Japonês de 16 000 a17.000 e canJl.So do 12 500 a 13 000 — dos Estados centrais-(3*4) três quartos de 12 000 a 12 500 e iri.lo (1.2) arroz de 11 000i FEIJÃO — mercado estivei com regular.movimento. . Cota-Cto por saca de 60 quilos — uborahtnha do 34 00Ò a 35 000 —

preto: polido e comum (nOvo) do R. G. Sul de 22 000 a 23 000,do Paraná « 6. Catarina de 21 000 a 22 000. e de safra velha*>* !___ 000 a 13 000. Feijões diversos: branco graúdo (novo) de47000 a 48 000, tr&dtaho de 50 000 _ 58 000, enxofre-la., de28 000 a 30 000, cavalo claro, mulatlnlio e manteiga ausentesdo mercado.( FARINHA DE MANDIOCA — mercado estável com regulaimovimento. Procedência sao Paulo . Estado do Rio. Cotaç&opor tipo especial e saca do 50 quilos — Fina, de 8 000 a 8 500,grossa, de 7 500 a 8 000, saco de quilo: torrada 230 e crua 220.: MIIÜO — mercado estável com regular movimento. Pro-cedèncla: Sio Paulo e Minas Gerais. Cotações por saca de 60

2UJÍ?: «nK-rclo-Mbrldo de 7 000 a 8 000, amarelo mesclado rt-000 a 7 500, tipo pipoca de 20 000 a 22 OOO.;. AMENDOIM — mercado fraco com regular movimento. Pro-:ced-nclavSao Paulo. Cotação por quilo e tipo especial desça-do, dc 580 a 600 e com oasca dc 230 a 240.? GRâO DE BICO — mercado estavol com regular movimento.Prooedonciag' México. Cotação i>or saca de 50 quilos, de 42 000a 45 000.

BANHA — mercado estivei com regular movimento. Pro-íS^cla:.ifLi}- do SuI" Cotaí^o por. caixa com 60 quilos, d«08 000 a 59 000*

! MAWTEK.A — mei<o_tio estivei eom movimento regular Co-tíí&o por quilo: Mineira de 2 200, Goiftnla de 2 100 a 2 200. "•CHARQUE — mercado. esUvel com regular movimento. Pro-eeotacla dos Estados central» e R. G. do Sul. CotaçSo por qui-lo; Bovino 2 150, dianteiro 1 900, pi agulha 1 700.BATATA — mercado estivei com movimento regular. En-trad&s de 17 carros procedentes de: Minas Gerais, Sao Paulo- eparani.' Cotação por saca de 60 quilos, Usa especial de 30 400a,33 500'primeira de 26 400 a 30 200, segunda de 19 100 a 22 100.lisa mista de 28 000 a 30 000, comum especial de 24 200 a 28 800,

primeira de 19 90 a 25 800, segunda de 12 900 a 17 500, comummista do 18 000 a 23 000.; CEBOLA — mercado frouxo com movimento reduzido en-tradas até is 9 horas foram de 6 carros procedentes do Rio Gran-d« do Sul. Ootaçfio por saca de 45 quilos: Pelotas de 18 000 a20 2.0 — nha do Rio Grande de 20 OOO a 22 000, Sio José doNorte de 20 700 a as 000.

ALHO — mercado estivei com ativo movimento. Entradosde oito mil volumes (caixa) procedentes da Argentina, Cotaçãopor caixa de 10 quilos: Argentino roxo de 19 000 a 22 000,

Belo Horizonte (Sucursal) —Quai.ro companhias mineirasde crédito venderam ontem,pela primeira vez, em Minas,Cr$ 1,2 bilhão em obrigaçõesreajustávels do. Tesouro Na-cional com cláusula cambial,para dois investidores norte-americanos cujos recursos fo-ram aplicados em financia-mentos para. descontos de du-pll«itas de seis empresas.

O interesse de capitais ex-ternos pelas obrigações é ex-plicado pelos experts pelo fatode que êstss papéis oferecemproteção contra, a desvalori-zação do cruzeiro e juros dc(i% ao ano, o quo "é ótimonegócio para os países do eco-nomia estável como os EstadosUnidos, ondo a taxa, de 4,85%«o ano representa, bom. r.n-dlmento"'.- •- •

CRÉDITO

Acrescentaram ainda que asobrigações emitidas até o dia37, dão aos tomadores o pri-vilégio de optar pela cláusula,cambial por ocasião dó seuvencimento, o que atrairá no-vos investidores estrangeiros.Isto polo fato de que o dólarbase para correção cambial 6o de outubro do ano passa-do — CrS 1850 — signif ican-do com isto, que o IV invés-tidoir caso opte pela cláusulacambial já terá asseguradacorreção-de 20% com o^au-mento da taxa do dólar paraCrS 2 200.

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O Ministro da Indústriae do Comércio, Sr. PauloEgídio, afirmou ontem,' aoser homenageado com umalmoço pela Associação dosDirigentes Cristãos de Em--presas, que a luta para aeliminação das nossas jáobsoletas estruturas é umdever que terá de partir daclasse empresarial.

Estou preocupado — disse— com a falta de colisciên-cia daqueles que possuem amaior força para acelerar odesenvolvimento econômicode um País, que é justamén-te a empresa, e adiantou:"ou eliminamos os fatores demiséria qu teremos uma po-pulação marginalizada am-pliada para 80 milhões, embreve".

OMISSÃO

Fico assustado peranteessa responsabilidade comomissão, prosseguiu o Minis-tro da Indústria e do Comer-cio, pois seria ocioso estar-mos discutindo sobre livreiniciativa e estatismo, poli-tica de preços mínimos, am-pliação de faixa de exporta-ção nacional, liberação desindicatos do chamado "con-trôle centralizado" c dosacertos ou erros da políticaeconômica do Governo, seem nós perdura a figura dopaternalismo, onde os em-presáriòs não adquiriram aconsciência efetiva de livreempresa e buscam apenassatisfazer seus interesses.

A classe empresarial, re-afirma o Ministro Paulo Egí-dio, não admite que se falede mudanças de estruturasarcaicas, porque teme pelasua sobrevivência pessoal.Não vê que a defesa dessaidéia, disse o Ministro, sóvem piorar a sua existênciafutura.

Vários grupos empresa-riais, afirmou, confundem aconcessão de favores quo oGoverno autoriza, certas vê-zes. para que se inicie por

parte de um determinadogrupo uma ação pioneira —•citou, por exemplo o camposiderúrgico — e pede que seestenda esse favor por maisgente e maior tempo. Visamesses grupos, quase sempre,prosseguiu, uma proteçãopessoal sem pensar em es-tendê-la à comunidade e aosconsumidores.

ESTRUTURA

— Estou-lhes falando des-ta omissão, advertiu o Ml-nistro da Indústria e do Co-mércio, num sentido depreservação da 1 n i c i a t i-va privada e na maior fran-queza, pois a luta paraa eliminação das nossas jáobsoletas estruturas é umdever que terá que partir daclasse empresarial: ou nóseliminamos os fatores de mi-séria que rondam os grandescentros industriais, e não ofaremos apenas com carida-de e romantismo, ou teremosuma população marginaliza-da que a g o r a é de 30 mi-Ihões, ampliada para 80 mi-Ihões em breve. Precisamoscriar mais dois empregos porminuto e pensar em empresaatravés de artes modernasde administração, geradorasde riqueza. Fora disto, o quenos estará reservado em fu-turo será um Brasil perdidocom sua massa de margina-lizado.s.

A ADCE tem, mais do queninguém, concluiu o Minis-tro, a obrigação de encabeçareste sentido pleno de desen-volvimento, criando riquezase possibilitando a integraçãode mais forças vivas à Na-ção, fazendo da empresa,principalmente das nossas,já que somos os dirigentescristãos, o meio maior parase atingir a uma plenitudesocial e econômica, cumprin-do a nossa missão de cris-tãos. Perdido o verdadeirosentido do momento que es-tamos vivendo, teremos a la-mentar em futuro a falta devisão histórica do momento.

Indústria de veículosó base para progresso

São Paulo (Sucursal) — OMinistro da Indústria e do Co-mérclo, Sr. Paulo Egídio, empronunciamento lido por seuChefe de Gabinete, Sr. Boa-ventura Farina, na cerimôniacomemorativa dos dez anos deimplantação dn indústria au-tomobilistloa, lembrou ser aquè-le sçtor, entre todos os outros,o de mais alto índice multiplí-cador dás atividades econômf-cas, constituindo fator básicopara o progresso social.

Precisamos não esquecer osconsumidores — afirmou tam-bém o Ministro Paulo Egidiodepois de dizer que o próximoalvo a perseguir, passada a fa-se do Implantação, é o de ele-var os índices de produtividn-de, pela redução dos custosoperacionais, pela adoção demétodos mais eficientes de pro-dução e incorporando a tecnolo-Sia mundial mais avançada, oque redundará no aumento dopoder de competição no mer-cado mundial.

CONTRIBUIÇÃO

A indústria automobilística —lembrou também o MinistroPaulo Egidio — já ofereceu ao

mercado mais de 1,2 milhão deveículos de todos os tipos nu-ma produção avaliada em cêr-ca de VSf> 5 bilhões, que pro-piciou o recolhimento de quaseCr$ 1 trilhão em impostos, alémde criar oportunidades de tra-balho bem remunerado a per-to de 200 mil' brasileiros, o quesignifica o sustento de cercade um milhão de pessoas.

NACIONALIZAÇÃO

Passado esse primeiro decênio— continuou — verificamos queo planejamento da indústriaautomobilística brasileira atra-vcssòu três etapas distintas, doponto-de-vista de sua integra-ção na economia do pais: aprimeira, relativa à nacionall-zação do veiculo, que foi ai-cauçado com sucesso: a segun-da, referente à nacionalizaçãodos instrumentos de produção,ou seja. do ferramental e dasmáquinas e equipamentos, aqual possibilitará alcançar aterceira fase, isto é, a da cria-ção de moldes próprios, medi-ante a nacionalização do pro-jeto de engenharia, de que játemos alguns exemplos nopais".

Nacionalização atinge99% progressivamente

São Paulo (Sucursal) — OSr. Oscar Augusto de Ca-margo, ao tomar posse on-tem no cargo de Presidentedo Sindicato Nacional daIndústria de Tratores, Cami-nhões, Automóveis e VeículosSimilares e da AssociaçãoNacional dos Fabricantes deVeículos Automotores —ANFAVEA — afirmou que aindústria brasileira de auto-veículos já atingiu um indi-ce de nacionalização acimade 99%.

O novo Secretário da AN-FAVEA, Sr. Sebastião Day-reli de Lima, falando em no-me dos diretores empossa-dos, declarou que "ao Ingres-sarmos no ano de 1966, 10.°aniversário do parque auto-mobilistico brasileiro, nossaexpectativa é à de que o Go-vêrno da República, Já ali-vlado da pressão inflacloná-ria mais aguda, consigamanter e, se possível, acèle-'rar, o ritmo de desenvolvi-mento nacional".

PLANEJAMENTODEMOCRÁTICO

O Presidente da ANFAVEAe do Sindicato da IndústriaAutomobilística, que tam-bém é Diretor da VEMAG S.A, Veículos e Máquinas Agri-colas, disse ainda que a in-dústrla brasileira, "nos qua-dios do planejamento demo-crático, já conseguiu a na-cionalização progressiva doautoveículo, em etapas pre-determinadas, e índices per-centuais de peso e valor —assegurada ao empresárioprivado a liberdade de esco-lha dos itens a nacionalizar".

— A estruturação horlzon-tal do setor foi conseguida —acrescentou o Sr. Oscar Au-gusto de Camargo — ense-Jando, em largos círculos,aos empresários brasileiros,'«¦ sua participação no pro-

grama, através da produçãode autopeças. Sob o ângulofinanceira, a programação,sem prevenções ou precon-reitos solicitou e estimu-lou a colaboração estrangel-ra, em capitais e tecnologia,p a r a a nossa produção deautoveículos e tratores, ga-rantindo-se. igualmente, aIntegração, em setores de ai-ta concentração de recursos,de empresários e capitaisnacionais.

— Finalmente — afirmou— a seleção de projetos seorientou no sentido de per-mitir ào consumidor a mar-gem razoável de escolha epreferência, em face dasofertas das empresas com-petidoras.

NOVA DIRETORIA

A nova diretoria do Sin-dicato Nacional da Indús-tria de Tratores, Caminhões,Automóveis e Veículos Slmi-lares está composta pelosSrs. Oscar Augusto de Ca-margoi Presidente; Paulo deLacerda Quartinv Barbosa eNivaldo Coimbra de UlhôaCintra, 1.° e 2.° Vice-Presi-dentes; Friedrich WilhemSchultz-Wenk e Alberto Ni-colau Pedro Schiesser, 1.° _2.° Secretários; ZygmuntKoszutski e Manuel OtávioPena Pereira Lopes, 1." e 2.°Tesoureiros.. A I-lretoria da ANFAVEAconstitui-se dos Srs. OscarAugusto de Camargo, Pre-sidente; PauloQuartimBarbosa, Alberto NicolauPedro Schiesser, John C.Goulden, e Friedrich Wi-lhelm Schultz-Wenk, l.8, 2.°,3.° e 4.*° Vice-Presld-entes;Sebastião Dayrell de Lima,Secretário, e Zygmunt Kos-sutski, Tesoureiro.

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Novos Secretários do MICassumem prometendo todo oapoio à iniciativa privada

Os Srs. Joaquim Manuel Xavier da Silveira e Heraldode Sousa Matos, ao assumirem ontem os cargos de Ss-cretárias do Comércio o da Indústria, respectivamente, de-clararam-se na firme disposição de, na área de suas atrí-buições, apoiar os legítimos interèss-cs da iniciativa privada.Na oportunidade, e em presença de grande númerode representantes das classes empresariais, entre os quaiso Presidente da Associação Comercial, Sr. Antônio Car-los do Amaral Osório, o Ministro Paulo Egídio afirmou queos novos Secretários, já perfeitamente integrados na equi-pe do MIC, muito contribuirão para ampliar o diálogocom as classes produtoras.TECNOLOGIA

O novo Secvetário da Indús-tria, ex-Vice-Diretor do Insti-tuto Nacional de Tecnologia, eprofessor em disponibilidadeda Escola Nacional dc Enge-nharia. ao agradecer a máni-.estação de confiança do Mi-nistro Paulo Egidio, afirmou

que "foi preciso que um en-genheiro moço e conhecedordo assunto viesse dirigir esteMinistério para que fosse da-da á pesquisa tecnológica ojusto valor que lhe cabe no de-;senvolvimento econômico e so-ciai do pais", e, concluindo,disse que "o melhor será feilona Secretaria da Indústria".

*

AS COLASSINTÉTICASDA ALBARESOLVEMA MAIOR

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t.iudada jielà Àc_. ._>vu--i, brive pronunciamento, que será le-'vado ã consideração dás auto*xidades,.

Indústriascom falta decola animalAgrava-se a situação das in-

dústrias de papel e papelão emdecorrência da falta de cola de,origem animal no mercado In-terno. Com o objetivo de'en-contrar solução para o gravaproblema, o Sindicato da In-dustria de Artefatos de Papel,Papelão, e Cortiça de São Pau-lo tjem-se dirigido ís autorida-des competentes íazentlo-lhe.-veementes apelos. Reiterandons solicitações anteriores aque-le-órgão sindical enviou aó mi-nistro da Industria e do Co-mercio.e ao diretor da Cartei-ra de Comercio Exterior doBanco'do Brasil, através da Fe-deração das Industrias do Es-tado de São Paulo, telegramasvazados nos seguintes termos:

: "Reiteramos os termos do te-Jegrama de 2_|3'66 no sentido'de solucionar urgentemente a.'questão da falta de cola de cri-

. eem' animal decorrente da ex-portação,- provocando a parali-.sação da Industria de papel go-mado; artefatos de papel e pa-pelão, .com conseqüências se-rias e dispensa de operários".

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Vinse-vinfl:culdiproíted

Suas-paruCito _.para»glndoí

pnrct,agritvemlefi-mempre'

çãoai;èchttuma

PARTE DOS CASOS EM QUE A COLAANIMAL ERA EMPREGADA EXCLUSI-VÃMENTE. PARA A SOLUÇÃO DECASOS ESPECÍFICOS, DISPONHA DENOSSO DEPARTAMENTO TÉCNICO.TEREMOS MUITO PRAZER EM ATEN-DER A SEU CHAMADO OU CONSULTA.» to Eslado da S. Paulo*— _-ie_o üa 13M/C6

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A viabilidade de investimentos, privados hrasilei ros em Portugul e nas províncias ultramarina, deAngola c Moçambique foi examinada ontem durante três horas num encontro entre a Missão Indm-mal Portuguesa e o Presidente do fíNDE. A participação do Banco do Desenvolvimento, segundo dis-se o ür. José barrido Torres, se daria através do respaldo financeiro a iniciativas conjuntas dos meiosempresariam do Brasil e de Portugal, no âmbito ãe um planejamento de fôlego alicerçado na decisãopolítica dos dois Governos, no sentido de levar avante a idéia da comunidade luso-brasileira

Tributaçãoterá brevenovo sistema

A Comissão de Reformado Ministério da Fazendaestá concluindo o estudodos anteprojetos de leiscomplementares que, apóss e r e m transformados emleis pelo Congresso, permi-ftirão a implantação defini-tiva do novo sistema trlbti-tário nacional e da novamodalidade de discrimina-ção de rendas que a Emen-da Constitucional n.° 18estabeleceu no Pais,

Os anteprojetos, antes deserem submetidos ao Con-gresso, serão enviados aosórgãos estaduais e munici-pais para apreciação e su-gestões.

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3j4 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, sexta-feira, 0-5-

«Empresários inauguram oSeminário de Comunicação

preocupados com o públicoO Presidente da Câmara Americana de Comércio, Sr.

Sherman J. Orson, afirmou ontem, discursando na aber-

tutura do Seminário de Comunicações, no Hotel Glória, que-:o grande objetivo da reunião é verificar se o público está-otomando conhecimento da verdadeira história da livre em-"'presa

e, em caso negativo, o que empresários americanos*"e brasileiros podem fazer juntos para melhor informá-lo."~.

Na sessão inaugural, à qual compareceram como con--'•"vidados especiais os Ministros do Planejamento, da Fa-^¦zenda, do Trabalho e da Indústria e do Comércio, falou

também o Sr. Henry Geyelin, representante do Sr. David com o apio do Secretário de

Wangler estáameaçandovereadores

Niterói (Sucursal) — Usando¦uma rede particular de alto-falantes, o Prefeito de MiguelPereira, Sr. Frederico Wángler,vem ameaçando os Vereadoreslocais com um IPM, em repre-sálla à decisão da Câmara que

.negou aprovação às suas con-tns do exercício de 1965, soli-citando técnicos do Departa-mento de Municipalidade paraconferi-las.

O Prefeito insinua que conta

À PROCURA DO EQUILÍBRIO

^Rockefeller no Conselho para a América Latina e Presi* dente do Comitê de Relações Públicas da entidade.

=ANALISE

w Os empresários analisaram,'no seu primeiro dia de reunião,-•os problemas da livre emprê-"'''sa, entre os quais a maneira•"de se mostrar à opinião públi-

ca a contribuição da iniciativa,..particular ao desenvolvimento'brasileiro. Falou sóbre o tema"„*o

Presidente da ICOMI, Sr.'^Augusto Trajano de Azevedo''«Antunes.

C, Nos debates de hoje estão in-jjcluidos os seguintes temas: O-'.que o Público Pensa da Inicia-

tiva Privada, C oSn n n i cações'^fcom o Público, Comunicações~,"com

o Empresado, Identifica-..,.ção dos Negócios com os Ob- .

jetivos e Diretrizes Nacionais,Comunicação com Educadorese Estudantes e Determinaçãodo Sucesso de Comunicações.

ao Participarão dos debates o° 'Presidente do Conselho Nacio-^•nal de Economia, Sr. Haroldoy:Polland, o Presidente do Ban-!? co Lar Brasileiro, Sr. Jorge"'-Melo Flores, o Vice-Presidente

da Esso Brasileira de Petróleo,' Csr. Paulo de Carvalho Barbosa,

n,Çe um representante do Insti-incuto Cultural do Trabalho, Sr."^"'"Gilberto Richmond.'"•PARTICIPANTES

OJ1-

Os Ministros Roberto Cam-' pos, Gouveia de Bulhões e Pe-"."racchl Barcelos compareceram

à sessão de ontem como convi-.o.dados especiais, uma vez que"do Seminário de Comunicações";'participam somente empresa-| .Çrios brasileiros da Câmara...'Americana de Comércio e al-

guns homens de negócio vin-dos dos Estados Unidos. Comoconvidados especiais estiveramtambém no Hotel Glória osPresidente.? da ConfederaçãoNacional das Indústrias, Ge-neral Edmundo Macedo Soa-res; da Associação Comercial,Sr. Antônio Carlos Osório; doCentro Industrial do Rio deJaneiro, Sr. Bento RibeiroDantas; da Federação das In-dústrlas, Sr. Zulfo de FreitasMallman, e o Vice-Presidentedo CNE, Sr. Glycon de Paiva.

Entre os empresários norte-americanos, encontravam-se osSrs, Lincoln V. Meeker, Dire-tor-Geral da S. A. White Mar-tlns; Paul N. Albright, Dire-tor-Gerente da Squibb Indús-teias Químicas; George W.Potts, Presidente da Esso Bra-sileira dc Petróleo; Daniel S.Wilcox, Diretor - Regional daWestinghouse Electric Co., eClark G. Kuebler, Presidenteda Companhia Nacional do Ci-mento Portland.

Aproximadamente 200 em-presários estão participando doSeminário de Comunicações,que se realiza sob os auspícios

_da Câmara Americana de Co-mércio. O tema geral do encon-tro é A Responsabilidade doHomem de Negócios em se Co-municar com o Público. O se-minário se encerra hoje à noi-te, quando os empresários nor-te-americanos e brasi lelrosapresentarão um balanço dosseus estudos.

Segurança do Estado, MajorPaulo Biar, e acusa os Vcrea-dores de comunistas. A Cama-ra persiste na negativa deaprovação de suas contas, por-que seus integrantes achamqúe houve malversação dos di-nheiros públicos na aplicaçãode quantia superior a Cr$ 100milhões.

Reforma vaicomeçar peloAlto Uruguai

Porto Alegre (Sucursal) — AReeláo do Alto Uruguai será aprimeira a ser abrangida pelaReforma Agrária neste Estadoe foi considerada área priori-tárla, depois de encontro doGeneral Jaul Pires de Castro,Diretor do Departamento deRecursos Fundiários do Insti-tuto Brasileiro de ReformaAgrária, com o Sr. FernandoGonçalves, Presidente do órgãoestadiftil.

É o seguinte o plano a serdesenvolvido* na Região do Al-to Ur.uguai que concentra,entre outros, os Municípios deErechim, Frederico Westphalene Três Passos: «agrupamentode cinco mil pequenas proprie-dades agrícolas, atualmentecon sideradas antieconômicas,em granjas-modelos, operaçãorodoviária, com a intensificaçãodos trabalhos que o IGRA vemrealizando na construção deestradas coloniais e levanta-mento dos recursos naturais.

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fl Em Ww^wMOs Drs. ]. Landmann * F. Soares apressuin os trabalhos

Hospital Pedro Ernestoampliará seus serviçoscom Centro Psiquiátrico

Até o fim deste mês deverá ser inaugurado no Hospi-tal Pedro Ernesto, o Centro Psiquiátrico do Estado, queserá, na Guanabara, o primeiro a funcionar junto a umhospital geral, e, o segundo no Brasil — o primeiro fun-ciona na Bahia. Terá capacidade inicial para 18 pessoas,e haverá, somente para servi-las, um ambulatório com-pletamente equipado.

Esta informação foi dada, ontem, pelo Diretor daque-le estabelecimento, Professor Jaime Landman, que reu-niu a imprensa a fim de comunicar também que, "comohospital de clínicas, o Pedro Ernesto exige verbas eleva-das, pois sua finalidade não é somente o atendimento ime-tíiato, mas também a responsabilidade pela futura medi-cina do Estado".

Comércio comURSS vai serreformulado

O Brasil está ultimandoum novo protocolo de co-mércio com a União Sovié-tica, para ampliar a capaci-dade de comercialização etroca de produtos brasileirosna área socialista, segundo,anunciou ontem Cf MinistroPaulo Egidio, após encontrocom o Presidente CasteloBranco no Palácio Laran-Jeiras.

Disse que é favorável auincremento do comércio bra-silelro com os países sócia-listas, principalmente no se-tor dos manufaturados. Es-clareceu que, agora, o Bra-sil tem um Governo ideolò-gícamente forte, e, por Isso,não existe perigo algum emcontatos mais profundos comas nações do bloco sócia-lista.

Revelou que submeterá

§hoje ao Presidente da Re-

pública o projeto criando oConselho de Comércio Exte-rior e o Fundo de Exporta-ção para regulamentar emnovas bases a comercializa-ção de produtos brasileirosno exterior. Afirmou queapresentou ao PresidenteCastelo Branco projetotransferindo os Institutos doMate e Pinho para o Minis-tério da Agricultura.

CNTC acusapatrão de ircontra

Stampa diz que Tribunal deAlçada só quer servidorespara os quais tem trabalho

— O quadro dc funcionários desejado pelo Tribunalde Alçada da Guanabara corresponde, em quantidade aqualidade, às necessidades do serviço — declarou ontem, em 'nota distribuída à imprensa, o seu Presidente, Juiz Ban-deira Stampa, respondendo ao noticiário sobre a lei quecria o quadro da secretaria e seus serviços auxiliares.

O Sr. Bandeira Stampa disse ainda que "o Tribunalde Alçada vem carregando uma pesada cruz", pois, comapenas três Câmaras Cíveis, recebe mais feitos que o Tri-bunal de Justiça, que tem oito. "Mas podem todos — acres-centou — confiar no bom senso e na correção dos juizesdo Tribunal de Alçada."

ÍA OFICIALIZAÇÃO DA JUSTIÇAí,.. "COMPETE PRIVATIVAMENTE AO GOVERNADOR, ALÉM DESANCIONAR OU VETAR OS PROJETOS E FAZER PUBLICAR AS LEIS,EXPEDIR DECRETOS OU REGULAMENTOS PARA SUA EXECUÇÃO.".

-st O inteiro teor do parecer de fls. 3 a fls. 5,- "do processo número 740-65, do Conselheiro Ben-". jamin do Carmo Braga Neto é o seguinte; "O-Egrégio Conselho da Magistratura, invocando.¦atribuições que lhe caberiam por força do dis-¦_: posto no artigo 47 da Lei Est. 489, de 8 de ja-

aí neiro de 1964, para regulamentá-la e decidirtevfiôbre casos omissos, tomou em 14 de outubro-'de 1965 a resolução de baixar o chamado regu-...lamento que se acha publicado no suplemento

n.° 197 do "Diário Oficial", de 18 do referidoobmês, para cumprimento do disposto no artigo,.c>- 40 da citada lei pelo qual se têm por oficiali-..;, zados os cargos de titulares de oficio e cartó-..;. rios, vagos ou que se vagarem. Em vista de tal-v,. resolução, de relevante interesse para a classe-is.dos advogados, o ilustre Conselheiro Edmundo,C,de Almeida Rego Pilho indicou que se opine eg, sugira providências sobre a matéria. Em nosso

i: parecer, a disposição contida no artigo 47 da" citada Lei 489, que atribuiu competência aoegrégio Conselho da Magistratura para regula-mentar esse diploma legal, é manifestamenteinconstitucional, eis que fere frontalmente oartigo 30, I, da Constituição do Estado, segun-

.«.do o qual compete privativamente ao Gover-il&nador, além de sancionar ou vetar os projetos» e fazer publicar as leis, expedir decretos ou re-orgulamentos para sua execução. Retirar a lei

ordinária essa prerrogativa constitucional doPoder Executivo, para atribui-la a um dos ór-,gãos do Poder Judiciário, constitui evidente

;. subversão da organização politica do Estado, o'*,.que é absolutamente inadmissível pela irrecusá-". "vel prevalência da Constituição Estadual. Acres-*\' ce que o egrégio Conselho da Magistratura não

^.se' limitou à regulamentação, mas ao contra-'.(.rio, estabeleceu normas sóbre vagas, provimen-^'"to de cargos, concursos, transferências e per-"jímutas, arrecadação de custas e vencimentos"dos serventuários, normas essas que, pela sua

natureza, deveriam ser objeto de leis) comple-s.Hmentares, pois ultrapassam os limites da meraàfe regulamentação e, assim, aquela resolução do. i egrégio Conselho da Magistratura invadiu, em

;.,nossa opinião, a competência da Assembléia-("Legislativa, determinada quer pela Lei Magna& Federal (artigo 124), quer pela Constituição do^•....Estado (artigo 6.°, I), relativamente à orga--.t nização da Justiça local. Além disso, o colen--»*.do Conselho da Magistratura estabeleceu, en-,;,Ctre as disposições finais daquela resolução. Re-itòülíimento de Custas que, para contagem e co-.-lübrança de custas e emolumentos nos cartórios' fçe serventias oficializadas, acompanha a mes-Ã ma resolução. Parece-nos não caber dúvida de_...que escapa & competência do douto Conselho- , da Magistratura estatuir sobre o Regimento de^Custas, cuja matéria ê da alçada exclusiva__-fio Legislativo do Estado em decorrência tanto

da Constituição Federal (artigo 19, VI), comoda Constituição do EStado (cit. art. 6.°, I), queprevèm a competência para tributar atos regu-

. lados por lei estadual, os do serviço da sua jus-tiça e os negócios da sua economia. A Consti- .tuição Estadual (artigo 35, parágrafo único.alínea *'í" determinou, por isso mesmo» que aoConselho da Magistratura cabe — propor à As-sembléia, por intermédio do Tribunal de Jus-tiça, a revisão do Regimento de Custas. Nem'seria possível por mero regulamento, revogarderrogar ou alterar a lei ordinária (Decreto-

aftLel n.s 855.4, de 4 de janeiro de 1946) pela qualse deve reger, ainda, a cobrança de custas eSf!emolumentos na Justiça local, até que outra

oiJei ordinária a revogue ou modifique. De ou-tra parte, não ê o Regimento de Custas mate-"^ria reeulamentar que se tenha atribuído & com-

«Xitpetência do douto Conselho da Magistratura'pelo cit. artigo 47 da Lei n.° 489. O projeto"""número 713, de 1962,. aprovado pelo Leglslati-

—vo e apenas parcialmente sancionado, trans-""formando-se na citada Lei n.« 489, trazia en--"tre outras disposições vetadas pelo Executivo,-i-a do artteo 1." qué estabelecia novo Reíimen-" to de Custas. Ora, se a própria Assembléia Le--"gislatlva aprovou t'm Regimento de Custas, in-«'teerante daquele projeto, é evidente aue. no

8rtigo 47 do mesmo projeto, ao atribuir aoConselho da Magistratura competência para a

regulamentação da lei, o legislador não in-cluiu, obviamente, .nessa competência para re-gulamentar a lei, a de estatuir sóbre Regimen-to de Custas diverso do projeto aprovado. Pa-rece-nos indubitável que, vetado o Regimentode Custas aprovado pelo Legislativo, há de subsistir o anterior Regimento, expedido com ocitado Decreto-Lei n.° 8 554, de 1946, enquantooutra lei ordinária não o substituir ou modi-ficar. O Regimento de Custas, constituindomatéria legislativa, não pode deixar de estarsujeito à aprovação da Assembléia e à sançãodo Governador (Const. Est., artigo 6.°) e, comoproposição do Conselho da Magistratura, deveser encaminhado à Assembléia por intermédiodo Tribunal de Justiça, como acima já se sa«lientou. Tais as razões pelas quais temos poiinsuscetível de execução o Regimento de Custasque acompanha aquela resolução do egrégiaConselho da Magistratura, não sendo fora dapropósito invocar o principio constitucional,que a Carta Magna inclui entre os direitos egarantias individuais, de que ninguém pode seiobrigado a fazer ou deixar de fazer algumacoisa senão em virtude de lei. Finalmente, édo ser salientada a disparidade entre as tabe-Ias de custas e emolumentos, uma para oscartórios oficializados e outra para os não-oficializados. Ainda que estes, com a compla-céncia das autoridades a que estão subordina-dos, não mais observem o anacrônico Regula-mento de 1946, fácil é verificar que as custase emolumentos percebidos pelos mesmos, aosabor da conveniência dos serventuários, sãogeralmente muito inferiores aos que o.Estadoarrecada pelos serviços' dos cartórios ^bficiall-zados, de acordo com a resolução do egrégioConselho da Magistratura. Dessa disparidaderesulta flagrante prejuízo para as partes e parao Estado. Em relação aos cartórios de notas,sendo livres a distribuição e a concorrência,defendem-se ás partes contra a exorbitânciadas custas e emolumentos nos cartórios ofi-cializados, recorrendo aos serviços de cartórionão-oficializado que exija menor dispêndio, doque decorre diminuir, dia a dia, a clientela doscartórios oficializados, em detrimento do Es-- tado. Mas quando sé trata de cartórios priva-tivos ou de atos sujeitos à distribuição por sor-teio, como ocorre em Juízo, em quase todos osfeitos contenciosos ou administrativos, estão aspartes sujeitas aos azares da distribuiçáfrpelaqual terão que arcar com maior dispêndio sem-pre que a distribuição couber a cartório ofi-cializâdo. Basta que se tenha presente que, nosinventários as percentagens sobre o monte nãotêm limitação nos cartórios oficializados, omesmo não ocorrendo, todavia, nos cartóriosnão-oficializadoS. Tal situação não deve per-durar. Vetada que foi, recentemente, pelo Exe-cutivo, a reforma judiciária, inclusive o Regi-mento de Custas integrante do projeto, nãohá mnis que aguardar a sanção para que te-nha termo a discutida resolução do egrégioConselho da Magistratura, concernente ao Re-glmento de Custas, que, conforme o artigo 23dessa resolução, deveria vigorar até que fossesancionada a lei que então se achava em estu-do, Feitas essas considerações, propomos, sejamas mesmas transmitidas,. ao egrégio Conselho

• da Magistratura solicitando seja revogada aaludida resolução, pelo menos na parte rela-tiva & cobrança de custas e emolumentos, %fim de que se observem, nos cartórios oficia-lizados ou não, as disposições do Regimento deCustas constante do Decreto-Lei n.° 8554, de1946. até oue outra lei ordinária o Tevogue oumodifique." — Eu, Segunda Secretária, lavreia presente ata que assino, consignando a au-sêncla por motivo de obrigação profissionalpreviamente iustificado, dos conselheiros Ruida Cunha Ribeiro, Newton Maroues Coelho,Alovslo Bittencourt Nelson, Celso Bruno e Plí-r'i Doyle Pllvn. — ti"tta de A7,aml>u.i« SoValPinto. — Aprovada. S.S., em 4 de abril de 1966.— Ruy Bessona Pinto Corrêa — Presidente.(Transcrito da ata da 1385.* sessão ordináriado Conselho da Ordem dos Advogados do Bra-sil, Seção do Estado da Guanabara). (P

LIÇÃO PARA O FUTURO

Esclareceu o Professor JaimeLandman que "o Hospital Pe-dro Ernesto atua, desde 1962,como Hosjfttal UniverettáMo,constituindo-se assim num dospoucos «tentros médicos uni-versltários do País e colocan-do a Universidade do Estadaentre as Instituições de vau-guarda no ensino da medicinano Brasil".

• — Atualmente, é dado en-sino médico a 600 alunos quefreqüentam o hospital e que,à proporção que evoluem nocurrículo universitário assumemresponsabilidades crescentes.Além disso, o ensino médico édado a 60 residentes e inter-nos, que moram no hospital,e que trabalham das 7 às 17horas e ainda dão plantão emescalas após este período, o quefaz com que os doentes sejamvigiados durante a noite pe-los mesmos especialistas queno decorrer do dia acompa-nham a evolução dos seus pro-blemas.

HORA DE PREVENIR

Ressaltou o Diretor JaimeLandman que " outro aspecto doHospital de Clínicas é a medi-cina social, familiar e preven-tiva, que visa, de iun lado, darao médico do futuro o conhe-cimento exato dos problemasda comunidade, e de outro, li-gar o hospital & comunidadena qual está radicado". ¦

— Os estudantes de mediei-na — continuou — a partir doprimeiro' ano, têm noções deSociologia e Medicina Comu-nitária, em cursos especiais dosquais participam sociólogos. Eno segundo ano participam detrabalhos de levantamento dascondições sanitárias da comu-«idade e de Medicina Preven-tiva, com vacinação, testes detuberculina, abreugrafia, traba-lho de prevenção da cegueira,correção de defeitos de fale. e,principalmente, Educação Sa-nitária.

— A mensagem é o médicoIr à doença, antes de esta vira êle.

Segundo o Professor Land-man "o Hospital Pedro Ernes-to está empenhado atualmen-te num trabalho intenso comvistas ao barateamento dotratamento médico, pois éleestá saindo dlspendiosíssimopara os doentes particulares,que despendem muito para arealização de exames e com-pra de medicamentos, e emgeral não têm condições de seinternarem em casas de saú-de particulares, onde o custodiário se aproxima de CrS 100mil."

— O Hospital de Clínicas éatualmente um hospital paratodas as classes e esta políti-ca resulta de um lado benéfi-ca para o ensino, pois o estu-dante entra em contato comdoentes de todos as classes so-clafc e econômicas.

CURA CUSTA CARO

Lamentou o Sr. Jaime Land-man que "o atual orçamentodo Estado destinou ao Hospi-tal verbas limitadas, que são

. um décimo daquelas destina-das a outros hospitais unlver-sltãrios, como, ,por exemplo, osde São Paulo e Minas Gerais.Além disto, as verbas votadasno ano passado só nos foramdadas parcialmente, o que tor-na o funcionamento difícil e acura até certo pont» cara, não .para o doente, mas para ohospital.

VILA PSIQUIÁTRICA

O Centro Psiquiátrico quedeverá ser Inaugurado até ofinal deste mês funcionaránuma vila, que foi desapropria-da pelo Estado há alguns anose Incorporada ao Hospital Pe-dro Ernesto. A vila tem novecai-as.

Os doentes terão quarto in-dividual. Em cada casa residi-rão três. A sala de refeiçõesserá comum. A nona casa seráum ambulatório, "equipado damelhor maneira que se possaImaginar, para o atendimen-to aos pacientes a qualquer ho-ra".

A Confederação Nacional dosTrabalhadores no Comércio di-riglu às demais confederaçõesum ofício-circular no qual de-nuncla a iniciativa dos sindi-catos patronais de pretende-rem canalizar para seus cofresa parcela de recolhimento quepertence ao SESC e ao SENAC,órgãos que se destinam à pres-tação de serviços de ensino esociais aos empregados das em-presas contribuintes.

Na comunicação feita às suascongêneres, a CNTC denunciaque as "Federações Sindicaispatronais, de mãos dadas coma Confederação Nacional doComércio, estão agindo no sen-tido de que venham a ser re-tirados desses recursos doSENAC e do SESC" coilsiderá-veis parcelas destindas às re-•feridas instituições asslsten-ciais, pedindo que tal^ preten-são seja "repelida pelos Pode-res competentes do Governo.

A NOTA

É a seguinte, em resumo, anota divulgada pelo Sr. Ban-deira Stampa sobre o assunto:"Instalado aos 25 de novem-bro dc 1964, o Tribunal de Al-<;ada, no més seguinte, dezem-bro, elaborou o anteprojeto delei criando o quadro de suasecretaria e dos seus serviçosaüxilíares c oficiou k Presiden-cia do Egrégio Tribunal de Jus-tica, solicitando mensagem aoPoder Legislativo.

O projeto originário do Tri-bunal de Alçada foi, naquelemesmo mês de dezembro, sub-metido à apreciação do EgrégioConselho da Magistratura, queindicou a redução do quadro.

Na ilustre Assembléia Legis-lativa, o anteprojeto foi enca-minlmdo k douta Comissão deJustiça, sendo designado rela-tor o emüiente Deputado JoséBonifácio Diniz de Andrade,hoje ilustre Secretário sempasta do Governo carioca. Arequerimento de um membrodaquela Comissão, foi o Presi-dente do Tribunal de Alçada*convocado para prestar infor-mações verbais e lá compare-ceu, já em junho de 1965, exi-bindo os dados estatísticos domovimento do Tribunal, que,no seu entender, justificavama criação do quadro comoconstante do anteprojeto origi-nário, elaborado pelo Tribunalde Alçada.

O eminente relator, Depu-tado José Bonifácio, deu, en-tão, parecer, no sentido de seraprovado o anteprojeto comoelaborado, inicialmente, peloTribunal de Alçada, parecer

esse que na Comissão de Justl-ça íoi aprovado, merecendo,também, a aprovação de tôdo-sas outras Comissões e que foisubmetida a •matéria.

"O quadro desejado pelo Tri-bunal de Alçada não é exage-rado, corresponde, quantitativae qualitativamente, às reais ne-cessidades do serviço, se,ndo delembrar que de muito foi au-mentado o salário mínimo, des-de dezembro de 1964, quandoera de CrS 42 000 e é agora deCr? 84 000, valor que regula asua competência, adota comosímbolo de vencimentos os emvigor no Egrégio Tribunal deJustiça, não autoriza livres no-meações, pois toda e qualquernomeação há de ser feita, comoobriga a Constituição do Esta-do da Guanabara, por concur-so público, e reconhece, na for-ma da Constituição Federal, acompetência do "Tribunal deAlçada para a organização desua secretaria e provimento doscargos".NAO É CNTRA

O Secretário de Justiça, Sr.Cotrim Neto, afirmou ontemque o Governo não é contrárioà criação de cargos na secre-taria do Tribunal de Alçada,desde que seja em númerolimitado e com vencimentos ra-zoáveis, dentro do nível dofuncionalismo estadual.

No caso de os cargos a seremcriados divergirem desta orien-tação — acentuou o Sr. CotrimNeto — só restará ao Governa-dor Negrão de Lima uma solu-ção: vetar totalmente o pedido,como oneroso aos cofres doEstado.

BID recebeo I.° bilhãopelo Guandu

Mateus identifica a novaJustiça Federal como um"tribunalzinho de exceção"

Brasília (Sucursal) — Explicando as razões pelas quaiso MDB vai tentar impedir « aprovação do projeto que ins-titul a Justiça Federal, o Deputado Matheus Schmidt, doRio Grande do Sul, disse ontem, no plenário da Câmara,que o propósito do Governo "é o de criar um tribunalzinhode exceção para julgar crimes políticos, que custará, aoPaís, anualmente, Cr$ 7 bilhões".

Ressaltou que o projeto, que permitirá ao PresidenteCastelo Branco nomear, na área do judiciário, sem con-curso e independentemente de qualquer formalidade, 829novos altos funcionários, estabelece normas muito rigidasa serem observadas nas nomeações feitas pelos Governosfuturos. "Estabelece-se, deste modo — acrescentou —, umamoral administrativa diferente, que só deve ser acatadapelos Governos qué hão de vir."PANAMÁ DA REPÍHBLICA

Recordou o Deputado que oGoverno federal chegou à cas-sação de mandatos na Guana-bara, quando a Assembléia Le-gislatlva votou uma lei que per-O pagamento de mit,ia a nomeação de funciona-

Fundação Otávio MangabeiraASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

De acordo com o disposto no § 3.°, doArt. 11, dos Estatutos, ficam os Srs. Membrosdos Órgãos que compõem a Assembléia Ge-ral, convocados para se reunirem no dia 11do corrente mês, às 15 horas, na sede daEntidade, à Av. Churchill n.° 109, 2.° andar,a fim de deliberarem sobre a seguinte Orderndo Dia:

a) Eleição para preencher os cargos va-gos do Conselho Diretor, ConselhoCurador e Educador;

b) Assuntos gerais.Não havendo "Quorum", a Assembléia

deliberará em segunda reunião a ser realiza-da dentro do prazo de uma hora, contado dpmomento marcado na presente convocação,na forma do Parágrafo 1.°, Art. 11 dos Esta-tutos em vigor.

Rio de Janeiro, 5 de rfiaio de 1966.FUNDAÇÃO OTÁVIO 'MANGABEIRA

Otávio Borgerth TeixeiraPresidente (P

Cr$ 1 104 541 924, ao BancoInternacional de Desenvolvi-mento, como primeira presta-çãô do empréstimo para cons-trução da nova Adutora- doGuaydu, foi autorizado ontempelo Secretário de Finanças,Sr. Márcio Alves.¦ As aimortizações do emprés-tlmo do BID serão feitas se-mestralmente e o pagamentoautorizado ontem foi realizadono mesmo dia pelo Banco doEstado da Guanabara.

Luís Viaiwviaja hojepára Madri

O Chefe do« Gabinete Civilda Presidência da República,Ministro Luís Viana Filho, se-gue, hoje, & noite, para Madri,a convite do Instituto de Cultu-»ra Hispânica, a fim de inaugu-mr uma exposição de artistasplásticos da Bahia.

Integrarão a Mostra Artístl-ca da Bahia, entre outros, osartistas Caribe, Genaro, JenerAugusto e Mário Cravo. O MI-nistro Luís Viana Filho retor-nará ao Rio no próximo dia 17,conforme informou pessoal-mente, aos jornalistas no Pa-làcio Laranjeiras.

Bancárioenganou-sena conta

Uma diferença de Cr$ 400mil foi registrada pelo ban-cario Sílvio Reis, Caixa doBanco Souto Maior, AgênciaCentro, no movimento dequarta-feira. Ontem êlecompareceu à redação doJORNAL DO BRASIL parapedir aos que tenham reti-'rado dinheiro no referidoBanco, no horário das 12 às16 horas, que o procurem naAgência.

Á diferença foi a rnãls pa-ra a pessoa que sacou.

rios em caráter efetivo. Agora,é o próprio Marechal CasteloBranco que oficializa a imora-lidade, patrocinando o maiorpanamá da República.

— Os cargos — continuou —certamente serão distribuídoscomo prêmio à dedicação dospolíticos governistas. É provávelque seja reorganizada' a coo-perativa de empregos que amaioria havia idealizado noano passado, para que sejamordenados e devidamente pesa-dos os diversos pedidos. Mas,quem ficará com a parte doleão em tudo isso?

ARENA DESCONTENTE

Entende o Sr. Mateus Sch-midt que haverá muito descon-t e n t a m e nto nos círculos daARENA "pois, para 240 depu-tados, existem apenas 44 car-gos de juiz federal e 44 de juizfederal substituto". .— Na Guanabara — exeinpli-ficou — o nosso Presidente .Adauto Cardoso logicamente vairecusar o oferecimento dos car-gos. Em Minas, o Professor Pe-dro Aleixo, por certo, cochicha-rá os nomes. No Estado do Rio,evidentemente, o Sr. Ralmuh-do Padilha dará as cartas. EmSanta Catarina, um cargo pa-ra o indicado pela famíliaKonder (ARENA . udenista) eoutro para o indicado pela

'fa-mília Ramos (ARENA pesse-dista). No Rio Grande do Sul,a moralidade redentora deveráser rateada para três: um car-go para o PSD, por sèr o majo-ritário da ARENA gaúcha; umpara a UDN, que é fraca emvoto, mas forte com o SenadorDaniel Krieger; e outro parao Partido Libertador, nem tãoforte nem tão fraco, mas mui-to por dentro dos segredos doMinistério da Justiça. E o PDC,e o PRP? Caber-lhes — à umchefe de Secretaria, ou terão decontentar-se com uma deposi-tário-avallador-leiloeiro?

EMENDAS

Oitenta e duas emendas" fo-ram. apresentadas à ComissãoMista incumbida de -estudar oprojeto, que será relatado peloDeputado Djalma Marinho, emreunião prevista para o dia 11.

No dia 16, o projeto estaráem pauta para discussão e vo-tação, em reunião conjunta dasCasas do Congresso, tendo emvista tratar-se de proposiçãoque tem andamento em confor-midade com dispositivo do AtoInstitucional.

-:

I

REDAÇÃO

A grande maioria das emen-das objetiva alterar a redaçãode dispotivos do projeto gover-

namental, não lhe introduzin-do alterações de profundidade.Outro grupo de emendas é re-lativo aos critérios de aprovei-tamento do atual pessoal dasVaras da Fazenda Pública, al-gumas das quais serão aceitaspelo Relator, já em decorrên-cia de entendimentos mantidoscom o Ministro da Justiça.

Outras emendas, finalmente,dispõem sóbre matéria destina-da a ser repelida, por imperti-nente, pelo Relator, por nãoserem alusivas à questão. AEmenda n.° 19, de autoria doDeputado Noronha Filho, acres-centa ao Artigo 43 um para-grafo, a fim de que "a recusada exibição de livros e docu-mentos caracteriza crime dedesobediência à ordem legal aque se refere o Artigo 70, de-terminando a prisão em fia-grante do responsável, sem pre-juízo de execução imediata domandado". O mesmo parla-mentar, noutra emenda, dá no-va redação ao. Art. 47 e pleiteiaa supressão do anexo m, re-numerando-se os seguintes.

EXTENSÃO

Algumas emendas visam aesteuder vantagens ou benefi-cios da nova lei a outras cate-gorias funcionais, sendo o casoda de n^ 47, que pretende queos vencimentos fixados no pro-jeto sejam extensivos aos Juí-zes da Capital Federal, Terri-tórios, Auditores e do Traba-lho, tratando-se, assim, deemendas que contrariam dis-posições do Ato Institucional,desde que aumentam as despe-sas do projeto, o que é veda-do. A emenda de n.° 40 deter-mina que, além do vencimentofixado para os diversos cargoscriados pela nova lei, os mes-mos façam jús ao pagamentode gratificações.

SÜMULA '

A emenda n.» 23, de autoriado Senador Josafá Marinho,acrescenta dois parágrafos aoArtigo 62, dizendo que "pode-rão ser inscritos na súmula osenunciados correspondentes àsdecisões firmadas por unani-midade dos membros compo-nentes do Tribunal, num caso,ou por maioria qualificada emdois julgamentos concordan-tes, pelo menos", devendo esses"enunciados da súmula preva-lecerem e serem revistos, noque couber, segundo a formaestabelecida no Regimento doSupremo Tribunal Federal.

A emenda n.° 26, do DepU|tado Costa Cavalcanti, acres-centa .parágrafo único ao Ar-tigo 70, a fim de que passe ater competência para proces-sar e julgar o Diretor-Geraldo DFSP nos crimes comunse nos de responsabilidade, bemcomo conhecer e decidir dospedidos deJiabeas-corpus e dosmandados Tle segurança impe-trados contra a referida auto-ridade.

Jornal do Brasil, sexta-feira, 6.-5-8B, 1,° Cad. <— 15

Excedentes só entrarão se fizerem nôvo vestibularAmericano diz que Negrãocumpriu decisão do STF aodesof icializar cartórios

O Secretário de Administração do Estado, Sr, ÁlvaroAmericano, afirmou ontem, em carta endereçada ao JB,que o Governador Negrão de Lima apenas "cumpriu de-'¦ cisão proferida pelo Colendo Supremo Tribunal Federal"em favor dos substitutos que foram promovidos a titula-res e beneficiados com o decreto de desoficialização de

'quatro cartórios.Disse o Secretário/>Alvaro Americano que "os quatro

escrivães não foram nomeados substitutos pelo atual Go-¦vernador e o seu direito foi reconhecido pelo Supremo Tri-bunal Federal", que confirmou & constitucionalidade doArtigo 46, da Lei 489/64.

e, depois de afirmar que opróprio Poder. Executivo reco-nheceu que a Lei 489 nao seencontrava ainda em vigor '¦—•pois continuava a aplicar a<sdisposições que regiam o sista-ma anterior, expedindo decre-tos de nomeação, remoção etransferência dos serventuáriosda Justiça pagos ou não peloscofres públicos — concluiu, se-guramente, por que, na partereferente à oficialização, a Leiíoi considerada efetivamenteinexeqüível para estabelecerde outro lado, a éxecutorieda-de imediata do Art. 4fi. inde-pendentemente dos demaisdispositivos da mesma Lei 4B9|64, e para reconhecer, desde'logo, o direito à efetivação dostitulares interinos, "o que sópoderia ocorrer em cargos ain-da não oficializados";

3.° — O então Procurador-Geral da Justiça do Estado,em exercício, Dr. MaurícioEduardo Acioli Rabello, hojeDesembargador, chegou, emparecer proferido no mesmoprocesso, k idêntica conclusão,afirmando que "o legislador,ao propor tal dispositivo (o doArt. 4G da Lei 489|64), náo' ti-riha a. intenção de condicionara efetivação do interino à pré-via oficialização do Cartório";

Soviéticos recusam vigia doatum em águas territoriais

A CARTA

Ê a seguinte a carta do Sr.Álvaro Americano:•'Senhor Diretor: O JORNALDO BRASIL de hoje,'5 de maio.de 1966, publica em primeirapágina, sob título Negrão Ofi-ciallza cartórios, com remissão

. a noticiário da página 11, sobtitulo Cartório que não estãorecolhendo as custas já foramdesoficializados, uma inverda-de, que impõe retificação, euma, injustiça, no que toca àafirmação de que "o Governa-dor, atendedendo a pedidos deamigos, resolveu oficializar de-terminados cartórios".

Para o indispensável restabe-lecimento da verdade, comocertamente interessará a umórgão jornalístico da projeçãoe- do conceito do JORNAL DOBRASIL, — estou endereçando

..a, V. S.ft esta carta, pela quallhe transmito os seguintes in-dispensáveis esclarecimentos:

1.° — A Lei n.° 489-64, maisconhecida como "Lei da Ofi-cialização da Justiça", trouxe,em seu bojo, os seguintes dis-positivos:" "Ait. 40. Picam automática-mente oficializados os cargosde titulares de Ofícios e Cartó-rios que se acharem vagos ouque vierem a vagar, resguarda-dos os direitos de promoção otransferência dos atuais Titu-lares.

Art. 46. Os serventuáriosque tenham mais de 25 anosde serviço serão efetivados noscargos que estejam ocupandoem substituição".

Em relação ao Art. 40, refe-rente à chamada oficialização,disse o eminente Desembarga-~tíor. Alberto Mourão Russel, emdespacho proferido no proces-so n.° 1 888]64, da Egrégia Cor-regedoria de Justiça, "que a Lei489 não é auto-executável, emmatéria de custas e de oficia-lização, o próprio Conselho daMagistratura já reconheceu, emsessão de 3-3-64, numa impor-Jante deliberação que comuni-quei aos cartórios e ofícios amim subordinados, com vistasà continuidade e à normalidadeda vida forense (Provimentori.D 29-64, publicado a 9-3-64)..

Em relação ao Art. 46, o Es-tado da Guanabara provocou,perante o Supremo TribunalFederal, a Representação n.°C27, sendo Representante oProcurador Geral da Repúbli-ca e Representada a Assem-tbléla Legislativa do Estado,pretendendo a declaração deinconstitucionalidade dessadisposição legal.•2'.° — Em minuciosa e es-clarecedora exposição no pro-cesso n.° 10 U19J65, louvada emdespacho de 15 de setembro de1965 pelo eminente Desembar-gador Corregedor, a Dr.a Stelade Loiola Póvoa, Secretária daCorregedoria, analisou o ai-cance do Art. 46 da Lei 489|64

4.° — Amparado em tais ra-zões de direito e entendendoque a execução do Art. 46 fi-cou apenas em suspenso, atéque o Supremo Tribunal Fe-deral decidisse sobre a argüi-ção de inconstitucionalidadeque lhe havia sido submetida,concluí pela impossibilidade de'nma discriminação sobre o di-reito de opção, previsto namesma lei de oficialização, en-tre titulares efetivos e titula-res com direitos assegurados ereconhecida a efetivação pordispositivo especial, quando to-dos eles, de fato o d© direito,vinham- exercendo os cargossob o mesmo regime. Entendeu-do, sobretudo, que efetivação sóse pode verificar em situaçãodetida anterior e não em sl-tuação nova, propus ao Gover-nador do Estado a expediçãodos Decretos de efetivação, apartir da vigência da Lei 489/64,dos quatro beneficiários do seuArt. 46, cumprindo, assim, adecisão proferida pelo ColendoSupremo Tribunal Federai; porvia indireta, cm seu favor, as-sistentes que foram na repre-sentaçâo do Estado. Por ai sevê que o Governador não de-cide em matéria administra»,tiva "atendendo a pedidos deamigos". Os quatro escrivãesnão foram nomeados substitu-tos pelo atual Governador eseu direito íoi reconhecido pelaCorte Suprema.

Agradeço a V. S*. a atençãoe o tratamento que dispensarao esclarecimento que lhe pres-to, subsorevendo-me, cordial-mente".

A delegação soviética juntoã Conferência de Plenipoten-ciài'ios para a Preservação doAtum no Atlântico ameaçou,na sessão de ontem à. tarde,rejeitar a convenção que criauma) comissão internacionalpara tratar do problema, casonão sejam reformulados os ar-tigos que preconizam a íisca-lização internacional nas águasterritoriais dos paises signatá-rios.

O representante do Senegal,Babacar Diop, que se retirarada reunião, em sinal de pio-testo contra a participação daUnião Sul-Aíricana na Confe-rência, voltou ontem ao plena-rio, para atacar o apartheidda África do Sul e a "politicacolonialista de Portugal, naÁfrica." Os delegados portu-guéses silenciaram ante os ata-quês, afirmando que são téc-nicos e não políticos.BRASIL SERIA SEDE

Falando à imprensa, o chefeda delegação brasileira Juntoà Conferência, Sr. Emílio Va-róli, disse acreditar que o -Bra-.sil venha a sei" sede da futuraComissão Internacional para aConservação do Atum, a sercriada pela Conferência dePlenipotenciários que ora serealiza no Rio de Janeiro; Jus-tificando sua opinião, «. Sr.Emílio Varóli disse que o Bra-sil, sendo pequeno produtorpesqueiro, não participa desconflitos mundiais da pesca,fato que deverá influir' subs-tanclalmente para sua indica-ção, pelos representantes dosdiversos países que participamda Conferência, • para sede daComissão Internacional Per-aumente.

Depois de citar as dificulda-des que enfrenta a indústriapesqueira do Brasil, o Sr. Emí-lio Varóli anunciou que a SU-DEPE, com vistas ao mercadointerno e à exportação, estáiniciando o recrutamento dejovens de 18 a 20 anos, semresponsabilidades de família,para os barcos de pesca. Orendimento dessa atividade éde, aproximadamente, Cr$ 300mil mensais.

O recrutamento foi. inspira-

SÓ FALTA ARROZ

do na atuação dos pescadoresJaponeses, que periodicamente'contratam jovens solteiros pararenovar suas equlpagens.

PONTO-DE-VISTA

O impasse surgiu ao seremdebatidos os Artigos I e IX,que preconizam ação fiscaliza-dora nas águas territoriais dospaíses signatários, pela comis-süo internacional a ser criadaquando a delegação soviéticapersistiu no seu ponto-de-vis-ta de que a ação flscalizadoradeverá ser feita pelos signatá-rios do acordo em suas res-pectivas águas territoriais. Afiscalização internacional — se-'gundo os delegados soviéticos— somente seria levada á efel-to nas águas não territoriais.

De acordo com a praxe, ãosurgiu a divergência a sessãofoi suspensa, a fim de permi-tir o debate do problema porum g r u p o de trabalho cominúmero, reduzido de membrosque procurarão encontrar umafórmula conciliatória para aquestão.COMISSÃO

Já íoi formado grupo de tra-balho para determinar o mime-ro de organismos que integra-•rão a comissão internacional.Esses organismos subsidiáriosterão a função de coligir da-dos estatísticos e biológicosquanto à pesca de atum nasdiversas regiões do Atlântico.Os órgãos subsidiários serão in-¦tegrados de acordo com a áreaa ser objeto de pesquisa, pelospaíses da região.

Os trabalhos da Conferênciaprosseguirão na manhã de ho-Je, com reunião às 10 horas daComissão Principal, que contacom a participação da tota.lt-dade dos países nela represen-tados.

ATAQUES

Babaoar Diop, economistaque representa o Senegal naConferência e que se retirarada sala de reuniões, anteon-tem, voltou ontem ao plenárioda Conferência. Dirigindo-se

. ¦ ,¦ «...aos delegados dos diversos pai-ses, o representante -senegalésTr que até ontem aguardavaInstruções de seu Governo sô-¦bre o procedimento a ser qdo-todo com referência à Áfricado Sul na reunião — afirmouque- continuaria participandoda conferência, uma vez queseu país é o quarto colocadona escala mundial na expio-ração do atum e, por isso, teminteresse direto no resultadodos trabalhos.

Ressalvou, entretanto, quelamentava a participação dèdois países no encontro Por-tugal e União Sul-Africana —•que; com uma política colônia-lista e de discriminação racialsão. objeto de repúdio por par-te de. todos os países africanosIndependentes. '{ ... ,

Os representantes portuguê-ses recusaram-se a comentaras declarações do delegado doSenegal, dizendo' apenas: "So-mos técnicos, participando deuma reunião de técnicos e, porJssò, não . faremos qualquerpronunciamento político".RESTRIÇÕES

'• ;

Em conseqüência de queixasformuladas por alguns delega-dos, o Secretariado-Geral daConferência restringiu a açãodos jornalistas junto à mesma.Não será permitida, por exem-pio, a entrada de representan-tes de órgãos de. divulgaçãonas reuniões dos grupos de tra-balho. Isto porque alguns de-legados afirmaram que as atl-vidades desenvolvidas na reu-nião vinham sehdo apresenta-das pela imprensa de. maneiramaldosa, o que poderia con-trlbuir para a formação deopinião errônea quanto ao tipode deliberações a serem toma-das.

PROGRAMA SOCIAL

Dentro do programa socialda Conferência, os delegadosdos diversos paises foram ho-menageados ontem pela dele-gação japonesa. Amanhã, às12 h 30 m, os delegados parti-ciparão de feijoada oferecidapela delegação -brasileira, noIate Clube do Rio de Janeiro.

.sr. Beneficiários defendema atitude do Governador

.íi-

1 Os Srs. Antônio Pinheiro deCarvalho, José Caldas, SerafimGonçalves Neto e ArmandoVeiga, titulares dos quatro car-tórios desoficializados pelo Go-'vernador do Estado, disseram"ontem ao JB que "o Sr. Ne-grão dé Lima nada mais íêzdo que cumprir uma decisãodo Supremo Tribunal Federal".

Disseram ostitulares doscartórios que "o Governo pas-sado tentou, de todas as ma-neiras, não cumprir a decisãodo Supremo, procrastinando anomeação a que tínhamos di-jeito e que lhe íôra requeridaatravés da Corregedoria da.Justiça do Estado da Guana-bara".ESCLARECIMENTO"A Lei 489, que estabeleceu o¦regime jurídico dos serventuá-rios da Justiça — disseram —determinava em seu Artigo 46que fossem efetivados nos car-gos de titulares os substitutos'com mais de 25 anos em exer-cicio, como é o nosso caso. OProcurador-G e r a 1 do Estado,então o Sr. Eugênio Sigaud, afim de não cumprir esse dis-positivo legal, decidiu argüir asua inconstitucionalidade pe-

rante o Egrégio Supremo Tri-bunal Federal. Nessa ação en-tramos como litis-consortes,visto estarmos protegidos pelomencionado diploma legal. OSupremo Tribunal Federal, porunanimidade, manteve o dispo-sit.ivo da Lei 489, reconhecendoo nosso direito ao cargo de ti-tular.

— O atual Governador, quan-do teve em mãos o processoencaminhado pela Corregedo-ria — continuaram — decidiuouvir os seus Secretários de'Justiça e de Administração,tendo o primeiro opinado pelodireito que os peticionários tirnham ao cargo, embora achasseque os cartórios em referênciadeviam continuar oficializados,negando aos beneficários aopção que lhes facultava a Lei489. O Secretário de Adminis-tração, em seu parecer, enten-deu que tínhamos não sòmen-te direito a.nomeação, mas de-víamos continuar sob o regimeanterior ao decreto que oficia-llzou as 21 serventias, em vir-tude de não se acharem vagosos cartórios, pois estávamos le-gltimamente no exercício, con-forme decidiu a mais alta Côr-te de'Justiça do Pais.

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O Sr. Júlio Marques afirmou qu* o bloqueio de Cuba não gerou a séria, crise anunciada

Cubanos dizem que têm de tudo

Brunini sustenta queNegrão foi arbitrário

s A Assembléia Legislaiiva doEstado deixou de apreciar em«ua edição de ontem, por faltade quorum, o veto total opostopelo Governador Negrão de Li-ma ao projeto de lei que tratada oficialização .da Justiça

O veto do Governador Negrão •dè Lima deverá ser apreciadopela Assembléia Legislativa emnova sessão, a ser realizada na-manhã da próxima segunda-feira.

_ -CRÍTICAS

iu 7- O Deputado Raul Bruniniírusou da palavra na sessão dess- .ontem para criticar a atitude«c assumida pelo Governador Ne-go -grão de Lima, que desoficia-_• -.lizou vários cartórios.

r .,.-,— Essa medida — disse o" Deputado — é arbitrária e de-

monstra, mais uma vez, o in-terêsse do Sr. Negao de Limaem pagar mais um compromis-so eleitoral, desde que foi finan-ciado pelos donos de cartóriosda Guanabara. Primeiro vetoutotalmente o projeto de oficia-'lização e, agora, toma medidascontrárias aos interesses do•Estado, à determinação, doConselho de Magistratura, pro-piciando novas manobras, pe-Ias quais poderão afilhadosseus sor designados para os 21cartórios que não foram com-plctados, em seu pessoal, peloGoverno anterior.

O Deputado Célio Borja dis-se que "o Governador, ao as-sinar esse ato, está dando ren-da" pública, alienando o que nãolhe pertence, porque pertenceaos cofres do Estada.

Os Srs. Orlando ValdezVieras e Júlio Marques; de-legados cubanos à Conferên-.cia de Plenipotenciários pa-ra a Conservação do Atumno Atlântico, que afirmaramque, em seu pais, não existecrise econômica, mas apenasa carência de certos gêneros,suprida, porém, pelo incre-_mento da produção agrícola'em tôda a ilha.

Referindo-se a notícias queanunciaram miséria emCuba, como conseqüência dobloqueio econômico dirigidopelos Estados Unidos contraseu pais, afirmaram não sa-ber até que ponto são verda-deiras estas informações,pois em Cuba ao contráriodo que observaram em tôdaa América Latina, não exis-tem mendigos, nem homenufamintos.'opinião

- 7.!7 ¦ í

Os delegados Júlio Mar»quês e Orlando Valdea Vle-ras ocupam em Cuba, res-pectivamerite, os cargos deSubdiretor-Gerale Chefe dePlanejamento, no Ministérioda Pesca. Ambos participa-ram da luta contra o regimede Fulgêncio Batistai em or-ganizações clandestinas deHavana.

Interrogados sobre a opi-nião que fazem do Brasil,disseram que "es mi paizmuy bonito". Eximiram-se,entretanto, de tecer conside-rações sobre o atual Governobrasileiro, dizendo que "nos-so companheiro Fidel já se

manifestou a respeito desseassunto".

CORDIALIDADE

Desde o rompimento dasrelações diplomáticas entreBrasil e Cuba não vinham aoRio representantes do Go-vêrno de Havana. Apesardisso,, os delegados cubanosdisseram que, até o momen-to, vtêni sido bem tratadosdesde a solicitação do vistobrasileiro, junto'à Embaixa-da do Brasil, no México, atéa recepção/io"Rio.

¦ Os delegados cubanos par-ticiparam, ontem, pela pri-meira vez, dos debates daConferência, pois, chegaramatrasados e, segundo adian-taram, não trouxeram ne-

• nhum projeto especifico aser apresentado ao plenário,mas nortearão sua condutapelas instruções da FAO re-lativas à conservação de re-cursos animais no mundo e,especialmente, no OceanoAtlântico.

nível de vida—, Apesar do violento blo-

queio a que foi submetidonosso país pelos EstadosUnidos e por quase tôda aAmérica Latina,-disse o Sr.Júlio Marques — as noticiasde séria crise no abasteci-mento de Cuba náo são ver-dadeiras. Só o arroz está ra-

a comissão que estuda o pro-blema do aproveitamento dosexcedentes das escolas médicascariocas e fluminenses marcoupara as 9 horas de amanhã re- •união com diretores de todasas Faculdades de Medicina —•cuja tendência é não aceitarnovas matrículas — a ílm dedebater o problema para a so-lução do qual já há pelo me-

-nas uma diretriz definida: os'estudantes deverão prestarnôvo exame vestibular.

Os diretores de Faculdadesde Medicina serão ouvidos só-bre a capacidade de cada umade suas escolas c sobre a po-sição de suas respectivas con-gregações aiesse assunto, en-quanto já está certo que, apro-veitados, os excedentes não te-rão férias este ano, Indo suasaulas até fevereiro, para quelhes possa ser ministrado todoo currículo'do 1.° ano.

NA ESPERA

O Professor Leme Lopes, Di-retor da Faculdade Nacional deMedicina, disse que até agoranão recebeu ainda nenhuma .comunicação oficial no sentidode aproveitar os excedentes.Teoricamente, acha que é im-possível a uma Faculdade náosuficientemente aparelhada re-ceber novos alunos — e damaneira como pretendem queseja feito. De qualquer formaiaguardará a decisão da comis-são que estuda o problema esó então dará suas conclusões.

O Professor Cruz Lima, daComissão instituída pelo Mi-nistro Pedro Aleixo, informouque a reunião marcada para

clonado, mas.sua falta é su-p r i d a por >outros produtosagrícolas obtidos através do.Incremento da produção emtôda a ilha. Em Cuba —afirmou — ào contrário doqué verificámos em tôda aAMiériça.Latina, não existemmendigos, homens famintosou desempregados. Isto, porsi só, serve para demonstrara falsidade dó certas notí-

. cias de imprensa.

PESCA ? ¦

A péscâ em Cuba é intei-ramente dirigida pelo Esta-do. Existem pequenos pesca-dores, em grande número,mas a produção é adquiridapelo Governo, que a distribuiem todo o: país, através deuma rede-de cooperativas. Afrota . pesqueira é formada,por três mil barcos, dos quais1 300 foram entregues àospescadores; a manutenção-das embarcações é feita pelo'Governo.

¦Informaram, finalmente,que brevemente chegarão aCuba 26 barcos especializa-dos na pesca de atum, adqul-ridos em estaleiros espanhóis.Com estas embarcações serápossível incrementar a pescaatuneira para abastecer o.mercado interno da. ilha.

amanhã, ás 9 horas, deveráconcluir a primeira, etapa dostrabalhos. Adiantou que os di-retores das Faculdades âo> Me-dlcina. do Rio e do Estado doRio • deverão comparecer parao debate sobre a capacidadede recebimento dos excedentes,pelas escolas.

Durante a reunião de hoje aComissão decidiu que o prazode oito- dias, estipulado pelaportaria ministerial para o tér-¦mino de seiis trabalhos, eraexíguo, tendo sido então pror-rogado por mais 7 dias. Infor-mou-se extra-oíicialmente quea Comissão está decidida a nãoaceitar qualquer tipo de pres-são política que possa prejudi-car ou quebrar a autonomiadas Universidades.

DEMISSÃO

Os Professores Alcântara Go-mes Filho e Cardoso de Castro,que representavam a Guanaba-ra junto à Comissão, pediramdemissão de seus cargos, tendosido substituídos pelos Profes-sores Haraldo Lisboa da Cunha,Reitor da, UEG, e Benjamin deMorais, Secretário de Educação.A demissão foi solicitada emvirtude de aqueles professoresnâo se considerarem represen-tante da Guanabara por nãoserem funcionários estaduais.

Os diretores das escolas mé-dicas cariocas e ílumlerises vãoreunir-se esta manhp, na Fa-culdadé Nacional de Medicinae estão inclinados a não apro-veitar os excedentes. Estariam,para isso, contando com o apoiodas congregações e dos alunos

do primeiro e segundo ano daFNM. ¦ jj

O MANIFESTO• ¦ - •-, -';}

Os estudantes do primeiro esegundo ano da Faculdade Na-cional de Medicina lançaramum manifesto de seis itens óh-de explicam a atitude que to-maram de não concordar, como aproveitamnto dos 320 exce-dentes — "Deixamos implícitanessa total solidariedade com'a campanha posto que julga-mos necessárias várias medidasque visem o aumento de vagasa não a matrícula indiscriini-nada de novos alunos.

Considerando não .teramparo legai a pretensão doupseudo-excedentes, visto que oregulamento do vestibular nãoprevê a possibilidade de exce-dentes. A matrícula desses es-tudantes acarretaa'ia prejuízosenormes para os atuais primei-ranistas e segundanistas quenão encontrarão mercado detrabalho suficiente quando che-gorem ao terceiro ano.

Manifestamo-nos, desdeJá, contra a enteada desses ex-cedentes, nas condições atuais,e nos comprometemos a lutarlado a lado com os professo-res, caso venham estes a sofrerpressões externas. Iremos atéàs conseqüências que necessá-rias forem, embora tenhamosconhecimento de que a nossaposição em nada alterará a de-cisão da comissão '

que atuai-mente está estudando o pro-blema dos excedentes.

Restaurantes reabrem sem leiteSem fornecer leite,'os restau-

rantes da UB fechados hácerca de um mês em virtudede desordens ali verificadasvoltaram, ontem, a funcionarein ambiente de absoluta cal-ma e disciplina, ficando mar-cada para a próxima segunda-feira a reabertura do restau-rante da Faculdade Nacionalde Medicina. <•

A reabertura dos restauran-tes só foi possível após Inúme-ros encontros entre os estu-dantes e o Reitor Pedro Cal-mon e mediante a decisão doConselho Universitário que es-tabeleceu a distribuição de car-toes de CrS 50 para os real-mente carentes de recursos e acobrança de CrS 200 para osdemais.O PENTÁGONO

O Pentágono, restaurantelocalizado nos terrenos da Rei-toria e que serve a quase to-dos os alunos da Praia Verme-lha, não foi ontem um dosmais movimentados, apesar da.expectativa que há várias se-manas vem tomando conta .'detodos os estudantes.

Sem fila e em absoluta cal-ma, os rapazes e moças quefreqüentam as Faculdades daPraia Vermelha tiveram,- on-

tem, feijão, arroz, sala"da delegumes e talharim. Como so-bremesa, fatias de melancia. Oleite, esperado com grandeansiedade, não fêz parte docardápio e os estudantes tive-ram de se contentar com águafiltrada.

Embora o Reitor Pedro Cal-mon tivesse dispensado qual-qu.er tipo de policiamento foipercebida a presença de agen-tes à paisana, que permane-ram no local "por medida deprecaução". Por falta de tem-po, o Professor Calmon nãopôde oomparecer ao restauran-te mas, segundo afirmou, con-sidera a situação muito boa"porque a disciplina foi res-,taurada e os «estudantes acata-ram as determinações da Rei-toria". <-.:¦

r— Eu sofri tun pouco — dis-se o Reitor — mas sinto-meplenamente satisfeito e recom-pensado.FUNDÃO E FNFi

Não íoi diferente o ambientena Cidade Universitária, a nãoser pela presença de seu Prefei-to, Professor Mauro Viegas, que,depois de enfrentar uma longafila e pagar CrS 500 pela refei-ção, "taxa de professor é maiscara", sentou-se àmesa com

Minas tem uma FaculdadeBelo Horizonte (Sucursal) —

Os estudantes da Faculdade deCiências Econômicas da UFMGentraram ontem-eni greve'deadvertência que vai terminaramanhã e estão ameaçando ou-trás medidas mais drásticasporque o Diretório Acadêmicose encontra fechado desde no-vembro "e todos os esforçospara a sua reabertura fracas-saram por má-vontade da Di-retoria da escola e da Reitoria".

A Faculdade de Ciências Eco-nòmicas tem 950 alunos noscursos de Economia, Adminis-tração de Empresas. Adminis-tração Pública, Sociologia e Po-lítica, que se mostraram irri-tados durante a assembléia-geral, com a proposta do Dire-tor Rodolfo Bhering de rea-

brlr o DA "somente para ho-ras dançantes, aos sábados ànoite", respondendo-lhe que"aqui não é boate".

ESTUDANTE SOLTA

A estudante Maria EmiliaMacedo foi solta ontem depoisde ficar presa desde o dia 11de abril na Penitenciária deMulheres, acusada juntamentecom sete colegas, de estar par-tlcipando de planos subversivos.

A ordem de libertação foidada pelo Conselho Permanen-te de Justiça da IV RM,' masa estudante deverá ficar "soba tutela dos seus pais, semdar nenhuma declaração à im-prensa ou participar de ou-tr«s movimentos estudantis".

um grupo de estudantes com osquais conversou animadamente.

Na Cidade Universitária] ocardápio foi mais caprichado,com feijão, arroz, bife, batataensopada, salada de legume» e,como sobremesa, um disputadodoce de banana.

Na Faculdade Nacional de Fi-losofia, cujo restaurante estavafechado desde dezembro do anopassado, o movimento foi bemmaior do que nos demais, comcerca de 600 alunos que, apesarda grande ansiedade que cs do-minava, entraram sem tumulto

. e em absoluta ordem.O Diretor Faria Góis compa-

receu ao local e, depois de brevepalestra com alguns estudantes,retirou-se.

Estudantes da Faculdade Na-cional de Medicina manifesta-ram o seu descontentamentocom a atitude do Reitor PeSroCalmon "que prometeu a rèa-bèrturá do nosso restaurantejunto com os demais, o que, en-tretanto, não aconteceu. Nãonos importamos se o restauran-te da Faculdade Nacional deMedicina foi fechado por moti-vos de obras ou não. O quequeremos é o cumprimento daspromessas feitas e que não ve-nham para cima de nós compaliativos que nada resolvem".

em greve ;O Presidente eleito do DCE,- estudante de direito José Ma-

teus Pinto Filho, começou on-tem a.visitar todas as Facul-dades da Universidade de.Ml-nas Gerais e prometer aos seus¦ colegas que "a campanha pelaliberdade universitária e pelaredemocratização do País vaicontinuar de maneira mais .ta-tensiva ainda, durante a nossagestão'. . ' -.

A posse da nova Diretoria' doDCE será realizada domingo,com a presença do Reitor Aluí-sio Pimenta, às 18 horas, se-guida por um coquetel e porum baile <'que vai terminarcom carnaval, para ficar me-nos formal e provar que o DCEcontinua na linha da tradi-ção".

Só colégios podem dar carteirasBrasília (Suoursal>— Não é

competência de entidades estu-dantis a emissão do identida-des escolares, mas sim dos cc-léglos e ginásios, segundo pa-recer dado esta semana peloDiretor da Divisão Extra-Esco-lar do Ministério da Educaçãoe Cultura.

Os chamados grêmios estu-dantis não são órgãos repre-sentatlvos dos estudantes, se-gundo, ainda, aquele parecer;suas finalidades são exclusiva-mente cívicas, culturais, sociaise esportivas, não podendo elespatrocinar os interesses estú-dantis e nem atuar em seunome.

O PARECER '

É a seguinte a íntegra do pa-recer dado pelo Diretor da Di-visão Extra-Escolar do MEC:"1 — Os grêmios estudantisnão são órgãos representativosdos estudantes. Têm finallda-des cívicas, culturais, sociais edesportivas somente. Não po-dem patrocinar os interesses docorpo discente e nem atuar em

jseu nome.•2 :— Enquanto o Ministério

não expedir instruções sobre aemissão da carteira do estu-

dante de nível médio, somenteo ginásio ou colégio poderá for-necê-la. Essa atribuição é in-delegável, pois é privativa, mo-tivo por que nenhum estabeie-cimento de ensino secundáriopoderá autorizar ou incumbirgrêmios estudantis de suaemissão e distribuição.

3 — A carteira de estudanteexpedida pelo colégio ter» va-lidade para habilitar o porta-dor ao gozo do abatimento es-pecial de 50% nos preços deentrada de cinemas e de passa-gens nos veículos de transpor-tes do Distrito Federal (Brasi*lia), se contiver os seguinteselementos:

a) Nome e filiação do estu-dante;

b) Idade do estudante e meti-ção da data do seu nascimento;.'; c) Fotografia carimbada pelo'estabelecimento de ensino;

d) Nome do estabelecimento,curso, classe, data da matrí-cuia, horário e turno a que per-tencer o estudante;

e) Assinatura do Diretor doestabelecimento;

f) Data da emissão da car-teira.

4 — A carteira do estudante-é documento de identidade es-

Concilioé assuntode curso

Um curso de atualizaçãodo que foi decidido peloConcilio Ecumênico, o pri-meiro a ser autorizado pelaArquidiocese do Rio, foi ini-ciado ontem no ColégioImaculada Conceição — comuma aula de frei Lucas Ne-ves, outra de padre LemeLopes — e a presença doCardeal Jaime. Câmara e.dos bispos auxiliares DomJosé Castro Pinto e Dom;Valdir Calheiros..

Exércitofesteja

a VitóriaO'Ministro da Guerra de-

terminou, em Portaria, que.0 transcurso do Dia da Vi-tória, depois de amanhã,seja assinalado em todas as.Guarnições e Unidades, compalestras sobre a participa-ção do Brasil na II GuerraMundial, formatura de tro-pa e leitura da Ordem doDia do Ministro.

No Monumento Nacionalaos Mortos da II GuerraMundial haverá homenagemao Soldado Desconhecido ecomemoração da vitória.

tudantil e precisa conter todosos elementos que tomem fácila identificação do portador edo estabelecimento de ensinoque a forneceu".GAÜGHA VAI A JUSTIÇA p .

Parto Alegre (Sucursal). r-i Aestudante Iêda Valdez vai re-correr à Justiça contra a. suadestituição da Presidência . doDiretório Acadêmico Tasso Cor-reia, da Escola de Artes daURGS, por sua participação noJornal Üiiico, órgão considera-do' subversivo.

Em dezembro, a direção daescola suspendeu o mandato deIêda e, posteriormente, essa de-cisão íoi referendada pela Con»gregação, que limitou sua vi»gêhdia até o próximo dia 15. A

. Presidente do Diretório consi»dera-se destituída, pois a dire-ção da escola, "ignorando a de-cisão da Congregação, nomeouuma junta pára realizar eleiçõese, agdra, ordenou ao vice-prési- .dente a realização do pleito".A estudante/ ao levar o caso àJustiça, vai alegar que foi elei-ta na vigência da Lei 4 464 eque a lei assegura o mandatode um ano, que ainda não ter-minou.

Grurgiões "¦"}

promovemconferências

O Colégio Brasileiro: :<MCirurgiães promoverá umasérie de conferências, eominício, segunda-feira, quan-do os médicos Hamilton Fon-toura e Alberto Lima de Mo-rais Coutinho falarão, res-pectivamente, sobre Endos-copia Renal. em HematúriaRenal de Causa Desconhe-cida e-Doença óssea de Re-cklingliauseu.-

16 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-68

Promotor quer punir' todos Policiaisos diretores da antiga assaltaram aAssociação dos Marinheiros mão armada

OS CALOUROS DO MAR

O Superior Tribunal Militar julgará nos próximos diaso recurso da Promotoria da 1.» Auditoria da Marinha, nasentido de que a condenação imposta a alguns diretores daAssociação dos Marinheiros se torne extensiva a todos osdirigentes daquela entidade, inclusive o, ex-cabo José An-selmo, "por injuriarem, publicamente as autoridadesnavais".

O Promotor Nelson Barbosa emitiu parecer, afirmando"que no presente caso a responsabilidade é solidária, nãose podendo punir apenas alguns diretores" (os demais ío-ram absolvidos no julgamento). Diz que "o manifesto as-sinadb pela Diretoria importa na responsabilidade de todosos diretores, pois somente existem dois caminhos para delafugir: o protesto contra os termos do manifesto ou a re-núncia do cargo exercido na Diretoria".QUALIFICAÇÃO

O Conselho Permanente deJustiça da 2.* Auditoria deGuerra qualificou, ontem, ocivil Otacflio José da Costa,acusado de subversão junta-menti com Maurício Grabois.Lincoln Cordeiro Oest e JacóHorowicz, que fundaram a em-presa Edição Futuro Ltda.,«través da qual cumpriram umplano de ação traçado peloPartido Comunista do Brasilcom a publicação de uma sé-rie dp livros de conteíido mar-xista-lenihlsta.

Dentre essas obras, desta-cou-se Guerra de Guerrilhas,de autoria de Che Guevara,"amplamente divulgada cmtodo o Pais". Os demais in-diciados, que se. encontram fo-ragidos. deverão passar a re-veis logo que o Conselho Per-manente de Justiça receba acarta citatória emitida, ao Tri-bunal de Justiça do Estado doRio.

Foram também qualificados,ontem, na mesma Auditoria,os civis Herminio José da Fon-seca, Heitor de Oliveira Ra-mos, Augusto Pinheiro de Car-valho e Sírio Silva, acusadosde atividades subversivas.

O civil José Hugo Milan, queestá foragido e que figuracomo indiciado no mesmo pro-cesso, foi considerado revel por

não ter comparecido à audiên-cia. José Hugo Milan é acusa-do de pertencer a cúpula doPartido Comunista do Brasil ede. através do COT, manter es-treitas ligações com os cpe-rãrios. a fim de subverter aordem política e social do País.

MANIFESTO

Belo Horizonte (Sucursal) —Agentes do Departamento aeVigilância Social. antigoDOPS,estão procurando identificar eprender os autores de um ma-nifesto distribuído ontem naCidade Industrial, afirmandoaos trabalhadores que "a liber-dade não se pede, conquista-se" e que "este Governo atualé dos patrões".

Segundo a Polícia, o mani-íesio foi atirado de vários car-ros particulares que ipercorre-ram, de madrugada, as mas daCidade Industrial, c é Idênticoao que foi distribuído por oca-sião das comemorações do dia1.° de Maio em varias vilas ope-rárlas desta- Capital.

Cientificado ontem da ocor-rência. logo após o seu regressode Uberaba, o Delegado DaviHãzári determinou que todos o.-,agentes do Departamento doVigilância Social ficassem dosobreaviso para evitar que ou-tros boletins sejam distribuí-dos nas bairros operários daCidade.

AVISOS RELIGIOSOS

Antônio Monteiro do Nascimento(FALECIMENTO)

+

Sua Família consternada cumpre o doloro-so dever de comunicar o seu falecimento,ocorrido ontem e convida os demais pa-rentes e amigos para o sepultamento a

realiiar-se hoje, sexta-feira, dia 6, saindo o féretroda Capela do Cemitério de Inhaúma, para a mes-ma necrópole.

ARTUR ESTEVB(FALECIMENTO)

+

Esposa, filhos, nora, irmãos comunicam oseu falecimento e convidam para o sepul-tamento amanhã, dia 6, às 9 horas, saindoda Capela da Beneficência Portuguesa para

o Cemitério de São Francisco Xavier.

AVRAHY BERNARDAZZI(FALECIMENTO)

+

Aurelia Barroso Bernardazzi, Aurelia Ber-nardazzi Torrens, Avrahy Barroso Bernar-dazzi, Ary Bernardazzi, Aury Bernardazzi.de Souza Soares, Hernani Torrens, Sérgio

de Souza Soares, Adelina Lourenço Bernardazzi,Eduwirges Léa Pombo Bernardazzi, e" filhos, cumpremo doloroso dever de comunicar o falecimento de seuesposo, pai, sogro e avô - AVRAHY BERNARDAZZI— e convidam parentes e amigos para seu sepulta-mento, hoje, dia 6, às 15 horas, saindo o féretroda Capela D, do Cemitério São Francisco" Xavier(Caju), para a mesma necrópole. , (352

Os soldados Ivã Lobo. Grilo e•Fernando Silva de Albuquer-que, do VIII Batalhão dfl Poli-cia Militar foram presos emflagrante, na tarde de ontem,juntamente com o guarda por-tuftrlo João Guilherme, apósassaltarem á mao armada, naPraça Cascadura, dois empre- fgados dc uni* açougue localiza-do nas proximidades.

Ao abordarem suas vítimas,os três policiais exigiram a lin-portància de CrS*30 mil paradarem proteção ao estabeleci-mento comercial em que aqui-les trabalham, sob a alegaçãotle que pertenciam k 4.» Sub-Seção da Polícia de Vigilância.PRISÃO

A prisão dos dois soldados daPolícia Militar e do guarda-portuário íoi efetuada poucosinstantes após o assalto, por-que Ublrajara Marins Barbosae Are tino Lima,, as vitimas, di-riglram-se à 29.» Delegacia Dis-trital, onde apresentaram quel-xa do roubo.

Em poder dos assaltantes fo-iam encontrados CrS 30 mil, ena Delegacia os policiais foramautuados, ali permanecendo oguarda-portuário, enquanto osdois soldados da Polícia Militareram conduzidos sob escolta aoVIII Batalhão.

Bloqueio aossubsídiosdos ausentes

O Deputado João Hercull-no, Vice-líder do MDB, apre-sentou ontem projeto de de-creto legislativo que proíbepagamento da parte fixa dossubsídios (CrS 590 mil) aosparlamentares que não com-pareçam a, pelo menos, 50por cento das reuniões ordi-nárias, tendo criticado "amaioria da ARENA e algunsmembros de seu Partido, quepassam meses ausentes daCâmara e do Senado".

Depois de se referir, emtermos ásperos, aos depu-tados e senadores que nâoassistem nem ás sessões or-dlnárias, condenou acon a-tante ausência de parlamen-tares às sessões do Oóngres-so, até mesmo no chamadoregime de "esforço coiicen-trado", segundo disse, afir-mando que essa atitude re-percute de maneira inteira-mente desfavorável na opi-nião pública.

Frente podeafastarchuva do Rio

Às chuvas esparsas que cai-ram ontem na Cidade podemrepetir-se hoje, embora haja apossibilidade de a mesma fren-te fria que as trouxe do Sulcarregá-las ria direção do Nor-deste, a partir das próximashoras.

O tempo prenuncia-se bompara o fim da semana c a tem-peratura deve se manter ame-na, igual á. de ontem, quandoa máxima foi de 26,7, em Ban-gu, com a mínima de 21,1 emJaearepaguá. O índice pluvio-métrico previsto para o mès demaio é de 73,2 milímetros. •

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Aspirantes ganham espadins Dènio ouvee advertência sobre rigor o %w àexigido para a vida do mar Mannesmann

Em cerimônia presidida pelo Ministro da Marinha, Al-mirante Zllmar Campos de Araripe Macedo, 144 aspiran-tes da Escola Naval prestaram juramento, na manhã deontem, c, em seguida,' receberam os espadins das mãos desuas madrinhas.

Na ordem do dia, o Diretor da Escola, Almirante HélioRamos de Azevedo, cumprimentou os novos aspirantes edisse que "o rigor da vida do mar, aliado à complexidadesempre crescente do preparo para a guerra naval, exige dooficial de Marinha uma formação cada vez mais apri-morada".

SOLENIDADE

Após a chegada do Ministroda Marinha, recebido com ocerimonial de estilo, foi passa-da a revista à tropa. Seguiu-seo Juramento á Bandeira noqual os aspirantes prometeram"cumprir rigorosamente as or-dens das autoridades a que es-tiveram subordinados, respei-tar os superiores hierárquicos,tratar com afeição os irmãosde armas e com bondade os su-bordlnados e dedicar-se intei-ramente ao serviço da Pátria,cuja honra, integridade e ins-tituições defenderão com o sa-crifício da própria vida". De-pois, os novos Aspirantes can-

Os aspirantes desfiUtram diante th madrinhas c parentes

Abatedores prometem que opreço da carne vai sermantido até a entressafra

Os preços da carne de primeira e de segunda nos es-tabelecimentos filiados à Campanha de Defesa da Econo-mia Popular (CADEP), nãovserão aumentados pelo. menosaté a próxima entressafra, conforme ficou decidido emreunião realizada ha SUNAB, com os representantes dosabatedores.

O preço da alcatra, pà,. patinho, lagarto e chã-dé-dèn-tro, considerados carne de primeira, continuarão tabeladosem CrS 2 340, enquanto o produto de segunda — o acém ea capa dc filé — serão vendidos a Cr$ 1050.A IMPORTAÇÃO ,

A SUNAB pretende concluirlogo os entendimentos com aArgentina, estendo cárto quenos próximos dias serão envia-das 15 mil toneladas de carnecongelada. A capacidade de es-tocagem dos armazéns da. SU-NAB «o Rio e cm São Pauloè de 40 mil toneladas c já exis-tem 10 mil estocadas.

Um acordo concluído ontemcem o Presidente do -Instituío-de Carnes cio Rio Grande doSul, Sr. Silveira Martins, pre-vê a remessa de mais 10 miltoneladas daquele Estado que, •somadas ,ao estoque existentoe mais à importação da Argen-tina, totalizarão 35 mil. Ascirico toneladas restantes, paracompletar a capacidade dos nr-mazéns. serão compradas pos-slvelmentc da FRIMISA, em-presa estatal de Minas Ge-rais.

AVRAHY BERNARDAZZI(FALECIMENTO)

_ Aurelia Barroso Bernardazzi, filhos, genros,^^^ noras, netos e cunhados, cumprem o dolo-^^P roso dever de participar o falecimento de¦ seu esposo, pai, sogrtí, avô e irmão —

AVRAHY BERNARDAZZI - e convidam seus paren-tes e amigos para o seu seoultamento hoje, dia' 6,às 15 horas, saindo o.féretro

'da Capela D, do Cerni-

tério São Francisco Xavier (Caju), para a mesma ne-crópole. (352

Ao Menino Jesusde Praga

Agradeço o milagre alcançado. *Rosa T. Costa.

Ao Papa João XXIIIAgradeço o milagre alcançado. —

Sousa. ,_

' REMESSA DO SUL

O Sr. Silveira Martins ini-ciou, optam mesmo, entendi-mentos para o afretamento donavio-frigorifico Renner, a fimde mandar imediatamente 600toneladas da cota de 10 mil.Por seu lado, a SUNAB entra-rá hoje em contato com a Rê-de Ferroviária Federal, paraqus parte do produto sejatransportada até São Paulo porvia férrea.

Embora a SUNAB faça mis-tório' sobre o preço da carne,sabe-se que a Argentina esti-pulou em 600 dólares o preçoda tonelada (CrS 1 320 por qui-loV, enquanto a carne do Suloüstará CrS 1 520.

CAMILLO RIBEIRO(MISSA DE 7.* DIA)

+

À família de Càmillo Ribeiro agradece "as mani-festações de pesar recebidas por ocasião de seufalecimento e convida os parentes e amigos paraa nríissai.de 7.° dia, que, por sua alma, manda ce-

lebrar dia 7, sábado> às 9h30m, no Altar-Mor da Igreja deSão Farncisco de Paula. (Largo ds São Francisco).

DR. ANTENOR TORRES JÚNIOR(DORINHO)

(MISSA DE 7.* DIA)

+

Eteivina Martins Torres, e familiares agradecem asmanifestações de pesar, recebidas por ocasião deseu falecimento e convidam parentes e amigos pa-ra a Missa de 7." dia que mandam celebrar em

intenção ds sua boníssima alma na Igreja Nossa Senhorada Conceição • Boa Morte a Rua do Rosário, esquina deAv. Rio Branco, sábado dia 7, às 8 lioars. Antecipadamente•gradecem a todos os que comparecerem à este ato de féwistã,

Ao Papa Leão XXIIIQue está «endo canonizado. Agra-

deço a graça alcançada. — Reis.

S. Judas TadeuAgradeço duas graças alcançadas.

— Osvaldo.

AÇÜCAR BAIXA

O preço do açúcar baixavaCrS 10 por quilo, pois a SU-NAB divulgará, portaria redu-Kindo o preço do produto refi-nado, da CrS 320 para CrS 310.Segundo a lista da CADEP, oaçúcar, vendido' cm abril aCrS 320, está fixado agora emCrS 295, com uma redução deCrS 25 para o corrente mês.

O mercado atacadista vemcomprando o açúcar deduzidodo Imposto de Consumo, se-gundo determina a Portaria 152do Ministério da Fazenda, ba-

taram o Hino Nacional, acom-panhados pela Banda Marcialdo Corpo de Fuzileiros Navais,seguindo-se a entrega de es-padins.

Compareceram à Escola Na-vai. diversos Almirantes, ofi-ciais superiores, adidos navaisestrangeiros e inúmeros farni-bares -.dos novos alunos. O Al-mirante Hélio Ramos, aindaem sua Ordem do Dia, ressal-tou o valor dos bons profissio-nais da Marinha, lembrandoque "dc nada valem os bonsnavios e as boas armas se oshomens que os guarnecem sãoprofissionais pouco capazes, ouespiritualmente pouco fortes".

Fogos de São João podemficar armazenados perto deigrejas até 3 toneladas

O Departamento de Fiscalização da Secretaria de Go-verno, ao*regulamentar ontem a vencia, no período entre 1e 30 de junho de fogos de artificio em barracas e estabe-lecimèhtos provisórios, autorizou sua instalação junto aostemplos de quaisquer religiões, com permissão para arma-zenar até três toneladas de explosivos.

A portaria do Departamento de Fiscalização estabeleceque o comércio a varejo de fogos de artificio poderá serexercido por estabelecimentos provisórios ou em barracas,Instalados em terrenos baldios, e que somente serão licen-ciadas lojas completamente vazias e sem pavimentos su-periores.

GeneralAlfredo Jorge Mirandola

(FALECIMENTO)

?

Maria Belizana da Fonseca Mirandola, Capi-tão Roberto Romito Rodrigues de Barros, Se-nhora e filhos, Dr. Carlos Eduardo da Fon-seca Mirandola, Senhora e filhas, Paulo Ser-

gio da Fonseca Mirandola e senhora, Regina Maria daFonseca Mirandola, comunicam o falecimento de seuquerido esposo, pai, sogro e avô,' e convidam os pa-rentes e amigos para o sepultamento à ser realizadohoje, dia 6, às 12'horas, saindo O féretro da CapelaReal Garndeza para o Cemitério de S. João Batista. (P

Paulino Pereira dos Santos(MISSA DE 7.» DIA)

+

A família de Paulino Pereira dos Santosagradece as manifestações de pesar rece-bidas por ocasião do seu. falecimento econvida os parentes e amigos para a mis-

sa de 7.° dia que manda celebrar dia 7, sábado,às 9,30 horas, no Altar-mor da Igreja do DivinoSalvador (Est, de Piedade).

O Presidente do Comitê dasVitimas da Mannesmann, padreIrineu Leopoldlno de Sousa,comunicou ontem à tarde aoPresidente do Banco Central,Sr. Dênio Nogueira, o resulta-do da assembléia-geral dos cre-dores, que rejeitarajn a propôs-ta da companhia de pagar 70por cento das dívidas contraí-das no mercado paralelo.

Na próxima segunda-feira —o padre Irineu Leopoldlno que,depoi» dc anunciar sua, renún-cia ã presidência do Comitê,concordou em continuar — teráuma audiência com o Ministroda Fazenda, Sr. Gouveia deBulhões, a fim de tomar co-nhecinlento dos termos das ne-goeiações entre o Governo bra-sileiro e a empresa, alemã.

CONTRAPROPOSTA

O Sr. Gouveia de Bulhõesconvocou a seu Gabinete o Se-cretário do Desenvolvimento deMinas Gerais, Sr. Luis de Sou-sa Lima, que deverá ser porta-dor de uma contraproposta doacionista minoritário — os ban-cos oficiais mineiros.

O fato é interpretado comouma tentativa para dar outrasaída ao caso, devido ao im-passe criado com a rejeiçãounânime da proposta da Man-nesmann alemã pelos credores.

D. Ediléia

seada na política de estimuloà ¦estabilização dos preços daComissão Nacional de Estimu-lo íi Produção LCONEP).

FEIPfANTESO Presidente do Sindicato

dos Feirantes, Sr. Alipio deQueirós disse ontem que os en-tendimentos para que os fei-rantes participem da Campa-nha -em Defesa da EconomiaPopular serão concluídos na"•próximo.

. semana, e explicouqu-a ainda, persiste um proble-ma, pois a CADEP só pode tercomo filiados comerciantes cieescrita regularizada. Segundoo Sr. Queirós, os feirantes obe-decem aos preços da bolsa degêneros e vendem com uiua li-cença fornecida pela Secreta-ria de Economia, não*estandoobrigados a manter escrita re-guiar.

Sobre os preços das feiras-livres,, o-Sr. Alipio Queirós ln-formou que a maior baixafõCí cm alguns casos) íoi ados produtos hortigranjeiros.cujas safras são abundantes.O tomate vem sendo vendidopor um terço do, que custavahá uma semana: entre CrS 200e Cr$ 300 o quilo. Os ovos, deCrS 1 100, estão custandoCrS 700 ou Cr$ 800 a dúzia.PARA O NORDESTE

A COBAL informou ontemque, dentro do plano de abas-tecimènto das populações fia-geladas do Nordeste, seguirampara o Recife os primeiros 30caminhões de arroz. fornecidopela Companhia Brasileira deAbastecimento.

Essa primeira remessa íoiplanejada pela SUDENE, coma interferência do MinistroCordeiro dc Farias, sendo cons-tituida de 1 800 sacas de ar-roz. Os 20 caminhões restan-tes deverão seguir hoje, le-vando arroz e feijão estandoprogramada ainda uma quar-ta remessa de gêneros paracompletar os 20 mil sacos asefffcm remetidos pela COBAL.DEBATE

São Paulo (Sucursall — OSuperintendente da SUNAB,Sr. Guilherme Borghoff, duran-

te um debate com empresáriosna Associação Comsrcial deSáo Paulo, anunciou ontemque os preços, da carne, óleo,arroz e feijão serão mantidospela CADEP.

A importação do feijão me-xicauo será em quantidadessuficientes para garantir o es-toque necessário à estabiliza-ção de preço, exclftreccu o Sr.Guilherme Borghoff, acrescen-tandó que a «importação evi-tara problemas na entressafrade.agosto e setembro. O exces-so de feijão no Paraná foi con-siderado como normal, devendoas sobras serem absorvidas pe-lo consumo dos próximosmeses.IMPOSTOS

O Sr. Guilherme Borghoff. sugeriu aos empresários a orga-nização de uma campanha pa-ra que o - Governo estadualconceda a Isenção do.Impostode Vendas e Consignações aosgêneros alimentícios, conformea iniciativa do Paaná, agoraconcretizada também na Gua-nabara e no Ceará.NOVA TÁTICA

Belo Horizonte (Sucursal) —Ás donas-de-casa mineU-as vãotentar, amanhã, uma nova tá-tica para resolver o problemado abastecimento, oferecendoum almoço de maioneses degalinha, arroz à grega e per-nil assado, ao Delegado Regio-nal da SUNAB, ao Secretáriodo Abastecimento e á impren-ta.

TEMPLOS AMEAÇADOS

Ao contrário dos anos ante-riores, o Departamento de Fis-calização resolveu permitir esteano barracas dc togos juntoaos templos de quaisquer reli-giões, no ptrtodo entre 1 c 30de junho, "ainda que em raioinferior a 500 metros, desdoque em festas beneficentes e¦sem caráter lucrativo, e quehaja concordância previa dasautoridades religiosas respon-sáveis".

Depois de estipular os crile-rios da concessão de licençapara.a venda de fogos, que te-rão que ser solicitadas às cir-cunscrições fiscais competen-tes. a Portaria estabelece que,após a concessão da licença, acircunscrição .deverá comuni-car o fato à Inspetoria de Ren-

das, para o recolhimento pré-vio do Imposto de Vendas eConsignações.

O Departamento de Fiscali-zacão proíbe terminantementea instalação de barracas de ío-gos a menos de 30 metros deresidências e 20. metros de dis-tância de hospitais, escolas,asilos, presídios, casas de di-versões, postos de gasolina oudepósitos de inflamáveis.

A Portaria estabelece aindaque o Departamento de Fisca-lização exercerá vigilância ri-gorosa às barracas, durante operíodo dc licença, e que, apósexpirado o prazo de funciona-mento, os responsáveis terãoum prazo de 48 horas para re-tirar a mercadoria do local e,se fór o caso, desmontá-las eremovê-las.

procuraseu filho

Cientistas americanoschegam ao Brasil para darcursos que começam hoje

Os cientistas norte-americanos Eric Weigel, Ca-tedrático de Física e Matemática, T. P. Sheer, qui-mico, e J. El Corell, físico, que chegaram ontem aoÉrasil para ministrar cursos de suas especialidadesno Rio de Janeiro, São- Paulo e Porto Alegre, come-çarão. a partir de hoje, as suas atividades.

Assim, o Professor Eric Weigel dissertará, hoje,na sede do CNPq, sobre funcionamento, nos Esta-dos Unidos, dos Centros de Estudos da USAP e osprincipais aspectos da metodologia aplicada ao eiv-sino da Física e da Matemática.

QUÍMICA

Também hoje, no Insti-tuto de Quimica da Univer-sidade Federal do Rio deJaneiro, falará o professorT. F. Shee sobre QuímicaAnalítica. Na próxima se-gunda-feira os três cientis-tas viajarão para São Pau_-lo, onde darão aulas naUniversidade daquele Esta-

do, durante dois dias, se-guindo depois para FôrtoAlegre, com idêntica finali-

•dade.A vinda dos professores

norte-americanos faz partedo Programa de Desenvol-vimento de Pesquisas Cien-tíficas, que tem o patroci-nio da Agência de Pesqui-sas Aeroespaciais da ForçaAérea dos Estados Unidos.

Sala CecíliaMeireles vai

Queirósalmoça com

expandir-se CasteloO Governador Negrão de Li-

ma determinou ontem a reali-zação imediata de estudos pa-ra desapropriação dos prédioscontíguos à Sala Cecília Mel-reles, na Lapa, a fim de am-pliar suas Instalações, aten-dendo sugestões de um relato-rio que lhe íoi enviado pelaDiretoria daquele auditório dearte.

O Presidente da Petrobrás,Marechal Ademar de Queirós,almoçou ontem no Palácio dasLaranjeiras com o PresidenteCastelo Branco. Pela manhã, oChefe da Nação recebeu osMlnütros Paulo Egidio e Memde/Sã e os Deputados AdautoLúcio Cardoso e Paulo Stira-sate.

A Sr* Ediléia Gomes da Luzesteve, no JORNAL DO BRA-SIL para fazer um apelo nosentido de ser localizado oseu filho Dionisio Gomes daLuz, que foi raptado por seucompanheiro Paulo Pedro deAndrade e levado para lugarIgnorado. A criança é regis-trada como seu filho.

Informou que, na última se-gunda-feira. foi à 32* Dele-gacia Distrital, mas quatro po-llciais que ali se encontravamnão quiseram registrar a suaqueixa, mandando-a ao Juizda 15" Vara de Família, que amandou de volta à mesma De-legacia.

DILIGÊNCIAS

Disse D. Ediléia Gomes daLuz que voltou anteontem à32.a Delegacia Distribal.-quandofoi atendida pelo ComissárioMadalena, que determinouduas diligências que não de-ram resultado, resolvende elaentão apelar para os leitoresdo JB para auxiliar *¦ políciana sua localização.

Informou que seu ex-com-panheiro Paulo Pedro de An-drade, que sempre maltratoua criança, já foi preso e pro-cessado por agressão a ela,Ediléia, que teme pela vidado seu filho.

Congresso daABPA já tem100 adesões

A Associação Brasileira pa-ra Prevenção de Acidentes járecebeu aproximadamente 100adesões para o I CongressoNacional de Prevenção de Aci-dentes e Primeiros Socorros, aser realizado no periodo de 18a 21 deste mês, no Centro deConvenções do Hotel Glória,em comemoração ao jubileu deprata daquela entidade.

Foi confirmada ontem a par-tlcipaçáo de uma empresa es-trangeira — a IBM do Uruguai— e de diversas de outros Es-tados do Pais. Durante o Con-gresso, as empresas Industriaise comerciais poderão exibirseus produtos nos stands queserão colocados nos salões in-1ternos do Hotel Glória.

MAIS ADESÕES

A Associação Brasileira paraPrevenção de Acidentes espe-ra receber, nos próximos dias,as adesões das corporações mi-litares da Guanabara, de vezque serão debatidos temas di-retamente ligados à proteçãoda população contra Incêndioc outras calamidades.

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Receba em seu diaToda a nossa alegria,Nosso afeto; nosso amortMãe,Mãe querida de ISosso Senhor...

LESTE UM

Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-..-GG, 1° Cad. 17 3!

Craques estrangeiros foramao Starting-Gate e à pista

IMPORTÂNCIA DO DETALHE

São Paulo (Sucursal) —Os animais estrangeiros aüs-tados nas provas mais im-po.tantes da semana do G.P. São Paulo, em Cidade Jar-dim, estiveram na manhã deontem fazendo o reconheci-mento da pista, e Amour foia primeira a entrar na raia,com o jóciuei Vitor Blengio,e galopou 600 metros na gra-ma, sem preocupação' detempo.

Segundo o proprietário doanimal, o jóquei Vitor Blen-gio é quem melhor entendeAmour, e o treinador afir-mou que ela tem muitaspossibilidades no G. P. Or-ganização Sul-Americana deFomento ao Puro-Sangue deCorrida, amanhã, em 2 000metros, já tendo ganho eperdido para Agra na Argen-tina — perdeu dando pesoá adversária e ganhou fá-cil peso a peso.LUCIANO DIEZ

Em seguida, Luciano Diez,Eternelle e Moriah estiveramna pista de areia, apenas pa-ra um passeio. Os responsa-veis pela égua Eternelleacham que a conduzida deFrancisco Irigoyen é imper-divel, tendo vindo da Ai*-gentina já pronta, traba-lhando a distância da pro-va em tempo excepcional.

Trenzado e Calcado expe-rimentaram o S.artiug Galede Cidade Jardim, o chilenosendo logo levantado pelojóquei, pois vinha manhei-rando, já que a pista de gra-ma ainda está com a cercamóvel, fazendo com que. oscavalos que largam por den-tro se assustem. CalcaHo

seguiu galopando e deu umavolta no tapete com magni-fica disposição. O craqueuruguaio, segundo seu trei-nador, perdeu para Randomuma carreira incrível, no G.P. Ramirez.ZENABRE NA AREIA

O campeão nacional Ze-nabre esteve na raia pilota-do por Dendico Garcia, li-mitando-.se a dar uma voltade galope na pista de areia.Dendico informou que seucavalo está tinindo e temainda que "Random evoluiumuito e que na Argentina,Zenabre perdeu para o cn-valo de Irigoyen por mais deoitenta metros. Mas na opi-nião da maioria dos treina-dores de Cidade Jardim, ocampeão nacional é ihdis-cutivelmente a força da pro-va.

O melhor apronto da ma-nhã de ontem foi o de NomPlus Ultra. O crioulo doHaras São Bernardo marcou73" e meio para os 1 200metros, ganhando dispara-do de seu companheiro Ma-gloire. Seu treinador disseque o cavalo corre bem emqualquer raia, pesada ouleve.RIGONI ESTÁCONFIANTE

Kaconio é outro nacionalque galopou hoje, sob acondução de José Alves, ten-do seu apronto marcado pa-ra hoje. Kaconio está emmagnífico estado, tendo umtrabalho de 158 segundospara os 2 400 metros, fácil,o que o coloca em condições

Paineiras muito escondida -

por Oraci Cardoso marcou45"2/5 para os 700 metros

Paineiras, que vai estrear bastante falada no sétimopáreo de amanhã, deixou impressão das melhores no seuapronto, pois, com Oraci Cardoso tranqüilo no seu dorso,dominou de passagem a um sparring em 45" 2j5 para 700metros.

A potrànca Nove Horas, mostrando que está em gran-de forma realmente, trouxe 37" 1|5 para uma reta de 600metros, sempre pelo miolo da pista, tendo o freio OraciCardoso conservado a sua calma habitual até cruzar odisco.RICACHA

Fancy Dress (J. Silva) pas-sando os 600 em 40". não ani-ma muito, pois trouxe poucassobras. Poseida (J. Portilho)agradou mais, trazendo 38".para a reta, com sobras.

Ricachã" anda multo "bem,secundo o seu treinador e, opáreo sendo mesmo na grama,pode derrotar Cura teufu, quetrabalhou bem, e Hurra «megosta da grama,, também.NOVE HORAS

A castanha Nove Horas nadamais fêz do que confirmar osseus bons trabalhos, quandopasou os 600 em 37 "1/5, pràti-camente de carreirão. Leer (J.Silva) diminuiu a marca de37", porém, com poucas reser-vas e Gold Mine (F. Esteves)aprontou ao lado de Guaxupé,os 600 em 36"3/5, muito bem.Slap Báng (A. Ricardo) des-ceu a reta em 38", sendo ins-tigada nos últimos 200, arre-matando regularmente. EQuassa (D. Neto) aumentou amarca para 39", firme.

Nove Horas -e Gold Mineestão pintando uma dupla cer-ta no progTama. A pilotada deO. Cardoso deve ganhar, masnão se deve descuidar comGold Mine.IAIA BONECA

Decáni CL. Correia) deu umcarreirão nos 600 em 42" eChusa (M. Silva) arrematouos 360 em 22", correndo bem.Ialá Boneca voltou a impres-sionar agora, nos 600 em 36"2/5, finalizando com grandedisposição. '

Em qualquer raia, não hacomo fugir a marcação de IaiáBoneca, que ostenta um ps-tadão,GUAXUPÉ

Clocotó (D.. P. Silva) e Pat-chouly'(A. Ricardo) apronta-ram muito suave, a reta em42". Guaxupé (J. Machado)deu a partida ao lado da com-panheira Gold Mine, fechandoa reta em 36 "3/5, sem apelarpara as suas reservas. Tésio(I. Sousa) aumentou para ...,com sobras e Gorino (J. Por-tllho) finalizou os 360 em 23",regularmente. Geri (A. San-tos) entrou na reta de galopi-nho para apertar nos 360, ar-rematando èm 22"2/5, agra-dando em cheio.

Pelos aprontos, Guaxupé eGeri continuam predominai!-do. Na grama Guaxupé pode-se impor aos seus principaisrivais, que são Geri e Gerânio,êste, principalmente, na areia.DOCKET

O alazão Docket (A. Santos)desceu a reta em 38"2;5, comfacilidade. Hamilto (C. A. Sou-sa) fechou os 700 em 44"2j5,com algumas reservas e LeCuisiiiier (A. Ramosi, os 600em 37"2|5, com boas sobras.Quantilo (J. Reis) querendo

disparar, fêz os 800 em 52"2|5,agradando bastante, enquan-to Alfredo (A. Ricardo) abor-dava os 700 em 46", numamarca muito boa para êle.

Na grania, Do.kct continuamandando no páreo.: Todavia,Quantilo, pelo apronto, mos-trou que será grande adversa-rio.KENTUKY BELLE""võrodnia

(J. Tinoco) fina-lizou os 700 em 44", com re-servas e Escatoleta (F. Este-ves) os 600 em ,38", firme.Kentucky Belle (A. Machado)aprontou muito suave, os 700em 49". Miss Kadina (A. Ri-cardo) também não se apuroudescendo a reta em 43" e Gal-lantry (L. Carlos) uma ladrade trabalhos, arrematou os 700em 44", facilmente.

Pelos trabalhos, Leipzig, Jo-cline e Kentuchy Belle, devemdecidir á competição. Muitodifícil entre as três.PAINEIRAS

A estreante Paineiras mos-trou no apronto que terão quecorrer muito para derrotá-la.Com O. Cardoso no dorso do-minou um "sparring" com fa-cilidade, finalizando ao seu la-do de galope, os 700 em 45"2!SCorniche (M. Silva) aprontouos 600 em 39", sem apurar damesma maneira que HappyStar (L. Santos) os 700 em47"2|5, num carreirão. Cante-mina e Guataine aprontaramjuntas, os '800 em 52"2j5, semvantagem para ninguém, coma pilotada de C. R. Carvalhosolicitada, mas correspon-dendo.MECHANT

O pilotado de M. Silva, Me-__ chant, aprontou 6em apelar"

para as reservas descendo areta em 38", com o seu pilotomuito quieto. Ragamuffin (J.Ramos) é cozinhado por umcompanheiro, fechando os 600em 39", sem agradar, ao con-trário de Mastereu, que arre-matou em 44", com o seu jó-quei pendurado nos queixos.Jalisco (A. . Marcai) sempreapronta bem, como agora,quando passou os 700 em 43"2'5, correndo muito. E Anda-luz (J. Portilho) também agra-dou. nos 800 em 52", com boassobras.ENOCH

Ulster (A. Santos) vai deva-gar até a entrada da reta,quando virou e desceu em 37",com sobras. Flngard (C. Sou-sa) fechou os 360 em 22"2|5,com facilidade enquantoEnoch (C. R. Carvalho) voltoua impressionar, passando os600 na reta oposta em 35",cravados. E Tobacco Road (A.Ricardo) não foi apurado nos360 em 23"1!5.

Enoch, caso confirme o tra-balho, deve encerrar a reunião.

5 jóqueis obtiverampermissão

Estudando o pedido de re-novação de matricula de vá-rios jóqueis impedidos, re-centemente, a Comissão Es-pecial composta dos Comis-sários Carlos Belmiro Rodri-gues, Rômiilo Olivieri e Car-lo» Velasco Portilho decidiudar parecer favorável, entreoutros, aos nomes de ¦ Lidio

para atuarLins, Luis Domingues, SilvioCruz, Francisco Gonçalvesda Silva e Heros Lima" "

O pedido dos treinadoresvai ser motivo de discussãonos próximos dias, tudo in-dicando que o treinador JoséOrelana venha a ter sua ma-tricula renovada para aatual temporada.

de igualdade com os "pa-pões" da carreira.

, Ducado, com Rigonl tran-.quilo em seu dorso, apron-tou 1 200 metros sem prerocupação de tempo. Rigo-ni acha que o nacional temgrandes possibilidades, dl-zendo que cie está no augeda forma e que se fosse são"a coisa ia ser preta".

Mesmo assim, acreditaque em raia macia, Ducadoterminará perto dos primei-ros.LEGUISAMO VAI HOJE

Olheiro, conduzido porSelmar Lobo, passou 1200metros em 75 segundos, napista de areia. Selmar achaque o animal não vai estra-nhar a grama, onde já ga-nhou, e que vai correr mui-to, mas reconhece que naareia conduzido é maisduro.

Irineu Leguisamo e Fran-cisco Irigoyen não trabalha-rani na manhã de ontem osanimais que vão pilotar.Damelo esteve na raia ape-nas para reconheçimerito,galopou, tomou uma duchae seu treinador informouque o veterano Leguisamo oaprontará hoje.TUIUTY NA GRAMA

Tuiuty trabalhou na gra-ma, com Albênzio Barroso.

animal tçeinado por Juande La Cruz é uma das fôr-cas do páreo de velocidadedomingo. Pesa 492 quilos eé considerado pelos enten-didos como um dos prova-veis vencedores da prova,com dotação de 10 milhõesde cruzeiros.

Montariasoficiaispara amanhã

1.» Pareô — às 13h_0m — 1 300metros — 1 500 000. (Grama).

Ks._ 1 Fancy Dress, 3. Silva X 5-3

3 — 1 Cura-Lcuíü, IV. And. 3 503 — 3 Hurra, L. Correia .. 1 58

4 Poseida, J. Portilho x 56. — 5 BlcachA, A. Si.-in.c_ .. x 58

" A_ores, O. Cardoso . x 56

...» Páreo — às 14h. — 1 200 me-tros — Crjf 1 600 000. (Grama).1 — 1 Nove Horas, O Gard. 3 55

Decr, J. SUva x 55_ — 3 Gold Mine, F. Estev.s 2 55

Túnica, A. Ramos .. 1 55— 5 Alegoria, M. Silva .. 4 55

" Slap Banff, A. Bicard. S 55— 6 Bonnie Bi, J. Port!]. 6 55

Mela Lua, P. Lima .. .55Qua_._i, D. Neto ... X 55

3.0 Páreo — às 14h30m — 1 300metros — Cr? 800 000. (Grama).

— 1 Arapova, J. Mach. .. l 52— 2 Decanl, L. Correia .. x 54

Chusa, M. Silva ... x 52— 4 Ialá Boneoa, D. P. S. x 58

Quebrada, E. M_ri__ 2 54— 6 Joelle, J. Reis x 56

Kaldafá, A. Santos . x 524.» Páreo — is 15h — 1 200 me-tros — Cr$ 1 600 000. (Grama).

»- 1 Olocoto, D. P. Silva 7 58¦' Patchoulr, A. Ricar. 8 55

— 2 Gerânio, M. Silva, .. 10 55Guaxupi, M. Mach. 55Tésio, J. Sousa 55

— 5 Gorino, J. Portilho 55'6 Maiaparte, J. Silva 55

" Lenaio, J. Reis .... 55— 7 Gari, A. Santos .... 55

Town, L. Correia ..11 55" Quartelro, B. Alves . 55

5.» Páreo — às 15h35m 1 300metros — Cr$ 800 000. (Grama).

— 1 Dockot, A. Santos .. 5 542 Halmlto, C. A. Sousa 4- 56

— 3 Sllrane, V.. Andnade 2 564 Le C_i_i_ler, A. Ram. x 52

_ — 5 Quantilo, J. Reis ... 3 56Hepatan, F. Mala .. x 54

4 — 7 Alfredo, A. Ricardo x 588 Cantil, J. Machado .. 1 56

6.o Páreo — às l.hlOm — 1 400metros — Cr? 1 300 000.

— 1 T. Guarda, H. Vaso. x 562 Vonodnla, J. Tinoco . 4 56

— 3 Leipzig, L. Correia .. 3 56Escatoleta, J. Port. 56

— 5 Jocline, F. Mala .... 566 Monte., A. E/amos 56

— 7 K. Belle, A. Machado 56Miss Kadina, A. Rio. x 56G_ll_nti*y, L. Carlos 3 56

7.» Páreo — às 16h45m,— 1 300metros — CrJ 1 300 0001 (Bettlne).

— 1 H. Flower, J. Portil. x 56Paineiras, O. Cartloso 56Folha, Â. Santos ... 56

— 4 Corniche, __. Silva .. 56Munição, J. CM .... 56La Rota, J. Borja .. 56

— 7 H. Star, L. Santos . x 56Cantemiao, 'C. R. C. x 56" Quataine, S. M. Cruz 7 56

— 9 Diana, u. Cunha ... 6 5610 Fenlt, 3. Ramos .... 6 5611 Galeto, R. A. Pinto . 1 9612 Jandinha, F. Menezes x 56

8.» Páreo — às 17h20m — 1 400metros — CrJ 1 300 000 (Bettlng).

— 1 Mechant, M. Silva . x 50Feitiço dá Vila, N/C. x 56Albiío, D. P. Silva, . x 56

— 4 Flâneur, L. Correia . x 56Garavagglo, J. Mach. 56Ragamuffin, J. Ram. 56

— 7 Mangazo, A. Ramos 56'.' Gulton, L. Alvarenga 568 Gulgnard, A. Ricardo 56

Mengo, J. Negrello .. ¦ 56— 10 Mastereu, A. Mach. 3 56

11 Jalisco, A. Marcai .. 5 5612 Andaluz, J. Portilho x .5613 Bandido, C. R. aarr.'7'_;.56:

..• Páreo — ài 17h55m — 1|200metros — CrJ 1 100 000. (Bettlng).1 — 1 Espadachlm, J. Port. ,x 57

2 Ulster, A. Santos ... x 57_ — 3 Rudah, M. Silva .... x 57

Fingard, C. Sousa .. x 57-r 5 Enoch, C. R. Carv.... x 57

6 T. Road, A. Ricardo 1 57— 7 Quazln, L. Roberto . 3 It

Chaleco, D. Moreira x 57TJrbino, L. Correia .. 2 57

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Expeditoconfia emKalapalo

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Calcado chegou do Uruguai, como um dos candidatos à prova ___•_. milhões, Grande Prêmio São Paulo, domingo a tarde• ¦¦•¦¦ ¦..'',•_*

Caruá dominou Royal Princepor pequena margem no final

Após luta emocionante emtodo o direito, Caruá, nos mo-mentos finais, pôde livrar pe-quena diferença sobre RoyalPrince, embora somente a fo-tograíia pudesse esclarecer qualtinha sido o ganhador, já quea vantagem obtida foi mínimae motivou mesmo uma grandeexpectativa ao público que as-sistiu à disputa debaixo deviva emoção.

Párea também de grandeequilíbrio, notadamente nos úl-timos instantes, foi o quarto,do qual saiu ganhador, atrope-lando forte, o favorito Piei,

. mas deixando a menos de pes-coco os outros três colocados,Redoxan, Mister Rio e Damice,que estiveram'juntos, lutandopelas posições principais, até oderradeiro salto.

l.«i PAREÔ 1000 METROS

l.o Happy Wind, L. Santos 572.o Éfeso, J. B. Paulielo ... 57-3.o Enselo, J. Correia 57

Vencedor: (3) Crs 44. Dupla:(23) Crt 59. Placès: (3) CrS 10,(5) Cr$ 10 e Cr$ 10. Proprietário:Hélio FerdlgSo de Freitas. . Trei-nador: Roclne Barbosa. Tempo:64"3/5.

2.» PAREÔ — 1 000 METROS

1.° Precavida, C. Morgado ., 572.o Càdlsta, M. Silva 57

Vencedor: (1) CrS 18. Dupla:Í12) CrS 32. Placès: (1) Cr$ 12 o(2) CrS 17. Proprietário: *Stud'Dom Camilo. Treinador: RobertoMorgado. Tempo: 64"2/5.

3.» PAUEO — 1 200 METROS

l.o Trolley, H. Vasconcolos . 562.o Purus, I. Amaral 583.o Olorado, M. Silva .' 56

Vencedor: (5) Cr$ 30. Dupla:

(13) Cr$ 32. Placès: (5) CrS 16,¦ (2) CrS 28 e (1) CrS 13. Proprie-' tárlo: Stud Samarlchanda. Treina-

dor: Silvio Morales. Náo correu:Ivar (retirado pelo Serviço Vete-rlnário). Tempo: 77"l/5.

«.• PAREÔ — 2 000 METROS

l.o Fiel, J. Pedro Filho 562.o Redoxan, L. Santos 563.0 Lord Rio, J. Reis ,.. 56

Vencedor: (1) CrS 17. Dupla:(12) CrS 55. Placès: (1) CrS 11,(2) CrS 15 e (4) CrS 16. Proprie-tárlo: Stud Eumlg. Treinador:Benodlto Rlbo.ro. Tempo: 134".

5.0 PAREÔ' — 1 300 METROS

l.o Rei do Aço, A. Bicardo .. 582.o Prestancia, O. Cardoso ... 563.o G. de Paris, W. Andrade . 56

Vencedor: (3) CrS 31. Duola:(22) CrS 138. Placès: (3) CrS* 20.(5) CrS 39 e .(6) CrS 23. Proprie-tárlo: Stud Rei do Aço. Treina-dor: Moacir Felipe das Neves. NSo

> correram: Seu Machado e GrandMarnler, Tempo: 86"3/5.

O treinador Expedito Coutí-nho, que recebeu ontem à. tar-de, «le São Paulo, o cavalo Ka-lapalo, afirmou náo conhecerbem o retrospecto do seu pupi-lo cm Cidade Jardim, apenastendo certeza de ser um cava-lo que se transforma m pistade grama e como vai com umjóquei, que considera excelen-te, Ricardo, tem esperança nosucesso.

Depois de afirmar que existechance de vitória, apontou otreinador, o cavalo Fragonardcomo íôrça diante da sua últl-ma e espetacular vitória,achando ainda que Fiapo pelasua boa classe é rival a- serrespeitado e adiantou que umaexibição expressiva de Kalapa-lo já será motivo de satisfa-ção e a vitória um misto pro-vável de surpresa e emoção,

.3"l/2, MUITO BEM

Esclarecendo, posteriormente,que Kentucky Belle trabalhou1400 em 93"l/2 muito bem,em vez de 90", salientou queapesar de destaque natural deTown Guarda, acredita quesua pensionista seja das pri-meiras no espelho, atada queAudállo Machado parece dirl-gi-la com habilidade. E acha adupla quase certa:

— Em corrida não se está li-vre.de um azarão aparecer co-'mo ganhador, m*s mesmoobservando com a maior aten-ção o programa, tem de se che-gar ã conclusão de que a du-pia 14, Town Guarda-Kentu-cky Belle domina inteiramenteo páreo.

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6.o PAREÔ — 1600 METROS MELHOR CORRIDA

l.o Caruá, O. Cardoso 582." Royal Prince, F. Esteves 603.o Kebir, L. Roberto 50

Vencedor: (5) CrS 27. Dupla:(13) CrS 39. Placès: (5) CrS 10,(1) CrS 10 e (7)"CrS 10. Proprie-tárlo: Gastfto de Carvalho e LuísEspínola. Treinador: Antônio Pin-to da Silva. Nfio correu Evreux.Tempo: 103".

7.0 PAREÔ — 1 600 METltOS

l.o Chlmango, C. Morgado .. 582.o Pai-Pai, J. Reis 543.° Happy Dawn, L. Santos . 56

Vencedor: (3) CrS 54. Dupla:(24) CrS 175.. Placès: (3) CrS 20.(8) CrS 18 e (5) CrS 25. Proprie-tárlo: Luis Carlos Ramos. Treina-dor: Nelson Pires. Não correu:Pelmar. Tempo: 104"3/5. Total deapostas: CrS 225 053 180.

Quando o falo acontece oMMUl DO MAM INFORMA

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A respeito das demais inseri-ções aíirmou que Alice Poquerestá em ótimo estado, mas tal-ve_ anotada em páreo duro,enquanto Pancy Dress . lhe pa-rece a melhor corrida, pois temtudo a íavor para conseguir avitória.

Disse o treinador que a ar-gentina aprontou em 38", fácilos 600, e pela fraqueza da tur-ma tudo indica que será a ga-nhadora. E, voltando a comen-tar acerca de Kalapalo, decla-rou se. tratar de um cavalomuito corredor, e mesmo quenão venlia a conseguir a vitó-ria desta vez, com melhor acli--natação, vai ser no Rio, umdos nomes mais úteis da gera-cão de três anos.

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Ledesma é líder no golfe de Porto Alegrebom demais

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Pdrfo j4Ze£»-e (Sucursal)O argentino Jorge Ledesmaé o lider destacado na cate-goria scratch do Campeona-.to Sul-Brasileiro de Golfe,totalizando 138 tacadas paraas duas primeiras voltas dotorneio, seguido pelo gaúchoFernando Chaves Barcelos,com 147, e pelo uruguaioStanham, com 152. O cario-ca Mário González Filho estáem 16.° lugar, com 159 ta-cadas.

A equipe uruguaia, Inte-grada pelos golfistas Sta-nham, Etcheverry e Jacob-.son, é a primeira colocadana disputa da Taça A. J.Renner, com o escore de 469tacadas, seguida pela da Ar-gentina, com 448, e, por últi-mo, pela do Brasil, que tem458 tacadas e está formadapor Fernando Chaves Barce-los, Mário González Filho eCarlos Brenner.

POUCOS CARIOCAS

Os promotores do Campeo-nato Sul-Brasileiro de Golfe,Iniciado na quarta-feira emPorto Alegre, nos links doPorto Alegre Golfe Clube, es-tão se queixando da ausén-.cia de jogadores do Rio e deSão Paulo — que haviam secomprometido a disputar o

, torneio — pois não há maisdo que 10 concorrentes des-tas duas cidades entre os 153golfistas inscritos.

Isto'veio prejudicar bas-tante a atuação da equipebrasileira na Taça A. J.Renner, pois ela não tem re-servas e assim está depen-dendo das atuações de Fer-

O argentino Jorge Leileima (liandicap mais um) é lider nove tacadas de vantagem no torneio do Hio Grande do Sul

LOTERIA oo ESTADO Dn CUANABARIlDtcritó ll.» M7, fl» 18-1-M, ratificado p»lo a»y«rn« f»d»r«l, conlorm» D*er»t» n.« 1.01», d» IB sl* m»ls) (ta 19M

PRÊMIO MAIOR:«__________ €r$ 20.000.000 fLAM0 "D*E"Lista de QUINTA-FEIRA, 5 de MAIO de 1966

Pagamentos sem desconto2.439 PRÊMIOS —À «dezena do2.° prêmio figura no corpo da Usla

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-16841...16874...16959...16964...16974..

nando Chaves Barcelos eMário González Pilho. Osuruguaios e argentinos trou-xeram jogadores de catego-ria e o titulo deverá ficarmesmo com uma dessas duas_equipes. A colocação e a'constituição das equipes naTaça Renner são as seguin-tes': 1.°, Uruguai (Etchever-ry, Stanham e Jacobson),469 tacadas; 2.°, Argentina(Ledesma, Monguzzi e Ei-ras), 448 tacadas e em 3.°,Brasil (Fernando Chaves,Mário González Filho e Car-los Brenner), 458 tacadaspara os 36 buracos do tor-neio.

A CLASSIFICAÇÃO

A situação nas categoriasscratch e de handicaps é aseguinte: Scratch — Io, Jor-ge Ledesma (Argentina), 138tacadas; 2.°, Fernando Cha-ves Barcelos, 147; 3.°, Sta-nham (Uruguai), 152 taça-das. Handicaps de zsro anove — 1.°, A. Herzog, 138;2°, Ledesma, 140; 3.°, Arrie-ta, 142. Handicaps de 10 a15 — 1.9, Garcia, 135; 2°,J. C. Barcelos, 136; 3.°,Odair Cravo, 137, Han-dicaps de 16 a 32 — 1°, Da-nesi, 133; 2°, Becker, 140;e 3.°, W. Briss, 142. Catego-ria Feminina: Scratch —1.°, Elizabeth Nickho.rn, 159;2.°, lida Lopes, 163;. 3.u, E.Kuss, 173. Handicaps de ze-ro a 15 — Io, Elisabeth Nick-horn, 144; 2.°, E. Kuss, 147;3.°, Loni Hermàrin, 148.Handicaps de 16-a 32 — 1.°,C. Silveira, 146; 2°, S. Hell-frich, 148; 3,°, R. Hacthau-sen, com 151 tacadas.

Mandarino vence eKoch éeliminado por Javorsky noTorneio Italiano de Tênis

Roma (UPI-JB) — Edson Mandarino passou ontempara as oitavas de final do XXIII Campeonato de Tênisda Itália, ao derrotar o italiano Caetano de Maso por6-3, 6-2, 5-7, 0-6 e 8-6, enquanto Thomas Koch era eli-minado ao perder para o tcheco Jiri Javorsky por 8-6,0-6, 6-1, 4-6 e 11-9.

Luis Felipe Tavares e Remo Figueiredo, que com Koche Mandarino formam a equipe brasileira na Taça Da-rts,já haviam sido derrotados anteriormente, o primeiro per-dendo para o indiano Jaldip Mukerjea por 6-2, 6-2 e 6>-ie o segundo para o italiano Sérgio Tacchlnl por 6-0, 5-2e 6-1.

Chuva forte no Texasadia torneio de golfe

UPI, exclusivo para o JB

Houston, Texas — Aschuvas que caem sobre oTexas desde duas semanasprovocaram o adiamento daprimeira rodada do Hous-ton Champions Internatio-nal, marcada para ontem-nos links do The ChampionsGolf Club, devendo serdisputada hoje* caso as con-dições do tempo melhorem,pois o campo chegou a fi-car parcialmente alagado.

Esta é a terceira vez emapenas 15 dias que as chu-vas acabam adiando o an-damento de torneios de gôl-fe. O primeiro a ser preju-dicado foi o Dallas Open edepois o Texas Open. OHouston Champions Inter-nacional — com 110 mil dó-lares de dotação — poderáprolongar-se até segunda-feira, a não ser que hajarodada dupla no domingo,

7.0009.0007.0009.000.7.0009.000.9.000.9.0007.000

.9.000.'9.0009.00O9.000 i9.000**7.000-9.0009.0009.0009.000'9.00O7.000-9.000 .9.000.7.0007.001)9.000

7.0009.0007.0009.0009.0007.0009.0007.0009.0007.0009.0007.0009.0009.000 i9.0009.0009.0007.0009.0007.0009.0009.0007.0009.0009.0007.000

BRM denunciou roubo ciepeças do seu novo motorque fará 32D km horários

Folkingham, Inglaterra (UPI-JB) — A fábrica de car-ros BRM — Britist Racingf Motors — anunciou ontem

que foram roubados o dinamo, a caixa de ferramentas einstrumentos especiais do novo motor H-16, que é capazde desenvolver uma velocidade de 320 quilômetros hora-tios e que deveria ser usado nas provas internacionais •

dè Monte Cario, Silverstone e Indianópolis.O roubo das peças significa que o atual campeão mun-

dial Jim Clark, que' corre pelo grupo da Lotus, e seus ad-

versários Granam Hill e Jackie Stewart, da equipe BRM,não poderão estrear as novas máquinas na primeira pro-va que conta pontos para o-campeonato mundial, que -é

a de Mônaco.

FORA DE SILVERSTONEA British Raoing Motors Já

anunciou também que, sem osmotores de três litros, náo par-ticipará da corrida, de Silvers-tone, marcada para o dia 14deste més, pois a sua principalfinalidade na competição eramostrar ao público aficionadodo automobilismo os motoresH-16. Nesse mesmo dia, JimClark teria que classificar umaversão Lotus, equipada com onovo motor, a fim de correr de-pois as 500 milhas, de Índia-nópolis.

Um diretor da BRM disse

Clube dos Bagres cancelouexibições mas Vasco e Fiaaproveitam as datas vagas

Vasco e Flamengo farão dois jogos amistosos, hoje e

domingo, para substituir as exibições da equipe de bas-

quete do Clube dos Bagres, que foi obrigado, a cancelar

a vinda ao Rio, por não dispor de condução aérea, a des-

peito dos esforços empreendidos neste sentido pelo seu

representante, Sr. Januário Veiga.O Clube dos Bagres, da cidade paulista de Franca,

era aguardado ontem, para enfrentar o Vasco hoje a noi-

te no ginásio do Municipal, e o Flamengo, domingo pelamanhã, na quadra coberta da Gávea. As datas e locais

serão aproveitadas por Vasco é Flamengo, que realizarão

jogos amistosos, como treinamento para o Campeonato

Carioca.

. QUATRO ESTRÉIAS

COMO FOI

Thomas Koch, que vinha jo-gando muito bem, foi derrota-do numa partida arduamentedisputada e que chegou ao quin-to set, terminando com o resul-tado de 8-6, 0-0, 6-1, 4-6 e 11-9.Logo após o jogo Koch decla-rou:'

— Tive bons momentos du-rante o jogo. Mas para vencerteria que ter mais e melhoresmomentos. Javorsky sempre es-tava em todos os lados da qua-dra, defendendo-se muito bem,além de apresentar um fortedrop shot. Entretanto, os jogosaqui íoram bons para mim.pois serviram como treino paraas partidas contra os espanhóispela segunda rodada da TaçaDavis, em Barcelona, que é oque mais interessa.

Mandarino venceu com difi-culdades o italiano Caetano deMaso, depois de dois seis tran-qüilqs, devido um erro do juizno terceiro set, que atrapalhouo brasileiro.

— Eu deveria ter vencido oterceiro set e ganho a partida— disse Mandarino — mas o

¦ juiz cometeu um erro que aca-bou me prejudicando e diíicul-tando a minha vitória nos ou-tros dois seis.

Com esta vitória, Edson Man-darino terá que jogar com umdos melhores amadores do mun-do, o australiano Fred Stolle,pré-classificado em segundo noCampeonato. Entretanto, Man-darino não está preocupado comIsso, dizendo apenas que "serádifícil vencer Fred Stolle, massempre entro na qualra coníi-ante na vitória".

Quanto aos jogos contra.a Es-panha, Mandarino disse que'sabemos que serão difíceis,

. pois os espanhóis têm üma ex-" celente equipe, que no ano pas-sado chegou ã íina! contra aAustrália". Mesmo assim, ostenistas brasileiros esperamconseguir um bom resultado.

Os jogos do Brasil e Ecpa-nha pela Taça Davis devem serealizar nos dias 13, 14 e 15, entBarcelona. A equipe espanholacontará com seus dois melhorestenistas, Manuel' Santana eJuan Gisbert, que derrotaramna primeira rodada os iugos-

lavos. Juan Gisbert sofreu umapequena lesão em uma úu;ímãos, quando jogava ontemcontra o tcheco Jan Kods. Oesparihòu abandonou a quadra,logo no início do segundo sçt,dizendo que não queria agra-var mais a sua contusão, JWUterá que jogai- na próxima^Se-mana pela Taça Davis. Gisberthavia vencido o primeiro 'net

por 7-5. í;Ontem tiveram inicio os Jó-

gos de duplas, ainda pelo Caan-peonato Italiano, com a dtrplaequatoriana Miguel Olvei^a-Francisco Guzman derrotandoos italianos Ezio Matteo-Antó-nio Minella por 6-0, 6-0, jBe,e 6-2. £

NO RIO '-«S

Com' jogos nas quadras doCountry e Fluminense, o Cam-peonato Álvaro Osório terá ho-je a sua terceira rodada, quepoderá ser transferida parasegunda-feira caso continue achover.

A programação é a.seguin-te: no Country. quadra l,y*iis18h — Humberto Montenegro-Jacques Preeling X Jair Coe-lho-J. Almeida ou Mário Ma-mede-Sérgio Mamede; às IDliFrederico Conolly X HervêRe-nout; às 20h — Afonso PintoGqimarães X Nelson RobertoVaz Moreira; às 21h — Mar-eus Junqueira X Luís Bezerrae às 22h Roberto Gomes XLuís Dias Lopes. Quadra 3: íis20h — Ricardo Pascula X R.Pereira ou Nelson Lopes; às21h — Gláucia Gomes — R,Peixoto X Helena Dax-OttoDax e às 22h Paulo Morais-M.Junqueira X Tondo Endo-Kentaro Suzilci. Quadra 4: às19h — Paulo Lima X PauloFerraz ou Gabriel Figueiredo;às 20h — Sérgio Bonn XPau-lo Morais ou Mário Mamede;às 21h — Júlio Haupt X PauloFerreira ou Gabriel Nascimen-to e às 22h Júlio Haupt-Her-bert Haupt X Peter Sturn-Klaus Thurri, Nas quadras,doFluminense: às 17h —i Héle-rià Duarte x Rosa MaplaPassarelli; às 19h — Elita Pe-nha X Ligia Pacheco e HugoPucheu-Colin Fox X Délio Oli-veira-Arnaldo Melo.

ontem que o roubo criou umasituação de desespero para afábrica:

— Nossas inscrições e as daLotus poderão ficar arruinadas.Isto poderá transformar a si-tuação — que já era difícil —num caso sem solução. Esta-mos fazendo todo o possívelpara reconstruir as peças ouencontrar as roubadas.. Os policiais encarregados dedesvendarem o roubo acredi-tam que êle tenha sido prati-cado com a finalidade de sa-botar os corredores da Lotus eda BRM.

Clay defenderá seu titulodia 21 contra Cooper que |receberá 140 mil dólares

Londres (UPI-JB) — O campeão muAdial dos pesospesados,. Cassius Clay, colocará o seu titulo em jogo, maisuma vez, no próximo dia 21 no campo de futebol doHighbury, Londres, contra Henry Cooper, campeão do Im-pério Britânico, que receberá por este combate o maiorbolsa jamais paga a um pugilista inglês, 140 mil dólares.

Cooper, que é proprietário de uma mercearia na ca-pitai inglesa, declarou que, se conseguir trazer para o seupaís a coroa mundial, abandonará os ringues depois dauma carreira de doze anos, cheia de altos e baixos. "Dese-

jo retirar-me como campeão e retornar aos meus afaze-res", disse o campeão britânico que completou trinta edois anos no último dia 3.

COMEÇO DE CARREIRA

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Todos os números terminados em 6 (final do 1° prêmio) têm Cr$ 7.000As dezenas 82, 65 e 84 do 3.° ao 5.° prêmios tém Cr $ 7.000

¦ ¦ {.r<, As extrações principiam A» 15 horas

189.* EXTRIClO ' Fiscal de Ministério da Fazenda: WflHDI RIBEIRO HOLT 188.» EXTRIÇftO

São milhões pau você Carioca, as quintas-feiras, nos sorteias da Loteria da Estado da Guanabara!

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ÀV. Rio Branco, 159 — Dia 12 de maio - 20 MILHÕESo»

Quatro estréias estão previs-tas nas equipes do Vasco eFlamengo que Se enfrentamhoje, às 21h 30m, no Ginásiodo Municipal. O Vasco, lança-rá a sua mais recente aquisi-çâo, o jogador Valdir, que de-íendia o Flamengo desde 1959.quando veio do interior pau-lista, após participar da sele-çâo brasileira, campeã mun-diar no Chile. Valdir é um jo-gador de apreciáveis recursostécnicos e representa excelen-te reíôrço para o quinteto vas-caino, na luta pelo bicampeo-nato.

O Flamengo promovera olançamento de Coqueiro, Mar-ceio e Zecáo, os dois primeirosseus defensores até a têmpora-da de 64, quando se sagraramcampeões cariocas e se trans-feriram, a seguir, para o Flu-minense. Zecáo vem do inte-rior paulista e já estava emtreinumento na Gávea há ai-gum tempo. Os três represen-tam também bons

"reforços pa-

ra a equipe rubronegra e, jun-tamente com Valdir, serão mo-tivo de maior Interesse, paraos amistosos de hoje e do-mingo..

O cancelamento da vinda doClube dos Bagres deveu-se àimpossibilidade de obtenção depassagem aérea para a delega-ção. A viagem de ônibus tor-nou-se impraticável, pela dis-tânciR que separa a cidade deFranca do Rio. O Clube dosBagres certamente seria moti-vo de atração, pois além doprestígio adquirido no TorneioInternacional que conquistouno Ginásio do Maracanã, emabril último, vem de obter ex-pressivo resultado em jogo rea-lizado terça-feira passada, emFranca, com renda superior aCrs 25 milhões; perdeu ape-nas por 71x64 para a seleçãoda Iugoslávia, que acaba delevantar o Mundial Extra, noChile. No 1.° tempo, o Clubedos Bagres levou vantagempor 35x27.

INSCRIÇÃO CONFIRMADAO Vasco dará entrada até

segunda-feira, na Secretariada FMB, do registro de inseri-ção do jogador norte-america-no Stephen Belser, pivô de2,08m. Stephen já assinou o do-cumento e deverá chegar donordeste do País, onde se en-' contra em missão cultural, nofim do mês em curso.

O homem que Cassius Clayenfrentará em Highbury ini-ciou a sua carreira de lutadorprofissional em 1954, após limapromissora trajetória no pu-gilismo amador. Logo, o seupoderoso gancho de esquerdalhe deu fama nos ringues daCapital inglesa.

Isto ocorreu em maio. de1956, quando no primeiro roundderrotou espetacularmente umdos seus mais sérios rivais dostempos íio amadorismo, graçasao seu poderio com o punhoesquerdo. Mas, em 1957 éle foinocauteado por Joe Bygraves,em sua primeira tentativa aotitulo de campeão britânico edo Império, sofrendo o mes- _mo destino ao lutar com Inge-mar Johansson, o sueco çam-peão da Europa, que depoischegou ao titulo mundial, i

TITULODepois de derrotar o norte-

Binericano Zora Folley, emLontíTes, no ano de 1958, Coo-per retornou à lista dos aspj-rantes ao título de campeãodos pesos pesados britânicos edo Império.

Finalmente, ao derrotar opugilista Brian London, Ene-ry, como é chamado pelas fre-guesas da sua mercearia, con-seguiu o tão almejado tituloque mantém até hoje, toman-do-se o boxeador inglês quepor mais tempo o reteve."ROUBARAM-ME O TITULO"

Caracas (UPI-JB) — "Rou-baram-me o titulo", declarou opugilista venezuelano Carlos"Morocho" Hernandez, ao re-gressar ontem da Itália, ondeperdeu o seu titulo de campeãomundial dos pesos meio-médiosjuniors frente ao italiano San-dro-Lopopolo.

Muito contrariado, Hernan-dez referiu-se à luta de 15 as-saltos que perdeu por pontos,declarando que o árbitro era"mais que desonesto, ignoran-te".

— Este senhor nunca viu bo-xe- na Europa, porque o tipode admoestação que utiliza eos seus motivos só provocamriso na atual era do pugilis-mo — disse o venezuelano aochegar, ontem ã noite, ao Ae-reporto de Maiquetla.REVANCHE

Por sua Tez, o empresário deHernandez, Rafito Cedeno, dis-

se que fará uma oferta de lõmil dólares para uma revan-che, podendo o combate «erefetuado em Caracas ou emMaracaibo.

Disse, ainda, o empresárioque na sua viagem de regres-so da Itália, quando da esta-•Ia feita nos Estados Unidos,conferenciou com o Presiden-Ité da Associação Mundial deBoxe, Jim Deskin, que garantiuque estudará as suas reclama-ções e observará atentamenteo filme feito durante a luta*'

— Estou certo que depois'daassistirem ao filme da luta,obrigarão Lopopolo a fazieroutra luta com o meu pupilo,disse Cedeno.

CONTRATO

Tóquio (UPI-JÈ) — O pugi-lista Takeshl Nakamura, cam-peão oriental, e o aspirante,Al Diaz, das Filipinas, assina-ram contrato anteontem paraum cor-bate de doze assaltosválido pelo titulo.

A luta será realizada no pró-ximo domingo no! •Korakj*enHall, desta Capital, sendo «staa quinta vez que Nakamuradefende seu titulo, desde qua' oobteve em 63. »i

Judô mineiroterá juizes »;cariocas

_i8Os Professores Osvaldo l">tin-

can, Shunji Hinata • TakeshlUeda, respectivamente, DiréjorTécnico da Federação Guaua-barina de Judô e técnicosrdoselecionado carioca que Inter-virá no próximo CampeonatoBrasileiro, partid&o hoje paraBelo Horizonte convidados queforam para arbitrar as -lutaspelo Campeonato Mineiro quose Iniciarão amanhã.

Os professores cariocas apro-veltarão a sua estada na Capi*'tal mineira não só, ainda, pa-ra observar um dos nossos pró-ximos adversários, mas, tam-bém, para olhar de perto oslocais das disputas e de con-centração do selecionado cario-ca no Campeonato Brasileiro,que será efetuado a partir ds8 de junho em Belo Horizonte

Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-66, l.o Cad. — 19

___J_\\ BANCO PREDIAL na COPA PO MUNDO Ipbepial _m______________m____mÊã______________m

¦-APELO IRRESISTÍVEL

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m__^^\_. BÉs ______ \ _____! _____^Éa_Í__H ^üiL _____!&''

£i» poucas ocasiões Pele esteve tão satisfeito quanto ontem, na hora em que je viu rodeado de crianças pobres de colégio

ríKno está certo de que vaia Copa porque seu estadoe tão bom como em 1958

jj Teresópolis — Dino Saní tem absoluta convicção dejj^guê poderá ir à Copa do Mundo na Inglaterra e até mes-V.pio entrar no time titular, pois acha que suas condições'físicas

são tão boas como em 1958 e que suas qualidades^técnicas são reconhecidas iate mesmo por seus críticos.-.. mais severos.jr-H — Quem critica minha lentidão faz parte da turma-da oposição e não entende de futebol, pois para vencer a¦¦retranca não é preciso nenhuma correria e, se o futebol"^brasileiro nunca foi de correr, não precisa começar agora'— disse.

' REm. ANCA É DESESPERO¦*•<* 'Dino,

que tem uma experi-¦éncia de três anos no futebol-Italiano, acha que a retranca'** -ifio é nenhum mistério e que¦¦-ela só é .praticada por paísesde nfvel técnico inferior ao fu-tebol brasileiro.

Os times europeus jogamna retranca porque não.têmcompetência para se arrisca-rem a abrir a defesa contraequipes superiores, como asbrasileiras. Ao mesmo tempo,para vencerem a própria re-tranca, são obrigados a apelarpara a correria. O time tododefende e, quando o adversário'cai na armadilha, passa tam-'bém quase todo para o ataque.'¦'" — Defendem-se com sete ou¦ blto — explicou Dino — e ata-':cam também quase sempre com

seis ou sete jogadores. Eviden-.,íemente, para consegiuir-se is-:.,sp, é preciso que a equipe seja

muito organizada, com grande"¦jsntendlmento entre os jogado-"rés, mas eles fazem isso porque-«fio inferiores ao brasileiro.

PACIÊNCIA Ê A ARMA81 Para vencer a retranca Dino¦7*afcha que é necessário apenas"- "paciência, porque competência»:sobra ao futebol brasileiro.

Se os jogadores são me-r.tlhores que seu adversário é ló-.gelo que eles vão mandar no.-jogo, ter por mais tempo a

,,-,&>_& dominada, impor o seu

^ArgentinosJreinam comtitulares

Buenos Aires (UPI-JB) — Aseleção da Argentina que seprepara para disputar a Copado Mundo na Inglaterra deve-

....irá treinar hoje com todos os, seus titulares, contando inclu-'. ,slve c°m os jogadores do Boca

v4üniors e do River Plate, quei.V&o estiveram presentes, no

conjunto de ontem porque osdois clubes jogaram pela Taça'Xlber .adores da América, ten-*> o primeiro vencido por laO.

-•«O treinador Juan Carlos Lo-._ renzo « o seu assessor Torre-^' clUas organizaram um jogo-¦'treino, anteontem à noite, pa-

ra a escolha dos 40 nomes quedeverão ser enviados a Londrespara inscrição na Copa doMundo."-Os jogadores Andrade, Lalla-no e Savoy não se apresenta-ram e as duas equipes foramas seguintes: Azuis — Irusta,Calics, Leonardi (Rols), Mar-tin e Pastoriza (Messiano);Baslle e Matlneli; Maschio,Silva, Roldan (Citale) e Taba--'rtn. Vermelhos — Biasutto,Ginarte, Nelson Lopes (Mal-bèrnat), Dlaz • Viberti; Llanos• ¦•_ Conlgllano; Rendo, Dleguez,'«rojo e Carohe.

ritmo de jogo e a vitória temque acontecer como uma con-seqüência normal da superio-ridade.

Agora — continuou — oque o brasileiro tem que apren-der é ser paciente, como nojogo de xadrez. Não adiantao adversário protelar a decisão,porque o mais capaz é que vaiacabar dando o xeque-mate.O'brasileiro

precisa' é ter confi-anca em sl, saber que é melhorque o adversário, e não se Im-pressionar com o fantasma daretranca, porque este fantasmanão existe, mas os inimigosquerem que a gente acreditenele. Correr, se desesperar,achar que só vencerá o jogo sefizer um gol de saída é que nãovai adiantar coisa alguma e sóinfluirá negativamente no àni-mo da equipe. _ lógico que umgol de saída é bom para qual-quer um, mas o brasileiro pre-cisa acreditar na sua compe-tência para fazei- um gol naretranca com cinco ou com oi-tenta e cinco minutos de par-tida,PERSONALIDADE

Dino contou que não dá amínima importância às críticasque lhe fazem de jogar lenta-

¦ mente e que não vai mudarsua maneira de ser por causadelas.

—í Cheguei onde estou jo-gando sempre da mesma ma-melra e não vou agora começara correr dentro de campo sópara agradar aos outros. Senão sirvo para jogar contra aretranca, como é que jogueitrês anos na Itália, sempre co-mo titular e sempre dentro doestilo que já tinha e com oqual pretendo continuar. Istoé conversa para impressionarnovato, mas eu não sou novatoe sei" onde tenho o meu nariz.Sinto-me em -plena forma, aseleção tem um médico paradizer se tenho ou não capacl-dade física para disputar aCopa do Mundo e o resto 6conversa que não Interessa.CAMINHO PELAS PONTAS

Na minha opinião, a se-leção está certa em procuraro jogo pelos flaucos, porque Is-to aumenta o espaço para aequipe, mas acha que seria umerro ordenar uma pressão emmassa da seleção para abriros íerrolhos.

Temos nossos quatro za-guelros e vamos continuar comeles. Os homens do melo decampo saberão distribuir a.jogadas. O caminho mais fácilé realmente pelas pontas, masse os homens do meio do cam-po sabem o que fazem, sabemter a- bola dominada aos pés ejogar de cabeça em .pé vendoo panorama geral, poderão des-cobrir a qualquer momento queuma brecha se apresenta pelomeio da área. Aliás outra van-tagem dos .'pontas abrirem .

que logicamente eles puxamtambém a. defesa para fora,passando a facilitar então atéos lançamentos pelo melo —concluiu Dino.

Tupi tem "leque" para não

sofrer gol e marcar muitosno treino contra a seleção

Belo Horizonte (Sucursal) — Geraldo Magela, técnicodo Tupi de Juiz de Fora, que amanhã voltará a testar aseleção brasileira, afirmou ontem que o seu sistema de-fensivo — por êle mesmo chamado de "leque" — será tãobem utilizado desta vez, que sua equipe dificilmente so-frerá um gol e ainda entrará em campo com possibllida-de de fazer muitos.

— Nosso sistema, desde o último teste com a seleção,íoi mais apurado nos treinamentos, de modo que estamosem condições de nos defendermos com um sólido bloqueio,obrigando os adversários a entrar no funil à entrada daárea, assim como de atacarmos com rapidez, abrindo bemo jogo pelas pontas, como um leque — explicou o técnicomineiro.PREÇOS ALTOS

Os 1817 torcedores que ha-viam reservado lugar na cara-vana que vai a Teresópolis, in-centlvar o Tupi, cancelaramontem a sua viagem, ao sabe-rem que o treino será mesmoem Três Rios, com apenas oitomil ingressos à venda, custem-do CrS 6 mil uma arquibanca-da e 4 mil uma geral. Com apassagem de ônibus — CrS 2 500e mais 500 para a empresa queorganizou a caravana — a via-gem ficaria muito cara, e as-sim, o Tupi não poderá contarcom a mesma torcida que o in-centivou em Caxambu.

Enquanto Isso, Geraldo Ma-gela não faz segredo do seu sls-tema, muito menos da equipeque entrará em campo: Valdir,

Manuel, Murilo, Dario e EliFlores; Mauro e França: JoãoPires, Toledo, Vicente e Eurico.— O único que não está mui-to certo é Vicente, que vem deuma dlstensão muscular recen-te e voltará a ser examinadopelo médico.

Magela-acha que sua equi-pe, no próximo CampeonatoMineiro, inclusive após essestestes com a seleção, poderáaparecer bem, a não ser queos titulares sejam vendidos.João Pires, por exemplo, estáinteressando a vários clubes,assim como Eurico já íoi ce-dido a Portuguesa de Desportospor Cr$ 25 milhões e mais arenda de um amistoso. Muriloé outro que vem .despertandoo interesse do futebol de SãoPaulo.

Paraná acha que jogo pelaspontas só dará certo quandoseleção estiver na Europa

Teresópolis — Paraná é de opinião que.a tática deexplorar o jogo pelos .lanços só começará a dar resul-tado na Europa, porque aqui todos os times já conhecemas ordens de Feola e dificultam a missão dos extremas,que devem procurar sempre ir até a linha de fundo.

— Contra a seleção gaúcha, por exemplo, ficavamsempre dois me vigiando e, quando eu ameaçava sair porfora, eles caíam logo para aquele lado, levando-me entãoa aplicar o drible para dentro, aproveitando a facilidadeque tenho de chutar com a perna, direita.

Em 1960, finalmente, por causade uma necessidade do time,passei a jogar na ponta es-querda.

— Naquele tempo — lembraParaná — eu jogava diferente,porque recuava e lançava o Pi-cole caído para a meia esquer-da, para aproveitar sua. pernacanhota. Agora," com Pele, édiferente. Pele é quem reoua,e çu vou para a frente, masacho que assim é até melhor,porque realmente me adaptomais ao jogo ofensivo.

CRITICA INJUSTA

Paraná acha, aliás, que ascriticas que lhe foram feitas,afirmando que éle chuta mal,começaram em Lambari e Ca-xambu, mas não têm razão deser.

O que acontece é que oscampos lá eram muito esbura-cados e, quando eu ia chutar,a bola sempre me escapava.Estas críticas, porém, não têm"base, porque o chute é justa-mente uma de minhas melho-res armas.

Sei, perfeitamente, quenão sou o que se chama de umjogador clássico, um estilista.Meu Jogo se resume em trêscoisas principais: coragem, dri-ble e chute. Jogando na extre-ma; levo a grande vantagemde saber, usar os dois pés. Naminha opinião, uma das joga-das . mais perigosas que êxls-tem é quando o1 extrema cortapara dentro e chuta como ou-tro pé, porque ai êle tem umângulo multo melhor.

,— O que me facilitou multoaprender a usar as duas'per-nas é que não comecei minhacarreira como um extrema es-querda- mas sim como médiode apoia Depois como centro-avante, em 1958 comecei a jo-gar no São Bento de Sorocaba.

ARMA PERIGOSA

Paraná acha que uma armaexcelente para se combater aretranca é o drible, porque, seo adversário fica para trás, ba-tido, automaticamente o timeatacante passa a contar com asuperioridade de um atacanteou, pelo menos, com um defen-sor a menos pela frente.

— Quanto a isto, acho queestes treinos para mim têmsido excelentes- e justifico me-Ihor o meu ponto-de-vista. _que nossas -paxrtaf. sabem queos extremas vão abrir, fazemuma marcação rigorosa paraimpedir isto «, assim, obrigam-nos a driblar pari, dentro oupara fora..

Roteiro de Teresópolis sófoi quebrado por meninosque queriam abraçar Pele

A rígida organização que a comissão de recepção deTeresópolis preparou para a seleção brasileira só íoi que-brada ontem uma vez, quando um grupo de crianças po-bres da Escola Estadual Rotary chegou humildemente naporta do Hotel Pinheiros e a professora Iolanda fêz umapelo para que seus alunos pudessem ver Pele.

Kpm mesmo.o Sr. Alfredo Rabelo, homem do mesmogênio e temperamento do Sr. Carlos Nascimento e queserve de intermediário entre Teresópolis e a ComissãoTécnica, pôde dizer um não, limitando-se a responder aosalunos e à professora que ia consultar Pele.MESMO ENTUSIASMO

Pele mal tinha acordado. Es--t&va ainda sem o uniformeda CBD e não tinha tomadocafé, O Sr. Alfredo Rabeloperguntou se Pele poderia abriruma exceção e dar um pulono portão do hotel para queas crianças o vissem. A res-poste íoi imediata::

7_ Quando se tratar decrianças — di_6e alegrementee Já se dirigindo para o por-tão — pode me chamar quan-tas vezes quiser '

porque vousempre com boa vontade.

Paulo, Márcia, Lúcia, Rober-to, enfim, as 25 crianças dogrupo foram apresentadas aPele. Todas demonstravamalegria nos olhos, e para tó-das Pele teve uma' palavra decarinho. Todas estavam multotímidas e nem mesmo Paulinhoque segundo Dona Iolanda, éo mais falador do colégio, cón-seguia articular qualquer pala-vra diante de tanto .ntusias-mo. O mesmo entusiasmo tam-bém sentia Pele ao lado delas:ajeitava o laço da gravata deum; alisava os cabelos de ou-tra; queria conhecer todasQuando Márcia lhe íoi apre-sentada como a primeira alu-na da escola, depois de cum-primentá-la, Pele fingiu-sede sério:

Que vergonha para vocêsoutros heim? E agora, como éque vocês vão fazer? Todostêm de estudar multo para se-rem iguais a Márcia. Está bem?

A professora pediu-lhe, èri-tão, para dar um autógrafonum livro do colégio e Peleo fêz com uma bonita dedica-tória às crianças. Despediu-sedelas e, ao voltar para o pá-tio do hotel, argumentou parao Sr. Alfredo Rabelo:

Comecei bem o dia.AMIGO DE MANGA

A preocupação de não dei-xar que ninguém perturbe apaz e tranqüilidade dos joga-dores da seleção está sendolevada muito a sério pela- co-missão de recepção. Organiza-ram um dispositivo de segu-rança no hotel onde 14 poli-ciais tomam parte, e o dele-gado de Teresópolis, Sr. IvoBarroso, chega a morar nopróprio hotel. Mesmo com oIntenso frio que faz à noite,aqui, êle dá ronda para ver seos sentinelas estão nos postos.Aqui, só a imprensa temacesso e assim mesmo das 9às llh30m — declarou o de-legado.

E se alguém sair do ho-tel, à' noite, às escondidas?

¦ "* — Vai dormir lá fora por-que os guardas não o deixa-rão entrar de jeito algum —"respondeu enfático.

Por causa desta organizaçãotoda, os Jogadores falavam comalegria da tranqüilidade queencontraram e os- membros daComissão Técnica previam, osucesso e o grande passo quedeverão dar nesta -etapa deconcentração.

O único que não estava mui-to alegre era Manga. O goleiroqueixava-se de que tinha dadoem Lambari Cr$ 150 mil a umamigo para entregar a sua mu-lher e êle desapareceu com odinheiro.

Cheguei em casa crenteque a. nega velha estava beme a encontrei na pior — diziadiante das risadas e piadas doscompanheiros, pelo acontecido.MUSICA NA PISCINA

Enquanto Isso, esperando avez de subir ao primeiro andarpara fazer revisão médica comos Drs. Hilton Gosling e Amei-lo Montuori, vários jogadoresficaram na beira da piscina ou-vindo discos na radiovitrolaportátil de Lima.

Os discos de Helena de LI-ma, Alternar Dutra e , Roberto

. Carlos eram os mais tocados euma grande equipe de cinegra-flstas da BBC filmavam tudoque se passava. '¦

De cá para lá andava Joséde Almeida.

Você já apanhou sua rou-pa com o Bira? Indagava aosJogadores.Olha a programação atédomingo já saiu — alertava aosjornalistas.

O Sr. Carlos Nascimento,Paulo Amaral e Rudolpho Her-manny sairam ainda de ma<-nhã cedo. Foram. Inspecionaros campos da Várzea, do Tere-sópolis e da Granja de Comary,Na volta ficou estabelecido queo individual de hoje será noComary, a ílm de poupar ocampo do Teresópolis, onde jo-garão no domingo.

Tocou uma sirene. Os joga-dores pensaram que era hora doalmoço. Logo, porém, velo aexplicação:

São llh30m em ponto —gritou o Sr. Alfredo Rabelo.Terminou o horário da impren-sa.

Como alguns ainda se de-morassem terminando suas en-trevistas, o Sr. Carlos Nasci-mento foi auxiliar o Sr. Alfre-do Rabelo pedindo para quesaíssem.

José de Almeida leva paraseleção o espírito quenão o deixa largar o Flu

Teresópolis — José de Almeida, um homem simples,modesto, leal e, principalmente, sem vaidades, é uma daspeças mais úteis na engrenagem da Comissão Técnica,sobretudo, pelo seu alto senso de organização, que o fazser o primeiro a acordar e o último a dormir diariamente.

Acostumado ao trabalho desde a idade de 15 anos,José de Almeida já tem tempo suficiente para se aposen-tar da chefia do Departamento Técnico do Fluminense háalguns anos e, no entanto, continua lá como na seleçãobrasileira com a mesma vontade e vigor de quando come-çou a trabalhar.DIA COMEÇA AS 5

A vida de José de Almeidana seleção brasileira começapor volta das 5h30m. As vezesacompanhado pelo SupervisorCarlos Nascimento, na maioriadas vezes, sozinho mesmo, Jo-sé de Almeida dá um passeiopelos arredores da concentra-ção à espera de que os outrosacordem. Neste passeio êle co-meça a elaborar na mente todoo trabalho que terá durante odia e ninguém jamais duvidade que tudo programado serácumprido. Quando acordamAssis, Bira, Aristides, Santana,e Mário Américo, êle começaos afazeres.r— Hoje é dia de individual,vamos colocar o material dosjogadores nos sacos. Separemos tênis. Olha as meias. Levamais algumas camisas à parte.

Enfim, de nada êle esquece.Todos estão tomando café a

lá está José de Almeida comsua inseparável plaqueta-

Doutor Gosling, quem éque vai para o exame médico?— indaga. — Tem alguém dis-pensado?

Toma nota de tudo e faz amesma coisa com o Dr. MárioTrigo, Hermanny e Paulo Ama-ral. Êle próprio se encarregade avisar um por um.

OBSERVA TUDO

Vem o treino e êle observatodos os detalhes. Toma notade tudo. Se aparece alguém lhepedindo informações: não tltu-bela. Ergue a plaqueta e pro-cura nas dezenas de folhaspresas a ela porque lá está aresposta.

Depois do tremo, éle própriotrata do recolhimento de ma-terlal; é, também, éle quemen-caminha a roupa suja para alavanderia, lembrando sempre• quem encarregado:

E para amanhã. Precisa-mos dele sem. falta.

-Na grande áreaArmando Nogueira

Descoberta insólita nos bastidores da, se-leção nacional áe futebol: o rei Pele está fa-zendo um tratamento áe vermifugo para lUvrar-se de um parasita chamado anquilóstomoe que vem a ser o mesmo que infernizou a viáalendária âo opilaáo Jeca Tatu.

Um leitor de Belém do Pará pede-me que-lhe conte o que a meu ver tenha sido o mo-mento mais expressivo da felicidade brasilei-.ra pela conquista da Taça do Mundo de 1958.

Para a minha sensibilidade, um dos ges-tos mais bonitos no carnaval comemorativo davitória brasileira na Suécia foi aquele de meuamigo Lúcio Rangel, ilustre crítico musical davelha guarda: o Bar Zepelin, em Ipanema,fervia de gente feliz, todos cantando, dançan-do, confraternizando, bebendo a goleada deEstocolmo. Em cima da mesa, um desarranjocompleto: toalha repuxada, salaminho emcopo de chope, conhaque no pires de morta-dela, chope entornado na toalha, moscas noprato de queijo. Alguém da roda, irritado coma moscaria, pôs-se a chicotear o vento comum guardanapo:

— Pelo anior de (Deus — suplicou, cho-rando, Lúcio Rangel — não mate as bichi-nhas: elas também são campeãs do mundo.

O Presidente em exercício da CBD, Sr.Sílvio Pacheco, disse aos jornais que conside-ra inconveniente a convocação de Amarildo.E sabem os leitores por que? Simplesmenteporque, no seu entender, a vinda de Amarildocausaria desestímulo aos quatro jogadores quedisputam, a ponta esquerda da seleção na-cional..

Tomo a liberdaâe de perguntar ao Sr. Sil-vio Pacheco se a situação de Paraná, Edu eRinaldo, diante da convocação de Amarildo,seria mais constrangedora que a de Parada,Tostão e Silva, chamados para disputar comPele a meia esquerda do selecionado? Por quefalar em desestímulo se Amarilào viria paradisputar a posição no mesmo plano dos outrosespecialistas da ponta esquerda?

Pois, olhe, Dr. Silvio Pacheco, se a sim-pies vinda de Amarildo provocar abatimentoem Edu, Paraná e Rinaldo, estará demonstra-do, a tempo, que nenhum dos três tem con-dições espirituais para jogar na seleção na-cional. Se eles não são capazes sequer dedisputar a posição,,muito menos haverão desê-lo para disputar a Taça âo Munâo.

Espero que o Dr. Sílvio Pacheco não este-ja cometenâo a injustiça de imaginar que Vi-cente Feola escalaria Amarildo, de saída, notime Grená. Isso foi feito com outros jogado-res que, no momento, não tinham merecimen-to, como ocorreu com Belini e Servílio. Mascom Amarildo o que se impõe, o que se querde Feola, é que êle o escale no último dos ti-mes: escale Amarildo no Azul, no Verde, aténo Amarelo, mas escale, experimente. Em fu-tebol ninguém' engana e se alguém conseguirenganar não será por muito tempo. O torce-dor está ai, atento, para julgar: se Amarildoestiver jogando melhor que os outros, acaba-rá no time Grená; se, ao contrário, estiverpior, deverá até ser dispensado, com o respeUtoso agradecimento ãa CBD. Mas nós não te-mos o direito de desprezar um jogador comoAmarildo, com a legenda de bravura'de Ama-rildo, com a experiência de Amarildo, na horaem que a CBD pretende conquistar o mais pre-cioso título de,toda a história esportiva domundo moderno. .

Francamente, a declaração do Sr. SilvioPacheco desaponta, entristece, principalmenteporque desmerece o esforço que está fazendona Europa, no momento, o Presidente JoãoHavelange, para trazer o jogador Amarildo. Ofutebol áe Amarildo pode até não estar à ai-tura do empenho ão Presidente Havelange,mas o que importa, no caso, é o senso de res-ponsabilidaáe que informa a atitude do Pre-sidente e Chefe da Delegação.

E é esse gesto do Presidente Havelangeque, infelizmente, o Sr. Silvio Pacheco nãoestá sabendo prezar. ¦.[ '

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Vinda de Am constrange os jogadoresNO CALOR DÓ EXERCÍCIO

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Os jogadores empregaram-se mais do que nunca nos exercícios com medicinc-bull, paru tentar evitar o frio

Exercício na neblinafêz lembrar iiyerpool

Teresópolis — Sob . umachuva miúda e com unia ne-blina espessa — a ponto dedeixar os jogadores quase àscegas e de fazer com que oDr. Hilton Gosling Isé lèm-Brasse exatamente de Li-verpool — a seleção brasi-lèifa fêz individual,. ontema tarde, na Granja Comary,seguindo-se um bate-bolaonde os cinco goleiros forammuito exigidos.

Zito, Pele, Lima e Jair-zinho, os únicos ausentes, to-dos por determinação medi-ca, ficaram dentro do ôni-bus que levou os jogadoresdo hotel ao carhpo. Dos qua-tro, Jairzinho tem presençacerta no próximo treino deconjunto, enquanto Pèlé éLima'ainda dependem deunia revisão médica e Zitocontinua afastado de qual-quer atividade, até segundaordem. '

NEBLINA INGLESA

Assim que. chegaram aocampo da Granja Comary— cuja área é duas vezes,no mínimo, maior do que ado Maracanã — os jogado-res ficaram muito impressio-'nados com a neblina. Oldair,.por exemplo, perdeu-se dógrupo que começou â còr-rer sob o comando de Ru-dplf Hermanny, pois êle.foiò último a. tirar o macacãoè, quando fícòu de unifor-me, já não viu maisV rim-guém. Então, começou a cor-rer também, mas no senti-do oposto, até que localizouo grupo pela voz do prepa-íador físico.' — Isto aqui parece mesrmo a Inglaterra — disseDjalma Santos.^C—, Parece? — interveio;Belini. Pois eu acho que áComissão Técnica cometeurim erro, trazendo 45 joga-Sores, e não 22, para a ci-

dade onde disputaremos asoitavas de final. Isso aquié.-Liverpool, mesmo.

Dentro do ônibus, os qua-tro poupados, ao lado de Vi-cente Feolà e Carlos Nasci-mento, também ficaram im-pressionados. Lima obser-vóu: •

Acho que a ComissãoTécnica vai ter que chamaroutros 41, pois aqueles queela convocou o ruço acabade comer.

TREINO BRASILEIRO

Apesar da chuva eda ne-blina, os jogadores cumpri-ram com todo o empenho os50 minutos de individual di-rígidos por Hermanny, le-vando o Dr. Hilton. Gosling— muito satisfeito— a co-mentar com os jornalistas:

Esta é uma tarde tipi-camente britânica, exata-mente como as que encon-traremos em Liverpool, nomês de julho. Mas o treino,pelo que estou vendo, é bembrasileiro: todos fazem oque devem e enfrentam atéoanau tempo com bom hu-

.mor, não faltando as piadasde sempre. ..'C.

O bate-boia ¦— iniciadologo após um .treinamento

:que constou de corridas àvolta do campo, piques açe-.lerados, saltos e dribles, em.estacas fincadas ,no grama-do — fòi orientado por Pau-lo'Amaral. Mais uma vez otreinador mandou que osZagueiros ficassem "trocar!-do passes, enquanto,os ata-cantes e os goleirps'jócupa-vam suas posições, em bali-zas que a Comissão Técnicasolicitou e dois caminhões'levaram à granja. . ; .

Numa delas, Gilmar e Fá-bio revezararhrse.. rias defe-sás, o mesmo acontecendo;com Manga, Ubirajara eValdir na outra. À certa al-tura, ainda a propósito da

neblina, Gérson sugeriu quenão se passasse a bola paraTostão, explicando que êleera tão branco que ninguémo veria.

DURAÇÃO MÍNIMA

Manga voltou a ser o me-lhor dos cinco goleiros noschutes de fora da área —desta feita uma área cal-culada a olho — e teve emParada o atacante que maisvêííes conseguiu vencê-lo,principalmente nas cobran-ças de falta. A animação dogoleiro, assim como a von-'tade de Parada, Gérson,Flávio, Rinaldo e Silva decontinuar com os chutes,levou o grupo a protestarquando Paulo Amaral pôsfim ao-treino.

Quarenta minutos nãodão para nada — disseManga.

Já Murilo, com um pregona chuteira a incomodá-lo,foi o primeiro a deixar ocampo, com permissão dotreinador. No hotel, Her-manny dirigiu exercíciosmuito leves para Zito, Pele,Lima e Jairzinho, só paraaquecê-los um pouco, en-quanto os demais eram dis-pensados.

O Dr. Hilton Gosling vol-tara a examinar os quatro,hoje, pela manhã, mas jáantecipou que nenhum dè-les apresenta caso de gra-vidade. Zito continua sere-cuperando de uma dlstén-

. sãò na coxa direita, Pelesente leves dores no torno-zelo, Lima está contundidono joelho esquerdo e Jair-zinho tem uma também le-ve entorse na região lombar.

Convém deixar Zito defora-dos treinos do flui desemana:— disse o médico.Jairzinho, . porém, será 11-berado/ mas eu ainda nãodecidi se ós. outros dois po-derã.o ou não voltar ao trei-namento.^ .

Programa até domingo.--Teresópolis' — A Comissão

Téíhica" organizou ontem oprograma da seleção do Brasil»té domingo, quando as equi-pes Azul e Grená enfrentarãoAmérica e Bangu. estando pre-Vista revisão médica e trata-mento para hoje, amanhã edomingo, das 9 h"30 m às 11 li.,v; Amanhã, as equipes Brancaft Verde jogarão contra o Bon-sucesso na cidade de Três Rios,devendo sair de .Teresópolis emçnlbus especiais às 8hl5m.'As duas seleções almoçarão emTrês Rios, devendo o jogo-treino ser iniciado às 14b.

O programa completo elabo-rado pela-Comissão é o seguin-te: hoje — 9h — café; de 9h'30m às 11 h — revição medi-ca e tratamento; llh30m —almoço; 14 h 30 m — saída comdestino à Grania Comari parao individual;. 15h — indivi-dúal; 18h30m — jantar; 22 h-4 lanche; 23,h — recolher.

Amanhã — 9h — café;; 9h15 m—: saída para Três Riosdas equipes Branca e Verde erévlsáo médica e tratamentoaté 11 h para as equipes Azule Grená; Uh 30 m — almoçoem Teresópolis para as equipesAzul e Grená e em Três Rios

para as equipes Branca e Ver-de; 14 h 30 m — saida das equi-pes Grená e Azul para o indi-vidual na Granja Comari; 18 h30 m — jantar; 22 h — lanche;23 h — r.-ao.hcr.

Dcmíi-ro — 9 h — café; 9às- 11 — revisão e tratamentomédico;: llh30m — almoçopara as equipes Grená e Azul:12h —. almoço,para as equipesBranca e Verde; 13 h — re-união dá Comissão Técnicacom os jogadores; 13h30m —saida para o campo do Tere-sópolis; 14 h — treino dasequipes Azul e Grená contra oAmérica e Bangu. •

Coríntians dádc73a72na Iugoslávia

São Paulo (Sucursal) —Em partida de final sen-sacional, o Coríntiansvenceu o time de basque-te da Iugoslávia — quese sagrou campeão mun-diai no extra do Chile —por 73 a 72, depois de terquase a certeza da vitó-ria e por último da der-rota, quando faltavam 13segundos para terminaro jogo.

Quando faltavam 22segundos, o Coríntiansvencia por 71 a 70, masos iugoslavos atacaram emarcaram uma cesta,passando à frente por umponto. O técnico Moa-cir Daiuto pediu tempo,quando faltavam 13 se-gundos, deu instruções,e na saída o Coríntiansfoi ao ataque, marcandopor intermédio de René,sem tempo de reação pa-ra os iugoslavos.

Com essa vitória, o Co-;ríntians manteve sua in-vencibilidade de mais deum ano no parque SãoJorge, depois de ter ven-cido até o Real Madri,campeão da Europa e umdos maiores conjuntos debasquete do mundo.

CTIRA PACIENTE

Dácio de Almeida,José Trajano,

Odir Amorim eRonald Theobald i

Enviados especiais de JB-Image

Teresópolis — A noticiada chegada de Amarildo eJair da Costa, segunda-fei-ra próxima, criou um climade indisfarçável constrangi-mento entre os jogadoresconvocados para a seleçãodo Brasil, uma vez que to-dos estão convencidos deque ambos não viriam da Eu-ropa senão na condição dctitulares.

Embora a Comissão Téc-nica tenha reunido os joga-dores depois do almoço deontem para pedir uma re-

.cepção simpática aos doisjogadores e tenha advertidoque eles virão na mesma si-tuação dos outros convoca-dos, para disputar a posiçãode igual para igual, o mal-estar não pôde ser contor-nado.

NINGUÉM PALA

Nenhum jogador, no en-tanto, quer falar sóbre o as-sunto, pois nenhum delestem nada de pessoal contraAmarildo ou Jair da Costa.

Acontece que não foi possl-vel desmanchar a impressãode que o Presidente da CBD,Sr. João Havelange, só po-deria ter mudado a opiniãodos dirigentes do futebol ita-liano se tivesse prometido acondição de titulares paraos dois jogadores.

Além disso, todos têmconsciência de qUe a che-gada de Amarildo e Jairda Costa representa duasvagas a menos entre os 22jogadores que vão disputara Copa do Mundo na Ingla-terra. Tanto os pontas-di-reitas como os pontas-es-querdas que alimentavamgrandes esperanças de via-jar na delegação, mesmo nacondição de reservas, sabemagora que tudo se tornoumais difícil, notando-se to-tal desânimo entre algunsdeles.

Os membros da ComissãoTécnica, entretanto, conti-nuam a desenvolver intensotrabalho no sentido de pro-porcionar a Amarildo e Jairda Costa uma ótima recep-cão, inclusive por parte dosjogadores, principalmente le-vando o Presidente João Ha-velange, que chega hoje daEuropa, a Teresópolis paraexplicações pessoais sóbre assuas gestões para a vindados dois jogadores.

Convocação oficial para/Amarildo e Jair sai hoje

O Presidente João Have-lange informou que as con-vocações oficiais de Amaril-do e Jair da Costa deverãosair hoje, quando êle irá pes-soalmente a Teresópolis, afim de informar à ComissãoTécnica todos os detalhesdas negociações para a vindados jogadores.'

Os dois jogadores embar-carão em Roma no domingo,devendo chegar na segunda-feira, sendo submetidos ime-diatamente a todos os minu-ciosos exames a que os ou-tros jogadores se submete-ram, para depois serem inte-grados ao restante da dele-gação.MÃOS LAVADAS

— O que eu pude fazer pe-Ia vinda de Amarildo e Jairda Costa, eu fiz — disse oSr. João Havelange — pa-guei-lhes as passagens deRoma, por qualquer empresaaérea, além de uma passa-gem para a irmã de Amaril-do, e insisti junto à Federa-ção Italiana, quando houvea primeira negativa. Agora,o resto é com a ComissãoTécnica, que vai treiná-los eobservá-los, no mesmo nívelque todos os outros 45 cori-vocados.

O Sr. João Havelange fêzquestão de desmentir quehouvesse firmado qualqueracordo no sentido de condi-cionar a liberação dos joga-dores ao aproveitamento deambos, frizando sempre que

"de agora em diante o nego-eioé com a Comissão Téc-nica".

Ainda no aeroporto, o Sr.João Havelange disse quesoube da mudança de posi-ção da Federação Italianano dia de seu embarque, portelegrama. Informou, ainda,que esperou bastante tempopor essa mudança de posi-ção, aguardada também pe-los jogadores, que por umavez sentiram a alegria deque viriam e depois ficaramacabrunhados com a nega-tiva da Federação.

As infonnações e decisõesoficiais serão tomadas a par-tir de hoje, quando o Sr.João Havelange comunicaráà Comissão Técnica a vindados jogadores e lhes contaráminuciosamente as negocia-ções que desenvolveu em Ro-ma e Paris.

SILÊNCIO SOBRE JAIR

.Roma (UPI-JB) — En-quanto as noticias sobreAmarildo informam que êlesairá de Roma às 7hl5m, emvôo com escalas em'Paris eLisboa, pouco se fala de Jairda Costa, cujo clube, o Inter,ainda está disputando asprimeiras colocações do cam-peonato italiano.

A irmã de Amarildo, Ma-ria, disse que, finalmente, ojogador encontrara paz deespírito, pois tudo se resol-vera a contento, depois deuma semana de expectativa.

Pele faz ginástica hojee bate bola domingo paraver se treina conjunto

A exemplo de ontem, Pele hoje só terá licença paraíazer ginástica de tronco mas, amanhã, o Dr. Hilton Gos-ling verá se êle já tem condições para um treino com bolae, no domingo de manhã, então, uma revisão médica de-cídirá se êle pode ou não participar do treino de conjunto.

Pele não teve nenhuma distensão na coxa, mas apenasdores musculares na perna e o que preocupa mais o Dr.Hilton Gosling é justamente a pancada que êle sofreuno tendão-de-aquiles, pois o local ainda se apresenta in-chado e ontem obrigou-o a tratamento de infravermelho,ultra-som, e calor úmido por causa disso.PELE VISADO .

O Dr. Oosling disse que Peleultimamente se apresenta comum número de lesões maior doque seria, de se esperar ou de-sejar num jogador de 26 anos,mas isto por causa de êle sersempre implacavelmente visadoe não porque sua atividade in-cessante tenha provocado neleum envelhecimento atlético pre-coce.

Pelo contrário, o índice derecuperação física de Pele de-pois de um esforço continuaexcelente, tão bom como era em1958 e 1962. É um jogador, po-rém, que naturalmente tem quese poupar e nós temos tambémque poupá-lo porque êle é mui-to mais visado do que os ou-tros. Nós nunca pretendemosdeixá-lo de fora dos treinosagora mas, dentro da medidadas circunstâncias, é de fatomais vantajoso poupá-lo umpouco nestes treinos e jogospreliminares do que submete-lo exaustivamente a tudo istoe corrermos depois o perigo denão contarmos com êle na Co-pa do Mundo.

GARRINCHA PERFEITO

Quanto a Garrincha, o Dr.Hilton Gosling contou que, co-mo médico, nada mais pode exi-gir dele.

Para mim o. grande testede Garrincha foi na semanapassada em Caxambu, quandoéle treinou em conjunto doisdias seguidos, fazendo sempreindividual e a ginástica compeso, a mecanoterapia, e apre-sentou depois de tudo isto umÍndice de recuperação inteira-mente normal.

Como médico, tenho quever o índice de recuperação dojogador, seu tônus muscular averificar a ausência de qual-quer lesão, Garrincha está per-feito, do ponto-de-vista de to-dos estes testes, e acho que ago-ra, para alcançar um rendi-«mento melhor ainda, o proble-ma é só de treinamento.

RESPONSABILIDADE

Tenho uma grande respon-sabilidade, que é a de mandarpara a Copa jogadores que es-tejam em condições de supor-tar os sacrifícios físicos por elaexigidos. Nunca disse que man-daria para a Copa jogadoresque embora ainda sem a for-ma ideal — como, apenas paradar um exemplo, Djalma San-tos — pudessem ser úteis por-que a Copa tem apenas seis jo-gos. São seis jogos, mas compossibilidade de prorrogação,com intervalos de apenas 48horas e com viagens entre ume outro.

O que posso garantir ago-ra — continuou — é que joga-

dores como Djalma Santos, Be-Une, Dino e Garrincha mos-tram que vão ter condições pa-ra ir ã Copa, mas naturalmen-te não estou em condições deadivinhar qualquer imprevistoque possa acontecer.'ZITO NAO Ê GRAVE

• Além de Pele, Jairzinho,Nado, Zito e Garrincha fize-ram tratamento ontem. Jair-zinho fêz toalha quente e íoilogo liberado para o treina-mento normal. Sua dor mus-cular já passou e o que vinhapreocupando mais o Dr. Gos-ling era uma dor na articula-ção do íèmur com a bacia. Ador nas costas provocada poruma pancada o que o impediude treinai- direito domingo tam-bém já desapareceu.

Quanto a Zito, que teve real-mente uma distensão de pri-meiro grau, continuou o trata-mento de calor úmido e ultra-som. O Dr. Gosling náo se im-pressionou com a distensão so-frida com o jogador e não atri-bui isto a um mau estado atlé-tico dele.

— O que acontece é que Zitotreinou normalmente, parou,esfriou o corpo e, no bate-bola,ao movimentar a perna de maujeito, sofreu a distensão, -coisaque poderia acontecer a qual-quer garoto. A distensão só se-ria mau sinal se tivesse acon-tecido em pleno treino, com omúsculo quente.

Zito de qualquer forma con-tinuará de' fora dos treinos deconjunto, mas terá permissãopara reiniciar a ginástica ama-nhã e domingo.

ESTADO GERAL Ê BOM

Lima fêz ontem de manhã,tratamento de forno e tevepermissão para se empregarapenas em ginástica para tron-co na parte da tarde, por cau-sa da entorse no tornozelo quesofreu domingo no treino con-tra o Atlético. A presença deLima no conjunto de amanhã,continua difícil e só a revisãomédica dará a palavra final.Nado, que fêz tratametno ape-nas por causa de dores mus-culares, não é qualquer dúvida.

De qualquer forma o Dr.Gosling, que programou parahoje exame de eletroencefalo-grama, está bastatne satisfeitocom o estado geral dos joga-dores. Ontem todos eles fize-ram novos testes no espirôme-tro, e todos melhoraram suasmarcas anteriores. O recordede Dino, de 5 100 cc, foi batidopor dois jogadores, Rinaldo eBrito, que alcançaram 5 500. Opróprio Dino depois, em írêstentativas seguidas, conseguiuigualar em todas as três anova marca.

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Zito continua afastado dot treinamento» « ju6metendo.se a 'tratamento médico diário para curar'tua distensão

70 AGENCIAS .NÒc ESTADO DORIO DE JANEIRO

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ANGRA DOS REIS: Rua do Comércio, 232BARRA MANSA: Av. Joaquim Leite, 402/6CAMPOS: Av. Sete de Setembro, 505/7 ~DUQUE DE CAXIAS: Av. Nilo Pecanha, 60/4NOV,A FRIBURGO: Rua Alberto Braune, 36/42NILÓPOLIS: Rua Mendonça Thurler, 3

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Heloísa

A GAROTAQUE CASA

Ela passava sempre pelo Bar Veloso, quandoia à Rua Visconde de Pirajá buscar as amigaspara a praia, e de uma mesa. Vinícius âe Moraise Tom Jobim batucaram na mesa (os comenta-rios sempre ficavam depois que ela passava),transformando o instante numa canção: Heloí-sa Eneida Pais Pinto deixará, no próximo dia 11,de ser a Garota de Ipanema, quando em cerimô-nia na Igreja da Candelária se tornar Sra. Fer-nanão Abel Mendes Pinheiro.

Telefonemas, visitas e fotógrafos tomamquase todo o tempo de.Heloísa nos dias que pre-cedem o casamento, mas ela sempre reserva"umas horinhas" para visitar o irmão, há 15dias internado no Hospital do IPASE, convales-cendo dificilmente de uma operação. Os medi-cos não garantem sua recuperação imediata, epara Heloísa não haveria presente melhoi' do quea presença de Roberto Juarez na cerimônia.SEXTA, 13

Superstição é coisa que não conta para aGarota de Ipanema. Na sexta-feira, 13, viajaráem lua-de-mel para os EUA e Europa, onde fi-cará dois meses. Passará por Londres e tem penade não poder esperar os jogos da Copa áo Mun-do, mas... Fernando é diretor industrial da fir-ma Pinheiro Guimarães S.A., e tem que voltarpara o trabalho.

Dos presentes, que chegam todos os dias,Heloísa destaca o Karmann-Ghia azul, presentedos quatro irmãos do noivo e uma outra Heloísa,pintada a óleo por Aurélio D'Alincourt, que fi-cará na parede da sala, matando as saudadesdós pais enquanto ela viaja,

COMO VIROU CANÇÃO

Qundo um amigo, perguntou a Heloísa seela já ouvira sua música no rádio pensou quefosse brincadeira, e mesmo depois de saber comdetalhes como surgiu a Garota de Ipanema,custou muito acreditar que fosse a inspiradora.

Só quando a música começou a fazer sucés-so nos EUA os jornais passaram a procurar He-loisa, mas então ela já estava noiva, e Fernandonão queria saber de publicidade.

Nesta época Vinícius de Morais publicouuma reportagem contando à história da Garotade Ipanema. Em casa todos acharam linda. Onoivo foi:se acostumando aos poucos.A IDÉIA

A idéia do concurso Garota de Ipanema,promovido pela Secretaria de Turismo, surgiusem que os promotores soubessem da existênciade Heloísa, tomando conhecimento da históriapelos jornais, acharam que o concurso não ti-nha mais razão de ser, e procuraram Heloísapara saber sua opinião. Ela, que nunca entrouem concursos de beleza, já considerava sua vidarealizada, e apoiou a escolha da Garota n.° II.Em sua opinião, a garota devia ser mesmo deIpanema, mas Míriam Salgado Lima preenchetodos os requisitos, mesmo sendo do Leblon: He-loísa participou do júri e gostou do resultado.

Fernando Abel também é do Leblon e ago-ra a Garota de Ipanema tem que se dividir entreas_ duas praias. Voltando dd lua-de-mel, mora-roo dois. anos em Ipanema, até que seu aparta-mento no Jardim Botânico fique pronto, mas nofundo Heloísa ainda tem uma esperancinha deque as coisas se ajeitem e eles continuem mesmono seu bairro.

Tom Jobim será um dos padrinhos da noi-va, mas Vinícius está na Europa, e não poderácomparecer. O vestido, feito por Gérson, talvezso fique pronto na véspera e Heloísa irá de ca-belos presos, porque, muito longos e soltos como¦sempre usa, não ficariam bem com o véu.Um cortejo de seis meninas e três meninosacompanhará a noiva. Uma das meninas, a fi-Ihinha de Rafael de Almeida Magalhães, de trêsanos, foi convidada porque se tornou tão fã deHeloísa através de revistas que passou a colecio-nar seus retratos, e não dormia sem olhá-los to-dos os dias.

A MUSICAQUE VENCE

Esta é a hora dos brasileirosvencerem nos Estados Unidos, de fa-zerem a América, conforme atestamos depoimentos de todos os músicosque voltam ao Brasil: no caso deLuis Bonfá, que acaba de chegar aoRio e que conseguiu muito sucessonos EUA, ajnda há um fato muitoimportante a considerar — é que ocaminho para o êxito da nossa mu-sica foi aberto por duas músicassuas, Manhã de Carnaval e- Sambado Orfeu, do filme Orfeu do Carna-vai.

Como muitos outros, Bonfá foiaos Estados Unidos para uma curtapermanência, mas encontrou tal re-ceptividade para suas composições,para a nossa música, que permane-ceu um ano e meio, tocando commuita gente boa e famosa e vindoao Brasil apenas por quatro meses,para estudar num ambiente maistranqüilo e compor .novas músicas,pois já tem contratos a cumprir emagosto.SUCESSO .

Conta Luis Bonfá que foi aosEstados Unidos em dezembro de1964 para passar três meses, espe-cialmente para o lançamento do fil-

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Bonfá

.me Gentle Raín, cuja música escre-veu. Mas o lançamento íoi indefi-damente adiado — de fato, o filmesó será lançado agora — porque seudiretor, Burt Balaban, adoeceu gra-vemente, foi hospitalizado e, poucotempo depois morreu.

A enfermidade de Balaban, queera filho do Presidente da Para-mount Pictures, provocou um mal-entendido que muito aborreceu Bon-fá. Explica êle que, na mesma épo-ca, sofreu de um mal provocado porum vírus que fazia com que sua

•pressão baixasse, suasse frio e sen-tisse profundo mal-estar. Bonfá fa-lou disso a alguns amigos e, não sa-be como, espalhou-se, inclusive naimprensa brasileira, que êle haviasido internado por tomar drogas, oque não é verdade.

Depois que, se operou, Bonfánão perdeu tempo, e, aproveitando-se dos contatos, que já tinha nos Es-tados Unidos e do sucesso de suasmúsicas, especialmente Manhã deCarnaval, que já tem 108 gravaçõespelos mais conceituados artistasnorte-americanos, começou a ápa-recer em programas de televisão,rádio — que é muito ouvido e tem

tremenda penetração nos EstadosUnidos —, shows, concertos etc,

E começaram a chover convitespara novas apresentações. Bonfáque havia encontrado, ao chegar,um clima muito bom para as com-posições brasileiras, impunha-se rã-pidamente como intérprete, comosolista de violão. Apresentou-se noprograma Hollywood Palace, deBing Crosby, transmitido da Cali-fórnia para todo o País, no TwoNights Show, de Les Crane, e emcinco shows na CBS Rádio, coman-dados por Artur Godfrey.

Exibiu-se também em váriosconcertos e shows de boate, inclusi-ve com sua mulher, Maria HelenaToledo, que foi aos Estados Unidossó para visitá-lo e acabou se tornan-do uma atração e formando umadupla de grande sucesso com êle.,Ambos se exibiram, entre outros, emCafé Au Go Go e num concerto em"Washington, tendo Bonfá participa-do ainda de uni grande concertocom o famoso trio vocal Peter, Paule Mary, perante uma platéia de trêsmil pessoas e acompanhado pelo ba-terista brasileiro Élcio Muito..

JORNAL DO BRASIL - Rie de Janeiro, sexta-feira, 6 de maitf de 1966

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TIRADENTESRITMODE PORTELA

Ao comemorar, amanhã, comum baile a conquista do campeo-

. nato das escolas de samba, a Por-tela já tem condições de anunciaro tema que utilizará na tentativade repetir o feito e que, pelo seuconteúdo, será um dos mais ousa-dos desde que se instituiu o enrê-do: trata-se da conjuração minei-ra, envolvendo a conspiração, oprocesso e o final dos aconteci-mentos, tudo sob o título: Tal DiaÊ o Batizado — o Alfercs.

— A Portela não quer criarproblemas, nem trazer à .luz dosdebates motivos vazios. A elá nãointeressa se. Tiradentes, a figuracentral do tema, usava ;ou não bar-bas. Vamos mostrá-lo como os fa- ;tos nos disseram: antes de preso,

, de rosto nu. O Presidente da esco-Ia, Sr. Nelson de Andrade, que fêza declaração, entende que a esco*lha do enredo se deu exatamentepara mostrar fatos ainda não' re-velados e que foram obtidos empesquisas que envolveram a apro-ximação, inclusive, com descen-dentes do Alferes Joaquim José daSilva Xavier.OS FATOS

O Cônego Agostinho José deResende, Reitor do Seminário Dio-cesano São Tiago, localizado exa-tarnente na casa que uns historia •dores afirmam ter pertencido aoCônego Toledo, na hoje Cidade deTiradentes, prestou uma série deinformações por êle obtidas atra-vés de documentos e outros meios.Cônego Agostinho descende de TI-radentes, acreditando que seja da

" parte de uma das suas irmãs, pos-sivelmente de Antônia Rita de Je-sus Xavier.

Dos fatos revelados pelo Cô-nego Agostinho, alguns podem serdivulgados, como estes:

1. Tiradentes tinha o cuidadode andar sempre com uma nava-lha no bolso para manter a boaaparência, por causa, entre ou-trás coisas, do seu cargo de alfe-res;

AO

2. A casa que pensam ter per-tencido ao Cônego Toledo era deTiradentes;

O enredo, em principio, estadividido em três partes, dasquais a última ainda está sendomantida em segredo. As outrassão:

1. a conspiração — o relatoabrange o Governo de CunhaMeneses na capitania mineira;a aproximação de Tiradentes comSilvério dos Reis; a ação de Tira-dentes contra o estado de coisasque predominava; a vinda do Al-feres ao Rio; os contatos iniciais;a conspiração; os inconfidentes; asigla — tal dia é o batizado; o gol-pe inicial; a delação de. Silvériodos Reis; suspensão da derramapor Barbacena; a perseguição; aparticipação do povo; prisão deTiradentes ea dos demaisconspi-r adores.

2.o julgamento — os juizes?o advogado dos inconfidentes; dis-tribuiçãodos presos pelos diversospresídios; a sentença.

Esses acontecimentos, porém,serão contados dentro de uma ou-tra forma, apresentando fatosainda não revelados e que moti-varão a controvérsia.

A história é por si mesmamuito controversa. A Portelanão tenciona tirar partido douma situação,'mostrando coisasabsurdas que não poderiam teracontecido. Apenas acrescentaraalguma coisa, para dar ao quadrouma outra dimensão dentro docarnaval.

Até a escolha do título do en-rêdo, segundo ainda o Sr. Nelsonde Andrade, procurou fugir do co-mum:

Tal dia é o batizado, senhaque os conspiradores utilizariam,sintetiza toda a história que con-taremos em forma de samba e étambém coerente com a nossaidéia. O resto, a gente mostrarána Avenida Presidente Vargas nadomingo de carnaval do ano quevem. .

Í".vi'i5r; >¦'.''"¦- - -,

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Vi 2"—¦ Cad, B, Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-3-68

MÚSICABENZO MASSABANI

DOIS PIANISTASQuantos milhões de cruzeiros nos custam,

diariamente, o Teatro Municipal e a Sala Ce-cília Meireles, nestes meses sem música? E ago-ra está se falando num teatro estadual ao arlivrei..; :

Porém, se o Teatro, a Sala, a O.S.B. e aO.S.N., de dezembro a abril, nada produziram,à ABC Pró-Arte reiniciou pontualmente suasatividades (segunda-feira teremos, nada menos,a Orquestra de Tóquio), os empresários ofere-ceram os bailados da Guiné é os de Paris; a As-sociação de Canto Coral, com Cléofe Person deMatos, ensaia Alexandre Nevski de Prokofiev(que cantara em junho com Eduardo Guarnie-ri)y Magnificat de Vila-Lôbos e Glória de Vi-valdi. E não basta; sempre graças às iniciati-vas de particulares, o Brasil-Alemanha oferecequatro.concertos de' alto relevo; e, com GuyBrytygier, nasce Intermúsica (da fusão da Cul-tura Inglesa, Aliança Francesa e Brasil-Ale-manha) que promete numerosas manifesta-ções. Intermúsica começou terça-feira na Mai-son de France, com Homero Magalhães; Brasil-Alemanha (isto é, Willy Keller) começou noMunicipal, na tarde de quarta, com Julian Ká-rolyi. E — mais uma vez — não basta: Home-ro preparou um programa inteligente e musi-cal sem Chopin nem Rachmaninov, com as 16,Cirandas de Vila-Lôbos, três trechos de Coupe-rin e três de Raméau. E Károlyi nos levou atéEgk Kodaly.

De Couperin, Magalhães escolhera obrascravísticas com títulos pitorescos ("...ainsi les ti-três répondent aux idées que j'ai eues; on medispenserá d'en rendre compte..."), o mesmotendo feito com as de Rameau. Mas é no mun-do genial e íascinador das Cirandas que o pia-nista esteve mais à vontade, dando a cadauma das 16 obras um caráter e um relevo parti-culares.

Károlyi — um pianista sério, amadurecidoe muito musical — dedicou a primeira partedo seu recital a Frank, Chopin e Carnaval deSchumann; este último, evidenciou mui parti-cularmente as qualidades do intérprete, vibran-do másculo, rico de contrastes e de poesia. Asegunda parte deveria abrir-se com uma Suitede Genzmer que, foi anunciado, teria sidosubstituída por uma Sonata de Werner Egk;entretanto, os cinco rápidos trechos executadosfazem)pensar bem mais numa suíte do quenuma sonata. Egk ou Genzmer? Afinal, umacomposição harmônicamente tradicional, quelembra um pouco Prokofiev,, mas cheia de sa-bor, de ritmo e de espírito. A bonita manifesta-ção foi concluída, diante de um Municipal re-pleto, por Debussy e Kodaly.

LITERATURA

LIVROS NOMUNDO

UPI, especial para • JB

VELOZ COM SEGURANÇA — Como impedirque uma abelha ataque, de repente, uma pessoaque dirige um automóvel, provocando acidentee morte?

Pequenos incidentes incontroláveis, desas-três causados por defeitos mecânicos e falhashumanas corriqueiras são os temas de dois li-vros que estão causando grande agitação nosEstados Unidos, fazendo muita gente falar emum assunto até bem pouco tempo quase ignora-do, apesar da sua gravidade e interesse.

Pouca Segurança a Qualquer Velocidade, doadvogado Ralph Nader, publicado pela Grossmané o livro de 365 páginas que veio abrir adiscussão. O segundo, Segurança: Uma Acusa-ção à Indústria Mtomóbüistica, de JeffreyOXtonnell e Artur Myer, editado pela RandomHouse, colocou mais lenha na fogueira.

Lewis Munford, crítico da New York Reviewof Boates, é um dos mais entusiasmados com o'fato deste assunto haver sido trazido à baila.

O tema não é inédito. Há oito anos, JohnKeáts escreveu As Carruagens Atrevidas, livroque fazia uma série de graves acusações à indús-tria automobilística, mas era uma voz solitáriaafogando-se num mar de gasolina. O sonho ame-ricano de uma nação sobre rodas transformou-se num amargo pesadelo, graças à criminosa in-diferença dos fabricante em relação às condiçõesmínimas de segurança que seus veículos deve-riam oferecer. Os grandes fabricantes de De-tróit admitem què, desde 1939, ano da criação docarro hidramático, nenhuma modificação rnecâ-nica foi introduzida nos seus produtos. '

Em ambos os livros fica comprovada.aculpa criminosa dos fabricantes de automóveisno grande índice de acidentes registrado todosos anos, e que ainda assim permanecem distan-tes e Indiferentes, graças à sólida posição alcan-çadà por eles na economia norte-americana.Mas o templo do automóvel, o animal sagradodos americanos, está sendo duramente atingidoe ameaça demoronar.

.... E é ainda o crítico Munford quem garante.ps dados estatísticos de acidentes reuni-

dos nestes dois livros vão, no. minimo, fazer comque seu leitor sinta um leve gosto de cinzas es-tragando o prazer do seu próximo passeio de au-tomóvel.

DISCOSPOPULARES

JUVENAL FORTEIXA

SÃO JOÃO

?;?.EM .¦•:.¦.

TOM MAIORUm belíssimo elepê acaba

de ser lançado pela RGE — -.¦não sabemos se já íoi colocadoà venda. Trata-se de As Festasde Junho, com o magnífico con-junto regional de Canhoto e-constando um repertório alusi-vo às festas juninas, páginas deprimeiríssima qualidade, entreas quais algumas de Lámartine ¦.Babo. É, sem dúvida, um lan-çamento oportuníssimo, umavez que estamos amenos deum mês dos festejos.

Vamos, de imediato, ao re-per tório para que os leitorespossam sentir a sua gran-diosidade: Lado 1 — primeirafaixa: Pula a Fogueira, Getú-lio Marinho—João Bastos Fi-lho; Antônio, Pedro e João,O s valdo Santiago—BeneditoLacerda; Isto É Lá com SantoAntônio, Lámartine Babo. Fai-xa 2 — Sanfoneiro Tá Maluco,Haroldo Lobo—Geraldo Medei-ros; Solta o Buscapé, Alvaren- .ga—Ranchinho; O SanfoneiroSó Tocava Isso, H. Lobo—G.Medeiros. Terceira faixa: SãoJoão do Carneirinho, LuísGonzaga—Guio de Morais;Dia dos Namorados, H. Lô-bo—Milton de Oliveira; O De-legado Quer Prender o Antô-nio, Haroldo Lobo—Milton dePliveira; A Dança da Moda,Luís G o n z a g a—Zé Dantas.Quarta faixa: Gauchita, H. Tei-xeira—L. Gonzaga; Siá Mari-quinha, L. Assunção—E. Pon-tes; Babo.. .Zeira, LámartineBabo; Capelinha de Melão. .João Barro—Alberto Ribeiro;Fiz a Cama na Varanda, DiluMelo, e Felicidade, LupicínioRodrigues. Lado 2: QuadrilhaAntiga, Orlando Silveira; Olha

. para o Céu, L. Gonzaga—Jo-sé Fernandes; Chegou a Ho-ra da Fogueira, LámartineBabo; Noite de Junho, Joãode Barro—A. Ribeiro, isto naprimeira faixa. Segunda faixa:O Casório da Mar ia, H. Lô-bo—D. Nasser; Sonho de Papel,Alberto Ribeiro; Cai Cai Balão,Assis Valente; Baile na Roça,U. Lobo—M. Oliveira. Tercei-ra faixa: São João Clicou, L.Gonzaga—Marisa P. Coelho;Santo Antônio Sabe, H. Lô-bo—M. Oliveira; Santo Antô-nio Disse Não, H. Lobo—M.Oliveira, e Rosa Maria, Rober-to MaTtins e Evaldo Rui.

O regional é integrado pòrCanhoto, rio cavaquinho, Dinoe Meira nos violões, OrlandoSilveira no acordeão, Poiarés na

/ flauta, o ritmo com GilbertoD'Avtia, Ercílio Silva e JorgeSilva, além do coro de Joab Tei-xeira. Muito difícil destacaresta ou aquela passagem dodisco, uma vez que existe umequilíbrio bas tante. aceitávelem toda o longa-duração. De-ve-se fazer, porém, referênciasà conduta de Polares solandode maneira saborosa algumasfaixas, s o mesmo podendo-sedizer de Canhoto e OrlandoSilveira, este aparecendo comdestaque sempre, mas pontifi-cando na Quadrilha Antiga,da sua autoria. < *

Ó disco — XRLP-5295 é umainteligente produção de RaulSampaio e dirigido, correta-mente, por Benil Santos. Paraos que colecionam documen-tos musicais — este é um, den-.tro de um tema — e aos quequiserem um pouco de saúda-de, recomendamos este elepê,uma das melhores coisas deste

* 1966.

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Panorama

da música

ARTESHAREY LAUS

O SURREALISMO DE- ISMAEL NERI

Em 1964 (2 de outubro) dedicamos estacoluna ao pintor Ismael Néri, revelando aexistência de vasta obra de pintura é dese-,nho deste artista que foi üm-ídos precursor-,res dá arte moderna no Brasil.'Mais de mildesenhos e cerca de cinqüenta telas conti-nuam em poder de Maria Lacerda, por dele-gação da viúva do pintor, a escritora Adal-gisa Néri, sem que ainda tenha sido conse-guida uma forma condigna de o apresentarao público. Apenas um dé seus quadros foiexposto na sala do Sun-ealismo. e Arte Fan-tástica na última Bienal de São.Paulo, vis-to no Rio com mais outro trabalho quandoesta mostra veio para o Museu. de ArteModerna.

Não vamos estudar os problemas quevêm influindo no retardamento desta expo-sição, pois não nos toca este papel. Diremosapenas, que José Roberto Teixeira Leite,quando Diretor do Museu Nacional de Belas-Artes, havia tomado a seu cargo a iniciativaplanejando uma exposição na casa que di-rigia. Com sua inesperada saída do Museu,a divulgação da obra de Ismael voltou à es-taça zero. A intenção desta reportagem échamar a atenção dos órgãos de cultura —o Conselho Nacional de Cultura ou a Se-cretaria de Cultura do Estado da Guanabara— para que a importante obra de IsmaelNéri saía de um baú de Copacabana paraum museu onde o público possa aquilatarseu valor e compará-lo ao de outros artistasseus contemporâneos, como Portiriari e DiCavalcanti.

Somos de parecer que essa obra, apesarde pertencer aos herdeiros por dispositivotestamentário, é um patrimônio culturalbrasileiro e como tal deve ser tratado. Con-

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fessamos, no entanto, pouco acreditar numaprovidência oficial. A obra de Aleijadinho,por exemplo, continua dispersa e seus Pro-fetas estão expostos às intempéries e à in-consciência dos que vão a Congonhas doCampo e, a canivete, gravam seus nomesnas estátuas.

ESCOLAS E INFLUÊNCIAS

Ismael Néri nasceu em 1900 e morreuprematuramente em 1934. Estudou Arte ai-gum tempo na Escola Nacional de Belas-Ar-tes e,# em 1920, quando fêz sua primeira via-gem a Paris, freqüentou por seis meses umcurso livre de>Arte naquela Capital. É pos-sível que esta oportunidade o tenha postoem contato com a obra dos cubistas: Gleizes,Lhote, Juan Gris etc. Com efeito, grandeparte de seu trabalho denota a preocupaçãoem realizar os postulados desta escola.

Regressando ao Brasil, participou dosreflexos da Semana de Arte Moderna no Riodè Janeiro e, em 1926, realizou sua única ex-posição, escolhendo para isto a cidade natal,Belém do Pará. Em 1927 volta a Paris, de-morando-se dessa vez por dois anos. Estaviagem iria determinar seu amadurecimentoartístico: Convive com Miro, Chagall e Pi-casso e é fácil verificar-se a influência flje-néfica) recebida dos mestres, notadamente os'dois últimos. Um exemplo disto é o quadroexposto na Bienal onde a sugestão de Cha-gall é inevitável.

Paris, nessa época, saía do dadaísmopara entrar no surrealismo. O primeiro Ma-nifesto do Surrealismo, de André Breton,data de 1924. Era 1927 e 28 ocorreram naCapital francesa fatos a que Ismael não deveter ficado alheio e que, naturalmente, mar-caram sua produção artística. Na Rua Jac-ques-Callot foi inaugurada a Galeria Surrea-lista com exposições sucessivas de Yves Tan-guy, Max Ernst, Arp, Giórgio di Chirico,Salvador Dali etc'.. Ao mesmo tempo apare-ceu à Traité du Style,> de Aragon, sobre osurrealismo, e Breton publicou Nadja e LeSurréalisme et Ia Peinture, este último comreproduções de Picasso, Braque, Picábia,Miro, Masson e outros.

Tudo isto marcou a sensibilidade do ar-tistá è fêz dele o pioneiro do .surrealis^no no

. Brasil, inclusive com características brasilei-ras como é o caso do quadro exposto na Bie-nal que fixa uma favela, em detalhe da com-posição, ou mulheres com lata d'água na ca-beca, em outro pormenor do mesmo traba-lho. Em outra tela vem a sugestão do mu-lato brasileiro coma miscigenação do negroe do branco.

Resta ainda, para encerrar, um voto delouvor a Murilo Mendes. Amigo do pintor,compreendeu seu valor e resguardou quasetoda a obra.da destruição, reunindo-a emseu apartamento de onde foi retirada parauma exposição que não pode ficar apenasna intenção.

MÚSICA JAPONESA —'Yuzo Tòyama, o maestroque, além de Hlryukl Iwakl,regerá a NHK SymphonyOrchestra da Rádio Japonê-sa ,segunda e têrça-íeiraspróxim.as no Municipalapresentará ai gum ai desuas composições.

NELSON EM EUROVISÃO— Nelson Freire, o jovem etalentoso pianista brasileiro. ¦

participará como solistanum concerto que a Orques- .tra Bamberg, de Stnttgart,realizará em junho e que-será transmitido para tôáàa Europa atrav.es da Euro-visão.

ANALISE — Nutida Mu-sik, revista sueca sobre mú-sica, dedica um de seusnúmeros à análise da mo-derna música polonesa atra- •

vés. da obra de seus maisdestacados compôs itorescomo Grazyna Bacewicz,Tadeusz Balrd, Andzrej Do-browolskl, Krzystof Pende-reckl, Wojciech Kilar, Bo-iã

guslav Schaeffer e outros.

DISCOS TCHECOS — ASupraphon de Praga lançoudois longsplays de músicatcheco-eslovaca: Música

^Antiqua Bohemica e MusicaNova. No primeiro há com-

posições do compositor AloisBaba.

BAILADO — Lothar Hoei-gen realizou uma excelentecoreografia baseada na mú-sica para cordas do compo-sitor polonês Krzystof Pen-derecki e que íoi apresen?tada em Bonn com o titulode Polimorjia.

QUINTETO — No TeatroJovem, dia 23, às 21h30m, oQuinteto Vttà-Lôbos estarárealizando um concerto noqual serão apresentadascanções folclóricas e músi-ca popular, além de obrasdo grande maestro.

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Em memóriaa Marilyii

A morte de MarilynMonroe e a explosão atô-mica de Hiroxima, "osdois grandes desastres —pessoal e coletivo — dose'CMlo", serão o tema doespetáculo que o TeatroMarília, de Belo Horizon-..,te, estará apresentando apartir ãe hoje.

In Memoriam é, se-gundo Flávio Márcio, seu .oMíor, a homenagem v6s-iytuma que o cinema nun- ¦ca prestou à sua grandeestrela. Mas o jornalistamineiro não teve, por ob~- -.jetivo, construir um es--petáculo bonito. Sua in^tenção é subverter a wie-,.mórja do público, obri-gando-o a enfrentar doisacontecimentos tristes,'-depressa esquecidos.

José Aurélio Vieira, ò{único ator da peça, in-terpretará dezesseis di-ferentes personagens, en-:tre os quais a Rainha ElU ,zabeth.O Papa Paulo VI ~e o poeta Eugene Evtitr-chenko. A cenografia ècde Paulo Laendèr e a;_música de Lucas Raposa.,

Panorama

de letras

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Pef-í edição de bolso

FUTEBOL NO BOLSO —Está sendo lançado hoje olivra Futebol no Bolso, daEditora Expressão, pequenocompêndio de futebol comregras, resultado de todos osJogos internacionais da Se-leção, quadros campeões detorneios ho Rio e em SâqPaulo até hoje, e ensina,,mesmo, como jogar futebol.A capa é de Davit, Brandãoe Marcelo, e a compilaçãode Fichei Davit Chargel,João Orlando de Sá e Be-nevides, Jocelin Brasil, LuísHeitor Pinto da Luz, PioBorges e Sérgio Lucchettl.

PRÊMIOS FRANCESES —O Prêmio Pierre Mille, atrt-buido todos os anos peloSindicato da imprensa fran?cesa do além-mar ao autorde uma reportagem sobreum território do além-mar,joi conferido a FrançoisGarrigues, pelo seu livro LaMaroc Enchanté. JVessa obro,F. Garrigues, atualmenteprofessor no Liceu Lalçanal,apresenta uma análise doMarrocos moderno, sob o du-pló aspecto histórico e so-ciai. O Prêmio literárioFrance-Québec de 1966 foidividido entre duas roman-cistas canadenses: Marte-Claire Blaise por Une saisondans Ia vie d'Emmanuel eClaire Martin por Dans ungant de fer (a ser publicadopor Grasset).

RECORDE SUECO — Apublicação de livros na Sué-cia alcançou um. novo recor-áe em. 1965 com 7 400 títulospublicado, em comparaçãocom 7 304 do ano anterior.Durante os últimos cincoanos a produção aumentou25 por cento.

FREUD: PRÓS E CON-TRÁS, livro de psiquiatria,escritor e professor argen-tino José Torres Norry, apa-rece em edição brasileiratraduzido por Marli de OU-veira, tendo sido revisto tprefaciado por Cláudio deAraújo Lima. Trata-se, narealidade, de estudos de di-versas autoridades, resulta-do de uma mesa-redonda emque antropólogos, biólogos,historiadores, filósofos, psi-cólogos das mais diversastendências (católicos agosti»niatws ou tomistas, extsten-cialistas, materialistas dia-léticos) discutem as teoriasde Freuã. José Torres Norrycomparece com dois ensaios.e a êle se deve a coordena-ção da obra, de grande inte-rêsse não apenas para mé-dicos, mas para os leitoresem geral. José Torres não édesconhecido no Brasil, poisaqui já esteve, dando cursose pronunciando conferên-cias. Lembra Cláudio deAraújo Lima, apresentandoo livro, que êle teve "um lon-go período de convivência,ora no Rio de Janeiro, oraem São Paulo e Curitiba, doqual lhe resultou, por umlado, a possibilidade áe dei--sar fortemente marcado oseu nome como pesquisador,e,,por outro lado, o fato dese haver tornado, como con-tinucc a sê-lo cada dia mais,uni sincero enamorado doBrasil-e.de nossa cultura,inclusive no que se refere àliteratura e.à música folcló-rica.

SCHMIDT EM RUSSO —Em Moscou «caba de sereditada uma tradução rus-sa de contos e histórias deAfonso Schmidt sobre avida, hábitos e costumes dediferentes camadas da so-ciedade brasileira. Os livrosdos escritores brasileirostêm muita popularidade naUnião Soviética, onde já fo-ram editadas mais de 400obras de autores brasileiros,numa tiragem de mais dedois milhões de exemplares.

JOSÉ CARLOSOLIVEIRA

Suite presidencial no melhorhotel da Cidade, e mais um an-dar inteiro para a sua comitiva;liberdade de movimentos paraum gatinho; avião especial para18 pessoas; recepção festiva noaeroporto^ com uma banda demúsica cpjos integrantes usarãouniformes côr-de-rosa e tocarãoa marchinha Estão Voltando asFlores, ãe Paulinho Soleáaáe.Tais são as exigências ão costurei-ro Dener para realizar, em BeloHorizonte, um desfile de modas

.com fins de caridade. Condições,todas elas, aceitas sem discussão.

Outrora, os reis encomenda-vam aos costureiros um guarda-roupa de ouro e pedrarias. Um.dia os costureiros se revoltaram; •cobriram o rei com uma veste deilusões, e ei-lo que desfila, mag-nífico, entre a turba. Um meni-no, aparentemente inocente' masna realidade ãoutrinaão pelos re-beldes, teve a ousadia *ãe gritar:"O rei está nu!". Pegaram o reiem flagrante de atentado ao pu-dor, botaram a sua cabeça na gui-lhotina e — cfic! — era uma vezSua Majestade. Foi assim que oscostureiros conquistaram o poder.Hoje em dia, embora a ONUnão lhes dê muita bola, eles con-tinuam reinando. Dizem que nes-

Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-66, Cad. B — 3.

PASSARELADENER PRIMEIRO E ÜNICO GILDA CHATAIGNIER

te século as mulheres se emanei-param, mas é mentirá. Qualquerobservador sensato percebe queelas são escravas de Cardin III,Courrèges, le Futuriste, Dener,Primeiro e Único... Todo ano,cada um desses imperadores de-ereta a revolução no vestuário, eas súditas obedecem cegamente.Os súditos, esses, são escravos dasescravas — situação humana sôconhecida no século XX. Sãoeles que, mercê de trabalhos for-çadbs, conseguem o numeráriosuficiente para comprar cada vezmais caro um vestido cada vezmais curto. ,-•'.

Déspotas esclarecidos, ps cos-tureiros não pregam1 a guerra:pregam botões. Em suas terrastremula a bandeira côr-de-rosa daambigüidaãe psicológica] e toâoscantam o hino nacional ãa ale-gria sensual ãe viver:"Vê -— 'estão voltando as flores!Vê — um novo céu se abrindo!Vê — como é bonita a vida!Vê —.há esperança ainda!"

Nada mais justo, 'portanto, âo

que conceder a Dèner as honrasdevidas a um Chefe de Estaão.Se há uma nação chamada AltoVolta, porque não haveria uma

outra chamada Alta Costura? E,se o cavalo de Calígula era sena-dor —- aliás, excelente senador,áiga-se de passagem—¦, porque ogatinho áe Dener ficaria proibi-ão áe circular livremente peloscorredores ão hotel luxuoso- êle, gatinho, que é a eminênciaparda do pais ãe sonhos em quevivemos rios, escravos áe escravas,governaâos pelo tesoura e pelaagulha? Aquele gatinho, mal sa-bem vocês, é p Ministro ão Pane-jamento eãa Fazenda... Ê êleque arranha as unhas na seda, afim de que ela produza um ge-nuíno frufru — prova de que aseda é pura!

Rendamos pois homenagens aDener e a todos os seus pares.É verdaáe que as rendas âas aná-gttas estão cada vez mais exíguas,e que a reversão das expectativas,tendo cpmó conseqüência a liber-tação do$ joelhos, provocou aomesmo tempo a escravização doolhar..'._ Mas quem desconheceque o ato dé uma escrava abrir aporta de um Volkswagen andahoje supervalorizaão? Pois os cos-tureiros, inegavelmente, tudo fa-zem para que ricos e pobres pos-sam ter acesso, ainda que visual,a certas riquezas particularmenteocultas.

LÊA MARIA(MARINA COLASANXI, redator» substituta)

Uma não basta

Não bastou uma mesa paraconter as muitas amigas de Ma-ria Olga Marques, que recebeupara um almoço, quarta-feira,comemorando o aniversário desua filha Maria Teresa. Nas duasmesas distribuíram-se, entre ou-trás, Maria Eudóxia Ribeiro Dan-tas, Mariazinha Guinle; CarmemMairink Veiga, Lourdes Catão,Teresa Sousa Campos, «Maria Te-resa Castelo Branco e Sofia. Ber-nardes. Vencedor absoluto desteoutono carioca,' Pucci vestia agrande maioria.

Dois é demais

Esta semana o Chanceler Ju-raci Magalhães recebeu no Ita-marati, para um almoço privado,um grupo de generais, entre osquais Bandeira Brasil, chefe degabinete do Ministro da Guerra,Sizeno Sarmento, Adalberto San-tos e Bizárria Mamede. O almoçoservia de pretexto para o estudode uma fórmula que consinta, de-pois de outubro, a coexistênciapacífica entre os dois presidentes— um eleito e o outro em exerci-cio — cujas divergências politi-cas poderiam criar dificuldadesao País.

Três é o número

Noite cheia a da estréia deViagem a Três, cuja renda rever-

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Para as obras

Jantar, quarta-feira, para osamigos do escultor Maurício Sal-gueiro, que recebeu com peixadacapixaba, doces brasileiros e exi-bicão de suas últimas obras a se-rem expostas no MAM a partirdo dia 12. Obras falantes, ouvin-tes e indiscretas, pois uma escon-dia um microfone e outra um ai-to-falante permitindo, numa sa-Ia, ouvir-se a conversa da outra.Ouviu-se o crítico Clarival Vala-dares classificar as esculturas depo-creto è comentar sua recenteviagem a Dacar; o professor Car-los Cavalcanti contar da funda-ção de uma Sociedade dos Ami-gos do Egito, e o professor JoãoVicente Salgueiro de Sousa, ir-mão de Maurício, convidar parasua conferência terça-feira noMuseu Nacional de Belas-Artes,sobre op e pop.

De arte

Srfl Lourdes Catão

teu em benefício da CAMDE daRocinha. Na platéia, casais HélioJacques, Paulo Beltier de Quei-rós, Francisco Azevedo, José Au-tran, Sra. Lício Moleta, Sra. Lí-gia Bandeira de Melo. A julgarpela fácil hilaridade da platéia,a peça deveria poder repetir o su-cesso de sua congênere, UmaCerta Cabana, montada anosatrás pelo TBC

As escolinhas de arte prolife-ram no Rio com promissora ra-pidez. Agora é Antônio Dias quede parceria com a professoraMarta de Azevedo pretende criaruma em Santa Teresa, na RuaMonte Alegre. E a administraçãodo bairro, vendo nisso uma possi-bilidade de utilizar diretamenteos artistas que cada vez mais semudam para lá, tem dado todoo apoio.

PICADINHO

Os moradores do edi-fício onde se acha insta-tado o Bateau asistiramcom emoção à chegadado imenso, azul e promis-sor gerador recéfn-adqui-rido pelo Castejá. A so-brecarga da boate estavaprejudicando a vida do-mestiça de todo o prédio.

Helô Amado entu-siasmaãa com os prepa-rativos para a festa áe 15anos de sua filha HeloísaMaria, mas sem perder asposes para o retrato queestá sendo pintado pelopintor mato-grossenseSanta Luce.

No dia 12 de junho,pela módica quantia de 4e meio milhões de cruzei-ros, Roberto Carlos seapresentará no CountryClub.

Béatrizinha Lucas deLima, que vem recebendoquase semanalmente, or-ganiza uma festa come-morativa da recuperaçãoãe Eric Martins Wester,seu amigo de infância.

No Brasil poucos to-maram conhecimento dê-le, mas nos Estados Uni-dos o novo ritmo brasilei-

ro Jequibau está fazendosucesso.

Entra em reformas oapartamento de SolangeIssler, na Avenida Atlân-tica.

Logo após a conven-çao nacional da ARENA,o Professor Flexa Ribei-ro seguirá para os Esta-dos Unidos, a fim de rea-lizar conferências nasu n i v ersidades america-nas sobre problemas deeducação.

Na Igreja áe SantaMargarida Maria casa-ram ontem a Srfi Oda-leia Thompson Melo, mãeão leiloeiro Horácio Er-nâni Thompson Melo, eo Sr. Enrico ãe Toma, fi-gura de destaque nosmeios hoteleiros.

Saudosista a faixaque, sobre a porta deuma loja da Rua NossaSenhora de Copacabana,anuncia: "Festival dePreçosl Aproveite! Tudopara o Natal! Somenteaté 6 de janeiro!"

D. Iolanda Costa eSilva revela que, caso seumarido venha a ser elei-to Presidente, não pre-

tenàe assumir a Presi-dência da LBA, cargoque lhe caberia por tra-dição, pois tem outrosplanos com respeito à po-lítica de Assistência So-ciai.

Luísa Carolina Na-buco, *née Orléans e Pro-ença, oferece terça-feiraum almoço exclusiva»mente feminino. '

Jantando no Nino ¦com o autor de jinglesMiguel Gustavo, o Coro-nel Leitão do SNI des-pertou no Vice-Presiãcn-te José Maria Alkimim,presente numa. mesa aolado,, a suspeita áe estarencomendando um jin-

'gle para a campanha doGeneral Costa e Silva.. .:

Entusiasmada como show de Betânia queassistiu anteontem, aatriz Heloísa Helena es-tá pretendendo levá-lopara Recife.

Em São Paulo, sábado,um almoço estritamentefamiliar comemorará onoivado de Luis Fernan-do Castelo Branco, sobrirnho do Presidente, coma Srt.a Gilda Moreira Sa-

les, sobrinha âo Sr. Vál-ter Moreira Sales.

Os freqüentadoresassíduos do Bar Velosoestão encurralados no in-terior, pois do lado defora, já tomaram posse,as mesas de fórmica pio-neiras da reforma total.

Dia 14 na festa or-ganizada na Feira do Li-vro, na barraca Pongetti,para autógrafos do livroDe Repente Mãe de Ar-tista, de Nanei Maia, es-tardo presentes todas ascrianças do elenco deMúsica, Divina Musica;sô elas }á garantem afesta.

O sr. JuscelinoKubitchek e D. Sara dei-xarão Nova Iorque aindaeste mês. D. Sara viráao Brasil assistir ao nas-cimento de mais um ne-to, enquanto Juscelinoseguirá diretamente parao Algarve Onde o casal fi-xará residência.

- Üm. grupo de inte-lectuais cristãos preparao lançamento, no Rio, áeuma revista baseada emestudos sobre aproxima-ção de vida cristã e viãapolítica.

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À BELEZA E ASSEGUNDO REMO

Remo Bernucci è um jovem es-cultor de 23 anos, que faz sucessono momento com súa exposição naTelaio, onde mostra cabeças de mu-lheres bonitas da sociedade, e pe-ças avulsas bem líricas, tudo feitomim material por êle elaborado quedenomina tufo.

O pescoço longo, a preocupa-ção com a personalidade ão modelosão constantes em sua obra, que orase apresenta em tons de cinza, pe-dra escura, rosado bu vermelho-bar-ro. E as mulheres que esculpiu sãodefinidas pelo autor, áe acôrâo coma maneira que as sentiu:

Luciata Fialá "

MULHERES,BERNUGCI -Lucianita Fiala — é toda glamour :¦>Ana Luísa Capanema — é exube-rante e suave ao mesmo tempoCarmem Mayrink Veiga —¦ é a pró-

'¦'

pria Circe, beleza feiticeira -Vã.' Nininha Magalhães Lins — è a bele*za agressiva e melancólica ¦'"Glorinha • Sued — é a bela quaseoriental, com os maxilares largos _•_?Maria Helena Raja Gabaglia — &>-toda cuidada, raffiriéeLeda Sarmento Medeiros — é a N&Z'-.fertitis do século XX 7.Florence (manequim) —• é a. beleza'^'mitológica.

UMA LEMBRANÇA PARA MAMÃEDomingo próximo marca o Dia

das Mães no calendário. Na vida deuma cidade turbulenta como o Rio,a festa adquire mais um caráter co-mercial, do que propriamente sen-timental. Mas, contra ou a favor, amaioria das pessoas comemora odia da mãezinha com um carinhoespecial, independente dos fatoresque a vida social pressiona. Organi-zamos uma listinha de presentes mo-dernos, para os diversos tipos de ma-mães, que por certo vai lhe ajudarna escolha:

A FUTURE-MAMAN

roupinhas para o bebêsapato cômodo com salto

quadradoálbum para as fotos do bebê

A JOVEM MAMÃE

óculos escuros com armaçãobrancachaveiro de jacarandábrinco op

A MAMÃE CASEIRA

livro de receitasconjunto de latinhas para

condimentoscesta de pão em vime

A MAMÃE INTELECTUAL

—• o livro -A Arte de Ser M««lher (Carmem da Silva)

assinatura de Cadernos Bra-sileiros

—- pasta com bloco e agenda

A MAMÃE SOFISTICADA

sabonete pintadopouárière de pratablush-on nacarado

A MAMÃE IDOSA

xaledelãmantilha de rendaálbum para as fotos dos ne*

tinhos

t/T ^^nrti_^£&

SUFLÊS

DE ESPINAFRETosta-se uma colher de mantei-

ga com outra de farinha áe trigo,molha-se com 2 xícaras de leite eleva-se ao fogo, deixando ferver; ré-tire do fogo e junte um prato fun-do de espinafres cozidos, já espre-miãos e batidos. Junte ainda. 3 ge-mas, 3 colher es de queijo ralaâo eas 3 claras batiáas em neve. Tudobem misturado, despeje em uma fôr- •ma untaáa de manteiga, polvilhecom queijo parmesão ralaâo e leveao forno para assar. Não ãeixe en-durecer, porquanto este soufflé deveficar delicado como um creme.

DE CAMARÕES...

Em três xícaras de leite des-manche 150 gramas ãe farinha detrigo e tempere com uma pitada desal, outra de pimeiita do reino ecojn meia colherinha de molho in-gles. Leve tudo ao fogo para en-grossar, mexendo-se sempre. Quan-

RUTH MARIA

do estiver np ponto ãesejaão, retiredo fogo e junte: 1 quilo de -cama- -rões cozidos e amassados, 3 gema? _de ovos, 1 colher ãe manteiga e um .,pouco de queijo parmesão ralado.Misture tudo muito bem, junte as _>.claras batidas em neve e leve aoforno regular para tostar levemen-te. Sirva bem quente.

¦ . .. ¦

DE FRANGO... .,-,Passe pedaços de frango cozi-

do na máquina e junte 3 gemas, 2,trufas picadas e uma pitada de pi-

'__menta-áo-reino. Ã parte, faça uni'môtho branco com um copo ãe lei-'te, 3 colher es mal cheias de maize-na e 2 colheres de manteiga ãe boaqualidade. Quando o creme estiver'espesso junte um pouco ãe queijoralado. Retire ão fogo e junte essamistura com a carne ão frango. _Juntam-se as claras batidas em

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neve e despeje tudo em uma fôrma -de pir.ex. Coloque em forno bem *quentes para tostar. ..(v4

4 — Cad. B, Jornal do Brasil, sexta-feira, «-8-Bfl

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PUBLICAÇÕES — Da Em-baixada do Brasil cm Tóquiorecebemos o magnífico ca-tálogo da Vm\Blenal do Ja-pfto eom textos em japonêse Inglês, em perfeita impres-afio a, eargo do jornal Mai-nlchi. Ma parte relativa aoBrasil ha uma reprodução acore» do quadro de WesleyDuke Lee, O Rio Amazona»é quem manda, e em preto• branco de trabalho de Ma-ria Helena Chartunl e Fer-nando Odriozola, que com-pletaram nossa representa-çâo naquele certame. Aomesmo tempo e da mesmafonte noa chegam dois cata-logos da Gutai Pinacothe-ca, e um multo bem elabo-rado folheto de propagan-da do Brasil, Incluindo fo-tos de obras de Aleijadinho« dat carrancas do Rio SãoFrancisco. Ao fazermos esteregistro, Tale a pena acres-centar que a Embaixada do1Brasil no Japão foi a quemais se preocupou em in- .formar os jornais e críticosde arte sobre as atividadesculturais por ela desenvolvi-das, oü que tiveram lugarnaquele pais. Esse setor es-teve afeto ao SecretárioMarcos Romero que se des-velou em levar a cabo in-tenso programa de realiza»ções como por exemplo:comparecimento do Brasil àBienal e prêmio dado aDuke Lee, entendimentospára uma individual domesmo artista na' TokioGallery, exposição de pinto»res nlpo-brasileiros, exposi-ção de Cenografia, Contem-porânea Brasileira, partlci-pação. brasileira à V Exposi»ção Mundial de Arte Infan-til, além de diversas outrasIniciativas nos demais seto-ze» da cultura. As ativida-des desenvolvidas, pelo De-partamento Cultural da Em-baixada do Brasil no Japãodeveriam encontrar seguido»res pára á melhor divulga-ção de nosso pais no exte-rior.BIN KONDO — A GaleriaGoeldi programou para apróxima segunda-feira umaexposição individual do ar-tista paulista Bin Konâo,participante do grupo nipo-brasileiro Seibi. Numa breveapresentação, o critico VáUter Zanini situa o pintor:"Receptivo e refratárlo.Kon-do sustenta nos própriosombros o seu mundo deimagens. Para um pintor ãamenos âe trinta anos, nes*tes novos tempos de obses-soes ê vtrtuoslsmos mimitl-eo» — é dizer tudo". BinKondo chegou ao Brasil em1960 com um extenso curri-culo de exposições no Japão.Participou das Vil e VIUBienais de São Paulo e áediversas outras exposiçõescoletivas. No Salão do Jo-vem Desenho Nacional,promovido pelo Museu deArie Contemporânea de SãoPaulo, obteve o primeiroprêmio. Em 1965 tomou par*te na Bienal de Paris, i umdos artistas que desde. 1963participa das exposiçõesPhases.ESTÉNIO PEREIRA 4 AGaleria Nice, de Buenos Al»res, -tomando conhecimentodo trabalho atual de EstênioPereira por uma reportagempublicada na seção de -tríesdo JORNAL DO BRASIL,mandou convidar o artistapara realizar uma exposiçãonaquela cidade em fins denovembro. Pedimos a aten-ção de Vera Sauer, Chefe doDepartamento Cultural doItamarati, para que faciliteao jovem artista mostrar«ua arte de vanguarda naCapital portenha.JOSt DE LIMA — Por fa-lar om Divisão Cultural doItamarati, conta ela eomnovo funcionário, o grava,dor José de Lima que foi«ontratado para secretariaruma das seções daquele De-partamento. Esperamos que«uai nova» funções nao ve-nham prejudicar seu traba*lho de criação artística.

OS 7 PECADOS DA JUVENTUDE SEM AMOR IV HERESIAFERNANDO PINTO — Fotos de ALBERTO JACOB

Não encontrei pelo mtno» umJSA qut fosse ateu eu materialis-ta por convicção. Em. compensa-ção, a quase total maioria eomquem conversei sobre o assunto de-monstróu bastante desprezo pelaIgreja e um certo desdém peloDeus' convencional. A religião êatraso de carreira para lies. Elatema pretensão de tornar-se numa >espécie de freio em suas vidas, con-trarlando a vocação de quem gos-ta de "pisar no acelerador até atábua bater embaixo", Colocam-nano mesmo plano da repressão po-lidai, que os torna mais rebeldesdiante das leis e dos costumes. Apolicia lhes dá voz de prisão paraserem julgados pela Justiçados ho-mens. A Igreja tenta aprisioná-los.para o veredito da Justiça divina.E não há nada que provoque maisa raiva âe um JSA do que sentir-se julgado por alguém. Em algunscasos, a severidade' âa. autoridadedivina, interpretada pelos sacerdo-tes da Igreja, amedronta-os tan-to quanto a drasticiãade da auto-ridaãe paterna. A ambas repudiamda forma mais' grosseira possível,através de ações, palavras e ges-tos. Vi alguns deles substituíremo sinal da cruz por gestos obsce-nos ao passarem diante de um tem-pio católico. Ouvi âe outros refe-rendas jocosas sobre Jesus Cristo,que era tratado nas conversas coma mesma sem-cerimônia dispensa-da aos intrujos. Também ouvi gra-cejos impubllcúveis endereçados áVirgem Maria. Mas, a hostilidadedos JSA não é extensiva a todosos santos da Igreja Católica. Omisticismo deles admite São Jor-ge como um santo legal, da mes-ma forma como aceita como ver-dade os milagres que possam advirde" uma sessão de macumba ou, naforça encantada âe amuletos quecarregam pendurados nos pescoços"pra quebrar os galhos das brón-cas do azar".

O dialogoO primeiro diálogo aberto

que travei com os JSA sobre as-suntos de religião íoi num casa-rão da Rua das Laranjeiras, ondefunciona oficialmente o CentroRecreativo' Cultural da Paróquiada Glória, que as senhoras maisidosas da. Igreja estão querendoacabar "porque playboy cabeludotem parentesco com o Diabo". Damesma forma como Copacabanaserve de laboratório experimentalpara muitos JSA de outros bair-ros cariocas que vão buscar asalegrias noturnas mais fáceis deserem encontradas na Zona Sul,também o CRCPG 6 mesclado derapazes e moças residentes em vã-rios pontos do Rio, sendo que amaioria do grupo é oriunda daturma leve do Bondinho, que ti-nha o seu QG no grã-fino ParqueGuinle. Os restantes subdivi-dem-se em estudantes secunda-ristas e jovens de origens modes-tas que estão querendo fazer ai-guma coisa, inclusive tentandoatrair para a Igreja os elementosda pesada de Laranjeiras. Comseus trajes típicos e suas cabelei-ras, o grupo está sendo hostiliza-do por algumas senhoras da con-gregação mariana, que já pedi-ram ao padre Lopes uma provi»dência enérgica. Na noite em que'fui levado ao Centro pelas mãosde uma ex-membro da turma doBondinho, a sorte me favoreceuem testemunhar um diálogo en-tre vários membros daquele gru-po em torno do tema da existên-cia de Deus. Éramos oito, senta-dos em circulo numa sala. De re-pente, alguém provocou o debate:

Você acredita em Deus?Claro, mas à minha ma-

neira. Não no barbudinho quemanda brasa nos pecados da gen-te,- mas num cara chapa que nãose incomoda muito que a genteande de calças apertadas ou sea gente não corta o cabelo.

O tema da existência de Deuscontinuou sendo respondido.Uma moça disse que tambémacreditava num Deus diferente,que não era o mesmo adorado"por essas velhas que querem nosbotar pra fora daqui como se elasfossem donas da paróquia". Ou-tro, surpreendentemente, disseque era uma espécie de politeísta,que acreditava na força de váriosdeuses "uns arreglados com osoutros". Entre os presentes, sóum parecia não participar do diá-logo. Cabisbaixo, com a cabelei-ra lisa caída sobre os olhos, fu-

mava de cenho franzido. Reagiucomo uma fera.acuada, quando apergunta lhe foi endereçada pes-soalmente: "Acredita em Deus,Fiiintp?". ;;; ,.Qual deles? Está tudo er-rado, meus chapas, e vocês estãofalando besteira. Isso tudo é ummundo de mentiras que eles que-rem empurrar prá cima da gen-te. Não vou nessa, não.

Filinto R......... de 22 anos,é filho de engenheiro e mora emLaranjeiras. Na última eleiçãodo Centro Recreativo, foi apresen-tado como candidato a presiden-te e quase ganha. Freqüenta oambiente sem muita assiduidade,mas está sempre disposto a cola-borar quando o chamam para ai-gum trabalho. Apesar de suaagressividade, tornou-se meu ami-go. Saímos juntos nessa mesmanoite, em companhia de maisdois JSA, quando éle emitiu maisum conceito religioso: "Jesus es-tá superado, mas não é pra me-nos pois êle é do ano 1 e nós so-mos de 1975". Quando retifico asua última referência ao calendá-rio, êle retruca com um sorrisocínico:

É 1975 mesmo porque nósestamos onze anos na frente dosnossos pais.

Na noite seguinte, quandoprocurei por Filinto, fiquei sa-bendo que êle tinha levado umafacada de leve na barriga.Misticismo

A indiferença religiosa dosJSA leva-os, às vezes, a praticarcertas ações que valem para elescomo um extravasamento de suarevolta contra a religião, a exem-pio do que me contou José Cláu-dio T. de 20 anos de idade:

Uma noite eu estava comtanta raiva de Deus que pegueimeu fusca e fui lá em cima defe-car nos pés do Corcovado.

Por que tanto rancor as-sim contra Deus? ,

Não sei...José Cláudio é de unia turma

do Bairro Peixoto, que de vez emquando varia a rotina de' seusprogramas noturnos para reunir-se no cemitério de São João. Ba-tista para experimentar a cora-gem dos que dizem não' ter mê-do de almas do outro mundo.Essa incursão não é feita com ointuito de desrespeitar os mortos,mas apenas a procura de umaemoção nova, que constitui umaconstante em todos os setores dávida de um autêntico JSA, que setransforma numa espécie de ob»sessão diária. Mas, é no misticis-mo que eles buscam a compensa-ção de sua aridez de fé. Às se-gundas-feiras, na noite das ai-mas, alguns comparecem à Igre-ja de Santa Teresinha do TúnelNôvo para pagar promessa na fo-gueira de velas acesas no pátiolateral do templo. Outros cum-prem seus rituais místicos nasareias de Copacabana ou Ipane-ma, nas noites de sexta-feira,quando o nome de São Jorge élouvado respeitosamente. Conhe-ci alguns, principalmente entreos membros da pesada, que usamamuletos amarrados nos pescoçospor cordões grossos "benzidosnuma macumba pra quebrar osgalhos contra as broncas", evitarmau-olhado e dar sorte com di-nheiro e mulheres. Esses consti-tuem uma minoria, entre os quese afastaram gradativamente dareligião. A grande parte delesprefere o comodismo de não to-mar conhecimento do assunto,escudando-se nas bebidas e nostóxicos. Alguns procuram fugirde Deus de arma em punho. Ou-tros com blasfêmias, em tom dedesabafo:

Se o jota Cristo quiser melevar na conversa, vai ter que meacompanhar a um embalo naBarra....

Essa frase eu ouvi dos lábiosde um JSA que freqüenta o BarLoire, na Rua Farani. Êle medeu uma resposta desconcertai!-te, quando procurei descobrir acausa de seu escárnio:

O começo da história reli-giosa de jovens como eu é igualàquela das duas estradas da Bi-blia. Como a estrada larga émais fácil e atraente, é na dire-ção dela que a gente vira o vo-lante dos nossos fuscas. A outra,a estreita, é para os trouxas queandam a pé..

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Panorama

da noite

O FORO DA HERESIA /

POR QUE O JOVEM FOGE DE DEUS E DA IGREJA?

I—\

JUIZ — Dr. João Uchoa Ca-valcânti Neto:

— O jovem não abandona aIgreja. O jovem é o filho, é o quechega, é o que ainda não entrou.Portanto, não pode abandonar.Êle pode, isto sim, não escolher.Ora, quem quer ser escolhido pre-cisa se esforçar. Mas a Igreja re-pudia, ao invés de atrair. Então,a pergunta encerra um equívoco.O jovem não abandona a Igreja.É ela quem abandona o jovem.Antigamente, o pai tinha direitode vida e de morte sobre o filho:era o pátrio poder. Assim ocorreuna Igreja. Ela mandava. Ela tinhadireitos. Hoje, evoluindo, ela des-cobre quem tem deveres. Primeisro, deveres. E uma,Igreja queievauma criança de oito anos a de-cófar um catecismo, positivamen-te está preparando o inimigo deamanhã. Uma Igreja que faz istoestá começando por exigir, ao in-vés de começar por dar. UmaIgreja que ensina a uma crian-ça daquela idade que existe uminferno e obriga a que tal .crian-ça' veja pecados em algumas desuas condutas, uma Igreja assimestá a f a s t a n d o os homens deDeus. A Igreja faz do contatocom Deus algo de desagradável ehorrível. Ela faz até da oração,que é coisa agradável* uma peni-tència, quando a aplica como pe-nalidade ao confessante. É possí-vel atrair alguém assim? Aterro-rizando? Chateando? Alguém ou-

te, sopra o Espírito de Deus e amecânica do seu amor vai centra-lizando a fé na pessoa do Reden-tor. Urge que os lares se asso-ciem a Deus ná obra de recon-quista do homem. Necessário sefaz que a Escola se torne um am-biente propício ao desenvolvimen-to cristão do misticismo j o v e m.Que todas as fontes influentes secompenetrem da urgência de serestaurar a verdadeira fé. Prazaaos céus que a igreja esteja à altu-ra do momento em que a juventu-de dispersa a ela retornar, comoo P i 1 h o Pródigo da parábola deCristo.

DELEGADO — Dr. ArmandoPereira dos Santos:

— Eis a questão cruciai. À"ci-'ência procura demolir "D eus. Avida moderna não cogita dele se-não como tema retórico. A crençadeixou de ser um ideal humano ese converteu numa simples ideo-logia, de mero conteúdo extrínse-co. A fé religiosa é algo pálido esem contornos definidos, é umaacomodação, de quem não querpensar muito. Mas não é apenasisso. Nós, com a nossa bela civili-zação mecânica, cornos fantásti-cos aparelhos repressores qué sechamam Justiça e Polícia, por to-dos temidos pelas complicaçõesque provocam, alcançamos o isola-mento humano, o perfeito isola-mento humano. Este é um1 mundocompetitivo, uma civilização de

;ío^arine-disse~umarcoisarlinpor~^—lôbos-humanos^Os-sêres-se-ilhatante. Disse isto, repetindo pala-vras de um padre: "A Igreja Ro-mana é de fato a Igreja de Cristoporque se nenhum argumentoservisse a tal demonstração, bas-taria o de que ela sobrevive, ape-sar dos padres há dois mil anosprocurarem destruí-la".

O PASTOR — Rev. ZaqueuRibeiro, da Igreja Presbiterianado Rio: /— Esta pergunta não corres-ponde à realidade. Somente umaanálise muito desprovida de acui-dade pode levar à conclusão deque. a juventude perdeu a fé. Hámilhares de jovens vivendo a vidavitoriosa da fé, perfeitamente in-

; tegrados no plano divino da re- -•denção.

Mesmo quando um jovemacuse o problema, sua afirmaçãosomente esconde uma realidade-diferente.

Admito que nossa juventudesofra de uma subnutrição espiri-tual, ocasionada pelas omissões

Saternas na comunicação das me-

ioi.es experiências cristãs, e seressintam, também, dá pobrezado exemplo da vida religiosa dolar. Admito que muitos Jovens te-nham perdido o caminho dostemplos, decepcionados com seuslideres religiosos. Admito que sedefrontem com as forças do ma-terialismo, mergulhados no con-flito qué buscam arrancar-lhes daalma a fé. Até agora, contudo,. ajuventude sem !fét só teve suafé descentralizada do. seu centro,que é Deus. Prevalece^ porém, amística da juventude, que se ape-ga e se entrega, com toda a suavida, ao objeto de sua fé. Unspassam a crer em si mesmos; ou-tros, em algum messias que sem-pre aparece; outro eni siste-mas e ideologias de redenção.Como diz o apóstolo Paulo: "igno-rando a justiça de D e u s e pro-curando estabelecer sua própriajustiça, não se submetem a iusti-ça de Deus". Em tudo isso ha cia-morosas falhas humanas, e umatrágica ação diabólica. Mas nomeio do caos de uma fó penden-

disputam ferozmente os despojosda vida, o êxito material é a úni-ca, a verdadeira meta. Do ventre,materno à adolescência o ser hu-mano sente-se p rotegido pelosvínculos primários. De então emdiante, começa o processo de in-dividualização e então ocorre acrescente solidão, de que nos falaErich Promm. Que mundo cria-mos, jjára 6 jovem que imerge nasolidão, longe dos vínculos prote-tores da família? Um mundo lios-til, de competição, um mundoalienado, um mundo de medos efobias, um mundo em que o amornão tem lugar. Nem a fé. Acredi-tar em quê? Na violência, e daí osregimes totalitários e ais guerrasquentes e frias. Não há nada més-mo para se crer, senão numa mu-dança futura, em que a humaní-dade dê uma guinada de 90 grausrumo ao amor e à compreensão.Sem essa mudança, um dia. volta-remos à selva e à caverna... Pina-lizando, acho que o problema —juventude — obviamente hão é denatureza policial, mas em si con*tém graves implicações de natu-reza policial. Em minha vida pro-fissional senti na carne o conf 11-to de pais e filhos, vivi o dramade ter de tomar decisões extremas,de cuja eficácia duvidava. Tivecontra mim pais indignados, quesempre justificavam os filhos e fi-zeram deles monstros semi-huma-nos. Houve pais e filhos que me

Sediram ajuda e procurei dá-la.

. esse terreno, vivi dias de decep-ções, e tive algumas alegrias. Umadelas, a de um moço que conduziao caminho da compreensão. Con-tava 21 anos, e era ébrio, não tra-balhava, furtava as economias damãe, batia-lhe até. A pedido dela,prendi o rapaz, deixando-o no cár-

. cere por 24 horas. Pois, saiu dalioutro homem. Nao mais bebeu,entrou numa sociedade de recupe-ração dos alcoólicos, está agoratrabalhando e veio me agradecerhá tempos a salutar lição que lhedei.,. Mas a. natureza humana éespantosamente vária. Use-se omesmo recurso com outro jovem eêle ficará então um marginal

completo. Quando se trata de gen-te, não se pode generalizar. Hámuito perigo nas atitudes simplis-tas quando se lida com os moços.

MÉDICO — Dr. HumbertoBallariny:

— A religião, apanágio do ho-mem civilizado, nada mais é doque unia forma de educação es-piritual. A moral religiosa é aparte da filosofia que trata doscostumes e deveres do homem,concernentes às suas faculdadesespirituais. A espiritualização dohomo sapiens é o final do' pro-cesso educacional do hómo ani-irialis e só é atingida quando se

vçpnsegue ^substituir o medo e axagrèásivldàde .piío.áfèfe. liütênti-co, desprendido,- harmônico ecompreensivo. Deus é amor ebondade e, como tal, deve ser oFarol que orientará a todo mo-mento a rota a percorrer na es-piritualização. do homem. Mas oqué acontece, na realidade, é queá religião tem sido usada na dis-ciplinação dos instintos como umprocesso de manter a criança sobo mêdp do castigo divino. "Papaido céu vai te castigar." "Se fize-rès isto vais para o inferno, ondeserás lançado no fogo eterno."São expressões muito comuns en-tre os educadores, que lançammão de métodos anaclíticos natentativa de espiritualizarem oeducando. Educar.ter os instintos, què são sábiascriações divinas, imprescindíveis àsobrevivência individual e da es-pécie. Educar é socializar os ins-tintos, transformando-os de rea-ções animais egoístas em atos es-pirituais altruístas. Se desde pe-quenino incutirmos na criançaque igreja é um lugar onde to-dos aqueles que sentem prazernos atos vitais devem procurarcomo um dever para se peniten-ciarem, para oferecerem sacrifí-cios e flagelações, para. se humi-lharém e pedirem perdão ao JuizSupremo, eterno punidor dos nãosofredores, é natural que.o jovemdesconhecedor do afeto, reaja fu-gindo de um local que a seu versó cultua o anaclitismo. Ê neces-sário que os pais utilizem a moralreligiosa como um código deamor ao próximo, tal qual Jesustolerantemente a pregou, e nãoempregá-la como um sistema decompulsão pelo medo da cóleradivina, como a maioria dos edu-cadores superprotetivos a empre-gam. Tal e qual como a Escola,a Igreja deve ser risonha e fran-ca. A imagem da Igreja a ser fre-

Süentada antes mesmo da Escola

evéria significar para a criançaum local agradável de acolhi-mento repousante e. còijipreensi-vo, nunca uma casa de castigosonde a intolerância poderá au-mentar a sua^ahgüstia impondo-lhe punições. Uma criança edu-cada sem afeto não pode ter fé,nunca poderá procurar 4ranqüi-lidade numa casa que é obrigadaa freqüentar e onde supõe sóexistir intolerância, castigo e so-frimento.

PSICÓLOGA — Proí.* Mariada Glória Vanderlei:

— O problema, nunca será de-.mais insistir, não é exclusivo dajuventude, è nem mesmo incidemais acentuadamente nela. Oproblema é do homem moderno.De uma forma .ampla, e sem meacercar de pormenores que cabemmelhor a outros especialistas,

proponho, como resposta, umaoutra pergunta: Tivesse o ho-mem moderno, a Juventude, en-contrado ha Igreja resposta sa-tisfataria às suas indagações,ter-se-ia verificado esse abando-no? £.bom.que se esclareça, noentanto, que a pergunta nãosubentende esteja.eu admitindo ainexistência, por parte da Igre-ja, de uma resposta satisfatória.Nem sempre o que existe é con-venientemente evidenciado paraatender a tipos específicos de ne-cessidades, nem sempre se sabetransmiti-lo adequada mente,atendendo à problemática exis-tencial do homem, fixada numaépoca determinada., É, curioso no-tar,. de. outra parte, que perma-nece nessa juventude objeto dedebate, um sentimento religioso— manifestado, na sua vida degrupo, através de ritos, do uso deamuletos, etc.

PADRE — D. Tito Amoroso,monge do Mosteiro de São Bento:

— Quando o jovem abandonaa Igreja, êle o faz às vezes poruma insuficiente instrução reli-giosa. Não é raro que, tendo re-cebido de sua mãe e hão de seupai a primeira informação darealidade religiosa, resulta daíque, com o desligamento da per-sonalidade, o jovem veja na re-ligião algo de feminino que não

ou argumento sucessivamente,para o feudalismoe a mo-narquia absoluta, para a mo-n a r q u i a constitucional e paraa republica, para a democracia epara a ditadura, para as elei-ções diretas e indiretas e paraas não eleições e, se preciso fôr,para o vegetarianismo e para osescoteiros do mar. Deus estásempre à mao e nunca reclama.Afinal, só quem o respeita são osateus, que não tomam Seu SantoNome em vão. Ora, Deus não éobjeto de camelô, que serve paramil usos e não serve para ne-nhum. Ao que sabemos, Deus éamor e comunicação entre oshomens e disto a juventude nãoestá mais afastada do que os vé-Ihos, até pelo contrário. Aconte-ce é que a Igreja, enquanto insti-tuição humana, fixou-se'em suaadaptação histórica à velha* or-dem sócio-èconômica rural e feu-dalizante. Até hoje esta adapta-ção arcaica não foi realmente re-formulada. Nem mesmo pela ti-mida renovação inspirada peloConcilio Ecumênico. Até hoje ogrosso da Igreja cultiva valorestradicionais inteiramente supera-dos pela mudança da sociedadebrasileira. Aos jovens urbanosem geral ela não diz nada, e é na-tural que não lhes inspire a me-nor confiança. No entanto, astentativas autênticas de renova-ção cristã no Brasil tem surgido

vez, poderá não sentir a religiãomaterna como elemento súficien-temente vivo, já que a própria jo-vem também evolui e ambos en*tão, tanto o jovem quanto e, jo-vem, sentem diminuir a confian-ça em muitos dos adultos, paisou responsáveis, seja por os con-siderarem de outra geração, sejaporque não vejam na vida delesser a doutrina acompanhada pelo"exemplo. Assim, acho que a fal-ta de vitalidade religiosa dos paise responsáveis é o elemento prin-cipal para o afastamento dos jo-vens da religião. Onde não hávitalidade religiosa, o egoísmosobrepuja a caridade, a vida dei-xa de corresponder à doutrina.Então, o jovem que tem umagrande sede de autenticidade, vaiprocurar em outras-fontes estaveracidade. Ontras vezes é a fal-ta de acompanhamento evoluti-vo da personalidade do jovem.Refiro-me à instrução religiosaqüe, embora acompanhada deamor e do bom exemplo, já nãose adapte porém à inteligêncianem à personalidade atual dos jo-vens. Neste sehtido, pensamos noesforço grande qüe ora faz a Igre-ja para conhecer melhor a rea-lidade do mundo atual, não só noque tem de eterno e imutável,mas também naquilo que temde peculiar e temporal a ser as-sumido por Jesus Cristo.

SOCIÓLOGO — Prof. SérgioLemos, da PUC:

— Deus vai muito bem obri-gado e, estou certo, em muitosbons termos com a juventude.Não foram os Jovens que se afãs-taram de Deus. Quem se afastoude Deus íoi a religião, quandoquis pô-lo a seu serviço, comoqualquer moço de recados. Deusé pau para toda a obra nas mãosdas instituições religiosas e/deuma hierarquia esclerosada porlongos séculos de compromissocom o poder político è ecohômi-co. Deus tem servido para defen-der a Família —-- maiúscula eabstrata — e para cortar a estabi-lidade dós chefes de famílias ope-ráriM. Tem servido de bandeira

or-sua—justameHte~3è setores jovens, mi-noritários, ou tem sobrevividograças ao seu apoio e entusiasmo.Tanto do lado católico quantoProtestante.

Pois tais tentativasiá, e muitas, de levar a sério

Deus e o cristianismo. Mas todasesbarram na máquina da religiãoenquanto instituição, formal ehierarquizada. AinstituiçâoIgreja impõe o conformismo e asubmissão cega do indivíduo, emum grau que não foi atingidonem mesmo pelo estalinismo.Muito cedo os cristãos tornaram-se os defensores incondicionaisdas normas e valores estabeleci-dos e de todo o sistema de deno-minação seja êle qual fôr. Ora, oCristianismo era a mensagem cri-tica por excelência. Era á "lou-cura da cruz" contra a acomoda-ção dò "mundo''. Cristo era o "sl-nal de contradição". Mas os cris-tãos são o sal que perdeu sua fôr-ça, que é a força da negação e dacrítica. São o grão que não querperecer, e por isto hão germinará.Como explicar que o cristianis-mo. se tenha transformado no seucontrário, e se tenha tornadoidêntico à sinagoga dó ano 33? £que é este o destino de toda men-sagem crítica. A medida que elase institucionaliza e ganha o fa-vor oficial, esvazia-se do seu con-teúdo, de sua força de negação.A instituição passa a girar emtorno de si mesma, visa exclusiva-mente a preservar-se enquantoinstituição. Separa-se por com-pleto do espírito e dos objetivosque lhe deram origem. No fim,passa a combatê-los. A autorida-de passa a existir em função deseu próprio poder, e, para conser-vá-lo, destro! os próprios funda-mentos morais e o sentido dessepoder. Mas o cristianismo, talcomo a dialética, traz em si mes-mo òs elementos que permitemsua própria crítica. Até agora, noBrasil, apenas a juventude — pe-quena parte dela — começou arecorrer a esses elementos, le-vando seu cristianismo às últi-mas conseqüências. Quem levaráa melhor — ela ou a máquina dainstituição religiosa,' controladapor velhas gerações comprometi-das e fechadas a todo diálogo?

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Maria da Graça:Ailega de Évora

MISS COM BOSSA — Naeleição para escolha de MissGuanabara os maios Catali-na criaram uma bossa novana matéria: as candidatasse vestirão com maio no tomda pele ou dos cabelos decada uma. Para provar, in-formam que Lúcia Duarte,do Mackenzie, desfilará riapassarela do Mlaracanãzinhocom um colante de côr ver-de pálido. Resta saber se overde pálido é o tom da peleou dos cabelos de .Lúcia. Ocertame será em Junho pró-ximo.SHOW — Jean-Pierre, em-bora tenha suspenso o showão Le Canâelabre, pretenderealizar um especial na pró-xima semana, em honra doseu velho amigo CharlesAznavour, que aqui chegarápara apresentações em TV e' já foi convidado para jan-tar.MONSUETO — Nanai, en-quanto não encontra com-prador para seu bar, vai exi-bir Monsueto e seus sambis-tas na próxima semana, pa-ra. mais. uma. experiência.DESISTIU — Informa-seque Fafd Lemos desistiu deassumir o comando daChurrascaria Plrajá. Preferetentar uma boate.

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da televisão

POVO PERGUNTA — Háuma:semana;a TV Exüelsiorlançou um nôyo programaesportivo que tem a partici-pação direta do público. Re-sume-se nas perguntas íei-tas, pelo auditório, aos es*pecialistas em futebol: Jor-nallstas, médicos, dirigentes,ex-jogadores etc. Dai nas-,cem debates acalorados maselucidativos. A produção éde Flávio Cavalcanti, e o úl*timo programa alcançou su-cesso graças à participaçãode Jacinto de Thormes, que,realmente,. dialogou com oPÚbllCO f» rpspnnrio»—pef—

guntas, esclarecendo dú-vidas.

REPORTAGENS — No Ml- -timo dia 1 a TV Rio lançouum programa chamado ÓHomem do Sapato Branco.Apesar âe o título lembrartelenovela, trata-se de umprograma realizado, espe-cialmente, com reportagensexternas. Ê levado todas asnoites âe domingo.

BOA NOTICIA — A As-soclação Brasileira de Rádio ..e Televisão informa que ini-ciará no próximo dia 1 dojunho uma série de cursoscom objetivo cultural. Ini-cialmente, serão ministra»das aulas de relações públl-cas, relações humanas, por-tugues prático e inglês prá-tico. Os interessados devemcomparecer à sede da As-soclação, na Av. PresidenteVargas, 502, 20.° andar,1 on-de serão feitas as inscrições. -'

ESTRÉIA NO 13 — Estréia ..hoje na TV Rio, àt 20h OSm, ¦um novo show: Carroussel66, sob a direção de Carjos..Alberto, produção de JoséMaria Aâami e texto âe Má-rio Meira Guimarães, im- 'portante, porém, é a parti? *cipaçüo de Jô Soares, muitoprovavelmente, o maior vo-mediante^do Brasil. Car*-'roussel. 66 vem substituir o ¦programa Praça 11.

MUDANÇA DE HORÁRIO— O filme Culpado ou tno-cente? (uma excelente série,por sinal) que a TV RÍo exi-be todos os domingos passa,a partir desta semana, a sertransmitido aos sábados às22h 55m. Também aos sá-bados: Combate. Por outro,lado, a série Os Intocáveis,que ainda existe, está sendotransmitida às sextas-feirasàs 21h65m.

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6 r- Cad. B, Jornal do Brasil, sexta-feira, 6-5-66

PERGUNTEAO JOÃO

ijltra-soni"VBIRAJARA DO COUTO

— Madureira: "A primei-ra"experiência com o ul-tra-som para curar neurô-ticos foi feita com quan-tosx enfermos?" ,

Com 250 pacientes neu-róticos graves. Foi em1963 que Linds.rom pu-blicou um trabalho rela-tando a sua experiênciade sete anos e meio, como „ emprego do ultra-somno tratamento de 250 ca-sos graves de neurose, ten-do sido as radiações ul-tra-sonoras aplicadas nolobo frontal dos pacientese assinalando êxito em80% dos casos não melho-rados com eletrochoques,pslcoterapia ou farmacote-rápia.

LuteroVANDA SIGRIST — No-

va Friburgo: "João, nestaera* do grandioso Concilio,qual foi o prelado católicoque sugeriu à Igreja tor-nar sem efeito a excomu-nlião contra Lutero?"

Foi o teólogo alemão Pa-di-g; Hans Kung o autordista sugestão, pedindoque a Igreja Católica le-vantasse a excomunhão deLutero, assim como fêzcom o Patriarca Cerulárioda Igreja -Ortodoxa. Entre-vlstado pela revista alemãDer Spiegel, o padre Kungacentuou que a excomu-nhão de Lutero foi devidaao fato de os teólogos àsua época não compreen-derem o que êle ensinava.

Papagaio.'ELIAS SAMPAIO — Ro-

cha Miranda: "Sobre ascotes verde e amarelo doBrasil, Pêro Vaz de Cami-nha já fazia referência úsmesmas na célebre cariado. descobrimento?"

.'Sim, mas referindo-se àscores da ave papagaio. Ozoólogo do Museu Nacional,José Cândido de Melo Car-valho, foi quem num tra-balho escrito sobre o papa-gaio, lembrou o seguinte:"fios mapas dos cronistasquinhentistas, o Brasil che-goú a ser denominado Ter-ra' Papagali, sendo de res-saltar que a primeira refe,-rência às cores verdo eamarelo em nossa terraaçhà-se na carta de PêroVaz de Caminha, ao des-crever os papagaios."

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CÊLIfi. MARIA RESEN-DE__MAIA — Nova Lima:"João, meu poeta preferi-do, Olegário Mariano, áo.eútrar para a. Academia.Brasileira de Letras já ha-via escrito quais livros depoesia?"

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COISAS DO MUNICIPAL —Conforme já assinalámos .aqui, não havia programasno Teatro Municipal, na es-tréia de Os Inimigos, sábadopassado. Quando fomos re-ver o espetáculo na terça-feira, a deficiência havia, si-do em parte sanada: os por-teiros estavam distribuindouma folha com a ficha téc-nica do espetáculo; sem dú-vida, já é alguma coisa.,.Aconteceu, porém, um pe-queno incidente que provaque algo anda desentrosadona organização do Munici-pai: os Ingressos para aspoltronas ocupadas por êstecolunista haviam sido emi-tidos em dobro, aparecendo,portanto, dois donos comigual direito às mesmas pol-tronas. Por outro lado, osporteiros do Municipal con-tinuam sem tomar conheci-mento da inscrição "uma veziniciado ,„o espetáculo nãoserá permitida a entradana sala", e introduzem osretardatários com a maiorsem-cerimônia, às vezes até30 ou 40 minutos depois doinício da sessão. Esperamosque o Diretor Antônio Vieirade Melo saberá coibir êsteabuso.

ESTUDANTES PORTVGVE-SES — O Teatro da UniãoPortuguesa dos Estudantesno Brasil promove três apre-sentações, no Teatro Gil Vi-cente' da Exposição Portu-gal de Hoje, de um espeta-culo variado composto dequatro peças: Monólogo doVaqueiro e Farsa de InêsPereira, de Gil Vicente; OUrso, de Tchecov; e UmaEstrela Viaja na Cidade,de autor anônimo. A direção ,é de Dalila Alegria, e o es-petáculo será apresentadoapenas hoje, amanhã e ão-mingo, sempre às 20h30m.

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11 §§ÉÉ gi Iseguintes livros: Evange-llw da Sombra e do Silên-cio, Angelus, últimas Ci-garras, Água Corrente eCqstelos na Areia. Depois

| de eleito Imortal, pübli-cou: Canto de Minha Ter-ra, Cidade Maravilhosa,Ba-ta-clan, Vida,-Caixa dèBrinquedos, Destino (etc).

1 Água¦EVARISTO MENESES —

Castelo: "Sobre o proble-'•} ma da água no mundo,quais foram os dados que

j a ONU divulgou referindo-se'ao consumo de água nasdiversas indústrias?"

Foi a Organização Mun-diál da Saúde (órgão daONU) que, a respeito da'Ú escassez de água potável

1 no mundo, divulgou le-vantamento estatístico, sa-lientando a grande quan-tidade de água consumidapelas indústrias —, a sa-ber: 3 500 litros de águasã^jiecessàrios para íazerunia tonelada de cimento;20JJ00 litros para uma to-neãda de aço; 100 litrospaia um quilo de papel;103'tros para produzir umlitio de petróleo (etc).

MCE.5»

SUCLIDES LEAL CA-VALÚANTl — EngenhoNojjo: "Por que a França—Mitííe a favor do ingres-so* da Grã-Bretanha noMercado Comum Europeu—,"iinha sido contra há.trâ:anos?"

I França em 1963 vetoua admissão da Grã-Breta-nhâ no Mercado ComumEuropeu sob a afirmaçãode"que os britânicos *nãoestavam preparados paraadotar as normas da ooli-ticâ agrícola do MCE" — OMercado Comum Europeucompreende seis paises quesão; a França, Alemanha

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-fl pmnõ^uífãh"^ Teresa Ra-quei, Luísa Maranhão e Jai-ro Arco e Flexa. Depois dasdificuldades pelas quais pas-sou, meses atrás, uma peçade Feydeau, Porto Alegreparece se firmar agora co-mo um dos principais cen-tros de intolerância e inti-mldação, no que diz respeitoà censura teatral. Um triste

titulo, sem dúvida para a"Capital do Rio Grande doSul.

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CONFERÊNCIA — Hoje,às 21 horas,. na Hebraica(Rua das Laranjeiras, 346),mais uma conferência ãeLeo Gilson Ribeiro, destavez sobre Edward Altaee e oTeatro Inconformista Norte-Americano.

CADEIRAS CATIVAS DOTABLADO — O Tablado —que está obtendo grande su-cesso com o seu lindo Cava-Unho Azul, e que está pre-parando, para as comemora-ções do seu 15.° aniversário,As Interferências, de MariaClara Machado — aindatem à venda cadeiras catl-vas que dão direito a as-sistir a' todas _s pré-estréiasdo grupo, a um preço quenão parece tomar conheci-mento da inflação: cin-qüenta mil cruzeiros. Poi*outro lado, o disco com abelíssima música de O Co-valinho Azul, de autoria deReginaldo de Carvalho, tam-bém, se encontra à venda,no Tablado. Informações pe-lo telefone 26-4555.

NAPOLEÃO TERÁ ALM6-ÇO — A classe teatral vaiprestar uma homenagem aNapoleão Moniz Freire, pe-Ia sua recente nomeaçãopara o cargo de Diretor doServiço de Teatros ãa Gua-nabara. O almoço de home-nagem será realizado orno*nhã, na Fiorentina.

AINDA OS INIMIGOS —O Teatro Oficina resolveudar 50"*. de abatimento pa-ra os estudantes em todasas localidades do TeatroMunicipal, durante a apre-sentação de Os Inimigos;haverá também uma vespe-ral extra sábado, às 17 horas.

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Jornal do Brasil, sexta-feira, 8-5-66, Cad. B — 7

Panorama

do cinema

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0 Túninlo do SolíJapão de Othimà

O JOVEM JAPONÊS — Hoje.às 22h30m, a Cinemateca doMAM.vai apresentar no Pais-sandu, o filme de Nakisa Oshi-ma, O Túmulo do Sol (Taikono Hakaba), produção japonê-sa de 1960. Como complemen-to será exibido o curta-metra-gem de K. Gordon, A EscuI-tura Polonesa Contemporânea,produção de 1964.

Nakisa Oshima é um jovemcineasta de apenas 34 anos,que logo após diplomar-se naUniversidade de Kioto, ingres-sou na companhia Shochiku,onde íoi assistente durante cin-co anos, até dirigir, em 1959,seu primeiro íllme. file pró-prio se considera muito influ-enciado pelo neo-realismo ita-liano e, principalmente, porBosselini. Também sente tersido influenciado por Mizogu-chi e pelas primeiras obras deKurosawa. No início de suacarreira Oshima foi chamadono Japão, à- sua revelia, o ci-neasta da nouvelle vague ja-ponêsa, e assim a define:"acho-a muito superficial, nãoha problemas políticos ou so-ciais em seus filmes". Do ci-nema americano guarda a me-lhor impressão dos filmes deWyler, entre eles. Os MelhoresAnos da Nossa Vida.INFÂNCIA E LUTA — Ama-nhã, às 24 horas, iniciando oCiclo do Cinema Autinazista,a Cinemateca vai exibir noPaissandu, A Infância de Ivan,de G. Tarkowski, produção so-viética de 1964. Segunda-feira,às 22h30m, será a vez de Mi-nha Luta (Meih Kampf), deErwln Leiser, 1960.PARA DOMINGO — O Jornaldo Cinema, transmitido pelaRádio Guanabara, às 12h30m,estará apresentando os seguin-tes artigos: O Cinema Anti-Nazista e a Nossa Luta, de Jo-sé Wolf; A Revolução Mcxica-na no Cinema, de José CarlosMonteiro: Hora e Vez de Ro-berto Santos, de Wilson Cunha.Os ¦ entrevistados da semanaserão o Diretor russo EldarRiazanov e a atriz Ala Lario-nova, que estiveram no Riopara inaugurar o Festival deCinema Soviético.CURTOS BRASILEIROS —Uma série de curta-metragemnacionais organizada com a co-laboração do INCE acompa-nhará a exibição dos filmescia Cinemateca do MAM, du-rante o mês de maio. Dia 9 —Fazenda Velha, de Lima Bar-reto (1948); dia 10 — O Ca-Juelro Nordestino, de Linduar-te Noronha (1962); dia 11 —O Primeiro Salto, de Toni Ra-batoni (1966); dia 12 — Ro-meiros da Guia, de VladimirCarvalho e J. Ramiro (1960);dia 14 — O Despertar da Re-dentora, de Humberto Mauro(1942); dia 20 — Rio, CapitalMundial dp Cinema, de Ar-naldo Jabor (1965).PREMIADO EM NANTES —O Prêmio Max Ophuls, confe-rido durante a XI Jornada Ci-nematográfica de Nantes, foiatribuído ao filme extraído dolivro de Robert Musil, Les Dé-sarrols de 1'élève Torless, rea-lizado por Volker Schoendorf.AUTOR SENEGALES — OJprêmio Jean Vigo, destinado arecompensar um filme de van-fuarda foi concedido a La Noi-*e de... primeiro longa metra-gem de Ousmane Sembène. És-te produtor senegalês já se tor-nou conhecido por dois curta-metragens sobre o Senegal:Barom Saret Niaye.IDENTIDADE — A Grande Ci-dade, filme de Carlos Dieguesestá sendo esperado com inte-rêsse, pois segundo dizem, opersonagem feminino identifi-ca-se perfeitamente com as jo-vens cariocas.

PANORAMA • pr.p.rido pela uguin.I. «qilip.: Fiuile Woltf (Televisão) -Hirry tatu (Artes Plásticas) — JuvenalFartai! a (Díicoi Populares) — lago¦urn.lt (Literatura) — Maurício Gom.s1.11. (Internacionais) — Míriam Alan.ur (Cinema) — Reme Maisarant (Mú-sica) — Símio d. Montnlv.rn. (Shows)- Van Mlchalski (T.atro).

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PARIS VALE UM CASTELO

Lo Batde, 1965: os finalista* mundiais em esculturas do areia

0 que há para ver

Se você tem de 9 a 10 anos e quer irà França, basta se inscrever na agência doJB em Copacabana, na agência da AirFrance no Copacabana Palace ou no Servi-ço de Relações Públicas do JB, na Av. RiaBranco 110—1.° andar. Mas só se vocô écobra em esculturas na areia, porque èste éo prêmio do II Concurso de Esculturas na'Areia,

que começa amanhã, com provaseliminatórias, e tem finais dia 14 e dia21.

Na França, você vai participar do Con-curso Internacional de Esculturas de Areianuma praia linda, na costa da Bretanha,chamada La Baule. Em Paris, você ficacinco dias passeando com o grupo interna-cional de concorrentes. Com a experiênciade quem venceu o primeiro concurso e par-ticipou do concurso internacional, AntônioCarlos di Filippi aconselha para vencer:

l.o _ é bom escolher como tema ummonumento ou obra de arquitetura queofereça a possibilidade de só ser feita a fa-chada, sem necessidade de completai*.

Como aqui o Teatro Municipal, o. Monu-mento dos Pracinhas. Em La Baule elesdão muito valor às obras grandes e maia,ainda aos monumentos franceses. A mexi-'cana no ano passado íêz a Igreja Sacré-Coeur de Marle. Havia trabalhos melhores,mas íai ela a vencedora da taça para con—correntes estrangeiros — conta Antônio •Carlos.'

2.° — o vencedor do concurso em Co-pacabana, quando estiver treinando paraLa Baule deve procurar fazer o trabalhoem duas horas, que lã é o tempo de dura-:ção, enquanto aqui são ciadas três horas.

3-° — Logo que fôr iniciada a prova,cavar com grandes pás a areia, fazendomontes enormes, para depois começar aesculpir, molhando com a água do mar.

4.° — Pode ser usado todo e qualquer--material para ajudar a erguer os monu-mentos. Cordas, pauzinhos pás, escalas, ré-guas, tudo menos fôrmas, e contanto quedepois possam ser retirados. Depois de.'pronta, a obra só deve constar de água careia.

CINEMAESTRÉIAS

REAPRESENTAÇÕES

A HORA E VEZ DE AUGUSTOMATRAGA, de Roberto Santos.Drama baseado em Guimarães Ro*aa. Um filme de grande nível:o pNmelro êxito indiscutível docinema brasileiro na temporadacarioca de 66. Com Leonardo Vi*lar, Jofre Soares, Maria Ribeiro.firuní FUmongo. Coral, Bruni Co-pacabana, Bruni Ipanema, Rio,Brunl AMiar, Regência, S. Pedro eMatild..tlE," EIA~" E O PIJAMA

' (Paiamã

Pírty), de Dou Wels, Comédiamusical. Com Tommy Kirk( An-netle Funicello, Etsa Lanchester.Participação especial de BusterKeaton e Dorothy Lamour. Pathe*color. Scala, Parit Palace, Kelly.Festival, Rio Palace, Marrocos,Art Palácio, Copacabana, Art Ti-jucá, Art M.i.r e Rlviara. I4h -I6h - !6h - 20h c 22h. (10anos). »SEMIRÃMÍS""(lo7"Semiramid.)rcloPrimo Zeglio. Pseudo-histórkoitaliano. Com Yvonne Furneaux 8.John Erícson. Cores. Plaxa, Roxy,Olinda e Mascote. 14h - lóh —18h - 20h e 22h. (14 onos).Ò DIABO DE VIIA7 VEIHA,

"dé

Ody Frafja. Melodrama com in-gradientes de Far*West e nívelsemi-amadorístico. Prod. paranflen*se. Colorido. Com Milton Ribei-ro, Aci Maria, Roque Rodrigues,José Mcyica Marins. SSo Luts.Capitólio, Miramar, Copacabana,Carioca, e Imperator. I4h — 16

18h - 20h e 22h. (14 anos).

CONTINUAÇÕESQUE t QUE HA, GATINHA? -(Wh.t'i N.w Pussycat?) de Cli-ve Donner. Comédia sofisticada:a psicanálise como gag. — PeterSellers, Peter 0'Toole, Ursula An.dress, Romy Schneidcr, Capucine>Paula Prentiss, Woody Allen. —Technlcolor — 6pira — 18_jinos.5 SENHOR DA GUERRA

"(Th.

War lord), de Franklin SchaffnerUm espetáculo com dignidade -

em linha épico-roniântica. —Charllon Heston, Richard Boone,Rosemary Forayth. Technicolor —Vitória — leblon — Central — 1-th

16h 30m - 191) - 21h 30in(14'anos).'

A NOVIÇA REBELDE (Th. SÕünd.( Muslc,) de Robert Wise. Es-peT. de muito bom nivet, que se*ria melhor com menor metragem.Com Julie Andrews e ChristopherPlummer. De luxe Color. — Pa-Ucia - 15h - 18h - e 2lh -(livre)."GENGIS

KHAN; do" "Henry

fe-vtn. Aventura pieudo-hislórica.Em cores. Com Ornar Sharif. Ste-phen Boyd, Françoise DoHéac. —Odeon - 14h - lóh 30m -19h - 21 h 30m - (18 anos).

UM AMOR SEM ESPERANÇA -(Girl With Gro.n Ey.s), de Des-mond Davis. Drama (com humor)extremamente valorizado pela In-terpretacão de Rita Tushingham.

Um bom programa. Com PetefFinch. - Alvor.da - 14h - 16h

18h - 20h - 22horos.

IA RONDE, de Roger Vadim -Nova versão do famoso -filme deMax Ophuls. Com Jane Fonda,Jean-Claudc Brisly e Ana Karl-na. Colorido — Condor — 14h —16h - 18h - '20h - 22h - (21¦nos).ÊTÊSPIAO QUE TEM A MINHACARA (Th. Spy With my Fac.)

• de John Newland. Segunda (emais fraca) aventura do agentesecreto Napoleon Solo. Metro Ti-iuc«, M.tr. Copacabana, P.thí, Al-l.ca, Paratodos, Maua.Õ~DESAFIO, de Paulo Cílar Sa-raceni. Conflitos postiços numatentativa de refletir a inquietaçãobrasileira por ocasião do movimen-to de 31 de março de 1964. ComIsabel», Cduvaldo Viana Filho.

Paissandu - 14h - 16h - lOh20h - 22 horas - (18 anos).

O" VIÚVO (II V.dov») de DlnõRisi. Comédia. Boas idéias quesó se realizam na Interpretaçãode Alberto Sortli. Com FrancaValer! e leonorá Ruffo. —Ca-ruso — Britanta — BoiéHd.AS HORAS DE AMOR (l. Or.d.ll'Amor>), d. Luclano Salce. Co-média. Emmanuelle Rina, Ugo To-gnazl. Condor — Copacabana, —14h — I6h - 18h - 20h - 22h -(18 anos). í

VIVA ZAPATA (Viv. Zapala), d.Elia Kazan. O revoluclonérlo me-xlcano Emillano Zapata, segundoum roteiro de Stcinbeck, tratadocom* força cinematográfica porKazan, Com Marlon Brando, An*thony Quinn, Jean Peters. Impa.rio, V.n.ia, Am.rica, 14h - 16h18h - 20h - 22h..- (16 anos).OS COMANCHÉROS (Th. C.man.cheros), de Michaei Curtli. W.s-tern com algumas das grandetqualidades do gênero. Com JohnWayne, Stuart Whitman, Ina Ba-lin, Nehemiah Persoff, lee Mar-vin. De lux. Color. Rex, Rian,Madri, 14 h. - lóh - |8h - 20h-_22h - (14 onos).HATARII - de HowTrd"THãwiTs';Caçados na África. Colorido comJohn Wayne, Elsa Marlinelli, Ge-rard Blaln, Red Buttous . HardyKrieger — Rlcamar.

ESPECIAISAS DIABÓLICAS (l. Diabollqu.s).Direção de Henrl Georges Ciou-zol, com Simone Signoret, VeraClouzof, Paul Meurisse e CharlesVanel. Museu d. Im.gam • daSom, Praça Marechal Âncora, 1.'6h_- 18h - 20h - 22h (18 anos).Ã" ÚLTIMA GARGALHADA

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l.lit. Mann) - de F. Murnau.Retrospectiva do Cinema Ale-

mão. Hoie, is 18 h e 20 h 30'mInstituto Cultural lr.sil-AI.-manha — Avenida Graça Aranhan." 416 -9.Q andor.O TúMULO~DCTsbl - d. Nãki".ss Oshima. Complemento: — AESCULTURA POLONESA CON.TEMPORANEA. - Apresentaçãodo Cinemateca do MAM. Hoie,òs 22 h 30 m . 24 h IS m -Paíssandw.

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da por ocasISo de seu lença-mento no T.atr» Carioca, no enopassado. Adaptação t direção da

Sério Viotti. Com Lelna Kre».pi, Sstty Far)., Paulo Uma •outros Bolso - Ru. Jangad.irosn.o 20 (27-3122). Ar refrlg. -21h30m, v.sp. 5.» 16h30m •dom.: IBh, sáb.: 20h30m . 22h30m. Eyeços: 4 mil, v.sp. 5,«Cr$ 3 mil, dom.: CrS < mil; «.«,sáb. . dom.: Crt 5 mil - úl-tlma semana.OS FÍSICOS - Comédia trárjici.d. Frl.drich Dur.nmott: três f|.

ticos Internados num asilo d. lou-cos debatem o problema da res-ponsabllid.d. do cientista pelaisuas d.scobertas. Prod. de OscarOrn.st.in. — Dir. d. Zlemblnskl.Com Ziembinski, Luis linhares,Sebastião Vasconcelos, CláudioCorreia • Castro, Margarida Rèy,lona* Magalhães t outros — Co*p.caban. — Avenida Copacabanan.o 327 (57-1818 R. Teatro), arrefrlg. 21h30m; sáb.: 20 horat «22hl5m, vesp. 5.», lóh, vesp.: CrS4 mil, grupos de estud. 50%.AMÉRICA INJUSTA - Peça-do-cumento do sociólogo Martin B.Dubermami o negro nos EstadosUnidos • a verdade histórica —Dir. de ' Nelson Xavier e SérgioSanz. Com Cecil Thiré, MfltonGonçalves, José Damasceno, Su-sana Morais e Vcre Lúcia Coutodos Santos. — Jovem — Pr. deBotafogo, 522 (46-3166), ar re-frig. — 21h30m,sáb. 20 . dom.IBh. Preços: Cr$ 3 500, sáb. Crí4 mil, v.sp.: CrS 3 mil, est. Cri2 mil, exceto sáb. 22h30m. Úl-tima semane.

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Denói d. Oliveira. Dir. d.Giannl Ratto. Com Oduvaldo Via*na Filho, Agildo Ribeiro, Fregelente. Helena Inêt, Osvaldo Lou*ralro, Odeia Lara e outros. -Opiniãr» — Na Rua SiqueiraCampos n.o 143 (tel.: 3634971.— 21 h 15 m; vesp. quinta, as17 h., . dom., 16 hi sáb., 1? li30 m . 20 h 30 m; oreço 1 CIOsexta e sáb. CrS 3 G30, est. rngrupo de 6 Cr$ 2OT0'Ã~s7NlSTR7rC0"MÍ0lT- Duas co-médias bastante sinistras. A Cole-ção e O Am.nl. — de HaroldPinter, o jovem papa da vangunr-da inglês. Um possível adultérioe um estranho jogo conjugai con*duzem a uma visão pessimista daexistência. Dir. de Flávio Rangei.Com Rosita Tomes Lopes, Napo>leão Moniz Freire, Célia Biar, TtaloRossl e Rubens d. Falco. TNC.Av. Rio Branco, 179 (22-4667); 21h 30 m; sáb., 20 e 22 h. vesp.dom., 18 h,tf VESTIDO LUAS DÊVATenTÍNA»- Rotineira e vaíia comédia deadultério, de autoria de François.Sagan. Dir. de Pernambuco deOliveira. Com Laura Suarez, Mér-ela d. Wlpdsor, Cláudio Marzo

outros. Serrador, Rua Sen. D&n*tos (32-8531), 21 h 15 m.; téb.,20 e 22 h; vesp. 5.» e dom., 16 li.BRASIL EM 3 ATOS - Comédiasatírica de Ricardo Bandoira, como autor. — Panorama .o Brasilatual visto pelo ângulo do Ten-tro de Mímica, assinalando avolta de. Ricardo Bandilra aoRio — Arma Club.. d. Art. —Borata Ribeiro n.° 810, 21 h 30m.Dom. vesp.: 18 h. Preços: tér-ça, quarte, quinta e dom. CrS3 500; sexta .. sábado, CrS 5mil; «st. dia da semana, CtS 2mil.OS INIMIOOS - Drama dçTMa"-ximo Gorki, narrando 'onHítoi -individuais resultantes da aitua*{Io iodai na Rússia da 1905. —Ambiciosa experiência do ciruporesponsáv.l por PEQUENOS BUR.OUESES, no sentido j d. cons-trulr em cima de um texto rea*lista, um espetáculo -oneradocomo uni. crônica histérica, 'li,Dir, d. José Ciso Martin»; Cor-'r.la. Com Eugênio Kutnet, Célia

H.lena, Mauro Mendonça, BeatrizToledo Segall e muitos outros —Municipal. 21 h„ vesp. 5,' •dom. 17 h,; Só até domingo.VIAGEM A TRIS - Comédia d..Jean d. totraz. Dir. Antônio d.Cabo. Com Míriam Pérsia, IvSCândido, Marleta Severo e CarlosEduarao Dolabela — Carioca —R. Senador Vergueiro (25-6609)ESPETÁCULO DOS ESTUDANTESPORTUOUISES - M.nólso. d.V.qu.ir. . Farsa d. InSt P.rei.f>, d. Gil Vicente; O Urso, d.Tchecov; e Uma Estréia Viaja n.Cidade, d. autor anônimo. P.loelenco do Teatro da União Por-tuguêsa dos Estudantes no Bra*sil. Dir. de Dallla Alegrio. —Teatro Gil Vicente da ExposiçãoPortugal de Hoje, no Largo daCarioca. Somente dias ó, 7 a 8,20 h 30 m.

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Praia de Botafogo n.° 622 -(46-3166); sáb. • dom., 16 h.DONA PATINHA VAI"SER MISS.

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Japão define seu lugar no Clube ÊsjpacialEm defesados foguetesbrasileiros

Mal informado era Astro-náutica durante muito tem-po o povo brasileiro tomaagora conhecimento de quenosso país desenvolve umprograma de pesquisas espa-ciais. As reações variam a ca-'da pessoa, mas de um modogeral a maioria ainda não en-tendeu bem o que se está fà-zendo e levanta uma série dedificuldades que o Jornal doEspaço compilou e procuraresponder:

1) Não será o programaespacial brasileiro uma"brincadeira" da FAB?

_R. Antes de mais nada aparticipação da FAB noprograma compreende ape-nas a metade do esforço, ca-bendo a outra metade aoscientistas civis do CNAE(Comissão Nacional de Ati-vidades Espaciais). Em se-guida deve ser anotado queo programa espacial brasi-feiro tem merecido elogios depaíses muito mais adianta-dos neste campo (EstadosUnidos e França) o que pro-va a sua seriedade.

2) Aceita a seriedade doprograma não seriaainda assim melhor de-dicar este dinheiro aoutras atividades maisimportantes ao país co-mo hospitais e escolas?

E. Uma nação não se cons-trói apenas com hospitais eescolas. O desenvolvimentocientífico é também fatorde importância, principal-mente hoje quando a tecno-lògià espacial encontra tan-tas aplicações práticas nodia-a-dia. Nosso país crescepara uma posição importân-te no mundo e a tecnologianão pode ser abandonada.Quanto ao dinheiro gasto noprograma espacial brasileirovem êle de verbas normaisda FAB e do Conselho Na-cional de Pesquisas, não con-tando com nenhuma somaadicional no orçamento.

3) Não será este progra-ma, como acusou o Pre-sidente Frei, do Chile,uma corrida armamen-tista no campo dos mis-seis para pressionarseus vizinhos da Améri-ca do Sul?

' R. O Presidente chilenocertamente teve suas razõesao fazer tal acusação, masnenhuma delas repousa nobom senso. Barreira do In-ferno, em Natal, é o localmais impróprio para se cons-truirs uma base de foguetesmilitares para ameaçar osdemais países do Continen-te. Um balístico que saíssede Natal para cair no Chileteria de ser do tipo interme-diário que nem a F r a n çapossui ainda. Além dissoexigiria instalações comple-tamente diversas daquelas

. que existem na Barreira doInferno. Toda tecnologia po-dè ter aplicação militar. Oslaboratórios atômicos brasi-leiros por exemplo, superio-'res a tudo que existe naAmérica do Sul, poderiamproduzir num prazo relati-vãmente curto, uma bombanuclear, talvez antes até quenossos cientistas fizessemum balístico de longo alcan-

:ee. operacional. No entretan-.•fco Frei não se referiu à bom-ba atômica. Finalmente aNASA americana que nosajuda na Barreira é uma or-ganização civil que não co-labora em projetos militares.

4) Mesmo no campo datecnologia não seriamelhor aplicar este di-nheiro e estes técnicosem outros ramos maisproveitosos para o Bra-sil?

R. O programa espacialbrasileiro está orientado nosentido de duas das maioresdeficiência técnicas do País:melhoria da meteorologia edas comunicações, o que sóserá possível através dè ummelhor conhecimento dasaltas camadas da atmosferano Hemisfério Sul.

5) A Barreira do Infernonão é uma base ameri-cana no Brasil?

R. A Barreira do Infernofoi planejada pelos cientistasbrasileiros do CNAE, cons-truida pelo Exército e opera-da pelo GTEPE, órgão daFAB. Nela trabalham entre70 e 80 pessoas, todos brasi-leiros. A presença de espe-cialistas americanos se ex-plica perfeitamente já queeles possuem larga experiên-cia neste campo, atuandocomo consultores para nos-sos cientistas. Assim mesmoseu número nunca ultrapas-sa 6 por ocasião dos lança-mentos.

6) E o material não é ame-ricano?

R*» Apenas parte, prlnci-palmente a eletrônica. Noconjunto porém a grandemaioria compreende materialde fabricação nacional. Osamericanos cedem foguetesporque a eles interessam asinformações científicas quenossos, cientistas obtêm, masainda neste campo já esta-mos caminhando para umaindependência maior, desen-volvendo foguetes inteira-mente nacionais.

7) Nosso país não tem con*dições para entrar na-'corrida espacial" e noentanto está tentandofazê-lo. Por quê?

R. Nunca se cogitou em en-trar na "corrida espacial"das duas superpotências.Nossa atuação é de partiei-par da pesquisa cósmica den-tro de nossas possibilidades,em programas internacionaisde esforço conjunto.

8) Por que a Barreira doInferno é fechada aogrande público brasilei-ro?

R. Isto é uma inverdade. Aimprensa tem livre acesso atodas as instalações da Basee organizações civis comoUniversidades bu grupos po-dem também visitá-la, desdeque se comuniquem antescom o GTEPE, órgão da FABque opera as instalações. Abase está até aberta aos par-ticulares que desejem expe-rimentar foguetes, em pro-gramas sérios. Também nes-te caso o programa e os obje-tivos devem ser encaminha-dos ao GTEPE para obter adevida aprovação, coisa queacontecerá caso fique defini-da a seriedade do projeto.Barreira do Inferno não éuma base do Brasil mas simdos brasileiros.

9) Quando se lançam sa-télites tripulados e fo-guetes à Lua por que oBrasil perde tempo com"foguetinhos"?

R. Até 30 Km de altura, ba-lões podem fazer pesquisas.Acima de 180 km os satélitesrealizam esta tarefa mas nointervalo somente foguetes,como aqueles que sobem daBarreira do Inferno são ca-pazes de realizar estudos e éexatamente nesta área quese originam as perturbaçõesatmosféricas e radiofônicas.Além disso lançaremos embreve foguetes maiores, quealcançarão mais de mil qui-lômetros. O programa espa-ciai brasileiro está ainda'nocomeço, mas entrou com pédireito.

JORNAL BO ESPAÇOAno II - N.° 27 Editor: ROBERTO PEREIRA

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O nome BRASIL pintado em foguetes espaciais. Poucas nações podem jazê-lo

Gemini-9 sobe amanhã para novo encontro orbitalDepois da perigosa aventu-

ra da Gemini-8, que teve deinterromper seu vôo de trêsdias sem concluir todas as ex-periências previstas, a Gemini-9 recebeu uma série adicionalãe missões, o que reveste o seulançamento de particular im-portância.

Na verdade os seus tripu-lantes {Stafford e Cernan) te-rão ãe cumprir o programa ori-ginal âa Gemini-9 e mais aquê-les testes que a nave anteriornão pôãe executar. E ãentrodeste conjunto, sem dúvida ai-guma, o encontro orbital e ma-

nobra extraveicular serão ospontos altos.

Ninguém ignora que o pro-grama lunar americano depen-de desta manobra de encontroe tanto a Gemini-6 como a Ge-mini-8 conseguiram completarencontros orbitais, a.primeiracom a Gemini-7 e a segundacom um veículo não tripuladoAgena. Desta vez será tambémum Agena o alvo ão encontro,prevendo-se quatro manobrasãe encaixe e desencaixe paratreinar os cosmonautas.

Quanto à manobra extra-veicular, está prevista a saída

de Cernan que se distanciará-a trinta metros da nave, usan-do um novo tipo de cinturão-foguete diferente da pistola ajato que usou White, no anopassado.

O vôo está previsto paratrês dias mas poderá ser pro-longaâo se houver necessidadeãe fazê-lo.

Fora da nave Cernanexecutará manobras diversasque incluem filmagens, testescom uma nova ferramenta es-pacial, exame do Agena e ob-servações de pontos na Terraapenas com meios visuais.

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JORNAL DO BRASIL 73 «~ , m

O programa espacial japonês nas-ceu em 1955 com a resolução do Con-selho de Ciências de participar no pro-grama mundial de estudo das altas ca-madas atmosféricas,. dentro do AnoGeofísico Internacional. Naquela épo-ca nenhum organismo oficial tinha vo-cação puramente espacial e assim foidesignado o Instituto Industrial deCiências para organizar os trabalhos.

Os primeiros lançamentos ocor-reram ainda este ano, no campo detiro de Atika, com foguetes de apenas23 cm de comprimento. Eram modelosem escala de futuros gigantes dos céuse aos poucos foi conseguido o apoioentusiástico de Universidades e Cen-tros particulares de estudos.

Desde o início os foguetes recebe-ram nomes de letras gregas. A firmaPrince Motor Car Engineering Com-pany desenvolveu para o Governo fo-guetes cada vez maiores.

A família de foguetes Kapa nas-ceu em 1957 e neste mesmo ano subiuo primeiro destes engenhos de dois es-tágios. Especial atenção era atribuí-da às soluções nacionais e o combus-tível sólido escolhido por ser de maisfácil manipulação.

O progresso foi de qualquer ma-neira muito rápido: se o Kapa-6 atin-gia 60 km em 1958 o Kapa-8 de 1960subiu a 160 km. O Kapa-6 sobretudoprovou ser um excelente instrumentode pesquisas e dezenas deles foramlançados durante o Ano Geofísico In-ternacional.PLANOS E INSTALAÇÕES

Em 1961 ó Kapa-9-L alcançava350 km com pleno sucesso e diante dascaracterísticas dos foguetes uma novabase foi construída para substituir ovelho campo litorâneo de Atika. OCentro Espacial de Kagoshima comofoi batizado, situa-se junto ao litoral,e para construí-lo foram aplainadasvárias colinas de 200 metros. As di-versas instalações espalham-se pelos- diversos platôs interligados por estra-das. Estas instalações, iniciadas em1964, têm aumentado constantemente.

Enquanto se pensava no novoCentro de Foguetes, os cientistas ni-pônicos trabalhavam nos modelos jáexistentes: O Kapa-6 e o Kapa-8 rece-beram várias modificações que lhespermitiram alcançar respectivamente160 e 350 km de altura. Suas quali-dades provaram ser. excelentes e ou-tros países os compraram, inclusive aIugoslávia e a Indonésia.

Nesta época também começaramos estudos para estabelecer as linhasde um ambicioso programa espacial,que chega agora perto da sua me-tade. .O PODERIO DOS LAMBDA

Estudos desenvolvidos pela firmaPrince por volta de outubro de 1960,resultaram na criação defuma novafamília de foguetes de sondagem, osLambda, mais poderosos que os Kapa.Equipados com um novo motor decombustível sólido e dotado de quatrobocais oriehtáveis este engenho fêzseu vôo inaugural a 24 de agosto de1963, subindo a 410 km.

O Lambda-3 era idêntico ao Lamb-da-2 mas possuía um estágio superiorque permitia lançar a carga de instru-mentos a 1 000 km de altura (julhode 1964).

Enquanto se processava esta corri-da por foguetes cada vez maiores, aAgência Meteorológica encomendavaum novo pequeno foguete meteoroló-gico seguro e de baixo preço. A Princeapresentou um modelo de 110 mm dediâmetro e depois o MT 135 (135 mmde diâmetro), enquanto a MitsubishiHeavy Industry apresentava os mode-los SA e SB. Os testes durante o anode 1964 levaram ao LS-A.UNIVERSIDADE DE TÓQUIO

1964 viu também a criação do Insti-tuto de Ciências de Aeronáutica e Es-paço, dentro da Universidade de Tó-quio, para substituir o programa doInstituto Industrial de Ciências, o quedeu novo impulso às experiências. Nes-ta época nasceu o ambicioso programado foguete lança-satélite MU-4, cujo

Íirimeiro estágio seria o novo mo-

or M-10 de combustível sólido capazde desenvolver 102 toneladas de empu-xo durante 60 segundos. Este gigante,de metro e meio de diâmetro foi tes-tado no solo em maio de 1965 e vooupela primeira vez no fim do mesmoano.

Os planos atuais prevêem que o vei-culo lançador de satélites fique prontoem 1967, sendo então capaz de colocarem órbita cargas de 100 kg.

Em 1967 subirá um satélite; dois noano seguinte e daí em diante na ca-dência de três por ano.

Os cientistas da Universidade de Tó-

Siio porém não pretendem esperar até

e engenhosamente combinaram omotor M-10 com o foguete Lambda,,obtendo um grande míssil capaz decolocar em órbita 20 kg. O disparo es-tava previsto para 26 de março e foi:adiado por motivos técnicos mas pode-rá ocorrer a qualquer momento. Quan-do isto acontecer o Japão reivindica-rá no clube espacial o lugar a que tem'realmente direito ao lado da França. .PLANOS'PARA O FUTURO

As ambições nipônicas são bemi grandes. Em 1970 a Agência de Ciên-

cia e Tecnologia espera lançar um sa-télite de 150 kg com um novo foguete;que desenvolve 310 toneladas de empu-xo, mais forte que o Titã-2 america-!no. Outros satélites meteorológicos ede telecomunicações estão previstos. '

De qualquer maneira o programa es-:pacial japonês é genuinamente nacio-nal e se desenvolve com tamanho ím-,peto que poderá inclusive permitir asuperação da F r a n ç a.

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JORNALDOBRASIL

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Y;«E.',sW\sii_itoí/ CLASSIFICADOSRio de Janeiro — Sexta-feira, 6-5-66 Parle inseparável do Jornal

O JB HÃ 75 ANOS

O JORNAL DO BRASIL de 6-5-1891 noticiava: ''•9 Pari": discutiu-se na Câmara as m.inifcstoçóes opc-

riflai,# Bruxelas: a greve dos operários belgas tomo um

caráter sério.O Rio: decorreram calmamente as eleições no Rio

Grande do Sul.

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CruzadasCidadeFalecimentos . .Horóscopo Informações ... .Miiitares Trabalho Tempo Utilidade Pública

PAGINAS• 2e 3e 4

66ê5556

7*8

38576667537

Na página 2 está sendo publicado, na seçãoJustiça, o trabalho Ineficácia do Ato Jurí-dico e a Reforma do Código Civil, deFrancisco Pereira de Bulhões Carvalho.

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2 — C.A55IFICADOS — Jornal do ""ratll,

«."-feira 6-5-66 • IMÓVEIS - COMPRA E VENDA • I MÓVEIS - ALU GUEL

usticaFrancisco Terclra de Bulhões Carvalho

INEFICÁCIA DO ATO JURÍDICO E AREFORMA DO CÓDIGO CIVIL

(VIII)

3.°) Atos de administração Irregulares do pai.

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1 — O desconhecimento da doutrina da"in:.i-áct_ p.nd.nte e relativa" levou o nosso Co-digo Civil a singulares di-p.-l-i.o_.

No seu Art. 147, apontou êle os casos de 'ato

anulávd": a) por incapacidade relativa do agen-te; b) por vicio resultante de erro, dolo, coação,simulação ou fraude.

Nfto cabem evidentemente nessa enumeraçãoos atos Irregulares praticados na representação deterceiros.

Ficaram assim sem a devida regulamentaçãolegal, como vimos, os casos de ato de representa-câo sem podêres e os atos Irregulares do tutor de-íinidos no Art. 427, como sendo dependentes deautorização judicial.

Dentro da mesma categoria ficaram colocado?pelo Código os atos irregulares do pai na adminis-tração dos bens do filho. .

Tais atos nao se acham incluídos na relaçãodos atos anuláveis feita pelo Art. 147 do Cócligoe. segundo o Art. 388 incidem na pena de nulida-de, cuja alegação é facultada apenas ao filho, seurepresentante legal ou seu herdeiro.

Segundo reconhecem os comentadores, essanulldade não se confunde com anulabllldade epor isso não poderia ser retificada (Pontes de Mi-randa, Tratado, IX, S 980; Clóvis, com. ao Art.3B8.

Quebra-se assim o sistema do Código, que, aolado dos atos absolutamente nulos e dos anuláveis.reconhece a dos ates absolutamente nulos que napodem ser impugnados por qualquer interessado <incidem na curta prescrição de um ano.

Aliás, dentro dessa terceira categoria de nindade existem no Código outros casos, como pc"exemplo, o dos atos praticados pelo "absoluta-

mente incapaz", segundo tivemos ocasião de de-mon-trár pela análise do texto do Art. 83 e Art.1 488 do Código (vide Incapacidade Civil e Res-trições de Direito, vol. 2 n.° 753 e S. e Ineflcacl.in.ò 184). _ . ¦ ¦ ,_

2. — Dentro do ponto-de-vista doutrinário,entretanto, não é razoável que se admita nulldadequando a formalidade emitida não diz respeito aum ato de administração dos próprios

"bens pelopai administrador, mas como complementação ne-cessaria ao direito de representação do pai em re-lação a seu íilho.

E, no ponto-de-vista do Interesse do menor,nenhum interesse teria êste em que seja protegidomediante uma milidad*. que tem de ser arguidanum curto prazo, sob pena de snnação do ato,quando logicamente, como qualquer terceiro, omenor deveria ser protegido contra o administra-dor de seus bens pela decuaração da ineficácia ipsojure do ato irregular do seu administrador, até queee complementasse a representação regular porparte deste.

IS evidente que, como sucede em todas as le-gislaçõrs do mundo, os atos irregulares de admi-nistraçâo do pai devem ser colocados sob o mes-mo sistema que regula os do tutor, e êste, sob susregr.s de ineficácia que regudam os atos irregula-res do representante de terceiro, sem podêres derepresenta-ão.

3, — Ê interessante, porém, verificar a manei-ra pela qual o anteprojeto de Código Civil veioregular a questão dos podêres de representaçãodo pai.

Suriprè_nd_rit-mènte, o anteprojeto, SUPRI-MIU TODAS AS RESTRIÇÕES A ESSES PODE-RES.

Limitou-se éle a, no Art. 251, conferir ao pai•em relação aos filhes, o direito de os representarcu assistir nos atos da vida civil, conforme, foremabsoluta ou relativamente incapazes.

Não determina a menor restrição a esses pode-res de representação e assistência, que não se en-contram submetidos ao menor controle judicial,quanto aos pó deres de administração, a não serquando ha ia colizão de interesses entre pai e íi-lho.

Nem mesmo, como no Código suíço, veda a,prática de atos gratuitos, ou submete o pai à in-fcervenção judicial para lhe Impor as regras da tu-tela ou curador ao íilho.

O próprio direito romano, com sua noção ar-bitrária de pátrio poder, firmou a regra de que opai não poderia alienar os "bens adventícios" dofilho sem o consentimento do íilho, a quem cabe-ria o direito de reivindicar do comprador os bensvendidos irregularmente (Código 6, 60, lei).

Essa norma foi conservada na tradição do nos-so direito, donde passou para o Código Civil (Ord.í, 88, 6; Lafaiete § 116) e todas as legislações mo-dernas equiparam a. administração do pai ou detutor (vide nosso trabalho O Poder de adminis-tração do Pai cm Face do Anteprojeto de CódigoCivil, que íoi publicado pelo Correio da Manhãde 27-9-64, donde íoi transcrito pela revista por-tuguêsa Boletim do Ministério de Justiça, de Ju-lho de 1965, pág. 313).

Parece evidente a necessidade de corrigirmoso anteprojeto, restabelecendo a tradição do nossodireito sobre a restrição aos podêres de adminis-tração do pai. e analisando-os à luz do conceito daineficácia, conforme o íêz o Código Civil Alemão,no seu Art. 1 643.

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AgendaPAGAMENTOS — A Secretaria de Fi-riatiçns pngn hoje as servidores do lo-te 9.NAVIOS — Estão sendo aguardadoshoje, na Guanabara, os seguintes:Ruys, holandês, do Japão, Hong-Kong, Malaia e África, para Monto-vldéu e Buenos Aires. Cargueiros: doNorte, Cap. Boiiavlsta e K II K ; doSul, Nnpal Ilex, Homero e Cabo San-ta Marta.TRENS — A propósito da alteração cmvários horários, que entrarão em vigora. partir do dia 15, convém salientarque nos ramais de Mangaratiba, SantaRita de Jacutinga e Piquete, continua-rão vigorando as atuais horário.. **?Várias estações do ramal de Minas Ge-rals passaram á categoria de "Para-das". Entre outras estão as seguintes-Cotegipe, Cedofeita, Venceslau BrásFernandes Pinheiro, Serraria e KochaDias.TALÕES — A Secretaria de Finançascomunica que foram excluídos do sor-teio do dia 11, da série B, os certifica-dos seguintes': 094 749, 094 750 097 21510S 878, 108 879, 106 889,

' 108 029'118 029. 128 029. 138 029, 148 oV158 029

198 029,210 432,222 670,237 382,250 432.262 670,277 382,290 432,452 423,510 652,550 652.590 652,623,677.663 677,708 049,793 189,889 227,899 227,933 514,

168 029,200 432,212 670,227 382,240 432,252 670,267 382,280 432,292 670,462 423,520 652,560 652,600 620,

633 677,673 677,763 189,859 227.893 296,903 459,987 899.

178 029,202 670,217 382,230 432,242 670,257 382,270 432,282 670,297 382,500 000,530 652,570 652,603 677,643 677,633 677,773 189,869 227,893 297,963 514.

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. 232 670,247 382,260 432,272 670,287 382,403 930,500 652,540 652,580 652,613 677,653 677,693 677,783 189,879 227,893 298,973 514,

COMÉRCIO — Amanhã, véspera doDia das Mães, o comércio no Rio fun-clonará até às 18h30m. A informaçãoé_ do Clube dos Diretores Lojistas.FESTAS — o Amparo Teresa Crisíi-na, na Rua Magalhães Castro, 201,programou para domingo, Dia dasMães, uma festa, com números de de-clamação e canções folclóricas, com acolaboração da cantora Maria SílviaPinto. **•* A Escola do Lions Clube naAvenida Epitácio Pessoa, 1 264 pro-move hoje, às 10 horas, a festa do Diadas Mães. •.*.? o Clube Sírio e Liba-nes festeja domingo, o Dia das Mãescom apresentação do bailei da profes-sôra Noêmia Edelman. **'» a EscolaBíblica do Ar, -programa evangélico deâmbito nacional, comemorando o seu16.° aniversário de irradiações da Pa-lavra de Deus, realizará amanhã, ás 19horas, na Escola Nacional de Música àRua, do Passeio. 98, um programa fes-Sí?íS,°J?2 entradit f rança. Bo._.público.EMPRÉSTIMOS - O IPEG pag"a

"hó-je, das lliiS.m às 16h30m, as propôs-tas seguintes de empréstimos: comumCOdigo 20. pedidos 8 529, 8 530 8 5328 533 a 8 535. 8 537 a 8 542 8 544'8 546 a 8 548, 8 551 a 8 556, 8 559'8 561 a 8 595. 8 597, 8 600 a 8 623'8 627, 8 631, 8 633, 8 647 a 8 649 8 651a 8 653. 8 655, 8 657 a 8 659, 8 661 a8 663, 8 665 a 8 670, 8 672 a 8 6878 690 a 8 699. Prioridade, de acõrdôcom a portaria 34, pedidos 50 25850 259, 50 261, 50 262 e 50 263. Códi-go 23, contratados com mais de 12contribuições, pedidos 213 a 221 Có-digo 25, IPEG, pedidos 159 e 160. Èmer-gència, código 31, pedidos 4 551 a 4 6994 700 a 4 799. **•? Agência n.° 1 ACampo Grande, Rua do Pedrito, s/nCódigo 20, pedidos 101 019 e 101 02o'Referencia, código 31, pedidos 102 051102 053 a 102 099. »•> Agência n.° 3 —!Bonsucesso. Praça das Nações. 22 co-muni. ¦ código 20, pedidos 301 100 a301 103, 301 106 a 301 118, 301 l->i301 123 a 301 125. Emergência, código31. pedidos 301 100 a ~"l 151. *<"> Agên-cia n.°. 5 — Bento Ribeiro. Rua Frede-rico Méier, 22-A, emergência, código31, pedidos 500 551 a 500 599. **» Agên-cia n.» 7 - Méier. Rua FredericoMeier, 22-A, comum, código 20 pedi-dos 700 241, 700 242. 700 244. Priori-dade de acordo com a portaria 34 ne-didos 700 030, 700 031, 700 032. Emer-gència, código 31, pedidos 701 351 a701 399. ¦¦*» As propostas chamadaspara pagamento e não procuradas den-tro de 48 horas, serão definitivamentecanceladas.TROTE — Alunos da Faculdade Na-cional de Química, a exemplo do quefizeram seus colegas de três outrasFaculdades, transformaram seu troteem doação de sangue para os inter-nados em hospitais da SUSEME, com-parecendo em massa, na manhã deontem, ao Instituto de HematologiaArtur de Siqueira Cavalcanti.MEDICINA — Presididas pelo Dr. Jor-ge de Marsillac, o Colégio Brasileirode Cirurgiões realizará, em sua sede,na Rua Visconde Silva, 52, as seguin-tes sessões: Dia 9, às 21 horas, o Dr.Hamilton Fontoura dissertarà sobreEndoscopia Renal em Hematúria Re-nal de Causa Desconhecida, e o Pro-íessor Alberto Lima de Morais Cou-tinho, sobre Doença óssea de Rccklin-ghausen". No dia 16, às 21 horas, oDr. Jesse Teixeira (moderador) fala-rá sobre Estado Atual do TratamentoCirúrgico da Tuberculose Pulmonar;o Dr. Ronald Nyr Alonso da Costa,acerca do Estado Atual d» Tratamcn-to Cirúrgico do Câncer do Pulmão; oDr. Vital Inibassr.hy de Melo tratar:dos Aspectos da Cirurgia Torácica naCriança, e o Dr. Fernando Paulino seocupará dos Aspectos Pouco Frcqücn-les da Hérnia Hiatal.PROFESSOR — Relação dos cândida-tos classificados, na prova de Por-tugués, para seleção de professor deensino de nível médio, da Secretariade Educação: Judith Domingues Ma-rés Gonzales, José Braga Martins,Sylvia Mendonça Furtado, Nilson Sto-rino Laplana, Maria da ConceiçãoNeto Póvoa Ferreira, Maurina de Fer-rante, Ida Beatrice Lumby, Maria Au-gusta do Couto Bouças, Yeda FortesAvelar, José Mauricio Maçacenza, OI-ga Baamonde, Nisia da Silva Farriá,Ligia Conceição Figueira Dalcin, Liade Azevedo da Rocha, Luema PereiraGalvão, Maria do Céu Carvalho, Fran-cisco Magalhães, Moisés Zanolla, Jac-queline Marle Louise Legand, LuizFerrari, Suleida Pereira Rosa, Elza daSilva Portela, leda Gomes Samarco,Eliete de Carvalho Schmidt, ReginaMaria Melo Loureiro, Leda Illovltz,Bráulio Gadelha da Costa, Elza deOliveira, Shirley de Araújo, OrlandoMorgadp, Nadyr Medeiros, FrancescoLúcido, George Miguel Pereira, Lucyde Albuquerque Borges, Dilson Grassi,Dylma Bezerra, Maria Filgueiras Gon-çalves, Zailde Campello de Carvalho,Lenir Goulart dos Santos de Oliveira,Antônio Policarpo Correia, MiguelFreitas dos Santos, Teresinha Mari-nho de Albuquerque Cavalcanti, Ma-ria Nazaré Lins Soares, Amélia Bra-ga Sodré, Dyrce Firmino Pinto. Leo-ny Nogueira de Vasconcelos, Teresade Jesus Pacheco Rodrigues Velão,José Denl de Bustamante Mattos, DéaRinaldi Coelho Marques, Wanda deOliveira Gomes, Leontina de Mendon-ça Furtado da Cruz, Vera Lúcia Souza

Oliveira, Sebastião Itamar de Quei-roz, Zélla Galvão, Marilla BarrosoSalgado, Rlel Silva Tenório, DirceuCauduro Cipriano, Ivanl dos SantosGonçalves Serra, Sebastião CarvalhoRodrigues, Cidéa Gonçalves dc Andra-de, Marilene Christóvão do Nascimen-to, Marly de Almeida Thaddeu, Vai-denlra dos Santos Monteiro, José Al-ves, Hilda Fregnnghi, Sebastião daCunha e Castro Filho, João Gualber-to Carneiro Barras, Olinda Maria Ro*drigues Prata, Ester Siqueira Bezerra,Ignez de Oliveira Sobral, Armandinados Anjos Carvalho, Luiza OsórioMerthier; Ayla Adauto da Costa, Eva-ny Siciliano, Francisco José da SilvaNetto, Maria Euridcs Pitambeira deFreitas, Stella Maria Oliveira Muehl-'bauer, Antônio Nunes Malveira, OsirisCuadrat dc Souza, Horácio IgnácioNunes, Angela Maria Machado Neves,Roberto de Almeida Ferreira, Cecília,Ferreira Maciel, Marilla Dutra Valle,José Guilherme de Azevedo Leite, My-riam SanfAnna Sampaio, Marilia Ro-drigues Freitas, Jonyles CarvalhoDuarte, Mary Madalette Santana Sam-paio, Odette Corrêa Correia, Niny daAndrade e Silva, Wilmary Dias Maciel,Denise Leal, Diana Teixeira Ribeiro,Maria José Teixeira de Vasconcelos,Olani Gondim, Elza Pimentel DAnge-lo, Nilza Braida de Abreu, Norma Ci-nelli Brault, José Cirilo Silvestre, RuiDiniz, Rosalba Lourençoni Dessimoni,Marilena Soares Reis, Wilma Mou-chaluat. Cléa Feio Fritzsche, Irapuanda Fonseca Cardoso, Júlio HyginoMarques de Oliveira, Adair da SilveiraLouro, Victoria Regia de Lima, Regi-na Coeli Saraiva Alves, Maria da Apa-recida Meireles de Pinilla, Christinade Souza Lima, Lindemberg Leite, Sô-nia Vannier. Zenilda Lopes de Siquei-ra, Maria Auri Xavier Lucas. AlaydeDuarte de Abreu, Arleyde Maria Bap-tista da Silva. Rcsária Pontes da Cos-ta, Anna Maria Rocha Potyguara,Sérgio da Silva Vieira, Carolina Duar-te dos Santos, Vilma Nunes Tavaresde Carvalho, Myriám Pereira de Oli-veira, Dyrce Miranda Guimarães Tos-tes Malta, Edson Alvares Gomes, Do-ra Figueira Loca relli, Paulo César Bar-reira. Maria Estella Duque Dutra,Glória Cosia Marques D'Oiiveira, AnnaMaria Zamitli Garcia, Maria AdíliaPestana de Aguiar Silva, Iva Concei-ção de Almeida, Ademar Sodoma daFonseca Teixeira, Ederlinda SerpaBarroso, Thereza Maria Pimentel Vaz,Lupércia de Andrade Carvalho, Mariada Penha Coelho Valentim, Maria Ali-ce de Mendonça, Maria Helena Sal-cedo da Matta, Dilza Alves Veloso deCastro, Lourdes Regina FerreiraCutbrod, Marilene Klein, BiagginaNovello, Antônio Roberto Mattos Ca-patáo, Geraldo Afonso Pimentel Pe-reira de Araújo, Amauri Teixeira deCarvalho, Maria Thais Robbe, MariaRegina Araújo, Marilia Mota Sarden-berg, Graciete de Paula Góes, VeraMaria de Lyra Vaz, Sônia Maria Va-lença da Cruz Rangel. Lúcia RoussetVelho, Sirley de Barros Lobo, Isabelde Freitas, Maria Albertina Anacho-reta Amazonas. Ivan Augusto Taveira,Noema Lobo de Miranda. Latércia Fer-raz Barbosa, Alice Rocha Moreira,Sônia Ezwarcberg Rubinstein, LuizCarlos Lopes de Mello. Silvana Tellesde Almeida, Wilma Cardoso Gonçal-ves Rosas, Fernando Antônio Bello,Diva Arantes da Costa, Regina Fáti-ma Vasconcelos de Carvalho, LuizaMaria Baptista Pereira, José Pires daSilva, Beny Bueno Vieira, Maria He-lena Gomes, Dulce Mendes, Maria An-diara Fonseca do Carmo. Euze daCunlia Malheiros, Eclla Carmen doAmaral Pimenta Puretz, Luiz CarlosStamato Marcellino de Carvalho, Ma-ria da Glória Marcondes Machado,Valdete Pinheiro Santos, José de Sou-za Rodrigues. Maria Lúcia SampaioSuppo, Rachel Zetune, Eneida Macha-do Costa, Marilia Fonseca de PaivaEly Santos Teixeira de Mello, Marle-ne Miragaya Villas, Terezinha de Je-sus Moreira Augusto do Nascimento,Albanita de Barros Costa, Maria daGlória Nogueira, Elisabeth SampaioFerraz. Adelmary Araújo Lima, Re-gina Maria de Andrade, Jane RangelPinto, Eunice Alves da Silva, LeniraPereira Pinto Alcure. Enéa Bacarini,Maria Lúcia de Figueiredo Pitta, e Ja-ne Maria Baptista.CRIANÇA — A limpeza diária do cor-po com água e sabonete é medida dohigiene das mais necessárias a todomundo. Ela nos defende de muitasdoenças. A falta de higiene do corpo,das roupas e da habitação podo pro-vocar infecções da pele, como a sar-na, e muitas outras moléstias. Por-tanto, quem não quiser ver os filhosdoentes deve habituá-los ao banhodiário, dosde pequeninos, ensinan-do-os bem cedo a se lavar sozinhos,a usar o sabonete e. a enxugar bemos órgãos genitais, os ouvidos, os de-dos dos pés. Aos 5 anos as criançasjá devem saber banhar-se sozinhas,sem auxílio de ninguém, usando £ò-mente sabonete, porque o sabão, con-tendo muita potassa, torna-se irritan-te para a pele das crianças, sobretudodas pequeninas. Não há uma horapreferencial para o banho das crian-ças. Contudo recomenda-se o banhoà tá*rde, porque durante o dia, nosseus brinquedos, as crianças costu-mam-se sujar e suar, necessitandoportanto de banho para depois janta-rem e irem para a cama.DECRETOS — O Presidente da Re-pública assinou os seguintes decretos:Nomeando, juiz efetivo e juiz substi-tuto, da classe de juristas, do Tribu-nal Regional Eleitoral do Estado doRio, os bacharéis Jorge Cortes Sndere Maurício Ruas Pereira; roncedendoexoneração de Diretor-Geral do De-partamento Nacional de ObrnS Con»tra as Secas, ao Major EngenheiroStanlel Fortes Batista; extinguindoos consulados honorários do Brasil emWilmington e Merchead City, Caro-Una do Norte, Estados Unidos daAmérica; concedendo à Frota Comer-ciai Marítima e de Cabotagem doBrasil S.A. — FROCAR — com sedena Guanabara, autorização para íun-

,clonar como empresa de navegação dacabotagem; dando a denominação déColégio Agrícola Alvaro Navarro Ra-mos ao Colégio Agrícola de Catu, Es-tado da Bahia; outorgando concessãopara distribuírem energia elétrica, emSerra Branca e Pitimbu, Paraíba, âSociedade Anônima de Eletrificaçãoda Paraíba; em Surubim, PE, ao De-partamento de Águas e Energia dóEstado de Pernambuco; e, em Tenen-te Portela, RS, à Companhia Esta-dual de Energia Elétrica do Rio Gran-de do Sul; transferindo para as Cen-trais Elétricas de Goiás S.A. a con-cessão para produzir e distribuir ener-gia elétrica em Uruaçu, GO. de queé titular a Força e Luz de UruçuS.A.; outorgando concessão para dis-tribuírem enerjeia elétrica, em SSo .João do Oriente, à Centrais Elétricasde Minas Gerais S.A.; cm Itatuba,Boqueirão dos Cochos, Dona In.s, Je-rico, Aguiar, Juarez Távora e Cultl-gi, Paraíba, à Sociedade Anônima deEletrificação da Paraíba; e, em Per-digão, MG, ã Centrais Elétricas deMinas Gerais; autorizando o< Depar-tamento de Águas e Energia Elétricado Estado de São Paulo a construirsistema de distribuição nos municípiosde Lavlnia e Guaracaf, SP.

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Termina, hoje, o prazo concedido pela JuntaInterventora do Sindicato dos Jornalistas Profis-yionals da Guanauana a mais do 4 mil associadosda entidade, para que comprovem o vinculo em-prcffatício com empresa jornalística, cm funciona-mento nó Estado. A relação com os números dasmatrículas dos convocados foi publicada no DiárioOficial, mas su grande maioria dos atingidos nâoconseguiu reunir a documentação necessária para,legalizar a sua situação na entidade de classe.Várias manobras estão sendo feitas por ele-mentos da diretoria deposta do sindicato, para for.

çar à renúncia a Junta Governativa designada pe-lo Ministro do Trabalho, com a finalidade de nor-malizar a vida administrativa do Sindicato dos Jor-nalistas. Como um dos líderes dessas manobrasaparece o Chefe da Asscssoitia de Imprensa do MI-nistro do Trabalho, Sr. Osvaldo Eboll, que nãoconseguiu comprovar a sua situação de jornalistaprofissional.Ao saber que a sua carteira de assessor de Im-

prensa do Ministro Peracchi Barcelos não serviapara. a comprovação de vínculo emprcgatíclo, o Sr.Osvaldo Éboli exibiu a carteira profissional, ondehavia a anotação de emprego pela Revista Pon-Fon, que fechou há mais de quinze anos. Sua con-«lição de diretor da Rádio Mauá também não lhedá direito de pertencer aos quadros do sindicato:sua condição de diretor, com poder de admitir, de-mitlr e administrar a empresa, contraria determi-nações do próprio Ministro do Trabalho, que con-sidera o Sr. Osvaldo fcboli como empregador.Quarta-feira, o presidente da Junta Governativado sindicato; Sr. Esperidião Esper Paulo, procucouo Ministro Peracchi Barcelos para informá-lo doque estava ocorrendo o da participação do sen as-sessor em articulações com elementos da diretoriadeposta da entidade. O Ministro ficou ainda maisimpressionado quando soube que o seu assessor deimpKensa, informado da ida do jornalista Esperi-dião Esper Paulo ao Ministério e convidado a par-ticipar da reunião, para ouvir a acusação pessoal-mente, preferiu deixar de comparecer.PREVIDÊNCIA SOCIAL — As autoridades da Ar-quidiocese de São Paulo distribuíram carta-cir-cular aos párocos e superiores religiosos chaman-do a atenção para o fato de que os órgãos da Jus-tiça do Trabalho no País já condenaram multasparóquias'e ordens religiosas porque não cum-prem a legislação de providência social, inscreven-do os sacristãos como beneficiários. O Departa-mento Nacional da Previdência. Social já decidiuque os sacristães sâo empregados e estão ampa-rados pela legislação da Previdência Social.PROFESSORES — Marcada para o próximo dia 9,no Tribunal Regional do Trabalho, a audiênciados diretores do Sindicato dos Professores e re-¦picsenttxntes dos estabelecimentos de ensino, paraa apreciação do aumento de 50 por cento preten-dido pela classe.MARCENEIROS — Será mesmo em julho as elei-ções .para'a escolha, da nova Diretoria do Sindica-to dos Oficiais Marceneiros e Trabalhadores nasIndústrias de Madeiras. Até o momento, eó é co-nhecida a chapa encabeçada pelo Sr. HerondinesSaraiva, Presidente da Junta Governativa da en-tidade.TRIBUNAL DO TRABALHO — Ainda em mãosdo Ministro da Justiça a minuta do anteprojetode lei criando o Tribunal Regional do Trabalho da9." Região, com sede em Curitiba. Elaborado pe-lo Tribunal Superior do Trabalho, o anteprojetocria, ainda, mais 51 Juntas de Conciliação 6 Jul-gamento, em todo o território nacional.ACUMULAÇÃO — Funcionários do Ministério doTrabalho estão acusando o Sr. Osvaldo Sboli, As-sessor de Imprensa do Ministro Peracchi Barce-los, de acumular, ilegalmente, vários cargos. Alémdo cargo para o qual foi nomeado inicialmente, édiretor da Rádio Mauá e assessor do Ministro, re-cebendo dé três fontes.EXAMES DE EMPREGADOS — Os médicos doDepartamento Federal de Agenciaiwento de Em-pregos, de Bonn, Alemanha, examinaram desde1956, quando se iniciou a contratação de trabalha-dores estrangeiros, mais de um milhão de candi-datos de vários países. Do total, 8,5 por cento ti-nham saúde deficiente. Exame clínico geral pro-cura determinar o trabalho mais adequado paracada um, sendo o exame de raios X do pulmão omais importante. No ano passado, das 175 SOO es-trangeiros examinados, 16 900 foram rejeitados pe-lo exame de saúde e 6 300 sofriam de doenças dopulmão.REFINAÇÃO DE PETRÓLEO — Nova diretoria noSindicato dos Trabalhadores nas Indústrias deDestilaçáo e Refinação de Petróleo da Guanabarae do Estado do Rio. Os novos dirigentes: presi»dente — Lourival Coutinho: vice-presidente —João Batista de Lira; secretário — Laerte Leal, dtesoureiro — Johannes Oldenus Hans.CARTA SINDICAL — Acaba de ser editada, pelaprimeira vez, na América do Sul, uma carta sin-dlcal, com informações de todo o mundo sobratrabalho, sindicalismo, Previdência Social e. Justi-ça do Trabalho. A Carta, lançada a 2 de maio pe-lo Boletim Cambial repercutiu até no exterior. Doum modo geral, foi bem recebida pelos dirigentessindicais dos trabalhadores, que, há muito, se res-sentiam de uma publicação como a que acaba daser lançada.ESTUDOS TRABALHISTAS — O Comitê Diretl-vo da Universidade de Rutgers, em New Bruswich,Nova Jersey, EUA, acaba de instituir um novograu — o de bacharel em estudos trabalhistas —•,que será outorgado tão logo se forme a primeiraturma. O curso provera os alunos de meios paraprosseguir as suas atividades em outros setores.Representantes de sindicatos norte-americanos ío-ram convidados para assistir às aulas.MAO-DE-OBRA — Aumento da mão-de-obra, emSáo Paulo, nos últimos vinte anos (1946-1966)1mecânica e material elétrico — 488,4 por cento};produtos químicos e farmacêuticos — 287,1 porcento; construção e mobiliário — 164,5 por centoualimentação — 155,3 por cento, e fiação e tecela-gem — 118,2 por cento. \IAPI —, O Presidente do Instituto dos Industria»rios, Sr. Jorge Medeiros, esteve duas vezes em Bra»silia, esta semana, na tentativa de encontrar umasolução para a venda aos atuais moradores dosimóveis pertencentes àquela autarquia. Detalhesestão provocando o atraso na elaboração das es-cri tur as.

PAGAMENTO ATRASADO — Os contínuos doGabinete do Ministro do Trabalho estão, há qua»tro meses, sem receber a gratificação a que têmdireito. O Chefe de Gabinete do Ministro alegaqus a verba existente, para pagamento das gratl»íicações, é ilegal. O que o Sr. Armando de Assisnão disse é que a mesma verba ilegal está tervin-do para pagar as gratificações aos altos funciona-rios do Gabinete. Os contínuos têm direito à gra»tiflcação porque trabalham além do horário nor»mal, aos sábados, domingos e feriados.

"a?~-'-;~;?;?iT?.'v?s?

6 — CLASSIFICADOS — Jornal do Brasil, 6.°-feira í-5-66 • UTILIDADES DOMÉSTICAS • DIVERSOS • ESPORTES E EMBARCAÇÕES ° ANIMAIS E AGRICULTURA

íoroscopoPiof. MAZURKA

Se tiver algum negócio puraresolver aproveite, o dia do hojeú muito bom. Favorável tam-bem para fazer visitas.

Capricórnio (21-12 a 20-1) — A prudência muito oajudará durante este din, isto com relação a suavida profissional. Já no amor as possibilidadesserão mais favoráveis.

Aquário (21-1 a 20-2) — Coloque suas obrigaçõesem primeiro plano se quiser colher alguma coisade útil no decorrer do dia. •

Peixes (21-2 a 20-3) — O dia é bom para planejare tratar de assuntos referentes ao coraçfto.

Aries (21-3 a 20-4) — Náo se desespere se Tór pre-ciso recorrer a terceiros para realizar algum pia-no, ou mesmo assunto de coração.

Touro (21-4 a 20-5) — Faça, tudo com o máximocuidado, as influências deste dia não são muitoboas.

Gêmeos (21-5 a 20-11) — Bom humor para, reali-zaçõès é o que. os ostros recomendam para você du-ranto. este dia.

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Rio, abril de 1966A Diretoria

Câncer (21-lias iniciativasoposto.

a 20-7) -e trocar

- O dia é muito bom paracarta com pessoa do sexo

Leão (21-7 a 20-8) — Muito bom pa.ra fazer visitaa parentes e realizar negócios inacabados. Sere-nidade nos atos com pessoas de sexo oposto.

Virgem (21-8 a 20-ü) — Evite recomeçar roman-ces e fazer viagens cie percursos longos. Quantoà-s obrigações na vida profissional, procure tê-lassempre em dia.

libra (21-9 a 20-10)'— Poderá surgir algum nego-cio novo e com grandes vantagens; se isto acon-tecer, procure aproveitar o máximo que puder.

Escorpião (21-10 a 20-11) — Só obterá bons re-sultados nos seus planos se agir com honestidade etolerância.

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA dos CONDÔMINOSrealizada em 3 cie maio anclante deliberou a convocação de

uma Assembléia Gemi Extraordinária cie todos os condôminos

para 19 (dezenove) do mês corrente às 20:30 horas em 1.° e

òs 21 (vinte e uma) horas em 2." convenção, no ap. 501

(moradia do sindico) para deliberar sobre o seguinte: a) Pro-

posla de venda do terraço do edifício; b) Reparação das írt-

chadas; c) Reforma dos elevadores; d) Eleição dc novo Sindico;

e) Assuntos gerais.Rio, 5.° feira 5 dc maio dc 1966

«ss.) ZULMIRA TEIXEIRA DIAS DE OLIVEIRA (Síndico)(P

ATENÇÃO — Ccmpram-se moveisusado*, dermitóries, salas do lati;¦tar, Chipendale, maciças, folhoa-cas, caviúna, pau marfim; Atendo-ju em qualquer bairro, rápido,polo tol. 4M538.MENÇÃO — Vendo para desocupar lugar, urgente, dormitórioChipendale em perfeito estado, etambém uma sala de iantar comtampo dc vidro 6m. Rua Aristidesl6bo n. 128,Ã PARTICULAR - Compro paramou uso, dormitório o sala de\in\wt modiífiion ou Chipeiid.ilt,boniproço. T«U- __8-.0I*?jATENÇÃO — Compro moveis dotodo estilo, pago alto preço —chamar Sr.. Sousa, Avenida Ed-ciar Romero 591, Madureira.

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Ficam convidados os Senhores Con-dominós do Edifício Coelho Netto, sito àRua Paissandu n.° 406 — Laranjeiras, parase reunirem no dia 13 de maio de 196ó,às 20 horas em 1° convocação e às 20,30horas em 2.° convocação para delibera-rem sobre a seguinte ordem do dia:

a) Orçamento para 1966b) Assuntos geraisRio de Janeiro, 4 de maio de 1966.João Carlos Pessoa de Oliveira

Síndico

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data.Rio de Janeiro, 5 de maio de 1966.

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ftno.sos músicos fazem lembrar uma idade de ou-ro, além das suas amizades com os principaismúsicos da atualidade. Nisso parece estar paten-te um vivo exemplo do espírito de .juventude emúsica zombando dos anos. Slr Robert e I-adyMayer fundaram o seu movimento em 1923 mo-vidos simplesmente pelo amor a música, contri-buindo com seus próprios recursos, Inspiradospelos efeitos dignificantes da boa música sobre amente humana, e decididos a propagar 6.sses efei-tos entre os mais Impressionáveis, a juventudeda nação. O movimento tomou a forma atual apartir de 1954. Desde então vem se expandindocontinuamente. Clubes de juventude, escolas, fa-culdades e os jovens empregados na indústria eno comércio descobriram que filiar-se' a esse mo-vimento significava a possibilidade de apreciar,a um pequeno custo previamente estabelecido, as .melhores obras musicais do mundo. Tornava pos-aivel assistir produções e apresentações por ce-lebridades internacionais e pelas melhores or-(juestras da Grã-Bretanta. A dpera foi a chave,mágica. Na primeira, série de apresentações ré- .sultante do acordo entre a Juventude e Música deLondres com o famoso Teatro 'de Sadlor Wells cm1960, 90 por cento do auditório nunca tinha assisti- ,cio a' uma. ópera. Hoje há jovens adeptos dc Juven-tude e Música em todo.o pais. Somente em Londreshá 10 000, dos quais 55"~pot--cento são oriundos de.escolas locais, 25 por cento de faculdades, e 20 porcento da indústria, do comércio c de outras fon-tes. Orquestras de jovens da Juventude e Músi-sa fazem apresentações em público na Grã-Bretanha e, por conta própria ou por acordos,no exterior também.NOVA TÉCNICA DE CULTIVO ELIMINA A RA-DURA — A necessidade de arar a terra é elimi-nada e o plantio acelerado por uma nova técnicacriada conjuntamente por duas companhias bri-tánicas e que permite que as operações de cultivoe semeadura de certas culturas sejam realizadassimultaneamente. O campo é. primeiro, pulveriza- .do com um herbicida, de sete a 14 dias antes dasemeadura. O herbicida torna-se inativo em con-tato com o solo, depois de suprimir ervas dani-nhas, ao matar todas as ervas existentes acima dasuperfície. Uma. máquina, especialmente projeta-da é então usada, para abrir estreitos sulcos no so-lo e, ao mesmo tempo, espalhar sementes pelossulcos e cobrir estes de terra. A máquina abre15 sulcos contínuos, que variam de profundidadee largura, de acordo com o tipo da semente plan-tada. O efeito da operação é plantar sementes empouca, profundidade, com a menor perturbaçãopossível para o solo e com a terra utilizada redu-zida a uma fração da quantidade necessária nocultivo convencional. Outras vantagens apontadas .'na nova técnica são a capacidade de penetrar nomais duro solo e de semear terra normalmentevista como imprópria para aradura. A perda deumidade do solo é reduzida, e evitada a erosão,enquanto as culturas de inverno são protegidas degeadas pela neve que fica depositada em restosdeixados pela operação de liquidação das ervas da- .ninhas. A máquina de semeadura e cultivo pode •ser usada com tratores de mais de 40 HP. A má-quina, chamada "Rotaseeder", é produzida pelafirma. Howard Rotavapor Co. Ltd., de West Horn-don. Essex. Inglaterra, e o herbicida Gr&moxona .W, pela Plant Protection Ltd., de Yalding Kent,e subsidiária da Imperial Chemical Industries.DISCUSSÕES INTERNACIONAIS SOBRE REA-TORES DE ALTA TEMPERATURA — Discus-soes internacionais sobre a família dos reatores doalta temperatura, que funcionam no nível dô 1000graus- centígrados, serão realizadas em Londres nosdias 23 e 24 de maio próximos. O conclave íoi or-canizado pela Sociedade Britânica de Energia Nu-clear • pela Sociedade de Cooperação Econômicano Desenvolvimento do Reator Dragon, de altatemperatura. O simpósio será dedicado especial-mente a discussões desse reator. A sua Importân-cia reside principalmente na capacidade de con-verter o tório, elemento relativamente abundante,em urânio-233. Os técnicos do Projeto Dragon, queFe desenvolve em Winírith Heath, no sudoeste daTr.oiater.va. contribuirão com 17 trabalhos.prepa-rados pelo seu estaíe multi-nacional. Três outrosserão apresentados por cientistas da K*_»»1™Federal Alemã; Os Estados Unidos submeterão doisesiudos. ambos redigidos pela. Divisão Atômica, da

íKwSS aWi^a VOLANTE - A So-ciedade Nacional Air France preocupou-se em oi-

g-anlzar a participação dos jovens france.es emuma exposição internacional de de senhos

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HOVERCRAFT PODERÁ SER USADO COMOESCALER — O Hovercraít, veiculo de invençãobritânica que pode locomover-se na terra ou nomar sobre um colchão de ar comprimido, estasendo usado em número cada vez maior como na-vio de passageiros entre portos marítimos e es-tudos estão sendo feitos no momento no .«sentidode empregá-lo numa versão de trem sem trilho.Suas possibilidades de salvar vidas em águas cos-teiras é alvo de testes por parte da Real Institui-ção Nacional de Escaleres. Testado em ventos de35 nós ao largo de Ponsmouth na costa sul daInglaterra, o primeiro -Hoverlifeboat — Escalei-Hovercraít — "reagiu esplendidamente às con-dições" segundo as palavras de um representanteda referida Instituição, presente aos testes. Seisrepresentantes dessa Instituição tomaram partenos testes. Viajando sobre o mar, o Hovercrafivoa logo acima da superfície, transportando pas-sageiros de acordo com o seu tamanho e capaci-dade, vindo finalmente a repousar na água. Nes-tes testes os resultados foram bons apesar das on-das de 1,80 m de altura. Isso representa condiçõesdifíceis, embora não tão severas como aquelas emque os barcos de salvamento costumam operar aolargo das costas britânicas. No Hovercraít, o mo-do de socorrer e trazer os náufragos e feito por

. intermédio de uma rampa na proa- que é ai-riada.O piloto do Hoverlifeboat Comandante TonyWickstead, o Subinspetor Chefe de Escaleres dareferida Instituição, teve que tirar um curso deinstrução de algumas semanas de duração a fimde se habilitar à licença do Conselho de RegistroAéreo para pilotar Hovercraf ts. Êle tirou esses cur-sos sob a orientação do Chefe de Pilotos de Tes-te de Hovercraít, em Cowes, Comandante PeterLamb. Os testes, que continuam sendo efetuados,constataram que o Hovercraít tem uma impor-tância potencial no salvamento de vidas e de

. grande valor imediato nas operações em estuá-rios e bancos de lama não só na Grã-Bretanha

•como também em outros paises. Porta-voz daWestland Aircraft Ltd., fabricante deste revolucionário veiculo, informou que a Real Institui-ção Nacional de Escaleres estava muito interes-sada no Hovercraít de série dc sete tonelada."sendo o seu custo de cerca de 75 000 libras es-terliiias' Um porta-voz da Instituição' que esta-va presente aos testes informou que a organiza-ção vem experimentando meios de salvamento devidas desde que íoi fundada, e que a MarinhaReal e helicópteros da RAP tinham papel impor-tante nos serviços de salvamento nas costas daGrã-Bretanha- Se os Hovercraíts viessem de ia-to a serem usados para esses fins, surgiria a quês-tão, continuou o porta-voz, se seria necessáriouma organização distinta. Todo piloto de Hovercraft tem que ser treinado dentro dos padrõesexigidos pelo Conselho de Registro Aéreo a fimde obter a sua habilitação.JOVENS MÚSICOS ATUARAM EM PARIS —Uma organização que está obtendo grande suces-so, Juventude e Musica existepara propagar eencorajar o gosto pela musica entre os jovens emtoda a Grã-Bretanha, e empresta a sua coopera-ção a entidades no estrangeiro que têm esses mes-mos propósitos Todo ano um grupo de rapazes emocas especialmente escolhidos dentre os prin-cipais conservatórios de música da Grã-Bretanhasão enviados às cidades principais da Europa pa-ra tomarem parte no congresso anual da Federa-ção Internacional de Jovens Músicos que este anocomemorou o seu vigésimo aniversário em Parisdtirante a Semana Santa. O programa do congres-so incluiu recepções e discussões sobre educaçãomusical e à noite bailet e música.assim como au-dièncias e oportunidades para jovens, músicosAlém dos representantes oficiais e extraoficiaisfôz parte também de Juventude e Música, emParis, um grupo de doze jovens músicos escolhidos por seus próprios conservatórios para tomaremparte na orquestra da Federação Internacional

no fim desse mês, e cujo tema será o transport8 r6As

crianças de menos de quinze anos da, Es-cola do Museu de Artes Decorativas trabalhai am

para. essa exposição, « as obras realizadas íoramexibidas, antes de serem expedidas, no hall da es-tação aérea dos Inválidos. •„_._,-_. vlMATERIAL AUDIOVISUAL NO SALÃO DA VI-DA COLETIVA — Uma importantíssima seção aematerial audiovisual figurará no Salão da VidaColetiva que se realizará em Paris, dc 19 a 23 demaio próximo, nó Rond-Polnt de Ia Défense. O

público poderá constatar o grande interesse queoferece esse material no setor da educação. Siste-ma de televisão em circuito fechado o laboratóriode línguas, máquinas de ensinar, material dereprodução equipamentos de projeção, constituemelementos que se encontram, atualmente, ca da-¦¦vez mais Integrados em uma pedagogia em plenamutação. O extraordinário acumulo dos efetivosc-cclares transtornou totalmente as condições ao •:

ensino na França contemporânea.O material que será exposto brevemente, com

a. participação de 37 firmas distintas, alcança naosomente

"os educadores, como também todos aque-

les que se mostram interessados nos novos modos

MARTYRIUM EM MARSELHA - O Sr. Fernand ,B-noit, membro do Instituto e chefe da circunscri-ção arqueológica de Provença, féz a academia dasinscrições e belas-letras, uma comunicação sobre omartyrium rupestre descoberto por ocasião das re-centes sondagens que se realizaram nas criptas daabadia Saint-Victor em Marselha-. :

Ê=se martvrium, cavado no rochedo, esta si-tuado sob o lajeamento moderno da Capela Notre-' Dame-de-Confesslon. O túmulo, dividido em dote.continha ainda dois esqueletos de santos ou^mar-tires inumados. Também foram encontradasmoedas dos séculos IV e V, bem como um grande,-bronze do Imperador Décio.JAZIDA DE OLARIA GALO-ROMANA EM AR-GENTAN — No.curso das obras efetuadas em Ar- -

e-n-an, foram descobertos ricos trabalhos em ter- -

rãcõta. Tratava-se de fato de pedaços de olaria

gal0Os°nfragmentos identificados datam, conforme!.atestou o inspetor dos serviços arqueológicos pro- .vàvelmente do l.-> século da nossa era. Foiam de--

positados na Faculdade e no Museu de Caen.

FalecimentosF-iLECERAM NO RIO: Elisa Ramalho Ortigão, v

Joaquim Martins Torres. Raul de Castro Lima,Editar Alves Martins, Gullhermina Duarte Ta-ala Maria da Silva. Ana Cristina de Jesus Pon-tes Jc*é Carlos Inácio, Jair Magalhães, João.-Evaristo de Lima. Maria de Lourdes Guimarães.Meri Leocádio Ferreira. Sebastião Ariano de Mo- ;raes, Antônio de Almeida Santos, Manoel Antu- .nes, Edsom Cruz, Aureliano Santos Lima, Eduar- ,do Varela, Francisca da Conceição Fonseca. JoséLopes, Elisa dos Santos, Gilberto de OUveira Pin-to. Aristides Vaz Machado. Mana José Pinto,,Manoel Antônio Barreto, Evelina Cezario da Cruz, -Sebastião Umbelino, Marlene da Coícelçao Silya, .Maria Cristina Leandro Tavares, Miguel Gomesda Costa, Manoel da Cruz, José Luiz Fernandes, ,Álvaro Vieira Lisboa, Manoel Dlas.Vieira, Gil-,mar dos Santos, lima Ferreira do Vale, Manoel .Baltazar de Souza, Vanderlina Jamane. GU An- .t&o **MISSAS DE 7." DIA — HOJE: Byrd Mexas Cor-rela às 7 horas, Igreja de Santa Terezinha; Ero-thilde Costa Muller, ãs 90h30m, Igreja de Nossa ..Senhora do Carmo; Álvaro Paes de Barros, asllh30m. Igreja de Nossa Senhora do Rosário;Clara AméHa Diniz Santoro, as 9 horas, Igrejade São Francisco de Paula.

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AERONÁUTICAATOS DO MINISTRO — Pelo Ministro EduardoGomes íoram assinndas portarias de designação doTen. Cel. Av. Valdir de Vasconcelos, para as iun-ções de Instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior; e de transterència do Maj. Av. Jaime Mar-tlns, da Diretoria de Engenharia para a de RotasAéreas; do Maj. Av. Antônio Cláudio da CunhaNoronha, do Parque dos Aíonsos para a Base Ae-re» dos Âíonsos; e do Maj. Av. José Rui Alvares,do Grupo de Transporte Especial para o Parque

SERVIÇOS DE REEMBOLSÁVEL - O Ministroda Aeronáutica, em aviso ao Olretor-Oeral de In-tendência e ao Comandante da 6.» Zona Aérea, au-SoS efuncionamento, a titulo precário de_ umserviço reembolsável, em Brasília, até serem cria-doTos Reembolsáveis das zonas aéreas. O órg&oreembolsável de Brasília ílcará técnica e *dmlnís-trfttvamente subordinado à Diretoria Geral de In-fendênda da Aeronáutica e disciplinarmente aocomandante da 6.» Zona Aérea. Autorizou, igual-mente a ativaçáo do Reembolsável orgânico doSeleci^nto de Intendência da 2.» Zona Aérea,destinado7%atender à guarniçfto da Aeronáuticano Se. O diretor de Intendência e o coman-dante da 2.» Zona Aérea íoram autorizados a pro-ver os meios necessários ao funcionamento do ser-viço reembolsável.

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citado Estágio, sob a dlreçSo úo EM do OT-cleo e do Centro de Instrução Especializada A-.ro-terrestre, tem como mstruendos os so da os qua-liílcados em cada Turno como pára-quedistas ml-litares em número de 480 aproximadamente

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Comando e Guerra na Selva, auxiliados porúK-sos sargentos das mesmas especializações. O pre-sente estágio tem-se constituído no ponto al oda íoi-maçào do pàfa-quedista mfllte; pol* «e«emitirá a Divisão Aeroterrestre operar em qual-aponto do Território Nacional, contra qualquer?ipo de operação militar, inclusive contra guerri-lhas e outros tipos de guerra irregular: No estágioem tela são ministrados conhecimentos> m iu»ega-cão noturna e diurna através da Selva, Som ev.-vtoeta m Selva, Suprimento Aéreo e Evacuaçãode Feridos, combate na Selva, combate em monta-nha. tiro, patrulha t Fuga e Evasão, dentro ícastécnicas mais modernas em eqiüpamentos.^cUspara operações de tal natureza. Comanda a Divisãoo General João Dutra Castilho.POSSE — Substituiu o General Henrique Carlosde Assunção Cardoso no comando da A .D.oa.6.R M e 5 * D. I. o General José de Anchieta F«z,em cerimônia presidida pelo General Artur DuarteCandal da Fonseca, cmt daquela Região e Gu.ar-jlição dos Estados do Paraná e Santa^arina.

O Comandante do Colégio Militar do Rio deJaneiro convida as famílias dai alunas, os ex-fllu-nos colégios, associações, clubes, grêmios, etc-, quetêm intercâmbio com o Colégio, para as restjyicia-des do 77-" aniversário qus transcorrerá a 6 de maioe se iniciarão às 8 horas.FOSSE — Por ter sido classificado no RegimentoEscola de Infantaria, de onde partira para SaoDomingos, deixou o comando do 1.» Batalhão dePolicia do Exército o tenente corçtnal José MariaCovas Pereira. Assumiu o comando daquela unida-de. interinamente, o major Mário Pitaluga. .PRAZO — A Biblioteca do Exército informou ou-tem que manterá até 31 de agosto vindouro ot>raa> de inscrição dos interessados nos PrêmiosCulturais Tasso Fragoso e Pandiá Calogeras.INSPEÇÃO Prossegulndo em seu plano aeinspeção àa instalações do'Serviço de Veterinária,o general Osvaldo Castro inspecionará os elemen-tos daquele serviço sediados na"guarnlção de Junde Fora, Lafayete. Três Corações í Pouso Alegre.INFORMAÇÃO — O comandante da' Escala deArtilharia de Costa e Antiaérea informa aos ór-b&os de direção e auxiliares das Forças Operativas,órgãos territoriais, unidades administrativas, esta-belecimentos e repartições das Forças Armadas eAuxillaTes, que o novo estabelecimento de ensinoestará em funcionamento, durante o corrente ano,no aouartelamento da extinta Escola de DefesaAntiaérea, na Estrada General Benedito da Sil-veira, »|n, em Colina Longa, Deodoro, Rio.

MARINHASOARES DUTRA ABASTECE BELÉM DE AÇÚ-CAR — A Força de Transporte da Marinha, aten-dendo solicitação do Instituto do Açúcar e do Al-cool que recebera apelo do Governador do Parano sentido de apressar a remessa de açúcar parao Estado, cujo abastecimento vem sendo feito comdeficiência, fêz embarcar no Soares Dutra, no Põr-to do Recife, cinco mil saeas de açúcar que serãotransportados para Belém. „„„..CENTRO DE ESPORTES DA MARINHA — Emcumprimento ao programa do Calendário Espor-tivo do Centro de Esportes da Marinha, realizou-se no dia 25/4/1966, o Campeonato de Judô parapraças, observando-se o seguinte resultado: Cate-goria de Leves: 1.° lugar — CB-OS — Osni Fer-nando Bonatelli (CAAML); Categoria de Médios:1.° lugar — SPC' —-Francisco Dantas da Silva(QG-CFN); Categoria de Pesados: 1.° lugar —CB-IF — Nilo Tlburtino (Presidio da Marinha):Competição por Equipes: Sagrou-se campeã aEquipe do Quartel-Geral do Corpo de FuzileirosNavais, que venceu por 3x0 a Equipe do Presidioda Marinha (Vice-campeã). Campeão Absoluto:6PC-IF — Francisco Dantas da Silva (QG-CFN).O torneio inicio de Futebol, programado ino Ca-lendário Esportivo do Centro de Esportes da Ma-rinha, realizado nos dias 27 e 28|4 teve como ven-cedora a equipe do 1.° Distrito Naval, sendo vice-campeã a equipe da Forca de Submarinos. A equi-pe do 1> Distrito Naval ficou de posse definitivado troféu Bronze Prêmio de Futebol por haver ven-vido três torneios seguidos (64, 65 e 66). No jogofinal a equipe do 1.° Distrito Naval derrotou aequipe da Força de Submarinos por 6x0. O Cam-peonato de Futebol, com doze equipes disputantes,íoi iniciado a 2 de maio com os jogos: Centro deMunição X Quartel de Marinheiros; Força de Sub-marlnos X Estação Rádio.CAPITÃO DOS PORTOS DO PARANÁ — O Pre-rtdente da República assinou decretos na Pasta daMarinha, exonerando o Capitão-de-Corveta HélioVerdussen de Andrade do cargo de Capitão dosPortos do Estado do Paraná, nomeando para o re-íerldo cargo o Capitfto-de-Corveta, Mário Glaucode Melo e Silva Conde.EXAMES DE MESTRE AMADOR — Até o dia 30do corrente estarão abertas na Capitania dos Por-tos da Guanabara e do Estado do Rio as ln:eriçõespara os próximos exames de Mestre Amador.DECRETOS — O Presidente da República assi-noú na Pasta da "Marinha os seguintes decretos:considerando Reformado, por invalides definitiva,no posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra, es Capi-tães-de-Corveta Ituriel Nascimento Pilho « LuisCarlos de Mendonça Carneiro da Cunha; no pós-to de Prlmelro-Tenentè, o 3.» SG-MO —Luizna-vio Pinheiro; Reformando,, no mesmo posto, oPrlmeiro-Tenente (FN) José Cardoso da Rocha;alterando, os decretos que Reformaram por Inva-lide» definitiva, o atual Capitão-de-Mar-e-Guerra(IM) José Cláudio da Silva e o Primelro-Tenente(TL) José Honorato da Silva.REGRESSA O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAARMADA — Após uma permanência de 15 diasnos Estados Tinidos da América, regressou ao Rioo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Amoldo Toscano. O Almirante Tos-cano, atendendo convite formulado pela MarinhaAmericana, esteve em visita às Organizações Mili-tares daquele pais amigo, e inspecionou os navios'que serão cedidos para a Marinha do Brasil.

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Correspondência: JB,Av. R. Branco, 110/3."andar, seção Ciãaãe.

A Administração XlCRional do Engenho Novo tn-fnrma que nos bairros dn llocha, Riachuelo, Sam-paio, Engenho Novo, Méier, Piedade, Todas ouSantos c Agua Sanla existem atualmente 820 va«zamentos nas ruas, cm conseqüência da entrada cmfuncionamento da nova Adutora do Guandu, cujapressão não encontra resistência no encanamentovelho, responsável pelo abastecimento domiciliar.A tendência é para aumentar o número de vaza»mentos, já que na região não existem os equipa*mentos necessários para repará-los. Os vazamen-tos provocam buracos e esses acidentes fatais. Coma palavra a Companhia de Águas e a Secretariade Viação e Obras. Buraco foi feito para tatu.

ESCOMBROS — Moradores da Rua André Ca-valcílnti, em Santa Teresa, fazem um apelo bsautoridades competentes, em especial ao Admi-nistrador Regional do Bairro, para que sejam re-movidos os escombros dos desabamentos que ío-ram provocados pela tromlm-cPágua de janeiroe que entulham aquela rua desde aquela época.Apesar dos repetidos apelos que têm feito às au-toridades, nenhuma providência foi tomada o a\

.Administração Regional continua omissa. Váriostrechos da André Cavalcanti continuam obstruí-dos por muros que ruiram e o capim já atingiumetro e meio de altura, pondo em perigo os mo-radores que são obrigados a transitar b, noite.

AGUA E AULA — O Colégio Dom João VI, naRua Darke de Matos, em Bonsucesso, está desdesexta-feira sem água e sem aula. Os pais dosalunos pedem que, ao menos, seja fornecido umcarro-pipa.

MOSQUITOS — Ninguém pode dormir nas RuasDomingos Ferreira e Santa Clara. Os mosquitosnão deixam.

LUMINOSO — Continua desligado o sinal docruzamento da Rua das Laranjeiras com a Ipi-ranga. O luminoso fora desligado para a exe-cução das obras na Rua das Laranjeiras, já ter-minadas, o que não justifica mais o seu não fun-cionamento.

PEDRA — Uma pedra de 500 toneladas está co-locando em risco centenas de moradores da RuaGoulart, Beco do Icó e adjacências.

TEMPO INTEGRAL — Há mais de um ano seaguarda com ansiedade a adoção do tempo inte-gral no Hospital dos Servidores, do Estado. A me-dida permitiria melhor escala de atendimento aossegurados, que se submetem a uma das mais lon-gas filas existentes da Previdência Social. Há.clientes que estão marcando agora consultas paraio ano que vem.

AGUA GRANDE — Moradores do Conjunto Re-Bidenolal de Agua Grande pedem providênciascontra a falta de policiamento e a desidia na con-servação do prédio da escola primária J. Carlos.Desocupados apedrejam as vidraças e pulam omuro para escrever palavras obscenas, riscar as .portas e dapredar as dependências da escola,geralmente aos domingos ou à noite.

TRANSPORTES — A linha de ônibus, 263, Cario-ca—Vila Vaiqueire, única que liga aquele bairro àCidade, dispõe apenas 10 carros para um per-curso de mais de uma hora e meia. Dado o vo-lume de passageiros, andam sempre lotados.Quando um carro engulça ou é retirado para ma-nutenção a espera na fila é interminável.

DIA DAS MÃES — A Administração Regional daLagoa festejará com missa campal, ãs 10h, do-mingo, em sua sede, na Av. Bartolomeu Mitre n."1297, o Dia das Mães, onde será homenageada aMãe do Ano da Lagoa que será escolhida entrefamílias residentes nas favelas da Região.

ACADÊMICOS — De acordo com que estava pre-visto e dentro dos planos traçados pelo Secretáriode Saúde, Dr. Hildebrando Monteiro Marinho, cêr-ca de 500 acadêmicos bolsistas de diversos hospi-tais da Guanabara já assinaram, até o momento,contrato para prestação de serviços pelo prazo deum ano,

TURISMO — O Administrador Rejjional do Co-pacabana, Sr. Júlio César Catalano, acompanhadodos Presidentes da Acisul, Lions e Rotary Clube dobahTO entregaram ao Governador Negrão de Li-ma um plano de turismo para a Zona Sul, ao mes-mo tempo que lhe solicitava a marcação de umadata para instalar a Universidade ao Ar Livre.

RECAPEAMENTO — O Administrador da Lagoainforma que dentro de mais alguns dias será ini-ciado o recapeamento da Rua Jardim Botânico,conformo promessa feita pela Usina de Asfalto.

VISTORIA — A Administração Regional da ZonaPortuária está procedendo ao levantamento de tô-da a sinalização de tráfego na região ,a fim deenviar relação ao Departamento de Trânsito dosaparelhos que necessitam reparos ou substituição.

VISITA — A Administradora da Penha, Sra. UvaTavares de Oliveira ordenou reparo das ruas e me-lhoria imediata da iluminação pública da região.

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RENAULT-ALPINE RECORDISTA — LeMans, França. (Especial) — Um Renault-Alpine, deniimero 56, estabeleceu nóvo recorde para a mar-ca na pista local, percorrendo a grando reta dofamoso circuito francês a uma velocidade médiade 265 quilômetros por hora, num dos primeirostreinos preliminares preparatórios para a grandeprova das 24 Horas de Le Mans, a ser realizadaem junho. A competição é a principal disputada,na França, sendo uma das mais difíceis da tem-porada européia, contando pontos para o Campeo-nato Mundial de Automobilismo (contagem vali-da para o certame de marcas). O piloto recordistaé Mauro Bianchi, pertencente à Escuderia Alpinede Jean Rédélé, que construiu a carroçaria do vei-culo, montando-a sóbre componentes mecânicosRenault. Impulsiona o veiculo um motor Renaultde 1 300 cc. de cilindrada. Segundo a crônica es-pecializada européia, o desempenho do veiculofrancês é um dos melhores jti observados cm LeMans. O carro, além de registrar 265 quilômetrospor hora na. reta principal, obteve a. média de 200quilômetros horários nesta volta, considerada e::-cepcional, levando-se em conta a cilindrada. Há,alguns anos, segundo os comentaristas, nem me-j-mo carros de grande cilindrada conseguiram re-gistrar tal velocidade. Os jornalistas especializa-dos tecem comentários também a respeito de Mau-ro Bianchi, considerando-o um dos melhores pi-lotos europeus da atualidade e detentor de mú'-meros campeonatos e troféus. Um outro Renault-Alpine, éste com um motor de 1 000 cc. de cilin-drada, obteve também uma performance excelente,ao marcar uma média por volta de 191 quilôme-tros por hora, conseguindo atingir, na grande rota,uma velocidade de 240 quilômetros por hora. Comos desempenhos obtidos pelos carros Renault, aescuderia — mais unia vez èste ano — coloca-seentre as favoritas para a disputa- da famosa 24Horas de Le Mans.

VELA NÀO PRECISA APERTO — Pesquisasefetuadas por técnicos em ignição í-evelam que nãohá necessidade de a vela receber aperto final comchave de torque quando é instalada no motor. J£preciso apenas, depois do primeiro assentamentoa mão, um aperto de aproximadamente meia voltacom uma chave comum de velas. Para chegar' aesta conclusão, os engenheiros da Champion exe-rataram numerosos testes em velas produzidas poressa,indústria, com arruela, semifixa, que é o tipomais utilizado pela sua facilidade de instalação eremoção. A conclusão a que chegaram foi de quegrande parte do calor que se origina na ponta davela se dissipa através do castelo (parte metált»ca) e não pela arruela em si, A compressão daarruela, portanto, serve apenas para produzir um.bom contato entre a rosca do cabeçote e a vela.Revelaram os engenheiros dados que comprovamessa conclusão, colhidos em um veiculo em ope-ração normal, com velas apertadas com chaveconvencional e com outras atarrachadas com cha-ve de torque. A temperatura da vela, registradapor melo do teçmo-acoplamento da Champion, au-mentou em apenas meio por cento mesmo nasvelas onde o aperto fora pouco maior que a forçada mão. Este aumento de temperatura eqüivalea um décimo daquele que se registraria se o pon-to de ignição básico íôsse avançado em apenasmeio grau.

ROSEMARY SMITH TETRACAMPEA — Ac-volante de um Hlllman Imp e tendo como compa-nheira Valerie Domleo, Rosemary Smith venceupela quarta vez consecutiva a parte feminina doRally Irlandês, realizado na pista de Gallaher. Ro-semary defendeu a equipe da Rootes, e o Rally,promovido pelo Automóvel Clube de Ulster, reali-zou-se em 50 etapas, num total de 455 quilômetros.

400 MIL VW — O primeiro trimestre de 1966trouxe um êxito comercial sem precedentes para% Volkswagen, declarou o DiretCr-Executivo dacorporação, Heinz Nordhoff, ante' a Assembléia-Geral. Nordhoff disse que as cinco fábricas dafirma produziram cerca de 400 mil veículos notrimestre, ou seja, mais 80 mil unidades do queno mesmo período do ano anterior. Entre os car-ros estava o décimo-prlmeiro milionéslmo Volks-wagen a deixar a linha de produção, pouco maisde seis meses após a produção do décimo-milioné-simo. O modelo besouro familiar, como era de seesperar, declarou, representou a parte do leão nototal produzido. "Continuaremos essa linha de de-«envolvimento sem hesitação —afirmou Nordhoff.— O Volkswagen é tão moderno quanto jamais ofoi e ainda tem um futuro ilimitado à sua frente".Segundo Nordhoff, a firma planeja fazer um au-mento de capital éste ano e maior intensificaçãode sua cooperação com a Daimler-Benz. As duasfirmas são as principais acionistas na terceiracompanhia, a Auto-Union.

ENGATE RÁPIDO — Um novo sistema de en-gate rápido tornou possível a circulação da maio-ria dos equipamentos móveis através de terrenosacidentados com uma unidade de tração — umtrator agricola comum. O engate assegura a dis-tribuição do peso da carga tanto pelas rodas di-anteiras do trator como pelas traseiras, melho-rando sua estabilidade e permitindo a utilizaçãode toda a capacidade de tração das rodas trasei-ras. Desse modo, a capacidade de funcionamentodo trator é, praticamente, dobrada. E, assim, mui-tos equipamentos móveis, inclusive guindastes, po-dem ser usados em lugares onde existem estradas,.puxados por tratores que podem ser transferidos,com facilidade e rapidez de um equipamento paraoutro,' pois o engate e o desengate são. feitos emquestão de segundos. O Sr. H. G. Foole foi quem,juntamente com a firma Wickham EngineeringCompany Limited, porjetou e produziu o engate,conhecido como Wicltham-Poole System of Quick-Hitch Off Highway Industrial Transport.

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RENOVAÇÃO DE FROTA — Para renovação desua frota de veículos, o Serviço de Erradicação daMalária e Profllaxla da Doença de Chagas adqui-riu, com auxilio da Aliança para o Progresso, 12viaturas pick-up' jeep. Estiveram presentes à en-trega dos veículos os Srs. Antônio de Paula Ri-beiro, diretor do Serviço de Erradicarão da Mala-ria; Geraldo Pascale, do mesmo Serviço; NewtonVi(io Gomes, representante da AID; e Frederico

Vioti, representante d» Willys-Overland.