CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS NATHANY ISABELLY DIAS VIEIRA RUTH PEREIRA PAULINO INTRODUÇÃO À POTENCIOMETRIA Potenciometria direta e titulação potenciométrica 1

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE

MINAS GERAIS

NATHANY ISABELLY DIAS VIEIRA

RUTH PEREIRA PAULINO

INTRODUÇÃO À POTENCIOMETRIA

Potenciometria direta e titulação potenciométrica

1

BELO HORIZONTE

2014

NATHANY ISABELLY DIAS VIEIRA

RUTH PEREIRA PAULINO

INTRODUÇÃO À POTENCIOMETRIA

Potenciometria direta e titulação potenciométrica

Relatório apresentado aoCurso de Química Tecnológicado CEFET-MG como parte dasexigências da disciplina

2

Laboratório de AnáliseQuímica InstrumentalOrientadora: Profª. Drª. Flávia

Amorim

BELO HORIZONTE

13 de outubro de 2014

Sumário1. RESUMO................................................42. OBJETIVOS.............................................53. RECURSOS EMPREGADOS..................................6

2.1- Materiais.............................................62.2- Equipamentos.........................................62.2-Reagentes.............................................6

4. PROCEDIMENTO..........................................73.1. Potenciometria direta: medida do pH de diversasamostras em solução aquosa..............................73.2- Potenciometria indireta: construindo curvas detitulação- Titulação de ácido forte com base forte......7

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................96. CONCLUSÃO............................................237. REFERÊNCIAS..........................................24

3

1.RESUMO

O presente trabalho descreve a técnica instrumental de

potenciometria. Na potenciometria direta determinou-se o pH

de diversas amostras em solução aquosa utilizando um

pHmetro. Já na potenciometria indireta, construiu-se três

curvas de pH (pH x volume do titulante, derivada de pH x

volume do titulante e 2ª derivada x volume do titulante), a

partir da titulação de um ácido forte com uma base forte.

4

2.OBJETIVOS

5

Determinação do pH experimental de diversas amostras

em solução aquosa utilizando o pHmetro;

Determinação do pH teórico das amostras analisada

utilizando o pHmetro a partir dos princípios da

Química Analítica;

Construir curvas de titulação (pH x volume do

titulante, derivada de pH x volume do titulante e 2ª

derivada x volume do titulante), a partir da titulação

de um ácido forte com uma base forte, utilizando um

pHmetro.

6

3. RECURSOS EMPREGADOS

2.1- Materiais

Béquer 250 mL

Bureta 50 mL;

Suporte universal;

Garra;

Espátula;

Pera de borracha;

Pipeta volumétrica 10 mL;

Barra magnética;

Vidro de relógio.

2.2- Equipamentos

pHmetro Quimis;

Balança analítica;

Agitador magnético.

2.2-Reagentes

Solução tampão pH 4;

Solução tampão pH 7;

Biftalato de potássio P.A.;

Água destilada;

Hidróxido de sódio (NaOH) 0,05 mol.L-1;

Ácido clorídrico (HCl) 0,10 mol.L-1;

Ácido acético (CH3COOH) 0,10 mol.L-1;

7

Hidróxido de amônio (NH4OH) 0,01 mol.L-1;

Acetato de sódio (CH3COONa) 0,1 mol.L-1;

Citrato de sódio (Na3C6H5O7) 0,1 mol.L-1.

4. PROCEDIMENTO

3.1. Potenciometria direta: medida do pH de diversas

amostras em solução aquosa

1. Ligou-se o pHmetro e aguardou-se a estabilização do

aparelho.

2. O eletrodo foi lavado com água destilada e enxugou-se o

mesmo com papel macio.

3. Imergiu-se o eletrodo e o termo compensador na solução

tampão de pH 7, selecionando em seguida a opção de

calibração.

4. Lavou-se e secou-se o eletrodo e o termo compensador,

enxugando em seguida com papel macio.

5. Imergiu-se o eletrodo e o termo compensador na solução

tampão de pH 4, calibrando o pHmetro em seguida.

6. Lavou-se e secou-se o eletrodo e o termo compensador,

enxugando em seguida com papel macio.

7. Introduziu-se o eletrodo e o termo compensador na

amostra de solução e anotou-se o valor mostrado no visor.

8

8. Lavou-se e secou-se o eletrodo e o termo compensador,

enxugando em seguida com papel macio.

9- Repetiu-se os passos 7 e 8 para as demais amostras.

3.2- Potenciometria indireta: construindo curvas de

titulação- Titulação de ácido forte com base forte

1. Padronizou-se a solução de NaOH com biftalato de

potássio sólido previamente seco em estufa 110ºC por 1 hora

e dessecado.

2. Mediu-se 10 mL de HCl com o auxílio de uma pipeta

volumétrica e transferiu-se o volume para um béquer 250 mL,

colocando em seguida uma barra magnética no mesmo.

3. Montou-se o esquema de titulação, com a bureta já

preenchida com NaOH presa ao suporte. O béquer contendo HCl

foi alocado sobre um agitador magnético abaixo da bureta. O

eletrodo de vidro do pHmetro foi introduzido no béquer

contendo a amostra a ser titulada. Adicionou-se água

destilada ao béquer para facilitar o processo de titulação.

4. Mediu-se o pH inicial da solução.

5. Iniciou-se a titulação com adição de 1,00 mL da solução

de NaOH. Registrou-se, após a estabilização do aparelho, o

pH da solução.

6. Repetiu-se o procedimento, adicionando incrementos de

1,00 mL, até a adição do volume total de titulante.

9

7. Construiu-se as curvas: a) pH em função do volume de

titulante; b) derivada de pH x volume do titulante; c) 2ª

derivada do pH X volume do titulante.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Determinação do pH de diversas amostras em solução aquosa

A determinação do pH das soluções analisadas foi possível a

partir da utilização de um pHmetro. A comparação do

10

resultado obtido foi realizada com os valores de pH teórico

e calculado.

Cálculo do pH da solução de NaOH 0,05 mol L-1

NaOH (aq) + H2O (l) → Na+ (aq) + OH- (aq) + H2O (l)

Equação 01

Base forte [NaOH] = [OH-]

pOH = -log [OH-]

pOH = -log 0,05 = 1,30

pH = 14 – pOH

pH = 12,70

Cálculo do pH da solução de HCl 0,1 mol L-1

HCl (aq) + H2O (l) → Cl- (aq) + H3O+(aq)

Equação 02

Ácido forte [HCl] = [H3O+]

pH = -log [H3O+]

pH = -log 0,1 = 1

Cáculo do pH da solução de CH3COOH 0,1 mol L-1

CH3COOH (aq) + H2O (l) ↔ CH3COO- (aq) + H3O+ (aq)

Equação 02

Ácido fraco Ka = [CH3COO-][H3O+] / [CH3COOH]

11

Aproximações: [CH3COO-] < 3% [CH3COOH]

[CH3COO-] = [H3O+]

[H3O+] = (Ka x [CH3COOH])1/2

KaCH3COOH = 1,75x10-5 [1]

[H3O+] = (1,75x10-5 x0,1)1/2

[H3O+] = 1,32 x 10-3 mol L-1

pH = -log [H3O+]

pH = 2,88

Cálculo do pH da solução de NH4OH 0,01 mol L-1

NH4OH (aq) + H2O (l) → NH4+ (aq) + OH- (aq) + H2O (l)

Equação 03

Base fraca Kb = [NH4+][OH-] / [NH4OH]

Aproximações: [NH4+] <3% [NH4OH]

[NH4+] = [OH-]

[OH-] = (Kb x [NH4OH]) ½

KbNH4OH = 1,78 x 10-5 [1]

[OH-] = (1,78 x 10-5 x 0,01)1/2

[OH-] = 4,22 x 10-4 mol L-1

pOH = -log [OH-]

pOH = 3,37

pH = 14 -3,37 = 10,62

Cálculo do pH da solução de CH3COONa 0,1 mol L-1

12

CH3COONa (aq) + H2O (l)↔CH3COOH (aq) + OH- (aq) + Na+ (aq)Equação 04

Base Kb = [CH3COOH][OH-] / [CH3COONa]

Aproximações: [CH3COONa] = [OH-]

[OH-] = (Kb x [CH3COONa])1/2

KbCH3COOH = 5,71x10-10 [1]

[OH-] = (5,71x10-5 x0,1)1/2

[OH-] = 7,60 x 10-6 mol L-1

pOH = -log [OH-]

pOH = 5,12

pH= 8,88

Cálculo do pH da solução de citrato de sódio 0,1 mol

L-1

C6H5Na3O7 (aq) + H2O (l) ↔ C6H5Na2O7H-(aq) + Na+(aq) + OH-

(l) Equação 05

Base Kb1 = [C6H5Na2O7H-][OH-] / [C6H5Na3O7]

Aproximações: [C6H5Na2O7H-] = [OH-]

[OH-] = ([C6H5Na2O7H-] x Kb1)1/2

Kb1 = 2,49 x 10-7 [1]

[OH-] = (2,49 x 10-7 x 0,1)1/2

[OH-] = 1,58 x 10-4 mol L-1

13

pOH = 3,80

pH = 10,20

A partir dos dados obtidos de forma teórica e experimental

foi possível construir a Tabela 01.

Tabela 01. Resultados de pH obtidos durante a

potenciometria direta para diversas amostras em solução

aquosa e seus respectivos valores teóricos

Amostra Concentração pH medido(25,9 ºC -

100%)

pH teórico

NaOH 0,05 mol L-1 12,30 12,70HCl 0,10 mol L-1 0,85 1,00

CH3COOH 0,10 mol L-1 2,94 2,88NH4OH 0,01 mol L-1 9,82 10,62

CH3COONa 0,1 mol L-1 7,28 8,88Citrato de sódio 0,1 mol L-1 9,67 10,20

Os dados da Tabela 01 permite inferir que os resultados

obtidos de pH teórico e experimental divergiram para todas

soluções analisadas. A solução que apresentou menor

discrepância foi a de CH3COOH (0,06) e a que apresentou

maior discrepância foi a de CH3COONa (1,6).

Dessa forma, pode-se afirmar que o erro relacionado à

calibração do pHmetro foi mínima. Assim, os valores

discrepantes encontrados podem ser justificados devido ao

fato das soluções analisadas não ter sido padronizada, o

que acarretou no erro relacionado aos valores relacionados

às concentração dos reagentes.

14

Outro fator a ser considerado são os cálculos utilizados

pelo analista para a determinação do pH teórico, que pode

ter sido empregado de maneira incorreta.

Determinação do fator de correção da solução de NaOH 0,05 mol L -1 porTitulação Potenciométrica

Para determinar o fator de correção da solução de hidróxido

de sódio com concentração teórica igual a 0,05 mol L-1,

realizou-se a Titulação Potenciométrica com solução de

ácido clorídrico 0,1 mol L-1 com adições crescentes de

1,00 mL, como descrito no procedimento. Na titulação

potenciométrica mede-se a variação do potencial do eletrodo

indicador em relação ao eletrodo de referência em função do

volume do titulante, que no caso foi o hidróxido de sódio.

Para fins de comparação realizou-se também a padronização

da solução de hidróxido de sódio por meio de volumetria

Ácido-Base, empregando-se como indicador a Fenolftaleína.

As reaçãoes citadas estão indicadas nas Equações 06 e 07.

NaOH (aq) + HCl (aq) NaCl (aq) + H2O (l)

Equação 01

NaOH (aq) + C8H5KO4 C8H4KO4Na (aq) + H2O (l)

Equação 02

Após realizar a Ttitulação Potenciométrica conforme

planejado obteve-se os resultados que passaram por um

tratamento de dados. Estes estão dispostos na Tabela 02.

15

Tabela 02. Resultados de pH obtidos durante a titulaçãopotenciométrica de hidróxido de sódio com ácido clorídricoapós tratamento estatístico

VOLUME pH pH V pH/V Vmédio 1 pH/V2 Vmédio 2

/mL0,00 1,9

6 0 1 0,000 0,50 0,000 1,001,00 1,9

6 0 1 0,000 1,50 0,000 2,002,00 1,9

6 0 1 0,000 2,50 0,030 3,003,00 1,9

6 0,03 1 0,030 3,50 -0,020 4,004,00 1,9

9 0,01 1 0,010 4,50 0,010 5,005,00 2 0,02 1 0,020 5,50 -0,010 6,006,00 2,0

2 0,01 1 0,010 6,50 0,000 7,007,00 2,0

3 0,01 1 0,010 7,50 0,000 8,008,00 2,0

4 0,01 1 0,010 8,50 0,000 9,009,00 2,0

5 0,01 1 0,010 9,50 0,010 10,0010,00 2,0

6 0,02 1 0,020 10,50 -0,010 11,0011,00 2,0

8 0,01 1 0,010 11,50 0,010 12,0012,00 2,0

9 0,02 1 0,020 12,50 -0,010 13,0013,00 2,1

1 0,01 1 0,010 13,50 0,010 14,0014,00 2,1 0,02 1 0,020 14,50 -0,010 15,00

16

215,00 2,1

4 0,01 1 0,010 15,50 0,010 16,0016,00 2,1

5 0,02 1,00 0,020 16,50 -0,010 17,0017,00 2,1

7 0,01 1 0,010 17,50 0,010 18,0018,00 2,1

8 0,02 1 0,020 18,50 -0,010 19,0019,00 2,2 0,01 1 0,010 19,50 0,010 20,0020,00 2,2

1 0,02 1 0,020 20,50 0,000 21,0021,00 2,2

3 0,02 1 0,020 21,50 -0,010 22,0022,00 2,2

5 0,01 1 0,010 22,50 0,010 23,0023,00 2,2

6 0,02 1 0,020 23,50 0,000 24,0024,00 2,2

8 0,02 1 0,020 24,50 0,000 25,0025,00 2,3 0,02 1 0,020 25,50 0,000 26,0026,00 2,3

2 0,02 1 0,020 26,50 0,000 27,0027,00 2,3

4 0,02 1 0,020 27,50 0,010 28,0028,00 2,3

6 0,03 1 0,030 28,50 -0,010 29,0029,00 2,3

9 0,02 1 0,020 29,50 0,000 30,0030,00 2,4

1 0,02 1 0,020 30,50 0,010 31,0031,00 2,4

3 0,03 1 0,030 31,50 0,000 32,0032,00 2,4

6 0,03 1 0,030 32,50 0,000 33,0033,00 2,4 0,03 1 0,030 33,50 0,000 34,00

17

934,00 2,5

2 0,03 1 0,030 34,50 0,000 35,0035,00 2,5

5 0,03 1 0,030 35,50 0,010 36,0036,00 2,5

8 0,04 1 0,040 36,50 0,000 37,0037,00 2,6

2 0,04 1 0,040 37,50 0,000 38,0038,00 2,6

6 0,04 1 0,040 38,50 0,000 39,0039,00 2,7 0,04 1 0,040 39,50 0,020 40,0040,00 2,7

4 0,06 1 0,060 40,50 0,000 41,0041,00 2,8 0,06 1 0,060 41,50 0,000 42,0042,00 2,8

6 0,06 1 0,060 42,50 0,020 43,0043,00 2,9

2 0,08 1 0,080 43,50 0,020 44,0044,00 3 0,1 1 0,100 44,50 0,030 45,0045,00 3,1 0,13 1 0,130 45,50 0,050 46,0046,00 3,2

3 0,18 1 0,180 46,50 0,120 47,0047,00 3,4

1 0,3 1 0,300 47,50 0,680 48,0048,00 3,7

1 0,98 1 0,980 48,50 -0,130 49,0049,00 4,6

9 0,85 1 0,850 49,50 -0,480 50,0050,00 5,5

4 0,37 1 0,370 50,50 -0,080 51,0051,00 5,9

1 0,29 1 0,290 51,50 -0,050 52,0052,00 6,2 0,24 1 0,240 52,50 0,120 53,0053,00 6,4

4 0,36 1 0,360 53,50 0,290 54,0018

54,00 6,8 0,65 1 0,650 54,50 0,470 55,0055,00 7,4

5 1,12 1 1,120 55,50 -0,480 56,0056,00 8,5

7 0,64 1 0,640 56,50 -0,340 57,0057,00 9,2

1 0,3 1 0,300 57,50 -0,140 58,0058,00 9,5

1 0,16 1 0,160 58,50 -0,020 59,0059,00 9,6

7 0,14 1 0,140 59,50 -0,010 60,0060,00 9,8

1 0,13 1 0,130 60,50 -0,030 61,0061,00 9,9

4 0,1 1 0,100 61,50 -0,010 62,0062,00 10,

04 0,09 1 0,090 62,50 0,010 63,0063,00 10,

13 0,1 1 0,100 63,50 -0,040 64,0064,00 10,

23 0,06 1 0,060 64,50 0,030 65,0065,00 10,

29 0,09 1 0,090 65,50 -0,050 66,0066,00 10,

38 0,04 1 0,040 66,50 0,040 67,0067,00 10,

42 0,08 1 0,080 67,50 -0,030 68,0068,00 10,

5 0,05 1 0,050 68,50 0,000 69,0069,00 10,

55 0,05 1 0,050 69,50 -0,010 70,0070,00 10,

6 0,04 1 0,040 70,50 0,000 71,0071,00 10,

64 0,04 1 0,040 71,50 0,010 72,0072,00 10, 0,05 1 0,050 72,50 -0,010 73,00

19

6873,00 10,

73 0,04 1 0,040 73,50 -0,010 74,0074,00 10,

77 0,03 1 0,030 74,50 0,000 75,0075,00 10,

8 0,03 1 0,030 75,50 0,010 76,0076,00 10,

83 0,04 1 0,040 76,50 -0,010 77,0077,00 10,

87 0,03 1 0,030 77,50 -0,020 78,0078,00 10,

9 0,01 1 0,010 78,50 0,020 79,0079,00 10,

91 0,03 1 0,030 79,50 -0,030 79,5080,00 10,

94            

Por meio dos dados apresentados na Tabela 02, plotou-

se três gráficos objetivando a determinação do volume

de titulante (NaOH) gasto para atingir o ponto de

equivalência. As Figuras 01, 02 e 03 apresentam os

gráficos de pH versus volume de titulante, ΔpH / ΔV

versus volume médio de titulante 1 e Δ2pH / Δ2V versus

volume médio de titulante 2, respectivamente.

20

0.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

70.00

80.00

0123456789

1011121314

Volume de titulante (mL)

pH

Figura 01. Gráfico de pH versus Volume de Titulante.

21

0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.000.000

0.200

0.400

0.600

0.800

1.000

1.200

Volume médio(1), mL, titulante

pH

/

v

Figura 02. Gráfico ΔpH/ ΔVolume versus Volume Médio 1.

22

0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.00-1.000

1.000

Figura 03. Gráfico Δ2pH/ Δ2Volume versus Volume Médio 2.

23

Baseando-se na Figura 01 ( Gráfico de pH versus Volume de

titulante), pode-se inferir que realizou-se a titulção de

um álcali forte com um ácido forte, devido a estruturação

da curva e inflexão observada na mesma. Esta informação é

verdadeira, uma vez que ácido clorídrico e hidróxido de

sódio possuem constante de ionização e dissociação,

respectivamente, consideradas infinitas. Nota-se também, a

presença de dois pontos de inflexão, o que caracterizaria

dois pontos de equivalência, contudo, sabe-se que o ácido

clorídrico é um ácido monoprótico, e portanto, o segundo

ponto de inflexão refere-se a algum erro ocorrido durante a

execução do procedimento. O gráfico apresentado na Figura

01 não fornece o volume correto de titulante empregado para

estebelecer o ponto de equivalência, sendo importante a

análise dos outros dois gráficos para obtenção de um valor

mais exato. Analisando-se o Gráfico 01, pode-se afirmar que

o volume no ponto de equivalência encontra-se entre 48,00 e

58,00 mL.

Por meio da Figura 02 (Gráfico de ΔpH/ΔV versus Volume

médio 1) pode-se determinar o volume no ponto de

equivalência com maior precisão. Ao análisar o gráfico de

derivada de primeira ordemnota-se que os pontos finais

ficam bem destacados e coincidem com os pontos máximos da

relação pH versus volume de titulante, isto é, onde ocorrem

as maiores variações é onde o gráfico atinge um pico mais

alto. Como dito anteriormente, constatou-se um erro durante

o experimento, que resultou na observação de dois ponto de

equivalência para a titulação de um ácido monoprótico.

24

Sendo assim, considerou-se a primeira variação brusca no pH

como o ponto de equivalência verdadeiro, sendo o erro

associado ao segundo pico. Assim, por meio do gráfico de

derivada primeira pode-se inferir que o volume de titulante

gasto no ponto de equivalência correspondeu a 48,50 mL. É

importante destacar que o valor definido por meio do

gráfico referente a derivada de primeira ordem têm-se mais

precisão do que o gráfico anterior e menor precisão quando

comparado ao gráfico da derivada segunda ordem.

A análise da Figura 03 ( Gráfico de Δ2pH/Δ2V versus Volume

médio 2) permite encontrar os volumes nos pontos finais de

forma estatisticamente mais precisa e a derivada de segunda

nada mais é que a “derivada da derivada” e a “média das

médias”. O gráfico da derivada de segunda ordem é bastante

diferente e os pontos de equivalência encontram-se no meio

dos maiores picos e vales, cruzando o eixo X. De forma

análoga ao que foi feito para os outros dois gráficos,

visualizou-se duas variações bruscas de pH, sendo

considerada a primeira variação como verdadeira e

associando o erro a outra. Por meio do gráfico de derivada

de segunda ordem determinou-se o volume no ponto de

equivalência sendo este igual a 49,00 mL. Como a intenção é

obter a maior precisão possível, procura-se uma forma de

obter uma equação da reta na forma  y = ax + b que sirva

aos propósitos.

Com auxílio do Software Excel determinou-se o volume de

titulante no ponto de equivalência com maior precisão,

sendo este igual a 49,17 mL, de acordo com a Figura 04. 25

Figura 04. Determinação da equação da reta e volume de titulante no

ponto de equivalência.

Assim, obteve-se a equação da reta y = -0,58 x + 28,52, que

descreve o comportamento gráfico indicado ao lado do

equacionamento e fornece volume de titulante no ponto de

equivalência.

De posse do volume de titulante no ponto de equivalência,

pôde-se determinar a concentração verdadeira da solução de

hidróxido de sódio, assim como o fator de correção para a

mesma.

M = n / V

Onde: M: Molaridade

n: Número de mols

V: Volume de solução em litros

n = M.V

No ponto de equivalência: 26

n NaOH = n HCl

Logo:

MNaOH. VNaOH = MHCl.VHCl

MNaOH = (MHCl.VHCl) / VNaOH

Assim,

MNaOH = (0,1 mol L-1. 10,00 mL) / 49,17 mL

MNaOH = 0,0203 mol L-1

Para se calcular o fator de correção aplica-se a relação:

fc = concentração experimental / concentração teórica

E, portanto, o fator de correção para a solução de

hidróxido de sódio é igual a

fc = 0,0203 mol L-1 / 0,05 mol L-1

fc = 0,406

Ao realizar a paronização da solução de hidróxido de sódio

por meio de Titulação Ácido-Base, determinou-se a

concentração igual a 0,0427 mol L-1 com fator de correção

equivalente a 0,854.

Como pode-se constatar, os resultados divergiram muito,

sendo este último mais confiável, uma vez que foi realizada

a padronização com um padrão primário, o biftalato de

potássio, paralelamente a Titulação Potenciométrica (mesmo

dia).

27

Para justificar tal discrepância, levanta-se a hipótese de

que a solução de ácido clorídrico empregada na Titulação

Potenciométrica não apresentava concentração igual a 0,1

mol L-1, inviabilizando o procedimento de padronização da

solução alcalina devido a falta de confiabilidade no padrão

secundário.

Tomando como base a padronização realizada por meio do

padro primário, biftalato de potássio, como verdadeira,

pôde-se calcular o fator de correção para a solução de

ácido clorídrico de concentração diferente do esperado,

tornando-se assim, a solução de hidróxido de sódio como

padrão secundário.

M = n / V

Onde: M: Molaridade

n: Número de mols

V: Volume de solução em litros

n = M.V

No ponto de equivalência:

n NaOH = n HCl

Logo:

MNaOH. VNaOH = MHCl.VHCl

MHCl = (MNaOH.VNaOH) / VHCl

Assim,

MHCl = (0,0427 mol L-1. 49,17 mL) / 10,00 mL

MHCl = 0,2100 mol L-1

28

fc = 0,2100 mol L-1 / 0,1 mol L-1 = 2,1

Assim, realizou-se a padronização da solução de ácido

clorídrico 0,1 mol L-1 com solução previamente padronizada

de hidróxido de sódio 0,05 mol L-1 (fc = 0,854) por meio de

Titulação Potenciométrica, sendo o fator de correção da

solução ácida igual a 2,1.

6. CONCLUSÃO

Por meio deste trabalho pôde-se compreender o planejamento

e execução do procedimento para realização de titulações

potenciométricas, assim como a forma correta de se utilizar

o pHmetro. A partir dos dados de pH obtidos

experimentalmente e teórico, concluiu-se que a calibração

do pHmetro foi eficiente, e que os valores discrepantes

encontrados estão relacionados à erros referentes ao valor

da concentração das amostras analisadas. Apesar da inversão

das soluções consideradas padrão secundário e solução a ser

29

padronizada, o procedimento foi bem sucedido, uma vez que

permitiu a utilização do Software Excel e realização de

interpretações gráficas visando a determinação do ponto

de equivalência de uma titulação potenciométrica. Assim,

determinou-se o fator de correção da solução de hidróxido

de sodio 0,05 mol L-1, por meio de titulação ácido-base, e

empregou-se essa solução para padronizar a solução de ácido

clorídrico 0,1 mol L-1, por meio de titulação

potenciométrica. As soluções apresentaram fatores de

correção iguais a, respectivamente, 0,854 e 2,1.

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7. REFERÊNCIAS

[1]- SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH, Fundamento de QuímicaAnalítica, 8ª ed., editora Thomson.

[2]- OHLWEILER O.A; Química Analítica Quantitativa, 2ª ed., editora S.A.

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