CAPACIDADE REPRODUTIVA DO TOURO DE CORTE:

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MInistério da gncultura. do AbastecImento e da Reforma Agrana ISBN 85-2 700 1 7- 1 ISSf Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - \ V J Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte riiIIIIII' Campo Grande MS CAPACIDADE REPRODUTIVA DO TOURO DE CORTE: FUNÇÕES, ANORMALIDADES E OUTROS FATORES QUE A INFLUENCIAM Campo Grande, MS 1993

Transcript of CAPACIDADE REPRODUTIVA DO TOURO DE CORTE:

MInistério da gncultura. do AbastecImento e da Reforma Agrana

ISBN 85-2 70017- 1 ISSf 01UO·q·W~

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -E~

\ V J Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte ~ riiIIIIII' Campo Grande MS

CAPACIDADE REPRODUTIVA DO TOURO DE CORTE: FUNÇÕES, ANORMALIDADES E OUTROS

FATORES QUE A INFLUENCIAM

Campo Grande, MS 1993

ISBN 85-297-0017-1 ISSII 0100-9443

HIlUSm:rO DA AGRICULTURA, DO ABAS'l'BCIMEN'IO B DA REFORMA AaRARIA

~ Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuâria-EMBRAPA Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte-CNPGC Campo Grande, MS

CAPACIDADE REPRODUTIVA DO TOURO DE CORTE:

FUNÇOES, ANORMALIDADES E FATORES

QUE A INFLUENCIAM

Antonio Emídio Dias Feliciano Silva Margot Alves Nunes Dode

Maria Marina Unanian

Campo Grande, MS 1993

BMBRAPA-cNPGC. Documentos, 51

Exemplares desta publicação podem ser s o licitados ao:

CNPGC Rodovia BR 262, km 4 Telefone: (067) 763 - 1030 Telex: (067) 2153 FAX: (067) 763-2245 Caixa Postal 154 CEP 79002-970 Campo Grande, MS

Tiragem: 2.000 exemplares

COMIT! DB PUBLlCAçõBS

Cacilda Borges do Valle Ecila Carolina Nunes Zampieri Lima -- Editoração

Estelino Augusto Baroli Ezequiel Rodrigues do Valle Fernando Paim Costa Kepler Euclides Fi l ho - Presidente Maria Antonia U.Cintra de Oliveira Santos - Normalização

Roza Maria Schunke

Datilografia: Edma Tereza de Oliveira Marcos Paredes Martins

Desenho: Paulo Roberto Duarts Paes Fotografia: Eliana Cezar Silveira Criação/Capa: Renato Garcia Leoni

SILVA, A.E.D.F.l DODE, M.A.N.; UNANIAN, M.M. Ca­pacidade reprodutiva do touro de corte: fun­ções, anormalidades e fatores que a Influen­cIam. Campo Grande : EMBRAPA-CNPGC, 1993. 128p. (EMBRAPA-CNPGC. Documentos, 51).

1. Bovino de corte Reprodução. 2. Touro Reprodução. I. Dode, M.A.N. 11. Unanian, M.M. 111. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (Campo Grande, MS). IV. Título. V. Sé­rie.

CDD 636.08926

Q EMBRAPA 1993

SUMÁRIO

INTR ODIJçAO

2 F I S I OLOG IA ANAlOMICA DO S I S IEMA REPRODUl IVO DO TOURO ............. .. . . . .. . 2. I

2.2 Te ~ tí c ulo

Ep i d ídim o 2 . 3 G l ândula~ ve ~ i c ul a r e~ .

-ur e tr a l pro ~ t áti c a e bu l bo-

2 . 11 P~n i ~ . p r ep úc i o e ó ~ tio prepucial

Pág.

7

8 8

9

l O

l O

3 AVALIAÇAO DA CAPACID ADE REPRODU TIVA DO lOURO ..... I I 3 . I Av allaçilo zoo t écnica . ... . . .. .. ..... .. .... . . . " 3 .1.1 Padrilo ra c ial ........ . .. . ......... . ........ " 3. 1. 2 Temperam en to . . . . ........... . .... . ....... ... " 3 . 1.3 M a~c ulini da d e ... . .. . 3. 1.4 E~tado corpora l .... . 3 .1. 5 Co nf or maçilo . . ... ... . 3. 1. 6 Aprumo~ ............................. . 3 . 2 Av a lia ção do comporl a menl o reprodulivo ..... . 3 . 2. I Libido . . .. ... ..... . .... . . . ........ . . .... .. . 3.2.2 Ca pa ci dad e de monta .................. . .... . 3.2.3 Dominânci a ~ocial ......................... . 3.3 Exame cl íni co ge ra l .......... . . .. ...... . ... . 3.3. I Re s piratório, dige s livo e circulatório . .. . . 3.3.2 Linfonodo ~ e pêlo s .......... . ...... ... .. . . .

I 1

12 12 13 13 13 15 16 1 7

1 7

1 7 3.3.3 Narina s . ........ . ............... .. ... . .... . 17 3.3.4 Olhos ........ .... .... .. ...... . ... ... . ... .. . 17 3.3.5 Denle~ .. . .................................. 18 3.3.6 Exame~ de feze s , sangue e urina ... ... ... .. . 18 3.3.7 Prova de luberculina e bruc e lose ......... .. 18 3.3.8 Doença s m a i ~ import a nte s na reproduçilo do

touro .. . .... . ..... . ........... . ....... . .... 18 3.4 Exame andrológico externo .................. . 19

3 .4.1 Pêni~ . . ........................... .. ...... . 19

3.4.2 Prepuclo ............... . ..... . ............ . 19

3.4.3 Es c rolo e te ~ lículo~ . • . . . • • . . . . . . . . . . . . . . •• 2 O

3.4 . 4 Epidídimo .... ... ... .. .... . ......... . ...... . 2 1 3 . 4 . 5 B i o m e t r i a t e ~ t 1 c L' 1 a r .. ..... . . .. . .... .. .. ... 2 2

3.4.6 Con ~i~tência ......... ... .. ..... .. . . .... .... 23 3.4.7 Co rdilo e s perm átlco ... . . . . .......... . ... . .. . 24 3.5 Exame andr o lógi c o inter no . . . ... .. ........ ... 25 3.5.1 Glândula s ve sic ulare ~ e am p o l a~ do dut o de-

ferente .. ..... . . . ...... ... ...... .... .. . .. . . 25 3 .5 . 2 Pró ~tata e glâ ndula bulb o-uretr al ......... . 26 3.6 Exame e~permátlco . .. ..... ..... .. ... . ...... . . 26 3 .6.1 Métod os de colheita do e~ p erma .. ..... .. .. . . 26 3 . 6 . 1. 1 E 1 e t r oej a c u 1 açil o .... . . .. . . .... ......... . . 26 3 . 6. 1.2 vagina artifi cia l . . . . ... .. .. ... ... . . . .. .. 2 7 3 . 6. 1.3 Ma ~s agem da ~ ve~ ícul a~ ~em l nai~ e ampoJa~

do ~ duto~ d eferente~ .... ....... ... ... .. .. 29 3 . 7 Avaliaçilo da s c ara c terí s ti ca~ fí~ica ~ do

s êmen ... ... .... ... . .... .... .. .. .. . .. ..... ... 29 3 . 7. 1 Volum e , a s pecto, co r e pH .. . ........ . .. .. . . 29 3.7.2 Motilidade, motilidade progre~ ~ iva indivi-

dual ( vigor) e turbllhonamento .. . ... ...... . 30 3.7.3 Porcentag e m de e ~ permatozóide s v ivo ~ e mor-

to s ............ . ..... . ........ . .. .... .. .. . . 31 3.7.4 Con ce nt raçilo .. . .... . .... . .... . .... .. . . .. .. . 32 3.7 .4.1 Aspecto (cor) .... . ... . . ... . . . .. .. ..... . .. 32 3.7 .4. 2 Câmar a de Neubauer-hemocltôme t ro .. ... .. .. 32 3.7.4.3 Microhematócrit o . ... . .. . . .. ..... . ...... .. 33 3.7.4 . 4 Espectrofot ôme t r o .... .. ..... . . .... . .. . ... 33 3. 8 Método s de avallaç~o da s caracterí s tica~ mor-

fo lóg ica s do s êmen .... . ......... . ... .. ... . .. 33 3.8 . 1 Lâminas úmida s ........................ . .. . . 33 3.8.2 Lâminas coradas ... .. .. .. ........ . . . ........ 34 3.9 Análi s e das caracterí s tica s morfológicas do

s êmen ........ . . . .... .... .................... 34 3.9.1 Defeitos maiores .. . .......... . .. .......... . 34 3.9.2 Defeitos menores ............... . . .. . .. .... . 36 3.9.3 T ot a 1 de de fe i tos ......... .. ............... 36 3.10 Propostas para teste indicativo da capacidade

reprodutiva . . ............. .. ... . .......... . . 37 3.10.1 Parâmetros seminais ............. .......... 37 3.10 . 2 Parâmetros de comportamento ...... ... .. ... . 38 3. 10.3 Inter-relaç~o entre parâmetros seminais e

de comportamento .......................... 39

4 PRIN CIPAIS ANORMALIDADES QUE COMPR OMET EM A CAPA CI-DAD E REPRODUT IVA ... . .......... . .. ... ... .. .. .. . ... 39 4 . 1 Impotê ncia "coeundi" .. . ..... .. . ..... ....... . 39 4.1.1 Co mp or lamenlo ~ex ual . . ............ ... ...... 39 4.1.1. 1 Au~ ênc ia ou in ~ ufi c iên cia de libido (fri-

gid e z) ................................... 39 4.1.1. 2 Anormalidade s de comportamento de mo n l a .. 40 4 . I . 1. 2. 1 Ausên c ia ou in ~ uficiên c ia de e r eç ão . .. . 41 4 . 1 . 1.2 . 2 Transt o rno s de ejaculação . . .... ... . ... . 42 4.1.1.2. 3 Ausência de ejaculação . .. . .. . . .... ..... 42 4.1. 2 Sistema locomolor ..... . .......... ... ... . ... 43 4 . 1.3 Prepúcio ex lerno e inlerno .. .... ........... 43 4.1.3.1 Inflamaçõe s da muco~a peniana e prepu c ial

- Balanopo s lile calarral ................. 43 4.1.3. 2 Aderências, ferimenlos e formação de ab­

ce~sos na mucosa prepucial - poslile a de-siva ........... .... ........ . ......... . . .. 44

4.1.3.3 Neoplasias no prepúcio ................... 44 4. 1.3.4 Prolap~o do prepúcIo ........ .. . : ... ... ... 45 4.1.4 Pênis e glande .................... .. ..... . . 46 4 . 1.4.1 F íslula sanguinolenla .. . ................. 46 4.1.4.2 Hematoma do pênis (fralura do pêni s) .. . . . 46 4 . 1.4.3 Paralisia do pênis ................... . ... 47 4.1.4.4 Neoplasias do pênis ...................... 47 4.1.4 . 5 Balanoposlite .................. . ... .. .... 47 4.1.5 Impolência "coeundi" por doenças ........ .. . 47 4.2 Impotência "generandi" ................. . .... 48 4.2.1 Aspermia ................................... 48 4.2 . 2 Azoospermia ................................ 48 4.2.3 Oligospermia ............................... 48 4.2.4 Necrospermia ............................... 48 4.3 Allerações nos teslículos ................... 48 4.3.1 Inter sexos ..... . ................ .. ......... 48 4.3.2 C r iptorquidismo ............. .. ........ .. . . . 49 4.3.3 Hipoplasia .. . .............................. 49 4.3.4 Degeneração testicular ..................... 50 4.3.5 Orquite .................................... 52 4.4 Alterações epididimárias .................... 53 4.4.1 Agenesia ................ . .................. 53 4.4.2 Hipoplasia e má formação ................... 53

4.4.3 Epididimite .... . . . .... .. .. .. ... ... . .... . .. . 53

4.4. 4 Di~função do epidíd im o .... .... .. ........... 5 4 4.5 A I t e r açõe ~ e ~c r o t a i ~ ... .. ....... ........ ... . 55 4.5. 1 Ag e n le~ nalur a i ~ e quími co~ ..... . .... . . . .. . 5 5

4. 6 Alter aç õe ~ na s glându l a ~ an e xa~ ............. 5 5

4. 6 . I G 1 â ndu la s ve s i cu I a r e ~ ...................... 55

4.6. 2 Ampol as do duto deferente . . . ... ... ... .. . . .. 56 4. 6 .3 Pr ó~ l ~ la e glâ ndula bulbo-uretral ... . ...... 56

5 INFLUEN CIA DA NUTRI ÇAO, IOADE E MANEJ O DA CAPA CI-DADE REPRODUTIVA . . .......... . .. . ..... ........ . .. . 56

5. I Fat o re s nulrici on ai ~ e funçõe ~ reprodutiva ~ . 56

5.1.1 Energia ....................... ... ... ....... 58

5.1.2 Pr ol eí na ................................... 60

5.1 .3 Mi ne rai ~ .... . ... . ... . ........ . . ............ 61

5.1.3.1 Macroeleme nt o ~ ......... . ...... ...... . . ... 61

5.1.3.2 Mi c roeleme nto~ ..... . . .. .... ...... . ..... .. 63

5.1 .4 Vitaminas ...... . ..... . .. . ............ . ..... 6 4

5. 2 A idade e a ca pa ci dade repr oduli va .... . ..... 66

5.2.1 Puberdade .... ... . ... . ....... ... ... ..... . ... 66

5.2. 2 Maluridade s e xua l .. . .. .... ............ . .. .. 67

5.2.3 Manejo reproduti vo ... . . .. . ..... .. . . .. . .. . .. 67

6 RE COMENDAÇOES FINAIS ...................... .... .. . 69

7 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFI CAS .... . ..... . ..... . .. . .. . 70

8 ANE XOS ...... . .. ................. . . .. . ............ 85

Ane xo 8.1

Anexo 8.2

Anexo 8 . 3 Ane xo 8 . 4

Anexo 8.5 Ane xo 8.6 Anexo 8.7

Ane xo 8.8 Anexo 8.9

Guia para exame andrológico ... ... ..... 86

Guia para e xame espermático - Avaliação das características físicas e morfo-lógicas do s êmen ................ . ..... 88

Métodos de coloração .................. 92

Roteiro para exame morfológico ........ 95

Certificado de exame andrológico ..... . 96

Lavagem de mater ial ................. . . 98

Alterações reprodutivas de causa nutri-cional ................................ 99

Tabela s . .............................. 101

F i gur a 5 e g r á ficos ................. . .. 1 1 1

CAPACIDADE REPRODUTIVA 00 TOURO DE CORTE: FUN~OES, ANORMALIDADES E FATORES QUE A INFLUENCIAM

Antonio Emídio Dia s Feliciano Silva 2

Margot Alves Nunes 00de 3

Maria Marina Unanian~

1 INTRODUÇAO

A Fertilidade pode ~er deFinida como a capacidade de gerar Filhos normai s , o que é essencial para o progre s so genético e a alta produtividade animal (Galloway 1979).

Alta Fertilidade é a capacidade de contato com 30-50 Fêmeas, durante 45 80-85% dos animais nos primeiros 21 dias Wiltbank 1984); Ou de conseguir atingir bezerros por ano ou de milhares através artiFicial.

um touro, em dias, Fecundar

(Galloway 1979, a p~oduç~o de 80

da inseminaç~o

o conhecimento da baixa Fertilidade é mais importante do que o da esterilidade, porque aquela poderá comprometer, por longo período, a produç~o de carne e leite, quando n~o diagnosticada em tempo hábil.

Admite-se que o reprodutor possa abranger mais de 90% do potencial genético de um rebanho no sentido de melhoramento, mas sua presença Física cor responde a apenas 5% (Venter 1982). Por esse motivo, torna-se Fundamental o conhecimento da capacidade real do reprodutor.

lTrabalho desenvolvido na EMBRAPA-Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC), Campo Grande, MS.

2Méd.-vet., Ph.D., CRMV-7 Nº 00598-3, EMBRAPA-Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de São Carlos (UEPAE de São Carlos), Caixa Postal 339, CEP 13560 São Carlos, SP.

3 Méda.-Veta., M.Sc., CRMV-l Nº 2961, EMBRAPA-Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC), Caixa Postal 154, CEP 79080 Campo Grande, MS; ~Méda.-veta., Ph.D., CRMV-4 Nº 00881, EMBRAPA-UEPAE de São Carlos.

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Muitas vezes, a campo, é difícil o c onhecimento das capacidades reprodutiva e genética r e ai s do touro, devid o a problemas de manej o , idade do r e produtor, aspecto s relacionados a pastagens, deficiên c ia s nutricionai s ou mesmo a problemas referentes às fêmeas, tai s como reabsorção embrionária e doenças. Po rtanto, a unlca alternativa para se determinar o potencial reprodutivo real do touro, é através do exame de suas funções reprodutivas (Aehnelt et aI. 1963). Por este exame, podem-se, após a utilização de métodos adequados, diagnosticar anormalidades em um ou mais dos órgãos genitais, problemas físicos o u qualidade espermática inferior, que podem determinar média ou bai xa fertilidade e, até mesmo, esterilidade (Blockey 1976a, Galloway 1979) .

o exame completo, em animais que potencialmente serão utilizados em monta natural, inclui a libido, capacidade de monta, biometria testicular, além das características espermáticas, fatores altamente ligados à fertilidade (Brinks 1972, Coulter et aI . 1976, Chenoweth 1980). Constitui-se, andrológico

ainda, em complemento importante no exame do reprodutor, o conhecimento das

inter-relações genital (Fig.l) e atividade sexual.

anátomo-fisiológicas do sistema de saúde, que também influenciam a

No presente trabalho, que visa a atingir, principalmente, o técnico de campo, serão discutidos diferentes exames da atividade sexual, bem como apresentados roteiros para melhor se avaliar o potencial reprodutivo dos touros utilizados na pecuária de corte.

2 FISIOLOGIA ANATOMICA DO SISTEMA REPRODUTIVO DO TOURO

2.1 Testículo

o testículo (Fig. 2) é um órgão que possui duas funções primordiais, a produção de espermatozóides, através do processo de espermatogênese, Que dura cerca de

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6 1 dia s nos bovinos, e do hormônio s exual ma s culino, testosterona e outro s hormônio s como proge st erona, e s tróge no e cole s terol, através do processo de esteroidogênese (Ewing & Brown 1977). Estas duas funções oc o r re m no s túbulo s s eminíferos, que al c ançam cerca de 2 . 000 metr os e produzem 20 . 000 espermatozóides por s eg undo, e nas cé lulas intersticiais, ou células de Le ydig, que constituem cerca de 7% do volume testicular ( Amman & Sc hanbacher 1983), e s ão dependentes dos hormônios gonadotróficos, ICSH ou LH (hormônio luteinizanle) e FSH (hormônio folículo es timulante), liberado s pela adenohipófise (Fig. 2 e 3). O eixo hipotalâmico-piluilárico-gonadal é um sistema a uto-regulável. A inter-relação entre os hormônios produzidos nas células de Leydig e túbulos s eminíferos ex e rce o controle, através de "feed back", de liberação dos hormônios do hipotálamo e adenohipófise (Amman & Schanbacher 1983).

2.2 Epidídi.o

O epidídimo é constituído de cabeça e corpo, onde cauda que tem a

(Fig. 2). A ocorre o transporte e a maturação, e de função de reservatório dos espermatozóides maluração do espermatozóide significa a capacidade fertilizante, a Qual inclui

aquisição da obtenção da

motilidade progressiva, mudanças morfológicas, mudanças das características da membrana e mudança do metabolismo dos espermatozóides (Orgebin (rist et aI. 1981). A passagem do espermatozóide através do epidídimo dura cerca de 10 dias no bovino (Amman & Schanbacher 1983).

Na cabeça do epidídimo estão localizados cerca de 36% dos espermatozóides e, no corpo, cerca de 18%. Quando um bovino encontra-se em repouso, a cauda do epidídimo tem a capacidade de armazenar cerca de 45% até 70% dos espermatozóides produzidos diariamente, que aí permanecem até serem ejaculados. Os Que não forem ejaculados são reabsorvidos e excretados periodicamente através da urina (Amman & Schanbacher 1983). Em animais que ejaculam diariamente, o tempo de permanência dos espermatozóides

1 O

na cauda do epidídimo é menor e a reserva chega a 25% da produç~o

Pickett et aI. 1981).

quantidade que fica em diária (Amman 1981,

2.3 Glândulas vesiculares, prostática e bulbo-uretral

S~o estruturas localizadas na pélvi s ( Fig. glândulas vesiculares s~o lobuladas e variam de de diâmetro no touro jovem a até 15 cm (Galloway 1974 ) .

e 4). As 8 a 10 cm no adulto

Nestas estruturas é produzido o pla s ma seminal que atua como veículo para conduzir os e s permatozóides do trato reprodutivo ma scu lino para o feminino. O plasma seminal é o maior re spo nsáve l pelo vo lume do . ejaculado em bovino, visto que o vo lume' pr oduzido pelo esperma é relativamente pequeno em relaç~o ao total do ejaculado. Na eletroejaculaç~o, a secreç~o glandular aumenta em relaç~o

às células espermáticas (Anderson 1945).

2.4 Pênis, prepúcio e óstio prepucial

O pêniS é o órg~o copulador, formado por uma porç~o

denominada corpo, pelo músculo retratar e pela glande. A glande, na fase pré-púbere, acha-se aderida ao prepúcio, por um ligamento (Ashdown 1962), que desaparece antes da puberdade, em média, aos 17 meses de idade no Nelore.

O prepúcio constitui-se de partes externa e interna que se acham ligadas ao pênis, contendo glândulas para lubrificaç~o. No recém-nascido o prepúcio e a parte interna acham-se aderidos, tornando-se livres na puberdade. O prepúcio pode ser curto (normal) ou penduloso, forma freqüentemente observada nos zebuínos (Fig . 5 e 6) (Silva & Dode 1987) (4).

( 4 ) . 1 SI va & Dode 1987. Dados não publicados do projeto Fertilidade de touros em monta natural.

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o óstio prepucial é a abertura atravé s da qual ocorre a exteriorização normal do pêni s , não devendo existir qualquer fibrose que a dificulte ou provoque a retenção do pênis (Fig . 1 e 5).

J AVALIAÇAO OA CAPACIDADE REPRODUTIVA 00 TOURO

3.1 Avaliação zootécnica

3.1.1 Padrão racial

As características raciai s devem obedecer ao s padrõe s de cada raça, pois a sua uniformidade fenotípica facilita a preservação e possibilita a manutenção da pureza racial. No entanto, o animal racialmente perfeito, nem sempre demonstra uma capacidade reprodutiva excelente, o que pode invalidar sua perfeição racial. Por isso, há necessidade de se avaliar, juntame~te com as características raciais, as características reprodutivas.

3.1.2 Temperamenlo

lntranqüilidade, apalia, sonolência, além de temperamenlo bravio, são fatores negativos, que podem compromeler o comporlamenlo na monta, representando, porlanlo, um prognóstico desfavorável (Grove 1975).

3.1.3 Masculinidade

É uma caracteríslica que depende da lestosterona. Dentro desla característica, incluem-se o maior desenvolvimento muscular, o desenvolvimento dos órgãos reprodulivos, o comportamento sexual típico de macho e a libido. A retenção de nitrogênio, formação de aminoácidos e proteínas, que resultam em maior formação muscular, eslão sob efeito da testosterona (Sorensen 1979) (Fig. 3), ocorrendo maior desenvolvimento da musculatura do pescoço, quartos anlerior e posterior, assim como maiores capacidades torácica e ruminal .

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3.1.4 Estado corporal

o touro utilizado como reprodutor não deve ser gordo demais, porque prejudica o ato de monta, podendo ocorrer, também, distúrbios na espermatogênese devido a rações mal balanceadas. Por outro lado, reprodutores em monta natural em criações extensivas, costumam perder muito peso quando receberam anteriormente uma alimentação com alto nível de concentrado, fato que pode também trazer prejuízos para o desempenho reprodutivo (Galloway 1979).

O reprodutor jovem proveniente do teste de ganho de peso, pode ser colocado somente com pequeno número de vacas. Emagrecimento leve, com dieta à base de forragem, em animais provenientes de cocheiras, antes ' da época de monta, é recomendado (Bane 1954).

3.1.5 Conformação

o reprodutoL deve apresentar boa conformação e tamanho corporal de acordo com a raça, sendo porém, importante apresentar normalidade dos testículos. O crescimento do esqueleto é influenciado pela testosterona ao nível das epífises, fenômeno que se observa pela diferença de animais castrados e inteiros. Aos 5 anos de idade, animais castrados são menores que os inteiros (dentro do mesmo tratamento), devido ao menor nível de andrógenos na puberdade (Sorensen 1979).

Animais com defeitos de conformação esquelética, como xifoses, lordoses e escolioses, devem ser evitados. Os defeitos de conformação nos jovens, podem passar despercebidos no exame dos reprodutores, podendo agravar-se com a idade e comprometer o potencial reprodutivo, quando em monta natural (Galloway 1979).

Classifica-se a conformação corporal em muito boa, boa, média e ruim.

1 3

3.1.6 Aprumos

Alterações nos membros e cascos, principalmente nos po s teriores, podem ser causa de baixa capacidade reprodutiva de um animal em monta natural (Galloway 1979, Larson 1980). A manqueira prejudica, devido à dor, a detecção do cio, o ato da monta, e, mesmo, a cópula, c omprometendo a taxa de fertilidade (Sorensen 1979) . Os fibromas interdigitais, laminites (provocadas por s uplementação desequilibrada), as artrites, artroses e a paresia espástica, são alguns dos problemas c omprometedores da capacidade reprodutiva, em monta natural (Galloway 1979, Arthur 1977). Os aprumos defeituosos, principalmente dos membros posteriores, podem ser hereditários, devendo o animal portador deste defeito ser excluído do rebanho (Arthur 1977). O reprodutor deve sei ~xaminado parado, andando e no ato da monta, a fim de se diagnosticar as possíveis alterações de aprumos (F ig. 7) .

3.2 Avaliação do co.porta.ento reprodutivo

3.2.1 Libido

A libido é o desejo e habilidade do macho em procurar a fêmea, completando com a monta (Chenoweth 1980).

A libido é importante componente na atividade sexual do macho que influencia o manejo dos touros, pois, dependendo do grau de interesse do reprodutor, deve-se variar até mesmo a relação touro-vaca.

A manifestação da libido é influenciada por fatores genéticos (Bane 1954). Não há, porém, correlação entre a libido e a Qualidade seminal, podendo um touro de baixa libido ter bom sêmen e vice-versa (Chenoweth 1980).

Touros com baixa libido, Quando são dominantes, podem comprometer significativamente a eficiência reprodutiva. Portanto, é importante o teste de libido para o prognóstico do futuro reprodutor a ser utilizado em monta natural.

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A li b i do é difícil de ser avaliada na pastagem . Entretanto, o teste pode ser realizado em condições naturais de monta, quando em piquetes pequenos, ou utilizando-se fêmeas contidas, em estro .

Os touros jovens, principalmente zebus, necessitam de mais tempo para interessar-se pelas fêmeas em cio. No teste de libido, o zebuíno apresenta reação mais lenta (Osborne et aI. 1971), demonstrando mais tardiamente, em geral próximo à puberdade, reação em presença da fêmea em cio. E nos testes convencionais levam cerca de 20 a 30 minutos para efetuarem a cobertura (Silva et aI. 1987).

Os touros jovens são facilmente distraídos por movimentos e pessoas estranhas, sendo que, os de raças européias apresentam um comportame~to mais extrovertido, montando a fêmea mais rapidamente.

A libido está correlacionada mais com a habilidade de procurar e cobrir a fêmea, do que com a qualidade do sêmen (Chenoweth 1980).

A avaliação da libido é realizada através da observação do macho perante a fêmea, em 5-10 minutos para o europeu (Chenoweth 1980) e cerca de 20 minutos para o zebu, classificando-se as reações em:

O - sem interesse; 1 - interesse sexual demonstrado apenas uma vez; 2 - interesse sexual demonstrado mais de uma vez; 3 - atividade de procurar a fêmea com interesse

4

5 -

persistente; uma monta ou tentativa de mais de uma monta ou serviço;

6 - monta e serviço.

monta, sem serviço; tentativa de montas, sem

Os animais serão classificados segundo as reações, em:

O e = ruim 2 a 4 = regular 5 e 6 = muito bom

insatis fatór ia moderado satisfatório

C 8 A

1 5

Entr e t ant o em r a zão do temperamento agitado e co mp o r t am ento introvertido do zebu, faz- se nece ss ário o dese nvolvim e nto de uma me to dologia própri a para te s t e de libido em ze bu .

3 . 2.2 Cap a cidade de monta

A c apa c idade de monta es tá diretamente correlaci onada co m o número de fêmeas cobertas num rebanho, e, c ons eqüentemente, correlacionada com a ta xa de prenhez em s i s tema de monta natural.

Touros c om alta capacidade de monta, quando utilizado s , permitem um aumento da relação touro: vaca podend o s er 1: 25 ou mai s , dependendo da área da pastag e m.

A capacidade de monta é medida com fêmeas contidas, em e s tro ou nã o, durante 40 minutos, em que a cada macho é permitido saltar e cobrir quantas veze s quiser, durante e s te período (Blockey 1976 a, b) . A utilização de touros de alta libido e capacidade de monta em fêmeas problemática s e novilhas, pode aumentar a taxa de concepção no primeiro estro (Chenoweth 1980) .

Muitas vezes a capacidade de monta pode estar comprometida por problemas na musculatura esquelética, aprumos, tanto dos membros posteriores como dos anteriores e mesmo pela presença de pessoas e locais e s tranhos . Artrites e ferimentos podem prejudicar a locomoção e, em conseqüência, o comportamento de monta. Problemas de pênis, como desvio, persistência do frênulo, problemas de inervação, hematomas, estreitamento do óstió prepucial e fimoses também podem afetar o comportamento de monta (Grove 1975). Um minucioso exame do reprodutor jovem é importante para detectar defeitos de pênis e problemas físicos que possam afetar o comportamento de monta (Fig. 7, 8 e 9).

o teste de comportamento de monta, bem como O de libido, devem ser realizados com fêmeas em estro, no caso de zebuínos. A fêmea pode ter o estro induzido com estradiol (ECP) (6 mg diários d~rante três ou mais dias seguidos). A fêmea pode ser ovariectomizada, ou não,

1 6

devendo, porém, e sta r contida para facili t ar a mon t a. O tempo para ob s ervação do c omportamento de monta pod e ser de 30 a 60 minut os para zebuínos , em l oca l i sola do, tranqüilo, sem di s traçõe s, qu a ndo é ava l iado o número de montas completas, cla ss ificand o o re s ul tado em:

fraco: uma monta se m interes s e; bom: uma monta e co ntinua o intere sse ; muito bom: mai s de uma monta completa e co ntinua o

interesse.

3 .2 .3 Dominân c ia soc ia l

A dominân cia s ocial, pr incipa lmen te em bovino de cor t e , em criações exten s iva s , é import a nte fator a s er con s iderado em relação à fertilidad e de um r e banho, quando são utilizados vários touros numa me s ma pastagem (Blockey 1976a, 1979). A idade é fator de dominân c ia num grupo de touros, e dentro de uma mesma faixa etária, existem os dominantes ou de raças diferentes, que não se misturam. Touros que permanecem num rebanho e numa pastagem durante alguns anos, não permitem a entrada de animais novos na sua área de dominância . Deve-se dar atenção especial aos animais dominante s quanto a sua capacidade reprodutiva, porque, se inférteis ou subférteis, podem comprometer a taxa de prenhez do rebarlho, caindo em até 50% (Iji 1985) (5).

Os reprodutores devem ser utilizados, ob s ervando-se mais ou menos a mesma idade, adaptados previamente ao mesmo lote, quando originários de diferentes rebanhos.

(5)1" 98 J1 1 5. Dados não publicados.

1 7

3.3 Exame clínico geral

3 . 3 . 1 Re s piratóri o , dige s tiv o e circulatório

Por ex a me clíni c o minucioso através de auscultaç~o,

i ns peç~o e palpaç~o (Grave 19 75, Sall et aI. 1983) devem s e r ob se rvados o s valores normais com referência a:

Pul so R es piraç~o

= 60-70 pul s ações/minuto

= 15-3 5 respirações/minuto = 2-3 contrações/2 minutos Rúmen

Temperatura =

3.3.2 Linfonodos e pêlos

Os linfonodos devem ser elásticos e n~o s ensíveis à palpaç~o.

O pêlo deve ser sedoso e brilhante, e a pele firme e com mobilidade, livre de parasitas (carrapatos, miíases, piolhos e fungos).

Alopecia e cabelos anormalmente crescidos, reflexos do estado de saúde do animal, nutricionais, e, mesmo, de n~o adaptaç~o às ambientais.

3.3.3 Narinas

podem ser problemas condições

Devem estar úmidas. Quando secas, muco, denotam sinais de doenças.

quentes, ou com

3.3.4 Olhos

t importante para a monta que o reprodutor tenha boa vis~o. Esta, muitas vezes, é afetada por ferimentos, úlceras, ceratoconjuntivite ou carcinoma, podendo afetar a capacidade de monta. Animais com prOblemas de difícil tratamento devem ser eliminados do rebanho.

18

3.3.5 Dentes

Reprodutores que trab a lnam em pa s tagem devem po ss uir bons dentes para comer fibra s, c a so contrár i o perdem peso e se tornam incompetente s no perí odo de monta . Outro s defeitos como agnatismo e progn at i s mo deverão se r observados no e xame da boc a e arcada dentária, poi s poderão comprometer o futuro potencial de um jovem reprodutor.

3.3 .6 Exame s de feze s , sa ngue e urina

Muitas vezes faz- s e nece ss ário, dependendo da s condições físicas do animal, um e xame parasitológico.

O sangue, bem como a urina, podem refletir alguma s condições patológicas do animal.

3.3.7 Prova de tuberculina e brucelo s e

O reprodutor deve ser submetido a testes de tuberculose e brucelose e, em caso de resultado positivo, deve ser eliminado do rebanho.

3.3.8 Doenças mais importantes na reprodução do touro

Vibriose, tricomonose e leptospirose

São doenças venéreas responsáveis por infertilidade de vacas através da morte embrionária e abortos. Os touros se contaminam através do coito, tornando-se propagadores das doenças.

Estas doenças devem ser pesquisadas sempre que um histórico de infertilidade no rebanho diagnosticadas, devem ser devidamente combatidas 1980, Hoerlein 1980, Hanson 1980).

houver e, 5 e ( Abbit

1 9

}.. Exa.e andrológico externo

3.4. 1 P~nis

Qualquer lesão no p~nis pode difi c ultar a capacidade de monta (Grove 1975).

o p~ni s pode ser examinado manualmente, mas muita s vez e s, é observado na coleta de sêmen ou me s mo em monta na tural em determinadas condições . Os desvios de pênis s ão melhor observados durante a monta. Na dificuldade de e xposição do p~nis pode ser utilizada anestesia e xtradural do nervo pudendo, para isso faz-se uso da clorpromazina administrada por via venosa, mg/kg (Grunart 1967). Podem-se utilizar, também, para exteriorização do p~nis, o eletroejaculador, um tranqüilizante, como o Combelem, na dosagem de 3 ml/100 kg I.V. ou I.M. e anestesia do músculo retrator ou dorsal (40 ml de lidocaína a 2%) (Grove 1975). Nos animais novos deve-se examinar o desenvolvimento normal ' do p~nis, a existência de problemas como debridamento do prepúcio, aderência, persistência do frênulo em disjunção do músculo retrator (Grove 1975). Deve-se, ainda, verificar a presença de tumores e feridas, quando, repentinamente, os touros evitam cobrir fêmeas em cio (Fig. 9).

3.4.2 Prepúcio

Através da palpação verifica-se a abertura do orifício prepucial, a mucosa livr~ ou a presença de aderências, fibrose, ferimentos, inflamações e úlceras, que podem dificultar a saída do pênis e dar origem à fimose.

Antes mesmo do exame de pênis e prepúcio, quando necessário, deve ser feita a coleta de secreções prepuciais através de lavagem com solução fisiológica a 37°C. O líquido recolhido servirá para o diagnóstico de tricomonas e para o exame bacteriológico (Grove 1975).

Os zebuínos, principalmente os da raça Gir e mesmo com sangue zebu, como o Santa Gertrudis e Brahman, podem apresentar o prepúcio pendular. Nos da raça Nelore, na puberdade, foI encontrado um comprimento médio (da parede abdominal ao óstloprepucial) de 13 cm (mínimo de 11 cm e

20

no máximo 16 cm) e 16 cm em média, na maturidade (mínimo de 13 cm e máximo de 19 cm) (Silva et alo 1988) . Nos reprodutores acima de 36 meses de idade, a média encontrada foi de 18 c m, podendo, porém, se r observados animai s com até 40 cm de c omprimento do prepú c io (6) . Estes, na medida do po ss ível, devem se r de scar tado s. Esta característica favorece o aparecimento de lesõe s traumáticas, inflamaçõe s e ulcera ções , nec r ose ou formaç~o de um anel fibr os o, que imped e a saída do pênis (fimose ou acrobustite, mai s co mument e cha mado de umbigueira), ou entrada do mesmo na muco sa prepucial ( parafimose) (Grunert 1967, Ladd s 1974, Gr ove 1975, Sorensen 1979) (Fig. 6).

3.4.3 Escroto e testículos

o escroto (Fig. 10) deve ser observado quanto à simetria, conformaç~o, mobilidade das várias camadas, e alterações patológicas como hérnia, coloraç~o,

pigmentaç~o, dermatites e presença de parasitos (Grove 1975, Sorensen 1979, Larson 1980).

Muitas vezes, a bolsa escrota 1 é pendular, ou muito próxima do abdômen, o que pode acarretar problemas quanto à termorregulaç~o (Aehnelt 1955, Sall et al. 1983). Ainda pode se apresentar bipartida, morfologia comumente encontrada nos caprinos do Nordeste (Feliciano-Silva et aI. 1986) n~o comprometendo, porém, a qualidade seminal.

Uma leve torç~o observada no Nelore, não ultrapassando reprodutiva.

da bolsa escrota 1 muitas vezes é no entanto, para Sal! et al. (1983),

40° não prejudica a capacidade

Os testículos s~o avaliados quanto à posição, simetria, mobilidade dentro do escroto, consistência, forma e tamanho, avaliação que reflete sua condição.

(6)S'1 1 va & Dode 1987. Dados n~o publicados.

21

Qualquer alteração de tamanho testicular, como hipoplasia, e me s mo as degenerações graves, eliminam o a nimal da reprodução por di s túrbio s testiculares. Normalmente, a palpação do s órgãos não provoca dor, por is s o, certos pro cess os degenerativo s e hipoplá s icos podem passar de s percebidos (Galloway 1974, Grove 1975) (Fig. 1 1 ) .

A consistência que reflete as condições de funcionalidade no momento do exame pode e st ar modificada e m certas hipoplasias, inflamações e degenerações. A mobilidade também pode estar diminuída ou ausente devido à pre se nça de filamentos fibrosos e aderências (Grunert 1967, Sorensen 1979) .

3.4.4 Epidídimo

Como aos testículos, deve ser dada atenção, através da palpação, às alterações de tamanho, simetria, forma, mobilidade e consistência, que refletem as condições patológicas ou normais do órgão. Podem ocorrer hipoplasia e aplasia, e estas, geralmente, estão associadas às alterações testiculares e, quando unilaterais, não tornam o animal estéril. No entanto, como estes problemas parecem ser hereditários, os animais devem ser eliminados da reprodução (Grunert 1967, Larson 1980) (Fig. 10).

Na ocorrência de inflamações, há aumento de volume, calor e dor à palpação. Tumores, abcessos e granulomas espermáticos, também podem ocorrer no epidídimo. Na palpação da cabeça do epidídimo podem-se diagnosticar nódulos, indicando granulomas que provocam a oclusão do duto do órgão (Larson 1980), e estes animais devem ser eliminados da reprodução.

A consistência normal elástica ou elástica e, a refletindo o volume celular

do epidídimo é levemente consistência da cauda é mole, armazenado (Grove 1975).

22

3 . 4.5 Bi ometria escr o tal

A eficiência da produção de e sp e rmato zóid es é o número de células produzidas por di a e por gr a ma de parênquima te s ticular (Amman & Schanba c he r 1983) .

Ex i s te uma a lta c o rrelação (r=0,81), e ntre o diâmetro escrotal e a produção e s permáti ca (Co ulter et a I . 1976) prin c ipalmente em animais com men o s de 3 ano s de idade (Ball 1980, Chenoweth 1980). No Nelore f o i en c ontrada a correlação de r=0,51 entre diâmetr o e s crotal e total de produção e s permática à puberdade ( Silva et aI . 1988). Portanto , animais com maior diâm e tr o esc rota 1 podem, po ten c ialmente , apre se ntar mai o r quantidade de e s permatozóide s no eja c ulado (Fig. 12 ).

Segundo Foote et a!. (1970), Thibier ( 1977) e Amman &

Sc hanbacher (1983), o crescimento, tamanho e con s istência testiculare s constituem-se em importante s parâmetros para se prever a produç~o de espermatozóides. Além disso, o crescimento testicular é considerado por Binder & Piper (1976) o mais importante indicador da capacidade genética para o desempenho da fêmea . Estes autores constataram uma c orrelação de 0,70 entre circunferência escrotal de touros jovens e idade à puberdade de suas meio-irmãs. Portanto, a biometria escrotal apresenta alta herdabilidade (Coulter et aI. 1976) e permite selecionar touros jovens potencialmente bons quanto à produção espermática futura.

Na raça Nelore, o diâmetro escrotal, aos 12 meses de idade, é altamente correlacionado (r=0,84) ao diâmetro aos 18 meses e à puberdade, nas condições de Centro-Oeste (Silva et aI . 1988), sendo o período que antecede à puberdade, o ideal para ser selecionado o futuro reprodutor quando se leva em consideração este parâmetro .

A medida escrota I deve fazer parte do exame de devendo, por isso, estar dentro dos limites de idade. A Tabela 3 e Fig . 13 e 14, apresentam as escrotais de machos Nelore, criados em semi-extensivo e extensivo nas condições de Central, desde o nascimento até a idade adulta.

touros, raça e medidas

regime Brasil

23

o diâm et ro escrotal s ofre, em co ndiçõ es de criaç~o

exte nsiva , a influência das estações do ano, principalmente s eca e chuvosa, apresentando-se maior na c huvo sa do que na seca (Silva et aI . 1987). Os mestiços Fleckvieh x Nelore e Chianina x Nelore também apresentam diâmetros diferentes nas diversas época s do ano, além de diâmetros maiores do que o Nelore (Tabela 4). A suplementaç~o e raç~o balanceada n~o favorecem o crescimento escrotal quando comparados co m animais mantid os somente a pasto (7).

Essa medida é realizada com fita métrica, no diâmetro mai s largo do testículo, apoiando-o com a m~o, porém sem pressioná-lo (Fig. 10). Quando as medida s escrotais estiverem abaixo dos limites apresentados por raça e idade, devem ter um prognóstico "com reservas ou insatisfatório" para a reproduç~o .

3.4.6 Consistência

Tanto a consistência quanto o diâmetro testiculares, permitem preve r a produç~o espermática principalmente no touro jovem, constituindo-se num fator muito importante, na monta natural assim como na inseminação artificial (Foote et aI. 1970, Adrich 1976, Thibier 1977).

A consistência testicular pode refletir as condições patológicas do testículo ou a sua funcionalidade, pela produç~o espermática, tanto em quantidade como em qualidade (Adrich 1976).

O epidídimo, principalmente a cauda, reflete a produç~o e o armazenamento espermático, por isso, a consistência é um importante fator de avaliaç~o deste 6rg~0.

(7)Silva & Euclides Filho, 1986. Dados levantados do pro­jeto "Prova de ganho de peso a campo e em confinamento".

24

A con s istência, tanl o do te s tí c ul o c omo da c auda do epi dídim o, é difícil de s er de sc rila po r palavra s , por isso é adola do um s i s l e ma numéri co par a c la s sifi c á-la, que embora subjelivo, é f un c ional.

A consistência de amb os é co mprovada através da palpação manu al , sendo que , para o le s lí c ul o , pode ser fei to utilizand o- s e o lonômetro, aparelho de s envo lvido por Hahn e t aI. (1969).

A cons i stência é dada po r um e sc ore , que c la ss ifi c a a firmeza e e la s ticidade do te s tí cul o , de : 1 - mui to firm e e elá stic o a 5 - muito mole e s em elasti c idade.

o tonômetro dá a c o n s i s tência em · milímetro s de deslocamento da ha s te , que varia no Nelore de 24,0 mm, muito firme, no animal jove m, a 18, 0 mm, mole, no touro adulto (Tabelas 4 e 9).

A consistência normal é el ástica e firme, variando de muito firme em animais jovens, sex ualmente maduro s e na s hipoplasias ou deg en era ções testic ulares, até a consistência elástica mole, que cede facilmente à palpação, encontrada em alguns animai s já velho s ou nos casos de degeneração testicular (Galloway 1979).

A consistência pode variar com a estação do ou chuvosa); possivelmente a deposição de época chuvosa s eja uma das causas (Silva et (Tabela 4).

ano (seca gordura na a!. 1987)

No exame da consistência testicular do touro, deve se diferenciar a hipoplasia da degeneração, nos touros adultos e velhos, que somente é definida com o exame espermática (Arthur 1977, Galloway 1979).

3.4.7 Cordão espermático

Este cordão deve ser palpável desde o polo dorsal do testículo até o anel inguinal inferior. Deve ser verificada a espessura, consistência e mobilidade e, se possível, deve ser feito o diagnóstico de hérnias, hematomas, abcessos (Grave 1975) e espermiostase (Galloway 1979). Dependendo do diagnóstico, o animal poderá ser tratado ou descartado para a reprodução.

25

3.5 Exa.e andrológico interno

o exame de s tes órg~os é r ea lizado atravé s de palpaç~o

r e lal.

3 .5. Glândula s vesiculare s e dererente

ampola s do duto

As glândulas vesiculares estão localizada s na pélvi s e s ão lobulada (Lar s on 1980) (Fig. 1 e 4).

As vesículas de vem se r de volume e dimen sões iguai s. A s u con s i s t ê nc ia varia com a idade, pa ssa ndo de mol e, no jovem, até rirme, no touro adulto e nos casos patológicos. Quando inflamada s , nas ve s iculite s , as glâ ndul as estão a um entadas de volume e co n s istência e perde m as lobulações (O eri veaux 1967, Ladds 1974, McCa uley 1980). Pode m ainda estar edemato s as e sensíveis. Em alguns casos, a se creção patológica . mi st ura- s e ao s ê men, afetando a s ua qualidade (Galloway 1979). Às veze s , a vesic ulite crônica pode levar à fibrose. A presença de glóbulos brancos no sê men, além da bai xa motilidade, confirmam o diagnó s tico da vesiculite. A morfologia espermática só é alterada, quando é ac ompanhada de epididimite, provocando aumento da cabeça de espermatozóides sem cauda (Galloway 1974).

As seqüelas da vesiculite podem ser as o rquites, epididimites e ampolites.

periorquites, O touro com

vesic ulite deve ser examinado várias vezes, considerando-se a possibilidade de transmissão de agentes patogênicos como Brucela abortus, Corynebacterium pyogenes, e microplasmas, às fêmeas, que por sua vez, os dis se minarão a outros touros (Galloway 1979).

Hipoplasia e aplasia da glândula vesicular também podem ser encontradas, às vezes, associadas à aplasia e hipoplasia da ampola e epidídimo. A ampola localizada entre as vesículas pode sofrer inflamações em conjunto com outros órgãos sexuais (Arthur 1977).

26

3.5.2 Próstata e glândula bulbo-uretral

Inflamações na pélvi s podem afetar a próstata que, uma vez inflamada, pode provo c ar obstrução da uretra e retenção urinária, comprometendo a capa c idade reprodutiva do animal (Oeriveau x 1967). A glândula bulbo-uretra I é raramente afetada, ma s quando a co nte c e, os agente s patogênicos são os me s mos da vesiculite (Ladds 1974) .

3.6 Exame espermático

A s eleção de touro s pela qualidade do muito importante para s e obter progre s s o produti vidade do reba nho ( Hám o ri 1983 ) .

s êmen é um fator genéti c o e maior A a valiação da

capacidad e reproduti va do ma ch o som e nte s e c ompleta com o e xame e s permát i co.

o método de obten ção do e s perma de ve ser tão efi c iente que s e obtenha o má x imo de sê men sem c ontaminação e de boa qualidade para a valiação do animal, e que pos s a s er repetido sem prejuízo para o touro.

3 . 6.1 Método s de colheita do e s perma

3.6.1.1 Eletroejaculação

É o método mais comumente utilizado quando o animal não aceita a vagina artificial ou outros.

Na eletroejaculação bifá s ica, o sêmen e o plasma seminal são liberados através da contração do s mú s culos uretrais, na uretra.

Geralmente nos touros no vos, estímulos de baixa potência s~o suficientes para a ejaculação (até 200 MA) o que, às vezes, não ocorre com animais adultos (8) . Os intervalos dos estímulos podem, no início, ser de 2 a 3 segundos de duração e meio segundo de descanso, de 5 a 10 estimulações. Quando o animal começa a liberar o pré-ejaculado aplicam-se estímulos mais intensos (320 MA) e de maior duração (5 segundos por 15 a 20 vezes) (Grove 1975) .

(8)Silva 1987. Observação pessoal.

27

Muitas vezes a liberaç~o do ejaculado é facililada pelo estímulo mecânico (press~o) exercido na regi~o dorsal e lombar da coluna vertebral.

Estimulações prolongadas podem prejudicar a ereç~o e exteriorizaç~o do pênis, além de estressar o touro.

Na eletroejaculaç~o,

primeiramente o plasma menos denso. Entretanto, a fraç~o de densidade (Grove 1975).

em

em geral, é eliminado seminal ou pré-ejaculado que é

o importante no exame seminal é maior, rico em espermatozóides

tubos graduados e aquecidos a o sêmen é coletado 38 o e, para se evitar patas dos animais. prepucial pode sofrer choque térmico.

o choque térmico, e protegidos das O sêmen em contato com o pêlo queda de motilidade por causa do

O sêmen obtido através do eletroejaculadGr mostra uma concentraç~o menor e volume maior, devido ao plasma seminal, quando comparado ao colhido através da vagina artificial (Austin et aI. 1961), mas apresenta, após a congelação, boa qualidade e fertilidade semelhante aos obtidos por outros métodos de coleta (Grove 1975).

3.6.1.2 Vagina artificial

t o método em que o ejaculado mais se aproxima do depositado na vaca no ato da monta. Este método permite que o touro sirva naturalmente, possibilitando a avaliação do comportamento sexual. Muitas vezes é necessária uma fêmea em cio, contida, para estimular o reprodutor a montar. No entanto, este método só é praticável com touros dóceis e bem manejados ou treinados para esta finalidade.

Alguns montarem paciência

touros só montam após observarem outros em fêmeas contidas. O zebuíno exige mais

devido ao seu temperamento.

Geralmente, para exame minutos (15-30 minutos) subir na fêmea antes de se coleta.

28

de sêmen, e s peram-se alguns para o louro s e manifestar e optar por um outro método de

A v a g i n a a r t i f i c i a 1 , .q u a n d o f r i a , p r e j u d i c a a ejaculação do touro, e, quando muito quente, pode afetar o pênis e provocar estresse, apesar de, às vezes, ser coletado somente com temperatura s acima de 50 0 r (9). A lubrificação deve s er com vaselina estéril.

Antes da coleta, o touro deve sofrer higienização dos membros, posteriores e anteriores, e do prepúcio.

No momento da coleta, o pêni s é que deve ser conduzido à vagina artificial, e não a vagina ao pênis.

coleta seria suficiente para o exame Uma só andrológico do touro só é

imediato, porém, conhecimento mais perfeito possível com duas ou três coletas.

Para Josey (1974) uma preparação sexual (falsa monta) é necessária para estimular a ejeção máxima de espermatozóides, e a fêmea em cio aumenta em 10% o total do ejaculado.

Um touro, através da vagina artificial, pode ter sêmen coletado até diariamente em casos especiais, porém duas vezes por semana é o suficiente para manter a produção espermática normal sem cair a concentração e sem estressar o touro (Josey 1974, Amman & Schanbacher 1983). Os touros só devem ser submetidos a coletas freqüentes, após atingida a maturidade sexual, que se dá, em média, aos 30-36 meses de idade no Nelore (Silva et aI. 1988).

Alguns touros não respondem a método algum de coleta ou apresentam apenas o plasma seminal, prejudicando o exame da capacidade reprodutiva. O exame deve ser repetido alguns minutos após e, se negativo, o animal deve ser descartado por problemas nos órgãos sexuais, e classificado como insatisfatório, no que se refere ao exame de sêmen.

(9) . I Macle 1988. Comunicação pessoal.

29

3.6 . 1.3 Ma s sagem das vesículas seminais e ampolas dos dutos deferentes

Na impossibilidade da utilização do eletroejaculador ou vagina artificial para coletar o sêmen, pode-se obter uma amostragem através da massagem dos órgãos genitais internos, vesículas e ampolas dos dutos deferentes. No entanto, este é um método muito limitado para a obtenção de inseminação artificial de esperma, apesar de o sêmen s er mais concentrado do que o obtido na eletroejaculação (Jo s ey 1974).

A coleta deve ser realizada com os mesmos cuidados que na eletroejaculação, tanto na preparação do animal como no ato de coletar . A primeira fração obtida é secreção glandular e é seguida de esperma rico em células (Galloway 1974).

3.7 Avaliação das características físicas do sêmen

3 . 7.1 Volume, aspecto, cor e pH

O volume pode variar, conforme o método de coleta, de 2 a 6 ml através da vagina artificial, até 25 ml na eletroejaculação, em zebuínos. No entanto, a variação depende, algumas vezes, do próprio animal, da eficiência da contração dos vasos deferentes e cauda do epidídimo, em resposta aos estímulos (Galloway 1974) .

O aspecto reflete a concentração de espermatozóides no ejaculado, e pode variar de cremoso ou marmóreo, leitoso, opaco até aquoso (Zemjanis 1970).

Normalmente a cor do sêmen é brancacenta ou marmórea. Em alguns touros, pode aparecer a cor amarela no sêmen, devido à presença de riboflavinas, sendo, portanto, normal. Existem, também, as cores que representam anormalidades no sêmen, como a vermelha e marrom (sangue) ou sujo (poeira) ou, ainda, amarelada ou esverdeada nos casos de presença de pus (Grave 1968).

30

o pH do sêmen no touro pode variar de 6,4 a 7,8 (Mies Filho 1975) tornando-se mais ou meno s alcalino com a quantidade da secreç~o das glândulas acessórias (Anderson 1945); o segundo ejaculado numa s eqüência de coletas é mais ácido (pH mais bai xo ) e associado a uma melhor concentraç~o e motilidade (Anderson 1945). Para alguns, o sêmen alcalino indica touros estérei s.

3.7.2 Motilidade, mo tilidade progre ss iva individual (vigor) e turbilhonamento

A motilidade (porcentagem de espermatozóides móveiS), apresenta correlaç~o com a fertilidade (Sullivan 1970, Colas 1981), e deve ser avaliada imediat~mente após a coleta do esperma. O sêmen não deve sofrer choques térmicos e aç~o dos ventos, que podem comprometer a sua qualidade. Em condições de campo, a motilidade muitas vezes é prejudicada, sem comprometer, porém, o exame final. O ideal é manter o sêmen, desde a coleta até as avaliações, numa temperatura semelhante à corporal (37,5°C).

A porcentagem de espermatozóides com motilidade progressiva, é melhor apreciada em sêmen diluído, pois, a alta concentração pode prejudicar a avaliação. Nesses casos, a diluição pode ser realizada, imediatamente, com uma solução de citrato de sódio a 2,9% (uma gota de sêmen para uma gota de diluente) para determinar a porcentagem de espermatozóides móveis e motilidade progressiva.

Um animal pode apresentar baixa motilidade numa coleta e alta, alguns dias após. Deve ser observado que a motilidade sofre o efeito de estacionaI idade seja ela representada pela temperatura, nutrição ou umidade relativa (Dede et aI. 1983, Silva et aI. 1987) (Tabela 4). Também a urina, tubos coletores contaminados, pH e relações iônicas do diluidor, calor, frio, além de problemas a nível testicular e outras doenças podem diminuir a motilidade ou até provocar a mortalidade completa das células (Ball et aI. 1983).

3 1

Para uma boa avaliação é necessário realizar duas coletas em intervalos de uma a duas semanas (Sorensen 1979) . Motilidade abaixo de 50% está a ss ociada a baixas co ncepção e fertilidade (Swanson & Herman 1944).

A motilidade progressiva individual ou vigor do espermatozóide é dada em uma escala de O a 5, que representa a intensidade de deslocamento da célula no c ampo do microscoplO. O número representa a totalidade dos espermatozóides em movimento progressivo retilíneo, co m a nota de 5 a 1, com todas as células imóveis, e O (zero) com ausência de espermatozóides (Mies Filho 1975).

O turbilhonamento, ou motilidade em massa, representa o produto entre concentração e motilidade do ejaculado e é classificado em pequeno (1), médio (2), grande (3) e ausente (O) (8lom 1950 b). Não é de grande importância na avaliação do touro, porque pode não apresentar turbilhonamento e ter outros fatores Qe qualidade espermática normais.

3.7.3 Porcentagem de espermatozóides vivos e mortos

O conhecimento da porcentagem de espermatozóides vivos e mortos no ejaculado serve para assegurar a avaliação da motilidade (células vivas) e para se estimar a taxa de diluição no caso da conservação do sêmen (Josey 1974).

As porcentagens de vivos e mortos são determinadas através de coloração de uma amostra do sêmen. As colorações mais comumente utilizadas são de eosina-nigrosina, e fastgreen (Galloway 1974, Josey 1974) (Anexo 8.3). O corante utilizado difunde-se na célula morta enquanto a viva permanece incolor. A lâmina é examinada sob imersão, onde são contadas, no mínimo, 200 células.

Segundo Josey (1974) a mesma lâmina pode ser utilizada para se avaliar a morfologia.

32

3 . 7.4 Concentraç~o

A concentraç~o é dada pela quantidade de células no volume do ejaculado obtido e pode variar com o método de coleta (menor na eletroejaculaç~o), com a nutriç~o,

estações do ano, raça, indivíduo, estado psíquico, além de problemas patológicos (Garcia 1971, Galloway 1974, Dede et aI. 1983, Silva et aI . 1987).

Quando se realizam coletas freqüentes, a concentraç~o

tende a diminuir, sendo, porém, alta nos animais em repouso. Nos animais de centrais de inseminaç~o, onde a coleta é constante e regular, a produç~o espermática também se mantém constante (Amman & Schanbacher 1983).

Nos zebuínos a concentraç~o normal é de" 200 mil a 1,2 milhões de spz/ml através do eletroejaculador e 800 mil a 1,2 milhões de spz/ml na vagina artificial.

No entanto, a concentraç~o, apesar de mostrar até 0,72 de herdabilidade (Hámori 1983), n~o tem correlação com a ferti 1 idade.

A concentraç~o pode ser determinada pelos seguintes métodos:

3.7.4.1 Aspecto (cor)

Cremoso-marmóreo: representa mais de I (um) milh~o de spz/ml;

leitoso: de 500 mil a I (um) milh~o de spz/ml; opaco, leite/aquoso: de 200 mil a 500 mil spz/ml; aquoso-translúcido: menos de 200 mil spz/ml.

3.7.4.2 Câmara de Neubauer-hemocitômetro

Faz-se a homogeneizaç~o da amostra do sêmen previamente coletado e conservado em frascos (0,02 ml de sêmen, por meio da pipeta de Sahli, em 2 mIou 4 ml de solução tamponada de citrato de sódio a 2,9% formalizada), numa diluição final de 1: 100 ou 1:200, respectivamente. A amostra é colocada no hemocitômetro e realizada a contagem dos espermatozóides em cinco quadradas maiores, num sentido diagonal, desde a parte superior esquerda à inferior direita da superfície quadriculada da câmara (Fig. 15).

33

Devem ser considerados os espermatozóides contidos em cada quadrado e também aqueles que s e encontram na linha que forma o ângulo superior direito do quadrado a ser contado.

A contagem deve ser feita nos dois lado s da câmara e o resultado s erá a média dos dois lados. A concentração dos espermatozóides por mililitro, no ejaculado, será o número obtido na câmara multiplicado por 10.000.000 na diluição de 1:200 e por 5 . 000.000 na de 1: 100.

3.7.4.3 Microhematócrito

No microhematócrito é determinada a concentração em porcentagem, lida na escala do aparelho, após a centrifugação. No entanto, este método é pouco utilizado e ainda pouco estudado.

3.7.4.4 Espectrofotômetro

t feita a leitura da concentração em transmitância (T) ao nível de 550 nm de comprimento de onda em espectrofotômetro (Foote et aI. 1978) e, em seguida, comparado o resultado numa tabela previamente preparada, através de equação de regressão de uma amostra de sêmen de concentração conhecida. É o método mais utilizado em laboratórios especializados.

3.8 Métodos de avaliação morfológicas do sêmen

3.8.1 Lâminas úmidas

das características

Para a microscopia de contraste de fase (Hancock 1959), após homogeneização, toma-se uma gota da solução de formol-salina/sêmen e coloca-se entre lâmina e lamínu­la (preparação úmida), sendo contados 200 espermatozóides com um aumento de 1.000 a 1.250 vezes.

É uma metodologia que permite maior precisão no exame das morfologias. Por exigir, porém, um microscoplo especial, está limitada a poucos laboratórios.

34

Este é um mét odo qu e deve s er uti l i za do quand o o de "lâm inas c o r a das " de i xa dúv i da s qua nto à ava li aç ã o de an o rma l i dad es esp er mát i c a s ( An ex o 8. 2).

3 . 8. 2 Lâmina s co r a da s

Est a té c ni c a é a mai s u t ili zada para o exam e da morf o logia e s permática . O exa me é r ealiz a do e m es f r eg a ço de s êmen fr esco co r ado por d iferen t e s té c nica s de c ol o ra ç ã o , c on f orme a dis ponibilid a de de c or a nt e .

Os e s fregaç os podem s e r c or ad o s pe l o méto do de William s modifi c ad o po r La ger l o f ( 1934 ) , eos ina- n ig ros in a ( Gall owa y 19 74 ), ve rmelh o - co ng o ( Cer ov s ky 1976) e fu cc i na ( Ane xo 8. 2 e 8.3).

3.9 Análise das características morfológicas do sêmen

As anormalidade s e s pe r mática s al c ançam 30 % de herdabilidade (Brink s 1972) e uma alta correlação com a ta xa de fertilidade (Han c ock 195 9) . Segundo Velhankar (1969) a fertilidade do touro é depende n te da por c entagem de células anormais no eja c ulado . Po r i s so, o e s tado do sêmen é muito importante para se c onhecer a eficiência reprodutiva do touro.

morfológicas s ão classificadas, As anormalidades segundo Blom (1973), com base na importância dos defeitos

fertilidade, em : defeitos maiores e 16e16A).

e seus efeitos na defeitos menores (Fig .

3.9 . 1 Defeitos maiores

Os defeitos maiores são conseqüências de anomalias ao nível do testículo e epidídimo, e podem comprometer seriamente a fertilidade.

Os defeitos classificados em maiores são: subdesenvolvido, forma s duplas, "knobbed sperm", decapitados, "diadema" ("pouch formation"), piriforme, estreito na base, contorno anormal, cabeça pequena

35

ano rmal, cabeça i s olada anormal, "corkscrew", defeitos da peça intermediá ria, gotas proximais, pseudo-gotas, cauda forte mente dobr ada e enrolada, "dag defect" (Fig. 16 e Ane xo 8.4).

Os defeito s maiores n~o podem ultrapassar 20X e, cada for ma individual 5%, em c a so contrário, a eficiência re pr odutiva na monta natural estará comprometida ( Velhankar 1969, Ball et ai. 1983).

Os defeitos de ca beça, "knobbed sper m", de for t e mente enroladas, têm (dege n eraç ~o) e indicam (Ga r c ia 1971).

"pouch formation", "diadema", peça intermediária e caudas origem no epitélio s eminÍfero

uma espermatogênese imperfeita

No entanto, o s defeitos de cabeça diminuem à medida em Que pa ss am do duto deferente ao ejaculado, porque alguns s ~o fagocitados ao longo da via excretora (Crabo et aI. 1971). Os defeitos de cauda, ao contrário ', aumentam e podem ser encontrado s nos dutos deferentes (Rao 1971).

As anomalias de acrossoma também podem ser observadas e m esperma de touros normais e nos jovens no períOdO da puberdade. No entanto, segundo Becker & Wilcox (1969), os defeitos de acrossoma, da peça intermediária e da cauda s ão considerados como de origem genética.

Uma alta incidência de gota citoplasmática proximal pode indicar imaturidade em touros jovens (Garcia 1971) até 36 meses de idade no Nelore (Fonseca et aI. 1975), e hipoplasia testicular.

O estresse de calor é um dos fatores que causam aumento nas anomalias espermáticas com menor intensidade no s zebuínos (Colas 1980). Dependendo da duração do efeito no testículo, 6 a 14 horas, após 3 a 4 semanas já inicia o aparecimento de anomalias de cabeça, peça intermediária, cauda e gotas proximais.

O importante é que os defeitos, principalmente de cabeça e peça intermediária, não ultrapassem a 5%, para não prejudicar a taxa de concepção.

36

3.9.2 Defeito s menor es

s~o denominada s men o re s , as anomalia s esp e r máti c as menos importante s, talvez n~o lig ada s diretam e nte a proce ss os patológi cos dos te st í c ulo s (Rao 197 1).

Os defeito s men or e s , se gu ndo Blom ( 1973) s ~o: ca be ça ca beças delgada, pequena, larga, gigante e curta ,

isoladas normais, de staca mento de gota di st aI, cauda dobrada e

acros s oma, abax ial, enro l ada . Ai nda s ~o

incluídas a pre s ença de me du s as, célu la s epiteliais, leucó c ito s , eritró c ito s , neutrófilos e bactérias (F ig. 16 e Ane xo 8.4).

Parte de stes defeit os (gotas di sta i s , ca beças decapitadas e cauda dobrada) s ~ o ad quirido s duran te a pa ss agem pelo duto deferente o u duran te a eja c ul aç~o e apresentados por touro s com fertilidade normal (oeriveaux 1967, Ball et aI . 1983 ). Geralmente, o espermatozóide perde a gota citoplasmática distaI dur ante o pro cesso de ejaculaç~o (Blom 1950a, b).

Muita s vezes os choques térmicos no além da manipulaç~o, podem dar orig e m a caudas enroladas (Campbel et aI. 1960).

ato de coleta, caudas dobradas e

Os defeitos menores n~o devem ultrapa ss ar um total de 25% e 10% de anormalidades individuai s (oeschamp s & Pimentel 1979) porque reduzem a fertilidade (Rollin s on 1951). No entanto, em certas condições de realizaç~o do exame, determinados defeitos como cauda dobrada ou enrolada não devem constituir critério de condenação de um touro, devendo ser realizados outros exames.

3.9.3 Total de defeitos

O total de anormalidades de células espermáticas num ejaculado é formado pelos resultados de defeitos maiores e menores contados separadamente (Anexo 8.4).

37

Rollin s on (1951) ob s erv ou que tour os s ubfértei s ap r ese nt ava m de 21% a 41% de a nomalia s es pe rmáti c a s e o s e s té r e i s , ac im a de 41% . Se gundo Ga mci k (1 9 6 6 ), 3 1,6% de a l te r aç ões e s p e rmáti c a s provocam di s túrbio s de f e rtilidade . No s to uro s norm a i s , a média não ultrapa ss ou 13,5%.

o lo t a I de a no r malidad es , de a c ordo c om o Mini s téri o da Agr icul t ura, nã o de ve ultrapas s a r 30% numa c ontagem de, no mínimo, 200 cé lula s (Desc ha mp s & Pim e n t el 19 79) ( An e xo 8 . 5).

o t ouro j o ve m qu e apr ese nta forma s a no rma is de cé l u l as , al é m do e sta be le c ido, não de ve ser c onde na do pa r a r e pr oduçã o , p r in c ipalm e nte no caso do Nelo re. A s ua baixa f e rtilidad e pode se r apa ren te e r e pr ese nt ar , ape na s , imatur i da de pa ss ag e ira.

3.10 Propostas para teste indicat i vo da capacidade reprodutiva

3.10 . 1 Parâmetros seminais

A morfologia, percentuai s de e s permatozóides vivo s e motilidade (movimento s progres s ivo s ) e suas inter-relaçõe s , s ão os parâmetros que permi t em conhecer e c la ss ificar um touro, na sua potencial capacidade r e pr odutiva (Carrol et aI . 1963) . Como o perímetro es crotal tem alta correlação com a produção espermática ( Coulter et aI . 1976) justifica-se a sua entrada na c las s ificação do reprodutor, juntamente com a qualidade e s permálica.

O exame da qualidade espermática reflete celular anterior de 50-60 dias, por isso, parâmetros seminais somente permite fazer um da potenCial fertilidade futura.

a produção o exame do s prognóstico

Foi com base nos conhecimentos expostos que a Sociedade de Teriogenealogia dos EUA, através de Carrol et alo (1963), propôs uma classjficação para determinar a habilidade reprodutiva.

38

Mies Filho et alo (1982) propu se r a m uma t abe l a de classificaçao para 80S taurus e Lobreir o & Mac i e l (1987) para a raça Nelore, a fim de det e rmi na r a habilidade de fecundaçao em no ss a ~ condições (Tab e la s 6 e 7).

Em certa s circunstâncias, o s t our os s ao c la ss ifi c ado s como diferentes, ape sa r de receber e m o mes mo escore, co mo no caso do s touro s joven s que apresentam ce rt as característica s espermáticas co m de f ei to s morfológ i cos (gota s proximai s e di stais ) .

A c lassifi c açã o prop os ta permite u tili za r o potencial do reprodutor com critério mai s a pur ado na forma ç ão de grupo s equilibrado s de touros e em tal proporç ão to uro: vaca que re s ultará em maior eficiên c i a na monta a ca mp o (Tabelas 5 e 7).

3.10.2 Parâmetros de comportamento

o exame espermático, por si só, nao se con s titui num exame perfeito para classificar um reprodutor, apesar de sua correlaçao com a fertilidade (Brinks 1972).

o exame das condições físicas, libido e comportamento de monta sao essenciais para complementar a clas s ificaçao final do reprodutor.

Nos touros jovens zebuínos, a avaliaçao da libido e comportamento de monta, às vezes, é prejudicada pelo comportamento social de touros de idades diferentes. E, em geral, a avaliaçao antes do períOdO de monta é de difícil realizaçao a nível de fazenda. No entanto, a observaçao do touro em trabalho pode servir para a sua avaliaçao.

Os defeitos físicos, além de apresentar uma alta herdabilidade, podem comprometer a habilidade reprodutiva. Portanto, os parâmetros de comportamento, principalmente a libido, o comportamento de monta e as condições físicas, devem fazer parte da classificaçao de um touro, a fim de não comprometer a eficiência reprodutiva de um rebanho (Tabela 5).

39

3.10.3 lnter-relaç:lo entre parâmetros se minais e de comportamento

o exame do reprodutor é realizado, comumente, antes da venda, ou do período de ~onta, ou quando surge m problemas no período de monta.

Nesta situa ç:lo, nem semp re os valores dos parâmetr os s e minai s s~o acompanhados obrigatorIamente dos me s mos pad rões de comportamento.

o touro avalia do com qualidade seminal óti ma pode c omprometer a eficiência reprodutiva no c ampo, com libido e comportamento baixos, além de p roblemas físico s e de s aúde mai diagnosticados.

A class if icação final de um touro, observados o s c ritérios de idade, só é completa, respeitando a inter-relação entre os padrões seminai s e de c omportamento . Nas Tabelas 5 e 7 são p ropo~tas sugestões para cla ssific ação de touros submetido s a exame andrológico .

4 PRINCIPAIS ANORMALIOADES QUE COMPROMETEM A CAPACIDADE REPRODUTIVA

4.1 I.potência ·coeundi·

~ a incapacidade ou dificuldade de realizar a cópula normal. As vezes, o ato do coito é impossível ou difícil, c onservando, entretanto, a capacidade de fecundação (G r ove 1975).

4.1.1 Comportamento sexual

4.1.1.1 Ausência ou insuficiência de libido (fr i gidez)

Existem distdrbios do si~tema nervoso e com os níveis hormonais que podem ser he r editária, acentuados pelo meio ambiente 1967, Galloway 1974, Arthur . 1977), que libido e o comportamento de .onta.

sua relação de origem (Deriveaux

prejudicam a

40

Algumas raças podem ser mais tardi as do que outras, em mostrar interesse pela mon ta. A Angus mostra lib i do aos 12 meses, enquanto que a Nelore so mente e ntre os 18 e os 24 meses, com alguma s exceções (10) , desenvolvendo, portanto, os sistemas nervoso e endó crino mais lentamente (Galloway 1979).

Há fatores secundários que afetam a lib id o, co mo trabalh o s e xual e xagera do, aliment ação deficiente, mudança de ambiente, do r, desconfor t o, ca n s aço, pre s ença de pessoas ou de touros dominantes. Até me sm o o par asitismo e supe r alimentação pode m retardar a manifestação da libido em touros joven s (Der iveau x 1967, Galloway 19 74 , Che noweth 1980). Proble mas nas articulaç ões e doe nças, como lesõe s no apa relho reprodutor externo, também podem afetar a libido.

o diagnóstico é re a lizado em pres ença da fêmea em cio. O touro deve mostrar pela fêmea imedi ato interesse, que, no entanto, pode variar de acordo com a sua idade. O touro europeu mostra interesse mais rapidamente do que o zebuíno. Por isso, para os zebuínos, deve-se escolher um local calmo, sem a presença de pessoa s e formando grupos de mesma idade.

O tratamento para a libido deficiente, dependendo da causa, pode ser realizado com a mudança de alimentação, aplicaç~o de vitaminas, movimentação diária, evitando excesso sexual e, mesmo no caso de causas no sistema nervoso central, fazendo aplicações de testosterona ou de FSH (hormônio folículo estimulante) e altas doses de hormônios lutelnicos (Galloway 1974, Arthur 1977) .

4.1 . 1.2 Anormalidades de comportamento de monta

Há fatores genéticos e ambientais que influenciam o desenvolvimento da função raprodutiva e o comportamento (Deriveaux 1967, Galloway 1974) .

(10) Silva & Dode, 1987. Dados nAo publicados.

4 1

A superalimentação ou dIeta proteína podem afetar indIretamente 1967, JarrIge et aI. 1981).

pobre em energia e a libido (Werkmeister

o calor pode interagir na capacidade de monta, porém, touros mais adaptados do que outros aos quent es (De Alba & Riera 1966).

havendo climas

o tamanho dos currais de acasalamento e das pastagens, e a localização dos bebedouros também podem afetar a atividade de monta, como é o caso do pantanal mato-grossense, onde os piquetes de 1 . 000 a 2.000 ha exigem dos touros grandes caminhadas, e provo c am proporção desequilibrada de touro/vaca, agravada pelo desconhecimento da libido dos touros.

o domínio social dos touros mais velhos deve ser observado quando colocados com outros mais novos, pois a competição pode afetar a atividade sexual e fertilidade. É necessário conhecer o comportamento social dos touros jovens ao serem colocados no rebanho e, se dominantes, deve-se conhecer a sua capacidade de fertilização (exame andrológico). O touro dominante pode impedir até três fêmeas de serem cobertas (Blockey 1976b).

As anomalias de pênis (desvio ou encurtamento) e de prepúcio, de origem hereditária ou adquirida, assim como transtornos hormonais, hérnias abdominais e inguinais e inflamações afetam a cap?cidade de cobrição pela dor que podem provocar, tanto na ereção quanto no ato da monta.

4.1.1.2.1 Ausência ou insuficiência de ereção

É observada principalmente em touros jovens, e pode ser de origem congênita.

O pênis fica flácido durante a fase de excitação e do salto, tornando impossível a cópula.

A causa é motivada pela perturbação central ou periférIca da ereção (cérebro, medula espinhal, nervos sImpátIcos, parassImpátIcos e periféricos) (DerIveaux 1967, Arthur 1977).

42

No caso da hipopla s ia ( infantili s mo) do pê ni s nã o há desenvolvimento e a exterioriz açã o é i n s u f i c i e nt e , prov ocando di stú rbio na ereção (Oeriv ea ux 1967) .

Nã o existe tratament o quando a causa é hereditária. No entant o , quando nã o se tratar de infantili s mo , pode - s e tentar o tr a tamento ho rmon al, sendo porém O prognóst i c o desfavorável .

4.1.1.2.2 Transtornos de ejaculação

Na hipo ou epispádias (aberturas an orm ais da uretra) a uretra não alcança a glande do pên is e a ejaculação é feita fora da cavidade vaginal. Além di sso , há favorecimento de inflamações causadas · pela urina e m contato com o prepúcio (Grunert 1967). O prognósti c o é desfavorável.

4.1.1.2 . 3 Ausência de ejaculação

Alterações do músculo retrator do pêni s podem prejudicar a ejaculação. Os touros com o encurtamento do músculo retrator e o não relaxamento do "5" peniano, não exteriorizam o pênis suficientemente. Este problema pode ser, em geral, de origem heredItária e, às vezes, por distürbios da transmissão dos impulsos nervo sos . O tratamento não é indicado (Arthur 1977, Deriveaux 1967).

A falsa direção do pênis durante a ereção pode prejudicar também a ejaculação. O pênis é dirigido para baixo da vulva. Isto é devido à existência de um ligamento entre a glande e a mucosa prepucial que, na ereção, leva o pênis em direção ventral. Deve-se fazer a resseção do ligamento (Walker 1980). Também o touro com o pênis em "saca-rolha" pode ter o defeito corrigido, porém, pela possível origem genética da anomalia, o animal deve ser eliminado (Arthur 1977, Hámori 1983).

O salto incompleto pode prejudicar os reflexos de ejaculação devido à falta de contato da glande com a vulva e ausência da excitação do contato. Pode ser defeito de origem hereditária, e os animais devem ser afastados do rebanho (Galloway 1979).

A pneumovagina também e jaculaç~o, pela falta mu c o s a vaginal.

43

pode de

provocar a ausência de contato entre a glande e a

Os cálculos uretrais provocam espa s mo da musculatura e imped e m a ejaculaç~o, retendo o esperma que é eliminado gota a gota . Os animais mostram libido e realizam a mont a , no entanto, n~o ejaculam (Deriveaux 1967). O tratamento n~o existe, por isso deve-se eliminar o animal da reproduç~o.

4.1 . 2 Sistema locomotor

Muitas vezes existe a incapacidade de cobriç~o, apesar da presença da libido, por problemas de articulações no jarrete, lombo sacral, anomalias das pernas e pés, e osteodistrofia degenerativa (Galloway 1974, Arthur 1977, Sorensen 1979) (Fig. 7).

Existem problemas no sistema locomotor, ~omo contusões e fibromas, Que são passíveis de tratamento, não prejudicando a atividade sexual futura do reprodutor.

4.1.3 Prepúcio externo e interno

4.1.3.1 Inflamações da mucosa peniana e prepucial Balanopostite catarral

É observada com freqüência nos touros.

As causas predisponentes s~o: o prepúcio longo, orifício estreito, nanismo, Que predispõem a ferimentos em pastagens, camas de baias, durante a cópula, além de pisaduras e tratamentos com soluções irritantes (Deriveaux 1967, Arthur 1977, Walker 1980). E as causas determinantes s~o Trichomonas e Necrophorus, entre outras (Grunert 1967).

Os sintomas clínicos s~o de inflamação aguda: edema, rubor, sensibilidade da mucosa e distúrbios da micção. Pode haver, também, presença de ulcerações e abcessos na mucosa prepucial (Walker 1980) e, às vezes, há excreção mucopurulenta, que pode afetar o pênis. Como conseqüência, há impossibilidade de monta por causa da dor, apesar da permanência da libido.

44

A inflamaçã o do pr epúc i o , qu a nd o não co n tro l ada , leva ao fechament o do o ri f í c io ( fim os e ) , não ha ve ndo, portanto, a e x t e ri o ri zação do pê ni s ( De rivea u x 196 7) .

Os touro s podem s e co n ta minar f a c i lm e nt e dur a nte o coito, quando as fêm eas poss uem inf e c ções do a parelh o genital, e dis s eminá-l as a tr av é s da monta ( Ma t e r a 196 5 ) .

As inflamações , dep e nd e nd o de sua intens id a de , podem ser t r atadas e sanad a s . O t r ata ment o s e f az pe l o re pouso se xual, lavagens anti ss épti c as e apli c a ções de s ul f as e antibióticos na mu c osa prepu c ial e pê n is, adicionad o de aplica ç ões sistêmi cas de a ntibióti c o s ( Wal ke r 1980 ).

Deve-se provo car, apó s sexual e, se po s sível, mucosa peniana e prepucial,

o tratament o , a e xc itação aplicar pomada s protet o ras na

após o coito.

4.1 . 3.2 Aderências, ferimentos e forma ç ão de abcessos na mucosa prepucial - postite adesiva

As lesões da mucosa podem (Corynebacter iu .. pyogenes) e que podem impedir a ereção do

ser seguida s de abcessos de aderências cicatriciais

pênis (Deriveau x 1967).

É necessário, portanto, retirar o abcesso e tratar o ferimento com antissépticos, pomadas cicatrizantes e antibióticos (Walker 1980).

AS aderências crônicas e o estreitamento da mucosa prepucial congênita encontradas nos touros novos são incuráveis, portanto, os animais devem ser eliminados da reprodução (Deriveaux 1967).

4.1.3 . 3 Neoplasias no prepúcio

São freqüentes os papilomas, fibromas (benignos) , podendo ser conseqüência traumáticas.

e angiomas de lesões

Os carcinomas e sarcomas (malignos) e nódulos decorrentes de tuberculose e actinomicose também podem ser encontrados, de tamanho variável entre ervilha e avelã (McEntee 1950, Oeriveaux 1967, Ladds 1974, Walker 1980) (Fig . 9) .

45

o diagnóstico só é feito c om a pêni s , através de tranqüilizantes, no ato da coleta de sêmen . Após gotejam e nto de sangue através do prepúcio.

exteriorização do salto ou ainda, no salto pode haver o

4.1.3.4 Pro lapso do prepúcio

É causado por irritação do pênis e do prepúcio, como infe cções, feridas, ge néticas (Deriveaux

hematomas e, às vezes, 1967, Walker 1980).

têm causas

o animal jovem com prepúcio longo, além do normal dentro da raça, deve ser evitado para reprodução. As vezes, a mucosa prepucial edematosa sobressai pelo orifício prepucial, entrando em contato com o solo e hastes de capim, provocando inflamações (Fig. 6). Em conseqüência da inflamação pode se observar ulceração, necrose ou formação de um anel fibroso que impede a saída do pênis (fimose) (Deriveaux 1967, Walker 1980).

O tratamento pode ser preventivo, cuidados higiênicos e operação plástica do prepúcio (postoplastia). Entretanto, com isto, o defeito pode estar sendo transmitido aos filhos.

O tratamento médico consiste na aplicação de duchas, antissépticos, quimioterápicos e antibióticos tópicos, além de corticosteróides (Matera 1965).

Pode-se, também, fazer a aplicação sistêmica de antibióticos, quimioterápicos, anti-histamínicos e proteinoterapia.

O tratamento cirúrgico consiste na eliminação das lesões prepuciais, preservando o folheto prepucial. E após a cirurgia são aplicados antibióticos, quimioterápicos, anti-histamínicos, corticosteróides e duchas (Larsen & Bellenger 1971). Os animais devem ser mantidos próximos às fêmeas para exercício funcional do órgão, colocando-os definitivamente juntos, após a cicatrização completa.

46

4.1.4 Pêni s e glande

4.1.4 . 1 F íslula sa nguinolenta

As vezes aparecem hemorragia s durante a ereção, e estas hemorragia s s ão conseqüente s de ferid as Ou hemangioma s (Walker 1980). Quando o s angue s e mi s tura c om O esperma a qualidade deste fica comprometida, afetando a fecundação (Fig. 9).

o diagnóstico recomendando-se a 1980) .

é re se rvado, até desfavorável, cauterização e repou so sex ual (Walker

4.1.4.2 Hematoma do pênis (fratura do pêni s )

desvios quando

195 2 ,

Os hematomas por ruptura são con se qüên c ias do s viciosos do pênis no momento do salto. A ruptura, ocorre, é geralmente no "5" peniano (Farguharson Deriveaux 1967) (Fig. 8).

Após o acidente há tumefação doloro sa e edema tosa na região situada diante do escroto e formação de hematomas impedindo a ereção. Pode haver, ainda, prolap so do prepúcio devido ao hematoma. O animal, em conseqüência, pode sofrer de xifose, dificuldade de locomoção e impotência por causa da dor. O prognóstico é favorável se a cirurgia for praticada de imediato, antes que se organize o hematoma e ocorram aderências (Deriveaux 1967, Walker 1980). No entanto, é necessário que se faça um diagnóstico diferencial de abcesso do prepúcio, aderências e tumores, devendo, inclusive, ser necessário, uma punção (Walker 1980).

O tratamento pode ser de repouso sexual,

fe it a, se

por algumas semanas, no caso de hemorragias pequenas e, nas grandes hemorragias, o tratamento é cirúrgico, 5 a 6 dias após o acidente. Deve ser retirado o coágulo e após, provocar a excitação sexual, devendo, porém, ser evitado o salto, com a presença de fêmeas próximas e em cio. A bainha prepucial deve ser tratada com solução fisiológica e antibióticos (Walker 1980).

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4.1.4.3 Paralisia do pêni S

Pod e oc orrer cau s ada por traumatlsmo s , infe cç ões e inflamações qu e pr o vocam a deg ene raç~o nervo sa (Deriveaux 19 6 7) .

Pode-se recuperar com repouso poré m, aconse lha- se a amputaç~o do animal da reproduç~o (Alfonso

4 . 1.4 . 4 Neoplasias do pênis

prolongado. As vezes, do pênis ou a eliminaç~o 1967).

As neoplasias que ocorrem no pênis podem dificultar s ua exteriorizaç~o e a ejaculaç~o (Fig. 9). Deve ser feita bióp s ia para a determinaç~o histológica da neoplasia, após a cirurgia (Galloway 1974). No caso de tuberculose, o animal deve ser afastado da reprodução (Deriveaux 1967).

4.1 . 4.5 Balanopostite

O touro é freqüentemente acometido de glande (balanite) em conjunto com (postite) .

inflamação da a do prepúcio

O prepúcio longo e abertura estreita da bainha prepucial s~o fatores predisponentes para esta afecção. O problema é agravado com os traumatismos, desvio brusco do pênis e substâncias irritantes.

O pênis e o prepúcio apresentam-se inflamados provocando baixa atividade atinge os testículos.

sexual que se agrava quando

O tratamento consiste em repouso sexual e uso de antissépticos e antibióticos. O prognóstico depende da extensão da afecção.

4.1.5 Impotência "coeundi" por doenças

As patologias como doenças internas, infeccio s a s , parasitárias, piroplasmose e bernes, e doenças de pele, podem provocar a impotência "coeundi" (Deriveaux 1967; Ladds 1974). No entanto, animais com doenças curáveis

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podem ser utilizados na reprodução, após o tratamento, mas, quando portadores de defeitos hereditários (paresia espástica dos membros posteriores, frieiras) não devem ser utilizados na reprodução.

4.2 Impotência "generandi-

É a incapacidade de gerar prole, após a cobrição normal e completa em todas as suas fases.

4.2 . 1 Aspermia

No coito não há eliminação de esperma. Pode ser conseqüência de alterações patológicas dos órgãos reprodutores e perturbações centrais.

4.2.2 Azoospermia

Não há espermatozóides no líquido seminal devido à não produção ou à absorção desses.

4.2.3 Oligospermia

Existem poucos espermatozóides no líquido seminal.

4 . 2.4 Necrospermia

Os espermatozóides estão inicialmente mortos ou morrem devido a processos inflamatórios. Deve ser confirmada pela coloração vital. O diagnóstico da necrospermia, assim como o da azoospermia e da oligospermia, é confirmado após varIOS exames de sêmen proveniente de diferentes técnicas de coleta.

4.3 Alterações dos testículos

4.3 . 1 Intersexos

O animal é anatômica e patológicas, o femininas, mas 1967) .

normalmente dotado dos dois sexos, funcionalmente. Em certas condições animal apresenta gônadas masculinas e

sem qualquer funcionalidade (Deriveaux

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Nos bovinos é uma aberração genética rara, prejuízo para a função reprodutiva.

4.3.2 Criptorquidismo

com total

A condição na qual um ou ambos os testículos não descem completamente do abdômen ao escroto, durante a fase fetal, chama-se criptorquidismo. O criptorquidismo não é comumente encontrado nos bovinos.

O criptorquidismo tem na genética a sua causa, e a ocorrência completa ou não desta migração, result3 em distúrbio na espermiogênese e no sistema endócrino, causado pelo desequilíbrio térmico.

Os animais criptorquídeos poderão apresentar libido, porém com aspermia no criptorquidismo bilateral e sêmen normal no monorquidismo. No entanto, pela procedência genética desta anormalidade, o animal deve ser castrado (Skinner & Rowson 1968).

4.3.3 Hipoplasia

Pode ser congênita ou adquirida e, uni ou bilateral (Galloway 1979) (Fig. 11).

Em decorrência da hipoplasia os testículos são pequenos, de tamanho abaixo do normal e de consistência variando entre dura e mole. Histologicamente, a hipoplasia apresenta-se em pequena porção podendo estender-se até grandes áreas de túbulos afuncionais, comprometendo a porcentagem de espermatozóides normais e a fertilidade.

Os fatores exógenos que poderiam provocar a hipoplasia são os distúrbios hormonais, deficiências vitamínicas, toxinas, metais pesados (cádmio) contidos em sal mineral, doenças durante a vida intra-uterina e a subnutrição, principalmente no período púbere. Apesar das melhorias nas condições de manejo e nutrição, o uso de animai s hipoplásicos para reprodução pode estar contribuindo para disseminação do problema no Brasil, com uma incidência de cerca de 5% (Vale Filho & Pinto 1988).

50

Na hipoplasia, dependendo do grau de co mpr ome time n to dos túbulos seminíferos, os eja c ulad o s são de concentração e motilidade baixas ou a use nt es e , muit a s vezes com alto nível de anormalidades e s permáti c a s , co mo , defeitos de peça intermediária, cauda, ca be ç a se m ca ud a, gotículas citoplasmáticas isolad a s, e a c r osso mas , comprometendo a fertilidade (Galloway 197 4, Ar thur 19 77).

Como há sempre a suspeita de orig e m he r ed itári a , o s animais devem ser afastados da reprodu ç ão.

4.3 . 4 Degeneração testicular

Consiste na redução da eficiência do órgão, diminui ç ã o ou aumento de consistência dos te s tículo s s egundo a intensidade da fibrose, com distúrbio total na espermatogênese (Deriveaux 1967, Arthur 1977) . Segund o Fonseca (1976), as primeiras manifestações da degenera ç ão testicular são: a fertilidade bai xa e a eleva ç ão de anomalias espermáticas.

A degeneração é classificada, conforme as fases da síndrome, em : hidrópica de consistência macia (flácida), atrófica, esclerose dos testículos e calcificação testicular (consistência dura).

A degeneração é causada por distúrbios de saúde, principalmente quando acompanhados de febre, to xemia e infecção local com abcessos, que resultam em distúrbios da termorregulação escrotal.

Existem, ainda, fatores de origem hereditária, endócrina, nutricionais como avitaminose A, agravada na seca, a subnutrição crônica, arsênico, e cádmio, agentes clorados e também fatores próprios do animal, que podem provocar baixa temperatura nos testículos causada por falhas circulatórias. A degeneração pode ocorrer, também, em animais gordos, que se deitam muito, sofrendo por isso, a nível testicular, elevado aumento de temperatura e umidade, agravado por estarem em contato com forragens quentes e úmidas. Muitas vezes, os animais preparados para exposições estão sujeitos a desequilíbrio

5 1

nut ri c i ona l, a l ém de des ba l ancea me nto da t e mp eratura a n í ve l testicular, pr ovocando a de ge neração (Gallow a y 1974 , Gr ove 1975 , Arthur 1977).

o es t a do gera l do an im a l e a l ibido são normai s , no en tanto , os te s tí cu l os apresenta m- s e co m co n s istên c ia e volu me al ter ados e o esperma co m baixa motilidade e bai xa co nc e ntração (Blom 1950 b) co mp ro metendo, ass im, a fert ilid ade . Segundo Va l e Fil ho et a I. (1974) a causa mais freq üente da baixa fert ilida de no Brasil é a degeneraçã o, sen do mais e ncont rada no s touros de o rig e m euro péia do que nos zebuí nos (Tabela 2 ).

As a noma li as espermáticas mais freqüentes na degeneração test i c ul a r são as ca uda, def e ito s de cauda , p r ox im a i s , que acima de 40% ( Lagerlof 1934) .

de cabeça , cabeça s e m gota s c i top l a s máti cas

diminu e m a fertilidade

o a par e cimento de cé lul as anormais imatura s (Lagerlof 1936) e a umento nor mais, ocorrendo de 10 até 50 dia s so frer um traumati s mo. Segundo alterações es per mát ica s são paralelas testículo.

ini cia co m cé lul as de ca beças iso l a das

apó s o testícu lo McEntee ( 1970) as

à s alterações do

NO diagnóstico, é necessarlO diferenciar a deg e neração de hip op lasia de caráter congênito, da redução do volume dos testículos. Também pode ser confundida com a orquite crô nica, que altera a consistência, provo ca aderências, porém apresenta evolução diferente (Galloway 1974) . O e xa me de sêmen é mais eficiente do que a palpação para diagnosticar a degeneração testicular moderada (McEntee 1958) .

A degeneração não possui um tratamento específico e, o sucesso deste depende do grau da degeneração, podendo levar de uma semana até meses para total recuperação (Ortavant et aI. 1969, Galloway 1974). A morfologia normal somente é restaurada após o restabelecimento da concentração e da atividade do espermatozóide.

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A vitamina A pode auxiliar na r eg e n e ra ç~o . Entretanto, as degeneraçõe s pr of und as tê m mau pr ogn ós ti co (Deriveaux 1967 , Galloway 1974).

4.3.5 Orquite

É a inflamaç~o te s ti c ular e pode s er aguda ou c rônica. A causa mais freqüent e é a bru c elo s e pode ndo, no e ntanto, ser causada por tuber cu l os e, infe cções por C. pyogenes, estreptococoses e piropla s moses , que pod em se r ad qui rid as das fêmeas dur a nt e a ép oca de monta ( Deri vea u x 1967) .

Na o rquite a guda há a ume n to do tamanho dos t estí c ul os , dor e calor, e dist ú rbi o no estado geral , co m a p rese nça de febre, resp iração a ce l erada e inap e t ê ncia (F ig. 11 ). O te stícu lo se t o r na f irme à palpaç~ o . · A mobilid a de te st i cu lar , de v ido às aderên c i as entre as s er osas , pode estar comprometida ( Gr uner t 19 6 7, Gallo way 1974) .

Na orquite crônica o testículo d iminui de volume, tornando-se duro e insen síve l à palpaç~o. No eja c ulado é observada a pre s ença de l eucó c ito s e células gigantes (Grunert 1967).

A orquite é quase sempre se guida de testicular, atrofia ou degeneração testicular 1967, Deriveau x 1967, Arthur 1977). Geralmente possível a recuperaç~o da espermatogênese.

necrose (Grunert

não é

Quando a alteração é unilateral pode-se efetuar a castração.

Nos processos subagudos pode-se tentar o tratamento com antibióticos (Deriveaux 1967, Galloway 1974). Entretanto, quando se trata de orquite de origem brucélica, o animal deve ser eliminado da reproduç~o.

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~.~ Alterações epididimárias

4 . 4.1 Ag e nes ia

t de orig e m he r e ditária. Há azoospermia na agene s ia bil a t e ral e o a nimal dev e s er eliminado da reprodução (D e riv e au x 196 7) . Muita s ve zes, há ausência do corpo e da c a uda do e pidídimo, bem c omo do canal defer e nte. Animais a fetado s em ap e na s um lado podem apres e ntar sêmen normal (Arthur 19 77) .

4.4. 2 Hipoplasia e má formação

Existem casos de hipopla s ia epididimária, geralmente de cau s a genéti c a, e o animal deve ser eliminado da reprodução.

Parece que a origem está na ausência congênita do desenvolvimento do epidídimo (Arthur 1977) . D alto número de células decapitadas no ejaculado .pode sugerir hipoplasia (Williams 1965), além de alterações de cabeça, cauda, gotas proximais e baixas motilidade e concentração .

4.4.3 Epididimite

A epididimite pOde ser crônica ou aguda e, muitas vezes, ocorre juntamente com a orquite. As causas mais comuns são os traumatismos e as infecções (Fig. 11).

Ante a palpação, o epidídimo apresenta-se com edema, durQ e com pouca mobilidade, e no esperma, observa-se grande quantidade de espermatozóides mortos, leucócitos e células epiteliais (Deriveaux 1967).

Devido à epididimite, às vezes, podem ocorrer distúrbios de passagem no epidídimo, disfunção epididimária, provocando ausência total ou parcial de espermatozóides e alto nível de caudas dobradas e enroladas (Rollinson 1951, Swanson & Boyd 1962).

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Segundo Gustafsson (1 965), a deg e ne raç ã o te s ti cular é acompanhada de distúrbi os na fun ção e p i didimári a , c omo concentração i ôni c a e a l t era ç ões met a bó li ca s, pr ovoc and o com isso anormalidade s es pe rmáti c a s . Ta mb é m a a çã o direta do calor sobre o epitéli o do epidídim o pode se r um f a tor de disfunção.

Na epididimite em gera l não há tr a t amen t o . Pode - se , no entanto, tentar o tr a tament o co m antibi ó ti c o s ou quimioterápico s .

4.4.4 Disfunção do epidídimo

Uma alteração histop a t o lógica no e pidídimo c onduz à modificação do quadro es perm át i co norm a l e, em conseqüência, colo c a e m risco a fertilidad~.

A patologia de cauda (dob r ada ) pe r s i s t e nte, em nívei s elevados, em diferentes períod os de c oleta, e subferti l idade no rebanho, permite s u s peitar de di s função epididimária (Vale Filho 1975) .

Segundo Gustaf s son (1965), os bai xos níveis de sódio e potássio na cauda do epidídimo também favorecem a incidência de espermat ozóides c om caudas dobradas e enroladas. E me s mo o desprendimento da gota citoplasmática é prejudi cado pela elevada proporção de caudas dobradas , que nã o s e movimentam s uficientemente.

Enquanto patológi co animais s ão 1965, Vale

houver le s ão no epidídimo, o quadro do esperma permane c e . No e ntanto, quando os submetidos a teste de e xaustão (Gustafsson Filho 1975 ), a tendência é melhorar o quadro

espermático com maior mot ilidade e menor proporç ã o de cauda dobrada e de gotas distais, confirmando o diagnóstico de disfunção epididim á ria.

Por isso, a disfunção epididimária deve ser confirmada com o teste de exaustão ( Vale Filho 1975) que pode variar de 5 até 20 coletas, observando qual a persistên c ia do quadro espermático durante um certo perí odo de tempo.

Pela possível animais devem adequado manejo desenvolvimento

transm i s s ibilid a de desta afecção, os s er e liminados . Melhor alimentação ,

e controle da seleç ã o podem evitar o desta anormalidade .

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4.5 Alterações escrotais

4.5.1 Agente s naturais e químico s

Muitas vezes, os traumati s mo s , bem como a s arna, lricófilo s , carrapatos, queimadura s do so l, frio e calor, além de banho s com agente s clorado s e radiações, podem provocar dislúrbios na termorregulação, afetando a es perma t ogêne s e (Grove 1975).

A cor da pele e pêlos do e s croto na raça Nelore em animai s me s tiços, cuja pele varia de ró s ea a pigmentada, parcial ou totalmente, e no pêlo, de branco a preto, pode apre s enlar maior ou menor s ensibilidade ao s ataque s de carrapato s , à intensidade s olar e a banho s c om carrapaticida s . Dependendo da inten s idade do ag e nte c au s ador há um engro s samento da pel e , prejudic a ndo, c om i s to, a termorregulação te s ticular.

o tra t amento pode ser feito comba t endo a c au s a e aplicando pomada s à ba s e de óxido de z inco e óleo de fígado de bacalhau para a regeneração da pele.

Animais com pele rósea e pelagem branca, no escr o to, devem ser observados com maior atenção, quando c olo c ados em pastagens sujas e em regiõe s de maior intensidade s olar.

4.6 Alterações nas glândulas anexas

4.6. I Glândulas vesiculares

A inflamação da glândula vesicular, chamada vesiculite, ocorre com certa freqüência nos bovinos e provoca aumento de tamanho, fibro s e, aderên c ias e perda da lobulação.

A vesiculite pode ser uma cons e qüên c ia de contaminação da .mucosa prepucial e pênis . Os agentes infeccioso s como B. abortus, C. pyogenes, além de micropl a sm as , e s trepto e e s tafilococos, podem causar vesiculite (Ladd s 1974).

O ejaculado é alterado e em forma de grumos e a motilidade diminuída. A fertilIdade pode não ser afetada, mas há risco de transmissão da doença durante a cópula . A

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morfologia espermáti c a s ó é alt e r a da qu a ndo amp o lite e epididimite acompanham a ves i c ulite.

O tratamento pode s er f e ito co m a ntibi ó ti c o ~ .

Muitas veze s e xiste uma a pl as i a da ve s í c ul a o rigin a da de uma aplasia s egmental do duto me so né f rico, ma s o t our o continua fértil. Nd entanto, com o s e tr a t a de um a condição hereditária, o animal de ve ~e r eliminado da reprodução (Ladd s 1974) .

4 . 6.2 Ampolas do duto deferente

Quando há aplasia da ampola ou s egmento s do vaso deferente do epidídimo, pelo meno s um te s tí c ulo não pode contribuir para o ejaculado. Es te s animai s de vem s er eliminados da reprodução (Galloway 19 74).

Pode ocorrer ampolite cujos 1974).

juntamente com a agentes causais

vesiculite s eminal, a s ão s emelhantes (Ladds

Na ampolite há um ligeiro aumento no diâmetro da glândula, podendo haver endurecimento e aumento de tecido conjuntivo em torno da me s ma (Ladd s 1974).

4.6.3 Próstata e glândula bulbo-uretral

A próstata e a glândula bulbo - uretral podem sofrer inflamações de causas semelhantes às da vesiculite, porém a freqüência é baixa (Arthur 1977). Existe possibilidade de dilatação, infecção e necrose das glândulas bulbo­-uretrais com a utilização de rações estrogênicas.

5 INFLU(NCIA DA NUTRIÇAO, IDADE E MANEJO DA CAPACIDADE REPRODUTIVA

5.1 Fatores nutricionais e funções reprodutivas

A prOdutividade de um rebanho depende, em grande parte, da sua eficiência reprodutiva que, por sua vez, encontra no manejo nutricional o principal fator limitante ou determinante.

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Em co nd i çõe~ nor m a i ~ de c riação , a s~ ume-se que os mac hos de linado ~ à repr odução dev pm r ece ber uma

lim e nl a ção ~ ufi c ienl e para qu e r e ve l e m, des dp cedo, a ~ u a p l e na c apa c id a de reproduliv a . Na r e a lid a de , p e l a c omp l ex i dade do~ f a t o r e s qu e ca r a c l e ri za m a c r i ação de bov i no s de c o rl e , ~ ão pouca s a s vez e~ em que 0 5 a nim a i s r ece bem uma dieta realmente e quilibrad a.

o ef e ito de um a def i iên c i a Ou me s mo de um exce s s o a lim e nl a r é ob s e rv a do co m O t e mp o . ~ nece s~ á ri o qu e e s ta s ilu ação ex i s t a por um l ongo perí odo, por exe mpl o , durante toda a fase de c re sc imenlo. Oe s ta forma, podem s urgi r a lteraçõe s da estr utur a do aparelho r e produtor e, c onse qüentemenle, do s êm e n. No entanlo, uma s impl es modifi caç ão n a qu a lid a de do s êmen não s ignifica que ocorreu qualquer modi fi cação no genilal do animal, pode porém indi c ar, dentre outro s , um dese quilíbr i o a lim e ntar que, se resolvido, pode reverter o proce sso.

Na opinião de Morri so n (1959) existe um nutriente que po ssa rela c ionado com a fertilidade dos

e Meyet ( 19 72 ) não ser es pe c ific a mente

reprodutore s . Segundo aquele s autores, só o equilíbrio e ntre proteína s, minerai s e vitamina s a sse gura o de s empenho reprodutivo adequado.

de s envolvimenlo e

Dentre lodas as fa s e s da vida reprodutiva, a puberdade, por se r o se u iní c io, é a mais influenciada pela alimentação, tanto oferecida em excesso como em deficiência.

A alimentação equilibrada pode levar ao aparecimento da puberdade mais cedo, ou seja, o animal inicia a produção de sêmen de qualidade satisfatória antes da idade aceita como normal (Ferrell 1982).

Em criações extensivas de animais europeus, onde o ganho de peso varia de 300 a 500 g/dia, a puberdade inicia após 05 animai s completarem um ano, ao pa s s o que animais s emi-e sta bulados podem atingir a puberdad e com menos de um ano (Wolf et alo 1965). Já no Bra si l, em experimento com gado Nelore criado a campo, 05 animais atingiram a puberdade, em média, aos 19,4 meses de idade, apesar de

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um ganho médio de peso diário de 438 g (S il va et a lo 1988), portanto, aproximad a mente um ano ma i s tarde do que o animal europeu. Esta dif e r ença, no entanto , poder i a se r de natureza ge nét i ca e, nes te caso , so mente s e l e ç~o

genética poderá modificá-la. A nutrição apenas pode garantir a s aúde do or gani s mo, i nfluen c iando o seu desenvolvimento de maneira indir eta .

De qualquer forma, o atra so no de s envolvi men t o reprodutivo reflete- s e no c u s to da produç~o, po i s quanto mai s cedo o animal esteja apto a se reproduzir e pr oduzir sêmen de qualidade, mai s t empo permane ce r á beneficiando a criaç~o.

As nece ss idade s alimentare s para boa produç~o de esperma s~o cerca de 5% a 10% a mai s da ~ de manutenç~o, sendo menores em relação às nece ss idade s do animal em crescimento (Jarrige et alo 1981).

As necessidades diárias de energia, proteína e minerais para cálculo de rações e sal mineral, ou, me s mo para se analisar uma dieta já existente, podem s er encontradas no National Research Co uncil (1976).

5.1.1 Energia

A deficiência de energia é o problema mai s abordado em estudos da influência da nutrição sobre o de se nvolvimento reprodutivo. Esta deficiência é mai s comum em animais criados em pastagens, principalmente de bai xa qualidade ou degradadas.

O nível de energia, quando insuficiente na dieta, afeta vários mecanismos endócrinos, provocando diminuição na secreção de gonadotrofinas hipofisárias e de testosterona, implicando em alterações da atividade testicular (Short & Adams 1988).

Van Demark & Manger (1964a) observaram que uma dieta deficiente em energia produzia atraso no início da puberdade, retardando em até 7 semanas o seu aparecimento. Os mesmos autores constataram subdesenvolvimento dos genitais, como hipotrofia testicular, da hipófise e de adrenais (Anexo 8.7).

59

Quando e ~ t a d e fi c i ~ n c i a é g l a ve e oco rr e na fa se de c r e s c im e nt o i n t en ~ iv o , é po ~~ í v e l, refo rmul an d o - ~e a d i e ta , r ec up e r a r o peso do anima l, po r é m ne m s e mpre a s de f o rm a çõe s o rg â ni c a s qu e , no rm a lm e n t e , s ~o irr e ve r s ív e i s ( vall De ma rk & Ma nge r 1964a) . E ~ t es a nim a i s quand o adult os ap r e s e nt a rã o b a i xa ~ qu a nti da de e qualid a de de s ~ men (Van De ma r k & Man ge r 196 4b).

o mes mo e f e iL o c au sa do pe l a d e fi c i ~ n c i a pode s er obse rvado ao s upl e ment a r animai s co m a lto ~ nívei s de ene rgi a ( CoulLer & Ko zub 1984). Es le lip o de di e la l e va a uma r e duç~o da quantidade do e s perma, provavelmente pelo ac úmulo de gordur a no le c ido e sc rolal, qu e impo ss ibilila a perda de c alor do s te s lí c ulo s , c on s eqüenlem e nte des equilibrando a s ínte s e de le s lo s terona (Le vier & Spaziani 1968).

Em lermos de energia, Coulter & Bailey (1988) alribuíram a uma dieta de nível médio (100% forragens; 9 ,110 MJ/kg), a melhor produção espermálica.

A libido parece não ser influenciada pela deficiência energética, a não ser quando for prolongada, o que levaria ao enfraquecimenlO do animal e, conseqüentemente, a uma diminuição da libido.

Em animais adullos, as necessidades energéticas para a reprodução diminuem, sendo apenas necessário conservar um nível de manutenção que preserve a capacidade reprodutiva por mais tempo. Flipse & Almquist (1963), oferecendo aos animais vários níveis energéticos (baixo, normal e alto), constataram não haver diferença na qualidade e quantidade do esperma e mesmo na libido, entre touros que ganharam 660 g/dia e os que ganharam 980 g/dia. Ao conlrário do esperado, os animais que ganharam mais peso, apesar de apresentarem a mesma libido, tiveram dificuldades de cobrir, dados os problemas que surgiram nas articulações pelo excesso de alimenlação.

60

5.1. 2 Pr ote ína

Quant o ao efeito da defi c iên c ia pr o téi c a so bre o desenvolvimento fi s i oló gi co repr oduti vo , nos machos, e xiste certa contradiç~o. Flip se & Almqui s t (1963) e Me yer ( 197 2) atribuem a s modifi c açõe s qu e oco rrem no s genitais e anexos, n~o propriame nte à def i c i ên c ia protéica, porém, à defi c iê ncia ene rg é ti ca , que normalmente acompanha a s dieta s de se quilibrada s. Em experimento com macho s de 1- 2 s emana s até 208 s e manas de vida, Me yer ( 1972) n~o encontrou dif e r ença no de s envolvimento em t ama nh o e pe s o do s gen it a i s , ao receberem e st e s animai s um nível baixo , mé dio e a lto de proteína. O me s mo f o i obse r vado por Morr i s on ( 1959 ) e , ainda num e xperimento s emelhante, Wolf ~t alo (196 5 ) observaram n~o e x i st ir correlaç~o e ntre a idade à puberdade e a qualidade do sê men, co m O ganho de pe s o diário.

O cuidado com a dieta protéica diária deve existir, segundo Karg (1964), até se alcançar o completo desenvolvimento dos genitais, que ocorre em c erca de 5 meses após o nascimento. A partir de s te momento, a proteína existente na pastagem, quando s uficiente, supriria as necessidades reprodutiva s , uma vez que segundo este autor, exerce pouco efeito s obre a qualidade do esperma.

Existem, no entanto, opiniões, como a de Meacham et alo (1963) que afirmam ser a deficiência protéica responsável pela modificaç~o da qualidade do sêmen. Da mesma forma como a energia, a proteína, quando baixa na alimentação, influencia o ganho de peso diário do animal, provocando uma diminuição do volume e concentração do ejaculado, sem alterar a motilidade (Anexo 8 . 7).

Ainda Meacham et alo (1963) deficiência protéica leva também libido, provavelmente devido à perda

observaram que a a uma diminuição da de peso do animal .

Tanto em bovinos (Recwot et alo 1988) como em ovinos (Martin et alo 1987) foi constatado que uma suplementação protéica estimulou, além do aumento de peso diário, um

6 1

c r e sc im e nto t es ti c ul a r co m au me n to do t a ma nh o dos tú bul o s s e mi nlf eros , e foi ob s er vado ta mbé m, por lr b y et a l o ( 1984 ), a um en t o n a qu an t id ade do e jacu l ado . Es t a mudança mo rfoló g ica não foi , no e ntanto , aco mpanhada de uma modificaç~o na s e c r eção e freq ~ ência do s p i qu es de LH ou te s to s tero na ( Lind sa y et a l o 198 4 ).

Se a de f iciênc i a de prote í na po de a l te r ar a ca pac id a de r e pro dut i va , o l e vando a um di m inuiç~o da ca u s ada po r 196 7, J a rrig e

me s mo oco r re co m a s u pera lim e nt aç~o , qu e , de mas i ado pe s o do ani ma l, r es ul ta nu ma

libid o , a l ém da d ific uld a de de co brir a r t r ose s e p r ob l e mas de a prum o (W e r kme i st e r e t a l. 19 81).

5 .1 . 3 Min e r a i s

A c on c entraç~ o de min e rai s no ap a relh o ge nit a l ( ó rg ãos e fluídos qu e c on s tituem o ejaculado) é pe quen a em r e l a ç~o ao s dem a i s te c idos e de pende, qua s e que ex clu s ivamen t e, do aporte alimentar. Po r es te motivo, f ac ilmente oc orrem alterações, envolv e nd o prin c ipalm e n t e a qualidade do esperma, poi s o s minerai s e nc on t ram- s e na alimentaç~o mai s comumente em deficiência do que em excesso .

Uma suplementação mineral de s equilibrada, as s ociada a uma pa s tagem pobre em minerais, pode afetar a capacidade reprodutiva do animal, tanto na fa s e de amadurecimento se xual (puberdade) quanto na fase adulta (Anexo 8.7).

5.1.3.1 Macroelementos

Em machos jovens destinados à reprodução, estes minerais encontram sua importância de forma indireta . É necessário, nesta fase, assegurar quantidade adequada de cálcio e fósforo e correta proporção Ca/P, para garantir o desenvolvimento do seu esqueleto, principalmente dos membros, pois uma alteraç~o na locomoção pode eliminar o animal da reprodução (Hidiroglou 1980, Guéguen 1981, Hironaka 1988).

62

Em reprodutores, a neces s idade de cálcio parece ser maior do que a de fó s foro (Meyer 1972). Além do mais, pesquisas evidenciam que a baixa quantidade de fósforo na dieta é correlacionada com bai xa quantidade em proteína, o mesmo não ocorrendo com o cálcio, cuja absorção é relativamente independente do conteúdo protéico da dieta (Giorgievskii et aI. 198 2) . As alteraçõe s do genital são mais atribuídas às falhas na dieta protéica do que na mineral (Call et aI. 1978).

Em animais adultos, o cálcio tem um papel fundamental na motilidade progre ssi va dos espermalozóides. Esta motilidade é controlada pelo cálcicr intracelular (Ca++) que, por sua vez, é regulado pelo cálcio e xtracelular, equilíbrio este mantido pela próstata · (Arver 1982, Breitbart & Rubin s tein 1983).

A deficiência alimentar de sódio, bem como de potássio, diminui a fertilidade. Esta situação, no entanto, é pouco freqüente, podendo ocorrer quando os animais não recebem nem sal comum nem forragens verdes. À

semelhança do cálcio, estes elementos são responsáveis pela motilidade dos espermatozóides .

o potássio é correlacionado, também, com a concentração do esperma e a porcentagem de espermatozóides vivos, e com o sódio que é essencial para manter a pressão osmótica (Kanakaraj & Krishnamurthy 1984, Kumar et alo 1984).

Ainda o potássio, juntamente com o sódio, regulam o pH do sêmen. Como o pH não se encontra apenas sob a influência destes elementos, a reação é reversível. O pH também regula a quantidade, conseqüentemente, um excessivo nível de potássio e sódio deve indicar o mesmo.

Altas concentrações de potássio no esperma têm efeito tóxico (Kanakaraj & Krishnamurthy 1984).

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5.1.3.2 Microelementos

Várias pesquisas mostraram que uma suplementaç~o com vários microelementos (Fe, Cu, Mn, Co, Zn) melhora a Qualidade do esperma. No entanto, somente alguns dos microelementos, quando deficientes Ou em excesso, provocam alteraçõe s da fertilidade de machos.

As sim, uma dieta insuficiente em manganês, pode levar à diminuiç~o do volume do ejaculado e da motilidade dos espermatozóides (Meyer 1972), além de provocar alta porcentagem de patologias espermáticas em animais jovens, n~o afetando, no entanto, a libido (Hidiroglou et alo 1969).

A deficiência orgânica de manganês nem sempre é acompanhada de deficiência a nível de esperma (Groppel et a!. 1973).

A deficiência alimentar do iodo pode, desde que afetada a tireóide, influenciar a fertilidade.

A introduç~o de iodo nas dietas minerais leva à melhora da libido, da concentraç~o e da motilidade do sêmen. O acréscimo deste elemento na alimentação pode provocar um aumento da atividade tireoideana que, por sua vez, melhora a capacidade reprodutiva pelo estímulo que provoca sobre a hipófise anterior responsável pela secreç~o de gonadotrofinas (Afiefy et alo 1969, Hidiroglou 1979). Na realidade o elemento iodo é mais importante na reproduç~o de fêmeas do que na dos machos.

Da mesma forma que o iodo, a deficiência alimentar do cobre pode, ocasionalmente, influenciar negativamente a qualidade do sêmen, no que diz respeito à motilidade e porcentagem de espermatozóides vivos (Meyer 1972). Já se constatou, no entanto, que em casos de grave deficiência de cobre, n~o foi afetada a performance reprodutiva do rebanho (Tassel 1967).

Dentre todos os microelementos, o zinco é o que mais influência exerce na reproduç~o de machos desde a fase jovem até a fase adulta.

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o zinco é relacionado às funções reprodutivas, s endo envolvido na fase final da maturação durante a espermatogênese, formação e desenvolvimento do s órgãos genitais e ane xos (Hidiroglou 19 79) . Uma deficiência alimentar de zinco, que le va à diminuiç ão deste elemenlo a nível de testículos e epidídimos, produz atrofia dos túbulos seminíferos, hipog ona di s mo (Underwood & Somers 1969 ) e, mesmo, azoospermia (Kavanagh 1983).

Os efeitos da deficiência alimentar de zinco s ão mai s acentuados em animais jovens, durante a fase puberal. O comprimento da estrutura testicular, muito comum nesta fase, é irreversí vel ( Hidiroglou & Knipfel 1984). As conseqüências são muito mais gra ves quando afetada a função testicular, pois envolve uma série de mecanismos metabólicos intrínseco s e me smo sistêmicos de natureza endocrinológica.

Redução da síntese e secreção de gonadotrofinas pituitária s , com conseqüente diminuição da produção andrógena (testOSlerona), parece ocorrer, também, em casos de deficiência alimentar de zinco (Arver 1982).

5.1.4 Vitaminas

As vitaminas também fazem importantes na reprodução de vitamina A (Ane xo 8.7).

parte macho s,

dos nutrientes principalmente a

Em animais jovens a deficiência de vitamina A pode atrasar o aparecimento da puberdade (em função do atraso no desenvolvimento corporal). Na fase adulta, provoca perturbações da locomoção com conseqüente dificuldade no ato de cobrir. Afeta, ainda, a qu a lidade do esperma (diminui o volume e concentração e aumenta o número de anomalias espermáticas). Não foi observada alteração da libido e o sêmen : embora de qualidade inferior, permaneceu viável (Meyer 1972).

A vitamina A influencia indiretamente a síntese de hormônios, interferindo na atividade tireoideana que, por sua vez, influencia a atividade da pituitária (Lotthammer & Ahlswede 1978).

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Na prática, foi observado que louros suplemenlados com vilamina A, quer misturada à ração, quer pura "pF?r os", leva à melhora da qualidade do sêmen, prinCipalmente no que se refere à concenlração e volume (Rehm & Kupferschmidt 1966, Laschel 1969, Lotlhammer & Ahlswede 1978).

Excesso de vitamina A pode prejudicar as funções reprodulivas, quer direta (produzindo degeneração a nível teslicular) quer indiretamente, através do aumento da atividade tireoideana. Como os níveis críticos de vitamina A são muito altos, dificilmenle ocorreria este tipo de situação. No entanto, conhecendo-se o risco de um excesso de vitamina A, não deve ser ultrapassada mais do que duas vezes a dosagem recomendada (Meyer 1972).

A vitamina A deve ser utilizada na dosagem de: a) reprodutores jovens: 100-500 U.l./kg de peso vivo, b) reprodutores adultos: 75-100 U.l./kg de peso vivo.

Das demais vitaminas (D, E, C, complexo B) não se conhece a existência de algum efeito direto sobre a função reprodutiva. Elas podem atuar indiretamente quer sobre a parte óssea (vitamina D) quer sobre o desenvolvimento e resistência geral do animal (vitamina C e complexo B).

A vitamina E, no passado chamada "vitamina da esterilidade", parece não exercer função na reprodução, embora se encontre em grande quantidade na hipófise, provavelmente atuando na secreção de gonadotrofinas (Hidiroglou et alo 1969). No entanto, quando acrescida na alimentação, a vitamina E não teve efeito sobre a fertilidade (Lotthammer & Ahlswede 1978). O que se sabe a seu respeito é que possui propriedades antioxidantes e acelera a absorção da vitamina A, fato que levou à sua adição nos preparados vitamínicos (ex. "ADE").

66

5.2 A idade e a capacidade reprodutiva

5.2.1 Puberdade

o conhecimento da idade à puberdade permilirá manejar eficientemente um rebanho, utilizando ao máximo a sua eficiência reprodutiva, através de uma seleção de animais potencialmente mais precoces e férteis (Brinks 1972).

A puberdade do 80S indicus é alcançada mai s tarde em relação à do 80S taurus. Os espermatozóides são encontrados Ja a partir de 15 mese s nos túbulos seminíferos (Cardoso & Godinho 1979) dos machos da raça Nelore. Em estudos realizados nas condições de Centro-Oeste, a puberdade no Nelore apresentou-se com uma média de 19 meses de idade (Silva et aI. 1988). No entanto, porcentagem de anormalidades espermáticas apresentam-se muito altas, principalmente de gotas proximais (36%), porém a queda é linear até a maturidade (Tabela B).

A nutrição pode ser um dos fatores responsáveis pela ocorrência da puberdade mais tardia nos zebuínos, quando comparados aos europeus. Porém, apesar do aparente efeito da nutrição, 33% dos animais mostraram a puberdade aos 17 meses de idade, em média, sugerindo que não só a nutrição determina o aparecimento, mas também o genótipo e clima .

O perÍmetro .escrotal é um importante fator a ser considerado na puberdade, por causa da alta correlação entre o crescimento testicular e a precocidade. Segundo Lunstra et aI. (1978), o conhecimento do perímetro escrotal é útil na seleção de touros potencialmente com maturidade sexual mais precoce. E como o crescimento mais intenso do testículo se dá entre 12 e 18 meses, a seleção de potencial reprodutor deve ser realizado neste período.

A raça Nelore apresenta um desenvolvimento sexual mais tardio ,quando comparado ao do 80S taurus, porém se mostra altamente adaptada às condições ambientais e climáticas, compensando a idade e o tamanho testicular.

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5.2.2 Maturidade sexual

o touro só alcança a maturidade s e xual alguns meses após a puberdade (Grove 1968, Fon s eca et aI. 1975), quando o quadro espermático apresenta- se com o s valores que refletem a condição de uma boa fertilidade.

o volume, a concentração e a motilidade no animal adulto são maiores do que no animal púbere e a normalidade espermática atinge os valores de um touro fértil. Segundo Abdel-Raouf (1965), Grove (1968) e Fonseca et aI. (1975), o maior indicativo de imaturidade sexual é a alta taxa de gotas citopla s mática s proximais (GCP) .

Os touros da raça Sahival (Grove 1968) alcançam a maturidade aos 24 meses de idade. No Nelore e outras raças zebuínas (Fonseca 1976, Garcia 1971 ) , a ma turidade ocorre também tardiamente. Segundo Silva et aI. (1988) os touros da raça Nelore, criados extensivamente, alcançaram a puberdade com 19 meses em média e, somente normalizaram o quadro espermático aos 24 meses, variando de 20 a 27 meses de idade (Tabela 9).

A maturidade sexual do touro pode ser prejudicada por desequilíbrio nutricional no período pós-desmama, retardando, assim, a entrada na reprodução. Por isso, deve-se, após a seleção, no período pré-pubere, fornecer uma alimentação equilibrada para garantir o potencial do futuro reprodutor .

o touro na maturidade re pr odutivo da fazenda, de animal ainda em adapta ção am b iental.

s e xual já pod e entrar no manejo ob s ervada s , po ré m, a s ua c ondiç ã o am a dure c im e nt o fí s i c o e a sua

5 . 2 . 3 Ma nejo r e prod u ti vo

O ma nej o é a soma de decisões e a çõe s que, apli c ad a s ao reb an ho , po d em resulta r em su cess o Oll fr aca s so rl e qualque r p rograma reprod u tiv o.

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o manejo do reprodutor inicia-se com a seleção do futuro touro, dos 12 aos ~O me s es de idade, através, não só das características zootécnicas, ma s também das andrológicas, que possam representar progres s o genético e aumento de produtividade (Oziuk & Bellow s 1983). Segundo Silva et alo (1988) e Chenoweth ( 1980), o conhecimento da produção espermática e da libido é o ponto crítico para o sucesso da monta.

o touro jovem, após selecionado, deve receber uma dieta equilibrada, seja na pastagem ou semi-estabulado, não permitindO o estresse nutricional (sub ou supernutrição) e ambiental no período de crescimento. Erros no primeiro ano de vi da podem comprometer a idade à puberdade e a capacidade reprodutiva futura.

O objetivo é obter touro s c om testículo s normais, boa formação física e boa capacidade reproduti va .

Na puberdade o touro deve ser avaliado quanto a sua capacidade reprodutiva. Muitas vezes, o comportamento soc ial e a libido só poderão se r avaliados no campo. Os touros jovens, antes de serem colocados em reprodução, devem formar grupos sociais ao serem alimentados, evitando a mistura com touros velhos, me s mo no campo.

o touro jovem pode ser utilizado na reprodução, desde que haja menor proporção touro:vaca do que para o adulto, e por menor período.

Os touros adultos, quando em repouso, devem receber alimentação balanceada, fazer exercícios, não engordar e permanecer em bom estado de saúde e livres de parasitas.

Os touros devem passar por exames da capacidade reprodutiva, antes da época de monta, a fim de tratá-los, se necessário, ou utilizá-los convenientemente, conforme as suas potencialidades.

O melhor teste de eficiência é no rebanho, onde se podem conhecer a sua libido, capacidade de cobertura e herança.

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6 RECOMENDAÇOES FINAIS

6.1 Em touros jov e n s , do s 12 aos 18 meses de idade, após a s el eçã o zootécnica, é impre sc i ndível o exame a ndrológi co par a se determinar a s ua potencialidade futura como reprodutor.

6.2 O touro adulto deve se r s ubmetido, pelo menos uma vez ao a no, 30 a 60 dia s antes da época de monta, ao exame andrológico co mpleto, quando em monta natural.

6.3 O exame andrológico completo deve s er co nstituíd o de:

- e xam e físico-clínico dos órgãos genitai s externos e internos;

- exames do esperma; - medidas do perímetro escrotal; - testes da libido e de comportamento de monta.

6.4 Os touros, após o exame, devem ser classificado s , obedecendo as proposições das Tabelas 5 e 7, a fim de melhor estabelecer seleção, manejo e di stri buição dos indivíduos, campo.

objetivando maior eficiência reprodutiva a

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85

8. A N E X O 5

86

ANEXO 6. 1

GUIA PARA EXAME ANDROLÓGICO

IDENTIFICAÇAO:

Proprietário: ............... Local: ....... Data: ..... . Nome: . . ... .... . ... . ... Reg.: .. . .. Raça: Id ade: Pe s o: ... .. ... Tipo Sangüíneo: . ... Cariotipagem: ...... .

HISTÓRICO: .. ... ....... .

2 EXAME GERAL:

2.1 Estado de saúde (coração - pulmão - rúmen - pêlo - temperalura visão - dentes)

2.2 Estado corporal (caquético - magro - normal - obe so)

2.3 Aprumos (Membros anteriores e posteriores) (defeitos de aprumos paresia e s páslica luxações - osteoartrites - fraturas - problemas de jarrete - xifose - problemas de casco)

3 EXAME ESPECIAL

3.1 Vesícula seminal (tamanho - simetria - consistência - sensibilidade - vesiculile - aplasia - anomalia grave de forma)

3.2 Próstata (tamanho)

3.3 Dutos deferentes (aplasia - deferenilile)

87

4 PREPÚCIO (ta ma nho a be rlur a in s ufi cie nl e (fim os e ou para f i mose) divertí c ul o pr e pu cia l an t e ri o r e po s t e rior - pr o l a ps o de mu c osa - po s tit es - pr o l a ps o -f e rid a s - a bce ss os - pa pil oma s )

5 P~NIS ( a de r ê nc ia s - des vio s - t o rção ( sac a-rolh a ) - fí s lul a sa nguinol e nla - infanlili s mo -in s ufici e nl e di s função do pe r s i Slência do "frenulum" f e rida s - papiloma - fibroma s -

6 ESCROTO

hi s popadi a - ex po s i çã o mú s culo r e lral o r balonil e - fralura s -

c á lcul os )

(perímelro esc rola I forma (oval-banana-garrafa-cunha) - cor - lorção - hérnia -hidrocele - ferida s - dermaliles eclopara s ilo s hemalocele - papiloma)

7 TESTíCULOS (esquerdo/direito) ( s imelria forma posição con s i s lência mobilidade - aplasia - criptorquidismo - hipopla s ia -anomalia de posição torção (grau) calor sen s ibilidade - orquite - degeneração - calcificação -necrose - atrofia - feridas - aderências)

8 EPIOíDIMO (esquerdO/direito) (simetria consistência forma posição mobilidade - sensibilidade - aplasia - espermiostase -quisto anomalia de posição - anomalia de forma -epididimite - feridas - atrofia)

9 TESTE DE lIBIDO E COMPORTAMENTO DE MONTA

10 OBSERVAÇOES:

Médico Veterinário Local e data

8 8

AN EXO 8. 2

GUIA PARA EXAM E ES PERMÁTI CO AVALIAÇÃO DAS CARA CTERÍSTI CAS FÍS I CAS

E MORFOLÓGI CAS 00 SEME N

EXAME IMEDIATO

a ) Vo l ume: (touros jovens 2 - 4 ml V . A . ) (tou r os adulto s 3 - 6 ml V . A . ) ( l ou r os jO'/ens 2 - 6 ml Elel . ) (tou ro s a dult os alé 25 ml Ele t .)

b) Aspe c t o : 1 . Crem oso ma i s de milh ão de Spz/ ml 2 . Leit oso 500 mil a 1 milhão de Spz/m l

3 . Opac o 200 mil a 500 mil Spz / ml

c} Turbll honame nl o : ( Ef e ito e n tre con ce nL r aç ã o e motilid a de) ( Lâmi na aquecida a 3 7°[ e no mi c ro scó pi o)

Valores: 5 = de s locamento inten so com onda s e s pe ss a s ; 4 = onda s com rápidos movimento s ; 3 = on da s aparente s , c om mo v imento s moderado s ; 2 = onda s em mov i mentos pouco perceptíveis;

= não tem ondas, célula s móvei s .

d) Mo tilidade : É ava l iada coloc a ndo - s e uma gota de sêmen entre lâmina (pré-aquecida a 37° C) e lamínula . Quando nece ss ário, diluir a gota de sêmen com uma gota de citrato de s ódio a 2,9 % ou com soluç ã o fisiológica. Exami nar ao micro s cópio com aumento de 100 a 150 x , aval i a nd o-se a porcenta gem de esper matozói des móveis e m movimen t os progressi vos em re l ação ao s imóveis. A motili dade, em relação ao prog nóstico do t our o e xami n ad o , está re p resen t a da nas Ta belas 5 e 7.

89

e) Vigor: É av al i a do j unLa men e c om a moLi lld 3de e c onSLi ­tui - sp na mo t i lld ude p r o gr e s , iv a in d i v id ua l do e s ­per ma t oz óid e .A ava l i a ç ~o é da da po r no t as de 1 a 5 : 5 = cé lula s de s locam- s e no c ampo do micro sc ópi o e m

alta veloci dad e e mais de 80 % das célul a s mó ­vels apr ese ntam motilid a de pr og r es s i va ;

4 = a s c élula s movimentam- s e rapidam e nLe e a pe na s 60% a 80% das móv e i s apr es ent am motili dad e progre ss iva;

3 = o movimento progre ss ivo e x ist e e m ce r c a de 40% a 60% dos espermatoz ó ide s já c om a lgun s r á pi­do s , outro s l e nt o s , utilizando o s movim e n to s de flagelo;

2 = movimento s lentos e m 20% a 40 % da s célula s c om número ra zoável qu e s e movimentam em c írculo e o s c ilatoriamente;

= o de s l oc amento do s e s pe rm ato zó i des é mui to lento e predominam o s movimen Lo s c ircul a t ó rio s , o s c ilatórios e retrógrado s .

O vigor em relaç~o ao prog nóstico do touro e xami­nado está na Tabela 5.

f) pH:

O pH ideal do sêmen está entre 6,6 e 6,8. Utiliza-se o papel indicador. pH muito elevado in­dica anormalidade no sêmen.

2 AMOSTRAS PARA EXAME LABORATORIAL

2.1 Concentração espermática Adiciona-se 0,02 ml de sêmen, por meio de uma pi­peta de Sahli, a um frasco com 4 ml ou 2 ml de so­luç~o tamponada de formol salino a 2 ,9%1, re s '· l tandO num a di lu i ç ~ o de 1: 2 O O e 1: 100, r e s p e c t i v a In e n te. A contagem das células é realizada através de câmara de Neubauer ou hematimétrica (Fig. 15) .

i O

2.2 Esfregaço de sêmen É realizado no mOI1' ':'-t Cl d3 co l lle i la pa ra pos t e ri o r c o l oraçi:! o ; a f il1' j, ' "e obse r va r a mo rfologi a es ­permática ou pa r Cl je-c-t "< Jlaç i:! o de e s permatozóide s vivo s e mortos (' re ~ c 83 ) .

2.3 Morfologia em lâmina úmida p corada A um frasco cont E' I' .10 de 1 a 2 ml de s o lu çi:!o sa lin a ta mponada de f 0 1.'° 1 a 2,9% 1 adic i onam - s e de cinco a dez g o tas de ' f ' li e", d e p e n d e n d o d o a s p e c t o d a amostra. O mat eri a L pode s er conservado na gela ­deira até a realizaç ã o do exame. A análi se morf ológica real i za-s e media n te : a) Preparaçi:!o úmida e ava li açã o em microscoplO de

contraste ou interferencial de fa se ; o ma terial utilizado é o Que foi anteriormente preparado, em soluçi:!o de citrato-formol. A análise é a ní­vel laboratorial;

b) Williams modifi c ado é realizado c om O material em solução de citrato-formol anteriormente ar­mazenado. A análise é a nível laboratorial;

c) Eosina-nigrosina; o esfregaço é feito com uma go t a de sêmen diluído e gota de corante ou co­rando um esfregaço do sêmen feito no ato da co­leta; pode ser feita a nível de campo;

d) Vermelho congo é realizado com gota de sêmen diluído à semelhança de eosina-nigrosina ou em esfregaço de sêmen guardado previamente; pode ser feita a nível de campo;

e) Fuccina é realizado com gotas de sêmen diluído em solução de citrato de sódio mais fuccina, e daí, feito o esfregaçoj pode ser feito a campo.

3 EXAMES LABORATORIAIS

3.1 Concentração É realizada em câmara de Neubauer ou do material anteriormente colhido, 4 ml (1:200 ou 1:100).

hematimét rica, ou 2 ml

1

9 1

3.2 Morfologia espermálica Ulilizando- se o s mélodo s ac i ma me nc ionado s ( il ens 2 e 3) r ea liz a - s e a c onlagem d if e r enc i a l de 200 cé lul a s . ULiliza - se o formul á ri o para ava li a ç~o de ano rm al id a des e s pe rm á li ca s (An exo 8. 4 ) e o re s ul ­Lad o é da do e m por ce nlagen s , para pos Lerior preen­c himenlo do CerLificado de exame andrológico(Anexo 8 . 5 ) .

So luçã o lamponada de formol s alino a 2 ,9 %: Cilralo de s ódio 2 ,9% ... . . . ..... 96 ml, Formol comercial .. . ........ .. .. . 4 ml. É ulilizada para con s ervação de malerial para ex am e de c oncenlração e morfologia.

92

ANEXO 8.3

MÉTODOS DE CDLORAÇAO

1 MORFOLOGIA ESPERMÁTICA

1.1 Coloração com fuccina/fenol Método que pode ser utili za do a ní ve l de cam po,

imediatamente após a coleta do sêmen . Constitui - se de : a) 2 ml de citrato de sódio a 2,9%; b) preparo de fu ccina: 4 g de fu cc in a bási ca +

c) 0,01 ml de s êmen. 278 ml de H

20 + 22 ml de fenol;

Preparo do esfregaço a ní vel de campo : 1) 8 a 10 gota s de corante em 2 ml de citrato de só dio a

2,9%; 2) 3 gotas do sêmen; 3) esperar por 20 minutos; 4) fazer o esfregaço; 5) olhar em microscópio (observar Fig. 16 e Ane xo 8.4.

1.2 Coloração com vermelho congo Preparo do corante:

1) solução saturada de vermelho canga; 2) solução aquosa de violeta de genciana 0,5%.

Preparo da lâmina: 1) fazer esfregaço; 2) secar ao ar; 3) corar de "O a 1" minuto, em solução saturada de ver­

melho congo; 4) lavar em água corrente, delicadamente, para tirar o

excesso do corante (lado contrário do esfregaço); 5) secar; 6) contra corar de 5 a 30 segundos, em solução aquosa de

violeta de genciana; 7) secar naturalmente; 8) examinar sob imersão no microscópio.

93

1 . 3 Coloraç ã o c om eosina-nigro s ina Pre paro do c or a nt e :

1) eosin0 1%, em so lu çã o i so t ôni ca ; 2 ) nigr o s ina 5% , em s o lu ção i so tôn i ca ; 3) c itr a t o de sódio 3% , em água de s tilada

mi s tur a r , ag i t ar.

Preparo da lâmina: 1) a que ce r o co r ante à te mp e r at ur a do sê me n; 2 ) uma (0 1 ) gota do sê men e um a (0 1 ) go ta do co ran te ; 3 ) faze r o e sf reg aço ; 4 ) seca r; 5 ) lei tur a no mi cro s có pio. Po de se r uti l i z ad a so me nt e eos in a s em a n i g ro s ina, po r é m co m um filtr o az ul no mi c r oscó pi o ou c om o s i ste ma de c on tr a s t e de fa s e .

1.4 Corante de Williams modificado (Lagerlof 1934) Pr e paro do c orante :

1 ) soluç ão estoqu e: 10 9 fuccina +

100 ml álc ool a 96° GL ; 2 ) solução corante: 10 ml solução estoque +

100 ml fenol 5%; 3 ) solução álcool e eosina azulada ou eo s ina blaulich (25

ml de álcool e colocar eosina até o ponto de vira-gem-saturação):

0,5% = 0,5 9 de eosina para 25 ml de álcool; 1 ,0% = 1 , O 9 de eosina para 25 ml de álcool; 1,5% = 1 , 5 9 de eosina para 25 ml de álcool.

4 ) solução corante final: 100 ml da solução "2" +

50 ml da solução "3". Aguardar a solução corante fina I por 14 dias antes de usa r .

Preparo da lâmina: 1) fazer esfregaço; 2) fixar lâmina, leve flambagem; 3) álcool absoluto, 4 min.; 4) cloramina T 0,5%, 1 ou 2 min.; 5) lavar em H20 destilada; 6) lavar em álcool 96° GL;

7) corante de Williams, 8) lavar e m água corrente 9) secar no ar;

94

a 2 mino (média (jato fra c o);

10) leitura no microscópio sob imersão.

2 COLORAÇAo PARA VIVOS E MORTOS

1, 5 min.);

(Contar 200 a 500 c élulas entre viva s e morta s ). As células mortas são coradas.

2.1 Eosin fast green Preparo do corante: fa s t green 2 9 +

eosin B (blue) 8 g t

fosfato buff e r 100 ml

(buffer: 22 mg Na 2HP04 e m 500 ml H20 des tilada t 8 , 5 mg KH2P04 em 500 ml H20 de s tilada). Ajuntar, aquecer, fi l trar. Validade da s olução: de 4 a 5 anos. (Sugestão).

Preparo da lâmina: Uma (01) gota de sêmen + uma (01) gota de corante.

2.2 Eosina e nigrosina Para o preparo do corante seguir as indi c ações do

item 1.3 e para o preparo da lâmina o item anter i or (2.1) .

95

AN EXO 8.11

ROT EIRO PARA EXAM E MORFOLÓGICO

N9 DA FICHA NOME OU NQ DO TOURO ICÓDIGO/NOME DA FAZE NDA

1. ACROSSOMA-Knob spe rm -Rugoso -Ves icu l oso - Ausente

2 . GPP 3 . PI -Fraturada

- De snuda -Pseudogot a

II . Cauda dob rada com gota 5 . Cauda fo r tement e dobrada 6 . Cauda fo r tement e enrol ada 7 . Pouch fo rmation 8 . Ulceraç~o da cabeça I. GPD -2 . Cabeça i sol ada norma l -3 . Ca uda dobrada 4 . Cauda enrolada 5. Outros defeitos

TOTAL DEFEITOS NORMAL

TOTAL GERAL 1. Es treit o na base 2. Pe riforme 3. Subdesenvolvido 4 . Ca uda enrolada na cabeça 5 . Cabeça isolada patológica 6. Cont orno anormal 7 . Duplos

TOTAL DEFEITOS 1. Delgado 2 . CGLP 3 . Abax ial etc. 4 . Pequeno anormal 5 . Coloraç~o anormal 6 . Outros defeitos

TOTAL DEFEITOS NORMAL

TOTAL GERAL

96

ANEXO 8 . 5 (3 via s )

CERTI FICADO DE EXAME ANDROLÓGICO

A-IDENTIFICAÇÃO DO REPRODUTOR Nome: . ..... . .. ... ..... . .. .. . ... . . ... . . ........ ... ..... ........ .... .. . Raça: ...... ........ Data nascimento: . .. ..... . Nº registro: ........ . Proprietário: ..................... . ..... ... .... .... ... ........ . . .. .. . Localização: ..................................................... . .. .

B-EXAME CLÍNICO 1. Histórico e Anamnese: ..... . ......... . . .. ..... ..... .. ......... . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . - .. 2. Geral: ..... . ... . .. . .. .. .. . . ...... ... . . . . ... . .. ....... . . ........ .... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Aprumos: .. . . .... .... ....... . .......... . . . 3. Dos genitais:

-Prepuclo: ....................................................... . -Pênis: .... .. .... . .. . . . . ... . ..... .. .... .. . ... .... ...... ..... .... . . -Bolsa escrotal: .......... . ...................................... . - Testículos: . .... . .. .. . . .. . .... . . .. ..... . ... ... . . ..... . .. .. ...... . -Perímetro escrotal: ............... Consistência: . ....... ... .... . -Epidídimo: ........ .. . . . .............. ... .... .... . ....... ....... . . -Cordões, espermático e amplo: ... .. .. ........ . ... ... .......... . .. . -Vesículas seminais: . ........................ .. ..... .. .. . ........ . -Próstata: ....................................................... .

4. Comportamento sexual: .. .. . ..... . ............ ........... . . ........ .

C-ESPERMIOGRAMA I. MÉTODO DE COLETA: 5. Patologia da cauda 11. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: -Fortemente dobrada ou enrolada:

1. Volume de ejaculado: .. .. ml ••••••••• • ••••••• ••••••••• ••••• %

2. Turbilhonamento (0-5): ... . -Dobrada com gota protoplasmáti-3. Motilidade (%): ....•...... ca distaI (anexa): ........... % 4. Vigor (0-5): ............. . TOTAL DEFEITOS (maiores) ....... % 5. Concentração (xlO/mm): ..... 6. Patologia de cabeça: 6. Outros:............ . ....... -Delgado: . .. ...... .. .......... %

-Gigante, curto, largo, pequeno, 111. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: normal: ...................... %

1 . Acrossoma: ..... .... .... .. % -Isolada normal: .............. % -Gota Protoplasmática Proxi- -Abaxial, Retroaxial, Oblíquo: .. mal: ...................... % ••••• • ••••••••••••••••••••••••• %

97

2. Patologia de cabeça: -Cauda dobrada ou enrol ada: .. % - Subdesenvolvido : .......... % -Gota protoplasmáti ca distal: .. % -Cauda enrolada na cabeça: .. % TOTAL DEFEITOS (menores) ...... % -Cabeça i so lada patológica:.% TOTAL ANORMALIDADES . . .... . . ... % -Estreito na base : ....... .. % Obs .: ........................... . -Pe riforme: ........... .. ... % -Pequeno anormal : .......... % IV. OUTROS ELEMENTOS: -Coloração anormal: ........ % 1. Medusas: ........... .. .. .. . . -Contorno anormal: ......... % -Pouch Formation: ... ....... % -Ulceração de cabeça: ...... % -Outros defeitos: ... ..... .. %

3. Formas Teratológicas: ..... %

4. Patologia da peça intermedi­ária (fibrilação, fraturado, edema, pseudo gota, outros): ••.•..... • •• • .••••••••••••• %

D-CONCLUsAo

Local e data

2. Células primordiais: ...... . 3. Cél ulas gigantes: . .. .... .. . 4. Leucócitos : ...... ......... . 5. Hemácia s: . ... . ....... . .... . 6. Epiteliai s: ..... ........ . .

Responsável Técnico

9 8

ANEXO 8.6

LAVAGEM DE MATERIAL

1. Mater ial de borracha 1.1 De i xar de molho com sabão neutro; 1.2 Lavar com H20 destil ada; 1. 3 Dei xa r secar ; 1. 4 Au toclavar ( 120 0 e, 20 mi n. ).

2. Vidrarias

3.

2.1 Dei xa r de molho com sabão neutro; 2.2 Lava r com escova; 2 . 3 Dei xar de mo lho em H20 des tilada, trocar H20 três vezes ; 2. 4 Secar em estufa ( 180 0 e, 10 min.) ; 2.5 Autoclavar ( 1200 e, 20 min . ) .

Lâminas 3. 1 Lavar 3. 2 Lavar 3. 3 Secar

com sabão neutro; com H20 destilada; em estufa;

3.4 Dei xar em solução sul foc r ômica1

3.5 Lavar em H20 destilada; 3. 6 Deixar em álcool 70° GL + éter ; 3.7 Secar (1800 e).

4. Material inox 4. 1 Limpar com álcool a 70° GL.

'SOluçãO sulfocrômica: Bicromato de potássio . . .. . . . . . .. . . .. 100 g; Ácido sulfúrico .. . .... . ............. 250 ml; Água destilada . . . . .. . .. . .... .. . . .... 750 ml.

Di ssolver o bicromato na água. Juntar em seguida, aos poucos e agitan­do, o ácido. Mergulhar o recipiente, durante o acréscimo do ácido, em gelo.

99

ANEXO 8.7

ALT ERAÇOES REPRODUTIVAS DE CAUSA NUTRICIONAL

NUTRIENTES

ENERGIA

PROTEÍNA

MINERAIS MACRO: Cál cio e Fósforo

Cálcio

Sódio e Potássio

MICRO: Manganês

Iodo

CARÊNCIA

JOVENS At rasa a puberdade ; Hipot rofi a t est i cul ar, adrenal e hipofi sár i a .

JOVENS E ADULTOS Dimi nui volume e concen­tração do ej aculado e a libido .

JOVENS Efeito indireto (altera estrutura óssea)

ADULTOS Diminui a motilidade pro­gressiva.

ADULTOS Diminui a motilidade pro­gressiva, concentração e o número spz. vivos.

JOVENS Diminui o volume do eja­culado e a motilidade spz. ; Provoca alta porcentagem de patologias espermáticas .

JOVENS E ADULTOS Influência indireta, via tireóide, sobre sistema endócrino; Diminui a libido, a con­centração e a motilidade do sêmen.

EXCESSO

JOVENS Diminui concent ração do ejacul ado.

JOVENS E ADUL TOS Di fi culta a cobrição por excesso de peso.

ADULTOS Potássio em excesso é tóxico para o esperma.

100

ANE XO 8.7 conti nuação ...

NUTRIENTES

Cobre

Zinco

VITAMINAS: Vit. A

CARÊNCIA

ADULTOS Diminui a motilidade e a porcentagem spz vivo s .

JOVENS Hipogonadi smo; Alterações do sistema en­dócrino e espermatogênese . ADULTOS Azoospermia; Alterações do si s tema en­dócrino e espermatogênese.

JOVENS Atraso da puberdade.

EXCESSO

ADULTOS Aumento de anomalias es­permáticas (cauda e ca­beca) .

ADUL TOS ADUL TOS Diminui a concentração es- Degeneração tes ticular permática Aumenta as anoma lias es­permáticas.

101

ANEXO 8.8

TABELAS

102

TABELA 1. Anomalias reprodutivas encontradas nos exames de 305 reprodutores da raça Nelore e 25 mestiços (Fleckvieh x Nelore, Chianina x Nelore e Charo­lês x Nelore) em Mato Grosso do Sul.

Anomalias

. 1 1 ImaturIdade sexua

. ê 2 EspermIog nese imperfeita

Diâmetro testicular muito abaixo da média da idade

Hipoplasia testicular

Testículos: Muito duro = Muito mole =

Alteração do epidídimo

Acrobustite

Monorquidismo

Desvio do pênis

Orquite

N

8

8

12

4

2 5

3

3

2

49

Nelore

%

2.6

2 . 6

3 . 9

1 .3

0 . 6 1 . 6

0.9

0.9

0.6

0.3

0.3

16.0

Raças

Mestiços

N %

4 . 0

9 36.0

4.0

4.0

4.0

4.0

14 56.0

1 Considerados os animais até 36 meses, com alto índice de gota citoplasmática proximal.

2consideradas as anomalias de cabeça e peça intermediária e flagelo dobrado com gota.

FONTE: Silva et a!. (1987). Dados não publicados.

103

TABELA 2. Causas ma i s freqüente s de baixa f ert ilidade e inf e rtilid ade no exame de 392 touros de raças indi a na s e 2 14 de raças européias .

Degeneração testicular

Im a turidade sex ual

Hipopla s ia testicular

Es permiogêne s e imperfeita

Di s função do epidídimo

Orquite

Fibrose testicular

Acrobustite

Dermatite escrotal

Problemas no pênis

Criptorquidismo

FONTE; Vale Filho (1975).

Raças

Indianas Européias

37 91

61 10

15 6

14 6

10 3

6 4

2 6

5

4

2

Tot a l %

40.0

22. 1

6.2

5.4

3.9

3.0

2.4

1 . 8

1 • 2

0.9

0.3

TABELA 3. Média (DEP) da circunferência escrotal (C . E . ) em relação à idade de re-produtores da raça Nelore.

Idade C. E. Limites N

(cm) inferior - superior Fonte

(meses)

Nascimento 145 10.6 ( 4. O) 6.6 14 . 6 Sil va & Dode, 1987' Desmama l 48 15.2 (2.5) 12.7 17 . 7 Sil va & Dode, 1987'

12 73 17.2 (2. O) 15 .2 19.2 Sil va & Dode, 1987' 18 2 54 26.6 (2.9) 23.7 29 . 5 Sil va & Dode, 1987' 24 54 31.4 ( 2. O) 29.4 33.4 Sil va & Dode, 1987' 30 32 30.8 (2.2) 28.6 33.0 Sil va & DOde, 1987' 36 240 31 . 1 (3.2) 27.9 34.3 Macie l et aI. , 1987 42 14 31 . 6 ( 1. 8) 29 . 8 33 . 4 Silva & DOde, 1987'

48 308 32.9 (3.2) 29.7 36.1 Maciel et aI. , 1987 o .,. 60 278 33 . 1 (3. O) 30.1 36.1 Maciel et aI. , 1987 72 168 34.5 (4 . 8) 29.7 3 9 . 7 Mac i el et aI. , 1987 84 168 35.2 (3.9) 31.3 39. 1 Maciel et aI. , 1987 96 93 35.5 (2.7) 32.8 38 . 2 Maciel et aI . , 1987

108 38 35 . 8 (2.6) 33.2 38 . 4 Maciel et aI. , 1987 120 38 36.1 ( 2 . 1 ) 34.0 38.2 Maciel et aI. , 1987

lDesma ma com sete meses, em média.

2Idade média do aparecimento dos primeiros espermatozóides vivos e puberdade.

3FONTE: Silva & Dode ( 1987) . Dados não publicados.

TABElA •. Médias e erros-padrão(EP) de Quadrado mínimo das características espermáticas e físicas, de acordo com os grupos genéticos e épocas do ano.

Fonte Classi- VollJ1le Mot il idade Vigor Concentração Patologia Perímetro Consistência de ficação (ml) " spz (0-4) (x1O/ml) espermática escrotal Testicular 1 (mm) variação vivos (") (cm) ~ireito Esquerdo

Nelorado 4.0(2.7)a 6S . S( 1.0)a 3.3(0 .6)a 34.7(3.0)a 13.S(0.8)a 31.8(2 . 7)a 19 .3(0 .4) 18.8(0 . S)a Raça

Mestiços 4.2(3.S)a 62 . 2( 1.2)b 3. 1(0.8)b 39 .2(3 . 3)a 13.4( 1.0)a 37 . S(3 . 3)b 17 . 3(0.S)b 16.8(0.6)b

Seca 3.3(3.0)c 61. 1( 1.0)c 3.0(0.7)c 4S .9(2.7)c 9.S(0.9lc 33.S(3.0)c 2O .6(0 .4)c 2O.2(0 . S)c tpoca

Chuvosa 4. 9(3 . 2)d 68. 3( 1. 1)d 3. S(O. 7)d 28.0(3 .9)d 18.0(1.0)d 3S.7(3 .9)d 16.0(0.S)d 1S.4(0.6)d

Valores acorrpanhados de letras diferentes, dentro da mesma coluna, são signi ficantes (P<O,OS) ao nível de S" pelo teste de "T" .

1 Consisténcia foi determinada pelo TONOMETRO (deslocamento da haste em milímetros) . (Hahn et alo 1969) .

Fonte: Silva & Dode (1987). Dados não publicados.

o I.n

106

TABELA 5. Classificação de rep rodutores submetidos ao exame andrológico.

Fatores avaliados

1. Escroto

2. Aprumos e pés

3. Concentração (xl0/spz/ml)

4. Motilidade progressiva (%)

5. Total de anoma-lias espermáti-cas (%):

Jovem Adulto

6. Libido

7. Circunferência escrotal (cm) -idade (meses):

12 18 24 30 36 42

>48

Sati s fatór io Muito bom bom

Normal consistência firme-elástica

Normal

>50

> 60

<25 < 15

5 - 6 (A)

19 .0 17.0 29.0 26 .0 33.0 31.0 33.0 31.0 34.0 31.0 34.0 32.0 38 .0 35.0

Regular Moderado

Levemente hipo­plás tico. Con­sistência mole ou dura

Problemas re­versíveis de casco e articu­lações

11-50

30-60

26-39 16-30

2 - 4 (8)

15.0 24.0 29.0 29.0 29.0 30.0 32.0

Fonte: Hulet & Ercanbrack (1962), 8all et aI. (1983) , (1987),Silva & Dode (1987). Dados não publicados .

Insatisfatório Ruim

Hipoplasia Hiperplástico Consistência muito mole ou dura

Defeitos gra­ves irrever­síveis de a­prumos coluna e casco

< 10

< 30

>40 >30

0-1 (C)

<15 <24 <29 <29 <29 <30 <32

Maciel et aI.

107

TABELA 6. Proposta de tabelas para avaliação da aptidão fecundante da raça Nelore, criada em regime extensivo, no centro-oeste bra­sileiro em função de:

TABELA 6a. Perímetro escrotal.

FAIXA ETÁRIA (meses) Pontuação perímetro escrota 1 (cm)(b)

24-36 36-47 48-59 60-71

> 33 > 34 > 35 > 36 40 (a)

29-33 29-34 31-35 32-36 24

< 29 <30 < 31 < 32 10

(a) • , Perlmetro escrota 1 em centlmetros.

(b)AS medições de perímetros escrotais foram realizadas de acordo com 8all et aI. (1983).

Fonte: Lobreiro & Maciel (1987) .

TABELA 6b. Motilidade espermática.

Motilidade Espermática(l) (%)

100-80 79-60 59-40 39-10

9-1

Pontuação

20 12 10 5 O

(l)Motilidade espermática avaliada de acordo com 8all (1976).

Fonte: Lobreiro & Maciel (1987).

108

TABELA 6c. Patologia espermática.

1 · 't ' (1) Pato ogla esperma l ca (%)

defeitos maiores <10

11- 19

20-29 >29

total de feitos < 25

26-89 40-59 > 59

Pontuação

40 24 10

3

(l)p t 1 . 't' l ' d d d 81 (1972) a o ogla esperma Ica ava la a e acor o com om .

Fonte: Lobreiro & Maciel (1987) .

TABELA 7. Classificação da aptidão fecundante do reprodutor.

Total de pontos atribuídos pelas Tabelas 1, 2 e 3

90-100

60- 89 < 60

Fonte: Lobreiro & Maciel (1987).

Classi ficação da aptidão fecundante

superior satis fatór io

insati s fatór io

TABELA 8. Média e erros-padr~o (EP) das características físicas e morfológicas do ejaculado no período da pu­berdade e maturidade sexual de touros Nelore.

Ejaculado Voll.llle

(ml) concentraç~o motilidade (xl0 Spz/ml) (%)

Puberdade'

Maturidade'

2.5 (0.2)

3.5 (0.5)

lACA = Acrossoma

24.2 (5.6)

30 (6.5)

GCP = gota citoplasmática proxlmal PI = peça intermediária GCO = gota citoplasmática distaI.

21 (2.2)

71 (2.4)

2.0 (0.5)

1.8

(0 . 7)

Anomalias espermáticas (') GCP PI cauda cabeça GCO maiores menores

58.8 1.8 14.7 (8.3) (0.5) (3.8)

4.6 1.2 6.4 (0.1) (0.4) (1. 7)

2.7 (0.6)

3.5 ( 1.0)

1. 5 (0.7)

3.0 (0.4)

76 .6 (7.9)

13.4 ( 1.8)

2.3 (0.7)

5.0 (0.8)

total

78.5 (7.5 )

18.4 (2.4)

2Idade à puberdade: ejaculado com o mínimo de 5Oxl0 espermatozóides e 1~ de motilidade progressiva.

3Maturidade: produç~o do ejaculado com características físicas e morfológicas normais de um touro potencialmente fértil.

Fonte: Silva et aI. (1988).

TABELA 9. Médias e erros- padrão (EP) dos parâmetros fisiológicos e características do ejaculado no período de 12 meses de idade até a maturidade.

Variáveis

-idade (dias) - peso vivo (kg) -circunferência escrotal -circunferência torácica (cm) -tamanho prepuciaI 3(cm) -consistência test icular direita 4 (mm) - consistência testicular eSQuerda 4(mm)

Características do ejaculado: -volume (ml) -turbilhonamento (0-3) -vigor (1 -5 ) -mot i lidade (%) 6 -concen tração(xl0 Spz/ml) 6 -total de Spz no ejaculado(xl0 ) - defeito maior (%) - defeito menor (%) -total de defeitos

Aos 12 meses

193.8(4 . 2) 17.7(0.3)

193.3( 1.5 ) 11.0( 1. 9) 22 .0(2 .9) 22.0( 2 . 3)

Primeiros espermatozóides

móveis

531.8(30 . 4) 275.4(17.9)

20 .6(0 .7 ) 160 .4(3.5) 13.4( 1.0 ) 24 .0(0 . 3) 24 .0(0.4 )

1.8(0.4 )

1. 1(0 .08) 3.1 (0.08) 2.2(0 . 5) 4 .2( 1.5 )

61.3(7 . 1) 18 . 1(5 .5 ) 80.2(3.0 )

lIdade à puberdade: ejaculado com o mínimo de 50xl0 espermatozóides e

Puberdade 1 Matur idad/

583.8(21. 6) 720.3(26.3) 294.5(9. 6) 353.7 ( 12 .3 )

23 . 3(0.7) 28 .4(0.2) 163. 5( 1.7) 173.4 ( 1.8) 13.2 (0.4) 15.2(0.6) 23.6(0. 2) 22.9(0 .3 ) 23.4(0. 2) 23.2(0.4 )

2.5(0. 2) 3. 5(0. 5) 2 .2(0 .5 )

3 .2(0.6 ) 3. 6(0 .1) 21.3(2. 2) 71. 0(2 .4 ) 24 . 2(5.6 ) 29 . 7(6.6 ) 75.2 ( 14 .2) 127 .0(32 . 1) 73 .6(2.6 ) 12 .6(0.3) 3. 1(0.6) 3.4 (0.1)

76 . 7(3 .2) 21.4(0.2)

10% de mot ilidade progressiva.

2Maturidade: produção do ejaculado com características fís icas e morfológi cas normais de um touro potencialmente fértil.

30istância entre o abdômen e o ós tio prepucial.

4Consistência obtida pelo tonômetro Que fornece o deslocamento em milímetros . (Hahn et al o 1969). Fonte: Silva et aI. ( 1988) .

o

1 1 1

ANEXO 8.9

FIGURAS

E

GRÁFICOS

4

7

10

13

16

19

22

Reto

I 2 3

4

5

6

7

8

Glândula vesicular

Anel inquinol

Cavidade prepucial

Pinis (uretra)

Fle1(uro lign:jide do ptnis

Epidldimo

Túnica dar tas

1 1 2

--- -

2 Glãndulo bulbO' uretral

5 BtxiQo

8 Anel inguinol

\I Prepucio ( pele)

14 Pelvis

17 Corpo do pêni I

20 Musculo cremaster

23 Escroto

3

6

9

12

15

18

21

12

13

14

15

16

17

-1----------" \ -- - 18 - - - 19 -r-= \ --- ~~ ,

\ - - - -'- -- , - - - 22 ---(- - \\--1 23

Glõndulo prostót ica

Duto deferente

Glande

Mu sculo bulbo caver noso

Músculo retrator do pênis

Plel(o pompinitorme

Testículo

FIG. Aparelho reprodutor do macho bovino.

Fonte: Lar s on (1980).

PLEXO PAMPINIFORME

DUTOS DO EPIDIDIMO

I cerca de 30 m ~ comprimento)

, TESTICULO

a-térias linfâticas

veios 1Úbulos seminais

Temperatura normal : :54.0' C

FIG. 2 . Testículo.

1 1 3

<J-- TROCA DE CALOR

Temperatura normal : 36.6 ·e

Temperatura norma l : 36 .0·e

, TESTICULO :

~ função espermiogêncse

/ ~) ,">-__ secreção de hor mã:ios

) '" CORPO DO EPIDIDIMO ) funcão : transporte .

~ l concentração. maturação e í) armazenamento do espermatozóide

, CAUDA DO EPIDIDIMO

funcão : armazenamento do espermatozói~

Fonte: Grandage (1974) e Si! va &: Nun es (1 983). Dados n~o publicados .

I

!

1 1 4

/

/

Hlpotólomo Neurol fSHRH

- .::-- - - ---- ICSHRH Humorol ~E:-~·,.:. ;: " )."~ .:. _ .

Adenotllpofise / \ / NeurOtllpo t lSc

)"")

/

I Espermo Testosterono

I~ , / Corocteris t ico "'---_ de mocM

Voz

Musculoturo

Ossos

I L ibido e comportomento

I Crescimento Desenvolvimento Montenço

~)' ~------z:.~~

FIG. 3. Hormônio masculino e suas relaçõe s.

Fonte: Sorensen (1979).

1 1 5

VASO D€FERENTr--

AMPOLA 00 VASO DEFERENTE

GLANDULA

PROSTÁTlCA ----

MÚSCULO BULBO- ESPONJO~SÕ(O""'--} --. ,

/'

:,,-\~"-i :;::

~ /0 -= -

r------tL--URETRA

GLANDULAS BULBO-URETRAL

---.. ...-..;:. ~/ ARCO CIÁTICO "'" ,..-. .... / "....-----:::::-~

""

FIG. 4. Órgãos genitai s internos (vista dorsal).

Fonte: Grandage (1974) .

1 1 6

PENIAL

LAMINA EXTERNA

PORÇÃO PREPUCIAL < LÂMINA ______ INTERNA

---OU ABOOMINAL---<

~ORIFIé:IO PREPUCIAL (ÓSTIO PREPUCIAL)

(n • 3 em )

FIG. 5. Prepúcio.

Fonte: Belenger (1971).

117

PREPÚCIO NORMAL

PREPÚCIO PENDULAR

~ -____ EVERSAO DE 5-10 em

ACROBUSTITE

( EVERSÃO 00 PREPÚCIO)

FIG _ 6_ Formas e anormalidade de prepúcio_

, - --- - ....

FIBROMA INTER DIGITAl

DESVIO LATERAL

\

-' '.

PERNAS DE DANCARINA

, , 8

( /

- - .oi> _

DEFEITOS DE CASCO

I. ( /;

( , I

) \

/ / ,; , /

DEFEITOS DE JARRETE

FIG. 7 . Anormalidad e s dos membros locomotores.

1 1 9

FRATURA OCORRE COM MAIS ..... FREOUENCIA NESTE PONTO

FIG. 8. Local de fratura.

Fonte: Ashdown & Pearson (1973) .

120

FRENULUM PERSISTENTE NEOPLASIAS LESÕES

A

DESVIO DO PENIS SACA· ROLHA FíSTULA URETRAL

FIG. 9. Anormalidades do pênis.

Fonle: Ashdown (1962), Ashdown & Pearson (1973), Sorensen (1979).

I - SACO ESCROTAL • Defeitos Torção Parasitas pigmentaçõo

2 · CORDÃO ESPERMÁTICO.

5 -

Simetria Elasticidade

, TESTlCULO ' Tamanho Simetria formo Largura Consistência Mobilidade Sensibilidade Calor

12 1

, :3 - CABEÇA DO EPIDIDIMO ·

Simetria consistência

, 4 - CORPO DO EPIDIDIMO,

Simetria Consis tência

, 6 - CAUDA DO EPIDIDIMO,

Tamanho simetria formo Consis tência Mobilidade Sensibilidade Tempera tura

FIG. 10 . Est rulura do s te s lículo s , s ac o e sc r o l a l e e s quema de exame.

Fonle: Grove (1975).

NORMAL

OVAL

PENDULAR REPARTIDO

122

HIPOPLASIA

UNILATERAL

TORCÃO ORQUITE EPIDIDIMITE

EPIDIDIMITE

LIGAMENTOS CURTOS

FIG. 11. Formas e anormalidades da bolsa escrotal e testículos.

FI G.

~ O

' Õ g :i • ~ . Q,

~ '" O

..J

;Õ O >-

60

i 11

, ,. I I I 19 20 21

i t I i I I 22 2 ~ 2 " 15 26 27

\ 2.

iDADE I me ... I

'" Z'J 5

- 28 ....

27 ..J

g 2. a:

V 25 ~

2" ~ v

" Z

' IM a:

- 22 IM lo. Z :> V a:

'" Ü .. '. i

..

.,

6 12 . Rela çã o en t re total de es perm atozó ide s no e j a c ul a do (X 10 Spz ) ,

c ir c un ferência escrota 1 (c m) e i da d e e m mes e s de repr odu to r e s da r aç a Ne l ore c ri a dos em Brachiaria brizantha no Bra s il Cen tr al .

Fo n t e : Sil va & Dode ( 1987) . Da dos não publ ic ad OS do Proje t o Fe r tilioade de Touro s em Monta Nat ur al .

N

'"

27

25 E u

--1

~ 23 O o:: ~ W

~ 21

~ IW o:: t!: 19 Z ::> ~ U 17

15

200 250 300 350 400 450 500

Y" 14,02+0,0021+0,0000212

r 2 A 0 ,82

P 0,0001

550 600 650 700 750

IDADE (dias)

800

FI G. 13. Re l ação entre a ci r cunferência e s c r otal e ida de de ma c ho s da r a ç a Ne l ore ava l ia do s de 200 a t é 750 di a s de i da de.

Fonte : Si l va e t a I. ( 1988) ,

36 E u 35

o:: <! --1 ::J (,) .­cn w .-O o:: .­w ,~

o:: w a..

34

33

32

31

30

29

28

27

26

'ir= -21,94+ 23,O.log IDADE - 2,28. ( log IDADE)2

I i i i i i I I I i i f 1 j I I I J I i I r j I o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170180 190200210220230240

IDADE (meses)

FIG. 14. Relaç~o entre idade e circunferência escrotal em 1.5 28 repr odut o re s da r aça Nelore c riado s em reg i me exlensivo .

Fon te: Maciel el a1. (1987).

III I I I 11I I I 111 I I li l I I IILLI ! I1I

-rrr I I I ii· ! I ir 1 I I' I r-----:--'1 7

l il ;. I 1 li , ;q i I1 I , , ,

1I , , 1:,

I r-' ! 1 ' r i--I' I LcY .. 1 1 - , -"I 1 ~ I I I' , ,

,li I I , ! 11;

"

I I ~ ' I ~ 1 i I, I i J ' I I L , -.Li .1 I 1 i I ,

! - I li' I Ir? /' ,~ : I I

',I ! I ' ,

.; , :' I ! , ,

11 1 I' , i , , , "2 , , ,

r-\ D~ ___ _ "

I i " , -...I I ! "I I : "

I '" ,,' CÃMARA DE NEUBEUER " I

, I I I" ! " 1

"

, I, iI , I , I ! ; I ,I' ,

:'1 I I , r-I , II

, I I I 'I I ; I ...l i ,

I I :

! ! I I , I ; i I i "

I ' i I'

lil I I I i I I i ~ ~ ! I I 'I I I I i i I ,

____ ' CONTAR

..---o ' NÃO CONTAR

, , , I

I' ,.I

FIG. 15. Esquema para contagem de espermatozóides em câmara de Neubeuer.

127

I ACROSSOMAI

~! CITOPLASM A - ) 1/ NÚC LEO /

PECA INTERMEDIARIA

FLAGELO ICAUOAI

ESTREITO PIRIFORME NA BASE

CONTORNO ANORMAL LARGO

9 ~

CABECA CABECA_ POUCH ISOLADA E INSERCAO FORMATlON

CAUDA ANORMAL

/ ti ~

ACROSSOMA ACROSSOMA CABECA AUSENTE VESlCULOSE ISOLADA NORMAL

I DECAPITADA )

r '-I '~Q ))

l I

, I

OE L GAOO SUBDESENVOLVIDO

CURTO

KN0B8 EO SPERM

/{\

~J

GRANDE

~;

r ACROSSOMA

RUGOSO

FORMAS TERATOLÓG ICA S

," ) ,")

CÉL ULAS ESPERMIO-

GÊNICAS

FIG. 16. Morfo l ogia no rm a l e a no r ma l de e s permatozói d e bo v in o .

128

CAUDA FORTEMENTE ENROLADA

CAUOA ENROLADA

~ , \ é) ~'

! CAUDA DOBRADA

V~ H

CAUDA DOBRADA COM GOTA

PECA INTERMEDIÁRIA DESNUDA. FIBRILADA

ENGROSSADA

PARA· AXIAL

GOTA CITOPLASMÁTICA PROXIMAL. OISTAL. PSEUOOGOTA

/

ABAXIAL RETRO·AXIAL FLAGELO RUDIMENTAR

FIG. 16a. Morfologia normal e anormal de espermatozóide bovino.