A transcendente belleza do vôo Ital a-Brasil

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RIO DE JANEIRO — QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 1931

^f^^V^ * HORAS ,^'C.' "j

NUMERO 212

REDACÇÁO E OFFICINAS RUA BUENOS AIRES, 154

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êiJ^z$3-™ -- e»Q«adrlIh^^itaLl^jfa^^a^ uma nova era na Historia da AviaçãoA transcendente belleza do vôo Ital a-Brasil

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A's 16 horas de hontem, a esquadrilha do ;gehjjÉptBalbo, vencendo os 3.000 kilometros da etapa rffiíis

difficil do "raid", chega a Natalm.WÊÊÊWSÊSÊM^ÊMSMÊÇ^^

I Capitão Luigi Bôer 1

No momento em que as uni-dades da frota aérea do Ge-neral ítalo Balbo voam í-obreterras brasileiras, não pode-mos deixar de reconhecer queo "raid" italiano constitueuma magnífica demonstraçãode energia e de technica. Aetapa mais difficil foi venci-da com uma precisão rigoro-samente mathematica.

Nesse vôo, udnüravelmentedelineado e melhormente rea-lizado, houve o propósito cla-ro de demonstrar ao mundoque a Itália sc encontra in^teressada em proporcionaruma contribuição pratica árealização das ligações aéreastransoceanicas.

Os seus poderosos motoresmostraram que a flotilha po-deria descansar não só na pe-ricia dos pilotos como tambeinna segurança admirável dosapparelhos, fabricados na Ita-lia por tenhniçns italianos.

As duas nações da Latini-dade, tao affins pela cultura,pelo sangue e pelo ideal,.es-tão agora ligadavs*pér'viásáeVreas. Os que partiram dapraia histórica de Orbetellosão homens de uma temperamagnífica e que resolveramdemonstrar que, entre as na-ções que procuram realizarpraticamente o problema dasligações aéreas entre a Euro-pa e a America, á Itália deveser dado um logar de relevo.

A obra politica realizada porMussolini representa um ex-emplo de disciplina, pujançae enthusiasmo. Esse vôo con-stitue uma parcella do pro-gramma do Duce no sentidode approximar a Itália de umpaiz latino, como é o Brasil.

A politica de estreitamentoque se vem fazendo entre aItália e o Brasil realiza-se nãosó por meios diplomáticos eeconômicos, como tambempelo próprio sangue.

Cabe aos italianos, domici-liados no Brasil, e em grandtnumero, realizar pelo sangueessa tarefa de aproximação.Identificando-se com o senti-mento brasileiro, os italianos,que entre nós vivem, consti-tuem os melhores elementoscom os quaes se pode realizaressa obra de aproximaçãoentre os dois povos.

O esplendido vôo realizadopelas esquadrilhas do Generalítalo Balbo permanecerá, nahistoria das relações italo-bra-sileiras, como um gesto de ai-ta e desinteressada politicano sentido da realização doestreitamento dos dois povoslatinos. A ILalia fez questãode visitar o Brasil com essesaviões e esses pilotos, que aosnossos olhos encarnam todasas virtudes do Facismo e todoo enthusiasmo da pátria pe-ninsular.

j\\ ¦ í^^rSí__\ BBoh***».

Coronel Maddalena

/ O hydro-avião commandado pelo general Balbo, ministro da Aeronáutica da Italiã I

TELEGRAMMA AMUSSOLINI

Fernando de Noronha, comrumo para Natal.

Primeiro foram vistos seishydro-aviõcs da divisão ita-liana, em formação excellen-te, os quaes voavam a 200 me-tros de altura. Em seguida,appareceram mais tres emformação irregular, voandobaixo. Finalmente, passoumais um avião, este sobre omar. Por conseguinte,-voaramdez, dos doze aviões italianos.

I A SAUDAÇÃO A SAN- |TOS DUMONT j

| NATAL, 6 (U. P.) — |j O general Balbo telegra- || phou ao inventor San- j{tos Dumont, em Paris, |c| nos seguintes termos': 'j'

j "Tocando a vossa bella |

| terra, depois de um vôo j| transatlântico, envio a Jj vós, pioneiro das em- jj presas aeronáuticas, à j| minha calorosa saúda- || Ção." |

UMA COMMUNICAÇÃO DOGENERAL BALBO PARA

ROMAROMA, 6 (U. P.) — A ul-

tima communicação do gene-

ral Balbo ao Ministério,-.?*daAeronáutica, recebida - ás -15horas (meridiano de Ronia),dizia que tudo ia bem aTpbji:-do. A partir deses momento,

as perturbações electro ma-gneticas difficultaram ascommunicações radio - tele-graphicas.A'ESQUADRILHA NEGRA

NA DIANTEIRANATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — Segundo ordensexpressas do General Balbo,as esquadrilhas mantiveram

(Conclue na '3a pagina).

II attracção de capitães estrangeiros para o Brasil0 sr. Wililam Bradei, e a industria do minério na America do Sul

DIÁRIO DE NOTICIAS ouve o grande millionario yankee, que nos vi-sita, no seu appartamento dò Copacabana-Palace

Está no Rio, desde alguns serve de interprete no tratodias, o sr. William Braden, com os brasileiros que não fa-qúe tomou aposentos no Co- lam outro idioma — a não serpacabana Palace e que veiuao Brasil como representanteda grande empresa norte-ame-ricana de que é presidente.

Para quem conhece o mun-do, dos negócios, principal-mente na parte que se rela-ciona com a industria de mi-minas, o nome do industriale millionario yankee nãoé o de um estranho.A America do Sul de-ve-lhe, realmente, iniciativasque muito concorreram, emalguns paizes, para o seu des-envolvimento econômico e fi-n-xnceiro.

Entre esses paizes estão oChile, o Peru e a Bolivia, masdestacadamente o primeiro,onde a maior mina de cobreali existente pertence á "Bra-den Company.", de cujo grupoo sr. William é presidente,

O grande capitalista norte-americano vem acompanhadode sua exma. esposa e de tressecretários, sendo um dellesgeólogo e, outro, engenheirode minas. O terceiro, que falacorrectamente o portuguez,

A nova. .entrevista; ele «íiiarez TavoraObservação maliciosa dum jornalistalestrangeiro - O problema da Constituinte-

lendencias anti-deftocraticas da Revolução

UM AVIÃO QUE SE PERDEUPERTO DOS ROCHEDOS DE

S. PEDRO E S. PAULONATAL, : — (DIÁRIO DE

NOTICIAS) — A's 2.45, devidoa defeito verificado no motor,o quinto avião da .; Juadrilhabranca, commandai d pelo ca-pitão Bôer Luigi, baixou aomar, nas cercanias dos roche-dos de S. Pedro e S. Paulo. Oavião ficou inteiramente in-utilizado, mas a tripulação foisalva pelo cruzador "Rates".O INTERESSE PELO "RAID"

NATAL, 6 — (DIÁRIO DENOTICIAS) — O interventorfederal na Parahyba, enge-nheiro Antenor Navarro, en-contra-se, em companhia dasfiguras de maior relevo deJoão Pessoa, nesta capital, pa-ra assistir á chegada da es-

uadrilha do general ítaloBalbo. Os drs. Adhemar Vidal,procurador da Republica naParahyba, e Dilocio tambem seencontram nesta capital.

Antes de iniciada a entre-vista que o capitão JuarezTavora concedeu hontem ãimprensa, um collega estran-geiro perguntou-me qual se-ria o objectivo provável damesma.

Confesso que me vi emba-raçado para responder.

Provavelmente serã ai-guma explicação sobre, a. futu-ra; Constituinte :— adèáhíèí.Ou, então, qualquer esclare -cimento relativo á politica na-cional.

Realizada a entrevista, ojornalista europeu que me in-terrogára, disse com uma cer-ta malicia:

Embora eu não conheçaperfeitamente bem a politicabrasileira, tenho a impressãode que Juarez Tavora acabade falar-nos apenas para darexplicações sobre o famoso

caso do Copacabana Palace,do qual foram protagonistas,de um lado, elle, o dr. Os-waldo Aranha e o coronelGóes Monteiro e, do outro, o

'naÊÊ~

te

realmente, desobrigar-se. ^datarefa difficil, segundo mül-tos pensam, de fazer. decla-ações publicas sobre o WasÊ

lif4dimento secreto deUe||e.;daquelles outros chefes rei»»lucionafios esquerdistas "¦o sr. Arthur Bernardes.

Juarez Tavora, aliás, g<de falar sem" ^rebuços.-Prre ser jiirect;o. ' Nãa tem,;modo nenhum1, a''p"íe6ccupá"'ção de ser discreto.

O caso da conferência comi sr. Arthur Bernardes é ty-pico a esse respeito. Com amaior naturalidade, elle foidizendo que levou ao conheci-mento daquelle ex-presidente

;. epublica a sua discor-dancia á "politica pessoal"que o mesmo estaria fazendoem Minas...

Vários outros pontos da en-trevista de hontem revestem-se, entretanto, duma impor-tancia enorme. ComquantoJuarez Tavora tivesse frisa-

tação social, pode-se fazer umjulgamento ou, antes, umasuppósição mais ou menosexacta do que será o regimendiscricionário em que agoranos encontramos. Pensa Jua-rez Tavora que o actual es-tado de coisas deve ser pro-longado até que se consigadesmontar a machina" que a;ôligarxihlH.: armou. - solida-"MeliteTilií^aãiM-iílSòu

jíóaé:haver nada mais^ vago'e" im-preciso. Primo de Riverá,quando" assumiu dictatorial-mente o poder, fez a mesmadeclaração. Todo dictador mi-litar, em circumstancias iden-ticas, diz sempre isso, quandointerrogado sobre a duraçãodo seu governo.

— Picarei no poder atéquando fôr preciso — é aphrase reaccionaria ouvidahoje, no mundo inteiro, sem-pre que qualquer situação po-litica cae sob a força irresis-tivel duma insurreição ar-mada.

O mesmo se pôde dizer em

fazer esse equivoco. Mas, pre-gou a respeito da Constltuin-te, uma theoria caractreris-ticamente anti-democratica.Segundo seu'modo de ver, hãodeverá tão cedo haver elei -ções no paiz. E concluiu ci-tando um facto concreto:

— Se, por exemplo,.se pro-cedesse agora a üm pleitoeleitoral, em. S.tPaulo, os can-Mdftlò^oJE^RVPv venceriam,,cora' cerl;ézat''qul£e^^cürrèhtés. :

Conforme se pôde vêr, nãoha nada, ideologicamente,

menos democrático.Por outro lado, Juarez Ta-

vora ainda affirmou que ogoverno provisório faria ai-gumas experiências sobre re-formas que a futura Consti-tuicão brasileira deverá conter. E' a comprovação prati-ca, por assim dizer, daquelladoutrina, pela qual o executivodiscricionário chamará a siuma tarefa que é privativadas assembléas constituintes.

E' essa a parte mais im-

o seu.Curiosos de saber os verda-

deiros motivos da visita do sr.William Braden ao Rio, fomosprocural-o, hontem, á noite,ao appartamento 201 do Co-pacabana-Palace, onde o il-lustre homem de negócios es-t -*unidense* nos rercbeu com

estiveram um geólogo fran -cez e outro britannico, quenada encontraram e nadafizeram. Antes de mais nada,o veio metallico ficava a ca-vallo da cordilheira, onde ogelo é eterno, difficultandb,dc3'arte a exploração. Elle,porém, não desanimou. A vi-ctoria dependia de capital ede trabalho. Com esses doiselementos, foi-lhe ao encon-.

NATAL, 6 (U. P.)| O general Balbo acaba {I de teiegraphar ao minis-

"

Í tro Mussolini, nos se-I guintes termos: "A es- |j quadra aérea atlântica, jj depois de haver effe- jÍ ctuado um vôo de for- j| mação através do ocea- jÍ no, volve o seu pensa- jj samento devotado para jj o Duce." j

1

A PROGRESSÃO MAGNÍFICADO "RAID"

Voando sobre Fernandode Noronha

NATAL, 6 — (DIÁRIO DENOTICIAS) — Segundo in-formaram os Telegraphos deNatal, ás 13.45, a esquadrilhaitaliana foi vista cm céos de

AS ESTAÇÕES DE NATAL EOLINDA OUVINDO BEMNATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — As estações deNatal e Olinda estiveram emcommunicação pelo radio coma esquadrilha do general Bal-bo, recebendo informe de queo vôo se faz em boas condi-ções.

As demais estações telegra-phicas da costa do norte fun-ccionam constantemente emconjugação com as do Nor-deste, as quaes transmittem

I' ao ministro da Aeronáuticatodas as informações attinen-tes ao "raid".

O Telegrapho Nacional tam-bem irradiou um serviço ra-dio telegraphico em linguaitaliana para os navios emmar alto.OS NAVIOS ITALIANOS EM

ACÇAONATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — Os cruzadores"Tarigo", "Molicello" e "Vi-valdi" mantiveram entre siactivas communicações radio-telegraphicas a respeito damarcha do "raid".A PASSAGEM SOBRE FER-

NANDO DE NORONHA

Juarez Tavora dando a sua entrevista côllectiva aos jornalistas

dr. Arthur Bernardes. Os de-mais assumptos — concluiu —serviram simplesmente [paradar uma importância maioraquella audiência côllectiva,a qual deixaria de ter signi-ficação e relevo jornalisticose, por acaso, só se occupassedaquelle incidente mais ou

menos pessoal...A observação, conforme se

verifica, é de quem consegueenxergar claro, no meio decertas confusões do nosso

3ueio politico, as quaes esca-pam naturalmente ás preoc-cupações mais geraes de umrepórter estrangeiro.

Apesardissimularconversa

de ter procuradoo movei de sua

de hontem, comNATAL, 6 (DIÁRIO DE NO- j umas desculpas subtis sobreriCIAS) — Sobre Fernando, a ausência, de sua parte, dede Noronha, os dez aviões doGeneral Balbo passaram ás14,10, tomando o rumo deNatal.

qualquer incompatibilidade ouresentimento de ordem indi-vidual, percebe-se que o capitão Tavora teve em vista,

dp, antes de tudo, que fa-lava em seu próprio nome, semqualquer responsabilidade po-litica official, algumas de suasdeclarações são talvez o quede mais grave foi dito no Bra-sil desde outubro ultimo.

Sabendo que * Constituintee o nosso grande problema re-volucionario do momento, ellenao poude fugir como que aodever de divulgar as suas idéassobre o assumpto. Mas, falouapenas para dizer que a con-vocação, no Brasil actual, da-quella assembléa seria umerro.

E' uma declaração, como sevô, encerrando um significa-do politico fundamental paraos destinos da Revolução. Comella, pela primeira vez, duran-te estes últimos mezes de agi-

relação ao Brasil actual.Nenhuma revolução, resul-

tante dum movimento demo-cratico, pôde fugir á imposi-çao fatal de cuidar immedia-tamente do problema da Con-stituinte. Theoricamente, é esempre foi assim.

Se a Revolução de Outubrodespreza esse quasi postulado,tem de se afastar, do pontode vista doutrinário, do qua-dro democrático. Não ha co-mo fugir, sob esse aspecto, ãevidencia das coisas.

Tem-se repetido muito, ul-timamente, que a chamadaala esquerda dos revoluciona-rios brasileiros possue ten-dencias fascistas. O capitãoTavora procurou hontem des-

portante da longa conversadurante a qual o cheíe mili-tar da Revolução no Nortetransmittiu á imprensa o seupensamento sobre .variasquestões da actualidade na-cional.

Resta ainda a sua confissãode que, apesar de realizadacom o concurso de elementospoliticos, alguns delles antigosresponsáveis pelos erros ago-ra combatidos pelas armas —a Revolução tem caminhadopara a esquerda muito maisdo que elle poderia esperar.E' uma affirmativa realmen-te consoladora.

Vejamos, portanto, quaesas reformas que, no plano so-ciai, vão ser introduzidas noBrasil.

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Sr. William Braden em companhia de um redactor doDIÁRIO DE NOTICIAS

-C ANTÔNIO BENTO(Redactor do DIÁRIO DE NOTICIAS)

N. R. — Por absoluta faltade espaço, deixamos de pu-blicar a longa entrevista queJuarez Tavora concedeu, hon-tem, á imprensa.

attenções de um verdadeiro"gentleman".

NO IDIOMA DE CERVAN-TES...

O sr. William Braden, quetem vivido longas temporadasnos paizes de lingua hespa-nhola do continente, fala cor-rentementè o idioma de Cer-vantes. Nesse idioma, portan-to, nos entendemos, o senhorBraden discorre, então, lon-gamente sobre o Brasil. Dizmesmo que esta palavra —"Brasil" — o attraiu, sempre,como uma miragem encanta-dora.. Aqui estev, com curtademora, ha longos dezoito an-nos, quando o Rio não eraainda a cidade maravilhosaque é hoje. Outra vez, de re-gresso da Europa para o Chi-le, tambem se demorou nestacapital, algumas horas, Mas,tendo desembarcado quasi ánoite, pouco lhe fora dado ver—= faz questão de frizar — dagrande, capital sul americana.VIAGEM DE RECREIO E DE

NEGÓCIOSAgora, porém, veiu para de-

morar e conhecer melhor, nãoapenas o Rio, mas os Estadosque ficam mais perto do Dis-tricto Federal. Viagem denegócios? —foi a nossa per-gunta, nesta altura.

O sr. William Braden en-cara-nos com franqueza e re-sponde:

— Sim. Um homem comoeu, quando se recreia, nãodeixa nunca de pensar nosnegócios. Já lhe disse, aliás,que a America do Sul tem si-do e é o campo principal dasminhas empresas industriaes.No continente, faltava-me en-tretanto, conhecer o Brasil,que eu sei um paiz de immen-sas riquezas e onde os capitãesestrangeiros, aqui emprega-dos, encontram lucros e ga-rantias excepcionaes. O Bra-sil é hoje o paiz que attrae aattenção do mundo inteiro.Para elle se voltam, realmen-'te, todos os olhos, certos deestar, aqui, não só uma gran-de civilização futura, mastampem a futura riqueza uni-vesfsàl.A INICIATIVA NORTE-AME

RICANA NO CHILEO sr. William Braden pas-

sa a historiar, depois, a actu-ação da sua poderosa empre-sa de minas de cobre no Chi-le. Diz que, antes delle, ali

tro. Ali empregou, com os seusamigos, associados á empresa,algumas dezenas de milhõesde dollares. Mas, hoje, — ac-crescenta com um certo or-guino, embora serenamente —a maior mina de cobre doChile pertence á sociedadeanonyma que eu tenho a hon-ra de presidir.Devo accrescentar — in-forma — que o governo dopaiz' tudo me facilitou paraalcançar o que desejava. Anteas garantias de seriedade queeu apresentei, não hesitou,mesmo em votar leis especi-aes, regulando a funeção des-sa industria, e que em mui-to concorreram para o des -envolvimento rápido dos ne-gocios da nossa companhia.A PARTIDA HOJE, A' NOITE,

PARA MINAS GERAESO sr. William Braden tem,

tanto aqui, como em NovaYork, vários amigos brasilei-ros que, pessoalmente e porcarta, o concitavam a visitaro nosso paiz. Queria ver assuas riquesas, as suas possi-bilidades. E agora, deepois dealguns dias de repouso no Rio,que já percorreu em todos ossentidos, quer conhecer o in-terior.

Parto amanhã á noitepara São Paulo, onde me de-morarei apenas um dia, se-guindo logo para Minas Ge-raes. Sei que ali estão as

(Conclue na 2a pag.)

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São nossos viajantes: no Esta-do de Minas, os srs. AlexandrePinto de Magalhães, Moacyr Ama-ral e Victor Mallet Hamelin; e noEstado do Rio de Janeiro, os srs.Carlos Rolim e Antônio Rodriguesdos Reis.

São nossos representantes emPetropolis os srs. Ambrosano &¦C, rua Montecaseros n. 163.

Deixou, nesta data, de ser nossoviajante o sr. Fernando Mello.

Departamento de Publieida-He dc DIÁRIO DE NOTICIAS

Temos o prazer dc avisar aocommercio desta praça quepassam a fazer parte destedepartamento, como agentesofficiaes, os nossos amigossrs. Felippe E. de Lima, Mi-guel da Fonseca e SalvadorLima.

HONTEMCAMBIO — Bm condicBoa mui-

1o frouxas, esteve o mercadocambial, com sacadores a 4 17(32,00 d.lv. e 4 1|2 á vista, dom odollar a 10Ç980 e franco a $431.Para o particular ficou cotado odinheiro a 4 1Í2 sobre Londres o31Í100 sobre Nova York," .3• O Banco do Brasil para, suascobranças, operou na seguintebase: 4 1.9132, 80 d.|v. q, 4.' 9|16 ávista, com o dollar a 10Ç960 efranco a $428.

GAFE' — Pqr ter sido dia san-tifiçado o mercado do café nüofunecionou.

ALGODÃO — Corn colaQões in-alteradas e negócios paralysados,funecionou o mercado do algodão.

Sairam 15 e ficaram em stock3.153 fardos.

ASSUCAR — Na -mesma posi-ç;âo firme do dia anterior e comregular interesse nos negócios,funecionou o mercado do assucar.

Entraram 36.970, sairam 5.559e ficaram cm stock 352.641 sac-cas.

O TEMPO — Máxima, 35.3; mi-ninia, 22.0.O Banco do Brasil emittiuos cheques-ouro para a Alfande-ga á razão de 5?991, papel, por15000 ouro.Transnoz a barra, á t^arde, opaquete "Pari", procedente dePorto Alegre e escalas do cos-tume.

Realizou-se no casino dosofficiaes do Io Regimento de Ca-vallaria Divisionar.io. o almoqomensal entre a officialidade doregimento, mas desta- vez eommaior significação em virtude dapresença dos generàes Leite deCastro, ministro da Guerra, Men-na Barreto, inspector dos gruposde regiões e Firmino Borba, che-'fe da 1 "região militar, especial-raente convidados.'— O inspector geral dos Ban-cos enviou ao director geral doThesouro Nacional o processo daCasa Bancaria de Botelhos,- comsécíe em Botelhos, no Estado deMinas Geraes, pedindo approva-:;ão da reforma de seu eontraetosocial e prorogaqâo de prazo parafunecionar.

Teve logar nela manha, emfrente ao edificio da. Camara Mu-nicipal de NicLheroy, a distribui-r;ão de gêneros alimentícios aossem trabalho inscriptos nos pos-tos existentes naquella cidade.

A -BEM DO: INTERESSE .PUBLICO

acto baixado pelo sr. Adol-pho Bergamini, com o fimde regular o licenciamentodos funecionarios munici-

paes, independente de solicitaçãodos mesmos ou de qualquer outraf<_X.malidade, tevo repercussãosympathica nos cireulos interes-sados. Quando appareceu a pri-meira formula de licenciamento,"ex-officio", de funecionarios pu-blicos, applicada, em massa, aopessoal das secretarias daB duascasas do Congresso dissolvido,bem differente foi a impressãoproduzida, visto como a disponi-bilidade ou a licença, sem venci-mentos, correspondem a dispen-sa ou demissão, não obstante avaga esperança de aproveitamen-.to, para- oa mais antigos, em fu-aturo presumivelmente afastado.

Por este motivo, á primeira lei-tura, o decreto do Interventordesta capital teve o effeito, quelogo se desvaneceu, de uma novamanifestação dos poderes dlg_cri-cionarios contra a grande classeatribulada. A má impressão pas-sou depressa, ficando evidenciadoquo a intenção do Interventor ca-rioca, adoptando a licença porinteresse administrativo, vitfa at-tender ás injuneções reaes do ser-viço publico e ás conveniênciasespeciaes de que só a administra-ção pôde ser juiz, sem ferir dl-reitos, sem desorganizar as re-partições o sem relegar ao des-amparo, transltorií) ou definitivo,as pessoas que se destinaram áprofissão burocrática.

A bem do interesse publico einstado pela situação financeira,o interventor do Districto Fe-deral terá necessariamente, delicenciar funecionarios da Pre-feitura. Adoptou, entretanto, ocritério liberal, que as circum-stancias permittiam, isto é, ga-rantindo a cada licenciado tantasvezes um trinta avós do ordena-db do cargo effectivo quantos fo-rem os annos de serviço liquidoapurado. A formula encontradapelo sr. Bergamini poderia ser-vir de base para uma solução re-paradora extensiva ao funeciona-lismo da União.» /A LEI DA DESPESA.

espectativa que se está for-mando sobre a despesa dosnove ministérios é Intensa.Ha ulna infinidade de pes-

soas que já foram attingldaspelo gladio official e ainda maiorquantidade se acha em situaçãode incerteza inhlbitiva, sob aameaça de dispensa ou demissão.O sobresalto do funccionaiismonão excluo mesmo aquelles quetèm a quasi certeza de que per-manecerão em seus logares. Por-que, em certas circumstancias, aconservagão do emprego se afi-gura bastante precária, pois, alémdos impostos já criados, paira aameaça da reducção dos venci-mentos, nos moldes conhecidos,Isto é, sem obedecer a qualquerclrterio de ordem geral.

A lei da despesa não virá, toda-via, esclarecer immadiatamente asituação de muitos funecionarios,porque, especificando o numerode logares conservados em cadarepartição, com a discriminaçãodas categorias, poderá apenas in-dicar, em globo, o numero dosempregados quo torSo do sair,por falta de verba. As cifras,terão, entretanto, o effeito derevelar, á vis.ta do volume doscortes de pessoal e material, adesorganização, maior ou menor,que a ordem de'economia a todotranse impõe aos serviços publi-cos. (Quantas, conhe.cçjnj a engre-nagem administrativa . dos Cor-reios. relutarão em acreditar naconveniência de Tedupção' do. seupessoal. A Impressão acaso reoe-bida do espectaculo de uma riu-merosa colmeia burocrática deveser completada com õ exame davariedade de encargos a que elladeve attender. O serviço postal,objecto permanente de criticas ereclamações, não poderá melho-rar por effeito da dizimação aque está submettido. Dentro doquadro geral existente, desde quese fizesse. uma nova- distribuição,de accordo com as necessidadesde cada repartição, restaria sup-primlr os abusos, obrigando aotrabalho os funecionarios que acondescendência politica tivesseafastado de seus cargos. Somenteassim seria possivel incutir noespirito publico a convicção deque o governo revolucionário temuma orientação intelligente sobreos serviços da União.

Quarta-feira, 7 de Janeiro de 193Í

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A

O VADE-MECÜM E. ACENSURA

DIÁRIO DE NOTICIAS temse batido. seguidamente,pela expedição do um decre-to quo regule, em termos

precisos, as attribuições dos in-terventores e as normas a seremobservadas, nos Estados, por es-ses representantes do governodictatorial.

Realmente, a quem quer queobserve os faetos, mesmo super-ficialmente, não escapará a íaltade uniformidade com que vãosendo dirigidos os negócios es-taduaes. Dir-se-á — g a obser-vação não deixa de ser, em parte,cabível, que isso se liga, prlnclrpalmènte ás questões administra-Uvas, que nâo são as mesmas emtodos os Estados e mais que sem-pre assim foi dentro do principiode "centrallçao politica e des-centralização administrativa".

A verdade, porém, é que algunsinterventores não se limitam aadministrar o Estado e tomammedidas de caracter politico.Em São Paulo, por exemplo,existe uma novidade que não sevê em nenhum dos Estados, nemmesmo aqui, debaixo dos olhosdo Br. Getulio Vargas: — a cen-sura á Imprensa.

De facto, o governo paulista,seguindo orientação contraria ádo chefe do governo provisório,decreta a suspensão de jornaes>e sujeita os que podem circular,á censura prévia.

Um vespertino paulista tinha,entre os seus collaboradores, an-tes da Revolução, dois nomes co-nhecidos e prezados nas letrasbrasileiras.

Actualmente, a censura impedea publicação de artigos firmadospor aquelles nomes, o quo equi-vale a tolher-lhes a liberdadeprofissional. E o próprio corres-pondente no Rio, que assignavaas suas chronicas diárias com umnome inglez, passou a ser "caboda guarda", por imposição dacensura.

Não é verdade que os Interven-tores estão necessitando de um"vade-mecum"?

São üsonjeiras as condi-cões financeiras do Chile"*

SANTIAGO DO CHILE, 6,(U. P.) — O anno de 1930terminou com um superávitde dois milhões de pesos parao thesouro nacional. Essa ci-fra ultrapassou todas ás es-pectativas e é attribuida aoaugmento da exportação donitrato durante os últimosmezes do anno.

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O momento interneteionaO desaguízado polaco-allemão

Na próxima sessão âo Conselho da Liga das Nações, serádiscutido o protesto ão Reich contra o tratamento dado ás mi-norias germânicas ãa Poionia, que o governo allemão diz se-rem espezinhadas, na Alta Silésia poloneza. Essa questão áasminorias aináa continua sendo um áos pontos nevrálgicos áapolitica européa e só uma acção áemoraâa de apaziguamentopoderá resolvel-a, mesmo porque ellas se ligam a casos poli-ticos mais ou menos ennervantes. Por exemplo, essa historia ãeminorias germânicas na_ Poionia não é mais do que um áosaspectos ãa áifferença entre os áois paizes, por causa ão "cor-redor" áe Dantzig. Está claro que, havenáo um motivo áe âis-coráia entre as ãuas nações vizinhas, e áa orâem áo acima re-ferido, é natural que tuáo se explore e haja sempre uma mávontade, preparada para deflagrar incidentes a toáa hora.

A Allemanha se queixa amargamente áa Poionia e levaa sua causa ao Conselho ãa Liga. A imprensa allemã toão odia mostra a maneira violenta por que seus patrícios, em mi-noria, na Poionia, são tratados pelo governo de Varsovia. Ealargando o seu protesto, falam logo ãa necessidade ãa re-visão da fronteira polaco-germafiiça, insistindo no famoso"corredor", que julga impresçináivèlá Allemanha, para as suascommunicações com a Prússia Oriental, emquanto é ãesneces-sario á Poionia, que o guarda, por um golpe áe força. Replicaa Polônia que são inveriãicas e tendenciosas essas noticias âeperseguições áos allemães e que o Reich utiliza esse processo,para captar sympathias para a revisão áos tratados e modifi-cações áa fronteira. Contesta absolutamente que o "correãor"seja ãispensavel aos seus'inter esses e inãispensavel aos allemãese para isso affirma, of ficialmente, que, em 1929, o trafego po-laço foi áe 89,4 °|°, emquanto o germânico-foi, apenas, de 10,6 °|°e que o trafego áe mercadorias pelos portos polacos constituecerca âe 50 T do trafego total ãa Poionia com.o estrangeiro.

Sente-se bem, pela argumentação ãas partes, que está,nesse caso, uma áas chaves da segurança européa. Essa dis-cussão durará, e sem conseqüências, o tempo que quizerem,póãe mesmo provocar maiores embaraços para a paz, mas nun-ca resolverá coisa alguma. Será mister aâoptar uma politicaãe apaziguamento, attenãenâo aqui e ali a caâa razão, transi-gir e conciliar, para chegar a algum.resultaáo. Emquanto hou-ver minorias, que possam explorar casos politicos, reinará amesma inquietação e se manterá acceso o estopim ãa ãiscorâia.

EM DEFESA DOFUNCCIONA-

LISMO

0

HOJE_ Na primeira pagadoria do The-souraria Nacional serão paga? asfolhas: Montepio Civil da Agri-cultura de A a Z; Pensões Pro-visorias, praças de pret, Aposen-tados da GuHrda Civil, Aposenta-dos da Justiça. Montepio Civildo Exterior, Aposentados da Agri-cultura, Aposentadas do Exterior,Aposentados dav Guerra, Pensõesde A a ü .Inspectoria de Portos,Rios e Canao-j e Escola João LuizAlves. .

Reunem-se os mil oitocentoste dezeseis sócios graduados daAssociação dos Empregados noCommercio, e bem assim os cemsócios contribuintes récontemèn-te eleitos, que, em conjunto, for-iti ani a Assembléa Deliberativada veterana sociedade.

Nessa reunião serão discutidosassumptos de grande importan-cia e abordados os últimos acon-tecimentos sociaes.Sob a presidente do juiz Ma-gartnos Torres, reune-se o Tri-bunal do Jury, em sessão prepa-.:ratoria, afim de lnstallar os seus.trabalhos do corrente mez.

Occupará a tribuna do ministe-rio publico o dr. Edmundo Ben-to de Faria. -•¦--.O ministro da viação dará _ _.. ..„.audiência publica das 14 ás 16 I Levy Carnelro"reaíÍzar-sõ^á

"ás

IMPERIOSA NECESSI-DADE

magnífico vôo dos aviadoresitalianos, chefiados pelo ge-neral ítalo Balbo, que aca-bam de chegar a Natal, veiu,

tnals um? vez, pôr de manifesto„a :necessldàde que temos da con-strucçâo de uma base aérea nosrochedos de S. Pedro e S. Paulo.

Esses ' rochedos, que tinhamapenas.a utilidade de figurar nosmappas como pontos perigosos,entraram no dominio da publicl-dade por oceasião do vOo Sacca-dura Cabral & Gago Coutinho aoBrasil. O almirante Gago Coutl-nho foi uma das primeiras auto-ridades em coisas de aviação queteve ensejo de referir-se á ne-cessidáde de se aproveitarem taesrochedos.

. Ora, ha de chegar a quadra emque as communicações aéreas sohão de tornar de tal marteira fre-quentes, que a construcçao se tor-nará fatalmente necessária.

Sc temos de realizar a cons-trucção da base. de aviação nessesrochedos, que' tém uma fôrma quese assemelha, á de uma oorôa,por que motivo não cogitamos detal coisa desde já? Se o governocuida de um grande prograininade economias a todo o transe,nem por isso deve deixar de es-tudar o problema pela maneirapor que elle merece. Ha tempos,um navio da nossa marinha deguerra . esteve nos rochedos, fa-zendo estudos. Embora esteja-mos procurando fazer rigorosaseconomias, isso não significa quedevamos cair na nossa clássicaimprevldencia, que somente nostem proporcionado desastres emtantos e tantos terrenos de reali-zacões praticas.

Os citados rochedos, a Ilha deFernando de Noronha e o portode Natal hão de transformar-se.em futuro bem próximo, em ma-gnifleos portos aéreos. A aviaçãocommercial, entre nôs, está fa-dada a ter um grande desenvol-vimento. Quando se avolumar, otrafego aéreo forçará o nosso go-verno a cuidar da installação debases magníficas, tanto nas ilhase rochedos, como no porto daterra firmo. A experiência e onosso espirito de previsão nosaconselham a pensar desde já emtal coisa. Somente com isso te-remos a lucrar.

2° semestre de 1930, & razão de100Ç000 por acção.

Sob a presidência do dr.

Autorizando a venda e ex-posição de inseotos para a"Seara dos Pobres"

Foi enviada, hontem, aos agen-tes da Prefeitura, a seguinte cir-cular:"Communicn-vos, para oa devi-dos fins, haver o sr. intervontor,por despacho de 31 de dezembro p.findo, resolvido permitttir que ainstituição de caridade "Seara dosPobres", possa fazer exposição,numa vitrine de casa commercialdo centro da cidade, duma colle-cção de insectos do paiz, applican-do' o produeto de'sua venda naconstrucçao (Je.ujn abrigo destina-do a crianças desamparadas."

Os que foram licenciadosna Prefeitura

Pelo dr, Adolpho Bergamini, fo-ram licenciados hoje. por 6 mezes,o medico da Assistência, dr. FábioCrissiuma de Oliveira Figueiredo;por 15 dias, a professora OndinaDias Corrêa de Lemos; por 51dias, a professora Noemia SoaresPinheiro; por 6 mezes, a professo-ra Luiza Aleixo Deremusson e por2 mezes, a professora ErmelindaMoraes Surali.

Foram dispensadosO dr. Adolpho Sergamini, inter-

ventor carioca, dispensou hontem,do ponto: por 4 mezes, o operárioJoaquini Dias da Silva; por 2 me-zes, o operário Emilio de Andra-de; por 30 dias, o trabalhador Vir-golino Bibeiro Teixeira; por 3 me-zes, o trabalhador Manoel Maria-no de Oliveira; por 30 dias, o tra-balhador José Ferreira Pinto e,por 3 mezes, o ajudante de moto-rista Glycerio de Almeida.

POR TEREM SIDO NOMEA-DOS PARA ODTRAS

horas.

AMANHÃA Liga Catholica da matriz deMadureira, iniciará as suas festascpmmemor.itlvas do 10° annlver-sario da sua fundação.— A Companhia Argos Flumi-nense do Seguros Terrestres oMarítimos, iniciará os pagamen-tos do dividendo 153, relativo ao

20,30 horas, no Syllogeu Brasileiro. sessão ordinária do Institutodos Advogados.No Centro Literário JoséAmarante Gouveia, realizar-se-áuma sessão solemne ás 22 horas,afim de fierem empossados os no-vos sócios.Na Sociedade Recreativa"Colomblnas do Avorno", & praça11 de Junho, realiza-se áa 23,30horas, um monumental baile,onde serão distribuídos "premiossurpresas".

Foram exonerados osgeneràes Andrade Ne-ves, da chefia da C. Mi-litar, e José Luiz Pereirade Vasconcellos, de Io

sub-chefe da E. M. E.Por terem sido, respectivamen-

te, nomeados chefes da 3a e da 6*Região Militar, foram evonerados,o, general de brigada Franciscode Andrade Neves, do cargo dechefe da Casa Militar do GovernoProvisório, e general de brigadaJosé Luiz Pereira de Vasconcellos,do cargo de Io sub-chefe do Esta-do Maior do Exercito.

NO CATTETEDESPACHOS, CONFERÊNCIAS

*E

VISITASNo palácio do Cattete, estive-

ram hontem em conferência edespacharam com o sr. GetulioVargas, chefe do governo proviso-rio da Republica, os srs. dr. Afra-nio de Mello Franco ministro dasRelações Exteriores e dr. MarioBarbosa Carneiro, encarregado doexpediente do Ministério da Agri-cultura .

— O chefe do governo proviso-rio recebeu em audiências, no pa-lacio do Cattete, os srs. coronelAntônio Menna Gonçalves, in-terventór federal em Matto Gros- no emtanto, decorrente, em

Em novembro ultimo, quan-do começaram a ser divulga-das informações relativas aosgrandes cortes projectadoscontra o funccionaiismo, oDIÁRIO DE NOTICIAS com-bateu immediatamente a me-dida violenta que começou apesar como uma ameaça in-supportavel sobre milhares emilhares de brasileiros.

O paiz precisa, realmente,comprimir as suas despesas.Esse é um ponto pacifico, so-bre o qual não pôde haver du-vidas. Todos estão de accor-do com o mesmo. Succede,entretanto, que á Revoluçãosó remotamente interessam,do ponto de vista theorico, asquestões de caracter adminis-tratiVO.- '.t .v_.\. >.;., -., ;•:•

Revolução nada tèm quever-' com- administração. Saocoisas absolutamente separa-das. Somente á falta de pro-gramma e de ideologia, podeum movimento revolucionáriopreoecupar-se com áquellasquestões, comp se isso consti-tuisse sua própria finalidadesocial.

Os resultados dessa orien-tação errada não precisam serapontados.

No Brasil, foi isso, entretan-to, o que aconteceu. Decorri-do menos dum mez da quedado sr. Washington Luis, nãohavendo mais oligarchas nemautomóveis officiaes cuja per-seguição mantivesse o fogosagrado da Causa Nacional, opobre funecionario publicopassou a ser o alvo predilectodessa furiosa offensiva anti-reaccionaria.

Em tempos normaes ou deprosperidade, a medida pode-ria ou, mesmo, deveria serobjecto de cogitações da partedo Governo Provisório.

Na situação actuai do paiz,entretanto, nada a justifica.Seria, além duma providenciaanti-democratica, um atten-tado commettido friamentecontra uma parte do povobrasileiro, que não pôde, demodo nenhum, ser responsa-bilizada pelos crimes ou peloserros que levaram a nação ássupremas provações da guer-ra civil.

Foi essa a doutrina defen-dida, desde a primeira hora;pelo DIÁRIO DE NOTICIAS,em obediência, antes de maisnada, ao programma de rei-vindicações sociaes com queeste jornal appareceu. Comoa crise economico-financeiracontinua a exercer a sua for-midavel pressão sobre a vidanacional, de novembro paracá aquella ameaça trágica setem mantido como um pesa-.idello permanente, levando odesassocego aos espiritos. .

E, ainda hontem, o capitãoJuarez Tavora, na sua entre-vista concedida á imprensa,aborda a questão, manifestan-do-se francamente favorávelaos cortes em massa do nossofunccionaiismo.

Aquelle "leader" revolucio-nario referiu-se, sobretudo, ápraga do funecionario politi-co, capaz de todas as torpezaspara servir a este ou aquelledeputado, senador ou qual-quer outro cacique, em cujasmãos elle é um tltere e umvil instrumento para todos osserviços, mesmo os mais in-confessaveis. Essa situação é,

divididos e não resta duvidaque entre o empregado hu-milde e o governante podero-so, o maior culpado é o ulti-mo, o qual dispõe de todas asarmas da corrupção.

Em face dessas circumstan-cias, nossa attitude so pôdeser, do ponto de vista colle-ctivo, de defesa vigilante e in-condicional dos direitos dofunccionaiismo.

Aliás, o capitão Tavora pe-diu, hontem, para o assum-pto, a collaboração da im-prensa. E a nossa é,' atten-dendo a esse louvável appel-lo, contraria ao seu pensa-mento, que é o de reduzir pelametade o numero dos nossosempregados públicos, cujascondições financeiras são ago-ra as mais precárias.

Organização dos serviçosdo Ministério do Trabalho

Y:0 chefe do Governo Pro-Visorio deverá assignar ho-je, ó decreto na; pSSta do'Trabalho dando organiza-ção aos serviços que con-stituem esse importante mi-nisterio.

Assim, o referido minis-terio será constituído dosseguintes departamentos:

Departamento do Povoa-mento; '

Departamento do Traba-lho;

Departamento do Com-mercio;

Departamento da Indus-tria;

Departamento de Estatis-tica.

Consta mais que dirigi-rão esses departamentos ossrs.: dr. Dulphe PinheiroMachado, Povoamento; dr.Bandeira de Mello, do Tra-balho; dr. Joaquim Eulalio,do Commercio; dr. Léod'Affonseca, da Estatística.Quanto ao Departamentode Industria ainda não sesabe quem o dirigirá.

uzentos miiess de Élts Mta ao Governo Provisório por uio impor-Ue ppo financeiro oorie-amorieano

Reporters, chronistas, redactores e até directores de Jornaes realizaram, hon-tem, uma verdadeira "batida" na praça, procurando desven- "

dar o caso do empréstimoCommentarios e impressões colhidos pelo DIÁRIO DE NOTICIAS nos

principaes estabelecimentos bancários

VIOLENTO CONFLICTOSINO-BURMEZ

Trinta mortos e duzen-tos feridos

LONDRES, 6 (U. P.) — O cor-respondente do "Daily Herald",em Rangon, annuncia que morre-ram trinta pessoas e duzentos fi-caram feridas em um conílictosino-burmez, segunda-feira ul-tima.

»«»>__¦¦

Manteve o titulo de pesoleve junior

PHILADELPHIA, 6 (U. P.) —Benny Bassa, com 128 libras e 1|4,manteve o titulo de campeão depeso leve junior, vencendo LewMassey, com J28 libras, por pon-tos, em um match em 10 rounds.

— *.— * —

so; dr. Baeta Neves; dr. Alexan-dre.Brigole; N. Peixoto Maga-lhães; e Gabriel Pedro Moacyr.

— Esteve hontem no palácio doCattete, o dr. Linneu de PaulaMachado, que foi agradecer aochefe do governo provisório, o seucomparecimento ás corridas rea-lizadas no domingo, no prado doJockey Club, na Gávea.

parte, da falta de garantiasque, no Brasil, faz do funecio-nario, em alguns casos, umser medroso, dócil ao subornopolitico, pelo pavor duma de-missão summarla ou de per-seguições pequeninas e ódio-sas.

Os males estão, portanto,

OS PORTUGUEZES SEMTRABALHO NO BRASIL

Para esclarecer um malentendido

LISBOA, 6 (U. P.) — O gover-no ordenou que o novo cônsulportuguez no Bio de Janeiro, sr.Pedro Eodrigues, parta immedia-tamente para o Brasil, afim deesclarecer immediatamente o malentendido, existente entre o agen-te consular e a colônia portugue-za, com o fim de attender devida-mente os portuguezes sem traba-lb'

Toda a praça commentou,hontem, e de todas as manei-ras, o sensacional "furo" comque o DIÁRIO DE NOTICIASdivulgou as bases do projecta-do empréstimo de 200 milhõesde dollares, que um importan-te grupo de banqueiros norteamericanos offerece ao Go-verno Provisório, para atten-der á premencia da actuai si-tuação financeira do paiz.

Era natural. O caso, comohontem mesmo frizámos,apresentava-se de tal fôrmaque pareceria inacreditável.

IMPRESSÕES DOS BAN-. QUEIRÓS

Os banqueiros, nervosos, námaioria, com a baixa accen-tuada do cambio, verificadanestes últimos dias, receberama noticia com as maiores re-servas.

Procurámos, por isso mes-mo, com insistência, colherimpressões positivas, para po-der o DIÁRIO DE NOTICIASvoltar hoje ao assumpto es-clarecendo o publico e orien-tando o governo.

De maneira geral, todos jul-gavam difficil, senão impôs-sivel, neste momento, a reali-zação de qualquer empréstimoexterno. A situação mundialnão é boa e a nacional muitomenos. O governo da revolu-ção, observavam alguns, estápraticamente consolidado, so-bretudo depois do congraça-mento das classes armadas emtorno ao sr. Getulio Vargas,acontecimento que deu a cer-teza de estabilidade á novaordem de coisas installada nopaiz, mas o exterior ainda nãoconhece bem a verdadeira si-tuação interna para poderaceitar, sem mais nem menos,o lançamento de uma opera-ção do vulto da que foi noti-ciada pelo DIÁRIO DE NOTI-CIAS. Demais, parece a quasitodos os banqueiros, ouvidoshontem, que o Brasil não temgarantias disponíveis que ain-da possam servir de base aempréstimos, pois todas de-vem estar já hypothecadasem operações anteriores.

- DEPRESSÃO' DA MOEDAO director dé um dos gran-

dss estabelecimentos banca-rios estrangeiros, depois de re-pisar argumentos dessa or-dem, passou a referir-se sobrea depressão da moeda, fazen-do ur.ia seria critica á orien-tação do ministro da Fazenda:

"Creia que não estou sa-tlsfeito com a orientação dodr. Whitaker — declarou coma maior lealdade o referidobanqueiro — apezar de nellereconhecer innegavel valor,mas não me parece que estejaagindo bem nessa matéria.

Num momento como oarruai, o ministro da Fazendadeveria convocar reuniõesconstantes de todos os ban-queiros da praça para, visan-do os interesses do paiz, seremassentadas med'das efficien-tes no sentido de evitar-se adepressão da moeda."

E já ia terminando com asseguintes palavras:—• "Eu asseguro ao senhorque o nosso banco tem o ma-ximo desejo de cooperar como governo na °"f'" ecó-nomico-financeira do Brasil.Além de tudo isso. digo-lhecom a máxima franqueza: abaixa cambial não pôde senãoprejudicar aos bancos estran-geiros, os quaes têm aquigrandes sommas invertidas,embora não pensem assim osque se deixam levar por sen-timentos de xenophobia."

Mas, antes que o_banqueironos apertasse a mão para adespedida, arriscámos a per-gi ita indispensável:

"E o empréstimo?...""Não creio nisso, respon-

deu o "business-man". Li anota do DIÁRIO DE NOTI-CIAS sobre o assumpto. Nãohi duvida de qus, nesta op-pertunidade, 200 milhões dedollars injectados na praçaoroduziriam muito bom ef-feito em todos os negócios.Mas, se quer a minha opiniãofranca, ouç:.: é um... bluffdos americanos."

E nio quiz dizer mais nada.Era um b;.-iqueiro inglez...

Mas o que havia dito foiuma confissão dos bons ef-feitos da ope-dçro em estudos,t.:.!:ora nella não acreditasseno momento.

NO BANCO DO BRASILFomos logo depois, ao Banco

do Brasil.Já o mercado de cambio, a

essa hora estava mais calmo,Parecia mesmo que a baixa at-tingira o seu limite.

Perguntaram-nos ali, áqueima roupa, assim comoquem affirma interrogando:

"Tem fundamento a notado DIÁRIO DE NOTICIASsobre o grande empréstimo emperspectiva?"

E explicamos, a nota foipublicada porque as negocia -ções estão, neste momento, tíetal maneira adeantadas, que

a divulgação do facto já nãoseria certamente obstáculo árealização do empréstimo...

Por nossa vez resolvemosperguntar tambem ao ban-queiro:"E o senhor, que é ban-queiro, e, o que vale mais, doBanco do Brasil, põe duvidassobre a nota do DIÁRIO DENOTICIAS?"

"E!, pôde ser — respon-deu-nos — mas eu não tenhode nada conhecimento ainda.Em todo caso, não tenhotambem elemento para julgarimprocedente o que disse oseu jornal".

Isso correspondia a umaconfirmação.TAMBEM NAO SABIA...Estivemos, em seguida, noMinistério da Fazenda. Não,

.evidentemente, para falar aoministro, que nada diria, pormais verdadeiro que o factofosse, porque ainda seria cedopara qualquer palavra offi-ciai, dado que, conforme anota do DIÁRIO DE NOTI-CIAS, a proposta vae ser fei-ta, se já não o foi...

Admittindo, porém, que onão tenha sido ainda, seriainutil tentar ouvir o ministro,mas poderíamos sondar im-pressões do alto funeciona-lismo.

Nada, entretanto, consegui-mos, porque todos negavam,de pés juntos, a verdade docaso, como quem dizia:

"Por aqui não passou..."Tivemos, todavia, uma com-

pensação. Alguém nos infor-mou de que lá estivera, poucoantes, um secretario do em-baixador Morgan, que tam-bem não sabia nada do em-prestimo e, por isso, queriacolher informações...

COMMENTARIOSPOPULARES

Tambem o povo commentouo assumpto.

A boa fé popular, sempre es-pontanca e ingênua, acredi-tou, ao contrario da argúciad-s banqueiros, na veracidadedo empréstimo.

Más de toda;s; as conversas,1e foram muitas as.que surpre-hen demos nas esquinas da ci-.dade, a-mais-pitoresca foi, semd..vida, este dialogo ouvido no'largo de São Francisco:

"Eu li o DIÁRIO DE NO-TICIAS.- Realmente, dois mi-Ihões de contos salvariam oBrasil, mas ainda estou duvi-d. .do um pouco.""A coisa é sô.lx, homem,pois você não viu até as indi-cações de typo e juros?""Mas li tambem uma eoi-sa que me abalou a confiança:

A áacfio de capitãesestrangeiros nara o Brasil

(Conclusão da Ia pagina)Egrandes jazidas do paiz,

como, antes de tudo, eu souum industrial do minério, nãoquero perder mais tempo —parto para o campo onde estáa futura grandeza do Brasil.

Queremos, então, saber quetempo se demorará nessa ex-cursão. Não sabe dizer. Só oque pôde adeantar é que vaefazer, a respeito, estudos es-peciaes, pois pretende, no seuregresso, enterder-se com o governo brasileiro sobre as pos»sibilidades de negócios desteconi a empresa de que é prin-cipal accionista.

Adeanta, ainda, que a suaviagem, por agora, está cir-cumscripta, apenas, a MinasGeraes. E' bem possivel, en-tretanto, que ella se estenda aGoyaz c a Matto. Grosso onde— segundo lhe informaram —ha tambem grandes riquezasmineraes.UMA GENTILEZA DE MME.

BRADENPor ultimo, o sr. William

Braden que, como já disse-mos, é um verdadeiro "gen-tleman", apresenta-nos a suaexma. esposa, que nos diz, embom portuguez, estas palavrasgentilissimas:

Encantada com o. Rio.Lindo ! Lindo !

Notámos, então, a facilida-de com que mme. Bradenmaneja o vernáculo. E ellaresponde:

Vou indo com muita dif-ficuldade no aprendizado.Mas, ha termos que me en-cantam. Por exemplo: "aba-caxi", que original, não é ?

Concordámos. E mme. ac-crescenta:

E, sobretudo, que sabo-roso !...

Despedimo-nos. Eram 10horas da noite. O illustre ca-sal de millionarios norte-ame-ricanos ia descer ao salão demusica...

não haverá commissão paraintermedia.io no negocio..."'—. "E que tem isso com ocaso?"

O outro fez um ar de es-panto. Depois interrogou comironia:

E você já viu, algum dia,no Brasil, empréstimo ou ne-gocio com o governo sem in-termediario, sem commissão,sem "cavação"?...

Homem, é Verdade...Mas, tenha paciência, agoranão estamos mais no governopassado. A* Revolução ven-ceu...

De accordo. Você temrazão. Esse negocio deve serverdadeiro.

ATMOSPHERA DE RE-SERVAS

O caso, como se vê, conti-núa ainda numa quasi impe-netravel atmosphera de re-servas. A nota do DIÁRIO DENOTICIAS, levantando a le-bre, poz èm campo toda a im-prensa, dè maneira que o diade hontem foi caracterizadopor uma verdadeira "batida"na praça e nella tomaramparte reporters, chronistas,redactores e até directores, se-não de todos, pelo menos damaioria dos jornaes cariocas.

Bancos, agencias, escripto-rios de empresas norte-ameri-canas, principalmente, tudofoi varejado de ponta a pon-ta. Todas as fontes foramconsultadas. A colônia ame-ricana, sobretudo, quasi nãofez, hontem, outra coisa se-não attender á curiosidadeinsaciável da reportagem.

E' possivel, portanto, quehoje, muitos matutinos jápossam publicar alguma in-formação, desmentindo ou, oque é mais provável, confiivmando o sensacional "furo"do DIÁRIO DE NOTICIAS, amenos que nenhum tenhaconseguido apanhar, como íi-zemos nós, a pontinha do fio-zinho da meada.

O caso, segundo as fontesautorizadas, é positivo nostermos em que o divulgou oDJARIO DE,.NOTICIAS: um.importante . grupo financeirodos Estados Unidos põe á dis-posição do Governo Provisório200 milhões de dollares (20((milhões, note bem o leitor, dedollares), como minimo deum empréstimo que será íei-to ao typo de 93, juros de7 "l" sem commissão de inter-mediario, porque confia na.estabilidade da situação revo-lucionaria e nas possibilida--des do Brasil. Tudo depende-rá, naturalmente, de garan-tias e fórmulas.

A chegada do sr, Mauríciode Lacerda a Santos >

SANTOS, 6 6(A. B.) — Desem-barcou hoje aqui o sr. Mauriciode Lacerda, vindo de Porto Ale-gre.. O embaixador do Brasil nas fes-tas da independência uruguaya «na inauguração da ponte interna-cional sobre, o Jaguarão, foi rece-bido por numerosos amigos e cor-religionarios politicos.

Hoje mesmo, o sr. Mauricio deLacerda seguiu para a capital duEstado pela estrada de rodagem.

0 âugrnento das tarifas so-bre a herva-matte na

BUENOS AIRES, 6 (U. P.) —Segundo a opinião geral, o'decre-to augmentando as tarifas sobre afcorva-matte é justificado. Algunselementos, entre as importadores,que têm contratos com o exterior,são contrários, vários delles salien-tando que utilisam parte da her-va-matte estrangeira para mistu-rar com a nacional em marcas co-nhecidas.

Algumas firmas-com capitães in-vertidos em plantações no estran-geiro consideram o decreto injus-tif içado.

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Mortos pelo frioMILÃO, 6 (U. P.) — Tres se-

nhores velhos, cuja identidadeainda não foi apurada, morreramgeladoa, em conseqüência da ondade frio que está varrendo as pro-vincias do Norte.

As eleições para o novopresidente da GuatemalaGUATEMALA, 6 (U. P.) — O

presidente provisório, sr. ReinaAndrade, expediu um decreto con-vocando as eleições para a escolhado novo presidente parff 6, 7 e Sde fevereiro.

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Pierre C! wenceau contra-tou casamento com

Terka GrossPARIS, G (U. P.) — Annuncia-

so o contracto de casamento daPierre Clemenceau, neto do Tigva,com Terka Cress, bisneta de SarahBernhardt.

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Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931 DIÁRIO DE NOTICIAS 3

Acio vôo Italia-Brasil

Um dos aviões o do capitão Bôer, inutilizou-se perto dosrochedos, São Pedro e São Paulo

(Conclusão da Ia pag.)entre si os espaços preestabe=lecidos. A esquadrilha negraencontra-se na dianteira dasdemais.EM NATAL, CHOVE

NATAL, 6 (DIÁRIO. DE NO-TICIAS) — Apesar da chuvaque cae, a população de Natalencontra-se enthusiasmadapelo raid. O commercio fe-chou as portas. Toda a po-pulação está nas ruas e nosarredores do campo de avia-ção. Em Natal faz máo tem-po.

O GENERAL PELLEGRINIEM ACTIVIDADE

NATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — O general Pelle-grini encontra-se em cons-tante eommunicação com asautoridades militares e navaesbrasileiras, especialmente omajor Nery da Fonseca e ocapitão Carlos Chevalier.

EM CONTACTO COM OSAVIÕES

NATAL, 6 (DIÁRIO DE 3SO-TICIAS) — A estação radio-telegraphica de Olinda man-tem-se em contacto constan-te com os apparelhos; da es-quadrilha aérea, trocandoconxmunicações a respeito dotempo e da marcha do vôo.OS NAVIOS COMMUNICAM-SE COM PORTOS ITALIANOS

KOMA, 6 (U. P.) — Noticia-se officialmente que mensa-gens radio-telegraphicas dosnavios ao longo da rota se-guida pela esquadrilha Balbodizem que os hydroplanos co-briram cerca de um sexto dadistancia, até ás 5 horas (ho-ra de Greenwich).

O romper do dia tornou ascommunicações radiotelegra-phicas difficeis. Os telegram-mas até aqui recebidos têmsido captados . fragmentaria-mente. Éspera-se que as Com-municações melhorem com oescurecer.

ANTÕMÔIWNÍZFalleceu, hontem, nestacapital, esse eminente

politieo bahianoA dolorosa noticia do súbito fal-

lecimento do sr. Antônio Monizeapalhou-se, hontem, á tarde, rapi-damente, pela cidade. Sabiam, osmais íntimos do eminente politieobahiano, não ser lisonjeiro o seuestado de saude, mas o que nemestes? e muito menos aquelles queformam a esphera político-socialdo paiz, entre os quaes o extinetocontava muitos admiradores e for-tes amizades, poderiam suppôr, é

^^^^^^ZáaaXaaaamiÉÊai!^- ':V*V-s". '¦ '.'A"ê.-y."A-V.-iy

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Dr. Antônio Moniz

que a vida desse distineto ex-ra-presentante do povo bahiano naCamara Alta, houvesse chegado aoseu momento final.

Foi, assim, de surpreza e desola-ção, a noticia recebida do passa-mento desse antigo rebellado con-tra a orientação politica que vinhadominando a nossa terra, mor-mente nestes dois derradeiros qua-triennios, e que surgiu mais cia-ramente manifestada desde a Re-acção Republicana de 1922, paraculminar na ultima campanha pre-sidencial, em a qual a sua acçãose mostrou preponderante e decisi-va, como dos mais proeminentesvultos que foi da Alliança Liberal.

A Bahia teve sempre, em o se-nhor Antônio Moniz, um filho dosmais queridos e dos que melhorsouberam honrar o seu mandato.Era um defensor intransigente doslegítimos interesses de seu Estadoe das aspirações mais justas deseus conterrâneos, como era, si-multaneamente, um collaboradorinfatigavel dessa grande obra emcujas paginas se continha o dese-jo de um Brasil maior.

Recentemente havia sido nomea-dp pelo governo provisório para ocargo de tabellião em um dos offi-cios desta capital, cargo que o ex-tineto não chegou a oecupar.

O sr. Antônio Muniz, que falle-ceu ás 14 horas e que foi vietima-do por uma "angina pectoris",contava 55 annos de idade, era ca-sado com a senhora Maria Clemen-tina Moniz e deixa os seguintesfilhos : Georgino, Edith, Helena,casada com o sr. Humberto Vian-na; Egal, Heitor, casado com donaSônia Moniz; Margarida, casadacom o sr. Fructuoso Bulcão, Iza,Edmundo e Norma.

O seu enterramento realizar-se-âhoje, ás 15 horas, saindo o fere-tro de sua residência, á rna Barãode Itamby.

O ENTHUSIASMO EM NATALNATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — Quando nesta ci-dade se soube da passagemdos-aviões italianos sobre Fer-nando de Noronha, a multi-dão engrossou nas ruas, ondevivou a Itália e os seus avia-dores. Immediatamente car-tazes foram affixados nas re-dacções dos jornaes, os quaeseram lidos com grande curió-sidade.

O RADIO BRASILEIROORIENTANDO OS AVIÕESDe Recife, o Telegrapho Na-

cional enviou-nos o seguintetelegramma:"RECIFE, 6 (15 horas) -«Commàndante Maddalena eoutros apparelhos pedem po-sição Natal. Apparelhos radioestão orientando a esquadri-lha. Espera-se que os appa-relhos chegarão aquella cida-de dentro de duas horas. —(a) A. Braga.

O DIRECTOR DOS TELE-GRAPHOS ENVIA UMA MEN-SAGEM AO GENERAL ÍTALO

BALBOÒ dr. Edgard Teixeira, di-

rector do Telegrapho Nacio-nal dirigiu ao general ítaloBalbo a seguinte mensageni:"Exmo. sr. general ítaloBalbo, ministro da Aeronau-tica e commàndante em chefeda esquadrilha da Real Avia-ção da Itália. — Bolama —Guiné Portugueza.

O director geral dos Tele-graphos da Republica dos Es-tados Unidos do Brasil, emseu nome e em nome do fun-ccionalismo' ás suas ordens,aproveita o instante em queos. gloriosos aviões da Itáliase aprestam para erguer ovôo nas*aguas de Bolama paraapresentar a v. ex. os respei-tosos votos de feliz viagem.Estou certo de que a traves-sla do Atlântico, assignalan-do um novo feito na historiada aviação mundial, servirápara testemunhar ainda umavez, os fortes laços de secularamisade que unem a Itália aoBrasil. Queira v. ex., sr. gene-ral, aceitar no momento emaue parte para vencer a maisdifficil secção do longo e ra-dioso percurso, as saudaçõese os desejos de bom augurioque se formulam sob o impul-so do enthusiasmo sincero earrebatador". (a) EdgardTeixeira".

A ESQ-JADRILHA CHEGAA NATAL!

NATAL, 6 — (DIÁRIO DENOTICIAS) — A esquadrilhado general Balbo chegou aNatal, ás 16 horas, amerissan-do no vasto estuário do rioPotengy, deante dà cidade deNatal.A CURIOSA FORMAÇÃO DASESQUADRILHAS, IMITANDOA DISPOSIÇÃO DAS CORES

DA BANDEIRA ITALIANA. NATAL, 6 — (A. B.) — Pou-

co antes das 16 horas Íoramouvidos ps primeiros rumoresda esquadra aérea, comman-dada pelo general Balbo.

Os aviões appareceramvoando alto do lado do Nor-te e se approximaram rápida-mente na formação conheci-da. A' frente vinha a esqua-drilha negra, que representao Fascio e a seguir ao centroa esquadrilha branca, a verdeá esquerda e a vermelha ã di-reita, representando as coresda bandeira italiana.MOMENTOS DA CHEGADA

A NATALNATAL, 6 — (U. P.) — Dos

doze apparelhos da esquadraaérea italiana que partiramde Bolama esta madrugada,sob o commando do generalítalo Balbo, chegaram aquidez. O primeiro a descer foio commàndante do "raid", se-guindo-se os demais appare-lhos da esquadrilha branca.Amarou depois a verde. Osaviadores durante a viagemapanharam pela madrugadaforte tempestade e á tarde lu-taram com a falta de visibill-dade. O cáes neste momentoestá repleto de povo e nume-rosas autoridades esperam odesembarque dos pilotos, parasaudal-os. Com a chegada dedez apparelhos e a descida deun junto ao navio italiano"Antônio Mosti", nas proximi-dades dos rochedos de S. Pe-dro e S. Paulo e de um outro,que segundos as ultimas notl-cias, ficou seriamente damni-ficado, está praticamente con-clulda a etapa da travessiaatlântica do grande "raid"aéreo italiano. O general Bal-bo determinou que os cruza-dores tragam para Natal osdois apparelhos .que soffre-ram accidentes.SEGUNDO DIZ O TELEGRA-

PHO NACIONAL, FALTAMDOIS AVIÕES

Communica-nos o gabinetedo director geral dos Telegra-phos:

RECIFE, 6 — A'_J 17.25 —Communicam de Natal que ogeneral Balbo ordenou aosc oradores que rebocassempu-a, Fernando de Noronha osd»Is restantes aviões que ain-da faltam. Não ha -inda cer-teza sobre a causa que os obri-gou a interromper a viagem.

NOVOS INFORMES DO TE-LEGRAPHO NACIONAL,DEPOIS DAS 18 HORAS.RECIFE, 6, ás 18,30 — As

ultimas informações dizemque partiram de Bolama onzeaviões. O décimo segundo nãodecollou. O décimo primeirodesceu nas proximidades dòrochedo de São Pedro e SãoPaulo. Chegaram a Natal desaviões.

NATAL, 6, ás 19,30 — A es-quadrilha italiana amerissou,em nosso porto, ás 16,10, ac-cusando a falta dos aviõesque respondem pelos indica-tivos Idona e Ibais que, pormotivo de defeito foram colhi-dos e serão rebocados pelosvasos de guerra. Ha falta depormenores.

NATAL, 6, ás 19,35 — Ostres ultimos aviões da esqua-drilha italiana amerissaramás 16,40.

RECIFE, 6, ás 19,40 — Na-tal transmitte: O GeneralBalbo nada póde informarquanto ao avião que desceunas proximidades do rochedoS. Pedro e S. Paulo; assegu-ra, porém, que a tripulaçãofoi salva e o apparelho rebo-cado por um cruzador.

ARPOADOR (Rio, radio) 6,ás 19,55 — Um despacho docruzador "Alice" informa "na-da ainda saber sobre o aviãoque ficara em Bolama".

ARPOADOR (Rio radio) —6 ás 20,25 horas — Um radiode bordo do cruzador "Nico-loso da Recco" diz: "Prece-dencia absoluta. (Recommen-dado urgentíssimo) Cruzador"Antônio Daole" a S. E. Balbo.Informo que aviões IDONA eIBAIS proseguem a reboquedo "Lioni Pancaldo" e do"Emmanuele Bensâgno", res-pectivamente, para Fernandode Noronha, (a) Buzzi".

NATAL 6 ás 20,30 horas —Um apparelho da esquadrilhaficou êm Bo!ama: o outroarriou antes do rochedo S. Pe-dro, salvando-se toda a tri-pulação.OS ÚLTIMOS AVIÕES CHE-

GARAM ANTES DAS 16,40Communica-nos o Gabine-

te do director geral dos Tele-graphos:"Um telegramma de Recife,das 16,40 informa que acabamde amerissar em Natal, maistres aviões, perfazendo o to-tal dos 10 que? passaram r emFernando Noronha.A CHEGADA DO GENERALBALBO A TERRA BRASI-

LEIRANATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — Ao saltar, ás 17,15do avião de commando daesquadrilha, no meio de gran-de enthusiasmo, o generalítalo Balbo vestia a clássicacamisa preta, com distineti-vos dourados e insígnia degeneral da aviação italiana,calças brancas e botas ama-rellas, binóculo a tiracolo."Ao

pisar a terra brasileira,o general Balbo defrontou ositalianos de Natal que o rece-beram. com a saudação facís-ta e com as exclamações vi-brantes do estylo.

A multidão prorompeu emacclamações delirantes a Bal-bo e aos seus officiaes.

Apesar do calor que reinoudurante toda a viagem, o ge-neral Balbo não apresenta

nenhumi signal de cansaço,estando, pelo contrario, alegrse sorridente. Àffavel e com-municativo, o general' Balboconquistou rapidamente todaa população natalense, quevibrou enthusiasüicamente

com o feito dos heróicos avia-dores.

As primeiras autoridadesque os receberam foram omajor Leopodo Nery da Fon-seca o capitão Carlos Cheva-lier,'o general Pellegrini, osinterventores federaes no RioGrande do Norte e na Para-hyba, o prefeito de Natal emuitas outras figuras de des-taque social e official.BALBO QUER DESCANSAR

NATAL, 6 (U. P.) — O general Balbo chegou á villa go-vcrnamental, acompanhadodo cônsul italiano, do secre-tario geral do Estado, majorBispo e dos representantesdo governo da Republica.

A' hora em que telegrapho,a villa enche-se de autorida-des. O general Balbo, porém,quer descansar, pois vemmuito fatigado.BALBO, AFFAVEL PARA

TODOSNTAL, 6 (Ü. P.) — O gene-

ral Balbo desembarcou á mo-da fascista, trajando calçasbrancas, blusa preta, sapatosmarron e perneiras marron e

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trazendo um binóculo a tira-collo. Sorria para todos aquem falava e tinha palavras-de agradecimento. Lego qu*ese viu desembaraçado, fechou-se no quarto para descansare mudar de roupa.

Começam a desembarcaroutros officiaes á hora em quételegrapho.MADDALENA ALVO DE MA-

NIFESTAÇÕES ENTHU-SIASTICAS

NATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-TICIAS) — Depois dos gene-raes ítalo Balbo e Valle, omajor Maddalena foi alvo deenthusiasticas manifestaçõespor parte do povo. Sympathi-co e simples, Maddalena é umheroe que grangeou á estimade todos. Ao vel-o na lancha,o General Pellegrini estreitou-o commovidamente ao peito.Esta scena causou profundaemoção no sefttimento popu-lar brasileiro.

Maddalena ficou visivel-mente commovido.O GENERAL BALBO INDAGA

DE TUDO E DA" ORDENSNATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — Embora no meioda agitação da chegada e cer-cado do estrepitoso enthusias-mo popular, o General ítaloBalbo, ministro da Aeronauti-ca da Itália, baixou immedia-tamente varias ordens, nosentido de fazer chegar a Fer-nando de Noronha, rebocadosos dois aviões dos tenentesBastrocchi e Donatelli.

A colônia italiana, de con-certo com as autoridades lo-cães, está organizando ummagnifico programma de re-cepção e festejos em honrados generaes Balbo e Valle edos demais officiaes da es-quadrilha, embora o tempocontinue ameaçador. O 29"batalhão de caçadores foi des-tacado para prestar as hon-ras militares do estylo.O EMBAIXADOR DA ITÁLIACONGRATULA-SE COM O

GENERAL ÍTALO BALBO

O sr. Vittorio Cerruti, em-baixador da Itália nesta ca-pitai, endereçou hontem, aogeneral Balbo, em Natal, o se-guinte telegramma:"Sinto-me orgulhoso com-vosco, orgulhoso pelo novo eépico gesto próprio da estirpetanto quanto feliz e agrade-cido pela vossa chegada a es-ta grande pátria, que hospe-da os italianos do Brasil, osquaes vos saúdam como oQuadrumviro. o ministro quetravessou voando, o Atlanti-co e aos vossos audaciososcompanheiros de vôo.

Minha saudação, pois, tra-duzida pelo.mesmo grito en-thusiasta e possante que lan-çaste ao iniciardes a vossaárdua empresa: "Viva o Rei."

A embaixatriz da Itália,exma. sra. d. Elisabetta Cer-ruti, endereçou á esposa dogeneral Balbo, em Roma,exma. sra. d. Emanuela Balbo,o telegramma que se segue:"No momento em que azasitalianas venceram num vôomiraculoso, o Cântico, che-gando*á costa deste paiz ami-go, envio a v. excia. e por seuintermédio ás esposas, mães efilhas dos nossos gloriososaviadores, a saudação com-movida da mulher italianado Brasil".

GRANDE ENTHUSIASMO EMROMA

ROMA, 6 (U. P.) — A noticiada chegada da esquadrilha Balboa Natal foi recebida aqui comgrande enthusiasmo publico. - Amultidão, muito antes da hora dachegada provável, reuniu-se dean-te dos jornaes, esperando . as in-formações que eram transmittidasnos placards. De vez em quando,o povo, enthusiasmado, acclamavao nome do general Balbo e dosseus companheiros de aventura. Lo-go que se conheceu a noticia^ dachegada, elevou-se em toda a cida-de um grande clamor de applau-sos e vivas aos aviadores.

Nos theatros t cinemas as ses-soes foram suspensas, .afim de se-rem acclamados os nomes dosaviadores vitoriosos. Em _ toda aItália verificaram-se idênticas de-monstrações de alegria popular,O GENERAL BALBO NAO DEU

ENTREVISTASNATAL, 6 (U. P.) — O general

Balbo até agora recebeu somente o.general Valle.

O cônsul Mauro declarou ter ou-vido do commàndante da esquadri-lha que os seus aviões partiram deBolama, completamente ás escurase que o céo estava coberto de nu-vens pesadas. O vôo correu emboas condições, encontrando ven-tos favoráveis á approximação dacosta brasileira, comquanto as nu-vens fossem pesadas.

Um apparelho não conseguiu

decollar de Bolama. O avião com-mandado por Bôer caiu ao mar.Dois aviões estão sendo rebocadospara Fernando Noronha, comman-dados por Baestrocchi e Bonatelli,respectivamente.

O general Balbo está fatigadis-simo e não quiz conceder entrevis-tas.O JANTAR NA ESCOLA DOMES-

TICANATAL, 6 (U. P.) — O general

Valle somente ás 17.45 minutos,acompanhado do sr. Pellegrini, che-gou á viiia governamental, cujafrente estava-repleta de familiasdesejosas de conhecer os aviado-res. Todos os aviadores principia-ram a jantar na Escola Domesti-ca, com excepção do general Bal-bo, que preferiu repousar.

Os officiaes logo que desembar-caram, apresentaram-se ao seucommàndante, general Balbo.

A RECEPÇÃONATAL, 6 (U. P.) — A recepção

dos aviadores foi imponentissima,tendo sido elles muito acclamadospela multidão. A primeira pessoaque abraçou o general Balbo, ain-da no apparelho, foi o sr. José Bar-bosa, seguido do cônsul Mauro edo representante do Ministério' doExterior italiano.

Quando o general Balbo ameris-sou o tempo estava lindo. Mas lo-go depois modificou-se, chovendoligeiramente. .COMO SE DEU A DESCIDA EM

NATALNATAL, 6 (U. P.) — A' frente

da vanguarda da esquadrilha dehydroplanos italianos, que estãorealizando o vôo Italia-Brasil, che-gou esta tarde, aqui, o generalBalbo, tendo percorrido com omaior êxito 3,000, • milhas, queé a distancia que separa Bola-ina desta capital, e realizando umdos maiores feitos da aviação mo-derna.

O avião do general Balbo che-gou acompanhado de cinco outros.e desceu no rio Potengy, depoisdas 16 horas, tempo local, no meiodos applausos de centenas de pes-soas.

Em seguida, amerissou o esqua-drão verde, formado pelos aviõessob o commando do capitão Alfre-do Agnesi e dos tenentes LeterioCannistràcci e Cario Carducci.Pouco depois, desceram quatrooutros apparelhos, perfazendo, as-sim, o total de dez.

O numero onze foi forçado adescer perto, dos rochedos de SãoPedro e São Paulo, em consequen-cia de um desarranjo no radiador.

A esquadrilha encontrou fortestempestades pela manhã, mas con-seguiu vencer esses contratempos,chegando finalmente ao ponto dedestino.A HOSPEDAGEM AOS SARGEN-

TOS

NATAL, 6 (U. P.) — Os sar-gentos, que fazem parte da es-quadrilha Balbo, ficaram hospe-dados no hotel Avenida.

Logo que chegaram os officiaes,serviram-se cervejas, águas mine-raes, abacaxis e frutas, que forammuito apreciadas.

Os officiaes procuraram logobanho e barbeiro e mostram-semuito satisfeitos.

O GENERAL BALBO RE-POUSA

NATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-TICIAS) — O General Balbofoi hospedado na Villa Cin-cinato, antiga residência -dosgovernadores. Devido ao seuposto de aeneral, uma forçado Exercito guarda a casa. A'hora e mque telegraphamos, ogeneral repousa.UMA ENTREVISTA A' IM-

PRENSA

NATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-TICIAS) —¦ O general Balbomarcou para amanhã umaentrevista collectiva com aimprensa.

OS AVIADORES PASSEIA-RAM PELA CIDADE

NATAL, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — Os aviadores ita-lianos passeiam pela cidadevisitando os seus pontos maisinteressantes.VÁRIOS TELEGAMMAS PARA

O EXTERIORNATAjfi, 6 (DIÁRIO DE NO-

TICIAS) — O general Balboenviou vários telegrammascom destino a Paris e Roma.Pediu igualmente para. Bo-lama noticias dos dois aviõesali ficados e tambem do queamerissou nos rochedos deSâc.Pedro e São Paulo.

O general Pellegrini por de-terminação do general Balbo,permanece no Telegrapho perdindo de Bolama noticias ur-gentes dos aviadores ali fi-cados.

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0 centenário oa consi cão Uo llronRegressou hontem a esta capital, a bordo do«Massilia» a. embaixada que representou; oBrasil nas festas commemorativas-O chefe da re-presentaçâo brasileira, Dr. Mouricio de Lacerda,

regressa, hoje, peto «Aratimbó»As declarações do dr. MunNo Tasso Fragoso e do Com

mandante Gascardo ao DIÁRIO DÈ NOTICIASA's primeiras horas da ma-

nhã de hontem, "entrou emnosso porto, vindo de BuenosAires; o transatlântico fran-cez "Massilia". 'Vyy

A bordo desse luxuoso pa-quete gaulez viajaram, comdestino a esta capital; entreoutros passageiros, as íigü-ras da embaixada brasileira,que foi a Montevidéo repre-sentar officialmente o Brasil

¦llllillill

Commàndante ErcolinoCascardo

nos festejos commeniorativosdo Centenário da emancipa-ção politica do Uruguay, comexcepção única do respectivochefe, dr. Mauricio de Laccr-da, que deverá chegar hoje,ao Rio, a bordo do "Ara-timbó". Assim, pois, desem-"barcaram,

aqui,-a exma. se-nhora Mauricio de Lacerda, e.seus filhos, senhorinna Veiade Lacerda e os senhores Car-los de Lacerda e Mauricio deLacerda, o dr. Murillq Tas-so Fragoso, secretario de lega-ção, e exma. senhora, o com-mandante Hercolino Caòcar-do e senhora Etelvina Cascar-do, o tenente Henrique Sad-dock de Sá e senhora RivaSaddock de Sá, e os senhoresSylvio Vianna Freire e Isido-ro Cascardo.

Todos esses viajantes tive-ram uma festiva recepção,pois, ao seu desembarque nãosó compareceram as figurasde maior relevo de nossa altasociedade, como tambem osrepresentantes do ministro dasRelações Exteriores e de ou-trás altas autoridades do Go-verno Provisório.FALA-NOS O DIPLOMATA

TASSO FRAGOSOO dr. Murillo Tasso Fra-

goso é umá das figuras maisbrilhantes de nossa carriére e.acaba de regressar de Monte-vidéo, onde fora como secre-tario da Embaixada. O DIA-RIO DE NOTICIAS ouviu, abordo do "Massilia", o juvendiplomata patrício. Interro-gado sobre o êxito da nossarepresentação no Uruguay, odr..- Murillo Tasso Fragosorespondeu-nos:

— Positivamente, póde-se,sem temor de erro, affirmarque constituiu uma nota iné-dita na historia nova da di-plomacia sul-americana, oêxito que alcançou a embai-xada brasileira no Uruguay.

Não só o povo foi unanimeem suas grandes demonstra-ções de amisade, de velha ad-miração, aliás, pelo nossopaiz, como tambem as auto-ridades governamentaes mui-to nos sensibilizaram com assuas expressivas homenagens.Devo, porém, esclarecer quèesse successo se deve emgrande parte à figura deMauricio de Lacerda, que me-receu dos governantes, comoo chanceiler Domingues, o dr.Balthazar Brum e oütrosj edos - lntellectuaes uruguayos,como o grande romancistaBlanco Acevedo. as mais cari-n h o s a s demonstrações deprofunda estima e admiração.Mauricio de Lacerda não foirecebido, apenas, na nobrenação amiga, como um em-baixador, porém, mais até doque isso, como um velho aml-

go do Uruguay e dos grandesuruguayos dé hoje.

Consultado sobre a expres-são da missão diplomática doBrasil, o dr. Tasso Fragosoattendeu-nos logo, declaran-do:

A expressão foi a maisalta para a confirmação daamisade tradiccional que uneos dois ¦grandes povos do con-tinentes americano.

Nesse momento approxi-mou-se de nós p commandan-te Hercolino Cascardo.O QUE-NOS DISSE O CÒM-

^MANDANTE CASCARDOCumprimentamol-p. E ' an-

tes mesmo que lhe dirigisse-mos a palavra para obtermosas suas impressões acerca daembaixada, o commàndanteHercolino Gascardo falou:

Sinceramente, a embai-xada do Brasil foi escanda-losamente homenageada npUruguay e as manifestaçõesentão prestadas ás suas figu-ras collocaram-na em uma si-tuação de relevo dentre asdemais.AS PALAVRAS DE ÜARLOS

LACERDACarlos de Lacerda, o joven

jornalista, filho do sr. Mauricio de Lacerda, foi o enviadoespecial do DIÁRIO DE NO-TIClAs junto á embaixada.O nosso prezado companheiro,

JUSTA HOMENAGEMOs amigos do dr. Mendes Tava.-res, promovem no dia 20 do cor-

rente nma homenagem ao Rio •Grande do Sul, na pessoa doa

seus mais illustres procereSReuniu-se hontem ás 17 horas,

no escriptorio do dr. Rufino Go-mes, á rua de São Pedro 86, 2oandar um numeroso grupo daamigos e admiradores do dr. Jo-sé Mendes Tavares, com o fim cie,retribuírem a* homenagem, que aesse valoroso membro da Allian-ça Liberal, foi em dias do mezpróximo passado, levado a efijf;-to com grande brilhantismo noTheatro .loão Caetano, pelos sul-riogvandenses ' domiciliados nestacapital.

. Após animados debates, ficouresolvido levar-se a effeito urnaimponente manifestação de cari-nho e agradecimento ao gloriosoestado do Rio Grande do Sui, p.apessoa do sr. Getulio Vargas,chefe do governo provisório e dósdemais proceres da revolução fí-lhos daquelle Estado;

A significativa homenagem, sa-rá realizada no próximo dia 2(1,no Thiyitro Lyrico, ás 20 horas,gentilmente cedido para esse fime que será luxuosamente orna-mentado.

Serão convidados para oradores,os srs. embaixador Maurício deLacerda e div. Evaristo de Mo-raes.

As listas para ás adhesiíes, dásAssociações e pessoas que quei-ram concorrer para maior bri-lhantismo do tão merecida quSojusta homenagem estão á dispo-sição dos interessados á rua dcSão Pedro, SG — 2a andar — sala6 — diariamente das 9 ás 17 ho-ras.

I Sr. Murillo Tasso Fragoso |logo que nos viu, saudou-noscom ef fusão. Interrogado pornós, quando o "Massilia" jàatracava junto ao cães do ar-mazem 18, Carlos de Lacerdafalou-nos:

— Constituiu um verdadeiroescândalo a maneira sensibili-zada pela qual não só o povouruguãyo como as altas auto-ridades platinas receberam aEmbaixada do Brasil. As ho-menagens que nos prestaramtiveram muito maior proje-cção e revestiram-se de tãoalta expressividade que puze-ram a representação brasileiranum plano de accentuadodestaque.

O ministro das Relações Ex-teriores do paiz amigo —continuou — revelou ser umgrande admirador do Brasil,tendo até offerecião á nossaembaixada um almoço quan-do da ceremonia inaugural daponte sobre o Rio Jaguarão:por essa oceasião, meu paefez um longo discurso de duashoras, saudando o Uruguay, asua gente nobre e as suas ve-lhas tradições.

Quanto ao incidente que severificara durante a chegadado dr. Mauricio de Lacerda a

Max SÉmeliüg Irã deíen-der seu titulo

BERLIM, 6 (U. P.) — O cam;peão mundial, de box, Max Sch-meling annunciou que defenderáo seu titulo, de accordo com osregulamentos da Commissão Na-cional de Box, não do Estado deNova York e somente o fará emChicago, "porque não tem garan-tias de "fair-play", em NovaYork.

0 café brasileiro naInglaterra

PARIS, 6 (U. P.) — Partiupara Londres, o sr. Numa de Oli-veira, que vae continuar as con-ferencias com os banqueiros, re-lativas á reforma do plano devenda do café brasileiro e tambemorganizar os detalhes da applica-ção do empréstimo de vinte mi»Ihões de libras concluído ha sei»mezes.

Le Brix desistiu "fia

tenta-tiva do "record" de perma-

nencianoarPARIS, 6 (U. P.) — O aviador

Le Brix abandonou o seu plano devôo ás 9,55 da manhã.

Montevidéo, soubemos que nãofora mais do que produeto doespirito vingativo de commu-nistas brasileiros, que contra-ctaram, para aquelle íim, meladuzia de desoecupados.

O DIÁRIO DE NOTICIAS,que se fez representar nodesembarque da embaixadabrasileira que foi representaro nosso paiz nas festas com-memorativas do Centenário daindependência politica doUruguay, por um de seus re-dactores principaes, verificouser unanime a alegria comque todos se recordam das ho-menagens que lhe foram pres-tadas.A CHEGADA DO SR. MAU-

RICIO DE LACERDAO "Aratimbó", a cujo bor-

do regressa a esta capital osr. Mauricio de Lacerda, che-fe da embaixada que foi re-presentar o Brasil nos feste-jos commemorativos do Cen-tenario da Constituição doUruguay, deverá fundear emnosso ancoradouro, hoje, en-tre oito e dez horas, segundoas informações aue obtivemosna Policia Marítima.

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JOÃO NEVES

EMILIO DE MACEDOAdvogados

QUITANDA, 47 — 4a Phone 44973

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DIÁRIO DE NOTICIAS Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931

©ciedade de Medicl&&'fl SitüãÇãO È iÜO SfãüÈ lü ÜOríeTomou posse a nova directoria

1 Reali*ou-se, hontem, a sessão deposse aa nova directoria da So-ciedade de Medicina e Cirurgia,que deverá dirigir os destinos da-quella sábia assembléa no corren-te anno.

Sob a presidência do professorManoel Gonzaga, abriu-se a sessáoe, lida e approvada as actas dassessões eleitoral e de anniversarie,falou o presidente eventual paradar conhecimento á casa dos mo-tivos da ausência do presidente,professor A. Austregesilo, lendouma carta deste.

Em breve oração, o professorLeonel Gonzaga alludiu ao acto daposse, dizendo que ella era singe-Ia e sem grandes discursos, poisnão havia uma directoria que sedespedia, visto que todos os mem-bros da passada administração ha-viam sido reeleitos, com exôepçãodo Io secretario e do redactor dosannaes.

Tomando posse pelo professor¦ Austregesilo e dando posse aosdemais membros da actual admi-nistracão, affirma que elle e seuscompanheiros estavam dispostos aperscverar no programma quese haviam traçado, do qual umaboa parte já estava cumprida.

Mas, salientou, faltava segura-mente, a parte mais árdua desseprogramma, consistente na amplia-*

EM GREVE OS OPE-RARIOS DA JECELA-

GEM DO MOINHOINC ZZ

O que ficou resolvidopara a cessação do

movimentoCercã~dè ÍD0 operários do Mõl-

nho Inglez, pertencentes á secçãode tecelagem, declararam-se emgreve pacifica, abandonando o ser-viço, hontem, á tarde. Semelhanteattitude dos trabalhadores foi to-mada em revide á condueta do ge-rente daquelle estabelecimento in-dustrial, que se recusara a atten-der-lhes a um pedido de augmen-to dos salários, sob a justificati-va da grande crise actual.

Embora o movimento fosse decaracter pacifico e os operáriosdas demais secções do Moinho ti-vessem recusado sua solidarieda-de nos paredistas, as autoridadespoliciaes tomaram providenciaspreventivas, destacando para o lo-cal um contingente de praças daPolicia Militar, constituído por 20soldados de infantaria e quatro decavallaria.

Compareceram ao Moinho In-glez, o 2." e 4.° delegados auxilia-,res e o dr. Cezar Garcez, delegadodo 11.° districto. Mais tarde, emvirtude de entendimento havido en-tre a primeira daquellas autorida-des e os directores» do Moinho In-glez, ficou resolvido poderem osoperários voltar ao serviço hoje,caso desistam de certas exigen-cias.

PERDEU A VIDANUM ACCIDENTE

DE TRABALHOO carregador Francisco Villar,

de 40 annos, casado, portuguez,morador á rua íris n. 17, na pa-rada do Amorim, perdeu a vidatragicamente, hontem, na loja dafirma Martins Pinheiro & Cia, árua Theophilo Ottoni n. 43, ondetrabalhava ha cerca de 8 annos.Aconteceu que o pobre homem aoarrumai* um caixote, ao alto deuma pilha, bateu com a cabeçanum fio electrico, sendo proje-ctado ao solo, em conseqüência deviolento choque.

Chamada a Assistência, o medi-co que acudiu na ambulânciatratou de soecorrer logo a victima,mas esta veiu a fallecer quasi emseguida.

O corpo foi removido para o ne-croterio o as autoridades do Iodistricto abriram inquérito."lÍl^RÍNÍRÍr

Dr. Julio Adolfo da Fon-toura Guedes

tDr.

julio Adolpho daFontoura Guedes Filho, es-posa e filhos, 1.» tenenteManoel Joaquim Guedes, es-posa e filhas, dr. Antôniodos Santos Jacintho Gue-des, esposa e filha, agradecem atodos que acompanharam ao ce-mlterio o seu querido pae, sogroe avO DR. JULIO ADOLiPHO DA

..FONTOURA GUEDES, e aos* ífuylhes trouxeram conforto pessoal-mente, por carta e por* telegram-ma, e ç&nvijaam os parentes eamigos para a missa de sétimodia que mandam celebrar no ai-tar-mór da Igreja da Candelária,hojo, 7 do corrente, ás 9 1|2 ho-ras. ^

Dr. Armando Ribeiro deCastro

tGeny

de Castro BarrosFranco, Margarida de Cas-tro Leite. Clara de CastroLyrio, Theresa de CastroQueiroz, Geraldo ChagasCastro, senhora e filho, dr.

Paulo de Barros Franco e filha,dr. Raul F. Leite e filho. Os--waldo Lyrio e filho. FernandoSiqueira Queiroz, -.'ilhas e filhos;genros e netos do saudoso epranteado DK. ARMANDO RI-BEIRO DE CASTRO, agradeconi,penhorados, ás pessoas que tive-ram a bondade do comparecer aoseu enterramento e convidam aosseus parentes e amüos a assis-tir á. missa de sétimo dia quemandam celebrar em intenção desua alma, hojS*. quarta-feira, 7do corrente, As 10 1|2 horas, naIgreja de Nossa Senhora do Car-»ptnò/jàL r_ua_j,.J». de..Março.

Alice Lisboa Antunes

t

Viuva dr. João Manoel deCastro, filhos, noras e ne-tos convidam seus amigosa assistir á. missa que man-dam celebrar por alma dosua aniipa ALICE LISBOA

ANTUNES, hoje, 7 do corrente,As 10 horas, na lüroja dc SííoFranclsco dç Faulb, (altar do N.S. du ConceigS.0),

/

ção da sede da Sociedade.A seguir, falou o sr. Kaul Lei-

te thesoureiro, que, em rápidas pa-lavras, poz em relevo a obra querestava realizar com relação á am-pliação da sede social, fazendo umappello aos membros da Sociedadeno sentido de reforçarem as suaslistas de subscripção com subscri-ptorçR tinvog. iy_G2trSl-d6 t<*__.bun.a necessidade que havia em .que os/eus consocios attendessem ás so-licitações feitas, de outras', vezes,do concurso de suas próprias con-tribuições.

De novo usou da palavra o vice-presidente em exercicio, para se-cundar o appello do sr. Raul Lei-te, fazendo ver de como todos, po-diam auxiliar, o nobre emprehen-dimento da directoria, remindo-se.Disse que desde logo se compro-metia a fazel-o, concitando osseus collegas a acompanhal-o nesseacto, o que viria fortalecer, so-bremnneira, as finanças da socie-dade'.

Após algumas considerações emtomo da actuação administrativade seus companheiros/ deu por'en-cerrada a sessão.

ULTIMAS NOTICIAS DE

OS CONSULADOS BRASILEIROSESCLARECEM AS MEDIDAS TO-

MADAS PELO GOVERNO DOSEU PAIZ

LISBOA, 6 (U. P.) •— Os con-sulados brasileiros de Lisboa, edo Porto dirigiram uma cirtuíaraos agentes do passagens e pas-saportes esclarecendo as condi-ções para o visto nos passaportes,conformo a nova lei brasileira deimmigração.

FALLECIMENTO DE PESSOASGRADAS

LISBOA, 6 (U. P.) — Palie-ceram: em Thomar, o coronel JoãoAlpedrinha; em Lisboa, j> enge*nheiro Henrique Sarmenha.EXIIADOS HESPANHOES SAEM

DE PORTUGALLISBOA, 6 (U. P.) — O vapor"Albert Ville" partiu hoje deste

porto com destino a Antuérpia Ie-vando a seu bordo os exiladoshespanhoes general Queipo Llanoe os commandantes Artur Gonza-lez Gil e Carlos Roa Miranda.GRANDE CRIME NO FUNCHAL

FUNCHAL, Ilha da Madeira, 6(U. P.) — Hontem á noite fo-ram assassinados os irmãos ge-meos de 72 annos João e José Lo-pes, ficando seus corpos horrível-mente mutilados. Os ladrões le-varan. importante quantia em d*nheiro.

O "RAID» LISBOA-ANGOLAPROSEGUE BRILHANTEMENTE

LISBOA, 6 (U. P.) — Os avia-dores Carlos Bieck e HumbertoCruz aterrissaram bem, hontem,em Dammako, ãs ?1,30.

A CAMPANHA CÒN-TRA O BICHO

FORAM EFFECTUADAS NATARDE DE HONTEM. VARIASDILIGENCIAS

O commissario Oswaldo Guima-raes em serviço na 2.» delegaciaauxiliar, acompanhado pelos in-yestigadores Arnaldo, Menezes, At-tua, Climaco e Nelson, varejou natarde de hontem a casa n. 298 darua do Cattete, ijo momento pre-ciso em que ali era feita a apu-ração do movimento do jogo dobicho" durante o dia. A autori-dade arrecadou 6.000 listas e 30enyeloppes fechados e effectuou aprisão dos seguintes contravento-res:

Antônio de Almeida e SalvadorScala, A rua Paula Mattos, esquinade Senado; Waldemar Coelho An-tonio Gil e Octavio Ferreira, á rua*rel Caneca n. 48; Antônio Silva,a praça da Bandeira n. 99; Bene-dicto ítalo Nunes, á rua Benedi-cto Hyppolito e Humberto Caruso,a Avenida Rio Branco, na CasaOdeon.

JOGADO PARA A LE-GIÃO DOS SEM TRA-tALTIO, TENTOU AS-

SASSINAR O EX-PATRÃO

Na estrada Real de Santa Cruz° lavrador João Baptista Borges,de 42 annos, portuguez, residenteem Campo Grande, foi aggredidoa bala por seu empregado João detal, tendo o projectil attingido omaxillar esquerdo da victima ondese alojou.Praticado o acto o criminosofugiu.O lavrador João Baptista Braga,no posto de Assistência do Meyer,onde foi* medicado deciaiíou quêante-hontem despedira do trabalhoseu aggressor e este. certamente

com o intuito de matal-o foi espe-ral-o na estrada Real de SantaCruz onde desfechou contra elleo seu revólver., *

BANCANDO O GUAR-DA DA PREFEITU-

TURA, FURTOU 64BICYCLETAS

João Phllomeno de Andrade, lardrão ^consummado, fez-se "especia-lista" no gênero bicycletas. Efardado de guárda-municinal" ap-prehendia" quantas machinas en-contrava no seu caminho. Por essesystema Philomeno conseguiu"colleccionar" 64 bicycletas quevendeu em diversas das estaçõesdos subúrbios.

Afinal a garra com que o "guar-da" apprehendia bicycletas causouespécie . ás victimas que apresen-taram queixa á policia do 30° dis-tricto.

i As autoridades entraram em di-ligenciaa e na Pavuna, em Merity,em São Matheus. bem como emCajueiros, foram "apprehendidas"pelas autoridades do 30o, nada me-nos de 38 das 64 bicycletas fur-tadas por João Philomeno.

Os investigadores Benigno eFernandes, incumbidos das dili-gencias estão esperançados de cn-contrar as restantes 26 bicycletasque 6erão entregues aos seus le-gitimos donos.

O sr. Irineu Joffily perante os srs. José Américode Almeida e Juarez Tavora, responsáveis pela

sua escolha para interventor federalO povo norte-riograndense

exultou quando viu pelas cos-tas o sr. Juvenal Lamartine.Não era possivel supportarpor mais tempo os desmandosdo seu governo, a politica pes-soai que implantou no Sstadoe os processos miseráveis comque vinha o presidente femi-nista infelicitando aquella pe-quenina terra nordestina.Com a victoria da Revolu-ção, foi collocado á frente dosdestinos do Rio Grande do'Norte,.,, como interventor fe-deral,-o* sr. irineu Joffily, pa-rahybáno, cujo convívio como inolvidavel presidente JoãoÇessoa toda gente pensou lhetivesse servido para aprendermelhor a arte de governar,para apurar o espirito de jus-tiça, para decidir-se a culti-var o respeito á vontade po-pular, a obediência aos impe-rátivos da .moralidade admi-nistrativa, a submissão, em-fim, aos dictames da • novaconsciência nacional criadapelo transcendente movimen-to de idealismo e de fé quemudou, radicalmente, a si-tuação politico-social do Bra-sil.

O DIÁRIO DE NOTICIASnão regateou applausos á no-meação do sr. Irineu Joffily,baseado nas primeiras infor-mações recebidas do Rio Gran-de do Norte e na presumpçãode que, escolhido apelos srs.José Américo e Juarez Tavo-ra, saberia conduzir-se no go-verno como um depositáriofiel de todas as esperançasdaquella hora, iniciando áphase de reconstrucção doEstado com o mais imparcialcritério de administração e omais elevado exemplo de des-interesse.

í|ssa espectativa foi, entre-tanto, desfeita pelas medidasdo interventor, desmentindoa própria fama com que saiuda Parahyba para o paláciode Natal. As -nomeações deparentes e coestaduanós paraos postos de maior importan-cia, sem auscultar, siquer, aopinião dos homens que, des-interessadamente, fizeram aRevolução, foram o. inicio doseu desprestígio, o desmoro-namento da sua reputação deadministrador e a prova defraqueza como politico.Desprezou o sr. Joffily ele-mentos da maior significaçãomoral, representantes os maisauthenticos dos ideaes revolu-cionarios, collaboradores osmais efficientes com que agrande causa nacional conta-va no Estado, para cercar-se,apenas, de membros da suafamilia e conterrâneos seus,dando, assim, uma demonstra-ção antipathiçá de querer col-locar-se acima do povo cujosdestinos lhe foram confiados.Como excepção a esse critério,nomeou um norte-riogranden-se para o cargo de chefe depolicia, chamando para esseposto, exactamente, o menosrecommendavel dos filhos doRio Grande do Norte — o se-nhor João Café, moço cujounico titulo é haver sido per-seguido e escorraçado pelo se-nhor Juvenal Lamartine, de-pois de suas tentativas com-munistas e de sua acção co-mo jornalista do typo daquel-les que faziam a 8" pagina de"Critica", na ultima phase dofamigerado pasquim carioca.

Taes foram os actos atrabi-liarios desse rapaz inculto, nachefia da policia, que o pro-prio sr. Irineu Joffily, por de-terminação do capitão JuarezTavora, teve de afastal-o, hapouco, do cargo, commettendo,entretanto, o erro de conser-val-o a seu lado, cemo a f igu-ra de maior prestígio junto aogoverno, orientador, inspira-dor e conselheiro da adminis-tração publica.Nessa posição, o sr. JoãoCafé, apoiado pelo interven-tor, prepara-se para ser umdos futuros "representantes"do Rio Grande do Norte, ten-do já começado a montagemde uma machina eleitoral noEstado para, nd momento op-portuno, impor o seu nomeaos suffragios do eleitorado.Dessa fôrma, ficará absoluta-mente inutilizado todo o he-roieo esforço feito pela Revo-lução, desmantelando o velhoreglmen. Em logar da oligar-¦phia feminista do sr. Juvenal

NA ESTRADA RIO-SÃO PAULO

Caindo do caminhão emque viajava, teve a cò*»i.t:mna vertebral fract .*.-rada, fallecendo no Hos-pitai Prompto Sczcorro

Quando viajava em um auto-caminhão, ao passar o vehiculopela estrada Rio-São Paulo, foivictima de uma queda o ajudante

de .chauffeur Belmiro Pereira Al-ves, de 35 annos, portuguez, do-miciliado na rua Bella de SãoJoão n. 121. Na queda, o infelizsoffreu fractura da columna ver-tebiyil, sendo medicado no postodo Meyer o depois internado emestado grave no Hospital do Prom-pto Soccorro.

Poucas horus depois de ali serinternado, o infeliz veiu a fallecer.

Lamartine, cujas raizes fo-ram, felizmente, arrancadasdo solo norte-riograndense,começa a brotar agora, á som-bra da intervenção federal, aoligarchia barata e não menoaindesejável' tío sr. João Café.

Para organizal-a, o ex-che-fe de policia tem levado o se-nhor Irineu Joffily á praticade arbitrariedades, injustiçase ignomínias, com o mais de-ploravel descaso pela opiniãopublica e pelos interesses doEstado.

As demissões e nomeaçõesde prefeitos municipaes, fei-tas por indicação do sr. JoãoCafé, são o attestado maiseloqüente de como o interven-tor vem prestigiando a obradeletéria, daquelle moço, umpobre rapaz sem nenhuma si-gnificação politica, social, in-tellectual ou moral.

A "Republica", órgão offi-ciai do Estado, tornou-se, de-vido a isso, um pasquim des-preziyel. em cujas çolumnas,apenas, se vehiculam infâmiasou se registram as mais fan-tasticas manifestações deapreço ao interventor e ao seupupillo.O DIÁRIO DE NOTICIAS,porque tem, entre seus dire-ctores, um riograndense donorte, teve sempre o escrupu-lo de acolher os innumerosprotestos, recebidos do Estadocontra os desmandos do in-terventor, para que as suas at-titudes não fossem interpreta-das aqui como effeitos de in-teresses partidários na politi-ca estadual, nem tambem pu-dessem, de qualquer fôrma,reflectir sobre as figuras dossrs. José Américo de Almeidae Juarez Tavora, responsáveispela escolha do sr. Irineu Jof-fily e por sua permanência nogoverno, e aguardou, por isso,que essa lastin_avel situaçãofosse resolvida espontânea-mente pelo próprio interven-tor, de accordo com os dieta-mès da sua consciência.

Como, porém, o sr. IrineuJoffily está cada vez mais do-minado pelo sr. João Café,resvalando, na sua adminis-tração, para um terreno peri-gosissimo, conforme as ulti-mas noticias que nos chegamde Natal, o DIÁRIO DE NOTI-CIAS, rompendo o silenciomantido até agora, toma a li-berdade de sujeitar o caso aoexame dos srs. José Américode Almeida e Juarez, aos quaescabe, sem duvida, e inteira-mente, toda a responsabilida-de pelos erros do interventorfederal a quem confiaram, nahora das maiores esperanças,da Revolução, os destinos daterra potyguar^ _DESPEDIU O EMPRE-GADO E ESTE TEN-TOU ASSASSINAL-0

Na est. Real de Santa Cruz,em Campo Grande, foi hontem,victima de uma tentativa de as-sassinato, o lavrador João Baptis-ta Borges, de 42 annos, portuguez,morador naquelal estrada. A vi-ctima que soffreu ferimento abala no maxillar, foi alvejado peloindivíduo João de tal a quem des-pedira, ha dias de seus servi-ços.

Depois de soecorrido pela Assis-tencia do Meyer, João Baptista,foi internado no Hospital doPrompto Soccorro.

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A TRAGÉDIA OCCOR-RIDA EM VIGÁRIO

GERALFoi aberto inquérito na

delegacia do 22°districto

Como é do dominio publico, numcasebre da rua Teixeira de Souzan. 59, na estação de Vigário Geral,o operário Accacio de Souza Bar-ros, por motivos que não estãoainda, bem anurados, prostrou agolpes de faca sua companheiraMaria José dos Santos, de 23 an-nos, e s>. seguir suicidou-se com amesma arma.

O facto chegou ao conhecimentoda policia do 22° districto, cujocommissario de dia transportou-seao local, tomando as providenciasnecessárias.'

<^s cadáveres foram removidospara o necrotério do Instituto Me-dico Legal e autopsiados pelo dr.Borgny de Mendonça, q'-e attestoucomo "causa-mortis" do Accacio,"ferimento penetrante no thorax,por Instrumento perfuro-cortante,com lesão do coração e do pulmão"o de Maria, "ferimento penetranteno thorax por instrumento perfu-ro cortante, com lesão da aorta eda artéria pulmonar".'

Os protagonistas da imnressio-nante. scena de sangue, serão hojedados á sepultura, Accacio comoindigento e Maria ás expensas deumn sua parenta d. Isabel Santos.

Na delegacia do 22° districto foiaberto inquérito *á respeito do fa-cto, sendo convidados a depor va-riosNmoradores da rua Teixeira deSouza.

i-a^J? | cÍÍubJ*"*»¦*•***Capital Federal

Principaes prêmios de hontem:12404 ,, *.. .. 60:000$0004835.. .. 10:00050009250.. 5:000$00010S8 2:000$00020f(i 2:000$000

A., 2404; M.. 6G8; R., 97?; S.,i (grupo), 1.

Informacões dos MinistériosMinistério da Justiça

O SR. EPITACIO PESSOA NOMINISTÉRIO

Esteve hontem, á tarde, no Mi-nisterio da Justiça, onde foi agra-decer ao sr. Oswaldo Aranha agentileza de ter-se feito represen-tar no seu desembarque, o sr.Epitacio da Silva Pessoa, ex-pre-sidente da Republica.

S. ex. que se encontrava acom-panhado do sr. José Américo, mi-nistro da Viação, demorou-se empalestra com o titular da Justiça,com quem trocou idéas sobre asobras contra a secca no nordestebrasileiro.UMA COMMISSÃO DE FLUMI-

NENSES NO MINISTÉRIOO sr. Oswaldo Aranha, ministro

da Justiça, foi procurado, hontem,por uma numerosa commissão defluminenses, que ali foi tratar coms.* ex. da situação politica da-quelle Estado. , #Ministério da MarinhaDESIGNADO O NOVO PATRÃO-

MÓR DO ARSENALFoi designado para seívir como

pá-trão-mór do Arsenal de Marinhado Rio de Janeiro, o capitão-te-nente patrão-mór Thomaz da Cos-ta Pereira, em substituição ao ca-pitão de corveta patrão-mór, Fran-cisco Paulino de Figueiredo.PARA O QUADRO DE ACCESSO

Foi mandado incluir, no quadrode accesso, conforme pediu, o ca-pitão de fragata Joaquim Barcel-los Garcia.Ministério da Educação

e Saúde PublicaOS ESTATUTOS DO HOSPITALS. JOAO DE DEUS, DE SERGIPE

O ministro da Educação e SaúdePublica agradeceu ao interventorfederal no Estado de Sergipe aremessa do requerimento do pro-vedor do Hospital"de Caridade deSão oJão de Deus, em Laranjeiras,acompanhado do certificado daacta da sessão da assembléa geralrealizada em 7 de junho de 1930,quando foram alterados os esta-tutos do referido hospital, satisfa-zendo, assim, o artigo 4o do regu-lamento ápprovado pelo decreton. 17.528, de 10 de novembro de1926.RESTABELECIDO O SERVIÇO DESANEAMENTO RURAL NO ESPI-

RITO SANTOO director do gabinete do mi-

nistro de Estado da Educaçãotransmittiu ao director geral doDepartamento Nacional de SaúdePublica o officio n. 280, do inter-ventor federal np Estado do Es-pirito Santo, o qual trata do res-tabelecimento do Serviço de Sa-neamento Rural no referido Es-tado.

UMA REPRESENTAÇÃO DOPROFESSOR MOURA LACERDA

O director do gabinete do mi-nistro da Educação transmittiu aodirector do Departamento Nacio-nal de Saúde Publica, para os. ne-cessarios esclarecimentos, a re-presentação dirigida ao interven-tor federal em São Paulo peloprof. Moura Lacerda.A* DISPOSIÇÃO DA COMMISSÃO

DE SYNDICANCIAAo seu coilega da pasta da Fa-

zenda, o ministro da Educação so-licitou providencias para quo sejaposto á disposição da commissãode syndicancia actualmente pro-cedendo a investigações no De-partamento Nacional de SaúdePublica, o revisor da Casa daMoeda sr. José Manhães de An-drade.

Ministério da FazendaLICENÇAS CONCEDIDAS

Na Fazenda, foram concedidasas seguintes licenças: de seis me-zes, ao continuo da Delegacia Fis-cal no Estado* da Bahia, João Ba-ptista de Souza; de 120 dias, aoescrivão da Collectoria Federal,em Collatina, no Espirita Santo,Cicero Calmon de Aguiar, e de 90dias, ao agente fiscal do impostode consumo na Bahia, OctavianoSaback,DESIGNAÇÃO DE INSPECTORES

FISCAES PARA MINASO ministro da Fazenda designou

para servirem como inspectoresfiscaes, .no Estado de Minaes Ge-raes, Nominato do Couto' e Silva,Schinda Uchôa, Accacio de Almei-da e Cláudio Cunha, agentes fis-cães de imposto • de consumo, oprimeiro nesta capital, o segundono interior do Estado de SãoPaulo e os dois últimos no inte-rior do Estado do Rio de Janeiro.NAO FOI ATTENDIDA A LIGA

CONTRA A TUBERCULOSEPor se tratar de similiar da in-

dustria nacional, o ministro daFazenda indeferiu o requerimentoem que a Liga Brasileira contraa Tuberculose pede isenção dedireitos para 90 metros quadra-dos de azulejos de pó em pedra,'por se tratar de material que temsimilar na industria nacional.REFORMA DOS ESTATUTOS DO

BANCO DO CAFÉ'O inspector geral dos Bancos

enviou ao. fiscal de Banco, em SãoPaulo, afim de prestar informa-ções, o processo do Banco doCafé, solicitando approvação dareforma de seus estatutos.PRECATÓRIOS DESPACHADOS

O dirGctor da Recebedoria doDistricto Federal mandou cum-

conseqüência deum tufão;

MANILHA, 6 (U. P.) —. Cal-cula-se que approxim.idametecem pessoas morreram e muitasestão desapparecidas, cm conse-quencia de um tufão, que varreuLeyte, Samar,( Cebu e Negros, nofim da semana passada.

Todas as communicações fica-ram interrompidas..

prir o precatório do juizo da 8*Pretoria Criminal, de entrega daquantia de 400$, a favor de An-tonio Ferreira Mafra.PEDIDO DE REFORMA DE CON-TRACTO, BE UMA CA&A BAN-

CARIA, EM MINAS , ,O inspector geral dos Bancosenviou ao director geral do The-souro Nacional o processo daCasa Bancaria de Botelhos, comsede em Botelhos. no Estado deMinas Geraes, pedindo approva-cão da reforma de seu contráctosocial e prorogaçáo de prazo parafunccionar. *, . '«RECOMMENDAÇÃO A UM FIS-

CAL SOBRE VENDAS MER-CANTIS

O director da Receita Publicarecommendou ao fiscal especial doimposto sobre vendas mercantisem Alagoas, José de Malheiros Ca-lheiros, informe q\_anto aos moti-vos causadores do decréscimo dearrecadação, quanto aos esetabele-cimentos respectivos, bem comoobserve nas futuras exposiçõestrimestraes, a regra n. 2 da cir-cular n. 2 de 23 de abril, indi-cando para cada estabelecimentovisitado, as irregularidades por-ventura encontradas, o que não fezno 3° trimestre do corrente anno.Ministério da Agricul-

turaO PRÓXIMO REGRESSO DO

SR. ASSIS BRASILS. ex. deverá tomar passagem com

destino a esta capital, aindaesta semana

O sr. Assis Brasil, titular dapasta da Agricultura, telegraphouao sr. Mario Carneiro, communi-cando-lhe que, ainda esta semana,partirá do Rio Grande do Sul, comdestino a esta capital.

PAGAMENTOS REQUISITADOSPelo sr. Mario Carneiro, encar-

regado do expediente do Ministe-rio da Agricultura, foram solici-tados- os seguintes julgamentos :ao Tribunal de Contas : de 88$, aosr. Thomaz Woods, em Santa Ca-tharina, e de 20:000$, subvenção áEscola Pratica de Commercio noEstado do Pará.O AFASTAMENTO ERA IRREGU-LAR, E AINDA QUERIA RECEBER

DIÁRIASO encarregado do expediente do

Ministério da Agricultura denegouo recurso interposto pelo directorda Estação de Trigo, em PontaGrossa, Paulo Leitão, do acto quelhe indeferiu o pagamento de dia-rias na importância de 684$, vis-to.ter ficado provado que o afãs-tamento daquelle funecionario, dasede da repartição, foi irregular,de vez que não procedeu autori-zação do Ministério.

Minister* da ViaçãoINDEFERIDO O REQUERIMENTO

DOS EMPREGADOS DOSCORREIOS .

Por falta de amparo legal á pre-tensão, o ministro da Viação inde-feriu o requerimento em que di-versos empregados dos Correiossolicitaram a concessão de passes,com 76 °|° de abatimento, nos trensdé subúrbios e de pequeno percur-so da' E. F. Central do Brasil.443:639$384 PARA A SOCIEDADE

DE GAZ DO RIO DE JANEIROAo seu coilega da Fazenda, o

ministro José Américo pediu sejapaga á Societê Anonyme du Gaz,do Rio de Janeiro, a importânciade 443:639$384, metade em ouro,metade em, papel, devida pela illu-minação da cidade, durante o mezde novembro ultimo.VAO SERVIR NA COMMISSÃO DESYNDICANCIAS DA CENTRAL

DO BRASILPelo ministro José Américo de

Almeida foram designados paraservir na commissão encarregadade realizar syndicancias na E. F.Central do Brasil os engenheirosda Inspectoria das Estradas Grac-cho Peixoto da Costa Rodrigues eLuiz Paulino Soares do Souza, bemcomo o dactylographo da mesmaInspectoria Paulo Velez.PROMOVA-SE A RESTITUIÇÃO

DO MATERIALNo officio eni que a Inspectoria

Federal de Obras levou eo seu co-nhecimento terem sido cedidos peloengenheiro chefe do 2o districtodiversos materiaes do Estado daParahyba, o ministro da Viaçãoexarou o seguinte despacho : "Pro-mova-se a restituição do materialentregue ao governo do Estado daParahyba, logo que para este ces-se a sua utilidade, ficando o enge-nheiro José Ávila Lins, chefe do2o districto, responsável pelo cum-primento exacto dessa determina*ção."VAE MUDAR DE NOME A ESTA-

ÇÃO VICTOR KONDER, DANOROESTE

Existindo nas estradas de ferroOeste de Minas e Noroeste do Bra-sil estações com o nome de "Vi-ctor Konder", o ministro da Via-ção determinou ao director dessaultima via férrea faça substituir onome daquella estação.

E. F. Central do BrasilPRINCIPIO DE INCENDIO EM

S. DIOGODevido fagulhas desprendidas

de locomotivas, houve um princi-pio de incendio num toldo de umgalpão no deposito de machinasde Sâo Diogo.

O pessoal daquelle deposito daCentral do Brasil extinguiu omesmo a baldes dágua, não ha-vendo prejuízos de importância.

REMOÇÕES NA 2» DIVISÃOO subrdirector da 2» Divisão da

Central do Brasil, fez as seguin-tes remoções: para'a estação deAlfredo Maia, o agente FranciscoSayão Masson; para Porto Novo,o agente Edgard de Almeida; paffaNova Iguassu' o agente SizennndoLino da Costa;, Barra do Pirahy,agente Carlos de Castro Torres;e para Carlos Niemeyer, o agenteFernando Cavalcante Barreto Al-meida Albuquerque.A RENDA BRUTA DA CENTRAL

A renda bruta da Central ' do

Sururú de AlagoasConserva finíssima para íri-tadas, bolinhos, pimentões,pães cheios, omelettes, sopas,

etc.

Brasil, durante a ultima semanaattihgiu a importância de réis....2.065:209$105.NÃO HAVERÁ' MAIS SERVIÇOS

EXTRAORDINÁRIOSDe accordo com as determina-

ções da directoria da Central doBrasil, o sub-director da 2* Divi-são expediu circular, afim de se-rem evitados os serviços extraor-dinarios, por motivo de economia.Esses serviços somente poderãoser apontados quando houver in-terrupçâo na linha e acoidentesde certa importância, devendo as-sim mesmo terem a autorizaçãodaquella chefia.

SUSPENSA A VENDA DEBILHETES

Fioam suspensos até segundoaviso, a venda de bilhetes e rece-bimento de despachos e mercado-rias, para as estações além de Mi-randa, na E. de F. Noroeste doBrasil.TRENS QUE VÃO TER SUASCOMPOSIÇÕES AUGMENTADAS

A partir de 7. do corrente, se

rão augmentadas as composiçõesdos seguintes trens: RPl, terámais um carro de 2*1 classe na es-tação de Barra do Pirahy atéNorte: Se, um carro de 2" classe,do D. Pedro II á estação de Bar-ra do Pirahy; e RP2, terá uracarro de 2* classe, para todo opercurso.FOI CONSTRUÍDO UM DESVIO

EMPALMYRAFoi construído na estação dePnlmyra üm desvio, afim de faai-Iitar o movimento do trem desoccorro, em casos urgentes. Es-

se desvio tem o comprimento de126 metros.ESTAÇÕES QUE TÊM NOVA3

DENOMINAÇÕESForam mudados os nomes dasseguintes estações: na Estrada deFerro Paraná — Santa Catharina— Roxo Roiz, para Rio Azul; eOaboticabal para o nome de Ro-xo Róis; na E. de F, Goyaz, aestação de Caturama, passou a

'd*.nominar-se Bomfim, segundo com-municação da Contadoria CentralFerroviária.

A PEDIDOSCARTA ABERTA

Ao illmo. e exmo. sr. dr. João BaptistaLuzardo, dignissimo chefe de polida uo-Districto FederalAttençiosos cumpripientos.Exonerado por v. ex. do cargo dedelegado de policia, que vinha exer-cendo ha cerca de 19 annos, ser-vindo durante quasi 10 annos no7.° districto (Botafogo), onde ain-da estava, não tenho, entretanto,nenhum resentimento de v. excia.Sei que v. excia. resolveu a minhademissão, depois de dois mezes desua administração, induzido, oumelhor direi, illudido pelo seuofficial de gabinete, sr. Hugo Ra-mos, que teve a habilidade de con-vencel-o, forgicando denuncias queelle próprio fazia e mandava fa-zer por prepostos seus de ter sidoeu presidente de um Club Politico

do Botafogo, e nessa qualidade,lançado um manifesto com a minhaassignatura, ao eleitorado, conci-tando-o a votar no dr. Julio Pres-tes, conforme v. excia. teve ocea-sião de referir-se a diversos ami-gos meus. Tão falsas são taes de-nuncias, que reitero o repto quepessoalmente lancei a v. excia. paraque ellas sejam provadas.Pela contingência da situação epela circumstancia de ser eu au-toridade policial, fui lembrado pa-ra sócio do referido club, como oforam muitas outras pessoas, queoecupavam cargos públicos, resi-dentes em Botafogo.

Nunca fui, porém, presidente doalludido club, nunca absolutamentelancei manifestos, e apenas contri-buia com a mensalidade de dez milréis.

Vê, portanto, v. ex. a falsidade dasdenuncias urdidas e cavilosamentepreparadas pelo official de gabine-te de v. excia., doutor Hugo Ramos,para justificar a minha exonera-ção, encobrindo assim a causa ver-dadeira e unica que a determinou,como pessoalmente já declarei a v.excia. e agora repito nesta cartaaberta, afim de ser tambem conhe-cida dos meus amigos e do publico.

No dia 11 do corrente mez, pe*:las 10,30 horas da noite, fui pró-curado, na Delegacia, por um ho-mem preto, que sé fazia acompa-nhar de uma mulher e de umacriança de tres para quatro an-nos de idade, que me declarou serinquilino, com suá familia, mu-lher e filha, ali presentes, de uma¦j tal d. Celina Aquino, moradorana Avonida da Ligação n.° 135;que, tendo deixado de pagar osalugueis de dois mezes de quartoque oecupava no porão da dita ca-sa, á razão de quarenta mil réismensaes, pelo facto de ser empre-gado na Prefeitura de Nictheroye estar ha quatro mezes sem re-ceber seus ordenados, estava im-pedido, por um guarda civil, deentrar na dita casa, tendo sido asua cama e demais objectos deseu uso, retirados do quarto e ex-postos á chuva, no quintal. An-tes de qualquer providencia, pro-curei me informar pelo telepho-ue, com a referida d. CeJina, oque havia a respeito. Essa senho-ra confirmou o facto, e disse queo guarda civil tinha sido posto ásua disposição pelo "doutor" Hu-go Ramos, para o fim de impedira entrada dos seus alludidos in-quilinos. Para evitar a minhaacção policial, e compadecido dasorte daquelles pretos, que, mo-lhados. tiritavam de frio, appelleipara os sentimentos de humani-dade de d. Celina, fazendo verque aquella pobre gento não ti-nha para onde ir numa noite chu-vosa, e aquellas horas da noite, eassim lhe pedi que os recebesse,requerendo depois o despejo. D.Celina respondeu que essa medidaera muito dispendiosa e não esta-va disposta a empregal-a. porqueo aluguel era de quarenta milréis mensaes, insistindo para queeu me entendesse com o "doutor"Hugo Ramos.

Procurando falar pelo telephonea esse sr., que não conhecia, nemde nome, 6, felizmente, ainda nãoconheço pessoalmente, não o con-segui, porque, conforme fui in-formado, se achava elle na rest-dencia de v. ex.. que commemo-rava naquelle dia o seu anniver-sflrio natalicio. Cumprindo.^então.o meu dever, que não podia netadiado, ueteuninei que fossem ocasal de pretos e a criança acom-nanhados de um promptidão daDelegacia, repostos no commodode onde tão illegal e deshumana-mente foram despejados, recom-mendando-lhes. porém, que nãodissessem uma palavra sequer ásenhoria, nem mesmo respondes-sem a qualquer admoestacão queella lhes fizesse. Momentos de-pois dessa providencia, uma vozarrogante chamou-me ao telepho-ne. Attendi attenciosamente. Erao "doutor" Hugo Ramos. Esse in-dividuo me interpellou se effecti-vãmente eu havia mandado reporna casa de d. Celina os inquili-nos em questão, que eram deve-dores do alugueis vencidos. Res-

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pondi-lhe, com delieade-ia, quesim; • que havia cumprido o meadever em attender á providenciasolicitada poi aquella humildegente e não podia permittir des-pejo sem fôrma nem figura dejuizo, áo»ella hora da noite. Aisto respondeu o tal "doutor",sempre arrogante e autoritário:"O sr. não está vendo que mi-nha recommendada não vae gas-tar dinheiro em Juizo. para re-querer despejo por um aluguelde quarenta mil réis?" Retruqueique não conhecia outro meio defazer despejo a não ser o judicial,qualquer que fosse a importânciados alugueres, o que elle deviaperfeitamente saber.

Com um "PASSE MUITO BEM"e formidável pancada no phone,o "doutor" Hugo Ramos encer-rou a conversa. Nesse momento,jáa minha ordem tinha sido cum-prida e o casal estava reposto.Estranhei esse procedimento do"doutor" Hugo Ramos, que eusuppunha "bacharet", porque d.Celina o tratou de "doutor", e.assim, tambem elle se intitulou.quando me falou pelo telephone.Estou, porém, agora informadoque elle allega falsa qualidade,não é formado, tendo apenas doispreparatórios, portuguez e arith-metica, nos quaes tirou simples-mente. Poucos dias depois, rece-bi, á noite, na Delegacia, umtelephonema da redacção 41 "ABatalha", que me avisava haversido lavrada a minha demissão, emvirtude de um attrito que eu ti-vera com um auxiliar do gabi-nete de v. ex., e me pedindo de-talhes a respeito. Por discreção,não devendo relatar á imprensaqualquer desintelligencia da De-legacia com os auxiliares do ga-binete do chefe de Policia, con-testei o facto.

No dia immediato, porém, vinos jornaes a minha demissão. Li-gando, então, os factos, e bèminformado agora sobre a pessoade Hugo Ramos, do prestigio quegoza junto a v. ex., das artima-nhas que usa para conseguir oque deseja, de seu caracter e detodo o seu passado, v—*° decla-rar a v. ex. que devo a elle e átal d. Celina, sua protegida, aminha exoneração, que v. ex., debôa fé, lavrou. Preciso declarar av. ex. que não estou arrependi-do do meu procedimento; muitoao contrario, tenho a consciênciatranquilla de que. ainda destavez, cumpri rigorosamente o meudever, de accordo, aliás, com omeu passado na Policia..

Recebi com verdadeiro enthu-siasmo o advento da RepublicaNova, o que pôde ser testemu-nhado por diversos amigoi meus,que tambem o são de V. Ex., yul-tos proeminentes da actual situa-ção politica, porquo sempre pen-sei que deviam ser melhorados osnossos costumes politicos e admi-nistrativos, mas encanecido noserviço da Policia, jamais fui pu-nido Dor ter agido com acerto, enunca dei apoio a qualquer vio-léncia, partisse ella de onde par-tisse. Suppunha que o meu actomerecesse elogios, entretanto, ye-jo que foi o verdadeiro, o unicomotivo de minha exoneração. Fi-co com o meu nome, o meu pas-sado, o meu modo de pensar e deagir, sentindo-me feliz por terainda energia bastante para con-tinuar a trabalhar fora da Poli-cia, mas cumpro um dever de leal-dade, agora que conheço bem Hu-go Ramos, através de informaçõesde pessoas altamente conceituadase de grande prestigio da AlliançaLiberal, de dizer a v. ex. que esseindivíduo virá s comprometter aadministração de v. ex., a quemmuito considero, fazendo-lhe jus-tiça. como um homem de caractere de coração, de accordo, aliás,com o conceito geral de que gozav. ex.

Aos meus amigos, aos meus ex-jurisdicionados de Botafogo e aopublico em geral pedirei que seinformem, indaguem, investiguemsobre a pessoa do Hugo Kamos eo porque do grande prestigio deque goza a tal d. Celina e_ todosterão a confirmação do motivo deminha exoneração.

Queira v. ex., sr. dr. João Ba-ptista Luzardo, muito digno chefede Policia, receber todas as ho-menagens de quem se confessa ser

De v. ex., grande admirador ecrdo. obg. — João José de Moraes.

Rua Victorio da Couta, 25 —Largo dos Leões.

Rio, 26 de dezembro de 1930.P. S. — Já estava escripta esta

carta quando li n"A Noito", a no-meação do "bacharel" Hugo Ra-mos para o cargo de Tabellifio dol" officio destu capital. Pezamesac Governo da Republica.

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B3Ç

Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931 DIARIO DE NOTICIAS

S liis líl a viIM ei mimAssociação Hr si.

1 cons ao i I üComo foi recebido o sr. Lindolfo Collor. -- Os discursos queforam trocados. - Um autog apho do novo titular

O dr. Lindolfo Collor, mi-nistro do Trabalho, Industriae Commercio, proseguindo asérie de visitas que vem fa-zendo ás sedes sociaes de nos-sas associações de classe, per-

Agradeceu o secretario daassociação a visita do minis-tro do Trabalho e terminouofferecendo à ' collaboraçãofranca e decidida da sua in-stituição em beneficio da cias-B:"*SlM_HH_Hi

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-O sr. Lindolfo Collor na Associação dos Empregados noCommercio, hontem, á tarde

correu, hontem, pela manhã,em companhia do dr. CarlosCavaco, seu official de gabi-nete, as installações da As-sociação dos Empregados noCommercio do Rio de Janei-ro.

A SAUDAÇÃOLogo á entrada, fòi o titu-

lar da pasta do Trabalho sau-dado em nome da directoria,pelo secretario da Associação,sr. Ary P. de Andrade Piguel-ra, que iniciou congratulan-do-se com os associados pre-sentes pela visita do sr. dr.Lindolfo Collor, que ali estavapara ver pessoalmente tudoquanto se tem feito em bene-ficio da classe dos emprega-dos no commercio.

Referiu-se o secretario da

se dos empregados no com-mercio.A RESPOSTA DO MINISTRO

COLLORO dr. Lindolfo Collor res-

pondeu nos seguintes termos:"Foi com verdadeiro prazerque ouvi as palavras de sau-dação que me foram dirigidas.Realmente, falando, ha dias,num associação de classe ope-raria, tive a opportunidadede recommendar aos que meouviram ò maior alheiamen-to possivel, alheiamente inte-gral das lutas e discussõespartidárias. Todo cidadãobrasileiro tem, não só o direi-to, mas até o dever de se in-teressar pelas questões politi-cas, mas as associações declasse, pela physlonomia col

todas as associações de classe,que, quasi sem excepção, têmsoffrido no seu seio a conta-minação do virus da politicapartidária.

Após a larga jornada de es-pefànças que nos conduziu aoimrérativQ. revolucionário, épreciso fazer com quo essasassociações voltem a tratarexclusivamente dos interessesdas respectivas Vclasses. Estoucerto de que uma Associação,com o prestigio, e a tradiçãoda Associação dós Empregadosno Commercio do Rio de Ja-neirp, muito poderá fazer, es-tabelecendo, como norma in-variável de seu modo de pro-ceder, essa acção benéfica.„ Aceito no Ministério do Tra-

j balho, com especial desvane-cimento, a collaboração dasassociações de classe do com-mercio. Ha dias, tive opportu

i nidade de dizer ao sr. Será*phim Vallandro, por occasiãoda visita com que me distin-guiu a Associação Commercial

. dò Rio de Janeiro, em quãoalto gráo e apreço tenho acollaboração das associaçõesde commercio, por isso mesmoqu, ellas representam, indis-t' .ctamente, operários e pa-trões de uma classe cheia deserviços ao paiz.

Agr -lecendo, profundamen-| te penhorado, as palavras deI saudação que acabei de ouvir; com o mais vivo prazer, pas-i sarei a visitar a séde destaAssociação."

PERCORRENDO A SÉDEDA A. E. C.

- seguir, acompanhado detodos os presentes, s. ex. vi-

.sitou todas as dependênciasda Associação, onde lhe. foidado observar os benefíciosque sob múltiplas formas of-ferece a veterana sociedadeaos seus participantes.:,Por fim, a directoria offe-receu ao visitante illustre umataça de champagne, retiran-do-se após o sr. ministro,acompanhado até á entradaprincipal do edificio pelo pre-sidente Pedro de MagalhãesCorrêa e demais di.setores.UM AUTOGRAPHO DO MI-

. NISTRO DO TRABALHOO sr. Lindolfo Collor deixou

no livro dos visitantes da As-sociação dos Empregados no

Pela ordem no commercioA propósito do novo horário poro o fechamentodo commercio, ouvimos um antigo membro da

ciasse dos empregados* A annunciada modificação no

horário do funecionamento docommercio. fez-nos ouvir, hontemá tarde, um dos veteranos do mo-

associação a outras visitas de lectiva, devem manter-seautoridades publicas á sédesocial; tres presidentes da Re-publica visitaram nossa séde,disse s. s., e mantendo, em-bora, as melhores relaçõescom as autoridades do paiz,jamais se envolveu esta asso-ciação em lutas partidárias.

Aos seus sócios dá a maisampla _ liberdade; collectiva-mente porém, se afasta dasquestões politicas ou religio-sas.

Esse tem sido o segredo daunião de vistas que reina noseio das dezenas de milharesde participantes que consti-tuem o seu quadro social.

afastadas das lutas partidarias, assim como todo o sol-dado, todo o official do Exer-cito ou da Armada têm o di-reito e o dever de se interes-sar pelos problemas políticosdo paiz, sem que isso possaenvolver uma manifestaçãoda classe. As associações declasse commerciaes,. indus-triaes ou operárias devemmanter-se afastadas dessasquestões puramente partida-rias.

Sem duvida nenhuma, atéagora os poderes publicos nãoprimavam por essa orienta-ção, infiltrando-se por quasi

Commercio, as seguintes im-pressões:"Levo de minha visita ásinstallações da Associação dosEmpregados no Commercio amelhor impressão. Realmen-te, esta é uma Associação declasse que faz honra ao espi-rito de iniciativa dos que acompõem. Ella póde, sob mui-tos aspectos, servir de modelo

vimento operado cm 1011, da qualresultou a lei sanecionada em 31de outubro pelo general Bento Bi»beiro. *

^~ Como seria recebida pelosveteranos de 1911 a revogação dohorário do trabalho no commercio,conquista hoje consagrada em'parte dps Estados por feriados of-ficiaes ?

O nosso interlocutor, que nospediu não revelássemos o seu no-me, allegando que as suas affir-mações valiam apenas pelos en-sinamentos colhidos durante lon-gos annos de contacto com osmembros da classe, assim •• pto-nunciou: *N,

—"Estamos em face de uma sé-rie de equívocos que — se o actualgovernado da Prefeitura, aliásmuito bem intencionado, não nosquizer attender — o tempo se en»carregará de desfazer, restando-nos apenas a satisfação do 'devercumprido'...«•A revolução politica velu comum grande atrazo sobre a nossa,a do commercio, feita precisamen-te 19 annos antes. Dahi o primei-ro equivoco: 6 de se pretender re-formar o que estava reformado,com plena satisfação de patrões,de empregados e do publico.

A revolução no commercio fez-se no Bio, ha 19 annos, dando-seao problema do horário de traba-lho, que a muitos se afiguravainsoluvel, uma solução pratica esimples, uma solução brasileira,sem a menor eiva de imitação es-trangeira, tantas vezes desastrosana sua transplantação, e tão sim-ples^ho seu mecanismo que se ge-neralizou rapidamente em todosos Estados.

Hoje, decorridos 19 annos, ocommercio do Bio é sem favorum dos mais adeantados do mun-do, na sua organização, nos seusmethodos, nas suas installações.Patrões e empregados formamuma só familia, como tantas ve-zes se tem dito por ahi. Agoramesmo nos encontramos reunidosem torno do actual horário o com-mercio, da parte central da cidade,pelas suas firmas mais importan-tes, o commercio suburbano, pelasua associação representativa,os empregados pelas suas socie-dades* tendo á frente a União dosEmpregados do Commercio.

Somente, devido á sua exeqüi-bilidade, o que não seria possivelcóm' outro qualquer, é que oactual horário trouxe, entre ou-trás . conseqüências, as seguin-tes:

a) a cultura intellectual e te-chnica hoje observada nos empre-gados do commercio, com a multi-plicidade de escolas commerciae.aos que no Brasil intentem existentes até em bairros afasta-construir. snhr*> _ .n\iahr,i-__ dos.

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MONTBLANCPREMIDOR

construir, sobre a collaboração geral, a assistência sociale ^material aos trabalhadoresde* todas as categorias. Auxi-liar esta Associação a cum-prir cada vez melhor as suasfinalidade sociaes deve serconstante preoecupação despoderes publicos. Rio, 6-1-931.(a) Lindolfo Collor".

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'•*v_&Jj*a— c,nco •»""•»• «a «siuao ~wOot* •""oa da oiporicnclat... .Quatro palantaa „ .Resultado da lt anno» da pratica

O modelo MONTBLANCde perfeição absoluta'Controla da «nchimanto automa*tleol Sempre prompta para aa- .cravarl Munea borrai COraamaraviir-oaaa i ciagancia aallda l

« ainda a PENHA MONTBLANC. «ua dâ a mrdadatra•xpreasao do aau possuidor, por mala tromula quaseja a callygraptilalSarw-cg ü-GBipi.nc â cllsi.to._-»: Nio compre sr.iaa•íe ler enamln..., -m um» bõa papelaria, a novacaneta MONTBLANC. alim da que posta laier aceu próprio Juízo deaia modelo I

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NO TRIBUNALESPECIAL

A Procuradoriatrabalha

O Tribunal Especial não func-cionou hontem do accordo com asnormas este.beldcidas pelo regi-mento.

A Procuradoria esteve, porém,em grande actividade, instruindoas innumeras denuncias que vãochegando ao edificio do antigoSenado. Não só o sr. Goulart deOliveira, como sr. ThemistoclesCavalcanti, ali estiveram até ofim da tarde trabalhando inces-santemente. ¦

Por sua vez, os ministros Sola-no da Cunha e Pinheiro Chagaitambém compareceram, conferenciando com varias pessoas que osprocuraram.

EM TORNO DA DEMISSÃODE UM DELEGÜDO .

Um official de gabinetedo dr. chefe dé policiaconseguiu demittir umdelegado por causa deuma dama, sua prote»

gida?Ej ,imPres*3'onante o que diz oex-delegado de policia desta capi-tal, sr. João José de Moraes, nacarta aberta/ dirigida ao chefe depolicia. | publicada no ..'Jornal doCommercio'- de domingo ultimo enoje transeripta nos "a pedidos"do DIARIO DB NOTICIAS,, a pro-posito de sua exoneração dessecargo, que vinha exereondo ha i8annos. Tendo se allegado como mo.tivo da- demissão o facto de tersido o ex-delegado presidente deum club politico de Botafogo, osr. Moraes lança, a esse respeito,um repto ao chefe de policia e af-firma, ao mesmo tempo, que ounico motivo foi ter impedido nm

b) a evolução operada na na-cionalização do commercio, pro-cessada mais rapidamente e semattritos, em plena harmonia como elemento estrangeiro, em virtu-de da grande massa de brasileirosque adoptarara a profissão com-mercial, depois da certeza de po-derem trabalhar dentro de um ho-rario fixo e imporogavel;

c) ter permittido sobrevinda a cri-se da habitação, que quantdk traba-lham no commercio possam residirem bairros afastados — os empre-gados em casas de auguel accessi-vel aos seus escassos recursos, ospatrões em casas que poderammandar edificar para residênciaprópria.

O segundo equivoco é suppôrque a abolição da uniformidade dehorário não trará graves pertur-baceles á. vida commercial, provo-cadas pelos seguintes motivos:

a) receio da concurrerçpia dosque aceitarem o novo regimon, de-terminando que os demais decidamseguil-03;

B) aggravamonto da economiainterna dos estabelecimentos com-merciaeB com o consumo de luzelootrica e da economia do empre-gado com o custo de refeições queterão de ser feitas fora dos seuslares;

c) a impraticabilidade absolutada fiscalização da existência deduas turmas;

d) a impossibilidade do commer-cio, ein face da tremenda criseem que se debate, admittir novaBturmas collocando o commercianteno dilemma de:

— ou reduzir o salário dos em-pregados actuaes; •

— ou seguir o rumo de que to-das as leis impraticáveis indicam:— burlar a lei, vendo-se o empre-gado, coagido pela necessidade im-periosa de não perder a sua collo-cação, a trabalhar nas duas tur-mas, recolhondo-se ao lar ás dezhoras e saindo cedo, com a conse-quente reducção das horas de re-pouso durante a noite.

Para applaudirmos a pretendi-da modificação, teríamos de ad-mittir, como principios incontes-taveis, equívocos que, pela sua evi-dencia, não carecem de contesta-ção, como os seguintes:

a) que a prorogação das koras

rasteiros, possam custear, com assuas acquisições, esse acerescimoda despesas.

Ha, porém, outra face da quc-sião que nfio foi ventilada ainda,mas sobre a qual, pelas conse-¦quencias funestas que delia po-dem advir, devem meditar bemquantos tenham uma parcella deresponsabilidade no momento.

Quero referir-me á innovaçãoque se pretende trazer ás relaçõesentre patrões e empregados. Leiao que informa um jornal da noite:"Procurando hoje o dr. AdolphoBergamini, interventor nesta capi-tal para saber sobre as explora-ções que podem redundar da pro-vidência permittindo o funeciona-mento do commerjio durante otempo que desejar, declarou-noss. ex. que estas explorações nãopodem .nedrãr tendo como respon-savel a Prefeitura. ,

O assumpto é matéria de direitocivil existe agora o Ministériodo Trabalho ao qual Incumbe pro-videnciar sobre a locação de ser-viços entre patrões e emprega-dos."

Faço os mais ardentes votospara que, da nova orientação, nãoresulte precipitar-se o aggrava-mento da questão social no nossopaiz, atirando-se os empregadosdo commercio na luta de cias-ses!

Não crê então na efficacia dafiscalização do Estado?

Em matéria de horário dotrabalho em estabelecimentos aber-tos a qualquer hora, manda o,maiselementar bom senso que concluapela negativa. Os abusos impostospelas circumstancias farão lei e im-possivel sorá evitar que os espo-liados, descrentes da acção do Es-tado, não offereçam um excellenteterreno de cultura ás mais perigo,sas doutrinas subversivas, maximénum periodo de depressão eco-nomica como o que atravessamos,e que já lhes reduziu sensivelmen-te os ordenados mensaes na suaparte movei, constituída pelaporcentagem nas vendas.

Dirão os optimistas que os em-pregados do commercio, pela na-i*ureza das suas funeções, estãoimmunes do contagio do .extre-mismo.

Dirão isso porque desconhecemo que se passa nos outros paizes.Basta dizer-lhe que nos outrospaizes, excepção feita da ItaliaFascista, com o seu syndicalismoofficial, toda a acção dos empre-gados do commercio é filiada áluta de classes horteada por syn-dicatos e federações de orientaçãorevolucionaria.

Ha alguns annos, desejou aUnião dos Empregados no Com-mercio, a exemplo do que vinhapraticando o governo federal, es-treitar ps laços de contratem ida-de sul-americana, approximando-se das suas congêneres do sul docontinente. Impossível se lhe tor-nou realizar o seu desejo, ao veri-ficar que as suas congêneres daArgentina, do Chile e do Uruguayse filiavam á luta de classes.

Os empregados no commerciodo Brasil, .onstituem nessp terre-no uma felrz excepção, sendo legi-ti mo motivo de orgulho para osdirigentes das suas sociedades declasse a obra construetiva que orase ergue, inalteravelmente reali-zada dentro da ordem e do bomsenso.

E pensar-se na possibilidade dea vêr ameaçada em nomo de umasimples cohorencia em matéria dedireito civil!

Ignoro o que no seu bojo nostrará a nova orientação, mas osensinamentos que tenho podidocolher autorizam-me a advertir,como sobra certos produetos in-dustriaes. Cuidado com as imita-ções! Pela ordem no commer-cio!

Chegou hontem ao Rio, a bordo do "Itahité"o chefe da Alliança Liberal do Piauhy

9 lir. !!§ SljDipio loi [filimni. !..._i_8 rii ..pilaiMr*ÍÍÍÍÍSncia d° Dr-Hü9© Napoleao - Fala ao DIARIO DEINOTÈUAS o antigo politico piauhyense - Como rebentou namadrugada de 4 de Outubro o movimento que depoz o

governador Pires Leali

___ ________________________________f^_^mWt__m_ ^__z______m^^^^^^t^^^-^9X'^^Qkrr^Mk_l>J9l'-^&_-iB_- _____y&-Z^'-- ¦'i'*i_e__''^l_t^i3í__i^^V^L._t ..-*...-/..<¦

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Aspecto da chegada do sr. M-tthias Olympio hontem a esta capital

Cal/os.f f Ití_Àpermeável e curativosMSSAMWm t twuwau

despejo de um casal de pretos ás a . • proro«a«8C10 l|2 da noite, da casa de donl •de fun«**°«**ento das casas com-Colina de Aquino, protegida dosr. Hugo Ramos, official de ga-binete do chefe de policia, hojetabellião de notas nesta capital eamigo intimo do sr. Luzardo.

A coincidência desse facto coma demissão de tão antiga autorida-do policial, impressiona aos quedesejam a moralidade dos costu-mes, na nova Republica.

msreíaes determinasse o augmentoda capacidade acquisitiva do con-sumidor, condições "sine quanon", paia que o commercio pos-sa admittir mais empregados oelevar a sua despesa no actualmomento;

b) que os estrangeiros que nosvisitam, ou outros quaesquer fo-

Zino-pãds*DT$choll fZ/no appUcado -Dôr terminada.

0 novo Instruetor da Inspe-ctoria Agrícola e Florestal

O interventor federal dr. Adol-pho Bergamini, por acto do hon-tem, nomeou o sr. Carlos Vinhaespara exercer o cargo de instruetorda Inspectoria Agrícola _ Polreatal.

As licenças para annunclosO director da secretaria do ga-binete do Prefeito, enviou hon-tem, aos agentes municipaes, a se-

guinte circular:"Para a execução do disposto noart. 187 da lei orçamentaria vi-gente, deverá a agencia, nos ter-mos do art. 188 da mesma lei, re-ceber os respectivos requerinien-tos, os quaes, depois de devida-mente informados, serão encami-nhados a esta secretaria que osenviará, sendo isso necessário, ácensura de fachadas, submetten-do-se, por fim, a despacho da au-toridade superior. Exnrado o des-pacho, voltará o processo á agen-cia onde foi iniciado, a qual, náosó fará a cobrança dos emolumen-tos devidos, como tnmbem verifi-cará se o annuneio foi collocado deaccordo com a licença concedida."

A bordo do paquete nacio-nal "Itahité", que hontem fun-deou em nosso porto, proee-dente de Belém e escalas decostume, chegou a esta capi-tal o dr. Mathias Olympio,chefe da Alliança Liberal noPiauhy, ex-governador que foidesse Estado e uma das figu-ras de maior actuação no mo-vimento revolucionário donorte.

O prestigioso politico piau-hyense teve uma brilhante re-cepção no cáes do armazém 13,onde atracou aquella navemercante, sendo homenagea-do pelos elementos de raaibdestaque da colônia de suaterra natal, domiciliada emnossa metrópole -e altas au-toridades. Ao desembarquedo dr. Mathias Olympio, quese fez acompanhar de suaexma. senhora e de seu filhoJosé Olympio, que vem estu-dar sciencias jurídicas e so-ciaes na Faculdade de Direi-to da Universidade do Rio deJaneiro, compareceram, entreoutras innumeras pessoas gra-das e familias, os srs.: coro-nel Juliano de Mello, ajudan-te de ordens do dr. FranciscoCampos, ministro da Educaçãoe Saude Publica; capitão Al-varo Hilário, ajudante de or-dens do dr. Baptista Luzardo,chefe de Policia; drs. HugoNapoleao e exma. familia,Lindolpho Pessoa, José Augus-to, Diociécio Duarte, Eugêniode Arêa Leão e exma. familia,Herminio Conde, Cândido Hol-landa, desembargador VieiraFerreira; Joaquim Pimenta, doMinistério do Trabalho, Anto-nio Martins, Frederico Para-ná, Firmo Dutra, Abdias Ar-ruda, Joaquim Pinto Francode Sá, senhorltas Thereza Bit-tencourt e Graziella Pedreirae o sr. Mario Barata.AS SAUDAÇÕES DO "DIARIO

DE NOTICIAS"O DIARIO DE NOTICIAS

fez-se representar no des-embarque do dr. MathiasOlympio por um de seus re-dactores principaes que levoua bordo as suas saudações aovelho politico do Piauhy. In-terrogado sobre a obra revo-lucionaria no seu Estado, s. s.esquivou-se de dar-nos, na-quelle momento, as suas im-pressões em virtude das ho-menagens que antão lhes pre-stavam os seus amigos e cor-religionarios. Promettera-nos,porém, receber o redactor doDIARIO DE NOTICIAS á iioi-te, na residência do dr. HugoNapoleao, para onde ia a con-vite desse illustre politico ejurista.

ENTRE REQUINTES DEDECORAÇÃO

Quasi 21 horas. E acciona-mos o tympano electrico dacampainha do elegante "bun-glow" que se ergue á rua Ma-rechal Bento Manoel, em Bo-tafogo, próximo do PalácioGuanabara.

E immediatamente galga-vamos a escadaria de marmo-re, passávamos pelo "hall" apenetrávamos no salão de vi-sitas.

Longas cortinas de rendasde Veneza que o vento erguiade leve. Estatuetas de Sevre ealmofadões com recamas deouro e pyrogravuras maravi-lhosas. Telas. E entre essesrequintes de decoração, sen-tados era poltronas doiradas.puro estylo Luis XVI, não es-peramos o dr. Mathias Olym-pio mais de um minuto. O ve-lho politico piauhyense, sor-rindo, cumprimentou-nos.

Ao_ seu lado, o sr. Hugo Na-poleao, com a sua elegânciade attitudes, teve palavras delouvor para o jornalista e oDIARIO DE NOTICIAS, como que muito nos sensibilizou.

E entre os goles suaves de"champagne" gelada sorvidaem finas taças de crystal, o ••—*

Ô_.¦____.__

dr. Mathias Olympio falou-nos sobre a obra tia Revolu-ção nacional no Piauhy.A OBRA REVOLUCIONARIA

NO PIAUHYInterrogámol-o sobre os pri-mordios da obra revoluciona-

ria na terra piauhyense, e odr. Mathias Olympio respon-deu-nos:

— Já ha longo tempo vinhaa idéa de uma reivindicaçãode direitos preoecupando oespirito do povo consciente doPiauhy. E assim é que, depoisde oi"-ir a palavra dos chefesgaúchos e mineiros, quandoem maio chegava a Therezi-na, o vice-presidente, com-mandante Humberto de ArêaLeão, procurou logo conferen-ciar a respeito com as < figurasde maior actuação na Allian-ça Liberal de minha terra que,aliás, já vinha preparandomovimento revolucionário,possuindo grande numero deelementos admiravelmente ar-mados e municiados. Comonão ha mais quem ignore, oex-governador Pires Leal, ten-do reformado Injusta e ille-galmente oito officiaes da Po-licia do Estado, criara um am-biente de certa antipathianaquella corporação, e, alémdo mais, como é fácil imagi-nar, aquelles' militares torna-ram-se naturalmente revolu-cionarios. Por outro lado, des-contentes com os actos do go-verno local, os sargentos do25° Batalhão de Caçadorestornaram-se francamente sol-dados da Revolução Nacional.

NA MADRUGADA DE 4 DEOUTUBRO

E depois de uma pausa, odr. Mathias Olympio prose-guiu:-- A revolução no Piauhyfoi perfeita e constitue poresse motivo mesmo uma lindapagina da nova historia poli"tica do Brasil. Na véspera,havíamos recebido os avisos doRio, pelo dr. Hugo Napoleao,e do norte pelo general JuarezTavora, no sentido de que, nodia 4 de outubro, fosse effecti-vado o movimento revolucio-nario que, tal como se deu, ex-plodiu ás 2 horas da madru-gada daquelle dia. A policiafei tomada Tacümente peloseu antigo .c-^rpandante: eo 25° B. C. pelo desembarga-

dor Vaz da Costa e por doissargentos. Nesse quartel, ten-do o official de dia offerecidoresistência, verificou-se umapequena luta, da qual resul-teu a morte do tenente Ba-silio, das forças revoluciona-rias. E o governador PiresLeal foi assim facilmente de-posto, logo assumindo, por suavez, o cargo de interventor ocommandante Humberto deArêa Leão, por designação deJuarez Tawra.A ACTUAÇÃO DO DR. MA-

THIAS OLYMPIOO DIARIO DE NOTICIAS

mostrou desejos de conheceralguns detalhes da actuaçãorevolucionaria do dr. MathiasOlympio. O ex-governador doPiauhy exquivou-se elegante-mente de attender á nossar "gunta, respondendo:

Chefe da Alliança Libe-ral que era, foi neste caracterque eu tive de arregimentaramigos e correligionários pararealizar o grande movimento-redemptor em minha terra. Aminha attitude, nesta hora, éde unanime retraimento; es-tou, portanto, arredio, semfuneção. Pretendo, no emtan-to, depois de ouvir o chefe dogoverno provisório e seus mi-nistros, regressar ao meu tor-rão, onde possuo propriedades.OS PRINCÍPIOS DA REVO-

LUÇÃ;T) NACIONALConsultamol-o sobre a exe-

cução do programma da Re-volução e o dr. Mathias Olym-pio, concluindo a sua pales-tra, assim nos falou:

Eu sempre fui, e hoje soumais do que nunca, do parecerque os principios revolucio-narios são os mais efficientespara a realização da grandeobra de reconstrucção politi-ca e econômica de que tantonecessita o paiz. E eu creio,firmemente, que os actuaesdirigentes saberão, com segu-rança e larga visão dos pro-blemas nacionáes, pôr em pra-tica os mais nobres ideaes daRevolução Nacional.

Foi effectivado no cargoO dr. Adolpho Bergamini, poracto de hontem, effectivou o guar.da da Limpeza Publica, Manoel

Moutinho.

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Ay 6 DIÁRIO DE NOTICIASo Amagoiias ao Prata

PARA'O NOVO PRESIDENTE DA

ACADEMIA PARAENSEBELÉM, 6 (A. B.) — A Aca-

demla Paraense de Letraselegeu para seu presidente osr. Luiz Barreiros.O EX-GOVERNADOR EURI-CO VALLE EMBARCARA'

BELÉM, 6 (A. B.) — O ex-governador Eurico Valle em-barcará para o Rio no dia 9do corrente.

RIO G. DO NORTECRIADA A GUARDA NO-

CTURNA EM NATALNATAL, 6 (A. B.) — Foi

criada nesta capital a Guar-da Nocturna, com o effectivode cem homens, sob as ordensdo cheef de policia.OS SERVIÇOS DO SANEA-

MENTO RURAL SERÃOMANTIDOS, PROVISÓRIA-

MENTE PELO ESTADONATAL, 6 (A. B.) P Está

publicado um decreto do in-terventor Irineu Joffily, de-isrminando que sejam man-''tidos, á custa do Estado, pro-visôriamente, os serviços doSaneamento Rural até á re-organização do mesmo pelogoverno da União.

PARAHYBAO INTERVENTOR DA PA-RAHYBA SEGUIU COM A

SUA COMITIVA PARANATAL F

JOÃO PESSOA, 6 (A. B.) —Juntamente com o interven-'ror federal, engenheiro Ante-nor Navarro, seguiram paraNatal numerosas personalida-des parahybanas que foramassistir a chegada da grandeesquadrilha aérea italiana,commandado pelo generalBalbo.

E' enorme o interesse queestá despertando a realiza-ção do Cruzeiro Italia-Brasil.

PERNAMBUCOA OBRIGATORIEDADE DA

CARTEIRA DE IDEN-TIDADE '¦

RECIFE, 5 (D. T. M.) —Foi publicado o decreto, ul-timamente assignado pelo in-terventor federal, estabele-cendo a obrigatoriedade dacarteira de identificação paraos funecionarios públicos doEstado e do municipio destacapital, para os estudantesdas escolas superiores, cursossecundários e profissionaes,para os directores de socie-dades que tenham personali-dade jurídica, para os com-merciantes e para todas aspessoas que tenham contactofreqüente com a administra»ção publica.

O funecionalismo gozará deuma reducçao de 50 por centonas cadernetas.CRIMINOSO O INCÊNDIODA "DROGARIA MODERNA"

RECIFE, 6 (A. B.) —No seurelatório sobre o incêndio da Dro-garia Moderna, oceorrido em 1929,

delegado auxiliar Ângelo de

tuto foi escolhido o advogadoCarvalho Netto.DENUNCIA DOS RESPONSA-VEIS PELOS ESPANCAMEN-

TOS DE DETENTOS, NAPASSADA SITUAÇÃO

ARACAJU', 6 (A. B.) —A Promotoria Publica denun-ciou o medico Oscar Lacerda,ex-director da Penitenciaria,o capitão Miguel Pereira, doissargentos e um cabo da For-ça Publica, como responsáveispelos bárbaros espancamentosde que resultou a morte deum dos detentos, ao tempodo governo Manoel Dantas.

Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931

Os transatlânticos do Lloyd - O DIÁRIO DE NOTI-CIAS a bordo do «Almirante Jaceguay.* - O cun^icArnaldo Muller dos Reis - o '-calado"

O Sal e o Xarque.Como/deve ser resolvida a questão

BAHIA

Souza apresenta provas de ter si-do doloso esse sinistro.

A referida drogaria pertencia áfirma Cario Cidri & Companhia.O alludido relatório aecusa tam-bem o ex-delegado Maurício Gui-marães de haver no tempo oc-cultado os vestigios do crime.

O ESTADO SOLVE SEUSCOMPROMISSOS NO

EXTERIORRECIFE, 6, (A. B.) — O pri-meiro pagamento dos serviços da

divida externa do Estado, realiza-do pelo actual governo, dá ense-jo a commentarios da imprensa,que elogia a acção ora desenvoi-vida pela administração publica,em prol do credito de Pernam-buco.UMA VERGONHA PARA O

BRASILRECIFE, 6, (A. B.) — Infor-

mações da região do rio S. Fran-cisco, na extrema com a Bnhia,confirmam que os bandidos che-fiados por Lampeão continuampraticando depredações e crimesabomináveis.

A horda errante massacrou o se-nhor Aureliano Menezes, colectorem Jatobá e praticou outros ma-leficica em Taracatu'. A primeiradessas localidades está situada ámargem esquerda do rio e a ou-tra tambem próxima da mesmamargem.MANTIDOS PELO GOVERNODE PERNUMBUCO OS SER-VIÇOS DE SANEAMENTO

RECIFE, 6 (A. B.) — O in-terventor Lima Cavalcanti,tendo em vista, deante da sus-pensão dos serviços de sanea-mento rural, que eram man-tidos de accordo pelo Estadoe a União, que a defesa sani-taria não deve soffrer solu-ção de continuidade, resolveumanter os referidos serviçosaté á próxima remodelação,correndo provisoriamente asdespèzas por conta da verbacom que o Estado contribuíapara os mesmos.A FORMAÇÃO DA CULPA DOSR. RAMOS DE FREITAS

RECIFE, 6 (A. B.) Inicia-se amanhã a formação deculpa do sr. Ramos de Frei-tas. As audiências deverãose effectuar no Palácio daJustiça.

SERGIPEO INSTITUTO DA ORDEMDOS ADVOGADOS DE SER-CIPE JA' ELEGEU OS SEUS

DIRIGENTESARACAJU', 6 (A. B.) —

O Instituto da Ordem dos Ad-vogados de Sergipe, aqui fun-dado, ja elegeu o seu conse-lho e demais commissões.Para presidente do lnstl

SOBRE O CORPO DE BOM-BEIR-OS

BAHIA, 6, (A. B.) — Havendoo Corpo de BombeiroB desta ca-pitai revertido ao municipio, poisestava sendo custeado pelo Esta-do, o interventor federal assegu-rou aos officiaes e praças as mes-mas vantagens que gozavam quan-do aquella corporação se achavaincorporada á Força Publica.

MINASDECLARAÇÕES DO SECRE-

TARIO DAS FINANÇASBELLO HORIZONTE, 5 (D. T.

M.) — O sr. Amaro Lanari, se-cretario das Finanças, falando áimprensa sobre o exito da suamissão ao Rio de Janeiro, decla-rou que elle foi completo e queo governo da Republica está prom-pto a facilitar ao Estado de Mi-nas quanto estiver ao seu alcan-ce.

O sr. Amaro Lanari acerescen-tou quo a primeira dessas facili-dades foi o empréstimo de vintemil contos de réis, que acaba deser feito ao Estado pelo Bancodo Brasil, com a caução de titu-los do Thesouro Mineiro.

Minas fica, assim, habilitada aattender aos seus compromissosinternos e externos, no correnteanno, e ainda a pagar ao seufunecionalismo em dia, pois espe-ra qu.e as rendas estaduaes, quenão demorarão a entrar para oThesouro, chegarão para, comaquella importância, pagar asdespesa do exercicio.

S. PAULOA ALTA DO PRÇO DA CARNE

VERDESÃO PAULO, 6 (A. B.) —

A população paulista está se-riamente preoecupada com opreço que os açougueiros vêmimpondo pela carne verde,apesar da tabeliã organizadapela Secretaria da Agricul-tura.

Explicam pessoas informa-das que essa alta de preço édevida ao abatimento de gadonos matadouros particulares.ESTA' FUNCCIONANDO EMS. PAULO O NOVO DEPAR-TAMENTO DO TRABALHOINDUSTRIAL, COMMERCIAL

SAO PAULO, 6 (A. B.) «-Já está em funcçôes o Depar-tamento do Trabalho Indus-trial, Commercial e Domesti-co, criado por decreto de sab-bado passado.

Esse novo órgão adminis-trativo é chamado a preen-cher as funcçôes de tribunal,pois que julgará as questõessurgidas entre patrões e em-pregados, a quem será distri-buida justiça.

PARANÁ'O RELATÓRIO DA COMMIS-SÃO DE SYNDICANCIA SO-BRE A DEVASSA DO BANCO

DO ESTADO DO PARANÁ'CURITRBA, 6 (A. B.) — A

Commissão de Syndicancia,que estava examinando a es-cripta do Banco do Estado doParaná, apresentou, ha pou-co, o seu relatório definitivo.

Nada se divulgou ainda arespeito desse relatório. Ouvi-mos, entretanto, que foramconstatados alguns factosconcretos, que compromet-tem dois ex-directores do re-ferido banco. Fora tambemapurado certo caso escandaloso, da importância de mile quinhentos contos, compro-mettendo um ex-gerente dobanco, dois ex-gerentes de umbanco estrangeiro e algumaspessoas de destaque.

Outros pagamentos irregu-lares teriam sido feitos peioBanco do Estado do Paraná,por ordem do governo passa-do.O NOVO JORNAL "TRIBUNADO PARANÁ" SERA' O OR-GÃO OFFICIOSO DO

ESTADOCURITYBA, 6 (A. B.) -

Consta que o jornal "Tribunado Paraná", cujo primeironumero circulou hontem, comdoze paginas, será 0 órgãoofficioso do governo do Esta-do. Esse diário está sob a dl-recçao do sr. Raul Pericles.

RIO G. DO SULCONSTRUCÇAO DO PORTO

E ESTRADA DE FERRV?PORTO ALEGRE, 5 (D. T M )-7 A Secretaria das Obras Pu-blicas do Estado recebeu instru-

ççoes do general Flores da Cunha,interventor federal, no sentido deapressar a organização das con-aiçoes para a concurrencia da con-strucção do porto e da estrada deferro de Torres.O governo do Estado enten-deu-se tambem com o Ministérioda Viação sobre a approvação dos

eSIUdOS Tlirinrlfl-rlna -fo*»,-... -i-l__.--_-_ •

Estamos no armazém 14, doCáes, arrendado ao Lloyd. E' alionde está atracado o "AlmiranteJaceguay", ex-allemão "GeneralSan Martin".

O * "coramastro" (quartel-mas-ter), descuidou-se um pouco, va-

BI

sem alardes, aos seus gratuitos einfelizes aceusadores, quando osr. Julio Prestes, então presidenteeleito da Republica, pensava via-jar, como o fez, para os EstadosUnidos, no "Almirante Jaceguay".Affirmaram, pela imprensa e pelas

Reencetemos, agora, a palestracom o commandante Muller, na suacabine.

A viagem, commandante ?Boa, quanto ao tempo e es-

tado geral a bordo; e, quanto aoresto, pouco mais ou menos...

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SÍÍ-ÍÃ

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"Almirante Jaceguay":•>:¦:¦:•:•:•:•:•:¦:•:¦:•>:•:'':•:•:•:¦:¦:•:¦:•:.U»MU.'*V.'.'.'.'.V.V.V,Vll

ramos-lhe o "portaló". E, comoum verdadeiro intruso, estamosnós a correr o navio — da proa ámachina; desta aos salões; e, dahi,á chaminé...

E vimos tudo e todos. Quandoterminámos essa inspecção, de queninguém do Lloyd nos incumbiu,mas de que incumbimos a nós mes-mos, estávamos convencidos de queninguém se melindra com essa ver-dade : é possivel que todos os na-vios do Lloyd sejam asseiados, lim-pos, hygienicos; mas ha dois mui-to limpos, muito asseiados, muitohygienicos : o "Cuyabá" e o "Al-mirante Jaceguay".

Por que ?Certamente, ambos melhor se

prestam para operações dessa na-tureza; ou, então, a theoria do ve-lho Galileo: por si muove...

COM O COMMANDANTE ARNAL-DO MULLER

Agora, sim. Agora, vamos pro-curar o "dono da casa", depois delh'a haver corrido sem licença,dissemos a nós mesmos.

Subimos escadas e mais escadas— umas, de madeira branca, sempintura; outras decoradas. Eis-nos,emfim, á porta da cabine d'"o ho-mem", como é conhecido a bordoo commandante Muller, pelos seuscommandados, facto e3se qúe severifica em todos os navios daempresa, com os respectivos com-mandantes, segundo informaçõesque temos. O "taifa" que está ali,em seryiço, communica-noa com"o homem". Este, que tem famade ser "o calado", mostrou-se, ra-pidamente, communicativo. Mandouentrar o DIÁRIO DE NOTICIAS.Sentámo-nos. Inicia-se, da nossaparte, a palestra que ha de ser tãocurta : é que temos, á frente, "ocalado"...

Mas afastemo-nos por um poucodessa palestra, para nos oecupar-mos da pessoa do commandanteArnaldo Muller, como profissionale como cavalheiro.

esquinas, que esse official "nãosabia navegar". O assistente tech-nico da. directoria de então, doLloyd, fora o campeão dessa aven-tura... Era que, como antes, s. s.,o assistente, havia designado parao commando do "Bagé" um épuamigo — "um dos jovens expoen-tes", em substituição ao grande eillustre marinheiro, commandanteJorge Lyra de Azevedo.

Infelizmente, na época, comoacontecera, na casa, a todos osseus antecessores, os srs. Amanti-no Câmara e Romeu Braga deixa-ram-se levar por muitas intrigas,contra vários servidores da mesmacasa e, assim, contra o próprioLloyd. **

Mas esse é assumpto para maistarde...Os annaes da casa estão ali paraattestar se o commandante Muller

dos Reis, nesse posto, tem sido ounão um dos melhores, dos maisúteis servidores da companhia.Entretanto, como os gratuitos ini-migos de s. s., da espécie daquel-la a que já nos referimos, nãoabandonam, nunca, o commandantedo "Almirante Jaceguay", é pos-sivel que, neste momento, já este-jam, junto á gestão actual, no ca-sarâo da praça Servulo Dourado, atecer, contra o illustre official,intrigas da espécie daquellas emtorno á viagem Julio Prestes no"Jaceguay"...

O cavalheiro

Quer o_ commandante referir-se á carga..'.

Isso mesmo. Nesse ponto, aviagem não foi das melhores. Pou-ca carga, aliás conseqüência daépoca. E' geral. Mas nós, quan-do trazemos, sempfle carregadosos_ navios do nosso commando, con-stitue a melhor satisfação, porqueé desse modo que levamos lucrosá casa; quando assim não aconte-ce, estamos contrariados, tristesmesmo. .-.'.-' _«¦>¦'''

Mas, se, como o commandanteacaba de affirmar, tudo isso é

te, commandante, ha ou haverá,em face da actual gestão na casa,algo de anormal ?¦••.',

O „ amigo ha de perdoar-me.Considero essa parte intima e de-licada. Eu sou, aqui, o que tenhosido em longos annos, no Lloyd :funecionario cumpridor dos meusdeveres. . ..'

Mas...'— Já sei. Quer tocar no afãs-

tamento do meu irmão Antonio,do cargo de agente em Montevidéo.Pois -ibem. Como irmãOj o factomuito me interessa; como funecio-*nario' do Lloyd, não. Nesso ponto,não entendo do assumpto...

S. s. acerescentou :Se, por ahi, como bem creio,

já andam ~ aquelles meus inimi-gos gratuitos de sempre —- a es-palhar que, por causa desse afãs-tamento, eu serei substituído nes-te commando, aqui estou para en-tregar a um dos meus illustrescollegas o cargo que, afinal, nãopude entregar a ninguém, quandofoi da viagem do "Almirante Ja-ceguay" aos Estados Unidos, como sr. Julio Prestes...

E-apertámos, agradecidos,''a mãocio commandante Muller. Saímos.Antes, porém, de deixarmos o na-vio, com os srs. immediato, qhefede machinas e commissario, obti-vemos estas informações : . */'

"Almirante Jaceguay" — Con-struido e.rn 1912. Toneladas bru-tas : 6.000. Cumprimento : 119,B.Uma.machina motora.de quadru-pia expansão. H. P. 3.700 cavallosindicados. Marcha : entre 13 e 14milhas.

Câmara — Camarote de luxo(A), 1; camarotes de meio luxo,3; camarotes especiaes com águacorrente, 10; camarotes communs,62 (optimos, iguaes aos de qual-quer transatlântico estrangeiro);banheiros, lavatorios, etc, parasenhoras e cavalheiros, dos mais

A propósito da questão do sal,cuja defesa o DIÁRIO DE NOTI-CIAS tomou a peito, o sr. AlbertoMaranhão,) -ex-presidente do RioGrande do Norte, acaba da enviar-nos a seguinte carta:

— "Er patente a injustiça dapretensão, que volta á baila, dareducçao do imposto federal sobreo sal estrangeiro, para proteger oxarque sul-riograndense, quando aprotecção desta industria' está,como ado sal, quanto á tributaçãodo similar de procedência. estran-geira, no imposto, aliás forte, quepesa sobre a importação do xar-que uruguayo e argentino, agravan-

tribuir a essa exceliente freguezia,retirando a pequena protecção fe-deral á industria das salinas, fon-te de vida de uma grande parte dapopulação do Nordeste ?!...

Outro aspecto correlato é s si-tuação dos frigoríficos, que deveser estudada em confronto com asindustrias do xarque e do sal.Quer me parecer, entretanto, queos favores concedidos por contra-ctos á industria do frio têm porfim facilitar a exportação da car-ne brasileira, criando mercadosnovos para o excesso dos nossosrebanhos,, aspecto qúe encerra umaboa providencia administrativa.

> í™81*6.1-"-- vejo motivos para suppor que oemprego do sal de primeira quali-dade, de Mossoró ou de Macáo, não

Profissional

Iniciando-se, na carreira, hamais de 25 annos, fel-o na frotado Lloyd, de onde se afastou,por, algum tempo, quando o at-tingiu, injustamente, maldosamen-te, um certo "furacão" que acos-sara, ha annos, a companhia. Depraticante de piloto a commandan-te, o sr. Arnaldo Muller dos Reis,de degráo em degráo, não preteri-ra ninguém, por isso que semprefora promovido opportunamente,merecidamente.

Foi praticante, segundo piloto,primeiro piloto, immediato e com-mandante, quando o devia ser.Ninguém poderá contestar - nos.Exercendo este ultimo posto, emmelhoras unidades da casa —-transporte de passageiros, em me-lhores linhas, como as da Europa,Rio, Manaos, Buenos Aires, Esta-dos Unidos, etc, o commandantefirmara-se e firmara a Bua repu-tação^ de um completo marinheiroque é, de facto. Nunca viu, nessaparte, na sua já longa vida profis»sional na supracitada companhia,

Como homem, • o commandanteMuller é, confessemos, um typoesquisito... E', em tudo, seme-lhante a um inglez dos maisfrios... Fleugmatico, fechado, semriso e sem fala aos lábios — "ocalado", emfim. Fala pouco, nun-ca ri; tem, pois, poucos amigos.E, dahi, cremos, o motivo maiorde possuir elle tantos inimigosgratuitos. E' o homem da familia— a bordo e no mar. E, por serassim, é que, em navios de pas-sageiros que commandou e com-manda, sempre se observou a maisrigorosa moralidade e a mais per-feita disciplina.

Quem quer que haja viajado emnavios desses, não poderá deixaraffirmar a mesma coisa. Con-sta-nos que, entre os commandan-tes da empresa, todos elles á ai-tura, nesse ponto, tres se desta-cam, se igualam : Tasso Napoleão,do "Almirante Alexandrino"; Hen-rique Santos, do "Cuyabá" e Fran-cisco Rocha, do "Alegrete".

E por que 1Sobre o modo por que, no ponto

de vista moral, se colloca, a bor-do, o actual commandante do "Al-mirante Jaceguay", contam-nosque, certa vez, alguém dizendo-lheque, um seu collega, em um gran-de navio de passageiros, em plenoconvéz, sapateára, "fox-trot", ma-xixe e outras bellezas taes, o com-mandante Muller immediatamenteprotestando, exclimara : .

— "Não acredito! Não póde ha»ver um commandante do Lloyd,capaz de tanta falta de compôs-tura!"

0 commandante Muller dos

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A protecção" actual- da industriado sal, que ampara populações tra-balhadoras e grandemente neces-sitadas dò Estado do Rio de Janei-ro e, dos Estados do Nordeste fia-gellados periodicamente pelas see-cas; essa protecção, que se encon»tra na tarifa sobre o sal impor-tado, é muito menor que a conce-dida pelo fisco federal ao xarquedo Rio Grande do Sul, de Minas,de Matto Grosso, de S. Paulo e deoutras procedências nacionaes, queporventura tenham ou venham ater a referida industria.

Ao passo que- o sal estrangeiropaga 30 rs., ou sejam feitos os cal-culos alfandegários sobre a parteem ouro, ao cambio de 126 réispor kilo, o xarque estrangeiro pa-ga por sua vez 200 réis ou sejam866 réis-por kilo. Para salgar umarez abatida nas < xarqueadas gas-ta-sé"'40 kilos dé sal, ou sejamB.040 réis a mais, correspondenteao imposto de 30 réis. O peso dacarne assim salgada é de 100 kilos.Temos,' portanto, na protecção doEstado ás . duas industrias a se-•guinte proporção: para a do'xar-que, 8.6$600v por uma rez abatidae para.a do sal 6$040 pára o mes-mo peso de Tiroducto xarqúeádo.

Vejam, depois desta singela de-monstração, o presidente GetulioVargas e o ministro da Fazenda,como seria injusto retirar a pro-tecção ao sal, industria em que seempregam populações. pobres doNordeste e de Cabo Frio, deixando,protegida ainda mais com o excessode 5$040 sobre os já oblVlos, por ca-beca abatida, a industria dos xar-queadores, que já têm actualmentea protecção official em escala mui-to maior que a concedida ao salbrasileiro.

Convém considerar ainda que oNordeste, nos Estados do Alagoas,Pernambuco, Parahyba, Rio Gran-de do Norte, Ceará e Piauhy, todoo além S. Francisco, e mais o Norteda margem esquerda do Parnahybapara cima, e o extremo Norte, naAmazônia, consomem o xarque doSul, em larga escala, assegurandoá industria da carne secca o cam-po maior da collocação desse pro-dueto. Como se quer, então, re-

possa ser utilizado nos frigorifi-cos tâo bom ou melhor que o es-trangeiro, da 'Hespanha ou de ou-trás • procedências. Deve-se tentar,por isto, junto á direcção das com-panhias o emprego do produeto na-cional nos frigoríficos.

O amparo racional ç justo ásindustrias de sal e do xarque esta-rá^ sahro melhor juizo, na redu-cção do imposto de consumo e node exportação interestadual, narevisão das tariias de transportemarítimo e terrestre, no recursofinanceiro dos Bancos, aprazo lon-go e taxas módicas, no aperfeiçoa-mento, da technica industrial, e emtoda a vasta e' complexa série deprovidencias, objecto do constanteestudo dos estadistas interessadosno bem geral das nacionalidades.

Os salineiros têm motivos paraesperar que o presidente Getulionão pratique o acto de injustiçaque alguns xarqueadores do Sulvoltam a pleitear.

Se o Thesouro puder dispensaro imposto de 30 réis sobre o saiestrangeiro, euLão faça melhor,dentro do programma da Revolu-ção, na defesa aos interesses na-cionaes: supprima o imposto de20 réis sobx-e o consumo geral doartigo estrangeiro ou nacional.Isto seria mais equitativo, porquemanteria a protecção, barateandoao mesmo tempo a producçao.

Não acredito, porém, que se pos-sa neste momento dispensar *im-postos, com reducçao da receita ge-ral da Republica, antes de ulti-mar-se o estudo pormenorizado detoda a tributação nacional, paraeffectivar uma reforma completa,que attinja todas as rubricas or-çamentarias."

ALBERTO MARANHÃO.

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Advogado no Rio Grande doNorte — OU. HBRACLIO TIL-LAR R. DANTAS — Causas Cl-veis, commerciaes e crlminaes. —Avenida Deodoro, 623, Natal, —Para Informações: Administraçãodo DIÁRIO DB NOTICIAS.

O commandante Muller cercado dos dois officiaes supe-rires do navio — o immediato, capitão Oswaldo Coutinho,e o chefe de machinas, 1° engenheiro machinista sr. Ho-

racio Schneider

jBjjfc" :^^^WW^,q^^i-v^i^Bi^^^y^>*^ ' jfjj^i^gjife''*-*•*'-'•' • ¦¦*•- ------

| O commandante Muller no seu gabinete de trabalho |

conseqüência da época, que fa-zer ?

Como pedíssemos ao comman-dante M"uller suas impressões so-bre o novo estado de coisas noLloyd, s. s., como todos já sa-bem, que é "o calado", quer di-zer, que fala pouco, disse-nos :

—- Nesse sentido, penso como, nomomento, pensam muitos; isto é,qüe o Lloyd está a cargo de íimadas maiores, senão o maior auto-rldade no assumpto.

E dahi, commandante ?Dahi, ainda como muitos es-

peram, espero eu ver, tambem,outro rumo — rumo melhor, rumocerto, rumo salvador, na maiorempresa de navegação brasileira edo continente. '•"¦*.

Mas com v. s.,. pessoalmen-

O commandante Muller no seu gabinete de trabalhoo seu nome envolto em "casos",em inquéritos e outras coisas nogênero, das quaes, poucos, muitopoucos, os seus collegas ali — ve-lhos e novos — se têm livrado...Assim é que, se não é o unico é,

estudos mandados fazer"*reíativos ' pel-° ,menos> um d°s pouquíssimosá mesma obra, os quaes se en-contram dependentes dessa ap-provação desde meados do annopassado.

Varias firmas estrangeiras têm-se dirigido á Secretaria das ObrasPublicas pedindo esclarecimentossobre aque-üns condições e mani-festando o desejo de apresenta-rem propostas para a construecãodas grandiosas obras.

officiaes da sua categoria, que atéhoje não produziu, seja de que es-pecie for, uma avaria á unidadedo seu commando, e, portanto, umdos pouquíssimos quo não deram,até esta data, aos cofres da empre-sa, um nickcl de prejuizo.

E estamos certos que essa foi amelhor, a mais solida, a mais es-magadora resposta que o comman- .. ,.,...,...,,..„„, ,„,,dante Muller dera, silenciosamento, para os amigos 1...

Reis, como homem, foi e é assim.Nunca, nesses longos annos davida marítima — neste ou emquaesquer outros portos de escala,foi visto, em qualquer logar quepudesse comprometter a sua di-gnidade de marinheiro.

E, tanto assim é, que nos meiosmarítimos do Lloyd, é commum ou-vir-se isto: "...o Muller?! Aquel-le nunca pagou um café a nin-guem"...

E* que o Muller foi e continuaa ser, vamos repetil-o, o homemque sae do seu lar para bordo ede bordo para o seu lar. Ondea opportunidade para pagar o café

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Rio de JaneiroASSEMBLÉA DELIBERATIVA

Sessfio extraordináriaDe ordem do presidente e deli-

beragâo da directoria, convoco ossrs. membros da assembléa deli-berativa para a reunião extra-ordinária a realizar-se hojp. dia7, ás 20 horas', nos termos doartigo 91, § Io, dos estatutos so-ciaes.

ORDEM DO DIAInteresses sociaes.Secretaria, 7 de Janoiro de 1931.— Ary P. de Andrade Figueira,

1° becretario.

DR. P. ALCÂNTARA POLLAIN— Carioca, 52. 1.» —¦ Phone 2-1092

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Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931 DIARIO DE NOTICIAS

AjÉÉM iieiii] s^&aJtm^+ítzZtititiSr-^ti MbWi u. —iw~i- ¦ ~ , iLMiiüáiiiSDaDSDBBSOSDSDBffiyiSa:«X«SiOSfflÈil'¦lll X 1» _____ ¦ ¦» ui m StiWtm — "¦_»"«^»"BS»S_-" 1 lll - IU JI

COMMENTARIORELAÇÕES ENTRE O LAR E

A ESCOLAEncerrando o anno lectlvo,

a 15 do mez passado, uma. certeza levaram os professo-res, bem hitida, a respeito da

moderna orientação educacio-nal: a da necessidade de seapproximarem, cada vez mais,

, paes e professores, e de se daruma directriz harmônica aoambionte infantil, no lar e naescola.

Quando não tivessem entra-do em contacto muito profun-do com a ideologia contempo-ranea, quando não se tives-sem transformado tão radical-mente quanto se faz mister,quando'tivessem, apenas, cum-prido com certos preceitos sü-p.erficiaes da pedagogia mo-derna, mais por imposição dalei do que por intima convi-cção,— aquella porção do.professorado que não se inte-grou no plano da Reforma deEnsino — e que todos sabemde que elementos é composta—- até essa deixou a escola,comprehendendo, no ultimodia de aulas, que a missão doprofessor passa a ser umacoisa muito differente quan-do, em vez de se desenvolver,fragmentada, um certo nume-ro de horas por dia, na escola,se processa, ao contrario, con-stantemente, sob uma orien-taçãó commum, que põe deaceordo os pontos de vista dafamilia com os da escola, comum rythmo sincero, que é orythmo da vida, e uma fi-nalidade única — a finalida-de humana.

Tenho a certeza de que estegoverno, ainda quando nãoesteja completamente consti-tuido por indiscutíveis com-petencias, é um governo de"responsáveis". E isso já si«gnifica muito. Como tal, pelahonra dos ideaes que se defen-dem nos tempos novos, ficaassegurada a situação do en-sino primário no Districto Fe-deral, porque não é admissi-vel crer que exista afeumErostrato que se queira ceie-brizar, neste momento de es-peranças superipreSi com ai-gum monstruoso e imperdoa-V3l desvario.

Assegurada a Reforma doEnsino do Districto Federal,que é a mais bella promessaí-;ita ao nosso povo, para asua formação, a sua liberda-(x.-, è o seu bem-estar social,-assegurada tal chino.;está, em-yuan to. não se cogita. .d.à ap-proximação de todos os Esta-dos muna obra commum. decciucação nacional, uma pro-vi dencia se torna desde logourgente: incentivar o conviviodps paes e professores, favo-recer a ambos a comprehenrsão das suas responsabilida-des, com o intuito de obterum ambiente tanto quantopossivel homogêneo para des-envolvimento de um planoeducacional que possa dar re-Kultados positivos na con-strucção de um Brasil melhor.

Sei que as professoras têmjá trabalhado muito nessesentido; sei, tambem, que nãotêm colhido os resultados ne-cessarios, e proporcionaes aosseus esforços. No emtanto,essa. campanha da conquistado meio é uma preliminar sé-ria e importantíssima na obraa realizar.

, Mas, até aqui, sobre a at-mosphera enthusiastica de in-numeras escolas, pairava umfrio de scepticismo decorrenteda decepção popular geradapela displicência dos gover-nos. Estava, na verdade, tãodesmoralizada a acção dosadministradores, que até re-formas de ensino, evidente-mente revolucionadas, foramarroladas, pela curteza de vis-tas dos desconfiados e dosriaáos, em movimentos de ex-hibicionismo fatuo. Se o pro-fessorado culto comprehen-deu a intenção da Reforma "doDistricto Federal — para sónos referirmos a esta — eteve a coragem de. enfrentarmuita ironia e muita má von-tade porque sabia bem aondese dirigia, na sua missão deidealismo, outro tanto -nãosuecedeu aos paes, súbita-mente chamados a participarde uma nova ordem de coisas,e, na sua maioria, mal irifor-mados, com opinião fafcil e in-fundada a respeito de tudo,desorientados pelos boateirosprofissionaes.

Mas os governos da descon-fiança estão por terra. O Bra-sil realizou esse milagre qua-si incrivel de affirmar de nor-te a sul que quer ser differén-te, que quer ter um destinosustentado por uma vontade,por- uma intelligençia e porum ideal.

O presidente Getulio Var-gas, que veiu da terra gaúchaprecedido da fama de demo-cracia que aqui tem conti-nuado a manter, que é umapessoa affeita a saber sersimples cidadão, e a pôr-seem contacto com seus compa-triotas, sabe que as criançasdas nossas escolas, filhas des-se povo que delirantemente orecebeu por duas vezes, naterra carioca, têm sua sortedependendo da situação dosque as educam. Os que a edu-cam. por sua vez, estão de-pendendo de uma approxima-,

JUNG, FREUD E O PROFESSOR DO—-PRESENTE—-

As possibilidades que palpitam no inconscienteinfantil exigem, para se desenvolverem, um

typo especial de educadorGERARDO SEGUEL

(Especial para a Pagina de Educação)No anno de 1916, o psycho-logo Jung era um dos que,horrorizados da guerra, per

guntavam em que escondidossubterrâneos do sêr humanopodia oceultar-se tanta fero-cidade, que na vida ordináriapareceria impossivel. E Jung,sem negar em absoluto as po-derosàs determinantes sócio-lógicas, pensou que a psycho-logia do inconsciente podiaassumir com a sociologia umpacto de responsabilidade pa-ra¦ desentranhar as causas.Então, falava, no prefacio doseu livro "O Inconsciente", do"inconsciente cahotico quedormita inquieto em baixo domundo ordenado da conscien-cia". No anno de 1925, em no-va edição de seu livro, repeteessa affirmaçâo: "Agora, jápassou a guerra e lentamenteas ondas começam a por-seem ordem. Mas os grandesproblemas da alma humana,que a guerra descobriu con-tinuam a preoecupar".

JUNG E FREUDJung, discípulo de Freud,

acompanha seu mestre emquasi todos os principios dapsychologia do inconsciente etambem nas praticas thera-peuticas, mas de certo pontoem diante separa um caminhopara si mesmo e substitue nu-merosas idéas de Freud poroutras que considera maisfundamentadas.

Começa por censurar emFreud sua concepção da "libi-do" que entrega ao instinetosexual muitos phenomenosque correspondem a outros in-stinetos, de tal maneira queem sua psychologia estes vi-vem uma existência subalter-na e quasi clandestina. Jungdestaca o instineto do Eu ouinstineto dc dominação quefoi enunciado por Àdler. Emnosso conceito não existe qua-si que uma differença prati-ca: apenas Jung e Adler se-pararam em campos diversose com diversos nomes o quepara Freud é uma meçmaraiz. O total.das attribuiçõese das conseqüências é. o mès-mo para todos..- ^.r._...-._.

O INCONSCIENTE COLLE-CTIVO

Jung reconhece que "astheorias de Freud são de tãosurprehendente clareza quequasi repúgna introduzir nel-las a cunha de uma afflrma-ção opposta". Quanto á de-scripção do inconsciente, sevê obrigado a avançar, porconta própria, a afundar noproblema além da zona domi-nada por Freud.

Nenhum psychoanalysta ad-mitte já o velho conceito doinconsciente como um saccodepositário de todos os ras-tros de nossa vida, que alipermaneceriam como sombrasinertes e que só por acasosaissem á consciência e sem-pre com sua fôrma verdadei-ra. Para a Psychanalyse oinconsciente é uma zona acti-va de nossa vida,- em constan-te actividade interior, é todauma existência parallela ánossa existência consciente ousuperficial. Talvez comparas-semos nosso espirito com ummar onde a consciência estáformada pela superficie nave-gavel, emquanto no fundo,muito mais cheio de vida e dephenomenos que apenas setransparentam, está o territo-rio mais poderoso. A missãocom que a Psychoanalyse seresponsabilizou foi a de mer-gulhar-se temerariamente nofundo do mar e descobrir asleis de relação existente coma superfície.

Se nossa consciência pudes-se ser comparada com um

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ção mais completa e mais fra-ternal com as familias queconstituem. esse povo.

O presidente Getulio Var-gas, daqui a dois mezes, quan-do se reabrirem as aulas, po-dera, se quizer, praticar umgesto de extraordinária im-portancia para o destino dopaiz: poderá, elle mesmo, ira cada districto escolar, le-var á obra que os professoresvêm realizando o seu apoio dehomem que se interessa pelaformação da pátria nova.

Ninguém teria mais autori-dade para reunir os lares e asescolas, com uma palavra in-telligente e adequada — a pa-lavra que reuniu, tambem oselementos da Revolução — doque aquelle a quem foi entre-gue, com uma infinita con-fiança e um sonho immensode melhores tempos, a sortedo paiz todo que, na verdade,já é muito menos de nós, osde hoje, que das crianças, quenos suecederão...

C. M.

personagem diríamos ser umvigia attento que está sugéi-to ás leis da lógica e da ra-zão; esse é seu domínio, alémdo encargo de custodiar o li-mite entre seu território e oresto. E' por isso que ella di-vide tudo quanto nos aconte-ce em duas porções: o que élógico ou razoável, é que ficana superficie e na memóriaimmediata; o resto vae parao inconsciente e pertence aoque esquecemos. Mas aconte-ce que essa missão é difficildemais para ser bem executa-da e então a inconscienciaenvia numerosos emissários,que transpõem as portas daconsciência e apparecem emnossa memória. A psychoana-lyse também estuda muito es-pecialmente a origem destesphenomenos, suas causas, seudynamismo e sobretudo, a fór-ma de que se revestem paraenganar nossa consciência eserem admittidos no exterior.Entre estes phenomenos estãoos delirios, a imaginação ar-tistica e até a intuição dasgrandes descobertas scientifi-cas, etc., etc.

Ainda mais, observou Jung— e aqui está seu verdadeiromérito — que ás vezes estasinvasões da vida lnconscien-te vestem-se com imagens quearrastam comsigo algo dospensamentos, mythos, crençasdo homem do passado. A re-capitulação ancestral que fa-lhou na sciencia positiva en-controu aqui na psychologiada insconsciencia, ou seja, nasciencia intuitiva, sua maiorprova. Segundo esta-herançarecapituladora, no desenvol-vimento do homem se realizauma espécie de synthese davida do homem (a Ontogeniaé igual á Philogenia). F-artedesta synthese consiste numaespécie de registro das etapasdo pensamento da humanida-de, digamos, a historia psy-chica da espécie. E' quandoJung, estudando a fundo o In-consciente, resolve classifi-cal-o em duas ionas: o "In-consciente Collectivo'* è ó "Ih-cònsjà||^^^|^^|^âs.;

No Inconsciente Collectivosuppõe a existência de todaa herança espiritual dahu-manidáde. Sobre esta mesmabase Haeberling chega a pen-sar que a isso se deve, maisdo que ao contacto dos povoserrantes, a semelhança dascrenças e mythos. Existe, pois,de propriedade do Incons-ciente Collectinvo, uma espe-cie de substancia humana on-de se encontram os germensespirituaes de todo o pensa-mento universal. Quando esseInconsciente Collectivo sobeaté a superficie apparecemnossos desejos disfarçadoscom as caracteristicas dospensamentos do homem dasidades passadas. Toda a psy-chologia está hoje provida deconclusões mais ou menos se-melhantes, que acreditam co-mo sobrevivente o homemuniversal do passado no ho-mem individual do presente.

Ao Inconsciente Indivi-dual au "Pessoal* oertencemas nossas lembranças esque-vidas, ou, digamos, o rastro denós mesmos, mas que já emhomens futuros serão do do-minio do Inconsciente Colle-ctivo. Muito especialmentepertence ao Inconsciente Pes-soai tudo aquillo que conce-biamos na nossa primeira in-fancia e, não podendo ada-ptar-se á nossa consciênciade adulto, foi obrigado a re-fugiar-sc no fundo daquelleoceano animico. A criança,que quasi não tem um incon-seiente pessoal numeroso ain-da, move seu pensamento to-¦talmente impulsionado peloInconsciente Collectivo que,aliás, não encontra a rigorosavigilância da consciência por-que esta ainda não. se achadesenvolvida, como nos adul-tos. Dentro da atmospheradestas idéas, é bem fácil com-prehender porque ha essa se-melhança entre a criança e ohomem do passado, e porquea criança representa o homemde um futuro que nós não po-demos limitar nas medidas denossas aspirações, porque ellaJá traz suas próprias medidase um destino maior do que onosso.

Póde-se não pensar com asdoutrinas dos homens men-cionados, mas ninguém pódedeixar de comprehender queem tudo quanto se disse napsychanalyse assoma, comosempre, a responsabilidade dosque têm a missão de vigiara vida infantil. A escola re-colhe cada dia mais o que an-tigamente pertencia ao lar, eninguém se póde horrorizarcom isso. Tambem os gregosconcebiam assim a vida. Ascrianças, deviam ser da colle-ctitfidade; e, mesmo em Es-parta, cada adulto tinha a re-spons^bilidade de ser o mes-

Gomo o Mil enfeita a uida das criançaspunhada coisas

As c.lanías do México, talqual as de todo o mundo, pos-suem o seu minúsculo univer-so povoado de personagens,animaes e objectos mais oumenos inverosimeis, para o

para povoar oDe Puebla e Hldalgo vêm

brinquedos de madeira, que semexem por meio de uni fio --de tão fantásticos, impressio-nam vivamente as criancinhaspequenas, assustando-as, com

coisas que usam os adultos, eque todas as industrkj popu-lares, com essa comprehensãoda vida humana que existeentre os que ainda não meca-nizaram a própria uima, ex-

¦ii:':'."-!:.'.1.'. ¦#&*' *~ '—^"^ ^ í" \ « MMM

Uma india num burro. Um veado. Brinquedos de barro cozido

adulto, e, por isso mesmo, maispróximos da vida maravilhosaque levam.

Existem no México brinque-dos curiosos, de madeira, debarro, de panno, de palha...

o seu desenho e o seu movi-mento: são "Voladores" deJalisco e Michoacan, com bo-las de barro enfeitadas de pen-nas, e correndo em arames,como um brinquedo chinez...

ecutam para as crísír-jas doMéxico.

Ha pequeninos chailes, pe-quenas mantas, apparelhos delouça, com as suaa garrafinhase jarrinhos, que ás vezes che-

_í^_%í_*íí^ '

m jLf/;„ ' ' , '/ WÍtitiV» *%* ft "

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Bonecos de Guadalajara. Barro cozido e colorido. M.

Pequenas coisas deliciosas,onde o pensamento e o senti-mento das crianças abremcomo uma janella para o in-finito da sua imaginação.

Descem das Serras homenssimples, carregados de bonecosalacremente coloridos, comoviajantes encantados, que an-dassem apenas, no mundo,transportando alegria para ascrianças. Fazem apitos debarro, com fôrmas de animaes.— pombos, cachorros — quese pegam aos lábios dos me-ninos, todas as vezes que nel-les sopram, ou brinquedos' maisfinos, destinados ás meninas,e feitos de louça vidrada deGuanajuato.

As velhinhas pobres, para ascriancinhas pobres, estão fa-zendo, pacientemente, bonecasde trapo, vestidas de cores vi-vas, com olhos e boca pin-tados... Solidariedade da vidahumilde, que, antes de deixara terra, sabe ainda sorrirpara a vida que acaba de che-gar...

Sem falar nos titeres, cujaindustria se acha em deca-dencia; nos Judas, que sãouma tradição de adultos, re-flectida no mundo da infan-cia; xios brinquedos de ázze,de pouco interesse, queremosreferir-nos especialmente aosfcrinquedos que representam,em ponto pequeno, todas as

CASA LIBERAL Os exames de admissãoe de segunda épocaI/inERAli, BERLINER & CIA.

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tre de todas as crianças: eraa época da responsabilidadeesparsa. Hoje, que a socieda-de tende cada vez mais a dis-tribuir os deveres por especia-lldades, e estas especialidadespor vocações, está sendo, aoeducador, confiada, cada dia•em maior quantidade, a res-ponsabilidade da vida im*fantil.

A educação quasi monopoli-za a attenção do presente; eos educadores devem estarsempre attentos, buscando noconhecimento da "criança alinha de sua condueta. Cadasciencia que assoma com da-dos novos augmenta a respon-sabilidade do educador. Cadadia se dá menos attenção —nos paizes onde realmente sequerem fazer reformas deeducação, e não simples exhi-bicionismo pedagógico — aoprofessor erudito de sua ma-teria, prefere-se o educadorapto no conhecimento da in-fancia, da adolescência e dajuventude. Na Nova Educa-,íjão não existe mais o concei-'to de "matérias" para o estu-do, mas de actividade educa-tiva, interpretação dos inter-esses do alumno. Busca-se, oprofessor psychologo e de in-tuição criadora, para cada in-stante, e para cada individuo.Bem sabemos já que das ex-periencias dá primeira infan-cia e da adolescência depen-dem os desvios e tambem ostriumphos do futuro. De na-da serve um homem bem in-struido e de longos conheci-mentos, se tem sua' alma des-ordenada no interior.

Cada criança é a imagemde vida total e a educaçãoconsiste em acordar suas pos-sibilidades por um processo decontinuação incessante.

O ministro da Educaçãobaixou o seguinte aviso;"Sr. director geral do De-partamento Nacional do En-sino.

NS.0 convindo presentementea concessão de juntas exami-nadoras a institutos parti-cula^es de ensino secundário,de i ( 3 trata o art. 270 do Re-gula._r.ento do Ensino, decla-ro-vos, para os devidos fins,que devem ser observadas asseguintes disposições nos exa-mes do curso secundário naoroxima segunda época:- I — Os exames de admissão

ao cüráo secundário, os dourso seriado e o ;:de prepara-

torlos tealizar-se-ão, no Dis-tricto Federal, no ColiegioPedro II, e nos Estados, nosinstitutos equiparados aomesmo Coílegio e nos que seacham em inspecção pielimi-nar para os effeitos de ulte-rior equiparação, observando-se quanto ao processo dosexames as instrucções expe-didas em 1930 pelo Departa-mento Nacional d|0 Ensino,que não collidirem com o pre-sente Aviso.

II — As juntas examinado-ras serão respectivamenteconstituidas por .membros, docorpo-docente daquelles ins-titutos. Para as juntas sup-plementares que se tornaremnecessárias as designaçõesdeverão recair em membrosdo magistério ou auxiliaresdo ensino.

III — Os institutos equipa-rados ao Coílegio Pedro n'^verão remetter ao Departa-mento Nacional do Ensino,até 25 de fevereiro, a relaçãonominal dos candidatos aexame, estranhos ao seu cor-po de alumnos. Os institutosem inspecção preliminar de-verão remetter ao Departa-mento, dentro de igual pra-zo, a relação nominal dos alu-mnos matriculados que se in-screvam em exames e a dos

gam a ser do tamanho de umacabeça de alfinete...

Tudo isso denota uma gran-de riqueza de sensibilidadedo indio mexicano, porque umbrinquedo que se offerece auma criança não é apenas umcbjecto, mas uma intenção dea ver feliz.

Pela quantidade, pela varie-dade e pela graça d'essas pe-queninas coisas, pode-se sur-prehender tão bem a alma doMéxico pela prodigiosa belle-za da louça de Guadalajara,revestida de flores estranhasou de arnezes maravilhosos deJalisco, que parecem feitospara cavallos mágicos de con-tos das Mil e Uma Noites...candidatos estranhos ao Instituto.

IV — Será nullo para todosos effeitos qualquer exameprestado por candidato quetenha requerido inscripçãoem mais de um instituto.

— A organização das jun-tas examnadoiras dos alum-nos do Coílegio Pedro II ca-berá aos respectivos directo-res. As juntas examinadorasdos candidatos estranhos aocorpo de alumnos do Coílegioserão designadas por essa DI-rectoria Geral, sob propostados directores do Coílegio Pe-dro II. Nos Institutos equipa-rados de ensino secundário enos que se acham em inspec-ção preliminar, as juntas-examinadoras serão organiza-das pelos respectivos directo-res, com approvação do inspe-ctor do instituto de que setratar. Quando além das jun-tas examinadoras constitui-das pelo corpo docente do in-stituto se tornar necessáriaa organização de juntas sup -plementares, serão as mes-mas desirmadas por essa D.i-rectoria Geral.

VI — As notas conferidaspelas juntas examinadoras deprovas escriptas e as conferi-das. pelas juntas examinado-ras de provas oraes e prati-cas serão presentes, no Col-legio Pedro II, ao director,para a formação da mediaf'nal em cada matéria e nosdemais institutos aos respe-ctivos inspectoreí, para omesmo fim.

VII — Será nullo para todosos effeitos o exame, quando oexaminador houver lecciona-do qualquer matéria ao can-"Hdato, seja individualmente,sela em colleítio particular."

niÉHijáhjicado ftarz/FLcitçc&i«ü«

iriDICADO-PÂR A-PE Cl E?

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Curso pratico e fácil para todosSIMÕES COELHO

(33° — 2" série)TECHNICA DA DICÇÃO

O celebre professor Sam-son, luminar da scena cias-sica franceza, companheiro datrágica Adriana Lecouvreur,expoz, mui claramente, a the-ria da inflexão, dizendo: ,— "Quando queremos asse-gurar-nos de que uma infle-xão é boa em um pensamen-to, é necessário confrontar amodulação que termina aphrase com aquella que co-meçou, repetindo-a mais deuma vez. Se não houver umaperfeita relação exacta entreas duas modulações, a infle-xão é má, a dicção é falsa.Esta regra tanto se applicaao periodo longo, como áphrase mais curta. Emquantoo sentido não mudar, paraque se mudará a inflexãoque o traduz?"

A verdade deste preceito éque, se não o observarmos,arriscar-nos-emos a perder ofio do pensamento, assimcomo deveremos procurar va-riedade de inflexões para osdiversos pensamentos a inter-pretar.

E' ãa variedade que nasce-rá a viãa e a bellem.

Ser-nos-á necessário, comoao autor no estylo, estabele-cer os contrastes, as opposi-ções na musica da palavra,isto é, afrouxar intencional-mente certas partes na ex-pressão para reforçar outras.E' forçoso, sobretudo, que asinflexões tenhan^ uma gran-de nitidez, e sustentar comenergia os finaes.

E' necessário não confundirnunca, como succede quasisempre, as duas designações— entoação e inflexão — dis-tinguindo-as bem.

Fixar bem a distincçâo queentre ambas existe:Entoação — é o diapasão,

o metal de voz -com íue seataca e diz a phrase. Infle-xão — é a melodia, dentrodesse diapasão.

Se na dicção concorremmuitas phrases com o mesmopensamento, . as entoaçõesdessas phrases devem sergraduadas; podem subir iudescer no gráo forte, 'médioou cavo, durante o tempo que-o pensamento persistir; po-rém deverão voltar ao gráomédio, quando o pensamentomudar.

A inflexão joga separada-mente, e não mudará nunca.

Um defeito muito commumé começar uma inflexão emuma entoação muito alta edeixar cair o final, de ma-neira que sõ se ouve distin-ctamente a primeira parte daphrase, sendo necessário adi-vinhar a restante.

Para sustentar hem comenergia o final da -phrase, énecessário respirar sufficien-temente antes de atacar ainflexão. v

E por que se insta em cha-mal* a attenção dos princi-plantes para o conselhoacima? >

Porque, quasi sempre, é opróprio final da phrase quecontém a idéa essencial quetemos de pôr em relevo.

A maior parte dos leitoresdirá- em voz alta o primeiroverso e deixará cair o segun-do no exemplo seguinte:"Cesse tudo o que a Musa

antigua canta;"Que cutro valor mais altose alevanta."

(Lusíadas - 1, 3)No emtanto, logicamente, o

que tem maior valor é o se-p:undo verso. A própria signi

Note-se que este defeitohorrivel não se observa só nosrecltadores de salão, comotambem nos artistas drama-ticos, o que prejudica tantoa uns como a outros a purezada dicção.

As inflexões, não sé distin-guindo, encadeiam-se umasnas outras, de maneira que ádicção, parecendo muitas ve-zes harmoniosa, torna o tex-to pouco comprehensivel.

Vemos, pois, que, para afalta de nitidez da inflexão,concorre muito o defeito dédeixar cair os finaes.GRANDEZA NA DICÇÃO —E' a maior somma de inten-sidade*e largueza que o ar-tista póde dar ás suas infle-xões, ficando sempre dentroda verdade. Para se conse-guir grandeza na dicção épreciso executar cegamenteas seguintes proposições:

p ____ üma entoação sufft-ciente para que a vos sejaãistinetamente ouvida por,todo o auditório;

V — Articular nítida"

3° — Ter o sentimento ex-acto ão que se. quer exprimiupela inflexão;

4» — Comprehender clarosmente;

5o — Não cortar a phrase;znão onde o sentido o enge

imperiosamente;6o — Sustentar com firme*

sa os finaes; isto ê, dar gran-ãe intensiãaãe e nitiãez âmusica ãas inflexões.

Perguntar-nos-ão:"A dicção na tragédia

será do mesmo modo que nacomedia?"

Da mesmissima maneira,desde que se obedeça á natu-ralidaãe,

Molière aconselhou: — rc-citar como se fala.

A differença consiste nacooperação dos dotes pes-soaes de cada um. Para atragédia é preciso possuir:grandeza de estatura, oque indica nobreza de atti-tudes e de gestos;grandeza de plástica, oque denuncia um physicoagradável aos olhos;

grandeza ãe sonoridadede. voz, o que implica nuau-ças de inflexões;

grandeza ãe sentimento,natural ou artístico, sendoque o primeiro nasce com ointerprete e o segundo ad-quire-se á força de estudo.

Da comedia qualquer pode-rá sair-se bem, embora sempossuir dotes physicos espe-ciaes; na tragédia só poderáfazer boa figura quem hajanascido trazendo o conjuntocompleto dos dotes naturaesque este, gênero requer.

Os próprios inventores datragédia parece haverem cr ^-prehendido esta necessidadede, ultrapassar as leis ordi-narias da natureza para a re-presentação desse gêneroideal. Tendo de recorrer íVjartificio, adoptaram um cal-çado especial para dar gran-ãeza á estatura; a mascarapara dar grandeza á physio-nomia; o bocal da- mascarapara dar grandeza á voz; arotundidade da figura, queera copseguida á força de en-ciumentos, couraças almofa-dadas r outros recursos de en-scenação, etc.

Na antiga execução da tra-fredia imperou sempre o arti-ficio e o anti-natural; o gráoáe, educação do auditório fa-cilmente tornava aceitáveisestas convenções. O espirito

ficaçãp das' paíavÉas o;U,^±^SÍE°± gfa^íü^dizendo: mais alto.

Amanhã

sente recusa-se a admittirtudo que saia dos limites daverdade da natureza.

NOTA — Faremos hoje, ás21 horas, através do micro-phone do Radio Club do Bra-sil, a sétima demonstraçãopratica deste Curso, recitan-do versos do illustre poetabrasileiro Luis Carlos e ou-tros autores. f

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8 DIARIO DE NOTICIAS Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931

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¦lmj& correspondência paraçsta secção deve ser envia-4a ao seu director — SI-WÕES COELHO, — RuaBuenos Aires, 154 — Bio de Janeiro ¦¦¦

DIA A DIA...O general Juarez Tavora, tal

como fizera em 30 de novembroultimo, teve a amabilidade deconvidar os jornalistas nacionaesa estrangeiros para uma reunião,quc sc effectuou hontem, em suacasa. Assisti, não como directordesta Pagina, mas como redactorde "O Século", deLisboa.

Como o illustre militar, depoisde explicar as razões do seu con-vite, nos disse, que de bom gradoresponderia a todas as informa-ções quc lhe fossem pedidas, es-cusado será dizer que me aprovei-tei do ensejo para lhe fa%er tam-bem a minha perguntinha. E* quefora elle quem no seu primeirocontacto com a imprensa brasi-leira e estrangeira, desvendara ospropósitos do Governo Provisórioquanto á immigração.

Fora «mi quem mo atrevera adeseajr saber de s. ex., que pen-saria o governo da Revolução, so-hre (ão magno problema economi-co. Demasiado sabia que não po-dia estar fora do alcance das suasprincipaes cogitações, de tão ha-bituado estava a observar que oBrasil necessitava de "tratar desi", cm vez de cuidar dos. outros,como desde ha muito fazia, numadependência clamorosa!

O general Juarez Tavora, disse-ra-me, então, que, "por principio,sou contra toda a immigração". Ecomo eu lhe perguntasse se tam-bem era contra a nossa, s. ex.; comuma isenção de animo para lou-var, respondeu:

. — "Mesmo contra a portu-feueza".

E defendeu brilhantemente, o«eu ponto de vista, que vimos,tampo depois ser o "ponte, de vis-ta" governamental.

Surgiu a !ei eohíbitiya. Viram-Se os atropeiío3 da suas primeiraapplicação. Começou o repatria-mento dos que não servem paraa Brasil e ncra mosmo para siservem! Mas, dentro desse decre-to, í|u<2 poz os cabellos em pé amuita gonte bôa, existe a cláusulaíjuc apontei na minha chroniquctaáe hontem — no prazo de 90 dias,uma enoi-missima maioria de em-pregados portuguezes ver-sc-á noolho da rua num desemprego for-«ado e nn conseqüente miséria.

Chamei a attenção do generalpara esse facto, muito mais peri-g-esí* d.'> que a repatriaçâo em mas-sn rios sem-trabalho de ha muito.Stta ex ., espirito clarividente, viulogo a amplitude do problema ecomo o interrogasse sobre a pos-sibiíidade de ser dilatado o prazoda applicação exacta dessa medi-da, quasi draconiana, observou,que talvez, houvesse um meio dctratar com o governo a distensãodesse prazo tão afflictivò.

E' para que essa dilatação doprazo se dê, que urge appellaragora para a "algália" da diplo-macia.

SIMÕES COELHO.

0 ODE'"PARÁ" TODOS"DISSE DAS CARTAS A'

MENINA DE PORTUGALDo ultimo numero da excellente

revista mundana "Para Todos", di-rigida pelo bello espirito de ÁlvaroMoreyra, transcrevemos, "data ve-tiia", a seguinte nota:

— "Quando o Rio só pensavaem misses, todas as manhãs tinhaUm prazer renovado. Quem lh'otrazia era o DIARIO DE NOTI-CIAS: as "Cartas á Menina dePortugal". Simões Coelho, autordellas, muito conhecido na i'm-prensa, no theatro e no cinema, fi-cou de repente conhecido em todosos logares. As cartas que elle pu=blicava não pareciam escriptas. AKente as ouvia, espontâneas, na-turaes, sinceras, com o sotaque láda terra. Para fazel-as, SimõesCoelho deixou de ser "um" portu-guez. Ficou sendo "o" portuguez.E assim tivemos, debaixo deste sol,de julho a setembro, a illusão decada dia, por uns instantes, vivernas paisagens de onde veio Fer-nan<Ja Gonçalves, e para onde vaeainda hoje a saudade dos olhosque viram e não esqueceram a"Menina de Portugal". SimõesCoelho reuniu numa plaquette assuas Cartas lindas. Correia Diasdesenhou a capa, cabeçalhos, ini-ciaes e finaes. Retratos de Fer-nanda Gonçalves e clichês de fes-tas que lhe deram, completam opequeno volume, edição do autor."

A Obra de Assistência aosPortuguezes Desamparadosvae repatriar 150 compa-

tríotas•

Na sessão semanal da directoriada Obra de Assistência aos Portu-guezes Desamparados, realizadasegunda-feira, foram despachadosos seguintes requerimentos do ro*patriação:

Maria Assumpção e um filho,José Gonçalves, João Ferreira,Joaquim Marque^, Manoel Noguei-ra, Antonio Baptista, Faustino Re-bello, José Serzedello Diniz, Ma-noel Henrique Filho, Antonio JoséFernandes, João de Andrade, LinoAlfredo Alves Braz, Francisco Joa-quim Coelho, Manoel FranciscoAlexandre, Antonio Alfaia, JoséAugusto Nunes, Felicidade de Je-sus Garcia e dois filhos, AmovinoRibeiro, Antonio Manoel Bento,

.Antônio Fernandes Henrique, Vir-gilio Pereira dos Santos, Frederi-co Antonio Cesario, Manoel Pires,Joaquim Ribeiro, Ignacio João Pe-reira, Rosaria de Souza, AlfredoEstrella, José Estrella. Henriquedo Carmo.. Maria do Carmo', JoséPinto Neves, Antonio Caetano Tei-xeira, Francisco Antonio Teixeira,Maria Rachel Villarçs. JoaquimFernandes Sá, Manoel JoaquimFernandes, An<rolina Sá Alves Ma-theus, Anna Maria Moraes e tresfilhos, Antonio Gonçalves Portella,Deolinda Machado. Henrique Mot-

ta, Manoel de Souza, JoaquimLopes, José Francisco da Silveira,José Rodrigues Almeida, DavidTrindade, Herculano Loureiro, JoséAlmeida, Antônio Silva, ManoelSilva. Carlos Alves Amorim. Custo-dio José. Luiz Silva, João NunesMauricio, Joaquim Gomes Faia,Manoel Andrade, Simão Freire Me-nezes, Adelino Silva Ferreira. JoséOliveira, José Pereira Novo, Ma-noel Pinto Carvalho, Manoel Go-mes Faria, Álvaro Pereira Brazão,Manoel Ferreira, Olympio Santos,José Joaquim Teixeira, AugustaSophia, Joaquim Martins Correia,Manoel Joaquim, Maria Augustade Carvalho, Vasco Sacramento,Antonio Joaquim Oliveira, AlbanoBernardo, Deolinda Mendes. JoséMarques, Guiomar Mendes, Anto-nio Augusto e esposa e um filho,Manoel Braz, Maria Ubelina, Faus-tino Bento, Joaquim Bento Malaia,Maria Duarte, Eduardo Dias Tei-xeira. Joaquim Casinha, MariaJoaquina Oliveira, Anna JoaquinaOliveira. Padro Nunes, Maria Ame-lia Silva Nunes... Emilia TavaresCunha e dois filhos, José Tavaresda Silva, Maria Graça Baptista,Felismina Alves e um filho, JoséCarres, Anna Fernandes. Clemen-tina Thereza Vieira e dois filhos,José Joaquim Vieira, Albina Rosada Cosíta. Joaquim Tavares, Bel-'

.çhior Tavares, Adelina de Jesus,Ânt-Thio Dias Galvão, Joaquim'DiasGalvão. Virginia de Souza. AnnaMaria Moreira. João Manoel Gran-ja, Thereza de Jesus, AntonioFrancisco Cardoso, José FranciscoCardoso, Cecília Francisca de Je-sus. Aurora Gomes e dois filhos,Damião Antônio Ribeiro, AnnaMaria Moreira, José Seabra. Ade-lino Seabra, Maria do Céo Amaral,Antonio Genoveva, Barbara Rebel-lo. Sebastião Moraes, esposa e seisfilhos.

nSis FÉRREASA DE SANTA COMBA A VIZEU

LISBOA, 19 de dezembro — Oministro do Commercio assignouo seguinte decreto:

Artigo 1.° — A' linha de San-ta Comba a Vizeu é fixada a di-rectriz Santa Comba. Vizeu, A-guiar da Beira, Villa da Ponte,Riodades, Espinhosa, Valle doRio. Torto, Ventozelo e Foz Tua.

Art. 2.° — Afim, de se conse-guir a possivel reducção no res-pectivo custo, deverá o projectoda Companhia Nacional de Cami-nhos de Ferro, no troço compre-hendidò entre Riodades e Tua, serrevisto de forma a averiguar seda possibilidade de, sem prejuizoapreciável da exploração, diminui-dos raios de curvas e augmenta-da a inclinação de traineis.

Art. 3." — Fica revogada a le-gislação em contrario.mm-m-^m-m *m

CORREIOEPAg£P 0 R T ü G A L

EM JANEIROExpede malas pelos seguintes

vapores:un j_i» IO' i/cacauu „•**•••»• •*-""Monte Olivia" ....... 13"Flandria" 13"Alcântara" 15"Nyassa" 17."General Artigas" ....... 17"Belle Isle" 18"Andalucia Star" 20"Hig. Chieftain" 20

Recebe malas dos portos portu-guezes, pelos seguintes vapores:"Desna" 8"Hig. Princess" 12"Avelona Star" 18"Nyassa" '14"General S. Martin" 19"Demerara" 22"Cap Arcona" 22"Gelria" 23«Antonio Delfino" 24

JA' ESTAO A' VENDA AS"UMAS f MENINA OE PORTUGAL"

PorSIMÕES COELHO

Illustraçôes deCORREIA DIAS

c.«n a reportagem photographica do sensacionalacontecimento mundano

£m todas as livrarias e no balcão doDIARIO DE NOTICIAS

PREÇO 5IOOO

0 Centro do Minho e a repatriação dos portuguezes

sem trabalho-. O Centro do Minho, recomeçahoje os seus serviços de inscripçãodos portuguezes sem trabalho, quepretendam ser repatriados, paraseguirem no próximo dia 17, pelo"Niassa", funecionando a secreta-ria das oito horas da manhã emdeante.

Para os que foram já pelo"Lourenço Marques", a syndican-cia do Centro, foi a mais summa-ria possivel, e podia até conside-rar-se dispensada, porque de to-dos esses a situação de miséria seevidenciava das próprias circum-staneias em que appareceram,gente que pelas ruas e pelas re-dacções de jornaes pedia pão etrabalho.

Os novos inscriptos serão obje-ctò de escrupulosa syndicancia,por fôrma a se apurar se estãonas condições de merecerem o fa-vor que o governo portuguez lhesdispensa, com o auxilio da colôniae da Companhia Nacional de Na-vegação. Foram designados paraesse serviço os. srs. Joaquim Pe-reira, João Leite Fernandes, Joa-quim Amorim e Ernesto Gomos daSilva. Aos reconhecidamente ne-éó-í.liados, que não tenham qual-quer outro amparo, continua oCentro do Minho a soecorrer comuma refeição diária, e com duas eauxilio para cama aos. que seacharem enfermos.

— Por telegramma de Lisboa,teve o Centro conhecimento deter o Grêmio do Minho, importan-te instituição daquella capital, ap-provado por acclamação uma mo-ção de congratulações com o Cen-tro do Minho, pela acção benemerita que vem exercendo em favordos portuguezes sem trabalho, re-solvendo tambem empenhar-sepela rápida collocaçao dos minho-tos repatriados.

* *•*. ^ ¦-. ~* ei f - -'- ~- - -> — -T-f-^f- T^^Mm, — ft I— ¦*Vfi-gir- —**¦¦-« PiTII**"

_-_-, wmil,_.***1WBgr I c ai «u wj m «j m Ui um m imi m u SS m m. t. »'» «'u« umu w iuh ¦n»mi)ij._Jm ~^_

NOTICIAS OECOVILHA.14 de dezembro — To-

dos os mancebos que, até 31 docorrente, tiverem completado 16 e19 annos de idade, aão obrigadosa participar, durante o próximomez de janeiro, á Commissão doP.ecenseamento Militar, que lheschegou a opportunidade de sereminscriptos no .mesmo recensea-mento.

A falta de cumprimento destaobrigação corresponderá á pena

de 200 a 500 escudos de multa.O "DIA DAS ASSOCIAÇÕES.

AGRICOIAS"Estando determinado superior-

mente que o próximo dia 11 dejaneiro se denomine o "Dia dasAssociações Agrícolas" e quenelle, por todas as localidades dopaiz, se façam conferências depropaganda acerca do principio as-sociativo entre agricultores, ex-pondo-se as vantagens da organi-zação de syndicatos, cooperativasde producção e venda, e caixas decredito ruraes, fará aqui, por in-cumbencia do Ministério da Agri-cultura, no salão nobre da Cama-ra Municipal, uma conferência osr. dr. Jayme Roballo Cardoso,medico veterinário desta área con-celhia.

DR. ALBERTO BARATA•PEREIRAFoi approvado, por quem de di-

direito, o contracto celebrado en-tre a Faculdade de Sciencias daUniversidade de Coimbra e o nos-so conterrâneo, o licenciado sr.Alberto Barata Pereira, filho doantigo industrial desta praça, sr.Diamantino Henriques Pereira,para desempenhar as funeções de1" ajudante de observador doInstituto Geophysico da mesmaFaculdade.

PELA INSTRUCÇÃOForam providos, temporária-

mente, nesta região escolar, osprofessores João Ribeiro Cardo-so, na escola de Sobreira, For-mosa; Joaquina Lopes, na da Ser-tã, e José Pires Ferreira, na doAlcaide.

condemnaçãFde um es-tranho crime

PAES QUE ÒeCULTAM UMFILHO

ARCOS DE VALDEVEZ, dezem-bro — Maria Rosa Gonçalves, dufreguezia de Lavradas, casada comAmérico Pereira de Amorim, au-sente na America ha 7 annos, man-tendo relações com o ferreiroFrancisco Pereira da Silva, casa-do, da mesma freguezia, teve delleum filho, cujo nascimento oceor-reu em 29 de março do presen.e,anno. Esta'criança foi escondidapelo pae, do tal modo que aindase ignora o destino que lhe foidado.

Aa autoridades capturaram aMaria Rosa e o amante, bem comoRosa Maria da Fonte, que era ar-guida de ter facilitado o desappa-recimento daquelle filho adulte-rino.

O julgamento dos réos effe-ctuou-se, agora, no tribunal destacomarca, tendo a Maria Rosa e oFrancisco da Silva sido conde-mnados, cada um, em 4 annos deprisão maior cellular, ou 6 annosna alternativa, e 1.000SOO de im-posto de justiça; e a Rosa Mariada Font*, em 18 mezes de prisãocorreccional, levando-lhe em con-ta a prisão soffrida, e 600ÇOO deimposto de justiça.

Pelo depoimento de uma dastestemunhas, o sr. dr. José de Sou-za Guimarães, demonstrou-se quefora o ferreiro quem escondera acriança, de cumplicidade com aamante, recusando-se a revelar oseu paradeiro.

Propaganda de Portugal

Mondim de BastoEs.ella princeza _e Trás-os-Montes'

Quem passeia por todo o aus-tero Trás-os-Montes, na contem-plação selvagem dos seus montese das suas montanhas, sente, aopercorrer essas léguas intermi-naveis de paisagem monotonp. elugubre, qualquer coisa de estra-

sa Senhora da Graça, tambem co-nhecido por Monte Farinha, inspi-ra-nos. ao olhal-o na sua impo-nencia de gigante, a maior confi-anca e respeito. Elle, na sua lin-guagem muda, diz-nos que estáali como sentinella vigilante na• mmmmm

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'min ..ÍJPS?

lÉPiliJardim publico com o Momi

na Grandenho e de grande quando deixadeslisar o olhar pela Naturezabrava, que de deserta, de inhospi-ta e silenciosa, por assim dizer,se torna incomparavelmente bel-la!

Eu, não sei se de tão habitua-do á contemplação da majestosaSerra da Estrella. prefiro umqualquer canto da Serra, um pe-daço de 'montanha onde se respi-re o ar puro dç todas as liberda-des, á mais encantadora planícieonde os cravos e as rosas vivamnum constante idyllio, e ao maissurprehendente effeito que unsraios de sol sobre as águas man-sas do íiiur nus façam viver umespectaculo de uma belleza incom-paravel!

Mas, apesar desta minha pre-dilecção pelas bellezas montanho-sas, não deixo de admirar e amartodos os outros cadinhos de bel-leza aue o martello do Mestre Di-vino espalhou por sobre todos ospalmos de Terra quo sc extendematravés dc todos os continentes.

E é por isso nue eu não deixode prestar a mais sincera home-naeem ás bellezas encantadorasde Mondim, que tem de encanta-dor a bizarria o o ar festivo doMinho e de mnjestosidade e gran-deza a austeridade e a nostalgiade Trás-os-Montes.- ¦*>•¦;¦ •*.*¦¦.

Quando o itinerário da visitaá" Mondim se faz por Amarante edepois, na retirada, se faz porFafe. como eu fiz. o espectaculoque desfrutamos toma proporçõesde uma maravilha que raras ve-zes temos visto nos caprichos daNatureza! ,

As lindas margens do Tamegasão um guia inseparável e ami-go que nos faz adivinhar que lápara cima, para o alto, existe noseu palácio encantado, construídonum macisso de verdura, "a es-belta princeza de Trás-os-Montes".E, se batemos á porta de tão so-berana senhora, ella recebe-nosna sua simplicidade graciosa, or-nada de galas, com um ar festi-vo, com um acolhimento e umsorriso humilde e franco.

E, dentro das suas muralhasfortes e impenetráveis de belle-za, sentimo-nos admiravelmentebem, porque o trato, o garbo ea gentileza de nobres filhos, con-vidam-nos a que. fiquemos maistempo, a que esqueçamos mesmoque existe outro mundo fora da-quelle mundo tão bom, tão cheiode paz e amor. O Monte de Nos-

mente aos mortes do concelhoGuerradefesa da courela que oecupa asua querida pátria. Não nos indi-ca apenas a presença de um mun-do superior quando nos apontacom a seta, do seu alto pincaro,aquelle caminho azul e suave doCéo, mas sim, que elle está ali,forte, rigido num silencio de es-tatua, mas que tem alma e cora-ção para receber a todos que quei-ram subir até ao.seu seio acolhe-dor e amigo.

Uma onda desse desejo perpas-sou ainda por mim, quando umasnuvens como inimigos portadoresduma borrasca, vieram deitar porterra toda ?. minha ambição de ga-nhar as culminancias daquellamonte. Como lá do alto daquellevarandim quasi descollado da ter-ra, se deve admirar e encher aalma e os olhos de encantamen-to ao contemplar em baixo o for-moso e encantador jardim de Mon-dim de Basto.

E foi com a mais enternecedorao dolorosa saudade que eu na ma-nhã seguinte ora forçado a dizeradeus a tão ridentes e encantado,ras paragens. Era uma manhã umpouco fria e embaciada por algu-mas nuvens que a espaços deixa-vam espreitar alguns raios de sol,quando já na retirada, na subidada estrada que nos conduziria aFafe, os olhos se nos vão .ficandopregados lá em baixo, naquellemontão de riquezas deslumbrantesque o Criador comprazedor se es-merou em collocar ali como nomias sagrado dos escrinios. O altoMonte de Nossa Senhora da Graçalá ficava tambem, extatico, mudo,numa attitude de respeito e deimponência. Só quando, depois deganharmos a suprema altura daserra e que caminhávamos jápara o lado òpposto, tudo sempreem declive, então foi desappare-cendo lentamente aquella muralhagranitica num adeus silencioso.

E neste momento ao relembrarestas tão nítidas reminiscências eusinto uma saudade estranha daslindas margens do Tamega, lá noalto do Monte Farinha e na doçurapoética das vides entrelaçadas nosverdejantes choupos, nas silvasenamoradas e nos esmeros e bal-seiros rendilhados de folhagemverde, emfim nas bellezas incom-paraveis de Mondim, onde todosos artistas enamorados da Bellezadevem encher a alma desse subli-me gozo que só existe na vida sim-pies e bella dos campos !

SANTOS GUERRA

Primeiro Congresso dos Portuguezesdo Brasil

Reunião dd Commissão OrganizadoraSob a presidência do sr. Vi-

ctorino Moreira, reuniu-se, no dia2 do corrente, a Commissão Orga-nizadora do Primeiro Congressodos Portuguezes do Brasil, no Ga-binete Portuguez de Leitura.

Auxiliaram os respectivos tra»balhos, os srs. Alfredo RebelloNunes, secretario geral, e Juliod'Araujo, 1.° secretario.

Justificou a sua falta, o sr. Fre-derico Rosa, 2.° secretario.

Tendo o presidente declaradoaberta a sessão, o secretario geralleu a acta da sessão anterior, quefoi approvada por unanimidade.

Pelo secretario geral foi lido oexpediente, que constava de: offi-cios das collectividades abaixo in-dicadas, acompanhando os exem-plares dos estatutos que lhe forampedidos, nos termos da deliberaçãotomada na sessão de 17 de dezem-bro ultimo: — Sociedade Auxilia-dora Portugueza, de Juiz de Fora;Liga Monarchica D, Manoel IT, Ca-mara Portugueza de Commercio eIndustria, e Real e BeneméritaCaixa de Soecorros D. Pedro V, doRio de Janeiro; Sociedade Portu-gueza do Beneficência, de RibeirãoPreto; Sociedade Portugueza deBeneficência, de Santos; CentroPortuguez Luiz de Camões e So-ciedade Portugueza de Beneficen-cia, de Campos; e Liga Propulsorada Instrucção em Portugal, de SãoPaulo.

Cartas e cartões incluindo pho-tographias, para os cartões deidentidade, dos srs. José DuarteMartins Caldeira, Joaquim Freire,conselheiro Camello Lampreia,Jayme Ribeiro Vianna, DomingosJ. Robalinho, Paulo Felisherto Pei-xoto da Fonseca e Joaquim Campos.

Um officio da Lij-a Propulsorada Instrucção em Portugal, de SãoPaulo, communicando que presen-temente empenha-se em conseguirdo governo de Portugal determina-das concessões, em prol da instru-cção naquelle paiz, attitudo que

constitue a condição essencial dasua existência.

Resolveu-se commuunicar-lhe queo assumpto, aliás interessante, po-de ser tratado no Congresso, coma máxima amplitude.

Officios das seguintes associa-ções, indicando os seus respecti-vos delegados no Congresso: —Sociedade Portugueza de Benefi-cencia, de Araraquara e SociedadePortugueza dè Beneficência, de Ba-gê, o sr. J. Chrisostomo Cruz; So-ciedade Humanitária 1.° de De-zembro, do Maranhão, o sr. Domin-gos Robalinho; Sociedade Portu-gueza de Beneficência de Fetropo-lis,, o conde Dias Garcia; So-ciedade Portugueza de Beneficênciade Nietheroy, os srs. Manoeld'Azevedo Falcão e Joaquim JoséMoreira de Souza; Casa de Por-tugal, os srs. dr. Ernesto Fernan-des de Souza, Flávio Maria de No-vaes e Manoel d'Almeida Neves;Liga Monarchica D. Manoel II,oo srs. D. Pedro de Mello Sabu-gósa, barão de S. João de Lou-reiro e Manoel de Sá Pereira daSilva; Sociedade Portugueza deBeneficência de S. Bernardo, o sr.José Augusto Correia Varella.

Foi presente nma these, sob otitulo "Unificação de todas asbeneficencias portuguezas no Bra-sil", enviada pela Sociedade Por-tugueza de Beneficência de Bagé.

Resolveu-se envial-a á Commis-são de Verificação e Classificaçãode Theses, para os effeitos indica-dos na Carta Orgânica do Con-gresso.

Foi tambem resolvido enviar áreferida commissão as outras the-ses já recebidas, para que ellapossa iniciar os seus trabalhos, pe-la forma preceituada na já citadaCarta Orgânica.

Pelo thesoureiro da commissão,commendador Gouveia, foi commu-nicado que, tendo de se ausentarda Capital, por indicação medica,pedia a competente licença e a

LISBOA EMMOLDURADADE BOSQUES

A SERRA DE MONSANTO VAESER ARBORIZADA E SULCADA

DE BELLAS AVENIDAS

LISBOA, 16 de dezembro — So-gundo combinações estabelecidas,ultimamente, entre a Câmara Mu-nicipal de Lisboa e o Ministérioda Agricultura, devem ser breve-mente iniciadas as importantesobras de arborização da Serra deMonsanto. Os srs. general Vicentede Freitas e coronel Mardel Fer-reira, respectivamente, presidentee vice-presidente da CommissãoAdministrativa Municipal, têmtrabalhado afincadamente nessesentido.

Trata-se de uma obra deverasimportante, desde o ponto de vis-la climaterico, e de um umbelle-zamento útil o magnifico. A an-tiga e escalvada Serra de Monsan-to*vae ficar transformada numgrande e moderno bosque, com ai-guns milhares de arvores, que nãoacarretam despesa importantepara o Estado, porque são forne-cidas de vários viveiros, depen-dentes do Ministério da Agricul-tura, nomeadamente das Virtudes,Cintra, Alcobaça, etc.

_ Nesse grande bosque, que cons-tituirá um encantador e amplo re-creio, serão construídos vários ar-ruamentos, para peões e vehieulos.Entre outras avenidas, figurará au_ UQUtSj, Ç[UG *I£ti dõ Uni lüuu OOiüa avenida Berne, e que segue paraos Olivaes e outra, que vae pelaBuraca para Bemfica.

Existirá uma bifurcação proxi- ,mo de Cámpolide, pelo lado orien- jtal, para a avenida Berne, e, pelo 'lado occidental, para Bemfica. jAlém destas, outras avenidas se* Irão feitas, pois que o perimetropreenche muitos hectares de ter-reno. Para se formar uma idéa daquantidade de arvores que vão serplantadas, basta npontar-se o fa-eto de que no Parque Eduardo VITdevem ser collocadas 1.700 arvo-res e que, em Monsanto, o seu nu-mero será seis vezes maior. As doParque Eduardo VII, se fossemcompradas, isto 6, se não perten-cessem ao Estado, custavam ma:sde 30 contos.

A arborização da Serra de Mon-santo, na qual se vae empregargrande numero de operários domunicipio, deve ser iniciada porestes dias c,alculnndo-se que nes-se trabalho se gastem cerca dedois mezes.

SOBRE 0 M0MENT0SO PROBLEMA DA 11GRAGS0 JReuniu em Lisboa o Grêmio do Minho

LISBOA, 6 (U. P.) — Os grêmios regionaes portu-gueses, reunidos extraordinariamente n«sta capital, a con-vite do Grêmio do Minho para apreciar a situação criticados portuguezes desempregados no Rio de Janeiro, resol-veram solicitar hoje, ao governo, que a embaixada do Riob os consulados portuguezes no Brasil enviem urgentemen-te uma nota sobre os portuguezes que necessitarem repa-triamento, suggerindo que essas entidades cooperem comas instituições de beneficência da colônia para o repatria-mento, solicitando á Companhia Nacional de Navegação,que conceda trinta passagens gratuitas nos seus naviosque viajam entre o Rio e Lisboa, bem como solicitar aoministro do Commercio, ás juntas dlstrictaes e ás câmarasmunicipaes que arranjem trabalho para os repatriados.

BENEFICÊNCIA PORTU-GÜEZA

No mez de dezembro ultimo re-colheram-se aos dois hospitaesdesta antiga instituição beneficen-te 191 enfermos de ambos os se-Sos: tinham passado do moz nn-terior 146, sairam com alta 199,falleceram 8 e ficaram.em trata-mento para o mez corrente 230.

Nos ambulatórios de medicinae cirurgia foram attendidos 4.191consultantes. Fizeram-se 4.883curativos, 63 intervenções cirurgi-cas, apparelhos gessados, 4.643injecções diversas, 143 de neo-salvarsan, 2.020 lavagens ure-thraes, 91 vesicaes, 268 instilla-ções, 896 trabalhos de urologia, 370exames bacteriológicos e analy-ses, 160 duchas e banhos mediei-naes, 203 applicações de diathertnia,130 de correntes galvanicas, 161 deraios ultra-violeta, 23 radiogra-phias, 68 radioscopias, 88 trabalhosde odontologia e 13 partos, sendo9 naturaes e 4 cirúrgicos; 8 sãodo sexo masculino e 5 do feminino.

Pela pharmacia foram aviadasvarias formulas para os doentes in-ternos e externos no valor de réis28:785$500.

A secretaria da sociedade regis-trou a admissão de 56 novos sócios,que pagaram aos cofres da insti-tuição a somma de rs. 44:600Ç000de suas respectivas jóias.

Desses novos sócios, 42 são dosexo masculino e 14 do feminino;são solteiros 39, casados 15 e 2viúvos.

22 são de menos de 20 annos, 18de menos de 30, 12 de menos de 40,e 4 de mais de 40 annos.

São empregados no commercio33, alfaiates, barbeiros 1, chauf-feurs, estucadores 1, limadores 6,operários 2, e os restantes em ser-viços domésticos.

24 são da provincia do Douro,14 da Beira Alta, 4 da Beira Baixa,8 do Minho e 3 brasileiros (sexofeminino).

TELEGRAPHICASCONTINUAM OS TEMPORAES

EM TODO O PAIZLISBOA, 6 (U. P.) — Os tem-

poraes que causaram, no fim da se-mana ultima, dois mortos e mui-tos feridos, continuam fazendo es-tragos em todo o paiz. Numerosasvillas e aldeias ficaram isoladas emuitas pessoas em perigo foramsalvas das inundações do rio Mon-dego, entre Coimbra e Figueirada Foz.

Os prejuízos são calculados emmilhões de escudos.FALLECEU UM ANTIGO POLITI-

CO DA MONARCHIALISBOA, 0 (U. P.) — Falleceu

o ex-presidente da Câmara dosDeputados, sr. Matheus TeixeiraAzevedo.

nomeação de quem o substitua. Opresidente, interpretando o sentirunanime dos assistentes, manifes-tou o seu sentimento por ver afãs-tar-se tão prestimoso collega comoé o commendador Gouveia, emboraesperançado de o ver em breve naplenitude das suas funeções, quetão dedicadamsnte desempenha, epropunha que ficasse encarregadodos serviços da thesouraria, du-rante o impedimento daquelle se-nhor, o secretario geral, o que foiapprovado por unanimidade.

Compareceram a esta sessão, ossrs. Victorino Moreira, Nicoláo LuizCardoso Guimarães, conselheiroCamello Lampreia, Mario A. Vil-leia Gomes, Alfredo Rebello NunesAntonio Parente Ribeiro, Arthurde Castro, Leandro Lopes d'01i-veira, commendador Antonio Car-doso Gouveia, Julio de Araujo, II-lidio Nunes e Joaquim Campos.

A situação premente daProvíncia de Angola

(Communicado enistolar da Uni-ted Press)

LISBOA, dezembro (U. P.) —Continu'a difficilima a situaçãoeconômica da provincia portugue-za de Angola. Para nprecial-a e,porventura, solucional-a, reuni-ram-se, recentemente, em Loan-da, os commerciantes e agriculto-res, tendo apreciado a posiçãodifficil de todas as actividadespnrticiiltirpS; Tmnn.rnn.-s_' impo'.*-tantes deliberações, figurando en-tre ellas a approvaçâo, por accla-mação, de um documento para serentregue ao governador geral e noqual se concretiza o pensamentoda assembléa, pela maneira se-guinte:

1." — Que sejam processados eliquidados pela respectiva repar-tição todos os fornecimentos fei-tos ao Estado pelo commercio,entregando-se-lhe immediatamenteos titulos, quer o Estado tenhaou não dinheiro para os pagar,pois, não so coinprehende que oEstado negue ao seu credor o do-cumento pelo qual 35 obilga apagar-lhe.

2." — Que esses titulos possamser recebidos nas Alfândegas erepartições publicas em pagamen-to de contribuições, direitos eimpostos.

3.° — Que, emquanto o governonão estiver habilitado a liquidai-os;: seja permittido ao Banco deAngola fazer o seu desconto, oque até agora lhe é defeso porlei.

4." — Que o governo habilitea repartição competente a liqui-dar, por oceasião da sua apresen-tação, os vales de correio postaese telegraphicos.

B.° — Que o governo, por inter-

ORFEÃO PORTUGALAfinal, acha-se satisfeito o desejo

de todos os associados desta sym-pathica sociedade, pela encantadoravésperal dansante que, no próximodomingo, dia 11, será realizada nosseus magníficos salões.

Das 19 ás 24 horas, tima excel-lente jazz-band proporcionará asdansas, sendo exigido traje com-pleto e recibo do moz corrente.

Annuncia-se uma festa no Or-feão Portugal — é motivo de im-menso júbilo para os associados,excellentissimas familias, pois alise reúnem durante algumas horasem elegante convivio e bem estar.

médio do ministro das Colônias,a quem será dado conhecimentodestes pedidos, feitos por extremanecessidade e em virtude da cri-tica situação a que chegou ocommercio de Angola, forneçaos meios necessários para a sa-tisfação do que lhe é pedido eprincipalmente do que ao commei-cio é devido pelo Estado.

G." — Que ate a satisfação dis-to que lhe vae ser solicitado pe-lo governo da colônia, consinta ogoverno metropolitano na proro-gação do pagamento das contri-buições devidas ao Estado.

1." — Quo quando não tor pos-sivel1 a cmalquer commerciantapagar a sua contribuição indus-trial no prazo indicado, sejam ap-plicadas para cstçs casos as mea-mas penalidades previstas para ascontribuições prediaes.

8." — Que. para evitar o encer-ramento de diversas casas quenão podem supportar as actuaescontribuições, sejam estas reduzi-das em fíO"!0 c que o imposto derendimento seja nor completoabolido.

LIGA DOS COMBATENTES DA GRANDE GÜEREAGENCIA GERAL NO BRASIL

Roga-se a todos os Combatentes da Grande Guerra,residentes no Districto Federal e em Nietheroy, que, noseu próprio interesse, enviem seu nome, direcção e a uni-dade em que foram mobilizados, ao secretario da DirecçãoProvisória da Agencia Geral no Brasil, sr. Manoel CorreiaDias — SALA PORTUGAL do DIARIO DE NOTICIASRua Buenos Aires, 154 — Rio de Janeiro.

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Eata edição é de 16 paginas RIO DE JANEIRO - QUARTA-FEIRA,.7 Dg JANEIRO DE 1931W~i y-*D xxvv^ ._/__ _?__ Esta edição é de 16 paginasEwwoBugarim.secretariogeraldo «Congresso dos Fenianos», em interessanteT£ã^f0«TCedula, a° Diari? de MM™", referia-se ao auxilio do governo ássociedades carnavalescas, sendo sua opinião qüe esse auxilio deverá ser igualpara todas e que qualquer medida de excepção importaria numa injustiça que,esta certo, os Poderesjpublicos não commetterãn H '

oswaldo Uianna, rocem- ¦ _r-~^^^^^^^^^yy~~Al_%1W_i MthMJt Êk átlVA _•____¦__ _!__ W_& glL_. «t 1^ ifllllfc !p p in mm n min nn^fn n„ f # wi i-~f ¦ __^_ _»*, _^_ ^ /»*% i

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visita á nosDisse-nos o actual dirigente

do "Tear", entre outrascoisas, que espera ouvir, em reunião que convocarápara breves dias, suggestões e opiniões de todos oselementos novos e modernos, que lutaram e têm lutadoem favor do victorioso rancho de Botafogo, nesta phase

critica porque atravessa

Aqui estão reunidos os membros da commissão organizadora da batalha de confetti «a<s rii»« ifei;-.-» no-.-.- •» .****»*- *» -a*-, «.íí^™^^^ ****** -

O secretario geral do Congresso dos Fenianos concedeao DIÁRIO DE NOTICIAS sensacional entrevista

«Se os grandes clubs carnavalescos não forem subvencionados, o Congressorealizara uma grande passeata na terça-feira gorda» - disse-nos Eurico Bugarin

OsWaldo Vianna, que foieleito p^uaiaeiue uos Capri-chosos da Estopa, em assem-bléa recentemente havida na-quelle victorioso e tradicionalrancho de Botafogo, hontem,com aquelle sorriso que lheé peculiar, houve por bem vi-sitar a nossa "tenda árabe detrabalho grego"...

Foi um fartão de novida-des."Seu" Oswaldo estava comdisposição de dar as falas e,tomando uma attitude thea-trai, desfiou o rosário, depoistíe um commentario sobre asborboletas...

E o Vianna, quando pisanesse terreno, é gosadissimo...Aquella covinha que elletem, então, torna-se mesmosaliente.

Pois foi com aquella covi-

almente o presidente da Es-topa, o rancho das minhaspaixões ao qual, de bòa von-tade, tenho sempre dispendidoo melhor das minhas ener-gias.

A crise econômica por queatravessa o paiz, como nãopodia deixar de o ser, attin-giu a todas as camadas so-ciaes. E entre os attingidospela crise, se encontra a mai-oria das sociedades, grandes

€ pequenas, que fazem a ale-gria do carnaval carioca, e asque recreiam a nossa moci-dade com suas festas.

Desse modo, depois de m-possado no cargo que ora oc-cupo com satisfação, na Es-topa, procedi, no dia imme-diato, a estudos quanto á suasituação financeira, afim deverificar sobre as possibili-nha. que lhe tem dado cota- | dades futuras e sobre o que

que ella possa apresentar umcarnaval digno de suas tra-dições....

—E o que pensa fazer, ata-lhámos.

Sendo assim, e nestascondições, eu quero dizer aoDIÁRIO DE NOTICIAS quedesejo convocar todos os ele-mentos "estopistas", quer osantigos ou modernos, quer osque estão afastados ou os queestão em actividade.Espera que á essa reuniãotodos compareçam, attendendoao seu appello?í— Sem duvida. Sei perfei-

tamente da nobreza de todosos veteranos defensores donosso glorioso rancho e seique nenhum delles se recusa-rá a este appello.

E que pretende tratarnesta reunião?

O principal motivo, como

nosso pavilhão não deixe detremular victorioso no Carna-vai que se approxima.

Neste caso...Quero ouvir a opinião de

todos. Toda e qualquer sug-gestão que me derem, por cer-to, só poderá resultar em be-neficio da Estopa.

Conto com a presença, entreoutros, de Sota, Futuro, Ne-grita, Caveira, Antônio Mat-tos, Moreira, Betinho. Estes,sempre foram dos nossos. Nãose falando de Domingos Vi-nhas, Melchiades Serpa, K.Tuca, Gustavo (Chaminé) eAttila Gomes da Gávea, quedispenderam o melhor de suasenergias em favor do bom no-me que hoje tem os Capricho-sos da Estopa.

Se elles attenderem a esteappello, por certo venceremos.

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O chronista carnavalesco do DIÁRIO DE NOTICIAS ouvindogresso dos

as declarações de Eurico Bugarin,. secretario geral do Con~Fenianos

O assumpto palpitante é,sem duvida, a subvenção quetradicionalmente recebem dogoverno os grandes e peque-nos clubs para a confecçãodos seus prestitos.

E os proceres dos grandesclubs carnavaloscos se movi-mentam para conhecer as dis-posições do actual governo emface da situação precária queatravessa o paiz e que attin-giu a todas as classes sociaes.- Fomos, por isso, ouvir a pa-lavra de um maioral dos gran-des clut_, — o sr. Eurico BU-garin, do Congresso dos Fe

nos fará carnaval externo? —indagamos-lhe.

— Sim, depende. Basta umpequeno. auxilio do governo,para que.nao se priva a popu-Iação do prazer de assistir aodesfile dos grande*» prestitoscarna.aiescos. Ao demais, òCongresso dos Fenianos temos mesmos objectivos dos ou-tros quatro grandes clubs car-navalescos, não dispondo,comtudo, dos meios pecunia-rios e das facilidades dos ou-tros, visto o nosso quadro so-ciai ser constituído por empre-gados no commercio e com

ta contos. Asseguro-lhe que, arigor, economicamente, osgrandes clubs podem apresen-tar na Avenida os seus corte-

De modo que o governo

O nosso companheiro Alceste em palestra com o presidenteção e prestigio no "Tear", queelle entrou a contar-nos algosobre a situação actual daEstopa.

Começando, nos disse Os-waldo Vianna:

— Como sabem, sou actu-

se pôde fazer com respeito aoCarnaval de 1931.Como previra, dada as cir-cumstancias já referidas decrise geral no paiz, a situação

financeira da Estopa não é dasmais lisonjeiras, de modo a

dos Caprichosos da Estopa, Oswaldo Vianna dos Santossabe, é sobre Carnaval. Demoso grito. Resta-nos levar avan-te. Para isso, necessitando deelementos materiaes e moraes,preciso indiscutivelmente doapoio de todos os elementos,velhos e moços, afim de que o

Caso contrario, com os pou-cos meios de que dispomos,acredito, será uma luta titã-nica, inglória, da qual, de cer-to, perderemos o melhor.— Diga isso no seu jornale o Oswaldo Vianna lhe ficará

_a,iixi, uu congresso aos ire- ea_os no cr.mtrnianos. E o secretario geral 3 uc_s?_c_í__fdo "Senado" é um velho ami- P'UC0S Iecm*os-go dos jornalistas.

Não se fez rogado, respondendo ás nossas perguntas:— O Congresso dos Fenia^

muito grato — concluiu o nos-so entrevistado.

Antes, porém, de se retirar,acerescentou o actual presi-dente da Estopa:— Não se esqueça de falardas nossas pastoras, desde1917. Foram sempre a nossa

boa companheira de lutas e devictorias, e nellas depositogrande esperança. No vindou-ro pleito da folia, còm o seuauxilio, valioso e o de todos osestopistas de coração, eu po-derei manter no alto posto queoecupa o nome do nosso glo-rioso Caprichosos da Estopa.

E Oswaldo Vianna, com um"shak hands" vigoroso, reti-rou-se, satisfeito.

Mas, não quer dizer que nãonos sintamos com a efficien-cia dos outros clubs carnava-lescos.

Como brasileiro que ama asgr ndes tradições de sua ter-ra, sou de opinião que o go-verno deve subvencionar, namedida das suas possibilida-des, os clubs carnavalescos, in-distinetamente. Porque não éboa a medida de se tirar a unspara dar aos outros... A cri-se que assoberba a Nação tam-bem attingiu os clubs carna-valescos.

O mal é geral e com fundasraizes. Mas não é justo, toda-via, attendendo a actual si-tuação financeira, que osgrandes clubs pleiteiem asmesmas subvenções dos an-nos anteriores. Com muitomenos se pôde fazer um vis-toso prestito.Diga-nos, então, a im-portancia que é necessária?Ora, de oitenta a noven-

JUO.pôde attender aos clubs car-navalescos sem desvirtuar oseu programma econômico. Noanno passado, o Congressodos Fenianos, tendo obtido dogoverno a subvenção de 22contos entre seus associadose o commercio 10 contos e 500mil réis, que perfaz um totalde 32 contos e 500 mil réis.

Gastou-se no prestito 41contos, ficando o club em de-bito de 9 contos e 500 mil réis,cuja divida,- devido aos nossosesforços, se encontra quasi li-quidada.

Como o amigo viu, fizemosum prestito modesto, mas queagradou plenamente á popu-lação, como o provam os ap-plausos que recebeu o nossoprestito na sua passagem pelaprincipal artéria da cidade.

E o Congresso dos Fe-nianos já desenvolveu suaacção junto ao governo? ata-lhamos.

Já. Acabo de falar sobreo asffumpto ao coronel LúcioEsteves, do gabinete do mi-nistro Oswaldo Aranha, queme attendeu com solicitude, ]promettendo Interessar-se pe-ia nossa justisima pretensãodeclarando-me que o governoeslava estudando os meios desubvencionar os grandes paraa confecção dos seus prestitos.E — declarou mais — casofossem subvencionados osgrandes clubs haveria a igual-dade de condições. Não se

admittiriam odiosas excepções.E se não vier auxilio?O Congresso dos Tenen»

tes realizará forçosamente,grande passeata na terça-feí-ra gorda, levando o seu gritode enthusiasmo, a sua almafoliona. um abraço ao povoque o ápplaudiu, além de umaserie *de brilhantes festejosexternos. Nós temos no qua-dro para cima de duzentosassociados, mas esse quadretende a augmentar com aaproximação do Carnaval.

O Congresso deve lutar commenos difficuldade para aconfecção do seu prestito, poisagora possuímos algum ma-terial.

Você vae nos revelaragora o nome do artista. Seráo Bilota? dissemos a aueimaroupa.

Mas Bugarin recebeu anossa pergunta com um sor-riso nos lábios, respondendo-nos:

Você quer saber muito.Nós não aabemos, ainda, sesaimos á rua, como então po-deriamos cogitar do artista?

E o Eurico Bugarin, antesque tivéssemos tempo parafazer outras perguntas,, le-vantou-se da cadeira, finali-zando assim a intrevista.

CASINO DO ENGENHO DEDENTRO

A vesperal de domingo ultimoDomingo ultimo houve uma in-

teressante vesperal no Casino doEngenho de Dentro, resultando _festa no mais completo exito.

Uma "jazz-band" animouvenientemente as dansas.

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10 DIÁRIO DE NOTICIAS Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931

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JP

Uma commissão de directores dos Tenentes, Fenianos ,e Democráticos entregou hontem, átarde, na secretaria do Ministério da Justiça, um longo memorial, dirigido ao sr, Oswaldo4?I£!{-!Í-£Í^ do Governo para a confecção dos grandes prestitosCaldeira d& PÉMiã®

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vós aue entntiçs, perdei tods— DANTE.

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4;*,: ¦ ¦¦;¦$¦$!$•¦ y.yyr¦'..VyyiVk' V rCxV&&&Wk d.» vi. „, km ... pmo

Â&t * ' ' Avenida Rio Branco,* » rar. O facto me caus

1%: Seria algum satellitevia perdido o rumo?

sVJ^"- ' nhecimento da "coisa"

O gorducho Moraes Cardoso,antes de entrar na caldeira

Essa gente carnavalesca é mesmo endemoninhada. Não respeitanem leis nem "caras" nem protocollos. Quando ouve um pandeiro, umviolão e um cavaquinho — adeus, juízo!.,.

Calculem vocês que até o nosso circumspecto e rochohchudo amigoMoraes Cardoso, d'"A Noite", com todos os seus 162 kilos e meio de

tecido adiposo (isto. é que ó falardifficil...), deu agora para cair nafuzarca.

Vinha eu da minha habitual pe-regrinação por esta terra de mulhe-res ardentes e formosas — terra dopeccado, por conseqüência — quan-

do Obelisco dauma bola a gy-

ou estranheza.da terra que ha-E fui tomar co-

Não era bola nenhuma,, mas única-mente o Moraes Cardoso, a dansarfuriosamente, espadanando suor pe-las circumvizinhanças.

Elle cantava, satisfeito da vida, aoque parece:"Deixa essa mulher "chorar '¦

P'ra pagar o que me fez..."Quando me avistou, o Moraes ces-

sou de bancar o gyroscopio e me di-rigiu, nestes termos, um, adocicadoconvite:

— Venha, Sacy! Isto. é bom quedóe!... So não fosse a gandaia, nãosei o que seria de mim, neste vallede lagrimas, com estas enxundias,meu amigo. O trabaiho foi descober-to por quem não tinha o que fazer...Se eu descobrisse o inventor dessa

calamidade... Que faria? — indaguei, pressurosamente. . ..attribuir-lhe-ei a tarefa de collocar todos os desempre-

gados do Brasil, dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Allemanha... Heil Para o bonde!...

—— E'... eu faria isso...E recomeçou a gyra"r num pé só, qual pião de nova espécie.„

O' Sacy? Como é que você pula num pé só, sem cair?Não tive tempo de responder. 0 Moraes Cardoso estava mesmo

com a "volúpia": rodou, rodou, rodou e deu com as trambiculas noasphalto, augmentando o "barulho":

"Deixaste meu larE abandonaste o meu carinho;Estou contente —Agora posso andar sozinho..."

E, como se o obelisco fosse o responsayeí pela sua queda, elle,apopletico, limpou a poeira das polainas, apalpou o corpo para vêr sealgum parafuso tinha saltado do logar e gritou:

Mas, você?! Depois que os gaúchos lhe deram notoriedade,você se encheu de vento, hein? Cheio de orgulho, de farofa, todorempli de soi même, maganão!

Deteve-se um instante-, meditando, e logo a seguir "desfechou"as seguintes perguntas sobre o pobre obelisco, que nunca fez mal aninguém: . Onde está o Manéquiiiho? Onde? Em'Botafogo? E' muitolonge... Você sabe que o Manéquinhò... Sim, o Maneken Piss...Manéquinhò... Você sabe que elle émeu filho? Ah, não sabia? Pois,então; fique sabendo.;. Sou pae do Manéquinhò e pae em segundasnüpciâs' ouviu? E'tenho muita honra nisso, seu malcriadol...

O obelisco continuava "iniperturbavel"... O' seu Obelisco! Que "importância" ó essa? Por que você

não me responde? Ora... Ora... E' verdade, sim! Sou o pae do Ma-néquinho, aquelle garoto "assimzinho", que anda sempre nú; queesteie aqui na Avenida, onde está hoje 0 "Mánecão", e que foi trans-* ferido para Botafogo, perto do pavilhã.ooMourisco, devido á pudiciciadc um velho guarda-chuva de cabo curvo... .*.-•

...Como o obelisco permanecesse ) indifferente, o Moraes Cardoso"descárrillou" e — záz — atracou-se com elle:

Commigo, não, violão! Ou me respondes ou apanhaslSôccos, dentadas, ponta-pés, umbigadas, cabeçadas, emfim, seis

mil quatrocentas e cincoenta e sete aggressões violentas... E o obe-lisco, o desaforado obelisco, nem nada!... Nem parecia que a questãoeru..com elle... Que fleugma britannica!...

Todo "avariado", o Moraes Cardoso choramingou, abraçando-se aobloco de grani to:"Tá-hi!ü.

Eu fiz tudoP'ra você gosta de mim..."

Enxugou duas lagrimas furtivas, "pérolas escapas de seu escrinioviáüàl" (como diria o poeta Isaias Rosa) e exclamou:

Perdão, Obelisco, si eu te magoei!... Isso é amor... Es-pere aqui um instantezinho, que eu vou ali á "Bola Preta" e já volto."Aquilio" deve estar da "pontinha"...

Foi nessa occasião que eu "entrei no brinquedo":—— Têje preso! Você vae... Você vae mas é para a "caldeira",

seu maroto!...Protestos, ameaças, imprecações, pedidos, choros (que não eram

dc violão e cavaquinho)... Está bem, eu vou — concordou elle, por fim. Não me se-

guré! Não me segure' Eu irei só... e de automóvel... Não me se-gure, já disse! Já sei qual é o caminho...

Na hora de entrar na "caldeira", o Moraes Cardoso quiz metapear, pretextando ter de saldar uma conta com o Benedicto Mer-gulhão. Vá, "seu" gorducho! Vá! Entre de uma vez!...

Quando elle penetrou na "caldeira", o "caldo" subiu até as bor-das e quasi que os "outros" que lá estão sendo "cozinhados" transbor-davam. O Luiz de Xerez poz a cabeça para fora para vêr o que era ecomo o Moraes Cardoso se debatesse muito, elle gritou, meio suffo-cado:

Devagar ! Não faz "onda", desgraçado ! Olha a "meróla" !..."Consummatum est"... O Moraes Cardoso fluetuou um momentoe foi logo a pique... E do fundo da "caldeira", sua voz débil ainda se

um samba do Pixinguinha:"Os peixinho do má «Vem n'areia samba..."

SACY-PERERÊ.

distrair á tropa ,com escolhidorepertório.

FENIANOSAs "Sabinas'" e o seu 21° anni-

versarioO deleitavel — vamos abrindo

os elogios com um adjectivo es-druxulo — o deleitavel "Grupodas Sabinas", que foi a alma car-navalesca, sempre moça de Cha-by, entra, sabbado, no seu vigesi-mò primeiro anno do "sabinadas"consecutivas.

Não precisamos recordar, aqui,as noites gloriosas que nos pro-porcionaram as festas levadas aeffeito, em quatro lustros, pelo"Grupo das Sabinas". Estão namemória de todos, principalmentedos freqüentadores do Club dosFenianos, os factos memoráveisque constituem os annaes "sabi-nenses".

Com o baile de sabbado proxi-mo, que será evidentemente bri-lhante, os valores do denodadoagrupamento, pensámos, se confir-marão, mais uma vez, de mododestacado.

CONGRESSO DOS FENIANOSO Grupo das Argollas nm funeção

O Grupo das Argollas I Ah! Ar-golla 1 Argolla ! .Argolla 1

Tres vezes basta ! Esse negociode dar vivas não é sopa e, alémdisso» iião somos da claque 1

Vamos ao theatro, ao cinema,mas pagamos... para deixar debater palmas ou gritar feito pòc-cesso.

Comtudo, os Argollas merecemse levante um viva, embora maisfraco que um "dó"... do peito.

E sabem por que ? Ora, Zézê,Gazolina, Paulo, Haroido e Satyrosão maioraes, -sentes 1

_Entâo ! Para panno de amostranão precisa acerescentar.

...e passamos a outras comidas:

nhã, o Club Foliões Cariocas pro-seguirá a sua carreira, colhendolouros e consignando suecessivasvictorias nos seus annaes.

Em homenagem ao "Araponga",presidente do Club Foliões Cario-cas, que se inaugura amanhã, foicomposta a seguinte canção : :

AO POVODedicada aos Foliões Cariocas

J '. ¦

O Carnaval* sonhado, emfim, -Carnavalde bacchanal,

Acaba de chegar afim' de attrahir,ter sorrir, ,'

Os Foliões vêm tc trazerSaudação ideal

Pelo indizivel bemque á tu'alma vemquando é Carnaval.

IIA Folia nos seduz

em vidatém luz !

Carnaval 1 Festa idealAlacre !Sensual!

III ;Cuica vem todo liróOlhem só

como elle vem...O Baiacú, vem logo atras

como um lorddos reaes !

Cheio de nervos, o Arapongavindo vemtambem.

Dureza sempre tezo,• Manhoso, olho acceso,Jescrendo de alguém.--

Letra de Homenca.• LORD CLUB

O baile a fantasia no próximosabbado

Esta novel-sociedade carnavales-ca que se impõe ao credito de to-dos os sinceros recreativistas, rea-lizou, nos dias 3 e 4, sabbado edomingo, duas soirées, dansantesque alcançaram um suecesso exce-pcional.

vião de encantadoras patrícias. Sa-bemos que o conjunto dos Turunasreservará aos chronistas carnava-lescos uma carinhosa recepção.

Dois conjuntos typicamente na-cionaes abrilhantarão as dansas.Um, o da Pontinha'e outro, o pro-motor da festa.

E' esta a constituição dos Tu-runas: João Baptista Lorêto Ba-hia, saxophone; José Vieira, ban-jocello; Gilberto Pacheco, bate-ria; Manoel Francisco Nascimen-to, trombone; Antônio Severiano eFelippe Ribeiro da Silva, violõesbanjos; Antônio Nascimento, gan-za e Mai"io do Nascimento, pan-deiro.

O conjunto tem a dirigil-o o sr.Gilberto Pacheco.

CAPRICHOSOS DA ESTOPABailes! e mais bailes!

Nos "Caprichosos", a volúpiade dansar é uma questão vencida!Bailes! e mais bailes! Não sepára, não se toma fôlego!

Sabbado vindouro, o "Grupo dosK.,Tutas", realiza um brinquedo;domingo, seguinte, caberá ao"Grupo dos Dominguinhos", pro-mover novo sarilho.

Qualquer- dia o pessoal se des-conjunta e a brincadeira irá acabarno Prompto Soccorro.

Cuidado! Um esqueleto é diffi-cil de se armar!

BLOCO LNIAO FAZ A FORÇAO grandioso baile de sabbado

vindouroSabbado, para enthusiasmar os"meninos", esse bloco de Terra

Nova realiza uma descomunal fes-tança.

Não resta duvida que será maisum suecesso esta festa.

Ademais, uma novidade constado programma: nma batalha dcconfetti ferir-se-á nos salões do

MIMOSAS CRAVINASMais duas magníficas festas,

;'','•';¦' sábado e domingo6 "canteiro", sabbado e domin-

go irá florir, novamente, commais duas estupendas festas quese preparam ao som de uma afi-nada "jazz-band".

Além destas promissoras festas,na quinta-feira, 15 do corrente, ás

Um interessante aspecto apanhado na ceremonia de posse da nova directoria dos Capricho-sos da Estopa. Ao centro está o chronista Kn ôa, do DIÁRIO DE NOTICIAS, que presidiua solemnidade

fazia ouvir, cantando

BOLA PRETAO próximo baile

No redueto bolista, onde se re-une a nata da bohemia carioca,sabbado próximo, haverá baile,puxado a sustátiça, como sempreacontece,

Essas reuniões sabbatinaés docelebre e invicto cordão da rua 13de Maio, como não podem deixar

gasta os sapatos até o ponto deesburacar as meias.

O resto, como Polaca, Bicohyba,Marquezinho, Martello, afina pelamesma pauta.

Posto isso, só queriamos saberde uma coisa: essa historia de"captivos" não encobrirá algumcàptiveirò singular?

Quem seria a deusa? Ou as deu-«lc o ser, servem apenasmente,' sas, se tal houver?

t.

para os seus adeptos .e admira-dores, que são em numero assazelevado, irem preparando o espi-rito para o próximo triduo da fo-lia, e amoldarem o corpo á fei-ção.

Desse gcito, quando chegar ahora da onça beber, não haverábolista que não esteja dentro doenredo, já calejado de tantas pe-Iejas nas fiieiras do Pagode e daAlegria, de cujos desfiles sae sem-pre garboso.

Assim, com o concurso de umasolida e maravilhosa jazz-band,haverá um pequenino treino, nopróximo sabbado, para reconfortaras pernas que, assim, não ficarãosujeitas a ferrugem do tempo...

TENENTESO Grupo dos Captivos e sua

festa sabbadoO "Grupo dos Captivos" é um

conjunto de foliões deveras capti-vante e como tal, já captivou meiomundo.

A matula, que arranjou umnome de baptismo tao seduetor —captivos — é chefiada por gentedo tope de Lascada.

Lascada, todas sabem disso, éuma dama na vtilsa —. tem per-nas mulheris para dançar cquando começa arrastando os pés,

Tem a palavra Bicohyba.

DEMOCRÁTICOS

Mais uma brincadeira parasabbado .

Sabbado próximo, nos salões darua do Riachuelo, será travadamais uma tertúlia destinada aconveniente preparo da tropa,,que vae formar na parada deMomo.

A sede, como soe acontecernestas occasiõés, apresentar-se-áfestiva e engalnnada. .-,

As dansas serão proporcionadaspor optima jazz-band que, de cer-to, fará as delicias da noitada.

PIERROTS DA CAVERNAA festa de sábado, é promovida

pelos 18Sábado próximo, cabe a vez ao

novel "Grupo dos 18", que, assim,fazendo as honras da noitada, dãoseu baile de apresentação as hos-tes íolionicas citadinas,

O que vae ser esta festa, todosprevêm, dada as sympathias , deque gozam os que constituem opujante agrupamento, dc que Sa-rita é madrinha.

Uma banda militar de suecesso,

Dia 17 e 18 e 20 o Grupo dosCarinhosos arranja uns "carinhos"agradáveis. ,

Em 18 e 19 são carinhos á bar-riga.

Tomem nota: peixadas e feijoa-da. Ufa! Uma belleza nestes tem-pos de carestia.

Xuxú, Antenor, Jonas, Mino eManduca são os que inventaramestas coisas estupendas.

FRATERNIDADE LUSITÂNIAA vesperal dansante de domingo

próximoE' esperada com maior ansieda-

de pelo nosso mundo recreativo, avesperal dansante que no domingopróximo realizará a directoria daFraternidade Lusitânia, na sua sé-dè social da rua dos Andradas. Se-raphim, André, Ernâni, Rozaes,Manoel Rezende e Gonçalo Gomes,membros da junta governativa, jáprovidenciaram para que essa fes-ta nada tenha a empanal-a.

A distribuição de convites temsido meticulosa e grande tem sidosua procura. Jazz band movimen-tara as dansas, que terão inicio ás18 lioras.

FILHOS DE TALMAUm appello de um membro da

junta governativaDo sr. Djalma Pinto, membro

da junta governativa Filhos deTalma, recebemos o seguinte : :"Aos Filhos de Talma — Reali-zando-se na próxima quinta-feira,dia 8, ás 20 horas, a assemblêageral extraordinária, -convocadapara deliberar sobre importantequestão de interesse social, sãoconvidados a assistil-a todos os in-scriptos no quadro associativo.

_A junta governativa, que ora di-rige os destinos da velha agre-miação saudense, espera que todosos associados, especialmente os ti-tulados, se encontrem reunidos naassemblêa^ de quinta-feira.

Agradecido, subscrevo-me atten-ciosamente — Djalma Pinto."

FOLIÕES CARIOCASSua inauguração amanhã

Por motivos de pouca monta,como sejam as conclusões no "de-cor" do vasto salão de baile, foitransferida a inauguração dasede do Club Foliões Cariocas.

Isso, bem encarado, afinal decontas, tem servido de chamarizao interesse do mundo recreativopara a festa inaugural desse club,que um grupo de authenticos fo-liões, com Araponga á frente, re-solveram fundar.

Definitivamente assentada paraamanhã, a entrada dessa agremia-ção na vida bohemia do Rio, pelointeresse despertado, como já odissemos, promette revestir-se dasgalas do triumpho.

Queremos crer mesmo que go-raes sympathias serão conquista-das c, após a festividade dc ama-

O ambiente artístico dos seussalões, alliados á profusão de in-numeros e variegados focos lumi-nosos produzem, um todo attra-hente; um convidativo conjuntoque satisfaz, sem duvida algumaao mais exigente observador. As

21 horas, será levada a effeito ummonumental baile pelo "Bloco daEsperança", em homenagem ao"Bloco das Capichabas".

Dia 20 do corrente, será com-memorado condignamente o 17'

Ivo de Mattos Cordeiro, ele-mento de destaque do BlocoUnião Faz a Força, de Terra

NovaUnião Faz a Força, havendo pre-mios a disputar.

Pery, Paiva e Ivo, de certo, jáestão cantando antecipadamente

DE LINGUA NAO SE VENCEO ensaio de sabbado ultimo

"De Lingua Não se Vence",constituído por elementos dissidantes do "Vocô Me Acaba", éum bloco carnavalesco destinadoa figurar em destaque no carna-vai citadino.

Sabbado ultimo, realizaram maisum animado ensaio, que deixoupatente o brilhantismo das suasfuturas demonstrações publicas,nas pugnas de Momo.

Nicanor, Adherbal e Adolpho,maioraes, mostram vontade devencer, vontade de levar adeanteo bloco da rua Domingos Lopes,

Para se avaliar a afinação doconjunto damos a marcha n. «t,musica da valsa "Elsa" e latrade Cantídio Mello:

PRIMEIRA PARTEMostre

Bella noite de lua,O céo num azul de setim,

•Eu passeio encantadoNum lindo verdejante e pomposo

[jardim.Coro

E as flores perfumadasE cheias de frescor,Deitam de suas cbrollasRico é puro' perfume de üm gran-

[de amor.SEGUNDA PARTE

MestreE das mais frescas rosasArranco cora cuidadoTão brancas c tão formosas *Eu as colloco ao meu lado.

CoroContentes, então, levamosO mimo sem igual;E alegres marchamosPara saudar o Carnaval.OS PREPARATIVOS PARA A BA-

TALHA DE CONFETTI NOBONDE DE S. JANUÁRIO DAS

7.15 HORASEata nnno, em fevereiro proxi-mo, será realizada a batalha de

confetti no bonde de S. Januário,que parte do ponto ás 7.15, deman-dando _a_ cidade, sob a "alta res-iponsabilidade" do motorneiro srjiFrancisco Gomes.

Ouvimos a esse propósito o Os-

Ecos da brilhantíssima festa de S. Sylvestre, no Club Gymnastico Portuguezlisonjeiras referencias feitas ao-baile inaugural, mais os incentiva-ram a lutar pola grandeza e prós-peridade do club.

Os 18 fundadores, este pugillode abnegados foliões, irmanadosno mesmo ideal, que é a gloria doseu club, não recuam perante ai-gumas adversidades que soem sertão commum em sociedades comexistência ninda embryonaria masjá acreditada.

Por isso e para que o Lord Clubse imponha ás sociedades cogene-res como um perigoso rival, ha-verá no próximo sabbado uma noi-te dansante que, como as já rea-lizadas, será aureolada de sueces-so extraordinário. ,

anniversario das Mimosas Cravi-nas.

UMA GRANDE BATALHA DE,jCONFETTI EM HOMENAGEM IAO «DIÁRIO DE NOTICIAS" «A batalha de confetti, e lança-

perfumes que se realizará no pro-ximo dia 29 de Janeiro nas ruasFelippe Camarão e Jaceguay emhomenagem ao DIÁRIO DE NO-TICIAS promette constituir umexcellente espectaculo carnavales-co. Serão armados quatro gran-des coretos, tocando tres bandasde musica e um conjunto de cia-rins.

A commissão de julgamento se-rá presidida pelo chr

Os preparativos já tomados, pa-J Nôa, do DIÁRIO DEra que deixe em todos* uma agra-| devendo se encontrar

Pavilhão Lombroso1 •«';

Aqui só está o Estado-Maior ---- Os outros andam ássoltas nas -ruas da cidade.

F. GALVÃOFoi num sabbado. Ou por outra; madrugada de do-

mingo.Na rua 13 de Maio.Bola Preta.Bolinha do coração. Coração de batata roxa...Um cidadão deste tamaninho, meio kilo, faltando 250

grammas, pintava o diabo com figura de gente 1Era comparsa de Momo.Amigo intimo e inseparável de Baccho.Provavelmente o próprio Baccho personificado.Futuro candidato á cadeira de... Cadeira, não; -'Cal-

deira de Plutão", se não tomar tento na vida e abrir oolho.»,

•.'•>¦ ' m

[ *> «Elle, aquella hora quasi matinal de domingo, fé, devia

ter uma "dose" respeitável de "cevada" no bucho...Emquanto isso, Bicohyba "cosinhava"... e distrahia a

tropa, constituindo á parte um numero de suecesso Elle e o frack.Uma novidade sensacional!Coisa nunca dantes vista!Puramente original! 11Do outro mundo!.., i>»

.* ''¦''

''-.'

Pois é isso.— Sabem quem era o tal homenzinho?O Chico Bricio.E não podia ser outro. ¦-.Daquelle tamanho mal medido, na Bola, sõ elle.Anda sentado...Pois bem: o Chico Bricio, sem mais aquella, acercou-se

de minha mesa.Sorveu um trago.Estalou a lingua.Na roda, entre outras, havia uma rapariga morena de

olhos azues.A Stella.Uma dona bôa de verdade...Tentação em fôrma de mulher!De encher o olho...e as medidas. ¦

• '

Chico Bricio, "reverente", convídou-a a sapecar ummaxixe, genuinamente brasileiro,

Quando acabou, não era o mesmo Chico Bricio...Era outro.Positivamen \ apaixonado.Paixonite aguda, diagnostiquei incontlnenti.Vae dahi, o Chico Bricio, com uma calma de causar

inveja ao "Atalá", que "escuta" o bater das asas de ummosquito a 20 léguas, entrou no cordão.

Abancou-se ao lado da Stella.E desfiou o rosário:

Stella, meu amor. Eu te amo, te adoro5Meu coração é para ti!Minh'alma tambem! . , ¦'-¦¦'x-sâi-:.. ;• -cofi ,--.,.Meu corpo.Tudo, tudo que tenho dentro de mim, e bateu no peito,

como quem quer bater... é ... é... "para ti"!...E arrematando, theatral: • J

Paze o que quizeres.Foi um desastre.Uma tragédia.A "pequena" teve a idéa infeliz de riscar um phos-

phoro.Queria illuminar as tripas do Bricio a ver se era ver-

dade...Quasi ia havendo uma explosão... .«

*Finalmente, acalmados os ânimos exaltados com a

scena e arrefecido o fogo do enthusiasmo que abrazavá ocoração do Chico Bricio, resolvi excluil-o, por via de duvi-das, do "Pavilhão Lombroso".

Elle não é doido agitado.E' doido de amores pela morena, pela loura, pela "pre-

tinha"...E eu já disse que isto aqui não é tendinha...Vou envial-o ao "Sacy-Pererê" que, nas horas vagas,

faz da "Caldeira" mn "butéco"...Oh, Sacy!Toma conta do Bricio!...

PINNEL.

dabilissima impressão, dão já umaidéa da desusada freqüência queencherá os seus salões.

Na próxima quinta-feira haveráensaio de dansa para damas o ca-valheiros.

GRAVATASA grande festa dos Turunas de

Botafogo será realizada sabbadoConsoante noticiámos, será rea-

lizada no próximo sabbado, no am-pio salão do Club dos Gravatas,uma promissora festa de iniciati-va do conjunto musical Turunasdc Botafogo. Essa festa, decerto,levará ao "collarinho" uma allu-

gamento se-J _^nronistn Kj °NOTICIAS,! ~reunida nofl seu

coreto entre ag ruas Felippe Camarão e Jaceguay.

Avultado numero de prêmios se-rão distribuídos aos blocos, fan-tasias, de luxo e folião e°pirituo-so.

Aquellas ruas serão feéricamen-te illuminadas. E' esta a commis-são organ:zadora* Lony de Lacer-da, José Liggia, Noé Fazano, Ru-bons, Teixeira, Felisberto e Orlan-do Orofino, José Costa, ErnâniSilveira, Pedro Guedes e AntônioCorrêa. Essa batalha já estádespertando interesse entre osmoradores de Villa Isabel.

waldo Gomes, que de nomo iden-tico ao do "Chico motorneiro",comtudo não é seu parente.

Oswaldo, um carnavalesco de fa-eta, vem empenhando as suas ener-gias para, mais esta vez, emban-deirar em arco a viatura do 02.**E' verdade ,meu amigo, jávamos cogitando de transformarem deposito de confetti e serpen-tinas o "nosso" bonde, Este anno,parece, a coisa ainda vae ser mais,saborosa 1 E não pouparemos es-forços, gastando, á larga, as eco-nomias juntadas sabe Deus á custade quantas "caronas" passadas emcima do conduetor.

Certamente — commentamos—o negocio vae dar que falar.Naturalmente 1 E diga lá no

jornal que a animação já co-meçou.

Amen ! — fizemos nós, ba-tendo em retirada.

AS FESTAS DO GRÊMIO 11 DEJUNHO

Um brilhante programmaDurante o corrente mez, o Gre-

mio 11 de Junho, sito á C3taçãode Riachuelo, pretende levar a ef-feito as seguintes festas:

Dia 11, das 20 ás 24 horas, noi-te-dansante; dia 17, grande bai-le promovido por um grupo de se-nhoritas; dia 25, noite-dansantedas 20 ás 24 horas e dia 31, 27"festival litero-musical.

Pelo transcurso dos folguedos

carnavalescos, serão realizadostres formidáveis bailes, sendo que,no domingo de Carnaval, em "ma-tinée" infantil.

FORMIDÁVEL BATALHA DECONFETTI, NA RUA GENERALBRUCE, NO DIA Io DE FEVE-

REIROPor uma commissão • composta

de seis inveterados foliões e ou-trás tantas folionas, está sendoorganizada uma formidável bata-lha de confetti em todo o trechoda rua General Bruce.

Sorão installadoa tres artísticoscoretos, sendo dois nas extremida-des da rua, para a musica, e umno centro, para a commissão.

Vários prêmios serão distri-buídos aos ranchos, grupos isola-dos, mais bellas fantasias e maisafinados conjuntos.

A commissão de organização,está envidando todo o esforço paraque a batalha da rua General Bru-ce, no dia Io de fevereiro, tenhao máximo brilhantismo e o maiorrealço, assignalando-se com umadas melhores no corrente anno.

EM NICTHEROYO BLOCO CIRANDA CIRAND1-NHA DEU O GRITO DE CARNA-

VAL NA RUA!Uma noticia alviçareira, para os

arraiaes da pândega fluminense,deve-se a deliberação dos foliõesdo endiabrado bloco Ciranda-Ci-randinha de participarem do pro-ximo folguedo de Momo.

E' sem duvida, motivo de ale-gria em se tratando de um con-junto de bohemios, turma inimigade tristezas,

Para tomar as necesarias provi-dencias, foi eleita a directoria dobloco, constituída dc baluartes, as-sim organizada:

Presidente, Nelson Lobo; secre-tario, José Vieira; thesoureiro,Alberto Magalhães.

Commissão do livro de ouro —Lysandro Motta, Hany da CunhaRibeiro e Murillo Monteiro.

Deliberaram ainda, fazer con-star da acta votos dê pezar pelosfallecimentos da progenitora deVicente Lauro, e do progenitor deJoaquim Sampaio e da filhinha deLysandro Motta, todos foliões doimpagável redueto.

.Opportunamente daremos ou-tros detalhes do valente Bloco deNictheroy.

0 intricado' caso" do BancoOustric

PARIS, 6 — (A. B.) — Ocaso do Banco Oustric prose-gue fértil em incidentes detoda sorte. Os jornaes com-mentara, em termos signific*?-tivos a attitude do Ministro ti-gJustiça, sr. Cheron, que scnegou a permittir que a Com-missão de Inquérito, compôs-ta de parlamentares, exami-nasse ôs livros do "Holfra",um dos numerosos estabeleci-mentos controlados pelo refe-rido banco. A intervençãopessoal do senador Louis Ma-rin, presidente da Commlssãü,.nada conseguiu, mantendo-seo ministro intransigente.

Em signal de protesto, e de-pois de uma sessão tumultua-sa, a Commissão adiou seustrabalhos sine die.

ESSEN, 6 — (A. B.) — Po-de-se considerar como fra-cassada a greve dos mineirosda região rhenana e westpha-liana.

Em alguns districtos assi-gnala-se a volta ao trabalhodé numerosos trabalhadores,sendo que, em Gelsenkirchcn,a quasi totalidade dos minei-ros já se apresentou para tra-balhar.

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PQuarta-feira, 7 de Janeiro de 1931 DIÁRIO. DE NOTICIAS

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11

llü I: NOTICIAS publicará, amanhã, uma neta sensacional, destinada a ter grande repercussãorica», no Brasil, a pessoa interessada na realização do combate entre Isidro Sá x Joe Assobrab.

a próxima viagem do campeão brasileiro de peso leve aos Estados

II! carioca. 0 sr. Edward G. ier, vice-presidente da «Radio Corporation ofinteressantisn entrevista sobre esse palpitante «caso», bem como sobre

¦ porIsidro Sá, o invicto pu-gilista lusitano, bater-scá, no proximo sabba-do, com Armando Ra-

íía_;zi (Armandinho)MANOEL PIRES (PIRANHA) RE-APPARECERÁ' CONTRA O NOR-

TE-AMERICANO CLARENCEGIBSON

O espectaculo qúe será realiza-Co no proximo sabbado, na novaarena de box, á praga da Repu-blica; promette satisfazer plena-mente a espectativa do publico,por isso que será executado umprogramma satisfatoriamente orga-nizado, que vae ter como lutasnrincipaes os combates entre Isi-dro Sá, o valente e brioso pugilis-ta portuguez, e o paulista Arman-do Ragazzi (Armandinho), e en-tre Manoel Pires, o "Piranha", eo yankee Clarence Gibson, segun-do nota que recebemos dos em-presarios.

A reunião será effectuada nonovo campo da praça da Republi-ca, arrendado pela empresa Madi-son Square Carioca, o qual é bas-tante amplo e capaz de offerecermaior conforto aos assistentes.

Além das tres preliminares, se-rão disputadas as pelejas a queacima fizemos referencia. Serãoconvidados para assistir o espe-ctaculo, conforme declaração feitapela empresa, o dr. Adolpho Ber-gamini, interventor do DistrictoFederal, e autoridades civis e mi-litares.

O PROGRAMMAO programma será o seguinte:Ia luta — Walter Caldas x J.

Pereira, amaBores.21 luta — Cearense x João Mo-

reira, amadores.3° luta — Jaguaribe de Britto

X João Rival, amadores, em matchdesempate.

4* luta ===¦ Manoel Pires x Cia-rence Gibson, proíissionaes.

6» luta (semi-final) — PintoGomes x Vicente Caetano (paulis-•ca), proíissionaes.

Final — Armando Ragazzi _ (Ar-mandinho) x Isidro Sá, profissio-naes.HORA E LOCAL DO ESPECTA-

CULOA reunião será realizada á pra-

ça da Republica n. 67 e terá ini-cio ás 21 horas.O COMPARECIMENTO DA IM-PRENSA E DA COMMISSÃO DE

BOX AO NOVO ESTÁDIOHoje, numa festa intima orga-

nizada pelos directores do ColyseuInternacional de Box e MadisonSquare Carioca Ltda., as duasempresas que funecionarão nonovo estádio da praça da Repu-blica n. 67, será este excellentelocal visitado pelos membros daCommissão de Box e jornalistasde todos os nossos jornaes. Essavisita será realizada ás 20 horas,devendo alguns boxadores se ex-hibirem no magnífico* tablado aliconstruido. Por essa fôrma ficaráo mundo official do box conhe-cendo o melhor local do Rio deJaneiro, onde serão levadas a ef-feito importantes competiçõessportivasA EXCURSÃO DO COMBINADOGAVIÕES A' ILHA DO GOVER-

NADOR

Promette revestir-se de grandeimportância o proximo encontroentre as adextradaa phalanges doCombinado Gaviões e Aluados doJequiá F. Club, a realizar-se emir do corrente.

A luta será gigantesca, pois oCombinado Gaviões apresentaráseus quadros bem treinados.

O encontro do proximo domingoê esperado com raro enthusiasmopor parte -dos innumeros adeptosd» futuroso Combinado Gaviões,desejosos de verem Q pavilhão al-vl-rubro tremular no tope do mas-tro do A. Jequiá F. Club, enlaça-do numa expressão máxima decordialidade á sua . bandeira glo-riosa. Pois que o A. Jequiá F.Club, é possuidor de um conjuntomagnifico, composto de rapazes damelhor sociedade da Ilha do Go-verna*dor.

O EMBARQUEA embuixada do Combinado Ga-

viões seguirá na barça que sae doCáes Pharoux, ás' 11 horas emponto.CONSTITUIÇÃO DA EMBAIXADA

A embaixada do Combinado Ga-viões está assim constituída:

Presidente, José de Souza Pe-reira Guimarães; secretario, Lori-co Antonio Vidal; director tech-nico, Octavio Gonzalez; thesourei-ro, Manoel Silva; orador official,Alberto Fernandes da Rocha; mas-sagista, David Diniz; juiz, JoséFerreira Barcellos.

, AMADORES — Io team — Soa-tps, Hermes, Orofino, Cardoso,Franklin (cap.), Gonzalez, Nônô,Zézinho, Joãozinho, Walgueredo eHugo. 2o team — Braulio, Alrniro,Heitor, oSares, Jucá (cap.), Dico,Vicente, Oswaldo, Mensores, Gra-din e Carvalho. Reserva: João,Domingo^, Raphael, Carlinhos,Dias, Rubens e os demais ama-dores.

CARAVANAJunto á embaixada seguirá uma

caravana de associados e gentissenhoritas, chefiada pelo velhosportman José Gomes de OliveiraPassos, "Bemvindo".

Um desafio a PeryNetto

Esteve, hontem, em nossa red;icção, o pugilista Nicolella Se-gundo, nue nos solicitou a publi-cação de seu desafio ao boxadotPery Netto. em quaesquer condi-ções

Fica, pois, registrado o reptoPery Netto que se manifeste arespeito, podendo enviar sua res-rjcjsta para este jornal.

José Lopes é o Granedos clubs pequenos!...

José Lopes (Zéca), é um joga-dor de football que "promette"...Corajoso, elle "se defende" comoum leão, quer dentro do cam-po, quer fora delle...

Hontem, o Zéquinha nos pro-curou. Nunca tivera o retratono jornal nem o nome em letrade fôrma... Queria que lhe per-mittissemos esse prazer divina....

Demais, a promessa que nosfez foi tentadora: — se publicas-semos seu retrato, estaríamos,desde logo, convidados a ir á suacasa, comer alguns doces, no diado seu anniversario natalicio.Não ha duvida, ficámos seduzidospela sua promessa... e fizenifts-lhe a vontade.

Pedimos-lhe que nos desse in-formações sobre a sua , carreirasportiva e elle, sem vacillar, es-creveu: "José Lopes (Zéca), jo-gador do Combinado "Maia La-cerda", considerado o Grane dosclubs pequenos, já tendo feitoparte do Dova F. C, Luz Stea-rica, Combinado Chora Palhaço eC. A. Bôa Vista, começou a jo-gar em 1926".

Em época de carnaval, a pilhe-ria do Zéca está bõa.

Vamos aos doces! Viva "o Gra-né dos clubs pequenos"! Vi-vôôôOII!!Para o quadro de juizes

de water-poloCumprindo o determinado pe-

lo código de water-polo, já re-metteram á Federação do Remo arelação de seus amadores que de-verão ser incluidos no quadrodos árbitros '

para a temporadaprestes a iniciar-se, os seguintesclubs:

Flamengo — Walter Tross, JairRuch, Carlos Frederico Witte eJoão Carvalho.

Boqueirão do Passeio — Gas-tão Ladeira, Tito Malta, OrlandoAmendola, Satyro Ribeiro e Ar-mando Guarischi. ¦».

Internacional de 'Regatas —Murillo Lopes, Manoel Faria daSilva, Olavo Galvão e Mozart deCastro.PARA CONSELHO DE REPRE-SENTANTES DO SPORT NAU-

TICOAté honiem, á tnr**!., só ha-

viam chegado á Federação Bra-sileira do Remo as credenciaesdos clubs Natação, Boqueirãoe Internacional, acreditando seusdelegados perante o conselho, aser instalíado hoje, os srs. ma-jor Ariovisto de Almeida Rego,dr. Manoel Bernardino e JoãoAlves de Moura, respectivamen-te.O proximo festival do

Sudan A. C.A junta governativa que ora

dirige os destinos deste valorosogrêmio está empenhada em col-locar o valoroso grêmio eni lo-gar de destaque no sport me-nor.

. Assim é que está organizandoum campeonato interno de foot-bali, bem como tem realizado,com persistência, o preparo desuas equipes, que conta em Ma-rio Ferreira um esforçado e com-petente technico.

Realizará, no dia 18 do corren-te, no excellente campo da ruaMendes de Aguiar, em Cascadu-ra, uma importante festa spor-tiva que supplantará, em organi-zação, programma _ prêmios, asultimas festas que sc têm reali-zado.

Dentre as provas do bem ela-borado programma destaca-se ade honra, que servirá para "re-prise" do forte conjunto doS. C. Providencia, que se de-frontará com o possante quadrodo Jahu' A. C.

A preliminar será uma pelejatambem que vem despertando sé-rio enthusiasmo, pois reunirá oforte quadro do "Combinado Ver-dum", que terá como comman-dante do ataque o valoroso centerRussinho, do Vasco.

A taça de "Sympathia", dono-minada DIÁRIO DE NOTICIAS,é um prêmio de grande valor oserá exposta dentro de brevesdias.

O commercio de Cascadura of-fereceu uma artistica taça paraser disputada na prova de honra.

A directoria do do Sudan A. C.oíferecõ uru rui mo ao aiíiador cíugabrir o score da prova de honra.

A banda da Escola 15 do No-vembro, gentilmente cedida peloseu director, abrilhantará essaimportante festa.

Breve publicaremos o program-ma.

OUVIDOR F. C. x DARIO PE-REIRA F. C. ,

Finalmente, é no proximo do-mingo que se realiza o e3Peradoencontro entre as equipes do Ou-vidor F. C, campeão da praçaIB, e Dario Pereira F. C. cam-peão da Saude. Este jogo serárealizado na apreciável praça desports do Piedade, sita na estaçãodo mesmo nome. e será iniciadaás 16 horas.

No Ouvidor F. C joiarão di-versos "cracks" do sport menor,como Joanninha, Mario, o forteartilheiro, e Erico, o "leader" dospequenos, etc. David, Annibal ePeres, formarão a linha de halfs,e salvo modificação, os backs se-rão Armando e M. Lima; guarda-rá a cidadella- o joven arqueiroFernando, que tantos louros temdado ao Ouvidor F. C.

O Dario Pereira F. C sabendoquo vae enfrentar um campeão,não se tem descuidado de treinara sua gloriosa equipe, o domingolá estará firme para conquistarmais uma victoria. Em seu teamtambem tem "cracks" do sportmenor, como Mimi. Bato E-taca,Bordailo, etc.

Portanto, só temos a esperar umresultado brilhante, deste formi-davel encontro de clubs pertencen-tes ao sport menor.

Noções de historia da educação physica•IEvolução -- Características — Estado atcual•7. Por LUIZ FURTADO COELHO.

II!Club da Natação Resoluções da directoria

E' vastíssimo o campo da educação physica! Na Allemanha, onde os sports attingiram, ultimamente, um desenvolvimen-to extraordinário, está sendo, agora, praticado um jogo novo, que é o que se vê na gravura. Este exercicio exige umagrande destreza e muita visualidade para impedir que a bola toque qualquer das partes do corpo. A photographia supra

foi apanhada no "Sportforum", um dos monumentos da Allemanha hodierna

A origem da educação phy-sica remonta aos primeirostempos da medicina. Assim odiz Platão, e antes delle jáHipocrates o affirmára. EmSparta os "éphoros" estavamincumbidos de vigiarem osg-ymnastas .e os médicos. Osprofessores, de gymnastica di-vidiárri-se ém duas categoriase esta divisão por si só bastapara fazer comprehender deque maneira scientifica eraali então dirigido o seu en-sino.

O "pédotriba" estava in-cumbido de fazer executar deuma maneira empírica, aparte mais vulgar da gymnas-tica. Mais conscio da acçãoproduzida pelos diversos exer-cicios, o professorado do gym-nasta não tendia somente aoensino desses exercícios paraa conservação de uma bôasaude, mas ainda ao ensinodos que tinham por fim fazeradquirir o mais possivel aocorpo, a belleza, o vigor e agraça das attitudes.

O culto da fôrma, a esthe-tica, foi em todos os tempospara os gregos, consideradocomo uma verdadeira religião.Muitos gymnasiarcas, dirigi-ram "palestras", nas quaes amoralidade dos jovens alum-nos era vigiada pelos "sophro-nistas", eleitos pelo povo; ojogo dá bola era ensinadopelos "splièristicos", e o jogodas . armas.. pelos "hoplo-machos,, etc...

Nas "palestras," o "gymnas-ta" ensinava a "theoria e oseffeitos physiologlcos" dosexercícios con.unctan.entecom a pratica, e ali era com-pletada a educação dos ado-lescentes quando estes saiamdas escolas dos grammaticos,dos reitores e dos philosophos.

Entre os médicos gregos

Um jogador paulista fe-rido em defesa de

um juizS. PAUr.O. 6 (A. B.) — Acha-

se em estado grave o jogador defootball Marcello Naletto, que nodomingo passado, querendo impe-dir que o juiz Antonio Christovãofosse íi*p-n*r?dido em um iopro quese realizava entre os clubs Dra-gão Paulista e Cruzeiro do Sul,íoi tomado por este como aggres-sor e ferido a navalha.

A policia ainda não> conseguiuprender o criminoso.

OS. C. Olympico reali-:?;a domingo proximo um

festival sportivo iEate vaioroso grêmio realizará,

domingo proximo, nó -campo doS. C. Adriano, um primoroso fes-tival sportivo. que promette al-cançar grande suecesso.

Programma: « *Prova extra —"A's 9 horas —

Infantil Artistas x Infantil TresIrmãos.

Ia prova — A's 11 horas — In-fantil Regina x Infantil Formosa.

2a prova — A's 12 horas —Combinado Eco x Puritanos F. C.

3a prova — A _ 13.25 horas —Pinto Telles F. C. x S. C. Co-rôa.

4" prova — A's 14.40 horas —Thereza F. C. x S. C. Adriano.

5a * prova — A's 16 horas —S. C. Olympicos x S. C. Iguassú.

"Galeno", no celebre tratado:"Ars tuendae sanitatis", dizque "centenares de vezes curoudoentes seus, por meio dosexercícios da palestra". Acon-teceu com a gymnastica naGrécia o que hoje estamosvendo na Suécia.

Os professores de gymnas-tica exerciam ao mesmo tem-po a medicina pelo processoda massagem. "Iccos de Ta-rento" foi o celebre como gym-nasta e como medico. "Ippo-maços" estudava durante mui-to tempo os seus discipuios eoecupava-se quasi exclusiva-mente com a saude delles.Afim de evitar os effeitos no-civos das correntes de ar e porconseqüência a evaporação

rápida do suor, os gynmastaseram obrigados a se despirempara lutar, e untavam o corpocom diversos óleos (azeite,etc.).

Os monumentos antigos re-presentam os athletas rece-bendo o oleo no concavo dasmãos. Poi deste costume queveiu para emblema da gym-nastica o "estrigilo" e a "ga-lheta" de bojo arredondado egargello comprido. "Galeno"conta que os gymnasticos ce-lebres preparavam-se para ocombate levantando pesos dediversas maneiras, principal-mente com o auxilio do "co-ricos". Consistia este numsacco de couro de forma arre-dondada, cujo peso e grandeza

QUAL A RAINHA DOSPORT MENOR?

AS COLLOCACÕES

Com o resultado da ultima apuração, passou a ser a se-guinte,.a collocacão das candidatas:

VofosIo —Olinda de Carvalho — Triângulo Azul P. C... 40.1912" — Nathalina Duarte •— S. C Del-Mare... 39.9883° — Jesusovina Ferreira — Botafogo-Suburbano F. C. 36.2504" —Sylvia Amaral de Figueiredo — Sporting C. Brasil 18.9215o — Carmen R. Orcades— S. C. Bôa Esperança... 13.0286° —Florinda Scudiére — Rio de Janeiro P. 12.9127,° — Maria Ramos — Estamparia Moderna P. C... 12.3578o — Analia Maria Vieira — Combinado Viscondes... 10.1619o —Carmelita Mázzei — S. José P. 6.127

10o —Maria dos Anjos — Pátria P. C. 6.12211o —H-erciliá Marinho do Couto — S. C. Carioca 3.90812o —Alzira Menezes — Washington Villa F. C.... 3.71813° — Maria Thereza da Costa — S. C. 5 de Outubro 3.38514°_Ill_a Ferreira Machad*. — Sempre Unidos F. C. 3.15115° — Laura de Barros — S. O. Primavera 3.04316° — Helena Paulino —' S-. C. Alegria 2.79717° — Angelina Araújo Lima — A. C. Vera Cruz. 2.71118° — Maria de Lourdes Leite — Piedade F. C; 2.05919° — Dagma Mourin -•= Embaixadores *". i 1.79?20° — Carminda Pereira — S, C, Penarnl 1.71121o — Ducilla de Andrade Pereira — S. C. Vallim 1.55822o —Ocirema Gutierrez Pinheiro — S.C Antarctica 1.49623o —Maria de Lourdes Leite — Combinado Rodrigues 1.46524° — Ilka de Mello Coutinho — Independentes F. C. 1.42125" —Zenith de Almeida — Sul America F. C. 1.28626° — Wanda Faria — S. C Decididos de Botafogo.... 1.22027o — Zuimira Lopes — S. C. Smypathia 1.21928o —Alice Alves David — Piedade P. 1.14429° — Nathalina Maia.— Real Grandeza F. 1.13530" — Clementina Ferreira. — Cruz de Malta A. 1.10431" —America D. Silva — S. C. Perseverança 1.10132o —Marina Avolio — S. C. Africano 1.070?,3<-—Carminda A. Vasconcellos — Costa Lobo A. C. 1.03834° _ preciosa Rodrigues dos Santos — Araújo F. C.. 1.03135o —Yolanda Marani — S. O. Ideal 1.02336" _ Zilda de Carvalho — Cattete F. 1.00537° — Maria de Lourdes Leite — Olaria S. :.. 1.00333° — Almerínda da Silva — Serrano A. 1.002

PARA RAINHA DO SPORT

Voto na senhorita..

Do.

O votante.

variava segundo a força e aidade do gymnasta. Enchia-sede areia e era suspenso aotecto da palestra, de maneiraque ficasse á altura do ven-tre do athleta que o devia em-pregar. Este, imprimindo-lheuma grande oscillação, fazia-oestacar corri

'as mãos; oü,ainda, sustentava e augmen-tava a oscillação, imprimin-do-lhe poderosos balanços comas costas ou com o ventre.

Quando na Grécia a athle-tica suecedeu a gymnastica(Cartault) appareceram ho-mens, verdadeiros colossos,_heios de músculos e carnes,terríveis pelo seu grande vo-lume e enorme peso. Comilõesinsaciáveis, verdadeiros escra-vos da bocca e do estômago,que tinham de ser submettidosa uma alimentação forçada, oque junto a constantes exer-cicios brutaes, a um somnoprolongado e á completa au-sencia de outros prazeres, fa-zia delles uns terríveis cam-peões de força muscular, masde uma curta e limitadíssimaintelligencia.

Um dos golpes mais empre-gados, então, consistia em umdos lutadores levantar o ad-versario, derrubando=o sobreuma das suas coxas e mantel-oemi-dobrado para traz, suffo-cando-o pela pressão dos bra-ços de encontro ás paredes doestômago. O unico meio de re-sistir a um tal ataque era en-terrar os dedos no flanco doantagonista, de modo que peladôr, este fosse obrigado a lar-gar a presa. Os pugilistas ti-nham hombros largos, braçosmuito grossos, a parte supe-rior do tronco enormementedesenvolvida, mas as pernaseram fracas e delgadas, o queera uma natural conseqüênciadaquella profissão.

(Continua)

Primo Carnera foi mui-tado em 5.000 liras

ROMA; 6 (U. P.) — A Federa-cão de Box multou o pugilista Pri-mo Carnera em 5.000 liras, exi-gindo-lhe tambem o pagamento de20.200. liras por damnos.

O empresário Florence não com-pareceu. O iogo de exhibicão queestava marcado para o dia 14 denovembro do anno passado, foisuspenso até que Carnera e Flo-rence paguem as auantias que re-clama a Federação.

A suspensão de Carnera e Flo-rence comprehende todos os Esta-dos filiados á União Internacionalde' Box e á • Associação de Box.

A Federação recommendou aosr. Leon que não assigne nenhumcontracto com Carnera, pois nãoserá reconhecido como "manager".ACADÊMICO ATHLETICO CLUB

A directoria do novel club daEscola Superior de Commerciovem, por nosso intermédio, pediro comparecimento dos seguintesassociados, ás 19 1J2 horas, naséde, amanhã, quinta-feira:

Altamiro G. Medeiros, Gabrielde Almeida, Euripedes C. Medoi-ros, Samuel Koury. Jorge Rober-to, Duarte Lisboa, Armando deSouza Araújo, Caip Moreira deAraújo, Octaviano Assumção Sil-va, Oswaldo J a n n u z, AntonioFrancisco Pereira e Adhemar daSilva.

e RegatasINSCRIPCOES NA RESERVAyr NAVAL

De ordem dii sr. presidente, façopublico que se acham abertas asinscripções para o curso na Reser-va Naval de 21 categoria, devendoos srs. interessados se apresentar,dentro das horas do* expediento, ásecretaria do club, ficando preye-nidos de que a secretaria só acei-tara inscripções até ás 22 horasdo dia 28 do corrente. — Arioyis-to Filho, secretario, geral..

Um desmentido da dire-ctoria do Audax ClubVarias têm sido as notas e

chronicas publicadas na secçãosportiva aquática da "A Pátria",sobre o Auda**. Yacht Motor Club,fundado em 14 de outubro de 1914,com a denominação de AudaxClub.

A directoria desse club se vêobrigada a desautorizar essas no-ticias fornecidas naturalmente,por alguma pessoa despeitada eque visa gratuitamente, desmora-lizar os foros sportivos de umglorioso club qúe tem a sua tra-dição no sport nacional.

Desmentindo, assim, os "derro-tistas", esperamos, qüe as referi-das "notas" hão sejam levadas emconsideração. -

Grupo dos GarrafasUM GRANDE PASSEIO MARI-

TIMOEstá despertando grande inter-

esse, o passeio maritimo, que' o.Grupo dos Garrafas, levará a ef-feito no proximo domingo 11, abordo do navio Mòcangüê, quepercorrerá os mais lindos recan-tos da Guanabara. Tocará a bordoa excelelnte jazz dos fuzileirosnavaes.

A commisaão organizadora 'da

passeio, leva ao conhecimento <íosinteressados, que o navio partiráás 10 1|2 horas, da praça ServuloDourado, e que os poucos convi-tes restantes poderão ser encon-trados na Torre Eiffel, com Alber-to Torres; na Chapelaria SilvaGomes, com Torres; na Chapola-íla Raul, cora Raais ns PharmaçíliCapitólio, com Gastão Ladeira, ona secretaria do Club de RegatasBoqueihão do Passeio.

CELOTEXTERMINOU A TEMPORADA —GERALDO DÉCOURT, DO NACIO-NAL CELOTEX, NOVAMENTECAMPEÃO — RESOLUÇÕES DALIGA DE AMADORES DE FOOT-

BALL CELOTEX — OUTRASNOTAS

Em sua ultima reunião, a L. A.de Football Celotex tomou as se-guintes deliberações:

a) Conceder, ao Palmeiras Ceio-tex os pontos do Paysandu Ceio-tex, por desistência deste ultimo;

b) Com a letra anterior, dar porencerrado o campeonato cariocaêm 1930, que, no final, collocou osseguintes- teams:

Nacional Celotex —16 jogos e2 pontos perdidos.

Floresta C-elotex — 16 jogos o9 pontos perdidos.

Santa Thereza Celotex — 16 jo-gos e 13 pontos perdidos.

Palmeiras Celotex — 16 jogos e13 pontos perdidos.

Barcelona Celotex — 16 jogose 15 pontos perdidos.

Rápido Celotex — 16 jogos e15 pontos perdidos.

Paysandu Celotex — 16 jogos a19 pontos perdidos.

Hespanha Celotex — 16 jogos o29 pontos perdidos.

Califórnia Celotex — 16 jogos e31 pontos perdidos;

c) Assim sendo, entregar a taça"Olympica", ao amador GeraldoDécourt, do Nacional Celotex, porter sido campeão;

d) Participar aoa interessadosque se acham encerradas somenteas inscripções das zonas: SantaThereza, Lapa, Andarahy, Estaciode Sá e Tijuca;

e) Nas demais zonas as inseri-¦s só terminarão no fim do

mez de janeiro corrente, quando,impreterivelmente, serão encer-radas, para que tenha tempo suf-íiciente para o grande certamen•arioca de 1931;

f) Permittir que o RealengoCelotex realize um torneio emRealengo, mas somente entre . in-scriptos na L. A. F. C;

g) Escalar os . nomes abaixopara fiscaes nas zonas a que seinscreveram:. .

Alberto Braconot Coutinho, An-tonio Santasusagria, Geraldo Dé-court, Oscar Vieira, Carlos Soaresda Rocha, Julio César Fernandes,Humberto Ballariny, Sylvio Fran-ça e Jorge Bellini; \

h). A zona referente á Saude,patrocinada pelo Veterano F. C,será confiada ao secretario Anto-nio Álvaro' Coelho.

FOI EMPOSSADA A NOVA DI-RECTORIA DO S. C. VILLA

JOPPERTRealizou-se, sabbado ultimo, a

posse da nova directoria do S. C.Villa Joppert, cujo acto se revés-tiu do grande brilhantismo.

A* solennidade se fizeram re-presentar diversos clubs, dentre osquaes conseguimos annotar o Ma-cáo F. C Tricano F. C. e Ca-pella F. C. •

Está assim constituída a novadirectoria:

Presidente — Jeronymo da Sil-va Mendonça; vice-presidente —Orlando Ferreira; Io secretario —José Maria Pinto Nél; 2o secreta-rio — José Baptista; Ia thesou-reiro — Nelson da Silva; 2° the-soureiro — Adhemar F. Oliveira;commissão sportiva — OctacilioVieira e Jorge Wandre. commis-são de syndicancia — Rubem Mar-reiro e Oswaldo Silva.

Finda a ceremonia da posse,teve inicio o baile, que transcor-reu brilhante, só terminando aoraiar de domingo.

Sob a presidência do dr. LuizFernandes do Couto e com a pre-sença de todos os directores, rea-lizou-se a terceira sessão ordma-ria da actual directoria do Cubde Natação e Regatas.

Nessa reunião ficou resolvido oseguinte:

Apprõvar as propost-s dos se-guintes novos associados: Srs.

Moacyr Nazareth, Antonio Affon-so Ferreira, Romeu Bonelli, Eu-clydes Nunes Telle^ da Silva, Al-varo Amoedo Spina, Josó AlmeidaTorres, Ruy Lordão, Oswaldo deSiqueira Araújo, Carlos da RochaBrito, Pedro Gutierres Gimenez,Hélio Abreu, Izolino Lemos, Ru-bem Lobato de Vasconcellos, Ma-rio Nunes Ribeiro, Othoniel Car-valho Azevedo, Juíio Cardoso Ri-beiro, Nicolau Primavera Filho,Alcerido Dardeau de Carvalho,Ary Kerner Carvalho de Almeida,Carlos da Rocha Chataigor, JoãoMendes, Floriano José da Motta,Manoel Patrício de Pinho, AldoPereira, Ary Dias' Huet Bacellar,Carlos Barrocas, Antonio TavaresLima, Gustavo Bianco Júnior,Newton Cupertino da Silva, Nel-son Cabral Reis e Geraldo SantaAnna;

tomar conhecimento dos seguin-tes officios:

n. 20.68, da União dos Empre-gados do Commercio; n. A 2.390,da AMEA; n. C 1.035, do Botafo-og C; s|n. do Centro dos Chro-nistas Sportivos e n. 892, da Fe-deração do Remo, aceusando eagradecendo o recebimento da cir-cular que eommunica a posse daactual diractoria; n. 869, da Fe-deração do Remo, enviando a fi-cha de victorias em provas de na-tação; n. 5, da Federação doRemo, pedindo a designação donovo representante; circular n. 94,da Federação do Remo, pedindoindicação de quatro nomes parao quadro de juizes;

tomar conhecimento de um car-tão da firma Antunes Pereira &Cia., de um cartão do Club Inter-nacional de Regatas e de um te-legramma do sr. Agostinho Costa,desejando bôas-festas;

agradecer os convites enviadospelo Club dos Democráticos e peloClub de Regatas do Flamengo;

tomar conhecimento e apprõvaros resultados dos concursos aqua-ticos;

. congratular-se com o corpo deremadores pelo facto de haVersido escalada para as elimina.o--rias para os Campeonatos Nacio-naes do Remo, uma guarnição ja-gunça;

registrar em acta que o sr. La-martine Pinheiro Alves, por inter-médio do secretario geral, entregaao sr. Io thesoureiro de 4 meda-lhas de prata e 4 de bronze, rela-tivas ao concurso aquático do Bo-queirão do Passeio;

agradecer diversos donativosfeitos pelo sr. Joaquim dos Santo»Crespo;

deferir o pedido do sr. GeraldoMajella, para guarda no club deuma yole a dois de sua proprie-dade;

conceder credito para concursodos chuveiros e cabides;

apprõvar os registros e inseri-pções a serem feitos na Federaçãodo Remo;

tomar medidas as mais rigoro-aasi para a manutenção da ordemna rouparia do club,

— Ficam, pelo presente, prevê-nidos os srs. associados que a di-rectoria resolveu, no fiel cumpri-mento dos estatutos (art. 120),exigir que todos os associados semunam de suas carteiras, podendoos mesmos procural-as na secreta-ria, certos de que serão attendido»com rapidez desde quo apresenteduas pequenas photograpliias. —Ariovisto Filho, secretario ge-ral.

O Washington Viiia em»patou com o Combinado

Preto e BrancoNo campo do querido Washin-

gton Villa F. C, em MarechalHermes, teve logar domingo ulti-mp, uma sensacional peleja entreos valentes teams do club local edo Combinado Preto e Branco,,composto de elementos do Bangu'A. C, como sejam. Domingos eMédio.

A pugna foi sensacional o nofinal o quadro do Washington Vil-la conseguiu significativa victoriapela contagem de 1x0, contra aespectativa da grando assistênciaque contava com uma derrota parao grêmio izul e branco.Reunião do ConselhoDeliberativo do S. C.

AntarcticaSão convidados todos os conse-

lheiros dest enovel grêmio, a re-unirem-se hoje, em sua séde so-ciai, ás 20 horas, em segunda con-vocação, para deliberarem, sobrea nova directoria para o anno de1931. conselho fiscal, prestação decontas da directoria, relatório dopresidente.

Botafogo F. C.CURSO FEMININO DE

GYMNASTICA ESTHET1CAO departamento feminino do Bo-

tafogo F. C. leva ao conhecimen-to das alumnos do Curso Femininode Gymnastica Esthetica que. hoje,quarta-feira, haverá aula das 10ás 12 horas, bem assim no sabba-do, a mesma hora, sob a direcçãoda sra. Vera Grabinska.

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12 DIÁRIO DE NOTICIAS Quarta-feira,-7 de Janeiro de 1931.

0 Sport Club Antarctica, um dos mais poderosos grêmios do chamado "Sport Menor', commemora, hoje, a passagem doquarto anniversario de sua fundação. O DIÁRIO DE NOTICIAS, paladino dos pequenos clubs, saúda a progressista

sociedade, augurando-lhe um porvir cheio de victorias sensacionaes e completa prosperidade =zEM NICTHEROY

A solemnidade da coroação da Rainha, sabbado,no Villa Lage — Outras notas

Ainda permanece sem solu-ção decisiva o "caso" da sei-são sportiva, muito embora aattitude de franca sympathiada entidade máxima a favordos dissidentes. Com a no-meação de um "interventorexterno'' na ANEA não conse-guiu até hontem soluecionaro dessidio.

Dizem os paredros interes-sados que o "interventor" agi-rá, hoje, ou amanhã, de modoque, o sport local seja admi-lustrado pelos clubs contra-*íqs á ANEA.A COROAÇÃO DA RAINHA

DO G. S. VILLA LAGEOom esplendida festa dan-

sante, terá logar sabbado, naelegante sede social do GrupoSportivo Villa Lage, a coroa-ção da Rainha, solemnidadeesta caprichosamente organi-zada, que. sem duvida, irá re-gistrar" encantador exito.OS JOGOS DOS CLUBS DIS-SIDENTES PARA DOMINGO

Para domingo determina atabeliã organizada pelo dire-ctor-technico dos clubs dissí-dentes estes jogos: •

NOTICIAS —¦ America P. C.x Azul S. C.

3* prova, ás 11 horas, emhomenagem ao major Esteves— Pelotas P. C. x Combüia-do 5 de Julho.

4a prova, ás 12,30 horas, emhomenagem á Edith Santos —S. C. Jahu x Grupo SportivoVilla Lage. '.

5° prova, ás 14,30 horas, emhomenagem á Casa GonçalvesLopes — Ublrajára F. C. xFloriano A. C. 7

6" prova — Em homenagemao Fluminense — Força Pu-blica do Estado x Porto No-vo A. C.

Nota — Haverá uma provade resistência em volta docampo de accôrdo com o pro-gramma, no intervallo da 5*e 6* provas. Em falta de ai-gum team da escala, o da ca-sa disputará a prova. Pedi-mos aos cíubs convidados pa-ra comparecerem 20 minutosantes da hora.

O FESTIVAL DO AMERICAF. CLUB

Domingo, no campo da ruaVisconde de Sepetiba, realiza-rá o America attrahente fes-

Fracassaram completamente as negociaçõespara o aceordo entre <d Jockey ^ Derby Clubs

""""^¦¦^tM">*M^mmÊmmmmmmmmmmmmm******mmmm«MpiiMMÍMWiiÍMMrMHM

A Directoria do Derby Club recusou "in limine" a proposta de que foiportadora a deleaacâo paulista

S. Bento x Nictheroyense — ... „_,„.„„„Campo da rua dr. Paulo César !ü™1 sportivo.

Juizes do Fluminense — ¦ O programma obedecerá exRepresentante, do Canto do cellente organização.Rio.

Gragoatá x Barreto — Cam-po da avenida 7 de Setembro

Juizes do S. Bento — Re-presentante do Fluminense A.Club.

Fonseca x Odeon — Campoda rua dr. Paulo César — Jui-zès do Nictheroyense — Re-presentante do S. Bento.O FESTIVAL SPORTIVO, DO-

MINGO, DO RIO BRANCOA CLUBNo campo da rua Benjamin

Constant, levará a effeito do-mingo, o novel Rio Branco in-teressante festival sportivo,assim organizado:

Ia prova, ás 8 horas —- Emhomenagem á "Folha dõ Es-tado" — F. Engenhoca A. C.x Vera Cruz F. C.

2a prova, ás 9,30 horas, emhomenagem ao DIÁRIO DE

A BRILHANTE VICTORIA DOS. C. JUAREZ TAVORA

Realizou-se, domingo, no campodo Imperial A. O., um grandefestival sportivo, no qual tomouparte, na 2" prova, em homenagemao DIÁRIO DE NOTICIAS, o S. C.Juarez Tavora, alcançando o no-vel grêmio uma brilhante victoriasobre o Imperial, pela contagemde 2 x 1.

Na luta, que foi renhida, coubea saida ao Juarez, tendo Tatu,que se apossara da bola, feitofirme carregada sobre o goal ad-versario, a qual, porém, não sur-tiu o effeito desejado. Pouco de-pois de uma entrada violenta doslocaes, foi conquistado o primeiroponto da tarde.

Posta a pelota ao centro, Ba-rata, de inicio, centra para San-tos, Este faz c mesmo para Ma-theus, que shoota a goal, tendo olceeper adversário, como ultimorecurso, posto a pelota fora, coh-cedendo corner3. Batida a penali-dade. verifica-se, então, uma seri-mage na porta do goal, do que scaproveita Bicanca, para com forte"tiro" conquistar o primeiro goaldo Juarez Tavora.

Reposto ao centro o balão, dá asaida o team local. Tatu' apossa-se da bola e centra para Ma-theus, que, carregando, conseguedesnortear os backs antagonistase, assim, marcar o segundo goaldo Juarez Tavora.

Destacaram-se muito neste jogoOliuca-Chuca, que jogou bem, es-tando mesmo em seus melhoresdias; Barata, que assombrou como seu jogo livre; Bicanca, bas-tante firme; Tatu', que esteve re-guiar, e Santos, Odilio, Pistão,Torpedo, Mangueira, Camiilo eMatheus, que jogaram assombro-samente.

E assim, com essa retumbantevictoria, começou para o JuirezTavora o anno de 1931.

O team tinha a seguinte con-stituição:

Chuca-Cchuca; Odilio e Camil-lo; Pistão, Barata e Mangueira;Torpedo, Bicanca, Tatu', Santos eMatheus.

O CLUB ATHLETICO TIJUCACONVOCA A SUA DIRECTORIA

E CHAMA OS SEUS AMA-DORES

A direcção sportiva do C. Â,Tijuca, por nosso intermédio, con-voca a sua directoria para se re-unir hoje, ás 21 horas, afim detratar de assumptos vários, echama as suas equipes para otreino que se realizará amanhã,quinta-feira, ás 15 horas, no cam-po da rua Moraes e Silva.

'fgmar

ÇkevQ¦^umprazePIicr

YPIRANGA F. C.(Official)

O director de sports solicí-ta o pontual comparecimentodos amadores abaixo, quinta-feira próxima, no campo darua de São Lourenço, ás 16horas, afim de submetterem-se a rigoroso treino de con-junto.

Observo antes que os ama-dores, indistinetamente, nãodevem faltar a esta convo-cação:

Carlos, Euclydes, Alcides,Jacatiba, Everardo, Oscarino,IreniO, Nabuco, Lino, GuerraManoel, Calau, Nono, Néco,Gelo, Marinho, Zico, Edmun»do, Noé, Leio, Nousinhu, oito,Moacyr, Cunha, Levino, Du-du, Olivier, Babá e Luiz.

Nictheroy, 6 de janeiro de1930. — Agenor M. Oliveira.

INFANTIL^O^RTISTÃS PCLUB

Tendo este infantil qué tomarparte no festival do Sport ClubAlgarvio, domingo próximo, nocampo do Victoria F. C, sito árua Senador Soares (Aldeia Cam-pista); o director sportivo pedepor intermédio deste o compareci-mento dos amadores abaixo esca-lados ás 14,30 para enfrentar oInf. do Syrio P, C, na quartaprova: Ciquimba, Ayrton, Joffre,Paulo I, Renato I, Synezio, Bebê,Zéca, Joaquim, Paulo II, Lino, Bo-linha, Affonso, Renato II e Al-varo.

. SILVA MANOEL F. C.Assembléa geral extraordináriaDe ordem do presidente, ficam

convidados todos os associados acomparecerem á assembléa geralextraordinária que será realizadano dia 8 do corrente, ás 20,30,para resolver o seguinte :

a) eleição de cargos vagos;b) interesses geraes.

Aviso aos associados em atrazoA directoria communica aos as-

sociados que se acham em atrazode suas mensalidades que, atè odia 8, caso não satisfaçam o paga-mento, serão eliminados de accôr-do com os estatutos; outrosim,avisa que será feita a revisão dasmatrículas para o corrente anno.

O Silva Manoel A. C. e a LigaBrasileira

O Silva Manoel A. C, obedienteaos seus planos traçados como fi-liado á Liga Brasileira, e onde to-dos os seus associados estão sa-tisfeitos com os resultados obtidose estando solidário com as resolu-ções da directoria que tem á fren-te o competente e integro sports-man Eduardo Pinto da Fonseca,caso lhe sejam desmarcados obpontos ganhos do Bandeirantes nocampo da luta, conforme a ultimaresolução do conselho judiciário,de accôrdo com um direito que lheassiste e onde tem bases sólidaspara assim proceder, recorrerápara o conaelho superior e se ain-da não lhe íor satisfactorio o re-sultado, irá aos poderes competen-tes da A. M. E. A., onde esclare-cera o assumpto, dependendo uni-camente da resolução que tomaráa camara de julgamentos na proxi-ma quinta-feira.O próximo baile da "Ala fechamas custa", do Silva Manoel A. C.

Tendo sido organizada pelos as-sociados do Silva Manoel A. C. a"Ala Fecha mas Custa", o seu pri-meiro baile já se annuncia para odia 17 do corrente, ninando gran-de enthusiasmo entre os seus com-ponentes, que são os associadosde mais evidencia no club e quetudo farão para que essa festatranscorra num ambiente de cor»dialidade e alegria. O salão seráornamentado a cravos e as dansasdeverão ser executadas pela "Jazz7 de Setembro".

Qualquer informação poderá serobtida na secretaria do club, comos srs. Nelson Mauro, ReynaldoMachado o Adriano Baptista.

A tentativa de harmonização daquestão entre o Jockey e DerbyClub de São Paulo, fracassou com-pletamonte, pela intransigência dadirectoria do Derby, quando tudoparecia marchai* para uma soluçãohonrosa. ....

'¦'Não cabe à culpa do fracasso

aos srs. conde Sylvio Penteado iLuiz N. de Assumpção. Os dondedicados turfsm*n paulistas, comuma habilidade'e paciência, digna:de melhor sorte, envidaram osmaiores esforços para encontraiuma solução aceitável. Nada con-seguiram, é certo; mas desobriga-ram-se cabalmente do seu manda-to, e levam para São Paulo unuiimpressão pessoal da questão qúeora divide o turf carioca, habilita-dos nssim a pôr os turXsmen pau-listas a par dai* attitudes das duassociedades e ^capazes de orientaro turf paulista..para o lado da boarazão.

Historiemos rapidamente as de-marches de hontem.

Bastas razões tínhamos nós,quando affirmamos hontem, quenada havia ainda sido resolvido eque duvidávamos aceitasse o DerbyClub o accôrdo, nas condições pro-paladas pela imprensa.

Os srs. conde Sylvio Penteado eLuiz N. de Assumpção, realizaramdurante a tarde de hontem nadamenos de quatro reuniões com asdirectorias das duas sociedades.Desses "meetings" — segundoconseguimos apurar, apesar dadiscreção dos delegados de SãoPaulo*-— resultou

"ser formuladaás 17 horas, uma proposta defini-tiva, feita pelo Jockey Club, e quena essência, era idêntica a quehontem publicámos, àecrescida dealgumas, cláusulas, relativas *ao pa-gamento, pelo Jockey Club, dosempregados do Derby, durante oanno corrente e mais uma quotamensal para essa sociedade, dedez contos de réis. Questão ape-nas de interesses pecuniários, co-mo se vê.

A directoria do Derby Club, de-clarou aos mediadores paulistasque iria apresentar essa propostaá assembléa geral a realizar-seamanhã, dando a impressão (senão affirmando mesmo) de quoaceitava, em principio, o accôrdoprojectado.

Nós, conhecendo o machiavelis-mo dessas contemporizações, con-tinuamos esperando uma manifes-tação qualquer, offiíial, da dire-'ctoria do Derby. E não esperamosem vão : no segundo "clichê" dosnossos collegas do "Diário da Noi-te", vem publicada a seguinte no-ticia, que, data venia, reproduzi-mos :"Hoje, á tarde, ficou definitiva-mente resolvido o caso Jockey"versus" Derby Club, na reuniãohavida entre direçtores dessa so-ciedade e do Jockey Club de SãoPaulo» As contra-propostas nâoforam aceitas e o Derby continua-rá a dar corridas todos os do-mingos." i

Os srs. conde Penteado e As-sumpção, ao lerem a nota referi-da, manifestaram surpresa e nóscorremos ao Derby Club em buscade esclarecimentos.

Lá conseguimos saber que a no-ticia era positivamente verdadeira,e que em nota official, enviada só-mente a determinados jornaes, adirectoria explicaria a sua attitu-de. Ao mesmo tempo foi-nos mos-trado o projecto para a corridado próximo domingo, no prado doItamaraty.

Estão, pois, desfeitas todas asesperanças de qualquer accôrdoentre as duas sociedadoa de corri-da** desta capital, restando apenasa hypothese dê ama s?f*embléa Re-ral de sócios do Derby Club resoi-ver a fusão com o Jockey.

UMA NOTA OFFICIAL DOJOCKEY CLUB

A directoria do Jockey Club con-testa nuaesquer informações, ano-nymas ou subscriptas, em tppicosou entrevistas, todas inveridicas,commentando o seu procedimentoem relação ao Derby Club e seusdireçtores, por cuja vida prolon-gada e feliz nunca fez outro votosenão o dictado pelo respeito hu-mano, dentro das normas de boacivilidade que sempre tem acompa-nhado todos os seus actos.

Rio de janeiro, 6 de janeiro de1931.JOCKEY CLUB — O PROGRAM-MA DA REUNIÃO DE DOMINGO

PRÓXIMOPara a reunião de domingo pro-

ximo no Hippodromo Brasileiro,ficou hontem, organizado o se-guinte programma:

Premio JAVARY — 1.600 -me-tros — 5:000?000 — Little Jack,•Yearling, Calentão, Vaidade ePosteridade.

Premio LAZREG — 1.B0O me--,-»cb — 4:000?000 — Itaberá, Pre-dilecto, Ubá, Chuck, Pirata, Ga-laor, Dante, Gavião, Ravissant eXingu.

Premio ROMANCE — 1.760 me-tros — 4:000$000 — Tyta, Uraca,Gambetta, Brasil, Valente eUrubu.

Premio OURICURY — l.BOOmetros — 1.500 metros — 4:000$— Valdivia, Ventania, Bozó, Alsa-ciano, Orgia, Brincador, Valor eCarinhosa.

Premio BLUE. STAR — 1.600metros—4:000$000 —Umbu, Tro-

A reunião da directoria do Jockey-Club, para resolver sobre o "modus vivendi"com o DerbyGrande, Code, Middle West, PôdeSer, Vai Doré, Ronquido e Ibe-rico.

Premio UIRIRI — 1.600 metros— 4:000$0000 — Tuyuty, Ukrania,

peiro, Viola Dana, Uiriri, Ebro,Romance, e Kermesse.

Premio ÍEVIATHAN — 1.800metros — 4:000?000 — Uberaba,Lev Grand Môme, Spahis, Campo

Õ enigmático PrimoCanera -

O SEU PRÓXIMO COMBATE^^^ ^ws^v^.--^--^---^- -* —**v*»**»»: i ii 1111 in i c ti ¦ i mim

Í&*^*í:::':xí':™Ní*-:-

«á S&H1. *. ¦. ¦..¦«-rfs-ftiíjjg.--*.*. v.*a '.*.¦. *JO^ •.-.¦.•.•:•.¦.¦.¦:•.¦.¦:¦:•.•:¦*¦ :í* :•: C*: ¦: ¦ í: ¦:¦:¦:¦:•:¦:¦:•:¦ *"*:•:•¦£¦: •Xv" *•'-•:•:»:•'»:•'¦:•:•:•:•:•' '$$£* * '"^' *-v-' ¦"£• ¦*a,>" *•'•'•'•'• '• vlJwfif.Sfc'. *. ¦ .* 1

¦p^- '•**'» v .* y^.Ç' • *¦JOHN PETTIFER, á esquerda, cognominado "Primo CarneraBritannico", que vem de ser afastado das cogitações... Tem21 annos e pesa 110 kilos, porém teve de ceder a vez a ReggieMeen, que se baterá proximamente, em Londres, com Primo

CarneraO recente match entre Primo

Carnera e Faolinc U**c«dum pare-co ter sido promovido para pro-var a que gráo attingiu o gigan-tesco italiano, o phenomeno doring, na hierarchia pugilistica,após a sua visita aos Estados Uni-des. Porque, desta estadia nopaiz dos dollars, que se prolon-gou por mais de um anno, noschegaram os ecos mais contradi-ctorios; de um lado, assignalava-se com alegria, que Carnera setornara invencível, emquanto que,doutro lado, insinuava-se que,.emvez de combates, suas lutas nãopassavam de simples exhibições.Em todo o caso, elle tinha post»no seu activo i unia série impo-nente de retumbantes victoriaspor knock-out, mas, para que asituação se tornasse ainda maisenigmática, Carnera; em seu ul-timo match, encontrou meios dese deixar bater por Jim Maloney,que Johnny Risko vem de derro-tar e que tambem, por sua vez,acaba de ser vencido por MiokeyWalker, o campeão do mundo dospesos médios. Vejamos, pois, aquo conclusão chegamos dessesfactos: Carnera inferior a umpeso médio !

Segundo, porém, este conjuntode suas performances na Amari-<*a: tinha-se o direito de pensarque. se Carnera não progredira noponto de vista do box — uma veique fora nitidamente dominadopor Maloney — ao menos,'adqui-rira um puneh destruidor. Ora, oencontro de Barcelona veiu mos-trar justamente o contrario. Car-nera boxou admiravelmente, comoum campeão, mas seus puneh es-teve longe de causar boa impres-são.

E' verdade que houve circum-stancias attenuantes, e das quaesfizemos menção cm noBsa noticiasobre esta luta. Assim sendo,

uma vez que a duvida permane-ce, é com a maior curiosidade quese espera peia sua reappariçãc 50=bre o ring.

Infelizmente, esta vae ter lo-gar contra um adversário quenão nos poderá fornecer pontosde comparação precisos.¦ Com effeito, Reggie Meen, quedeve, brevemente, defrontar-secom Carnera, em Londres, nãopossue ainda nma classe interna-cional. Se bem que ainda jovonno "metier", Meen pôde, no em-tanto, reivindicar a distincção deser o "runner-up" para o cam-peonato da Inglaterra, que PhilScott abandonou, em debandada.Quando este ultimo foi "esma-gado" por Young Stribling, os ou-tros pesos pesados inglezes foramclassificados em o tdem de seusvalores, classificação esta que seviu encabeçada pelos nomes deCharlie Smith, Reggie* Meen eDon Shortland.

A 6 de outubro, Smith encon-trou-se com Meen, *derrotando-oaos pontos, mas tendo, por duasvezes, ido a knock-down, e ulti-maménte, Reggie Meen, que ae-cusa um grande progresso, sob atutella de Larry Gains, o famosopreto yankee, poz Don Ssortlandknock-out no 9** round. Jael*Bloomfiel, que arbitrava o match,declarou que fora o "mais ündôhook de direita que jamais viraem toda a sua carreira.

Emquanto isto. um Carnera In-glez, Jaclt Pettifer, foi'posto forade cogitações, quando, apesar deter vencido o pupillo de Pat O'Keefe (um velho adversário deGeorge Carpentier), Jack Stratton,mostrara a sua fragilidade, indopor mais de uma vez á lona.

Meen é mais solido do que Pet-tifer, mas dahi a ameaçar Carne-ra... a distancia é enorme. .

Prazeres, Tops, Milano, Xaréo ePenderama.

PREMIO LE GRAND MÔME —I1.8OO metros — 4:000$000 — BôaVida, Agenda, Lazreg, Mechita,Congo e Funchal.

Premio QUATRO DE JANEIRO1.800 metros — 6:000?000 —

Therezina, Ultraje, Sastre, Enig-ma e Vuloain.

PREMIO YAGO — 1.800 me-tros — 4:00015000 — Tenebreuse,Umbá, Caruaru, X. Raio, Hiate,Uadl e Andes.

Embora autorizando des já opagamento dos prêmios, a Com-missão de Corridas do JockeyClub, adiou a sua reunião paramais alguns dias, .afim de apurarvários factos, para que pgssa ado-ptar medidas quet se fazem neces-párias.

DERBY CLUBProjecto de inscripço da 2" cor-

rida extraordinária a realizar-seem 11 de janeiro de 1930 :

Paroo "Seis de Março" — 1.100metros — 4:000? e 800Ç000 — Ani-maes nacionaes — Pesos especiaes.

Pareô "Nacional"...~. 1.609 me-tros — 4:000? e S"00?000 — Ani-maes nacionaes — Pesos especiaes.

Pareô "Cosmos" — 1.609 metros4:000? e 800ÇOO0. — Animaes

estrangeiros — Pesos especiaes.Pareô "Brasil" — 1.609 metros

4:000? e í?00?000 —- Animaesnacionaes — Pesos especiaes.

Pareô "Mixto" — 1.760 metroB.4:000? e 800Ç000 — Animaes de

qualquer paiz — Pesos especiaes.Pareô "17 de Setembro" — 1.750

metros — 4:000? e 800Ç000 — Ani-maes de qualquer paiz.

Pareô "Derby Nacional" — l.BOOmetros — 4:000? e 800?000 —Animaes nacionaes — Pesos espe-ciaes.

Pareô "Progresso" — 1.609 me-tros —- 4:000? e 800?000 — Ani-maes nacionaes — Pesos especiaes.

A inscripção encerra-se, hoje, 7,ás 17 horas.

ASSOCIAÇÃO DE CRONISTASDESPORTIVOS

Com os resultados da corridarealizada domingo ultimo, no Jo-ckey Club, ficou sendo a seguintea classificação dos concurrentesinscriptos no concurso Mensal:1-Enygma .. 5-102-J. H. Fonseca 5-93-Nestor C. Pereira .... 4-94-0. S. Jorge .. .. .. .. 4-8B-Alberto Smith ., ., .. 4-86-Avelino Dias 4-87-J. Almeida 5-78-José Fonseca 4-69-Jprge Vasconcellos ,. ,, 3t6

10-Zelina Souza .. 4-511-J. L. Costa Pereira12-Octavio Ribeiro .. .;13-Carlos de Carvalho .,14-F. Calmon15-Oscar Ribeiro .. ..16-Archilles Fontana ..

3-5.. 3-5.. 2-5.. 2-4.. 2-3.. 2-2

Em-

'f RÃNTE UM J060 DE FOOTBALL RUGBY, 0 PLAYERFRANCEZ TÃILLÃNTOU MATOU, üiVOLUNTÂRIAmENTE

0 ADVERSÁRIO MARGEL PRAOIEAnnunciado para este mez, o seu julgamento

está despertando grande interesse, estando onome do homicida cercado das maio-

: res sympathias

"Concurso Santarém"patados — J. M. M. Costa e Sa-muel Babo com 10 pontos cadaum."Concurso Itamaraty" •— l8 lo-gar — Carmello Fernandez — 12pontos — 2o logar •—< Pirolitocom 10 pontos.

O ENTRAINEUR ERNANI DEFREITAS TEM A' VENDA UM

LOTE DE ANIMAESINÉDITOS

Domingo próximo serão apre-sentados no paddock do Hippodro-mo Brasileiro, das 16 ás 17 horas,as quatro potrancas argentinas,filhas de Lobezno e dois potrosnacionaes, por Esterhazy, que es-tão a cargo do entraineur Ernanido Freitas, incumbido do ven-del-os.COSME MORGADO JA' ESTA'

RESTABELECIDOO esperto aprendiz Cosme Mor-

gado, já restabelecido da pequenaintervenção cirúrgica que soffreuha dias, reapparecerá' domingo, nacorrida do Jockey Club.

JAVARY VAE REPOUSAREntrou em repouso o potro Ja-

vary, victorioso na ultima corridado Hippodromo Brasileiro. O filho tal.

(Communicado epistolar daUnited Press)

BORDÉOS, dezembro (U.?.) — Os circulos sportivos dafrança e do mundo inteiro es-peram com grande nervosis-mo e interesse o julgamentodo jogador de rugby, Taillan-tou, cuja realização está mar-cada para o próximo mez dejaneiro.

Taillantou matou, duranteum match de rugby, o playerMareei Pradie, da equipe ad-versaria, xainani.ou agarrou,durante o jogo, a victima, ati-rando-a ao solo com tanta in-felicidade que esta soffreu aruptura da columna vertebral.O tribunal iniciou contra Tail-lantou um processo por crimede morte, não querendo consi-derar o caso como um meroaccidente.

Se é verdade que na Françaos amigos do sport lamentama brutalidade do rugby, estão,não obstante, de accôrdo emque a condemnaçao de Tail-lantou representaria um gol-pe de morte contra esse sportna França e talvez mesmocontra outros muitos jogos

Faz annos hoje o SportClub Antarctica

Completa hoje quatro annos degloriosa existência, o valoroso S.Club Antarctica, uma das leeiti-mas glorias do sport menor. Falarda brilhante carreira deste valo-roso grêmio é desfiar um rosáriodé feitos memoráveis e lindas vi-ctorias. Actualmènte o valenteclub oecupa logar de destaque nascamadas sportivas, magnificamen-te installado e com um bello cam-po sportivo, coisa tíuo muitos doagrandes grêmios não possuem. Ovaloroso grêmio alvi-azul da ruado Riachuelo, marcha brilhante-mente para a eficiência máximados sports, graças aos esforçosinauditos da directoria que hojeentrega o seu cargo ao nobre con-selho deliberativo, que nomeará ossubstitutos do grande beneméritoManoel Augusto Ferreira, Verissi-mo Solia, o incansável presidente,e os demais membros que deixameste novel grêmio em uma posiçãoinvejável. Oxalá que os novos di-rigentes do glorioso Sport ClubAntarctica. saibam proseguir otrabalho destes beneméritos an-tareticos.Liga Metropolitana deDesportos Terrestres

NOTA OFFICIALComissão de Informaçõeu

De ordem do presidente convidoos srs. Galdino Satniago e Fre-derico Mauro Moore, membros daCommissão de Informações, a_ sereunirem na próxima quinta-feira,S do corrente, ás 17 horas.Comparecimento á sede da Liga

De ordem do presidente convidoo sr. José Silva Filho, "linesman"do jogo dos 1°° quadros, SportivoSanta Cruz x Oriente A. _ C. ácomparecer á sede desta Liga, naquinta-feira próxima, 8 do corren-te, ás 17 horas, afim de prestaresclarecimentos sobre o referidoprelio.

Conaelho SuperiorDe ordem do presidente convido

os membros do Conselho Superiora se reunirem sexta-feira próxima,9 do csrrent*?: á» 20.30 horas, emsessão ordinária.

Secretaria, 6 de janeiro de 1930.— Sylvio Vinhas de Viterbo, 2o se-

UMA IMPORTANTE FESTASPORTIVA EM HOMENAGEM

AO DR. CÂNDIDO PESSOAReina grande enthusiasmo nos

circulos sportivos desta capitalpelo magnífico festival sportivoque será realizado no dia 1° defevereiro próximo, no campo doS. C. Campinho, em homenagemao dr. Cândido Pessoa.

Para essa importante festa estásendo elaborado um excellenteprogramma, que constará de cincoexcellentes partidas de foot-ball,das quaes participarão os maisrepresentativos grêmios do sportmenor.

A penúltima prova será umasensacional "révanche" entre doisvalorosos grêmios, possuidores defortes e adestradas esquadras.

Na próxima semana, publicare-mos o programma elaborado.

do Aymestry só reapparecerá den-tro de mez e meio.OS SRS. CONDE SYLVIO PEN-TEADO E LUIZ N. DE ASSUM-

PÇAO REGRESSARAM AS. PAULO

De regresso a S. .raulo segui-ram hontem, á noite, no "Cruzeirodo Sul", os srs. Conde Sylvio Pen-teado e Lniz N. de Assumpção, de-legados do Jockey Club de S. Pau-lo, na intervenção amistosa dessasociedade na questão entre o Jo-ckey e o Derby Club.

Os distinetos turf men paulistasforam acompanhados á "gare" pe-los srs. dr. Ricardo Xavier daSilveira e Manoel de Araujo, dire-ctores do Jockey Club desta capi-

nos quaes podem oceorrer ac-cldentes semelhantes.

A Associação Franceza deRugby e o Comitê Nacional deSport, órgão semi-official, ma-nifestaram-se a favor do ac-cusado, tendo o club a que ellepertence, juntamente com aAssociação de Rugby, nomea-do dois conhecidos advogadospara acompanharem a mar-cha do processo: os srs. Hen-ri Torres e Robert Bernstein,irmão do conhecido drama--f *i*it*-(nr4*% -r-tncea vi ornoVML^'-' \A^>UUS* Hwllik/i

Eu hei de defender com to-da energia o assumpto, doponto de vista sportivo", de-clarou o advogado Torres áUnited Press". Se perdermosessa causa, o jogador francezde rugby passará a viver ater-rado com a visão sinistra daguilhotina, todas as vezes que,ao tirar a pelota das mãos doadversário, este soffrer uniaccidente. Portanto, o meuponto de vista é o seguinte:se o Tribunal julgar culoadoo jogador Taillantou. terá da-do um golpe de morte no ru-Tby, no box e em muitos ou-tros sports".O S. C. ARACATY VENCE BRI-

LHANTEMENTE O S. C.SUPIMPA POR 3X2

Na prova de honra do festivalsportivo promovido pelo YankeeF. Cf domingo ultimo no seucampo na Villa Penha em Brazde Pinna, deviam defrontar-se osfortes teams ao S. C. Aracaty ePortella F. C.

Mediante á ausência deste, ospromotores convidaram o S.. C.Supimpa que tambem ficou pri-vado do adversário na prova pre-liminar, pnra cnfrsntnr o greroio

Estavam portanto, os mesmosde posse das respectivas provasW. O. e num accôrdo entre estes,foi resolvido que a prova de Hon-ra seria jogada pelo S. C. Ara-caty e Supimpa F. C, pondo emdisputa as duas taças do que osmesmos eram detentores, desti-nada3 assim ao vencedor.

Iniciada a peleja ás 17 horas,com a saida dada pelo Aracatyque logo investe. Não obstantecerto predomínio do Aracaty, osavantes do Supimpa conseguempor seu meia esquerda o 1" goal,aproveitando uma indecisão doback tricolor. Nova saida e, im*mediatamente ao feito adverso, alinha Aracaty, continua bem, ten-do Augusto excellente passe pio-propocionado a Pimenta empatara peleja, terminando esta phasesem outro score. Com o necessa-rio descanço, voltam a campo oscombatentes reiniciando-se adisputa com grande ardor porparte do Aracaty cujos componen-tes em todas as suas linhas con-trolam perfeitamente pondo con-stantemehte em cheque o adver-sario. Em carga fulminante, éainda Pimenta que consegue bur-lar o goal adverso assignalando o2o tento. Registra-se a seguir no-vo ponto do Aracaty feito porNelson, que o juiz impensadamen-te annullay, se mostrando mesmotendente a prejudicar o team doS. C. Aracaty que se conduz dis-ciplinadamente c a tudo acata.'Coroando suas esplendidas joga-das, Pimenta o terrível playerconsegue o-S** ponto sob deliran-tes acclamaçõeg da grande assis-tencia, que incessantemente ap-plaudia os feitos da valorosa ra-pazlada de Ramos, quer discipli-narmente quer iechnicameiite. Ojuiz, senhor ao apito concede aoSupimpa um "ipenalty imaginário,feito por Albertinho o mignonzaga do Aracaty que licitamentee numa tirada de. arrojo afasta operigo do seu goal. Balida estapenalidade, redunda a mesma no2o goal para o Supimpa, termi-nando dois minutos após a pele-ja com a victoria merecida do S.C. Aracaty que ficou de possodas duas taças.O S. C. PERSEVERANÇA DER-ROTOU O SPORTING CLUB DO

BRASIL POR 4X1Na chacrinha do primeiro, sita

á Travessa Magalhães Castro nu-mero 6, estação de Riachuelo,realizou-se, domingo ultimo, esseesperado encontro.

OS. C. Perseverança alcançoumais uma brilhante victoria, aba-tendo o seu valoroso adversáriopelo score de 4 x 1.

Marcaram os goals os seguintesplayers: Nelson (1), Cecy (1),Bebéto (1) e Aldemar (1), estoconquistado em bellissimo estylo.

O S. C. Perseverança apresen-tou sc desfalcado de Gilberto,Egydio Bi-Hto e do granda íull*back suburbano Orlando Amen*-doía, o popular "Oba! Oba!".

Nos jogos dos terceiros e ee"gundos teams, tambem venceu •S. C. Perseverança, por 2x0 íi4x0, respectivamente.

A sua esquadra principal tinhaa seguinte constituição:

Jonas; Picareta c Galdino;Francisco, Aldemar e Arnaldo;Bebéto, Minhota, Cecy, Nelson sMarinho.

Será realizada, hoje, na redacção deste jornal, a 27.a apuração parcial do grande concursoinstituído pelo DIÁRIO DE NOTICIAS para a eleição da "Rainha do Sport Menor".Os trabalhosterão inicio ás 17 horas, na presença dos representantes de todas as candidatas aquelle titulo

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s-E:i^^^*sp*??P^ i^uv lajiwiujaii imi

Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931 DIÁRIO DE NOTICIAS

Nav egaçao_^ _. 13

^^ Ç ftnniisifrw». .SüSSüSSSlSüSSJS^S^S^S^^^^S^^^S^^S S lfb"tfc""1' n^t^'»"v^^"ffwa^^1"r^'*?'w,c*™*1w^ «tii«i^^Tt.rifsrrfil,»rw«fcff»»sri ¦nswi/silisi't»«sM%^^ SSSSSSJSÜS S *1tifTrw"— lft"lllll>1'* SSSS^SSSS '*"" SSE^S^S ¦'.'¦'1'"" I '""¦¦Mt*gh»g-»''>^Ti-.f--"i-r— »jw*>-rm m i n ismsTin

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MOVIMENTO DE VAPORESLINHAS TRANSOCEANICAS

Da Europa para a America do SulPROCEDÊNCIA RIO DE JANEIRO DESTINO.. » « '

1 PORTOS Sf NAVIOS 2 PORTOS g> g a ga js rS ¦ ja « "* 603 o a,—|Helsinki ...16 Suécia | 8 B. Aires —I 4-181420|Liverpool ..( 8 Desna |8 B. Aires 14| 4-8000—jAnvors |12 Persier 112; Santos 13j 3-432727iLondres ....|12 Hig. Princess 12 B. Aires.....; 16| 4-8Q00—IHamburgo ..j*3 Bagé — .'..».. .-.— 4-2490—|Anvers |16 Dupleix —-. Rio Grando ..—| 4-620VG|Cer-va |17 Duilio |17 B. Aires 20(4-17422iLondres ...|17 Avelona Star |18 B. Aires 22| 4-3593

31|Hamburgo ..|1U Gal. S. Martin II» B. Aires 24| 4-158S:4|Genova |20 Alsina ...20 B. Aires...... 24, 3-29306|BarceIona ..'120 R. V. Eugenia |20 B. Aires...... 24| 4-24903iLiverpool ..V|2ü Domerara ....;....|22 B. Aires...... 28, 4-8000.9iHamburgo ..|22 Cap. Arcona .......|22 B. Aires...... 25i 4-15824|Amsterdam .|23,Gelria |a« B. Airos...... 27| 2-43207|Hamburgo . j24 Antônio Delfino ...|24 B. Aires...... 29l 4-1582

10;Londres .....|26 Hig. Brigade |26 B. Aires. S0| 4-800015!Genova |2<3 Sierra Morena ...,.20 B. Aires 3| 4-612115|Genova |26 Conte Rosso ........'26 B. Aires...... 29! 8-292315!Bordeaux ..|27 Lutetia t[27 B. Aires... n.. 30! 4 6207UlBremen |20 Sierra Morena |2Ò B. Aires...... 4j 4-1582lOjHamburgo ..|30 Bayern .|30 B. Aires...... 31.4-612116[Londres ....131 Ávila Star ..... I 1 B. Aires 5| 4-3593—iHamburgo ..I 2 Poconé •", .•'•!— . t ..... .—| 4249015|Hamburgo ..| 2 Monte Sarmiento ,.i 2 B. Aires 7| 4-15H210|Marseillé ...| 3 Cordoba ) 3 B. Aires...... 8| 3-2U30

Da America do Sul para a EuropaPROCEDÊNCIA

PORTOS

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RIO DE JANEIRO

NAVIOS

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7|í?antos ...3,B. Aires...S|B. Aires.,7,B. Aires...7jB. Aires...8;B. Aires..,

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—|B. Aires...—|B. Aires...12B. Aires....16,'oantos ....12|B. Aires....16,'Santos ....13JB. Aires....15,B. Aires....16.B. Aires....15JB. Aires....14|B. Aires...,20IB. Airej...

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21IB.—>B.24IR.-IB.23IB.-B.28|B

Aires..Aires..Airos..Aires..Aires..Aires..Aires..

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Aires..Aires..Aires...Aires...Aires...

28

3llB.IB.4|B.4|B.3|B.

Astrida | 8Kerguelen |9Conte Verde........jllDeseado J12Mont Olivia .......J13Flandria 133Vlcantara ,|15Alm. Alexandrino...|15Santos i*.|lüBore VIII..........|16Gal. Artigas ÍÍ7Olympier |17Belle Isle 118Nyassa jl7Princeza Maria ....|18Florida (19Andai. Star |20Hig. Chieftain ,...|2ÜGuarujá |21Aurigny 126Desna 26

iVigo -..~«.'2CiDuiiio (27ILima .....,|28Madrid J28Bagé ,.|30

I Cap. Arcona ,31Severti ...

IAvelona Star ....(Hig. PrincessI Alsina (Lutetia (Conte Rosso

Anvers |—|Havre |-—IGênova |23|Liverpool .... |30;Hamburgo -.4J31|Amsterdam . .|31|Southampton .(301Hamburgo .Helsinki ...Finlândia ..Hamburgo ...Anvers Havre Lisboa ••*•»••Gênova Gênova Londres Londres .....Marseille ....Havre ...LiverpoolHamburgoGênova ..HelsingkiBremen .HamburgoHamburgoHamburgoLondres .Londres .MarseilleBordeaux

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3-43274-62073-29234-80004-1ÕS22-43204-80004-24904-1S144 35934-15S2Õ-43274-62074-18523-29233-29304-35934-80003-29304-62074-8001!4-15S24-17424-18144-61214-24904-18524-80004-35934-80003-29304-62073-29234-8C00

Do Japão e America do Norte para aAmerica do Sul

PROCEDÊNCIA RIO DE JANEIRO DESTINO oj

"a rt -O 8 g q| PORTOS NAVIOS I PORTOS | gaVCO U £

27|New Yorlc..1 8 West. World 8 B. Aires 12| 4-1200—New York...|10 Cabedello ..— —I 4-24908|New V/9rk...,lb Nort. Prince 15 B. Aires 19| 4-52019|New íork...í22 Amer. Legion 22 B, Airos...n.. 27| 4-1200

16|New York...|29 Easth. Prince 29 B. Aires 3| 4-526123!New York...l 5 South. Cross I 5 B. Aires 9! 4-1200—|New York. ..|13 Aracaju' I— —I 4-249030|New York...|l2 South. Prince |12 B. Aires 16| 4-5261

Da America do Sul para a America doNorte e Japão

PROCEDÊNCIA

PORTOS

RIO DE JANEIRO

NAVIOSw

3IB. Aires..-B.IB.• IB.

13IB.16IB.27|B.IB.

Aires.Aires..Aires.Aires..Aires.Aires.Aires.

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South Cross .....Santos Maru* .„,T. Fagelund ,Brazilian Prince .rm S-. Tl-ÍL-J... 1xuuUc ragciuuu ••West. PrinceWest. WorldNorth. Prince....Am. Legion

DESTINO

PORTOS

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New York....KohéNew York ..Boston

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7| 4-52613-48374-52614-12004-5261

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LINHAS COSTEIRASESPERADOS DO NORTE ESPERADOS DO SUL

Proce-dencia NAVIOS

rt a , 0)¦a c s.io«ooo-o S c co a,

Belém....Tutoya...Belém.'...RecifeManáos..,Tutoya...Manáos...

Campinas ..| 713-3566J. Alfredo..| 8|4-2490

Campinas...| 9(3-3566Araranguá- .|ll|3-8566

Guaratuba..|l2|4-2490Tutoya ....(1314-2490Aff. Penna.|18|4-2490

09

írOCe" NAVIOS 1SPdencia INAVIü:> SfgcgM os— a

O X

P.Alegre. Aratimbó ..| 7(8-3566P. Alegre. Itaquicé ... 713-1900S. Franc.». Laguna .... 813-3443P.Alegre. Ibiapaba ... 9)4-2490P.Alegre. Iguassu* ...ll|4-2490Laguna... Anna ...... 12|8-3443P. Alegre* Araçatuba- . 13Í3-3666

SAHIDAS PARA O NORTE SAHIDAS PARA O SUL

NAVIOS Destino'— . mn £. a« q 2 NAVIOS Destino

CQ

2 í. «5 o '°2sS

Itagiba ..Celeste ..Aratimbó . .1 tiSer. Grandel 8Itaquicé ...| 9C. Salles j 9Tutoya HOBorborema ,|10Itaberá ....iloCorcovado ..10A. JaceguaylllM. Luiza... .|13Murtinho ..|15Alice |15Araçatuba ..|li)Tutoya 120Itaipú' (20J. Tavora .. |30Guaratuba .!30

Cabedell,S. Math.Recife .Maceió .Belém ..Belém ..Tutoya .Maceió ..Penedo .Macau ..ManáosMaceió .Penedo .Bahia ..

Recife ...Tutoya .Macau ..Penedo .Manáos .

3-lãüi. |3-4653.l3-356i>.14-1832.|4-2490,|3-1900. I4-249H

,. |4-2490.13-1300.|2-4653. |2-2490.J3-4658. 14^2490. Í3-4658J3-35G6. 14-2490

. 13-3566

.14-2490

.14-2490

UçáItapacy ....Itauba ...... .Itahíté I 8Pyrineua ..| 8Pará | 8C. Hoepcke I 9Itaquera .., I 9Campinas ,.|lüPirahy llliSantos 110Venus |Í0R. Amazs. .,11Itajubá (11Laguna ....|12Araranguá .(33Ivahy [13A. Nasc.°Anna ....Iraty ...Miranda

.|15116118[22

P. Alegro.|4Imbituba {3-.P. Alegre.,8-P. Alegre.|3-P. Alegre.;4-P. Alegre.|4-Laguna . i3-P. Alegre.|3-P Alegre.18-P. Alegre.l2B Aires.. 4Laguna . .|4.S. Franca 3P. Alegre.[3.S. Fraijc.o,3-P. Alegre.'3P. Alegre.|2-Laguna ..i4Laguna ..joIguape ..12Laguna ..|4

— *

249019001900

•190024902400344319003666•46532490

•4748•35661900-3443•Ò5'<64653•2490-24434(*32490

CAMBIORIO, 6 de janeiro.

MERCADO FROUXO — 4 19/32 d.O mercado de cambio abriu e funecionou, hontem, em posição frou-

xa, com os bancos operando em declínio, como era de esperar, emeon-seqüência do fechamento no dia anterior de um dos nossos principaesestabelecimentos bancários.

Assim, os bancos todos se retrahiram e sacavam para remessas eoutros pffeitos, apenas a 4 19/32 d., 90 dias e 4 9/16 d., á vista, comdinheiro a 4 21/32 d., para o patticular.

O mercado assim se manteve até o fechamento respectivo.As melhores taxas que apurámos no mercado foram as seguintes:

Sobre Lon'dres .. ..Libras..... ..

Nova York ..Paris

Berlim .. ..Amsterdam ..Zurich ....Madrid

Italia Bruxellàs .. ,Praga .... .Vienna .. ..

'Buenos AiresMontevidéo,.

90 d/v.4 15/32

53$706

O Banco do Brasil forneceu as seguintes taxas:90 d/v.

Sobre Londres .. .. .. .. .. .. 4 19/32Libras ., 52?244

" Nova York" Paris .. .. .." Zurich.. .. .." Berlim ——

, It;.tilÍl *• DO O» *• H mm O st «Cs ~~"^*" . Portugal .. .." Hespanha .. .. .. .. .... ——" Bruxellàs .. .. .. ——" Buenos Aires .. .. .. .. .. ——" Montevidéo.. ——

a/v.4 7/1654$08411Í150

$43521635

. 4$6202Ç140«160

$575. 1Ç495

$3301$5253?4508?100

a/v.4 9/1652Ç00210$960

$4282$1252S600

Anrrrn

$4901$1401?5303Ç4407$900

VALES OURO — Foram emittidos á taxa de 5?991 por mil réis.

EM SANTOS ¦'.SANTOS, 6 de janeiro.

Hora Mercado Bancos sc. Bancos comp. Let. off. Dollar10.15 Frouxo 4 17/32 4 19/32 Não ha 10?75010.35 Frouxo 4 17/32 4 37/64 Não ha 10580010.45 Frouxo S/cotação 4 9/16 Não ha 10S85010.50 Frouxo 4 15/32 4 17/32 Não ha 10?90011.00 Frouxo 4 15/32 4 17/32 Não ha 10S93011.05 Frouxo S/cotação 4 33/64 Não ha 10?950

Duranto todo o funecionamento deste mercado o Banco do Brasilsacava a %, com o dollar a lü?800. *

EM LONDRESLONDRES, 6 de janeiro.

TELEGRAMMA FINANCIAL V,

Taxa de desconto: , • .Fechamento AnteriorBanco da Inglaterra 3 °''° 3 %

CORREIO AÉREO CONDORfecha ás 18 horas

Registrados ás 16 horasSEGUNDAS E QUINTAS PARA O SUL

QUARTAS PARA O NORTE

HERM. STOLTZ & CO.AVENIDA RIO BRANCO 66-74 — Telephone 4-6121

MOVIMENTO AÉREONORTE

Dias j Horas j Dias |

CHEGADAS AviõesSUL

Hr

CHEGADAS

Dias Horas

SAIDAS

Dia» 1 Hora

• as i ti Do.n. 15 jPanair 2as fs. lí •... -as fs i.as'ls 4as I». Li Condor...... ;ias ls. 15 3as ls. t)

Condor-" Oas (s lõ (Sas ís. 0Sabb Ij '/s Sabb. Aéropostale.. Sabb lu Sabb 9

PORTOS UB ESCALA B FBCHA11ENTO UAS MALASNORTE

AE ROBUSTA IJD — Vlotuita. uaravollae, Bahia, MacelO, Re-clfe, Natal, Atrlca Occidental, Marrocos e Europa. A mala feíihaás 10 boras de sabbado, recebe correupundutiulã da ulliniü hnru4té às lü noras Kiiuoiiunendus postaes Hte as 18 horas da «-espura

SYNDICATO OONDOR — Vlctoria Caravellas. Belmonte.IlhéOB, Bahfa. Aracaju, MacelO, Uecife. Parahyba e Natal &mala fecha ás 18 horas da véspera da partida.

1 . PANAIR — VictorU viaioveilas. llheos. Bahia, MacelO, Recl, te. Natal. Fortaleza. S. Luiz. Belém, Guyanas. Antilbas Amerlea

Central. México, B Unidos e Canadá.. A mala fecha às 17 horasde segundai-feira. Registrados sõ até 16.30 horas.

SULAEUUHOS'1'ALll — Santos, t loitanopolls. Porto Alegre, Pe-

lotas, llruauay, Argentina, Paraguny f, Chile. & mala fecha às19 horas de sezta-feira Bncnmmendas pnataes) até ás 18 borasde sexta-faira.

SYN1)1(A1'U vJUNUOK - Sumos, Paianuuuà, B. BTanclsco.Florianópolis Porto Alegre. Pelotas e Rio Grande.

v AN AIR — Santos. A mala fecha ás 17 horas de domingo.

NA\IOS A ENTRAR E ASAIR HOJE

TRANSATLÂNTICOSSOUT. CROSS — Esperado de

Buenos Aires ás 7 horas, sáe ás 16horas para Nova York. Atraca no.armazém n. IS.

COSTEIROSITAGIBA — Sáe para Cabedello

c escalas, ás 10 horas, do armazémn. 13.

UÇA — Sáe ás 10 horas do ar-mazem n. 2 dns docas do Lloyd,para Porto Alegre e escalas.

ITAPACY — Sáe ás 10 horas,para Imbituba e escalas, do arma-zem n. 13.

ITAUBA — Sáe ás 17 horas pa-ra Porto Alegre e escalas, do ar-mazem n. 13.

V.TIMBO' Esperado ás 9horas, de ílorto Alegre e escalas,

atraca no armazém n. 11.ITAQUICÉ — Esperado de ma-

nhã, de Belém e escalas, atraca noarmazém n. 13.INFORMAÇÕES RADIO-

TELEGRAPHICASNAVIOS E ESTAÇÕES EM COM-

MUNICAÇÂO NESTA DATAAURIGNY — Juncção.AND. STAR — Juncçào.ALMANZORA — Olinda.DESNA — Victoria.GUARUJA — Juncção.HIG. MONARCH — Victoria.L. MARQUES — Amaralina.MENDOZA — Victoria.MARTHA WASHINGTON — Vi-

ctoria.MASSILIA — Amaralina.MADRID — Florianópolis.SOUT. CROSS — Rio.WEST. WORLD — Victoria.WUERTEMBERG — Olindd.

Banco da Prança.. .. .. .. .. .. .. .. ..Banco da ItaliaBanco de Hespanha.. .. .. .. .. .. .. ,,Banco da AllemanhaEm Londres, 3 mezesEm Nova York, 3 mezes, t/compraEm Nova York, 3 mezes, t/vendaLondres, cambio s/Bruxellas, á vista, & ..Gênova, cambio s/Londres, á vista, &.. .'.Madrid, cambio s/Londres, á vista, &.. ..Gpnova, cambio s/Paris, á vista, 100 frs..Lisboa, cambio s/Londres, t/venda, &.. ..Lisboa, cambio s/Londres, t/compra, £. ..

ABERTURA

S/Nova York, á vista, por libra.S/Genova, á vista, por libra.. .S/Madrid, á vista, por libra

2 2 %% 6 % %

6 %5 5 %2 5/32 2 3/321 % "> 2 % ,1 % 1 % %

34.79 34.79 %Feriado 92.75Feriado 46.20Feriado 74.9599.00 39.0098.75 . 98.75

Hoje Fech. ant.4.85 16/32 4.85 19/32

92.74 92.7546.07 46.18

123.70 123.74108 Vi 108 3/1620.40 20.40 Vs12.06 12.06 Vi25.05 25.05 %34.79 Vi 34.79 %

Hojo Fech. ant.4.85 17£32 4.85 19/32

92.75 92.7546.05 46.18

123.68 123.74108 Vi 108 3/1620.40 20.40 Vt12.06 12.06 Vi25.06 25.05 Vi34.79 Vi 34.79 Vs,

tK

Hoje Fech. ant.4.85 Vs 4.85 %.3.92.50 3.92.376.23.62 5.23.62

10.49 10.4940.26 40.2619.38 19.3913.96 13.9623.82 23.82

mr !^stsH I' '

WmW ^áSm\ ^LW 'mmmW ^m^tWÊ^ ^^B ^»

S/Paris, á vista, por libra 123.70S/Lisboa, á vista, por mil réis ........S/Berlim, á vista, por libraS/Amsterdam, á vista, por florim .. .. ..S/Berne, á vista, por libraS/Bruxellas, á vista, por libra

FECHAMENTO

S/Nova York, á vista, por libraS/Genova, á vista, por libra.. ..S/Madrid, á vista, por libraS/Paris, á vista, por libra. ..S/Lisboa, á vista, por mil réis .... .. ..S/Berlim, á vista, por libraS/Amsterdam, á vista, por libra'S/Berne,

á vista, por libra „.S/Bruxellas, á vista, por libra

EM NOVA YORKNOVA YORK, 5 «1« ínneirn.

FECHAMENTO

S/Londres, telegràphica, por libra.„ .. ..S/Paris, telegràphica, por francoS/Genova, telegràphica, por libra .. .. ..S/Madrid, telegràphica, por peseta.. .. ..S/Amsterdam, telegràphica. por florim ..S/Borne, telegràphica, por franco .'. .. ..S/Bruxellas, telegràphica, por franco.. ..S/Berlim, telegràphica, por marco „

ABERTURANOVA YORK, 6 de janeiro.

S/Londres, telegràphica, por libra.. .... 4S/Paris, telegràphica, por franco 3S/Genova, telegràphica, por lira 5S/Madrid, telegràphica, por pesetaS/Amsterdam, telegràphica, por florim ..S/Berne, telegràphica, por franco »S/Bruxellas, telegràphica, por franco.. ..S/Berlim, telegràphica, por marco

BOLSARIO, 6 de janeiro.

MOVIMENTO DA BOLSA DE TÍTULOSEsteve sob um movimento relativamente frneo, hontem, a Bolsa de

Titulos, apesar de não se ter verificado maior baixa nos diversos pa-peis em evidencia, Todavia, as apólices que despertaram mais interesseíoram as Municipaes e Federaes, Estas se mantiveram inalteradas. Da-mos as cotações a seguir.

As vendas effectuadas foram as seguintes: .'•'.' , •APÓLICES ;

338 Diversas Emissões, ao portador, a .. .. .. .. .. .-. ••» 680ÇOOO4 Diversas Emissões, ao portador, a .. .. ». .. °. .. .. 681$000

16 Diversas Emissões, ao portador, 682^00010 Diversas Emissões, nominativas, a .. .. .. 710?000

120 Diversas Emissões, nominativas, a.. 712$000Geral, •<¦ 712$000Geraes, .' .. .. .. .. .. .. ..'.. .. ... .. 715$000

07 Municipaes, 1917, ao portador, 135$0006 Municipaes, 1914, ao portador, a .. 140S000

10 Municipaes, 1914, ao portador, 141Ç00060 Municipaes, 1906, ao portador, 140S509

370 Municipaes, 7 %, ao portador, (D. S.264), a .. .. .. .. 147$00080 MunicipaeB, 8 %. ao portador, (D. 1.933), 18835000

4 Obrigações do Thesouro. (1930), 855Ç00O60 Obrigações do Thesouro, (1930), a .. 860ÇO0O70 Obrigações Ferroviárias, (3.* E.), 900$00085 Estado do Rio, 4 %, • •• 86$000

200 S. Jeronymo, a c/d .. .. .. 74$000ACÇÕES

20 S. Pedro de Alcântara, •¦• -• 400?000

TÍTULOS BRASILEIROS EM LONDRESLONDRES, 6 de janeiro.

FEDERAES

Hoje.85 9/16.92.50 ..23.5010.5940.2619.3813.9623.80

Fech. anti.4.85 Vi3.92.505.23.62

10.4940.2619.3813.9623.82

HojeFunding, 5 '. .. .. .. .. .-. •• 79- 0-Novo Funding, 1914.. .. .. .. .. .. .. .. .. 68. 0.Conversão. 1910, 4 %.. .. .. .. 40.10.1908, 6 it • •• •• •• •• 93.10.

ESTADUAESDistricto Federal, 5 .» 58. 0.Bailo Horizonte, 1905, 6 %„. .. 82. 0.Estado do Rio, 7 %, 1927 72. 0.Estado da Bahia. emp. ouro, 1913. 5 % .. .. 35. 0.

TÍTULOS DIVERSOSBrazil Railway, Common Stock (1.» hypotheca) 22.10.Brazilian Tract., Light & Power Co., Ltd., Ord. 22.25S. Paulo Railway Co., Ltd., Ord 140. 0.Leopoldina Railway Co., Ltd., Ord 21. 0.Dumont Coffee Ltd., Co., 7 % % Cum. Pref... 0.10.St. John dei Rey Mining Ord 0.17.Rio Flour Mills & Granaries, Ltd 0.13.Bank of London and South America, Lt.'.. .. 7. 2.Mala Real Ingleza. Ord.. (integralizado) .... 10. 0.

TÍTULOS ESTRANGEIROSEmp. de Guerra Britânico, 5 %', 1929/47 .... 103.12.Consols.j2 % % .. ..' • «° B8-10-Rente Française, 4 %, 1917 101.70Rente Française, 3 86.00Rente Française, 1918. (integralizado) 100.70«ente Jfrànçaise, 5 Vo •• •• •• •• 101.80

Anterior79.10. 067.10. 040.15. 092.10. 0

58,82,72.35.

0.0.0.o.

22.10.22.75

142. 0.21. 0.o.io.0.17.0.13.7. 2.

10. 0.

103.12.58. 7.

101.6586.15

100.70101.55

CAFE'RIO,.6 de janeiro.O mercado de café não funecio-

nou, hontem, por ter sido dia «an-tificado, afim de melhor poderemfestejar o dia de Reis.

Em Nova York registrou-se bai-xa de 2 a 5 pontos nas opções, dua-de o fechamento anterior.

EM S. PAULOS. PAULO, 6 de janeiro.Entradas de café até ao % dia:

Hoje Ant. A pas.Em Jundiahy,

pela EstradaPaulista . .

Em São Paulopela Soroca-bana, etc. . .

23.000 24.000 15.000

12.000 13.000 10.000

Total. . . . 36.000 37.000 25.000EM SANTOS

SANTOS, 6 do janeiro.FECHAMENTO DO CAFE' EM

SANTOSMercado — Hoje. fechado: ante-

rior, fechado; anno passado, esta-vel.

Typo 4, disponível, por 10 kilosHoje. fechado; anterior, fecha-

do; anno passado, 331500.Typo 7, disponivel, por 10 kilos

Hoje. .fechado; anterior, fecha-do; anno passado, 30Ç500.

Entradas até ás 14 horas — Ho-je, 32.065; anterior, 34.975; annopassado, 44.657.

Embarques — Hoje, 32.644; an-terior, 14.392; anno passado, 35.457.

Existencia para embarque — Ho-je, 1.129.717; anterior, 1.130.296;anno passado, 1.114.547.

Saidas — Para os Estados Uni-dos, 13.775 saccas; por cabotagem,etc, 50; para a Europa, 2.811. —Total das saidas, 16.636 saccas.

EM NOVA YORK(Contractos do Rio)

NOVA YORK, 6 de janeiro.ABERTURA

Hoje F. ant.Entrega em março 5,61 5,66

" ém maio. 5.51 5.54" em julho. 5.36 5.40" em set. . 5.28 5.30

Mercado Estav. Acces.Baixa de 2 a fi pontos, desde o

fechamento anterior.FECHAMENTO

Hoje F. ant.Entrega eni março 5.80 5.00

" em maio. 6.73 B.54" em julho. 5.57 5.40" em set. . 5.45 5.30

Vendas do dia . . 15.000 10.000Mercado ..... Firme Acces.

Alta de 14 a 19 pontos, desde ofechamento anterior.

ALGODÃORIO, 6 de janeiro.

MERCADO PARALYSADO. Em condições paralysadas, comos negócios relativamente escas-sos, encontrámos hontem o merca-do ulgodoeiro. As vendas effectua-das constaram de 15 fardos apenas.

COTAÇÕESAs cotnções quo vigoraram foram

as seguintes, por 10 kilos, dispo-nivel:

Seridós:Typo 3 .. ..' 31$500Typo 4 .. .. 30Ç500

Sertões:Typo 3 .. .. 28$000Typo 5 .. .. 25?000

Ceará:Typo 3 .. .. 27Ç00OTypo 5 .. .. 24?500

Mattas:Typo 3 .. .. 25$500Typo 5 .. .. 23$500

Paulista:Typo 3 .. .. n/cot.Typo 5 .. .. n/cot.

ESTATÍSTICAO movimento estatístico foi o se-

guinte:Fardos

Saidas .. 15

Em stock .. 8.153Não houve entradas.

Apath.6.495.495.34

F. ant.Estav.

6.585.686.43

5.335.445.555.66

Baixa de

• Baixa de

de 7

26374859

F. ant.

EM S. PAULOS. PAULO, 6 de janeiro.Este mercado esteve paralysado

o sem cotações, não se effectuan-do vendas.

EM LIVERPOOLLIVERPOOL, 6 de janeiro=

/ ABERTURAHoje

MercadoPernambuco Fair.Maceió Fair . . .Am. Pully Midi. .

Amer. Futures:Entrega em março I

" em maio. I" em julho. I

, " em set. . IDisponivel brasileiro

9 pontos.Disponivel americano

9 pontos.Termo americano — Baixa

pontos. '

FECHAMENTO«fc, HojeAmer.fFutures:

Entrega em março" em maio." em julho;" em set. .O mercado afrouxou depois da

abertura, devido a liquidação denegócios.

Baixa de 7 a 8 pontos, desde ofechamento anterior.

ASSUCARRIO, 6 de janeiro.

MERCADO ESTÁVELO mercado de assucar abriu e

funecionou, hontem, em posiçãoestável, com os preços mantidos ámesma base anterior. Os negócioseffectuados constaram de 6.559saccas.

COTAÇÕESAs cotaçõeâ foram as seguintes,

por 60 kilos:Crystaes brancos 38$000 a 39S000Demeraras „ . . 33?000 a 35l?000Mascavinhos. . . 32J00O a 35?000Mascavos .... 30$000 a 31$000

ESTATÍSTICA ¦Foi o seguinte o movimento es-

tatistico:Entradas Saccas

De Pernambuco.. .. .. 32.100De Sergipe 4.870

6.26 6.S35.36 5.445.47 6.555.58 5.66

TotalSaidas.,

das entradas. 36.9705.B59

Em stock.. .... ,. .„EM S. PAULO

S. PAULO, 6 de janeiro.

352.641

UNICA

Entrega em jan.

CHAMADAComp.

n/c.Vend.

n/c.

" em fev. . n/c. n/c." em março 41$000 n/c." em abril. 42$000 n/c." em maio. 425000 n/c." em junho 42f000 n/e.Não houve vendaB.Mercado estável.

EM LONDRESLONDRES, 6 de janeiro.

FECHAMENTOHoje F. ant.

jan. . 7/ 7/março 7/ 7/ .abril. 7/ 7/maio. 7/ 7/julho, n/c n/c.Brasil

Entrega em"* emem" em" em

Assucar dócom 96 % de ba-se para embar-ques futuros . .Mercado calmo.Inalterado, desde

anterior.

Nominal

o fechamento

EM NOVA YORKNOVA YORK, 5 de janeiro.

FECHAMENTOHoje

Entrega em março 1.27" em maio. 1.35" em julho. 1.41" em set. . 1.49Mercado firme.Alta de 3 a 5 pontos,

fechamento anterior.NOVA YORK, 6 de janeiro.

ABERTURAHoje

Entrega em março 1.31" em maio. 1.39" em julho. 1.46" em set. . 1.53

Mercado firme.Alta de 4 a 5 pontos, desde

chamento anterior.

F. ant.1.221.311.381.46

desde o

F. ant.1.271.351.411.49

o fe*

EM BUENOS AIRESBUENOS AIRES, 5 de janeiroü

FECHAMENTOPreço por 100 ks.

Hoje F. ant.Entrega em fev. . 6.00 5.90" em março 6.08 5.98" em maio. 6.23 6.18Mercado ..... Estav. Firme

Disponivel:Typo Barletta pa-

ra o Brasil. . . 6.4(1 Ç.3QEM CHICAGO

CHICAGO, 5 de janeiro.FECHAMENTO

Preço por bushel. Hoje F. ant.

Entrega em março 80.25 79.62" em maio. 81.25 81.00

m

m

<¦'!&

MERCADO DE CEREAESPREÇOS DOS GÊNEROS ABAIXO NA SEMANA CORRENTE

Arroz agulha especial, (brilhado), por 60 kilos 685000 705000Idem, superior, (brilhado), por 60 kilos .. .. .. 56?000 60Ç000Arroz agulha especial, por 60 kilos 621000 645000Arroz agulha superior, por 60 kilos.. .. .. .. .. 535000 555000Arroz agulha, bom, por 60 kilos 425000 445000Arroz agulha, regular, por 60 kilos .. .. .. .. 365000 385000Arroz japonez, especial, por 60 kilos.. .. „. .. 405000 415000Arroz japonez de 1.*, por 60 kilos .. „. 365000 385000Arroz japonea de 2.*, por 60 kilos ,. 345000 355000Arroz japonez regular, por 60 kilos 285000 315000Arroz, typos japonezes, bons, por 60 kilos .... 325000 345000Alfafa nacional ou estrangeira, kilo „ .„ 5340 5360Amendoim em pasca, por 25 kilos 22Ç000 235000Amendoim em casca, por 25 kilos 225000 235000Alhos estrangeiros, cento .. .„ .. .. 65500 75500Alpiste estrangeira, por kilo 15700 15750Bacalháo especial, por 68 kilos.. .. .. .. .. .. 140Ç000 1455000Bacalháo superior, por 58 kilos .. .. 1205000 1255000Bacalháo escamudo, por 68 kilos .. .. ,. .. .. 1005000 105S00OBanha de Porto Alegre e Laguna, caixa .. .. .. 1895000 1975000Banha de Itajahy, caixa .. .. 1955000 200$000Batatas do interior, kilo ,, 5400 Ç450Baratas estrangeiras, kilo $800 $640Cebolas nacionaes, kilo .. .'. .. ,. .. 5420 5650Ervilhas, kilo 25000 25100Farinha de mandioca fina, Porto Alegre, 50 ks. 225500 235000Farinha de mandioca entre-fina, 50 kilos .. .. 185500 19S000Farinha de mandioca, grossa, 50 kilos 165000 16$000Feijão preto especial, novo, de P. Alegre, 60 ks. S55000 365000Feijão preto, bom, 60 kilos 185000 225000Feijão branco, 60 kilos .. .. 305000 1 335000Feijão manteiga, 60 kilos 365000 405000Feijão mülatinho, novo, 60 kilos .. 305000 32$000Feijão fradinho nacional, 60 kilos 425000 44$000Feijão.fradinho estrangeiro, 60 kilos 505000 525000Feijão de côres não especificadas, 60 kilos .... 25$000 305000Grão de bico, kilo 25100 25400Leitilhas, kilo '. ,. .„ $660 5700Lombo de porco salgado, mineiro, kilo .. .. .„ 2$700 25900Lombo de porco salgado, do sul, kilo „„ 25500 2$700Herva-matte, kilo .. .. $800 $900Manteiga do interior, kilo 55000 55500Milho Cattete vermelho, 60 kilos .. .. 175500 185000Milho Cattete amarellò, 60 kilos .. ,. 165600 17$000Milho Cattete mesclado, 60 kilos 14$000 145500Polvilho do norte, kilo $450 $500Polvilho do sul, kilo .. .. $400 $450Tapioca, kilo *„ ., ,, $000 1$20ÒToucinho mineiro, kilo .. .. .„ 25200 25400Toucinho paulista, kilo .. .. 25700 25900Toucinho de fumeiro, kilo 35000 3S100Xarque, mantas puras, do Rio da Prata, kilo .. 25900 35200Xarque, mantas puras, nacional, kilo 2S800 85100Xarque, patos e mantas, do Rio da Prata, kilo ,, 25600 2$900Xarque, patos e mantas, nacional, kilo 25300 25700

3eóíaJjTimVrómpida^Como é desagradável / ' Y\perturbar uma reunião / > f.elegante e sahir apressa- / *k .'damente sob o olhar V X$ (!inquiridor de todos 1 \Mas o peior são as dores, atensão no baixo ventre e as ponta-das na região lombar. Note-se.entretanto, que as moléstias dasvias unnanas não são 'apenasincommodas e dolorosas, sáoigualmente perigosas. — Não per-mitta que ellas se installem noseu organismo: faça uso, atempo, dos excellentesComprimidos de

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mitoque desinfectam a urina e ãs viasurínarias e removem rapidamentequaíquer distúrbio. Quando to-mados em tempo previnem comsegurança as moléstias da bexigac dos nns.40^,

14 DIÁRIO DE NOTICIAS Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931

m ^W^?St¥lgmlSÊ ^SÊ[MSmmásm í^SÉSSÉannBiíijftAffl LiííSk5«US UBrl KllOiifetilÉS RMÒB WsXMVMmüvSiRS iHtiii. .fSmtiiw

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.&.¦>'

A PROPÓSITOO divorcio áe Gloria Swari-

son, a gtoriosa artista que omundo inteiro admira e queo mundo inteiro não esquecemais, desde a sua immortalcriação ão "Beija-Flor", é umfacto que veiu causar estra-nheza. Estranheza, sim, muitoembora Hollywood, a terra áocinema, seja,, talvez por issomesmo, a terra ãos divórcios...Mas e que a deliciosa criatu-ra, com aquelle casamento,realizou o mais dourado ãosseus sonhos — ter um titulode nobreza. E,. parecia, porisso mesmo, que ¦ficaria mar-queza o resto áa viãa, não sopela razão acima fixaãa comotambém por ser o marqueznm homem ãe temperamentomoderado e ter o seu gemotem compatível com o delia,Mas, as más linguas que naodão tréguas aos bons assum-ptos, classificados de "prati-7.7.0. deliciosos"; tecem lendasde todas as cores... Dizem —è ahi vae uma dellas... —

•que o divorcio se verificou me-nos pelos desejos de Gloria esim pela influencia ãiabolicade uma "outra", por signal pe-rigosissima loura. A mais fie-xuosa das Bennett. Constance.Aquella que appareceu ao là-do ãe Bichará Barthelmess,em "O filho áos ãeuses".

Será verãaãe?OLMIO.

«TRISTEZAS DA ARISTOCRA-CIA", NOVAMENTE

¦HU"*|>i1fimBW»,"ill|"'L_> W 'HMljli %|_w^ :íWILLIAM HAINES, UKELELEIKE, LEYLA HYAMS E POLLY

MORAN

««¦¦¦•¦¦¦•^•¦M^**l"""pw**"

Janet Gayner e Charles Far-reli, o par de "Tristezas da

Aristocracia"Mais uma vez "Tristezas da

'aristocracia", o film de CharlesFarrell e Ja. et Gaynov pap. aFox Movietone, oecupar. . o .cartazde um dos nossos principaes ci-nemas. "Tristezas da aristocra-cia" oecupará o cartaz do Eldo-rado' durante todos os dias . dapróxima semana.

Cheiro de suorElimina - se radicalmente,

usando o AntI-SndOr, em póperfumado, Indispensável nahygiene diária. Caixa, réis3.500.Crnshley & Cia.—Ouvidor, 68Drog. Berrinl — Hospício, 18

William Haines em "Cow-bpya muque"

São essas as principaes figurasdo desempenho de "Cow-boy amuque", o movimentado e diver-tido film sonoro Metro-Goldwyn-Mayer que o Palácio apresentarásegunda-feira próxima, para ale-gria dos fans de William Haines,que dia a dia alcança maior popu-laridade. A "performance" deUkelele lice nesse film é, ainda,superior á de "Mulher... e nadamais".

HOJE, NO PALÁCIO, "O PRIN-CIPE ESTUDANTE"

O Palácio marcará,- hoje, a "re-apresentação de "O- principe es-tudante", o film Metro-Goldwyn-Mayer que reuniu Ramon Novar-ro e Norma Shearer numa inter-pretação dirigida por Ernest Lu-bitsch que recebeu os maioreslouvores da critica. Os fans des-sas duas queridas figuras estãocontentes com a opportunidade derever "O principe estudante".

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Gaixa de surpresasOs médicos de outrora donomi-

navam o ventre de "caixa de sur-presas" taes os segredos e impre-vistos que observavam com os or-gãos abdominaes de muitos de seusclientes. Não existiam apparelhosde raios X. A palpação e a per-cussão nem sempre revelavam oque se passava dentro da cavidadeonde se ageitam estômago, -intesti-nos, rins e outros órgãos impor-tantes. Naquelles tempos cura-vam-se as diarrhéas com pó dechifre'de veado, com chá de folhasde goíabeira, etc.

A "caixa de surpresas" aindacontinua, entretanto, em muitoscasos, causando alvoroço a muitosesculapios, apesar dos raios -X ede outros recursos de diagnostico.

Em relação ao tratamento dasperturbações intestinaes communs,a situação é outra. Não _mriisfaltam

"medicamentos ãe _ eííeito

seguro e inoffensivo. Assim, noscasos do evacuações liquidas, cheiasde

"muco, obtem-se rápidos re-

sultados com os comprimidosBayer de Elrloformio que, empouco tempo, regularizam,, com-pletamente, as funeções intestinaes,tornando normaes as dejecções.

Leis de PenteLiberal, Berliner & C.Em 13 de Janeiro de 1931

Rua Luiz de Camões, 58 e 60

Casa SilvaM.-L. DA SILVA OLIVEIRA

Em 12 de Janeiro de 19,11Travessa do Rosário ns. 20 e 22

Faz leilão de todos os penhoresvencidos e avisa aos srs. mutua-rios que podem reformar ou res-gatar suas cautelas até a vésperado 'dia do leilão.

Empresa de Penhores"A SALVADORA» LTDA

RUA PEDRO I 31Faz leilão no dia 12 de Janeiro

Em 8 de Janeiro de 1931FRANCISCO DE AGUIAR & C.

Rua Luiz de Camões n. 36

Salvadora Lda.PEDRO 1°, n. 31

Perdeu-se a cautela desta casasob o numero 15763.

FOYERPara demonstrar apenas

a vitalidade da SociedadeBrasileira de Autores The-atraes, transcrevo aqui umpequeno trecho do meudiscurso hontem, por oc-casião de ser reempossadono cargo de presidente.

Eil-o:"E foi tão grande o avan-ço da Sociedade nessesdois annos ultimos que nãoposso me furtar ao desejode resumir em númeroseloqüentes o passo gigan-tesco que demos.

E* assim que das 100apólices que hoje possui-mos, 34, mais da terça par-te, íoram compradas nes-ses dois ultimos annos,sendo as outras, f>6, nosOnze annos que antecede-ram as duas gestões pormim presididas.

E 66 apólices em onzeannos representam uma

media de 6 apólices poranno, ao passo ^ue 34 emdois annos representamuma média de 17, ou sejaquasi tres vezes mais.

Assim também o movi-mento de dinfteiros noBanco do Brasil, documen-tação dos fundos ali exis-tentes como garantia dedireitos já cobrados e ain-da não pagos, mas comporcentagens e juros'quenos. pertencem, era de 12contos, quando tomou pos-se a primeira directoriapor mim presidida. Hojetemos lá 107 coitos — oque quer dizer que em dois

. annos aquelle movimentocresceu dez vezes.

• Quanto á cobrança dedireitos é o mesmo passocolossal. No anno anteriorá primeira gestão que tivoá honra dc presidir essacobrança não chegou a 200contos. Em 1931 attingiuella a quasi 400 contos; oanno passado deve ter pas-sado de 500 — o que sabe-remos dentro de dias".

Parece-me que não podehaver attestado mais sug-gestivo e mais significati-vo do progresso incontesteda S. B. A. T.

Ab.

"TARAKANOVA", MUITOBREVE

O Programma Serrador estrearádentro em tbreve, numa das casasda Companhia Brasil Cinemato-graphica, um film que certamentemarcará um dos maiores trium-phos da próxima temporada çi-nematographica: -, "Tarakanoya",sumptuosa producção da Franco-Aubert, sonora, de que é princi-pai figura Edith Jehanne. O film,que' historia um episódio da vidade Catharina II, da Rússia, pnirpplga pela dramaticidade. ,. .

UM FILM ESCRIPTO POR ZANEGREY

O facto de ser "Estrellas. .doOccidente" escripto por ZaneGrey, importa, sem duvida, numgrande predicado para o film queo Império estreará segunda-feirae que mostrará mais um excellenrte trabalho do Richard Arlen. eMary Brian, Zane Grey foi o. es-criptor de muitos doa maioresfilms de Jack Holt e RichardDÍX. .'¦.,.:-

KAY FRANCIS SECUNDANDOWILLIAM POWELL

No cinema moderno, Kay Fran-eis é, actualmente, uma das cria-turçs mais fascinantes. De facto,Kay Francis, além de ser bella,é uma das maiores eleganciaá ' domoderno cinema. SecundandoWilliam Powell em "Caminhosdã Sorte", o film Paramount <|ueo Capitólio estreará segunda-fei-ra, Kay conquistará, sem duvida,grande numero de fans.

VICTOR MAC LEGLEN COMFIÍ7 DORSAY

E além de Fifi Dorsay, Tinia ou-tra linda mulher: Lilyan Tash-man. Essas são as principaes fi-

guras de "Provando súa corre-cção", o film Fox Movietone queo Pathé-Palace estreará na proxi-ma segunda-feira, para marcar areapparição daquelle que tantassympathias conquistou com o des-empenho de capitão Foagg em"Sangue por Gloria".

Inquisição, como também parafundar o theatro psychico.

Foi do psychismo, que tiramosquasi todo o material para a com-posição deste trabalho, o mesmoacontecendo com as demais peçaspor nós architectadas o construi-das, a saber: —• Reincnrnação —em tres actos — Os Mortos — émdois actos —-'Dois' mundos'— em

"A NOIVA DO REGIMENTO" E "DEUSAAFRK.ANA", AINDA ESTE MEZAFRICANA", AINDA ESTE MEZ

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BASTIDORESA ESTRÉA HOJE NO LYRICO

DO THEATRO PSYCHICOA companhia organizada para o

Theatro Psychico estréa hoje noLyrico, com a peça do sr. Hono-rio Rivereto, a tragédia "BrancaDias».

Sao palavras do autor:— Escrevemol-a - não sô para

relembrar a figura desta infor-tunada virgem parahybana, mor-ta em Lisboa nas fogueiras da

A actriz Maria Castroum acto — Expiação — em qua-tro actos — e o — O Despertarda Morte — em tres actos.

A nossa "Branca Dias.". congt&de tres actos, sendo que a acçãodos dois primeiros se passa naTerra e as scenas do terceiro actose desenrolam em outro planeta.Se fossemos materialistas, a nos-sa peça estaria terminada com amorte dos principaes personagensdo decorrer dos seus dois actos.Estaria de todo terminada, com . oponto final que, para muitos, aMorte colloca na derradeira pagi-na de uma existência, esculpindo-o na alvura immaculada dos sepul-cros, que participam da gelidez edo indifferentismo que muitos.votam ao grande mysterio do des-«pparecimento de uma criaturado proscênio da vida, para oceul-tar-so na penumbra do um bus-tidor que, por parecer tenebroso,somente os espiritas a tentamdesvendar.

Pois bem: — os principaes per-sonageng mortos nos dois actosda nossa peça, inclusive a heroina"Branca Dias", vão apparecer no-vãmente no terceiro acto, mas noplano astral e com as mesmas cn-racteristicas! Se a nossa época éoutra, outro deverá ser o nossotheatro. Assim, o poema de"Branca Dias" está calcado emdois motivos únicos: ¦*- a acçãoterrena e a açjção espiritual, sen-do esta uma consequencia da ou-tra, quer dizer, não tem saluçãode continuidade, pois, os factosdesenrolados no scenario da Ter-ra continuam no plano espiritual.O movimento que anima o dramaterrestre tem representação navida post-mortem.

Os principaes papeis estão en-tregues á actriz Maria Castro e

üo anuí Hiiia ou»5na de "Deusa Afri-cana"; ao lado:Vivienne Segui eWalter Pidgeon em"Noiva do Regi-

mento"

Ainda este mez, re^pectivamen-te no Palacio-Theatro e no Odeon,conhecerá o nosso publico "A noi-va do Regimento" e "Deusaafri-cana", dois soberbos espectaculosda Warner- First," ambos tendocomo estrella uma Ana mais bei-las entre as novas figuras do ci-nema: Vivienne Segai. Ambos os

aos actores Marcilio Lima e An-tonio Ramos.

A musica é do maestro NewtonPadua, sendo taes os bailados.

A PRIMEIRA DE HOJE NOTRIANON PELA COMPANHIA

ALDA GARRIDO

Apesar do suecesso que vinhaobtendo a comedia "A viuva dosenador", de Alda Garrido, muda-se hoje o cartaz do Trianon. Des-se modo subirá á scena ali maisuma peça do escriptor patrícioMiguel Santos reputado um dosnossos melhoes . theatrologos.Além disso, Miguel Santos conhe-ce melhor que ninguém o tempe-ramento artístico de Alda Garri-do e assim os papeis que lhe sãodestinados conseguem sempre omais absoluto êxito. Intitula-se anova comedia "Hotel dos amo-res".

Alda Garrido desempenhará umpapel deveras engraçado e commargem a não tréguas nem aopublico que terá que rir duas ho-ras seguidas, nem aos seus col-legas Augusto Annibal e João doDeus.

Em "Hotel dos amores" estréao actor de comedia Jorge Diniz oque também será um motivo deattracção para os novos especta-culos do Trianon. Sabbado haverávesperal ás 4 horas em homena-gem aos estudantes ás norma-listas.

O PROGRAMMA DO THEATROCASINO, HOJE E AMANHA

A Companhia Regional Brasi-leira, do "Centro Artístico Regio-nal" representa hoje e amanhã,ás 20 e 22 horas, a preços popu-lares, a peça original de FreireJunior "A voz do violão", haven-do em ambas as sessões, parapnmnlp.tnr r» \\rwnv\r* A*~ ..«*%....«..._~* *- — —•.»•*»**. UU|3 (.D£JVV..<4-culos, um acto de variedades re-gionaes, com o concurso dos prin-cipaes elementos da Companhia emúsicos do "Centro Artístico

films são dotados de linda musi-ca, sendo quo "A noiva do Regi-mento" é -de uma grandiosidaderara. A musica de "Deusa afri-cana", da autoria de Kalmahn, oautor de "A Bayadera", é lindis-sima. Uma das principaes figurasde "A noiva do Regimento" éNoah Beery.

Os programmas de hojePALÁCIO — "O principe estu-

dante" com Ramon Novarro eNorma Shearer.

ODEON — "Piccadilly" comAnna May Wong, Gilda Gray eJameson Thomas e "RevistaOdeon 13".

GLORIA — "Pátria redimida"film sobre a Revolução no sül.

CAPITÓLIO — "Quem é bomjá jiasce feito", com Roberto Reyo Helena d'Algy. ,

IMPÉRIO — "Haroldo encren-cádò" tíom' Haroldo Lloyd.

PATHÉ-PALACE — "O anjodas ruas", com Janet Gaynor" eCharles

' Fárrell e "Jornal Fox

Movietone n. 47 ".PATHÈ •— "Braço protector"

com Tóni Tyler e Frankie Darro e"Jornal Universal n. 78".'

ELDORADO — "Uma dupla dcalmirantes"' com Karl Dauc eGeorge K. Arthur.

PARISIENSE — "O mystermdas sete chaves" com Richard Dixe "Bancando o policia" comedia.

POPULAR — fíMetropolis" e"O primeiro amer".PRIMOR — "Turuna da mari-

nha*' è "Heroísmo de . Rin-tin-tiri".

MASGOTTE — "Alma dc Gau-cho" e "Nos sertões do Amazo-nas".

BRASIL — "O despertar deuma mulher" com Wiíma Bankye -Walter Byron.

GRAJAHU — "Coquette" e "Anoivg do millionario".

NACIONAL — "Sangue eareia" com Rodolpho Valentino eNita Naldi.

FLUMINENSE — "Marianne" e"Sella da sorte".MEYER —- "Scena final" e "Os

tres padrinhos".S. JOSÉ -— "Amor de athleta"

e "Lábios sem beijos" film bra-sileiro.

REAL — "A madona da Ave-nida" e "Teimando até a morte".

LAPA — "Flor da amargura" e"Batalha de Paris".IDEAL — «O baile da morte" e"Primavera de amor".ÍRIS — "Forasteiros da Escos-

sia" e "Adorável mentiroso".MODELO — "O cantor de meu

coração" e no palco: "Os Archil-leos".

SUMPTUOSA ENSCENAÇAO Prnm-ammfle Aa rxt&e»)e "filhas do prazer" rrograniinas oe racuopara hoje

Salvadora Lda.Perdeu-se a cautela desta casa

\ sob o numero 6701.

_T7—<T>y SZ2s2Lá*_»

•¦^fr&JâlBBfa H

Pelo bem que faz

yale muito mais do que custa

Exija-o sempre authentico

Regional". SexíS-feira, "premlé-re" de "A casa branca da Serra",original de Luiz Iglesias.

MAIS DE 10.000 PESSOAS VI-RAM JA' "ALVORADA

DO AMOR"

E' incontestável que o Rio deJaneiro se interessou francamen-te pelos espectaculos da Compa-nhia Brasileira de Opereta, actu-ando presentemente no TheatroJoão Caetano, com um êxito for-midavel. Muis de 10.000 pessoasentraram ali para applaudir a"Alvorada do amor" e consagrarcom sua presença uma iniciati-va que a todos se impoz pela suahonestidade e pelo seu alto idealartístico. Varias sessões desde aestréa esgotaram a lotação doTheatro, sendo que sempre qua opanno se levanta para se iniciara representação da formosa ope-reta de Octavio Rangel, a salaapresenta um aspecto festivo eagradável á vista. Accresce queo João Caetano é hoje a unicacasa de espectaculos onde se pôdeestar com conforto por isso queos grandes apparelhos de refrige-ração do próprio municipal dão ávasta sala do João Caetano umatemperatura confortável. Hojerepete-se em duag sessões a victo-riosa peça em que Adriana de No-ronha e Vicente Celestino con-quistaram dois legítimos trium-phos.

"DEIXA ESSA MULHER CHO-RAR", NO RECREIO

Começam a 9 as representaçõesda revista "Deixa essa mulherchorar", no Recreio e com ellasterão inicio os folguedos carna-valescos deste anno. Os autoressão a melhor recommendação pa-ra a revista, pelos conhecimentosque têm reveladü e a graça qüeinfiltram nos seus personagens,tocados todos de uma alegria quediverte sem ferir susceptibllida-

des. Ha pouco viu o publico, as-

sistindo ao "Barbado",' que nãodamos aoa Irmãos Quintilianoqualidades qne elles não possueme tão somente louvamos o modusfaciendi de que elles sa servemcom os olhos na finalidade infal-livel de obter o riso do publico.

NO SÃO JOSÉOS NOVOS ELEMENTOS CON-TRATADOS PARA A COMPA-

NHIA DESSE THEATRO "

Helen Johnson é a pequenade "Filhas do Prazer"

Raras vezes um' film apresentatão bellos e elegantes ambientescomo os mostrados em "Filhas doprazer", o'finíssimo film Metro-Goldwyn-Mayer que o Odeon es-treará segunda-feira próxima.Decorado por Cedrie Gribbon, ofilm apresenta ambientes que na-da ficam devendo aos de "Don-zollas de hoje" e. "O beijo", porexemplo, dois films luxuosissimos,da mesma marca. Lawrence Grayé o principal artista do film.

"O HIATE DOS SETEPECCADOS"

Conformo«já publicamos, trata-so do titulo de mais um suecessocriado por Brigitte Helm para aUfa. O Programma Urania no'1-oapresentará dentro em breve, pa-ra mostrar também um dos maisinteressantes e invulgares entre-chos já apresentados no cinemasonoro.

A ESTRÉA, QUINTA-FEIRA, DOTHEATRO PSYCHICO, NO LY-RICO

A tragédia inaugural do theatroPsychico consta de 3 actos, dosquaes dois de acção terrena e oultimo se passa no plano astral.Os tres actos, prendem o especta-dor não somente pela sua acção,que se desenvolve em torno da fi-gura de uma virgem parahybana,sacrificada pela Inquisição, emLisboa, como ainda pela musicae bailados especialmente escriptospelo maestro Newton Padua. Acriação choreographica é do pro-fessor Michailowsky e será dan-sada pela primeira bailarina so-lista sra. Vera Grabinska. Osprincipaes papeis estão entreguesás sras. Maria Castro e Cecy Bra-ga e aos srs. Marcilio Lima e An-tonio Ramos.

O espectaculo está marcado pa-ra quinta-feira, ás 20,45 horas, notheatro Lyrico.

Não importa a sua verba depropaganda.c' necessário que o Sr. annun-,cie para vender.Nós lhe facilitaremos todos osmeios para o Sr. augmenfar osseus negócios.Nossos programmas asseguramum limite nos seus gastos de pro-paganda.Nossas idéas garantem um resul-tado efficaz.Peça informações a

A ECLECTICAAVENIDA RIO BRANCO, 137-1°. - EDF. GUINLE

PHONE 3-5206iiihiiiiiiiwp<iiiiiiiiiii. iiw—^—i—iibm—ii—i¦_¦_¦—¦—¦«¦¦imiw iiii mm iiiiim i

SST!SÍ_^p_Sín__?SÍS^

A actriz Aurora AborisAcabam de assignar contracto

com a Empresa Paschoal Segreto,os artistas de . comedia AuroraAboim, Olavo de Barros e ManoelRocha.

O publico terá oceasiâo de ap-plaudir essas figuras da nossascena brevemente no São José, aexcellente casa de espectaculos daPraça Tiradentes cujas recentesreformas a collocara numa

"teitua-

ção excepcional entre os nossosmelhores theatros.

Aurora Aboim, a fulgurante ve-detta, cujo triumpho em "Ro-mance" foi notável por oceasiâodos espectaculos Roulien no Lyri-co; Olavo de Barros, o correctogalã "doublé" de eusaiador mo-derno; e Manoel Rocha, centrocômico dos mais apreciados, sãochamados a collaborar numa novae brilhante feiçãu de espectaculosque sob a direcçao artistica doprofessor Eduardo Vieira vae aEmpresa Paschoal Segreto iniciarno Theatro S. Josó dentro debreves dias.

Record úBfimmmia nofundo do mar

ROMA, 6 •— (A. B.) ~ Umnovo "record" de permanen-cia no fundo do mar, acabade ser batido pelo submarino"Fratelli Bandieri".

Durante a sua ultima via-gem de experiências, essa uni-dade da marinha de Guerraitaliana, ficou, durante vinte¦minutos a uma profundidadede 33 pés.

ATLÂNTICO CLUBSerá realizada, no dia 9 do

corrente, ás 20 l|2 horas, a Assem-bléa Geral para, na fôrma dosEstatutos, decidir sobre a seguin-te ordem do dia:

a) eleição do Conselho Fiscal;b) eleição do Conselho Delibera-tivo; c) outros assumptos de in-teresse social.

Rio. 4 de Janeiro de 1931. —A Directoria.

A COMPANHIASILEIRA NONICTHEROY

MULATA BRA-IMPERIAL, EM

Sexta-feira próxima, a Compa-nhia Mulata Brasileira estreará,no Imperial, em Nictheroy.

Elenco composto exclusivamentede gente de côr, despertando maisviva curiosidade no publico destacidade, tem a recommendal-o osapplausos de São Paulo e Santos,e do Theatro Republica, onde es-tá fazendo brilhantíssima tempo-rada.

A parte feminina ê composta demulatinhas. A parte masculinacompõe-se de elementos de valia,dignos executores dos nossos sam-bas e modinhas. "Batuque, Cate-retê e Maxixe" intitula-se a re-vista com que a companhia vaefazer a sua apresentação ao pu-blico nicthoroycr.se.

ESPECTACULOS DO DIA.TOÂO CAETANO

"Alvorada do Amor" — Opere-ta, pela Companhia Brasileira deOperetas, em espectaculo por ses-soes, á noite.

REPUBLICA"Batuque, Cateretê e Maxixe" —

Pela Companhia Mulata Brasilei-ra, em espectaculos por sessões, ánoite.

RECREIO"A pensão Meira Lima" — Re»

vista pela Companhia do Revistasdeste theatro,. em sessões, ánoite.

SAO JOSE*"Um sonho de ^mor" — Co-

liicti.õ, pela. Companhia, ds 5aí=netes, em sessões á tarde e ánoite, ,

TRIANON"Hotel dos Amores" — Come-

dia pela Companhia Alda Garri-do, em espectaculos por sessões,á noite.

ELDORADO"A defesa do Mauricio" — Co-

media pela Companhia de Come-dias e Sainetes, em sessões á tar-de e á noite.

CASINO"Attrações regionaes" — Pela

Companhia Regional Brasileira,em sessões á noite.

ESCRIPTORIOSAlugam-se optimos, com

elevador, á rua da Quitandan. 85.

10 horas — Radio Club — Ha-dio Jornal, com o resumo das no-ticias dos jornaes da manhã.

12 horas — Radio SociedadeHora certa — Jornal de meio

dia — Supplemento musical atéás 13 horas.

13 horas — Radio Club — Dis-cos seleccionados.

14 horas — Radio EducadoraDiscos variados.15 horas — Radio Mayrink Vei-

ga — Discos.16 horas — Radio Club — Dis-

cos seleccionados.16 horas e 55 — Radio Socle-

dade — Transmissão em radio-telegraphia, do programma a serexecutado amanhu.

17 horas — Radio Club —. Ra-dio Jornal (secgão da tarde).

18 horas — Radio EducadoraDiscos Odeon da Casa Edison.18 horas — Radio SociedadePrevisão do tempo.18 horas e 15 — Radio Educa-

dora — Discos da casa Paul J.Christoph.18 horas e 45 — Radio Educa-

dora — Boletim noticioso.19 horas — Radio Club — Dis-cos seleccionados.19 horas — Radio SociedadeHora certa — Jornal da noiteSupplemento musical — Discosdas casas Paul J. Christoph, Li-

sneul Santos & C. e HenriqueTavares & C.

20 horas — Radio Mayrink Vel-ea — Discos e.scolhidos.

20 horas e 30 — Radio ClubRadio Jornal para o interiordo paiz.

20 horas e 30 — Radio Educa-dora — Discos seleccionados.20 horas e 30 — Radio Socle-dade — Programma especial dediscos da casa "A Melodia".21 horas — Radio Club — "Sa-

ber dizer" — Curso pratico e fa-cli para todos, pelo dr. SimõesCoelho — Versos de Luiz Carlose diversos autores.21 horas — Radio Mayrink Vei-

ga — Audição de alumnas daprofessora Nicia Silva, com o se-guinte programma:

PRIMEIRA PARTE1° — a) Boticielli — Bacio vivo•—- b) Godard — Chanson de Fio-rieu — Senhorita Aurelia Rodri-

gues.2° — a) Nepomuceno — Trovas—¦ b) Grieg — Je faime — Se-nhorita Maria Familiar.3° — a) Denza — Si vous l'a-viez compris — a) Denza — Ama-

pola — Senhorita Sylvia Souza4° — a) R. Hahn — Mai — b)R. Hahn — Si mes vers avaientdes ailes — Senhorita Ophelia deOliveira Coelho.c° — a) Eauhaikueneskl —

Comme ou oublle — b) MassenetEveil — Senhorita Lúcia Pires.SEGUNDA PARTE

10 — a) Schumann — A toi —b) Nepomuceno — Cantiga — c)Nepomuceno — Duas canções —Senhorita Mary Brophy.

2° a) Borodine — Dans tes yeuxsi plein de charmes — b) Schu-mann — Je pardonné — Senho-rita Dyla Cruz. (3o — a) Massenet — Beaux yeuxque j'aime — b) Respighi — Ne-vicata — Sra. Jacyra Albuquer-que Lima.

4» — a) Respighi — Nebbie —b) Eschatkowski — Ah! qui bur-Ia ,'amour — Senhorita YolandaFrança.

21 horas — Radio SoeiedadoPalestra pela professora Ma-ria Rosa Ribeiro sobre "Callipha-sia".

21 horas e 15 — Radio ClubProgramma de musicas popu-lares-do studio do Radio Club doBrasil, com o concurso das senhoritas Zaira de Oliveira, LucyPires, srs. Gastao Formenti e'pianista do Radio Club do Brasil.

21 horas e 15 — Radio Socie-dade — Ephemerides brasilairasdo barão do Rio Branco — Notasde sciencia, arte e literatura —Palestra pelo sr. Lupercio Gar-cia, sobro "Coisas do tompo an-tigo" "Principaes factos do lar-go do Pago" — Concerto no stu-dio da Radio Sociedade com oconcurso das senhoritas AixaSampaio, Marina Lessa e sra.Virgínia Lazzarp (declamadoras)por especial gentileza do "DiárioCarioca", Mario de Azevedo e or-chestra da Radio Sociedade doRio de Janeiro.

PROGRAMMAI — Erlanger — Serenata de

Carnaval — Orchestra.11 — Albeniz •— Salabert —

Recordações de viagem — Or-chestra.

III — a) Raul Machado — Elo-gio da vida; b) Soror Juana deIa Cruz — Hombres necios; c)Manoel Machado — A noclieQuando dormia = declamaçãopola senhorita Marina Lessa,

IV — Granados —¦ Dansa hes-panhola (Andaluza) — Orchestra.

— Albeniz — Salabert —Prelúdio dos "Cantores da Hes-pa.nha" — Orchestra.

VI — a) Juüo Tinton — Tele-phone da vida. b) GonçalvesCrespo — O cura Santa Cruz; c)Adelmar Tavares — Amor — de-elamação — pela senhorita AixaSampaio.

VII — Rachmanlnoff — Sala-bert — Prelúdio — Orchestra.

VIII — Basilio Itiberê — Ser-taneja (a pedido) — Solo de pia-nn por Mario de Azevedo.

IX — Oswal .o Snn.i_.-o — Umtrecho do poema "Rio-Rei"; b)Affonso Lopes Vieira — A dansado vento; c) Olegario Mariano —Bailada da saudade — declama-ção pela *ra Virginia Lazzaro.

X— Thomé —iSimpIe aveü —op. 5 — Orchestra.' XI — Albeniz — Salabert —Malaguena, dos "Rumores de IaCalota" — Orchestra.

XU — Arthur Napoleão — Ro-¦mance — Orchestra.21 horas e 30 — Radio Educa-

dora — Transmissão do studio daRadio Educadora, de um pro-gramma de musica clássica exe-cutado pela orchestra da RadioEducadora, com o concurso do sr.Armando da Silva Araujo (canto).

22 horas e 15 — Intervallo n«jqual serão transmittidas a previ-são do tempo, hora certa, e notasde interesso geral.

22 horas «25 — Segunda partedo programma áo studio.

Ex-Directora da Escola Domestica de NatalLonga pratica de ensino. Acceita collocação

MME. BOURRETINVÁLIDOS, 20

.í«E.ÇA0.«tBMGANTIil

Ò REMÉDIO MAIS EFÍÍlCAV^JfíÒ TRATAMENTO DA.?'

^GONORllHÉAÍiphàrmMàbragant w&Z

CASA SILVAMT, L. DA SILVA OLIVEIRA

Trav. do Rosário, 20-22Perdeu-se a cautela desta

casa sob n. 063.426.

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Quarts#feira, 7 de Janeiro de 1931 DIÁRIO DE NOTICIAS. .: ; ___^ -~~~~ -• „_ ÍO

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Em communicado epistolar,e United Press annuncia quea Europa caminha para o re-gime.ii da polygamia. Expli-cando porque, cita cifras for-midaveis de maioria âe mu-lheres em vários paizes da-_uelle continente. Prevendo ofuturo, affirma que, a conti-nuar o> estado actual de cou-sas, dentro ãe quinze annos,haverá dezoito milhões maisüe mulheres que homens.

O carioca, sem duvida, ãe-verá olhar para esses nume-»"oi com água na bocea. Real-piente, existem no Rio muitomais homens que mulheres.Basta attentar. na luta ferozque se trava para a conquistaãe Eva. Quando uma mulherpassa pela rua, é como se fos-se uma "avis rara"!

Emfim, dada a lei da offer-ta e da procura, a mulher emnossa capital é um artigo qua-si impossivel ãe obter-se pelosmeios normaes.

ma, a polygamia está em fran-co suecesso, quanto mais naEuropa, onde isso é quasi umaobra ãe caridade...'

** D

Portanto, a noticia que aUnited Press acreditou consti-tuir um "furo" sensacional,não passa ãe coisa mais sabi-ãa que o "b-a-bã". Mas a po-lygamia legal jamais existi-rá. Isso é uma coisa que sótem graça por sport, por âi-vertimentp. No dia, porém, emque um homem tiver que atu-rar legitimamente varias es-posas, com as respectivas so-gras, tias, irmãs e demais pa-rentes, então, tornar-se-ha umferrenho partiãario ãa mono-gamia. Será, talvez, o unicomeio ãe conseguir-se a fiãeli-daáe matrimonial ão homem.

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fi &Üa ffl__^S <3jS mSm___\ 8g tmtmW *mW_\

UM CONTO POR DIA

0 natal de Foupíer-Tinsílle

Mas a Uniteã Press, quanãodisse que a Europa caminhapara a polygamia, esqueceu-sede acerescentar "legal". Sim,a polygamia legal. Porque aoutra, a polygamia — toutcourt — essa já existe. Existena Europa, existe na America,existe em todo o mundo e nãode hoje. Desãe sempre.

Um homem monogamo sõ èpossivel na fantasia ãos "âe-traques". Pois se no Rio, comtoda a falta ãe matéria pri-

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Assim, pois, as mulheres nãodevem temer a polygamia. Aocontrario, âesejal-a.

No momento em que a leiãecretar a polygamia, toâa. aesposa poãerá contar que omariâo será ãella só, âe maisnenhuma.

oa>

Imagine-se, no Brasil, coma errônea organização socialque temos, o que será âe umãesgraçaão casaão, por exem-pio, com cinco mulheres! Sus-tentará, no minimo, âuzentaspessoas, aturanâo toãas assuas macreações e toãos osseus "azeites"! Será o fim âomundo!

*

Somos, pois, furiosamente,contra a polygamia. A legal,é claro.

W. B.ANNIVERSARIOS

Fazem annos, hoje:Senhorltas — Mathilde Veiga

Menezes, Diva de Moura Ferreira,Sylvia Salles de Souza Gomes eMartha Costa Key.

Senhoras — Frontin de Wer-neck, Maria Eliza Werneck e Cio-tilde Martins Villard.

Senhores — Tenente OswaldoPederneiras, prof. Felicio dosSantos, o poeta Belmiro Braga,dr. Raul Xavier, dr. Heitor deMello; os commandantes Marian-no Guimarães e Juvenal Jardim.

Transcorre hoje a data na-talicia do dr. Gomes da Rocha.NOIVADOS

O sr. Celestino Prunèa* Doria,'funeeionario dos. Telegraphos,contractou casamento com a se-nhorita Mevita Fonseca Vargas,filha da viuva Fonseca Vargas.

Com a senhorita Maria deLourdes Carneiro Leão, filha dodr. Laurindo Carneiro Leão, con-tractou casamento o capitão-te-nente Francisco Vicente BulcãoVianna.

Contractou casamento coma senhorita Noêmia de Alencar,o joven Altamiro Meirelies, au-xiliar do Moinho Ingiez.CASAMENTOS

Realizou-se no dia 29 de de-zembro do anno findo, o enlacematrimonial do sr. Homero Ri-beiro, funeeionario da E. F. Cen-trai do Brasil, com a senhorita,Adilia da Silva Braga.

O civil foi realizado na rua An-na Leonida n. 26, no E. Dentro,tendo comparecido grande nume;ro de amigos.NASCIMENTOS

Acha-se em festas o lar do sr.Manoel Nunes Loureiro e de suaesposa d. Preciosa Gonçalves Lou-reiro, com o nascimento de umamenina que receberá o nome deGiselda.

«=•=— O lar do sr. é sra. Felip-pe Moreira acha-se em festas porter nascido o seu filhinho que sechamará José Maria.VIAJANTES

Chegaram hontem, pelo "San-tos", procedentes do Recife, deonde vêm em viagem de recreio,os srs. Aloysio Santos e AloysioPortella, esle ultimo filho de con-ceituado industrial naquella ci4a-de nordestina.

Pelo "Pará", do Lloyd Bra-sileiro, chegou hontem, a esta ca-pilai, o sr. Nelson Medrado Dias,agente daquella Companhia no Es-tado do Paraná,

O desembarque do nosso ex-col-lega de imprensa esteve bastanteconcorrido, notando-se a presençade crescido numero do officiaesdo Exercito, visto como o sr. Nei-son Medrado Dias foi um dos vul-tos efficientes da revolução, na-quelle Estado sulino,MISSAS

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No altar de Nossa Senhora dasDores, da Igreja de S. Franciscode Paula, será rezada hoje, ás 9horas, missa de 7° dia, por almado dr. José de Andrade, irmãodos drs. Oscar Sancho de Andra-de, engenheiro da Central do Bra-sil e Antônio Avelino de Andrade,advogado, mandada celebrar pelafamilia do extineto.

Por alma da sra. Virginiada Silva Malta, esposa do sr.João Roberto Malta, será rezadahoje, missa de mez, ás 8,30 ho-ras, na Matriz do Sagrado Cora-ção de Jesus, á rua BenjaminConstant.

Hoje, ás 9 horas, reza-se,no altar de N. S. das Dores daIgreja de S. Francisco de Paula,missa de 7" dia por alma do dr.José de Andrade.

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Durante o sombrio periodo cha-mado do "Terror", em Paris, osque tinham de passar, alta noite,deante do Palácio da Justiça,apressavam o passo e evitavam deerguer a cabeça. E* que, quasisempre, havia luz em uma dasjanellas da torre da Conciergerie;e essa luz fazia o transeunte es-tremecei", porque ella significavaque Fouquier-Tinville, o aceusa-dor publico, estava oecupado emsua tetrica faina de fornecer Aguilhotina sua ração quotidianade cabeças.

Esse homem, cujo nome se tor-nára um symbolo do pavor, viviaesmagado pelo trabalho. Rara-mente dormia mais do quatro ho-ras por dia e muitas vezes traba-lhava vinte horas a fio. A mas-sa enorme de processos hoje guar-dados no Archivo Nacional, maisde seiscentas caixas cheias de par

peis, passaram todos por suasmãos e foram por elle annotados,

Por vezes, esse excesso de tra-balho — ou a consciência do hor-ror de sua tarefa — causava-lheallucinações. Uma vez, saindo dotribunal, pela madrugada, com umamigo, apertou-lhe bruscamente?um braço e, mostrando as aguasdo Sena, exclamou:

Olha... o rio está todo ver-melho... coberto de sangue...

E esse homom de crueldade in-comprehensivel era pae, adoravaseus filhinhos gêmeos, nascidos

no próprio Palácio da Justiça eainda pequeninos nessa época.Quando se recolhia a seus apo-sentos, tomava-os nos braços e,conversando amorosamente comsua joven esposa, acariciava-oscom infinita ternura.

Nesse tempo, as galeriasdo antigo Palais Royal es-tavam transformadas em umaespécie de Parque de Diversões.Para ali accorriam, á noite, to-dos os ociosos e fantasistas dacidade em busca de distracções.E só tinham difficuldade na es-• colha. Lojas de. todo o gênero,cantores ambulantes, cafés, res-taurantes, theatros... tudo alli

havia.Na véspera do Natal de 1793,

Fouquier-Tinville, buscando repou-so cerebral,. entrou . nessa forna-lha. Trazia ò chapéo

"bem enter-

rado sobre os olhos. Mas quem oreconheceria ali? Quem poderiaimaginar que a mais trágica fi-

gura do "Terror" andasse por en-tre aquella chusma tumultuosa ejovial ^

Nessa noite as galerias estavammais animadas do que nunca, Arevolução supprimira as festas re-ligiosas, mas a tradicção tem umaforça invencível. Era a vésperade Natal... Embora sem falar

no Menino Deus nem na creche deMethlem, o povo queria ceiar beme divertir-se.

Junto a uma das arcadas, umavoz gritava:

Entrem... entrem, pequenose grandes! E' aqui o theatro docidadão Seraphim. Sombras chi-nezas articuladas e animadas. Ocidadão Seraphim representar.i Aponte quebrada e o drama pátrio-tico A Bella e a Fera. Entrem!

Uma grande lanterna coloridaassignalava a porta de' entrada eo publico quasi todo composto decrianças, acompanhadas por mãese amas, acotovellava-se para en-tram, porque o cidadão Seraphimera um homem verdadeiramentepopular.

Tòuquier-Tinvllle contemploulongamente essa scena, depois, in-teressado pelas physionomiaB in-fantis, vibrantes de curiosidade ealegria, comprou tambem uma en-trada.

Um fulgor vago surgira em suaalma sombria. Véspera de Natal!Que homem será capaz de jurarque essas palavras não evocamuma lembrança enternecida emseu espirito? Fouquier-Tinvillerecordava-se... Tambem elle- fô-ra uma criança assim...

Sentou-se na ultima fila, afimde apreciar melhor o especta-

culo, que o fizera entrar ali: —o júbilo da criançada.

A orchestra de tres executa-stestocou a marcha de Malborough eisso foi bastante para que o pu-blico infantil rompesse em pai-mas cnthusiastas.

Depois, um quadrado luminososurgiu na sombra do palco e, im-mediatamente, fez-se na sala um

G. LENÔTJRE.

em coro a ingênua canção, quccomeçava assim:"E os patinhos sempre passam

Tire lire lire lire..."Assombrado, não podendo con-

ter um sorriso, Fouquier-Tinvil-le notou que não somente ascrianças mas tambem os adultosali presentes cantavam. Um ve-lho sargento da Guarda France-za, encarregado da manutenção

da ordem, mostrava os raros den-tes e cabeceava o compasso repe-tindo: — Tire, lire, lire.

O aceusador publico, que viviaisolado na sangueira da revolu-ção, estava literalmente estupe-facto ao ver que havia na cidadetanta gente capaz de rir e can-tar, alheia ao ódio, ao terror, ámorte.

Houve um intervallo; segundoo costume da época, o cidadão Se-raphim appareeeu em pessoa naplatéa acclamado com furor, rs-guido pelo olhar extatico das cri-ancas. Era um homemzinho cor-cunda, mas sorridente e que pa-recia singularmente forte.

Nesse momento, o aceusador pu-plico notou deante delle, no ban-co contiguo, duas meninas de oi-to e nove annos presumíveis, pa-reciam ser ali as únicas pessoasque não riam, que não se enthu-siasmavam com a presença do ci-dadão Seraphim. Em vão a ama,que as acompanhava, uma mulherjá idosa e muito zeloza, falava-lhes, chamava sua attenção pa-ra os encantos do espectaculo...Elias se mantinham indifferen-

tes; mais do quo isso, tristes, comos olhos parados...

Quando o panno do palco se er-gueu de novo para apresentar aspantomimas: ¦— O Gato de Bo-tas e o Postilhão Maluco, toda aplatéa desatou em gargalhadas. Opróprio Fouquier-Tinville, conta-giado por aquella atmosphera in-fantil, não poude conter o riso.

E, continuando a observar asduas meninas, ficou estupefacto

ao ver que ellas resistiam & ale-grla geral. Olhavam para o pai-co, mas em seus rostos persistiauma impassibilidade incompre-hensivel.

O aceusador publico não poudeconter a curiosidade e, curvando-se', perguntou á ama:

Essas crianças estão doen-tes?

A ama voltou-se bruscamente,num sobresalto, como uma cria-tura, que vive sob o receio de umasurpresa desagradável e respon-deu apenas :

Não, cidadão. "—- Então, por que não se di-

vertem como as outras?A ama, baixando a cabeça, mur-

murou:Estão tristes, coitadinhas...

¦— Ah!... perderam alguém dafamilia?

A mulher hesitou um instante,depois, intimidade pelo olhardaquelle homem, acabou por di-zer:

— Mais ou menos isso.As duas meninas tinham se vol-

tado e olhavam tambem para Fou-quicr-Tinville, cem uma expres-são tão acabrur.hada, que ellanão teve animo para fazer outrasperguntas.

O panno baixara e erguem-sedo novo. Agora, a voz do sr. Se-raphim annunciava o "drama pa-triotico".

As sombrinhas surgiam, uma auma, apresentando em primeirologar os personagens: — o ari3-tocrata, o patriota, uma patrulha,um general, um espião, um car-cereiro e o carrasco. Depois asscenas começavam a desfilar. Via-se uma sessão num club: o es-pião entrava e, denunciado pelospatriotas, confessava agir porconta do aristocrata, que conspi-rava traiçoeiramente contra a re-publica. O presidente do clubia denuncial-o e a patrulha iae cercava a casa do inimigo daliberdade. Seguia-se a scena daprisão, A despeito dn» súpplicnsda esposa e J03 filhos, o aristo-crata era segui"'-,- e levado á pri-são; o carcereiro cn+regava-o aocarrasco, que lhe amarrava asmãos. O drama terminava ahi compalavras vibrantes do cidadão Se-raphim, stigmatizando os aris-tocratas e apontando-os á vindi-cta publica,

Fouquier-Tinville ouvira distra-silencio absoluto, perturbado ape-"ÍMdamente essas palavras de pn-nas pela respiração ansiosa das triotada grosseira; sua attençãopequeninas bocas já abertas deadmiração em expectativa.

Ouviram-se tres pancadas eatrás do ealxilho luminoso ergue-se uma voz, a do próprio cidadãoSeraphim, annunciando o inicio

do espectaculo— Cidadãos e cidadãs. Vamos

ter a honra de representar odrama, Ponte Quebrada. Attenção.

E as sombrinhas chinezas co-meçaram a surgir e mover-se, tãohabilmente articuladas, que opróprio aceusador publico, des-conhecendo até então esse gene-ro de espectaculos, comprehen-dendo o delirio da criançada. Tra-tava-se de um drama entremeadocom scenas cômicas e canções po-pulares e, no decorrer do espe-

ctaculo, Fouquier-Tinville notouque a poça era conkeeida porqueo publico fazia coro com o cida-dão Seraphim, quando ello entoa-va o estribilho.

Em certo ponto appareeeu nocai;cilho a -silhueta de um rio; emuma das margens um bando dapatos, vinha em busca da ponte;não a encontrando, lançava-seá água.

E as crianças acompanharam

se concentrava cada vez mais so-bre as duas meninas, cuja melan-colia. tão imprópria de sua ida-de, tinha-o intrigado. Quando sur-gira no palco a patrulha, de ar-mas em punho, a menor das me-ninas abraçara a ama num mo-vimento de susto convulsivo e,

escondendo o rosto em seu hombro, não olhara mais para o pai-co. A outra, ao contrario, ineli-nára-se para a frente, olhara at-tontamente, avidamente, como senão quizesse perder um só de-talhe do drama. E, tanto quartolhe permittia a penumbra da sa-la, o_ aceusador publico viu suaphysionomia transtornada pela

mais intensa emoção.Quando os soldados agarraram

brutalmente o aristocrata e o car-rasco começou a atar-lhe as mãos,ella se encolheu de súbito na ca-deira e murmurou eom voz tre-mula:

Papae... Oh! meu panae...E começou a soluçar baixinho.A ama tomou-a nos braços, di-

zendo ao seu ouvido.Que é isso, Luiza... Você

me prometteu quc ficaria quieli-nha. Se começa a chorai", assim, ,

aqui, serão capazes de me pren-der tambem.O publico, que se levantava e

saia em desordem, não notou eB-30 incidente; mas o aceusador pu-blico acompanhou de perto aama o as duas meninas.

Quando chegaram a uma arca-da deserta, abordou-as.

Perdão, cidadã... eu queriafazer-lhe uma pergunta.

A pobre mulher, reconhecendoo espectador que já a interpellã-ra na platéa, deteve-se hvida desusto; mas julgando reconhecerna physionomia daquelle homemum interesse sincero e commo-

vido, fez um signal de acquies-cencia.

;— Notei ha pouco que essascrianças estão... quero dizer...ficaram impressionadas com

aquelle espectaculo... Se pudes-se dizer-me a causa dessa emo-ção, eu, talvez...

Lançou um olhar inquieto pa-ra. os lados, afim de ver se al-guem os ouvia ou observava, de-pois concluiu?

rr- Eu talvez lhes pudesse serutil.

Oh!... cidadão... murmu-rou a ama. — A culpa foi minha.Eu trouxe-as ao theatro para verse as distraia e o acaso fez comquo. o espectaculo reproduzisseuma scena tão dolorosa, a quéellas assistiram hontem.

Ah!... ellas assistiram?...—- Sim, cidadão. Seu pae foi

preso como suspeito... e compre-heride... quando se é preso sobsemelhante aceusação neste tem-po...

E a humilde criatura não maisdisfarçou as lagrimas.

Qual é o nome desse ho-mem £ — perguntou Fouquier-Tin-ville,' rapidamente, baixando ain-da mais a voz.

A ama hesitava. Receiava terfalado de mais. Se dissesse o no-me de seu patrão, não se arrisca-ria a...

Mas, arrastada pelo instinetopoderoso nas crianças confiando,sem saber por que, naquelle ho-mem de aspecto severo e triste,a mais velha das meninas erguendoo rosto pálido, disse com a vozlímpida, que caracteriza as gar-gantas infantis:

j^— Senhor... se pode... man-de meu pae para casa outra vez...Elle é o conde de Courville.

E como Fouquier-Tinville securvasse para ouvir a confidon-cia, ella, erguendo-se na ponta

dos pés, cruzou os braços em tor-no de seu percoço, repetindo:

Sim... sim... mande-o pa-ra nossa casa... Elle não fez na-da... Elle é muito bomzinho.

Sentindo o rosto morno e mo-lhado de lagrimas junto do seu,o aceusador publico apertou tam-bem entre-os braços o corpo fra-gil da criança e, sem mais umapalavra, afastou-se rapidamente.

No dia seguinte, logo pela ma-nhã, um soldado veiu trazer ácasa em que mme. de Courvillevivia em angustias, um papel como seguinte sobresevipto:"A Luiza e Laura Courville

Para seu Natal"Como assignatura apenas um

nome de baptismo: "Quintino'*.O papel envolvia uma ordem as-

signada pelo omnipotente aceusa-dor publico, mandando pòr em li-berdade o "ci-devant" conde deCourville, que nâo foi mais in-quietado durante o "Terror".

O episódio é rigirosnmente au-tl-cnlico; ha delle documentoscomproSatorios nos Archivos daConciergerie.

Isso nos permitte acreditar qüe,dezoito mezes depois, quando, ar-rastado por sua vez pelo maels-tron de sangue, que tanto aju-dára a desencadear, 'Fouquier-Tin-ville atravessou as ruas de Pa-ris, na carreta fatal, caminho docadafalso; quando elle atravessouas ruas assim .esbofeteado, pelavaia formidável que jamais seouviu, por clamores de ódio, decólera, de maldição, havia na ci-dade duas crianças, que abençoa-vam seu nome, que choravam tal-voz á fflals de qüe iam matar ohomem, que salvara seu pae.

E quem ousará affirmar que aslagrimas de Luiza e Laura deCourville não attenuaram na ba-lança eterna o peso do òpprobriouniversal?

Flagrantes tomados na Urca e em Copacabana pelo DIÁRIO DE NOTICIAS,domingo ultimo

LIVROS NOVOS"CHIMICA GERAL"— Professor Miguel

Tenario d'AIbuquer-que ,

Trata-se de uma chimica ondesão ministrados os princípios es-senciaes ao estudo da chimicadescriptiva, attendendo ao pontode vista histórico e evolutivo des-sa sciencia tão complexa.

O autor procura, sempre quepossivel, dar a origem de certosvocábulos e os nomes dos chimicosque os introduziram, fazendo arespectiva! critica.; -¦::-

A orientação seguida ê a maismoderna, segundo os últimos tra-balhos publicados.

Um assumpto que desde logoprende a attenção de quem com-pulsa esse trabalho de 325 pagi-nas, é a critica mordaz feita sobreos termos "base e anhydrico", eque não encontramos em outrosautores.

Ha tambom uma forte criticana divisão de metaes e metalloi-des e todas as classificações exiss-tentes são estudadas com os re-spectivos schemas, quanto aos cor-pos simples.

O estudo das reacções é o maisdesenvolvido possivel, dentro dodominio de uma chimica elemen-tar.

ii— » m

A NOMEAÇÃO 00 SR, ITA-GYOA ESCOBAR

Como a justifica o dire-ctor da E. F. C. B.

A propósito da indicação doengenheiro Itagyba Escobar, paraservir na Central do Brasil, re-cebemos do dr. Arlindo Luz, dire-ctor daquelal ferrovia, a seguintenota:

"A designação do engenheiroItagyba Escobar, para servir, tem-porariamente, na Central do Bra»sil, não obedece a outro intuito,sinão o de encarregar a um tech-nico da minha confiança pessoal 6que seja absolutamente estranho ainfluencias internas da Estrada, oestudo suas reaaes necessidades deserviço, quer sob o ponto de vistatechnico, quer administrativo, paraque sobre essa base solida e isen-ta de qualquer elemento hetero-clyto se possa construir o novoregulamento.

O engenheiro Itagyba Escobar,não oecupará cargo algum do qua-dro da Central. Servirá, têmpora-riamente, na categoria de ajudan-te de divisão e será auxiliado porum engenheiro de cada divisão,como órgão technico e consultivo.

Não ha de minha parte, na casoda escolha do engenheiro ItagybaEscobar, motivo algum de falta deconfiança no corpo technico daCentral, onde ha engenheiros dosmais distinctos do Brasil, masque, com as suas múltiplas oc-

cujo serviço, naturalmente exten-so, deve de «er executado no me-nor prazo possivel,"

Punindo os culpados da nl-tima sedição na Hespanha

MADRID, 6, (U. P.) — Cor-re nos circulos bem informa-dos que o general Garcia Par-reno, juiz militar encarregadodo processo dos indivíduos ac-cusados de sedição, pretendeclassificar a sua participaçãono movimento revolucionárioultimo como "delicto de im-prensa", porque assigharampamphletos revolucionários.Essa classificação torna o seucrime muito menos grave.

ESTADO" DO RÍÕUM FUNCCIONARIO QUE FOGE

A DEVASSAEm officio dirigido ao dr. Olde-

mar de Sá Pacheco, juiz de direi-to da 1.* Vara de Nictheroy, acommissão de syndicancias nomea-da pelo governo fluminense paraproceder a devassas na adminis-tração publica, solicitou providen-cias no sentido de ser sustada avenda de quaesqúer immoveis per-tencentes a Sebastião Monteiro,ex-funecionario do Instituto deFomento e Economia Agrícola doEstado do Rio.

Sebastião Monteiro se acha fo-ragido desde a data em que na ca-pitai fluminense foram iniciadosos trabalhos da commissão de syn-dicancia nomeada pelo sr. PlinioCasado.

A ACTIVIDADE DA ALLIANÇALIBERAL DO ESTADO DO RIO

Os elementos da Alliança Libe-ral do Estado do Rio, a partir dehoje, passarão a se reunir das 20ás 23 horas, diariamente, na suaséde, á rua Miguel de Frias, 178,para receber os delegados de to-dos os municipios que terão de as-signar os documentos politicos queserão entregues aos srs. GetulioVargas, Oswaldo Aranha e PlinioCasado.

Estão tambem tomadas assigna-turas para o manifesto que serádirigido ao povo sobre a vida ad-ministrativa dos municipios flu-minenses.

A Alliança Liberal do Estado docupações funecionaes, não teriam Rio vae iniciar, no próximo do-tempo de exercer essa commiss.ão, mingo, uma série de "meetings"

em todos os municipios fluminen-ses, devendo ficar organizadas nareunião de amanhã as caravanasque se incumbirão dessa tarefa.

Esfá eolermo o generalBerenguer

MADRID, 6, (U. P.) —Ochefe do governo, general Be-renger acha-se recolhido, ásua casa, sem poder sair, de-vido a uma ferida no pé.

nfundada a noticia sobre aida de colonos polacosLISBOA, 6, (U. P.) — O mi-nistro das Colônias annunciou

que não tem fundamento anoticia publicada pelo "Se-culo" sobre a ida de mil co-lonos polacos para Angola, af-firmando que o governo nãoconcederá permissão para tal.

Esfio tentando um novo"record" de distancia am

eirsio fechadoOs pilotos Le Brix, Do-ret e Cadou iniciaraip o"raid" a bordo do"Traço de União" '

PARIS, 5 (U. P.) — Os aviado-res Le Brix, Doret e Cadou levan-taram vôo np "Traço de UniãoVdo Aeroporto de Istres, ás 16 horase 29 minutos, levando 1.800 litrosde gazolina, afim de tentar um no-vo "record" de distancia em cir-cuito fechado.

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DIÁRIO DE NOTICIAS Quarta-feira, 7 de Janeiro de 1931¦fí3'

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[DIÁRIO DE NOTICIAS é o órgão official das seguintes associações: — União Beneficente doà"Chauffeurs" — Centro Beneficente dosristas do Rio de Janeiro, Volante Club e do Centro Beneficente dos Chauffeurs de Nictheroy

INSPECTORIA DEVEHICULOS

Exames de motoristas«HAMADA PARA HOJE, A'S

8 HORASJoão Fernandes Vieira Junior,

Affonso Rodrigues, Laudelino Bar-bosa de Castro, Irene CaldararnFarinha, Arthur • Gomes Ribeiro,Laudelino Ribeiro França, Bernar-dino José Fernandes Filho, Juvé-nal Manoel dos Reis, Gracho Pei-xoto da Costa Rodrigues e AntônioInnocencio Padilha.

PROVA PRATICADinemarques Pereira de Carva-

lho e Francisco da Veiga Pimen-tel.

PROVA REGULAMENTARArlindo Machado Curvello e Luiz

Lopes.TURMA SUPPLEMENTAR

Armando João Salles, DavidCorrêa de Mattos, Oscar MachadoVieira, Mario Bocayuva e Marinade Farias Neves.RESULTADO DOS EXAMES EF-

FECTUADOS HONTEMApprovados — Hilton Nabuco de

Castro, Henrique de Azeredo Cou-tinho, Alexandre Daletzka, Gilber-to Braga Torres e José Mendes.

Reprovados — 7.Infracções até ás 18 horas

de hontemDESOBEDIÊNCIA AO SIGNALPas. - 935, 1466, 1780, 1831, 1993,

2798, 3046, 3242, 3408, 3505, 4194,5483, 5612. 6427, 7156, 7208, 7846,12082, 13257, 13688, 9295, 9319,S392, 9730, 9752, 10887, 10952,

iCarga — 47, 277, 809, 1812, 2566,S525.

EXCESSO DE VELOCIDADEPas. — 334, 486, 917, 1635, 1735,

2335, 2779, 3163, 4722, 5225, 13005,13513, 13526, 9598, 9920, 11960.

Carga — 509, 797, 981.ESTACIONAR EM LOGAR NAO

PERMITTIDOPas. — 1493, 14432.INTERROMPER O TRANSITOCarga — 2879._

Revalidação de carteirasBr.UVEMENTE SERA' EQUI-PARADO O EXAME PRESTA-DO PELOS "CHAUFFEURS"

EM QUATRO CAPITÃESPromettemos na Ia edição

de hontem informar nossos.leitores sobre o caso da reva-lidação de carteiras de "chauf-feurs". Podemos, hoje, adean-tar que a Inspectoria de Ve-hiculos está ultimando o es-tudo a que vinha procedendosobre o assumpto, tendo o dr.Godofrèdo Barbariz, inspectorgeral, nos autorizado a decla-rar que brevemente entraráem execução o acto que reva-lida os exames de "chauf-feurs" prestados em S. Paulo,Bello Horizonte, Nictheroy eCapital Federal. ;

Dentro em pouco, pois, o"chauffeur" pôde, sem a exi-gencia absurda das adminis-trações passadas, dirigir auto-moveis numa dessas capitãescom os documentos de habi-litacão fornecidos potr umadas Inspectorias de Vehiculosdas referidas capitães.

lãÕraiTCMrGRÃNDEBAIXA NOS PREÇOS

Moveis fortes, bom acabamentoe estylos modernos. Façam umavisita ao "LEÃO DOS MARES" everifiquem os seus preços. DOR-MITORIOS PARA CASAL COM-PLETOS. 1:200$. DITOS TYPOAPARTAMENTO. 900$. SALA DEJANTAR, 1:200$. SALAS DE VI-SITAS, TODA ESTUFADA (10PEÇAS), 500$. Para o interior, ca-talogos gí ilia. — LARGO DáLAPA 32

Os fornecimentos á PrefeituraO DIÁRIO DE NOTICIAS offerece ao sr. Adolpho Bergamini um subsidiopara o estudo sobre futuros fornecimentos de pneumaticos e câmaras dear á Prefeitura—Assumpto da especialidade da sua secção Automobilismo

fflEATROjm™HOJE e AMANHA

Não haverá espectaculopara se proceder aos en-saios de apuro da formida-vel revista carnavalescados IRMÃOS QUINTI-

LIANO

essamulherchorar

com musicas de vários au-tores

SEXTA-FEIRA, 9 — Pri-meiras representações

Concluímos hoje nossos com'mentarios sobre fornecimentos de materiaes para auto-moveis á Prefeitura Muniei-pai.

Adquiridos, directamente, ospíieus e câmaras aos própriosfabricantes, os cofres muniei-paes lucram: '

Io — a sensível differençade preços;

2o — a vantagem decorren-te da qualidade comprada;

3° — a garantia de merca-dorias de fabricação recente.

Sobre estes interesses imine-diatos ha ainda a accrescèn-tar os beneficios resultantespara a Prefeitura da:

1» — fiscalização automati-ca da qualidade desse mate-rial adquirido;

2 — do impedimento, natu-ralmente forçado, da substi-tuição de mercadorias de qua-lidades superiores e devida-mente assignaladas em do-cumentos, por materiaes de"stocks" velhos, demasiada-mente resencados e de fabri-cação inferior, mas que seprestam, pela sua perfeita se-melhança e fins de applica-ção, á "camouflage" de tan-tos prejuízos á Municipalida-de, porém, de quantas polpu-das negociatas para os inter-medianos!

Vejamos como se faz a fis-calização sem ônus nem pre-oecupação para a administra-ção publica:

Qualquer dos fabricantes es-tabelecidos entre nós nuncapoderia substituir um pneu —digamos de 29x4,50,-normal —por um outro dos que, em qua-lidade e preços proporcional-mente maj orados, chegasseaté ao H. D. ou reforçado.Não lh'o permittiria o servi-ço de controle a que estão su-jeitas as suas organizaçõescomemrciaes.

Exemplificando um attenta-do de substituição de umpneu da mesma medida, po-rém de preço inferior:

Facturado um "Oldfield" 29x 4,50, cujo preço é de 152$000,por um "Regular", 181$, ouReforçaâo, 200$, ou, ainda, Su-premo, 231$. O pneu substitui-do era encontrado a menos no"stock", emquanto se dava ocontrario com o do outro typõ.

Este caso não só será causade sérios embaraços na con-tabilidade do fabricante nãosó será corrigido na contagem

do stock, como ainda, além deemendado incontinenti pelosauditores, constitue motivopara severas observações aosgerentes das filiaes pelos di-rectores das matrizes.

Como se vê. a Prefeiturapôde estar certa de que rece-be a mercadoria com as quali-dades da encommenda, mesmosem necessidade de sua inter-ferencia e fiscalização. O mes-mo não oceorre, porém, se sedá o inverso, isto é,.se os seusfornecedores, dada a sua pro-pria qualidade de intermedie-rios, não estão submettidos aorigor das mesmas organiza-ções còmmerciaes, antes, po-dem alteral-as de accôrdo comas suas conveniências.

E não se diga que não é fa-cil, que até agora não tenhasido facilimo entregar às re-partições publicas um pneu damesma medida, com o mesmoanti-ãerrapant, com os mes-mos fins de applicaçao, cujopreço se reduz a menos de100 °|° do pneumatico extra-reforçado, 80 °|° do superior,60 °|° do médio e 40 °|° doanti-médio.

Tem sido, mesmo, este o cri-terio adoptado na maioria dosfornecimentos de pneus e ca-maras dê ar.

Convenhamos, entretan t o,que cabe a culpa unicamenteá Municipalidade, cujo syste-ma de pagamento de contas,prorogado indefinidamente ouobtido muitos annos, depois delongos e penosos trabalhos, es-timulava o intermediário ásubstituição de mercadoria dequalidade, superior por outrainsignificante, isto para resar-cir, pela differença, os jurosde mora.

Dos materiaes adquiridospara consumo das repartiçõespublicas, nenhum entre ellesofferece mais facilidades aoembuste pela substituição doque os pneumaticos e câmarasde ar.

Sem um longo tirocinio des-se ramo de commercio — umapratica adquirida pelo exerci-cio especializado — é difficilimpedir a continuação dessesnegócios, feitos como até aqui,de verdadeiros "panamás" emcontinua sangria ao eráriomunicipal.

• * »Apontamos à Prefeitura as

vantagens que usufruiria se se

abastecesse directamente dosfabricantes.

Para fazel-o, porém, erapreciso qüe os cofres muni-cipaes dispuzessem de nume-rario. A nossa intenção foi,pois, auxilial-a na sua própriaeconomia. Olvidamos, entre-tanto, que para fazer essa eco-nomia é imprescindível resol-ver o problema do Dinheiro. Avantagem envolve o maior ob-staculo!

Ha, porém, um exemplo doprefeito que se pôde applicar,com optimos resultados, nocaso da compra de pneuma-ticos. ,

S. ex. disse, ha dias, que es-tava comprando á vista a ga-zolina necessária ao consumoda Municipalidade. Viu agrande somma devida dessecombustível á empresa forne-cedora. Isto causou-lhe espe-cie.

Certamente que não pagou oatrazadô. Não augmentay po-rém, a divida. Se passou a fa-zer compra a dinheiro — por-que não ha mais credito —este é o caso semelhantemen-te análogo ao que oceorre comos fabricantes de penumati-cos, podendo-se, portanto, ap-plical-o nas necessidades des-ses materiaes.

Se obedeceu ao espirito denão avolumar mais o creditodesses fornecedoras, ahi tam-bem. é aconselhável a utiliza-ção daquella medida.

• •Houve eoncurrencia publica

para o fornecimento de pneu-maticos e câmaras. Ao que sa-bemos, ella foi annullada. Foiannullada por falta de con-currentes — nada mais. Sevoltar, porém, a chamada,comparecerão — não os fa-bricantes com ou sem vanta-gens que assignalamos atrás— mas, sim, os intermediários,o que, ainda assim, é duvido-so, com o processo dos forne-cimentos de "stocks" velhos ereseccados e, o que é mais pre-judicial, da substituição dasqualidades.

E a Prefeitura, por que ellamesma criou esta situação,não pôde arguil-os de des-honestos. • *

Nas officinas e garages daPrefeitura ha, ao que consta,muitos automóveis encostados

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FEIRA DE AUTOMÓVEISO* .-iriiiiuu-itm nriitn him-viIo mfxt voliriMltm n ?<itltl n linho on '.iílOII

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ls «dniffesrs» le MetterO interventor municipal reformou o orçamento na

parte relativa ao imposto sobre automóveisRecebemos, hoje, já atraza-

do de alguns dias, — o expe-diente do Centro Beneficentedos Chauffeurs de Nictheroy,do qual constava a communi-cação de que o interventormunicipal da vizinha capital,reconsiderando o seu acto an-terior, resolvera reformar oOrçamento na parte relativaaos impostos de automóveis.Ficou, pois, consignado nanova Receita o imposto único,.para amadores e profissionaesde 30$000, — mais a taxa de100 réis por litro sobre o con-sumo de gazolina.

. O acto do interventor mu-nicipal terá effeito em todoo território fluminense. Opagamento único de 30$000exime tambe o chauffeur dequalquer 'outra contribuição.Não ha, portanto, addicionaes,sellos, placa, etc.

Em virtude da deliberaçãodo prefeito municipal, que afc-tendeu ás justas aspiraçõesdos "volantes", não se reúnemais amanhã, a directoriado Centro Beneficente dosChauffeurs de Nictheroy. con-forme fora annunciado, oaraconvocação duma assembléaende seria discutida e piei-teada a execução do actoagora posto em vigor.

A classe dos chauffeurs, —amadores e profissionaes, foi

á falta de equipamento, ha-vendo-se iniciada a permutade pneumaticos de carros emconcerto ou inutilizados, parasupprir os que estão em fun-ccionamento.

Esta operação adia, quandomuito de um mez, a necessi-dade daquelle material, for-çando em seguida o prefeitoa decidir-se pela escolha:

dè intermediáriosou de fabricantes.

Nó primeiro caso, nas con-'dições de fornecimento com'mum, mas condemnavel, se ohouver;

No segundo de forne-cimento a dinheiro, única-niente; mas que, apesar dascircumstancias em que se en-contra o thesouro municipal, éo mais aconselhável — poreconômico.

NOTA — A revisão substi-tuiu, ante-hontem, referidasfornecedoras por "ferinas",etc;

Dia santificado, pensava-seem ver a Sophia, no JardimZoológico.

/Zamcfi$y/íf>i>iê.

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a única até hoje que não des-frutoü beneficio algum dospoderes públicos. Tem havido,é certo, algumas modificaçõesno pagamento de impostos devehiculos, todas ellas, porém,estabelecem apenas uma no-va modalidade, a qual coiisis-te em facilitar a contribuição

pelo systema de fracções,sendo, entretanto, de justiçasalientar que a reforma lhesmaiora de muito os im-postos.

Emquanto que a industria,o commercio, todas as activi-dades, emfim, disputam aogoverno a reducção de impôs-tos, os "chauffeurs" sentem-sefelizes em contribuir commaior;s sommas para o era-rio publico, contentando-seapenas com o preceito quelhes permitte fazel-o suave-mente.

Registre-se o gesto da cias-se, que é o único a quebrar orefrão da conectividade con-tribuihte, para attendel-a,quando o permittir as finan-ças publicas, no pedido queporventura venha a fazer, nofuturo, na ireducção dos seusimpostos.

i Obtida a reforma do Orça-mento no que respeita aos"chauffeurs", o sr. José Alon-so, presidente do Centro Be-neficente de "Chauffeur", deNictheroy, dedica-se, no mo-mento, a arregimentação deelementos necessários paraum intenso commercio docombustível alcool-motor, sen-do de presumir que á sua re-conhecida. operosidade se de-va, em breve, o consumo sys;temático, entre a classe, docarburante nacional.

Correio dos "Chauffeurs"Na sede da União Benefi-

cente de Chauffeurs tem car-tas os seguintes snrs.:

Abel Gonçalves Lisboa, An-tônio Soares de Pinho, Anto-nio dè Oliveira Pinto, AntônioPereira, Antônio Soares deAlmeida, Antônio Augusto,Agostinho Abreu, Armindo daSilva Ramiro, Delphim Fer-nandes, Eduardo Esteves,Francisco Rodrigues Pontes,Francisco de Freitas Moura,Henrique Manoel de Souza,Horizonte tnnocencio Sam-paio Bandeira, José Fontes,José Dias da Costa, José Tei-Jceira, José Regueira Portella,José Fernandes Pereira Jor.Joaquim Loureiro da Cunha.Joaquim Pereira, JosephaGonçalves da Rocha, Manoelda Silva Rabeilo, Manoel Joséde Souza, Pedro Pereira Viei-ra de Souza e Ulysses dè An-drade e Lima.

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Phaeton, vende-se, preço deoceasião, á rua S. José n. 54,loja.

LINCOLN7lOGABES

Vende-se em optimo estado,dando-se qualquer demonstra-ção, por mais exigente queseja, ao pretendente. Rua Vis-conde Pirajá n. 164 — Ipane~ma. Preço: 5:000?000,

Indisciplina a bordo de umsubmarino inglez

LONDRES, 6 — (A. B.) —Embora tenham sido gastosgrandes esforços de reporta-gem, ainda não se conhecemos pormenores do incidente abordo do submarino "Lúcia",assignalado hontem pela im-prensa, no porto de Plymouth.

Áquella unidade, que haviasido lançada ha pouco, e fa-zia parte da esquadra anco-rada em Dèvonport, tem umaguarnição de 40 homens.

Ao que parece, os marinhei-ros teriam recusado cumpriras ordens de um official pou-co sympathico entre a tripu-lação.

O Almirantado confessa teihavido, realmente, um inci-dente, mas recusa pormeno-res a respeito.

Cerca de dez mil pessoasacompanharam os restos

mortaes de MirePARIS, 6 — (A. B.) —

Calculam-se em dez mil aspessoas de todas as classessociaes que desfilaram hon-tem perante os despojos mor-taes do marechal Joffre.

Desde hoje cedo, a multi-dão se agglomerava nas im-mediações da Escola de Guer-rá, esperando que a ceremo-nia do desfile continuasse.

Durante toda a noite vela-ram o corpo quatro ófficiaesda guarnição de.Paris, que semantinham immoveis, ao la-do dos monumentaes cande-labros marcando os quatrecantos do esquife.

A transferencia do corpopara Notre Dame terá logarhoje, com o ceremonial já co-nhecido.

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Empolgantes torneios da mais arrojado sport

NO CINEMAO EXPRESSO DO OESTE

Dois episódiosVARIEDADES VARIEDADES

—~ TRIANONEMPRESA J. R. STAFFA

HOJE :: A's 8 e ás 10 horas :: HOJEPrimeiras representações da engraçada comedia em tres

actos de Miguel SantosHOTEL DOS AMORES

ALDA GARRIDO desafia o mais sizudo espectador a per-manecer um segundo na platéa sem rir e rir muito. Bri-lhante desempenho dos demais artistas da Companhia

Sabbado haverá VESPERAL ás 4 horas, em homenagemaos estudantes e ás normalistas

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1Theatro LiyricoGRANDE COMPANHIA BRASILEIRA DE

DRAMAS PSYCHICOS(Theatro Psychico)

e da qual fazem parte os eminentes artistas MARIACASTRO, MARCILIO LIMA e ANTÔNIO RAMOS

Amanhã — ás 81/2 horas — AmanhiSensacional estréa da grandiosa tragédia espirita

BRANCA DIASeom bailados e coros de HONORIO RIVERETO

ARTE! LUXO! ORIGINALIDADE!MUSICA DE NEWTON PADUA

A acção dos dois primeiros actns passa-se na Parahybado Norte e em Lisboa, onde Branca Dias foi queimadaviva pela Inquisição, e as scenas do 3° acto desenrolam-

se no Mundo Espiritual

Io bailado: "Infância"; 2o, "Morte"; 3o, "Glorificação"dc Branca Dias no plano astral — Solita — Primeirabailarina: Grabinska, Criação choreographica de Pierre

Michailowsky.

Sensacional! Sensacional! -»Preços popularesFrizasj 35?000; Camarotes, 305000; Poltronas, 7§000; Bai-

cões, 5S000; Galerias, 3S000BILHETES A' VENDA NA BILHETERIA DO THEATRO

DAS 10 A'S 5 DA TARDE

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