A IMPORTÂNCIA DA REDE SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE INOVAR NAS EMPRESAS...

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LIMA, SILVA, LIMA & LOURENÇO (2013) Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 1 A IMPORTÂNCIA DA REDE SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE INOVAR NAS EMPRESAS BRASILEIRAS A. F. LIMA¹, R. M. SILVA2, A. C. F. LIMA³ e C. E. LOURENÇO4 ¹Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial, Campus de Guarabira Instituto Federal da Paraíba, IFPB. E-mail: [email protected] ; 2Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial, Campus Guarabira Instituto Federal da Paraíba, IFPB. E-mail: [email protected] ; 3Curso Superior em Ciências Atuarias, Campus de João Pessoa Universidade Federal da Paraíba, UFPB. E-mail: aninha,[email protected] ; 4Professor Orientador, Campus de Guarabira Instituto Federal da Paraíba, IFPB. E- mail: [email protected] . Artigo submetido em agosto/2013 e aceito em outubro/2013 RESUMO Este artigo objetiva mostrar a utilização da internet nas empresas brasileiras que, por sua parte, utilizam de recursos como as redes sociais para inovar e desenvolver seus planos e planejar suas estratégias empresariais. Buscando assim, através de estudos e pesquisas a respeito de tal fenômeno, para abordar o interesse e o quanto é importante a utilização deste meio de comunicação, bastante conhecido atualmente. As empresas brasileiras adotaram estratégias de inovação envolvendo ativamente os recursos das redes sociais; destacaram-se no mercado competitivo e deram sustentabilidade aos seus negócios nas últimas décadas. Sabendo que a nova era caracteriza-se por meio da tecnologia que, talvez, somente sobreviva aquele que tem mais conhecimento na área tecnológica e que utilizam de suas ferramentas para se adaptarem e se desenvolverem ao meio. Nesse sentido é preciso uma compreensão na área para saber como as empresas podem utilizar-se das redes sociais e quais resultados elas terão por utilizarem os recursos da internet. A pesquisa é descritiva, na forma de estudo de caso, utilizando-se de uma abordagem de análise predominantemente quantitativa. ABSTRACT THE IMPORTANCE OF SOCIAL NETWORKING FOR THE DEVELOPMENT OF THE INNOVATION ABILITY IN BRAZILIAN COMPANIES. This article aims at presenting the use of the Internet in Brazilian companies which use resources such as social networks to innovate and develop their plans and plan their business strategies. Thus, through studies about this phenomenon and research in large and small businesses, this article attempts to address interest and how important it is to use this medium which is widely known. Brazilian companies have adopted innovative strategies actively involving the resources of social networks; they have stood out in the competitive market and given sustainability to their business in recent decades. It is known that the new era is characterized by technological means and perhaps the one, who has more knowledge in technology, and use its tools to adapt and develop, survives. In this sense, it is necessary to have an understanding in the area to learn how companies can use social networks and what results they have for using internet resources. This research has a descriptive feature in the form of case study and uses a predominant quantitative analysis approach. KEY-WORDS: Social networking, Technology, Development, Innovation, Enterprises. PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais, Tecnologia, Desenvolvimento e Inovação, Empresas.

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LIMA, SILVA, LIMA & LOURENÇO (2013)

Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, 2013 1

A IMPORTÂNCIA DA REDE SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE INOVAR

NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

A. F. LIMA¹, R. M. SILVA2, A. C. F. LIMA³ e C. E. LOURENÇO4

¹Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial, Campus de Guarabira – Instituto Federal da Paraíba, IFPB. E-mail: [email protected]; 2Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial, Campus Guarabira – Instituto Federal da Paraíba, IFPB. E-mail: [email protected]; 3Curso Superior em Ciências Atuarias, Campus de João Pessoa – Universidade Federal da Paraíba, UFPB. E-mail: aninha,[email protected]; 4Professor Orientador, Campus de Guarabira – Instituto Federal da Paraíba, IFPB. E-

mail: [email protected].

Artigo submetido em agosto/2013 e aceito em outubro/2013

RESUMO Este artigo objetiva mostrar a utilização da

internet nas empresas brasileiras que, por sua parte, utilizam de recursos como as redes sociais para inovar e desenvolver seus planos e planejar suas estratégias empresariais. Buscando assim, através de estudos e pesquisas a respeito de tal fenômeno, para abordar o interesse e o quanto é importante a utilização deste meio de comunicação, bastante conhecido atualmente. As empresas brasileiras adotaram estratégias de inovação envolvendo ativamente os recursos das redes sociais; destacaram-se no mercado competitivo e deram sustentabilidade aos seus negócios nas últimas décadas. Sabendo que a nova era caracteriza-se por meio da tecnologia que, talvez, somente sobreviva aquele que

tem mais conhecimento na área tecnológica e que utilizam de suas ferramentas para se adaptarem e se desenvolverem ao meio. Nesse sentido é preciso uma compreensão na área para saber como as empresas podem utilizar-se das redes sociais e quais resultados elas terão por utilizarem os recursos da internet. A pesquisa é descritiva, na forma de estudo de caso, utilizando-se de uma abordagem de análise predominantemente quantitativa.

ABSTRACT THE IMPORTANCE OF SOCIAL NETWORKING FOR THE DEVELOPMENT OF THE

INNOVATION ABILITY IN BRAZILIAN COMPANIES.

This article aims at presenting the use of the

Internet in Brazilian companies which use resources such

as social networks to innovate and develop their plans

and plan their business strategies. Thus, through studies

about this phenomenon and research in large and small

businesses, this article attempts to address interest and

how important it is to use this medium which is widely

known. Brazilian companies have adopted innovative

strategies actively involving the resources of social

networks; they have stood out in the competitive market

and given sustainability to their business in recent

decades. It is known that the new era is characterized by

technological means and perhaps the one, who has more

knowledge in technology, and use its tools to adapt and

develop, survives. In this sense, it is necessary to have

an understanding in the area to learn how companies can

use social networks and what results they have for using

internet resources. This research has a descriptive feature

in the form of case study and uses a predominant

quantitative analysis approach.

KEY-WORDS: Social networking, Technology, Development, Innovation, Enterprises.

PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais, Tecnologia, Desenvolvimento e Inovação, Empresas.

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A IMPORTÂNCIA DA REDE SOCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE INOVAR

NAS EMPRESAS BRASILEIRAS.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem como interesse mostrar a importância da rede social para o desenvolvimento da inovação nas empresas brasileiras. As redes não se dão apenas no âmbito interno da empresa, mas também atingem o relacionamento dos outros atores locais, como as microempresas, instituições públicas e privadas, ou até mesmo em institutos de ciência e tecnologia, buscando, deste modo, formar empreendimentos corporativos com forças maiores, e que possa ganhar competitividade.

Essas conexões proporcionam uma evolução na produção de produtos/projetos, assim permitindo que haja um compartilhamento de conhecimento científicos das empresas, ou seja, tenta nos mostrar uma importância do instrumento e seu desenvolvimento de apoio à difusão tecnológica. Atualmente muitas empresas usam a internet para se promover, ou adquirir novos produtos e mantêm-se no meio digital. Assim as redes sociais são formadas por agentes diversos, e vem fazendo parte da nossa sociedade e nosso dia a dia e ocupando um destaque crescente nas organizações (DAVID e FORAY, 2003).

Segundo o resultado da pesquisa realizada pela líder mundial em recrutamento especializado Robert Half (2010), publicado em seu site, as empresas brasileiras estão entre as que mais restringem o acesso de seus funcionários às redes sociais. Perdendo apenas para dois Países, Dubai e Irlanda. Segundo o levantamento, 44% das empresas brasileira liberam o uso dos meios digitais com algum tipo de restrição, e 26% delas proíbem o acesso de seus funcionários a essas mídias.

A internet vem sendo um dos fatores que estão ajudando para o desenvolvimento das empresas após o avanço tecnológico, uma de suas funções são as redes sociais que são utilizadas para o meio de divulgação e progresso pelas empresas (TAATILA et al, 2006). Sabendo-se que as redes sociais ajudam de várias maneiras as empresas, uma destas estratégias utilizadas pela sociedade é para a divulgação e distribuição da informação e do conhecimento, por meio das relações entre atores que as completam. A análise das redes sociais tem apontado uma relação entre as interações que se formam através das redes com o processo de inovação dentro das organizações (TOMAÉL, 2007).

Os gestores das empresas utilizam a internet para checar os perfis dos candidatos antes mesmo de contratá-los, obtendo a certeza de que o mesmo irá representar bem em seu local de trabalho, considerando assim o desenvolvendo e o crescimento da atualidade das redes sociais no Brasil. Teremos como tema: A importância da rede social para o desenvolvimento da capacidade de inovar nas empresas brasileiras, delimitando assim um estudo sobre a importância da internet com o uso da rede social. O grande objetivo desse artigo é mostrar se a inovação com o uso das redes sociais está sendo viável no desenvolvimento das empresas brasileiras.

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2. REDES SOCIAIS

Para serem inseridas na sociedade, as pessoas têm meios que as ajudam a se relacionarem durante toda a sua vida; primeiro, no âmbito familiar, em seguida, na escola, na comunidade em que vivem e no trabalho; enfim, com o desenvolvimento de suas características as pessoas desenvolvem e mantêm o que fortalecem a esfera social. A própria natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em rede.

Nas redes sociais, não é diferente, pois cada indivíduo contém sua função e identidade cultural. A relação com outros humanos vai formando um coeso que representa a rede. De acordo com a temática, as organizações da rede são passíveis à formação de configurações diferenciadas e mutantes.

As redes sociais, segundo Marteleto (2001, p.72), representam “[...] um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”. A autora destaca, que mesmo apesar de o envolvimento das pessoas em redes existir desde a história da humanidade, só nas últimas décadas o trabalho pessoal em redes de conexões passou a ser percebido como um instrumento organizacional.

A rede estabelece-se por relações horizontais de cooperação por conter uma estrutura não-linear, descentralizada, flexível, dinâmica, sem limites definidos e auto-organizáveis. Costa et al (2003, p. 73) atestam que a rede “é uma forma de organização caracterizada fundamentalmente pela sua horizontalidade, isto é, ela faz a inter-relação dos elementos de modo que não há nenhuma hierarquia”.

A noção de rede remete primitivamente à noção de capturar a caça. “Tornando-se assim um instrumento de captura de informações por ter uma força de transposição.” (FANCHINELLI; MARCON; MOINET, 2004). E esse mesmo enfoque é acentuado por Capra (2002, p.267), quando traça a importância das redes organizacionais:

[...] na era da informação – na qual vivemos – as funções e processos sociais organizam-se cada vez mais em torno de redes. Quer se trate das grandes empresas, do mercado financeiro, dos meios de comunicação ou das novas ONGs globais, constatamos que a organização em rede tornou-se um fenômeno social importante e uma fonte crítica de poder.

As redes em seu dinamismo, dentro do ambiente organizacional, funcionam como espaços para o compartilhamento de informação e do conhecimento. Espaços que podem ser tanto presenciais quanto virtuais, em que pessoas com os mesmos objetivos trocam experiências, criando bases e gerando informações relevantes para o setor em que atuam.

A formação de redes nas organizações ocorre por meios e formas variados, desde uma conversa informal com um colega de trabalho na hora do café, em encontro com os amigos após o expediente, em reuniões, congressos, listas de discussões, portais corporativos e até situações formalmente criadas com a finalidade de alcançar resultados específicos.

Estar em contato com pessoas que conheçam uma pessoa-alvo – em razão de um interesse específico – ou alguém que a conheça, já é um passo além para a conquista de um objetivo.

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As redes sociais com a ultrapassagem no âmbito acadêmico/científico conquistaram e ganharam espaço em outras esferas. Fez com que pessoas de diferentes níveis e culturas se conhecessem, através de interesses variados podendo por meio de uma conexão se relacionar. Podemos observar que esse movimento com a chegada da Internet conquista cada vez mais adeptos, aglutinando pessoas com objetivos específicos, ou apenas pelo prazer de trazer à tona ou desenvolver uma rede de relacionamentos. Isso é possibilitado por um software social que, com uma interface amigável, integra recursos além dos da tecnologia da informação. O uso desses recursos gera uma rede em que os membros convidam seus amigos, conhecidos, sócios, clientes, fornecedores e outras pessoas de seus contatos para participar de sua rede, desenvolvendo uma rede de contatos profissional e pessoal, que certamente terá pontos de contatos com outras redes. Enfim, são ambientes que possibilitam a formação de grupos de interesses que interagem por meio de relacionamentos comuns.

3. INOVAÇÃO NAS EMPRESAS

A inovação é imprescindível para que as empresas possam desenvolver obter maiores vantagens perante seus concorrentes e auferir maiores lucros. Para tal, devem, inicialmente, ter percepção e predisposição para melhorar continuamente as suas atividades para que, posteriormente, possam empregar esforços para a transformação destas oportunidades em realidade. É nessa hora que a inovação exige decisões precisas, liderança eficaz e visão de futuro, além de uma equipe empreendedora.

O enfoque evolucionista considera a inovação como o ponto central para o desenvolvimento econômico, seja de empresas ou de países e que seu principal locus é a empresa. Isso significa que o processo de inovação se efetiva na empresa, e não nas universidades. A parceria entre universidade-empresa é vital para o crescimento e o ganho de competitividade, com diversos exemplos bem sucedidos na literatura.

Entretanto, é importante destacar que é na empresa que o conhecimento se transforma em produtos e serviços inovadores, gerando riqueza.

A literatura mostra que é a inovação o processo da geração de ideias até o desenvolvimento do tal produto. Inovação não é um processo de rapidez, exige aprendizado, paciência, trabalhos de times e sem falar que precisa de todas as responsabilidades de inovar. Além disso, deve-se estar ciente que sempre haverá risco associados que, geralmente, são mais expressivos no caso da inovação voltada ao longo prazo.

Empresas inovadoras sabem que a inovação não é algo fortuito. Nesse sentido, estabelecem processos formais capazes de viabilizá-la. Trata-se de processos que estimulam a geração de ideias, garantem feedback, favorecem a colaboração e múltiplas perspectivas na avaliação, reconhecem e premiam aqueles que se aventuram a sugerir coisas novas, assim como para aqueles que trabalham para que as ideias se concretizem e gerem valor para a empresa.

O modelo de inovação desenvolvido pelos pesquisadores do Núcleo de Inovação da FDC surgiu da observação de melhores práticas e do relacionamento com empresas inovadoras que operam no Brasil. Inspirado em referências do tema (Tidd, Patel, Chan e Mauborgne, Doz, Pavitt), o modelo apresenta um processo integrado de gestão da inovação, baseado nas decisões

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estratégicas da organização. Incorpora, ainda, uma visão sistêmica, promovendo a integração das diversas áreas da empresa e dos níveis estratégicos, tático e operacional. Nessa proposta, os elementos essenciais para o processo de inovação são: estratégia e decisão da organização; estrutura e sistemas de gestão; cultura de inovação; processos de curto, médio e longo prazo; e indicadores de desempenho, que são inter-relacionados.

Os artigos nos mostram também que o mais difícil é criar a cultura de inovação nas organizações e não os processos. Para estimular a inovação em uma organização, não basta definir sua importância na posição estratégica, alocar capital e esforços à produção de conhecimento: é imprescindível que a cultura e o clima organizacional sejam favoráveis à busca pela inovação e à manifestação criativa. A cultura de inovação que permite a geração de novos produtos, processos ou serviços, é construída e fortalecida no dia-a-dia das equipes de inovação. São as pessoas que fazem acontecer à inovação. Infelizmente, não existe uma fórmula única, capaz de revolucionar os processos de inovação nas organizações. O processo deve ser vivo e fortalecido pelos colaboradores, já que a sobrevivência da empresa é responsabilidade de todos.

4. A CONTRIBUIÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA A INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

No mundo corporativo, as redes sociais vêm assumindo papel de destaque já há algum tempo, onde “sob muitos aspectos, a unidade natural do trabalho migrou da responsabilidade do indivíduo para redes de funcionários”, sendo que, muitas tarefas vêm naturalmente se desenvolvido através da estrutura das redes ao invés da estrutura organizacional formalmente constituindo (CROSS, LIEDTKA e WEISS, 2005, p.99).

Em uma organização, os assessores tendem a formar várias redes sociais informais de acordo com o tipo de relacionamento que eles mantêm e com o tipo de informação que eles desejam trocar. Essas redes podem incluir redes de amizades, redes de conversação, redes de aconselhamento profissional, entre outras. Rizova (2006) aponta quatro tipos principais de redes sociais existentes em uma organização:

1. Redes instrumentais: Ligada ao relacionamento de pessoas em trabalho com assuntos de mesmo conteúdo, que utilizam da rede para transferências de informações.

2. Redes expressivas: Apontada pelo apoio social e amizade, não contém um estrutura formal ou regras da organização, portanto não contém atitudes diretas ou comportamentos referente ao trabalho.

3. Redes de assessoria técnica: Desempenha as atividades organizacionais utilizadas por engenheiros, cientistas e técnicos que obtem atraves de pareceres assuntos sobre questões técnicas (tarefas, projetos, coordenação, entre outros).

4. Redes de consultoria adicional: Relacionamento composto por pessoas com assuntos relacionados a competências e habilidades organizacionais.

Convém destacar que as redes sociais possuem recursos intangíveis, portanto, medir o

seu impacto torna-se uma tarefa um pouco árdua (PABLOS, 2005), além do que, conforme

aponta Aguiar (2006, p. 16):

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Ao contrário de um sistema, que tende a estabilidade quando a relação entre todos os

seus elementos está sob controle, as redes sempre tendem a fluidez ou a uma dinâmica não

linear. Mesmo em uma rede não espontânea, orientada por objetivos pré-definidos

institucionalmente, não há possibilidade de previsão nem de garantia de controle de todas

as interações que nela vão surgir. Por isso é difícil planejar a organização de uma rede de

forma rígida e detalhada, ainda que se tenham claros seus objetivos, potencialidades e

limites.

A rede social tem uma aparência de um instrumento capaz de gerar efeitos positivos

sobre os procedimentos de inovação, tornando-se uma fonte de vantagem competitiva

sustentável para as empresas. Em uma organização as redes sociais exercem um grande impacto

no desenvolvimento de uma ideia. É através de um ponto de vista inovador que nasce em uma

rede social os chamados inovadores e passa a ser compartilhada e elaborada com os demais

componentes da rede (STAHLE et al., 2004 apud TAATILA et al, 2006).

Desta forma, as redes sociais podem ser grande fonte de vantagem competitiva para as

organizações (PABLOS, 2005) que, no entanto, devem definir objetivos claros a serem alcançados

através delas, tornando-se hábeis em relacionar-se com e através delas, estimulando a

conectividade entre os seus elos.

Com base em todo o exposto, fica obvio o impacto que as redes sociais exercem sobre a geração de novas capacidades organizacionais, novos conhecimentos, integração dos conhecimentos existentes, facilitando não só o armazenamento, mas principalmente a transferência do conhecimento tanto dentro da organização quanto para o seu ambiente externo. Além disso, elas constituem o elemento-chave para transformar os recursos individuais em recursos organizacionais (PABLOS, 2005).

MATERIAL E MÉTODOS

Será utilizado o método de pesquisa descritiva, quantitativa e como forma de abordagem, os métodos de procedimentos, que denominam o presente estudo estatístico. Também se pode dizer que foi realizado estudo comparativo e se utilizou técnicas como: pesquisa bibliográfica. Sabendo, pois que este artigo tem por meio mostrar a viabilidade da capacidade de inovação no desenvolvimento das empresas por meio da rede social.

Para a análise do nosso estudo foi utilizado dados de um estudo de - PROPORÇÃO DE EMPRESAS QUE POSSUEM PERFIL OU CONTA PRÓPRIAS EM ALGUMA REDE SOCIAL ON-LINE, POR ATIVIDADES REALIZADAS NAS REDES SOCIAIS ON-LINE NOS ÚLTIMOS 12 MESES, disponível no endereço eletrônico http://www.cetic.br/empresas/2012/B14.html. Por meio deste foram analisadas empresas por porte, região e mercado de atuação que possuem perfil ou conta própria para tais fins.

TEMAS ABORDADOS AS EMPRESAS QUE UTILIZAM DA REDE SOCIAL ON LINE PARA EXERCEREM SUAS ATIVIDADES

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Logo, foi planejada uma sequência especificada para a realização deste estudo. Realizado assim por meio de bases, para poder observar a proporção de empresas que possuem perfil ou conta própria em redes sociais. Além disso, mapear os aspectos relativos à percepção das empresas de pequeno e médio porte, em relação à utilização das redes sociais, identificando as principais vantagens e desvantagens no uso desta ferramenta; comparar as principais formas de utilização das redes sociais nas empresas; comparar a percepção dos colaboradores acerca das principais formas de utilização das redes sociais nas empresas pequenas e de médio porte.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na separação feita das empresas brasileiras e nos temas abordados de suas atividades, foram obtidos tais resultados. Através deles pudemos observar que a maioria das empresas utiliza-se sim dos serviços da internet, criando perfis próprios ou contas próprias para buscar o desenvolvimento de sua empresa, constatando-se nos gráficos a seguir:

Figura 1 - B14 – PROPORÇÃO DE EMPRESAS QUE POSSUEM PERFIL OU CONTA PRÓPRIAS EM ALGUMA

REDE SOCIAL ON-LINE, POR ATIVIDADES REALIZADAS NAS REDES SOCIAIS ON-LINE NOS ÚLTIMOS 12

MESES (Percentual sobre o total de empresas que possuem perfil ou conta próprios em alguma rede

social on-line¹). PESQUISA POR PORTE.

Base: 2 228 empresas que declararam possuir perfil ou conta próprios em alguma rede social on-line, com

10 ou mais pessoas ocupadas, que constituem os seguintes segmentos da CNAE 2.0 (C,F,G,H,I,J,L,M,N,R e

75 83 85 73 77 69 68 80 80 61 70 79 56

65 62 52 56 54

De 10 a 49 pessoas ocupadas

De 50 a 249 pessoas ocupadas

De 250 ou mais pessoas ocupadas

Gráfico de pesquisa por porte Postar notícias sobre a empresa Responder a comentários e dúvidas de clientes Postar notícias sobre temas relacionados à área de atuação da empresa Postar conteúdo institucional sobre a empresa Lançar produtos ou serviços Fazer promoções de produtos ou serviços

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S). Respostas estimuladas e rodiziadas. Cada item apresentado se refere apenas aos resultados da

alternativa “sim”. Dados coletados entre novembro de 2012 e março de 2013 . Fonte: NIC.br-nov/2012 a

mar/2013

Figura 2 - B14 – PROPORÇÃO DE EMPRESAS QUE POSSUEM PERFIL OU CONTA PRÓPRIAS EM ALGUMA

REDE SOCIAL ON-LINE, POR ATIVIDADES REALIZADAS NAS REDES SOCIAIS ON-LINE NOS ÚLTIMOS 12

MESES (Percentual sobre o total de empresas que possuem perfil ou conta próprios em alguma rede

social on-line¹). PESUISA POR REGIÃO.

Base: 2 228 empresas que declararam possuir perfil ou conta próprios em alguma rede social on-line, com

10 ou mais pessoas ocupadas, que constituem os seguintes segmentos da CNAE 2.0 (C,F,G,H,I,J,L,M,N,R e

S). Respostas estimuladas e rodiziadas. Cada item apresentado se refere apenas aos resultados da

alternativa “sim”. Dados coletados entre novembro de 2012 e março de 2013 . Fonte: NIC.br-nov/2012 a

mar/2013

73 76 77 80 79

76 70 73 77 72

70 71 72 74 67

67 62 63 67 70

61 63 55 64

56

57 55 51

56 52

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Gráfico de pesquisa por região

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Figura 3 - B14 – PROPORÇÃO DE EMPRESAS QUE POSSUEM PERFIL OU CONTA PRÓPRIAS EM ALGUMA

REDE SOCIAL ON-LINE, POR ATIVIDADES REALIZADAS NAS REDES SOCIAIS ON-LINE NOS ÚLTIMOS 12

MESES (Percentual sobre o total de empresas que possuem perfil ou conta próprios em alguma rede

social on-line¹). PESUISA POR MERCADO DE ATUAÇÃO-CNAE 2.0.

Base: 2 228 empresas que declararam possuir perfil ou conta próprios em alguma rede social on-line, com

10 ou mais pessoas ocupadas, que constituem os seguintes segmentos da CNAE 2.0 (C,F,G,H,I,J,L,M,N,R e

S). Respostas estimuladas e rodiziadas. Cada item apresentado se refere apenas aos resultados da

alternativa “sim”. Dados coletados entre novembro de 2012 e março de 2013 . Fonte: NIC.br-nov/2012 a

mar/2013

75 71 75 76 87 83 88 83

77 59 71 70

87 70 73 79

72 63

68 77 73 82 82 74

62 61

61 67 68 72 80 73

56

45 57 46

72 58

62 62 48

29

58 30

66

41 53 65

Gráfico de pesquisa por mercado de atuação - CNAE 2.0

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Portanto pode ser percebido que as grandes e pequenas empresas criam contas e serviços na rede social para lançar e extrair conteúdos capazes de ajuda-las a manter seu padrão empresarial e conhecer seu público alvo, obtendo também um resultado analítico do que seus clientes acham a respeito da organização por meio da internet.

CONCLUSÕES

Este estudo permitiu identificar e compreender de que maneira as redes sociais contribuem para o desenvolvimento e inovação das pequenas e grandes empresas brasileiras, contando com a área da comunicação e negócio para fazer a transferência de tecnologia e a disseminação de conhecimento da sociedade.

A internet está sendo a principal ferramenta de desenvolvimento da nova era (AGUIAR, 2006); percebe-se então que sua utilização traz, além de inovação, um desenvolvimento significante para qualquer empresa que deseja utilizar de seu meio para surpreender, compreender e melhorar com seus clientes. A criação de perfil nas redes sociais possibilita uma vantagem e um ponto bastante significante para aqueles que estão em busca de satisfação.

Consequentemente, concluímos a respeito da inovação nas empresas brasileiras com o uso da rede social, que a mesma se tornou uma ferramenta fundamental da internet que deve ser utilizada por aquelas empresa que querem inovar e manter seu plano de desenvolvimento junto com a era tecnológica. Percebemos em tese que o uso da rede social é bastante viável e produtiva, pois tais organizações que utilizam da internet conhecem seus funcionários por meio de perfis nas redes sociais, acabam também divulgando sua empresa e ganhando novos clientes com perfis que se igualam ao da empresa. Obtendo como resultado um desenvolvimento inovador onde seu crescimento deve-se ao fato da tecnologia em prol de seu crescimento.

AGRADECIMENTOS

Obrigado Deus e todas as pessoas que contribuíram para a conclusão deste trabalho.

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REFERÊNCIAS

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auto-organização. Brasília: WWF-Brasil, 2003.

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5. DAVID, P.; FORAY, D. Economic Fundamentals of the Knowledge Society. Policy Futures in

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6. FRANCHINELLI, Ana Cristina; MARCON, Christian; MOINET, Nicolas. A prática da gestão de

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7. MARTELETO, R. M. Análise de Redes Sociais – aplicação nos estudos de transferência da

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8. PABLOS, P. O. Western and Eastern views on social networks. The Learning Organization. V.

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9. HALF, ROBERT. Empresas Brasileiras estão entre as que mais restringem acessos a redes

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br/menuitem.b0a52206b89cee97e7dfed10c3809fa0/?vgnextoid=f39da0ce9e269210VgnVCM

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Acesso em: 09 Jul. 2013.

10. RIZOVA, P. Are you networked for successful innovation? MIT Sloan Management Review.

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11. TAATILA, V. P.; SUOMALA, J.; SILTALA, R.; KESKINEN, S. Framework to study the social

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