a faiança portuguesa : o que antes tao caro nos vendeu a china .

O QUE ANTES NOS VENDEU TÃO CARO A CHINA

PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE A QUE SUBMETEMOS AS FAIANÇAS, SEJAM DE ORIGEM ARQUEOLOGICA OU PROVENIENTES DE COLEÇÕES ,COM OBJETIVO DE CRIAÇÃO DE UM CORPUS GRAFICO DE REFERENCIA:

POR UNIDADE GRÁFICA / MOTIVO DECORATIVO ENTENDEMOS QUE O DESENHO BÁSICO QUE SE TORNA UM MÓDULO DE REPETIÇÃO OU NÃO, OCORRENDO ISOLADO OU EM COMBINAÇÕES, ENTRE OS QUAIS INCLUÍMOS AS LINHAS E FAIXAS, PARALELAS OU NÃO, DELIMITADORAS DAS UNIDADES ESPACIAIS NAS PEÇAS, EM FORMA DE CARTELAS COLUNELOS, ETC, NAS ABAS E CALDEIRAS, TADOZ, ETC E EM TODAS AS PARTES DAS PEÇAS A SEREM GRAFADAS, PODENDO OCORRER ISOLADAS E/OU ASSOCIADAS A LINHAS RETAS / ONDULADAS.

POR PADRÃO OU CONJUNTO DE UNIDADES GRÁFICAS, NESTA PROPOSTA METODOLOGICA , DEFINIMOS COMO A REPETIÇÃO E /OU A COMBINAÇÃO E O ARRANJO DE UNIDADES GRÁFICAS, FORMANDO UMA UNIDADE VISUAL PARA O RECONHECIMENTO DE UM UNIVERSO CRONOLÓGICO E ESTILÍSTICO.

PAULO TADEU DE SOUZA ALBUQUERQUE | 2006

CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS NA ANÁLISE , COMPREENDENDO SETE ETAPAS:

1ª. ETAPA:

DEFINIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE QUALIDADE DE PRODUÇÃO E CONFECÇÃO DA PEÇA EM

FAIANÇA; LEVANTAMENTO DE UMA TIPOLOGIA DE UNIDADE GRÁFICAS DECORATIVAS(VIDE PLANILHAS) COM SUAS

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS; LEVANTAMENTO DE UM CONJUNTO BÁSICO DE FORMAS COM SUAS VARIÁVEIS APROXIMADAS DE MEDIDAS BÁSICAS: PEQUENO < MÉDIO <

GRANDE; E O ESTABELECIMENTO DE UMA CRONOLOGIA PARA OS MOTIVOS E FORMAS LEVANTADAS.



2ª.ETAPA:

CRIAÇÃO DE UMA SÉRIE DE PLANILHAS GRÁFICAS, ONDE AS TRÊS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ESTUDADAS - QUALIDADE DE FABRICO - UNIDADE GRÁFICA OU OS

DENOMINADOS MOTIVOS DECORATIVOS E FORMA DE PEÇAS E SUAS VARIÁVEIS – PUDESSEM SER CRUZADAS ENTRE SI, OU

SEJA, ONDE PUDÉSSEMOS REUNIR BINÔMIOS COMO:

QUALIDADE X FORMA;

QUALIDADE X UNIDADE GRÁFICA / MOTIVOS DECORATIVOS ;

UNIDADE GRAFICA / MOTIVOS DECORATIVOS X FORMA.



3ª. ETAPA: QUANDO, SE TRATANDO DE ARTEFATO DE ORIGEM ARQUEOLÓGICA, APLICAMOS AS PLANILHAS GRÁFICAS

CITADAS NO UNIVERSO DE FRAGMENTOS E PEÇAS A SEREM ANALISADOS.

4ª. ETAPA: QUANDO POSSÍVEL FAZER ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA

DA COMPOSIÇÃO DA PASTA E DO BISCOITO COMO TAMBÉM PARA OS ESMALTES E PIGMENTOS USADOS ,PARA SE OBTER DADOS EM COMPARAÇÃO COM OS PERFIS FÍSICO-QUÍMICOS DAS JAZIDAS PRODUTORAS DAS ARGILAS E ORIGEM DOS

PIGMENTOS E DOS CORANTES JÁ CONHECIDOS, QUANDO DISPONÍVEL COM O OBJETIVO DE COMPARAR COM RESULTADO

DESTE TIPO DE ANALISES JÁ FEITAS EM PEÇAS SEMELHANTES .


PAULO TADEU DE SOUZA ALBUQUERQUE 2006

OBS. OS DADOS E ESTE RESPEITO AINDA SÃO MUITO POUCOS E DE DIFÍCIL APLICAÇÃO EM UMA ANÁLISE MACRO, POIS É CONHECIDA A EXPORTAÇÃO INTER REGIÕES DE PORTUGAL, DE MATÉRIA PRIMA PARA PRODUÇÃO DE FAIANÇA, FATO JÁ COMENTADO POR

ANTIGOS ESTUDIOSOS DO TEMA. ALEM DISSO É SABIDO DISPOR PORTUGAL, COMO UM

TODO, DE JAZIDAS DE ARGILAS PLÁSTICAS, BASTANTE SEMELHANTES, GEOLOGICAMENTE FALANDO;

QUANTO AOS PIGMENTOS ELES ERAM OFERECIDOS À INDUSTRIA OLEIRA PELOS COMERCIANTES PORTUGUESES,

INCLUÍDOS NUM COMERCIO EUROPEU, SENDO AS ORIGENS DOS PIGMENTOS AS MAIS DIVERSAS.



5ª. ETAPA:

LOCALIZAÇÃO DE ELEMENTOS IDENTIFICATÓRIOS E DECORATIVOS QUE COMPÕEM

CONJUNTO JUNTO AS UNIDADES GRÁFICAS, TAIS COMO, ARMAS, BRASÕES, PAISAGENS, FIGURAS, MONUMENTOS,

INSÍGNIAS RELIGIOSAS OU MILITARES, DATAS, LOGOMARCAS, MONOGRAMAS, INICIAIS, NUMERAÇÃO E MARCAS NAS PEÇAS OU FRAGMENTOS DE PEÇAS QUE

PUDESSEM IDENTIFICAR CRONOLOGIAS PROPRIETÁRIO, FABRICANTE OU ARTESÃO. CIDADE OU REGIÃO

PRODUTORA ETC



6ª. ETAPA: ELABORAÇÃO DE QUADROS COMPARATIVOS E

ESTATÍSTICOS (PLANILHAS DE CORPOS GRÁFICOS ) DE UNIDADES GRÁFICAS E SEUS CONJUNTOS, FORMAS, MOTIVOS ,PADRÕES ETC E CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E DE

PRODUÇÃO. ESTES QUADROS DE PLANILHAS VISAM MAPEAR A REALIDADE ECONÔMICA SOCIAL E CULTURAL CONTIDA NA

PRODUÇÃO DE FAIANÇA PORTUGUESA, FACILITANDO A ANÁLISE DO UNIVERSO A SER ESTUDADO.

A ELABORAÇÃO DESTAS PLANILHAS OBEDECE AOS MESMOS PRINCÍPIOS ADOTADOS PARA A CRIAÇÃO DAS

PLANILHAS ANTERIORMENTE CRIADAS PARA AS DE PESQUISAS DE CAMPO USADAS EM NOSSOS TRABALHOS DE PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS, COMO PRÉ LABORATÓRIO .



7ª ETAPA:

CRIAÇÃO DE UM “CORPUS GRAFICUS ” DE REFERENCIA DE IDENTIFICAÇÃO DE UNIDADES

GRÁFICAS ENCONTRADAS NAS FAIANÇAS PORTUGUESAS COM INFLUENCIAS

ORIENTALIZANTES, CONHECIDAS E DISPONÍVEIS EM BIBLIOGRAFIAS E PUBLICAÇÕES

CIENTIFICAS, OU DE MUSEUS E COLEÇÕES PÚBLICAS E PARTICULARES, A PARTIR DE PEÇAS

INTEIRAS QUE POSSAM SERVIR DE BASE PARA LOCAL, IDENTIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÕES DAS

UNIDADES GRÁFICAS IDENTIFICADAS EM ARTEFATOS DE ORIGEM ARQUEOLÓGICAS



PLANILHAS GRÁFICAS PARA ANÁLISE DAS FAIANÇAS:

AS PLANILHAS OBEDECEM À ORDEM DE TRABALHO, OU SEJA, IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES GRÁFICAS COM SEUS DESENHOS, OU SEJA , OS DENOMINADOS MOTIVOS

DECORATIVOS, IDENTIFICAÇÃO DAS FORMAS, SEGUIDA DO CRUZAMENTO DE DADOS SOBRE TIPOS DE FAIANÇA

(EXPORTAÇÃO OU INTERNA), UNIDADEWS GRÁFICAS/MOTIVOS DECORATIVOS (NUMERADOS SEQÜENCIALMENTE) MARCAS,

SINAIS E DATAS, COM DADOS SOBRE QUALIDADE DA FAIANÇA E SUA FORMA E INDICAÇÃO DE TAMANHO:

P – PEQUENOM - MÉDIOG – GRANDE



O QUE ANTES NOS VENDEU TÃO CARO A CHINAFAIANÇA PORTUGUESA DA 2A. METADE DO SÉC. XVI AO PRIMEIRO QUARTEL DO SÉCULO XVIII

Unidades gráficas ou Motivo decorativo PBM - Pesquisa Bibliográfica, Museológica CP – Coleções Privadas AA - Achados Arqueológicos



Unidades gráficas ou Motivo decorativo AA - Achados Arqueológicos


T I P O S DE U N I D A D E S G R Á F I C A S OU M O T I V O D E C O R A T I V O

QUADRÍCULA



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA DA 2A. METADE DO SÉCULO XVI AO PRIMEIRO QUARTEL DO SÉCULO XVIII

FORMA:TIPOS:

PBM - Pesquisa Bibliográfica, Museológica CP – Coleções PrivadasAA - Achados Arqueológicos

O QUE ANTES NOS VENDEU TÃO CARO A CHINAFAIANÇA PORTUGUESA DO TIPO EXPORTAÇÃO DA 2A. METADE DO SÉC. XVI AO PRIMEIRO QUARTEL DO SÉCULO XVIII

MARCAS PBM - Pesquisa Bibliográfica, Museológica C - Coleções AA - Achados Arqueológicos



UNIDADES GRÁFICAS OU MOTIVO DECORATIVO PBM - Pesquisa Bibliográfica, Museológica

C – Coleções DATAS AA - Achados Arqueológicos



UMIDADES GRÁFICAS OU MOTIVO DECORATIVO PBM - Pesquisa Bibliográfica, Museológica C – ColeçõesSINAIS AA - Achados Arqueológicos



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA


FORMA: PERFIS DE PRATOS

Tamanho Dimensão

PEQUENO MÉDIO GRANDE

Diâmetro (cm) + 15(borda)

+ 20 (borda)

+ 25 (borda)

Altura (cm) + 3(borda)

+ 4 (borda)

+ 5 (borda)



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: PRATOS

Tamanho /Dimensão PEQUENO MÉDIO GRANDEDiâmetro (cm) + 15

(borda) + 20 (borda)

+ 25 (borda)

Altura (cm) + 3 (borda)

+ 4 (borda)

+ 5 ( borda)



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: PRATOS

Tamanho / Dimensão PEQUENO

MÉDIO

GRANDE

Diâmetro (cm) + 15 (borda)

+ 20 (borda)

+ 25 (borda)


+ 4 (borda)

+ 5 (borda)



FORMA:TIGELA/ESCUDELA FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA

Tamanho / Dimensão PEQUENO MÉDIO GRANDE

Diâmetro (cm) + 1O (borda)

+ 17,5 (borda)

+ 25 (borda)


+ 7,5 (borda)

+ 10 (borda)



FORMA:TIGELA/ESCUDELA FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA


(borda) + 17,5 (borda)

+ 25 (borda)


+ 7,5 (borda)

+ 10 (borda)



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: TRAVESSA

TamanhO/ Dimensão PEQUENO MÉDIO GRANDE

Diâmetro (cm) + 30 (borda) + 40 (borda)

+ 50 (borda)

Altura (cm)Larg. X Comp.

+ 5 + 15x 30

+ 10 + 22,5 x 50

+ 15 + 30 x 70



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: TRAVESSA

Tamanho Dimensão



+ 40 (borda)

+ 50 (borda)

Altura (cm)Larg. X Comp. (cm)

+ 5 + 15 x 30

+ 10 + 22,5 x 50

+ 15 + 30 x70



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: TERRINAS

Tamanho/ Dimensão PEQUENO MÉDIO GRANDE


+ 40 (borda)

+ 50 (borda)

Altura (cm)Larg. X Comp. (cm)

+ 5 (borda) + 15 x 30

+ 10 (borda) + 22,5 x 50

+ 15 (borda) + 30 x70



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: JARRAS

Tamanho Dimensão


Diâmetro (cm) + 8 (bojo) + 6 (borda)

+ 14 (bojo) + 10,5 (borda)

+ 20 (bojo) + 15 (borda)Altura (cm) + 10

(bojo)

+ 25 (bojo)

+ 40 (bojo)



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: JARROS


(bojo) + 29 (bojo)

+ 50 (bojo)

Altura (cm) + 10 (bojo)

+ 40 (bojo)

+ 70 (bojo)



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: JARROS

Tamanho Dimensão


Diâmetro (cm) + 8 (bojo)

+ 29 (bojo)

+ 50 (bojo)

Altura (cm) + 10

+ 40 + 70



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: GARRAFAS

Tamanho Dimensão


Diâmetro (cm) + 5 (bojo)

+ 12,5 (bojo)

+ 20 (bojo)

Altura (cm) + 12

+ 21 + 30



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: POTE/BOIÃO/CANUDO/TALHA

Tamanho Dimensão



+ 29 (bojo) + 15 (borda)

+ 50 (bojo) + 25 (borda)Altura (cm) +

10 + 40 + 70



FORMAS BÁSICAS DA FAIANÇA PORTUGUESA FORMA: POTE/BOIÃO/CANUDO/TALHA

Tamanho / Dimensão PEQUENO MÉDIO GRANDE


+ 29 (bojo) + 15 (borda)

+ 50 (bojo) + 25 (borda)Altura (cm) + 10

+ 40 +

70

a faiança portuguesa : o que antes tao caro nos vendeu a china .

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