07 - Gravimetria
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Consiste em determinar a quantidade proporcionada de um
elemento, radical ou composto presente em uma amostra,
eliminando todas as substâncias que interferem e convertendo o
constituinte ou componente desejado em um composto de
composição definida, que seja susceptível de pesar-se.
“Processo de isolar ou de pesar um composto definido de
um elemento na forma mais pura possível. O analito é separado de
uma amostra pesada sujeita à análise.”
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Uma grande parte das determinações gravimétricas refere-
se à transformação do analito em um composto estável e puro que
possa ser convertido numa forma apropriada para a determinação
da massa.
“Método analítico em que o analito é separado da amostra
em uma forma pura, com composição química bem definida, que é
então pesado. Também pode ser realizada através da perda de
massa que ocorre pela evaporação ou volatilização do composto
separado dos interferentes
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA
1. Abertura da amostra
2. Precipitação do analito
3. Digestão ou envelhecimento do precipitado
4. Filtração do precipitado
5. Lavagem do precipitado
6. Secagem ou Calcinação
7. Pesagem do produto final
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 1. Abertura da amostra
Consiste na etapa de dissolução da amostra com o objetivo
de obter uma solução contendo o analito visando a sua obtenção
numa forma mais facilmente analisada.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 1. Abertura da amostra
Consiste na etapa de dissolução da amostra para obter uma
solução do analito, pois os principais métodos de análise e os principais
equipamentos de análise trabalham com o analito em solução. Amostras
de substâncias solúveis em água podem ter a abertura da amostra
realizada através da adição de uma quantidade de água necessária para
dissolver os componentes ou o analito. Quanto o material não é solúvel
em água, como metais e minérios, a abertura da amostra deve ser feita
utilizando meios mais agressivos como soluções concentradas de ácidos,
água régia dentre outros..
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Reagentes Materias a serem analisados
Ácido clorídrico Ligas metálicas, metais, carbonatos
Ácido nítrico Ligas metálicas, metais, matéria orgânica
Ácido sulfúrico Ligas metálicas, metais, material orgânico
Ácido perclórico Couros, polímeros e alta massa molar, ligas de ferro, aço inoxidável
Água régia (HCl:HNO3 3:1)
Metais nobres (Au, Ag, Pt) Au(s) + 3NO3
-(aq) + 6H+
(aq) → Au3+(aq) + 3NO2(g) + 3H2O(l)
Au3+(aq) + 4 Cl-(aq) → AuCl4-
(aq)
Água Amostra de quaisquer materiais solúveis em água
ETAPAS DA GRAVIMETRIA 1. Abertura da amostra
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
Nesta etapa, o constituinte que será determinado é isolado
mediante adição de um reagente capaz de ocasionar a formação de
uma substância muito pouco solúvel. O reagente precipitante deve
ser seletivo e específico, e reagir com o analito para formar um
produto que seja insolúvel.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
Durante a adição do reagente precipitante deve:
1. Adicioná-lo lentamente
2. Adicioná-lo sob agitação
3. Utilizar soluções diluídas
4. Se necessário adicioná-lo sob aquecimento
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES PRECIPITANTES
1. Facilmente filtrado e lavado para remoção de contaminantes;
2. De solubilidade suficientemente baixa para que não haja perda
significativa do analito durante a filtração e a lavagem;
3. Não-reativo com os constituintes da atmosfera;
4. De composição química conhecida após sua secagem ou
calcinação;
5. Reação completa nas condições de análise;
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
A formação do precipitado se divide em duas etapas:
Nucleação: Etapa em que as partículas do soluto dispersas no
solvente começam a se juntar formando núcleo e só se tornam
estáveis a partir de um certo tamanho crítico. Se o núcleo não
atinge a estabilidade necessária ele redissolve.
Crescimento dos cristais: Etapa subsequente à nucleação na
qual as partículas são atraídas pelos núcleos formando
partículas maiores.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
Contaminação do precipitado
Coprecipitação: Incorporação de substâncias insolúveis aos
precipitado durante sua formação devido à substituição de íons
de mesmo tamanho ou mesma carga ou ligação de impurezas
na superfície do precipitado redissolve.
Pós-precipitação: Deposição de contaminantes na superfície
das partículas do precipitado.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 2. Precipitação
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 3. Digestão ou envelhecimento do
precipitado
É o tempo na qual o precipitado permanece em repouso
em contato com a água mãe. Tem como objetivo formar
partículas grandes facilmente filtráveis. Durante a digestão ocorre
dissolução e re-precipitação do precipitado e as impurezas são
expulsas do sólido formado. O tempo de digestão varia de alguns
minutos ou algumas horas.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração
É o processo de separação do precipitado do meio em que
ele se formou. Pode ser realizada utilizando funil cônico ou funil
de Büchner e papel de filtro quantitativo ou utilizando funil de
vidro sinterizado.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 4. Filtração
Funil de vidro sinterizado
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 5. Lavagem do precipitado
Tem a função de remover a água mãe retida no precipitado
e eliminar impurezas não voláteis. A lavagem deve ser realizada
com pequenas porções de líquido que contém um eletrólito
dissolvido para impedir a peptização do precipitado (álcool 20%,
solução diluída de HCl ou HNO3, dentre outros).
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 6. Secagem ou calcinação
A secagem é realizada em baixa temperatura (abaixo de
250º C) e é utilizada apenas para remoção de água de lavagem
dos produtos sólidos que possuem estequiometria conhecida.
Deve ser realizada em estufa elétrica.
Após a secagem, o produto sólido é resfriado em
dessecador antes de ter a massa determinada
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 6. Secagem ou calcinação
A calcinação é realizada em alta temperatura (acima de
250º C) e é utilizada para converter produtos sólidos de
estequiometria desconhecida em produtos sólidos com
estequiometria conhecida. Deve ser realizada em mufla elétrica.
Após a calcinação, o produto sólido é resfriado em
dessecador antes de ter a massa determinada
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Estufa elétrica Mufla elétrica
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Dessecadores
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 7. Determinação de massa
Corresponde à etapa final na qual se determina a massa do
produto final obtido após a realização de todas as etapas anteriores
da análise gravimétrica. É realizada em balança analítica (quatro
casas decimais) colocada em uma mesa própria para evitar
vibrações.
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ETAPAS DA GRAVIMETRIA 7. Determinação de massa
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Exercícios
1) Uma massa de 0,5000 g de uma amostra de sal comum foram dissolvidos em
água. À solução resultante adicionou-se um excesso de nitrato de prata. O
precipitado obtido depois de lavado e seco pesou 1,1100 g. Calcular o teor de
cloreto de sódio no sal analisado.
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Exercícios
1) Uma massa de 0,5000 g de uma amostra de sal comum foram dissolvidos em
água. À solução resultante adicionou-se um excesso de nitrato de prata. O
precipitado obtido depois de lavado e seco pesou 1,1100 g. Calcular o teor de
cloreto de sódio no sal analisado.
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Exercícios
2) Uma amostra de 50,00 mL de uma solução contendo Fe (II) e oxidado a Fe (III)
com água de bromo e em seguida precipitado com excesso de NH4OH. O
precipitado obtido depois de lavado, seco e calcinado pesou 0,6400 g de óxido
de ferro III. Calcular a quantidade de ferro (g/L) na solução.
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Exercícios
2) Uma amostra de 50,00 mL de uma solução contendo Fe (II) e oxidado a Fe (III)
com água de bromo e em seguida precipitado com excesso de NH4OH. O
precipitado obtido depois de lavado, seco e calcinado pesou 0,6400 g de óxido
de ferro III. Calcular a quantidade de ferro (g/L) na solução.
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Exercícios
3) Um minério de ferro foi analisado realizando a dissolução de uma amostra contendo 3,5500 g em ácido clorídrico 1:1. A solução resultante foi diluída em água e os íons ferro III foram precipitados na forma de hidróxido de ferro III pela adição de solução hidróxido de amônio com concentração 2,0 mol/L. Após a filtração e a lavagem, o sólido foi calcinado a uma temperatura de 750º C por aproximadamente três horas para a total conversão do hidróxido de ferro III em óxido de ferro III. O sólido obtido na calcinação foi pesado em balança analítica e a massa obtida foi 0,6220 g. Sobre esta análise pede-se: (a) A massa de ferro contida na amostra; (b) O teor de ferro na amostra;
2 Fe(s) + 6 HCl(aq) 2 Fe+3(aq) +6 Cl‾(aq) +3 H2(g)
Fe+3(aq) +3 NH4OH(aq) Fe(OH)3(s) + 3 NH4
+(aq)
2 Fe(OH)3(s) Fe2O3(s) + 3 H2O(g)
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Exercícios
3) Um minério de ferro foi analisado realizando a dissolução de uma amostra contendo 3,5500 g em ácido clorídrico 1:1. A solução resultante foi diluída em água e os íons ferro III foram precipitados na forma de hidróxido de ferro III pela adição de solução hidróxido de amônio com concentração 2,0 mol/L. Após a filtração e a lavagem, o sólido foi calcinado a uma temperatura de 750º C por aproximadamente três horas para a total conversão do hidróxido de ferro III em óxido de ferro III. O sólido obtido na calcinação foi pesado em balança analítica e a massa obtida foi 0,6220 g. Sobre esta análise pede-se: (a) A massa de ferro contida na amostra; (b) O teor de ferro na amostra;
2 Fe(s) + 6 HCl(aq) 2 Fe+3(aq) +6 Cl‾(aq) +3 H2(g)
Fe+3(aq) +3 NH4OH(aq) Fe(OH)3(s) + 3 NH4
+(aq)
2 Fe(OH)3(s) Fe2O3(s) + 3 H2O(g)
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Exercícios
4) O teor em alumínio numa amostra pode ser determinado por precipitação como uma base e calcinação a Al2O3, que é pesado. Qual a massa de alumínio numa amostra com 0,2365 g de precipitado calcinado? 5) O teor em cálcio presente em uma cápsula de Magnésio Plus® com 1,800 gramas foi determinado por precipitação do cálcio na forma de oxalato de cálcio e este foi calcinado em mufla até a total conversão em óxido de cálcio (CaO). Foram obtidos 0,354 gramas de óxido de cálcio devidamente determinados em balança analítica. Calcular a massa de cálcio presente em uma cápsula Magnésio Plus® e a porcentagem de cálcio presente em cada cápsula.