NALU para o Alvo

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FICÇÃO CRISTÃ Conheça o gênero que conquista cada vez mais leitores Geração Mimimi: Ativistas de sofá que reclamam de tudo e mais um pouco Intercâmbio + Missões: Cumprindo o IDE e explorando outras culturas Conexão Texas - Brasil: The Digital Age, a banda americana mais brasileira de todas ANO 1 - Edição nº 0 - Abril-Maio/2016 Bimestral

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Revista NALU para o Alvo, edição Maio-Abril/2016

Transcript of NALU para o Alvo

FICÇÃO CRISTÃ Conheça o gênero que conquista cada vez mais leitores

Geração Mimimi: Ativistas de sofá que reclamam de tudo e

mais um pouco

Intercâmbio + Missões: Cumprindo o IDE e

explorando outras culturas

Conexão Texas - Brasil: The Digital Age, a banda americana mais brasileira

de todas

ANO 1 - Edição nº 0 - Abril-Maio/2016

Bimestral

E que a jornada comece Olá, queridos leitor e leitora, seja bem vindo!!

A revista NALU para o Alvo foi criada como um produto cultural para os jovens cristãos brasileiros. A ideia é fruto da mente de duas jornalistas que viram seu chamado se cumprir através da sua profissão.

NALU, como carinhosamente a chamamos, apresenta matérias variadas de diversos temas ligados à vida cristã, cultura, comportamento, atualidades, entre outras coi-sas. Aqui você vai encontrar dicas, informações e discus-sões que te ajudarão a criar um visão crítica do que está ao seu redor, sem perder a graciosidade e leveza da ju-ventude.

Em nossa primeira edição, preparamos uma matéria so-bre intercâmbio missionário e é especialmente pra você que quer cumprir o IDE do Senhor mas ainda não faz ideia como. Para os apaixonados por leitura, fizemos u-ma reportagem sobre Literatura de Ficção Cristã, um ni-cho pouco conhecido, porém com um grande potencial. E não é só isso, tem texto sobre carreira, amizades com pessoas não cristãs, Youtube e até sobre a crise de imi-gração na Europa. Mas, quando você folhear nossas pá-ginas vai encontrar mais.

Nós, da NALU, acreditamos que, como cristãos, ser sepa-rados vai muito além do que apenas nos apartarmos das coisas destes mundo, como se fôssemos uns ET’s perdi-dos numa terra estranha. Estamos aqui de passagem, mas podemos, sim, aproveitar muito do que essa vida terrena tem a oferecer sem nos contaminarmos com a-quilo que nos afasta do Criador. Por isso, é possível que você encontre aqui temas não necessariamente cristãos, mas pode ter certeza que nossa abordagem terá uma visão sempre em conexão com o Alto.

Por isso, venha conosco! Embarque nesta com a gente, ajudando a levantar temas que precisam ser discutidos à luz da Palavra de Deus. Compartilhe conosco suas expe-riências e suas expectativas. Vamos juntos fazer a dife-rença, sacudir a juventude brasileira e mostrar que além de estarmos cheios do Espírito Santo, somos também divertidos, inteligentes, antenados e LIVRES.

ANO 1

Edição nº 0 - Abril-Maio/2016

Bimestral

Jornalista Responsável: Nara Lima

Diretora de Redação: Luana Figueiredo

Editoras: Luana Figueiredo e Nara Lima

Colaborador da edição: Micmas Paulo

ONLINE

www.naluparaoalvo.com

Facebook: https://fb.com/naluaoalvo

Instagram: @naluparaoalvo

CONTATO COM A REDAÇÃO

Críticas, dúvidas, sugestões e

colaborações:

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PARA ANUNCIAR

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sumário 06 Como fazer a diferença na sua igreja

Dicas para ser a mudança que você quer ver na sua comunidade

08 Intercâmbio Missionário Cumprindo o IDE e conhecendo novas culturas

14 Geração mimimi Por que tão chatos?

16 Procura-se amigos não crentes Para que se isolar na igreja quando se pode ser luz fora dela?

18 Ficção cristã: um gênero em ascensão Cada vez mais, autores brasileiros investem nesse tipo de literatura

26 Nada de crente chato No Youtube, canais de humor têm levado evangélicos a rirem de si mesmos

32 Brasileiros de coração NALU entrevistou a banda texana The Digital Age e tem álbum novo vindo por aí

36 O homem segundo o coração de Deus Um raio-x da vida e ministério do maior Rei que Israel já teve

37 Papo reto Alcance a autonomia financeira mesmo em tempos de crise

38 NALU Indica Dicas para ouvir, ler e ir

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or definição, se você é cris-tão, você e sua comunidade são a Igreja. E se você está envolvido em uma comunidade cristã em particular, você tem a oportuni-dade e a responsabilidade de aju-dar esse grupo da melhor forma para alcançar e servir o mundo. Porém, é mais fácil dizer do que fazer. Provavelmente, isso inclui-rá obter apoio da liderança da igreja. Mas os pastores não são os únicos responsáveis pela mu-dança, por isso aqui estão algu-mas dicas para fazer a diferença em sua igreja: Seja corajoso: Você está autori-zado a ter boas ideias. Os líderes

não precisam ser os únicos a pensar em tudo. Você tem todo o direito de ficar animado sobre fazer o bem em sua comunidade e ajudar as pessoas a pensarem sobre o que Deus pode significar para elas. Como pastor, a maioria das ideias brilhantes não é minha. Já participei de “aventuras” cujas concepções nunca passaram pela minha cabeça até que uma ou duas pessoas agendaram uma reunião comigo para discutir o desejo de satisfazer as necessida-des físicas e espirituais de outros com roupas, alimentos, oração, carros usados e muito mais. Em qualquer igreja existem lacunas

no serviço prestado à comunida-de, ou seja, sempre há algo a ser feito. Mas antes que você corra por aí sugerindo revisões ou criti-cando a forma como as coisas são feitas, tenha certeza de que

COMO FAZER A DIFERENÇA NA SUA IGREJA Seja a diferença que você quer ver na sua comunidade

P

Você está autorizado a ter boas ideias e tem

todo o direito de ficar animado sobre fazer o

bem e ajudar as pessoas a pensar sobre o que Deus pode significar

para elas.

DEUS E IGREJA

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N. Doug Gamble

Foto

: Pix

abay

você estudou a situação (ou pelo menos estar disposto a aprender sobre isso) e apresentará melho-res soluções. Reconheça o bem que a sua congregação tem feito: As gera-ções mais novas, muitas vezes, adotam uma postura compreen-sivelmente negativa sobre como o tradicional pode ser tonar mo-nótono na igreja. De fato, há uma abundância de pontos negativos em uma religião organizada. Os líderes da Igreja estão dolorosa-mente conscientes disso. Mas se você quer apresentar uma ideia a seus líderes ou à congregação, não faça isso num tom condena-tório ou hipócrita e muito menos com uma atitude agressiva. Há a possibilidade de que outras pes-soas já estejam fazendo um bom trabalho e você deve mostrar respeito por isso. Mostre como sua ideia poderia se conectar com outras e esteja disposto a criar parcerias: Cris-tãos podem, às vezes, ser solitá-rios e por isso têm dificuldade de pensar no que outras pessoas já estão fazendo. Por exemplo, se você está louco para ajudar os mais necessitados, verifique se outras igrejas ou organizações privadas já estão fazendo algo parecido e se isso não seria ape-nas um trabalho duplicado. Este processo de coleta de informa-ções pode levar sua ideia para um nível mais elevado e transfor-mar isso em algo que você ainda não tinha pensado. Assim, você pode abrir sua mente para o po-der da parceria. Boas parcerias

são maiores do que você, podem ir para onde você nunca conse-guiria chegar sozinho. Pense pe-queno em primeiro lugar. O que você está pessoalmente disposto a dar? Você tem energia, tempo e dinheiro? Ou apenas tempo e energia? Isso é bom, mais uma razão para ter um parceiro. Seus pastores ou outras pessoas em sua igreja provavelmente conhe-cem indivíduos competentes que querem investir tempo ou di-nheiro em boas causas. Porém, fazer parceria com alguém não significa que as coisas irão sair como você planejou ou que as pessoas devem fazer tudo à sua maneira, mas sim ter que ouvir e respeitar a opinião do seu parcei-ro. Controle o seu entusiasmo, mas seja persistente: Cabeças de pastores estão sempre cheias de preocupações. Congregações tendem a pensar que eles são responsáveis por tudo, desde visitar cada pessoa enferma, rea-lizar todos os funerais e casa-mentos, resolver todos os proble-mas e ouvir e aprovar toda boa ideia. Eles precisam de ajuda. Quando tiver uma ideia vá até os líderes com o entusiasmo contro-lado, emoção demais pode so-brecarregar quem ouve seus pla-nos. Dê tempo para que sua ideia cresça em sua própria mente e na mente de outras pessoas tam-bém (isso inclui os pastores e seus potenciais auxiliadores). Contudo, seja persistente, conti-nue a colher informações e vá amadurecendo o conceito.

Não espere que a igreja finan-cie ou divulgue sua ideia por você: Pastores e organizações religiosas precisam dar conta de intermináveis contas e pedidos, sendo assim, não espere simples-mente se destacar no meio de tudo isso. Não fique dependente do escritório ou secretaria da i-greja para imprimir seus folhetos de divulgação, por exemplo. E-ventualmente, você pode desfru-tar destes benefícios, mas você precisa assumir a responsabilida-de por seu projeto e ser grato aos líderes da igreja que ofere-cem a orientação para nutrir uma ideia. Essa é uma parceria que abençoa de forma mais eficaz do que você jamais poderia ter feito se estivesse totalmente sozinho.

*Este texto foi traduzido e adap-tado a partir do artigo escrito por N. Doug Gamble para o site da Relevant Magazine. O texto ori-ginal, “How to make a difference in your church”, você encontra no site da revista. N. Doug Gam-ble é pastor de missões e parceri-as na Crossroads Fellowship, em Raleigh, Carolina do Norte, EUA.

Dê tempo para que sua ideia cresça em sua

própria mente e na de outras pessoas também.

Contudo, seja persistente, continue a colher informações e vá

amadurecendo o conceito

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EXPLORAR E SERVIR

O intercâmbio missionário é a modalidade para quem quer conhecer outras culturas e trabalhar para o reino

DEUS E IGREJA

Por: Nara Lima

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Foto: Pixabay

iajar é uma das melhores coisas que alguém pode experi-mentar. Conhecer novos lugares ou rever aqueles que ficaram na memória, aprender um novo idi-oma, apreciar uma nova culinária e encontrar pessoas diferentes e encantadoras são algumas das mais incríveis sensações de um viajante. É por essas e outras ra-zões que muitas pessoas optam por um intercâmbio. Não impor-ta a idade: a experiência do inter-câmbio muda a vida de quem o faz. Mas o que fazer quando os motivos listados acima não são os únicos que impulsionam o desejo de sair da zona de confor-to em busca de novas experiên-cias? E se você quiser útil no seu destino, trabalhando em favor dos nativos? É este sentimento que tem atraído muitos jovens para a mo-dalidade missionária do inter-câmbio, o volume é tão significa-tivo que é possível encontrar a-gências específicas para isso, co-mo a Cese – Intercâmbio Cristão, de Curitiba, que ajuda jovens a encontrarem o intercâmbio mais indicado e auxilia com toda bu-rocracia: desde a papelada até a compra de passagens. O que leva os jovens (ou adultos) a escolher esse tipo de intercâmbio é a ne-cessidade de cumprir o IDE do Senhor ao mesmo tempo em que recolhem experiências com im-pacto na vida pessoal, profissio-nal e espiritual. Cumprindo o IDE no Velho Mundo

Para alguns, é a oportuni-dade de ser canal do amor e pro-vidência de Deus, aprender mais sobre Ele e também mudar o pensamento em relação a muitas coisas. “Foi uma experiência muito diferente, de tudo o que já vivi. Fui servir num país em um

continente onde o Evangelho muitas vezes não é recebido com braços abertos. Ter essa experi-ência me fez vivenciar ainda mais que não é pelo meu próprio braço que consigo pregar, falar ou fazer algo, e sim ser totalmen-te dependente do agir do Espírito Santo e de como Ele quer fazer as coisas do jeito dele”, conta Grace Kelly Schimitt. Grace embarcou para a Grã-Bretanha para participar de um projeto chamado Pa!s e ficou 11 meses na pequena e aconche-gante cidade de Clitheroe. “Éramos o intermediário entre escola e igreja local. Fazendo isso através de clubes de lanche, as-sembleias (esquetes de em mé-dia 20 minutos), onde através de princípios bíblicos havia conver-sas sobre ter confiança em Deus, perdão, coisas grandes, etc. Aju-dávamos na igreja local como lideres de grupos de adolescen-tes, e no que era preciso”.

Foi um tempo transfor-mador para a catarinense de Blu-menau que ao voltar percebeu que a igreja brasileira pouco faz pela comunidade local: “foi um sacode no meu modo de ver o Evangelho aqui no Brasil”. O re-sultado dessa sacudida foi um projeto que atende crianças ca-rentes de sua cidade. Com o ob-jetivo Social, Educativo, Evange-lístico e Missionário, a iniciativa atende atualmente sete crianças no prédio da própria igreja e o intuito é ser ponte entre essas crianças e seus pais, atraindo-os à Deus. “Já tem sido desafio após desafio. Crianças desestrutura-das de amor precisando de muito auxílio”, completa Grace.

Tudo novo Desafio foi também o que o jovem Vinicius Santos, 22 anos, de Campinas, enfrentou em seu

primeiro intercâmbio missioná-rio. “Foi a primeira vez de muitas coisas, viajar sozinho, conhecer outro país, falar outra língua”, conta. Ele é integrante do Castelo do Rei, um programa das Assem-bleias de Deus, cujo foco é o e-vangelismo infantil e o discipula-do de jovens e adolescentes. Vi-nicius foi para El Salvador, país da America Central que fala es-panhol, língua que o jovem não dominava na época e teve que aprender rapidamente. O choque cultural foi mui-to forte, mas as dificuldades, se-gundo ele, só o aproximaram de Deus. Dentro de alguns meses, Vinicius já estava pregando pela primeira vez e em espanhol. De-pois disso ele ainda viajou para Colômbia, Uruguai, Argentina e Estados Unidos, onde pastoreou um grupo de jovens. Comparti-lhar o que aprendeu em suas via-gens não foi tarefa difícil, hoje Vinicius ensina inglês e espanhol e trabalha com equipes de es-trangeiros que vêm ao Brasil. “É ótimo viajar e ter novas experi-ências, mas voltar para o Brasil pra mim sempre foi muito espe-

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Ter essa experiência me fez vivenciar ainda mais

que não é pelo meu próprio braço que

consigo pregar e sim ser totalmente

dependente do agir do Espírito Santo e de como Ele quer fazer as coisas

do jeito dele Grace Kelly Shimitt

Intercambista na Inglaterra

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cial, acredito que nós podemos mudar o mundo, e eu quero co-meçar pelo Brasil”, conclui. Mão na massa

Intercâmbio Missionário é para quem quer estar constan-temente ocupado. Mauro Santos, de 24 anos pôde sentir isso na pele, quando saiu de Curitiba em direção a White River, na África do Sul para participar do Ten Thousand Homes, onde os inter-cambistas ajudam na construção de casas para os moradores lo-cais. Essa, porém, não é única atividade desenvolvida por lá, há também outras ocupações como ajudar o ministério infantil, visi-tar casas e hospitais e o serviço social e evangelístico: “O projeto abrange muito mais do que cons-truir casas. Tentei participar um pouco de cada coisa”. Além de

toda ação, Mauro ainda conhe-ceu missionários de diversas par-tes do globo e conseguiu dar um upgrade no inglês.

Dos meses em que ficou fora, Mauro não consegue extrair apenas um acontecimento que marcou a sua vida, mas afirma que muitos encontros impacta-ram de forma significativa e que o ajudam a fazer uma autoavalia-ção constante sobre o modo de agir e pensar: “Tudo foi um gran-de aprendizado, e um aprendiza-do que eu senti na pele, vi as difi-culdades, aprendi a dar mais va-lor nas coisas que pareciam não ter valor, mas que tinham um valor enorme. Uma viagem des-sas com certeza muda a maneira de viver de qualquer pessoa”. A experiência foi tão marcante que o jovem, além de já planejar no-va jornada, contagiou mais pes-

soas: “Minha irmã pretende estar junto para compartilharmos me-lhor essas aventuras”.

Vinicius Santos em seu intercâmbio missionário nos EUA. Foto: Vinicius Santos/Arquivo Pessoal

Tudo foi um grande aprendizado que eu senti

na pele, vi as dificuldades, aprendi a

dar mais valor nas coisas que pareciam não ter

valor. Uma viagem dessas com certeza muda a maneira de viver de

qualquer pessoa

Mauro Santos Intercambista na África do Sul

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mecei a perceber minha verda-deira identidade: a de filha do rei. Princesa. Menina dos olhos de Deus. Propriedade daquele que me criou e tinha (ainda tem) grandes planos para mim e que eu não deveria jamais me con-tentar com o pouco que a vida me oferece se Ele, o MEU PAI, tem o melhor pra mim. Pela mi-sericórdia e graça de Deus eu consegui me libertar, me reer-guer e não foi um processo fácil nem rápido, mas foi um período que senti que minhas feridas es-tavam sendo saradas, com tempo suficiente para serem cicatriza-das, para que hoje eu possa olhar com amor para as pessoas, inclu-sive para o meu opressor.

Hoje, enquanto sigo a minha jornada com Cristo, tento, debaixo da sua graça, encorajar meninas e meninos a se livrarem de relacionamentos abusivos, mesmo quando muitos deles nem entendem que estão viven-do em um. Tento lembrá-los que Jesus morreu por eles para fos-sem livres e não acorrentados por sentimentos que só trazem dor. Hoje, meu coração está leve, eu perdoei e me perdoei por me permitir tanto. E eu oro para que você, menino ou menina, ho-mem ou mulher, onde estiver, possa se amar tanto a ponto de ter forças para se libertar, e para que possa perceber o seu valor de filho amado de Deus.

le era tudo o que eu havi-a pedido: um homem trabalha-dor, temente a Deus, se importa-va com as pessoas e, principal-mente, me amava. Eu achava que ele era tudo que eu havia pedido, já que ele também foi meu maior opressor. Um relacionamento que até então era saudável se transformou numa prisão: eu não podia fazer nada sem o con-sentimento dele. Eu não deveria usar o cabelo solto longe da sua presença, pois eu deveria ser bo-nita apenas para ele. Eu não po-dia sair com as amigas, pois ele viria atrás de mim e no fim ainda me culparia por suas ações. E por algum tempo eu fiz da verdade dele a minha verdade. Eu o ama-va e, ingênua, acreditava que sua visão de mundo era melhor que a minha.

Na tentativa de me en-contrar nele, acabei me perden-do. Não reconhecia a mim mes-

ma. Não era mais eu, mas quem ele queria que eu fosse. Perdi minha voz, minha identidade. Perdi meu amor próprio e me deixei carregar por um sentimen-to que em vez de fazer bem, só aumentava o ego do meu opres-sor. Entrei de cabeça na depres-são, um buraco escuro no qual ninguém jamais imaginou que eu estivesse, mantinha um sorriso no rosto, mesmo que soubesse que tudo aquilo estava errado. Não sabia o que era um relacio-namento abusivo ou acreditava que só podia chamar assim se houvesse agressão e, como ele não fazia isso, eu dizia para mim mesma que parasse de ser tão fraca, relacionamentos são difí-ceis e que se ele me amava, o resto (a dor, a angústia e a opres-são) era resto.

Mas não era. O resto era o mais importante, era a minha vida. E foi a partir daí que eu co-

A OPRESSÃO DE UM RELACIONAMENTO ABUSIVO

VIDA

Anônimo

E

Perdi minha voz, minha identidade. Perdi meu

amor próprio.

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Foto: Pixabay

oi-se o tempo em que a escolha da carreira era decisão para a vida toda. Graças a ousa-dia da geração Y, o que vale hoje é a satisfação, mesmo que para isso seja necessário fazer reboot profissional e começar de novo. Pesquisa divulgada pela Kelly Global Workforce Index mostrou que 57% dos entrevistados previ-am uma mudança de carreira num prazo de cinco anos. Mas o que faz uma pes-soa mudar de carreira? Os motivos podem ser diversos: falta de reconhecimen-to, insatisfação financeira e con-flitos pessoais. Embora as razões variem de uma pessoa para ou-tra, o importante neste momento

de desilusão é fazer uma autoa-nálise sobre o que gerou o senti-mento, identificar suas qualida-des e limitações e então traçar uma nova estratégia. A orienta-dora vocacional e master coach Andrea Deis dá algumas dicas de como preparar esse plano B: “Busque identificar outras apti-dões e talentos, desenhe sua mis-são, alinhada a seus valores e objetivos, identifique o potencial do mercado. Desenhe metas com prazos, planeje a médio prazo e faça uma operação a curto pra-zo”. Há muito que se conside-rar ao mudar de carreira. André Luiz Dametto, mentor de gestão de talentos e mudanças e master

coach orienta que o profissional se faça quatro perguntas antes de tomar uma decisão: 1) O que você aprende mais rápido do que as outras pessoas?; 2) Que temas eu vivo estudando e me aprofun-dando?; 3) Quando pedem mi-nha ajuda geralmente sou con-vocado em que assuntos? 4) O que eu gosto de fazer até quando estou nos meus piores dias? ”Estas respostas são indicadores dos nossos reais talentos e po-dem ser a base da escolha da no-va profissão”, explica André. Independente de qual seja a decisão, ela precisa ser analisa-da e bem pensada, um bom pla-nejamento pode evitar novas frustrações e atrasos na carreira.

E SE EU QUISER MUDAR? A insatisfação profissional leva jovens a buscarem novos rumos.

Mas qual a melhor maneira de fazer isso?

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VIDA

Por: Nara Lima

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Foto: Pixabay

geração contemporânea, que poderia ser lembrada como a geração da tecnologia, da infor-mação, está ficando cada vez mais conhecida como a geração mimimi. Não sabe o que é isso? Num site de significados, é possí-vel encontrar algumas defini-ções: reclamação, chororô, ex-pressão usada na comunicação informal usada para descrever ou imitar uma pessoa que reclama. O mimimi tem uma conotação pejorativa, sendo muitas vezes utilizado para satirizar alguém que passa a vida reclamando.

Para se enquadrar nesse grupo, não basta apenas ser jo-vem e nascido a partir dos anos 90, afinal na internet parece que a cronologia simplesmente não existe, já que boa parte dos usuá-rios da rede dá a entender que faz questão de pertencer a gera-ção mimimi. São jovens chatos, que reclamam de tudo, sofrem com tudo, se ofendem com tudo e quase sempre não toleram na-da, e o pior: tudo isso na internet. Você precisa ter uma opinião sobre todas as coisas, ainda que não tenha a menor ideia sobre

nada. Precisa se sensibilizar com qualquer causa, mesmo que se-quer se importe. Você tem que ser da esquerda ou da direita, mostrar que é politizado. Você precisa abrir sua página do Face-book e dar a sua opinião sobre qualquer assunto corriqueiro, embora ninguém dê a mínima. Você tem que mostrar que é cul-to e conhecedor de todas as á-reas, mesmo baseando esse co-nhecimento apenas no conteúdo das primeiras linhas do que o Google apresenta e nunca tendo lido um livro até a última página.

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O DESPRAZER DE PERTERNCER À GERAÇÃO MIMIMI A galera que causa preguiça em quem a observa

VIDA

Por: Luana Figueiredo

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Foto: Pixabay

Ah! E você não precisa fa-zer sua parte para construir um mundo melhor, só reclamar dele está de bom tamanho. Ao fazer tudo isso você, com sucesso, se enquadrará na geração mais cha-ta que já existiu. Uma geração fraca emocionalmente, que se ofende fácil. Se ofende quando é repreendido, se ofende se não é convidado a alguma festa, se o-fende se alguém esquece seu no-me e... Fala sério! Ninguém mere-ce. É tanto mimimi que a gera-ção Z passou a ser conhecida, e desmerecida, por esse apelido nada carinhoso. A questão é que eles têm muito mais a oferecer à sociedade do que esse punhado de rótulos. É uma geração que poderia ser conhecida pelos a-

vanços na tecnologia, o acesso ilimitado ao conhecimento ou pela diferença que fazem na soci-edade, pois existem pessoas que apesar de cronologicamente se-rem parte dessa geração, não fazem jus ao apelido e são, con-sequentemente, injustiçadas ao serem rotuladas pelo codinome. A questão é que ninguém tem que provar nada para nin-guém ou opinar sobre o que não lhe interessa (ou lhe diz respei-to). Ninguém precisa defender causas que não lhe comovem ou ser especialista em tudo. As pes-soas só estão desesperadas para mostrar que são, que sabem. Mas ninguém realmente se im-porta. Ninguém deve odiar outra pessoa só porque ela pensa de forma diferente. As pessoas ve-

em o mundo de forma diferente. Ninguém merece um mundo de iguais. Ninguém merece viver na obrigação de fazer o que não quer só para agradar. Todo mun-do merece a liberdade de fazer suas próprias escolhas.

Ninguém tem que provar nada para ninguém ou opinar sobre o que não lhe interessa (ou lhe diz

respeito). Ninguém precisa defender causas que não lhe comovem.

ode parecer clichê, bati-do... Assunto saturado. O proble-ma é que mesmo sendo clichê, batido e um assunto saturado as pessoas insistem em querer ser luz onde definitivamente há mui-ta luz. A Bíblia é clara quando diz “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edifi-cada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca de-baixo do alqueire, mas no vela-dor, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vos-sa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mateus 5:13-16). Je-sus não poderia ter sido mais explícito. Cristãos precisam de ami-

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VIDA

Por: Luana Figueiredo

gos não cristãos. É claro que exis-tem níveis de relacionamento, o próprio Jesus teve diferentes ti-pos de relacionamento. Ele com-binou o propósito de sua vida com seus relacionamentos mais próximos, mas isso não fez com que se afastasse dos demais. Quantas pessoas se convertem e simplesmente abandonam seus amigos não crentes por achar errado manter a amizade? De acordo com o designer e youtu-ber David Mesquista só é “errado se você se associa com alguém para fazer o mal, praticar bull-ying. O Salmo 1 fala isso. Mas amizade, de bater papo, trocar ideias, rir, nunca será errado. Po-de acontecer justamente o con-trário: você se cercar tanto de

amigos ‘crentes’ que não tem pra quem testemunhar o evan-gelho”. Uma dúvida que sempre surge no meio dos jovens é se esse amigo não convertido deve ser evangelizado. A resposta é: deve. Então surge outra ques-tão, como fazer isso sem ficar com a fama de chato? Simples. “Não seja impositivo e aprenda a ouvir”, diz David. Sem contar que existem diversas (muitas mesmo) formas de evangeliza-ção. É necessário aprender a agarrar qualquer oportunidade que surja para falar de Jesus.

O pastor e youtuber Junior Meireles conta que uma das ma-neiras de evangelizar é aprovei-tando assuntos que aparecem na roda de amigos. “Histórias de fantasmas, por exemplo, eu já evangelizei várias vezes em ro-das onde o tema central era fan-tasmas e terror, contei as histó-rias de luta contra o mal, de ma-nifestações em pessoas posses-sas e essas experiências que tive fazem com que eles me escutem. Depois de falar da escravidão da vida que não possui a Cristo, sempre no outro dia alguém me procura pedindo oração, é preci-so nunca perder a chance de e-vangelizar, é pregar em tempo e fora de tempo”. Vale ressaltar que se sentir

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Foto: Pixabay

um pouco confuso é normal no começo da caminhada cristã, isso não é culpa dos amigos, porém passa a ser prejudicial quando essa confusão torna a pessoa vulnerável às más influencias. “É normal que, na adolescência, o jovem se confunda um pouco e assuma posturas combativas e questionadoras de tudo que a-prendeu na infância, e é aí que entram as boas companhias e os amigos que você fez caminhando com Jesus” explica David. Amigos têm a capacidade de influenciar e é por isso que, segundo o pastor, os amigos do passado só representam perigo quando a pessoa não está real-mente firmada em Jesus. “É até possível que este ’ex’ alguma coi-sa sirva de exemplo ou incentive essas pessoas que ainda estão na lama do pecado a serem diferen-tes e a viverem uma vida com Jesus. Relembrar o passado não é o problema, o problema é reviver o passado, você pode relembrar o passado com gratidão, por e-xemplo, por Deus ter tirado você daquela situação”. David esclarece que

“depende como você lida com o seu passado e do que fez nele. Se cometeu pecados dos quais se arrependeu, tratou e resolveu, você pode não ter problema al-gum. Mas imagine a seguinte situação: seus amigos e você usa-ram drogas no passado, e, ao se apartar deles, você conheceu Je-sus e abandonou o vício, está livre e feliz. Andar com eles, sen-do eles ainda usuários, será bom para você ou ruim? Você estará firme o bastante para influenciar ao invés de ser tentado? É uma questão na qual deve pensar se-riamente, mesmo se tiver a inten-ção de evangelizar seus amigos. Não tenha dó, coleguismo ou falsa piedade. Jesus vem primei-ro, sua salvação e decisão devem pesar mais que um sentimento de ’vou ser o chato da galera’. Lembrar que o mundo nos detes-ta como detestou nosso Mestre deve motivar esse tipo de deci-são”. Jesus andava no meio de uns doidos aí, lá em Mateus 11:19 está escrito que chamaram ele de comilão e beberrão por andar no meio dos publicanos e pecadores. Ele foi o maior exem-plo de amigo. Não se limitou a-penas a amizades cristãs, ele também tinha relacionamento com não cristãos, pessoas de ou-tras religiões, com ricos, pobres, pecadores. Ele amou todas essas pessoas, porém não se moldou aos padrões delas. Da mesma forma pode ser com a vida de um cristão, ele pode ter amigos fora da igreja, ele só não deve ter as mesmas atitudes que eles, afinal, ele é a luz no meio da escuridão.

“As pessoas precisam ver Jesus em você. Mas Jesus não era tolo, então esta mesma firmeza deve ser sua marca. Sempre deixe cla-ro para as pessoas os limites da amizade”, diz declara o designer. O pastor Junior explica que para influenciar, de forma positi-va os amigos não convertidos só é necessária uma coisa: ser e-xemplo. “Sendo o cristão que muitas vezes pregamos e não vivemos, porque quando seu a-migo não cristão perceber a farsa que é você, não terá interesse nenhum em seguir a Cristo. Seja sempre exemplo, conte experiên-cias, compartilhe o que Jesus fez com você e ele será influencia-do”. Antes de qualquer coisa, se existe algo que esses amigos pre-cisam é oração, às vezes esse a-migo não quer mais ouvir falar de Deus, então apenas continue orando e ao mesmo tempo dei-xando a conversão à Deus. “Ore por todos eles. Tenha um cader-no de oração com os nomes dos amigos e ore por cada um, sem falta, e Deus providenciará opor-tunidades de evangelismo. E não se preocupe se elas não vierem por meio de você: Deus é bom, é sábio, tem seus planos e sabe o que faz. Ore e confie, pode ser que outra pessoa o evangelize por causa da sua oração.”, apon-ta David. *A Luciana Bellini, esposa do David Mes-quita, também nos deu um help com algumas dúvidas. *O canal do David Mesquita no Youtube é David Mesquita e o do pastor Junior Meireles é Sou Igreja Sou Luz.

O próprio Jesus teve diferentes tipos de

relacionamento. Ele combinou o propósito de sua vida com seus

relacionamentos mais próximos, mas isso não fez com que se

afastasse dos demais

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O que você

tem lido?

CULTURA

O que você

tem lido?

FICÇÃO

CRISTÃ É O

GÊNERO QUE

CADA VEZ

MAIS GANHA

ESPAÇO NAS

PRATELEIRAS

DAS

LIVRARIAS

uem nunca chorou ou deu risada ao ler alguma cena de um livro qualquer? Ou quem nunca teve os sentimentos em turbulência por conta da burrada de algum personagem, ou por-que o desfecho esperado finalmente aconteceu? Histórias de descobertas, romances, amizades, lutas internas e situações cotidianas, sem dúvida atraem o leitor. O que todas elas, normalmente, têm em comum é o fato de pertencerem ao mes-mo gênero: a ficção. Ficções são obras criadas a partir da imagi-nação, elas podem ser literárias, teatrais, cinema-tográficas. De acordo com Salvatore D’Onófrio “O fictício não significa falso, mas historicamente inexistente”.Então, histórias fictícias não são fal-sas, apenas não existem no mundo real, somente na imaginação do leitor e do autor. O estilo é marcado principalmente pela narrativa, caracteri-zada por diálogos entre personagens e seus rela-cionamentos. Em contrapartida ao que muitos pensam, a ficção literária é surpreendentemente humaniza-da e provoca profunda empatia no leitor que, ao se identificar com os personagens, em algumas situações, acaba por refletir sobre as próprias ati-tudes diante da condição que se encontra. Publi-cada em 2013 na revista "Science", o estudo de dois pesquisadores, da The New School, em No-va York, revelou que ler obras de ficção aperfei-çoa a capacidade intelectual de discernir os pen-samentos e emoções das pessoas ao redor. Ou seja, ler ficção melhora as habilidades sociais de alguém, pois se passa a compreender melhor os sentimentos alheios e, assim, oferecer reação a-dequada. A ficção literária também foi tema de uma pesquisa do Instituto Pró Livro. No estudo, a enti-dade constatou que ao serem perguntados sobre o livro que mais marcou suas vidas, em sua maio-ria, os leitores responderam obras de ficção. O gênero leva o leitor a questionar não só a socie-dade, mas também a si mesmo, levantando então questionamentos em partes de nós que estão calejadas, seja preguiça, desatenção, ignorância ou pecado.

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Por: Luana Figueiredo

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Fotos: Pixabay

Existe Ficção Cristã? Existe! Ficção Cristã é uma história de ficção criada com en-redo moralmente cristão que de-ve transmitir valores e princípios bíblicos ao leitor. De acordo com a pastora e escritora cristã, Rena-ta Martins, autora da série A O-velha e o Dragão, a ficção cristã não difere muito das outras. “São histórias criadas (e aí podemos abusar da criatividade), porém o grande diferencial fica por conta dos princípios bíblicos, cristãos. Falam sobre o amor puro (bíblico), relatam experiências com o mundo espiritual, enfim, falamos sobre a palavra de Deus de um modo criativo, permitindo ao leitor que ele conheça de for-ma mais envolvente esse mundo espiritual que muitas vezes para ele é desconhecido.” A escritora Lycia Barros, autora da série Des-pertar, acrescenta ainda que “Para escrever ficção cristã não basta o autor ser cristão, este tipo de ficção só poder ser assim de-nominada quando Deus está no centro da história. Do contrário, é apenas um escritor cristão, não um autor de ficção cristã”. O título mais famoso do

estilo é Amor de Redenção, da escritora americana Francine Ri-vers. No Brasil, não se sabe ao certo quando o gênero foi desco-berto, mas já existem vários títu-los nacionais, o que é ótimo para o público daqui, pois a literatura deve ser sempre uma fonte de inspiração. No entanto, mesmo levando o título de “cristão” é necessário filtrar o que será lido. “Creio que devemos ser seletivos com aquilo que lemos para ter certeza de que o tempo investido na leitura será produtivo para nós. E creio que isso sempre a-contece quando lemos algo que edifica a nossa vida espiritual. Hoje, temos muita frivolidade sendo publicada, infelizmente. Mas, também temos muita coisa boa, basta procurar”, explica Ly-cia. Então, nenhuma obra de ficção cristã deve ser tomada co-mo verdade absoluta. A única verdade absoluta é a que está na Bíblia, por mais que um livro seja baseado na Palavra. Renata es-clarece que “A característica prin-cipal da ficção é justamente ser uma história inventada”, mas garante que em seus livros sem-

pre procura ser o mais fiel possí-vel às escrituras. A escritora Dani Nuevo, autora da série A fonte do Poder, afirma que nenhum livro, por melhor que seja, substi-tui a Palavra de Deus, por isso ela conta que para todo escritor “conhecer a verdade é um desafi-o para escrever a verdade. Por-tanto o maior desafio é praticar para falar. Viver e então se atre-ver a escrever”. Sendo assim, Lycia conta que “Por mais que o autor se ba-seie na Palavra de Deus para montar os princípios do livro, esta é a visão pessoal do autor sobre as escrituras. Por isso é sempre importante pedir a dire-ção do Espírito Santo enquanto estou escrevendo”. Desse modo, só é possível afirmar que algo edifica se estiver alicerçado na Bíblia “do contrário são apenas palavras, boas ou más”, declara Dani. Além do chamado para escrever sobre o gênero, é neces-sário ter aptidão para tal. Renata Martins diz que o que a desper-tou foi a falta de obras que esti-vessem de acordo com seus prin-cípios. “Antes não encontrava histórias românticas e que fos-sem santas o suficiente. Quase todas continham feitiçaria ou um

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contexto sexual forte... E aí o Es-pírito Santo me despertou o de-sejo para que eu mesma escre-vesse algo que eu adoraria ler e me edificaria. Sendo assim A o-velha e o Dragão nasceu!”. Ela descreve ainda dois passos para a criação de uma história cristã: “Primeiro: sentir de Deus o dese-jo para escrever uma nova histó-ria. Segundo: orar muito e pedir a ele direção para que a história nasça e os personagens se desen-volvam. Para mim a oração e a busca pela direção de Deus são imprescindíveis para que as his-tórias surjam”. Embora seja um gênero em sutil ascensão no Brasil, ainda há muito a ser feito, principalmente por parte de editoras cristãs. “As editoras cristãs não investem em ficção cristã. E os próprios cris-tãos muitas vezes não valorizam este tipo de literatura por esta-rem mais habituados a ler livros de autoajuda. Isso prejudica a propagação maior do trabalho” finaliza Lycia. Por que ler Ficção Cristã? Existem cristãos que de-fendem energicamente a não leitura do gênero, pois conside-ram toda obra de ficção uma mentira. Contudo, há uma coisa que precisa ser lembrada: Jesus foi um grande contador de fic-ção. Ele criava, ou seja, imagina-va, inventava histórias para po-der ilustrar uma lição de moral. Exemplos? As parábolas do filho pródigo, das dez virgens, da ove-lha perdida, do bom samaritano, da casa sobre a rocha e tantas outras. Por diversas vezes, multi-dões o ouviam enquanto Ele con-

tava alguma história para dar exemplo de alguma situação, e assim ensinava sobe Salvação, perdão, amor e outros valores. Para Dani Nuevo, a obra de ficção cristã pode ser uma fer-ramenta poderosa. “Temos a ten-dência de mergulhar naquilo que nossos olhos contemplam. Ativa-mos nossos sentidos quando le-mos. Rimos, choramos, refleti-mos. Portanto, se você ler algo bom, estará enchendo seu cora-ção e sua mente de coisas boas. O contrário também é válido”, diz. Caso você sinta que esse é o seu chamado, a autora explica alguns pontos. “Primeiro ore e descubra se Deus te chamou pa-ra isso. Fazer algo por modis-mo ou para se tornar importan-te, ou até pensando numa carrei-ra profissional é furada! Lembre-se: na hora da tempestade, o bar-co só não afunda se Jesus estiver ali! Inspire-se! Como? Leia Feli-

penses 4.8 e pratique! Comece inventando pequenas histórias para os amigos lerem. Eles serão sinceros sem te magoar”. Identifi-car uma história da categoria é fácil, basta se enquadrar em al-guns aspectos, como incluir o contraste entre atributos huma-nos negativos (pecado, mal, transgressão etc) e positivos (redenção, esperança, coragem, amor, etc). Além de abrir a mente para o aprendizado e agregar cultura, a ficção cristã é um en-tretenimento sadio para o jovem contemporâneo.

Jesus foi um grande contador de ficção. Ele criava, ou seja,

imaginava, inventava histórias para poder

ilustrar uma lição de moral

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Despertar: A Bandeja, de Lycia Barros – Primeiro livro da série Desper-tar, "A Bandeja", foi vencedor do prêmio literário CODEX DE OURO 2013 como melhor romance brasileiro. O livro conta a história de Angeli-na, de 19 anos, que ao entrar para a universidade, inicia um apaixonado envolvimento amoroso com um de seus professores, Alderico - mais co-nhecido por Rico. Por conta da avassaladora e descontrolada paixão que envolve esse relacionamento, Angelina começa a viver somente para Rico, colocando seus estudos, seus amigos, sua família, sua religião e até mesmo a si própria em segundo plano. Angelina é evangélica por tradi-ção familiar e não exatamente por convicção religiosa. Porém, inespera-damente, tem um estranho sonho, cujas revelações possuem um forte e marcante significado, que ela somente conseguirá compreenderá mais tarde. Quando, no momento certo, a grande verdade é revelada para Angelina e ela finalmente compreende o significado do amor de Deus em sua vida.

A Fonte do Poder: Um Chamado para o Invisível, de Dani Nuevo - Felipe é um garoto que perdeu o avô recentemente e enfrenta a difícil situação de ter sua mãe hospitalizada em esta-do grave. O jovem descobre que seu avô materno deixou de presente para ele e para a sua irmã, Manuela, um livro e um diário. Inesperadamente, o garoto conhece um grupo de ado-lescentes que conhece o tal livro e faz pesquisas sobre ele, os “Radicais”. Por causa do que está escrito no diário, Felipe ansei-a descobrir o que o livro pode revelar. Conforme Felipe e seus novos amigos avançam em suas pesquisas, algo maravilhoso acontece... Aquilo que é invisível, mas inteiramente real, é ma-nifesto dia após dia. No decorrer dos acontecimentos, seres celestiais e anjos demoníacos interferem na trajetória dos jo-vens, que terão de ser firmes em suas decisões e optar por viver uma vida segundo a vontade do Poderoso Rei Yahweh ou viver segundo seu próprio querer e colher as consequências.

SEPARAMOS ALGUNS LIVROS DE FICÇÃO CRISTÃ, SALVA AI !!!

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O Peregrino, de John Bunyan - Uma narrativa cheia de emoção e suspense. Bunyan relata a viagem de Cristão, um peregrino espiritualmente abatido que viaja rumo à Cidade Celestial. No decorrer da aventura, ele se encontra com per-sonagens de carne e osso, mas que possuem nomes alegóricos, tais como Evan-gelista, Adulação, Malícia, Apoliom e Vigilância. Passa por lugares sombrios e medonhos, como o Desfiladeiro do Desespero, o Pântano da Desconfiança, a Feira das Vaidades e o Rio da Morte. A cada encruzilhada surge um novo desafio que ameaça sua chegada ao destino final. O enredo mescla-se à interpretação simbólica, e o resultado é uma incrível experiência literária e espiritual.

Acontece a Cada Primavera, de Gary Chapman e Catherine Palmer - Steve não a procura mais, não presta atenção ao que ela diz. Brenda já não anseia por sua vol-ta ao fim do dia. Um romance sem futuro. Um casamento chegando ao fim. O longo e tenebroso inverno das relações parece inevitável. Em meio a uma forte tempesta-de, surge Cody, um andarilho desconhecido. Ele parece destinado a trazer proble-mas ao casamento. Seria a primavera de emoções voltando à vida de Brenda? O estranho era estopim que faltava para implodir uma série de crises em casamentos aparentemente perfeitos. Haverá salvação para os moradores de Deepwater Cove? Catherine Palmer e Dr. Gary Chapman se unem nesta obra - que tem conquistado leitores e transformado casamentos por todo o mundo - para trazer esperança e consolo a relacionamentos que se encontram no inverno da existência.

A Ovelha e o Dragão – Os Escolhidos, de Renata Martins - O livro conta a história de dois personagens: Raquel, filha de um renomado pastor da cidade, e Cristiano, filho de um rico empresário. Para que os negócios da família prospe-rem, Cristiano é levado a fazer um pacto com uma entidade demoníaca, pois seu próprio pai é um satanista, embora ele não saiba disso. Porém, para conse-guir a proteção diabólica, ele deverá pagar um preço: seduzir Raquel e atingir a igreja do pai dela, que está crescendo muito e influenciando positivamente a sociedade. Cristiano aceita a proposta, porém nem tudo sai como planejado. Ele e Raquel se apaixonam. E agora? Como esse amor poderá acontecer e se realizar perante tais circunstâncias? Será possível a união de uma cristã e um satanista?

Imagens de Divulgação

om a produção de vídeos cada vez mais intensa, o Youtube se tornou uma das principais fontes de entretenimento audio-visual. É possível encontrar de tudo um pouco na rede social, desde aulas para concursos e vestibulares, passando por recei-tas, crítica de cinema, música, entre outros, alguns com quali-

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CULTURA

dade profissional, outros amado-res e outros até de gosto duvido-so. Em meio a tantas opções, os canais de humor se destacam. O sucesso avassalador de Porta dos Fundos é um belo exemplo. É raro existir alguém que não te-nha assistido ao menos um vídeo da trupe. O triunfo do canal ins-pirou o surgimento de muitos

outros que passaram a criar es-quetes inspirados no dia a dia apresentados com sarcasmo e acidez.

No meio dessa enxurrada de vídeos cômicos, cujo único compromisso é fazer rir, encon-tramos os canais de humor cris-tão, uma modalidade que tem crescido e conquistado até os mais sérios. A premissa é sim-ples: usar as falhas e imperfei-ções diárias para causar reflexão e, claro, risadas. Os mais sensí-veis podem se ofender com um vídeo ou outro ou até mesmo afirmar que brincadeiras com coisas cristãs são uma blasfêmia. Mas quem faz esse tipo de vídeo garante que a crítica não é uma provocação, mas sim um meio de desmistificar a ideia de que os cristãos não podem rir de si mes-mos. “Muitos não cristãos têm uma imagem pejorativa dos cris-tãos, por acharem que nós somos muito ‘caretas’ e humor cristão vem para tirar essa imagem”, diz o Youtuber piauiense Felipe Bar-roso, responsável pelo perfil Re-latos de um jovem cristão.

“Em tudo achai graça”

Quem não riu com o ví-deo “Visitante” do canal Descon-finados? Este é um bom exemplo

NADA DE CRENTE CHATO!!! Contrariando a ideia de que cristãos não sabem rir de si mesmos, o Youtube

fornece uma imensa lista de canais de humor com inspiração cristã

Por: Nara Lima

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Foto: Pixabay

de que, sim, os cristãos podem rir de uma prática tão corriqueira nas igrejas que é a apresentação de quem vem ao templo pela primeira vez. Qual foi a garota cristã que não vibrou ou concor-dou com todas as forças com as palavras de Fabiana Bertotti so-bre “Maquiagem e Santidade”. O importante ao assistir esses ví-deos é poder refletir sobre as nossas atitudes e enxergar a be-leza e comicidade delas.

Há um dito popular que diz: “brasileiro ri da própria des-graça” e por que os cristãos preci-sam ser diferentes neste sentido? Essa é a ideia do canal Profetiran-do, um grupo de cearenses cujo lema é “Em tudo achai graça”. O perfil no Youtube registra mais de 18 mil seguidores e o clima entre eles é o de reunião entre amigos que se divertem ao fazer piada deles mesmos. O canal se destaca por não seguir incondi-cionalmente um roteiro pré-escrito: “Com o tema definido, passo para o grupo no dia da gra-vação e a gente desenrola tudo no improviso. Todas as falas, bor-dões ou personagens que apare-cem nos vídeos são 90% de im-

proviso, de brincadeiras que sur-gem na hora das gravações”, afir-ma Thiago Matso, criador do ca-nal. Embora o Profetirando seja um perfil ainda recente no You-tube, a ideia vem do blog de mes-mo nome, criado em 2010 e hoje já engloba outros projetos como loja online, peças teatrais e atua-ção nas redes sociais. Família que faz vídeo unida permanece unida

A inspiração para esses vídeos vem a partir da convivên-cia com os diversos tipos encon-trados nas igrejas e também fora dela. São pastores, líderes, famili-ares e amigos que com suas ati-tudes peculiares ou mesmo co-muns acabam inspirando perso-nagens facilmente identificáveis, como explica Arielle Fernandez, a Hope, criadora do Little Hope. “Presto atenção em todos os lu-gares que eu vou, todas as con-versas que eu participo ou escu-to, todos os momentos que vivo ou vejo em filmes e séries, prega-ções e até mesmo outros vídeos e vou anotando. Com o tempo, estas anotações se encaixam u-mas às outras, formando ideias”. Para interpretar esses persona-gens, Hope incluiu toda a família e além de atuar, eles também têm uma função nos bastidores: o irmão é responsável pela parte técnica (editar os vídeos e incluir arte quando necessário); a mãe se transforma em diretora, ins-truindo a filha qual o melhor ân-gulo, o que precisa ser enfatizado ou corrigido; o pai ajuda na cria-ção dos roteiros e escolha dos temas.

Embora a maioria de views seja de pessoas que acompa-nham o canal e gostem do estilo de humor, existem sempre os criticadores de plantão, dispostos a atacar quem faz o vídeo, mas isso é tirado de letra, já que a maioria entende e apoia a pro-posta.

A grande questão é: exis-te limite entre o humor saudável e aquele que, mesmo sem inten-ção, acaba atingindo uma pessoa ou um grupo específico? Para Daysiane Maia, espectadora assí-dua destes vídeos, deve existir um cuidado: “Não é porque tá na internet que a gente pode falar o que quer”. Para Felipe, é difícil não ultrapassar a linha tênue que separa o riso da ofensa: “A pala-vra de Deus precisa ser levada a sério, mas o humor cristão não é para banalizar a palavra de Deus, mas atrair o público jovem”. Thi-ago Matso, que não simpatiza com o termo “humor cristão”, por achar um rótulo desnecessá-rio, vai ainda mais além: “Hoje em dia, é difícil fazer qualquer tipo de humor sem passar dos limites. O ‘politicamente correto’ tem limitado as piadas. Qualquer coisa é motivo pra briga, mimimi e até processo”.

O segredo é encontrar o equilíbrio entre o que é engraça-do e o que é abusivo. Humor bom é aquele que pode ser des-frutado por todas as idades e que não se apoia na depreciação a-lheia para fazer rir. Encontrar es-sa moderação pode até ser difícil, mas ela é essencial para o bom desempenho de qualquer tipo de humor.

“Todas as falas, bordões ou personagens que

aparecem nos vídeos são 90% de improviso, de

brincadeiras que surgem na hora das gravações”

Thiago Matso Canal Profetirando

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ão é de agora que o Bra-sil tem sofrido com a ameaça imi-nente que vem em forma de mosquito: o Aedes aegypti. O minúsculo inseto, que no passa-do foi um dos responsáveis pela epidemia da febre amarela, agora aterroriza a população com a dis-seminação de outros três vírus: a dengue, o zika vírus e a chikun-gunya. Apesar de serem transmi-tidas pelo mesmo vetor, não se engane, são doenças diferentes. A docente especialista, Ja-cira Noemia Cassanho, professo-ra do Instituto Cimas de Ensino e Enfermeira do Núcleo de Vigilân-cia Epidemiológica, do Hospital Geral de Guarulhos, explicou as características e riscos de cada uma, além de formas de preven-ção dos vírus que têm infectado milhares de brasileiros. Sintomas Dengue: Mais de 90% das pessoas infectadas NÃO desen-volvem sintomas. Ou seja, de cada 10 infectados 1 desenvolve sinais e sintomas. Com o predo-mínio de febre alta (dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores mus-culares e ao redor dos olhos. Zika virús: Na maioria dos casos a infecção por Zika é assin-tomática (não exibe sintomas). Apenas em 18% dos casos há manifestações clínicas, como:

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ATUALIDADES

exantema (manchas vermelhas na pele), febre, artralgia (dor nas articulações), mialgia, cefaleia e hiperemia conjuntival (olhos ver-melhos). Com o predomínio de prurido (coceira pelo corpo). Chikungunya: Estima-se que 72% a 97% dos infectados desenvolveram sintomas. Febre com início súbito maior que 38 ºC (pode durar até uma semana). A poliartralgia, dores múltiplas nas articulações, é a principal característica da infecção, ocorre com frequência nas mãos e nos pés e pode persistir por meses ou anos. O edema é comum, cefalei-a (dor de cabeça), dor difusa nas costas, mialgia (dor muscular), náusea, vômito, poliartrite, exan-tema e conjuntivite. Fenômenos hemorrágicos podem acontecer, mas não são frequentes. Diagnósticos Os principais sintomas es-pecíficos de cada doença é o que difere uma da outra. Ressaltando que o diagnóstico é feito através da técnica de PCR-RT e sorologi-as. Seguindo a orientação do Mi-nistério da Saúde, primeiramente faz-se a sorologia para Dengue, se negativo, deverá ser feito para Chikungunya e consequente-mente para Zika.

Evolução, riscos e gravidade Na Dengue, após a pi-cada do mosquito infectado, os sintomas da doença aparecem de 3 a 14 dias. A evolução para for-ma grave da doença pode acon-tecer rápido e o óbito pode advir. Ela pode apresentar algumas complicações como desidratação grave, derrame pleural e encefa-lopatia. Na Zika, após a picada do mosquito infectado os sinto-mas da doença aparecem de 3 a 12 dias. A evolução para forma grave da doença é rara e o núme-ro de óbitos é baixo. Ela pode causar algumas complicações neurológicas, como síndrome de Guillain-Barré (doença autoimu-ne que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca par-te do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva à inflama-ção dos nervos, que provoca fra-queza muscular) e microcefalia. Na Chikungunya, após a picada do mosquito infectado os sintomas da doença aparecem de 3 a 7 dias. A evolução para forma grave da doença se dá quando adquirida por bebês, pa-cientes com mais de 65 anos ou por pessoas já previamente com múltiplas doenças, principalmen-te de origem cardíaca, pulmonar ou neurológica, sendo mais a-

DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHIKUNGUNYA: ENTENDA A DIFERENÇA

Aprenda a diferenciar as doenças virais que se tornaram epidemia no Brasil Por: Luana Figueiredo

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gressiva e podendo levar o paci-ente a óbito. Como não possui uma fase hemorrágica, a Chikun-gunya costuma ser uma virose mais benigna. A complicação maior não é o risco de morte, mas sim o risco de incapacitação pelas intensas e prolongadas do-res articulares. Na população mais debilitada podemos citar: Síndrome de Guillain-Barré, he-patite aguda, insuficiência renal aguda, surdez, lesão ocular, mio-cardite, pericardite e insuficiên-cia respiratória. Em qualquer um dos casos o indivíduo deve procurar atendimento médico após o apa-recimento dos sinais e sintomas da doença e, se diagnosticado, ser conduzido para o tratamento específico de acordo com a infec-ção. Evite a automedicação, já que alguns remédios são contra-indicados nesses casos.

Prevenção Muito se fala sobre o uso de repelente, que inibe a pi-cada dos insetos, mas a proteção não é total. Como o mosquito Aedes aegypt tem hábitos diur-nos (e dependendo da intensida-de da luz artificial, noturnos), não se deve descuidar do uso de re-pelente e nem se esquecer de realizar novas aplicações, pois o suor e o contato com a água po-dem remover o produto. No entanto, a única forma realmente eficiente de evi-tar as doenças é combatendo o mosquito. Sendo assim, alguns cuidados importantes devem ser tomados, como manter caixa d'á-gua bem tampada, colocar lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre fechada, não jogar lixo em terrenos baldios, se guar-dar garrafas de vidro ou plástico, manter sempre a boca para bai-

xo, não deixar a água da chuva acumulada sobre a laje, encher os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda, se guardar pneus velhos em casa, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva, limpar as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água, lavar com frequência, com água e sabão, os recipientes utili-zados para guardar água e lavar vasos de plantas aquáticas com água e sabão toda semana (é im-portante trocar a água desses vasos com frequência). Lembre-se, a batalha contra o Aedes aegypti é um tra-balho de todos. Caso a preven-ção esteja longe de seu alcance, contate o agente de vigilância ambiental de sua região.

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Foto: Pixabay

á virou rotina: todo dia tem uma notícia sobre a crise imigratória na Europa e seus des-dobramentos. O assunto é tão frequente que se tornou comum, trivial, certo? Errado. A situação é gravíssima e está longe de acabar ou ser comum, mesmo que os países consigam resolver os pro-blemas que levam pessoas a a-bandonarem seus lares em busca de uma vida melhor, as conse-quências ainda são incalculáveis. Na Síria, por exemplo, de onde sai a maioria dos refugiados, ain-da é difícil quantificar o rastro de destruição do Estado Islâmico e outros grupos radicais, assim co-

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ATUALIDADES

mo rebeldes e forças do governo. Mesmo que os EUA e seus alia-dos consigam derrotar esses vi-lões modernos, reconstruir as cidades e a vida das pessoas afe-tadas certamente não será tarefa fácil, principalmente pelo fato de o país viver uma guerra civil des-de 2011, quando parte da popu-lação entrou para a luta armada contra o ditador Bashar al Assad, que ascendeu ao poder em 2000. Estima-se que em cinco de guer-ra anos mais de 260 mil pessoas já morreram com a guerra no país.

Mas não é só da Síria que partem os refugiados. É verdade

que o país é campeão, mas o Afe-ganistão, a Eritreia, a Somália e Nigéria vêm logo atrás. A Nigé-ria, aliás, vive uma situação pare-cida com a da Síria, mas lá os ter-roristas atendem pelo nome de Boko Haram. A maioria desses imigran-tes, como já se sabe, gasta quan-tias exorbitantes para pagar pes-soas que os atravessem pelo Mar Mediterrâneo em direção à Euro-pa, sujeitando-se ao frio, à fúria do mar e às vezes à morte. Mas por que tudo isso é seu proble-ma? Se as pessoas tomam essa decisão, a responsabilidade é só delas. Esse afirmação pode até

POR QUE A CRISE IMIGRATÓRIA NA EUROPA É PROBLEMA DE TODO MUNDO?

Dá para fazer mais do que somente assistir às notícias Por: Nara Lima

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Fotos: Pixabay

até ser uma meia verdade, mas também é bem egoísta.

Como cristão, ajudar as pessoas em necessidade é seu dever. É mandamento: “Amar ao próximo como a si mesmo”. Há pessoas em diversos lugares do mundo que abrigaram refugia-dos em suas casas e lhes ajuda-ram a reconstruir a vida, inclusi-ve no Brasil. No ano passado, uma pernambucana recebeu um casal de sírios e seu filho de ape-nas cinco meses. Mas nem todos têm condição financeira, psicoló-gica ou estrutura para isso. Mas há tanto a ser feito, você pode simplesmente procurar uma ins-tituição séria e fazer doações pa-ra ajudar os voluntários a suprir a necessidade das pessoas nessa situação dolorosa. Ou mesmo ir

até uma organização no Brasil e saber como contribuir. A ADUS (Instituto de Reintegração dos Refugiados) ajuda os refugiados no Brasil. O Instituto promove aulas de português, qualificação profissional, introdução no mer-cado de trabalho, além de outras ações sociais com o objetivo de reintegrar o refugiado na socie-dade. Aos dispostos a ajudar a ADUS, podem ser voluntários ou doar roupas, calçados, livros e outros objetos que serão usados nos bazares da ONG para arreca-dar dinheiro. Ou seja, as formas de ajudar são muitas e bem aces-síveis.

Existe outra coisa que como cristão também é seu de-ver: orar por esses irmãos, esses filhos de Deus que já passaram

por tanta coisa, abandonaram tudo o que conheciam como lar em busca de uma melhor quali-dade de vida. Muitas pessoas que fogem de seus lares fazem isso por questões religiosas, e é doloroso saber que existem cris-tãos que não têm a mesma liber-dade de culto que temos aqui. Mas independente do motivo que os levou a fugirem de suas casas levando apenas a roupa do corpo e dinheiro, quando sobra alguma coisa, é sua função pedir a Deus que derrame sua graça sobre filhos que estão fugindo e tenha misericórdia dos outros envolvidos nessa equação: go-vernos, terroristas e da popula-ção que continua sofrendo o ju-go esmagador que é viver nesses países nos últimos tempos.

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CORAÇÃO VERDE

E AMARELO Mike Dodson, Mark Waldrop, Jeremy “B-Wack” Bush e Jack Parker formam o “The Digital

Age”, o quarteto mais brasileiro do Texas

les já tinham uma carrei-ra consolidada quando vieram ao país e arrebataram corações de jovens de todo Brasil e foram arrebatados também. Aprende-ram português, cantaram na nos-sa língua, viram milhares de pes-soas vibrarem e adorarem ao som de sua música e fizeram par-ceria musical com alguns de nos-

sos cantores favoritos, como Li-vres e Fernandinho.

The Digital Age ama o Brasil e se refere ao nosso país como ‘segunda casa’. Em entre-vista por email, repleta de pala-vras e expressões em português, o vocalista Mike Dodson conver-sou com a NALU sobre a banda, o Brasil, se mostrou antenado

com os recentes acontecimentos por aqui e, entre outras coisas, revelou um segredo muito aguar-dado pelos fãs do quarteto. NALU: Quando a banda The Digital Age nasceu? THE DIGITAL AGE: The Digital Age foi formada em 2012, após quase 10 anos de turnê como

PERSONALIDADE

E

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Por: Nara Lima

Fotos: The Digital Age/Divulgação

"The David Crowder Band." Toda a ideia do nosso nome vem da ideia de amar o nosso próximo. Jesus nos chama primeiro para amar a Deus com todo o nosso coração e segundo para amar o nosso próximo. E essa ideia so-bre o que significa a palavra "próximo”, mudou nesta "Era Digital". Hoje, com alguns cli-ques, nós, como cristãos, temos o poder de transmitir a graça, a-mor, sentimento de pertenci-mento e aceitação ao nosso pró-ximo, independentemente de quão longe fisicamente eles pos-sam viver de nós. O voo da nossa cidade natal, Waco, no Texas, para o Brasil, dura mais de 15 horas, mas podemos enviar pe-quenas palavras de encoraja-mento em questão de segundos. Então eu acho que isso é para isso que somos chamados. Usar a tecnologia de hoje para continu-ar a amar como Cristo e usar pa-lavras de cura para fortalecer a-queles ao nosso redor a fazerem o mesmo. NALU: Quais são as suas prin-cipais influências? TDA: Nós somos influenciados por quase tudo o que vemos e ouvimos Eu acho que, como se-res humanos, somos todos influ-enciados, mesmo de maneiras que não conhecemos. Então, es-tamos constantemente à procura de ideias, inspiração, ou de uma maneira criativa para entregar palavras e ações que mostram as pessoas que amamos elas e que Deus as ama. Honestamente, a paixão que nós vemos em vocês é algo que realmente tem nos

inspirado recentemente. Os nos-sos irmãos e irmãs brasileiros nos fizeram concentrar nas coisas ao nosso redor e a não ficar presos em nossos próprios sentimentos de indignidade, autodúvida, ou qualquer coisa. Em vez disso, vo-cês têm nos inspirado a viver u-ma vida plena de alegria e pai-xão. NALU: Como é o processo de escrever e fazer música nova? TDA: É diferente para cada can-ção. Eu sou realmente compro-metido em passar mensagens de esperança e alegria nos momen-tos bons e nos momentos difí-ceis, por isso estou sempre pro-curando maneiras de dizer esta mensagem de uma forma nova e única. Inspiração artística funcio-na em muitos níveis. Às vezes é como um rio corrente de ideias, outras vezes é como construir uma casa com uma pequena pe-dra de cada vez. A parte mais difí-cil é a persistência e manter a mente sempre aberta. Sempre ouvindo e sempre pronto para fazer o trabalho, evitando a auto-dúvida a todo custo. NALU: O nome “The Digital Age” remete aos tempos mo-dernos. Como encorajar os jo-vens a adorar num tempo em que os corações têm se afasta-do de Deus? TDA: Acho que o incentivo que queremos dar às pessoas é que elas não estão sozinhas. As pes-soas estão distanciamento de Deus, eu creio, porque elas que-rem colocar essa fachada que aparece perfeita: independente, e

impecável e elas trabalham duro para manter essa máscara. Mas no processo eles estão ignorando a fundação, nossa comunidade de fé, nossa aceitação um do ou-tro e, finalmente, a verdadeira realidade de nossa identidade como filhos de Deus, amados como nós somos, aqui e agora pelo perfeito amor de Jesus Cris-to. Então eu acho que o nosso encorajamento vem daquela sen-sação de identidade ou pertenci-mento, de que você não precisa entrar num lugar junto com ou-tras pessoas para adorar e ser perfeito, mas que você é perfeita-mente amado. NALU: As pessoas do Brasil a-mam a banda e o sentimento parece ser recíproco. Tem al-guma apresentação que mar-cou vocês? TDA: Nós amamos vocês. Pro-fundamente. Eu brinquei sobre isso algumas vezes, mas eu real-mente acredito que é verdade, que Deus me deu um coração brasileiro. Toda vez que eu estou no Brasil, a minha vida é enrique-cida. A minha fé e alegria são re-forçadas, de modo que cada a-presentação é única, cada con-versa ou relacionamento que tive foram especiais para mim. Eu acho que se tivesse que apontar um momento que marcou a mi-nha vida ou que realmente mu-dou a minha trajetória seria na Conferência Livres, com Juliano Son, em maio de 2014. Nós tí-nhamos sido convidados para participar desta conferência, o que foi uma honra, mas nenhum de nós sabia nada de português

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na época. Nas semanas que ante-cederam a conferência, eu estava começando a ficar nervoso sobre não ser capaz de me comunicar com as pessoas, eu queria uma maneira de me conectar e mos-trar que eu realmente me impor-tava com elas, mesmo que eu não pudesse falar sua língua. En-tão, eu encontrei um vídeo do YouTube da música How He Lo-ves (Ele Me Ama), em português e aprendei a cantar ouvindo u-mas 1000 vezes. E chegou a hora de cantar esta canção: nós fize-mos a primeira estrofe em inglês e as pessoas cantaram junto, daí nós mudamos para português no segundo verso e... aquele mo-mento. Depois que eu comecei a cantar em português, minha voz e a do público combinadas era uma harmonia que só o Espírito Santo pode produzir. Foi o som mais bonito que eu já ouvi, até hoje, quase dois anos depois, o eco daquele som me enche de alegria de uma forma que eu nem consigo descrever. NALU: Nós ouvimos frequen-temente que os brasileiros têm algo de especial. Quando se

trata de adoração, essa afirma-ção é verdadeira? TDA: É tão verdadeiro. Vocês são loucos! NALU: O que vocês mais gos-tam no Brasil? TDA: Vocês!!!! A maneira que Cristo nos fala através de vocês. Nós amamos vocês, amamos seu país e sempre amaremos, inde-pendente de quão difíceis as coi-sas estejam, com políticos e cor-rupção, nós amamos Brasil. Acre-ditamos que Brasil é como uma semente que foi plantada, num lugar difícil, onde é escuro e com-plicado de ver uma saída. Acredi-tamos que, em última instância, o Brasil será transformado atra-vés do trabalho da Igreja, através da união, fé, esperança e perse-verança. Transformado de uma semente em uma bela árvore, forte, flexível, que irá glorificar a Deus. NALU: Quais são os projetos para 2016? Vocês têm planos de vir ao Brasil em breve? TDA: Se Deus quiser! Estamos muito ansiosos para voltar a nos-sa segunda casa. Neste momen-

to, estamos terminando nosso álbum, e nós não compartilha-mos isso com ninguém ainda, mas vamos revelar o segredo. O álbum vai se chamar "GALAXIES". A ideia do CD fala sobre como às vezes nos vemos como insignificantes, pequenos, sozinho, e sem poder, da maneira que frequentemente dizemos a nós mesmos: "O que posso fazer para mudar este problema?", "Eu sou muito fraco", “Eu sou insigni-ficante", "Eu sou inútil". Imagine o seguinte: você está olhando para o céu e vê um milhão de estrelas e na vasta exibição de brilho, você vê uma partícula de luz um pouco desbotada, este ponto de luz é como muitos de nós passamos a vida pensando sobre nós mesmos: pequeno, insignificante. Mas a coisa legal que me surpreendeu recente-mente foi o fato de que se você pegar um telescópio e olhar atra-vés da lente, percebe que aquele ponto desbotado de luz, que a-chou que fosse uma mera estrela insignificante, é na verdade uma galáxia inteira com centenas de bilhões de estrelas, brilhando mais do que você jamais poderia ter imaginado. E essa galáxia é VOCÊ. Nós somos galáxias. A verdade é que estamos cheios com o poder do Espírito Santo. Nós somos poderosos. Nós so-mos bonitos. A luz da alegria de Cristo em nós é ofuscante e esta-mos aqui para usar esse poder, essa relevância, essa alegria, esse calor para unir a Igreja e transmi-tir compaixão, amar as pessoas poderosamente, aqui e agora.

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ome: Davi Aparência: Era ruivo e formoso de semblante e de boa presença (1 Sm 16:12) Profissão: Pastor de ovelhas, líder militar, rei, músico e poeta Cidade Natal: Vivia num povoa-do pequeno, em Belém (I Sm 16:1). Parentes: Jessé (pai), Nitzevet (mãe), Eliabe (irmão), Abinadabe (irmão), Siméia (irmão), Natana-el (irmão), Radai (irmão), Ozem (irmão), Zeruia (irmã) e Abigail (irmã) Filhos: Amnom, Quileabe, Absa-lão, Adonias, Sefatias, Itreão, Ta-mar, Samua, Sobate, Natã, Salo-mão, Ibar, Elisua, Nefegue, Jafia, Elisama, Eliada e Elifelete. Esposas: Mical - Filha de Saul (1 Sm 18:20-30), Abigail - Ex-esposa de Nabal (1 Sm 25:36-42), Ainoã – (1 Sm 25:43-44), Maacá – Princesa de Gesur (2 Sm 3:3), Eglá (2 Sm 3:5) e Bate-Seba - ex-esposa de Urias (2 Sm 11:27) Hobbies: Foi um grande músico, sua reputação era tal que tocava perante o rei Saul (1Sm 16:14-23). Pecados mais conhecidos: A-dultério (2 Sm 11:2-4) e Homicí-dio (2 Sm 11:14) Primeira aparição na Bíblia: Então mandou chamá-lo e fê-lo

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RAIO-X

Por Luana Figueiredo

entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o Senhor: Levanta-te, e un-ge-o, porque é este mesmo. En-tão Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá. (1 Sm 16:12-13) Morte: E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. (2 Reis 2:10) Lições: Era um homem que consultava o Senhor (1 Cr 28:9); Confiava na Palavra de Deus e obedecia as ordens dEle (Sl 19 e 2 Sm 15:25); Era um adorador nato (1 Cr 29:10-14 e Sl 34:1); Tinha um coração quebrantado perante o Senhor (Sl 51.17). Curiosidades Era um homem segundo o cora-ção de Deus (1 Sm 13:14 e Atos 13:22); Era um poeta inigualável e escreveu algumas das maiores obras primas da literatura espiri-tual. Nenhuma poesia tem sido tão constantemente usada como os salmos de Davi; Enquanto Da-vi tocava harpa, espíritos malig-nos eram expulsos da vida de Saul (1 Sm 16:23); Foi citado na Galeria dos Heróis da Fé (Hb 11); Foi um general capaz e conduziu

com grande êxito suas campa-nhas militares; É considerado, em geral, como o maior rei de Israel; Viveu como fugitivo durante cer-to tempo. Este foi um período obscuro em sua trajetória. Perse-guido pelo rei Saul, Davi viveu uma perigosa vida de fugitivo. Mas existem alguns momentos de grandeza em meio a este obs-curo cenário: a intercessão de Jônatas assegura a restauração temporária da graça do rei por Davi (1 Sm 19:4-7) e a generosi-dade de Davi ao poupar a vida de Saul, por duas vezes (1Sm 24:1-5 e 26:1-20).

O HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

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Ilustração: : Pixabay

iante de um cenário eco-nômico recessivo e de muita ins-tabilidade política, com a infla-ção acima da meta batendo a casa dos 10% a.a, aumento do desemprego e juros abusivos, é preciso buscar o socorro que vem do alto (Salmos 121), bem como elaborar um planejament-o/ controle financeiro das recei-tas (entradas) e das despesas (saídas), baseando-se em um consumo mais consciente para alcançar e manter a autonomia financeira. Ajustar e reajustar o orça-mento são ações que devem o-correr diariamente visando o en-xugamento dos gastos excessi-vos, tais como aqueles considera-dos supérfluos. No entanto, o consumo precisa ser mantido porque no ciclo virtuoso da eco-nomia, o consumo gera produ-ção e produção gera investimen-tos e renda. Essa renda volta ao processo gerando novamente o consumo. Sendo assim, nesse processo de interdependência, esse ciclo precisa girar.

A dica é não perder de vis-ta os gastos, não atrasar ou par-celar a fatura do cartão de crédito e nem usar o limite do cheque especial, que possuem as maio-res taxas de juros, acima de 400-% e 280% a.a respectivamente. Caso a sua realidade seja de end-ividamento/ inadimplência, a orientação é pesquisar outras linhas de crédito e financiamento com taxas menores, como por exemplo, o crédito consignado, 41% a.a, e o crédito pessoal, 117-% a.a. As cooperativas de crédito oferecem taxas de juros menores ainda do que os bancos e finan-ceiras, então vale a pena pesqui-sar e conhecer. Para quem tem uma reser-va financeira e quer fazer o di-nheiro render com ganhos acima da inflação e com baixo risco de perdas, a sugestão é aplicar em renda fixa como CDB, LCI ou LCA que são produtos que possuem a garantia do FGC – Fundo Garan-tidor de Crédito, e finalmente, nos títulos do tesouro direto que têm apresentado ótimos rendi-

mentos, contudo, é bom saber que os títulos não estão contem-plados no FGC. Em caso de desemprego, não se desespere. Tente empre-ender oferecendo aquilo que faz de melhor. Pode ser um produto (artesanato, comida...), um servi-ço (reparos, manutenção...) ou apenas revenda (catálogos), mas faça tudo com o rigor de uma administração planejada, profis-sional e com os controles que possibilitem visualizar o fluxo de caixa, ou seja, quanto entra e quanto saí. Fazendo a nossa parte e com a ajuda de Deus, passare-mos por esse momento de crise percebendo e aproveitando as oportunidades que se apresenta-rem diante de nós. Para nossa meditação, leia-mos Deuteronômio capítulo 28, versículos 1 ao 13. *Micmas é formado em Adminis-tração de Empresas e membro da Assembleia de Deus em Campi-nas

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PAPO RETO

FUJA DA CRISE Dicas para alcançar e manter a autonomia financeira

Por: Micmas Paulo

Foto: Pixabay

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NALU INDICA

1 Youth Revival

Depois de um ál-bum de estreia que conquistou jovens de todo o mundo, o grupo Hillsong Young & Free, volta em 2016 com um novo trabalho. Intitula-do Youth Revival, o projeto tem 13 músi-cas, 12 delas foram gravadas ao vivo na Hillsong Church, em Sidney e mais uma versão rádio de Where you are. As com-posições trazem novamente aos ouvidos e corações letras que falam da liberdade e identidade em Cristo, com melodias dan-çantes e algumas baladas como a belíssi-ma When the fight calls. Em entrevista à Billoard, Laura Toggs, líder da banda ex-plicou a diferença entre o som do Young & Free e demais grupos pops: “Nos nos-sos shows o foco é a mensagem que esta-mos compartilhando através da nossa música. O foco não é em nos tornarmos estrelas, é sobre adorar a Deus”. E o mi-nistério de jovens da Hillsong encontrou uma ótima maneira de adorá-lo.

2 Congresso Nacio-nal JUMP – Jovens em Unidade Multi-plicando Poder O JUMP nacional é realizado anualmen-te na cidade de Su-maré, interior de São Paulo, na Estância Árvore da Vida. O evento reúne milhares de jovens de todo o Brasil - e até de outras nações - de quinta a domingo, direcionan-do-os para uma conquista exponencial em seus respectivos territórios. O JUMP Sumaré é sempre um impacto na vida da juventude, são dias de louvor, cura, a-prendizado, comunhão, diversão e novas amizades. O congresso acontece desde 2012 e é organizado pelo Ministério In-ternacional da Restauração (MIR). Neste ano acontecerá entre os dias 18 e 21 de agosto e inscrições já estão liberadas. Por isso, recomendamos que você corra para garantir a vaga em valor promocional. Para mais informações sobre preços e condições de pagamento acesse http://goo.gl/Drz1BY

Jarrid Wilson - Jarrid Wilson mora no Tennessee, EUA com a esposa e o filho. É pastor, autor e blogger. Seus posts falam de vida cristã, juventude, amor, relacionamentos em suas diver-sas formas, compaixão e experiências pessoais. Escreveu dois livros: 30 Words, um devocional de 30 dias cujo objetivo é encorajar as pessoas a ter um relacionamento mais profundo e constante com Deus e Jesus Swagger que fala sobre ser se-parado para viver como um seguidor genuíno de Cristo, imi-tando suas ações e refletindo o seu amor. Jarrid também é co-fundador do Cause Roast, marca de café que doa 50% de seus lucros para causas como falta de água ou de comida, educação, apoio médico, cuidado com os órfãos e luta contra o tráfico humano. Com um currículo assim, vale a pena conhecer os textos e as ideias deste pastor que, já tem feito muito pelo seu próximo. http://jarridwilson.com/

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