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D ISS E RT AÇÃO

CADE IRA DE PATHOLOG IA ME DICAF E B R E T Y P H O I D E

P R O P O S IÇÓ E S

sobre cadacadeira daFacu

T H E S EA PR E S E N T A D A

j i”

FACULDADE DE ME DICINA E DE Pel egr ini oo ro DE JANE IROP E L Ó

'

ªo, ªleroirªmo ª ir eªi iirr iroFORMADO EM OOIE NOIAO M

'

E DIGO—OIRUROIGASI

'

P e la F a cu l dad e d e M e d ic ina d e J e ffe r so n , P h i lad e l ph ia , C i r u r g i ã oD e nt ista p e la E sc o la d e C i r u r g ia D e nta r ia d a

P e nnsy lvan ia , e x—m e d ico d a T h e U n it e d-State s and

B r az i l M . S . S . C o , e t c .

NATURAL DO ESTADO DO RIO DE JANE IRO

AHm d e pod e r exe rce r a sua p rofi ssão na Re pub lica d osE stad os U nid os d o Brazil

R I O D E JAN E IRO :T y p . A l d i na — R u a S e t e d e S e t e m b r o N . 79

1 895

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FACULDADE DE MEDICINA E DE PHARNACIA DO RIO DE JANE IRO

D I RE CT O R— D r . Al b ino Ro drigue s d e Alvare nga.

VI CE -D I R E C'

I'

O R — Ih . J o ão l 'i zar r o G ahis o .

SE CR E T A R I O — D r . Anto nio d e Me l l o Muniz Mu i r

L E N T E S C A T H E D R A T IC O S

J o ão Mar tins T e ixe ir aAugusto Fe r r e i r a d o s Santo s“

.

J o ão J o aq uim P izar r o .

E r ne sto d e F r e itas C r i ssiu'

m a .

E duar do Chap o t P r evo stD o m ingo s j o sé Fr e ire[050 P aul o d e Carvalho .

l o sé Mar ia T e ixe i r aP e d r o Seve r iano d e Magalhãe s.

H e nr ique Ladislau d e So uza Lo pe s .

Augusto Br ant Pae s Le m e

Mar co s Be z e r r a CavalcantiAnto nio Augusto d e Az eve do So d r éCypr iano d e So uza F r e itasAl b ino R o d r igue s d e Alvar e nga . .

Luiz d a Cunha Fe ij ó Junio rAgo stinho Jo sé d e So uza Lim a .

Be nj am in Anto nio d a R o cha Far ia. .

Car l o s R o d r igue s d e Vasco nce l l o sJ o ão d a Co sta. Lim a e CastroJ o ão P izar r o G ahi so

F r ancisco d e Castr oO scar Ado lpho d e Bulhõ e s R ib e ir oE r ico Mar inho d a G am a Co e lho

j o sé Be nicio d e Ab r e u_l o ão Car lo s T e ixe i r a Br andãoCandido Bar ata R ib e ir o .

N uno d e Andrade

L E N T E S S U B ST IT U T O S

D r"s. :

N . l i .— A F acu l d ad e nã o : r p p r o vzi ne m r e p r ova as o p iniõ e s e m i l l i d as nas the se ". q ue lhe Sã n

ap r e se ntad as.

P hysica m e dica .

Chim ica ino r ganica m e dica.

Bo tanica e zo o l ogia m e dicas.

Anato m ia d e scr iptiva .

H isto l o gia the o r ica e p r atica .

Chim ica o r ganica e b i o lngica.

P hysi o l o gia the o r ica e e xp e r i m e nta l .

P har m aco l o gia e a r te d e fo r m ular .

P atho l o gia ci r ur gica.

Chim ica analyti ca e to xico l o giaAnato m ia m e dico -c i r urgica e co m p a r ada .

O pe r açõ e s e ap p ar e lho s.

P atho l o gia m e dica .

Anato m ia p hysi o lu gia p atho lugicas

Mate r ia m e dica e the r ap e uti ca .

O b ste tr icia .

Me dicina l e gal .H ygie ne e m e so lo gia .

P atho l o gia ge r al e histo r ia d a m e licine .

C l inica c i r ur gica— 2

ªcade i r a .

Cl inica d e r m atolo gica e syp hi l igr ap hica.

C linica p r o p e d e uti c rr .C linica ci r ur gica

—r i

ªcad e i r a .

C l inica O b ste tr i ca e gyne co l o gica.

Cl inica o p hthalm o l o gi ca.

Cl ínica m e dica — 2ªcad e ir a.

C linica p sych i atr i ca e d e m o l e stias ne rvo s—as

C linica pe diat r ica.

C linica m e dica — 1 ª cade i r a.

Anto nio Mar ia '

I'

e i xe i r a.

( G e nuíno Marqu ' s Mance b o .

Luiz Anto nio d a S i lva Santo s .

Phi lo go n i o L º p e s U t i nguassúLuiz R ib e i r o d e So uza Fo nte s .

E rne sto d o N ascim e nto S i l va .

D o m ingo s d e G ó e s e Vasco nce l lo s.

Fr ancisco d e P aula Val ladar e s .

Be r nar do Alve s P e r e i r a.

Augusto d e So uza Br andão .

F r ancisco Sim õ e s t'

o r r êa

J o aquim "avie r P e r e i r a d a Cunha.

Luiz d a Co sta Chave s Faria .

Mar cio F . N e ry .

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SSE RTAÇAO

F E BR E T Y P H O I D E

T he kno w l e d ge that a m an can use

i s th e o n l y re al kno w l e dge ; the on lyknow l e d g e that has l i fe and g r o w thi n i t and conve r t-s i tse l f into p r act icalpo w e r .

T he r e st hangs l ike d ust ab o ut theb rain , o r d r i e s l ike r ain dro ps o ff the

stones.

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F E BRE TYPHO ID E

H isto r ico

Para fazerm os um a d e sc r i p çao com pl e ta d a h i s tori a d afebre typ ho i d e , ser ia n eces sar io en trarm os e m todo o assum p to das febres con t inuas

,assum p to talv e z m ai s

ex ten so do qu e qualquer ou t ro do d om in io da sc i e nc ia

m ed ica .

Não t e m os,porém

,es ta pre t enção ' e n e m o ob j ecto do

nos s o im perfe i to trabalho t o rn a o n eces sar i o fi carem os s at i sfe i to s

,cum prindo um dever ex ig ido pel a l e i

,e m t ocar

aqu i s im pl e sm en t e nos pon tos m ai s s al i en tes da s u a h istor ia .

O Dr . Alexander Co l l i e , no s eu T r atad o d e feb res,d i z :

Ha algum a ev idenc i a que a feb re typ ho i d e ex i s t i s s e n ot em po d e H i ppocra tes

,e um cas o c i t ado n o l ivro terc e i ro

das Ep id em i as é provavelm en t e um ex em plo , porém des s aépoca até o s ecul o 1 7 parece que con fund iram -n a co m asou tras d oenças .

Nes s e s ecul o,en t re tan to

,h a d e sc r i p çõ e s de um a fe bre

por Sp ige l , Bagl iv i e Lan iu s , que provav elm en t e era typ ho i d e ,e Sydenham r econheceu um a febr e d i st incta da f e b r i s p e sti l ens

,qu e era pro v avelm en te typ ho i d e . Algun s au tores i ngle

zes no s ecul o 1 8,d i s t in gu i ram a s febres sl ow

,l ow o ne r vo us

com o d i st inctas d a f e b r i s p e te cln'

a l e s e e stas,o u a l gum as d el l as

,

eram provavelm en te typ ho i d e .

ª

E a grande fe b re do pres en te per iodo h i s tor ico n om undo c ivi l i sad o

,com o o t ypho o fo i do s s ecu l o s 1 7 e 1 8

,e

a pes te n a idade m éd i a .

E , hoj e end em i ca e m t od o o m undo,onde os povos

europe us teem f ei to r es id en c i a . E '

m u i tas v ezes ob s ervada e mcasos e sp o r ad i co s , outras v ezes d ecl ara - s e com o um a ep idem i al ocal .

A prim e i r a d e sc r i p cão das les ões p atho l o gi cas , em borai ncom pl e ta

,encon t ra - s e n o t rabalho d e Pros t

,pub l ic ado e m

1 804 . E m sua obra in t i t ul ad a “ A m ed ic in a esc l arec ida pel aaber tu ra dos corpos “

,Pros t ass ignal o u b e m a infi am m ação e

as ul cer ações que s e encon tram n as autops i as de ind iv iduosm ortos d e febr e atax i e a

,putrid a

,m al i gn a

,etc . ,

po r ém parael l e es tas l es ões não eram s i não o resul tado d e um exces s od e ph logos e in t es t in al

,com o cau s a da m orte .

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Peti t e Serres e m s eu tratado de “ F ebres en terom e se nte r i cas”

,s e ap p r o x i m ar am m ai s d a verdade

,faz endo a

d e scr i p ção c i r cum stanc i ad a das l es ões i n te st i nae s , porémco m m e tte r am do i s erros : p r i m o

,acred i tando que ex i s ti s sem

tres var i ed ades d e febres en t ero - m e se nte r i cas , a s im pl e s , ab uto no sa e a ulceros a

,se m notar que o aspecto da l es ão varia

co m a época da m ol es t i a secand o,sup p o n d o que a l esão in

te st inal co nst i tu ía por s i a en ferm i d ade .

-Ma is tarde,B r e to nn e au o pr im e iro qu e d eter

m in ou a n a tureza espec i al d a l esão in t es t in al q ue a car ac ter is a

,descreveu- a sob a d enom in ação de. d o thi

'

e ne nte r ia,

reuni ndo n es s a m esm a espec ie m orb ida todas as var iedadesesparsas desc-ript-as an ter iorm en te .

F o i en tão que ap p ar e ce r am os trabalhos d ess a p l e i ai

d e

d e hom en s i l lu s t res T rous s eau , A nd r e ],Lou is

,Wunderl ich,

Jackson,Bo u il laud , etc que br i l ham com o sce n te l has n o

fi rm a-m en to fu lguran te do m undo sc ien t ifico e a febre —ty

p ho i d e tom ou d esd e en tão , defi n i t ivam en t e , o l ugar que el l aoccupa ho j e

,na no so gr ap hi a m ed ic a ; po r ém ,

ap e zar d i sso ,al guns au tores con t inuaram a con s id e r ai - a com o . u m a m od ifi cação do typho .

A febre typ ho i d e to rna s e para Forge t a en ter i te fo l l icu l o sa ou a i nflam m ação dos fo l l i cu l o s in te st inae s , do m esm om odo que a pn eum on ia é a inflam m ação do pulm ão .

Nas suas narrat ivas,e l l e q uer que o es tado typ hi co s ej a

um a t t r i bu to co m m um a l es ões m u i to var iadas além de que,

fal l ando de um a pneum on ia typ h i ca, sobrev indo e m um a

m ulh er, d i z : “ N es t i l pas plus ra t ionn el d ad m e ttr e que

c ette fem m e a pri s eacc id en tel l em en t un e pn eum on ie , qu i es tdevenue t

'

yp ho r d e parce que l e su j et é ta i t u sé par l age , l afad igue

,l a m i sere Forge t n ega a n eces s idad e d e um a l esão

ap r e c i ave l d os t ec idos e gu ia - s e pel a al teração pr im i t iva dosl íqu idos : t aes são

,d iz el l e

,cer tos cas os d e typ hus si d e r cm s

que m ata o doen te an tes do des envolv im en to d as l es ões v i s

ce r ae s ap r e c iave i s .

“Gris ol l e ad m i t te tam bem que a l es ão e s em pre cons ecutiva a um es tado geral

,e d a m esm a fô rm a G b om e i reco

nhe ce que a al teração dos fo l l i cu l o s de Brunn er e d as glandul as d e Peyer não pôde expl i car por s i s ó a m ol es t ia se m aal teração indeterm i n ada dos n ervos e do s angue , e m a is p art i cular m e nte dos l íqu id os .

Devem os r econh ecer q ue a l es ão dos fo l l i cu l o s é por talform a

'

frequen te,que podem os co nsi d e r al a com o s ignal

p atho gno m o n i co d a feb re typ ho i d e ,e não é p ar a adm i rar que

e m c as os raros nã o se encon trem es tas al t erações nos fo l l i. ,cu l o s

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porquan to d esde Sydenham até hoj e todos os observado r esteem ad m i tti d o var i o l o so s se m o e xanthe m a p ustul o so (var ío l as in e var i o l i S)

E m 1 836 0 Dr . H . O Lom b ard de Gen ebr,a fo i o pr i

m e iro que narrou que havia duas febres d i st i nc tas e s eparadas n a G r ã Bretanha

,um a d ell as id en t ica a febre typho e

a ou tra a typho i d e .

Na m esm a o ccasi ão G erhard e Pinn ock,de Ph i l ad elph ia

,

chegaram as m esm as concl us ões,pelas obs ervações de um a

ep id em i a de typho q ue as solou aquel l a c idade e m 1 835 e1 836 .

O Dr . A . P . S te ward,de Londre s

,e m 1 840

,d escreveu

co m m ui ta prec i são as d i ffe r e nças d as erupções das febrestypho e typ ho i d e ,

porém é. ao m onum en ta l t rabalho d e Lou i sque devem os a prim e i ra d e scr i p ção com pl e t a e co m p r e he n

s iva d afe bre typ ho i d e , d e sc r i p ção tão com pl eta que os obs ervad o r e s que o s egu i ram t eem d i fi i c i l m e n te m odificado .

A febre typ ho i d e d as cr ianças fo i cu id adosam en t e es tudada por Bar the z e B i l l i e t e por Taupin . R i chard B r igh tapres en tou al gun s e sp e c i m e ns excell en tes de u lce r ações i n

te st inae s des s a m oles t i aE n tre os obs ervadores co nt ine n tae s que es tud a ram p ar

ti cu lar m e nte as l es ões i nte st inae s,destac am s e R oe d e r e r e

Wagl er , P e ti t e Serr.e s,e B r e to nne au .

As con tr ibu ições fe i t as pel os m ed i cos am er ican os s obre oconhe c im en to da pyr e x i a typ ho i d e teem s ido num erosas e i mportan tes . En tre os pr im e i ros t ra b alhos so b r e sahe m os d eNathan Sm i t h Ja m es Jack son Enoch H al e

W . G erhard Aus t i n Fl in t E . Bar tl e t t(1 835) St i lé, Norri s , Penn ock ,

Schattne k,Hol m es

,Bowd i tch

,

Pow e r e tc .

Depo i s do que acabam os d e d i z er e m s ynopse ao h is torico d o typho ab d om i n al

,s egundo o m ovim en to da sc i e nc i a

,

nos é p e r m i tti d o con fes s ar que não devem os fi car e m um

im m ob i l i sm o pe rn ic ioso e s im acce i tar fran cam en te os dadosnovos da sc i e nc i a, es ta b el ec ido s pelas in ves t igações m u l t iplas ,curvando -n os a au tor idade dos factos .

P ass em os a tratar pres en tem en te , d e con form id ade co mas i d éas m ai s m odern as , do h is tor ico d as bacter i as , que es t ãoe m re lação co m a feb r e typ ho i d e .

E m 1 871 , R eck l in ghaus en n o tou m as s as d e m i crococcusas s es tando se no s abcess o s con s ecut i vos a f ebre typ ho i d e ,

Eberth p r o se gu i nd o nes tas inves t igações , pub l icou e m o annos egu in te um trabal ho ond e parece achar s e e m prelud io asua bel l a d escoberta d e 1 880, e ,

onde o au tor con s id era osb ac i l l o s assignalad o s nos orgãos in t ernos dos typ lzi co s com oproductos d e in fecção s ecundari a , porque , d i z el l e

,não s e

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en con tram es t es m esm os b ac i l le s s inão s obr e as u lceraçõesi nte stinae s e m v ia

'

de n ecros e ou de c i catri zação , K l e in (1 875)en con t rou tam bem d iversas espec ies de m i c ro - organ i sm os

-n as l es ões d e affe cção typ h i ca ,e com o es t e. au tor in gl ez

,

,Sokolo ff , B r o w i cz e Fi schl , guiados pel o succes s o das pes

qu i zas dos s eus an t eces so res , v iram perfe i tam en te bac ter iasal on gada-s no baço

,n o r i m

,n as pl acas de Pey er e sobre as

pared es in te stinae s dos typ hi e o s .

Eberth (1 880, 1 881 e 1 883 ) fo i o pr im e i r o que n a real idaded e u a pr im e i ra d e sc r i p ção d e t alhada e exac t a dos bac i l l e squ e s e ob s ervam n a febr e typ ho i d e , exper i en ci as es t as es tud adas e real i zadas por K l ebs Coats e C rook e (1 882)Mayer

,e tc .

_A p e zar d a au tor idade d e t odos es tes ob s erv adores , a

prova a inda e s tava l onge d e ser fe i ta .

O m ic rob i o d e Ebe r th não t inha abs o l u tam en te n ada d ecarac teri s t ico sob o pon to d e v i s ta m o r p ho l o gi co ,

e a co m

p r e he nsão des t as co n t rovers ias puram en te an ato m i cas es t aval on ge d e s er dec is i va .

F o i o m ethod e das cul turas s obre m e ios s o l id os (do q ualKoch acabava d e prec i s ar a tech n ica) que p e r m i tt i u a Gaffky(1 884 ) i sol ar e cul tivar o b ac i l l o typ ho i d i co ,

com pl e tandoas s im de um a m an e i ra fe l i z o es tudo m o r p ho l o g i co e b i o

l ogico .

Es tes trabalhos fund am e ntae s foram o pon to d e par t id ad e m ui tos ou tros q ue prec i s aram ou com p l e taram as pes

q u i zas d e E berth e'

G affky .

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Syno nym i a

A f ebre ou affe cção typ ho i d e de Lo uis , Cho m e l , Jack sone ou tros

,te m um a l on ga syno nym i a pel a d iv ers id ade de au

tores que del la s e teem o ccup ad o . Ass im,tem os as s egui n t es

d enom in ações : f ebre en tero - m es en ter ica (Peti t) , d o th i e n e n

te r i te (B r e t o nn e au ) , d o thi e n e nte r i a (Trous s eau) , typho abdom in al (A ut e n r i e th) , i l e o typ ho (Gries in ger) , f ebre en ter ica(G . B . Wood

,G ai r d ne r ) , febre p ytho ge n i ca (Murch ison ) ,

febre m ucos a (T i s s o t , Sel l e) , en ter i te fo l l i cu l o sa (F or ge t ,Cruvei lh i er) , f ebre p i tu i to sa (Stol l ) , febre pu tr ida (R iv iere) ,febre m es en ter ica m al ign a (Bagl iv i) , gas tro e n ter i te (B rouss ai s ) , feb re. l en ta n ervos a (Langr ish , Huxham ) , Synochu s

p u tr i s ou typhu s m i t i or (Cul l en ) , febre b o e tica (Will i s ) , eainda e nco ntr am o l -a co m outras d enom in ações

,. que algun s

p r at i co s an t igos descrev eram ,con form e a p r e d o m i nanc i a

de cer t o s sym p to m as,com o .: febr e gas tr ic a (B ai l l ou) , f ebre

atax i ca,febre ad ynam i ca (Pin e l ) , febre l en ta (F o r e stus) ,

febre n ervosa (G i l chri s t) , febre con t inua (Andral ) , febrechron ica (Jun cker ) , febre b i l i o sa (T i s s o t ) , febre o u to m nal

(Fl in t ) , r em i t t en t e in fan ti l (Wil son ) , t ypho n ervos o (Sauvages ) , e tc .

,co m p r e he nd e n d o

- s e hoj e por febre typ ho i d e

tod as e s tas vari ed ades de um a un ica espec ie. nosol ogica .

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D e fi niç ã o

'

B ar_um a defi n ição que abranj a t o d as

,as m an i fes taçõ es

des s a en t id ad e m or b ida e qu e s ej a ao m esm o t em po conc is a ecom pl e ta

,é assum p to de ardua d i f fi cu l d ad e co m tu d o

,ad

optam os a se gu inte,por nos parecer q ue con tém os carac teres

p r i nc i p ae s d es ta pyrex ia :E

'

/um a affe cção aguda.

,f e b r i l e i nfecto con tag ios a

,de

m arch a cye l i ca e car ac te r i sad a por adyn am ia m a is ou m enosprofunda

,,por um a . e r upção pecul iar

,que s e obs erva geral

m e u'

te'

sob r e o thorax e . parede an tero s uper ior do abdom en ,por lesões espec ificas dos in t es tin os e n o tavel conges tão dob açõ l

Ou en tão d e um m od o“

m ai s con c i s o e. p r ec i s o , a t ten den d oao s dados e tiol o gi co s : j

ª é a m o l es t ia . prod uz idape l o . b aci l l od e E b e r th

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E tio l o gia

As caus as da febre typ ho i d e es t i veram até cer to tem poenvo l v id as n a m aio r obscur id ad e . E m geral os autores q uet ra t aram des s a pyrex ia

,at t r i b ui r am -n a ai n fecção por m i asm as

resul tan t e s d e d e co m p o si çõ e s o r gan i cas , an i m ae s e ve ge tae s ,se m que in ves t igas s em o el em en to m orb ido

,que n es tes m i as

m as produz ia a febre typ ho i d e . Hoj e,porém

,depo i s dos

es tudos b acte r i ol o g ico s chegaram os a utores m odern os aconc lusão d e que a caus a pr i m ord ial

,i nd i Sp e nsave l , d e s ta

pyrex ia,é um m icro organ ism o e Sp e c i fi co , o bac i l l o d esco

cober to por Eber th , O p in ião hoj e geralm ent e acce i ta e porn ós adoptada

E s te b ac i l l o (Bac i l l us lyp /ws l l s,bac i l l o d e Eber th ) pene t ra

no organ ism o são por d ivers os m e ios,

m as pr inc ipalm en tepor in term ed io d a agua con t am inada

,gelo

,al im en t os l iq u i

d o s e s ol i d os,e pel os corpuscu le s con t am in ados e suspen sos n o

ar atm O Sp he r i co .

A fon t e m ai s fecunda do m iasm a typ ho ige n i co ex i s ten as m a ter ias fe cae s dos do en t es affe c tad o s des s a m o l es t ia .

O p r i nc í p i o typ ho i d ico ,um a vez engend rado

,s e transpor ta a

d is tancia,por d i d e r e n te s m e ios : e sp alhas e no ar , n a agua ,

nas roupas,e tc .

Pa ' a uns,a ab so r p ção do princ ip io typ ho i d i co s e faz n a

propr ia fon t e ; para outros , a ab so r p ção s e faz por um a ouvar ias gerações

,porque e l l e é um pr inc ipio fecun d o

,i sto é

duran t e a evol ução da m o l es tia, e m um i nd iv íd uo

,s e re

genera,s e m ul t ipl ica .

P ara G . de Muss y , Budd , e tc .

,o con tagio s e faz por

in term ed io das dej ecções i nte stinae s,pel as em an açõ es d as

m a t er ias p u tr i d as , e tc .

A co m m un i cação d es ta pyrex i a por in t erm ed io dasv es tes e sobre tudo da roupa do l ei to es ta ev iden tem en te provada pel a s er i e con s id eravel d e ob s ervações colh idas poro ccas i ão das ep idem i as d e Win d sor

,de B r is t ol

,d e We stm i n

s ter,B r uxe l las

,etc .

Para provar —s e o con tagio, b as ta s aber - s e que el l e s e

m an i fes ta e m um grande num ero de casos .

As obs ervações n egat ivas provam sóm en te que a tran sm i s s ão da m ol es t i a ex ige cer tas cond içõe s e sp e c i ae s , o q ue éum a verdade , não só e m relação a es t a pyrex ia , com o a o utr aq ualquer affe cção con tagiosa .

A pred i spos ição e a i m m un i d ad e ii im pres são do pr inc íp io con tag ioso t eem s ido obs ervadas n as m ol es t i as m ai scon tagios as .

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1 4.

A l gun s au tores acred itam que o el em en to typ ho i d i co éum f erm en to ou bacte ria de gen ero espec i al

,parecendo s er

o bac t er io ca l em l la de Dujard in porém,para a m a iori a

dos au tores m odern os é,com o d is s em os

,o bac i l l o d e Eber th

Gaffky,o q ual apres en ta os s egui n tes caracteres é um m i cro

organ i sm o d elgado , d e ex tre m id ad e arredondada,duas ou

tres vezes m ai s co m pr ido do q ue l argo , polym orph e ,i s to é

,

apres entan do fôrm as acha tada e al ongad a, col or indo — s e pel as

cores d e an i l i n a , de u m a m an e i ra m enos in ten s a d o que osou tros m i cro - organ is m os e do tado d e grande m ob i l idade .

A febre typ ho i d e não te m ge o gr ap hi a ; é encon t rad ae m tod as as partes do m un d o

,as s im com o pôde occorrer e m

qua lquer p e r ío d o do an no ; é m a is frequen te,porém

,nos

m e z es d o o u to m no,pel o que es t a pyrex ia receb eu t am bem o

nom e d e febre o u to m nal .

A ffe c la am bos os s ex os q uas i i gualm en te e todas asidades

,porém é um a affe cção es s enc i alm en t e d a m oc id ad e

,

i s to é,en tre 1 5 e 35 anno s , s endo ex tr em am en t e rara d epoi s

d os 50ann o s .

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Svm p t o m at o l o gia

I n d ub i tave l m e nt e a b r ir íam os um c am i n ho esc ab roso e m

ex trem o,s i e m p r e he n d e ss e m o s descrever m i nuc i o s am en te

todas as vari ed ad es de sym p to m as q ue se encon tram nas

d ivers as form as sob re as quaes s e. m ani fes ta a febretyp ho i d e .

Sc i en te d i s to,s egu im os o ex em pl o dos m e lhores p r at i co s .

l i gando m ai s in teres s e aos casos obs ervados e m nos s o pa iz .

Nas m ol es t i as i nfe ctuo sas d e l o cal i saçõe s ex ter iores e d eevol ução con t inua com o as febr es e rup t ivas

,é fac i l s egu i r

m o s as phas es d iv ers as que t e m o proc e ss o m orb ido e determ in ar co m a d ev id a prec isão o encad eam en to e a d uração ;m as es ta determ i n ação es ta l o nge d e s er fac i l

,q uand o as

l es ões carac teris t icas d a m ol es t ia s e o ccul tam a n os s a obs ervação e quando o des envo lv im en to del l as parece faz er - s epor ex ac erbações succes s i ve s

,com o obs ervam os nar -d e ªthm

ne n te r i a .

"uan to a O p in ião dos p atho l o gi stas s ob re o num ero e l im i te s dos p e r í o d o s da febre typ ho i d e , h a grande d iv

le r ge nc i a ,

attendendo a aggr up ação dos sym p to m as n a ord em de suaap p ar i ção , para r e p r e se n tar p o r es ta fôrm a e m s ua m archa

,e

e m sua coorden ação,os actos si m ul tane o s ou succes s ive s , que

repres en tam es ta pyr ex ia .

F oram os m ed icos fr ance ze s os pr im e i ros que e sc lar eceram o ch á-os da m edic ina p y r e to l o gi ca , fundando sobrebas es i nab al ave i s a p atho l o gi a das febres con t inu as , obs ervando qu e a duração m ed ia da m ol es t ia s e encerrava e m um

espaço d e cerca de t res s em an as , aqu e l correspond iam as

phas es s ucces s iv e s d e augm e nto , d e es tado e d ecl in ação , qu eco r r e Sp o nd e m ao cycl o m orb ido e d eram a es tes tres per iodosas d en om i n ações de pr im e i ro

,s egundo e terce i ro periodo

se p te nar i o .

A d iv is ão da febre typ ho i d e e m d e us per iodos,s endo o

prim e i ro corresponden te a. evo lução das l es ões d o thi e ne n

t e r icas e o s egundo a sua reparação , nos parece m ai s th eor ica que prati c a . F o i propos ta por H am e r ynk e fo i adoptadaco m e n thus iasm o por t oda a escol a al l e m ã e in t r oduz id a e mF rança por Jaccoud .

Debaixo do pon to de v is ta ana tom ico,d i z G r i es in ger , o

pr im e i ro p e r ío d o corresponde , de um a m an e ira geral , a i nf i l t ração e a ulce r ação das placas de P eyer o s egundo p e rt en ce

,por t an to

,a reparação do proc es s o typ ho i d i co .

'

Wunderl ich,T hom as , See , Hirtz , e tc .

,j ulgaram m ais

acertado bas ea r os periodos da febre na m archa da tem pera

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1 6

tura fe b r i l,ad m i tt i nd o t r es es tad i os o prim ei ro ou d as o sc i l

laçõe s ascenden tes ; ,o s egundo o u das o sc i l laçõ e s es tac ionar ias

e o tercei ro ou d as '

o sc i l l açõe s descenden tes .

Julgam os pl aus ível fun dar , an tes , os per iodos d a febretyp ho i d e n o co n j uncto de sym p to m as m a i s ou m enos constan te s

,que ap p ar e c e m e m e p o cas m a is ou m enos d e term inadas

da sua evol ução e,por is s o

,ad m i ttim i s tres pe r íodos

,a

s aber : 1 0 peri odo ou de invasão,de ascen são

,etc . ; 2 period o ,

d e es tado ou ataxo —ad ynam i co ,e

'

d º p e r í o d o ou d e t erm inação

,que s e real i z a pe la cu ra ou pel a m or te ª l

.— P ecanha d a

Si lva .

A du r ação d a phas e prodro m ic a v ar ia de s e te , d e z oum esm o m ai s d i as.

,

Todos os au tores concordam e m dar com o pon to de i nvasão d a m ol es t ia

,ou o m om en to do pr i m e i ro cal e fr i o ou o d a

el evação tl re r m i ea , e des ta data é enum erada a d uração dosd iffe ren tes pe r iod os .

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1 8

grande proporção de ur éa,de u r ato s

,m ater ias ex trac t ivas e

co r an tes e d im i n u ída a sua proporção d e chl o r ur e to s ; é

algum as vezes album i no sa .

O p u l so ée che i o e frequen te (90a 1 1 0 t em pe r atura de400 d e tard e ; e 39

0

,5 d e m anhã .

A e p is tax i s , m u i toé

fr e qu e nte e m ou tros p ai ze s , é raraen tre nós n as cr ianças e que el l a ap p ar e c e co m m ai s fre

q ue nc i a ; a d iarrhea é de um a rar idad e ex trem a,no en tre

tan to q u e a con s tipação d e ven tre é quas i i nfal l ive l n o p r i

m e i ro se p te nar i o ; o gargarej o da foss a i l í aca d i re i ta só s em an i fes ta m a is tard e ; as m anchas typ ho i d e s só ap p ar e ce m

e m casos e xce p ci o nae s , e m ui to tard iam en te . To r r es

H o m em .

G eral m en te a to s s e e a e sp e c to r ação reve l am o ca tarrh eb r o nchi e o no prim e i ro se p t e nar i o

'

, porém a sua i n ten s idad evar i a e m di ffe r en t es epidem i as e e m d ifferentes ind iv íd uos .

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1 9

S e gund o"

p e r í o d o o u ataxo

ad ynam i c o

A m ol es t ia progride,

com eça o s egundo se p te nar i o .

e o m al adq u ire en tão os s eus caracteres d i s t inct iv e s .

os q uaes vão s e torn ando cada vez m a is s al i en t es am e

d ida que s e ap p r o x i m a o t erce i ro se p t e nar i o .

O uso do t erm o f e b r e ne r vo sa , para d es ignar e typhoabdom inal

,m os tra co m o s ao freq uen tes e s everas as

per t urbações do sy s t em a nervos o n es t a do e nça . No segundo per íodo os doen tes n ão accusam m a is c ephal al g ian e m dores nos m em bros ; ap p ar e ce m per t ur b ações d av i sao ( ph otophob ia ) e da aud ição ( z un idos nos ouv idose s urdez ) , as s im co m o vertigen s e pes adel os ; o d e l í r i o ,

pr i m e i ram en te f r aco,e m an i fes tando — s e só m en t e a n ou t e

,

t orn a - s e perm an en t e e é car acte r i sad o m ai s . por d ivagações e m u r m u r i o s

,do q ue pel a fur ia e pela v i o l enc i a ;

ha carpholog ia,s obres a l tos de tendões

,o

'

trem or dosm em bros s uper iores

,as vezes v erdade i ras conv uls ões

,o

soluço e e com a . Nes te com a os enferm os es tão com o e m

um es tado de s om n o,porém te m t r e svar i o s e proferem

pa l avras i n i nte l l igíve i s , ges t icul ando ; as vezes sab e m dol e i to se m m o t ivo ; m as s acud in do - os e at tr ahi nd o -l h esb e m a atte nção , recuperam o s eu j u izo perfei to

,abrem os

olh os,respondem co m acerto

,depo i s t orn am dah i a pouco a

cah i r n o m esm o es tado .

Os traços p hys i o no m i co s s e al t e ra m profundam en te,

as faces torn am - s e encovadas , as r eg iões m al ares proem ine nte s

,as fe ições con s ervam - s e fi xas

,i m m o v e i s

,e x p r i

m i nd o i n d í ffe r e nça e e stup i d e z e os en ferm os c ahem poucoa pouco e m um es tado d e s

'

om nol enc ia e de es tup or ,de onde s e t e m grande d í fii cu l d ad e de t iral - os , m esm o por poucotem po .

Não obs tan t e a se ccu r a d a bocca . n ão ind icam des ej o al gum de b eb er

,m as beb em co m grande av idez

,

quando s e ap p r o x i m a de s eus l ab ios um copo che io de agua .

A l íngua s e apres en ta s ecca , gretada , trem ul a , e co b e r tade um m ucus s ecco , e nne gr e cí d a pelo s an gue ; a boccafi ca en tre -aber t a

,de ix ando ver os d en t es cober tos d e

ful l íge m ; as fos s as nazae s ou s e acham reves tidas d epequen os coalh e s s angu ín eos

,

'

ou d e um a espec ie d e p ópard o . U m a d ecom pos ição putr i da

,so ffr í d a pe l o i nd uc to

que cobre a l íngua e o s den t es,occas ion a um che i ro

pen e t ran te e d e sagr ad ave l ; a m o b i l id ade da l íngua ém u i to enf raquec ida form am -s e e schar as e m todos os pon tosque sup p o r tam o pes o do corpo ; a pel l e rugosa

, e ncar

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qu ilhada,tendo calor s ecco espec ial ; o ven tre torn a — s e

proem in en te,tym pan ico e dolo ros o

,principalm en te n a

reg iao i l iaca d ire i ta , onde se n o ta o borborygm e ; apparece no fi m um a d iarrhea a b undante e freq uen te ;outras vezes m an i fes tam - s e verdad ei ras he m o r r hagias

i nte stinae s ; as ur inas tornam - s e escass as,ave r m elhadas

e as vez es a l bum i n osas -

um a dyspnea a troz é produz i dapel a exageração dos p he no m e no s broncho -pulm onares

,

reun ida a grande di s t en são do v en tre,que i m p e l l e o

d i aphragm a para a“cav idade thorac ica .

' A febre,quer

tenha hav ido,ou nao a m archa cyc l i ca ou regular

,

m an tem - s e e m um gr ão m ui to el evado ; a tem peraturad a tarde el eva -se geralm en te a 40º

'

,5 e m esm o a 4 1 º

,5,

a l t ernando c o m um a rem is s ão pe l a m anh a ; o pul s oto rna - s e m ol l e

,concen trado

,peq ueno , q uas i s em pre d lC I

'

O l O'

a t t inge m u i tas v ezes a um a frequen c ia de 1 1 0 a 1 20 p ul

saço e s e m ai s p o r m i n u t o ; um pu l so d e 1 40 é s ign ald e sfavo r ave l ; e m al gun s cas os o puls o nao é acce l e r ad o

ou pod e m es m o es tar abaixo do n orm al ; a'

sua fre

q ue nc i a é s em pre augm e ntad a por exc i tam en to m en tal,

ou pel o esforço de l evan tar do l e i to ; l ige i ra“

i r r e gula

r i d ad e n a for ça ou frequenci a é m ui to co m m um ; grandei rr egul ar idad e n o p u l éso um m ao pres agio .

“ E m m u i tos casos n o t am —se n a ' pel l e su d am inas

m u i to con fluen tes ; e m alguns m anchas p e te chíae s d i scretas ; e m ou t ros

,m a i s raram en te

, a e rupção ros eolartyp ho i d e , qu e tan to con corre n a ' Europa para car acte

r i sar a — To r r es H o m em .

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2 1

T e r c e ir o p e r io d o— d e d e c l ínio ,

o u d e te r m i naç ã o

A epoca e m que com eça es te p e r í o d o de s oluçaovar i a n eces s ari am en te

,s egundo a duração dos per íodos prece

d en t es

Nos cas os s im ple s,de in ten s idade m ed ia

,o per iod o

d e s ol uçao s era g eralm en te co m p r e he n d i d o n o espaço d e1 8 a 25 d i as . Nos casos b en ignos

,pôde com eçar n o

s egundo se p te nar ío ; n os casos geraes , que s e t erm inam pel a cura

,com eça n a quar t a ou qu in ta s em ana .

S i t odos os acc id en tes ac im a refer ido s augm e n tam ; s i

as fe i ço e s s e al teram cada v ez m ai s,torn ando - s e o r o sto

cadav er ico,a fa l l a ín in te l li gi ve l e a r esp iraçã o d i fii c i l ;

s i, co m um s uor v i scoso e ex trem idades f ri as

,o s doen t es

cahem e m um es tado com atoso a m orte esta prox im aSi

, pelo con trari o , o es tupor e a i n d i fi'

e r e nça do doen teces s am

,s eguind o se ao d el í r io s om no tranqu i l l o s i a l i ngua

hum edece e torna - s e l im pa,si o v en tr e d i m i n u e d e vol um e

,

podendo o doen te s us t er as e vacuaço e s ; s i fínal m e nte,o

pul so to rn a - s e m enos frequen te,a pel l e m en os quen te e

o doen te t e m al gum appeti te,ha t udo a esperar .

E , n es te p e r ío d o qu e os acciden tes m ai s graves e ascom pl icações s e apres en tam . E , o p e r ío d o da ulceraçã oac t iva dos in tes t in os . O v en tre torn a - s e m u i tas vezesproem i n en te d i arrhea perti n a z , he m o r r hag ia dos in t es t ino se perfuração

,acc id ent-o s de carac ter m ui t o grave

,o cco r

r e m co m m ai s frequenci a n es te per iodo .

A he m o r r hagi a , m esm o l i ge i ra,e para s er en carad a

co m a tt e nçã o , desde que e l l a pôde s er o s igna l precu rs o rd e um a m ai s s eria a he m o r r hag i a i n te s t in al é geralm en t eacom panh ada por um abaix am en t o d e te m peratura r ã

p ido e con s iderave l,que te m l ugar an tes q ue o s an gue

s ej a e x p e l l i d o do in tes tin o .

Si houver m u i t a perda d e s an gue,s egue - s e grande pro

str açao ou m esm o col l aps e .

O s sym p to m as n ervosos grav es sao geralm en te al l ív iados de um a m ane i r a n otave l d epo i s d a he m o r r hagía

in t es t in a l os doen te s sab e m d e um es tupor profundo oud el i r i o pa r a um es tado d e con sc i en ci a com pl eta . A perfur açao i n tes t i n al é um acc id en te m u i to grave

,d e que

resul ta s em pre per i ton i te m ai s ou m en os e x ten s a . A perf uração é m ui t as vezes den unc i ada por u m a dor agud an o ventre ; al gum as vezes o s eu ap p ar e c im e nto é i n s id io s e .

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22

O abd om en es ta d is tend ido e s en s i vel,s egue - s e o

co l l ap so co m aba ixam en to d e tem pera tura,face es t up id a ;

n ausea e vom i t os ; pul so pequeno e freq uen te : a m or t et erm i n a a scena e m poucas horas o u d ias .

Nas cr ianças a ex ten s ao d a u l ce r açao i n t es t in al écom o regra

,m ui to m en os d o que n o adul to ; portan to

as he m o r r hagi as i nte stinae s e p e r fur açao sao m en os fr equen t es .

Nas pes soas idos as cur s o da d oe nça é m ui to i r

regular,a feb re nao é m u i t o al ta ; fal t a a e r up çao ,

e quas i s em pre é m ui to d i ffi c i l fazer - s e o d iagnost icol ogo

,m esm o para aq ue l l e s que teem - t ido grande expe

r i e nc i a .

As pessoas gordas es tao m ai s s uj e i tas a so ffr e r

m ui to s everam en t e ; as i ntem peradas,quas i s em p r e t e m

es ta,com o ou tras febres

,s everam en t e

,espec i alm ente os

sym p tom as ne r vosos , e a grande fraque za d a acçao docoraçao .

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C o nval e sce nça

E s te p e r ío d o d e r eparação e d e co nst i tui çao , que nao ém ai s a m ol es t ia , m as que nao é a i nda o es tado c om pl eto dascond içoes no r m ae s , com eça co m a d e fe r ve sce nc i a porém ascom pl icações pod em reta r dar indefi n idam en t e o res t abel ec im en to .

A vol ta com pl e ta da saude v ar i a s egundo os in d iv iduos,

s egundo a idade,con form e o tem peram en to

,o carac ter ep i

d e m i co a co nval e sce nça não cons t i tue sm ac um es t ad o i nt e r m e d i ar i o en tre a m ol es t i a e a cura

S i,pois

,a conval e scença nao é a s aud e e m s i

,m as rel a

ti va,rec lam a aind a cuidados e sp e c i ae s . Sua im po r tan c i a

tom a n i s t o proporções co ns i d e r ave i s , porque qualq ue r'inc i

d en t e pode t razer com pl ic açõ es m o r tae s .

A al teração profunda dos l iq u idos e dos s ol idos s e t raduz no aspec to do convales cen te seu ros to é de um a grande

p al l i d e z ,o n ari z torna s e afi l ado

,os t raços

,apagados

,m udam

a p hys i o no m i a ord in ar i1a as m ucos as s ao d escora,

das a m a

gr e za é geral e m u i to accusad a os cabel l os geralm en t ecah em

,e tc .

O catar r ho da bex iga pôde per turbar am archa da co nval e sce nça , n os casos e m que a r e te nçao de u r i n a deu s e d uran te a pyrex ia .

Mo d i fi caço e s im portan tes da urin a acom panham a co nval e sce nça , e s egundo R ob in , el l as con s i s t em n a pol yur i a , dens idad e fraca

,augm e nto d e m a ter ia s sol idas

,alcal in idade

traços de al bum in a duran t e o i to o u dez d i as n os cas os graves

,augm e n to d e chl o r ur e to s e phosphate s , e tc

Nas form as b en ignas , a m archa da conval escença é quas is em pre s im pl e s e rap id a . As verdade iras r e cahi d as s ao f requen tes n est a pyrex ia . U m a r e cahi d a typ ica é i gual ao ataque pr im i t iv o

,porém de um a duração m en os l onga

,O i n ter

' al l o en t re a d e fe r ve sce nc i a com pl e t a e o com eço da r e cahi

d a ee ge r alm e nt e d e se te a dez d ias .

A grav id ad e dos sym p to m as n as r e cah i d as n ao t e m rel ação co m a s ev er id ad e do prim i t ivo ataq ue pod em s e r l ige iros ou graves . con form e as c i r cum stanc i as e al gum as vezes fa t al .

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F o r m as

Com o todas as m ol es t ias i nfe c tu o sas,a pyrex i a d oth i e

n e n te r i ca pôde apres en t ar grandes d i fi e r e nças quan t o a suav io l enc i a e quan to a sua duração . A m ul t ip l ic idad e das l ocal isaço e s m o r b i d as

,a variedade e a m obi l idad e dos sym

'

p to m as

in fluenci ados pela idade,es tado con s t i t uc ion al do doent e

,ca

r acte r ep idem ico,etc

. , gr ange ar am- l he

,com o t ivem os ocea

S 1 ao de ver,a syno nym i a tal vez m a is ex ten sa . A causa d is s o

não é tan to o resul tado d o es tudo ou da opin ião des t e oud aqu e l l e autor , m as si m as fôrm as d e que ell a s e reves t e .

E m ou tro t em po,des t acavam — s e com o espec ies no so l o gi

cas d i fi e r e nte s fôrm as d aqu i l l o q ue é hoj e reconh ec ido com ovar ied ades -de um a un ica un idad e m orb ida .

Co m tu d o,reduz indo todas -as vari ed ad es a u m a só un i

dad e p atho l o gi ca, força é con fes s ar a p r e d o m i nanc i a de um a

cer ta ordem de p he n o m e no s que im prim em a do t-l ni e ne n te r i aum cunho particul ar

,que é im portan te tom ar e m con s id era

ção á cabece i r a do doen te,s obre tudo de bai xo d o pon to d e

v i s t a do prognos t ico e tratam en to .

A t t endendo as fôrm as ben ign as co m qu e el l a ás vezes s eapres en ta e a grav idad e tam bem de ou tros e ao p r e d o m ín i ode certos sym p to m as, ad m i tt i m o s as form as cl i n icas s egu intes abort iva

,am bul ator ia

,atax i ca ad ynam i ca, b il i os a e

hem orr hagica .

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A nato m ia p atho l o gi ca

A febre typ ho i d e t endo com o l e s ao pr inc ipal a do in test in o

,é por el l a que nos convem com eçar o exam e hi sto l o g i co .

Desd e o com eço a m ucosa “ i n tes t inal é a s ede d e um a hyperem i a act iv a

,qu e s e traduz p o r um a coloração verm elh a .

As gl and ul as i nte st inae s" '

são l ogo affe c tad as des ta conges tao

,pelo qu e se e ntum e ce m e as c e l lu las lym p hati cas s e

m ul t ipl icam de uma m an e ira prod igi os a,porém es tes el e

m en tos lym p ho i d e s de n ova form açao invadem tam bem o s

s ep tos i n te r fo l l i cular e s das pl acas de Peye r,fo rm ando ah i

verdade iras m as sas h etero-p lasti cas .

E s ta luxur ian te in fi l t ração hyp e r p l as t i e a não s e faz se m

perdas grandes n a v id a dos elem en t os do fo l l i c ul o Corn i l,

d escrevendo a m archa do proces s o m o rb ido,d i z que os

vasos das gl and u l as são co m pr im idos por es s a m as s a nova,

que a c ircul ação ah i s e am o r tece, q ue para m esm o

,

'quea hyperem i a in ic ial s ucced e a ischem ia

,que , fi nalm e nte

,

ª

o

tec ido glandular m orre .

O s egundo per iodo é car acte r i sad o pel a n e c r o b i o se ques e es tabel ece n os el em en tos hyp e r p las ico s o proces som or b ido d eterm i n a um a fon te cas eosa n as c e l l ul as l ym phaticas

,fon te es ta que d e term in a a ulceração das pl acas .

Esta gangrena resul t a da m ul tipl ic ação d os el em en tos ed a fal ta d e nutr ição .

A m or t ifi cação dos el em en tos vae da p e r i p he r i a para O

cen t ro ; para as par tes pro fundas , a u l c eração s egue a m esm am archa

,d e tal m anei ra que as ulce r aço e s ganham gradual

m en t e a profundeza .

S i as u l ce r açae s s e l im i tarem ao fo l l i cu l o,nao podem os

duvidar d a_ p e r fu r açao ; a el im inação dos el em en tos d as

pl acas s e fazendo,ti ca s obre o in t es t in o um a ul cera

,cuj o

fundo o ff e r e ce t an t o m enor res i s t enc ia,quan to m aior for o

t rabalh o u lcera t ivo .

Nes te caso é fac il co m p r e he nd e r m o s m el hor a perfuraçãopel a qued a das e schar as

,do q ue por um trabalh o u lcera t ivo .

A m or tifi cação d as t un icas i n t e s ti nae s é fe i ta de d ousm odos ou ell as são arras tadas ao m esm o t em po q u e a placae a perda da subs tanc i a apr es en ta um bordo s al i en te

,espes so

e a m ucos a e for t em en te hyp e r e m iad a , ou en tão a m o r ti fi

cação é fei ta d e um a m an e ira l en ta e grad ual e os bordos daul cera perfurad a são m ol l es

,d elgados

,e a m ucos a qu e os

envolv e perd e o s eu aspec to hyp e r e m i ad o . A perfuraçãoaffec t a a fôrm a de fun i l

,sua c i r cum fe r e nc i a d im in ue a m e

d ida q u e e l l a s e ap p r o x i m a da s eros a peri ton eal .

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As perfurações i nte sti nae s podem determ i n ar o d e se nvo lv i m en to d e um a peri ton i te

,que é gr av íss i m a n o curso da

pyrex ia typ ho i d i e a ,e que m ata rap idam en te o doen te .

Nos casos e m q ue a term i n ação d a febre typ ho i d e éfe l i z , favoravel , aprec iam os os s al u ta res p he no m e no s d a. c icat r i zaçao .

O traba lho reparador in ic ia - s e gera l m ent e,pe l os bordos :

depo i s n ascem botões carnosos n o cen tro das u lc e r aço e s eacabam por at t ingi r os bordos . Es ta r e p ar açao de m archarapida não l eva co m tud o a m ucos a para o s eu es tadon orm al . Sem pre ex is t e a fal t a das v i l l o s i d ad e s que a torn amm ai s l i sa s em pre a sua col oração é de um verm e l ho m ai s e arregado . Os gangl ios m e se nte r i co s sao co nge sto s, augm e n

tad o s de vo l um e e a-m o l l e c i d o s ; encon tram -s e n o i n terior

d o s s eus tec idos t raços d e um a sup p ur ação d i ffusa , e por fi m ,

s i a febr e typ ho i d e t end e a um t erm in o fel i z,os gang-l i os d i

m i nu e m de vol um e,s e endurecem

,t orn ando - s e pardos

,e

pouco a pouco vão r e have nd o suas propriedades no r m ae s .

O baço é geralm en te hyp e r tr o p hi ad o , e ngo r gi tad o d ec e l l ul as lym p hat i cas , ros eo ou verm el ho e , na m a i o r ia doscasos

,pal l ido e m ol l e

Os co r p uscul o s de Malpighi , quando s ao V 1 s 1ve 1 s,s ao ge

r alm e n te m ai s volum osos do que d e ord in ar io .

Os r in s são gera-lm e n te acco m m e tti d o s d e um a i nfl am m açao

p ar e nchym ato sa, o que s e ob serva e m todas as m ol es t i asfebr i s e i nfe ctuo sas .

E ncon tram os o fígado s em pre gorduroso e hyp e r tr o p hi ad o .

E m cer tos casos n otam os ainda as u lce r aço e s do

p har ynge e es ophago e as vezes m esm o a p r o d ucção de fal s asm em bran as n a gargan ta . as l es ões proprias d a peri ton i t e ,das pn eum on ias

,da p l e u r i si a , a gas tri te u l ceros a , a conges

t ão dos cen tros n ervos os,e tc .

Os m uscu los so fi r e m,ord i n ar i am en te

,no curso da febre

typ ho i d e a degen eração gordurosa ou v i t-rea , que , de p r e fe r e nci a s e obs erva n o psoas i l i aco e grand e rec t o — abdom in al .

A m es m a al t eração pôde in vad i r os m uscu l os resp i rator ic s e o co ração , que , por i s s o , m o

-

str as e pal l ido e fl acc ido,

con tendo coalh e s m ai s ou m en os volum osos e pouco cons i ste n t e s.

No exam e da fib ra m uscu l ar,notam os que el la perd e sua

tr an sparen ci a e sua e str i açao , qu e t o rn a - s e granu l o s a e s e i n“

fi l tra d e e l em en t o s gorduros os . A tun ica externa dos pequen osvas os part ic ipa d es t e t r abalho d e prol i fe ração e se m d uvidaal gum a es s e p roces so m orb id o dev e i nfl u i r n a p r o d ucção dashe m o r r hagi as in t ra -m uscul ares

,que obs ervam os n a feb r e ty

p ho i d e . O cereb ro,a m edul l a e s eus i nvo luc r o s sao s em pre

con ges t ion ados

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O s angue apres en ta algum as al terações os l e uco cyto s s eaugm e ntam duran te o pr im e i ro se p te nar i o , m as d im inuemquando as p lacas de Pey er ch egam a ph as e da ulceração

(Mal ass ez e B r o uar d e l ) e en con tram— s e m u i tas vezes , m esm o

d uran te a v ida,bacteri as s em elhantes ob s erv adas n as pl acas

d e Peyer,n.o s gang l ios m e se n te r i co s e n o baço .

Pas sem os a t ra tar das bacteri as encon tradas e m d iversosorgaos

,com o caus a d as l e so e s des tes . s egundo as O pin i ões

m odern as .

Eber th acon s elha endurecer pel o al cool p edaços d e. baço ,fi gad o , gangl io s m e se nte r i co s , e tc .

,para b e m es tud ar - s e as

bacter i as.

da febre typ ho i d e .

T ratava os có r te s pelo acido ace t ico,an t es de t od a e

qualquer co l or ação,e os exam in ava ao m ic roscop io , co m um

augm e n to de 1 00 a 200 d i am e t r o s

Para m elhor s erem vi s tos os cam ul os ou bac ter ias,deve

m o s co lorir o s có r t-e s: his to l o gi co s co m a s af r an ina , a fuchs inas egundo B abes

,ou co m a v iol e ta de m e thyl a Ko ok e G affky

servem - s e d o azul d e m e thyl e no e m s ol uçao alcool ica forte .

G raças às p e squ i zas m i n uciosas,fe i t as sob re os có r te s

hi sto l o gi co s d as pl acas de Pey er , obs ervadas e m com eço d esua .

,tum e facçao , os s

'

abios en con t ram baston etes cu rtos,de ex

t r e m i d ad e s arredond adas , assoc iados às vezes dous a dous , e mv i a de d i V i sao . Na sup e r fíc i e da parte m or tificada das pl acasd e Peyer v iu - s e m u i tas

“vez es um a cam ada espes sa de bae ter ias redondas

,infi l tradas n o t ec ido m or t i ficad o ou reun ida

e m zoogleas .

s an gue recolh ido duran t e a v ida dos doen t es,m os t ra

algum as vezes b ac i l l o s-de fe b r e '

typ ho i d e , s i tuados en t re os

gl o b ul o s verm e lhos , h av endo t am b em b ac i l l o s e m vi a ded 1v1 sao .

Os b ac i l l o s do in te s t ino são tão num erosos , quan to avar ied ade das fôrm as

,que por m u i to tem po encon trou - s e

d i ffi cu l d ad e e m espec ifi car quaes eram os causadores d a febretyp ho i d e .

Os gan gl i os m e se nt e r i co s e ngo r gi tad o s , m o str am s e , aum forte augm e n to

,che ios de b ac i l l o s .

O baço, qu e é cons t antem en te hyp e r tr o p hi ad o na doth i e .

ne nte r ia,con tém h a b i tualm en te b ac i l l o s

,por Eberth d e sc r i p to s .

A p uncçao fe i t a , du ran t e a v id a d o d oen t e , co m um a s er ingad e P r avaz

,é um m e i o d e v er ificar as p e squ i zas d e Eber th ,

as qu aes foram con fi rm ad a s por Mar agl i an o , que ens ai ou cu lt u ras co m es t e s an gue

,ob tendo o d esen vo l v im en to d e ba

c i l l o s d e d iversas grandezas .

E m fi m,d epo is dos e s t udos d e Ebe r th e G affky

,t an t o o

li gado com o o baço torn aram - s e os orgaos onde m ais fr e q ue n

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t em en te encon t ram s e os b ac i l l o s da fe b re typ ho i d e , sob afôrm a de i l ho tas ou focos m ai s ou m enos exten s os e m ai s oum enos num erosos .

As obs ervações dos r in s n e m s em pre foram coroadas defel i z ex i to

,porém co m a con t inuaçao de es tudos m a is s er ios

te m -s e ad m i tti d o que os b ac i l l o s pas sam n a cav idade dos tubosu r in i fe r o s

,d e i xand o s e el im in ar pel as ur inas . Só es ta m a

n eira de v er nos expl ica a pres ença d e bac ter ias n es te l iq u ido .

K l eb s e Epp inger es tudaram as l es õ es d o l ar ynge e d at rachea e attr i b u i r am as l e s õe s para o l ado da m ucos a e d as

car ti l agen s a presença d e b ac i l l o s,e ch egaram ao resul tad o

de que as al t eraçõ es n e cr o s i cas da m ucos a e car t i l agens es tãoe m re laçao co m a pres ença d e grandes zoogle

'

as d e m icrococcusredondos .

Para o lado da pel l e,nas e schar as gangr e no sas , en

con tra - s e s em pre um a grande q uan t i d ade d e m i c ro -organ ism ose nas grandes ulceras do d ecubi to

,que o ccas i o nam por vezes

a s ep t icem i a ou pyohem i a,e nco nt r am s e tain b e m m i cro -orga

n i sm o s i d e nt i co s ao s d as p ustu l as c'

utan e as ,

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D iagno stico

Não e fac i l fazer s e o d iagnos t ico da febre typ ho i d e .

s alvo quando el l a s e apres en ta co m o cor tej o com pl e to d esym p to m as que lh e São pecu l iares

A_

d i ffi cul d ad e e sta, p 01s , nas p hysi o no m i as d iff er en tesque el la pôde apres en tar e nas co m p l i caço e s m ul tip l as quepodem concorrer .

Devem os val er - nos,não só dos sym p to m as

,com o dos

recurs os the r ap e u ti co s , da etio l ogia e d a con s ti tu ição m ed icare inan te .

"uando um doen te , se m n enhum a l o cal i sação m orb id aap r e c i ave l , apresen ta , duran te tres ou quatro d ias , parox i sm o s vesperti nos

,c o m um a tem peratura progres s iva e

gradua l q u e osc i l l a en t re 380 e s i e l l e accusa tam bem

cephala lgia,abatim en to , fraqueza m uscu l ar , e tc .

,devem os

s em pre d esconfi a r da ex is tenc i a do typho abdom in al .A d escon fiança dev e tornar - s e m a ior s i a es s es s ignae s

s e reun i r a d iarrhea,o gargarej o i l eo — c ecal , a dor pela pres

sao na fos s a i l íaca d i re i t a,o m e teor i sm o abdom in al

,as m an

chas r o se as l en ticul are s,as ep is tax i s

,a tum efacção do baço

,

os es t e r to res“s ib i l an tes e s on oros pela. e scu t a do thorax ,

a

tos s e,a se ccu r a das cav id ades nazae s e o d e l í r i o .

A dqu ir im os a certe z a do d iagnos t ico no d ia e m que aerupção caracter is t ica s e pa t en te i a

,não d eixando lugar a

n enhum a duv id a .

Si obs ervam os todos es tes sym p to m as, o d iagnos t ico n ao

apres en ta d i fi i cu l d ad e s porém n e m s em pre i s t o s e d a e algum as vezes seu cor t ej o sym p to m ati co é tão at t e nuad o oucom pl icado que a sua s i gn i fi cação t orn a ' s e duv id os a .

Sobre a m archa d a tem pera t ura na pyrex ia typ ho i d e ,Wunderl ich form ulou as l e i s s egu i n t es

“ U n e m al ad i e qu i au s econ d j our p r ese nt e ch ez l ªad u l teune te m p e r atu r e voi s in e de 40 d égr es , n

"es t pas un e fi evr etyp ho i d e ; une m alad i e q u i , apres l e so i r du quatr i em e j our ,n e pres en t e pas un e te m p e r atu r e s upér ieure a 39 d égr es ,n i es t p as un e fievre typ ho i d e ; enfi n , un e m al ad i e qu i

,apres

l e prem i er j our,pres en te une s eu l e fo i s , dans l e prem i er

se p te nai r e , une te m p e r atur e norm al e,n i es t pas non plu s un

t yphus abdom i n al .

Direm os com o d i zem os bons au t ores m odern os , q uees tas l e is p e ccam pel o rigor absolu to , o q ual na pra t ica m u i

t as v e zes falh a,i n fluenc iado por caus as p atho l o gi cas d ivers as ,

que só e m ap p ar e ce r nas pyrex ias graves , com o es ta de q uetratam os .

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8 1

Depoi s d a anal ys e dos sym p to m as da febre typ ho i d e .

s e r ia se m u t i l id ad e repe ti r a d iscus s ao por ex ten so com o aa i i

'

e cção d ifi'

ere d e todas as outras feb res id i opa thic-as .

T ra tarem os , an t es d e e xpl icar o s eu d iagn os t ico , daquell as affe cçõe s , quer es s enc ialm en t e fe b r is ou não , que co m e l lateem i n t im a s em elh ança . E aq ui encon tram os que es tas doenças , c o m as quaes a feb r e typ ho i d e pode s er c on fund id a , n aos ão as m esm as e m todos os es tados da affe cção .

No p r i nc íp i o da affe cçao e m a is provavel s er con fund id aco m um a febr e cont in ua s im p l es , ou co m um a das e xan the

m aticas . Porém a d iarrhea n ao é frequen te n es tas,

n e m osprodrom os no tav e i s naque l la ; e qualquer duv id a que pos saex i s t i r e m referen ci a a f ebre con tin ua s im pl es é reso lv idae m poucos d ias

,pel a m archa da tem pera tura , que é d iff eren te ,

e pelos sym p to m as,que t erm i n am e m um tem po e m que a

f e b re typ ho i d e com eça a se r m ai s e m ai s des envolv ida .

A té agora,as febres e xan tl i e m ato sas nao podem

,antes

d e ap p ar e c e r e m as suas e rupções,s er d is tin guid as co m

certez a abs ol u ta en tre tan to,podem os suspe i tar s aram pão

at t end endo ao co r ysa , e scarl atin a a dor d e gargan ta , e var í o l a pel a r ac li i alg i a e febre al ta .

E m um es tado m ai s ad e an tad o a feb re pôd e s er co nfun

d ida co m o typho e co m es t e s e s tados m orb id e s deb i l idadege r al , cond içõ es typ hi cas , en t eri te , per i ton i te , m en ing i te

,

endocard i t e u lcera t i va,affe cçõ e s pulm onares agudas , e tc .

Para o d iagnos ti co d i ffe r e nc i al das febres typ ho i d e etypho m od ifi cam os o s egui nte qu ad ro , que s e encon tra n ol iv ro Me d i ca l D iagno si s do m e u i l lus t r ad o m es t r e o Dr . J .

M. Da Cos ta,de Phi l adel ph ia

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TYPHUIDEI d ad e 1 8 a 35 anuo s. To das as i dad e s ; m u i

tas v e z e s e m p e ssoas alémd a id ad e m éd ia.

C o ntagi o f r acam e nt e co ntag i o sa m u i t-o co ntag iosa ger alm u i tas ve zes e Sp o r ad i ca. m e nte e p i dem ica .

I ncu b açã o ataque ge ra l m e nte insi ataque ge r alm e nte r e p e n

d i o so 10a 1 4 d ias. tino prodrom o s não p r o

l o ngad o s.

D u r açã o 23 d ias ; m ui tas ve zes m ais cu r ta pôd e não se r

m ai s l o nga. p r o lo ngad a a lém d a se

gund a se m ana.

Sym p t o m as ve m g r adual m e nte du d e l i r io o u e stupor d e c ice r e b r ae s r am m ais e m eno s se ve r a d i do ve m l o go ; ce p hal al

m e nte . g i a te m appar e c ido e ce s

sado até ce rca d o decim od i a.

E m ac i açã o'

g r and e m agreza. m e no s e m ac i ação ; p r o

st r ação m al o r .

F ace pal l i d a o u e nrub e c i d a, m ui to e n r u b e c i d a , d e co rl im i tad a a face . e scu r a o lho s in j e c tad o s.

P e l l e que nte , algum as ve z e s co Cal o r pungente as ve

b er ta co m suor es ac id o s. z e s e m i t t i nd o ch e i r o am

m o n i acal . O che iro 6 p ccu l l ar e carac ter í st i co .

T e m p e r atu r a, R e g ist r o d a t e m pe r a R eg ist r o d a te m p e i a

tu r a car ac te r ist ico , p r in tu r a é m ai s de um a fe b r e

c ipalm e nte influe nciad o co ntinua ; p e la m a i o rp e las m udanças na l esão par te r e pe nt ina e defe rint e r stic ia l d as gl and ul as ve sce no i a r ap ida.

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3 4

Os pon tos d e d i ffe r e nças en tre as duas affe cçõe s são tãom an i fes tos n es t e quadro que parece im pos s ivel co nfund i l —os .

En tretan to,devem os l em brarm os que t odos es s es s ignae s

nao ap p ar e c e m e m todos os casos ne m es te q uadro provam a is do que a d i st i ncção cl in ica en tre as affi n i d ad e s des tasduas pyrex ias . T am b em n in guem pôde n egar que o ccasi o

nalm e nte os sym p to m as d as duas affe cço e s s ão s ingularm en tecon fund idos ou al ternados . Ass im

,pod e m os ter con stipação

e m typ ho i d e e d iarrhea e m typho,ou a erupção pôde s er

cur ios am en te m escl ada .

H a 58 anno s affi r m avam a id en t idade en tre a febre ty

p ho i d e e o t ypho , porém graças aos trabal hos d e Gerhard ,de Pinn ock

,d e Graves

,de Lom bard

,de Stew a rd

,sao es s as

m ol es t ias hoj e reconhec idas com o abs ol u tam e n t e d i stinctase d iff er en tes .

O com eço do t ypho é geralm en te m u i to brusco ; pôdem ata r e m algum as horas a s ua duração é m a i s curta e term ina an tes p o r c ri s es q ue gradualm en te .

"uando a d iarrhea co — ex i s te co m o tym p an i te e a s ens ib il id ad e a b dom i n al

,e que as d e j e cço e s s ao am ar e l las

,pôde

s e concl u i r -que t rata -se da febre typ ho i d e e es t a op in iao s eraconfi rm ada p ela pres ença da ep i s tax i s ou d a he m o r r hagia i nte stinal .

O caracter m ai s d i sti n e t i vo e.

m a i s s al i en te e forn ec idopela erupção

,m ai s con s tan te

,m a is precoce e m ai s abundan te

,

e fo i es ta e r up çao que deu - lh e o nom e — typho e xanthe m at i co .

A erupção pe t ech ial é m ai s co m m um no typho q ue natyp ho i d e a es t a u l t im a pe rtencem as m an chas l ent icul arese as su d am inas . O argum en to d e m aior val or con t ra a s e

p ar ação d as duas m ol es t ias é a aus enc ia d e l esão in tes t in alcarac ter is t ica

,nos i nd iví d uo s m or tos de typho . A i n tegr i d a

d e quas i com pl eta do tubo d iges t ivo,n es te ul t imo caso

, é dom a i s al to in teress e .

S i a todos es t es signae s j un tarm os os t i rados das d iff er e nças the r m o m e tr i cas

,ter em os um a base sol-i d apara apoiar a

nos sa conv icção . Hoj e,a v is t a d as the o r ias paras i tar ias r e i

n antes e inco nte stave i s , princ ipalm en t e para es ta m ol es ti ad e germ en conhec ido e incontes tado

,o d iagnos t ico d i ffe r e nc i al

en tre es t as duas m ol es t ias,e quae sq ue r outras , t orn a — s e m ui t o

m ai s fac i l,quas i ab sol u to

,des d e que o exam e b ac te r i o l o gi co

d em on s trar nas dej ecções dos doen tes a pres en ça ou ausen c iado bac i l l o d e Eberth , s endo e m um caso a febre typ ho i d e e e moutro ou tra qualquer m ol es t i a co m tanto que as p e squ i zass ej am r igorosas e por pes soa au to r i sad a e m bacter io log ia .

D e b i l i d ad e ge r al — A pr im e i ra v is ta n ão parece veros ím i lque um a affe cção tão aguda e grav e com o a pyre x ia typ ho i

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de pud es s e s er confund ida co m a m era deb i l idade ; en tretan t o um erro ta l pô d e occorrer ond e a ai i

'

e cçao e l a te n te,ou

tão l ige i r a q ue d iffi c i lm en te o doen te procura o l e i to .

Nos cham ados casos am bulan tes da febre,ou wa lk i ng ca

se s d o s íngl e ze s , a d eb i l id ad e , . nao ob s t an t e,

m an ifes ta - s erepen t in am en te

,e n ao gradualm en t e

,com o n as fraquezas d e

caus as geraes co ns ti tuc i o nae s .

Além d i s so os sym to m as ab d o m i nae s s ao raram en te au

s en t es e h a s em pre m ais ou m enos con fusão d e ideas . A dev ida atte nção a es tas c i r cum stanc i as preven i ra o en ganoporém a m a ior s egurança contra o erro e

'

e s tar v ig i l an t e quea m ol es t ia as sum a as vezes um a fô rm a l aten te

,e exam i n ar to

dos os cas os d e grande e rap ida deb i l i dade,para ver s i so b

a s ua capa es tao occul t as as fe içõ es da febre typ ho i d e .

Co nd içõ es éyp /Li cas E '

m ui to frequen t e co m m e tte ru se ger al m e nte o erro d e cons id erar - s e com o febre typ ho i d e qual.quer cond ição typ hi ca do organ i sm o .

Podem os encon tra r es ta cond ição e m m u i t as affe cçõe s

d i if e r e n i e s , quer aguda ou ch ron i ca p orém m ai s espec i alm en t e n a in fecção purul en ta

,algum as fôrm as d e pn eum on ia

d yse nte r i a e erys ipel as grav es en t re tan to é n a febre typ ho i d e que nós o encon t ram o s d e um m odo m ai s perfe i to

,s i

b e m que n ao pos sam os b e m defi n i i — o : Mi ln er Fo thergi l lcom para -o a um “ t i s s ue — was te W i t h ou t inc reas ed ren alac t iv i t y

,and W i th th e accum ul at ion in th e bl ood of th e pro

duc t s of t i s s ue -was te

A pneum on ia,as affe cçõe s renaes reves t em -s e algum as

vezes d e carac ter typhi co . Na pneum on ia a auscu l tação nosr e ve l ar á o pon to d e partida do es tado febr i l e a m archa dam o l es ti a nos fi r m ar á a d iagn os e . Nas affe cçõe s ren aes aanal ys e das u r in as é d e sum m a im por tanc i a e es t es cu id adoss em pre d evem os ter e m casos d e duv ida .

E nte r i te — A grand e d i ffe r e nça en tre a en ter i tee a febre typ ho i d e con s i s t e no s egu int e na e n te r i te a infl am m ação do i n tes t in o cons t i tue a doença n a typ ho i d e a i rr i tação do in t es t in o e a al teração m orb ida das s uas gland ul as s ao m e ram en te os el em en to s da d oença .

Na en ter i te,por con s egu int e

,não ha ul ter iore s sym p to

m as além d aq ue l l e s referen tes ao i n tes t in o i nfi am m ad o . Nãoencon t ram os grande pros tração

,del i ri o

,e ngo r gi tam e n to do

baço,m anchas r o se as e sud am i nas

,n e m si gnae s d e proces

so s ano r m ae s dev idos a dyscras ia ty p ho i d éa. A desord emint es t i nal t am bem d a or igem a m aior dor abdom in al

,

e e d e duração m ai s cur t a . E m cer to s casos raros os foll icul o s dos intes t in o s são infl am m ad o s e e n tum e c idos (Da

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Cos ta) , e a en ter i t e p ôde s im u lar per fe i tam en te a' febre ty

p ho i d e , m as a aus en c ia d as l es ões i nte stinae s carac ter i s t icasda e r up çao e conges tão do baço excl uem a febre typ ho i d e .

P e r i to n i te As m esm as anno taçõe s ap p l i cam- s e a in fi am

m ação per i t on eal . Aqui,al ém d is so

,a express ão da phys io

n om ia,a cons t ipação d e ven tre

,a gran d e s en s ib il id ad e abdo

m i n al , tran sp irações , n aus eas e vom i tos , o pu ls o pequen o ,frequen te e fi l i form e s ervem com o si gnae s de descr im i n ação .

Devem os porém l em brar -nos de q ue a infl am m açao agudado per i t oneo pôde ap p ar e ce r no curs o da feb re typ ho i d e .

G eralm en t e es t e d e sagr ad ave l acontec im en to ap p ar e ce noul t im o p e r ío d o d a m ol es t ia

,e depo i s q ue o doen te te m es tado

s ob obs ervação por al gum tem po,en tão não tem o s d i ffi cul d ad e

e m reconhece r a s ign ifi cação do ap p ar e c i m e nto da per i ton i t e ; m as o acc id en te pôde occ orrer e m casos que n ão tenham osv i s to prev iam e n te , ou e m que a affe e ção t enha pros egu idoum curso l aten te que d iffi c i l m en te t enha att r ah i d o m esm o a attenção do doen t e . A causa d a peri ton i te é en tão co m

m um m e nte r evel ad a p el a autops ia,que m o st i a a perfuração

actual das paredes do i n tes t in o,e m con s eque nc i a da ul ceração

de um a gl and ula s ol i tar ia ou agm inad a.

Meni ngi te — A febre typ ho i d e te m al gun s sym p to m as e m

co m m um co m a i nfl am m açao das m em branas do cerebro .

Mu i tos autores teem i nd icado regras para d i s t i n gui r“

es ta m o

l e stia da febre typ ho i d e , m as e m pres en ça do doen te es s asregras são algum as v ezes i nsuffi c i e nte s . E m todas as var i ed ades d a febre con t inua

,m as es pec ia lm en te n a febre ty

p ho i d e , os sym p to m as ce r e b r ae s algum as ve zes apres en tamum a n otavel s em elh ança co m os d e m enin g i te í d i o p athi ca etaes sym p to m as podem m esm o ap p ar e ce r se m que o exam edo cadaver revel e traços d e inflam m açao d as m en íngeas .

Com o,en tão

,havem os de d is tin gu i r es s es cas os febr i s d a

m en ingi te"ou com o cer t i fi car - nos si a i nflam m açao do invo luc r o do cerebro es tej a realm en te pres en t e com o um a co m

p l i cação e produc to , s i as s im pôde s er cham ado , d a febre"I nfel i zm en te não ha s ign al de d iagnos t ico abs ol u to . O au

gm e nto de p hO Sp hato n a ur in a , obs ervado por Benc e Jon es,

nas affe cço e s ínfi am m ato r i as das t ex tu ras n ervosas , j u lgou -s eforn ecer um m e io prec ioso de d i sti ncção m as s abem os quees t e augm e nto pôde tam bem s er d ev ido a ou tras causas e com oa inda pos su im os pouco conh eci m en to da ch im ica cl in ica dasse c r e ço e s n es sas doenças , nao podem o s conc lu ir do exam e daur ina o d iagn os t ico d i ffe r e nc i al .

E n d o car d i te u lce r ati va E m algun s casos o d iagnos t icoen t re es ta e a febre typ ho i d e torna -s e de grande d i ffi cul d ad e ,

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es pe c ialm en te si a obs ervação do d oen te é fe i t a q uando aend ocard i te ja tenha produz ido o d e l í r i o e os sym p to m as doco l l ap so .

Cal e fr i o s recorren tes,co m al t a t em peratur a e tran s p ira

ções,com o na febre m alar ia

,grand e rapidez do pu l so

,co m

m udanças repen t in as e i rregul ar idad e notavel,um a e r up çao

ros eol ar geralm en te d iffus a e os s ignae s d e l esão card iaca ,form am os pon tos m a i s s eguros d e d i stincção .

Af e cçõ es p u lm o nar e s agu d as- E

'

m u i t o d i ffi c i l o d i agno st ic o d i ffe r e nc i al en tre a tub erculos e aguda e a d o thi e n e nter ia

, porquanto os sym p to m as des tas affe cçõe s o ffe r e ce m m ui tas em el hança en tre s i e n e m s em pre podem s er d esc rim i n ados a propr i a auscu l tação

,que é um a fon t e d e recurs o ,

m u i tas ve zes falh a pel a con fusão que ex is te,i s to é

,de l igar

m o s os es te rtores a um a infi l t ração tuberculos a ou a um a

s im pl es conges tão pul m on ar .

O the r m o m e tr o , o conhec im ento dos an t eceden t es dod oen t e (h erança , m ol es t ias i nd i v i d uae s) , o m odo do com eço ,s em pre i n s id ios o n a t uberc ulos e , a aus enc i a d os p he no m e no s

propr ios ad o tl i i e n e nte r ia,poderão induz i r ao prat ico a adm i t

t i r a exi s tenc ia de um a tu b e r cu l i sação m i l iar aguda .

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P r o gno stic o

Hippocrates d iz i a : Non n im i s tutae i n acuti s p r ae d i ctío ne s

s iv e m or t i s s ive sal ut i s e G . d e Mus sy escreveu a n enhum am ol es t i a es te ap ho r i sm o te m tan ta ap p l i caçao com o n as febrescon t inuas e e m particul ar n a febre t i p ho i d e .

Mol es t i as que evoluem co m cer ta ben ign idad e,que

dão o ccasm o ao doen te,até m esm o d e tratar de suas occupa

ções , podem v ir , todav ia , a rev es ti r - s e , de repen te , de um a

grav idade tal que o faça succum b i r e m algum as horaspor ou tro l ado

,doen tes que j u lgam os perd idos

, que d u

ran t e um a s em an a o u m ai s fi cam m ergulhados e m um com apro fun d o , pros trados no l e i to com o m as sas in ertes

,es tra

nho s a tudo que os rod ei a,podem de repen t e

,por um a sor te

d e res surre ição,encam i nhar s e rap id am en te para a cura .

O caracter da febre , a m an e ira por qu e o ind iv iduoaffe ctad o a supporta , as com pl icações

,con s t i tu em as fon tes

fund am e ntae s do progn os tico .

Nas p r O p r i as fôrm as b en ign as,não devem os prever

s em pre um a term in ação favorave l , porque e m sua m archa,

podem s er sorprend id as por qualq uer com pl icaçã o s er ia ,que as d esv iem do cam i nh o qu e s egu iam ,

tom ando d es tasor t e um a a l t a grav idade .

Podem os d iz er que quan to m ai s al t o é o gr ão da feb re ,m aior é a grav idade e m a is s er io é o progn os tico

A hyper th erm i a prol ongada,

m orm en te s i os abaix am en tos m atu t inos da tem peratura forem apenas d e dec im osd e grãos

,arras tam co m sigo p he no m e no s m u l tipl os d e um a

real grav idade .

Os vom i tos,quando s e apres e n tam tard ios

,con sti tuem

quas i s em pre os pr im e i ros sym p to m as de um a peri ton i te .

A grav idad e da d iarrhea e s ta e m relação co m a sua

a b undanc ia e duraçãoA sen s ib i l idade abdo m i n al e o m eteor i sm o sao S ignae s

graves .O del i r io

,a carpho log ia

,as convul s ões , a adyn am i a pro

funda , a frequenc ia excess iv a e i rregul ar idad e do pul s o , ase schar as

,sao s em pre signae s de m u i ta grav idad e que

,ord i

nar i am e nte,i nd icam um fi m prox im o .

D e todas as com pl icações c i tarem os com o as m ai s s er i ase m a is graves a per i ton i te por perfuração i n tes tin al

,a en

te r o r r hagi a, a m en ingo - e nce p hal i te , a pn eum on ia e quan toàs form as a ad ynam i ca, atax i ca e hem orrh agica .

A grav idade d a febre typ ho i d e l iga s e não s ó a

id ade avançada, ao s depauperados , aos nao accl i m ad o s,com o

tam bem ao carac ter ep idem ico e ao m e io e m que s e acham osdoen tes co l l o cad o s

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T r atam e nto

N ao conh ecem os m e tho d o al gum d e t ratam en to pelo quals e pos s a d eter a febre typ ho i d e e m s ua m archa — t odas as tentat i vas n es s e s en t ido são hoj e r econhec idas nao só in u t e i s

,

porq ue a d o thi e n e n te r i a percorre um cycl o defi n ido,

m as

a inda são m u i tas v ezes n oc ivas en fraq uecendo um doen teque nao t e m t oda a en ergia v i tal para lu t ar con t ra um a

affe cção t ão deb i l i tan t e .

O t ratam en to do typho abdom in al t e m pas s ado por phas esd iv ersas .

Ass im a m ed icação an tiph log i s t ica,purga t iva

,t on i ca

expec tan te e sym p tom a t i ca te m s ido succ ess ivam en t e pos tae m prat ica , um a d epoi s da ou tra

,ab an d o nand o s e hoj e d e

um m odo absol u t o tod o e qual quer tra tam en t o excl u s ivo na

d o thi e ne nte r i a.

Por m ui tos anno s os m e i os ant i p hl o gi st i co s , i n clu id as asem i s s ões s angu ín eas e os purgativ os

,dom i n aram a th e r a

p e ut i ca da febre typ ho i d e ; depo i s v e iu o m e tho d o expec tan t een tre nós p r e co n i sad o pelo profes sor Val ladão , e hoj e fi n alm en te os m ed icos d iv id em - s e e m dous grupos

,quan to am a

n e i ra d e t ratar os doen tes des t a m ol es t i a un s s eguem as ind i caçõe s forn ec idas pelos sym p to m as ; ou tros em pregam desdeo com eço a t é ao fi m da m ol es ti a os to n i co s e corroboran tes

,e

al im en t am os doen tes .

De accordo co m a op in iao d e ab al i sad o s pa thol og is te s ,nao s egu im os m e tho d o algum exclus ivo n o tratam en to dafebre typ ho i d e .

E m um a m ol es t ia pr im i t iv a e s ecundar iam en te i nfe cc ios a

,anatom icam en t e car ac te r i sad a por um a i nflam m açao in

te st i nal se p ti ca, co m m an i fe staço e s sym p to m atícas tão num eros as e var iadas

,reve s t in do d ivers as fôrm as

,e m cada um a

das quae s p r edom i n am as l es ões d e um ap p ar e lho organ ico ,cuj a m archa e per tu rbada por um a s er i e d e ep i sod ios m o r

b i d o s , as vezes i m previ s tos , não é rac ional em pregar - s e um a

m ed icação i nvar iave l , s em pre a m e Si i i a.

”— To r r es H o m em .

De con form id ad e co m a e t iol og ia e a t t endendo ao m odopor q ue fa z - s e a in fecção e evol ue a m archa d a pyrex ia do th ien e nte r i ca,

vam os es tudar o tratam en t o da m ol es t ia,co m p r e he n

dendo q uatro pon tos p r inc i p ae s, ap p l i cave i s n a gen eral idadedos cas os .

Ass im d iv id im os as ind icaçõ es the r ap e u t i cas do s egu in t em odo : l º d im in u i r a acção do agen te p atho ge n i co e d ass uas tox in as pela ant i

'

se p si a e d es in fecção d o in tes t ino ;20 aba ixar a hyper therm i a 3

0 al im en taç ão 40 favorece r a

e l im in ação dos bac i l l e s e dos v en enos o r gan i co s .

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40

Sendo,com o j á d is s em os n a par te e tiol og ica do nos so

trabalho,a f ebre typ ho i d e dev id a a presença de grande quan

t id ade d e b ac i l l o s no organ i sm o,era in tu i t ivo o s eu tra t a

m en to pel a an t i se p s i a. A an t i se p si a é um fac to hoj e provadoe m sc i e nc ia

,e para a febre typ ho i d e quas i todas as m ed ica

ções que d imin uem a febre sao anti se p ti cas

A nti sep si a d o i ntestino O id eal s eri a faze r um a an t ise p s ia geral ind o m atar o baci l l o n os d i versos . pon tos d o or

gan i sm o,o que é im pos s ivel ac tu al m en te

,porquan to não co

nhe ç e m o s o e sp e c ífi co da febre typ ho i d e . Conten tam o — nos e mfaz er a anti se p si a do in tes tin o , j u s tam en te onde são m a isab undan tes os focos d e m ic rob ios . Des troem — s e as s im os focosi nfe ctuo so s l o cae s e im pede - s e q ue s e reproduzam as re in ocu laçõe s .

O hyd r ar gyr o , o iodo , o ac ido p he n i co , o creoso to , oqu in ino

,os ac idos m ine r ae s

, o thym ol , o nap h tol , o n i tratod e prata

,0 ac ido sal i cyl ico , o sal icy l ate de b i sm u tho

, a res orc in a

,a re sse nc i a d e te r e b enthina

,o hyd r o zo ne , o glyco zo ne ,

a hyd r o the r ap i a teem si d o c o nsi d e r ad o s espec í ficos , e en trees tes princ ipalm en te o m ercur i o e o iodo .

O s m ed ico s al l e m ãe s t e em m os trado m ai s pred il ecção pel asp r e p ar aço e s m e r cu r iae s

,acon s e l hando in tern am en te d óse s

fortes de cal o m e lano s e ex ternam en t e fom en tações ao ven trede pom ada m ercur ial , a té produz irem a sal i vaçao e as u lc erações d a bocca . Desde en tão

,o cal o m e lano s fo i ad optad o

vantaj osam en te na A l l e m anha,F r ança

,Es tados U ni dos da

Am erica e I ngla ter r aSal e t p r e co n i so u um m e tho d o , qu e con s is te e m adm in i s

t r ar 1 cen tig ram m o d e '

cal o m e lano s d e hora e m hora até prod uzi r a sal ivação . Bouchard ' acon s e l ha, dur ante quatro d iascon secut ivos e correspon dendo a in d icação d a a nt i se p si a

gera l,40ce ntigr am m o s de cal o m e lano s por d i a

,n a d óse d e

dous ce ntigr am m o s p o r hora .

Bouch ard e m p r e gou es te m e tho d o de tr a t am en to e m

39 doen t es d e febre typ ho i d e , a té ã p r o d ucção d a sal ivaçãom ercur ial

,afi m de com p rovar os cas os im p o r tan tes ob t idos

por Sal et . "uas i s em pr e a s al ivação m os trou - s e n o fi m dos e t im o d i a

,e todos os doen tes que t i v eram a sal i vaçao s e

curaram a duração m edi a'

da m ol es t i a fo i d e 21 d ias e a m o r

tal i d ad e e m 39 casos fo i d e do us doen tes .

S i b e m que o m e tho d o d e tra t am en t o pel os cal o m e l ano s

e m pequenas d óse s tenha dado algun s bon s resul t ados,te m o s

inconven i en tes de um a l on ga conval escença,

um a deb i l idadee . um a an em i a profunda

,e c er to s acc id en tes

,com o a ep is t ax i s ,

m ater ias d yse nte r i cas sangu ino l e n t a s , s endo as he m o r r hagias i nte sti n ae s m a i s freq uen tes .

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42

fr io s que dam os preferenc ia,porque dim i n uem a febre

,e x e r

cendo ,um a acção geral s obre o sy s tem a n ervoso

,poderem os

d i z er m esm o s obre todo o organi sm o .

A m e d i caçã o cm i ip yr e i i ca abrange n es t a pyrex ia dousprocess os d i ff er en tes de um l ado

,m ed icam en to cuj o p a

pel é d im i n u ir as com bus tões o r gan i cas de ou tro lado o frioex ter ior que pr iva o o r gani sm o do cal or ico

,m as cu j a acção

é n a real idad e m ai s com pl ex a . O s an t i - the r m i co s m ai s e m

pregados são a q uin in a , o sal i cy lato d e s od io , a dig i tal i s , aant i p yr ina, a thal l ina

,a kai r ina

,a resorc ina

,e ul tim am en t e

guai acol ex ternam en te .

Sabem os que o sul fato d e quin ina é um hyp o the r m i co ,porém prefer im os o s eu em prego

,s obre tudo quando houver

com pl icação palu s tre,

o u quando ap e zar d a bal n eação a t e m

p e r atu r a con servar - s e e l evada .

Lieb erm e is ter,e n thus i asta e apol ogi s ta da hyd r o the r a

p i a , d is s e , s i el l e fos s e forçado a adop tar um destes dou sm e ios — a agua fr i a ou a qu in in a — qu e n a gen eral id ad e doscasos escolheri a o ul t im o .

E hrl ich e Laquer,c i tados por Nothn agel e R os sbach

,

ul t im am en t e p r o p uze r am adm i n is trar a thal l i na e m pequen asd óse s m u i tas vezes repet idas

,afi m de ev i tar um a acção

bru sca do m ed icam en to . Es tas d óse s repet idas todas as h oraso sc i l lar i am en tre e el ev ar - s e — h iam m esm o atés egundo a reacção o ffe r e c i d a pelo doen te

,r e acçao qu e dev e

s em pre s er ob s ervada co m cu idado no c om eço . A qu e l l e s auto r e s

'

d i ze m te r v is to es ta thal l in i saçao con tin ua produz ir e ffe i tos par t icu l arm en te favo r ave i s n o tratam en to do thyp ho

abdom i n al,e os res ul tados d e suas experienci as lhes de ix a

r am m esm o a im pres'

são d e q ue -

a thal l i na, ao l ado d e sua

acção anti p yr e t i ca , pos sue ainda um a acçã o espec ifi ca contra o typhus .

A lém'

d e ste s m e ios,ha um cuj o em prego te m s ido m u i to

p r e c o n i sad o . Fal l am os dos m e ios hyd r o the r ap i co s co m o fi mde aba t er a t em pera t ura febr i l .

O b anho fr io pôd e s er dado s egundo o m e tho d o d e B randou de Lieberm e i s te r . Segun d o es tes au tores , quando a t e m

pera-tura ax i l l ar ind icava 390,adm i n i s t ravam ao doen te

,o i to

ou m ai s v ez es por d ia,u m banh o de b aix a tem peratura d u

ran te 1 0 a 1 5 m i nu tos .

A cruel dade dos banhos frios te m fe i to sub sti tu i L o s

pel os banhos te p i d o s , gradualm ente re s fr iados .

Podem os e m p r e gaL o s s egundo os m e tho d o s de Ze i m se n ,

R i es s e Bouchard . B ouchard t eve por fim real i zar um banhoe m que o d oen te

“pos s a perder o calor ico se m ch oque n ervoso ,n e m espasm o dos vas os cu tan e o s . O que im porta não e s ubt rah ir o calor ico por con tiguidad e ou co nd ucti l i d ad e e

,ao

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4 3

con tr ar io,que o san gu e pos s a v ir r es fr i ar - s e n a superfi c ie

do corpo,e é um dos pon tos e m que j ulgam os o process o d e

Bouchard s up er ior a quae sque r dos an t eriores , a t t endendoainda a van t agem que te m de não m ar tyr i sar o s doen tes .

A tem peratura in ic ial do banho é de dous grãos in fer iorã t em peratura cen tral do doen t e ; 88

0

,por ex em plo

,s i o

doen t e t iv er 400 . O doen t e s en te - s e b e m e nao exper im en tan enhum abal o . R es fri a s e in s en s ivel m en te a agua de um

grão por cada 1 0 m i n utos até 300,

se m i r nunca abaix odes s a tem peratura . Nenhum s en t im en to de choque n ervos on e m espasm o vascul ar p e r i p he r i co s e produz duran t e obanho .

O puls o nao s e r e t r ahe a 330, o doen te acha s eu banho

fresco a 320,acha -o f r io

,m as a t é 300 co n t i nua a fal l ar e

convers ar e m es tado m oral ad m i r ave l , e o en t orpec im en totyp hi co d e sap p ar e ce .

A el evação the r m i ca que s e faz depo i s d o b anho nao

se opera si não l en tam en te e nao é nunca um a ascen çãobrusca . E d igno d e n ota que s e cons egue t an to m e lhor resfr i ar o doen t e quan t o sua te m p e r atu r a e m a i s el ev ada

,s endo

es ta co m p r e he nd i d a en t re 380 e 400 ao con trari o n os do

en tes d e tem peratura exces s iva (400e 4 l º) o res friam ento

é t an to m enor quan to m ais e l evada e a t em peraturaAs d i ffe r e nças d e abaixam en to the r m i co n os banhos va

r iam i gualm en te s egundo os p e r í o d o s da m ol es tia . "uandopredom ina a hypertherm i a d esd e o com eço , e m a i s d i fi i c i lres fr iar os doentes ; a m ed ia do abaixam en to é d e c in co dec im os , m ai s tard e d e se i s e fi nalm e nte de s e te dec im os n oquarto se p te nar i o .

Segundo as horas,ha tam bem var iaçõe s . A tem pera tura

do typ hi co sób e das 7 horas da m anh ã ás 3 da t arde ; produzs e en tão um a d esc ida , e ve m depo i s um a n ova as cenção , cu j om ax im o é r e al i zad o ã m e i a n oute . De m e ia nou t e ãs 7 horasa queda opera -s e e o doen te perd e t odo o exces so d e tem peratura que t in h a l evado o d ia a adqu ir i r ,

E ' en tre m e ia n ou te e 6 horas que te m -s e os abaixam en to s the r m i co s m ai s co nsi d e r ave i s , depo i s d os banhosve m pela m anhã os ab ai xam en tos d e t res grãos .

Além da s ub t ração do calor ico,os banhos traz em outras

van tagen s . O del i r io,quando ex is te n o com eço

,cahe depoi s

de t res d i as d e tra t am en to,n o m ax im o . Não ha m ai s verda

deiro en torpec im en to typ hi co .

Segundo Sk i nn er,os doen te s m os t ram - s e in teres sados

pel a m archa d e s ua tem peratura,e d i scut em duran t e o banho

sobre o num ero de dec im os de grãos que t inh am ante s e d epo is d o banho .

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A l ín gua apres en ta - s e hum id e,os d en t es nao sao fu l igi

nosos e a cor não te m a p al l i d e z te rrosa que a t tes ta a i nto x 1caçao pro funda da econ om i a .

Fin alm en t e,a n eces s idad e do s om no m an i fes ta - s e depo i s

de cada banho,e os - doen tes dorm em b e m ã n ou te . As escha

ras s ao t am bem m u i to m a is raras .

Podem os ob t er t am bem bons res ul t ados co m as l o ço e s

fe i tas na s uperfi c ie do corpo,co m v in agre arom a t i co

, co nse

gui nd o s e des t e m odo nao só d im in u ir a tem peratura , com ocon servar e m roda do doen te um a atm O Sp he r a agradavel .

Ha algum as con tra - i nd i caço e s ao us o do banho frio , ques ao a perfuração e a he m o r r hagi a i nt e stinae s

,a grand e

fraqueza da acção do coraçao,a superfic i e d e corpo fri a e co m

hyperth e rm i a cen tral .Conform e d ivers as o b se r vaço e s publ icadas pelo m e u pro

ve cto m es tre Da Cos ta (Med ical New s , Jan . B r azi l Me

d i co,1 d e Abr i l de 1 895

,n . es te d i sti ncto

'

prat ico acons elha o uso do guaiacol e m fr i cçõe s sobre a pel l e parafazer baixar a te m p e r atu r a na f e b re typ ho i d e , 0 que el l e fezpor analog ia ao que o Dr . Sol i s -Coh en hav ia o bs ervado nas febres dos tubercul osos . E s te m e io , s egundo m e u

i l lu s tre m es tr e,é prefer iv el ao uso dos outros an t i -the r m i co s

,

por nao s er s egu ido d e d epres s ão algum a .

O tra tam en to al im en tar da febre typ ho i d e é m ui to i m

por t an t e . As l esões p r inc i p ae s as s es tando- s e no s in tes ti nos ,

a d ieta d eve s er es tabel ec ida d e con fo r m idad e . O l e i t e é d eum a ut i l idad e i nco nte stave l

,m as deve s er adm i n i s t r ado d e

tre s e m tres horas e d e cada vez 60 a 1 20 gram m as oupôde s er al ternado co m os cald os d e gal l inha ou devacca

,se m gordura , o caldo fe i to co m a cevada ou o arroz

a m el hor regra di e t et ica é o poder d iges t i vo de cada doen te .

S i houver vom i to depoi s do a l im en to,o u s i o al im en to pas s ar

in tacto,convem adm in i s trar os preparados de peps in a e

ac idos m i n e '

ae s , ou dev e dar- s e a p e p to na .

Os refrigeran tes,as l im on adas

,as l aran j ad as

,o .v inho

fino do Porto ou Made i ra,e m pequenas d óse s , o v in ho q u i

nado,sao s em pre o recurso d e que lan çam os m ao para sus

ten tar as forças d o doen te .

F avo r ece r a ol iu r e se Preenchendo es ta im por tan te ind icação ,

o i n tu i to pr in c ipal é aux i l i ar a el im i n ação pel os r in s d ast ox in as e d o s agen tes infe ctu o so s . Para is to é m i s ter m an tera en ergia do coraçao , garant i r a i n tegrid ade do r i m .

A cafe ín a é i nd icada todas as vezes que o coraçao e nfr aq u e ce e que as u r i n as tornam - s e raras a d ig i tal i s n ão será

p r e sc r i p ta por caus a d a sua acção sobre o r i m .

As beb idas dev em s er abundan tes al ém do l e i te e d o scaldos (2 l i tros"o doen t e b e b e r ã l im on adas , v inho e agua

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m in eral fraca , ã von ta d e , m as s em pre e m pequen as quan t id ad e s d e cada vez . Es tas beb idas s erv irão para d is so lver ast ox in as e e l i m i nal -as .

Co m o m esm o fi m,d eve favorecer -s e as evacuações a lv i

n as por m e io dos l axat ivos .

Eis aqu i um a the r ap e ut i ca com pl exa e n e m pod ia de ixard e ass im s er

,po r quan to as ind icações a pre e nch er sao co m

p l e xas .

A' v i s ta des tas con s id erações

,vam os tra tar dos recurs os

que com batem ou t ro s p he no m e no s,que cos tum am acom pa

nhar a fe b re typ ho i d e .

Con tra as ep i s taxis abund an tes em pregarem os as ven tos asse ccas n o thorax

,as com pres sas n a nuca

,o tam p o nam e nto

,as

i nj ecções d e agua fria,o p e r chl o r ur e to de ferro .

Para s us tarm os a d i arrhea,que pôd e s er ab undan t e , ad

m in i s trarem os as p o ço e s go m m o sas,os ads tr ingen t es

,o xa

rope de d i aco d i o,os anti se p t i co s i nte st i nae s (naph to l , sal i cy

l a to d e b i sm u tho,s alo l

,e te ) .

U m cu id ado qu e d evem os s em pre t er e m v i sta ée a des infe cção das d ej ecções d o doen te co m s oluções for tes d e sub l i m ad o corros ivo

,de sulphato de ferro

,ac ido p he n i co , porém ,

devem os l em brar -nos que. m esm o o in t en s o f ri o não d e str o e ogerm en typ ho i d i co .

Para co m b ate r o m e t e or ism o , em pregarem os as poçõescar m inat ivas : e th er

,hor t el ã p im en ta

, .an i z

,noz vom ica , es

senoia dc te r e b e nthi na,com pres s as fr ias ou com te r e b e n thina

s ob re o abdom en .

P odem os d im i nu i r a se ccu r a d a l ingua acon selhando al avagem co m agua av inagrada

,ou co m chl o r ato de

p o tassío , beb idas fres cas , co m m oderação,ou pequen os fr a

gm e n to s de gelo d is s o lv idos l en tam en t e n a bocca .

Con tra a cephal al g ia em pregar-s e -hã a anti p yr ina.

D e l ir i o,si fo r de v ido ã d e b i l idade , augm e nta r os es t i

m ulante s si a outras causas,a m o r p hina .

Deb il id ade,al im en t o de 3 e m 3 horas nao s e d eve

d eixar d e d ar al im ento pel o fac to d e e s tar e m som nol en c iao do en t e o s e s tim ul an te s são ind icados n o com eco s erv indod e m el hor gu ia a acção do coraçao .

Para com ba ter as p ar alysias con s ecut ivas , em pregarem oso sulphato d e s trychn in a . a hyd r o the r ap i a, os banhos d em ar e os the r m ae s .

P ara prev en ir as e schar as acons e lharem os ao doen teque m ude d e pos içã o ou que se col loque so b re um cox im d e

borracha . Si as e schar as j á s e teem es tab el ec ido,l aval

as -he m os co m agua “

p he n i cad a e farem os p u lve r i saçao dam i s tura de carvao , qu ina, cam phora , etc .

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Segundo as fôrm as e as co m p hcaço e s q ue apres en taa pyrex i a

,d iff eren tes sao s eus m e ios d e tratam en t o .

Nas fôrm as abor tiva e am bul a t o ria,o un ico cuidad o d e

ve r ã s er d e t on ificar e al im en tar o doen te , acon s elhand o , apar d i s s o

,m ed idas hygi e n i cas e repous o .

Na fó r m a i n fl am m ator i a , e m que o puls o e ch e io , for te ,v i brant e

,a

' face s e i n tum cc e e ha hyp e r he m ia cerebral , ap p l i

car e m o s algum as sangu e sugas na reg iao m as to idea,s in ap is

m o s n os m em bro s in fer iores , e tc .

Si ex is t ir com pl icação b i l iosa,devem os acons el har a

poa ia concen trada,aos cal ices

,de m eia e m m e i a hora ; pur

gati vo s , c o m espec ial id ad e os cal o m e lano s,o r hu i b ar b o .

S i m an i fes t ar - s e o franco es tado atax o -ad ynam ico ,usa

rem os os an ti e sp asm o d i co s o alm í s car,cas tor io

,ch lo ral só

ou c o m b r o m u r e to de po tas s io,ou m o r p hi na .

"uando a atax ia e'

acom panh ad a de profunda adynam ia ,con vem adm i n i s trar os an t i e sp asm o d i co s r eun idos aos to n i co sexc i tan tes .

"uando houver qualquer com pl icação para o l ado dosp ul m o e s

, em pregarem os o banho fri o , o tar taro em e t ico ,as ven tosas se ccas n o thorax

,as p o ço e s ton icas e anti se

p ti cas .

S i ap p ar e c e r e m os sym p to m as de per i t on i te , m o d e r am s e

as con tracções i nte sti nae s pelas i nj e cço e s de m o r p hi na , s eguidas pel o uso do cp io

,e m d óse s fracc ion adas ( 10a 1 5 cen t .

nas 24 horas ) , o gelo i ntux e t ex tra .

Nos casos de he m o r r hagi a i n t es t in al d ev em os susp enderos banhos

,praticar

,in j ecções hyp o d e r m i cas de m o r p hina , e

os he m o s tatico s,com o ergot in a

, p e r chl o r u r e to de ferro , ac idotann ico co m os p ós d e Dow er , ap p l i car bex igas d e gel o sobreo ven tre

,os r e vuls i vo s e as ven tos as se ccas , susp e nd e r rel a t i

vam en te os al im en tos e as beb idas e r e co m m e nd ar o m a i scom pl eto repous o .

O doen te deve es tar e m decub i to d or sal e co m a cab eçam ai s baixa do que as pern as

,e s i a he m o r r hagia for profus a ,

o pé da cam a deve s er l evan tado e b an d age s ap p l i cad as ao

m em bro in fer ior para con s ervar o sangue n as partes v i tae s .

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50

D esde que u m a funcção ces s a , o o r gao . que lh e era ad

s t r ic to s e atroph ia,

Pelo exercí c io da funcção o b te m -

'

s e a e volução do orgao .

A nat o m ia d e scr ip t iva

l

A u r e thr a e um can al q u e s erve para a excreção daur ina

,e m am bos os s exos .

No hom em a ure thra a inda s erve para a em is s ao do esperm a.

A ure thra da m ulh er,por s ua es t r uctura

,m u i to m a i s

d i latave l do q ue a do hom em .

H ist o lo g i a th e o r i ca e p r at ica

O per ios teo é -um a m em brana fi bro —vascu-l ar, qu e r e

ves te to d os os os sos do e squel e to .

A sua cor é esbranqu içada ou branco am ar e l lad a es ua res i s ten c i a

,com o e m geral a dos tec idos fi b rosos

,e con

s i d e r ave l .

A s ua espes sura e adheren c ia as partes o sse as var iams egundo as reg ioes .

Ch im ica o r ganica e b i o lo g ica

D a- s e o nom e de qu in as a ve ge tae s da fam i l i a d as rub iac eas pertenc en tes ao gen ero c inc li o na .

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E n tre as n u m erosas espec i es . a c i nc l i o na cal i sava am ais r ica cui -

q uin in a .

U m m es m o vege tal fo rn ece as cascas conhec id as e m

p har m ac i a pel os nom es de qu i n as am a r el la . verm elha e c inzen ta .

P hy s i o l o g i a th e o r ica e e xp e r im e ntal

E x i s te norm a l m en te grande q uan t ida d e d e m icrob ios notubo d iges t ivo .

Es tes m icro -organ i sm os s ecre tam ferm en tos so l uve i s ,que aux i l i am as t ran s form ações d ige s tiv as .

,E l l e s . fabr icam igualm en te p r o d uc to s p r e j ud i c i ae s , que

s ão el im i n ados pel o in te s t in o,r in s

,e tc ou r e tidos e des

fru íd os pel o li gado .

P har m aco l o gí a e A r t e d e fo r m u lar

I

As em ul s õ es preparam -s e co m o aux i l i o de subs tanc iasol eos as .

Apresen t am s e co m o aspec to l ei toso pela d iv i são do ol e ona agua e sua s uspen são por um a s u b s tanc ia m uc i lagino sa

O l e i te e' um a em ul s ão n atu ral .

P atho l o gi a cir u r g ica

A m udança de rel açao n orm al e perm an en t e en tre as s uper fic ie s ar ticu l ares é que s e denom in a luxação .

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52

As lux ações s e d iv id em e m tres grupos l uxações t raum a t icas , l uxações espontaneas ou con s ecut iv as e l uxaço e s

c o nge n i tas .

A deform idade do m em br o n o ponto l uxado é um dos

p r inc i p ae s sym p to m as da luxaçao .

Ch im ica anal y t i ca e t o x i co l o gi ca

I

U m dos m e io s m ais com m uns para a p e squ i za do ars en ico é o ap p ar e lho de Marsh .

Es te ap p ar e lho tam be m se r“

—ve para a p e squ i za do ant im on io .

D íffe r e nc i am -se as m anchas d e um e do outro por caracte r e s e sp e c i ae s.

A nat o m ia m e d i co —ci r urg i ca e co m p ar ad a

A ar te r ia rad ial es tá s i tuada n a parte s upe r ior do an teb r aço

,e ntr e os m usculos p r o nad o r redondo e sup inad o r l o n go

e , na par te infe r io r , e n tr e e s te e o gr ande palm ar .

N a re gião palm ar e s ta ar te r ia fôrm a a arcad a profunda.

A l igadura d e s ta ar t e r'

ia se faz n os te r ços sup erio r , m e

d i o e in fer ior do an te -braço .

O p e r açõ e s e ap p ar e l ho-

s

A m p utaçao é a op e raçao que con s is t e na s eparação d eum m em b ro ou de um se gm ent o d e m e m bro .

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53

H a duas espec ies de am pu tação : um as , fe i tas ao n íveldas ar t icu l ações — des ar t icu l ações ou am p utaço e s n a con t i

gu i d ad e ou tras,f e i tas ao n íve l dos os sos — am p utaço e s pro

pr i am en te d itas,na con t inu idade .

Além d a sal vação da v ida do doe n te , deve o C i rurg iãoprocur ar d im inu i r “ tan to quan to p o ssivsl , pela e scol ha dop r oces so e do ap p ar e l ho p r o the t i co , os incon ven ien t es resultan t es d a m uti l ação que vai pra ticar

P atho l ogi a m e d i ca

1

A febre typ ho i d e é tran sm i s s ível , i m p o r tave l e con tagio sa .

A duração da febre typ ho i d e d ivi de -se em t res per iodosd e ascen são

,de estad io e d e decl in ação .

A duração m ed ia d es ta py rex ia .é d e 21 d ias .

A nat o m ia e P hy si'

o l o g i a p ath o l o g i cas

I

T um or é toda a m ass a con s t i tu ida por te c id o d e novaform açao co m ten denc ia a per s i st i r e a -crescer

A d iv isão dos tum ores e m beni gn os e m al i gnos é bastan te u t i l n o pon to de V i s ta c l in ico .

A ªhe r ança exerce um a grande infl uenc ia na e t io l og iad os tum ores .

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54

Mat e r iaM e d ica e T h e r ap e u t í ca

Os -ause n i cae s sao m ed icam en tos que a princ ip io d eve

to r m ar - s e e m d óse s m in im as,

.afim d e qu e s e pos s a d ar . a te

l e r anc i a .

-Os ar s e n i cae s teem s ido. e m pregados “

co m m ui ta van ta

ge m nas d e r m o p athi as e e m a lgu m as m an i fes tações do pa l ud is -m o

Os -ae s'

m a i s em pre gados s ão : o ac i d oar s en ioso

,o ars en iato d e so d i o

, _ o ars en iato d e po tas s io e oars en i te de sod io .

O b st e t r icia

A febre puerp era l é a con s equenc ia d e um a in fecção aq ue ficou e xp o sto o organ ism o p el o e s tado d a ,

cav idade u ter in a d epo i s d o parto .

Ev i t ada,portan to

,a in fecção

,o pu erper io pôd e correr

se m o m en or augm e n t o d a t e m pe ratura .

O parte i ro que n ao usa d a n eces s ar ia an t i se p s i a é culpado dos acc ident e s que podem resul tar da i n fe ccã o .

Me d icina le gal

A s im u l ação d a , al ie n aç ão m en tal nao e xc l uo a i d éa deal i en ação n o in d iv i duo qu e s im ul a .

.De ord inar io o i nd i ví d uo qu e si m u l a a al ienação , s i naoé um al ienado

,é um in d i v iduo p sychi cam e ntc dege n e rad o

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“No in d i v í d uo que s im ul a,t e n d e nd o s em pre a ex agerar os

sym p to m as da al i en ação,e fac i l descobrir a fraude .

H yg ie n e e m e so lo g ia

Todo o nav io v i ndo d e um porto in f ecci on ado -por u m a

m ol e s t i a epid em i ca d eve so fi r e r quaren t en a ,

A quaren t en a pôde s er d e obs ervação,ou rigorosa

,s e

gundo o nav io é su spe i t o o u i n fecc ion ado .

As .

'

m esm as m ed idas p r o p hylat i cas tom adas con tra um

pai z es tran ge i ro d evem s er ob s ervadas e m re l ação a d i fferen tes pon tos do m esm o pai z .

P ath o l o g i a g e r al e h ist o r ia d a m e d icina

1

R ecept iv id ad e m o r b i d a ée o es tado e m que s e acha m u i tasvez es um i nd i ví d uo para adqu ir i r u m a m ol es t ia q ue pôd e n aoatacar um ou t ro nas m esm as cond ições .

A recep t iv id ade é .um a cond içao es s enc ia l para o des envolv im en to das m ol es t ias i n fe ctu o sas

Se m el l a o m ic rob io não pul lu l a n o organ i sm o .

Clin ica cir u r g ica ( 2 cad e ir a )

A an t i se p si a r igoros a nos cu ra t ivos a b r iu para a c i rurgi aos m ai s v as tos h ori zon tes , p e r m i tt i nd o

- l h e a pratic a das m ai sou sadas O perações

,co m proba b i l id ad e d e b o m ex i to .

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5 6

Deve - s e p r inc i p alm e n t e a Lis ter o em prego do m e tho d o

anti se p ti co , cuj as i nh um eras m od i fi cações e var iedad e s'

b a

s e am - s e no s m esm os p r inc íp i o s.

0 curativo ant i se p ti co é hoj e d e r i gor d esde a m ais s im pl esaté a m ai s im portante operaçao c irurg ica . A ant i se p s ia, a

an es th es ia e a i sch em i a '

c i r u r gi cas con s ti tu em . as m ai s n o tave i s conqu is tas da c i rurgia con t em poran ea .

Clin ica d e r m at o lo gica e sy p h i l i g r ap h i ca

Sendo a s-yp hi l i s um a m ol es t ia in fec to -con tagi osa,em bora

o se u germ e n e sp e c iãco não tenha s id o ainda d escoberto , é d er igo r o “em prego de m ed idas hygi e n icas e p l cp hylat i cascon tra el l a .

O contagio d i r ecto r ep r e s en tan do co m a h erança os s eusm odos un icos d e p r op agação , a regul am en tação da pro s t itu i ção pu b l ica e a r e st r i cção d o s casam e n tos d o s syp hi l i t i co s ,pel o m enos dos r e ce m — in fectados , são os m e ios d e que pôded ispo r a hygiene par a d im inu i r e s ta te rr iv e l m

'

ol e s t ia.

O s p r epar ados d e hyd r ar gyr o e o i o d ur e to de po tas s iocons ti tu em os m e ios the r ap eut i co s espec ífi co s .

Cliní ca p r o p e d e ut i ca

No es tado norm al a ur in a e l ige i ram en te ac id a e en verm e l he ce o papel azul d e tur ne so l .

As urinas são ac idas e m um a s er i e de m ol es t i as acom

p anhad as de febres , tae s com o a febre typ ho i d e ,'

o rheum at i sm o ar t icu l ar agudo , a pneum on i a , e tc .

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“No vagin i sm o o co i t o é im pos si vel

x-

º ªi-u s

'

Os casos b e m '

car ae te r i sad o s,

.que Sim s - observou,

eram“

com pl icados d e i nflam m açao .

Clin ica o p htal m o l o g i ca

En tre as m o l es ti as i nflam m ato r i as que pod em affe c ta r ogl obu l o o ccu lºar é a

'

co n j unc ti v i te s im pl e s um a“

d as m ai s frequen t e s .

fr io,as poeiras

,os v apores ir r i tan t es , a pres ença d e

corpos .

-es tr anhos,a luz v iv a ou re fl ec t ida são as p r inc i p ae s

causas da i nfi am m ação .

Fazer d e sap p ar e c e r a caus a da i r r i tação e a i nd icação dot r atam e n to

,co nv i nd o o banho dos olhos co m l i qu i d os quen tes

com o a agua , .o l e i t e -e e o l lyr i o s ad s t r in gen t es .

Clín ica M e d ica ( 2 cad e ir a )

A d ysp e p s i a éc an t es um sym p t o m a c o m m um'a gran d e

num ero d e m ol es t i as,prin c ipa l m en te e h r o n i cas

,do que u m a

m o l es t i a propriam en t e d i ta .

N ao raras v ez es a causa d a dyspeps ia pas sa com p l e tam en te d esperc eb i d a ao m ed ico

Os d y'

sp e p t i co s apres en tam quas i s em p r e an or ex i a equando d e ixam o l e i t o

,pel a m anh a

,s en tem a bocca scec-a

,

am arga,e a l íngua s e m o st r a co b e r ta d e um a s aburra e spes sa

e am a r e l lad a .

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C l ín i ca p sy chi at r i ca e d e m o l e st ias n e r vo sas

O id io ti sm o cons is te e m um a p arada de d es en volvim en todas faculd ades p sychi cas , l i gado a um v íc i o congen i to ouacc id en tal do enceph al o .

Ha tres grãos d e id i o ti sm o : com pl e t o,s em i - id ioti sm o e

im beci l idade .

A herança,0 traum a t i s m o e d ivers as m ol es tias d a pri

m ei ra i n fan c i a,são causas i nco nt e stave i s n a gen es i s do

id io t i sm o .

A hys ter i a é um a n evros e co m m um aos i nd i víd uo s adu lt os (hom ens e m u lh eres ) e as c ri an ças .

Os e stygm as da hys ter i a con ti n uam os m esm os so osacc iden tes variam .

O tratam en to da hys teri a é m u i to vari avel .

Clinica P e d iat r ica

O rach i ti sm o é um a affe cçao que s e obs erva na i nfanci ae per turba o des en volvim en to do o r gan ism o .

E ,um a perturbação de nu t r ição d e t odos o s t ec idos do

organ i sm o,que é segu id a de d efo r m ação do sys tem a os s eo .

O tra t am en to con s i s te e m to n i co s , boas ind icações hygi e ni cas e exe rc ic i o s p hys ico s .

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Clín i ca m e d ica ( 1 cad e i r a )

As gastr o r r hagi as, quer e sse nc i ae s,quer sym p to m at i

cas,sao a co nse qu e ncía prox im a d e rupturas dos vasos do

es tom ago .

0 d iagnos t ico da gas trorrhagia,além dos carac teres

forn ec idos pel a he m ate m e se e pel os sym p to m as l o cae s egeraes

,repousa s obre os an tec e den t es do doen te .

A m enos que n ão s e trate d e um a gas trorrhag ia suppl em en tar

,onde a the r ap e ut ica con s i s t e e m faz er a r e vul são do

san gue para a par te e m que a he m o r r hagia s e d ã hab i tualm ente

,t oda a he m o r r hagi a es tom acal d ev e s er com b at ida

p e l os he m o stati co su

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HYFO CRA TIS A PHO RISMI

V i ta b rev i s,ars longa

,o ccas i o p r oe ce p s e xp e r im e ntum

fal l ax,j ud ic ium d i fi i c i l e .

(Sect. Ap /z. lº

. )

Natura corpor is es t i n m ed ic in a princ ipium s tud i .

(Se ct . l l l,Ap ia. "

º. )

I n fe b r i b us acuti s con vul s iones e t c i r ca v isce r a dolo resv ehem en tes

,m alum .

(Sect . I V,Ap i a.

I n fe b r í b us no n inte r m i tte n ti b us , s i par tes ex ternae s in tfr igi d ae i nt e rna) vero u r an tu r , e t s i t i ve x e n tu r , l e thal e es t .

(Sect. I V, Ap /i . 48º

. )

I n fe b r i b us , ex som ni s pavores,

'

aut convul s ion es ,m al um .

(Sect. I V, Ap /i . 67.

º)

Frig id i s udores cum febre qu idem acu ta,m or tem ; cum

m i ti o r e vero m o rbi l o ngi tu d i ne m s ign ifi can t .

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