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! Um Milagre para Samuelito Ullla lIistória do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0- U 111 a de BIBLE VISUALS INTERNATIONAl PO BOX 153 AKRON PA 17501-0153 Publicado 110 Brasil pela. Aliança Pró Evangelização das Crianças Rua Varnhagen, 44 - Sala 3 Caixa Postal, 1804 S.. PAULO •. CAPITAL · f Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0- Uma publicação de BIBLE VISUALS INTERNATIONAL PO BOX 153 AKRON PA 1750H1153 Publicado 110 Brasil pel a. Aliança Pró Evangelização das Crianças Rua Varnhagen, 44 - Sala 3 Caixa Postal, 1804 S .. PAULO·· CAPITAL Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 1 S5280PO

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!

Um Milagre para Samuelito Ullla lIistória do México

por

ROSE M. CARVIN

Traduzido por YOLANDA VIEIRA

-0-

U 111 a public~ação de

BIBLE VISUALS INTERNATIONAl PO BOX 153 AKRON PA 17501-0153

Publicado 110 Brasil pela.

Aliança Pró Evangelização das Crianças

Rua Varnhagen, 44 - Sala 3 Caixa Postal, 1804 S .. PAULO •. CAPITAL

· f

Um Milagre para Samuelito Uma História do México

por

ROSE M. CARVIN

Traduzido por YOLANDA VIEIRA

-0-

Uma publicação de

BIBLE VISUALS INTERNATIONAL PO BOX 153 AKRON PA 1750H1153

Publicado 110 Brasil pela.

Aliança Pró Evangelização das Crianças

Rua Varnhagen, 44 - Sala 3 Caixa Postal, 1804 S .. PAULO·· CAPITAL

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 1 S5280PO

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I N T R O D-U ç Ã O

A linda história. de Santuelito ) o menino do México, foi pre'porada para ser cO'ntada, caPítulo por ca'pítulo, e1n qualquer trabalho cOm crian'ças.· Deve ser ilustrad4a cont gravuras coloridas e a:traentes.

Contámos a histórÚlJ numa Escola Bíblica ~e Férias, e as criança1s gosta~OM1, tanto' que' q'tUlse não pod'ia.1'!l es­p·erar o. outro dia para saber o qu'e ia acO'ntecer em se­guida ao jovem S arntuelito.

O caminho da salvação é apresentado du'Ínal maneira simPles e clara, fazendo parte da; história e'1n vez de ficar C011tlO um {( ser1nãozinhoJ

' no fim. Nenhuma: criam.­

ça, ouvindo ai história, pode deixar de saber QJ 111t1m!eira pela qual ew, tmmbént, pode ser salva; ~ gerralmje1n\te, as. crianças sentent um desejo ardente de conhecer aio m.esn1lO

Salvador que Sa111,ue~itto conheceu. . Conte'mlos esta história; às nossas cr1ia.nças, telnd.o Se1"l1f­

pre em 'In.ente que O' alvo ê levar cada U1'1'Ul a receber a Jesus como Salvador e datr-lhe u'1na visão missionária. A história 11'ão de1.f.e substituir a lição bíblica do dia. F m preparada para servir de 111.aterial subsidiário. P o~erá ser usada na ooertUJY(]) ou no encerramento do ifrabdlho.

INTRODUÇÃO

lN T R O DU ç Ã O

A linda história de Samuelito, o m~nino do México, foi pr!!palf'ada para ser c.ontada, caPítulo pOr capítulo, em qualquer trabalho cOm crian'ças.· Deve ser ilustradla com gravuras coloridas e a:traentes.

Contámos a histól'ÚD numa Escola Bíblica d,e Férias, e as cnanças gostarlllln tanto- que' quase não podiam es-, .

perar o· outro dia para saber o que ia acontecer em se-guida ao jovem Satmuelito.

O caminho da salvação é apresentado duma mameira simPles e clara, fazendo parte da história e1n vez de ficar CO~1liO ttm "sermãQzinho" no fim. Nenhuma criam· ça, ouvindo (] história., pode deixar de saber (] n~!e'ira

pela qual ela, também, pode ser salva; e gerralm;e<l1!fe, as crianças sentem um desejo ardente de conhecer a~ mesmJO Salvador que Samue'litto conheceu.

C ônte<mos esta histórÚD às nossas crl~.nças, telndo sem,­pre em mente que o alvo é levar cada uma a receber a Je'sus como Salvador e dar-lhe uma visão missionária. A história n'ão deve substituir a lição bíblica do dia. F o-i preparada para servir de material subsidiário. Potkrá ser usada na ooertwra ou no encerramento do rtrO!bdJho .

INTRODUÇÃO

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1'v! esrno sem as gravttras coloridas~ comlo leitura da própria criarnça em casa, a história trará a m.eS1na bênção. Por isso, preparán~os 1t1n livrinho Q'traente, que servirá comlo presen.te de Notai ou· de Aniversário da c riatnça" ou

. conto um prê1'nio especial.

E' nossa oro,ção qUle o livro tetn'lta grande divulgaçã10 erntre Os pe1queninos, e qU,Ie seja utilizado nas mãos de

Deus para levlW. 1nu~to~ à ialvaçã~.

O livro de gravura1s coloridas (para ~f.rso do profes­sor) pode ser adqu.irido na Aliança Pró Ev.angeli~{1tção das Çrioo:çtalS~ Os núnteros que QiplOrecem entre parêntesis

neste livro, indica;m, o pon:to onde ~3Ve ser mlostrada 01

1to'lJ'lf gravura.

4-

Pela Aliainça pró Evangeliz(lção das CY14n:çds,

Eunice V. Johnson

INTRODUÇÃO

111 esmo sem as gravuras coloridas, como leitura da

própria criarnça em casa, a história trará a mesma bênção.

Por isso, preparám,os mn livrinho atraente, que servirá como presente de Natal mt de Aniversário da cricnnça, O'U

. COmo wm prêmio especial.

E' 1!Qssa ora,ção qUie o livro teQ-l'ha grande divulgaçã,o

erntre Os pequeninos, (i qUle seja utilizado nas mãos de Deus para levar. 11luitQS à salvação. .

O livro de gra~ura's colorida; (para t.uo do profes­

sor) pode ser adquirido na Aliança Pró Evangeliz.(JIção das

CrianÇl!lS. Os números que aparecem entre parêntesis

neste livro, indicam o pQr:-to onde d4roe ser mostrada Qj

1I0va grav'ltra.

4-

Pela Alia,nça pró Evangeliza'ção das Cri<mças,

Eunice V. Johnson

INTRODUÇÃO

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OAPITULO 1

o JOVEM ENGRAXATE

\( 1) Samuelito (que é .a maneira de dizer Samuelzinho

em Castelhano) estav·a sentado' sôbre os seus calcanha­res, no sujo caminho-, em frente a um pequeno restau­

.. rante.. Estava esperando o ônibus. Seus olhos escuros brilhavam. Seu cabelo negro

estava escondido debaixo da aba larga do seu grande cha-

, . peu meX1cano.

Olhava atenta1mente para

o. homem cego que estava ao

seu lado. De vêz em quando

dava uma olhada para :a es­treita estrada poeirenta. ~le

sabia que .o homem cego ha­

veria d'e perceber antesl dêle a

chegada do ônibus. Eu acho que êle vê Com 00 ouvidos, pensou Samuelito.

Dali a pouco, ° cego se endirletitou na cadeira, afi­nOll as cordas do violão e preparou-se palra cantar. Es­treitando os olhos par.a protegê-los. do sol, Samuelito

o JOVEM ENGRAXATE -5

,

CAPITULO I

o JOVEM ENGRAXATE

\ 1) Samuelito (que é a maneira de dizer Samuelzinho

em Castelhano) estava sentado · sôhre os seus calcanha­res, no sujo caminho, em frente a um pequeno restau­

.. rantJe.. Estava esperando o ônibus. Seus olhos escuros

brilhavam. Seu cabelo negro

estava escondido debaixo da

aba larga do seu grande cha-, .

peu mexIcano.

Olhava atentamente para

o homem cego que estava ao

seu lado. De vêz em quando

dava uma olhada para a es­

treita estrada poeirenta. ~Ie

sabia que o homem cego ha­

veria de perceber antes dêle a

chegada do ônibus. Eu acho que êle vê Com OIS ouvidos, pensou Samuelito.

Dali a pouco, o cego se endiC'eitou na cadeira, afi­nou as cordas do violão e preparou-se pa'ra cantar. Es­treitando os olhos par.a protegê-los do sol, Samuelito

o JOVEM ENGRAXATE -5

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Page 5: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

continuou a esperar. Logo mais, a estrada parecia uma grande núvem de poeir.a: o ônibus estava chegando.

(2) Empurrando o chapéu para trás. Samuelito segurou fortemente a sua caixa de engraxate e aproximou-se da beira da estr.ada, no ponto onde deveria parar o ônibus. O ônibus brecou ruidosamente, e o cego, cer­tificando-se de que a sua caixinha de esmolas estava no lugar certo, começou a c·antar suas tristes' canções, acompanhando-as ao violão.

Samuelito sorria cordialmente para cada passagei­ro que descia. A todos os homens perguntava:

- Engraxate, senhor? M.as foi uma senhora que retribuiu o seu sorriso

e lhe respondeu:

- Buenos dias. Samuelito percebeu, pelo sorriso, que aquela se-

nhora era bondosa. Observou que ela se dirigia para o lado onde estavam descarregando a bagagem .

. Ela vai ficar em nossa vila, pois está tirando as

suas malas, pensou. Onde será que ela vai morar? Um pouco depois, os passageiros, saindo do restau­

rante, retornavam aos seus lugares no ônibus. Samuelito olhava orgulhosamente para aquêles que subiam com os sapatos limpos e lustrosos. Tinha feito um bom ser­viço e tinha re!Cebido um peso e sessenta e cinco cen­tavos (mais ou menos Cr$ 400,00 em nosso dinheiro braSileiro) .

6- o JOVEM ENGRAXATE

continuou a esperar. Logo mais, a estrada parecia uma grande núvem de poeir.a: o ônibus estava chegando.

(2) Empurrando o chapéu para trás. Samuelito segurou

fortemente a sua caixa de engraxate e aproximou-se da beira da estrada, no ponto onde deveria parar o

ônibus. O ônibus brecou ruidosamente, e o cego, cer­tificando-se de que a sua caixinha de esmolas estava

no lugar certo, começou a cantar suas tristes ' canções,

acompanhandcras ao violão. Samuelito sorria cordialmente para cada passagei­

ro que dEScia. A todos os homens perguntava: - Engraxate, senhor?

Mas foi uma senhora que retribuiu o seu sor rISO

e lhe respondeu:

- Buenoo diéllS. Samuelito percebeu, pelo sorriso, que aquela se­

nhora era bondosa. Observou que ela se dirigia para o lado onde estavam descarregando a bagagem .

. Ela vai ficar em nossa vila, pois está tirando as

su~ malas, pensou. Onde será que ela vai morar?

Um pouco depois, os passageiros, saindo do restau­

rante, retornavam aos seus lugares no ônibus. Samuelito olhava orgulhosamente para aquêles que subiam com

os sapatos limpos e lustrosos. Tinha feito um bom ser­viço e tinha 1"txebido um peso e sessenta e cinco cen­tavos (mais ou menos Cr$ 400,00 em nosso dinheiro braSileiro) .

6- o JOVEM ENGRAXATE

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Page 6: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

Acho que consegui mais nêste ponto de ônibus do que teria feito numa grande cidade, pensava, à medida que o veículo ia· se afastando. P~lo menos não precisava empurrar outros meninos e briSm' com êles. Poisa.lí êle era o único engraxate. Pela segunda. vêz, contou o di­nheiro e, muito satisfeito, guardou-o cuidadolGamente no bolso de suas calças branoas.

(3) Arrumando cuidadosamente a camisa branca sôbre as calças, estav,a pronto para i'r embora, quando per­cebeu a simpática senhora ao seu lado.

- Voce não é preguiçoso - ela disse·. - Está economiz.ando o dinheiro para comprar algum';} coisa? Qual é seu nome? - peTguntou.

- Eu me chamo Samuelito e quero, um dia, ir à cidade gr.ande para estudar e aprender muita coisa.

- Muito bem - disse ,a mulher. - Mas, se'1"á que você sabe que existe uma coisa que você pode aprender agora, se quiser? E' a coisa mais importante do ' mundo para todos nós. E é de! graça. Quer que eu fale dela?

Samuelito estava desconfiado. Será que essa se­nhofia estava querendo o seu dinreiro? Será que! ela pretendia vender-lhe êsse livinho que carreg.ava na mão, ou aquêle grande que ela trazia debaixo do braço? Bem, ela que falasse, mas êle não iria comprar nada.

Segurando o livro grande, ela perguntou:

o JOVEM ENGRAXATE -7

Acho que consegui mais nêste ponto de ônibus do que teria feito numa grande cidade, pensava, à medida que o veículo ia· se afastando. Pelo menos não precisava empurrar outros meninos e brigar com êle.s. Pois alí êle era o único engraxate. Pela segunda vêz, contou o di­nheiro e, mwi.to satisfeito, guardou-o cuidadoGamente no bolso de suas calças branoas.

(3) Arrumando cuidadosamente a camisa branca sôbre as calças, estav,a pronto para iT embora, quando per­cebeu a simpática senhora ao seu lado.

- Voce não é preguiçoso - ela disse. - Está economiz.ando o dinheiro para comprar algum;! coisa? Qual é seu nome? - perguntou.

- Eu me chamo Samuelito e quero, um dia, ir à cidade grande para estudar e aprender muit.a coisa.

- Muito bem - disse a mulher. - Mas, S>eTá que você sabe que existe uma coisa que você pode

ap'!'ender agora, se quiser? E' a coisa mais importante do mundo para todos nós. E é de! graç.a. Quer que eu fale dela?

Samuelito estava desconfiado. Será que essa se­nhor,a estava querendo o seu dinreiro? Será que! ela pretendia vender-lhe êsse Iivinho que carregava na mão, ou aquêle grande que ela trazia debaixo do braço? Bem, ela que falasse, mas êle não iria comprar nada.

Segurando o livro grande, ela perguntou:

o JOVEM ENGRAXA TE - 7

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Page 7: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

--:"" Você conhece a Bíblia, Samuelito? E' o Livro deD·eus . e mostra-nos o caminho para o céu.

- Si! · Si! - êle respondeu. - Mas a ·BíbHa. não é para mim. ·Vou aprender a .ter outros· livros, mas a

Bíblia não.

- Então, vou lhe ensinar , a ler nêste outro livro que não tem palavras, nem figuras. · 01he~ só tem' pá­ginas de diversa~ côres. M:as êle nos conta a , me~ma históri.a que a Bíblia conta com palavras. Você não gostaria de dar uma olhada nêle?

- Si - respondeu o menino. - Mas, não en­tendo como é que êle pode contar uma. histÓlria, se não

, '

tem palavras, nem figuras.

- Você vai ver - a mulher respondeu. - Já contei essa história a muitos meninos e meninas, e êles aprenderam o caminho para o céu.

( 4) Abrindo o livrinho, a ~ulher mostrou uma página dourada.

- Esta CÔf faz-nos pensar ,sôbre o céu, pois a Bíblia conta que ,as !TUas do céu serão de puro ouro.

A mulher segurava a Bíblia enquanto falava. - Sabemos que o céu é ,um lugar maravilhosO',

onde ninguém fica. doente, nem morre.

Abaixando a voz €I olhando para o cego, ela acres­

centou: E ninguém fica cego, Samuelito.

8- o JOVEM ENGRAXATE

~ Você conhece a Bíblia, Samuelito? E' o Livro de .Deus e mostra-nos o caminho para o céu.

- Si! Si! - êle respondeu. - Mas a BíbJi.a não é para mim. Vou aprender a ler outros livros, mas a Bíblia não.

- Então, vou lhe ensmar · a ler nêste outro livro que não tem palavras, nem figuras . . Olhe\ só tem pá­ginas de diversas côres. M:as êle nos conta a . mesma . . história que a Bíblia conta com palavras. Você não gostaria de dar uma olhada nêle?

Si - respondeu o menino. - Mas, não en­tendo como é que êle pode contar uma histÓlria, se não tem palavras, nem figuras.

- Você vai ver - a mulher respondeu. - Já contei essa história a muitos aprenderam o caminho para

menmos e meninas, e êles ,

o ceu.

(4) Abrindo o livrinho, a mulher mostrou uma página dourada.

- Esta cm faz-nos pensar sôbre o céu, pois a Bíblia conta que ,as lfUas do céu serão de puro ouro.

A mulher segurava a Bíblia enquanto falava . - Sabemos que o céu é um lugar maravilho&o·,

onde ninguém fica doente, nem morre.

Abaixando a voz e olhando para o cego, ela acres­

centou: E ninguém fica cego, Samuelito.

8- o JOVEM ENGRAXATE

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Os olhos dê Samuelito encheram-se de lágrimas, pois êle tinha pena do homem cego. Que bom seria para o cego ir, depois da morte, para um lugar onde pudesse ver. Mas a mulher continuava falando:

- A Bíblia diz que Deus quer que todos cheguem ao céu para viver com :ttle um dia.

,

(5) Samuelito estava interessado, tendo os negros .olhos

fixos no rosto da mulher que~ mostrando . a página preta dq livrinho, continuou:

- Esta página f'az-nos pensar sôbre o pecado. O pecado é fazer coisas erradas, como mentir e r.oubar.

- Mas tôda gente . faz essas coisas - respondeu o menino, sorrindo.

- Mas é . pecado, Samuelito. Deus não quer o pec.ado no céu. Ninguém que tenha pecado em seu coração poderá . entrar no céu.

Samuelito abaixou os olhos.

(6) - Mas, como eu lhe disse, Deus quer que todos

entrem no céu - e'la continuou falando. - E esta página se'guinte conta-nos do meio' que ~le providen­ciou p·ar.a nós podermos entrar no céu, depois da mor­te, se crermos e confiarmos n'~le. A Bíblia conta tudo isso - concluíu, müstr'ando a Bíblia novamente.

. . - Esta página é vermelha, sígnificando que o

Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu sôbre a cruz por nossos pecados. Quando nós cremos e con~

o JOVEM ENGRAXATE -9

Os olhos dé Samuelito encheram-se de lágrimas, pois êle tinha pena do homem cego. Que bom seria para o cego ir, depois da morte, para um lugar onde

pudesse ver. Mas a mulher continuava falando:

- A Bíblia diz que Deus quer que todos cheguem ao céu para viver com 1l:le um dia.

.

(5) Samuelito estava interessado, tendo os negros olhos

fixos no rosto da mulher que', mostrando . a página preta do livrinho, continuou: ,

- Esta página faz-nos pensar sôbre o pecado. O pecado é fazer coisas erradas, como mentir e roubar.

- Mas tôda gente faz essas coisas - respondeu o menino, sorrindo,

- Mas é pecado, Samuelito. Deus não quer o pecado no céu. Ninguém que tenha pecado em seu

coração poderá . entrar no céu. Samuelito abaixou os olhos.

(6) - Mas, como eu lhe disse, Deus quer que todos

entrem no céu - da continuou falando. - E esta página seguinte conta-nos do meio · que 1l:le providen­ciou para nós podermos entrar no céu, depois da mor­

te, se crermos e confiarmos n'1l:le. A Bíblia conta tudo isso - concluíu, mostr·ando a Bíblia novamente.

- Esta página é vermelha, significando que o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu sôbre a cruz por nossos pecados. Quando nós Cremos e con-

o JOVEM ENGRAXATE - 9

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Page 9: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

fiamos n'~le, :tle nos perdoa os pecados e transforma­nos em Seus filhos para sempre. Depois, sendo d':tle, é claro que iremos para o Seu llar quando morrermos.

Samuelito estava muito admirado, olhando o livro e a mulher. Será que tudo isso er·a verdadei\fo?

(7) Mostrando a página branca, a. mulher disse:

- Esta página não nos faz pensar em corações

enegrecidos pelo pecado, como a outra fazia. Ela nos lembra os corações limpos e purificados' pelo sangue

de Jesus, que foi derramado por nós. Será que você seri'a capaz, agora, de virar as páginas do livrinho e contar-m,e o que é que: êle diz das coisas que a Bíblia contétn?

Samúelito ia pegar no livrinho, quando o cego in­terrompeu:

- S amue li to, não pegue nêsse livro - disse. Isso é um truque. O que irão dizer os seus papacitos?

Estive ouvindo o tempo todo, e sei que o seu papa'cito

vai ficar muito z·a.ngado se êle descobrir que você es­teve ouvindo essa mulher falar. Ela é uma evangelista!

Amedrontado, Samuelito pegou a sua caixa de en­grax!ate e apressou-se em sentar ao lado do cego. ~le

amava a seus pais e não queria entristecê-los. Mas êle tinha certeza de que essa senhora não era. má.

/ (8) Foi então que Samuelito viu um automóvel apro­xima·r-se e parar e,m frente do Ifestaurante.

10 - o JOVEM ENGRAXATE

fiamos n'1tle, 1tle nos perdoa os pecados e transforma­nos em Seus filhos para sempre. Depois, sendo d'ltle, é claro que iremos para o Seu lar quando' morrermos.

Samuelito estava muito admirado, olhando o livro e a mulher. Será que tud'o isso era verdadeilfo?

(7) Mostrando a página branca, a mulher disse:

- Esta página não nos faz pensar em corações enegrecidos pelo pecado, como a outra fazia. Ela nos lembra os corações limpos e purificados' pelo sangue

de Jesus, que foi derramad'o por nós. Será que você sena ca·paz, agora, de virar as páginas do livrinho e contar-me o que é que, êle diz das coisas que a Bíblia contém?

Samúelito la pegar no livrinho, quando o cego in­terrompeu:

- Samuelito, não pegue nêsse livro - disse. Isso é um truque. O que irão dizer os seus papacitos?

Estive ouvindo o tempo todo, e sei que o seu papacito

vai ficar muito z·angado se êle descobru que você es­teve ouvindo essa mulher falar. Ela é uma evangelista!

Amedrontado, Samuelito pegou a sua caixa de en· grax.ate e apressou-se em sentar ao lado do cego. 1!:le amava a seus pais e não queria entristecê-los. Mas êl.e tinha certeza de que essa senhora não era má.

I (8) Foi então que Samuelito viu um automóvel apro­

ximar-se e parar em frente do Ifestaurante.

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- Sentimos muito por estarmos atrasados - dis­se um homem. ttle e uma outra. senhora desceram do carro e vier,am cumprimentar a senhor-a que havia conversado com Samuelito.

- Espere, que vou colocar a sua mala no, carro e

já estaremos a· c.aminho. Samuelito os f,econheceu. Era uma casal de mis­

sionários. A espôsa vinha, muitas vêzes, às colinas onde Samuelito morav,a. Seu pai nunca deixav.a que ela os visitasse.

A senhora sorriu e acenou com a mão para Sa­muelito, quando o. carro partiu.

E1a é uma eva~lista pensou Samuelito. Entao, el~ também é missionária. Precisava esquec.er-se de tu­do aquilo que ela tinha contado. Mas que mal fazia pensar naquilo um pouquinho? Não iria vê-la nunca mais. Os automóveis · não andavam pelos es.tr.eitos ca~

minhos que conduziam à sua casa. E essa senhora não IrIa caminhar ,até lá, disso êle tinha certeza. M'as, no seu coração, desejava o contrário.

o JOVEM ENGRAXA TE -11

- Sentimos muito por estarmos atrasados - dis­se um homem. ~le €! uma outra senhora desceram do carro e vieram cumprimentar a senhora que havia conversado com Samuelito.

- Espere, que vou colocar a sua mala no· carro e

já estaremos a caminho. Samuelito os r.econheceu. Era uma casal de mis­

sionários. A espôsa vinha, muitas vêzes, às colinas onde Samuelito morav·a . Seu pai nunca deixava que ela os visitasse.

A senhora sorriu e acenou com a mão para Sa­muelito, quando o. carro partiu.

E/a é uma evangelista pensou Samuelito. Então, el<l também é missionária. Precisava esquecer-se de tu­do aquilo que ela tinha contado. Mas que mal fazia pensar naquilo um pouquinho? Não iria vê-la nunca

mais. Os automóveis · não andavam pelos estreitos ca­minhos que conduziam à sua casa. E essa senhora não ma caminhar até lá, disso êle tinha certeza. M·as. no seu coração, desejava o contrário.

o JOVEM ENGRAXA TE -11

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OAP1TULO 11

o VASO DA ESCOLA

Samuelito apressou-se a caminho de sua casa. Pelo caminho, ia pensando na pequenina senhora de olhos azuis e no liwinho sem palavras e sem figuras .. Algum.a coisa e.m seu coração lhe dizia que) a lição -que as côres contavam era verdadeira. Desejava, .agora, mais do que nunca, saber ler, para poder ler a Bíblia €! ficar sabendo se aquelas coisas_eram verdadeiras ou não. Que bom seria ter a certeza de que a gente vai pará o céu depois · da morte. M,as, talvez tudo fôsse. men­tira. O cego disse que era.

(Q) Desviando-se -da estrada principal, Samuelito subiu

pelo _ íngreme e estreito caminho que conduzia à sua casa. Logo avistou a cabana feita de barro, com co­bertura de palha. O sol descia por trás das montanhas. O menino apressou-se. Queria esta·r em casa quando escurecesse.

( 10) O pai de Samuelito já estava em casa. - Esperei para j,antar com o meu grande mucha­

cho (menino) - disse. - Os homens preCIsam comer juntos, não é?

12 - o VASO DA ESCOLA

OAP1TULO II

o VASO DA ESCOLA

Samuelito apressou-se a caminho de sua casa. Pelo caminho, ia pensando na pequenina senhora de olhos azuis e no liwinho sem palavras e sem figuras. Algum:a coisa em seu coração lhe dizia qU€J a lição ' que as côres contavam era verdadeira . Desejava, .agora, mais do que nunca, saber ler, para poder ler a Bíblia € ' ficar sabendo se aquelas coisas. eram verdadeiras ou não. Que bom seria ter a C€1'teza de que a gente vai para o céu depois da morte. M.as, talvez tudo fôsse· men­tira. O cego disse que era.

(9) Desviando-seda estrada principal, SamueJito subiu

pelo . íngreme e estreito caminho que conduzia à sua casa. Logo avistou a cabana feita de barro, com co­bertura de palha. O sol descia por trás das montanhas. O menino apressou-se. Queria esta·r em casa quando escurecesse.

( 10) O pai de Samuelito já estava em casa. - Esperei para j,antar com o meu grande mucha­

cho (menino) - disse. - Os homens precisam comer juntos, não é?

12 - o VASO DA ESCOLA

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- Si - respondeu Samuelito e, tendo beijado · sua mãe e acariciado a cabeça de sua irmãzinha; sentou-se à m1êsa, ao lado de seu pai.

- E quanto o nosso grande muchacho conseguiu .hoje? - perguntou sua mãe, enchendo os pesados' ·pra­tos com feijão.

Samuelito tir·ou um pouco de feijão com uma. tor­

.fiUa. A panqueca feita de fubá servia de colher. Esta­lando os lábios, Samruelito respondeu:

- M 8/tnacita., a senhora vai ficar contente. Es.pere ,

so para ver. Quando o menino e seu pai terminaram a refeição,

a mãe de Samuelito apressou-se em limpar a mesa e

observou ansiosamente o filho que estava esvaziando os bolsos. Os centavos caíam na mesa de madeira e a irmãzinha de Samuelito aparava-os para que não cais­

sem. Quando o pai terminou de! contar, êle e a mãe bateram palmas.

- Um peso e sessenta e cinco centavos - disse o pai - Muito bem, meu muchal(.,Ao. Se você e sua irmá conseguirem outro t.anto, amanhã, com os' lagartos, não demorará muito para termos o dinheiro para man­

darmos você à escCJia. A mãe de Samuelito guardou o dinheÍlfo num

.grande vaso de barro. Não o escondeu da. irmãzinha

do menino, pois todos êles ná·o. estav'am ajudando a aumentar 'os fundos para a escola de S·amuelito? Claro

o VASO DA ESCOLA - 13

-,- Si - respondeu Samuelito e, tendo beijado sua mãe e acariciado a cabeça de sua irmãzinha," sentou-se à mesa, ao lado de seu pai.

- E quanto o no'sso grande muchacho conseguiu hoje? - perguntou sua mãe, enchendo os pesados·pra­tos com feijão.

Samuelito tirou um pouco de feijão com uma tOT­

tilla. A panqueca feita de fubá servia de colher. Esta­lando os lábios, Samuelito respondeu:

- Mamacita, a senhora vai ficar contente. Es·pere ,

so para ver. Quando o menino e seu pai terminaram a refeição,

a mãe de Samuelito apressou-se em limpar a mesa e

observou ansiosamente o filho que estava esvaziando os bolsos. Os centavos caíam na mesa de madeira e

a irmãzinha de Samuelito aparava-os para que não cais­

sem. Quando o pai terminou de contar, êle e a mãe bateram palmas.

- Um peso e sessenta e cinco centavos - disse

o pai - Muito bem, meu mucha~;1O. Se v-ocê e sua irmã conseguirem outro tanto, amanhã, com os lagartos, não demorará muito para termos o dinheiro para man­

darmos você à escuia. A mãe de Samuelito guardou o dinheÍlro num

grande vaso de barro. Não o escondeu da. irmãzinha

do menino, pois todos êles não estav·am ajudando a aumentar os fundos para a escola de Samuelito? Claro

o VASO DA ESCOLA - 13

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 12

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que não iriam roubar dêle! Será que roubari,am de gen­te de fora? Isto sim. Como havia dito à missionária, todos roubavam.

(11) Depois que a casa es­

tava novamente em ordem e

Empa·, quando a irmãzinha já

dormia em um canto da caba­

na, Sa.muelito e seus pais sen­

taram-se à porta por algum

tempo. Falaram de tudo o que . lhes tinha. acontecido durante

G dia, mas principalmente sô­

bre o dia em que Samuelito

pudesse ir à escola.

Você já está com nove ,anos, Samuelito

disse o p3i. - Se você não puder ir logo, ficará velho

demais para ir. Se, amanhã .. eu conseguir um bom lu­cro na venda dos meus porcos, teremos mais dinheiro

para o vaso. Eu trabalho duro. Você trabalha duro.

Sua irmã ajuda, vendendo os lagartos. Logo teremos

o suficiente, não é? - Si - respondeu Samuelito, ccrn o coração

cheio de amor por seu pai. Queria contar a seus pais a respeito da missionária e do que ela lhe havia

dito, mas não teve coragem. Ainda não. Poc en­quanto, queria pensar sozinho sôbre o assunto. Tal­vez mais tarde 'êle pudesse contar.

14 - o VASO DA ESCOLA

que não iriam roubar dêle! Será que roubari.am de gen­

te de fora? Isto Sim. Como havia dito à missionária, todos roubavam.

( 11) Depois que a casa es­

tava novamente em ordem e

limpa" quando a irmãzinha já

dormia em um canto da caba­

na, Samuelito e seus pais sen­

taram-se à porta por algum

tempo. Falaram de tudo o que

lhes tinha acontecido durante

o dia, mas principalmente sô­

bre o dia em que Samuelito

pudesse ir à escola.

- Você já está com nove anos, Samuelito -

disse o pai. - Se você não puder ir logo, ficará velho

demais para ir. Se, amanhã, eu conseguir um bom lu­

cro na venda do> meus porcos, teremos mais dinheiro

para o vaso. Eu trabalho duro. Você trabalha duro.

Sua irmã ajuda, vendendo os lagartos. Logo teremos

o suficiente, não é?

- Si - respondeu Samuelito, ccrn o coração

cheio d:e amor por seu pai. Queria contar a seus

pais a respeito da missionária e do que ela lhe havia

dito, mas não teve coragem. Ainda não. Por en­

quanto, queria pensar sôzinho sôbre o assunto. Tal­

vez mais tarde êle pudesse contar.

14- o VASO DA ESCOLA

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 13

Page 14: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

Amanhã precisamos levantar muito cêdo -disse a mãe,quando o fogo do pequeno fogãozinho de lenha se extinguiu. - Vamos dormir.

Cada um se dirigiu para o seu lugar, para enro­lar-se no seu cobertor.

Logo que o pai de Samuelito deitou-se, começou

a ressonar e o menino sabia que já estava. dormindo.

A respiração de sua mãe era menos ruidosa, mas, sen­do regular e profunda, era sinal de que também ela já dormia.

(12). Enrolando-se bem num sarape (chale), Samueli­

to foi novamente sentar-se à porta. Pôs-se a obser­v-ar as brilhantes estrêlas' no céu escuro.

Lá está o céu~ pensava. Será que êle e os seus papacitos iriam para lá um dia? E o homem cego?

St2rá que êle também iria, para poder ver? Samuelito

dt\sejava muito poder ler a Bíblia para verificar essas • cOisas.

Amanhã, êle e sua irmãzinha iriam às monta­

nhas a procura de lagartos. Se encontrassem algum,

haveriam :de laçá-lo. Talvez cada. um achasse até dois. Levá-los-iam à estrada principal e os segura­

riam bem alto para que os motoristas vissem. Aos

sábados, sempre passavam muitos carros pela estra­da. Se tudo desse certo, êle teria doze pesos para o

o VASO DA ESCOLA - 15

- Amanhã precisamos levantar muito cêdo -disse a mãe, quando o fogo do pequeno fogãozinho de lenha se extinguiu. - Vamos dormir.

Cada um se dirigiu para o seu lugar, para enro­lar-se no seu cobertor.

Logo que o pai de Samuelito deitou-se, começou

a ressonar e o menino sabia que já estava dormindo.

A respiracão de sua mãe era menos ruidosa, mas, sen­do regular e profunda, era sinal de que também ela já dormia.

(12) Enrolando-se bem num sarape (chale), Samueli­

to foi novamente sentar-se à porta. Pôs-se a obser­v·ar as brilhantes estrêlas no céu escuro.

Lá está o céu; pensava. Será que êle e os seus

papacitos iriam para lá um dia? E o homem cego?

Stlrá que êle também iria, para poder ver? Samuelito

df'sejava muito poder ler a Bíblia para verificar essas • cOIsas.

Amanhã, êle e sua irmãzinha iriam às monta­

nhas a procura de lagartos. Se encontrassem algum,

haveriam de laçá-lo. Talvez cada um achasse até

dois. Levá-los-iam à estrada principal e os segura­

riam bem alto para que os motoristas vissem. Aos

sábados, sempre passavam muitos carros pela estra­da. Se tudo desse certo, êle teria doze pesos para o

o VASO DA ESCOLA - 15

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 14

Page 15: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

vaso da escola, e os viajantes teriam um· ~m lagarto para o jantar.

Mas Samuelito não ficou a pensar muito tempo nos lagartos. Seu pens·amento voltou àquelas coisas

que êle tinha ouvido, pela primeira vêz na sua vida, naquêle dia. Não sabia. que o Espírito Santo estava

trabalhando no seu coração e pondo nêle um desejo

de encontr.ar-se com o Senhor Jesus e aceitá-Lo cnmo seu Salvador.

Voltando ao seu lugar de dormir, Samuelito en­

rolou-se· bem no cobertor. Adormeceu pensando na

mulher que o cego ha.via chamado de "evangelista".

Para onde teria ido? Será que lna vê-Ia novamente?

Sonhou com a mulher que tinha os' olhos azuis e um sorriso tão simpático.

( 13) Samuelito acordou, na manhã seguinte, sentindo

o cheiro de cáfé forte e torti1181S assadas. O cheiro,

entrando pela porta, inundava a cabana. Desenro­

lançlo-se do seu cobertor, levantou-se e esticou os bra­

ços acima da cabeça.

- Venha se lavar, antes de comer - chamou-o

sua mãe do lado de fora. - Seu pai já saiu para vender os porcos.

Samuelito jogou água fria., sôbrea sua pele mo-....

rena, esfregou-se com uma toalha grande e, depois, penteou-se com o pente da família. Depois vestiu

16 - o VASO· DA ESCOLA

vaso da escola, e os viajantes teriam um -bom lagarto para o jantar.

Mas Samuelito não ficou a pensar muito nos lagartos. Seu pensamento voltou àquelas

tempo .

cOIsas

que êle tinha ouvido, pela primeira vêz na sua vida, naquêle dia. Não sabia _ que o Espírito Santo estava trabalhando no seu coração e pondo nêle um desejo

de encontrar-se com o Senhor Jesus e aceitá-Lo como

seu Salvador.

Voltando ao seu lugar de dormir, Samuelito en­rolou-se -bem no cobertor. Adormeceu pensando na

mulher que o cego havia chamado de "evangelista".

Para onde teria ido? Será que ma vê-Ia novamente? Sonhou com a mulher que tinha os olhos azuis e um sor-riso tão simpático.

(13) Samuelito acordou, na manhã seguinte, sentindo o cheiro de café forte e tortilIa.s assadas. O cheiro,

entrando pela porta, inundava a cabana. Desenro­

lan<;io-se do seu cobertor, levantou-se e esticou os bra­

ços acima da cabeça.

- Venha se lavar, antes de comer - chamou-o sua mãe do lado de fora. - Seu pai já saiu para vender os porcos.

Samuelito jogou água fria, sôbre a sua pele mo­

rena, esfregou-se c~m uma toalha grande e, depois, penteou-se com o pente da família. Depois vestiu

16 - o VASO OA ESCOLA

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Page 16: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

calças bran,cas e a camis,a que sua mãe tinha lavado

no riacho onde tôda a vila lavava a roupa.

(14) Sentado em silêncio ao lado de sua mãe, bebeu

ruidosamente o café e comeu .as deliciosas to'rt'tillas feitas de fubá. Lembrou-se da ocasião, quando' tinha

ido com seu pai vender porcos'. Como tinha riGo

quando as cordas que eram amarradas nas pernas tra­

zeiras dos por~s tinham se embaraçado à volta dos

mesmos e nas -pernas de seu pai. Que barulho fi­

zeram os animais até que seu pai conseguiu desemba­raçá-los_ Empurrando-os de um lado para o outro cc',m

a sua pes'ada bota, conseguira desenbaraçá-los, para

que, Ioga depois, estivessem novamente na mesma si­tuação_

Quando o compradnr viera ver os porcos, seu pai

empurrava os animais, que gritavam e grunhiam, um

por um, até caírem da plataforma. Não parecia a

Samuelito' que seu pai fôsse cruel. Porcos só valiam

o dinheiro peTo qual eram vendidos; não importava que sofress-ern um pouco.

- Sam.treIíta gostaria de, neste dia também, ter ido

com o pai.. Mas precisava trabalhar e ganhar dinhei­rQ para que Cl vaso se enches:se logo con1 os pesos para a escolar

( 15) . Nessa manhã, Samuelito e sua· irmãzinha conse­

guiram pegar doís lagartos cada um. Pararam à beira

o VAS,Q DA. ESCOLA - ' 17

calças brancas e a camisa que sua mãe tinha lavado no riacho onde tôda -Ii vila lavava a roupa.

(14) Sentado em silêncio ao lado de sua mãe, bebeu

ruidosamente o feitas de fubá.

café e comeu ,as deliciosas tortil1as

Lembrou-se da ocasião, quando tinha

ido com seu pai vender porcos. Como tinha riao quando as cordas que eram amarradas nas pernas tra­

zeiras dos porcos tinham se embaraçado à volta dos mesmos e nas -pernas de seu pai. Que l>2Iulho fi­zeram os animais até que seu pai conseguiu desemba­raçá-los. Empurrando-os de um l,ado para o outro ccrn

a sua pesada bota, conseguira desenbaraçá-Ios, para que, logo depois, estivessem novamente na mesma si­tuação_

Quando o comprador viera ver os porcos, seu pai empurrava os animais, que gritavam e grunhiam, um por um, até caírem da plataforma. Não parecia a Samuelito· que seu pai fôsse cruel. Porcos só valiam o dinheiro peJo qual eram vendidos; não importava que sofressem um pouco.

- SamueIíto gostaria de, neste dia também, ter ido

com o paI. Mas precisava trabalhar e ganhar dinhei­ro para que c vaso se enche~se logo com os pesos para a escola.

(15) Nessa manhã, Samue!ito e sua guiram pegar dois lagartos cada um.

o VASO DA ESCOLA

irmãzinha conse­Pararam à beira

- ' 17

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 16

Page 17: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

da estrada, segurando os animais pendurados num.a

corda, para que os motoristas os vissem. De repente

S.amuelito avistou o carro, dos missionários que se

aproximava. Quando chegou perto, o menino viu duas

mulheres dentro dêle, e uma delas era a mulher que

tinha conversado com êle no ponto do ônibus.

A mulher, vendo Samuelito, acenou-lhe corri a '

mão. Virando-se para a sua companheira, disse-lhe al­

guma çoisa. O carro encostou ao lado da estrada e

ela desceu. A irmãzinha de Samuelito correu ao seu

encontro, pensando ter conseguido uma freguesa. Sa­

muelito não se mexeu, até que a mulher lhe fêz sinal

para que se aproximasse dela.

( 16) Foi assim que Samuelito ouviu novamente tôda

a história do Evangelho, viu a Bíblia e o livrinho sem

palavras' e sem figuras. Desta vêz, repetiu a história

para que a missionária ouvisse, pois l1ão havia nin­

guém por perto para interrompê-lo. Não percebiam

que quadro ·interessante form.avam, debaixo do sol

quente, as bôcas muito abertos e (JS olhos m:ais. aind'a.

Estavam realmente maravilhados com a mensagem do

Evangelho.

- Preciso contar tudo aos' meus papa.citos esta

noite - o menino pensou - Pois essa pequena nina não vai calar a sua boca.

18 - o VASO DA ESCOLA

da estrada, segurando os animais pend'urados numa

corda, para que os motoristas os vissem. De repente

Samuelito avistou o carro . dos missionários que se

aprOXImava. Quando chegou perto, o menino viu duas

mulheres dentro dêle, e uma delas era a mulher que

tinha conversado com êle no ponto do ônibus.

A mulher, vendo Samuelito, acenou-lhe com a ' mão. Virando-se para a sua companheira, disse-lhe al­

guma coisa. O carro encostou ao lado da estrada e

ela desceu. A irmãzinha de Samuelito correu ao seu

encontro, pensando ter conseguido uma freguesa. Sa­

muelito não se mexeu, até que a mulher lhe fêz sinal

para que se aproximasse dela.

(16) Foi assim que Samuelito ouviu novamente tôda

a história do Evangelho, viu a Bíblia e o livrinho sem

palavras e sem figuras. Desta vêz, repetiu a história

para que a missionária ouvisse, pois não havia nin­

guém por perto para interrompê-lo. Não percebiam

que quadro interessante formavam, debaixo do sol

quente, as bôcas muito abertos e os olhos mais aind'a.

Estavam realmente maravilhados com a mensagem do

Evangelho.

- Preciso contar tudo aos meus papacitos esta

noite - o menino pensou - Pois essa pequena nina

não vai calar a sua boca.

18 - o VASO DA ESCOLA

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CAPITULO III

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS

Samuelito e sua irmãzinha conseguiram vender os seus lagartos por um bom preço. Tendo o dinheiro bem guardado no fundo do bolso, Samuelito apressou a menina no caminho da casa. Tinha pouco tempo para pensar a respeito daS' coisas que a missionaria lhes tinha contado. Estava com muita pressa, pois precisava chegar ao ponto do ônibus antes que o mes­mo chegasse.

( 17) A mãe das: crianças guardou o dinheiro no vaso. Deu ao filho um ,gole de café preto e entregou-lhe um lanche enrolado em uma fôlha de banana.

Samuelito saíu, carregando o lanche numa mão e, na outra, sua caixa de engraxate. Caminhava con­tente. Cada vêz que ganhava mais um peso, sentia que a escola aproximava-se aos poucos.

Foi um. menino muito cansado aquêle que, no fim do dia, s·entou-se para comer. Mas não · era ape­nas o cansaço que tornava Samuelito silencioso. Ob­servou que sua irmãzinha fugia dêle e a mamãe olha­va-o aborrecida.

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE D'EUS -19

CAPITULO III

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS

Samuelito e sua irmãzinha conseguiram vender os seus lagartos por um bom preço. Tendo o dinheiro bem guardado no fundo do bolso, Samuelito apressou a menina no caminho da casa. Tinha pouco tempo

para pensar a respeito das' coisas que a missionária lhes tinha contado. Estava com muita pressa, pois precisava chegar ao ponto do ônibus antes que o mes­mo chegasse.

(17) A mãe das crianças guardou o dinheiro no vaso. Deu ao filho um gole de café preto e entregou-lhe um

lanche enrolado em uma fôlha de banana. Samuelito saíu, carregando o lanche numa mão

e, na outra, sua caixa de engraxate. Caminhava con­tente. Cada vêz que ganhava mais um peso, sentia que a escola aproximava-se aos poucos.

Foi um. menino muito cansado aquêle que, no fim do dia, sentou-se para comer. Mas não era ape­nas o cansaço que tornava Samuelito silencioso. Ob­servou que sua irmãzinha fugia dêle e a mamãe olha­va-o aborrecida.

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS - 19

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Page 19: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

(18) Finalmente, quando a innãzinha já dormia, a mãe de Samuelito disse-lhe:

- Agora, meu nifio, conte-me o que a.conteceu.

Sua' innãzinha tem estado, o tempo todo, a falar de uma senhora que lhes mostrou um livrinho. Ela me

contou que você já conversou com aquela senhora no pento do ônibus. Você precisa me contar quem e!a

é e o que ela lhe contou. Samuelito sentou-se perto de sua mãe e respon­

deu:

Mamacita, eu quis contar-lhe e ao papai tam­bém, ontem à noite, mas você mandou-nos dormir cêdo.

Mas, hoje ia contar-lhe, .ma'macita.

Enquanto sua mãe ouvia silenciosamente, Samue­lito --cont'ou-lhe tôdas as coisas que aprendera. Con- '

teu-lhe que o Senho-r Jesus, o Filho de Deus, havia dito que todos aquêles que n~le cressem seriam 'feitos

filhos de Deus e Lhe pertenceriam. - Isso quer dizer, mamacita, que se confiarmos

n1tle, iremos ao céu para vivermos ccrn ~le para ~em .... pre, depois' que morrermos. M amacita., eu gostaria ...

(19;) Samúelito não · 'pôde terminar. Sua mae se le­

vant.: u e começou a falar-lhe, muito zangaçia e agI­

tando os braços. - Nino, . por que você foi escutar essas coisa~?

Essa eV2ngelista é uma mulher mu:to má. VocP. não

20. - SAMUELITO NASCE' NA FAM'íLIA DE DEUS

(18) Finalmente, quando a irmãzinha já dormia, a

mãe de Samuelito disse-lhe:

- Agora, meu niiío, conte-me o que a.conteceu.

Sua . irmãzinha tem estado, o tempo todo, a falar de

uma senhora que lhes mostrou um livrinho. Ela me

contou que você já conversou com aquela senhora no

p:nto do ônibus. Você precisa me contar quem e!a

é e o que ela lhe contou.

Samuelito sentou-se perto de sua mãe e respon­

deu:

Mamacíta, eu quis contar-lhe e ao papai tam­

bém, ontem à noite, mas você mandou-nos dormir cêdo. Mas, hoje ia contar-lhe, mamacita.

Enquanto sua mãe ouvia silenciosamente, Samue­

Iito "contou-lhe tôdas as coisas que aprendera. Con­

tou-lhe que o Senhor Jesus. o Filho de Deus, havia

dito que todos aquêles que n1tle cressem senamfeitos

filhos de Deus e Lhe pertenceriam.

- Isso quer dizer, rnamacita, que se confiarmos

n1t!e, iremos ao céu para vivermos ccrn 'ltle para ~em­

pre, depois que morrermos. Mamacita., eu gostaria ...

(19;) Samúelito não · pôde terminar. Sua mae se le­

vant:u e começou a falar-lhe, muito zangada e agl­

tando os braços.

- Niiío, . por que você foi escutar essas coisas? Es~a evangelista é uma mulher muito má. Voe;' não

20 - SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 19

Page 20: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

deve ouvir o que ela diz. Sua irmãzjnha vai esquecer

o que ouviu, mas você, Samuelito, não vài esquecer mais.

Samuelito abraçou sua mamãe que estava cho­rando.

- Mamacita - disse-lhe. - Eu acho que ela

·não é má. Ela é boa. Eu sei que ela é boa, mIBma­

cita.

A mãe de Samuelito estava muito zangada. Co­

meçou a chorar mais ea gritar com o menino:

. - Espere só até o seu pai voltar. ~le vai cas.­

tigá-lo. Talvez êle pão deixe mais você ir ' à escola.

Talvez êle até tire o dinheiro do vaso de barro. Você

vai ver, Samuelito, o que o seu pai vai fazer.

'(20) Sentado no chão, cc·m a cabeça entre os joelhos,

'Samuelito esperava, silenciosamente, que sua mãe se

acalmasse. Sua irmãzinha acordou e começou a chorar.

- Fique quieta e durma! --..,;.- disse :a mamãe e, de­

pois, 'já mais calma, acrescentou 'meigamente:

- Samuelito, não vamos contar nada ao seu pai.

Mas você tem que prometer que não vai maisconver­

'sar com essas evangelistas.

Samuelito não prometeu, e sua mãe. fêz de ,-conta

que não percebeu.

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS - 21

deve ouvir o que ela diz. Sua irmãzinha vai esquecer

o que ouviu, mas você, Samuelito, não vai esquecer mais.

Samuelito abraçou sua mamãe que estava cho­rando.

Mamacita - disse-lhe. - Eu acho que ela

não é má. Ela é boa. Eu sei que ela é boa, mal111a­

cita.

A mãe de Samuelito estava muito zangada. Co­

meçou a chorar mais e a gritar com o menino:

. - Esper·e só até o seu pai voltar. 1!:le vai cas­

tigá-lo. Talvez êle não deixe mais você ir ' à escola.

Talvez êle até tire o dinheiro do vaso de barro. Você

vai ver, Samuelito, o que o seu pai vai fazer.

(20) Sentado no chão, ccrn a cabeça entre os joelhos,

Samuelito esperava, silenciosamente, que sua mãe se

acalmasse. Sua irmãzinha acordou e começou a chorar.

- Fique quieta e durma! - disse :a mamãe e, de­

pois, já mais calma, acrescentou meigamente:

- Samuelito, não vamos contar nada ao seu pai.

Mas você tem que prometer que não vai maisconver­

'sar com essas evangelistas.

Samuelito não prometeu, e sua mãe . fêz de . <:onta

que não percebeu.

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS - 21

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 20

Page 21: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

- Agora vam.os dormir - disse ela, calmamen­te, empurrando SamueHto em direção à sua coberta num dos cantos do cômodo.

No dia seguinte, Samuelito acordou cêdo. Obser-· vou com-o o sol raiava por trás da montanha, avisando

à vilazinha de que já era dia. Quando a metade da

bola de fogo apareceu, êle ouviu que sua mãe estava preparando o ~afé.. Mas continuou sentado, quietinho

e pensativo. Pensava nas coisas maravilhosas que ti­nha ouvido nos últimos diás. Sua mamãe podia 'proi­bí-Io de falar à evangelista, mas ela não' pod'ia ver os seus pensamentos. Quem poderia proibí-Io de pensar?

Sua mãe aproximou-se, sentando-se ao tado do filho:

Seu pai não demora, Samuelito - disse.

Lembre-se de que combinamos não lhe contar nada sô­

bre as coisas erradas que você fêz, a não ser que você torne a fazê-las.

Esperaram mais um pouco. O sol já estava alto

e, conlO seu pai não tivesse ainda chegado, foram tomar

o café.

(21) Ao meio-dia, o sol brilhava bem no alto dto céu.

A mãe de Samuelito disse, nervosa:

- Alguma cois.a. deve ter acontecido a seu pai. Eu

o sinto aqui - concluíu, apontando o coração.

22 - SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS

- Agora vamos dormir - disse ela, calmamen­te, empurrando Samuelito em direção à sua coberta num dos cantos do cómodo.

No dia seguinte, Samuelito acordou cêdo. Obser­

vou como o sol raiava por trás da montanha, avisando

à viJazinha de que já era dia. Quando a metade da

bola de fogo apareceu, êle ouviu que sua mãe estava preparando o café. Mas continuou sentado, quietinho

e pensativo. Pensava nas coisas maravilhosas que ti­

nha ouvido nos últimos dili.s. Sua mamãe podia proi­bí-lo de falar à evangelista, mas ela não ' pod'ia ver os

seus pensamentos. Quem poderia proibí-lo de pensar?

Sua mãe aproximou-se, sentando-se ao lado do

filho: .

Seu pai não demora, Samuelito - disse.

Lembre-se de que combinamos não lhe contar nada só­

bre as coisas erradas que você fêz, a não ser que você

torne a fazê-las.

Esperaram mais um pouco. O sol já estava alto

e, como seu pai não tivesse ainda chegado, foram tomar

o café.

(21) Ao mei~dia, o sol brilhava bem no alto d'o céu.

A mãe de Samuelito disse, nervosa:

- Alguma cois.a deve ter acontecido a seu pai. Eu

o sinto aqui - conc1uíu, apontando o coração.

22 - SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 21

Page 22: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

Samuelito e sua irmãzinha sentaram-se ao lado da

mamãe, na porta da cabana, para esperar. ·De vêz em

quando a mamãe se levantava e, pondo a mão para. pro­

teger os' olhos, olhava para a estrada.

(22) Mas foi Samuelito quem viu o vizinho se aproxi­mando, montado em um burrinho. Nunca antes o me­

nino havia reparado que o burrinho era tão lerdo assim.

Deixando sua mãe, Samuelito s·aíu correndo para en­

contrar-se com o homem. Sua mãe estava paralizada

de mêdo.

- Alguma COIsa deve ter acontecido ao papai

ela disse.

Quando Samuelito se . aproximou do ,burrinho, o

vizinho disse:

mãe.

- Quero falar . primeiro com sua mãe, Samuelito.

O menino correu de volta e pôs-se ao lado de sua

O vizinho desmontou vagarosamente. AI~sou a ca­

misa brané'a que caía solta sôbre suas ca.lças brancas.

Empurrou o chapéu para trás e disse:

- As notícias não são muito ba'as, Senolt'a..

- O meu marido? - Samuelito ouviu sua mãe

perguntar. - Elstá doente? ®Stá'... e~tá ... , está

morto?

N-' -, ~l - tá t S - Esta' ao. nao.. ~ e nao es mor o, enora.

ferido. Quando estava puxando os porcos sôbre a .pla-

SAMUELITO NASCE NA ~FAMfI,IA DE DEUS - 23

Samuelito e sua irmãzinha sentaram-se ao lado da

mamãe, na porta da cabana, para esperar. oDe vêz em

quando a mamãe se levantava e, pondo a mão para pro­

teger os olhos, olhava para a estrada.

(22) Mas foi Samuelito quem viu o vizinho se aproxi­

mando, montado em um burrinho. Nunca antes o me­

nino havia reparado que o burrinho era tão lerdo assim.

Deixando sua mãe, Samuelito saíu correndo para en­

contrar-se com o homem. Sua mãe estava paralizada

de mêdo.

- Alguma cOisa deve ter acontecido ao papal

ela disse.

Quando Samuelito se o aproximou do -burrinho, o

vizinho disse: - Quero falar o primeiro com sua mãe, Samuelito.

O menino correu de volta e pôs-se ao lado de sua -mae.

O vizinho desmontou vagarosamente. Alisou a ca­

misa branéa que caía solta sôbre suas calças brancas.

Empurrou o chapéu para trás e disse:

As notícias não são muito boas, SeÍÍo<ra.

- O meu maridc? - Samuelito ouviu sua mãe

perguntar. ~stá doente? iEi;'i:á'.. . elltá... está

morto?

N - I - I ""I - tá t Sen-ora. ao. naoo. ~ e nao es mor o,

ferido. Quando estava puxando os porcos sôbre

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS

Está

a pla-

- 23

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 22

Page 23: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

. taforma, enroscou-se nas cordas e os porcos o arrasta-. '

.ram. para fora. Está no hospital, Seiíora.

A mãe de Samuelito começou a chorar. Ela ge­

mia cada vêz mais alto, torcendo as mãos. A irmãzi­

nha de Samuelit() agarrou-se à sua mãe e pôs-se a ge­

mer também, imitando-a. Logo chegaram os amigos da

vila para chorar com ela e para confortá-la.

(23) Samuelito não chorava em voz a1~ co~o os ou­tros. Ninguém percebeu quando o menino escondeu-se

a.trás da casa. Sentou-se a chorar baixinho.

- Se papai morrer, será que êle vai pat'lll o céu,

para estar com Deus e com Jesus? Penso que não, pois

êle nunca confiou em Jesus, nem lhe pediu perdão pe­

los seus pecados. Êle nem sequer sabe q~ Jesus rnor­

·reu por êle.. Por que eu não lhe contei a história' que

ouvi da evangeHsta? Por que? Eu estava com mêdo!

Sou um covarde! Mas o papai não iria acredjf'a~ em

mim. ~le iria me bater. Como posso saber? T~lvez

êle esteja desej~o de conhecer JeSf1s~ assim como eu.

Mas eu, também, Çllinda não confiei em Jesus. Aínda

não pedi a Jesus para ser meu Salvador, para perdoar

os meus pecados e para habitar no meu coração, como

a evangelista disse que deveria fazer • .

O Espírito Santo, que estava trabalhando no cora­ção do menininho mexicano, cochichou em seu coração:

''Fa.ça-o, Samuelito, agora".

~4· - SAMUELITO NASCE NA .FAMíIJ:A. DE DEUS

taforma, enroscou-se nas cordas e os porcos o arrasta-. .

ram para fora. Está no hospital, Seiíora.

A mãe de Samuelito começou a chorar. Ela ge­

mia cada vêz mais alto, torcendo as mãos. A irmãzt­

nha de Samuelito agarrou-se à sua mãe e pôs-se a ge­

mer também, imitando-a. Logo chegaram os amigos da

vila para chorar com ela e para confortá-la.

(23) Samuelito não chorava em voz alta como os ou­

tros. Ninguém percebeu quando o menino escondeu-se

atrás da casa. Sentou-se a chorar baixinho.

- Se papai morrer, será que êle vai patVi o céu,

para estar com Deus e com Jesus? Penso que não, pois

êle nunca confiou em Jesus, nem lhe pediu perdão pe­

los seus pecados. P:le nem sequer sabe q~ Jesus mor­reu por êle, Por que eu não. lhe contei a história qUf!l

ouvi da evangelista? Por que? Eu estava com mêdo!

SOou um covarde! Mas o papilÍ não iria acredHal" em

mim. P:le iria me bater. Como posso saber? T.a;lvez

êle esteja desejoso de conhecer Jesus, assim como eu.

Mas eu, também, {'l!inda não confiei em Jesus. Ainda

não pedi a Jesus para ser meu Salvador, para perdoar os meus pecados e para habitar no meu coração, como

a . evangelista disse que deveria fazer.

O Espírito Santo, que estava trabalhando no cora­ção do menininho mexicano, cochichou em seu coração:

"Faça-o, Samuelito, agora".

SAMUELlTO NASCIjJ NA FAMtJJA DE DEUS

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 23

Page 24: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

- "Si! Si!" - êle respondeu. - Senhor Deus, ereio que o Teu Filho, o que~ido Jesus, morreu pelos meus pecados. Quero confiar n.ale. Quero pedir-lhe perdão·. pelos· meus pecados. Por favor, querido Senhor

.-

Jesus, vem entrar no meu coração. Quero fazer parte da Tua família e quero ir morar contigo quando morrer.

Samuelito ficou alí por muito tempo, pensando no que tinha feito. Logo sentiu o seu coraçãozinho cheio de alegria, ao lado da tristeza que sentia por seu pai.

Enterrand'o sua cabeça. entre os joelhos, Samuelito orou novamente:

- Meu Deus, faça com que o m.eu papai viva. Ajude-me a ihe falar do Senhor Jesus. Ajude-me, tam­bém, . a contar à mamacita e à irmãzinha.

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS - 25

- "Si! Si!" - êle respondeu. - Senhor Deus, ereio que o Teu Filho, o querido Jesus, morreu pelos meus pecados. Quero confiar n1tle. Quero pedir-lhe

-perdão .pelos meus pecados, Por favor, querido Senhor

.-Jesus, vem entrar no meu coração. Quero fazer parte da Tua família e quero ir morar contigo quando morrer.

Samuelito ficou alí por muito tempo, pensando no

que tinha feito. Logo sentiu o seu coraçãozinho cheio de alegria, ao lado da tristeza que sentia por seu pai.

Enterrando sua cabeça entre os joelhos, Samuelito orou novamente:

- Meu Deus, faça com que o meu papai viva. Ajude-me a ihe falar do Senhor Jesus. Ajude-me, tam­bém, . a contar à mamacita e à irmãzinha.

SAMUELITO NASCE NA FAMíLIA DE DEUS - 25

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 24

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CAPITULO IV

A VISITA DA

MISSION'ÁRIA

(24) O pai de Samuelito ficou no hospital por muitas semanas. Os vizinhos ajudavam a família, trazendo­lhe mantimentos e lenha para o fogo. Ainda assim, a

mãe de Samuelito precisou, muitas vêzes, tirar dinhei­

ro do "vaso da escola". O homem doente precisava

de muitas coisas. Por mais que Samuelito trabalhasse,

êle sabia que a possibilidade de ir à escola, agora, tornava-se muito distante.

Sam:uelito 'pensava, freqüentemente, na missioná­ria e na. dia quando, atrás da' sua casa, êle tinha nasci.

do na família de Deus. Mesmo assim, sentia-se muito desanimado. Pobre Samuelito! Não tinha ninguém

26 ~ A VISITA 'DA MISSIONARIA

CAPITULO IV

A VISITA DA

MISSIONÁRIA

(24) O pai de Samuelito ficou no hospital por muitas semanas. Os vizinhos ajudavam a família, trazendo­

lhe m antimentos e lenha para o fogo. Ainda assim, a

mãe de Samuelito precisou, muitas vêzes, tirar dinhei­

ro do "vaso da escola". O homem doente precisava

de muitas coisas. Por mais que Samuelito trabalhasse,

êle sabia que a possibilidade de ir à escola, agora,

tornava-se muito distante.

Samuelito 'pensava, freqüentemente, na mIssIOná­

ria e n o, dia quando, atrás da' sua casa, êle tinha nasci­

do na família de Deus. Mesmo assim, sentia-se muito

desanimado . Pobre Samuelito! Não tinha ninguém

26 A VISITADA MISSIONARIA

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 25

Page 26: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

que lhe pudesse ensinar alguma ,coisa da Palavra de '

Deus. Às vêzes chegava a pensar que cometeu um pe­cado acreditando na evangelista. Pois sua mãe havia

dito que era. Ela não permitia que Samuelito lhe fa­

lasse a respeito de se tornar um crente. O cego l,he dissera que tôd'a essa desgraça caira sôbre êles' por

causa da maldade de Samuelito em se tornar crente.

Mesmo assim, o Espírito Santo habitava no cora­

ção de Samuelito e êle achava confôrto em or~r. Mui­tas vêzes era conduzido, pelo Espírito Santo, a escon­der-se atrás da casa, no lugar onde tinha se entregado

ao Senhor Jesus, para contar a Deus a. sua mágoa. Sempre que Samuelito ia ao ponto do ônibus para

engraxar sapatos, tinha esper.anças de encontrar a mis­

sionária. Quando ia à estrada vender os lagartos', olha­

va ansioso, não pelos fregueses que pudessem comprar, mas 'pela missionária que lhe poderia ensinar alguma

coisa 1l'l:ais a respeito de Deus.

(25) Num dia muito quente, quando Samuelito estava completamente desanimado, pois o dinheiro do v~so de barro estava quase no fim, êle a. viu! Não foi nem

no ponto ,do ônibus, nem na estrada. Foi no caminho que levava à casa de Samuelito!

Quando o menino viu que era, realmente, a. mis­sionária que se aproximava da casa, correu a esconder­

se. Tinha mêdo que sua mã,e descobrisse que essa se­nhora era a evangelista que conversara com êle.

A VISITA DA MISSIONARIA - '27

que lhe pudesse ensinar alguma . coisa da Palavra de .

Deus. Às vêzes chegava a pensar que cometeu um pe­

cado acreditando na evangelista. Pois sua mãe havia

dito que era. Ela não permitia que Samuelito lhe fa­

lasse a respeito de se tornar um crente. O cego l.he

dissera que tôda essa desgraça caira sôbre êles por

causa da maldade de Samuelito em se tornar crente.

Mesmo assim, o Espírito Santo habitava no cora­

ção de Samuelito e êle achava confôrto em or,,!r. Mui­

tas vêzes era conduzido, pelo Espírito Santo, a escon­

der-se atrás da casa, no lugar onde tinha se entregado

ao Senhor Jesus, para contar a Deus a sua mágoa.

Sempre que Samuelito ia ao ponto do ônibus para

engraxar sapatos, tinha esperanças de encontrar a mis­

sionária. Quando ia à estrada vender os lagartos, olha­

va ansioso, não pelos fregueses que pudessem comprar,

mas . pela missionária que lhe poderia ensinar alguma

coisa mais a respeito de Deus.

(25) Num dia muito quente, quando Samuelito estava completamente desanimado, pois o dinheiro do vaso

de barro estava quase no fim, êle a vÍu! Não foi nem

no ponto do ônibus, nem na estrada. Foi no caminho

que levava à casa de Samuelito!

Quando o menino viu que era, realmente, a mis­

sionária que se aproximava da casa, correu a esconder­

se. Tinha mêdo que sua mãe descobrisse que essa se­

nhora era a evangelista que conversara com êle.

A VISITA DA MISSIONARIA - 27

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 26

Page 27: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

De seu esconderijo observava. Sua mãe e a irmã­

zinha tinham visto a- missionária que se aproximava da casa. Esperavam juntas à porta. Samuelito viu o sor ..

ris'o que êle tinha 'começado a amar e ouviu a sua voz dizendo:

- Buenos dias, Seiiora. Sua mã~ mal respondeu, pois não confiava e.m e~

trangeiros~

Samuelito ouviu a mIssIonária dizer à sua mãe que ela tinha ouvido falar do acidente que seu marido

sofrera. Visra trazer ·a sua simpatia e queria saber se não podia ajudar em alguma coisa. Ofereceu à sua mãe uma caixa de biscoitos: e doces. Foi convidada a entrar.

(26) Quando as duas mulheres sentaram-se para beber café e comer os dôces, Samuelito, finalmente, entrou te .. meroso. Cumprimentou-a com a cabeça e estendeu-lhe

B mão .

. - Senora. - a mÍssionária disse ·- eu já conheço () seu filho. Encontrei-o uma vêz ' no ponto do ôriibus

e, outra · vêz, na estrada vendendo lagartos. Samuelito percebeu um brilho de surprêsa e de

raiva no olhar de sua mãe. Ela olhou primeiro a mis­sionária e, depois, o seu filho. .

--- Por favor, mamacita - disse o menino - ela

é bondása e educada.

28 - A VISITA DA MISSIONARIA

De seu esconderijo observava. Sua mãe e a irmã­

zinha tinham visto a missionária que se aproximava da

casa. Esperavam juntas à porta. Samuelito viu o sor­

riso que êle tinha começado a amar e ouviu a sua voz dizendo:

- Buenos dias, Seiíora.

Sua mãe mal respondeu, pois não confiava em es­

trangeiros;

Samuelito ouviu a m1sslOnária dizer à sua mãe que ela tinha ouvido falar do acidente que seu marido

sofrera. Visra trazer a sua simpatia e queria saber se não podia ajudar em alguma coisa. Ofereceu à sua

mãe uma caixa de biscoitos' e doces. Foi convidada a entrar.

(26) Quando as duas mulheres sentaram-se para beber café e comer os dôces, Samuelito, finalmente, entrou te­

meroso. Cumprimentou-a com a cabeça e estendeu-lhe B mão.

, - Seiíora - a missionária disse- eu já conheço

o seu filho. Encontrei-o uma vêz ' no ponto do ôriibus e, outra vêz, na estrada vendendo lagartos.

Samuelito percebeu um brilho de surprêsa e de

raiva no olhar de sua mãe. Ela olhou primeiro a m1S­

sionária e, depois, o seu filho. ' --- Por favor, mamacita

é bondosa e educada.

disse o menino - ela

28 - A VISITA DA MISSIONARIA

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 27

Page 28: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

A m1ssIonária 'aproveitou a oportunidade e per­

guntou: - Se a senhora pensa que eu ensinei coisas ruins

a seu filho por que não me deixa: contar-lhe ·a mes·ma história agora? Se a senhor,a ouvir e achar .que· r~al­mente está errado, eu irei embora e nunca mais vol­tarei.

Os olhos de Samuelito imploravam, e sua mãe não queria ser rude com essa ' senhora tão delicada.

- Está bem, pode contar - disse. (27) Mais um:a vêz, sentado sôbre os seus' calcanhares, Samúelito ouviu a ·história mais maravilhosa do mundo. Agora já entendia melhor. Queria ajudar a missioná­

ria, mas era um menino mexicano muito bem educado e sabia que precisava respeitar os mais velhos. De vêz em quando dizia: "Si! 'Si!~'J e os seus olhos brilhavam. Sua irmãzinha támbém estava ouvind'o. Com os olhos sem i-cerrados, observava ·a· missionária virar ás páginas do livrinho e explicar cada uma daquelas côres.

Qua.ndo ela terminou, fêz-se um silêncio. Levan­tou-se é acrescentou: . .

. - Agora preciso ir antes que e~c\Ifeça. Por fa-vor, posso orar por seu marid9, antes de sair?

Um ~'sí"baixinho foi a. resposta da mãe de Samue­lito, enquanto se levantavam.

Ajoelhap.dç>-se no as~oalho empoeitado, a mis~io­

n~ria erC\l. .pediu· a Deus que tornas.Se possível a volta

.A .. VISIT-A DA MISSIONARIA - 29

A mIssIonária aproveitou a opo{'tunidade e per­

guntou: Se a senhora pensa que eu ensinei coisas ruins

a seu filho por que não me deixa contar-lhe a mesma história agora? Se a senhora ouvir e achar .que real­mente está errado, eu irei embora e nunca mais vol­tarei.

Os olhos de Samuelito imploravam, e sua mãe não queria ser rude com essa senhora tão delicada.

- Está bem, pode contar - disse.

(27) Mais uma vêz, sentado 5Ôbre os seus calcanhares, Samúelito ouviu a história mais maravilho~a do mundo. Agora já entendia melhor. Queria ajudar a missioná­

ria, mas era um menino mexicano muito bem educado e sabia que precisava respeitar os mais velhos. De vêz em quando dizia: "Si! Si!", e os seus olhos brilhavam. Sua irmãzinha tãnibém estava ouvind'o. Com os olhos

sem i-cerrados, observavaa· missionária virar ás páginas do livrinho e explicar cada uma daquelas cÔre.s.

Quando ela terminou, fêz-se um silêncio. Levan·

tou-se ti acrescentou: . .

. - Agora preciso ir antes que escureça. Por f!to

vor, posso orai!' por seu marido, antes de sair? Um "si" baixinho foi a resposta da mãe de Samue­

lito, enquanto se levantavam. Ajoelh~9-se fIO as~oalho empoeirado, a miSsio­

nária. ereu, .pediu· a Deus que tornaSSe possível a volta

A VISIT-A DA MISSIONARIA - 29

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 28

Page 29: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

do pai de Samuelito para breve e que tornasse em rea­

lidade a ida de Samuelito à escola. Depois, acres-centou:

- Mais do que tudo, Senhor Deus, conduza esta boa . família ao conhecimento do Senhor ]esuscomo

seu Salvador e Amigo. Quando a missionária se levantou, os 'olhos da mãe

de Samuelito estavam . cheios de lágrimas, e não pare .. cia zangada quando o menino declarou acanhadamente:

- Eu já me entreguei ao Senhor Jesus. Eu Lhe pedi atrás da casa. ~le já está no meu coração, Se­norita. ~le já me perdoou.

- Que bom, Samuelito Sinto-me feliz - a mis. sionária respon.deu, com os olhos cheios de lágrimas.

- Se ela está contente, por que ' será que está chorando? - pensou Samuelito.

(28) Samuelito - t1iss,e ;a missionária. " ., voce Ja

sabe a história d'o livrinho. Eu lhe dou êste. Talvez sua mamãe goste de ouví-la novamente. Talvez vácê possa cotita-! ao seu papai quando êle voltar para casa. Estou certa de que Deus 'Ouvirá as nossas orações e que você poderá ir à escola, mesmo tendo o dinheiro acabado. Deus pode fazer um milagre, Samuelito. E quando você aprender ·a ler, vai ganhar uma Bíblia que

, , sera so sua.

A missionária saíu, deix.ando um sorriso e um apêr­to de mão. Quando descia o caminho, ainda disse um

30 ' ~ A VISITA DA MISSIONARIA

do pai de Samuelito para breve e que tornasse em rea­

lidade a ida de Samuelito à escola. Depois, acres­centou:

- Mais do que tudo, Senhor Deus, conduza esta

boa . família ao .conhecimento do Senhor Jesus como

seu Salvador e Amigo. Quando a missionária se levantou, os 'olhos da mãe

de Samuelito estavam . cheios de lágrimas, e não pare­cia zangada quando o menino declarou acanhadamente:

- Eu já me entreguei ao Senhor Jesus. Eu Lhe pedi atrás da casa. ~Ie já está no meu coração, Se­

iíorita. ~le já me perdoou. - Que bom, Samuelito Sinto-me feliz - a mis.

sionária respondeu, com os olhos cheios de lágrimas.

- Se ela está contente, por que será que está chorando? - pensou Samuelito.

(28) Samuelito - 1isse ;a IIÚssionária, - você já sabe a história do livrinho. Eu lhe dou êste. Talvez sua mamãe goste de ouví-Ia novamente. Talvez você

possa corita·r ao seu papai quando êle voltar para casa. Estou certa de que Deus 'Ouvirá as nossas orações e que você poderá ir à eS'cola, mesmo tendo o dinheiro acabado. Deus pode fazer um milagre, Samuelito. E quando você aprender ·a ler, vai ganhar uma Bíblia que

, , sera so sua.

A missionária saíu, deixando um sorriso e um apêr­

to de mão. Quando descia o caminho, ainda disse um

30....., A VISITA DA MISSIONARIA

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 29

Page 30: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

adios. Samuelito não sabi~ que, na. dia seguinte, ela voltaria à cidade do México~ Não sabia que fôra à '~ua casa, naquêle dia, mandada pelo Espírito Santo.

Só uma coisa o menino sabia. Tinha o coração com­pletamente tomado de. felicidade. Não tinha Deus

. feito um milagre? Sua mãe não estava zangada e ou-

vira a. maravilhosa história.

(29) A mãe com as duas crianças ficaram a observar,

da porta da cabana, a mis~ionária que se afastava. Quan­do ela desaparéceu, a mãe do menino disse:

- Sim, meu filho, você tinha razão. Essa mulher . é bondosa.

., (?).~ ' ... ,. : >

:0' ••• ...• ,,, . -

Com a mão sôbre o cora-,.,

çao, acrescentou:

- Eu sinto aqui. Ela dis­se palavras verdadeiras. Con­te-me, novamente, a história

do livrinho, Samuelito, meu

rono.

Samuelito, com alegria no coração e guiado pelo Espírito

Santo, contou a história à sua mãe muitass e muitas' vêzes.

Sua mãe não se cansava de ouví-la. - Lembre-se~ mamacita. que tudo isso está na

Bíblia. O livrinho fala só da Bíblia. O meu coração, também, m·amacita, diz que essas coisas são verdadeiras.

A VISITA DA MISSIONARIA - 31

a.dias. Samuelito não sabia que, no dia seguinte, ela

voltaria à cidade do México. Não sabia que fôra à sua casa, naquêle dia, mandada pelo Espírito Santo.

Só uma coisa o menino sabia. Tinha o coração com­

pletamente tomado de felicidade. Não tinha Deus

. feito um milagre? Sua mãe não estava zangada e ou­

vira a maravilhosa história.

(29) A mãe com as duas crianças ficaram a observar,

da porta da cabana, a missionária que se afastava. Quan­

do ela desapareceu, a mãe do menino disse:

- Sim, meu filho, você tinha razão. Essa mulher . é bondosa.

Com a mão sôbre o cora--çao, acrescentou:

- Eu sinto aqui. Ela dis­

se palavras verdadeiras. Con­

te-me, novamente, a história

do livrinho, Samuelito, meu

mna. Samuelito, com alegria no

coração e guiado pelo Espírito

Santo, contou a história à sua

mãe muitass e muitas vêzes.

Sua mãe não se cansava de ouví-la.

- Lembre-se; mamacita. que tudo isso está na Bíblia. O livrinho fala só da Bíblia. O meu coração,

também, mamax:ita, diz que essas coisas são verdadeiras.

A VISITA. DA MISSIONARIA - 31

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 30

Page 31: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

(30) Antes de se deitarem, nessa noite, Samuelito e sua mãe se ajqelharam, como tinham visto a missionária fazer. Ela pediu perdão pe~os pecados, como o filho lhe -ensinou, e terminou dizendo:

- Eu não sei como diz~r, mas sei que Jesus mor-reu por mim, também, e eu C? amo muito.

Nenhum dos dois percebeu a menininha que ajoe­lhou-se atrás da mamãe e repetiu baixinho as palavras que ouviu. . Quando a mae se levantou, banhada em lágrimas, abraçou o seu filho. A menininha aproximou­se e disse:

- Eu também O aceitei.-Nessa noite, a pequena família ficou até muito

tarde, à porta, observando as estrêlas e pensando no seu nôvo lar, lá no céu, para onde iriam um dia.

32 - A VISIT.A. DA l\iISSIONARIA

(30) Antes de se deitarem, nessa noite, Samuelito e

sua mãe se ajoelharam, como tinham visto a missionária fazer. Ela pediu perdão pelos pecados, como o filho lhe -ensinou, e terminou dizendo:

- Eu não sei como dizer, mas sei que Jesus mor-reu por mim, também, e eu O amo muito.

Nenhum dos dois percebeu a menininha que ajoe­

lhou-se atrás da mamãe e repetiu baixinho as palaVras que ouviu. . Quando a mae se levantou, banhada em

lágrimas, abraçou o seu filho. A menininha aproximou­se e disse:

- Eu também O aceitei. Nessa noite, a pequena família ficou até muito

tarde, à porta, observando as estrêlas e pensando no

seu nôvo lar, lá no céu, para onde iriam um dia.

32 - A VISITA DA MIS.S,IONARIA

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 31

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CAPITULO V

OEUS RESPONDE A ORAÇÃO?

(31) A ambulância, trazendo o pai de' Samuelito, parou

na estrada, junto ao caminho que levava à cabana.

Não podia entrar pelo mesmo, pois era muito estreito.

Os antigos da família estavam esperando com uma

maca, feita por êles. Gentilmente carregaram para casa o homem doente.

(32) A mãe de Saml:lelito estivera ocupada tôda a ma­

nhã, preparando a casa para a volta do marido. Mo-

lhara bem o' chão e o varreu muitas vêzes. Limpara tudo o

que ha.via, inclusive o que já

estava limpo. ' Agora ela deu

café aos homens que carrega­

ram o seu marido. Quando êles

se foram, agachou-se ao lado

'da cama que havia preparado

e onde o inarido estava dei­

tado. ' Suas costas doem

muito? - perguntou. Abraçaram-se, chorando e falan-

DEUS RESPONDE À ORAÇÃO? - 33

CAPITULO V

OEUS RESPONDE A ORAÇÃO?

(31) A ambulância, trazendo o pai de-Samuelito, parou

na estrada, junto ao caminho que levava à cabana.

Não podia entrar pelo mesmo, pois era muito estreito.

Os amigos da família estavam esperando com uma

maca, feita por êles . Gentilmente carregaram para

casa o homem doente.

(32) A mãe de Samllelito estivera ocupada tôda a ma­

nhã, preparando a casa para a volta do marido. Mo-

lhara bem o chão e o varreu

muitas vêzes. Limpara tudo o

que havia, inclusive o que já

estava limpo. Agora ela deu

café aos homens que carrega­

ram o seu marido. Quando êles

se foram, agachou-sé ao lado

-da cama que havia preparado

e onde o marido estava dei­

tado. Suas costas doem

muito? - perguntou. Abraçaram-se, chorando e falan-

DEUS RESPONDE Ã ORAÇÃO? - 33

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do ao mesmo tempo. Samuelito e sua irmãzinha obser­va.vam à distância.

- Que bom estar em casa - disse o papai. -Como é bom estar em casa!

Papai fêz sinal aos meninos para que se aproxi­massem. Depois de abraçá-los, desviou os olhos para

o vaso· de barro e, depois, para Samuelito.

- Papai, não tem importância, nem um pouco disse Samuelito. - Ainda bem que você pôde voltar par.a. casa.

Seu pai virou o rosto e fechou os olhos. Come:... çou a soluçar, pois estava muito fraco.

Foi-se tudo, meu filho? - perguntou.

Não, não se foi tudo, papai. Penso que pode­

rei, ainda, ir à escola. Talvez haja um meio de ir. Se

você dormir agora, eu lhe conto depois. . Durma agora, .

papal.

Vendo o espanto de sua mãe, Samuelito fêz-lhe

sinal de silêncio, colocando o dedo sôbre os lábios.

Dirigindc-se ao marido, a mãe do menino falou:

- Sim, papai, durma, agora. Sua siesta deve ser

bem longa hoje, pois você fêz uma viagem muito longa e precisa descansar bastante, para logo ficar bom.

Logo mais, o pai de Samuelito respirava pesada­mente. Já dormia.

34 - DEUS RESPONDE A ORAÇÃO?

do ao mesmo tempo. Samuelito e sua irmãzinha obser­vavam à distância.

- Que bom estar em casa - disse o papal. -Como é bom estar em casa!

Papai fêz sinal aos meninos para que se aproxi­massem. Depois de abraçá-los, desviou os olhos para

o vaso de· barro e, depois, para Samuelito.

- Papai, não tem importância, nem um pouco disse Samuelito. - Ainda bem que você pôde voltar para. casa.

Seu pai virou o rosto e fechou os olhos. Comec

çou a soluçar, pois estava muito fraco.

Foi-se tudo, meu filho? - perguntou.

Não, não se foi tudo, papai. Penso que pode­

rei, ainda, ir à escola. Talvez haja um meio de ir. Se

você -dormir agora, eu lhe conto depois. . Durma agora, papal.

Vendo o espanto de sua mãe, Samuelito fêz-íhe

sinal de silêncio, colocando o dedo sôbre os lábios.

Dirigindc-se ao marido, a mãe do menino falou:

- Sim, papai, durma agora. Sua siesta deve ser

bem longa hoje, pois você fêz uma viagem muito longa e precisa descansar bastante, para logo ficar bom.

Logo mais, o pai de Samuelito respirava pesada­

mente. Já dormia.

34 - DEUS RESPONDE A ORAÇAO?

Portuguese Miracle for Samuelito -- Page 33

Page 34: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

(33) A mãe de Samuelito mandou que a filhinha fôsse brincar lá fora. Depois, perguntou a Samuelito, bem baixinho:

- Por que você prometeu contar a seu pai algu­ma coisa, se não há n.ada para contar?

Abraçando sua mãe, Samuelito respondeu:

- Ma:trJ. aci ta, há alguma coisa. A evangelista disse que Deus vai responder . à oração e um dia eu poderei ir à escola. A senhora se esqueceu? Precisa­mos contar ao papai. Quando a oração for atendida, papai vai ficar sabendo que a missionária é bondosa

e fala a verdade.

Tomando o seu filho nos braços, apertou-o contra o peito:

- Ah, meu nino, como é que Deus pode pôr di­nheiro no vaso, heim?

- Não sei como, mamacita} mas sei que ~le vaI responder à nessa oração. E papai não voltou? Deus não atendeu? Eu pedi, também, a respeito da escola. ~le vai atender, mamaoita; 1tle vai atender.

A mãe de Samuelito afastou-se com o coração pe­sado.

- Pobre filho, como vai ficar desapontado! -

pensou.

* * *

DEUS RESPONDE A ORAÇÃO? - 35

(33) A mãe de Samuelito mandou que a filhinha fôsse brincar lá fora. Depois, perguntou a Samuelito, bem baixinho:

- Por que você prometeu contar a seu pai algu­ma coisa, se não há nada para contar?

Abraçando sua mãe, Samuelito respondeu:

- M ,a:macite, há alguma coisa. A evangelista

disse que Deus vai responder . à oração e um dia eu poderei ir à escola. A senhora se esqueceu? Precisa­mos contar ao papai. Quando a oração for atendida, papai vai ficar sabendo que a missionária é bondosa

e fala a verdade.

Tomando o seu filho nos braços, apertou-o contra o peito:

- Ah, meu nmo, como é que Deus pode pôr di­nheiro no vaso, heim?

- Não sei como, mamacita, mas sei que :ele vai responder à nessa oração. E papai não voltou? Deus

não atendeu? Eu pedi, também, a respeito da escola. :ele vai atender, marnacita; :ele vai atender.

A mãe de Samuelito afastou-se com o coração pe-

sado.

- Pobre filho, como vai ficar desapontado! -

pense)U.

* * * DEUS RESPONDE A ORAÇAO? - 35

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Page 35: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

Cada dia que passava, o pai " de Samuelito sen­

tia-se mais forte. Logo poderia começar a trabalhar

um pouco. Samuelito ía, todos os dias, ao ponto do

ônibus, para engraxar sapatos Aos" _ sábados e domin­

gos íam vender lagartos.. Quando não conseguiam ven­dê-los, traziam os animais para casa e mamãe os pre­

parava no pequeno .fogão de lenha. Tinham, assim,

uma boa refeição de vêz em qu~ndo. Esperavam sem-

"pre que a missionária voltasse, e ficavam desaponta ...

dos pois ela não aparecia.

Todos o,s dias Samuelito orava, com tôdas as fôr­

ças do seu coração, para que Deus providenciasse a

respeito da escola. Pedia, também, para " que seu pai

se sentisse desejoso de ouvir a. história do livrinho, pois Samuelito ansiava por contá-la. Entretanto, seu pai

não queria saber nada a respeito da história que a evangelista contara ao menino e à sua mãe.

- Vocês acham que nós temos poucos aborreci­

mentos? Já não chega? E' por " causa de vocês dois

que nós estamos tendo tantas atrapalhações. Não, eu não quero ouvir. Não quero mais aborrecim"entos.

(34) Quando o pai de Samuelito saía parra trabalhar, o

menino e sua l?ãe ajoelhavam-se par,a orar. Cada dia

mais sentiam que Deus era Amigo. A irmãzinha ajoe­lhava-se, sempre, com êles.

De vêz em quando, a mãe do menino dizia:

36 - DEUS RESPONDE A ORAÇÃO?

Cada dia que passava, o pai ' de Samuelito stm­

tia-se mais forte. Logo poderia começar a trabalhar

um pouco. Samuelito ía, todos os dias, ao ponto do

ônibus, para engraxar sapatos Aos . sábados e domin­

gos íam vender lagartos. Quando não conseguiam ven­

dê-los, traziam os animais para casa e mamãe os pre­

parava no pequeno Jogão de lenha. Tinham, assim,

uma boa refeição de vêz em quando. Esperavam sem­

. pre que a missionária voltasse, e ficavam desaponta­

dos pois ela não aparecia.

Todos os dias Samuelito orava, com tôdas as fôr­

ças do seu coração, pa.a que Deus providenciasse a

respeito da escola. Pedia, também, para . que seu pai

se sentisse desejoso de ouvir a história do livrinho, pois Samuelito ansiava por contá-Ia. Entretanto, seu pai

não queria saber nada a respeito da história que a evangelista contara ao menino e à sua mãe.

- Vocês acham que nós temos poucos aborreci­

mentos? Já não chega? E' por causa de vocês dois

que nós estamos tendo tantas atrapalhações. Não, eu

não quero ouvir. Não quero mais aborrecimentos.

(34) Quando o pai de Samuelito saía pa,ra trabalhar, o

menino e sua mãe ajoelhavam-se para orar. Cada dia

mais sentiam que Deus era Amigo. A irmãzinha ajoe­lhava-se, sempre, com êles.

De vêz em quando, a mãe do menino dizia:

36 - DEUS RESPONDE A ORAÇAO?

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Page 36: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

-:- Ah, Samuelito, nós não vamos arranjar êsse dinheiro 'antes de você ficar grande demais ' para ir à escola.

Samuêlito respondia sempre:

- Mas Deus , pode fazer um milagre, m~ta. Precisamos continuar pedindo. A bondosa senorita não vai se esquecer ' de orar , :também. Você vai ver. Quan­

do Deus realizar o milagre e 'eu estiver na escola, tal~ vez papai queira ouvir a história do 'livrinho. Talvez

êle' creia nela, não é?

(35) Havia mais uma pessoa para a 'qual Samuelito

estava tentando contar a história do livrinho. Era o cego do ponto do ônibus'.,

A princípio, o cego não queria ouvir. Depois, em atenção à bondade de Sa-muelito que, de vêz 'em quando, dava":lhe uma esmola, consentiu em escutar.

- O senhor não pode ver as côres do livrinho - ' Samuelito lhe dizia. - O senhor precisa acreditar em mim quando eu lhe conta-r. E, se o senhor pode crer em mim, não pode crer também em Deus e con­fiar ~le? ,Se o senhor Lhe pedir perdão pelos seus pecados, ~le lhos perdoará e virá morar em seu cora­ção., ~le o fará, senhor. ~le o fará. E , o senhor vai

pertencer à família de Deus. E o senhor poderá ver um , dia, quando fôr para o céu. Eu seI ISSO, pOiS o livrinho conta as coisas que estão na Bíblia.

DEUS RESPONDE A ORAÇÃO? - 37

-,- Ah, Samuelito,

dinheiro antes de você

escola.

. - , nos nao vamos arranJM

ficar grande demais ' para

Samuelito respondia sempre :

, esse , , Ir a

- Mas Deus · pode fazer um milagre, mamacita. Precisamos continuar pedindo. A bondosa senorita não

vai se esquecer de orar também. Você vai ver. Quan­

do Deus realizar o milagre eeu estiver na escola, tal,

vez papai queira ouvir a história do livrinho. Talvez

êle creia nela, não é?

(35) Havia mais uma pessoa para a qual Samuelito

estava tentando contar a história do livrinho, Era o

cego do ponto do ônibus.

A princípio, o cego não queria OUVir,

em atenção à bondade de Samuelito que, de

Depois, ,

vez 'em

quando, dava~lhe uma esmola, consentiu em escutar.

- O senhor não pode ver as côres do livrinho

. Samuelito lhe dizia. - O senhor precisa acreditar

em mim quando eu lhe contar. E, se o senhor pode

crer em mim, não pode crer também em Deus e con­

fiar nll:le? . Se o senhor Lhe pedir perdão pelos seus

pecados, :ele lhos perdoará e virá morar em seu cora­

ção. :ele o fará, senhor. :ele o fará. E o senhor vai

pertencer à família de Deus. E o senhor poderá ver

um dia, quando fôr para o céu. Eu sei ISSO, POiS o

livrinho conta as coisas que estão na Bíblia.

DEUS RESPONDE A ORAÇAO? - 37

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Page 37: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

Sempre que o cego pa.recia estar cochilando de­baixo do seu sombrero~ estava na realidade, pensando sôbre as coisas que Samuelito lhe havia contado. Ia

pedir ao menino que lhe contasse a história novamente.

Seria tão bom ir par.a o céu e ver tôdas as coisas bonitas que lá existia'm, das quais' Samuelito tinha fa­lado. Samuelito . dissera que a Bíblia falava dessas coi­sas: Sim, êle iria pedir ao menino que lhe contasse a história outra vêz.

Mas Deus não haveria de querer um homem tão máu como êle. Não estava cego por causa da sua maldade? Não podia ser verdade que Deus podia perdo·á-Io e levá-lo ao céu quando morresse. Não podia ser verdade .

. Mas, conforme Samuelito ia contando, muitas e

muitas vêzes, a história do livrinho, a verdade da Pa­lavra de Deus encontrou um outro lar: o coração do homem cego. ~le nasceu de novo. . Tornou-se um membro da família de Deus. E Samuelito, agora, orava mais do que nunca pela conversão de seu pai.

(36) Um dia, um grupo de homens desceu do ônibus e deram a entender que pretendiam . permanecer na vila po.r algum tempo. Despedir.am Samuelito, quando êste se aproximou, perguntando: Engraxalte, senhores? E começaram a conversar com os homens que sempre vagabundeavam à volta do restaurante.

38 - DEUS RESPONDE À ORAÇÃO?

Sempre que o cego parecIa estar cochilando de­baixo do seu sombrero, estava na realidade, pensando sôbre as coisas que Samuelito lhe havia contado. Ia pedir ao menino que lhe contasse a história novamente.

Seria tão bom ir par,a o céu e ver tôdas as coisas

bonitas que lá existiam, das quais Samuelito tinha fa­lado. Samuelito . dissera que a Bíblia falava dessas coi­

sas: Sim, êle iria pedir ao menino que lhe contasse a história outra vêz.

Mas Deus não haveria de querer um homem tão

máu como êle. Não estava cego por causa da sua maldade? Não podia ser verdade que Deus podia

perdoá-lo e levá-lo ao céu quando morresse. Não podia ser verdade.

Mas, conforme Samuelito ia contando, muitas e muitas vêzes, a história do livrinho, a verdade da Pa­

lavra de Deus encontrou um outro lar: o coração do homem cego. 1!:le nasceu de novo. Tornou-se um membro da família de Deus. E Samuelito, agora, orava

mais d'o que nunca pela conversão de seu pai.

(36) Um dia, um grupo de homens desceu do ônibus

e deram a entender que pretendiam . permanecer na vila por algum tempo. Despedir.am Samuelito, quando êste se aproximou, perguntando: Engraxate, senhores? E começaram a conversar com os homens que sempre vagabundeavam à volta do restaurante.

38 - DEUS RESPONDE A ORAÇAO?

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Page 38: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

o cego parou de canta·r e todos pararam de con­versar para ouvir as coisas estranhas que os homens estavam falando.

- Vamos precisar de muitos ajudantes - disse um dêles. "- Vocês acham que conseguiremos encon­trar homens que estejam prontos a ajudar?

- Si! Si! Todos nós vamos ajudar, seno!" - al­guém respondeu. Quando Samuelito os viu entrar no

restaurante para, aH, pasar~m a noite, deu um pulo e bateu nas costas do cego, perguntando:

- O senhor ouviu?

(37) Em um segundo já estava no caminho que con­"duzia à sua: casa, balançando a caixa de engraxate

que trazia pendurada em um braço. A poeira trans­formou-se em uma núvem ao redor d~ sua negra. ca­becinha e, logo, desapareceu de vista.

DEUS RESPONDE A ORAÇÃO? - 39

o cego parou de cantar e todos pararam de con­versar para ouvir as coisas estranhas que os homens estavam falando.

- Vamos precisar de muitos ajudantes - disse um dêles. - Vocês acham que conseguiremos encon­trar homens que estejam prontos a ajudar?

- Si! Si! Todos nós vamos ajudar, senoe al-

guém respondeu. Quando Samuelito os viu entra·r no

restaurante para, aH, pasarem a noite, deu um pulo e

bateu nas costas do cego, perguntando:

- O senhor ouviu?

(37) Em um segundo já estava no caminho que con­duzia à sua casa, balançando a caixa de engraxate que trazia pendurada em um braço. A poeira trans­formou-se em uma núvem ao redor de sua negra ca­

becinha e, logo, desapareceu de vista.

DEUS RESPONDE A ORAÇAO? - 39

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Page 39: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

CAP1TULO VI

UM ' MILAGRE PARA SAMUELITO

Quando a mãe de Samuelito avistou o filho cor­r'endo pelo caminho, assustou-se. Será que tinha' ·acon-

tecido alguma Co1.6a horrÍ­

vel? Não com Samuelito, es­

tava claro. Se~á que um

menino conseguia correr tão depressa assim?

(38:) Precipitando-se casa

adentro., ' passou por sua mãe, gritando:

- Papai! Papai! Acon­

teceu! O mil1agre! Aconte­

ceu!

Os pais de Samuelito escutavam, enquanto o me­nino lhes contava a respeito dos homens estranhos que

tinham vindo no ônibus. Estavam à procura de volun­

tários para ajudarem na construção de uma escola~

- Ouviu, papacito? Uma escola! Uma escola aqui,

papacito, aqui mesmo, nas montanhas! Deus resp<?ndeu

40 - UM MILAGRE PARA SAMUELITO

CAPITULO VI

UM MILAGRE PARA SAMUELITO

Quando a mãe de Samuelito avistou o filho cor­

r'endo pelo caminho, assustou-se. Será que tinha' acon­

tecido alguma co1Wla horrí­

vel? Não com Samuelito, es­

tava claro. Será que um , .

memno consegUia correr tão depressa assim?

(38:) Precipitando-se casa

adentro, passou por sua mãe,

gritando:

- Papai! Papai! Acon­

teceu! O mil,agre! Aconte­

ceu!

Os paIs de Samuelito escutavam, enquanto o me­nino lhes contava a respeito dos homens estranhos que

tinham vindo no ônibus. Estavam à procura de volun­

tários para ajudarem na construção de uma escola;

- Ouviu, papacito? Uma escola! Uma escola aqui,

papacito, ó.qUl mesmo, nas montanhas! Deus respondeu

40 - UM MILAGRE PARA SAMUELITQ

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Page 40: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

às nossas orações! Eu poderei ir à escola! Papacito,. agora você vai crêr nale?

- Não, meu filho. E' impossível que construam uma escola 'aqui. Como é que trarão os tijolos e a ma­deira? Se a ambulância não pôde entrar, um caminhão não poderá.

Mas Sa~uelito não se· desencorajava.

- Eu não sei, papacito, COomo êles farão, mas eu conheço Deus. ~le respondeu às nossas orações. Eu sei, papa cito. . E ·~le pode trazer os . tijolos e a ma­deira.

O pai de Samuelito sorriu diante .da ansiedade e· excitação de seu filho.

- Por favOor, meu filho, não vá ficar des~ponta-·

do. Veja, o dinheiro no vaso já está aumentando no­vamente.

Samuelito sacudiu a cabeça. - Só teremos o suficiente quando ' eu estiver gran­

de demais parp. ir à escola, papai. Mas D.eus pode f a­zer um milagre. Nós não poderíamos ajudar ·a cons­truir a es'cola, não poderíamos?

- Si, si - respondeu o papai, acariciando a ca­beça do menino. Não custava nada prometer, mas êle tinha certeza- de que não haveria escola, alí nas mon­tanhas .

. ( 39) Mas que surprêsa teve o pai de Samuelito; quando,.

.uma semana mais tarde, viu bois e burrinhos subindo

UM MILAGRE PARA SAMUELITO - 41

às nossas orações! Eu poderei ir à escalai Papacit0r

agora você vai crêr ~Ie?

- Não, meu filho. E' impossível que construam uma escola ·aqui. Como é que trarão os tijolos e a ma­deira? Se a ambulância não pôde entrar, um caminhão. não poderá.

Mas Samuelito não se desencorajava.

- Eu não sei, papacÍto, como êles farão, mas eu conheço Deus. ~Ie respondeu às nossas orações. Eu sei, papacito. . E~le pode trazer os tijolos e a ma­deira.

O pai de Samuelito sorriu diante .da ansiedade e excitação de seu filho.

- Por favor, meu filho, não vá fÍcar desaponta­do. Veja, o dinheiro no vaso já está aumentando no­vamente.

Samuelito sacudiu a cabeça. - Só teremos o suficiente quando ' eu estiver gran­

de demais parI' ir à escola, papai. Mas Deus pode fa­zer um milagre. Nós não poderíamos ajudar ·a cons­truir a eS'cola, não poderíamos?

- Si, si -beça do menino.

respondeu o papai, acariciando a ca­Não custava nada prometer, mas êle

tinha certeza de que não haveria escola, alí nas mon­tanhas.

(39) Mas que surprêsa teve o pai de Samuelito; quando,

uma semana mais tarde, viu bois e burrinhos subindo

UM MILAGRE PARA SAMUELITO - 41

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Page 41: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

pela estrada, ca'rregados de a:ço para as armações e ma­d'eira para as paredes e teto. Passaram pela caba.na, ,em direção às montanhas.

- Samuelito tinha razão! - êle repetia sem pa­rar.- Nós dois iremos ajudar. Nosso filho poderá ir à escol,a, mamãe; nosso filhO' poderá ir à escola.

- Si - respondeu sua mulher m·ansamente Deus fêz um milagre para o nosso filho, papai. A mis­sionária falava a verdade. Samuélito poderá aprender a ler e a escrever. Samuelito 'aprenderá a ler a Bí­blia. Samuelito irá se tornar um grande homem.

Olhando para o rosto alegre de sua mulher, o pai de Samuelito concordou:

- Si.

* * *

O pai de Samuelito ficou sabendo que o govêrno do México havia decidido que as crianças d'o interior, assim como as da cidade, precisavam ir à escola.

De um dos armazéns do Ministério da EducaçãO' da cidade do México, sairam vinte e cinco caminhões, carregando' es~olas pré-fabricadas. . Ond'e terminavam as estradas, bois, mul,as e burros continuavam o traba­lho, puxando o material até às vilas, onde nunca, antes, tinha existido uma. escola.

A escola perto da caSa de Samuelito foi logo ter­minada, e uma professôra veio morar na vila. Mais

42 - UM MILAGRE PARA SAMUELITO

pela estrada, ca·rregados de a:ço para as armações e ma­

deira para as paredes e teto. Passaram pela cabana, em direção às montanhas.

- Samuelito tinha razão! - êle repetia sem pa­rar.- Nós dois iremos ajudar. Nosso filho poderá ir

à escola, mamãe; nosso filho poderá ir à escola.

- Si - respondeu sua mulher mansamente

Deus fêz um milagre para o nosso filho, papai. A mis­sionária falava a verdade. Samuélito poderá aprender

a ler e a escrever. Samuelito -aprenderá a ler a Bí­

blia. Samuelito irá se tornar um grande homem.

Olhando para o rosto alegre de sua mulher, o pai de Samuelito concordou:

- Si.

* * * O pai de Samuelito ficou sabendo que o govêrno

do México havia decidido que as crianças do interior,

assim como as da cidade, precisavam ir à escola.

De um dos armazéns do Ministério da Educação

da cidade do México, sairam vinte e cinco caminhões,

carregando escolas pré-fabricadas. Onde terminavam

as estradas, bois, mulas e burros continuavam o traba­lho, puxando o material até às vilas, onde nunca, antes,

tinha existido uma escola.

A escola perto eLa caSa de Samuelito foi logo ter­

minada, e uma professôra veio morar na vila. Mais

42 - UM MILAGRE PARA SAMUELITO

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Page 42: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

cêdo do que tinha~m imaginado, Samuelito saí,a, diària­mente, para a escola:. Seus pais, por muito tempo, não podiam se convencer da realidade.

( 40) Tôdas as manhãs, logo que o sol saía, Samuelito, todo limpo e quase tão lustroso como o sol, punha:-s~ a caminho. Levava consigo uma. maravilhosa cartilha, na qual estava aprendendo a ler. Levava, também, algumas tortillas, 'cuidadosamente embrulhadas em fô­lha de banana. Era o seu lanche. TodOs os dias, o papai, a mamãe e a irmãzinha observavam a sua saída. Acenavam com a mão até que .a mãozinha morena de Samuelito não pudesse mais ser vista. No próximo ano, a irmãzinha de Samuelito também iria à escola. Seus pais estavam mqito contentes.

Samuelito estava encantado com as venezianas plás­ticas da escola. Maravilhava-se com a bomba de água, a cai~a-de-água, os banheiros e muitas coisas mais, às quais não estava acostumado.

( 41) Agora o pai d'e Samuelito estava pronto' para ou­vir a história do livrinho. Mas, quando Samuelito lhe perguntava, "Papai, você não quer, também, entrar na fa­

mília de Deus, como eu e mamãe fizemos'?", êle sempre respondia, "Ainda não, meu filho".

Uma noite, Samuelito acordou e ouviu seus pais conversando.

- Si, si - seu pai estava dizendo. - Eu gostaria de me ajoelhar e pedir a Deus que perdoe os meus pe-

UM MILAGRE PARA SAMUELITO - 43

cêdo do que tinham imaginado, Samuelito saí,a, diària­mente, para a escola Seus pais, por muito tempo, não podiam se convencer da realidade.

(40) Tôdas as manhãs, logo que o sol saía, Samuelito, todo limpo e quase tão lustroso como o sol, punha;.s~ a caminho. Levava consigo uma maravilhosa cartilha, na quàl estava aprendendo a ler. Levava, também, algumas tortiI1as, cuidadosamente embrulhadas em fô­lha de banana. Era o seu lanche. TodOs os dias, o papai, a mamãe e a irmãzinha observavam a sua saída.

Acenavam com a mão até que a mãozinha morena de Samuelito não pudesse mais ser vista. No próximo ano, a irmãzinha de Samuelito também iria à esco},a. Seus pais estavam muito contentes.

Samuelito estavil encantado com as venezianas plás­ticas da escola. Maravilhava-se com a bomha de água, a caixa-de-água, os banheiros e muitas coisas mais, às quais não estava acostumado.

(41) Agora o pai de Samuelito estava pronto para ou­

vir a história do livrinho. Mas, quando Samuelíto lhe perguntava, "Papai, você não quer, também, entrar na fa­

mília de Deus, como eu e mamãe fizemos?", êle sempre respondia, "Ainda não, meu filho".

Uma noite, Samuelito acordou e ouviu seus pais conversando.

- Si, si - seu pai estava dizendo. - Eu gostana de me ajoelhar e pedir a Deus que perdoe os meus pe.

UM MILAGRE PARA SAMUELITO - 43

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Page 43: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

cados e dizer-Lhe que creio que Jesus morreu po·r mim. Mas, você não acha que essas coisas são para mulheres e crianças? Os meus amigos vão me cham,a;r de bôbo.

, - Si, êles vão achar que você é um bôbo. E você é um b.ôbo se pensa dessa: maneira.

Samuelito estava admiliado por ouvir soo. mãe fa­lar dessa maneira com seu paL Mas ouviu mais ainda.

- Será que pertencer à família de Deus e ir para o céu, depois da morte, não é mais importante? Por favor,. papai. Eu, Samuelito e a pequenina desejamos tê-lo coposco lá no céu. Não tenha. mêdo dos seus amigos.

Quando Samuelito viu seus pais levantarem-se para se ajoelharem no chão empoeirado, levantou-se, tam­bém, de um salto e ajoelhou-se a.o lado dêles. 'talvez êles não. soubessem como fazê-lo, e Samuelito não queria

. que êles errassem. N·a escuridão da noite, mais uma alma nasceu de nôvo, parla entrar na família de Deus'; mais uma alma passou das trevas para ·a luz.

A vida tornou-se difícil par,a Samuelito. e seus pais quando contaram a todos que agora criam nas coisas que os evangélicos ensinavam. Muitos meninos não. queriam

mai~ brincar com Sa.muelito, e os velhos amig.os desvia­vam-se . de seus pais, . quando os encontravam na vila. Muitas vêzes, Samuelito e sua mãe choravam. Muitas vêzes seu pai teve vontade de brigar.

( 42·) Mas a. pro-fessôra da escola era muito amiga de Samuelito. Lia as cartas que Samuelito começou a rece-

44 - UM MILAGRE PARA SAMUELITO

cados e dizer-Lhe que creio que Jesus morreu por mim.

Mas, você não acha que essas coisas são para mulheres e crianças? Os meus amigos vão me chamar de bôbo.

. - Si, êles vão achar que você é um bôbo. E vOCê é um bôbo se pensa dessa: maneira.

Samuelito estava admir.ado por ouvir soo mãe fa­

lar dessa maneir.a com seu pai. Mas ouviu mais ainda.

- Será que pertencer à família de Deus e ir para o

céu, depois da morte, não é mais importante? Por favor, papai. Eu, Samuelito e a pequenina desejamos tê-lo

conosco lá no céu. Não tenha mêdo dos s-eus amigos.

Quando Samuelito viu seus pais levantarem-se para

so ajoelharem no chão empoeirado, levantou-se, tam­

bém, de um salto e ajoelhou-se ao lado dêles. T.alvez êles não soubessem como fazê-lo, e Samuelito não queria

,que êles errassem. Na escuridão da noite, mais uma alma nasceu de nôvo, par,a entrar na família de Deus'; mais uma alma passou das trevas para a luz.

A vida tornou-se difícil par,a Samuelito e seus pais quando contaram a todos que agora criam nas coisas que

os evangélicos ensinavam. Muitos meninos não, queriam

mai1: brincar com Samuelito, e os velhos amigos desvia­

vam-se ,de seus pais" quando os encontravam na vila. Muitas vêzes, Samuelito e sua mãe choravam. Muitas

vêzes seu pai teve vontade de brigar.

(42) Mas a professôra da escola era muito amigá de

Samuelito. Lia as cartas que Samuelito começou a rece-

44 - UM MILAGRE PARA SAMUELITO

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Page 44: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

ber da missicnária. E a.s coisas que . ficava conhecendo, através das cartas, falava-fhe ao coração. Samuelito G~­

bia, agora, que a missionária estava na cidade do Mé­

xico e que não tornaria m.ais a vê-la. "M;as nós nos

veremos no céu, Samuelito", ela es·crevia. Suas cartas ajudaram a família a enfrentar momentos d'ifíceis.

Um dia, Samuelito pediu a professôra, muito aca­

nhadamente, que es·crevesse um~ carta à . missionária.

Queria que ela soubesse que, agora, tôda a sua família

tinha nascido de nôvo e fazia .parte da família de Deus ..

Queria que ela soubesse que, agora, êle estava frequen- .

tando uma escola.

* * *

Fazia já um ano que Samuelito estava na escola.

Tinha se esforça.do bastante e já sa.bia ler um pouco .

. Nessa época, chegou o dia que êle nunca mais esqueceu. Pelo cEiminho vinha seu pai trazendo um embrulho para

o menino. Todos estava ansiosos, a esperta, enquanto

Samuelito desamarrava o pacote com dedos trêm.ulos~

( 43) Era um livro, um livro mandad'o pela inissionária.

Samuelito começou .a tremer quándo reconheceu que o livro ~ra um·a Bíblia.! Ia abrindo o livro, aqui e acolá, lendo uma e outra palavra. Depois, apertou o livro de

encontro ao seu coração.

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ber da mlsslcnária. E a.s coisas que .ficava conhecendo, através das cartas, falava-fhe ao coração. Samuelito Ga.­

bia, agora, que a missionária estava na cidade do Mé­

xico e que não tornaria mais a vê-la. "Mas nós nos

veremos no céu, Samuelito", ela es·crevia. Suas cartas ajudaram a família a enfrentar momentos difíceis.

Um dia, Samuelito pediu a professôra, muito aca­

nhadamente, que escrevesse uma carta !,t . missionária.

Queria que ela soubesse que, agora, tôda a sua família

tinha nascido de nôvo e fazia .parte da família de Deus.

Queria que ela soubesse que, agora, êle estava frequen­

tando uma escola.

* * *

Fazia já um ano que Samuelito estava na escola.

Tinha se esforçado bastante e já sabia ler um pouco .

. Nessa época, chegou o dia que êle nunca mais esqueceu. Pelo Caminho vinha seu pai trazendo um embrulho para

o menino. Todos estava ansiosos, a esper,a, enquanto

Samuelito desamarrava o pacote com dedos trêmulos;

(43) Era um livro, um livro mandado pela missionária.

Samuelito começou ,a tremer quando reconheceu que o livro era uma Bíblia! Ia abrindo o livro,. aqui e acolá,

lendo uma e outra palavra. Depois, apertou o livro de

encontro ao seu coração.

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Page 45: f Um Milagre para Samuelito Milagre para Samuelito€¦ · Um Milagre para Samuelito Uma História do México por ROSE M. CARVIN Traduzido por YOLANDA VIEIRA -0-Uma publicação de

Apesar de ter mêdo que, mesmo sendo sua amiga, a professôra pudesse tirar-lhe o livro, Samuelito lhe mostrou a Bíblia, dizendo:

Por favor, sendrita, leiarme um pouco dêsse livro

(44) A professôra nunca tivera uma Bíblia em· suas mãos. Estava ansiosa para lê-la.

- Si, . posso ler para você - ela respo~deu. -Mas vamos esconder êste. livro, para que as outras crian­ças não vejam. Virei à noite à sua casa, para lêr o livro à luz do fogão. .

A professôra 'vinha à sua casa para ler o livro cada vêz com mais frequência. P~recia ansiosa em conhecer a Bíblia. Samuelito orava, pedindo que ela, também, nascesse de nôvo para, entrar na famíli.a de Deus'.

* * * Pouco a pouco os amigos de Samuelito tornaram-se .

menos agressivos. Diziam uns aos . outros que não po­

dia ser coisa má o que tinha acontecido à Samuelito, pois êle se transformara em um rapaz tão bondoso e alegre.

E era a pura verdade. Deus tinha feito um mila~ Rre na vida de Samuelito!

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Apes,ar de ter mêdo que, mesmo s.endo sua amiga, a professõra pudesse tirar-lhe o livro, Samuelito lhe mostrou a Bíblia, dizendo:

Por favor, seiíOirita, leia..me um pouco dêsse livro

( 44) A professôra nunca tivera uma Bíblia em· suas mãos. Estava ansiosa para lê-la.

- Si, posso ler para você - ela respondeu. .,­

Mas vamos esconder êste· livro, para que as outras crian­ças não vejam. Virei à noite à sua casa, para lêr o livro à luz do fogão.

A professôra ·vinha à sua casa para ler o livro cada vêz com mais frequência. P<lrecia ansiosa em conhecer a Bíblia. Samuelito orava, pedindo que ela, também, nascesse de nôvo para entrar na família de Deus.

* * * Pouco a pouco os amigos de Samuelito tornaram-se

menos agressIvos. Diziam uns aos . outros que não po­dia ser coisa má o que tinha acontecido à Samuelito, pois êle se transformara em um rapaz tão bondoso e

alegre.

E era a pura verdade. Deus tinha feito um mila>­

gre na vida de Samuelito!

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