Curso do Irpaa forma agricultores para convivência com o Semiárido

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A Escola de Formaço de Agricultores e Agicultoras que o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) promove anualmente, é o mais importante espaç o de formaçã o e troca de experiência sobre os conteúdos da Convivência com o Semiárido. O curso de duas semanas é realizado com aulas práticas e teóricas que acontecem no Centro de Treinamento da entidade e reúne agricultores/as de todo o Nordeste, geralmente ligados a organizaçõ es populares que trabalham com agricultura familiar. Neste período, os participantes discutem como é natureza e o clima no sertã o a partir dos regimes de chuvas, secas, e as formas de aproveitar a água de chuva principalmente para o consumo humano, animal e para produçã o de alimentos. Com essas noçõ es sobre o clima, eles passam a compreender novas formas de planejar sua propriedade, a criaçã o de animais e todo o sistema de produção familiar onde o beneficiamento de frutas e de outros produtos da região são importantes geradores de renda e de melhorias na alimentação familiar. Neste ano de 2012, a 21ª Escola de Formaçã o de Agricultores e Agricultoras para Convivê ncia com o Semiárido ocorreu entre os dias 05 a 16 de março e contou com 52 participantes principalmente do estado da Bahia. Dona Maria Gonalves, agricultora da Fazenda Seriema, regãio de Pinhões no interior de Juazeiro, diz que vai promover uma revolução em sua comunidade. Ela lembra que depois que participou da Escola, compreendeu melhor como dever ser o manejo para a criação de pequenos animais adaptados ao sertão e está empolgada para iniciar um projeto de criaçã o de galinhas associado com com o plantio de hortaliaças a partir da aquisiço de uma cisterna de produção, que por sinal já existe na sua região. Bahia Ano 6| nº 172| março | 2012 Juazeiro - Bahia Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Curso do Irpaa forma agricultores/as para Convivência com o Semiárido 1 Este ano a Escola de Formação contou com uma boa participação de mulheres e jovens Prática do composto organico envolve os participantes na Escola de Convivência

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A Escola de Formaço de Agricultores e Agicultoras

que o Instituto Regional da Pequena Agropecuária

Apropriada (IRPAA) promove anualmente, é o

mais importante espaç o de formaç ã o e troca de

experiência sobre os conteúdos da Convivência

com o Semiárido. O curso de duas semanas é

realizado com aulas práticas e teóricas que

acontecem no Centro de Treinamento da entidade

e reúne agricultores/as de todo o Nordeste,

geralmente ligados a organizações populares que

trabalham com agricultura familiar. Neste período,

os participantes discutem como é natureza e o

clima no sertã o a partir dos regimes de chuvas,

secas, e as formas de aproveitar a água de chuva

principalmente para o consumo humano, animal e para produção de alimentos. Com essas noções

sobre o clima, eles passam a compreender novas formas de planejar sua propriedade, a criação de

animais e todo o sistema de produção familiar onde o beneficiamento de frutas e de outros produtos da

região são importantes geradores de renda e de melhorias na alimentação familiar.

Neste ano de 2012, a 21ª Escola de Formação de Agricultores e Agricultoras para Convivência com o

Semiárido ocorreu entre os dias 05 a 16 de março e contou com 52 participantes principalmente do

estado da Bahia. Dona Maria Gonalves,

agricultora da Fazenda Seriema, regãio de

Pinhões no interior de Juazeiro, diz que vai

promover uma revolução em sua comunidade. Ela

lembra que depois que participou da Escola, compreendeu melhor como dever ser o manejo

para a criação de pequenos animais adaptados ao

sertão e está empolgada para iniciar um projeto de

criação de galinhas associado com com o plantio

de hortaliaças a partir da aquisiço de uma cisterna

de produção, que por sinal já existe na sua região.

Bahia

Ano 6| nº 172| março | 2012Juazeiro - Bahia

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Curso do Irpaa forma agricultores/as para Convivência com o Semiárido

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Este ano a Escola de Formação contou com uma boa participação de mulheres e jovens

Prática do composto organico envolve os participantes na Escola de Convivência

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Bahia

Apoio:

www.asabrasil.org.br

Já para o agricultor Manoel Sobrinho de

Crateús no Ceará, os sistemas de

abastecimento de água em áreas de sequeiro

através de cisternas e outros tipos de aguadas,

vistas durante a Escola, será um assunto que

ele pretende aprofundar em sua região na

perspectiva de que essa temá tica seja levada

para os espaços de políticas públicas. Manoel

destaca que metodologia da Escola é muito

interessante porque os técnicos do Irpaa que

aplicam os assuntos, juntam conteúdos cientí

ficos em concordância com as sabedoria que

os agricultores já possuem com a terra, com os

animais e com a natureza do sertão.

A aplicação dos conteúdos através de práticas

no campo, por exemplo, são estimulantes para os participantes que por sinal refoçam ainda mais seus

conhecimentos também por meio das visitas como as que ocorrem à cidade de Sobradinho e ao Centro

de Pesquisa da Embrapa em Petolina-PE. Neste Centro, eles mantém contatos com pesquisas e

experimentos muito úteis para o desenvolvimento da agricultura familiar no Semiárido.

Outros assuntos

Além do estudo sobre o clima e a produção, os participantes dessa Escolas debatem temas inerentes ao

desenvolvimento da região a partir da implantação de políticas públicas voltadas à realidade do Semiá

rido a exemplo da educação contextualizada, cooperativismo, gênero, fé, juventude, obras hídricas, etc.

No final do encontro, e com os certificados em

mãos, esses agricultores e agricultoras

adquirem uma nova visão sobre o Semiárido e

suas potencialidade, isso faz com que eles

retornam para as suas regiões com o

compromisso de multiplicar a idéia de que o

sertão nordestino é viável, bonito e dotado de

muitas riquezas naturais que precisam ser

m e l h o r c o m p r e e n d i d a s e , a s s i m

transformadas em ações e politicas que

assegurem uma vida mais digna para todo o

povo que vive e produz nesta região.

Trabalhos em grupos discutem e planejam a realidade do Semiárido

Produção de feno é uma das práticas de campo da Escola de Formação