Post on 02-Feb-2023
Cartas de controle
As cartas de controle podem ser usadas para monitorar ouavaliar um processo.
Existem basicamente dois tipos de cartas de controle:
UDESC/CCT – ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS - Disciplina – Engenharia da Qualidade – Prof. Leandro Zvirtes
� Para dados do tipo variáveis (por ex.: diâmetro,comprimento)
� Para dados do tipo atributos (por ex.: “passa/não passa”,“aceitável/não aceitável”)
� A carta X - R para média e amplitude (as amostrasdevem ter o mesmo tamanho).
� A carta X - S para média e desvio-padrão (as amostrasdevem ser do mesmo tamanho).devem ser do mesmo tamanho).
� A carta – R para mediana e amplitude (as amostrasdevem ser do mesmo tamanho).
� A carta I e MR para valores individuais e amplitudemóveis (as amostras devem ser do mesmo tamanho).
x~
� O gráfico p para % de não-conformes.
� O gráfico np para número de unidades não-conformes.
� O gráfico c para número de não- conformidades.
� O gráfico u para número de não-conformidades porunidade.
Pessoal Máquinas Ambiente
MediçãoMétodosMateriais
Processo A avaliação do processo exige medições
O resultado é uma decisão tomada com base nas medições
Exemplos de Resultados Exemplos de Carta de Controle
1 2 3 4 5
Não Exato
Exato
v
vvvv
v v
vvv
PrecisoNão Preciso
O método de medição deve sempre gerar resultados precisos e
exatos
Exemplos de Resultados Exemplos de Carta de Controle
Xb para a média das medidas
R para a Ampltude das medidas
� Diâmetro externo do eixo (polegada)
� Resistência de circuito (ohms)
� Tempo de deslocamento do trem (horas)
� Distância do furo à face de referência (mm)
Cartas de controle para variáveis
� Cartas de controle para variáveis representam aaplicação típica do controle estatístico do processo, noqual os processos e seus resultados podem secaracterizar pelas medições das variáveis.
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� Um valor quantitativo (ex.: “o diâmetro é 16,45 mm”)contém mais informação do que uma simples declaraçãoSim/Não (ex.: “o diâmetro está conforme a esecificação”)
Cartas de controle para variáveis
� Uma carta para variáveis pode explicar dados doprocesso em termos de sua variação de processo,variabilidade peça-a-peça e média do processo.
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� As cartas de controle para variáveis geralmente sãopreparadas e analisadas ao pares, uma carta para amédia do processo e outra para a variação do processo.
� As cartas de Xb e R podem ser as mais comuns, maselas podem não ser as mais apropriadas para todasas situações.
Pessoal Máquinas Ambiente
MediçãoMétodosMateriais
Processo A decisão é tomada com base naclassificação do resultado
Exemplos de Resultados Exemplos de Carta de Controle
Carta p para proporção de itens não-conforme
Carta np para número de itens não-conforme
� O veículo não tem vazamento
� A lanterna não acende
� Diâmetro do furo menor ou maior
� Remessa ao revendedor correta ou incorreta
////
� Bolhas no para brisa
� Imperfeições na pintura da porta
� Erros em uma fatura
Carta c para número de não-conformidade
Carta u para o número de não-conformidade por unidade
Exemplos de Critérios de Aceitação Comentário
O critério de conformidade deve estar claramente definido e osprocedimentos para decidir se estes critérios são atendidosdevem produzir resultados consistentes ao longo do tempo.
O que é uma falha?� A superfície deve estar sem falhas
� A superfície deve estar conforme o padrãoem cor, textura, brilho e não deve terimperfeições.
Conforme em que grau?
O inspetor concorda?
Como é medido?
� Qualquer material aplicado atrás do espelhonão deve causar manchas visíveis.
Visível para quem?
Sob quais condições?
� Muitas características da qualidade não podem serrepresentadas numericamente de modo conveniente.
� Nestas situações, classificamos cada item� Nestas situações, classificamos cada iteminspecionado como conforme ou não-conforme emrelação às especificações para aquela característica daqualidade.
� É importante não confundir os termos não-conforme e
não-conformidade:
� não-conforme = defeituoso se refere ao produto� não-conforme = defeituoso se refere ao produto
� não-conformidades = defeitos um produto pode ter
mais de uma não-conformidade
� Atributos são características que podem assumirapenas dois valores:conforme ou não-conforme, certo ou erradobom ou ruim, sucesso ou insucessopassa ou não passa, vaza ou não vaza, etc.passa ou não passa, vaza ou não vaza, etc.
Exemplos:� teste de lâmpada (acende/não acende)
� resultado de um teste (aprovado/reprovado)
� a existência de manchas, riscos, ranhuras, etc.
Não existe um única maneira “aprovada” para exibir as cartas decontrole. Entretanto, deve-se sempre ter em mente os motivospelos quais as cartas de controle são utilizadas. Todo o formatoé aceitável desde que contenha o seguinte:
Elementos das Cartas de Controle
� (a) Escala apropriada� (b) LSC, LIC� (b) Linha central� (c) Seqüência do subgrupo/Tempo� (d) Identificação dos valores marcados como fora de controle� (e) Registro de eventos
As seguintes informações de “cabeçalho” devem ser incluídasnas cartas de controle que fazem parte de um relatório enaquelas que são atualizadas manualmente.
� O quê: peça/produto/nome e número do serviço/identificação
Elementos das Cartas de Controle
� O quê: peça/produto/nome e número do serviço/identificação� Onde: operação/informação da etapa do processo/processo,nome/identificação� Quem: operador e avaliador� Como: sistema de medição utilizado, nome/número,unidades (escala)� Quantos: tamanho do subgrupo, uniforme ou poramostragem� Quando: esquema de amostragem (freqüência e tempo)
Produto/parte EspecificaçãoOperação Instrumento de medidaMáquina Amostra/freqCaracterística Unidade
DataHoraOperador123SomaMédiaAmplitude
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O Diário de Bordo é muito importante pois nos permite:
� Conhecer quais as principais Causas Especiais que estãoocorrendo durante o processo.
� Acompanhar as ocorrências e os problemas que acontecemdurante os diversos turnos, e não somente quando estamos
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durante os diversos turnos, e não somente quando estamospresentes.
� Registrar os esforços de melhoria realizados por toda a equipe,demonstrando a evolução do processo.
� É muito importante anotar no Diário de Bordo qual foi oproblema quer originou a Causa Especial e qual a AçãoCorretiva tomada, só assim é que conseguimos Estabilizar eAperfeiçoar um processo.
Meio Ambiente: Mudança na Temperatura, Voltagem, Umidade,Quantidade de poeira.
Mão de Obra: Mudança de Operador, Mudança de Inspetor,Operações omitidas ou incompletas.
Máquina/Equipamento: Mudançade máquina/equipamento,troca
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Máquina/Equipamento: Mudançade máquina/equipamento,trocade ferramenta, manutenção preventiva ou não, ruído diferente namáquina, etc.
Material: Troca de fornecedor, troca de lote.
Método: Troca da folha de instrução, aumento ou diminuição daprodução.
Medição: Instrumento “travado”, quebra do instrumento, troca deinstrumento, etc.
DATA HORA REGISTRO VISTO31-Jul 7:00 - 07:15 regulagem da máquina. Início do trabalho. Carlos
31-Jul 11:15 Peso baixou. Regulei a máquina. Carlos
31-Jul 11:30 - 12:10 Hora do almoço. Carlos
31-Jul 17:30 Troca de Turno. Antes:Carlos; agora é o Paulo. Paulo
31-Jul 20:00 Hora do Jantar Paulo
31-Jul 20:30 - 21:00 Ajuste na máquina (novamente) Paulo
1-Aug 0:00 Troca de Turno. Antes era o Paulo, agora é Ricardo Ricardo
1-Aug 1:20 Desregulagem de máquina. Ajustei-a. Verifiquei possibilidade Ricardo
DIÁRIO DE BORDO
1-Aug 1:20 Desregulagem de máquina. Ajustei-a. Verifiquei possibilidade de "manutenção" com chefia. Irá dar retorno no dia 02/08
Ricardo
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Nº DA AMOSTRA COMENTÁRIO VISTO/SEÇÃO
"Nenhum dia deve passar sem que algum tipo de melhoramento ten ha sido feito"
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Antes de usar as cartas de controle, várias etapaspreparatórias precisam ser seguidas:
� Estabelecer um ambiente apropriado para a ação
� Definir o processo
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� Definir o processo
� Determinar os aspectos a serem analisados
� Definir a característica
� Definir o sistema de medição
� Minimizar a variação desnecessária
� Garantir que o esquema de seleção é apropriado paradetectar causas especiais esperadas.
As etapas para utilização das cartas de controle são:
� Etapa 1: Coleta de dados
� Etapa 2: Estabelecimento dos limites de controle� Etapa 2: Estabelecimento dos limites de controle
� Etapa 3: Interpretação do controle estatístico
� Etapa 4: Extensão dos limites de controle para o
controle contínuo
� As cartas de controle são desenvolvidas a partir demedições de determinada característica ou aspecto doprocesso.
� Os dados de medição são coletados em amostras� Os dados de medição são coletados em amostrasindividuais de um fluxo do processo. As amostras sãocoletadas em subgrupos e podem consistir em uma oumais peças. Em geral, um subgrupo maior facilita adetecção de mudanças pequenas do processo.
� Para que as cartas de controle sejam efetivas o plano deamostragem deve definir os subgrupos racionais.
� Um subgrupo racional é aquele no qual as amostras sãoselecionadas de modo a minimizar as chances de que ocorraselecionadas de modo a minimizar as chances de que ocorrauma variação devido a causas especiais dentro do subgrupo,enquanto maximiza a chance de ocorrência de uma variaçãopor causas especiais entre os subgrupos.
� O principal a ser lembrado é que a variação entre ossubgrupos será comparada com a variação dentro dossubgrupos.
Tamanho do subgrupo – o tipo de processo sob investigaçãodetermina o modo como o tamanho do subgrupo é definido.O tamanho do subgrupo deve permanecer constante, maspode haver situações nas quais o tamanho do subgrupo variadentro de uma única carta de controle.
Freqüência do subgrupo – os subgrupos são tomadosseqüencialmente com relação ao tempo, por exemplo, umavez a cada quinze minutos ou duas vezes por turno.A meta é detectar mudanças no processo no decorrer dotempo.A freqüência de coleta dos subgrupos deve ser definida deforma que exista uma chance potencial e real de mudança dosresultados de um subgrupo para outro.
Número do subgrupos – O número de subgrupos necessáriopara estabelecer os limites de controle deve atender oseguinte critério:
� Suficientes subgrupos deveriam ser coletados paraassegurar que as principais fontes de variação que podemassegurar que as principais fontes de variação que podemafetar o processo tenham tido uma oportunidade de aparecer.
� Geralmente, 25 ou mais subgrupos contendo cerca de 100ou mais leituras individuais oferecem um bom teste paraestabilidade e, se estável, oferecem boas estimativas para alocalização e dispersão do processo.
Esquema de amostragem – Se as causas que afetam oprocesso podem ocorrer inesperadamente, o esquema deamostragem apropriado é uma amostra (ou probilidade)aleatória.
Uma amostra aleatória é aquela na qual cada ponto daUma amostra aleatória é aquela na qual cada ponto daamostra (subgrupo racional) tem a mesma chance(probabilidade) de ser selecionada.
A amostragem acidental ou por conveniência que não sebaseia na ocorrência de uma causa especial específica, deveser evitada, pois esse tipo de amostragem oferece uma falsaidéia de segurança, e pode levar a um resultado tendencioso econseqüentemente a uma decisão possivelmente errada.