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Sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................2
2 OBJETIVO....................................................22.1 Objetivos Específicos.....................................2
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................24 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE TEMPOS DE PEGA NO CIMENTO CP II Z 32............................................................54.1 Materiais Utilizados......................................5
4.2 Equipamentos..............................................54.3 Procedimento..............................................5
5 CÁLCULOS E RESULTADOS........................................66 CONCLUSÃO....................................................8
REFERÊNCIAS....................................................9
1 INTRODUÇÃO
Os agregados são materiais sem forma e volume definidos,
geralmente são considerados inertes, com dimensões,
características e propriedades adequadas a confecção de
argamassas e concretos. São classificados em miúdos e graúdos
e são obtidos de forma natural e artificial. Britas e seixos
são exemplos de agregados graúdos e as areias e argilas são
exemplos de agregados miúdos.
Os agregados desempenham extrema importância nas argamassas e
concretos, do ponto de vista econômico e técnico, exercendo
influência benéfica sobre itens como: retração e resistência
ao desgaste por abrasão. Os agregados de boa qualidade têm
resistência mecânica superior à da pasta aglomerante, nos
casos de concreto de baixa e média resistência.
A importância da escolha dos agregados se deve à sua grande
participação em termo de quantidades para a confecção de
concretos e argamassa, podendo chegar a 80% do material
utilizado. Os ensaios de caracterização servem para
determinar o módulo de finura, diâmetro máximo e curva
granulométrica, parâmetros essenciais tanto para sua
classificação, quanto para dosagem dos concretos.
Todos os ensaios foram realizados de acordo com a NBR 7217 –
Agregados – Determinação da composição granulométrica e as
demais normas complementares.
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2 OBJETIVO
Através dos ensaios de caracterização, verificar se os
agregados graúdos estão aptos para confecção de concretos e
argamassas, segundo as normas vigentes.
2.1 Objetivos Específicos
- Realizar ensaios de massa específica absoluta do
agregado graúdo, segundo a NBR NM 52:2009;
- Realizar ensaios de massa específica aparente do
agregado graúdo, segundo a NBR NM 52:2009;
- Determinar o módulo de finura do agregado graúdo,
segundo a NBR NM 248:2001;
- Determinar o diâmetro máximo do agregado graúdo, segundo
a NBR NM 248:2001;
- Determinar a curva granulométrica do agregado graúdo
segundo a NBR NM 248:2001;
- Verificar se os agregados estão de acordo com as
especificações das NBR´s ou literaturas vigentes.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os agregados constituem uma ampla gama de materiais,
fundamentais na fabricação de concretos e argamassas. São
materiais de características diversas, não sendo encontrada
na literatura em definição única que os englobe. Pizarro os
definiu como “o material granuloso e inerte que entra na
composição de concretos e argamassas”. Petrucci diz,
ampliando este conceito, que “agregado é o material granular,
em forma e volume definidos, geralmente inerte, de dimensões
adequadas para uso em obras de engenharia”.
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O estudo dos agregados é de capital importância na dosagem de
concretos, uma vez que os mesmos participam com cerca de 70%
do volume da pasta. Como são materiais de características
diversas, torna-se necessário separá-los e classificá-los.
3.1 Classificação quanto à origem
- Naturais: são aqueles encontrados na natureza já sob a
forma de agregados. São as areias de mina ou de rios, os
seixos rolados, os predegulhos, etc.
- Artificiais: Necessitam passar por algum tipo de
transformação a fim de chegar à condição de uso como
agregado. São as areias artificiais, os pedriscos, as britas,
etc.
3.2 Classificação quanto à massa unitária
- Leves: Possuem massa unitária interior a 1 t/m³. São
agregados leves a pedra-pome, o vermiculite, a argila
expandida, etc.
- Normais: Possuem massa unitária variando de 1 t/m³ a 2
t/m³. São agregados normais as areias quartzosas, os seixos
rolados as britas de gnaise, o granito, etc.
- Pesados: Possuem massa unitária superior a 2 t/m³. São
agregados pesados a brita, a magnetita, a limonita, etc.
3.2 Classificação quanto às dimensões
Constitui a forma mais importante de classificações de
agregados, pois estes, quando empregados nos concretos,
apresentam comportamento bastante diferenciado, conforme seu
tamanho. A NBR-7211 divide os agregados em dois grupos:
- Graúdos: agregados que ficam retidos na peneira nº 4 da
série normal da ABNT (# 4,8 mm).
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Entende-se por retido o material com até 15% de grãos mais
finos que a peneira especificada.
- Miúdo: agregados que passam pela peneira n° 4 da série
normal da ABNT (# 4,8 mm).
Entende-se por material que passa aquele que contêm até 15%
de grãos retidos na peneira especificada.
Os agregados podem ser separados em partes segundo o tamanho
dos grãos que o compõem. Denomina-se granulometria a
proporção relativa, expressa em porcentagem, em que se
encontram os grãos dos agregados. Esta proporção é
determinada com a utilização de uma série de peneiras
padronizadas. A série normal de peneiras estabelecida pela
NBR-5734 é constituída pelas aberturas de malha:
0,15-0,30-0,60-1,20-2,40-4,80+9,50+19,00+38,00+76,00 (mm).
A determinação da composição granulométrica permite a
obtenção do módulo de finura e do diâmetro máximo dos
agregados, que constituem parâmetros auxiliares importantes
tanto para sua classificação quanto para a dosagem de
concretos.
Denomina-se diâmetro máximo do agregado a abertura da peneira
em que fica retida uma porcentagem acumulada igual ou
imediatamente inferior a 5%.
Denomina-se módulo de finura a soma das porcentagens retidas
acumuladas nas peneiras da série normal, dividida por 100.
Desta forma, pode-se classificar os agregados miúdos naturais
ou areias naturais em:
- Areias finas: MF < 2,40
- Areias Médias: 2,40 < MF < 3,305
- Areias Grossas: 3,30 < MF < 3,90
- Areias muito grossas ou pedriscos: MF > 3,90
O gráfico que relaciona a abertura das peneiras em escala
logarítmica e as porcentagens acumuladas é denominado curva
granulométrica. O módulo de finura do agregado corresponde à
área delimitada por esta curva, ou seja à integral da curva
granulométrica. Portanto, duas curvas diferentes podem
apresentar o mesmo módulo de finura e, no entanto,
representar agregados com comportamento diversos.
Denomina-se granulometria ótima aquela que, para uma mesma
consistência e um mesmo fator água/cimento, corresponde a um
consumo mínimo de cimento.
Inicialmente se supunha que a granulometria ótima era
representada por uma curva descontínua, correspondente a um
mínimo de vazios do agregado. Contudo, estudos posteriores
demonstraram que a granulometria ótima correspondente a um
mínimo de vazios do agregado. Contudo, estudos posteriores
demonstraram que a granulometria ótima corresponde a uma
curva contínua, que conduz a concretos mais trabalháveis.
Observou-se também que pequenas variações na faixa de
agregado miúdos provocam grandes variações na necessidade de
água do concreto, afetando sua qualidade. O mesmo não ocorre
para variações na faixa do agregado graúdo.
4 ENSAIO DE GRANULOMETRIA DO AGREGADO GRAÚDO (SEIXO)
4.1 Materiais Utilizados
- 10 kg de seixo.
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4.2 Equipamentos
- Peneiras de 38; 25; 19; 12,5; 9,52; 6,4; 4,75; 2,4; 1,2;
0,6; 0,3; 0,15 e 0,074 mm.
- Pincel;
- Agitador Mecânico de peneiras.
- Balança.
4.3 Procedimento
Pesar o agregado nas quantidades indicadas. Colocá-lo na
peneira superior do jogo de peneiras. Devem estar presentes
todas as peneiras da série normal da ABNT. As peneiras devem
estar dispostas em ordem crescente de abertura de malha, de
modo que a de maior abertura fique no topo da série. Peneirar
de 10 a 15 minutos. Pesar o material retido ou resíduo em
cada peneira.
5 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA ABSOLUTA E
APARENTE DO AGREGADO GRAÚDO (SEIXO)
4.1 Materiais Utilizados
- 34,55 kg de seixo;
- 500 gramas de seixo;
- Água.
4.2 Equipamentos
- Padiola de 31,5 x 31,5 x 20 cm;
- Balança com precisão de 0,01g;
- Recipiente para medição da massa específica.
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4.3 Procedimento
Encher o frasco com água. Colocar 500g de seixo seca no
frasco e agitá-lo a fim de eliminar as bolhas de ar aderentes
aos grãos. Fazer a leitura do volume e calcular a massa
específica para essa determinação.
5 RESULTADOS E CÁLCULOS
5.1 Ensaio de Granulometria do Agregado Graúdo (seixo)
Foram pesadas as quantidades de seixo retidas nas peneiras e
calculou-se a porcentagem conforme Tabela 1.
Tabela 1. Calculo da porcentagem retida, do agregado graúdo conforme NBRNM 248. Fonte: Própria Autora
Peneiras(mm)
MassaRetida (g)
%Retida
% RetidaAcumulada
76 38 25 19 1817 18,17 18,17
12,5 4777 47,77 65,949,52 607 6,07 72,014,75 734 7,34 79,352,4 812 8,12 87,471,2 568 5,68 93,150,6 355 3,55 96,700,3 130 1,30 980,15 86 0,86 98,860,0074 FUNDO 114 1,14 100
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No Gráfico 1, relacionamos a porcentagem retida acumulada e
abertura de malha das peneiras e assim obtemos a curva
granulométrica.
0.1 1 10 1000
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Seixo - Nova Timboteua
SEIXO
PENEIRAS (mm)
% RETIDA ACUMULADA
Gráfico 1: Curva Granulométrica do agregado graúdo. Fonte: PrópriaAutora.
Na norma da ABNT NBR 7211:2009, diz que para ser considerada
apta quanto a distribuição granulométrica, as porcentagens
retidas acumuladas devem respeitar certo limites de
porcentagem acumulada retida, na Tabela 2 podemos verificar
esses limites de distribuição granulométrico e a partir dele
podemos fazer uma comparação com a Tabela 1.
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Tabela 2. Limites da distribuição granulométrica do agregado graúdo.
Fonte: NBR 7211:2009.
A partir de uma comparação da Tabela 1 com a Tabela 2,
podemos verificar que as porcentagens obtidas no ensaio estão
fora do limite aceitável, nas peneiras de 19,0; 12,5; 9,52;
4,75; e 2,4 mm. De forma que o agregado está considerado
inapto por não cumprir os requisito de granulometria.
Somando-se as porcentagens retidas acumuladas nas peneiras da
série e dividindo-se por 100, obtém-se o módulo de finura
aproximadamente de 6,44. Para que se possa utilizar o
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agregado com os espaçamento adequados para estruturas, o
diâmetro máximo ou a abertura da malha com porcentagem retida
igual ou imediatamente superior a 5% é de 19 mm, com 18,17%.
Calculando a diferença de porcentagem retida acumulada da
peneira de menor abertura de malha e a abertura imediatamente
superior a 4,75 mm (que limita o agregado miúdo) obtém-se a
porcentagem de areia no agregado de 26,85%.
5.2 Ensaio de Determinação da Massa específica Absoluta e
Aparente do Agregado Graúdo (seixo)
5.2.1 Massa específica Aparente:
V (padiola) = 31,5 x 31,5 x 20 = 19.845 cm³.
Q (aparente seixo) = 34.550 g / 19845 cm³ = 1,74 g/cm³
5.2.2 Massa específica Absoluta:
M(seixo) = 0,500 kg
M (recipiente + água) = 0,953 kg
M (recipiente + água + seixo) = 1,259 kg
V (sólidos) = (0,953 + 0,500) – 1,259 = 0,194 cm³
q (seixo) = 500 / 0,194 = 2,58 g/cm³
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6 CONCLUSÃO
O módulo de finura encontrado é de 6,44 e o diâmetro máximo,
fundamental para utilizar agregados graúdos em acordo com o
projeto executivo (espaçamentos, bitola e etc) é de 19mm. A
massa específica absoluta e aparente encontradas foram 2,58 e
1,74 g/cm³.
Quanto a curva granulométrica, segundo a norma o material
estaria inapto, nas peneiras 9,5 e 4,75 mm da zona
granulométrica passante, porém é preciso que seja feito um
estudo repetido para esse material.
O estudo de caracterização dos agregados (graúdo e graúdo)
são de extrema importância para a dosagem de concretos e
argamassas, relacionada com resistência e trabalhabilidade do
concreto, responsável por um concreto mais econômico. Uma
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados
para Concreto: Especificação, 2009.
Notas de Aula de Materiais de Construção Civil, PUC-RJ, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7217:
Agregados: Determinação Granulométrica, DEZ./2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5734: Peneiras
de Ensaio, JUL./2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NM 52: Agregado
Graúdo: Determinação de massa específica e massa aparente,
DEZ./2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248:
Determinação de composição granulométrica, JUL./2001.
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