Desenvolvimento

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1. História do jornal

O Público é um jornal diário português fundado em 19901

por um grupo de jornalistas pertencentes ao jornal

Expresso, que decidiu lançar um diário sério e exigente.2

Começaram por estabelecer contactos com a Sonae, criando-

se, a 31 de Outubro de 1989, a empresa Público Comunicação

Social S.A, quatro meses antes da publicação do jornal. Esta

empresa pertence ao grupo empresarial português Sonae,

sendo o seu primeiro director Vicente Jorge Silva.1 O

jornal instala-se na Quinta do Lambert, em Lisboa, e na rua

Nossa Senhora de Fátima, no Porto. Começa a construção da

primeira redacção portuguesa totalmente informatizada.2

O jornal teve de trabalhar muito até conseguir lançar

o primeiro número, sendo que a sua saída saiu frustada

devido a problemas técnicos, apesar das grandes

expectativas.2 A sua primeira edição saiu para as bancas a

5 de Março de 19901, tendo grande adesão. A capa fazia

referência a Álvaro Cunhal na sua sucessão ao comando do

PCP e um jogo entre o F.C.Porto e o S.C.Sporting. A partir

desta data e até aos dias de hoje a missão do Público

cumpre-se: informar com rigor e isenção.2 O Público nasce

numa altura particularmente interessante da vida pública

portuguesa, numa altura de modernização da economia e dos

hábitos, na idade de ouro da integração europeia. O Público

pretendia trazer para os media essa vaga de inovação.3

4

O jornal Público integrou-se em 1991 na World Media

Network, que consiste numa associação de diversos jornais

de referência no mundo, com a qual publicou vários

suplementos especiais.

Teve, durante algum tempo, participações no seu

capital social de empresas de comunicação estrangeiras,

nomeadamente as detentoras dos diários El País e La

Repubblica .Hoje, o Público integra a sub-holding da Sonae para

as áreas da comunicação, a Sonaecom.

A 11 de Maio de 1995, o Público registou o seu sítio

na Internet e no dia 22 de Setembro desse ano foi criado

o Público Online (actualmente designado Público.pt), e também

uma outra empresa, a Público.pt Serviços Digitais Multimédia, SA. A 6

de Setembro de 1999 começou a integrar um serviço autónomo

de notícias, actualizadas várias vezes por dia. A partir de

2001, começou a publicar a Edição Impressa em HTML.1

Actualmente, o acesso a artigos

de opinião e aos suplementos

semanais e a pesquisa de

artigos estão reservados a

assinantes e a utilizadores

registados e a Edição Impressa em

PDF está reservada a

assinantes. O seu portfolio de

blogs tem aumentado, assim como

5

Fig.1 – primeira edição do jornal Público, a 5 de Março de 19902

o número de convidados. Os utilizadores registados e os

assinantes têm também acesso a

variadas Newsletters gratuitas, como a Guia do Lazer, a Opinião

ou ao Cinecartaz.6

O jornal Público aquando do seu lançamento primou pela

simplicidade, elegância mas ao mesmo tempo inovação. O

objectivo era despertar a curiosidade do leitor, captar a

sua atenção e fidelizá-lo. O grafismo do Público foi durante

onze anos o mesmo, mas por força de um conjunto de

situações, como por exemplo, do aparecimento da Internet, a

existência de um público cada vez mais exigente, novas

necessidades e novas formas de procurar informação, que em

2001, o jornal sentiu necessidade de mudar e adaptar-se a

uma nova realidade.

A mudança foi significativa mas o objectivo continuou

o mesmo: informar o leitor de uma maneira simples, com

rigor, isenção e exigência.2

 Em 2000, o Público assinala 10º aniversário com

conferência marcante com Mikhail Gorbachev.9

Ao longo dos seus 20 anos de existência,

o Público editou largas dezenas de coleccionáveis,

suplementos especiais, livros, enciclopédias, CDs, CD-ROMs

e DVDs, alguns deles pioneiramente. Desde 1997 edita

também, anualmente, o Janus, Anuário de Relações

Exteriores, em colaboração com a Universidade Autónoma de

Lisboa (UAL).1

Em 2005, o jornal comemorou 15 anos e, por isso,

avançou com uma nova edição do seu livro de estilo, o único

6

Fig.2 – primeira remodelação gráfica do jornal Público, em

publicado em Portugal. Foi também lançado um livro

comemorativo dos 15 anos do jornal, que consistia numa

espécie de 15 anos de Portugal em fotografias. Em 2006, o

Público conquista o terceiro lugar em termos de circulação

paga e em termos de publicidade.9 Em 2007, o jornal sofreu

a segunda remodelação gráfica, mais precisamente no dia 12

de Fevereiro. Ainda nesse ano, o jornal sofreu mais uma

alteração: o logótipo mudou, de um formato elegante, de

letras esguias, para um logótipo simples e fácil de

identificar. 3 O Público atinge assim o terceiro lugar na

categoria de jornal diártio nacional e é líder em inovação

e projectos culturais.9

Em 2009, o jornal ganha o prémio Lápis Amarelo nos

D&AD Awards, sendo que em 2010 é distinguido com bronze nos

Prémios Internationales Malofiej.  Em 2011, o Público.pt é

7

Fig.3 – segunda remodelação gráfica do jornal Público, em 2007.2

Fig.4– novo logotipo do jornal, 2007.1

distinguido com o prémio Site de Media Generalista, nos

Prémios NavegantesXXI'10, promovidos pelo ACEPI.9

A 10 de Outubro de 2012 a administração apresentou um

plano de redução de custos, prevendo o despedimento de 48

trabalhadores da empresa.1 Para ajudar os colegas que iam

ser despedidos e manter viva a memória daquele que é um dos

mais importantes jornais portugueses, os jornalistas do

Público recolheram objectos que fazem parte da sua história:

o objectivo era organizar uma venda e fazer uma exposição

sobre o que mais marcou a vida do diário da Sonae.4 O

Sindicato dos Jornalistas anunciou que os trabalhadores do

jornal iriam estar em greve até dia 19 de Outubro.5

Hoje em dia, o Público edita vários suplementos e

cadernos, como o P1, ou Público simplesmente, que abriga as

notícias do dia dos temas tratados pelo jornal; o P2, o

segundo caderno do jornal, que abriga temas relacionados

com a sociedade, como as entrevistas, as artes e a cultura,

as bandas desenhadas, os jogos, entre os quais Sudoku e

Palavras Cruzadas, e a agenda cultural e programação de

televisão do dia, tendo sido impresso pela primeira vez

a 12 de Fevereiro de 2007; o Público Imobiliário, que é um

suplemento que analisa o mercado imobiliário à Quarta-

feira; o Inimigo Público, que é o suplemento de humor do

Público; o Ípsilon, um suplemento de artes; o Fugas, criado

em 2000, como o suplemento de viagens, prazeres e motores

do Público, com o qual sai ao Sábado.1 Além disso, tem ainda

uma revista mensal, chamada Perspectiva.2

8

Recentemente, o Público em parceria com o desportivo A

Bola lançou um semanário gratuito intitulado Sexta. Como o

próprio nome indica, o jornal sai todas as sextas-feiras,

acompanhando os dois impulsionadores do projecto. É de

carácter generalista, mas dado o contributo de um jornal

desportivo, o desporto é um tema forte.2

2. Grupo económico do jornal

O jornal Público pertence ao grupo Sonae, que é uma holding

portuguesa, ou seja, uma sociedade criada com o objectivo de

administrar um grupo de empresas.7 O grupo Sonae tem como

missão criar valor económico e social a longo prazo, levando os

benefícios do progresso e da inovação a um número crescente de

pessoas.

A Sonae, ou Sociedade Nacional de Estratificados, é uma empresa com

história desde a década de 60, onde possuia apenas uma área de

negócio, a produção de laminite. Ainda nesta década, é

contractado Belmiro de Azevedo, actual presidente do grupo

Sonae.

Nas décadas de 70 e 80, o grupo dedicou-se à

diversificação através de aquisições e criação de novos

negócios, criando-se a Sonae Distribuição, a Sonae Tecnologias

de Informação e a Sonae Imobiliária. Em 1989, iniciam-se as

9

emissões da Rádio Nova, o que marca a primeira incursão pelo

jornalismo.

Na década de 90 dá-se o desenvolvimento de negócios

estratégicos e o controle financeiro de negócios não

estratégicos, marcada pela criação da Sonae Indústria e pela

abertura de grandes centros comerciais como o Colombo e o Vasco

da Gama.

A década de 2000 foi provavelmente das décadas mais

importantes, onde o grupo se dedicou ao crescimento

internacional e à reorganização do portfólio de negócios. Em

2009, a Sonae celebrou 50 anos, marcados pelo lançamento do

livro “Sonae 50 anos”.

Esta última década tem sido dedicada à expansão

internacional, nomeadamente em Espanha.8

A Sonaecom, parceira da Sonae na área das

Telecomunicações, Software & Sistemas de Informação e

Media, desenvolve um papel activo na gestão integrada das

unidades de negócio que lhe correspondem, identificando e

explorando as sinergias existentes e o potencial de

crescimento da empresa. Foi criada em 1994, assumindo atual

designação em 1999. A Sonaecom apresentou no 1º semestre de

2013 mais um forte conjunto de resultados.A rentabilidade

crescente do portfólio da Sonaecom é resultado da

competência e dedicação ímpar das equipas que a

constituem.9 

10

3. Posição do jornal face à

concorrência

11

Fig.5 – Vendas em banca – Janeiro a Agosto de 2013 e período homólogo de 2012 dos dez maiores jornais e revistas de informação.11

Fig.6 – Quota do mercado dos generalistas diários.11

De acordo com os dados da Associação Portuguesa

para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT), o Correio da

Manhã vendeu uma média de 113 318 exemplares por dia em

banca, uma quebra de 5% relativamente ao período homónimo

de 2012, a menor entre os diários generalistas, sendo por

isso líder de mercado. O Público ocupa o oitavo lugar, com

uma média de 18 357 jornais vendidos em banca. Perdeu 3584

leitores (- 16,3%).

Segundo os dados de um estudo realizado em 2012,

entre os jornais diários, o Público é o que tem a maior

número de assinaturas digitais pagas: nesse ano, o número

de assinaturas aumentou de 1231 para 2305. Segue-se o Diário

de Notícias e depois o Jornal de Notícias.12

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