VILAS CONCEPTUAIS

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1 Trabalho de Incentivo à pesquisa acadêmica UNIPAR UNIVERSIDADE PARANAENSE UNIDADE CASCAVEL Luciano Andrey Schädler [email protected] Ora, estabelecemos e, repetimos muitas vezes, se bem te recordas, que cada um deve ocupar-se na cidade de uma única tarefa, aquela para a qual é melhor dotado por natureza”. Platão, “A República”. Livro IV, 432d-433b.

Transcript of VILAS CONCEPTUAIS

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Trabalho de

Incentivo

à pesquisa

acadêmica

UNIPAR

UNIVERSIDADE

PARANAENSE

UNIDADE

CASCAVEL

Luciano Andrey Schädler

[email protected]

“Ora, estabelecemos e, repetimos muitas

vezes, se bem te recordas, que cada um

deve ocupar-se na cidade de uma única

tarefa, aquela para a qual é melhor dotado

por natureza”.

Platão, “A República”. Livro IV, 432d-433b.

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PAISA GEM UR BA NA E ARQUI TETURA SUSTENTÁVEL Vilas Conceptuais

Sustentaction

Luciano Andrey Schädler 3

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1. RESUMO

Vilas Conceptuais

Luciano Andrey Schädler

UTFPR

[email protected]

INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata da criação de Vilas Conceptuais. Vilas Conceptuais (VC´s)

são condomínios formados por casas multifocais, dotadas de estrutura urbanística peculiar

e personalidade jurídica própria. Pautam-se nos seguintes princípios: Internacionalidade,

Cooperação, Sustentabilidade, Profilaxia por meios naturais, Conforto, Segurança,

Autoconstrução, Desenvolvimento Tecnológico, Neorracionalismo, Dinamismo,

Experimentalismo Científico e Consensualismo.

Vinculadas a Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT), as Vilas conceptuais

desenvolvem produtos e processos em parcerias com Instituições Científicas e

Tecnológicas (ICT) e registram toda produção intelectual, seja pertencente ao ramo do

direito patentário seja ao ramo do direito autoral. Outrossim, trocam informações entre si e

promovem intercâmbio cultural, científico, educacional e turístico.

As vilas possuem área em comum para plantio, depósito para reciclados e espaço

para compostagem anaeróbia. Também, possuem a previsão para implantação de

estabelecimentos comerciais e locais para o desenvolvimento de atividades de cunho

artístico, social, intelectual, esportivo entre outros. Coordenação modular, conectividade,

simuladores virtuais climáticos, CCTM1, planejamento integrado, engenharia de controle e

gestão, PERT-CPM, Disco Egan para comunidades sustentáveis, airbrush stencil2,

renderizadores, wall clean, ACV, são algumas das ferramentas utilizadas antes, durante e

após a implantação do empreendimento.

As Vilas conceptuais são embriões para o desenvolvimento de uma nova forma de

civilizar, investem na capacidade criativa para todo tipo de desenvolvimento, humano,

tecnológico, econômico, artístico, ecológico, etc. De uma forma planejada, coordenada e

científica. Buscando técnicas e conceitos do passado, e, aliando isso ao desenvolvimento

de novas soluções, as VC´s fazem da experimentação uma rotina rentável e agradável. Os

produtos/processos “resgatados” e as inovações por nós desenvolvidas são aqui

denominados de “TInA” – Técnica Incorporada ao Acervo.

As vilas possuem um mostruário com inúmeros pré-projetos de engenharia e

arquitetura, que, podem ser adotados integralmente ou servir como base para o

desenvolvimento de outro modelo. Outros projetos também podem ser apresentados. Nesse

caso, sua aprovação dependerá da análise de uma comissão.

Cada Vila Conceptual pode ser independente ou associada com outra(s) empresa(s)

pública ou privada. Os recursos financeiros para as construções das casas e da infra

estrutura do loteamento podem ser próprios ou originários de fonte pública ou privada. Se

for oriunda de financiamento/gestão pública, os representantes das três partes - governo,

mutuários e Administradores da VC, estabelecerão, conjuntamente, as regras.

1 CCTM – Central de controle tecnológico móvel – para aferições “in loco” 2 Técnica de pintura em parede que combina aerografia com formas de papel e adesivagem

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As VC´s possuem locais para plantio, depósito para reciclados, espaço para

compostagem e áreas de uso comum.

Alguns projetos arquitetônicos foram concebidos para atender situações de risco –

emergência/calamidade pública. Nesses casos, devido à extrema urgência de implantação

das casas, normalmente não se dispõem de loteamentos adequados com a devida

estrutura. Então, as casas de estrutura metálica podem ser a única opção e, passado o

período de risco, terá o poder público a opção de deslocar essas casas para outros terrenos

ou simplesmente estocá-las.

OBJETIVOS

Desenvolver uma nova forma de organização civilizante3, através da revisão de

alguns conceitos e desenvolvimento de novas metodologias práticas de relacionamento.

MATERIAL E MÉTODOS

Trabalho desenvolvido com recursos próprios utilizando-se materiais de construção e

obras como laboratórios. Foram utilizadas pesquisas experimentais, exploratórias, sociais e

históricas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com relação às inovações e aos processos “resgatados” que receberam melhorias,

parte teve experimentação “in loco” e parte em ensaios laboratoriais. Trabalho de enorme

extensão e que possui caráter de contínuo aperfeiçoamento.

Não houve nenhuma discussão acadêmica e de nenhum outro tipo. Trabalho

desenvolvido individualmente em pesquisa independente.

CONCLUSÕES

As Vilas Conceptuais tem o potencial de servir como referência para uma nova forma

de civilização. Desenvolvido ao longo de 13 anos com muita pesquisa e dedicação, esse

projeto pretende “estar” e jamais “ser”. A idéia de criar um “laboratório” de desenvolvimento

tecnológico e, que ainda, respeitasse o meio ambiente, resgatasse técnicas abandonadas e

que ainda prezasse valores tais como cooperação, educação e respeito ao próximo, teve

nas Vilas Conceptuais, a melhor forma de concretização desses ideais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARO, Marcos Antonio. Arquitetura contra o crime: PCAAA – prevenção do crime

através da arquitetura ambiental. Rio de Janeiro: Marcos Antonio Amaro. 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e

documentação: referência – elaboração. Rio de Janeiro, 2000.

3 Que civiliza; civilizador. Indivíduo que se inculca como civilizador.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND – ABCP. Manual de estruturas de

concreto – São Paulo: ABCP, 2002. 156p. Disponível em:

http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/ativos/repository/arquivo/EC037_dccda8.zip

BARROS, M.M.B. Metodologia para implantação de Tecnologia Construtiva

Racionalizada na Produção de Edifícios. São Paulo, 1996.

BENEVOLO, Leonardo. As origens da urbanística moderna. Coleção Dimensões nº 10.

Lisboa: Presença, 1981.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor.

Guarulhos: Saraiva, 2005.

CHOAY, Françoise. O Urbanismo. São Paulo: Perspectiva S.A., 1979.

DANNEMANN, Gert Egon: Do periodo de graça e do usuário anterior, dois novos

princípios introduzidos no projeto do novo Código da Propriedade Industrial. Revista

da ABPI, no. 13 p 33 a 36 nov./dez 1994

GOLDMAN, Pedrinho. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção

civil. São Paulo: Pini Ltda., 1986.

KANT, Imannuel. Crítica da razão pura. Os pensadores, Vol. II. São Paulo: Nova Cultural,

1988

MAIMON, D. Ensaios sobre economia do meio ambiente. Rio de Janeiro: ANPED, 1992.

NIETZSCHE, Friedrich. Obras Incompletas, 1ª. edição. São Paulo: Abril Cultural, 1974.

NOSSO FUTURO COMUM. Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1988.

NOVAES, W. Questão ambiental ou questão econômica. SP: Ciência Hoje, n.120, vol.20,

1997.

ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983.

SOUZA, A L.R., BARROS, M.M.B, MELHADO, S.B. Projeto e Inovação Tecnológica na

Construção de Edifícios: Implantação no Processo Tradicional e em Processos

Inovadores. BT/PCC/145, 1995

VARGAS, N. Tendências de Mudança na Indústria da Construção. Obra, n.44, p.25-29,

fev. 1993

Palavras-chave: vila, concepção, arquitetura, sustentabilidade, tecnologia

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2. CONCEITUAÇÕES

Significado de Vila: Povoação de categoria inferior à de cidade, mas superior à de

aldeia.

Casa de campo nos arredores das cidades italianas.

Bras. Alinhamento de residências que forma uma rua particular, geralmente sem saída pelos

fundos, e cuja entrada se abre para uma via pública; avenida.

Significado de Conceptual: Próprio para a concepção, ou referente a ela.

3. INTRODUÇÃO

Acreditamos que as pessoas sejam criativas, inteligentes e sensíveis. Acreditamos,

também, na possibilidade de uma convivência pacífica e prazerosa. Partindo dessas

premissas, em 2002, iniciamos as pesquisas para o desenvolvimento de um projeto que

incorporasse novos (e alguns antigos) conceitos de civilização.

Primeiramente, elaboramos plantas arquitetônicas de edificações que atendessem

simultaneamente vários objetivos. Projetamos casas que promovessem o mínimo impacto

ambiental e que atendessem critérios, tais como, conforto térmico e acústico,

economicidade, racionalidade, rapidez, beleza. Aos poucos, outras questões foram

incorporadas ao projeto: autoconstrução, baixo custo, rapidez na montagem, alto nível de

segurança contra intempéries, etc. Com algumas plantas concluídas, o próximo passo foi

projetar a implantação dos condomínios, já que as casas são projetadas para fazerem parte

de conjuntos habitacionais e não para serem construídas isoladamente, apesar de não

haver empecilhos para tal.

Inúmeras inovações foram desenvolvidas: invenções, modelos de utilidade, plantas de

engenharia e arquitetura, marcas, conceitos, etc. No atual estágio, dispomos de,

aproximadamente, 50 projetos individuais de produtos e processos.

“A forma como fazemos perguntas faz com que as pessoas reflitam de forma diferente sobre como responder. Por que alguns países

têm mais doadores de órgãos que outros? Em alguns países, o documento de adesão que deve ser assinalado oferece primeiro uma opção

pela não doação, em vez da opção pela doação. Simples assim” (ARIELY; DAN,2009)

Novas metodologias tem que ser desenvolvidas, O impacto ambiental tem q ser

“quantificado”, não apenas “qualificado”. Por exemplo, a produção de 5 kg de ferro,

certamente produziu mais impactos ambientas que a produção de 5kg de madeira plantada,

porém, se para obtermos determinado produto tenhamos a opção de utilizar 5kg de ferro ou

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50kg de madeira plantada, a análise deixa de ser tão simples e, necessitaremos de

ferramentas de cálculo para obter dados mais confiáveis.

Os “melhores” conceitos ambientais devem ser divulgados, casas compactas,

projetadas levando-se em conta a climatologia local, posicionamento geográfico, inércia

térmica do imóvel, bem como dos móveis e acessórios. Mais do que a opinião dos futuros

moradores, é necessário o envolvimento deles.

4. PRINCÍPIOS

Os princípios que norteiam o projeto - como sugestão e, não como imposição, são:

1.1 Internacionalidade: As vilas conceptuais têm caráter internacional. São baseadas na troca

de informações, na troca de experiências. Quanto mais diversidade, melhor. Adaptam-se às

regras dos seus respectivos países e promovem o intercâmbio entre seus membros.

Buscamos o estreitamento de relações com outras entidades e programas tais como

REACH, COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES, Projeto TITAM -

Transferência de Inovação Tecnológica na Autoconstrução de Moradias –GREENPEACE,

sustentech, caixa econômica federal (selo Casa Azul). Todos os empreendimentos

imobiliários das VC buscam certificações.

1.2 Cooperação: Enquanto detentora de personalidade jurídica e com relação aos bens

produzidos na Vila Conceptual, propomos uma forma diferente de produzir dentro da

sistemática cooperativa. Nesse caso os moradores são ao mesmo tempo sócios, donos,

funcionários e usuários. Lembrando que não é uma imposição e sim uma recomendação.

“Se você quer transformação, deve engajar os fazedores que estão na base” (GOVINDARAJAN; VIJAY, 2009)

1.3 Sustentabilidade: O Princípio da Sustentabilidade defende que a satisfação das

necessidades das gerações atuais não deve comprometer a das gerações vindouras. As

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Vilas Conceptuais assumem o compromisso de contra balancear o déficit ambiental e o

déficit sócio-econômico gerados por ela. O desafio é, na verdade, a busca de um equilíbrio

entre proteção ambiental, justiça social e viabilidade econômica.

“Desembaralhe o futuro. Se você quer achar sentido no futuro, olhe para trás – olhe para trás duas vezes mais do que olha para frente” –

(SAFFO;PAUL, 2010)

1.4 Profilaxia por meios naturais: Fitoterapia, prática desportiva, medicina preventiva, busca da

longevidade. As VC´s estimulam a alimentação saudável, a periodicidade de exames

laboratoriais, o uso racional e controlado de remédios e a pesquisa científica na área

farmacológica como forma de alcance do desenvolvimento e melhoria das condições

orgânicas.

Expulsai o natural e ele voltará a galope." – (DESTOUCHES; PHILIPPE, ator francês, 160-1754")

1.5 Conforto: As Vilas Conceptuais primam pelo emprego da estética, da funcionalidade e do

conforto em suas obras. A sustentabilidade tem sido vinculada como sinônimo de sacrifício.

É claro que os esforços fazem parte de toda e qualquer mudança de atitude, entretanto, as

VC´s primam pela busca constante do conforto, do bem estar, da qualidade de vida.

"O bem-estar na vida obtém-se com o aperfeiçoamento da convivência entre os homens."

(MAIMÔNIDES; MOISÉS)

1.6 Segurança: As Vilas Conceptuais devem avaliar o contexto regional em que cada uma delas

deseja se instalar. A instalação de circuitos de TV nas principais ruas visa combater práticas

criminosas e também servem como prática de monitoramento e divulgação das suas

atividades. Além disso, sugerimos o emprego de técnicas de combate à criminalidade

através da estruturação urbana e arquitetônica, a chamada “arquitetura contra o crime”.

Assim, se analisamos as características ambientais dos locais onde os delitos ocorrem

podemos inferir quais são tais características e eliminá-las ainda na fase do projeto,

prevenindo uma infinidade de problemas que este espaço poderia provocar no futuro, por

não levar em conta tal aspecto. É esta a idéia básica da Prevenção do Crime Através da

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Arquitetura Ambiental ou simplesmente Arquitetura Contra o Crime4 (AMARO: 2006). O

espaço urbano das cidades, seja público ou privado, freqüentemente apresenta algumas

características que podem facilitar ou induzir à prática de delitos.

"Quanto à sensação de segurança perante os homens, o poder e o domínio são bens dados pela natureza, a partir dos quais podemos

proporcionar-nos segurança." (EPICURO)

1.7 Autoconstrução: A Vila Conceptual sugere que seus membros utilizem tecnologia de

Autoconstrução para suas Moradias. Para isso a coordenação da VC oferecerá treinamento,

monitoramento e estreito acompanhamento de profissionais da engenharia e arquitetura em

todas as etapas da obra. Projetos pré-concebidos, desenvolvidos com a finalidade de fácil

execução. Unidades móveis de apoio para estoque de materiais e ferramentas.

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” (EINSTEIN; ALBERT, 1946)

1.8 Desenvolvimento Tecnológico: As Vilas Conceptuais partilham do princípio que o

desenvolvimento tecnológico se sustenta principalmente, nos seguintes pilares:

a) Garantia da Propriedade Intelectual;

b) Ampla difusão da normalização;

c) Investimento na produção tecnológica;

d) Desenvolvimento da capacidade criativa.

Com isso primamos pelo incentivo a toda e qualquer atividade que vise o conhecimento,

orientando e assessorando os inventores e desenvolvedores de obras técnicas, culturais e

artísticas.

“Precisamos de inovação se quisermos atender as expectativas das pessoas que vivem hoje e, ao mesmo tempo, preservarmos o planeta

para as gerações futuras” – (KRUPP; FRED, 2010)

1.9 Neorracionalismo: Os filósofos que inspiraram as idéias bases das Vilas Conceptuais são

Immanuel Kant (1724-1804) e Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900). O primeiro associa

4 AMARO, Marcos Antonio. Arquitetura contra o crime: PCAAA – prevenção do crime através da arquitetura ambiental. Rio de Janeiro: Marcos Antonio Amaro. 2005.

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o racionalismo clássico – razão pura – ao empirismo – experiência - aceitando as formas a

priori da razão, desde que estejam conjugadas ao experimento para que possa haver

conhecimento.

"Todo interesse de minha razão (tanto o especulativo quanto o prático) concentra-se nas três seguintes perguntas: 1. Que posso saber? 2.

Que devo fazer? 3. Que me é dado esperar?"

(Kant, Crítica da razão pura, 1788)

O segundo almejava a construção do homem luz, liberto e criador.

“Sim, sei de onde venho! Insatisfeito com a labareda ardo para me consumir! Aquilo que toco torna-se luz. Carvão aquilo que abandono. Sou

certamente labareda!” e “Homens convictos são prisioneiros.” (Friedrich Nietzsche, A Gaia Ciência, 1882)

1.10 Dinamismo: Se tivesse que definir a essência do que deveria ser o “modus operandi”

dos moradores da Vila Conceptual em uma única frase, eu diria: “Meu espírito precisa do

meu cérebro, meu cérebro precisa do meu corpo e meu corpo precisa de atitude”. Sem

atitude nos tornamos obsoletos, ultrapassados. Sem imprimir dinamismo em nossos atos,

estamos propensos a sermos arrastados pela vida, aumentam as chances da derrota. Na

Vila Conceptual as pessoas são incentivadas a tomar decisões, a terem iniciativa.

“Mudança da zona de conforto para a zona de oportunidade” – (PRAHALAD, 2011)

1.11 Experimentalismo Científico: Não se confunde com o desenvolvimento tecnológico,

pelo contrário, o complementa. É a prática das invenções e desenvolvimentos de obras dos

membros das Vilas Conceptuais. É o incentivo à práxis. O encorajamento à exposição. A

educação voltada ao desenvolvimento da criatividade e o despertar da curiosidade. É uma

“fase” um tanto quanto “artesanal” do desenvolvimento científico.

“A pergunta não é se posso investir muito, mas se posso aprender rapidamente” –(PRAHALAD, 2011)

1.12 Consensualismo: As decisões nas Vilas Conceptuais são tomadas em consenso,

mediante formalização da declaração de vontade, ou de qualquer outro ato. Não estão

sujeitos à imposição de uma forma especial para sua conclusão. Nada tem que ser, tudo

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pode ser, desde que obviamente, se respeite os princípios da razoabilidade e da boa

convivência.

“O consenso é a negociação da liderança” - (THATCHER; MARGARET, 1975)

5. PLANTAS DE ARQUITETURA

Abaixo mostraremos detalhes e plantas com os respectivos comentários sobre cada

modelo.

3.1 Casa Emergencial

Essa casa foi planejada para atender inúmeros requisitos. Ela possui estrutura

metálica e revestimento com placa de fibrocimento 6mm. Pode ser montada em 4 dias e é

ideal para situações de emergência ou calamidade pública. Foi minuciosamente projetada

para atingir a otimização do custo benefício. Cada projeto era computado em uma planilha

de onde extraímos o montante de desperdício, o custo de produção, a área útil e outros

dados. 49 projetos foram desenvolvidos até obtermos essas medidas. Essa casa possui um

custo final 40% menor que uma casa de padrão convencional com a mesma área. O projeto

é altamente seguro contra ventanias (em função dos cabos de aço que tensionam as placas

de revestimento, seguro contra raios porque conta com sistema de proteção atmosférica

(gaiola de faraday). Relativamente bem protegido contra inundações – possui sistema de

drenagem periférica e interna.

Além disso, a casa possui excelente conforto térmico em função da baixa

incorporação de calor e altíssima dissipação. É uma casa ecologicamente correta, capta e

armazena a água da chuva, possui sistema de aquecimento solar, é parcialmente mobiliada,

possui um sistema inédito de separação de lixo, compostagem da matéria orgânica,

aproveitamento da energia geotérmica, aspersor de micro gotas, escada helicoidal de alto

aproveitamento espacial, sistema inovador de piso aéreo com placas de fibrocimento e

concreto armado, circuito elétrico de iluminação LED com energia proveniente de bateria

automotiva (12 ou 24 volts), entre tantos outros produtos e processos agregados.

No momento estamos construindo a primeira casa desse modelo.

As figuras abaixo mostram, em seqüência, o corte transversal, a planta baixa, a

fachada e o esquema de encaixe entre as peças.

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figura 1 figura 2

figura 3 figura 4

3.2 Casa Mediterrânea

A casa mediterrânea foi concebida para ser construída de alvenaria e isenta de

telhas na cobertura. Além de agregar quase todos os diferenciais da casa emergencial, o

grande destaque desse modelo é uma inovação introduzida na execução da laje

impermeabilizada. Utilizando-se Ecológicas e concreto armado, por nós já testados e

aprovados, conseguimos baratear em 55% esse item. E atingir eficiência superior aos

produtos comumente utilizados. Além disso, a casa mediterrânea é construída com

alvenaria estrutural e revestimento vazado. A cobertura da garagem é com pergolados de

tubo PVC armado coberto com telha transparente e parcialmente gramado. Se

considerarmos a garagem e a laje impermeabilizada como áreas computáveis, o custo final

desse modelo é 40% menor que o modelo tradicional coberto com telhas.

As figuras abaixo mostram, em seqüência, a fachada e a planta baixa do modelo de

69,69m² e a fachada e a planta baixa do modelo de 43,76m².

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figura 5 figura 6

figura 7 figura 8

3.3 Apartamentos de paredes cegas

O mérito desse modelo consiste na possibilidade de combinar os apartamentos

lateralmente, tantos quantos a largura do terreno permitir. Os apartamentos de paredes

cegas agregam a maioria dos itens dos outros dois modelos já comentados. Para blocos de

até três andares, o emprego da alvenaria estrutural com tijolos cerâmicos reduz os gastos

da super estrutura em até 50%. A inovação desse modelo é o uso de uma laje por nós

desenvolvida alcunhada de “super laje”. A inovação introduzida consta em utilizar fibras

sintéticas no banzo inferior do terço interior das nervuras. Essa simples tarefa implica em

um aumento de até 25% na resistência aos esforços de tração. Na prática isso representa

redução de custos no emprego de lajes que precisam vencer vãos maiores de 3,0m. A figura

9 mostra nove modelos, em tamanhos decrescentes, da esquerda para a direita.

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figura 9

3.4 Sobrado com mansarda

O sobrado com mansarda também reúne a maioria dos itens das casas

anteriormente descritas. A fundação é racionalizada e utiliza concreto ciclópico nas estacas,

que são rasas e coroadas e nas sapatas corridas. Por ter as paredes do pavimento superior

projetadas sobre as paredes do pavimento inferior e, utilizando-se as técnicas da alvenaria

estrutural, esse modelo de edificação assegura grande economia estrutural. O terceiro

pavimento propicia um ambiente muito agradável, pois a mansarda atua como porta janela.

A ventilação cruzada traz conforto térmico, principalmente à noite, quando renova o

ar propiciando grande fluxo de ar.

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figura 10

3.5 Casa Verde

A casa verde, assim como todos os modelos por nós projetados, possui a maioria

dos atributos ecológicos, de segurança, de conforto e tecnológicos. O que faz da casa

verde um modelo ímpar é o contato parcial das paredes com o solo, trazendo economia com

acabamento externo e o telhado com grama. As vigas principais são pré-moldadas e sobre

elas ficam apoiadas as lajes impermeabilizadas de placas de fibrocimento e concreto

armado. Também se caracteriza por trazer economia de construção.

figura 11

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figura 12

3.6 Casa Tradicional

Esse formato de projeto tem a particularidade de possuir o quarto em um porão. Essa

peça da casa possui temperatura constante entre 10 a 20 graus Celsius o ano todo. Outra

característica da casa tradicional é o reservatório de águas pluviais projetado na lateral da

casa e apoiado acima do nível do solo. Essa técnica apresenta como vantagens o fato de

refrigerar os quartos da casa por evaporação (a água utiliza calor para evaporar). Na outra

face da casa, os tijolos das cinco primeiras fiadas são preenchidos com terra e as

cabeceiras deles não usam argamassa no assentamento. A casa tradicional ainda tem em

uma das paredes externas o revestimento vazado e em outra parede a plantação da

trepadeira hera.

figura 13

3.7 Casa Elíptica

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A casa elíptica chama a atenção em seu traçado de curvas. Ela utiliza estrutura

metálica como suporte da cobertura e duas camadas de telhas de alumínio-zinco espaçadas

com manta aluminizada e argila. Excelente conforto térmico e acústico. Assim como as

demais possui todos os possíveis e a ela aplicáveis, diferencias típicos das casas das Vilas

Conceptuais. O fechamento é com placas de fibrocimento na parte externa das paredes e

PVC nas internas.

figura 14

3.8 Home yacht

Com belíssimos traços arquitetônicos, a casa iate inova na sua concepção. É feita de

estrutura metálica e ecológicas revestidas com fibra de vidro. É o modelo luxo da casa

emergencial. Possui as mesmas características, mas com estética diferenciada e belo

acabamento. De fácil montagem pode ser executada em poucos dias. Os vidros são simples

4mm revestidos com “insul film” próprios para uso arquitetônico.

figura 15

3.9 Mini casa

Devido a sua extrema simplicidade e pequeno tamanho é a versão reduzida da casa

emergencial. Com apenas 20,25m² (4,5x4,5)m, é o modelo mais simples e econômico de

todo o pacote. Foi desenvolvida para ser montada em apenas um dia. Adequada para

solteiros ou no máximo um casal sem filhos. O piso é com base de chapa ondulada de

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fibrocimento 8mm preenchida com brita e areia graduadas. Sobre a base vem uma placa de

madeirite 10mm revestida com uma manta de fibra de vidro e resina ecológica.

Abaixo é mostrado a fachada e a planta baixa (figura 16) e o diagrama de montagem

da minicasa (figura 17)

figura 16

3.10 Casa de vidro

A casa de vidro é assim chamada porque sua frente é composta de vidro e estrutura

metálica. A estrutura é metálica e o fechamento em placas de madeirite 6mm revestidas

com fibra de vidro ou em chapas de fibrocimento concretadas e recobertas com

revestimento vegetal. Tensionadas com cabos de aço para assegurar proteção e

segurança, a casa de vidro também possui vários itens inovadores. O traçado arquitetônico

da planta baixa é “contorcido”, o que lhe confere um diferencial estético ímpar.

figura 18 figura 19

3.11 Sobrado pós-moderno

Figura 17

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O sobrado pós-moderno é um projeto simples com fachada bem planejada, bela e

funcional. Da mesma forma que as demais casas com mais de um pavimento ela possui

fundação racionalizada, utiliza concreto ciclópico em estacas rasas e coroadas e nas

sapatas corridas. Tem as paredes do pavimento superior projetadas sobre as do pavimento

inferior e, utiliza as técnicas da alvenaria estrutural. A figura 20 mostra as plantas baixas do

primeiro e do segundo pavimento. A figura 21 mostra os cortes e a figura 22 mostra a

cobertura e a fachada.

figura 20

figura 21

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figura 22

3.12 Casa circunferencial

A casa circunferencial é executada com estrutura metálica em arco e fechamento com

telha leve ondulada de material plástico, metálico ou cimentício. A particularidade desse

modelo é a geminação. As casas são construídas em pares, simetricamente espelhadas. O

arco é uma estrutura de geometria autoportante, e, permite ótimo aproveitamento espacial.

A figura 23 mostra a fachada de duas casas circunferenciais, e, a planta baixa de uma casa.

figura 23

7. BREVES COMENTÁRIOS ACERCA DA APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS INCORPORADAS E DAS INOVAÇÕES POR NÓS DESENVOLVIDAS – TInA´S

Devido ao surgimento de novas alternativas, da mídia, do interesse das corporações,

da globalização, da industrialização, da praticidade e outros fatores, muitas

técnicas/processos/produtos foram sendo cada vez menos empregados. No passado

questões como sustentabilidade, certificação e responsabilidade social não eram critérios

que faziam diferença. Hoje, estamos revendo muitos desses serviços, e, na medida do

interesse, resgatando-os. Não pleiteamos a substituição de uma técnica/produto por

outra(o), o que buscamos, é a opção de alternativas.

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Quanto às inovações, elas são fruto de 13 anos de pesquisa, em várias áreas, mas

principalmente na construção civil. Tudo que possa ser agregado nas Vilas Conceptuais é

objeto de estudo.

Abaixo faremos breves comentários sobre esses processos/produtos “resgatados” e

criados. Ao conjunto dessas duas categorias, são chamados, nesse trabalho, de TInA.

7.1. Estacas coroadas e sapata corrida:

As estacas e a viga baldrame são compactadas com a finalidade de se obter um

índice ICS (CBR) superior a 50. As estacas são rasas (menos de 3,0m) e possuem dois

diâmetros. O primeiro, com diâmetro menor, vai do fundo até 100cm da superfície e o

segundo, com diâmetro maior, dá continuidade a partir do ponto onde a estaca com

diâmetro menor é interrompida, ou seja, de 100cm da superfície até o nível 0 do terreno. A

viga baldrame é quadrada, ou seja, possui a mesma dimensão na base e na altura, também

por isso, denominada de sapata corrida.

7.2. Estrutura com concreto ciclópico:

É a mistura de 2 partes de concreto fck 20 Mpa e 1 parte de pedra amarroada,

também chamada de pedra de mão. Confere mais resistência à compressão, economia e

rapidez. As pedras devem ser separadas em função do seu tamanho. As maiores vão sendo

utilizadas, literalmente, de baixo para cima. Em estacas, blocos e vigas baldrames

utilizamos as maiores, em pilares as médias e em vias aéreas (na seção de esforços

positivos – compressão, as menores.

Luciano Andrey Schädler 22

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7.3. Piso elevado:

Essa técnica utiliza placa ondulada de fibrocimento 6 ou 8mm sobre um colchão de

brita. Em cima da ecológica é assentada uma chapa de madeirite 10mm e, sobre essa, fibra

de vidro com resina ecológica. O uso do madeirite associado à fibra de vidro tem caráter de

provisoriedade. Apesar de apresentar satisfatória resistência, ele é ideal para casas que

visam atendimento à situações de emergência/calamidade pública. Para outras situações,

sobre o madeirite podemos utilizar a placa cerâmica assentada com argamassa. Os

benefícios da utilização dessa técnica são os mesmos tanto para um caso quanto para

outro. Resfriamento, impermeabilização, economia, praticidade e rapidez são algumas das

vantagens obtidas com o emprego desse TInA.

7.4. Alvenaria Estrutural:

É a utilização de ferragem estrutural na alvenaria. Dimensionada em função da

carga, do material de alvenaria, disposição geométrica das peças e altura do pé direito, a

alvenaria estrutural é excelente solução em vários aspectos. Na economia, se pode obter

até 70% de redução do custo com a super estrutura (vigas e pilares). Se houver mais de um

pavimento, as paredes deverão, obrigatoriamente, coincidirem no plano vertical.

7.5. Estrutura metálica de fácil encaixe:

São dispositivos de "junção" entre duas ou mais peças metálicas. Como alguns

modelos são com estrutura metálica, tivemos algumas dificuldades no início das pesquisas

em relação às emendas. Algumas não atendiam à resistência desejada, outras se

mostravam com pouca estética ou ainda baixa produtividade. Conseguimos, com o apoio

dos operários, desenvolver um modelo que não aumentasse o volume do conjunto,

atendendo às exigências de resistência aos esforços e conferindo rapidez na montagem.

7.6. Fechamento com placas leves onduladas:

Telhas plásticas recicladas, telhas metálicas ou até mesmo telhas de fibrocimento,

empregadas isoladamente, concretadas ou argamassadas com tirantes de aço constituem

ótima alternativa para fechamento. São leves, proporcionam rapidez na montagem e

racionalidade na execução e ainda ocupam pouco área. Por exemplo, para uma residência

com 70,0m² de área de planta, teríamos aproximadamente 60,0m² de área de parede. Em

Luciano Andrey Schädler 23

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alvenaria, com 12,0cm de espessura, essas paredes ocupariam 7,20m². Com o uso dessas

placas para fechamento, com espessura em torno de 6,0cm, as paredes passam a ocupar

3,60m². Isso representa um ganho de 5,1% de área. As placas não constituem o material

estrutural em si, elas apenas revestem e formam o concreto.

figura 24

figura 25

7.7. Drenagem perimetral:

É uma faixa de 10,0cm no entorno das peças. Tem a função de auxiliar na limpeza,

drenar e resfriar por evaporação. O solo é revestido com pedra brita ou de rio. Profundidade

de 10,00 cm.

figura 26

7.8. Drenagem com estacas:

Tem as mesmas funções que a drenagem perimetral, mas ao invés de ter disposição

horizontal, é executada verticalmente. Pode ser preenchida, revestida ou vazada.

7.9. Móveis embutidos:

São moveis executados utilizando-se a própria alvenaria. Camas, armários, guarda-

roupa, estantes, mesas, entre outros. Além de práticos, podem servir como apoio de

O segundo pavimento utilizou telha metálica no fechamento e nas paredes internas. A redução com peso foi na ordem de 50-75%, o índice de desperdício foi próximo de zero. A montagem foi realizada em dois dias.

As paredes da foto ao lado são de uma garagem e ainda estão sendo construídas. O proprietário pretende forrar com PVC a parte interna, com exceção das telhas transparente. Na parte externa o proprietário pretende utilizar argamassa com aço CA-60 para amarração e sustentação das paredes.

Luciano Andrey Schädler 24

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paredes com alto índice de esbeltez, por exemplo, paredes de gesso acartonado, de

fibrocimento, de material reciclável, etc.

7.10. Lixeiras de cinco módulos:

É uma lixeira com disposição parcialmente vertical. Em quatro níveis. O tamanho

delas vai diminuindo de baixo para cima. O primeiro conjunto, colocado em torre, da maior

lixeira para a menor, sobre o piso da cozinha, estão: lixeira para lixo reciclável, para

rejeitos, e para orgânico (aterro). Já a quarta e a quinta lixeiras, pequenas, ambas do

mesmo tamanho, ficam em cima da pia e cumprem a função de separar o orgânico que vai

para a compostagem do orgânico que vai para o aterro. Essa sistemática foi obtida por

longa experimentação prática e se mostrou muito eficiente.

7.11. Telha sanduiche:

São duas telhas preenchidas com argila ou material plástico. Proporciona ótimo

conforto térmico e acústico. Podem ser do mesmo material ou de materiais diferentes. Uma

boa composição seria a telha de fibrocimento na base – utilizada como forro, material de

preenchimento e telha reciclada, preferencialmente de tetra pak e com lâmina de alumínio

na face superior, no topo.

figura 27 - Imagem obtida do site http://www.regiplac.com.br/tibaplac.htm

Na ilustração, à esquerda, vemos a telha na face inferior e, na direita, na face superior, com

uma lâmina aluminizada.

7.12. Telhado verde:

É a plantação de grama ou outra vegetação na cobertura. Técnica que vem

recebendo cada vez mais aceitação propicia excelente conforto térmico e acústico. Suas

principais desvantagens são o custo de implantação, a manutenção e o impedimento de

captar água pluvial limpa da cobertura. Mesmo assim suas vantagens e benefícios superam

Luciano Andrey Schädler 25

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qualquer dificuldade. Abaixo são mostradas três figuras com formato de telhado diferente.

Na primeira figura, o telhado é plano inclinado, na segunda figura, o telhado é plano

horizontal (terraços) e na terceira figura, é circunferencial.

figura 28 - Imagem obtida do site http://www.karlacunha.com.br

figura 29 - Imagem obtida do site HTTP://www.imoveis.culturamix.com

figura 30 - Imagem obtida do site HTTP://www.obviousmag.org

Luciano Andrey Schädler 26

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7.13. Reservatório de águas pluviais apoiado:

Reservatório é considerado apoiado quando está no nível do solo. Tem como

vantagens o fato de não necessitar de bombeamento e que, se bem posicionada, pode

atuar como obstáculo à insolação.

figura 31 - Imagem obtida do site www.prolifereciclagem.com.br

7.14. Reservatório de águas pluviais enterrado:

Reservatório é considerado enterrado, quando está abaixo do nível do solo. As

vantagens desse sistema são:

a) Volume de ocupação: Como a cisterna é enterrada não ocupa volume na superfície;

b) Menor variação da temperatura da água: Sendo o solo um isolante térmico, a água da

cisterna sofrerá menores variações de temperatura.

As desvantagens desse sistema são:

a) Necessidade de bombeamento: Esse sistema apresenta a particularidade de

necessitar de uma profunda análise acerca da viabilidade sustentável. Se for utilizado para

apenas uma família, provavelmente ocasionará maiores prejuízos ambientais do que

benefícios;

b) Custo de implantação e de manutenção: Por se tratar de um sistema mais

complexo que os outros dois, ele terá um custo maior. Aquisição do conjunto de moto

bomba, triplo circuito hidráulico (captação – cisterna, cisterna – reservatório, reservatório -

terminal), além disso, irá requerer muito mais manutenção, pois se trata de um sistema

elétrico e um outro hidráulico. Recomendamos esse sistema somente após análise

sistemática do Ciclo de Vida (ACV)- processo produtivo e operacional, ou seja, o

planilhamento matricial do balanço da massa e da energia de todos os TInA (produtos e

serviços) envolvidos, identificando seus impactos ambientais desde a matéria-prima que

entra em sua produção, passando pelo seu uso, até chegar à disposição final de seus

Luciano Andrey Schädler 27

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resíduos, ao longo de todo o processo - concepção, extração da matéria-prima,

beneficiamento industrial, uso ou consumo, destinação final (reuso, reciclagem, aterro, etc.).

figura 32 - Imagem obtida do site http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2009/03/22/uma-substancia-preciosa-170528.asp

A – Reservatório superior para água de chuva, que também pode ser alimentado pela água potável.

B – Calhas que recebem a água de chuva vinda do telhado.

C – Água de chuva para lavar roupa, uso no vaso sanitário, lavar carros, irrigação do jardim/paisagismo, etc.

D – Bombeamento da água de chuva, do reservatório inferior para o superior.

E – A sujeira retirada pelo sistema de filtragem (e um pouco da água) vai para a galeria pluvial ou para o esgoto.

F – Tubos que recebem água de chuva vinda do telhado e a direcionam para o sistema de filtragem.

G – Cisterna que recebe a água potável da concessionária local.

H – Tanque.

I – Cisterna subterrânea para armazenamento da água de chuva filtrada.

1 – Sistema de filtragem.

2, 3 e 4 – Equipamentos para melhorar a qualidade da água armazenada.

7.15. Reservatório de águas pluviais elevado:

Reservatório é considerado elevado quando está no acima do nível do solo.

figura 33 - Imagem obtida do site www.prolifereciclagem.com.br

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7.16. Laje de placa ondulada armada e impermeabilizada:

É a armação de ferragem soldada, treliça ou aço vergalhão simples, utilizando a

placa ondulada de telha de fibrocimento ou a telha plástica como forma. O inconveniente

dessa técnica é a restrição de comprimento dos vãos (3,6m). Entretanto a principal

vantagem, redução drástica dos custos, quando comparada ao custo final da laje

impermeabilizada executada pelo método convencional, é um atrativo ímpar.

7.17. Laje com fibra plástica no terço médio, banzo inferior:

É a utilização de fibras de PET no concreto para a fabricação de nervuras. A simples

adição de fibras plásticas (10x100)mm proporciona acréscimo de resistência à tração. Pode

ser aplicado em qualquer peça estrutural.

fig. 34 - Fibras de PET que são adicionadas ao concreto para produção de peças estruturais

Luciano Andrey Schädler 29

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7.18. Compostagem conjugada com vermicultura:

Trata-se de um equipamento com duas câmaras, a primeira serve para

decomposição anaeróbia de matéria orgânica e a segunda, através da vermicultura, é onde

o composto é transformado em húmus. O conjunto é dotado de aberturas que interligam as

duas câmaras, permitindo que as minhocas se desloquem entre as câmaras, dessa forma,

quando a matéria orgânica já está convertida em composto, elas podem passar da câmara

onde há húmus para essa onde há composto. O húmus é retirado e em seu lugar é

depositado matéria orgânica para compostagem.

figura 35

7.19. Horta vertical:

Trata-se de utilizar tambores, pneus ou tubos para o plantio de hortaliças. A figura 36

mostra um tambor no qual está sendo cultivadas hortaliças. A figura 37 mostra a metade de

um pneu onde plantamos flores. O tambor foi obtido em um ferro velho por R$ 5,00, e, pelo

pneu, nada foi cobrado.

figura 36 figura 37

7.20. Revestimento Vazado:

Consiste na sobreposição de uma placa lisa sobre a parede bruta com um colchão

de ar entre elas de pelo menos 5,0cm. O objetivo é permitir a ventilação. Pode ser com

placa de fibrocimento ou material plástico, preferencialmente reciclado. Além de servir

O resíduo orgânico é transformado em composto na câmara da esquerda. As minhocas iniciam então a vermi compostagem, ou seja, a transformação de composto em húmus. Nisso, a câmara da direita começa receber matéria orgânica. Quando ela se transformar em composto, as minhocas – que estão na câmara da esquerda, passarão para a câmara da direita e iniciarão novamente a transformação desse composto para húmus. Assim sucessivamente, o sistema permanece em rodízio.

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como isolante térmico também proporciona um belo efeito estético. Pode ser aplicado total

ou parcialmente nas paredes.

figura 38

7.21. Placa de alta resistência feita de madeirite e fibra de vidro:

A fibra de vidro colocada sobre placas de madeirite produz materiais de alta

resistência, boa moldabilidade e baixo peso. Utilizamos essa técnica há anos na fabricação

de trailers e pequenos containers. Pode ser utilizada para a fabricação de divisórias,

paredes, forros, lajes e pisos.

figura 39

7.22. Gaiola de Faraday:

Consiste na disposição de material metálico para que as cargas elétricas

provenientes de descargas atmosféricas percorram a superfície de determinado conjunto. É

um tipo de pára raio. Nas casas da Vila Conceptual, utilizamos a ferragem da estrutura e

barramento de cobre aterrado como partes do sistema.

A placa de madeirite que utilizamos é a mesma que comumente é empregada como tapumes.

Luciano Andrey Schädler 31

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7.23. Tensionamento com cabos de aço:

Cabos de aço utilizados para fixação das casas com estrutura metálica.

Proporcionam segurança ao imóvel contra ventos fortes e, quando for o caso, permitem a

desmontagem da casa para posterior utilização.

7.24. Paredes externas duplas e preenchidas com argila:

Finalidade de obter conforto térmico e acústico. Também aumenta a estabilidade do

conjunto pela incorporação de massa e inércia. Para a obtenção de resfriamento há que

realizar-se minucioso estudo para o dimensionamento da espessura da camada de argila.

Se a camada de isolamento for insuficiente para bloquear totalmente a entrada do calor,

haverá um efeito contrário ao desejado, ou seja, ao invés de proporcionar conforto térmico,

a massa da parede incorporará a energia calorífica e fará lentamente a estabilização da

temperatura. À noite, enquanto que no ambiente externo haverá uma situação de conforto

térmico, no interno teremos uma temperatura alguns graus acima.

7.25. Parede vegetal:

Confere beleza, conforto térmico e acústico e ainda aumenta a resistência física do

das paredes. Tem o inconveniente, de, se não tiver um acompanhamento adequado, estar

propenso ao aparecimento de insetos. Em nossa estação experimental estamos utilizando a

planta Sechium edule swartz, que nada mais é que o chuchu. Essa excepcional variedade

tem crescimento ultra rápido, ótimo fechamento e ainda fornece o fruto.5

figura 40 - obra construída no passeio público, em Curitiba/PR

7.26. Geoisolamento: São peças, cômodos e até mesmo casas parcial ou totalmente

construídas abaixo do nível externo. Além de proporcionar conforto térmico e acústico ainda

podem resultar em economia de custos, desde que sejam executadas escavações para

Luciano Andrey Schädler 32

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várias casas, já que, necessitaremos do emprego de máquinas para terraplenagem e, esses

equipamentos têm seu custo calculado em hora máquina. A foto abaixo mostra um porão.

Enquanto no nível do solo, medimos 34,7°, no porão o termômetro marcou 21,5°.

figura 41 – porão

7.27. Eucalipto ou bambu como elementos de construção civil:

a) Eucalipto: Material de crescente uso e aceitação, o eucalipto tem amplo uso na

construção civil. Desde fundação, pilares, vigas, paredes, forro, etc. É madeira de rápido

crescimento. As figuras 41 e 43 mostram um portal feito com eucalipto e na figura 42 é

mostrado um cercado.

figuras 42, 43 e 44

b) Bambu: Com mais de mil variedades, o bambu é objeto de vasta aplicação na

construção civil. Muitas Instituições tem se dedicado a pesquisa e ao emprego desse

material na construção civil. Pode ser utilizado como peça estrutural ou ainda de

acabamento. É um vegetal de rapidíssimo crescimento e alta resistência, tanto à tração

quanto à compressão e ainda de longa vida útil, desde que, tratado adequadamente.

5Chuchu é fruto devido ao fato que suas sementes estão dentro da parte comestível, resultado da fecundação do óvulo da flor.

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figura 45 Imagem obtida em http://bamboo.ning.com/group/construcao/forum/topics/uso-do-bambu-na-construcao?xg_source=activity

A figura acima mostra aplicações do bambu e ainda detalha como se procede a

amarração de duas peças. Chamamos a atenção para o pilar de bambu, que pode ser

obtido pela junção de duas ou mais peças, proporcionando maior inércia ao conjunto e

conseqüente aumento da resistência aos esforços.

O carvão de bambu já é utilizado no Brasil em ETE (estações de tratamento de

esgoto) com muita eficiência e baixo custo.

Luciano Andrey Schädler 34

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figura 46 Imagem obtida em http://bamboo.ning.com/group/construcao/forum/topics/uso-do-bambu-na-construcao?xg_source=activity

c) Elementos pré fabricados com eucalipto ou bambu: Eucalipto ou bambu utilizado

como estrutura ou ainda no interior de peças pré moldadas de concreto armado. Esses

elementos já eram utilizados como peças estruturais para fundação ou super estrutura

(vigas e pilares). Também são utilizadas como estruturas e piso de pontes. Se devidamente

tratadas tem vida útil superior a 10 anos. Se não estiverem em suscetíveis à umidade, essas

peças tem duração muito mais longa.

7.28. Kits pré fabricados:

Kits prontos para agilidade e facilidade de construção. Proporcionam rapidez e

redução de desperdício na obra. Podem ser utilizados kits de coberturas, instalações

hidrossanitárias, elétricas, etc.

Luciano Andrey Schädler 35

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7.29. Auto construção:

Regime de execução de casas onde os próprios moradores constroem suas

habitações. A auto construção, seja ela parcial ou total é utilizada na Vila Conceptual

sempre que possível porque envolve os usuários, estreitando o relacionamento entre os

moradores e a casa. Além de reduzir os custos, podemos obter até mesmo à isenção de

alguns tributos, o INSS, por exemplo. A auto construção das casas de estrutura metálica

são muito simples, e, realizadas sempre com acompanhamento de corpo técnico

especializado. Já, para os outros modelos, na medida do possível, se pode utilizar o

emprego da auto construção parcialmente. O importante é que, tenhamos o maior

envolvimento possível daqueles que farão parte do empreendimento.

7.30. Utilitários feitos de PVC:

Podemos utilizar tubos de PVC na fabricação de diversos materiais, tais como:

a) Móveis: Mesas, cadeiras, camas, estantes, sofás, etc.

figura 47 Imagem obtida em http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI155915-16940,00-CADEIRATUBO.html

b) Condutor de ar-luz: O modelo apresentado na ilustração abaixo é conhecido como túnel

de luz. Entretanto, se incorporarmos ao utilitário determinado dispositivo de condução de

ar, teremos um equipamento mais completo.

figura 49 Imagem obtida em http://lorenaarquiteta.blogspot.com/2011_06_01_archive.html em agosto de 2011

Luciano Andrey Schädler 36

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c) Painéis: O painel abaixo foi construído utilizando-se tubos de PVC

figura 50 Imagem obtida em http://1.bp.blogspot.com/_rKM6cV_Mwcc/TOwWuH6_WhI/AAAAAAAAANA/Ac2Xmtc3sFo/s1600/Imagem+1078.jpg

d) Pergolados: Utilizam-se tubos de PVC com armação de ferro tipo treliça em seu interior;

figura 51 Os pergolados de PVC apresentam resistência e durabilidade

7.31. Aquecedor solar com PVC:

Utilizando-se placas de PVC 10mm, comumente usada em forros, podemos construir

aquecedores solar muito eficientes e econômicos. O modelo por nós desenvolvido chama-

se “Aquecedor solar tridimensional”. A única restrição é o consumo humano. O calor da

água faz com que plásticos liberem substâncias tóxicas, entre elas o Bisfenol A. Esse

modelo não utiliza reservatório, porque o líquido nele armazenado, se não for utilizado no

mesmo dia, pode perder até 10 graus de temperatura. O nosso modelo é dimensionado da

seguinte forma: Cada 2,0m² de superfície, ou seja, 1,0m² de ocupação horizontal e 1,0m² na

vertical, armazenará 20 litros. Dependendo da época do ano, podemos estabelecer ciclos

de aquecimento por insolação, por exemplo, no verão, teremos 8 horas diária de intensa

irradiação solar (desconsiderando os períodos chuvosos ou nublados). Se obtermos a

temperatura desejada a cada 2 horas, em média, teremos 4 ciclos de aquecimento. Então

se precisarmos de 240 litros diariamente, estabelecendo 4 ciclos de aquecimento,

precisaremos de um aquecedor com 6,0m². Como para cada m² horizontal do dispositivo

temos mais 1,0m² vertical, 3,0m² de ocupação superficial é nossa necessidade.

3,0x2x10x4=240lt

Luciano Andrey Schädler 37

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figura 52

7.32. Iluminação com energia de bateria automotiva:

Sistema que utiliza a energia de uma bateria automotiva sobressalente para

alimentar um circuito extra de iluminação com lâmpadas LED ou fluorescente. Após várias

pesquisas com energia fotovoltaica e eólica sem obtenção de resultados satisfatórios,

partimos para o desenvolvimento dessa outra alternativa. Esse experimento se mostrou

muito eficiente. Uma bateria de média amperagem pode fornecer 50watts pelo período de

até quatro horas. O dispositivo de ligação entre a bateria e o circuito é instalado no porta

malas e possui uma tomada na parte externa do veículo, onde é conectada a um cabo

alimentador do sistema localizado na garagem.

7.33. Isolamento térmico através da energia geotérmica:

Com um sistema muito simples de registros para distribuição da água, o usuário

pode escolher entre água do reservatório ou água da "rua". Essa segunda geralmente está

entre 8 a 22 graus C.

Luciano Andrey Schädler 38

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7.34. Aspersor de micro gotas:

É um dispositivo muito simples que utiliza a pressão da água para transformá-la em

nebulosa. Refresca o ambiente

7.35. Escada helicoidal de alto aproveitamento:

Escada metálica helicoidal que vence altos níveis em pouco espaço. Mais eficiente

que a escada do pé certo.

figura 53

7.36. Alvenaria sem argamassa na junta vertical:

A construtora Encol já utilizava essa técnica em suas obras. Nós a aprimoramos com

um traço de argamassa mais forte. Pode ser utilizada em paredes internas e externas.

7.37. Preparação do terreno com alta compactação:

Compactação manual do terreno com umidade ótima utilizando-se britas. Ao penetrar

na terra, as britas promovem pressão lateral e no fundo. Esse simples procedimento confere

muito mais resitência de índice CBR ao solo.

7.38. Piso com tetra pak. E=4,00cm:

Embalagens de tetra pak estendidase sobrepostas, com a face aluminizada para

baixo conferem impermeabilização resistência ao solo. Com isso a camada de conreto pode

ser reduzida em 25%. Mesmo se for piso desmontável ser utilizada pois proporciona os

mesmos benefícios

Luciano Andrey Schädler 39

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7.39. Viga de madeira reforçada com estribo de aço:

Vigas de madeira reforçadas com estribo de aço no sentido longitudinal aumentam

em pelo menos 50% a resistência à tração das mesmas.

7.40. Emboço com cal virgem e areia:

A cal virgem é produto de maior durabilidade e resistência. Pelo inconveniente da

"quemia" seu uso foi quase que completamente abandonado. Emboços que utilizavam esse

material eram de qualidade muito superior.

7.41. Reboco Escariola:

Escariola6 é uma técnica de revestimento utilizando-se aditivos à calfina. Realizada

com o emprego de habilidade peculiar, consiste na “queima” da argamassa com

desempenadeira de aço. Proporciona brilho e impermeabilização a baixo custo. Dispensa a

pintura.

7.42. Gradil PVC preenchido e tensionado:

PVC é material durável porém flexível. Preenchido com argila ou areia e,

tensionando-se o tubo com cabo de aço preso em camadas de concreto nas extremidades,

resolvemos esse impasse

7.43. Tinta/textura com pigmento natural:

A tinta ou a textura branca é a de menor custo, em função da ausência de corantes.

Se for utilizada sobre esses corantes naturais teremos efeitos quase tão bons quanto os

artificiais

7.44. Fogão com maravalha compactada:

Essa invenção possibilita o uso de material descartado pela indústria madeireira que,

devidamente compactado se torna um excelente e funcional combustível. Serpentinas que

circulam dentro do fogão aquecem água. O fogão ainda serve como aquecedor no inverno.

7.45. Fogão compacto, móvel, unicameral, alimentado com carvão:

6 Técnica italiana que utiliza pó de mármore na argamassa.

Luciano Andrey Schädler 40

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Esse equipamento utilizado no passado é baixíssimo custo7, eficiente para o

cozimento, pois, cozinha em fogo brando, propiciando uma comida de melhor sabor e mais

nutritiva se comparada com o mesmo prato cozido em fogão à gás ou elétrico. E ainda

funciona como aquecedor.

caixa decinzas

grelha

forno

panela

carvão

figura 54, 55 e 56

7.46. Cama de colchão vazado:

Adaptação em colchões para possibilitar fluxo de ar e, em conseqüência, refrigerar a

pele por convecção.

7.47. Tijolo de PET para iluminação:

Com o fundo da garrafa PET (a parte mais rígida e espessa), e, ainda, utilizando-se

uma furadeira fura copos podemos conferir luminosidade e belo efeito estético ao ambiente.

7.48. Estante de cordas:

Utilizando-se cordas para varais, parafusos com ganchos e a adequada disposição,

podemos obter estantes muito

7.49. Secadora tipo estufa (combinada c/ferro de sal):

Esse modelo de secadora utiliza a luz solar para diminuir o tempo de secagem das

roupas. Após isso se realiza no próprio equipamento a ação de passar as roupas. Essa

tarefa é realizada com um ferro de resistência à sal. 80% de economia com relação ao

procedimento usual e menos trabalho.

7.50. Cesta de produtos (kit materiais de construção):

7 Aproximadamente R$ 10,00

Luciano Andrey Schädler 41

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Listagem dos materiais e as etapas em que os mesmos devem ser aplicados na

obra. vídeos de auto construção total e parcial (serviços) ou de desenvolvimento de cada

modelo construtivo

7.51. Bombas que não utilizam energia elétrica:

Várias bombas de pouca vazão são conhecidas e utilizadas. Estamos realizando

testes com a bomba de aríete, a bomba ladrão, a bomba rosário e a bomba carneiro. A

figura abaixo mostra uma bomba do tipo carneiro.

figura 57

A utilização de bombas elétricas para sistemas que requerem baixa vazão provoca

alto impacto ambiental e baixo custo benefício. Utilizar bombas que não sejam movidas a

energia elétrica, nesses casos, é uma questão de atitude e bom senso.

7.52. Poste elétrico móvel:

Para loteamentos de emergência ou situações de calamidade pública, pode-se

utilizar essa alternativa. A alimentação é feita com baterias de alta amperagem. Pode ser da

frota municipal, desde que haja baterias para rodízio.

7.53. Beliche estante desmontável embutida:

Feita com aço tubular, propicia belo efeito estético, funcionalidade e ganho de

espaço.

7.54. Esteira multi funcional:

Esteira com gerador elétrico de baixa amperagem. Gera energia elétrica para

iluminação (01 lâmpada de até 20W) e para alimentar uma televisão compacta, presa na

Luciano Andrey Schädler 42

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própria esteira. Se o usuário interrompe o movimento, os equipamentos elétricos param de

funcionar.

7.55. Bloco de vidro em laje:

Vidro temperado concretados na laje. Técnica simples e barata que permite

ampliação da luminosidade

7.56. Brise de fibrocimento com rolamentos:

Brises eficientes, rotativos e muito baratos. Com placa ondulada de fibrocimento 6 ou

8mm.

7.57. Muro de tubos de PVC duplos e cerva viva:

Inovação construtiva de boa resistência, devido à inércia proporcionada pela

duplicidade das colunas e o travamento lateral. Arames transpassados entre os tubos

cumprem duas funções: bloqueio de passagem e aumento da resistência do conjunto

7.58. Placas de PET fundido com areia e verniz:

Placas de bom acabamento e resistente para serem utilizados em estantes ou

pequenas mesas.

7.59. Fossa séptica conjugada com filtro anaeróbio:

Esse simples equipamento conjuga 2 peças sanitárias em 1 só. Diminui o DBO e,

desse conjunto, se obtém um resíduo com baixo índice de contaminação

7.60. Gesso leve e de alta resistência:

A utilização de aditivos no gesso pode lhe proporcionar características desejáveis.

Diminuição do peso em função do aumento dos vazios e ainda o aumento da resistência.

7.61. Escorredora vertical para talheres:

Aparato de uso doméstico feito com garrafas PET. Excelente para melhor

aproveitamento do espaço. Sua fixação na parede é feita com a utilização de cola quente ou

ainda com o “prego para alvenaria”.

7.62. Chuveiro econômico:

Luciano Andrey Schädler 43

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Com o emprego dessa inovação conseguimos aferir até 50% de economia com

relação ao modelo tradicional.

7.63. Micro sistema vegetal:

Com o uso de vegetação adaptadas e adequadas podemos conseguir proteção

contra intempéries e melhor conforto térmico, além de, eventualmente, frutos e sombra. Na

figura da esquerda, abaixo, é mostrado uma área de proteção ambiental. No dia 24 de

agosto de 2011, enquanto que, no centro da cidade de Santa Helena/PR, medimos 30,1°,

nessa APA, medimos 24,5°. A distância entre os dois pontos é de seiscentos metros. Já na

figura da direita, apuramos um contraste ainda maior. A temperatura aferida no terreno da

foto era 25,8° e no terreno ao lado, 29,2°.

figura 58 figura 59

7.64. Estufa solar parabólica - aquecedor de água potável:

Se a água pluvial passar por adequado tratamento podemos utilizá-la até mesmo

para consumo. Se for aquecida, mais confiável ainda. Mas o aquecimento de água potável

em tubos plásticos é danoso à saúde. Por isso empregamos estufa solar com reservatório

metálico para essa finalidade.

7.65. Vasos suspensos PET para hortaliças:

Sistema semelhante ao escorredor de talheres com garrafa PET. Mas nesse caso as

garrafas não são aderidas nas paredes, elas são suspensas por fios trançados feitos de

filme de polietileno ou polipropileno e presas no teto.

7.66. Exaustor elétrico com tubo enterrado:

Encaixado na parede, em altura inferior a um metro, esse exaustor capta o ar do

exterior. Com um tubo de 150 mm passando por debaixo do solo, refrigera a corrente em até

Luciano Andrey Schädler 44

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2 graus C. Pode ser colocado gelo no sistema, pois o mesmo funciona como um sifão,

evitando que a água derrame para o ambiente interno

7.67. Alvenaria de juntas secas:

Essa técnica está sendo testada e constantemente aprimorada por nós. É a

realização do sonho de execução de alvenarias sem argamassa. A isenção da aplicação de

argamassa não é apenas no assentamento, mas também nos revestimentos. Por enquanto

obtivemos resistência suficiente somente para paredes internas, mas, solicitamos à uma

olaria local, que, desenvolva um modelo de tijolo, por nós projetados, que, se estivermos

certos, aumentará a resistência do conjunto, podendo com isso, levar essa técnica à

aplicação do modelo em paredes externas.

figura 60

7.68. Varanda leve:

A varanda leve é um artifício de engenharia desenvolvido por nós para oferecer

resistência utilizando estruturas leves. As figuras abaixo mostram uma varanda recém

concluída – faltando somente a pintura. A primeira foto foi tirada do interior da residência e

a segunda foto foi tirada do exterior dela. A varanda possui quatro metros de largura por

quatro metros de comprimento, totalizando dezesseis metros quadrados.

figura 61 figura 62

Luciano Andrey Schädler 45

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8. ITENS DE USO COLETIVO

8.1 ETA:

Nas VC´s, preferencialmente, utilizamos estações de tratamento de água “in loco”.

Com abastecimento proveniente de poços artesianos ou semi-artesianos, fontes naturais,

água pluvial e, complementarmente, da concessionária.

8.2 ETE:

A mesma forma que as ETE´s, nas VC´s, preferencialmente, utilizamos estações de

tratamento de esgoto “in loco”. Pré-dimensionados para atender a demanda, os

equipamentos são produzidos em fibra de vidro ecológica. Buscamos essa alternativa pela

redução de custos, diminuição dos impactos ambientais e o emprego de soluções que

envolvam os moradores.

8.3 Super horta:

A super horta é um dispositivo de produção de alimentos em poços, aumentando-se

consideravelmente a área de plantio. Além disso, a irrigação é com água pluvial e por

gravidade. Em nossa estação experimental, conseguimos aumentar em até cinco vezes a

área de plantio, mas somos convictos que, com essa técnica associada com outro sistema,

de cultivo em patamares, podemos ampliar em até dez vezes a superfície para plantação.

Luciano Andrey Schädler 46

Pesquisa Independente

figura 63

8.4 Produção de vegetais

A produção de ervas medicinais, de mudas, de produtos orgânicos ou ainda de

outras variedades, pode ser uma fonte extra de renda ou servir apenas para atender o

consumo interno da Vila. Também poderá dar suporte à pesquisa juntamente com

Instituições de desenvolvimento tecnológico com o possível desenvolvimento de patentes.

8.5 Cozinha comunitária

Com a produção de energia térmica, e no intuito de maximizar o aproveitamento

dessa, sugerimos a implantação de uma cozinha comunitária, para serviços internos e

externos.

8.6 Pavimento com pedras irregular e revestimento asfáltico com CBUQ e pneu triturado

figura 64

Luciano Andrey Schädler 47

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O pavimento ecológico é constituído por uma base de pedra irregular e revestimento de

CBUQ com percentual de pó de borracha de pneu. Além disso, nas extremidades

longitudinais, uma determinada faixa da base é isenta de revestimento para permitir a

infiltração de águas pluviais.

8.7 Sistema combinado de captação de águas pluviais, irrigação, produção vegetal,

compostagem e vermicultura

figura 65

figura 66

8.8 Espiral de Schädler

figura 67

Essa ferramenta da engenharia de controle pode ser utilizada nas Vilas Conceptuais

para mensurar e controlar o fluxo de informações tecnológicas. Como as vilas possuem

A figura ao lado mostra um sistema que utiliza águas pluviais para irrigar uma horta a qual é adubada com húmus produzida no próprio local.

A foto à esquerda é de uma leiva de compostagem aeróbia. As sobras vegetais são depositadas em um local adequado do quintal, para então, receber uma camada de folhas, que tem por finalidade, aumentar a massa orgânica, afastar vetores, acelerar a decomposição e evitar odores.

Luciano Andrey Schädler 48

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personalidade jurídica, podem desenvolver parcerias com Institutos tecnológicos buscando

a proteção das inovações e incentivando o desenvolvimento de novos produtos/processos.

Funciona seguindo o seguinte caminho:

8.9 Lajota oitavada para pisos de variados tráfegos

Esse produto é fruto tanto do resgate do passado quanto de pesquisas e Inovações

por nós desenvolvidos. A lajota oitavada foi substituída, na construção civil por um produto

que comumente é chamado de “ecológico”: o paver. Desenvolvemos incansáveis estudos e

pesquisas para compreender porque essa nova alternativa substituiu com tanta eficiência a

antiga opção. Ao longo dos estudos, fomos nos surpreendendo com a distância entre paver

e sustentabilidade. O paver é compactado com uma carga de 4000kg cada peça. Para

produzir um metro quadrado de paver, se necessita quase trinta vezes mais energia elétrica

que para produzir a mesma quantia de lajota oitavada. O investimento financeiro mínimo,

em equipamentos, de uma fábrica de paver é de aproximadamente, trezentos mil reais. Para

fabricação de lajotas é de dez vezes menos. Para altos tráfegos, a lajota apresenta menor

índice de trepidação, e, comparativamente ao pavimento asfáltico, tanto o paver quanto a

lajota apresentam muitas vantagens, entre elas mais permeabilidade, maior aderência,

emprego de mão de obra local, pouco ou nenhum equipamento, etc. A configuração

geométrica da lajota oitavada lhe confere maior resistência de adesão, diminuindo a

tendência às fissuras e a rompimentos. A figura abaixo é bastante elucidativa tanto aos

componentes utilizados na fabricação quanto às características do produto.

figura 68

8.10 Circuito Fechado de TV

Segurança é uma exigência de toda sociedade. O avanço tecnológico propiciou

diminuição dos custos de monitoramento por circuito fechado de TV. Posicionados em

postes, nas ruas principais, as câmeras tem seu conteúdo postado “on line” e em tempo

real. Essas imagens podem ser acessadas pela internet.

Luciano Andrey Schädler 49

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Outra finalidade do CFTV é divulgar as ações das Vilas, trocando experiências e

informações entre elas.

9. ANEXOS

9.1. TABELA DE RELAÇÃO ENTRE AS INOVAÇÕES E OS MODELOS SUGERIDOS DE

CASAS.

ITEM

Mo

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o 0

1 -

Cas

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2 -

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TInA´s

1 Estrutura com concreto ciclópico

X X X X X

X

X

2 Estacas coroadas e sapata corrida

X X X X X

X

X

3 Piso elevado X

X

X

X X

X

4 Alvenaria estrutural

X X X X X

X

X X

5 Estrutura metálica encaixe fácil X

X

X

X X

X

6 Fechamento com ecológicas X

X

X

X X

X

7 Drenagem perimetral X

X

X

X X

X

8 Drenagem com estacas X

X

X

X X

X

9 Móveis embutidos X X X X X X X X X X X X

10 Lixeiras de 4 tipos X X X X X X X X X X X X

11 Telha sanduiche

X X X X X X X X X

12 Telhado verde X X X

X X X X

X

X

13 Reservatório de águas pluviais apoiado

X

X X X X

X

14 Reservatório de águas pluviais enterrado X X X X X X X X X X X X

15 Reservatório de águas pluviais elevado

X

X X X

16 Laje fibrocimento armada impermeabilizada

X X X X X

X

X

17 Laje com fibra no terço médio, banzo inferior

X X X X X

X

X

18 Compostagem X X X X X X X X X X X X

19 Horta vertical X X X X X X X X X X X X

20 Revestimento Vazado

X

X

X X

X

21 Fechamento com madeirite e fibra de vidro X X X X X X X X X X X X

22 Gaiola de Faraday X X X X X X X X X X X X

Luciano Andrey Schädler 50

Pesquisa Independente

23 Tensionamento com cabos de aço X

X

X X

X

24 Paredes externas preenchidas com argila

X X X X X

X

X

25 Parede vegetal X X X X X X X X X X X X

26 Subterraneidade (geoisolamento)

X

X X

X

27 Elementos pré-fabricados com eucalipto X

X 28 Instalações elétricas e hidrossanitárias em kits X X X

X

X

X X X X

29 Auto-construção X

X

X

X

30 Pergolado de PVC p/ varanda e/ou garagem

X X

X

31 Aquecedor solar X X X X X X X X X X X X

32 Iluminação com energia de bateria automotiva X X X X X X X X X X X X

33 Aproveitamento da energia geotérmica X X X X X X X X X X X X

34 Aspersor de micro gotas X X X X X X X X X X X X

35 Escada helicoidal de alto aproveitamento X X 36 Custo inferior a 40% do sistema convencional X X

X

X 37 Iluminação e ventilação natural X X X X X X X X X X X X

38 Alvenaria sem argamassa na junta vertical

X X X X X X X

X X

39 Tijolos preenchidos assentados em pé

X X X X X X X

X X

40 Preparação do terreno com alta compactação

X X X X X

X

X

41 Piso com tetra pak. E=4,00cm X X X X X X X X X X X X

42 Viga de madeira reforçada com estribo de aço X X X X X X

X

X 43 Emboço com cal virgem e areia

X X X X X

X

X X

44 Reboco Escariola

X X X X X

X

X X

45 Gradil PVC preenchido e tensionado X X X X X X X X X X X X

46 Tinta/textura com pigmento natural

X X X X X

X

X X

47 Fogão com maravalha compactada X X X X X X X X X X X X

48 Bomba de Aríete X X X X X X X X X X X X

49 Cama de colchão vazado X X X X X X X X X X X X

50 Tijolo de PET para iluminação X X X X X X X X X X X X

51 Estante de cordas X X X X X X X X X X X X

52 Secadora tipo estufa (combinada c/ferro de sal) X X X X X X X X X X X X

53 Exaustor eólico power design

X

X

X

X

54 Cesta de produtos (kit materiais de construção) X X X X X X X X X X X X

55 Bomba ladrão X X X X X X X X X X X X

56 Poste elétrico móvel X X X X X X X X X X X X

57 Beliche estante desmontável embutida X X X X X X X X X X X X

58 Esteira multi funcional X X X X X X X X X X X X

59 Bloco de vidro em laje

X X

X

X

60 Brise de fibrocimento com rolamentos

X X X

X X X X X X X

61 Muro de tubos de PVC duplos e cerva viva X X X X X X X X X X X X

62 Placas de PET fundido com areia X X X X X X X X X X X X

63 Fossa séptica conjugada com filtro anaeróbio X X X X X X X X X X X X

64 Gesso leve e de alta resistência

X X X X X

X

X X

65 Escorredora vertical para talheres X X X X X X X X X X X X

66 Chuveiro econômico X X X X X X X X X X X X

67 Micro sistema vegetal X X X X X X X X X X X X

68 Estufa solar paraból. - aquec. de água potável X X X X X X X X X X X X

69 Vasos suspensos PET-filme para verduras X X X X X X X X X X X X

70 Exaustor elétrico com tubo enterrado

X X X X X

X

X X

Luciano Andrey Schädler 51

Pesquisa Independente

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Decidimos participar do prêmio jovem cientista doze dias antes da data final para

envio dos trabalhos. Restavam apenas doze dias. Não nutrimos nenhuma expectativa de

estar entre os melhores, mas, a satisfação pela conclusão, dentro do prazo, nos faz sentir o

sabor da vitória. Nenhuma Instituição de apoio, nenhum orientador, sequer alguma

discussão ou pelo menos, uma revisão gramatical. Nada. Apenas idéias espalhadas em

vários arquivos e, doze dias. Só isso. A maior parte das fotos foi tirada hoje pela manhã,

selecionadas, e agora estão sendo editadas. Agora é 17:51 e, em breve, o trabalho estará

sendo enviado on-line ao Cnpq. Vilas Conceptuais é o grande projeto das nossas vidas.

Elas estão apenas nascendo e, delas, assim como na dialética, nascerão novas formas de

concepção, e, isso tudo, em ordem exponencial. É o caos ordenado, assim como todas

grandes criações.

figura 69

Vilas Conceptuais

Luciano Andrey Schädler

UTFPR

[email protected]

Ainda em fase de acabamento, essa é a edificação onde nós atualmente trabalhamos. Aqui estamos montando várias estações experimentais. Como se vê na foto, a varanda leve foi executada na própria sede. Assim como vários outros inventos. Nosso endereço é: Rua J.M.Madalozzo, 650 – Centro – Santa Helena/PR Foto tirada em 31 de agosto de 2011