PROVA DA DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO -2013 -FCC

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PROVA DA DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO - 2013 - FCC Direito Constitucional 1. Segundo a Constituição Federal brasileira, a iniciativa popular é exercida no âmbito (A) municipal e referente a projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através da manifestação de, pelo menos, um por cento (municipal = 5%) do eleitorado. (B) estadual, nos termos que a lei dispuser sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. (C) municipal, pela apresentação à Câmara dos Vereadores de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado. (D) estadual, através da manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado . (estadual = conforme a lei dispuser) (E) estadual, através da manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado , distribuído pelo menos por cinco Municípios, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 2. Ao apreciar as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 1.856, 2.514 e 3.776, por meio das quais foram questionadas, em face da Constituição Federal brasileira, leis estaduais destinadas a disciplinar atividades esportivas com aves de raças combatentes (“rinhas” ou “brigas de galo”), o Supremo Tribunal Federal, assentando o entendimento da Corte sobre o tema, julgou-as (A) improcedentes, em virtude de a Constituição Federal brasileira estabelecer que o Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. (B) improcedentes, tendo em vista que, segundo a Constituição Federal brasileira, é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não- formais. (C) procedentes, uma vez que consta na Constituição Federal brasileira a vedação, na forma da lei, às práticas que submetam os animais a crueldade. (D) procedentes, na medida em que, segundo a Constituição Federal brasileira, compete, privativamente, à União legislar sobre cultura e desporto . (isso é até competência concorrente) (E) improcedentes, em razão de a Constituição Federal brasileira prever que o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais. 3. A Constituição Federal brasileira prevê como um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e também como um dos princípios da ordem econômica: (A) a prevalência dos direitos humanos. (fundamento é dignidade da pessoa humana) (B) a redução das desigualdades sociais e regionais. (C) a valorização do trabalho humano. (pode ser fundamento da República) (D) a defesa do meio ambiente. (meio ambiente não é objetivo da República, e nem fundamento) (E) a erradicação da pobreza e da marginalização. (é só princípio da ordem econômica) 4. O artigo 60, §4º, incisos I a IV da Constituição Federal brasileira, ao estabelecer que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e

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PROVA DA DEFENSORIA PÚBLICA DE SÃO PAULO - 2013 - FCC

Direito Constitucional

1. Segundo a Constituição Federal brasileira, a iniciativa popular é exercidano âmbito (A) municipal e referente a projetos de lei de interesse específico doMunicípio, da cidade ou de bairros, através da manifestação de, pelo menos, umpor cento (municipal = 5%) do eleitorado.(B) estadual, nos termos que a lei dispuser sobre a iniciativa popular noprocesso legislativo estadual. (C) municipal, pela apresentação à Câmara dos Vereadores de projeto de leisubscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado. (D) estadual, através da manifestação de, pelo menos, cinco por cento doeleitorado. (estadual = conforme a lei dispuser)(E) estadual, através da manifestação de, pelo menos, cinco por cento doeleitorado, distribuído pelo menos por cinco Municípios, com não menos de trêsdécimos por cento dos eleitores de cada um deles.

2. Ao apreciar as Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 1.856, 2.514 e3.776, por meio das quais foram questionadas, em face da Constituição Federalbrasileira, leis estaduais destinadas a disciplinar atividades esportivas comaves de raças combatentes (“rinhas” ou “brigas de galo”), o Supremo TribunalFederal, assentando o entendimento da Corte sobre o tema, julgou-as (A) improcedentes, em virtude de a Constituição Federal brasileira estabelecerque o Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.(B) improcedentes, tendo em vista que, segundo a Constituição Federalbrasileira, é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais.(C) procedentes, uma vez que consta na Constituição Federal brasileira avedação, na forma da lei, às práticas que submetam os animais a crueldade.(D) procedentes, na medida em que, segundo a Constituição Federal brasileira,compete, privativamente, à União legislar sobre cultura e desporto. (isso é atécompetência concorrente)(E) improcedentes, em razão de a Constituição Federal brasileira prever que oEstado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais.

3. A Constituição Federal brasileira prevê como um dos objetivos fundamentaisda República Federativa do Brasil e também como um dos princípios da ordemeconômica:(A) a prevalência dos direitos humanos. (fundamento é dignidade da pessoahumana)(B) a redução das desigualdades sociais e regionais.(C) a valorização do trabalho humano. (pode ser fundamento da República)(D) a defesa do meio ambiente. (meio ambiente não é objetivo da República, enem fundamento)(E) a erradicação da pobreza e da marginalização. (é só princípio da ordemeconômica)

4. O artigo 60, §4º, incisos I a IV da Constituição Federal brasileira, aoestabelecer que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente aabolir a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e

periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais,permite que uma(A) proposta de emenda constitucional, em fase de deliberação, seja objeto deação direta de inconstitucionalidade, mas impede que o seja depois de referidaemenda constitucional ser promulgada. (é o contrário)(B) emenda constitucional seja objeto de ação direta de inconstitucionalidadepor vício formal (inconstitucionalidade formal), mas impede que o seja porvício material (inconstitucionalidade material). (não tem essa restrição)(C) emenda constitucional seja objeto de ação direta de inconstitucionalidade,situação esta, contudo, que ainda não foi levada a apreciação e julgamento peloSupremo Tribunal Federal. (óbvio que não)(D) emenda constitucional seja objeto de ação direta de inconstitucionalidade,bem como que haja o acréscimo, via emenda constitucional, de novo direitofundamental ao texto da Constituição Federal.(E) emenda constitucional seja objeto de ação direta de inconstitucionalidade,mas impede que haja o acréscimo, via emenda constitucional, de novo direitofundamental ao texto da Constituição Federal. (não pode suprimir, mas podeacrescentar)

5. De acordo com a Constituição Federal brasileira, são gratuitas as seguintesações constitucionais: (A) ação popular e mandado de segurança. (B) ação popular e mandado de injunção. (C) mandado de segurança e habeas corpus. (D) habeas data e habeas corpus. (os habeas são grátis)(E) mandado de segurança e mandado de injunção.

6. A doutrina elenca alguns princípios de interpretação especificamenteconstitucionais, nos quais se encarta o princípio da concordância prática, queconsiste na busca do intérprete e aplicador das normas constitucionais(A) por uma solução que atenda aos anseios dos diferentes setores dasociedade.(B) pela primazia de pontos de vista que favoreçam a integração política esocial, de modo a alcançar soluções pluralisticamente integradoras. (princípiodo efeito integrador)(C) pela coexistência harmônica entre bens constitucionalmente protegidos queestejam em uma aparente situação de conflito entre eles, evitando-se osacrifício total de um deles em detrimento do outro.(D) por uma interpretação que atenda a harmonia entre os três Poderes doEstado, evitando a ofensa ao princípio da tripartição dos poderes.(E) pela garantia de manutenção do esquema organizatório-funcionalestabelecido pela Constituição ao prever um sistema harmônico de repartição decompetências entre os entes federativos. (princípio da justeza, conformidade,ou correção funcional)

7. Analise os seguintes casos apreciados e julgados pelos ministros do SupremoTribunal Federal em sede de controle concentrado de constitucionalidade:

Caso I - Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.127. Os ministros doSupremo Tribunal Federal, ao apreciarem o artigo 7º, § 2º da Lei nº8.904/94 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil), segundo o qual “oadvogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamaçãoou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício desua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sançõesdisciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer”, julgaram, pormaioria, a ação parcialmente procedente, para declarar ainconstitucionalidade da expressão “ou desacato”, sob o fundamento de quea imunidade profissional do advogado não compreende o desacato, poisconflita com a autoridade do magistrado na condução da atividadejurisdicional.

Caso II - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132,julgada em conjunto com a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.277,que tratou da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Os ministros doSupremo Tribunal Federal julgaram o pedido procedente, para excluir doartigo 1723 do Código Civil (Art. 1723. "É reconhecida como entidadefamiliar a união estável entre o homem e a mulher, configurada naconvivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo deconstituição de família") qualquer significado que impeça o reconhecimentoda união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo comofamília, destacando que tal reconhecimento deve ser feito segundo as

mesmas regras e com as mesmas consequências da união estávelheteroafetiva.

Da análise do resultado desses dois julgamentos, o Supremo Tribunal Federaldecidiu, (A) em ambos os casos, pela técnica de interpretação conforme a Constituição,com redução de texto, excluindo das normas impugnadas uma determinadainterpretação que lhes acarretasse a inconstitucionalidade.(B) no primeiro caso, pela declaração de inconstitucionalidade parcial, comredução de texto, declarando a inconstitucionalidade de certa expressão contidana norma impugnada, de modo que a tornasse compatível com a ConstituiçãoFederal e, no segundo caso, pela técnica de interpretação conforme aConstituição, sem redução de texto, excluindo da norma impugnada umadeterminada interpretação que lhe acarretasse a inconstitucionalidade.(C) no primeiro caso, pela declaração de inconstitucionalidade parcial, comredução de texto, declarando a inconstitucionalidade de certa expressão contidana norma impugnada, de modo que a tornasse compatível com a ConstituiçãoFederal e, no segundo caso, pela técnica de interpretação conforme aConstituição, sem redução de texto, atribuindo à norma impugnada umadeterminada interpretação que lhe preservasse a constitucionalidade.(D) no primeiro caso, pela técnica de interpretação conforme a Constituição,sem redução de texto, excluindo da norma impugnada uma determinadainterpretação que lhe acarretasse a inconstitucionalidade e, no segundo caso,pela técnica de interpretação conforme a Constituição, sem redução de texto,atribuindo à norma impugnada uma determinada interpretação que lhe preservassea constitucionalidade.(E) em ambos os casos, pela técnica de interpretação conforme a Constituição,sem redução de texto, excluindo das normas impugnadas uma determinadainterpretação que lhes acarretasse a inconstitucionalidade.

8. No Agravo de Instrumento nº 598.212, o Ministro Celso de Mello, do SupremoTribunal Federal, apreciou e julgou a questão envolvendo a instalação daDefensoria Pública estadual no Paraná. O Recurso Extraordinário a que se refereo mencionado Agravo de Instrumento foi interposto contra acórdão proferido peloTribunal de Justiça do Estado do Paraná, que ficou assim ementado: “AÇÃO CIVILPÚBLICA. DEFENSORIA PÚBLICA. IMPLANTAÇÃO POR DECISÃO JUDICIAL. AFRONTA AOPRINCÍPIO DA AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DOS PODERES. O preceito constitucionalque prevê a criação da Defensoria Pública, como meio de assegurar o amploacesso à justiça, é norma de eficácia contida e depende de lei que oregulamente. Exigir que o Estado elabore uma lei e crie a defensoria naComarca, através de decisão judicial, afronta ao princípio da divisão eautonomia dos Poderes”. Na oportunidade, o Ministro asseverou, em sua decisão,que

(A) a norma constitucional que prevê a criação da Defensoria Pública é deeficácia plena e aplicação imediata, já que decorre do direito fundamental queassegura a todos −no caso, aos necessitados −o amplo acesso ao PoderJudiciário, razão pela qual conheceu do agravo para conhecer do RecursoExtraordinário e dar-lhe provimento, restabelecendo a sentença do juiz de 1ºgrau, que condenou o Estado do Paraná a fazer constar de seu orçamento doexercício subsequente a previsão de despesa necessária à efetiva implantação eaparelhamento da Defensoria Pública daquele Estado-membro.

(B) a norma constitucional que prevê a criação da Defensoria Pública é deeficácia plena e aplicação imediata, já que decorre do direito fundamental queassegura a todos −no caso, aos necessitados −o amplo acesso ao PoderJudiciário, razão pela qual conheceu do agravo para conhecer do RecursoExtraordinário e dar-lhe provimento, restabelecendo a sentença do juiz de 1ºgrau, que determinou o bloqueio e sequestro de verba do orçamento daqueleEstado-membro, a fim de custear a implantação e a estrutura da DefensoriaPública do Estado do Paraná.

(C) cabe ao Poder Judiciário adotar medidas destinadas a tornar efetiva aimplantação de políticas públicas nos casos de inescusável omissão estatal,como ocorre no caso, motivo pelo qual conheceu do agravo para conhecer doRecurso Extraordinário e dar-lhe provimento, restabelecendo a sentença do juizde 1º grau, que condenou o Estado do Paraná a cumprir a obrigação de implantare estruturar a Defensoria Pública do Estado do Paraná, no prazo de seis meses,sob pena de cominação de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais).

(D) embora caiba ao Poder Judiciário, em hipóteses excepcionais, tornarefetiva a implantação de políticas públicas, no caso em apreço essa atuaçãojurisdicional não se justifica, uma vez que a destinação de verbas do orçamentodaquele Estado-membro para custeio da implantação e aparelhamento da DefensoriaPública em questão compromete, comprovadamente, a efetividade de outrosdireitos fundamentais a serem igualmente salvaguardados pelo Estado do Paraná,motivo pelo qual, apesar de conhecer do agravo para conhecer do RecursoExtraordinário, negou-lhe provimento.

(E) compete ao Poder Judiciário reconhecer e declarar a mora do poderlegiferante naqueles casos em que há flagrante e inescusável violação a direitofundamental −no caso, o direito dos necessitados à assistência jurídicaintegral e gratuita −de modo a afastar as consequências da inércia dolegislador, razão pela qual conheceu do agravo para conhecer do RecursoExtraordinário e dar-lhe provimento, restabelecendo a sentença do juiz de 1ºgrau, o qual determinou que a Assembleia Legislativa do Paraná editasse a leide criação da Defensoria Pública daquele Estado-membro no prazo máximo de seismeses.

Direito Administrativo e Direito Tributário

9. A licitação(A) é dispensada para a contratação de qualquer profissional do setorartístico. (não é nem "dispensa", e nem para "qualquer profissional")(B) pode ser por convite nos casos em que couber tomada de preços.(concorrência > tomada de preços > convite)(C) deve ter seus parâmetros estabelecidos em Lei Federal, sendo vedadadisposições legais especificas por parte dos Estados e Municípios. (estadoslegislam sobre disposições específicas; municípios realmente não podem)(D) é aplicável para as entidades controladas direta e indiretamente pelaUnião, Distrito Federal, Estados e Municípios e exploradoras de atividadeeconômica. (assim como sociedades de economia mista)(E) é inexigível no caso de bens singulares e obras de modesto valor.(inexigibilidade está no art. 25, são os 3 casos)

10. Sobre as formas de contratação na Administração Pública, é correto afirmarque (A) é admitida a parceria público-privada para o fornecimento de mão de obra.(só mão de obra não pode)(B) a concessão é extinta se houver necessidade de intervenção do poderconcedente.(C) a União deve ser parte em consórcio. (consórcio = pessoas de mesmo nível;convênio = pessoas de níveis diferentes)(D) o protocolo de intenções pode ser assinado após a formalização doconsórcio. (tem que ser antes)(E) a parceria público-privada na modalidade patrocinada envolve tarifa a sercobrada dos usuários.

11. A isenção tributária (A) pode ser concedida pela União para templos de qualquer culto. (isso éimunidade, e não isenção)(B) no Estado de São Paulo ocorre na transmissão de bens imóveis, por doação,em imóveis de valor inferior a 2.500 UFESP.(C) é uma espécie de incentivo fiscal e pode ser concedida por decretopresidencial. (isenção é pelo legislativo)(D) pode ser concedida pela União em relação ao Imposto Territorial Urbano(IPTU) e ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). (IPI é da União, masIPTU é municipal, e haveria violação da separação dos poderes)(E) pode ser concedida pelos Estados sobre o Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS), desde que os produtos sejam oriundos do mesmoestado que concedeu a isenção. (únicas isenções heterônomas permitidas são doICMS e do ISS)

12. É entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal a (A) constitucionalidade da cobrança de taxa para matrícula em universidadepública. (inconstitucionalidade)(B) possibilidade de somar gratificações e abonos ao salário do servidorpúblico para que atinja o salário mínimo. (inconstitucionalidade)(C) constitucionalidade da cobrança de taxa de lixo pelos Estados. (só deimóveis particulares; e também não pode ser mista, coletando também o lixo darua, porque assim o serviço não seria específico)

(D) constitucionalidade da cobrança de ISS sobre locação de bens móveis.(inconstitucionalidade)(E) inconstitucionalidade da exigência de depósito ou arrolamento prévio debens para a admissibilidade de recurso administrativo.

13. Funcionário público estadual, encarregado de receber valores referentes apagamento de honorários advocatícios em favor do Estado, dá como quitadopagamento de honorários que, posteriormente, verifica-se que estavam a menor.Nesta hipótese e considerando o previsto no Estatuto dos Funcionários PúblicosCivis do Estado de São Paulo, (A) poderá ser administrativamente processado em até 10 anos.(B) poderá sofrer penalidade de demissão após a conclusão de sindicância.(C) o funcionário terá o prejuízo descontado integralmente de seu salário.(D) o funcionário somente será responsabilizado se não for possível cobrar dodevedor original.(E) terá como sanção cabível apenas a suspensão.

14. É considerado ato de improbidade administrativa que importa emenriquecimento ilícito, nos termos da Lei nº 8.429/92, (A) liberar verba pública sem observância das regras pertinentes. (B) permitir a permuta de bem por valor acima do mercado. (C) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício. (D) permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueçailicitamente. (E) adquirir para outrem, no exercício de função pública, bem cujo valor sejadesproporcional a renda do funcionário. (é uma presunção de enriquecimentoilícito criado pela lei)

15. A desapropriação por interesse social, nos termos da Lei nº 4.132/62 se dápara (A) a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e dereserva florestal. (interesse social tem a ver com assentamento de pessoas e oaproveitamento da terra)(B) o aproveitamento industrial das minas e jazidas minerais, das águas e daenergia hidráulica. (C) a exploração ou conservação dos serviços públicos. (D) o funcionamento de transporte coletivo. (E) a construção de edifícios públicos.

16. Os atos do processo administrativo (A) devem ser iniciados perante a autoridade de menor grau hierárquico paradecidir, salvo disposição em contrário. (B) dispensam motivação quando decorrem de reexame de oficio. (ato no processoadministrativo é sempre motivado)(C) dependem de forma determinada em lei. (no processo administrativo, nãodependem de forma prevista em lei)(D) podem ser objeto de delegação quando sua edição tiver caráter normativo.(caráter normativo, não pode ser delegado)(E) não podem ser objeto de avocação. (ato em processo administrativo pode seravocado)

Direito penal

17. Em relação à questão de gênero no sistema penal brasileiro é corretoafirmar que (A) o relacionamento homoafetivo fora dos dias de visita constitui faltadisciplinar de natureza grave, pois pode subverter a ordem e a disciplina daunidade prisional. (pode viadagem na cadeia)(B) a criminologia crítica demonstrou que a mulher tem maior tendência paracometer crimes passionais. (tanto mulheres quanto homens cometem crimespassionais)(C) os estabelecimentos penais destinados a mulheres devem ser dotados deestrutura adequada para que possam cuidar de seus filhos e amamentá-los até operíodo máximo de seis meses de idade. (a criança que nascer na prisão fica coma mãe dos 6 meses até os 7 anos)(D) caso a mulher presa seja surpreendida na posse de uma bateria de telefonecelular comete falta disciplinar de natureza grave, que acarreta a perda deconvivência com seu filho na unidade prisional. (para o STJ, acessórios de

celulares configuram falta grave, mas para Defensoria, não; e nem a falta gravedeve tirar a convivência do filho)(E) o Decreto Presidencial de Indulto pode prever lapsos temporais menorespara obtenção de indulto pelas mulheres. (o Decreto nº 7.873/12 prevê adiferenciação no caso de presos com filhos menores de 18 ou deficientes)

18. Sobre a relação entre o sistema penal brasileiro contemporâneo e aConstituição Federal, é correto afirmar que(A) o princípio constitucional da intranscendência da pena não é capaz deimpedir a estigmatização e práticas violadoras de direitos humanos defamiliares de pessoas presas. (questão sobre a realidade brasileira; não é umapergunta técnica, é só para confundir)(B) o princípio constitucional da humanidade das penas encontra amplaefetividade no Brasil, diante da adequação concreta das condições deaprisionamento aos tratados internacionais de direitos humanos. (C) o princípio constitucional da legalidade restringe-se à tipificação decondutas como crimes, não abarcando as faltas disciplinares em execução penal. (D) o estereótipo do criminoso não contribui para o processo decriminalização, pois violaria o princípio constitucional da não discriminação.(contribui, mas não deveria; a questão faz uma crítica, e tem que perceberisso)(E) a seletividade do sistema penal brasileiro, por ser um problemaconjuntural, poderia ser resolvida com a aplicação do princípio da igualdadenas ações policiais. (só a igualdade nas ações policiais não resolveria, pois énecessário também no legislativo)

19. Sobre o indulto (Decreto nº 7.873/12), é correto afirmar que(A) a prática de falta disciplinar de natureza grave após a publicação doDecreto Presidencial impede a obtenção do indulto quando homologada pelo juízocompetente e respeitado o devido processo legal. (após, claro que não)(B) é previsto para pessoas que cumprem pena em regime semiaberto para visitaà família e pode ser concedido por prazo não superior a sete dias, podendo serrenovado por mais quatro vezes durante o ano. (indulto é para qualquer regime,mas o resto da questão foi todo inventado do nada = filha da putisse)(C) a prática de falta disciplinar de natureza grave nos últimos doze mesescontados retroativamente à data da publicação do Decreto impede a obtenção doindulto quando homologada pelo juízo competente e respeitado o devido processolegal. (ou seja, se exige: sem falta grave nos últimos 12 meses, e homologaçãopelo juízo competente)(D) a aplicação de sanção por falta disciplinar de natureza grave interrompe acontagem do lapso temporal para a obtenção do indulto quando homologada pelo juízo competente e respeitado odevido processo legal. (se for nos últimos 12 meses antes do decreto, nãointerrompe, mas obsta)(E) não pode ser concedido a estrangeiros reincidentes. (não existe essavedação)

20. Em relação à Saúde Mental e Direito Penal, é correto afirmar que (A) com o advento da Lei nº 10.216/01 a indicação de internação da pessoaportadora de transtorno mental independe da suficiência dos recursos extra-

hospitalares, pois é determinada em sentença judicial. (só haverá internaçãoquando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes)(B) a internação de pessoas portadoras de transtorno mental em instituiçãomanicomial é vedada pelo ordenamento jurídico brasileiro. (sim, é vedada ainternação de doentes mentais em instituições com “características asilares”)(C) o caráter temporalmente indeterminado das medidas de segurança sejustifica pelo perigo da doença mental da pessoa e possui apoio najurisprudência dos Tribunais Superiores. (realmente é pelo perigo da doençamental, mas não tem caráter temporalmente indeterminado; segundo o STF o limiteé 30 anos; segundo a Defensoria, o limite é a pena máxima cominada ao crime)(D) a falta de vaga em local adequado para a internação da pessoa portadora detranstorno mental justifica sua manutenção em estabelecimento prisional emvirtude do risco social que representa. (claro que não)(E) a obtenção de indulto pela pessoa portadora de transtorno mental éincabível se persistir sua periculosidade. (mesmo se persistir apericulosidade, a pessoa tem direito ao indulto)

21. “(...) instrumento de legitimação da gestão policial e judiciária dapobreza que incomoda − a que se vê, a que causa incidentes e desordens noespaço público, alimentando, por conseguinte, uma difusa sensação deinsegurança, ou simplesmente de incômodo tenaz e de inconveniência −, propagou-se através do globo a uma velocidade alucinante. E com ela a retórica militarda “guerra” ao crime e da “reconquista” do espaço público, que assimila osdelinquentes (reais ou imaginários), sem-teto, mendigos e outros marginais ainvasores estrangeiros − o que facilita o amálgama com a imigração, semprerendoso eleitoralmente.” (WACQUANT, Loïc. As Prisões da Miséria.). Aescola/doutrina descrita pelo autor é (A) associação diferencial. (Sutherland = a função social do crime é mostrar adesorganização social)(B) funcionalismo penal. (Claus Roxin = pragmatismo puro, desenvolver oprincípio da insignificância)(C) abolicionismo penal. (abolir o direito penal)(D) “tolerância zero”. (reconquista do espaço público = tolerância zero)(E) Escola de Chicago. (o crime é uma “falha das instituições”)

22. O conceito de periculosidade (A) deve ser observado nas três fases de aplicação da pena, uma vez que oagente que represente maior risco de reincidência deve ter a pena majorada. (nomáximo, será observado na primeira fase, na personalidade do agente)(B) representa uma manifestação do chamado direito penal do fato. (aocontrário, esse é “do autor”)(C) teve seu desenvolvimento e legitimação no sistema penal a partir da teoriado labelling approach ou paradigma da reação social. (D) é exigência legal e necessária para a análise da progressão de regime decumprimento de pena, uma vez que a pessoa perigosa pode representar grave riscoà ordem social. (E) é incompatível com o conceito normativo de culpabilidade adotado peloCódigo Penal Brasileiro. (a pessoa fica presa enquanto durar a periculosidade,e não a culpabilidade)

23. Em relação à questão das drogas no sistema penal brasileiro é corretoafirmar que (A) o processo de encarceramento no Brasil teve um significativo decréscimoapós a aprovação da Lei de Drogas. (B) o tráfico ilícito de entorpecentes é inafiançável, imprescritível einsuscetível de graça, indulto e anistia por disposição constitucional.(C) a dependência de drogas não pode excluir a culpabilidade nos crimes contrao patrimônio. (considerando que a culpabilidade é IM-PO-EX, a dependência dedrogas retira a IMputabilidade)(D) o lapso temporal para obtenção de livramento condicional do agenteprimário condenado pelo crime de associação para o tráfico de drogas seconfigura após o cumprimento de um terço da pena. (E) o descumprimento reiterado da pena do crime de porte de drogas para usopessoal acarreta sua conversão em pena privativa de liberdade. (a leiantidrogas não prevê pena de prisão, o que impede a conversão quando dodescumprimento)

24. Sobre a prescrição é correto afirmar que (A) as faltas disciplinares na execução penal não prescrevem por ausência deprevisão legal, conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. (STJjá decidiu que a falta grave prescreve em 2 anos)(B) as medidas de segurança prescrevem a despeito da ausência de previsãolegal, conforme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. (C) no caso de concurso de crimes a prescrição incidirá sobre o total da penaimposta na sentença. (a prescrição é calculada individualmente em cada crime)(D) em caso de fuga a prescrição da pretensão executória não corre até a novaprisão. (há a interrupção da prescrição quando ocorre a recaptura do condenado)(E) as penas restritivas de direitos e de multa prescrevem em dois anos. (amulta, se for a única pena, prescreve em 2 anos, mas a PRD prescreve no prazoque prescreveria a PPL)

Direito Processual Penal

25. Recursos. (A) Segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o recurso especialnão se presta ao exame de suposta afronta a dispositivos constitucionais, sobpena de invasão da competência reservada ao Supremo Tribunal Federal. (REsp nãose presta para pedir inconstitucionalidade)(B) O recurso de apelação interposto por defensor público só será conhecidopelo juízo sentenciante se apresentado com as respectivas razões, tendo emvista que a lei processual penal apenas faculta a juntada das razões quando oreferido recurso for interposto pelo próprio condenado. (a regra é ainterposição, e só depois as razões)(C) De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, no âmbitodo recurso especial não é possível a revaloração da prova, tendo em vista queexigirá a análise do contexto fático-probatório dos autos. (revaloração não éexame de fatos e provas)(D) A repercussão geral, como requisito de admissibilidade do recursoextraordinário, é presumida quando o recurso impugnar decisão contrária àsúmula ou jurisprudência dominante do Tribunal. Nesse caso, não haverá a

necessidade de demonstração formal em preliminar do recurso. (há essarepercussão geral presumida, mas tem que demonstrar em preliminar no recurso)(E) Intimado pessoalmente o defensor público de decisão de turma recursal quenegou provimento à apelação interposta, incabível a interposição de recursoextraordinário por ausência de previsão legal. (é o REsp que não tem previsãolegal; RE tem)

26. Ação processual penal e ação civil ex delicto. (A) Não cabe ação civil ex delicto quando houver o arquivamento do inquéritopolicial por manifesta atipicidade do fato praticado. (juízos cível e criminalsão independentes)(B) No âmbito do procedimento comum, e tendo em vista o princípio dadisponibilidade da ação penal de iniciativa privada, o recebimento deindenização por danos causados pelo crime implica em renúncia à propositura daação penal. (só no procedimento comum sumaríssimo, nos outros procedimentoscomuns não)(C) A norma que altera a natureza da ação penal não retroage, salvo parabeneficiar o réu, nos termos do artigo 5º, inciso XL, da Constituição Federal,não tendo pronta aplicabilidade nos moldes do artigo 2º, do Código de ProcessoPenal. (lei processual é aplicada desde logo, mas a lei que altera a naturezada ação penal só retroage se benéfica)(D) Tratando-se de ação penal de iniciativa pública incondicionada, a denúnciadeverá ser oferecida no prazo de dez dias se o acusado estiver presocautelarmente, ou no prazo de quinze dias se estiver solto. O prazo deverá sercontado da data em que o Ministério Público receber o instrumento deinvestigação preliminar. (os prazos são de 5 e 15 dias)(E) Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é lícito aomagistrado, quando do recebimento da denúncia, em juízo de admissibilidade daacusação, conferir definição jurídica aos fatos narrados na peça acusatória,corrigindo a capitulação jurídica da inicial acusatória. (dar ao fato definiçãojurídica diversa da que constar da queixa ou da denúncia, o juiz poderá fazê-lona fase do art. 383 do CPP, ou seja, quando da sentença, até porque a errôneaqualificação legal do crime poderá ser corrigida, a qualquer tempo, peloMinistério Público, até a prolação da sentença final)

27. Competência. (A) Nos crimes praticados fora do território nacional, mas que incida a regrada extraterritorialidade da lei penal, será competente o juízo da capital doEstado onde houver por último residido o acusado. Caso o acusado nunca tenharesidido no Brasil, a competência será definida pela prevenção entre os juízosdas Capitais dos Estados da República. (crime ocorrido fora, competência dacapital do estado do último domicílio do réu no Brasil; mas se não forpossível, é da capital federal)(B) Nos casos de conexão de natureza objetiva, em que exista a presença decrimes para os quais estão previstos ritos processuais diferentes, deverá seradotado o procedimento mais abrangente, em observância aos postulados docontraditório e da ampla defesa. (conexão com ritos diferentes = “rito maisabrangente”)(C) Operada a desclassificação, com o afastamento da figura dolosa peloplenário do júri, o juiz presidente passa a ter competência para o julgamentodo militar acusado pela prática de homicídio em desfavor de vítima civil.(desclassificado o crime doloso contra a vida, o crime conexo vai para o juízosingular, não fica com o juiz do júri)(D) Praticado crime de tráfico transnacional de entorpecentes em município quenão seja sede de vara da Justiça Federal, caberá ao juízo estadual competente oprocesso e o julgamento do delito, com recurso para o Tribunal Regional Federalda respectiva região. (art. 70, §ú, Lei 11.343/06 - Os crimes praticados nosMunicípios que não sejam sede de vara federal serão processados e julgados navara federal da circunscrição respectiva)

(E) Compete aos Tribunais de Justiça o julgamento de autor de contravençãopenal detentor de foro por prerrogativa funcional em Tribunal Regional Federal,tendo em vista que por expressa previsão constitucional não compete à JustiçaFederal o julgamento das contravenções. (contraventor que possui foro especialna justiça federal será julgado por contravenção na justiça federal, o que éexceção)

28. Provas.(A) Apregoa o Código de Processo Penal que a confissão é indivisível eretratável, sendo permitida a sua valoração como elemento probatório desde quecorroborada pelas demais provas produzidas sob o crivo do contraditório e daampla defesa. (a confissão é retratável sim, mas não é indivisível, pois podeser em parte)(B) É válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorizaçãojudicial, desde que haja posterior consentimento de um dos interlocutores paraser tratada como escuta telefônica e utilizada como prova em processo penal.(não é válida – Informativo 510 do STJ)(C) Consoante o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, para embasar adenúncia oferecida é possível a utilização do reconhecimento fotográficorealizado na fase inquisitiva, desde que este não seja utilizado de formaisolada e esteja em consonância com os demais elementos informativos constantesdos autos. (portanto, se exige que não seja a única prova, e que sejaconfirmada em juízo)(D) A lei processual penal permite a utilização da prova testemunhal comoelemento de convicção do julgador para o reconhecimento das agravantesreferentes ao estado das pessoas. (estado das pessoas não pode testemunha)(E) A Lei Federal nº 11.690/2008, que reformou parcialmente o Código deProcesso Penal, alterou a sistemática de inquirição das vítimas, dastestemunhas e do acusado, determinando que sejam questionados diretamente pelaspartes e possibilitando ao magistrado a complementação da inquirição quandoentender necessário quaisquer esclarecimentos. (o erro é dizer que o acusado équestionado diretamente; para ele o sistema é o presidencialista)

29. Ações de impugnação e princípios processuais penais. (A) Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não ofende oprincípio da colegialidade o exame monocrático do mérito do habeas corpus peloRelator para denegar a ordem. (relator não pode apreciar o mérito de HC sozinhopara denegar a ordem)(B) A defesa técnica é aquela exercida por profissional legalmente habilitado,com capacidade postulatória, constituindo direito indisponível e irrenunciável.Ao réu é assegurado o exercício da autodefesa consistente em ser interrogadopelo juízo ou em invocar direito ao silêncio, bem como de poder acompanhar osatos da instrução criminal, além de apresentar ao respectivo defensor a suaversão dos fatos para que este elabore as teses defensivas. Ao acusado,contudo, não é dado apresentar sua própria defesa, quando não possuircapacidade postulatória. (C) Tratando-se de crimes cuja individualização da conduta dos autores sejaimpossível, não há que se falar em violação aos postulados do contraditório, daampla defesa e da presunção de inocência, quando houver a formulação deacusação estatal genérica. (o que se permite é a denúncia geral, em que todossão denunciados pela mesma conduta, quando é impossível delimitar a conduta de

cada um; a denúncia genérica ocorre quando se imputa vários fatos típicosgenericamente a todos os denunciados)(D) Não é cabível a impetração de habeas corpus contra decisão judicial quedetermine a aplicação, ao acusado, de medida cautelar diversa da prisãopreventiva. (medida cautelar diversa da preventiva = cabe HC)(E) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, não ofende o postuladoda presunção de inocência o não reconhecimento da causa de diminuição de penaprevista no § 4º do artigo 33 na Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) em razão daausência de comprovação da participação do acusado em organização criminosa,tendo em vista que por expressa previsão legal compete ao denunciado acomprovação do preenchimento dos requisitos para a concessão da benesse.(compete à acusação comprovar a participação do acusado em organizaçãocriminosa)

30. Analise as assertivas abaixo. I. A apresentação pelo acusado da prática de furto, no curso do processo, deprévio contrato de compra e venda que o identifique como o comprador da resfurtiva, impõe ao magistrado a suspensão do processo criminal e oencaminhamento das partes ao juízo cível, por tratar-se de questãoprejudicial de natureza heterogênea. (o juiz só poderá suspender o processopenal se a questão prejudicial disser respeito ao estado civil das pessoas)II. Nos termos da lei processual penal, a restituição de bens apreendidosconstitui ato privativo do juiz criminal competente, não podendo serconcedida pela autoridade policial, em razão da existência de efeitosextrapenais da sentença condenatória. (o delegado também pode restituircoisas apreendidas; só o juiz pode decidir sobre a restituição quando essedireito for duvidoso)III. Segundo o entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal, não podemsubsistir condenações penais fundadas unicamente em prova produzida na fasedo inquérito policial, sob pena de grave afronta às garantias constitucionaisdo contraditório e da ampla defesa. IV. O acusado, embora preso, tem o direito de comparecer, de assistir e depresenciar, sob pena de nulidade absoluta, os atos processuais, notadamenteaqueles que se produzem na fase de instrução do processo penal. (o acusadotem direito a presenciar tudo, senão = nulidade absoluta)

Está correto APENAS o que se afirma em (A) III e IV. (B) II e III. (C) I; II e IV. (D) I; III e IV. (E) I e II.

31. Analise as assertivas abaixo. I. Por tratar-se de direito subjetivo do acusado, o juízo competente deverá,no âmbito de ação penal de iniciativa pública, oferecer o benefício dasuspensão condicional do processo ao acusado caso constate, medianteprovocação da parte interessada, a insubsistência dos fundamentos utilizadospelo Ministério Público para negar o benefício, bem como o preenchimento dosrequisitos previstos na Lei Federal nº 9.099/95. (o próprio juiz concede osursis processual, cagando para o MP)II. Em sede de execução penal é inadmissível a fixação de pena substitutivacomo condição especial para a concessão do regime aberto. (isso seria burlaro regime aberto, impondo uma PRD)III. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não constituinulidade processual a não intimação da Defensoria Pública do local decumprimento de carta precatória quando, na origem, o acusado fora assistidopor defensor público e existir, no juízo deprecado, Defensoria Públicaestruturada. (tem que intimar o defensor atuante no juízo deprecado quando oacusado é assistido pela DP)IV. Caso o Tribunal de Justiça, em sede de apelação, determine a realizaçãode novo júri em razão do reconhecimento de que a decisão dos jurados foramanifestamente contrária à prova dos autos, não é possível que se conceda àspartes o direito de inovar no conjunto probatório mediante a apresentação denovo rol de testemunhas a serem ouvidas em plenário. (as provas são asmesmas, só o conselho de sentença muda)

Está correto APENAS o que se afirma em (A) I; II e IV. (B) I; III e IV. (C) I e II. (D) III e IV. (E) II e III.

32. Analise as assertivas abaixo. I. Por imposição do princípio da congruência, a causa de aumento de pena nãopode ser presumida pelo julgador, devendo o fato que a configurar estardescrito pormenorizadamente na denúncia ou queixa. (congruência entre adenúncia e sentença)II. O juiz competente poderá, de ofício, impor medidas cautelares denatureza pessoal ao indiciado, desde que apresente, de forma fundamentada, anecessidade da garantia do resultado justo da investigação criminal. (o juiznão pode impor medida cautelar de natureza pessoal, de ofício)III. O condenado tem direito de aguardar o julgamento do recurso de apelaçãoem liberdade na hipótese em que fixado o regime inicial semiaberto para ocumprimento da pena, ainda que a sentença condenatória tenha fundamentado anecessidade de manutenção da prisão preventiva. (fixado regime inicialsemiaberto, o acusado aguarda o recurso em liberdade, mesmo com ordem deprisão preventiva)IV. A opinião do julgador sobre a gravidade do crime e longevidade da penanão constitui motivação idônea para o indeferimento da progressão de regimeprisional e do livramento condicional. (a gravidade em abstrato do crime nãopode retirar nenhum benefício do réu, nem impedir progressão)

Está correto APENAS o que se afirma em (A) I; II e IV. (B) I; III e IV.

(C) I e II. (D) III e IV. (E) II e III.

Direito Civil

33. A conversão substancial do negócio jurídico NÃO (A) tem como requisito subjetivo a vontade das partes na ocorrência doresultado prático decorrente da conversão do negócio jurídico nulo. (B) pode ser arguida pelas partes ou por terceiro interessado em seus efeitos.(terceiro também pode pedir a conversão substancial)(C) decorre do princípio da conservação dos negócios jurídicos, diversamenteda confirmação e da redução dos negócios jurídicos anuláveis.(D) pode ser determinada de ofício pelo juiz. (conversão substancial só se fazmediante requerimento)(E) tem como requisito objetivo que o negócio jurídico sucedâneo válido tenhasuporte fático no negócio jurídico inicial nulo. (tem que ter suporte fático noNJ antigo, mesmo que nulo)

34. Sobre responsabilidade civil, é correto afirmar que (A) a redução equitativa da indenização na hipótese de excessiva desproporçãoentre a gravidade da culpa e o dano representa exceção ao princípio dareparação integral do dano. (redução pela desproporção entre culpa e dano éexceção à reparação integral)(B) no julgamento do REsp nº 1.251.993-PR (representativo de controvérsia),proferido em 12/12/2012, o STJ decidiu pela aplicação do prazo prescricionaltrienal do Código Civil às ações indenizatórias por responsabilidade civil doEstado em detrimento do prazo quinquenal previsto no Decreto Lei nº 20.910/32.(ao contrário, prevaleceu o prazo de 5 anos, por ser de lei específica)(C) o Código Civil adotou a teoria da responsabilidade civil subjetiva,deixando ao Código de Defesa do Consumidor a disciplina da responsabilidadecivil objetiva pelo risco da atividade. (a responsabilidade objetiva pelo riscoda atividade está prevista no CC)(D) a responsabilidade civil por atos de terceiros é fundada na culpapresumida, como nas hipóteses da culpa in vigilando e da culpa in eligendo,sendo que os terceiros respondem solidariamente com os autores do ato ilícitopelos danos causados ao ofendido. (Enunciado 451, CJF – A responsabilidadecivil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independentede culpa, estando superado o modelo de culpa presumida)(E) o Código de Defesa do Consumidor não equipara as vítimas do evento danosoaos consumidores na responsabilidade civil pelo fato do produto e do serviço.(estes são os consumidores por equiparação, as vítimas do evento danoso)

35. Estão corretas as providências extrajudiciais que podem ser orientadaspelo defensor público no atendimento aos usuários: (A) alteração do nome no registro civil em virtude de transexualidadecomprovada por laudo médico e psicossocial e divórcio consensual que nãoenvolva interesses indisponíveis de filhos menores ou incapazes. (sójudicialmente)(B) autorização do pai, mãe ou responsável, com firma reconhecida, para viagemde adolescente desacompanhado dentro do território nacional e inventário epartilha por escritura pública em que não haja herdeiros incapazes, testamento

ou litígio, mediante o pagamento, em qualquer caso, dos respectivos emolumentosdevidos ao tabelionato. (a escritura e demais atos notariais serão gratuitosàqueles que se declararem pobres)(C) lavratura de registro tardio de nascimento independentemente detestemunhas e celebração de casamento homoafetivo. (registro tardio denascimento deve ser com 2 testemunhas – Lei de Registros Públicos)(D) celebração de acordo envolvendo direito a alimentos referendado pelodefensor público e exclusão da paternidade de filhos menores e incapazes doregistro civil. (reconhecimento de paternidade é irrenunciável)(E) reconhecimento voluntário e gratuito de paternidade de incapaz em cartóriode registro civil diverso daquele em que lavrado o assento de nascimento elevantamento administrativo dos saldos das contas individuais do FGTS e do PIS-PASEP deixados pelo falecido em favor dos dependentes habilitados perante aPrevidência Social.

36. Em relação ao abuso do direito, analise as assertivas abaixo. I. O legislador inseriu o abuso do direito no Código Civil entre os atosilícitos, definindo-o como hipótese de responsabilidade civil. (abuso dodireito = responsabilidade civil)II. Configura hipótese de responsabilidade civil subjetiva pelo exercício deum direito lícito, porém manifestamente excessivo em relação aos limitesimpostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bonscostumes, independentemente de dano. (a responsabilidade é objetiva no abusodo direito, diferente do ato ilícito)III. O reconhecimento do abuso do direito pelo exercício inadmissível deposição jurídica exige a ocorrência de dano patrimonial ou extrapatrimonial aser indenizado ou compensado pelo titular do direito. (o STJ já pacificou queo abuso do direito não exige dano, mesmo que um dos elementos daresponsabilidade civil seja o dano)IV. É possível o reconhecimento do abuso do direito pelo exercícioinadmissível de posição jurídica por ofensa à boa-fé objetiva, como ocorrenas hipóteses de venire contra factum proprium (cheque pós-datado), supressio(não exigiu, não pode exigir mais), surrectio (aceitou, agora permanece) e tuquoque (beneficiar-se da própria torpeza).V. É uma cláusula geral que tem fundamento constitucional no princípio dasolidariedade, dentre outros, e que exerce a função limitativa, restritiva oude controle da boa-fé objetiva. (além dessa função, tem integrativa e ainterpretativa)

Está correto APENAS o que se afirma em (A) II, III e V. (B) III, IV e V. (C) I, IV e V. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV.

37. No tocante ao direito do compromissário/promitente comprador de bemimóvel, é correto afirmar que (A) a Lei sobre o parcelamento do solo urbano veda (permite), expressamente, oregistro do compromisso de compra e venda como título da propriedade do loteadquirido, mesmo quando (desde que) acompanhado da respectiva prova dequitação. (o art. 26, §6º, Lei de Parcelamento do Solo Urbano)(B) o Código Civil classifica-o como direito real à aquisição do imóvel,oponível erga omnes, desde que não pactuado o direito de arrependimento entreos contratantes, e ainda que a promessa de compra e venda não tenha sidoregistrada perante o cartório de registro imobiliário. (segundo o CC, devehaver o registro no cartório de registro imobiliário)(C) segundo o STJ, o direito à adjudicação compulsória está condicionado aoregistro da promessa de compra e venda no cartório de registro imobiliário.(segundo o STJ, não precisa do registro)(D) é direito de natureza pessoal decorrente de contrato preliminar celebrado,obrigatoriamente, por escritura pública para imóveis de valor superior a trintavezes o maior salário mínimo vigente no país, gerando a obrigação do vendedorde fazer o contrato definitivo. (o direito do promitente comprador é um direitoreal de aquisição)(E) conforme o STJ, o compromisso de compra e venda tem eficácia frente aterceiros ainda que não levado a registro no cartório imobiliário, como nas

hipóteses de posse advinda do próprio compromisso e hipoteca firmada entre aconstrutora e o agente financeiro.

38. Em tema de direito de propriedade e regularização fundiária, é INCORRETOafirmar: (A) A localização do imóvel em área definida como ZEIS (Zona de EspecialInteresse Social) é a única hipótese de regularização fundiária de interessesocial de assentamentos ocupados, predominantemente, por população de baixarenda, prevista na Lei nº 11.977/09 (Regularização Fundiária de assentamentoslocalizados em áreas urbanas). (a Lei 11.977/09 prevê outras possibilidades deinteresse social, mas todas relacionadas com assentamento de pessoas)(B) O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com a suafinalidade social e econômica, observada a função ambiental da propriedade. (C) Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceito de ordem pública, talcomo o estabelecido pelo Código Civil para assegurar a função social dapropriedade. (D) O detentor do título de legitimação de posse de imóvel objeto dedemarcação urbanística pode requerer ao oficial de registro de imóveis aconversão da posse em propriedade em virtude de sua aquisição por usucapião“extrajudicial” após cinco anos do registro da legitimação de posse. (colocaram“detentor do título de legitimação de posse” para confundir, mas é o posseiro)(E) O Código Civil presume como absoluto o abandono de imóvel urbano quando,cessados os atos de posse, o proprietário deixar de satisfazer os ônus fiscais.(deixar os ônus fiscais é caso de abandono relativo)

39. Considere as assertivas abaixo em relação à eficácia do direitofundamental social à moradia nas relações familiares.

I. A impenhorabilidade do bem de família alcança o imóvel pertencente apessoas solteiras, separadas e viúvas, bem como o único imóvel do devedorlocado a terceiros, desde que a renda da locação seja revertida para asubsistência ou a moradia da sua família.II. No âmbito da Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha) pode ser requeridamedida protetiva de urgência em favor da ofendida consistente na suarecondução e a de seus filhos à moradia familiar, após o afastamento doagressor.III. O Código Civil assegura o direito real de habitação no imóvel destinadoà moradia da família, dentre outros requisitos, ao cônjuge supérstite,silenciando em relação ao companheiro sobrevivente, que pode invocar taldireito com fundamento no princípio da isonomia entre as entidades familiarese na Lei nº 9.278/96 (União Estável). (realmente, o CC silencia, mas ocompanheiro pode pedir)IV. A Lei nº 12.424/11 acrescentou ao Código Civil uma nova hipótese deusucapião em que, preenchidos os requisitos legais, o possuidor adquire odomínio integral do imóvel cuja propriedade é dividida com o ex-cônjuge ouex-companheiro que abandonou o lar, se utilizado para sua moradia ou de suafamília. (usucapião conjugal)V. De acordo com a Lei nº 8.245/91 (Locação de imóveis urbanos), em casos deseparação de fato, divórcio ou dissolução da união estável, a locaçãoresidencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro quepermanecer no imóvel.

Está correto o que se afirma em (A) II, III e V, apenas. (B) I, II, III, IV e V. (C) I, IV e V, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas.

40. Considere as assertivas abaixo sobre direito de família e sucessões. I. Na vigência do Código Civil, o bem imóvel adquirido na constância daunião estável sem contrato escrito comunica-se entre os companheiros,bastando demonstrar a existência da união à época da aquisição do imóvel,independentemente da prova de esforço comum. (o esforço comum é presumido;pode ser afastado por provas)II. Na impossibilidade de guarda compartilhada, a guarda unilateral dacriança deve ser atribuída àquele que possuir melhores condições para exercê-la, verificadas no caso concreto, fixando-se o direito de visitas ao outrogenitor a fim de preservar os vínculos familiares.III. A campanha de desqualificação da figura de um dos genitores fere odireito fundamental da criança de convivência familiar saudável e configuraato de alienação parental previsto na Lei nº 12.318/10 (Alienaçãoparental), podendo acarretar, dentre outras medidas, a sujeição do alienadora acompanhamento psicológico, a inversão da guarda e a suspensão daautoridade parental.IV. De acordo com o Código Civil, o companheiro sobrevivente não participada sucessão dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável,cabendo exclusivamente aos descendentes, ascendentes e colaterais, nessaordem, os direitos sucessórios do companheiro falecido. (o CC diz que o

cônjuge é herdeiro só dos bens particulares do falecido; o companheirosobrevivente é herdeiro de tudo junto com os demais; isso beneficia ocompanheiro em detrimento do cônjuge; alguns tribunais já declararaminconstitucional, mas a regra segue no CC)V. O cônjuge supérstite casado no regime da comunhão parcial de bensconcorre com os descendentes independentemente da existência de bensparticulares deixados pelo falecido. (o cônjuge sobrevivente só concorre comos demais herdeiros quando o falecido tiver deixado bens particulares)

Está correto APENAS o que se afirma em(A) I, III e IV. (B) II, III e IV. (C) II, III e V. (D) III, IV e V. (E) I, II e III.

Direito Processual Civil

41. Sobre os procedimentos especiais é correto afirmar:(A) Não possui legitimidade para opor embargos de terceiro aquele que deveriater sido incluído na relação processual principal como litisconsorte do réu,mas não o foi. (tem legitimidade, é a modalidade de intervenção chamada“recurso de terceiro interessado”)(B) Segundo entendimento dominante no Superior Tribunal de Justiça, em açãoconsignatória pode ser discutido o valor do débito, desde que não impliquerevisão de cláusulas contratuais. (o correto seria “ainda que”)(C) Em ação de alimentos, a fixação da obrigação alimentar em valor superiorao inicialmente pedido implica nulidade, visto que a sentença seria ultrapetita e violaria o princípio da congruência. (em ação de alimentos a pensãoefetivamente paga pode ser maior do que a pedida)(D) Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em ação dedesapropriação é suficiente a citação e participação processual do titular damatrícula, sendo o possuidor parte ilegítima, visto que deverá pleitear suaindenização pela posse em face daquele que ocupar o polo passivo da açãodesapropriatória. (o possuidor )(E) Em ação de despejo por denúncia vazia, com base na prorrogação de contratoescrito celebrado por prazo igual ou superior a trinta meses, manifestando oréu no prazo da contestação concordância com a desocupação do imóvel, o juizacolherá o pedido fixando período de seis meses para a desocupação.

42. João teve seus dados inseridos indevidamente em cadastros de consumidoresinadimplentes. Descobriu que terceira pessoa firmou de forma fraudulentacontrato de abertura de conta corrente em dois bancos, os quais emitiramtalonários de cheques ao falsário, que os usou. As contas não possuíam saldopara a compensação dos cheques. João procurou a Defensoria Pública informandoque nunca possuiu conta em banco. A Defensoria ajuizou a demanda através de umúnico processo, formando litisconsórcio passivo entre os bancos “A” e “B”. Porsentença foram declaradas inexistentes as relações contratuais entre João e asinstituições bancárias, sendo estas condenadas a pagar àquele a quantia de dezmil reais cada, a título de danos morais, acrescida de juros e correçãomonetária, além das verbas de sucumbência. Apenas o banco “A” ofereceu recursode apelação, que foi provido para reformar a sentença afastando a condenação aopagamento, por inexistência de dano moral, eis que João possuía pendênciaslegítimas anteriores com outros estabelecimentos comerciais. O acórdão afastoutambém a condenação ao pagamento das verbas de sucumbência, reconhecendo asucumbência recíproca. A decisão transitou em julgado. Neste caso, a DefensoriaPública: (A) não poderá prosseguir com a fase de cumprimento da sentença para acobrança dos danos morais, eis que, embora o litisconsórcio seja simples, orecurso oferecido pelo banco “A” veicula tese comum que beneficia ambos oslitisconsortes, afastando a condenação de “B”. (B) deverá prosseguir com a fase de cumprimento da sentença em face do banco“B” objetivando o recebimento de dez mil reais, com os acréscimos legais everbas de sucumbência, pois, embora o litisconsórcio seja unitário, os atos deum não beneficiarão nem prejudicarão o outro. (C) deverá prosseguir com a fase de cumprimento da sentença em face do banco“B” objetivando o recebimento de dez mil reais, com os acréscimos legais everbas de sucumbência, pois, embora o litisconsórcio seja unitário, a tese

recursal não é comum aos litisconsortes, razão pela qual a decisão de segundainstância não beneficiará o não recorrente. (D) deverá prosseguir com a fase de cumprimento da sentença em face do banco“B” objetivando o recebimento de dez mil reais, com os acréscimos legais everbas de sucumbência, tendo em vista que o litisconsórcio é simples, nãopodendo o banco que deixou de oferecer recurso beneficiar-se da decisão desegunda instância. (E) não poderá prosseguir com a fase de cumprimento da sentença para acobrança dos danos morais, eis que o litisconsórcio é unitário e o recursooferecido pelo banco “A” beneficia ambos os litisconsortes, afastando acondenação de “B”.

43. Analise as afirmações abaixo. I. A cautelar preparatória não constritiva mantém sua eficácia mesmo quandonão proposta ação principal no prazo de trinta dias.II. A mulher vítima de violência doméstica possui capacidade postulatóriapara pleitear tutela de urgência protetiva.III. A ação coletiva admite concessão de tutela de urgência tanto namodalidade antecipatória quanto acautelatória, mas a multa cominadaliminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado de decisãofavorável ao autor, sendo devida desde o dia em que se houver configurado odescumprimento, não sendo admitida a execução provisória.IV. O incidente de uniformização de jurisprudência pode ser suscitado peloDefensor Público em razões recursais ou em petição avulsa dirigida aos autosdo recurso, desde que o julgamento ainda esteja em curso e o órgão julgadornão seja o especial ou o tribunal pleno.

Estão corretas (A) I, III e IV, apenas. (B) I, II, III e IV. (C) II, III e IV, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) I, II e III, apenas.

44. Analise as afirmações abaixo. I. Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o pagamentoespontâneo do valor executado mediante o depósito de trinta por cento dovalor à vista e a diferença em até seis prestações mensais, pode serutilizado também na fase executiva do título judicial, não sendo restrita àsexecuções de títulos extrajudicias. II. Na fase de cumprimento de sentença, a intimação para o pagamento dadívida sob pena do acréscimo da multa de dez por cento deve ser feita napessoa do executado, não suprindo sua falta a intimação na pessoa do DefensorPúblico. III. É cabível execução provisória contra a Fazenda Pública. IV. Em execução de título extrajudicial, quando o bloqueio on-line dequantia depositada em conta bancária de titularidade do devedor fordeterminado no momento em que a inicial é admitida, a medida terá natureza dearresto cautelar e não arresto executivo, mesmo diante da afirmação doexequente de que o executado está em local incerto e não sabido.

Estão corretas as afirmações (A) I, III e IV, apenas. (B) I, II e IV, apenas.

(C) I, II, III e IV. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III, apenas.

45. A Defensoria Pública ajuizou ação civil pública com o fim de obrigar oMunicípio de Osasco a tornar acessíveis, o ponto de vista arquitetônico, asescolas públicas municipais de ensino infantil no prazo máximo de um ano, sobpena do pagamento de multa diária no valor de quinhentos reais, além deindenização por danos morais no valor de cinco mil reais por aluno que em razãode sua deficiência não conseguisse acessar a escola ou a sala de aulaautonomamente. Determinada a citação da municipalidade, foi oferecidacontestação. Após, o juízo determinou que as partes se manifestassem sobreeventual interesse na tentativa de conciliação e especificassem as provas quepretendiam produzir. Ambas as partes manifestaram interesse na conciliação eespecificaram suas provas. Ato contínuo, sem que fosse designada audiência, ojuiz proferiu sentença declarando a ilegitimidade da Defensoria Pública para apropositura da ação, sustentando tratar-se de interesses difusos, para os quaisa legitimidade seria do Ministério Público. Sustentou que o pedido de danomoral fora feito de forma inadequada, eis que deveria eventual indenização serrevertida ao fundo dos direitos difusos. Por fim, justificou a não designaçãode audiência de conciliação em razão da impossibilidade de transação em matériaque envolva direitos coletivos lato sensu, eis que indisponíveis. Considerandoa causa apresentada,(A) eventual ação individual de reparação de danos em razão dainacessibilidade de determinado prédio escolar deverá tramitar junto ao mesmoórgão jurisdicional que processa a ação coletiva, em razão da litispendência. (B) oferecido recurso de apelação, o magistrado poderá se retratar edeterminar o prosseguimento da ação, deixando de remeter o recurso ao Tribunalde Justiça. (C) a transação judicial envolvendo direitos coletivos lato sensu é vedadapelo ordenamento jurídico, admitindo-se apenas o termo de ajustamento deconduta extrajudicial celebrado pelo Ministério Público. (D) a Defensoria Pública não possui legitimidade para a propositura da açãomencionada, visto que eventual decisão poderia favorecer parcela da populaçãonão hipossuficiente do ponto de vista financeiro. (E) o pedido de indenização por dano moral formulado revela tutela deinteresses individuais homogêneos, devendo a indenização ser recuperada aofundo criado por lei especialmente para esse fim, vinculando a utilização daverba a projetos de educação e conscientização sobre as diversas espécies dedeficiência.

46. Sobre os recursos e as ações impugnativas autônomas, é correto afirmar: (A) Em caso de sucumbência recíproca, ainda que o autor já tenha oferecidorecurso de apelação, poderá recorrer adesivamente na oportunidade de respondera apelação do réu. (B) Pretendendo a mulher rever as cláusulas do divórcio consensual comsentença homologatória já transitada em julgado há três meses, alegando que foicoagida pelo ex-marido a assinar e a ratificar os termos em audiência, a ação aser proposta será a rescisória. (C) É passível de agravo interno a decisão do relator que indefere efeitosuspensivo em agravo de instrumento tirado contra decisão de primeira instânciaque defere liminar em ação possessória.

(D) A sentença homologatória da cautelar de justificação está sujeita aorecurso de apelação, que será recebido sem o efeito suspensivo. (E) Omitindo-se o juiz em sentença sobre questão que deveria ter sidoapreciada, poderá o recorrente dispensar os embargos de declaração e oferecerapelação, através da qual o tribunal poderá apreciar e julgar referida questão.

47. Sobre a intervenção de terceiros, é correto afirmar: (A) Não é cabível a oposição em ação que o réu reconheceu a procedência dopedido do autor no prazo de contestação, visto que inexiste controvérsia entreambos sobre o bem ou direito pretendido. (B) Pelo efeito de intervenção causado em decorrência da assistência simples,o assistente sempre poderá discutir a justiça da decisão, desde que o faça em ação autônoma deduzindo pretensãoprópria, visto que não é considerado parte e não está sujeito aos efeitos dacoisa julgada. (C) Em ação movida por terceiro vítima de acidente automobilístico, ajurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite que a demanda sejaendereçada concomitantemente contra o segurado causador do acidente e aseguradora, dispensada a denunciação à lide para que esta possa figurar no polopassivo da causa. (D) Em caso de evicção é autorizada a denunciação da lide ao alienanteimediato em litisconsórcio com seus antecessores, sendo vedada, entretanto, adenunciação per saltum. (E) O recurso de terceiro prejudicado deve veicular pedido de reforma ouanulação da decisão impugnada, a fim de satisfazer seus interesses, razão pelaqual não é admitida a participação do terceiro prejudicado que oferece simplesembargos de declaração.

48. Sobre os princípios da liquidação e execução civis, é correto afirmar que (A) em razão do princípio da fidelidade ao título, não se pode incluir naliquidação da sentença os juros moratórios, quando omissos os pedido inicial oua condenação. (B) em razão do princípio da disponibilidade, o exequente poderá desistir daexecução independentemente do consentimento do executado, exceto quandooferecidos embargos. (C) em razão do princípio da cooperação, o executado tem o dever de indicarquais são e onde estão os bens penhoráveis que possui, quando intimado a fazê-lo, sob pena de ficar caracterizado ato atentatório à dignidade da Justiça enão poder requerer a substituição do bem penhorado. (D) pelo princípio do menor sacrifício do executado, o juiz poderá concederusufruto de bem móvel ao exequente, mesmo que o executado se oponha. (E) em razão do princípio da concentração do poder executivo do juiz, asmedidas executivas devem encontrar tipificação legal para que sejam deferidas,garantindo o jurisdicionado contra a possibilidade de arbítrio judicial naescolha da forma de execução.