Paper de Análise Semiótica

10
Paper de Análise Semiótica

Transcript of Paper de Análise Semiótica

Paper de Análise Semiótica

Manuel Correia, 21904

Índice

Introdução ………………………………………………………………………pág.3

Miguel Prado …………………………………………………………………...pág.4

Umberto Eco ……………………………………………………………………pág.6

Conclusão ………………………………………………………………………pág.8

Bibliografia ………………………………………………………………………pág.9

2

Introdução

Estou a realizar este trabalho, no âmbito da cadeira deAnálise Semiótica, do curso de Ciências da Comunicação, daUniversidade Fernando Pessoa, leccionada pelo professor RuiTorres.

Neste trabalho, irei falar da Banda Desenhada, naperspectiva dos autores Miguel Prado e Umberto Eco, sobrecomo é que a Banda Desenhada pode ser analisada do ponto devista semiótico.

3

Miguel Prado

Tendo em conta as obras de Miguel Prado, este autorcaracteriza a Banda Desenhada, através de uma capacidadecrítica e reflexiva a nível social e a nível político emforma de paródia.

Nas suas obras, podemos observar que o autor parodia comsituações do dia-a-dia.

Vejamos alguns exemplos:

4

Em “Vendedor porta a porta”, oautor satiriza com os vendedoresque andam a bater porta a portasempre à procura de clientes paraos seus produtos.

Aqui, podemos ver uma situação emque temos uma estudanteuniversitária a tentar fazer a suatese de doutoramento, em sua casa,quando um vendedor bate àsua porta, tentandoimpingir-lhe produtos quenão lhe interessam paranada, quando a estudanteapenas quer que o vendedora deixe em paz, para queela possa acabar a suatese. Desta forma acabapor fechar a porta na carado vendedor, semprefuriosa por não conseguiracabar a sua tese, atéque, farta de serincomodada, compra umproduto para o computador,que o vendedor lhe mostra,experimentando-o deimediato, acabando por perder todo o trabalho que tinhafeito até então, assim como fica sem computador.

Já em “Noticiário”, é-nos apresentada uma situação em quetemos uma pessoa, que acabou de sofrer um acidente e por

5

isso encontra-se ferida. Entretanto, vemos uma equipa detelevisão chega ao local, supostamente para reportar aquiloque se passou, mas na realidade, acabam por começar aarranjar formas de tornar a noticia mais apelativa econsequentemente, fazer jornalismo sensacionalista, mascomo são preguiçosos se não gostam do que estão a ver,acabam por ir-se embora, beber uns copos e deixam a vítimaabandonada.

6

Umberto Eco

Umberto Eco diz-nos que “os elementos da banda desenhadacontrapõem-se numa trama de convenções mais ampla que passaa constituir um verdadeiro simbólico”. Por outras palavras,Umberto Eco, diz que a banda desenhada é um conjunto deconvenções, de forma que esta constitua um símbolo,constituída por códigos universais essenciais para aintegração de signos gráficos e para o desenvolvimento danarrativa.

Quando Umberto Eco fala de signos gráficos, Umberto Ecorefere-se a moldura, balão, onomatopeias e metáforasvisuais e linhas cénicas.

A moldura de uma banda desenhada, é aquele quadrado ourectângulo, que delimita aacção visual das personagensda banda desenhada.

O balão refere-se aos símbolosque nos indicam as falas daspersonagens ou aquilo que elasestão a pensar.

As onomatopeias são uma figura de linguagem, que têm comoobjectivo transmitir a ideia de som.

As metáforas visuais são a forma usada pela bandadesenhada, para transmitir aquilo que as personagens estãoa sentir, através de símbolos. (ex.: para transmitir que opersonagem teve uma ideia, abanda desenhada utiliza umbalão em forma de lâmpada).

A linha cénica diz respeito às cenas retratadas na bandadesenhada e o que se passa nessas cenas.

Umberto Eco defende ainda que a banda desenhada narra,através de elementos textuais e visuais que representam

7

Exemplo de uma onomatopeia usada na banda desenhada

momentos significativos, narra uma história, fazendo assim,uma referência à arte sequencial.

Diz-nos ainda que até há pouco tempo, a banda desenhadarepresentava uma linguagem menor que assumia um caracter deentretenimento, razão pela qual era considerada uma subarteou subliteratura.

Nos dias de hoje, a banda desenhada tem um alcance massivo,de carácter informativo e de entretenimento, revelando ocontexto social e histórico onde se inserem, retratando,nas suas histórias, situações do quotidiano, de forma aexpor os costumes e as ideologias da sociedade querepresentam

8

Conclusão

Ambos os autores (Miguel Prado e Umberto Eco) defendem quea banda desenhada deve de ter um carácter critico ereflexivo sobre a sociedade e a política do local onde seenquadram, razão pela qual tem um carácter informativo e deentretenimento.

Eu não podia estar mais de acordo com estes autores, vistoque é mesmo isso que a banda desenhada serve. Serve parachamar atenção para os ideais sociais e políticos,parodiando-os, como forma de entretenimento, casocontrário, não vejo como explicar o sucesso de uma meninaque frequenta o ensino primário, que já mostra saber muitosobre política e sobre a sociedade que a rodeia, e que sechama Mafalda.

9

Bibliografia

Miguel Prado, “Quotidiano Delirante”, Norma Editorial,2003

Miguel Prado, “A Vida é um Delírio”, Asa Editores S.A., 2003

Comunicação, Arte e Cultura; “Mafalda, heroína até aosnossos dias” (http://comartecultura.wordpress.com/2013/06/24/mafalda/)

10