Luz, substrato e temperatura na germinação de sementes de cedro-vermelho
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12/09/2013 /Autor: Prof. Max Trindade/Alterações: Prof.
Ronaldo Santos 1
Potencial Elétrico
Campo Elétrico
Carga Elétrica 1.1
1.2
1.3
Capacitores e Dielétricos 1.4
Unidade I:
Eletrostática
12/09/2013 2
1.1 – Carga Elétrica
1.1.1 – Condutores e Isolantes
1.1.2 – Efeito Hall
1.1.3 – Lei de Coulomb
1.1.4 – Quantização da Carga
1.1.5 – Conservação da Carga
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 3
1.1 – Carga Elétrica
Pedaço
de
Seda
atrito
Bastão
de Vidro
Pêlo
de
Animal
atrito
Bastão
de Ebonite
Fig. 1.1 – Experimento que comprova a
existência de duas espécies de carga elétrica.
atração
repulsão
repulsão
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 4
O tipo de carga adquirida por uma substância, pode
ser identificada como positiva ou negativa pela
comparação com a carga num bastão de vidro ou ebonite.
Cargas de mesma espécie se repelem.
Cargas de espécies diferentes se atraem. Conclusão
Flanklin chamou de:
Positiva: carga do bastão de vidro.
Negativa: carga do bastão de ebonite.
Fig. 1.2 – Benjamin Flanklin (1706 – 1790) foi
um dos primeiros grandes físicos dos E.U.A.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 5
1.1.1 – Condutores e Isolantes
A matéria em seu estado isolado (neutro) possui
quantidades iguais de cargas elétricas positiva e negativa.
Nos condutores cargas elétricas podem mover-se
livremente através do material, o mesmo comportamento
não se observa em isolantes (dielétricos).
A capacidade isolante do quartzo fundido é 1025 vezes
superior à do cobre. Em algumas situações práticas pode-
se considerar alguns materiais como isolantes perfeitos.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 6
1.1.2 – Efeito Hall
Nos metais, somente as cargas negativas são capazes
de se mover. Na verdade, os verdadeiros portadores de
carga nos metais são os elétrons livres.
Quando átomos isolados se combinam para formar um
sólido metálico, os elétrons mais afastados do núcleo não
mais permanecem ligados a cada átomo, mas adquirem a
liberdade de movimento no volume total do sólido.
Fig. 1.3 – As camadas eletrônicas
de um átomo.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 7
Nos eletrólitos, tanto cargas positivas como as
negativas possuem liberdade de movimento. 1.1.3 – Lei de Coulomb
Em 1785, Coulomb utilizou um aparelho denominado
balança de torção para medir o valor das forças de atração
e repulsão entre cargas elétricas, obtendo também a lei
que as descreve.
Fig. 1.4 – Charles Augustin de Coulomb (1736 – 1806)
mediu as atrações e repulsões elétricas
quantitativamente e deduziu a lei que as governa.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 8
F
q1.q2
r2
(1.1)
Para cargas puntiformes:
Fig. 1.5 – Balança de Torção: vidro,
madeira, medula de sabugueiro e latão.
contrapeso
de papel
escala
de medição
fio
de prata
esferas
carregadas
A balança de torção foi
posteriormente usada por
Cavendish na medida da
atração gravitacional.
m1.m2
r2
F
(forças sempre atrativas)
(1.2)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 9
A Lei de Coulomb pode ser deduzida de uma
experiência indireta (1971) que mostra que o expoente da
expressão (1.1) está compreendido, aproximadamente,
entre os limites 2 3.10-6.
A unidade de carga elétrica no MKS (mesmo SI) é o
coulomb (C).
A proporcionalidade (1.1) pode ser escrita na forma de
uma igualdade:
K.q1.q2
r2 F =
1
4
(1.3) , onde K = 1
4 r 0
=
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 10
permissividade elétrica do meio.
0 permissividade elétrica do vácuo (ou ar).
r permissividade relativa do meio: r = /0.
1
4 0
K0 = 0 = 8,85.10-12 N.m2/C2 = 9.109 N.m2/C2
Ex1.1.3.: Duas cargas puntiformes no vácuo interagem
entre si com uma força elétrica de módulo F1 = 32 N. Se a
distância entre essas cargas for triplicada e as mesmas
imersas em água destilada (r = 16/9), qual o módulo da
nova força F2 de interação entre elas?
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 11
Solução Ex1.1.3.:
F1 = 32 N
r
q1 q2
F1 = 32 N
vácuo
F2 = ?
3r
q1 q2
F2 = ?
água
q1.q2
r2
F =
1
4 r 0
32 =
q1.q2
r2
1
4 0
(I)
F2 =
q1.q2
(3r)2
1
4 (16/9) 0
(II)
= (16/9) x 9 F2 = 2 N
32
F2
Dividindo (II) por (I), vem:
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 12
1.1.3.2 – Forma Vetorial da Lei de Coulomb
r12 ^ F12 F21 r12
q1 q2
F12 força sobre q1 exercida por q2.
F21 força sobre q2 exercida por q1.
Várias Cargas: F1 = F12 + F13 + F14 + ... (1.5)
F12 = 1
4 r 0
r12 ^
versor
(1.4) q1.q2
r122
F12 = F21
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 13
Ex1.1.3.1-1.: Em cada vértice de um
triângulo ABC, equilátero e de lado
L, existe um próton. O meio é um
fluido isolante de permissividade
relativa r = 2. Qual o módulo da
força resultante sobre o próton
situado no vértice A? Expresse o
resultado em função de L, 0, e da
carga elementar e.
R
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 14
Substituindo (I) em (II), vem:
R2 = F12 + F2
2 + 2F1F2 cos 60°
R2 = F12 + F1
2 + 2F1F1 (1/2) R2 = 3F12
R = 3 F1 (II) 3
8 0
R =
e2
L2
1
8 0
F1 = F2 =
e2
L2 (I)
Solução Ex1.1.3.1-1.:
1
4 r 0
F1 = F2 =
e . e
L2 R
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 15
Ex1.1.3.1-2.: Um cubo de aresta a
porta uma carga pontual positiva q
em cada vértice. Mostre que o
módulo da força elétrica resultante
sobre qualquer uma das cargas é
dada por
F =
0,262 q2
0 a2
+
+ +
+
+
+ +
+ 1
2 3
4
5
6 7
8
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 16
y
x
. .
z
F1 = F12 + F13 + F14 + F15 + F16 + F17 + F18 (I)
F17
F15
F12
F14
F18
F13
F16
1
+
+ +
+
+
+ +
+
2 3
4
5
6 7
8
Solução Ex1.1.3.1-2.:
F1 = F12 i + ^
F14 j + ^
F15 k + ^
F13 (cos45 i + sen45 j) + ^ ^
+ F16 (cos45 i + sen45 k) + ^ ^
F18 (cos45 j + sen45 k) + ^ ^
+ F17 (cos cos45 i + cos sen45 j + sen k) (II) ^ ^ ^
F12 = F14 = F15 = 1
4 0
q2
a2 (III)
F13 = F16 = F18 = 1
4 0
q2
(a2)2
(IV)
F17 = 1
4 0
q2
(a3)2 (V)
sen = a/(a3) = 3/3 (VI)
cos = a2/(a3) = 6/3 (VII)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 17
Substituindo (III), (IV), (V), (VI) e (VII) em (II), obtém-se:
F1 = i + ^ q2
4 0 a2
1 + 3
9
2
2
+ 1 + 3
9
2
2
+ 1 + 3
9
2
2
+ j + ^
k ^
O módulo de F1 é dado por:
F1 = q2
4 0 a2
1 + 3
9
2
2
+ 3 F1 =
q2
0 a2
2 + 63 + 36
24
Pela simetria do problema, a resultante das forças
sobre qualquer uma das cargas é a mesma e expressa por:
F = q2
0 a2
0,262 (C.Q.D.)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 18
A carga elétrica assume apenas valores discretos que
são múltiplos inteiros de uma unidade de carga
elementar (e = 1,602.10-19 C).
1.1.4 – Quantização da Carga
q = n.e , onde n = 0, 1, 2, 3, ... (1.6)
Assim, valores de carga – 6e, 0, + 10e são obtidos na
natureza, mas valores de carga + 3,5e ou – 0,7e não o são.
Em 1964, físicos propuseram que prótons e nêutrons
são compostos por dois tipos de quarks, designados por
cargas elétricas fracionárias +2e/3 e – e/3.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 19
zero Nêutron (n)
– e Elétron (e-)
+ e Próton (p+)
Valores de Carga
É importante ressaltar que
ainda não foi comprovado a
existência de quarks livres.
Fig. 1.6 – Partículas elementares do átomo e seus valores de carga.
+ 2e/3 Quark Up
– e/3 Quark Down
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 20
Ex1.1.4.: A força eletrostática entre dois íons positivos
iguais, separados por uma distância de 3,0 m no vácuo,
vale 25,6 pN. (a) Calcule (em fC) a carga em cada íon. (b)
Quantos elétrons estão faltando em cada íon?
a) F = K0
q1.q2
r2
25,6.10-12 = 9.109
q2
(3.10-6) 2
q = 1,6.10-16 C
b) q = n.e
q
e n =
1,6.10-16
1,6.10-19 n = = 1000 e- = 16 fC
Solução Ex1.1.4.:
+ F = 25,6 pN
r = 3,0 m
q q
vácuo
F = 25,6 pN
+
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 21
y yocto 10-24
z zepto 10-21
a atto 10-18
f femto 10-15
p pico 10-12
n nano 10-9
micro 10-6
m milli 10-3
c centi 10-2
d deci 10-1
Símbolo Prefixo Potência
Sub - múltiplos
Tab. 1.1 – Prefixos de potências de base dez (sub – múltiplos)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 22
da deka 101
h hecto 102
k kilo 103
M mega 106
G giga 109
T tera 1012
P peta 1015
E exa 1018
Z zetta 1021
Y yotta 1024
Símbolo Prefixo Potência
Múltiplos
Tab. 1.2 – Prefixos de potências de base dez (múltiplos)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 23
Jamais se encontraram exceções da hipótese de
conservação da carga, tanto para eventos em larga escala
quanto aos níveis atômico e molecular.
1.1.5 – Conservação da Carga
pósitron raios gama
e+ e- + +
méson neutro
0 +
deutério trítio
2H 2H + 3H + p
2H.: 1p + 1n q = +e
3H.: 1p + 2n q = +e
q antes = q depois (1.7)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 24
Ex1.1.5.: Três esferas com propriedades elétricas
semelhantes e valores de carga q1 = + 5,4 nC, q2 = + 3,6
nC e q3 = – 1,2 nC são trazidas do infinito e coladas em
contato. (a) Qual o valor de cada carga após o contato? (b)
Quantos elétrons q1 perdeu (ou ganhou) após o contato?
Solução Ex1.1.5.:
a) q antes = q depois
5,4 + 3,6 + (– 1,2)
3 q = = + 2,6 nC
b) q = n . e q
e n =
(5,4 – 2,6).10–9
1,6.10–19 = = 1,75.1010
q1 + q2 + q3 = q + q + q
elétrons ganhos
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 25
1.2 – Campo Elétrico
1.2.1 – Campo Elétrico de Cargas Pontuais
1.2.2 – Linhas de Força
1.2.4 – Dipolo em um Campo Elétrico
1.2.5 – Fluxo do Campo Elétrico
1.2.6 – Lei de Gauss
1.2.3 – Campo Elétrico de Distribuições
Contínuas de Carga
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 26
1.2 – Campo Elétrico
Campos Escalares ou Vetoriais
Estáticos ou Variantes no Tempo
g = F
m0
(1.8)
massa de prova
1.2.1 – Campo Elétrico de Cargas Pontuais
carga de prova
F = 1
4
q.q0
r2
+ q q0
E
– q q0
E carga geradora
E = F
q0
(1.9)
E = 1
4
q
r2
F
q0
= (1.10)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 27
+ q1
– q2
+ q3
P
1.2.1.1 – Princípio da Superposição E3
E2
E1
Ex1.2.1.1.: Obtenha uma expressão para o módulo do
campo elétrico a uma distância x do ponto médio do
segmento que une um dipolo elétrico.
O campo elétrico no Sistema Internacional (SI) é dado
em newton/coulomb (N/C).
Várias Cargas:
E = Ei = E1 + E2 + E3 + ... + EN
soma vetorial
(1.11)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 28
Solução Ex1.2.1.1.:
E–
x
y
+ q
– q
P
x d
E = E+ + E–
E+
r
E
E = E+ cos + E– cos = 2 E+ cos
De (I) em (II), vem:
E+ = E– = 1
4 0
q
r2 (I)
1
4 0
q
x2 + (d/2)2 =
(II) d/2
x2 + (d/2)2 E = 2 E+
E = 2
d/2
x2 + (d/2)2
1
4 0
q
x2 + (d/2)2
E =
1
4 0
q d
[ x2 + (d/2)2 ]3/2
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 29
E =
1
4 0
p
x3
Definindo-se o momento de dipolo elétrico p = q d, vem:
Solução Ex1.2.1.1 (cont.).:
Se x >> d, então [ x2 + (d/2)2 ]3/2 [ x2 ]3/2 = x3, logo:
E =
1
4 0
p
[ x2 + (d/2)2 ]3/2
(para um dipolo elétrico) E
1
x3
Seguindo raciocínio semelhante para o quadrupolo, vem:
(para um quadrupolo elétrico) E
1
x4
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 30
1.2.2 – Linhas de Força
Mostram a direção do campo E em qualquer ponto.
Fig. 1.7 – É convencionado que as linhas de força originam-se
em cargas positivas e terminam em cargas positivas.
E E
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 31
Quando as linhas de força são curvas, a direção
tangente à linha de força fornece a direção do campo E.
O número de linhas de
força por unidade de área é
proporcional à intensidade
do campo elétrico.
Assim, de acordo com a
Fig. 1.4, tem-se E1 > E2.
Fig. 1.8 – Configuração das linhas
de força de um dipolo elétrico.
E1
E2
q q
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 32
1.2.3 – Campo Elétrico de Distribuições
Contínuas de Carga.
Se dq for pontual:
q dq
E dE
E = Ei E = dE
dE = 1
4
dq
r2 (1.13)
Densidade Linear de Carga: = q/s q = s dq = ds
Densidade Superficial: = q/A q = A dq = dA
Densidade Volumétrica: = q/V q = V dq = dV
Ex = dEx
Ey = dEy
Ez = dEz
(1.12)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 33
1.2.3.1 – Anel Uniformemente Carregado.
Substituindo (I), (III) e (IV) em (II), vem:
dq
r2 dE =
1
4 0
(I)
dEz = dE cos (II)
cos = z/z2 + R2 (IV)
r = z2 + R2 (III)
z dq
(z2 + R2)3/2 dEz =
1
4 0
(V)
R
P carga
q > 0 z
y
x
. .
z
r
dE
dq
dEz = dE cos
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 34
Somando todas as contribuições infinitesimais de
campo ao longo do anel de cargas, tem-se:
Ez = dEz = z.dq
(z2 + R2)3/2
1
4 0
z
(z2 + R2)3/2
1
4 0
= dq
q
Se z >> R, o anel de cargas comporta-se como se fosse
uma carga pontual: q
z2
1
4 0
Ez
q z
(z2 + R2)3/2
1
4 0
Ez =
(anel carregado)
(1.14)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 35
Ex1.2.3.1.: Um elétron é forçado a realizar pequenas
oscilações ao longo do eixo que passa pelo centro de um
anel de raio R positivamente carregado com carga q. (a)
Mostre que a força que atua sobre o elétron é
restauradora (Fz = – kz). (b) Obtenha uma expressão literal
para o período de oscilação realizado pelo elétron.
pequenas oscilações z << R, logo:
q z
(z2 + R2)3/2
1
4 0
Ez = (anel carregado)
q z
R3
1
4 0
Ez = (I)
Solução Ex1.2.3.1.:
a)
R
q > 0
z
– z – e
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 36
Solução Ex1.2.3.1 (cont.).:
R
q > 0
z
– z – – e
Ez
Fz
Fz = – e Ez (II)
Subst. (I) em (II), vem:
e q
4 0 R3
Fz = – z Fz = – k z (C.Q.D.)
16 3 R3 0 m
e q T =
m
k T = 2 b)
m
(e q)/(4 0 R3)
T = 2
4 0 R3 m
e q T = 2
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 37
1.2.3.2 – Disco Uniformemente Carregado.
O disco cargas pode ser considerado como uma soma
de anéis de infinitesimais.
densidade superficial
de carga
R
P
z
y
x
. .
z
dEz
dw w
dq = dA = 2w dw (II)
Elemento de área:
dw 2w
A Eq. (1.14) permite escrever:
z dq
(z 2 + w 2) 3/2
1
4 0
dEz = (I)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 38
Substituindo (II) em (I), vem:
z 2 w dw
(z 2 + w 2) 3/2
1
4 0
dEz =
Somando todas as contribuições de cada anel, tem-se:
(z 2 + w 2) –3/2 (2 w) dw z
4 0 0
R
dEz = 0
R
Ez =
2 0
z
z 2 + R 2 1 – Ez =
(disco carregado)
(1.15) 2
z 2 + R 2
2
z
–
Mostre!
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 39
1.2.3.3 – Plano Infinito Uniformemente Carregado.
Aplicando R >> z em (1.15) obtém-se o campo E gerado
por um plano infinito com densidade de cargas.
Fazendo-se R >> z, o disco de cargas torna-se um
plano infinito de cargas.
2 0
E =
(plano infinito carregado)
(1.16)
O campo gerado pelo plano de cargas independe da
distância z até o ponto de observação do campo.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 40
Solução Ex1.2.3.3.:
Ex1.2.3.3.: Uma esfera de massa m = 1,12 mg e carga q =
19,7 nC, encontra-se sob efeito da gravidade terrestre e
pendurada num fio de seda que forma um ângulo = 27,4º
com uma grande placa isolante uniformemente carregada.
Calcule a densidade superficial de cargas da placa.
F
T P
F
P
tg = q . E
m . g
= (I)
2 0
E = (II)
+
+
+
+
+
+
fio de seda
+ q
m
P
F
T
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 41
Solução Ex1.2.3.3 (cont.).:
Levando (II) em (I), obtém-se:
tg =
m . g
2 0
q . 2 0 m g tg
q =
q
2 0 m g tg =
Substituindo os valores numéricos do problema, vem:
2 x 8,85.10-12 x 1,12.10-6 x 9,81 x tg 27,4º
19,7 x 10-9 =
= 5,11 x 10-9 C/m2 ou = 5,11 nC/m2
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 42
1.2.3.4 – Linha Infinita de Cargas.
As contribuições de campo na vertical (dEz) anulam-se
simetricamente com relação ao eixo y.
P
densidade linear
de carga
+ +
+ +
+ +
+ +
+ +
y
x
. .
z
z
dz
r
r
dE
dE
y
Ey = dEy = cos dE (I)
dq
r2 dE =
1
4 0
(II) = dz
y 2 + z 2
1
4 0
tg = z
y (III) z = y tg
dz = y sec2 d (IV) = y sec2 dz
d
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 43
Substituindo (II), (III) e (IV) em (I), vem:
y sec2
y 2 + y 2 tg2
1
4 0
d Ez = cos
/2
- /2
cos sec2
1 + tg2 d
/2
- /2
y
4 0 y 2 Ez = cos d
4 0 y
Ez = /2
- /2
cos d = sen (/2) – sen (–/2) /2
- /2
= 2 sen (/2) = 2
sec2 = 1 + tg2
2 0 y
Ez =
(linha infinita de cargas)
(1.17)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 44
Ex1.2.3.4.: Quatro linhas infinitas de cargas, paralelas
entre si, encontram-se postadas nas arestas laterais de
um prisma reto de base quadrada de lado L (vide figura).
Obtenha o módulo do campo resultante para pontos
eqüidistantes das quatro linhas de cargas.
+ +3
– –
–2 L
–
+ +4
L
L L
(vista superior)
– +4
+3 –2
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 45
P
E1
E2
Solução Ex1.2.3.4.:
E4
E3
2 0 L 2/2 E1 = (I)
2
2 0 L 2/2 E2 = = 2 E1 (II)
3
2 0 L 2/2 E3 = = 3 E1 (III)
4
2 0 L 2/2 E4 = = 4 E1 (IV)
3 = +3
1 = –
2 = –2 L
+
–
–
+ 4 = + 4
L L
L
2 0 r
E =
(vista superior)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 46
EP
Solução Ex1.2.3.4 (cont.).:
EP = (E4 – E3)2 + (E2 – E1)
2 (V)
= E12 + E1
2 EP = (4E1 – 3E1)2 + (2E1 – E1)
2
Subst. (II), (III) e (IV) em (V), vem:
Levando (I) em (VI), obtém-se o valor de Ep:
E4 – E3 . E2 – E1
P
2 0 L 2/2 EP = 2
0 L
EP =
(VI) EP = 2 E1
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 47
E
1.2.4 – Dipolo em um Campo Elétrico
+ F q
– F q
(1.18) F = q . E
(1.19) p = q . d
Fig. 1.9 – Comportamento de um
dipolo em um campo elétrico
O torque e a energia U adquirida pelo dipolo
dependem do vetor campo E e do vetor momento de
dipolo elétrico p.
p
(1.20) = p x E
(1.21) U = – p . E
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 48
Como as moléculas de água presentes nos alimentos
são polares, elas giram quando a polaridade do campo
elétrico é variada.
1.2.4.1 – O Forno de Microondas
Fig. 1.10 – Microondas, com freqüência de
2450 MHz, são geradas no interior do
forno por um magnétron e irradiadas por
uma antena metálica (ventilador).
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 49
Fig. 1.11 – (a) Comportamento do dipolo H2O sob efeito de um campo
variante no tempo. (b) Espectro eletromagnético.
(a) (b)
A fricção entre as moléculas giratórias produz calor e
assim cozinha os alimentos.
entre 1 e 300 mm
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 50
Ex1.2.4.1.: Uma carga + 3e encontra-se a 2,5 m de outra
carga – 3e, formando assim um dipolo elétrico. Esse
dipolo está sob ação de um campo E = 3,5 x 106 N/C. (a)
Calcule a magnitude do momento de dipolo p. (b) Obtenha
a energia potencial U conforme o dipolo tenha orientação
paralela e antiparalela ao campo E. Qual módulo do
torque quando o momento de dipolo é ortogonal ao
campo elétrico.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 51
Solução Ex1.2.4.1.:
a) p = q d = 2 e d
b) U = ? quando p é paralela ao campo E:
U = – p E cos
U = ? quando p é antiparalelo ao campo E:
U = – p E cos = – 8.10-25 x 3,5.106 x cos 180°
U = – 2,8.10–18 J
U = 2,8.10–18 J
c) = ? quando p é ortogonal ao campo E:
= p E sen = 2,8.10–18 N m
= 2 x 1,6.10–19 x 2,5.10–6 = 8.10-25 C m
= – 8.10-25 x 3,5.106 x cos 0°
= 8.10-25 x 3,5.106 x sen 90°
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 52
1.2.5 – Fluxo do Campo Elétrico
O fluxo de campo elétrico expressa o número de linhas
de campo que atravessam uma determinada superfície.
A
A
.
Definição: o vetor área A possui direção normal à
superfície com sentido para fora da mesma e módulo igual
à respectiva área. A2
.
.
A1
.
A3
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 53
(1.22) E = E . A
(1.23) E = E . dA
Na situação de campo elétrico não uniforme, divide-se
a superfície em elementos infinitesimais de maneira a
tornar o campo uniforme sobre esses elementos.
Quando o campo elétrico é uniforme sobre a
superfície, o fluxo de campo elétrico é expresso por um
somatório de produtos escalares entre E e A.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 54
A
.
Ex1.2.5.: Um campo elétrico uniforme E = 1600 N/C
atravessa uma superfície quadrada de lado L = 4,2 cm. O
ângulo formado entre os vetores normal e campo vale
60°. Calcule o fluxo através da superfície.
E = E . A = E . A . cos
E = 1600 . (0,042) 2 . cos 60°
E = 1,41 N.m2/C
Solução Ex1.2.5.: E
Produto Escalar
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 55
1.2.6 – Lei de Gauss
A lei de Gauss relaciona o fluxo total E que atravessa
uma superfície fechada (superfície gaussiana) que confina
uma carga total q.
Fig. 1.12 – Carl Friedrich Gauss (1777-1855),
matemático alemão que fez importantes descobertas
em teoria dos números, geometria e probabilidades.
(1.24) 0 . E = q
(superfícies poliédricas)
(1.25)
(quaisquer superfícies)
0 E . dA = q
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 56
E (S1) > 0, pois q > 0
Ex1.2.6.: Avalie qualitativamente (negativo, positivo ou
nulo) o fluxo elétrico através dos elipsóides S1, S2, S3 e S4.
q q
S3
S4
S2
S1
E (S2) < 0, pois q < 0
E (S3) = 0, pois q = 0
E (S4) = 0, pois q = 0
Solução Ex1.2.5.:
E = q/0
carga total
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 57
r
superfície gaussiana
(esfera)
1.2.6.1 – Aplicações da Lei de Gauss
0 E . dA = q
0 E dA cos 0° = q
0 E dA = q
0 E (4 r 2) = q
dA = área por onde passa o fluxo
de campo = área da esfera
dA
E
+ q
Campo gerado por uma carga puntiforme.
0 E dA = q
E = 1
4 0
q
r 2
P
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 58
superfície gaussiana
(cilindro vertical)
r
h
dA
E
0 E . dA = q
0 E dA = h
0 E (2 r h) = h
dA = área por onde passa o fluxo de
campo = área lateral do cilindro
0 E dA = h
0 E dA cos 0°
+ +
+ +
+ +
+ +
+ +
Campo gerado por uma linha infinita de cargas.
2 0 r
E =
= h
P
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 59
+ + + + + + +
+ + + + + + +
+ + + + + +
+ + + + + + +
Campo gerado por um plano infinito de cargas.
0 E . dA = q
0 E (A + A) = A
dA = área por onde passa o fluxo de
campo = 2 x área da base do cilindro
0 E dA = A
2 0
E =
superfície gaussiana
(cilindro horizontal)
dA
E
r
P dA
E 0 E dA = A
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 60
1.3 – Potencial Elétrico
1.3.1 – Energia Potencial Elétrica
1.3.2 – Potencial Elétrico de Cargas Pontuais
1.3.6 – Superfícies Equipotenciais
1.3.4 – Cálculo do Potencial Elétrico a partir do Campo
Elétrico
1.3.3 – Potencial Elétrico de Distribuição Contínuas
de Cargas
1.3.5 – Cálculo do Campo Elétrico a partir do
Potencial Elétrico
1.3.7 – Esfera Oca Uniformemente Carregada
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 61
1.3 – Potencial Elétrico
A variação da energia potencial elétrica U entre dois
pontos a e b é igual ao negativo do trabalho realizado pela
força eletrostática.
U = – Wab (1.26)
a b
(1) (2)
(3) (4)
Como a força eletrostática é conservativa, o trabalho
W realizado independe do trajeto, e sim dos pontos de
partida e chegada.
Wab(1) = Wab(2) = Wab(3) = Wab(4) (1.27)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 62
O trabalho é definido como:
Subst. (1.28) em (1.27), vem:
a b
ds
F
U = Ub – Ua = – b
a F . ds
= – q0 b
a E . ds Ub – Ua (1.29)
(1.28) Wab = F . ds b
a
elemento de
comprimento
Recordando que F = q0 E, obtém-se:
F
ds
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 63
x
ra
q1
+
Ex De (1.29) vem:
1.3.1 – Energia Potencial Elétrica
= – q2 rb
ra
Ex dr Ub – Ua
= – 1
4 0
dr
r 2
rb
ra
q1 q2
= – 1
4 0
q1 q2
1
ra
– 1
rb
Ub – Ua
Nível de referência
ra ∞ Ua = 0, logo:
1
ra
– 1
rb
Mostre!
1
4 0
q1 q2
r
U = (1.30)
rb
q2
= – q2
1
4 0
q1
r 2
rb
ra
dr
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 64
1.3.1.1 – Energia Potencial num Sistema de Cargas
1
4 0
+ U =
q1 q2
r12
1
4 0
+
q1 q3
r13
1
4 0
q2 q3
r23
q1
q2
q3
r12
r13
r23
soma algébrica de escalares (1.31)
Para um sistema de n cargas, o
número de parcelas presentes em (1.31)
é dado pela combinação de n dois a
dois (Cn, 2).
Cn, p = n!
p! (n – p)!
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 65
No Sistema Internacional (S.I.), a energia potencial
elétrica é dada em joule (J).
1.3.2 – Potencial Elétrico de Cargas Pontuais
O potencial elétrico V é definido como a razão entre a
energia potencial elétrica adquirida pela carga de prova e
a respectiva carga de prova.
V = U
q0
(1.32) 1
4 0
q
r
V = (1.33)
1
4 0
q q0
r
U =
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 66
• Para várias cargas pontuais, tem-se:
soma algébrica de escalares
V = V1 + V2 + V3 + ... + VN (1.34)
No MKS (S.I), o potencial elétrico é medido em volt (V). 1 volt = 1 joule/coulomb 1V = 1J/C
Levando (1.33) em (1.34), chega-se a:
(1.35) = 1
4 0
qi
ri
i = 1
N
V = Vi i = 1
N
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 67
Ex1.3.2.: Obtenha o potencial elétrico gerado pelas
cargas q1 = + 12 nC, q2 = – 24 nC, q3 = + 31 nC e q4 = + 17
nC no centro do quadrado de lado L = 1,3 cm.
P
+
+
q2 L –
+
q4 L
L L
q1
q3
Solução Ex1.3.2.:
1
4 0
qi
ri
i = 1
4
VP =
VP = 35 kV
q1 + q2 + q3 + q4
L2/2
VP = K0
(12 – 24 + 31 + 17) x 10– 9
1,3 x 10–2 2/2 VP = 9 x 109
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 68
1.3.3 – Potencial Elétrico de Distribuições
Contínuas de Cargas
1
4 0
dq
r
dV =
1.3.3.1 – Potencial Elétrico num Anel Carregado
1
4 0
dq
r
V = dV = (1.36)
R
q
z
. y
x
.
z
r
dq
P
Levando r = R2 + z2 em (1.36), vem:
1
4 0
dq
R2 + z2 V =
(1.37) 1
4 0
V = q
R2 + z2
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 69
1.3.3.2 – Potencial Elétrico num Disco Carregado
z
R
P
y
x
. .
dw w
z dq
2 0
V = (R2 + z2 – z) (1.38)
Mostre!
1.3.4 – Cálculo do Potencial Elétrico a partir do
Campo Elétrico
V = Vb – Va
Ub – Ua
q0
= (1.39) Ub
q0
= Ua
q0
–
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 70
Substituindo (1.29) em (1.39), obtém-se:
Tomando o nível de referência no infinito (Va = 0) e
trocando o ponto b por P, obtém-se:
(1.41) P
∞ E . ds VP = –
(1.40) = – b
a E . ds Vb – Va
A Eq. (1.41) permite afirmar que no sentido do campo
elétrico o potencial elétrico diminui.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 71
E Fig. 1.13 – As linhas de força
são paralelas e igualmente
espaçadas em um C.E.U.
1.3.4.1 – O Campo Elétrico Uniforme (C.E.U.)
= – b
a E . ds Vb – Va
A Eq. (1.40) permite escrever:
= – b
a E ds cos 180º = E
b
a ds
L
Vb – Va = E L E = Vb – Va
L
(1.42)
a b
L
x +
ds
q
Va < Vb
F
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 72
A Eq. (1.42) permite o volt/metro (V/m) como unidade
alternativa para o campo elétrico. 1.3.5 – Cálculo do Campo Elétrico a partir do
Potencial Elétrico
E . ds V = – dV
ds E = –
V
y Ey = –
V
z Ez = –
V
x Ex = –
E = – grad V V
x
V
y + +
V
z = – i
^ j ^
k ^
(1.43)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 73
Ex1.3.5.: Calcule o campo associado à distribuição de
potencial V(x, y, z) =
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 74
1.3.6 – Superfícies Equipotenciais
São ortogonais às linhas de campo e possuem sempre
o mesmo potencial ao longo de sua extensão.
+
+
+
+
+
+
+
+
-
-
-
-
-
-
-
- E
+
E A1
A2
B1
B2
C1
C2
A1
A2
B1
B2
C1
C2
V(A1) = V(A2) > V(B1) = V(B2) > V(C1) = V(C2)
planos
paralelos
esferas
concêntricas
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 75
1.3.7 – Esfera Oca Uniformemente Carregada
r
V
E
r
R
q
1
4 0
q
R
V =
1
4 0
q
R2
E =
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 76
1.4 – Capacitores e Dielétricos
1.4.1 – Cálculo da Capacitância 1.4.1.1 – Capacitor de Placas Planas e Paralelas
1.4.1.2 – Capacitor Cilíndrico
1.4.1.3 – Capacitor Esférico
1.4.2 – Associação de Capacitores
1.4.4 – Capacitor com Dielétrico
1.4.3 – Energia Armazenada no Capacitor
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 77
1.4 – Capacitores e Dielétricos
Um capacitor consiste, essencialmente, de dois
condutores de formatos arbitrários (armaduras) separados
por um isolante (dielétrico).
Quando uma tensão V é aplicada, o capacitor produz
nas armaduras cargas + q e – q.
Fig. 1.15 – Um par de condutores de
formatos arbitrários constituindo
um capacitor genérico.
+ –
V
+ q – q
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 78
A capacitância C é definida pela razão entre a tensão V
aplicada aos terminais do capacitor e o módulo da carga q
adquirida nas armaduras.
q
V C =
(definição de capacitância)
(1.4.1)
A unidade de capacitância no SI é o farad (F).
1 farad = 1 coulomb/volt 1 F = 1 C/V
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 79
Ex1.4.1.: Determine a capacitância de um condutor
esférico, isolado, de raio R e carga Q.
+Q
R
r
• B
• A K.Q
R VB - VA =
0
K.Q
R V =
Q
40
V.R =
Q
V C = 40.R = logo
Portanto, a capacitância de um capacitor depende da
geometria (R) das armaduras e da natureza do dielétrico().
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 80
1.4.1 – Cálculo da Capacitância
A capacitância de qualquer par de condutores pode ser
calculada utilizando-se a lei de Gauss combinada à
equação do potencial elétrico.
(lei de Gauss)
0 E . dA = q
(potencial elétrico)
V = E . ds +
–
Três situações são analisadas a seguir: o capacitor de
placas planas e paralelas, o capacitor cilíndrico e o
capacitor esférico.
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 81
1.4.1.1 – Capacitor de Placas Planas e Paralelas
0 E . dA = q
0 E dA = q
dA = área por onde
passa o fluxo de campo
V = E . ds +
–
0 E A = q (I)
V = E ds +
–
V = E d (II)
(C.E.U)
q
V C =
0 E A
E d C =
0 A
d C = (1.4.2)
E E d
– – – – – – – – – – – – – – q
+ q + + + + + + + + + + +
A superfície gaussiana
(paralelepípedo)
caminho de integração ds dA
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 82
+ + +
+
+ + +
+
+ +
+ +
–
– –
– – – –
–
– –
–
– – – –
–
–
–
–
–
b
a
1.4.1.2 – Capacitor Cilíndrico
dA = área por onde
passa o fluxo
superfície gaussiana
(cilindro)
caminho de integração
r
L
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 83
+ + +
+
+ + +
+
+ +
+ +
–
– –
– – – –
–
– –
–
– – – –
–
–
–
–
–
b
a
0 E . dA = q
V = E . dr b
a
0 E 2rL = q
dA = área por onde
passa o fluxo
superfície gaussiana
(cilindro)
caminho de integração
r
(I) q
2 0 rL E =
V = . dr b
a
q
2 0 rL
V = .dr b
a
q
2 0L
1
r
2 0 L
ln(b/a) C =
(1.4.3)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 84
1.4.1.3 – Capacitor Esférico
+ + +
+
+ + +
+
+ +
+ +
–
– –
– – – –
–
– –
–
– – – –
–
–
–
–
–
b
a
superfície gaussiana
(esfera) r
0 E . dA = q 0 E 4r2 = q
(I) q
4 0 r2
E =
V = E . dr b
a
V = . dr b
a
q
4 0 r2
V = .dr b
a
q
4 0
1
r2
caminho de integração
casca
esférica
4 0 ab
b-a C = (1.4.4)
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 85
1.4.2 – Associação de Capacitores
q = Ceq V
qk = C V
q = q1 + q2 + ... + qn
Capacitores em Paralelo
Ceq V = C1 V + C2 V + ... + Cn V
(1.4.5) Ceq = C1 + C2 + ... +Cn
(em paralelo)
• mesma tensão
• cargas diferentes
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 86
Ex1.4.2.: Um capacitor plano C1 de placas planas
paralelas e circulares de raio a, distanciadas d uma da
outra, é associado em paralelo com outro capacitor C2,
também plano, mas de placas paralelas quadradas de lado
a e distanciadas 2d. Obtenha uma expressão literal para a
capacitância equivalente dessa associação.
Solução Ex1.2.5.:
0 A
d C =
0 a2
d C1 =
0 a2
2 d C2 =
Ceq = C1 + C2
Ceq = ( + 0,5) 0 a
2
d
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 87
V = V1 + V2 + ... + Vn
Capacitores em Série
q
Ceq
V =
q
Ceq
= q
C1
q
C2
q
Cn
+ + ... +
q
Ck
Vk =
1
Ceq
= 1
C1
1
C2
1
Cn
+ + ... +
(1.4.6)
• mesma carga
• tensões diferentes
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 88
Ex1.4.3.: Uma ddp de 60V é aplicada aos terminais a e b
da montagem abaixo. Calcule (a) a capacitância
equivalente dessa associação e (b) a carga no capacitor C3.
a d b
C1
C1
C2
C2
C3
C2
C2 Dados:
C1 = 5F
C2 = 10F
C3 = 2F
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 89
a d b
C1
C1
C2
C2
C3
C2
C2
Solução: a)
C1 . C2
CeqA = = 3,33
C1+ C2
CeqB = C2 + C2 = 20
CeqC = CeqA + C3 + CeqA = 8,66
CeqB . CeqC
Ceq = = 6,05 F
CeqB + CeqC a
CeqC
d
CeqB
b
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 90
b) qqb = qdb CeqC.Vad = CeqB.Vdb
(i) 8,66. Vad = 20.Vdb
mas (ii) Vab =Vad + Vdb = 60
logo Vad = 41,87 volts
como q3 = C3. Vad então q3 = 2. 41,87 = 83,74 F
de (i) Vdb = (8,66/20). Vad e substituindo este resultado
em (ii) temos: Vad + (8,66/20). Vad = 60
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 91
1.4.3 – Energia Armazenada no Capacitor
Considere um capacitor de
placas planas e paralelas
completamente carregado.
Vamos determinar o trabalho
(energia) realizado por um agente
externo para retirar os elétrons
da placa positiva e colocá-los na
placa negativa.
+Q -Q
ddp = V
dW = V.dq mas q = C.V então dW = (q/C).dq
W = (1/C) . (q2/2).dq 0
logo W = dW = (q/C).dq =(1/C) q.dq 0
Q
0
Q
Q
W = Q2/2C
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 92
W = Q2/2C mas Q = C.V e W = U (energia)
U = Q2/2C = Q.V/2 = C.V2/2
V
Q
A
Q = C.V
C = tg
A = U
12/09/2013 Prof. MSc. Max Trindade 93
Ex1.4.4.: Calcule a energia armazenada num capacitor
de placas e paralelas em função de 0, E, A, d. Solução:
U = C.V2/2 C = 0.A/d V = E.d
U = (0.A/d).(E.d)2/2
logo U = 0.A.d.E2/2
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Q
BAT
V
1.4.4 – Capacitor com Dielétrico
Q0
BAT
V
Experiência de Faraday
Capacitor sem dielétrico Capacitor com dielétrico
C0 = Q0/V C = Q/V
Faraday observou
que Q > Q0
Dielétrico é um material não condutor (vidro, borracha, papel encerado, etc) inserido
entre as placas de um capacitor a fim de aumentar a capacitância do mesmo.
C > C0
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A constante dielétrica do material é definida por:
= C/C0
Portanto a capacitância de um capacitor de placas
planas e paralelas com dielétrico é dada por:
C = .0.A/d
Rigidez Dielétrica: corresponde ao valor máximo do
gradiente de potencial que pode existir dentro do
dielétrico sem que haja ruptura do poder isolante.
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8 310 Titanato de
estrôncio
4 6,5 Porcelana
160 5,4 Mica
14 4,7 Pirex
16 3,5 Papel
24 2,6 Polistireno
3 1,00059 Ar (1 atm)
1 (exata) Vácuo
Rigidez Dielétrica
(MV/m)
Constante
Dielétrica ke
Material
Fig. 1.6 – Algumas propriedade dos dielétricos em temperatura ambiente.