Livros: Fabio Conter Comparado – Reconstrução histórica dos Direitos Humanos Flavio Piovezan...

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DIREITOS HUMANOS – PROF. FERNANDO - FMB Livros: Fabio Conter Comparado – Reconstrução histórica dos Direitos Humanos Flavio Piovezan – Internacional dos Direitos Humanos Histórico 1215 na Inglaterra o Rei João Sem Terra foi forçado pelos Barões a assinar a Magna Carta que previu apenas direitos para estes e par ao Clero. Esta Carta foi confirmada pelos 7 sucessores do Rei João Sem Terra. 1689 também na Inglaterra temos o “Bill os rights” que criou uma nova forma de organização do Estado com função de proteger direitos fundamentais da pessoa humana. Este documentos instituiu a separação de poderes fortalecendo o júri e direitos fundamentais como o direito de proteção e a proibição de penas cruéis. 1776 na Virgínia nos temos a declaração de independência dos Estados Unidos que incialmente foram uma confederação e hoje são uma federação. Esta declaração combinou representação popular com limitação de poderes e a defesa de direitos fundamentais. 1789 Na França temos revolução francesa que originou a declaração dos direitos do homem e do cidadão que trouxe uma renovação completa das estruturas de governo, de regime político e de sociedade teve uma dimensão nacional e universal. 1917 Rússia a declaração do povo trabalhador e explorado, na qual a doutrina marxista é levada ao extremo em medidas sócio econômico e políticos. Contemporâneas são as constituições mexicanas de 1917 e a constituição Alemã de 1919. A Constituição Mexicana ao instituir o partido revolucionário institucional criou uma estrutura monocrática de poder e trouxe para as Américas a primeira experiência de reforma Agrária. 1919 Constituição Alemã. Nesta Constituição a democracia social ficou melhor elaborada com uma melhor defesa da dignidade humana para o exercício mais efetivo de direitos civis e políticos, econômicos , sociais e culturais teve uma estrutura dualista separando a organização do Estado, dos direitos fundamentais aos quais acrescentou direitos sociais, conhecida 2009

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DIREITOS HUMANOS – PROF. FERNANDO - FMB

Livros: Fabio Conter Comparado – Reconstrução histórica dos Direitos Humanos

Flavio Piovezan – Internacional dos Direitos Humanos

Histórico

1215 na Inglaterra o Rei João Sem Terra foi forçado pelosBarões a assinar a Magna Carta que previu apenas direitos paraestes e par ao Clero. Esta Carta foi confirmada pelos 7sucessores do Rei João Sem Terra.

1689 também na Inglaterra temos o “Bill os rights” que criouuma nova forma de organização do Estado com função de protegerdireitos fundamentais da pessoa humana. Este documentosinstituiu a separação de poderes fortalecendo o júri e direitosfundamentais como o direito de proteção e a proibição de penascruéis.

1776 na Virgínia nos temos a declaração de independência dosEstados Unidos que incialmente foram uma confederação e hoje sãouma federação. Esta declaração combinou representação popularcom limitação de poderes e a defesa de direitos fundamentais.

1789 Na França temos revolução francesa que originou adeclaração dos direitos do homem e do cidadão que trouxe umarenovação completa das estruturas de governo, de regime políticoe de sociedade teve uma dimensão nacional e universal.

1917 Rússia a declaração do povo trabalhador e explorado, naqual a doutrina marxista é levada ao extremo em medidas sócioeconômico e políticos. Contemporâneas são as constituiçõesmexicanas de 1917 e a constituição Alemã de 1919. AConstituição Mexicana ao instituir o partido revolucionárioinstitucional criou uma estrutura monocrática de poder e trouxepara as Américas a primeira experiência de reforma Agrária.

1919 Constituição Alemã. Nesta Constituição a democraciasocial ficou melhor elaborada com uma melhor defesa da dignidadehumana para o exercício mais efetivo de direitos civis epolíticos, econômicos , sociais e culturais teve uma estruturadualista separando a organização do Estado, dos direitosfundamentais aos quais acrescentou direitos sociais, conhecida

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como constituição de Weimar. Teve orientação social e anoindividualizada, em seguida após uma grave crise nos direitoshumanos tivemos como ponto culminante a segunda guerra mundialda qual surgiu a necessidade da universalização e reconstruçãodos direitos humanos com uma sistematização internacional. Nestaoportunidade os direitos humanos foram concebidos unicamentecomo liberdades individuais e surgem como propósitos eprincípios o direito a autodeterminação dos povos e a tarefa demantes a paz e a segurança internacionais. A partir daí o mundopassa a se preocupar com a proteção de grupos desfavorecidos edesprotegidos, assim surge a preocupação com a defesa dosdireitos humanos das mulheres, cuja convenção recebeu o maiornumero de reservas, estas reservas concentram-se na clausula deigualdade entre homens e mulheres na família, por argumentosreligiosos, culturais e legais. Havendo maior espaço para oexercício de direitos em âmbito público. Nessa mesma linha temosa convenção internacional sobre a eliminação de todas as formasde discriminação. Esta convenção tem como preocupação oneonazismo, o neofascismo, a anti-semidismo e a erradicaçãototal do racismo. Combate a superioridade racional como falsamoralmente condenável, socialmente injusta e perigosa. Por fim,busca se promover a proteção dos direitos humanos de grupossociais vulneráveis. Ex.: homossexuais, idosos, indígenas,imigrantes, crianças e adolescente, etc., a proteção ocorreatravés da promoção social e da elevação do seu nível de vida.

FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS COM BASE NO PRINCÍPIO DADIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

1) jusnaturalismo de origem religiosa – teocentrismo (Deus nocentro)

Já nos evangelhos encontramos um inconformismo com a concepçãonacionalista de religião, contudo a igualdade universal dosfilhos de Deus só valia efetivamente no plano sobrenatural, poiso cristianismo continuou a admitir durante muitos séculos alegitimidade da escravidão, a inferioridade natural da mulher emrelação ao homem e também a inferioridade dos povos americanos,africanos e asiáticos colonizados em relação ao colonizadoreuropeu.

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2) Racionalismo – Egocentrismo (Homem no Centro)

Ficou elaborada a base do principio da igualdade essencial entretodo o ser humano, independente de diferenças individuais ougrupais, biológicas ou culturais formando-se o inicio do núcleodo conceito de direitos humanos.

Direitos humanos portanto são comuns a toda espécie humana,resultantes da sua própria natureza e não de criações politicas,são entendidas como direitos universais superiores ao Estado.

A CRÍTICA AO CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS PELAS TEORIASUTILITARISTAS POSITIVISTAS E COMUNISTAS

Entende o capitalismo de produção como transformador das pessoasem coisa e responsável pela personalização do capital que éelevado a condição de sujeito de direitos com o consequenterebaixamento do trabalhador a condição de mercadoria.

O trabalhador foi transformado em consumidor e eleitor e com apropaganda de massa em objeto de direito.

AS CLASSIFICAÇÕES E CARACTERISTICAS DOS DIREITOS HUMANOS

Classificação geral

Leva em consideração as gerações do direito

1º geração – dos direitos individuais

Marco histórico revolução francesa, destaque forte,individualismo, oportunidade em que o homem deixa de ser cervopara tornar-se cidadão quando da chegada da burguesia ao poder.

2º geração – dos direitos sociais

marco histórico revolução russa, destaque a burguesia concededireitos sociais ao proletariado buscando a pacificação social.

2º geração – dos direitos metaindividuais

Marco histórico década de 50 e 60 do século passado, destaquepreocupação com direiso difusos.

CARACTERISTICAS DA CLASSIFICAÇÃO GERAL

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1. historicidade refletem a evolução histórica do ser humanoem que as gerações vão se somando na media em queacontecem na vida do homem.

2. inalienabilidade em razão dos direitos humanos nãopossuírem conteúdo patrimonial, portanto sãointransferíveis e inegociáveis.

3. imprescritibilidade os direitos humanos são exigíveis aqualquer momento independentemente de prazo bem como aprescrição em regra se aplica a direitos patrimoniais.

4. irrenunciabilidade não existe renuncia quanto à direitosindisponíveis. Não há renúncia, mas a pessoa pode deixarde exercer.

CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

Essa classificação é dividida em dois grupos:

1ª grupo direitos civis e políticos

Corresponde aos direitos fundamentais do liberalismo em que sebusca o desenvolvimento do homem independentemente do Estado oude terceiros.

Também são denominados de liberdades autônomas.

Direitos políticos correspondem as prerrogativas da pessoa detomar parte na vida politica e na direção dos assuntos políticosdo seu pais, também são denominados de liberdades participação.

2ª grupo direitos econômicos

Tem por base o poder estatal de regular o mercado com vistas aointeresse publico.

Direitos sociais referem-se as prestações positivasproporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente que propiciama melhoria das condições de vida dos mais fracos buscandoigualizar situações sociais desiguais, direitos culturais querelacionam-se a identidade e memoria da sociedade.

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Características do 1º grupo (direitos civis e políticos) e do 2ºGRUPO (direitos econômicos)

* inerência decorre da noção de que os direitos humanos aoinerentes a cada pessoa pelo simples fato de existir combase no princípio da dignidade da pessoa humana. Aexistência do ser humano é livre e anterior a criação dopróprio Estado.

* universalidade os direitos humanos referem-se a todos osseres humanos indistintamente , faz surgir a pessoa humanacomo sujeito no plano internacional.

* indivisibilidade e interdependência busca limitar apossibilidade de que os Estados construam interpretaçõesrestritivas sobre direitos humanos alegando o cumprimentoparcial das normas internacionais sobre a matéria.

Obs.: Não cabe portanto em uma visão monista dos direitoshumanos diferentes interpretações de institutos que sãouniversais. O Brasil adota a teoria dualista que pe baseada nadoutrina de Francisco Rezek.

Vigência e eficácia quanto aos direitos humanos

Direitos civis e políticos têm vigência e eficácia imediata.

Direitos econômicos, sociais e programáticos tem eficáciaprogramática.

Teoria geral do direito internacional dos direitos humanos

Com a internacionalização dos direitos humanos a pessoa humanasurge como sujeito de direitos no plano internacional o queimplica na primazia ou preferencia desses direitos e nasuavização ou flexibilização do conceito de soberanias nacional.

De acordo com essa teoria tem uma classificação do direitointernacional dos direitos humanos que subdivide-se em dois:

Direito internacional humanitário e dos refugiados é odireito que se aplica na hipóteses de guerra com oobjetivo de estabelecer limites para atuação do Estado eassegurar a observância aos direitos humanos, destina-seaos militares postos fora de combate e a populações civis

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impondo-se regulamentação jurídica ao emprego de violênciaem âmbito internacional.

Direito internacional do direitos humanos propriamenteditos buscam concretude aos direitos humanos e liberdadesfundamentais expressos na carta da ONU sem qualquerdistinção de raça, seco, língua ou religião. Ex.: questõesperinent4es a saúde, a forme pelo mundo, etc.

Clausula geral de não discriminação

Constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativado Brasil (art. 3º, IV da CF), é também um dos princípios doEstado Brasileiros nas suas relações internacionais art. 4º VIIIda CF.

Sistema internacional de proteção aos direitos humanos

Sistema global ONU

1) Declaração universal dos direitos humanos

Esta declaração detalha o conteúdo dos direitos humanos da cartade constituição da ONU não tem natureza jurídica de trabalhointernacional e portanto não vincula a ação dos Estados partesem termos jurídicos trata-se de uma carta politica e temnatureza jurídica de resolução.

Características:

amplitude estabelece um rol mínimo de direitos. universalidade é destinada a proteção de qualquer ser

humano sem qualquer discriminação.

2) Pacto internacional de direitos econômicos, sociais eculturais

Não obriga que os Estados tomem providencias imediatas para asua implementação descrevendo medidas que devem ser adotadaspara a efetiva realização dos direitos.

Os Estados partes assumem em relação a cada um dos direitosprevistos além da obrigação de promover as medidas legislativase também realizar as demais necessárias.

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3) Pacto internacional dos direitos civis e políticos

Institui o comitê de direitos humanos para a análise derelatórios de implementação dos direitos humanos em cada Estado.

É acompanhado por protocolos que possibilitam aos Estadosadotantes a análise de denúncias privadas sobre a violação dedireitos assegurados.

O comitê de direitos humanos tem competência para receber eexaminar reclamações aos Estados prevendo-se comissões econciliações permite a formulação de queixas por particularesrelativas a violações de direitos civis e políticos.

4) convenção sobre abolição da escravatura, do tráfico deescravos e das instituições e práticas análogas aescravatura

É bastante confusa pois de um lado obriga a impedir e reprimir otráfico de escravos e de outro se propõe a promover a aboliçãocompleta da escravidão de forma progressiva e assim quepossível.

5) convenção para a prevenção e repressão ao crime degenocídio

Crimes por razões étnicas.

Estabelece o genocídio como crime autônomo, independentemente deuma situação formal de guerra interna ou externa.

É punido internacionalmente através de tribunais internacionaisinclusive com a responsabilização para o cidadão.

6) convenção sobre a eliminação de todas as formas dediscriminação racial

Não considera racismo as diferenças entre cidadãos, desde quenão exista discriminação contra qualquer nacionalidade emparticular.

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Também não considera racismo as medias especiais adotadas paraassegurar o progresso de certos grupos raciais (açõesafirmativas – sistema de cotas).

7) Convenção sobre a eliminação de todas as formas dediscriminação contra a mulher

Em seu art. 7º garante diversos direitos para a mulher comoproteção a saúde com especial atenção a função reprodutora,assegurando o direito de não ser demitida por motivo degravidez, o direito de decidir livre e espontaneamente sobre onúmero de filhos, e o intervalo de nascimento, etc.

8) convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penascruéis, desumanas ou degradantes

Estabelece a tortura como ofensa a dignidade humana e como umanegação dos propósitos da carta das nações unidas, bem como umaviolação aos direitos humanos e liberdades fundamentais dadeclaração universal dos direitos do homem.

9) convenção sobre os direitos das crianças

Acolhe a concepção do desenvolvimento integral da criança,reconhecendo-a como verdadeiro sujeito de direitos que exigeproteção especial e absoluta prioridade.

Prevê também como direitos o direito à vida, a nacionalidade, aproteção contra pena capital (pena de morte), etc.

SISTEMA REGINAL AMERICANO

1. Declaração americana dos direitos e deveres do homem

Revela uma ampla variedade de direitos civis e políticos,econômicos, sociais e culturais.

É consequência do envolvimento dos países americano ao lado doacidente na guerra fria, na defesa da democracia representativacontra a democracia socialista da então União Soviética.

2. Convenção americana sobre Direitos Humanos – Pacto SãoJosé da Costa Rica

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Primeira parte enuncia as obrigações dos Estados partes, bemcomo enumera direitos civis e políticos, dedica apenas umparagrafo aos direitos econômicos, sociais e culturais.

Segunda parte regulamenta a comissão interamericana de direitoshumanos e cria a corte interamericana de direitos humanos.

3. Convenção interamericana para prevenir e punir a tortura

É composta por um perambulo e 24 artigos que são repetição dasnormas da ONU.

4. Convenção interamericana para prevenir, punir e erradicara violência contra a mulher

É composta por um preâmbulo e 25 artigos e é uma adequação daconvenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminaçãocontra a mulher adotada pela ONU.

OS MECANISMOS INTERNACIONAIS DE PROTEÇÃO E MONITORAMENTO DOSDIREITOS HUMANOS

Sistema global

1) Comissão de direitos humanos

Tem competência para examinar as violações graves a direitoshumanos e liberdades fundamentais em todos os países, realizandoo estudo das situações que apresentem um padrão sistemático deviolação aos direitos humanos.

2) Comitê de Direitos Humanos

Foi criado pelo pacto internacional dos direitos civis epolíticos.

Verifica-se tanto pelo sistema de relatórios dos Estados partesque os devem encaminhar sempre que solicitado, quanto pelorecebimento de comunicações formuladas pelos países partesobservando o esgotamento das instâncias internas, desde que nãose prolonguem indefinidamente.

A sua competência para receber comunicações depende de aceitaçãoexpressa do Estado denunciado.

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Um Estado que não se submeta ao sistema não está autorizado aformular denuncias (critério da reciprocidade).

O Comitê pode receber denúncias individuais de terceiras pessoasou de ONG’s sobre as violações a direitos do pacto.

3) Comitê para a eliminação da discriminação racial, o comitêpara a eliminação da discriminação contra a mulher, ocomitê contra a tortura, e por fim o comitê para osdireitos da criança.

Todos trabalham através do sistema de relatórios em que osEstados partes devem apresentar as medidas criadas para dareficácia interna as disposições da convenção.

O recebimento das denúncias interestaduais faz parte daatribuição de todos os comitês, co0m exceção do que devesupervisionar a implantação dos direitos da mulher que conta commecanismo de proteção, mas frágil e ineficaz do sistemaconvencional.

A convenção sobre discriminação racial inovou ao ser a primeiraa prever o sistema de denúncias individuais mesmo que mediante aconcordância expressa do Estado parte denunciado.

Reconhecendo a capacidade processual individual, o comitê contraa tortura também recebe denuncias individuais.

4) Relatórios temáticos atenção a este item

Monitoram em todo mundo situações relativas a determinadostemas, obtendo informações de toda fonte que julgarem confiável,oficial ou não.

Tem por objetivo procurar a solução dos problemas verificadospara proteger as vitimas das violações.

Em procedimento de ação urgente, emite um comunicado ao governopara que esclareça a situação e dote providencias imediatas.

5) Auto comissariado da ONU

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Objetiva viabilizar a implantação definitiva dos direitoshumanos no planeta.

Foi criado a partir da decisão tomada na conferencia mundialsobre direitos humanos realizada em Viena em 1993 que afirma queos direitos humanos são universais, indivisíveis interdependes einterelacionados.

6) Tribunal Penal Internacional

Vem disciplinado no Estatuto de Roma.

Pela EC 45/04 o Brasil se submete a jurisdição do Tribunal PenalInternacional.

O Tribunal Penal Internacional tem sede na cidade de Haia naHolanda e tem competência internacional para processamento ejulgamento de crimes contra a humanidade, crimes de agressão egenocídio, tipificados no seu estatuto (estado do Tribunal).

Todas as infrações penais de competência do tribunal penalinternacional são imprescritíveis.

OBS.: O Brasil poderá entregar um brasileiro para ser julgadopelo tribunal penal internacional, sem que com isso estejaviolando a cláusula de não extradição . Não se deve confundir aentrega com a tradição, pois entrega é para o tribunal penalinternacional e a extradição ocorre de um Estado para outro.

SISTEMA REGIONAL AMERICANO

I. COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS1. Composição É composta por 7 pessoas escolhidas pela Assembleia Geral da OEA(Organização dos Estados Americanos) dentre os candidatosindicados pelos países partes para exercer o título pessoal ummandato de 4 anos com a proibição de participar de deliberaçõesque envolvam os seus países.

2. Funçõesa) promover os direitos humanos através da edição de

publicações, conferências de imprensa, informes aosEstados.

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b) coletar informações através de relatórios encaminhadospelos Estados ou por outros meios, preparando os seuspróprios relatórios e formulando recomendações aosgovernos dos Estados membros para que adorem medidasvisando a proteção dos direitos indicados.Incluem-se as consultas sobre direitos humanos formuladaspor países integrantes da Organização dos EstadosAmericanos, bem como a prestação do assessoramentonecessários.

c) receber e processar denúncias de violação aos direitoshumanos que podem ser formuladas por qualquer pessoa,grupo de pessoas ou ONG legalmente reconhecida em um oumais estados partes.

Condições de admissibilidade para as denuncias:

Primeiro, prévio esgotamento dos recursos legais internos.

Segundo, observância do prazo prescricional de 6 meses a contarda data em que o denunciante foi informado da decisão final doseu processo no seu país.

Terceiro, não exista litispendência internacional.

Procedimentos para a denúncia

Aceita a denúncia, a comissão interamericana notifica o Estadodenunciado para responder as acusações em 180 dias procurando-seuma solução de consenso.

Se a solução de consenso não é alcançada a Comissãointeramericana prepara um uniforme confidencial sobre o caso noqual faz recomendações ao governo do País envolvido dando-lhe emgeral 90 dias para a sua adoção.

Na inércia do Estado a comissão envia informe para a AssembleiaGeral da OEA tomando o caso público ou encaminha o mesmo a Corteinteramericana para que se convertam caso contencioso quando acomissão interamericana passa a atuar como órgão de acusação,buscando a condenação do Estado.

Podem ser realizadas visitas in locu.

II. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS

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A. Composição

A escolha dos 7 juízes que formam o seu plenário (não há turmasou Câmaras) é feita pela maioria absoluta dos Estados partes daConvenção aos quais pé facultado indicar candidatos que seeleitos atuam individualmente com um mandato de 6 anos permitidauma recondução.

É um tribunal permanente com sede na cidade de São José daCosta Rica e se reúne no mínimo 2 vezes por ano, sendo permitidoaos juízes exercerem outras atividades desde que estejamconstantemente a disposição e se desloquem a sede.

B. Competência

b1) competência contenciosa

Os processos são iniciados pelos estados partes ou pela Comissãointeramericana de direitos humanos, únicos legitimados com umaforte pressão para que se admita capacidade postulatória depessoas físicas ou de seus representantes, incluídas as ONG’s.

A corte somente pode se pronunciar sobre determinado caso se oEstado denunciado tiver expressamente reconhecido a suajurisdição como obrigatória, o que se dá por declaração formalde seu governo que pode ser incondicional ou sob condição dereciprocidade por prazo determinado e para casos específicos,não bastando a ratificação da convenção.

As decisões terminativas da Corte, especialmente quando aindenização compensatória, poderão ser executados pelos Paisrespectivo pelo seu processo interno de execução contra o Estadoart. 100 CF.

b2) competência consultiva

É determinante de pedidos formulados por quaisquer Estadospartes da OEA independentemente da ratificação da ConvençãoAmericana sobre direitos humanos e tem como foco a interpretaçãode dispositivos da convenção ou de outros tratados relacionadoscom a matéria.

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C. Jurisprudência da Corte Americana

c1) Caso Damião Ximenes Lopes

Em 22.11.99 Irene Ximenes Lopes apresentou à Comissãointeramericana petição contra o Brasil, denunciando a violaçãode direitos humanos de Damião Ximenes Lopes, seu irmão falecidoem 04.10.99, quando estava internado na Casa de repousoGuararapes da cidade de Sobral-CE para receber tratamentopsiquiátrico.

A vítima foi encontrada por sua mãe em visita com marcas detortura, com as mãos amarradas, nariz sangrando, rosto e abdômeninchados.

Depois de verificar os requisitos formais de admissibilidade dapetição, 09.10.02 a Comissão decidiu aceitar o pedido. Ai comcerca de 2 anos de tramitação na comissão o litigio chegou acorte interamericana de Direitos Humanos.

Em 04.07.06 a Corte proferiu sentença de mérito, condenandoparcialmente o Brasil em obrigação de fazer e obrigação deindenizar, reconhecendo parcialmente a sua responsabilidadegeral de respeitar e garantir os direitos da vitima.

Embora haja sentença de mérito, o caso continua sobre asupervisão da Corte e será considerado concluído do cumprimentointegral da sentença.

Esse caso foi o primeiro relacionado ao Brasil a ser julgadopela Corde, desde o reconhecimento brasileiro da sua jurisdiçãoobrigatória.

c2) Caso Gilson Nogueira de Carvalho

Refere-se a responsabilidade do Brasil quanto as ações eomissões na investigação do homicídio do advogado GilsonNogueira de Carvalho militante dos direitos humanos,excepcionalmente quanto a falta de reparação adequada aos seuspais.

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A vítima foi morta em 26.10.96 em natal-RN supostamente porações e denúncias por ela elaboradas na defesa dos direitoshumanos, e que contrariavam os interesses de um grupo localconhecido por “meninos de ouro” integrado por policiais civis efuncionários da secretaria de segurança pública do Estado(esquadrão da morte).

Foi alegada violação ao principio do devido processo legal peloBrasil e pleiteada a indenização aos familiares como forma dereparação.

Em 13.10.05 a Comissão interamericana submeteu oi caso aapreciação da Corte interamericana com base na suposta ausênciade um julgamento justo em âmbito nacional e na falta degarantias judiciais para a vítima.

Em 28.11.2006 a Corte proferiu a sentença de mérito absolvendo oBrasil por unanimidade e em razão da ausência de provas.

Medidas provisórias

Introdução

Podem ser tomadas em qualquer fase do processo com o objetivo deevitar danos irreparáveis aos direitos humanos. Poderão seradotados inclusivo para processos ainda não submetidos a Cortecom a necessidade de que o pedido seja enviado a CorteInteramericana.

A sua adoção não implica em prévia decisão sobre o mérito, temum caráter não só cautelar, mas tutelar, sendo garantiasjudiciais de caráter preventivo.

Caso Urso Branco

Refere-se ao assassinato no período de janeiro a junho/2002 de37 detentos na penitenciaria Urso Branco em Porto Velho –Rondônia, bem como o a reiteração da prática de outros crimes eameaça.

Em 06.06.2002 a comissão interamericana apresentou a cortesolicitação de medidas provisórias em favor dos internos dapenitenciária com a finalidade de evitar outras mortes em suasdependências.

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Em 18.06.2002 a Corte editou a primeira Resolução determinandoao Brasil, entre outras providencias que adotasse todas asmedidas que fossem necessárias para proteger a vida e aintegridade corporal dos presos, bem como que investigasse oseventos que justificaram a medida, bem como apresentasse listasatualizadas de todas as pessoas que se encontrassem pressasnaquela penitenciária.

Em 30.05.05 o Brasil encaminhou a Corte o seu 10º relatóriosobre o cumprimento das medias provisórias, verificando esta acontinuidade das práticas contra direitos humanos.

Em 21.09.05 a Corte emitiu a sua 5º Resolução atualmente emvigor, requerendo medidas de proteção aos detentos e que opresidio fosse adaptado as normas internacionais.

c3)Caso das pessoas privadas de liberdade na penitenciária Dr.Sebastiao Martins Silveira em Araraquara – SP

Refere-se as condições inapropriadas em que se encontramalojados os detentos daquele estabelecimento prisional queapresenta lotação muito superior a sua capacidade máxima,gerando riscos não só a saúde física e mental dos presos, mastambém a integridade pessoal daqueles que entram em suasdependências, incluídos os agentes penitenciários e a famíliados presos .

Em 11 e 14.07.06 a Comissão interamericana recebeu pedidos paraadoção de medidas provisórias formulados por ONG.

Em 25.07.06 a comissão entendeu pela urgência das medias, a fimde evitar danos irreparáveis e enviou solicitação a corteamericana. Como antecedentes a Comissão indicou os fatosviolentos ocorridos em São Paulo a partir de 12.05.06 quandosegundo a mídia teriam ocorrido mais de 70 rebeliões em SãoPaulo.

Em 28.07.2006 com base nos fatos alegados e na urgência dasituação a corte interamericana emitiu a 1º Resolução sobre ocaso, buscando resguardar a integridade física dos presos. Estaresolução foi comunicada as partes do processo em 01.08.06

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convocando-as para audiência pública a ser realizada em28.09.06.

Após a realização infrutífera de audiência pública em 30.09.2006a Corte considerou que as violações a direitos humanoscontinuava a ocorrer e emitiu a 2º Resolução sobre o caso.

O caso ainda está em tramitação perante a Comissãointeramericana.

I - Jurisprudência

Caso das crianças e adolescentes privadas de liberdade noComplexo Tatuapé (FEBEM)

Refere-se aos fatos que ocorreram durante 2005 naquelesestabelecimentos da Febem que deram indícios de que a vida dascrianças e adolescentes detidos encontrava-se em riscopermanente devido as ameaças entre internos, brigas, alegaçõesde torturas e motins frequentes no local.

Em 08.10.05 a Comissão interamericana submeteu a cortesolicitação de medidas provisórias para que o Estado brasileirotomasse providencias para a proteção da vida e da integridadedas crianças e adolescentes internadas no complexo Tatuapé.

As medidas provisórias só foram solicitadas a Corte apósdiversas tentativas frustradas durante anos de adoção prévia demedidas cautelar pela comissão interamericana, mesmo diante dasmortes ocorridas.

Em 17.11.05 diante da gravidade e urgência da situação a Corteemitiu a 1º Resolução sobre o caso. Logo em seguida em 30.11.05a Corte emitiu a 2º Resolução reiterando ao Estado que adotassede forma imediata as medidas necessárias para proteger a vida eintegridade física das crianças custeadas no complexo doTatuapé.

A Corte solicitou também que fossem informados os resultados deuma reunião realizada em 15.12.05 em São Paulo no qual não seobteve consenso sobre a formação de um grupo de trabalho para aimplementação das medidas provisórias.

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A corte considerou com base nas informações fornecidas peloEstado, pelos representantes das crianças e adolescentes e pelacomissão interamericana que apesar dos esforços para melhora dascondições e pela diminuição da violência persistia uma situaçãode extrema gravidade e urgência.

Entre janeiro e maio/06 o Estado apresentou três informes aCorte quanto ao cumprimento das medidas provisórias.

Em 04.07.06 a Corte emitiu a 3º resolução sobre o caso,resolvendo reiterar que esse mesmo Estado mantenha e adote deforma imediata as medias necessárias para proteger a vida e aintegridade pessoa daqueles que estão no complexo.

O caso ainda esta tramitando na Comissão interamericana.

II. Implementação ou efetivação das sentenças

Implementação voluntária ou por vontade própria

No Brasil a implementação das sentenças da Corte Interamericanade direitos humanos é obrigatória da mesma forma que qualqueroutra decisão do judiciário brasileiro.

A obrigatoriedade decorre não só da ratificação da Convenção,mas principalmente do reconhecimento da competência contenciosada corte.

A) Execução voluntária em uma indenização compensatória

Será executada no território do País infrator de acordo com oseu processo de execução interna.

No Brasil o processo de execução contra o Estado ou contra aFazenda Pública se dá nos termos do art. 100 CF, após anotificação das partes sobre a sentença de mérito a Corteinteramericana determina ao Estado a implementação da sentença.

Em caso de inércia ou demora injustificada por parte do Estado avítima seus representantes ou Ministério Público poderão exigiro cumprimento judicial da decisão.

B) Obrigação de fazer e não fazer

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A Convenção Americana não menciona os procedimentos a seremadotados para o cumprimento das determinações não pecuniárias dadecisão.

A convenção limita-se a estabelecer que os Estados comprometem-se a adotar de acordo com duas normas constitucionais e com asdisposições dessa convenção das medias legislativas ou de outranatureza que forem necessárias para tornarem efetivos taisdireitos e liberdades.

As reparações de caráter não pecuniária deverão serimplementadas de acordo com os procedimento internos paraexecução de obrigações de fazer ou não fazer.

Em caso de condenação a corte poderá ordenar ao Estadobrasileiro que cumpra a decisão, mas nunca se dirigirádiretamente aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciárioespecificamente.

Não cabe a corte pormenorizar como deverá ser implementada aordem, mas apenas verificar se houve ou não violação, e em casode condenação quais as reparações pertinentes.

Cabe ao Estado voluntariamente criar mecanismos ou utilizar osprocedimentos internos disponíveis para a execução da sentença.

b1) deveres e obrigações do Poder Executivo

Após receber a comunicação formal da Corte interamericana sobrea decisão de mérito, o Estado deve adotar as medidas necessáriaspara proceder ao seu fiel cumprimento sob pena de novacondenação internacional.

Em regra as espécies de reparação classificam-se na modalidadede satisfação.

Ex.; o Estado ser obrigado a destinar verbas ao tratamento dedeterminadas doenças. No Brasil as medidas provisórias previstasna Constituição podem servir como instrumento auxiliar para aimplementação eficaz das sentenças interamericanas no País,devido ao seu caráter de urgência e relevância.

b2) obrigação do Poder Legislativo

2009

DIREITOS HUMANOS – PROF. FERNANDO - FMB

Deve observar os tratados firmados em nome do Estado brasileirodevendo abster-se de aprovar normas contrárias ou conflitantescom os mesmos e promover a edição de regras necessárias aocumprimento das obrigações assumidas.

O rol das obrigações de fazer ou não fazer da sua competência élimitado incluindo deveres de modificar ou revogar determinadanorma e adotar regras eventualmente necessárias para o fielcumprimento da sentença.

O Professor Cançado Trindade sustenta a responsabilizaçãointernacional objetiva por falta de cumprimento das obrigaçõeslegislativas em razão do descumprimento das sentenças da corteinteramericana.

Quando uma lei for declarada pela corte incompatível em abstratoem relação a convenção americana, também o será em relação aConstituição Federal possibilitando em tese a utilização docontrole concentrado da inconstitucionalidade por meio de açãodireita de inconstitucionalidade.

Execução forçada

Em caso de inércia ou demora injustificada na execução dadecisão pelo Estado, o cidadão poderá recorrer ao Judiciário, asentença da Corte é título executivo de plena eficácia em âmbitointerno.

O cumprimento das sentenças com condenação em obrigação de fazerou não fazer pode ser exigido pela vítima, pelo seurepresentante legal ou pelo Ministério Publico.

Tanto atos comissivos (condutas ativas) quanto omissivos doPoder Judiciário podem gerar responsabilização internacionalpara o Estado.

A Corte verificará a compatibilidade da sentença interna com aconvenção interamericana não existe subordinação do PoderJudiciário brasileiro a corte interamericana.

Para a corte os atos Executivos, Legislativos e Judiciárionacionais são considerados meros fatos jurídicos, cujalegalidade será apreciada com base no direito internacional.

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A decisão da corte não visa impugnar ou revisar ato da justiçainterna, mas apenas verificar se o ato estatal geraresponsabilização internacional ou não para o Estado.

A corte interamericana não é corte de apelação, assim em sendo aexceção de coisa julgada pertencente ao direito interno, não háfundamento para que o Estado alegue a imutabilidade das decisõesinternas para impugnar um decisão da corte.

Outra foram de responsabilização internacional do Estado por atointernacional é o desrespeito aos princípios processuais quegarantem a imparcialidade e a isonomia frente ao PoderJudiciário.

Procedimento

Tem legitimidade ativa para promover a execução a vitima, seusrepresentantes e o Ministério Público.

O inciso V do art. 109 da CF estabelece a esfera federal dojudiciário como competente para apreciar litígios referentes adireitos humanos.

O juiz federal de 1º instancia, em regra do foro do domicilio davitima será o competente para executar a decisão da corte.

Em caso de execução de reparação pecuniária será utilizado oprocedimento de execução por quantia certa contra a FazendaPública art. 100 CF, ou seja, haverá precatório.

Incorporação dos tratados internacionais sobre direitos humanos

Primeira posição Flávia Puevezon – é da aplicabilidade imediata(teoria monista) entende que é possível a invocação imediata detratados e convenções relativas a direitos humanos dos quais oBrasil seja signatário sem a necessidade de edição de ato comforça de lei destinado a outorgada de vigência interna aosmesmos.

Permite ao particular a invocação direta dos direitos eliberdade internacionalmente assegurados, e proíbe condutas eatos violadores a esses mesmos direitos sob pena de invalidação.Os tratados são colocados na mesma posição hierárquica daConstituição Federal.

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Segunda posição Rezek – dualista do STF é da incorporaçãolegislativa. Os tratados são colocados em posiçãohierarquicamente inferior a Constituição Federal.

A incorporação não é automática, pois depende de aprovação peloCongresso Nacional e decreto de execução do Poder Executivo.

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