livro-memorial a. figueira-da-foz-a camilo-castelo branco no ...

158
p } f I r LIVRO-MEMORIAL A. FIGUEIRA-DA-FOZ-A CAMILO-CASTELO BRANCO NO . SEU . CENTENÁRIO 1825 .A -1925 adi 1 6'. DE . MARÇO .1925 Tipografia PENINSULAR Praça do'Comeroio, 19 FIGUEIRA DA FOZ •»

Transcript of livro-memorial a. figueira-da-foz-a camilo-castelo branco no ...

p}

f I r

LIVRO-MEMORIAL

A. FIGUEIRA-DA-FOZ-A

CAMILO-CASTELO

BRANCO

NO . SEU . CENTENÁRIO 1825 .A -1925

adi

1 6'. DE . MARÇO .1925

Tipografia PENINSULAR Praça do'Comeroio, 19 FIGUEIRA DA FOZ

•» te.

r

i

■ .

* I

#

i.

L

CAMILLO CASTELLO BRANCO (Fotografia offerecida no verão de 1888, na Povoa de Varzim,

ao Barão da Ribeira de Pena)

MANOEL THIMOTEO PACHECO DE VALLADARES ^Governador da Ilha de S. Miguel

A FIGUEIRA

A CAMILO

NO SEU CEN-

T E N Á R I O

LIVRO - MEMORIAL

A.FIGUEIRA-DA.FOZ-A

CAMILO-CASTELO

BRANCO

NO • SEU . CENTENÁRIO

1825 • A•1925

v -U-5

w

m

«-Tífflll

16 . DE . MARÇO . 1925

/«*. r

-y.

.

( iA<\

CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO

DE CAMILO NA

FIGUEIRA DA FOZ

GRANDE COMISSÃO

PRESIDENTE — Dr. Manuel Gaspar de Lemos (Presidente da Comissão Executiva da Câmara Municipal)

1." SECRETARIO — Dr. Alvaro Malafaia Junior 2.' SECRETARIO — Dr. José Raphael Sampaio

VOGAIS — Pedro Fernandes Thomaz Dr. Francisco Canavarro de Valladares Dr. Luiz Wittnich Carrisso Rodrigo Galvão d'Oliveira (Director da Escola Comercial) Francisco Martins Cardoso Dr. José dos Santos Pereira Jardim Manuel Mesquita dos Santos João Gaspar de Lemos Amorim Henrique Raymundo de Barros Dr. José Sallinas Callado Carlos dos Santos Rocha Mauricio Augusto Aguas Pinto Raimundo Esteves Pereira Junior Antonio Augusto Esteves Manuel de Sousa Antonio Piedade

REPRESENTANTES DA IMPRENSA LOCAL

Antonio Ruas Augusto Veiga Tenente Argel de Melo Antonio Correia Pinto d'Almeida Manuel Jorge Cruz José da Silva Ribeiro Mario Rodrigues Azenha Dr. José Raphadl Sampaio Joaquim Gomes d'Almeida.

COMISSÃO EXECUTIVA

PRESIDENTE — Dr. José Salinas Callado

SECRETÁRIOS { f.rancif ° M»*™ Cardoso l Manuel Mesquita dos Santos

TESOUREIRO — Antonio Augusto Esteves

unoaco í Pedro Fernandes Thomaz ,0G#ES 1 Antooio Piedade.

3)uas palavras

mM GRUPO DE ADMIRADORES de Camilo Cas-

telo J3ranco, que muitos conta na figuei-

ra o genial escritor, resolceu associar-se á festiva comemoração que á memoria do homem que foi o maior e mais fecundo escritor português do seu

tempo se realisa em £isboa e em algumas outras ter- ras do país, por ocasião de passar a data do centená-

rio do seu nascimento.

Uma das partes do modesto programa que se propõe realisar a comissão promotora da comemo-

ração, consiste na publicação de alguns escritos em

que seja enaltecida a memoria do grande escritor, cons-

tituindo um numero único, em cuja colaboração tomas-

sem parte alguns escritores figueirenses, e que seria

composto e impresso nas tipografias locaes.

Sendo outra parte do programa constituída

pela exposição bibliográfica das obras do Mestre ou a

ele referentes, insere-se também nesta publicação o

respectivo catálogo, acompanhado de notas elucidativas

sobre as obras expostas recomendáveis pelo seu assun-

to, raridade ou importância bibliográfica, podendo ava- liar-se, pelo numero e selecção das espécies qua figu-

raram na exposição, a admiração que ao genial escri-

tor consagram as pessoas cultas da nossa terra.

•' . .!•

V;" .

J'

f ■'

=\

"!0 ••

f."> ' ' •-

"

n ' ; "I

; •

UMA CARTA DE CAMILO

A BELDEMÒNIO

Ex.mo Senhor Barros Lobo

H^ecebi e acabei de lér, relendo-os ainda nalguns passos, os dois primeiros n.os das Vespas, que 'V. Ex.a tere a bondade de me endereçar com expressões tão penhorantes quanto immerecidas, em louvor das qua- lid.es literárias q. V. Ex.a quer ver em mim engrandecidas a uma al- tura que as confunde com o seu Hr malaia de b.nignidade. Quanto aos encómios ao meu persistente trabalho, esses acceito-os sempre com o jubilo do operário q. no fim da semana recebe o salano bem merecido. Alas já pouco t npo occuparei o meu logar nas fileiras, porque a velhice, a doença e os desgostos me vão cançcndo o braço e empurrando p.a o de- finitivo repouso.

O valor do jornalzinho está cm contraste com o seu tamanho. Admiro IEx." como um pelejador de rija tempera, de carca\ bem mu- niciado para alvejar com certeira pontaria toda a nossa aleijada orga- nisação social—politica e intellectual. V. Ex." attaca os nossos vicios orgânicos e não verá embotarem-se-lhe as settas da ironia saneadora nos coiros sociaes porq. são de aço penetrante, bem temperado de talento c jus- tiça; mas 1).s queira q. nem por descoroçoado abandone a liça aos pulhas, aos venaes, aos infamadores, aos estúpidos e aos maus, nem por insis- tente tenha que sojfrer na sua vida ou fazenda. N'este pai: nunca sanha terreno um critico mordaz; isso está reservado á cambada servil q. se derreia deante do alto comercio, da alta finança, da alta politica e outras potencias avassaladoras, sobpondo-lhe á passagem a sua penna e até algum engenho q. Deus concedeu, distraindo, a alguns, minguando- llie a rije;a e verticalidade da coluna vertebral.

'Bandeando-se com estes, IEx." tem todas as probabilid.es de ver abrir, n-se-lhe as portas das fam."' de tratamento, e de possuir a consideração dos braztleiros endinheirados, crédito seguro em bancos e acabará um dos 40 meiores contribuintes do seu bairro. Llastará que I'. Ex." se reso'va a substituir no seu tinteiro a agua-forte pelo oleo de linhaça.

Alas eu prefiro vêl-o nessa tarefa de saneamento social e d'aqui o applaudo e apoio sinceramente, como

De V. Ex." amigo e admirador confesso,

CAMILO C. BLASCO.

Á volta das "FOLHAS CAÍDAS

APANHADAS NA LAMA,,

Inesgotável Camillo! Por mais que d'clle se diga e escreva, mais ainda fica por dizer e escrever.

Como homem ou como escriptor, em qualquer das modalidades do seu temperamento e do seu espirito exccpcionaes, sempre se encontra uma coisa nova. O numero de producções litterarias que acerca d elle ou que inspiradas pela sua obra teem sido dadas á estampa, só teem a excedei o por ora ás que o génio de Camões inspirou.

E o que ha ainda a fazer para o seu estudo completo . Por mim, cinjo-me a um ou outro devaneio bibliographico, que

me não tem dado pouco que fazer e de que não pretendo sair. Não querendo, pois, ir alem do meu assumpto, limitar-me-hei

n'este artigo —visto a honra que me foi conferida de collaborar n este nu- mero do centenário do nascimento de Camillo -a extrahir dos aponta- mentos que estou colligindo para uma reedição da Bibliopvaphia Lamil- liana o que diz respeito ás tolheis caídas apanhadas na lama.

#

* #

Data de i8i>4 a primeira edição d'esta brochura de Camillo Cas- tello Branco e até agora, lyiS, ainda se não publicou segunda.

Isto vem cm corroboração d uma ideia que nutro ha muito e que só a pessoas intimas ou amigas me tenho atrevido a communicar, receoso de que ella vá em contradicção ao pensar ou ao sentir da maio- ria ; mas, emfim, digam o que disserem e mesmo quando contradictores, se adregar de apparecerem, queiram convencer-me do contrario, até pro- va abonatoria do seu modo de vêr, cu mantcnho-me_ na minha: é que Camillo, com o seu génio e o seu colossal talento, não conseguiu ainda tornar-se um escriptor popular.' Camillo é um escriptor de elite, que, até hoje, pode dizer-se sem rebuço, só pelas creaturas de tal ou qual educação litteraria ou artística, é verdadeiramente lido, apreciado e admi- rado. " _

D um modo eoncreto, pois, se pode e deve aflirmar que o publi- co, o grande publico, ainda não entrou bem no conhecimento da altissi-

Á volta das "Folhas ca id as apanhadas na lama,,

ma intellectualidade de Camillo, que, torno a dizer, só o escol da grey portuguesa sabe e pode avaliar.

O que vaie, como consolação, e' o saber-se que Camillo nunca aspirou á popularidade e sabia bem quanto esta valia.

Elie proprio, escrevendo a tal respeito, manifesta a sua opinião acerca da popularidade dos verdadeiros artistas n'um dos seus interes- santes artigos Goethe aos escriptores—que depois incluiu no volume coisas leres e pesadas:

«Popular! Ninguém se magoe de o não ser. Mozart e Raphael nunca o foram. Não me comparo a esses nomes sublimes; mas tudo que e' grande e illustrado pertence exclusivamente á minoria. A minoria representa a razão para; a minoria e' o symbolo do turbilhão, da paixão, da irracionalidade...»

l)a irracionalidade... Parece exaggerado; mas não passa de ser o complemento da aftirmativa anterior: a minoria representa a ra\ão pura...

Revertamos ao ponto: Certo e que de alguns dos romances do grande escriptor se teem

feito repetidas edições, pois que, pelo seu enredo amoroso e pela sensi- bilidade que revelam, as mulheres principalmente os procuram com alvo- roço, avultando entre elles o "Amor de Perdição que conta perto de cin- coenta edições-(ao tempo da morte de Camillo apenas haviam sido pu- blicadas seis)—e sobre o qual muita lagrima tem sido derramada; mas, abstraindo os romances, da maioria dos seus outros livros, bem diminu- to foi o numero d'aqueles que, até 1890, tivesse sido estampada mais de uma edição, cuja tiragem, aliás, raro attingiria mil exemplares.

E, sem receio de desmentido, posso apontal-os ao exame dos leitores. Até á data do desapparecimento do gigante da prosa portuguê- za, só havia sido publicada uma edição de cada uma das seguintes pro- ducções:

Ao anoitecer da vida (1874), Carrasco de Didfor Hugo José qAIvos (1872), Caveira da Martyr (187?), O Clero e o sr. 'Alexandre Herculano (185o), Correspondência Epistolar (1874), Curso de li t ter a- tura (187(1), Esboços de apreciações hIterarias (1865), Folhas caídas apanhadas na lama (tX.õq), Lucta de gigantes (i863), •Mosaico e sylva de curiosidades (1868), No Dom Jesus do HUnite (1864), Noites de inso- mnia (1874), Novellas do "Níinho (187D-1877), O Olho de vidro (18Õ6), Quatro horas innocentes (1872),'Revelações (1832), 7"heatro comico (1870), Virtudes antigas (j8(>8), Visconde de Òuguella (1873), etc.

E não quiz eu avolumar esta relação, pois que não incluí n'ella producções de Camillo posteriores a 1880, visto não ser para admirar que em dez annos (1880-1890), se não tivesse ainda esgotado uma pri-

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

meira edição de qualquer d'ellas, como sejam a Bohemia do Espirito, oA Bra\ileira de Trains, os Delidos da mocidade, os Seroens de S. é"Miguel de Seide e muitos outros que o verdadeiro camillista não precisa de que lhe sejam citados.

Devo ainda dizer cm abono da minha asserção que de muitos dos próprios romances de Camillo, se havia nova edição, rôra isso devi- do á iniciativa de Pedro Correia, que um anno antes da morte do Mes- tre, havia encetado a publicação da collecção das suas obras, collecção oue em i8y3 attingira q3 volumes, apesar de se acharem ainda em poder dos primitivos editores ou dos seus successores, exemplares em abundân- cia das primeiras edições; tenho isso tão presente, como se fòra hoje. Posso citaralgumas das quaes fòra Pedro Correia quem publicara a 2.a edi- ção, como o leitor verificará pela seguinte lista:

cAnnos de prosa (i .* ed. de 1863, 2.* de 189o), Bruxa do Mon- te Cordova (1861-1891), Demonio do Ouro (1873-1892), Esqueleto (18(35- i88(»), Estrellas propicias (1863-1890), Filha do regicida (1875 1890), O Judeu (1866-1893), Lucta de gigantes (1865-1893), lJ{egicida ( 1874-18()o), O sangue (1868-1890), O santo da montanha (1866-1891), O senhor do Paço de Ainães (1867-1889), Vinte horas de liteira (1864-1890), etc.

Mas ainda de algumas das brochuras supracitadas, de que á da- ta da tragedia de Seide havia sido impressa uma só edição, bastantes ha hoje ainda, passados 35 annos sobre o suicidío de Camillo, de que con- tinua a conhecer-se apenas essa 1.* edição.

Mencionarei varias: Ao anoitecer da vida (1874, isto e', ha 5i annos); Curso de lit ter atura portuguesa (1876, ha 49 anos); Echos humo- rísticos do SMinho (1880, ha 4.3 annos); Folhas cahidas apanhadas na la- ma, (objecto d esta variação camilliana); Noites de insomnia (1874, ha 3i annos); Nostalgias, (1888, ha 37 annos); Revelações (1802, ha 74 annos (!); Seroens de S. Riguel de Seide (1885, lia 40 annos); í 'isconde de Ouguel- la (1873, ha 52 annos).

Em vista, pois, do que acabo de expor, haverá ainda quem, com conhecimento de causa, se atreva a dizer que Camillo é um escriptor po- pular ?

Não estará assim explicado o desapego, mais, o desamor com que o povo portuguez se tem desinteressado da ideia do monumento a Camillo, não concorrendo, como seria seu dever, a engrossara verba ne- cessária para ser levada a efleito essa consagração ?

Assim, forçoso é dizer, que para tal se conseguir, foi preciso recorrer a um estratagema, em que a admiração extrema por Camillo e pela sua obra, não foi o único e verdadeiro móbil.

— 12 —

A volta ilas "Folhas caídas apanhadas na lama,,

E comtudo já não é limitado o numero de homens de ligitimo valor que ao estudo do Mestre e á propaganda da sua obra formidável se teem devotado; dos mortos, que me occorra. ha a citar os nomes au- reolados de Vieira de Castro, Silva Pinto, Thomaz Ribeiro, Fialho de Almeida, Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão, Theophilo Braga, Maxi- miano de Lemos; dos felizmente vivos, em primeiro logar — á tout sei- gneur tout honneur—Alberto Pimentel; e logo a seguir, Ricardo Jorge, Antonio Cabral, Dias da Costa, Custodio Jose' Vieira, Xavier Barbosa, Visconde de Villa-Moura, Paulo Freire, Ludovico de Menezes, Sergio de Castro, Oldemiro Cesar, Paulo Osorio e tantos outros e da pleiade mais brilhante dos escriptores portuguezes contemporâneos; todos eles teem trabalhado afincamente para romper o espesso nevoeiro de gélida inditle- rença que circunda a memoria do inegualavel prosador.

E n'estes devaneios me tenho ido alongando do scopo em que tinha o fito ao encetar o presente artigo.

Queria eu referir-me ás Folhas cahidas, apanhadas na lama, de que só ha a edição de 1854.

Vá de explicar a razão do titulo. Em 1833 apparecia em Lisboa, sem nome de auctor, um livro

de versos intitulado Folhas cahidas. Como digo, não trazia o livro o nome do auctor, mas dentro em pouco, corria elle de bocca em bocca era o de Garrett--e, na Lisboa d'aqueles tempos, o facto do s£u appa- recimento, que hoje passaria quasi despercebido, causou um escândalo enorme, facto que mais tarde havia de repetjr-se com Camillo, mas n'uma retumbancia ainda mais atroadora.

O pequeno volume, de apenas 112 paginas, que n'este momento tenho presente sobre a minha meza de trabalho, apresentava-se dedicado a Ignoto Deo—Garrett diria com mais propriedade talvez Ignota Olea que era nem mais nem menos que uma senhora casada pertencente á melhor sociedade da epocha, senhora por quem Garrett, que já não era novo, mas que tinha a eterna mocidade do talento, se apaixonara doida- mente, sendo correspondido n'essa paixão.

Tal foi a sensação produzida, que dentro de poucos dias o livro desappareceu por completo do mercado.

De Lisboa prolongou-se o escândalo ao paiz inteiro c não tardou muito que não começassem a surgir parodias e satiras ás Folhas cahidas.

Uma delias, que nunca vi, mas de que Gomes de Amorim dá conta no seu largo estudo sobre Garrett, intitulava-se Folhas e cascas. Foi outra as Folhas cahidas apanhadas a dente e publicadas em nome da moralidade, por Amaro Mendes Gaveta, collaborador do 'Palito Mé- trico—Lisboa Typ. de J. J. A. Silva, 1854, 8.° peq. de 3i pags.

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

Este Amaro Mendes Gaveta era Pedro Diniz, o erudito do li- vro Das ordens religiosas em Portugal, impresso n'aquella mesma typo- graphia de J. J. A. Silva no anno anterior de i853.

E digo este Amaro Mendes Gaveta, porque, sob o mesmo pseu- donvmo, escreveram igualmente mais dois escriptores portuguezes, am- bos iIlustres e ambos contemporâneos de Garrett e de Camillo. Cm foi o dr. Antonio Manuel da Cunha Belem, que com esse pseudonvmo deu á luz o opusculo—com que interveio na celebrada Questão Coimbrã— O mau senso e o mau gosto, Lisboa, 1866. (3 outro era o grande João de Lemos, que também sob o mesmo pseudonvmo publicou em 1881 na Figueira da Foz, o folheto Os arro-aes, considerações relativas à cultu- ra do arro-.

As Folhas cabidas apanhadas a dente tiveram nova edição no Porto, em 1855, com o titulo assim modificado: As folhas cabidas apa- nhadas a dente e pescadas no Porto. Publicadas em nome da moralida- de, por Amaro Mendes Gaveta, antigo collaborador do «Palito Métrico». Porto, em casa de F. G. da Fonseca—editor Rua das Hortas n.os 02 e i53, i855. Preço 80 reis. Op. in-8.° peq. de 24 pags.

Houve quem attribuisse a Camillo a auctoria de tal opusculo. Parece-me que depois dos esclarecimentos supra-exarados, ficará desfei- to o equivoco.

Foi porem antes d'esta edição (1835) e não sei mesmo se antes da primeira (i854) que appareceu no Porto (hic) o opusculo Folhas cabi- das apanhadas na lama por um antigo juiz das almas de Campanhan, e socio actual da Assembleia portuense, com exercício no Palheiro. Obra de quatro vinténs e de muita instrucção. Porto: Typographia de F. G. da Fonseca, Rua das Hortas, n.0' i5> e 153 — 18r»_j.. Op. in-8.° peq. de 62 pags. numeradas, duas inns, anunciando a próxima apparição ao cele- be Bico de gaç, e uma em branco.

Mas não ficou por aqui a publicação de folhetos e parodias á producção de Garrett, pois que, ainda no anno de 18^4, e sem duvida de- pois de estampadas as Folhas cabidas apanhadas na lama, nos surge a Vespa do 'Parnaso! Collecção de poesias lisongeiras por um mordomo das almas de Campanhã, que vem de collarinhos tezos metter a falia ao bucho ao seu Juiz, author das «Folhas cahidas». Obra de too rs., e que vale bem um pataco, por ser muito instructiva, e de grande proveito pa- ra quem não sabe ler.—Porto: Typographia de J. A. de Freitas Junior, Rua das Flores, n.os 25o a 253,— i85q. Op. in-8.° peq. de Ò2 pags.

Houve também quem se lembrasse de attribuir este opusculo a Camillo; porém o verdadeiro auctor d'elle foi o seu amigo e poeta No- vaes, do que não pode restar a menor duvida, pois que as poesias que o constituem vieram depois reproduzidas nas Novas Poesias de Faustino Xavier de Novaes, precedidas d'um juizo critico de Camillo Castello Branco, publicadas no Porto pelo editor Ernesto Chardron em 1881.

- 14 —

A volta das "Folhas caídas apanhadas na lama„

Ora as Folhas caliidas apanhadas na lama essas é que são da auctoriade Camillo e é elle mesmo quem involuntariamente (?) o confes- sa no Cancioneiro alegre, ao analysar a poesia faceta de um Vlnonymo, que e elle proprio Camillo (pags. 87 e 88 do vol. i.° da 2.a edição).

As Folhas caliidas apanhadas na lama tinham por especial in- tuito bater pela troça o meio burguez a que pertencia o primeiro marido de Anna Plácido, claro que sem lhe dirigir ataque algum directo ou pes- soal. Este procedimente trouxe-lhe muitos amargos de bocca, como se viu mais tarde em i860, por occasião do seu escandaloso processo.

Pela elucidação e analyse de contexto d'esse opusculo, pode o leitor recorrer a dois interessantes livros do grande camillista e meu ve- lho e querido amigo Alberto Pimentel: tf um d'elles O romance do ro- mancista (pags. 222 e seguintes da t.a edição, ou 184 a 186 da 2.a); o outro é o Torturado de Seide, pags. 14 e seguintes, onde o insigne es- criptor explica o que era o Dropp, esse engenho a que nas Folhas cabi- das apanhadas na lama Camillo consagra uma das suas satyras.

*

# *

O meu intuito, ao traçar essa longa maçada que ahi fica, foi, além de satisfazer um amavel convite para collaborar n'este numero commemorative do centenário camilliano, salientar—como velho admira- dor que sou de Camillo, admiração que já tem muitos cabellos brancos pois que conta mais de cincoenta annos—foi salientar, repito, quanto a educação geral dos meus patrícios está ainda longe de attingir, não digo já a perfeição, mas aquella elevação litteraria que devia conduzil-os a ler e apreciar toda a obra de tão legitima e inscontestavel gloria portugueza, que é Camillo.

Custa a crer que ívuma população que conta alguns milhões de almas, passados mais de 70 anuas sobre a primeira edição, se não haja ainda publicado segunda de uma obrinha, que marca uma das mais inte- ressantes e mais características feições da primeira phase litteraria do formidável escriptor.

Lisboa—Março de it)2Õ.

Henrique Marques

Camilo e o caso òo Major Quillinan 0

E' bem conhecido o episódio passado em Londres, em i883, em que Luis de Quillinan, bacharel em direito e major do nosso exér- cito, tomou uma nobre atitude perante ofensas graves á Pátria.

Um parlamentar britânico, Jacob Bright, falando na sua câmara, disse algumas insolências a respeito de Portugal, a propósito dum tra- tado, então em negociações, sobre limites e navegação do Zaire.

Quillinan, adido á legação portuguesa, escreveu ao inglês uma violenta carta, desafiando-o para duelo.

Conhecido o caso em Portugal, o nome de Luis Quillinan foi aclamado em todo o pais. O major recebeu mensagens, bilhetes, cartas e telegramas de felicitação e os jornais falaram largamente do seu feito; mas ao lado do entusiasmo patriótico com que era celebrado o seu acto, apareceu logo, como é de uso, a especulação mercantil.

Formou-se logo um sindicato, para editar um livro de homena- gem, em que se publicassem todos os documentos que o major recebera dos seus compatriotas que, cheios de sinceridade e não pensando que estavam dando elementos para uma exploração, o saudavam como pala- dino da Honra nacional.

Mas o livro não ficaria bem sem um prefácio e logo os empre- sários se lembraram de Camilo.

Convidaram-no e Camilo respondeu do modo seguinte:

Ex.m° Snr. Sympathíso grandemente com o procedimento individual c cavalheiroso do ma-

jor de Quillinan; mas não me conformo com as manifestações collectivas da exaltação portuguesa por tal acto.

isto denota a pequenez da nossa terra, e confirma o juizo que lá fôra se forma de nis—juizo assente nas exposições que os nossos periódicos estão todos os dias fa- zendo á Europa das nossas próprias misérias. Se os jornaes estão a cada passo con- clamando qite Portugal ê um paiz perdido, sem vergonha, sem estadistas, sem credito, coin que direito nos queixamos de que nos insultem t?

E, de mais, José Estevão, por causa da questão Charles et Georges, insultou a França em pleno parlamento; um deputado uma vez na cantara disse que Patmcrston era um chefe de ladroens.

A Inglaterra e a França não tomaram conhecimento de taes ajfrontas; e se o não fizeram, decerto não foi por medo. Assim procedem os paizes grandes; ao passo que nós, ú mingua da força que é o esteio da justiça, fazemos alarde do nosso civismo em tclegrammas e provavelmente em assembléas ruidosas de methaphoras para no dia seguinte continuarmos a ridicularisar este pobre paiz nos nossos jornaes e nas nossas desavensas facciosas.

Tal i o motivo que dou a V. Ex.° para não poder associar-me ás estereís ova- ções que ahi se projectam ao pundonoroso desforço de Luiz de Quillinan.

S. Miguel de Seide De V. Ex.' 14-4-83 Cr.' obrig.' e adm.or

C. CASTELO BRANCO

— 16 —

0 0 Lvu> "{5L& &$****

{a» 11 f- % a C4J&. V -

CAMILLO CASTELLO BRANCO (Fotografia offerecida no verão de 1888, na Povoa de Varzim,

ao Barão da Ribeira de Pena)

MANOEL THIMOTEO PACHECO DE VALLADARES Governador da Ilha de S. Miguel

Camilo e o caso do Major Quillinan

Km virtude da recusa de Camilo, constante desta notável carta, tam cheia de verdades, os homens dirigiram-se ao sr. Jose Caldas, que também não se prestou a servi-los.

O erudito escritor lembrou-se de prevenir Camilo e imediata- mente lhe escreveu contando o caso, para que se acautelasse. Camilo respondeu lhe assim:

Meu presado amigo

Mandei estonar dous vergueiros de carvalho cerquinho, entreguci-os a dois crcados de uma cana so, e logo que por aqui se abeirem os dois malandros serão devi- damente recebidos O calote preparava sc para mim; e eu, por um palpite inconsciente, declinei o bote que foi ferir V. Ex.*. Realmente o tal Quillinan anda ajoujado a um par de pulhas de alto la com elles! Vi-o no Bom Jesus ladeado desses pelintras c de mais ninguém. Parece pois que o Bryght conhecia o paladino.

Do seu mt.° do c.

C. CASTELLO BRANCO

Ksta carta foi publicada pelo seu ilustre destinatário no livro Finte cartas de Ca/Mt/oIf precedida de algumas páginas em que o sr. José Caldas faz a história do caso e diz que Camilo se recusou ao convite alegando falta de saúde.

Como se vè pela outra carta, não foi assim. Camilo não usou desse cómodo expediente, mas deu, sem dislarces, as razões que tinha para não colaborar na homenagem.

As duas cartas completam-se e por isso me pareceu interessante reproduzi-las conjuntamente, tanto mais que, se a segunda é bem conhe- cida, pois o sr. José Caldas a publicou em 1923, no citado livro, o mes- mo não pode dizer-se da primeira, que suponho desconhecida da maioria dos que se interessam por cousas camilianas.

Ku só há pouco tempo a conheci, quando na colecção do meu amigo Luis ferreira Lima encontrei um recorte do jornal Campeão do Let lies, de Viana do Castelo, em que ela foi publicada logo a seguir à morte de Camilo, acompanhada dum artigo de J. B. da Silva, pessoa a quem foi dirigida.

Por fim, depois da recusa de Camilo e da do sr. José Caldas, sempre apareceu um prefaciador para o livro que foi editado no Pôrto, em 1SX4, com este titulo: A Patria a f.tti~ de Quillinan. Foi Afonso Taveira Cardoso, de quem apenas sei que era médico.

Aqui deixo arquivados esses dois curiosos documentos relativos a um caso pouco conhecido da vida literária de Camilo, correspondendo assim ao gentil convite que de patrícios meus recebi para colaborar nesta publicação com que na nossa Figueira se comemora o centenário ca- miliano.

Monte Agudo, 1925. Júlio Dias da Costa

— »7 —

"1CUAÍÍ (jouttjo £* Q CUAMIS -Cj n " /KJ? SS4

Uma opinião de Camillo

Alguns sujeitos que commigo conversam coisas de litteratura, teem chamado minha attenção para a affirmativa camillesca pendente da mis- siva a Ernesto Chardron, que inclusa se divulga a pags. SO do vol. 2.° da raccolta preciosa do Sr. Cardoso Martha, na qual se lê:

"Não lhe prometto que sejam boas fas páginas solicitadas por Chardron) porque admiro pouquíssimo o poeta (Camões) e não sei asso- prar a bexiga da admiração convencional».

D'este modo, o génio de Camões, que tem provocado assombros de paiz em paiz e de geração em geração, nenhuma impressão teria produ- zido no engenho de Camillo!

Acode o Sr. Martha a annotar esta phrase, ensaiando isentar da culpa o novelista, natural achando que elle assim pensasse, quando sabe- mos de anomalias semelhantes em homens de génio, como Tolstoi, que ne- nhuma admiração professava por Shakspeare e Wagner.

ZT certo. A musica, por ex., mesmo a dos mais palmeados com- positores, nenhuma influencia tinha em Hugo. Mas não são o caso de Camillo os de Hugo e Tolstoi. Camillo admirava Camões e d'isso miúdas provas exhibiu em todos os seus livros, citando-o bastas vezes. Aqui lhe encomia as passagens e episódios mais bellos; acolá o alcandora acima da sua época no Curso de Littrratura Portugueza. Um dos mais sentidos es- criptos phantasia ou realidade—que se imprimiram durante o centenário camoniano, foi O maicr amigo de Camões, da auctoria de Camillo-

Porquê, então, aquella phrase apparentemente depreciativa ? Por- que Camillo queria, como ahi se diz, fazer render seu peixe e leVar Char- dron ao desembolso de mais uns mil reis em troca d'um prefacio (por- que d'um prefacio ao poema Camões de Garrett se tratava) que se sacri- ficaria a escrever. Já em principiando a epistola elle prepara seu campo, confidenciando que tem recebido convites de vários empreiteiros de publi- cações camonianas—como quem diz que, si não paga bem, ha mais quem queira, si paga, será elle Chardron o preferido. E foi, realmente, o pre- ferido, porque foi, provavelmente, quem pagou mais generoso, si é que Camilo outras sollicitações teria.

Aqui está, em minha opinião, a determinante da celebre phrase, determinante que illibar deve o pintor incomparável das Novellas do Minno.

Bahia, p.« Manuel Ferreira Magro Dia de Reis

1925.

— l8 -

.A PROPOSITO

D'UMA ESPADA

(A' memoria de João Corrêa Botelho Castello Branco, sobrinho de Camilo, meu querido condiscípulo e amigo.)

Aproveitando inteligentemente, como valioso núcleo inicial, os objectos darte ornamental recem-enviados á Exposição de Londres—o governo portuguez, ao tempo da presidência de Rodrigues Sampaio e tendo na gerencia da pasta das Obras Publicas, Commercio e Industria, Hintze Ribeiro—promoveu, sob o alto patrocínio d El Rey Dom Luiz I, a realização da celebre «Kxposição Retrospectiva» que resultou, apesar de mil detficiencias e senões, o mais brilhante certamen do genero que se tem realisado no nosso paiz. O decreto de 22 de Junho de 1881 deu- Ihe existência legal e, no mesmo dia, outros diplomas officiaes escolhiam os membros da «Comissão Central Directora» recrutados entre o escol intellectual da epocha c determinavam que assumisse a sua presidência a competência insigne do Senhor Dom Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, o svmpathico e benemerito Re\ Artista.

Suas Magcstades Catholicas, visitando a Corte Portugueza, tive- ram ensejo de assistir á inauguração desse riquíssimo inventario do pas- sado artístico do povo portuguez, desde as mais recuadas edades da sua historia ate aos fins do galante e frivolo século XVIII—inventario a custo raccoltado entre os escassos e minguados restos do opulentíssimo espo- lio dos tempos idos, que a iconoclastica selvageria anti-tradiccionalista de algumas décadas de liberalismo dizimou—destruindo ás cegas, vendendo a preços Vis, abastardando com revoltante inépcia, tudo cm honra e preito dam modernismo incomprehensivel.

Ora n uma das sallas do Museu Nacional em que se installou a Exposição—na sala K-sob n.° G~t—foi exposta pelo Dr. Manuel Thimo- teo de Andrade Valladares c Aguiar, filho dos i.os Barões da Ribeira de Pena e residente n'essa epocha no Porto, uma curiosa e riquíssima espa- da que attrahiu sobremaneira as attenções dos amadores e que mereceu a Camillo um interesse muito especial, como veremos. Transcrevamos fielmente o que acerca d esse exemplar, tão artístico quanto valioso, nos diz o «Catalogo Illustrado da Exposição Retrospectiva de Arte Or- namental»—Lisboa. Impr. Nac. 1882, no vol. I (Texto)—a pag. 102 in fine e it|3:

«Espada com punho e copos d'oiro, com variados lavores de bustos, trophéus e «outros desenhos; é cravejada de muitas pedras, chrysolitas. granadas, etc. Tem na folha «a data de 1660 e de um lado a inscripção: VIVA D. JOÁO DE AUSTRIA, e do outro

— io —

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

«VIVA D. JOÃO DE BRAGANÇA. A bainha é de velludo carmesim no terço central e •de oiro nos outros dois terços, sendo o superior guarnecido com pedras iguaes as do pu- onho e copos. D'esta espada apenas se sabe que foi dada de presente a Manoel Iimo- •theo Valladares, antigo governador de uma província da India e do Brazil, e pae da «Sr.* baroneza da Ribeira de Pena.»

Manuel Thimoteo Pacheco de Valladares Souza Martins e Aguiar, possuidor que foi d'esta formosa espada e pae da i .a Baroneza da Ribei- ra de Pena, nasceu aos 18 de Janeiro de i~63 na illustre Casa do Cabo de Pensaives concelho de Yilla-Pouca d'Aguiar, sendo filho segundo de Francisco Martins de Aguiar, Capitão-Mór do mesmo concelho, Cavallet- ro Professo na Ordem de Christo e senhor do opulento morgado de Nossa Senhora do Rozario de Pensalves e de sua mulher D. Angela Maria Pa- checo de Valladares Vieyra e Sylva, natural da nobre Casa de Senra de Baixo em Ribeira de Pena. Militou com distincção na India e no Brazil, onde governou Minas Geraes, sendo simples capitão de cavallaria; loi Ca- valleiro Professo na ordem de S- Bento de Aviz; teve a apresentação do officio de Escrivão dos Orphãos no concelho da sua naturalidade (carta- regia de q de março de i8iqj e desempenhou varias comissões de impor- tância, entre as quaes a do governo, durante alguns annos, da Ilha de S. Miguel nos Açores, vindo a fallecer em i de novembro de 1820, na sua quinta das Bollas, junto a Vidago, no posto de Tenente-Coronel dos va- lentes Dragões de Chaves.

A origem da curiosa espada que elle trouxe da índia, onde em Cevlão casualmente lhe fora offertada por um parente do celebre D. João d'Austria, Principe de Candia, acerca do qual tão doutamento escreveu Souza Viterbo nos vols. II (pag. q58) e III (pag. .04) do Archivo Histó- rico Portuguez—constitue um interessante episodio que tencionamos tor- nar em breve conhecido por lhe dedicarmos um capitulo especial no vo- lume de investigações históricas que temos prestes a entrar 110 prelo.

# # #

Não nos consta que Camillo visitasse a Exposição de Arte Or- namental e pelo que nos diz o snr. Conselheiro Antonio Cabral a pag. 214 e 21D do seu aCamillo Desconhecido», no Cap. «A \ ida de Camillo anno a anno» —somos levados a crer firmemente que a tal se não aba- lançou, devido ao torturante aggravamento dos seus males physicos e ás extenuantes amarguras moraes que, n essa epocha, o obsediavam. E mes- mo tal convicção claramente deriva do texto da correspondência a que nos vamos referir. O que é certo, porem, e que a Seide chegou a no- ticia da existência da espada de Manuel 1 himoteo de ^ alladares, sem

— 20 —

Portal armoriado da Casa do Barrozo em Bragadas, que inspirou a Camillo a Historia d'uma Porta

.

. • * ' ' '• .

- L ' . .

A propositi d'uma espada

duvida levada pelo Catalogo divulgador da Exposição e, desde logo, Ca- millo notou e distinguiu entre muitos centenares de objectos de subido valor, quer intrínseco, quer artístico, essa velha joia de família dos Mor- gados de Pensalves. E' que ella vinha inesperadamente evocar, mais uma vez, os deleitosos dias descuidados que, pelos frescos vergeis de Riba-Tamega, Elie passara quarenta annos antes e que tão indelevel e duradouramente influíram não só na sua accidentada vida mas, ainda e sobretudo, na gigantesca Obra que creou e fez viver para gloria da Litte- ratura Portugueza.

Sem duvida que, ante o seu já ennevoado olhar, se desenrolou de novo, saudoza e nitidamente, todo aquelle largo scenario, severo, agreste, mas tocado de remançosa e quasi que idyllica suavidade, mixto de ingente grandeza e de virgitiana e rural doçura, onde Elie tão viva- mente amara e estudara, rira o seu melhor riso e ao deleve soffrera du- ros males, por sua pouca edade,—scenario esse que lhe suggerira, desde largos annos, com pasmosa e flagrante minúcia de detalhe, múltiplas jóias inestimáveis, desde o Lubisliontem (i85o), pelo Santo da Montanha (1872) até á impeccavel Alaria Alo)~se's (1876)—que serão perpétuos e altivos pa- drões de justa glorificação a essa tão linda, quanto ignorada Ribeira de Pe- na, heráldica terra de velhos solares e frescas devczas murmurantes. E pen- sou o grande Mestre em ajuntar mais uma límpida pérola ás que, com amoroso e commovido enlevo, engastara já na sua Obra monumental— como occulto e irresistível preito ás vivas recordações que, sob um pre- tenso veu de esquecida indilferença, guardava em seu espirito com reli- giosa emoção. Certamente levado por essa idea, a 1 r d esse longínquo Março de 1882, escreveu ao 2.0 Barão da Ribeira de Pena, dr. Francisco Xavier Pacheco d'Andrade e Almeida de Yalladares e Aguiar, seu velho amigo de muitos annos que, na afamada aula da Granja-Yelha principiava a soletrar em 1842 o seu modesto Eutropio, quando Camillo já traduzia com destra segurança as Odes de Horácio e os Annaes de Tito Livio, versando a latinidade diflicil na classe derradeira do austero Padre-Mes- tre da Lixa a seguinte carta:

Ulmo Fxmo

Tenciono escrever para a Chronica Illustrada de Lisboa um artigo á cerca da espada que se vê na exposição de arte or- namental e pertenceu aos avós de V Fxa. Necessito saber se o avó de T Kxa, o sfír '•"Manoel Tliimoteo era filho de Filippe de I alladares que foi general em Farde* em ij5i e governa- dor da India em e bem assim que possessão da índia ou do Bra\il governou o sfir NI. Tliimoteo. No Portugal antigo e moderno leio que elle se chamava SM. T. de l alladares Sousa Martins. Tenho duvida q.'° aos dois apellidos sublinhados. Não

A Figueira, a Camilo, 110 seu Centenário

seria antes Souto Mayor? 'Poderá V Exa dar-me os nomes de seus avós maternos desde Manoel de Valladares Fieira, que foi casar a Ribra de P. até rManoel Theotonio? Nos meus nobiliá- rios, q. são antigos, nada encontro alem de João de I 'allada- res, Jilln d'aquelle ^Mel de Valladares, q■ casou duas ve~es, e foi senhor da qta do Miradouro pelo >° calami0. Esta qta é em 7(. de Penna?

Peço os meus respeitos para a Exma Senhora Baronesa.

C de V Exa

Quinta de S. Miguel Se Seide, 11/3/82.

De V Exa

affectuoso cr0 e T*"

CAMILLO CASTELLO BRANCO

O Barão da Ribeira de Pena, muito embora nunca se tivesse dedicado a estudos genealógicos, era um espirito intelligente e culto e facilmente, com gostosa solicitude, forneceu ao romancista alguns dados, recolhidos no copioso cartorio de família da nossa Casa Solar de Santa Marinha, indo até á fundação (i-^qo) da Capella de São Luiz, vinculo dos Valladares, nos Claustros da Collegiada da Oliveira em Guimarães e á instituição (1564) da Casa de Senra de Baixo e respectivo Morgadio de St.0 Antonio da Trezena, onde casou, com D. Maria Corrêa de Souza de Meyrelles e Andrade, aquelle Manoel de Valladares Vieyra, citado por Camillo na carta transcripta, nosso 7.0 avô, e que fez com brilhante valor todas as campanhas da Restauração, desde 1641 a 1668, sendo Mestre de Campo do Exercito, Governador de Montalegre e da Praça de Sal- vaterra na Galliza, que ajudou a tomar aos hespanhoes, Fidalgo da Casa Real, cavalleiro, com promessa de Commenda, na ordem de Christo, etc... P'ste «esforçado Cabo de guerra», como lhe chama um documento da epocha, prendeu a attenção do grande escriptor, que se apaixonara pelo assumpto, como á saciedade o demonstra a assiaua e interessantís- sima correspondência que, durante mezes, trocou com o Barão da Ribeira de Pena chegando a enviar a este titular, para lhe servir de confronto e guia com os apontamentos que colligira a seu pedido, uma resumida re- senha genealógica que, começando em Sebastião Gonçalves de Valladares, fidalgo vimaranense do sec. XV, descendente dos de seu appelido, tra- ctados no Nobiliário do Conde Dom Pedro, vem n'uma bem deduzida sequencia até ao alludido Mestre de Campo Manoel de Valladares Viey- ra—resenha essa que conservamos inédita e autographa do proprio punho do grande escritor. O que nem este, nem o Barão da Ribeira de Pena, conseguiram identificar foi a mysteriosa Quinta do Miradouro em que falia a carta que publicamos—e que propositadamente escolhemos para

A propositi) d'uma espada

este fim por versar exclusivamente um assumpto de mero character litte- rario, pois que quazi todas as outras que possuímos, muito embora ao mesmo assumpto se retiram, tèm longas passagens em que Camilío dá largas á sua magua pela loucura irremediável de seu filho Jorge, pelos desatinos de Nuno Castello Branco e pela «siij infer mid.* sempre cres- cente»—como Elie proprio escreveu—notas estas de character tão intimo

ue, no nosso intransigente modo de ver a tal respeito, ninguém tem o ireito de assoalhar e commentar ao sabor do seu critério pessoal ou de

interesses d'ordem rasteiramente material. Mas voltemos á ignorada propriedade do Miradouro. Fomos

nós mais felizes do que aquelles que em 1882 pretenderam fixar a loca- lisação da Quinta que Camilo diz (e com verdade) ter advindo á posse de Manoel de Valladares Vieyra pelo seu 2.0 casamento. Não foi em Ribeira de Rena que a descobrimos, mas sim no concelho de Guimarães, na freguezia de São Miguel de Creixomil, relativamente proximo de Sei- de, d'onde baldadamente Camillo se esforçava por a descobrir. Alli fez Manoel de Valladares Vieyra e foi devidamente approvado, no anno de 1681, o seu testamento cerrado, que possuímos, e pelo qual se vi que tendo fallecido sua t.a mulher 1). Maria Correa de Sousa de Mey relies e Andrade, Senhora da Casa de Senra de Baixo, aos 28 de Novembro de i63q, passara em 1669 a segtndas núpcias com a Senhora da Quinta do Miradouro, 1). Angela de Azeredo filha herdeira de Paulo da Silva e de D. Anna de Azeredo, da qual não houve geração, motivo por que aquella propriedade não persistiu na Casa dos Valladares.

* # #

O nascimento da t.a Baroneza da Ribeira de Pena, ocorrido em românticas circunstancias em 7 de Fevereiro de 1807, na Casa de Senra de Baixo, chrismada por Camillo em Quinta de Santa Eulalia, suggeriu ao fecundo romancista a traça primitiva da sua «Maria Movses». Na carta que publicamos lá se descobre claramente a evidencia dà nossa aftirma- ção, reparando-se que Elie insensivelmente desliza a chamar a Manoel Thimoteo—Manoel Theotonio—porque, porventura, lhe servira para idear aquelle pittoresco Dr. Theotonio de Valladares, padrinho da engei- tada á tiòr das aguas do Tamega e salva da morte pelo ti' Francisco Bragadas, moleiro e caseiro dos fidalgos de Santa Eulalia. Bragadas!... O nome do serrano povoado a cavalleiro do Tamega onde se desenrola a tessitura da «Historia d'uma Porta# que tem fundo de verdade e que o escriptor ennobreceu com sua opulenta phantasia, transformando o ele- gante mas singelo portal armoriado da Casa do Barrozo, d'aquella al-

-

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

dèa, no maravilhoso mimo dc architectura que nos offerece no seu conto de tão flagrante e vivida realidade.

Km Ribeira de Pena toda — nas suas brazonadas mansões multi-seculares; nas humildes povoações escuras e fumosas, aconchega- das nas dobras acolhedoras dos fundos córregos rumorosos de rápidos ribeiros; nas doces fontes desfiando seu escasso e refrigerante fio, sob a copa hierática dos altos vergontes de afuselado castanho; no cantante som dos velhos sinos, descendo de suas egrejas, que viram Camillo esco- lar, dançando á desgarrada nas rondas de ropia e basojia pelos arraiaes ardentes do Agosto serrano,* nas quelhas de breume e na encruzilhada do Matto; na Granja, em V iel la, em Sobrado-Velho, onde viveu; no pateo senhorial dos Penhas em que se requebrou com hilariantes momos nos «autos» celebres, do espirituoso João Teixeira de Barros, fidalgo de Fontes, desempenhando a primor o papel de Velho paparréta e apaixonado; na propria paysagem e no mesmo ar que a envolve e ba- nha, translúcido, leve, vivificante, sob a concha puríssima de azul-anil d um ceu lidimamente portuguez-em Ribeira de Pena toda, por serra e valle, de les a les, palpita e vibra, quasi desconhecida, cheia de um iné- dito encanto imprevisto, uma larga e curiosa pagina da vida tão deso- lante, tão profundamente amargurada do Mestre insigne cujo centenário homenageamos.

Figuera da Foz, 7-III-icjaS.

Francisco Canavarro de Valladarhs (Ribeira de Pena)

— 24 —

Uma variante de Camilo

Km 1890, veio a lume, postumamente, segundo creio, um livro de versos de Camilo. Intitula-se Nas trevas—Sonetos sentimentais e humo- rísticos, c saira das oticinas da livraria editora de lavares Cardoso & Irmão, f), Largo do Camões, Lisboa.

A páginas 33 deste voluminho, inscreve-se o soneto VII, Velhos problemas sagrados, que e como segue:

Pergunta-se á divina Providencia Que segredos são estes do Destino ? Ha vidas triumphaes: parecem hymno Sem nota de penosa intercadencia.

Mimosas em regalos d'opulência, Não soffrem o revez d'um desatino; Se o buscam, acham sempre o Velocino Sem medo que naufrage a consciência

Outros vão sobre espinhos arrastados Pela mão da Virtude, acorrentados Aos preceitos sanctissimos do Eterno!

Quem deu d infamia vida tão folgada ? Quem dilacera a honra? E' Deus ou Nada? Responde, Excelso auctor do meu inferno!

K' bem de Camilo, èste soneto, pelo ar de descrença na Providen- cia Divina, que parece premiar os malandros e infelicitar os probos, pelo amaríssimo fel que transsuda daqueles catorze versos.

Não foi, porem, a que o leitor acaba de ler, a primeira molda, gem do soneto.

Este verão passado, folheando, numa quinta das cercanias de Coimbra o album que um velho amigo herdara duma sua tia e madrinha, senhora que pertenceu á melhor camada portuense de ha quarenta anos, deparou-se-me este soneto:

% Pergunta

Perguntei d Divina Providencia: Que porvir me reserva inda o Destino? Ha vidas triumphaes; parecem hymno Sem notas de penosa intercadencia.

— 23 —

A Figueira, a Camilo, no sea Centenário

Ha vidas em regalos d'opulência Sem soffrer o revez d'um desatino; Conquistam o difícil Vellocino Sem receio da voz da consciência.

Outros vão sobre espinhos arrastados Pela mão da virtude acorrentados Aos preceitos santíssimos do Eterno.

Quem á infamia foros de honra deu ? A Providencia não responde... O Ceu Fica tão longe e é tão perto o inferno!

—Eu já li em qualquer parte este soneto de Camilo! exclamei, chamando a atenção do amigo.

—E' possível, replicou èle molemente, dizendo por dizer. Eu é que me tiquei a remoer o caso; pedi licença para copiar o

soneto e logo que cheguei a Coimbra, fui-me a rebuscar livros de versos de Camilo. Postos de parte os da época romântica, percorri os da última fase e facilimamente encontrei o primeiro dos sonetos no livro indicado.

Daqui se infere que, se Camilo era admiravelmente expontâneo na realização da sua prosa, o verso trabaihava-o èle com amor de perfei- ção, ainda que desta vez se me afigure preferível o fecho que primeiro dera ao soneto,

Esquecia-me dizer que este deve datar de 1881, porque são des- te ano tanto uma poesia de Maria Carlota (?) que precede os versos de Camilo, como quatro linhas de prosa de J. Carlos I opes que lhe sucedem. J. Carlos Lapes é o nome do primoroso contista que se escondeu sob o pseudónimo literário de Pedro Ivo.

Tâaamar.

DAS TENDÊNCIAS CAMILIANAS

Camilo, figura máxima da nossa literatura, repisou persistente- mente, intencionalniente, certo assunto que com atenção analisado, deixa aperceber uma vaga finalidade de revolta.

Acusam-no de abusar da personagem lôrpa do labroste simpló- rio que volta rico e cheio de pose.

Certos, não viram... Zurzindo sem dó o brasileiro ricalhaço, advindo de Santa Cruz

com as aljabas tingidas de pintos, falando ridiculamente, pretenciosamete com o sotaque carioca, e exteriorisando sempre, ao chegar, suas inten- ções amorudas— Camilo deu as primeiras machadadas no palanque po- dre, onde a sociedade rica se estava exibindo.

Dai, talvez, o primeiro passo para a transformação da fácies moral da família portugueza, dai, talvez, o magno motivo, porque, a pro- pósito da sua estatua, se sentiu sempre o peso de uma obstrucção mis- teriosa, de uma descrença que se adivinha, mas se não entrenta...

Mas, não resta duvida a certos. Esvurma-se ainda um sediço ódio á memoria do grande escritor:

a sua geração já passou, jáz quasi em cinzas no eterno estágio das se- pulturas, mas o cáustico ficou sólido como um monumento e, se contor- ceu a burguesia censurável do passado, como aue calunia ainda os filhos das personagens vergastadas pelo seu látego de colosso torturado pelos desgostos e pelas injustiças do meio burguez.

Porem èle, caminhando impávido e independente, mais agitava a temerosa áspide da sua ironia.

Camilo toi, é certo, um crucificado do sofrimento. Todavia o grande escritor devia ter sentido a hora de um inti-

mo regosijo, manejando o escalpelo da sua verve contundente, estripan- do os buboes de certos a supurar ridículo e nauseabundo pús.

Zurziu os maus na razão directa do seu poder e do seu fausto.

#

• *

F.m verdade, a sua obra não representou, apenas, uma simples transformação; representou rpais: uma agitação superior e calma, uma revolução silenciosa e forte. Ele procurou com firmeza colocar certo nu- mero de creaturas no logar devido, mostra-las como eram, crivar-lhes o prestigio com os zaga lotes da sua análise, corroendo a pretensão dum grosso grupo de ricalnaços impudentes que imaginavam poder comprar o talento a dinheiro de contado com o acrescente da espórtula de corre- tagem.

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

Ocultando algumas das suas personagens com a masca ri lha de nomes fantásticos apontou indivíduos da sua época, pessoas conhecidas, factos conhecidos, onde o ridículo se ajustava como castigo tardo.

Na sua obra surpreendente ha muito de produto da sua imagi- nação; mas abundam as descrições de passos, de gentes e locais que arredam duvidas dos espíritos de que Camilo seria um génio mais crea- dor do que analista.

Ha tragédia e lágrimas, emoção e sangue na série, inultrapas- sada em Portugal, dos seus volumes; mas, existe nela superabundante o sorriso cáustico que rebentou tanta rã cheia de vento, reprimiu tanto de- sejo inconfessável e aniquilou os estranhos e soberbos ímpetos do oiro ridicularisado.

Moliere amalgamando a comédia com a tragédia e atirando-lhes a flux o seu talento, a sua fantasia castigou certas castas da sociedade do tempo em que viveu; Zola analisou os podres de ricos e pobres em águas-fortes admiráveis, insuflando na escumalha o desejo de vida e de vingança; Rochefort abalou o poder da política e dos políticos, provando a incompatibilidade do povo com os títeres da nobreza e da finança; Eça e Ramalho nas Farpas com a sua mordacidade, trouxeram a terreno mui- tas gloriolas manchadas; depois, Fialho zurziu com segurança muito pe- dante estúpido...

Alas, Camilo foi maior por que tentou desde mais distante épo- ca machucar o despotismo e sorrir das castas — e assim conseguiu que a arca do peito da sociedade portuguesa se elevasse num austo mais amplo e respirasse, dentro em pouco, mais livremente.

Ministros, nobres, conselheiros e outros que o não eram, mas pretendiam crachás e veneras, sangrou-os o seu acicate aguçado.

K a sociedade, rindo da cáfila, se não cavalgou logo sobre ela, poz-lhe pela primeira vez o pé no estribo.

Essa atitude, naturalmente, grangeou-lhe um ódio que não fa- tiga. Ha-de extinguir-se quando esta geração se extinguir, por que como legítima herança, ele transmitiu-se de pais a filhos. Esse ódio que não se patenteia, circula-lhes nas veias, nos próprios glóbulos sanguinios.

E' por êsse motivo, já adivinhado por alguns, que eu vejo a consagração póstuma de Camilo — a consagração condigna — muito lon- ge deste ano santo de iq'2?, c]ue será santíssimo — mas que, para a me- mória de Camilo, não será ainda o ano de completa justiça.

Ainda hoje a sua memória paga as tendências iconoclastas de seu espirito.

M. Duarte Lopes.

Capela de São Gonçalo de Freume

Camilo, a sua vida e a sua obra

A meu vêr, uni dos aspectos mais curiosos e mais impres-

sionantes da obra de Camilo é o que essa obra tem de comum com

a vida do grande romancista. Dir-se hia que em cada página pal-

pita o seu coração, estremece a sua alma. A obra de Camilo, antes

mesmo de ser o documemto admirável duma época, é a síntese fla-

grante da fisionomia moral que caracterizou o seu autor. Para adivinhar, para surpreender bem o que há de confuso, de contra-

ditório, de humano em todas as suas páginas — bastará recordar

a vida tumultuosa do autor de A Brazileira de Prazins e do Amor

de Perdição. Em cada um dos seus livros há o farrapo glorioso duma reminiscência pessoal, ora alegre ora triste, ora sombria

ora irónica, mas sempre viva e sempre penetrante. Poder-se-hia

dizer que a vida de Camilo foi o mais sentido de todos os seus ro-

mances e, se Camilo não nos quis contar a todos a sua vida (que

obra admirável de dôr e de sarcasmo!) deixou-nos nas páginas

dos seus livros os elementos para a reconstituirmos, quási traço

a traço, com as suas tristezas, com os seus desalentos, com as

suas paixões. A maioria dos seus personagens são auto-bíograf ias.

A maioria dos casos contados nos seus romances tiveram o gran-

de escritor por intérprete e por actor. Em cada página da sua

obra há um «momento» da sua vida. E ainda agora, ao escrever

estas linhas, cu penso que se Camilo não tem sido o «desgraça-

do" que sempre foi em toda a sua vida—só Deus sabe se nós te-

ríamos motivos para agradecer-lhe, hoje, as lágrimas que êle nos

tem feito chorar. ..

Luís d'Olivcira Guimarães 25 Fev. 925.

— 29 -

Ivendo Camilo

Louvado seja èste acaso, que me deu, para companhia das mi- nhas horas abafadas, na isolação destes campos palustres, com taboleiros de arrozais e vòos de cegonhas, meia dúzia de livros de Camilo, esque- cidos numa estante velha, ninho de traças e de caruncho!

Mãos antigas os folhearam, cm horas naufragadas no sorvedoiro do tempo, ate' que de novo os chamei a um convívio de enternecimento, que me punha em intimidade com esse passado distante.

A leitura déles ajustava-se bem a esse ambiente espiritual de recolhido amor e evocação.

Tarde e mal eu conhecera Camilo, Que por esta confissão—poenite me!—os devotos do Mestre me

não expulsem, como a um profano, do seu templo! Por outras veredas me levaram com rumo incerto, sugestões e

tendências desencontradas do espirito, sequência, ou, porventura, desor- dem de leituras, entusiasmos de ocasião e ainda essa lebre que se aquece na ânsia de tudo querermos dilucidar e abranger.

Esse acaso, que arredara Camilo do meu trilho, mo fez agora topar, despercebido, no pó do abandono, que eu sacudira desses livros velhos, para distrair as minhas horas. K, durante rápidos dias, engolfci- me naquele vortilhão de sarcasmos e de tragedias.

E Camilo desvela va-se aos meus olhos como um deus antigo desencadcador de tempestades, ao mesmo tempo casquinando o riso es- carninho que lhe mereciam as mise'rias cómicas do Homem.

O vocabulário do nosso Povo, as recônditas fontes da nossa língua, deram-lhe a expressão policromada, que se ajusta, precisa, a cada emoção, a tinta própria e preferida para pincelar os seus quadros.

Ele, que, tanto no âmago penetrara da alma-pátria, desentra- nhara dela o tesouro da nossa linguagem—copiosa riqueza para encher, a desbordar, os nossos elucidários.

Rematei, por agora, a minha leitura de Camilo, com essa ma- ravilha de sentimento e de engenho descritivo, que é o delicioso conto Maria Moysés-

Lá fóra cai a noite. Das sombras confusas da baixa, sobre que esta casa se debruça,

sobe até aqui o marulhar das águas correndo para os arrozais, entre choupos e salgueiros; e esta treva e êste ruído, cortando o silencio que envolve as coisas, acorda em mim a lembrança do dilacerante quadro de Josefa da Lage, de mãos enclavinhadas numa frança de salgueiro, em- quanto foge na corrente a canastra que lhe leva a filha.

— 3o —

Lenào Camilo

Os quadros de Camilo, neste conto, teem contrastes de claros e escuros, como uma água-forte de Rembrandt. Usou para estes scena- rios os mesmos pincéis e as mesmas tintas com que pintou as almas e as paixões.

De resto, pelo menos nos livros que eu li agora, e nos que an- teriormente conhecia, o scenario e, para Camilo, apenas um acessório de- corativo. Os seus dramas são todos interiores.

A paisagem aparece nos livros de Camilo quando precisa dela para movimentar as suas figuras, é o fundo onde se projecta a vasta som- bra das suas almas em luta.

Camilo foi um desvairado nas suas paixões, na sua obra, na sua vida e na sua morte. Foi um turbilhão, que se despenhou no suicídio.

Maior que a tragédia dos seus romances, só a tragédia da sua alma e maior que a cegueira dos seus olhos, so a cegueira da sua razão.

Ele, que descera tanto ao fundo da alma numana, não conse- guira escrever o livro da sua dòr. Porque a sua dòr foi maior do que tudo.

Lances désses dramas tenebrosos, vividos entre as quatro pare- des do escritório de Seide, com a sua cegueira, junto do ti lho doido e da mulher que èle amou até á loucura, e que aborreceu até ao ódio, fremem em muitas das suas cartas intimas, nalgumas das mais desfibradas laudas dos seus escritos. O resto, licou por escrever... e nem podia escrever-se.

E tudo isto engrandece para nós a obra de Camilo, em que èle se crucificou. Ele está ali, pregado a ela, por mãos e pés.

Escreveu para combater, escreveu para comer, escreveu por despique, por necessidade espiritual, por desagravo pessoal e alheio... Escreveu, escreveu sempre;—e os seus livros ajoujaram estantes. Mais de duzentos volumes!

Falta-lhe, é certo, o equilíbrio, a unidade de síntese, um plano de generalização, que tem, por exemplo, a obra de Balzac.

Mas, se tivesse sido Balzac... não teria sido Camilo!

Soure, Quinta da Capa-Rôta Agosto de 923 Santiago Prezado

~s

- 3t

O THEATRO DE CAMILLO NA FIGUEIRA

Como é sabido o prodigioso génio litterario de Camillo manifes- tou-se também em varias obras de theatro e na verdade se o dramaturgo não eguala o romancista, contudo algumas das siias peças, principalmen- te as que ferem a nota cómica, foram recebidas com manifesto agrado, conservando-se algumas delas no reportorio.

A primeire peça de Camilo que nos consta ter subido á scena na figueira, foi o Morgado de Fafe em Lisboa, farça engraçadissima cujo protagonista foi creação soberba do grande actor João Anastácio Rosa (pai dos ilustres artistas João e Augusto Rosa, que tão brilhantemente lhe seguiram as pisadas) e aqui foi representada em setembro de 1870, por uma companhia dramatica dirigida pelo actor João Wolkar.

Ksta companhia exibiu-se no velho theatro Natalense, vasto ca- sarão da Rua de Santo Antonio transformada em desguarnecida sala de espectáculos, que tinha substituído o antigo theatro do Paço, estabeleci- do nos baixos d aquelle edifício, e que um incêndio destruirá. (')

A companhia de João Wolkar conservou-se na f igueira durante toda a época balnear de 1870, dando muitos espectáculos.

Muito mais tarde, bastantes annos depois, o Morgado de Fafe loi representado no theatro Principe D. Carlos, sendo o principal papel desempenhado pelo ilustre actor ferreira da Silva.

A comedia O assassino de Macário qne pela primeira vez foi re- presentada no theatro Pincipe Real do Porto, em Março de i885, foi es- crita por Camillo para a festa artística do seu particular amigo o illustre actor Dias, nosso conterrâneo, e por elle desempenhado c por José Ricar- do, Belmira Sanginetti e Carmen Ruiz.

Em setembre do mesmo anno foi a comedia representada 110 nosso Theatro Principe pelos mesmos actores, sendo acolhida com gran- de aplauso, e repetida em vários espectáculos.

Annos volvidos e morto já o Dias, seu inimitável protagonista, foi de novo a comedia aqui representada por um grupo de artistas de que faziam parte, entre outros, Joaquim d'Almeida, Cardoso Calvão, Julia Monis, etc.

A peça foi publicada pela primeira vez no Porto, em 188G, acom- panhada dum retrato do actor Dias, trazendo a designação de tradução livre de Camillo Castello cfí anco, mas, ao que parece é ella mais uma imitação do que a simples tradução duma peça franceza.

A farça o Lubis-homem, publicada por Alberto Pimentel annos

No local onde existiu o Natalense, encontra-se hoje a casa de ensaios e o thea- trinho da filarmónica Figueirense.

Desenho inédito de Alfredo CANDIDO

A sombra pk Camilo: —Parece que ouvi barulho aí fora... Mariana (do Amor de Perdição): -Era eu,"meu senhor! Vinha

em nome dos personagens que criou, oferecer-lhe a coroa do nosso martírio...

» ——

O lhe air o de Camillo na Figueira

depois da morte de Camillo, foi aqui representada por um grupo de ama- dores 110 theatro Parque, em Novembro de iyi(>. Tem igualmente sido representada por vezes na Figueira por amadores a comedia Entre ajlauta e a viola.

1). Joã; da Camara, a primoroso comediografo que enriqueceu o theatro português com obras de tão raro e delicado lavor, extraiu do mais celebre dos romances de Camillo, o Amor de Perdição, uma peça em que foram aproveitados com grande felicidade os lances mais empol- gantes da emocionante narrativa. Acolhida desde logo pelo publico com assignalado favor, tem a peça tido um grande numero de representações nos principaes tueatros, tendo sido aqui também representada muitas ve- zes por diferentes companhias dramaticas.

Ahi rica a breve resenha das obras do Mestre que teem subido á scena em palcos figueirenses.

Pedro Fernandes Thomás

Camilo

O seu poder descritivo, assombroso de intensidade evocatoria na objectivação de um quadro ou de uma scena, pcrmitc-lhe pequenas telas, sur le vij, espantosas de nitidez, mas sem horizontes. O suplicio da marqueza de Távora e' uma maravilha na concisão patética da pince- lada. A morte do lobo é um quadro de mestre. Nas Novelas do Minho h i toques de côr inexcediveis. Mas Camilo, sobretudo e acima de tudo, estranho pintor de almas, isola o drama humano do Universo: não vê a montanha, a frescura dos rios, as arvores que scismam, o vôo da ave, e o mar; este, com a sua amplidão e o seu mistério, enerva-o como a Ju- les Yallês. Esta incomunicacão com o mundo explica a calcinada aridez da sua amargura, o que de lugubre no seu desespero e no seu fastio in- tercadentes, que uma ponta de sonho não atira para longe... esta in- diferença do homem pelas coisas não emprestará razao de ser ao dito junqueiriano de que Camilo é um espanhol, um espanhol do planalto castelhano, batido de ventanias inclementes e de soalheiras ressicantes, onde, no tão gráfico dizer de Gautier, é necessário varrer o leito dos rios para que não cresça neles a poeira ?

(Excerto inédito) Bourbon e Menezes

— 33 -

Uma carta de Camillo

a D. Pedro II Imperador do Brazil

Entendo que sobre a personalidade de Camillo, sem embargo a mais complexa do nosso século XIX litterário, pouco ou nada ha acres- centar ao que está dito que nos habilite a encarar o Mestre e a sua obra sob uma modalidade inteiramente nova. Penas mais auctorisadas, algu- mas das quaes sofrendo-lhe as influencias nas relações pessoaes e littera- rias que com ele frequentaram, o teem trasido á ribalta da nossa admi- ração, o teem focado, com maior e menor verdade, nos seus múltiplos aspectos de poeta, de philologo, de historiographo, de archeologo, de dra- maturgo, de critico, de polemista, de romancista. Porque tudo isto ele foi, —esse extraordinário vulto, sem precedentes nas letras patrias, cujo cente- nário agora se pretende condignamente celebrar. Embora sem a unidade de perfeição que resulta das predilecções accentuadas do seu espirito para determinados estudos, em tudo isto elle foi grande, em toda a sua Obra reformadora palpita e vibra, a imprimir o seu cunho pessoal ao pormenor typico mais insignificante, a sciencia erudita e mascula do seu génio intui- tivo—esse extranho e malaventurado génio que foi o vertice convergente de toda uma tara dancestralidades hereditárias successivamente mal de- finidas, e ás quaes elle estava destinado, por fim, a ser victima inocente imolada.

Pena e, triste e confessa-lo, que alguns d'esscs camilianistas fu- riosos—para os quaes ousamos propor á douta Academia de Sciencias a instituição d'um premio constante do vermífugo mais violento de elfeitos rápidos e seguros; penae, dizíamos, que esses camilarislas sem escrúpulos, se permittam dissecar, revolver miseravelmente, trazendo ao soalheiro da publicidade e com manifestos intuitos de mercantilismo espectaculoso, as- pectos Íntimos da personalidade exclusivamente pessoal do Morto insigne, como se fosse essa e não a do Artista, tão somente, honra e lustre de todos nós que falamos a lingua que elle depurou e enriqueceu, a que nos interessásse e á historia que lhe regista o nome com as palmas da imor- talidade! Como se independentemente d isso, para expiação de possíveis culpas, erros e desvayros da tumultuosa mocidade do polemista fundibu- láno, do critico sagaz e esclarecidissimo, do prosador milionário —que e, quanto a nós, onde fulgem as melhores gemas do seu talento—lhe não sobejassem os infortúnios de toda a sorte que desde o berço, a par e passo, vida em fóra o açoitaram, como um látego de maldição, e que ain- da nos últimos annos da existência, exacerbados pela agonia da cegueira,

-34-

Uma caria de Camillo a D. Pedro II Imperador do Brazil

lhe flagelaram o melhor do seu acrisolado amor de pae e o seu coração romântico d apaixonado incorrigível!

E' de notar, que a essa mesma existência afreimada e aventu- rosa, interceptada por ephemeras clareiras de felicidade (essas mesmas como o sol d'inverno: enganosas) deve Camillo, em grande parte, no des- dobramento que de si operava a cada período em seus romances, a ma- teria d'estes e a soberba e variada galeria de tvpos que nos são hoje fa- miliares e aos quaes transmitiu, intacta, toda aquella gamma de senti- mentos humanos que elle proprio experimentou e viveu com uma intensi- dade brutal, verdadeiramente shakspeareana.

A carta que transcrevemos, photographando nitidamente um es- tado d'alma dos mais delicados, devia ter sido escrita em meados de De- zembro de 89, e destinar-se-hia a 1). Pedro de Alcantara (ambas as coisas alli são omissas) quando o bondoso e culto Bragança, logo após a pro- clamação das actuaes instituições no Brazil, se veiu acolher, proscripto, á terra hospitaleira dos seus maiores. I ma vês em Lisboa, onde Camillo procurava na sciencia alívios que lhe não assistiam, 1). Pedro, que man- tinha cordiaes relações com os maiores valores representativos da men- talidade e sciencia contemporâneas, teria manifestado o desejo de repetir a visita que 18 anos antes (2 de Março de 72) fizera, no Porto, ao auctor do Eusébio — «em condições relativamente felizes» como este recorda, sensível á distinção do ex-imperador, de quem dizia «ser um soberano tão sábio que chegava a vestir-se como um poeta pobre», nesta carta, que o Mestre possivelmente se abstivera de fazer chegar ao seu destino f1) e em que pedia delicada e respeitosamente escusa de tamanha honra. Em condições relativamente felizes para elle, Camillo, e para o régio artista exilado—que dois annos depois vinha a expirar em Paris, longe do seu Brazil bem amado.

No manuscripto a que venho de reportar-me, penosamente gara- tujado, com emendas sobrepostas, ê evidente a consumpção aterradora e a cegueira quasi total de Camillo —essa cegueira desapiedada e cruel que o levou pouco depois, n'uma suprema revolta, a fixar o ultimo capi- tulo d'uma vida sombria em que o Destino parece haver medido o Talen- to pela Desgraça e a Morte pela Gloria!

Figueira— 14 Março 925 MauIO AZENHA

Meu* Senhor

A risita de fossa Magestade, na dolorosa situação em que me encontro, seria para os meus cruéis padecimentos uma

(i) A visita repetiu-se na quinta Val-ie-Pereira, onde Camillo ao tempo se encom trava, em 21 de Dezembro de 89.

— 35 —

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

exacerbação. Alem das nevralgias que me forçam a gritar, es- tou febril, cego e surdo. Xão queira vossa Magestade presenciar este horrendo espectáculo. Rogo pois, meu Senhor, que neste acerbo lance não repita a honra que me fe\ no Porto em condi- ções relativamente felizes e tão saudosas para mim. Hontem re- cebi da Suécia a versão do meu romance Amor de Perdição. Permita-me vossa Ex." (V Magestade que lha ofereça. Prova- velmente c vossa Magestade o único interprete qiie esse livro terá em Portugal. Vejo (') as mãos de Vossa Magestade, com o mais profundo respeito, e entranhada veneração.

Cf.. (»)

NOTAS-(I) A palavra Ex.a está cariada por dois traças c emendada para Majestade- (2) É manifesta a troca do B pelo V.-(3) Na parte correspondente á assignatnra a custo se divisa a inicial C. seguida duni rabisco que vagamente esboça um a.

UM DESCONHECIDO TRADUTOR

DE CAMILO

Na preciosa Revista bibliográfica camiliana de Manuel dos Santos, encontram-se indicações bibliográficas acerca dos livros de Ca- milo traduzidos emEspanha por Fernandes de los Rios, Pedro Blanco Suarez e F3nrique Amado; na Italia por Daniele Rubbi e Luizi Zucaro e na Suécia por Johan Vizing. Porem não veem ali indicadas nenhumas tra- duções feitas em França.

Temos, porém, conhecimento da existência de algumas, que, in- felizmente, se conservam ainda inéditas.

São elas devidas ao falecido escritor Henri Faure, tradutor de várias obras de Garrett, Herculano, Pinheiro Chagas, Castro Freire, Gomes Leal, Albino Forjaz de Sampaio, D. Ana de Castro Osorio, etc.

D'uma nota autobiográfica enviada por èle ao nosso amigo Mar- quês de Faria, transcrevemos a lista das suas traduções camilianas: «I.a Famille SMacarie et le Bourbier (Eusébio Macario e A Corja) deux ro- mans de moeurs, signalés parl autcur lui-mème au tiaducteur; eMonsicui- de Fafe d Lisbonne, comédie en deux actes et I.e dernier acte, drame cn un acte.»

O manuscrito original da tradução da ultima composição dra- mática pertence ao sr. Marquês de Faria que, cavalheirosamente, o cedeu

— 3G —

Um desconhecido traductor de Camillo

á Comissão do Centenário de Camilo, para ser por ela publicada com um prefacio nosso; os manuscritos das outras traduções ignoramos onde param

Achamos curioso transcrever alguns períodos que precedem a referida tradução: «Disciple de Garrett et de Balzac, emule de Zola, Ca- millo Castello Branco á eté en Portugal, Fapôtre populaire du romantis- me. Joignant 1'exemple á la theorie, il a tout mene de front, la poésie et le theatre, le roman et 1'histoire, il égale Walter Scott et Alexandre Du- mas pere pour la fécondité: sans parler d'une foulé d'articles dissemines dans dilíerents recueils, il n'a pas fait imprimer moins de cent-cinquante ouvrages!»

Seria interessante saber que relações teria havido entre os dois escritores; porém no livro Camillo homenageado, o escriptor da graça e da beleza, Famalicão, 1921, não se depara nenhuma carta de Henri Faure para Camilo e apenas se conclue, pela inspecção do Catalogo da preciosa livraria do eminente escriptor Camillo Castello Branco, Lisboa, /<?<'S3, ali reproduzido, que o grande romancista possuía um exemplar da versão francesa, daquele escritor, do poema (Limões de Garrett.

Algumas, porém, teria havido, segundo parece concluir-se das palavras de Henri Faure, acima transcritas, a propósito das suas tradu- ções.

Ainda numa carta de i3 de Novembro de 1899, dirigida ao sr. Marquês de Faria, lêem-se estas palavras: «J'ai aussi envoyé au Corres- pondant un drame de Camillo Castello Branco (le 5.e acte)» que não sa- bemos a que drama se referem.

Devemos acrescentar ainda que, na edição de Camões, de Gar- rett, que saiu em 1880. com um prefacio de Camilo vem uma poesia de Henri Faure, dedicada a Camões, sob o título L'appel à la posterité.

His as notas que conseguimos obter deste desconhecido tradu- tor de Camilo.

Hf.xriquf. de Campos Ferreira de LIMA

%

-37-

Os

na vida. e obra de Camilo

(Excerptos inéditos d.-um. livro em preparação)

Ac velho amigo e colega Pedro Fernandes Tomás.

A leitura dos trabalhos interessantíssimos de Maximiano de Le- mos e Jorge Faria «Camilo e os Médicos» (') e os «Criminosos e Degene- Pôrto, 1920. rados em Camilo» (a) despertaram-nos a curiosidade de conhecer o que o genial romancista pensou e escreveu acerca dos professores.

Essa curiosidade serviu-nos de agradável pretexto para relermos mais uma vez tòda a obra do insigne escritor e assim verificamos que, se a ironia de Camilo, impiedosa e irreverente, não poupou por vezes al- guns professores, em muitas passagens das suas obras êles são tratados com verdadeira simpatia. Camilo manifesta ate por aqueles que foram seus mestres uma grande veneração, reconhecendo mesmo que, se pouco proveito tirou dos seus ensinamentos, isso foi porque n inca passou dum estudante vulgar, para não dizer medíocre.

Na primeira parte deste modesto trabalho indicámos os profes- sores de ensino primário, secundário e superior a que se referiu Camilo, na segunda os professores e mestres que encontramos na vasta e riquís- sima galeria de tipos creados e descritos pelo maior e mais fecundo de todos os prosadores portuguezes do século passado.

Estudo sem pretensões, simples trabalho de compilação, o seu valor-se algum valor tcm--é, o de arquivar e condensar, em meia dúzia de páginas, notas interessantes e dispersas relativas ao mesmo assunto.

Um dos mais pitorescos professores primários de que nos fala Camilo é nada menos do que descendente de 33 monarcas,—António Manuel d'Antas de Vasconcelos e Castro,—o autor dum curioso manus- crito que o nosso romancista comprou por oito tostões, em Braga, na li- vraria que foi do P.e Fortunato.

professores

(1)—Maximiano de Lemos— Camilo e os médicos. Comp.a Portugueza editora, (2)—Jorge Faria—Criminosos c Degenerações cm Camilo. Esboceto duma ca-

miliana criminal. Imp." Académica—Coimbra—1910.

Os professores na vida e obra de Camillo

Esse manuscrito intitula-se Apparato Genealógica de Antônio rManuel d' • lutas de ]rasconcelos e (lastro, «Alestre Escola d^egio, e 'Professor d'cArtimeiica e Arismetica, Gramalica, e X, conforme o mesmo autor escreve na Escuminhão com que encerra o seu estravagan- te trabalho.

António Manuel nasceu em i3 de Junho de 1794 e era filho de Joaquim Caetano d'Antas de Vasconcelos Castro de Goes Rego de Bar- bosa da Cunha e de I). Maria Joaquina Teixeira da Costa.

Apezar da sua elevada estirpe, nasceu, viveu c morreu pobre. Os seus contemporâneos e discípulos afirmavam, porem, que Antonio Manuel «vivia conformado com a miséria, como homem de bem e honra- do de vez.»

«Como qualquer simples mortal que não tivesse cincoenta e tres monarcas na sua família, António Manuel,—diz Camilo—atamancava mal sua vida, era a meúdo palpado pelo mão adunca da miséria, e, para ne- nhuma entreaberta de esperança lhe sorrir, os filhos nasciam-lhe aos pares.

Veríssimo e José nasceram juntos; Escolástica e Helena tam- bém. Não sei se é lapso do historiador de seus infortúnios, se realidade: o certo é dizer èle que sua filha Helena nasceu em 11 de Dezembro de 1820 e morreu em Setembro do mesmo ano! Se isto não é equivoco, não pode ir mais longe a origem da desgraça de uma família! morrerem as meninas antes de terem nascido.»

O artigo de Camilo em que se fala do pobre professor, intitula- do «O Parente de cincoenta e ires monarcas», foi publicado primeira- mente no «Brinde aos Senhores Assignantes do Diário de Noticias» em 1867 (o Iff da sére XXXV, págs. 83 a 97) e mais tarde incluído no volu- me «Coisas leves e pesadas» ().

O nosso amigo António da Gosta Leão fè-lo publicar em folhe- tins no Diário de Noticias (3o de Abril e 1 de Maio de 1924) dos quais tirou uma separata acrescida de elucidativa nota bibliográliica (2).

Outro professor universitário vergastado impiedosamente por Camilo foi o dr. Adrião Pereira Forjaz de Sampaio.

Quem era èste professor, di-lo o nosso colega M. Cardoso Mar- ta, a pag. 7 do II vol. das «Cartas de Camilo» (s).

A razão por que Camilo zurziu o l)r. Adrião traduz-se bem pe- la leitura da carta que o brilhante escritor lhe dirigiu em 19 de Março de 1862 justificando a regeição do diploma de sócio honorário do Institu- .

(1)—1867—pag. 167 a 186 _ (2)—Vid. Também António Cabral. Camilo desconhecido, pag. 361-362.

Cartas de Camilo Castelo Branco. Colecção, prefácio e notas de M. Car- doso Marta—II—Heitor Antunes. Rio de Janeiro—1923.

— 39 -

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

to de Coimbra, pelo facto de terem aparecido nada menos de cinco favas pretas na votação da respectiva proposta.

Esta carta é um verdadeiro modelo de ironia e de bom humor, Um esplêndido pedaço de prosa desopilante que se lê com bastante agrado (').

Ate o mestre-escola tão satirizado e tão injustamente coberto de ridículo no tempo em que viveu Camilo ê poupado pelas suas ironias contundentes. Considera-o por vezes modelo de virtudes, como aquele bondoso João Veríssimo Vieira d 'O Demónio do Ouro, que recolhe e perfilha o pobrezinho Manuel, filho da Carlota Courelas, que morrera tí- sica e abandonada pelo seu sedutor, o trascário padre Bento da Mó.

E' uma figura de grande relevo moral, cheia de abnegação e de inteireza de caracter a desse ignorado professor da Póvoa de Lanhoso, que a verberante imaginação de Camilo nos sabe desenhar como verda- deiro « homem de bem, e suficientemente entendido no seu magistério. »

A contrastar com a modéstia de João S eríssimo, encontrámos n'« A queda dum anjo», uni dos mais engraçados romances da série ca- miliana, a prosápia daquele verboso e interessantíssimo mestre de pri- meiras letras, o sr. Braz Lobato, o antigo donato do convento domini- cano de Vila Real e brioso ex-sargento das milícias de Mirandela « su- jeito que sabia mais história romana do que é permitido a um professor da preciosa e capitalissima sciència de ler, contar e escrever... » (*)

Embora seja uma figura episódica do romance, é delineada com traços de flagrante verdade.

Calixto Eloy de Silos Benevides de Barbuda, o pitoresco mor- gado de Agra de Frcimas, nado ao alvorecer do século XVIII, na aldeia de Caçarelhos, no termo de Miranda, ao escrever à morgada de Travan- cos, D. Teodora de Figueiroa, sua prima e esposa, faz esta apreciação pouco lisongeira acerca de mestre Braz Lobato:

« (Quanto ao mestre-escola e à sua exigência do habito de Chris- to, devo dizer-te que o mestre-escola é um asno. » (s)

M as Calixto Eloy sempre lhe foi fazendo a vontade, para lhe apanhar os votos.

Pudera! O mestre-escola era um influente politico de valia.

Prof. Eloy do Amaral.

(1;—Publicado n'A Revolução de Setembro de 19 de Março de 1862, no Estan- darte Vermelho de 30 de Jan.0 de 1887 e no opúsculo do Dr. T. Mendes Martins: A Fa- culdade de Direito, (Professores t doutrinas.) 1895. O sr. Alberto Sequeira reprodu- ziu-a no íolheto As favas negras. Figueira da Foz, Tip Popular, 1924.

i2)_Camilo. A queda dum anjo, 5.' ed., 1907, pág. 17. p) Ib. pág. 761.

— 40 —

O elemento figueirense

na obra de Camillo e na sua difrusão

Sem pretender entrar em abstractas apreciações de ordem plii- losophica tendentes a aquilatar das influencias do Escriptor sobre o meio ou da acção reflexa do meio sobre a Psvcologia do Escriptor, inadequa- das ao modesto objectivo que me proponho realizar—um breve estudo acerca de possíveis, e muito embora tenues, traços de ligação entre o elemento cultural figueirense e a Obra de Camillo, ou da sua influencia

„ na divulgação da mesma Obra, perniitimo nos comtudo fazer destacar uma afirmação, que se nos afigura com visos de acceiptabilidade. E que consiste em reivindicar para o elemento figueirense nativo ou de ada- ptação, o papel que porventura lhe caiba, quer na parte de investigação preparatória da Obra de Camillo, quer na da sua divulgação. Assim é que Anibal Fernandes Thomaz, Bibliophilo insigne, tão pouco avaro dos seus vastos conhecimentos que larga e generosamente facultava a todos quantos o abordavam, manteve estreitas relações epistolares com Camillo, que muito o considerava, consultava e lhe pedia esclarecimentos sobre

l assumptos bibliographicos, o que claramente se infere deste pequeno tre- cho duma carta publicada no In-^Memoviam de Anibal, e a elle dirigida, na qual se lè: «...Agradeço profundamente as indicações de V.® Ex.% que de muito hão-de valer ás soluções em q. ando empenhado. Deus lhe dê saúde, e a longa \ida necessária p. fazer render em proveito pró- prio, e alheio o seu grande cabedal de conhecimentos».

Ressalta pois, manifestamente que um Elemento figueirense, fornecia ao grande Escriptor Indicações que de muito hão-de valer ás soluções em q. anda empenhado, as quaes necessariamente são soluções de problemas fundamentaes c premonitórios da identificação e caracte- rização de alguns dos personagens, que está prestes a fazer evolucionar e intervir no desempenho dos românticos e empolgantes episódios dos seus bellos livros. Isto, emquanto á possível yifluencia do Elemento f i- gueirense na elaboração da Obra Camiliana.

Passemos agora a analvsar qualquer passagem dos seus Escri- plos em que Camillo se refira á Figueira. E neste ponto, e particular- mente curiosa, a celebre e rija polemica travada com Alexandre da Con- ceição, então residente na f igueira, donde os seus virulentos artigos con- tra Camillo, eram escriptos, e algumas vezes lidos antes da sua publica- ção a uma roda de amigos, como Pedro Fernandes Thomaz, l)r. Jose' Jardim e Antonio Arroio. Passando um rápido exame a esses artigos,

— 41 —

A Figueira, a Camilo, no sea Centenário

publicados na Revista Ribaltas e Gambiarras, facilmente encontramos algumas passagens referentes á Figueira, como por exemplo o artigo de ■i de Abril de 1881 em que Camillo, apreciando o facto de erroneamente ter considerado Trancoso como terra da naturalidade de Alexandre da Conceição, escreve: «Chegaram as Ribaltas áquella Villa archeologica, heráldica, e veneranda como uma Chronica de Fernão Lopes. Os pró- ceres da terra —representantes dos fidalgos que alli moravam—quando o Senhor Rei D. Diniz lá casou com a Senhora Rainha Santa I/.abel—ma- ravilhados de que florescesse na Figueira, de barriga para o ar, na praia, um philosopho seu conterrâneo chamado Conceição...» Por sua vez alli se encontram também artigos de Alexandre da Conceição datadas da Fi- gueira, dentre os quaes mencionaremos um de 3 de fevereiro de 1881, com a seguinte estocada a Camillo: «O Snr. Camillo que e lido em chro- nicas de trades imbecis e em genealogias fidalgas de chronistas seraphi- cos, mette o positivismo a ridículo...»

Postas assim em destaque as relações epistolares de ordem con- sultiva acerca de assumptos bibliographicos com Aníbal, e constatada a existência de referencias á Figueira nos cscriptos de Camillo, cumpre-nos agora apreciar a acção vulgarisadora do Filemento Figueirense, e nesse sentido começaremos por nos referirmos ao seu Theatro que encontrou no conhecido Actor Dias. Figueirense também, o seu melhor interprete, para elle tendo sido coordenada e/n especial a peça «O Assassino de Ma- cário», a que Camillo se refere'duma maneira irónica, numa carta inédita, que por muito curiosa e pittoresca, reproduzimos integralmente:

riieu am.°

Deve estar farto de saber que meu f.° está no Lazareto, onde tem de expiar mais 10 dias, por não fa\er caso de con- selhos.

Vou inutilizar uma pagina do seu album e mandar-lho. São 1 horas da noite. Estou-me estorcendo com horrendas

dores nevrálgicas. Desejo-lhe uma noite de festa e que o Maçario assassinado,

viva muito tempo. Do coração

C. CAS." fí%° (S. Miguel de Seide, em Março de 1885)

Esta carta é caracteristicamente interessante, pelo seu inédito, e pela antagónica vibratilidade do espirito, que a dictou. Fistranha psvcho- logia aquella! Como no seu cerebro, brotam quasi svnchronicamente, dois

O elemento figueirense na obra de Camilo e na sua difusão

pensamentos de sentido tão opposto e de entrechocante contraste! Que anómala sensibilidade a sua, para assim retiectir dum jacto; tres sensa- ções de significado tão diffecente, as horrendas dores nevrálgicas a suavi- dade allectuosa que lhe faz desejar ao seu amigo unia Noite de Festa, depois e sem a menor transição, uma verdadeira solução de continuidade na sua mórbida receptividade sensitiva, durante a qual scintilla relampa- gueia, a graça viva, irónica, a allusão espirituosa ao Macario assassinado. Temos pois claramente demonstrada, a acção divulgadora do Theatro Camilliano por um filho da Figueira, amigo intimo de Camillo, com quem elle se corresponde, e para quem escrevia em especial, peças de Teatro. Iremos agora fazer realçar a notável acção exercida por Kscri- ptores Figueirenses, publicando ou tornando accessivel o conhecimento de Inéditos Camilianos, em jornaes, revistas, e livros e fazendo mesmo reeditar Obras suas. Pedro Fernandes Thomaz, irmão de Anibal, culto escripior, e Firudito figueirense, publicou na «Gazeta da Figueira» em iHijo, uma carta, ate então inédita, dirigida a uma iIlustre Dama Vizien- se, a Viscondessa de S. Caetano, 1). Fiugenia Yizeu, carta esta que mais tarde foi novamente dada á publicidade por Cardoso Martha e deu ori- gem á já celebre polemica acerca de I). Fiugenia Yizeu, no Archivo Lite- rário «de Delphim Guimarães, que por conhecida de sobra, não trans- crevemos. Não limitou porem P. F. Thomaz a sua actividade vulgarisa- dora a esta única publicação, porque magnanimamente facultou os pre- ciosos inéditos Camillianos que possuía e provinham dos archivos de seu irmão Anibal, ao illustre escriptor Visconde de Villa Moura, que delle se utilizou na publicação do seu apreciado livro «Inéditos de Camillo» onde figuram algumas das referidas cartas, e que alli, numa dedicatória a P. F. Thomaz, consigna-o seu agradecimento pela cedência dos auto- graphos.

Cardoso Martha, Figueirense e Camilianista apaixonado, iniciou na Figueira a sua Cruzada Camilliana, coilaborando em jornaes, publi- cando na Revista «Figueira» o seu bello artigo intitulado «A Fadofilia de Camillo», e reeditando «A Murraça». Ima vez em Lisboa, alli conti- nuou na sua terefa de difusão, dando á estampa as suas «Cartas de Ca- millo» de mãos dadas com o editor Heitor Antunes, sendo de considerar a comunidade de esforços dos dois Figueirenses para a feliz realisação de tão louvável emprehendimento. Finalmente a Obra já monumental c admirável de Julio Dias da Costa acerca de Camillo, fazendo sahir os seus «Escriptos», os «Dispersos» c as «Palestras Camillianas»; a acção persistente, intensiva, e talentosa dum grande Figueirense, se deve, por- que Figueirense é J. Dias da Costa também, e do mesmo modo o Dr. Joaquim de Carvalho que tão assignalados serviços já tem prestado ás l.ettras Portuguezas pela sua briihante direcção da Imprensa da 1'niver- sidadde, e que alli se facilitou e preparou a publicação dos «Dispersos».

E' incontroversa, pois a real acção de dilfusão da Obra Cami-

- 43 -

A Figueira, a Camilo, no sea Centenário

liana, exercida no nosso Paiz pelo Elemento Figueirense, resta-nos ago- ra fazer realçar o labor literário e patriótico do eminente Poeta João de Barros, realizando em Bruxelas uma sensacional Conferencia, em que a Obra de Camillo e de outras grandes figuras da I iteratura Nacional fo- ram apresentadas aos estrangeiros, em termos de lhes inspirar com um conhecimento real dos seus méritos literários, a admiração e o desejo de conhecer as suas Obras.

Cremos pois latamente demonstrada, a correlação intima, que nos propuzemos documentar, entre a Obra Camilliana e o Elemento Fi- gueirense, e que» plenamente justifica o entusiástico acolhimento da Ini- ciativa da Celebração do Centenario Camilliano na Figueira, a qual não e de nenhum modo uma manifestação isolada de mero exotismo exhibi- cionista, mas tão somente a resultante directa e consciente, do valioso trabalho intellectual dos escriptores Figueirenses acima citados, que sou- beram crear, pelo seu estudo, e publicações, num meio restricto de Pro- víncia o gosto pela bibliographia Camilliana.

Figueira da Foz, 10 de Março de ií)í5. •T. S. Callado.

CAMILO

O grande romancista é bem o espelho da alma portuguesa, nu- ma época atribulada da sua vida e da sua história. Violento, impulsivo, arrebatado, cedendo abrutamente a uma provocação, quer ela partisse de qualquer beocio escritor de parvónia, quer ela proviesse de nomes literá- rios já feitos e consagrados, Camilo, como o génio deste povo, arremetia furioso para o inimigo, esmiuçava-lhe a personalidade, acachapava-lhe a figura, punha-lhe em foco o riso alvar, escancarava-lhe a boca desdenta- da, e desfazia-o.

Nem sempre era justo e o proprio escritor por mais de uma vez o reconheceu. Feria a torto e a direito, muitas vezes irreflectidamente, pa- ra obdecer a uma inclinação combativa do seu espirito.

Quem o visse brandir a pena como um rijo montante a desbas- tar infiéis, julgaria que o grande romancista era homem de má catadura, um traga mouros inacessível a amizades e a carinhos, na obsecação doen- tia de exterminar tudo e todos.

Pela sua correspondência e pelas noticias que ate' nós trazem os seus íntimos, vê-sc que Camilo para os seus amigos era afavel, correcto, obsequiador, até.

— 4|

Camilo

K' que o leão não admitia que a fauna mais miúda zombasse dele. E realmente cie foi o primeiro do seu tempo.

A sua obra foi anarquicamunte elaborada, como a sua sua vida foi anarquicamente conduzida. Mas cia, arlequinando o riso e fazendo so- luçar a dòr, esmaltando tipos ideiais e atirando para a sargeta do des- prezo caracteres abomináveis ou para o amfiteatro do circo histriões in- conscientes, brilha em cada página, palpita em cada período, porque e o povo português que ali esta fotografado, em suas eminências e declives, em suas estravagancias e loucuras.

M as Camilo, como todos os homens de génift, como Camões, Shakespeare, e tantos outros não foi compreedido no seu tempo. Então o burguez olhava-o com cólera e o intelectual com desconfiança. K o povo, que ele tão bem descreveu em suas paixões e desvarios, ponco se interes- sava por glorias literárias.

È por isso Camilo viveu pobre, trabalhando como um negro, amarrado á pena como a um potro de tortura, no meio da indiferença da gente da sua terra e da exploração de certos livreiros que muito se ali- mentaram do sangue do escritor.

E a sua obra fecundíssima, extensíssima, como poucos escritu- res a terão feito tão vasta, ressentiu-se porisso e pelo seu temperamento da falta de uniformidade que tanto se lhe censura.

Mas talvez se ela houvesse sido elaborada em pleno remanso, com os confortes da abundancia e da opulência a bafejaram-no com uma aragem acalentadora e mole, talvez ganhasse em uniformidade, mas era provável que perdesse em qualidade.

A tragedia da vida de Camilo está toda esculpida no mármore raro dos folios dos seus livros. Há o sopro da desgraça a fazer brotar dali as lágrimas, há o fel do desespero a encher de agrura e revolta aque- les caracteres, há o rictus da gargalhada a estridular naquelas letras e há muitas vezes o acicate da dòr ou o orvalho da resignação a erguer ao ceu um hino de piedade.

A alma portuguesa tem um interprete maravilhoso naquelas pá- ginas. Porque Camilo é inteiramente nacional, sem mesclas de estrangei- rismos. Educou-se com os nossos clássicos e aprendeu com o nosso po- vo e com a naturesa de Poriugal. Nem sequer foi ao estrangeiro.

Ern grande escritor é aquele que prowea a simpatia dos seus concidadãos. Podem verdadeiras ou falsas elites repudiá-lo, que o povo ergue-o na apoteose do seu louvor. No extrangeiro os sucessos contam-se pela venda nas livrarias. Dickens, de simples reporter parlamentar, guin dou-se á maior popularidade literária que tem tido a Inglaterra. Ainda hoje os seus romances desafiam a concorrência do passado e do presente. Assim sucede agora a Camilo, postumamente, pois que Portugal só de- pois dos filhos mortos ê que os homenageia, ê que lhes levanta o pedes- tal da sua admiração.

A Figueira, a Camilo, no sen Centenário

Pobre forçado da arte! Interpretaste uma geração, dominaste toda uma época literária, para só agora a 35 anos da tua morte tragica, remate sangrento de uma epopeia de martírio, reconhecerem o excelso valor da tua obra, a mais comentada e discutida em Portugal e pensarem em te erigir um monumento numa terra que os tem tem dispensado de sobra aos políticos que quasi a teem perdido.

Antonio RUAS

CftMILO E O REALISMO

(Apontamento)

Assegurou Camilo, na sua polémica desabrida com Alexandre da Conceição, que não pretendera, escrevendo o Eusébio Macário, «lan- çar o ridículo sobre a escola realista» ('Bohemia Jo espirito, i88<i, p. 3«j5, cfr. Prefácio da 2." ed. daquele romance), e que estava longe de consi- derar Kça de Queiroz «apenas um romancista ridículo» (Bohemia, p. 3q6).

Que o autor do Eusébio Macário não considerasse a Eça de Queiroz «um romancista ridículo»—é de acreditar piamente. Quanto ao resto...

Embora Camilo não tentasse lançar, de um modo absoluto, «o ridículo sobre a escola realista»,—certo é que tentou satirizá-la, e satiri- zou, procurando lhe os pontos fracos para os salientar caricaturalmente.

O Eusébio Macário e a Corja, publicou-os Camilo â uma para demonstrar que também era capaz de escrever romances, conformes á Escola realista, e á outra para, aproveitando o ensejo, dar escape á sua natural antipatia par ela, antipatia exacerbada pela forma incorrecta (quanto a linguagem) como a Escola era seguida em Portugal.

Assim, Camilo no Eusébio Macário e na Corja vinca e exagera senões e também carateristicas da Escola realista, tendo em mente, so- bretudo e quasi só, a maneira por que essa Escola era praticada em o nosso país, por Eça de Queirós principalmente.

E' por isso que, no Eusébio Macário e na Corja, sobressai, além de vários outros, o intento de ridicularizar certas expressões muito do agrado realista em Portugal. Por exemplo (apenas considerando o Eusébio Macário:

— 46 —

Camilo e o Ri a lis ii 10

«O sol punha nas paredes clareiras faiscantes, cruas thusebio 'rMacário, i.a ed., pág. iõoJ

«davam gritos d um timbre muito agudo que punham echos nas collinas batidas do largo sol»; (pág. i<31)

«pennugem de frutas mimosas que lhe punha umas tonalidades cupidineas, irritantes.» (pág. iGi)

«um fado que punha vibrações involuntárias nas nádegas do pai;» (pag. ífõ)

«Uivos longínquos de lobo ouviam-se e punham-lhe vibrações na espinha,» (pág. 101)

...«punha nos olhos scintilações de mordente desenvoltura,» (pág. 213)

...«punham-lhe no sangue irritações juvenis,» (pág- 217)

«Kl la puzera nos seus gestos e ares frescos, movediços de niòça. aldcá uns toques de sentimentahdades de reserva,» (pág. 231)

«Punha uma grande confiança no maciço dos seios,» (pág. 232)

«tinha nuvens que lhe punham negruras, tristezas intermiten- tes.» (pág. 281)

«punha nas janellas olhares vagos,» (pág. 281)

«uma guitarra com manchas gordurosas de suor que punham brilhos,» (pág. 29Õ).

A insistência de Camilo neste emprego do verbo pôr basta para mostrar, ás claras, a sua intenção de sátira—tanto mais que não é pelos defeitos da linguagem que a Escola se caracteriza. Esses defeitos não adveem da Escola, mas simplesmente dos escritores.

O próprio Camilo falou, a tal propóSito, nos «vícios acintosos do estylo estragado pela imitação» (Bohemia, p. 414) estragado pela imi- tação, con intuito satírico,—no tocante ao luisêbi) Macário e á Corja.

Viana do Castelo 9-1II-925 CLÁUDIO BáSTO

- 47 -

Um personagem de Camillo

Subsídios para a sua identificação

I5SS

&

Pedra d'armas da Casa da Olaria (Brazão dos Peixotos com o timbre das Vieiras

Muitos dos romancistas portugueses do século passa- do, têm nas suas obras perso- nagens arrancadas á vida real.

E se por vezes lhe conse- rvam todos os traços que os distinguem como individuali- dades completas, na maioria dos casos combinam, ou parte, ou todos, os seus caracteres com outros diversos, reais ou imaginários, para formarem um novo conjuncto mais per- feito.

Do primeiro caso temos exemplo frisante no persona- gem Ega, do romance de Eça de Queiroz Os Maias, que é o proprio auctor; e nas figuras que Julio Diniz movimenta no romance /Is Pupilas do Se- nhor Reitor, excétuando. Da- niel.

Entre outros, represen- tam o segundo caso Fradique Mendes, de Eça de Queiroz, e Daniel, de Julio Diniz, que com um pouco menos de fan- tasia seriam: o primeiro Car- los de Lima Mayer, e o segun- do o seu autor.

Também Camilo Castelo Branco tem na sua obra de fecunda imaginação, tipos que a sua fantasia não criou, por- que, ou foram observados na sociedade do seu tempo, ou desenterrados do esquecimen- to aonde jaziam, como em tu-

mulo fechado á lembrança dcs vindouros. Produto de observação minuciosa e o seu Eusébio Macario, que outr > não

é senão Macario Afonso, f rmaceutico em Basto e em Fiume, de quem o grande roman- cista nos fala nas Novelas do Minlio, O filho natural (1.* parte).

Verdadeiros são também os personagens do Amor de Perdição, escolhidos entre os seus proprios antepassados e colaterais.

- 48 -

-

M

H

Loja de Sebastião Martins dos'Santos, sogro de Camilo, em Freume

Um Personagem de Camillo

Na fortíssima muralha f rmada pelas figuras da sua obra, que, sendo ver- dadeiras, estão ainda envoltas num nevoeiro de mistério, talvez indissipavel, vamos nós tentar abrir brecha, trazendo para a luz da identificação a figura do pretenso grande desventurado do amôr que foi Baltazar Pereira da Silva, trágico protagonista de O Santâ da Montanha.

i, v ' 1 ; »• ^ *" •"-* - 1 - O Baltazar Pereira da Silva do romance

Camilo Castelo Branco apresenta-o aos seus leitores em pleno Marão, e na mesma altura em que o conhecem, Lopo de Sampayo e sua filha D. Mécia.

Baltazar Pereira da Silva começa dizendo: Eu sou da casa das Olarias, de Ribeira de Pena. (') Mais adiante acrescenta: Tenho vinte e oito anos e estudei o pouquíssimo que sei no Collegio de S.

Paulo em Coimbra. (3) E respondendo a uma pergunta de Lopo de Sampayo: Não sou licenciado em faculdade nenhuma. Estudei humanidades três

anos, e dois anos antes com os jesuítas, sem intento de seguir nenhuma carreira de le- tras. Aos vinte cobrei tal fastio dos estudos, que os acabei com a mesma facilidade com que, a despeito da vontade de meu pae, f.ii começa-los. 3)

Entreguei-me d vida de caçador, c recuperei a saúde enfermiça pelas vigí- lias do estudo. (*»)

E replicando ao fidalgo de Anciães : Ha quatro annos que me dou todo a este viver de Namrod. (5) Depois duma ligeira explicação, ácerca do caçador de que rèsam as antigas

escrituras, prossegue: Nos meses defesos da caça, faço algumas saídas para dez até vinte léguas

em roda da minha aldeia. Visito alguns condiscípulos que conheci em Coimbra, alguns dos quaes vivem por mosteiros, e o principal d elles por causa d'amores desfortunados, vestiu o habito franciscano no convento de Villa Real Por ali tenho passado dois me- zes de cada anno e ha quatro annos assisto ao esfolhar das arvores da cerca, e ao en- velhecer acelarado e lastimável do meu pobre Antonio de Mendanha, que hoje se cha- ma frei Antonio de Cristo. Lá conheci em Villa Real este D. José de Noronha, cuja alegria é o invez da amargura do outro. Lá nos fizemos amigos e ajustámos esta vinda em companhia ás tão soadas festas de Braga. (•>)

Assim falava Baltazar Pereira da Silva, emquanto ia descendo em compa- nhia do seu amigo D. José de Noronha, do velho Lopo de Sampayo, morgado d'Anciães, e da filha deste, os caminhos pedregosos que conduzem á Ovelhinha do Marão.

Em seguida a este encontro, Camilo faz com que Baltazar Pereira da Silva cometa dois assassinatos (no romance, é claro', e transporta-o ás mais longínquas terras, tais como: Lisboa, Funchal, Tunis, etc.

Até que por fim conta a sua morte nos braços de frei Antonio de Cristo, depois de o ter transformado no ermita da serra de Bustello, a quem por suas virtudes toda a gente chamava já O Santo da Montanha.

Conta também a edificação duma igreja, dedicada ao Senhor Jesus dos Pa- dões, e construída pela piedade de frei Baltazar das Dores, nas ruínas do incendiado solar das Olarias.

Historiaremos agora a verdadeira existência de Baltazar Pereira da Silva, para provarmos como sobre ela foi delineado o protagonista de O Santo da Montanha.

(1) "O Santo da Montanha,, pags. 15, 3.» edição, Lisboa, Parceria Antonio Maria Pereira, 1907. (2-3-4) Obr. cit. pags. 20. (5-6) Obr. cit. pags. 22.

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

O Baltazar Pereira da Silva da realidade

Nasceu Baltazar Pereira da Silva na sua casa-solar da Olaria, situada na íreguesia de Salvador de Ribeira da Pena, a 20 de Dezembro de 1636, sendo filho de Antonio Peixoto Pereira e de sua mulher e jsriina D. Francisca dos Guimarães.

Foi batisado na capela do Cristo Crucificado, cabeça do vinculo de sua casa, aos 28 do mesmo mês de Dezembro de 1635, tendo sido padrinhos seus tios pater- nos Alexandre Peixoto, da casa de Sobrado, e D. Felipa, casada com o licenciado João Correia Machado, de Villa Real, morador na sua quinta da Temporan, que pertencera em dote a sua mulher, sendo para isso desmembrada da casa da Olaria.

Foi celebrante o reverendo reitor de Vila Pouca d'Aguiar, padre Francisco Peixoto, também seu tio. (!)

Seu pae, Antonio Peixoto Pereira era o 5 0 senhor da casa-morgadio da Ola- ria, que instituirá Ruy Vaz Peixoto, escudeiro fidalgo da casa real, como constava do foral dado por el-rei D. Manuel, ao concelho de Ribeira de Pena, em 1516. (2)

Este Ruy Vaz Peixoto era filho doutro do mesmo nome, e descendeule da casa da Pousada, em Guimarães, solar nobilíssimo dos Peixotos do Minho.

Como se vê, não faltava razão a Camilo quando dizia, pela boca de Lopo de Sampayo, que os Pereiras da Silva eram familia ilustríssima, dos nobiliários portu- gueses. ,3) Estudou durante a'guns auos em Coimbra, como se deduz dos livros paro- quiaes da sua freguesia, em que por vezes figura como padrinho em diversos bálisadose testemunha em alguns casamentos, designado como «Balthesar Pereyra, estudante de Coimbra, filho de Antonio Pcixôto, da Olaria.

Chegando á edade de tomar estado, casou-se fidalgamente Baltazar Pereira da Silva com sua prima D. Maria de Noronha e Lima, filha de Antonio de Lima de No- ronha, fidalgo da casa real, e de D. Helena de Meireiles e Andrade, senhora da histó- rica quinta do Villar da Faia, em Basto, que fôua doada pelo grande condestavel Nun'- Atvares a sua irmã D. Maria Pereira paia haver de casar com João Gonçalves de Basto, meirinho de suas terras (4)

De seu sogro herdou Baltazir Pereira metade da quinta do Vilar, quinta onde residia antes de 1712, (••)

Possuíu-a conjuntamente com seu cunhado Bento Robello Lobo, o que não obstava a uma farta abastança para ambos, pois chegaram a dar de dizimo anual á real fazenda, além de muitos outros generos, mais de seiscentos alqueires de castanha. (K)

Na mesma época era também já senhor do morgadio e quinta da Olaria, a que andava anexa a capela de Nossa Senhora do Rosario. t"j

Como se vê, era iufuniada a escassez de meios que Camilo lhe atribuía, pela voz de D. José de Noronha. C)

(I) Pura não haver iluvidas, transcrevemos aqui integralmente o .iss uto que existe nos registos paroquiara da freguesia do Salvador da Ribeira de Pena :

N. a 29 e B. a 21 (,iomi i",i) de Dezembro de 1616. Balt/iezar, J lho d; Azt. Peixitt Pereira c de Fraac." d't Guimarães. Pud: Alexuilre Pei- iralo, de Sobrado e D. Felippa. m.r* do l.d." Corrêa. Cel. o R.nr de VA Pouca. P.' Franc." Peixtta, na Cap. d> Xpt." di Caia da Olaria. Tem os St."* Ol.cs. Era nt sipra. O R."'-BA/.lUO BOTELHO.

('.) Constava c já náa consta, porque este foral foi ha anos destruido no incêndio que queimou completa- mente a Camara Municipal de Ribeira de Pena.

(}) Oor. cit. paga. 15 e 73. <») Corografia Portugucsi do Padre Carvalho, Tomo I pags. 133, segunda edição, Braga, 1S63. (5) Pata da publicação do 1.» tomo da Corografia, que o dá como residente em Cabeceiras de Basto, a

pags. 131 do dito tomo, ao tratar na descrição do concelho de Ribeira de Pena da sua casa e quinta da Olarta.

(6) Corog. Port., tomo I, pags. 133. (7) Corog. Port., tomo I, pags. 151. (Sj O Santo da Montauha, pags. 49.

— DO —

Um personagem de Camillo

Foi também, como seu sogro, capitão-mór de Cabeceiras de Basto, cargo este que apesar de cão ser hereditário, se costumava transmitir a pessoas da mesma família.

Finalmente, já viuvo, nomeou a 15 de Dezembro de 1703 a quinta da Ola- ria, com reserva de todo o usufructo, em seu irmão Antonio Peixoto Pereira, em satisfa- ção de sua legitima e estimações.

Foi certamente este áto a origem da doação que no Santo da Montanha faz Baltazar Pereira da Silva a seus irmãos, que eram na verdade tres, como no romance diz Camilo Castelo Branco:

1.® — Francisco Peixoto Pereira 2 ® — Antonio Peixoto Pereira, que sucedeu na casa a Baltazar Pereira, e

foi casado, tendo tido descendência 3.® — Luis Peixoto da Silva, licenciado e clérigo. Alguns anrs depois, fez idêntica doação a sua sobrinha D. Francisca Tereza

dos Guimarães Peixoto, para casar com Antonio d'Abreu e Lima. Diz o manuscrito de onde copio estas notas, que esta doação ficou nula, e

era bem natural que assim fosse, pois Baltazar Pereira já não podia dispor dos bens que doara. Finalmente, em 1716 morre, depois de uma longa vida de 80 anos, sem talvez nunca lhe passar pela cabeça a ideia de se fazer ermitão.

Esta ficção com que Camilo fecha o seu romance, foi certamente inspirada na vida de frei Agostinho de Me reles e Andrade, e na de seu neto, frei João de Valla- dares, que acabaram ambos ermilas na serra de Bustello.

Que Baltazar Pereira era um grande caçador, é uma verdade evidente, que ainda hoje é tradicional na região. De resto não admira a ninguém que um bom morgado rural da era de seiscentos, habituado a palmilhar as risonhas veigas da terra de Pena e as ásperas serranias do Alvão agreste, fosse um ótimo caçador.

Quanto á lenda da fundação da igreja do Senhor Jesus dos Perdoe5, funda- ção que Camilo atribui a Baltazar Pereira, diremos apenas que eia é a verídica historia do levantamento da aluai igreja do Salvador da Ribeira de Pena. (>)

Fica assim confirmada a acertada opinião que o sr. Dr. Sergio de Castro expande a pags. 216, 1.® vol., do seu Camilo Castelo Branco, typos c episódios da sua lialerh, e rebatida a inverosímil hipótese que o ilustre camilianista sr. conselheiro An- tonio Cabral alvitra, de pags. 220 a 225 do seu Camilo de Perfil.

Quanto ao mod > como Camilo tomou conhecimento do que fica dito, quer- nos parecer que foi por intermédio das certidões que tirou como escrevente de tabelião em Ribeira de Pena, certidões que eram destinadas a uma questão judicial de reivindi- cação de posse, que se travou no segundo quartel do século passado, ácerca dos bens que haviam pertencido a Baltazar Pereira da Silva.

Conclusões

Pelo que acabo de enumerar, sou levado a sintetisar o meu pensamento da seguinte forma:

1." — Que o protagonista de O Santo da Montanha foi delineado sobre a verdadeira personalidade de Baltazar Pereira da Silva, a quem Camilo conservou o no- me, a ilustre linhagem, o solar, a sua qualidade de estudante, o gosto pela caça, e, fi- nalmente, a data da morte; factos a que juntou de sua imaginação; a lenda da funda- ção da igreja, a lenda do ermitério de Bustello, e toda a acção em geral, incluindo mes- mo a propria data do nascimento de Baltazar Pereira, que deturpou, pois pelas suas contas deveria este ter nascido, em 1659, e não em 1636, como de facto nasceu.

(1) Vidé artigo; Ribeira de Pena (Egreja Matriz dc) inserto no Portugal, vol. Vt, pags. 241 (2) O Santo da Montanha, pags. 5 e 20.

— 5l —

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

2.° — Que a maioria das novelas e romances de Camilo têm personagens com fundos de verdade, movimentando-se por via de enredos de pura fantasia.

O processo de identificação aqui fica portanto instaurado. Pertence agora ao juizo critico da numerosa e esclarecida grei camilianista dizer de sua justiça.

Tem a palavra. Figueira da Foz, Março de 1925.

Antonio Canavarro de Valladares Pacheco d'Andrade. (ribeira de pena)

NOTA — Os apontamentos genealógicos e arvore de costados que acompanham este artigo e dele fazem parte,pertencem á colecção genealógica de meu Pae o Dr. Francisco Canavarro de Valladares (Ribeira de Pena).

PONTE DE CAVEZ (onde se desenrola a acção do magnifico conto de Camillo «Como Ela o Amava»

0 Cap. mór Balthazar Pereira da Sitva (1636-1716) Srtr. da Casa da Ola- ria — 6." Snr. da capella do Cristo Crucificado e seu morgadio — estudou em Coimbra — Snr. de metade da Casa do Villar da Faya em Basto, pelo seu cas.°— s g.

3 g 2 a. r

* 3 " n *•§■»„ s S.w I • a SO ' M 1 • CC)6» 7»-. a .

toS 2 = r.R a |; * i s- ° R r a ií

I &S 3. to£ s» ~ a1

3 S g>3 • a.Er§-a agro

95.® 3» S. i? i 2 a co o. * •2 l s. ® A t,S- 5o2to

t- £ 52 O **■ a. to-ae*" "o a

5Í-1 s** a1 C; 3 ^ -ft =• 2. a 9&S-

53 O* 5J- §•? 2 Da

2 R 0 R. R, ^""3 à 2 Pl:Í a °

£ N

3 ■Sn , nRCOO: ?i ?•§?' r= r» Cl *2. t ■ p a. s-

r «> §• I

- Cl ft S.5

a o

• C> o Cs »». Go

S ft* * a a a a- ^ ** ÍJ <s

2f»o. R a 5a. si=5i" n> 2 R «»írS 3 to® a ® "• ST to S• to2.<ftR,

5"§*5 í5 . co 5 R Claa.

a R ! 5-<? to 3 I a a p «5

P . oat r» a R.a

• 9-to a SV?5' f ss?g-

5 S:

y-£ «*. ft «!§■£

.P «J cí

li??1

Er1 £ toa o f°s ft Cà_ <5^ 2 o Q to R ft . c: ft a p I § r>

p^g-a D ft S

2s C> "0

§•£ * 3

ri 3'g" ° 2. 3.<? 8 R I 2 8 I a ? ? 2 ri

to R- R

& to> r Saj. 3? 2.K ?° s «• ri *

I? s to f?S a. I "> Co to» r r» 2R. C> O

I N

è-S^ 9toa 3 a §■ l f* iao a -5-.° to 5 a 5 " 3&

a. i. ri o toS fi C» a 2 «?§■ to 8

'Is a> cx a. R re ^

S& I M CO ~.<1 R *1 R r, a s-s Ri to R a R N . Co o g" a. -r,® to 2-8 "R ê'^2 R Oft o R . • • o -- 3 ft N a to1"- | a rã 1 ftR.

•° 3? P O00 h2 =3 Oot

5 toon ® n| a R a ft r Í3 3 C5«» R a ~ " to 2 &s:i-8to § 2 .o- s-' r. to S ra • ra Í^|&3

® a to so? ^ I ft *, I Cj 23 tXi ft ~ "■ ^55

£ r> o -o ?§P&&

3*5 O S®1 j í^. CO na ri ikc

Is

2a R R.

§1 ^ ft R a re a ~-c3 re J r« ^•5. a°a^

R toJio. ~ s-fa to£-^ ^2 S- a £■, a co ~ 5^ S5! to ? a g.

ga ft ft a§ 2"1

S a.' 08 |o 1 £.' g a S"ã r- -*

JL~ -

/■ * _ / _ ^ i■ c +- <*>+*- + ■** /A-* ^- _

t JU - ^ * ^ *r* r~~

£// •)«' #W < Hk «*>

/* . /t <» <*<•* x^- ^ AíCT *4 t.e*~u;

U- /— '«<*—- /zz.^- —'/—

t./V7M " r—^ •&.- ///A —

L. JL ■'>■■* /'—" ^ »tA~ ~ *

y rwi~i*-c*. * V*~ Wi /A*t~^U» <A—

^4: /4—" ^ /" e/<1 ^ ^

cjf íA ^ féL&U^r** -At- Í-/C-, . <A- t~

^ ^ -yieA-vw» .

* a «**> •' tf"**™. C /(%,' <**< /y/

^ /L>^ y^ ■ ~— A i——• Aí— </<a-«

' j?

<2 71 7. T"" í)*£ tV/^^v.»/

>-j7Xa» • »-*- Q. í-fv^Ç,'' / 7 /

ev* J «t >

* «-/7

ívo /*% #*/i 4A.**~V-+ ^

JL- / yf- * -y

ir^^.y <--~ »"">*-/*

s*JL* X /* x /^ ^ ^

, r / ^ ' /? X ^ 9

-A,/ hK j 1

7,, .. A-^-vC / * íw ""7

t.*/ •—-

y . av7^

d\l£^ fr.t£ZZ~ A-'—

A /^ÍLç.^Á^

•JctA^,/1J'J/ S-i^ . /~/lu^u(o

Carla inédita de Camillo dirigida ao 2.» Barão da Ribeira de Pena, transcrita a pags. 21 e 22 deste livro

J

X

o

I • • t m

w

»•••

n 'j

^0) ,f:

6£ :))

JftS». pCi,

I *3 Cs

•Reconstituição do Bra2áo da Guinía de Montezéllos,,

- 56 -

O Brazão de Montezéllos

(Ao P.e I,ia\ de Acevedo Castello Branco sobrinho de Camillo e meu velho amigo).

Ha muitos anos, ha quasi 30, quando eu era ainda um moço escolar, imberbe «descuidado no Lyceu de Villa Real, adregou conhecer na linda capital das Terras d Alem-Marão um curioso erudito local, despaisado e quasi ridículo aos olhos dos Intel- lectuaes do café Tocaio e da «Loja dos Latagões* na Rua do Poço, que pontificavam, sem appêlo nem aggtavo, na cultura indigena. O tradiccionalismo regional, hoje tanto em voga, a heráldica, as investigações genealógicas, esses mil pequenos elementos proto- historicos que servem, grão a grão, para alicerçar com segura firmeza a reconstituição integral de velhos tempos idos, tinham raros, muito raros cultores na velha villa que ° j er> ^?om ^ionis», fundou e dotou para servir de Capital condigna á velha Ter- ra de Panoyas d'Alem-Douro. Por isso o modesto erudito de que fallei era tractado com sobranceiro desdem pelos plumitivos d'então que, ou dedicavam sentidas, românticas en- deixas as Elviras do Cimo-do-Campo, ou discutiam, com furibundo arranque, as prepotên- cias eleitoraes «só comparáveis as das detestadas eras Cabralinas» como trovejavam alter- nadamente «O Districto de Vila Real» e o «Echo», conforme manejavam o leme da famo- sa nau da publica governação, os progressistas ou os regeneradores. Eu já, por meu mal, nesses remotos fins do século passado, me dedicava a leituras varias e todas as tardes deambulava pensativamente pela Livraria Branco da Rua Direita ou pela do Joa- quim Rebello d Araujo, no Cabo da Villa vendo as lombadas, lendo, trecho aqui, tre- cho alem, e comprando, com as sobras da generosa mezada paterna, alguns volumes que têm sido dos meus melhores amigos e companheiros durante a minha já longa jornada.

Desse commum amor dos livros: do interesse que eu mostrava perante os múltiplos escudos armoriados que esmaltavam as paredes mestras das casas solarengas da princeza de Riba-Córrego: do sisudo prazer com que eu sobraçava a Historia d'Her- culano ou o 1.° volume de Gama Barros—nasceu a sympathia que o «Sr. Lenios« me dis- pensou e o apreço que se dignava prestar aos problemas que eu lhe propunha para mi- nha elucidaçã", em face de sua copiosa e segura sapiência.

Muito do que então lhe ouvi, em com: assados passeios, Rua dos Vazes abai- xo, ou Jogo da Bola acima, mais tarde voltei a encontrar e a ler n'uma interessante serie d artigos que creio bem de sua autoria, publicados sob o titulo «Escavações» numa fo- lha villarealense «A Irradiação» que ainda possuo.

Dentre o seu dissertar facundo perante vários brazões d'armas enfileirados ao fundo do «Jardim da Carreira-, on^e mão caridosa solicitan ente os recolhera, quando apeados de prédios demolidos — recordc-me bem qu», extranhando eu a já numerosa e invulgar colecção, ele me disse, em seu chão dizer, com magoado e fundo pezar, pouco mais ou menos o seguinte :

~'P°is olhe: ainda aqui faltam muitos que «levaram caminho». E quantos curio- x0?''Z. }eí? 0 Montezéllos, da quinta que foi dos avós de Camillo, e que depois o João Cabral comprou e hoje nem sei de quem é ! E por accaso: — veja V. as ironias do destino tinha coroa de visconde. E o Camillo afinai veio a ser visconde.,,

E sorria com o seu triste sorriso resignado... Eu curioso, interessado, inter- roguei-o com viveza e d'elle consegui o pouco que vou dizer e que, nas suas linhas ge- raes, me foi depois confirmado pelo meu erudito professor, Conselheiro Dr. Francisco de bailes da Costa Lobo, com cuja amisade muito me honrei e que foi uma verdadeira auc- toridade àcerca da historia da sua terra natal.

A Quinta de Montezéllos, na freguezia de Santa Maria de Borbella, subur-

— 57 —

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

bios de Vila Real—pertenceu, como é sabido, aos antepassados de Camillo e foi vendida em hasta publica, tendo sido arrematada por João Teixeira Cabral de Andrade—Caval- leiro Professo na Ordem de Christo e pae d aquelle famigerado Conselheiro José Cabral Teixeira de Moraes, Governador Civil de Vila Real, que Camillo, um pouco por política e muito por velhos resentiinentos de família, tâo duramente atacou nas celebres corres-

ondencias para o «Nacional» do Porto, o que lhe valeu em 17 de Agosto de 1847 a rutal agressão do truculento «Olhos de Boi» quasi que sob a vista vingativa do antigo

Juiz de Fora d'Alvito, gozando tâo má desforra das janelas de sua propria residência. Na casa de Montezéllos existira um velho brazâo d'armas com escudo esquartelado e n'elle, por sua ordem, as heráldicas insígnias dos Botelhos, Mourõ:s, Pintos e Correias, com timbre dos Botelbos encimando a ta! coroa de Visconde—brazâo esse que os paren- tes de Camillo pretenderam salvar para seu poder, apoz o praceamento da propriedade, ao que se oppozera vivamente o novo possuidor, que o Lzera por fim destruir, depois de varias peripécias curiosas que tiveram o condão de acirrar, ainda mais, entre as duas familias o odio profundo e inveterado que já as separava.

A titulo de curiosidade e como interessante pormenor, que reputo inédito, aqui deixo reproduzido o que ha quasi trez decennios ouvi e de que tomei nota nos meus apontamentos heraldico-genealogicos d'então, que ainda conservo, como saudoza recorda- ção d'esses bons tempos em que eu. com a profunda fé dos meus dezeseis anos, me pro- punha organisar, sem lapso meúdo ou minima omissão, um Armoriai completo do Reyno c suas conquistas.

Parecerá estranho a quem conhecer o primoroso estudo d ■ snr. Ped-o d'Azeve- do, sobre os «Antepassados de Camillo» publicado no Archivo Histórico Portuguez—não sò a existência d'um brazâo em Montezéllos, mas ainda a inclusão n'elle das armas dos Pintos e Mourões. Quanto ao pr meiro reparo, sabido é que, apezar das fundas quebr s de prosapia na linhagem de Camillo, que se acham de sobra averiguadas e comprovadas, seus avoengos orgulhosamente blazonavam de fidalgos conhecidos de solar e cotta d'ar- mas (vidé Doe. n.° 11 no Arch. Hist. vol. V fls 3>7| e se tratavam com estado e apparato á lei da nobreza—o que conjugado com o immoderado abuso dos brazões, sem previa car- ta de mercê-regia que os authenticasse, que vinha já de tempos anteriores ao terremoto, mas que de 1755 em deante se aggravou assustadoramente por todo o Reyno—nos explica ca- balmente a licença heráldica que fez surgir nas Casas de Montezéllos a pomposa signa de duvidosa origem a que alludimos.

Com referencia ao segundo reparo que, porventura, surja em face da inclusão dos brazões de Pintos e Mourões n'aquella pedra d'armas- cumpre-nos chamar a atten- çâo dos Camillianistas que accaso queiram profundar este problema, para o curiosíssimo artigo publicado anonymo no n.° 36 do anno XXIX, de 29 d'outubro de 1908-do «Villa- realense» sob o titulo «Os antepassados de Camillo Castello Branco».

Alli se prova á face dos assentos parochiaes da freguezia de S. Diniz em Villa- Real, transcrevendo-se o theor dos respectivos termos, que Martim Machado Pinto 5.° avô do romancista, pela linha de Lazaro da Costa, seu filho natural, era filho de Do- mingos Rodrigues Pinto Mourão e este filho de Pedro Pinto de Barros e de sua mulher Isabel Corrêa que casaram, em 1 de Julho de 1601, na referida Egreja de São Diniz. Sem duvida que a esses vetus'os e esquecidos avoengos que lisongeavam talvez a sua vai- dade nobiliarchica—foram os donos da fazenda de Montezéllos rebuscar a frágil justifi- cação d'esses quartéis armoriados de seu pretenso escudo d'armas. Pareceu-me curioso tra- será publicidade estas nótulas ácerca de factos até hoje não divulgados e apenas do co- nhecimento dum muito restrictojnumero de pessoas desta região. Aqui ficam simples edes- pretenciosamente expostos.

Val d'Avelléda (Traz-os-Montes), III-925.

Filippe Martins de Aguiar

— 58 —

i

CAMIIvO

Jayme Dias Guilhermino, já não e menino e moço. Já tem neve na serra, já as brancas lhe riem ao redol da calva. Alas e um espirito sadio, mais alegre,—que um pardal de papo cheio, ao sol. ..

Jayme Dias, e cá doburgo, e' figueirense e ti lho do aclamado —Actor Dias gloria da scena Portugueza,— que fez gastar palmas e rebentar ilhar- gas, ás gentes dos apartados tempos de meu pae.

De quando em vez, Jayme Dias Guilhermino, poisa pelo burgo natal, sempre açodado, a face angu- losa, ossuda, vincada d'um rictus de ironia, a frase fácil e limpa em graça leve, homem vivido e sabido...

Ora eu sabia — por lh'o ter ouvido!—que muito fora da privança de Camilo. Seu nae, o glorioso actor, a quem Guedes de Oliveira,—esse cla-

rissimo espirito! — chamára, com o acerto de sempre,—O príncipe doa cómicos de seu tempo, — fòra amigo muito querido de Nuno,- filho pri- mogénito do Mestre. Mais. Jayme Dias, viveu—como m'o havia dito i

cinco anos em inteira intimidade com Camilo e sua Família,.. D'ahi o resolver ouvi-lo...

Antes de mais nada:- Jayme Dias Guilhermino, e um manancial a explorar. Sabe tanta coisa de Camilo —tanta!—que não cabe nas aper- tadas e escassas paginas d este folheto, mais que um, dois, trez apaga- dos episódios dos inúmeros que me relatou. O carater, o feitio, o tem- peramento, as alucinações, a tragedia horrivel do seu tormento, o anedó- tico do seu espirito sarcástico,—da graça leve e fina que faz sorrir, ao azedume de vergasta, que fa2 sangrar!—toda a vida do escritor, real, inédita, desconhecida, passa na sua frase quente, com um calor de laba- redas. ..

* Podia dar a este artiguèlho,—despretencioso e breve!—uma

Jayme Dias Filho do acUr Dias interprete do

teatro de Camilo

— 5y —

A Figueira, a Camilo, no seu Centenário

certa côr de entrevista de periódico, com o di^e tu, direi eu, corriqueiro e fácil. Acho porem que não é cabido. E vae, limito-me a contar e meu modo o que o Jayme Dias, me disse. Não e tão lindo, mas eu pre- firo a verdade,—nua e crua!—a scenario vistosos de berrantes tintas, qua quasi sempre disfarçam a serapilheira coçada, que só por milagre se aguenta no ar...

*

Tem a palavra Jayme Dias Guilhermino: —Nuno Plácido "Castelo Branco, foi dos grandes amigos de

meu pae,—que trabalhava então no Porto, no Teatro Principe Real, hoje Teatro Sá da Bandeira. Camilo, admirou imenso o Ator Dias. Nuno

apresentou-lhe, a seu pedido, meu pae. E ficaram amigos... .( Javnie, mostra-me um retrato de Nuno,—cabelo revolto, bar-

ba cm bico, bigode cuidado, a pupila acesa como uma fogueira esperta). E Jayme continua: — As relações ampliaram-se

a toda a família. Convivi muito com Camilo. Vivi muito cm S. Miguel de Seide. Contei nele um Mestre. E alem da minha admiração pelo seu talento e pela sua cultura, ligou-me muito ao desventurado escritor a funda simpa- tia que sabia merecer-lhe.—Era a sua muleta—como soia de chamar-me, nos passeios por Seide, em que se ampa- rava ao meu hombro. ..

E prosseguindo: - I)i/.-se por ahi, que Camil-

o, viveu mal os últimos dias da sua vida. E' falso! Camilo viveu sempre relativamente bem. Era um irrequieto! I m impulsivo! Um feixe de nervos! Só se sentia bem onde todos estavam mal, e sentia-sc mal onde todos esta- vam bem... A demência do filho Jor- ge, preócupava-o extraordinariamente. Era uma obces-sáo dominante...

Da cegueira,—que toda a gen- te diz ter sido a sua maior tortura,— raramente se queixava... Quer saber dois casos curiosos, e que de certo modo esclarecem as alucinações fantásticas de Camilo?—Ora oiça:

Certa vez,—estávamos no Hotel Mary Castro, na Foz. Uma madrugada, pelas a horas, D. Ana Plácido, chama aflitivamente por mim

•A

m

c

V

Actor Dias 0 melhor interpreto do theatro

do Camillo

— 60 —

Camilo

diz-me que seu marido acabava de acordar e gritava que estava cego, que não via absolutamente nada.. . K que tomasse eu um trem, fosse de pressa ao Porto, buscar o Dr. Ricardo Jorge...

• —P' d'ali a instantes, Ca- milo, em camisa de dormir, trazendo o habitual candieiro de petroleo com o seu abat-jovr verde, surgia no cor- redor, e dizia-me com voz inquieta:

—Oh Dias! Cspere... espe- re... — Quero eu proprio escrever ao Jorge...

Dirigiu-se ao escritório. K com a mais legível letra d'estc mundo, es- creveu uma carta clara, que levei ao medico...

D'outra vez, n'uma tarde lin-

Grupo de lamilieres de Camillo H"""' Da etqaerda pern a direita, J. Coolho de " , '' , 1 de jantar. Carvalho (O Fistula do Eitsrbio Macário) t uJa aue dkía ^ ° ' •

o actor Dias, e Nuno Castelo Branco, n' ,J r , ^1° °U CU1CU

filbi do romarc'sta ' ^ 3

paisagem, disse subitamente e com grande espanto nosso: sabem que estou a ver no monte, uma casa branca com uma figueira ao lado...

iv v ™ada. 3 IVa ,vista escassa e a enorme distancia, nos espantámos! D. Ana I lacido, 1). Ana Correia, meu Pae, eu, outros que estavam, cor- remos a averiguar do que suponhamos uma fantasia, Pois com o auxilio d um binoculo conseguimos ave: iguar que o grande escritor tinha razão:

cie lacto, a casa clara lá ria na serra esetr», e lá estava a figueira, ver- dejando, como Camilo anunciara

Â

1 A

1 odas as noites se jogava o solo em casa de Nuno, onde se jun- tava ioda a família. Havia uma meza certa e firme:—tí. Ana Plácido meu 1'ae, Nuno, e o Abade de Juzufrei Veja você estacarta: —

Meu caro Visconde de Seide.

.A do i espoado em verso, por que as musas comigo foram sempre esquivas, nem mesmo me dispensaram o menor favor,

A Figueira, a Camilo, 110 sea Centenário

em verso não reuno On as palavras. Vamos ao que serve. Raios partam o bacalhau! em que ocasião mandas te! não estou em mim!... caramba quem me dera poder ir!... a respeit > a di- nheiro praças a deus nunca houve tanto em casa, mas o peior e ele marchar amanhã para Vila Nova pagar uns touros que na quarta-feira de la trouxe. Se não fosse isso estava ahi co- mo um d.1'!■.. Depois o macaco do Dias conta o dinheiro que a gente leva, mesmo por fóra da carteira; no entanto eu não tenho vontade de ir, por que aquelle ai abo. pode-me dar por lá outra sopa com > a de outro dia e eu ter de vir para cá purgar-me e and ir encomodado oito dias. Depois a gente não pode apelar com semelhante gajo, e eu n'esta questão sou bra- vo como um tigre e posso rattgar-me com o ponto.

Deixa passar alg ois dias e refa\er-mc d'esta falha e dep ois lá vamos ao boi.

Tenho quasi a certeza de que sou desculpado d este enco- modo que tiveste em mandar cá.

Oh! Dias f>i uma grande coisa ter empregado o dinheiro! .. .Se queres dinheiro chama o Marc.f ma.

I hsconde vê se podes cá vir para o S. Thiago! então, depois da romaria batemos o solo de grande. O Dias se qui- ser dinheiro que ponha os pes ao caminho, porque ir leval-a a casa sempre sera loucura.

Recomenda-me á Snr." Viscondessa CD. •Inninhas, Flora, Cammillo, Nuno e ZN.

Teu do coração

P.e ANTONIO LUIZ DO REGO «Não tenho envel rces»

Você não percebe ? Pois escute: Camilo, sentava-sc, vulgar- mente, por traz de I). Ana Plácido. D ai via e ouvia todo o j >go e toda a discussão. E de quando em quando, pontuava, com uma ironia fina, o decorrer das vazas.. lorgc, o filho demente, atravessava, de longe a longe, o salão, e cuspia sobre as pessoas como erâ sua mania. Meu pae, estava com sorte. Ja a contundente graça de Camilo, o notara mais que uma vez. Jogavam os quatro parceiros de costume. N isto, jorge, pas- sou, cuspiu... — Ninguém fez reparo. Ainda havia cinco remissas na meza. Meu pae ganhoj-as~seguidamente. Todos os parceiros o impre- cavam. O Abade de Juzufreio padre Antonio Euiz do Rego, (— da crata)—com uma graça minhota,— velha graça portugueza muito original e scintilante, insultava-o em ar de bem deduzida troça. Camilo ria. N'isto, o Jorge, voltou a passar. Cuspiu de novo. E a saliva, n'uma pasta

— 62 —

Ciiiiiilo

forte, tombou no centro da meza, onde havia estado, todo o dinheiro das cinco remissas ganhas imperturbadamente pelo Ator Dias...

K Camilo, ironicamente, com o seu intono de voz tfu carate- ristico e único, voltou-se para meu pae e disse a sorrir:

—Oh Dias.. . - Lá esta mais uma remissa... K meu pae, — sem se desmanchar... —Kssa e aqui para o sr. Abade...

Raym.

<õ~

T-i

H.'

*

Casa de S. Miguel de Ceide onde viveu o romancista e onde se passaram alguns dos episódios descritos neste volume

— 63 —

A parte literária deste

Livro Memorial

foi composta e impressa NA

"Tipografia Peninsular DE

Gomes d'Almeida & C.' Praça do Comercio, 19

FIGUEIRA DA FOZ

Catalogo

DA

xposição Bibliographica

E

Iconographica

Comemorativa do Centenario Camilliano

realizada na

Figueira da Foz

NO

dia 16 de Março de 1925

nos Salões da Associação Comercial

ADVERTÊNCIA

Não é o presente Catalogo, mais do que uma breve resenha des- criptive das Especies Bibliographicas expostas, coordenada n'um curto espaço de tempo, sem pretensões a «Catalogo» (no sentido rigoroso e technico do termo) e com o fim exclusivo e utilitário de servir de guia elucidativo ao visitante da Exposição.

Foi este o critério que determinou a sua organização e que previa- mente serve de justificação ás suas naturaes deficiências.

J. S. C. M. S.

.

• •- •; : ' • • - oul« siu;> - oi civ uta: mi? o moo (oro v.

Ol v i" . p i • •••; o *' O i ... ' .

á

SUMARIO DO CATALOGO

1 »_ ORIGINAES DE CAMILLO.

2.°-TRADUÇÕES.

3 0 _ PUBLICAÇÕES DIVERSAS - De differentes auctores, pre-

faciadas, anotadas e comentadas por Camillo, ou com refe-

rencias, criticas e estudos sobre a sua Vida e Obras - Re-

vistas — Jornaes - Numeros-Unicos - etc.

.

.0 -j • • . . .• H ; :

• > ..a -

■ .

HÍ ____ mm^m ■_>■-■

ORIGINAES DE CAMILLO

Abreviaturas usadas n este catalogo

Nota dos termos abreviados

A. - Autor An. — Anotado —Anotação Aut. — Autographo Br. — Brochado—Brochura C. — Com Col. — Coleção Colab. — Colaborado—Colaboração Cam. — Camiliano—Camiliana D. — Data—(s. d.—sem data) Ene — Encadernado Ex. — Exemplar Exp. — Expositor Front. — Frontespicio Ilust. — Ilustrado—Ilustração Pag. — Pagina

Nota dos nomes abreviados

A. Pratt — Alfredo Pratt A. Malafaia—Alvaro Malafaia Junior A. Cardoso — Anselmo Cardoso A. Esteves — Antonio Augusto Esteves F. Valladares — Francisco Xavier Mousinho da Silveira Canavarro de Valladares B. Municipal — Biblioteca Municipal J. O. L. Amorim — João Gaspar de Lemos Amorim J. Gonçalves — José Gonçalves José Jardim—José dos Santos Pereira Jardim (tio)

. S. Callado — José Salinas Callado lauricio Pinto — Mauricio Aguas Pinto

CATALOGO

DA

Exposição Bibliographica

E

Iconographica

Comemorativa do Centenario Camiliano

ORIGINAES DE CAMILLO

1—Agostinho de Ceuta. Drama em 4 actos. Pôrto. Livraria Cruz Coutinho-Editora. 1887.—3.* edição, emendada.

C. Ex-libris da coll. do exp. Com an. aot. de ft. Pratt. Dr. J. S. Cali .a do.

2—Agulha em Palheiro. Por... 5.a edição. Lisboa—Pare. J. M. Pereira. 1904. 223 nags. XXII vol. das obras de Camilo. Edição popular. Ene. ft. Cardoso.

3 Outre exemplar. 7.* edição. Mesmo editor. 1921. 214 pags. Ene. ft. estrvrs.

V 4—Amor de Perdição. (Memorias duma família). Por... 9." edição, c. um est. crit. de Ramalho Ortigão. Em curandel «Quem viu jamais vida amorosa, que não a visse afo- gada nas lagrimas do desastre ou do arrependimento ?» D. Francisco Manuel (Epana- phora amorosa). Rosto. Imp. Lit. e Tip.-Editora, s. d.JXLVIU. 217 pags. Ene. c. as

5 Outro exemplar. Ene. Dr. J. S. Callado. 6—Amor de Perdição. (Memorias d'uma familia). Por... 20.a edição, com estudos

críticos de M. Pinheiro Chagas, Ramalho Ortigão e Teofilo Braga e il. com 6 similigra- vuras e o ret. do a. Porto. Magalhães & Moniz, L.a — Editores s. d. LXXXIV. 229 — I pags. Broch.

- XI -

7 Outro exemplar. 24.a edição. Porto. Companhia Portuguesa Editora. 1916. LXXXIV. 229—1 pags. Broch.

B. MUNICIPAL. 8~ Outro exemplar. 26.a edição. Mesmo editor, s. d. Ene.

A. EglBTRS. 9—Amor de Perdição. (Memorias duma família). Por... Edição monumental, il. p

J. J. de Sousa Pinto, Caetano Moreira da Costa Lima e José d'Almeida e Silva, rep. em fototypia pela casa de L. Ronillé, de Paris. Em curandel «Quem viu jamais vida amorosa, que não a visse afogada nas lágrimas do desastre ou do arrependimento ?» D. Francisco Manuel (Epanaphora Amorosa). Porto. Casa Editora Alcino Aranha & C.a s. d. LXXXIV — 199—III pags. Ene.

A. Cardoso.

10—Amor de Salvação. Por... Em curandel «A heary price munt ale pary robs t u- sen. In some shape ; let none thrink to fly the danger, for scon ou late lwe is his own avenger. Byron—Don Juan, c. IV. est. 73. L'amour n'a point de moyerterme: ou il perd, ou il sauve. V. Hugo —Les Misérables.» Porto. Livraria Moré. 1874. 212 pags. 2.» edi- ção. Ene.

B. MUNICIPAL. 11 Outro exemplar. 4.a edição. II. Porto. Livraria Chardron. s. d. VI. 284 pags. l.°

vol. da Col. Lust. Enc. B. Municipal.

12—Anathema. Romance original por... 4.a edição. Lisboa. Companhia Editora de Publicações Ilustradas, s. d. 472 pags. Enc.

B. MUNICIPAL. 13— Outro exemplar. 5.» edição. Lisboa. Par. A. M. Pereira. 1902. 400 pags. o I

das Ob. de Camilo. Edição Popular. Enc. A. Cardoso.

14—Ao anoitecer da vida. Últimos versos por... P. P. Lisboa. 1874. Br. de 143 pags. Dr. Joaquim dh Carvalho.

15—Anos de Prosa. Por... 2.a edição, revista e correcta pelo autor. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. II. s. d. 232 pags. Enc.

B. MtlNICIFA I.. 16 — Outro exemplar. 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 237—1 pags. XXIV

vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Enc. A. Cardoso.

17—Aventuras de Bazilio Fernandes Enxertado. Lisboa. Livraria de A.M. Pereira. 1863. Por... In. 8.°—Enc. 235 pags.

I." edição. Muito rara. Com an. aut. de A. Pratt. Dr. J. S. Callado.

18—O Bem e o Mal. Romance por .. 5.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1902. 255 pags. -j- 2 in. VI vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Enc.

B. Municipal 19 Outro exemplar.

A. Cardoso. 20—Outro exemplar. 6.» edição. 1910. 245 pags. -f- 2 in. Enc.

B. Municipal. 21 Outro exemplar. Sem front. 279 pags. Edição da T. da Queimada. Lisboa s. d.

Enc. B. Municipal.

22—Bico (O) de Gaz, Numero 1 e único publicado (1854-Maio). Semanário. KeproducSo fac-slmile zincographies deste curioso jornal cuja redacção é toda de

Camillo.-Belo exemplar. Raro. Dr. J. S. Callado.

— XII -

23—Bohemia do Espirito. Por... Porto. Livraria Civilização— 1886. In. 8.° Ene. Bom exemplar adornado com am expiendido retrato de Camillo e tendo por baixo

am lac-simile da sua assignatura. Encontram-se reunidos nesta obra diversos trabalhos de Camillo primitivamente publicados, dentre os quais destacaremos "A Espada de Alexandre", "Questão da Sebenta", "rtodt'o de Polemica Por» tugueza", "Senhora Kattazzi". Fsta obra deu origem a uma celebre questão judicial entre Camillo e os seus editores, e ãcerca da qual foram publicados alguns opúsculos: "A diffamação dos Livreiros Successores de E. Chardron", por Camillo, c a "Defeza dos Livreiros Successores de E. Chardron", por ss» tes, etc.—1.* edição. Bastante rara. C. Ex-libris da Cam. do Exp.

Dk. J. S. Calla do. 24 Outro exemplar. Br.

Dr. Bastos. 25- Bom (No) Jesus do Monte. Por... Em curandel «A'quelas florestas sinto eu

atado ainda o coração por mui tragadoras lembranças. Em diversas estações da tninha vida lá fui eu conversar com o passado que ahi me florira, ou a inflorar esperanças, que reverdeceram no pó d'outras que se desfizeram.» O Autor.—«Memorias do Cárcere», T. l.o, Pref.). Porto. Viuva Moré—Editora. 1864. XXII—221 pags. Ene.

Matto raro. B. Municipal.

26 Outro exemplar. Por... 2.» edição. Porto. Liv. Chardron. 1906. XXIII — 251 pags. Br.

C. o ret. de Camillo. — Raro. Dk. F. Valladarez.

27 Outro exemplar. Por... 3.a edição. Porto. Liv. Chardron. s. d.— 147 pags. XXXVIII vol. da col. Lus.— Ene.

A. E8TEVE8.

28—Brazileira (A) de Prazins. Scenas do Minho, por... Porto.E. Chardron. 1882. 392 pags. Ene.

1.* «dição. Impresso em bom papel e principiando todos os capitolos por artisti- cas letraa ornamentais. Karo.

Dr. F. Valladarez.

29—-—Outro exemplar. 3.a edição, conforme a l.a revista pelo autor. Porto. Liv. Chardron. s. d. 269-1 pags. il. 14.° vol. da col. Lus. Ene.

. B. Municipal. 30 Outro exemplar. 4a edição. 227-1 pags.

ft. Esteves. 31—Brilhantes (Os) do Brasileiro, por... 4a edição. Revista e correcta pelo

autor. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 248 pags. XXV vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

ft. Carijó so, 32 Outro exemplar. 6.a edição, mesmo editor. 1922. 215 pags. Ene.

ft. E8TKVKS. 33—Bruxa (A) do Monte-Cordova. Romance por... 2.a edição. Lisboa.Comp. Ed.

de Pub. 111. s. d. 279-1 pags. Ene. B Municipal.

34 Outro exemplar. 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 238-H pags. XXVI vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Br.

B. Municipal. 35 -Outro exemplar.

A. Cardoso. 3 6 Outro exemplar.

Dr. ft. Malapaia. 37 -Outro exemplar.

J. Ma roues.

— XIII -

38—Cancioneiro Alegre de Poetas Portugueses e Brazileiros. Comen- tado por... Livr. Internacional de Ernesto Chardron—Editor. Porto e Braga. 1879. Ene.

1.* edição. C. Ex-llbris da Cam. do Exp. Dr. J. S. Calla do.

39 Outro exemplar. 2a edição, seguida dos Críticos do Cancioneiro. 2 vol. Ene Por- to. Ernesto Chardron. 1887. 320 e 329 pags.

B. ni'NICIPAI..

40—Carlota Angela. Romance original por... Porto. Em casa de Cruz Coutinho- Editor. Rua dos Caldeireiros, n.os 18 e 20. 1860. In. 8.°. Ene.

2.* edição. C. an. aat. de A. Pratt e Ex-libris do Cam. da Exp. Dr. J. S. Callado.

41 Outro exemplar. 5.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 232 pags. XXVII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

R. Cardoso.

42—Carrasco (O) de Victor Hugo José Alves. Por .. Liv. Internacional de Ernesto Chardron, Porto. 1872. In. 8.° Ene. de 252 pags.

Este romance é fundamentalmente o mesmo qae o anteriormente publicado com o titulo de "A Infanta Capellista" eoja edição foi retirada do mercado, a pedido do Imperador do Brasil D. Pedro II. P. F. Tiiomaz.

4 3 Outro exemplar. Em citrandel «Os cantaré un estrano cuento que no ie avreis oydo tal en toda vuestra vida. M. Cervantes — Novelas.» 3.4 edição, reconst. o texto do rom. in. «A Infanta Capelista». Porto. Liv. Chardron. s. d. XII-227-I pags. XX vol. da coll. Lus. Ene. ft. Cardoso.

4 4 Outro exemplar. 4.a edição. XI-198-II pags. Ene. ft. Estrvkí.

45—Cavar em Ruínas. Por . Em curandel «O livro liade ser do que vai escripto n'elle. B. Ribeiro—Menina e moça». 2.a edição. Lisboa. Livraria de Campos Junior- Editor. In. 8. Ene.

Com as seguintes anotações de A. Pratt, escriptas a lapis no verso do frootespicio. que por serem elucidativas ãcerca da identificação da edição, transcrevemos: "Este livro teve só esta edição- O livreiro Campos Junior, é que a mascarou de 2.", adaptando-lhe novo frootespicio. e para a ilusão ser mais completa, substituiu por outras, qae mandou reimprimir, a primeira e ultima folhas de 16 pa(j. cada uma". C. Èx-llbrls da Cam. do Exp.-Rara.

Dr. J. S. Callado.

4 6 Outro exemplar. 2.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1902. 216 pags. X vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

B. flCNICIPAI.. 4 7 Outro exemplar. 3.â edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1912. 210 pags. Ene.

B. Mcxicipai..

48—Caveira (A) da Martyr. Romance histórico "em seguimento da «Filha do Regici- da». Por-. Lisboa. Livraria Editora de Mattos Moreira 8: Comp.4, 68, Praça de D. Pedro, 68. 1875—3 vol. Ene.

1." edlçio.-Bastante r»r«- Tem 3 pags. completas com an. aat- Interessantíssimas de A. Pratt. Com Ex-libris da Cam.do Exp.

Dr. J. S. Callado.

49 Outro exemplar. 3 vol. Lisboa. Livraria de Matos Moreira. 1876. Só o 3.» vol. 330 pags. Ene.

J. GOMÇAI.YKB.

— XIV —

50 Outro exemplar. 3.' edição. Lisboa. Tavares Cardoso & Irmão. 1902. 531 - 11 pags. Ene. „ _ 1 s ft. Cardoso.

51—Cego (O) de Landim. Por... Lisboa. Livraria de Mattos Moreira. 1876.Br.de de 80 pags. Faz parte de «As Novellas do Minho» de que é o n.° 3.

Dh. J. S. Ca u.a no.

52 Clero (O) e o Sr. Alexandre Herculano. Por... Lisboa. Casa Ventura Abrantes, s. d. (1924). 14 pags. Br.

Ex. n.° 34 d'oma tir. dc 150 ex. nam. Ôr. F. ValladarSb.

53—Coração, Cabeça e Estomago. Romance, por... 2.» edição melhorada (pre- cedida de uma critica do Sr. A. A. Teixeira de Vasconcelos). Lisboa. Livraria de A. M. Pereira. 1864. In. 8.° Ene.

Com an. ant. de ft. Pratt e C. Ex-libris da Cam. do Exp. Dr. J. S. Callado.

54 Outro exemplar. 3.à edição. Lisboa. [Pare. A. M. Pereira. 1907. 246 pags. LXI vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

B. ftOKlClPAI..

55—Correspondência Epistolar entre José Cardoso Vieira de Castro e. . 2.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 231 e 232 pag. XI e XII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. 2 vols. Ene. n'um só. C|p4[

56 Outro exemplar. ft. Cardoso. 5 7 Outro exemplar. . „ „

bR. J. S. Cadlado.

58—Cousas leves e pesadas. Por... 2.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1908. 253—1 Pags. LXXV vol. das Obras de Camillo- Edição Popular. Ene.

B. nUNIOlPAL.

5Ç Cousas espantosas. Romance por... 3.a adição. Lisboa- Pare. A. M. 1 ereira. 1902. 225 pags. I vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Br. ntutciPAi

60 Outro exemplar. cardoso. 6 1 outro exemplar. 4.» edição. 1904. Ene. r numL

62— Outro exemplar. 5.» edição. 1911. 238 pags. Br. ^ ,u-nicipai..

63—Curso de Litteratura Portugueza. Pôr... Continuação e complemento por José Maria de Andrade Ferreira. 1876. 2 vol. 3o0 pags. Br.

Todo o 2.» »ol. i Camiliano.-Raro. p f Thomaz.

64—D. António Alves Martins BiSpo óe Vizeu. Esboço biographico, por... Porto. Viuva Moré. 1870. 31 pigs. Bif. B Cardoso.

65 —Outro exemplar. 2.* edição. Porto. Liv. Chardrôn. 1889. 36 pag- Ene. DR. F. Valladares.

66—Delictos da Mooldade. Pnmeiros atentados literários, por. .. Emcurandel «Pois

Camillo. Edição popular. Ene. B ni.M1CTPAL.

- XV -

/

W^£°!"0Í,Í0« (0) do °uro Romance original por... Lisboa. Mattos Moreira & C.» 1873. In. 8.° 2 vol. Ene. Illastrações de Bordello Pinheiro. l « edição . Pooco «olyer. C. Ex-libris do Com.

do fcxp. Com. an. aat. de A. Pratt. Da. J. S. Calla do.

68 —Outro exemplar. 1874. 211 e 220 pags. 2 vol. Ene. n'um só. Ao 1° falta o front., e ao 2.° as ultimas pags. da conclusão.

B. Municipal. WvYvm0ut|0 fixemp'sr. 2." edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905. 2 vol. XXXIII e XXXIV vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

A. Cardoso. 70—Difamação dos Livreiros (A) Sucessores de Ernesto Chardron.

1 or... I orto. Imprensa Civilização. 1886. 32 pags. Ene. junto com outros folh. Aroel de Melo.

71—pSvUidlndade de Jesus e tradição Apostólica por... Com uma carta dir. ao a pelo Sr. Visconde d Azevedo. Porto. Viuva Moré-Editora. 1865. XXXVII-190-II pags. Ene

B. Municipal. 72 - "0utr® exemplar !» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1003. 211 pags. XII vol.

das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

\l 73—Doida (A) do Candal. Por... 4.» edição, detinitiva, revista e corrigida pelo autor. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 231 pags. XIV vol. das Obras de Camillo. Edição po- pular. Ene. ^ '

74- Outro exemplar. B" nLMCIPAL-

74 A Outro exemplar. A" CABDOSO- J. G. L. Amorim.

7 5 Outro exemplar. 7.* edição. Mesmo editor 1922. 230 pags. Ene.

A. Brieves. V 76—Doze casamentos felizes. Romances por... Em curandel «Un livre dans Ie-

quel une seule ligne attaque rait la famille, serait une mauvaise action. «Legouvé» Histoire morale des femmes.» 3.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 215 pags IV vol' das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

77 Outro exemplar. n™A1- A. Cardoso.

78—Duas épocas da vida. Por..., incluindo o folheto intitulado «Hossana». 3.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 302 pags. XLIX vol. das Obras de Camillo Edição popular. Ene.

79 Outro exemplar. B" "t"ncIPAL- A. Cardoso.

^TZ?"38 H°ras de L®itura- Por-• • 4 " edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 173-1 pags. XV vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

81-Echos Humorísticos do Minho. Carta ao «Cruzeiro». Publicação quinzenal Por... Liv. Internacional de E. Chardron. Porto. 1880.

Collecção completa que se compõe de 4 opasculos reunidos nam volume e com as capas originaes. Estes opasculos são reproduções de cartas qainzenaes escri- ptas oeise ano de 188o ao jornal brazileiro MCrazeiro". C. an. de A Pratt e c. Ex-llbris da Cam. do Exp. Rara.

Dr. J. S. Callado. 82—Engeitada (A). Romance por... 4." edição; Lisboa. Pare. A. M. Pereira 1902

270 pags. Ill vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

— XVI -

83-Esboços de Apreciações Litteraria. Por... Lisboa. Livraria Moderna. 2.» edição. Br.

Com alguns relrato>. _ _ _ P. F. Thomaz. 84—Espada (A) de Alexandre. Corte profundo na questão ao homent-mulher e mu-

Iher-homeni, por Um socio prendado de varias Phiiarmonicas (Camillo Castelo Branco). Porto. Typ. da Casa Real. 1872. 50 pags. Br.

l.a edição. Pouco «algar. DK. F. Vaixadaf RS 85 Outro exemplar. P. F. Thomaz. 86 Outro exemplar. Dr. J. S. Callado. 87—Espinhos e Flores. Drama original por... Porto. Typ. de J. A. de Freitas Ju- * nior. 1857. 65 pags. Br.

I.* edição, ftaito rara. .. ,, D». F. Valladarez. 88—Esqueleto (O). Romance por... 4." edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1909.

272 pags. V vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. B. riUMCirAL. 89 Outro exemplar. 3.a edição. 1902. 276 pags. V vol. A. Cardoso. 89 A Outro exemplar. J. Q. L. Amorim. 90 Outro exemplar- 6.a edição. Mesmo editor. 1921. 271 pags. Ene.

A. Esteves.

91—Estrelas Funestas. Por... 4.» edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 236 pags. Ene. „ _ 1 ° B. flCNICIPAL.

92 Outro exemplar. 5.* edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 239 pags. L vol. das Obras de Camillo. Ediçâofpopular. Ene. ^ Cardoso

93 - Outro exemplar. DR. A. ("lALAEAIA. 94- Estrelas Propicias por... 2." edição, revista e emendada pelo autor. Lisboa.

Comp. Ed. de Pub. 111. s. d.'226-1 pags. Ene. B.,noMCIPAL.

95 Outro exemplar. 3.4 edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 208 pags. XXXI vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso-

96 Outro exemplar. 4.a edição. Mesmo editor. 1919. 212 pags. Ene. A. Esteves.

97—Favas (As) Negras. Por... Editor Alberto Salgueiro. 1924. Typographia Popu- lar. Figueira da Foz.

Feqaeno opusculo referente ã admissão de Camillo como Socio do Instituto de Coimbra, e que é reprodacção. da carta Já anteriormente publicada, qae Ca- milo escrevea ao Presidente do Instituto recasando o seu Diploma.

Dr. F. Valladares. 98 Outro exemplar. 9 9 Outro exemplar. 10 0 Outro exemplar.

10 1 Outro exemplar.

101 A Outro exemplar.

P. F. Thomaz

B. rU'mctPAi..

Dr. J. S. Call too.

m. Santos.

A. Esieves.

- XVII -

67—Demonio (O) do Ouro. Romance original por... Lisboa. Mattos Moreira & C.a

1873. In. 8.° 2 vol. Enc. (Ilustrações de Bordallo Pinheiro. P* edição . Poaco vulgar. C. Ex-libris do Cam.

do Exp. Cora. en. oat. de A. Prett. DB. J. S. C A I.LA DO.

68 —Outro exemplar. 1874. 211 e 220 pags. 2 vol. Enc. n'um só. Ao 1falta o front., e ao 2.° as ultimas pags. da conclusão.

B. Municipal. 69

v™0utr° exe?plar- 2 \ ed'íáo- Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905. 2 vol. XXXIII e aaaIV vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Enc.

A. Cardoso. 70—Difamação dos Livreiros (A) Sucessores de Ernesto Chardron

Por... Porto. Imprensa Civilização. 1886. 32 pags. Enc. junto com outros folh. Argel de .Ielo.

71—Divlndindade de Jesus e tradição Apostólica por... Com uma carta dir. ao a pelo Sr. Visconde d Azevedo. Porto. Viuva Moré-Editora. 1865. XXXVII-190-II pags. Enc'.

B. nUMCIPAL. 72 -—Outro exemplar. 2.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1003. 211 pags. XII vol

das Obras de Camillo. Edição popular. Enc. A. Cardoso.

73—Doida (A) do Candal. Por... 4.» edição, definitiva, revista e corrigida pelo autor. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 231 pags. XIV vol. das Obras de Camillo. Edição po- pular. Enc.

74 —Outro exemplar. B' nv*,c,rkl"

74 A Outro exemplar. A° Cakdoso* J. Q. L. Amorim.

75— Outro exemplar. 7.» edição. Mesmo editor 1922. 230 pags. Enc. A. Esievks.

V 76—Doze casamentos felizes. Romances por... Em curandel «Un livre dans le- quel une seule ligne attaque rait la famille, serait une mauvaise action. «Legouvé» Histoire morale des femmes.» 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 215 pags. IV vol! das Obras de Camillo. Edição popular. Enc.

_ - . , B. m-NiciPAi. 77 Outro exemplar. A. Cardoso.

78—Duas épocas da vida. Por..., incluindo o folheto intitulado «Hossana». 3a

edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 302 pags. XLIX vol. das Obras de Camillo Edição popular. Enc.

nr\ a i Municipal. 79 — Outro exemplar. A. Cardoso.

80—Duas Horas de Leitura. Por... 4.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 173-1 pags. XV vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Enc.

A. Cardoso. 81—Echos Humorísticos do Minho. Carta ao «Cruzeiro». Publicação quinzenal

Por... Liv. Internacional de E. Chardron. Porto. 1880. Collecção completa que se compõe de a opúsculos reunidos nam volume e com as

eapas origlnaes. Estes opúsculos são reproduções de cartas quinzenaes escri- ptas nesse ano de 188o ao jornal brasileiro "Cruzeiro". C. aa. de A. Pratt e c. Ex-libris da Cam. do Exp. Rara.

Db. J. S. Callado. 82—Engeitada (A). Romance por... 4 a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira 1902.

270 pags. Ill vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Enc.

- XVI —

83- Esboços de Apreciações Litteraria. For... Lisboa. Livraria Moderna. 2.» edição. Br.

Com alguns retratos. _ _ _ P. F. THOMAS. 84—Espada (A) de Alexandre. Corte profundo na questão ao homeni-mullter e mu-

lher-homem, por Um socio prendado de varias Philarmonieas (Camillo Castelo Branco). Porto. Typ. da Casa Real. 1872. 50 pags. Br.

i.» edição. Poaco vulgar. _ ,, Dr. F. Valladaíbs* 85 Outro exemplar. P. F. Thomas. 86 Outro exemplar. dr. j. s. Callado. 87—Espinhos e Flores. Drama original por... Porto. Typ. de J. A. de Freitas Ju- ' nior. 1857. 65 pags. Br.

1.* edição, fluito rara. _ Da. F. Valladares. 88—Esqueleto (O). Romance por... 4." edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1900.

272 pags. V vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. B. flUKlCIPAL, 89 Outro exemplar. 3.a edição. 1902. 276 pags. V vol. A. Cardoso. 89 A Outro exemplar. J. (i. L. Amorim. 90— Outro exemplar* 6.a edição. Mesmo editor. 1921. 271 pags. Ene.

A. Esteves.

91—Estrelas Funestas. Por... 4.» edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 236 pags. Ene. „ _ 1 " B. flUNIClrAL.

92 Outro exemplar. 5.* edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 239 pags. L vol. das Obras de Camillo. Ediçâofpopular. Ene. A. Cardoso.

9 3 Outro exemplar. DU. A. ftALAFAIA. 94_Estrelas Propicias por... 2.a edição, revista e emendada pelo autor. Lisboa.

Comp. Ed. de Pub. III. s. d.'226-1 pags. Ene. 1 ' MMemcipai.. 95 Outro exemplar. 3.* edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 208 pags. XXXI

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

96 Outro exemplar. 4.* edição. Mesmo editor. 1919. 212 pags. Ene. A. Esteves.

97—Favas (As) Negras. Por... Editor Alberto Salgueiro. 1924. Typographia Popu- lar. Figueira da Foz.

Peqaeno opúsculo reterente s admissão de Camillo como Socio do Instituto de Coimbra, e que é reprodneção. da carta já anteriormente publicada, que Ca- milo escreveu ao Presidente do Instituto recasando o sen Diploma.

Dr. F. Valla dares. qg Outro exemplar. p F. Thoma,

9 9 0utr<) exemplar. B humctpal.

10 0 0utro exemplar DR. j. S. CALLADO. 10 1 Outro exemplar. santos.

101 A Outro exemplar. a

- XVII -

102—Éilha (A) do Arcediago. Por.. 4.a edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 391 pags. Ene.

B. m-sicipAi.. 103 - Outro exemplar. 5.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905. 296 pags. XXXVI

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.. A. Cardoso.

104 Outro exemplar. 6.a edição. Mesmo editor, 1918. 273 pags. Ene. A. Estkvks.

105-Filha (A) do Doutor Negro. Por 3.a edição. Lisboa. Comp. Éd. de Pub. III. s. d. 311 pags. Ene.

DR. A. flALAFAIA. 105 A— Outro exemplar.

J. G. L. Amorim. 10 6 Outro exemplar.

B. ru-siciPA i.. 107 —Outro exemplar. 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M, Pereira. 1904. 264 pags. XXX

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

10 8 Outro exemplar. 5.a edição. Mesmo editor. 1919. 257 pags. Ene. A. Estkvks.

109—Filha /A) do Regicida. Por... Lisboa. Livraria Editora de Mâttos Moreira 8c C.a

In. 8.° dè 248 pags. 1.* ediçSo. Pouco vulgar. C. Ei-I!brl« da Cam. do Exp. Tem ama pag. completa c. an. aut. de A. Pratt.

Dr. J. S. Callado. 110 Outro exemplar. 3.a edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 261-1 pags. Ene.

2.* edlcSo e nXo 3.*, como vem no front. DR. A. riAl.AKAIA.

11 1 Outro exemplar. B. Municipal.

11 2 Outroexemplar. 4." edição. Lisboa. Pare. À. M. Pereira. 1904- 224 pags. XXXII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

A. Cardoso. 113 General (O) Carlos Ribeiro (Recordações da mocidade). Por... Porto. Liv.

Civilização de Eduardo da Costa Santos-Editor. 1883. In. 8.° de 71 pags. I." edlçSo. Pouco valgar. C. Ex-libris da Cam. do Exp. e c. ao. aut. de A. Pratt.

Dr. J. S. Callado. 114 Gracejos que matam. Por... Lisboa. Liv. Editora de Mattos Moreira 8c C.1

1875. de 95 pags. Br. Faz parte da collecçSo 'Novellas do Minho*. Pouco vulgar.

Da. J. S. Callado. 115—Historiade uma porta. Por... In.«Povo de Cabeceiras» n 05 362, 383, 384 e 3S7

(Março-Abril de 1908). Dr. F. Valladarks.

116—Horas de Paz. Escritos Religiosos por... 3.a edição revista e emendada. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 2 vol. 206-1 e 206 pags. XX e XXI vol. das Obras de Camillo. Edição popular, n'um só vol.

B. fll NICIPAL. 117— Outroexemplar.

A. Cardoso. 118—Judeu (O). Romance por... 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 2 vol.

243 e 254 pags. XLVII e XLVIII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. B. nuNICIPAL.

119— Outro exemplar. A. Cardoso.

— XVIII -

120 Outro exemplar. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. 111. s. d. 245 e 261 pags. 2 vol. Ene. n'urti só.

J. GONALVK9. 121—Lagrimas Abençoadas. Romance por.. Porto. Em Casa de Cruz Coutinho-

Editor. 1S63. Ene. 2." edição C. ex-libris da Cam. do Exp. e c. an. aat. de A. Pralt.

DR. J. S. CAI.I.Aix». 122 Outro exemplar. 3.a edição. Lisboa. Comp. Ed. Pub. 111. s. d. X-254 pags. Ene.

A. Esteves. 123 Outro exemplar. 4.a edição, Lisboa. Pare. A. M. P. Pereira. 1006. 220 pags. II

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. B. nONICIPAL. 134 Outro exemplar. A. Cardoso, 125—Livro de Consolação. Romance por-. • 4.a edição. Porto. Liv. Chardron. s. d.

240 pags. XXVII vol. da Col. Lus. Ene. A. Esteves. 126—Livro Negro de Padre Diniz. Romance em continuação cos «Mysterios de V

Lisboa». 4.a edição. Porto. Paulo Podestá-Editor. 1880. IX-272 pegs. Ene. B. nuxicir. i..

127 Outro exemplar. 7.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 2 vol. 45 e 46 das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

128—Lubis-homem O. Comedia original e inédita, em 3 actos, por • • Visconde de Correa Botelho. (1850). Com um pretacio de Alberto Pimentel. Liv. Editora Guimarães & C.a Lisboa. 1900. In. 8.° de 91 pags. Ene.

C- »n. de A. Prntt e e. Ex-llbris da Cam. do Exp. DR. J. S.CAM.ADO. 129 Outro exemplar. F. F. Thoraz. 130 Outro exemplar. DR. F. Valladares. « 131—Lucta de gigantes. Narrativa histórica. Por... Porto. Typ. do Comercio. 1865.

In. S.° de 240 pags. Ene. 1." edição. Fooco vulgar. C. Ex-libris da Cam. do F-xp. e c. an. aut. de A. Pratt.

DR. J. S. CALUADO.

132 Outro exemplar. 4.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 248 pags. LII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. B. riUHICIPÀL.

133 Outro exemplar. Cardos(>

134 Outro exemplar. Sent front. Edição da Trav. da Queimada. 277 pags. Ene. A. Esteves

135-D. Luiz de Portugal neto do Prior do Crato. (Quadro histórico). 1601- 1660. Porto. Liv. Civilização de Eduardo da Costa Santos-Editor. Por .. In. 8. de - pags. Ene. p p. thomaz.

136-Manuel de Faria e Sousa. Estudo histórico, por. Artigo oc. as pags. 83 a 96 d'um Aem. ou Ency. sem front. } marqvrs.

137- Maria da Fonte. A proposito dos Appontamentos para a historia da revolução do Minho em 1846 publicados recentemente pelo reverendo Padre Casimiro celebrado t fe da insurreição popular. Porto. Liv. Civilisação. 1883. 4-3-1 pags. r.nc. ft, Carbosi.).

— XIX -

138 Outro exemplar.

139 -Outro exemplar. p- F* THOM*z- Dr. José Jardim.

144 -Outro exemplar. 3.» ediçào, segundo umas emendas deixadas pelo a. Porto. Liv. Chardron. s. d. 240 pags. il. XXXIV vol. da Col. Lus. Ene.

141 Outro exemplar.

141 A —Outro exemplar. dr. a. malaiaia. ... d A . . J. G. L. Amorim. 141 B Outro exemplar.

142— Maria Moyséa. Por... VII e VIII vol. das «Novellas do Minho». Lisboa. Liv. Mat- tos Moreira. 1876. 77-74-H pags. Ene. c. as capas de br. e por aparar.

Poaco valgar. Dr. F. Valladarez.

Outro exemplar. Trad, espanhola, por P. B. S. Barcelona. Antonio Lopez, s. d. 183-1 pags. Br. 1

Dr F. Valladarez. ' —Mania ! Não mo mates, que sou tua mãe! Por... Lisboa. Casa Ventura

Abrantes, s. d. (1924). 13 pags. Br. Ex. n.° M d'amA tiragem de ISO ex. nam.

Dr. F. Valladares 145- Mata-a ou ella te matará, Ou homem-muiher ou mulher-homemi

Ou nem Hornem nem Mulher..Scenas da Vida Conjugal, por... Com um prefacio ine- íTr?d"çáo aprimorada de Gervásio Lopes Canavarro. Mestre da Philarmonica de Afife, Ex-Sachristâo da Irmandade do Cordão e Chagas, e Confrade do Joaquim dos Músicos. Liv. Internacional de Ernesto Chardron. Porto. In. 8.° peq. de 48 pags. Br.

Folheto interessante e malto raro qae tem sido atribuído a Camillo. Dr. J. S. Callado.

14 6 Outro exemplar. Pags. 211 a 262, da X vol. do Col. Lus. Ene. B MUNICIPAL.

14 7 Outro exemplar. A . , A. Cardoso. 14 8 Outro exemplar.

, A. Esteves. 149—Matricidlo sem exemplo. Uma Hlha que matou e esquartejou sua propria

Mãi Mathilde do Rosario da Luz, em Lisboa na Travessa das Ereiras, N.° 17. A's al- mas sensíveis—aos paes de família— e aos bons Christãos offerece-se em meditação, a descripção do atentado praticado pela perversa matricida Maria José, seguido do inter- rogatório da Accusada, e da Sentença do Tribunal do 1.° Districto, que a condemnou a morrer numa forca, no Campo de Santa Clara, em Lisboa. 3.a edição. Publicada por Guimarães & Silva. I11.-8.0 de 166 pags. Br.

E assim classilicada na Camiliana de J. dos Santos, com Prelado de Vitorino Ri- beiro, que traz mesmo am lac-simile do frontespicio da obra.

Dr. J. S. Callado. 150—Memorias do Cárcere. Por... 4.* edição. Comp. Ed. Publ. III. Porto. s. d. 2

vol. Ene. em um, 8.° de I.XI-195 e 239 pags. Dm. A. Malafaia.

151 Outro exemplar. 5.a edição. Lisboa. A. M. Pereira. 1906. 2 vol. 220 e 212 paes. LIII e LIV das Obras de Camillo. Ediçào popular. Ene.

B. Municipal. 152 Outro exemplar.

A. Cardoso. 153—Memorias de Fr. João de S. Joseph Queiroz, Bispo do Grão Pará, com

uma introducção e muitas notas illustradas. Por... Porto. Liv. Nacional, 186S. Br. de 214 pags.

Pouco vulgar. Dr. J. 5. Callado.

154—Memorias de Guilherme do Amaral. Obra posthuma. Editada por... 3.a

edição revista e correcta. Lisboa. Coinp. Ed. de Pub. ill. s. d. 211 pags. Ene. B. fllIKICIPAL.

[55 Outro exemplar. 4.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905. 200 pags. XVI vol. das Obras de Camillo. Edição popular Ene.

B. nUNlCIFAL. 155 Outro exemplar. Mesma edição.

ft. Cardoso. 157 Outro exemplar. 5.a edição. Mesmo editor. 1918. 200 pags. Erjc.

B. PlUNIClPAL. 15S Outro exemplar. Mesma edição. ft. F.stbves. 159—Morgado (O) de Fafe Amoroso. Comedia em 3 actos. por... Lisboa. Liv.

A. M. Pereira. 1865. 68 pags. Br. 1." edição. Kara. Dr. F. Vali.a dares.

160—Mosaico e Sylva de Curiosidnder. Históricas Litterarias e Biogra- phicas. Por... Porto. Anselmo do Moraes-Editor. 1868. In-8.° de 205 pags. Br.

1." edição. Rara. Interessante por n'elle se encontrar a reprodução de alguns es- criptos de Camillo que se publicaram na "Gazeta Litteraria do Porto", 1806.

P. F. Thomaz. 161 —Outro exemplar. Porto. Liv. Chardrou. s. d. 254 pags. XXIII vol. de Col. Lus.

Ene. ft. Esteves.

16 2 Outro exemplar. A ROEI. DE .ft ríl.o.

162 A Outro exemplar. J O. Coelho.

163—Mulher (A) Fatal. Por... 2 a Edição. Revista e emendada pelo auctor. Lisboa- Liv. de Campos Junior. Editor. In.-8.° Ene. de 228 pags.

Com an. de ft. Pratt'e C. Ex-libris da Cam. do Exp. Pouco vulgar. Dr. J. S. Calla do.

164— Outro exemplar. 4.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1902-212 pags. IX vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Elie.

ft. Cardoso. 165—Mulheres e Lagrimas. Livro de Amor e do Coração. Por... Contém um pref.

de Nuno Catharino Cardoso. Dep. Portg. Edt. Lisboa. 55 pag. Br. D». A. rtALAPAlA.

166 Outro exemplar. Dh. F. Valladaues.

167—Murraça (A). Poema épico em trez contos, por... 3.a edição il. com uma carta inédita do a. e palavras do editor (M. Cardoso Martha). Figueira da Foz. Imp. Lusitana. 1916. 1 folheto 21 pags. Br.

Esemplar n.° 31, da tiragem de SO ex. num. B fVraiciPAL.

16 8 Outro exemplar. N.° 46. Papel commum. P. F. THOHaz.

16 9 Outro exemplar. Sem numeração. Papel especial. P. F. Tiiomaz.

169 A Outro exemplar. Carlos Rocha.

170—Mysterios de Fafe. Romance Social, por. • Em curandel. «O diluvio, que afo- gou a Europa no anno 2000, foi necessário e providencial: tanto era a corrupção da- queles povos! (Um filosofo Aziatico que ha de escrever no ano 3521)». 2a edição. Lis- boa. Liv. de Campos Junior. 1877. In-8.° Ene. de 239 pags.

Com ao. de ft. Pratt e Ex-libris da Cam. do F.xp. Dr. J. S. Calla do.

— XXI -

>/

171 Outro exemplar. 5.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1906. 254 pags. IV vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Br.

B. MUXICIPAL. 172— Mysterios de Lisboa. Por. .. 6.» edição. 3 vol. Comp. Ed. de Publ. III. Lis-

boa. Br. Dr. J. S. Callado.

173—- -Outro exemplar. 7." edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905. 3 vol. 42 a 44 vol. das obras de Camilo. Edição popular. Ene.

. A. Cardoso. 173 A.- Outro exemplar.

J. G. L. Amorim. 174—Narticos. Por .. I-Traços de D. João 3.° (Historia). O sr. Ministro (Romance).

II-Notas bibliográficas, históricas, criticas e humorísticas. Porto. Clavel & Cia. 1882. 2 vol. 299-11 e ÍII-335-III pags. Ene.

l.# edição. Este» doit vol. encerram interessantes art. pab. na "Bibliographica Portuguesa e Estrangeira,, e "Sambianas". Rara.

Dr F. Valladares. 175 — Outro exemplar. Porto Comp. Port. Editora. 1920. 256-1 e 200 pag. 2 vol.

Br. Arqel dk Hello.

176—Neta (A) do Arcediago. Porto. Em casa de A. R. da Cruz Coutinho-Editor. 1874. In-8.° de 178 pags. Ene.

3.* edição. C. an. eat. de A. Pratt e c. Ex-libris da Cam. do Exp. Dr. J. S. Callado.

177 Outro exemplar. 5.4 edição. Lisboa. Tare. A. M. Pereira. 1905. 231 pags. XXXVI vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

A. Carloso, 178—Noites de Insomnia. Offerecidas a quem não pode dormir. Por... Publicação

mensal. Porto. Liv. Internacional de E. Chardron. 1874. Collecção completa composta de 12 n /■ de Janeiro a Dezembro, distribaidos

por 4 vol. encadernados. C. an. aot. de A. Pratt e c. Ex-libris da Cam. do Exp.

Dr. J. S. Callado. 179—Nostalgias (Ultima prosa rimada). Por... Porto. Typ. de Manuel de Sousa Fer-

reira. 1888. In-8.° de 54 pags. Br. Dr. Joaquim df. Carvalho.

180—Novellas do Minho. Por... 2a edição. 3 vol. ene. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. XVII e XIX das Obras de Camillo. Edição popular.

A. Cardoso. 181—Óbolo ás Creanças. Por Francisco Martins Sarmento e.. • Colaborado por

Joaquim Ferreira Moutinho. Porto. Imp. Port. 1887. LXXXV-174-VI-pags. Ene. c. as capas da br.

Composto e impresso em diversos typ. do Porto. Apreciado e poaco vulgar. A. Cardoso.

182——Outro exemplar. Ene. c. as capas de br. e por aparar. Aroel de Mello.

183 -Olho (O) de Vidro. Romance histórico. Por... L'sboa. Liv. de Campos Junior- Editor. In-8.° de 200 pags. Ene.

E' curioso nolsr que este exemplar não tem qualquer designação de edição, ao passo que am outro exemplar mencionado na Cam. de J. dos Santos (edição de 1916, c prelude J. Vitorino Ribeiro) tem expressamente designado 2." edi- ção. e alli se explica como o livreiro Campos Junior artiliclosamente apresen- tou a 1.' edição no mercado como se realmente tosse da 2." O exemplar aci- ma citado de J. Santos, apesar de pertencer ã pseudo-2." edição vem alli ex- pressamente indicado, como pertencendo ã 1,*, donde se deve concluir que o presente exemplar i particularmente curioso e merecedor de especial attenção por pertencer integralmente ã 1." o qae lhe imprime um maior caracter de raridade. Contem an. nat. do Cam. A. Pratt qae como 1." edição a classifica, e qae comenta dama maneira assás sarcástica o procedimento do livreiro Campos Junior.'.C. Ex-libris da Cam. do Exp. 1." edição- Muito rara.

Dr. J. S. Callado.

— XXII -

184 Outro exemplar. 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1904. 220-IV pags. 30CIII vol das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

184 A Outro exemplar. J. Q. L. Amorim. 185—Onde está a Felicidade ? Romance por... Cruz Coutinho-Editor. 1878. 263

pags. Ene. +.' . Cam. do Exp. V1 edlçdo já pouco comum. C. uma pag, de an. aut. de A. Pratt e c. Ex-libris • » Ex Dr. J. S. Cai.LAdo.

18 6 Outro exemplar. B. Municipal. 18 7 Outro exemplar. 6.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905.295 pags. XXXIX

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Cardoso.

188—Parente (O) de Cincoenta e Tres Monarches. Por... Separata do «Diário de Noticias» de 30-1X e I-V 1924, c. uma nota bibliographica, por Antonio da Costa Leão. Lisboa. Typ. da Emp. do «Diário de Noticias». 1924. 16 pags. Br.

Dr. F. Valladarbs.

189_Perfil do Marquez de Pombal. Editores-Proprietarios Clavel&C.a e L. Cou- to. Porto. Rio de Janeiro. MDCCCLXXXII. Por .. In-8.° de XVI-316 pags. Ene.

Copiosas an. aut. de A. Pratt e c. Ex-libris da Cam. do Exp. Raro. Dr. J. S. Callado.

19 0 Outro exemplar. 1

P. F. Thomaz. 191 Outro exemplar. B. Municipal. 192 —Outro exemplar. J. Gonçalves. 193 — Outro exemplar.

Dr. F. Valladares.

194- Praga (A) Rogada nas Escadas da Forca. Romance por... Liv. Port. Edit, de Joaquim Maria da Costa. Porto. Peq. Br. de 32 Pags.

Pouco comum. Dr* J. S. Callado.

195—Quatro horas inocentes. Por... 2.a edição. Lisboa. A. M. Pereira. 1904. 230-1 pags. XXVIII vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Ene.

B. Municipal. 196 Outro exemplar. A. Cardoso.

197— —Outro exemplar. 3.a edição. Mesino editor. 1919. 230-1 pags. Ene. A. Esteves.

198—Queda íA) de um anjo. Romance por... 4.a edição, revista e correcta. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 268 pags. Ene. ' B. Municipal.

199_Que (O) fazem as mulheres. Romance tilosofico por... 3.a edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 225-1 pags. Ene.

B. Municipal. 199 A —Outro exemplar. J. Q. L. Amorim.

20 0 —Outro exemplar. 5.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1919. 220 pags. LXII vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Ene. A. Esteves.

- XXIII -

201—Questão da Sebenta. 1—Notas á Sebenta do Dr. Avelino Cesar Callisto. Lente de Hist. Eclesiast.

Port., por... Porto. Ernesto Chardron. 1883. 15 pags. 1.® e 2.® edição. II e III—O Sr. Camillo Castelo Branco e as suas Notas á Sebenta, por Av. Cesar

Augusto Callisto.—Duas palavras ao Sr. Camillo Castelo Branco, por Jose Maria Rodrigues. Porto. Ernesto Chardron. 1883. 15 pags.

IV—Notas ao folheto do Dr. Avelino Cesar Callisto, por... Porto. Ern. Chardron. 1883. 15 pags.

V—A Cavalaria da Sebenta. (Resposta ao theologo), por. . Porto. Ern. Chard. 1883. 23 pags.

VI—As Evasivas do Sr. Camillo Castelo Branco, por José Maria Rodrigues Porto. Enr. Chard. 1883. 23 pags.

VII—Segunda Carga da Cavalaria (Réplica ao Padre), por... Porto Erc. Chard. 1883. 36 pags.

7 folha. ene. jantos c. mais dois. Poaeo vulgar.

202 —Outro exemplar. Folh. II, V, VI, VII e IX.

20 3 Outro exemplar. Collecção completa.

20 4 Outro exemplar. Só o folheto VII.

AKGEL DR MELO.

B. Municipal.

Dr. J. S. Callvdo.

Dr. F. Valla da res. 205—Regicida (O). Romance histórico. Por... Lisboa. Liv. Editora de Mattos Moreira

& C.» 1874. In-8.0 de 232 pags. Ene. 1. ' edição. Pouco vulgar. C. Ex-libris da Cam. do Exp. e c# an, aut. de A. Pratt.

20 6 Outro exemplar. 3.» edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d. 264-1 pags. Ene. Erradamente indica aer 3." edição qnando devia ser 2.*

B. Municipal. 20 7 Outro exemplar. 4.* edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1905. I pags. XXXV

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. Erradamente indica aer A.* edição, quando <5 3.*

B. Municipal. 20 8 -Outro exemplar.

A. Cardoso. 20 9 Outro exemplar. 5.a edição. Mesmo editor. 1919. 220-1 pags. Ene.

ft. Esteves. 210—Retrato (O) de Ricardina. Romance por.. Lisboa. Liv. de Campos Junior.

Editor. In.-8.° Ene. de 230 pags. Segundo Henrique Marques, e as interessantes an. aut. de A. Pratt, que este cu-

rioso exemplar apresenta, esta Edição, s. d- 6 de 1868, céu." C. Ex-libris da Cam. da Exp.

Kara. Dr. J. S. Callado.

210 A Outro exemplar. 3." edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. LVIII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

J. O. L. ftMORIM. 211 — Outro exemplar. 4.® edição. 1907. 247 pags. Ene.

b. nrxiciPAr.. 212 Outro exemplar. 6.* edição. Mesmo editor. 1921. 248 pags. Ene.

ft. ESI EVES. 213—Romance (O) dum homem rico. Por. . 5.' edição ill. com um prologo de

Thoinaz Ribeiro. Em curandel: «. • Connaítre le valeur de 1'argent et le sacrifier tou- jurs, soit au devoir, soit même à la délicatesse, e'est une vertu réelle. «Senancourt» (Rêveries).» Porto. Liv. Chardron. s. d. XXil-249-I pags. XVI vol. da Col. Lus. Ene.

B. fllJMCIPAI..

— XXIV —

>» . ' .» 214 — Outro exemplar.

A, CARDOSO. ~ 21 5 Outro exemplar.

Dll. A. MALA FAIA, 215 A Outro exemplar.

J. O. Coelho. 216 Sá He Miranda. Por Antero de Quental e . . Com uma carta ácerca da biblio-

graphia camiliana de Henrique Marques, por Joaquim de Araujo. Lisboa. Typ. da Comp. Nac. Editora. 1894. Br. de 38 pags.

ft parle Camlllfana vae de peg. >6 a 28 e tem por titalo! "Ume Setyre de Sé de Miranda'*.

Dr. J. S. Calla do. 217—Salve, Rei! Seguida de outras curiosidades bibliographicas cemilianaa, por.

Lisboa. Casa Ventura Abrantes, s. d. 1924. 15 pags. Br. Ex. n.° SA d'ame tiragem de ISO ex. liam. D». F. Valladarks.

218—Sanque (O). Romance por... IA edição. Lisboa. Campos Junior-Epitor. s. d. 1868. 255-1 pags. Ene.

Pouco vulgar. H. Municipal. 219 Outro exemplar. 4.» edição- Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1921- 254 pags. L1X vol.

das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. ft. Esteves. 220—Santo (O) da Montanha. Nova edição (?) Lisboa. Comp. Ed. de Pub. Ill- s. d.

299 pags. Ene. B. neXICIPAL. 220 A Outro exemplar. J. Q. L. Amorim 221 Scenas Contemporâneas. Por- ■ 3.4 edição. Comp. Ed. de Pub. 111. Lisboa,

s. d. 296 pags. Ene. B. fUMCII'AI. 222—Scenas da Foz. l.° volume, por- 4.'edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. Ill-

s. d. 274 pags- Ene. B. /U-MCIPAL. 223—Senhor (O) do Paço de Nenáes. Romance, por. . 3a edição. Lisboa. Pare. "A. M. Pereira. 1902- 235 pags- VII vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

B. MUNICIPAL. 224 Outro exemplar. «• ft. Cardoso.

225 Outro exemplar. 5.a edição. Mesmo editor. 1919. 234 pags. Ene. A. Esteves.

226—Senhora (A) Rattazzi. Por... Porto. Ernesto Chardron. 1880. 30-1 pags. Br. 1.' edição. Rara. _ Dr. F. Valladarks,

227— —Outro exemplar. Nova edição, mais correcta e aumentada. 38 pags. Br. 2." edição. Poaco vulgar. Dr. F. Valladarks.

228 Outro exemplar. p. F. Thomaz. 229—Sentimentalismo e Historia. Liv. Int. de Ernesto Chardron. Porto. 1879.

302 pags. Ene. 1." edição. Rara. _ _ _ P. F. TmomaZ.

229 A — " Outro exemplar. 2.a edição. Porto. 1880. J. Q. L Amorim. 230 — Outro exemplar. 3.a edição. Porto. Liv. Chardron. 1897. 286 pags. Ene.

Dr. F. Valladarks.

— XXV -

231——Outro exemplar. 4.» edição, s. d. Col. Lus. 2 vol. Ene.

232 Outro exemplar. 5.a edição.

232 A Outro exemplar. 6.* edição. B" _ . ....... J- O. Coelho. 233—■—Outro exemplar. 7.a edição.

A. Esteves. 234 -Sereia (A). Romance por... Porto. Em Casa de Manuel Teixeira Maciel-Editor.

1887. ln-8.° de 269 pags. 2.* edição. r'ouco comum. C. Ex-llbri» da Cam. do Exp.

D is. J. S. Calla do. 235 Outro exemplar. Lisboa. Emp. da Hist, de Port. 1900. 11-327 pags. Ene.

C. Ex-Iibris Cam. do Exp, ... _ . . IDE. J. S. CA LLADO. 23 6 Outro exemplar. „. _ . . Joaquim Cardoso. 236 Outro exemplar.

_ . ft. Cardoso. 238 Outro exemplar.

J. Marques. 239—Suicida. Por .. Em curandel: «Cada suicida é uuj poema sublime de melancolia.

Balzac.» Porto. Liv. Chardron. 1880. 31 pags. Ene. B. Municipal.

240—Tres_ (As) irmans. Romance por... 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1902 VI-257 pags. II vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

_ . . B. Municipal. 24 1 Outro exemplar. „ . ft. Cardoso. 24 2 Outro exemplar. 4.a edição. Mesmo editor. 1905. 269 pags. Ene. ... B. Municipal. 24 3 —Outro exemplar. 5.* edição. 1912. 266 pags. Ene.

J. Gonçalves. 244—Trevas (Nas). Sonetos sentimentaes e humorísticos. Por... Lisboa. Liv. Ed. Ta-

vares Cardoso. 1890. In-8.° peq. de 87 pags. Br. Pouco comum.

Dr. J. S. Callado. 345—Ultima Victoria de um Conquistador. Por... In-vol. l.° da col. «Diário

de Noticias». 1925. 337-1 pags. Br. ... _ . , Dr. F. Valladares. 246 Outro exemplar.

Dr. A. Malafaia. 247—Um Homem de Brios. por... 4.* edição. Lisboa. Comp. Ed. de Pub. III. s. d.

XI-304 pags. Ene. B. Municipal.

248 Outro exemplar. 5." edição. Lisboa. Pare. A. M. Peeeira. 1905. 230 pags. XL vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

A. Cardoso. 249—Um Livro. Por... Porto. 1858. Typ. de F. O. da Fonseca. In-8.° de 214 pags. Ene

2." edição. Poaco vuljar. C. Ex-libris da Cam. da Exp. Dr. J. S. Callado.

250 Outro exemplar. 4.4 edição, Nov. cor. e acc. c. um pref. por Thomaz Ribeiro. Lisboa. Emp. de Hist, de Port. 1905. XXIX-207-I pags. Ene.

A. Cardoso. 25 1 Outro exemplar. 5.» edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1908. 266 pags. LXXII

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. B. Municipal.

- XXVI —

252—Vaidades irritadas e irritantes. (Opusculo ácerca d'uns que se dizem offendidos em sua liberdade de consciência). Por... Porto. Em Casa da Viuva Moré. No verso front. Porto. Typ. Lusitana. 1886. In-8.° de 47 pags. Br.

Bom exemplar bellamente conservado c com a capa propria da brochara e que d hoje bastante raro e maito apreciado, porque se relaciona com a celebre Po- lemica conhecida por «Questão do bom senso e bom gosto". Teve 2.' Edi- ção. 1889.

1.* edição. Rara. Dr. J. S. Callado. 253 Qutro exemplar.

Argel de Hello. 254—Vida d'el-re! D. Afonso VI. Escripta no ano de 1684. Com um Pref. por ..

Liv. Int. de Chardron. Porto-Braga. In-8.° Ene. de XII-138 pags. C. Ex Libris da Cam. do Exp.

A data da pablicação desta edlçSo, (1873), só ligara na capa e nSo no frontespi- cío. Esta particalarldade qne também notei nam exemplar da Camiliana de J. Santos, t posta em destaqae pelo Camilianista A. Pratt nas interessan- tissimas anotacóes aut. que o exemplar exposto apresenta e qae maito o valorise

Raro. Dr. J. S. Callado.

255—Vingança. Romance original, por... 5.» edição. Lisboa. Pare. A.M. Pereira. 1919. 243 pags. LXI vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene.

A. Esteves, 256—Vinho (O) do Porto. Processo de uma bestialidade ingleza. Exposição a Tho-

maz Ribeiro, por... Porto. Liv. Civilisação de Eduardo da Costa Santos-Editor. 1884. In-8.° de 87 pags. Ene.

C. an. de A. Pratt. Poaco vulgar."C. Ex-libris da Cam. do Exp. Dr. J. S. Callado.

257~- — Outro exemplar. Dr F. Valladares.

25S—Vinte Horas de Liteira. Por... 2.* edição revista peio autor. Lisboa. Comp. Fd. de Pub. III. s. d. 1890. 282-1 pags. Ene.

B. nutitCIPAL. 259 -Outro exemplar. 4." edição. Lisboa, Pare. A. M. Pereira. 1922. 247 pags LX1I

vol. das Obras de Camillo. Edição popular. Ene. A. Esteves.

260—Virtudes (As) Antigas ou a freira que fazia chagas, e o frade que fazia reis. Um poeta portuguez... rico! Lisboa. Liv. de Campos Junior, s. d. In-8.° Ene.

Esta edição é de 1868, como se deprehende da data do preambalo. 1." edição (as- sim classificada na Cam. de J■ dos Santos. Traz an. aat. de A. Pratt n'ama das quaes também se fríza o facto de este exemplar pertencer á 1.* edição.

Kara. C. Ex-libris da Cam. do Exp. Dr. J. S. Callado.

261——Outro exemplar. 2.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira 1904. 184 pags. XXIX vol. das Obras de Camilo. Edição popular. Ene.

B. Municipal. 262 Outro exemplar.

A. Cardoso. 263——Outro exemplar. 3.a edição. Mesmo editor. 1920. 182 pags. Ene.

A. Esteves. 264—Voltareis, ó Cristo. Narrativa por.. .*3.a edição. Porto. Liv. Chardron. s. d.

pags. 151 a 176 do XXXVIII vol. da Col. Lus. Ene. A. Esteves.

- XXVII -

■ ' • 1

5: ' • .1 . : • . . ' „V ■Of» U»4s*i<i <■! MV -1 p * T.-.: r . < ■ .. , .

■ - * at > ■' . í ' • -• i ■' , '. . ■' >

7J...U J ^ . . K! • " .. . . .... • (/!

' -

■ . • • ■ :: ■ •'« -«• ■■ *•'. '• . •, i: ...

Í-H! »or * elf»' lltero ah|lR»x> -«ioar 3

«#'£

t'

B .

- *■

TRfiDUCÇÕES

265—Assassino (Oi de Macario. Comedia em 3 actos. Versào livre, por Camilio. Expressamente coord, para a festa artística do Actor Dias. Porto. 1886. 160 pags. Br.

Ornada com a phototypia d'om magnifico retrato do Actor Dias Raro.

Dk. J. S. Caixa ih». 266 — Outro exemplar. 2." edição. Porto. Liv. Chardron. 1903. 173 gags. Br.

DK. F. VAI.LA DALES. 267- Campagne. (E. M.) Diciouario Univsrsal de Educação e Ensino. Trad, e am pi. de

Camillo. Porto. Ernesto Chardron. 1886. 3 vol. XI-18I6-I, 910, 920 pags. Ene. Pouco vulgar.

B. AunoiPâL. 2ÒS—Cazotte (J.) Amores do Diabo. Romance, prec. da sua vida, proc., prof, e

rev., por Oerard de Nerval. Tradução de Camillo. Porto. Ernesto Chardron. 1872. 132 pags. Ene.

B. fU'XHiPAI.. 269— Outro exemplar. Port. Liv. Chardron. s. d. VIIi-224 pags VIII vol. da CoL

Lus. Ene. «. » . B' nUSICII-AI.. 270 Outro exemplar.

. .. ft. Ertkvks. 270 A Outro exemplar. J. O. COKI.HO.

271 —Chateaubriand. Os Martyres. Trad, por Camillo. 3.a edição. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1908. 271-268 pags. 2 vol. I.XX e LXXI das Obras de Camilo. Edição popular. Br.

B. JlUNICUPAL. 272— Compendio da vida e feitos, de José Balsaino, chamado o Conde de Ca-

gliostro ou o Judeu Errante, t'rado do processo formado contra ele em Roma, no ano de 1790 e que pode servir de regra para se conhecer a indole dos Franc-mações. Tra- dução do italiano e prefacio de Camillo. Port. Liv. Chardron. s. d. X vol. da Col. Lus. XXÍV-207 pags. F.nc.

_ B. fU'NK'It'AI.. 273 Outro exemplar.

A. Carboso- 273 Outro exemplar.

ft. Estkves. 275—Feydeau (Ernesto). Fanny, Estudo por... Romance, trasl. p.a port., da IS.-1 edi-

ção, por Camillo. 3.a ed. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1903. 160 pags. XVI vol. das Obras de Camilo. Ed. popular. Enç.

A. CAKDO&O, 27b Outro exemplar. 5.a ed. Mesmo editor 1921. 159 pags. Ene.

A. E8TKVES- 277—Freira (A) no Subterrâneo. Romance histórico. Trad, por Camillo. 3.a ed.

port. PortQ. Ernesto Chardron. Editor. 1884. 238-1 pags. Ene B PVVNICIPAI..

277 Outro exemplar. 5.a ed* Com est. sobre Camillo de Manuel laranjeira. Porto. Liv. Chardron s. d. XVI-229-I pags. XVIII vol. da Col. Lus Ene.

B. flrsiciPAi..

- XXXf -

278 A Outro exemplar.

J. O. Cos LHO. 274—Jackson (Lady Catharina Carlota) A Formosa Lusitânia Por ' v pref" e anot- por CarniMo- porto. Liv. Portuense-Editora. 1877. 448-11 nags °Fnc I'ooco «algar. 1 5 '

2st'7,dô"r,r„A« pis &&•<*> o™""». ô'to"™'do,.. Enc. 1 0" 1,sboa Llv- Matos Moreira. 1877. VIII-22-II pags.

Poaco «algar. J. «iONAKVES.

ii ™67^-T'*51- ■ <*"■' <""■ <">• 'j*»" a;. adTiâsríK I.4 edição. Pouco vulgar.

282 Outro exemplar, s. d. '' F" TlK,MAZ

3.aec.C.0.n,^o.tn,n"r prici'rtn" » menti na capa e no fronte.picio '°' n°rc,r"i "'"rente única- OQ'i q; . J» S. C A LLADO.

." 2rsst 284 Outro exemplar. K- nrxtrtf.vi..

285— Outro exemplar. 3.* ed. 220 pags. n* CABDOeo-

oci > - . A. Esteves. 283 A —Outro exemplar. 285 B • Outro exemplar. Ok. a. hauafafa.

J- O. Coelho.

- XXX11 -

CATALOGO

DA

Exposição Bibliographica

E

Iconographica

Comemorativo do Centenario Camilliano

3>-<£

Publicações Diversas

De diversos auctore?, prefaciada?, anotadas e contentadas por Caroillo ou corn refe- rencias, criticas e estudos sobre a sua Vi- da e Obras.— Revistas—Jornae? — Nu- rnero? únicos — etc.

FIGUEIRA DA FOZ Imp. Lusitana de A. Veiga, Succ,

PUBLICAÇÕES DIVERSAS

De divepsos auetopes, ppefaeiadas, anotadas e eomentadas pop Camillo ou eom peie- peneias, epitieas e estudos sobpe a sua Vida e Obpas. — Revistas — Jopnaes — flu- mepos unieos — ete.

286—4. B C. Revista Semanal. Lisboa. Director: Rocha Martins N.os 72, 208 a 214, 216 a 218, 240 a 220, 228, 240 a 242.

Dr J S Calcado 286-A Outro exemplar

M. Santos 286-B — Outro exemplar

B. Municipal

2S6-C Outro exemplar, só 212 a 214, 217, 218, 220, 228 e 242

A. Estbves 286-D — Outro exemplar, só 72 e 240.

Mauricio Pinto

286—E—A B C do Banhista. Figueira da Foz Revista semanal de propaganda comercial e industrial, n.° 3, Setembro de 1921.

Insere um pitoresco reclame comercial, com o titulo «UM PLANO DE EUSEBIO MACARIO», que embora manifestamente burlesco mencionamos a mero pretexto de curiosidade.

Dr. J. S. Callado

287— Acção Realista. Lisboa, Redactor principal Ernesto Oonçalves. Numero3 116) Ano II, 24 pags, (45-68).

A pags. 12 (56) traz uma noticia sobre a conferencia de Antonio Cabral na Liga Na- val com o titulo «AS POLEMICA DE CAMILLO».

Dr. F. Valladarks

288—Agottinho fJosé). Os nossos escritores. I Guerra Junqueiro. Por... Livraria Lo- pes & C a, Porto, s d. Opusculo 8.° de 28 pags. Br.

A pag. 9 e 22 lefercncias a Camillo. Dr. A. Malafaia

2Ô0-Agostinho 'José . Os tíossos escritores. II Teofilo Braga. Por... Livraria de Lopes & C a, Porto, s. d. Opusculo de 8.° 36 pags Br

A pag. 8 e II referencias a Camillo. Dr. A. Malafaia

29 0 Os nossos escritores. III José P. de Sampaio (Bruno). Por... Livraria de Lopes & C a, Porto, s. d. Opusculo 8.° de 34 pags.

Referencias a Camillo nas pag. 9, 24, 25, 26 e 31. Dr. A. Malafaia

29 1 — Os nossos escritores. IV Jaime de Magalhães Lima Por... 1911, Porto- Opusculo 8 0 de 32 páginas

A pag. 14 e 22 referências a Camillo. Dr. A. Malafaia

29 2 Os nossos escritores. V Alexandre Herculano. Por... Livraria Portuense, de Lopes & C a, Sucessor, 1910- 8 ° de 310 pags. Br

Camilliano. Dr. A. Mu.afaia

29 3 O homem em Portugal. Por... Porto, Livraria Figueirinhas, Editora, 75, Rua das Oliveiras, 77- 1908 S 0 de 404 pags Br

A pag. 55, 87 e 141 referências a Camillo. Dr. A. Malafaia

294 —Águia (A). Rev. quinz. il. de lit e critica, n.os 1 a 10. Porto. Ano 1-1911. I Série

Camilliana. ^ Santos

29 5 Outro exemplar. Só o n.° 10. Dr. A. MiLakaia

2%—AImanach de O DIA. Ilustrado, para 1906. 3.° ano de publicação. Lisboa —Cen- tro Typographico Cdonial. Rua da Conceição da Gloria, 38 e 40. 1905. 250 pag. br.

A pag. 266 um trecho de Camilo, intitulado O coração e as lagrimas (segundo a sciencia.

Dr. A. Malafaia

29 7 da Praia da Figueira■ Para 1879-1880—Guia do banhista lllustrado com trez magnificas gravuras e com o retrato de Manuel Fernandes Thomaz. A. de Amorim Pessoa. (Segundo am) Figueira. Tipografia Foz do Mondego. 1879. XXXII- 351-64 pag. Ene.

Insere a pag. 63, 64 um artigo de Maria Amalia Vaz de Carvalho intitulado Camillo Castello Branco, e a pag. 121 uma frase de Camilo.

Mauricio Pinto

298 Outro exemplar. Dr. A. Malafaia

29 9 Burocrático Comercial e de Lembranças. 1892(15.° anno), Br. de 508 pags.

Este almanach já hoje pouco vulgar, insere a pag. 19 prosa de Camillo coin o titulo «O CORACÂ"1 F. AS LAGRIMAS SFOUNDO A SCIENCIA» e a pag. 96 alguns conceitos de Camillo acerca do Homem, dentre os quaes por curioso destacare- mos o seguinte: «O Homem quanto a mim é um pedaço dasno! A ultima pala- vra da sciencia acabo eu de proferi-la agora».

Dr. J. S. Callado

âoO-Almanach da Praia da Figueira, para 1879-1880. Coord, por A. de Amorim Pessoa 111. c. o r. de M. Fern. Thomaz. 2.° ano.—Figueira da Foz. Tip. Foz do Mondego. 1879 XXXlI-351-63-I-pags, Br.

Varia colab. de Camillo. J. Gonçalves

30 1 das Senhoras para 1879, pub. por Guiomar Torrezão. 9.° ano. Lis- boa. Of. Tip. de J. N. Mattos, e. d. 268-IV-CXVIU-II pags. Br.

Colab. de CamUlo. J. Gonçalves

30 2 de Fafe, il. para 1925. 17.° ano. Diretor—Artur Pinto Basto. 116 pags. br.

Artigo sobre o monumento de Camilo a pags. 59, e versos de Belmiro d'Abreu a pags. 60.

Dr. F. Valladares

303 de Lembranças Luso-Brasileiro, para o ano de 1867. Ornado de gravuras. Lisboa. Tip. Franco-Portugueza. 1866. 383 pags. Br.

O Coração e as Lagrimas segundo a Sclencia, a pags. 350 J. Gonçalves

30 4 Outro exemplar Dr. J. S. Callado

30 5 Outro exemplar. 1870. Lisboa Tip. Franco-Portugueza. 1869. 383 pags. Br.

O. Pedro V visitando as cadeias da Relação do Porto, em pags. 333 e 334. Dr. J. S. Callado

30 6 Outro exemplar. 1878. Lisboa. Idem. 1877.

Pens, de Camilo. J. Gonçalves

30 7 Outro exemplar. 1892. Lisboa. Idem. 1891. Colab. de Camilo.

J. Gonçalves

30 8 de Lembranças (Novo) Luso-Brazileiro. Para o ano de 1879. Lis- boa. Tip. Lallemant Freres. 1878. 414 pags. il. Ene.

Poesias de Camilo a pags. 390 J. Gonçalves

30 9 Outro exemple r* 1909. Idem. 1908. 364-VIII pags. Ene.

Colab. de Camilo, a pags. 315. J. Marques

309-A Outro exemplar. 1915. Idem. 1914. Ene. Camiliano a pags. 195 e 231.

Mauricio Pinto

31 0 Outro exemplar. 1918. Lisboa. Pare. A. M. Pereira. 1917. 384-VIII pags. Ene.

Pens, de Camilo, a pags. 163. J. Marques

311—S—Outro exemplar. 1925. Idem 1924 . 364-VIII pags. Enc. '

Ari. sobre Camilo a pags. 129 e 334. J. Marques

312—Almanack de Santo Antonio. Ilustrado. 6.° e 8.° ano de pub. (1904 e 1906) Broch 1903 e 1905. 2 vols. Ene.

Div. colab. de Camillo. J. Gonçalves

31 3 D. Luiz I para 1880. Coord, por Ana de Albuquerque. 1.° ano. Lis- boa. Empreza Lit. de Lisboa, s. d. 272 pags. Br.

Pens, de Camilo a pag. 101. J Gonçalves

31 4 Ilustrado de O DIA para 1904.

Um artigo de Raul Brandão acerca de Guerra Junqueiro, Pocla e Santo, referencias Camilo na pagina 48. Insere de pag. 53 a 55 um artigo nao subscrito intitulado Camillo e o pintor. 232 pag.

DR. A. M \laKATA

31 5 Ilustrado do jornal O SÉCULO. 1921. 156-1V paginas. Br.

Na pag. 147 o soneto «Os Amigos», de Camilo Castelo Branco.

Mvuricio Pinto 315-A Outro exemplar.

Dr. A. Malafaia

31 6 Outro exemplar. J. Marques

31 7 Marques Abreu. 3.° Ano. 1911. Porto. Tip. Universal. 112 nags. il. Br.

Carta de Camilo, a pag. 44 e pens, a pag. 54. B. Municipal

318 Almeida Braga (Luiz de). O Significado Racional da Obra de Camilo. Portugália Editora. Lisboa 1923. 72 pag. Br.

Dr. A. Malafaia

31 9 Garrett. (Visconde de). Perf. por Camillo Castello Branco. 7." Edição. I.iv. de Ernesto Chardron, Editor. Porto e Braga. In 8. Peq.° LXXX1V-272 pags. Enc.

O pref. de Camillo, tem a seguinte designação ESTUDO SOBRE CAMÕES. NOTAS BIOQRAPHiCAS, e loi depois publicado em opusculo. E' uma bella Edição, que vem acompanhada duma soberba agua-forte com o ret de Almeida Garrett, e assig. Boutaid, His.

Dr. Joaquim de Carvalho

320—.Anais das Bibliotecas e Arquivos. Revista Trimestral de Bibliografia, etc. Lis- boa. Director-Dr Julio Dantas —Vol. III-N.0 11 (Julho-Setembro de 1922). Not- d'um leilão camiliano a pags. 219 —Vol IV- N.os 13 e 14 Janeiro-Junho de 1923). Ref. a Camilo, a pags. 116 —N 0 15 (Julho-Fet<mbro de 1923;. Artigo Camilo In- coerente, de Ludovico de Menezes, c. pags. 185-

Dr. F. V all a dares 320-A Outro exemplar

M- Santos

- VI -

321 --Araujo (Joaquim de) Centenario (No) do Padre Antonio Vieira. (1697-1897). Génova. Tip. R Instituto Sordo-Murti. 15 pags Br.

Ref. a Camilo, na pag. 8 Ex. c. ded. e ass. aut. do autor ao poeta Ramoa Coelho. I

B. Municipal

322—Archivo Bibliojraphico. Publicação mensal, 1895, 14 primeiros números

Contem uma Interessante Secção intitulada NOTAS CAMIMAMAS dedicada aos dia-, tinctos Camilianistas Dr. Trindade Coelho e Henrique Marques, por Diogo José Seromenho.

Dr. J. S. Cali,aoo

32 3 Coimbrão■ (Boletim da Bib Municipal) Coimbra, Julho, de 1923 Di- rector—J. Pinto Loureiro N 0 1 Epistolário (Cartas de Camilo, Castilho e Ino- cêncio), por Tomaz a Fonseca, a pags 27—N.°" 3 a 5, Ano de Cantil.!, a pags.

Dr. F- Valladarks

32 4 Histórico Portuguez Dirigido por Anselmo Braancamp Freire-

Collecção completa desta valiosíssima publicação, 10 vol. ene. Amad. Co: tciu nu- merosas referencias a Camillo e publica um interessantíssimo Estudo, OS AN- TEPASSADOS DE CAMILLO por Pedro A. de Azevedo.

Dr. Jose Jardim

325 — Aristarco 10) Porluqu z. Revista Anual de Critica Litteraria- Primeiro Anno — 1868- Br. de 205 pags-

Contem uma critica ,ts obras de alguns escriptores Silva Oalo, Alberto Pimentel, Camilo Castelo Branco

Dr Joaquim db Carvalho

326—Arte Revista Ilustrada. Lisboa—N.° 6— 27 de Janeiro de 1918-Ano I.

A pag. 145, PAGINA CAMILIANA, AS CINZAS DE CAMILO, por C. M„ acom- panhada de dois desenhos de Ernesto Perez representando D. Ana Augusta Plácido e Camilo.

DR A Mai.AK.WA

327— Arte (Ai. Director: A. de Sousa e Vasconcelos• Lisboa. 1879-1880.

Colaboração de Camillo a pag. 116, 147, 178(a Brazilcira de Prazins) 73, (João de Lis- boa), 185 (Lisboa antiga) Notas bibliográficas.

B Municipal 32 8 Outro exemplar.

A Cardoso

329 —Artes e Letras- Director—Rangel de Lima Lisboa, 1S72-1873-

Colab. de Camilo a pags. 169, 185 (Aquele caso triste...) B. Municipal

329- A Outro exemplar. J • O Coeliio

330—Arroio (Antonio) Singularidades da minha terra (na Arte ena Mística), por... Porto. Renascença Portugueza. 1917 . 347-III pags. Broch-

Artigo sobre CAMILO, a pags. 33 c segs. M. Santos

330-A Outro eXemp'ar. i A Esteves

- VII -

330- B Outro exemplar. Carlos Rocha

331— Atlântida Lisboa- Mensario Artístico, Literário e Social para Portugal e Brazil. N.05 4, 35-36, 41, 42-43 e 46-47 5 fase-

Varia3 referencias a Camilo. Dr. A Malafaia

332 - Azevedo e Menezes (José de) Ninharias. Reputação documentada dos erros co- metidos pelo Sr. Anselmo Braancamp Freire nos seus estudos publicados ácerca dos Fanés, de Barcelos (vol- III). Famalicão. Tip. Minerva. 1911. Pags 20S-LIII-104-1 - Ene. c as capas da Br. Ex por aparar.

Refciencias a Camilo a pags. 4. Dr. F. Valladares

33 3 Outro exemplar P. F. Thomaz

334—Barbosa (L. Xavier) Cem Cartas de Camilo. Coord, e an por... Lisboa. Por- tugal-Brazil s- d. VII-160 pags Br.

Dr. F. Valadares 334-A Outro exemplar

Dr. A. Malafaia

335 de Betencourt (J ) Historia Comparativa da Literatura Portugueza. Lis- boa Livraria Aillaud 1923. 471 pags Cart-

Estado sobre Camilo e sua obra a pags. 424 e 425. Dr. F. Valladares

336—Barros (João de) La Litterature Portuguaise—Esquisses de son Evolution. Por •. Conference realiséá Bruxelles. Porto. Magalhães & Moniz. 1910—1 vol. 8.° de 173 pags. Br-

Referencias a Camillo. P. F. Thomaz

337—Bell (Aubrey F. O ). Alguns aspectos da Literatura Portugueza. Tradução e prefa- cio por Agostinho de Campos. Opusc. 8.° de 64 pag. Br- liv. Ailaud Paris. 1924-

Referencias Camilianas. Dr. A. Malafaia

33 8 Studies in Portuguese Literature. By... Oxford B H- Bla- ckwell, Broad Street. 1914—Enc. 247 pags

Obra valiosa e muilo apr. r que faz ref. c apr. curiosas ácerca de Camillo particu- larmente a pags. 57, 132, 198-202, faíendo não só a critica da sua obra como um estudo comparativo de Camillo e Eça de Queiroz, o qual se intitula 1 wO MODERN NOVELISTS. „

Dr. Joaquim db Carvalho

339 —Bellem (A. M. da Cunha). Onde está a infelicidade! Romance- 91 pagss- 1- n- d. Enc.

O ultimo capitulo deste romance é uma Homenagem a Camillo. B. Municipal

340—Beirão (Mario*. Lusitânia. Poesias. Porto. Renascença Portugueza. 1917. 136 pags. Br.

Soneto intitulado CAMILLO, a pag. 128. M. Santos

- VIII -

341 Outro exemplar

João Simões

342—Bib iographia Portugueza e Estrangeira. Porto. Ernesto Chardon, Editor— Vários números isolados, correspondentes aos anos de 1879-I8S3.

Coll iboração profusa de Camillo. Pouco vulgar. P. F. Tiiomaz

343 - Bibliophilo. (01 Miscelânea poética e literária. Collaborada pelos nossos mais distin- ctos escriptores Porto. Godinho de Castro-Edit. 1909-

2 M.°», dos quaes o 2.» é exclusivamente Camilliano.

Dr. J. S. Calla do

344 Braga (Luiz d'AImeidai Significado (O) Nacional da Obra de Camillo, por... Por- tugália. Editora Lisboa. 1923—Br. de72Pags.

Dr. J. S. Callado 344-A Outro exemplar

Dr. F Valladarbs

34 5 (Theophilo) Camillo Castelo Branco- Esboço Biographico, por Emblema de Manuel dos.Santos com a divisa «ad gloriam contendere» e as iniciaes M. S. entre- laçadas- Lisboa. Livr- de Manuel dos Santos. 1916—Br.

Tiragem limitadíssima de 125 Ex. apenas.—RARO.

Dr. J S. Callado

346—Branca drs Reis Mulheres e Corações na Obra de C. C. Branco. Coordena- ção de. . Porto. Liv. Cliardron 1922 IX-67 pags. Ene.

Dr F. Valladares

347—BrandSo (Julio). Carias de Camilo, a Ed. da Costa Santos, c. um prol. de • Gorto. Fernrndo Machado 1923. XXIII-165 pags. Br.

Dr. F. Valladarbs

348 Poetas e Prosadores. (A' Margem dos Livros), por... l.a serie. Braga. Liv. Cruz. s. d. 250 pag. Br.

Referencias aos livros, CAMILLO HOMENAOEADO, e pags. 126 e seg. e CAMILLO E OS MEDICOS, a pags. 199 e seg.

M. Santos

349— (Raul) Memorias. I.° volume. 1." edição. Porto. Renascença Portuguesa, 1919. 326-2 pags. Ene-

Referencias a Camillo, a pags. 41, 49, 50, 53, 56, 75, 145, 256 e 257. Dr. A. Malafaia

35 0 Outro exemplar. 2.a edição- 2-° milhar. 332-111 pags. Br.

B. Municipal

35 1 Outro exemplar M. Santos

— IX —

352— Brinde aos senhores assignantes do DIÁRIO DE NOTICIAS. Lisboa- Tipo- graphia Universal de ThomazQuintino Antunes. 1867- In-8-° de VI-206-I pags- Br.

Insere de pag. 81 a 97-0 CONTO DE CAMILLO e O PARENTE DE 53 MONAR- CHAS.

P. F. Tuomaz 352- A Outro exemplar

Mauricio Pinto

353—Bruno (]. Pereira de Sampaio). Geração Nova (A). Ensaios críticos. Os Novelistas, por... Porto, Magalhães 8c Moniz, Ed. 1886 - 359-1 pags Ene. c. as capas da br- e por aparar.

Varias referencias a Camillo. Argel de Milo

354 Outro exemplar Dr- A. Malafaia

355—C- C- Causas Camillianas. I. De S. Miguel de Seide á Povoa de Varzim. Lisboa- Portugália, Editora. 1924-30 pags. Br.

D. F. Valladares

356—Cabral (Antonio) Camillo Desconhecido. Erros que se emendam e factos que se aclaram- Documentos inéditos. Lisboa. Liv. Ferreira. 1918. 444-III pags- il- Br-

35 7 Outro exemplar

35 8 Outro exemplar.

35 9 Outro exemplar.

35-9A Outro exemplar.

B. Municipal

Dr. F. Valladares

Dr. J. S. Callado

P. F. Tiiomaz

Mauricio Pinto

36 0 Camillo e Eça de Queiroz. Cartas inéditas de Camillo. OsPIa- giosdeEÇA- Por... Coimbra Editora. Coimbra. 1924. Br. de 314 pags.

Dr. J. S. Callado 360-A Outro exemplar.

Mauricio Pinto

36 1 Camillo de Perfil. Traços e notas—Cartas e documentos, por... Lisboa. Liv. Aillaud. 1914. XVI-303-II pags. Ene- por aparar.

Argel de Mello 36 2 Outro exemplar

Dr. F. Valladares 36 3 Outro exemplar

Dr. J. S. Callado

36 4 Eça de Queiroz. A sua vida e a sua obra. Cartas e documentos ined- Segunda Edição. Lisboa. Portugal-Brazil, Limitada- s. d. 8-0 de 470-3 pags.

Referencias e trechos de Camillo. Dr. A. Malafaia

36 5 Outro exemplar. Dr. F. Valladares .

365—Capa (A). Revista mensal ilustrada. Director: Henrique de Carvalho Nunes da Silva Anachoreta- Ano XV- Ene- Lisboa. 1913-1914.

Art. sobre Camillo no n.° 2-c. r. "I ' M J. Gonçalves

'

366— Caldas (José). Vinte Cartas de Camillo Castello Branco (1876-1885). Coord, por... Porto. Comp. Port. Editora- s. d. 146-1 pags- Br.

Dr. F. Valladares 367— Campos (Agostinho de). Ler & Tresler. Apontamentos de Linguagem e Literatu- V

ra. Por... 1924- Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. 8.° de 312 pags. Br-

Rcf. a CAMILLO a pags. 9, 51, 63, 174, 175, 185, 210, 232 e 249.

Dr. J. S. Callado 367-A Outro exemplar

„ Dr. A. Malafaia 367-B Outro exemplar. M auricio Pinto

368- Paladinos da Linguagem. Ant. Portugueza, org. por. Lisboa. Liv. Aillaud. 1921. I.XIV-269-VI pags- Br

Escrito de Camillo a pags. 183-84.

369- M- Santos

Três (As) Prosas: A Pobre, a Rica ea Nova-rica. Conf. o nol.u.eoo A« _ O C_ 9-1- 1 • . . —» ' w • '* 1 « i\it-a c <* i>uvd-riLa- v^onr. prec. de Algumas palavras de apresentação por S. Ex.a o Embaixador do Brazil, Dr Cardoso de Oliveira. Liv. Bertrand. Lisboa. 1923. Opusc. 8.° de 62 pags.

Ref. a CAMILLO nas pags. 43, 44 e 54. Dr. A. Malafaia

370 (Alfredo de). Sonetos Camoneanos. «Alma Minha Gentil». Publicado por. .. Uma carta. Pref. do Ex."1" Sr. Vise. de Correia Botelho. Camillo Castello Branco. Edição do A. 1886. Peq. Opusculo. Br. de 46 pags.

BASTANTE RARO, é dedicado a Thomaz Ribeiro, e tem ain aut. do A.

Dr. J. S. Callado

371 de Castro. (Dr. Eduardo). Bibliografia Nobiliarchica Portuguesa. Dor, Volume I Braga. Tip. Costa e Matos. MCMXVI. 212-1 pags. Br.

Ex. n.o 179, d'uma tiragem de 250 ex.-Artigo sobre Camillo, a pags. 95 a 99.

Dr. F. Valladares

Dr. J. S. Callado 373 Outro exemplar.

P. F. Thomaz

r» v">- Lo-jLiiuoj sat uaavcuia maciiauu» V^U|)d Cie JOl Barradas. Publicada em Lisboa pela empreza do «Diário de Noticias». 1924. Br.

Dr. J. S. Callado 37 5 Outro exemplar.

37 6 Outro exemplar. Dr. A. Malafaia

Dr. F. Valladares 377 Outro exemplar.

. . M. Santos

— XI —

372—Camillo- Anedoctas-Epigrammas-Fac. etc. Prefacio de Alberto Pimentel. Col- lectanea de Santos Quintella. Escriptorio de publicações. J. Ferreira dos Santos. Porto.

Com um retrato de Camillo nnm medalhão da capa da brochura.

374—Camillo Castello Branco. A sua Vida e a sua Obra. Collecção Patricia. Dirigida Albino Forjaz de Sampaio. Lisboa. Desenhos de Saavedra Machado- Capa de Jorae Barradas. Publicada em I ishna nela emnreya Ho «niarir» Ha un-i n-

378— Camillo e o obulo às creanças- Lisboa. 1917. Folh. de 31 Pags. Dr Joaquim db Carvalho

379— Homenageado. O Escriptor da Graça e da Belleza. Comissão de Home- nagem posthuma ao fecundo Romancista, (seguem os nomes dos Membros da Co- missão, José de Azevedo e Menezes ) Famalicão. Typ Minerva. 1920. LXIV- 2-398-1. Pags Br.

Dr. Joaquim de Carvalho 38 0 Outro exemplar.

P. F. Thomaz 38 1 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares 38 2 Outro exemplar.

M. Santos

383—Camilliana. Porto. Archivo de Materiaes para um monumento literário ao grande escriptor, Camillo Castello Branco. Director: Alfredo de Faria. 64 pgs. Br.

Dr. F. Valladares 834 Outro exemplar.

P. F. Tiiomaz 38 5 Outro exemplar.

M. Santos 38 6 (Catalogo de ) Com um prefacio de Cardoso Martha. Br. de 28

pags. com um retrato de Camillo na capa.

Diz respeito a uma colecção de Iivios Camillianos vendidos cm Lisboa. Dr. J. Callado

38 7 Descrição Bibliographica duma importante e valiosa colecção de obra do genial e poptilarissimo Romancista Camillo Castello Branco. Por José dos Santos Com uma carta de introducção pelo distincto Camillianista sr- José Victorino K ibei ro. 1916 Typ. da Empr. Litteraria e Typographica. Porto- In-8 0 de 106-VI. Pags. Br.

Encerra muito bom material de estudo Camilliano e está organisada method icamente, de modo a offerecer uma consulta, a um tempo singela e proveitosa, e traz notas muito elucidativas. Boa edição" numerada e já hoje POUCO VULGAR, e que conserva a capa piopria da Brochura, em que figuram trez medalhões, dois com retratos de Camillo e o 3.o com um episodio do «Demonio do Ouro» e ainda 2 pequenos quadros com transes do «Amor de Perdição» e de «A Sereia».

Dr. J. S. Callado

388—Carde so (Nuno Catharino). Pensamentos de Camillo. Coord, por... Lisboa. Portugal-Brazil. 1923. XVI-63-I pags Br.

Dr. F. Valladarbs

38 9 Camillo, Fialho e Eça. Por... A Vida—O Fisico— O Moral, Etc- Portugália. Editora. Br.

Dr. J. S. Callado

39 0 Camillo, Mulheres e Lagrimas (Livro do amor e do coração). Por .. Contendo 193 pensamentos respigados da obra do grande ro-

' mancista. Portugália. Editora. Lisboa. l.o Milhar. Dr. J. S. Callado

39 1 Sonelistas Portugueses e Luso-Brasileiros • An tologia. Lisboa. Edição do autor. 1918. XI-230-I pags. Br.

Bib. e soneto A MAIOR DOR HUMANA a pags. 91 e 92. B. Municipal

39 2 Outro exemplar. Dr. Joaquim de Carvalho

393 — Outro exemplar. Dr. F. Valladares

394 Cardoso Martha (M). Cartas de Camillo astello Branco Colecção, prefacio e no- tas de .. Heitor Antunes, Editor. Lisboa- MDCCCCXV11II. 2 Vols- Br-

E' uma linda edição dc Heitor Antunes. O l.o Vol. é adornado por unia aguarela de Roque Oameiro e o 2.o por unia de Alberto de Sousa: Convém pôr em d - laque, pelo especial interesse que aos figueirenses pode merecer, o valor da bi- bliographia cainilliana de Cardoso Marta.

Dr. J. S. Callado 39 5 Outro exemplar.

P. F. Thomaz 396 Outro exemplar.

A Estbvbs 39 7 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares 39 8 Outro exemplar.

M. Santos 398— A Outro exemplar

Mauricio Pinto

399—Carta (uma) de Camillo. Lisboa. 1915. Folh. de 8 pags. Dr. Joaquim de Carvalho

400—Cartas de Camillo a Trindade Coelho. Depositaria. Livraria de Manuel dos Santos. Lisboa. 1915.

C- Ex-libris do Cam. do Exp. Dr. J. S. Callado

401—Castilho. Theatre de Molière Sexta e ultima tentativa. O Doente de Scisma. .Le Molade Imaginaire , Coníedia em 3 actos. Trasladada de prosa a verso, representada pela primeira vez no Theatre do Oymnasio no dia 7 de Março de 1874 Obra póstu- ma. Por ordem e na Typografía da Academia Real das Sciencias de Lisboa. 1878- Esta obra é oferecida pelo auctor a Camillo- 213 pags. Br.

c. Ex-libris do Exp. POUCO VULGAR. Dr. J. S. Callado

402—Castro (Antonio Sergio Lopes dei Camillo Castello Branco. Typos e episódios da sua galeria, por... Lisboa Parceria. M. Pereira. 1914. 334-302 e 372 pags. 3 vols. Ene.

Dr. F. Valladares

403—Castro (Antonio Serrão de>. Os Ratos da Inquisição. Poema inédito. Pref. por... Porto. Ernesto Chardron, Editor. 1883 - 207 pags. Ene.

B- Municipal 404 Outro exemplar

Dr. J. S. Callado

Catálogos de Leilões, de Livrarias Particulares

405—Catalogo da Camilliana de José dos Santos- 406—que pertenceu ao Ex.m0 Sr. Dr. Pedro Augusto Ferreira. Porto. Emp. Lit. eTip.

s. d. (1902?) Obras de Camillo, a pags. 28.

407—do distincto munismata Dr. Teixeira de Aragão. Lisboa. Imprensa Lucas. 1904. Ret. a pags. 21.

- XIII —

408—do dist. Bibliófilo e Bibliografo Anibal Fernandes Thomaz. Lisboa. Centro tip. Colonial. 1912. 1V-396 pags. Br.

.if qm. xw "i O Ref. a pags. 77.

409—promovido pela «Liv. Moraes». Lisboa. João d'Araujo Moraes, Edit. 1921. IV-811 pags. Br.

Leilão d'uma Camilliana. 410—do notável critico de arte José Queiroz. Lisboa. Of. Oraf. de Bib. Nac. MCMXXI1.

1V-104-1V pag. Br Obras de Camillo a pags. 14.

Catálogos das Livrarias

411— da «Empreza Literária e Tipográfica». Porto. 1904. 40 pags. Br. 111. c. gravuras do AMOR DE PERDIÇÃO.

412—de A. M. Pereira. Lisboa. 1890. 42-11 pags. Br. Obras de Camillo a pags. 6.

413—«Chardron». Porto 1898. 290-11 pags. Com 3 Suplementos. Br. Obras de Camillo.

414—«Chardron». Porto. 1906. VIII-316 pags. Br. Obias de Camillo, e retrato a pags. 119.

115—Ferreira. Lisboa. 1912. 292 pgs. Br. Obras de Camillo a pags. 122. B. Municipal

416—Cenfenar/o do Bom Jesus. Director: Julio de Menezes. Braga, 1 de Junho de de 1884. 16 pags. Br.

Colaboração de Camillo, com o facsimile da ass. a píg3. 3 B. Municipal

417—Cerejeira (Dr. M. Gonçalves). A Igreja e o Pensamento Contemporâneo. Coim- bra. Coimbra Editora. 1924. V1II-360 pags. Br.

Referencias á tragedia mental de C. C. Branco a pags. 259. Dr. F. Valladares

418—Cesar lOldemiro), <~amiilo Castello Branco. Sua Vida e Obras. Por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1914. Br. de 52 pags,

Ex-Libris Cam. do Exp. Dr. J. S. Callado

4,q e Magalhães (Cruz). Em terra de ingratos... Campanhas Cami- lianas, por... 2.a edição. Lisboa. Alma Nova. 1923. 2Í88-V pags. Br.

M Santos

420—Chagas (M Pinheiro). A Propriedade Literária. Carta a S. M. O Imp. do Brazil. Porto. Ernesto Chardron—Editor- 1879 . 70 pags. Br.

Ref. i Camillo. _ ,, B Municipal

— XIV —

-421— Charivari. Jornal de Caricaturas. 4 ° ano. Porto, 1889-1890.

Pagina de homenagem a Camillo, a pags. 240 (n.° 43). B. Municipal

422—Chasqueando. 12 pags. Coimbra. Março de 1899. s. t.

Comentário de Camillo a pags. 12. Dr. F. Valladares

423—Colaço (Branca de Oonta). Cartas de Camillo Castello Branco a Thomaz Ribeiro. Com um prefacio de... Portugrlia, Editora. Lisboa. 1922. Br. de 129 pags.

Dr. Joaquim de Carvalho 424 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares

425—Coelho (A. do Prado). Camilo, por... Lisboa. Liv. Ailaud. 1919. 288-1 pags. Br.

Dr. F. Valladares 425— A Outro exemplar

Argel d? Mello

426—Cordeiro (Luciano) Livro de critica. Arte e Literatura Portugueza de hoje. 186S- 1869. Por... Porto. Typ. Lusitana. 1869. Br. de 319 Pags.

A P^^Z t^O^^ms^uma^ritiea á Obra de Camillo, com as mais elogias apre-

Dr. J. S. Callado

427—Coroa Poética. No consorcio de suas magestades fidelíssimas o senhor Rei D. Luiz e a senhora D. Maria de Sabóia. Collaboradores. Antonio F. de Castilho, A. S. Cabedo, Camillo Castello Branco, etc. Lisboa. Sociedade Typographica Franco- Portuguezà. 1862. Br. de 108 pags.

APRECIADO E POUCO VULOAR. Dr. J. S. Callado

428—Correio Literário. Revista quinzenal. Ano I-N.° 1—1 de Janeiro de 1926. Lisboa.

A pag. 5 em trecho das NOVELAS DO MINHO e um retrato de Camillo Castello Branco, « o grande morto... sempre vivo ! ».

Dr. A. Ma i. a faia

429—Costa 'João). Castilho e Camillo. (Inéditos do Archivo nacional). Correspondência. Troca entre os dois escriptores Prefacio e notasjde... Coimbra Imprensa da Uni- versidade. 1924. Br de 309 pags.

Dr. J. S. Callado

43 0 Outro exemplar, N.° 2, duma tir. esp. em papel de linho. ' * i * T

Dr Joaquim db Carvalho 43 1 Outro exemplar

_ Dr. F. Valladares 432 Outro exemplar.

Dr. A. Malafaia

433— Costa Leão (Antonio de) Camillo ejo Povo. Fora dos Dicionários (Subsídios para o léxico portuguez). Lisboa. Typ. da Empreza Diário de Noticias 1922. Por... Br de'66 Pags.

Dr. J. S Callado

- XV —

434—Cunha (Pereira da) Selecta. XX-246-III pags. Lisboa. Typ. Universal. 1879. Exc. de Camillo. Pags. 245-46.

435— Curioso (João) Camilo e as Caturrices dos puristas. Tomo I. Rio de Janeiro Tip. Ideal. 1924 166-1 pags Br.

Dr. F. Valladarbs 435— A Outro exemplar.

Mauricio Pinto

436—Curta Exposição da vida publica do conselheiro José Cabral Teixeira de Moraes, acompanhada de documentos justificativos. Porto. Typographia do Monitor. 1857. 100-1 pags. Br.

CAMILLIANO, por conter a biografia do governador civil, de Vila Real, mie per- seguiu e mandou espancar CAMILLO, pelo celebre caceteiro OLHOS DE BOI»

Dr. F. Valladarbs

437—De Theatro■ Revista de Theatro e Musica. Lisboa- 1924. Nos N.os 18 a 21-23, art. «Theatro de Camillo» por Jorge d'Ortiz.

Dr. A. Malafaia 437— A Outro exemplar.

Mauricio Pinto

438—Dantas (Julio). Figuras d'ontem e d'hoje. Porto- Livraria Chardron, de Lélo & Ir- mão- 1924- Por... In-8.°- Br- de 320 pags.

Ene. um Cap. ref. a CAMILLO, que decorre desde pags. 81 a 88. Dr. J. S. Callado

439—Dias da Costa (Julio). Dispersos de Camillo- Compilação e Notas de... Vol. I- Cronicas. (1848-1862). Coimbra. Imprensa da Universidade. 1924.

N.o 2 da Ed. Esp. em papel de linho num. Dr. Joaquim de Carvalho

439-B Outro exemplar. Mauricio Pinto

440 Escritos de Camillo. I-Cartas. II-Notas em livros. Noticias- por.. •' Portugália, Editora. 1922 - 8.° de 288 pags- Br.

Dr. A. Malafaia 44 1 Outro exemplar

Dr. J. S. Callado 44 2 Outro exemplar.

D. F. Valladares

44 3 Cartas Camillianas por... Com um retrato de Camillo por Saavedra Machado- 1-° milhar. Emp. Lit. Fluminense. Lisboa. Br. de 251 pags-

Com ded. ant. do a. ao exp. Dr. Joaquim de Carvalho

443- A Outro exemplar Mauricio Pinto

444-Diccionario Pratico Illustrado. Novo Diccionario Encyclopédico Luso-Brasilei- ro- Publicado sob a direcção de Jaime de Séguier- Edição exclusivamente destinada a Portugal. Lisboa. Empresado Diccionario Pratico Illustrado. VIII-1755 pags. Ene.

A pag. 1365 o artigo o artigo «Castello Branco (Camillo)», acompanhado do retrato- do escritor.

Dr. A. Malafaia

— XVI —

445—Diniz (Almachio). Da Estethica, na Literatura Comparada. (Com aplicações aos progratrimaá gymnasiaes) por... H. Garnier. Livreiro, Editor. 1911. XII-354 pags. Ene-

Ref. a CAMILLO nas pags. 113, 181, 278 e 311. Dr. A. Malafaia

446—Boa de Queiroz (A ■ Na inauguração do seu monumento, realisada em Lisboa a 9 de Novembro de 1903 Discursos e uma poesia Porto. Livraria Cliardron, de Lello & Irmão, Editores. 1904- Opusc. 8.° de 90 pags. Br

i v'*t A pags. 11 e 21 referencias a Camillo.

Dr. A. Malafaia

447—Educaç"o Portuguesa. Semanário de Pedagogia, Sciencia, Arte e Literatura. Di- rector: Augusto Lessa. Ano l.°-n 05 1 a 27 (únicos publicados?).

Camilliano. Em todos os n.os, a QUESTÃO CAMILLO, por Eduardo Lopes. M- Santos

448—Eloy do Amaral e Cardoso Martha■ Atiibal Fernandes Thoniaz. Im-Memoriairi Organisado'por... Lisboa. 1924- Livraria Universal de Armando Tavares. Br. de 239 pags. Tiragem limitada de 150 exemp. dos quaes este é o N.° 51.

C. um EX-LIBRIS Da Cam. do Exp. (Conlem algumas Cartas de Camillo A Aníbal Fernandes Thomaz.

Dr. J. S. Cali.ado 'r

449—Esagny (Augusto d'j. Torturados por... Portugália, Editora. 117 pags- Br. Re P»g. 15 a 19 um artigo sobre Camillo.

João Simões

450—Faguet (Emilio). Iniciação Literária- IX vol. da «Biblioteca de Educação Ra- cional». Tradução ampliada na parte relativa á literatura portuguesa e brasi- leira por Chagas Franco. 2-a edição. Guimarães & C.a, Editores. Lisboa. 1916. 263-1 pags- Br.

Referencias a Camillo, a pags. 220 e 221. Dr. F. Valladares

451—Farpa (A). Coimbra- Directores: Luiz Filipe e Veiga Simões. N.° 2, 10 de Janeiro de 1910.

Art. sobre Camillo, acomp. d'uma carta inédita, a pags. XVI. Dr. F. Valladares

452 Outro exemplar. B. Municipal

453—Ferreira dos Santos 0). Garrett. Porto. Typographia Cunha &C.a. Rua Nova de S. Domingos, 95-1.°. 1902- Opuc- 8.° de 84 pags.

A pag. 12, juizo de Camillo Castello Branco sobre Garrett, trascrito do livro «Coisas leves e pesadas». CAMILLO é citado a pag. 62, 63, 65 e 82.

Dr. A- Malafaia

453-A—Fialho d'Almeida. Contos. 2 a edição. Lisboa- Liv. Classica Editora. 1912. 384 pags. Br-

► - Ded. a Camillo. Mauricio Pinto

453-B Outro exemplar- 5.a edição- 1920 • • • -C Dr. F. Valladares

- XVII -

453- C Outro exemplar. M. Santos

454— Fialho d'Almeida Figuras de Destaque. (Livro póstumo). 1.° milhar. Lisboa. Livraria Classica, Editora de A. M- Teixeira & C-a, (Filhos). 17, Praça dos Restau- radores, 17. 1923. 8.® de 308-1 pags. Br-

«Camillo Castello Branco»-pag. 65 a 98. Dr. A. Mm.afaia

45 5 Outro exemplar. 2.° milhar Dr. F. Vallsdares

45 6 «In-Memoriam» de... Organisado por Antonio Barradas e Al- berto Saavedra, no sexto aniversario da morte do escriptor. IV-III-MCMXVII. Por- to- Typographia da Renascença Portuguesa. 1917. 4.° de 300 pags. Br.

Camilliano a pag. 5, 44, 57, 70 e outras. Dr. A. Malafaia

45 7 Pasquinadas. (Jornal dum vagabundo) por... 3.a edição. Porto. Livraria Chardron. s. d-, 8.° de 380 pag. Br.

Um capitulo intitulado CAMILLO de pag. 29 a 37. João SlMÕss

458— Figueira. Boletim mensal de Literatura, Sciencia e Arte. Serie 5.a-n.°-3.—Serie 6.® n.° 7.—Figueira da Foz. Março e Julho de 1915.

Cartas de CAMILLO, a pag. 227. Dr. A. Malafaia

458— A Outro exemplar. Carlos Rocha

459—Outro exemplar. Só o n.° 7 (6.a serie).—Com um interessante art. do expositor, a pags. 298-300.

Dr. F. Valladares

460— Figueiredo (Antero de) Jornadas em Portugal. 1.° Milhar. Livrarias Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa 1918. 8 0 de 395 pag. Ene.

Camilliano, São Miguel de Seide »pag. 164-185». Dr. A. Mallafaia

460-A Outro exemplar. 3-° milhar Carlos Rocha

460-B Outro exemplar. 7 0 milhar 1921. Mauricio Pinto

461 —Figueiredo (Fidelino de) Características da Litteratura portuguesa. Reimpressão, revista. Lisboa. Livraria Classica Editora de A- M- Teixeira. 17, Praça dos Restau- radores, 17. 1915. 56 pag. Br.

Referencias a Camillo nas pags. 40, 49 e 52. Dr. A. Malafaia

46 2 Critica (A) Litteraria como sciencia 2" edição seguida dnma Bibliographia portuguesa da critica litteraria- Lisboa Livraria Classica, Edi- tora de A- M- Teixeira. 20, Praça dos Restauradores, 20. 1913- 141 pags. Br.

Fax parte da Biblioteca de Estudos Históricos Nacionaes, da qual é o vol. HI. A pag. 122-123, bibliografia sobre CAMILLO. -

Dr. A. Malafaia

- XVIII -

463—Figueiredo (Fidelino de). Epicurismos. 2." Milhar. Emp. Lit- Fluminense Lis- boa. 286 pags. Br.

, , Dr. Joaquim de Carvalho 464 Outro exemplar. Dr. F. Valladares

465~7T^T"Í~: r 7 «Estudos de Litteratura». Artigos vários. Segunda serie. (1917). Lisboa. Livraria Classica, Editora. 1918. 200 pags. Br.

Variem Portugal»* * Cami"° n0 &rtig0: «Sobie Ia evoluclon dela novela moderna Dr. F. Valladares

466 Historia da Litteratura Classica. 2.» epocha: 1580-1756 (continuação). 3.' epocha: 1756-1835 Portugália. Livraria Editora. Rua do Carmo. Lisboa. 1924. 221 pags. Br VIII da Bibliotheca de Estudos Históricos Nacionaes.

Referencias a Camillo. Dr. A. Ma la faia

467—— — —: «Historia da Litteratura Portuguesa» Manual Escolar. Lisboa. Livraria Classica, Editora. 1918 - 228-111 pags Cart.

Estudo da pensonalidade e Obra de Camillo de pags. 192 a 195.

D. F. Valladares 468~Z~~~ — «Historia da Litteratura Realista» '1871-1900,. V vol da

Bibliotheca de Estudos Históricos Nacionaas. Lisboa. Livraria Classica. Editora A. M. Teixeira. 20, Praça dos Restauradores, 20. 1924. 13-5 pags. Br.

Referencias a Camillo. Dr. A. Malafaia

469—72™ r~ 1 «Historia da Litteratura Romântica Portuguesa». í 1825- 1870) por... Lisboa. Livraria Classica Editora. In-8.• gr. Br. de309 pags. e um App.

A pags. 201, nm cap. intitulado CAMILLO. ,7n ~ . P- F. Thomaz 47 0 Outro exemplar.

_ Dr. A. Malafaia 47 1 Outro exemplar Dr. F. Valladares

47 2 Litteratura Contemporânea. Anthero de Figueiredo 2* Edição. Revista. Livrarias Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa. 1916 Opusc 8 0 de 64 pags Br.

Referencias a Camillo nas pags. 37, 39, 45 e 54. Dr. F. Valladares

473—Fonseca (Nicolau da). Uma carta e algumas notas inéditas de Camillo Castello Branco. Correspondência de Ricardo Simões dos Reis ao eminente escritor. Breves considerações e comentários, por... Coimbra Editora, Ltd. Coimbra-1923 Br de 51 Pags.

C. autogr. de Nicolau da Fonseca. ata i. ~ i ^R" J* Callado 474 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares 475—For/az de Sampaio (Albino). Homem (O) que deu o seu sangue. Novela A No-

vela Portuguesa. Revista de Cultura. Lisboa Ano I-n.°5. Junho 1921. 15 pags. "

A pag. 7 referencia a Camillo. Dr. A. Malafaia

— XIX —

476-Tor/a* rie Sampaio (Albino). Prosa vil. 3.® milhar por... Lisboa. Emp. Lit. Flum- 1921- 208 pags- Br

i . J Arllgo sobre Camillo, a pags. 157 e seg.

M. S.»ntos

Ali—Freire (Mário). (João Paulo). Albino Forfaz de Sampaio. Escorço-bis-bliogra fico), por... Lisboa Emp. Lit. Flum. 1919- 130-1 pags. Br.

Referencias a Camillo, a pags. 25, 28 e 72. M. Santos

47 8 Camillo Castello Branco. A campanha da Lapide. (Com um inédito do Mestre),por... Lisboa. Livr. M. Santos. 1917 Br.

Contem o FAC-SIMILE duma carta aut. de Camillo para Alberto Pimentel.

Dr. J. S. Callado . - . . 1 ' * . T

47 9 ——— Camillo Castello Branco e As Quadrilhas Nacionaes. Cartas inéditas. Com so tres mais feios retratos de Camillo. Por... Lisboa. Livr. Universal de Armando Tavares- 1917. Br. ... #

Ex. n.o 106, d'uma tiragem de 500 ex. todo» num. e rub. pelo a. C. Ex-libris Cam. do Exp. POUCO VULOAR.

Dr. J. S. Callado 48 0 Entre Gigantes I A Questão Camillo Castello Bran-

co-Ouerra Junqueiro. Coordenação de Documentos. 2.4 edição, por .. 1917. Gui- marães & C.». Lisboa Br.

Dr. J. S. Callado

48 1 » Entre Gic/antes ! Guerra Junqueiro ladrão de ver sos ? A Questão Camillo Castello Branco-Guerra Junqueiro. Coordenação de docu- mentos por .. Dep. Livr. de Manuel dos Santos. Lisboa. 1917.

Exp.^n.o^k d'uma tir. lim. de 202 ex. e rub. pelo a.-l.a EDIÇÃO-POUCO Dr. J. S. Callado

482-Freitas (Padre Senna). Perfil de Camillo Castello Branco. Edição definitiva. S. Paulo. Tip. King. 1887. 147-1 pags. Br.

Dr. F. Valladarbs

483 Perfil de Camillo Castello Branco■ por .. Nova edi- ção, auctorizada pelo auctor. Porto. Ernesto Chardron. 1888. 151-11 pags. Ene. c. as capas da Br. e por aparar.

Argel de Mello

484—Frias (Sanches de). Memorias Literárias. Apreciações e criticas. Porto. Tip. Emp. Lit. e Tip. 1907. 399-1 pags. Br.

CArta a Camillo, a pags. 299 e seg. B. Municipal

485—Gamito (A. Manuel) Camilo Cego Evocação romântica de um grande Romântico. 42 pags. Conf. real. realisada em 16 de Março de 1918. Lisboa. Tip. da Liv. Fe- rin. 1918 Br.

Da. F. Valladares ~ 486—Garrett (Almeidá) Camões. Edição conforme a revista pelo auctor com um estndo-

por... Porto. Liv. Chardron. s. d. XLX-186-I pags. XV vol. da Col. Lus. Ene.

! B. Municipal

— XX —

I 487—Gil (Augusto) O Canto da Cigarra■ (Satiras ás Mulheres) por-.. Lisboa. 1 910

In-8.° gr. de 148 pags. Br.

A Pag. 11. vem um extrato de um conceito de Gunillo ácerca das mulheres. l.« EDIÇÃO. POUCO VULOAR.

Dr. J S. Callado

487-A—Caume (Abbade).). Pesumo do Catecismo de perseverança. por.. 1.* ver- são em português sobre a 10.1 edição de Paris, por J. S- da Silva Ferraz e seguido de uma analyse por Camillo Castello Branco Porto. Publicado por F. S da Fon-

' seca. Livreiro Editor. 1853. Br. de 340 pags. Dr. J. S. Callado

487— B Outro exemplar. B. Municipal

488—Guerra (Carrasco) e Amaral (E!oy>. Exoticos (Notas Psychicas), por... Livraria Editora. Viuva Tavares Cardoso. Lisboa- 1904. Pr. de 214 pags.

A pag. 135 um pequeno excerpto de CAMILLO ex. c. um aut. do a. Dr. J. S. Callado

489—Guimarães (Delfim!. Arquivo Literário. Vol II. Tomo 5." Out.-Dezemb. 1923. Lisboa. Guimarães & C.1. 1924. 104 pags.

Artigo sobre CAMILLO, a pags. 19 e seg. Dr. F. Valladares

490—Historia da Lit"ratura Portuguesa. Biblioteca do Povo e das Escolas. Lisboa- «A Editora». 1909. 63 pags. Br.

A pag. 55 e 56 referências a Camilio. Dr. A. Malafaia

491—IllustraçUo Moderna. Revista de literatura e arte. Director Artístico: Marques Abreu—Director Literário: Oliveira Passos. N.° 8 e 9—Porto, Junho 1901-2.° anno.

Num. muito interessante c todo Camilliano, na capa nm esplendido ret. de Camillo, e nas outras pags. numerosas pliotographias da Casa de Seide, Casa de Friume. Egreja do Salvador de Ribeira de Pena, etc.

Dr. J. S. Callado

492—Illuslração Popular. 1 0 Ano-Porto. 1809-Numero 41.

A pag. 247 pensamento de Camillo sobre a Saudade e 265, sobre o Amor. Dr. A. Malafaia

493—Illustrsçâo Portuguesa (A.) Revista semanal. Lisboa. Colaboradores: Alberto Pimentel; Bulhão Pato; C. Castello Branco, etc.

l.o ano. 1884.-col. de Camillo, n.o9. Soneto de Decrepitude. 2.o ano. 1885.-n. 28. Retrato de Camillo, Orav. de Pastor. 3;° ano. 1886. 4.o ano. 1887.-Artigos sobre Camillo, n.o 17, 18, 27, 28, 37, 44, 50 e 52. 5.o ano. 1888.-n.o* 1, 2 e 51 (not. do suicídio).

A. Cardoso

494—Illustraçào Portu uesa. Lisboa. Revista semanal dos acontecimentos da vida portuguesa. Director: C. Malheiro Dias. 2.1 serie. 1.° semestre. 1906.

N.° 6. pags. 168 e seg. art. Camillo Castello Branco, por Teofilo Braga. A. Cardoso

— XXI —

495 Outro exemplar, só os n.°* 711, 713, 716, 888 e 941. 11 serie.

Imensas ret. a CAMILLO, ao. de grav. Dr A. Malafaia

495— A Outro exemplar, só os n.05 6, 476 e 479. II serie.

Mauricio Pinto

496—IllustrapSo Transmontana. Porto. Director: Carlos de Magalhães. Io ano N.® 5. Maio de 1908 ' *

Art. acomp. de 9 ill. e 1 sang, por Manuel Larangelra. POUCO VULOAR.

Dr. F. Valladares

497—Intermediário dos Bibliophilos (O). Publ. da Casa Ventura Abrantes. Ano I-N.°2

Incere na I.a pag. um pequeno art. de Afonso da Azevedo Nunes Branco e um ret. de CAMILLO por Saavedra Machado

Dr. J. S. Call ado 498 Cutro exemplar

Dr. F. Valladares

499— Joaquim (Antonio). Rapsódia Camilliana. por... C. um pref. de José Pereira de Sampaio .Bruno). Porto. Liv. de A. B. P. I ousada s. d. In-8.° Br.

C. um bello ret. de CAMILLO. Dr. J. S. Callado

500—Lamas ("Arthur,). Em que casa nasceu Simão Botelho? Livraria de Fernando Machado. Porto 1924. Folh. de 29 pags.

Dr Joaquim db Carvalho

501—Leme (O) Semanário Humorístico e Noticioso. Redactor principal: Nuno Castello Branco. S. Miguel de Seide. 1895-1913

Collecçao completa (Um vol. Ene.). MUITO RARO, P. F Thomaz

502—Lemos iMaximiliano^. Camillo e os Medicos. Com novos elementos, para a bio- grafia do grande escritor. Porto. Companhia Portuguesa Editora 1920. Br. de 655 pags.

Dr. Joaquim db Carvalho 50 3 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares

50 4 =- Encyclopedia Portuguesa Illustrada. Dicionário Universal- Publicado sob a direcção de... Vol. II Bellani—Choisy. Porto. Lemos & C.\ Sue. s. d. 872 pags.

CASTELLO BRANCO (CAMILLO), Artigo por... Teofilo Braga, a pags. 631-32-33.

A. Cardoso

505—Leite (Luiz Filipe) e Sá iBernardo V. Moreira de). Selecta Portuguesa. Comp. e an. por--- 5." edição, muito melhorada. Lisboa. A. Ferreira Machado & C.*. 1891. 536-VI1 pags. Ene-

Trechos de Camillo a P»gs. 64, 70, 93, 114, 140, 162, 178, 194 , 213, 236 e 303.

J. Goncalves

'506—Li mia. Revista mensal ilustrada de letras, sciencias e artes.—Série 1.*. Tomo I - n.° 1. Outubro. 1910. Viana do Castelo, 16 pags.

Referencias a Camillo no artigo de Bruno intitulado Virgime des Maldines (pag. 2).

Dr. A. M.lafaia

507—Lopes Vieira (Affonso). Em demanda do Graal- Portugal-Brazil, L.dl. Socieda- de Editora. Lisboa. 8-° de386 pags- Br.

Referências a Camillo a pag. 336 e 367.

Dr. A. Mvlafaia

508—Maduriera (Dr. Bernardo) Sol d'Aquino, por... 2■* edição com um pref. pelo Vise. de Villa-Moura, e uma carta de Camillo Castello Branco. Porto. Renascença Portuguesa. 1916. 122-V pags. Br.

Bello ex. c. de a. aut. do a. ao exp.

Dr. Joaquim de Carvalho 509 Outro exemplar.

M. Santos

510—Magalhães (Cruz) Sem Norte. Versos. Porto. Fabri-Editor. MJMXV1II. 280 pags. Br.

Art. sobre Camillo e caricatura a pags. 270 e scg. B. Municipal

511— Magalhães Lima (Jaime de). A lingua portuguesa e os seus mistérios. Livrarias Aillaud e Bertrand. Paris-Lisboa. 1913. 8.° de 154 pags- Br.

Referências a Camillo nas pags. 65, 102 e 109. Dr. A. Malafaia

512— Mariana. (Sórcr) Cartas de Amor ao cavaleiro de Chamilly. Tradução do Morga- do de Mateus, com um prólogo por Julio Brandão.

Dr. A- Malafaia

513—Martins de Carvalha (Alberto). Trabalhos jornalísticos, Artigos e Pequenos Ro- mances, opiniões da imprensa, cartas e bilhetes. Coimbra. Imprensa Académica. 1921- Br. de 181 pags-

Referencias a Camillo. Dr. J. S. Callado

614— (Francisco Augusto). Algumas horas na minha Livra- ria- Artigos, notas e apontamentos. Coimbra. 1910 277 pags. Br.

O cap. XXXI deste livro trata de C. Castello Branco pags. 107 a 112. Dr. F. Valladares

515—Matos (Ricardo Pinto de). Manual Bibliographico Português de Livros Raros, Clás- sicos e curiosos, coord- por... Revisto e pref. por'Cami[ío Castello Branco Perto. Liv. Portuense-Editora. 1878. XII-585-1 pags. Ene. c. as capas da broch e por aparar.

Apreciado C. o Ex-libris de Augusto dos Santos Pinto. Argel de Mello

- XXIII -

516 Outro exemplar

C. o Ex-libris de Cam. do Exp. Dr. J. S. Ca I.LADO

517— Mato* Sequeira. Tempo passado. (Crónicas alfacinhas). Portugália Editora 59,. Rua do Carmo, 75. Lisboa. 1823 204—1 pag. Br.

Camilliano: Domingos Leite Pereira, o regicida (pag. 91-124). Dr. A. Malafaia

518— Mayer Garção. Cem (Os) Sonetos, com um pref. por... l.a edição- Lisboa. Imp- Nacional. 1920. XVII-102-11 pags. Br.

Edição POUCO VULGAR. Ref. no pref. e notas, e sonetos a pags. 52. 63 e 91.

Mauricio Pinto 518-A Outro exemplar.

Carlos Rocha

518-B Outro exemplar. Dr. F. Valladarbs

51 9 Os Esquecidos. 1924. Empreza Editora e de Publicidade, A Pe- ninsular Lda. Lisboa. 157 pag. Br.

Tiragem especial. Exemplar n.o 89, assinado pelo autor. Referencias a Camillo nas pag. 14, 95, 146, 147, 148, 149 e 153.

Dr. A. Malafaia

520 — Mello (D. Francisco Manuel de). Carta de Guia de Casados. Para que pelo ca- minho da prudência se acerte com a casa do descanço. A um amigo. Por... Nova edição com um prefacio biographico, e Enriquecido dejdoc. inéditos por Camillo Cas- tello Branco. Porto. Tip- Pereira da Silva. 1873.

Edição muito apreciada. P. F. Thomaz

52 1 Outro exemplar. Liv. Chardron. s. d. V vol. da Col. Lus. Ene.

B. Municipal

521-A Outro exemplar Dr. A. Malafaia

522—Memoria dos festejos celebrados em Hongkong, por ocasião do Tricentenário do Principe dos Poetas Portugueses, Luiz de Camões. Hongkong. Na Tip. de De Sou- za & C." 1880 100- pags. Ene.

Ref. a Camillo a pags. 18. MUITO RARO J. Gonçalves

523—Mendes dos Remedios. Historia da Literatura Portuguêsa desde das origens até á actualidade 5.* edição. Coimbra. Lumeu- 1921. 691 pags. Br-

Estudo sobre a vida e obra de Camillo'de pags. 588 a 590.

Dr. F. Valladarbs

— XXIV —

524—Menezes (Ludovico). Camillo Documentos e factos nòVos por.. ■ Portugália Edi- tora. Lisboa. 1924- 246 pags Br-

Dr. A. Malaeaia 525 - Outro exemplar. , _ „ Dr. J- S. Callado 526 ——Outro exemplar. Dr. F. Valladares 526- A Outro exemplar. Mauricio Pinto

527-Miscellanea Litteraria■ VARIEDADES. Collecçào de Contos e Poesias. Coor- denados porM. O- Porto- Tip- Peninsular, s- d. Br-

CAM ILLIANO por ter no rosto uma grav. da pretensa casa de CAMILLO, cm Friume, pub. na 1.» ediçáo do Romance do Romancista de Alb, Pimentel.

Dr. F. Valladares

528-Moreira (João M.) e Corrêa (João M.). Nova Selecta Portuguesa. Col. ean. por... 3.* edição. Porto. Tip. de J. S- Mendonça. 1896 496 pags. Ene-

Trechos de Camillo a pags. 80, 104, 113, 119 e 138. J. Gonçalves

529-Mota Junior (J. C.). Cartas Notáveis de Camillo Castello Brane■> O patrio- tismo de Fr. Bartholemeu dos Martyres. O Castello de Lanhoso. O Mosteiro de Tibães. Apreciações de... Porto. Livraria Universal de Magalhães & Moniz, tdito- ros. Br. de 75 pags- s. d. Dr. J- S. Cai-lado

530-Monteiro (José Gomes) Os críticos do Fausto, do sr. Visconde de Castilho. Em cit- randel. «Gebt ihn zuruck dem heiligen L1CHT ! Deveis restitui-lo á LUZ sagrada 1 Goethe.» Porto. Viuva Moré. Editoia 1873, 190-1 pags. Br.

Transcrições de um folli. de Camillo, acompanhado de varias referencias. Exp. c. a a ass. aut. de CASTILHO. B. Municipal

531 outro exemplar. Dr } ^

522—Murias (Manuel) Seiscentismo (O) em Portugal■ Lisboa. Tip. da «Gazeta dos Caminhos de Ferro». 1923. 104 pags. Br.

Cur&ndel c constantes referencias a Camillo como historiador. Dr. F. Valladares

533-Neves (Alvaro). Camillo Castello Branco. Notas á margem em »arios hvros da sua biblioteca. Recolhidos por... 1916 Pare. A. M. Pereira. Lisboa. Br. de 161 pags.

Dr. F. Valladapes 53 4 Outro exemplar. Dr y §

53 5 Estudos Camillianos- Bibliografia. Biblioteconomia. Por... Lisboa- Ernesto Rodrigues. 1917. Br. de 16 Pags- Exp. n ° 117.

Exp. n.o ,17 d'uma Tir. Hm. de 300 Num. ^ ^

irv V. .A . G Jutro exemplar. p p Thqmaz

— XXV —

537 Nobre He Mello. 'Martinho). Para onde vamos? Um aspecto do problema na- cional. Lisboa. J. Rodrigues & C.*. 1916. Op. de 40 pags Br.

Ref. a CAMILLO nas pags. 19, 23 e 24.

Dr. A. Malafaia 538— Noronha (Armando de). O Amor—As Mulheres—As mulheres eo Amor—(Pensa-

mentos de Camillo', coord, por... Pref. de Albino Forjaz de Sampaio. Lisboa Por- tugália, Ltd. MCMXX1V. 102-11 pags. Br.

Dr. F. Valladares 539—Ocidente iO . Revista Ilustrada de Portugal e do Estrangeiro. Directores: Gervásio

Lobato e Caetano Alberto. Lisboa 8®-9°anos. 1885-1886 n.0> 238, 248 e 261. 12.°-13.° anos. 1889-1890. n.»413. 28.°-29.° anos. 1905-1906. n.° 1006.

Vários artigos sobre Camillo. B. Municipal

540—Oliveira 'Alberto deL Eça de Queiroz (Paginas de Memorias), por... Lisboa, Tip. do Anuário Comercial, 1917, 8." de 212-1 pags Br-

Ref. a CAMILLO na pag. 63 Dr. A. Mallafaía

541— Pombos Correios- Notas Quotidianas por.. .Coimbra. F. França Amado, Editor. 1913. 8.° de 451-1 pags. Br

Ref. a CAMILLO a pag. 278. Dr. A. Malafaia

542 Ortigã.0 (Ramalho). Quatro Grandes Figuras Literárias. Camões, Camillo e Eça- por. . I a edição Empresa Litteraria Fluminense. Lisboa. In-8.° Br. 185 pags.

Dr. J. S. Callado

543—Owen (Coronel). Cerco (O) do Porto por... 2.a edição. 3.° milhar- Porto Re- nascença portuguesa, a. 8.® de 342-2 pags Br.

Pref. de Raul Brandão, com ref. a CAMILLO. Dr. A. Malafaia

544 — Outro exemplar. M. Santos %

545—Paço Vieira (Conde de). Inéditos de Camillo, por... Porto. Imprensa Portugue- sa. 1915. 31 pags- Br.

Dr. F. Valladares ; ' • 546— Pascoaes. (Teixeira de). Espirito (O) Lusitano ou o Saudosismo. Conferencia

por... Porto- Renascença Portuguesa. 1912. 19-1 pags. Br.

Ref. a Camillo, a pags. 9. M. Santos

54 7 Génio (O) Português na sua expressão filosófica, poética e religiosa. Conf. por... Renascença Portuguesa. Porto. 1913. Opusc. Br. de 49 pags

Referencias a CAMILLO a pags. 14 e 20. Dr. A. Malafaia

54 8 Outro exemplar M. Santos

— XXVI —

549—Pasooaes (Teixeira de). Poetas (Os) Lusíadas Conferencias realisadas no Instituto de Estudis Catalans da Cidade de Barcelona, em Junho de 1918. Porto, Typ. Costa Carregal, 1919, 8.° de 4-314 pags Br

Referencias a CAMILLO nas pags. 220, 227 a 231. Dr. A- Mvlafaia

550 Paulo Osorio Camillo. A sua vida. O seu Oenio A sua Obra. por... Porto-, Magalhães & Moniz- 1908- 414-II pags Ene.

Dr. F. Valladares 55 1 Outro exemplar.

Dr José Jardim

55 2 Outro exemplar. 2-* edição Porto. Comp. Porto. Editora 1920 442-1 pags Br.

Dr. F. Valladares

55 3 Camillo Castello Branco e o Sr. Dr. Bombarda. Porto Tip. da Emp. Lit e Tip. 1905 31 pags. Br

Dr. F. Valladares

554—Pereira (Esteves) e Rodrigues (Guilherme). Dicionário histórico .. . . e artísti- co Vol II B-C. Lisboa. João Romano, Torres 1906- 1279-1 pags.

Art. sobre Camillo a pags. 1H9. Dr. F. Valladares

•555—Pimentel (Alberto). Amores de Camillo (Os) por. . Em curandel «Envelhecia a amar Camillo Castetello Branco No Bom Jesus do Monte». 2 1 edição rev. pelo a. prec. dum juizo critico por Silva Pinto Lisboa • Guimarães 8t C • * 1923 421-lipags.

Dr. F. Vallaoarbs

55 6 Ju'io Diniz (Joaquim Guilherme Gomes Coelho). Esboço bio- gráfico. Porto- Tip. do Jornal do Porto. 1872- 40 pags Ene-

Referencias a Camillo. B. Municipal

55 7 Memorias do Tempo de Camillo. A. A. por.. Porto. Tip. da Emp. Lit. e Typographica. 1913. 8.° de 270-2 pags. Br.

Ilustrado com vários retratos de CAMILLO, de D. ANA PLÁCIDO e alguns outros. João Simões

55 8 Outro exemplar. Dr. A. Malafaia

55 9 Netos (Os) de Camillo, por... Em curandel. Das flores surgirão pomos?... Se Deus regar os arbustos! Thoma\ Ribeiro. Lisboa- Emp. da Hist, de Portugal. 79 pags. ill. Br.

M. Santos

56 0 Notas Sobre o Amor de Perdição, por .. Em curandel. «Fa- ctos e não theses é o que eu trago aqui- CAMILLO CASTELLO BRANCO. Amor de Perdição. 1862, pag. 222- Lisboa. Guimarães & C.a. 1915. 155-11 pags.

Ene. c. as capas da br. e por aparár. APRECIADO. Argel de Mello

•561 Outro exemplar. Dr. F. Valladares

- XXVII —

562 Outro exemplar. P. F. Thohaz

563—Pimentel (Alberto). Pena de Talião. Poema Heróe-eómico, por... Famalicão. Tip. Minerva de O. Pinto de Sousa & Irmão. 1913.

Este poema é dedicado a Henrique Marques «paclenie e meticuloso autor da Biblio- grafia Camilllana. Na Declaração do Autor encontra-se uma ret. a Camillo.

Dr. A. Malafaia

56 4 Poemas Herói-Comicos Portugueses Verbêtas e apostilas, por... Porto- Renascença Portuguesa. 1922. 173pags. Br.

Ref. a Camillo, a pags. 122. M. Santos

56 5 Porto (O) na Berlinda. Memorias dumafamilia portuguesa, por... Porto- M. Lugan, Succ. 1894 In-8.° XXIV-281 pags. Br.

Varias transcripções de Camillo. B. Municipal

565-A Outro exemplar. Ene. Dr. J. S. Callado

56 6 Porto (O) por fóra e por dentro. Em curandel «Intus et in cute.» Porto. liv. Internacional. 1878 . 277-11 pags. Ene.

Dedic. e referencias a Camillo. B. Municipal

56 7 Praça (A) Nova, por... Porto... Renascença Portuguesa. 1916 285-11 pags. Br.

Cap. IV. pags. 157. CAMILLIANO. M. Santos

56 8 Primeira (A) mulher de Camillo. Lisboa. Guimarães & C.». Edito- res. 1916. 135-3-pags. Br.

Dr. F. Valladares

56 9 Outro exemplar. P. F Thomaz

57 0 Romance (Ol do Romancista Vida de Camillo Castello Branco, por... Lisboa. Emp. Editora de F. Pastor. 1890 . 379-1 pags. Br.

Argei. de Mello 571 Outro exemplar

Dr. F. Valladares 571- A Outro exemplar

Mario Azenha

572-A —òutro exemplar. 2." edição. Lisboa. Guimarães & C.a 1923. 306-11 pags. Br.

Dr. F. Valladares

573 — Triste (A) Canção do Sul. Subsídios para a Historia do fado. Por... Lisboa. 1904. Br. de 302 pags.

Insere a Pags. 27 uma cur. apr. de CAMILLO ácerca do Fado: «A sensação nervo- sa, o soluçado requebro das saudades do Vimioso».

e-Vi- v. Dr. J. S. Callado

XXVIII -

574—Pinheiro Chagas (M.) Poema da Mocidade, sega /do do Anjo do Lar. 2.* edição, por- . Lisboa. Pare. A. M Pereira. 1901. Esta et/fçjo faz parte da Colecção A. M. Pereira- 8.° de 198-1 pags. Ene.

Referências a Camillo a pag. 171. Dr. A Mslafaia

• í • I 575— Pinho Leal (Augusto Soares de Azevado Barbosa de). Portugal Antigo e Mo-

derno. Diccionario Geográfico. ..., por... Lisboa Liv. Ed de Mattos Moreira 8c C.». Vol. 9.»-lS80. 764 pags. vol 11.° 1886- Pags. 661 a 1432. Br.

No l.o artigo a pags. 74 e seg., e no 2.o, de pags. 981 a 1026. Dr. F. Valladares

576—Pluquet (Abbade). Discurso sobre os desvarios do espirito humano. Relati- vamente á Religião em geral e ao Christianismo em particular, pelo... Tradução por Fr. Domingos Vieira, da ordem dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho, da ex- tincta província de Portugal. Com um prefacio de... Dois volumes E. C- Braga. Eduardo Coelho, Editor. Porto e Coimbra. Viuva Moré. 2 Vol. de 186,3

POUCO VULGAR. Dr. J. S. Cal'.ado

577 Outro exemplar. B. Mumiipal

578—Pratt (Alfredo) Memorias biográficas de Camillo Castello Branco. I-A Fe- cundi tade litteraria de Camillo, por... Coimbra. Casa Mineva. 1906. 1 Folhe- to de 41 pags.

Esie folh. faria parte de uma serie que A. Fratt tencionava publicar, acerca deste assumpto, e era o 1.° da serie, intitulando-se os seguintes respectivamente: II- Unt Catalogo Camilliano III-Quando nasceu Camillo IV-Visconrie de Correia Botelho. E o único publicado e já hoje POUCO VULOAR. E particularmente interessante neste caso estabelecer a devida correlação entre esta obra, o seu a. e as interessantíssimas c valiosas an. aut. que alguns dos ex. expostos apresentam.

t Dr. J. S. Cam. a do

579—Processo e julgamento de José Cardoso Vieita de Castro■ No Tribunal do 2.° Districto Criminal de Lisboa. Pela acusação do crime de homicídio voluntário na pessoa de sua mulher D. Claudina Adelaide Guimarães Vieira de Castro. Lisboa. Imprensa Nacional. 1870. Br. de 148 pags.

A pags. 39, vem mencionado como doe. junto ao Proc. e com o N.o 11, o livro in- titulado Camillo Castello Branco, Noticia da sua vida e obras, por j. C. Vieira de Castro, 2.» Ed. cor. e augmentada, prcc. das melhores criticas publicadas áceica desta obra POUCO VULOAR.

Dr. J. S. Callado

580—Proença Juwor (F. Tavares). Camillo Castello Branco. 1825-1890. Autobiografia. Coordenada e anotada por••. Coimbra. França Amado. 1905. Br.

Com um ret. de Camillo. Dr. J. S. Callado

81 —Quintela (Santos). Colect. Camillo. Anedotas, conceitos, etc., c. um pref. de Al- berto Pimentel. Porto. J. Ferreira dos Santos. 1921. X-176pags. Br c. il.

B. Municipal 58 2 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares 58 3 Outro exemplar.

Mauricio Pinto Outros exemplares, n."s 372 e 373 deste catalogo.

— XXIX —

584-Quinzena de Portugal (A). Lisboa- Director: J. Ribeiro de Cardoso. n.osI, II, III e IV. MCMXV.

Div. referencias a CAMILLO. Dr F. Vali adares

585 Outro exemplar, só o n.° III Dr. A. Malafaia

586—Ramalho Ortigão■ Quatro grandes figuras literárias. Camões, Garrett, Camillo e Eça 1.* Ediçào por... Empreza Literária Fluminense, L.d. Lisboa 8.° de 185 pag Br. _ .

Dr. A. Malafaia

587—Rattazi (Maria). Lortugal de Relance. Tradução Portuguesa (auctorisada pela auc- tora». Lisboa. Livraria Zeferino. Editora. 1881. I-LXXVI-193 pags. e 214 pags. mais IV de indice. 2 vols, ene- n'um só.

O original francez d'est* obra motivou a celebre resposta de Camillo. Dr. F- Valladares

588—Rrbêllo de Be tencourt- Os novos escritores. Ensaio de critica nacionalista. So- bre a Arte e as Ideias da Nova Geração, por... Livraria Editora Andrade. Angra- s, d. Opusc. 8.° de 130 pag. Br.

Camilliano. _ 4 Dr. A. Malafaia

589—Revista da Figueira. N." 1. Setembro. 1917. Contem um artigo de M. Cardoso Martha, intitulado A Vadofilia de Camillo, a pags 13. Carlos Rocha

585.A Outro exemplar. D, s. ClLLAD0

500 Outro exemplar. Dr. A. Malafaia 59 1 outro exemplar. p t 59 2 Outro exemplar. Mauricio Pinto

59 3 Revista Illustrada Proprietários: Mariano Level e Antonio Maria Pereira- Pub. quinzenal. Lisboa. l.*e3.°ano. 1890-1892.

No l.o uno, artigo de Camillo a pag„ . 58, O MAIOR AMIOO DE LUIZ DE CAMÕES. A. Carboso

r- 59 4 Revista Literária. Director, proprietário e editor, Cesar de Frias. 1924-Ano I-Nu-

mero 1 -a 6-Lisboa. Varias referencias a CAMILLO. Dr. A. Malafaia

59 5 Outro exemplar. Só o n.« 2-3- Dr p Valadares

596—Revista Literária, Scientifica e Artística In-O Século. Lisboa. Dirigida por: Ed. Schwalback Lucci N 05 22, 37, 38, 42, 45, 49, 53, 59, 64, 80, 87, 89, 98, 99, 106, 122, 167, 1811190, 191 e 192.

Got., e art. sobre CAMILLO. _ Mauricio Pinto

- XXX —

596-A Outro exemplar. N.05 177, 190 a 193 e 211.

Dr. F. Valladares

597_fc^KPKr~g,u!?ao P'lblicaii0 mensaI- Director: Joaquim de Araujo. Porto. ioy4-]ovD. IN• 1,2, 3 e 5.

Colecção rara e interessante a que faltam apenas os 4 e 6 e que é muito apr nao só porque contem collaboraçáo de grandes escriptores como Fialho, Ramalho ™hi?«tÍ™ iu"tluel'°. João de Deus, etc., mas também porque Clquí! rebitai*'áSS^USoMí 6 Um R°manCC P08,hU'"° ^U1Í'-

Dr. J. S. Callado 528 Revista Ulih Encyclopedia Semanal Illustrada. N.° 2. 12 de Outubro de 1921.

LlSDOu • Na pag. U um pensamento de Camillo.

Dr. A. Malafaia 599—Ribeiro. (Thomaz) A Delfina do Mal. Poema. 2.' edição correcta c. uma carta e

um prol. de Camillo. Porto. Ernesto Chardron, Editor. 1882- LIII-311 pags Ene.

B. Municipal

^ ~ Dissonâncias. Versos por... Porto Ernesto Chardron. 1890. 252 pags. Ene. c. as capaas da br. * z

Ded. a Camillo, e carta ao ad., a pags. 220 e seg. J. Gonçalvbs

60 1 Vesperas. Poesias dispersas por .. Em curandel «Et jam summa proeul viilarum culmina fumant, majoresque cadunt altis de montibus umbrae. Éclo- ga i.*—Virgilio». Porto- Ernesto Chardron. 1880. 303-VI pags Ene. c. as capas da br,

Ded. a Camillo. ,m _ J- Gonçalves 60 2 Outro exemplar.

Dr J. S Callado

603—Ricardo Jorge. Canhenho dum vagamundo. Impressões de viagem. 1.° milhar por... Empresa Literária Fluminense, L.d*. Lisboa, s. d. 8." de 1X-296 pags Br'

Com refciencia9 a Camillo. Dr. A. Malafaia

604 Contra um plagio do Prof. Theophilo Braga. Dados para a etho- psicologia literária duma pedantocracia, por... Lisboa Livraria Classicu Editora ,!«» A. Teixeira. 1917. 8.° de 91-I-126-I pags. Br.

Com grande numero de referencias a Camillo. Dr. A- Malafaia

■605—Ruim (Joio) Camillianistas. Cartas a Bento Chumelgas. Moço d'uma esauina na Baixa, por .. Lisboà. 1917. Centro Typ. Colonial.

Ex. N.o 69 d'uma tiragem limitada de 200 todos num. RARO. Dr. J. S. Callado

606—Sabugosa (Conde de). Neves de Antanho. 2.a edição. Lisboa Portuoal-Rraaii Limitada, s. d 318-1 pags. Br. ' • '?

Referencias a Camillo, no cap. D. FRANCISCO MANUEL DE MELLO oam . 235 p 8eg, »

B. Municipal

— XXXI ~

607 Outro exemplar. Dr } g Calladq

608-Sftmana de Lisbna (A). Suplemento do jornal do Comercio. Director: Alberto Braga. n.° 15- Lisboa, domingo 9 de Abril de 1913- 8 pags Br.

O Folhetim. Aquela casa triste... (1872), de Camillo. B. Municipal

609 —Semana Illustrada Revista Litteraria e Artística. Lisboa. 1904. n.° 19 (1.* serie) e n.° 46 (2.* serie).

Camill Lana. . ,. Dr. A. Mal a faia

610-Senora Freitas (Padre). Luctas da Penha. Por... Lisboa. Typographia da Casa Catholica. 1902. 2.° vcl. Br. de 304 pags.

Contem uma Apreciação do P. Senna Freitasa pags. 203. Dr. J. S. Callado

611— Serões- Lisboa. Revista mensal. N."» 23, 34 e 46. II serie. Varias referencias a Camillo. Dr. A. Malafaia

612 Shakespeare William) Othello omouro de Veneza, de... Tragedia em cinco actos. Trad para português por D. Luiz de Bragança. Esboço de critica por Camillo. Porto. Liv. Civilisação. 1886- In-8.® Ene.

C. an. de A. Pratt e Ex-librU do Cam. do Ex. POUCO VULQAR. Dr. J. S. CalLado

613—Silva (Ariosto) Alexandre Herculano. Esboço biográfico por... Em curandel. «Ha elorias mais brilhantes e ruidosas: nenhuma pode haver mais pura. Anthcro de Quental.» Porto Ferreira dos Santos Editor. 1910. 40-IV pags Br.

Referencias a Camillo, a Pags. 10. j. QonçalvBs

613- A Outro exemplar. Dr a MalIíAFAIA

614—Silva (Inocêncio Francisco da) Dicionário Bibliográfico Portugue^ Estudos de... Aplicáveis a Portugal e ao Brazil. Toraosegundo e Tomo nono (Segundo do Su- plemento). Lisboa. Imprensa Nacional MDCCCLIX e MDCCCLXX 47t> e -\vi 462 pags Ene.

Noticias sobre Camillo, no Tomo 2.», a pags. 15 16; e no Tomo 9.», a pags. 7 e 13. B. Municipal

M-Pinto (Silva). Camillo Castello Branco. Notas e documentos: Desagravos, por... Lisboa J. Rodrigues, Editor. 1910.334-1 pags. Ene. c as capas da br. e por aparar. 0bra int_ porquc ins. muitas cai-tas de Camillo, e notas curiosos sobre a sua vida.

Argel de Mello 6,5-A Outro exemplar Dr Valladares

6,6 Outro exemplar Dr g Callaw) * i

— XXXII —

617 Outro exemplar.

P. F Thomaz m-fiilva Pinto Cartas de Camillo Castello Branco com um pref e notas de I »

boa Tavares Cardoso. 1895 162 pães Br pru e notas de... Lis- n ..-•••* ; , au ' •*

619 Outro, exemplar. A' Cardoso

620-

621-

. Dr. J. S. Callado —Outro exemplar. Argel de Mello

», Cs Contemporâneos. Camillo Castello Branco Por ooo « Aiílaníf flc*pI» °s. esc."dos do Brazil e Portugal e as iniciaes dos Editores' (Guillard to de Camillo.' L,vrelros EdltoresL Par's- Lisboa. 1889. In. 8.° Br. Tem um retra-

Bora ex. belamente conservado e c. as capas originaes.

622 Outro exemplar. P>R' Callado Dr. F. Valladares

623~d^l68Pais7~ DC Palanque- Por"- Portp- Livraria Chardron. 1898 In 8.» Br.

Ref. a Camillo. Dr. J. S Callado

624~F^i7c77T~ N?ÍteLS de Vigi!ia- Apontamentos pela vida fora. Vol I n <>• 1 a 6 Empresa Literária Lisbonense Lisboa 1896. 192 pags. Cait. Referencias a Camillo na pag. 110.

Dr. F. Valladapes 625—Soropita (Fernão Rodrigues Lobo). Poesias e Prosa* incline ^ r

e notas de Camillo. Porto. Typ. Lusitan^. In 8 ° Ènc " C' "m pref"

COnpOUcOavULOAR? CAMILL0 * loio de "«*»««»■ C. Aut. de A. Pratt. Dr. J. S. Callado

(!dUr<l0)- ? p0Cta d0 £ó* P°r--- Com um retrato do peeta e uma carta pag. Br Crra Junque,r0- I924" Liv- Civilisaçào. Porto, de aTxIM04

Referencia a Camillo a pag. 50. Dr. A. Malafaia

627—Sousa Pinto (Manuel de). Raphael Bordalo Pinheiro. Des esr nnr M5n„.i n ...» Sord."" Ribeiro. C. . eft. de... Li.bo,. K?Fem^rnS!'feSfè

Caricatura de Camillo, a pags. 11. Dr. F. Valladarbs

628_DaooroeS de Carva!ho iDr. Fernando). A Minha Casa de Camillo. Comemoração do 99.° aniversario do nascimento do glorioso escritor. Li;boa. 1924.

C. um ret. de Camillo. 19 pags. Br. Tiragem especial de 100 ex.

Dr. F. Valladares 62J-:re/*eira do Carvalho (Dr.). M.). Dois capítulos sobre Camillo Castello Branco,

- XXXIII —

por. Seguidos de 15 cartas inéditas, com um prefacio de ]. Freitas Gonçalves- M- C. M.\X; II. Imprensa da Universidade Br. de 15 pags-

Esp. doe. da Vida de Camillo em Coimbra. Dr. Joaquim de Carvalho

«.H/O -A /a^iiuO dlA m-Teixeira Gomes.M). Agosto Azul, por... Lisboa. Livram Òassica Editora de

A- to. Teixéiíá. 1'924 LXXVI-161 pags. Br. . ^ A peg. LXXI referencias a Camillo. Dr ^ Malafaia

a31 Teles (Alberto). Camillo Castello Branco na cadeia da Relação do I^rto. Revela- ções colhidas por fóra dos seus livros Cartas de Camillo e Antero do Quentel. om- bal e os Jesuítas Lisboa. Lvi. Ferreira 1917. 234 pags. Br.

Dr. J. S. Cai-lado 63 2 Outro exemplar. ^ ^

63 3 Outro exemplar Dr> p Valadarb8

634-Trindade Coelho. In Ulo Têmpora. Estudantes, lentese futricas, por... Desenho8 de Antonio Augusto Gonçalves. 2-a edição. Livraria Alliaud & C.a. Lisboa. 1902- 8.° de 422-2 pags. Ene.

Ref. * CAMILLO nas pags. 38, 149, 151, 155, 307 e 309. A pag. 307 e 3081 uma carta de CAMILLO a Macedo Papança, á qual se segue um soneto de CAMILLO.

Dr. A. Malafaia

635—Tripeiro (O). Director: Alfredo Teixeira de Faria. Porto- N.05 1, 16, 19, 22, 26, 30, 58, 59, 74, 76 a 78, 81 e 82- (1908-1910). 14 n.os Br.

Colaboração divetsa de Camillo, e varias referencias & sua obra. B. Municipal

<S3h—Varela (Arlindo) e Barreio (J. M. Silva). Leituras Escolares. Col. e an. por. - 10 ' edUo Muito melhorada Lisboa. Tip. Mitos Moreira. 18J7- VII. 392 pags. Fnc • Trecho, de Camillo a pags. Í08. j. 0oKçALVBS

637-Vasconcelos (A. A. Teixeira de). Contemporains (Les) Portugais. Espagnols et Brésil iens? por... Tome premier, Le Portugal et la Maison de Bragance. Paris. Typ. Guirandet. 1859 VIII-660 pags. Ene.

Ref. a pags. 483. Dr VaLLaBaRES

A3»— Vesnu (A) do Parnaso. CollecçSo de Poesias. Por um mordomo das Almas de Campanhã que vem de collarinhos tezos metter a falia no bucho ao seu Juiz, autor das Folhas Cahidas Obra de 100 rs e que vale bem um pataco, por seir muito ins- tructiva e de «rande proveito para quem não sabe ler. Porto. T>p. de J. A. de Freitas Junior. 1854. In. 8.° Br. de 52 pags

Folh. MUITO RARO e que tebi sido alribuido a CAMILLO. i Dr. J. S. Callado

639-Via Latina. Revista de Estudantes de Coimbra. Ano I. Maio. MCMXXlXv Inse- — XXXIV —

re um interessante artigo de Américo Veloso a pags 9-IL «Notas Camilianas», "i dicado ao Di. Ricafdó Jorge, e um Retrato de Camillo desenhado por Tavares Mou- rato 16 pags Dr. J S. Cai.ladò

.VI .evi.q V~)r Tio; 640 Outro exemplar. Dr-. A. Mm-akaia

.iuV Tl .aCI 641—Vida (A) Portuguesa. Boletim de Renascença Portuguesa Porto 1912-1915. Co-

lecção completa

Camilliana. ,, _ M. Santos

642 —Vieira (Custodio José). Carta (Uma) de Camilo na Bibliotheca da Ajuda. Reparos a umas afirmações do Sr. Dr. Theophilo Braga, por •• 1916. Lisboa, lip Editora do Conde Barão.

Tir. lim. de 200 Ex. rub. pelo 1. C. Ex-librls de Cam. do Exp. RARO. Dr. J. S. Callado

64 3 Outro exemplar. p p

644—Vieira (José Augusto) O Minho Pitoresco. Por... Lisboa. A- M Pereira. 1886- 1887. 14." 2 vols ene. Grande edição de Luxo, com numerosas e interessantes grav- uma das quaes repr. a Casa de S. Miguel de Se ide.

Contem muitas ref. a CAMILLO e trascripções da su« obra. Dr José Jardim

645—Vieira de Castro (José Cardoso). Camillo Castello Branco (Noticia da sua vida e obras) por... 2." edição, corrente e augmentada. Precedida das melhores criticas publicadas ácerca desta obra. Porto. Tip. de A J. da Silva Teixeira- 1863 Br. de 286 pagS Dr. J. S. Callado

Colónias. Pelo antigo Deputado José Cardoso Vieira de Castro- Editor: Camillo. Porto. Typ. Artística. 1871. Br. de 38 pags.

Dr. J. S. Callado

Ml—Villa Moura (Visconde de). «Camillo Inédito». Com um pref. e notações por Porto. Renascença Portuguesa. 1913- 152-11 pags. Br. , „ „ Dr. J. S. Callado

64 8 Outro exemplar. p

64 9 Outro exemplar. , Argel de Melo 649-A Outro exemplar Mauricio Pinto

65 0 Cinzas de Camillo (As). Notas e documentos, por... -Porto. Renascença Portuguesa. 1917. 69-V pags. Br.

Em curandel. «Da região escura vem bater-me na tronte uma aragem fria... CAMILLO». .. „ M. Santos

65 1 Outro exemplar. ^ Simões

— XXXV —

652 Outro exemplar. Dr. F. Valladares

653— Villa Moura (Visconde de). Fanny Ower e Camillo. Porto. Renascença Portu- guesa. 1917. 56-V pags. Br.

, fif.» edição. RARO. Dr. F. Valladares

Out.o exemplar D„. S.

65 5 Outro exemplar. 2.» edição-

65 6 Outro exemplar. M. Santos

João Simões

65 7 — e Carneiro (Antonio). Grandes de Portugal» Por- to. Renascença Portuguesa. 1916. 99 pags. ene.

Entre outros retratos, o de Camillo a pags. 23. „ M. Santos 65 8 Outro exemplar.

Argel de Mello 65 9 Outro exemplar-

A. Estevbs 66 0 Outro exemplar.

Dr. F. Valladares 660-A Outro exemplar.

Carlos Rocha

66 1 Os Últimos. Romance por... Porto. Renascença Portuguesa. 2913. 318-11 pags. Br.

Referencias a Camillo, a pags. 50. M. Santos

662— Vilhena (Henrique de). Ensaios de Critica e Estectica por... Lisboa. 1922. Br. de 276 pags. Muitas ref. a Camillo e á sua Obra a pags. 35, 36, 37, 38, 55, 134, 136- e 191.

Ex. Num. N.o 39. Dr. José Jardim 663 Outro exemplar. N.° 429.

Er. A. Malafaia

664—Xavier Barbosa—Cem Cartas de Camillo. Coordenadas e anotadas. Por... Lis- boa. Portugal-Brazil. Br. de 160 pags.

Dr. J. S. Callàdo

665—Xavier de Novaes (Faustino). Novas poesias de... Precedidas dum juizo critico de Camillo Castello Branco. Porto. Ernesto Chardron. 1881. 307 pags. Br.

Dr. J. S. Calladc

— XXXVI —

CfiTflLOGO

Dfl

Exposição Bibliographica

E

Iconographica

COMEMORATIVA DO CENTENARIO CAMILIANO

ESPECIES ICONOGRfiPHICPlS

HUT06RP\PH05

Typografia Peninsular dm

Gomes d'Almelcia & C,' Praça do Comercio, 17,18 e 19

FIGUEIRA DA FOZ

; . .. . ;

: . .. •

Especies Iconographicas

AUTOO-RAFHOS

1—Fotografia de Camillo Castello Branco—corpo inteiro—6x9—sem indicação d'atelier. Oferecido no verão de 1888, na Povoa de Varzim,

ao Barão da Ribeira de Pena. — Tem no verso, autografa e a lapis, a assignatura do romancista,

Dr. F. Valladarcs 2—--Fotografia de Camillo Castelo Branco—corpo inteiro—30x50.

Ampliação da antecedente, executada por Antonio i' Monteiro, distinto artista figueirense.

Dr. F. Valladarcs 3—Fotografia da Egreja do Salvador, da Ribeira de Pena (exterior) cliché do Fot. Amad.

Abilio d'Almeida-1919—12x18. Egreja onde em 18 de Agosto de 1841, se realisou o

casamento do romancista com joaquina Pereira * França*. Dr. F. Valladarcs 1 >1 >

4—Fotografia da Egreja do Salvador da Ribeira de Pena (interior)—cliché do Fot. Am. Abilio de Almeida-1909—12x18.

Vide nota do n." anterior. Dr. F. Valladarcs

5—Fotografia do Portal-fronho da Casa do Capitão em Viduêdo (Vila-Pouca d'Aguiar) —cliché do Fot. Am. Abilio de^Almeida—1909—12x18.

Vidè •Mysterios de Lisboa—2.° vol.—7." ed.—pag. 101 e Seguintes—see na interessantíssima locati- sada nesta casa.

Dr. F. Valladares 6—Fotografia dos ex-votos existentes na «Capela de Sant'Anna de Viduêdo» (Vila-Pou-

ca d Aguiar)—cliché do Fot. Am. Abilio d'Almeida—1909—12x18. Vidè nos «Mistérios de Lisboa• a estada de Anacleta

dos Remedios ríesta ermida Trasmontana. Dr. F. Valladarcs

- 111 -

7 —«Lapela de Nossa Senhora da Guia» (Ribeira de Pena) — Bilhete postal fotográfico —9x12—cliché do Fot. Am. Antonio Piedade—1921.

Celebre capclla Trasmontana onde se passa parte da acção do VI dos XII Casamentos Felizes.

Dr. F. Vallidares 8—r'asa de Senra de Bairo (Ribeira de Pena) Bilhete postal fotográfico—9x12—cliché

do Fot. Am. Antonio Piedade—1921. Solar da /.« Baroneza da Ribeira de Pena, que na

Maria Moysés é designado pelo nome de Quinta de Santa Eulalia e onde se passa grande parte

' ' ■ . . \f . • da acção dessa formosa nouela. r —■ - ■ > ' * i »N - . • . . . J - Dr. p. Valladares

9—Casa da Temporan (Ribeira de Pena)—Bilhete postal fotográfico—9x12—cliché do Fot. Am. Antonio Piedade—192.).

Solar de Fernando Gonçalves Penha, un dos per- sonagens da Maria Moysés. ' - ' Dr. F, Valladares

10—Casa em Freume—que foi moradia dos sogros de Camilo-Bilhete postal fotográfico —9x12—cliché do Fot. Am. Antonio Piedade—1921.

:•••?< '■ 'r•; ;:;.r . , Camillo habit m esta casa logo apoz o seu primei-

~ ro casamento {4841), Escada rusliea—tòs:a va- , -J " ran da ulpendrada — a porta ao fundo comunica

■ com o sobrado que foi camara nupcial do gran- de romancista. (Vidl n.° 19)

Dr. F. Valladares 11—Casa em Freume—dos sogros de Camilo—Bilhete postal fotográfico—9x12—cliché

do Fot. Am. Antonio Piedade—1921. Vidé n° 10 -outro aspecto: a pequena janella per-

tence ao sobrado que foi camara nupcial de Ca- milo. "

/ - . . - 1 Dr F. Vafladares 12—Capela de São Gonçalo em Freume (Ribeira de Pena)—Bilhete postal fotográfico—

9x12—cliché do Fot. Am. Antonio Piedade—1921. Ermida onde Camillo acolytava habitualmente o P.e

Domingos Ribeiro, da Reboriça, quando este ali celebravamissa, durante a estada do future ro- mancista em Freume.

Dr. F. Vatladares 13—Casa em Freume (Ribeira de Pena)—Bilhete postal fotográfico—9x12—cliché do

Fot. Am.—Antonio Piedade—1921. A Loja de Sebastião Martins dos Santos, sogro de

' ■ Camillo-Ao lado curioso nicho d'almas embe- bido na parede de granito. A Havaneza de Freu- me em IH41.

Dr. F. Valladares 14—Casa da Botica-Velha em Freume (Ribeira de Pena)—Bilhete postal fotográfico—

9x12—cliché do Fot: Am. Antonio Piedade-í-1921. .... Antiga Botica de Macatio Affqnso—Vidé «Filho Na-

■ ■ tural»—modelo do inimitável Euzebio Macario— A poria á direita dá para a ainda hoje chamada «Sala da Botica».

Dr. F. Valladares

— IV -

13-Portal da Casa do Barrozo, eui Bragadas d'Alem-Tamega 'Ribeira de Pena)—Bilhete postal fotográfico—9x12 cliché do Fot. Am. Antonio Piedade -1921.

Elegante portão armoriado que inspirou a Camilo o -- magnifico conto 'História d'uma Porta».

• * * - * Dr. F.-Valladares — . » .16—Casa do Barroso, em Bragadas d'Alem-Tamega (Ribeira de Pena)—Bilhete postal fo-

tografico—9x12-cliché do Fot. Atn. Antonio Piedade—1921. Outra entrada, cm ruínas, da casa que sugeriu ao ro-

■ Uf. . . . mancista a 'História d'uma Porta»—Casa em que ele se hospedou várias vezes em 1841 e 1842.

Dr. F. Valladares 17—Ponte de Cavez (Cabeceiras de Basto)-Bilhete postal fotográfico—9x12—cliché do

Fot. Am. Antonio Piedade —1921. ■Scenario g/andioso onde se desenro'ou a parte mais

interessante do trágico rtras verídico'conto de Camillo Como Ella o Amava.

.... . ít"Dr..F. ValladarM .

18—Brazão da Casa da Olaria em Ribeira de Pena — Aguarela de Antonio Piedade — 15x20-1921. .

Vide 'Santo dá Montanha» de que è protagonista Baltazar Pereira da Silva (W3ó-1716)n.° Snr.

... , ... .. .. desta antiga casa solarenga. .Dr. F, Valladares

19—Quadro a oleo, sobre madeira—40x25 representando a entrada da.casados sogros de Camilo, em Freume—onde o romancista viveu—original de Antonio Piedade—IV

... '"—1921. Tem a legenda: «Canavarro de Valladares» Ribeira

de Pena—» Camillo e a Sua Obra» e um meda- . Ihâo circular com o retrato do grande escritor.

Destina-se a trichromia para a capa d'um livro a entrar no prelo. ' 1 'K

• ' ' • D.-.-F: Vailadares 20—Quadro a oleo,. representando a Casa de Camilo em S. Miguel de'Seide, pelo pintor

figueirense Antonio Piedade, e que se intitula—«A acacia de Jorge florida».—Mede 32-43.

Dr. J. S. Callado 21—Quadro representando o desenho original do Ex-Libris Camiliano do Exp.—Por An-

tonio Piedade.—Mede 25x20. Dr. J. S. Callado

22—Quadro representando uma reprodução da Mascara de Camilo—por Leal da Cama- ra e por ele desenhada expressamente para o «Livro Memorial».—Mede 14x16.

Dr. J. S. Callado 23—Quadro com uma reprodução do retrato de Camilo, assign, de Rafael e grav. de Pas-

tor.—Mede 34x46. C. um Facsimile da assinatura de Camillo.

Manuel J. Cruz 24—Quadro com uma reprodução do retrato de Camilo, assign, de Rafael e grav. de Pas-

tor.—Mede 45x32. C. um Facsimile da assinatura de Camillo.

Mauricio Pint*

- V -

25 - Quadro com um postal, reprodução do artístico retrato de Camilo — por Antonio Carneiro, com um iac-simile da assign, do escritor.—Mede 14x9.

Mauricio Pinto 26—Estampa alegórica colorida, representando uma mulher em figura de Anjo, de res-

tes brancas em que se ostenta o escudo portuguez com as suas Quinas e com uma corôa de Loiros na mão direita que se estende por sobre a Cabeça do Escritor. Tem uma dedicatória a Camilo Castelo Branco. A um canto um pequeno trecho de um interior da casa de S. Miguel de Seide.—Mede 22x23.

Bastante curiosa. Manricio Pinto

27—Estampa, reprodução dum retrato do actor Dias—por Carneiro Junior—1891—Mede 12x16.

Faz parte do Numero publicado um ano depois da morte do actor Dias.

Mauricio Pinto 28—Colecção de retratos do actor Dias em algumas das suas criações.

Luiz Dias Guilhermino 29—Estampa representando o fiontespicio da Edição Munumental do 'Amor de Perdi-

ção».—Mede 58x43. Mauricio Pinto

30—Pagina do Album das Glorias—caricatura da Princeza Rattozi—por Raphael Bor- dalo Pinheiro.

Mauricio Pinto 31—Original autografo da carta de Camilo Castelo Branco ao Barão da Ribeira de Pe-

na—publicada no 'Livro Memorial», na comemoração do centenário camiliano na Figueira da Foz—16-111-1925.

Dr. F. Valladares 32—Original autografo da carta de Camilo Castelo Branco ao Imperador D. Pedro II do

Brazil. Mario Azenha

33—Dictionnaire General des Sciences Theoriques et Appliqués—par M. M. Privat— Deschanel—Ad. Focillon—1 n Partie.—Paris—Delagrave—Carnier Freres—1870.— Com esta dedicatória níanuscrita de Camilo: — «Ao Ex.,tt# Sr. Dr. João Jacintho da Silva Correia—Off. C. Castelo Branco.»

Comandante Morna

- VI -

A todos quantos devotadamente prestaram o seu

concurso para a realisaçao desta Obra, aqui dei-

xa A Comissão expressamente consignado o seu

maior reconhecimento.

JUSTIFICAÇÃO DE TIRAGEM

Deste «Livro-Memorial» tiraram-sc i.ioo Exemplares, dos quaes:

f>o Ed: Especial, em papel de Linho, numerados e rubricados pelo Presidente da Comissão; 5 fi' « . *•

loo Ed. Vulgar;

: ( J r > :

—5o Ed. Especial, em papel de Linho;

—()oo Ed. VuIgar.

Exclusivamente destinados • á Comissão.

Destinados ao seu Editor, Dr. Francisco Xavier ?Mousinho da Silveira Canavarro de \rallada- res (Ribeira de Rena).

s

-

22

I

mu

\

\ \ 9

IsC

Deaenho de Leal da CAMARA, feito propositadamente para este Livro Memorial

CAMILO