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JORNALRio de Janeiro — Terça-feira, 12 de fevereiro de 1963

DOGoverno determina reformas sem

BRASILAno LXXII.—N.° 36

violênciaO Presidente João Gou-

lart determinou ontem àsua Assessoria Técnicaque òs projetos de refor-mas agrária, urbana etributária, a serem enca-minhados dia 15 de mar-ço ao Congresso Nacio-nal, devem ser funda-

mentados no respeito aodireito de propriedade eaos sentimentos cristãose democráticos do povobrasileiro, na não eleva-ção dos tributos e na ces-sação das especulações,dé qualquer natureza, noramo imobiliário. (P. 4)

COMO CONTER A INFLAÇÃO

Apelo de San TiagoAo discursar à noite na

Associação Comercial doRio de Janeiro, o Sr. SanTiago Dantas fêz umapelo às classes produto-ras no sentido de que co-laborem com a políticageral de contenção da in-fiação, sacrificando cons-

cientemente "as prospe-ridades temporárias". In-formou o Ministro que oGoverno Federal conse-guiu reduzir a Cr$ 110bilhões — a serem cober-tos com papel-moeda — oque seria um déficit realde CrS 770 bilhões. (P. 3)

Sunioe altera créditoHoje, a Sumoc dará a

conhecer uma portariaestabelecendo osnovostetos de crédito do Ban-co do Brasil, os quais —segundo fontes do Minis-tério da Fazenda — nãorepresentam um cercea-mento, mas sim "uma ex-pansão graduada". A de-cisão foi tomada duranteuma reunião ontem pelamanhã, entre o MinistroSan Tiago Dantas e to-dos os diretores do Ban-cp do Brasil, e às 15 ho-ras era ratificada emreunião plena do Conse-lho da Sumoc.

Só em 1962 a expansão

No despacho que teveontem com o Ministropara o Planejamento, Sr.Celso Furtado, o Presi-dente da República de-terminou p r o v idênciaspara imediata aplicaçãopor parte dos Ministériosd a Agricultura, Indús-tria e Comércio, Saúde eEducação, visando ãocumprimento dos itensdo Plano Trienal do Gò-vêrno relacionados àque-las Pastas. O PresidenteisentoiTde taxas e impôs-tos federais vários em-preendimentos indus-triais do Nordeste, naforma das propostasapresentadas pela Sude-ne. (Página 3)

Apesar das recomenda-ções do Presidente, ostécnicos do Palácio doPlanalto não h a viam;

do crédito foi da ordemde 80%, enquanto a pro-dução aumentava apenasem 6% e os preços su-biam em 52%. Com osnovos limites agora gra-duados, esperam as auto-ridades fazendárias umaumento de crédito deapenas 32%, este ano.'

Ontem, o Presidenteassinou decreto criandoum Grupo de Trabalhopara estudar e propormedidas tendentes a am-pliar o mercado de capi-tais e a disciplinar asoperações dos estabeleci-mentos de crédito do Go-vêrno. (Página 3)

A Comissão nomeadapelo Presidente JoãoGoulart para estudar abitributação das rendasgeradas no Brasil por in-

. vestimentos estrangeirosestá esperando a chega-da das missões européias,norte-americana e cana-dense para iniciar ps en-tendimentos visando àregulamentação do direi-to de tributação. A mis-sáo sueca, a primeira amanifestar-se aJaypr da ,: assinaLtuíã^de'um ácSído''para bitributação, há trêsanos propôs a divisão detaxação. (Página 3)

O Ministro San TiagoDantas manifestou porteleíone ao PresidenteJoão Goulart suas apre-ensões quanto ao êxito dapolítica financeira que

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O Ministro Sm Tiago Dantas explicou às classes produtoras a política geral de contenção da inflação

STROESSNER, MAIS UMA VEZ

-eonehridoT^^^EiSTir^1^^^^ no Minis'regulamentação da leique disciplina os abusosdo poder econômico ecuja vigência, em todo oPaís, começa hoje. OChefe da Casa Civil, Sr.Evandro Lins e Silva, ih-formou, à noite, que atéo fim da semana poderáser baixado o decretonesse sentido, mas até láa lei não poderá seraplicada.

Passagens detrem podemir a Gr$ 12

Embora não tenham sido fi-xados ainda os novos preçojdaa passagens dos trens subur-banos, que passarão a, vigorar'1a. 1 de março, a Rede Ferro-viária Federal, por seu Depar-tamento de Relações Públicas,anunciou ontem que os estu-dos técnicos Já realizados acon-selham o aumento de Cr$ 2para Cr$ 10 ou Cr$ 12.

Os diretores da RFFSA, cujoprincipal objetivo, no momen-to, é preparar psicològicamcn-te o grande público para con-t=r possíveis manifestações daprotesto, estarão em contatoaté o íim do mès com o Minis-tro da Viação, Sr. Hélio deAlmeida, de quem dependerá a.fixação dos preços definitivos.(Página 5)

tério da Fazenda, sob ofundamento de que o iPaís não suporta, no mo-mento, nem reivindica-ções salariais, nem apressão por maiores lu-eros. O Ministro mos-trou-se receoso de quese tornem patentes ossintomas de explosãodiante das medidas decontenção inflacionáriaque o Governo pretendelevar avante. (Coluna ãoCastello, página 4) ,

& ^\ 'a > Ví *** '««¦ *:

Wall Streetvê fracassona Aliança

0;>Vall Street Journal, de NovaIorque, em artigo publicado on-tem, cita. declaraç&o do Sr. PeterGra.ce. Presidente de uma comu-

¦,»»o. do Depar.a'roçritq,;j)4fv,g9J»AJ:-.cio encarregada de estudar'o pro-' bierSii" 'de «êslstêtfci»" i" AiuírlcaLatina, «egundo a quiü "á Allan-çA par» o Progrei.o caminha rumoao fracasso.'*

— Se Isso ocorrer_ dlss» o Sr.Peter Grace, nis correremos o pe-rlgo de uma grande denota denossos Interesses! estratégicos naiAméricas; pois nosso dinheiro aju-da.-cada vez mais os marxistas.Acentua o artigo que os EstadosUnidos estilo empenhados em aju-dar o Governo brasileiro, ''que

caminha pela rota da Inflação. •da exproprlaçío de empresas es-trangelras è nio seria de admirarque o Brasil se torne comunista".(Página 7),

Tranqüilo, comum sor-riso de prévio triunfo, oGeneral Alfredo Slroes-sner deposita Tia urna asua cédula, domingo, naeleição nacional do Pa-raguai — eleição qúemanteve democraticatncn-te Stroessner no supremopoder. (Radiofoto ; AP)

Canto libera 3 edifícios92 asilados desabamem Havana em Santos

O RETORNO A LIBERDADEAlminointervém naPrevidênciç,

O Ministro do Trabalhoresolveu ontem intervir efazer rigorosa devassa nosIAPs. Quer saber o montan-te de seus bens, posição depagamento de benefícios,extratos de balanços, planospara 1963 e os nomes dosseus 30 maiores devedores.

Nos próximos oito d 1 a's,também, o Ministro do Tra-.balho deverá anunciar alte-rações Importantes nos ór-gãos de direção colegiada daPrevidência Social, nos quaisserão substituídos os repre-sentantes do Governo. (Pág.3 e em Coisas da Politica,pagina 6)

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O Embaixador Câmara, Canto, enviado pelo Ita-marati. a Havana para sp-

^lútíibnar"ò; problema dosasilados cubanos e equa-torianos na Embaixada doBrasil naquele país, chegaamanhã ao ítio, depois deter conseguido salvo-con-duto para noventa e doisasilados. O Secretário José.Maria Diniz Gamboa fi-cou em Porto Rico, paratratar da documentaçãodos asilados.

Na quinta-feira, deveráchegar ao Brasil um gru-po de 16 asilados, entre osquais se incluem testemu-nhas oculares do assassi-nato dé Pedro Fernández,ocorrido ria Embaixada

I brasileira em Havana.Embora o. chefe do DFSP,Coronel Carlos Cairoli, te-nha declarado desconhe-cer o fato, correm em Bra-silia noticias de que os-implicados na morte deFernández irão para a Ca-pitai Federal, onde deve-ráo responder a inquérito.

-O Arcebispo ucranzanojosyf Slipyi, aprisionadodurante 18 anos peloscomunistas soviéticos,^ é.visto com o Papa JoãoXXIII, em audiência par»ticular, ontem, no-Vali'cano. Com 70 anos deidade, o antigo arcebispocatólico :em Lv ov, naUcrânia, foi recebido

.peZò. Sunto. Pontífice logoapós, seú retorno à libei'-dade. (Radiofolo AP)

Três edifícios comerciaisruíram ontem em Santos,matando pelo mçnos quatropessoas e ferindo outras nó-venta, das quais quarenta- -íoram internadas na SantaCasa' de Misericórdia, emestado desesperador.

Os três edifícios, localiz$-dos no centro comercialsantista ds maior importan-cia, desabaram exatamente..,às 16 horas e ainda às 2í.horas de ontem as turmasde salvamento do Corpo deBombeiros trabalhavam nâ.remoção dos escombros,; aprocura de mais mortos eferidos. (Página 4)

Teresa nâofaz posepara padre .:

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JnseTisa/i

Brasília (Sucursal) ;-£'-£O Pe; Agostinho Capií-fetti, da Ordem dos-Ere-"mitas de Santo Agosti-J-iiho, que além de oradorisacro de renome tem fá-;ma como pintor, não};.conseguiu que Dona Ma-•ria Teresa Goulart pq-;.sasse para êle, emboramais de uma tentativa;•tenha feito junto' à se-cr etária-;e demais auxi-'liares da Primeira Dama.

Da Granja do Torto,informou-se que- Doni,.Mar i a Teresa declinou"•do convite delicadamen-:te, deixando transparecicer, no' entanto, 'que.pO'*.1'•saria para o artista nou-•tra ocasião:' Padre Agos- ,;tinho Càpütti, çujós qua-,dros: estão • expostos nosaguão do Hotel Nacio-

.nal,. está visitando atual-emente algumas cidadesde Goiás e voltará a Bra-

, silia em março.

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l.o Cad,, Jornal do Brasil, 3.-feira, 12-2-63

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CHINA SÓ ACEITA CÚPULA COM REPUDIO A IUGOSLÁVIAKruschevde novo emmanobras

, Newlón Carlos ..

Insistindo na necessidadede ..preservar a unidade domufiâo comunista, aceitou oPC soviético, através de seujornal, o Pravda, participarde uma conferência "a qual-quer nível" que ponha fimàs divergências ideológicasentre soviéticos e chineses.Què objetivas terá Kruschevcoih esse gesto aparente âècoríciliacão? Quer a cond-Ilação ou apenas manobra,mais uma vez?

- Os chineses vêm pedindo >.a convocação de uma reu-nião de cúpula Uos. partidoscomunistas,. igual à que serealizou em Moscou em 1960,âesáe que o seu conflito comMoscou entrou;numa faseâe 'agravamento galopante,provocado pelas: críticas dePequim à atitude soviéticaem Cuba. Vitorioso numasucessão dè congressos co-munistits europeus no Leste(Bulgária, Hungria, Tcheco-E slováquia e AlemanhaOriental) e no Oclâente(Itália.)., responâia Kruschev'ao .pedido chinês com re-..cnsas sumárias. No Con-gresso do PC da AlemanhaOriental, êle próprio àflr-mou. que unia reunião decúpula dos comunistas domundo inteiro só serviriapara acirrar .divergências.Num editorial publicado a26 âe janeiro, o Diário doPovo, de Pequim, voltou adizer que o conflito só tçriasolução cóm a conferênciaâe ,alto nivel reivindicadapelos chineses.

Kruschev recuou, portan-to.Ztsse recuo está senãointer'-ciado de duas manei-,ros,; .'Seria manobra des-tinac.a a isolar ainda maisa China; 2. Traduziria, de}ata, uma intenção üe acõr-do. A direita, sustentandoa tese de que O Ocidentenão'deve construir uma po-lítica que adote coviô prcrmissa a cisão do mundo co-munlsta (para ela não exis-tem divergências funda-mentais entre os comunis-tas), está com a segunda hi-pótese. Em toda a Europa,seus porta-vozes intérpre-tam à editorial, do_ .PJ*ay_..a .'

.>como .'uma.-.vitóriá' da.quelcr» ..que, semprç reagiram cçmr..cepticismo diante do confli-to ideológico sino-soviético.Mas ,a primeira' hipótese éa niais viável. O próprio

7 Dean ¦ Rusk, Secretário deEstado norte-americano, re-

• conhece púb lie amente aexistência do conflito, con-siderando-o útil ao Oci-dente.

Como se desenvolveria,então, a manobra soviética?Derrotados cm vários con-gressos c o m u n istas, pro-curaram os chineses suslen-tar-se com a bandeira dareunião de cúpula. Era seudesafio a Kruschev. Na con-ferência de solidariedadedos povos afro-asiáticos, quese realizou até domingo emTanganica, trabalharam oschineses ativamente, em fa-vor de suas teses, com essabandeira nas mãos. Numgolpe de surpresa, Kruschevlhes tira a bandeira, e oschineses recuam. Exigindo,agora, que os soviéticos re-pudiem a Iugoslávia, já não

i convencem cm seu desafio.A manobra soviética estariaem seu embrião. Para umaidéia de seus primeiros re-sultaâos, basta âizer que oVietname do Norte, até en-tão um firme aliado de Pe-quim, secundou imediata-mente o editorial áo Pravda,propondo uma reunião pre-liminar entre a União So-viética e a China.

. um erro insistir no ca-ratei' monolítico do comu-nismo, como o faz a direitaeuropéia. O conflito entresoviéticos e chineses è umfato e nele estão ãivergên-cias profundas, aparente-mente insanáveis. O gestosoviético, aceitando parti-cipar ãe uma reunião decúpula dos partidos comu-nistas, permite, pelo menos,u m a conclusão: Kruschevestá certo de que suas tesestêm maioria. O recuo chi-nès parece confirmá-lo. Aiestão os componentes cen-trais de uma manobra queo anticomunismo sistemáti-co vê como vitória sua.

Tóquio, Hanói (AP-FP-JB)— O órgão do Partido Co-munlsta Chinês, Diário dorovo de Pequim, afirmouontem que a China só acei-taria uma reunião preliml-nar com a União,Soviética,'que serviria dé preparaçãopara uma conferência mun-dial de todos os Partidos Co-munlstas para examinar oconflito ideológico no camposocialista, se os soviéticosrepudiarem o revisionismoiugoslavo.

O Partido Comunista doVietname do Norte, por suavez, divulgou ontem umadeclaração, apoiando a rea-llzação o mais rapidamentepossivel da conferênciamundial comunista. e pro-pondo que a .União Soviéti-,ca e a China — os princi-pais interessados .— estabe-leçam uma trégua ideológi .ca é fiquem encarregados dapreparação da conferência.

Rusk falada crise¦ ¦ - * i *.

comunistaCaçada a Gomunistas no Iraque

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DESVIO

O editorial do Diário doPovo 6 um comentário sobreum discurso do dirigente co-munlsta: indonésio NJ o to,'más indiretamente constituiuma resposta à propostaformulada domingo peloPravda, órgão do Partido Co-munlsta soviético, nd senti-do de serem realizadas con-versações preliminares entrea União. Soviética e a Chinaant-es de ser convocada umaconferência mundial comu-nista.

O jornal chinês, que hàduas semanas fizera umapelo em favor de uma reu-nião de todos os PartidosComunistas para eliminar"uma tendência desagregardora que levou o campo so-cialista à beira do precipi-cio", afirma agora que nãose pode admitir um desvio,na linha - adotada nas reu-niões dos 81 Partidos Comu-nistas, realizadas em 1ÍI57 e1960 em Moscou, e nas quaiso revisionismo iugoslavo foidenunciado como' princioalameaça ao mundo comu-

¦ nista.Após as duas reuniões de

Moscou, Kruschev recebeucem'beneplácito à reincor-poração do Marechal. Titoao seio da familia socialis-ta e passaram a constituiros dois principais adversa-*ríos da China na batalhaideológica suscltadapela po-lítica de competição'paci-fica com o. capitalismo,preconizada por Kruschev,de um lado, e do outro pela

..' t"ori'a de Maó'Tsá-túng', se-gundo a qual a guerra como imperialismo continuasendo inevitável-.* •

ENCONTRO

O órgão do Partido Co-munlsta soviético, .Pravda,.afirmou domingo em edito-rial que qualquer conferên-cia internacional deveria serprecedida por conversaçõessino-soviéticas, para "elimi-nar todos os elementos "es-tranhos e improcedentes".O último encontro entreKruschev e Mao foi em 195Í),•em Pecfuim, por ocasião dascomemorações do décimoaniversário da revoluçãochinesa. -

Horas antes da aceitaçãocondicional de uma confe-rêncla mundial comunistapor parte do Pravda, o Pri-meiro-Ministro Kruschevdeclarara.ao jornalista ca-nadenseRoy H. Thompsortque o.s chineses vsãq amigo*e irmãos dos soviéticos. .. f

— Amigos? perguntou;o.jornalista-; simulando o-ges-to de alguém que lhe aper-tasse a-garganta.'-— Os nis-sos tém um . provérbio —respondeu Kruschev — quediz que. quando dois amigosque se estimam discutem ofazem!'simplesmente, porbriíitatíeira. -,.'

'•

fríopostas

AÍ declaração do PartidoComunista do Vietname doNortef difundida ontem pelaagência de informação da-quei. pais, contém as' sé-guintes-propostas:

1)1 Devem cessar todos' osataques recíprocos que naimprensa e no rádio lan-çam-ser.os partidos comunis--tas e devem ser evitados to-idos.. aqueles que possamagravar o desacordo, com o

^objetivo de .criar as condi-çõ.esifavoráyeis à celebraçãode uma conferência de to-'dos os partidos

2) Esta. deve adotar todasás medidas úteis para íazerdesaparecer as divergênciasde pontos-de-vista, reforçara unidade ;e coordenar aação de todos os partidoscomunistas para' alcançar oobjetivo comum.

3) Os Partidos Comunis-tas da União Soviética e daRepública Popular da Chinadevem assumir a maior par-te da responsabilidade napreparação desta conferên-cia, com o objetivo de asse-gurar o êxito da mesma.

O' Partido Comunista doVietname do Norte mostra-se partidário de que a men-cionada conferência reúna-se o mais rapidamente pos-sivel.

Washington (AP-JB)O Secretário 'de EstadoDean Rusk declarou, numdebate ontem na televisão,que as divergências entre a.União Soviética e a Chinasão úteis ao Ocidente, masque êste-se deve manter vi-

. gllante. * ¦Afirmou Rusk que à" crise

entre as duas potências co-munistàs demonstra qüe éo comunismo é não o capi-talls/no que traz de,.tro desl mesmo os germes de suaprópria destrulçL".; ¦

O Secretário de E s t a d oacentuou que a Cisão do-mundo comunista é motivode esperança para o futuroda liberdade e que se o Oci-dente se mantiver vigilanteo mundo marchará para oimpério da lei e para a ver-dadelra* paz.

Além de Rusk par.tlclpa-ram do debate o Subsecre-tário de Estado para Assun-tos Politicos, Alexls John-son; o' Subsecretário páraAssuntos do Oriente, Ave-reli Harriman, e o Diretorúo Serviço de Informações,Roger Hilsman.

Todos estiveram de . côr-do em que a unidade domovimento comunista íoirompida pelas divergênciasIdeológicas surgidas nos' úl-timos cinco anos. Johnsondisse que o comunismo estámudando e que o Ocidentedeveria adotar uma política'adequada à nova situação.

_ Ataque aberto deMacmillan a

litica degaullistapojLondres (AP|UPI|JB) - Em

\im debati' de doía dins na Cá-mara dos Comuns, aôbfe o-Ira- ¦cnsso daa negociações da Incl a-tena com o Mercado Comum. Eu?í-opcu, o Prender Macmillan dis-ne ontem qui ã"política do Pie-aldente De Gaulle , poderá, levara Aliança Atlântica ao nnlciulla-mento e òs Estados Unidos auma poslçfto de crescente isola-clonlsmo,. na qual alguns paiseseuropeus seriam os únicos a por-der". ACU30Ü nlnclà a De Gaullepelo fracasso dos entendimentospara admissão da Inglaterra noMCE, apresentando um plano ur-gente para fazer Irente k situa-çílo. .

Durante o debate, sob ataquede Harold Wilson, líder trabalhis-ta, da oposlçáo, Macmillan reco-nheeeu que o. cancelamento daviagem da Princesa Margaret .Fiança foi doe bri .nela do fia-casso no Mercado Comum, afir-mando, porém, ter e?peranças deque a boa-vont«de entre Londrese Paris, "forjada no fogo purifl-cador da guerra", venha a -pre-valeeer.

PLANOS'¦*'*. < l '.' V li '' '* " '' ¦' > v > ¦' ¦ Disse Macmillan qüe os pontos-¦ de-vlsta de De Gaulle no caso

da entrada . da Inglatura par»- o "MCÈ! alarmaram "nilD* apenasa Europa, mas também a Amé-rica. Multa gente perguntahoje',',1 disse/, '.'com a.: mslotprco-..cupnçftoi se

'os atos de; Do Giüil-le nio demonstram que a Fran-ça segue tun caminho que pode-rá por em perigo toda a OTAN.Todos os países da Europa Oci-dental — e especialmente os daEscandinávia — terão profundasraz.es para temer um reexame,'pelos Estados Unidos, de sua po-siçáo na Europa Eles teráo mui-to a perder se Washington ado-tar uma política* lsolacionlsta,diante da atitude desdenhosa daÈurópn", ...

Sem ocultar sua amargura,Macmillan disse que "a Inglater-ra fól afastada .do MCE por um

. polpa brutal e deliberado, declara significação politica. "E fo-

Desarmereiniciahoje .

mos postos de lado",-disse, "náo

porque tu negociações andassemmal, mas sim por estarem próxi-mas ao sucesso total. O Gover-no francês, «giu, no caso, comhipocrisia, pol» embora- ten.iaapresentado repetidas escusas, te-nila o íxlto dos entendimentos da.Inglaterra com o MCE Sempret-emos a esperança de qüe o«.ma de entendimentos entre,n.ssos dois pulse» —• forjado aofogo purificador da guerra —¦'prevalecesse sobre-.'as- oonsldera-ções de ordem nacional, mas l6sqn.lo aconteceu".. ¦ . •

O rremler relatou ' a seguir asmedidas que pretende adotar pa-ra neutralizar o • golpe recebido,resíRlvantlo .que-náo 6eráo reto-madas em futuro próximo as nc-goclaçôcs com o MCE. Propôs,entáo, uma conferência dos Ml-nistros do Comércio dos países da"Commonwealth". afirmando queaumentará às relações comerciaiscom a Comunidade, com os Esta-dos Unidos e com a Assoclaçáo ¦Européia de Livre Comércio, aomesmo tempo que tentará firmaracordos mundiais sobre os produ-tos básicos.. Afirmou que estlmu-lará mudanças na Indústria e natécnica, dedicando também pio-funda átençáo ao desemprego.Depois dc anunciar seus planosdisse que- "toda » Europa teme osesforços de um de seus sócios,que a quer unir em bases ílcti-cias, pois sabem que o Velho Con-tinente nfio poderá ser unificadok b a s e da vontade de um sóhomem".

Após os debates Harold Wilson,lidei* trabalhista, disse que seuPartido "rejeita as explicações d»Macmillan, pois as negociaçõescom o MCE foram conduzidas daforma humilhante para-a Ingla-..terra." Criticou olnda o adiamen-to da' viagem da Princesa Marga-ret e seu marido, Lorde Snówden,k França,', dizendo que. "Jamais a' ís-nllln real foi envolvida em as-snntos políticos", e que a veaçáodo Governo adiando a viagem,íoi "mesquinha e maf-humo-

•• rada".

Genebra (AP—FP-JB) — Rei-u.tva, ontem grande pessimismoentre ci' delegados dos 17 paísesque recomeçarão hoje os debatestOjre a prolblçáo das armas ató-mlci3, afirmando os representan-tos das nações menores que aculpa pelo clima de desânimocaba aos Estados Unidos, .URSSe França. Ontem, o enviado deMoscou, Ecmyon Ta arap kl n,e.cusou os Estado» Unidos de pe;-turbarem a3 perspectivas de acõr-do, por terem reiniciado as cx-perlências atômicas, o que "daránôvo Ímpeto á corrida pelos ar-mas de flsílo".

Ao acusarem os E3todos Unidospelo reinicio das explosões,- os so-vléticos silenciaram -totalmoncaquanto ao fato de que a URSSquebrou em setembro de 1931,por sua. livre vontade, a moratô-ria atômica entád vigente. "Asnovas explosões norte-americanascompllcaiáo, sem sombra de du-vida. 05 debates da Genebra e oGoverno dos EUA terá inteiraresponsabilidade pelas consequèn-cias dessa medida", disse umanota da Agência Tass, acrescen-tando: "A retomada das experién-cias demonstrou que tanto osEUA como _s demais potênciasocidentais náo «pólam a' resolu-çáo da ONU, de buscar o acordo

• psra banimento das armas aefls-sáo. Ficou perfeitamente claro,açora, qual foi a atitude do Go-vêrno de Wcshlngton quanto ásnovas propostas de Moscou sobrea proscrlçío nuclear, menciona-rias nas recentes mensagens dorremler Kruschev ho PresidenteKennedy." Vnsslly Kusnetsov, Vi-ce-Chanceler soviético, disse apro-xlmadamente o mesmo ao chegar»' Genebra, para tomar parte naconferência.

Os' representantes britânico •norte-am;rlcano tentaram aliviar

- a sensaçáo de desânimo existenteentre os demais delegados, nílr-jnardo què "hav.erít uma po._Hibl-lidade de acordo Ee os soviéticosconcordarem em debater os por-: m e n o r e * tíq cumprimento doacôfdo".

Beirute, Cairo, Londres (AP-UPI-FP-JB) — Os novos go-vernantes do Iraque estãodesenvolvendo., uma sangrentacampanha para aniquilar oscomunistas em todo o pais, quelutam desesperadamente contraos rebeldes que derrubaram eexecutaram Abdul Karim. Kas-sem, segundo informações che-gadas a várias capitais doOriente Médio.

Fontes dignas de crédito, emBeirute e Damasco, disseramque os comunistas estSo sendovarridos na ofensiva mais íe-roz já vista nesta parte domundo desde o banho de san-gue de 1959, em Mossul, quan-do os comunistas mataramcentenas de árabes socialistas enacionalistas que tentaram, semsucesso, se rebelar contraKassem.

1NSURRETOS

Os correspondentes e foto-frvaíos da imprensa estão pvoi-tidos de entrar no pais e aRádio de Bagdá continua sen-do a única fonte de informa-ções oficiais, mas a vida pa-

. rece estar voltando à norma-lidade em Bagdá, exceto quantoà luta contra os comunistas.

Os viajantes que conseguiramlugar nos poucos aviões quedeixam o país, disseram que,ontem, antes do amanhecer, seouviu um tiroteio na Capital,

* mas que a Cidade está tran-qüila. . * ..

Em Bássora, no entanto, co-munistas e forças leais ao nôvoregime lutam ferozmente. No-tícias chegadas ao porto deAba dan, no Irã, fronteiro aBássora, do outro lado do rio,dizem que os comunistas senpoderai-am de uma prisão elibertaram 1 500 companheiros' e criminosos.

Unidades do Exército Ira-queano íoram deslocadas dafronteira do Kuwait, para do-mirtar a insurreição.

Pontes responsáveis cm Da-masco dizem que houve "assns-sínlos em massa" de comunis-tas, tanto no norte como no

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sul do pais, especlalmenti na.Província de Alnaja, onde estáconcentrada a força vermelha'...

Tomam parte na ofensiva.,tropas do Exército, policia e,guarda nacional, formadas pelo'lider rebelde, Coronel AbdúlKarim Mustafá. Essas unida-,'des íoram estacionadas em tô-das ns províncias do Iraque,com instruções para prender os 'comunistas e matá-los, se re» *?sistirem.

ARMADILHA ;_;.¦'¦ t. *;t -

Com as fronteiras do pafs íc—chadas, os comunistas estijo., jnuma armadilha. As fontes daDamasco informam que estão .fugindo de Bagdá e se escon-dem nas províncias, para con-tinuar a resistência contra o,,Presidente Abdel Saiam Aref".e a Junta Militar.

O diário iraniano em língua.'.'Inglesa Kayhan Internationaldizia, ontem, que "os combatescontinuavam domingo em Bás-- ;

. sora, cidade petrolífera irá- 'queana, entre os partidários doCoronel Aref e seus adversa-'rios, principalmente comunis- 'tas, que sáo numerosos na zonade Bássora"."A luta — acrescenta o cor-respondente do Jornal em Aba- "(dã — causou 70 mortos quando ...a tropa metralhou os manifes-'tantes favoráveis ao regime de-posto. Choques armados domesmo gênero parecem tér -ocorrido em toda a região qüe" •circunda Bássora, principal- .mente na Cidade de Hamuneh '«•.-'*>

Membros do Partido Socla-lista árabe Ba'ath surgem co- -vmo a força dominante no Ira-que. Os ba'atistas, amigos do-*„Presidente Nasser, da Repúbli. ,-.-.ca Árabe Unida, mas não ne-?cessàriamente ansiosos para se,unirem à RAU, têm razões par-..ticulares de vingança contra 65'.' .vermelhos. .f'ü

O correspondente australiano * *,da asência árabe de notícias,:íerido por uma bala perdida • :durante a revolução, disse que * po seu hospital, em Bagdá, estácheio de vitimas. . „

Evacuado por. vfa aérea,,_ o 4correspondente Keith ReeveKde 25 anos, disse que 22 pes-soas morreram no hospital en-...quanto ali se encontrava. Os-!médicos lhe disseram que mui-tos mortos íoram deixados nasruas. t". •';

A Rádio Bagdá anunciou queo Governo ordenou o confiscodo dinheiro e das propriedadesde 12 dos ministros do Govêr-.no de Kassem. A lista inclui.-,o Chanceler Hasliem Jawad, imuito conhecido nos Estados ',.Unidos. Não se sabe se Jawad '

.e os demais estão presos.

programa* •,.-,;-;.',-.:.

A Chancelaria do Iraque deu -, 5a conhecer os principais pòn-tos da política externa que se;,propõe a seguir, segundo a Rá-dio de Bagdá:

1. respeito aos compromissos.+ -.e acordos internacionais.

2. respeito à Carta da ONU.3. luta contra as novas íor-"

mas de imperialismo. ...... 74. não pertencer a . blocos ,!

agressivos e aplicação dós prin-clpios da conferência de. Ban- ,dung. ¦.,-..•¦

5. novos esforços em -prol da„ -„solidariedade árabe e da unida-. ü.de dos árabes. ¦ ,¦ ,.-,.

6. libertação da Palestina...,,.... -7. reforço dos vínculos com,,

paises islâmicos e amigos. . ,' ,'„O Embaixador do If .que «d. *_"„!

Moscou. Abdul Mutal'£. 'Ameen,.;-, ,japresentou-se pessoalmente .$. ".,..'•Chancelaria soviética, ontem ,; ,pela manhã, para solicitar ofi- ; ,'..cialmente ao Chanceler Andrei . - .Gromyko o reconhecimento do ™

.nôvo regime de Bagdá, anurir "7U .ciou a Embaixada iraqueana em„...f^MOSCOU. :,;.'.."

Círculos diplomáticos ociden- ;'tais afirmaram ontem no Cairo ...que a revolta militar no Iraqup. I „.parece ter tendência para umá 1,,.-politica de nacionalismo árabe, -_C.,embora mantendo sua indepen- **dência. A rápida decisão de;.,reconhecer o nôvo regime, ado- vtada pelos governos contrários :-V|à RAU, como Jordânia. Arábia.'.;-'Saudita e Irã, parece confirmar ,-fciessa impressão, assinalaram ti*' f..informantes. -f'Z. Z

A nomeação do Coronel Aref .; ^para Presidente, decidida pelo .,,comando revolucionário Irá- '';queano, leva a pensar qüe Aref., ..'-partidário de Nasser e da m- , .clusão na RAU, poderia tentar .levar o Iraque para o', campo* .^nasserlsta, mas aparentemente. ;„ *. -segundo os observadores. Arefmudou ou então está sob o cort- 'trôle de alguns chefes reVoiu* -7-cionários.

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Washingtone Moscou járeconhecem

AVashinj. on, Moscou, _.onr ,.res, Bonn, (UPI-APrFP-JB)— Os Estados Unidos e a UniãoSoviético reconheceram ontemo novo Governo do Iraque, trêsdias depois de ter sido demi-bac^o -e executado o PresldehteAbdel Karim Kassem. A Orã-Bretanha, Alemanha Ocidental,Itália e Turquia anunciaramtambém o reconhecimento do 'regime do Presidente AbdulSaiam Aref, que se comprome-teu a respeitar os compromis-sos e acordos internacionais' ea Carta da ONU.

o Governo norte-americanodeu ontem seu reconhecimento 'formal, apresentando ao novoregime os "melhores votos' deêxito e prosperidade" e expres-sando ainda a esperança deque "os tradicionais laços "de-amizade" entre os povos norte-americano e iraqueano serãofortalecidos e estreitados.

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Jornal do Brasil, «.«-feira, 12-2-83, 1.° Cad.

San Tiago quer apoio geral a plano financeiro #

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Em conferência pronunciadaná. Associação Comercial doRio de Janeiro, o Ministro daFazenda, Sr.' San 'Tiago Dan-tas, fê? um apelo às classesprodutoras para que colaboremcom a politica geral de con-tènção da inflação,, fazendo osacrifício das prosperidadcstemporárias.

Anunciou o que denominoude politica racional de conten-ção de crédito ajustada às. ne-cessldades efetivas da pródu-ção; disse que o Governo daráexemplo na redução drásticade suas despesas, qu'e atingiráaté os hospitais, e afirmou nãocogitar de se dirigir em pri-meiro lugar às classes traba-lliadoras, sollcitando-lhes sacrl-ííciòs em seus salários.

' DIFICULDADES

Iniciou o Sr. San Tiago Dan-tas dizendo;que o Governo temrplena; consciência das dificul-dades qüe o Pais atravessa, eacentuou que o desenvolvlmen-

, to nacional não aceita maisqualquer espécie de moratória.Assegurou que o Governo temum plano de alto gabarito mo-rai para o combate à inflaçãoe o subdesenvolvimento.

— Todos sabem — disse —.que a inf lação. brasileira atin-giu a niveis dos mais perigosos.O aumento do meio circulanteíoi tíe 314 para 500 bilhões decruzeiros, o que nos tem arras-tado para as faixas mais peri-gosas da inflação. As idéiaspara eliminar o surto inflacio-nário.ío:*am para as autorida-des monetárias do País o capi-tulo mais fácil. O mais difícilíoi fazer com que o povo acei-tasse os remédios que o Govêr-no lhe propunha para o com-•bate à inflação.

Afirmou que a grande since-ridade das autoridades gover-namentais, foi a de reconhecerque as principais responsáveispelo surto Inflacionário são elas

ji próprias.V Salientou o Ministro San Tia-/ go Dantas que dentro das áreasf das despesas governamentais,

pode-se encontrar uma partode despesas fixas,que o Govêr-no não poderá cumprir na sua *totalidade, outra de despesasvariáveis e extra-òrçamentárlas,què não poderá saldar, pois queescapam ao controle do Legis-lativo e do Executivo.

— No tocante a receita. —disse —• tenho concitado q Go-vêrno ao aumento de impostos,o que na minha opinião viráproporcionar maior arrecada-ção. Em primeiro lugar, acre-dito què este aumento de ar-recadação não' é de ordem le-gislativa, e sim administrativa.Encontrei no Ministério da Fa-zenda, já contratado pelo meuantecessor, um estudo daFundação Getúlio Vargas, sô-bre a -modernização do apare-lho arrecadador, que precisaíunciohar em melhores condi-ções técnicas. O esforço que es-tamos fazendo para o rejuve-nescimento do aparelho arreca-dador implicará em um novoprojeto de reforma tributária.Essa reforma tributária será amais racional * possível, tornan-do o tributo um instrumento deaumento da receita e de estimu-lo ao consumo, o que impõe acolaboração indispensável dasclasses conservadoras.

PLANO TRIENAL

Ao chegar ao Ministério daFazenda — continuou — en-contrei um esquema de despe-sas já incorporado ao. PlanoTrienal, elaborado pelo MinistroCelso Furtado. As idéias conti-das no Plano sobre despesa pú-blica são boas.

Resumiu, assim, o que o Pia-no Trional prevê em relação asdespesas do Governo: Levanta-mento das despesas cm 1963,-levando cm conta o dlspêndioorçamentário e extra-orçamen-tário, restos a pagar e os in-vestimentòs por conta do Te-souro.

Êsse levantamento — dis-se — colocou-nos diante da ci-ira de 1,5 trilhão de cruzeirosneste ano. Para esta cifra a re-ceita prevista é de 737 bilhões,correspondendo a um déficitpotencial de 770 «lhões, cifrabastante próxima da realidade.Se tivéssemos que enfrentá-la

Goulart e Furtado estudammedidas em curso para

i execução do Plano TrienalBrasília (Sucursal) — O andamento das medidas em

com a emissão de papel-moeda,diríamos que o Brasil estava àbeira de uma catástrofe. Se em1962, o melo circulante aumen-tou de 314 para 508 bilhões decruzeiros, com um aumento depreços superior a 50%, nestasnovas condições a majoração depreços.seria imprevisível. Seriade esperar também-que no cor-rer deste ano. diminuíssem osprazos de. vigências dos açor-dos salariais, tornando maisfreqüentes os aumentos, e des-truindo todas ás possibilidadesde previsão econômica. Ao de-ficlt teríamos que acrescentar oaumento dos funcionários pú-blicos da União, que represen-tara um aumento de 120 bi-lhões no Orçamento Federal.

— Partindo do ponto-de-vistade que a contenção de despe-sas é possível — continuou —o enforco inicial foi o de ver asdespesas a cortar drásticamen-ta, chejjando-se a um total de570 bilhões em supressão de dis-pendios a serem adiados parao exercício de 1964. Para fazerírente ao déficit real de 320 bl-lhões, pensa o Governo lançaroperações de empréstimos pú-blico interno,. o' que; consideroprematuro anunciar desde já.Com estas operações de créditopretendemos proceder ao finan-ciamento não inflacionário dodéficit governamental, reduzin-do-o a 110 bilhões, segundo es-tudos já feitos ho Ministério daFazenda, resíduo êsse a ser co-berto com emissões, de papel-moeda. Assim, pretendemos esteano emitir, numa escala infla-cionária menor dn que em 1983,o que nos permitirá múdsr apolitica financeira em 1064,com menos rigidez.

MISSÃO DO FMI

Passou então a esclarecer opapel da visita da Missão doFundo Monetário ao Brasil:

—¦" De acordo com o Artigo14 do Convênio que criou oFMI — disse — os países mem-bros recebem visitas periódicasde técnicos daquele organismoquando ocorrem restrições fi-nanceiras e legais. A missãonos visitou para tomar conhe-cimento dá situação brasileirae considero que fomos multobem compreendidos por ela.

Iniciando então a parte* desua exposifSo rnbre o proble-ma de crédito disse:

— Basta pensar em obrss co-mo Furnas. Usimin?.., Cosipae obras rodoviárias, de grandevulto e essenciais ao escoa-

¦mento da produç?o, para sen-tirmos que o Governo não po-

curso, para execução do Plano Trienal, e a efetivação de, dera paralisá-las, sob oena, de

providências relacionadas com a coordenação * dos vários* estancarmos o. nosso desenvol-

Ministérios, para ação conjunta ou isolada, no desenvol-vimento do Plano, forarh objeto de longo despacho do Pre-sidente João Goulart com .o Ministro do Planejamento,Sr. Celso Furtado.

O Presidente da República determinou providências,por intermédio do Ministro Extraordinário, para imediataaplicação por parte dos Ministérios da Agricultura, Indús-tria e Comércio, Saúde e Educação, visando ao cumpri-mento dos itens do Plano Trienal relacionados com aque-las Pastas. . .

ISENÇÕES

Em seu despacho com o Mi-nistro do Planejamento, o Pre-sidente da República assinoudecretos relativos à coúcessãode isenção de taxas e impostosfederais em favor de empreen-dlmentos industriais no Nor-deste, na forma das propostasapresentadas pela Superinten-dência do Desenvolvimento do

, Nordeste.As isenções íoram concedi-

das às seguintes organizações:Fratelli Vita Indústria e Co-mércio S/A, Fábrica de Bebi-das e Refrigerantes, de Vi-dros, Gele e Cristais Einos,

.sita ha. Bahia e pioneira noEstado,_cpsitando o projeto de^sua ampliação. Está previsto1'tn investimento total da oi*-

/ciem de Cr$ 66 093 000,00 emnúmeros redondos, correspon-dendo o incentivo do Governo,relacionado com a isenção deta*!las e impostos federais, aCj*$ 16 210 000,00;

i* J. Macedo S/A — Comércio,Indústria e Agricultura, parareforma, e modernização par-ciai da Fábrica de TecidosMaranguape, de sua proprie-¦ÍAde e localizada em Maran-ííiape, Estado . do Ceará, es-tando programada uma inver-sáo total de Cr$ 56 536 000,00.Eqüivale o incentivo do Govêr-rtó com a isenção de taxas eImpostos federais, a CrS •. . •6 241 000,00, bem expressivono caso, uma vez que, achan-do-se paralizadas as ativi-dades da fábrica em questão,uma das poucas indústrias,existentes no Município, essaprovidência determinará o seusoerguimento;/Constando Vieira e Cia., In-dústria de Fiação e Tecela-gem, tradicional da região esita em Estância, Estado deSergipe. O projeto objetiva ar ei orm a parcial da fábrica,atjavés de um Investimenton6 valor de Cr$ 17 115 000,00.A assistência a ser prestada

pelo Governo; decorrente daisenção de taxas e impostosfederais, eqüivale a Cr$ .. .;6 759 000,00;

Indústria de Parafusos e La-minados Impala S/A, Fábricade Parafusos, Porcas, Artigosmetalúrgicos e Acessórios emgeral para veiculos. Refere-seo projeto à. instalação de umafábrica de parafusos' e porcasde precisão, sexta vados, ná Ci-dade de Recife, Estado de Per-nambuco, com capacidade pa-ra produzir 417 toneladas de;.peças por ano, em 300 dias detrabalho de 16 horas. O ln-vestimento está orçado em Cr$110 000 000,00, correspondendo

incentivo a ser deferido peloGoverno, na isenção de taxas

-e-impostos-íederaisr a quantia -de CrS 13 08Í 000,00;

Cotonifício Vitor de AraújoS/A, com atividade relaciona-da com a industrialização defibras têxteis, cogitando o pro-jeto da reforma parcial da fá-brica de fiação e tecelagem dealgodão, situada no Municípiode Recife, Pernambuco. O in-vestimento será de Cr$ .. .. '

621 000,00, sendo de Cr$ ..623 000,00 o valor do incen-tivo oficial, com a isenção detaxas e impostos federais;.

The Ceará Cotton Ltda., or-ganização fundada em 3 dedezembro de 1948 e que se de-dica ao beneficiamento, preh-sagem e exportação de algodãoem rama. O investimento, deCrS 3 288 000,00, objetiva amodernização parcial de suaIndústria, situada em Fortale-za, Ceará. A isenção de im-,postos,, e taxas concedida peloGoverno Federal eqüivalerá aCrS 1 125 000,00.

As isenções concedidas be-neficiam, apenas, as importa-ções de equipamentos indus-triais novos, sem similar na-cional registrado, na forma dasdiretrizes seguidas pela Sude-ne, de acordo com a Lei n.*3 692, de 15-12-59.

vimento.

CRÉDITO E CONTENÇÃO

Explicando ser, necessária acolaboração*:dás classes*produ'-'toras numa politica de conten-ção da inflação, procurou es-clarecer' que a exoansão do cré-dito* em *. 1962 atlnsiu a 80%.em relação fts operações doBanco dò Brasil,' enquanto oaumento da produção foi ane-nas de 6% e o aumento dospreços somente ds- 50 a 56%.

* Houve, portanto, um aumentoindevido -de empréstimos daordem '.de aoroximadamsnte30%, tipicamente inflacionário.

Contudo, não cogita o *Go-vêrno de adotar absolutamenteuma politica d_ j*etração decrédito. Trata-se de estabeleceruma politica racional de con-tençãò do crédito, ajustada àsnecessidades efetivas da pro-dução. Assim ê que aceita oGoverno' aquela expansão ds80% do ano passado e mais umIncremento do crédito corres-pondehte ao aurriento possívelda produção é mais a estimada

—elevação __do__nta_Lde_preços._ 1

TETOS

— Reconheço — disse a ne- .cessldade de autodisciplina doGoverno em suas despesas. Es-ta disciplina será feita, mas sema colaboração das classes pro-dutoras em nada resultará. Ês-te ano de 1S63 será um ano de-clslvo. para sobrevivência dosistema econômico em que vi-vemos. Ainda hoje estive como Ministro da Saúde, a quemapelei para que reduzisse as des-pesas até nos hospitais. Quan-do se avança até medidas ço-mo essa num Pais tão carenteds assistência médica como onosso, não faltam motivos pa-ra solicitar, num nível de. altogabarito moral, que façamos osacrifício das' prosperidadestemporárias, para salvar o sis-tema em que vivemos. O Go-vêrno tem como objetivo a de-fesa da ordem democrática e deseu corolário que é a iniciativaprivada, e por' isso pede a suacolaboração Indispensável. Pre-tendia que essa ajuda íôsseinstitucionalizada, a ílm de quepudéssemos .contar com um me-canismo que a concretize.

Citou o exemplo do acordo*entre os cmprerárlos e o Go-vêrno. dos .Estados Unidos, hacrl-,e do. 102»,

Sob aplausos, explicou que .láfoi realizado um levantamentoem todos os Ministérios das no-¦meaçõés . realizadas depois dodecreto qu_ orolbH a admissãode novos funcionários, è infor-mou que, embora poucas, essasnomeações serão anuladas.Anunciou, ent7 o, o. envio aoCon.resso,'no dia 15 de mf>ír\rie um projeto de lei .que prof-be qualausr nomeação para oserviço público, o que tornaraa medida extensiva fes autar-qulás.

Disse que "o Governo nãopretende dirigir-se em õrlmsirolucrar às classes trabalhadoras,solicitando-lhes sacrifícios es-clusivos no* combate à inflação.Em primeiro lusar o Governodará o exemplo de sacrifício emsuas despesas; depois contamoscom a colaboração das cias-ses produtoras, para termoscondições de solicitar, das cias-ses trabalhadoras o sacrifício, oapoio e a compreensão em suasreivindicações de salários".

— Neste sentido — disse —>inda hoje estive com o Minis-tro do Trabalho. È necessárionotar que o aumento de sala-rio é a única arma com queconta o trabalhador para obtero alivio ou a vitória têmpora-ria sobre a carga da inflação.Esperamos, então, què as

'cias-

ses conservadoras nos darão seuàpólo para uma política de con-tençâo racional dó' creditç, afim de que possamos ter tam-bém a colaboração das classestrabalhadoras numa política desalários antiinflacionárla.

Fez.ainda uma exposição sô-bre a supressão, dè subsídios pa.-ra a importação dè, trigo e„.dfcpetróleo è^iTàs-^rlfaV.-de ser-viço público, explicando tarçi-;bém. a diretriz do Governo noproblema da encampação d?..empresas concessionárias deserviços de telecomunicações eenprrla elétrica,

Mais tarde, o Sr. San TiagoDantas debateu • e respondeu* aperguntas formuladas pelos li-deres das classes . produtoras,sendo inicialmente perguntadosobre a encampação das refi-nárias e. empresas petrolíferaspelo Governo. Respondeu oconferencista que sobre as refi-nárias e os distribuidores depetróleo o Governo, ainda , nãocogitou de nenhuma medida,sendo que a.política estatal dópetróleo, no seu entender, édas mais benéficas para* o Pais.

Inquirido sobre a.politica ta-rifaria do Governo, se o mes-mo manteria tarifas reais ounão, disse o Ministro que o ti-tular da Pasta da Viação. estáelaborando um programa, vi-sando _à _extlnção dos ramais

Comissão espera missõesestrangeiras para fixarnova base de tributação

A- comissão nomeada pelo Presidente João Goulartpara estudar a bitributação das rendas geradas no Brasilpor investimentos estrangeiros está aguardando a chega-da das missões européias, norte-americana e canadensepara iniciar os entendimentos visando à regulamentaçãodo direito.de tributação. A missão sdeca, a primeira ase manifestar favoravelmente k assinatura de um acordopara bitributação, há três anos, apresentou proposta aoItamarati propondo a divisão de taxação.

Fonte do Itamarati informou que o Brasil apresenta-rá contraproposta, "qüe servirá aos demais paises subde-senvolvidos". Pela proposta sueca, elaborada dentro dos

princípios da Organização Européia de Desenvolvimento,tia qual fazem tiarte os'países europeus, os Estados Uni-dos e o Canadá", haverá divisão de taxação: as empresassediadas no Brasil seriam* aqui tributadas,-enquanto csrendimentos de ações — royalties, direitos autorais etc. ~

somente seriam taxados ria Suécia.Em 1961, os suecos remete- . comissão nomeada pelo Presi-

ram CrS 400 milhões, deixan-do CrS 100 milhões no Brasil.Da renda das empresas estran-Beiras, 25 por cento, além dosimpostos regulamentares, ficamno País, pagos à Carteira deCâmbio'. Em'cada Cr$ 1 bilhãodè lucro liquido, as emprês. .remetem CrS 750 milhões. A

Almíno Afonso vai intervirnos Institutos e promover <devassa em quatro deles

O Ministro Almlno Afonso resolveu, ontem, intervir'diretamente nos IAPs, determinando ao DepartamentoNacional da Previdência Social uma devassa completa emquatro institutos de previdência que deixaram de respon-der ao seu pedido de informações sobre bens imóveis, po-sição do nagámehto de' benefícios, extratos de balanços,planos para 1963 e os nomes dos 30 maiores devedores.

A devassa, que deverá ser iniciada no prazo de 48 ho-ras, atingirá o IAPI, IÀPETC, IAPM e IAPB. O IAPC e oIAPFESP foram os únicos institutos de Previdência queatenderam ao Ministro no prazo determinado — dezdias —, não tendo os demais, segundo portaria do Sr. Al-mino Afonso, "justificado sequer o não atendimento dasolicitação". *

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dente da República aguardaapenas a chegada dis missõesestrangeiras para determinarouem tòfá direito de tributar,ou se haverá divizão dê-se di-rcito. A misrão sueca será aprimeira a chegar ao Brasil,já que o comércio exterior dês-se psls representa papel im-portante nas suas atividades.

Governo estuda ampliaçãodo mercado de capitais edisciplina de seus bancos

Brasilia (Sucursal) — O Presidente João Goulart assi-nou decreto criando um. Grupo de Trabalho para estudare propor medidas tendentes a ampliar o mercado de ca-pitais e a disciplinar as operações dos. estabelecimentosde crédito do Governo.

O Grupo, cuja presidência caberá ao Ministro da Fa-zenda, será integrado pelo Presidente do Banco do Brasil,um assessor da Presidência da República, dois altos fun-cionários do Banco do Brasil, dois do Ministério da Fa-zenda e um do Conselho tíe Desenvolvimento.

O decreto do Presidente da Banco do Erasil S/A; Antônio

POUTAEIA

Na portaria ontem assinada, oMinistro Almlno Alonso autorizab, DNPS a fazer 'diretamente o lc-vantam:nto necessário para asrespostas ao beu pedido ds iníor-mações. "dando ciência Imediatade qualquer dificuldade que lhereja epoEla em qualquer Institutode Providência. Social".

O Sr. Dants Pclacanl, Diretordc. 1JNPS e que to encontravar.camado por haver sido submeti-do a uma operação cirúrgica, che-gou, ontem fc nolts, ao Gftblnètftdc Ministro flo Trabalho, para. to-¦mir conhecimento oíicial da pot •

•taria dc lnteivsnç-o. Antes * deentrar para falar com o Ministro,o Sr. Pelacam* Informou que '*»situaçRo é de tal gravidade tfu»r.üo comporta nenhum comori-Urio".

— O Departamento Nacional daPrevidência Social .— acrescentou— estü pronto e aguarda instru-ções do Ministro Almlno Afonso,para s?.ber em que. ponto atacarprimeiro.

República é, na íntegra, o se-guinte:"Art. 1 — Kca criado, Juntoí Presidência da República, umg:*upo de trabalho cem a fina-lidade de estudar e propor m*:-didas cem cs seguintes cbje-tives:

' *.- '

I) ampliação é disciplinamen-to do mércadd de capitais;

II) coordenação^** disciplina-mento das operações dss entl-dadss de crédito do Governo;

III) redução da pressão exer-. cida pelo seter privado sobre asentidades oficiais de crédito.

, Art. 2 — O Grupo de Traba-¦fciho.'serái>resid'd<? pelo Ministro

dí Estado dos* Negocies dà Fa-zenda e integrado pelos ssguin-

.tesmembres: —Nei Neves Gal-vão. Presidente do Banco 'doBrasil S/A; Juvenal Osório Go--mes, da Assessoria da Presiden-cia da Repúhlica; Artur Santosie Jcsé Lcpes de Oliveira, do

Dias Lslte Júnior e CasemiroAntônio Ribeiro; Ministério r'aFazenda; e Inácio de McuiãoRangil/do Conselho do Dcoin-vclvimento.

Art. 3 — O Grupo de Tra-balho pederá requisitar estudese Informações des órgães pú-blices. devendo suas sclicita-ções serem atendidas em'i3gimede urgência.

Art. 4 — O Ministério da Fa-.zenda-jH-cporcionará. p:sscal.instalaçõss' e .recursos necessá-rios às atividades do Grupo deTrabalho.'

Art. 5 — T-_sndo em vista qu*sjá existem ni'Presidência daRepública

'-adiantades''. estudessôbre.a matéria, 6 Grupo deTrabalho dsveri apresentarsuas conclusões no prazo máxi-mo de quinze dlps.

Art. 6 — Este decreto entra-rá em* vigor na data^da i-ua pu-blicação, revogadas as disposi-ções em contrário".

INFORMES

A devassa nos Institutos tempor objetivo apurar *o3 sete Itensprincipais da portaria anterior doMinistro do Trabalho:

1. Poslç&o dos serviços de »s-slstèncla médica em cada Estado,oom a discriminação das unidadesmf.dlcas . existentes, próprias ocontratadas, bem como a relaçãoaos, profissionais que prestam as-•istSncIa médico;

2. Plano do trabalho refererit»lio Departhmpnto de 'Àsslst.nel»IV-ídlca para o corrente exercício;

3. Relação dos bens Imóveis,precisando a forma, o valor < adata da aqul.lçHo;

4. Plano 8e trabalho referenteao Departamento de ApllcaçSo Pa-trlmonlal par* o corrente exer-ciclo;

5. Estrato do balanço do De-psrtamcnto de Acidentes do Tra-1balho, nos dois 'últimos exerci-

• cios;.6. PoslçSo do pagamento de'be-

neílclos em cada Estado;7. RelaçSo cios trlnfa malore»

devedores da Previdência Social.

-. DEMISSÕES ':'

Pouco depois de darl k publlcl-dsde a. portaria de Intervenção, òMinistro Almlno Afonso informa-va que pretende substituir a quasetotalidade do» representantes doGoverno rios órgãos de Previden-cia Social. Os novos conselheiros,

.* serem nomeados na próxima'Ee-

mana, teriam como trabalho Inl-ciai exercer a função de lltcalido Ministério do Trabalho 'noiIAPs, SAPS e SAMDU.

Para isso, no entanto, o Minis- .tro Almlno Afonso deverá baixar,nas próximas horas, portaria» es- .tnbelecendo o controle efetivo — ¦c rigoroso — do Ministério doTrabalho na aplicação dos recur-¦os da .previdência. :'•_¦'.

Pretende o Ministro AlmlnoAfonso aplicar aos devedores" daPrevidência Social a lóraula le-gal, prevista na Lel Orgirilca daPrevidência Social: execução ju-dlcial. A relação dos «0 maioresdevedores do IAPO e dó IAPFESFvem sendo examinada pelos asses-sores do Ministro, que aguardamos outros 120 nomes dos quatroInstitutos, que ainda nao respon-deram ao pedido de Informações,para um relatório global.

Na relacio dos 30 maiores de-redores do IAPFESP encontram-ue os nomes de responsáveis porvárias companhias de aviação co-mercial, qut — segundo lontesdo Gabinete do * Ministro — de-vem mais à prevldêncíi' social doque o valor de todos os seus bens.

PALHAS

O Ministro afirmou, ontem, qu»a dlnamlzaçío da previdência so-ciai é "o ponto d» honra da »uaadministração no Ministério doTrabalho". Verificou, depola d»rftpldo exame nos orçamentos dosIAPs, que há. mala de Crt 400mllhóes anuais para serem gasto»com a Previdência, nao havendo,portanto, razão para as falha» deestrutura • alegaçíó d» falta d»recursos.

O SAPS • o SAMDU, tambémórgãos da Previdência Social, Ji ,responderam ao Ministro todos ositens da Portaria. Sabe-se, rio'entanto,. que para aquelas dua«*autarquias' será,o também nomes.-dos novos repreientante» do Go-vêrno.

y..•V.W* :¦

OS NOMES

Infórmava-se, ontem, no Gabl-nete,'do Ministro, que doía motl-vos vinham tendo apontados comoos responsivels1 pelo * nto. «nvlodas informações solicitada» pelo

'

Sr. Almlno Afonso aós presiden-tes de autarquias da PrevidênciaSocial: o prazo de dez dia» (cón-siderado multo pequeno) • a re-percussão negativa que. poderl».advir da divulgação do» nomesdos 30 malore» devedor»» ' dò»IAPs.

':.'.'' -._."''!;y mInformou o Sr. San Tiaffo

Dantas que presidiu ria manhãde ontem a uma reunião da:Diretoria do Banco do, Brasil,quando se aprovou em redaçãofinal o estudo do. Banco, doBrasil que estabelece uma po-litica de crédito, com tetos ope-racionnis, Carteira por Cartel-ra, trimestre por trimestre.Assim, o Banco do Brasil ge-rou as normas de contençãotípicas de um Banco Central.

yDisse então que estas. nõV-mas, no sentido geral, íorammotivos de uma instrução, daSumoc, aprovada em reuniãopor êle mesmo

' presidida na

tarde de ontem. A outra parteda. política crèditícia corres-ponde às próprias normas ope-racionais internas do Banco doBrasil. Disse que os limites tri-mestrais. serão revisados, deacordo com as flutuações dosfatores que serviram'para íixá-ios: aumento da produção e donível de preços. . -

Fêz um apelo ãs classes pro-dutoras para st colaboração como Governo na política de con-tenção da inflação.

mmdeficitários de nossas estradasde íerro, bem como de todos, osmeios de transporte qüe se en-contrem na mesma situação,No tocante à pergunta sobrese o Governo manteria os sub-sídios à ! Marinha Mercante,disse o conferencista que nopresente momento as autorida-dps governamentais não ¦ ten-ciónam suspender o subsidio àMarinha Mercante.e, para isso,foi nomeado recentemente umGrupo de Trabalho para estu-'dar. o delicado problema.

Indagado sobre á Lei de Re-messa de Lucros, disse que estaíoi levada ao Presidente daRepública, tendo êle respondi-"i do que não desejava vetá-lanem! sancioná-la.

— Considero entretanto —disse o Sr. San Tiago Dantas— que esta lei é uma necessi^dade para regular o capital*"*es-trangeiro. O Governo tem de

,. sejo de revè-ia em íuturo í>ró-ximo. Considera o Presidenteque o capital estrangeiro émuito útil ao desenvolvimentodo. País, Entende, o Governoque todo o capital que nos vembenéfico,, mas aquele capitalque vem ao nosso Pais comfins lucrativos é sempre ma-léíico.

Ministério da Fazenda afirmaaue May não negociou acordos

O Gabinete do Ministro daFazenda distribuiu nota oficialontem sobre a visita do Sr.Herbert May, Subsecretário deEstado adjunto norte-america-no, afirmando que as conversa-ções por êle mantidas com asautoridades brasileiras não ti-veram caráter de negociação deacordos.

A.s autoridades brasileiras, sc-gundo a nota, consideram "ex-tremamente úteis" os resulta-dos da visita, que permitiram oIntercâmbio de informações só-bre vários pontos dc interesseliara política econômica do!3rasil.

£ a seguinte a nota do Mi-nistêrio da Fazenda: "A visitado subsecretário de Estado ad-junto, Sr. Herbert May, e asconversações que manteve como Ministro da Fazenda, deramensejo a uma ampla e cordialtroca de pontos-de-vistas sobrea política econômica do Brasil,especialmente no que respeitaàs relações com os Estados Uni-dos.

As conversações não tiveramcaráter de negociação de acòr-dos, mas permitiram o inter-câmbio de informações sobre osseguintes pontos: 1." — Termosde troca e tendências do comer-

cio entre o Brasil e os EstadosUnidos; 2.° — Fortalecimentoda Zona de Livre Comércio La-tino-Amcricana; 3.° — Revisãodo mecanismo operacional daAliança para o Progresso eprincipais projetos brasileiros;4." — Politica financeira do Go-vêrno brasileiro; 5.° — Balan-ço dc pagamentos entre o Bra-sil e os Estados Unidos.

Para o exame de cada um dositens da agenda acima, o Mi-nistro da Fazenda contou coma presença e a colaboração deassessores e chefes de serviçoresponsáveis pelos respectivossetores de ativida!)".

A reunião em que foram ex-postos os principais projetosbrasileiros programados para aAliança para o Progresso íoipresidida pelo Ministro da Via-ção.

As autoridades brasileirasconsideram extremamente úteisos resultados da visita, que trou-xe, giiçiças ao caráter informa-tivo das conversações, impor-tantes esclarecimentos e veio,assim, aumentar as possibilida-des de uma estreita coperaçãoentre o Brasil e os Estados Uni-rios, dentro dos objetivos visa-dos pela politica de cada umdesses paises".

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4 — 1.» Caí., Jornal do Brasil, 3.*-felra. 12-2-63,

Goulart assegura o respeito á propriedade nas reformas,•—. Coluna tio Castello ~—

Sintomas dê explosão:"f contra a política X .

antiinflacionária''BRASÍLIA-'^;,. l-;

,-.' / , ; *

Em conversa telefônica com o Presiden-te ãa República, o Sr. San Tiago Dantas ma-,nifestou suas apreensões quanto úo êxito âapolitica financeira que vem adotando, êxitoque^ depende, ern grande medida, ãa... cora-

preensão geral áas áreas oficiais e não ofi-ciais com relação a situação do Pais."".;

['Anota o Ministro âa Fássnda .s:ntoma$ ,"âe explpsão diante da 'contenção inflacioná-ria na'qual se esforça o Governo1 Esses sin-.tomas se localizam nos dois extremos âo com-

¦plexo social e econômico,'que são os chefesdas grandes empresas, e os comandos sin--

. dicais.. 'Z • • :* 7 ':: Entende o Ministro âa Fazenda que o

Presidente da República-deve. participar., pés-soalmente dos apelos aos referidos setorespara que suportem com paciência as restri-ções necessárias, de maneira a colaborarempatr taticamente na superação da'.crise',, de."

•cuja gravidade devem tomar plena cons-ciência.' '-

O Pais não suportaria, no momento, .-.nemZreivindicações salariais nem a pressãopor maiores lucros, e as medidas que se ado-tam para evitar que a conjuntura desembo-i-

* que/núm colapso JiijMnceiro devem ter a com-preensão e a coldbibr.ação dos dirigentes dasclasses pr.Qdlitórds Zé. dos sindicatos dè traba-

. lhaâórésZZ'- Z* ? '"177*

Oti,Sr+ZSan .Tiago Dantas -vem realizanâoZpessoalmente esforços no sentido de esclare-

cer a -uns, e à outZrbs, mediante demonstra-çõesf rialistícas dá verdadeira situação nacio-nal. Ô Presidente âa. República'qíie; em úl-.tima análise, é o principal,responsável pelos ¦âestinosZàò Pais, âeve estar integralmente in-..formado (íe todos os dados ãõ problema, páraque reforce a atuação âos seus Ministros- eauxiliares na tarefa comum dê levar a tichn¦termo a luta contra a inflação.- O êxito ou omalogro âa politica financeira êm curso será. ,creâitáâo ou debitado ao Sr. João Goulart eé natural que assuma êle o comando âa mobi-lização de todos os setores do Governo e ãasclasses econômico-sociais^para que: Recitem eacatem as diretrizes oficiais. >* í.,

ANTOLOGIA PARAS USO DO /PSDO Deputaâo Armanâo Falcão está coli-

gindo tôâas as àeclarações âo Presidente João .Goulart, no correr âe sua vida pública, refe--..rentes à reforma agrária, inclusive, útil: dis-curso pronunciado<<-na'Paraiba, no qual se.'advertia para os riscos âa inâenizaçãó em di- ;Vi*nheiro, que' significaria o maior .eririqueci-^'iméfilò ãos'latifundiáriasí. G Sf} Fàlcãbpre-tende confrontar esses textos com a Declara-ção de Brasilia, na qual o PSD define are--'forma-agrária que apoia. Com iséjo, pretende¦alertar •:seus: correligionários para7 ò. .-projetoi....

cm preparativo no Palácio dò Planalto, oqual, segundo o Sr. Falcão, se fôr fiel áosdiscursos ão Presidente, não poáerá ser ado-tado pelo PSD.- \ 7"; .

A antologia do.Sr'. Falcão será .entregue,em forma- de.memorial, ao Sr. Amaral Pei-xoto, para conhecimento âo Diretório Nacio-nalpessedista. Será o primeiro ato formal daoposição de uma corrente jpartiáária pesse-dista ao.Governo âo Sr. João Goulart.

NEI É O PDCAs noticias-referentes à candidatura do

Sr. Nei Braga à Presidência âa República sãoatribuídas pelo próprio Governador ao Depu-tado Franco Montoro, que, assim, âesejarialimpar o terreno para a disputa da Presiâên-cia âo PDC. O Sr. Nei Braga informa, toâa-via, qúe será candidato mesmo à chefia doseu partido. -j_

DIFICULDADES NA UDNO veto do Sr. Carlos Lacerda— como tal

interpretada a exigência âe definições de na-turêza ideológica e de atitude em relação aoGrupo da Bossa Nova —oo nome áo Sr. Bi-lac Pinto renovou a_ dificuldades pára esco-lha âo futuro Presidente áa UDN. Está senão,examinada,-agora, .uma.sugestão do Gover-nador âa Guanabara em torno âo nome áoSenador Daniel Krieger. 'y.'.PLANALTO TRADUZCASA BRANCA

Por determinação ão Sr. Evandro Lins eSilva, uma funcionária, vináa âo Rio, tradu-ziu, em âez dias, o regimento áa Casa Bran-ca, que será adotado, com ás necessáriasadaptações, no Palácio âo Planalto.

CARLOS CASTELLO BRANCO

Solução dasminàS'''-';v:Ç-:'7de níquel

Brasil!» (SUcur_ft!) — ' Foimarcai-a para amanha, ás 16hora3,-,nô gabinete cio Ministrodas MUiaa é Ener ii',, \"?f->tante reunião da- qual partici-paráo 0 Mini .tio j_iiè_,i' 1.,-.-tista da' Silva,' ò' GovernadorMauro Borges, o Ministro JoséErmirlo de Morais, o Sr. PauloTeixeira. Diretor-Presidente tial,_e.ai3 Goiás S. A. — Metano—' e asce^sóre..: técnico.*? dò Mi-_il_.tMq elas _V__n:._*.-« Energia« t.o Govirno foit.no.

. A réuni.%0 esU sendo prepa-rf.^a -pelo*.Sr.* Filipe Prater,c o Gabinete do Ministro < daj

• Minas e Energia. No-encontrosirá debatido, para que sejadefinitivamente solucionado, o

, problema . ca * participação-.doGoverno- do Estado de Goiásna exploração das minas deníquel. Atualmente essa ex-ploraç&o é monopolizada-pelogrupo Ermirlo vde Morais. >-2

Brasilia — O Presidente JoãoGoulart baixou ontem as nor-mas que nortearão os projetesde reformas agrária, urbana etributária, a serèm('encaminly.-rios dia 13 de março'" ao' Con-

-'gresso: respeito ao direito tispropriedade- e "aos sentimentosci-lstâos* edímoiritlcbh do pa-vo brcslltlro, - a nio elevação_'03 .tributos e a ceèsaçío dasfíijecúiftoScs, de qua'çm':r' na-turpza, no ramo imobiliário-

Essas instruçõ-S,. quç consti-tücm, ná opinião de um dosassessores* do: Presidente,' cs

i "fundamentos' mprais" do im-portante trabalho, foram co-inunicadás, ontem pilamanhã,ro Professor Cibílis Viana', r*s-iponsávél pela Assessoria Tec-nica da 'Êrsíidéncia .— 6rg5.oinci-mbldo de redljir íi 'm*rs's».-p.:n3.aò Conexes:o pleiteando

'as reformas de bape. ,7.,',;,".';...','•.-

íPKAZO

. *

Juntamente com a mensagemanual ao Congresso, serio paraali encaminhados, dia" 15 demai'ço, os projetos de x;eformasde base que incluem, além daagrária, tributária< e urbana,mais as, reformas bancárias eadministrativa, esta última sob

a coordenação do MinistroAmaral-Fei:;oto, mas com a cie-tiva colaboraçSo úa. AssessoriaTécnica. 7,

.Cada. nma das reformas deb:_*s — sigundo deliberaçãoontem tomada pelo, Sr. JoáoGoulart r- ievii estudf.da, pró-jstaáa e elaborada par gruposde trabalhos a sevoín constitui-dos de rhoje para,amanha. Otrabalho preliminar, criti-etan-to, ficou a cargoi da-AssessoriaTdcnica 7que, para isso, ramiutodo. os projetos- ds lei emtramitação no'1 Congresso Na-

: cional, como o dò ^Senador Mil-.ton Campos,, e os que. ali jà seencontravam arquivados.. Tam-bim valsu-ss a Assessoria detodo material particular '— es-f.-dos,. ârtijò?, ipp.rcceres, pro-' j?.tcs,. 'MonojT-.riT 1 —-. at? aso-ra" re?H*saSo no Eraiü sftbre o•E.-sunto.

Ty-NDfíNCIfS .-POLÍTICAS

Os diversos Grupos de Traba-lhos a serem constituídos, secomporí.o - — ainda por ¦ reco-mendação expressa do. Presiden-te da República — de represen-tantes de várias tendências po-liticas e ideológicas, bem como

dos representantes de grupos oupissoas diretamente' interessa-das na matéria. Esses Gruposde Trabalhos deliberarão còmbase nós documentos '.'.reunidospela "Assessoria * Técnica' e, queconstituem, por assim dizer,. amatéria-prima para a realiza-çíío dos projetos. Como notouum auxiliar do Presidente da"Republicai'òs Grupos de Traba-lho nf.o precisarão, assim, per.d:r tempo ..eni busca dossubsídios necessários k .plenaesecuçf.o de.' suas diferentesmissões.

REFORMA URBANA

De «côrdò com os esclRrecl-mentos prestados, ontem, a és-te Jornal, por um dos técnicoscontratados pelo Governo, a re-ío.ma urbana será uma conse-qíléncia da reforma aírárla.Surgiu pela imperiosa necessi-dadede evitar-se que o capitalhoje empregado no campo sédesloque para o setor imobijiá-rio, onde nâo produzira ,qual-quer beneficio à sociedade e aoPaís.

Se, no campo, os recursos em-pregados produzem hoje eni diabaixos rendimentos em virtude,principalmente, dos métodos deexploraç&o dos latifúndios, na

cidade, então — afirmou o téc-, nico — serão totalmente lmpro-

dutlvos, do ponto-de-vista do' interesse da Nação, se aplicadoIndisoipllnadamcnte no ramo deimóveis.• A crescente proliferação de

-loteamentos — a maioria dosquais sem a menor condição dehigiene e habitabilidade — ten-deria a aumentar mais ainda

I — çarántiu o funcionário.Falando depcis eôbre os ob-jetlvcs da reforma urbana, o

mesmo cidad&o acentuou que." com.ela, deseja o Governo evi-tar. na -medida do possível, odesvio do,capital do latifúndiopara o setor improdutivo ícsimóveis, or!entando-o cenveni-entemente para as aplicaçóes dscaráter produtivo.

O problema — concluiu — éçcmpi-íxo. Tccics. no Palácio tíoPlanalto, cempreendem que éledeve s:r exanvnado com "multocuidado", sendo mesmo prova-vel que o seu ettudo não seconclua fntts do dia 15 dé mar-ço, qunndo se Inaugura a sessãoordinária do Congresso Na-cional.* Já a reforma tributária —coníerme instruções do Presl-dente da República — parecede mais fácil conclusão, nela

Três edifícios desabamem Santos, matando4 e ferindo outros 90

Sanlos (Sucursal)' — Quatro mortos e çêící, tíí 90 fe-ridos, dos quais 40 em estado desesperadòr, representamo primeiro balanço da tragédia ocorrida às.l« horas deontemí èm pleno centro comercial dé Santos, quando ml-ram ao mesmo tempo três edlííclos.

Todos os recursos médicos de Santos foram mobiliza-dos imediatamente para socorrer as vítimas, apanhadasde surpresa pelo desabamento, principalmente no Inte-rior da loja Ao Preço. Fixo; que tem um grande movimento.

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O DESASTRE

As 16 horas ouviu-se um cs-trondo nas Praças Mauá e RuiBarbosa e imediatamente umanuvem de fumaça obscuieceutudo. Pouco depois, viam-seapenas escombros e gemidos.Os populares qúe trainsitavampelas redondezas começaramimediatamente "a retirar as vi-timas.'Podei* depois' chegavamao local guarnições do corpo

de Bombeiros, Policia e todasas ambulâncias disponíveis naCidade.

Não se conhece ainda todaa extensão da tragédia, masaté às 21 horas quatro cada-veres já haviam sido retiradosdos escombros. Em certo ponto• do Ennco soterrado o entulhochega a cinco metros de altu-ra,. o que torna extremamente' difícil'o trabalho dè salva-mento.

.

crédito instantâneo, sem fiadorI para as donas de casa -porá funcionário! Públicos ou Autárquicos • Comerciários, Boncârios e Indwlriarios • pursoj componentes dos Forjos Armados e Forjos Auxiliares • pira proprietários de Imóveis,dt Toxi e de Lotação. • para quem tem uma profissão liberal * Ducal ofereço créditoinstontâneo, sem fiodor! Seja qual fôr a suu profissão, Ducol.tom sempn o melhorplano de crédito de toda a cidade. MiiHftaiTffl.fflmi^^

tudo parimeninose rapazes

havendo a distinguir-se duasetapas:, a primeira, que corustji-rá do projeto-lel a ser encami-'nhado ao Congresso, no dia toesua abertura. Aqui. o Governoapenas "complementará"! o1 queJá íói feito, quando • se—tratou-de alterações nas-leis de :lm-píi-to de Renda e de Consumo.

Contudo, nessa compleméhtó-çáo. por deliberação exprcaçjtüoCheíe da Naçfto, "náo poderámais haver aumento de trlbii-tos". O projeto se ocufíaTá.fundamentalmente, do aperíci-çoamento do aparelho aiVéoá-dador, pois o Governo — âihdasegundo as instruções do' Si*.Joáo Goulart, ontem anunoljjrdas — pretende dar "o máJil-mo de eficiência" aos brgícsincumbldcs da fi£callzaçáo'^e áu.arrecadaçáo. perque entendeque com esta única provtdM-cia poderá elevar, ccnsidcràvci-mente, a receita da Uni&ov _

A cutra etapa — que con.-ji/jrt'.;*á na revlsáo das leis-Jà ífif-tas.,prinoipalmente a do Imp&-to de .Renda — ficará para,,pu-tra. oportunidade. Em to4o..pcaso, o Governo, ao ..propô^.apresentará projeto .visando,auma "taxaçáo crescente epro-gressiva das rendas". -.,-i„

Revisão J;de leis do ;;Trabalho

Brasília (Sucursal) .— O.Ml-nistro do Trabalho, Sr. Alml-no Afonso, constituiu grupo détrabalho para uma revisão jiaConsolidação das Leis do ,Trá-balho, na .parte que trata daautuação, fiscalização' e m»l-tas.

A medida atendeu'a dchüft-cias do Sindicato dos Traba-lhadores na Construção *ClVilde Brasilia, se?,undo as: qüái*firmas desta 'Capital estariamlesando a Legislação trabftlHIs-ta. A comissão será integradapelos Srs. Lúcio Gusmão Lóbtf,Diretor-Geral dò DMT' (Píési-dente); Aparecida RenaldjfGustelli ,e Arquimcdès SintaMaria. Tem o prazo de 15* dias-para a conclusão dos traba-lhos, pois "o Ministro não'"quersaber de abuso dos emprega-dores durante sua gestão".:'1';

V)

I<

\

IPASE tem i>,\,

s*íi.--_JnovoPresidente

Brasília (Sucursal) — 0_WH*nlstró do. Trabalho¦ •nòmMnjr ]ontem; pára a* Presidência aoIPASE,' o -Si'. ' Clidèhor! Prei1^tás," éx-deptftado federal1 peltfPiaui. Pará a Chefia do:'Sèr-viço ds Identificação Profis* \sional, foi.nomeado o Sr.ArtlirFrancisco Seixas. • 7.77f?,',: Por. outro .lado, o .Minl^tr.?..Almino, Aíonpo.. determlnóa, i?,apressamento da tramitação dòprocesso relativo ao enquadra-mento dos trabalhadores*; <Jasautarquias, pois. é seu penea-mento solucionar o assuntodentro do mais breve tempopossível. *' ¦ *' - ;.7? í,

Fase final !?.•¦(,do acordo /:Brasil-URSS :,

As negociações do acftrdo ;Bra-«ll-ünl&o Soviética entrarSo hoj»na íasB'dé íixaçâo da qua^tida-Vde dos produtos a serem impor-tados e exportados por ambos oa

-pai.es. ;——7 -"¦','¦.»¦' - —Informa ;„ Secretaria para, a n\h

ropa, Oriental que, com. o acft.rílo,«e:\-o assinados protocolos a^lçlif-»,.nais sobre listas .de .mercaciorlaCT1a serem Importadas e exportadas,transmlssio de malas dlplomAtl-t&s, emolumentos consulíies' »manutenção das Embaixadas noBrasil i na Unl&o Soviética. .'

• - ¦ V

Hélip nega' 74substituição ¦;¦;

' 7 .

' ' ' .

',;.>

de diretores;;O Ministro da Viação, . Sr.

Hélio de Almeida, ouvido onÇ,tem à noite pelo JORNAL DÜBRASIL, ¦ desmentiu os :rumõ*-res que circularam principal1mente em Brasilia, de qúe; .',riòseu despacho de hoje pela ma-nhã com ò Presidente-Jctf9Goulart, iria propor a .substi-tuição do Sr.- Moacir MonteiroNeto, no Lóide Brasileiro;"dòAlmirante Seco, na CompaiihiáCosteira;, e do Coronel. JDagó-berto Rodrigues,' no- Dèpartatmento de Correios ¦ e - Tcléicgraf os. ~'.''f

Emboja. não tenham sido rçrvelados os motivos desses afãs-tamentos, informou-se que ¦ oMinistro Hélio de Almeida ar-güiria pára o Almirante ' e 'nCoronel "falta de organizaçãoe capacidade". Quanto . ao Sr.Moacir Monteiro Neto . seriaacusado de desonestidade; *-,!'*;

"PODEM DESMENTIR" 7. .'"',;— Parto para Brasilia, 7—

disse o Sr. Hélio de Almeida —mas não tratarei de qualquerassunto nesse sentido. ¦ Podemdesmentir esses rumores.' ¦'""

O Ministro deverá chegar; kCapital, da República às'lòft' .e.uma hora depois, participarádas solenidades de inaugura-ção de cinco agências do *D.GT.Seu despacho com o Presiden-te João Goulart é à tarde.

'_'«.

Jornal do Brasil, S.Meira, 12-2-63, 1.» Cad. — S 1

deComércio recorre à GmP° L1sllt: Passagemreajuste OJustiça, para. íazer nas tarifas trem pode subir

Cédulas falsas eram boas naparte litográfica,

Protocolocom Ordemserá amanhã mas falhavam na impressão

i

GE A liberar o arrozO Sindicato do Comércio Va-

re lista de Gêneros Alimenti-cios requereu ontem mandadode segurança na Justiça daGuanabara a fim de compelir oGrupo Executivo do Arroz aliberar os estoques do produtoque vem "moncpollzando inde-vidamente". •

Pretende o órgão de classe6ustentar na Justiça que o GEA"náo tem existência legal, devez que nâo íoi criado por Leido Congresso ou Decreto dopoder Executivo, mas sim atra-vés de uma simples "Instrução"(a de n-° 8, de 22/11/62) do ex-tinto Conselho de Ministros). .

SEM COMPETÊNCIA .

Os comerciantes de gênerosjustificam que ao GEA compe-tia apenas "promover medidascomplementares indispensáveisá obtenção da normalidade doabastecimento. Por isso n&o temèle competência para movimen-tar numerário do Tesouro Na-cional e muito menos poderespara proibir a venda de arrozna Guanabara, o. que estranha-mente está fazendo". Para de-monstrar que o GEA está, mo-vimentando somas, vultosas, di-zem os comerciantes que o Ge-neral Albino Silva, Chefe da Oa-sa Militar e Presidente do Gru-po, levantou no Banco do Bra-sil, em seu nome pessoal, duaspromissórias no valor total deCr$ 2 bilhões para a comprade arroz.

Adiantam essas fontes qüe "é

provável ohesmo que o Tribunalde Contas da União nâo venhaaprovar as contas do GEA,"pois se trata de um organis-mo inexistente na Administra-ção Federal".

LEITE VAI ACABAR

O Sr. Vicente Megiolaro, Pre-sidente da CCPL, compareceuontem à Cofap para reclamar aliberação dos preços do leiteou a concessão de aumentosperiódicos, caso em que o leitechegaria a Cr$ 80 ao consumi-dor, .pois os produtores queremo litro na fazenda a CrS 43,80.

O Presidente da CCPL decla-rou ao JORNAL DO BRASILque em futuro, próximo o brasi-leiro nãò terá mais leite ln na-tura, porque toda a produçãose destinará, fatalmente, à in-dustrlalizaçãOj que paga me-lhores preços..

Quanto ao pronunciamentoda Cofap às suas reivindica-çóes,. informou que sexta-feiraserá conhecida uma-solução.

Adiantou que o tabelamentoatual está provocando prejui-zos, em face das elevações sa-lariais, custos de produção e,principalmente, dos- derivados

, do petróleo. Disse que tal fato•'V«sti desagradando' os .produto-

res, fjue Já cogitam de dedicar-se exclusivamente à, pecuáriado corte, porque a carne estáliberada e propicia maior mar-gem de lucros.

Quanto ao leite, afirmou queo abastecimento ao carioca estáprejudicado em 20%, e tende ase agravar mais ainda, caso ospreços atuais sejam mantidos.

Albinoresponde a

Os produtores estão desviandoo leite parar São Paulo (onde háliberação por decisão da Jus-tiça) e também para as indús-trias.

LOCKOUT DO PAO

Os dirigentes do Sindicato daIndústria do Pão continuamtendo acesso livre à Cofap, quenão aceitou como "guerra" ashostilidades deflagradas contrao povo, através do lockout dopão francês. Os panlficadorescontinuam . exigindo novo au-mento, sob' a alegação de queo aumento do preço da bisna-ga, de CrS 13 para CrS 22, "nãoatende às justas reclamaçõesda classe".

Ontem, eles foram à Cofap,a fim de cobrar promessa quelhes seria sido feita, no sentidode ser retificada a portaria doaumento, publicada no DiárioOficial. Não conseguiram falarcom o Sr. Alberto Vitor de Ma-galhães Fonseca e, por isso,programaram outra reunião daassembléia do Sindicato, hoje,às lSh, a fim de convencer atodos os filiados a não furaremo lockout.

Os panlficadores suspende-ram o fabrico das várias íoma-das de pão francês, por dia,passando a fazê-lo apenas umavez, para forçar assim, as ven-das dos pães especiais, que es-tão com os preços liberados. ACofap, contudo, continua iner-te, não tendo ainda autuadopadaria. '

Depois. do uma reunião, emseu Gabinete, com os MinistrosSan Tiago Dantas, da Fazen-da; Hélio de Almeida, da Via-ção, e Antônio Balbino, da In-dústria e Comércio, o Ministrodo Trabalho, Sr. Almino Afon-so, afirmou que no encontro foiestudada uma fórmula paraatender às reivindicações dostrabalhadores do Grupo Light.A fórmula, mais tarde revela-da, p r e v ê um reajustamentotarifário, que seria calculadopor técnicos federais.

Ao término da reunião, quedurou quase duas horas, os as-sessôres do Ministro do Traba-lho informaram que o resulta-do obtido contesta a versão deque o Governo pretende sustarqualquer elevação salarial dostrabalhadores, acrescentandoque o Governo está empenhadocm obter dos trabalhadores uiuesforço no sentido de reduzirao minimo as suas reivindica-ções, sem que isso signifique aIntenção de "íazer repousar só-bre os seus ombros todo o ônusdo Plano Trienal".

TV francesafilmaráo carnaval

Os Srs. Albert Aycard, JeanBonsergent e Goerges Folgoas,da televisão francesa, emíoarca-rão no dia 22 para o Brasil,onde permanecerão dez dias fil-mando o carnaval carioca, as-pectos turísticos, econômicos esociais de várias capitais brasi-leiras.

a 12 cruzeirosO Departamento de Rela-

ções Públicas da Rede Fer-roviária Federal informouontem que ainda não íoramfixados os novos preços daspassagens dos trens subur-banos que passarão a vigo-rar a partir de 1 de março,havendo apenas estudostécnicos que aconselham oaumento de Cr$ 2 para Cr$10 ou Cr$ 12.

Os preços definitivos de-penderão da concordânciado Ministro da Viação, quemanterá contato, até o íimdo mês, com os diretores daRede, cujo principal objeti-vo, no momento, é prepararpsicologicamente o grandapúblico para conter possi-veis manifestações de pro-testo.

CONTA BLOQUEADA

O Sr. Gastão de Almeida,do' setor de Relações Públi-cas da RFFSA revelou aoJORNAL DO BRASIL quetodo o. dinheiro arrecadadoatravés das novas tarifas se-rá bloqueado em conta es-pecial para emprego exclu-

slvo cm .obras de melhoriada Central e Leopoldina. Re-forma de trens, empedra-mento das linhas, conserva-ção de dormentes, vistoriasdas redes aéreas e todos osdemais setores compreendi-dos na chamada via perma-nente ficarão enquadradosno plano da conta bio-queada.

FICÇÃO

Os técnicos da Rede Fer-roviária Federal anuncia-ram, em recente estudo, queo preço real de uma passa-gem na Central ou Leopol-dina é de Cr$ 34. Os Cr$ 2cobrados desde 1957 repre-sentam portanto uma ficçãototalmente prejudicial ao in-teresse público, pois a dife-rença do preço é. recolhidaatravés de impostos que so-brecarregam a. população emgeral.

O aumento das tarifas dostrens suburbanos significa,em sintes», a redução dodéficit da Rêdè e a reformu-lação de seus serviços deacordo com o Plano Trienal.

MEMNAS DOS EUA--.v_v.*-:.v.v.-.-,;-.-:v^^

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O Presidente da Ordem dosMúsicos, maestro José Siqueira,informou ontem que amanhã,no Palácio da Cultura, será íi-nalmente firmado o acordo en-tre aquela entidade oficial, associedades arrecadadoras de di-rjito autoral • o Sindicato dosCompositores.

A redação íinal do acordo foiaprovada, também ontem, pelosinteressados. O protocolo éconstituído de oito artigos, enum dos quais a Ordem sacompromete a, "em tempo ai-gum", cuidar dá, arrecadação dedireitos autorais.

ASSINATURAS

O protocolo levará as assi-naturas do maestro José Sl-queira, Presidente da Ordemdos Músicos; Srs. Cristóvão deAlencar, pela UBC; MarlnoPinto, pela SBACEM; CláudioBrandão Amaral, pela Sadem-bra, e Herivelto Martins, peloSindicato dos Compositores.

O Sr. Marlno Pinto, Presi-dente da SBACEM áté ontem ànoite nada sabia sobre o assim-to, pois nada lhe íoi comuni-cado, enquanto o Sr. Herivel-to Martins encontrava-se emSão Paulo.

A assinatura do documen-' to porá fim à questão levan-tada pelos compositores popu-lares, que se recusaram h acei-tar a obrigatoriedade de ins-crição na Ordem, por se jul-garem profissionais liberais. 03acontecimentos preclpítaram-sequando a OMB proibiu a exe-cução do repertório musical doSr. Ari Barroso, por falta depagamento de mensalidades. Osdesentendimentos duraramtrinta dias.

Com a' intervenção do Sr.Geraldo Carneiro, a Ordem eos compositores, apoiados pelassociedades arrecadadoras de di-reito autoral, chegaram final-mente a acordo com o pro-tocolo.

ADITIVO

Os entendimentos foram pos-slveis com nova redação queserá dada.ao Art. 71, aditivoà Lei n.9 3 857 (que criou aOrdem), e já aprovado no Se-nado Federal. Na nova reda-cão será retirada a palavra"facultativo".

As cédulas falsas no valor de Cr$ 60 milhões, apreen-

didas sábado em São Paulo,.íoram enviadas pela Delega-

cia de Roubos e Defraudações à Casa da Moeda, após-o

exame de dois inspetores e um tesoureiro do Banco do

Brasil, que as consideraram perfeitas na parte litográficae deficientes na parte gráfica. Na Casa da Moeda ai cí-dulas serão incineradas.

Autoridades policiais de diversos Estados continuamtentando localizar Raimundo e Osvaldo Rufeil, Ari Mace-do, José Garrido e Gérson de tal, integrantes da quadri-lha de falsários e encarregados de passar as cédulas noNorte, Nordeste e em alguns territórios. Dois desses elemen-tos já teriam sido localizados, esperando-se sua'prisão aqualquer momento.,

"

nas pegadas dos falsários. Fri.-sou, porém, a ação imediata doDelegado Alexandre Stockler e

•sua equipe no desbaratamentode parte da quadrilha que seachava na Guanabara.TRANSFERÊNCIA

DERRAMEO grosso do derrame, segundo

informou o inspetor do Bancodo Brasil, Sr. Antônio Cruz Sal-danha, foi realizado no Nortee Nordeste, tendo sido apreen-didas notas falsas no Ceará,Pará, Maranhão, Piauí e no.Território de Rondônia. Algu-mas cédulas íoram trazidas aoRio e a São Paulo por pessoasque as consideravam boas.

O inspetor Saldanha salientouo trabalho de ação conjunta dasautoridades policiais de todo oPais, realçando a atuação dosinvestigadores Alberto JoaquimFilho e Wilson Chaves Itagiba,da Policia de São Paulo. Am-bos viajaram por todo o Brasil,

2077 vãodisputar duasmil vagas

Sola mil • setenta « sete can-dldatos aprovados nos exames deGeografia, e História váo subme-ter-se amanhft, is 13h, à, provatie Clínclas Katurals, disputandoes duas mll vagas existentes nasEscolas Normais da Guanabara.Os aprovados lario, em seguida,exame de inglês ou francês.

Sao os. seguintes os ináices dsaprovaç&o, por escola: Instituto daEducação, 1 107; Carmela Dutra,S4fl; Escola Normal Heitor Lira,124; r__co!a Normal Sara Kublts-chek, 165; Escola Narmal JúliaKubltschek. 176; e Escola NormalInácio de Azevedo Amaral, 134.

O financiador da quadrilhade falsários, Uraquitã, Bezer-ra Leite, íoi transferido ontemda DPPS para o Quartel da Po-licla Militar, por ser advogadoe major reformado do Exército.

Soube-se que a esposa deEpaminondas Gouveia Sobrlrnho, D.» Maria de Lourdes Gui-marfies Sobrinho, deverá tersua prisão preventiva decreta-da, pois destruiu, por ordem domarido, algumas cédulas falsi-ficadas que seriam peças im-portantes nò processo.

Os laudos periciais ainda nãoíoram enviados à Delegacia deRoubos e Defraudações.

TELEXINTERNACIONAL

TELEGRflMDS

via iffydional

TESTE N.'2

As garotas norle-amcriranas ficaram tmeantadas com as praias e o calor do Kio

Lacerda

do r«-j afas-1qiie old(i »r"!

e °§ilzaçã°|ao Sl't

sei'i*g.t.

;illíiie'ída "uslQUfrüpodem-í

5... Jtiegai" <\s lOh f.f¦tlclP^j\\W_\ia dcT]vcsldt'1!irde.

Em resposta so Governador C?.v-los Lacerda, o Presidente do Gru-po Executivo do Arroz, GeneralAlbino Silva, disse que não distri.tmlu, na Guanabara, o arroz ma-ronüensè aqui desembaraçado por.ou» teria de "subvencioná-lo onc.tproprlá-lo ao preço da' tabelapara colocá-lo no mercado deu-tro dos preços legais vigentes".

Explicou o General Albino I Sil-va que a liberação do-arroz, com«ssalva de nfio podei ser vendidoni Guanabara • vizinhanças iloEitado do Rio, "não foi- tomad»nem executada clandestinamenteoii sob sigilo. A decisão resultoutie amplo exame da situação, etc-tuado com a participação do Ins-tituto Maranhense do Arroz".

P.EEMBARQUE

Apis salientar que as ordens pii.ra o reembarque do arroz íoramfiadas "em caráter ostensivo" e"tramitaram devidamente ati <ifinal execução das providências",aílrma o General Albino Silva emseu oficio au Governador CarlosLacerda: .

O arroz maranhense foi re-embarcado e transpôs as írontel-ras do Estado sob a luz do dia,aem a cobertura protetora das tre-vas a que habitualmente se recor.re para esconder a prática Ue vio-¦ações do direito ou de atentadoi moral administrativa.

ALTERNATIVA

Quanto k alternativa que se lheoftrecla — subvencionar o arroaMaranhense ou exproprlâ-lo, ex-pilca o Presidente do Grupo Exe-cutivo do Arroz:

Qualquer des3(is soluções m*pareceu Imprópria. SubvencionarSsnlflcara prolongar e ampliar um*3tadi6 de coisas que, desde o meuprimeiro contato com o problemado arroz, surgia como uma das«•usa3 básicas do tumulto exis-tente do mercado; devo esclarecer» V. Es.» que nenhuma aquisição<le arroz ae fêz, pelo Grupo a qu»Presido, com tal subvenção: llml-ttl-me, na primeira fase de açãotio Grupo (venda direta ao públi-ci)). á utlllzaçio de estoques ante.riormente adquiridos.

Com relação ã segunda alter.Oatlya; julgo não haver dúvldiquanto à Iniqüidade que mia ado.Ç«o representaria para os proprie-'•s"1cí_ daquele arroz. Restou-me,POls, apenas a solução que adotei,«demais ditada ainda pela conve-nlèncis. de produzir a atenuação<tos pressões sobre o merendo daGuanabara exercidas por outrasáreas de consumo.

N3o Julguo V, Ex.» que a pro-tttlèncta por mim adotada privouo consumidor da Guanabara deQuantidade substanciais de arro»;'m troca de um suprimento oriurt.oo do Maranhão, cujo total náoJ-canç» 30 mll sacas, atã esta data«ram pelo GEA dados ao consu-"lo da Guanabara, entre 12 de de-"mbro c 11 de fevereiro, nadaoenos. de 377 784 sacas de arrots*

Estudantes dos EVA quevêm passar um ano noBrasil estudam Português

Dobrar a língua para dizer não e dizer obrigado semcarregar no r íoram as maiores dificuldade que os 27 es-tudantes norte-americanos — 20 moças e sete rapazes,entre 16 e 18 anos — encontraram ontem na sua primei-ra aula de português no Rio, preparando-se para viajarpara os Estados do Ceará, São Paulo, Rio Grande do Sule Espirito Santo, onde famílias brasileiras os hosperãodurante um ano.

Os estudantes americanos, trazidos ao Brasil pelo Ame-rican Field Service, instituição norte-americana que pro-move o intercâmbio dé bólsas-de-estudos com paises lati-no-americanos, chegaram. sexta-íeira ao Rio, desconhe-cendo totalmente êste Pais.

Assembléia resolve irpara o Palácio PedroErnesto por algum tempo

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estadoda Guanabara, em reunião realizada ontem, decidiu deixaro Palácio Tiradentes e instalar-se no Palácio Pedro Er-nesto, sede da antiga Câmara de Vereadores.

. A Mesa nomeará uma comissão especial que deveráentrar em contato com a Câmara Federal, a fim de obter acessão definitiva do Palácio Tiradentes, quando então aAssembléia Legislativa voltará para esse edifício, que émaior do que o Palácio Pedro Ernesto.

PROVIDÊNCIAS

í raÉÉfll ff«» OS PASSAGEIROS DA% ^mSm& CENTRAL E DA LEOPOLDINA):;:%£££Êd wW_________________\\\

VOCÊ SABE?

IMPRESSÕES

— Até agora, sei apenas queo Brasil fica na América do Sule que o Rio é uma cidade mui-to mais cidade do que eu pen-savá. Dentro Ue um ano, que-ro falar português, cantar bos-sa nova e até discutir íutebol —disse Ken Krabbenhof, um dosmais moços do grupo.

Ainda esta semana, antes deviajarem para os Estados onde .moram as famílias brasileirasque lhes ofereceram hospeda-gem, os bolsistas do AméricànField Service ficarão no Rio,tomando aulas de português àtarde e gastando todas as ho-ras disponíveis em visitas aospontos turísticos da cidade ouem banhos de mar em Copaca-bana, segundo eles própriosafirmam, "o melhor meio decompensar o frio que íaz nosEstados Unidos".

POLÍTICA

No grupo, onde as moças sãomaioria, os rapazes divertem-secontando anedotas ou dlscutln-do politica. Entre eles, um só sediz adepto do Partido Republi-cano: chama-se Richard Selm-son, é estudante em Nova Jer-sei, tem 17 anos, e distrai oscompanheiros contando anedo-tas sobre o Presidente Kenne-dy e criticando-o pelo grandenúmero de parentes que colo-cou em postos de Governo dosEstados Unidos.

— Fideí Castro desistiu -de_.cumprir a sua promessa de ma-tar todos os Kennedys que es-tão no Governo americano —disse èle — descobriu que nãohá munição que chegue.

CHINA

Falando sobre os problemasde seu país. desde a políticainterna à política internacional,os estudantes norte-americanosrepresentam bem a opinião deseu povo. Uma das moças mais

bonitas do grupo, Ellen Shoul,de 17 anos,. também da NovaJérsei, respondeu francamenteao indagar-se sobre o problemade Cuba:

Já não nos preocupamostanto com Fidel Castro, poissabemos que o Governo estáatento a cada um de seus pas-sos e não existe mais um climapara guerra.

Ellen confessou também ternotado um'maior medo dos chi-neses comunistas do que dospróprios russos.

É lógico que não gosta-mos dos russos — disse — masos chineses nos parecem muitomais bárbaros e mais intransi-gentes na sua pregação. E osrussos, afinal, são por tradiçãomais civilizados.

AS CIDADES

Dos 27 estudantes trazidospelo A. F. S.. nove irão paracidades do interior de São Pau-lo, cinco para o Rio Grande doSul — Porto Alegre, Novo Ham-burgo e São Leopoldo — cin-co para Fortaleza, cinco para-Vitória, ficando os três restán-tes, duas môçns c um rapaz, noRio. Através de cartas, de trocade fotografias e até mesmo degravações em fitas; esses estu-dantes já conhecem muito sô-bre as famílias que os hospe-darão e que são — de acordocom o próprio programa da bôl-sa — os mais semelhantes pos-slveis-às suas. próprias famíliasnos Estados Unidos. Assim, osestudantes saídos dos grandescentros agrícolas do Sul dosEstados Unidos irão para NovoHamburgo, São Leopoldo e ou-trás cidades do Rio Grande doSul; outros, vindos do Oestedos Estados Unidos, irão parao Ceará, enquanto aqueles quevivem em cidades maiores íi-carão no Rio e em São Paulo.

O 1.° Secretário da Assem-bléia e o DiretorrGeral fica-ram autorizados a . promoveras providências necessárias pú-ra a readaptação do PalácioPedro Ernesto, que deverá es-tar pronto para receber o Lé-gislativo até o dia 15 de mar-ço próximo.

O Palácio Pedro Ernesto de-verá ter ampliado o seu plena-rio, pois o número de depu-tados aumentou para 55, istoé, cinco mais do que tinha aantiga Câmara de Vereadores.

MANUAL

Deliberou ainda a Mssa Di-retora da Assembléia mandarimprimir o Manual do Depu-tado, constante das seguintesmatérias: Constituição Federal,Constituição Estadual, Regi-mento Interno, Lei das Comis-soes de Inquérito e Lei de Be-forma Administrativa do .Esta-do da Guanabara. Regula-mentou a Mesa Diretora o Arti-go 88 do Regimento Interno,que dispõe sobre a representa-ção a ser recebida pelos su-

plentes, quando no exercício domandato de deputado. Final-mente, deliberou mandar pro-ceder a coricorrência públicapara a aquisição de uniformespara os servidores (contínuose policiais) da Assembléia Le-gislativa.

Da Novacapo PalácioTiradentes

O Senador Juscelino Kubl-tscliek disse ontem ao JORNALDO BRASIL que o Palácio Ti-radentes não pertence mais aCâmara'Federal, e sim à Com-panhia Urbanizadora da NovaCapital (Novacap), em virtudeda lei federal que criou aqueleórgão e que determina, entreoutras coisas, que os prédies daUnião, no Estado da Guanaba-ra, passariam a integrar o pa-trimônio da Novacap, quandoesta construísse o seu equiva-lente em Brasilia.

AVISO AOS CONSUMIDORESPara expansão e melhoramento da rede de distribuição de

energia elétrica, e segurança do pessoal que realiza esse serviço,torna-se indispensável interromper o fornecimento de eletrici-dade nos seguintes logradouros:

HOJE12/2/1963 (terça-feira)

SUBÚRBIOS DA CONTRAL(Período aproximadamente das 9 h às 16 h)

PADRE MIGUELRUAS: "A", Aranonga, 'C, Caurê, "E", "F", "G", Guaiâca.

GuarasEinunga. "H", "I", Ipuaçá, Muçurana, Pituã, Su-çuarana.

AVENIDA: das Bandeiras.ESTRADAS: Água Branca e Cancela Preta.

RIO LIGHT S. A.SERVIÇOS DE ELETRICIDADE E CARRIS

1. Quanto custava um dormente em 1937 ?

2. Quanto custa hoje um dormente ?

3. Quantos dormentes são usados por km?

4. Quai éa vida média de ura dormente?

5. Quantos dormentes precisam ser subs-tituídos imediatamente para garantir âboa circulação e segurança dos trenssuburbanos da Central?

6. Quantos dormentes há, sob os trilhosda Central, entre Pedro II e Tairetá?

7. Qual era o salário médio na Centralem 1937?

8. Quai é o salário médio, nas duas Es-tradas, hoje ém dia?

9. Quantos passageiros são transportadosem média, diariamente, pelos trenssuburbanos?

10. Quanto custa, para a sua Estrada, otransporte médio de cada passageiro?

(Respostas certas na página 7)^

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1

1

I

I-

RONDO

De ratos,leoasè f intasDE RATOEIRAÒU DE PAU

O Sr. Plínio Cantanhe-de, nomeado recente-,mente para a Adminis-tração do Porto do Riode Janeiro, terá que en-frentar gravíssimos pro-blemas para poder levar

: a bom termo a sua ges-tão. Segundo seus ami-gos mais íntimos, que

. não lhe negam a quali-dade de homem de umbem elevado gabarito e

; de indiscutível capacida-d» administrativa, o Sr.

> Cantanhede, para bemi administrar, terá que en-; frentar os ratos que in-] festam o Cais do Porto e; que formam o mais po-| deroso sindicato do gê-

ftero.Mas perguntam esses

amigos: o Cantanhedepretende armar ratoeiraou vai mesmo enfrenta-los a pau?

LEOA DE CHÁCARAi

;'¦ Nono, sobrinho doPresidente João Goulart,quis, ontem, falar com oChefe da Casa Civil masfoi barrado por uma fun-cionária, porque o Sr.Evandro Lins e Silva es-tava muito atarefado.

• O moço, qúe tem ape-nas 20 anos e é muitoconhecido no Palácio doPlanalto, não gostou dabarreira formada à por-ta do • Gabinete do Sr.Evandro Lins e tentouvaler-se de suas creden-ciais, dizendo à funcio-nária:

— Isto não tem cabi-i mento, Já que sou, além! de o f i c i a 1-de-gabinete,assessor da Presidênciada República e sobrinhodo Chefe do Govérndf^T,

Calmamente, a moçalhe respondeu:

-— Eu sei de tudo isso.São ótimas credenciais,mas você não entramesmo.

FINTA '

Exclamação ouvidapor assistentes de umjogo de futebol quando ocentroavante Rafael deAlmeida Magalhães caiestatelado ao chão, víti-ma de uma finta de seuadversário:

— Comunista!

JOBNAL DO BRASIL COISAS DA POLÍTICA

II uRio, 12 de fevereiro de 1963

Cartasdosleitores4 O Br. J. Sátiro Oosta, « a

Br.* Bastião», ambos residen-tes na Avenida Prado Júnior.em Copacabana, são Inteira-mente favoráveis ao retornodo regime presidencialista noPaís e, nesse sentido, opinam«m cartas separadas ao JB.

"Casos como o que desper-' tou o referendo — diz o Sr.Costa— s*o as razões que le-vam brasileiros, tcomo cn^ asair do Rio e ir a Belo Hori-

. zonte, para vc*ar NAO, se as-sim íôr precizo. Não quero édèix&r de fazer o que todos

: _.&., que n&o temos tribuna,devemos fazer: manifestar anossa vontade e repulsa pelas' leviandades políticas."

Já Dona Bastlana argumen-ta, 1 certa altura de sua carta,que "se o Sr. Joio Goulart nfio•der certo, os homens que man-' dam o tirarão fora e o povoficará satisfeito": "não quere-mos é politicagem, como estão

• fazendo".sjs Preocupado com aa con-seqüências iminentes do PlanoMiguel Calmon, que fará, re-cair, sobre vinhos e uísques, ta-xas elevadas de Imposto deConsumo, o Sr. José Torlnl

i pergunta se "não haveria pos-Sibllidade ainda de amenizar amedida que, fatalmente, se re-íletirá no movimento das ca-

¦ sas de diversões, boates, bares• restaurantes, expulsando de•uma vez para sempre os der-radeiros freqüentadores de ca-tegoria que ainda se dão ao lu-so de manter uma boêmia sa-dia no centro mais evoluído do

j P&ls".

Diretor-Presidente :O. Pereira Carneiro

Diretores :M. F. do Nascimento Brito e Celso de Souza e Silva

Sinais promissores

Edltor-Cheíe :Alberto Dlnes

O papel-moeda em circulação foi reduzidode 30 bilhões de cruzeiros em janeiro último.Nesse mesmo mês o índice do custo de vida noEstado da Guanabara acusou um aumento dcapenas 0,6%. Náo vamog ao exagero dè creditarestes fatos ao novo presidencialismo, mas não res-ta a menor dúvida de que podem ser tomadoscomo sinais de uma política efetiva de recupera-ção'. A contração do meio circulante chegou a seruma rotina renovada no primeiro trimestre tlecada ano, quando refluem às caixas do Banco doBrasil, em disponibilidade de emprego, parte dasemissões maciças dos últimos meses de cada exer-cicio. A rotina fora rompida nos últimos anosquando, o mais que se conseguira, fora estabili-zar o volume do meio circulante registrado em 31de dezembro. Quanto ao modesto aumento docusto de vida, náo nos iludamos: êle não reflete,ainda, o impacto da suspensão dos subsídios àsimportações de petróleo e trigo. De qualquer ma- !neira, náo obstante esteja em contradição còm aopinião das donas-de-casa, êle foi um compassode espera depois da elevação brutal de dezembro.

Não resta dúvida, porém, que o País sentea presença de uma nova orientação na políticaeconômico-financeira do Governo. A Sumoc aca-ba de estabelecer tetos de operação para as diver-sas carteiras do Banco do Brasil, ao passo que apopulação do Rio de Janeiro vai sendo prepara-da para o aumento das passagens dos trens de su-búrbio, estabilizadas desde 1937. Não é um sacri-ficio o que se vai exigir dos usuários desse meiode transporte, mas apenas o reajustamento par-

ciai do custo do serviço. É de se esperar que aopinião, pública compreenda as razões que levamo Estado a assim proceder e o resultado que daídeve esperar. A redução do meio circulante tra-duz-se era redução dos meios de pagamento. Oreajustamento das tarifas reduz a pressão paranovas emissões. Isto é parte do esquema que develevar o País à estabilização.

E claro que a elevação dos preços dos servi-ços e de muitas mercadorias essenciais irá exigirnovos sacrifícios do consumidor. Desde que os au-mentos aliviem o Tesouro de novas emissões, odinheiro manterá seu poder de compra e as ma-joracões cessarão progressivamente. Mas, para queisto aconteça, é necessário que todos tenhamos acompreensão nítida de nossas responsabilidades eabdiquemos do supérfluo.

Em contrapartida, ã opinião pública nãodeve abrir mão da exigência dos compromissos doEstado. Se ao aumentar as tarifas dos trens desubúrbio a Rede Ferroviária Federal se compro-mete' a proporcionar melhores serviços, os usuá-rios devem exigir os melhoramentos anunciados.Trata-se de uma contraprestação de serviços ondecada um tem algo que dar e algo. que receber. Nãoé fácil a conjuntura nem são de somenos os pro-blemas com que luta o Governo, seja na área in-terna, seja na externa. Criou-se neste País umaconsciência nacional de independência. Esta inde-pendência precisa se manifestar no plano eco-nômico, onde a pequena contribuição de cada umirá formar o ativo total. ,0 preço que pagaremoshoje pelos dias mais tranqüilos do futuro.

Chancelaria silenciosaO Presidente João Goulart e o Ministro Her-

mes Lima decidiram retirar dos seus postos noexterior todos os Embaixadores de carreira queestão há mais de quatro anos no mesmo país eos Embaixadores que não pertencem aos quadrosdo Itamarati e que foram nomeados pelos Presi-dentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros.Essa decisão pressupõe alterações mais profundasno próprio critério de preenchimento dos postosno estrangeiro. E -—Bem dúvida — bó se compre-ende se significar, também, que o •Governo vairetomar a iniciativa, em matéria de política ex-'terna. Aliás, o que está fazendo falta, neste mo-mento, não é um rodízio de Embaixadores masuma ação que vise a revitalizar a política externabrasileira.

Muita coisa aconteceu desde a crise mundialde outubro, por causa de Cuba. Houve o acordotácito entre os Estados Unidos e a União Soviéti-ca que provocou, de imediato, a retirada dos balís-ticos russos de Cuba, mas que incluiu, no princi-pio dêste ano, a retirada das bases de balísticosnorte-americanos na Turquia e na Itália. Houvea divergência aberta e áspera entre a União So-viética e a República Popular da China, o confli-to sino-indiano, a recusa do General Charles DeGaulle em aceitar a inclusão da Grã-Bretanha naComunidade Econômica Européia. Houve o acôr-do de Nassau, abriram-se novas perspectivas paraa cessação das experiências nucleares, e o agrava-mento de algumas situações na América Latina— como é o caso da Venezuela — e um progres-

sivo relaxamento de outras — por exemplo: naArgentina.

É absolutamente necessário que não só oItamarati atualize os seus planos mas, ainda,que as normas gerais da política externa sejamcomunicadas à opinião pública. Afinal, se o Bra-sil conseguiu manter as suas posições e defendercertos princípios, em determinadas ocasiões, foigraças ao apoio que a opinião pública jamais ne-gou a uma política externa que atendia, antes,demais nada, aos interesses do País. E, atualmente,com importantes negociações já encetadas còm osEstados Unidos, com a recolocação do caso deCuba na ordem do dia do sistema continental,com o desejo do nosso Governo de dar ênfase es-pecial às questões dò comércio exterior e com oprocesso de reavaliação da Aliança para o Pro-gresso, chegou a hora de um pronunciamento daChancelaria.

Sabemos, muito bem, que os princípios emque se baseia a política externa não mudaram:bate-se o Brasil pela paz no mundo, pelo desen-volvimento econômico e social das nações subde-senvolvidas, pela convivência pacífica entre osEstados, pela defesa dos princípios de soberaniae de não-intervenção. Mas há situações táticas aatender, há fatos:novos e perspectivas diferentes.E há muitas possibilidades em aberto. A opiniãopública espera que o Governo exponha os seu»pontos-de-vista e demonstre que a política exter-na não voltou à condição de enjcitada em quevivia antes do lançamento da Operação-Pan-Ame-ricana.

Plantando, dáÉ de suma importância que êste Pais tenha

uma política a largo prazo para o trigo, cerealque se incorporou definitivamente à nossa dieta ede que nos abastecemos quase totalmente pelaimportação, que nos custa os dólares que naotemos. Louvamos o propósito do Ministro da Ágri-cultura quando pretende estabelecer aquela poli-tica, conquanto discordemos da solução. O Sr. JoséErmirio de Morais, capitão de indústrias metalúr-gicas e químicas, recentemente incorporado à cias-se dos usineiros de açúcar, depois de haver convo-cado os moinhos de trigo para que processem amoagem do milho que nos sobra, lança as bases doretorno à triticultura, fazendo um apelo às emprê-sas moageiras para que promovam o plantio dotrigo. Assim, poderão se tomar auto-suficientes dematéria-prima. É, no fundo, a extensão ao trigo docomplexo agroindustrial da cana-de-açúcar.

Veja porém o Ministro da Agricultura o queacontece com o plano que pretende transformar asempresas da indústria pesada da borracha emcultivadoras da Hevea Brasiliensis, experiênciaque até hoje não produziu mais que as tentativasde Ford. Sua idéia deve estar sendo saudada éfu-sivamente no Rio Grande do Sul, em Santa Cata-rina e no Paraná, onde não faltarão glebas a seremoferecidas aos moinhos, com as indefectíveis valori-zações. E os produtores de trigo que ainda insis-tem neste tipo de cultura, com seu contingente de200 ou 300 mil toneladas por ano, estarão prontosa ceder seus interesses aos industriais ãoublés deagricultores,

O problema, sabem os técnicos, não é bemêste. Entendemos que os moinhos devam colaborarna difusão da triticultura no País, podendo prestarinestimável colaboração no setor técnico-científi-co. Não pode produzir trigo um país que não temserviços de genética especificamente organizados,de forma a permitir o.abastecimento e a renovaçãodas variedades, É importante criar uma mentáli-dade para o produtor de trigo neste País. Mas nãovamos misturar indústria e agricultura: não dácerto, Ministro.

PSD quer coordenar

as reformas de baseAlguns dos principais

elementos âa direção na-cional do PSD, entre osquais ós Srs> AmaralPeixoto, Martins Roãri-gues e Joaquim Ramos,começaram a examinarontem, informalmente,na sede do partido, apossibilidade de caracte-rizar como tarefa pesse-dista a conjugação dasdiferentes áreas partida-rias para a elaboraçãodas leis e emendas cons-títucionais referentes àsreformas de base.

Esse trabalho ãe apro-ximação entre os diver-sos setores da opinião po-lítica do País começariapor um esforço de divul-gação da Declaração ãeBrasília, na qual a últi-ma Convenção Nacionaldo PSD definiu a posiçãodo partido majoritárioem face das referidas re-formas, conferindo à re-visão da estrutura agra-ria, no contexto político-social, o relevo que dese-ja dar a esse problema oPresiãente da Repúblicaem sua próxima Mensa*gem ao Congresso e noconjunto das metas áoatual Governo.

A idéia fixada entre osdirigentes pesseãistas,sem excluir o sentiáo tá-tico de sua movimenta-ção nesse sentido, é reti-rar ao debate das refor-mas de base o caráter áeconflito que o. tem carac-terizaão, para permitirque a discussão se desen-volva com a preocupaçãoãe encontrar-se um deno-minaãor comum dentrode pouco tempo, quandoa Câmara e o Senado fo-rem chamados a aplicarao. problema uma solu-ção prática qualquer.

Além de outros fatoresconhecidos, o que tem di-ficultado o encaminha-mento das- reformas es-truturais, segundo con-cluem os dirigentes pes-sedistas, i o fato de caáapartido discutir isolada-mente a questão no seucampo âe influênciaèlei-toral e idelógicá.' :¦_''%¦'¦ Comoas reformas: áebase âepénâem, em gràitconsiâerável, de uma re-visão constitucional, esendo certo que esta ja-mais se alcançaria semum mínimo de entendi-mento e concessões entreos grupamentos políticosdo Congresso, ó debate li-mitaão a compartimen-

tos estanques não levou,até aqui, a resultaáosapreciáveis, âo ponto-âe-vista âa objetivação âasnecessidades nacionais edas possibilidades reaisâe âar-lhes atendimento.

Esforço dedefinição

A tarefa a que o PSDdeseja entregar-se, comopreparação âo trabalhoparlamentar a partir âemarço, consiste num .es-forço âe definição con-junta das posições parti-darias, a fim âe que caâasetor âa opinião âo Con-gresso se apresente logono inicio da sessão legis-lativa ordinária em con-dicões de contribuir, maisou menos pacificamente,para a elaboração rápidaâas possíveis emendasconstitucionais e dos pro-jetos de'lei.

Definição, no caso, équase sinônimo de con-ciliação de tendências econfronto âe pontos-ãe-vista. A bancada do PSDse apresentará na próxi-ma sessão legislativa âis-posta a uma concessãoimportante: aceitará pa-cificamente a revisão âoparágrafo 16 âo Art. 141da Constituição, reco-nhecenão a necessidadeâe ser alteraâo o sistemaâe pagamento nas desa-propriações por interessesocial. ¦

Ponto de partidaA definição áe caáa

grupo partidário, em re-laçao às reformas de ba-se, terá um ponto de par-tida na Mensagem Presi-dencial, documento quese caracterizará êste anopela preocupação da re-visão âe estrutura, sobre-tudo âa estrutura agra-ria,.tendo em vista o au-mento da produção agri-cola nas áreas em que sesituam os grandes cen-tros .urbanos de consu-mo,: ¦;¦¦ :¦-¦ry'-Dat} o cúíãáâo çwc léí¦•iá sèhdó pôsió pelo "Sr.João Goulart e pelos seusassessores na redação âodocumento; e daí a pon-deração que lhe fêz o Li-der âo PSD, Sr. MartinsRodrigues, quanto à ne-cessiâaâe âe ser clara-mente exposto o pensa-mento presiâencial no to

cante aó tipo ãa reformaagrária que se pedirá aoCongresso, como aos ob-jetivos gerais âa revisãoconstitucional.

Contribuição

A contribuição pesse-dista ao ãebate nacionalque se pretenãe abriragora, no tocante às re-formas âe base, está con-tida em granãe parte naDeclaração de Brasília,no qual a Convenção Na-cional âo PSD definiu as-sim o latifúndio: "Ter-se-â, ainda, em vista, namesma ordem ãe idéias,que a grande proprieda-de só se configurará co-mo latifúndio condena-vel de permanecer ineul-ta ou com insuficienteou inadequaàa explora-ção."

A reforma agrária, de-finiâa nesse documentopesseâista, perseguirádois objetivos: a) — aeliminação ãa misériaem que vive a maior par-te âas nossas populaçõesrurais e a continuadaelevação âo seu padrãodevida; b) — o aumentorápido ãa nossa produti-viâaâe agrícola, ãe mo-do que se alcancem, porum laâo, abunâância eexcelência âe gêneros ali-mentidos para consumodo povo em geral e,poroutro, as quantidades evariedades de matérias-primas necessárias à.in-dústria nacional e ãe pro-dutos agrícolas própriosà exportação.

Previdência

Dentro dos próximosoito dias o Ministro doTrabalho deverá anun-ciar a substituição áe ai-guns dos represententesdo Governo nos Conse-lhos Administrativos daPrevidência Social.

O Sr. Almino Afonsoresolveu entrar pessoal-mente no trabalho de re-formularão .dos quadros¦da 'Prétiiãêiiciá;"dentrodós limites dá. Lei Òrgâ-nica, tenâo em vista quea atividade dós órgãoscompreendidos nesse se-tor não dá o rendimentocorrespondente à somados recursos que são pos-tos à sua disposição:cerca ãe 400 milhões de

<- cruzeiros.

Rumos divergentes

Educação enjeitadaA proporção que o Governo ganha alento nas

tarefas que vai atacando, com o vigor despertadopela restauração presidencialista, compoe-se amoldura de abandono para o Plano Nacional deEducação, que chegou a ser, em certo momento,a chama administrativa no caminho do desenvol-vimento. Naquele hiato de ação, que foi o últimoGabinete, de setembro a janeiro, o Ministério daEducação conseguiu reunir as atenções nacionaispara o setor mais desamparado da vida brasileira.E todos pensávamos que, enfim, a Educação tinhaconquistado o ritmo capaz de elevar o nível demais amplas camadas da população para as tare-fas do desenvolvimento econômico.

No quadro ministerial brasileiro, a Educaçãosomente ganhou a ênfase de que precisa, paradeixar de ser um problema crônico, num momentoque se pode ter na conta de descuido dos políticos,quando as atenções e preocupações nacionais sefixavam além da administração. O Plano Nacionalde Educação conduziu o Governo na confiança po-pular que" esperava pelo plebiscito e acendeu a es-perança de nos tornarmos, tão cedo quanto possi-vel — e quanto antes melhor — üm país livre doanalfabetismo, especializando mãos-de-obra para oesforço de progresso econômico e social.

Mas, parece que já se perdeu o impulso dacampanha contra o analfabetismo. Enquanto osoutros órgãos federais, que a contrafação parla-mentarista emperrou, retomam a iniciativa, o Mi-nistério da Educação volta à letargia burocrática.Não se fala mais no assunto, nenhum ato reveladisposição de prosseguir o empenho revelado pelaPresidência da República num momento em quelhe estava vedado ter a palavra e a ação. É inútilfalar em desenvolvimento, se paralelamente às me-didas econômicas não enfrentarmos o problema daEducação, que tem o encargo de libertar o homembrasileiro da ignorância para o rendimento que ainstrução lhe garantirá. O Ministro da Educaçãotem em mãos uma responsabilidade que, aindaperdido entre o Rio e Brasilia, não avaliou emprofundidade.

O editorial que o semana-rio comunista Novos Rumospublicou, sob o titulo Os co-mu nis tas brasileiros e as"ffucrrllhas" do Peru, tornaevidentes, apesar da lingua-gem cuidadosa e comedida,as divergências que existementre o comunismo brasilei-ro e o cubano. A propósitodos documentos sobre o fi-nanciamento, por Fidel Gas-tro, de um convescote guer-rilheiro em Goiás, apresen-tados pela ditadura militarperuana, o Partido Comu-nista do Brasil, depois deconsiderar falsos aquelespapéis milagrosamente sal-vos de um avião calcinado,faz uma advertência aos co-munistas cubanos: não in-terfiram no processo brasi-leiro. Reconhece o PC que"é preciso derrotar ò impe-rialismo", mas lembra "queisso não significa, de modoalgum, que as particularldã-des do processo revoluciona-rio de Cuba se reproduzamnos demais paises, nem mui-to menos que a revolução sòpossa ser vitoriosa, nessespaises, se para eles foremmandados as armas e o dl-nheiro de Cuba". Baseia-seo PC brasileiro na própriaexperiência cubana, quandodiz que as armas de Castro(e isto os analistas norte-americanos reconhecem) fo-ram, em sua maior parte,capturadas ao inimigo. Setiverem que fazer a revolu-ção armada no Brasil, dizNovos Rumos, os comunistasbrasileiros saberão encon-trar meios e modos, aquimesmo. Pode-se dizer, semmedo de errar, que os co-munistas brasileiros afir-mam A revolução é nossa!

O semanário do PC afir-ma que "os comunistas bra-slleiros preconizam, nas

condições atuais do.Pais,queo •movimento revolucionáriopode e deve percorrer umcaminho pacifico". Ou seja:a linha que está em vigor nãoé a do Manifesto de Agosto(tão cheio de chinesices),mas a de 1945, época em quePrestes reconheceu a exis-tência, no Pais, de uma bur-guesia progressista, interes-sada em mudanças sociais ecujos interesses entrariamem choque com os interessesnorte-americanos. A adver-tência ao comunismo cuba-no refere-se menos ao casode Goiás do que ao caso daVenezuela. De fato, onde alinha castrlsta da luta in-surrecional parece prevale-cer, hoje em dia, é na Ve-nezuela. E não há dúvida,também, de que as coisas noPeru podem, eventualmente,tomar rumos idênticos.

O PC brasileiro parece ha-ver percebido uma coisa queos planejadores da politicalatino-americana dos Esta-dos Unidos ainda não en-tenderam: que as condiçõesem nosso País são muito di-ferentes das que existemem outras nações da Améri-ca Latina. Em paises comoa Venezuela, as f .ções dasCaraibas, o Peru *.tc. o queexiste, acima das massasmaltrapilhas, são os grandesproprietários de terras e ocapital estrangeiro. No Bra-sil, além do capital estran-geiro e dos proprietários deterras, há uma burguesia in-dustrial agressiva, interes-sada na ampliação do mer-cado interno, no aumento ena diversificação das expor-tações e em uma politica ex-terna independente. Trata-se do setor mais atuante dasociedade brasileira, contro-lando hoje o Governo Fe-

Hermano Alves

deral. O temor do PC brasi-leiro é o de que a burguesianacional ceda o seu lugar ãextrema direita, aos gorilas,à ditadura militar. Os nos-sos comunistas procuram,com multa prudência, con-tinuar afinados com o pen-samento da opinião públicabrasileira. E, como esta con-venceu-se de que as trans-formações podem, nestePais, fazer-se por métodospacíficos, eles sustentamigual ponto-de-vista.

Percebe-se, desse modo,que tanto o PC brasileiroquanto o cubano estão reíle-tindo de acordo com os in-terêsses atuais dos paises aque pertencem e em queatuam. Pára Cuba, a melhorcoisa, em termos de consoli-d a ç ã o da revolução, é aabertura de novas frentes deluta na América Latina, queobriguem os Estados Unidosa adotar uma politica de in-tervenção direta em umaárea incomensuràvelmentemaior do que a do Vietname,por exemplo. Sob esse as-pecto, a política cubana êbastante chinesa. Mas o PCbrasileiro procura traçaruma linha para os paises la-tino-americanos que, emprocesso de industrialização,podem ver-se obrigados aseguir políticas externas ca-pazes de contribuir para acoexistência pacifica preco-nizada por Kruschev. Ape-sar das influências de ca-ráter internacional, não dei-xa de ser curioso observar-se como aspectos tipicamen-te nacionais estão influindona evolução do pensamentocomunista em Cuba e noBrasil. Esta é mais uma pro-va de que o policentrismochegou, mesmo, à AméricaLatina.

Jornal do Brasil, 3.Melra, 12-2-63, li. Cad. — 7

FIDEL CONVOCA REUNIÃO DA A. LATINA, ÁSIA E AFRICA

Aliança faliu, diz "Wall Street"Stroessner venceeleições ç reativao estado de sítio

Assunção (AP-UPI-PP-JB) —O General Alfredo Stroessner,vencedor nas eleições realizadasdomingo, continua no Poder,tão firme quanto antes, apesar'üe uma parte da oposição terapresentado um candidato nopleito e de ter havido abstenção« votos cm branco.*'. Mediante decreto do PoderExecutivo, o cstndo de sítio¦voltou ontem a vigorar em todoo pais, pelo prazo de 90 dias. Ospartidos tradicionais de oposi-ção, o Liberal e o Febrcrista,boicotaram as eleições, certosde que não teriam liberdade deexpressão, e o grosso da oposi-c'ão mais acirrada está íora dopais."ABSOLUTO

Participou das eleições, emnome da oposição, apenas umafacção do Partido Liberal, ten-

do como candidato o advogadoErnesto Gavilán. O.Governofranziu o cenho para liberais eíebreristas, enquanto sorria paraos dissidentes a fim de poderapresentar uma oposição, masGavilán não tinha a menor pos-sibilidade de vencer.

O General Stroessner, apre-sentado pelo Partido Colorado,tinha ontem uma vantagem de¦mais de oito votos contra cadaum de Gavilán, pela contagem,extra-oficial. Pela primeira vezna história do Paraguai, as mu-lheres tiveram o direito de votoe grande número delas compa-' receu às urnas. Não liouve de-sordens e a proporção de vo-tantes foi maior do que se es-perava.*' j Apesar de haver sido apre-sentado um candidato de opo-

sição, pela primeira vez em 33anos, Stroessner- está obtendoaproximadamente 80 por centoda votação. Os 20 por cento res-tantes estão divididos entroGavilán e os votos em branco.

Em algumas mesas eleitoraisda capital a oposição oficialíoi superada pelos próprios vo-tos em branco, recomendadospor um setor dissidente do Par-tido Colorado, pelos liberais eíebreristas. .

Apuradas mais de 50 por cen-to das seções eleitorais da cr.-pitai, o General Stroessner ti-nha ontem à noite 53 005 vo-tos contra 1 503 de Gavilán e4 006 em branco. As Intensaschuvas da noite de domingodificultaram as informações dointerior, mas à noite'já se sa-biam os resultados, de 26 cida-des e povoados: Stroessner.12 754; Gavilán: 9 520; embranco, 2 912. O total apuradoera de 138 659 para Stroessner.17 023 para Gavilán e 6 918 embranco.

Quanto ãs eleições legislati-vas, o Partido Nacional Repu-blicano (governista) tinha as-seuradas 40 das 00 (cadeirascabendo as restantes aos libe-rais. Compareceu cãrca de 70por cento do eleitorado de 710mil inscritos, dos quais 330 milsão mulheres.

Calcula-se que os resultadosoficiais não serão conhecidosantes dé uma semana, mas nãohá dúvida de que Stroessner,que vem governando com mãode íerro a pequena e pobre Re-pública desde 1954, ssrá.reelei-to por um nôvo periodo de cin-co anos.

Melhoram as relaçõesMoscou-Vaticano coma libertação de Bispo

Cidade, do Vaticano, (AP/¦ tJPI/JB) — A inesperada li-,

bertação do Bispo de Lwow,Josyí Slipyi, pelo Governo daURSS, que o manteve detidoipor 18 anos, prenuncia uma im-jiortanté transformação nas re-lações entre o Vaticano e omundo comunista, segundo ru-hiôres correntes na sede tiaIgreja, onde se fala que o Bis-pq poderá receber o chapéucárdinalicio.

Horas após recuperar a li-berdade, o Bispo Slipyi dirigiu-se ao Vaticano, sendo recebido"èni audiência privada pelo PapaJoão XXIÍL Há' ános*'não setinha qualquer noticia sobreSl.pyi, supondo-se, até, que èletivesse falecido. Esse fato deutom dramático à sua libertação,anunciada pessoalmente porSua Santidade, que chorou dealegria.

... ,A decisão de pôr Slipyi emliberdade começou a ser estu-

¦ dada pelo Governo de Moscouhá vários nieses, afirmando oscírculos da Santa Sé que issorepresenta uma sensível melho-ra nas relações entre a Igrejae a URSS — embora não quei-ra dizer que as tensões íorameliminadas. Espera-se que osoutros países comunistas sigamo exemplo da URSS-

Slipyi era Bis*p>o..de-X.v;ow...e-Metropolita de Halic, quando foipreso e enviado ipara a Sibériapelas autoridades soviéticas.Tem hoje 71 anos, havendograndes ipossibiliddaes de queseja elevado a Cardeal no pri-meiro Consistório. É possível,até, que Slipyi já seja Cardeal,

pois sabe-se que o Santo Padrereservou três chapéus cardinali-cios para serem entregues aelementos de sua direta escolha,ao nomear os novos iprincipesda Igreja em 1960. Dessa forma,,não será de admirar que JosyíSlipyi já seja Cardeal- Essa de-cisão do Pa;pa repousa erii an-tiquissimo rito da Igreja, qu*dá ao Sumo Pontífice o direitode indicar três cardeais, cujosnomes só êle conhece, não osrevelando a ninguém, se assimo quiser, nem mesmo em casode morte.» Nas, esferas eclesiásticas acre-rdita-se que as. outras naçõescomunistas seguirão o exemplodà URSS, libertando grandenúmero de sacerdotes entre osquais o Cardeal Mindszenty, re-colhido à Embaixada dos. Esia-dos Unidos em Budapeste, semautorização para deixar o país,desde o levante anticomunistade 1956, da Hungria,

A libertação de Josyí Slipyi éa culminação de uma série demedidas notáveis tomadas pelaURSS, tendentes a criar. umclima de maior tolerância paracom a igreja. A primeira ma-nifestação de abrandamentodecorreu quando do funciona-mento da primeira sessão do

.-Concilio. J.CM.mêniço,_p.. qualdu-rou de 11 de outubro a 8 dedezembro. Quando êle começou,os funcionários do Vaticano nãotinham qualquer esperança de

- que qualquer país comunista —•com exceção da Polônia — per-mi.__se a presença de seus sa-cerdotes no Concilio. A última

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Tribo estabelecebloqueio em tornoCapital do Congo

da

Pequim, Moshi (FP-AP-UPI-JB) — A ConferênciaA í r o - Asiática reunida emMoshl decidiu convocar emHavana, por recomendação,do Primeiro-Ministro cuba-no.Fidol Castro, uma confe-rêncis. de solidariedade, dospovos dos três continentes,África, Ásia e América La-tina, anunciou ontem aagência Nova China.

A companhia aérea espa-nhola Ibérlayreiiiiciou ontemseus vôos regulares paraHavana, depois da suspen-são de vários meses ocaslo-nada pela crise nas Caral-bas. No primeiro vôo fiava-na-Madri partiu a delegaçãoc.-mercial cubana, com cin-co membros, para. assinar•um convênio comerciai coma Espanha.

BLOQUEIO

A conferência afro-aslátl-ca reunida na Capital deTanganica resolveu pedir a.todos os povos da AméricaLatina que intensifiquemsua ação "a. fim de conse-guir que os Governos dosseus paises deixem imedia-tamente de participar nobloqueio econômico ilegal-mente estabelecido contraCuba pelos lmperialistas daAmérica do Norte".

Por outro lado, a copie-rênclá decidiu, em resoluçãopolitica que acaba de ado-tar, fazer um apelo a todas*as organizações nacional»para: que observem no dia17 de abrir um "dia de so-lidariedade aos povos afro-asiáticos com os povos daAmérica Latina, particular-mente com o povo cubano".

Foi decidido, "ainda, for-

¦ mar uma comissão prepara-tória para a "conferênciados três continentes", com-posta de seis organizaçõesnacionais "altamente repre-séntatlvas e antiimperialls-,tas de cada continente".

Os países nomeados pararepresentarem a Africa na

•comissão íoram Argélia,Guiné, Marrocos, RAU, Tan-ganica e Africa do Sul; daÁsia, China comunista, In-dia, Indonésia, Japão, URSSe Vietname. Os da. AméricaLatina serão designadosposteriormente.

O Senador norte-america-no Hubert Humphrey, de-mocrata, defendeu no do-mingo à noite a criação de .um programa para libertarCuba, em. discurso pronun-ciado durante uma solenl-dade èni uma organizaçãojudaica.- "Os? senhores verão nospróximos meses apareceremprogramas, formulações depolitica e medidas de partedeste país e de outras ria-ções amigas que' abonarãominhas palavras desta nol-te", acrescentou.

"Deve-se adotar, um pro-grama para obter uma Cubaliberada, e nenhum progra-ma dessa índole íoi anun-ciado até agora" — afirmouHumphrey, que se pronun-ciou pela "derrota e destrui-ção" do comunismo emCuba, mas não apresentoupropostas concretas para al-cancar o objetivo.

"Esta nação não descan-sara até que esse foco depenetração comunista fe -nha sido erradicado", disseainda.

O Senador democrata fêzum ápêlo a favor da ativa-ção do desenvolvimento daAmérica Latina, oride, se-gundo disse, a população d?200 milhões de habitantesse elevará a 500 milhões atéo ano dois mil.

Nora Iorque, (AP-JB) — O.Vali Street Journal, desta ci-dade, disse ontem, citando aspalavras de J. V. Peter Gra-ce, presidente de uma comis-são do Departamento de Co-mércio encarregada de estudaro programa, de assistência aAmérica1 Latina, que a "Allan-

ça para o Progresso caminharumo ao fracasso, em vista daestruturação e a forma queatualmente tsm". "Se issoocorrer", disse Grace, que tam-bém é presidente da companhia

W. <R. Grace,: fabricante. d«produtos químicos e armadorà,"nós coríeremqs o perigo" deuma grande derrota de nossosinteresses estratégicos riasAméricas, pois nosso dinheiroajuda cada vez mais os mar-xistas"."Para especificar apenas' umcaso —- diz o artigo —, estamosempenhados em ajudar, o Go-vêrno brasileiro, que caminhapela rota da inflação e da ex-propriação. de empreendimen-tos estrangeiros,. em meio *

tremenda miséria humana «11existente. Não seria de admi-rar que esse país se tornassecomunista.""A maior causa da» críticas— também feitas por outroselementos da Comissão — dis-se o jornal — decorre de, que a.soma destinada a impulsionara Aliança, que é de um bilhãopor ano, é demasiado pequenapara que ela possa atingir, seusobjetivos. Não vem ao caso seos Estados Unidcs podem, bunão, gastar tal soma. A yerda-

TERRORISMO NA VENEZUELA

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A Sears Roebuck.de Caracas, incendiada por pu V»s d* terroristas. (Radiofolo- da AP, especial pnrao JORNAL DO BRASIL)

de é que a alegação tem fun-damento. Dificilmente serápossível curar os males dnAmérica Latina com essa inje-ção de dólares — especialmen-te quando a assistência é dis-tribuida de forma tão malidealizada."

O jornal prossegue citandoss palavras de Grace, aflrman-do: "A íorma como * dada aajuda, ou seja, na base de so-mas de Governo a Governo,deixa, sérias dúvidas quanto aeficácia da colaboração comos países latino-americanos, .qualquer que seja a soma aeles destinada."

"O erro desse tipo de ajudafoi fartamente demonstradoem outras zonas que não aAmérica Latina", diz o artigo,"pois está claro que as somasentregues aos Governos que sedeseja ajudar poderão ser em-pregadas em atividades poucoeficazes. Em certos paises, nos-sa ajuda tem sido . empregadade íorma cada vez.mais alai*-mante, para estimulo e apoiode propósitos comunistas.

¦ ' "Além desse inconveniente",'

prossegue o Wall Street Jour-nal, a ajuda ministrada de Go-' vêrno a Governo retarda o de-senvolvimento da economiaprivada — única esperança deum nível de vida mais altodentro do princípio da llberda-de politica. Se a contribuiçãodos Estados Unidos íôsse diri-glda nesse sentido, seria possi-vel realizar muito mais commenos de um bilhão por ano.Na verdade, as criticas à Ali-anca não são novas. As difi-culdades encontradas em levark prática os conceitos da Ali-anca, apregoados com estar-dalhaço há mais ou menos dois«nos, fizeram-se notar desde oprimeiro minuto de vida da en-tidade. Hoje somente a teimo-sia de Washington a mantémem um caminho qua certamen-te levará ao fracasso".

Eleitoradoperuanoédesfalcado

Lima: (PP-JB) —¦ Acredita-. se que meio milhão de eleitoresperuanos não poderão vota.rnas eleições gerais do próxi- :mo mês de junho. O prazo pa-ra a inscrição de eleitores nosnovos cadastros eleitorais ter-mina hoje e, conforme «ítr-mam jornais da oposição, co-mo o La Tribuno, do APRA.houve obstruções oficiais nasInscrições.

O líder aprista peruano, Vlc-tor Raul Haya de-Ia Torre,que Iniciou a campanha elei-toral de seu partido sábado úl-timo, inscreveu-se ontem nonovo registro eleitoral, em sua,'Cidade natal, Trujillo, a 500quilômetros ao norte de Lima.

Quando a funcionária índa-gou qual era sua profissão,Haya respondeu: político. Sb-bre sua residência, que viv* emAlfonst Ugarte, 1012, ou seja_a sede central de seu partido.'o APRA. Finalmente, ao serinterrogado sobre seu grau d«.instrução, respondeu: Creio qu«,superior, e estou certo de qu*não sou analfabeto...

O prazo para a inscrição tèr-minará à. meia-noite de hoje,esperando»se que meio milhãode cidadãos de ambos os sexosficarão sem inscrever-se. En-trementes, os partidos políticosvêm. pedindo a prorrogação daprazo de Inscrição, mas «t*.agora nada indica que sejamatendidos.

Plano espacial dosEUA prevê basepermanente na Lua

té

¦-.-opoldTllle <AP-JB. — A po-rteros» tribo dos bacongos ._ia.Be-leceu um bloqueio em torno d»U

- ' Capital, Impedindo a entrada de* camlnhõei com alimentos, e te-- *mé-_. que a íalta de Tiver.» levex populacio à revolta. O bloqueio* para pressionar o Governo Cen-

-trai a-dar maior participação aos*bacongos no Governo Municipal.O Primeiro-Ministro Cyrllls

Adouola pediu às Nações Unidas: .ue enviassem por via aérea duas-¦ mll toneladas de arroz — vim dos«llmentos básicos da alimentaçãodos congoleses — de Stanleyvllle,

/1"

MEU IRMÃO,0 SELVAGEMEla passou um ano entre os Aucas—¦ tribo de índios selvagens, muilotemida — e tinha razões partícula-rea para temê-los: haviam-lhe as-«assinado o marido. Meu Irmão, •Selvagem, relato de sua vida e dade sua tilhinha de quatro anos en-tre os Aucas, é um depoimento ex-Iraordinário pslo realismo das des-crições e pela compaixão com quea escritora retrata êsses silvicolas,outrora homicidas. ]_-ia cm Sele-.ões de fevereiro — uma «lição in-iKicssantíssima — à venda cm lô-das as bancas.

no' Congo Oriental, para aliviar ao bloqueio Imposto pelos bacon-gos,BLOQUEIO

Os bacongos, qu* constituíamcerca de 60 por cento 'da popula-cao de Lcopoldvllle antes da Inde-pendência, dominam a regiãocompreendida entre a cidade e »costa marítima, que se converteuna Província Central do Congoe exigem o controle da CapitalFederal.

Armados de metralhadoras, íu-r.ls e pedaços de pau, policiais ba-nongos bloquearam as estradasque ligam a Província Central,Impedindo a passagem dos cami-nhões que há duas semanas Ira-7lam a esta Cidade a maior partedos comestíveis para os seus 700mll habitantes.

Na semana passada, o.s estoques'de farinha de trigo llcaram quasecompletamente ' esgotados, obri-Kando as donas-de-casa a Íorma-rem ítlas de mais de duzentosmetros, em irente ks padarias. Achegada de quatro mll toneladasde farinha da Alemanha Oclden-tal evitou que se reglstrassjmviolências.INTERVENÇÃO

Nio se sabe se o Governo cen-trai utilizará tropas para levantaro bloqueio. Tampouco se sabe seas Nações Unidas pretendem In-tervlr na sltuaçáo, cuja gravidadeíoi comparada por um diplomataocidental r. da crise em Catanga.

Com o bloqueio esgotaram-se osestotiues da farinha, de mandioca,hase da allmentaçSo dos congole-ses, e as escassas quantidades dl.=-ponlvels do produto estAo sendovendidas a um preço dsz v:z3smais elevado do que há dois anosatrás. '

O arroz, outro produto essencialda alimenta ç&o no Congo, desapa*receu complfítamontr. rto mercado,depois rie tec Mrio aumentado emtrezentos por cento o preço ií-cariopelo Governo.

. "Interessamo-nos a' % orapor essa região —'¦ afirmou— porque o monstro barba-tio (Fidel Castro) nos lorçoua fazê-lo por temor."

O Ministro de'ComércioExterior de. Cuba, Major Al-berto Mora, e o Vice-Primel-ro-Ministro chinês Li Hslen-nein trocaram .elogios du-rante um banquete realiza-do em Pequim, no domingoà noite, segundo informoupelo rádio a agencia NovaChina. ;

"À base da amizade pro-funda que estabeleceramnossos dois paises — disseHsien-nein, np banquete —,as negociações para o con-vênio comercial de 1.963 che-garam rapidamente á umbom resultado."

"O povo da China e o deCuba estão unidos na mes-ma frente contra nosso ini-migo comum, o imperialis-mo dos Estados Unidos" —acrescentou o Vice-Premierchinês. "Os dois lutam pa-ra salvaguardar a sobera-nia, independência e dlgm-dade de nossos países e ds-íendem os frutos da revolu-ção socialista, a pureza domarxismo-leninismo, a paamundial e o progresso. Nos-sas relações são relações dairmãos."

Mora, por sua vez, afir-mou que "a amizade frater-nal do povo cubano e o povochinês está firmemente ci-mentada por uma causa cn-mum, o ideal revolucionáriodo ni a r x i s m o-leninismoc nossa luta contra o impe-ri?,lismo. Esta amizade srintensificou rapidamente ea cada dia se. íaz mais es-

; treita"..

Washington (FP-UPI-JB) —Os planos de conquista espa-ciai' norte-americanos' compre-endem o estabelecimento deuma grande base mais ou me-nos permanente na Lua e o en-vio de missões de desembarqueem Marte ' e Vênus, declarouontem o Diretor-Andino daANAE. Hugh Dryden, na* inau-guração dft conferência de pia-nos e programas.

O céu nublado em Palestine,Texas, forçou ontem o adia-mento para esta tarde de umaexperiência com dois globos de180 metros de' diâmetro, emcadeia, providos de telescópiosde 36 polegadas, que se eleva-'riam a 25 mil metros para ío-tografar o planeta Marte. _PERSPECTIVAS

Entre as perspectivas que seoferecem agora k astronáuticanorte-americana,. Dryden evo-cou o lançamento de um come-ta artificial, formado de umacerta substância qué se evapo-rara -depois, no espaço.

O Diretor-Adjunto da Admi-nistração Nacional de Aero-náutica. * Espaço ;i*eferiu-se aseguir k possibilidade de en-viar missões.orbitais e de de-«embarque * Vênus c Marte.Tais.vôos se realizarão, se ío-i*em aprovados, no fim da atualdécada, acrescentou.

! Os programas espaciais nor-.te-americanos até 1065, segun-

do Dryden, são: •1963: Lançamento de um Sa-

turno I, de dois corpos,; quepoderá transportar uma carga-útil d« dez toneladas. Lança-mento de um satélite meteoro-lógico aperfeiçoado Nimbus ede um observatório geofisicoorbital.

Colômbiacontraterrorismo

1964: Realização do. foguetede hidrogênio líquido J-2 e doRocket F-l, com uma íôrçade um milhão is meio. de li-bras. Alunlssagem, a velocida-de reduzida, de Instrumentoscientíficos, segundo um pro-grama Survéyor. Reconheci-mento'de. Marte por um vel-cúlo náo-tripulado... Primeirademonstração,do Prpjeto Ge-mini.

, 1965: Lançamento de Um ob-servatório astronômico orbi-tal e do Saturno. V, dé pptêii-cia de sete > melo milhões delibras. ...

O primeiro desembarque dehomens na Lua, segundo HughDryden, será realizado antesde 1970.

A experiência, que já íôraadiada para ontem, e o céu en-coberto íêz novamente adiar,tem por objetivo fotografar,da atmosfera exterior, o pia-neta Marte, procurando es-clarecer o mistério jamais de-cifrado, da existência oil nãode vida.

Cientistas dá Universidadede Princeton, Nova Jérsei, in-formaram que todos os delica-dos equipamentos astronômi-cos íuncionavam. períeitamén-tè. e que os dois globos deenorme • diâmetro estavamprontos para o lançamento,com sua carga de 2 850 quilos.

Deverão ascender a uma al-tura aproximada de 25 milmetros, acima da bruma que;cobre a terra e impede os ho-mens de observar outros pia-netas com. precisão. Obedecen-do a sinais emitidos de Terra,os telescópios começarão a ia-zer exames com seus equipa-mentos infravermelhos e aregistrar os resultados em fi-tas magnéticas. •

Venezuelavigia bensamericanos

RESPOSTA RO TESTE N.'2DB PAGINA 5

_Hea.es Z_--.«sc'i iE&Er .¦£%__/

DIRIGIDO AOS PASSAGEIROS DACENTRAL E DA IE0P0LDIRA

Bojot», (UPIrJB) — Os al-tes co m a n d os militares e aPolicia iniciaram ontem reu-nióes separadas que:se-prolon-garão até quarta-feira, a fimde aperfeiçoar vasto plano deação, cm eiscala nacional, pa-ira.; reprimir os surtos de terrp-1-ism.o que vem sofrendo o paísdesde janeiro último.

A colocação de bombas defabricação caseira — algumasce alta potência — em arma-zénsí fábricas e jornais, çohs-titui nova modalidade dentrodos. acontecimentos nacionais,uma vez que, até há poucotempo, os elementos éxtrêmis-tas se haviam contentado emapedrejar lojas • ou distribuirvolantes subversivos.

Embora, anteriormente, pe-tardos de baixo poder houves-sem sido colocados em algunslugares de Bogotá e particular-mente em Cali, isso havia ocor-rido isolada t esporádica-mente.

As autoridades consideramque o auge dos atentados ter-roristns na Colômbia guarda«¦-.treita relação com a ondadé, terrorismo iniciada há pou-co na Venezuela, por elementoscomunistas, cujo pior episódioteve lugar há três dias, coma sabotagem dos armazéns d*rlspósito da Sear.. Roebuck, emCaracas.

Caracas (UPI-JB) — OGoverno da Venezuelaanunciou que vai tomar me-didas para proteger os esta-belecimentos e instalaçõesnorte-americanas "que es-tão sendo alvo do terroris-mo comunista".

O. comunicado, distribuídopelo Ministério do Interior,diz que "o plano terroristasegue as instruções envia-das de Cuba a todos os pai-ses das Caraibas, tendentesa criar o caos e enfraquecer,a economia de nossospovos".

Acrescenta, em seguida,.ue, atualmente, mais de

300 terroristas estão subme-tidos a julgamento ante ostribunais, enquanto o Exér-cito continua com as "ope-

rações-limpeza" nas monta-nhas do noroeste do país,onde se refugiaram os ele-mentos guerrilheiros. ,

Jovem! O alistamentomilitar é o primeiro pas-m> para o cumprimentocias suas obrigações mi-litarcs.

li Em 1937 um dormente custava 12 mil réis.

2. O pre(;o oficial de um dormente é 630 cruzeiros. Mas .seu CU8-to no mercado-atinge até 900 cruzeiros.

3. Em cada km de estrada usam-se 1.850 dormentes,

.4. A. vida média de um dormente ê de quatro anos.

5. À ÉFCB necessita substituir, imediatamente, nas suas'linhasde subúrbio, nada menos de 126.892 dormentes.

6. Apenas em uma'de suas linhas de subúrbio (D. Pedro II-~" Í:Ta]Fetà) a EFGB tem 119.536 dormentes.

7. O salário médio na Central, em 1937, era 900 mil réis.

8. Hoje, o salário médio na Central é 51 mil cruzeiros. Na Leo-poldina é 50 mil cruzeiros..- *' '-.)

9. Os trens dè subúrbio da Central transportam ern média, pop;dia, quase 700 mil passageiros.

10. O transporte médio de cada passageiro custa 34 cruzeiros para:* EFCB. . OM%'- 'y^Pl

E AGORA, VOCÊ SABIA TAMBÉM?...que a sua passagem pelos; trens suburbanos da Central e daLeopoldina custa hoje o mesmo preço que em 1937, ístò ê.apenas 2 cruzeiros.

... que o serviço que os trens de subúrbio prestam. a você êmuito melhor que o de 1937, mas está- longe de ser o quevocê desejaria e aquilo a que você tem direito...

*.. que para assegurar-lhe o serviço que roce merece, para me*lhorar o transporte suburbano, é preciso atenuar o monstruosodéficit da sua ferrovia, déficit que se compreende melhor quan»do se pensa que cada passagem cobrada a 2 cruzeiros custa, à '

Estrada de Ferro, -nada menos de 34 cruzeiros.

...que para você obter melhor serviço, para que haja me».!lh ores trens, mais rápidos e com maior capacidade de traiis-porte.e segurança, para que você não precise recorrer ao ôni»bus, cujos preços -você bem conhece, Você nao acha nècessâ-âoreajustai* o preço da sua passagem, de maneira a riirmM-âg ¦©déficit da sua Estrada ?

Pense na sua conveniência, pense jia sua Estrada, eftaiauleconsigo, a sua honesta resposta.

REDE FERROVIÁRIA FEDERAL $11

8 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, 3.»-feira, 12-2- 63

PEDRO MULLER informa:

Semana será de testeEsta «emana será decisiva para o esque-

ma económico-financelro do Governo, qu*acabou de lançar campanha de csclareclmen-to público, preparatória para a revisão dastarifas das estradas de ferro, ontem efetiva-da. íãto que, embora inevitável e justo, pro-vocari uma pequena onda de descontenta-mento Insuflada pelos agitadores.

Por outro lado, estamos Informados deque será revista a política de crédito, atitu-de que vai causar alguma irritação às cias-ses produtoras. Na palestra de ontem, na As-sociação Comercial, o Ministro JA línçòu umbalão de ensaio.

. A verdade e que »ó com sacrifícios, emfôdas as áreas, será possível diminuir a velo-cidade da inflação.

ROMPIMENTO

Depois de um melancólico encontro demais de duas horas, romperam suas relações,depois de 10 anoi de amizade, Dona ErmínlaFernandes e o Governador Carlos Lacerda.Dona Ermlnia íoi quem dirigiu todas as cam.panhas femininas em defesa da Tribuna daImprensa e que trabalhou em todos os co-mitês e campanhas do Sr. Carlos Lacerda,desde 1950.

A partir de amanhã, Dona Ermínla esta-rá dirigindo o diretório do Deputado AmaralNeto. na sua campanha para o Governo doEstado.

ALMOÇO

Hoie, no Hotel Excelslor, e Vice-Gover-nador ,Elói Dutra receberá para almoçar oMinistro do Trabalho, Sr. Almino Afonso, eo líder do PTB na Câmara, Deputado Bo-calúva Cunha.

NACIONALISTAS NA CASA BRANCA

Na manhã de domingo, este colunistateve a satisfação de ser um dos convidadospara o churrasco que o Ministro da Marinhae Sr.» Pedro Paulo de Araúio Susano ofere-ceram a um grupo de amigos, na Casa Bran-ca —residência de verão do titular da Ma-rinha.

Com exceção dos Jornalistas Moacir Wer.neck, Berilo Dantas, Batista de Paula, Sr.Fausto Castelo Branco, Diretor do ServiçoNacional da Lepra, Sr. Santos Vahlis, Minis-tro Almino Afonso e ex-Ministro JoSo Pi-nheiro Neto, esta íoi uma reunião quase queexclusivamente para companheiros das diíe-rentes Armas, k qual esteve presente, comonão poderia deixar.de ser, o esquema .militarem sua totalidade.

A Casa Branca é uma antiga fazenda co.lonlal, adaptada ao conforto moderno, e hápouco mais de um mès abriga a família doAlmirante Susano. O Ministro, para ir decasa ao gabinete, utiliza-se exclusivamentede sua lancha. O fato de não enfrentar dia-riamente o trânsito carioca e também a casa(com uma varanda espaçosa e uma prainhaprivativa) provocaram urna ponta de invejanos seus companheiros da Aeronáutica e doExército — inveja realmente incompreensível.

Embora o convite falasse em churrasco,o almoço teve Inicio com um vatapá. A so-bremesa, deliciosos docinhos caramelados fo. ,iam servidos. As esposas de dois generais elo.

¦ giaram churrascos e doces e ficaram surprè-sas ao serem informadas de que os churras-queiros eram dois soldados do Regimento An.dradé Neves, ambos gaúchos, e que os doceshaviam sido feitos pela viúva de um oficialdo Exército.

Antes, durante e depois do almoço fèz-sesentir uma presença simpática e constante —¦a da Sr.* Jovlna Susano, perfeita hostes»,que estava sempre atendendo seus convida-'dos, atenta para que nada, lhes faltasse.

Por delegação do Gen. Osvino FerreiraAlves, os anfitriões foram saudados pelo Sr.João Pinheiro Neto que, tíe improviso, ressal-tou as virtuíes dos que recebiam e. a impor-! tancia que tinha a reunião no sentido de' unir ainda mais aquele grupo de militaresque tem idênticos anseios no plano político.

Em rapidíssimo speech, o Almirante Su-sano agradeceu à saudação e exaltou o" espi-rito de liderança do Gçn. Osvino FerreiraAlves.

Os Capitães Márcio e Pedro Susano,acompanhados das esposas, ajudaram o casalSusano a receber.

Estiveram presentes, entre outros, os Ge-'. nerais Albino Silva. Cunha Melo, OromarOsório, Benjamim Galhardo, Almirante LuisAraújo Goiano, José Luís da Silva Júnior,Cândido Aragão, Comandante Werneck: eBrigadeiros Reinaldo Carvalho, Ministro da

f Aeronáutica, c Francisco Teixeira.

PRUDÊNCIA

Vagas gigantescas* levantadas por ventobastante veloz, fizeram com que o Pluft li(ex-Cangaceiro) regressasse ao Iate Clube,na última semana. O barco, que viajava paraCabo Frio, regressou na âlutra das Ilhas Ca-garra». Estava íèndo comandado pelo AdidoNaval da Inglaterra no Brasil, levando antimão o industrial Israel Klabin e ainda, liatripulação, ò Embaixador Wallínger t o Sr,Arthur Alves de Sousa.

Dizem as más línguas que sem o Ama-deu, marinheiro português, as coisas a bordonáo correm, tão bem.

MELHOR ATRIZ . "

Teresa Raquel, excelente estrela queatualmente se apresenta no Teatro da Mai-«on de France. acaba de ser distinguida como Prêmio Prefeitura do Distrito Federal, co- rmo a melhor atriz do ano.

FUTEBOLPoucas vezes dois clubes amadores reu-

nlram um público tão' elegante, numerosofe aflito). Jogavam, no «abado passado, osPioneiros A e o Trinta por Trinta, ganhandoeste com justiça, pois jogou magnlíicamente.Esta é a segunda vez, em dez'anos, que osPioneiros «fio batido» em casa. O Sr. Arman-do Nogueira é o homem mais feliz da sema-na. O Sr. Márcio Braga, que funcionou comojuiz, recebeu ameaças de ambos os lados, comigual veemência. Más, terminada a peleja,vitória e derrota foram comemoradas' comgrande festa. No próximo sábado, as partidasdecidirão o campeonato.

CRIME PREMIADO

No baile Até Debaixo D'água. uma orgiadesqualificada, o delinqüente Cáclo Muriloencontrava-se de calção curtíssimo, com belasmeninas, e todo um íã-clube de rapazes emeninas desajustadas a segui-lo como se fós-se grande personalidade. Durante p baile.sua turma foi a que mais confusões causou.__. um-absurdo que se continue deixando soltoum. elemento desta estirpe, que há pouquíssi-mos dias agrediu um militar em plena Ave-nida Atlântica, fato noticiado por vários jor.nais. mas esquecido pelas autoridades com-petentes.

Armadorescontrahierarquia

O advogado dos armadores,Sr. Paulo Mala, declarou on-tem que o sindicado da,classecontinuará sustentando a teseda ilegalidade do Decreto ÍI 668,que restabeleceu a hierarquiasalarial, e que seguirá hoje pa-ra Brasília, para tomar conhe-cimento do parecer da Cônsul-tórla-Geral da República á a:l-vertência íeila pelo Sidarm.i.O advogado viajará com o Pre-sidente da entidade, que vaientregar ao Governo cópia daminu .a do nflvo contrato coleti-vo de trabalho, elaborado pelosarmadores' e que será submeti-do amanha aos marítimos.

O Presidente da FederaçãoNacional dos Marítimos, Sr.Antônio Pereira Neto, Informouontem que os sindicatos da cias-as estarão reunidos na sede daFederação, a partir das 9 ho-ras de amanhã,' quarta-feira,para apreciar a minuta íeitapelos armadores.

MESA-REDONDA

Acrescentou o Sr. Pereira Nevto que na reunião será feito umconfronto entre a minuta doaarmadores e a que foi elabo-rada ipela Fedéraç&o dos Mari-timos, frisando que certamenteserá realizada a mesa-redonda,entre as partes, para encontraruma soluçáo pacifica dos pon-tos divergentes.

Referindo-se ao Decretoíl 668, o Presidente da Federa-çáo Nacionai dos Marítimosafirmou que a classe — ao con-trário dos armadores — defen-de a sua constitucionalidade,embora reconhecendo que no«eu texto existam algumas lm-perfeições, "que poderão sercorrigidas de comum acordo".

KIRK VEM ACOMPANHADO

"NIVER" NA SERRA;\

No último domingo, realizou-se eni Pe-trópolis, na residência do casal Márcio Bra-fa, almoço em homenagem à Sr.*"* Jacir aThomé, aniversariante. Várias pessoas denossa sociedade, que se encontram veranean-do na serra, estiveram presentes. Anotámosentre os que saboreavam a deliciosa feijoada:Sr.í Sônia Cattoni, Sr. Brum Negreiros, es-treando sua mão sem gésso, Sr. AlfredoThomé, falando.sobre a integração do cario-ca, Sr. e Sr." Henrique Laje."

AUSENTE

O Ministro da Educação, Professor Teo-tônio tle Barros, está-se destacando pela au-fència: só apareceu uma vez no Ministériodo Rio e dois no de Brasília. Todos os chefescie setores aguardam ordens e o Plano deEmergência está parado.

PREOCUPAÇÃO

O Sr. Luís Alberto Bahia, assessor doMinistro da. Fazenda, voltou preocu_>ado doseu contato; còm as classes produtoras deSão Paulo.

Ontem, o Sr. San Tiago Dantas viajoupara a Paulicéia, a fim de renovar contato.

DIPLOMÁTICA

Podemos informar com antecedência queserá adotada uma norma geral para a mo-vimentação de embaixadores brasileiros nóexterior: os da, carreira, com mais de quatroanos no mesmo posto, serão chamados à Se-cretaria de Estado ou removidos para novespostos; quanto aos estranhos ao quadra di- '

plomático, só serão mantidos aqueles queforam indicados pelo Presidente Goulart.

RECEPÇÃO

Predominaram as conversas políticas,durante a concorrida recepção oferecida peloMinistro e Sr.* Eugênio Caillird. O duplexdo casal foi tomado por um grupo grande depolíticos e militares que se deliciaram com obufete servido pelo Copacabana Páíace,

Soldadosde Suezcliegam hoje

O contingente brasileiro doBatalhão Suez, que terminouseu tempo de serviço no Orien-te Médio, desembarcará hoje,ás 9 horas, no cais do Minis-tério da Marinha, do navio-transporte Barroso Pereira.

Após o desembarque, a tro-pa rumará para a Praça Duquede Caxias, fronteira ao Minis-tério da Guerra, onde o Minis-tro Amauri Kruel passará re-vista à mesma. Em seguido ru-niará para a Vila Milita1*, sedado II Regimento de Infantaria1.

Servidor doDF desejaturno únicoBrasília (Sucursal) — Os

funcionários públicos qu* ser-vem em Brasília enviaram aoDiretor do DASP um extensomemorial em que defendem aadoção do horário corrido, comomais humano e mais compati-vel com os próprios interessesdo serviço público;

Dizem os servidores que aJornada dé oito horas, em doisturnos, causa-». estaía_.do tra-bíUhador, que não atende o pú-blico com a devida atenção.

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CI aponta seis bombeiroscomo responsáveis pelafuga de Leopoldo Heitor

Niterói (Sucursal) — Seis soldados do Corpo de Bom-beiros de Niterói, apontados pela Comissão de InquéritoInstaurada ali como responsáveis pela íuga do advogadoLeopoldo Heitor da corporação, íoram recolhidos ontem'aoxadrez, onde quatro deles cumprirão 25 dias de prisão e osoutros dois apenas oito dias. O Comandante Sílvio Pinhei-ro informou que não cabia a pena de expulsão, por nãoter sido constatado suborno, mas apenas "displicência noserviço".

O advogado d,e Leopoldo Heitor, Sr. Ronaldo' Macha-do, declarou ontem que já recebeu da Justiça de Rio Cia-ro a comunicação oficial da condenação do seu consti-tuinte, acrescentando que não apresentará Leopoldo Hei-tor, "mesmo que a sentença transite em julgado", pois pre-tende, ainda esta semana, entrar com recurso no Tribu-nal de Justiça, visando derrubar a sentença do Juiz UlissesValadares, que condenou o seu cliente a 35 anos de prisão.Os CULPADOS

São os seguintes as soldadosapontados psla Comissão deInquérito como responsáveispela fuça do assassino de Da-na de Tefé: José Barbosa deAndrade, Valdir Rodrigues daPaixão, Sebastião Garcia Al-ves e Célio de Carvalho, quecumprirão, pena de 25 dias deprisão; os bombeiros WiltonSimões Flórido e José Fran-

m

Segunda dose de Sabirtimunizou tôdais as criançasvacinadas em novembro

Trinta e cinco mil crianças foram vacinadas contraa paralisia infantil, ha aplicação da segunda dose da'Sa-*bín, o que representa a imunização da totalidade de crian-ças que receberam a primeira dose-em novembro último,segundo declarou ao JORNAL DO BRASIL, o Diretor-doServiço de Informação Sanitária, Sr. Roberto Farias.

Hoje, em todos os Distritos Sanitários e nos Postosde Puericultura, será prorrogada a vacinação contra a dif-teria e o" tétano,'para'as crianças do grupo etário entre

quatro meses e seis anos.

"SHOW" DE CARNAVAL DODISCO CLUBE MESBLA

Prossegulndo ém seu programa de realizações para o cor-ente ano, o Disco Clube Mesbla apresentou, no auditório do Ma-gazin Mesbla, um show de Carnaval com a participação de ar-tiàtas da marca Continental. As músicas lançadas por essa gra-vadon para os próximos folguedos, de Momo roram: ná ocasião,interpretadas pelos seus criadores: Jamelão, "Walter Lévlta, AracyCctéta, Orlando Corrêa e Clério Morais.

, O público numeroso e entusiástico aplaudiu ' e participou,também, ativamente do espetáculo, fazendo coro com os artistasnós números apresentados.

• '...A Imprensa estêv* presente ao Show atrAvés d» seus cro-nistas especializados. (P

Opinião deBulhões épessoal,diz Gusmão

O Presidente do TRE, De-sembargador Sádi de Gusmão,considera como simples pon-to-de-vista pessoal a declara-ção do Desembargador Bulhõesde Carvalho, ex?Presidente da-quele Tribunal, de que o pie-biscitò de 21 dé abril na Gua-nibára é inconstitucional.

Frisou o Sr. Sadide Gusmãoque no TRE são também con-trárlos fc tese do Sr. Bulhõesdé Carvalho o DesembargadorOscar Tenório, relator no plê-nário das instruções sobre oplebiscito, elaboradas pelo De-sêmbárgádor João Coelho Ro-mão; os jurista* Clemenceaudé Azevedo Marques * Joãode Deus Viana e os Juizes Se-basti?.0 Peres Lima è Ivã Lo-péí Ribeiro..

Jovem! O alistamentomilitar é o primeiro pas-go para o cumpriincnlodas suas obrigações mi-

Jitarès.

LOCAIS DEVACINAÇÃO

A Secretaria de Saúde esperavacinar 50 mil crianças contraa dif teria e o tétano, até o dia22.de fevereiro. A,vacinação se-rá feita diariamente, das 8h ásI7h, exceto sábado, dia .16,

quando 6& postos-estarão .abçr-tos de sli às 12h.No. domingo,dia 17, não haverá vacinação,

« a. seguinte a relação dosDistritos Sanitários e Postos dePuericultura, aonde os pais po-derád levar seus filhos para se-rem imunizados: Rua do Resen-de, 128, Centro; Rua ElpídioBoamorte, 232, Praça da Ban-dsira; Rua Silveira Martins,161,'Catete; Rua General Seve-riano, 91, Botafogo; Rua De-sembargador Isidro, 52, Tiju-ca; Avenida do Exército, 1, SãoCrlstóv&o; Rua Visconde deSanta Isabel, 56, Vila Isabel;Avenida Amaro Cavalcanti, 125,Méier; Estrada do Camboatá,sin, Madureira; Rua Leopoldi-na Rego, 754, Penha; Rua Cân-dido Benicio, 781, Jacarepaguá;Praça Cecília Pedro, Bangu;Rua Augusto Vasconcelos, 254,Campo Grande; Rua SenadorCamará, 56, Santa Cruz; RuaPinheiro Freire, s/n, Paquetá;Avenida .Paranapuã, 435, Ilhado Governador; Rua RivadaviaCprrela, 1Í8, Gamboa; PraçaCondessa Frontin, 52, Rio Com-prido; Rua Constante Jardim,í, Santa Teresa; Rua JardimBotânico, 187, Jardim Botânico;Rüa Bóá Vista, 180, Alto da BoaVist»; Rua Teodoro da Silva,560, Vila Isabel; Rua Vitor Mei-

reles, 63, Riachuelo; Rua Gui-lhermina, 34, Encantado; RuaBlcuíba, 181, Engenho Novo;Rua Emílio Meneses, 230, Pie-dade; Rua Lopes Moura, 46,Santa Cruz.; e Estrada da Ca-cuia, 745, Ilha do Governador.

Kir.k Douglas virá aoBrasil em companhia âesua esposa, para assistirao carnaval brasileiro, se-gunâo informou » Sr.Harry Stone, represen-tànte âa Motion Pictures.¦Visitará Brasília a convi-te, âo Prefeito âa CapitalFederal, onãe ãesembar-cará no âia 22 e ficaráhospedado no Hotel Na-cional. No âia seguintevirá ao Rio âe Janeiro,para participar ãos: fes-iejos carnavalescos. O carsal ficará hospeãaâo noCopacabana Palace epermanecerá cerca deuma semana no Brasil

Prêmio NamiJafetpara 1962

O Prêmio Nami Jafet, "de1962, de CrS 2 milhões, e maisum diploma de reconhecimen-to de aptidão excepcional pa-ra a pesquisa, íoi conferido,este ano, aos seguintes: Dr.Luis Rodolfo Raja GabagliaTravassos, no setor* de Micro-biologia (leveduras), da Fa-culdade Nacional de Medicinada Universidade do Brasil, noRio de Janeiro; Dr. BernardoLeo Wajohcnberg. no setor deMedicina (diabetes), do Hos-pitai de Clínicas da Faculdadedè Medicina da * Universidadede São Paulo: Dr. João Ed-mundo Lunetta, do setor de Fi-siologia, da Faculdade de Fl-losofia, Ciências e Letras daUniversidade de São Paulo, eDr. José Pelegrirfo^ no setor doMedicina Experimental (es-quistossomose), do Instituto deBiologia da Faculdade de Fi-losoüa da Universidade de Ml-nas Gerais,, em Belo Hori-zonte.

cisco da Costa ficarão presospor oito dias, tendo sido o úl-timo acusado de dar Informa-ções a Leopoldo Heitor sobreo serviço interno da corpora-ção! O único dós culpados anão ser punido, por ter-se li-cenoládo do serviço, foi o sar-gento Joaquim Fidênclo, queestava como comandante', daguarda no dia da fuga dq ad-vogado. Nada ficou provadocontra o oficial-de-dia, 1." Tc-nente Hildebrando Porto, » ostrês soldados de ronda.

No setor da Polícia Militar,o inquérito presidido pelo Ma-jor Zeiino Clemente Rodriguesíoi arquivado pelo Coronel Tú-lio Madruga, ex-Comandanteda corporação, por nada térsido apurado.

O advogado de Leopoldo Hei-tor, Sr. Ronaldo Machado, dc-cia rou que seu constituinte "fav.muito bem em continuar naArgentina, onde íoi localizadopela reportagem de uma re-vista". Sobre os recursos quevai tentar para livrar Leopol-

, do Heitor da sentença do JuizUlisses Valadares, disse que"não tenho dúvida de que ga-nliarei, O recurso poderá bé-neficiar, inclusive, os outroscondenados".

O Secretário de Segurança* do Estado do Rio, Sr. HervalBasilio, revelou que vai entrarem contato com as autoridadesda Argentina, para saber se= deí*ato Leopoldo Heitor se encon-tra ali. O Delegado v/erterLosso, designado pelo ex-Gover-nador Carvalho Janotti paracapturar o advogado, continua- jrá com sua missão, pois aindanão perdeu o efeito o ato assi-nado pelo ex-Governador.

Festival de Caíies criou2 prêmios este ano parajornais cinematográficos

O Festival Internacional do Cinema em Canes, a rea-lizar-se entre 9 e 22 de maio próximo, instituiu, para esteano, a premiacão do melhor conjunto de assuntos ou as-sunto de imprensa filmada, "com o objetivo de favorecero progresso e a expansão de uma das formas mais origi-nais do jornalismo contemporâneo".

O júri-, composto de cinco personalidades francesas ouestrangeiras designadas pelo Conselho Administrativo doFestival, concederá dois Grandes Prêmios 1963 ao assun-to e conjunto de assuntos, além de dois diplomas destirnados a coroar, méritos técnico, jornalístico, espetacularou outro.

Segundo o Artigo quinto doRegulamento do Grande Prê-mio Internacional do JornalCinematográfico, cada país oucada produto poderá apresen-tar, à sua escolha, "seja nume-ro do periódico editado aosseus cuidados, tal como íoiapresentado nos cinemas nomomento de sua edição; sejaseleção de assuntos editadosaos seus cuidados, em 35 mm,

AGORA!

Alves Pinheiro diz que oBrasil pode vender quasetudo que Portugal compra

O representante do Lólde Brasileiro em Portugal, Sr.Alves Pinheiro, disse ontem, ao retornar de Lisboa, qüe "o

Brasil tem condições para abastecer Portugal de quase to-dos os produtos que este importa de outros mercados". ¦

t- Só Angola poderá, comprar-nos mercadorias, sobre-tudo produtos acabados, da ordem de mais de Cr$ 50 bi-lhões. Há um fabuloso mercado para os nossos produtos,principalmente material eletrodoméstico, e mesmo jipes,caminhões t máquinas agricolas — frisou.

PROMOÇÃO

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Rua dos Andradas, 96-A - Esq. M l^f§IS!^Sf~wlMal. Floriano - Tol. 23-3490 ji jSi f^TTTliw

Depois de afirmar que o quefalta è "promoção e contato",disse o Sr. Alves Pinheiro queagora mesmo; com a criação daSala do Brasil, por iniciati-va do Diretor do Serviço dePropaganda e Expansão Comer-ciai (Sepro), Ministro MárioCardoso de Miranda, a indús-tria e o comércio brasileirostêm'*, disposição sugestiva vi-trlna num dos pontoi centraisde Lisboa.

Também por iniciativa do Dl-retor do Sepro — informou oSr. Alves Pinheiro — o Brasilvai comparecer pela primeiravez á famosa Feirn Internado-nal do Ribatejo — "uma opor-tunldàde excepcional para osexportadores brasileiros".

Afirmou o Sr. Alves Pinhei-ro que Portugal e3tá capacitadoa aumentar suas vendas parao Brasil, em quantidade, quarlidade e variedade, pois já dis-põe de cerca de um milhão detoneladas de petróleo exporta-veis, e nua indústria de papelê. uma das mais modernas daEuropa.

— Portugal está vevendo umafase de surpreendente recupe-ração econômica, tanto no con-tinente como no ultrámar. OsÍndices do último qüinqüêniosão dos mais elevados. Dai o

fato de haver assunildo a pre-sidência da Associação de Co-mércio Livre da Europa, quereúne sete dos países mais in-dustriftlizados do Continente --disse o Sr. Alves Pinheiro.

e cuja metragem total não ul-trapasse os trezentos metros",participantes serão apresenta-dos ao júri na ordem fixadapelos organizadores do Festi-vai.. .

O Artigo segundo, reza: ''Têmacesso à competição os jornaisconsagrados à exibição nos ci-

•nemas e que tenham uma edi-ção regular, pelo menos, bi-mensal." Os países ou os pro-dutores deverão notificar suaparticipação ao secretariado-geral do Çestival Internacionaldo Cinema (25, Rue d'Astorg,Paris — 8e), antes de 10 deabril..próximo.

As cópias, destinadas à com.petição deverão chegar à Ca'nes em condições, e data.a se-rem ainda fixadas. A data seráde* caráter imperativo, reser-vando-se o secretariado-goraldo .Festival a faculdade de ex-cluir da competição as cópiasque não chegarem no prazopré-estabelecido. As despesasde transporte e de seguro dascópias, de ida e volta, ficarãoa cargo dos participantes, ex-ceto aquelas dè armazenageme de seguro no recinto do Pa-lácio dos Festivais de Canes.Em caso de perda ou de fistra-go, a responsabilidade do Fes-tival responde apenas dentrodo limite do valor indicado peloprodutor no momento da éxpe-dição.

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Diretor do Museu diz quebaús existem, mas outrosfalam em conto-do-baú

O Diretor do Museu Imperial de Petrópolis, Sr. Fran-cisco Marques dos Santos, reafirmou ontem ao JORNALDO BRASIL a existência de muitos baús no Museu e *pe-

diu aos pesquisadores que compareçam lá a fim de "des-

cobrir subsídios indispensáveis à cultura brasileira".Funcionários do Museu desconhecem, no entanto, a

existência dos misteriosos baús e acham que o Sr. Mar-ques dos Santos aplicou o conto-do-baú a fim de aumen-tar o número de visitantes — mais de 1500 por dia. Numdos tais baús teriam sido encontradas modinhas do sé-culo passado, segundo o Diretor.

Para alguns guias do MuseuImperial de Petrópolis, o Sr.

Ontem, o Sr. Francisco Mar-ques dos Santos voltou a íalnrnos baús: achara, em um deles,mais um álbum de melodias dotempo do Império. Perguntadose náo estaria a lazer uma brin-cadeira, sorriu r classificou de"agradável" a polêmica trava-dá èm torno do assunto.

Francisco Marques dos Santostentai cnm essa história dosbaús, chamar a atenção para anova atração ali exposta: a cs-pada do General Osório,

LOTERIA DOESTADO DAGUANABARA

PRÊMIOINTEGRAL

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SUA CHANCEÉ MAIOR!AS QUINTAS--FEIRAS

^íralnll*

POUttr.o.-füNrj-IMI0-9

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Tornai do Brasil, 3.»-fcira, 12-2-63, l.o Cad.

Custo de vida no Estado da Guanabarasubiu em janeiro apenas 0,6 por cento

GÊTSEROS E MATÉRIAS-PRIMASCAFÍ

Nov* lorqu» (AP-UPI-JB) —O cuíé Smhc» número 4, loi co-tado ontem, no disponível, *3Í.7S canti-Voi de dólar a libra-pino. Entr» os tipos que ln-cluem custo « írete, o SantosBourbon n.« 3 íoi cotado a. 33.25ctntavoa « o número 5 _. 32.'15centavos de dôlor por llbia-piso.

Na» operaçOea registrada* nomercado » termo, o contrato Bregistrou alta' de 20 • baixa dnai pontos, sendo negociado» 13contratos. O contrato M perma-neceu calmo, sem vendas.

MKRCADO A TERMO

Foram a» seguintes ss cota-çfie* em centavos de dólar porllbr*-píso, entregas luturas:

Contrato B;

Março Mi 45"!Maio 33.00Setembro 33.00Dezembro 32.61

MOEDAS

Contrato Mt

Maio 30.4»Julho '0:1*(Setembro 30.01Dezembro 29.52

AÇtrCAR

O «clicar domístteo numerosete loi cotado ontem na Bolsade Nov* Iorque «om baixa de 1ponto » alta de 2. Fovam nego-ciados 30* contratos. O dlsponi-vel loi condo a «.73 centavos dedólar a llbra-pêso.

O contr»to mundial númerooito lunclonou com tendêncl*baixista, caindo de * t. 17 pon-tos.

MERCADO A TIRMO

Contrato n." 7:Março Maio Julho

«.75«.72Í.75

Setembro •.W

Contrato n." i:

DÓLAR

CompraVenda

LIBRA

CompraVendaLIVRE

Março. —Maio ....Julho ...SetembroOutubro

S.MS.I5/MS.72/73.1.525.42

METAIS

Cotações em centavo* de dólarpor Ubra-ptso, par* o* metaisabaixo, tm centavo» d* dólar porllbia-pêso.

Antlraónio 38.25Cobr*

'31.00

Chumbo 10.30Zinco

11.56atanho 108.88

COBít-S

Cotaçóes j>»r» p «obre, em cen-tavos de dólar por llbra-pêso,entregas luturas:

Março '.'. 2»>5«Maio 20-18Julho 28.98Outubro 28.77

CACAXJ

A* cot*ç8e» par* o cacau nomercado * termo registraramontem alta dè 3 » » pontos,sendo negociado» 404 contratos.

No merctdo disponível, íoram*» «egulnte» cot»çóes:

Março 4.72

Accra. •• ¦•Bahia

'.

Dominicano __-_..»

24.8926.9523.95

Segundo dados divulgados pe-la Fundação Getúlio Vargas, oindice do custo de vida no mêsde janeiro último acusou umincremento de apenas 0,6 porcento, sensivelmente inferior aoregistrado em dezembro de 1962,quando alcançou 8,2 por cento.

Dois fatores são apontadoscomo responsáveis pela inter-*rupção do ritmo altista dos pre-ços nos últimos meses: a quedado preço do feijão (-35'», mo-tivada pela supressão de seuscontroles na oferta e o arbitriodo tabelamento do preço dopão (-209;.), com visível dete-rloração da qualidade e forteredução da quantidade dispo-nivel, resultando, em conse-quência, numa baixa fictícia.EXPLICAÇÃO

Explica a FGV que apesar devários artigos de menor peso nacomposição do .índice do custode vida terem assinalado', sen-siveis elevações — tomate ....(rf'61,3.%)-, macarrão (1-38,6%),ovos (+36,4%), cenoura ......

Cr§CrÇ

460,00475,00 TÍTULOS

Cr$ 1289,840Cr$ 1334,275

O mercado de câmbio livreabriu ontem em condlçóes es-t&vels, cem o Banco do Brasil eos demais bancos vendendo odólar * Cr$ 475,00 e a libra * CrS1 334,275 e comprando a Cr$ ....460,00 e a Cr» 1 289,840 respectl-'vãmente. Fechou estivei • Inal-terado.

MANUAL

No mercado de câmbio ma-nual. o dólar-pepel vigorou naabertura a CrJ 748,00 para com-pra * * CrJ 755,00 para vendae no lecllamento a CrJ 730,00

.• * CrJ 738,00, respectivamente.

PARALELO

No mercado paralelo o dólar-psp.l vlgüòü na abertura a Cr*750X0 para venda e a CrJ 745,00para compra e no fechamento *Cri 735.00 • a CrJ 725,00.

O Banco rio Bra/Hl e o* demalebancos operaram ás taxas:

Venda; Compra:

A Bolsa de Títulos esteve on-tem em condlçóes ativai, eacusou negócio» de pouca mon-ta no» diversos papeis em mo-vimento. Ai apólices da Unlâo,as estaduais e municipal» regu-laram estiveis e «em alteraçãodlgn* de registro. A» açõea doBanco do Brasil, aa do Boavls-ta e Crédito Real de M. Ger»isllcaram estiveis » com melho-ria de preços, mantendo-se asdemais sem alteração. As içôesdas companhias Mesbla, Willysoverland ordinárias, Vale do RioDoce nominativas, MannesmannpreíerencUis, Belgo Mineira, SioPaulo Alpargatas, Moinho Flu-minense, Mlneraçio da Tilnda-de (Direitos), Givea S. A., Ci-garros Sousa Cruz. Brahma eMesbla licaram ílrmex e em al-ta, com as demais «em modifica-çáo digna de importância. Ven-deram-se durante os trabalhos107.059 titulos, rendendo Cr* ..268 139 531,00. Foram vendidasletras de câmbio na lmportáncl*de Cr* 26 877 233,00, eomo se vè* seguir.

VBNDAS EFETUADAS ONTEM

70 Idem 1*5M50 Idem 1MM

108 Idem "O;07óidem i»;*;

2 Idem IS»»*70 Id.em .t 1«™°24 Idem 1«M

500 Idem — Nov»» «900400 Idem »000330 Idem »»">

70 Cimento Aratu 1000120 Delíorge S. A. Indús-

trias de Papel 11003950 D. Santos — Port. .. 3201200 Idem s:i01000 Idem .. I" 3M1200 Ferro Brasileiro 5100

500 Gastai ™1000 Idem ™

50 Givea 1000300 L. Amerlc*nas 8100200 Idem 81i)0100 Idem «200790 Mesbla — Port 1600

2350 Idem I650303 Idem 1700

3950 Idem "S01092 Direitos da Mlneraçio

da Trlnd*_'s 4400275 Idem 4300210 Idem 4350100 Moinho FlumlnenR» 2000100 Idem '••• 2200

CrJ: Cr*:

Unlâo:

28 D. Emiss. —371 Reap. Econ.«60 Idem Í53) ,

44 Idem (54) .'.132 Idem |55) .

Estaduais ¦

Port.(52) ..

CrJ

850670720770810

2400250032002300

90250

f

Libra 1 334,27] 1- 289.840Dólar 475,00 460,00Fico. íranoêa .97,183-.^ 93,886'Franco suíço . Í10;105 10«,398Libra Irland. 1 269,668 1 225,348Libra chinesa 1 334,275 1 289,840Coroa sueca .. '

Coros, Dinam.Peseta Coroa norueg.Peso argent. .Florim Marco Lira Escudo Peso uruguaioSchllling

O Banco do Brasil cetou odólar ccnvènlo da U3SS a Cr*475,00 para venda e » CrS 460,00para a compra: para cs demsUconvênios, o dólar regulou a Cr*452,00 a a CrJ 437,00, respectl-vãmente.

I O dólar-papel para o correntemés lcl fixado em CrJ 454,30.

Ouro Fino — O Banco do Bra-sil comprava a gr__n>a de ourofííio. fi CrJ 517,6267 e vendia aCrJ 534,5058.

91.913 88,78065,699 63,2998,123 7,636

66,714 64,3773,800 3,220

132,264 127,837110,333 -114,908

0,763 0,74116,768 16,10045,125 41,40018,644 17,825

178 Minas —: 1.» Série —.Port. (1934) 104

,131 Idem..r- -..l.-Sári» 1041071 Lei 820 — P/A ...... S25

300 Idem — c/J .550140 Estado da Guanabara

Lei 14 530

Banco»

50 Boavista 3600315 Brasil 2650

50 Idem 27501000 C. R. M. Gerais .... 450

Companhias

2450

320180813003000

CâmbioemN.i Iorque

Not* Iorque — (UPI-JB) —Cotaçfto tle moedas estrangeirasem relação com o dólar norte-americano:

Cruzeiro 0.1022Libra esterlina 2.8037Marco alemão 0.2499Peso argentino O.0O75.50

400 Fábrica Tec. D. Isa-bei — Pref.

1800 Progresso Industrial— Port

130 Comércio e Navegação80 Norbrasa Transporte»

1000 Transportes Técnicos400 Aços Vilares 4000200 Arno — Pref. 1750300 Idem 1800

5500 Borghoíf 11323 Brasileira ds Tratores 1200

4000 Carioca Industrial ... 2104100 Idem 230

120 Cerv. Brahma — Ord. 1220030 Idem 1250043 Idem ...' 12000

120 Idem 12400691 Idem — Pref 12000425 Idem 12300980 Cerv. Brahm* — Pref. 12500900 Idem 12800200 Idem 13000377 Idem 10800838 Idem 11000482 Idem 11500450 Idem 12100384 Idem 12200282 Idem 12400100 Idem 12700100 Idem 12900100 Idem 11700500 C. S. Crua — Port. .. 16000

80 Idem 16200144 Idem 16400

100 Idem ...200 Idem 540 Moinho S*ntl»t* .142 Organização Rufe

1000 p&ulist* de F. e -L,2914 Petrobri» — Pr»f.

900 Idem 280500 Ref. • Exp. de Petró-

leo Unlâo — Pref. ... 13008100 8. Paulo Alpargata» 7302000 Idem 8008254 Idem 8504800 Idem .......... •• SOO1000 Idem «',. 7501000 Idem 720736 Sid. Belgo Mineira

— Port 940050 Idem 9430

475 Idem 94502539 Id*m 9500

968 Idem 95501630 Idem 9600

89 Idem 980050 Mem 948017 Idem 9700

170 Idem — ex/d 9200296 Idem 9300

2 Idem — c/d 1020070 Idem — Bec 9400

125 Idem — c/d Parcial 94005» Idem c/d Incompleto 9350

101) Idem 9500100 Idem 9250

30 Sid. Mannesmann —Ord 600»

29 Sid. Mannesmann —Ord 5900

68 Idem — Pref 5900413 Idem 6000100 Sid. Nac 3300200 T. «ner 1900348 Vali do Kio Doce —om 8600

500 Idem 8700140 Idem — Port 1550050 Idem 15000

11300Willy* Overland doBr»sll — Ord T..

12000 Idem 300 Idem

1000 Idem

275280290285

DebénturesBrasileiro1 Ci*. Petr

d* (100) t Idem de (1 000)

Letras Hipotecárias

28 Banco do Estado daGuanabara

Letras <l* Câmbio

8001000

710

MERCADORIAS Credibrás

CAFÉ Embarque em 8 do corrente: 2000 Vene.340 Vene.

242 diâ»362 dias

83,8773,87

O mercado de café disponívelesteve ainda ontem firme e comas cotações inalteradas. Os pos-suldores declararam manter otipo 7 i base anterior de CrJ625,00 por 10 quilos. Nâo hou-ve vendas sobre o disponível,nem café despachado para em-Barques. Fechou inalterado.

Nâo houve.

Desde 1 do més ..Desde 1 de julho ..Idem, ano passado

Decred39 333

2 007 9021 787 950

Cotaçóe^: Por 10 quilos:

TipoTipoTipoTipoTipoTipoTipo

CrSCrSCrSCr*Cr*CrSCrS

Estado de Minas:

67.. ,00665,00655,00645,00635,00625,00615,00

62.50126,35

Existência —

Idem, ano pasado •••;_ —

AÇÜCAR

Continuara ontem o mercadodeste produto firme t com ospreços sem alteração. Entradas19 640 sacos de Sáo Paulo. Sal-das 5 000. Existência 202 960 sacos.

2.500 venc.2300 Venc2500 Vene. 2412300 Vene. 271

181 dia» «3,712U dias ..... «1,01

dlás 78,31dia» 75,61

Fldes

179193

Cotações:

Branco Cristal

Por 60 quilos:

. 2 800 a 2 900

Ci\_fi comum Cr*Idem llno CrJ

Estado do Rio:

Café comum CrS 59,00

Estado do Paraná:

Cafés ri. dia-Café fino ...

ALGODÃO

O mercado de algodão em ra-ma trabalhou ainda ontem, «mcondições iirmes e com o» pr*-ços inalterados. Entradas náohouve. Saldas 200 e o estoqueatual ê de 9 737 lardos.

1000 Venc.250 Venc.soo Venc.300 Venc,550 Venc.300 Venc.

1000 Venc.2100 Venc.

200 Venc. 299100 Venc. 329450 Venc. 341200 Vene. 359400 Venc. 389

diasdias

88,0787,14

199 dl*» 86,67205205207209210

dlaa 86,34dlá* 86,34dia» 86,20dia» 8«,07dias «6,00dias 80,07dia» 78,07dias 77,27dias 76,07dias 74,07

1100 Venc. 400 dlás 73,34200 Venc. 419 dias 72,07

Crédito Comercial

CrSCrS

116.(0126.53

Cotações: Tor 11) quilos:

Imposto do Selo — D. T.. _.!.(Entrega em 120 dias)

Fibra Longa:Café — nio ..Café E. Santos

CrSCr.s

.19,7182.46 Serldó

SerldóTipoTipo

_t 4 300 a 4 4004 3 300 * * 300

Liberado em I do corrente: Flhra Média:

200 Venc.1000 Venc.

500 Venc.50 Venc.50 Venc.

100 Venc..100 Vene..',00 Venc.300 Venc.

3750 Venc.200 Venc.250 Venc.500 Vene.

18444871778293

106123138

dias 98,80dia» 97,07dias 96,94dias 93.20dias 94,87dia» 94,34dias 93,07dias 92,94dia» 91.80dia» 90,30

146 dias 90,27153 dias203 dias

MinasParan*

Total Desci t l do m** ..Desde 13 d» Julho ..T-I.m, ano passado

131379

70042 240247 023153 450

Sertões —Sertões —Ceará —Ceará —

TipoTipoTipoTipo

3 700 a 33 650 a 3

500 Venc. 213 dias250 Venc. 221 dias

Fibra Curta*

Mata» —Paulista

Tipos- Tipo

1.00 a 3 «;o550 a 3 600

— a 3 2?,0.1 200 a 3 250

150 Vene.100 Venc.100 Venc.

inno Venc.1100 Venc.

100 Veftc.300 Venc.130 Venc.

23823924124439:1413443466

diasdiasdiasdiasdiasdiasdias

(-!-30,8), repolho (+24,1%}, aves(-t-23,41..), alface (+20,390).etc, com a baixa ocorrida 110feijão e no pão, o item «limçn-tação teve seu preço médio re-duzido de 3,7?í>.\

A p a r e cendo a alimentaçãocom c.rca de 43.1 na compo-sição do indice global, essa re-dução contribuiu para diminuira taxa de incremento do custode vida no mês de Janeiro.

OUTROS ITENSCom relação aos outros itens,

as altas mais expreslvas cm ja-neiro íoram: barbcitrla . (+2B,6r.), lavanderia. (+20,7';;),cinema .4-10,4 <;;), artigos dsvcs.u!.rio' (+7,1.;), móveis eutensílios domésticos (+5,6,'^.)e artisos dc farmácia (+5.6'5;).

Janeiro de 1962, cm relaçãoa dezembro de 1961, assinalouum aumento de 3,1% e no pe-riodo de janeiro de 1962 a ja-neiro de 1963, o indice do custode vida se elevou de 49,1 porcento.

-*Por dentro .-do negócioOtiter MONT'ALEGRE

Exportação de carne

Mâfersa em concordata yaireceber novas verbasda Cia. Vale do Rio Doce

A Maíorsa, fábrica de material ferroviário que pediuconcordata, acarretou ao BNDE prejuízos superiores a 1bilhão de cruzeiros e praticamente lesou a Vale do RioÜoce, Rede Ferroviária e E. F. Sorocabana em quase 700milhões de cruzeiros em adiantamentos, deverá receber,agora, novos suprimentos superiores a cem milhões de cru-ziros da Vale do Rio Doce e novas encomendas em opera-ção sugerida pelo próprio BNDE..

A Mafersa solicitou concordata cm junho do ano pas-sado, quando os técnicos do BNDE, na qualidade de inter-veiitores do Banco na empresa, denunciaram a,s lrr"~"'a-ridades.

89.S086.47Í5.S085,2784,1484,0783.94?;:,',"*7.'!,Í072.4770,47

dias 6R.94

Há duas semanas, em conferên-,cia pronunciada no Conselho Na-cional de Economia, o Embaixadordos Estados Unidos, Professor Lin-coin Gordon, abordando ò problemado comércio' exterior^ assinalou a¦possibilidade de que desfruta o Bra-sil no mercado mundial de carnes.Agora, o Presidente ãa Repúblicadesigna um-G.rúpo de. Trabalhopara estudar as condições dapecM-ria nacional, inclusive no qiie tangeà exportação'de carnes.

.Não resta dúvida, o Brasil temum rebanho numeroso, superior emquantidade .ao número de habitan-tes, sc levarmos'cm,conta as estatís-ticas oficiais. É possível que ,nos úl-timos tempos sua ¦ qualidade tenhamelhorado bastante, de vez que apecuária, se não em todo o País,pelo menos cm grande parte, temrecebido os efeitos de um esforço ra-cionalizaáor, com o impulso, iii-clu-sive, das condições excepcionais queprevalecem no mercaáo interno. Opreco do boi em pé tornou-se esti-mutante, levando, inclusive, à trocada lavoura pela engorda.. Não. obs-tante, discute-se se o desfrute a queestá senão submetiáo o rebanho éjusto, se inferior ou superior a suaspossibilidades. Existem problemasde industrial-zacão, no setor do frio:

A recente deliberação da 'Cofap,liberando os preços ãa carne, estádestinada d ampla repercussão nocomportamento do mercado inter-no. Além da rcqularizacão;ão'abas-tecimento, obsèrva-se, já, certa ten-

dência ao reajustamento dos preços,conquanto os âo boi em pé conti-nuem com tenãência altista. Estatendência, não resta ãúviâa, é umobstáculo à fixação ãe uma políticaâe exportação.

Não nos parece fácil, porém,abrir caminho à carne brasileirano mercaáo internacional. Há âi-versos fatores que conspiram contrae exigem persistência e negociação. .Ô primeiro âêles é a falta âe cons-tancia âe nossas venâas: os impor-taáores regulares áão preferênciaaos exportaâores também regula-res. Nossa chance, no momento, éa dé compradores aleatórios. O se-gundo, é o ãa impossibilidade âac o mpetição no mercaáo m.undialcom os atuais preços internos quan-do confrontados com as cotações,mas este óbice seria removido como inevitável reajustamento ãa taxaâo ãólar âe comércio. O terceiro,porém mais grave, é o âo preconcei-to e âas restrições contra a aftosa.O Brasil está incluíâo nesta área enão tem enfrentado o problema coma decisão que se faria necessária.Não tem seguido o exemplo da Ar-gentina, que ainda agora discute oproblema em Washington, já o ten-do discutido em Londres. Não po-demos nos acomodar à situação ãeaproveitar a esteira argentina.^

Em. toâo caso, a âesignação doGrupo âe Trabalho é providênciaque evidencia o propósito áe encon-trar razões para abrir o mercado àcarne brasileira.

REAJUSTAMENTOAgora, na última semana, de

janeiro, estribando-se em con-versações verbais e também empareceres verbais, a Diretoria e.o Conselho de Administração doBNDE-propõem à Vale do RioDoce que considere válida as 'encomendas feitas ã Mafersa,dispense as'multas contratuaisque se elevariam a quase meiobilhão de cruzeiros e reajusteos preços dos 102 vagões nãoentregues pela. Mafersa. O rea-justamento, apenas represen-tara para a Mafersa uma no-va receita de pelo menos maisde cem milhões de cruzsircscomo prêmio por não ter cum-prido seus contratos, nem pa-go suas dividas.

Propõe ainda o BNDE qu»a Vaie do Rio Doce entregueà Mafersa as rodas e eixos pa-ra que a empresa termine afabricação e montagem de 102gòndolas que lhe- foram enco-

'tnendadás pela CVRD, o qtie'constituirá um aumento dedespesas para a Vale do RioDoce e mais um presente áMafersa, que se admite supe-rior a-160 milhões de cruzeiros.

A proposta do BNDE à Valedo Rio Doce, feita por escri-to e em 15 itens, embora apro-vada com base em pareceres econversações verbais, solicita à.CVRD que faça ainda novaencomenda ít Mafersa de umnúmero de rodas e eixos igualao utilizado nas 102 gòndolasem acabamento, mas que se-rão concluídas com materialfornecido pela CVRD e nâofabricado pela Mafersa. Rece-berá, novas encomendas a em-presa que não tem condiçõesde entregar as que recebeu,embora dè fim aos adianta-mentos obtidos.

Propõe finalmente o BNDEque a Vale do Rio Doce façaum aditivo ao contrato firma-do com a Mafersa em setem-bro de 61, para a fabricaçãode mais 120 gôn d o 1 a s paratransporte de m i néri o, aos"preços atuais do mercado"que não são estipulados haproposta e nem fio menos seafirma quem estabelecerá taispreços.

Entretanto, em outubro e ja-neiro de 1961, a Mafersa rece-beu encomendas da Rede Fer-ro viária Federal no total de9 900 rodas, obtendo adianta-mento superiores a 100 milhõesde cruzeiros sem fazer entre-ga até hoje de uma só dessasrodas.

A proposta do. BNDE já foientregue à CVRD e' está 'noDepartamento Jurídico da e_i_-préisa. aguardando parecer^ tíoSr. Roni Lírio. ¦ ¦ • '•

O BNDE já tentou otíterIdênticas regalias, para a Ma-fersa .junto à Rede-FerroviáriaFederal,; mas a proposta foireiusatía. pela direção da RFF,que não concordou' em colocarnovos recursos' em mãos deuma empresa que 'se caract-rizou por toda série de; irre-gúlaridades no |não _cumpri-mento doa contratos firmadoscom seus.possíveis clientes.'

CAFÉ E'AUTOMÓVEIS — te, no balanço encerrado a-31Palmar, empresa -constituída do mesmo mês.por um grupo ligado ao co-mércio exportador de.^café, ALPARGATAS — Será no

vinha operando na próximo dia 19 a Assembléia- MERCADO

je pelos interessados. Trata-sc dc lotes de algodão Serldóc Sertão.

queimportação: de material rodo-viário; volta-se nscra para aindústria automobilística. SeusDiretores. Srs. Jof.ò Rui Me-díiro... Djalma Bpechat e.Mu-rllo Pércz, são os,. Çovos re-p:\-sent-intes da Vemag no Es-tado- da Guanabara.

BILHÃO — A Borton Indús-tria'Automobilística S.A„ sub-sidiária da Borg Warner, teveseu capital reajustado de 200milhões para, um bilhão decruzeiros. A decisão aprovadaem 17 de dezembro já se reflc-

Geral Extraordinária da SãoPaulo Alpargatas S. /_... páraexame da proposta da Direto-ria relativa ao aumento do ca-pitai de CrS.2,5 bilhões paraG-..V-4 bilhões. O aumento de1,5 bilhão será coberto cmpíirtcs iguais: distribuição deações bonificadas e subscriçãoenl dinheiro.

O indus trialitaliano Gian Pero Vicognachegou ao Rio de Janeiro afim de estudar o mercado comvistas a inversões de capitaisde grupos que representa emseu país.

DIRETORIA — Como decor-rência da sucessão dp Sr. Car-valho. Pinto no Governo deSão Paulo, a atual diretoria do

ALGODÃO — Algodão de Banco do Estado de São Paulopropriedade da Comissão de renunciou. Está convocada asFinanciamento da Frodu çãoserá vendido, devendo as pro-postas ser apresentadas ho-

sembléia-geral extraordináriapara a eleição da nova dire-torla.

JSÔVO PRESIDENTE JVO ÍAMi_!^Mf^_ffi_IRR

hK^H_I IPI HEf'"'''^ • ¦'^IfliiiB l^iiraPPJ^B«K^wjK^^^^B_|_B^^B^^9HSJ^SlB_^^^j-^ v •j' V" s'> '•.•>•; i ^j»w .' ^\t'£ -tí& * , ., ^H IíÜISbh

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9ÊHBÊm_W^' SjÈ __WHBBm\\\

Autoriza aCacex novasexportações

Tendo em vista % abundantesaíra..de .batatas, em algunsEstados. salinos. e .» .convenlên-cia de, paralelamente .à-defésados preços médios, evltar-sauma deterioração em grand»escala, a Carteira de Comer-cio Exterior (Cacex), após ou»vidos os órgãos competentes,vem. de liberar as exportaçõesdas quantidades excedentes doconsumo, avaliadas em 300 000saces.

O mesmo critério tem per-mitido também o licenciamentode exportações de cebola paraa, Inzlftterra, além de levar aCacex a oferecer amplas faci-lidades às ¦ exportações de mi-lho, as qUais só não se têmconcretizado em virtude doapreços obtidos pelo cereal namercado interno.

v..s..m-... ontem, «» J5 hora... « presidenria <f» Iml.itutn If acionai th Mate o.Sr. Jorge ^Lima,"úèbZÍU áirgo rfanc.. aLlssoWr, C&nSúo Maãir. DMt o nâvo Pr.t.udenleJo WM que

a .ma grande preocupação será promover n «A'p«».i-io do.merendo i conseguir um maior índice (le... produtividade para,a produção crvatetrit do rais

'¦'.'' ¦ _»

Magalhães Pinto solicita aPresident(e comissão páraexaminar Usina do Estreito

Produçãobrasileirade babaçu

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CRESCINCO - 0 MAIOR FUNDODE INVESTIMENTOS DA

AMÉRICA LATINA

O Governador M a g a 1 h ã esPinto telegrafou ao Presidenteda República solicitando quenomeie com urgência uma co-missão, para examinar o pro-blema da construção da Usinahidrelétrica do -Estreito,' no RioGrande, levando ém conta osaspectos técnicos e o interessenacional.

No mesmo telegrama, p Go-vernador mineiro pede que seuEstado seja representado nasnegociações para encampaçãodas empresas concessionáriasde telefone è energia elétrica.em virtude da importância daatuação dessas empresas emMinas Gerais.O TELEGRAMA

fia íntegra, foi o seguinte otelegrama enviado pelo Sr.Magalhães Pinto ao Sr. ¦ JoãoGoulart:

"Ratificando correspondênciaanterior, com respeito à expio-ração da Usina do Estreito, vi-mos solicitar a Vossa Excelen-cia; novamente, a nomeaçãourgente de uma comissão paraexaminar o assunto sob aspec-to técnico e tendo em vista ointeresse nacional. Outrossim,cheg-ando ao nosso conhecimen-to que o Governo federal estánegociando a encampação decompanhias telefônicas e deenergia elétrica, desejamos slicitar a presença do Governode Minas nas negociações, em |v i rt u cl e da importância daspropriedades dessas empresas jrm nosso Estado. Esperamosque o Governo federai não Ul-time essas negociações semnossa participação. Cordiais'saudações."

Em relação h construção 'da

Usina do Estreito, no Rio Gran- jde, o mesmo curso de água on-1

de já se construíram PeixotoS'e Furnas, verifica-se agora umconflito. A cemig reivindicao direito de explorar ai usina,enquanto a empresa CentraisElétricas de Furnas, subsidia-ria da Eletrobrás, jâ obteve aconcessão e não pretende abrirmão dela, alegando que o em-preendimento é tipicamente íe-deral e que a. Cemig não serãprejudicada, pois obterá forne-cimentos para explorar na dis-tribulção.

Dentre as riquezas extrati-yfts vegetais, coloca-se em pri-meiro lugar no Pais a produ-çáo de coco babaçu. Em 1960,a produção alcançou 100 mil e700 toneladas, avaliadas emCr$ 2 bilhões e 856 milhões.

Dados do Serviço de Esta-tistica da Produção, do Minis-tério da. Agricultura, mostramque só no Nordeste foram có-Ihidas 94 300 toneladas,/origi-nária.s quase totalmente do Es-tido do Maranhão, o primeiroprodutor, «om 84 300 toneladas.

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10 — 1." Cad., Jornal do Brasil, 3,*-fcira, 12-2-63

Planosdevem serflexíveis

". Genebra (IPS-JB) — O Dl-Iretor-Assistcnte do Bureau de' Orçamento dos Estados Unidos,

Sr. Kenneth Hansen, disse naConferência sobre a Aplicaçãoda Ciência e da Tecnologia cm

_, Beneficio das Regiões Menos¦ Desenvolvidas, que q u a 1 q u e r

',' plano de desenvolvimento para

. i. um pais deve ser formulado co-mo se constrói um e.dlficio parazona de terremotos, isto é, com

jSíJJ-istaflte- flexibilidade para re-insistir aos terremotos.S§j}, Disse o Sr. Kenneth Hansen*;que os planos devem levar cm'''conta as possibilida'des de erro,

'acrescentando que, quando bemfeito, o planejamento pode serde Incalculável valor para o fu-

!>turo do pais. .jV — Um plano —disse — ofere-•rtèe uma estrutura cada vez mais

útil para quaisquer decisões de* uma nação, mas continua am -

' pia a lacuna entre os planos nopapel a * realidade.

Com Ministro da Justiça projeto quecria novo órgão para substituir SAM

O Diretor do Serviço de As-sistcncia aos Menores, Sr.Eduardo Bartlet James, e oJuiz de Menores da Guanaba-ra, Sr. Alberto Cavalcanti deGusmão, apresentaram, ontem,ao Ministro João Mangabeira,anteprojeto de lei elaboradopelo Professor Pedro José Mel-reles Vieira, que propõe a cria-ção do Instituto Nacional deAssistência e Proteção à Fami-lia e ao Menor, destinado asubstituir o SAM. O ProfessorMeireles é Diretor Nacional doServiço Social Internacional.

No encontro ficou decididoque o SAM e o Juizado de Me-nores entrarão em contato coma Secretaria de Assistência So-ciai da Guanabara, a ser ins-talada hoje, para que os trêsórgãos trabalhem entrosadosna assistência aos menores noEstado.

O ANTEPROJETO

De acordo com o anteprojetode lei do Professor MeirelesVieira, o Inapfam seria umafundação de Direito Público,diretamente subordinada ao'Presidente da República e eo-zando de plena autonomia ad-ministratlva e financeira.

Como entidade suprema noâmbito federal, teria como íi-nalidades básicas o estudo, pia-nejamento, a coordenação e aexecução de todas as ativida-des relativas à assistência eproteção à maternidade, iníàn-cia, adolescência e família.Além disso, teria competênciatambém para opinar sobre aconcessão de auxílios e subven-ções, ou mesmo distribui-los, aentidades públicas e particula-res, inclusive-fiscalizando a suaaplicação.

As atividades do Inapfam,diz ainda- o anteprojeto, pode-riam ser realizadas diretanien-te com seus< próprios recursos,mas, de preferência, indireta-mente, mediante acordos, con-tratos e convênios, que seriam,celebrados com entidades pú-bllcas ou particulares e com osói-srãos do Poder Judiciário,

¦ especialmente com as Varas deMenores e as Varas de Fa-mflia.

ENTROSAMENTO

Na reunião, o Ministro JoSoMangabeira designou um Gru-po de Trabalho para estudartodos os problemas do SAM,que apresentará suas conclu-soes no menor tempo possível,de acordo com a determinaçãoministerial. O Grupo de Tra-balho é integrado pelo Sr.Eduardo Bartlet James, HélioTornaghi. Dardeaux de Car-•valho e Pedro Meireles Vieira.

A sugestão para que o SAMr. o Juizado de Menores pro-curem entrosamento com a Se-cretaria de Assistência Socialda Guanabara diz respeitoprincipalmente ao problema domenor transviado.

O Curador de Menores RaulAraújo Jorge apresentou aoMinistro da Justiça um tra-balho relatando fatos surgidosatravés dns sindicâncias daComissão de Inquérito Admi-nlstratlvo, criada para apuraras causas da morte da menorTeresinha Casteliana da Sil-va, ocorrida em setembro pas-sado, interna do SAM, na oca-sião detida no Pavilhão An-chieta.

O relatório diz que "são ."--tarrecedores os fatos queram à, tona". Os dois set ido'SAM objeto de sindicânciasno inquérito são os da tria-gem masculina . feminina eo Payilhão Anchieta.

VERBASUPLEMENTAR

O Diretor do SAM reveiouno encontro que ainda estasemana oficiará ao Ministroda Justiça solicitando suple-mentação de verba da' ordemde -401;;.. Afirmou que o au-meiito de 40% previsto na pro-posta orçamentária da Uniãoíoi totalmente absorvido prinelevação do custo de vida, fcvi-do que 30'*ó íoram gastos comodecorrência do aumento r.usestabelecimentos de ensino.Concluiu afirmando que,atualmente a verba do õrgfiòcentral é de CrS 840 milhões,com os quais o SAM man-tém os 18 mil menores abri-gados em todo o Pais. Noano passado, de Uma verba deCrS 600 milhões, somente liuGuanabara íoram gastos, apro-ximadamente Cr*? 300 mllhõeò.

Lopo tomaposse nosecretariado

Com a presença do ex-Pre-sidente Eurico Gaspar Dutra ede vários Deputados Federais eEstaduais, tomou posse ontemno cargo de Secretário semPasta do Estado da Guanabarao ex-Deputado Lopo Coelho.

Falando durante a solenlda-de de posse, o Governador Car-los Lacerda disse que a missãodo Sr. Lopo Coelho será a decoordenar a política do Govêr-no e atender às relações entr»Executivo e Legislativo.

Disse o Governador do Esta-do que o Sr. Lopo Coelho ficaráencarregado de dinamizar asregiões administrativas do Es-tado, a íim dc impedir que aGuanabara seja dividida emMunicípios.

Com a palavra, o Sr. LopoCoelho agradeceu a confiançado Governador Carlos Lacerdae prometeu dar o melhor desi para desempenhar bem amissão. Hoje, deverá tomarposse do cargo de Secretária deServiço Social a ex-DeputadaSandra Cavalcanti.

Amaral dizque ajudaráfluminenses

Niterói (Sucursal) — O Mi- ,nistro para a Reforma Admi-uistrativa, Sr. Amaral Peixoto,prometeu ontem ao PrefeitoSilvio Picanço, de Niterói, queserá "Embaixador do Estado do ,Rio junto ao Governo Federal"e que levará ao Presidente daRepública o programa de rei-vindicaçòes do Governo esta-dual, que prevê auxilio para *construção das novas estaçõesdas frotas; solução definitivapára o Hospital Antônio Pe-dro; recuperação da rede deáguas e esgotos de Niterói, dra-gagem de rios e canais da Cl-dade e ajuda para o Corpo deBombeiros.

Após o seu encontro com oSr. Silvio Picanço, o MinistroAmaral Peixoto íêz uma visitaao Governador Badger Silveira,com quem palestrou durante 20minutos, dando-lhe o apoio doPSD às medidas moralizadorasque vem pondo em prática naadministração do Estado.

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Servidoresi vâo lutar

pelos 70%0 Conselho de Representan-

lis.-,.da Confedcraçfto Nacional..dos Servidores Públicos vai re-unir-se, hoje', às 19 h, na sede

' da .ÜNSP, para traçar novosjjiSjiós da campanha de venci-mentos na bqse minima de70. Jó a partir de janeiro dós-t"è ano, conforme resoluções

Ta provadas na última assem-bléla-geral da classe. Serão,também, discutidas as demais[reivindicações do íunclonalis-mo público federal e autârqul-'co '

O Presidente da* UNSP,, Sr.Carlos Taylor, Informou aoJORNAL DO BRASIL que ain-da esta semana será inlnlaon acam panha financeira para.custear a viagem da comidode'servidores a Brasília, a flm

-de- lutar pelo reajustamento risvencimentos .para civis e mili-.tares. Serão lançados 100 mllbônus no valor" de CrS 70 cadaumi- entre os funcionários de-todos os Ministérios e autar-quias,

Enquanto isso, as entidadescivis continuam aguardandoresposta ao pedido de audièn-cia, no Rio, feito ao Presidenteda República para entrega domemorial contendo todas as rei-vináicações da classe. Os lide-res.flo funcionalismo, entretan-to, estão concentrando suas es-peranças no Congresso Nacio-nal para obtenção da percnnta-gem pleiteada na tabela jaaprovada pela classe, com basena elevação do custo de vida.

Brasileirosganham20 bolsas

DEPUTADO MATOUAGIA CONTRA JOGO

)

POLICIALNO E. DO

QUERIO

Niterói (Sucursal) — ODeputado Sebastião da Cos-ta França matou,, com umarajada de metralhadora, oidentificador da polícia Al-bino Januário Ferreira, quetomou parte numa batidapolicial em boates e antrosde jogatina explorados peloparlamentar em São Joãode Meriti e Caxias.

A blitz policial contra acontravenção foi lideradapelo Delegado Newton Watz,que pouco depois da mortedo seu subordinado resolveupedir demissão do cargo. ODeputado Sebastião da Cos-ta França, que fugiu poucodepois .do tiroteio, já con-íessou a autoria do crime.A CONFISSÃO. ¦

Mau tempo retêm aviãode Juscelino emS. Crus de la Sierra

Santa Cruz de La Sierra (De João Wilney Franco, es-pecial para o JB) — Devido ao mau tempo reinante naCordilheira dos Andes, ficou retido nesta Cidade o aviãoC-54 da FAB que demandava La Paz conduzindo o Sr. Jus-celino Kubitschek, sua esposa e sua filha Márcia, bemcomo, entre outras personalidades brasileiras, o DoputadoJoão Calmon, Dlretor-Geral dos Diários Associados.

Como íol amplamente noticiado, ò ex-Presidente' doBrasil viajava do Rio para a Bolívia, a convite do Presi-dente Victor Paz Estensoro, a íim de debaterem assuntosligados à reformulação da Aliança para o Progresso. Aomesmo tempo, íôra organizado um programa de homena-

Costa França desapareceu -.gem a0 Sr. Juscelino Kubitschek e sua comitiva, progra-no Volkswagen pouco depois ma èsse. que está desde agora sujeito a revisão.

DISTINÇÕES

O Deputado Sebastião da

Mais 20 candidatos brasileirosacabam de ser contempladoscom bôlsas-de-estudos peloPrograma de Bolsas e. Cátedrasda Organização dos EstadosAmericanos.

Iniciado há quatro anos, esseprograma já se apresenta comouma das melhores realizaçõesna OEA no campo da coopera-ção técnica aos Estados Mem-bros.

É-a's2guinte a lista dos con-templados: .

Eliseu Alvares Pujol. Desen-volvimento econômico e plani-f i c a ç ã o do desenvolvimento.

' Instituto de Estudos para oDese nvolvimento Econômico.Nápoles. Itália.

Raul do Rego Lima. Dsseri-volvimento agrícola e reforma,agrária. Instituto Agronômicode Florença. Itália.

Odorico Ferreira dc Sousa.Desenvolvimento agrícola e re-forma agrária. Instituto Agro-nômico cie Florença. Itália."Válter Lima de Almeida-. Re-forma agrária e çploritzSçSõ*.-'Escuela de Ingenierós de Moii-

, tes.. Espanha.Isolda Hora Acioli. Materna-

tica. Universidade de Chicago.!.Estados Unidos.

Mirtes Alonso. Educação.George Pcabody Collcgé. *Ten-nessec. Estados . Unidos.

Abigail Alvarenga. Educação.Universidade de Indiana. Esta- ;dos Unidos. •¦

Antônio Otaviano dn Alva-reiígá Filho. Relações internacionais. C oi ég i o de México.México.

Lúcia Dias Teixeira Bsrites*.Educação de deficientes. Insti-tuto de Audiologia do México.México.

¦Francisco Alcides Germano.Fisica. Universidade de Illinois.Estados Unidos.

' . . *

Antônio S a b i n o CantuáriaGuimarães. Relações interna-

) cionais. Colégio de México.t México.

Rute Mesiano. Artes aplica-das. Escola de Artes* Manuais

i de Penland. Carolina do Norte.Estados Unidos.

José Orcetti Azevedo de Cas-tro Monteiro. Engenharia. Uni-íi-ersidade da Califórnia. Esta-

/dos

Unidos.Célio Augusto,de Morais Jú-

nior. Engenharia. Universida-dei-d*?, Califórnia. Estados Uni-doJ5*fív.

';;•¦

R$té Pereira, Fonistira. Ins-.tltifíjSJ' Mexicano de Audição e

j/Lipgíiagem. México.Síârina Fernández Piíieiro.

Est&^Stica. Centro Interameri-cajjsjíí.de Ensino de Estatística.

(Saritiago. chile.Maria de Lourdes Prolla- Psi-

cologia. Universidade de Tem-pie. Estados Unidos.

• Glaucio Ari Dillon Soares.1 Sociologia. Universidade de

Washington.. Estados Unidos.Lauririda Aparecida Soares.

Medicina. Universidade deFordham. Estados Unidos.

Renato Gompertz Watanabe.Matemática. LandhVs Instituteda Universidade de Illinois. Es-tados Unidos.

de assassinar o Identifica-dor. Ontem, à tarde, pro-curou o Presidente da As-'sembléia Legislativa, em Ni-terói, a quem pediu garan-tias de vida, depois de con-íessar a autoria do crime.

O parlamentar estevetambém no Comando doI Exército, cujos oficiais deserviço não deram maioratenção às suas alegações.

Não sendo atendido peloExército, o parlamentar pro-curou as autoridades poli-ciais do 17.° Distrito, do Es-tado da Guanabara, ondevoltou a confessar o crimee a pedir garantias de vida.COMO FOI

A rixa entre os policiaisda Delegacia de Jogos e DI-versões e o Deputado Sebas-tião da Costa França come-çou na madrugada de sába-do, quando o parlamentartentou evitar que uma tur-ma de policiais, chefiadapelo Delegado Newton Watz,fechasse e depredasse casasde contravenção e boatesque explora em Meriti eCp.xias.

Durante a,blitz, o Delega-do Newton Watz.afirmouque não se renderia diante .de politicos, pois era inde-pendente, ameaçando oDeputado, que, acovardado,escondeu-se no adro de umaigreja de Meriti.

Quando a caravana poli-ciai retornou a Niterói, tes-temúnhas oculares da cena" viram o Sr. Sebastião CostaFrança jurar de morte aequipe que está dando 'com-bate ao jogo por ordem di-reta do Governador BadgerSilveira.RELATÓRIO

Antes mesmo da tomarconhecimento do assassina-to de seu auxiliar, o D.elega-

•do Newton Watz apresen-tava, ontem, à tarde, juntocom um relatório sobre osacontecimentos verificadosna Baixada, o seu pedido de

..exoneração do cargo de ti-tuiar da Delegacia de Jo-gos, que o Secretário deSegurança está disposto aaceitar.

No relatório, o Delegadoacusou o deputado assasi-no de ser o principal expio-rador do jogo e do lenocíniona Baixada Fluminense,atribuindo-lhe também cêr-ca de 10 crimes de morte.

Nos meios politicos flumi-nenses circularam tambémrumores de que o Sr. Her-vai Basílio, descontente comos^úrtimos acontecimentos,estava disposto a solicitarao Governador do Estado nseu pedido de exoneração docargo de Secretário de Se-guranca Pública.

O Sr. Newton Watz — queíoi indicado para o cargo deDelegado de Jogos peloDeputado Bocaiúva Cunha— revelou à imprensa queo Secretário de Segurançxnão estava apoiando a suaação saneadora contra osexploradores de jogos deazar e outras modalidadesde contravenção penal. Eírisou:

— Desprestigiado peloChefe de Policia só me res-tava, como última medida,solicitar exoneração, o queconsidero uma atitude hon-rosa.

DNER estárecuperandoestradas"

Turmas dé engenheiros e tra-•-bllhiidores do DNERVíoram des-tacadas para providenciai- a de-«obstruçlo d» várias rodovias pre-Judlcadas pelas chuvas,.nos íittl-mo» ú.tt, Sio elas a BR-5 (Bio—Vitória), Interrompida em conse-qUêncla do desabamento de umaponte provisória de madeira so-bre o Macacu, entre Magé e Ma-nllha: a BR-31 (Belo Horizonte- -Vitória); BR-50 (Curitiba—Floria,nópolls—Porto Alegre) e BR-39.(Brasília—Acre), onde o trAfegoé precário.

No trecho compreendido entrePorto Alegre—Curitiba, Sâo Pauloe Rio. continua normal o trftlegona BR-59, mas em Santa Cata-rlna a rodovia está obstruída de-Tido As chuvas que. continuamcaindo torrenclalmente, comtransboidamentp de rios.

Em virtude da retenção doaparelho da FAB, em SantaCruz de La Sierra, e não obstan-te o inesperado que o fato cons-tituíu, foi o Sr. JuscelinoKubitschek «Ivo de grandesdistinções por parte do Gover-íiador local, Sr. Max Rodrigues,Diretores da Cia. União Brasil-Bolívia de Petróleo e pelo Côn-sul brasileiro Leônidas Borgesde Oliveira, bem como por par-te da população que acorreu aoaeroporto apresentando boas-vindas ao ex-Presidente e aoDeputado João Calmon.

Prestando ampla assistência

Água voltaao normalem Niterói

Niterói (Sucursal) — O abas-I tecimento de água em Niterói

e São Gonçalo — qué estavaprejudicado cm um quinto des-de terça-feira da semana pas-sacia, em conseqüência ,daschuvas que provocaram a que-da da tubulação nos quilôme-' tros 40 e 41 da Estrada do Con-torno da Guanabara — volta-rá á normalidade logo mais àtarde, quando entrará em car-ga ft.nova linha da adutora dcImunanà.

Desde ontem, carros-pipa doCorpo de Bombeiros fluminen-se e do Governo da Guanaba-ra estão distribuindo água navia pública, para atender àspopulações das Zonas Norte eSul.,- A Superintendência., deÁguas e Esgotos informou queo serviço de normalização do•Abastecimento foi concluído cmteima* .recorde, por ter sidoaproveitada a p a s s a g e m deuma adutora antiga que hãtempos não era utilizada.

á família Kubitschek e aoDeputado João Calmon, estáem Santa Cruz também o Em-baixador da Bolívia rio Rio, Sr.Renán Castrillo Justiniano.

Desde que as condições at-mosfericas melhorem, os vl3i-tantes seguirão, hoje pela ma-nhã, para La Paz, onde o Sr.Kubitschek se avistará com oPresidente ,da Bolívia e Minis-tros, almoçará na Embaixadabrasileira e será recepcionado,à noite, no Palácio de Governo.

Caso as condições atmosféri-cas persistam, o Si-. JuscelinoKubitschek poderá regressar deSanta, Cruz de ia Sierra parao Brasil. .

Países atrasados precisamoptar entre economia mistae livre empresa, diz a ONU

Genebra (Do Correspondente) — Ao ílnal de sua pri-meira semana de trabalhos, a Conferência das Nações Uni-das sobre Aplicação da Ciência e da Tecnologia em Bene-íício dos Países Menos Desenvolvidos decidiu, pela maio-ria de seus membros, fixar que os "países em desenvolvi-mento têm que escolher, na prática, entre a industriall-zação com uma economia predominantemente de livre ini-ciativa e a industrialização baseada num sistema de eco-nomia mista".

Assinalou, por sua vez, o representante dos EstadosUnidos e Vice-Presidente da Conferência, Sr. Jonathan B.Bingham, que nem o modelo "capitalista" nem o modelo"socialista" existem em qualquer parte do mundo, em íor-ma pura, inalterada.RECURSOS NATURAIS '

Durante a sessão ein que sefocalizou a questão dos recur-sos naturais e' os problemascorrelatós de cultivo de plan-tãs è híelliórla das espécies ve-getals, ò doutor M. Theilebeln,secretário científico da Confe-rincia, afirmou que mesmo semlançar mão dc métodos não-convencionais Ccomo as radia-ções ou a utilização da energiaatômica), a criação de plantase espécies vegetais melhoradaspor si só contribuiria para du-plicar ou mesmo triplicar aquantidade de alimentos à dis-posição da humanidade.

Mais esperançoso ainda, oacadêmico E. K. Fedorov, daUnião Soviética e vice-presi-dente da Conferência, manifes-tou a convicção de que, se pie-namente mobilizados, os recur-sos ao dispor da humanidadepoderiam bastar para corres-ponder àquilo a que em geralse refere como "explosão dé-.mográfica".

Segundo o prof. Fedorov, nãohá razão para os povos "teme-rem" essa rápida expansão dapopulação do mundo, prevendoque, dentro de uma década,mais ou menos, as matérias-pri-mas dos outros planetas pode-riam já estar à disposição pararepor os recursos ameaçados deesgotamento na Terra.

Durante a quarta sessão ge-ral, dedicada ao assunto dosRecursos Humanos, o Sr. DavidA. Morse, dlretor-geral da Or-ganização Internacional doTrabalho, manifestou o receiode que os paises subdesenvolvi-dos percam a oportunidade querepresentam as descobertas ci-entificas e os adiantamentostecnológicos porque a mão-de-obra de seus paises não dispõede gente capaz de aplicar e em-pregar tais conhecimentos aíavor da solução dos problemasde seus próprios paises.

Em outras palavras, disse oSr. David Morse que não bas-ta possuir recursos naturais ou

dispor de capital para Investi-mentos; "um pais em desen-volvimento precisa da. mesma'forma de homens com as habi--litações capazes de tqrtiar essesmeios produtivos". .-./:'.

Vários oradores iná, tlfâm emque a educação técnica/'fios pai-,ses em. desenvolvimento deveter um duplo propósito:, pri-*.meiro, treinar os • homens ,ne-!cessáriòs à, maquinaria produ-tiva do Estado e, èm segundolugari educar a* gente para tor-riá-la capaz dé assinalar téçni-

, cas mais adiantadas, è mesmo jintroduzir inovações, e inventar jtécnicas novas. ,

Frisou então o padre Clement'Mertens, delegado da Santa Sé,!que a expressão "recursos hu-!manos" não deve deixar esque-.:•cer'-se que o ser humano "nãoé só um meio, como os instru- jmentos e

' ás hiatérias-prlmas, |mas é em si'mesmo o constru-|

tor e a própria finalidade de'progresso econômico".

Ao focalizar, posteriormente,!' o tema da Organização ao Pia-nejamento e à Programação doDesenvolvimento Econômico, oSr. Philippe.de Seynes, Subse-cretário do j Departamento deAssuntos Econômicos e Sociaisda ONU, acentuou que o plane-jamento econômico-se relaclo-na com cà 1 cillos muitíssimocomplicados, que têm de levarem conta recursos, pessoal, di-íicuidades e uma série de ou-tros fatores. . ,

'"Não surpreende', pois, — fri-

sou o Sr. Seynes — que coínpu-tadores eletrônicos estejam sen-do empregados com crescentefreqüência para calcular a cons-telação mais favorável dessesíatôres e dos componentes hu-manos a serviço de um plane-Jamento eficiente. Eles jâ estãosendo usados até mesmo em al-guns dos países em vias de de-senvolvimento. Sua íunção ésimplesmente a de prepararplanos que possam servir dealternativas, caso íatôrès ines-perados venham a conturbar a jestimativas dos planos orlglnais".

VIOLÊNCIAS

Pontes ligadas ao Paláciodo Ingá informaram que oGovernador Badger Silveiranão apoia a atuação do De-legado Newton Watz, consi-derado um homem arbitra-rio e violento, que não medea extensão de seus atos.

Acrescentaram que a or-dem do Governo de combateao jogo e a todas as moda-lidades de contravençõesnão incluía os métodos vio-lentos que o Sr. NewtonWatz usou para fechar asboates* e os antros de joga-tina que funcionavam nasCidades oa Baixada Flumi-nense.

O Deputado Sebastião daCosta França, embora tenhaconfessado o assassinato doidentificador Albino Januá-rio de Oliveira, dificilmenteresponderá pelo crime, pol:;a Assembléia L e g i s 1 a 11-va nunca deu licença paraque seus integrantes íòssemprocessados.

Cotonicultores solicitamliberação da exportaçãoe o reajuste dos preços

São Pauto (Sucursal) — Após a reunião na SociedadeRural Brasileira, as fcomissões paulista e paranaense decotonicultores decidiram enviar memorial ao Presidenteda República pedindo o reajustamento do preço mínimopara a zona meridional do Pais à base de Cr$ 1 800 porarroba, liberação total da exportação, facilidades e am-pliação de financiamentos, reajuste do valor dos contratosde penhor agrícola.

A produção algodóeira deste ano deverá superar demuito o consumo interno — daí o pedido de liberação ,tortal da exportação, o que traria o estabelecimento de con-corréncia entre os mercados interno e externo, com a con-seqüente vantagem de garantia do mercado de preços aoprodutor. Além disso, a liberação da exportação em íeve-reiro possibilitaria o estabelecimento das linhas de créditodos exportadores, a fim de resolver o problema de nume-rário para as compras.PENHOR

Quanto ao reajuste do valordos contratos de penhor nr.rl-cola, afirmam os cotoniculto-res que as bases atualmenteem vigor estão desatualizadasem virtude da elevação geraldos custos de produção.

Ante a falta dc recursos pa-ra o atendimento de despesasiminentes da colheita, e paraprevenir agitação social que

N

vem ocorrendo em diversas -zo-nas algodoeiras — como grevesc outras manifestações de.trabalhadores rurais — reco-menda o memorial a suple-mentação imediata dos finan-ciamentos, com a concessão deum adicional de Cr$ 250 porarroba

Por fim, os coritónicüitóíéspedem a instalação urgente tioConselho Nacional do Algodão.

Professoresesperam atésexta4eira

O Sindicato dos Professoresdo Ensino Secundário e^Pri-mário da Guanabara aguarda- 'rá até a próxima sexta-feira aresposta patronal às suas rei-vindlcções salariais, dtaem que-cs proprietários de colégios têmmarcada assembléia-geral, naqual decidirão se atendem ounão á solicitação de aumentodos mestres. •

O Presideste.do Sindicato dosProfessores, Sr. Hélio Marques,afirmou ontem que "a classepermanecerá firme" em suasreivindicações salariais: 85% a

.partir de 1.° de março, minimode CrS 320 ¦ por aula para o 'curso primário e CrS 480 parao secundário.

USG* examinadecretode licenças

A Diretoria da União dosServidores da Guanabara* vaireunir-se ainda está semanapara examinar o decreto doGovernador Carlos Lacerda,através do qual as licenças' aos servidores do Estado, pormotivo de doença somente se-rão autorizadas pelos Secre-tários de Estado ou, por de-legação especifica destes, pelasautoridades de Departamentos,Regiões Administrativas, e nãopelos médicos.

O Diretor de Divulgação daUSG, Sr. Luís Alfredo Pira-gibe, informou ao JORNALDO BRASIL que o decreto se-rá examinado e discutido lo-go que seja publicado nò Dlá-rio Oficial do Estado. Só en-tão, a entidade se pronuncia-rá a respeito. Acrescentou que,embora reconheça que talmedida vai acabar com certosabusos nas concessões de . 11-cenças, apresenta, por outro la-do, aspectos perigosos, tais co-mo perseguições e exigênciaspor parte de chefes de seção.

Manguinhosjá preparasua defesa

A Diretoria, da RefinsrlA tleMan-guinhos Informou ontem 1*ter recebido o termo dr autua-çKo do Conselho Nacional do Pe-tróleo, acrescentando que pre-tendo apresentar sua defesa den-tro do prazo legal de 30 dias.

Os técnicos da Refinaria Já Int-ciaram a coleta ds dados qu*comporío n defesa, atravíà- d*qual a empresa* pretenderá, pro-vnr que nlo estava, fabricandogasolina abaixo das especificações:exigidas pelo Conselho Nacionaldo Petróleo,

Todos os diasO JORNALDO BRASILINFORMA •$Oloi úteis: ás' 7h55m • 12ti30m •llli55m • Domingos: is 12h30m <

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12 — í.° Cad., Jornal do Brasil, 3.R-fcira, 12-2-03

AGENDA JB RODOVIAS PAN-AMERICANAS

PAGAMENTOA Secretaria de Finanças paga hoje os servidores Inte-

-granUs do lote 9; amanhã, os do lote 10,

HISTÓRIA DO RIOnumsnlos, tudo, cnfmi, quetenha ligação com a História,do Rio. Os interessados po-dem inscrever-se alé o dia 28,na Rua Senador Dantas, 20,r:\las «01107, informações pelotelefone 22-fiOGS.

GEÓGRAFOS

O Curso dc Aspectos Histó-ricos c Pitorescos da Cidadedo Rio de Janeiro iniciará emmarço siias atividades, comaulas práticas aos sábados, à.tarde, visitando locais histó-ricos, museus, igreja., uniria-des militares, logradouros, mn-

A Seção Regional dá .Associação dos Geógrafos Brasileirosinaugura dia 15 um curso de introdução ã Geografia, tio Brasil,no IBGE, Avenida Franklin Roosevelt, 166, 9." lindar. Serãodistribuídos certificados aos que comparecerem regularmenteãs aulas. Inscrições na Av. Beira-Mar, 436, 7." andar, ou p:lotelefone 42-7733.

PRÊMIO ADAGA 1963J£ A Sociedade Brasileira daOftalmologia do Rio de Ja-neiro abriu inscrições ale di:i31, para o Prêmio Adaga cieOítalm ologia de 1963, dssfj-nado a trabalhos inéditos tlemédicos oftalnioiogistas, sô.bivs;

ou decorrentes dc pesquisascientíficas ou observações c:.-nicas da especialidade. Na st'-de da SBO, Rua México, lll;-sala 1.407, s3n dadas infor-..vicücs aos interessados.

. - ^%^-m-m>> _»*_.-wMmÊ\MÊ_w_wm_m wmw_mÈ_mmrWÈ_WÊÊÊ_tÊ_MMWÊÊ_WÊÊÊÊ_t:ffli t*J_My .MÊÊÊÊBKl^^flH l«K BE _mmt ™ Mt.IjI f _U B i;iH Mor ' mm_^_mm&irm* .H Kii^i^BÍIiKI|:'Vn Ma ¦!) ¦ fl ¦19 l_mM H ::< i_a Hs :;-"-fl H^HI^W5'*''*¦ m^_mà 1 uni BII^ l^ll IV Kl Hil&;::l I r 4 #"i

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mI Bk'*S B rw» hH ™VM fliBi B fl T fl-tB ^fc_B

O Ministro da Viação instala a reunião pán-americana sôbrt rodovia»

lNAVIOS ESPERADOS

Estão sendo esperados hoje: Andréa C, italiano (passagei-ro); Tritone, Shoncy Maru, Horhcrò, Trcci MaJ c Estréia, doNorte; Rio Iguazu; Alnitak. Lúide Ar;,e:ilina, Lia, Virgínia,Vidaland e Cabo Orangc, do Sul.

ELETRÔNICAO Centro Rrasileiro de Tes-

quisas Fisicas comunica queas inscrições para o Curso doEletrônica, estarão abertas en-tre os dias 1 e 8 de marco. A

prova ri. seleção será reali .a-t'.i no dia 11 ria março, rs5h30m, nn side do CenlroAvenida Venceslau Brás, 71,fundos;

PROFESSORES: IEOs professores das Escolas Normais e do Instituto de Edu-

cação estão sendo convocados para fiscalizar as provas deCiências que s:i'ão realizadas.amanhã, às 15 h no IE. Os íís-cais deverão chegar com uma hora de antecedência.

mur ares

Promotor faz busca na casado Inspetor Alcino e achamais 50 armas da Polícia

Cerca de 50 revólveres,' pistolas e garruchas, além degrande quantidade de punhais, facões, sabres e navalhas,um rifle calibre 44 e várias pastas contendo documentos— íoram apreendidos; ontem, pelo Promotor Paulo SalesGuerra, em diligência no' apartamento dò inspetor AlcinoPinto Imunes, ex-Chefe dcTServiço de Repressão ã Mendi-canela.

O inspetor Alcino, que acompanhou a diligência, afir-mou que as armas pertencem à Delegacia de Policia Po-litica e Social e íoram parte do lote antes encontrado emseu sitio, em J^agé, e que íoram transportadas para suaresidência, na Rua,Machado de Assis, 39, ap. 906, por seuíilho Juarez Nunes e sua esposa, D. Alzira, após a denún-cia de irregularidades no SRM, no dia 27 de janeiro úl-timo. ,

r» r V Estradas do Brasil iáFrqiessoras vreconduzidas ligam vizinhos, diz

o Ministro da Viação

Um curso (lp au.rfciçoa-mento de militares lem suas

ln"eriçõ ,s abertas na AvenidaGraça Aranha, 81, 1_.° andar.

CARICATURAO caricaturista Mendez inaugura dia 15, às 21 h, na Chur-

rascaria Gaúcha sua exposição de pintura e caricatura.

PATRULHA ylÉREA CIVILA Palriilba Aérea Civil está

recrutando eleiricní.s parisua. organização e os iriteres-sados poderão obter informa-

çüís no Serviço de UtilidadePública da Rádio JORNALDO K1IASIL, diariamente,das 7h às-20h.

DIFTERIA E TÉTANOA Secretaria de Saúde começa hoje a vacinação contra a

diíteria e o tcta,no, nas crianças de 4 meses a 6 anos. A imu-nização irá até o dia 22 nos dezesseis Distrito Sanitários doEstado e mais os seguintes postos que funcionarão das 8 às17 horas: Rua Rivadávia Correia, 188 (Gamboa), Praça. Con-dessa de Frontin, 52 (Rio Comprido), Rua Constante Jardim,

.'8 (Santa Teresa), Rua Jardim Botânico,-187 (Jardim Botâni-co), Rua Boa Vista, 190 (Alto da Boa Vista), Rua Teodoro daSilva, 560 (Vila Isabel), Rua Vitor Meireles, 63 (Riíi.chuelo),Rua Guilhermina, 34 (Encantado), Rua Bicuíba, 181 (EngenhoNovo), Rua Emílio de Meneses, 230 (Piedade), Rua LopssMoura, 46 (Santa Cruz) e Estrada da Cacuia, 745 (Ilha doGovernador).

A PORTUGUESAS^ COMANDAContemplados no sorteio realizado dia 10, na Cidade-Estádio

na Ilha do Governador.1.» PRÊMIO:Uma geladeira ou Televisor, que coube ao Sr. Cazemiro

Mathias Raposo. Rua Drumont, 62 — Olaria, possuidor do titu-lo-patrimonial n.° 777.

2." PRÊMIO:O felizardo, Sr. Ubirajara Moreira da Costa. Av. Rodrigues

Alves. 1 — Centro, teve o seu título-patrimonial n.° 77, totalmentequitado.

A. A. PORTUGUESARUA ÁLVARO ALVIM, 24 — 3." ANDAR

(P

ÁLIBI DE ALCINO -/

Após a arrecadação das ar-mas e documentos, que sa cn-contravam dentro de duas ma-las de viagem e uma maleta,o Delegado Ariosto Fontanainterrogou o cx-Chefe do SRM,tendo êste afirmado que as ar-mas estavam cm sau poder,apenas por não ter conseguidoentregá-las ao dctactlve Adair-ton, que responde pela Seçãode Explosivos da DPPS.

Adiantou o Inspetor Alcinoque, ao deixar a Seção.de Ex-plosivos, onde trabalhou por ai-gum tempo, procurou o detèc-

¦tive Adaírton para avisá-lo deque estava de posse de grandequantidade de armas do DPPSe que desejava devolvê-las.

— Entretanto — acrescen-tou — o Delegado. Cecil Borerhá pouco havia assumido seuposto e, aísim, ô dotectiveAdaírton pediu-me -,que conti-nua.se comas armas em casa,até que. arranjassem um localpara colocá-las. • Era, exata-mente isto, que eu estava fa-zendo. Quanto ao fato de meuíilho ter ido ao sitio buscar asarmas, creio que desejava, apernas, levá-las para lugar" maisseguro.

SÉRGIO ACUSA

O Deputado Sérgio Maga-ihães, em nota distribuída on-tam aos jornais, acusa, o Go-vernador Carlos Lacerda de séro responsável pelos assassina- •tos de mendigos no Rio daGuarda.

Afirma o parlamentar que oGoverna.dor'tirou os InspetoresCecil Borer e Alcino PintoNunes do ostracismo, nomean-do-os para cargos de si'a .in-teira confiança, apesar de co-

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HAMM-

.0 MELHOR SERVIÇO J

nhecer o passado de ambos. ODeputado pede à ComissãoParlamentar de Inquérito, queapura os crimes <lo Rio daGuarda, que exija o afasta-mento imediato e a prisão doSr. Cecil Borer.

FONSECA DEFENDE

Por sua vez, o DeputadoAmando tía Fonseca, afirmouque o Inspetor Alcino Nunes,desde que colocado sob a pro-teção da Assembléia Legislati-va, se encontra na disposiçãoc'.e revelar publicamente dequem partiam as ordens supe-r,.orcs para deportação de men-digos aprisionados pela Poli-,.cia da Guanabara. Acrescentouque o Inspetor Alcino possuiuma lista completa de todos osmendigos deportados para íora.do Rio.

Hoje, às 14 h 30 m, instala-' se oficialmente na Assembléiaa Comissão Parlamentar- cíéln-quérítò' que' vai investigar '¦ odesaparecimento da pedintes.A . sessão de. instalação sarapresidida pelo Deputado SinvalSampaio-e-tara como membros

Vos Deputados lb Teixeira (quepediu a, cohstituiç.-o da CPI);-Nina. Ribèiío e Célio Borja,;,' pela- UDN; Nelson Jcsé Salirh,ièlo PST; Jcsé Bonifácio, peloPSD, e que provavelmente sar;.eleito presidente; e cs Srs. P„u-bem Cardoso, Everardo Ma?-?-Ihães e Paulo Duque, pal-spartides pequenos .PSP, PDC:e PR).

O Deputado Amando daFohsaca, a iii 1 g o' do InspetorNunes, tentou a todo custo ...rincluído entre cs mambres daCPI. mas não conseguiu.

Já o Deputado lb Teixeiraafirmou que vai "responsabil*-zar pr.rticularmente'o ex-Chefeca Polícia, Sr.- Newton Mar-quês Cruz, como um dos prin-cipais responsáveis por tudominto p.ontaccu, devido àsua umissão". '

GRÁFICA ESCLARECE

A Gráfica Editora Leal Ltda.{."-trlbiiiu nota ontem a pro-pósito de notícia veiculada porum jornal, segundo a qualaquela organização havia sidoinvadida e pressionada pela Po-licia a fim de que não impri-mis.e um folheto intitulado Omala-mendigos.' Diz a nota,: que é assinadapaio Sr. Alfredo Leal Santos,diretor da Gráfica:

"A" Gráfica Editora LealLtda. náo sofreu nenhuma in-v..si_o policial; se tal fato hou-vesse ocorrido, a opinião pú-blica teria conhecimei-to atra-vés de nota oficial e medidasjudiciais que esta ou qualqueroutra empresa comercial natu-ralmente tomaria.

A referida nota, certamentefruto de informação errônea «irresponsável' prestada ao ór-gão que a divulgou, carece datotal fundamento. Esta gráficanão recebeu nenhuma enco-menda de impressão do men-clonado folheto, só tomandoconhecimento do assunto atra-vés da nota citada."

MAIS UM

O alcagüete Níltcn Gonçal-ves dos Santos confessou ontemmais um assassinato ao Dele-gado Ariosto Fontana: o domendi°o Djalma. Contou queDjalma era epilético e andavasempre embriagado, gritando exlnsando todo mundo. Estavano xadrez do SRM e apanhoumulto de p?.u a fim de calar.Teimou'. Por isso voltou a serc .psneado. morrendo dois diasdepois.

Secundo a Polícia ainda íal-tr,n sar localizados seis corposde mendigos assassinados, nú-mero que Ceva o total de víti-mas para 10.

Quanto à condenação dosacusados por essas morta., dis-se o Promotor Fabiano de Bar-ros Franco -que nenhum dosráüs deverá cumprir pena su-perior a 30 anos. embora pos-sam ser condenados a 600 anosde prisão.

a sua origemNiterói (Sucursal) — O

Diário Oficial de ontem pu- .blicou decreto assinado peloGovernador Badfeer Silveira,anulando a remoção de cercade 400 professoras do ensinoprimário do Estado, autoriza-cia pelo Governo do Sr. Carva-lho Jánotti, durante- o ano le-tivo passado (de junho a de-zembro de 1962).

O decreto determina que asprofessoras reiniciem o próxi-' mo ano letivo em suas esco-las de origem. A maioria dasprofessoras íoi transferida porinjunções políticas, em plenoano letivo, provocou o fecha-mento de mais de 50 escolascm todo o Estado e fèz comque mais de cinco mil criançasperdessem o ano.EXCESSO EM NITERÓI

Em conseqüência das trans-Jeréncias autorizadas pelo Sr.Carvalho Janotti, os Munici-pios de An?ra dos Reis, Man-garatiba c Parati ficaram qua-se que completamente sem cs-cola, durante o segundo sé-mestre do ano passado.

Enquanto isso, em Niterói,havia excesso de professoras,oferecendo . a média de umapara cada grupo de 11 alunos.

Humphrey vêbem aeòrdocom a IT&T

Washington (AP-JB) — OSenador Hubert Humphrey íe-licitou ontem o Brasil è a. IT& T pela íorma convque resol-ver am a disputa sobre a con-íiscação das propriedades daempresa naquele País.

. Segundo o Senador, a negati-va, .pelos Estados Unidos, deajuda aos países que se. apode-ram de propriedades norte-p.mericarias sem pagar, indeni-zação justa ajudará cm muitoo programa de ajuda áo ex-terior.'Esta cláusula — írisou o Se-'nador democrata pelo Estado.deMinnesota — tornou-se neces-sária devido ao., "descuidadoabandono que prevalecia em ai-guns países a respeito da ex-propriãção de bens.norte-ame-ricanos". O Ceilão perdeu direi-to ã ajuda por esse motivo. .

Ao instalar ontem a II Reunião da Comissão Técnicade Planejamento dos Congressos Pan-Americanos de Es-tradas de Rodagem, o Ministro da Viação, Sr. Hélio deAlmeida, disse que já se alcança do Brasil, cm condiçõessatisfatórias, o sistema rodoviário de Interesse pan-amè-ricano, nas fronteiras do Uruguai e da Argentina.

— O primeiro trecho da Rodovia .Transversal Pan-Aií-cricana, que ligará o Rio a Assunção, Laz Paz e Linia,está sendo atacado intensamente entre Curitiba e Foz doIguaçu. 'O trecho Curitiba—Ponta' Grossa já está, pavi-montado — informou o Ministro Hélio de Almeida aosdelegados estrangeiros. A reunião se prolongará até o,dia 16.

Badgerderrubamarajás

Niterói (Sucursal) — O Gò-vernador Badger Silveira assi-hou decreto ontem à noite exo-nerando do Estado, ou fazendo¦voltar às suas funções antigas,79 funcionários consideradosviarajás e que íoram nomeadospaios «x-Govérnadores CelsoPeçanha e Carvalho Janotti,com vencimentos superiores a200 mil cruzeiros mensais-

Cerca de 40 funcionários ío-ram demitidos e o restante vol-tou às suas funções anterioresde simples funcionários, comoo caso da Sra- Ilka Peçanha, queíoi rebaixada de ConsultoraTécnica de Educação para afunção de professora primária,que ocupa há mais de dez anes.

O Governador justificou odecreto afirmando que os no-meados abusaram do poder pa-ra conseguir cargos altamenteremunerados e desnecessáriosao serviço público.

CONTRIBUIÇÃO

Ainda sobre a contribuiçãobrasileira ao setor rodoviáriopan-americano, o Ministro daViação salientou a construção,no Noroeste do Brasil, da ro-clovia ER--29; através da selvaamazônica, ligando Brasília a ¦Lima. A estrada já pode serutilizada numa extensão de1 776 km, de Cuiabá a PortoVelho, e já foram concluídosos estudos preliminares da li-gação de Rio Branco á, fron- ,teira do Peru.

Para o estabelecimento desua ligação com a Bolivia, vi-sando unir Brasilia a La Paz,

•já foi entregue ao tráfego arodovia BR—30, de Cuiabá aCâccres, de onde será feita aligação até San Matias, nafronteira, daií alcançando San-ta Cruz e La Paz, pela rodo-via boliviana n.° 30 — infor-mou o Sr. Hélio de Almeida. ,.

O Ministro destacou ós-es,tu-dos preliminares para a lka-ção rodoviária Manavís-Càra-carai-Boa Vista e Santa Hele-

, na,' na fronteira' Brasll-Vene- .zuela, e informou que no nôyòPlano Rodoviário Nacional es-tá prevista a ligação com a Co-lômbia; partindo de .Caracaraí.em direção a Mitu, "bem comoas demais rodovias de interesse"continental na região amazònl-ca, 'recomendadas pelo. VHÍCongresso Pan-Americano deEstradas de Rodagem."

: setor interno;No setor "Interno —. in-V

formou o Sr. Hélio de Almeida— o Plano Rodoviário Naciò-nal, em vigor, apresenta umaextensão de 79 021 km, dosquais cerca de 40 mil estãoconstruídos, com 20 mil km jápavimentados. Demonstra as-sim nosso País todo o inte-resse na execução de seu siste-ma rodoviário, a Íim de aten-der às transformações estrutu-rais de sua economia.

Informou que no sau proçra-ma para êste ano "o Brasil dis-penderá, em obras de conser-vação, construção e pavimenta-ção de estradas, cifra corres-pondente a CrS 148 056 705 100,00, ou sejam,USS 311 696 221,12 — cifra essacusteada pelo Fundo Rodovia-rio Nacional, no montante deCrS 40 494 000 000,00 em obras

¦ íederais, CrS 60 740 000 000,00em obras dos Estados e Muni-cípios, contando ainda com do-tações previstas no Orçamentoda União, para melhoramentoe construção de estradas de ro-dàgéiri. e créditos específicospata determinadas rodovias.

A Comissão discutirá, entreoutras coisas, a concessão de fa-cílidades ao trânsito interna-cional automotor, pelas rocio-vias que integram o. SistemaP a n-Americano. o desenvolvi-mento rodoviário na Aliançapara o Progresso e normas te»;-nicas uniformes para o traçadode vias urbanas..

Até o dia 16, a Comissão se

IAP ETCGabinete da Presidência

Serviço de Divulgação

Aparelhos de ar condicionadoChamamos a atenção dos interessados para

o Edital de Concorrência Pública n.° 5/63, re-lativo à aquisição de APARELHOS DE AR CON-DICIONADO, publicado no "Diário Oficial"do Estado da Guanabara, Seção I, Parte I, fls.2023, de 31 de janeiro do corrente ano, deacordo com as determinações do diretor daDivisão do Material.

Abertura: dia 19/2/63, às 16 horas, naAv. Graça Aranha, 35, sobreloja.

ÂNGELO RAIMUNDO

reunirá,.diariamente, duas vê-zes. Fora dos trabalhos, rece-berá um coquetel amanhã, às19 horas; um jantar na sexta-íeira, às 20 horas, oferecido pe.lo Ministro da Viação. No sâ-bado, os congressistas farãouma excursão a Brasília.

Os trabalhos, da Com i s s ã oobedecerão ao.scguite temário:

1) O desenvolvimento roao-viário na Aliança para o Piu-gic-Sd; 2) Sistema Rodoviári.Pan-Americano: estado aetransitabilidade e progresso.re-gistrado na construção dos tre-chos inacabados da RodoviaiPan-Americana; 3) Concessãode facilidades ao trânsito- iu-ternacional- automotoiv

"p e 1 a 3

¦rodovias que integram o Sistu-ma Pan-Americano; 4) A pru-

. gi-amação das rodovias comoinsh'umento para o desenvolvi-mento econômico e social oospaíses americanos: incorpora-ção de regiõessubdesenvolvidas;5) Instalação 'dá Subcomissão

da Rodovia Transversal; Pan-Americana .'ná, America do Sul(Rio de Janeiro, Assunção, LaFaz, Lima); 6) Ponte Interna-cional sobre o Rio Uruguai; 7>Preparação dc mapas, informa-ções e estatísticas, sobre o* Sis-tema Rodoviário Pan-America-no; 8) Especificações de cará-ter. uniforme para os estudosde rodovias;. 9) Especificaçõese normas para a elaboração dóprojeto"e execução, di," construição. pavimentação e conserva-

, ç..o das rodovias e pontes; pro-' jcío de, normas'míhim'as; 10)

¦ Coleta de dados para a progra-• mação de trabalhos de- conse1'-vação, melhoramento e recons-trução de estradas; li) NormasTécnicas, uniformes para'o tra-çado de vias urbanas; 12) Uni-formidada na sinalização rode-viária; sinal de identificaçãodas rodovias que integram oSistema Rodoviário Pan-Ame-

ricano; 13) Numeração das ro-dovias; problemas relacionadoscom a determinação do Km 0;14) Elaboração de trabalhos eproposições que poderiam serapresentadas à consideração doIX Congresso Pan-Americanode Estradas de Rodagem; estu-üo e aprovação do relatório sô-b;e os trabalhos da Comissão;e, 15) Preparação e aprovaçãodo R-latório da Comissão.

Lacerda dáTelefônica àGuanabara

O Governador Carlos Lacer-cU, anunciou, ontem à noite,Ciiraníe um programa de te-levisão, que nomeara comissãocsstinada a organizar a Com-panhia Telefônica da Guana-bara, obedecendo a um dos ar-ticos da lei da Reforma Admi-nistrativa. . , ,

— Colocaremos telefones emparte tíe Jacarepaguá, cm San-ta Cruz, eni Campo Grande enas Ilhas do Governador e Pa-quetá, áreas do Estado que es-tão íora da intervenção federalna Companhia Telefônica Bra-sileira, afirmou o Sr CarlosLacerda.

O Governador, inicialmente,analisou a resposta do GeneralAlbino Silva sobre a proibiçãode venda de arroz do Mara-nhão, na Guanabara.

¦ E encerrou o programa exi-bindo uma fotografia do ex-Presidente Juscelino Kubitschekao lado do Inspetor AlcinoNunes' e dò guarda-civil JoséMota (Tranca-Rua),' ambosagora processados como mata-mendigo.

Juscelinoé candidato *'à ONU, diz .•"Newsweek"

Nova Iorque (AP-JB) — Arevista Newsweek informa que'o Brasil projeta nomear o ex-Presidente Juscelino Kublts-chek para chefe de sua delega-ção às Nações Unidas, com oíim de fazè-lo Presidente daAssemblcia-Geral.

A revista diz que já se ini-ri aram os movimentos parabuscar um substituto ao senhorZafrulla Khan, do Paquistão,que íoi o Presidente da Assem-bléia passada. De ccníormida-de com o sistema de rodíziogeográfico, um latino-america»no deve ser eleito para o Posto.

"Os Estados Unidos — diz arevista — estão colocando oseu peso a favor do Sr. CarlosSosa Rodriguez, da Venezuela.Agora, o Brasil responde comum dos seus próprios nomes, oex-Presidente Juscelino Kubi-tschek. Para colocar Kublts-chek no cenário dos acontecl-mentos, o Brasil espera nomeá-lo chefe de sua delegação anteàs Nações Unidas e trazê-lo aNova Iorque no próximo mês."

Governadorreúne seusSecretários

O. Sr. Carlos Lacerda esteveontem pela manhã, duranteduas heras, reunido com o seusecretariado e mais os Admi-nistradores Regionais, dlscutin-do diversos assuntos, inclusiveandamento de obras em diver-sos pontos do Estadc.

Durante a reunião, ficouacertado que as Regiões Ad-ministratlvas — cujo nome nãoconsta da Lei de Reforma Ad-ministrativa — passarão a de-nominar-se Conselhos Admi-nistrativos. Já como órgãos ofi- |ciais e náo cm caráter de ex- Lperiència como vinham fun- Vciomndo desde há algumtempo.

il

Normas parasangue saemquinta-feira '

A regulamentação dos Ban-cos de Sangue estará conclui-da na quinta-íeira, quando oSecretário de Saúde, Sr. Rai- '

mundo de Brito, a entregaráao Governador do Estado.

A regulamentação, que visaestabelecer as normas para acoleta de sangue, está sendoanalisada pelo Secretário deSaúde, que acrescentará aparte técnica.

Sorteio decasa paradomésticas

Será sorteada, hoje, mais limacasa entre as empregadas do-mestiças registradas no Insti-tuto Félix Pacheco, pela Lotç-ria do Estado da Guanabara.O sorteio, inteiramente gratui-tb, será levado a eíeitó na RuaSete de Setembro, 170, às 21aioras, podendo comparecer to-dos os interessados.

As casas sorteadas pela Lo-teria da Guanabara estarão lo-calizadas em conjunto residen-ciai que está sendo construídopela Fundação Leão XIII, emRealengo.

_**.

V-

AVISOS RELIGIOSOS

Ao Glorioso São \,Judas Tadeu

de joelhos, agradeço asinúmeras graças alcan-çadas — Hebe.

GRAÇA ALCANÇADAvSagrado Coração de Jesui —N. S> da Conceição — N. S.*de Fátima — N. S.» do Sagra-do Coração — N. S.» da Espe-rança — Sta. Rita de Cássia.— Sta. Teresinha do MeriiiioJesus — Santa Bárbara —

Santa Edwiges .Agradece MARTA LUIZA

FERRO. v.~GRACA ALCANÇADA

Senhor dos Aflitos — Frei Fa-biano de Cristo — São Judô.Tadeu — São Pedro — SãoCosme e Daigião -.-_Santo An-

tônio -Agradece

FERRO.

São Geraldo VMARIA LUIZA

Vidal deAlencar Filho

+ Vidal de Alencar e íamí-lia agradecem as mani-íestações de pesar pelo

falecimento de VIDALZINHO,.e convidam parentes e amigos'para a missa de 7.° dia, ama-nhã, dia 13, às 8,30 horas, nacapelinha, na Rua Marques deAbrantes, 215.

Chefe do, S.D. (P

AVELINO FERNANDESFALECIMENTO

Esposa, Lucinda Fernandes e filhosWaldir Fernandes, Vera Fernandes,Walter Fernandes, e noras, genro,netos e cunhado, convidam os amigos

para o enterro que sairá da Capela Real Gran-deza às 17 horas, hoje (093

_.'.-.:... a .... ;¦.-",„.-¦ ' Jornal do Brasil, 3.**-feira, 12-2-63, 1.° Cad. — 13

Barbosinha pbocubando a perfeição

pode«r—r. J°garcontra o Flu

iO zagueiro Barbosinha deve-

rá Jogar, amanhã, contra oFluminense, uma vez que on-tém examinou o pé contundidoe não

~íõí "constatado derrameou inçhação.

. Barbosinha deverá, inclusive,esperar seus companheiros, quechegam .hoje, e se concentrará,com eles no Hotel Novo Mundoaté a hora do Jogo. A presençade Barbosinha no Jogo de s&-liado, contra o Santos, é certa.

Hoje, pela manhã, Eli doAmparo' vai preparar ps joga-dores sob seus cuidados, parao caso de Jorge Vieira necessi-tar de, algum deles para o jogode amanhã. Devido ao número

' de contundidos, espera-se queJorge Vieira convoque, dois oumais aspirantes.

' Os Jogadores do Vasco seconcentrarão logo após a che-gada, e só seráo liberados de-poi* do jogo contra o Fluml-nense..' -Na quinta-feira, peljl

'manhã, todos se apresentarãoem São Januário e serão inl-ciados os preparativos para o

¦ jogo contra o Santos, no sá-bado.

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Na grande área

Adolfo Gentil Filho foi dos mais jovens H anos — golfistas qu» disputaram o Aberto do Petrópolis,mais velhos lhe ensinaram

Em todas as tacadas, porém, cumpriu à risca o qu» os jogadores

TBN teve saldo de 2recordes brasileirose 2 sul-americanos

) í)òis recordes sul-americanos, dois brasileiros edoze da competição foram o saldo técnico do II Tro-íéu Bíasil de Natação, disputado sábado e domingo,na piscina do Fluminense, que teve a vitória tran-qüila do Paulistano, com 221 pontos, seguido do Pi-nheiros, coni 121, e do Fluminense, com 119,5.

Os dois recordes sul-americanos foram batidospor Atos Procópio, nos 100 metros nado de costas,com 1.04,1, e por Lísia Barth, do União de PortoAlegre, nos 100 metros livres, com 1,25,4; os brasi-loiros foram batidos por Eliana Mota, do Fluminen-se, nos 100 metros de borboleta, com 1,18,5, e nova-mente Lísia Barth, nos 200 metros de peito, com3,03,0'.

MacNair ganhou entreos melhores no golfedo Petrópolis Country

O bom golfista Douglas MacNair, que já eralí-der depois da primeira volta, venceu, domingo, numdesempate com Edward Gervase, a categoria scratchdo II Campeonato Aberto da Cidade de Petrópolis.Tanto MacNair como Gervase deram 160 tacadasgross para os 36 buracos.

Entre os amadores com handicaps variáveis dezero a nove, ganhou O. W. Holmes, çom 143 taça-das net; Antônio C. Conceição foi o vencedor da ca-tegoria de 10 a 16 de handicap; e A. C. P. Horta,o da divisão de 17 a 24 de handicap.

OS IMPORTANTES

As marcas realmente impor-tantes da competição foram os.'recordes ..sul-americanos e bra-sileiros.-uma vez-que os recor-.-des do Troféu são de umadispu-ta recém-iniciada. Asmandes figuras do Troféu ío-ram o paulista Atos Procópioe Lísia Barth.

O Paulistano sagrou-se bi--campeão com absoluta tran-qü.lidade, e desde o inicio, no'sábado, livrou o dobro de -pon-tos do segundo colocado. Noscariocas o melhor colocado foio Fluminense, em terceiro lu-par, e o pior o Vasco, entre osúltimos, com apenas um ponto.

No próximo sábado, na pis-ema do Pacaembú, será reali-zado o. Campeonato Brasileirode Natação, com a participa-cão de cariocas, paulistas, gaú-'chos. mineiros, pernambucanose fluminenses.

A SEGUNDA PARTE

Foram estas as provas da se-gunda parte do Troféu Brasil:

100 metros, moças, nado li-vre — Lísia Barth, União,' dePorto Alegre, com 1,25,4, esta-belecendo novo recorde sul-americano. O anterior é de...1.25,5; Rita Hasselbach, Pinhei-ros, l,28,'o' e Vera Guimarães,Paulistano. 1,29.9.

10Q metros, homens, nado li-vi-e ,*__. fJÊStéi* Metzner, Pinhei-ros.' 573;" Atos Procópio, Pau-listano, 57,5 e Álvaro Pires,Fluminense, 58,7.

100 metros, moças, nado 11-vre — Eliana Mota. Fluminen-se, í,08,2"; Isabel Cerelo, Pau-listano,. 1,10,1 e Angela Paiole,Coríntians, 1,10,1."

200 metros, homens, nadoborboleta — Jaques Veloso,Guafcaoarà, 2,36,8; Gustavo Ve-loso.' Guanabara, 2,42,8 e Luis ¦Simí, Fluminense, 2,47,9.

800 metros, homens, nado 11-vre _ Antônio Celso Guima-ráesV Paulistano, 10,13,6; Peter

. Metzner,' Pinheiros, 10,16.5 e¦ Rui Veloso, Guanabara, 10,23.9.

100 metros, moças, nado decostas — Maria de LourdesCaixeta, Corfntias. 1.21,8; Do-roti Miliauska, Guanabara,1,23,9 e Amélia Ohata, Paulis-tano,' 1,24;4.

200 metros, homens, nado decostas — Atos Procópio, Pau-listano, 2,29,0; Luís Felipe Fi-gueiredo, ícaraí, 2,31,0 e Otá-vio Dias Bastos, Iara, 2,36.0.

100 metros moças, nado bor-boleta — Eliana Mota, Fluml-nense, 1,18.5, novo recorde bra-sileiro e do Troféu Rosa Mai-kuma, Coríntians, 1,21,7, recor-

/ . .

Palmeiraschega ejoga amanhã

Sãp Paulo (Sucursal) — Che-ga amanhã cedo. ãs 6h30m,a Viracopos, a delegação doPalmeiras, que vem de fracatemporada no México, e ama-nhS mesmo tem de estrear noEio-São Paulo, jogando con-tra o Sáo Paulo, à noite noPacaeníbu.

Os dirigentes do Palmeirastentaram ainda ontem umadiamento dessa partida, masos do Sáo Paulo negaram-se.sem ¦ querer mais conversa, adiscutir o assunto.

de do Troféu; Elza Funaro, doPinheiros, 1,22,6, recorde doTroféu e Marlen Zigler, Gua-nabara, 1,23,0, também recor-de do Troféu.

200 metros, homens, nado depeito — Farid . Zablit, Paulis-tano, 2,45,5, recorde do Tro-íéu; Drauzio Medeiros, Pales-tra, 2,48,1 e Newton de Thuim,Fluminense, 2,52.2.

Revezamento de 4x100, mó-ças, nado livre — Rosa Mai-kuma, Maria de Lourdes Cai-xeta, Sônia Carlinl e AngelaPaiole, Coríntians, 4,51,7, re-corde do Troféu; Leonor Car-valho, Vera Guimarães, Amé-lia Ohata e Isabel Cerelo, Pau-listano, 4,54,9, também acimado recorde do Troféu, e Fluml-nense, Eliete Mota, Eliana Mo-ta, Ana Alves e Marlli Cremo-na, 4,59,4.

Revezamento de 4 x 200 —Fernando Nabuco, Miklos Mar-kowicz, Antônio Celso Guima-rães e Atos Procópio, Paulista-no, 9,07,3. Pinheiros, com 9,15,4e Guanabara, com 9,24,5.

COTAGEM GERAL

1.° lugar, Clube Atlético Pau-listano, com 221 pontos; Fi-nheiros, 121; Fluminense, 119,5;Guanabara, 99; Coríntians, 96,5;Grêmio Náutico União, de Pôr-to Alegre, 83; ícaraí,-22; Pales-tra, de Rio Preto, São Paulo, 16;Internacional, de Santos, 8;Iara, de Marílla, 7; Tijuca Té-nis Clube, 5; Ipê, de São Pau-lo, iPracicaba, de Piracicaba eClube Português, de Recife, 4pontos; Saldanha da Gama, deSantos, 2 e Minas Tênis Clube,de Belo Horizonte, Aliança, Ve-nâncio Aires e Clube de Rega-tas Vasco da Gama, do Rio, to-dos com apenas um ponto..

RIO BRANCO

A* boa atuação de DouglasMacNair, confirmando os seusúltimos grandes resultados co-mo, por exemplo, o titulo decampeão do Aberto Brasilei-ro, de São Paulo, lhe va-leu também a posse da pri-meira Taça Barão do R i o

.Branco, oferecida pelo Sr. .Os-:valdo Aranha Filho para oamador que conseguisse o me-lhor escore gross no Campeo-nato do Petrópolis.

Mas, para ganhar os dois.prêmios no II Aberto de Pe-trópolis, MacNair teve quedisputar três buracos com Ed-ward Gervase para decidir oempate. Ambos tinham terml-nado os 36 buracos com 160tacadas: 75-85 de MacNair e82-78 de Gervase. No desempa-te, a vitória ficou com Mac-Na ir sòmente no terceirohoie. ,

MARIO E ROSSI

Dando maior atração aocampeonato na serra, os pro-íissionais do Gávea, MárioGonzález — dos melhores detodo o mundo, como íicou pro-vado na Taça Canadá — eRi-cardo Rossi fizeram uma exi-bicão, domingo, ao lado dosamadores que já tinham chan-cc de ganhar a Taça Barão doRio Branco.

Mário González terminou os18 buracos com um escore ex-cepcional de seis tacadas abai-xo do par — 66 .tacadas — queé o novo recorde do campo doPetrópolis. Por sua vez, Ricar-do Rossi, deu 74, um resultadoque não está à altura-de suatécnica.

RESULTADO GERAL

Cumpridas as duas voltas (18buracos cada uma) do II Aber-

to de Golfe da Cidade de Pe-trópolis, os amadores que ga-nharam prêmios nas categoriasem que íoram divididos íoramos seguintes:

Scratch — 1° —- Douglas Mac-Nair, 38 — 37 — 42 — 43 —160;

2.° — Edward Gervase, 41 —41 — 38 — 40 — 160; •

3.° — James Ireland, 42 —42 — 39 — 41 — 164.

Zero a Nove — í.° — O. W.Holmes, 40 — 39 — 41 — 41 —18 — 143 tacadas net;

2.? — Mário Guimarães, 44— 43 — 40 — 38 — 18 — 147;

3." — Artur Porto Pires, 39__ 42 — 41 — 42 — 148. PortoPires teve que ir ao desempatecom B. C. Trasher.

10 a 16 — 1.° — Antônio Con-cclção, 142 tacadas net;

2.° — Caio Sylla, 145;3." — S. I. Brooks, 147.17 a 2. — 1." — A. C. P.Hor-

ta, 143 net;2.° — Carlos Alberto Schu-

back, 149;3.° — Paulo Mota, 143 táca-

das net.

DISCURSO NO FIM

Depois de conhecidos os re-sultados, o capitão de golfe doPetrópolis, Luis Alcivar, íêz aentrega dos prêmios aos ven-cedores e agradeceu a todosnum discurso de muito bom-humor.

Foi elogiada, também, a pre-sença dos jovens golfistas Má-rio González Filho, ManuelCarvalho, Eduardo Carvalho,R. Bryer e dos três irmãosPaulo Gentil, João Gentil eAdolfo Gentil Filho, que seconstituiu no acontecimentomais alegre, e esperançoso pa-ra o golfe, do Aberto do Petró-polis Country Clube.

Botafogo voltou ontemcom N. Santos, Jadir eGarrincha contundidos

Reclamando, contra a excursão, que considera-ram a pior já feita pelo clube, chegaram na manhãde ontem, de Montevidéu, os jogadores do Botafogo,e desde o chefe da delegação, Dr. Lídio Toledo, atéc roupeiro Aluisio, todos tinham queixas do empre-sário, acusando-o de ter falhado completamente naorganização da temporada.

Além de três jogadores contundidos — NíltonSantos, Garrincha e Jadir — o Botafogo trouxe re-sultados fracos e explicações dè que o time não seexibiu nunca dentro de suas verdadeiras possibili-dades, lutando contra adversários violentos, más ar-bitragens e cansaço.

SATISFEITOS POR VOLTAREM

Garrincha, que inlioa contundido, Ivã <* Aírton passam 7jf.fi Alfiinilciin. ontem todos insatisfeitoscom a viagem e dizendo que a melhor coisa Joi n volta 110 Brasil

GARRINCHA . - •

PREOCUPA

Kilton Santos, Garrincha eJadir -regressaram machucadose terão de fazer tratamentopara poder enfrentar o Pai-melras no próximo sábado, peloKio—3ão Paulo. Dos três, oque mais preocupa é Garrin-cha, que está com um derrameno joelho, agravado por ter dejojar sem condições devido àsüv-viosições tio empresário Ma-resca.

— Marinho foi obrigado aescalar Garrincha — disse Lí-dio Toledo — porque os empre-s..rios ameaçavam cortar asnossas quotas. Tentamos argu-mentar, provando que éle nãotinha condições de jogo, masíoram irredutíveis. Com isso,agravou-se a contusão do nossojogador, além de Garrincha nãoter podido jogar o que sabe,muitas vezes em prejuízo dorendimento do time, já que ha-via ordem para que não lhepassassem a bola.

COMIDA RACIONADA

A maior queixa dos jogadoresera contra o tratamento noshotéis. O chefe da delegaçãoviu-se obrigado a pagar ali-mentaçf.o extra, devido as re-clamações dos jogadores, quetinham as refeições raiionadas,só podendo pedir o que estavadentro do preço estabelecidopelo empresário.

Foi a pior excursão que Jáfiz — disse Nilton Santos eafirmou que só não houve umarevolta dos jogadores porquenenhum queria aumentar osproblemas do ohefe Lídio To-ledo.

Nunca vi nada tão malorganizado. Não sabíamos doroteiro, o que nos obrigava aandar de um lado para outro,cansados e nervosos, com cons-tantes viagens. A ganância dês-*e Maresca é impressionante.Êle, Oseas e o tal de Ratinoííganham rios- de dinheiro como Botafogo, porque em todos osnossos jogos os estádios esta-vam repletos. Pois nem por issodeixam de nos explorar, deter-minando preço para as refel-ções, considerando extra qual-quer refrigerante que se tomeoü mesmo um cafezinho íorade hora. Multas vezes a ali-mentação era insuficiente e oDr. Lídio teve de pagar extrase pagar em dólares. São unsgatunos. ¦

Quarcntinha, Manga, Garrin-cha, Zé Maria, Zagalo tambémtinham queixas e confirmavamas reclamações de NíltonSantos.

MARINHO EXPLICA

Marinho disse que o time nãoJogou dentro de suas verdadei-ras possibilidades devido aocansaço, às contussões e ao es-tado de espírito dos jogadores,sempre contra o mau trata-mento que recebiam dos em-pesários.

— O Botafogo íol péssima-mente tratado e era naturalque os Jogadores não se mos-trassem satisfeitos. Eles que-riam saber o roteiro da via-

gem para avisar as famílias ereceberem noticias de casa, masestávamos impossibilitados defornecer porque também nãosabíamos. A principio estava-mos certos' de que jogaríamosmais' vezes em Lima, mas só fi-zemos uma partida. O jogo emBuenos Aires, que Maresca dis-

.se que seria no dia 9, íoi can-celado e só soubemos no Chile,isto é, quase na véspera. Tudo .isto nos prejudicou, más o pioríoi ter de colocar em campoGarrincha com o Ijoelho in-chado e sem nenhuma condi-ção. Tive de íazê-lo porque oempresário nos ameaçava commultas vultosas e chegou a sus-pender um jogo porque eu nãoquis esealar Garrincha. Comtodos estes problemas, não po-deíiamós fazer mais do que íi-zemos.. Confesso que nunca viuma.excursão tão mal feita.

NILTON

O MELHOR

Sôbre o time, disse Marinho,que ainda uma vez Nílton San-tos íoi o melhor jogador.— Em todos os jogos foi oque melhor apareceu. Fêz ex-.¦elentes p?>*tidas e íoi penase contundir no jogo íinalcontra o Pefiarol. Depois dele,Manga, Rildo, Aírton e Zaga-lo. Os outros também tiveramdestaque; mas se viram às vol-tas com contusões, como acon-teceu com Garrincha e Ama-.rildo. Dos.novos, todos agra-dni-am, inclusive Santoro,' quèmostrou ter realmente ótimasqualidades.

DIDI NAO :A;iA'AA:

VEM MESMO

Marinho esteve com Didi,conversando longo tempo e estáconvencido que o antigo joga-dor vai íazer todo p possívelpara voltar a jogar, mas difi-cilmente voltará ao Botafogo.

— Didi está muito bem emLima, onde tem um grandecartaz, ganha muito dinheiroe é tratado como um rei. Mas

Armando NogueiraNas montanhas de Correias, pertinho do Vale

dn Sol, o time dos Amarelos do Dlco derrotou o qua-se invencível time dos Ploncers. Foi no sábado.Quem, de politlca, duvidar do que digo, que per-gunte ao Sr. Lopo Coelho, que lá estava e não médeixa mentir.

Foi um jogo lindo. Quem, da alta sociedade, du-vldar do que digo, que pergunte ao Jacinto de Tor-mes, que não me deixa mentir.Foi~de-sete-a-quatro.-Quem gostar de músicapopular que pergunte ao Dorival Caíml, que lá es-tava e não me deixa mentir.

A TROCA

Flamengo. e Olaria jogam quinta-feira, na se-tinida rodada do Rio-São Paulo. Boa oportunidadepara a gente ver a qual dos dois clubes favoreceua troca de jogadores (Nálson-Murilo por Valtinho-Luis Carlos Cunha-óton, com o Flamengo pagando,ainda, cerca de vinte milhões ao Olaria). Tenho,agora, em volta de mim, dois cronistas de catego-ria sustentando que se alguém perdeu no negócionão terá sido o Olaria, pois, Valtinho, cotn seus vin-te anos, è melhor do que Carlinhos. Luís CarlosCunha — e disso toda a torcida participa — já ti-nha demonstrado no Flamengo que entende muitomais de Jazer gol do que Henrique; e, finalmente,Ó.071, sem ser brilhante como os outros dois, estádespertando o maior entusiasmo do treinador Duque.

Quanto a Valtinho, centromédio da escola dovascaino Maranhão (defende bem no seu campo eataca intensamente no campo adversário),, é, sc-gundo depoimentos de Bria, Dequinha e Neioton,Canegal, um jogador mais completo do que Car-linhos.

Pelo visto, se o Flamengo jêz um bom negociocom Nélson-Murilo, nem por isso encontrará o Ola-ria desfalcado, depois ãe amanhã, no segundo no-turno do Torneio Rio-São Paulo.

PONTO AFOGADO

Terminou o Troféu Brasil de Natação, conquis-tado, tranqüilamente, pelo Clube Atlético Paulis-tano com um total de 221 pontos. A nota incrivel dacompetição' è que o Vasco da Gama, que possui omaior e melhor estádio aquático da Guanabara,acabou em. último lugar, com um ponto apenas.

E deve estar dando graças a Deus que seu únicorepresentante, o nadador Severino, não tenha mor-rido afogado na ousada aventura de atravessar, sembóia, a piscina do Fluminense.

LENÇOL DE MARINHO

O jogador Jair Marinho além de perder a cabe-ça no Campeonato Brasileiro perdeu dinheirinho,também. Segundo fiquei sabendo, agora, a chefia daequipe carioca exigiu que o trêfego jogador pagas-se o lençol da cama em què dormia, na concentra-ção da Gávea. Sucedeu que um dia, não encon-trando material 7>iais próprio, Jair Marinho resol-veu lavar o seu automóvel com o lençol da cama.Interpelado sôbre o sumiço do lençol, êle exibiu aoadministrador da concentração alguns farrapos depano sujo:

— O lençol- está aqui.O técnico Flávio Costa comunicou o fato à che-

fia da delegação e Jair Marinho teve que pagar opreço de um lençol novo. E pagará, certamente,preço mais alto, ainda, com a exclusão ãe seu nomeda próxima seleção carioca.

NA PIA BATISMAL

Durante a estada do Santos, em Santiago doChile, o jogador Pela íoi feito padrinho de batismode um garoto cujo pai passou quatro meses espe-rando que o Santos aparecesse no Chile para me-recei* a sonhada distinção de ser compadre de Pele.

DE PRIMEIRAUma nova. revista na Cidaáe: Roteiro do Rio,

do jornalista Mário Morei, que teve o cuiáado deincluir o futebol entre os espetáculos e as atraçõesturísticas do Rio de Janeiro.

Mais uma etapa da correta aãministraçãode Emilio íbrahim na presidência do Maracanã: opública terá, já a partir do Rio-São Paulo, um par-que de estacionamento com capacidaâe para qui-nhentos carros.

Cruzeiro precisa doempate amanhã paraser tetra mineiro

• ¦' Depois .de ter,vencido o Atlético por 1 a 0, naprimeira partida dá melhor de três que decide oCampeonato Mineiro, o Cruzeiro precisa apenas doempate.no. jogo de amanhã â. noite, para se sagrartetracampeão de Minas Gerais.

,0 Cruzeiro premiou seus jogadores com jGrijj 35mil e ós liberou até.a tarde de ontem, quando lhesdeu üm individual leve. Os jogadores do Atléticopermaneceram concentrados depois do jogo e ontemtambém fizeram individual leve.

não se senté~~íeHz porquê" lheíalta a bola. Quando Lídio eeu lhe falamos' sôbre o inte-rêsse do Botafogo pela sua vol-ta, Didi íicou satisfeitíssimoe bastante interessado. Chega-mos mesmo a acreditar que êleviria. Mas, depois entrou no¦negócio a Guiomar e estragoutudo. Os dois estão dé novoem lua-de-mel, instalados peloCristal, num imenso . aparta-mento e já com. colégio, pagopara as (filhas. Assini, Guio-mar não quer voltai*. Além domais, ela. está magoada como Botafogo e insiste com Didipara que-nfto venha. Paramim êle náo vem mesmo, em-bora volte a procurar o Bota-íogo para ver se consegue oseu passe.

FOLTA ATÊ

QUINTA

Os jogadores foram liberadosaté quinta-feira, quando seapresentarão ao clube para re-iniciar o treinamento. Sexta-feira, de litorina, viajarão pa-ra São Paulo, onde enfrenta-rão o Palmeiras na noite desábado, no Pacaembú. Doscontundidos, Garrincha é omaior problema- Êle, Santos eJadir irão ao clube hoje para.íazer tratamento.

CRUZEIRO SEMPREOCUPAÇÃO

Ò Cruzeiro tem apenas trêsproblemas para o. jogo de ama-nhã, mas nenhum deles é depreocupar. Rossi jdgou com 39graus de febre é Nelsinho e Ne-rival estão contundidos, espe-rando-se, entretanto, que o De-partamento Médico os dê como-aptos-até-o-jôgoi—

de Procópio, que perdeu a ca-beça e acabou sendo expulsoquando faltavam cinco minutospara acabar o jogo — concluiuAimoré,.

• O técnico Niglnho está preocupado com o comportamen-to de seus jogadores amanhã,pois considera que muitos dê-les perderam o controle em al-guns momentos da partida.

A grande preocupação doAtlético é o zagueiro Procópio,que íoi expulso e está sobameaça de suspensão. TambémLuís Carlos está fortementecontundido e sua presença éduvidosa. O treinador Antonl-nho usará dois reservas no con-Junto leve que íará hoje àtarde.

Os,dirigentes do Atlético íi-caram um pouco decepcionadoscom a renda de CrS 2 388 400,00,do jogo de domingo, mas espe-ram melhor arrecadação ama-nhã. Existe um movimentoentre dirigentes e torcedoresdo Atlético, no sentido de darum bom prêmio aos jogadores,em caso de vitória.

AIMORÉ NAO GOSTOU

O técnico Aimoré assistiu àpartida de domingo e disse quenão gostou da atuação dos doistimes, principalmente porqueos jogadores ficaram nervosose fizeram com que a partidadescambasse para a violência.

— Para se ter uma idéia doestado de espírito, basta falar

Horárioe preços

:.—do-^io-S]Os jogos do Torneio RIo-S.

Paulo, quqe começará amanha' com ' Vasco X Fluminense(Rio) e São Paulo X Corín-tians (São ¦ Paulo) serão inl-ciados às 16 horas, aos domin-gos e 21h30m, nos dias úteis.

Os preços estipulados foramos seguintes: arquibancada — 'jogos locais CrS 200, jogos ih-,terestadúals. — CrS 250; gerais ¦¦— locais, CrS 80, interesta-duaÍ3 — CrS 100 (militares pre-ço único CrS 50); cadeira semnúmero •— locais Cr$ 250, in-terestadúals CrS 300;' cadeiranumerada, locais, CrS 350," in-tèrestaduais Cr$ 400; cadeira.especial, preço único de Cr$800; camarote atrás do gol, lo-cais, CrS 1 mil, InterestaduaisCrS 1,200; camarotes lateraislocais CrS 1500, interestaduaisCrS 1800.

Foi alterada para Cr$ 200mil a taxa dc locomoção e astaxas de arbitragem estão as-sim fixadas: juiz em jogo lo-cal, CrS 25 mil, ãuxiliares CrS7500: em jogos interestaduaisCrS 30 mil e ajuda de custode CrS 20 mil por arbitragemenquanto que os ãuxiliares, porserem da entidade cm que serealiza o jogo, continuarãocom Cr$ 7 500.

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Fluminense libera Zezé equer contratar Aimoré, %

Seleção apresentou-se Vascoem Minas e joga com o vai aParaguai a 1 de março África

EM BUSCA DE MELHORES DIAS

Belo Horizonte (Sucursal) —Os jogadores br^-sileiros convocados para o Sul-Americano da Boli-via, exceto os do Atlético e Cruzeiro, e mais A1'1(América mineiro), Ferrari e Tarcísio. (Palmeiras,de São Paulo), apresentaram-se ontem aos técnicos.Mário Celso e Aimoré, para iniciar hoje exames me-dicos é treinamentos. [

O Sr. Edgar Leite de Castro; chefe da delegaçãoque vai à Bolívia, avisou ontem aos jogadores- quetodos viajarão para Assunção dia 1 de março e lajogarão no dia 3 contra a seleção do Paraguai, numamistoso preparatório para o campeonato da Bo-livia.SEXTA E DOMINGO

O primeiro coletivo está mar-cado para sexta-feira, infor-maram ontem os técnicos daseleção, mas nesse dia ainda,não contará com os jogadoresdo Atlético e do Cruzeiro, mes-mo que eles já se tenham apre-sentado na manhã de quinta-com o campeonato mineiro de-cldtdu.

Neste caso, domingo, no Es-tádio Independência, haverá oprimeiro coletivo com a presen-ça de todos os convocados. Masse o campeonato mineiro aindanão estiver decidido, o treinode domingo será mais uma vezna Colônia de Férias do SESC.

EXAMES MÉDICOS

Já está decidido que o ter-ceiro jogo decisivo do cam-peonato mineiro, se necessário,será domingo, e não depois doSul-Americano da Bolívia, comoantes se Unha anunciado. SeAtlético e Cruzeiro jogarem aterceira domingo, ocuparão oEstádio Independência.

Os exames médicos começamhoje, na Santa Casa de BeloHorizonte, e o Dr. Hilton Gos-ling terá como auxiliares, nalase preliminar de seus traba-lhos, os médicos do Atlético edo Cruzeiro. Logo amanhã de-verá estar terminado o examemédico dos primeiros qu-2 seapresentaram e se os que estãodecidindo o campeonato minei-ro se apresentam quinta-feira,na sexta estarão terminadosIodos os exames médicos, nor-malizando-se então a situaçãodos treinos, para todos.

GORDOS E AUSENTES

No treino de hoje, no SESC,haverá ligeiro individual e ba-te-bola, íazendo-se apenas paraos mais gordos o treinarüer.to:

Ubirajara (Bangu), Pitei- íAmé-rica de Rio Preto, São Paulo),Jorge (América, Riol e Henri-que (Taubaté, São PaulJ) cs-tão enquadrados entre os por-dos, segundo o Dr. Hilton Gos-ling.

Não houve explicação par-i aausência dos jogadores do Vi\\-meiras nem de Ari, do Ar.-.eri-ca mineiro, que, sabe-se, nãoestá cm Belo Horizonte.

"Caira" élíderda regata

Montevidéu (AP-FP-JB) —O veleiro brasileiro Cairu Jll, deJorge Geyer. lidera até agora,a regata Montevidéu—BuenosAires, seguido .dos argentinos,que são grande

"maioria nacompetição (10, contra trêsbrasileiros e dois uruguaios),Afaffo // e Risque 11; em quar-to. informa a fragata uruguaiaque acompanha os iates, vai obarco uruguaio Errante. E emquinto outro brasileiro, o-Aven-tura.

A primeira etapa da regata— 290 milhas — deve terminarhoje, quando se espera que oslates atinjam o porto brasi-leiro do Rio Grande. Desta Ci-dade a Porto Alegre — se-gunda etapa, 90 milhas — de-verá haver mais um dia deviagem. Se os ventos continua-rem fracos, como estava ontem,obrigando os veleiros a costea-rem, é possível que os barcossó cheguem ao Pio Grande,amanhã.

O Vasco já tem asseguradauma excursão de seis jogos naAfrica, com cotas que variamde S mil a 20 mil dólares, emais a promessa de extensãopela Suécia, URSS, França ePortugal, segundo contatos que-manteve com o empresárioBorge Lantz, que funciona co-mo intermediário nas negocia-ções com os clubes interessa-dos. ¦

Pela primeira vez o Vascofará uma excursão por contaprópria, res ponsabilizando-sepor seus jogos, pagamentos dediárias a jogadores e datasi Oempresário Borge Lantz pro-cura os clubes interessados emnome do Vasco, e ganhará 10%do que fôr arrecadado com aexcursão.

NEGÓCIO DIRETO

Segundo o telegrama de Bor-ge Lantz, os jogos estão assen-tados em Acra, Abjan, Lagos,Senegal e Gana, mas os adver-sários ainda não são conheci-dos- As passagens, inclusive ado Rio a Dacar, serão por con-ta dos clubes africanos, e ascotas variam de 5, 10, 15 e 20mil dólares por partida.

O empresário Borge LantzInformou, ainda, em seu tele-grama, que viajará para a Sué-cia, França, URSS e Portugal,esperando-se que consiga cercade 15 jogos.

O Vice-Presidente de Fute-boi do Vasco, Sr. Adriano La-mosa, e ò Diretor Antônio Vazprocuraram o empresário Bor-ge Lantz e o credenciarampara negociações de. uma ex-cursão feita de clube para clu-be. Assim, Borge Lantz é mais

• um emissário do Vasco que um. empresário.

Borge Lantz receberá 10%.da arrecadação de toda a tem-porada, a título de ajuda decusto e passagens, uma vez queo Vasco não financiou sequersua viagem -para as negocia-ções. O Botafogo e o Flamengo

: também pensam íazer excur-sõès nos moldes das do Vasco,usando Borge Lantz como in-termediárlo.

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O Sr. Nelson Moreira, Presidente cio Flumi-nense, disse ontem ao técnico Zezé Moreira que Jftleestará livre para aceitar a proposta de CrS 1 milhãoe meio por mês e cerca de Cr$ 6 milhões pela con-quista do campeonato uruguaio, feita pelo Nacionalde Montevidéu, assim que seii irmão Aimoré, queestá cin Belo Horizonte, regresse ao Rio e acertecom o clulie as bases do contrato para dirigia aequipe tricolor.

O Sr. Wilson Xavier, que voltou ontem dc SnbPaulo, disse que o Fluminense dará ao clube pau-lista Cr$ 30 milhões pela cessão definitiva do un-gueiro Procópio e pelo empréstimo, por imi ano, fionieia-arniador Gonçalo, eom prioridade para com-prar seu passe, após esse período, por Gr$ 20 mi-lhões. Procópio ganhará C.r$ 100 mil por mcs,eGonçalo CrS 80 mil, correndo as luvas por çònUido São Paulo.

Zezé. Moreira vai deixar o Fluminense, por iimn proposta excelente rio Nacional, rie Montevidéu,que lhe dá Cr$ 1,5 milhão por mês, e ainda prom ele prêmios pela conquista do campeonato uruguaio

Vinda de Aimoré depende da CBD

CONVERSA A DOIS

Ontem pela manhã Zezé Mo-reira e Nelson Moreira conver-saram a sós, na sala de reu-nlões da Diretoria, durante 20minutos. Zezé deu ciência aopresidente da proposta recebi-da do Nacional e pediu que oliberasse. Prontificou-se tam-bém o técnico do Fluminense adevolver importâncias já rece-bldas por conta do mês de íe-vereiro. Nelson recusou a ofer-ta, mas explicou ao técnico que,embora com toda boa-vonta-de para que êle não perdesse aexcelente proposta do clube uru-guaio, o Fluminence ficaria emdificil situação, ãs portas doRio-SSo Paulo, sem técnico.

Náo quero prejudicar oclube do qual só recebi gentl-lezas e cujas dirigentes sempretiveram comigo a maior leal-dade — disse Zezé, acrescen-tando:

Se o Fluminense não qui-ser me liberar., eu cumprireimeu contrato até o íim, mesmocom prejuízo financeiro. Alémdo mais, só tenho Interesse cmsair do clube porque vou ga-nhar dinheiro, pois de outromodo aqui ficaria com o maiorprazer.

O técnico Aimoré Moreira,falando por telefone de BeloHorizonte com o JORNALDO BRASIL, informou quenão sabe do interesse doFluminense em vontratá-loé também ainda não foiprocurado por nenhum di-retor do clube.

— É lógico que se real-mente íôr convidado paradirigir o Fluminense estuda-

rei com carinho sua pro-posta, mas, no momento, oclube terá primeiro de falarcom a CBD, onde estou con-tratado para treinar a se-leção brasileira — explicou:o treinador.

Sabendo que da sua idapara o Fluminense dependea liberação do seu irmãoZezé Moreira, que deseja setransferir para o Nacional,

de Montevidéu, Aimoré ter-minou:

—Esta é mais uma boarazão para aumentar minhavontade de ser o treinadordo Fluminense. Contudo, fa-rei algumas imposições aoclube, caso assine um con-trato, e uma delas é a per-missão para continuar tam-bém dirigindo a seleção bra-sileira.

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AIMORÉ SERÁ OTÉCNICO

Colocada a questão em têr-mos de não deixar o time semdireção técnica, Zezé disse quen&o poderia deixar o Nacionalsem uma resposta até sábado,prazo que lhe íoi dado parauma decisão íinal. Nelson pe-diu a Zezé que esperasse entãoaté amanhã, quando Aimoréterminará seu trabalho de. ob-servação dos jogadores minei-ros que estáo disputando a íl-nal do campeonato entre Atlé-tico e Cruzeiro. Entretanto,mesmo antes do regresso de Al-more, o Sr. Nelson Moreira de-verá telefonar para êle, no Ho-tel Brasil Palace, em Belo Ho-rlzonte, para estudar -as- basesde seu contrato.:. Ontem à: noite, sem saber sechegariam a bom termo as ne-gociações Nélson-Aiiíioré Morei-ra., Zezé tentou uma ligação te-léfôriica para o Nacional deMontevidéu, não o conseguiu-do,-porém,-por-estar a linha in-terrompida. Hoje, de qualquerforma, Zezé fará a ligação, pe-dindo ao Nacional o adiamentoda decisão • por mais " algunsdias;

O meia armador Gonçalo, quevem por empréstimo por um

ano, com opção para a comprade seu passe por CrS 20 milhões,deverá apresentar-se ao Flumi-nense ainda esta semana, em-bora não deva jogar contra oVasco, no primeiro jogo do Rio-São Paulo. A intenção do Flu-minense c, porém, lançá-lo omais breve possível,' desde quetenha condições íisicas, pois oconsidera excelente Jogador.

Procópio virá para o Flumi-nense em caráter " definitivo,mas só se apresentará depois doSul-Americano da Bolívia, es-tando, portanto, fora do Rio-São Paulo. Embora tenha atua-do como quarto zagueiro na se-leção de Minas, no Fluminensejogará como zagueiro central,formando com Daria dupla dehomens de área.

TREINO HOJE

Hoje. pela manhã,' Zezé pre-tende dirigir um trçino de con-junto, quando observará o conj-portamento do centroavanteUbiraci, recentemente empres-tado ao 15 de Novembro de Pi-racicaba. Há dúvidas quanto ápresença de Dari, Oldair e Vril-dir, ligeiramente contundidos narecente excursão ao Uruguai eParaguai.

Quanto a esta excursão, Zezémostrou-se aborrecido com odestaque dado à partida contrao time de Salto, que terny.nouempatada de 1 a 1. Zezé-, cs-clareceu que não se '^ratava' deum time amador e, à;{ém de tu-do, não íoi disputado;; um «jogo,mas um treino, em ifüe oiFlu-minense, inclusive, pas». pouparseus jogadores, atuoi^íeforçr.dopor três uruguaios. -•,.§,'¦ |

Segundo o Presideiíté í(í|i de-legação do FluminerisfeySri-ftoséLuís Barcelos, os jogadores, quemais se destacaram foram JairMarinho, Quarentinha e Olemir.Extra-ofieialmente, o Nacionalprocurou saber se o último es-tava à venda, tendo respostanegativa ..do. Fluminense.'"'.','';¦¦'«¦

JOAQUÍNZINHO - ;-. |.TAMBÉM -: --._:'. ^.V

Nós' dois dias em que èàtêv*em Sáó-Paulo', o Sr. Wilson!Xa-'.vier 'não conseguiu avistar-secòrrt o Presidente do.-ijiivehtiis,cluba do centroavant6<jo'atiuin-zinho. Entretanto, segundo, »de-clarou aó JORNAL 'DO: 33RA-SIL, o Fluminense cpntülüá in-teressadò rto.jogadoF/ye- prova-velmente esta 'sematísi;:: tentaránôvo contato com ò''\juve'ntus,para comprar o pássádoíatà-cante. :---?% >,

Joel está aborrecido '

com Flamengo e querabandonar o futebol

O ponteiro direito Joel, aborrecido por ter sidotirado mais uma vez do time dò Flamengo pelo téc-nico Flávio Costa, está disposto a abandonar q! fu-tebol e voltar á estudar Odontologia, cursO';que!flei-xou de fazer para se tornar jogador profissiím^K

Além de Joel, o técnico Flávio Costa, èódef^, ti-rar da equipe do Flamengo, no jogo contra; o íjOla-ria, quinta-feira, o médio de apoio Carliri1ios,|queseria substituído por Nelson, e Joubert, que;;sóítempossibilidades de atuar, como quarto zagÜeirH| nolugar de Vanderlei, pois. em sua posição;-'encaraMurilo. ... <;NELSON Ê MAISEFICIENTE

sO técnico Flávio Costa pre-tende decidir, hoje, entre Nel-son e Carlinhos, apesar de pre-íerir o primeiro que considera ,mais eficiente, por jogar mais .simples, mesmo sendo mais-lento. Diz Flávio Costa que asimplicidade das jogadas deNelson supera a sua lentidão,dando maior agressividade evelocidade ao ataque.

Murilo, o outro jogador com-prado pelo Flamengo ao Ola-ria, agradou ao técnico e tam-bém deverá permanecer no ti-me titular, saindo Joubert dazaga lateral direita. Com apermanência dè Murilo, comozagueiro lateral direito, Joubertterá que disputar com DécioCastro a vaga de quarto za-gueiro, deixada por Vanderlei,que' está seriamente contun-dido.

TREINO DEPENDEDE CAMPO

A escalação definitiva daequipe dependerá das observa-ções feitas pelo técnico FlávioCosta, que pretende fazer umtreino de conjunto na tardede hoje. Este treino está de-pendendo de que o funcionái-ioAristóbulo de Mesquita consi-ga um campo, o que até ontemà noite ainda não havia sidoresolvido.

Para o treino de hoje, estãosendo tentados os campos doNova América c do São Cris-tóvão, devendo o.s jogadores te-lefonar para o estádio da Gá-vea, às 9 horas, para saberonde deverão se apresentar.Caso não se consiga campo, oFiamengo fará um treino indi-vidual na Gávea.

Secundo o técnico FlávioCosta, o time do Flamengo pa-

i ra o jogo de quinta-feira com

o Olaria- deverá. ser..':o seguin-te: Fernando, Murilo, .Jpíibertou Décio Castro, Lüiis.-C-^ílos eJordan; Nelson ou .'Carlinhos eGerson; Espanhol',. -Heiièlque,Dida -e Alfredinho.iív

TREINO ECONTUNDIDOS $

O Flamengo treinou indivi-dual forte ontem de tarde semcontar com Vanderlei e, Joel,que foram dispensados peloDepartamento Médico. O za-gueiro sofre uma violenta en-torse no tornozelo esquerdo,¦jogando em Campos, t foiobrigado a gessar oJlocai.vVan-derlei terá qué usarão: aparelhode gêsso por 2 semana^', en-quanto Joel, que teve' ligeiraindisposição, 'já

poderá jtreinarhoje.. O. aspirante. Jainie' seráoperado, dos meniscos.-'fe-;;

Depois do treinoÁde optem,o.s jogadores receberam^o pa-gamento de ja n e fr o, vmenosNelson e Murilo, que'terão queir ao Olaria, seu anligp'',!clube,pois a FCF depositou ..'-lá osseus ordenados. :.;-¦; Ji\iCONCENTRAÇÃOCOMEÇA HOJE

Treinando hoje de tarde, emconjunto ou individual,'os jo-gadores do Flamengo seguirãologo depois para a. concentra-ção da Estrada da Gávea, ond*ficarão até quinta-feira, quan-do haverá o jogo contra o Ola-ria pelo Rio-São Paulo.

Dida é o único Jogador quenão .seguirá para a concen-tração porque aguarda seu ir-mão de Alagoas e. irá espera-lo, tendo sido dispensado pelotécnico. O atacante está dis-pensado hoje, mas se apresen-tara amanhã de manhã naconcentração. Os Jogadoresque foram a Campos recebe-ram um prêmio de Cr$ 10 milpelas duas vitórias da equipe.

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o homem e a fábulav-' Exi. 0 mar, e as recordações fio

mar. 0 sol e o mar e o vento..'Dentro da água esquecias ain-

fârieia, sonkavas ser um troncodc árvore descendo um rio, quan-do a onda 'úmida de húmus ani-

qüilava a tua adolescência. Dc-licado. sonâmbulo, contudo amai-diçoavas o pensamento que pul-veriza as crenças mais simples;ansiando pela-brutalidade, só al-

'..;' cançavas o amargo e momenta-

'..'" neo triunfo do embrutecimento.Sempre estiveste exilado cm tua

7/própria pátria; sempre a inquie-

ilude, a antevisão, a nostalgia deum país, que não há, no qual

¦¦.'_ teus irmãos te abraçariam evfcu pai sacrificaria o cordeiro

/A.,tlò armistício. Nostalgia vã, de-sejo de um demente, pois ciaimperioso reconhecer a gratui-

¦*"'¦-" .» .

dade da sentença que sobre ti »einclinava; imperioso saber-seAnjo, invisível para os demais,e desprovido de um céu do qualpudesse ter sido lançado; sequercontando com o prazer maligno

que adoça o martírio dos ino-cenles. Intcrrog.ivas a.s estrelas:"De onde venho? Quem -são

fi.es- ?" Duvidavas c interroga-vas, mas de antemão recusavasreunir-se; porque, quanto à tua

lioJosé Carlos Oliveira

singularidade, íôra sempre umaevidencia sem' qualquer matiz.Enquanto ò: domingo diluía a

província e as famílias através-sadas pela claridade consumiamo almoço com nma espécie decerteza dogmátjca, c navegavamna rede do entardecer coagula-do, o Anjo de olhos críticos na-morava de longe essa felicidade,sentado na quinta estrela destaescura e desorientada galáxia.

Tinhas o dever da solidário-dade, c a cle não te :-furtavas;muita gente, antes de suicidar-se, regulariza os próprios negó-cios para assegurar o futuro doscnlcs queridos ...

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c/o yiçito'que o

Itália

mundo vaiLua temformade pera

.Moscou — A Lua não éperfeitamente • esférica, massim alongada em direção daTerra, como uma pèra.'

Esta revelação íoi feita,pelo astrônomo soviéticoAnatoly Nefedyev, que é au-tor de um novo mapa lunar.

¦7.'/,:.;7>'7wT': ;-;v:.i;;.-:-.í> ¦¦;¦::

*.-•>•

Perante 6 mar, inventarian-do o passado. Minha terra pro-gricíe c vejo cora amargura queà pobreza se destina o menor

quinhão do progresso; mais meentristece, no entanto, verificar

que es pobres se satisfazem enâo tem noção de seus direitos.A liberdade do intelectual infun-de medo e respeito aos podero-sos, e deixa os humildes espan-tados — quer dizer, ainda maishumildes. O exílio é um fato.

4l ' ¦

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Caderno 11; JOKNAL DO BRASIL— TERÇA-FEIRA, 12 DE FEVEREIRO DE 1963

não querSernas

0 ator Jacques Sernasque reside em Roma háonze anos, é casado comunia italiana e paga osimpostos com regulari-dade, viu, apesar dissotudo, indeferido seu pe-dido de naturalização.

Ao que parece, hõojoi levada em conta aassiduidade c o m q u eSernas tem comparecidoem filmes históricos,assiduidade que deveria,de per si, transformá-loem centurião honorário,parte integrante do gio-rioso passado itálico.

Sobre a recusa, po-rém, já foi encaminha,da, na Câmara, uma in-terpelação ao Ministroda Justiça.

VT ma e a fera

.^^Ka^jK^^HsB^l^^^^^aKh^•: ______^_WBS____\_^^^J__W-\%'' " \ JSÊÈ__m_\ \\\\\\\\\\\W$M0-^': í.ty-&W£'Si?Ê$

' .Gina c seu filho brin-cam com um leão. Maso leão nâo é de Gina,nem sc traia dc uni novobrinquedo dó pequenoMilko; logo será por elesentregue ao cx-domadòrclc feras Piclro Scaruggi'.

A história de Scarugíáé piedosa c um lauto

anacrônica, o velho de68 anos a exibir-se naspraças públicas com sualeoa Mary, que fingiadòmesticar. Mas Marytambém era avançada

alio, espatifando-se ao E íoi Gina Lollobn-chão. gida quem resolveu

Scaruggi, impossibili- acudir em sua ajuda, es-lado de trabalhar, por quecendo, porém, que a

falta do elemento bási- iflade de Scaruggi talvez

co. botou um anúriciócm anos, e, quase (-e;_;a, riò jornal, na esperançaum dia tropeçou na va- cle que unia alma pie-randa da casa dc seu dosa lhe doasse outroamo e pi.cc.ipito.u-se do leão.

nao lhe permita esperarquc o lcãózinho da íoloalcance dimensões maiscondizentes com sc«assustador papel de reidas feras.

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2 — Cad. B, Jornal do Brasil, 3.R-íelra, 12-2-63 /

começando RELIGIÃOM. A.

com À segunda fase do Concilio

\:

BI SC ATEARO verbo blscatear (viver

de biscates) r.ndou esqueci-do dos dicionaristas. FoiAfonso Taunay qüe o regis-trou no seu Vocabulário deOmissões:. "O José antiga-mente era ferreiro, hoje bis-cateia como tratador de ani-mais, trabalhador de enxa-da etc."

Hoje noJOPNAL DO BRASIL*

de ontem12 DE FEVEREIRO

1900Era fundada a Faculdade ri.

Dir.ífo tio üio Grande do Sul.Falecia, ein Lorena, Maria

Benedita, esm 100 anos de idade.Era eleito deputado federal,

pelo Estado do Maranhão, o Dr.Dunshee de Abranches.

Em Berlim, o Deputado De-bel declarava na Câmara que aInglaterra era a aliada naturalda Alemanha e que a França ea Rússia visavam unicamente odesmembramento da Alemanha.

1910Vm grupo de cangaceiros

atacava a Vila' de Arroeira, cmTeresina, 710 Pínul.

Vários pontos de Paris con-tinuavam Inundados pela en-chente do Rio Sena.

1920No Rio, Lauõclino Freire

pronunciava na sede da Liga daDefesa Nacional, uma conferên-cia tõbre A Defesa da LínguaPortuguesa.

Em Londres era tentado o«alvamento, por escafandrlstasdinamarqueses, das riquezas dopaquete Demerara, da MalaReal, torpedeado e afundado noGolfo de Blscala.

O poeta Gabriel D'Annumioera o responsável por um reideaéreo entre algumas cidades daItália, tm honra dos franceses.

Uma das opiniões mais auto-rizadas sobre as atividades con-ciliares é a do Padre Gongarque acompanha os trabalhos,como assessor. A previsão doeminente religioso é de que nostrês meses da s e g u n d a sessãoserão abordadas, ou talvez, 11-quidadas, as grandes questõesquo o Concilio vai conhecer,pois até aqui os trabalhos naotiveram um programa definido,em ordem do dia conhecidacom antecipação. Certa falta dedireção se fêz emitir, o que secompreende porque a primeirasessão exigia uma parte de co-bertura fc experiência, à. pro-cura de um espírito e um meto-do, a revelação das grandes cor-rentes de opinião e das aspira-ções territoriais.

Nestes nove meses que nosseparam da segunda sessão, opensamento dos Padres é a uti-lização frutuosa desse tempo,questão que se apresenta sobduas direções: em Roma deve-rão trabalhar não mais as Có-missões preparatórias Institui-das pelo Santo Padre, mas ascomissões eleitas, pelo Concilioe pelo Papa; nos seus respecti-vos paises os bispos estarão de-cldidos a trabalhar sobre ostextos já recebidos e a receberde Roma.

Será necessário, destaca o .Padre Congar, que na CidadeEterna as comissões mante-nham o espírito do Concilio.Nos paises do mundo, é precisoque se faça aquela preparaçãoque não se fêz para a primeirasessão e ã qual estará condido-nado o êxito da segunda. OConcilio íoi preparado, comgrande zelo, nas comissões ro-manas. Mas, porque as comis-soes trabalhavam isoladamenteuma das outras, elaboraramseus textos num clima assaz di-íerente daquele do Concilio. Ascriticas revelaram a extensão ea natureza dessas divergências.

Teria sido necessário, acen-tua o religioso, que o Conciliofosse igualmente preparado porparte dos bispos" cm st mesmosou, antes, pelos episcopados.Para esse fim, seria preciso queos textos fossem comunicadosaos bispos com bastante ante-cedência para lhes permitir: es-tudá-los em conjunto por epis-copados reunidos em conferên-cia ou, pelo menos, comissõesrepresentativas utilizando a r.o-operação de peritos; formularanotações ou apresentar con-

¦piTT.'1 ' f-

7 .• \

CINEMACláudio Mello e Souza

SAN JURO(O que é bom não repete)

trapropostas por escrito, dasquais os' redatores Já tivessemtomado nota antes de apresen-tar um texto provisoriamentedefinitivo á discussão conciliar.

Por náo ter sido feito antes,esse trabalho se íêz um poucoapressadamente no próprioConcilio. Mas o que não se fêzantes pode ser feito por antecí-pação para a segunda sessão.Assim se espera que as coisasse passem para assegurar o su-cesso da grande assembléiacristã.

SANTOS DF. HOJE:

SANTOS Vlf FUNDADORES

DOS SERVITASA Liturgia venera hoje sete no-

bres ílorentlnos, que no séculoXII, num ;perlodo cm que Fio-rença e Itália _e descarnavam fe-rozmente em Intermináveis -lutaslntestlnas, deixaram o mundo pa-ra viver cm comum vida austerade oraç&o e penitência, consagra-dos'á cont.mplaçáo da Fai.áo edas Dores da Virgem Santa ao péda Cruz. Deixando tudo que ti-nham para seguir o Senhor, retl-raram-se para o monte Senárlo efundaram uma nova Ordem, cuiaInfluência benéfica depressa seestendeu à França-, Polônia e Ale-manha. Tor uma circunstância,providencial a que alude o Int-róltoda Missa, receberam da boca du-ma criança o nome de Servos deMaria ou Servitas.

MARQUE SEU MISSAL

HOJE, 12 de fevereiro, terça-feira — Os Santos Sete Fundado-res — Rito de Terceira Classe —Missa própria — Glória — Trato

— Prefácio comum — Paramentode cor branca.

AMANHA, 13 de fevereiro —Quarta-feira — SSo JoSo de BritoMártir — Rito de Terceira Cias-se — Missa — Laetabltur — Gló-ria — Oraç.es próprias no própriodo Brasil — Trato — Prefácio co-mum — Paramento de côr ver-melha.

Corno tôãa a continuação,Sanjuro é nitidamente infe-rior ao jitine que o precedeue motivou, o excepcionalYojimbo. O personagem è omesmo, o ator é.o mesmo, oâiretor è o mesmo e a histó-ria mantém, com a anterior,profundos e . indissolúveispareriiescos. Mas esse pa-rentesco não é suficiente pa-rapreservá-íáno mesmo ni-vcl de tensão satirico-dra-viática do filme de origem, efreqüentemente nos surpre-endçmos adivinhando o quevai suceder na tela.

Ê a ingqnuidadf da histó- 'ria que constitui o principaldefeito ãe Sanjuro, e os es-forços de Akira Kurosawano sentido de preservar oelemento surpresa são insu-ficientes e inúteis. Essa in-genuidade decorre certa-mente ão fato ãe já saber-mos âo que é capaz o vio-lento e truculento samurai etambém âo fato âe já po-dermos imaginar tódns asvariantes possíveis da histó-ria de que êle participa, e aqual êle deflagra.

Sanjuro, ' o personagem, .ressurge das sombras, comoconvém a quem'habitavanossa memória. A quase su-tileza desse recurso nos dá,desâe logo, a alegria âe ver-mos que a inspiração ão di-retor não se esgotou ãe todocóm a repetição. Não ss"rés-gotou, mas acha-se visível-mente cansaãa. Kurosaiuáexplora até o funão as posrsibiliâaâes plásticas é decomposição da postura, dosvestuários, das paisagens eda arquitetura dos jappnê-ses, construindo pelo menostrês seqüências admiráveiscomo movimento e aprovei-tamento gráfico âo preto ebranco. Mas se a sua intui-ção é inspiração âos eíc-mentos puramente visuais éainãa vigorosa, a, sua mãoâenarraâor treme um pou-co. Por isso mesmo, a histór-ria vacila; há momentos de

ARTESHarryLaus

trégua dramática que sãoimperâoáveis; há espaçosvazios na história que o âi-retor procura preenchercom alguns recursos técni-cos às vezes muito belos massempre inexpressivos.

As cenas de âuelo .apenasnos demonstram o que jásabemos: a superioriâaâe ãeSanjuro como homem e es-padachim, sua habilidaâe evelocidade no manejo áocorpo e da espada, Mas o fa-to de não nos surpreender,por se constituírem numarepetição, dilui e atè mesmoanula tôãa a carga âramáti-ca que essas ce7ias âeverlampossuir.

Uma exceção: o âuclo fi-nal. Nem em Yo.iimbo 7ie?ntalvez em qualquer owrofilme âe samurai do mes-77io Kurosawa vimos umace7ia âe tanta co7itc7içâo eviolência, de te7iipo tão cer-to, tanto na expectativa doduelo qua7ito 7ia sua dura-ção. Ê ai que o ele7ne7itosurpresa nos é. âevolviâo e»itoda sua poderosa capacida-

¦ ãe de chocar e co7nover.. Sanjuro 7ião é um filme

âesirtteressa/nte, mes7iio se7i-áo uma repetição, si7iiples-mente porque Akira Kurosa-wa' é bastante i7itelige7ite,linagi7ioso e poético. Mas èsempre difícil, mesmo parawil criador co77io êle, repetiro que já- fêz, preserva7ido as

. mesmas qualidades de pu-reza e ãe drama.

Ao vermos Sànjúra, o per-$07iage7ii, seguir por seus ca-mínhos batidos de uenío, oacompa7ihdmos com os vo-tos de què êle não regreisemais, pois só assim êle seráinesquecível.

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O Evangelho dos AbstratosSegundo Mathieu

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Mathímt. em ritmo de samba, pintando o mural no ....._ dn Rio.Em 19Ô6 pintou uma (e(n de lSxim, rio Teatro Snrah-hernhardt,

v em vinte minutos

Com o titulo acima, Phi-lippe Bouvard publicou inte-ressante artigo há poucos diasno Fisaro de Paris, revelan-do que o pintor Mathieu,nosso conhecido principalmcn-te pelo quadro existente noMAM e pintado ao som dabatucada de uma Escola deSamba, escreveu um livro aser brevemente editado pelaJulliard: Au-delã du Tachis-me. Eis como o artista Ini-cia o livro: "O francês acre-dita em definições como ospovos selvagens acreditam emíetiches ... Dal vem a estu-pidez única da critica fran-cesa".

O livro de Mathieu evocaa revolução pacifica por êlepróprio Iniciada, em 1947 quan-¦ do, na galeria do Luxembur-go, apresentou uma exposiçãode abstração lírica. Do pa-norama dessa abstração 11-rica, desde então desenvol-vido, o artista tira seus prin-cipais cavalos de batalha :

— Um artista é, antes demais nada, responsável pelaarte de viver. Além dos qua-dros que assina, deve estarem condições de desenharautomóveis, calçados, roupase, sobretudo, ser capaz deorganizar festas. O locatáriodo castelo de Vauvenargues— para não chamá-lo dePicasso .— não tem o di-

reito de viver como o fazunicamente rodeado de cai-xo^es.

O segundo ponto da men-sagem de Mathieu atinge pre-cisamente os objetos. Quan-to mais tentam ser moder-nos, mais se tornam ridículo :

Em minha cozinha te-nho uma sopelra aerodiná-mica assinada por RaymondLoewy. Poderão me dizer porque esse utensílio domésti-co tem a forma de um ío-guete ? Será que comumentese atiram sopeiras na carados outros ?

O Pânico sóbre o merca-do de arte abstrata, tão evo-cado ultimamente, -parece nãopreocupar Mathieu:

Fizemos a maior reyo-lução pietórica desde quaren-ta mil anos,-mas nossa aven-tura tem apenas quinze anos.

•Ora, a experiência mostraique não há lugar para maisde dez ou doze pintores porséculo ... Não há pois indis-posição mas sim seleção.. Assim conclui Bouvard seuartigo sobre Mathieu. essaespécie de Dali francês porsuas atitudes : "Esta bela se-renidade . explica-se : as telasde Mathieu já figuram nasquarenta maiores galerias domundo. Apenas o museu Cré-

, vin ainda , o ignora".

FILMES QUEESTÃO PASSANDO .

OBSESSÃO Vf. MATAI- —Odeon, Rony, Madri, Santa Alice.Prod. americana. Drama de um-soldado pBlcomanlaco durante a 3pRuena da Coréia. Dir. Denlí San- •*?der». Com John Saxon, ItobeitBed.ord, Charles Aldman. Imp. at.14 anos. Hor.: 14 h — 15 h 40 m ,

17 h 20 m — 19 h — 20 h 40 m22 h 20 m. ( 'ted.)

o rnisioNEiRO da masca-RA DE FERRO — Vitória, Leblon,Carioca. Prod. americana em c_- \irei. Drama: No século XVIII, numDucado Italiano. íldalgo luta con-tra opressor e assassino da seu pai.Dir. Francesco de Feo. Com Ml-chel Lemolie, Wandlsa Qulda, AU-drea Bosic, Jany Clair. Imp. at.10 anos. Hor.: 14 _ — 1.1 h 40 m

17 1» 20 m — 19 h — 20 h 40 m .22 l> 20 m. (Imperial.)

BLUSÕES NEGROS — Astórla,Hlo Palace, Irajá. Prod. sueca ehtcores. Drama social: as aventurasamorosas da Juventude transviadanuma grande cidade. Dir. OlleHellbom. Com Bill Magnusson,Hans WahlRi-i-, Chrlstina S.hoNlin, Anita Wall. Imp. até 18 anos.

SAINT-TROPEZ BLUES — Pã-thé, Rivlera, Art Palácio Tijuca,Par» Todos, Mauá. Prod. írancesa.As aventuras românticas de uma'Kavôta que vai passar as férias emSaint-Tropez. Com. Marie Laforet,Jacques Hlgelln. Imp. até 18 anos.Hor.: 14 h — 18 h — 18 h — 20 11

22 h. (França.)

AO tESTE' DO CONGO —Marrocos. Documentário de umaexpedição nessas selvas. Livre.

VERA CRUZ — Art PalácioMéier. Reprise americana em cores.Western. Com Gary Cooper,. SaiitaMontlel, Burt Lancaster. Imp. até14 anos. Hor.: 14 h — 18 h — 18 h

20 h — 22 h. (United.)

FESTIVAL FOX — SSo Luis'Um filme por dia. Hoje: ESTRELADE FOGO. Com Elvls Presley, Bar-bara Edén. Imp. até 14 anos. Hor.:14 ri — 18 U — 18 h — 20 h —22 h.

AINDA EM CARTAZ:

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O COLOSSO DE CARACAS

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Um grupo de arquitetos está construindo em Caracas vm figan-teko empório comercial que se destaca na jlsionomia da cidade

por seu formato de caracol. Terá 150 m de altura e 300 lojas e

tua construção segue ¦ uma elevação da cidade, a Roca Jarpeya,

possuindo ruas internas com uma extensão de 4 qui.ome.i_s.O visitante não precisa abandonar o carro para Inzer suas rom-

pias; basta subir as pistas que lém um declive máximo de tipe-nas dois por cenlo

yismja revista dos homens bcm informados71-10/

COMENTÁRIOSouza Brasil

O CONCLAP — CONSE-LHO SUPERIOR DAS CLÃS-SES PRODUTORAS —, dan-do prosseguimento aos seusmeritòrios trabalhos, houvepor bem cotxvocar o Minis-tro Celso Furtaâo para âi-zer algo a propósito do Pia-no Trienal. Poucas as pa-lavras que o ilustre econo-mista proferiu a respeito âotema cetüral que lhe c07ii-petia aborâar. Preferiu, res-potiâer a perguntas que, fei-tas anteriorme7ite, foram aêle enca7iii7ihaâas por escri-to e lidas após sua pales-tra. Discordamos, preli7tii-7iarmente, do critério segui-âò pelo Concíap. Possui7i-âo itiúmeros me7nbros e doisantigos presiâe7ites âíplo-macios na Escola Superiorâe Guerra, âeveria aquelaentiâaâe saber — muito¦bem — quais os métoâosadotados, com sucesso, -na-quèlc sodalicio. Em matériade âebates, a ESG aâpta osistema âe itiscrições pré-vias. Também não per77iiteo diálogo. O âebateâor fazsua pergutita, em tempo li-mitaâo, que 7ião ãeve nor-malmente exceâer cinco mi-nutos. O conferencista res-potiãe. Caso a resposta nãosatisfaça, aâmite-se novai7iscrição para nova per-gunta, a qual, porém, sò-mente terá lugar após ha-ver siâo esgotada a listade i7iscrições. Compree7ide-se que assim seja. Muita vezo co7i}ereticista 7notiva ãú-vidas 7io

''decorrer daquiloque diz. Perguntas pré-fa-bricadas pode7ii concorrerpara uma boa ordem artífi-ciai ãos trabalhos. Jamais,para uma elucidação cem-pleta âo tema que se pre-tctiâe âebater. Feita essaressalva, queremos assinalarque as palavras do Se7ihorCelso Furtado e as respostas' que deu aos que lhe haviamenviado perguntas calaramfundo em toda a assisten-cia. Ao afirmar, enfática-mente, qua o Plano Trienaltinha que ser elaborado c,mais que isso, executado,sob pena de termos o caos,a âesarmonía] o imprevisto,enunciou uma idéia comum,familiar a todos os que en-xergam e sabem da situa-ção que atravessamos. Isso

mesmo, dito por 7iós, temi7nportància 7tula. Dito, po-ré7n, pelo Senhor Celso Fur-taâo significa que o Gover-7io está, em boa hora, cons-cie7ite áo perigo, e que nãodeixará de sacrificar suadeca7itada popularidade pa-ra preservar o futuro doPaís. Também o conferên-cista assi7ialou que o Planoseria cumprido. Teria que sercumprido. Folgamos com is-so. Até agora tivetnos mui-tos planos. Ja7iiais, porém,os executamos. Para que aafinnativa se transfor-me C7ii realiãaáe, urge,porém, que o Senhor Cel-so Furtaâo organize umaequipe que não seja compôs-ta, apenas, ãe inâiviâuosque pe7isam pela sua cabe-çae agem através âos seusbraços e mãos. Naãa. maisimpessoal que o planeja—mento. Em obra dessa' natu-reza não poâem ser esque-ciâos os âiplomaâos pelaEscola Superior áe Guerra,em nÚ7iiero superior a «milhar, únicos a áisporemde experiê7icia e âe 7nhte-rial conâize7ites. A própriafeitura material do âo-cume7ito, que tecnicamentenão é p.cmo, mas âiretri-ees gerais de planejamentogovernamental, teria siáooutra, muito mais perfeita,caso seu autor não se limi-tasse a ouvir sua equipe,7nas buscasse, fora âela, opi-7iiões mais familiarizaãascom a técnica âe platieja-7JK..I-0. Essa experiêticia sò-7ne7ite a possui a Escola Su-perior âe Guerra, cujos ar-quivos preciosos 7ião foramnem sequer visitados peloSe7ihor Celso Furtado. Ven-daâe é que o Ministro ãoPla7iejame7ito solicitou a co-laboração patriótica de to-dos, em beneficio, mesmo,de um aprimorametito pos-terior do que elabora. Umacoisa é solicitar colabora-ção. Outra, mui distinta,efetivamente desejá-la. Porenquanto, o confereticistatem solicitado ajuda. Mastino a busca onde se encontradisponível. Façamos votospara que esse plano — maisesse — tenha êxito. Entre oplanejado e o caos. preferi-7/.0. a primeira hipótese.

• AS NEVES DO KILIMANJARO Palácio. Reprise americana em

côrcs. Drama de amor e «.venturasde um famoso escritor. Com Gre-gory Peck. Susan Hayward, AvaGardner. Dir. Henry King. Imp.até 14 anos. Hor.: 13 h 20 m —15 li 30 m - 17 ll 40 m — 19 ll50 m — 22 h. (Fox.)

TRO-RIEDADE PRIVADABrunl-Flamengo, Caruso, Rosário,Brltãnla. Prod. americana. Dramapassional: uma esposa náo corres-pondida pelo marido é secretamen-te disputada por dois marginais.Dir.' Leslie Stevens. Com Kat» ,Man-, Corey Allen, Warren Oates.Imp. até 18 anos. Hor.: 14 _x —18 h — 18 h — 20 h — 22 h,

A HORA DO DIABO — Rex •Copacabana, Prod.; americana ,em .côrcs. Drama, de suspense: «staventuras de um padre e três pri-sioneüios numa ilha do Taiti. Dir.Mérvyn Le Roy. Com Spencer Trn.-cy, Frank Sinatra, Jeaii-Plerra Au-rmont, Kervln Matliews. Imp. at*10 anos. Hor.: 13 h-30 ra - 15 h30 m — 17 h 20 m — 19 ll 20 nv— 22 h. (Columbia.)

UMA VEZ POR SEMANA —'Jí-tro Passeio, Metro Copacabana.Metro Tljvica.Páx

"(Ipanema), RI-camar, Palácio Higlenópolls. Prod.americana em core». Comédia ro-mântica sofisticada: três homenscasados e um solteiro fazem pia-nos amorosos com uma loura se-dutora. ,'Dlr. Michel Gordon. ComKlm Nova!., James Gardner, TonyHandall, Howard Duff. Imp. até 1*anos; (MGM.)

OS PIRATAS DO RIO SAN-GRENTO — Tijuca. 7_onte Castf-lo. Leopoldina. Prod. americana,em cores. Aventuras de amor *

. morte entre piratas do «éculõXVIII. Dir. John Gllllng. ComKerwln Mathews, Glenn Corbert,Maria Landi. Imp. até 14 anos.(Columbia:)

ALI BABA F. OS QUARENTALADRÕES I — Miramar. Repriseamericana em cores. Aventurasromânticas baseadas num contodas Mil e Uma Noites. Com MariaMonte., Jol-.n H.l), *_-_.!_n-B.y.Livre. Hor.: 13 íl 30 m — 15 h 15 m

17 ll — 18 h 43 m — 20 ll 30 m22 h 13 m. (Universal.) \

BôCA DE OURO — Império.'Produçlo nacional. Drama passlo-nal baseado numa obra de NelsonRodrigues. Dlreçáo de Nelson Petrelra dos Santos. Com Jece Vala-dáo, Odete Lara, Daniel Filho. Im-próprio até 18 anos. Horário: 14 h.

16 h — 18 h — 20 h — 22 b.No Metro Passeio a partir das (12horas. No Palácio Higlenépolis \^s15 h - 17 h — 19 h — 21 h. (Hefl^bert Rlchers.)

AMÉRICA DE NOITE — Ópe-ra, Sáo Pedro, Regência, Flumi-nense, Azul, Sáo Bento (Nit.), SáoJorge (Nit.), Sáo Jofio (MeriU).Filme documentário inglês Wicores, focalizando a vida noturnaem alguns países americanos. Imp.até 18 anos. (Rank.)

_MORANGOS SILVESTRES —

Alvorada. Produção sueca. Drama.Dir. Ingmar Bergman. Com VictorSJort-om e Blbl Anderson. Proibi-ds até 10 anos. Hor.: 14 h — U.,h._ 4o m — 17 h. 20 m — 19 h —20 h 40 m e 32 h. (Satélite.)'

A FELICIDADE NAO SE COM-_>RA__-__B.-unl Copacabana. Repriseamericana. Dran-Srpslcoamoroso:. ochefe de uma familia de elassamédia americana sente ao deses-pêro as suas limitações. Dir. Frank:

•Capra. Com James Stewart, Donna.Reed e Lionel Barrymore. Livre(Livlo Bruni.)

SUBLIME RECORDAÇÃO^ —Plaza, Olinda Mascote. Prod. espa-nhola em cores. Drama sentimen-tal musicado: o» sacrifício» douma professora que tinha perdido¦um filho, por um pequeno óríáo;Dir. Antônio Del Amo. Com Ll-bertad Lamarque, Josellto, SaiaGarcia. Livre (Condor.) Hor.: 14* h.— 16 h — 18 h — 20 h — 22 h.

A GRANDE OLIMPÍADA —Paris Palace. Prod.- italiana emcores. Drama de suspense em Ro-ma. Dir. Romolo Marcellnl. Livre.Hor.: 13 h 45 m — 16 h 30 m —19 h 15 m — 22 h. (Franco-Brasil.)

SANGUE NA ÍNDIA — Rian,Prod. americana em cores. Drama,de amor e aventuras: as dificulda-des de uma Jovem governantanuma revoluçio ao procurar sal-var-se levando o pequeno princi-pe. Dir. J. Le» Thompson. ComLauren Bacall. Kenneth More,Herbert Lom. Imp. até 18 anos.Hor.: 14 h — 16 li 30 m — 19 h —21 h 30 m. '-: »_ '.

SANJURO — Art Palácio Co-pacabana. -Prod. Japonesa em cô-res. Drama de amor, aventuras daespadaclilns na .poe. do feudalls- .mo Japonês. Dir. Akira Kurosawa.Com Toshiro Mlfune, Tatesúya,Nakad.y, Yuzo Kayina. R e 1 k oDan-Taka.hi Shimiir... Livre, yor.:14 1, — 16 h — 18 h — 20 ll —22 li. (Tolio Filmes.)

Jornal do Brasil, 3>-feira, 12-2-63, Cad. B <*. 3

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4 — Cad. B, Jornal do Brasil, 3,a-íelra, 12-2-63

MAM A MANO.___.. «.,¦¦(«¦" ¦¦__. sa-

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Pingolinho trabalhou em 90"2/5Pingolinho trabalhou, para o seu próximo com-

promisso, 1400 metros em 90"2/5, muito firme,com J. Sousa quieto em seu dorso. Outras boasmarcas para as corridas da semana íoram as deSnowbird, Gravure, Cariri, Bárbara, Chave e Ra-muntcho.

Eis os demais exercícios anotados por nossocronometrista oficial nas matinais da Gávea:

jpCadmo t Snowináii brigaram os 400 metros na reta de chegadas, quando o pilotado de J. Correia conseguiu livrar escassa vantagem7*T ho final, rcacionando por dentro. Machado facilitou na condução do favorito Snownwn

DAMPIER — P. Llma — 1300em B5", ANFORA — J. O. SUva

1 200 em 78. ARISTOCRATA —H. Llma — 1 200 cm 70**1/3. ON-DULA —D. P. Silva — 120O.em81". GRAVURE — J. Machado —1 500 cm 97". RAMUNTCHO — J.Bafflca — 2 040 om 137" — 1 000em 107". GEITOSO — O. Macha-rio — 1600 cm 104".. BAIXIO —F. Mala — 1400 em 82". BEBA-TÊ — E. Glbson — 1000 em106"3/5. PREGONESSE — D. Mo-reno — I 200 em 80"3/5. LA MIS-SIóN — O. Machado — 1 500 cm99". ÍDOLO DE MADRI — A. Ri-cardo — 1200 cm 73", NOV AC AP

P. Mala — 1200 em 79"3/5.ALEXANDRE — J. Silva — 1 200em 73"3/5. ARGAIL — J. Silva —1 300 em 8tl"l/5. UMDO — D. Mo-reno — 1 500 cm 93"2/5. BACULO

P. Mala — 1500 em 100". PIN-GOLINHO — J. Sousa — 1 400 cm90"2/5. SACK — P. Lima — 1 000em 64"3/5. CISNE — P. Llma —1 600 em 114". CARIRI — J. Ma-

rinho — 1200 cm 76"3/5. DONMETRALHA — A. Ricardo — 1 200era 79". PAMPILHO — J. Correia

1 200 cm 79"l/5. BALADA —A. G. Silva — 1300 em 87".ETIENE — C. Morgado — 1000em 60"2/5. REAL PRINCE — L.Lins — 1000 cm 67". BAR — C.R. Carvalho — 1600 cm 105".HOMERICO — J. Sousa — 1400cm 92"l/5. PRINESSE — D. Mo-reno — 1 200 cm 81"3/5. CRISTI-NA M. — D. P. Silva — 1 300cm 87"2/5. BARBARA — J. Cor-rela — 1300 cm 83". BARCO —D. P. Silva — 2 040 cm 145" —110" a milha. BAILARICO — D.'Neto -— 1000 cm 6G"l/5. QUES-TUS — A. B-.rroso — 1300 em90". ESTIJIA — J. Veiga — 1300em 87". SADU — L. Carvalho —1 300 cm 90". BABÃO — J. Por-

• tllho -, 1400 em 91". SHARMANJ. Machado — 1J00O em 64"

3/5. CAMEU — P. Lima — 1000em 65". 1VICEMA — D. Neto —.1 200 em 79"2|5. SNOWBIRD — J.

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NOVA DIMENSÃO DA NOTÍCIA NA TV

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Martin» — 1400 «ra 90". OLDLADY — A. Ricardo — 1200 em78"2/5. CONCILIAÇÃO — Lad. —1300 ern 87". GÊNIO — P. Labre

1400 em 95". PANDAMUS —F. Mala — 1000 em 64"4/5. OES-TE — A. Ricardo — 1 600 em 110".OOMANCHERA — J. SUva — 1 000em 67". BEWITCHED — P. Coe-lho — 2 040 em 152" — 111" amilha. PATOHELLA — O. Macha-do — 1 400 cm 92"2/5. BADAJOZ

A. Barroso — 1600 em 110"2/5.LEONARDO — J. Sousa — 1600era 107"l/5. NUBIAN — J. San-tos — 1 200 em 82". MAHENDRA

P. Fontoura— 1 300 em 88"2/5.FLORAMOUR — J. Pedro — 1000em 63".. JOMBA — F. Esteves -.1 000 em 65". DARK ORIENT —J. Santos — 1 400 em 93"4/5. FE-NELY — O. Machado — 1200 em78". CLUB GLOSSYP — L. Vaz—' 1400 em 95", SECRETINHA

A. M. Caminha — 1 000 em 6_"3/5. BOMARDONITA — C. R.Carvalho — 1000, em 66"3/5.CHANGUITA — J. Vieira — 1300cm 86". ALPES — J. SUva — 1 600em 105". MERIDIANA — A. Ra-mos — 1200 em 79"2/5. DAUPHI-NE — A. Azevedo — 1 000 em 67".J. I. — P.' ConcelçAo — 1 000 em65". — R/oposta. QUINETTE —I. Oliveira — 1 000 em 65" — R/oposta. TONY — A. Barroso —1600 em 102". ARABESCO — G.Sanchò — 1300 em 86"3/5. HO-MEL — J. Raos — 1400 em 97".S. PAIRE — O. Machado — 1 2COem 78"3/5. EMANGA — J. Ne-grello — 1000 em 68". BLACK

TIE — .T. Silva — 1000, em t_\3)5. A. DILEMMA — J. Tlnoco \.1300 em 90"2/5. GÀLBION — ,T. •G. Silva — 1500 em 103". RO-CAILLE — A. Barroso — 1 000 tm71", KIMBELA — L. Actlíla-i —1000 em 65". VATAPÁ — O. It.Carvalho — 1 200 em 79". CLUPra— J. Portllho — 1 200 em 79".-QUIKSTEP — P. Tlnoco — 1403em 9."3;3. ARLESIANA — D. A.SUva — 1200 em Sl". EL CON'-DOR — J. Santos — 1200 em 83"2/3. BELONAVE — O, Moura —1300 em 90". LONDONER — .1.Graça — 1100 em 67"3/5. CAI-MAM (O. Ricardo) e TEEN AGE(L. Acufia) — 1400 em 93". AR-GOT (J. Pedro) e VAPORETO (S.Guedes) — 1300 em 85"2/5.CIIANTILLY (J. JullAol e CAN-DOMBLE (S. Guedes) — 1 600 em105". CECE (D. Moreira) e MAN-GA (J. Santos) — 1400 em 96"2/5. CORINTO (J. SUva) e CALA-DÔNIA (I. Oliveira) — 1400 ent89"3/5. CHAVE (A. Santos) «CLOVE (J. Vieira) — 1400 em 92"2/5. LORD SABIA (D. Moreno)t AVIANO (F. ConcelçAo) — 1 SOOem 81"3/5. MY FLY (I. Oliveira)».' POMIRA U. Santos) — 1 300em 88". BREVET (J. Sousa) _'ABRIL (F. Esteves) — 1600 em104". BOCA DE LEÃO (I. Sousa)« SINCA (D, Moreno) — 1 200 em76". HONEY LOVE (C. A. Sousa)« CABERNET (D. Neto) — 1200'em 81".' XAKA MAYAKA (J. B_-llca) • M1RACLB (J. Portllho) —1200 em 73"2/5.

Becão multadoem cr$ 8 mil

O jóquei José Bezerra da Silva íoi multadopela Comissão de Corridas em CrÇ 8 mil, pelos pre-juízos causados aos adversários no dorso de Con-fúcio, Shia e Chuva.

Eis as demais resoluções:a) — Notificar os treinadores do»

animais Don Mariano, Eu-elidia, Ohaddak e Xalum(l'> vez) e KUclnha, QueenIseult, Tabanegro, Zulml-ra A, Ourobrlga, Opua,La Cath-a, Cowboy • Zar-eo (2.» vez) (lndocllida-de); ,

b) — Chamar a atençAo do»treinadores dos animaisDon Mariano, IcangA, Mòr-ro Agudo. Ramazon e Da-vout (balda);

c) — Proibir de correr o ca-valo Lyrnos, (lndocilldadei,condicionando sua inseri-çAo, passados 30 dias, aparecer favorável do starter;

d) — Suspender, por InfraçAo doartigo 162 do Código d»Corrida» (prejudicar oscompetidores) os seguinte»profissionais: ,

Jos* Alves da Silva (Cervo at*e dia 28 do corrente;

Antônio Ramos (Desertlto) ¦Boa Pinta) at* o dia' 24;

Jobel Tinoco (Z* Curibocai,*1Valdemrio de Andrade (IntocA-vel) e JoAo M. Santos (MarVermelho) at* o dia 21 do cor-rente, e Mauro Andrade (Sa-tanaz) e Francisco Estive» (Otl-)Jla) at* o dia 17.

(Essas punlç&es só enti-arAoem vigor a partir do dia 15'do més em curso).

I) — Multar, por InfraçAo doartigo 165 do Código AiCorridas (desvio de linha)os seguintes profissional!*

Jos* B, Silva (Confúclo, Shl»* Chuva) em Crí 8 000,00;

Isarel Oliveira (Astor), Jefíer-«on Bafflca (Cameleiro) • Car-los R. Carvalho (Ralo) em Cr*.2 000,00; e Joaquim G. Silva(Boatelra) •' Jobel Tlnoca (Fio-rana) em Cr» 1000,00;

f) — Ordenar a pagamento 'do*prêmios das corridas do dl*31 de janeiro » 2 • 3 ri»fevereiro de 1963. \\

Shia derrotou Cabine f

em luta sensacionalShia e Cabine foram protagonistas dè' uma luta

sensacional no quinto.páreo de domingo, que en-tusiasmou o público turfista presente ao Hipódro.-mo da Gávea. Mostrando não ser apenas um ani-mal veloz, mas, também, duro de ser batido, Shiaresistiu à carga violenta de Cabine, que J. Sousatrouxe para uma atropelada fulminante. RockMountain, que o público elegeu grande favorito,'nunca apareceu durante o desenrolar da prova.A sua atuação foi decepcionante,, não passando deum modesto quarto lugar, mostrando mais umavez a sua irregularidade. Entre os jóqueis, desta-caram-se J. Silva e C. R. Carvalho, ambos comduas vitórias. J. Silva levou ao vencedor, além. deShia a égua Chuva. E C. R. Carvalho marcou pon-tos com Cipb e Raio. A seguir, o resultado técnicode domingo: .

1.» PAREÔ — 1300 metros — J." Cabine, J. Sousa 48pista A. V. — Prêmio — 3." Rover, A.. Santos 53Cr? 180 000,00 Nio correram: Cabernet, Qvral

1." Otijla, F. "Esteve» 55 • Mambur*. '.¦:.-:2.o Anacaprl. J. Sousa 58 Diferença. — Mínima í li/l3.» Placa, J. Fagundes .... 58 B0.pos — Tempo 74M•— Venci._-Diferenças — 3/4 de corpo e 1/2 (5) 48,00 — Dupla — (23) 86,00 —

corpo — Tempo — 76" — Venc. placês — (5) 26,00 e (3) 19,00 —(6) 20,00 — Dupla — (14) 27,00 — Movimento do páreo y..Placês — (6) 12,00 t (1) 13,00 Cr» 7 889 650,00. SHIA —• M. C. SMovimento do j-Areo anos —R. Janeiro — Pllláçío —Cr» 6 283 150,00. OT1JIA — P. C. Inshalla e Moment Suprême ' —5anos — S. Paulo — FIllaçAo Propr. — Stud Vargem Alegre—Harlech e Iglaca — Propr. Treinador — Levi Ferreira — Cria-Stud Copacabana •— Trelador dor — Haras Vargem Alegre. \>Artur Araújo - Criador Hara» 6„ rAREO _ laoo metro«|V-Tambor*. ,,,__._ _ A_ v_ _ prên_io..__.

Z* PAREÔ — 1000 metros Cr» 200 000,00T[sU ~_A Ul ~ r"ml0 "" 1.» Brasa, J. Portllho 57Cr» 230 000,00 2.« Bagatela, J. Sousa , 57

l.o Cadmo, J. Corrêa SS 3.0 Holrlê, F. Esteves t 572.0 snowman, O. Machado .. 56 „„„,..„ «,_!,. rr.i_._-. ¦-'3.0 El Selbo, J. Sousa 5S Nâ0 correu Mlnha Colee**

Deíercncas - Pescoço » cabe- Diferença» — 1/2 corpo • pesco-ça — Tempo — 62"l/5 — Venc. CP — Tempo — 77"2/5 — Venc. —1) 19,00 - Dupla — (12) 16,00 (9) 25.00 — Dupla — (24) 34,00 —

Placês - (1) 10,00 e (2) 10.00 *'»<**» - (») ".¦» — V) --.00 •Movimento do páreo (6) ".00 - Movimento der páreo

Cr» 6 974 800,00. CADMO -. M. T. Cr» 7 925 10°.00- BRASA — P. T. .3 anos - S. Paulo — FIllaçAo «nos. ~ S. Paulo — Filiação- —Qulproquó e Ollvette — Propr. í"*" « Nirce —

,pr°Pr- — .Ab-

Sérgio Peixoto de Castro Palha- t6nl° Carios Amorim — Treina-res — Treinador — Maurilio de dor — Manoel de Sousa — Cria-Almeida - Criador - A. J. Pel- "<* - A- J- Pel:coto d« Castro.'Jr.loto de Castro Jr. 7.» — PAREÔ — 1200 melros —

3.» PAREÔ — 1200 metros' plst!l — A. U. — Prêmio —Pista - A. U. — Frêmlo., Cr* 20° O00'09 • -,Cr» 200 000,00 1.0 Ralo, C. R. Carvalho .... 5Tl.o Profano, A. Barroso .... S7 2-° Cameleiro, J. Bafflca ...; 572.0 Incisivo, O. Machado .... 57 3.» Bluejeans, A. Ramo» ..... 543.0 Orlon Boy, J. Portllho .. 57 N)l0 correu Lord Nelson.Náo correu Guetary.

Diferenças — Vários • S/4 d»Diferença» — Vário» corpo» corpo - Tempo — 75''2/5j—Vene

.vários corpo» _ Tempo - 74"3/5 ~ W z.8'00 -p??)* ~ " )??¦«?Venc. - (1) 13,00 - Dupla ~ v^ts ~ W «.00 - (11) 15,00

(14) 33,00 - Placês - (1) 10,00 • «> "*?' -,1_I-°Ti™e_.t°rtd0 P±~(6) 18,00 - Movimento do páreo «•>- Cr* 9 254 80O.OO. RAIO - M.Cr» 6 161800,00. PROFANO — M. A- * anoa ~ R- a* sul ~ ..C. 4 anos - R. G. Sul - Filia- cSo ~ Gale6n e Seca -

_Propr. -

çAo - Profundo e Balcavce stud Relan^Pago - Treinador -Propr. - Luis R. Llma Rocha Es- Marlanos Sales - Criador - Ha-plnola — Treinador — Antônio r*5 Bageense.Pinto da Silva — Criador — Ha- 8.» PAREÔ — 1 300 metros —ras do Arado. Pista — A. V. — Prêmio —

4." PAREÔ - 100 metros Cr* 230 °00'00Pista — A. U. — Prêmio — 1.» Chuva, J. Silva ...' 5«Cr» 180 000,00 2.0 Caramba, I Sousa ...... .58l.o Cipó, C. R. Carvalho .... 58 3-° Slgnorlna, A. Barroso .... 562.o Tabanegro, J. Sousa — 58 nj0 correu Estrela do Beduino.3.0 Qulclc Loolc, A. Ramo» .. 55 _,,, , ,„ ___ „,,,„.Diferença» — 1/3 corpo • vArlo»

. NSo correu Corot. eorpos _ Tempo _ 83.. _ Vene.Diferenças — 2 corpo» » 3 cor- — (8) 27,00 — Dupla — (24) 29,00

pos — Tempo — 64"l/5 — Venc. — Placês — (9) 11,00 — (4) 11,09(1) 40,00 — Dupla — (14) 38,00 e (1) 12,00 — Movimento do pá-Placês — (1) 14,00 — (8) 12,00 reo Cr» 8 679 000,00. CHUVA — F.

e (3) 15,00 — Movimento do pA- C. 3 anos — S. Paulo — Filia-reo Cr» 7 520 050,00. CIPÓ — M. A. çAo — Swallow Tall e Utopia —5 anos — R. G. Sul — FIllaçAo Propr. — Zélia Gonzaga PeixotoBrigadeiro e Helena — Propr. de Castro — Treinador — LeviStud Planalto — Treinador — ,7. Felicita — Criador — A. J. Pel-O. Lotueiico — Criador — Haras xoto de Castro Jr. VUruguaiana. ,. ,Movimento de

...<• PÁ-IEO — 1200 metros apostas "tr. 00 669 900.00Pisla — A. V. — Prêmio Concurso.. Cr» 1342 650.00Cr» 250 000,00

1." Shia, J. Silva 53 Total Cr* «2 012 550,00

e Jornal do Brasil, S.Meira, r2-2-63, Cad. B —.'%

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fio transmitidas pela RidioJORNAL DO BRASIL, Jioje,entre as 15h 05m e 15h 30m.

(You do somcthingto me

, (Cole Porter). -^.¦. ¦ -

do fllmt»CAN-CAN

¦ INTRODUÇÃO

I "wu mishty blueThougiu my ltíe wm through,Tlll tne heavens opened- .

, And I gazed at you,' Won't you tell me, • dearWhy, when you appear,Somethlng happens to meAnde the strangest feelin fco*.

tthrough me?(nls)

" Tou do somethlng to meSomethlng that «imply mistllles

tme.Tell me, Tvhy should it be?You have the power to hypnotii-e

[meI>.'t me liv» 'neath your spellDo, do that voo-doo that you do

fso wellCause you do somethlng to m»That nobody else can do.

Para terminarDo do that voo-doo that you doWhen you do, comeTou do somethlng to me.

} O céu que vemtle voce(remando César— Brltlnho)

1.» Parte>;u «em voe» n*o poderia cantarA douçura do amor

, A'"ven_ura dê amarEu «em você talvez nem fosse

[notarQue Inventaram um céu pra eu

r [morar2."- Parte — (Bis)

EU me pergunto afinal quem «ou. _,": '..'.'' [eu?

Tenho um céu que é «ó meuE nem rezei.11 nem- rezeiNem «ei bem por quê.

I Pra quê'

(Sílvio César)

Pra qu» fingir que vai embora .' \ • Pra que mentir a toda hora1 . Pr» que êss« adeus *e você vai}".-'. [voltarPra que ê«st Jeito de falar

2." Parte ~- (Bis)pra que brigar constantementeffk que chorar tio facilmente

1 Pra que afinal você promete assim/ Se eu gosto de você

E você gosta d« mimSe eu gosto de'voe*E você gosta de mim.

/

Q.

Together -(Brown — De Sylv»

— Henderson)

do fllmt• ...... DESDE QUE PARTISTE

Westrolled the lane, together;Láughed at the rain, together,Song loves ref rain, together.And- we'â both pretendl't wòuld neveí, never ever endAh!' One, day we crled. together.Cast love aslde, togetherTou're gone írom me,But ln my. memory-,We always wil! be together

. Through star and sun. together; Òur' hear t_'_ne, together_.ou've got meBjjt.ln my memoryWe always wil! be.Trtst you and me

,We always wlll be together,Together, together:

E daí?

Carnaval è por aquiBATERIAS CAMPEÃS

As baterias das Escolas deSamba Acadêmicos do Sal-gueiro e Flor do Lins empa-taram em primeiro lugar,no torneio realizado sábadono Maracanãzinho, entre asgrandes escolas. Todas asbaterias, apresenta-ram-se com sucesso peran-te numeroso público queaplaudia de acordo com assuas preferidas, transfor-mando" o Maracanãzinhonuma grande noite de sam-ba, deixando antever o queserá o carnaval cariocadeste ano. Em segundo lu-gar houve também empateentre Mocidade Indepen-dente de Padre Miguel eImpério da Tijuca; o ter-celro lugar coube ao Unidosdo Cabuçu. Pixinguinha,Dongá, Lücip Rangel e Sar-genteli fizeram parte do jú-ri que apontou os vencedo-res do I Torneio de Bateria

. (Miruel Gustavo)

Proibiram qíie eu te amasseProibiram que eu te vi.seProibiram que eu saiiseOu perguntasse a alguém por ti

; Proíbam multo malaf. Prepuem avises

Fechem portas ;Ponham gulzos '

;Kosso amor perguntar»'T, dal, e dai?Dat, por mais cruel persegulçàoEu' continuo a te adorar ¦Ninguém pod» para meu coraçíocjue * teu, que * todo teu ¦Todlnho teu. .:

U ..'I Samba cm prelúdio(Vlntciur, d» Morais— Baden Powell) '

l 1.» Parle

Evi'"tíxti vocêNSo tenho porquêporque sem vocêIMò' «ei nem chorar 'sou cham» sem luzJardim cem luarLuar'tem amorAmor sem «e dar, ; ¦ ¦.jEu-.iem você !-Sou «ó desamorUm barco «em mar-Um campo «em florTristeza que vaiTristeza que -vemira você meu amorSsu não «ou nlngém

2.» ParteQue vontade de ver renascer nos-

[sa tidaVolta queridoOs -meus precisam dos teu»-£u_ abraços precisam dos meusE-tou t_o «òzlnhaTenho oa olho» cansados de olhar

[para o alémVem ver a vida 'Sem você, meu amor eu nio «ou

[ninguém.

.í.'s the talk ofthe town

para o dia 22 e haverá tam-bém concurso para escolheras três melhores fantasias.Duas orquestras animarãoos enxutos no ambiente doCarnaval nos Trópicos, de-coração do teatro para afesta.

COPACABANA PALACE

Sábado de -carnaval ogrande baile do Copa queapresentará este ano, o te-ma Festa Brasileira, do ar-tista Nielson Rena que jáfoi aplaudido pela Rainhada Inglaterra, quando levoua Londres' o Boi.eí do Riode Janeiro. Dez orquestras '

tocarão nos sois salões doCopa, que terá a coordena-ção de Murilo de Azevedo.Prêmios para as melhoresfantasias masculinas e fe-mininas: um carro Dauphl-ne. O baile infantil, na se-gunda-feira dará 20 prêmiose 3 outros especiais à melhor

réplica dos três personagensprincipais de Minha Queri-da Lady. O preço do Ingres-so para o famoso baile é deCr$ 15 mil por pessoa, ln-cluindo cela e impostos; pa,ra o infantil Cr$ 2 500,00,tanto para criança como seuacompanhante.

CONCURSO DE FANTASIASi

As inscrições para o con-curso de fantasias do Bailede Gala continuam abertasna Secretaria do Teatro Mu-niclpal até o dia 22, das 14às 17 horas. Concorrerãoapenas fantasias femininase grupos mistos com meta-dé de homens e metade demulheres, disputando pre-mios de luxo e originalidadeem ambas as categorias.

OLÉ NO BOTAFOGO

O Botafogo de F. R. daráeste ano cinco bailes, sendo

• (Llvlngston — Symea,— Nelburg)

1'l can't show my faceCah't go »ny place1People stop and star»It'*. «o hard to bearEy'rybody know* you left meIt's the talk of the townEv'r.v. time we meetMy heart «klps a beatWe don't stop to spé»kThough lt'« Just a weekEvYybody know* you left meIfs the talk of the town

2.1 P*rle — (Bis)We _ent out lnvltatlon..To fiiend» and relatlon*Announclng our weddins; day}¦ rlencí.. and our relatlon*Ouve congratulai tonsHow. can you face them?What cun you *ay?Let'« make up, «weetheartWe can't stay apartDoiVt let íooliah prld*Keep you trom my side

Jinw can love like our* be ended—ir. «->!_. +«,._¦ „e ._>.. .,,¦„-,

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três para adultos e dois ln-íantis, em seus salões deco-rados com o tema Olé!, cria-ção do cenógrafo José deSousa Júnior. No alto da se-de ficará um galo carijó, de3 metros, com as .cores doclube; na entrada duas. fl-guras de 4 metros simboll-zando dois foliões; no salãonobre um quadro de 2x3 a ióleo, apresentando a figurade Garrincha uniformizadoe de chuteiras, simbolizan-do um toureiro, escorandoum touro. Os bailes: dia 23,o oficial do clube; dia 24,infantil, das 15h às 19h; dia25, o Baile Alvinegro; dia26, infantil e à noite o Baileda Estrêja Solitária..

GRANDES SOCIEDADES-

As Grandes Sociedades jà,..estão confeccionando suasalegorias nos barracões lo-calizados sob a Avenida Pe-rimetral. Artistas, pintores,trabalham animados em

. suas criações, esperando ca-da qual ver vitoriosa a sua.Sociedade no desfile dé do-'mingo, clímax do carnavalcarioca.

PARAÍSO DE TUIUTI

O Grêmio Recreativo Es-cola de Samba Paraiso do.Tuiuti toriiará parte nó des-file da Praça Onze, aprésén-tando o enredo Um Baile naCorte Imperial, com 600 fi-guras, . distribuídas em 32alas. Nei Pereira comandaráa bateria de 50 • elementos,,,,sendo 10.moças. A aplaudi- *•da escola está ensaiando àsquintas-feiras e domingosem sua sede no Morro doTuiuti, São Cristóvão.

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Beija-Flor abrirá o desfile do sambaA Escola dc Samba Beija-

Flor abrirá o desfile da Ave-nida Presidente Vargas, doGrupo A, de acordo com osorteio, realizado na Secre-,taria de Turismo. A seguir,pela ordem, entrarão: Uni-dos do Bangu, União de Ja-carepaguá, Portela, EstaçãoPrimeira de Mangueira, Im-pério Serrano, Mocidade In-dependente de Padre Miguel,Unidos do Cabuçu, Acadêmi-cos do Salgueiro, Aprendizesde Lucas. Total de 10 es-colas.

Do Grupo B, na PraçaFloriano, desfilará primeiro'o Unidos de Nilópolis, vindoa seguir: Unidos da Tijuca,Unidos.de Vila Isabel, Inde-

pendentes dó Leblon, Tupi deBrás de Pina, União do Cen-tehário, Caprichosos dos Pi-lares, Acadêmicos de BentoRibeiro, Caprichosos do De-serto, Flor dó Lins, Unidosda. Capela, Império do Ma-rangá, Império da Tijuca,Unidos de Padre Miguel, Im-peratriz Leopoldinense. To-tal de 15 escolas.

Grurjo C, na Praça Onze,entrará primeiro o Unidosdo Éden e a seguir: Unidosdo Morro Azul, União de VazLobo, Aprendizes da Boca doMato, Acadêmicos do Bon-sucesso, Unidos do Jardim,Em Cima da Hora, Apren-dizes da Gávea, Paz, Músicae Alegria, Unidos da Pie-

dade. Unidos de São Cie-mente, Paraiso de Santa Te-resa, Independente de Mes-quita, Unidos da Vila SãoLuis, Acadêmicos de Maré-chal Hermes, Império deCampo Grande, Acadêmicosde Santa Cruz, Independên-tes do Zumbi, Unidos do Ja-caré, Unidos da Ponte, Uni-dos de São Carlos, InfernoVerde, Capricho do Cènte-nário, Acadêmicos do Enge-nho da Rainha, União daIlha do Governador, -Aca-dêmicos do Engeçho deDentro, Paraíso do Tuiuti eUnidos da Vila de SantaTeresa. Total de 28 escolas.

das Escolas de Samba aoEstado da Guanabara.

CARNAVAL É NOGLÓRIA

, O Hotel Glória abre sá-bado seus salões para ogrande Baile dos Artistas,inaugurando o calendáriooficial do carnaval carioca.A decoração de seus sete sa-lões apresenta o tema AsPiratalhadas, criação do ce-nógrafo Carlos EduardoNunes, e custou perto de

• 2 milhões de cruzeiros, Seisorquestras, dirigidas pelomaestro Gentil Guedes, co-mandarão os foliões, espa-lhando alegria por todos oslados. O ingresso individualcustará Cr$ 4 000,00 e mesaCr$-8 000,00.

.CONVOCAÇÃO DE .FISCAIS

O Juiz de Menores Alber-. ¦ Cavalcanti de , Gusmão

tá. convocando todos osfiscais e comissários parauma reunião dia 20, às 17 h,no auditório do Ministérioda Educação, para recebe-rem instruções sobre a íis-calização durante o períodocarnavalesco.

BAFO DA ONÇA . ,.

O Bafo da Onça ensaiahoje no Maracanãzinho, às20 horas, apresentando con-juntos e melodias exclusivaspara um público já acostu-mado com seus espetáculos.

ENXUTAS NO PLAZA

A Boate Plaza já estácom sua decoração prontapara o animado Baile dasEnxutas, sexta-feira, de 16hàs 20h. Aplaudidas vedetasde teatro de revista partici-parão da festa e de um con-curso que apontará a maisenxuta do ano.

ENXUTOS NO RECREIO ¦

O Baile ãos Enxutos, noTeatro Recreio, está marcado

Quem seráa Rainha?

Encerram-se amanhã asinscrições para o concursode Rainha do Carnaval de1963, na Secretaria da Asso-ciação de Cronistas Cama-valescos, Avenida Presiden-te Vargas, 509, 22.° andar. Ojulgamento das candidatasobedecerá aos seguintes re-quisitos: espirito carnava-lesco, simpatia, graça e ele-gância, personalidade e de-sembaraço social. A vence-dora do certame além dafaixa e cetro real, ganharáCr$ 50 000,00 e as princesas,faixas simbólicas e CrS ....20 000,00. Pela primeira vezneste concurso, será eleita aMiss Simpatia, que será cs-colhida pelas candidatas aotítulo dc rainha da folia ca-rioca.

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Quilombos no Asfalto (IV)Herança da senzalaescraviza negro na B a h iia

- ¦< Numa tentativa de mostrar ao povonorte-americano que era possível a co-: existência das rapas, pois havia umpaís onde a discriminação racial nãoexistia, a UNESCO contratou, em 1950,.;os mais famosos sociólogos das mais im-

portantes Faculdades de Filosofia doBrasil para prepararem estudo minucio-so sobre o assunto, em nosso País.:' Infelizmente, quase oito anos depoisiodos os relatórios entregues foram unâ-nimes em afirmar que no Brasil não sóexiste o preconceito racial como tam->bém, em alguns Estados, dia a dia seagravam as relações raciais, havendo;até mesmo exemplos, embora raros, decasos de chacina de brancos por negrosrevoltados, no interior da Bahia.

E aqui estamos, na Bahia, com seusseis milhões de habitantes, na maiorianegros ou mulatos — terra onde se en-contram fixados em postes cartazes comoferecimentos de empregos, mas exigin-do que os candidatos "devem ser cia-íos". Não importa sua qualificação, seuestado físico: basta que sejam brancos.Terra onde os negros dormem pelas cal-•^adas, esmolambados. Terra onde os ne-gros esmolam pelas ruas, e até mes-ino assaltam. A'mamãe Petrobrásnão tem mais lugar para ninguém.É vergonhosa, dramática, indescritível asituação do negro na Bahia.Sim ou não

No Palácio do Governo, entramos emcontato com o secretário particular doGovernador, o advogado Salvador Rosade Carvalho, mulato, homem de grandecultura, bem-falante, como bom baianoque é. Perguntamos-lhe, sem rodeios,se havia ou não preconceito de côr naBahia.-' — Meu desejo seria dizer que não.Porque, se considerarmos que entre nósas oportunidades todas podem estar aoalcance de homens e mulheres de qual-quei* origem, a conclusão a que fatal-

niente se chegaria é que não existe opreconceito. Uma verificação criteriosa,porém, leva a conclusão diferente. Háo preconceito. E êle vige, em plenitude,na dinâmica da vida social._ — Estou procurando opiniões, em

tòrnp de mim, a respeito do tema, em-polgante, atual. Quantos procuro ouvirnie dizem que há preponderância do ele-mento negro na composição atual dapopulação baiana. Quem faça pervagaros olhos pela rua, conclui no mesmo sen-tido. Há mais negros e mulatos do quebrancos. E entre mestiços e negros mui-ta gente há que dá" preponderâncianumérica aos últimos.

.— Pergunto, então: rjor que nuncahouve na Bahia um Governador negro?Nem um senador? Quais os deputadosfederais e estaduais, pelo menos nos úl-timos vinte anos, de epiderme preta? Eos vereadores? A resposta seria que aorigem dos elementos negros de nossapopulação, as senzalas onde se abriga-va a gente escrava, legou-lhes tambémpobreza, falta de meios econômicos parase valorizarem socialmente.

Escravidão ou servidão

Salvador Rosa de Carvalho entraagora em outras considerações:

A liberdade .social e política con-tinuou escravidão, ou quando nada ser-vidão, pois havia que continuar alu-gando suas forças de trabalho. E istoseria algo a corrigir, ainda hoje, peloEstado que, no Brasil, tem que fazertudo... Mas, estou escutando objeçõès.Está aqui alguém que me diz: "MasTeodoro Sampaio foi preto e chegou aser o que foi, um dos maiores valoresda inteligência baiana. José do Patro-cínio, também. Está aí o Milton San-tos, que é um expoente intelectual desua geração. Aí, este admirável prega-dor, padre Gaspar Saddock, que prendeas multidões com seu verbo inspirado.Todos pretos, todos integrados na co-munidade baiana. Todos triunfantesna vida intelectual, como no esportetambém possuímos um homem comoValdemar Santana, que é motivo de jus-to, orgulho da Bahia."

Na verdade, na Bahia não chega ahaver segregação racial, que em outraspartes do Brasil ainda hoje se verifica.Quando o elemento de côr possui méri-tos não há obstáculos sérios ao seu trl-unfo, embora este não seja espontâneo,como quando a epiderme coopera...¦r— Respondendo assim de chôfre, estouaos poucos' lembrando-me de um episó-dio a respeito do assunto, ocorrido emSalvador, em fins de 1982: uma vedetade côr andou por seca e meca, até quea intervenção da Polícia fêz com que umhotel a recebesse. Afinal, onde não ha-verá preconceitos? Já Eduardo Zama--cois dizia que "eles são mais profundosdo que as raízes".

Falsa aparência

Ainda no Palácio nos avistamos como Secretário do Governo, Professor FelipeNéri, diplomado em Medicina, professorde Geografia no Colégio Central. É de côrnegra, filho de pai póstumo e mãe cos-tureira, pai de duas filhas, uma psiquia-tra e a outra professora.Pelo cargo que ocupa, Felipe Néri re-cebe muitos convites para recepções, po-rém para êle só, conforme nos contou, suafamília raramente é lembrada nesses con-vites e nem todos os anfitriões estão es-perando realmente que um negro se lem-bre de aceitar um convite que via de re-gra foi feito por mera cortesia.Sei perfeitamente quando umconvite me é feito como rotina social, equando minha presença vai ser devida-mente_ apreciada. No atual estado de coi-sas, não vou expor minha família a vexa-mes, não porque ela não soubesse man-ter-se na mesma altura dos anfitriões,mas é que ficaríamos deslocados no meiodos brancos, chamaríamos muito a aten-ção. As aparências dão ao observadorde primeira hora a impressão de inexis-tência do preconceito de côy. Mas a ver-

dade é que êle existe. Prova evidente teráquem busque nas casas de modas, nosbancos, nas grandes organizações' comer-ciais e mesmo no funcionalismo público(onde o negro via de regra exerce funçãosubalterna) a presença do elemento decôr.Pai dos pretos

Com tanta miséria no meio dos ne-gros, na Bahia, é quase automático afir-mar--se que o grau de criminalidade en-tre eles é acentuado, e via de regra ser-vem de bode expiatório para tudo quan-to é crime insolúvel com que a políciatopa.

Uma fila estranha encontramos nopátio da velhíssima igreja de São Do-mingos, Freguesia- da Sé, formada pormiseráveis mulheres negras, esfarrapa-das, com crianças espalhadas por todosos lados e muitas lágrimas descendo pelorosto sujo. Esperavam sua vez para se-'rem ouvidas pelo pai dos pretos, o Ma-jor da Guarda Nacional, Cosme de Fa-rias, de 88 anos, muito magro, muito ai-to, tipo raro, com seu colarinho alto eduro, sua gravata antiquada.

Cosme de Farias é vereador peloPDC, reeleito três vezes, com quatromandatos cumpridos, e o terceiro maisvotado este ano. É um homem muitopobre, não porque ganhe pouco, mas simporque gasta todo o seu dinheiro comseu povo, os negros.— Não sou advogado, mas sou pro-visionado e já há ,67 anos trabalho degraça para o, meu povo, providenciandohabeas-corpus, internamento em hospi-tais, em asilos, em albergues. Nesses 67anos nunca acusei ninguém, só fiz de-fender, soltar da cadeia, porque negronão é escravo para andar de algemas.Nunca tranco minha casa, por isso outrodia alguém entrou lá e roubou uma dastrês ceroulas que tenho..

Cosme de Farias recebe uma médiade 60 mil cruzeiros por mês como verea-dor. No dia do pagamento, na porta daCâmara, seus negros já estão esperando,porque ali mesmo êle faz a distribuiçãodo dinheiro. Por ser Irmão Prior da Igre-ja de São Domingos, conseguiu colocarnum vão de escada sua banquinhá dèrábula, onde, das 8 às 13 horas, todos osdias, distribui justiça.. Além disso é Pre-sidente da Liga Baiana Contra o AhaKfabetismo, já escreveu dois livros, um déversos, chamado Estrofes, e o outro umcombate ao ex-Govêrno Vaz Calmon, in-titulado Lama e Sangue. Cosme de Fa-rias escreveu e mandou editar por contaprópria uma Carta áo ABC, que é dis-tribuída por todas as escolas de alfabeti-zação da LBCA. Se alguém zombar deCosme de Farias perto de um negro na

.Bahia, ou mesmo pronunciar seu nomesem o devido respeito, pode contar queé homem morto.

As cartilhas de Cosme de Farias sãouma resposta às cartilhas espalhadaspelo interior da Bahia, não se sabe porquem, onde os negros são sempre apre-sentados como indolentes, ignorantes esempre colocados em situação deprecia-tiva, de inferioridade. Inexplicavelmente

Sílvia Donatoessas cartilhas, cuja existência íoi de-nunciada pelo grupo liderado pelo soció-logo Professor Thales de Azevedo, quan-do da preparação de seu relatório paraa UNESCO -sobre preconceito de côr naBahia, não foram recolhidas.

Intensificação do processoNão poderíamos deixar de ouvir *o

Professor'Thales de Azevedo, por formarêle, com o Professor Florestan Fernan-des, da Faculdade de Filosofia de SãoPaulo, a dupla que mais entende de pre-conceito racial no Brasil. No entanto, porser época de férias, Thales de Azevedonão foi encontrado — mas será perfei-tamente substituído em nossa reporta-gem por sua filha, Maria de AzevedoBrandão, do Instituto de Ciências So-ciais da Bahia é Professora de Sociologiada Faculdade de Filosofia e da Escola deAdministração. Ela acompanhou o paiem todas as suas pesquisas e fêz outraspor conta própria.A Bahia tem sido, no Brasil, umadas áreas mais estudadas do ponto-de-vista das relações étnicas. Podemos .ci-tar Donald Pierson, Thales de Azevedo,Charles. Wágley ,e seus assistentes daUniversidade de Columbia. Desses es-tudos resultou uma constatação unâhi-me:: a estreita relação da problemáticadas relações raciais com os problemasda estratificação social e, mais especifi-camente, a vinculação de manifestaçõesdiscriminatórias ao processo de mobili-dade social.

—¦ O que se pode afirmar presente-mente — e aqueles estudos não autori-zam a dizer-se mais que isso — é quéas características físicas fornecem, aolado de características de conduta eaparência, elementos para identifica-ção de status de indivíduos e grupos.Tomado, isoladamente, o tipo físico per-mite prever outras características a êleassociadas, e que são, em última análi-se, características de natureza sócio-es-trutural, posição efetiva no sistema eco-nômico e do poder.-As manifestações de discriminarções. ocorrem usualmente nos momentosem que se verificam ou podem verificarmudanças de posição de indivíduos' ougrupos no sistema social. Estas man.festações são mais dramáticas quandotais mudanças de posições representama ascensão — sobretudo em grupo —de pessoas de côr.

;— Ao tipo físico se associam carac-terísticas psíquicas e morais, que repre-sentam racionalizações de apoio a ati-tudes e comportamentos inter-raciais —inclusive e sobretudo as discriminações— e que constituem a matéria do pre-conceito racial. Igualmente se associamao tipo físico avaliações estéticas quereforçam comportamentos e atitudes naárea das relações inter-raciais.Associadas como são as formasem que se apresentam as relações de ra-ça como processos de classificação so-ciai. admite-se que ampliadas as pos-sibilidades de mobilidade social, parti-

cularmente de ascensão de pessoas decôr, se intensifiquem os processos" dediscriminação e se perpetuem as avalia-ções desfavoráveis ao homem de côr co-"ino base das atuais e de novas racio-nalizàções. ¦ ,' \\. Prossegue a socióloga Maria de Àze-vedo Brandão: — O último enunciado é,com referência à Bahi^, ao menos, maisuma hipótese do que uma constatação.Nenhum estudo foi realizado no serítidode testar a suposição, bastante razoável,dé que os grupos dominantes oponhamresistência à modificação das posiçõessócio-estruturais, como da própria estru-tura sócio-econômica, recorrendo a rftàlordiscriminação e preconceito.Paralelamente é de esperar-se-que, em resposta a esta tendência, as ca-madas vítimas de tal situação reajam, eassim se estabeleça um sistema em ca-deia,_cujo balanço final será a inténsi-ficação de tensões inter-raciais e a-pro-vável configuração do problema em têr-mos de conflito.

Momento crucial- ...•'¦)

Maria Brancião ainda fêz outras con-siderações sobre o que ela chama de "pro-blema das relações raciais", pois julgaque seria inadequado vê-lo apenas em'termos de preconceito:É necessário compreendê-io comoum processo dinâmico e bastarite com-plexo. É tipicamente um problema a de-safiar a ação. Creio que no Brasil, aforaa recente Lei Afonso Arinos e a platôni-ca referência ao problema na Constitui-ção Federal, praticamente nada se temfeito em favor de uma autêntica demo-cracia racial. >•.

Não creio que o Brasil ou paísalgum seja imune a processos antidemo-cráticos. Creio sim, que situações futuraspoderão ser prevenidas mediante politi-cas sociais adequadas, no presente:-' Omomento é crucial para o futuro das o.*e-.lações raciais no Brasil. A reestruturaçãopor que passa a sociedade brasileira, con-seqüente do desenvolvimento econômico,proporcionará um intenso processo devmobilidade social e uma valorização eco-nômica de atividades diversas daquelas .prestigiadas tradicionalmente. Estas mo-dificações terão uma profunda incidên-cia sobre as relações raciais, em virtudeda.posição que ocupa a grande massa da?população de côr no Brasil. . *

Em resumo, podemos dizer .quenão há na Bahia uma situação de con-flito aberto, mas há entretanto precon-ceito è discriminação. Estas manifesta-ções comumente se associam às relaçõesde classe. Podé-se dizer que as mesmas sópodem ser entendidas dentro do contex-to das últimas. Há aparentemente umaagravação das relações raciais no senti-*do de possíveis situações de conflito aber-to. Não é, entretanto, uniforme esta evo?lução. É desigual na estrutura sociaLá;intensidade com que elas se agravam, puatenuam. Provavelmente há áreas .dèatenuação. ,.' .

E difícil estimar-se a tendência *'preponderante — mais ou menos ten-são —, pois não há estudos feitos récèn-temente, isto é, quando a Bahia dá osprimeiros passos para a industrialização.A intensificação das tensões raciais está,a depender do processo de reestruturaçãoda sociedade regional, por um lado, e daefetiva democratização da sociedade., bra-sileira. É óbvio que um regime liberalcapitalista é mais favorável ao agrava-mento das relações raciais no Brasil.Entretanto, qualquer que seja o quadroda sociedade brasileira no futuro, o pro-blema exige abordagem prática em, têr-mos de ação, em que se recorram a téc-nicas sociais diversas, especialmente .nocampo da educação, e se instrumente vuma política autenticamente demo-crática.

Irmandade centenária

Quase 40 mil quilômetros percorri-dos por nós, no afã de bem informar, noslevam a afirmar que foi apenas na Bahiaque não encontramos um aglomerado desociedades recreativas' e culturais só depessoas de côr — mas o fenômeno é fà-cilmente explicado. Ali há tanta misérM.que o branco pobre e o negro de iguíSicondição compartilham de suas misériasnos salões de dança locais, sem necessi-dade de separação.

Encontramos apenas a SociedatíèProtetora dos Desvalidos, instalada na Ci-dade de Salvador em 16 de setembro de1832, sob a proteção de N. S.a do Ampa-ro, e composta de número ilimitado aesócios brasileiros natos de côr preta, con-forme reza seu estatuto original. Sua fi-nalidade é fazer caridade, dando assis-tência médica a associados ou não.pa-gando pensão por validez temporária oupor morte, além de custear o. enterro deseus associados. . -. .

Seus móveis ainda são de 130 anosatrás, em jacarandá, e seus presidentesusam colarinho duro, conforme pudemosverificar por centenas de fotografias detodas as diretorias qué passaram pelacasa. Foi seu atual presidente de Consé-lho, Sr. Manuel Alves Muniz, que, àcusta de andar. descalço, conseguiu for-mar uma filha professora, quem nos. fêzum retrato da situação do negro baiano.Com 57 anos, tenho visto o hègrosofrer muito. Vou citar apenas meu. caso,porque desse tenho provas. Mandei comsacrifício minha filha fazer o ginásio. Atéandei de pé no chão para poder pagaras mensalidades. Depois veio a formatii-ra de professora. Aqui entra o castigo déser preto. Na hora de distribuir as esco-las, as brancas ficam aqui na Capital eas negrinhas são mandadas para as ci-.dades bem do interior, na maior miséria,'com salário menor, pois para elas nãohá o pistolão das horas extras, como aquina cidade. Foi preciso eu me agarrar comum deputado amigo da família para con-seguir sua efetivação aqui. Mas suas co- xlegas andam pelo mundo, longe de todos,passando até fome, muitas delas. "

r- Nossa sociedade procura íazer omáximo pelo negro, porque, se assim nãofôr, ninguém olhará por eles neste Go-vêrno de politicagem.

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PRECÍSA-SE de um bombel-ro hidráulico, — Ladeira doCastro 9. Pode trazer fer-ramentas. Tratar com Inda-lácio,_ das_ 7__ás Shoras.PRECISA-SE empregada porhora, náo cozinha. Duvivier74?.«n;y 602>?— -37-6237:

PRECISA-SE de empregadapara todo serviço. R. SantaClara 142, apL 508.PRECISA-SE empregada, R.Bãrátá,>Rlbelro'i:503. ap: 404.

PRECÍSA-SÊ de uma empre-gada para tomar conta de 2menores e demais serviçosRua 24 de Maio 321, Iundos,com Dona Iara.;PRECISA-SE de empregadapara todo serviço de um ca-sal com filhos pequenos. Sóserve com documentos e rc-comendaçóes, pagam-se de fla 8 mil cruzs. Tcl. Rua Por-to Alegre n. 36. Eng. Novo.Tel.: 38-9435.

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EMPREGADA — Precisa-seoara cozinhar • e arrumar —Pagi-sè bem e exigem-se re-ferèncias. Tratar ná Praia deBotafogo, 124, ap. 38, 7.» and.EMPREGADA — Preclsa-sc,que saiba cozinhar e serviçosleves. Bom tratamento. Tra-tar Rua Carlos Góis, 37, ap.302. —Lebloiu

EMPREGADA — Precisa-separa todo o serviço de tráspessoas, dormir no emprego— Cr$ 6 000,00. Trazer carteira. Rua Haddoclc Lobo .379. «p. 401.

COZINHEIRA — Precisa-sede uma, com referências, Or-denado CrS 10 000.00. R. Al-mirante Tamandaré, 77, ap.5, Flamengo.COZINHEIRA — Paga-se bem— Av. Rainha EUsabeth n.°637,Vap; 802^COZINHEIRA — Precisa-sedo trivial para 4 pessoas,que durma no emprego e dèreferências. Tratar pelo te-lefone 57-4183. COZINHEÍRA — Muito limpae competente. Exlgem-se re-ferèncias. Tratar na Rua Dr.Satamini, 94, ap, 402. Tijuca.

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MENOR ou maior que náolaça questSo de salário, <iileconheça serviços de escrito-rio. Av. Rio Branco 185 gr.1 420 depois dc 9 liora.s.M.OÇA tt.' Precisa-se, menor,'que «eja datilografa. Tratar)ioj« depois dn.n IS horas, naBua 7 de Setembro. 88, sala PnEdSA-S:804. com o.;Sr, Ij&udelino„_' SíENÕRTpara serviço externo,' que aalba. ler t escrevri' t d«

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