Governo acha que reforma partidária terá aplausos

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JORNALRio de Janeiro — Segynda feira, 22 de outubro de 1979 Ano LXXXIX — N'1 197 Preço: Cr$ 8.00

TEMPORio — Poraolmente nubla-do o ocasionalmente claro.Temperatura em ligeira ele-vat;õo. Ventos fracos e moderados. Máxima 29.5 (Jacarepagua) Mínima: 17,5(Alio do Boa Vista)Sáo Paulo — Claro a por.cinImente nublado Tempe-ratura estável Ventos lestea Norte, fracos. Moximar26,4 Mínimo: 15,5Curitiba — Parcialmentenublado. Temperatura emligeira elevação. VentosNorte fracos. Máxima: 23,9.'Mínima:

10,1.Florianópolis — Parcial-mente nublado passando oencoberto com chuvas es-parsas. Temperatura em li-geira elevação Ventos Nor-te fracos o moderados. Má-xntio 22,3 Mínima. 20.4.Porto Alegre- Instável comchuvas e trovoadas espar-sas temperatura em ligeiraelevação Ventos Norte ron-dando para Sul, fracos amoderados. Máxima- 30,0.Mínima. 16,2Vitória Nublado a par-cialmente nublado Tempe-ratura estável Ventos Lestefracos Máxima 25.0 Mini-mn 18,7.Belo Horizonte - Parcial-mente nublado. Temperatu-ra estável Ventos Leste, fra-cos Máxima. 27,8. Mínima-15 1.Brasília Parcialmente nu-blado, ainda sujeito ò insto-bilidade. principalmente òtarde Temperatura em li-geira elevação Ventos Lestea Norte, fracos a modera-dos Máxima: 25,6 Mini-ma: 15,0Salvador Nublado, aindasúbito a chuvas esparsas,melhorando a partirdoOes-te e Norte Temperatura es-tável Ventos Sueste, fracos.Máxima 28,4 Mínima22,0Rtctfe Nublado, aindasujeito a chuvas esparsas nolitoral e parcialmente nu-bludo nas demais regiõesfemperatura estável Ven-tos Sueste. fracos.Máxima: 28,6. Mínima:24,9* Temperatura referenteàs últimos 24 horas

(Mapa na página 12)

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510 ACHADOSEPERDIDOS

CARTÃO E CHEQUES VERDEBanerj,Carteira CRM 52219966eidentidade IFP 4021255 ANAMARIA ROCHA comunica a pra-Ca furto. Não se responsabili./ando por uso indevido.

COMUNICAÇÃO Heymor Serraro Duarte, brasileiro, casado,comerciante, avisa ò pracp e aocomercio em geral que furtaram seus documentos abaixodiscriminados, não se responsa-bilizando por qualquer compraefetuado desde que sua assina-tura náo confira com a do fitu-lar Talão cheque ouro do Bancodo Brasil e cartão que o identifi-ca, cartões de crédito Diners,Nacional, Mesbla e Sears Apro-veitando o ensejo, solicito oquem encontrar os documentos,entregar no Centro ótico ò AvN.S. de Fátima, 56-A ou avisaipelo Tel 232-1943 que seragratificado.

MARIO CEZAR FIDALGO — Sócioproprietário do lale Clube do Riode Janeiro, titulo n° 3167,extra-viou as carteiras de sócio deseus dependentes: Myrram Ca-valcanti de Albuquerque Fídal-go, Paulo Gustavo Cavalcantide Albuquerque Fidalgo, Adria-na Cavalcanti de AlbuquerqueFidalgo,' Luiz Eduardo Covalcan-li de Albuquerque Fidalgo

NO DIA ll/IO/79fuiroubadof>mmeu apto (oiasedoctos JoséLui/Q Albuquerque

200 EMPREGOS

210 DOMÉSTICOS

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PCB anunciareuniãode sua cúpula

Os dirigentes comunistas queretornaram ao Brasil vão reunir-se,nos próximos 10 dias, no Rio, paratomarem uma posição conjuntasobre o projeto de reforma partida-ria enviada ao Congresso. O encon-tro. presidido pelo Sr Luis CarlosPrestes, será, segundo o ex-lídersindical Hércules Corrêa, uma reu-nião de comunistas mas náo doComitê Central do PCB.

O Sr Luis Carlos Prestes estámorando, desde ontem, em umapartamento de 150 metros qua-drados na Rua Rainha Elizabeth.Pela manhã, elcrecebeu repórterespara ser fotografado, mas não quisdar entrevista. À tarde, foi à casado arquiteto Oscar Niemeyer, naEstrada das Canoas, onde se reu-niu com delegações dos Estadosque vieram para sua recepção edirigentes comunistas. (Página 4)

Lei salarialtem garantidassete emendas

Com oito emendas ao projeto gover-namental — uma das quais a unificaçãodo salário mínimo, é a única com a qualnão concorda o Governo e corre o risco deser rejeitada — o Congresso Nacionaldeverá aprovar, quinta-feira, a lei da novapolítica salarial. As demais emendas refe-rem-se à extensão dos reajustes semes-trais a classes náo beneficiadas e outrositens que pouco mudam o projeto ori-ginal.

Enquanto as lideranças da Arena ten-tam convencer os arenistas favoráveisá emenda a não aceitá-la, o MDB bus-a sensibilizá-los para que votem a fa-vor de substanciais alterações ao pro-jeto do Governo — negociações coletivassem restrições, reajustes trimestrais,pleno direito de greve, garantia no em-prego aos seis meses — mas suas chan-ces sáo remotíssimas. (Página 6)

Fidel libertacompanheiro há20 anos preso

São José/Costa Rica — Hu-bert Matos, major guerrilheiroresponsável pelo cerco e cap-tura de Santiago de Cuba(Província de Oriente) na der-rubada da ditadura de Fui-gêncio Batista, preso há 20anos por ordem de seu chefeFidel Castro, foi libertado on-tem em Havana e anunciouque pretende viver em Miamicom a família.

Matos falou em presençade funcionários costa rique-nhos, minutos depois da liber-taçáo, dizendo-se em bom es-tado de saúde. "Estou felizpor poder retornar à minhavida particular", disse. Agra-deceu a vários líderes latino-americanos, entre eles CarlosAndrés Perez e José Figueres.

Ele viajará nas próximashoras para São José, trans-portado pela Cubana de Avia-çâo, acompanhado do cônsulda Costa Rita em Havana edois outros funcionários. EmSão José, se encontrará com ofilho e com a mulher que veiode Miami.

Hubert Matos, que foi pre-so ao se demitir das funçõesde Governador Militar e dediretor do Instituto de Refor-ma Agrária de Camaguey, de-nunciara a Fidel Castro acrescente influência de co-munistas no Governo cubano.No julgamento ele terminousua defesa com a frase "Sevocês me condenarem à mor-te, convido-os a serem tes-temunhas da maneira pelaqual um homem que lutou emSierra Maestra pode morrer".

Governo acha que reformapartidária terá aplausos

O Governo não se surpreendeucom as reações contrárias ao projetoda reforma partidária, pois acreditaque, superado o impacto emocional,ficará claro, já a partir desta destasemana, que o propósito da extinçãoda Arena e MDB é criar as bases de umpluripartidarismo autêntico e demo-crático. O líder governista na Câmara,Deputado Nelson Marchezan, disse on-tem que "a poeira está baixando."

O Deputado Erasmo Dias (Arena-SP), porém, criticou o projeto, e afir-mou que "diante de tantas limitações erestrições impostas pela proposta, oque constatamos com estranheza é queo Governo tem uma visão muito estrei-ta daquilo que se entende como umaidéia, um processo pluripartidário".Previu que, apesar da reforma, o bipar-tidarismo continuará a existir de fato.

Alíquota do IRvai a W7c parapessoa jurídica

A alíquota básica do Imposto de Ren-da das pessoas jurídicas deverá ser eleva-da de 30% para 40% a partir do exercíciofiscal de 1980 — ano base 1979 — segundoestudos já concluídos pela Secretaria daReceita Federal e que serão divulgadosesta semana, junto com os termos dareforma tributária que visa a devolver aautonomia financeira aos Estados e mu-nicípios.

Com o aumento da alíquota básica,será criado um imposto progressivo, se-melhante ao aplicável às pessoas físicas,isentando maior universo de pequenas emédias empresas. As novas alíquotas vi-sam a corrigir as perdas da receita doTesouro com as facilidades concedidas àsempresas pela legislação fiscal, aprovadajunto com a Lei das S.A em 1976. (Pág. 13)

Segundo o Senador Murilo Badá-ro (Arena-MG), os parlamentaresoriundos do antigo PSD poderão ade-rir ao Partido único do Governo, desdeque sejam asseguradas aos pessedistascondições para chegarem aos Gover-nos estaduais através de eleições dire-tas. O Senador Alberto Silva (Arena-PI) vai apresentar emenda para permi-tir a recriação da UDN.

As lideranças da Arena e MDBdeverão comparecer amanhã aos tra-balhos da Comissão Mista do Congres-so que examinará o projeto da reformapartidária. Nâo se acredita que possamocorrer incidentes, como ocorreu naúltima sexta-feira quando a mensagemfoi lida no plenário. Hoje, a matériaserá examinada no Palácio do Planaltoe definidos os pontos do projeto a se-rem mantidos. (Páginas 2 e 3)

Passeata bascapede abstençãono referendo

Cinco mil pessoas participaram em Bil-bao de manifestação pacífica contra o refe-rendo de autonomia basca, convocada pelafacção ETA-militar da organização extre-mista Pátria Basca e Liberdade (ETA).Além de pedirem abstenção no referendoda próxima quinta-feira, os manifestantesderam vivas à independência dos bascos.

Reunidas no auditório da Feira deAmostras de Bilbao, as 5 mil pessoas paga-ram ingresso de 100 pesetas para participardo protesto, que teve discursos de váriosoradores, inclusive da coalizão Herri Bata-suna — que congrega mais de 10 Partidoslegais e clandestinos — e música, comida,bebida e dança. A manifestação terminoucom todos cantando o hino que celebra aluta e o sangue dos povos bascos. (Pág. 9)

foto d» Almir Valgo

Mendonça vibra com mais um gol. Marcou três e teve uma atuação perfeita

Coutinho chamasó 4 do Rio parajogo em Assunção

Leão, Edinho, Rondinelli e Toninhoforam os únicos jogadores cariocas cha-mados pelo técnico Cláudio Coutinhopara formar a Seleção Brasileira quejogará quarta-feira em Assunção, contrao Paraguai, pelas semifinais da CopaAmérica. Todos os convocados se apre-sentam hoje, a partir das 18h, no HotelNacional.

Além dos cariocas foram convocadosPalhinha, Amaral, Sócrates, Chicão,Carlos, Pedrinho e Zé Sérgio, de SãoPaulo; Falcão, Jair, Éder e Tarciso,do Rio Grande do Sul; Nelinho é Cere-zo de Minas. O time provável para ojogo formará com Leão, Toninho,Amaral, Edinho e Pedrinho; Cerezo,Falcão e Sócrates; Tarciso, Palhiha eZé Sérgio. (Caderno de Esportes)

Botafogo ganha por4 a 0 do Flu comexcelente exibição

Com três gols de Mendonça e um deSilva, o Botafogo impôs uma surpreen-dente goleada de 4 a 0 no Fluminense,ontem à tarde, no Maracanã, resultadoque o recoloca como candidato ao títulodo Campeonato Estadual do Rio de Ja-neiro, embora tenha favorecido princi-palmente a Flamengo e Vasco, que assu-miram a liderança da competição.

Sempre melhor, individual e coleti-vãmente, o Botafogo superou com tran-qüilidade o favoritismo com que o ad-versário entrou em campo, chegando aoplacar de 3 a 0 e praticamente definindoos destinos do jogo ainda nos primeiros45 minutos. Pelo Campeonato Nacional,o América, que já havia derrotado oGrêmio, voltou ao Sul e empatou com oInter de 1 a 1. (Caderno de Esportes)

Arquive

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O Ministro Moslie Dayan, em suaúltima visita aos Estados Unido»

Autonomia aospalestinos fazDayan renunciar

O Ministro do Exterior de Israel,Moshe Dayan, renunciou Qntem ao car-go, por discordar da política do Gover-no Menahem Begin sobre as negocia-ções para a autonomia dos palestinosdos territórios ocupados da Cisjordâ-nia e de Gaza. Dayan explicou que seencontrava numa situação na qual nãopodia fazer o que queria, nem fazer oque lhe mandavam.

O Prefeito de Belém, Elias Freij,disse acreditar que a renúncia causa-rá pressões em Israel e nos EstadosUnidos em favor do reconhecimento daOLP, enquanto no Egito o Ministro doExterior, Butros Ghali, comentava quea decisão de Dayan é uma prova deque a política israelense "é um obstá-culo ao processo de paz". (Página 8)

Juiz de Cantagalopede reforço demais 300 policiais

Para proteger Waldir de Souza Lima eMaria da Conceição Pereira Pontes, presospelo assassínio de Juninho, de dois anos enove meses, num ritual de magia negra — osdois estão sendo esperados hoje ou. amanhãem Cantagalo — o juiz Custódio Augusto deRezende está montando um esquema espe-ciai de segurança, que exigirá 300 policiais,"ante a ira da multidão".

O dia a hora em que Waldir e Maria daConceição chegam à cidade não foram revê-lados, mas, durante todo o dia de ontem,centenas de pessoas ficaram nas imediaçõesda Fazenda Bom Vale. onde os dois deverãoapontar ao delegado Renato Godinho ondeMoacir Valente enterrou outras criançasmortas em ritual de magia negra. (Pág. 12)

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¦Máxima: 28,6. Mínima:24,9.* Temperatura referenteàs últimas 24 horas.

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510 ACHADOS EPERDIDOS

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MARIO CEZAR FIDALGO — Sócioproprietário do late Clube do Riode Janeiro, titulo n° 3167, extro-viou as carteiras de sócio deseus dependentes: Myriam Ca-volcanti de Albuquerque Fidal-go, Paulo Gustavo CavalcantiHe Albuquerque Fidalgo, Adria-na Cavalcanti de AlbuquerqueFidalgo, Luiz Eduardo Cavalcanti do Albuquerque Fidalgo.

NO DIA 11/10/79 (ul roubado eimeu apto. jóias edoctos. José LuizCf. Albuquerque.

200 EMPREGOS

210 DOMÉSTICOS

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O Sr Luis Carlos Prestes estámorando, desde ontem, em umapartamento de 150 metros qua-drados na Rua Rainha Elizabeth.Pela manhã, ele recebeu repórterespara ser fotografado, mas não quisdar entrevista. Â tarde, foi à casado arquiteto Oscar Niemeye., naEstrada das Canoas, onde se reu-niu com delegações dos Estadosque vieram para sua recepção edirigentes comunistas. (Página 4)

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Enquanto as lideranças da Arena ten-tam convencer os arenistas favoráveisà emenda a não aceitá-la, o MDB bus-ca sensibilizá-los para que votem a fa-vor de substanciais alterações ao pro-jeto do Governo — negociações coletivassem restrições, reajustes trimestrais,pleno direito de greve, garantia no em-prego aos seis meses — mas suas chan-ces sào remotíssimas. (Página 6)

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Sào José/Costa Rica — Hu-bert Matos, major guerrilheiroresponsável pelo cerco e cap-tura de Santiago de Cuba(Província de Oriente) na der-rubada da ditadura de Fui-gêncio Batista, preso há 20anos por ordem de seu chefeFidel Castro, foi libertado on-tem em Havana e anunciouque pretende viver em Miamicom a familia.

Matos falou em presençade funcionários costarrique-nhos, minutos depois da liber-taçáo, dizendo-se em bom es-tado de saúde. "Estou felizpor poder retornar à-minhavida particular", disse. Agra-deceu a vários líderes latino-americanos, entre eles CarlosAndrés Perez e José Figueres.

Ele viajará nas próximashoras para São José, trans-portado pela Cubana de Avia-ção, acompanhado do cônsulda Costa Rita em Havana edois outros funcionários. EmSão José, se encontrará com ofilho e com a mulher que veiode Miami.

Hubert Matos, que foi pre-so ao se demitir das funçõesde Governador Militar e dediretor do Instituto de Refor-ma Agrária de Camaguey, de-nunciara a Fidel Castro acrescente influência de co-munistas no Governo cubano.No julgamento ele terminousua defesa com a frase "Sevocês me condenarem à mor-te, convido-os a serem tes-temunhas da maneira pelaqual um homem que lutou emSierra Maestra pode morrer".

m Ul Stffiáque reformapartidária terá aplausos

O Governo não se surpreendeucom as reações contrárias ao projetoda reforma partidária, pois acreditaque, superado o impacto emocional,ficará claro, já a partir desta semana,que o propósito da extinção da Arena eMDB é criar as bases de um pluriparti-darismo autêntico e democrático. Olíder governista na Câmara, DeputadoNelson Marchezan, disse ontem que "apoeira está baixando."

O Deputado Erasmo Dias (Arena-SP), porém, criticou o projeto, e afir-mou que "diante de tantas limitações erestrições impostas pela proposta, oque constatamos com estranheza é queo Governo tem uma visão muito estrei-ta daquilo que se entende como umaidéia, um processo pluripartidário".Previu que, apesar da reforma, o bipar-tidarismo continuará a existir de fato.

Alíquota do IRvai a 40% parapessoa jurídica

A alíquota básica do Imposto de Ren-da das pessoas jurídicas deverá ser eleva-da de 30% para 40% a partir do exercíciofiscal de 1980 — ano-base 1979 — segundoestudos já concluídos pela Secretaria deReceita Federal e que serão divulgadosesta semana, junto com os termos dareforma tributária que visa a devolver aautonomia financeira aos Estados e mu-nicípios.

Com o aumento da alíquota básica,será criado um imposto progressivo, se-melhante ao aplicável às pessoas físicas,isentando maior universo de pequenas emédias empresas. As novas alíquotas vi-sam a corrigir as perdas da receita doTesouro com as facilidades concedidas àsempresas pela legislação fiscal, aprovadajunto com a Lei das S.A em 1976. (Pág. 13)

Segundo o Senador Murilo Bada-ró (Arena-MG), os parlamentaresoriundos do antigo PSD poderão ade-rir ao Partido único do Governo, desdeque sejam asseguradas aos pessedistascondições para chegarem aos Gover-nos estaduais através de eleições dire-tas. O Senador Alberto Silva (Arena-PI) vai apresentar emenda para permi-tir a recriação da UDN.

As lideranças da Arena e MDBdeverão comparecer amanhã aos tra-balhos da Comissão Mista do Congres-so que examinará o projeto da reformapartidária. Não se acredita que possamocorrer incidentes, como ocorreu naúltima sexta-feira quando a mensagemfoi lida no plenário. Hoje, a matériaserá examinada no Palácio do Planaltoe definidos os pontos do projeto a se-rem mantidos. (Páginas 2 e 3)

Passeata bascapede abstençãono referendo

Cinco mil pessoas participaram em Bil-bao de manifestação pacífica contra o refe-rendo de autonomia basca, convocada pelafacção ETA-militar da organização extre-mista Pátria Basca e Liberdade (ETA).Além de pedirem abstenção no referendoda próxima quinta-feira, os manifestantesderam vivas à independência dos bascos.

Reunidas no auditório da Feira deAmostras de Bilbao, as 5 mil pessoas paga-ram ingresso de 100 pesetas para participardo protesto, que teve discursos de váriosoradores, inclusive da coalizão Herri Bata-suna — que congrega mais de 10 Partidoslegais e clandestinos — e música, comida,bebida e dança. A manifestação terminoucom todos cantando o hino que celebra aluta e o sangue dos povos bascos. (Pág. 9)

foto de Almir Veiga.

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Mendonça vibra com mais um gol. Marcou três e teve uma atuação perfeita

Arquivo

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Dayan, emMinistro Moshe sua

Coutinho chamasó 4 do Rio parajogo em Assunção

Leão, Edinho, Rondinelli e Toni-nho foram os únicos jogadores cario-cas chamados pelo técnico CláudioCoutinho para formar a Seleção Brasi-leira que jogará quarta-feira em As-sunção, contra o Paraguai, pelas semi-finais da Copa América. Todos os con-vocados se apresentam hoje, a partirdas 18h, no Hotel Nacional.

Além dos cariocas foram convoca-dos Palhinha, Amaral, Sócrates, Chi-cão, Carlos, Pedrinho e Zé Sérgio, deSáo Paulo; Falcão, Jair, Éder e Tar-ciso, do Rio Grande do Sul; Nelinho eCerezo de Minas. O time provável parao jogo formará com Leão, Toninho,Amaral, Edinho e Pedrinho; Cerezo,Falcão e Sócrates; Tarciso, Palhinha eZé Sérgio. (Caderno de Esportes)

Botafogo ganha por4 a 0 do Flu comexcelente exibição mais 300 policiais

última visita aos Estados Unidos

Autonomia aospalestinos fazDayan renunciar

O Ministro do Exterior de Israel,Moshe Dayan, renunciou ontem ao car-go, por discordar da política do Gover-no Menahem Begin sobre as negocia-ções para a autonomia dos palestinosdos territórios ocupados da Cisjordâ-nia e de Gaza. Dayan explicou que seencontrava numa situação na qual nãopodia fazer o que queria, nem fazer oque lhe mandavam.

O Prefeito de Belém, Elias Freij,disse acreditar que a renúncia causa-rá pressões em Israel e nos EstadosUnidos em favor do reconhecimento daOLP, enquanto no Egito o Ministro doExterior, Butros Ghali, comentava quea decisão de Dayan é uma prova deque a política israelense "é um obstá-culo ao processo de paz". (Página 8)

Juiz de Cantagalopede reforço de

Com três gols de Mendonça e um deSilva, o Botafogo impôs uma surpreen-dente goleada de 4 a 0 no Fluminense,ontem à tarde, no Maracanã, resultadoque o recoloca como candidato ao titulodo Campeonato Estadual do Rio de Ja-neiro, embora tenha favorecido princi-palmente a Flamengo e Vasco, que assu-miram a liderança da competição.

Sempre melhor, individual e coleti-vãmente, o Botafogo superou com tran-qüilidade o favoritismo com que o ad-versário entrou em campo, chegando aoplacar de 3 a 0 e praticamente definindoos destinos do jogo ainda nos primeiros45 minutos. Pelo Campeonato Nacional,o América, que já havia derrotado oGrêmio, voltou ao Sul e empatou com oInter de 1 a 1. (Caderno de Esportes)

Para proteger Waldir de Souza L;mae Maria da Conceição Pereira Pontes,presos pelo assassínio de Juninho, dedois anos e nove meses, num ritual demagia negra — os dois estão sendo espe-rados hoje ou amanhã em Cantagalo — oJuiz Custódio Augusto de Rezende estámontando um esquema especial de segu-rança, que exigirá 300 policiais, "ante aira da multidão".

O dia e a hora em que Waldir e Mariada Conceição chegam à cidade não fo-ram revelados, mas, durante todo o diade ontem, centenas de pessoas ficaramnas imediações da Fazenda Bom Vale,onde os dois deverão apontar ao delega-do Renato Godinho onde Moacir Valenteenterrou outras crianças mortas em ri-tual de magia negra. (Pág. 12)

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2 — POLÍTICA f governo JORNAL DO BRASIL segundo-fpira 22" 0/79 1" Carle^o

Coisas da política

Ventriloquiapartidária

Heráclio Salles

Mérito à parte, o projeto da nova Leidos Partidos veio desnudar as agremiaçõesatuantes no Congresso desde 1966, cadauma das quais, e não só o MDB, rompido orespectivo inólocro, exibiria inevitavelmen-te pelo menos dois grupamentos partida-rios distintos. Não fossem as crispaçõesconjunturais, o mais sábio, porque o maisnatural, seria subtrair a questão dos parti-dos a pressupostos constitucionais rígidos,declarando livre a sua criação, como ocor-re na maioria dos países democráticos.

Se a solução pudesse ser esta, as anti-gas siglas voltariam a impor-se, a partirdas bases municipais, onde de fato nuncadeixaram de viver, ocultos pelo véu muçul-mano das duas legendas artificiais, o PSD,o PTB, a UDN e outros menos votados.

Contra essa realidade palpável nadade sólido e de sério pode ser arguido, nem aretórica de palanque do Deputado UlissesGuimarães ao afirmar que o MDB "nasceuda luta do nosso povo pela democracia",menos ainda o lapso apoético do SenadorJosé Sarney, quando imaginou levar á piabatismal a nova agremiação que presidecom o nome de Partido do Governo. OPresidente do MDB cumpre muito bem o seupapel mas, quando defende a unidade deseu Partido, não consegue falar senão "deum pânico terror todo assombrado". Nestefim de semana teve que atuar como ventrí-loquo, primeiro pelos moderados e depois,em nota oficial, pelos autênticos.

O bilingüismo emedebista ainda deixousem voz os não alinhados, sem negar aexistência de um terceiro partido, silencio-so embora não "obediente e cabisbaixo",para evocar antiga e maliciosa definição dorespeitável PSD, feita por Gustavo Capa-nema.

Ao Senador Franco Montoro, que gosta-ria de ressuscitar o seu PDC em São Paulo,atribui-se a iniciativa de um documentopelo qual os membros oposicionistas doSenado firmariam um "pacto de unidade".Para que demosntração mais veemente dainexistè?icia de unidade? Se os senadoresda Oposição estão wiidos, como faz crer aventriloquia do Deputado Ulisses Guima-rães, por que firmar um compromisso denão dispersão?

Quanto ao Partido do Governo, o sim-pies fato de ter sido objeto de opção doPresidente da República o número de agre-miações que deveriam sustentar as oposi-ções oficiais, no Senado e na Câmara, bas-iaria para deixar clara a falta de unidadeda Arena. "Vossa Excelência deseja um,dois ou três Partidos do Governo? Cá temosmaterial para tudo". A tolerância das su-blegendas nos municipios e o esforço frus-trado de governadores para elevá-las aonivel estadual constituem confissão quaseexpressa dessa abundância de material.Nas eleições que se seguiram à criação dobipartidarismo, concorreram oficialmentea Arena-1 e a Arena-2. Restabelecido omultipartidarismo, o Partido do Governo(com o nome que receba, qualquer que seja)continuará a dividir-se na esfera munici-pai, onde a realidade político-eleitoral émais palpável, para náo dizer: menos esca-moteável.

Da reforma projetada resultará, de fa-to, a restauração do multipartidarismo?Tudo indica que não, que a atual reforma épasso necessário no contexto do projetoinstitucional, mas não definitivo. Normali-zada a vida institucional (e isto é o queparece não entenderem os oposicionistasde todos os Partidos), será preciso retomaro trabalho e buscar a verdade partidária.Se os cálculos feitos sobre o projeto gover-namental são exatos, ou se as oposiçõesnào tiveram habilidade para alterá-lo namedida do necessário, não haverá mais detrês ou quatro Partidos e cada um delescontinuará, portanto, a abrigar filhotes aliberar posteriormente.

Criadas as condições para a alternán-cia das forças partidárias no Poder, que é apreocupação fundamental do próprio Po-der nesta fase. não há como existir umPartido apriori-sticamente governamental.Se viesse a vingar o nome lembrado peloSenador Sarney, seria curioso ver, daqui aalgum tempo, o Partido do Governo fazen-do oposição ao Governo.

Vê-se que a questão partidária não estáposta com clareza por nenhuma das partes,nem pelos homens que falam em nome doGoverno nem pelos ventriloquos da Oposi-çáo. O que parece posta com clareza indis-cutível é a questão institucional e mau seriase fosse o contrário. Bem encaminhada eresolvida essa questão, o resto ficará tãofácil que bastará aplicar a fórmula do filo-sofo Carequinha: "Vamos começar tudo denovo".

Os líderes oposicioiiistas estáo preocu-pados com as eleições de 1982. Por outraspalavras: com os Estados e não com o pais.

Brizola viaja hoje paraSão Paulo em busca de

Marinho diz que projeto negaapow para prganizar ptb pluripartidarismo que pregaSão Paulo — Para manter contatos com personali- _L J. J. JL OSão Paulo — Para manter contatos com personali-dades. dirigentes sindicais e membros dos núcleospaulistas do PTB em formação, desembarca hoje às 16hem Sáo Paulo, o ex-Governador Leonel Brizola. naprimeira visita que realiza ao Estado desde que retor-nou do exílio.

Entre outras personalidades, o Sr Leonel Brizolamanterá encontros com o Senador Franco Montoro(MDB-SP). o ex-Ministro Severo Gomes e o presidenteregional da Arena de São Paulo, professor CláudioLembo. O programa divulgado prevê um encontro como Cardeal Paulo Evaristo Arns, mas a assessoria doCardeal informou ontem que em sua agenda não constanenhuma audiência com o ex-Governador.AGENDA

O programa não faz referênciasa uma visita do Sr Brizola ao ex-Presidente Jânio Quadros que re-tomou há dois dias da Europa. OSr Jânio Quadros, ontem, adian-tou que não há nada acertadopara um encontro entre ambos.

Após desembarcar hoje, às 16h,no Aeroporto de Congonhas, de-pois de 16 anos de ausência deSão Paulo, o ex-Governador Leo-nel Brizola seguira para o Sindi-cato dos Metalúrgicos de SantoAndré, para uma reunião com seupresidente, o Deputado federalBenedito Marcilio (MDB-SP). daqual participarão outros dirigen-tes sindicais.

Este é o único compromissoprevisto para o ex-Govemador noseu primeiro dia em Sâo Paulo.Amanhã, ele vai a residência doSenador Franco Montoro (MDB-SP), que ha vários meses vemsendo sondado para aderir aoPTB, O Senador entretanto, jáfirmou o documento unitário —do qual e um dos redatores — emque os senadores da Oposição as-sumem o compromisso de perma-necerem unidos no Partido quesuceder o MDB.

Ainda pela manhã, o Sr LeonelBrizola visita a direção da revistaVeja e almoça na residência do

ex-Ministro Severo Gomes, nobairro de Perdizes. A tarde, elevisita o Prefeito Tito Costa naPrefeitura de São Bernardo doCampo, e de volta a Sâo Paulo,reúne-se com intelectuais e artis-tas paulistas.

Na quarta-feira, no Hotel Jara-guã. onde ficará hospedado, o ex-Governador recebe pela manhão.s ex-petebistas, tendo à frente oex-Deputado federal Eusébio Ro-cha. último presidente do PTBem São Paulo. Ao meio-dia, visitaa direção do jornal A República eà tarde as direções dos jornais OEstado de Sào Paulo e "Folha deSão Paulo". O encontro com DomPaulo Evaristo Arns — que a as-sessoria do Cardeal nâo confirma— está marcado para as 14 horas.

Ainda na quarta-feira, às 21 ho-ras, o ex-Govemador Leonel Bri-zola vai à residência do presidên-te regional da Arena de São Pau-lo. professor Cláudio Lembo. quefoi recebê-lo em Assunção, na es-cala que fez no retomo ao Brasil.O presidente da Arena de SáoPaulo também tem sido convida-do a integrar o PTB, mas atéagora não se manifestou sobre oassunto. Ás 22 horas, o ex-Governador grava o programaEncontro com a Imprensa da re-de Bandeirantes de Televisão.

Arraes vai a comíciocontra o fim do MDB

Na primeira visita que faz a SâoPaulo, desde que retomou ao Bra-sil, após 16 anos de exílio, o ex-Governador Miguel Arraes estaránesta Capital, na próxima sexta-feira, para participar no Paço Mu-nicipal de Sâo Bernardo rio Cam-po de um ato publico contra aextinção do MDB.

O ato contará com a participa-

ção das mais expressivas figurasda Oposição, entre elas o presi-dente nacional do MDB,Deputado Ulysses Guimarães(SP), os lideres no Senado e naCâmara, Senador Paulo Brossard(RS) e Deputado Freitas Nobre<SPi, e os Senadores Franco Mon-toro e Orestes Quércia, ambos deSáo Paulo, Pedro Simon (RS) eTeotônio Vilela (AL).

Arena desobedece Governoe não rejeita código deética de multinacionais

Brasília — A instrução do Governo para que sejarejeitado pelo Congresso o código de ética das multina-cionais, que não foi obedecida pela maioria arenista naCâmara, vai agitar nos próximos dias o plenário doSenado. A manobra arenista para impedir a votaçãoimediata do código é a de anexá-lo a um projetocorrelato, do Senador Humberto Lucena (MDB-PB),mas isto terá de ser aprovado pelo plenário do Senado.

O Senador Pedro Simon (MDB-RS) vai lembrar emseu discurso a favor do código que, segundo denúnciafeita pelo Deputado Herbert Levy (Arena-SP), foi opróprio Ministro-Chefe do Gabinete Civil, Golbery doCouto e Silva, quem determinou ao líder arenista,Deputado Nelson Marchezan (RS), sua rejeição pelaCâmara. Vários deputados arenistas rebelaram-se con-tra esta orientação e o código foi aprovado, papelpolicial

Autor de um projeto limitandoa remessa dos lucros das empre-sas estrangeiras e estabelecendosistema mais severo de vigilânciadas empresas multinacionais, oSenador Pedro Simon se angustiacom a possibilidade do Senadovir a rejeitar o código de éticaaprovado pela Câmara. Náo épossível, a seu ver, que o Senadocontinue exercendo o papel depolícia do Governo, votando deacordo com o que determina oMinistro Golbery do Couto eSilva.

No Senado, o código já foi apre-ciado na Comissão de Constitui-çáo e Justiça, onde o SenadorBemardino Viana (Arena-PI), su-plente do Ministro da Justiça, Pe-trónio Portella, deu parecer solici-tando sua anexaçào, baseada noregimento do Senado, facilitaráalterações no código, o que impli-cara em sua devolução à Câmara.

Mesmo sendo a mais dinâmicadas comissões técnicas do Sena-do, a Comissão de Justiça man-tem sem parecer vários projetospolíticos considerados de grandeimportância, como, por exemplo,o de reformulaçào do Conselho deDefesa dos Direitos da PessoaHumana, dependendo do interes-se do Governo, o código das mui-tinacionais e o projeto do SrHumberto Lucena poderão ser re-tidos nas comissões do Senadopor um ou dois anos, mesmo con-tra as disposições do Regimento.

INTERVENÇÃO

Elaborado pela comissão parla-mentar de inquérito da Câmaraque investigou o comportamentoe a influência das empresas multi-nacionais no pais. o código temquatro artigos. O ex-DeputadoAlencar Furtado (MDB-PRi, cas-sado, foi o presidente da CPI, sen-do relator o Deputado HerbertLevy (Arena-SP).

Determina o código que as em-presas multinacionais náo pode-

rão praticar ato que seja: Io —configurativo de intromissão emassuntos internos do pais ou nasrelações entre o Brasil e qualqueroutra nação; 2o — indicativo deatuação como instrumento da po-lítica externa de qualquer país; 3o— prejudicial aos objetivos de de-senvolvimento nacional; 4o — ne-gativa de contribuição ao desen-volvimento científico e tecnológi-co; 5o — recurso a práticas reco-nhecívels como concorrência des-leal ou abuso do poder econômi-co; 6o — e desrespeito à identida-de social e cultural do país.

A violação desses princípios po-dera causar: Io— sustação dos in-centivos fiscais e dos estímulosfiscais e creditícios; 2o — interven-çáo na empresa; 3o — cassação dodireito de operar no Brasil; 4o — edesapropriação do controle acio-nârio da empresa.

FALÊNCIA

O projeto do Senador Humber-to Lucena, que tem criticado noplenário do Senado as concessõesfeitas às multinacionais, objetivacolocar sobre o controle do poderpúblico qualquer operação queimporte na transferência paragrupo econômico estrangeiro oumultinacional, ou para empresacontrolada por estrangeiros, docontrole de empresa cuja maioriado capital com direito a voto per-tença a brasileiros e que tenhasido favorecida com incentivofiscal.

Adverte o Senador HumbertoLucena que "durante os últimos15 anos instaurou-se no pais umacentuado processo de desnacio-nalização. pois dezenas de empre-sas brasileiras foram absorvidasou passaram para o controle degrupos econômicos estrangeirosou multinacionais". Afirmou queempresas nacionais tèm sofridouma concorrência desleal e ficamdiante de duas alternativas: fa-lencia ou a venda aos grupos con-correntes estrangeiros.

Brasília — "O curioso na reforma parti-daria é que condena o pluripartidarismoembora legitime um projeto a seu favor Êcomo se o doutor Fausto tivesse feito umpacto com o diabo e conseguido esse elixirpara recuperar a.vitalidade perdida do bi-partidarismo. Ou como na anedota picares-ca. um rumor e um escândalo, e as coisasvoltam a ser como eram. Náo queimaramnem o sofá."

Essas observações, do Deputado DjalmaMarinho (Arena-RNi. se fundamentam naidéia de que o projeto vai incitar o radicalis-mo das correntes e nutrir os Partidos atra-vés das próprias desavenças internas, que-brando a trégua atual. Por isso afirma que"nâo é uma obra que gere simpatias e admi-ração. Creio que o pais nâo a merecia".

Arquivo

MDB unidoEle revela que chegou a considerar o

MDB como um Partido em decomposição,"com várias tendências trepidando em seuinterior, sem uma única pessoa que pudessejuntar seus pedaços". Apresentado o proje-to do Governo, mudou de idéia; "pois oMDB está junto, inegavelmente, hoje. Se hãuma força política aos nossos olhos, e queesta aparentando unidade, é o MDB. OGoverno fez esse trabalho".

Da parte dos arenistas, crê o parlamen-tar que o quadro Indica falta de opção, jáque poucos gostariam de ingressar no MDB.apesar das muitas diferenças existentes emrelação à politica nos Estados. Ele prprioassinala que "nada há de comum entre mime o MDB". mas assinala a incômoda situa-ção dos situacionistas:

Muitos de nós ficaríamos desfiguradosnas nascentes dos mandatos e nào quere-mos ser desertores. Queríamos pegar nossoPartido e dar-lhe alma. sangue, corpo deidéias pleno do estado de direito. Fazernosso programa político justamente ungidode toda essa constelação, de todos essesdesejos, de toda essa angústia, para queesse país, afinal, ingressasse no seu destinodemocrático".

O Deputado Djalma Marinho confessaque a sua impressão era a de que o compro-misso governamental era com um processode restauração da legalidade politica. Aimpressão tinha fundamento em atos rioGoverno Geisel. com a erradicação de leisarbitrárias, e na anistia, cuja ampliaçãoreclamou através de uma emenda rejeitadapelo Congresso. O pluripartidarismo. para aconquista do regime legal, seria uma outraetapa. Mas as exigências do Governo para asua instituição inviabilizam a reforma.

O parlamentar, que preside a Comissãode Constituição e Justiça da Câmara, achamuito dificil que um Partido, logo na pri-meira eleição, satisfaça as exigências de 5Ç.da votação geral, pelo menos em nove Esta-dos, com 3%, no mínimo, em cada um deles.Daí porque não entende que a exposição demotivos que acompanhou o projeto seja umlibelo contra o bipartidarismo, bem como asrevelações e pronunciamentos das lideran-ças governamentais.

BipartidarismoOra, nào tenho dúvida de que, dentro

desse roteiro, estamos no mais fervorosobipartidarismo, com todas as forças dirigi-das para a configuração e sua presença navida pública brasileira. Náo há lugar paraoutros Partidos. Sei que as coisas podem servencidas, que as disposições do projeto po-

i

Partidos, embora o parecer, como lembra oSr Djalma Marinho, ate hoie nâo foi incluídona ordem do dia da Câmara Juristas nãòconcordam com a extinção por via ds leiordinária Sobre esse assunto o parlamen-tar sustenta que sempre foi contra a extin-ção. por considera-la uma violência, masnâo entra no mérito jurídico

Sobre a possibilidade de a Justiça negara extinção, caso o MDB a ela recorra, diz"Tenho profundo respeito pela Justiça. sg;bretudo pelos seus altos tribunais Nâo seicomo se pronunciaria, mas creio nela que eseria e competente Se baterem as suasportas, nâo acredito que renegue o direitode ninguém, quanto mais de um Partidoque representa profundamente uma opiniãode relevo do meu pais

Entende o Sr Djalma Marinho que a leipoderia exigir dos Partidos a satisfação rienovos requisitos, dando tempo para o seupreenchimento e. de outra parte, facilitasseo surgimento de outros, através de umareforniH constitucional, que seria a suaprimavera Assim, as exigências da Emen-da Constitucional n" 11 <numero de repre-sentantes para a formação do.s Parttdospoderiam se; .brandadas e. nas DisposiçõesTransitórias da Carta, .surgiriam dispositi-vos admitindo um tempo entre a primeira ea segunda legislatura, de mudo a salvar osmandatos do.s parlamentares dos Partidosnascentes.

Só Expulso

Djalma Marinlu

dem ser suscetíveis de abrandamento e ne-gociaçâo na sua tramitação mas. mesmoassim, náo e obra para esses tempos deadvento democrático".

Embora nào afirme que a democracialnexista dentro do bipartidarismo. o Depu-tado vè nu pluripartidansmo a solução me-lhor. com todas as nascentes, tendências,grupos e ideologias possibilitados de ex-pressão e legitimamente configurados naformação partidária. A negação do pluripar-tidarismo. na sua opinião, admite a perma-nente beligerância. a política plebiscitariado sim e cio não. Por isso. observa:

— O pluripartidarismo é inegavelmentemais representativo para os ideais que euconcebo, para aquelas coisas mais sensíveisda minha formação democrática. Nao querodizer que o bipartidarismo desnature a de-mocracia. mas eu tenho a impressão de quea condenação a esse regime esta na concep-çao ria reforma, que os considera artificiais.de proveta, criados por atos de arbítrio, e oprocesso democrático precisava agora fazero encontro da nação com as suas forças. Aproposta não respeita nem admite a realida-de política brasileira.

Recurso à JustiçaHa três meses, a Comissão de Constitui-

ção e Justiça rejeitou como inconstitucionalum projeto que pretendia a extinção do.s

Ele alerta que o sistema hiparliriârio.consagrado pelo projeto rio Governo, spcomplementa com o voto distrital, aiiaran-do desde logo sua preferencia pelo voto.proporcional, e diz que o Brasil esta de fatose mexieanizando. com a instituição do Par-tido único

- Nos estamos querendo voltar a essascoisas enquanto o México esta ultrapassai!-do esse processo E querer voltar a umaforma grosseira de avaliação Esla-se revê-lando. dentro dessa obra. a possibilidade debusca rie um retrocesso, procurando nessasInstituições a inspiração para a permanen-cia do regime Isso eu nao desejo Os ho-mens deviam pensar menos neles e umpouco mais neste pais.

Em vista de todas a.s suas idéias, o SrDjalma Marinho diz que, na votação rioprojeto rio Governo, vai-se conduzir comoria vez em que o Congresso Nacional negoulicença para cassar o mandato do ex-Deputado Mareio Moreira Alves, quandodisse que "dana tudo ao rei, menos a suahonra" De toda forma, "com naturalidade esingeleza", fez votos para o Governo aeer-tar, salientando seu equivoco em relação aoprojeto.

Contrario aos comunistas, mas favorávela legalização do PC. por entender que amelhor maneira de combate los e deixa losdescobertos, o Sr Djalma Marinho defende oparlamentarismo, nao o antigo e clássico,mas o que acompanha o fato ria vida. comoa democracia Um regime em que o Presi-dente tenha as Forças Armadas a ele atetas,e a administração geral seja competência rioChefe do Governo Para ele, esse parlamen-tarismo Ima a democracia pragmática, comuma verdadeira separação de Poderes.

Sobre seu futuro, diz que fica na Arena,ate na forma de "avulso", garantindo quejamais se filiaria ao MDB. mesmo porqueseu Estado jamais o perdoaria. "Ficaria naArena, mas com essas idéias que estouexprimindo, e lutando dentro dela para ficarcom essas idéias, so saio da Arena se meexpulsarem".

Erasmo critica limitaçõesSio Paulo — O Deputado federal Antò-

nio Erasmo Dias (Arena-SP) criticou ontemo projeto de reformulação partidária, acen-tuando que"dlante de tantas limitações erestrições impostas pela proposta, o queconstatamos com estranheza é que o Gover-no tem uma visão muito estreita daquiloque se entende como uma Idéia, um proces-so pluripartidário".

— Nào se vê muita amplitude, muitaliberdade para a constituição de novos Par-tidos e nâo consigo entender como o Gover-no pode achar que com um projeto dessesvai ampliar o quadro partidário — acrescen-tou o Deputado Erasmo Dias. Disse que nãoacredita que o objetivo do Governo "sejamexicanizar o país instituindo o Partidoúnico", mas acredita que o bipartidarismopermaneça.

* Prazo exíguo

O Sr Erasmo Dias considera excessivo onúmero de Estados — e nestes o número de

municipios — em que os novos Partidosdeverão constituir comissões provisórias erealizar convenções regionais e municipaisantes de requererem registro no TribunalSuperior Eleitoral.

Considerou exíguo também o prazo —oito meses — que o.s novos Partidos terãopara se constituírem e lembrou que "aten-dendo-se para o detalhe de que em 13 anos aArena e o MDB nao conseguiram fundardiretórios em todos os municípios brasilei-ros, chega-se facilmente a conclusão de quenáo temos uma estrutura político-partidária em condições de satisfazer asexigências contidas no projeto".

O Deputado Erasmo Dias nao acreditaque o pais, com essa reforma partidária,marche para um Partido único e afirmou:"Na verdade o novo quadro nâo da perspec-tivas para a existência de mais de doisPartidos. Mas achar que marchamos parauma "mexicamzaçáo" e exagero, ate por-que. apesar da Oposição achar que a refor-ma tinha o propósito de dividi-la. ela náo vaifazer isso. A Oposição terá que ficar unidaate por uma questão de sobrevivência. Se o

MDB como um todo não vai conseguir satis-fazer essas exigências, imagine-se se houvero seu fracionamento em dois ou três Par-tidos".

O Deputado Erasmo Dias. que foi Secre-tário de Segurança Publica de Sào Paulo,disse que vè "com muita preocupação eceticismo" a volta do secretario-geral doPartido Comunista Brasileiro — na llegada-de — . Sr Luis Carlos Prestes, e dos demaiscomunistas ao Brasil. Advertiu que "a na-çáo corre um risco muito serio e vai ter quepagar um preço muito alto por isso".

— Embora nao tenha sido eu quem deci-diu sobre essa volta — considerou o Sr-Erasmo Dias - nao posso deixar de mam-festar a minha preocupação e angustia Naoacredito absolutamente nesses comunistasque voltam pregando a democracia. Achoque a democracia nao podo aceitar em seuseio o germe que a exterminara Não acredi-'to que seja possível uma coexistência pacifl-ca com essa gente e. com a atuação rioscomunistas aqui. insisto que horizontesmuito negros se avizinham do Brasil".

Piauiense quer reviver UDNO Senador Alberto Silva (Arena-PI)

anunciou ontem que apresentara emendaao projeto de reformulaçào partidária auto-rizando, especificamente, a recriação daUnião democrática Nacional. "A UDN. nâosei por que, será o único dos antigos grandesPartidos que não poderá ressurgir", lamen-ta o Senador Alberto Silva. ex-Prefeito e ex-Deputado udenista e que hoje está na dissi-dência arenista.

O Senador Leite Chaves (MDB-PR) disseque já tem duas emendas praticamenteconcluídas. Ele proporá a extinção da suble-gendà municipal e modificará, também, asistemática de contribuição para os Parti-dos politicos, com desconto no Imposto deRenda, que considera muito perigosa. Aprevisão é de que serão apresentadas de 150

a 200 emendas ao projeto da reforma parti-daria.

Com o projeto de reformulaçào partida-ria nas mãos, o Senador Alberto Silva fazquestão de ressaltar. "A vida apresentacontradições inexplicáveis" Elaboradoprincipalmente pelo Ministro da Justiça,Senador Petrônio Portella. com a assistén-cia do presidente da Arena. Senador JoséSarney (MAi — oriundos da antiga UDN —alem de ex-Govemadores udenistas. o pro-jeto permite a volta do PSD e do PTB. masproíbe a da UDN.

Nesta semana, o Senador Alberto Silvavai procurar antigos líderes udenistas. comoos Deputados Magalhães Pinto (MG), Her-bert Levy (SP). Ernani Sátiro 1PB1, Jorge

Vargas iMGi e Senadores Amon de Melo(ALi. Jutahy Magalhães iBAi. Passos PortoiSEi e Lourival Batista (SEi, para examinarcom eles a possibilidade de pelo menosaprovarem emenda permitindo a volta daUDN

Lembra o Senador que os antigos pesse-distas estáo rearticulando o seu Partido.Ainda recentemente fizeram uma grandereunião em Minas Gerais com a presença,inclusive, de parlamentares que se encon-tram hoje na Oposição. "Os udenistas —observa o Senador Alberto Silva — nâo temdo que se envergonhar, pelo contrario. NoPiauí, por exemplo, nos sempre consegui-mos manter bem alto a legenda do Bngadel1ro Eduardo Gomes. Seria, para ele. acredito,um grande prazer verificar que a UDN naomorreu".

Montoro não aceita negociar"Esta questão de prazos para a formação

de Partidos ê insignificante; è uma gota deágua neste oceano de barbaridades", afir-mou ontem o Senador Franco Montoro(MDB-SP), ao comentar as declarações dosSenadores arenistas Jarbas Passarinho eTarso Dutra que admitiram a possibilidadede ampliação dos prazos fixados pelo proje-to de reforma partidária para a constituiçãode novos Partidos.

O Senador Montoro assinalou que en-

tende que esta questão deve ser discutidaentre as lideranças do.s dois Partidos, masconcordou com a posição do lider do MDBno Senado. Senador Paulo Brossard. que senegou a manter entendimentos, consideran-do que "a Oposição náo pode conversar comquem pretende apunhalá-la".

O Sr Franco Montoro voltou a criticar oprojeto de reformulação partidária, assina-lando que "a proposta desmoralizou o Go-verno perante a opinião pública e acendeu

em todo o Brasil uma revolta incontidacontra a insensibilidade e a insensatez dosdetentores do Poder, Ja advertimos-vanasvezes, mas e preciso Insistir e lembrar que apaciência do povo. da nação, tem limites".

O parlamentar paulista voltou a criticaro Presidente Figueiredo por ter declaradoque a reforma lhe possibilitara construir oseu Partido e que espera que aqueles quenão aderirem a ele "nao venham se queixardepois".

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 22/10/79 Caderno política e GOVERNO — 3

Críticas à reforma partidária não surpreendem o GovernoBrasília — O Governo não se

surpreendeu com as primeirasreações contrarias ao projeto dereforma partidária e está conven-cido de que já esta semana, passa-do o impacto emocional inicial —que considera normal em matériadessa natureza — todos vão con-vencer-se de que na sua concep-ção prevaleceu o desejo de criaras bases de construção no país deum pluripartidãrismo autêntico,inspirado nos mais puros princi-pios democráticos.

Esta é a convicção de dirigen-tes nacionais da Arena. Segundoeles, salvo as criticas esperadas,porque manifestadas antecipita-damente, sobretudo quanto à ex-tinção dos atuais Partidos, as ou-trás são vistas pelo Governo co-mo "apressadas", ou resultantesde uma leitura menos atenta dotexto, ou ditadas pela emoção.

EMOÇÕES DEPRIMEIRA HORA

Na direção da Arena causaramsurpresa algumas censuras consi-deradas improcedentes, de dissi-dentes da agremiação situado-nista e de moderados da Oposi-ção. Como exemplo de reaçõesdecorrentes de leitura "apressa-da" do projeto, "certamente ln-fluenciada pela emoção", um doslideres arenistas citou duas rea-ções: a do Deputado independen-te Magalhães Pinto (MG), da Are-na, e do Deputado Francisco Pin-to (BA), do chamado grupo popu-lar do MDB.

O ex-Governador mineiro disseque a proibição para os Partidospromoveram arregimentaçáo deseus quadros com base em senti-mento de raças "e de classe" vi-sou prejudicar o projeto do Parti-do dos Trabalhadores — o PT deLula, o metalúrgico. Lembrou omesmo parlamentar que esse dis-positivo é da primeira Lei Organi-ca dos Partidos, de 1966, e foitransporto para a lei em vigor. É,portanto, um principio antigo enâo uma Inovação complicadoraou restritiva, como alguns que-rem mostrar.

O Deputado Francisco Pinto,na sua critiqa ao projeto governa-mental, afirmou que quem dese-jar organizar Partidos vai ter degastar muito dinheiro na confec-ção de fichas de filiação, enquan-to os que estiverem no Partidooficial terão as fichas pagas peloscofres públicos.

Pela atual legislação, em dispo-sltivo que não foi alterado, so-mente o Tribunal Superior Eleito-ral pode imprimir fichas de filia-çáo e fazer sua distribuição gra-tuita com os Partidos.

Dirigentes arenistas, por issomesmo, acham que, depois de su-peradas as emoções da primeirahora, muitos dos que criticaram aproposição vão entendè-la me-lhor. Acreditam, mesmo, que aca-barão se convencendo que o pro-jeto não criou obstáculos Intrans-poníveis, mas consagrou o princi-pio democrático de que o Partidodeve nascer das bases, da con-quista do apoio por força de umadoutrina e um programa clara-mente definidos.¦ Dai o projeto estabelecer que,antes do registro, o programa de-ve ser discutido e aprovado pelasconvenções municipais, regionaise nacional. Ate agora só a conven-çáo nacional discute e vota o pro-grama e talvez por Isso mesmo éque a Arena funcionou 10 anossem programa e o MDB ficou seisanos sem o seu.

Elementos da direção da Are-na, dos mais ligados ao Governo,sào de opinião de que os maiorescríticos da reforma esperavamque fossem reduzidas as exigén-cias para a criação e funciona-mento de novos Partidos. Masisso seria impossível, explicam,pois a lei não poderia modificar otexto constitucional.

O Governo nào entende, tam-bem, como muitos politicos, queantes se mostravam tão dispostose se diziam em condições de orga-nlzar Partidos, mesmo diante dasexigências constitucionais, agorase declarem inteiramente impôs-sibilitados de agir. O projeto, in-slstiram os líderes govemistas,nào vai além do texto constitucio-nal e nem poderia ir.

No Palácio do Planalto e noMinistério da Justiça reconhe-cem-se que as exigências consti-tucionais são, realmente, muitofortes, sobretudo quanto ao fun-clonamento dos Partidos — apoiode 5Vr do eleitorado em pelo me-nos nove Estados e 3r'r em cadaEstado. Durante o periodo de ela-boração do projeto houve suges-toes no sentido de que se promo-vesse uma reforma da Constitui-ção, ou pelo menos se encontrassena lei um melo de preservar omandato dos que tivessem con-corrido a uma eleição por Partidoque náo obteve o mínimo de votospara ter representação parlamen-tar. Essas sugestões, entretanto,não foram aceitas, "pelo menospara esta fase".

Os lideres arenistas reveleramque o Governo sabe que a trami-tação do projeto vai ser tumultua-da, mas espera que durante adiscussão a reforma acabe sendocompreendida nas suas intenções— reduzindo substancialmente aárea de resistência ou de incom-preensâo. principalmente na pro-pria Arena e entre os moderadosda Oposição.

Documento do MDBtem 18 adesões

Pelo menos 18 dos 26 senadoresdo MDB já firmaram compromis-so de permanecerem num mesmoPartido, se realmente ocorrer aextinção das atuais agremiações.Nas próximas 24 ou 48 horas de-verão aderir ao documento os Se-nadores Marcos Freire iPE), Hen-rique Santillo (GO), Agenor Maria(RN) e Orestes Quércia iSP) —que estavam ausentes de Brasília.O Senador gaúcho Pedro Simonjá assinou.

Não se acredita que os Senado-res Tancredo Neves (MG) e LeiteChaves (PR) assinem a declara-ção. O parlamentar mineiro só secompromete na luta contra a ex-tinção do MDB. Depois disso, se-gundo ele, "não se sabe o que vaiacontecer". O Sr Leite Chaves éadepto do PTB. Nào ha informa-ções seguras a respeito do apoiodos Senadores fluminenses Ama-ral Peixoto e Hugo Ramos.

Mesmo firmando o compromis-so, o Senador Pedro Simon comu-nicou aos coordenadores do docu-mento — Srs Roberto Saturnino,Franco Montoro e Itamar Franco— que solicitaria ao diretório re-gtonal do MDB gaúcho ratificarou nio sua posiçáo.

Congresso instala Comissão MistaAs lideranças da Arena e do MDB deverão

comparecer, amanhã, aos trabalhos de instalaçãoda Comissão Mista do Congresso encarregada dedar parecer ao projeto de reforma partidária, deIniciativa do Governo. Pelos entendimentos, cabe-rá a presidência do órgão ao Deputado WaldirWalter (MDB-RS) e, ao Senador Tarso Dutra (Are-na-RS), a função de relator.

Apesar do clima emocional, não se acredita queno ato formal da Instalação da Comissão Mistapossam ocorrer Incidentes e nem que o MDBprovoque tumultos, a exemplo do que foi tentatona leitura do projeto no plenário, na tarde desexta-feira. Hoje no Palácio do Planalto, a matériaserá examinada e definidos os pontos fundamen-tais a serem mantidos.

Sem paralisaçõesNa opinião de parlamentares dos dois Partidos,

não haveria qualquer rendimento prático na radl-calização do debate, como deu a impressão de quehaveria, com a nota do Sr Ulysses Guimarães e asreações iniciais do Sr Paulo Brossard. Segundo seobservou, deputados e senadores mais experientessão de opinião de que o debate radicalizado nãofavorecerá as gestões entre os mal» diversos gru-pos do Parlamento, com o objetivo de aperfeiçoar aproposta do Executivo.

—8e quase todo o mundo está contra o projeto,é de se esperar que quase todo o mundo trabalhepara melhorar o seu texto, com vistas à adoção dopluripartidãrismo no país •— comentou um dosintegrantes da Comissão Mista, Deputado JoséCosta (MDB-AL), adepto do PTB.

O vice-lider do Governo na Câmara — e mem-bro da Comissão Mista — Deputado Afrisio VieiraLima (Arena-Ba) náo espera incidentes a partir doInício dos trabalhos da Comissão. Ele acha que oclima emocional estâ-se dissipando. Na sua opi-nião, os líderes e dirigentes do Partido governista,Srs José Sarney, Jarbas Passarinho e Nelson Mar-chezan — que estarão hoje com o PresidenteFigueiredo — deverão ser orientados sobre aspossíveis mudanças no projeto.

Observou o Sr Afrisio Vieira Lima que o MDB,além de sua posição contra a extinção dos Parti-dos, deverá lutar por três ou quatro mudançasbásicas: reduzir de onze (metade) para nove onúmero mínimo de Estados com diretórios parti-

dârios organizados e. de um terço para um quartode diretórios municipais. A extinção da sublegen-da deverá provocar numerosas emendas.

Outro ponto polêmico muito citado entre osparlamentares é o dispositivo que prevê a perda domandato dos eleitos por Partido que não tenhaconseguido atender às exigências constitucionaisde apoio de pelo menos cinco por cento do eleitora-do, de nove Estados, com o mínimo de três porcento em cada um deles.

No ano passado, na tramitação da emenda n°11, da reforma política, o Deputado Antônio Mariz(Arena-PB), tentou, sem êxito, contornar esse pro-blema. O Governo não aceitou a mudança. Recen-temente, o secretário geral da Arena, DeputadoPrisco viana, chegou a informar que haveria emen-da constitucional a respeito, com o objetivo deestabelecer o prazo, de 60 ou 90 dias, para que oparlamentar naquelas condições fizesse nova op-çáo partidária.

Segundo o vice-lider Afrisio Vieira Lima, apesardo descontentamento de numerosos parlamenta-res, que vêem na organização de novo Partido umrisco ao mandato, a situação só poderá ser modifl-cada por força de emenda constitucional.

O representante da Bahia confirmou a Impres-sào de que a rigidez do prazo de oito meses e ogrande número de diretórios regionais e munici-pais exigidos pela reforma devem ser abrandados."Esta é a impressão generalizada" — frisou.

E a pregação do MDB, pela rejeição pura esimples do projeto?Essa tese nào terá acolhida, nem mesmoentre elementos da própria Oposição — disse o SrVieira Lima.

Comissãot Representarão a Arena na Comissão Mista os

Senadores Aloisio Chaves (PA), Bernardino Viana(PI), Tarso Dutra (RS), Aderbal Jurema (PE), Ju-tahy Magalhães (BA) e Jorge Kalume (AC), e osDeputados Afrisio Vieira Lima (BA), Claudlno Sal-les (CE), Hugo Mardini (RS), Siqueira Campos(GO), Jairo Magalhães (MG) e Ricardo Fiúza (PE).

Do MDB, os Senadores Humberto Lucena (PB),Marcos Freire (PE), Pedro Simon (RS) e MauroBenevides (CE), e os Deputados João Menezes(PA), José Costa (AL), Waldir Walter (RS), Tidei deLima (SP) e Fernando Lyra (PE).

Gaúcho consideraproposta absurda

Porto Alegre—O presidente daComissão Mista que vai examinaro projeto de reforma partidária.Deputado Valdir Walter IMDB-RS), disse ontem que o projeto é"absurdo, violento e mal-Intencionado, mas até nisso estárigorosamente dentro da lógicado regime", e que por isso a uniãodo MDB deve ser consolidada pa-ra combate-lo. "O Governo vaisurpreender-se. pois nào temmais diante dele uma Oposiçãoapenas queixosa."

Lembrou que hoje "as forçasdemocráticas acordaram e estàodeterminadas a liquidar com aditadura, apesar das suas leis ca-suísticas, e que o MDB é capaz derealizar um gigantesco trabalhonesse sentido". O parlamentargaúcho viajou ontem a Brasiliapara reunir-se, com o presidentedo Partido, Sr Ulysses Guima-ràes, e com os líderes Paulo Bros-sard e Freitas Nobre, a fim dearticular a estratégia de atuaçãoda Oposição frente ao projeto doGoverno.

"O projeto tem a finalidade decriar uma nova confusão partida-ria no país, de forma a assegurar acontinuidade do Poder", obser-vou o Deputado Valdir Walter.

Marchezan diz qiie"poeira está baixando"O líder do Governo na Câmara. Deputado Nelson Marche-

zan. "estimaria muito" que não houvesse clima emocional nadiscussão e votação da reforma partidária, obsprvando que apoeira do primeiro momento esta baixando". Hoje. no Paláciodo Planalto, os lideres arenistas examinarão a matéria com oPresidente Figueiredo, de quem receberão instruções para con-duzir as gestões no Parlamento.

Na opinião do parlamentar gaúcho, o MDB tem procuradodeturpar o exame do projeto, alegando que a sua aprovaçãoconsagraria o monopartidarismo ou a manutenção do bipartida-rismo. "Dificuldade para organizar um Partido sempre existirame com esses argumentos o MDB quer favorecer a si mesmo,assegurando a sobrevivência das duas atuais agremiações".

Indagado da posiçáo da Maioria, diante do projeto governa-mental, o Sr Nelson Marchezan afirmou que. em principio, "tudoé discutível". Ele não acredite que o MDB encontrara respaldona bancada arenista para conseguir a rejeição do projeto, masnào desmentiu nem confirmou que a hipótese da aprovação pordecurso de prazo tenha sido discutida nas psferas governamen-tais e na própria Arena.

— É preciso deixar claro que o Presidente da Republicasempre se declarou favorável ao pluripartidãrismo. Náo teriasentido, portanto, um Governo que deseja o pluripartidãrismo.enviar uma proposição ao Legislativo para adotar o sistema doPartido único ou consagrar o bipartidarismo — observou o líderda Arena.

Mesmo esperando que o debate nào se radicalize, o SrNelson Marchezan não tem duvidas de que o exame da matériaocorrerá em ambiente de tensão, até porque a sorte rie cadaparlamentar estará em jogo."Cada um terá de tomar sua decisãopessoal, em termos de sobrevivência polltico-partidària" —disse.

No fim da semana o líder do Governo esteve reunido i*omvários parlamentares do chamado "grupo restaurador" da Arena. na residência do Deputado Borges da Silveira iPRi. Toma-ram chimarrào e examinaram a reforma partidária.

Coras achamudança teóricaSão Paulo — Participando do

primeiro encontro de DiretóriosMunicipais do MDB da BaixadaSantista e litoral paulista, o ex-Deputado Mário Covas afirmouontem, em Santos, que "há umano o povo brasileiro esta sendosubmetido a um engodo na quês-táo da reformulação partidária.Enquanto faz o pais discutir umateórica mudança no sistema par-tidario. o Governo desvia a aten-çao de problemas mais sérios, nasareas econômica e social".

No seu entender, tais proble-mas enarnm um quadro bastantenegativo como o fato de que. em1976. 80rr da população brasileiraauferiram apenas um terço darenda nacional, enquanto os res-tantes 20'> ficavam com dois ter-ços" Para explicar o adjetivo"teórica", que aplicou à reformaproposta pelo Governo, o prest-dente do MDB paulista afirmouque o projeto enviado ao Congres-so torna mais difícil ainda a exis-téncia de novos Partidos.

"Na melhor rias hipóteses, tere-mos dois ou ate mesmo apenasum Partido, causando assim amexificação do Brasil"

Ex-PSD admite ir para o "Arenão"Belo Horizonte — "O ex-PSD poderá Integrar-

se ao Partido único do Governo, desde que sejamgarantidas as perspectivas do grupo chegar aoPoder, através das eleições diretas para os Gover-nos estaduais", disse ontem o Senador indiretoMurilo Badaró (Arena-MG), para quem o projetode reforma partidária inviabiliza a criação de ou-tros Partidos, devido principalmente a manuten-ção da sublegenda.

Com o envio do projeto de lei ao Congresso, ogrupo do ex-PSD mineiro, que se estava mobilizan-do para não ingressar no Arenão, retraiu novamen-te, enquanto aguarda a apresetação das emendas.O vice-lider do Governo na Câmara, DeputadoIbrahim Abl-Ackel, disse ontem que "chegou opor-tunidade de o Congresso afirmar seu poder".

Sublegenda

Segundo o Senador Murilo Badaró, o projeto delei encaminhado ao Congresso na semana passada"está gerando entre os políticos uma certa perple-xidade, pelo temor de que nào consigam organizaro mínimo indispensável ao funcionamento dasorganizações, dentro dos prazos previstos".

Ele acredita que, em princípio, a sublegendanáo ê um Instrumento eficiente num regime pluri-partidário mas, diante das restrições impostas àcriação de novos Partidos, este dispositivo podevir a se constituir em uma solução "que permitaaos diversos grupos desajustados dentro do Parti-do manterem sua identidade e a possibidade deacesso ao Poder".

Neste sentido, o ex-PSD mineiro, que pretendiaingressar no Partido do Senador Tancredo Neves,jâ admite a sua integração no Arenão. Mas, para

isso, será necessária a adoção da sublegenda emtodos os níveis e a garantia de que as eleições paragovernador, em 1982, sejam diretas. O SenadorMurilo Badaró garante que se forem diretas estaseleições, o PSD assumirá o Governo mineiro em1982.

Embora evitasse comentar as possibilidades deo Senador Tancredo Neves organizar um Partidoindependente, o Senador Murilo Badaró, afirmouque o projeto de lei da reforma, partidária dificil-mente proporcionará condições para o surgimentode outras legendas, que não sejam o Arenão e oEmedebezão. "Ninguém embarcará numa aventu-ra sem porto de destino."

Apontou, no entanto, alguns aspectos do proje-to, como o prestígio que confere aos DiretóriosDistritais, a oportunidade que dá aos diversosgrupos de se organizarem e, principalmente, apossibilidade de "que nos libertemos das duasorganizações — Arena e MDB - que estão total-mente exauridas".

Soberano

Segundo o vice-lider Ibrahim Abi-Ackel, o Con-gresso não está mais submetido ao AI-5 e terácondições para afirmar o seu poder e soberania,aprovando emendas ao projeto de acordo com aconsciência de cada parlamentar.

Afirmou também que não se pode criticar aforma pela qual a questão foi encaminhada. "OGoverno tomou a iniciativa de elaborar e enviar oprojeto ao Congresso. Se o Congresso achar areforma inadequada, que apresente o substituto.Se achar defeito, que corriia. O importante é que oCongresso está na plenitude de seu poder."

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30 de Outubro - ESTAÇÃO FLAMENGOTerça -feira Rua Dois de Dezembro. 107

Centrais-205,225.245.265 e 285.

31 de Outubro - ESTAÇÃO MARACANÃQuarta-feira Rua General Canabarro,215

Centrais-228.248,234,254.264 e284.

01 de Novembro - ESTAÇÃO ENGENHO NOVOQuinta-feira Rua Dois de Maio, 353

Centrais-201,261 e 231

é% TeiéR jTeiecoMUNicaçoes do rio De jaNeiRO s.a.

política e governo JORNAL DO BRASIL _ segunda-feira 22 10 79 Caderno

Comunistas vão discutir no Rio reforma partidáriaSalvador - Pela primeira vez depois da entra

da em vigor da lei de Anistia os dirigentes comu-nista.'. que retornaram ao Brasil vão se reunir paradeliberar uma posição política conjunta segundorevelou, ontem nesta Capital, o ex-iíder sindicalHercules Corrêa Os comunistas vao se encontrardentro de 1(1 dias. sob a presidência de Luiz CarlosPrestes, no Rio de Janeiro, para avaliar o projetode reforma partidária enviado ao Congresso peloPresidente da Repuolica

O Sr Hercules Corrêa que veio a Bahia partici-pai do ciclo de dehat.es sobre Trabalhismo e Sindi-calismo evitou opinar sobre o proieto exatamenteargumentando a falta de uma avaliação conjunta.Na reuniáo eles pretendem "exercer o direito deopinar como cidadãos e comunistas' sobre areforma partidária e ao final do encontro, o secre-tann-geral do PCB deverá dar uma entrevistacomunicando suas conclusões.

Lei ()«• segurança

O dirigente comunista ao ser indagado sobre oproieto de reforma partidária respondeu que ain-da náo tivemos possibilidade de nos reunir paraavaliar o proieto' o que irão fazei no prazo de 10dias 'levando em conta que todo cidadão deveopinar Como tal vamos exercer esse direito, desdequando o Presidente ria Republica enviou ao Con-gresso Nacional um projeto político'

Exatamente por "conhecermos os termos ecombatermos a Lei de Segurança Nacional' res-saltou o St Hercules Corrêa, "nos encontraremoscomo cidadãos e como comunistas mas nàocomo integrante? do Comitê Central do PartidoComunista Brasileiro A princípio, no entanto, eleconsidera 'dever do.s deputados e senadores e daopinião publica nacional, fazer o Congresso apro-var um projeto que dé ampla liberdade de organi-zação"

O membro do Comitê Centra! do Partido Co-munista disse ainda que alimenta a expectativa deque o debate da reforma partidária no CongressoNacional resulte "num alinhamento de forças que

garanta uma ampla liberdade de orcanizaçáo dascorrentes políticas Segundo ele um fenômenopolítico a curto prazo pode permitir inclusive, alegalização do Partido Comunista Brasileiro.

Foto df» Chico Ylrwm

Legalização

Disse o antigo líder sindica! que a presença dePrestes no Brasil 'ê um passo importante" para aluta que empreendem pela legalização do Partido."Prestes ê uma figura histórica que formou-secomo líder fora das fileiras do Partido, ao qual jàchegou como personalidade real da vida públicanacional" destacou o Sr Hércules Corrêa, lem-hrando que o próprio secretário-geral do PCBdeclarou que desempenhara um papel na luta pelalegalização

Acredita porem que a legalização do seu Parti-do resultará ao avanço do processo de democrati-zaçao' do pais pois não se pode falar em PC legalsem antes alcançarmos a democracia". Democra-cia e legalização, conforme frisou, sào coisas inse-paràveis. "Como o processo de democratizaçãosegue aos trancos, náo podemos chegar à legalida-de. a náo ser que haja um fenômeno na vidapolítica do país"

O Sr Hércules Corrêa, que se encontrou pelaprimeira vez com o dirigente sindical Jacó Bittar,coordenador nacional do Partido dos Trabalhado-res, ao chegar no Colégio Antônio Vieira, onde serealiza o ciclo de debates sobre trabalhismo esindicalismo fez reparos aos informes da imprensasobre o resultado do encontro que tiveram, em SãoPaulo, com o lider sindical Luiz Inácio da Silva, oLula.

Disse que o encontro foi "agradável e interes-sante". chegando a uma identidade de "90 porcento das idéias e pontos de vistas políticos, aocontrário do que disseram' Portanto, acrescentouo ex-líder sindical, "seria uma excrescência" quenão admitisse uma atuação comum entre o PT e oPCB. pois 'se fazemos alianças políticas com diri-gentes liberais, por que não faríamos com os traba-lhadores?".

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Prestes disse que a saúde "está firme", mas estava muita cansado e não daria entrevista

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Cardeal críticaos totalitários

"Um compromisso com qual-quer movimento de natureza an-ti-rellgiosa e antidemocrática, deobjetivos coletivistas e totalltá-rios, é perigoso e Inaceitável, por-que transgride os preceitos da na-tureza e da graça", declarou, on-tem, o Cardeal Dom Avelar Bran-dão Vilela na sua"oraçào domi-nical".

O Arcebispo Primaz do Brasiladmitiu, porém, que a Igreja e oscristãos aceitam "uma coopera-ção inspirada nos anseios e neces-sidades populares", com os quesão capazes de sentir os proble-mas de seus semelhantes, inde-pendente de stgla partidária."Uma aliança oficial com aquelesque sào incapazes de sentir o pro-blema de seu semelhante é lmpos-sivel porque contraria e fere oEvangelho" — acrescentou.

MOMENTO DE DIÁLOGO

Na opinião de Dom Avelar, pa-rece ter chegado o momento "deum diálogo sério e amplo, semrestrições, diálogo sem perda deIdentidade dos interlocutores,diálogo no qual a mensagem cris-tá seja realmente forte, capaz deexigir a prática de um verdadeirohumanismo, dentro da moldurados interesses maiores da comu-nidade brasileira".

Fazendo suas reflexões, o Car-deal-Arcebispo de Salvador admi-tiu que no momento nâo é licito"assumir a atitude de cruzar osbraços e permanecer em berçoesplendido" — embora considereque "a colaboração através deações concretas é um jogo dlficilde ser conduzido, a longo prazo,pelas ambigüidades Ideológicas ede comportamento".

O fundamental para ele é que"as Injustiças e a violação dosdireitos humanos Jamais merece-rào apoio ou condescendênciadas consciências retas e equàni-mes. Por Isso, é missáo tambémda Igreja batalhar pelo respeito àdignidade da pessoa humana, pe-los princípios éticos que devemnortear o comportamento parti-cular e coletivo dos cidadãos".

Prestes já está em casa novaO secretário-geral do Partido Comu-

nista Brasileiro, Luiz Carlos Prestes, es-tá morando desde ontem com sua mu-lher, D Maria Ribeiro, em um confortávelapartamento na Rua Rainha Elizabeth.alugado por Cr$ 50 mil mensais, pagospelo arquiteto Oscar Niemeyer.

O apartamento, alugado por tempo-rada. tem 150 metros quadrados. Iresquartos, sala. três banheiros sociais, co-pa. cozinha, dependências de emprega-da c uma vaga na garagem, onde o SrPrestes tem um Opala a sua disposição.

Os vizinhos

Fachadn em mármore com vidrosfume. interfone na portaria e uma tape-caria, sem assinatura, ladeada por doislustres de bronze, o edifício tem umapartamento por andar. Além do SrPrestes. Ia vivem mais sete famílias: doamédicos, um engenheiro, um arquiteto,um comerciante, um decorador e umaposentado, que pagam Cr$ 8 mil men-sais de condomínio. O edifício tem trêsempregados e todos os apartamentostém ar condicionado.

Ontem, pela manhã, o porteiro doprédio não sabia qiíem era o Sr LuizCarlos Prestes e garantira nunca terouvido falar em Partido Comunista. Elerecebeu ordens para náo deixar nin-guém subir ao apartamento rio 4" andar,mas permitiu, depois de muita insistèn-cia. as comunicações pelo interfone.Uma mulher, que se identificava apenascomo parente do secretário-geral doPartido Comunista Brasileiro, informouque Prestes estava muito cansado, náosairia de casa e lambem não eslavaesperando nenhuma visita.

O apartamento

Mais tarde, ás 12h30m. um rapazinformou que os repórteres poderiamsubir para fotografias, desde que se com-oromelessem a nào fazer nenhuma per-

gunta ao dirigente comunista. Prestesrecebeu todos numa sala confortável edecorada de maneira discreta. Um sofáe quatro poltronas amarelas, dois almo-fadòes. uma mesa de centro, dois tape-tes. uma mesa de jantar redonda, quatrocadeiras, uma televisão e cortinas bran-cas. além de uma tapeçaria na parede.O piso c dc tábua corrida

Prestes vestia uma camisa clara, cal-ça marrom e chinelos dc couro verme-lho. Cumprimentou a todos e disseapenas

- Tenho muita satisfação cm recebe-los. mas hoje estou muito cansado pararesponder a perguntas. A saúde estafirme.

O secretário-geral do PCB náo deve-rá residir neste apartamento mais detrês meses, segundo informou o arquile-to Oscar Niemeyer. que está pagando oaluguel por um "dever de amizade".

O passeio

Ontem, á tarde. Prestes foi a casa doSr Niemeyer. na Estrada das Canoas,onde conversou com delegações de SáoPaulo. Rio Grande do Sul. Minas. Goiáse Alagoas, que vieram ao Rio para rece-ber o dirigente comunista. Ele estevetambém com os Srs Grcgorio Bezerra cLuis Tenório dc Lima, e recebeu do SrPedro Tadioli. uma mensagem do secre-tário-geral do PC argentino. GerónimoArnedo Alvarcz. na qual ele diz que "osmilitantes comunistas brasileiros deramuma contribuição importantíssima paraa criação da nova situação politica doBrasil, criada a partir da anistia e doretorno dos exilados". O documento Jinallza desejando ao PCB "êxitos nasgrandes tarefas que se colocam e reiteraafirme e permanente solidariedade".

O dirigente comunista ira. mais umavez. a casa da Estrada das Canoas paranovos contatos políticos.

A entrevista coletiva que será conec-dida pelo Sr Prestes esta marcada. Ini-cialmente. para quarta-feira, na sede daAssociaçáo Brasileira de Imprensa.

Clandestinoreaparecena Oposição

Vitoria da Conquista, BA —Depois de onze anos de clandesti-nidade. .Tose Gomes Novaes. 50anos. ex-membro da Confedera-çáo dos Trabalhadores na Agri-cultura e da Federação dos Tra-halhadores na Agricultura de Ala-goas, reapareceu ontem, em reu-niao do MDB do Sindicato Ruralde Vitoria da Conquista, naBahia

O Sr Joso Novaes foi preso em19H8. quando era presidente doSindicato Rural de Água Branca,em Alagoas, e Vereador peloMDB Depois de sete meses obte-ve o relaxamento de sua prisãopreventiva e procurou a clandes-Unidade.

O Sr José Novaes esteve pordois meses em Curitiba, por umano. como agricultor: em Canara-nà, na Bahia, e depois, passou aviver como camelô em Vitoria daConquista, atividade que aindaexerce. Como na cidade existempelo menos mais três "José Go-mes Novaes" — um deles um lm-portante pecuarista - o ex-lidersindical nâo precisou mudar onome

A reunião foi no distrito de JoséGonçalves, a 25 quilômetros deVitoria da Conquista, e estavampresentes os Deputados JadlelMatos e Elckson Soares, do MDBbaiano, e Válter Silva, do MDB doRio. A noite, o Sr José Novaesviajou para Salvador, onde vai seencontrar, hoje. com o ComitêBrasileiro pela Anistia.

Professorespedemreintegração

Diversos professores e pesqul-sadores de todo o pais punido»por Atos Institucionais e que fo-ram atingidos pela Lei da Anistia,reuniram-se neste fim de semanano antigo prédio da Faculdade d«Engenharia do Largo de SáoFrancisco, no Rio, e redigiramuma nota afirmando que a "to-do.s, sem exceção, deve ser conce-diria a recuperação automáticado direito a reintegração"

O documento é assinado pelosprofessores Guido Antônio rie Al-meida. da UFMG; Luis da CostaLima, da UFPE; Luís Carlos Pi-nheiro Machado, rio UFRS; MariaYeda Linhares, da UFRJ, Sebas-tião José de Oliveira, pelo Institu-to Oswaldo Cruz; e Valdir Medel-ros Duarte, pelos professores éJ-taduals do Rio de Janeiro.

A nota diz que os professores epesquisadores punidos "constde-ram Inaceitável qualquer procedi-mento que se caracterize, abertaou veladamente. em processo dejulgamento" e consideram que atalegadas "necessidade e conve-niència do serviço publico" jâ sa"encontram respondidas pela»reiteradas manifestações da co-munidarie acadêmica e científicado pais""A Sociedade Brasileira para oProgresso da Ciência" — diz anota — "foi intérprete dessa ne-cessidade do retomo de todos osatingidos em resolução especificana ;)1* reunião anual em Fortale-za, em julho de 1079, resoluçãoessa levada ao Sr ministro daEducação e Cultura".

Os professores e cientistas con-sideram também que "deve serdispensado o mesmo tratamento"a todos, "independentemente doórgão a que estavam vinculadosou que venham a se vincular emfunção da atual organização ad-mlnistratlva". Finalmente, afir-mam que "a consciência universl-taria reclama o direito à relnte-gração dos professores e pesqul-sadores, independente dc quais-quer formalidades constrange-doras".

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JORNAL 00 BRASIL segundo feira, 22'10/79 Caderno

Geiseldescansaem Araxá

Belo Horizonte — Pela primei-ra vez desde que encerrou seumandato, em março passado, oex-Presidente Ernesto Geisel vemhoje a Minas, onde pretende pas-sar alguns dias em descanso noGrande Hotel de Araxã. Hoje ànoite, o ex-Presldente será home-nageado com um jantar oferecidopelo Governador Francelino Pe--slra, no Palácio das Mangabel-ras. para o qual foram convidadosdiversos arenistas.

O cerimonial do Palácio daMangabeiras nâo liberou o pro-grama da visita do ex-Presidente,informando apenas que ele sehospedará em Belo Horizonte, noOthon Pálace Hotel, até amanhã,quando embarca num tâxi-aéreopara Araxá.

TCU julgaem novembro3 escândalos

Brasília — Os processos sobreescândalos õnaceiros do GrupoLutfalla. do adubo-papel, do Gru-po Lume, sobre "empréstimos deexcesão" concedidos pela CaixaEconômica Federal e dos chequessem fundos do Banco Econômicopagos pelo Banco Central seráotodos julgados no próximo mês,conforme anunciou ontem o Pre-sidente do Tribunal de Contas daUniào, Ministro Ewald Pinheiro.

Estes inquéritos foram requisl-tados pelo TCU em setembro doano passado, numa de suas maistumultuadas sessões plenárias,quando o Ministro Mauro Re-nnult acusou a Corte de "omitir-se perante os grandes escândalosde repercussão pública". Duranteesses 13 meses, apenas o processoreferente ao escândalo da Sudepefoi apreciado. Os outros tramita-ram até hoje entre as lnspetoriasde controle externo e a Procura-doria-Geral.RESERVADO

Até agora, apenas em sessõessecretas as peças desses inquéri-tos foram discutidas. Todos eleschegaram à corte com o carimbode reservado, e com Insuficiênciade informações para esclareci-mento dos ministros. Por essa ra-zão, todos foram submetidos adiligências, necessárias, segundoo Ministro Ewald Pinheiro, por-que "de nada adianta a Corteexaminá-los preciptadamentesem conhecer os detalhes dosautos".

Do processo do Grupo Lutfallaconsta que no primeiro trimestrede 1975, o BNDE, atendeno a umarecomendação do Secretario dePlanejamento da Presidência daRepública, Sr Reis Velloso, con-cedeu a Fiação e Tecelagem Lut-falia dois financiamentos no valorde Cr$ 39 milhões, que nâo foramliquidados. Apesar disso, emmaio do mesmo ano um novoempréstimo — de Cr$ 94 milhões— foi concedido para saneamentoflnaceiro e dividas atrasadas. Emagosto, o BNDE, depois de assi-nar um termo de opção de com-pra e venda de ações com os acio-nistas proprietários, assumiu a dl-reção da empresa, que já deu aoGoverno federal um prejuízo su-perior a Cr$ 500 milhões.

O escândalo do adubo-papel foiapurado em 1977 em mais de 40municípios do Rio Grande do Sule cidades de Minas Gerais, MatoGrosso e Maranhão. Os recursosdo programa de Incentivos do Go-verno para aquisição de fertüizan-tes eram desviados mediante Ha-turas falsas de venda de adubos.Um ano depois da criação do pro-grama, a divisão de Polícia Fa-zendária e a Receita Federal con-seguiram apurar um repasse demais de Crt 5 bilhões, envolvendomais de 150 pessoas.

Quanto ao processo do GrupoLume, consta a sua morte a partirdo segundo semestre de 1975, como seguinte saldo: 80 famillasameaçadas da perda de seus lmó-veis e a descoberta de insolvênciaque comprometia numerosos em-preendimentos econômicos, in-cluindo a exploração de Jazidasde potássio em Sergipe.

Sobre o escândalo dos "emprés-timos de exceção", consta que nodia 6 de agosto de 1976 o BancoEconômico da Bahia, alegandofalta de fundos, devolveu doischeques administrativos de suaemissão que haviam sido dadospela Proinvest Distribuidora deTítulo e Valores Mobiliários àCorretora Paulista Socopa (Cr$ 95milhões) e ao Banco Interconti-nental de Investimentos (Cr$ 102milhões). Os cheques eram prove-nientes de operações no open-market.

Um ano e oito meses depois doescândalo, o Banco Central deci-diu ratear os prejuízos entre aspartes, mas sem contar com adesvalorização da moeda.

Curitibatem missaecológica

Curitiba — Menos de 150 pes-soas assístiram-à-l1 Missa Ecoló-gicaTeaUzadaTUo-Passeic^Público(minizoológico) desta cidade, peloDepartamento de Parques e Pra-ças da Prefeitura.

Seus organizadores impedirama leitura do manifesto do Movi-mento Ecológico de Curitiba, quedefendia a transferência dos ani-mais daquele passeio público pa-ra "outra área verde mais livre".A Comissão Pró-Formaçào do Co-mitè de Defesa da Amazônia e doMeio-Ambiente em Curitiba, di-vulgou manifesto de solidarieda-de às entidades que lutam contraa instalação da fábrica de papelda Braskraft em Sengés. Norte doParaná."

Telefone para264-6807

e faça umaassinatura do

JORNALDO BRASIL

Ministro da Saúde sai atédezembro e mais quatrovão cair no próximo ano

Brasília — Embora o Presidente João Figueiredotenha confidenciado a um grupo seleto de amigosfreqüentadores da Granja do Torto ser contrário, nomomento, a uma "mexida no Ministério" para evitarum provável desgaste da imagem do Governo, fontesoficiais admitiram ontem, como inevitável, a exonera-ção até dezembro do Ministro da Saúde, Sr MarioAugusto Castro Lima. A prazo mais longo preve-se omesmo destino para mais quatro ministros.

Segundo essas mesmas fontes, o afastamento nãoestá ligado à recente crise vesicular do Ministro, mas aum desejo seu de se afastar do cargo em conseqüênciade "total inadaptabilidade ao Poder", agravada porcortes substanciais no orçamento do Ministério, aoveto do SNI a oito de seus assessores — o que o obrigoua assinar documento para mantê-los — e até mesmo odesprezo que nutre pela politica, apesar do cargo.

Estas distorções é que tèm con-tribuído para desgastar a imagemdo Ministro, além de suas declara-

Soes à imprensa, com quem man-

;m constantes entreveros, pordesconhecer os problemas liga-dos a sua Pasta.

Recentemente, o Senador Gil-van Rocha (MDB), ex-aluno do SrCastro Lima, convidou-o a parti-cipar do simpósio sobre controleda natalidade, promovido pelaComissão de Saúde do Senado. OMinistro recusou-se a participarsob a alegação de que não tinhanada a dizer, quando a Diretriz n°12 do Presidente João Figueiredopara a área da saúde é exatamen-te o tema da discussão promovidapelo Senado.

Segundo fontes oficiais, o SrCastro Lima não será exonerado,pedirá exoneração, alegando pro-biemas particulares. "Será umasaida honrosa".

Feto de Evandro Teixeira

ORÇAMENTO

O orçamento do Ministério daSaúde, de Cr$ 8 bilhões este ano,se Já era considerado "Irrisório"por assessores do Ministro passoua ser motivo de brincadeiras noscorredores do Ministério, em facedo aumento de 23% aprovado pe-lo Ministério do Planejamento pa-ra o próximo exercício.

Como a reivindicação de Cr$ 15bilhões para o orçamento de 1980não foi atendida, a dotação apro-vada de Cr$ 9 bilhões 240 milhõesfoi considerada pelo próprio Mi-nistro Castro Lima como insufi-ciente para dar prosseguimentoaos programas de saúde já emcurso e impeditiva no que se refe-re a novos programas.

Considerado por seus técnicoscomo "o ministério da Miséria",será impossível a qualquer Minis-tro da Saúde, seja ele quem for,desenvolver qualquer programasério de combate ãs grandes en-demlas, alimentação infantil e atémesmo traçar uma politica nacio-nal de saúde que não seja dema-gógjca, comentou um assessor di-reto do próprio Castro Lima.

O raciocínio, segundo eles, élógico: um aumento de apenas23% da dotação orçamentária, secomputada a Inflação, que esteano os cálculos mais otimistasIndicam como sendo em torno de70%, nâo dá sequer para a conti-nuidade dos programas, quantomais â implantação de novos.

CRISE

Além da falta de recursos, acrise desencadeada na mais im-portante Secretaria do Ministe-rio, a Secretaria Nacional de Pro-gramas Especiais de Saúde, queengloba as divisões nacionais dedoenças crônico-degeneratlvas,saúde materno-infantil, saúdemental, dermatologia sanitária epneumologia sanitária, já esca-pou ao controle do Ministro Cas-tro Lima.

Em apenas oito meses de Go-verno, o Secretário Nacional deProgramas Especiais de Saúde,Sr Paulo Rios, conhecido na Fun-daçâo Hospitalar do Distrito Fe-deral como "o homem da Sanoli",por ter fechado com esta firmaum contrato de fornecimento derefeição aos hospitais em que olitro de leite, há três anos, custavaCr$ 96,00, Já provocou a demissãode dois importantes diretores na-cionais: os Srs Alberto Raick, deDoenças Crônicas-Degenerativase Manoel Branco, da Materno-Infantil.

BAHIA E EMPREGOS

Uma das críticas mais frcqüen-tes que vem sendo feita ao Minis-tro Castro Lima é a de que oBrasil, atualmente, resume-se naBahia, sua terra natal, de ondesaiu para o Ministério indicadopelo Governador Antônio CarlosMagalhães.

Ex-funcionários do Ministério,mas ainda bem-relacionados, temafirmado que todo o orçamentodo Ministério foi alterado em fun-ção da Bahia (O Diário Oficial daUniào pode confirmar) e que atémesmo o Fundo Nacional de Saú-de, que só pode ser acionado peloMinistro, está atualmente nasmãos de seu chefe de gabinete, SrAristidez Pereira Maltez, proprie-tário de hospital do mesmo nome,na Bahia, para quem trabalha oSr Castro Lima.

CINCO CASOSSão cinco os ministro que, por

desentendimentos com outrosmembros de equipe ou por teremapresentado até agora fraco de-sempenho, figuram na maioriadas listas de demissões que circu-lam em Brasília desde que pelaprimeira vez se falou em reformu-lação ministerial. Os que maisassiduamente freqüentam as lis-tas são:

Murilo Macedo — embora te-nha mostrado eficiência ao tratardas greves, esteve em confrontoquase aberto com o Ministro doPlanejamento nas discussões so-bre a liberalização dos salários —especialmente depois que o SrDelfim Netto os apontou comoum dos principais fatores de infla-çáo. Seu maior problema, porém,é regional: ele nao se acerta com oGovernador Paulo Maluf e, assim,com o esquema que controlará oArcnão paulista.

Castro Lima — seu desempe-nho é considerado o mais fraco doMinistério, encontrando proble-mas ate em prosseguir o trabalhodo antecessor. Além disso, vemenfrentando crises no segundo es-calão, onde dois grupos estão emconfronto quase aberto. Ele pró-prio costuma dizer que náo seadaptou a Brasilia e que estápronto a retomar à Bahia.

Eduardo Portella — desgastou-se por defender uma políticabranda, em confronto com a durados ministros da casa, no trata-mento de problemas como reor-ganlzação da UNE ou a greve dosprofessores. Além disso, envol-veu-se em uma série de disputasde menor importância: com o Go-vernador do Distrito Federal,amigo do Presidente, a respeitode política cultural; com a Secre-taria do Planejamento, pedindomais recursos e criticando o IHPND; com órgão de segurança, apropósito de viagens de professo-res ao exterior.

Karlos Rischbieter — vem so-frendo um lento processo de ero-sáo, em uma série de pequenasdisputas com o Ministro DelfimNetto. A diferença de orientaçãoentre ambos se manifesta emquestões como o combate à Infla-ção, a política salarial ou o crédl-to rural. \

César Cais — à parte a lmpossl-bilidade de composição, a nívelregional, com seu rival no Ceará,o Governador Virgílio Távora,tem contra si acusações de náoter conseguido controlar seu Ml-nistério. Suas declarações sáo in-variavelmente consideradas de-sastradas — como as referênciasao Programa Nacional do Álcoolou o projeto para negar emplaca-mento a automóveis antigos as-sim como sua conduta ao tratarde problemas delicados, como oscontratos da Nuclebrás.

PRÓ E CONTRA

A colocação em órbita dessesatélite, segundo o Ministro, con-tribulrá decisivamente para aocupação da Amazônia e a fixa-ção do homem ao interior, atravésdo fornecimento de serviços pú-bllcos de telecomunicações, in-cluslve televisão. A desvantagemé que a órbita geoestacionária,ocupada pelos satélites de comu-nicaçôes, é limitada, constituin-do-se em recurso nào renovável.

Por ora, o projeto significa umdispèndio impossível de ser efe-tuado. Apenas as estações terres-três do satélite seriam de fabrica-çáo nacional — o equipamentoespacial teria que ser fabricadopela França, Canadá ou EstadosUnidos e è avaliado em USS 70milhões.

O maior argumento do MinistroHaroldo Mattos, no entanto, éque o nível dos aluguéis anuaispagos em dólar ao Intelsat estasubindo violentamente, e até 1985isso eqüivalerá ao custo da insta-lação de um satélite doméstico, oque constituirá a única saída. Elediz que o Intelsat não foi feitoexclusivamente para o Brasil,tem que ser enfocado em todo ohemisfério, enquanto o satélite

Um avião Xavante usa-do para operações desalvamento foi a princi-pai atração para ascrianças que foram on-tem à exposição que aAeronáutica está fazen-do no Pavilhão de SãoCristóvão. Aberta noDia da Criança, ela jáfoi visitada por quase 3mil pessoas e funciona-rá hoje e amanhã,quando termina, das 14às 22h. A atenção dosvisitantes estava ontemdividida entre a exibi-ção contínua de filmessobre a Força Aérea, ostand com equipamen-to contra incêndio, comroupas especiais paracombate ao fogo, e par-tidas de andebol entreequipes femininas dasescolas do Rio, em cam-peonato promovido pe-Ia Secretaria Munici-

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Ministro deixa na gavetaaté novo exame plano dosatélite de comunicações

Brasília — O projeto do Ministério das Comunica-ções de pôr em órbita um satélite doméstico, calculadoem 200 milhões de dólares (Cr$ 6 bilhões), está engave-tado por ora, disse o Ministro Haroldo Mattos, "para serreanalisado com muito cuidado". Só seiá enviado àPresidência da República depois de submetido aoEstado-Maior das Forças Armadas e aos Ministérios doPlanejamento e Fazenda.

O Ministro quer estar "muito consciente" da vanta-gem financeira do projeto antes de submetê-lo aoPresidente Figueiredo. No entanto, o presidente daTelebrás, General Alencastro e Silva, já declarou queno orçamento de 1981 estarão incluídos os custos para olançamento do satélite brasileiro de telecomunicações.

brasileiro serviria só para o país,com estações bastante baratas.

O Ministério das Comunicaçõespaga anualmente US$ 2 milhões800 mil pela utilização dos clrcul-tos do Intesalt, a fim de enviarimagem de televisão para Ma-naus, o que é impossível pelossistemas tradicionais. E prevêque em 1982 esse aluguel chegaráa US$ 6 milhões, o que passa aredundar em prejuízo, só evitàvelcom a instalação do satélite do-mestiço, que poderá ser colocadoem órbita no prazo de quatroanos.

A legislação que regula o tráfe-go internacional do Intelsat esta-belece que países com barreirasintransponíveis — é o caso daAmazônia — devem manter sate-lites próprios para suas comuni-cações domesticas. Para o lança-mento do satélite brasileiro, o Mi-nistério das Comunicações cogitana utilização do Space Shuttle.Trata-se de uma aeronave lança-dora. acoplada a um Jumbo, quese solt a a uma altura de 40 mil pese prossegue sua trajetória no es-paço ate lançar o satélite. Como aaeronave volta à Terra e é recupe-rada para novo lançamento, se-gundo os técnicos do Minicom, oônus é muito pequeno.

No dia 23de novem-bro, o Jor-nal do Bra-

sil vai reunir seusleitores em um grandeauditório:o SuplementoNordeste 79.

Êmeio milhão deleitores, sendo 70%localizados na classeAB 1. Isto significa queentre eles estãotécnicos, empresáriose os responsáveis pelasdiretrizes econômicase políticas do País.

Para ampliar o debate,o Jornal do Brasilconvocou empresários,homens do Governo,fez levantamentos epesquisas reunindoimportanteselementos retratando-fielmente os problemasdo Nordeste.

No SuplementoNordeste 79, umdocumento deinformação e opiniãocritica, estaremoscolocando emdiscussão:

a crise docombustível e osnovos rumos daeconomia agrícola;

a petroquímica nonovo contextomundial e Camaçari.As matérias-primas emAlagoas e Sergipe;

a vocação regional,os projetoseconômicos, osprogramasgovernamentais. Suaconcepção e seusefeitos reais;

distritos industriais:afinal, quantosintegrados,implantados ou emestudos?;

os efeitos sociais eeconômicos dosincentivos fiscais;

o Centro Industrialde Aratu e os planosda Sudene;

o crédito rural e osprogramasgovernamentais parafixação do homemno campo;

a saúde donordestino, doençasendêmicas edesnutrição;

' — a evasão de mão--de-obra, a migração,o subemprego e aurgência dosprojetos;programashabitacionais;

o projeto sertanejo

e o desafio das secas.O vale do SãoFrancisco, as novasculturas, cacau e ocafé da Bahia;

metasgovernamentais:agropecuária,produção de alimentosbásicos edesenvolvimentosocial;

os dois "brasis".Muitas decepções eesperanças para odesafio brasileiro.

O SuplementoJ^ordeste 79 vai

Estado, setor porsetor, o que osgovernos estaduais efederal e a iniciativaprivada vêm realizandoe o que falta realizar,para odesenvolvimento daregião. Reserve neleo seu espaço. Vale apena levar suamensagem a umpúblico certo em umveículo certo.

mostrãrTEstado-poi

NORDESTE/79DO JORNALDO BRASILFICHA TÉCNICAData de edição:23 de novembro 1979Formato padrão 18coi * 51cm).Circulação: nacional.Reserva ei ou cancelamento deespaço: ate 7de novembro.Entrega de matenal prontoIfotoMo): ate 16 de novembroIno Fio)Entrega de matenal para

. compor:gravar: ate !9denovembro Ino AoA_

JORNAL DO BRASILmm. J-ifeV/vK':-: -: ' .¦,,:%:: ¦. :.:-.*,x.;i:~~ á--^"--

JORNAL DO BRASIL segundo-feíra, 22'10;79 u Io Caderno

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Informe JBDest ruiçao

Numa tarde de Ouro Preto, pouco an-tes de sua morte, há 18 anos, o pintorAlberto da Veiga Guinará foi encontradoa contemplar a paisagem áa Cidade, sobchoro copioso. Interpelado por um ami-go, respondeu que lamentava a "destrui-ção de Ouro Preto, que não aura mais 10anos". O artista se referia ás desfigxira-ções que, já naquela época, devastavama paisagem barroca.

Hoje, sob crescimento acelerado, a ex-Vila Rica vê o vaticinio do artista em viasde ser concretizado. É assim, com triste-za, que artistas e intelectuais tomam co-nhecirnento da postura adotada há duassemanas, quase na surdina, pela Câmarade Vereadores da Cidade, ao rejeitar,sem pelo menos propor emendas, o proje-to de lei que disciplinaria o uso e ocupa-çáo do solo.

¦ ¦Com isso, sem mais delongas, o Parla-

mento municipal vetou uma das últimasoportunidades que a Cidade tinha de sesalvar da virtual destruição, que lhe êimposta pela especulação imobiliária.Trata-se de uma posição da qual o mini-mo que se pode dizer é que é antipatrióti-ca. Pois essa lei — mesmo que precisasseser podada de eventuais defeitos — abri-rá caminho a efetiva aplicação do planode conservação, valorização e desenvol-vimento de Ouro Preto e Mariana, elabo-rado a partir de um anteprojeto feito sobos auspícios da UNESCO e consideradoúnica solução capaz de evitar a completadescaracterização do núcleo histórico empoucos anos.

¦ ¦Sem que naáa áe concreto possa ser

provado, há quem acuse alguns vereado-res de terem votado contra para atendera interesses particulares, seus e de caboseleitorais. Resultado, portanto, da atua-çáo de autoridades municipais escolhi-das por eleitores, na maioria da ZonaRural, que desconhecem a importânciade Ouro Preto, em vias de ser declaradamonumento universal.

Trata-se, também, de poderoso reforçoaos argumentos dos que defendem a tese,antidemocrática na atual fase da vidanacional, da transformação de Ouro Pre-to em território federal, semelhante aBrasília. Sem Câmara e com prefeitonomeado.

SurpresaComentário do jurista Raymundo

Faoro, ao ler o projeto de reforma parti-daria:

— A grande surpresa é que não hásurpresa.

Para o ex-presidente da OAB. bastauma leitura mais atenta da EmendaConstitucional n" 11. praticamente repro-duzida pelo projeto.

ZumbiCom a crise da Ponte Rio-Niterói. o

Governo criou a Ecex para resolver umproblema localizado. Terminada a ponte,continuou \ Ecex a operar, sobrevivendoa necessidade que a criara.

Ora, se há um setor em que a iniciativaprivada está dando certo neste país. éexatamente o das empresas de engenha-ria. Há a presença brasileira na Argélia,na Mauritânia, na Venezuela, em dezenasde países da África. Oriente Médio e Amé-rica Latina; uma firma brasileira estáconstruindo até no Xibé.

Por mais estatizante que se mantenhaa postura do Governo, há limites. E aEcex está além de qualquer nacionali-dade.

• • •O Artigo 163 da Constituição permite

o Estado intervir no domínio econômico,para suprir a iniciativa privada quandoinsuficiente, ou para atender o interesseda segurança nacional. Como ninguémserá capaz de evocar o primeiro motivo,sobra o segundo para justificar a perva-gante Ecex.

A relação de uma construtora de pon-tes com a segurança nacional, é algo a seexplicar.

ChocantePara o ex-Senador Afonso Arinos, a

sessão tumutuada do Congresso, na últi-ma sexta-feira, revelou um debate denatureza essencialmente política.—As preocupações de ordem legal nãoforam cogitadas, mesmo porque umacomparação do projeto com a legislaçãoexistente mostra que as modificações sãopouco significantes.

Segundo o Sr Afonso Arinos. "talvez aúnica coisa importante seja a extinçãodos Partidos, e nâo a mudança do regimepartidário".

— Por outro lado, se os Partidos foramcriados compulsoriamente, também es-tão sendo extintos compulsoriamente.Terminaram como nasceram, por ato doExecutivo. É chocante, mas é a realidade.

ExpectativaSob olhares ansiosos dos Prefeitos de

todo o país, reúne-se hoje em Brasília oConselho Nacional de Política Tributária,para apresentar as propostas finais sobrereforma tributária, no que diz respeito atransferência das receitas federais aosEstados e municípios.

O receio maior é de que, apesar daspromessas de uma melhor redistribuiçâodas quantias, feitas pelo Presidente Fi-gueiredo há cerca de 15 dias, o projetonâo seja aprovado ainda este ano e, poristo, nâo entre em vigor ano que vem.

Para a maioria dos Prefeitos, sua si-tuação financeira irá de mal a muitíssimopior, aprofundando cada vez mais o abis-mo que se cava na qualidade de vidanacional.

PrecauçãoDe uma raposa pernambucana:As trovoadas de verão chegaram

mais cedo do que se espera ao dito tãounido MDB pernambucano. Tem muitagente que não confia mais no abrigo do SrJarbas Vasconcelos e, por isso, já trata dese precaver procurando outro lugar maisconfiável.

ChanceQuando o Informe JB questiona as

boas intenções do Governo na anunciadatentativa de organizar partidos de cimapara baixo, o Deputado Célio Borja per-gunta:

Por que lançar ao ridículo a idéia desubmeter os estatutos e programas dosnovos partidos políticos à aprovação deconvenções municipais e estaduais e, fi-naimente, nacional? Quem perde comisso? Os caciques, talvez. Quem podeganhar? Os índios, vale dizer, o povo.

O prognóstico fácil de que tais con-venções serão meramente homologató-rias das decisões das cúpulas, pode, aquie ali, ser desmentido por lideranças locaismais esclarecidas e intimoratas.

¦ ¦ ¦

Vamos dar uma chance aos quenunca a tiveram das outras vezes em quese fundaram partidos?

Remessa de lucrosOs resultados operacionais na carteira

de câmbio da rede bancária relativos aoprimeiro semestre deste ano revelam umfato curioso: enquanto a quase totalidadedos bancos brasileiros apresenta lucro, osestrangeiros Invariavelmente Indicamprejuízo.

Para olhos experientes, náo se tratapropriamente de um caso de competên-cia nativa.

As basesO Senador Tancredo Neves costuma

dizer que politico é como submarino: seperder as bases, afunda. A frase vale paraos líderes sindicais.

Na última quinta-feira, 50 sindicatos,inclusive o presidido por Luiz Inácio daSilva, nâo conseguiram levar mais de 2mil pessoas à Praça da Sé, numa manifes-tação contra a reforma da política sindi-cal proposta pelo Governo.

Houve poça em que Lula levava 60mil operários diariamente a um estádiode futebol, e assim mesmo sem as garan-tias que hoje cercam manifestação dessetipo.

Não faz muito tempo. Só que naquelaépoca, os lideres sindicais falavam maisalinguagem do operário e ouviam menosos intelectuais da classe média.

HistoriaQuando era Governador, o Sr Miguel

Arraes veio ao Rio dar uma conferênciana PUC, a convite do Diretório da Facul-dade de Sociologia.

Deu-se então uma bela confusão: umgrupo de estudantes queria que ele falas-se, outro era contra; havia ainda os inde-cisos, os passantes, os provocadores.

O convidado acabou falando, mas aporta da sala do Diretório, enfrentandotomates, maçãs e bananas, atiradas prin-cipalmente por um grupo ligado à Facul-dade de Engenharia.* * *

Pouco tempo depois, houve 64.

Lance-livreO Ministro do Interior, Mario Andreaz-

za, estará amanhã na Comissão de Segu-rança Nacional da Câmara dos Deputa-dos. Vai falar sobre o Projeto Jari. OMinistro lera um pronunciamento com100 paginas. Depois, respondera a per-guntas.

O Museu Emilio Goeldi, que acaba decompletar 113 anos de fundação, conse-guiu do Governo do Pará uma área parainstalar uma reserva ecológica.

Começam em janeiro as obras do Pro-jeto Promorar em Belém Serão beneficia-das cerca de 350 mil pessoas.

Até o final do ano o abastecimento deágua de Fortaleza será aumentado emquatro vezes. O DNOS aplicou nas obrasCrS 1 bilhão.

Está sendo estudada a participaçãodo grupo industrial mexicano Alfa noprojeto da Usuia Siderúrgica do Sul (Si-dersul). que será instalado em Santa Ca-tarina. Ele utilizara p gás de carvão comoredutor, técnica aplicada nas usinas me-xicanas da Alfa.

O Campo de Sao Bento, a única áreaverde da Zona Sul de Niterói, esta total-mente abandonado. A grania foi substi-tuida pelo capim.

Por causa de compromissos no exte-rior, o Sr Jaime Lerner cancelou a sua

participação no Semii.ário do Meio-Ambiente e Desenvolvimento. Amanha,no painel sobre Transporte e Meio-Ambiente, falará o economista JosephBarat. ex-secretário de Transportes doRio de Janeiro.

Na quinta-feira o Governador ChagasFreitas participa de uma série de inau-gurações em cinco municípios fluminen-ses: Friburgo, Cachoeiras de Macacu,Bom Jardim, São Fidélis e Cordeiro.

Dois distritos de Magé — Piabetá eParada Modelo — conseguiram finalmen-te ter. pela primeira vez na sua história,uma rede distribuidora de água.

Com o anúncio das medidas que oGoverno federal vai adotar para o Nor-deste, o Presidente João Figueiredo jáconseguiu atender a 80*7; das promessasque fez à região como candidato e logodepois de empossado. Em menos de 14meses, o Presidente já foi três vezes aoRecife.

Já esta nas livrarias Buracos Negros,de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,um estudo sobre a evolução das estrelas.

O Sr Wellington Moreira Franco, Pre-feito de Niterói, comentava sábado queainda tinha que ler com mais atenção oprojeto de reforma partidária. Mas res-saltava que, em politica, não é bom pres-sionar demais.

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Congresso deve aprovar leisalarial com sete emendas

Brasília — Com poucas alterações emrelação ao projeto do Governo, devera seraprovada quinta-feira pelo Congresso Nacio-nal a lei da nova política salarial. Das oitoemendas agregadas ao projeto, apenas a queunifica o salário mínimo não tem a concor-dáncia do Governo e suas chances de apro-vação são remotas.

Os lideres da Arena no Senado. JarbasPassarinho (PA), e na Câmara. Nelson Mar-chezan íRS), estão tentando convencer osarenistas favoráveis à emenda a nào votar aseu favor. O MDB também tenta, emborasaiba que dificilmente conseguira êxito, con-vencer arenistas "dissidentes" a votarem afavor de emendas que modifiquem substan-cialmente o projeto.

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Há duas esperanças, embora tênues, ani-mando os emedebistas no seu combate siste-mático ao projeto do Governo: a presença derazoável número de dirigentes sindicais e detrabalhadores no Congresso, quinta-feira, eo substitutivo do Deputado Carlos Chiarelli(Arena-RS). A pressão dos sindicalistas etrabalhadores, acreditam os emedebistas.poderá contribuir para que alguns arenistasresolvam acatar pontos do substitutivoChiarelli e até mesmo algumas emendas deparlamentares da Oposição.

Quando o substitutivo do relator do pro-jeto, Senador José Lins (Arena-CEi, foi vota-do na comissão mista, o Sr Chiarelli absteve-se. Ele chegou a votar favoravelmente emalgumas emendas de emedebistas, que fo-ram. contudo, rejeitadas pela comissão. OMDB vai pedir destaque para o substitutivodo Partido e para várias emendas. No entan-to, essas emendas são originárias do própriosubstitutivo do Partido, ou seja. o MDB vaiusar a mesma tática empregada na votaçãodo projeto da anistia.

Mas a Oposição sabe que essa tática nâotem grandes chances de levar um númerosuficiente de arenistas a aprovar algumaemenda retirada do substitutivo. O objetivoprincipal é marcar uma posição contra oprojeto do Governo, segundo o acertadocom dirigentes-sindicais que fizeram váriassugestões ao substitutivo-e-às^emendas.

Entretanto, a intenção do MDPTdemõdficar o projeto tem apenas remotíssimaspossibilidades de ser concretizada, mesmoparcialmente. Nem mesmo o apoio ao subs-titutivo Chiarelli, que tem pontos bem seme-lhantes a alguns artigos do substitutivo daOposição, deverá contribuir para sensibili-zar arenistas. A razão é que companheirosde Partido do Sr Chiarelli ja abandonaram adefesa que vinham fazendo, multo timida-mente, de algumas idéias, porque o substitu-tivo, na verdade, nunca foi decisivamenteapoiado.

Apesar de tudo. o vice-líder do MDB ppresidente da Comissão Mista que analisouo projeto. Deputado Alceu Collares iRS), eparlamentares da Oposição, como os Sena-dores Franco Montoro (SP), Roberto Satur-nino (RJ) e outros ligados ã área sindical etrabalhista continuam tentando sensibilizararenistas. Mas o esforço é inglório: a reformapartidária chegou ao Congresso, passando aser o assunto mais importante, tanto naArena quando no MDB.

Assim, o objetivo do MDB de. pelo me-nos. fazer com que a lei da nova políticasalarial permita negociações coletivas semrestrições, reajustes trimestrais, pleno direi-to de greve, garantia no emprego pratica-mente a partir de seis meses cie serviço,entre outros pontos, não devera ser atingido.Ha arenistas sensíveis a tais temas, masacham que "devem ser tratados em outraoportunidade, em especial quando o projetoda nova Consolidação das Leis do Trabalhofor enviado ao Congresso". O projeto da CLTchegara ao Congresso provavelmente emmarço de 1980. quando Arena e MDB ja náodeverão existir mais.

Como deve fiear

O projeto do Governo devera ser mesmoaprovado com o substituivo proposto pelorelator aprovado pela comissão mista. Sâooito alterações. Uma delas, a da unificaçãodo salário mínimo, em duas etapas imaio de1980 e 1981). corre o risco de ser rejeitada —tem algumas possibilidades de ser aprova-da, pois contará com o apoio do MDB e dearenistas. principalmente do Nordeste. Aemenda ê do Senador Mauro Benevides(MDB-CEi, mas e praticamente a mesma doSenador Dinarte Mariz i Arena-RNi. A emen-da da unificação, embora tenha recebidovoto contrário do relator, foi incorporada aosubstitutivo por ter sido aprovada pela co-missão.

As outras alterações, com relação ao pro-jeto do Governo, são as seguintes: extensãodos reajustes semestrais aos trabalhadoresavulsos, inclusive aos da orla marítima su-bordinados a Sunamam (SuperintendênciaNacional de Marinha Mercante): extensãodos reajustes semestrais aos que tèm sala-rios mistos (parte fixa mais comissão), mas

SQbrea parte fixa; data-base para todasas catègõrias-que-^ündajiãoas tem, benefi-ciando principalmente os~trãbãlhadores ru-rais; extensão dos reajustes para os quetrabalham sob o regime de horário parcial;supressão do item 4" do Artigo 2. fazendocom que o fator reajuste, acima de 10 sala-rios mínimos, seja 0.8 do índice Nacional dePreços ao Consumidor, pagamento, alem daindenização de praxe, de mais um saláriomensal ao empregado despedido sem justacausa no período de 30 dias que antecede adata do reajuste semestral.

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 22/10/79 D Io Caderno INTERNACIONAL — 7Daniel Boudinet

Lerede e Blanchet esmiuçaram as manobras capitalistas do PC francês

PCF Patrão"Elo merece sacrifícios que não

se justificariam numa empresa qualquer'''Arlette Chabrol

Paris -- Um livro com um titulei de impariaacaba de ser lançado ua França: A Empresarios Patrões Vermelhos. £ nem duvida a obramais anti Partido Comunista Francês queja seescreveu em longo tempo. Os dois autores. JeanI.erede e Jean Claude Blanchet. contam neleeorno funciona uma dessas empresas, uma so-ciedade editora c divulgadora na qual exercemfunções de diretores comerciais durante seisanos, antes de serem dispensados. Não faltanada: trotes, calúnias, pressões de todo tipo,nenhum respeito pelos direitos sindicais maiselementares.

Tentativa banal de demolição dn prw Tni.ves - se o livro não tivesse sido escrito porsólidos militares comunistas que, apesar detodas essas mortificaçóes, renovaram suas car-teiras de sócios de 1979. Francamente, mesmoquando se sabe que lia muitas vezes uma gran-de distância entre a teoria e a pratica, aaventura dolorosa que viveram os dois heróisdesse livro pode transtornar o leitor madverti-do. Ele descobrira tantas pequenas e grandesvilanias nos bastidores dessa Empresa riosPatrões Vermelhos - ho caso. o Clube do livroüiderot - que mal ousara acreditar.

Antigos militantes

Contudo, os autores nada tèm de provoca-dores anticomunistas: pertencentes todos doisa famílias de velhos militantes do PCF, elesprúrpios militam desde a adolescência, e pro-varam, assumindo muitas responsabilidades áfrente do movimento das juventudes comunis-tas e muitos riscos na época das duras manfes-tações da guerra da Argélia, que jamais enca-raram superficialmente o seu compromisso.Para eles. o Partido era o centro de sua vida.

Hoje, embora continuem membros (alias,enfrentam dificuldades para conseguir a reno-vação da carteira em 1979. e tiveram de insistirmuito tempo, n)as acabaram por obtè-la, poisno PCF não se expulsam mais membros hàmuilo tempo), não sabem mais muito bem emque pé estão. E tem motivos. Jean Lerede en-trou no Clube do Livro Diderot em 196S, pelaporta dos fundos, como empregado do seviçocomercial, e depois foi subindo com os anos.

Jean-Claude Blanchet chegou ã empresacomo adido da direção, em 1972. Juntos, atra-vês de métodos modernos de gerência, senãodesconhecidos no PCF, pelo menos nào oupouco praticados, desfizeram subir espetam-larmente as cifras de negócios da editora edivulgadora, quase triplieandoas em seisanos. Cumulados de. glorias e honrarias. atingi-ram finalmente os pináculos da hierarquia naempresa — um fato completamente incomum,pois são sempre os permanentes que detêm asrédeas do Poder em todo órgão dependente doPCF.

Os permanentes, c bom que se explique, sáoos militantes empregados ha tempos pelo PCF.O papel deles tem sido muitas vezes criticado —inclusive pelo filosofo marxista Louis Allhus-ser. no ano passado, em uma serie de artigosintitulada O que mio pode mais durar no PCF- pois são geralmente de uma maleabilidade atoda prova, dando guinadas de ISO graus cadave. que a direção do Partido o exige. Alias, náotêm escolha: na maioria das vezes retirados desuas profissões originais muito jovens, e eleva-dos nos escalões do Comitê Central há 20 ou 30anos. eles náo se poderiam reciclar em outrasempresas que não as do Partido. De onde aimperiosa necessidade de serem perfeitamentedóceis.

Como sào mal pagos, compreende-se. nes-sas condições, que Jean Lerede e Jean-ClaudeBlanchet, que ganhavam salários de quadrossuperiores normais, deviam suscitar ciúmesnesses homens que trabalhavam a seu ladodiariamente na empresa. Para os autores, ospermanentes tornaram-se rapidamente espe-cies de bestas negras. Quase sempre incompe-tentes nas tarefas que lhes sao confiadas ipor-que náo treinados para exercé-lasi, eles tèm noentanto o poder de decisão final, pois são osque gozam da confiança da direçáo do PCF. Ese levam uma empresa a falência, sao simples-mente transferidos, recebendo outras respon-sabilidades.

Para compreender isso, deve-se saber quenas aproximadamente 300 empresas direta ouindiretamente dependentes do patrão PCF. apolítica predomina sobre a economia. E isto.evidentemente, é ainda mais verdade nas em-presas de difusão de idéias, como são as edito-ras e os jornais. Por terem querido ignorar essaregra, os autores enfrentaram constrangimen-tos sem fim.

Pesquisas forjadas

O Clube do Livro Diderot foi criado em 1967,para editar obras de.autores comunistas, fran-ceses ou estrangeiros, e vende-las a clientela desimpatizantes, Assim, as Obras Cruzadas deLouis Aragon. bem como as Obras Completas.de Lènine i47 volumes i. A Ciência no SéculoXX. editada pela agência Novosti. "para altapopularização do avanço cientifico soviético.segundo os autores, ou ainda A URSS naSegunda Guerra Mundial icinco grandes volu-mes redigidos por uma plèiadc de generais emarechais soviéticos com o peito coberto decondecorações).

Corros pondente

Para convencer ns compradores do interes-se de ter tais obras, não se negligenciou nada.nem mesmo as pesquisas de opinião publicainteiramente forjadas, como a que provava quetoda a França eslava apaixonada pela obrapoética de Aragon. Claro, o Clube se apressavaern divulgar todos os seus poemas. Porque náose recusa nada. dentro do PCF. ao grandeintelectual francês comunista.

Alguns desses produtos impostos em altosníveis eram realmente invendáveis? Isso nãoimporta: não se era sempre obrigado a honraras faturas. Assim, Ledere e Blanchet afirmamque ns- milhares de volumes da indigesta eincompleta Ciência no Século XX jamais forampagos á agência Novosti. Uma prática, alias,que eles dizem ser habitual nas empresas doPCF.

Assim, citam o exemplo da empresa deviagens Loisirs-Vacanc.es Jcunessc. que na dè-cada de 60 se especializava em temporadas naURSS: não pagava as despesas de estadia cmterritório soviético e tinha de arcar apenas comos gastos efetuados fora de Ia. O que era ummeio indireto de Moscou subvencionar empre-sas comunistas francesas. Porque, ê claro, osviajantes pagavam pela totalidade da ex-cursão.

Os autores do livro acentuam, além disso,de passagem, que num belo dia de 1967 essaagência de viagens do PCF sonhou tornar-se aprimeira agência da França e bater o ClubMediterranêe. Ambição grandiosa, que acaboupor resultar, 14 meses depois, num desastrefinanceiro de muitas centenas de. milhões defrancos, e na transferência do responsável pelafalência para outro posto de comando.

Todas essas práticas estranhas e própriasdas empresas do PCF foram relativamente bemtoleradas pelos dois diretores comerciais, cujamilitáncia comunista era no entanto às vezeschocada. Mas enfim, enquanto a direçáo geral(o Comitê Central e sua correia de transmissão,os permanentes) lhes permitiu gerirem o ClubeDiderot como queriam, isto ê. como uma empre-sa normal que busca prosperar, eles as aceita-ram. Mais ainda: contribuíram para dar-lhesuas particularidades, nào hesitando, porexemplo, em manipular militantes paa consti-iuir falsos testemunhos, o que permitiu afastaros incômodos. Ou ainda jogando uma catego-ria de salário contra outra, para fazer fracas-sar greves ou movimentos de reivindicação.

Deve-se saber, por outro lado, que numaempresa comunista náo ê bem vista a criaçáode mjia seção sindical: A CGT luta contra aexploração capitalista; ora, numa empresa doPartido, náo pode haver antagonismo de inte-resses, eles dizem. Ou ainda: Pode-se discutirentre comunistas sem recorrer a uma organiza-çáo sindical. No Clube, de qualquer modo, adireçáo-geral encarou durante muito tempo osindicato de vendedores como um instrumentoanti-Partido que era necessário acabar. Osinsatisfeitos que se fossem, respondia um dospatrões aos contestadores. no mais puro estilodos patrões do sistema capitalista.

Chantagem

Essa ambigüidade refletia no tratamentodispensado aos empregados do Clube, a quemprocuravam fazer ver que náo trabalhavampara um patrão como os outros, mas para oPCF: "Vocês trabalhavam para o Partido —explicavam — o que faz jus a sacrifícios que náose justificariam numa empresa normal. E paraa difusáo das idéias comunistas que vocêstrabalham."

Outro exemplo de ambigüidade é citado porJean Claude Blanchet. Certo dia. recebeu tele-fonema de um delegado da CGT. encarregadode defender um empregado dispensado peloClube, que lhe perguntava como devia agir.Essa pergunta, que jamais seria feita a umpatrão normal, no caso se justificava porque,como frisou Blanchet. "quando se ataca o Par-tido Comunista, e preciso cerrar fileiras". Re-sultado: contra toda a lógica, o empregadoperdeu a questão.

Quando em maio de 1977. o Comitê Centralquis se livrar dos dois diretores comerciais doClube, o respeito aos seus direitos náo foigrande. Militantes da CGT, Blanchet e Leredevoltaram-se naturalmente para seu sindicatoem busca de apoio: ninguém se mexeu Apela-ram às 95 federações do PC. depois aos mem-bros do Comitê Central: a mesma coisa. Todasas portas, da noite para o dia, se fecharampara os dois homens.

Por què? Qual tinha sido o seu crime? Pormais difícil de compreender que seja. foramvitimas de seu sucesso. Na verdade, o Clubefuncionava muito bem, tinha lucros regulares.Ora, para cobrir os enormes déficits que exis-tiam nas outras editoras de grupo comunista, oComitê Central decidiu usar esse dinheiro. Pa-ra isso. era necessário sacrificar o Clube, pa-rando seus investimentos, reduzindo o pessoale limitando as despesas administrativas.

A equipe de direçáo comercial, demasiadodinâmica, tornou-se incômoda nesse processo.Dai a necessidade de livrar-se dela. Sem inde-nizaçáo. se possível. Deu-se entáo a entenderaos dois homens que eles deviam partir comobons comunistas, isto e. por sua propna vonta-de. Eles resistiram, recorreram a advogadosmáo aos do PCF, é claro, que nao quiseramdefender esses assalariados em litígio com seuempregador/ e finalmente saíram sem indeni-zaçào.

Brejnevainda émistério

Moscou - O retorno rápido a ativida-de do ideólogo do Partido ComunistaSoviético. Mikhail Suslov. dois dias de-pois rie ter se submetido a uma supostaoperação nos olhos, e algumas duvidasque ainda persistem sobre a verdadeiraidentidade do paciente, voltaram a esti-mular os rumores sobre a morte do Pre-sidente Leunid Brejnev.

A operação teria sido realizada do-mingo passado, mas na terça-feira Sus-

lov fez um discurso rie duas horas numaconferência do PC Sábado ultimo, aAgencia AP informara que o pacientefora Suslov e a rápida recuperação pode-ria ser atribuída a moderna técnica -raio laser — utilizada pelos cirurgiõesnorte-americanos Mas os amigos rieSuslov. os operadores e muito menos osporta-vozes oficiais nao confirmaram ainformação.

O doutor Ronald Michaels. que com

seus colegas Walter Stark e ThomasRice. da Universidade Johns Hopkins.de Baltimore. Maryland. e um operadorsoviético, fez a cirurgia no centro medicodo Kremlin, telegrafou a sua família pa-ra informar que tudo tinha saído !*-•«,porem nao quisiou nao pòde> identificaro paciente Fni justamente a chegada aMoscou dos três oftalmologistas que de-sencadeou a sene rie boatos relaciona-rios com a saúde de Brejnev

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8—INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D segundo-feiro, 22/10/79 ? Io Caderno

Day renuncia por"Times" de Londres

voltará a circularLondres — O Times e o Sunday

Times, cuja publicação estavasuspensa desde o dia 30 de no-vembro de 1978, voltarão ás ban-cas "muito em breve", depois doacordo assinado ontem em Lon-dres entre a direção do grupo Ti-mes e o Sindicato de Artes Grá-ficas.

Menos de cinco horas antes doprazo determinado pela direçãocomo "limite final", as duas par-tes indicaram num comunicadoconjunto que a maior parte dosproblemas teriam sido resolvidos.O acordo será apresentado aosdemais sindicatos representados

nos dois jornais para uma aprova-ção definitiva.

Depois de 11 meses de árduasnegociações, a sobrevivência dosdois jornais mais famosos domundo parece assegurada. Certoconsenso já foi alcançado no quediz respeito à computadorizaçàodos jornais.

Majoritário na empresa, o Sin-dicato de Artes Gráficas reivindi-cava melhores condições salariaispara seus membros. Durante todaa crise, os fiéis leitores do Times,que fazia parte da vida do britani-co tanto quanto o guarda-chuva eo chapéu, tiveram que se acostu-mar a outros jornais.

Rebelião curda mata 100Teerã — No fim de semana

mais sangrento dos últimos tem-pos, mais de 100 pessoas morre-ram em violentos combates entrerebeldescurdos e tropas do Exér-cito nas cidades de Mahabad, Sa-nandaj. Bukan e Bane. Só emMahabad. segundo um porta-vozdo Governo iraniano, 80 pessoasmorreram em tiroteios.

Enquanto aumenta a pressãocurda sobre as forças governa-mentais, em Teerã o Primeiro-Ministro Mehdi Bazargan levouontem ao ayatollah Khomeiny as

propostas curdas de paz. O pontocentral da negociações é a anistiaexigida para os líderes curdos Xe-que Ezzeddin Hosseini e AbdorRahman Qassemlou. Khomeinyestá disposto a conceder anistiaampla, exceto para esses dois.

Na província curda. segundoHaj Sheikh Hossein Kermani,enviado do ayatollah, os comba-tes estáo sendo travados de casaem casa e, entre os mortos, mui-tos sáo soldados que ficaram pre-sos dentro de tanques, atingidospor granadas e foguetes dispara-dos por curdos.

Killingly, C_nn«tl-U*'AP

itillilP''' '¦*

Henry Liston encontrou no quintal de sua casa deConnecticut uma -pequena cobra de 18 cm, o quenão causaria espécie se não fosse o fato dela terduas cabeças, uma das quais gosta de picar a

outra

Albânia mantém isolamentoBelgrado — A Albânia — um

Estado estalinista que se isolouha anos — nunca mais se aliará aqualquer bloco ou grande potén-cia, nem estabelecerá relaçõescom os Estados Unidos ou UniãoSoviética, afirmou em Tirana oPresidente Enver Hoxha, ressal-vando, porém, que a Albânia "te-rá laços com os países que este-jam dispostos a manter relaçõescorretas conosco".

Hoxha lembrou que "váriospaises capitalistas e os revisionis-tas soviéticos ficaram esperandoque, depois da ruptura com oschineses, nos uníssemos a eles.

Ficaram esperando que a Albâniaesticasse a mâo. e depois o pesco-ço, e se tomasse sua colônia. Es-peraram em vão, isto não aconte-ceu e jamais acontecerá no futuro— o povo albanês nâo aceita qual-quer tipo de jugo ou algemas".

Tirana, aliada do bloco soviéti-co até 1961, rompeu com Moscoue voltou-se para os chineses —praticamente único mentor e alia-do da Albânia até o rompimento,no ano passado. Desde a rupturacom a China, a Albânia aos pou-cos se volta para a Europa Oci-dental, principalmente nas quês-toes econômicas.

Picasso não Ulealizon "Guernica"

Madri — O ex-diretor-geral deBelas Artes do Governo autóno-mo basco em 1937. José MariaUcelay. afirmou ontem que PabloPicasso. a quem classificou de"inculto" so pintou "Guernica"por inspiração do escritor bascoJuan Larrea. pois "não tinha nema idéia da motivação política doquadro nem de quais poderiamser os efeitos de um bombardeio".

Explicou que, a 26 de abril de1937. encontrando-se em Paris,Larrea foi correndo à casa do pin-tor para lhe dar a idéia da grandeobra surrealista com a qual du-rante tanto tempo vinha sonhan-do. Acrescentou, porém, que Pi-casso nunca recebeu nenhum pa-gamento pela obra. pois "sempredesprezou o dinheiro".

Cesta de Natal trazia bombaManila — Uma bomba incen-

diária disfarçada entre os artigosde uma cesta de Natal chegouontem â casa do Ministro da Edu-cação das Filipinas, Onofre Cor-pus. que faz no momento umaviagem de inspeção pelo Sul dopais, mas especialistas da policia

conseguiram desativa-la a tempo.Junto seguia uma carta dizendo:"Nos, o povo. odiámos os opresso-res e ditadores, como Marcos (oPresidente) e seus amigos, quedeixam de lado a honestidade e aintegridade".

Anistia relata assassinatoCidade do México — O jornal

Uno Más l'no publicou a descri-ção do assassínio sob torturas dosecretário-geral do Partido Co-munista Paraguaio. Miguel Soler,baseada num relatório da organi-zação Anistia Internacional. Nomesmo artigo, citou o nome devários torturadores, entre eles odo Ministro Sabino Montanaro. e

te por "acobertamento"

"Enquanto um disco soava atodo volume, para dissimular osgritos, os torturadores batiam emSoler com chicotes, barras de fer-ro e pedaços de pau. Isso durantequatro horas. Depois que os bra-ços foram amputados. Soler. jáagonizante, conseguiu gritar cha-mando o chefe dos torturadores,Pastor Coronel, de criminoso. Aresposta de Coronel foi um ponta-pe no peito de Soler que provocousua morte, por parada cardíaca".

Espionagem sandinista é denunciadaManágua — O Partido Conser-

vador Democrata 1PCD1 conde-nou ontem os Comitês de DefesaSandinistas rie ameaçarem"transformarem-se em linstni-mentos de uma repugnante espio-nagem dos cidadãos) e lembrouque lhes foi dado o direito de dar aaprovação obrigatória para que

os cidadãos possam obter vistosde saída do país. tirar carteiras deautomóveis e ate obter empregos.A Junta de Reconstrução Nacio-nal. porem, prorrogou a suspen-sào de direitos e garantias, o queimpede toda gestão legal em fa-vor de 7.500 presos somoástasque esperam julgamento.

BPR ocupa Catedral salvadorenhaSan Salvador — O movimento

esquerdista Bloco Popular Revo-lucionario (BPR) ocupou hoje aCatedral Basílica de San Salva-dor para reivindicar a libertaçãode todos os presos políticos e ocongelamento rios preços rios gé-neros de primeira tiecessiriarie. OBPR condenou o golpe que demi-bou o General Romero.

Os três grupos que no iniciorepudiaram o novo Governo — oPartido Comunista, as Ligas Po-

pulares 28 de Fevereiro e o Exer-cito Revolucionário do Povo —mudaram de idéia e decidiramapoiar a Junta, cancelando inclu-sive uma manifestação contrariaprogramada para sábado.

o" porta-voz do PC. RobertoCastellanos. disse que seu Parti-do apoia a Junta porque "acredi-ta que o novo Governo va cum-prir suas promessas e porque estae uma possibilidade de democra-tizar o pais".

Jerusalém — Com a renúncia,ontem, do General Moshe Dayanda chefia da diplomacia israelen-se. o Egito e os Estados Unidosperderam o seu principal apoio noGoverno do Premier MenahemBegin às possibilidades de se che-gar ainda a algum êxito nas difi-ceis negociações para a criação deum regime de autonomia para aspopulações palestinas de Gaza eda Cisjordania ocupadas.

Tanto para os Governos do Cai-ro como de Washington. Dayanera considerado o "mais realista"de todos os ministros israelenses.O único capaz de fazer prevalecer,ainda que na medida do possível,os pontos-de-vista da corrente demoderados de seu Governo, impe-dindo, assim, a adoção de resolu-ções que já teriam comprometidohá muito o processo de Paz.

GOLPE RUDE

Essa era a opinião prevalecentenos meios diplomáticos de Jeru-salém, em seguida ao anúncio ofi-ciai de que o Chanceler Dayanapresentava a sua demissão. Osmesmos observadores diplomáti-cos destacaram que a renúncia doChanceler poderá acarretar con-seqüências duplas ao pais, tantono plano interno como no ex-temo.

Por um lado, é a imagem doGoverno direitista de MenahemBegin que sofre um rude golpejunto à opinião pública interna-cional, sobretudo a norte-americana, uma vez que as diver-gèncias entre Dayan e o Gabineteconcentram-se, basicamente, nasolução do problema palestino. OChanceler, pragmático, vinha re-comendando a adoção de umalinha mais conciliatória sobre oproblema, ao passo que Begin,gradualmente submetido às pres-soes dos integrantes mais extre-mistas na coalizão, mantinhauma postura que, no entender dosobservadores, cerrava as portas atodas as possibilidades de se asse-gurar aos palestinos o encontrode sua identidade nacional.

No plano doméstico, acredita-se que a renúncia de Dayan colo-cou a credibilidade do GovernoBegin em cheque, uma vez que aequipe dirigente de Israel encon-tra-se fortemente pressionada poruma instabilidade econômica esocial sem precedentes na histó-ria do país e que, de uma forma oude outra, terá desfechos muitosignificativos sobre o seu futurona chefia da nação.

Em sua carta de demissão en-dereçada ao Primeiro-Ministro.datada de dois de outubro, Dayanafirmou náo ver sentido em conti-nuar integrando o Governo, emrazão de suas censuras ao modopelo qual estão sendo conduzidase consubstanciadas as negocia-ções com o Egito e os EstadosUnidos sobre a autonomia pales-tina. E também porque ele discor-da de alguns dos objetivos traça-dos pela política israelense de co-lonização dos territórios árabesocupados.

Já no começo do mès Dayanameaçara renunciar caso o Go-verno aprovasse um plano de ex-pansão das colônias judaicas daCisjordania ocupada que depen-desse do confisco de terras árabesde propriedade particular. Quan-do a crise parecia inevitável, eisque o Gabinete adota uma solu-ção de compromisso, na qual pre-valecem os pontos-de-vista deDayan: as colônias, em númerode seis, seriam expandidas, masatravés do confisco de terras pú-blicas, registradas em nome dacoroa jordaniana.

Dayan disse também se mos-trar insatisfeito com os lentosprogressos obtidos nas negocia-ções tripartites sobre a autono-mia. "Seis meses de negociaçõesrevelaram-se virtualmente infru-tiferos", escreveu ele a Begin,opondo-se sempre à opinião go-vemamental de que fosse outor-gado um poder autônomo muitolimitado aos palestinos dos terri-tórios ocupados.

FUTURO INCERTO

O anúncio de Dayan não sur-preendeu Begin e um grupo deministros que já tinha conheci-mento dessa decisão desde a se-mana passada. Sabia-se de ante-mão que o Chanceler continuavainconformado com a atribuiçãode um papel de mero figurante natomada de decisões essencial-mente vitais ao futuro de Israel. Oseu inconformismo agravara-secom a decisão de o Gabinete atri-buir ao Ministro do Interior, JosefBurg — e nâo a ele, Dayan, o chefeda diplomacia israelense — a con-dução de um processo de negocia-ções tão importantes como o quese vem desenvolvendo em Gaza eCisjordania ocupadas.

Sem duvida, a renúncia de Mo-she Dayan levanta sérias duvidassobre o futuro da coalizão lidera-da por Menahem Begin. Terá si-do. talvez, por essa razão que osporta-vozes governamentais es-

discordar do Governo BeginArquivo/ APforçavam-se ontem, em Jerusa-

lém. para minimizar o significadoda demissão do Chanceler, ale-gando que as divergências exis-tentes entre Dayan e o Gabineteeram de natureza "tática" e não.como quer o General, de ordempuramente "substancial".

Tudo indica que o problemaseja mais serio do que se imagina.Dayan, na sua carta-renüncia.deixa bem claro que discorda dasubstância da autonomia que Is-rael pretende outorgar aos terri-tortos palestinos ocupados e. so-bretudo. dos objetivos da politicade colonização para Gaza e a Cis-Jordânia. Numa entrevista divul-gada sexta-feira última pela rádioisraelense, o Chanceler chegou,inclusive, a propor que o Exércitorecusasse em Gaza e na Cisjordâ-nia. num gesto unilateral em rela-ção ao Egito, a fim de impedir queas negociações sobre a autonomiafracassassem definitivamenteuma vez que nenhum palestinodos territórios ocupados sentia-seestimulado a delas participar.

O próprio Premier tentou redu-zir o impacto do episódio duranteuma breve entrevista, ontem, àrádio oficial de Israel. Begin disseque Dayan havia lhe afirmadoestar insatisfeito "porque o pro-cesso de negociações sobre a au-tonomia palestina não estava en-tregue ao Ministério das RelaçõesExteriores". O Premier, por certo,tentou colocar a demissão doChanceler no plano da vaidadepessoal de Dayan. ferida ao serpreterido por Burg, o chefe doPartido Nacional Religioso, deideologia expansionista e que seconstitui no fiel da balança dePoder mantida pela coalizaâo.

Dayan. vaidades a parte, nuncadeixou de recriminar o Governopor nâo ter levado em conta aimportância primordial de man-ter-se contatos com os palestinosdos territórios ocupados, uma ini-ciativa que ele tomou por seupróprio risco, justamente quantoo affaire Andrew Young rener-cutia ainda nos Estados Unidos.

RAPOSA POLÍTICA

Para os analistas em Jerusa-lém, é certo que a renúncia deDayan se constitui num desafioaberto à política israelense nasáreas ocupadas — sobretudoquanto à falta de êxitos nas nego-ciaçòes sobre a autonomia pales-tina. Numa primeira reação ofi-ciai, o Governo egípcio afirmavaontem que a demissão de Dayanprova eloqüentemente que a poli-tica israelense de colonização,bem como a decisão governamen-tal em permitir que israelensescomprem terras árabes ocupadas,"apresenta-se como sério obstã-culo no processo de paz". E umcomentário transmitido no mes-mo dia pela rádio do Cairo, exter-nava também as preocupaçõesegípcias no sentido de que a re-núncia de Dayan possa esvaziarde fato a atuação dos moderadosdo Governo israelense, reforçan-do consideravelmente a correntedos extremistas, favorável à ane-xação das terras palestinas.

Dayan, é necessário lembrar,deixa o Governo três meses apôster se submetido a uma séria ln-tervençâo cirúrgica, para extrairum câncer do estômago. Seus co-laboradores mais próximos Lnsls-tiram ontem, no entanto, que oseu estado de saúde é bom e quenâo tem relação de espécie algu-ma com a decisão tomada peloChanceler.

O General continuará ocupan-do uma cadeira de deputado naKnesset, solitariamente, sem le-genda, visto que havia rompidocom o Partido Trabalhista, peloqual se elegeu, ao aceitar o convi-te de Menahem Begin, em segui-da à vitória nas eleições de maiode 1977. para que integrasse onovo Governo de Israel.

Ontem em Jerusalém, muitosse indagavam se, de fato, nào teráchegado ao fim agora a carreiradaquele que foi definido como umdos mais complexos, enigmáticose controvertidos politicos israe-lenses. Um homem com uma car-reira política tâo marcada portantos altos e baixos que seria defato muito difícil prever-se o seudesfecho.

Aos 64 anos de idade, sáo mui-tos os que creèm ter Dayan come-tido ontem um suicídio politico.Outros pensam o contrario: jul-gam o General uma raposa extre-mamente astuta, que conhece afundo os meandros da politicaisraelense, e que terá se retirado atempo do barco, antes que elenaufrague. Em outras palavras,apesar do remanejamento que seseguirá à sua demissão. Dayanestá persuadido de que o GovernoBegin nào terá ainda muito tem-po de vida. Basta que dois impor-tantes parceiros da coalizão — osliberais e o Movimento Democra-tico — se retirem para que a maio-ria parlamentar da direita sejacolocada em cheque, com a even-tual retirada de um ou dois votosna Knesset.

Egito e EUA acertamcooperação militar

Cairo — O Egito e os EstadosUnidos assinaram ontem um tra-tado de cooperação militar, o primeiro que prevê assistência tec-nológica norte-americana aosegípcios no campo da produçãomilitar, visando â fabricação deveículos blindados, montagem eprodução de equipamento eletrô-nico e a criação de uma novaindustria de instrumentos óticos.

O docunisnto toi ãssinscio oclcMinistro de Defesa, General Ka-mal Hassan Ali. e pelo Subsecre-tário de Defesa. William Perry. Aliafirmou que o projeto é "umagrande vitória na esfera das rela-ções egípcio-norte-americanas,porque prevê a transferência de

tecnologia moderna para a indús-tria militar do Egito".

O Jornal Al Ahram informourecentemente que o projeto serácusteado por "empréstimos nor-te-americanos" ao Egito, umaalusão a um empréstimo de 1 bi-lhão 500 milhões de dólares, queos Estados Unidos concordaramem oferecer depois que o Governodo Cairo assinou com Israel, emmarço deste ano. o tratado depaz.

O Ministro de Defesa israelen-se. Ezer Weizman. chegou ontemao Cairo e Imediatamente come-çou as conversações com os gene-rais egípcios sobre a retirada deIsrael da Península do Sinai.

Este é o primeironúmero da sua assinatura

do Jornal do Brasil:

264-6807

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Dayan disse que se encontrava numa situação naqual não mais podia fazer o que lhe mandavam

EÈTãv^W^lT

Fábrica de Rações doNorte Fluminense Ltda.

Instituída pela FUNDENOR e CooperativasAgropecuárias do Norte Fluminense paraatender ao produtor rural com produtos debaixo preço e alta qualidade.

Rações para gado de corte e leite,Eqüino e Aves — Melaço Uréia

Inscrição no CGC-MF 28.892.909/0001-10 — Inscrição Estadual 81.012.814Rua Vicente Ferraiouli, 81'91 — Tel22-3124 — CEP 28100 - CAMPOS-RJ.Telex (0217) 224. (P

CAMPOS

Norte Fluminense tem na canao fator maior da sua evoluçãoA atividade canavieira fluminense concentra-se naregião Norte do Estado, graças à fertilidade naturaldo solo, a topografia privilegiada e às condiçõesecológicas adequadas.

A especialização regional na atividade canavieira,principalmente na Baixa da Goytacá, onde estásituada a cidade de Campos, não encontra paralelono Brasil atual. Ali não há, praticamente, outraatividade agrícola. Na medida em que se abandonaaquela Baixada, a topografia é mais irregular, afertilidade natural diminui, permanecendo as condi-ções ecológicas sem modificação significativa. Princi-palmente por causa do topografia, que se apresentamenos adequada à cultura de cana, observa-se umadiversificação da atividade rural, crescente, até ocompleto desaparecimento da lavoura canavieira, anão ser como matéria-prima para pequenas fábricasde aguardente.

Se a topografia impede a localização de unidadesfabris visando à produção de açúcar, distânciassuperiores a 30 quilômetros tornam antieconômico otransporte da cana como matéria-prima industrial.No limite Norte da Baixada Goytacá, em área conhe-cida como "Sertão do Município de São João daBarra", conquanto a topografia seja excelente para aatividade canavieira, observa-se a existência de umvazio econômico, decorrente, provavelmente, do aces-so difícil até alguns anos atrás.

A expansão da Zona Canavieira Fluminense, seocorrer, será naquela direção, até alcançar as mar-

gens do rio Itabapoana que serve de limite entre osEstados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.A base geográfica do sistema canavieira é constituídade 14 municípios, compreendendo 14.650 quilôme-tros quadrados e, em conjunto, com uma populaçãode 717 mil pessoas em 1970, das quais 375 milviviam na zona rural.

O confronto entre a população residente em 1970 e ade 1960, revela a manutenção exata da mesma

população total. No entanto, a população rural em1960, que era de 464 mil habitantes, reduziu-se para375 mil em 1970. Em conseqüência, a populaçãourbona elevou-se de 253 mil habitantes em 1960

para 342 mil habitantes em 1970.

O deslocamento populacional do meio rural emdireção às cidades da região, ainda que constituamfenômeno natural, considerando-se que o mesmoocorre em todo o país, passa a ter significação quandose leva em conta que a principal atividade econômicapermaneceu no campo, de onde se conclui que não foicapaz de proporcionar emprego ou condições de vidaadequadas àquele contingente demográfico.

Vale destacar que a manutenção da mesma popula-ção em 10 anos significa que a região perdeupopulação para outras áreas do país, no caso para aRegião Metropolitana do Grande Rio.

Com efeito, enquanto a população do Norte flumi-nense se mantinha estagnada, no mesmo período oantigo Estado do Rio de Janeiro tem a sua populaçãoaumentada à taxa de 2,7% ao ano e a da RegiãoMetropolitana cresceu à taxa de 5,1%.

Como a população perdida pelo Norte fluminense éoriginária da zona rural é fácil concluir sobre a suabaixa qualificação profissional, fato que, por via deconseqüência, faz supor que aquele contingente in-corporou-se aos residentes na periferia da grandeurbe.

Do ponto-de-vista da renda regional o Norte flumi-nense constitui um bolsão de pobreza no Estado do Riode Janeiro. As estimativas atuais conduzem a cercade 350 dólares renda per capita regional. Talvez um

pouco mais porque o fracionamento de propriedadepossibilita o acesso 6 produção agrícola, a muitos dosegressos da zona rural, sem que essa produção possaser computada.

A propriedade fundiária é bastante fragmentada,principalmente na zona canavieira propriamente di-ta. O fenômeno é de fácil explicação: como cultura deelevado valor econômico, ainda que em termosrelativos, a posse de uma propriedade constitui asegurança de rendimento, dado que o mercado paraa cana é assegurado pela presença de grandes usinasde açúcar.

A preferência pela posse de propriedade e o sistemade partilha por herança, no decorrer do tempo,confere à estrutura da propriedade característicasminifundiárias, de graves repercussões sobre o fun-cionamento do sistema econômico.

Ela dificulta o acesso a tecnologias superiores, taiscomo mecanização intensiva e irrigação. Dificulta atéa assistência técnica. Os últimos dados obtidos noInstituto do Açúcar e do Álcool informam a existênciade cerca de 14 mil fornecedores de cana para aprodução de 4.648 mil toneladas de canas. Corres-ponde, em média, a uma produção de 332 toneladasde canas por fornecedor que, ao rendimento médio de50 toneladas de cana por hectare, exige apenas 6,6hectares para o seu cultivo.

Há um problema que emerge de imediato destefenômeno. Por mais elevado que seja o preço dacana, o lucro total dos fornecedores continua insufi-ciente para o atendimento das suas necessidades,ainda que não se leve em conta que sendo o preço dacana administrado pelo Governo, esse lucro |amais éelevado.

Pode-se até demonstrar que durante longos períodosnão há lucros. Correspondem às épocas em que asuper-oferta de açúcar no país, movimentos cíclicoscom duração entre sete a 10 anos.

Nessa ocasião a região entra em aguda depressãoque dura anos. O impacto dessas depressões éterrível. Ao alcançar um produto responsável porcerca de 50% do produto regional, ela deprime aremuneração do produtor e um movimento na formade cadeia, deprime o volume de salários, a demandade produtos alimentares e bens duráveis, o girocomercial e o volume dos tributos pagos aos cofrespúblicos.

Algumas pessoas em análise apressadas têm procu-rado imputar a responsabilidade pelos problemasregionais ao setor açucareiro. Como solução recomen-dam a diversificação da atividade regional.

Campos, como cidade, é fruto da atividade canavieirae sua época de maior desenvolvimento ocorreu,exatamente, quando a atividade canavieira não erasujeita à intervenção governamental. De passagem ébom lembrar que Campos foi a cidade que primeiroteve energia elétrica no Brasil.

O exame do que se passou após o início da interven-

ção governamental no setor, possibilita concluir uma

persistente estagnação relativa de Campos, quandocomparada com outras cidades do Estado do Rio deJaneiro ou de igual porte no pais.

Como característica do fenômeno da estagnação, valemencionar que no início da década de 40, o Estado doRio de Janeiro era o segundo produtor de açúcar dopaís, com uma produção equivalente a 22,8% daprodução total.

Quase 50 anos depois o Estado do Rio de Janeiropassou para a posição de quarto produtor com umaparticipação sobre a produção total do país que nãoultrapassa os 7,1%.

Aqui se procurou abordar as principais característicasdos problemas da região canavieira do Estado, sem apreocupação de análise. O objetivo foi de conduzir auma visão de conjunto desses problemas, os quaisserão analisados oportunamente.

JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 22/10/79 L_ 1" Caderno INTERNACIONAL

ETA reúne 5 mil Granadas matam 4 na TailândiaURSS quernPl_tT"__ ll7í_T"

a Alemanha contra estatuto daautonomia bascaWilliam Waack

Correspondente

Bonn — Uma nova ofensiva so-viética de paz envolvendo um pia-no de neutralização e reunifica-ção das duas Alemanhas estariasendo lançado pelo secretário-geral do PC e Chefe de Estadosoviético. Leonid Brejnev. É o queafirma o semanário londrino —Observer — em sua última edi-ção, baseado em informações defontes iugoslavas e assessores doChanceler austríaco BrunoKreisky.

O jornal aflrma que as recentespropostas de desarmamento fei-tas pelo líder soviético, assim co-mo o anúncio da retirada de 20mil soldados da Alemanha Orien-tal sáo o primeiro passo num pia-no que prevê a salda da Alemã-nha Ocidental da Otan e da Ale-manha Oriental do Pacto de Var-sovia nos próximos 20 anos.PROPOSTA SÉRIA

O especialista em assuntos dobloco socialista europeu do Ob-server. Lajos Lederer, baseia seuartigo em confidencias feitas por"uma alta fonte iugoslava comtransito em Moscou", asseguran-do ainda que tanto o Governo deBelgrado como o de Viena enca-ram as propostas russas com todaseriedade. O que a União Soviéti-ca teria a propor é o seguinte:

A retirada de todas as tropassoviéticas da Alemanha Orientale da Hungria, em troca da saídada Grécia e da Turquia da Otan.

A saída da Alemanha Oci-dental da Otan em troca da neu-tralizaçâo das duas Alemanhas.Em principio a Alemanha Orien-tal continuaria sendo governadapelo regime atual, mas eleiçõesgerais seriam realizadas de cincoem cinco anos.

Dois motivos fundamentais es-tariam conduzindo a liderança so-viética a formular esse plano depaz e neutralização das Alemã-nhas: em primeiro lugar, o temorde "um militante e crescente na-cionalismo alemão". Essa tendén-cia, combinada com a possibilida-de de que a Alemanha Ocidentalchegue um dia a desenvolver ar-mas nucleares próprias, constituia segunda causa das reflexões so-viéticas. "Os russos vêem a Ale-manha, especialmente uma Ale-manha controlando suas própriasarmas nucleares, como um sériodesafio a sua segurança" afirma oObserver. O jornal ressalta que sea iniciativa fracassar ou nem forouvida pelo Ocidente, o lugar deBrejnev poderia ser tomado poruma ala mais militante e milita-rista dentro do Partido, lideradapelo Ministro da.Defesa, o Maré-chal Ustinov.

Este é o primeironúmero da sua

assinaturado Jornal do Brasil:

264-6807

Bilbao — A ETA (Euskadi TaAskatasuna. pais Basco e Liber-dade) — militar deu ontem umademonstração pacifica e eloquen-te da sua força ao reunir no audi-tório da Feira de Amostras deBilbao 5 mil pessoas que pagaramum ingresso de 100 pesetas paraostentar crachás com a insígniado movimento e aplaudir em co-ro, de punhos cerrados, inflama-dos oradores da Herri Batasuna eda ETA-militar que pediam a abs-tençâo no referendo e a "morte doPoder burguês, centralizador eimperialista".

O mecting começou no sábadoàs sete da noite e só terminou asprimeiras horas de ontem, numacolorida e ruidosa manifestaçãoao estilo basco, com música, co-mida, bebida e dança. Aproxima-damente 707r da audiência eramde adolescentes e jovens de me-nos de 25 anos. A multidão saúda-va os discursos com o coro "Vivaa ETA-militar", "Viva a ETA-militar". "Viva a ETA-militar" e"independência", "independen-cia", "Independência". Ao finaltodos cantaram o hino do paisBasco, que celebra a luta e osangue dos povos bascos derra-mado pela liberdade.

VIGÍLIA

O país Basco está em vigíliacívica pelo referendo de quinta-feira. Bilbao, Capital de Vizcaya,San Sebastian, Capital de Gui-puzcoa e Vitória, Capital de Ala-' ba estão em festa.

Um esmaecido sol de outonoilumina esta parte da Espanhaonde o verde é pródigo, os campossâo férteis e uma sucessão de coli-nas emoldura a bela arquiteturados bairros velhos com reminis-cèncias góticas e românticas. Hámuitas e grandes bandeiras nasfachadas dos prédios, cartazes epintura mural exortando ao sim eao não no referendo.

Ontem, nas escadarias da Cá-mara municipal de Bilbao, 1 mi-lhar de mulheres que publicaramum manifesto admitindo teremfeito o aborto voluntário (e, con-forme a legislação espanhola, es-tâo sendo processadas e julga-das), quebravam a vigília do refe-rendo com o seu pedido de anis-tia. Mas, de modo geral o paisBasco está catalizado pelo refe-rendo, todas as energias da cate-quese politica se destinam a man-ter atentos auditórios em sucessi-vos comícios de apaixonadas evariadas tendências. Náo há apa-rato policial.

"Por amar ao pais, vota sim aoestatuto da autonomia", conda-ma a Uniáo do Centro Democrãti-co, o Partido da maioria espanho-Ia. "Nenhum voto das esquerdaspara o estatuto da burguesia.

Juarez BahiaCorrespondente

Abstenção", adverte o Movimen-to Comunista de Euskadi. EMK.da coligação Herri Batasuna edissidente do Partido ComunistaEspanhol, que está com o sim."Com o estatuto, Euskadi emmarcha" proclama o Partido So-cialista Operário Espanhol,PSOE

POR QUE "NÁO"

A posição da coligação HerriBatasuna e da ETA militar ante oreferendo de quinta-feira para oestatuto da autonomia na Catalu-nha e no país basco está definidano manifesto lido ontem no comi-cio da Feira de Amostras de Bil-bao. Toda a oposição basca sevolta contra a UCD, o PartidoNacionalista Basco, o ConselhoGeral Basco e os Partidos damaioria de sim.

"O estatuto gerado por Mon-cloa iPalâcio do Governo em Ma-drii não nos serve e náo corres-ponde às exigências popularesexpressadas em múltiplas lutas".

"O estatuto nâo reconhece asoberania nacional na medida emque deixa de assumir o direitoinalienável de nosso povo à auto-determinação e que impõe cotasmuito baixas à possibilidade deautogoverno".

"O estatuto mantém as forçasrepressivas estatais no país bas-co, permite sua utilização contraos trabalhadores e o povo pordecisão unilateral do Governo deMadri, sob alegações de seguran-ça de estado, e permite uma poli-cia autônoma que será reduzidaem face das atribuições que sereserva o Estado central e a ca-racteristica centralista e burgue-sa da constituição".

"O estatuto de Moncloa", conti-nua o posicionamento da Oposi-çáo basca, "foi negociado e nâopor casualidade, entre duas for-ças burguesas, o UCD e o PartidoNacionalista Basco, entre asquais a parte do leão fica para aUCD".

"Por tudo isso nao cabe outrapostura no referendo que recha^çar decididamente o estatuto. E arecusa ativa e majoritária é neces-sária. não somente para mostrarnossa inconfirmidade mas tam-bem para romper com toda amontagem que se está realizandopara seguir explorando-nos de no-vo durante muito tempo sob no-vas formas de exploração".

"Consideramos que todas asformas de recusa sâo boas ou queao menos todas tèm aspectos po-sitivos e que não se pode desejardispensar nem depreciar nenhu-ma, dado que ademais a hora daverdade se contarão como recusatanto a abstenção como o nâo einclusive o voto em branco".

Khok Sung, Tailândia — Vinte granadas demorteiro disparadas do Camboja caíram no centrode um povoado tailandês na fronteira entre os doispaíses, matando quatro pessoas e ferindo grave-mente outras sete. Fontes de Exército da Tailán-dia explicaram que as granadas, de 82 milímetros,foram disparadas por tropas vietnamitas.

Aparentemente destinavam-se a uma concen-tração de guerrilheiros do Khmer Vermelho dooutro lado da fronteira. A aldeia. Nong Samet. serávisitada hoje por uma delegação do Congressonorte-americano enviada à Tailândia para fazer

levantamento da situação dos refugiados que vi-vem na região.

O bombardeio ocorreu 24 horas depois do Ml-nistro interino das Relações Exteriores de Hanoi,Nguyen Co Thach. afirmar que as tropas vietnami-tas que operam no Camboja não cruzarão a frontei-ra tailandesa.

Pelo menos 100 mil cambojanos fugiram para aTailândia a fim de escapar da fome e da luta queassolam sua pátria. Longas filas de refugiados, amaioria sofrendo de subnutrição e malária, pas-sam todos os dias pela fronteira em busca dealimentos, tratamento médico e segurança.

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Campos

Produtores de cana lutam

para conseguir sobreviverDepois de ocupar no Brasil a 2"

posição como produtor de cana e deaçúcar, o Estado do Rio hoje experi men-ta um 4° lugar com tendências fortes adescer mais, fruto de uma série dedescoordenações e desatenções de queestá sendo vítima.

Há a registrar nesse rol de responsa-bilidades que o produtor de cana isola-do ou integrado em suas entidades declasse, tem respondido presente, atéaqui a todos os chamamentos do Go-verno e da consciência como empresa-rios rurais que são. Na década em cursohouve a decepção de quatro anos deproduções frustradas, face a estiagensseguidas. Contudo, embora descapitali-zados, os produtores tomaram maisdinheiro emprestado, reformaram suaslavouras, e continuaram a sua missão,tentando crescer. Lastimavelmente asfrustrações aumentaram com as distor-ções e os constrangimentos que experi-mentaram na comercialização damaior parte de sua produção. Sempoder entregar o seu produto dentro deuma forma organizada, sem receberesse produto nos prazos previstos pelalegislação específica,- sem ter como fa-zer valer seus direitos porque a próprialegislação garantidora, por incrível quepareça, obstrui no tempo qualquer ou-tra ação; sem ter um preço condizente

para o seu produto — há a reconheceros esforços últimos do IAA, para umacorreção adequada nos preços bases;sem receber ainda pela qualidade desuas canas, ficaram os produtores defato sob a égide do DDD, isto é, doDesestímulo, do Desânimo e da Des-crença.

Já fizeram de tudo, já denuncia-ram, já interpuseram recursos, já fala-ram com "Deus e o mundo", mas umaboa parcela de fornecedores ainda estápor receber canas entregues em junho eque deveriam ser pagas em julho. Nãohá como prosseguir com otimismos.Também já não existe certeza se há defato, ou não, a intenção de liquidarcomo os 10.500 fornecedores de canado Estado do Rio. O que é certo é que talsituação precisa se definir. E tal defini-ção é tão mais urgente quão necessáriapara que se possa de fato acreditar emjustiça social, em maior participação dohomem no processo produtivo, em me-lhor distribuição de renda, em interessede fixação do homem no campo etc.

Os produtores estão cumprindo suaparte, embora com muitos sacrifícios.Continuam lutando na expectativa deque sejam cumpridas as leis e respeita-dos os direitos, para que possam pensarmelhor no futuro, pois o presente é umaquestão de sobrevivência.

CAMPOS

O desenvolvimentodo Norte Fluminense

Umo delegação de empresários, produtores rurais po'it'COS ° liderescomunitários de Itaperuna —o 2n [X>'odo Nane Fluminense --¦ ..si tou r-a rouco aFUNDENOR. em Campos, numa caravana organizada pe'o Or Samuel deOliveira Tinoco que representa aquele Município no seu Conselho de Administra-cjào. A inictatfva dá iniaoaoque devera se constituir um at.va intercâmbio entrea entidade e as varias classes dos demais Municípios da Região, aprimorandoseu relacionamento e aproximando seus anse*os de desenvolvimento

Há quase dez anos -— sua instalação ocorreu em maio de l°70 pelo entãoMinistro do Interior, Costa Cavalcanti — a FUNDENOR vem reoli.-ando umtrabalho de caráter global mas constante pela solução dos problemas bas>cos doNorte Fluminense, situado no nivel da agropecuária e da agroindústria.

Um instrumento preliminar de açáo —- o Diagnostico Soao-Econômico, do1971, alentado col-qào de 12 volumes — serviu até há pouco an desempenhotécnico da entidade, fornecendo fundamentos específicos nos campos dopedologio (incluindo completo mapeamento dos solos dn Re_ nc. hidrologia,climatologia, fisiografia, estrutura fundiário, culturas, recursos humanos, proble-mas e potencialidades. Esse estudo vem de ser atualizado proporcionandoavaliação das intervenções desde então feitos dentro de uma prcxvomaçáo cuiodinamismo tem dependido do volume Seqüência da participação do Governo, jaque a FUNDENOR não e órgão executivo, pertencendo inclusive a área privada.

Durante esse tempo, ela pesquisou e planejou incessantemente, tomandodisponíveis, através de estudos e projetos, vanadas indicações po-n obras deprovidências administrativas e institucionais, algumas reoli/ados e outras àespera de oportunidade. Estáo nesse ultimo cnso os estudos para c.lturosalternativas, produção mineral, diversificação industrial, organi/açãcda pesca edo turismo regional, entre outros.

Daqueles total ou parcialmente concretizados são exemplos- organização ciebacio leiteiro e criação de cooperativa de laticínios em Campos, implantação defábrica de rações para o Norte fluminense, instituição do Serviço VeterinárioIntegrado com laboratórios móveis (unidade Clmomobií), racionalização doagroindústria aqucareira, plano diretor de rodovias vionois, instalação de centralhortifrutigranjeira, instituição do controle de qualidade do produção de açúcar eálcool, programo de irrigação das várzeas de arroz (PROVÁR/EAS NI), queabrange todas as Várzeas à margem esquerda do rio Pornitx. e compreende setemunicípios, estudo para desenvolvimento integrado dns ívic os hidrográficos doNorte fluminense, experimentos de engordo confinado He bovinos, «nsem.noçãoartificial e controle nosológico.

Por sua inspiração e colaboração, o Governo federal criou em 1975 nPrograma Especial do Norte Fluminense (Prodennr), cuios resultados vèm de seralvo de avaliação em Seminário, promovido, no Rio, pela Secretaria ae Estado dePlanejamenio

No momento, o Fundenor conclui porá o Minii'eno rio Interior um pio noestratégico de aproveitamento hidroagricola da Babada e Tabuleiros da Regiãocom vistas à irrigação na área canavieira, enquanto por contrato com a Piefevrade Campos, executa estudos de urbanização geral e projetos específicos para oprograma CURA. Essa atividade que constitui um exercício de enlrosamento entreiniciativa e Governo em favor de 14 municípios corn problemas e interessescomuns, corresponde às finalidade da Fundenor: "estimular o promover odesenvolvimento econômico e social do Norte fluminense, promover ou apoiarmedidas destinadas a elevar o padrão de formação profissional, técnico e moraldo homem do Região", segundo seu Estatuto

Campos busca incentivos para se desenvolveO Prefeito de Campos Raul

David Linhares Corrêa continuacobrando do Governo federal osincentivos fiscais semelhantes aosconcedidos para o vizinho Estadodo Espírito Santo, com os quais, noseu entender, a região Norte Flu-minense terá condições de utili-zar, plenamente, as suas poten-cialidades agro-industriais e su-perar a situação crítica que oraatravessa. "Agora mesmo — ex-plica o Chefe do Executivo cam-pista — saiu um decreto do Go-verno viabilizando estudos emáreas canavieiros do Nordeste.Por que somente naquela região,enquanto nós vivemos uma reali-dade pior que o Nordeste, quandonossa renda per capita é inferiorsm média de 30% e o índice def.-xodo para os grandes centroscada vez maior"?

Ele é taxativo: "Não podemos

conviver com os incentivos do Es-pirito Santo, estrangulados queestamos pelo crescente parque in-dustrial capixaba e a Região Me-tropolitana do Grande Rio. Aquinão temos o tratamento de umaregião que foi rica, maior produ-tora de açúcar e, agora, de petró-leo. Temos usinas que podem des-lanchar o Pró-Álcool, mas que seendividaram estimulados pelopróprio Instituto do Açúcar e doÁlcool (IAA), em projetos de am-pliação, com recursos que do Fun-do de Exportação que deveriapertencer a elas".

Sob esse prisma, o PrefeitoRaul Linhares entende que as dí-vidas dos usineiros deveriam serreescalonadas, medida esta quenão só beneficiaria q alternativaenergética do Pró-Álcool comotambém reduziria os problemassociais decorrentes de atrasos sa-lariais. "O Governo federal deveaproveitar o que há em termos detradição da agro-indústria cana-vieira — com o potencial |á insta-lado — e estimular a produção,através de um proieto viável deIrrigação"

— A vantagem que temospara implantai um sistema efi-ciente e o custos médios de irriga-çao - prossegue e u que poucos'eyioes brubileirus possuem in-tro-estruturo 10 construído peloDNÜS, através de canais em toda

a baixada campista e a topogra-fia que permite a irrigação porgravidade em cerca de 50% deárea já plantada.

Conhecer os problemas

Raul linhares enfatiza os gra-ves problemas regionais, geradosao longo dos anos pelo desinte-resse das autoridades governa-mentais, tais como o da evasãorural, enumerando dados estatís-ticos: da população rural existente(ativa) no campo, mais de 50%tem idade superior a 45 anos, oque bem demonstra a ida dosjovens para outras regiões. Numasó escola de formação técnica es-pecializada em Campos — o Se-nai — cerca de 60% dos alunossão absorvidos pelas indústriasda Região Metropolitana doGrande Rio, Vitória e Salvador,dentre outras.

— Há uma necessidade de sedar ao Norte Fluminense os meiospara que ele se desenvolva e nãopressionar contrariamente a essasnecessidades. O Governo conhecetodos esses problemas e a poten-cialidade regional, mas aindanão os resolveu.

Contudo, o Prefeito de Cam-pos reconhece que

"pela primeira

vez durante o meu mandato" oGoverno do Estado "mostra-sesensibilizado em conhecer a nos-sa realidade e preconizar osmeios para que essa situação semodifique". Por exemplo, por so-licitação do Executivo campista,será realizado um encontro entreprefeitos do Norte Fluminensecom vários secretários de Estadopara debater e encontrar soluçõespara estes problemas.

"Anterior-mente havia um alijamento totaldas prefeituras nas decisões ofi-ciais", observou.

Longe do petróleoNa administração municipal ante-

rior pode-se afirmar que houve umaacentuada euforia com a descoberta depetróleo no plataforma marítima doMunicípio, retocada com sucessivaspromessas dos Governos estadual efederal Ho|e o Prefeito Raul Linharespretere manter-se equidistante da febte do pettoleo responsável dentre

outras, pela desmedida especulaçãoimobiliária na área urbana —- parareivindicar o possível:

"Com relação aoprograma do gás, nossa região podetransformar-se realmente num celeiroagrícola para o Grande Rio, dependen-do de fertilizantes que poderão vir coma instalação de uma indústria como ade amônia-uréia. Não se pode, de for-ma alguma, é definir regiões por aci-dentes geográficos (o Rio Itabapoana,por exemplo, separando RJ do ES) emdetrimento das suas características eco-nômicas".

Sua proposta é objetiva: "já que

nada temos do petróleo, qi)e não éextraído em terra — caso contrário óEstado teria direito a 4% e o Municípioa 1% dessa extração — acharmos ra-zoável que a Petrobrás determine umfundo de recursos provenientes do ex-tração para criar uma série de facilida-des para a região, com vistas ao seudesenvolvimento.

Quanto ao Distrito Industrial,que há cerca de 10 anos possuiuma razoável infra-estrutura ins-talada, embora nele se encontreapenas duas indústrias, Raul Li-nhares encara o esvaziamento emdecorrência da falta de estímulosfiscais. "Com a existência do De-creto-Lei n° 880, concedendo in-centivos fiscais ao Espírito Santo, oempresariado acha mais viável sedeslocar para o vizinho EspíritoSanto para gozar desses benefí-cios". Em Campos, os reflexos fo-ram altamente negativos: "Inicia-

mos um plano de desenvolvimen-to físico-territorial e, no transcursodesse plano, constatamos que em10 anos houve uma sensível re-dução do ritmo de desenvolvi-mento na cidade, em termos deprojetos de loteamentos e alvarásde .licença para obras e de insta-lações industriais".

Com ironia, Raul David citadois exemplos das dificuldadesda região: a) a inauguração dapista do Aeroporto Bartolomeu Ly-zandro, em 19 de outubro passa-do, coincidiu com a retirada dabase aérea da Petrobrás de Cam-pos, deslocando-se para a vizinhaMacaé; b) tão logo anunciou-se asobras na favela da Maré, o pró-prio Prefeito soube que muitoscampistas iriam para lá, na espe-rança de serem contempladoscom residências.

Raul Linhares, Prefeito, e Rubem Venancio, presidente da Fundenor

Negativas Oficiais

Explico o Prefeito que as aspiraçõese pleitos dos mais legítimos para oMunicípio e a região, muitas vezes nãoencontram eco nos órgãos do Governofederal: Por exemplo, no Centro dacidade temos o problema do terminalde ônibus que não mais atende àsnecessidades tanto das empresas quon-to dos usuários. As plataformas foramconstruídas há mais de 20 anos e paraque os coletivos estacionem, sào obriga-dos o ficar circulando ao redor da praçaate encontrar vaga. Pela quinta vezsolicitemos a EBTU recursos para cons-truir o novo terminal, inclusive o nossoproieto |ó esta pronto, mas não fomosatendidos".

Problema idêntico esta ocorrendocom respeito ao viaduto sobre a linhaférrea do RFFSA, que ligaria a rodoviaBR-101 (trecho Macae—Camposíà Pon-te General Dutra continuação da rodo-via "Ha dois anos foi firmado umconvênio com o Ministeno dos Transpor-tes quando os recursos anunciadoseram suficientes mas devido a proble-mos administrativos estes recursos nãoforam repassados" Este ano Raul Unha-res propôs o remaneiamento dos CrS 5milhões destinados ao programa deciclovias que somado aos CrS 2,5 mi-líièes referentes as obros do viaduto.

permitiria que estes, aos preços atuali-zados, fosse construído, permitindotambém a construção da nova rodovia-ria da Avenida do Contorno. O convêniofoi finalmente aprovado, mas sem oremane|amento, inviabilizando tantouma como a outra obra.

— O que lastimamos é a msensibili-dade do Governo federal diante denossos problemas, quando observamoscentenas de municípios terem seus piei-tos atendidos, acrescentou.

Estímulo à produção

Ausência de incentivos fiscais paracompetir com o Espirito Santo e mdeci-são governamental com relação a estí-mulo da produtividade da agroindús-tria canavieira, possivel, por exemplo,com um razoável programa de irrigo-çáo constituem-se, no entender do Pre-feito Raul David Linhares Corrêa, ai-guns dos entraves ao desenvolvimentoda região Norte Fluminense, "que mui-to tem a oferecer aos empresários daregião Sudeste".

Num recente levantamento relacio-nou-se a arrecadação municipal porhabitante/ano com a dos demais muni-cipios fluminenses reforçando o seuargumento. Resultado: Campos, CrS615,00; Nova Friburgo, CrS 1 mil 403;

Niterói, CrS 1 mil 826, Volta Redonda,CrS 3 mil 582. 'Se consideramos acontribuição das diversas regiões doEstado do Rio, vamos verificar que 80%da arrecadação estcdual é provenienteda Região Metropolitana, 17% do Suldo Estado e 3% do Norte Fluminense".

Todavia, o município e um dos maisbem dotados do Estado em termos deinfra-estrutura rural e principalmenteurbana: uma boa rede hospitalar —1576 leitos de 500 unidades escolares,seis faculdades — Medicina, Odontolo-gia, Serviço Social, Direito, Filosofia(emeo cursos), Economia e Administra-ção — um aeroporto ampliado recente-mente e três vôos regulares doio aCapital do Estado, com posübi!idadesde serem ampliados.

Importante entroncamento rodo-ferroviário, distando, por via asfaltadd,270 quilômetros do Rio e facilidades deexpansão horizontal, devido a 'ooogra-

fia O desenvolvimento do setor doconstrução civil garante moradias paroa dasse media, enquanto proietos doBNH dotara a seae ao município deaproximadamente 800 unidades popu-lares O município também e nco emrecursos hídricos, energéticos e no setorde Comunicações conta com M mil 51 7terminais disponíveis, dos quais cercade três mil a disposição imediato

Vice-Presidente ExecutivoEditor Walter Fontoura

M F do Nascimento Bnto

Rio rie Janeiro. 22 de outubro de 1979

Diretora Presidente Condessa Pereira Carneiro D '610' Bernard da Costa CamposDiretor Lywai Salles

Oportunidade ÚnicaCom o histórico acordo assinado cm Puerto

Stroessner chegam ao fim anos de discussão queimpediram, durante longo tempo, o desenvolvimen-to normal da Bacia do Prata em áreas comotransportes, comercio e navegação.

A rapidez com que se passou de uma hostiiida-de renitente à discussão objetiva que permitiu oacerto final está provocando o nascimento deperspectivas abundantes e otimistas. O acordopode reativar projetos como o do aproveitamentohidrelétrico do rio Uruguai, (pie interessa à Argen-tina, às voltas com problemas de energia e compoucas opções para novos empreendimentos hidre-létricos, e ao Brasil — pois, embora o potencialhidrelétrico brasileiro seja extenso, está concentra-do na Região Norte, o (pie valoriza ao extremo tudoo que se fizer na parte Sul do país.

O otimismo estende-se à cooperação no terre-no nuclear e já se fala na construção da ponteligando Foz do Iguaçu (Brasil) a Missiones (Argen-tina).

Perspectivas válidas e extraordinariamentealvissareiras quando confrontadas com um antigo eenervante pano de fundo de contendas.

Esse mesmo passado, histórico, entretanto,autoriza e recomenda a meditação profunda, porparte de todos os lados interessados, das condiçõesem que foi obtido o atual acordo. Este surgiu emconseqüência de uma prática diplomática cautelo-sa, realista e discreta. É esse novo estilo que sedeveria confrontar constantemente com o que exis-tia antes, para que os projetos tenham continuida-de, e para que, por ingenuidade, não se ponha aperder com esperanças excessivas o que tantoesforço custou.

O acordo, com efeito, teve de atravessarmares encapelados, desde a tese da consulta prévialevantada [tela Argentina, segundo a qual um paísprecisaria consultar o seu vizinho quando umrecurso natural fosse compartilhado pelos dois.Sem a consulta — argumentava a Argentina — asalterações no recurso natural poderiam provocar

. prejuízos além-fronleira. O Brasil, em contraposi-ção, era favorável à tese do prejuízo sensível —

significando que um país seria inteiramente sobera-no para modificar um recurso natural se nãocausasse alterações de monta na extensão do recur-so pelo território vizinho.

As duas teses foram discutidas em todos osorganismos internacionais importantes, cabendo aprincípio vantagem argentina no terreno diplomáti-co. tpie o Brasil conseguiu anular com o decorrerdo tempo, ajudado pelo argumento de que Itaipuera uma realidade, enquanto Corpus não passavade um projeto.

Sabe-se hoje que o acordo agora assinado jáexistia em estado quase definitivo ao tempo daúltima volta de Perón ao Governo argentino. Com amorte de Perón, entretanto, entrava a Argentinaem prolongado período de instabilidade política,com o que as negociações ficaram prejudicadas pelaausência do que o Governo brasileiro consideravaum interlocutor válido.

A cada vez que se retomavam as negociações,os pontos debatidos anteriormente eram natural-mente revistos e reaproveitados; o que chama aindamais a atenção para o fato de que as idas e vindas, apartir de um certo ponto, já não podiam seratribuídas a dificuldades específicas, mas à falta devontade real de chegar-se a um destino.

Essa longa história, que é de fato a históriageral da região, não admite precipitações, nem quese perca de vista a necessidade de amadurecer dia adia o relacionamento entre os países do Prata. Aspossibilidades desse relacionamento são demasiadoimportantes para que esse esforço não seja condu-zido com o máximo de seriedade. Nele reside, comefeito, a própria possibilidade de afirmação regio-nal num contexto mais amplo. Ao mesmo tempo, emtermos históricos, trata-se de uma proposta deintegração tão nova que nenhuma ingenuidade épermitida. O menor indício de precipitação ouimaturidade poderia desfazer o trabalho já feito.Trata-se, portanto, de aproveitar as circunstânciasde hoje para construir em bases sólidas a necessá-ria integração regional. Não se sabe quando haveráde novo oportunidade tão boa.

Eleição de BaseA interpretação oficial procura valorizar a

reforma partidária atribuindo-lhe o sentido deorganização a ser feita de baixo para cima. É umatentativa de atenuar o impacto de encaminhá-la decima para baixo. Isto 6: foi concebida no ventre doExecutivo e mandada ao Congresso para ser apro-vada nos termos cm que está proposta. E o já longohábito firmado em 1964, segundo o qual compete aoCongresso aperfeiçoar as iniciativas que lhe sãosubmetidas. Esqueceu-se o que é a grande respon-sabiiidade da representação política.

O sentido impositivo da reforma, porém, sóserá alterado pela clarividência e a coragem políti-ca do Congresso. O papel atribuído às basesmunicipais no novo edifício partidário é, apenas,uma ênfase para dourar a pílula que também amaioria terá de engolir para libertar-se do estreitobipartidarismo.

A liberdade de movimentos políticos no planomunicipal sofre também limitações políticas. E elascontinuarão. A manutenção da sublegenda para opleito municipal não é uma opção para evitardificuldades futuras. O Governo cedeu a pressõesde sua constelação de governadores indiretos paratentar a acomodação de divergências, sob esseartifício que nunca deu certo nem quando obipartidarismo parecia predestinado a durar.

A falsidade da alegação de que os novosPartidos se organizarão de baixo para cima podeser comprovada na iniciativa já em curso para oadiamento das eleições municipais de 80. 0 númerode signatários da proposta não compromete oficial-mente o Governo, mas implica a Arena na idéia deeliminar a eleição direta do próximo ano paraprefeito.

É sabido que uma eleição municipal é omelhor teste para qualquer Partido que se organi-za. Se a organização dos novos Partidos vai se fazer

a partir dos municípios, os dois fatores se aproxi-mam: a necessidade e a oportunidade. Km 1980teremos de criar os novos Partidos e fazer aseleições municipais.

Há outro aspecto também relevante, tantopela necessidade quanto pela oportunidade. Aorganização de um Partido, em âmbito municipal,não precisa de todo o tempo dado pelo projeto dareforma. Em dois meses toda a estrutura poderáestar montada e em funcionamento. Uma eleiçãomarcada para o final do ano pode ser o fator deaceleração do trabalho organizador, porque ambos— o pleito e os Partidos — limitam-se ao municípioe à eleição de prefeitos e vereadores.

Sc realmente houvesse o objetivo de dinamizara atividade política no nível municipal, o Governoteria identificado nas eleições o melhor veículo paraa organização dos novos Partidos. Em 1945 o Brasilsaiu de sete anos de uma ditadura em que haviaficado sem qualquer Partido. Em fevereiro oregime começou a cair. Em 3 de dezembro elegiaum Presidente da República e a Assembléia Consti-tuinte. Em 10 meses fez-se a anistia, criaram-se osPartidos, a ditadura caiu. realizaram-se as campa-nhas. elaboraram-se as normas e se organizou aprópria Justiça Eleitoral. Hoje, com um processopolítico que se manteve, apesar das restrições, aconstituição de novos Partidos seria mais fácil.

0 Governo não está comprometido com ainiciativa do numeroso grupo de signatários, todosda Arena. Pode, portanto, examinar a oportunida-de eleitoral de 80 sem ceder ao medo dos quedemonstram não ter nada a ganhar com a democra-cia. Quem tem a ganhar é a nação, e o Governotambém a ela se associará, se souber identificar-secom o hábito de recorrer às eleições em todas asoportunidades. As de 80 não são um favor, masapenas o cumprimento do calendário.

Circuito da LiberdadeO estabelecimento de uma "nova ordem inter-

nacional da informação" reúne os países do Tercei-ro Mundo em torno de um projeto para a criação deagências oficiais de notícias. A idéia apareceu eprosperou dentro da UNESCO como uma respostapolítica ao livre sistema de informações que omundo conhece. Há um fundo de ressentimentosubdesenvolvido nessa pretensão que, em sua fór-mula, chega a se parecer com a proposta de umaNova Ordem para durar 1 mil anos. 0 regimenazista, porém, acabou vítima da supressão dasliberdades.

O inundo só conheceu até hoje um sistema deinformação: o que se baseia na liberdade de obtè-Ia, transmiti-la. imprimi-la e comentá-la. Não setrata, porém, de nenhum favor. A liberdade deinformação foi uma longa e ainda não terminadaconquista Freqüentemente ela se sujeita a retro-cessos. Por sei livre não é um sistema. E muito maisum conceito político e a matriz de uma concepçãode vida política.

Toda idéia de pretender garantir a publicaçãode informações tem de recorrer ao Estado. Mas agarantia implica obrigatoriedade e, portanto, ex-flui a liberdade sem a qual a informação se tornapropaganda política.

A atual assembléia da Sociedade Interameri-cana de Imprensa em Toronto retomou a crítica àidéia patrocinada pela UNESCO. Enquanto nâohouver o repúdio claro e insofismável do projeto,subsistirá o perigo de formação do pool de agênciasgovernamentais ou mesmo de uma agência interna-cional controlada por esses Governos.

A única ordem internacional coerente com aliberdade de informação é a que exclui do circuitoos Governos. Agências e publicações oficiais viciamo processo informativo e restringem a liberdade. Aordem que interessa é a que resultar da eliminaçãodo Governo em qualquer ponto desse circuito: aliberdade começa na coleta da informação e sótermina na publicação e no seu conhecimento semrestrições.

Ziraldo< \ i / i i

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YvJT RENASCER /ST 1U \\ comcleu /£] ré \

CartasHumor negro

Os Governos que se sucederam emBrasília nos últimos 15 anos enfeixa-ram em suas mãos a maior soma depoderes da história de nossa Republi-ca. Tiveram o país inteiramente à suamercê e no entanto revelaram-se sim-plesmente Incompetentes para resol-ver nossos problemas fundamentais,chegando mesmo a agravá-los: multi-plicaram-se e ampliaram-se as viola-ções aos direitos humanos; cresceramassustadoramente nossa divida exter-na e nossa dependência do capitalestrangeiro; aumentou a concentraçãode renda em uma minoria privilegiada,e o próprio Governo, através do Em-baixador Roberto Campos, reconheceser vergonhosa a existência de "boi-soes de absoluta pobre2a" no pais;Impediu-se a renovação de liderançaspor meio de atos de exceção e hoje seassiste a um melancólico desfilar demedalhões e de chavões políticos, comfiguras que nada mais nos tèm a dizere que já deveriam ter-se afastado porcompleto da vida política nacional.

Decisões cruciais, para o pais, comsérias repercussões para nosso futuro,são tomadas inteiramente à revelia danação; tome-se como exemplo o açor-do nuclear com a Alemanha, que foitornado parcialmente público graças aum corajoso trabalho da imprensa eque, além de suas deficiências, nossujeita ainda à ridícula argumentaçãodo diretor-presidente da Nuclebrás, fa-lando de complôs russo-americanos,de reserva do mercado latino-americano para usinas nucleares ger-mano-brasileiras, e outros non sense,quando ainda não temos nem usinanuclear operando, nem a menor certe-za de acerto na política alé agoraadotada para o setor.

Aliás, no setor energético temossido submetidos a duras provas: a umUeki sucede um Cais, duas figurascatastróficas na vida nacional. Esta-mos sendo lançados na aventura doálcool, com um protocolo de fabrica-çâo de centenas de milhares de veicu-los, sem um planejamento sério deprodução, armazenamento e distribui-ção do novo combustível sem pesqui-sas confiáveis e tranquilizadoras (asdo MIC e da Coppe são conflitantes isobre os efeitos do álcool sobre ospróprios veículos e mesmo sobre omeio-ambienle (quando utilizado emlarga escala), sem qualquer programa-ção para o aproveitamento adequadode toda a enorme quantidade de vi-nhoto que fatalmente se produzirá pa-ra atender as metas do Proálcool e queé extremamente poluente se nào fortransformado em adubo ou ração.

Nesse quadro tumultuado da áreaenergética, a Petrobras cai como umaluva: nos seus quase 26 anos de exis-tência, 15 dos quais sob a Revolução,foi incapaz de nos dar e sequer dedefinir se afinal temos ou náo o talpetróleo. A empresa tem sido sistema-ticamente colocada à prova de qual-quer investigação e os erros e desman-dos que eventualmente vêm à tona sâoapenas pontas de um mesmo iceberg:os poços de Campos estão com atrasode produção de três anos graças a umaaventura tecnológica da Petrobrascom a Lockheed; uma caríssima plata-forma de perfuração submarina nau-fragou no mar do Norte porque a Pe-trobrás exigiu seu transporte para oBrasil em época e condições de martotalmente desaconselháveis ie sinto-maticamente até hoje, há mais deum ano do ocorrido, a empresa aindanâo recebeu o seguro do sinistro); hâseis anos, quando o barril de petróleocustava apenas 3 dólares, a Petrobrasretraiu suas pesquisas porque eramais barato comprar o petróleo do quepesquisá-lo, esquecendo-se de que suafinalidade é descobrir e nâo comprarpetróleo; quanto aos seus dirigentes aempresa os trata porém regiamente:recentemente, já na administração do

Sr Ueki, adquiriu no requintado e ca-nssimo Atlântico Sul. no Rio. umapartamento para ser utilizado porseu diretor-presidente, Sr ShigeakiUeki.

Nos demais setores da atuação doGoverno repetem-se os descalabros: avertiginosa escalada do custo de vida;o escândalo da Ferrovia do Aço, nova-mente denunciado pelo recém-demissionário diretor da Rede Ferro-viária Federal; a famosa historia docheque do Banco Econômico, a recen-te manobra altista com o óleo de soja,em prejuízo da população, manipula-da pelas multinacionais do setor (San-bra, Anderson Clayton etc) como se vêpela denúncia do JB.

Diante desse quadro, o otimismoque o Sr Delfim Netto insiste em apa-rentar só pode ser humor negro. VascoSoares da Costa — Niterói (RJ).

Justiça

%

Ê muito bom que estejamos presen-ciando uma atuação exemplar rias au-toridades judiciárias. Há praticamen-te uma euforia pelo fato de o Presidên-te da Republica ter chamado a si'o

caso do servente Aezio e,em decorrência, o inquéri-to ter chegado até a sen-tença do Juiz Mélic Urdan,do Io Tribunal do Júri,exemplar no seu rigor.

// Apenas pelo fato de se1 estar dando bravos ao

íll 1 comportamento de uma' •¦" autoridade judiciária que,no cumprimento do devere dentro dos padrões téc-nicos, atua exemplarmen-te, está-se criticando, ne-cessariamente, nas entreli-nhas, a omissão e outrasfalhas de autoridades domesmo porte, eis que o ca-so Aezio nâo é o primeiroocorrido nos últimos 15

anos. Muito pelo contrário, o suicídiodo servente faz parte de um rol jábastante extenso e lamentável, quenâo mereceu a mesma atenção dasautoridades.

Ziraldo. num programa de televi-sâo. disse que ninguém tem culpa sozi-nho. Se ninguém tem culpa sozinho,ninguém tem méritos sozinho e issorepresenta apenas mais um exemplo euma lição, mostrando claramente que,em regimes de exceção, no qual asgarantias mínimas do cidadão nào saorespeitadas — sob a desculpa de queisso é necessário para ordenar o país —só conseguem funcionar exemplar-mente o arbítrio e o abuso de autori-dade.

O Poder Judiciário, voltam a dizerhoje, e independente e as determina-ções do juiz sâo leis, como agora podedizer o Juiz Mélic Urdan com positivoorgulho profissional, que nâo nos acos-tumamos a presenciar nos últimosanos, salvo raras e igualmente come-moradíssimas exceções.

Assim, não há que se comemorarnada. nem elogiar ninguém. A senten-ça do Juiz Urdan foi possível porque opaís começa a viver um clima de liber-dade. que dá condições sócio-politicasa sentenças como essa, quando, naverdade, ela se deveria enquadrar den-tro de uma normalidade rigorosamen-te funcional e nâo em rasgos de cora-gem e evoluído senso de justiça.

Há outros casos a resolver com amesma exemplaridade e não apenasna área do Poder Judiciário. O que sedeve comemorar, aprender das liçõesque a vida do servente Aézio acaba dedar, é que só a democracia possibilitaa vigência de um sistema jurídico livrede coações e que pode cumprir, diária-mente, e em todos os casos, suas obri-gações, sem precisar do apoio do Pre-sidente da Republica.

As comemorações da imprensa e detodos, de um modo geral, refletem

uma anormalidade que deve ser trans-formada em absoluta normalidadediária. Justamente porque ninguémtem méritos ou culpas sozinho. Renato,Vasconcellos — Niterói (RJ).

DASP c aposentadoria

Conquanto elogiável sob todos osaspectos a atuação do atual diretor-geral do DASP, principalmente naparte relacionada com o aposentado,falta, sem duvida, definir uma face doproblema: a aposentadoria compulsó-ria (aos 70 anos) sem que o servidortenha completado 35 anos de efetivoexercício. Qual o tipo de aposentado-ria aplicável ao caso? Proporcional ouintegral, cabendo ao servidor direito àvantagem do Art. 184 do Estatuto, sede nível universitário? Gostaria que oDASP se pronunciasse a respeito. Afl-nal, a compulsória obriga o funciona-rio a desligar-se imediatamente do ser-viço publico, coisa que ele, voluntária-mente, nào faria se tivesse completadoos 35 anos de serviço e ainda se encon-trasse capacitado para o pleno exerci-cio da funçáo.

Recentemente, os casos de aposen-tadoria das mulheres icom 30 anos deserviço público), dos pracinhas (com25 anos) e dos magistrados (com 30anos) constituíram objeto de especialatenção por parte do dirigente daque-le órgão que tomou a iniciativa deenviar ao Congresso Nacional projetode lei favorecendo aqueles servidores,com relação ao assunto em causa.

Sendo a compulsória uma aposen-tadoria forçada, creio não ser justo queo servidor (em particular, o de nivelsuperior) tenha seus proventos reduzi-dos em virtude de ser obrigado a reli-rar-se do serviço publico sob impost-çào, compelido pela compulsória, pas-sando a auferir proventos inferiores àremuneração que percebia na ativida-de. Enquanto isso, o servidor conside-rado inválido é aposentado com ven-cimentes Integrais seja qual for suaidade ou seu tempo dc serviço, con-trastando ainda mais, desse modo,com a situação do servidor atingidopela compulsória, o que representa,sem dúvida, uma discriminação, seconsiderarmos que o servidor com aidade-limite (70 anos) imposta por leinão deixa de ser também inválido,tendo na devida conta sua avançadaidade, fato que constitui motivo essen^ciai para o seu afastamento forçado doserviço, premido pela mesma lei quefavorece funcionários portadores demoléstia grave ou contagiosas.

Causa estranheza o fato de o praci-nha ser beneficiado com a reduçáo de10 anos de serviço (25 em lugar de 35i,para se ajustar ao dispositivo 184 daLei 1 711. Sucessivamente náo se justi-fica também que a mulher e o magis-trado sejam beneficiados em idênticascondições, com a redução de cincoanos (30 em lugar de 35), enquantofuncionários de nível superior, com 70anos de idade e menos de 35 de servi-ço, náo possam, por eqüidade, auferiro mesmo beneficio. Manoel Wanderleyda Silva Ferreira — Rio de Janeiro.

Insensatez

Nâo acha o Senhor Redator queprecioso e imprescindível tempo deve-ria estar sendo dedicado aos séripsproblemas do país. em vez de espoliartal tempo discutindo como dividirPartidos políticos em fatias? Genteessa cansativa e Inteiramente fora dobom seaso natural! Flávio MonteiroAmaral — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publica .óano lodo ou em parte entre as que tiverem

assinatura, nome completo e legível e endere-

ço que permita confirmação prévia. J

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Energia,Europa & EUA

OPINIÃO — 11

A modernização do Judiciário

Vlrich Steper

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Presidente Carter é o ter-ceiro Presidente americanoa tentar reduzir as importa-

çóes do petróleo do Oriente Médio,mas até agora essas importaçõestém, com pequenas interrupções,crescido. Uma nova tentativa doGoverno americano para resolver oproblema está sendo feita. Será quevai ser mais bem-sucedida do queas anteriores? Vou apresentar setequestões sobre esse problema.

1. Qual é o conceito de umaótima divisão de trabalho entre oespaço deixado para as forças domercado e as da política e dos ins-trumentos politicos? Garantir o su-primento de energia é uma tarefapolítica de grande prioridade. Nelaestáo contidos política de infra-estrutura, política exterior, regula-mentos sobre segurança e padrõesecológicos, todo o espectro de coo-peração com a indústria no desen-volvimento de novas tecnologias,conservação de energia etc. Mas háuma parte considerável a ser reali-zada pelo mecanismo dos preços eda competição.

Como é possível que a cidadelado capitalismo e da livre empresapratique uma das políticas energé-tlcas mais burocráticas do Ociden-te, na qual a produção e distribui-ção de energia sào tão ineficiente-mente reguladas e a necessáriaconstrução da capacidade de trans-porte — para o carvão, por exemplo— nâo é suficiente?

2. Será que a utilização de novos(e caros) recursos ou tecnologias emlarga escala será econômica se osamericanos não pagarem o custoreal marginal da substituição deenergia, especialmente o da gasoli-na? Será que isso é realmente im-possível por causa do caso de amorentre o americano e seu automóvelparticular? O europeu médio tam-bém ama seu carro, mas sabe queter uma amante sai muito caro. Aenergia vai tornar-se mais rara emais cara.

Para a mobilização dos novosrecursos e novas tecnologias para ouso racional da energia não há ne-nhum outro caminho para a econo-mia dos países ocidentais indus-trializados a nâo ser deixar o preçoda energia subir até alcançar seucusto de produção. Para evitar in-devidas dificuldades sociais é maiseficiente subsidiar os pobres atra-vés de benefícios sociais cuidadosa-mente dirigidos do que reduzir opreço da energia artificialmente pa-ra toda a economia.

3. A enorme quantidade de car-vão necessária para a obtenção dagasolina — como poderá tornar-sedisponível sem os investimentosextremamente elevados em trans-porte, minas de carvão e capitalhumano para o recrutamento dostrabalhadores qualificados? A in-tradução de uma nova tecnologiaem uma determinada estrutura desuprimento de energia nào é ape-nas uma questão de dinheiro — tãonecessário quanto o imposto sobrelucros excessivos por várias razões—mas também pede uma estruturaindustrial completamente nova.

4. Qual o custo real do petróleo

de xisto e seu impacto ecológico,muito mais alto do que o de aumen-tar a produção de carvão? Nào de-veríamos repetir os erros cometidosno desenvolvimento da energia nu-clear — subestimar o tempo, custose o impacto bastante desconhecidomas negativo do uso em larga esca-Ia das novas tecnologias para aobtenção de energia.

5. Como é que a criação de umsistema de transporte de massa se-ria compatível com a forma de vidasuburbana? Quais as modificaçõesdo sistema de vida americano quese tornam necessárias para econo-mizar energia? Às vezes penso quealgumas pessoas clamam por lide-rança com a esperança de que istopossa evitar o corte do desperdíciode energia e a modificação de hábi-tos muito queridos. Mas nâo háoutra saída: cada estratégia energé-tica tem seus riscos e seu preço aser pago.

6. Será que o Congresso aprova-rá a legislação necessária para aconservação de energia e substitui-ção do petróleo ? Naturalmente queuma democracia precisa de contro-les e equilibrios, mas a impressãoeuropéia é de que a política energé-tica dos Estados Unidos não é equi-librada mas sim bloqueada — cadavez mais bloqueada.

7. A política energética dos Esta-dos Unidos é governada pela filoso-fia da independência, mas será queesta é uma regra adequada para ummundo interdependente? E a quês-tão crucial não é nossa dependèn-cia unilateral, e não mútua, emrelação aos países membros daOPEP?

Estas questões não devem levara nenhum equivoco. A crise energé-tica é séria demais para deixar es-paço para críticas malévolas e fre-qüentemente personalizadas. A Eu-ropa depende muito mais do que osEstados Unidos do petróleo doOriente Médio. De uma certa formaisto causou o sucesso de sua mobili-zação de recursos energéticos e suapolítica de conservação. Mas maisde dois terços das necessidades to-tais energéticas da Europa aindasão importados. Uma vez que osEstados Unidos usam mais de umterço da energia mundial, o supri-mento europeu de energia é grande-mente influenciado pelo fracassoou sucesso da conservação e substi-tuição do petróleo pelos EstadosUnidos.

Por isto mesmo o papel politico,militar e econômico dos EstadosUnidos na política mundial é gran-demente influenciado pela soluçãode seus problemas energéticos. Aaliança ocidental ficaria seriamen-te abalada se repentinamente acon-tecesse uma luta pela distribuiçãodo petróleo. Para tornar tudo claro,os paises europeus podem substi-tuir o petróleo por carvão, energianuclear e um uso racional dà ener-gia, mas nâo podem suportar o pesoque os Estados Unidos carregamcomo uma potência mundial.

Ulrich Steget é membro do Parlamento alemão evice-presidente da Comissão de Ciência e Tec-noloqia do Partido Social Democrata da Ale-manha.

Luiz Antônio Severo da Costa

E

sempre oportuno pôr em des-taque que nenhum outro Po-der necessita mais de atuali-

zar-se. modernizar-se. que o Judi-ciário.

Na verdade, de pouco valerão Cons-tituiçâo e leis modelares. juizes bemselecionados e abnegados, organiza-ções judiciárias perfeitas, se os servi-ços auxiliares — nào só nos Tribunais,como primordialmente na primeirainstância — os elementos pessoais emateriais forem insatisfatórios.

Trata-se, em última análise, de re-conhecer e proclamar a importânciados elementos de organização, infra-estruturais.

O Presidente do Supremo TribunalFederal, Ministro Antônio Neder. nocomeço deste ano (JORNAL DO BRA-SIL de 22/3/79) observou que o queteria havido até agora seria uma refor-ma da Magistratura, cumprindo levara cabo a tão necessária reforma doJudiciário.

São oportunos, pois, estudos e su-gestões partidos de membros do Judi-ciário — que melhor que outros conhe-cem suas próprias deficiências e neces-sidades —já que o Executivo, atravésdo Ministro Hélio Beltrão, da Desburo-cratização, vem oferecendo aos outrosPoderes ampla cooperação.

A chamada explosão judiciária es-tã a exigir medidas novas, não conti-das em clássicas abordagens do pro-blema.

Assim como períodos históricostêm sido definidos por expressões co-mo Idade do Bronze, Século de Péri-cies. Renascimento, Revolução Indus-trial, parece que ao século XX os his-toriadores irão chamar Explosão Po-pulacional. Explosão de Nações Novase outras classificações.

Há no mundo todo inquietação,descontentamento e desejo de reformadas estruturas judiciárias existentes.

Falando em 1967. no XXII Congres-so da União Federal de MagistradosFranceses, em Reims, o seu presidên-te, Jean Reliquet, exclamou: "A erados retoques terminou, é preciso cons-truir um edifício novo.""Espremeu-se o limão ao máximo,nada mais há para dele se tirar", disseo vice-presidente do Tribunal de Nice,Stefani (V. Revista Forense, v. 222, p.419, crônica de nossa autoria sobre areforma da organização judiciáriafrancesa).

Destacou-se, também, que muitas"reformas tém sido feitas, mas foi es-querido que, para aplicá-las, necessá-rio se faz que elas sejam aplicáveis eque se tenha o pessoal e os meios paraisso.

Nos Estados Unidos, é velha a lutapelo aperfeiçoamento do Judiciário.

Já em 1906, Roscoe Pound proferiudiscurso que ficou famoso, sob o titulo:Causas da Insatisfação Popular com aAdministração da Justiça.

Em Williamsburg, o ex-PresidenteNixon observou: "O primeiro ímpetopela reforma e melhoria do sistemajudicial deve vir de dentro do própriosistema. É necessário que os Tribunaise seus administradores reconheçamprioridades a serem dadas."

A fuga ao Judiciário é fenômenogeral traduzido, muitas vezes, na re-núncia de direitos, na criação de ór-gãos administrativos com função qua-se judicial, com o crescimento do arbi-tramento etc.

Lembremos, por oportuno, em épo-ca de crescente massificação, que é danatureza do Judiciário ter que dartratamento individual, especial, a ca-da caso.

Para estar à altura das crescentesresponsabilidades que lhe cabem nomundo moderno, o sistema judicialtem que sofrer profunda reforma orgâ-nica.

Estamos com o prof. Orlando Go-mes quando observa: "Os defeitos quese apontam na função jurisdicionalsão predominantemente estruturais.A estrutura se tomou obsoleta diantedas novas forças sociais que ascende-ram no conjunto das instituições, im-pondo a desmitificaçâo". (RevistaBrasileira de Estudos Políticos, p.2091.

Existe não só imensa distância en-tre os textos legais e a nossa realidade,como os órgãos encarregados da árduamissão de distribuir justiça não seencontram suficientemente aparelha-dos para tanto.

Por outro lado, é vezo nosso procu-rarmos solucionar problemas com leis,com encaminhamento à Justiça,quando estão na verdade e antes de

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Exemplos disto são o problema ha-bitacional, o dos menores, o do transi-to etc.

Ainda mais: não é apenas no aper-feiçoamento da tecnologia processual,na eleição de rebuscadas e eruditasteses estrangeiras, muitas vezes táodistantes da realidade brasileira e es-quecidos do velho e bom exemplo lusi-tano. que iremos encontrar soluçõespara a dura e tantas vezes desconcer-tante realidade nacional."Ainda é no velho que o novo pro-cesso tem que buscar e aprender paraatingir sua verdadeira finalidade".(Santos, Moacir Amaral. Contra o pro-cesso autoritário. Revista de DireitoProcessual, v.l. p.32.)

Roscoe Pound, em 1940. repetia seugrito pela "conservação do Poder Ju-diciário", destacando que "a organiza-çào dos tribunais e. conseqüentemen-te, de seu pessoal, era possivelmentede maior importância do que reformasprocessuais". t.

É opinião do grande jurista norte-americano que a maneira de obviardesgaste do Poder Judicial está emorganizar melhor a administração daJustiça (Judicature, v. 51, p. 334).

Edward C. Gallas observa, na útilpublicação supra, da American Judi-cature Society, que os "juizes estãoagora conscientes de que há algo maisna administração dos Tribunais doque o que se aprende nas faculdadesde Direito".

É que problemas administrativossão problemas administrativos e nãojurídicos.

O artigo, na publicação supra, doantigo diretor executivo da Corte Su-perior de Los Angeles, tem como titu-lo: A Profissão de Administrador deTribunais.

Por outro lado, progressos tecnolo-gicos, já adotados nas empresas priva-das, têm que ir penetrando, sempre ecada vez mais, a maquina judiciária.

A rapidez na prestação jurisdicio-nal, juntamente com o baixo custopara as partes, sáo aspirações imemo-riais, agora tornadas mais fáceis com oprogresso da tecnologia.

Bem observa Ney Prado em recenteartigo; Modernização da Justiça doTrabalho, publicado no Estado de S.Paulo: "No tipo de sociedade atual,particularmente dinâmica, a celerida-de e a eficiência da prestação jurisdi-cional constituem irrecusável impera-tivo. Deve-se, ainda, admitir que aescolha do tipo certo de estrutura ématéria técnica e de atribuição deespecialistas. Portanto, estudos ten-dentes a assegurar maior produtivida-de e eficiência aos serviços judiciáriosdevem ser entregues a organismos es-pecializados em matéria organiza-cional".

É válida a observação do referidoartigo, "é fato notório que os juizes,bem assim os juristas em geral, nâoestão familiarizados com o processotecnológico. Seus estudos, embora dealto nível cultural, não dizem respeitoaos problemas da tecnologia".

Hoje mais do que nunca, com oauxílio que o progresso científico podenos oferecer, são injustificáveis as de-longas da Justiça, as law's delay deque nos fala o infeliz Hamlet, em seutriste e lamentoso monólogo sobre asdesgraças da vida.

EI Problema de Ia Lentitud de losProcesos y su Solución foi o oportunotema proposto às V Jornadas Latino-Americanas de Derecho Procesal, emBogotá (1970).

O prof. José Olímpio de Castro Filhoapresentou trabalho sobre o assunto,em que salienta que a questão se agra-va nas comarcas do interior, onde to-das as providências administrativas seacham confiadas aos próprios juizes.

"Essa tem sido" — observa ele — "acausa talvez maior do grande mal,porque os juizes não são geralmente,por formação profissional, bons admi-nistradores, e quando o sejam ou nãolhes sobra tempo para administrar, ounão lhes são dados recursos suficien-tes para as providências necessárias.

Daí o círculo vicioso que se estabe-leceu: o legislador nào confia recursosnecessários ao juiz, porque sabe que,em geral, este não administra bem; ojuiz nâo administra porque nâo temrecursos ou, se os tem, não dispõe deconhecimentos e de tempo".

Em 1968. no 5o Congresso Nacionalde Derecho Procesal. na Argentina, oprof. Hermano Devis Echandia obser-vava com felicidade: "Ciertamente. Iamodernizaciou de los Códigos de pro-cedimientos es requisito indispensa-ble para una buena y oportuna .lusti-cia; pero no es suficiente. Tan indis-pensable como aquella, es Ia moderni-zación de Ia mecânica dei trabajo ydei aspecto administrativo de los des-pachos judiciales. Un bueno Códigode procedimiento puede naufragar enIa arena movediza de una mala mecá-nica judicial, y en los escollos de unadeficiente dotación dei servicio y deuna mesquina retribución para losfuncionários encargados de su actua-ción".

No aperfeiçoamento da prestaçãojurisdicional entre nos. medidas variasnecessitam ser tomadas.

Na atualização da estrutura dosgrandes tribunais lembremos a possi-bilidade da criação de Câmaras Espe-cializadas. É o sistema francês, em quea Cour de Cassation, a mais alta Cortede direito privado, divide seus 114 jui-zes em Câmaras com. especialidadesamplas.

Isto, sem dúvida, permite maiorrendimento, conseqüência natural detoda especialização. Evita, outrossim,divergências naturais de jurisprudèn-cia, que eram corrigidas entre nós pelorecurso de revista, o qual desapareceuno novo Código de Processo Civil, en-trado em vigor em 1" de janeiro de1974.

É oportuno observar que a Consti-tuição do Estado da Guanabara jãadmitia que ."a lei poderá estabelecera especialização das Câmaras dos Tri-bunais do Estado, inclusive para ascausas que interessarem à FazendaPública" i 3o do Art. 52).

Medidas fora do âmbito específicodo Judiciário podem ser tomadas eirão nele repercutir beneficamente, is-to é, retirar dele problemas que devemter outro tratamento.

Vejamos, por exemplo, a matériada responsabilidade civil, principal-mente em acidentes de trânsito.

Na Inglaterra e nos Estados Unidosexiste forte movimento no sentido deabolir o velho conceito de culpa, subs-tituindo-o por um inteligente esquemade seguro.

Lord Parker de Waddinton. ChiefJustice da Inglaterra, fez proposta emtal sentido. Destacou essa alta autori-dade que em muitos casos de aciden-tes nào é possível se afirmar quem foi oculpado, ou em que grau concorreupara ele.

Falham as testemunhas, pois nor-malmente funciona o chamado Pes-prit de wagon, isto é, se dois veiculoscolidem, os passageiros de cada carroquase sempre depõem que a culpa foido outro.

O professor emérito da Universida-de de Oxford, Arthur Lehman Goo-dhart, em artigo intitulado Delongasem Causas de Acidentes de Automo-vel (Judicature, p. 26. June 1965), afir-ma que o sistema legal vigente é dotempo da diligência, que podia satlsfa-zer a nossos avós, quando fácil eradeterminar quem foi o responsável.

Analisa, com cuidado, os vários as-pectos do problema, inclusive as con-seqüências em relação â classe dosadvogados, com a possível redução ouextinção de tais causas, e afirma: "Oadvogado desempenha grande serviçopúblico, mas tal serviço deixa de tertais características, quando pode serexercido melhor e mais barato de ou-tra forma".

Tal assunto, entre nós, é de magnaimportância, porquanto nossas gran-des cidades (Rio, São Paulo, Brasília) enossas estradas vão batendo recordesmundiais de acidentes, e as vítimasficam muitas vezes sem nada receberou concordam com liquidações ruino-sas, dada a demora na solução dasquestões ou a impossibilidade mesmode se comprovar a culpa de alguém.

Clama-se por toda parte por leismais severas, como acaba de fazer oeminente jurista Frederico Marques àimprensa paulista. Nào parece estaraí, data venia, a solução do problema.

Mais inteligente e objetiva é aquelade um esquema geral de seguros,acompanhada de outras educativas,como a contida na sugestão do ex-

presidente do Cetran da Guanabara,Sr Abraim Tebet: "O que nos precisa-mos não é de sanções mais fortes, massim conscientizar os motoristas e pe-destres sobre o perigo que o trânsitorepresenta para a vida do indivíduo."

Outro campo a ser explorado ê o doarbitramento, principalmente no setordas questões comerciais.

Nos Estados Unidos aumentam ca-da vez mais as atividades da AmericanArbitration Association. Em 1966.mais de 13 mil novos casos lhe foramafetos.

O setor de construções civis é, na-quele pais. um dos que mais se valemde tal sistema.

Regras de procedimento desenvol-vidas pela AAA preservam para aspartes as principais garantias do cha-mado "due process".

Destacou-se que o processo de arbi-tramento se torna mais efetivo quandose atribui aos tribunais executar arbi-tramentos violados.

Em livro recente. Lei e Psicologiaem Conflito. James Marshall ponderaque inovações no setor jurídico se fa-zem necessárias com base em desço-bertas das ciências sociais. Observa:"Os que desejam aperfeiçoar a admi-nistraçáo da Justiça deveriam estaralerta para as potencialidades do arbi-tramento nào apenas para eliminarcontrovérsias, como para desenvolvernovas praticas e procedimentos."

Focalizamos, ainda, o aspecto im-portante da introdução dos progressosda tecnologia no vetusto ambiente dasCortes.

Já vai isto, felizmente, se verífican-do entre nos.

Compreende-se que nao interessaconstruir suntuoso foro. com ooluha-tas e características romanas, poisnum prédio moderno e possível, commais economia, com emprego inteli-gente do.s dinheiros públicos, criar-seuma infra-estrutura dinâmica e meca-nizada, com pessoal selecionado.

A propósito, a cibernética e campoimenso que ja vai sendo explorado, doque e exemplo o trabalho que foi reali-zado pelo Senado, sob a direção doSenador Petrônio Portella.

Que o brasileiro é capaz de se orga-nizar de forma atualizada ê exemplo aloteria esportiva, em que milhões decartões são .semanalmente conferidoscom precisão e grande rapidez.

A adoção do xerox está sendo feitacom excelentes resultados no 1" Tribu-nal de Alçada da Guanabara, quandodo julgamento das revistas e. em ou-tros casos, todos os juizes recebemcopias xerogrâflcas dos acórdãos emconfronto, o que grandemente facilitaos julgamentos.

Quando vice-presidente do Tribu-nal em 1966, ainda náo vulgarizadoentre nós aquele sistema, adotei ascópias termofax dos acórdãos pararegistro, o que reduziu para apenas 48horas uma paralisação dos processos,que, âs vezes, durava meses.

Pelo sistema de gravadores ê tam-bém possível o registro de decisões ereuniões, principalmente plenárias.

O sistema de taquigrafia. já adota-do entre nos em alguns Tribunais, vemsofrendo criticas, pois alguns juizessáo morosos na devolução das copiasde seus votos, o que prejudica a publi-cação do acórdão.

No Tribunal a que tive a honra depresidir, considerando que diversoscolegas já trazem acórdãos prontos,datilografados, pensamos em rietermi-nar a imediata publicação dos mes-mos. tal como ocorre em Portugal, emque se traz para o julgamento o cha-mado projeto de acórdão, mas encon-tramos óbice no Art. 880 do CPC, queexige uma teórica conferência na ses-são seguinte. Infelizmente tal disposi-tivo foi mantido pelo nuvo Código(Art.563).

As tao lastimáveis delongas da Jus-tiça sâo, muitas vezes, a soma de pe-quenos e corrigiveis atrasos.

Como o grande pensador america-no H. Thoreau, todos devemos clamar:"Simplify, simplify".

Luiz Antônio Severo do Costa à Juiz do 1° Tribunalde Alçada do Rio de Janeiro, graduado em Adminii-tração Pública pela Universidade de Michtgane ex-advogado do Banco do Brasil.

Um encontrocom você Diariamente, de 4? a 2a feira,

das 23:00 às 24:00 horas, você,a Rádio Jornal do Brasil/AM e

. o Banco Mineiro S.A., têm um encontromarcado. NOTURNO, o seu programa de informação

sobre os últimos lançamentos em discos, entrevistassobre "shows", teatros, livros e sugestões dos

ouvintes. Aos sábados, o que de melhor aconteceu

pela semana. Domingo, o que vai pelo Jazz e Blues.Esperamos você. Temos um encontro marcado.

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RÁDIO JORNAL DO BRASIL AM 940 KHz jfXm Sistema Financeiro BamineiroBanco Mineiro S.A.

12 JORNAL DO BRASIL H segunda-feira, 22/10/79 D Io Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

Silvério Ribeiro Netto, 67, emcasa, em Ipanema. Carioca, in-dustrial, casado com MariaJosé Vieira Ribeiro, nâo tinhafilhos. Derrame cerebral. Serásepultado às lOh no CemitérioSão Joáo Batista.

Roberto Pina e Souza. 38, noHospital do Câncer. Carioca,corretor de imóveis, casadocom Olivia Moreira de Souza,tinha dois filhos: Paulo e AnaPaula. Morava em Copacaba-na. Leucemia. Serã sepultadoás llh no Cemitério São JoãoBatista.

Atónio Machado da Silva. 59,no Prontocor. Carioca, comer-ciante, solteiro, morava emBotafogo. Enfarte do miocár-dio. Será sepultado às 9h noCemitério Sâo João Batista.Heloísa Costa de Macedo. 7*0,na Casa de Saúde Sâo Sebas-tião. Mineira, do lar, casadacom Ivo Bezera de Macedo,nâo tinha filhos. Morava emLaranjeiras. Paradacárdio-respiratória. Será sepultadaàs lOh no Cemitério São JoáBatista.

Cristina Pereira de Souza. 64,na Casa de Saúde Santa Lú-cia. Carioca, do lar, casadacom João Fernandes de Sou-za, tinha quatro filhos: Álvaro,Alda, Alba e Alice, e vários

netos. Morava em Copacaba-na. Será sepultada às 12h noCemitério Sáo Joáo Batista.Magaly Tavares Calvano, 57,no Hospital dos Servidores doEstado. Carioca, funcionáriaaposentada, viúva de ArnaldoCalvano, tinha duas filhas:Marly e Mônica, e três netos.Morava no Rio Comprido. En-farte do miocárdio. Será sepul-tada às lOh no Cemitério SàoFrancisco Xavier.

Arlindo Peixoto da Silva. 69,no Hospital de Bonsucesso.Carioca, comerciante, casadocom Lúcia Miranda da Siva.tinha três filhos: Silvio, Vale-ria e Maria do Carmo, e váriosnetos. Insuficiência renal. Se-rá sepultada, às lOh no Cerni-tério Sào Francisco Xavier.

Elma Camargo Lemos, 53, emcasa, no Méier. Carioca, do lar,desquitada, nào tinha filhos.Insuficiência coronária. Serásepultada às 9h no Cemitériode Inhaúma.

Marlene Gomes de Carvalho.75, em casa, em Vicente deCarvalho. Carioca, do lar, viú-va de Antônio Carvalho, tinhauma filha: Maria de Lourdes, etrês netos. Parada cardíaca.Será sepultada às lOh no Ce-mitério de Irajá.

Estados

Libuca Berbert de CastroLeal Ferreira, 84, na cidade deIlhéus. Baiana, de uma famíliade pioneiros do cacau e tradl-clonais chefes politicos do Sulda Bahia. Após a morte de seumarido, Durval Leite Leal Fer-reira, mudou-se para Salva-dor, onde viveu durante 30anos hospedada no tradicio-nal Palace Hotel. Nos últimosanos voltou para Ilhéus, ondelhe sobrevive o lrmáo Demos-thenes Berbert de Castro, oCoronel Demostlnho, que vi-rou personagem de romancesde Jorge Amado sobre a zonado cacau.

Gilberto Aroeira Moreira, 45,em Belo Horizonte. Mineiro daCapital, era funcionário do

Tribunal Regional do Traba-lho de Minas e advogado pelaUFMG. Casado com Madale-na Moreira, deixa dois filhos:Cláudio e Henrique. Insufl-ciência renal.

Júlia Demeterco, 66, em Curi-tiba. Paranaense da Capital,do lar, de família tradicionaldo Paraná, era casada com oprofessor José Demeterco. ti-nha dois filhos: Armls e Con-ceiçâo.

Marcos Duarte Pinho, 72, noHospital das Clinicas de PortoAlegre. Natural de Rio Grande(RS), era advogado. Casadocom Mara Petroni Pinho, dei-xa uma filha: Ana Maria, ad-vogada e psicóloga.

Repúdio à violência marcao enterro dos dois mortospor PM na quadra do bloco

Em clima de revolta contra a violência policial.Marcos Antônio dos Santos e o soldado do ExércitoJúlio da Silva Santos foram enterrados, ontem, noCemitério do Catumbi. Ambos foram mortos a tirospelo cabo PM José Gonçalves Dias, durante conflito naquadra de ensaios do Bloco Carnavalesco Cometas doBispo, no Rio Comprido, madrugada de sábado, quan-do outras cinco pessoas saíram feridas a bala.

O enterro do soldado, às llh, teve acompanhamen-to de uma guarda fúnebre do 21° Grupo de Artilharia deCampanha, onde servia, e salva de três tiros. Meia horadepois foi enterrado Marcos Antônio. Ao velório nascapelas C e D compareceram centenas de pessoas,entre parentes e amigos civis e militares, e muitas delaslembravam um caso anterior de violência praticadapelo mesmo PM.

RAJADA DE BALAS

O caso citado a todo instanteno velório, por pessoas que defi-nlam o cabo PM José GonçalvesDias como "extremamente vio-lenteo", foi o ocorrido com o estu-dante Luís Cláudio Sampaio, de18 anos. Em setembro do ano pas-sado, o policial subiu o MorrodoTurano, numa batida paraprender um traficante de tóxicos.O estudante ia passando e o caboexigiu-lhe documentos. Sem mo-tivo aparente, disparou sua me-tralhadora, atingindo nas pernasdo rapaz, que até hoje esta eleija-do. apesar de submetido a trêsoperações.

No cemitério a maè do soldado

Júlio, D Ester dos Santos, pedia,chorando, que Justiça fosse feita.Seus outros seis filhos a acompa-nharam no apelo, lembrandotambém que a quadra de ensaiosdo bloco situa-se em Jurisdição do6" Batalhão da Policia Militar, enào do Io BPM. no qual está lota-do o cabo.

No momento do sepultamentoalgumas pessoas desmaiaram, en-tre elas a máe e uma irmã dosoldado.

Das cinco pessoa feridas a tirose levadas ao Hospital SouzaAguiar, três receberam altas.Marcelino dos Santos e Paulo Ge-neroso Rodrigues continuaramno Centro de Tratamento Inten-

AVISOS RELIGIOSOS

LAURA PORTELLA(Laurinha)

MISSA DE 7° DIA

tA

Federação das Bandeirantes do Brasil comu-nica o falecimento de nossa muito queridaLAURINHA, aos parentes, amigos e bandei-

rantes, convidando-os para a missa de 7o dia, nopróximo dia 24, às 18:30 horas, na Igreja São Joséda Lagoa.

VOCE SABE COMO GANHARUMA BOLSA DE ESTUDO

PARA A INGLATERRAOU OS ESTADOS UNIDOS?

Cantagolo'Foto de Ari Gomes

Sábado nada foi encontrado, mas hoje deverão ser retomadas asescavações na Fazenda do Bom Vale, à procura de cadáveres enterrados

Juiz de Cantagalo querreforço de 300 policiais

O Juiz da comarca de Cantagalo, Sr CustódioAugusto de Rezende, quer 300 policiais para contera multidão quando da chegada de Waldlr de SouzaLima, o Valdirene, e Maria da Conceição PereiraPontes, esperados hoje ou amanhã. Eles estão noxadrez da DPPS, na Rua da Relação , Centro doRio, e deverão mostrar onde, na Fazenda BomVale de Cantagalo, foram enterradas outras crian-ças mortas em ritual de magia negra.

No esquema de segurança, o magistrado vairequisitar soldados da 1" Companhia de PolíciaMilitar de Friburgo, do Quartel da PM de Itaperu-na e do Regimento Caetano de Faria (Batalhão deChoque) do Rio. Toda a Praça João XXHI, ondefunciona o foro de Cantagalo, ao lado da matriz daSantíssima Trindade, será cercada por policiaisarmados de metralhadoras, cassetetes e bombasde gás lacrimogêneo.

carbonizou os corpos do fazendeiro e de seu empre-gado Anézlo Ferreira, o Floti, em frente à delegaciade Cantagalo (105° DP).

O magistrado está tomando providências paragarantir a Integridade fisica de Waldlr e Maria daConceição, antes de autorizar sua ida a Cantagalo,onde o processo foi instaurado. Reconhece o SrCustódio Augusto de Rezende que o clima nacidade ainda é de grande revolta. E admite que"dificilmente o julgamento poderá ser feito nacomarca."

Também estáo sendo tomadas providênciaspara garantir a Integridade fisica do Coronel Góes,apontado pela multidão como cúmplice do assassí-nio de Juninho. Ele teria presenciado as cenas deviolência contra o menino, no ritual realizado noSanté (uma espécie de altar da seita). O juiz querouvir o Coronel Goés em Cantagalo.

Segurança Tranqüilos

Waldlr e Maria da Conceição, presos preventi-vãmente pelo assassínio do menino Antônio CarlosGuimarães Ribeiro Júnior, o Juninho, de dois anose nove meses, num ritual de magia negra emCantagalo, estão no xadrez da DPPS em regime deincomunlcabilidade.

Eles vieram para o Rio depois de terem sidosalvos do linchamento por policiais de Cantagalo,com auxílio do Coronel Góes, que estava na dele-gacla tentando livrar do processo o fazendeiroMoacir Valente, de quem era amigo pessoal ecompanheiro de seita.

De Cantagalo foram para Friburgo. Dali para aPolinter em Niterói. O juiz Custódio Augusto deRezende, que decretou a prisão preventiva dosdois, determinou a remoção para o Rio por medidade precaução, pois eles estáo Jurados de morte pelamultidão, calculada em 3 mil pessoas, que matou e

Waldir e Maria da Conceição estáo em regimede incomunlcabilidade no DPPS por ordens ex-pressas do Secretário de Segurança, General Ed-mundo Murgel, aos delegados Artur Brito Pereira,do DPPS, e Newton Costa, do DGI (DepartamentoGeral de Investigações).

Os dois estáo aparentemente tranqüilos, co-mem e dormem bem, segundo policiais de plantãona tarde de ontem no DPPS. Sempre pedindo paranão citar seus nomes, para evitar punição dossuperiores, policiais do Departamento comenta-vam ontem que os crimes da seita do fazendeiroMoacir Valente são "fáceis de levantar."

Para eles, não será necessária a utilização denenhum método especial de interrogatório: "Bastadizer aos dois que, se não falarem a verdade, nós osmandaremos de volta a Cantagalo, para serementregues à multidão."

População espera na fazendaO dia e a hora em que Waldlr de Souza Lima e

Maria da Conceição Pereira Pontes chegam aCantagalo nào foram revelados, "para evitar acú-mulo de pessoas na fazenda". Durante todo o diade ontem, centenas de pessoas ficaram nas imedia-ções da Bom Vale, à espera.

O delegado de Cantagalo, Sr Renato Godinho,pretende fazer novas escavações, possivelmentehoje, no pasto da fazenda, para "tirar algumasdúvidas", ante denúncias de que o fazendeiroMoacir Valente promovia rituais de magia negrano local, sacrificando galinhas pretas, gatos ecabras.

Assunto do dia

A morte do menino Juninho e a invasão dadelegacia continuam a ser o assunto de toda acidade de Cantagalo. onde os Jornais estáo sendovendidos no câmbio negro. Nas escolas, os alunosdiscutem os noticiários. Uma verdadeira romariana Bom Vale. Os táxis cobram CrS 200 por pessoa.Para esperar, CrS 500.

No cemitério de Santa Maria Madalena tam-bém continuam as romarias de protesto contra osepultamento do fazendeiro no local. Alega-se queMoacir Valente representava o demônio, razãopela qual seus restos mortais náo devem ficar nacidade.

A PM mantêm quatro soldados nas imediaçõesdo cemitério, principalmente ã noite, para evitarque a sepultura seja violada.

Um detalhe

Ontem um soldado da PM revelou que, naquarta-feira, quando era iminente a invasão dadelegacia, algumas pessoas procuraram o fazen-deiro, que estava no cartório, aconselhando-o asuicidar-se. Do contrário, seria morto pela popula-çáo enfurecida.

Moacir Valente nào teria acreditado. Dez minu-tos depois, foi agarrado pela multidão, morto agolpes de foice e jogado na fogueira.

Fazendeiro deixou dívidaMoacir Valente chegou a Cantagalo hà 25 anos.

para comprar a Fazenda Bom Vale, com 500 contosde réis. O negócio foi fechado com Antônio eAdolfo Cervantes, filhos do antigo proprietário.Ficou acertado que a fazenda seria vendida aMoacir por sete mil contos.

Acontece que, quando Moacir entregou os 500contos de réis, exigiu toda a documentação dafazenda. De posse desses documentos, nunca pa-gou o restante. A família Cervantes moveu váriasações na Justiça, mas Moacir sempre ganhava porestar de posse dos documentos.

Sua primeira providência foi demitir os antigosempregados e colocar, nos postos-chave, pessoasde sua confiança. Consta na cidade de Cantagaloque era homem avarento, que nâo gostava depagar a ninguém.

Recentemente, fez empréstimo na agência Can-tagalo do Banco do Brasil, onde deu como garantiaos bois de sua fazenda. Sábado, fiscais do bancoestiveram na fazenda para fazer um levantamentodo gado. Se os herdeiros de Moacir nâo saldarem adivida, os bois serão confiscados.

NOEMI RIBEIRO DE CASTRO

tJosé Ribeiro de Castro Filho e Sra., José

Ribeiro de Castro Neto, Sra. e filhos,Adolpho José Fernandes, Sra.e filhos, LuizAugusto Cunha, Sra. e filhos, Henrique Kerti,Sra. e filha, Luiz Armando F. Lima, Sra. efilhos convidam para a MISSA DE 7o DIA desua muito querida mãe, sogra, avó e bisavó aser celebrada amanhã, 3a feira, dia 23, às 11horas, na Igreja N. S. do Bonsucesso, Largoda Misericórdia. (P

. Paraíba não proibiu .os "Borboletas Azuis"

João Pessoa — Embora tenha anunciado a sua disposiçãode fechar a casa Jesus no Horto, proibindo as atividades da seitaAs Borboletas Azuis, em Campina Grande, nenhuma medida foitomada até agora pelo Secretário de Segurança Pública daParaíba. O Sr Luiz Bronzeado está em Brasília, de onde só voltana quinta-feira.

Assessores da Secretaria de Segurança Informaram, ontem,que a medida deverá ser tomada assim que ele retomar deBrasília, com base no Artigo 153 da Constituição. Na Casa Jesusno Horto, fazem preces e jejuam. O fanático Roldão Mangueira,que comanda centenas de pessoas, anunciou o fim do mundopara o dia 13 de maio do próximo ano.

A disposição do Secretário de Segurança Pública da Parai-ba desperta algumas controvérsias, pois várias pessoas enten-dem que a Constituição garante o exercício de qualquer cultoreligioso. No entanto, os que defendem o fechamento do temploargumentam que o exercício dos cultos religiosos é asseguradoquando nâo contrariam a ordem pública e os bons costumes.

O próprio Secretário de Segurança Pública da Paraíba jadeclarou, porém, que a seita do fanático Roldào Mangueira estáindo de encontro à ordem pública, ferindo conceitos de bonscostumes da sociedade. O templo funciona em Campina Grande,a segunda cidade da Paraiba, que fica a 200 quilômetros dacapital.

Shoping de rSalvador éincendiado

Salvador — Por achar que osinsistentes telefonemas erambrincadeiras irresponsáveis, de-pois de ter ocorrido um incêndiono local, na manha de anteontem,o Corpo de Bombeiros de Salva-dor permitiu que uma grandequantidade de lojas do ShoppingCenter Iguatemy fosse destruída,na madrugada de ontem, pelo ter-ceiro incêndio que num períodode dois meses se verifica no Cen-tro Comercial instalado em Sal-vador.

O fogo começou em uma daslojas do Shopping Center e foinotado à lh pelos freqüentadoresda Pizzaria Giovanni. Cerca de 45minutos depois, quando suspeita-ram de que os telefonemas nãoeram brincadeira, o plantão docorpo de bombeiros se deslocoupara dar combate às chamas. So-mente depois de 12 horas de fogoê que os bombeiros, com ajuda debrigadas da petrobrás e do pólopetroquímico, controlaram o in-cêndlo.PREJUÍZOS

O Incêndio atingiu aproxima-damente um terço do centro co-mercial, atingindo grandes lojascomo a Mesbla, Duas Américas, AFonseca e pequenas boutiques,chegando aos pavimentos superriores, Inclusive à Pizania Gio-vanni, que fica em um terraço. Osprejuízos, segundo os comercian-tes do Iguatemy, nào serão lnfe-riores ao do primeiro Incêndio,quando o centro comercial ficouparallzado vários dias.

Ontem mesmo o Shopping Cen-ter Iguatemy foi interditado e apolícia técnica iniciou os traba-lhos de investigação das causasdo incêndio.

Incêndiocorta luzno Recife

Recife — Um curto-circuito emum- dos transformadores da sub-estação da Chesf, seguido de in-cèndio de grandes proporções nosfios de alta tensão, deixou ontem80'*í do Recife sem energia elêtri-ca, durante sete horas, sem que acompanhia desse qualquer infor-mação sobre o incidente.

O incêndio começou às 7 h e osbombeiros levaram cerca de duashoras e meia para debelá-lo, en-quanto em todo o Parque do Bon-gi, onde se encontra a subestação,inclusive na sede da Chesf, erareforçada a segurança para queninguém tivesse acesso à área.

SILÊNCIO

Diretores da companhia com-pareceram ao local, mas proibi-ram aos engenheiros e técnicosque dessem informações sobre oocorrido. Até a tarde alguns bair-ros da cidade continuaram semenergia e nâo havia previsão denormalização.

Segundo o Corpo de Bombei-ros. o incêndio começou com umcurto-circuito em um dos trans-formadores da subestação e osestragos foram grandes, mas nàohavia condição de avaliar osdanos.

Cadáver éde contadorassassinado

O corpo do contador Gilson deAlmeida Deandro. 26 anos, foiidentificado, ontem, no InstitutoMédico-Legal, de Nova Iguaçu,por sua mâe, Juplra AlmeidaLeandro, 53 anos. Ele foi encon-trado morto, por enforcamentocom cordas de nylon, sábado últi-mo, no Rio-Lava-Égua, no BairroCampo Alegre, em Queimados.

Policiais da 55° DP, em Quei-mados, não tem pistas que che-guem aos assassinos. SegundoJupira, o filho sairá de casa, naRua Maria Leopoldlna, 29. em No-va Iguaçu, sexta-feira, em seu car-ro, a Brasília FD-0330, dizendoque ia trabalhar. Levou tambémCrS 12 mil. que seriam para algu-mas despesas.

Para a polícia, Gilson foi vitimade assalto. Seu carro foi encontra-do depenado. na Estrada doAdrianópolis, em Vila da Cava,Nova Iguaçu. De acordo com suamàe, nào tinha inimigos e eraconsiderado pelos vizinhos, umboa praça. O mais surpreendente,segundo ela, é que ele foi encon-trado vestido apenas com umabermuda branca, e além de ter osórgãos genitais carbonizados,apresentava marcas de algemasnos pulsos.

PM não fazmais rondaem Icarai

"O Sr queira, por favor, telefo-nar para a Polícia Civil, porque aPolícia Militar não está fazendoronda em Icarai, pois está amea-cada pela população. Não nos le-ve a mal".

Este foi o comunicado do poli-ciai de plantão, ao atender o tele-fone 190, emergência da PM, namadrugada de sábado, quandoum morador da Rua Coronel Mo-reira César, em Icarai, Niterói, in-formou que, da Janela de seuapartamento, viu que três ho-mens rondavam uma Brasília es-tacionada.

MAIS UM PEGA

Era 2h30m. No final da praia deIcarai, cerca de mil pessoas emcima de árvores, muros e, princi-palmente, no chamado "camaro-te de luxo", o telhado da IgrejaSâo Judas Tadeu, assitlam a maisum pega de carros e motocicletas,com acidentes: uma Brasília ba-teu num poste no início da Estra-da Fróes e a gasolina escorreujunto ao meio-fio. Um homemacendeu um fósforo, incendiandoo carro.

Irada, a multidão resolveu pe-gar, como vítima, uma moradorada favela do Cavalão que passavapelo local. Pressionaram-na con-tra um muro. com claros objeti-vos de linchamento.

MAPA DO TEMPO1 ¦' — *

Transmitida paio satélite meteorológico NOOA-4 e recebida entre 9h47m e11 h28m. A« partas claro» indicam formação d* nuvens au-*» podem provocarchuvas e a« parte» escuras tempo bom. A defomiocóo do mapa do Brasil ecausada pela esferkidade da Terra e pela altitude em que foi tomada afotografia (1 mil 444 km). A estação receptora pertence ao Instituto dePesquisas Espaciais, órgão do Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientifico e Tecnológico (CNPq) vinculado à Secretaria de Planejamento daPresidência da Republico.

FRENTE FRIA **ü» ^*"l^4L^£\

'"/"*¦"- '¦'

ANALISE SINÓTICA DO MAPA DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE MET EO-ROLOGIA INTERPRETADO PEIO JB Frente frio temi estooonár.a emdissiparão localizada no interior do Bahia. Outro frente fria localizado nadivisa do Uruguai com o Rio Grande do Sul. de atividade moderadaAnticiclone tropical com centro de 1023 milibaros localizado a 26° Sul e •1_?JOeste

NO RIO

*NUBLADO

Parcialmente nublado a ocasio-nalmente claro. lemperotura em ligeiro elevaçáo. Ventos Sueste, fra-cosa moderados Máxima: 29,5, emJacarepaguá. Minima: 17,5, no Altoda Boa vista

OS VENTOS

O SOL

&

Nascer:Ocoso:

5hUmI8h.

A LUA

SULSuoste, fracos a moderados.

A CHUVA

Dados Complementarei do EstácioGimatoloqica

©

PRECIPITAÇÃO (mm)

Ultimas 24 horasAcumulada este n>ésNormal MensalAcumulada Este AnoNormal Anual

0,06,1

74.0983.8

1075,8

NOVANova oté dia 28

O MAR

Marés

Ric-Nileróii Preamar. 3hl7m/l,3me10h33m/0,3m. Boi «o mar,I5h25m/l,2m e 22hl5m/0.3mAngra dos Reis — Preo mar -2h57m/l,6me9h53m/0,5m Baixomar. 1 4h44m/l ,4m e 22h3m/0.4mCabo Frio — Preamar: 2h58.n. l,3me 9h26m/0,3rn. Bolxo-manI5hlm/I.2m e 2lh37m/0.2m

Temperatura

Dentro da baio:r-orqda barra .

20.0.19,0

TEMPERATURA NOS ESTADOS

Amazonas: Nub d poci esparsas. íemp: estável. Ventos. Este fracos Mòx*26,3 min 22 7

Roraima: Ene d chuvo» esparsas, fomp: Estável. Venlos: E. frocos. Má» 32,9min 22,7

Acre Pte nub o nub temp Estável Ventos: calmo. Máx. 31,8 min 22,0Pará Nub a ene d chuvas esparsas. Temp Estável. Vento*: E fes Max 32.0min 23.0

Rondônia Pte nub a claro Temp estável Ventos Norte fracos Má* 34,5Mm 23,0.

Amapá Pte nub a nub suieito a instab no período. Temp tsiavel Ventos-.Este fracos, máx 33,8 mín. 24,3.

Maranhão — Piauí Nub ainda sujeito o chuves esparsas oo sul e centro.Temp. Estável Ventos: Este fracos. Má»: 36,0 min: 23,4

Ceará: Pte nub a nub. Temp: Estável. Ventos. Este fracos. Máx 30,4 min 24,4Rio Grande Horto. Pte nub a nub no litoral aindo sujeito a chuvas esparsasDemais reg pte nub. Temp: Estável. Ventos: Se frocos. Móx: 30,0 min: 23.0

Paralba-Pernambuco-Alagoas-Sergipe: — Nub ainda suieito a chuvasesparsas no litoral. Demais reg. parcialmente nub. Temp: Estável. Ventos Sefracos Máx: 30.0. min 22,6

Bahia: Nub ainda sujeito a chuvas esp. melhorando a partir do W e Norte,temp: Estável. Ventos: Se frocos. Máx. 28,4 min: 22,0.

Mato Grosso Claro a pte nub Temp: Estável. Ventos: Norte fracos. Máx- 34,3min 23.9

Mato Grosso do Sul Claro a pre nub passando a nub no sul no fim doperiodo. Temp Estável. Ventos-. N frocos a mod. máx* 31,0 mín: 21,0Goiás-Distrito Ped. Brasília Pte nub ainda sujeito a instab principalmente atarde Temp: Em ligeira elevoçáo. Ventos: Este a Norte frocos a mod. Máx;28,0 min: 15,0Minas Gerais Nub ainda sujeito o instab oes entre alio médio Sáo Francisco,Mucuri e alto médio Jequitinhonha. Demais reg. Pte nub a tarde. Temp.Esta/el Ventos: Se frocos Máx-, 27,8 min: 15,1Espirito St0: Nub ainda sujeito a prec esparsos no litoral Demais reg. nub aaberturas ocas. Temp: Estável Ventos: Se fracos Móx- 25.Q min: 18 7

"3kr_V_laT»ÍTo-Ple^Tüb'cn_kírTernp: ugeira elevação. Ventos. Se fracos a mod.Má» 29.5 min 17,5.Sáo Paulo: Claro a parcialmente nublado Temp: Estável. Ventos: Este a Nortefracos. Móx 26,4 Min.: 15,0.Parná Claro a pte. nub. passando a nub. no fim do periodo oo Sul e Oeste.Temp: com ligeira elevação. Ventos N frocos o mod.Sta. Catarina: Claro a pte nub passando a ene d chuvas e trov esparsas.Temp ligeira elevação. Ventos: norte frocos a mod- Máx: 22,3 Min: 20.4.Rio óde do Sul: Instável d chuvas e trovoadas esparsas. Temp: em elevação.Ventos Norte rondando pi Sul fracos a moderados. Máx: 30,0 mín. 16,2.

O TEMPO NO MUNDO

Amsterdam 9 17 bom -- Atenas II. 16. nublado —Bahrain. 27 33. bom- Bcngkok 26 31. bom — Beirute, 20 29, nublado — Belgrado, 4, 16.

Dom — Berlim, 5, 13. bom — Bogotá, 10. 19, bom — Biu.elas, 6. II.nublado — Buenos Aires. 14. 22, bom — El Cairo, 18, 33. nublado -

Caracas. 19, 28, bom — Chicago. 20. 25. chuva — Copenhague. 8 13,

_huva — Curitiba, 12. 19, nublado — Estocolmo, 7. 11 nublado -

Franckfurt 4. 14. neve — Genebra, 9, 1 1, nublado — Helsmki. 5. 10. chuvo- Hong <ong, 23, 29. bom — Horolulu, 26, 31. bom — Jerusalém, 1 4, 27,bom — Johannesburgo, 12, 17. chuvo — Kiev 5. 10. nublado - Lima. 15,

19 nublado — Lisboa 15, 19. chuvo — Londres, B, 15. nublado - LosAngeles 18 21 nublado - Madri 14 19, nublado ¦- México D F 1 1. 26,bom -Miami 25. 28 nublado - Montreal 12, 13 bom - Movvou,5 8,nublado - Novo Deli 18 33 nublado — Nova Iorque 16,25 bom —Oslo,

3 13 nublodo Par.s,8 18, nublado - Riode Janeiro. 16. 27 n .Blado--Roma 6. 23 bom — San Francisco, 12, 18. nublodo —Son Juan 25 32.bom - Sõo Paulo. 14. 34, nublado - Tel Aviv 18. 29, bom Tóquio. 13.

26 bom —Toronto, 16. 23, bom - Vancouver 7 12. bom -Viena. 5, T5.

bom

12 2° Clichê JORNAL DO BRASIL G segunda-feira, 22/10/79 D 1" Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

Silvcrio Ribeiro Netto. 67. cmcasa. em Ipanema. Carioca, in-dustrial, casado com MariaJosé Vieira Ribeiro, não tinhafilhos. Derrame cerebral. Serásepultado às lOh no CemitérioSão João Batista.

Roberto Pina e Souza, 38. noHospital do Câncer. Carioca,corretor de imóveis, casadocom Olivia Moreira de Souza,tinha dois filhos: Paulo e AnaPaula. Morava em Copacaba-na. Leucemia. Será sepultadoàs llh no Cemitério Sao JoãoBatista.

Atõnio Machado da Silva. 59,no Prontocor. Carioca, comer-ciante, solteiro, morava emBotafogo. Enfarte do miocár-dio. Será sepultado às 9h noCemitério Sao Joáo Batista,Heloisa Costa de Macedo, 70,na Casa de Saúde Sâo Sebas-tião. Mineira, do lar, casadacom Ivo Bezera de Macedo,não tinha filhos. Morava emLaranjeiras. Paradacardio-respiratória. Será sepultadaàs lOh no Cemitério São JoàBatista.

Cristina Pereira de Souza. 64,na Casa de Saúde Santa Lu-cia, Carioca, do lar, casadacom Joáo Fernandes de Sou-za. tinha quatro filhos. Álvaro,Aida, Alba e Alice, e vários

netos. Morava em Copacaba-na. Será sepultada às 12h noCemitério São João Batista.Magaly Tavares Calvano. 57,no Hospital dos Servidores doEstado. Carioca, funcionáriaaposentada, viúva de ArnaldoCalvano, tinha duas filhas:Marly e Mônica, e três netos.Morava no Rio Comprido. En-farte do miocárdio. Será sepul-tada às lOh no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Arlindo Peixoto da Silva, 69,no Hospital de Bonsucesso.Carioca, comerciante, casadocom Lúcia Miranda da Siva,tinha três filhos: Silvio, Vale-ria e Maria do Carmo, e váriosnetos. Insuficiência renal. Se-rá sepultada, às lOh no Cerni-tério Sáo Francisco Xavier.

Elma Camargo Lemos, 53, emcasa, no Méier. Carioca, do lar,desquitada. nâo tinha filhos.Insuficiência coronária. Serásepultada às 9h no Cemitériode Inhaúma.

Marlene Gomes de Carvalho,75, em casa. em Vicente deCarvalho. Carioca, do lar, viú-va de Antônio Carvalho, tinhauma filha: Maria de Lourdes, etrês netos. Parada cardíaca.Será sepultada às lOh no Ce-miterio de Iraja.

Estados

Lihuca Rerbert de CastroLeal Ferreira, 84, na cidade deIlhéus. Baiana, de uma familiade pioneiros do cacau e tradi-cionais chefes politicos do Sulda Bahia. Após a morte de seumarido. Durval Leite Leal Fer-reira, mudou-se para Salva-dor, onde viveu durante 30anos hospedada no tradicio-nal Palace Hotel. Nos últimosanos voltou para Ilhéus, ondelhe sobrevive o Irmão Demos-thenes Berbert de Castro, oCoronel Demostinho, que vi-rou personagem de romancesde Jorge Amado sobre a zonado cacau.

Gilberto Arocira Moreira, 45,em Belo Horizonte. Mineiro daCapital, era funcionário do

Tribunal Regional do Traba-lho de Minas e advogado pelaUFMG. Casado com Madale-na Moreira, deixa dois filhos:Cláudio e Henrique. Insufl-ciência renal.

Júlia Dcmeterco, 66, em Curi-tiba. Paranaense da Capital,do lar, de família tradicionaldo Paraná, era casada com oprofessor José Demeterco. ti-nha dois filhos: Armis e Con-ceiçào.

Marcos Duarte Pinho, 72, noHospital das Clínicas de PortoAlegre. Natural de Rio GrandeIRS). era advogado. Casadocom Mara Pctroni Pinho, dei-xa uma filha: Ana Maria, ad-vogada e psicóloga.

Repúdio à violência marcao enterro dos dois mortospor PM na quadra do bloco

Em clima de revolta contra a violência policial,Marcos Antônio dos Santos e o soldado do ExércitoJúlio da Silva Santos foram enterrados, ontem, noCemitério do Catumbi. Ambos foram mortos a tirospelo cabo PM José Gonçalves Dias, durante conflito naquadra de ensaios do Bloco Carnavalesco Cometas doBispo, no Rio Comprido, madrugada de sábado, quan-do outras cinco pessoas saíram feridas a bala.

O enterro do soldado, às llh, teve acompanhamen-to de uma guarda fúnebre do 21° Grupo de Artilharia deCampanha, onde servia, e salva de três tiros. Meia horadepois foi enterrado Marcos Antônio. Ao velório nascapelas C e D compareceram centenas de pessoas,entre parentes e amigos civis e militares, e muitas delaslembravam um caso anterior de violência praticadapelo mesmo PM.

RAJADA DE BALAS

O caso citado a todo instanteno velório, por pessoas que defi-niam o cabo PM José GonçalvesDias como "extremamente vio-lento", foi o ocorrido com o estu-dante Luís Cláudio Sampaio, de18 anos. Em setembro do ano pas-sado, o policial subiu o MorrodoTurano, numa batida paraprender um traficante de tóxicos.O estudante ia passando e o caboexigiu-lhe documentos. Sem mo-tivo aparente, disparou sua me-tralhadora. atingindo nas pernasdo rapaz, que até hoje está eleija-rio. apesar de submetido a trêsoperações.

No cemitério a maè do soldado

Júlio, D Ester dos Santos, pedia,chorando, que Justiça fosse feita.Seus outros seis filhos a acompa-nharam no apelo, lembrandotambém que a quadra de ensaiosdo bloco situa-se em jurisdição do6o Batalhão da Polícia Militar, enão do Io BPM, no qual está lota-do o cabo.

No momento do sepultamentoalgumas pessoas desmaiaram, en-tre elas a máe e uma irmã dosoldado.

Das cinco pessoa feridas a tirose levadas ao Hospital SouzaAguiar, três receberam altas.Marcelino dos Santos e Paulo Ge-neroso Rodrigues continuaramno Centro de Tratamento Inten-sivo.

AVISOS RELIGIOSOS

LAURA PORTELLA(Laurinha)

MISSA DE 7° DIA

tA

Federação das Bandeirantes do Brasil comu-nica o falecimento de nossa muito queridaLAURINHA, aos parentes, amigos e bandei-

rantes, convidando-os para a missa de 7° dia, nopróximo dia 24, às 18:30 horas, na Igreja São Joséda Lagoa.

VOCÊ SABE COMO GANHARUMA BOLSA DE ESTUDO

PARA A INGLATERRAOU OS ESTADOS UNIDOS?

CanlagaIo/Foto de Ari Gomei

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Sábado nada foi encontrado, mas hoje deverão ser retomadas asescavações na Fazenda do Bom Vale, à procura de cadáveres enterrados

Juiz de Cantagalo querreforço de 300 policiais

O juiz da comarca de Cantagalo, Sr CustódioAugusto de Rezende, quer 300 policiais para contera multidão quando da chegada de Waldir de SouzaLima, o Valdirene, e Maria da Conceição PereiraPontes, esperados hoje ou amanhã. Eles estão noxadrez da DPPS, na Rua da Relação , Centro doRio, e deverão mostrar onde, na Fazenda BomVale de Cantagalo, foram enterradas outras crian-ças mortas em ritual de magia negra.

No esquema de segurança, o magistrado vairequisitar soldados da Ia Companhia de PoliciaMilitar de Friburgo, do Quartel da PM de Itaperu-na e do Regimento Caetano de Faria (Batalhão deChoque) do Rio. Toda a Praça Joáo XXIII, ondefunciona o foro de Cantagalo, ao lado da matriz daSantíssima Trindade, será cercada por policiaisarmados de metralhadoras, cassetetes e bombasde gás lacrimogêneo.

carbonizou os corpos do fazendeiro e de seu empre-gado Anézio Ferreira, o Fioti, em frente à delegaciade Cantagalo (105a DP).

O magistrado esta tomando providências paragarantir a integridade física de Waldir e Maria daConceição, antes de autorizar sua ida a Cantagalo,onde o processo foi instaurado. Reconhece o SrCustódio Augusto de Rezende que o clima nacidade ainda é de grande revolta. E admite que"dificilmente o julgamento poderá ser feito nacomarca."

Também estão sendo tomadas providênciaspara garantir a integridade física do Coronel Góes,apontado pela multidão como cúmplice do assassí-nio de Juninho. Ele teria presenciado as cenas deviolência contra o menino, no ritual realizado noSanté (uma espécie de altar da seitai, O juiz querouvir o Coronel Goés em Cantagalo.

Segurança TranqüilosWaldir e Maria da Conceição, presos preventi-

vãmente pelo assassínio do menino Antônio CarlosGuimarães Ribeiro Júnior, o Juninho, de dois anose nove meses, num ritual de magia negra emCantagalo, estão no xadrez da DPPS em regime deincomunicabilidade.

Eles vieram para o Rio depois de terem sidosalvos do linchamento por policiais de Cantagalo,com auxilio do Coronel Góes, que estava na dele-gacia tentando livrar do processo o fazendeiroMoacir Valente, de quem era amigo pessoal ecompanheiro de seita.

De Cantagalo foram para Friburgo. Dali para aPolinter em Niterói. O juiz Custódio Augusto deRezende, que decretou a prisão preventiva dosdois, determinou a remoção para o Rio por medidade precaução, pois eles estão jurados de morte pelamultidão, calculada em 3 mil pessoas, que matou e

Waldir e Maria da Conceição estáo em regimede incomunicabilidade no DPPS por ordens ex-pressas do Secretário de Segurança, General Ed-mundo Murgel. aos delegados Artur Brito Pereira,do DPPS. e Newton Costa, do DGI (DepartamentoGeral de Investigações).

Os dois estão aparentemente tranqüilos, co-mem e dormem bem, segundo policiais de plantãona tarde de ontem no DPPS. Sempre pedindo paranão citar seus nomes, para evitar punição dossuperiores, policiais do Departamento comenta-vam ontem que os crimes da seita do fazendeiroMoacir Valente sâo "fáceis de levantar."

Para eles. não será necessária a utilização denenhum método especial de interrogatório: "Bastadizer aos dois que, se nâo falarem a verdade, nós osmandaremos de volta a Cantagalo, para serementregues à multidão."

População espera na fazendaO dia e a hora em que Waldir de Souza Lima e

Maria da Conceição Pereira Pontes chegam aCantagalo não foram revelados, "para evitar acu-mulo de pessoas na fazenda". Durante todo o diade ontem, centenas de pessoas ficaram nas imedia-çóes da Bom Vale, à espera.

O delegado de Cantagalo, Sr Renato Godinho.pretende fazer novas escavações, possivelmentehoje. no pasto da fazenda, para "tirar algumasdúvidas", ante denuncias de que o fazendeiroMoacir Valente promovia rituais de magia negrano local, sacrificando galinhas pretas, gatos ecabras.

Assunto do dia

A morte do menino Juninho e a invasão dadelegacia continuam a ser o assunto de toda acidade de Cantagalo, onde os jornais estào sendovendidos no câmbio negro. Nas escolas, os alunosdiscutem os noticiários. Uma verdadeira romariana Bom Vale. Os táxis cobram Cr$ 200 por pessoa.Para esperar, Cr$ 500.

No cemitério de Santa Maria Madalena tam-bém continuam as romarias de protesto contra osepultamento do fazendeiro no local. Alega-se queMoacir Valente representava o demônio, razãopela qual seus restos mortais não devem ficar nacidade.

A PM mantém quatro soldados nas imediaçõesdo cemitério, principalmente a noite, para evitarque a sepultura seja violada.

Um detalhe

Ontem um soldado da PM revelou que, naquarta-feira, quando era iminente a invasão dadelegacia, algumas pessoas procuraram o fazen-deiro. que estava no cartório, aconselhando-o asuicidar-se. Do contrário, seria morto pela popuia-çâo enfurecida.

Moacir Valente nâo teria acreditado. Dez minu-tos depois, foi agarrado pela multidão, morto agolpes de foice e jogado na fogueira.

Fazendeiro deixou dívidaMoacir Valente chegou a Cantagalo há 25 anos,

para comprar a Fazenda Bom Vale, com 500 contosde réis. O negócio foi fechado com Antônio eAdolfo Cervantes, filhos do antigo proprietário.Ficou' acertado que a fazenda seria vendida aMoacir por sete mil contos.

Acontece que. quando Moacir entregou os 500contos de réis. exigiu toda a documentação dafazenda. De posse desses documentos, nunca pa-gou o restante. A familia Cervantes moveu váriasações na Justiça, mas Moacir sempre ganhava porestar de posse dos documentos.

Sua primeira providencia foi demitir os antigosempregados e colocar, nos postos-chave, pessoasde sua confiança. Consta na cidade de Cantagaloque era homem avarento, que não gostava depagar a ninguém.

Recentemente, fez empréstimo na agência Can-tagalo do Banco do Brasil, onde deu como garantiaos bois de sua fazenda. Sábado, fiscais do bancoestiveram na fazenda para fazer um levantamentodo gado. Se os herdeiros de Moacir nâo saldarem a-divida, os bois serão confiscados.

NOEMI RIBEIRO DE CASTRO

tJosé Ribeiro de Castro Filho e Sra., José

Ribeiro de Castro Neto, Sra. e filhos,Adolpho José Fernandes, Sra.e filhos, LuizAugusto Cunha, Sra. e filhos, Henrique Kerti,Sra. e filha, Luiz Armando F. Lima, Sra. efilhos convidam para a MISSA DE 7o DIA desua muito querida mãe, sogra, avó e bisavó aser celebrada amanhã, 3a feira, dia 23, às 11horas, na Igreja N. S. do Bonsucesso, Largoda Misericórdia. (P

Paraíba não proibiu"Borboletas Azuis'osJoão Pessoa — Embora tenha anunciado a sua disposição

de fechar a casa Jesus no Horto, proibindo as atividades da seitaAs Borboletas Azuis, em Campina Grande, nenhuma medida foitomada até agora pelo Secretário de Segurança Pública daParaíba. O Sr Luiz Bronzeado está em Brasília, de onde só voltana quinta-feira.

Assessores da Secretaria de Segurança informaram, ontem,que a medida deverá ser tomada assim que ele retomar deBrasília, com base no Artigo 153 da Constituição. Na Casa Jesusno Horto, fazem preces e jejuam. O fanático Roldão Mangueira,que comanda centenas de pessoas, anunciou o fim do mundopara o dia 13 de maio do próximo ano.

A disposição do Secretário de Segurança Pública da Paral-ba desperta algumas controvérsias, pois várias pessoas enten-dem que a Constituição garante o exercício de qualquer cultoreligioso. No entanto, os que defendem o fechamento do temploargumentam que o exercício dos cultos religiosos é asseguradoquando nâo contrariam a ordem publica e os bons costumes.

O próprio Secretário de Segurança Pública da Paraíba jadeclarou, porém, que a seita do fanático Roldão Mangueira estáindo de encontro à ordem pública, ferindo conceitos de bonscostumes da sociedade. O templo funciona em Campina Grande,a segunda cidade da Paraíba, que fica a 200 quilômetros daCapital.

Shoping deSalvador éincendiado

Salvador — Por achar que osinsistentes telefonemas erambrincadeiras irresponsáveis, de-pois de ter ocorrido um incêndiono local, na manhã de anteontem.o Corpo de Bombeiros de Salva-dor permitiu que uma grandequantidade de lojas do ShoppingCenter Iguatemy fosse destruída,na madrugada de ontem, pelo ter-ceiro incêndio que num penodode dois meses se verifica no Cen-tro Comercial instalado em Sal-vador.

O fogo começou em uma daslojas do Shopping Center e foinotado à lh pelos freqüentadoresda Pizzaria Giovanni Cerca de 45minutos depois, quando suspeita-ram de que os telefonemas náoeram brincadeira, o plantão docorpo de bombeiros se deslocoupara dar combate às chamas. So-mente depois de 12 horas de fogoé que os bombeiros, com ajuda debrigadas da petrobrás e do pólopetroquímico, controlaram o in-cêndio.PREJUÍZOS

O incêndio atingiu aproxima-damente um terço do centro co-mercial. atingindo grandes lojascomo a Mesbla, Duas Américas. AFonseca e pequenas boutiques.chegando aos pavimentos supe:riores. inclusive à Pizarria Gio-vanni, que fica em um terraço. Osprejuízos, segundo os comercian-tes do Iguatemy. não serão infe-riores ao do primeiro incêndio,quando o centro comercial ficouparalizado vários dias.

Ontem mesmo o Shopping Cen-ter Iguatemy foi interditado e apolicia técnica iniciou os traba-lhos de investigação das causasdo incêndio.

Incêndiocorta luzno Recife

Recife — Um curto-circuito emum dos transformadores da sub-estação da Chesf. seguido de in-cêndio de grandes proporções nosfios de alta tensão, deixou ontem80% do Recife sem energia elétri-ca, durante sete horas, sem que acompanhia desse qualquer infor-mação sobre o incidente.

O incêndio começou ás 7 h e osbombeiros levaram cerca de duashoras e meia para debela-lo, cn-quanto em todo o Parque do Bon-gi. onde se encontra a subestação,inclusive na sede da Chesf, erareforçada a segurança para queninguém tivesse acesso à ãrea.

Diretores da companhia com-pareceram ao local, mas proibi-ram aos engenheiros e técnicosque dessem informações sobre oocorrido. Até a tarde alguns bair-ros da cidade continuaram semenergia e não havia previsão denormalização.

Cadáver éde contadorassassinado

O corpo do contador Gilson deAlmeida Deandro. 26 anos, foiidentificado, ontem, no InstitutoMédico-Legal, de Nova Iguaçu,por sua mãe, Jupira AlmeidaLeandro, 53 anos. Ele foi encon-trado morto, por enforcamentocom cordas de nylon, sábado últi-mo, no Rio-Lava-Égua. no BairroCampo Alegre, em Queimados.

Policiais da 55° DP, em Quei-mados, não tem pistas que che-guem aos assassinos. SegundoJupira. o filho sairá de casa, naRua Maria Leopoldina, 29, em No-va Iguaçu, sexta-feira, em seu car-ro, a Brasília FD-0330, dizendoque ia trabalhar. Levou tambémCr$ 12 mil, que seriam para algu-mas despesas.

Para a polícia, Gilson foi vitimade assalto. Seu carro foi encontra-do depenado, na Estrada doAdrianópolis, em Vila da Cava.Nova Iguaçu. De acordo com suamáe, não tinha inimigos e eraconsiderado pelos vizinhos, umboa praça. O mais surpreendente,segundo ela, e que ele foi encon-trado vestido apenas com umabermuda branca, e além de ter osórgãos genitais carbonizados,apresentava marcas de algemasnos pulsos.

Mulher éencontradaestrangulada

Detetives da 12a Delegacia Poli-ciai estão investigando o paradei-ro do bancário Cláudio NatalinoMorais, apontado como o princi-pai suspeito de ter estranguladosua mulher — a doméstica MarizaOliveira Morais, de 25 anos — ecujo corpo foi encontrado, no finalda noite de ontem, jâ em adianta-

—do estado de decomposição, caídono quarto da residência, na RuaBarata Ribeiro 90. apartamento202, em Copacabana.

Mariza — que vestia uma calçade brim azul e uma blusa preta —foi morta com um pedaço de fiode ferro elétrico e em cima dacama o perito Barros encontrou'uma garrucha "Castelo", sem quenenhuma de suas balas tivessesido deflagrada. Os armários tam-bém não estavam revirados, o queafastou definitivamente para apolícia a hipótese de latrocínio.

MAU CHEIRO E ALARME

O corpo da mulher somente foiencontrado quando seus vizinhos,alarmados com o mau cheiro quevinha do apartamento, resolve-ram comunicar o fato ao sindicodo prédio, sendo a porta arromba-da por uma guarnição dos Bom-beiras do quartel de Copacabana.

Através do síndico, o delegadoArmindo Cavalcanti apurou quea vitima e o marido haviam aluga-do há 10 dias o imóvel, proceden-tes do Rio Grande do Sul, parauma temporada no Rio. O peritoBarros, do Instituto de Crimina-lística Carlos Éboü, admitiu tam-bém que o crime ocorreu há qua-tro dias, possivelmente.

MAPAS DO TEMPO

358 üu ^__l ____K___fl BFjtm *^_______ft___?i"j.:- &3.*H HJBl mw^~JÍ __n_H__u_-3___K______1^___ mmmmmmmY<i^t&r v__£___S_______H_.¦R_______!^M ___B-^__Hp^ IKb

Transmitida pelo satélite meteorológico NOOA-4 • recebida «nin, 9h47m e11 h28m. A» parlei clarat indicam form-çóo de nuvem que podem provocarchuvas e as partes escuras tempo bom. A deformação do mapa do Brasil écausado pela esfericidade da Terra e pela altitude em que loi lomodo ofolografio (I mil 444 km). A estação receptora pertence oo Instituto dePesquisas Espaciais, órgão do Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientifico e Tecnológico (CNPq) vinculado à Secretaria de Planejamento daPresidência da República.

fMNTE lilOUU -"l^ílir. —.

ANALISE SINÔTICA DO MAPA DO DEPARTAMENTO NACIONAI OE METEO-ROLOGIA INTERPRETADO PELO JB - frente fria semi-eslacionár.o omdissiparão locali;ada no interior da Baliio. Outro frente frio locoluada nadivisa do Uruguai com o Rio Grande do Su), de atividade moderndnAnticiclone tropical com centro de 1023 milibares localiíadoo 26° Sul o 40™Oeste,

NO RIO

*NUBLADO

Porcialmente nublado a ocasio-nalmente claro. lemperaturo em li-geira elevação. Ventos Sueste. fra-cosa moderados Máxima; 29,5, emJacarepaguá. Mínima! I 7,5, no Altodo Boa Vista

OS VENTOS

SULSueste, fracos a moderados

A CHUVA

Dados Complementares do EstaçãoClimaiolóqica

PRECIPITAÇÃO Imm)

O SOL

_£__iNascer*Ocaso

5hl3mI8li.

A LUA

Últimas24 horasAcumulada este mésNormal MensalAcumulada Este AnoNor mal Anual

0.06,1

74.09838

1075,8

ONOVA

Nova até dia 28.

O MAR

Martt

Rio/Niterói Preamar 3hl7m/l,3me10h33m/0.3m Bouo malI5h25m/1,2rn a 22hl5m/0.3mAngra dos Reis Preamar2h57m/l,6me9h53m/0,5m Baixnmar Mh44m'l .dm o 22li3m/0.4m.Cabo Frio - Preomai. 2h58m/!.3m

9h26m/0,3m Baixa manI5hlm/I.2m o 2lh37m/0.2m

Temp* ratura

Dentro da baia:Forqòo borra .

20.0.19.0.

TEMPERATURA NOS ESTADOS

Amazonas. Nub d pnes esparso» lemp: estável Ventos Este fraco». Má-*26.3 min 22,7

Roraima: Ene d chuvas esparsa» Temp: Estável Ventos E. fracos. Má* 32,9mm. 22.7

Acre Pte nub a nub 'emp: Estável Ventos calmo Má*. 31,8 min 22,0Pará Nub a ene d chuvo» esparsas. Temp Estável Ventos- E fes Má. 32.0min 23,0

Rondônia Pte nub a cloro. Temp estável Ventos Norte fracos Móx 34,5Min 23.0

Amapá: Pte nub a nub sujeito a instab. no período. Temp: Estável. Ventos:Este fracos máx: 33,8 min. 24,3.

Maranhão — Piaui Nub aindo suieito a chuvas esparsas ao sul e centro.Temp; Estável. Ventos: Esfe fracos. -Máx: 36,0 min: 23,4

Ceará: Pte nub a nub Temp: Estável. Ventos: Este fracos: Máx 30,4 min 24,4Rio Grande Norte: Pte nub a nub no litoral ainda sujeito a chuvas esparsas.Demais reg. pte nub. Temp: Estável. Ventos: Se fracos Máx: 30,0 mim 23.0

Paraiba-Pernambuco-Alogoas-Serglpe: — Nub ainda suieito a chuvasesparsas no litoral. Demais reg. parcialmente nub. Temp: Estável. Ventos: Sefracos. Máx: 30.0. min. 22,6

Bahia: Nub ainda sujeito o chuvas esp. melhorando a partir do W e Norte,lemp Estável Ventos: Se fracos. Máx 28.4 min; 22,0.

Mato Grosso: Claro o pte nub. Temp: Estável Ventos Norte fracos Máx; 34,3min. 23,9

Mato Grosso do Sul Cloro a pte nub passando a nub no sul no fim doperíodo. lemp Estável Ventos: N fracos a mod. máx: 31,0 min: 21,0Goiás-Distrito Fed. Brasília: Pte nub ainda sujeito a instab principalmente àtarde. Temp: Em ligeira elevação. Ventos: Este a Norte fracos o mod. Máx-.28.0 min 15.0Minas Gorais Nub omda sujeito o instab oes entre alto médio São Francisco,Mucuri e alto médio Jequitinhonha. Demais reg Pte nub a tarde. Temp:Estável. Ventos. -S. fracos. Máx. 27,8 min, 15.1Espirito St0 Nub ainda sujeito a prec esparsas no litoral. Demais reg nub craberturas ocas. Temp: Estável. Ventos: Se fracos. Máx 25,0 min 18,7Rio de Janeiro: Pte nublado. Temp: ligeira elevação. Ventos. Se fracos a mod.Máx 29,5 min: 17,5.São Paulo- Claro a parcialmente nublado. Temp- Estável. Ventos: Este a Nortefracos. Má/ 26.4 Min.: I 5,0.Parná: Claro a pte. nub passando a nub. no fim do período ao Sul e Oeste.Temp: com ligeira elevação. Ventos N fracos a mod-Sta. Catarina Claro a pie nub passando o ene d chuvas e trov esparsas.Temp: ligeira elevação. Ventos norte fracos a mod Máx; 22,3 Min: 20,4.Rio Gde do Sul: Instável d chuvai e trovoodas esparsos Temp: em elevaçãoVentos Norte rondando pi Sul fracos o moderados. Máx; 30,0 min: 16,2.

O TEMPO NO MUNDO

Amsterdam 9 1 7 bom — Atenas. II. 16. nublado — Bahrain. 27. 33. bomBangkok 26, 31. bom — Beirute, 20, 29, nublado — Belgrado, 4, 16,

bom — Berlim, 5. 13. bom — Bogotá. 10. 19, bom — Bruxelas, 6. 1 I.nublado — Buenos Aires, 14, 22, bom — El Cairo, 18, 33. nubladoCaracas, 19. 28, bom — Chicago, 20. 25, chuva — Copenhague. 8. 13,

chuva — Curitiba, 12. 19, nublado — Estocolmo, 7, II, nublodo -

Fronckfurt 4 14. neve — Genebra. 9, I 1, nublado — Helsinki. 5. 10. chuva- Hong Kong, 23. 29, bom — Honolulu. 26, 31. bom — Jerusalém. 14, 27.

bom - Jolionnesburgo. 12, 17. chuva — Kiev. 5. 10. nublado-- Lima, 1 5. ¦•

19 nublado - Lisboa, 15. 19. chuva - Londres, 8. 15, nublodo LosAngeles 18 21. nublodo - Madri. 14, 19. nublado -- México D f , 1 1, 26,bom — Miami, 25, 28. nublodo — Montreal, 12, 13 bom — Moscou 5,8,nublado - - Nova Deli. 18. 33. nublado — Nova Iorque, 16, 25. bom Osl•_.3, 13. nublado— Paris, 8, 18, nublodo— Rio de Janeiro. 16, 27, nublodoRomo 6, 23. bom — San Francisco, 12, 18. nublado — San Juan 25. 32.bom — São Paulo, 1 i. 34, nublado — Tel Aviv, 18. 29. bom -- Tóquio. 13,

26 bom — Toronto. 18. 23. bom — Vancouver. 7, 12, bom — V.eno. 5,15.bom.

JORNAL DO BRASIL segundo-feira, 22/10/79 Caderno ECONOMIA — 13

Computador nacional marcou3a e última fase da Capre

Empresas terão a alíquotabásica do IR elevada a 40%

Criada em 1972. a Comissãode Coordenação das Ativida-des de Processamento Eletrô-nico' (Caprei experimentounesses seus sete anos de exis-tència três fases bastante dis-tintas. A primeira correspon-deu à organização e racionali-zação do uso do computadorpor órgãos governamentais eempresas privadas, que foibem-sucedida.

Em 1975, teve inicio a suasegunda fase. Com a gravesituação cambial do pais e asmedidas governamentais derestrição às importações, aCapre passou a exercer o con-trole das compras no exte-rior. Desta forma, o parquecomputacional brasileiro,que até então vinha crescen-do 9 taxas elevadas (36.8r/rem 19751, começou a registraríndices mais baixos (em 1976,houve um crescimento de35.3% I.

Tudo isto acabou gerando anecessidade de implantação

de uma indústria nacional e odesenvolvimento de tecnolo-gia própria. Veio então a ter-ceira fase da Capre, a de fo-mento industrial. Na época, aCobra — Computadores e Sis-temas Brasileiros S/A, já ha-via começado a dar os seusprimeiros passos, mas istonão era suficiente para fazerfrente às multinacionais, quedominavam totalmente omercado brasileiro.

O caminho seguido pelaCapre foi o de incentivar onascimento de fabricantesnacinais de minicomputado-res. que já àquela época des-pontavam como o filet-mignon da indústria de infor-mãtica. Foram, então, baixa-das algumas resoluções e re-gulamentaçôes, que vierampossibilitar a real entrada deempresas nacionais no mer-cado de informática.

O grande destaque, mastambém alvo de severas criti-cas, da politica traçada pelosecretário-executivo da Ca-

pre. Ricardo Saur, foi, semduvida alguma, a decisão dese reservar o mercado dos mi-nis para os fabricantes nacio-nais, decisão esta que elimi-nou a IBM e a Burroughs.

É claro que isto acabou ge-rando uma série de criticas, epressões

' foram feitas para

que o modelo Capre fosse ai-terado. Todas essas criticasparece que se acirraram emfins de 1978 e início deste ano,quando foi criada uma comis-são e posterior grupo de tra-balho com o objetivo de refor-mular a politica setorial.

Com a criação deste grupo,supunha-se que existia algu-ma coisa errada na Capre ena política que ela vinha de-senvolvendo. Só que agora,depois que o grupo de traba-lho apresentou o seu relato-rio, que sugeriu a criação daSecretaria Especial de Infor-mãtica, entre outras coisas,vé-se que o modelo Capre es-ta apenas sendo reforçado.

Didier quer Secretariadefendendo nacionais

"A açáo da Capre não terminoucom o decreto que criou a Secre-taria Especial de Informática e aextinguiu. Durante os seus seteanos de existência ela desempe-nhoü um papel extremamentesaudável e correto, ela tomou de-cisòes que agora começam a serimplantadas, e o papel da SEIserá de dar seguimento e acompa-nhar.estas decisões, alem de evi-tar que as multinacionais tentemfurar o bloqueio".

Este e pensamento do presidên-te da Microlab, Antônio DidierVianna, que mesmo sem mostrarotimismo com a criação da Secre-taria Especial de Informática, dis-se estar esperançoso que as re-gras do jogo náo serão alteradas,o que permitirá a solidificação daindústria nacional de informa-tica.

O empresário carioca destacou,como a mais importante decisáoea que possibilitou a real entradacia industria nacional no mercadorie informática, a eliminação dasmultinaconais de vários segmen-

tos. "Sem isto a.s empresas nacio-nais náo teriam entrado e ficariaapenas a Cobra - Computadores eSistemas Brasileiros SA, que empouco tempo acabaria sendo reli-rada do mercado pelas empresasestrangeiras", afirmou DidierVianna. O presidente da Microlabconsiderou muito importante agarantia de proteção dada pelaCapre contra a ação das multina-cionais no que diz respeito à pro-dução de computadores. "Em ou-tra fase. a comissão estendeu estapolitica para o setor de periféri-cos, o que veio dar outra força àindústria nacional. Se esta politi-ca fosse só para a produção deminicomputadores. ela não teriaforça abrangente, mas a sua ex-tensão acabou envolvendo todasas fases do mercado", afirmou oempresário.

Ja o empresário Carlos Augus-to Rodrigues, ex-diretor superin-tendente da Cobra e atua! diretorda Compart (empresa de cônsul-loria para a arca de informática),disse que tudo o que a Secretaria

Especial de Informática vier a fa-zer será em cima das conquistasda Capre. como a reserva de mer-cado para os minicomputadoresnacionais, contenção das impor-taçòes e disciplinamento do.s in-vestimentos.

Carlos Augusto Rodrigues fezquestão de ressaltar que a Caprese extingue com grande apoio doempresariado nacional. "Nin-guém a contesta mais e isto mos-tra bem o acerto das suas medi-das", afirmou, acrescentando que"a modificação de métodos e pes-soas verificada nos últimos tem-pos foi certa, pois é importante aconstante atualização".

O ex-diretor da Cobra defendeua união e o trabalho coeso detodas a.s associações de empresase profissionais que atuam no se-tor. "Todas essas associações de-vem trabalhar coesas, a fim deque possam levar uma posiçãofirme à SEI. posiçáo esta queatenda ao setor como um todo",explicou Rodrigues.

Empresário elogia ossete anos da empresa

Sáo Paulo — Embora demons-trem visível expectativa e até ai-gums incerteza em torno da poli-tica que venha a ser adotada pelarecém-criada Secretaria Especialde Informática, os empresários daindústria de processamento dedados nâo têm criticas mais sé-rias a fazer aos sete anos de fun-clonamento da Capre, órgão queaté agora vinha coordenando asatividades do setor e que deverádesaparecer, absorvido pela novaSecretaria.

A maior expectativa, segundo oSr Sansão Woiller, presidente na-cional da Sucesu (Associação Na-cional dos Usuários de Computa-doresi relaciona-se com o progra-ma que a SEI possa executar paradinamizar o crescimento do setorcomo um todo. que era de 25^ até1974 e, nos anos subseqüentes,caiu para aproximadamente 15<7r.Esse è o percentual médio de crês-cimento da informática nos pai-ses adiantados, mas, para o Bra-sil. na sua opinião, náo é suficien-te porque, a médio prazo, deixaráo pais atrasado em relação aosdemais.

INDÚSTRIA NACIONAL

Unanimemente, os empresáriosda eletrônica digital acreditamque a nova Secretaria mantenhaas medidas de incentivo à indús-tria nacional, pretendendo que aSEI tenha uma atuação maisabrangente, alcançando setoresque, por motivos diversos, fica-ram relegados a segundo plano oudeixaram de receber um trata-mento idêntico ao que a Capredeu para a área do hadware (equi-pamentoi.

A.expectatlva. na opinião do SrOiovanni Farina, diretor da SID epresidente da também recém-criada Abicomp (Associação Bra-sileira da Industria de Computa-dores e Perifêricosi, ê de que onovo órgão, de nivel supraminis-terial, "venha em reforço à empre-sa nacional e que a fixação dapolítica a ser desenvolvida venhaao encontro'das necessidades einteresses das empresas da área.

Seu entendimento ê que muitasrevisões precisam ser feitas pelaSEI e muitos aspectos precisamser abrangidos pela sua ação, co-mo a área de componentes e desoftware (serviços), "as quais ca-recém ainda de melhor defi-niçào".

Como fabricante de periféricos,o Sr Isu Fang. presidente da Ele-bra e vice-presidente da Abi-comp, confirmou que a área decomponentes realmente "aindaeste longe de ser considerada per-feitamente definida", em termosde politica governamental, mas,

acredita, com a nova Secretaria,"tudo indica que a indústria na-cional vai ser prestigiada e conti-nuará recebendo um tratamentoespecial do Governo como sendoum setor no qual os empresáriosresolveram entrar, com risco,diante das condições criadas peloGoverno".

BOM DESEMPENHO

Para os empresários, em quepesem as dificuldades e limita-ções, a Capre apresentou um bomdesempenho nos seus sete anosde vida. permitindo que o Brasilse colocasse em sétimo ou oitavolugar no mundo como mercado deinformática, representando umaparticipação econômica de quaseum por cento do Produto Nacio-nal Bruto, ou seja, de quase umbilhão de dólares. No setor há oenvolvimento direto de 103 miltécnicos, com cerca de nove milequipamentos instalados no paíse aproximadamente três milusuários.

"O que se precisa é ter umcrescimento em percentuaismaiores", afirmou o Sr SansãoWoiller, considerando que existi-ra sempre uma defasagem entreum país desenvolvido e um outroem desenvolvimento se os percen-tuais de crescimento da informa-tica foram exatamente idênticos.Quanto à orientação da Capre,Sansão Woiller critica especial-mente as limitações impostas àimportação de equipamentos,que se situaram em torno de 100milhões de dólares nos últimosanos. Lembrou que os pedidoseram sempre da ordem de 300 a350 milhões de dólares, mas olimite máximo dos 100 milhões foimantido, o que ele considerouprejudicial ao pais.

Para o presidente da Sucesu, aCapre "náo olhou com a devidaatençáo para todos os setores,preocupando-se preponderante-mente com o hardware, relegan-do a segundo plano o software, osrecursos humanos e o desenvolvi-mento de tecnologia". A rigor, elenâo culpa a Capre por essa apa-rente dissldia. observando que es-se órgão foi criado inicialmentepara coordenar as atividades deprocessamento de dados no âmbi-to do Governo federal e. por faltade um orgâo tipicamente coorde-nador de maior alcance, foi pro-gressivamente assumindo maio-res atribuições, muito acima doque permitia a sua estrutura or-gamzativa.

"A Capre. de qualquer forma,teve um papel importante, no ini-cio. com a implantação da indús-

tria nacional de minicomputado-res. Foi um ponto positivo e acontribuição que prestou podeser medida na recente mostra deequipamentos no 12° CongressoNacional de Processamento deDados, realizado nesta Capital,onde cerca de 70*7- dos equipa-mentos expostos eram produzi-dos por indústrias nacionais. Nocongresso anterior, a participa-çáo nacional foi de 50% e, antes,nâo ultrapassou a faixa de 20 a30%", disse ele.

AÇÀO PRODUTIVA

Para o Sr piovanni Farina, aaçáo da Capre foi produtiva por-que permitiu o aparecimento deaproximadamente 30 empresasna área industrial da informáticacom capital 100% nacional, ga-rantindo o desenvolvimento dosetor, a produção e o abasteci-mento do mercado.

Embora admitindo que o setorde componentes não teve o trata-mento que precisava, o Sr IsuFang não condena a Capre. nemfaz criticas à sua atuação, "que foialém do papel que lhe cabia epara o qual fora definida". Obser-vou que nesses sete anos de Ca-pre, os empresários investiramcerca de CrS 1 bilhão 200 milhõesno setor da informática, esperan-do naturalmente que o Governomantenha as condições ate entãoestabelecidas.

"Tenho críticas, mas sem des-merecer o trabalho realizado pelaCapre. Não se pode dizer que tudoesta errado. Houve, sem duvida,um processo fechado em muitasdecisões, em que elas nao foramsubmetidas ao debate. Apenasum grupo muito restrito deu pai-pite e como conseqüência, emmuitas decisões a Capre ignorouuma série de realidades indus-triais", disse Isu Fang.

Essa ignorância decorreu dafali;, de qualidade de seu pessoal,que. segundo frisou, possuía mui-to know how na área de informa-tica. mas no âmbito industrial,tinha conhecimentos excelentesporem a nivel de laboratório. "Oque esperamos é que a SEI. quetem um embasamento, ate de or-dem legal, que a Capre não teve. eque certamente terá maiores re-cursos, passe a administrar com adinâmica necessária e tome asmedidas complementares que saoessenciais à garantia de uma in-dústria viável e sa. Precisa, entre-tanto, agilizar as medidas com-plementares. porque a industria,como setor econômico e de risco,nâo pode esperar definições, queembora perfeitas, serão demo-radas".

Criação da SEI divideos industriais gaúchos

Porto Alegre — No Rio Grandedo Sul as opiniões dos empresa-rios do setor de informática estãodivididas em relação à extinçãoda Capre e criação da SecretariaEspecial de Informática (SEI) Pa-ra a diretoria da BK ControlesEletrônicos SA e especialista emprojetos da área de informática.Ana Maria Mandelli. a extinçãoda Capre "foi um erro' ia quefomentou o setoi e dispunha deum sistema bastante simplificadona aprovação ae pefliaos Mas odiretor da Eletrônica Digitai SA(Edisai, uiuca tabnea dt irunicomputadores dt. Estado Si Tabajara Paiva, esta satisteiuj coma cnaçào da SEI pois ela recebeu"atribuições definidas e terá con-dições para propor uma política

nacional de informática e coorde-nar sua execução".

— Esperamos que a SEI passe aatuar imediatamente, de forma aque o atual processo de implanta-ção e consolidação da indústrianacional não sofra solução decontinuidade e que as condiçõesasseguradas ao setor sejam man-tidas e ate reforçadas por regrascomplementares - opinou o dire-tor da Edisa fabricante de minis,com tecnologia da Fujitsu, do Ja-pao Ele argumenta que a mdus-ma da ínlormatica dispõe, hoje,de uma estrutura de fabricação,investimentos e emprego de mao-de-obra solidificada para justifl-cai pleno apoio ao setor "E funda-mental para o setor que a ação daSEI se faça sentir o mais breve

possível, de modo a que tudoaquilo que o pais conseguiu commuito esforço e a custos pondera-veis nào fique comprometido porindefinições ou atrasos desneces-sários".

Algumas medidas foram sugeri-das pelo empresário gaúcho paraconsolidar a política nacional deinformática a ser executada pelaSEI: proteção à indústria nacio-nal de minicomputadores. perife-ricos, componentes esoftwares: formação e desenvol-vimento de recursos humanos pa-ra o setor; incentivo a pesquisacientifica e ã consecução da tec-nologla nacional, controle daaçáo das multinacionais, e elimi-nação das indefinições na área deinformática.

Brasilia — A alíquota básica do Im-posto de Renda das pessoas jurídicasdeverá ser elevada de 3091- para 409r, apartir do exercício fiscal de 1980 — ano-base 1979 — segundo os estudos já con-cluidos pela Secretaria da Receita Fede-ral e que deverão ser anunciados nodecorrer desta semana. O objetivo doaumento é assegurar os recursos neces-sários à execução do orçamento daUnião de 1980, que prevê receita e despe-sa equilibradas em CrS 877 bilhões 900milhões.

O Ministério do Planejamento elabo-rou o orçamento do próximo ano preven-do uma elevação de 30r/r para 35% nestaalíquota. Como a adoção da taxa atingi-ria pequenas e grandes empresas, a Se-cretaria da Receita Federal elaborou umimposto progressivo, semelhante aoexistente para pessoas físicas, estabele-

cendo mais facilidades para os contri-buintes menos expressivos.

O lucro tributável de até CrS 30 mi-lhões será taxado com uma alíquota de30*7r e, acima deste valor, com uma ali-quota de 40%. Como exemplo, uma em-presa que tiver um lucro tributável deCrS 150 milhões, terá que pagar um Im-posto de Renda de CrS 57 milhões — CrS9 milhões correspondentes a 30r/r sobreos primeiros CrS 30 milhões dc lucro e409Í- sobre os restantes CrS 120 milhões,isto é, CrS 48 milhões.

Pela legislação atual, a mesma empre-sa pagaria apenas CrS 50 milhões deImposto de Renda correspondentes ã ali-quota de 30% sobre o lucro tributávelobtido no periodo de 12 meses. Com asnovas alíquotas, a empresa será obriga-da a recolher mais CrS 7 milhões deImposto. O equivalente a mais 4,66% dolucro tributável de CrS 150 milhões.

Aumento corrige falha,do Decreto-Lei 1 598

A excessiva liberalidade do Deere-to-Lei 1 598, que definiu a legislaçãofiscal para as pessoas jurídicas, eaprovada juntamente com a nova Leidas Sociedade Anônimas, em 1976, se-rã corrigida com a elevação da aliquo-ta básica do Imposto de Renda daspessoas jurídicas.

O Decreto-Lei 1 598. ao excluir datributação o lucro inflacionário dasempresas — porque possibilitou àspessoas jurídicas transferirem contas'de correção monetária icomo o ativopermanente) para outras não sujeitasà correção monetária em seu ativo(como o circulante), ou mesmo a doa-çáo de um bem ou equipamento a umasubsidiária — acabou, na prática, re-duzindo a base de cálculo para inci-dência do Imposto de Renda.

Assim, segundo exclareceu altafonte da Secretaria da Receita Fede-ral, o que o Governo irá fazer, com aelevação da alíquota básica, "é resta-belecer a carga tributária existenteantes do 1.598, porque ainda que apercentual da alíquota seja aumenta-do. ele incidirá sobre uma base decálculo menor".

A baixa arrecadação do Impostode Renda das pessoas jurídicas emrelação ao crescimento das mesmasfontes de recursos da Receita Federalfoi uma das responsáveis pelos eleva-dos déficits de caixa do Tesouro Na-cional em julho e agosto último, quan-do se estitna um buraco ao redor deCr$ 15 bilhões, devido aos gastos pú-blicos exagerados, porque a arrecada-

çáo foi de CrS 65 bilhões acima dasprevisões.

O Impostos de Renda total I pessoafísica, jurídica e arrecadado na fontede ambos os segmentos) atingiu Cr$123 bilhões 251 milhões em agosto,totalizando 40,69% da receita total doTesouro, de Cr$ 302 bilhões 853 mi-lhões. Isoladamente, o Imposto deRenda é a maior fonte de arrecadaçãodo Tesouro, seguido do Imposto sobreProdutos Industrializados, com31,18% da arrecadação em agosto.

O Imposto de Renda pago pelaspessoas jurídicas, ao somar Cr$ 24bilhões 56 milhões, em agosto, ficouCrS 2 bilhões 759 milhões aquém dasestimativas do Orçamento do Tesouro.Isto porque o Orçamento, elaboradopelo ex-Ministro Simonsen e na gestãoanterior da SRF, " náo previa umaqueda de receita por conta das per-missividade do 1.598", segundo a fonteda Secretaria. O ex-Ministro Simon-sen, no entanto, chegou a perceber asdistorções da legislação e a previsãoda Receita Federal, já sob a direçãodo Secretário Francisco DornellesVargas, que conduziu os estudosatuais para a elevação da alíquotabásica, acabou fazendo uma estimati-va correta da arrecadação.

Tanto assim, que. apesar de regis-Irar o menor crescimento entre todosos impostos 130% l sobre janeiroiagos-to de 1978. a arrecadação de CrS 52bilhões 296 milhões dos impostos derenda total das pessoas jundwas, in-cluindo os incentivos Jiscais. foi ape-nas Cr$ 295 milhões (1%I superior aprevisào oficial.

Pacote tributário seráconhecido esta semana

Brasília — O Governo deverá anunciar nodecorrer desta semana a adoção de medidas naárea tributária destinadas a reforçar e devolverparte da autonomia financeira de estados emunicípios. 0"pacote tributário", entretanto,poderá representar mais um ponto de atritoentre os Ministérios do Planejamento e daFazenda, já que o Sr Delfim Neto estaria dis-posto a vetar alguns de seus itens, conformeinformações de assessores do Ministro KarlosRischbieter.

Os três principais projetos elaborados peloMinistério da Fazenda sào o de reformulaçãono mecanismo de cobrança do ISS (ImpostoSobre Serviços), o de alteração na liberação dosrecursos do FPE (Fundo de Participação dosEstados) e FPM iFundo de Participação do.sMunicipiosi e o que retira os incentivos fiscaisdo ICM (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e amplia sua incidência de forma a atingira importação de bens de capital.

Fundos

Ao que se diz no Ministério da Fazenda, aintenção do Sr Delfim Neto é nao aprovar aproposta do Ministério da Fazenda para altera-çào no FPE e FPM. Em relação às alíquotas dosfundos, são destinados 9% ao FPE. 9% ao FPMe 2% para o Fundo Especial, com recursosoriundos de 10% da receita total do IPI (Impôs-to Sobre Produtos Industrializados) e 10% daarrecadação do Imposto de Renda.

Uma das alternativas do Ministério ria Fa-zenda é a alteração para 12% dos recursosdestinados aos Estados e 10% para os munici-pios, com a criação de 40% de reservas para osEstados do norte e nordeste, que seriam osmaiores prejudicados com as modificações. Sa-be-se, entretanto, que em relação a este Itemexistem fortes resistências do Ministério doPlanejamento, jâ que para a criação dos 40% dereservas seria necessário elevar a arrecadaçãode tributos federais, principalmente o IPI. paraser conseguido um reforço de caixa de CrS 8bilhões.

Estes recursos poderiam ser conseguidosmediante o aumento da incidência do ICM(Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) so-bre a carne. Por um antigo convênio, o tributosó incide em 1*3 no preço do produto, sendo 13

subsidiado pelo Governo e outro 13 recolhidopelos Estados. O Governo, porem, está cons-ciente de que um aumento do ICM na carnetraria conseqüências danosas para a economia,ja que haveria uma elevação de 10% no preçodo produto, com um forte impacto no índice docusto de vida.

O Ministério da Fazenda, entretanto, consi-dera que tal decisão è política, na medida emque se o terço subsidiado do preço da carnefosse retirado haveria uma economia de CrS 8bilhões ja no próximo ano. o que seria suficien-te para garantir a existência rias reservas de40% previstas no projeto rie alteração dos Fun-dos de Participação.

Outras alteraçõesEm relação ao ISS. cuias modificações en-

trarão em vigor ja a partir do próximo ano. asprincipais mudanças dizem respeito a base decalculo para profissionais liberais, cujos servi-ços realizados individualmente ou por interme-dio de escritórios serão taxados com uma ah-quota de 2% sobre o faturamento bruto e nàomais uma taxa fixa. como ocorre atualmente.

Alem de aumentar a lista dos serviços atin-gidos pelo ISS. com mais 63 itens, o projetoprevê a eliminação da isenção do tributo paraempreiteiras que executam obras publicas, eu-jos serviços passarão a ser taxados com umaalíquota de 10%. O importante, neste caso. eque o produto da arrecadação revertera para omunicípio onde esteja sendo realizaria a oons-truçáo e nao para u local onde a empresaestiver situada.

O projeto acrescenta, ainda a permissãopara que os municípios tenham liberdade deadequar a incidência do imposto sobre novostipos de serviços que «enham a ser criados. Asaliquotas sâo as seguintes 10r» para jogos ediversões publicas. 2% para execução materialde projetos de engenharia. V, para obras publi-cas e 5% para os demais serviços.

Sobre o ICM. a principal medida e a altera-çáo no Decreto-Lei 406 - que criou o tributo -para permitir a tributação de bens de capitalimportados, que hoje gozam de isenção. Tam-bém será proposta a elminaçao das atuaisisenções do ICM. porem de forma graduai paranâo provocar um violento impacto na eco-nomia.

Metalúrgicos paulistas recusamproposta e vão à greve domingo

São Paulo — Se os empresários dosetor metalúrgico, pertencentes ao grupo14 da FIESP nào apresentarem nova pro-posta de reajuste-salarial para os meta-lúrgicos de Osasco. Guarulhos e Sao Pau-lo — que totalizam 450 mil trabalhadores— além dos 61%, a categoria decretarágreve a partir do próximo domingo.

A decisão de decretação da greve apartir do próximo domingo foi tomada naAssembléia que reuniu cerca de 3 mil 500trabalhadores no Cine Piratininga, emSáo Paulo, e seguida por Osasco e Guaru-lhos. Os metalúrgicos consideram a pro-posta patronal como "piadas" e "esmola"e as assembléias foram bastante tumul-tuadas. Em Sào Paulo houve divisão so-bre a apresentação de uma contrapropôs-ta. idéia que foi rejeitada pela maioria dosparticipantes.

A assembléia dos metalúrgicos de SáoPaulo iniciou-se às 9hs30m e as discus-soes só se encerraram às 13 horas Comrepresentantes de todas as empresas daCapital presentes, os metalúrgicos deci-diram recusar a proposta patronal sem,no entanto, apresentar nova contrapro-posta, preferindo manter o pedido origi-nal de 83^ de reajuste sem escalonamen-to e mais GRS 7 mil 201) de piso, alem da

estabilidade para as comissões de fã-bricas.

Aumento semestraldeverá ser de 22%

Salvador — O Ministro do Traba-lho, Murilo Macedo, disse, ontem, emSalvador, que o percentual do primei-ro aumento semestral de salários, només de novembro, deverá situar-seem 22%, acrescido do índice Nacionalde Preços ao Consumidor (INPC) dosúltimos seis meses e revelou que oPresidente da República "esta recep-tivo" á adoção do sistema de aumen-tos semestrais para o funcionalismopúblico.

Disse o Ministro Murilo Macedo,que veio a Salvador fazer parte daabertura do XVIII Congresso Nacio-nal de Prevenção de Acidentes doTrabalho e foi recebido no AeroportoDois de Julho por 20 dirigentes sindi-cais. ser de absoluta lustiça" aexten-sáo dos aumentos semestrais para osfuncionários públicos, embora os me-camsmos sejam diferentes, ja que aquestão e ligada ao DASP e dependede programação orçamentaria.

Financiamento àpesquisa mineralterá decisão dia 5

No próximo dia 5 de no-vembro. o Ministério das Mi-nas e Energia deverá dar adecisão final sobre o progra-ma de financiamento à pes-quisa mineral da CPRM — daCia. de Pesquisa de RecursosMinerais, denominado "moe-da mineral". A informação foiprestada ontem pelo diretorfinanceiro da CPRM. EliseuVisconti. que se mostrou oti-mista com a receptividadeque o programa vem encon-trando em todos os meios li-gados à mineraçáo.

O Sr Eliseu Visconti expli-cou que este novo programada empresa terá cláusula derisco e seus valores, em casode êxito, serão quitados emunidades físicas da substan-cia mineral lavrada, tanto pa-ra o dinheiro efetivamenteentregue ao financiado comopara a quota de risco. No casodo pagamento em minério,este poderá contribuir para aformação de pequenos lotesexportáveis, que seriam en-tregues às tradings. Inclusi-ve, a Interbràs já manifestouinteresse, pois está formandouma carteira mineral.

O programa de financia-mento à pesquisa mineralque a CPRM vinha aplicandomostrou-se nos últimos anosextremamente problemáticoe injusto, pois os elevadoscustos do financiamento aca-bavam inviabilizando peque-nos jazimentos descobertos.Constatada esta problemáti-ca. o Sr Eliseu Visconti resol-veu partir para este novo pro-grama.

O diretor da CPRM disse,ainda, que o tímido desempe-nho do setor mineral compro-va a ineficácia do modeloadotado e que, por isso. ehora de as autoridades res-ponsáveis pelo setor reveremos conceitos vigentes, modifí-cando o atual quadro, ondepredomina a participação es-tatal, a fim de permitir umamaior participação do empre-sariado privado nacional. Pa-ra Visconti. seria aconselha-vel desenvolver o setor a par-tir da pequena e média em-presa."Este novo sistema de fl-nanciamento irá justamenteajudar estas empresas",afirmou.

BAHIATURSAEDITAL DE CONCORRÊNCIA PÚBLICA

N° 002/ 79

A Empresa de Turismo da Bahia S.A. — BAHIA-TURSA, Sociedade de Economia Mista Estadualvinculada à Secretaria da Indústria e Comércio,inscrita no C.G.C. MF. sob o n° 15.225.014/ 001-80,torna público de que, aos 26 dias do mês denovembro, as 10:00 horas, fará realizar na sede doCentro de Convenções da Bahia, sita ao JardimArmação s/ n° Concorrência Pública objetivandoescolher o licitante que se encarregará da Constru-ção de Equipamento Completo, móvel, a ser instala-do no Solar do Unhão, sito a Av. do Contorno, nestaCidade do Salvador.

O Edital em sua íntegra encontra-se afixado nasede da Empresa, sita à rua Gamboa de Cima n° 61,onde poderá, inclusive ser adquirido.

Salvador, 16 de outrubro de 1979.

(as (PAULO RENATO DANTAS GAUDENZIDIRETOR PRESIDENTE (P

Si

Goverm,ANTÔNIOCARLOSMAGALHÃES

aBanco da Amazônia S.A.

CGC n° 04902979/0001 44

Assembléia Geral ExtraordináriaIa CONVOCAÇÃO

Na conformidade dos artigos 131 e 135 de Lei6 404 de 15 12.1976, convidam-se os senhoresacionistas a se reunirem em Assembléia GeralExtraordinária, no dia 30 de outubro do ano emcurso, as 16,30 horas, no 15° andar do Edifíciosede deste Estabelecimento a Avenida PresidenteVargas n° 800 nesta cidade de Belém, capital doEstado do Pará, a fim de deliberarem sobre aseguinte ordem do dia

a)reforma do Estatuto Social com modificaçãodo artigo 11, parágrafo Io; artigo 12, parágra-fos 6o e 7o, artigo 13, alínea "h", artigo 21inciso IV, artigo 29 e artigo 30;

bleleição de novos membros do Conselho deAdministração,

c)o que ocorrer

Belém, 19 de outubro de 1979.OZIEL RODRIGUES CARNEIRO

Presidente

As ultimas do mundoinfantil estão no Cadernode Quadrinhos.No jor nal do Brasiltodos os domingos.

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14 — ECONOMIA JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 22/10 79 l1" Caderno

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Informe EconômicoPolêmica indigesta

A grande polêmica a ser travada neste13° Congresso Nacional de Bancos, quecomeça hoje, em Belo Horizonte, com apresença do Ministro da Fazenda, KarlosRischbieter, será sobre a criação ou não danota promissória comercial, versão brasi-leira do commercial paper americano eeuropeu.

Há muito discutida nos bastidores, aidéia veio á tona no congresso de correto-ras, encerrado semana passada, em Forta-leza, defendida pelo presidente da CVM,Roberto Teixeira da Costa, e apoiada pelopresidente do Banco Central, Emane Gal-vêas.

Caso a nota promissória comercial ve-nha a ser implantada no Brasil, ainda queela náo se aplique a um número expressivode empresas - a CVM quer que a permissãoseja concedida apenas a companhias decapital aberto, o que reduz o universo para80 a 100 empresas, o sistema bancário vaiperder o melhor segmento do crédito: osclientes preferenciais, de bom risco e reci-procidade.Se hoje um grande banco capta umCDB a 54% ao ano para financiar o capitalde giro de uma grande empresa qualquer,cobra, no mínimo 2a3 pontos percentuais atítulo de intermediação. Essa empresa po-dera captar o mesmo volume de recursospagando 54% e uma pequena corretagemàs instituições que quiserem adquirir seustitulos.

Um tratamento fiscal mais favorável ànota promissória comercial em compara-ção com os CDBs e letras de câmbio seriaum grave revés para o sistema bancário.

Mas, segundo uma raposa do mercadofinanceiro, defensora do novo papel, "omais importante é a criação de uma novaalternativa de recursos para o setor real daecono?nia, além do que o empresário indus-trial ou comercial vai passar a ter contatocom os mecanismos que formam a taxa dejuros".

Essa raposa considera que "um grupocomo o Votorantim tem condições de captara taxas tão boas quanto as do Bradesco edo sistema bancário em geral que ele criticatanto, porque é dependente do crédito. Épor isso que eu pergunto por que o AntônioErmírio de Morais não abre o capital de seugrupo e usa as alternativas disponíveis deobtenção de recursos no mercado de capi-tais?".

seria ameaça

Do Vice-Presidente da República, Aure-liano Chaves, em conversa com empresa-rios em Sáo Paulo:"O preço do petróleo pode atingir de 30a 40 dólares na década de 80. Hoje, já háresistência por parte de países produtores,em fazerem ?iovos contratos de venda depetróleo. Eles preferem a venda no merca-do spot, onde o preço é sempre acima".Colapso à vista

Transportadores de cargas de São Pau-lo estão preocupados com um possível co-lapso no sistema de transportes rodoviáriosno próximo ano se forem realmente confir-madas as safras recordes previstas peloMinistro Delfim Netto.

Algumas safras são concomitantes emdiversos Estados, mobilizando grande nú-mero de carreteiros e conseqüentemente osretirando do serviço de transorte de merca-dorias — que será prejudicado, podendomesmo entrar em colapso. As frotas dasempresas não são suficientes para atenderàs necessidades em diversos períodos doano.

Sem exceção

Logo após a divulgação das novas de-terminações do Conselho Interministerialde Preços, enrijecendo os controles, o presi-dente ãa Associação Nacional de Fábrican-tes de Veículos Automotores, Mário Garne-ro, disse que "o setor havia feito um acordocom o Governo, para continuar no regimede liberdade vigiada".

Os setores de produção de autopeçasnão gostaram nada da declaração do SrMário Garnero, alegando que, no caso, ha-veria uma discriminação.

O Ministro Delfim Netto confidenciou nofinal de semana, em São Paulo, que nãohaverá exceção, e que o regime de Iiberda-de vigiada chegou ao final.

Tratores econômicos

Há duas semanas, os fabricantes detratores estáo com um problema sério pararesolver: diminuir o gasto de óleo diesel deseus veiculos, conforme solicitou o Ministrodo Planejamento, Delfim Netto. Ele chegoua sugerir até a fabricação de tratores commotores movidos a gasogênio. Dentro dealguns dias, os produtores deverão daruma resposta ao Ministro, que eles aindanão sabem qual.Sucata em alta

Sucateiros paulistas estão em expecta-tiva diante da informação, que vem coren-do na área. da iminência de uma importa-çào de 6 milhões de toneladas de sucatapara suprir as siderúrgicas brasileiras.

Segundo as informações, a importaçãoseria feita dos Estados Unidos e teria oobjetivo de estabilizar o mercado de sucata,atualmente em alta. Um quilo de sucata deboa qualidade está sendo comercializado jáacima de Cr$ 5. embora o preço tabeladopelo CIP seja de CrS 1,74.

Governo saudita nãosabe se acompanhaaumentos isolados

Atlanta tEUAi — O Ministro doPetróleo da Arábia Saudita. Ah-med Zaki Yamani, disse que seuGoverno está dividido sobre aconveniência ou nào de seguir osaumentos decididos unilateral-mente por certos membros daOPEP e se "opôs a uma máfia dejovens turcos no seio do Governode Ryad".

Segundo ele, essa máfia querelevar o preço do petróleo alemdo teto fixado pela OPEP, parareduzir assim a produção. "A Ara-bia Saudita produz atualmente9,5 milhões de barris diários euma produção de apenas 8 mi-lhões seria suficiente para cobrirseus compromissos financeiros.Esse é um argumento muito fortepara a máfia". afirmou.

Já o Ministro do Petróleo doKuwait ameaçou ontem reajustaro preço de seu petróleo ao prati-cado no Mercado Livre Europeu,se as companhias estrangeirasvenderem o petróleo do Emiradoa preços superiores aos pratica-

dos pelos paises da OPEP, confor-me noticiário do diário Al Siassa.

Uma redução da demanda depetróleo no próximo ano vaiabrandar a febre que dominaatualmente o mercado livre deRoterdã, segundo prognóstico doassistente do secretário-geral daOrganização de Paises ÁrabesExportadores de Petróleo,(OPAEPi, Abdul Aziz Al Watarí,em entrevista publicada ontemno jornal japonês Mainichi Shim-bun. Para ele. a OPEP trataraprovavelmente de aumentar opreço oficial do petróleo para ali-nha-lo com as tarifas praticadasno mercado de Roterdã.

Foram encontradas grandesquantidades de petróleo no mardo Emirado de Sharjah. após oitomeses de buscas pela companhianorte-americana Forman Expio-ration. que deslocou para o local asedco 75, equipamento que perfu-ra até a profundidade de 6 milmetros. O início da extração de-verá demorar de três a quatromeses, segundo a agência de noti-cias do Emirado.

Sul de Minas decideerradicar cultura docafé que geada matou

Belo Horizonte — Cafeicultoresdo Sul de Minas decidiram erradi-car pês de café, conforme ameaça-ram. nâo em represália ao Gover-no. que se recusa a reduzir o con-fisco cambial e antecipar o preçode garantia de Cr$ 4 mil 200 asaca. mas porque parte da lavou-ra foi dizimada pelas geadas.

A informação é do presidenteda Federação da Agricultura deMinas, Sr José Alvares Filho, queanunciou o encontro que cafeicul-tores de São Paulo, Minas, Para-ná e Espirito Santo terão com oPresidente Figueiredo, nesta ter-ça-feira, para fazer suas reivindi-cações. O assessor do MinistroCamillo Penna, Desdeth de Aqui-no, negou que o Presidente tinhamarcado audiência com cafeicul-tores.

PREJUÍZO

Mesmo diante da insistência doMinistro da Industria e do Comer-cio em afirmar que o Governo náocogita na redução do confiscocambia], pois o considera um lm-posto sobre o consumidor estran-geiro, os cafeicultores lhe entrega-

ram um documento detalhado so-bre o custo de produção na lavou-ra cafeeira, segundo o qual elesestariam tendo um prejuízo deCrS 619,58 por saca.

Alegam, no documento, que aeconomia das propriedades agri-colas em Minas estrutura-se basi-camente sobre o cultivo de café,que representa de 60 a 70% darenda das propriedades rurais.Dizem que grande parte da caiei-cultura está implantada em terrade baixa fertilidade e sem infra-estrutura, exigindo grandes in-vestimentas com recursos pró-prios.

"Com o achatamento dos pre-ços de comercialização do produ-to. em relação à freqüente eleva-çáo dos custos de insumos, ma-quinários, mão-de-obra e combus-tiveis, o setor vem sendo descapi-talizado. Além disso, a últimageada veio agravar mais a situa-çào, prejudicando tanto a safrafutura, em quantidade, como aatual, em rendimento, tipo e qua-lidade", dizem no documento, oscafeicultores de 12 cooperativasdo Sul de Minas.

SPRINGER REFRIGERAÇÃO S/A.CGCMF SOB NR 92,929 520/0001-00

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIACONVOCAÇÃO

Convidamos os senhores acionistas a se reu-nirem em Assembléia Geral Ordinária, no dia 31 deoutubro de 1979, as 16 horas, na sede social daempresa, a Rua Berto Cirio, 521 em Canoas-RS,para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia:a) Tomar as contas dos Administradores, examinar,

discutir e votar as demonstrações financeirasrelativas ao exercício social encerrado em 30 dejunho de 1979.

b) Deliberar sobre o resultado do exercício encerra-do em 30 de junho de 1979.

c) Aprovação da correção da expressão monetáriado Capital Social.

d) Eleição do Conselho de Administração.Fixação da remuneração dos membros do conselhode Administração e da Diretoria.

Canoas, RS, 16 de Outubro de 1979PAULO D'ARRIGO VELLINHO

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VENDA DE IMÓVEISA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL-FILIAL DO RIO DE JANEIRO,comunica que venderá pela melhor oferta, de acordo com oedital que se encontra à disposição dos interessados, os imóveisa seguir caracterizados:

. 1. APARTAMENTO: constando de sala, 2 quartos, banheiro,cozinha, quarto e w.c. de empregada, áreade serviço, com 83.35 m2 de área cons-truida

ENDEREÇO, Estrada Vicente de Carvalho. n° 1.500. apto303, Iraia, Rio de |aneiro.

2 APARTAMENTO constando de sala, 2 quartos, banheiro,cozinha, área de serviço, quarto e w.c. deempregada, com 75,00 m2 de área cons-truida, e com direito a uma vaga paraestacionamento de veiculo sob pilotis

ENDEREÇO: Rua Babaçu, n° 143, apto 102, Ilha do Governa-dor. Rio de janeiro.

Os interessados, pessoas físicas e jurídicas, poderão obter oedital, preço mínimo e outros esclarecimentos, no seguinteendereço. Comissão Permanente de Compras e Contratações n°II — CPC li, na Avenida Rio Branco, n° 174 — 2o andar, no horáriode 10.00 às 16:30 horas, onde serão recebidas as propostas.-Esclarecemos que as pessoas jurídicas só poderão adquirir osreferidos imóveis mediante pagamento à vista. As propostasserão abertas na hora e data abaixo indicada.ITEM 1 — 10:30 hs do dia 12.11.79ITEM 2 — 11:00 hsdodia 12 11.79. (P

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Governo estudaCaderneta paracrédito rural

Brasília — A Caderneta de Poupança Rural deveráconstar entre as propostas a serem feitas pelo grupo detrabalho interinstitucional aos ministros da área econô-mica nos próximos dias. O grupo foi criado em julhopassado pelo Presidente Joáo Figueiredo para estudar epropor medidas no sentido de promover um maiordesenvolvimento da agropecuária brasileira através damelhoria dos mecanismos de crédito rural, instrumentobásico para o alcance desse objetivo.

Além desse mecanismo de captação de recursos, quebusca atender o segundo item dos assuntos analisadospelo grupo, vai ser criada também a Caderneta Ruralque visa a um controle mais efetivo das operações decrédito rural de um mesmo produtor junto a váriosbancos, primeiro item da relação de assuntos feita emjulho. Foi afastada a hipótese de criação de um BancoNacional de Fomento, pelo grupo de trabalho, jã que areforma bancária proposta por Carlos Brandão na presi-dência do Banco Central foi deixada de lado com suasaida.

O grupoEssas informações foram colhidas em diversas con-

versas informais em setores econômicos de Brasília quemanifestaram, no entanto, uma certa apreensão peladivulgação do assunto já que o estudo se destina aoPresidente da república. Joáo Figueiredo.

Do grupo de trabalho interinstitucional. cujo prazode estudo era de 60 dias. participaram técnicos dosMinistérios da Agricultura, Fazenda, Indústria e Comer-cio, do Interior, e do Planejamento, do Banco Central, doBanco do Brasil, do Banco do Nordeste do Brasil, doBanco da Amazônia, do Banco Nacional do Desenvolvi-mento Econômico e do Banco Nacional de CréditoCooperativo, além de representantes da Empresa Brasi-leira de Assistência Técnica e Extensão Rural, da Co-missão de Financiamento da Produção, da Confedera-çáo Nacional da Agricultura, da Confederação Nacionaldos Trabalhadores na Agricultura, da Organização dasCooperativas Brasileiras e da Comissão de Crédito Ru-ral da Federação Brasileira das Associações de Bancos.

As medidasA Caderneta Rural, que também está sendo chama-

da de caderneta verde,"vai eliminar a diversificação defonte de financiamento por parte dos produtores, que éuma das grandes distorções do sistema de crédito rural",afirma um técnico. Segundo explicou, a caderneta fun-ciona de forma que, ao fazer a primeira operação, seja decusteio agrícola ou de investimento; é formado umcadastro do produtor no Banco Central que passa acontrolar as operações bancárias dai por diante.

Já a Caderneta de Poupança Rural, segundo umoutro técnico que esteve ligado ao grupo de trabalhointerinstitucional, vai necessitar da criação de um fundoa flm de subsidiar os recursos que vão ser emprestadosaos produtores rurais. Esse fundo seria formado porrecursos de numerosas fontes, segundo especulou, já quea falta de recursos "é um problema geral de qualquersetor".

Os Estudos

Além dos quatro itens mencionados, os técnicos dogrupo de trabalho tinham 60 dias para estudar e propormedidas para os seguintes problemas: rever os estudosexistentes visando a reformulação da regulamentaçãodos títulos de crédito rural (CRP, CRH, CRPH, NCR eDR), de forma a eliminar entraves e simplificar procedi-mentos burocráticos; propor políticas especificas e dife-renciadas de crédito rural e assistência técnica paraaquelas regiões, abrangendo, inclusive, a fase de comer-cialização das produções, bem como unificando as con-dições e normas dos diversos programas especiais ecriando facilidades para que todos os integrantes doSistema Nacional de Crédito Rural possam intervir, semdiscriminações, no financiamento das atividades agro-pecuárias regionais — isto, tendo em vista as condiçõespeculiares da economia do Norte-Nordeste; estudar aproblemática do Seguro Rural, e propor medidas capa-zes de viabilizar a sua efetiva implantação; medidaspara a implantação de um sistema de crédito fundiáriocapaz de propiciar o acesso à terra aos produtores debaixa renda que nâo possuam ou que detenham parce-las consideradas minifúndios improdutivos ou de pro-porção desprezível, principalmente nas regiões Norte eNordeste.

METALÚRGICA ABRAMOEBERLE S.A.

CGCMF 88.610.191/0001-54

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAConvidamos os senhores acionistas de Meta-

lúrgica Abramo Eberle S.A., para se reunirem ,.,nAssembléia Geral Ordinária, no próximo dia 31 domês de outubro de 1979, às 15.00 horas, na sedesocial da empresa, à Rua Sinimbu, n° 1670, nestacidade de Caxias do Sul-RS, a fim de deliberar sobrea seguinte

ORDEM DO DIA:a) leitura, discussão e aprovação do relatório do

Conselho de Administração e Diretoria, bemcomo discutir e votar as demonstrações financei-ras correspondentes ao exercício social encerra-do em 30.06.79;

b) deliberar sobre a destinação de lucros e distribui-ção de dividendos;

c) eleição dos membros do Conselho Fiscal e seussuplentes, se for o caso, bem como a respectivaremuneração;

d) discussão, aprovação e destinação da correçãoda expressão monetária do capital social;

e) fixação da remuneração dos membros do'conse-lho de administração, diretoria e conselho téc-nico;

f) outros assuntos relacionados com os itens suprae pertinentes ao discosto no artigo .132 da lei6.404/76.

Caxias do Sul, 17 de outubro de 1979.GLACYR MORE

Presidente do Conselho de Administração (P

Blumenthál prevê em80 industrializado*mais protecionistas

Washington — Os Estados Uni-dos e. em geral, os demais paísesimportadores de petróleo deverãotornar-se mais protecionistascom a recessão de 1980. que come-cara nos EUA e se alastrara pelaeconomia mundial, mas que nãodevera ser tão severa como a re-cessão de 197475.

Esses sào os prognósticos deMichael Blumenthál. Secretariodo Tesouro dos Estados Unidos,até julho passado, atual presidên-te da Bendix Corporation, queassumira no fim do ano a presi-dência da junta administrativada Burroughs e visitara o Brasilem novembro.

Michael Blumenthál acha queno ano que vem a maioria dospaises tomara medidas de curtoprazo, como o estabelecimento dequotas, para proteger suas indus-trias contra as importações, Elediz que não concorda com essaatitude, mas assinala que "sem-pre que hã dificuldades econômi-cas. com o aumento do grau dedesemprego, os paises adotammedidas protecionistas". Na suaopinião, essa é uma política devisão curta, mas muito freqüentee comum nessas circunstâncias,ja que os politicos tendem a pro-teger os empregos de seus elei-tores.

O BRASIL DEVESE PREOCUPAR

"O Brasil deve se preocuparcom a situação da economia mun-dial da mesma forma que os Esta-dos Unidos estão se preocupando,como todos os paises estão sepreocupando. O Brasil nào estaimune, será afetado pela situaçãoeconômica mundial assim comoqualquer outro pais", adverteBlumenthál.

Ele ficou surpreso ao saber quesâo flutuantes as taxas de jurossobre grande parte da divida ex-tema brasileira que nos próximosmeses atingirá 50 bilhões de dóla-res. o que obriga o Brasil a reme-ter ao exterior mais dólares, namedida em que as taxas de jurosaumentam no mercado financeirointernacional.

As taxas de juros nâo sáo fixa-das? Verdade? Você tem certeza?— indagou, escandalizado, ao serinformado de que apenas cerca de30"7r da dívida foram contraídos ataxas de juros prefixadas.— Bem, entáo Isso será um pro-blema para o Brasil — arrematou.

De início de 1978 até agora, astaxas de Juros sobre empréstimosem dólares subiram de 8r'r para14,5^. por causa da crescente in-fiação nos EUA. Blumenthál pre-vè que com a política monetáriarígida do Banco Central dos EUA,a inflação de mais de 139r cairápara um pouco menos do que 101?.até meados de 1980. mas depoisdisso levará algum tempo paratuna redução maior, já que entãoa recessão terá aumentado o nívelde desemprego e o Banco Centralnão poderá mais apertar o crédi-to. Por esses mesmos motivos, ospoliticos estarão pressionandopor políticas protecionistas de co-mércio exterior.

Mas ele náo acha que essascircunstâncias colocarão o Brasilnuma situação relativamentepior do que a de outros paises.Lembra que os preços dos produ-tos de exportação brasileiros con-tinuarâo subindo também. Eacha que o Brasil terá condiçõesde tomar empréstimos de dólarpara suplementar o que for neces-sário para pagar as suas contas.Na sua opinião, a liquidez do mer-

Armando OuriqueCorrespondente

cado financeiro internacional noano que vem sera reduzida e osbancos americanos e europeus"terão que ver com mais cuidadoseus portfolios de empréstimos,mas o Brasil, em relação aoutrospaíses, continuara numa boa po-siçao. principalmente porque oBrasil e um pais rico, com muitosrecursos e tem tratado o capitalestrangeiro de forma razoável"

Explicou que "se o Brasil ten-desse para uma linha naciolista.ou discriminasse contra o capitalestrangeiro, ou adotasse regrasmuito restritivas sobre repatria-çao de lucros, enfim, se houvessemudança de política nessa área.entáo vocò veria uma mudançarie fluxo de capital para o Brasil.Isso seria normal. Mas. caso con-trãrio. acho que terá credito sufi-ciente" Concluiu entáo que "naohaverá a liquidez como antes,mas nao haverá um grande aper-to e nao haverá uma exeassezpara países como o Brasil porcausa da recessão, apenas o crédi-to poderá ser mais caro".

Mas Michael Blumenthál de-pois voltou ao assunto: "Comodisse, o Brasil nao esta imune aosproblemas mundiais, mas naoacho que a posição relativa doBrasil tenha piorado, O que seriamuito bom é que o Brasil fizessealgum progresso em sua luta con-tra a Inflação, que tem aumenta-do em vez de cair*

Para Blumenthál. o que estaacontecendo de pior na economiamundial e a criação de uma ex-pectativa rio inflação ascendente.Contra esse fenômeno foi que elemais lutou enquanto Secretáriodo Tesouro. E hoje ele se mostramuito feliz porque a administra-çâo Carter. por iniciativa do presi-dente do Banco Central. PaulVolcker, modificou o seu pensa-mento econômico e esta adotan-do a política que ele recomendavae que ate Julho vinha sendo ado-tada sem o rigor suficiente. Blu-menthal disse que recomendava"qualquer coisa que fosse neces-saria para reverter a tendênciainflacionária. ja estávamos rapi-riamente desenvolvendo uma ati-tude em relação à Inflação quealgumas pessoas poderiam cha-mar de uma atitude brasileira".

E descreveu essa atitude: "E ade que "certo, temos inflação, en-tão vamos fazer correção monetâ-na de tudo". Disse entáo que sem-pre se opôs multo a essa atitude ese opôs à correção monetária por-que "se lembra de que Mário St-monsen lhe disse várias vezes quea correção monetária era um ins-trumento muito ruim. tomoumulto mais dificil sua luta contraa inflação porque tudo estava in-dexado". Blumenthál disse quepassou várias meses procurandoconvencer o Presidente Carter daseriedade da situação que se esta-va criando com a formação deuma expectativa generalizada deinflação ascendente. Explicouque, no entanto, a administraçãocontinuou relutante, enquanto aspessoas já estavam se tomandodispostas a pagarem qualquer ta-xa de Juros, para adquirirem, porexemplo, uma casa na certeza deque o imóvel iria se valorizar maisdo que a taxa de inflação e que.portanto, a inflação estava fugin-do ao controle.

Michael Blumenthál lembraque até o verão norte-americanode 1978, Isto ê. até há pouco maisde um ano, a administração Car-ter reagia com grande nervosismodiante da idéia de elevar as taxasde juros.

T&f KALIL SEHBE S.A. - INDUSTRIA DO VESTUÁRIO

CGC(MF) 88.610.779/0001-06COMPANHIA ABERTA

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAE EXTRAORDINÁRIA

CONVOCAÇÃOConvidamos os acionistas a se reunirem em as-

sembleia geral ordinária e extraordinária, na sede social,na rua Marechal Floriano 889, nesta cidade, no próximodia 30 de outubro de 1979, às 10 horas, para tratar daseguinte ordem do dia:

tomar as contas dos administradores, examinar, dis-cutir e votar as demonstrações financeiras relativasao exercício social encerrado em 30 de junho de1979;

b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exer-cício e a distribuição de dividendos;

c) aprovar a correção da expressão monetária do capi-tal social subscrito e deliberar a sua capitalização;

d) deliberar sobre o aumento de capital social subscritoem CrS 451.828,98, por incorporação ae reservas,sem modificação do atual n? de ações, e conse-quente alteração estatutária;

e) alteração do limite de autorização para aumento docapital social, e conseqüente alteração estatutária;

f I fixação da remuneração global dos administradores.

Caxias do Sul, 17 de Outubro de 1979

Miguel SehbePresidente do Conselho de AdministraçãoA firma está reconhecida na forma da lei.

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JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 22/10/79 D Io Caderno ECONOMIA — 15

Dannemann denunciapressão da Mellita

Salvador — Depois de ter todos os seus charutos espa-lhados nos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo apreendi-dos, a fábrica fechada, embora temporariamente, e de serproibida de exportar os seus produtos, o diretor-presidenteda Companhia Brasileira de Charutos Dannemann, Sr HansPeter Koenig denunciou esta semana uma manobra damultinacional Mellita para levá-lo à bancarrota e, conse-qüentemente, assegurar os mercados nacional e internaclo-nal de charutos para a Suerdieck, a quem controla acionaria-mente.

Com a alegação de ser proprietário da marca Danne-mann, leiloada pelo Banco do Brasil na década de 60, aDancoim (exportadora de fumo também controlada pelaMellita) entrou com um processo na 9a Vara Criminal do Riode Janeiro, conseguindo junto ao Juiz Laerson Mauro umaordem de apreensão de todos os produtos da CompanhiaBrasileira de Charutos Dannemann em circulação no merca-do brasileiro, o fechamento da fábrica em Cruz das Almas, noRecôncavo Baiano, e, por fim, uma proibição junto à Cacexno sentido de embargar todos os pedidos de novas guias deexportação.

Monopólio

O presidente da Companhia Brasileira de CharutosDannemann encara todas as pressões que vem sofrendo como processo movido pela Dancoim, que o levará ao fechamen-' to definitivo da fábrica se náo forem reabertas as exporta-"(JSes, como um propósito da multinacional Mellita em mono-polizar a fabricação e comércio de charutos da Bahia, uma" -vez que esta empresa detém o controle acionário tanto daDancoim como da Suerdieck, tradicional fábrica de charutosbaianos que entrou em descapitalizaçáo e terminou absorvi-

por uma maioria de capital alemão.O Sr Hans Peter Koenig lembrou que anualmente se

realiza a Internacional Tax-Free Trader, onde fabricantes de'produtos finos e de luxo como charutos, uísques, cigarros,'relógios etc, fazem exposições de suas linhas e conseguem•fechar negócios que garantem rentabilidade para as empre-sas durante o restante do ano.

Fazendo uma ligação dos fatos, detectou que a feiradeste ano, realizada de 14 a 17 deste mès em Cannes, naFrança, seria de fundamental importância para a Compa-nhia Brasileira de Charutos Dannemann, uma vez que aempresa vem aperfeiçoando a cada ano sua técnica defabricação e conseguindo ampliar seus horizontes no merca-do internacional de charutos, fato caracterizado pelo registrode suas marcas em 40 países. Portanto, a presença daDannemann nesta feira representaria uma séria ameaça à

.Suerdieck, que também participou, uma vez que, ao contra-,rio da primeira, os produtos desta no mercado internacionalvinham apresentando declínio no volume de vendas.

— A única explicação que eu tenho para tudo isto é aseguinte: conseguindo processar a Dannemann através daDancoim, a Mellita Impediria a nossa presença na feira easseguraria boas vendas em favor da Suerdieck. E isso, comtantos fatos que aconteceram com minha empresa e que meImpediram de viajar, além de me acarretar grandes prejuízos,

.u.A.Mellita conseguiu — desabafou o Sr Hans Peter.

Lorena, SP/Fofo do Isolai FoHosa

Sem justificativaO diretor-presidente da Dannemann afirma que "não

existe nenhuma explicação para os fatos que vèm acontecen-do. Apesar de possuirmos certidões de que somos proprietá-rios da marca Dannemann, não a utilizamos como marca de" ¦ nenhum de nossos charutos. Então, a alegação da Dancoimnão tem fundamento, mas mesmo assim foi acatada pelo juiz.

. Para mim tudo isso é um absurdo".Outras irregularidades levantadas são as de que, "mes-

mo no caso de uma apreensão dos produtos, teria que se fazerüma apreensão por amostragem e não uma apreensão totaldos charutos espalhados no Rio e em São Paulo, como foifeita. Nossa fábrica jamais poderia ser fechada por ordemjudicial, mas o foi, embora a medida viesse depois a seranulada. Agora, o último recurso foi nos proibir de exportar,0 que é ilegal, mas a ordem do juiz foi aceita e vem sendoacatada pela Cacex" — declarou o Sr Hans Peter Koenig.

Na semana passada, em nota oficial, a Dancoim tirouquase toda a responsabilidade dos fatos que vêm ocorrendo" em prejuízo a Dannemann, alegando que pediu apenas aapreensão de charutos com a marca Dannemann por ser aproprietária legitima da marca, adquirida em leilão público,o que é contestado pela Companhia Dannemann. Na mesmanota a Dancoim diz que náo pediu o fechamento da fábrica enáo faz menção à proibição das exportações porque este fatosó surgiu esta semana.

Os prejuízos acumulados do dia 28 de setembro — datada apreensão dos charutos da Dannemann no Rio e em SãoPaulo — até hoje pela Companhia Dannemann são estima-dos em Cr$ 10 bilhões devido às Indenizações pagas aosComerciantes, multas por nào cumprimento de contratoscom compradores de charutos e fornecedores de fumo etambém devido ao fechamento temporário, embora lrregu-lar, da fábrica em Cruz das Almas, onde trabalham 400

pessoas ameaçadas de desemprego com o fechamento Iml-nente.

Há cerca de 100 anos que a Companhia Brasileira de.. Charutos Dannemann se Instalou no Recôncavo Baiano,'.".."fevando

à região uma atividade econômica que envolveumilhares de pessoas entre trabalhadores e agricultores. Devi-do a dificuldades financeiras enfrentadas no final da décadade 50 e que se agravaram com o passar do tempo, aCompanhia resolveu se desfazer de todos os seus bens móveise imóveis, com a intervenção decretada pelo Banco do Brasil,mas o titulo foi preservado para a familia Dannemann, queteve em Geraldo Dannemann o seu pioneiro na Implantação

.da empresa com o fabrico caseiro de charutos, exatamenteno ano de 1873.

De 1960 a 1976, a Companhia Brasileira de CharutosDannemann ficou completamente desativada, até que o SrHans Koenig resolveu dar-lhe novo impulso, adquirindomaioria das açòes, no ano seguinte, já montava nova fábricana cidade de Cruz das Almas e, devido a uma nova dinâmica,os negócios se expandiram, chegando mesmo a ser fundada

„ uma filial na Suiça como meio de facilitar á entrada de seus_ prouutos na Europa e Oriente Médio, o que deu bons

resultados.'^ Quinze mil charutos por dia de nove marcas diferentes

fòl a produção atingida pela Dannemann nos últimos meses,que ocupa cerca de 400 pessoas em sua fábrica, além de* representar dependência para mais uma centena de peque-"Hos agricultores que caracterizam a lavoura de fumo do,-,. -Recôncavo Baiano.

•m Com a crise proveniente do processo movido pela Dan-.:.. colm. °-ue apenas exporta fumo e jamais fabricou charutos, ara Dannemann já está novamente quase descapitalizada, uma

SPZ que tem sido obrigada constantemente ao pagamento demultas pelo cumprimento de contratos com fornecedores de""""'fumo e compradores de charutos.

ÊÊÊM

rGFKALIL SEHBE S.A. - INDÚSTRIA DO VESTUÀRIOl

CGC(MF) 88.610.779/0001-08COMPANHIA ABERTA

ASSEMBLÉIA ESPECIALCONVOCAÇÃO

Convidamos os acionistas titulares de ações prefe-renciais a se reunirem em assembléia especial, na sedesocial, na rua Marechal Floriano 889, nesta cidade, nopróximo dia 30 de outubro de 1979, às 15 horas, paratratar da seguinte ordem do dia:- Aprovação de alteração estatutária para autorizar o

aumento do limite do capital autorizado, a ser efe-tuado somente em ações preferenciais, no montante,de 50.000.000 de ações, visando alcançar o limite dedois terços do capital autorizado.

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIACONVOCAÇÃO

Convidamos os acionistas a se reunirem em as-sembléia geral extraordinária, na sede social, na ruaMarechal Floriano 889, nesta cidade, no próximo dia 30de outubro de 1979, às 16 horas, para tratar da seguinteordem do dia:

¦ Alteração do Art. 5? do estatuto social para o au-mento do limite do capital autorizado, a ser efetuadosomente em ações preferenciais, no montante de50.000.000 [de ações, visando alcançar o limite dedois terços do capital autorizado.

Caxias do Sul, 17 de Outubro de 1979

Miguel SehbePresidente do Conselho de AdministraçãoA firma está reconhecida na forma da lei.

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O gerador de gás adaptado ao motor fica na frente do trator

Trator a gasogênio cortaráóleo diesel da agricultura

São Paulo — Com o acompanhamento perma-nente do Ministro do Planejamento, Delfim Netto,está em adiantada fase de testes práticos o protôti-po do primeiro trator movido a gasogênio, a partirde qualquer combustível vegetal. "Ele poderá ser asolução, a curto prazo, para os problemas daagricultura brasileira, além de fixar o agricultor nalavoura", diz o eng. Zoltan Racz, seu idealizador.

As experiências estão sendo realizadas no mu-nlcípio de Lorena, pela Expio — Indústrias Quiml-cas e Explosivos S.A, que desenvolveu o projetodo gerador de gás e o adaptou num trator da CBT(Companhia Brasileira de Tratores). A idéia partiudo engenheiro Zoltan Racz, diretor da fábrica,húngaro naturalizado brasileiro há 31 anos.

Ele explicou que a maioria das fábricas detratores está interessada em adquirir a tecnologia,"que permitirá a utilização de uma energia baratae encontrada em abundância em qualquer proprie-dade rural. O próprio agricultor produzirá suaenergia substituindo assim os combustíveis deri-vados do petróleo".

O Sr Zoltan Racz Informou que as estimativasde economia de óleo diesel sâo otimistas: "Se todaa frota nacional de tratores, calculada em torno de400 mil veículos, passasse a utilizar o combustívelvegetal, com um uso diário de seis horas, o paíseconomizaria, por ano, cerca de 20 milhões debarris do petróleo".

Viabilização

O engenheiro Zoltan Racz começou suas pes-quisas há 2 anos e só em maio último foraminiciados os trabalhos práticos, quando existia umprojeto. Este, por sinal, foi apresentado ao MinistroDelfim Neto e também ao Ministro da Agricultura,Amauri Stáblle. O gerador de gás, totalmente feitona Expio, foi adaptado no trator 2.080 com motor adiesel, da CBT. O equipamento fica embutido naparte dianteira do veículo, no prolongamento dacarenagem.

O motor diesel do trator não sofre qualqueralteração mecânica, para ser movido a gasogênio.Para a utilização do combustível vegetal é neces-sária a adaptação do gerador de gãs, de um filtroseparador, outro filtro mais fino e da válvula decomando de gás. A regulagem da injeção do motortambém é diferente da usada para o óleo diesel.

O Sr Zoltan Racz disse que a patente serárequerida pela Expio. Frisou que tanto o geradorcomo os demais equipamentos Complementaressão produzidos na fábrica de Lorena. Contribuempara o desenvolvimento do projeto os laboratóriosde análises de gases além dos setores de produçãometálicas.

— O problema do combustível derivado dopetróleo é enfrentado por todos. O agricultor, porexemplo, encontra muitas dificuldades com a utlli-zação do óleo diesel, principalmente com o trans-porte, normalmente feito em longas distâncias.Hoje, os tratores sâo todos movidos a óleo diesel.Na agricultura o combustível ideal para os gerado-res de gás é a lenha, especialmente a do eucalipto,encontrada praticamente em todos os imóveisrurais", destacou.

Uso amploA filosofia do projeto, segundo o autor, é procu-.

rar resolver a curto prazo os problemas da agricul-tura: "o próprio agricultor pode produzir sua ener-gia e, o que é mais importante, no local de seu uso.No gerador que desenvolvemos pode ser usado ocarvão vegetal Já transformado ou mesmo a pró-pria madeira, cortada em pequenas dimensões.Outros resíduos da produção agrícola, como sabu-go de milho, bagaço, além de outros subprodutos,podem ser Introduzidos no gerador, desde queproduzam o gás".

O nosso primeiro protótipo está sendo feitocom um trator da CBT, cujo motor é Mercedes-Benz de 65 cavalos de potência. A autonomia dotrator com o gerador cheio de combustível vegetalatinge a 2 horas e meia, isso se usarmos o veículoem trabalho forçado, arando com os três discos eem terceira marcha.

Nesse veículo podem ser dadas as mesmasgarantias de funcionamento com o gasogênio, emrelação ao óleo diesel".

Segundo o engenheiro Zoltan Bacz, é necessá-rio a utilização de 10% de óleo diesel, mas apenaspara a lgnlção do motor do trator. Seu funciona-mento, porém, é realizado pelo gasogênio. O siste-ma desenvolvido pela Expio gera uma economia

de 90% de óleo diesel: "Levando em conta quecada litro corresponde a 1,5 quilos de carvão,calculamos que em uma hora de utilização dotrator estamos conseguindo uma economia de 7litros de óleos diesel. Esse consumo é substituídopor 10 quilos de carvão.

FuncionamentoO motor é ligado, normalmente, através da

lgnição a óleo diesel. Este funciona em marchalenta até esquentar. Depois, com uma chama, éacionado o gerador. Demora cerca de sete a 10minutos para a formação do gás, que movimentaráo trator.

O Sr Zoltan Racz explicou que o gás tem efeitocorrosivo, menor do que o óleo diesel. A igniçào e aqueima são mais completas, além de o motor fazermenos barulho, em razão de sua explosão nào sertâo violenta como no óleo diesel. Quanto à polui-çâo, há o despreendimento, pelo escapamento,apenas de gás carbônico e de uma quantidademínima de monóxldo de carbono.

A queima direta da madeira dá melhoraproveitamento de seu poder caloríflco. Na trans-formação da lenha em carvão, apesar do mais altopoder caloríflco deste último, temos uma perdaconsiderável do valor total, originalmente existen-te na madeira, pois de 100 quilos de lenha, apenas,30 quilos de carvão podem ser produzidos".

O engenheiro Luiz Antônio L. de Faria, auxiliardo projeto e um de seus coordenadores, revelouque o protótipo Já realizou cerca de 100 horas detestes das 1 mil programadas: "Por enquanto, seufuncionamento está Impecável. Provavelmente, nopróximo mès faremos uma avaliação importantedo trator e do motor, quanto a sua potência com ogasogênio".

O Sr Zoltan Racz afirmou que nâo tem aindaIdéia do custo do geradoí, "pois isso dependerámuito das próprias Indústrias que adquiram nossatecnologia. Mas acredito que fique em tomo de10% mais caro, se incorporado ao preço do trator".

Interesse das indústriasO diretor da Expio comentou que, além da

CBT, primeira indústria de tratores a ter umprotótipo movido a gasogênio, a Agralle já procu-rou a fábrica, "e a Motores Perkins, Case, Caterpil-lar e a Massey Fergusson marcaram encontrosconosco, Interessadas na tecnologia. Outras indús-trias que utilizam lenha estão estudando a possibi-lidade de terem frotas com tratores a gasogênio".

As indútrias de aço, que costumam ter sobrasde pó de carvão, vendem esses resíduos por preçosbaixos. Seu sindicato está interessado também napossibilidade do barateamento do transporte docarvão, através do uso do gasogênio nos cami-nhões.

O engenheiro Zoltan Racz lembrou que a utlli-zação dos geradores de gás ocorreu durante aSegunda Guerra Mundial, como substituto do pe-tróleo, "mas apenas com motores a gasolina.Atualmente, a Alemanha e a Suécia também de-senvolvem pesquisas semelhantes às nossas. Masnós somos pioneiros na colocação dos geradoresembutidos no trator".

Nós pretendemos desenvolver outros proje-tos, como o de máquinas pesadas agrícolas esta-clonârias. O presidente do Incra, Paulo Yocota,também pretende eletrificar as pequenas proprie-dades rurais, com menos de 100 KWA. Para isso,nós deveremos projetar geradores com motor adiesel, também para uso do gasogênio.

O Sr Zoltan Racz disse que os caminhões eoutros meios de transporte rodoviário para finsagrícolas precisam de geradores de grande Qexibl-lidade e fácil manuseio. "Neste caso, o substitutoideal da gasolina e do óleo diesel seria o carvãobriquetado, com rendimento cinco vezes superiorao do carvão vegetal natural. Isso porque, durantea carbonlzação da madeira, grande quantidade dematerial volátil se perde. Considerando-se a exten-sáo territorial do Brasil e os custos elevados decomplexos industriais, achamos que instalaçõesregionais de porte médio e mais simples, dariam,em tempo mais curto, resultados satisfatórios",assinalou.

A Expio é constituída de cinco unidades, sendosua administração central no Rio de Janeiro. Pos-sul 2 mil 150 empregados. Suas principais atlvlda-des são explosivos em geral, munições, produtosquímicos e metalúrgicos, pesquisas e projetos. Otrator que ela desenvolve foi apresentado oficial-mente ao Presidente Figueiredo, em 28 de setem-bro último, na cidade de Sorocaba.

DADOS COMPARATIVOS DO USO DE DIVERSOS COMBUSTÍVEISFORÇAS EMCUSTOCrS CUSTO Cr$

UNIDDENSIDADEPREÇOCrS Kcal. cv HORA 1 cv HORA 1 cv HORA OBSERVAÇÃOCOMBUSTÍVEISGASOtINA KgÓLEO DIESEL KgCARVÃO VEGETAL KgCARVÃO BRIQUETADO KgLENHA COMI 2% ÚMID KgMISTURA DE GÁSCARVÃO COMÓLEO DIESEL K9

0,73 19,5910.500 2,5 7,840,86 10,1210.000 3,5 2,890,36 2,00 6.000SS 1,42 1,401,00 2,20 6.000' 1,42 1,550,70 0,30 3.000' 0,71 0,42

2,47 6.400 1 2,03 2,03

EFICIÊNCIA DO MOTOR 15%EFICIÊNCIA DO MOTOR 22%EFICIÊNCIA DO MOTOR 15%EFICIÊNCIA DO MOTOR 15%EFICIÉNCIADOMOTOR15%EFICIENCIADO MOTOR 20%

1,22MISTURA DE GÁS DELENHACOMÓLEODIESEL Kg — 0,94 3.700 1,17 0,80 EFICIÊNCIA DO MOTOR 20%* PODER CALORIFICO: CARVÃO DE EUCALIPTO: 7600 Kcal /Kg LENHA DE EUCALIPTO (BASE SECA):4400 Kcal /Kg — EFICIÊNCIA TÉRMICA DO GERADOR = 80% DADOS-, SET. 1979)vi

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ComunicadoComunicamos aos Senhores associados em atraso com o pagamento da jóiasocial ou taxa de manutenção, que deverão fazê-lo impreterivelmente até o dia31 de outubro.Caso contrário, terão seus títulos cancelados a partir desta data.Os pagamentos devem ser efetuados na Praça Mauá ou em qualquer posto do Touring.Maiores informações pelos telefones 281-9696 e 223-1762. fouríng^X

m\ sCOMPANHIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA

CGC n° 33.069.766/0001-81

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Ficam convidados os Senhores Acionistas da COMPANHIA BRASI-LEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA, para se reunirem em AssembléiaGeral Extraordinária, em primeira convocação, no dia 05 (cinco) de no-vembro de 1979, às 17.00h. (dezessete horas), na sede social da Compa-nhia, na Av. Graça Aranha n9 26 -149andar, Cidade do Rio de Janeiro,Estado do Rio de Janeiro, para deliberarem sobre:

1) Proposta do Conselho de Administração da Sociedade, relativa:a) ao aumento do capital social de CrS 300.000.000,00 (trezentos

milhões de cruzeiros) para CrS 480.000.000,00 (quatrocentos eoitenta milhões de cruzeiros), com emissão de 180.000.000(cento e oitenta milhões) de ações novas de valor nominal deCrS 1,00 (hum cruzeiro), mediante incorporação de reservas delucros, a saber: CrS 90.000.000,00 (noventa milhões de cruzei-ros) da Reserva para Conservação e Melhoramentos das Instala-ções e CrS 90.000.000,00 (noventa milhões de cruzeiros) daReserva para Garantia de Pagamento de Dividendos.

b) Ao aumento de capital de CrS 480.000.000,00 (quatrocentos eoitenta milhões de cruzeiros) para CrS 600.000.000,00 (seis-centos milhões de cruzeiros) através de subscrição particular de120.000.000 (cento e vinte milhões) de ações de valor nominalde CrS 1,00 (hum cruzeiro), sendo 64.166.666 (sessenta e qua-tro milhões cento e sessenta e seis mil seiscentas e sessenta e seis)ordinárias e 55.833.334 (cinqüenta e cinco milhões oitocentase trinta e três mil trezentas e trinta e quatro) preferenciais, sen-do o preço de emissão das/novas ações fixado em Cr$ 2,50(dois cruzeiros e cinqüenta centavos), ou seja, com ágio deCrS 1,50 (hum cruzeiro e cinqüenta centavos) sobre o valor no-minai.

2) Alteração do Artigo 59 do EstatutoINFORMES ADICIONAISOs acionistas titulares de ações ordinárias nominativas poderão ser re-

presentados na Assembléia, com mandato outorgado na forma do para-grafo 19 do Art. 126 da Lei 6.404, de 1976.

Ficam suspensas a partir do dia 30 de outubro e até 05 de novembro,inclusive, as transferências, conversões e desdobramentos de ações.

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 1979.João Pedro Gouvêa Vieira

Presidente do Conselho de Administração

OI/FERTILIZANTES DO SUL SASOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO ¦ CGCMf n" 94 845.930/0001 90

Assembléias Gerais Ordinária e ExtraordináriaEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Ficam convocados os Senhores Acionistas da FERTILIZANTES DO SUL S.A. a se reuniremem Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, no dia 26 de novembro de 1979, às 14 (quatorze)horas, na sede da Companhia, na Rua Aquidaban, n.° 692, nesta cidade, para deliberarem sobre osseguintes assuntos:

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA- Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras, distribuição das participações

estatutárias e Parecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício findo em 31 de iulho de1979.

II - Proposta do Conselho de Administração para a destinação do lucro liquido do exercício edistribuição do dividendo proposto para o exercício de CrS 0,16 por ação.

III - Proposta do Conselho de Administração para aprovação da constituição da Reserva paraCorreção Monetária do Capital Realizado e manutenção do seu saldo na conta específica dereserva, para aplicação em futuro aumento de capital quando o seu saldo ultrapassar a 50% doCapital Social, na forma prevista no parágrafo 5? do artigo 5? do Estatuto.

IV - Ratificação do critério para distribuição da Gratificação a titulo de participação nos lucrosaos empregados.

- Fixação da remuneração do Conselho de Administração e Diretoria.

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIAI - Proposta do Conselho de Administração para aumento do Capilal social, por incorporação

de Reservas de Lucros no Montante de CrS 80.000.000,00, a saber:CrS 40.000.000,00 da Reserva para Conservação e Melhoramento das instalações.CrS 40.000.000,00 da Reserva para Garantia do Pagamento de Dividendos.

II - Alteração do artigo 5." do Estatuto, passando o capital social de CrS 270.000.000,00 paiaCrS 350.000.000,00, com emissão de ações novas bonificadas de CrS 1,00 (um cruzeiro), distribui-das em ações ordinárias e preferenciais na mesma proporção do capital existente em cada espécie.

III - Alteração do parágrafo 1° do artigo 7." do Estatuto, para a seguinte redação: "O Conselhode Administração será composto por até 10 membros, eleitos pela Assembléia Geral e por eladestituiveis a qualquer tempo."

IV • Alteração do artigo 15 do Estatuto para a seguinte redação: "A Diretoria será compostapor até 7 Diretores, eleitos e destituiveis a qualquer tempo pelo Conselho de Administração",permanecendo inalterado o seu parágrafo 1." e alterando-se o parágrafo 2." para a seguinte reda-ção:

"Por ocasião da eleição dos Diretores, o Conselho de Administração designará entre os eleitosaquele que exercerá a função de Diretor Superintendente."

- Eliminação do parágrafo único do artigo 19, em decorrência da alteração do parágrafo 2."do artigo 15.

INFORMES ADICIONAISOs acionistas titulares de ações ordinárias nominativas poderão ser representados nas Assem-

bléias, com mandato outorgado na forma do parágrafo 1.° do artigo 126 da lei 6.404/76.Ficam suspensas, a partir do dia 22 de novembro próximo até o dia da realização das Assem-

bléias inclusive, as transferências, conversões e desdobramento de ações.

DOCUMENTOS A DISPOSIÇÃO DOS SENHORES ACIONISTASAvisamos aos Senhores Acionistas, na forma do artigo 133, da Lei 6.404/76, que se acham à

disposição, na sede da Companhia, na Rua Aquidaban, n? 692, nesta cidade, e no Departamentode Acionistas da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga, na Av. Graça Aranha, n." 19, Lo,a. nacidade do Rio de Janeiro, o Relatório da Administração, os Demonstrativos Financeiros e o Parecerdos Auditores Independentes.

Rio Grande, 19 de outubro de 1979Francisco Martins Bastos

Presidente do Conselho de Administração

Aterro nãofecha mashá festa

Apesar de as pistas do Aterro(fo Flamengo nao terem sido in-terditadas. como a Prefeitura pro-meteu sexta-feira, professores deEducação Física organizaramuma série de festas e atividadesde lazer e recreação na Cidade daCriança, houve jogos de volibol efutebol, passeios de bicicleta, con-cursos de discoteca e bambolé e aapresentação do coniunto Pes-quisa Som, Os monitores de edu-cação física da Divisão de Recrea-çáo e Lazer do Departamento deParques e Jardins, ao checaremao Aterro não encontraram nin-guem habilitado para fechar aspistas, mas encontraram cente-nas de crianças e resolveramatendé-las. A.s brincadeiras dura-ram ate o meio-dia O DC-3 ciaVarig. apesar de fechado para re-formas, foi usado como escorrega.

Fole d* Evandro Taixalra::y:::v^*->:.y;:-syyy\.yy ^^^.wv^ •*'¦'•¦'

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Centenas de criança* orientadas par professores de Educação Física do Município, brincaram noParque do Flamengo

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Greve emV. Redondacontinua

Volta Redonda - Três mil peõesreunidos na paróquia de NossaSenhora Aparecida, perto dos alo-jamentos, decidiram continuar agreve, mas retomar as negocia-çôes a partir das 14h, na Delega-cia Regional do Trabalho. O Bis-po Dom Valdir Calheiros envioucarta solidarizando-se com ospeões, que receberam refeições naigreja.

Um membro da comissão degrevistas disse que está havendo"pressáo dos patrões, para quevoltem ao trabalho" e buscoutranqüilizar o comércio de VoltaRedonda, que cerrou as portaspor várias vezes, na semana finda,ante a passagem de piquetes e nodecorrer das passeatas. Para DWaldir Calheiros, "a culpa é dosagenciadores que prometem aospeões salários de até Crt 6 mil".

A CARTA

Na carta dirigida aos trabalha-dores, o Bispo de Volta Redondaexplica que os peões pediram-lheum lugar seguro para suas reu-niôes, e por essa razáo cedeu o' auditório da paróquia de N SAparecida. "Não são malandrosnem assaltantes", frisa D Valdir.Lembra que os operários são re-crutados em todo o país. com apromessa de "ótima comida econforto".

Diz ainda, na carta, que osagenciadores mostram uma foto-grafia do restaurante da Compa-nhia Siderúrgica, como se ali ospeões fossem fazer suas refeições,e não nas cantinas das empreiteí-ras como acontece. Em seguida,esses agenciadores - que recebempor cada peão recrutado - aban-donam os peões diante dos aloja-mentos e desaparecem, afirmaDom Valdir.

PLANTÃO

A comissão de grevistas infor-mou que. a partir das 14h de hoje.fará plantão na DRT a fim deaguardar a presença dos patrões eretomar as negociações. Na ma-drugada de sábado para domingomorreram dois operários — o quefez aumentar a tensão em VoltaRedonda.

Ambos envolveram-se em bri-gas junto a uma tendinha e bar,sendo espancados. Sâo eles:Francisco Leóncio da Silva, 38anos, casado, cinco filhos, nascidoem Bananeiras, Paraíba; e JorgeMariano da Silva, 30, espancado ealvejado no bairro de Santo Agos-tinho. Os dois operários trabalha-vam para a Odebrecht. Há umasemana, quando se registrou oprimeiro tumulto, morreu atrope-lado Jonas Ferreira da Silva.TECELÔES

Porto Alegre — Formação depiquetes de mais de 200 pessoasnas cinco maiores empresas dosetor da capital gaúcha, atuandodesde as 5 h - que poderá ocaslo-nar novos Incidentes com poli-ciais - É a forma pela qual ostrabalhadores nas indústrias defiação e tecelagem pretendemmobilizar a categoria, que entra,hoje, no sexto dia de greve, reivln-dicando aumento salarial de 75%.

Ontem, aproveitando a realiza-çáo do jogo Internacional x Amé-rica. um grupo de 40 tecelòes rea-lizou coleta de dinheiro para ofundo de greve, distribuindo 10umas na entrada do Estádio Bei-ra Rio. Após a arrecadação noEstádio, os trabalhadores se des-locaram até o parque Marinha doBrasil e da Rendençáo - o maiordo centro da cidade - para conti-nuar sua coleta entre a popu-lação.

Fazendeirodenunciajagunços

Sào Paulo — O farmacêuticoToshinovo Hondo, ex-prefeito dePresidente Venceslau, de 1963 a1968. denunciou que a FazendaSamurai, de sua propriedade, foiinvadida por jagunços, a mandode grupos de grileiros de CampoGrande e Dracena. Os invasoresfortemente armados estão amea-çando de expulsão a bala a todosos que estiverem nas terras, tendocortado árvores para obstruir aestrada e trocado a placa de iden-tificação da fazenda pela de nomede Fazenda Sào João.

A Fazenda Samurai tem 1992hectares e situa-se no Municípiode Ribas do Rio Pardo, comarcade Campo Grande, Mato Grossodo Sul. Segundo afirma Toshino-vo Hondo, "os jagunços dizem sercontratados de Diassuo Barei, deCampo Grande, e irmãos Brug-nolli. de Dracena. Eles apontaramcomo seu poderoso chefão um talde Cabra, residente em CampoGrande.

AMEAÇAS

Cientificado das ameaças queestáo recebendo os colonos daFazenda Samurai. pediu defesa aPolícia Militar do Mato Grosso doSul, mas foi informado que o des-tacamento policial de Ribas do

( Rio Pardo náo está em condiçõesde enfrentar o poderoso grupo degrileiros. Por isso, resolveu fazerapelo à Polícia Federal e ao Exér-cito. alegando que todos os ocu-pantes da Fazenda (serviçais eempreiteirosi estáo temerososque haja conflito armado na pro-xima invasão.

Os colonos da fazenda alega-ram ter recebido ultimato do gru-po de invasores para que abando-nem as terras, pois do contrárioseráo despejados seus veículos, ealem de substituir a placa e deno-minação da fazenda iniciaram naultima semana a construção deuma nova sede. mediante a apre-sentação de documentos que To-shinovo Hondo, considera for-jados.

Pesquisador suíço quemisturou gene do coelhocom rato descansa no Rio

Um dos maiores estudiosos da engenharia genética— que um dia concretizará a utopia da manipulação dahereditariedade humana — Charles Weissmann, daUniversidade de Zurique, está no Brasil, em visita aparentes. Durante a II Guerra Mundial morou no Rio,onde fez o ginásio. Agora, aos 48 anos, fala de suaspesquisas, que podem corrigir defeitos genéticos e atémelhorar a agricultura.

Cercado de toda a segurança em seu laboratório naSuiça, Charles Weissmann estuda a transferência dematerial genético em organismos superiores e já che-gou, por exemplo, à produção de hemoglobina docoelho, dentro da célula de um camundongo. Paraalguns cientistas, o primeiro passo para a guerra bioló-gica. que fabricará germes-monstros nos laboratórios.

Este é o primeironúmero da sua

assinaturado Jornal do Brasil:

264-6807

CIENTIFICAMENTE

Charles Weissmann nasceu emBudapeste, na Hungria, e estudouno Brasil entre 1941 e 1945. quan-do fez o ginásio no Colégio PadreVieira, em Botafogo. Com o fim daGuerra, naturalizou-se suíço econcluiu seus estudos na Univer-sidade de Zurique, onde formou-se em Química e Medicina. Em1960 viajou para os Estados Uni-dos. para um curso de pós-doutorado em Bioquímica, naUniversidade de Nova Iorque, on-de também lecionou. Desde 1968esta na Universidade de Zurique,onde é diretor do Instituto deBiologia Molecular.

Periodicamente ele vem aoBrasil visitar os tios. que moramem Copacabana. E se assustouquando leu nos jornais que o sala-rio médio de um pesquisador,aqui, é de CrS 10 mil. Com umportuguês um pouco confuso, eledisse, em tom quase irritado, queo Governo precisa investir naciência, porque este ê o únicocaminho para o desenvolvimento,e o Brasil tem potencial para isso.o susto se justifica: ele recebecerca de 80 mil dólares anuais(Cr$ 200 mil mensaisi para seusestudos.

A Suiça, atualmente, é um dosprincipais centros de estudos dabiologia-genética. investindogrande soma nos cientistas, ai-guns de fama mundial, e laborató-rios. onde sáo desenvolvidos ex-perimentos como os de Weissmann.

A engenharia genética, ou ci-

rurgia genética, como preferemalguns, se desenvolveu a partir dadescoberta de Werner Arbes (Ba-seli do corte de gens pelo uso deenzimas de restrição. Essas enzi-mas. segundo Weissmann, perml-tem cortar determinadas sequên-cias nuclêicas (matéria genêticaie transplantá-las para outros or-ganismos. onde se multiplicam,como no caso das bactérias.

Isso serve para estudos maisdetalhados de química e biologia,e ao mesmo tempo para a produ-çao de certas matérias, como asproteínas e hormônios, necessá-rias para a correção de distúrbios.Por este método, os custos, numaprojeção industrial, sâo menores.

"Em alguns casos, a conexãodo defeito molecular (genético ea doença estáo muito claros, masem outros torna-se complexa. Porisso. por enquanto, nem todos osproblemas podem ser resolvidos.A leucemia é um deles," disseWeissmann, referindo-se ao alcan-ce da biologia genética.

Mas problemas de crescimento,diabete e certas formas de anemiaja podem ser tratados, genética-mente, graças â produção destesmateriais.

Weissmann rechaça, no entan-to, que se esteja aproximando dapossibilidade da manipulaçãodas características genéticas hu-manas ou dando elementos paraque se proceda a uma guerra bio-lógica, como temem alguns cien-tistas. Para ele, cabe aos governostraçar diretrizes que regulem ouso da engenharia genética e nàoaos cientistas.

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As pesquisas de Weissmann poderão corrigirdefeitos genéticos

Perigo da manipulaçãonão está solucionado

O perigo de manipulação diretada hereditariedade humana náo éuma questão tratada apenas nosfilmes de ficção, como O Homemde Sorte — em que o ser humanose via totalmente descaracteriza-do após receber tratamento gene-tico que motivou discussões polè-micas entre cientistas. A produ-çáo em massa de substância ge-nética, bio-atlvas, a baixo custo,além dé servir para terapia deorganismos defeituosos (pela tro-ca do gene defeituoso) se presta-ria a operar tal manipulação.

O interesse industrial neste ra-mo de pesquisa já existe e algu-mas firmas investem no que podeser considerado o negócio do futu-ro, como a empresa farmacêutica

americana EU Lilley. Os grandesinvestidores nào temem riscos epodem contar com a ajuda degabaritados cirurgiões genéticos.

As diretrizes e medidas de segu-rança náo estáo regulamentadasainda, apesar da decisáo dos cien-tistas, em 1974, de melhor apare-lhar os laboratórios e de restringira produção industrial. A Gene-tech, por exemplo, transgrediu es-tas normas produzindo a matériaem bio-tanques de 60 litros, quan-do o limite é de 10 litros.

Além djsso, existe o risco deque se criem monstros em labora-tortos (como se criam doençascom vírus), o que talvez nâo sejanem mesmo controlável.

Progresso da BiologiaMolecular foi rápido

Muito mais rapidamente do quemesmo os otimistas esperavamavançou a pesquisa no campo dacirurgia genética e da BiologiaMolecular. Estamos no limiar doaproveitamento industrial damistura artificial dos gens de di-versos organismos vivos. Com aintrodução genclrúrgica em bac-térios, de gens de organismos su-periores, pretende-se chegar aprodução barata de substânciasbioativas. E não é mais tão utópi-ca a manipulação direta na here-diiariaade humana.

Ante os perigos levantados hácinco anos por biólogos america-nos, biólogos moleculares de lodoo mundo reuniram-se para discu-tir o assunto e, como conseqüên-cia, muitos paises regulamenta-ram as pesquisas no campo dacirurgia genética. Uma série deexperiências realizadas nos últi-mos dois anos provaram que nãohá praticamente perigo para ohomem e o meio-ambiente, daparte dos germes bastardos,quando as medidas de segurançaprescritas sao aevtaamerue cum-priaas

A cirurgia genética, muito an-tes do que .ve espetava, eucontruuinteresse industnal e avariçou atal ponto que os gens ae maimje-ros, responsáveis por hormônioscomo somatostatina, harmoniado crescimento numano, bem co-

nio a insulina, já podem ser obri-gados a trabalhar conforme dese-jo do pesquisador.

Muitos pesquisadores acredi-tam que a cirurgia genética emlaboratórios bioquímicos e bioló-gicos pertencerá, no futuro, aosmétodos de rotina. Mas sempreobedecendo aos critérios de segu-rança. No laboratório de segu-rança de Zurique, por exemplo,faz-se atualmente a multiplica-çáo. em bactériasi do gen para oagente natural antivírus Interfe-ron. Espera-se conseguir a produ-ção barata dessa substância, ob-íida até hoje somente em peque-nas quantidades, a partir de cê-cuias sangüíneas humanas lln-terferon funciona contra doençasde vírus e algumas formas decanceri.

Pretendem os pesquisadoresgenéticos não apenas usar a ci-rurgia genética para a produçãobarata de substâncias bioativas.Mas também na terapia dos orga-nismos geneticamente defeituo-sos Assim, doenças hereditárias,que freqüentemente sao causadaspeio defeito ae um único gen, po-derao ie. combatidas pela "tro-co do gen dejeituoso no embriãoou em certos tecidos

E alguns pesquisadores talamnos beneficiou paru a agricultura,esperanao tirar proveito ãa ci-rurgia genética para a criação deanimais e piamos.

JORNAL DO BRASTTTT ¦ .' Zz-'*.'."

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2o Clichê Rio de Janeiro, segunda-feira, 22 de outubro de 1979

Convocação tem várias surpresasFoto de Evandro Teixeira

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Botafogo emdia de festa

ÍNCRIVELMENTE

fácil a vitória do Botafo-go. Poderia ser dito que ninguém esperavaa vitória do Botafogo, pois o Fluminensevinha de um 3 a 0 em cima do Flamengo,

jogando bem, marcando por pressão e nãodando fôlego. Desta ves foi tudo ao contrário. OFluminense é que foi marcado, a pressão foicontra ele e o time perdeu o rumo. Por que nãoutilizou a mesma tática do jogo do Flamengo?É que a posição dos times na tabela de coloca-ções obriga a que entrem no campo sem alter-nativa. Assim, tem de sair para a frente e a todoo risco.

Começou o Botafogo muito bem e o Flumi-nense custou a poder sair com a bola. Pressãodo Botafogo, mas o gol não apareceu. Até que oFluminense se armou e foi para a frente. Aosseis minutos, mais ou menos, em duas jogadasseguidas, Zezé e Pintinho perderam cara acara. 0 jogo ficou igual por uns 10, quandoEdinho perdeu a bola fácil. Mendonça e Silvatomaram e Mendonça marcou.

Então apareceu em toda a ple?iitude atônica destes jogos. O Fluminense endoidou,largou qualquer esquema defensivo efoi atacarcom sele ou oito homens. Ficou cômodo aoBotafogo retrancar um pouco e somente sair najogada certa. Fez isto todo o primeiro tempo. Eo Fluminense, de acordo com a marcha dosgols, ia aumentado sua dose de loucura. Se nocomeço um psicanalista talvez bastasse, de-pois, nem um psiquiatra experiente. Ninguémseguraria mais o descontrole do time. Explica-vel os 3 a 0 do primeiro tempo. E, no segundo,poderia ter acontecido mais outros. A grandedose de ambição do ataque do Botafogo impe-diu isto.

Prevaleceu portanto o mesmo ritmo do jogode domingo passado. Desta vez a vítima era oFluminense. Pouco adianta assinalar quem jo-gou mal no Fluminense. A resposta poderia serconsiderada muito forte. 0 certo seria dizer:todos. No Botafogo, em dia de festa, exatamen-te o inverso. 0 cobra entre os grandes foiMendonça. Marcou bem no meio e entravasempre na certa para fazer gols. Silva tambémfoi muito bem.

Melhorou para o Flamengo. A vantagem éa seguinte: se for o vencedor no jogo contra oVasco já é campeão. 0 Vasco ainda dependerádo último jogo. É claro que a vitória do Botafo-go beneficiou a Vasco e Flamengo. Botafogo eFluminense ainda podem ganhar, mas é neces-sário tricolores e botafoguenses fazerem muitoscálculos.

]0A0 SALDANHA

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Cláudio Coutinho não queria falar sobre as convocações, mas acabou justificando algumas delas

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A boa forma que Tarciso atra-vessa no Grêmio foi um dos motivosalegados por Coutinho para lhedar esta nova chance, tão inespera-da quanto a oferecida ao ponteiroesquerdo Eder, também do Grêmio,um jogador que nas duas vezes emque foi chamado, exibiu um futebolbem inferior ao que costuma mos-

nome citado insistentemente pelopresidente da CBD, Heleno Nunes,para a partida de Assunção, Couti-nho afirma que a sua convocaçãonáo passou de coincidência, poistambém o considera um homem in-dicado para a esperada "guerra"com o Paraguai. Já Cerezo, semprefoi um elemento admirado pelo trei-nador sendo, a rigor, uma convoca-ção até certo ponto aguardada.

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Com várias surpresas, entreelas a presença de Chicão e asvoltas de Tarcísio e Eder, o trei-nador Cláudio Coutinho divul-gou ontem à noite, na sede daCBD, a lista de 17 jogadoresque comporão a delegação bra-sileira para o jogo de quarta-feira, em Assunção, contra oParaguai, pela semi-finais daCopa América.

A lista é a seguinte: goleirosLeão (Vasco) e Carlos (PontePreta); laterais — Toninho(Flamengo), Nelinho (Cruzeiro)e Pedrinho (Palmeiras); zaguei-ros de área — Amaral (Corin-tians), Edinho (Fluminense) eRondinelli (Flamengo); meiasFalcão (Internacional), Cere-zo (Atlético Mineiro) e Chicão(São Paulo); atacantes — Só-crates (Coríntians), Palhinha(Coríntians), Zé Sérgio (SãoPaulo), Eder (Grêmio) e Tarciso(Grêmio).

O técnico Cláudio Coutinhonâo quis divulgar a equipe titu-lar, preferindo aguardar a pala-vra dos médicos Mauro Pom-peu e Lídio Toledo, que exami-narão os jogadores detidamen-te na concentração do HotelNacíional, onde os convocadosse apresentam hoje a partir das18 horas.

Apesar da recusa do treina-dor, o time deve começar assimem Assunção: Leão, Toninho,Amaral, Edinho e Pedrinho;Falcão, Cerezo e Palhinha; Tar-ciso, Sócrates e Zé Sérgio. Hápossibilidades também de Chi-câo compor o trio de meio-campo. Neste caso, Palhinhatomaria o lugar de Tarciso.

Marcada para as 20 horas, adivulgação da lista de convoca-dos só ocorreu às 21h30m,

âuando Coutinho entrou no au-

itório da CBD. Até ai, ele per-maneceu reunido com AndréRicher e o médico Lídio Toledo,,colhendo informações sobre osjogadores de outros Estados.

Ao fornecer a lista, o técnicodisse não ter se prendido a cri-térios específicos e preferia aténão comentar este fato. Ante ainsistência dos jornalistas, re-solveu justificar algumas con-vocações:

Caçapava, Batista e Car-peggiani estão machucados,dai eu ter chamado o Chicão,que se encontra em melhorescondições físicas. Durante a se-mana, o Almirante Heleno Nu-nes, na qualidade de torcedor,defendeu a inclusão de Chicão,porque lá no Paraguai atuare-rnos num campo de pequenasdimensões, perto do público, oque exige jogadores valentes.Mas convoquei o Chicão pormera coindidència.

Quanto a Tarciso, disse q¦técnico*.Ele e o Jair atravessam

ótima fase. Assim, náo teremosproblemas com a extrema.

A delegação brasileira viajapara Assunção às 13h30m deamanhã, num Boeing especial,fretado à Cruzeiro do Sul. Ama-nhã mesmo os jogadores fazemum treino de reconhecimento,no Estádio Defensores DelChaco.

Fotos de Delfim Vieira

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Ue e Lrd comemoram o quarto gol, enquanto Paulo Goulart é o reflexo da atuação do Flu , cujos ataques terminavam invariavelmente nas mãos de Borrachinha

2 O FUTEBOL JORNAL DO BRASIL ? segunda-feira, 22/10fr9 ? Io Caderno

Botafogo goleia com um futebol surpreendenteLan Sandro Moreyra

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— Coutinho, te vira!

América empata com oInter e fica invicto

foto d» Almir Véjgo

Porto Alegre—O América, do Rio manteve suaInvencibilidade de oito anos contra o Inter, aoempatar de 1 a 1, ontem, no Estádio Beira-Rio, empartida movimentada pelo Campeonato Nacional,disputada com calor superior a 35 graus, e quebateu o recorde de renda e de público, fora osclássicos gre-nais, em Porto Alegre.

Léo Oliveira, de falta, batendo com efeito, nomeio do gol de Benitez, aos 29 minutos do segundotempo, empatou para o América. O Inter marcouprimeiro aos 21 minutos do período Inicial atravésde Chico Espina, após falha do lateral Álvaro, numchute forte que bateu em Russo, enganando ogoleiro Jurandir.

Silvinho. O Juiz foi Hélio Cosso, auxiliado porOsmar Antonella e Orion Sater de Melo. A rendasomou Cr$ 1 milhão 853 mil 210, com um público de33 mil 751.

Atuações

Mesma tática

O treinador Ènio Andrade, que assistiu ao taipede Grêmio x América, vencido (3 a 1) pelos cario-cas, há uma semana, armou a equipe para seguraras jogadas ofensivas do adversário, principalmenteos contra-ataques dos extremas Silvinho e Sergl-nho. Usou o mesmo tipo de jogadas e, durante oprimeiro tempo, tomou a iniciativa dos ataques,bloqueando o meio-de-campo e usando os contra-ataques, com Chico Espina pela direita e MárioSérgio, pela esquerda. Ainda assim, o Américacausou algum perigo, em duas jogadas, com lança-mentos nas costas dos zagueiros do Inter, expio-rando deficiências de marcação do lateral CláudioMineiro.

O segundo tempo nào foi multo diferente doanterior, com disputa equilibrada e poucas chan-ces de gol, embora o América atacasse com maiorperigo, principalmente pelo setor de Serginho, querealizou grande atuação. A entrada de Mário ePompéia, no Inter, não chegou a alterar o equlli-brio das jogadas, se bem que o centroavante, decabeça, tenha exigido boa defesa de Jurandir.

Equipes: Inter — Benitez; João Carlos, Mauro,Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Toninho, ValdirLima e Jair; Chico Espínsa, Adilson (Mario) eMário Sérgio (Pompéia). América — Jurandir;Uchòa, Alex, Russo e Álvaro; João Luís, Merica(Léo Oliveira) e Nelson Borges; Serginho, César e

Internacional:Benitez: Seguro, bem nas devoluções, sem falhas.Joio Carlos: eficiente, atento á marcação.Mauro: firme na cobertura, não foi multo exigido.Mauro Galvão: Excelente desempenho.Cláudio Mineiro: Completou a zaga sem muitaaplicação, sendo batido em vários lances.Toninho: Bem posicionado, prejudlcou-se quandoValdir Lima perdeu o fôlego.Valdir Lima: Grande atuação, até sentir os efeitosda temperatura.Jair: Pareceu preocupado com a possivel convoca-çáo para a Seleção Brasilira. E não atuou como dehábito.Chico Espina: Um bom primeiro tempo, depoiscaiu muito.Adilson: Bom primeiro tempo.Mario: Bem marcado, não ameaçou a defesa doAmérica.Mário Sérgio: Atuação discreta. Sentiu a mar-cação.Pompéia: Nâo chegou a justificar sua entrada, emlugar de Mário Sérgio.

América:Jurandir: Multo seguro, embora pouco exigidoUchoa: Dominou o setor. Eficiente.Alex: Náo comprometeu.Russo: demonstrou boa técnica, sem falhas.Álvaro: Deixou-se vencer em jogadas de profundl-dade.Joáo Carlos: Lutou todo o tempo, sem se destacar.Merica: Bom na armação de jogadas.Léo Oliveira: Demonstrou boa técnica.Nelson Borges: Excelente. Grande atuação.Serginho: Um bom extrema direita.César e Silvinho: No mesmo nivel regular, bemmarcados pela defesa contrária.

Porto Alogrt/Foto d* João Onofrlo

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Edinho foi, ao contrário de Mendonça, o destaque negativo da partida

Mendonça e Edinho, ocontraste do clássico

Márcio TavaresQuando o Botafogo marcou o

terceiro gol, ainda no primeirotempo, ficou bem nítido gue noclássico de ontem dois jogadoresapareceram com destaque. Men-donça, pelo excelente preparo fi-sico, boa visão de jogo e oportu-nismo nas jogadas ofensivas, eEdinho, pela desorientação táti-ca e erros comprometedores noespecto individual. Um teve umaatuação perfeita: o outro, desas-trosa. mas os dois acabaram de-sequilibrando o clássico em favordo Botafogo.

Mendonça leve participaçãoefetiva na maioria dos ataques doBotafogo, correndo desde o inicioaté o fim da partida. Marcou oprimeiro gol com muita catego-ria, notando Paulo Goulart avan-çado: completou a sua atuaçãocom um pênalti muito bem batidoe para não deixar nenhuma dúvi-da quanto ás suas virtudes aca-bou marcando o quarto gol doBotafogo — o terceiro seu na par-tida mostrando resistência forado comum.

Já o zagueiro Edinho, que vi-nha sendo o mais regular e oprincipal jogador da defesa doFluminense, ontem esteve irreco-nhecivel. No primeiro gol do Bo-tafogo.foi ele quem deu condiçõesde jogo a Silva, na jogada deimpedimento que a saga tricolorvem usando arriscadamente há

algum tempo. No segundo, per-deu uma bola dividida para Re-nato Sá que estava muito maispara ele do que para o adversáriopara depois fazer o pênalti naseqüência do lance. E no últimogol do Botafogo estava no meio-de-campo.

Para quem acompanha o Bota-fogo, sabe que faltava uma atua-ção como a de ontem para Men-donça confirmar todas as quali-dades a ele atribuídas. Mas omeia-armador mostrou uma vir-tude eztra: a disposição paradisputar as bolas divididas.

— O mais importante de tudofoi a disposição que mostrei. Atémesmo no preparo físico. O guar-to gol foi uma prova. Estava nomeio-de-campo e tive gás parachegar na área e completar olance de Gil, pegando o PauloGoulart no contrapé. Este golachei o mais bonito, embora oprimeiro também tenha sido lin-do. Ninguém esperava que euchutasse a gol. Depois de limpara jogada, todos pensavam que euiria passar para o Silva. E nopênalti não tive trabalho. Treinopor dia 30 a 40 cobranças.

O caso de Edinho e diferente.Uma das explicações usadas novestiário de Fluminense para amá atuação do zagueiro foi a Se-leçáo Brasileira, convocada ànoite: ele nào estaria disposto a

se expor numa partida pelo Cam-peonato Estadual. Edinho náoaceUa o argumento e afirma quea Seleção não passou por suacabeça durante o jogo.

No lance da dividida comRenato Sá, pensei que ele ia en-Irar de sola e tentei dar um toquepara driblá-lo. Mas realmente ojogador entrou duro, sem levan-tar o pé, tocando na bola. Ela estavamais para mim, mas pensei queele náo ia chegar a tempo. Tam-bém nao foi pênalti o lance queaconteceu depois da dispttta, Zi-za chutou e virei de costas. A bolaapenas bateu na minha máo. ORenê botou a mão na bola e o juiznáo marcou nada. Acho que de-viam colocar num clássico juizesde gabarito. Erramos muito namarcação. A origem da derrotaestá ai, na marcação errada.

Mendonça mais uma vez foi es-colhido por várias emissoras derádio e de televisão como o joga-dor da partida, recebendo prè-mios extras, tendo sido procura-do para dar entrevistas sobre osgols e sua atuação. Para o meia-armador, o Fluminese errou mui-to na marcação da saida de impe-dimento, perdendo-se após o pri-meiro gol. Para Edinho, tambémprocurado para explicar sua máatuação, a desculpa era outra:

Tinha muito dirigente no ves-tiário antes de começar o jogo.

Botafogo 4 v Flunirt-enw 0 üxol Maracanã Rando CrSi 077 950 Público poganl» 61 080 Juiz Wilson Cario*, dos SantosAuxiliara» Roberto Coelho e Luis Carlos Dias Braga Carto** amarelo*Renato Sa. Marcelo e RubinSo Botafogo Borrachinha China. LuisCláudio, Renê e Vanderlei, Wecsley, Mendonça • Marcelo. Ziza (Gil),Silva (Dé) e Renato Sá Flumin-ant*» Paulo Goulart. Edvaldo Ademilton,Edi nho eRubinho (Tadeu); Pintinho, Rubens GálaxeeClebí-wy Robertinho,Parraro (Gilcimar) e Zezé. Gol*: Mendonça aos l 7 e 23 e Silva oo* 39minutos òo primeiro tempo, Mendonça aos 34 do 2o tempo.

Há coisas que realmente só acontecem com o Botafogo. Avitória de ontem sobre o Fluminense é uma prova. Nào apenaspela goleada de quatro a zero, mas pela sua quase impecávelatuação, tanto técnica como taticamente. Foi uma exibição quedeve ter surpreendido os seus próprios torcedores, certamenteaté mesmo seus dirigentes, todos eles acostumados à irregularconduta do lime durante todo o Campeonato.

Só o técnico Jorge Vieira ê que náo deve ter-se surpreendi-do. Claro que nào esperava uma vüória táo fácil assim. Mas foiele, na verdade, quem a preparou desde o domingo passado,quando viu o Fluminense vencer o Flamengo, e armou umesquema especial anunciando que. se bem executado, difícil-mente perderia.

Atuação Perfeita

O jogo desde o inicio pertenceu ao Botafogo. Executandocom a máxima aplicação o esquema de seu técnico, o time parttupara cima do Fluminense, marcando por pressáo. náo daiulo omenor espaço, notadamente a Pintinho e seus companheiros demeio-campn, inteiramente neutralizados.

Esse domínio foi acentuando-se à medida que o time ganha-va confiança, com a certeza que estava bem em campo. Agoleada começou aos 17 minutos, quatuio Silva aproveitou umabola mal controlada por Edinho, deu a Mendonça e este enco-briu o goleiro. Pouco depois, com o Botafogo animado, pressio-nando, Renato Sá entra livre, bate o goleiro, mas sem ângulo iadar a Mendonça livre, quando Edinho corta com a máo. Pênalti.que Mendonça bate muito bem. O gol acaba por descontrolar oFluminense, preso, anulado pela cerrada marcação. No deses-pero, o time tenta ir á frente e da espaço para uma descidaconjunta de Renato Sá, Marcelo e Vanderlei. Este recebe ao ladoda área, caminha e chuta forte. Paulo Goulart náo segura eSilva, rápido, toca para marcar o terceiro gol, decidindo prati-camente a partida.

A justa goleada

O América pressionou no fim, mas o goleiro Benitez garantiu oi a 1

O segundo tempo só foi diferente do outro porque o Botafo-go, senhor da situação, com a vitória plenamente assegurada,náo foi tão aplicado dentro do esquema de seu treinador. Nàochegou a facilitar, mas vez por outra algumas jogadas indivi-duais eram tentadas e houve um excesso de bolas atrasadaspara o goleiro Borrachinha.

O Fluminense começou tentando, na base da garra, umamudança no marcador. Partiu forte para cima do Botafogo echegou a animar a sua espantada torcida com duas ou trêsinvestidas que assustaram. Mas, como essas investidas emmassa criavam espaços perigosos na sua defesa e estavamsendo aproveitados pelo ataque do Botafogo, o time teve debaixar o seu ímpeto. Mesmo assim, o Botafogo náo forçou muito.mais preocupado em manter a vantagem de três gols.

Na metade desse tempo, o Botafogo fez entrar Gil e Dê. e osdois, descansados, passaram então a tentar mais um gol, gue.acabou surgindo para definir a goleada numa boa jogada deGil, melhor aproveitada por Mendo*iça. artilheiro e principalfigura da partida.

Foi, sem nenhuma duvida, uma vitória limpa, justa, dc todomerecida. Uma vitória da aplicação tática, da obediência a umplano de jogo previamente traçado e exaustivamente ensaiadodurante a semana. Surpreendente que o Botafogo tenha execu-tado tudo com tanto acerto e rigor. Surpreendente porque, atéàexibição de ontem, o próprio time duvidava da sua capacidade.Até então era um time intranqüilo, que se perdia a qualquercontratempo, jogando vitórias fora ou perdendo ridiculamentejogos fáceis. Ontem, no entanto, mostrou que é formado porjogadores de talento, de bom futebol como Mendonça, RenatoSá, Marcelo e Wecsley que formam um excelente meio campo.Um time que, pelo que se viu ontem no Maracanã, só prectiamesmo confiar mais em si mesmo. Acreditar que tem capacidadepara vencer um clássico com a facilidade com que o fez na tardede ontem.

Meio-campo foi ogrande destaque

Borrachinha — Tranqüilo, seguro, sabendo sair do gol nahora certa, fez um bom numero de defesas, mas a sério mesmosomente duas vezes foi empenhado. E saiu-se bem.

China — Atento na marcação, nâo deixou Zezé livre nas«uas tentativas de ir à Unha de fundo. Jogou com multadisposição como de hábito.

Lula Cláudio — Sempre presente nas ações da área, marcoucom precisão a Parraro, levando sempre vantagem contra osadversários. Gosta de sair jogando, o que é importante para oUme quando dá certo. Ontem deu.

Renê — Outro que se destacou pela aplicação com quedisputou a partida, nào facilitando nunca. Uma boa atuação,principalmente nas bolas altas, onde ganhou todas.

Vanderlei — Foi a sua melhor atuação no Botafogo, Justifl-cando a preferencia do técnico Jorge Vieira. Anulou tranqüila-mente a Robertinho e foi eficiente no apoio.

Wecsley — O melo-campo foi sem dúvida o ponto alto dotime ontem e Wecsley um dos seus destaques. Como toda aequipe, marcou em cima, não dando espaços e soube sempre seruma boa presença no ataque.

Mendonça — Numa tarde em que todo o time esteve muitobem, foi o melhor de todos. Marcou, desarmou, construiu e foiainda o artilheiro da vitória com três gols.

Renato Sá—Encarregado de marcar Pintinho, exerceu comadmirável aplicação essa tarefa, não deixando ao adversárioespaços para se movimentar, anulando toda a sua ação ofensiva.

Zi» — Mais & vontade na ponta direita, fez um bomprimeiro tempo, envolvendo seu marcador com toques curtos.Depois diminuiu o ritmo e acabou sendo substituído na metadedo segundo tempo.

Gil — Entrou no lugar de Ziza, teve participação efetiva noquarto gol e quase marca o seu no final.

Silva — Embora a sua baixa estatura geralmente o prejudi-que nas bolas altas, é um jogador que se movimenta muito e estásempre atento aos lances na área. Por Isso, fez seu gol, valendo-se do rebote do goleiro.

Dé — Entrou no fim e nâo chegou a ter grandes oportuni-dades.

Marcelo—Outro grande nome da partida, pela movimenta-çáo constante, que sempre perturbou a defesa do Fluminense.Colaborou na conquista de dois gols.

Paulo Goulartfez até demais

Paulo Goulart — Na verdade não teve culpa em nenhumdos quatro gols que sofreu. Salvou, isto sim, uns dois ou trêsmais.

Edvaldo — Confundido pelo constante deslocamento deMarcelo e Renato Sá, que seguidamente entraram pelo seusetor, acabou náo marcando certo. Por ali o Botafogo fez doisgòls.

Ademilton — Lutou multo, mas com as subidas de Edinhose perturbava e ficava perdido, cometendo indecisões fatais.

Edinho — Talvez sentindo que os companheiros da frente,bem marcados, náo rendiam, achou de se mandar para o ataquee com isto comprometeu seu time. Os dois primeiros golssurgiram de jogadas pelo seu setor.

Rubinho—Nâo esteve bem, levando desvantagem com Zlzano primeiro tempo. Tentou apoiar, mas errou muitos passos.

Tadeu — Substituiu Rubinho e também náo chegou a sedestacar, entrando quando o jogo já estava perdido.

Pintinho — Jorge Vieira compreendeu a sua importância notime e tratou de neutralizá-lo, colocando Renato Sá na marca-çáo. Teve pouquíssimas chances.

Cléber — Também ficou perdido com a marcação em cimafeita pela defesa e meio-campo do Botafogo. Lutou, mas semconseqüências.

Rubens Gálaxe — Como seus companheiros, perdeu-se nomeio campo, totalmente envolvido.

Robertinho — Muita luta. alguns centros sobre o gol e nadamais. Foi dlficil vencer a marcação de Vanderlei.

Parraro — Coritundiu-se ainda no primeiro tempo. Lutavatambém.

Zezé — Em boa forma, foi o que mais trabalho deu. mas noseu duelo com China náo chegou a levar vantagem.

Gilimar — Tentou, mas nada conseguiu de pratico.

JORNAI 00 BRASIL O segundo*feiwT227t077y"1^ WCaéèrnè FUTEBOL O fFoto de Almir Veiga ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦Ma

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Vanderlei e Mendonça vibram com o gol de Silva (ao centro). 0 placar de 3 a 0, ainda no primeiro tempo, acabava com todas as esperanças do Flu

Carlito no Maracanãantecipou a vitória

Há muito tempo sem ir a um logo exclusivamente paratorcer pelo Botafogo. Carlito Roclia finalmente apareceu noMaracanã, ontem, para ver uma brilhante atuação do timeque sempre amou. Ligado eternamente à história do clube,Carlito Rocha, mesmo aos 79 anos. mostrou aquela antigahabilidade para adivinhar um resultado: ao chegar aoestádio, ojirmou a um amigo que o Botafogo venceria por 3 a0.

0 dirigente, já evidenciando os sinais de sua idade,amparado sempre por um amigo e apoiandose numa benga-Ia. errou por apenas um gol. mas mostrou o mesmo espiritoromântico e aguerrido de outros tempos, fazendo questão deir ao vestiário para conversar com os jogadores e outroscompanheiros de clube E, como nos bons tempos, provou orespeito que impunha e ainda impõe, dando orientações aosmais novos e até mesmo uma reprimenda em Rogério Cor-rea, vice-presidente de futebol:

O Botafogo é imortal — disse Carlito a Rogério — eprecisamos recuperar o «osso velho Estádio de GeneralSeveriano. Nada nos impede. Foi ali que vivemos as glóriasde outros tempos, fomos nos que demos 13 jogadores para asSeleções Brasileiras que conquistaram três campeonatosmundiais.

Para um radialista que o procurou logo que entrou novestiário, confessou que náo ia aos jogos exclusivamentepara ver o Botafogo há cinco anos. Na última vez que pisouno Maracanã, náo foi para ver o seu time jogar e sim paraentregar uma taça ao lime campeão do Torneio Inicio de1977:

Foi uma homenagem que Francisco Horta, na épocapresidente do Fluminense, me prestou, colocando o meunome no Troféu dó Torneio Início. Ele me pegou em casa e metrouxe ao Maracanã. Esta é a primeira vez em cinco anosque venho a uma partida do meu Botafogo. Aliás, eu sou oúnico dirigente que tem duas vezes seu nome em Taças deTorneios Inicio. Quando cheguei ao estádio, disse que nósvenceríamos por 3 a 0. Vencemos por mais, melhor. 0Botafogo é eterno e se eu ocupasse um novo cargo no clubeiria trazê-lo novamente para suas origens, para GeneralSeveriano. Ali estáo nossas raízes.

No meio da euforia pela vitória - que dá ao clubenovamente chances de conquistar o terceiro turno - enquan-to os jogadores mostravam satisfação pelo prêmio estipula-do - CrS 20 mil para cada um - Carlilo Rocha chamavaWecsley para uma conversa:

Vou falar a você como falava nos meus tempos depresidente. Você e um grande jogador; lem tudo para progre-dir. Mas náo pense que basta apenas treinar e jogar bem.Tem de se dedicar, dormir cedo, nào deixar se envolver pelosucesso.

Os jogadores do Botafogo se apresentarão amanhãpara treinamento em regime de tempo integral. 0 time paraa partida contra o Goitacás, sábado no Maracanã, é omesmo que começou jogando ontem.

Americano não aceitar jogar com Flu à tarde^\

Os dirigentes do Americano, que na semana passadatinham concordado em antecipar para as I6h o jogo contra oFluminense, depois de amanhã, no Maracanã, agora volta-ram atrás preferindo manter o horário da partida para as21hl5m. Ojogo será quase ao mesmo tempo em que a SeleçãoBrasileira enfrenta a do Paraguai, em Assunção, com lelevi-samento direto para o Rio.

0 Americano, segundo o vice-presidente de futebol doFluminense, Gil Carneiro de Mendonça, impôs uma condiçãopara qualquer modificação da partida: Ela tinha de sertransferida do Maracanã para Campos. Apenas nesta hipó-tese haveria uma alteração na tabela feita pela Federação.Como o Fluminense prefere levar prejuízo financeiro acorrer o risco de empatar ou perder num campo de menoresdimensões, o jogo será mesmo na quarta-feira á noite.

— Então viremos só nossos jogadores, nossa diretoria ea imprensa. Acho até melhor colocarmos no vestiário umtelevisor, porque ai quem puder fica assistindo ao jogo dcAssunção - ironizou Gil Carneiro dc Mendonça, visivelmen-le. contrariado com a decisão da diretoria do Americano,além da derrota de seu time para o Botafogo.

Desastre

Para o lecnico Sebastião Araújo, a goleada diante doBotafogo foi um desastre que os jogadores do Fluminense,por sua juventude, tèm de aprender a superar. Ele nàoconsidera sua equipe sem condições de conquistar o terceiroturno, embora ache que tudo ficou bem dificil:

Foi realmente um desastre, mas náo podemos nosabater porque ainda temos chances matemáticas de conquis-tar o terceiro turno. 0 time e muito jovem, necessita amadu-recer mais e isso è um acidente do futebol. Precisamostreinar muito para melhorar.

0 treinador do Fluminense nào acredita que seu timetenha entrado em campo mostrando excesso de otimismo,subestimando o Botafogo. Para Sebastião Araújo, a derrotacom o placar bastante dilatado foi um reflexo da superiori-dade do adversário:

Perdemos alguns gols no começo do jogo que muda-riam seu andamento. 0 Botafogo é um time mais experiente ese movimentou bem melhor. Seu técnico, Jorge vieira, armoubem sua equipe, com quatro jogadores no meio-campo.Fiquei decepcionado, o resultado foi um desastre. Tenteiliberar Edinho no segundo tempo, com a entrada de Tadeu,que ficaria mesmo de quarto-zagueiro, mas nào deu resul-tado.

O atacante Parraro, com suspeita de distensão navirilha, está fora do jogo contra o Ainericano. SebastiãoAraújo vai manter o ataque que terminou ontem, comGilcimar. Robertinho e Zezé. No lugar de Edinho, Tadeu serámantido e Carlinhos volta á laterat-esquerda. A cola doFluminense foi de Cr$ 1 milhão 249 mil 559.

Colocações

PG D GP GC

1 — Vasco 10 O 13 1Flamengo 10 I 12 4

— Botafogo 113 5— Fluminense 113 4— Goitacáz 13 13

Portuguesa 3 147 — Americano 4 9

Bangu 5 13

Artilheiros

Zico (Flamengo) 34golsRoberto (Vasco) 26 golsPaulinho (Vasco) 22golsCláudioAdão(Flamengo) 19Fumanchu (Fluminense) 18Dé (Botafogo) 16 golsMarcelo (Botafogo) 13 golsLuisão (Bangu) e Titã (Flamengo) 12Caio(Campo Grande) 10

Próximos Jogos

Quarta-feira

Fluminense x Americano — 21 horas, Maracanã

Sábado

Botafogo x Goitacás — 16 horas, MaracanãFluminense x Portuguesa — 18 horas, Mora-

cana

Domingo

Bongu x Americano — 15h30rn, Moça BonitaVasco x Flamengo — 17 horas, Maracanã

Campo Neutro

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Foto de Delfim Vieira

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O futebol aplicado de China conseguiu desta vez impedir as investidas de Zezé pela extrema

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José Inácio IF erneck

_T JTÁ coisas que só acontecem ao Bota-Ê—M fogo e coisas que só acontecem

J_ J_ com o Botafogo. O time reapareceuontem modificado, marcando em

cima a saída do adversário e desde oinício mostrando que o Fluminense teriamuita dificuldade, para derrotá-lo.

Os primeiros dez minutos assim sepassaram, até que o Fluminense foi encon-trando meios e modos de se soltar e equili-brou a partida. Podia mesmo ter marcadona frente, quando Pintinho virou livre emfrente ao goleiro Borrachinha, ao passoque a defesa Botafoguense parava, espe-rando a marcação de um impedimento.Marcaçáo que o próprio Pintinho pareceuesperar, pois chutou de virada meio apres-sado, embora twesse condições de botar abola no cháo e entáo concluir cara a caracom o goleiro.

Mas o próximo equívoco ria linha doimpedimento foi do Fluminense, e fatal. Adefesa adiantou-se e parou, deixando queSilva e Mendonça entrassem livres. Silvadeu a Mendonça, que fez o gol chutando depé esquerdo, alto, no canto esquerdo dePaulo Goulart.

¦ ¦ ¦

Ojogo

era bom, com empenho dosdois times, mas com muita lealda-de. O Fluminense tinha dificulda-de em sair jogando com Cléber e

Pintinho, sempre marcados de perto porWecsley e Renato Sá. Pelos flancos tam-bém estava difícil, com a aplicada vigilãn-cia de China e Vanderlei sobre os extremasZezé e Robertinho.

Esta por sinal foi a tônica do jogo, daparte do Botafogo: aplicação. Mas o Flu-minense forçou o ataque, ainda impulsio-nado pela autoconfiança adquirida na par-tida com o Flamengo, e podia ter empata-do, primeiro com Cléber e depois comZezé, aos 18 e 19 minutos. Àquela altura aprodução dos times era idêntica e o apro-veitamento de qualquer das duas oportu-nidades desperdiçadas poderia ter dado aojogo uma história totalmente diferente.

Mas a história a ser contada ontem eraoutra. Era a história de um time que,embora jogando bem, começou a construirsua derrota diante de um aplicado adver-sário através de uma sucessão de equivo-cos. No primeiro gol, falhara a defesa nalinha de impedimento. No segundo, que oBotafogo marcou aos 23 minutos, falhouprimeiro o lateral Rubinho, abandonandoZiza para procurar antecipar-se em umabola perto da linha divisória do gramado.O erro poderia ter sido corrigido por Edi-nho, que veio na cobertura, mas esquecidode que, a ele, ninguém cobria. Em vez dedesmanchar a jogada, interrompê-la, chu-tar a bola para a frente de qualquer jeitoou até para a lateral, Edinho quis sair comela dominada e perdeu-a. Foi seu primeiroengano. O segundo ocorreu em seguida, aofazer um hands-pènalü desnecessário,quando Paulo Goulart já tinha saído edefendido.

Com 2 a 0, o Botafogo plantou-se epassou a explorar os contra-ataques, tare-fa que lhe era facilitada pelo, já àquelaaltura, desespero tricolor. O Fluminenseprocurava voltar ao vestiário com umadiferença menor no marcador, para virar ojogo no segundo tempo. Voltou com 3 a 0 epraticamente derrotado, depois que atéPaulo Goulart falhou, largando um chutede Vanderlei nos pés de Silva.

¦ ¦ ¦

O

segundo tempo resumiu-se numatentativa arriscada do treinadorSebastião Araújo, tirando o lateralRubinho, que se acanhara por

completo, e substituindo-o pelo zagueirode área Tadeu. A principio Edinho foipara o apoio ao ataque, pela esquerda,mas logo depois Sebastião Araújo preferiudeixar Tadeu na esquerda, liberando Zezépara jogar pelo centro do ataque, Pintinhopara jogar mais avançado e até o próprioEdinho, para apoiar pelo meio.

Era a tática de um time que se expu-nha a todos os riscos e, assim expondo-se,o Fluminense acabou dando ao Botafogomais oportunidades do que criava para si.O Botafogo, embora surpreendentementefizesse entrar Dé no comando do ataque,em vez de colocá-lo pela esquerda, onde ébem mais eficiente, teve seguidas vezessuperioridade em número de atacantescontra os defensores do Fluminense, atéque aproveitou uma delas, com Mendonça,e chegou assim a um marcador de 4 a 0 jáàquela altura normal pelo que se passavaem campo.

DE PRIMEIRA: Outra vez muito boa aatuação do juiz Wilson Carlos dos Santos.Errou apenas uma vez, no primeiro tempo,quando deu um impedimento de um ata-cante botafoguense que vinha de trás. Po-dia talvez ter também dado mais um oudois cartões amarelos, por reclamação.Mas a demonstração de sua autoridadeficou no nível da partida, disputada sem-pre com absoluta correção e lealdade. Osjogadores sentiram a presença de um juizenérgico lll A Ia Corrida Rústica SantosDumont, disputada ontem no Aterro, tevemais de 900 participantes, e talvez o pró-prio número, que é em si um indicio desucesso, tenha concorrido para uma certadesorganização. Faltou sobretudo uma si-nalizaçáo adequada, que desse aos con-correntes uma idéia mais aproximada dadistância que os separava da chegada. Aprópria chegada era marcada não poruma larga faixa, mas por uma pequenatabuteta, impossível de ver ao longe.

4 O AMADOR JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 22/10/79 ~y

I*5 Caderno

Fim do Interzonal iconsagra Sunyé Icom nova vitória

¦/• • awffi«8it)^Ba___8_;foto de Geraldo Viola

A última rodada do Interzonalde Xadrez do Copacabana Pala-ce. concluída ontem à tarde, con-sagrou em definitivo a participa-ção do brasileiro jaime Sunyé Ne-to no torneio — com uma vitóriasobre o soviético Rafael Vaga-nian, que o deixou na quinta colo-cação e apontou os três classifica-dos para disputarem no próximoano. o Torneio de Candidatos aotitulo mundial, o alemão RobertHuebner, o húngaro Lajos Por-tisch e o soviético Tigran Petros-sina, todos empatados em primei-ro lugar, com 11,5 pontos. Sunyéfez 9,5.

Até ontem pela manha, apenasHuebner e Portisch tinham as va-

gas asseguradas no Torneio deCandidatos e o primeiro lugar noInterzonal. Huebner jogou na últi-ma partida quinta-feira e, quandoviajou à noite para a Europa, car-regava 11,5 pontos na bagagem.Portisch completou 11,5 ao empa-tar com Leonid Shamkovisch, sá-bado à noite. Assim, a última va-ga ficou entre Petrossian e o ho-landes Jan Timman. ambos com10,5 mas enquanto o ex-campeãomundial venceu o iugoslavo Bo-rislav Ivkov. passando também a11.5 Timman apenas empatoucom o cubano Guillermo Garcia,totalizando 11 pontos, em quartolugar e fora do torneio de candi-datos.

A Ascensão de SunyéO paranaense Jaime Sunyé Ne-

to tinha suspenso na noite desábado a partida contra o grandemestre soviético Vaganian, comum peão a mais, mas a posiçãoera de empate.

— Quando suspendemos, euachei que o resultado seria o em-pate e depois nas análises, vimosque havia um caminho para o•empate mesmo. Mas Vaganian Jo-gou uma outra linha e me deu aoportunidade para ganhar - expli-cou Sunyé.

Com a vitoria está em 67 lancesa sexta no Intezonal, Sunyé deve-rá aumentar bem a sua posiçãono ranking mundial. Se os cálcu-los do mestre internacional Ale-xandru Segai estiverem todoscorretos, o campeão brasileiropossivelmente subirá em 45 pon-tos o seu rating.

Isso pode parecer pouco masnão é, porque o máximo que umenxadrista pode aumentar depontos no rating num torneio são50 pontos. Portanto, Sunyé teveum aproveitamento excelente —comentou Segai.

Apesar de se ter tornado o sétl-mo brasileiro a conseguir o títulode mestre Internacional e do bri-lhante desempenho, Sunyé nãopassou a ser o brasileiro melhorcolocado no ranking mundial, de-pois de Mequinho. Ainda estão àsua frente o gaúcho FranciscoTrois e o paulista Herman Clau-dius. E junto com Sunyé — sepassar mesmo a 2 420 (atualmen-te tem 2 375) — está o mestreinternacional Segai.

Para mim, o que importa éque Sunyé tem apenas 22 anos —acentua o presidente da Confede-ração Brasileira de Xadrez, Sér-gio Farias.

Por isso, vou me empenhar-meao máximo para lhe dar condi-ções de disputar pelo menos unsquatro ou cinco torneios na Euro-pa, no próximo ano, começandoem janeiro.

Sérgio Farias chega a apostarno (Uturo de Sunyé:

Em menos de dois anos, achoque já será grande mestre inter-nacional e duvido se. em cinco ouseis anos, ele nâo estará disputan-do um Torneio de Candidatos.

O EncerramentoCom seus 9,5 pontos — equiva-

lente a 55% dos pontos possíveisno Interzonal. apenas 11% deaproveitamento a menos que fize-ram os campeões — Sunyé termi-nou empatado na quinta coloca-çáo com o grande mestre iugosla-vo, Borislav Ivkov.

Os ganhadores do Interzonalváo repartir entre si o total dostrês primeiros prêmios somados.A quantia de prêmios do masculi-no é de 300 mil francos suíços. Oprimeiro colocado, se houvesseum único vencedor, receberia 15mil, sozinho. Para Sunyé, que fi-cou em quinto, com Ivkov. o pré-mio será de 1 mil 750 francossuíços (correspondente à metadede soma do quinto e sexto pré-miosi.

Entretanto, os cheques para osenxadristas não foram entreguesontem à noite, como é praxe nostorneios enxadrísticos que envol-vem Jogadores profissionais. Paranáo ter que pagar uma taxa de30% sobre os prêmios em dinheirona compra de francos suíços, ospatrocinadores preferiram efe-tuar o pagamento global à Fede-ração Internacional (FIDEl, quedepois reembolsará os enxa-dristas.

Na classificação oficial da FI-

DE, por outro lado, apenas o ale-mão Huebner e o húngaro Por-tisch deverão aparecer como ven-cedores do Interzonal. Isto por-que. geralmente, ê aplicado o mé-todo Sormemborg de desempate— cada jogador soma os pontosfinais dos adversários que derro-tou e metade dos pontos daquelescom que empatou. Por este crité-rio, Huebner e Portisch somaram93 pontos, enquanto Petrosian, oúnico invicto do Interzonal, che-gou a 92,25.

Os resultados da rodada finalforam: Shamkovich 0.5 X Por-tisch 0,5; Torre 1X Hebertl; Ivkov0 X Petrosian 1; Sax 0 X Harandi1; Vaganian 0 X Sunyé 1; Smejkal0.5 X Balashov 0,5; Timann 0,5 XGarcia 0,5; e Kagan 0 X Velimiro-vic 1.

Classificação final: Io — LajosPortisch, Robert Huebner e Ti-gran Petrosian, 11,5; 4o — JanTimman, 11; 5o — Jaime SunyéNeto e Borislav Ivkov, 9,5; 7o —Gyula Sax, Eugênio Torre e YuriBalashov, 9; 10° — Leonid Sham-kovich e Jan Smejkal, 8,5; 12° —Rafael Vaganian, 8; 13° — Dragol-jub Velimirovic e Guillermo Gar-cia, 7,5; 15° — Khosrow Harandi,6,5; 16° — Luis Bronstein. 6; 17" —Simeon Kagan e Jean Hebert, 4,5.

Ioseliani, muito fácilO Interzonal feminino também

terminou ontem, mas a campeãera conhecida já há quase umasemana: a jovem soviética NanaIoseliani, de 17 anos, que sur-preendeu as mais velhas, conside-radas favoritas, como a compa-triota Nana Alexandria, de 27,que foi candidata e desafiante dacampeã mundial Nona Gaprinda-shvili.

Ioseliani. a húngara Zsuzsa Ve-roci-Petronic e a soviética Ale-xandria se classificaram nos pri-meiros lugares e participarão nopróximo ano do Torneio de Can-

didatas ao título mundial femi-nino.

A classificação: 1° — Nana Iose-lianl. 14,5; 2o — Zsuzsa Veroci-Petronic, 12; 3° - Nana Alexan-dria, 11; 4° — Gisela Fischdick eElisabeta Polihroniade, 10,5; 6° —Milunka Lazarevic e ValentinaKozlovskaya, 9,5; 8° — Kveta Ere-tova. 9; 9° — Tatiana Zatulovs-kaya e Borislava Borisova, 8; 11°— Jana Miles, 7,5; 12° — RachelCrotto e Jaysheree Khadilkhar,6.5; 14° - Barbara Hund. 6; 15" —Edith Soppe, 4; 16° - Ruth Car-doso, 1,5; 17" — Ana Lüisa Carva-jal. 0,5.

Djan explica posiçãoe admite voltar anadar pelo Fluminense

O nadador Djan Madruga, en-quanto nâo decide para que clubenadará nos próximos meses e emque piscina se preparará para osJogos Olímpicos de Moscou, en-tregou ao Fluminense, através deseus advogados, um requerimen-to onde afirma que suas declara-çôes tiveram apenas "o sentido demostrar ao público e às autorida-des que um atleta, para atingiríndices e condições para competircom sucesso nos certames inter-nacionais, depende de uma sériede requisitos técnicos e mate-riais".

Com isso, Djan não afasta ahipótese de continuar no Flumi-nense. clube que sempre defen-deu até o momento de suas decla-rações para uma estação de tele-visão, criticando as condições defuncionamento do clube Seu des-ligamento do quadro de sócios-atletas do Fluminense provocouviolentas reações de figuras proe-minentes do clube, mas agora équase certo de que ele não seretratará como gostaria SilvioVasconcelos, o presidente.

— Djan está afastado do clube.Pode voltar sim. mas só com ou-tro presidente. Comigo não.

Assim ter-se-ia expressado Vas-concelos depois do incidente de 7de outubro, que ele consideroumuito grave.

DIREITO DE DEFESA

. No requerimento encaminhadoao clube o nadadoi diz ainda .iue"os eminentes membros do Con-selho Diretoi. ao dia seguinte àentrevista à TV E. Canal 2. semouvir o acusado e sem lhe assegu-rar o direito de ampla defesa de-ram às declarações tipicidade àsinfrações capituladas nos Artigos76 B e 77 C.

E prossegue o nadador em seurequerimento.

— O atleta, pela sua vivência eexperiência em competições damaior importância no cenário in-ternacional e como fruto do está-gio feito em país super-desenvol-vido. sabe e quis mostrar que oesporte brasileiro ainda dependedo trabalho dos clubes e não temo apoio necessário que dê a essesclubes as condições ideais paraesse trabalho.

Djan frisa que. *ao transmitiralguma coisa de seu conhecimen-to sobre o equacionamento doesporte brasileiro, não pretendeuatentar contra a disciplina oupromovei' discórdia. O subjetivis-mo e a suscetibilidade na inter-pretaçâo do exemplo enfocadoparecem, data vênia. insuficiên-tes para enquadrá-lo em falta re-vestida de gravidade e capaz degerar uma penalidade tão exaspe-rada".

Usando esta argumentação, osadvogados de Djan requerem doConselho Diretor do Fluminensereconsideração do ato."com o queestará agindo na mais serena tra-diçào tricolor".

O requerimento é datado de 19de outubro e será apreciado peloConselho Diretor do Fluminensehoje à noite. Djan Madruga járecebeu propostas milionárias doCoríntians. de São Paulo, e doMinas Tênis Clube, de Belo Hori-zonte.

djan prefere iiao se pronunciarsobre sua «integração ao quadrosocial do ..*litbe porém é certo quenao naveia .etraiaçào Ele conti-nua acreditando que agiu correta-mente quando criticou as condi-çóes de funcionamento do Flumi-nense piscina em reparos, faltade aquecimento — e a estruturado esporte amador brasileiro.

Trevos e Santa Cruz foram os campeões dos torneios Roberto Boavista e Morada, que movimentaram ontem o campo de polo do Itanhangà

Fiães derrota Smith eganha título no golfe

Com a mesma segurança de véspera, quan-da eliminou Mario dc Luca. Ricardo Fiães. 16anos e a grande revelação do golfe carioca,conquistou ontem o titulo anual do GáveaGolfe, ao derrotar cm partida final Lee Smittipor 8 up.

Na primeira volta de 18 buracos, realizadapela manhã. Fiães demonstrou condição determinar vitorioso, ao impor uma diferença dequatro pontos Na volta decisiva, a tarde, con-solidou a vitória no 13" buraco dos 18 previstos,conseguindo uma vantagem de seis pontos. Aolado de Jaime Gonzalez. Fiães se tornou o maisnovo campeão do Gã.ea.

Segurança

Quem assistiu a vitoria de Ricardo Fiàesconsiderou-a muito justa . resultado de umaatuação que ie vem manifestando ha bastantetempo. Durante lodo o campeonato. Fiães man-teve uma atuação segura, bastante serena,mesmo com adversários de handicap menorcomo Mário de Luca. um dos mais expcnmcn-tados golfistas da cidade, e na final, contra LeeSmith, handicap três.

Considerado uma autêntica revelação.Fiães representa com Edu Faria e Camilo Osó-rio de Almeida uma boa safra para o futuro dogolfe do país. Com sete anos de golfe, Fiãescomeçou e cresceu no Gávea.

LaguneadaValendo a melhor bola em cada buraco, o

Itanhangà realizou ontem em seu campo naBarra a tradicional Laguneada. competiçãoque reúne equipes compostas de três jogadoresamadores e um profissional. A equipe vencedo-ra estava formada por Rui Zobaran, S. Zoba-ran, Richard Vogcl e Jorge Carlos, este último o

im

profissional do grupo, que acabou inclusiveganhando o titulo individual, derrotando entreoutros Luis Carlos Pinto

Foi também disputada paralelamente a La-guneada a Taça Acia Maidantchik para juve-nis. na modalidade par point. 18 buracos Ovencedor foi Jimmy Carroll Júnior com 41 net.A Laguneada teve bons momentos nos 18buracos em que foi iogada. A presença dealguns cadies e profissionais valorizou a com-petição e o seu resultado foi tecnicamente bas-tante expressivo. A segunda colocada foi aequipe formada por Anna Maria Linck. MarinaWalker e Joan Du-Chemin. que conquistou 5.tacadas net. contra 51 da equipe vencedora.

A terceira colocada jogou com Hélio Barki.Raul Hazan e Haroldo Antunes enquanto aquarta colocada formou com Laurt Henrique.Pepe Torres c Leonardo Lins Na contagementre os profissionais Jorge Carlos com 72tacadas ficou em primeiro lugar O segundocoube a Acyares Dias Campos, com 74, e oterceiro a Luis Carlos Pinto, com 7b

Brasil e Chilesão os campeões

Assunção — Brasil no feminino e Chile, nomasculino, foram os campeões do 34" Campeo-nato Sul-Americano de Golfe, encerrado ontemnesta cidade com a participação de 10 paises. Adiferença do Chile para o Brasil no masculinofoi de apenas um ponto, enquanto as brasileirasvenceram fácil o título feminino, com três pon-tos de vantagem sobre a Argentina.

A classificação final foi; Masculino. Chile. 15pontos. Brasil 14. Colômbia e Argentina 13.Venezuela 12 e Paraguai 8. Feminino: Brasil 16pontos. Argentina 13, Uruguai 10, Peru 9. Co-lòmbia 8, Chile 7.

Foto de Geraldo Viola

BS 11

Luis Carlos Pinto ficou em terceiro entre os profissionais

Trevosganhamno pólo

O campo dc pólo do Itanhangàteve ontem um dia movimentadocom a realização de dois tor-neios. Pela manhã, os trevosvenceram os Fantasmas por 2,3 a2 e sagraram-se campeões do Tor-neio Roberto Boavista, por han-dicap — os Trevos tinham 0.3 devantagem. A tarde, num torneioamericano, o Santa Cruz foi <*am-peào do 6° Torneio Internacionaldo Rio de Janeiro labertol. fican-do de posse da Taça .Morada.

No jogo da manhã os Trevosformaram com Luís Carlos dePaiva Chaves, Pio Cecotti (autorde um goll, J. B. Paiva Chaves eJoão Franco Pontes (II enquantoos Fantasmas perdiam com Ger-son Moraes Rego, Charles Tang,Paulo César Tovar lll e Saul Ma-deira (1).

Na disputa da tarde, fpita emsistema americano com três jo-gos de três tempos cada um, oSanta Cruz, com 15 gols de handi-cap, formou com William Prety-man, Hector Silva, Sérgio Vilelae Ronaldo Xavier de Uma. OsTigres jogaram com Paulo CésarTovar, Daniel e Armando Klabine Jorge Rangel, com um total de18 gols de handicap e o Globoformou com Sérgio, Mauro e An-dré Figueiredo e Saul Madeira,somando 11 gols de handicap.

Niteróiê campeãode rúgbi

A equipe A do Niterói RugbiClube conquistou ontem o titulode campeã brasileira, ao derrotaro Guanabara por 26 a 10, no cam-po improvisado da Vila Olímpicada Gama Filho, em Jacarepaguá.O Niterói joga domingo contra oSáo Paulo Atlético Clube, mas oresultado dessa partida não mo-dificará sua condiçào de cam-peào.

O Guanabara não teve sucessocom sua equipe A, mas a B derro-tou o Niterói por 36 a 3 e ficou como titulo da categoria; domingovolta a se apresentar na VilaOlímpica da Gama Filho, enfre-tando a Faculdade de EngenhariaIndustrial, de Sào Paulo. A parti-da começará as 14 hs.

Soldanvence emInterlagos

Sào Paulo - O piloto gaúchoWalter Soldan confirmou o favor.-tismo e ganhou a quarta etapa doCampeonato Brasileiro Fiat-147,disputada ontem no Autódromode Interlagos. o que lhe valeuretornar à liderança da competi-çào, após ter sido desclassificadoem Goiânia, no último dia 7 On-tem. ele venceu com firmeza asduas baterias.

O segundo lugar pertenceu aAttila Sipos, ficando o terceiropara Héüo Matheus. Coube aindaa Soldan estabelecer o melhortempo, com os 3m46s48 obtidosna sexta volta da primeira bate-ria. correspondendo a media de125.158 km horários. Ele com-priu as 18 voltas em Ih08m49s89,fixando também novo recorde pa-ra a pista de interlagos. com umFiat-147 movido a álcool

Dividida em duas oatenas denove voltas jada a prova tevegrandes pegas entre os pilotosdas principais equipes inscritas,como a Milanu Glitolpiranga,Jardim italia e K_toK.Wamed Navéspera, o paulista Attüa Siposhavia conquistado a pole-position. enquanto Janjào Silva.ate então o hder do Campeonato,largou na terceira fila.

Adriane Silva empatacom Márcia Carvalhona ginástica olímpica

Adnane Silva iGama Filhni e Mareia Oarvnlho iTiiuca).empatadas, e Cláudio Lima iiiama Filhin foram os <-ampeoesindividuais do Campeonato Estadual de Ginástica olímpica,categoria infantil C encerrado intem noguiRSioda Universida-de Gania Filho em Piedade perante um bom público

Por equipes o Flamengo venceu a parte masculina e oTijuca, a femimna Os destaques da competição que começousábado, foram, alem dos vencedores individuais, Lins HeitorGonçalves e Guilherme Pinto, do Flamengo e Tatiana Figueira-do, do . ijuea. Após a competição, a Federação escalou a equipeestadual que participara rio Campeonato Brasileiro em Londn-na, dias 16, 17 e 18 de novembro.

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O público presente ao ginásio da Gama Filho, na Piedade,assistiu a uma boa competição de ginástica olímpica comdesempenho dos melhores ginastas da cidade na categoriainfantil, ate 14 anos. Na disputa masculina. Cláudio Lima. daUniversidade Gama Filho, conquistou o titulo com boa diferen-ça sobre o segundo colocado. Roberto Nasser, do Flamengo. Nosseis aparelhos. Cláudio Lima venceu n solo classificando-se emsegundo no cavalo com alça e no salto e em terceiro em argola.barra i* paralela

Na parte feminina, porém, o duelo foi maior Ficaramempatadas no primeiro lugar a.s ginastas Adnane Silva, daGama Filho, e Márcia Carvalho, do Tijuca. com 38.05 pontos Nodesempenho individual, Adriane ganhou o salto e Mareia aparalelas. O solo e a trave foram vencidos por Tatiana Figueira-do, que perdeua classificação porque nao foi bem no salto.

Para o Campeonato Brasileiro, a Federação convocou Clau-dio Lima. Roberto e Ricardo Nasser. Guilherme Pinto. LuisHeitor Gonçalves. Marcelo Azevedo. Adriane Silva. Mareia Car-valho, Tatiana Figueiredo. Flávia Guimarães, Marcela Alonso eEliane Pereira.

foto _e Carlos Agro

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Márcia Carvalho não se exibiu tão bemna trave como nos demais aparelhos

Gerulaitis ganha deVillas na Austrália

Sidney — O norte-americano Vitas Gerulaitis, cabeça-de-chave número um, sagrou-se ontem campeão do Torneio deTênis Custom Credit. disputado em quadra coDerta. na Austra-lia, ao derrotar por 4-6.6 3.6'1 e 7(8 o argentino Guillermo Vülas,que jogou com uma inflamação num dos dedos do pe

Logo depois de deixar a quadra com o titulo. Gerulaitis foiinformado de que seria multado em 250 dólares — a Crê 7 mil e500 — por haver feito com a raquete um gesto consideradoobsceno pelos juizes de linha. Ele teve uma violenta discussãocom o arbitro da partida e com os juizes.

Em Basiléia Suíça. Brian Gotfhea. dos Estados Unidos,gannou ontem o Campeonato Suíço de Tênis em quaara cobertae um prêmio de íõ iiul dólares - cerca ie . milhões 100 mil - aoderrotar o sul-aJricano lohan Kneg por / 5. 6 1 46 e 6 3.

Na final ne iuplas. js sul-airicarius Bob Hewitt e FredMcMillan toiam is campeões, depois le ierrotarem i norte-americano ttnan 'J-utined e j mexicano riauj Kamirez por 6'3.64

Em viadn i tenista Manuel iranies manteve mtem seutitulo ie :a_npeao espanhol au superai -üiuiiuu Munoz por 6 2.6 1 6 1 e ioi ¦-.anibem campeão ie íupia.-, pois iodando *omAntônio Gimenez. derrotou Andi es Guneju e Antônio Munoz por3 6. 6 4, 6'3.

JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 22/10/79 D 1° Caderno AMADOR. O -5

Fotos de Rubens Barbo**

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A força dos ventos não chegou a influir no rendimento dos barcos de maior porte, mas acabou causando problemas para as embarcações mais leves, principalmente os velozes Lasers

Botafogo empata comFia o Júnior de Remo

Uma prova extra de skitT, em 500 metros,decidira dia 25 de novembro o Campeonato Esta-dual Júnior de Remo, pois, na regata de ontem, naLagoa Rodrigo de Freitas, as guamições do Fia-mengo e Botafogo, únicos clubes que podem ficarcom o titulo, venceram três páreos cada uma e ,voltaram a empatar em número de vitórias (11).

Antes da largada do sexto páreo, o técnico doFlamengo, Buck, acusou os remadores e o treina-dor do Vasco, Doquinha, de estarem facilitando asguarniçôes do Botafogo, para prejudicar o Flamen-go. Ontem foram disputadas duas provas em ho-menagem ao Ano Internacional da Criança e osvencedores ganharam uma caderneta de poupan-ça no valor de Cr$ 1 mil.

Como o Vasco deixou de participar de váriasprovas e não tem mais chance de conquistar otítulo de júniors, o técnico do Flamengo, Buck,passou a achar que os remadores e o técnico,

. Doquinha, do Vasco, estavam ajudando indireta-mente as guarniçôes do Botafogo a vencer ospáreos. Doquinha se defendeu, afirmando queBuck é o único a fazer "molecagem" nas provas deremo e que, se dependesse dele e dos remadores, oVasco seria o campeão.

Segundo Doquinha, desde que saiu do Flamen-go, por ter se desentendido com Buck, surge essetipo de boato. Mas ele náo leva a sério, porque "sepudesse vencer todas as provas, não as perderia".Para ele, o Botafogo está disputando o título porméritos próprios.Nâo fossem as acusações mútuas dos dois técnicos,a regata de ontem seria tão monótona quanto asanteriores, embora os dirigentes da Federaçãotenham instituído um troféu para a torcida maisanimada e a Banda de Música da Aeronáuticatentasse animar o ambiente, executando os hinosdos clubes vencedores, na hora da entrega dasmedalhas.

Apenas as torcidas Jovem do Flamengo e Fiar-repiante compareceram ao Estádio de Remo eviram os páreos serem disputados por duas e atópor uma guarniçào. como fo! o caso da prova dedouble, onde participou apenas o barco do Fia-mengo.

RESULTADOSQuatro-com (júnior)1. Botafogo (Eduardo, Ricardo, Carlos, Mário e

Alexandre, timoneiro)2. Flamengo (André, Ricardo, Moacir, Hugo eRicardo Reis, timoneiro)3. Guanabara (Lúcio, Joaquim, Rodrigo, Eduardoe Fábio, timoneiro)

Quatro-sem (aspirante)1- Flamengo (Alexandre, Ângelo, Válter e Mar-ceio)2. Internacional (Jorge, Arypepe, Gérson e Ro-berto)

Dois-sem (júnior)1. Flamengo (João Constan e Carlos Eduardo)2. Botafogo (Marco Aurélio e Oscar Couto)3. Vasco (Flávio Heriberto e Gerardo Miguel)

Skiff (júnior)1. Botafogo (José Grynfogiel)2. Flamengo (Cassio Gula)Doublo (infantil)1. Vasco (Marcelo Dreicon e Maurício Ferreira)2. Botafogo (André Flores 8 Alexandre Maga-lhões)3. Flamengo (Fernando Ribeiro e Marcelo Bastos)Dois-com (júnior)1. Flamengo (Roberto Araújo, Márcio Fernandes eGuilherme Magalhães)2. Vasco (Wellington Leal, Afonso Celso e RicardoDreicon)3. Botafogo (Oscar Graça, Johnny Hossel e Ale-xandre)Quatro-sem (júnior)1. Vasco (Leandro, Marcelo, Ricardo e Alberto)2. Flamengo (Jacques, Marcos, Eduardo e EduardoFeijó)Skiff (aspirante)1. Botafogo (Sérgio Luis Dworakowski)2. Flamengo (Christopher Charles)Double (júnior)1. Flamengo (Ricardo Esteves e Carlos Eduardo)

Oito (júnior)1. Botafogo2. Flamengo

Uma força nova nas regatasDepois de cinco anos sendo representado quase

que exclusivamente por Paulo César Dworakows-ki, o Botafogo volta a participar e a disputar umtitulo do Campeonato Estadual de Remo, com 13remadores que se revezam entre um páreo e outroem várias guarniçôes. Segundo o vice-presidentede remo do clube. Antônio Carlos Azeredo, nopróximo ano o clube será bem representado tam-bém na competição de aspirantes.

Tudo começou em agosto do ano passado,quando a diretoria se reuniu e resolveu primeirocriar uma infra-estrutura, para atender os garotosinteressados pelo remo.

— Construímos vestiários, um tanque para

aprendizado e a garotada foi aparecendo paratreinar. Formamos várias guarniçôes e estamosbem no campeonato de juniores, embora comapenas 13 remadores, que ser revezam nas guarni-ções. O técnico Arnaldo Brand tem se dedicado aomáximo e o resultado já está surgindo — disseAntônio Carlos.

Na prova de ontem, tanto Arnaldo como Antô-nio Carlos arriscaram o título, ao desfazer a guarni-çâo do quatro-sem para reforçar o oito. O Flamen-go venceu o quatro-sem e ficou com uma vitória amais. Os remadores do quatro-sem e do doubleajudaram na formação do oito e garantiram oempate, no ultimo páreo.

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Gama Filho vence notênis de mesa dasOlimpíadas JB/Shell

A equipe masculina de tênis de mesa da Gama Filho,formada por Alaor Gaspar, José Maria, Jaime Wainberg eCarlos Drcssa, ficou com a medalha de ouro das 12a OlimpíadasUniversitárias dos Jogos JORNAL DO BRASIL/Shell. ao derro-tar na final a SUAM por 5 a 1. A terceira colocação ficou com aUSU. Na semifinal, a Gama Filho venceu a USU por Sal.

No setor feminino, a equipe da UFRJ — Rosane Kupfer eRosa Maria — obteve a medalha dc ouro, vencendo a GamaFilho na final por 3 a 2. A SUAM, que derrotou a UERJ 13 a 2)mas que perdeu para a UFRJ 13 a 1) ficou com a medalha debronze. As 12a Olimpíadas prosseguem hoje a partir das 12h, noClube Militar.

Pelo campeonato de iatismo. Pedro Bulhões (UFRJ) venceuas duas provas realizadas ontem, na raia da Escola Naval, eficou em primeiro lugar da classe laser, com três pontos negati-vos. O representante da UCP, Luís Oliveira Neto, ficou emterceiro na regata 7nas se colocou em segundo na classificaçãogeral, seguido por Ronaldo Senft (GF), terceiro colocado.

No setor feminino, o vento força quatro, considerado forte,prejudicou o andamento da regata, mas, mesmo assim, IsabelaPessoa Costa (AEVAi conseguiu cruzar em primeiro. Ela ficouem segundo na classificação geral, atrás de Simone Leal/LuisaVale. vencedoras da classe laser. SimoneILuísa foi a heroina daprova, pois enfrentou o vento sem medo, pois havia virado seubarco mais de cinco vezes nas duas regatas realizadas sábado.

Outros resultados: atletismo: HOm com obstáculos; Ivanil-do Sousa Pinto (UERJ), 15s2; 1500m: Cosme do Nascimento(SUAM), 3m05s20; lOOm: Altevir Araújo (GF), 10s03; 400m:Nelson Rocha dos Santos (GF), 49s05; 5 mil metros: JorgeRodrigues (SUAM), 15m35s4; 4xl00m: (GF), 42s08; vara MárioSouto Neves (GF), 4m; peso: Jorge Batista (SUAM), ll,79m;-dardo: Geraícfo Frazon (GF), 48,44m; 200m: Tânia Maria Miran-da (GF), 25s; lOOm com obstáculos: Jurema Henrique (GF),15s05; 800m: Mídia Oüueira Santos (GF), 2m2Ss4; 4x400m: (GF),4ml2s5; altura: Jurema Henrique (GF), 1.70m: peso: SandraPeres (GF), ll,27m; e disco: Sandra Peres (GF), 4S,94m; basque-te: AEVA 51 x 46 Celso Lisboa e UERJ 67 x 39 Estácio de Sá(masculino): vôlei: UFRJ 1517,15/8 e 1519 PUC; USU 15112,15/11 e15:11 SUAM; GF 1517, 15113 e 1516 UERJ (feminino) e PUC 1519,15:5 e 15/12 Somley; futebol de salão: NunoLisboa5x3MoraesJr, PUC 8x0 Celso Lisboa, GF5xO AEVA e SUAM 3 x 1 Somley;tenis: UERJ 3x0 SUAM, PUC 2 x 1 USU (feminino), GF 3 x 0AEVA, UFRJ 2 x 1 Nuno Lisboa e PUC 2x1 Sousa Marques(masculino); futebol: GF 1 x 1 Somley; Sousa Marques 2x0SUAM; Rural 4x0Bennet c PUC 1 x 1 UFRJ; andebol GF23 x 5Sousa Marques; UFRJ 14 x 13 Somley; Suam 18 x 16 UERJ eRural 21 x 12 PUC.

Programa de hoje

Os Jogos prosseguem hoje com os seguintes jogos: basque-te: UERJ x PUC (20Íii e Estado de Sá x UFRJ (21h). no ClubeMilitar; andebol: Sousa Marques x UERJ (20h)e Somley x Rural(21hi. na Plínio Leite; futebol de salão: Celso Lisboa x Somley(20hi, Nuno Lisboa xGFi21hi. SUAM x PUC (22h) e Moraes Jr xAEVA (23h), na USU; vôlei: Sousa Marques x Castelo Branco(14h). USU x PUC (I5h), UERJ x Sousa Marques (16h) e GF xBennet (17h), no Clube Militar; tênis: 9h, no Clube Militar.

Foto de Cristina Paranaguá

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Reynosoé campeãono Sul

Porto Alegre — O paulista JoséRoberto Reynoso Fernandes,atual campeào brasileiro de sal-tos, venceu ontem a série princi-pai do 4o Torneio Hipico Interna-cional Montab, montando TamboNuevo. O vencedor da série prell-minar foi o Tenente da PolíciaMilitar do Paraná, Marcos Rogé-rio Martins, que montou Raphael.

Pela vitória, Reynoso recebeuum carro Fiat zero quilômetroenquanto Marcos Martins ficoucom duas passagens aéreas, comestada paga. para Montevidéu ouBuenos Aires. A competição dasérie principal foi decidida numdesempate ao cronômetro entreReynoso Fernandes com TamboNuevo, Jorge Carneiro, do Rio.com First, e Cláudia Itajahy, tam-bém carioca, com Mar Sol.

CLASSIFICAÇÃO

Série principal: 1. José RobertoReynoso Fernandes (SP1 — Tam-bo Nuevo; 2. Cláudia Itajahy (RJ)— Mar Sol; 3. José Roberto Rey-noso Fernandes (SP) — Noa Noa;4. Jorge Carneiro (RJ), com Firste Capitu, Elizabeth Assai (RJ),com Prímer Agaua e Para Bellume Jomy Boesel (PR), com NumberOne.Série Preliminar: 1. Marcos Mar-tins (PR) — Raphael; 2. AntônioJoào Azambuja (Brasilia) —Black Fire, 3. Cláudia Itajahy(RJ) — Puma.

NO MARAPENDI

Disputada a segunda etapa dostorneios de saltos que o FazendaClube Marapendl vem promoven-do, as posições de liderança sofre-ram algumas modificações. A pro-va da Escolinha de ontem de ma-nhá — lm. tabela A e um desem-pate — foi vencida por FranclscaIsabel Teixeira, com Colorado,seguida de Luís Augusto Ichaso,com Sandro. Orlando Gouveia Jr.com Guri e Cláudia Cristina An-ton, com Porto Alegre. AgoraFrancisca lidera sua série com 19pontos, seguida de Mauro Men-donça, com Douradilho, com 11.

A prova de sêniores novos —l.lOm, tabela A, ao cronômetro —foi vencida por Oscar Medaglia,com Garrincha. Em segundo lu-gar ficou Ana Cláudia Novaes No-gueira, com Dinamite, seguida deFrancisco Anísio Neto, com Tava-res e de Frederico de Oliva, comDon Perez. O conjunto Ana Cláu-dia — Dinamite lidera a série com16 pontos seguido de perto porFrederico de Oliva-Don Perez,com 15.

Na terceira prova do dia, para acategoria sêniores, série interme-diária, a vitória ficou com AfonsoJosé Lemos, com Popepye, con-junto que está na liderança com16 pontos. O segundo lugar ontemficou com Roberto Manhães Bar-reto, com Trigner, seguido deBeatriz Hermany, com Yorkshiree, empatados em quarto lugarLuis Carlos Nolasco — Smile eMauro Tauleman — Douglas. Osegundo lugar na classificação ge-ral da série é ocupado por PedroFigueira de Mello, com San Mar-Un — 11 pontos.

PLACA

Na última sexta-feira, durantea realização do Torneio HarasPioneiro, disputado no Io Regi-mento de Cavalaria de Guarda,foi Inaugurada na arquibancadaem frente à pista, uma placa co-mo uma homenagem perpétua aoCoronel Fernando MonzonAbreu, falecido tragicamente noúltimo dia 11 quando preparavaum cavalo para um torneio.

.. .,,:.

^^p^èm****Com a tranqüila vitória do Oito no último páreo, o Botafogo se igualou ao Fia e agora haverá uma decisão extra

Telefone para264-6807

e faça umaassinatura cio

JORNALDO BRASIL

Petersen foi umdos melhores naregata da Ilha

Com vento soprando na direçãoLeste com força três, o que provo-cou a virada de barcos dc menorporte, a 33" Regata da Força Ae-rea Brasileira foi realizada na tar-de de ontem com sucesso na raiada Ilha do Governador, dirigidapelo Iate Clube Jardim Guanaba-ra. Dentre os vencedores, desta-cam-se Pedro Paulo Petersen. naclasse Laser. Alar Faria Júnior,na Lightining, Torben Schmidt,na Snipe.

Na raia da Escola Naval, comdireção do Iate Clube do Rio deJaneiro, Roberto Tacao, com obarco Mulié, ganhou o Campeo-nato Estadual da Classe Soling,cuja quarta e última regata, atarde, foi ganha por Vicente Brun,pilotando Cater. Para chegar aotitulo da cidade, Roberto Tacaoobteve um primeiro lugar, doissegundos e um terceiro, este naúltima prova.

NA ILHA

Cercada de grande expectativa.a 33a Regata da Força Aérea justi-ficou o que se esperava, apresen-tando um desenrolar muito bom,

com surpresas na disputa de algu-mas classes. Pela manhã foi a vezdos braços da classe Optimist.reservada para Iatistas até 14anos de ambos os sexos. Com araia calma, foram à água cerca de60 barcos.

A tarde, a partir de 13h30m. asoutras classes em número de 9foram se alternando na saida.com espaço de três minutos deuma para outra. A classe Oceano,de barcos maiores, foi a última asair e teve um percurso maior. Asdemais fizeram o percurso olímpi-co defronte â raia do Iate ClubeJardim Guanabara. No tempocorrigido, na classe Oceano, ovencedor na categoria VI foi obarco Kalcma, comandado porJosé Avelino Assunção.

A força do vento e o pega entrea.s classes resultaram na viradade alguns barcos laser, pingüim,hobie-cat 14 e snipe. Segundo osorganizadores da competição,nào foi o vento o responsável pe-las viradas. A maior incidênciaresulta do empenho dos competi-dores para náo serem ultrapassa-dos. Somando-se Isso ao vento,quase sempre acontecem o em-borcamento.

RESULTADOS

Lnser (Sêniores) Pingüim1 r*u-Txa Flávio Pet «oto

Caiçaras Pedro Pou Io Peter v>nBoato Arnaldo Fernandes SNIPEBeezoo Silvio HoHmann

Muieat fortvnSrhmiHtLoser duniors) 2 Umòo Kuri Diemer

Winner Luis l/rnos"iWfí Oaud.a N.-,..-onle ÜGHTINING3 Sobido Carlos Eduardo /•Aartinj L w

I AlmorV Alj.fi Fnno JunmrXinana SergioGiIboert

, _ . v 3 TiorgoVI Guilherme da Silva

Traborana Marcl Ar-.'-HfCumolo Serg.oGc.re.km oaANO

(ClAS5E V|)

Hob'e Cat , v . ,I Kolnma jos* Avelino Assunção

Tilico Pa ilaBr iaCro-Cal André ¦'ora.s IONINHA

(CLASSE VI)Krn-Kol Cnsl.oneKranen

I Hanieat II Arioifr.LK.bouH<*'* Cal 16 2 HeinMuock GerhardWm.

Ahioll PedroEndlnsBougcinv.ll. Anel «Ws ^^

CariocaOunçado CarlosGomes ' TiorgoVI V*_ir*.loPinh-*)iroSeno Luis Corlos SanloOuz 2 Pois NewranPasiosBlitz Rafcd Lorenz 3 Jardtm Guanabara Se'g<0 Pirei

Atleta da Gama Filhovence Corrida Rústicado Dia cio Aviador

Gilberto Dias da Silva, repre-sentando ,n Asso.cw.ção AtléticaUniversidade Gama filho ga-nhou. entre 1 mil 60 atletas, aCorrida Rústica Santos Dumont.disputada na manha cie ontemcom satda na Avenida das Naçõese chegada no Aeroporto SantosDumont. em homenagem ao Diado Aviador.

A parte feminina foi vencidapor Soraia Vieira Teles, que co-briu o percurso aproximado de 6mil 500 metros no tempo de22m39s. Os cinco primeiros colo-cados em cada categona (mascu-lina e femininai. veteranos, infan-til. Juvenil e adultos, receberãocomo prêmio passagens com di-reito a um acompanhante paravisitar algumas cidades atendi-das por linhas do Correio AéreoNacional.

Os cinco primeiros colocadosna categoria de adultos são atle-tas federados e com destaque noatletismo carioca. Gilberto Dias.da Gama Filho, especialista emcorridas de meio fundo, por váriasvezes conquistou títulos brasilei-ros. Aluisio Celestino, o segundocolocado corre distancias longastendo vencido provas em TroféuBrasil. Damião Machado Lourei-ro. também da Gama Filhe, énome importante no atletismo daCidade, o mesmo ocorrendo comCarlos Alberto Alves i4° colocado ie Jorge Cordeiro (5" colocado!.

Soraia Teles, recordista sul-americana dos 800m e 1 500m é daequipe brasileira que irá ao Sul-Americano no mès que vem, naColômbia.

Nova Iorque — Pela quarta vezconsecutiva o atleta norte-americano Btll Rogers venceu aMaratona Internacional desta ci-dade. cobrindo o percurso de42.195 km. no tempo de 2 horas, 11minutos e 42 segundos. Bill, me-lhor fundista dos Estados Unidosna atualidade, 31 anos, chegou aum minuto e meio na frente dosegundo colocado, também norte-americano. Kirk Pfeffer.

Entre as mulheres, a noruegue-sa Greta Waitz, de 25 anos, tor-nou-se a primeira a fazer o percur-sos da maratona em menos de 2horas e 30 minutos. Ela cruzou alinha com o tempo de 2 horas, 27minutos e 33 segundos, na frentede Giüian Adams. da Inglaterra,com o tempo de 2 horas. 28 minu-tos e 31 segundos.

Em Perth, Austrália. HomeDay. de 61 anos. estabeleceu umnovo recorde mundial ao percor-rer a pé. durante cinco dias, adistância de 535 quilômetros,dando ainda uma volta no parqueprincipal da cidade. A sua marcaanterior err. de 513 quilômetros. Ovencedor recpbeu de prêmio maisde CrS 300 mil. que serão destina-dos a construção de um hospitalna cidade.

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6 O TURFE JORNAL OO BRASIL segunda-feira, 22H0/79 Io Caderno

Adalgoganha emS. Pau/o

São Paulo — Com otempo de 3ml2s9. o ca-valo Adalgo (Figuronem Ora Veja) de pro-priedade do Stud Patri-cia e treinado por S. Lo-bo, venceu ontem oclássico PresidenteJoão Sampaio, corridana distância de 3 000metros na pista de gra-ma leve. Antônio Boli-no, que montou Adal-go, liderou o páreo deponta a ponta. A dota-ção foi de Cr$ 130 mil aovencedor, mas o curió-so é que apenas trêsanimais tomaram parteda prova, que não teveapostas. Grajo, comJorge Garcia, ficou emsegundo lugar, batendoa Del Vasco na forma-ção da dupla. Movi-mento de apostas emtoda a reunião de Cida-de Jardim foi de Cr$ 21milhões 120 mil 787 e osportões arrecadaramCr$ 4 mil 886.0 BettingDuplo Exato não teveacertado..

.1° Páreo — 1.500 M. A.L. —CrS 62 millc Piing J.Amoral2° Equipage J.M Amorim3° Lady Malvma J Tavareslempo. V34**8S. Finais 26 6 e 13 2Vencedor 0.22 Duplo (16) 1.92Placês (6) 0.17 (I) 0 56 Prop eCriador: Hcirns Interlagos Ltda treina-dor. P Nickel Filiação Interlagos emPisa

2° Páreo — 1.400 M-Aprox — G.L —0$ 62 millc tombau - J GamaT Ibango - D.t AlbresT Alinkson A Bol.noTempo 126 IS Hnais 24*3 e 12 5Vencedor 0.17 Duplo (46) 0 2?Placês (6)0,12(4)0,16 Prop Helciolopps Franca Treinador SBprnmdn Fi-liaçáo. Venabre em titaka Criador. Ho-ras Estrela Novo Foi reclamado o cmimal Tambu por Hélcio Loops Franca

3° Páreo — 2.000 M-Aprox — Gl. —CrS 62 mil

R PenachioA Boiino

S P Barrosfc M Bueno

J i.war-r»_C Amestelly

\° Ossaryitp7" Cuca Legai3r' GrandoteA° Inbaraby5r' Heleboro6° Ama teu r7° Axioma fc Rodrigueslempo 2*0"7S. Finais 24 e I3*'l Vencedor. o,46 Duplo (36) 1 .76 Piores(6) 0.31 (3) 0,54 Prop f CriadorHaras ta mandato Irei nadai fc Gas irFiliação MaMerRii em Gávea

Clássico Presidente "João Sampaio"3.000m — Aprox. —G.t. —CrS 130Millr Adalgo - A.Bolmo2° Gron|0 J Gmria3' Del Vasco J M Amorimtempo 3*12 9s Finais 26 3 e 12 PProp Stud Patrícia Ireinfidot $ LoboFiliação Figurou em Ora Ve|0 Criador.Horas Rio das Pedras

4° Páreo — 1 BOOm —Aprox —GL. —CrS 75 mil1" Silvarioi J Silva2o Uhrman I.Ouinlono3" Hvnkuri A Valentelempo I 52'9s Finais Folharam Vencedor. 0.32 Duplo (78) I 31 Plmés(7)0,24(8)0.41 Piop Slud Blunienau. treinador R Freire Filiação Uivadot em Iraveva. Ct Jose Homem deAAello

5° Páreo — 1.400m —AL. —CrS 75milT Solgodoi DAII-iesT Siion • L Cavalheiro3" Royal City - • t Le Menei Flempo 1 27 3s Finais 25 2 e 12*7.Não Correu Don FacínoraVencedor 0.11 Dupln (67) 0 26 -Placês (6) 0.1 1 (7) Piop e Criador.Jose Homem do Mc Ho Irei nadorAC Lima Filiação Uivodot em RoHira

6" Pareô — l.OOOm. —GL —CrS 75mil1C Mola C Garcia2=' My Deoi Gill - ¦¦ IQii.nlcnio3" fcaípcin - - J Garciatempo 59 os Finais 24 fe 12 5 Vencedoi. 0 37 Dupla (3 7) 0 72 - Plocés(11)0,22(5)0,19 Piop Slud Amores.Treinador F.J Vivioni tiliação FlymgBoy em Belio Cnadoi Hatns MonoGrande

7° PAREÔ — 1.400m — o.l. —CrS 75mil1° Da (es man A Boi mo2° .apateto - J Garcia3" Helicopteio • fc M Buenolempo r25"8s Finais 25 r 12 7 NnoCOrteu Xuiim Vetn.er.or 0 50 Dupla(57)0 54 - Plncés (8)0.31 (5)0.17 -Prop e criador. Haras Rosa do SulTreinador S Lobo Filiação lumbleLarkem Arspnnlpia

8° PAREÔ — l.OOOm — g.l. —Cr$ 75mil — "Betting Duplo Exato"V Happy Clima* ¦ J Fagundes2*- Cleide J M Amorim3' Astreo - V. Matoslempo 100 4s Finais 25 4 e 12 7Não coi reu Jugeotte Vencedor 0 61 —Dupla (37) 0 77- Placês (11)0,29 (5)0.15- Prop e Cnodoi Haios Bondeirantes Treinador. A Magalhães F. Filio-ção Taurus II e Cotai Reet

-o.l—CrS 759° PAREÔ —l.tOOiTmil

Algo Tengo — L CavalheiroT Dominus — J Garcia3C Cest Si Bcin - - J. DacoslaTempo l'27"3s. Finots: Falharam Vencedoi 0 21 —Dupla (15)0.66— Placês(1) 0.15 (5) 0 34 Prop e Criador,Haras Jatobá Treinador. J. Loezer. Filia-ção Albor em Betsy.

10" PÁREO— 1 300 m— o.l — CrS 62mil. "Betting Duplo Exalo".

Galaaz — J Garcia_>' ttiegium — V. Matos_•" Loid Simpatia — A Deuslempo 1 19 8s Fines 26 3 e 12 6Vencedor 1.19 — Dupla (46) 2 64 —Placês (5) 0 69 (9)1 03 Prop Stud DosFlores Treinador: D Garcia FiliaçãoZaiuar em Liítíe Kost; Cnadün HarasMolunca.

Fato de Jose Camilo da Silvo

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Quando Homard era aclamado vencedor, após dominar o favorito Nelisson, Brighton surgiu para alcançá-lo no espelho

Ialème é força no melhor páreo' PÁREO — ós 20h00 — 1000 metros — Ouenoir — ImOOs — (Areio)

1 Brick E 6 Queiroz 56 3° (Í8) Alares e Pupim's 1100 NL Im08s3 C Roso2 PupimsP Cardoso 56 7 ( 8) Atores e Bricl 1100 NL Im08s3 R Morgado

3 Falante fc R Ferr". 55 T C2) Ognon e fcspocp 1300 NL lm24s J B Silvo4 Dauber.l.B.Pereira 57 7 i 8) Atores e Pupims 1100 NI lm08>3 A P. Silva

5 Calim G F Almeida 58 RI 8! Kodiu en n Irilook 1100 NL lm09^3 A A Silva• 6 Sociol t Freire 56 4* ( 8) Alares e Pupims 1100 Nl Im08s3 I Amoral

7 Fabino I Ricardo 57 7 , 6) tauto e Alquivir 1000 NM Im04sl H lobias

2o PAREÔ — ás 20H30 1100 metros — Galego -DUPLA EXATA

lm06s 2/ 5 —(An

1 ReolyRun G F Almeida 56 2 ! 5) Arçjo/ol e Flomntelr (BH) 1000 AL Im03s2 G F SantosEtois.J K Mendes ....... 56 9' (151 D Drake e* Saloodor (Cl*. 1300 AP Im20s4 A ArtuBolbi.j Malta 10 56 9 (15) Candy s Pel . G Challange 1000 AV. Im03sl J B Silva

4 BeloNick.J Ricardo 12 56 3' (12) Sm e Marcosminis 1000 NP lm02s A Arau|0Imbó.W Gonçalves 56 6 (12) Sin e Marcosminis 1000 NP I m02s w. PenelasMirão.E R Ferr" II 56 12*" (14) Uci e Duboi! 1,100 GL lm23sl A M Caminha

7 Estimado Amigo I B Per". 50 3' (15) Da Vinci e Regra Ires 1300 NL Irn22s S MoralesTioOumco.C Morgado 56 Estreante Estreante L AcunaDiqmo.R Silva 56 11" (11) El Corti|e e Argo/ol 1000 AL Im01s2 R Nahid

4-10 Argozol.J Pinlo 56 5o (12) Sm e Marcosminis 1000 NP Im02s H Cunha11 Prince Tigre, L. Gonzalez 56 9" ( 9) Flonabre e Sin 1000 AL lm02sl _ D Guedes17 Korh C Pensabem 56 13' (13) Kubnrk e Bochaumont 1600 AP Im43s2 W, P Lavoi

3° PAREÔ —às 2IM» —2100 melros — AAonocor — 2m!0s2. (Areia)

1 laleine G F Almeida 58 I' ( 9) U.ran e Velleln 1600 AU Im.llsl G Fei|ó? Aplon t Alves 5' 7(7) Amazon e li|olo 2400 GL 2m28s4. L Coelho3 Pinapolis.J M Silva 54 7 (13) Quality Sho» t Bagdan 2100 NP 2m20s2 R Nahid¦

Bamborinl.J Ricardo 52 4,J ( 7) Beagle e Ace oi Aces 1600 AP Im41sl R Nahid4 Filmador.W.Gonçolves 51 1' ( 7) lorpiller e Su Richard 1600 NU Im42s2 A Nahid

5 Wil/ E Ferreira 52 7' ( 8) llurbi e Brond New 1500 GL Ini29s3 W Aliano

4o PÁREO — às 21h30 — 1600 melros — Forinelli — lm37s2J5 • - (Areia)

lauon J Ricardo . ... 55 Io 9) Snow Rublo e lotai 1300 NL Im20s2 A Arautoloipiller.G I Almeida ... 56 2" 6) Anstarco e King Bro/a 1600 NL lm41sl. G F. SantosMezobi,A Oliveira 54 T 7) Que Candoioso e Quest 1300 NL lni2ls I AmaralKingBroza.A Ramos, 57 4r 9) Franklin e Last Arrow '500 Gl ln.30sl. E CoutinhoBlu I M Silva 56 4* (12) Hibisco e Fritz Rolfs 1300 GL lmlBsl P Morgado

Su Richard, VV. Gonçalves. 57 5' 6) Arislorco e lorpiller 1600 NL lm4lsl A VieiraAncião,R Silva 57 8' 9) Franklin e Losl Arrow 1500 GL lm30sl. R Morgado

5o PAREÔ — às 22hOO - - 1200 metros — latogan -DUPLA EXATA

¦ tml2s2/S —(Areio)

1 MnrinCarmen,R Silvei 11 57 2 (12) Cheetah e Boa Pedida 1100 NL lm09s R Morgadodianteira, Jz. Garcia...... 57 10° (12) Cheelah e Maria Carmen 1100 NL Im09s SM AlmeidaGuouba.W. Costa 13 57 6o (10) Dilma e Navalha 1300 NL Im23s3 JD Morena

4 Boa Pedida. J Pinto 57 3o (12) Cheelah e í/toria Carmen 1100 NL lu,09s JM AragãoOilentinha.S P.Dios 57 Estreante Estreante JB SilvaPodesCrer.L Gonzalez 57 T ( 8) Erez e Estimado Amigo 1000 NP Im04s2 CIP. Nunes

7 Encalhado,J.M Silvo. 14 57 1V (13) Eutanàsia e Buiel (CJ) 1600 NU Im41s4, S MoralesApontada J Escobar 57 4o (10) Dilma e Navalha 1300 NL Im23s3 S MoralesUchila.P.Ieixeua 10 57 6C ( 9) Juruaia e Boleadoro 1300 NP Im23s3 WG Oliveira

Pussura.J Ricardo 12 57 3' ( 7) Beguina e Heleno de Ego 1200 NL Iml6s3 A Ricardo10 Cerva,G.F.Almeida 57 5° (10) Ciloca e Ambush

1200 AP Iml7s R Nahid

11 Jesse Doll. fc R Feri" 57 I Io (14) Mannocia e Mano Carmen 1200 Nt Iml6s4 J Borioni12 StolusFilly JF Franga 57 3r (10) Dilma c Navalha 1300 NL Im23s3 JE Souza' Encarnara. P. Vignolas 57 9° (12) Cheelcih e Mana Cormen 1100 NL lm09s JE Souza

6o PÁREO —às 22h30 — 1200 mettos — lotagon — lml2s2J5 - (Areia)

I Lady First.GF Almeida 56 1" HO) Er.dane e Raspadeira 1300 AL Im22s2 Fei|62Roiso JMSilvo 56 8r i 91 Olnnio e Uig 1300 NL !m22si M Fernandes3ExcitingGitl.J Esteves ....... 56 1' i 8) Gowan e Meg Rose 1500 AL !m35s! Costa¦Uanyoustine.AFeueita 56 ( 8) Moina e E.acta 1.100 GL Im24s3 A Silva5SweetPat. J Ricardo .... 56 1' (15) Luna Blnnca e Gnmsby 1000 AP Im03s P. Gomes5Ebolhzione,W.Costa 56 5o ( 5) Zarina e Frésia 1000 At Im03s4 P GomesôCaivmg.J LMaiins 56 _¦' (10) luyupesa e Auncula 1200 NL Irnl5s4 A Limeira7Agom.a,I B Pereira. 56 4o (10) luyupesa e Carving 1200 NL Iml5s4 Morales

7o PAREÔ — às 23h0O — 1300 melros — Yord — ImlBs 3/5 — (Areia)

1- 1 GraecusR Silvo 56 7 ( 8) Du Guesclin e Sanloncte' 1200 NP Iml4s4 R Morgado2JonoCPensat)ein 56 lc ( 91 El Sol e lachm 1300 Gt Iml8s2 S I Cornara

2 ¦3lrorilove.Jfcsco.ai 56 P (12) Joeiro e El Mndiuandoi 1100 NL Im08s3 IrV. Meuelles4Fanuil.AOIiveira 57 6° I 7) Filmadoi c torpillèi 1600 NU Im42í2 A Arauto

3—SRueck.G.F.AImeido 57 2-' | 8) Quartzo e Santandei 1300 NL lm2lsl W Aliano51 LI Be Lucky P Vignolas .. .. 52 5 (1.1) JO|ào e Hestei 1400 Gl Im25s4 W. Aliano6Motes;o A Ferreira. 57 4' ( 6) An.torco o Torpilfet 1600 NL imálsl M Cane|0

4 7Inscrito.PCardoso. 56 8 I 9) Adelfo e Fnrdeau 1300 NL lm2lsl O Cardoso8Hipios JMSilvo 10 57 5o ( 9) Franklin e Last Arrow 1500 GL ln.30sl E Cardoso9Jymbio W Gonçalves 57 5' ( 8) Quartzo e Rueck 1300 NL Im21sl W. P. Lavor

8° PAREÔ —às 23h30 — 1300 metros —Yord — lmlBs3/5 (Areio)

-I Descoco M G Somos 55 I-" ( 7) Abophar e lamonduai 1600 Nl lm44sl E Cardciso2 Iitov C Morgado 56 6o (12) Pequeno lord e Bororó 1300 AL Im21s3 C \Virgado

3 Phau;al J Ricaido 56 4° (13) Jouvol e Ialook 1300 Nl Im21s3 A Ricatdo4 GongFoiward G F Mm". 10 58 5' (14) lob e Utrabo 1500 Gl Im31s4. G L Ferreira

5 Bororó I B Pereira. ...... 58 4o ( 9) l'Am Sorry e Rei Mago 1300 NU Im23s2 W. PenelasInvadei F Silvo 56 10: (10) Avanço e King Leor 1600 AP Im43s3 L. A_uiiaIalook.D Neto 58 2o ( 8) Kadieue e Ispoin 1100 AL Im09s3 C Rosa

4-8 AngelDream.E.R Feri* 56 •!*' ( 6) Gon Fu e Volencio (BH1 1300 AL Itn2ls3 J B Silvo9 Ispom.A Ramos 55 3° ( 8) Kad.ueu e Ialook 1100 AL Im09s3 fc C Pereiro

10 Gosoleno O Rodrigues... 56 T ("8) Rictus e Emeríllon 1600 Nl lm4Js F. Aflagdoleno

São Paulo-' Newton Aguiar

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Roger Bacon vence noCristal e ficabem perto do recorde

Porto Alegre — Roíier Baconvpnceu o Prêmio Senador Pinhei-ro Machado, disputado em 2 mil100 metros, pista de areia, comdotação de CrS 60 mil ao vence-dor. principal prova do programade ontem do Hipódromo doCristal.

O vencedor e um castanho de 4anos, de São Paulo, por Amaslsem Gibeline, de propriedade doStud A.G.W., treinado por ArnoAltcrrnann e fez boa carreira, fi-cando próximo do recorde deUleanto.PAREÔ A PAREÔ

1' Pareô 2 mil 100 metrosSenadoi Pinheiro Machado

PrêmioCrS 60

1 i Roqei Bacon M Silveira 552"> _ohro C Albernaz, 60Vencedoi 13)31,50 Duplo (13) 1,00Tempo 2rnt1s3/5 Treinador ArnoAltermann

2° Páreo 1 mil 300 metros - Cri 23mil 2501°) Coakh A Franco, 572') Mamoeiro, D Nunes, 5*1Vencedor (1)3.80 Dupla (16)9.10 -Plocés (1) 2 00 e (8) 2 10lempo lm23_ Treinador Adào Porto

3' Pareô 1 mil 200 metros CrS 48mil1°) Gahino S Machado 56

2o) índio A/uloo D l Rodrigues 56Vencedor (2) 2 40 Dupla i'2)4 50Placês (2) 1.30 e (II 1 60lempo Im23s2'5 treinador LiberioFagundes

4 Pareô CrS 48 mil 1 mi' 500metro--. gramaT) Assombra. N Pinto, 56?c) Pnncess Alibema N b Concen,noVencedor. (61 15 50 Djpln (261 46 30

Plocés (61 10.00 e (21 2 80Tempo lm32s Treinador Mano Ros-sano

5' Pornô 1 mil 400 menos CrS 38mi! 750 00!-'! Bancada V F Garcia 542") Gronri Villei 1 P. Moilins 56Vencedor (6)4,70 Duplo 1151 3 '0 ¦Plocés (6) 2,00 e (I) 1 10lempo lm25s3/5 - Iremadoi PaulaSantos Lopes

6" Pareô - 1 mil 300 menos CrS 38mil .'50 00 pista He gramaI") longo. D Somos 562") Petto S MachadoVencedor. (1)2.40 Dupln(12)3l0 ¦Plocés (I) 1.60 e (2) I 30Tempo Itn20s2'5 Treinado^OsvaldoFernandes

7' Pnreo 1 mil 400 metros CrS 38mil 750,00 grnnioIo) El Hussciid L Gorcin 502r) Xando N Pinto 60Vencedor (8)7,30 Dupla (15) 35.50

Plocés (8| 5 90 e (I) 3 00tempo lm23s3/5 - liemado-. EldiRoc ho

Montarias oficiaispara quinta-feira

1° PAREÔ—os 20h — 1.300 melros —CrS48000,00 Kg.

1 Mii.-mciDnchn W Costa 58' C/antsa Svetlana J Pinto 5-12 VillaRovale J Ricardo 52

3 Vilyo E Feireira ....... 57.1 Analfo 1 B Pereuo 57

Great Adelino F Araújo 546 Anemetida F.Esfeves 54

7 Pniicess Steel W. Gonçalves r-5taniatann.A Ramos 5-4

Horpro. P.Cardoso .GteotPace G F Almpidati Gigante J tscobarStraiqhAhead S P Dias

'0 Mormasso. J Reis1 ' Gaius J Ricardo

' Továo, F tsteves .

2° PAREÔ —ás 20h30m — 1.000 melros— CrS 48 000,00 — Io PAREÔ DA DUPLA-

EXATA1- ' Caicó fc B Queiror 8 57

Great Adventure K Esteves 1 57Bil.ro fc Fie.re 6 57

.1 Boi Fei J Puno 3 56Esqurvo F Silva 9 57Flinger, P. leixetra 7 57

7 Dutra J Ricatdo 138 Rebote ü Guignoni . ...... 10

Democrotino P^Silva 12A- 9 fim tor, L Gonzalez 2

10 E.clusivc O Rndngues ... IIII ALCali fc Alves 5

/.onion J tsteves á

6° PAREÔ — As 22h30m — 1.600—CrS 40 000,00I- - 1 King Lear J Ricardo

Debrum.G MenesesIalook. D. Neto

-1 Ignoramus. J M Silva.tstanquetro L GonzalezAbophar F Vignolas

7 Nacarado, A. Oliveira .Utrabo A Fçrre"aPlotmo J Esteves

10 Lord Richard. H Vasconc11 Rafil l Corrêa 1512 Storlight, t R Ferreira í

545757575457

8 56

metrosKg.

4 566 56

11 5758

3 5454575858

10 575854

<f PÁREO os 23h55 — 1300 melros — Vard — lml8s3/5 (Areia)DUPLA EXATA

t— I Ingtam.A Abreu 57 l1 ( 4) Sunshine e Niron (BH) i 200 AL ImTósJ J (J Freireloussel J M Silvo 57 4' (I I) Gay Cry e Ingran '100 NP Iml0s4 fc CardosoFoncier C Morgado 57 8* (14) Encouraçado e Allej 1300 NU lm24s R Morgado

2-4 Picton.A Ferreira 11 57 2* ( 9) Adarme e Es Manolo 1300 Nl Im22sl fc C Pereuotlnnol fc R Fenc 12 58 4r (10) Ban e Capablr 1500 GL Im30s3 J Coutinholord Acordeon W. G 57 3C (12) Lorrei e Malnndr.nho 1000 NL Irn02sl N P. Gomes

3—7 Ésmanolo F. Araup 58 3C ( 9) Adaime e Picton 1300 Nl lm22sl P. MorgadoDalpio; G F Almeida 56 5° (10) Futuroso e Príncipe Perreito 1300 Nl Im21s3 A Paim PK'mul.1 M G Santos 57 3" (10) Ban e Capable 1500 Gi Im30s3 S Mordes

4-10 Boíoiuco.O Ricardo 5' 4= ( 9) Adarme e Picton 1300 Nl !m22sl. A Ricardo11 Avispado H Vasconcelos. 57 91- ( 9) Adarme e Picton 1300 NL lm22sl. J. Bonom12 VinoPuro.R Comio 10 57 3' (11) Bravo índio e Epiploon 1300 Nl Im24s2 G Ulloa

3o PAREÔ — As 21 h — I 100 metros —Cr$ 40.000.00 — INÍCIO DO CONCURSODE 7 (SETE) PONTOS Kg.1- 1 Jo-gete E Fieire I 56

2 Bicawonder S Bastos 9 553 Rien P Cardoso . .1 55

4 Jaqueta vV. Costa 7 565 lucy Wonder. A Oliveira 3 55

Alraúna W-Gonçalves B 564- -7 Dmasty, A Rornos 6 55

Cabidela 1 B Perene 5 56Ballygame J Maltc 2 56

4C PAREÔ —As 2lh30m — 1.200 metros—CrS 40.000,00 Kg.

1 i Baroness í Alves 10 542 Abadort E R Ferreira ....... 55

1 3 Spint F Esteves 55FonAraby Jz Garcia . 55Calder.R Silvo 57

6 RifaU Pinto 1 56Bonelo, L Corrêa 8 54Sun Pon R Freue 7 56

9 Air Duke J M Silvo 2 5710 VanGoyen J Garcia .. 11 5711 Diaculc L Caldeira 5 56

5= PAREÔ — As 22h — 1 300 melros —CrS 55.000.00—2° Páreo do Dupla-Exoto

1 I üOOdlP J Pmtc 6 56Pannr.ns J Mana 1 57FihSenc R fcreue . 4 55

2—4 Escadron G Meneses . . 10 575 Ayub-Khan J.M Silva ... 2 57

7° PAREÔ— às 23h —1 100 melros— CrS63.00,00 Kg,

1 Gelsomina W Costn 562 Vale ma da F Esteve» 56

3 Pedra Red G F Almeida. 564 Niki A. Ferteira 56

5 Setauuta,J M Silva 56Roralmdo.U Meireles 56Donema R Silva 10 56

4-8 linda Selma. W Gonçalves 509 lo Foby. J Ricardo 56

10 Losylvani L Co-rec 5ó

6" Páreo— As23h30m —CrS 63.000,00I- DuihoSo J M S.lva

Edanka W CosiaLaguna Blanca D NetoDross l.B PereiroAauia da Pátrio. P, CardosoBlessMvStai.G MenesesAyyal J Es.oborNaldeic J Pu to

GFiega G F Almeida10 Ana Tanga. F Macedo11 Before R Silvo

1 100 melros —Kg

6 5656565656565656565656

9° Poreo —As 23h55m — 1.300 metros —CrS 48.000,00 —3° Poreo da Dupla-Exalo

Azulino J M Silv2 Enidro G F.AImeidc2 Sindus F Araúio

-4 Verglás F. Esteves..Grolho fc R Feire.roVap"bat;u A FerreiraAdiho. J Ricardo

6 Mcscadet R Co:mo9 BravoIndio.t.B Pereira

¦10 Decuios J Pinteli torneio, Jz Gorcia'2 tan;o C^atnas j L Von1 3 Gteenness D Netc .

Retrospecto

lc páreo: Pupim's — Calim — Dauber

2o páreo; Realy Run — Estimado Amigo — BeloNick

3o páreo: Ialème — Filmador — Piriápolis

4o páreo: Tairon — Torpiller — Mezobi

5o páreo*. Maria Carmen — Enchalhado — Cerva

6° páreo: Carving — Langoustine — Lady First

7o páreo: Rueck — Inscrito — Jymbio

8o páreo: Bororé — Phaiçal — Descoco

9o páreo: Lord Accordeon — Picton — Ingram

Brighton domina Homardnos últimos metros doclássico Salgado Filho

Bn.hton tSt Tve. pip RriKirtt n ctorGoorl Tnw IIi onacâodo Haras Vprde e Pret<i e pnipnwiaftF do Stun Montese nasúltimos metros sob a direcar ae Jorge Ricardo alcançou otordilho Homard íCaro em Haanella pot Le Haan enacao epropriedade do Haras Santa Rita da Serra com .1 M Silva elevantou a milha do simplesmente clássico Salgado Pilho,principal prova da reunião de ontem no Hipódromo da Gávea Otempo desde descendente de Hypenon que correu desterrado,foi de lm 34s 45

A terceira colocação ficou com o grande favorito NelissonlUght Horse Harry em Xayana por Majors Dilemmai criaçãodo Stud Beira Mar e propriedade do Stud Trevo depois deimprimir violento train sob a perseguição de Apple Honey(Falkland em Irish Song. pot Makn dos Haras São Jose eExpedictus que pulou na ponte para em seguida deixar passar oganhador da milha internacional de agosto e Tnarco (Rastacuerem Queen Fahraya. por __ing's Favouritei. criação do HarasAzul e Branco e propriedade do Stud Fazenda Pedras Negras Omarcador foi completado por Xadir iFrenchmans Creek emPeola por Cadii criação do Haras São Quirino e propriedade deEdmundo e Newton Musa

1° PAREÔ — 1500 rubros — Pisto — GL — Prêmio CrJ 63 000 00(14 BtSI

1° Reforme A Oliveira7 Gown i B Pereney Meg Rose G F Almeida4C Cv'o A Abreu5c BroiilianRose R Freire6C Gf-ealCindereNa A RamosT Jack Black, f Silvofc." Shasto t R Ferre.ro

Di* 2 corpo* *> ? corpos lempr 1 30 -1 Vpnf (8) 7 70 Oup ':-i>4 20 «ore |8> 2 50» H • ' 30 */os clooarer-rrS 78? 560 00 RfFORV.A ^C 3 anos SS "Ccne1 e Canrioroso C'iaao'e p'0t.f nnra*, Sonrc Aiv. ,-jc CioG'anae Treinado' a Mcaie.

y PAREÔ — li»00 metros - pisto — Gl - Prêmio — Cr$ 6J000O0FORÇA AÉREA BRASILEIRA

1" O«iquito U Meireles 56? Komhan, i Pinte 5*6y IndioManso.T 5 Pptpira So<i-~ lipSangue. J Reis 5fc5f Blitikheg.G Meneses 566r Donge ,i Ricardo 5a7' Rocard t R Ferreira 50B° Ubine.C Morgadof»/1 5a9° .lofifmo.R Carmo 56

lu1 Agrado, A Rarno. 5611° Aíande. W Gonçalves 56

DUPLA EXAlA(06-01)Ct$ 1720 Dil I *2 corpo e 1 corpo lempo 1 2-1 1Venc (6r l 70 Oup (1317.40 "lace (ói 1 50e ÍM3 40 .«oi do poreoCrS 1 013 040 00 OXIQUIIO M C 3anos SP AmosueGortvilpia Cr

Hnm. Ptrassununga Propr r-rnc* L A Weinario'

5a ' '0 "22 505J 2>0 12 2 8056 3 70 13 3 '056 o 80 14 4 2056 '-20 22 25 7056 17 20 23 5 '0

56 2 00 24 5 '056 14 70 .13 30 40

1 70 I 46 7012 40 12 o i o

5 50 13 - 4015 20 14 1 * 00290 22 10 10

16 00 23 2 3021 20 24 4 6021 00 33 12 8027 20 34 3 >010 00 44 16 5031 20

W ¦*"•».

'rém» Cr» 55.000,00iL)57 2 10 li 35 '057 5 ?0 i2 2 505*1 6 40 >3 5 '05? 17 70 1.1 .12057 240 22 43 00

6 23 4 1055 8*0 23 4 3057 21 30 33 4^6053 5 70 34 1.1 1056 22 30 4.1 16 40

munçja

3o PAREÔ — 1400 metro» — Puto - GL . ...ICORREIO AÉREO NACIONAL!

1 Nnvnlha P Cardoso7 Ai.Giuloise j Ricoido3'' The Geórgia G F Almeida4" fcscoMho A ¦'-prreircj5r Apoiogv G Meneses6 Prelentious J Pinto

AiTeverp p VignolasAroeirn A Ramos

<T Arkindo.R S.lvaIO' Isabalo R Macedo

D'f 3 corpo* e 2 corpos lempo 1 *M j Vent [1) 2.30 Our (' 3-5 70 Place 1111 40e(51 2 40 Mov. dopdreoCrS 1 121 460.00 NAVALHAF A 4 anos SP Ptayboy e Fngideira CnadorePropi Horas Pitassunungo

Trpmador O Cardoso

4° PAREÔ — 1300 metro» — Puta — GL — Prêmio CrJ 5500000(1° GRUPO 0E CAÇAI

1" Anstaiettn G MenesesT NetocFiea M G 5antos31' MissEncenamento C MorgadoN4'' BticcnoBn. J Ricardo5' Cendnlu. F Atouio6 DonnRosc fc rviroitcT Cheetah J Malta&' Capivara. R Macedc9° laceira G F Almeida

So 3 HO 11 O '05" 2 50 12 3 8057 l'80 1357 5 60 14 5 4053 10.10 22 20 1056 2 50 23 4 705.'. 5 60 24 5 0055 4 90 33 14 105 3 50 34 7 5057 3 50 34 7 5054 12 4055 2 5057 12 40

10" Frnicloir. A Ronios11° Balênaa.P Vignolas12° Juruaia l.B Pereira13c Saona.W Gonçalves

Dit 1 córpoe l/2corpo lempo 1 16 4 vem |4>380 Dup f 1314 40 plare (4) 2.20 e (1) 1 60 Mov do páreo O} I 105 10 00

ARIS1ARE11A F A 4 anos SP luecarnoe Good Girl criador e Propr.Haras Sáo Jose p Expedictus treinador F Sarada

5° PAREÔ — 1600 metro» — Puta — Gl — Prêmio CrJ 250 000.00(GRANDE PRÊMIO SALGADO FILHO)

1° Brtghton j RicardoHüiíxiia j V SilvoNelisson L Uanei

4C Xadu F fc_ipve.5r li Irovalorp R Fipup6'' Rock Ridge * Oliveira

Ugago C MoigadoW8° Don Didi. A Ramos

lercado. fc B Queiroz10" Cholucky P Caidosollc triorco G F Almeida12" AppfpHonpy Alves13' Vantyck VV Goni.al.esI4C' Hibisco, C Volgas

DIF mínimo e 2 iOrpos lempo 1 34 .1 ,en. (Si 10 10 Oup (12)4 80 place |5| 14 50e l2i 3 00 Mo. de parecOS ' 346 4'0 00 BRIGHTONM C 3 anos Rj St Ives e Brigitte M .fado- Haras Verde e Preto Prop'.

Stu-n Montese 1 remador F P Ln.or

53 10 10 11 3 2050 4 40 12 4 8050 I 50 13 2 8060 22 70 14 2 6000 15 40 22 67.0055 19 8U 23 26 5053 26 80 24 10 8050 5 80 33 30 4060 24 00 34 13 0060 26 90 44 32.80o(. 5 8057 8 9060 I 5 4059 29 00

6o PAREÔ ¦ 1400 metro» — Piila — GL — Prõm» Cr$ 55 000,00(lll COMANDO AÉREO NACIONAI)

\c GncinnotiKid l Gon.nie;? BeodShor l Mollo3° Infle J Ricardo4' JukeBo. R Freire5C ArtNoveau W Gonçalves6' Fenon, __* Garcia7" Aifway. fc R Ferreira8° Ennnys R Macedo<?¦' ReiduNoiip U V#trples0" Aiglon C -VorgadoNT .

1 Gfeai Mystery F, SiivaTelpnvo P. Vignolas

57 3 10 II 18 3057 5 60 12 2 9057 4 20 13 9 5057 1050 14 5.1057 7,10 22 7.3057 35 20 23 8 4057 17 40 24 2 9056 4 10 33 20.4057 16, 10 34 111057 24 70 44 1 1,6057 118055 31 6('

13: Bebiblock J turves 57 4 20

NíCM UYING fc jAMUORDUPLA fcXAIA i04 06iC-. 17 20 DIF - l 1'2-orppe 3<4deco-po - tempo I*25 venc (4)3 10 Dup - i22i 7 30 piore i4i I 70 e 16) 2'0 - Mov.doporeoCr} 121032000 ClNCINNAIi KID—rV c 4 anos - RS OasisdOreXulo criador - Ha'cji Pecireras — Propr. — Stud Grumsei — .remador fc IGuedes

7° PAREÔ — 1500 metro» — Puta — GLiSANTOS DUMONT

1' Fnt;Khan c Morgodon'7 DevilishiClio, , Ricardo3* Je. 1 B Pereuo4- Incluo GF Alrre.do5: fciSoi vV Gonçalves6; Banoc j Pinto7' Ansteu. G Mp-ieses6'- Bonolo fc R FerreiraV Calovados F Carlos10° Tifrao A Ferre.ra

N CV, ASTER lít O MEIAUROOif * 1 corpoe mínima - - Tempo I 3 A venceplace- (1) 2.00 e (II) 1.90 Mov. do poreo CrSC 4 anos — RJ fragonam e fcndy I cie — criaaoiStgd Matvo — .remado*? — C Moigado

— Prêmio CrJ 55 000 00

57 4 20 II 17 0056 2 50 12 6 5054 12 60 13 7 7057 5 40 14 3 4056 Ij, 10 22 67 2057 29 10 23 7.105 .1 20 24 4 0057 3' '0 33 8 4057 31 60 34 4 6057 4 90 44 5 90

(1)4 20 Dup -(14)3.40270 350 00 FBIT. KHAN - V.

Haras Nacional — Propr. —

8° PAREÔ — 1400 metro» — Puto — GL — Prêmio CrS 48 000.00

r CrarRusIori j PmtCParceiro A Oli.eircLord Johnny J Ricardo .¦.allon 0 F G'açn_!afete p Vignolas

R S.'vaMarcolmo A Remos

ns D MercSmo.G F Almeida

10 Duqueville fc Fer.»..c11' Aaachado a Gar;*a12- Simào ' BPe-e.ro

D'f '< :orpo e 3' 4 .orpo — Tempo — 1 241 — ,?•.-_ -- ig, 22 ô0

2 30 - place -- (81 7 40 e .-', I 30 — Mc. ao poteo C'S ' 41 1

RUSLAN — *./ l.5 anos - Rj - - iguape e jaiecc -— cr.ador e Piop -Sen mec — Treinador — S P Go^es

555754555'53565457565652

22 6040

4 6014 60

0014 7027 8015 70I I 601 I 80: 5 60

21 60

9 70703020

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55 50

-Dup'-320 00- Haras

i'3|C/AR:Stud

9" PAREÔ — 1200 metro» -

I* Ouste- A OI.ve.ro? Happ. Caravar. G Mene_3' Difundida D Ne'c4' Zomara J Pir.to5'* Tatmc F AraojO6- Sesi.ne I 6 Pere.-c

Brasas Blrss G F Almeida•f Anthydií VV Gon;a'ves

Dor-c Bety J ticobc'

Puto — NL — Prêmio CrS 40 000 00 (AUGUSTOSEVERO)

56 3 30 1155 3 0C 12

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5' 52

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3 303 00

10.3013 504.30

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34 303 503 20

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2 608.107 306 00

NC JOOuEIA i- cam no oad.dcrD;F -í '2iorpcf- i corpe TemC- placé (2) 2 00 e (51 1 90 - Mconos — RS Kamel e ix: Maravilhe

Treinado*

ii'!6 venc -12)3 30 Dup—(23)2 80dopereo CrS : 269 460 00 OuS'ER F C 6

Criçdor e Prop' -¦ Haras Safe; Anc dc RiaMoraies 10° PAREÔ— 1200 metro» — Prilo—NL —

Prêmio CrS 40.000.00

Em um clássico medíocre, com apenas três concorrentes, Adalgo vence fácil e de ponta a ponta

1 lipsrei R Silve7 DÓbrc R.cordo3o Ju-fstc R Mocedcd' 'antaius ; 6 Ppfeirc5= te-ie' A Oliveira6 BrasaiStreafc . Pm toT JusrOut E R Fer.e.-o8; Spoleto P. Rocho F& Jouval C Morgado Nf-iCr" Cigolitc a Rcrr-otil- CedrodoLybane W Gor>;ai-e.12- Do.. Domei u Abreu

NlC R.NARiADuP|> fcXAn. (O. 06 CrS 5i0 [M 3 co-pos e corpo lempo - 115 -ven i! 3 60 Dup r > 2> 5 20 piace . . 20e(6) I 30 Mov do pareôCrS 374 640 00 itPSTE» V t 6 anos ArrFuleuxato Cnodo. Horas Só.Jose e fc.pedicrus 'rop- Stuc Mote. treinador 6 Morgado

Apostos Cri '3 Vi , 830 00 Porroes CrS 20 530 00

54 3 60 : 26 5055 2 10 12 5 2053 3 70 13 2 6053 23 90 '4 5,0057 3 70 22 6 ií!55 .6 70 23 3 oO56 :2 30 24 6 5050 23 70 33 23 4056 10 00 34 9 3055 '3 60 44 37 9055 16 6056 26 50

JORNAL DO BRASIL D segunda-feira, 22/10/79 D Io Caderno FUTEBOL/LOTERIA O 7

Atlético vence Bahia e manté tabu de 19Salvador/ Foto de Gildo Lima

Z'"" RodadaCOPA BRASIL

Série A• N. Hamburgo I X 0 Goiânia

" Colorado 1 X 2 LondrinaJuventude 2X2 AvaíConfiani.a 0X2 Sergipe

:!'.f" Série BSão Paulo 2 X 1 Caxias

Operário (PR) 1 X 0 ChapecoenseBrasil 1 X 1 Desportiva

Criciúma 0 X 1 ColotinaSérie C

-Comercial (MS) 3 X 1 GamaBrasília 2 X 1 Mixto"" Atlético (GO) 3X2 ltumbiara

Operário (MT) 1 X 4 ItabunaSérie D

Fast 1 X 1 PayssandyTreze 2X0 Campo Grande

Vila Nova (MG) 0X0 CampinenseSérie E

Uberaba 0 X I MaranhãoPiaui 0X2 Central

Série FLeônico 2X0 Potiguar

A.B.C 0X2 ArapiracaC.S.A 3X0 Fortaleza''

Ferroviário 0X0 C.R.BSérie G

Santa Cruz 0 X 1 SportFigueirense 2 X 1 Grêmio

Internacional 1 X 1 América/RJSérie H

Bahia 0 x 1 Atlético/MGRemo 1 x 1 Vitória

"'" São Paulo

Palmeiras 1 x 1 CorintiansBotafogo 3x0 Inter/Lim.' "15

Piracibaca 2 x 1 ComercialGuarani 1 x 1 Ponte Preta

Ferroviária 1 x 0 Francanari!" São Bento 2 x 1 São Paulo

América 1 x 0 NoroesteMarília 3x1 15 de Jaú

Rio de JaneiroGoitacás 3x0 Bangu"." Serrano

2x2 Flu/ Friburgo

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a-, r-:;,.:-yy-¦-a:a, ¦ .y.-,^y ..:.,...... . .¦>¦Zé Augusto caiu na disputa com Ângelo, autor do gol que decidiu o jogo em favor do Atlético Mineiro na Fonte Nova

Palmeiras e Corintians empatam jogo igualSào Paulo — O resultado de 1 a 1 refletiu o

equilíbrio do clássico Palmeiras e Corintians, omelhor da rodada de ontem pelo retumo doCampeonato Paulista. Geraldo e César marca-ram os gols, um em cada tempo, e o Juiz foiUlisses Tavares, tendo a renda somado Cr$ 2milhões 830 mil 530, com 48 mil 83 pagantes.Sócrates, apesar de nào estar em sua melhorcondição física, jogou o tempo todo.

Melhor no primeiro tempo, quando expio-rou com habilidade os contra-ataques, o Corín-tians abriu a contagem, aos 21 minutos, comGeraldo emendando com violência um passe decabeça de Palhinha. Na fase final, o Palmeirascresceu de produção e passou a pressionarinsistentemente, até que, aos 17 minutos, numlance confuso, saiu o gol de empate. Baronlnhocobrou córner, a bola bateu na cabeça de Geral-do c entrou, apesar do esforço de Amaral. Mas ojuiz anotou na súmula gol do centroavanteCésar.

Os times: Coríntias — Jairo, Luís Cláudio,Amaral, Zé Eduardo e Vladimir; Caçapava (Bl-rri-Biro), Palhinha e Sócrates; Vaguinho (Piter),Geraldo e Romeu. Palmeiras — Gilmar, Rose-miro, Beto Fuscão, Polozi e Pedrinho; Pires,Mococa e Zé Mário (Nedo); Carlos Alberto,

César e Baronlnho.

Sâo Pou Io/Foto de Uaias Fertosa

EquilíbrioA saída de Caçapava, no primeiro tempo,

logo após a marcação do gol de Geraldo, deter-minou a queda de produção do Corintians, quevinha apresentando um futebol mais objetivo,saindo em velocidade, em contra-ataques. Otécnico José Teixeira colocou Biro-Biro e aequipe passou a tocar mais a bola, permitindodepois a reação do Palmeiras.

No segundo tempo, aproveitando-se do can-saco dos jogadores adversários, o Palmeirascresceu e chegou ao empate. No fim, aumentoua pressão, mas o Corintians, bem estruturadodefensivamente, evitou o segundo gol. A entra-da de Piter em lugar de Vaguinho serviu parareforçar mais o meio-campo e garantir o resul-tado.

No final da partida, Sócrates, reconhecendoque náo se encontra ainda em sua melhorcondição física, disse que, se fosse convocadopara a Seleção Brasileira, teria possibilidade derender somente 70 por cento. Apesar disso, naspoucas vezes em que teve o domínio da bola, fezboas jogadas e, durante toda a partida, espe-cialmente no primeiro tempo, preocupou a de-fesa do Palmeiras.

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Sócrates voltou a exibir o seu futebol áe alto nível técnico, embora cansasse no fim da partida

Colorado perdeinvencibilidade

Curitiba — Ao derrotar o time da Capitalpor 2 a 1, o Londrina acabou com a invencibili-dade do Colorado no Campeonato Nacional eassumiu a liderança da chave "A" com novepontos ganhos. O jogo foi pouco movimentadono primeiro tempo, e o Colorado marcou pri-meiro graças a uma falha do zagueiro Machado,aproveitada por Tião Marcai aos 32 minutos.

Aos 42, o Londrina empatou através de ZéRoberto, quando a defesa do Colorado tentouusar a tática de impedimento. Num segundotempo em que o Londrina sempre atacou mais,Paulinho marcou o gol da vitória, aos 28 minu-tos, quando Ary lhe deu a bola de presente.

Em conseqüência do empate do Coritiba nanoite de sábado, em 1 a 1, com o Rio Branco deVitória o técnico Elba Pádua Lima, o Tim,pediu dimissão ontem. A diretoria do Coritibaaceitou o pedido feito ontem cedo. porque atéagora o time nào convenceu no CampeonatoNacional.

Os times: Londrina — Alexandre, Luisinho,Machado, Marinho e Arenghi; Claudinho, ZéRoberto e Ademir Vicente; Ademir Oliveira(Sartori), Alcione e Paulinho. Colorado — Wil-son, Ari (Alcir), Caxias, Gasscn e Sídnei; Cas-tor, Jorge Nobre e Osmarzlnho; Bulão (Hum-berto Ramos), Tião Marcai e Zé Carlos.

Vila Nova empatacom o CampinenseBelo Horizonte — O Maranhão derrotou o

Uberaba por 1 a 0, gol de O.ini, aos 41m doprimeiro tempo, ontem à tarde, em Uberaba,enquanto Vila Nova e Campinense (PB) nãopassaram de um empate de 0 a 0 no Mineirão.Mesmo sem vencer, o Vila Nova conseguiumanter a liderança de seu grupo no Campeona-to Nacional.

Dirigido r>or José Carlos Bezerra, o jogo dacapital rendeu apenas Cr$ 104 mil 460, com 2mil 234 pagantes. O Vila Nova jogou com Heli-nho. Isaac, Paulo Sousa, Rodrigues e Rubens;Pirullto, Aguilar e Elisio (Marquinhosi; Guta(Silvai, Dlrceu e Jurandir. O Campinense comJorge Luís, José Carlos, Sidnei, Tição e Doni-zetti; Sales, Mazinho (Albeti) e Edwaldo; Ga-briel, Joãozinho Paulista e Bebeto (Slndomar).

anosSalvador — Com um gol do

ponta-esquerda Ângelo, co-brando falta da entrada daárea, aos 43 minutos do pri-meiro tempo, o Atlético Mi-neiro derrotou o Bahia, on-tem, no Estádio da Fonte No-va, pelo Campeonato Nacio-nal e manteve o tabu de 19anos sem perder para o cam-peão baiano. A experiência ea melhor arrumação do meio-campo dos mineiros foram fa-tores decisivos para a vitória.

O Bahia iniciou a partidapressionando a defesa doAtlético, com seus atacanteschutando bolas que exigiramboas defesas e empenho dogoleiro João Leite. Passado odécimo minuto, o Atléticoconseguiu equilibrar o jogo epassar para o ataque.

As articulações de jogadasde Paulo Isidoro e ToninhoCerezo modificaram o pano-rama da partida e levaram oAtlético a dominar.

Os times: Atlético — JoãoLeite, Alves, Osmar, Silvestree Jorge Valença; Geraldo, To-ninho Cerezo e Paulo Isidoro;Serginho (Carlinhos), Ricar-do Silva (Fernando Roberto)e Ângelo. Bahia — Luis Antô-nio, Toninho (Edmilson), ZéAugusto, Sapatão e Romero(Jorge Luís); Dil, André Ca-rioca e Douglas; Botelho, An-dré Baiano e Severinho. Reivda: Cr$ 1 milhão 932 mil e 90,com 30 mil 958 pagantes.Juiz: Emídio Marques deMesquita, auxiliado porOrèncio Caputo e Bartolo-meu Lordelo.

No primeiro tempo, a parti-da foi bastante disputada e sóaos 43 minutos é que foi aber-to o marcador, através de Àn-gelo. Antes, várias oportuni-dades foram perdidas por am-bas as equipes, principalmen-te pelo Atlético Mineiro, quedesperdiçou as chances cria-das por Paulo Isidoro, Ricar-do Silva e Toninho Cerezo. Ogoleiro Luis Antônio se desta-cou na partida, exatamentenos momentos de pressáo dotime mineiro.

EsportederrotaSanta Cruz

Recife — O Esporte melhorousensivelmente sua situação noNacional, ao derrotar, ontem, noArruda, o Santa Cruz por 1 a 0,numa partida em que soube su-portar a melhor categoria do ád-versário. para, no momento exa-to, ir à Irente e marcar o gol quelhe deu novas esperanças de clãs-sificação.

O gol foi marcado por Deno, aos29 minutos do segundo tempo,depois de driblar a defesa do San-ta Cruz, inclusive o goleiro JoelMendes. Logo em seguida, o JuizSaul Mendes expulsou CarlosBarbosa e Luis Cosme por agres-são mútua. A renda somou Cr$572 mi! 335, com 14 mil 942 pa-gantes.

Para o Esporte, ontem, era tudoou nada. Nem mesmo empatarpodia e soube manter a tranqüili-dade durante os 45 minutos lni-ciais, enquanto o Santa Cruz de-senvolvia seu ritmo de Jogo nor-mal, envolvendo o adversário quese defendia como podia.

No segundo tempo, o Esportevoltou mais agressivo, conseguiuequilibrar a partida e chegar aogol que lhe deu a vitória. O SantaCruz ainda pressionou, mas o ti-me da Ilha do Retiro soube de-fender-se.

Esporte: Hidenburgo, PauloMaurício, Cícero, Darinta e LuisCosme; Flamarlon, Didl Duarte eDeno; Roberto, Marcilio (Edmar)c Pitta. Santa Cruz: Joel Mendes,Carlos Barbosa, Alfredo Santos(Tccào), Paninhos e Pedrinho; Gi-vanildo, Betlnho e Ademar; Amíl-ton Rocha, Paulo César e Joáo-zinho.

Jogo 1Internacional/RS x Rio Branco/ES(60%) (20%) (20%)

Em Porto Alegre (Beira-Rio). Favoritismo abso-luto para o Internacional, que se recuperou demaneira até surpreendente do desempenho nega ti-vo no último Campeonato Gaúcho e vem obtendoresultados expressivos no Nacional. Além do mais,atua em seu campo contra um adversário frágil._ Últimos resultados: do Inter — Figueirense(SCl, 1 a 0; Grêmio (RS). 1 a 0; e Coritiba (PR). 3 a 0;

; do Rio Branco — Atlético (PR), 1 a 1; Esporte (PE),a~0; e América (RJ). 1 a 3.

Jogo 2Botafogo/RJ x Goitacás/RJ

(40%) (35%) (25%)No Rio (Maracanã). A equipe do Botafogo é

superior e favorita mas, como costuma se apresen-tar de forma irregular, poderá surpreender negati-vãmente. O apostador deve atentar ainda para ofato de que este será um dos jogos do teste marca-do para sábado. É aconselhável proteger a colunado meio.

Últimos resultados: do Botafogo — Americano,a 1; Vasco, 1 a 2; e Bangú, 3 a 2; do Goitacás —

Fluminense, 0 a 5; Flamengo 1 a 5; e Portuguesa. 1a 1.

Jogo 3Fluminense/RJ x Portuguesa/RJ

. (65%) (20%) (15%)No Rio (Maracanã). O outro jogo do teste pre-

-visto para sábado. Entretanto, neste, o Fluminen-se não deve encontrar problemas para vencer, apósa ascensão repentina de sua equipe, já agora umadas pretendentes ao título, com a derrota inapelá-

! vel |3 a 0) imposto ao Flamengo, o que deu novamotivação ao Campeonato Estadual.

Últimos resultados: do Fluminense — Goita-cas. 5 a 0; Bangú. 5 a 0: e Flamengo, 3 a 0; da"Portuguesa — Americano, 2 a 1; Botafogo, 0 a 2; eGoitacás lal.

Jogo 4Coritiba/PR x Figueirense/SC

(30%) (40%) (30%)Em Curitiba. O Coritiba conquistou o bicam-- peonato do Paraná mas náo reproduz as boas

Loteria Esportiva — Teste 466atuações neste Campeonato Nacional. Mesmoatuando em seu campo, não chega a ser o favoritocontra o Figueirense, um time armado e que costu-ma utilizar a retranca, fora de Florianópolis. Oempate parece a melhor aposta.

Últimos resultados: do Coritiba — Atlético(PR), 1 a 1; Internacional (RS), 0 a 3; e Operário(MS). 0 a 2: do Figueirense — Esporte, 2 a 2;Operário (MS). 0 a 2; do Figueirense — Esporte, 2 a2; Operário (MS), 0 a 0; c América (RJi, 0 a 1.

Jogo 5Ponte Preta/SP x 15 de Piracica-

ba/SP(45%) (30%) (25%)

Em Campinas. A Ponte Preta atravessou umacrise técnica mas parece recuperada, após o za-gue.ro Oscar renovar contrato. A melhoria do timejá se refletiu nos empates diante do Palmeiras eCorintians. Atuando no próprio campo, a Ponteostenta um favoritismo natural contra o 15, donode uma equipe apenas lutadora.

Últimos resultados: da Ponte Preta — Santos. 0a 1; Palmeiras. 2 a 2; e Corintians, 1 a 1; do 15 riePiracicaba — Guarani. 0 a 4; Juventus, 0 a 3; e 15de Jaú, 0 a 1.

Jogo 6Noroesíe/SP x Corintians/SP

(30%) (40%) (30%Em Bauru. O Noroeste realiza campanha regu-

lar no Campeonato Paulista e. jogando em seucampo, tem condições para fazer uma partidaequilibrada com o Corintians, que empatou osúltimos compromissos e sempre sente dificuldadede alcançar a vitória, quando' se desloca para ointerior.

Últimos resultados: do Noroeste: — Francana. 1a 1: Santos. 1 a 2; e Velo Clube, 1 a 1; do Corintians— Guarani. 0 a 0; Sâo Bento. 1 a 1; e Ponte Preta, 1a 1.

Jogo 7Uberaba/MG x Tiradentes/PI

(4.5%) (30%) (25%)Em Uberaba. O Uberaba tem-se apresentado

como um rios representante do futebol mineironeste Campeonato Nacional e deve ganhar a parti-

da, consolidando a posiçào entre os primeiros doGrupo E. em que o Tiradentes dificilmente obteráa classificação.

Últimos resultados: do Uberaba — Central(PE), 2 a 1; Uberlândia (MG), 3 a 1; e Piaui (PI), 3 a0; do Tiradentes — Central (PE), 1 a 1; Moto Clube(MA), 0 a 1; e Náutico (PE), 0 a 1.

Jogo 8Atlético/MG x Vitória/BA

(40%) (30%) (30%)Em Belo Horizonte. Mesmo depois de alguns

resultados negativos, o Atlético é o favorito destejogo, embora precise atuar com cuidado, pois oadversário possui equipe bem estruturada, emcondições de tentar o empate, o que já representa-ria muito por atuar no Mineirão.

Últimos resultados: do Atlético — Cruzeiro(MG). 1 a 1: Ceará (CE), 3 a 1; e Remo (PA). 2 a 2; doVitória — Bahia (BA), 2 a 1; Vila Nova (MG), 0 a 0; eCruzeiro (MG) 2 a 4.

Jogo 9Operário/MS x Santa Cruz/PE

(33%) (34%) (33%)Em Campo Grande (MS). O Operário possui

boa equipe e sempre se apresenta com destaque noCampeonato Nacional. Desta vez, terá pela frenteum adversário respeitável, bicampeâo de Pemam-buco, o que torna a partida equilibrada, commaiores possibilidades de empate.

Últimos resultados: do Operário — América(RJ), 0 a 3; Figueirense (SC). 0 a 0;e Coritiba (PR). 2aO; do Santa Cruz — Coritiba iPR), OaO; Atlético(PR), 1 a 0; e Grêmio (RS), 0 a 1.

Jogo 10Vila Nova/GO x Bahia/BA

(34%) (33%) (33%)Em Goiânia. O Vila Nova. campeão goiano,

realiza trajetória destacada neste Campeonato Na-cionai e figura entre os primeiros colocados doGrupo H. onde se encontram os dois principaisclubes mineiros — Atlético e Cruzeiro. O Bahiaconquistou há pouco o heptacampeonato estadualmas caiu de produção a seguir, talvez sentindo asaida do técnico Zezé Moreira. Ligeiro favoritismopara o Vila Nova. por atuar em seu campo.

Últimos resultados: do Vila Nova — Vitória

(BA). 0 a 0; Dom Bosco (MT), Ia 1; e Ceará (CE). 4 a2; do Bahia — Ceará (CEi, 1 a 3; Nacional (AM). 0 a1; e Goiás (GO), 1 a 0.

Jogo 11São Paulo/SP x Santos/SP

(33%) (34%) (33%)Em São Paulo (Morumbi). O São Paulo alterna

apresentações positivas e negativas no Campeona-to Paulista. Por isso. dificulta qualquer prognósti-co neste clássico, em que o Santos também estácredenciado, pois superou a fase negativa queculminou com a dispensa do técnico Hilton Cha-ves. O empate, entretanto, é o palpite mais lógicopara o apostador.

Últimos resultados: do Sáo Paulo —Botafogo, 1a 1; XV de Jaú. 0 a 2; e Guarani. 1 a 0; do Santos —Ponte Preta, 1 a 0; Noroeste, 2 a 1; e Juventus, 4 a 0.

Jogo 12Palmeiras/SP x Guarani/SP

(33%) (34%) (33%)Em São Paulo (Pacaembu). Novo clássico entre

campeão (Guaranii e o segundo colocado doCampeonato Nacional passado. O Palmeiras co-meçou bem a temporada de 79, mas em jogosrecentes náo passou de discretos empates, o quenão o impede de alcançar a vitória desta vez,apesar do valor do adversário. A coluna do meio,entretanto, aparece de novo como a melhor opçãopara o apostador.

Últimos resultados: do Palmeiras — Noroeste. 1a 1; Ponte Preta. 2 a 2; e Portuguesa de Desportos,

a 1; do Guarani — Corintians,OaO; Francana, 1 a1; e São Paulo, 0 a 1.

(33%)

Jogo 13Vasco/RJ x Flamengo/RJ

(34%) (33%)No Rio i Maracanã). Clássico entre os clubes de

maior torcida do futebol carioca e que poderá tercaracterísticas decisivas para se conhecer o cam-peão estadual de 79. Daí a impossibilidade dequalquer prognostico, sendo aconselhável um tri-pio para quem quiser ficar tranqüilo.

Últimos resultados: Vasco — Botafogo, 2 a 1;Americano. 1 a 0: e Goitacás. 2 a 0: do Flamengo —Bangu. 1 a 0; Fluminense, 0 a 3: e Americano. 3 a 0.

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Vasco 7x0 PortuguesaSantos 1 x Velo Clube

Internacional 1 x AméricaCoritiba 1 x Rio Branco

• América 3x0 BotafogoFigueirense 2 x Grêmio

São Bento 2 x São PauloP Desportos 1 x Juventus

Brasilia 2 x MixtoGuarani 1 x Ponte Preta

Bahia 0 x AtléticoBotafogo 4x0 Fluminense

Palmeiras 1 x Corintians

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Técnico paraguaio diz que vence até no RioAssunção/Foto da Ronaldo Theobold

MundoPORTUGAL

Porto tem chance maisampla na disputa dotítulo com o Benfica

Lisboa - Até meados dc janeiro de 80 o Campeonato NacionalPortuguês náo oferece perspectivas de alterações substanciais. Sóentão terminará o primeiro turno e se enfrentam para definir ascolocações principais o Porto e o Benfica, justamente os clubes queapresentam o melhor indice técnico, dentre os participantes dacompetição.

O FC do Porto é o lider invicto e agora divide o primeiro lugarcom o Benfica. Campeão das duas tiltimas temporadas, o Portoreúne credenciais para vencer outra vez e dificilmente sofrerá umasurpresa, pois o Benfica — mesmo no coliderança —já tropeçou emcasa, diante de adversários considerados fracos.

Categoria

Neste primeiro turno, o que existe de mais Importante é o bomdesempenho do FC Porto, que também realiza uma atuação admi-ravel na Copa dos Campeões Europeus, inclusive com uma vitóriasobre o Milan, no Estádio de San Siro. O Porto cliega a lembrar osmelhores tempos dos poderosos Real Madrid e Santos, embora nãotenha em sua equipe um jogador excepcional, capaz de, sozinho,decidir uma partida. Mas a harmonia do futebol que pratica Uieconfere um índice de regularidade invejável, em Portugal e naEuropa.

Atualmente, o que sobra em categoria ao Porto falta aoBenfica. Náo obstante possuir o melhor zagueiro central do país eum dos melhores da Europa — Humberto Coelho — e pontas-de-lança que nos jogos iniciais apareciam como artilheiros, o Benficademonstra pouca eficiência. Parece um time amedrontado com seupróprio jogo e se conduz deforma irregular no Campeonato. Talveznum prolongamento do Torneio dos Campeões, em que foi elimina-do pelo medíocre futebol da Grécia.

Um resumo critico das rodadas até agora disputadas peloCampeonato Português mostra o Porto soberano em sua superiori-dade apesar de o empate (OaO) de ontem, com o Guimarães, tê-lodeixado em igualdade com o Benfica. Este, na condição de seuprincipal adversário, é um vencedor inseguro, pouco convincente,mesmo após a vitória de ontem (3 a 0) sobre o Belenenses. Um dosartilheiros do Benfica é o zagueiro central Humberto Coelho.Contra o frágil Estoril, por exemplo, Humberto fez três dos quatrogol» da equipe.

A surpresa do Campeonato pode ser atribuída à luta pelaterceira posição, que antes parecia assegurada ao Sporting — umtime recheado de brasileiros. Nos primeiros jogos, deu mesmo aimpressão de que também iria disputar o primeiro lugar. Seustonhos, entretanto, parecem frustrados pelo discreto Belenenses,que lhe impôs a derrota neste turno com uma categoria de fazerrenascer as esperanças de sua torcida numa campanha digna, pelaterceira colocação.

O Belenenses luta no mesmo nivel do Sporting mas leva avantagem de já tê-lo ganho. Além disto, no segundo grupo, é o timemais criativo e eflcienle, enauanlo o Sporting tem como êxito maior,até o momento, uma vitória sobre o Braga do Norte.

ITAI IA Araújo NettoI | MLIM correspondente

Torcida do Torinoluta com a polícia

Turim — Um conflito de Inesperadas proporções transformou,ontem, o estádio principal desta cidade num angustiante cenário deviolência, em seguida ao jogo em que o Juventus derrotou o Torinopor 2 a 1. Irritada com a derrota e com as provocações dostorcedores oponentes, a torcida do Torino foi tomada de súbitafüria. pulando o alambrado e invadindo o gramado, obrigando apolícia a intervir violentamente.

A luta entre torcedores e policiais durou por quase uma hora,enquanto em outra parte do estádio cadeiras eram depredadas ecartazes de propagandas incendiados, fazendo com que também osbombeiros entrassem em ação.

A polícia respondeu com gás lacrimogènlo, conseguindo amuito custo deter a multidão enfurecida. Esta. porém, continuou ademostrar sua disposição de baderna do lado de fora do estádio,onde destruiu vários sinais de trânsito e postes de parada de ônibus,obrigando novamente a policia a intervir.

Ao final do conflito, as autoridades não sabia dizer ao certo onúmero de feridos, declarando apenas que eram muitos. Não houvevítimas fatais.

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Os paraguaios, treinaram com disposição, ontem de manhã, no Estádio Defensores dei Chaco

PERU '•."•'.'•'*•-.'-..:

Cubillasnão aceitaconvocação

Lima — O meio-campo TeófiloCubillas, alegando uma contusãono joelho, negou-se a aceitar aconvocação para a Seleção Pe-ruana que enfrenta o Chile napróxima quarta-feira, em Santia-go, na segunda partida entre asduas equipes pelas semifinais daCopa América — os chilenos ga-nharam a primeira por 2 a 1, emLima.

Atualmente passando fériasnesta capital, Cubillas náo che-gou a convencer os meios esportt-vos locais com sua alegação paranão servir ao selecionado, muitosachando que o exfierlente Jogadorrejeitou o convite em virtude deantigos problemas de ordem pes-soai com o treinador José Chia-rella.

Cubillas, Jogador da equipe doStrikers, dos Estados Unidos, se-ria, segundo a crônica e torcidaperuanas, o homem ideal paracompor a seleçáo, que mostroudiante do Chile a falta de ummeio-camplsta que reunisse asnecessárias condições técnicaspara acalmar o time nos momen-tos mais decisivos e liderar osmais novos.

Ao justificar a atitude de Cubil-las, um boletim da Federação Pe-ruana de Futebol assinala que "ojogador expôs sua atual situaçãofisico-técnica, que não lhe permi-te cumprir o compromisso na pie-nitude de suas condições".

A Seleção Peruana segue ama-nhã para Santiago do Chile e ape-sar das palavras de incentivo dealguns dirigentes, poucos aeredi-tam que a e qulpe tenha condi-çóes de derrotar o adversário e ouaté mesmo obter o empate. Aqualidade do futebol apresentadopela representação peruana, naúltima quarta-feira, no EstádioNacional de Lima, fez com qüetorcedores e observadores perdes-sem totalmente a confiança naequipe. Os mais otimistas achamque uma derrota de 2 a 0, emSantiago, será até um resultadohonroso.

A última vez que o Peru jogouem Santiago foi em 1977, valendopelas eliminatórias para a Copada Argentina. Empatou de 1 a 1 ese classificou, vencendo por 2 a 0em Lima. O time, no entanto, erabem mais forte do que o atual,contando em suas linhas com era-quês de alto njvel, exemplos deCubillas e Hugo Sotil, considera-dos por muitos como os melhoresfutebolistas que o Peru produziunos últimos 10 anos.

Ambos foram marginalizado daSeleção. Mesmo sem terem.çom-pletado ainda 30 anos, o técnicoChiarella os considerou suficien-temente velhos para fazer partedos seus planos de renovação. Sóque os novos demostraram poucavisão de jogo de conjunto e su-cumblram logo na sua primeiraprova importante, praticando umfutebol dispersivo e nervoso.

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falavera e o goleador Morei são trunfos de Ranulfo para 4a feira

FSPANHA JlM^reZ Bahia Corr«tpond.nt»

Crise no Comitê da Copatem solução esta semana

Madri — Uma das crises do futebol espanholpoderá ser resolvida esta semana: a reintegra-çáo, com plenos poderes, ou a substituição deRaimundo Saporta na presidência do ComitêOrganizador do Mundial de 82. Mas outra crisenáo tem solução prevista: a briga entre ospresidentes do Real Madrid e do Barcelona,por causa do televisamento direto dos jogos daprimeira divisão.

A demissão da Saporta foi provocada poruma recomendação do Parlamento Catalão aoGoverno, para que informe "todas as medidasque até o momento foram adotadas ou serãoadotadas em relação à organização do Mun-dial de futebol". Saporta havia recebido garan-tias da maioria governamental de que a propo-sição não seria aprovada. Ele considerou opedido do Parlamento "uma intromissão" no•seu trabalho e apresentou demissão.

AUTONOMIA"Como posso dirigir o Comitê com ingerèn-

cias dessa ordem?", pergunta Raimundo Sa-porta, para explicar que "as responsabilidadesde organizar o Mundial de 82 na Espanha sáodemasiado grandes para tolerar influênciaspolíticas menores".

A recomendação do Parlamento quer aindaque o Governo inclua na Comissão Organiza-dora do Mundial um representante de cadauma das cidades em cujo território se desenro-laráo os jogos.

Outro ponto da recomendação prevê que oParlamento designará uma representação es-pecial que, entre outras incumbências, deveráprestar contas à Comissão de Cultura do Con-gresso da Catalunha sobre a "marcha e carac-terísticas da organização do Mundial".

"Com tantas exigências — reage RaimundoSaporta — nàoé possível pensar friamente nastarefas do Comitê Organizador".

AS GESTÕES"No momento, náo há um substituto para

Raimundo Saporta na presidência do ComitêOrganizador do Mundial de 82", declarou opresidente da Federação Espanhola de Fute-boi, Pablo Porta, ao sair de uma conferênciacom o Ministro da Cultura, Manuel ClaveiroArevalo. Pablo Porta prometeu que até o finaldesta semana "se resolverá o problema criadocom a decisão de Raimundo Saporta de pedirdemissão do seu cargo".

O presidente da Federação diz que estáimpedido de substituir Saporta, "porque é pre-cisamente a mim que cabe indicar o chefe doComitê Organizador". Ele admite que as ges-toes estão sendo feitas no sentido de obter deSaporta uma reconsideração. "Tanto o Minis-tro da Cultura — disse Pablo Porta — como eupróprio, coincidimos na opinião de que Sapor-ta deve ser mantido e a nós cabe o papel defornecer-lhe todo o apoio de que necessita".

A"GUERRA"Tradicionais adversários no futebol espa-

nhol.o Real Madrid e o Barcelona transferiramaos "cartolas" a "guerra" que os separa. Acausa é a ampla discussão que atualmente sedesenrola no país, em torno do televisamentodos jogos da Liga da Primeira Divisão, à exce-çáo do Real Madri, do Gijon e do Almeria, osclubes são contrários à presença da TV, para atransmissão direta."Náo agüento mais. Isto é intolerável. Aquise esta ofendendo ao Real Madri. Náo aceitosentar-me ao lado do presidente do Barcelo-na", foi o desabafo de Luis de Carlos, o presi-dente do Real Madri, durante a reunião em queos presidentes dos clubes da primeira divisãodebatiam a questão do televisamento. Luis deCarlos abandonou a sala e, na sua companhia,levou a solidariedade do vice-presidente doReal Madri e da Federação Espanhola de Fute-boi, Gregório Paumério. .

DECISÃOAntes da briga entre os presidentes dos dois

grandes clubes espanhóis, a reunião decidiuque os jogos náo seráo televisados.

Náo houve solução, entretanto, sobre o casodas arbitragens, a terceira séria crise do fute-bolespanhol. No último domingo, dia 14, o jogoentre o Zaragoza e o Real Madri tornou-sepalco de sérios incidentes, com agressões mú-tuas. Foi também por discordar quanto aoproblema das arbitragens que o Real Madri e oBarcelona romperam relações.

O Barcelona acusa o Real Madri de ter aseu favor as arbitragens. Clubes como o Valen-ça e o Almeria estáo de acordo em que "osárbitros favorecem estranhamente o Real Ma-dri". Enquanto esta questão espera uma inter-ferência do Ministro da Cultura, a violênciatoma conta dos jogos a um nivel muito maisgrave do que ocorre no futebol brasileiro.

Rodada

Jorge César WamhurgEnviado Espectal

Assunção — O técnico Ranulfo Miranda garante que não liapossibilidade de o Brasil repetir quarta-feira a goleada de 6 aOimposta aos paraguaios no Maracanã e acha que poderá náo voganhar como obter a classificação para afinal da Cupa Ameri-ca, na partida a ser disputada no Rio de Janeiro.

Tal como seus comandados, atribuiu a derrota no primeirojogo à falta de condições fisicas da maioria dos jogadores e afalta de tempo para treinar, quando o time jogou no Rio:

— Na ocasião, a equipe era dirigida por Luis Magain Gomes,que acabou perdendo o cargo por causa daquela derrota.Ranulfo coloca o Paraguai, no momento, entre as quatro maio-res forças do continente, logo depois do Brasil e seguido do Perue Chile, baseado nos resultados da Copa America.

Mesmos problemasApesar da confiança que demonstra, o técnico revela en-

frentar problemas idênticos aos de Cláudio Coutinho paraquarta-feira, com a suspensão de alguns jogadores importantese contusões de outros. Além disso, também se queixa dosprejuízos causados pelos calendários, com o excesso de jogos e afalta de tempo para preparar a Seleçáo como gostaria.

O maior problema fòi a Taça Libertadores da America, emque o Olímpia, principal equipe paraguaia, acabou campeão, ea excursão deste clube à Europa, sem contar o'fato de que oCampeonato Nacional está em andamento.

Mesmo assim, Ranulfo Miranda conseguiu reunir os princi-pais Jogadores disponíveis para enfrentar o Brasil. A imprensavem apoiando seu trabalho, pelos bons resultados conseguidos: *está invicto e é considerado um técnico que conta com a ajudada sorte. Seu principal objetivo é classificar o Paraguai para oMundial de 1982 e ele se mostra otimista, por ter caído numachave com Equador e Chile, nào tendo que enfrentar o Brasil.Isso o leva a considerar quase certa a classificação para oMundial da Espanha.

É a primeira vez que temos quatro dias seguidos, quasecinco, para trabalhar com a Seleçáo. Mas, a cada jogo, fomosobrigados a pór em campo uma equipe diferente, fato muitodesagradável. Acredito que, se ganharmos aqui, seremos cam-peões da Copa América. Porém, antes de tudo, devemos respei-tar a força dos brasileiros — afirmou o técnico do Paraguai.

Ranulfo Miranda, 54 anos, assumiu o comando da Seleçãoem junho último. Nos jogos realizados desde então, o Paraguaivenceu o Equador, em Quito (2 a 1) e em Assunção t2 a Oi:empatou (0 a 0) com o Uniguai em Assunção e em Montevidéu i2a 2) —jogos pela Copa America. Também venceu o Peru 13 a 2),em Lima, num amistoso.

Ele dirigia o Tembetary, equipe que disputa o CampeonatoNacional, e foi contratado como técnico exclusivo da Seleção,pela Liga Paraguaia de Futebol. Começou como técnico Itá 22anos, depois de jogar no Guarani e na Seleçáo Paraguaia quedisputou o Sul-Americano de 1949, bem como no DcportivoPereira, da Colômbia, numa época em que atuavam no futebolcolombiano Di Stefano, Pedernera e outros grandes nomes dofutebol do continente.

A exemplo do que ocorre com os técnicos brasileiros.Ranulfo sabe que sua permanência no cargo depende dasvitórias da Seleçáo. Para quarta-feira, sem revelar o esquenuide jogo, ele promete que o time jogará ofensivamente, "porque épreciso visar sempre ao gol. Náo podemos especular com apossibilidade de ganhar em casa, para empatar no Maracanã".

O técnico da Seleçáo Paraguaia mostrou muita curiosidadea respeito da Seleçáo Brasileira, sobretudo se estava coi\flrma-da a ausência de Zico e se Sócrates poderia jogar. A exemplo daimprensa local e mesmo dos jogadores da Seleçáo, fez indaga-ções aos jornalistas brasileiros sobre a convocação ou náo dosjogadores do Flamengo e sobre a situação do time de Coutinhono Campeonato do Rio de Janeiro.

Sou favorável á existência de um técnico exclusivo naSeleçáo. Com esta afirmação, o técnico paraguaio deu suaopinião sem rodeios a respeito de um assunto que ainda épolêmico no Brasil. Acha que a Seleçáo sairá prejudicada se otécnico tiver que dividir suas atividades com o clube, mesmodisponde de quem faça observações para ele. E justifica seuponto de vista:

Há uma grande diferença entre o Coutinho estar pessoal-mente acompanhando os jogadores que lhe interessam e serinformado por observadores. Uma coisa é a pratica, o contatoque o técnico precisa ter constantemente com os jogadores e,outra, a teoria dos observadores.

Segundo Ranulfo, a importação de treinadores estrangei-ros náo é aconselhável para o progresso do futebol do seu pais,embora reconheça que o uruguaio Cubillas vem fazendo bomtrabalho no Olímpia.

Os técnicos estrangeiros ás vezes prejudicam o nosso fute-boi, porque trazem uma mentalidade diferente, sem levar emconsideração a nossa própria maneira de jogar, que deve, issosim, ser aproveitada e desenvolvida.

Na opinião de Ranulfo Miranda, o futebol sul-americano étecnicamente superior ao europeu mas, freqüentemente, levadesvantagem nos confrontos por causa dos critérios de aplica-çáo das regras:

Os juizes europeus interpretam os lances de forma bemdiferente do que estamos acostumados, principalmente quantoao uso do corpo pelos europeus.

Preços para 4a feiraCom o câmbio de três guaranis para um cruzeiro, que vigora

atualmente, a arquibancada para Brasil x Paraguai custaráquase Cr$ 170 e, a geral, Cr$ 100. De certa forma, estes preçosrefletem a alta do custo de vida no Paraguai, onde um maço decigarros americanos custa 100 guaranis — mais Cr$ 30.

O maior público no Estádio Defensores dei Chaco foiregistrado também num jogo Brasil x Paraguai, pelas eliminató-rias da Copa do Mundo, em 1977, com 62 mil pagantes e renda de33 milhões de guaranis (Cr$ 11 milhões). O Brasil venceu por 1 a0. O recorde de renda — com preços mais altos — pertence aojogo Olímpia 2x0 Boca Júnlors, pela Taça Libertadores daAmérica, em julho último, com 51 milhões de guaranis.

Para o Jogo de quarta-feira os preços seráo os seguintes:Cadeira numeradas, 3 mil 500 guaranis, platéia (cadeiras maisbaixas) 1 mil 500 guaranis; arquibancada 500 guaranis; geral(parte baixa das arquibancadas), 300 guaranis.

SUÉCIA

Malmoe jogarácom o Olímpia

Malmoe — O Clube Malmoe resolveu aceitar ser o represen-tante da Europa na decisão do Campeonato Mundial Interclu-bes. onde encontrará como adversário o Olímpia, do Paraguai,vencedor da Copa Libertadores da América.

A equipe inglesa do Nottlngham Forest, que venceu oMalmoe por 1 a 0 na final da Copa Européia de Clubes Cam-peões, decidiu náo enfrentar o Olímpia, alegando que tem umcalendário muito apertado pela frente. A verdade é que além daantiga má-vontade contra os sul-americanos, os ingleses temiamainda prejuízos financeiros caso aceitassem os jogos.

Apesar desses possíveis prejuízos, o Malmoe aceitou rápida-mente o convite da UEFA

—- É quase certo que náo ganharemos dinheiro com estaspartidas — afirmou o dirigente Eric Persson — mas náo podemosficar pensando nos aspectos meramente financeiros. Temos quedefender a honra do futebol europeu.

O Malmoe conta com seis Jogadores da Seleção Sueca. Osmais conhecidos sáo os artilheiros Thomas Sjoberg e o goleiroJan Moller, este eleito recentemente o craque do ano no país.Ambos participaram da última Copa do Mundo, na Argentina,sendo que Sjoberg foi o autor do gol no empate de 1 a 1 com oBrasil.

Itália

Bolonha 2 x 1 FiorentinaCatanzaro 0x0 Inter

Lazio 1 x 1 CoglioriMilan 3x0 Ascoli

Pescara t x I AvellmoJuventus 2 x I TorinoUdinese 0*0 Roma

Nopoli 1 x 1 Peruqia

Classificação Io — Inter, 10 pontos. 2°— Milan, 9, 3o — Juventus. 8.

Portugal

Guimarães 0x0 PortoBenfica 3x0 Belenenses

Marítimo 3*2 Beira Mar

Leiria 2 x 0 Rio AveEstoril 0x0 Setúbal

Varzim 3x2 BragaBoavista 4x0 EspinhoSporiirig 2x0 Portimonense

Classificação: Io — Porto e Benfiío, 14pontos, 3° — Sporting, 13.

EspanhaLas Palmas 2x0 Sevilha

València 3 * 1 BurgosGijon 2 x 1 Rayo Vollecano

Barcelona 2x0 HerculesAlmeria 0x0 Real Sociedad

Salamanca 2 x 1 ZaragozaReal Madrid 3x2 Betis

Classificação; Io — Gi|on, 1 2 pontos;2° — Real Madrid, 1 I; T — Salomon-ca. 10.

HolandaAZ-67 2x0 Haarlem

PK4<2 ExcelsiorPSV I x 1 Den Haag

Utrechi 4x0 VitesseFeyenoord 1 x 1 Go Ahead

Roda 2 x 1 NACWillem II I x 1 MW

Classificação: Io — AZ.67, 1 5 pontoíi2° — Ajax e Feyenoord, 14.

HungriaDunauivaros 3x0 Bekescsaba

Vasas 2 x 1 PecsDebrecen 3x2 Volan

PVSK 3 x 1 Ferencvoro*Tatabany 1 x 0 Diosgyor

Zataegersíeg 2 x 1 Ujpest Do/saRabo EtO 4 x 1 Mav ÉloreVideoton 4 x 2 MIK-VM

Honved 3x2 SalgotarionClassificação Io — Videoton, 15 pon-to»; 2o — Ferencvoro», 14; 3° — Vasas,13.

Áustria

Lask 3x2 ÁustriaGAK I x 0 Sturm-Graz

Admira 3x0 ViennoSportklub 6x0 Soizburg

Classificação. Io— GAK, 15 pomos, T— Admira e Lask, 12.

GréciaPanionios 2x0 Apollon

Heracles 3x0 PonochiakiKavalla 0x0 loannino

Kostona 1 x 1 Areslarissa 1 x 0 Rhodes

OFI 0 x 0 AEK

Pnok I » 0 EttinikosPanathinaikos 2x0 Do»n Dramas

0'ymptokos 1 x 0 Connth

Classificação Io — Olymptakov Pook,Herades, Panathinaikos e La ri «o, 6pontos

Suiça

Chenois 1 x 1 Grossl'Opper»Servetle 2 x 1 Young Boyi

Lousann*» 1 * 1 CblassoZunch 4x2 SionBasel 1 x 0 Xan»ax

Lucerne 4 x I lugcnoSaint Goll 6 * OLaChauxdeFondi

Classificação 1° — Zurich, 16. T —Grasshoppers. 15, 3'' — Ser^ette, 14.

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caderno JORNAL DO BRASILRio de Janeiro, segunda-feira, 22 de outubro de 1979

MARCOS FLAKSMAN0 Qj>K&ch~+

A primeira idéia de Marcos

para o que foi construído

UM IMENSOCORAÇÃOQUE PULSA

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Maria Lúcia RangelSe bem ob-

servado, o ce-nário da peçade OduvaldoVianna Filhoforma umimenso cora-ção que pulsaao ntmo dacarga emoti-va transmiti-da pelo texto,pela interpre-Marcos Flaksman façào dos ato.

res e pela mobilização da pia-teia que tem comparecido maci-Íamente

ao Teatro Villa-Lobos.lm coração que pulsa 40 anos

da nossa história e que foi oponto de partida para MarcosFlaksman criar um núcleo cen-trai — o apartamento de Man-guari representando um planoreal — e as diversas imagenspassadas e projeções de memó-ria dos personagens. Ainda ho-je, apesar da estréia ter aconte-cido há duas semanas, é dificilpara o cenógrafo analisar criti-camente o seu trabalho. Com-para-o mesmo à operação deenxerto da veia safena, em queo sangue necessita de um perio-do de adaptação em seus novoscanais. E ele, Marcos precisatambém que uma emoção acu-mulada em cinco meses de cria-tividade seja aplacada.

E como ficar sem pai nemmãe, tenta explicar na casa deLaranjeiras onde divide escrito-rio com amigos. Nem mesmo asala espaçosa dando para umquintal arborizado fizeram-nosossegar esses últimos meses.Era em seu apartamento, to-mando vinho tmto em compa-nhia do diretor José Renato,madrugada a dentro, que asidéias surgiram, depois da leitu-ra do texto que deixou-o "abso-lutamente abismado":— Estava em São Pauloquando encontrei o Zé (Rena-to). Disse-me que estava na ba-talha da liberação do Rasga Co-ração e queria que eu trabalhas-se com ele. Foi antes da gênero-sa abertura e náo havia qual-quer perspectiva da peça serliberada. Até que este ano, no-vãmente em São Paulo, na re-montagem do E, o Zé me comu-nicou que o espetáculo iria sair.

De volta ao Rio, Marcos to-mou seu primeiro contato como texto e com uma pesquisaimensa do autor sobre a épocaabordada na peça. Além de serum trabalho bastante curioso—mostra gírias, piadas, músicas,falas de Getúlio, estudos sobrea febre amarela, preço da cocai-na há 30 anos, etc. — permitiuao cenógrafo sentir o clima des-ses anos:

O trabalho de iluminação, deJorginho de Carvalho, ele con-fessa ter sido insano. O públicoestá longe de imaginar o que éiluminar este espetáculo. Já osfigurinos foram feitos com Marí-lia Carneiro e a assistência deDick Loréte, "um rapaz novoque trabalhou duro":— São cerca de 120 roupas

Eara 20 atores. Procuramos tra-

alhar em cima de texturas da

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Maqueta do cenárioFotos de Evandro Teixeir

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O cenário prontoépoca, com roupas velhas ser-vindo de exemplo. Era impor-tante mostrar o brilho dessesanos.

Além de todos esses cuida-dos, Marcos construiu uma ver-dadeira cidade sob o cenário.Dentro do palco, foram monta-dos cinco camarins para que amudança de roupa sé dê rápida-mente, além de coxias de aces-so. Um trabalho do rapaz quecomeçou como ator em teatro,atraído simplesmente pelo tea-tro. Não sabia então que existiaa chamada cenografia:— Já fazia arquitetura masnem sabia o que era cenário.Não tinha muita idéia do quedeveria ser feito, mas sabia queeram mal elaborados.

O primeiro trabalho, em1964, "talvez o mais difícil atéhoje", foi para A Tempestade,de Shakespeare. Marcos Flaks-

man não foi muito estimuladoentão. Acharam mesmo que seucenário era desrespeitoso aoclássico autor inglês:Mas eu adorei. Achavaque tinha descoberto a pólvora.No ano seguinte, fundou-seno Rio o Teatro de Repertório, eele fez a cenografia de Mortossem Sepultura, dirigido porPaulo Afonso Grisolli, aindanum regime semiprofissional.Foi quando aconteceu uma coi-sa que considera típica de Hol-lywood:

Apareceu um empresáriono teatro — Fábio Sabag —convidando Grisolli para dirigirA Vida Impressa em Dólar e amim para fazer os cenários.

Foi o primeiro prêmio Moliè-re de uma carreira que acumulaoito grandes premiações. O cur-so de Arquitetura continuou aser feito e até um vestibular

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para o Conservatório de Teatroele fez, passando em primeirolugar: Mas tive que desistir, por-que o Conservatório não admi-tia que seus alunos trabalhas-sem profissionalmente.

Em 1967, Marcos foi para Pa-ris, onde ficou um ano com boi-sas-de-estudo livre. Na verdade,viajou toda a Europa assistindoa teatro. Em 1970, retornou aParis, permanecendo então trêsanos.

Hoje, com um currículo queinclui grandes espetáculos, con-fessa ter preferência por algunsde seus trabalhos, entre osquais Os Convalescentes ("umtrabalho livre de qualquer cons-cientizaçáo"), Seria Cômico seNão Fosse Sério, Hipólito e a AVida Impressa em Dólar:— Do Rasga Coração ainda édifícil falar. Mas tenho certezade que será uma lembrança decinco meses de trabalho em quemeus canais de estímulo estive-ram abertos, canalizando ener-gia de todo seu exercício vital.

O Zé estava empenhadoem ter uma solução cenográficaantes de escolher o elenco. Istoporque Rasga é uma peça comestrutura de carpintaria teatralmuito específica. As ações dra-máticas se dão simultaneamen-te em diversas épocas e se dife-renciam em termos de tipo deimagem

Claro que foi um desafio.Marcos compreendia também anecessidade de o diretor preci-sar de uma solução física antesde estruturar o espetáculo. Con-tava ainda com alguns dados do,próprio Vianinha, que deixouem apontamentos sua visão docenário: "A ação passada notempo real, ou seja, no aparta-

mento de Copacabana, devedar-se num espaço tratado qua-se que naturalisticamente. E ofio condutor da ação. Já os ou-tros planos de ação podem ocor-rer em outro espaço do palco3ue

fica a cargo da imaginaçãoo cenógrafo":Ele mesmo não tinha uma

solução definida — lembra Mar-cos. Em uma de suas versões,dava uma idéia meio estranha,em que via as imagens de me-mória e imaginação acontecen-do dentro de uma teia formadapelos canos que saíam do edi-ncio.

Com esses dados e mobiliza-do como em qualquer trabalhoque faça para teatro — este emparticular porque havia umacarga de expectativa das pes-soas muito grande — Marcosentregou-se ao trabalho comantecedência. Sabia que ele iriapesar no conjunto:

Mas se você me perguntarcomo surgem as idéias, não seiresponder. Acho que de umaalimentação- a conta-gotas. Tu-do influi: informações, leituras,pesquisas e conversas. Tiveavalanchas de idéias e uma sé-rie de certezas. Achava que agente tinha que dar um painelda vida brasileira, tão afastadodos palcos devido à Censura.Foi exatamente neste dado quea Censura se pegou nesses anos.Podia-se fazer uma peça de au-tor marxista, contanto que nãotivesse uma ligação com a nos-sa realidade. Foi esta a grandecensura que tivemos, da reali-dade brasileira, que tinha todarazão em querer esconder, comseu regime de. terror e falta deliberdade.

Paralelamente, Marcos enve-redou por uma grande pesquisa

pictórica onde descobriu coisasfantásticas — mostra fotogra-fias da época, vestuários (os fi-gurinos também são seus emsociedade com Marília Carnei-ro) — conseguidos em arquivosparticulares:Até que comecei a traba-lhar objetivamente. Achei que oVianinha tinha toda razãoquando falava da necessidadede um núcleo, um local geradorde imagens. Os universos damemória e da alucinaçáo deve-riam orbitar em torno dele, co-mo elétrons em volta do átomo.

Ele explica que o espectadordeveria ter uma referência espe-cinca como tem nas históriasem quadrinhos, em que os ba-lõezinhos dizem respeito às fa-las ou pensamento:O fato do espaço ser trata-do realisticamente ja codificavao cotidiano. Para mim, os atoresflutuavam e as imagens tam-bém. Era necessário que o pú-blico sentisse que o espaço emtorno do apartamento estavarepleto de imagens não capta-das mas presentes.

Quando desenhou o átomo esuas órbitas, Marcos percebeu ocoração. Muito impressionado,começou a fazer croquis, achan-do que ele estava pulsando:Conversei com o Zé e eleficou transido, achando que eudevia forçar a barra por aí. Fizentão o primeiro desenho docenário, que acabou ficando. Ocoração acabou servindo maiscomo elemento gerador.

Já as imagens de fundo, Mar-cos não quis mostrar como his-tória documental. Se tornariamum elemento frio com sentidode reportagem. E o espetáculo,ele lembra, é altamente visce-ral: a trajetória da vida de umhomem e não da vida políticade um país:Eliminamos então as ima-gens fixas e documentais, subs-tituídas por imagens dinâmi-cas. Uma espécie de negritopoético dentro da cena.

Tentando explicar de manei-ra concreta seu pensamento,Marcos relembra Manguari nainfância, quando visitou Copa-cabana, ainda um bairro vir-gem, com praia larga e pouquís-simas construções:Náo tinha sentido mostraruma foto documental de comoera Copacabana, mas o lirismoda criança. Mostramos então asnuvens no céu azul. Para a Re-volução de 30, a imagem é defogo. .

O problema que ficou porresolver, talvez o mais difícil, foio rompimento da solidez do pi-so do palco e o acesso ao poço.O piso, segundo Marcos, nãoelimina a trajetória do ator. Oefeito foi conseguido com a ilu-minação de baixo para cimaque codifica imediatamenteque a ação não se passa noplano real:Tem uma outra coisa, bas-tante cinematográfica, que nin-guém comentou até agora: ajanela em que três cenas impor-tantes acontecem. Fiz questãoque o público as visse náo damaneira imaginária como co-mumente são feitas, mas atra-vés da própria janela. Assim, elagira — quando necessária e re-toma seu plano.

Mesmo tendo conseguido es-ses efeitos, o cenógrafo faz algu-mas restrições ao Teatro Vifía-Lobos. Diz mesmo que o espeta-culo feito em Curitiba, no Tea-tro Guaíba, era de qualidadesuperior:Evidentemente o teatrocarioca é no-vo e ofereceuboas condi-ções, mas lon-ge das ideais.Ainda temproblemas deangulação deluz e a Fun-terj não nosdeu a tempoas máquinasnecessárias àsprojeções di-nãmicas.

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PÁGINA 2 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio rie Janeiro, segunda-feira, 22 rie outubro de 1979

CartasTema apaixonante

Nâo posso deixar sem comentário aanálise do filme A Comilança feita peloDr G. Baremblit. que embora atraente eabrangente é, também, tendenciosa, nãosó por usar surrados clichês como "bur-guesia decadente" e "dignidade das cias-ses pobres" mas também por partir deuma identificação equivocada, segundo aqual a frustração e o suicídio dos protago-nistas são devidos ao fato dos mesmosnâo participarem do sistema produtivocomunitário. Em minha opinião, a causanão é essa, pois, sem dúvida, eles sâointegrantes participantes do sistema.Quando se define um sistema de produ-ção como "um processo planejado, peloqual elementos são transformados emprodutos úteis", podem sempre ser carac-terizados os insumos, unidades de con-versão e produtos resultantes. Por isso, ojuiz recebe dados, interpreta-os e emiteuma sentença. O cozinheiro, a partir demateriais escolhidos transforma-os emcomida sofisticada. Com um pouco deesforço, podem-se identificar os mesmoscomponentes, isto é, entrada, processo deconversão e saida, para os demais perso-nagens do filme. Assim sendo, o diagnós-tico tem de ser outro. Por que não pensarque se trata da exacerbação dos sentidose da procura da morte gerada pelo cultodo binômio materialismo-pragmatismoda sociedade em que vivem? Aceitandoessa conclusão, posso ir mais longe afir-mando que o culto da vida (o oposto damorte) será sempre a busca do saber, doprogresso e do aperfeiçoamento pessoalmediante uma ação interior provocadapor princípios imutáveis (religião cristã,islamismo, zen-budismo etc) escolhidoslivremente. Acreditamos estar contri-buindo para a discussão de um temaapaixonante. Godofredo P. Rangel, Riode Janeiro.

Memória musicalLi no JORNAL DO BRASIL reporta-

gem sobre a Fonoteca Estadual, ondeestáo recuperados, arquivados e postos àdisposição do público 10 mil discos, entreeles alguns milhares de inestimável valorhistórico (o que chamamos de memórianacional e internacional).

Sou freqüentador da Fonoteca há cin-co anos, desde a época em que funciona-va, em estado lastimável, no Edifício An-dorinha, em total abandono pelo Estado,com o nome de Discoteca Pública. Desdeaquela época conheço um pouco dos pro-biemas encontrados pela diretora, DRuth, dedicada diretora há pelo menos 15anos. Sei que houve uma reformulaçãopara bem melhor, quando passou a cha-mar-se Fonoteca. Pela primeira vez a virealmente funcionando, em espaço agra-dável, com jardim-de-inverno, fones deouvido, biblioteca e equipamento novo,uma obra inédita em todo o Brasil. Quemfez o projeto e implantou a atual Fonote-ca Estadual foi um poeta, o Chico Chaves,gente muito jovem e dinâmica, uma pes-soa sem o ranço burocrático que assola asinstituições do Estado. Ainda construiuoutra fonoteca, em Niterói, com um acer-vo também valiosíssimo, em fitas, e umótimo ambiente para pesquisa e audição.

Mas pelo pouco que sei, o problemaprincipal é o funcional. Sáo pouquíssimosfuncionários para o atendimento do pú-blico, a maioria já prestes a se aposentar(ainda que com multa energia e eficièn-cia). Soube que o Estado paga uma mlsé-ria aos funcionários que trabalham nessenível e que ninguém se arriscaria a traba-lhar recebendo táo pouco: Cr$ 1 mil 500 eCr$ 2 mil 500 mensais. Soube ainda quenão existem recursos para contratar gen-te especializada e que o Governo do Esta-do demora quatro meses para pagar a umprofissional especializado. Um técnicodeve custar no mínimo Cr$ 10 mil men-sais. E quem disse que pagam isso a umprofissional ? Preferem manter a burocra-cia em dia, de terno e gravata.

Só tenho receio de uma coisa: a Fono-teca voltar a ser como a antiga Discotecade há cinco anos, cheia de ratos e baratas,equipamento destroçado, acervo desor-ganizado, sem funcionários. Cuidem denossa memória musical, senão qualquerdia destes passam por ali, no Largo daLapa, um viaduto. E ninguém vai ficarsabendo que houve ali, naquele lugar,uma memória musical. E então, adeusPixinguinha e Villa-Lobos. Jorge Mes-sias. Rio de Janeiro.

Marasmo Antiecológico

As empresas de televisão estão paraconstruir torres de retransmissão no picoCaledônia, em Nova Friburgo. Sem qual-quer escrúpulo, invadiram e desmatarampropriedades particulares. Infringiram oCódigo Florestal, que proíbe derrubarárvores situadas num terreno de inclina-ção superior a 45 graus (desmataram atéem 60 graus!) ou quando estão acima de 1mil 800 metros de altitude. Na regiãodesmatada, está situada a nescente do rioque abastece a cidade — mais uma infra-çào — e o desmatamento acarretará gran-des problemas a Friburgo. Além disso, seas torres forem instaladas, a região, que éfreqüentada por excursionistas e aman-tes de natureza, se tornará área de segu-rança, e todos aqueles que fogem daparanóia das cidades serão alyados deum de seus últimos refúgios do Rio deJaneiro.

Até quando seremos obrigados a engo-lir as ações criminosas, impunes, dasgrandes empresas e multinacionais? Atéquando teremos de engolir as incoerên-cias do IBDF, .criado para proteger edesenvolver a flora e a fauna nacionais,mas que no entanto autoriza a queimadae a destruição absurda do Parque Nacio-nal da Serra da Canastra? Todos se dizemamantes da natureza. Até o Preidente sediz. Então porque náo faz nada? É sómais um rótulo? Chega de marasmo. Énecessário que todas as entidades quelutam pela conservação do meio-ambiente e bem-estar social se unampara agir contra esses criminosos, com aajuda de todo o povo, antes que seja

tarde. Cláudio Eduardo Ramos — Ita-guai (RJ).

Abertura ecológicaFelizmente, um deputado com o cora-

çâo aberto à ecologia apresentou projetoproibindo prender pássaros em gaiolas. Amedida chega atrasada de séculos. Du-rante esse tempo, houve uma infinidadede deputados, Presidentes e até Reis quepoderiam ter estabelecido tal proibição,mas até hoje ninguém se lembrou dospobres bichinhos. Mas é claro: todos debarriga cheia e em liberdade, por que seiriam lembrar dessas criaturas indefesas?

Os egoístas e covardes que prendempássaros em gaiolas precisariam de umgrau de civilização multo superior paracompreender extensão do mal que fazemàs aves. A insensibilidade dos homenschegou ao ponto de ninguém mais sepreocupar sequer com o ser humano queprecisa de socorro na via pública, quantomais com aves indefesas.

Esses senhores acham que dando ai-piste diariamente aos pássaros engaiola-dos os tornarão mais felizes, esquecendo-se de que os pássaros sabem buscar nasmatas as hervas de que necessitam nashoras certas para seus males e o alimentopara seus filhos. Esses senhores, se forempresos injustamente pela polícia, botarãoa boca no mundo, porque eles náo podemficar presos, só os pássaros, eis que sãoadeptos do provérbio que diz: "Faça oque eu digo, mas náo faça o que eu faço".

Nós, seres humanos, deveríamos, sim,nos engaiolar, porque soltos só fazemosbobagens. As aves, não: são inofensivas eúteis. Adauto Aragonez, Rio de Janeiro..

Agressão prolongadaHá três anos e oito meses as construto-

ras Moraes Rego Engenharia e GANNEngenharia vêm desmontando dois ro-chedos perto do número 380 da Rua Sam-baiba, no Leblon. O ruído ensurdecedorcausado pelos marteletes, britadeiras ecompressores é constante. Ultimamente,as duas construtoras vêm usando paramarcar o horário de trabalho uma sirenaque faria inveja a qualquer alarme antiaé-reo da Segunda Guerra Mundial. Aliás, osmétodos para o desmonte das rochas sáotambém da década de 40.

Nós, infelizes moradores, chegamos àconclusão de que essas empresas devemter dois objetivos em mente, no que dizrespeito ao tempo que estáo levando emtais obras: descobrir petróleo no AltoLeblon e, cavando um túnel até a China,assinar um pacto de agressão, atividadena qual são peritas. No caso de nenhumdesses objetivos ser atingido, a alternati-va seria a construção de edifícios com ostípicos suíte, dependências, estúdio e va-ga na garagem. Tais edifícios, dé, nomínimo, 20 andares, chamar-se-ão semdúvida, Palais Jerimum e Fonteneblô.

Existe uma quarta hipótese para ex-plicar um desmonte de rocha tão demora-do, além do fato óbvio de que aquelesterrenos jamais seriam apropriados paraa construção: ditas empresas desistiramda construção de prédios no local e seesqueceram de avisar os operários.

A FEEMA e o IPEM já foram alertadossobre o abuso e o absurdo, mas, ao queparece, esses órgãos náo sabem o quefazer. Marta Lawson, Rio de Janeiro.

Profissão sacrificadaO aperfeiçoamento das operações dos

montepios no Brasil também depende daatuação do corretor. Exercendo essa so-frida profissão, lamento que até o mo-mento a Susep não tenha providenciadoa saneadora regulamentação da profissãode corretor autônomo da previdência pri-vada, apesar dos severos dispositivos daLei 6 435/77, que regulamentou os monte-pios. Tal omissão propicia a intromissãode elementos inescrupulosos, ou melhor,vigaristas, em nossa sacrificada classe.Esses elementos cometem as mais vergo-nhosas fraudes contra associados dosmontepios, que, em sua esmagadoramaioria, vêm cumprindo seus regulamen-tos. Existem até foragidos da Justiçaoperando como corretores de montepios.Por que a Susep nâo providencia, deimediato, a prisão desses estilionatários enáo obriga a registro os corretores, me-diante negativas do Foro e da polícia?João Athayde de Oliveira, Rio de Ja-neiro.

Equipe dedicadaQuero transmitir de público meus

agradecimentos à direçào do Hospital doAndaral (INAMPS), aos médicos, enfer-meiros, auxiliares, atendentes, serventese assistentes sociais. Agradeço a todos osque servem no Centro de Tratamento deQueimados, pela assistência dada a umsobrinho, o menino Marcelo de OliveiraVieira, de nove anos, que ali entrou emestado gravíssimo, com queimaduras dosprimeiros, segundo e terceiro graus. Seutratamento tem sido feito com eficiência,presteza e muito amor. Aqui ficam osmeus profundos agradecimentos, os dafamilia e os dos amigos e coleguinhas deMarcelo. Que Deus ilumine a equipe doCTQ. Sérgio Leite Vieira — Rio de Ja-neiro.

Derrotas ConsecutivasA 20 de abril de 1978, a empresa Pólux

Veículos SA, concessionária de serviçosautorizados da General Motors do BrasilSA, emitiu a duplicata n° p-11772 no valorde Cr$ 560, contra Gilberto Antunes Tei-xeira, por serviços prestados durante arevisão (obrigatória, para fins de garan-tia) dos 1 mil quilômetros, no Chevette desua propriedade. Por julgar que algunsdos serviços cobrados pela Pólux, alémde não autorizados e nâo previstos nasinstruções técnicas do fabricante, foramforjados pelo concessionário, GilbertoAntunes Teixeira requereu ao juiz da 7aVara Cível medida liminar objetivando asuspensão do protesto da referida dupli-cata e obteve ganho de causa. Apesar denotificada, a Pólux enviou para protestoa duplicata, sem porém obter o resultadopretendido, em virtude da efetiva ação doadvogado autor da causa. Em outra áçáomovida contra a mesma concessionária, omesmo juiz decretou nulspa duplicata emquestão. A Pólux recorreu ao Io Tribunalde Alçada, sendo definitivamente derro-tada por três votos a zero. Gilberto Antu-nes Teixeira — Rio de Janeiro.As cartas serão selecionadas para publicação notodo ou em parte entre as que tiverem assinatura,nome completo e legível e endereço que permitaconfirmação prévia.

Artes Plásticas

PRESENÇA DE PORTINARI

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Roberto Pontual

da dê;

Aqui e ali, por uma série de novos dados, avida e a obra de Cândido Portinari ressur-gem com bastante evidência, neste mo-mento, na cena artística brasileira. Nãocreio que se trate já de uma revisão profun-

da 3i seu trabalho, quase 20 anos após ele ter-seencerrado, com a morte do pintor em 1962. É mais,como se verá, uma simples coincidência de fatosesparsos repondo-o à vista e à análise. A começarda reedição de Retrato de Portinari, de AntônioCallado. Saindo agora pela Paz e Terra, o livrohavia sido originalmente editado pelo MAM doRio de Janeiro, em 1956. A reedição, porém, nãofica apenas no passado e no passivo: inclui umasegunda parte, inédita, na qual o autor completa oretrato acompanhando o pintor até sua morte. E olivro passa a contar, também com uma bibliogra-fia substancial, dando conta do que, de quem e deonde se escreveu sobre o artista, entre 1923 e 1978.Callado, como epígrafe dessa segunda parte, esco-lheu um trecho do samba-enredo da Império daTijuca, no Carnaval de 1968, que diz assim dePortinari: "Na tela, e gigantescos murais, / Foi oprimeiro a colorir / Nossos problemas sociais!"

Outro livro de edição recente que trata dePortinari (e o traz inclusive na capa, com a repro-dução quase inteiriça de O Café) é Pintura Moder-na Brasileira, de José Roberto Teixeira Leite,lançado pela Record. Mas nào o aborda com

exclusividade, como no caso de Callado. Portinariconstitui ali apenas um dos 14 capítulos, que sereferem ainda a Tarsila, Segali, Guignard, Volpi,Di Cavalcanti, Rego Monteiro, Ismael Nery, Pan-cetti, Cícero Dias, Djanira, Iberê Camargo, Dacos-ta e Antônio Bandeira. O elenco não deixa de serrepresentativo da idéia expressa no título do livroe a sua impressão na Suíça lhe dá qualidadegráfica indiscutível, embora nào excepcional. Emtermos de texto, no entanto, a obra frustra bastan-te as primeiras expectativas. Teixeira Leite —talvez buscando ser didático no lugar errado, poiso luxo do livro certamente não permitirá suavenda a baixo preço, para um público maior — ficano tratamento superficial, muito mais biográficodo que critico, de cada um dos artistas que lhecompõem o repertório de agora. No fundo, repetecoisas conhecidas, pouco contribui com uma visãopessoal da matéria. E as ilustrações de PinturaModerna Brasileira (não mais que 39. nem todas acoresl nâo chegam a aperfeiçoar o panorama,apesar do esforço do autor em comentá-las, uma auma, à parte. Um livro de boa aparência, portanto,porém de reduzida substância.

Mas voltemos a Portinari. Ele reaparece comoum dos cinco temas abordados no número inaugu-ral de uma nova revista disponível entre nós,voltada para assuntos de ciência, cultura e arte. Éa Revista IBM, de circulação por enquanto restri-

• ta, ainda que dela se espere logo, pela qualidadede matéria e impressão, uma abrangência maiorde público. Neste, primeiro número da revista,

Duas pinturas de Portinari.da décadade 30:0 Mestiço, de 1934,eRetirantes, de 1939.

quem focaliza Portinari é o seu filho, Joâo Cándi-do, do Departamento de Matemática da PUC RJ.onde dirige o chamado Projeto Portinari. E e sobrea idéia geradora ejá o desenvolvimento do mesmoProjeto que o articulista se detém no texto. Elediz, por exemplo, que o Projeto contou com oapoio financeiro do Finep para a fase inicial delevantamento, .documentação e catalogação datotalidade da obra do artista, constituindo umarquivo fotográfico e documental o mais detalha-do e completo possível (iniciado em abril desteano, já foram catalogadas cerca de 1 mil e 400obras, começando por agora o trabalho de repro-dução fotográfica). O arquivo contará ainda comdocumentos pessoais do artista. Dois objetivosmaiores deverão resultar do levantamento de da-dos: primeiramente, a edição de um catalogoraisonné da obra inteira de Portinari; e. em segui-da, a criação da Fundação Portinari. O Projeto,que tem sede na Fundação Casa de Rui Barbosa,conta com o trabalho constante de cinco museólo-gas, coordenadas por Leonel Kaz. e consultoriaconstituída por Edson Motta e Clarival Valia-dares.

Uma vez que a primeira parte do textode hoje se fez com a menção a livros erevistas de aparecimento recente entrenós, completemo-lo por outras brevesindicações no mesmo sentido, mas já

sem foco em Portinari. No que se refere a livro, oMuseu de Arte de São Paulo e diversas personali-dades daquela cidade, do Rio de Janeiro, de BeloHorizonte e de Salvador homenageiam D Clemen-te Maria da Silva Nigra, chegado agora aos 76 anosde idade, com a publicação de Ação de D Clemen-te no Museu de Arte Sacra. A obra leva emconsideração basicamente o seu esforço de recupe-ração arquitetônica do convento de Santa Teresa,em Salvador, onde, em 1959, foi solenemente insta-lado o Museu de Arte Sacra da Universidade daBahia, exemplo de primeira grandeza da nossamuseologia. Descreve o livro, entre outros tópicos,as duas viagens de estudos que D Clemente fez àUnião Soviética, a última das quais de junho de1965 a janeiro de 1966.

E duas notas mais a respeito de revistas.Photo Cámera, da FC Editora (Rio), chega a seusegundo número, já progredindo em relação aoprimeiro, saído em setembro. Traz, como uma dasmatérias de maior interesse, entrevista com HugoDenizart, a respeito de sua longa vivência e traba-lho fotográfico bem dentro da Cidade de Deus ("afotografia é uma maneira de eu aprender a vida",diz ele). Há ainda, reproduzidos em Photo Càmcran° 2, pesquisas de fotógrafos como Joáo Urban, ZéGuilheme, Lena Trindade. Nilson Menezes, AstridMarot e Guilherme Zamoner Neto — em diferentesmodos de flagrar o cotidiano nosso. Por fim, foilançada entre nós, na última sexta-feira, a revistaargentina Summa, especializada em arquitetura.Se a cito, aqui, é porque, fundada há 16 anos atrás,no seu número de lançamento brasileiro ela temcomo subtítulo Arquitetura Pós-Brasília, aprovei-tahdo a proximidade do 10° Congresso Brasileirode Arquitetos, que a Capital Federal abrigará deIo a 5 de novembro vindouro.

Teatro

UM ANOSEM

ZIMBAVon Micfwlski

NA

última quinta-feira, dia 18, transcor-reu o primeiro aniversário da morte deZiembinski. Motivo mais do que obri-gatório para que todo o teatro brasilei-ro se lembre com saudades do seu

grande mestre, constate a falta que estamos sen-tindo da sua fortíssima presença e lhe renda asmerecidas homenagens. É uma pena que Ziem-binski, que morreu aflito com os rumos do teatrobrasileiro nos últimos anos, nào tenha vivido osuficiente para ver alguns espetáculos que o teriareconciliado com a atual criação dramática, taiscomo Macunaima, Rasga Coração, Papa Highirtee A Resistência.

Hoje, às llh30m, a memória de Ziembinskiserá reverenciada numa missa rezada na igreja daCandelária. E na próxima sexta-feira, dia 26, às16h, o SNT inaugurará, no saguão do Teatro JoãoCaetano, uma grande exposição retrospectiva so-bre a vida e a obra do inesquecível diretor, ator eprofessor.

NOVA COMEDIA DEJOÃO BETHENCOüRT

Além das estréias da semana incluídas nacoluna de lançamentos de sexta-feira passada,teremos também, já depois de amanhã, no TeatroCopacabana, a première de mais uma comédia deJoáo Bethencourt, Como Testar a Fidelidade das

Mulheres. A ação está desta vez localizada numacidadezinha da Sicília, onde um marido ciumentosubmete sua esposa e a um teste sui generis queconstitui uma secular tradiçáo do lugarejo. Opróprio autor dirige a sua peça, com cenário efigurinos de Colmar Diniz e interpretação de Arle-te Sales, Rogério Fróes, Carvalhlnho, Elcio Romare Camilo Bevilacqua. Com o seu Festival deLadrões em plena carreira no Teatro Mesbla, JoáoBethencourt volta portanto a ter — como tem tidofreqüentemente nos últimos anos — duas obrassimultaneamente em cartaz.

LABORATÓRIO DEJOSÉ CELSO NO DULCINA

O ciclo Métodos de Trabalho no Teatro Brasi-leiro de Hoje entra hoje na sua segunda etapa,orientada por José Celso Martinez Corrêa. Emvirtude do número de inscritos e dos ensaios deInfância dos Mortos no Teatro Experimental Ca-cilda Becker, o local desta etapa foi transferidopara o Teatro Dulcina, onde os trabalhos seráorealizados diariamente, das 9 às 12 e das 13 às 18h,até sexta-feira. A sessáo de hoje. porém, seráapenas no horário vespertino, iniciando-se às 13h.

EM UM ATO

Duas estréias marcadas, com rara antecedén-cia, para 7 de novembro: no Teatro da Gávea serálançada uma peça de Daltro Ribeiro, Pássaro daMorte, com o próprio autor e Lair Torres noelenco, e com direção de Ruy Sandi; e no Teatroda CEU entrará em cartaz uma das obras maispopulares de Bertolt Brecht. Os Fuzis da SenhoraCarrar, com direçáo de Tânia Pacheco e comMaria Esmeralda no papel principal.

Ainda sem data marcada.mas provavelmenteem breve, deveremos ter um outro Brecht nopalco, este até hoje inédito no Rio: Homem aHomem. Traduzida por Leyla Ribeiro e dirigida

por Ivan de Albuquerque, a peça ocupará a faixado horário das 18h no Teatro Ipamema.

Deverá mudar este ano a estrutura financeirada Campanha das Kombi de dezembro: em vez dereceber, como ocorria até agora, uma quantia fixado SNT como indenização pela sua participaçãona campanha, cada produção participante perce-berá uma complementaçào de preço para cadaingresso vendido nas bilheterias itinerantes.

O próximo Festival Mundial de Teatro emNancy vai desenrolar-se em duas etapas: a pri-meira, de 12 a 25 de dezembro, será exclusi vameo-te reservada a espetáculos dedicados ao tema e ástradições do Natal; a segunda, de 15 a 25 de maiode 1980, incentivará como sempre a criação con-temporánea, com ênfase especial no aspecto plu-ridisciplinar do teatro e na abolição das barreirasentre as diversas atividades artísticas.

Foram remanejados os cargos de direção dealguns teatros da Funterj: Odir Ramos assumiu adireção do Teatro Artur Azevedo de Campo Gran-de, Roberto Frota administra o Glaucio Gill eRogério Fróes responde pelo Villa-Lobos. Por falarno Glaucio Gill seria oportuno que a Companhiado Metrô, tendo anunciado que derrubará o teatroda Praça Cardeal Arcoverde, torne público desdejá de que maneira pretende cumprir a legislaçãoque obriga em tese os responsáveis pela derrubadade uma casa de espetáculos a colocar à disposiçãoda comunidade um outro teatro. Em tese, porquena prática esta legislação tem sido sistemática-mente descumprida, com escandalosa cumplicida-de das autoridades. Foi assim, por exemplo, quedesapareceram o Teatro de Arena da Guanabara eo tradicional Teatro Fênix. este último imperdoa-velmente substituído por um estúdio de televisão.

• Ato Cultural, a excelente peça do venezuelanoJosé Ignácio Cabrujas, vista no ano passado nohorário vespertino do Teatro dos Quatro, voltaráao cartaz na primeira semana de novembro, ago-ra em carreira normal e no Teatro Sesc da Tijuca,com Marcos Fayad na direção e oo elenco, ao ladode Henri Pagnoncelli, Ana Lúcia Torre, AngelaRebelo, Sebastião Lemos e Soili Eich.

CADERNO B n JORNAL DO BRASIL O Rio He Janeiro, segunda-feira. 22 He outubro de ÍOTO C PÁGINA 3

Operaçãoinviável

Quando começou a ser armado o esquema quetrará, finalmente Frank Sinatra ao Brasil, pensou-se no .fretamento de um Concorde para o trans-porte do cantor e sua entourage que chegariamsupersonicamente, como convém aos grandescartazes.

As negociações posteriores mostraram, entre-tanto, ser a idéia absolutamente inviável. Primei-ro. pelo preço, mas também porque a economia detempo de vôo não seria assim tão apreciável.

Como ao Concorde não é permitido voar emvelocidade supersônica sobre os continentes, oavião teria que alterar a rota normal que ligaNova Iorque ao Rio contornando a costa Norte eNordeste do pais Poderia voar em sua velocidademáxima mas teria aumentado o percurso.

Afãs mesmo que fosse desprezado esse detalhe,o preço da operação desaconselhou que se voltas-se a falar no assunto — cerca de 700 mil dólares,ou seja, quase o equivalente ao cachet de Sinatra.

BOM GOSTOMisturado às dezenas de pessoas queforam no fim de semana à antiga casa dos

Alberto Ortemblad visitar as jóias e obje-tos de arte que Leone estará leiloando apartir de ho.je. estava o Ministro PetrônioPortella.

Entre tapetes, móveis, etc, separou,como objeto de seu interesse, peças ava-liadas em torno de 1 milháo e meio decruzeiros

Só em PetrópolisPetrópolis, apesar

das mazelas e doenças,talve?. seja hoje a únicanriade brasileira ondeainda é possível acon-tecer promoções do ti-po da que abriu no Mu-seu Imperial da cidadea exposição comemora-tiva do casamento de OPedro I com D Améliade Leustenberg.

Apresentou-se o cô-ro a cappela da Asso-ciação de Canto Coral,cantando trechos daMissa em Dó Maior deD Pedro I, à luz de can-delabros, na sala demusica do Imperador,

além de peças deBrahms e outros com-positores.• Entre os presentes,estava D Pedro Gastáode Orleans e Bragança,trineto de D Pedro I.

• A exposição, que 6-ca aberta até fevereiro,está enriquecida compeças vindas da Sué-cia, entre elas uma fa-mosa baixela em pratavermeil, peças cedidaspor D Amélia à RainhaJosefina, da Suécia,sua irmã.

Os órfãosdo Brasil

Millôr Fernandes já. tem enga-tilhada uma nova peça. que irá àcena tão logo esteja pronta. Comotitulo, Os Órfãos de Jtànio.

Pelo titulo, vê-se togo que setrata de um trabalho ambicioso,no sentido de que pretende contaruma história com nadia menos de120 milhões de personagens; to-dos nós. * * *

Parte o autor da idéia de queraramente, no mundo a históriade um processo político pôde sercontada a partir de um ponto dereferência tão claro, pneciso e ob-jetivo como aconteceu, no Brasilde 61 para cá.

¦ ¦ ¦OPORTUNIÍDADEOs brasileiras que p.tláo voando de

todas as direções para Paris, ondeéeráo quarta-feira testemunhas ria fes-ta de batismo da boite rie RicardoAmaral, que abre náo mais como Riomas como 78. poderão assistir ao filmeIracema, de Jorge Bodansky há ai-guns anos encarcerados' nas gavetasda Censura brasileira

Iracema, apresentarilo como "umpasseio de um realismo' agridoce emcompanhia rio amor e as vezes riamorte", esta em cartaz desde o dia 11.

Mulher mulherDesabafo da atriz Diane Keaton.

devidamente registrada• pelo cineastaBruno Barreto, que acatoa de chegarde Nova Iorque:

— Estou farta de fazer papel demulher intelectual. Queno agora viveruma fêmea, exatamente* como SôniaBraga em D. Flor.

Se depender de Bntno. que pensaem Diane Keaton para um de seuspróximos filmes, será .feita a sua von-tade.

¦ ¦ ¦

Topografia novaSó agora, decorria asimais de duas

semanas da sua chegada, e que o SrMiguel Arraes está começando a sehabituar novamente com o traçaria rieRecife, bastante modificado duranteos 15 anos de exílio.

Ainda hoje. o ex-Pi efeito da cidade,sempre que sai de capa para umavisita ou um encontro, náo deixa delevar no -bolso um mapa- rias ruas.

Não quer correr o risco de seperder.

Zózimo

*'/ t JÊÈmí serãoÊÊíÈÊÈÉÊiÉÈÈmí ~ ;í: mostradasi*f^ v" "*$* *%!&£, durante a

RODA-VIVA

Na tardp de sábado, cavalgavauma bicicleta na ciclovia da Lagoaa linda silhueta rie Antnnia May-rink Veiga.

Glauher Rocha se despediu on-tem do programa Abertura.

Herbert von Karajan enumerouos dois maestros que considera emcondições rie sucedê-lo, no dia emque se aposentar, como o maiorregente rio mundo: Zubin Mehla(Orquestra Filarmônica de NovaIorque) e Seiji Osawa (Orquestra rieBoston i.

Seíruindo para Paris, em tempo-rada de ferias de pelo menos ummés, a atriz Betty Faria.

Exercitava-se ontem no calca-dào rie Ipanema, homenageado acaria metro com acenos e cumprimentos, o Embaixarior Negrão rieLima.

É projeto de Roberi BerRó pro-mover um concurso para elecer omelhor vinho produzido no Brasil,Traria, para presidir um júri deconnaisseurs. a riupla francesaHenri Gault. e Christian Millau.

Uma mesa de experts deu nosábado grau 10, com louvor, à fei-joada do Antonino.

Na nota sobre a estréia do Que-bra-Nozes foi involutariamenteomitido o nome da bailarina e pro-fessora Maria Luiza Noronha (Lulu)como uma das três diretoras daAssociação de Ballet do Rio de Ja-neiro. ao lado de Dalal Ashcar eMárcia Kubitschek.

José Roberto Wright, Luis Car-los Felix, Valquir Pimentel e ou-trás vedetes da arbitragem cariocavão ficar ainda mais impossíveis.Esta decidido que para o show deSinatra no Maracanã o camarimdo cantor será montado no vestia-rio destinado aos juizes.

Na noite do RiveGauche.no fimrie semana, o presidente da Cacex,Sr Bencdio Moreira.

O armador Stavros Niarchnsconvidou a Princesa Feriai, da Jor-dánia, sua atual companhia predi-leta, alguns Rnthschild e vai sairem cruzeiro pelo rio Nilo a bordode seu barco.

Sem recíprocaSegundo o Sr Luis Carlos Prestes, descendo

do avião que o trouxe sábado do exílio, "não hádemocracia sem os comunistas".

Pode-se até estar de acordoSó é pena que a reciproca não seja verda-

deira.

¦ ¦ ¦

Hora da morteUm dono de restau-

rante se queixava no fimde semana do absurdodos preços a que chegouuma caixa de scotchcomprada no atacado.

Uma caixa de 12 gar-rafas de um uísque mé-dio, comprada legal-mente, com nota, chega

a custar hoje em certoslugares 23 mil cruzeiros.• Nào resta aos donosde bares e restaurateursoutra alternativa: oucaem nos braços doscontrabandistas ou embreve estarão cobrandomais de CrS 1 mil poruma dose de bom scotch.

Isso é ser formalSabla-se, pelo que se depreende das fotos, das

atitudes e pelo que se ouve das pessoas que com eleconviveram, que o Presidente Giscard d'Estaing éum dos homens públicos mais formais e distantes domundo.

Não se sabia é que é seguramente de todos o maisformal.

Informa o L'Express da semana passada queGiscard trata de vous. tratamento respeitoso masque entre franceses indica também a- intenção de náodar margem a qualquer intimidade, não so a seusamigos e colaboradores mais próximos como tam-bém, dentro de casa, à mulher, aos filhos e até a seuscães!

AntijcansModa é moda, é

renovada e lançadamesmo para consumo.e raramente as pessoasdiscutem ou contestamas suas imposições.

Admite-se. noassunto, a carneirice.mas até um certoponto. Há agora, emcartaz nas vitrinas dasboutiques do mundointeiro, uma nova linhade blue-jeans que e deamargar.

Apresentada pelasrevistas francesas demoda como um dosmaiores best-sellers do

ano. o novo jeans,balofo em cima eestreito em baixo,transforma quem oveste num autênticopalhaço, desses docirco Bartholo, de narizde bolota. suspensóriose sapatos que olhampara o ceu.

* * *• Uma coisa tem onovo jeans a seu favor:acaba cum adesigualdade físicaentre as mulheres.Sejam elas bonitas oufeias, vestidas com ascalças de palhaço ficam

todas horríveis.Zózimo Barrozo do Amaral

JazzVICTOR ASSIS BRASIL NO FESTIVAL DE MONTEREY

UMA EXPERIÊNCIA MEMORÁVELJosé Domingos Raffaelli

O

saxofonistaVictor AssisBrasil está devolta após ummés nos Esta-

dos Unidos para onde via-jou a convite rios organi-zadores do Festival deJazz oe Monterey do qualparticipou em três contex-tos diferentes. Suas im-pressões a respeito da via-gem demonstram que aestada na terra norte-americana foi das maisproveitosas.

Após mais de 20 horasde vóo, sem contar as lon-gas esperas para as cone-xões, Victor foi diretamen-te do aeroporto para umensaio cm Dizzy Gillespiee outros músicos que. co-mo ele, atuariam na quali-dade de convidados do fa-moso trompetista Naque-Ia mesma noite Victor te-ve o seu batismo no festi-vai, sendo agregado à ban-da que acompanhou acantora japonesa JunkoMine executando um soloem Honeysuckle Rose. Nasegunda noite participoudo programa SaturdayNight Jive with Dizzy andFriends entre os quais es-tavam Slide Hampton(trombonei, sonny Stitt eRichie Cole isax-altoi.Scott Hamilton (sax-tenorl. John Lewis (piano),Red Mitchel (contrabai-xol, Roy Hyanes (bateria),Mundell Lowe (guitarra).Joe Carroll e Flora Purim(vocalistas). Na terceira eultima noite do festivalhouve uma monumentaljam session internacional.na qual, alem de Victor,atuaram os trompetistasKenny Wheelet (Canadál.Enrico Rava (Italia I e Te-

rumasa Hino (Japão), otrombonista Albert Man-gelsdorff (Alemanha), o sa-xofonista tenor ZbigniewNamyslowski (Polônia), ovibrafonista Gunter Ham-pel (Alemanha), os guitar-nstas Philip Catherine(Belgicai e Ea Bickert (Ca-nadai, os baixistas Niels-Henning Orsteo Pedersen(Dinamarca), Dave Hol-land (Inglaterra) e GeorgeMraz (Tcheco-Eslováquia), os bateristasDaniel Humair (Suiça) eJon Christensen (Norue-ga) e o percussionista bra-sileiro Airto Moreira.

O festival foi uma expe-riència inestimável paraVictor. Ausente quatroanos dos Estados Unidos,inteirou-se da atualidademusical norte-americana,"fato muito importante,pois o músico precisa sem-pre estar atualizado com oque acontece, não somen-te ouvindo e tocando, masigualmente dialogandocom seus companheirosde profissão, enriquecen-do sua experiência atra-vés de informações e trocade idéias". Ele foi entre vis-tado pela emissora de rá-dio de San Francisco quecobriu o festival e reen-controu o critico LeonardFeather, que comentousua atuação no jornal deLos Angeles que colabora,o Los Angeles Times, econvidou-o para uma en-trevista em sua residen-cia. naquela cidade, queserá publicada brevemen-te na revista Down Beat.

As atividades musicaisde Victor náo se resumi-ram ao festival. Após oevento, ele tocou em vá-rias cidades com o conjun-to" de Richie Cole. comquem fez uma sólida ami-zade e recebeu um apoio

O TÊCU&O - PIANO BAR"'\ -VANÊXO. RESTAURANTE LES.TEMPL1ERS. .JOHNNY ALf- iOU DA GAITA

rrr-—-ifo^tjZ.^"*-*? àrjã^_Tpl_jagK.*Qnr¦>•. Av..Borges de Meiieir

inestimável. Depois deMonterey, Victor seguiupara Santa Cruz, SanFrancisco, Berkeley. LosAngeles e novamente Ber-keley, onde fixou sua basede operações; dessas cidades, apenas nào tocou emLos Angeles. Suas atuações despertaram interes-se e entusiasmo nos mijsi-cos e no publico, receben-do inúmeras manifesta-ções de apoio e incentivo.Ele trouxe ótimas reoor-dações de San Francisco,uma cidade que consideraparecida como o Rio deJaneiro em muitos aspec-tos, observando que o am-biente musical é dos maisprolíferos, com intensaatividade e contando coma receptividade das au-dièncias. Ele também re-gressou com agradáveislembranças de Berkeáey,tuna linda cidade, pouémsem clubes noturnos parao jazz, com a atividadeslimitadas às universtda-des .

Entre os acontecimen-tos curiosos desta viagsjem,Victor destaca o encomtrocasual com o saxofonista

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Sonny Simmons numarua de San Francisco e asurpresa agradável desteem ser reconhecido pelobrasileiro. Outro fato quedestaca é ter sido cumpri-mentado pelo saxofonistaJohn Bacigalupi apósuma de suas atuações co-mo o grupo de Cole.

Em resposta à nossapergunta se ouvira algummúsico novo que destaca-ria como uma grande re-velaçâo, disse: "Penso queo guitarrista Bruce Fore-man, será, em breve, umdos melhores do seu ins-trumento".

Victor voltou muito en-tusiasmado dos EstadosUnidos por várias razões.Além do sucesso alcança-do, trouxe uma notíciaauspiciosa que proporcio-nará novas perspectivas àsua carreira: o disco Vic-tor Assis Brasil Quinteto,gravado em fevereiro des-te ano para a EMI/Odeon.será editado nos EstadosUnidos pela gravadora In-ner City. Seu entusiasmonáo para aí. Ele recordauma jam session realizadaem Santa Cruz, de hora e

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meia de duração, quandotocou com Bill Watrous(trombone). Andy Laverne(piano), Harvey Schwart(contrabaixo) e Victor Jo-nes (bateria), que serviupara matar saudades, poisLaverne e Schwartz toca-ram no grupo que Victorliderou na época que estu-dou no Berkiee College.

Victor desfila fatos, mo-mentos musicais, impres-soes, lembranças, encon-tros com amigos e fala dofuturo com muito otimis-mo. Ele sabe que através-sa um periodo altamentefavorável em sua carreira,ensejando uma visão oti-mista do porvir. O fato deser convidado para umfestival tão importante co-mo o de Monterrey, asatuações com o conjuntode Richie Cole, o disco aser editado no exterior, oselogios recebidos e a gran-de vivência musical quetudo isto representou, dá-lhe a certeza que uma se-mente foi plantada e delabrotarão os frutos. Só ofuturo dirá o que poderáacontecer, mas é certo queum horizonte mais amplose descortina à sua frente.

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PÁGINA 4 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, segunda-feira. 22 de outubro de 1979

AMERICA FAUM TRABALHO PIONEIRO DE INTEGRAÇÃO FÁBRICA-COMUMDADE

BRILMaria EduardaAlves de Souza

TARES,

amostrasde tecidos, vilasoperárias, umafarmácia e umconjunto de músi-

ca estão entre os temas das66 fotografias que compõema exposição CompanhiaAmérica Fabril • Memóriade Uma Empresa Pioneira(1878 a 1930), no prédio ane-xo da Fundação Casa de RuiBarbosa. A exposição, quepoderá ser visitada de segun-da a domingo, das 14 às 18 haté o dia 28 deste mês, é oresultado de uma pesquisado Centro de Estudos Histó-ricos da Casa de Rui Barbo-sa sobre o processo de indus-trialização na fase de transi-ção do Império para a Repú-blica.

O trabalho, coordenadopela professora Nícia VillelaLuz, com a assessoria dospesquisadores Lilian doAmorim Fritsch, Ana MartaRodrigues Bastos, ElisabethVon der Weide e FranciscoCarlos Elia, escolheu a Com-panhia América Fabril, porter sido na década de 20 amaior indústria do Rio emcapital, produção e númerode operários.

Segundo a professora Ni-cia, a CAF era composta deseis fábricas: Pau Grande,Bonfim, Mavilis, Carioca(duas) e Cruzeiro. A PauGrande, uma fábrica-fazenda onde Garrincha nas-ceu e foi criado era a maisantiga, fundada em 1878, 10anos antes da Abolição daescravatura. Ficava na raizda serra de Petrópolis.

Em 1885, Pau Grande tor-na-se sociedade anônima. Ti-nha, então, na época, um ca-pitai de 400.000$00. Em 1891,com a compra da Compa-nhia Manufatureira Cruzeirodo Sul, no Andaraí, a socie-dade passa a se chamarCompanhia América Fabril,a qual adquire, 12 anos maistarde, a fabrica Bonfim, noCaju, com vilas operárias eterrenos próximos, com vis-tas a uma expansão.

Para concorrer com pro-dutos estrangeiros, a CAFinaugura em 1911 a fábricaMavilis, junto à Bonfim, noCaju, com projeto, orçamen-to e maquinaria ingleses, ca-pacitada a produzir tecidosfinos e leves ou destinados àestamparia, já existente naCruzeiro. E em 1920, adquirea Companhia de Fiação eTecelagem Carioca, comduas fábricas, terrenos e vi-las operárias, na Estrada Do-na Castorina, Jardim Bota-nico, onde hoje é a Rua Pa-checo Leão. Estavam apare-lhadas para a fabricação depano cru, mas no mesmo anode sua compra receberam amontagem completa de alve-jamento e tinturaria, visan-do diminuir os encargos quepassaria a ter a fábrica Cru-zeiro.

Em 1921, a América Fa-bril possuía 5 mil 300 opera-

r Fotos de Vidol da Trindade

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Vista geral das duas fábricas Carioca, 1922

Francisco de Assis Barbosa, diretor do Centro deEstudos Históricos, e a pesquisadora Elisabeth

Von der Weide

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Seção de cardas. Entrada do rolo de pasta dealgodão nas cardeiras. Fábrica Mavilis, 1911

rios distribuídos entre todasas fábricas. Nelas a máo-de-obra era fundamentalmentenacional, conforme pesquisana Cruzeiro que apurou78,8% de brasileiros, 16,1%de portugueses, 1,4% de ita-lianos e 1,2% de ingleses.

A criação do Ministériodo Trabalho em 1930 trouxe,entre outras medidas, a regu-lamentação do trabalho dosmenores e das mulheres. Atéentão, a presença feminina einfantil era uma constanteem vários setores da vida pú-blica, principalmente na in-dústria.No caso da AméricaFabril — disse Lilian doAmorim Fritsch — era naseção de fiação (com as con-seqüentes seções do algodão,batedores, cordas, pentea-deiras, maçaroqueiras, enca-paçâo, agulhas, fiaeão pro-priamente dita e dobaçâo)que havia mais mulheres ecrianças, sendo que as crian-ças, a partir de sete anos,eram também aproveitadasna seção de tecelagem.

Em Pau Grande, no iníciodo século, concentrava-se amaior porcentagem de ne-gros. Por habitarem na fa-zenda onde existia a fábrica,tinham uma atividade agri-cola à parte. Eram aproveita-dos nas plantações de cana,para produção de aguarden-te, e de mandioca, que serviauma pequena fábrica de pol-vilho, usado para engomaros tecidos. Trabalhavamtambém na criação do gado,cujo couro era utilizado nu-ma fábrica de correia de sola.

Na fábrica propriamentedita, os negros serviam nasseções complementares àprodução ou seções de ma-nutençâo, que eram sanea-mento, limpeza e construçãode salas e galpões novos paraaumento da produção e decasas operárias. Já nas fábri-cas da cidade, quase não ha-via negros,"exceto, possível-mente," diz lilian, "em Bon-fim, porque além de situadaem zona portuária, não in-cluia a etapa de beneficia-mento do pano, não exigin-do, assim, trabalho especiali-zado".

No fundo, porém — infor-ma Ana Marta RodriguesBastos—o que havia era umproblema de preconceito.Assim como os pretos, osbrancos não sabiam nada doprocesso de produção, antesde serem admitidos nas fá-bricas.

Segundo a pesquisadora,a única fábrica completa eraCruzeiro, que tinha as trêsetapas do processo produti-vo: fiação, tecelagem e bene-ficiamento, com as seções dealvejamento, tinturaria, es-tamparia e bordados.

Em 1919, com o apoio daadministração da Compa-nhia, é fundada a Associaçãodos Operários. Criada duran-te o período da questão so-ciai na Primeira Repúbüca(1889-1930); tinha um caráternitidamente anti-reivindicatório, como acen-tua Francisco Carlos Elia:Em vez de esperar que

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Entrada da fábrica Carioca, 1922J

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Na década de 20, a América Fabril foi a maiorindústria do Rio, em capital, produção e número

de operários

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Pessoal da seção de montagem, fábrica Mavilis,1910

os operários tomassem a ini-ciativa de fundar, eles pró-pios, uma associação, os pa-trões aproveitando o mo-mento poli tico da época, emplena efervescência de gre-ves, criaram a entidade comum caráter ao mesmo tempomutualista, na forma de aju-da a casamentos, natalidadee enterros, e recreativa, re-presentada por um conjuntode música, um grupo de tea-tro amador e, inclusive, umtime de futebol.

Mas já em 1911, antesportanto da criação da Asso-ciaçáo — acrescenta Elisa-beth Von der Weide — aAmérica Fabril fundou umaCaixa Beneficente que finan-ciava farmácia e escola paraos operários. Possuía, aindauma creche, criada em 1923 edava aposentadoria a anti-gos empregados e bonifica-ções. Por todas essas razões,a América Fabril tem um ca-ráter pioneiro. Seu objetivoera, através de diversos be-neficios, cativar os operáriosconcentrando-se no meio fa-bril e influenciando a comu-nidade local. Enfim, umaperfeita interação fábrica-comunidade.

Em 1920, o primeiro ani-versário da Associação foicomemorado com as visitasdo ex-Presidente EpitácioPessoa, do Ministro da Justi-ça, Alfredo Pinto Vieira deMelo e do chefe de polícia.Estas visitas-lembraElisabeth — significavamque o Estado legitimava aAssociação, tirando-lhe o ca-ráter reivindicatório. De ou-tro modo, não seria visitada,é lógico, pelo Presidente daRepública.

Hoje, 101 anos depois dafundação da fábrica PauGrande, o controle acionárioda Companhia América Fa-bril, segundo seu diretor-superintendente, FranciscoEscobar, está distribuído en-tre o Banco Central, que de-tém 80% das ações e doBanerj, que possui 4%, es-tando os restantes 16% espa-lhados por milhares de acio-nistas.

Foi uma maneira defazê-la superar a crise finan-ceira pela qual passou em1972 e ao mesmo tempo evi-tar que fosse absorvida pelasmultinacionais — disseFrancisco Escobar, paraquem a fábrica sempre fun-cionou com capital nacional.

Possuindo atualmenteum capital de Cr$ 210 mi-Ihões, a Companhia AméricaFabril é constituída por qua-tro unidades: Santana, emPau Grande (onde há uma debeneficiamento), Cruzeiro,em Andaraí (que é a de bor-dado) e Deodoro, em Deodo-ro, onde existem todas asetapas da produção têxtil.

A QUESTÃO DO DIREITO AUTORALHenrique Gandelman

"A fantasia é reveladora. É um método deconhecimento. Tudo o que é imaginado éverdadeiro. Nada é verdadeiro se não forimaginado."Ionesco

O

direito do autor começou a ser reconhecidodesde a Revolução Francesa de 1793. A pro-priedade literária e artística passa pouco apouco a ser tutelada legalmente, gerandodireitos e obrigações, não só por força da

presença marcante e vitoriosa dos direitos individuais,como também em conseqüência da industrialização emlarga escala dos meior gráficos e mecânicos.

Surge o royalty, a regalia concedida pela sociedadeaos criadores; nasce o conceito de copyright, a prote-çào da obra, do escrito, da propriedade intelectual. Eapós as leis nacionais, entram em vigor os tratados deâmbito internacional, fruto da expansão crescente dosmecanismos de divulgação, verdadeiras garantias dacriação imaterial, protegendo sua existência, distribui-ção e consumo.

No nosso século a explosão tecnológica veio acres-centar aos clássicos meios de comunicação a fotografia,o cinema falado, o rádio, a TV, a indústria do disco, afita magnética, o vídeo-tape, o vídeo-disco, a xerografia,a TV por cabo, a transmissão via satélite, a comunica-ção eletrônica generalizada, a computação.

Desde ícaro o homem sonhava voar, até que SantosDumont materializou esta idéia fantástica. Revelou-sea fantasia, metodizou-se o conhecimento. E assim foicom Leonardo da Vinci e o submarino. A conexão deÉdipo-Freud. as viagens de Júlio Verne, as descobertasde Pasteur e Sabin.

A ficção científica vive provando que só é verdadei-it), o que foi antes imaginado.

O intérprete recria o autor, dá vida às suas idéias, eem muitos casos, concretiza a verdade que foi por eleantes imaginada. A Sonata de Beethoven necessita deum Rubistein para realizá-la, o texto de Shakespearede um Orson Welles que lhe dê vida. A Grabriela deJorge Amado confunde-se com Sônia Braga na TV e

Charlie Chaplin exemplifica magistralmente a unidadetotal, a mescla perfeita das entidades autor-intérprete.Daí poder-se falar am artes de comunicação direta (olivro, a pintura) e a de execução (teatro música, cine-ma). O desenvolvimento da tecnologia veio permitir afixação em suportes materiais e transmissões por meiossonoros e visuais de interpretações que antes só pode-riam ser apreciadas ao vivo, com a presença fisica doespectador, ou se perderiam no espaço e no tempo.

Após estudos e debates, finalmente a Convenção deRoma de 1961 consagrou a existência dos direitosconexos, desde logo acolhidos no Brasil pelo Decreto n°57.125 de 19 de outubro de 1965, posteriormente confir-mados pela Lei n° 4944 de 6 de abril de 1966 e definitiva-mente incorporados e consolidados na Lei n° 5988 de 14de dezembro de 1973 que regulamenta os direitosautorais.

Já adotados em várias legislações (Itália, Inglater-ra, Alemanha Ocidental, México, Uruguai, Argentina eoutras), estes direitos conexos são distintos e não seconfundem com os da obra originária, estando dispôs-tos preliminarmente no Artigo 94 da Lei n° 5988: "asnormas relativas aos direitos do autor, aplicam-se noque couber, aos direitos que lhe são conexos". E básica-mente são 3 (três) os titulares destes direitos: o artista(intérprete ou executante) e o produtor de fonogramas(Artigos 95/98), e os organismos de radiodifusão sobreos seus programas (Artigo 99). Esta mesma lei aindaconsiderou o direito de arena (artigos 100 e 101) comoum dos direitos conexos, e certo ou errado, trata-seagora de imposição legal. Explica-se o nome destedireito, por ser arena um anfiteatro, construção emcírculo, recinto fechado para contendas onde os antigosgladiadores, toureiros e lutadores se exibiam, bemcomo circos, grupos de teatro e espetáculos esportivos,com entrada paga, exibições ao VIVO.

Se, no entanto, estas interpretações ou exibiçõespúblicas vão ser fixadas, reproduzidas, transmitidas ouretransmitidas, justo se torna que os atores e atletassejam remunerados por toda e qualquer utilizaçãofutura de seu labor. Inclusive os produtores de fonogra-mas e programas de rádio e TV tém nesta lei a garantianecessária ao retorno do seu investimento empresarial.(Podemos imaginar os problemas legais da teledistri-buição, Via satélite, dos programas de TV ao vivo ou em

video-tape, principalmente das grandes disputas espor-tivas internacionais e novelas de TV).

A Lei n° 5 988 ainda prevê o prazo de duração dosdireitos conexos (Artigo 102) e autoriza os titularesdestes direitos a se associarem para o exercício e defesade seus interesses (Artigo 103), desde que tais associa-ções sejam previamente autorizadas a funcionar peloConselho Nacional de Direito Autoral (Artigo 105).

Já temos funcionando entre nós a Socinpro (Socie-dade de Intérpretes e Produtores de Fonogramas),brilhantemente presidida por Carlos Galhardo, que háanos vem lutando com grande êxito pelos direitos doscantores e intérpretes musicais, bem como dos produ-tores. Falta apenas acionar o parágrafo único do Artigo105: "As associações com sede no exterior far-se-ãorepresentar, no país, por associações nacionais consti-tuídas na forma prevista nesta lei." O que significa quese poderão fazer contratos bilaterais, que garantam osdireitos dos intérpretes brasileiros no exterior e vice-versa, com aqueles países que acolheram até agora osprincípios da Convenção de Roma. E estas associaçõespodem organizar-se isoladamente, incluindo artistas deTV, rádio, cinema, atletas, produtores independentesde programas e organismos de radiodifusão.

O Caderno B do JORNAL DO BRASIL do dia 09/10/ 79 publicou a seguinte notícia, na página 10:

CONQUISTANDO NOVOS MERCADOSNas próximas duas semanas, as séries e novelas

brasileiras começam a conquistar (ou a ampliar) o seupúblico europeu. Primeiro, a Rede Globo se fará repre-sentar no Mercado Internacional de Televisão, emCannes, onde já amanhã serão concluídos os entendi-mentos para a venda de 13 episódios de Malu Mulher,Plantão de Policia e Carga Pesada a canais europeus.As duas últimas séries já foram vendidas para emisso-ras da França, Itália, Portugal, Alemanha Ocidental eHolanda.

No dia 15, está estreando na Rádio-Televisão Por-tuguesa (RTP-D a novela Dancing Days. Irá ao ar desegunda a sexta-feira, logo após o telejornal das 20horas.

Um dos capítulos deCarga Pesada — A Santa, deautoria de Péricles Leal e direção de Milton Gonçalves— já foi vendido para os Estados Unidos.

Estendem-se os direitos autorais, pois além dosautores dos textos, devem ser remunerados (como

titulares de copy rights os compositores das músicasincluídas, os atores principais e produtores. Cumpresalientar que no momento está em julgamento naJustiça do Rio de Janeiro uma ação proposta porartistas de TV, baseados na Lei n°6 533 de 24/ 05/78, queno seu artigo 13 prevê: "Não será permitida a cessão oupromessa de cessão de direitos autorais e conexosdecorrentes da prestação de serviços profissionais."Seria esta mais uma limitação aos direitos de autor, aser acescentada às já enumeradas noArtigo 49 da Lei n°5 988? Como identificar os atores que têm direitos equanto devem receber? Os de filmes cinematográficostambém têm direitos conexos? Em que proporção? Ecomo será com a futura TV por cabo? (Agora mesmonos Estados Unidos, o Copyright Royalty Tribunaldiscute como dividir, e quem deve receber, os 12milhões de dólares já arrecadados da Cable TV-CATV,desde Io de janeiro de 1978.)

A matéria é realmente complexa, tanto do ponto-de-vista legal como mercadológico, como aliás toda acomunicação social de nossos dias, não só pela intera-ção universal dos mecanismos eletrônicos e espaciais,como pelo dramático e acelerado desenvolvimento dainformação.

O bom desempenho das associaçãoes de criadores,intérpretes e empresas, além de cláusulas contratuaisdefinidas e lapidadas com pleno conhecimento (pós-fantasias...) é que são a resposta adequada a toda estaproblemática acima referida.

Muito oportuno o comentário de Albert Berman,presidente da The Harry Fox Agenoy, publicado noboletim da National Music Publishers Association dosEstados Unidos, n° 5734*. — "Quando um pequenovendedor de móveis compra um sofá do fabricante, epaga a respectiva fatura, seu único problema passa servender o sofá para um cliente, de preferência comalgum lucro. O vendedor de video-cassettes tem desdelogo o mesmo problema, que é obter um lucro, porém,tem muitos outros também. Ele está lidando com umaatuação que envolve direitos copyrights que podem serpara ele um mistério completo. Em tal situação, igno-rãncia definitiva não é uma alegria"

Henrique Gandelman é advogado e consultor de direi-tos autorais.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, segunda-feira, 22 de outubro de 1979 O PÁGINA 5

PICASSOVISTO POR

PICASSONA FRANÇA, COMO SE

FOSSE A PRIMEIRA VEZ

PELA

primeira vez, Picassopor Picasso. O grande es-panhol juntou escrupu-losamente. na suntuosi-dade de suas casas, as

obras-chave de toda sua vida. Elesoube conservar para si os quadrosque representaram uma virada his-tórica na pintura. Mais do que isso:parece que ele procurou balisar suaaventura artística, com 800 peçasentre as quais se encontram qua-dros, desenhos, cerâmicas, escultu-ras, gravuras, que a Comissão In-terministerial para Conservação doPatrimônio Artístico Nacional daFrança escolheu para a atual expo-sição no Grand-Palais.

Trata-se de uma exposição orga-nizada pelo próprio Picasso, umPicasso tal qual ele se via. Tal qualnos resta, pioneiro do futuro, demo-lidor de tradições, mas herdeiro dopassado. É raro que um artista te-nha tamanha visão em perspectiva:Pablo, com um prodigioso instinto,distinguiu os momentos essenciaisde Picasso. Ele guardou não apenasas obras a que estava ligado senti-mentalmente, mas sobretudo asque foram um momento de rupturana arte contemporânea.

Nesta exposição, pode-se encon-trar quadros célebres, 100 vezes re-produzidos, e outros, inéditos, bri-lhantes, como Homem com Guitar-ra de 1911, A Leitura da Carta, ADança Camponesa, de 1921, A Mu-lher no Buflet, de 1936, MulherSentada Diante da Janela, de 1937,e a esplêndida Fermière, de 1938,que já traz em si os traços de Guer-nica.

É um Picasso que escapa à cias-sificação dos "períodos" em que os

prios pincéis e palheta. Mais adian-te — Picasso tinha 20 anos em 1901— o rosto cadavérico de um amigosuicida. O trágico já está presente,bem cedo. No mesmo ano, um auto-retrato que chama a atenção porseus olhos febris.

Picasso, que acaba de deixarBarcelona por Paris, pinta o mundocom uma fria cor azul, a ponto de ocritico Charles Morice afirmar queele era "um jovem deus que queriarefazer o mundo. Mas um deus som-brio". Paralelamente, ele se impreg-na da arte grega arcaica, de Gau-guin (como se pode perceber nasmadeiras talhadas expostas em1906-1907), da arte "primitiva" ibé-rica. No auto-retrato de 1906 — queele sempre guardou consigo, comoum fetiche — os traços estão clara-mente estilizados. Sugerem aque-las máscaras e estatuetas africanasem que Picasso se inspirou comaudácia e paixão, para a criação deAs damas de Avignon, no ano se-guinte.

A cada esboço, a cada croquis,do quadro pequeno ao grande,vêem-se os movimentos internosque, em Picasso, se sucedem e sesuperpõem para descobrir o cubis-mo. Como nenhum dos seus con-temporãneos, com exceção talvezde Braque, Picasso disseca as múl-tiplas facetas de um objeto, dá umavisão simultânea de todos os pia-nos de um volume. O Picasso genialestá aí, sem dúvida, nesta perma-nente interrogação das aparências.Ele quebra as formas, mas reintro-duz, com suas primeiras colagens, aprópria realidade; e suas constru-ções, seus relevos exploram siste-maticamente as noções de quadro,de espaço.

Picasso mi 1906, aos 26 anos. No anoseguinte, inspirado nas máscaras o estatuetasafricanas, ele pintaria As Damas de Avignon.

acadêmicos gostam de fixá-lo. EmAvignon, no verão de 1914. em pie-no cubismo, ele desenha comcrayon, pinta a óleo. num pano decozinha, O Pintor e Seu Modelo,duas figuras que anunciam a nos-talgia de Ingres e um retorno fulgu-rante a um classicismo que marca-rá os anos 1916-1921. Já em 1922, acorrida, os braços, a nuca das DuasMulheres Correndo na Praia pres-sagiam o expressionismo de Guer-nica. insinuado também em Cruci-fixào, de 1930, ao lado das varia-ções sobre a tauromaquia.

Orgulhoso, espanhol. Picasso di-zia: "Eu não procuro, encontro".Mais de 7 mil desenhos destroem omito inútil e absurdo de um Picassofulminante, o tempo todo inspira-do. Como os mestres da Renascen-ça, ele freqüentemente retoma umalinha, desenvolve um motivo, bus-cando cada vez mais longe na pre-paração, mas deixando na execu-çào uma impressão de espontanei-dade provocante e necessária. Pin-turas, guaches, esboços de As Da-mas de Avignon mostram as dife-rentes influências, arte negra, arteibérica pré-romãntica. Cézanne.Elas se conjugam, conflituam-se naelaboração, para se dissolveremquando a tela está pronta, no estiloPicasso.

Guiados pelo próprio Picasso. osorganizadores da exposição, prefi-gurando o futuro museu Picasso,escolheram um conjunto que res-peita a cronologia, sem se deixarprender por ela. O ponto de partida1 4 um quadro concluído quando Pi-casso tinha 14 anos. O domínio datécnica e surpreendente: o pai dePablo, ele também um pintor, ven-do os primeiros quadros do filho.nao hesitou em lhe dar seus pró-

O cubismo não conduzirá Picas-so à abstração, pois à sua austeri-dade sucedem o realismo das for-mas e as mulheres volumosas, vo-luptuosas. Em seguida, esses cor-pos harmoniosos serão distorcidos,desfigurados."A pintura é a liberda-de...", dizia Picasso a André Mal-raux. "De tanto saltar, podemoscair no lado mais fraco da corda.Mas, se nâo nos arriscamos a que-brar a cara, qual é a saída? Acaba-mos náo dando salto algum".

Fim ou pretexto, os retratos desuas mulheres — musas, senhoras,ou mártires — pontuam toda aobra. Uma, ele mostra muito sim-plesmente, outra, só em lágrimas,como Dora Maars. Picasso se ofere-ce todos os luxos, a reintegração, adestruição, a deformação que podesubitamente transformar-se em fe-rocidade. Sua curiosidade é cons-tante, sua vontade de viver, suanecessidade de mudança o impe-lem a brincar não só com temas,mas também com materiais: cera-mica, bronze, fio de ferro, madeira,reunião de objetos distintos. O quenão pode expressar na pintura,aparece na escultura, essa é umadas revelações da exposição. Elesabe zombar de si mesmo, e dopúblico: "É como a feirante, vocêsquerem dois seios. Pois bem. Eis osdois seios!".

No fim da vida, ele "comentava"as obras e os segredos dos pintorese do passado, queria ainda se resu-mir e se superar. Há quem diga quesua obra é essencialmente autobio-gráfica, mas Guernica, o quadromais importante do século XX, in-traduz a dimensão politica, tal co-mo os Massacres da Coréia em queo militantismo congelou a inspi-ração.

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GUITARRA. PARIS, 1926

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A LEITURA DA CARTA, PARIS. 1921

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H.M.S. Pinafore, deGilbert e Sullivan

A era vitoriana emtempo de opereta

nos palcos cariocasXxvian Wvler

NATUREZA MORTA: CADEIRA DE PALHA PARIS. 1912

INGLATERRA

sem chã das cinco.Rainha, Parlamento e pontuali-dade britânica, náo è Inglaterra.na concepção da maioria daspessoas. Mas os próprios ingle-

ses vão mais longe quando tentam esta-belecer uma lista de coisas que sáocaracteristicamente suas. Gilbert e Sul-livan, por exemplo.

Muitos garantem que faz parte docrescimento de qualquer criança ver,ouvir e saber de cor pelo menos uma dasfamosas operetas dos dois. Quem náoestiver nesse caso, dificilmente pode seconsiderar inglês.

Pela primeira vez desde a SegundaGuerra, Gilbert e Sullivan estão de vol-ta aos palcos cariocas. Náo numa super-produção como as que a D'Oyly CarteCompany de Londres geralmente faz noTeatro Savoy, especialmente criado pa-ra a encenação de obras dos dois auto-res. Mas sim numa produção de orça-mento relativamente modesto, CrS 100mil, montada por um grupo amador deteatro, The Players, com mais de 30anos de existência no Brasil, sempreapresentando autores ingleses em peçasdestinadas à comunidade britânica e apessoas que falam inglês, de um modogeral. A obra escolhida, H.M.S Pinaforeé uma das mais representativas da arteda dupla criadora de sucessos comoIolanthe, The Pirates of Penzance, TheMikado e outras 10 obras compostasnum período de 19 anos, de 1875 a 1894.Leves, bem-humoradas, contendo ele-mentos de critica mordaz à era vitoria-na, as criações de Sir Arthur, SeymourSullivan e Sir William Schenck Gilbertnunca foram consideradas ofensivas aodecoro ou às instituições britânicas desua época, "pois afinal envolviam perso-nagens fictícios" e tiveram sempre gran-de receptividade na Inglaterra, e nosEUA tambêm.Uma receptividade tãogrande, que obrigou RichardD'Oyly Carte — ex-gerente doRoyalty Theatre e homem devisão que tinha investido nadupla e suas possibilidades, aponto de criar uma compa-nhia, a Comedy Opera Compa-ny e alugar um teatro. OperaComique — a embarcar em1879 para Nova Iorque, tomadada noite para o dia por versõesdo H. M. S. Pinafore que aca-bara de estrear em Londres.Nada menos do que oito com-panhias, fora outras no interiordo país, se apresentavam emversões as mais variadas, sócom crianças, com homens fa-zendo o papel de mulheres, ma-rinheiros de verdade. Em de-zembro daquele ano, os pró-prios autores desembarcavamem Nova Iorque para apresen-tar a versão oficial da sua obra.Mas os problemas de direitosautorais das operetas de Gil-bert e Sullivan estavam longede serem solucionados. A coisamais próxima de uma soluçãosó foi conseguida anos maistarde pelos herdeiros de D'Oy-ly Carte que garantiram a ex-clusividade das partituras para a suacompanhia, o que obriga a quem querque queira montar uma obra dos auto-res a alugar ou pedir emprestado àcompanhia as partituras

— E nós só conseguimos isso, atravésda ajuda do Consulado britânico — ex-plica Yolanda Hester, assessora de pro-dução dos The Players.

Para muitas pessoas, Gilbert e Sulli-van náo teriam sido Gilbert e Sullivansem a interferência de Richard D'OylyCarte. Compositor sério, uma espécie dediscípulo de Mendelssohn, Sullivannunca pensaria em escrever uma obracômica. Gilbert, por sua vez, apesar deter escrito algumas comédias de costu-mes se ensaiava no drama vitoriano.D'Oyly Carte com alguma insistênciaconseguiu que ambos escrevessem umaopereta juntos, numa época em que olondrino médio corria do burlesco euma ópera cômica poderia facilmenteresvalar para esse gênero. O resultadodo primeiro trabalho dos dois para Car-te foi Trial by Jury e em poucas sema-nas toda a Londres repetia as letras deGilbert ou assobiava as canções de Sul-livan. Era alguma coisa de diferente quesurgia: uma sátira da civilização inglesafeita por ingleses, náo um burlesco cal-cado na sátira que alguém havia feito dealgum assunto estrangeiro.

Se D'Oyly Carte é o responsável pelaunião dos dois artistas, foi tambémquem precipitou a sua separação, porvolta de 1890, quando a companhia jãfazia do Savoy Theatre o seu habitat eCarte construía um novo teatro ondeSullivan poderia montar a ambição desua vida, a ópera Ivanhoé. De umadiscussão sobre os tapetes do Savoyque teriam de ser substituídos surgiu orompimento dos dois que se bem quevoltassem a trabalhar em conjunto em1894, nunca mais alcançaram o mesmonivel de criatividade e acerto. Em no-vembro de 1900. na virada do século,Sullivan morreu com 58 anos de idade.Gilbert. que morava numa casa de cam-po cercado de macacos, cachorros euma superquadra de tênis, transfor-mou-se em pacato juiz de paz que sótinha um luxo: o seu Rolls-Royce, deque era péssimo motorista. Em maio de1911, Gilbert morria aos 75 anos. deparada cardíaca, quando tentava salvaruma amiga de morte por afogamento.

Um navio, o convés virado para opúblico. Ao fundo, um farol branco evermelho e nuvens pintadas. Uma cria-çáo de Peter Boxall, participante dogrupo The Players há bastante tempo eagora às vésperas de deixá-los.

— Esse é inclusive um dos problemasque o nosso grupo enfrenta — explicaMike Malden. iluminador. diretor, pro-fissionalmente gerente de sistemas. — Arotatividade. Gente que vem para oBrasil e fica o tempo que o contratoprevê, ingressa no grupo e vai embora.

Da rotatividade de elementos, o ThePlayer se ressente um pouco, se bemque 'sempre gostamos quando aparecegente nova. expandindo o campo". Darotatividade de funções, no entanto, elegosta, e quem e diretor hoje pode ser odiretor de cena de amanha — "é diferen-te, você sabe, um é encarregado daparte artística, outro da ação" — o cenó-grafo ou ator O The Players. criado emagosto de 1949. faz uma media de três aquatro peças por ano variando sempre orepertório que já conta com obras comoHabeas Corpus. de Alan Bennet. A Manfor ali Seasons, de Robert Bolt. TheLion in Winter. de James Goldman.

— Essas peças, no entanto, nuncaocupam toda a companhia — esclareceMike Malden. — H. M. S. Pinafore talvezseja a primeira experiência que fazemose ocupa 150O do pessoal. Quer dizer,chamamos ate gente de fora. brasileiros,inclusive.

lan Hurley, engenheiro nuclear deprofissão, ha dois anos no Brasil, contaque e a primeira vez que trabalha com100 pessoas atrás da cena: 25 na orques-tra. dirigida por David Evans, inglês,membro da OSB e com experiênciacomo a New Symphony Orchestra ofLondon. especializada nos espetáculosda D'Oyly Carte Company. 45 atores, amaioria amador. 25 pessoas envolvidascom a produção, quase todos membrostradicionais do The Players. como adiretora Helen Allan. Audrey Hieatt,mulher de Chris Hieatt que faz o papeldo almirante na peça. Sylvia Hayes, RosMoore. David Briggs.

A idéia — ambiciosa — de montar H.M. S. Pinafore no Brasil foi resultadodireto de uma experiência feita no prin-cipio do ano, de uma colagem de músi-cas usadas em diferentes momentos doteatro britânico. O dinheiro saiu do boi-so dos participantes para ser recupera-do em bilheteria e o lucro distribuídoem caridade. O local para apresenta-ções não foi problema. Para isso, o gru-

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l m navio, o convés viradopara o público.

Nesse cenário, a históriade amor de Josephine

e Ralph.po paga cerca de Cr$ 20 mil de aluguelanual para a Comunidade Britânica,que incluem o uso de uma sala comocamarim e o Community Hall, ondecabem cerca de 300 pessoas. A seleçãodos participantes foi uma das etapasmais complicadas da montagem.

— A convocação foi feita oralmente,através do jomal da British Common-wealth Society e pelo Daily Post —•explica Martin Hester, o diretor da pe-ça. — Apareceram umas 30 pessoas, amaioria sem experiência de coro. Desdeabril fomos passando as músicas, notapor nota, a partir de setembro monta-mos. O trabalho foi bem dividido pelaequipe de produção que se empenhoucom a máxima seriedade de maneiraque a partir da semana passada pudedescansar. As roupas estavam provi-denciadas, com o auxilio da TV Globo,Arsenal da Marinha, Polícia Militar (pa-ra instrumentos de banda i.

H. M. S. Pinafore. uma das obrasmais populares de Gilbert e Sullivan,conta a história do amor de Josephine,filha do Capitão Corcoran pelo mari-nheiro Ralph Rackstraw. Prometida emcasamento a Sir Joseph Porter. impor-tante Almirante da Marinha Britânica,ela náo pode descer de sua condiçãosocial e casar-se com Ralph. O CapitãoCorcoran, por sua vez, não pode dedi-car-se ao amor que sente peia docemascate Buttercup. pela mesma razáo.Ao final, após Buttercup contar o terri-vel segredo que guardava, fica esclareci-do que Ralph na verdade é o capitão e ocapitão é Ralph. Como um almirante eLorde do Parlamento Britânico nâo po-de casar-se com alguém de posição infe-rior, o Almirante Sir Joseph consola-secom sua prima Hebe, Ralph casa-secom Josephine e o ex-capitào. com But-tercup.

Na obra, vale prestar atenção âs le-trás que foram traduzidas em parte nosprogramas destinados à platéia brasilei-ra. Assim com o humor característicoda era vitoriana, entre inocente, óbvio emordaz. Gilbert revela que o capitão donavio nunca pronuncia a palavra dam-ned. o que significa que ele é bem educa-do e nunca enjoa no mar. o que faz deleum excelente marinheiro. O Almirantesubiu na vida lustrando sapatos, entrouno Parlamento porque era rico e umavez lá sempre se preocupou em nào dara sua opinião, mas somente a do Parti-do. E os marajos. nào podendo fazerelogios a nobreza de Ralph. cantam loasao fato de que "ele é um inglês, apesarde todas as tentações que sofre parapertencer a outras nações".

PÁGINA 6 D CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL E Rio de Janeiro. *egunda-feira. 22 de outubro de 1979

Cinema***** EXCELENTE **** MUITO BOV *** BOM ** REGULAR * RUIM

ESTRÉIASDA SEMANA

Síndrome da ChinaCom a Corda no

PescoçoPoder de FogoMovie Movie —A Dupla EmoçãoViolência e Seduçãol ma Gata no CioGolpes Voadores

do Kinig Fu

Carradine, Geri Froebe, Heinz Bennent Jo-mes Whitmore e Glynn Turman Coral (246-7218) I9h, 21h30m (18 anos). O primeirofilme de Bergman realizado foro da Suécia— na Alemanha Ocidental Na Berlim de1923 assolado pelo inflação e pela miséria.

o esnertro do nazismo é como um réptil cuioscontorno-? podem ser entrevistos atrases datênup casco rto ovo A historio é morcada

pelo terror que. umo deroda depois o hiíle-rismo instoloro no Alemantia e envolvemisteriosos experiências com a vulnerabiit-dade física e psicológico dos indivíduos Osuicídio do irmão de um trapezista omenco-no iudeu deflagra investigações policiais e,paralelamente, propicia dramática relaçãoamoroso deste com a cunhada.

*****

SÍNDROME DA CHINA (Th* China Syndro-me), de James Bridges Com Jane Fonda,Jack Lemmon, Michael Douglas, Scott Brady,James Hampton, Peter Donat e Richard Herd.Parfbé (224-6720): de 2° o 6o às 11h30m,14h, 16h30m, 19h. 21h30m. Sábado e do-mingo, a partir das I4h. Art-Copacabana(235-4895), Art-Tijuco (288-6898): 14h,16h30m, 19h, 2lh30m (14 anos).Thriller documentado por pesquisas sobre osriscos das usinas nucleares e sintonizado comas preocupações em torno dos riscos destasinstalações e problemas afins, como a quês-tão da acumulação do lixo nuclear. Durantetrabalho de rotina sobre umo usina quefornece energia elétrica à área de Los Ange-les, a repórter de TV Kimberly Wells (Fonda) eo cinegraf isto Richard Adams (Douglas) teste-munham — e ele disfarçadamen'e filma —um acidente que a equipe dirigida peloespecialista Jack Godell (Lemmon) controlaapós momentos de grande tensão. A direçãoda usino procura abafar o caso e, apresen-tando razões de segurança, induz a emissoraa silenciar. A posse do filme por Richard e acrise de consciência de Godell, motivadapela descoberta de testes fraudados pelaconstrutora da usino, mobilizam os agentesda indústria nuclear, com risco de vida paraos que não concordam em monter sigilo. Ainterpretação de Lemmon foi premiada emCannes, 79. Produção americana.

*****A COMILANÇA (La Grande Bouffe), de Mor-co Ferreri Com Morcello Mastroianni, MichelPiccoli. Ugo Tognazzi, Philippe Noiret e An-drea Ferteol Cinema-1 (275-4546); Cinema-3. Udo-I (245-8904). Art-Méit (249-4544),Art-Madureira: I4h. 16h30m I9h 21h30m.(18 anos) Produção francesa de 1973 docineasta italiano realizador de A Audiência.Grande Prêmio do Critico Internacional noFestival de Cannes do mesmo ano. Quatropersonagens — um piloto de aviação comer-ciol (Marcelo Mastroianni), um dono de res-taurante (Ugo Tognazzi), um animador derádio e televisão (Michel Piccoli) e um juiz(Philippe Noiret) — reúnem-se em uma man-»ão nos arredores de Paris e, juntamente com•uma professora (Andréa Ferreol) dedicam-sea uma verdadeira maratona culinária deobjetivos suicidas embora não evidenciados.

O OVO DA SERPENTE (The Serpent. Egg), deIngmar Bergman. Com Liv Ullmann, David

****NOSFERATU. O VAMPIRO DA NOITE (Nosfe-ratu, the Vampira) de Werner Herzog. ComKlaus Kinski. Isabelle Ad|am Bruno Ganz,Roland lopor, Walter Ladengast e Dan vanHusen. Palácio-2 (222-0838), Leblon-2 (227-7805), Rian (236-6114): I3h20m, 15h30m,17h40m. 19h50m, 22h São Luiz (225-7679), Tijuca-Palace (228-4610): 1 7h50m,19h50m, 22h Santa Alice (201 1299):14h50m I7h. I9hl0, 21h20m (14 anos).Produção alemã Quarto filme de WernerHerzog lançado comercialmente aqui depoisde 0 Enigma de Kaspar Hauser Aguirre. aCólera dos Deuses e Coração de CristalFilme inspirado no clássico do cinema mudo,de 1922, Nosferatu, o Vampiro, de F WMurnau Em seu costeloern ruinas, o solitorioConde Drácula recebe o visita de JonathanHarker vendedor de imóveis, e se apaixonapelo retrato de suo noiva, Lucy. Ataca eprende Jonathan no castelo e viaja ao encon-tro de Lucy num caixão negro, repleto deratos que, na cidade, espalham a peste.

****O JOVEM FRANKENSTEIN (Young Frankens-tein). de Mel Brooks Com Gene Wilder PeterBoyle, Marty Feldman, Madeline Kahn eCloris Leachman Palócio-1 (2220838): 14h,16h20m, 18h40m, 21 h. (16 anos). Sátiraque pretende homenagear os clássicos ame-ricanos do terror. Produção americana em

preto e branco.

•••*MACUNAÍMA (Brasileiro), de Joaquim Pedrode Andrade. Com Grande Otelo, Paulo José,Dina Stat, Jardel Filho, Milton Gonçalves,Rodolfo Arena e Joana Fomm. Ricamar (237-9932): de 2" a 5n, sábado e domingo, òs 14h,lóh. 18h,20h;22h. 6°6s 14h, 16, 18h, 20h.Lido-2 (245-8904): 18h20m, 20hl0m, 22h(18 anos). Relançamento sem cortes. Versãolivre da obra de Mário de Andrade mesclan-do um humor surrealista com recursos dechanchada adaptada com muita felicidade.

***•MENINA BONITA (Pretty Baby), de LouisMalle. Com Brooke Shields, Keith Carradine,Susan Sarandon, Francês Faye, Antônio Far-gas e Matthew Anton. Studio-Copacabana(247-8900): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Stu-dio-Tijuca (268-6014): de 2o a 5o, òs 15h,17h, 19h, 21 h. De6"c domingo, às 14h,lóh, 18h, 20h, 22h. (18 anos). Produçãoamericana do cineasta francês de Os Aman-tes. Ambientado em Storyville, bairro debaixo meretrício de Nova Orleans, em 1917.A história de um fotógrafo, E. J. Bellocq(Keith Carradine), que se dedica a fotografar

prostitutos e então conhece Violet (BrookeShields). umo menino de 12 onos, filha deuma prostituta (Susan Sarandon), que nas-ceu e foi criada em um bordel. Ele seapaixona pela menina e leva-a para vivercom ele.

***ROMANCE POPULAR (Romanza Popolare),de Mario Monicelli Com Ugo Tognazzi, Or-nela Muti e Michele Plácido. Lagoa Drive-ln(274-7999): 20h 15m, 22h30m (18 anos).Realização do cineasta de Os Companheirose O Incrível Exército de Brancaleone Come-dia em torno dos dilemas da paixão dehomem maduro (Toganazzi) por uma jovem(Ornela) que protegeu desde a infância ecom quem se casa A princípio, a diferençade idades nno interfere em sua felicidade,mas, com o tempo, o marido possa a terciúmes de qualquer sombra masculina e aesposa se interessa por outro, ainda jovem.Filme italiano.

••*COPA 78—0 PODER DO FUTEBOL (brasi-leiro), documentário de Maurício Sherman eVictor di Mello. Venera (226-5843), Cômodo-ro (264-2025): lóh, 17h50m, 19h40m,2lh30m. (Livre). Documentário de longa-metragem sobre a última Copa do Mundorealizada na Argentina, mostrando os princi-pais lances, comentários e arbitragens dosjogos, além de apontar os interesses politicose comerciais tanto do país organizador quan-to das poderosas multinacionais manipulo-doras de interesses extra-esportivos.

***O CAMPEÃO (The Champ), de Franco Zefi-relli. Com Jon Voight, Faye Dunaway, RickiSchroder, Jack Warden, Arthur Hill e StrotherMartin, Baronesa (390-5745): 14h, 16h30m,I9h, 2)h30m (Livre). Melodrama americano.Refilmagem de um clássico de King Vidor,realizado em 1931, com Wallace Beery eJackie Cooper nos papéis agora interpreta-dos por Jon Voight e Ricky Schroder. Nohistória, um divórcio: a mãe (Faye Dunaway)abandona o filho com o tnorido e, anos maistarde, quer recuperar o menino.

**PÂNICO NO ATLANTIC EXPRESS (AvalancheExpress), de Mark Robson. Com Lee Morvin,Robert Shaw, Moximilian Schell e LindaEvans. Studio-Catete, Bruni-Copacabana(255-2908): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Roma-Bruni (287-9994), 14h, I5h40m, 17h20m,I9h, 20h40m, 22h20m Cine-Show Madurei-ra: 12h, 14b. lóh, I8h. (Manos). Aventurade suspense Perseguição a um agente russo

que fornece informações de alto valor estra-tégico aos americanos. Produção americana

*•BERNARDO E BIANCA EM MISSÃO SECRETA(The Rescuers), desenho animado da produ-tora de Walt Disney. Direção de WolfgangReitherman, John Lousbery e Art Stevens.Jacarepaguá Auto-Cine 2 (392-6182):18h30m, 20h30m, 22h30m. Até amanhã.(Livre). Um casal de ratos empenhando emsalvar uma órfã seqüestrada por MadameMedusa, megera que a utiliza com o objetivode localizar e apoderar-se do maior diamon-te do mundo. Dublado em português.

••DEU A LOUCA NO MUNDO (lt's a Mad, Mad,Mad, Mad World), de Stanley Kramer. Com

Jane Fonda (a repórter) e Michael Douglas (o cinegrafista) emSíndrome da China, de James Bridges: um thriller que

questiona a segurança nacional a partir de um acidente numausina nuclear

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Grande RioNITERÓIALAMEDA (7i 8-6866) - O Peixe Aisouino,com Lee Moiors Às I4h50m, 1 7h, 19hl0m,2lh20m (14 anos). Ate amanhã.

BRASIL — O Peixe Assassino, Com LeeMoiors Às I4h50m, 1 7h, I9hl0m, 2lh(14onos) Ate amanhã

Nosferatu, o Vampiro da i\oite, de Werner Herzog. estasemana muda de circuito, passando a ser exibido em seis

cinemas.

Spencer Tracy, Milton Berle, Sid Caeser eBuddy Hackett, Ilha Auto-Cine (396-2532):20h30m, 22h30m. Até amanhã (Livre). Co-média em torno de perseguições e correrins.

22h. Scala (246-7219): 15h, 16h45m,18h30m, 20b 15m, 22h. Astor: I4h30m,16hl5m I8h, I9h45m, 21h30m, (18 anos)Dono de pequena oficina mecânica da Re-gião dos Lagos (RJ, lenta vingar um amiqoassassinado e e perseguido por capangas deum rico criminoso.

ROCKY II _ A REVANCHE (Rocky II),de Sylvester Stallone. Com SylveesterStallone Jolia Shire, Burt Young, Carl Wea-thers e Burges Meredith. Leblon-1(287-4524), Tijuca (288-4999). Copacabana(255-0953): I4h, 16h30m, 19h, 21h30m.Capri (226-7101), 19h, 21h30m. (18 anos).Continuação de Rocky — Um Lutador, ga-nhador do Oscar há dois anos, com osmesmos intérpretes nos papéis principais,mas com Stallone substituindo John Avtldsenna direção Embora o ganhador do título decampeão de peso-pesodo, Rocky (Stallone)procure ganhar a vida com menos riscos, náoconsegue êxito. Volta então, ao boxe, emrevanche pedida pelo ex-campeão ApolloCreed. Produção americana.

COM A CORDA NO PESCOÇO (Goin' South),de Jack Nicholson. Com Jack Nicholson,Mary Steenburgen, Christopher Lloyd, JohnBelushi, Verônica Cartwnght e Richard Brad-ford Metro-Boa-Vista (222-6490), CondorLargo do Machado (245-7374): MhlOm,16h30m, 18h50m, 21hl0m. Rio-Sul (274-4532), Condor-Copacabana (255-2610),América (248-4519): !4h30m, 16h50m,19hl0m, 21h30m. Madureira-1 (390-2338):13h30m, lóh, 18h30m, 21h. Rosário (230-1889): I4h, 16h20m, 18h40m, 21 h. Méier(229-1222): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h (14anos). Western humorístico filmodo no Mexi-co sob a direção do ator Nicholson. Este fozum fora-da-lei de terceira categoria que sesalva por um triz de situações que o levam asentir a agonia dos últimos momentos doscondenados a forca. Produção americana.

PODER DE FOGO (Firepower), de MichaelWinner Com Sophia Loren, James Coburn,O.J. Simpson, Eli Wallach, Anthony e VicentGardênia Odeon (222-1508), Imperator(249-7982), Madureira-2 (390-2338), Ola-ria: 14h, 16h20m, 18h40m, 21 h Roxi (236-6245), Ôpera-1 (246-7705), Carioca (228-8178): 14h30m, I6h50m, 19hl0m, 21h30m(14 anos). Aventura em torno de uma tramoilegal do Governo americano para capturarnuma ilha do Caribe

"o terceiro homem maisrico do mundo" e processá-lo sob acusaçõesde fraude, suborno e sonegação de impostos.Produção americana.

MOVIE MOVIE —A DUPLA EMOÇÃO (MovieMovie), de Stanley Doneh. Com George C.Scott, Trish Van Devere, Barbara Harris, RedButtons, Barry Bostwick e Ann Reinking,Caruso (227-3544), Ópera-2 (246-7705):14h30m, 16h50m, 19h 1 Om, 21 h30m (Livre).Realização do co-diretor de Cantando naChuva, teproduzindo com elementos de nos-talgia e paródia situações típicas de filmeshollywoodianos da década de 30. Duoshistórias independentes dão ao filme apa-rência deliberada de programa duplo: Pu-nhos de Dinamite, contando a ascensão deum rapaz pobre, que ganho dinheiro noboxe a fim de financiar a operação da irmãcega. As Beldades de Baxter, 1933: umacorista e suo luta para alcançar o estrelato.Produção americana.

VIOLÊNCIA E SEDUÇÃO (brasileiro), de Mo-zael Silveira. Com José Augusto Branco,Aurélio Tomasinni, Lameri Faria, Milton Vil-lar e Rossana Ghessa. Vitória (242-9020):!3M5m, 15h, 16h45m, 18h30m, 20hl5m,

UMA GATA NO CIO (La Gata in Colore) deNello Rossnti Com Eva Czemerys, SilvonoTranqutlli. Anthony Fontone e Ennio Biasciuc-ci Plaza (222-1097). de 2~ a 6", as lOh12b. I4h, lóh, 18b, 20h, 22b Sábado edomingo, a partir das 14h (18 anos). Sedu-tora mulher atrai os homens e os leva ãmorte. Produção italiana.

GOLPES VOADORES DO KUNG FU (CrackShadow Boxers), de Wen Yao Hua Com KuFeng, Han Kuo Tsain e Chou Li Choun,Programa complementar: O Homem de HongKong Rex (222-6327): de 2" a 6o, asI2h30m, lóhlOm, 19h55m. Sábado e do-mingo. às I4hl0m, I 7h55m, I9h55m (14anos). Produção chinesa de Hong Kong.

O PEIXE ASSASSINO (Killer Fish) de OlivierPerroy e Anthony Dowson Com lee Ma|ors,Karen Black. Margot Hemmgway e MansaBerenson Vitória (Bangu), Palácio (CampoGrande): 15h, 17b, 19h, 21 h (14 anos).Uma quadrilha procuro apossar se de umtesouro em pedras preciosos ocultas em umacaixa submerso. Entre outros obstáculos, en-frentam grandes cardumes de piranhas. Pro-duçáo inglesa.

JOGO SUJO (The Stone Killer), de MichaelWinner. Com Chorles Bronson, Martin Boi-sam, David Sheiner, Norman Fell, RalphWaite e Eddie Firestone. Jóia (237-4714),Paratodos (281-3628): I4h, lóh, 18h, 20h,22h. Studio-Paissandu (265-4653): 18h,20h, 22h (18 anos). Um grupo de soldadosque atuaram no Vietnam e contratado porumo família a fim de vingar o massacre doDia de Sáo Valentim, organizado por AlCapone. Produção americano.

AS AMIGUINHAS (brasileiro), de Carlos Al-berto Almeida. Com Diva Medrek, Cat Regi-ne, Fátima Celebrim, Neusa Chantal e EdsonHeath. Programa complementar: Kung FuContra o Dragão Amarelo Orly: de 2" a 63,ós lOh, 13hl5m, 16h30m, 19h45m. Sábadoe domingo, a partir das 13hl 5m. (18 anos).

O HOMEM DE HONG-KONG (The Man FromHong-Kong), de Brian Trenchard Smith. ComJimmy Wang Yu, George Lozenby, HugnKeays-Byrne e Roger Ward Programo com-plementar: Golpes Voadores do Kung Fu.Rex (222-6327): de 2o a 6", ás 12h30m,lóhlOm, 19h55m. Sábado e domingo, àsMhlOm, 17h55m, 19h55m (18 anos).

MATINÊS

O MENINO DA PORTEIRA — Studio-Paissandu: 13h30m, I5h, 16h30m. (10anos).

AS AVENTURAS DE ROBINSON CRUSOE —

Lido-2 I3h40m, 15h, I6h40m. São Luiz:13h20m, I4h50m, 16h20m. (Livre).

RAONI — Tijuca-Palace: 13h35m, 15h,16h25m. (Livre).

CENTER (7)1-0909) - Com o Corda nePescoço, com Jack Nicholson Às 14h,!6h20m, 18h40m, 21 h (14 anos). Até do-mingo

CENTRAL (718-3807) - Apologia dot Ma-nanciais. As 14h30m, 16h50m, 19hl0m,21 h (14 anos), Até amanha.

CINEMA-1 (711-1450,—Violência eS«du.ção, com jose Augusto Branco. Às 15b,I6h45m, lflh30m, 20hl5m, 22h (18 anos).Ate domingo

ÉDEN (718 6285) — O Peixe Assassino, comLee Maiors As I3h20m, 15h30m, 17h40,19h50m, 22h (14 anos). Ate amanhã.

ICARAÍ (718 3346) — Poder de Fogo, comSophia Loren As )4h, I6h20m, I8h40m,21 h (14 anos) Ate domingo.

NITERÓI (710-9322) — Nos*feratu, o Vompht)da Noite, com Klaus Kinski Às 13h20m,15h30m, !7h40m, 19h50m, 22h(Uanos).Ate amanhã

PETRÒPOLIS •DOM PEDRO (2659) - O Peixe Assassino,com Lee Moiors Às 14h50m, 17h, 19hl0m,2!h20m (14 anos) Ate amanhã.

PETRÒPOLIS (2296) - Rock II — A Rtvotvche com Sylvester Stallone. Às 16b,18h30m, 21 h (14 anos) Ate amanhã.

TERESÓPOLISALVORADA (742 2131) - Poder • Fogo,com Sophia Loren Hoje. às 21 h Amanhã, àsI5h e 21 h. (14 anos). Até amanhã.

Extra

A GUERRA ACABOU (Lo Guerra E*t Flnie). d*Alcnn Resnois Com Yves Montand e Ingndfhulin Hoie, as 20h. no Studús43 da Aliem-ça Francesa de Copacabana, Rua Duvivter,43 (18 onos). A ação. os desànimos, osentusiasmos eo reflexão de militantes politi-cos espanhóis refugiados nn França, de ondeprocuram atuar contro o regime franquisto.

NORDESTE: CORDEL, REPENTE, CANÇÃO(Brasileiro), de Tonta Quaresma. Com conta-dores, repenttstas e folhetetros do Nordeste.Ho|e, as 20h. no Cineclube Fluminense —Compo rie São Cristóvão (Livre) Documento-rio de longa metragem Registro espontâneode depoimentos e interpretações de artistaspopulares do Nordeste: cantadores, repentis-tos, violeiros, cantores de romances, cocos eemboladas.

CAPITU (brasileiro), de Paulo César Soroceni.Com Isabella. Othon Bastos e Rnul Cortez.Ho|e, às 2lh, no Cineclube da Maison daFrance, Av Presidente Antônio Carlos 58.Versão do livro Dom Cosmurro, de Machadode Assis.

Curta-MetragemITAÚNAS — DESASTRE ECOLÓGICO - DeOrlando Bonfim, neto. Cinema: Caruso.

CASA DA FLOR - De Vera Roesler Cinemas:Metro-Boavista, Condor-Copocabona • Con-dor-Lnrgo do Machado.

PROTEÇÃO DOS EXUS - De Leon Cassidy.Cinemas Art-Tijuca e Art-Madureira.

TEATRO OPERÁRIO — De Renato Tapaiós.Cinema Art-Meier

ALDEIA DE ARCOZELO — De Jnyme Mon|or-dim Muttara/zoe Jose Carlos Barbosa. Cine-mas Jocarepaguá Autocine 1 e Ilha Auloci-ne

O HOMEM DOS SEIS MILHÕES DE CRUZEI-ROS CONTRA AS PANTERAS — Capri: lóh,17h30m. (Livre).

UMA AVENTURA NA FLORESTA ENCANTA-DA Coral lóh, 17h25m. (Livre).

CAMPOS ELÍSEOS — De Ugo César Giorgetti.Cinema: Baronesa

VIVÊNCIA — De Saul Lachtermacher. Cine-mo; Méier

GRITO DO RIO — De Roland Henze. Cine-ma; Paratodos.

GUARUBA E OS MÁGICOS — De SérgioSanz. Cinema; Alvorada (Teresópolis).

TeatroRIO DE CABO A RABO — Revista de GuguOlimecha Direção de Luiz Mendonça. Dire-ção musical de Nelson Melin. Corn DjenaneMachado. Alice__ViyejJXis-de-£35iro; -Pons

Kelson, Gugu Olimecha, Leda Borges e ou-tros. Teatro Rival, Rua Álvoro Alvim, 33(224-7529). Hoje, òs 21h, sessão especialparo imprensa e convidados. De 3° a 6o, às21 h, sao, as 20h e 22h30m. Dom. às 18h e21 h. Ingressos 3° e 4°,a Cr$ 80,00 e de 5C adom, o CrS 150,00 e CrS 80.00, estudantes.

repressão das normas hipócritas da socieda-de burguesa.

LES PRECIEUSES RIDIOJLES — De MolièreLeitura da peça com o Teatro da AliançaFrancesa: Claude Aguenauer, Evelin Rtd-man, Caiherme Dessau, Carlos Nessi e Etien-ne Le Meur. Aliança Francesa de Botafogo,Ruo Muniz Barreto, 54. Ho|e, as 21 h Entradafranca.

O DESPETAR DA PRIMAVERA - Texto deFrank Wedekind. Dir. de Paulo Reis. Com BelBaptista, Daniel Dantas, Eduardo Lago, FábioJunqueira, Maria Padilha, Marilia Martins,Miguel Falabella. Paulo Renato Braga, Rosa-ne Gofmon. Aliança Francesa da Tijuca. RuaAndrade Neves, 315 (268-5798). Hoje, às21 h, espetáculo para a classe teatral, convi-dados e publico. Ingressos a CrS 50,00. De 6"o 2°, às 2lh. Ingressos a CrS 80,00 e CrS60,00, estudantes Numa cidadezinha ale-má no fim do sec XIX, um grupo de adoles-centes deperta para a vida e esbarra na

DA LÁPINHA AO PASTORIL - Texto de LuizMendonça e Leandro Filho. Direção de LuizMendonça. Direção musical de David Tygel.Com Tânia Alves, Nadia Carvalho. HelenaRego, Beth Erthal, José Roberto Mendes. AlbyKamos, Fernando Palitot, Hélio Guerra eoutros. Associação Recreio dos NordestinosRua do Colete, 235/ 2°. Hoje, às 21 h Ingres-sos a CrS 5U,00. Musical inspirado em foi-guedos populares do Nordeste.

MúsicaENCONTROS COM A MUSICA CONTEMPO-RÀNEA — Hoje: concerto dadaísta dedicadoo Eric Satie, com as peças Sport et Divertisse-ment (com o pianista Jocy de Oliveira eslides das aquarelas de Charles Martin,feitas para a partitura), Bella Excentrique.

para piano a quatro màos (com as pianistasLilian Borreto e Jocy de Oliveira), -Manifesto

Dadista de Jean Arp, em tape e slides, LePiège de Meduse (com a bailarina GracielaFigueiroa e a pianista Jocy de Oliveira), Io

Gymnopedie, 2° Gymnopedie — Poema So-noro de Hugo Bali e Receita para FazerPoesia de Trislan Tzara, com tape e slides, 3oGymnopedie com piano solo, Messe de Pau-vres (com o Coral Pró-Arte regido por HansKoellreutter e orgonista João Homero Capet-ti), Description Automatique, Embryons Des-sechés e Vieux Sequins et Vieilles Cuirasses(os ires com a pianista Jocy de Oliveira). Nointervalo, será exibido o filme MonsisurSatie Teatro Gláucio Gill, Pça. CardealArcoverde. Copacabano. Hoie às 21 h. In-

gressos a Cr$ 30,00.

ORQUESTRA DE CÂMARA DO BRASIL -Concerto sob a regência do maestro HenriqueNirenberg. Programa: Sinfonia n° 3 Op. 3,de Johann Stamitz, Berceuse, de HenriqueOswald, Tema com Variações para Oboé eOrquestra de Câmara (Solista: Harold Emert),de Luiz Spor, Cantilena, de Ernesto Ronchim,e Sinfonia n° 5, de Schubert. Sala CecíliaMeireles, Lgo.da Lapa, 47. Hoie, às 21 h.Ingressos a CrS 80,00 e OS 40,00.

CAROL MC DAVITT — Recital da sopranolírica acompanhada do pianista Larry Foun-tain. No programa, peças de Mozart, Debus-sy, Domenick Argento, Harold Emert, RobertBaksa, Aaron Copland e Joaquin Rodrigo.Auditório do IBAM. Rua Visconde Silva, 157,Hoie, às 21n. Ingressos a CrS 30,00.

SÉRIE GUIOMAR NOVAES — Recital do pia-ms'a José Carlos Cocarelli interpretando LeTombeau de Couperin, de Rovel, WandererFantasie, de Schubsrt, A Prole do Bebê n° 1,de Villa-Lobos, Sonatina n° 3, de FranciscoMignone e Sonata n° 4, de Prokofieff. Sala

Funarte, Rua Araújo Porto Alegre, 80. Hoje,às 21 h Ingressos a CrS 50,00.

LÚCIA DE MOURA PASSOS -- Recital daviolonista interpretando obras de ThomasMorley, Bach, Haydn, Mozart, Brahms, Mar-los Nobre, Lorenzo Fernandes, Alencar Pinto,Villa-Lobos, Hageman, Aron Copland, Sa-mu.e.LBarber, Hugo Wolf e negro spirituolsAcompanhamento ao piono de FredericoEgger Casa de Rui Barbosa, Rua São Cie-mente, 134 Ho|e, às 20h30m. Promoção doIBEU.

CAMERATA DA UNIVERSIDADE GAMA Fl-LHO — Concerto Sala Cecília Meireles, Lgoda Lapa, 47. Amanhã, as 21 h. Entradafranca.

CONCERTO COM AS ESTRELAS — Recital docon|unto Flautas Concertantes, formado porGrace Henderson, Betty Stegmann, EdmunRaas e Katnleen 0'Donnell. Programa: Con-certo n° 2 em Lá Maior, de Joseph Bodin deBoismortier. Trio n°4em Sol Maior, de JamesHook. Quarteto Op. 19, de Anton Reicha,Jour a'Ete a Ia Montagne, de Eugene Bozza,Dance Trios, de Terence Graeves, Puzzle, deHeinrich Keller, e Flúies en Vancances, deJacques Castarede. Planetário da Cidade,Rua Pe. Leonel Franca, 240. Quarta-feira, às21 h. Ingressos a CrS 40,00 e CrS 20,00,estudantes.

ROBERT FUCHS — Recital do pianista inter-pretando obras de Mozart, Schumann, Villa-Lobos e Chopin Salão Leopoldo Miguez daEscola de Música do UFRJ, Rua do Passe*o,98. Quarta-feira, às 17h. Entrada franca.

O ciclo A Família em Debate, queo Centro de Psicologia Social promo-ve às segundas-feiras, às 21h. no Tea-tro Casa-Grande, prossegue hojecom o tema Estrutura Sócio-Econômica da Familia Atual e SuasImplicações nas Relações Intrafami-liares. A mesa estará formada porAna Maria,J3rasileiro. Antônio Esta-vam Martins, Roberto Lyra e SérgioBrasil. Na próxima segunda, dia 29, odebate será sobre Adolescência e Fa-mília, com Alírio Cavalieri. CarlosCésar Castelar e Márcia Mello eSilva.

No Real Gabinete Português deLeitura (R. Luis de Camões. 301, oartista plástico e professor Joáo Ri-cardo Moderno começa amanhã umciclo de palestras sobre Arte e Ideo-logia. As aulas, sempre das 17h às19h. prosseguem quarta e quinta-feira e dias 30 e 31, e os temas sào:Arte (conteúdos formais e ideológi-cos). Arte e Filosofia, Democratiza-çào da Arte, A Arte e o Estado e Artee Transformaçáo Social.

Encerrando sua programação noTeatro Cacilda Becker, o 2o Ciclo deDança Contemporânea terá hoje. às21h. mesa-redonda sobre Concepçãode Espetáculo, e os convidados sáoSusana Braga. Lurdes Bastos HugoRodas e José Possi Neto. Amanhã,haverá a apresentação do soio deMauro César. Na Bamba, com utili-zação apenas do coipo do bailarino ede um boneco. O espetáculo começaás 21h e tem ingressos a CrS 50,00.

ShowNOITADA DE SAMBA — Apresentação deNelson Cavaquinho, Boianmho, D Ivone Lo-ra, Xangó da Manaueira e o coniunto NossoSamba, Zeca do Cuíca e possistos. Hoie:Lançamento do LP de Bezerra da Silvo, o Reido Coco Tealro Opinião, Ruo Siqueira Cam-pos, 143 (235-2119), Todas as segundas-feiras, as 2lh30m ingresse» o CrS 180,00 eCrS 90,00, estudantes.

NUVEM CIGANA — Show dos cantores scompositores Aldeoni, Wilson Cachaça, Pom-

peu e Volmiro, apresentação teatral de Baudos Meninos e A Fome e a Vontade d*Comer, com o grupo Asdrubal Trouxe oTrombone, Vicente Melo e Hiltona Menezes,

poesia com Chacal, Angela Melin, Xico Cha-ves e Luzmete, e lançamento dos livrosCoração de Cavalo, de Charles Peixoto,Atualidades Atlânticas, de Bernardo VHhenae 14 Bis, de Ronaldo Santos. Planetário daGávea, Rua Padre Leonel Franca, 240. Hoie,as 21 h.

ALÉM DAS CINZAS - Show de musica

popular brasileira com o grupo Apoio, for-mado por Carlos Gomes (voz e violão),Edgard hissi (bando^m e guitarra), PedroTornaghi (fiauta), Henrique Trindade (violi-no), Carlos Belforr (òamo). Marcos Reis (bate-na) eZe Bruno (percussão) Teatro da Gávea.Rua Marques de S. Vicente, 52 Hoie, eomanhõ, às 21 h Ingressos a OS 100,00 eCrS óO.OO estudantes. Ate dia 28.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeiro, segunda-feira. 22 de outubro de 1()7<> ? PÁGINA 7

Televisão*•••* EXCELENTE ***** MUITO BOM *** BOM ** REGULAR • RUIM

ManhãHora Canal7.30 \S\ -

45 0 -

O Despertar da Fé. Reli-gioso.Telecurso 2o Grau.

8.oo aE

30 _45 E

-TVE.Desenhos.Telecurso 2° Grau (reprise).Sítio do Pica-Pau-Amarelo

(reprise de David • Golias).

9.00 H] — Caminhos da Vida. Reli-gioso.

10 __] — Inglês com Fisk.15 ÜS — Filmoteca Global. Documen-

tários.40 0 — Mobral.

10:00 _fj — Clube dos 700. Religioso.

10.15 m3o mo45 m

®<

3o a

m

Mobral.Pullman Jr (reprise).Nossa Terra, Nossa Gente.

Educativo.Globinho (reprise).

-O Mundo Animal. Documen-tário.1900... e Atualmente. Musi-

cal com Osmar Frazão.Rin Tin Tin. Seriado.Aventuras aos Quatro Ven-

tos. Documentário.A Feiticeira. Comédia.Panorama Pop. Musical com

M. Lima.A Conquista. Novela didá-

tica.Jornal da Manhã. Serviço,

horóscopo e noticiário.

Tarde12:00 GD — Dia Nacional de Ação de

Graças.[6] — Rede Fluminense de Notl-'

cias. Informativo.[__ — Batman — Seriado.O — A Pantera-Cor-de Rosa. De-

senho.20 __] —Operação Esporte. Noticiário

com Carlos Lima.20 O — G|obo Cor Especial. Os Fan-

tásticos.30 £0 — O Vira-Lata. Desenho.40 __] — Jornal do Rio. Noticiário.45 [__ — Bandeirantes Esporte.

1.00 0mo

15 BE

25 m -

3o mo

Globo Esporte.Jornal Bandeirantes. Primei-ra edição.Lassie. Filme de aventura.Hoje. Noticiário.Aqui e Agora. Música e

informação.Roberto Milost. Notícias so-

ciais.Mary Tyler Moore. Seriado.

- Johnny Quest. Desenho.

2.00 a

LU

D30 In45 E

Estúpido Cupido. Reprise danovela de Mário Prata.Edna Savaget. Variedades

femininas.Gafo Corajoso. Desenho.Gato Felix. Desenho.Sessão da Tarde. Filme.

Uma Viuva em Trinidad..

3.00 O — A Pantera Cor-de-Rosa. De-senho.

30 0 — Xênia e Você. Feminino._3 — O Picapau. Desenho.

4.00 [_] — Ginástica. Aula com a pro-fessora Yara Vaz.

O — A Turma do Picapau. De-senho.

20 El — Desfile de Modas, com Hen-rique Lauffer.

30 OD — Telecurso 2o Grau. Aula deQuímica n° 31.

O — Maguila, o Gorila. Desenho.45. [2] — Cine-Viagem. Desenho ani-

mado. Hoje: filmes da Hun-gria.

0 — Sessão Aventura. Jana.50 [__ — A Hora da Aventura. Filme:

Perdidos no Espaço.

5.00 0 — HB 79. Cachorro Quente.Desenho.

0 — Pullman Jr. Infantil apresen-tado por Luciana Savaget.

O — Popeye. Desenho.

15 0 — Era Uma Vez... Literaturainfantil.

0 — Globinho. Noticiário in-fantil.

25 0 — Sítio do Pica-Pau Amarelo.Davi e Golias. Texto de Mar-cos Rey. Com Jonas Bloch,Paulo Fatah, Ângelo Anto-nio, Nelson Caruso, EmilianoQueiroz e Edney Giovenazzi,além do elenco fixo.

30 0 —Turma do Lambe-Lambe. In-fantil com Daniel Azulay.

0 — Desenhos: Pernalonga, Gas-parzinho, Popeye e SuperMouse.

O — Caçadores de Fantasmas.Desenho.

50 0 — A Hora da Aventura. Filme:Terra d* Gigantes.

Noite6.00 0 — Família Robinson. Seriado.

[]] — Daktari. Filme de aventura.05 0 — Cabocla. Novela de Benedi-

to Ruy Barbosa baseada noromance de Ribeiro Couto.Dir. de Herval Rossano. ComGlória Pires, Fábio Jr. Rober-to Bonfim e outros.

30 0 — Sítio do Pica-Pau Amarelo.O Casamento da Raposa.

50 0 — Jornal das Sete. Noticiáriolocal.

0 — Dinheiro Vivo. Novela deMário Prata. Dir. de José deAnchieta. Com Luiz ArmandoQueiroz, Mareia Maria, EnioGonçalves e outros.

7.00 00

0

O20 0

Mobral.Marron Glacé. Novela de

Cassiano Gabus Mendes.Dir. de Gracindo Jr. Com Li-ma Duarte, Yara Cortes, Ar-mando Bogus e outros.Cara a Cara. Novela de

Vicente Sesso. Dir. de JardelMelo. Com Fernanda Monte-negro, Luís Gustavo, IreneRavache e outros.Ratos do Deserto. Seriado de

aventura.- João da Silva. Novela didá-tica.

30 O — Pica-Pau. Desenho.45 0 — RTN Nacional. Telejornal.

0 — Jornal Bandeirantes. Tele-jornal.

50 0 — Jornal Nacional. Telejornal.

8.00 0 — A Conquista. Novela didá-tica.

0 — Os Biônicos: Cyborg. Se-riado.

_j] — Sessão Bangue Bangue. Se-riado: Gunsmoke.

05 0 — Como Salvar Meu Casamen-to. Novela de Carlos Lombar-di, Ney Marcondes e Edy Li-ma. Dir. de Atílio Riccó. ComNicette Bruno, Adriano Reys,Beth Goulart e outros.

15 0 — Os Gigantes — Novela deLauro César Muniz. Dir. deRegis Cardoso. Com DinaSfat, Francisco Cuoco, Tarei-sio Meira e outros.

45 0 — Telecurso 2° Grau. Aula deQuímica n" 31.

50 0 — Gaivotas. Novela de JorgeAndrade. Dir. de AntônioAbujamra. Com Rubens deFalco, Yoná Magalhães, Isa-bel Ribeiro e outros

9.00 0 — As Máscaras. Hoje: Perfil daPolítica Cultural para o Tea-tro. Participação de OrlandoMiranda, Carlos Miranda e aAssessoria do SNT.

0 — Planeta dos Homens. Humo-rístico com Jô Soares, AgildoRibeiro, Paulo Silvino e ou-tros.

0 — Segunda Sem Lei. Filme:Batalha em Riacho Co-manche.

[[]] — Sessão das Nove. Filme: .Os Tiranos da Babilônia.

30 0 — As Audaciosas. Seriado.10:00 0 —1979. Jornalístico. Notícias e

comentários.0 — Semana de Terror. Filme:

0 — Aplauso. Hoje: Dona FelintaCardoso, a Rainha do Agres-te Texto de Ferreira Gullar.Direção de Paulo José. ComCélia Abramo, Nivea Mariae Othon Bastos, segundo eúltimo capítulo.

40 0 — Informe Financeiro.45 0 — Operação Esporte Especial.

55 0 — Lições de Vida. Comentáriode Gilson Amado.

11.00 0 — Teatro 2. Teleteatro. Hoje: OUltimo Capítulo, de Consuelode Castro.

0 — Jornal da Globo. Noticiário eentrevistas. Apresentação deSérgio Chapelin.

0 — Encontro com a Imprença.Entrevista com José BonifácioLafayerte de Andrada.

1J3 — Jericho. Seriado.

30 0 — Festival de Sucessos. Filme:A Festa de Casamento.

Madrugada0.00 0 —Cinema na Madrugada. Fil-

me: A 23 Passos da RuaBaker.

30 0 — Longstreet. Seriado.

Os filmesde hoje

RETRATISTA

da classemédia americana, PaddyChayevsky se tornou famo-so quando uma de suas tele-peças, Marty — filmada com

Ernest Borgnine e Betsy Blair, ex-mulher de Gene Kelly — ganhou o Os-car de melhor filme de 1955. A Festa deCasamento se baseia em outro argu-mento seu, com pinceladas do neo-realismo italiano do pós-guerra, mas éa personalidade magnética de BetteDavis, num papel de grande densidadepsicológica, que mantém o interesse porThe Catered Affair, com Debote Rey-nolds num papel dramático. Seis anosapós o sucesso de Gilda, a Colúmbiatentou repetir a dose com Uma Viúvaem Trinidad, mas, embora Rita Hay-worth e Glenn Ford não comprometam,o filme pouco tem a oferecer. ComoMichael Curtiz, Henry Hathaway é efi-ciente em qualquer gênero, como o com-prova em A 23 Passos da Rua Baker,uma aventura detetivesca que perdeforça pela inexpressividade de VanJohnson.

UMA VIÚVA EM TRINIDADTV Globo — 14h45m

(Affair in Trinidad) — Produção norte-americana de 1952, dirigida por VincentSherman. Elenco: Rita Hayworth,Glenn Ford, Alexander Scourby, TorinThatcher, Juanita Moore, Steven Ge-ray, Karel Stepanek. Preto e branco.

** Dançarina de cabaré (Hayworth)concorda em trabalhar secretamentepara a policia a fim de desbaratar umagang de espiões internacionais, aindaque sua ação possa custar a vida dohomem a quem ama (Ford).

BATALHA EM RIACHO COMANCHETV Bandeirantes — 21 h

(Gunfight at Comanche Creek) — Pro-dução norte-americana de 1963, dirigidapor Frank McDonald. Elenco: AudieMurphy, Collen Miller, Ben Cooper, De-forest Kelley, Adam Williams, JohnHubbard, Susan Seaforth. Colorido.

•k-k 1875, Colorado — Para acabarcom uma quadrilha de criminosos quese especializa em raptar prisioneirosde cadeia em troca de resgate, policial(Murphy) se deixa prender em Coman-che Creek para descobrir como funcio-na a operação. No cinema chamou-seFúria de Brutos.

OS TIRANOS DA BABILÔNIATV Studios — 21h

(Hercules and the Tyrants of Babylon)— Produção italiana dirigida por Dome-nico Paolella. Elenco: Rock Stevens,Herga Line, Túlio Altamura. Colorido.

* Ao receber mensagem informandoda escravidão de seu povo, Hércules(Stevens) segue pra a Babilônia, ondederrota os Exércitos do soberano e li-berta a rainha dos helenos (Line).

A FESTA DE CASAMENTOTV Globo — 23h30m

(The Catered Affair) — Produção norte-americana de 1956, dirigida por RichardBrooks. Elenco: Bette Davis, ErnestBorgnine, Debbie Reynolds, Barry Fitz-gerald, Rod Taylor, Robert Simon,Madge Kennedy. Preto e branco.

*++ Motorista de táxi (Borgnine) vèruirem as esperanças de independênciaquando a mulher (Davis) utiliza suaseconomias para fazer uma grande festade casamento para a filha (Reynolds).Baseado em telepeça de PaddyChayevsky com roteiro de Gore Vidal.

A 23 PASSOS DA RUA BAKERTV Bandeirantes — 24h

(23 Paces to Baker Street) — Produçãonorte-americana de 1965, dirigida porHenry Hathaway. Elenco: Van Johnson,Vera Miles, Patrícia Laflan, Cecil Par-ker, Estelle Winwood, Isobel Elsom,Martin Benson. Colorido.

+* Escritor cego (Johnson) ouve umcrime ser tramado enquanto bebe numbar e resolve impedir que ele se consu-ma, mas é descoberto pelos bandidos,que põem sua vida em perigo.

As novelasResumo das novelas apresentadas nas televisões do Rio

Cabocla,TV Globo, 18h05m

Felício acusa Xexéu de ter sido o mandanteda surra. Levado por Justino e Tome para adelegacia onde fica detido, ele nega. Tobiasacusa Neco de estar envolvido, bem comoJustino, corta relações com ele e é grosseirocom Mariquinhas. Tobias, sob orientação deLuís, depõe e é ameçado de ser preso, casomova um dedo contra Xexéu. Justino e Boa-nerges desconfiam um do outro. O delegadopressiona Chico Bento a dizer tudo o que sabesobre os desentendimentos entre Macârio eJustino, na época do casamento deste comPepa.

Dinheiro Vivo,TV Tupi, I8h50m ,

Izildinha concorda em festejar bodas de pratae que Pacheco também faça o novo anúncio.Marlene pensa em se candidatar à secretáriada empresa de Eduardo para saber onde estáFlávia. Galvão promete desistir do programa,se a divisáo nâo for de 25% para cada um.Dias e Gumcrcinda aceitam. Dias e Carlinhospedem que Eduardo adie a viagem com Flá-via e ele concorda. Zé Márcio pede que Marilue Shirley se candidatam a emprego na firmade Bduardo. Dias nâo consegue convencerCélia e Babito a gravarem a fita para Flávia.

Marron Glacé,TV Globo, 19h

Zina vai pra casa com Luis, de carona sugeri-da por Érica. Luis nota a diferença em seuaspecto, mas com pouco interesse. Oscar acu-sa Nestor de ter sido o autor do trote econvida Lola para almoçar com as duas velhi-nhas que querem conhece-la. Daysl telefonapara Waldo e lhe diz que comeu o hadóque,sugerindo que ele deva mandar desta vezchampanhe francesa para seu pai. Érica con-firma a Nestor que vi à praia com ele. Fábiopede a Vânia que lhe diga se Vanessa algumavez saiu com Otávio.

Cara a Cara,TV Bandeirantes, 19h

Raul diz a Delly que seu objetivo não évingança. Quer levar Júnior para a Suiçaporque lá estáo as melhores clínicas de fonia-tria do mundo. Delly só aceita, quando Raullhe diz que vai se separar de sua atual mulher.Isméria e Tarquínio procuram um modo defazer com que Ronaldo acredite que temmesmo alguma herança. Acabam dizendoque seu capital está emprestado a prazo fixo.Carlos cobra e Tarquínio peds prazo paraquitação. Nos jornais, a manchete é o assassi-nio de Mosquito.

ArtesPlásticas

Serviçose compras

Serigrafia de Carmem Bardy, em exposição a partir de hoje naGravura Brasileira

Os Gigantes,TV Globo, 20hl5m

Francisco discute com Helena e manda queela vá para o Rio. Matilde tenta a reconcilia-ção, sem sucesso. Paloma, depois do jantar,avisa que vai viver com Fernando. Eulália,abalada, se retira. Murilo se declara contra.Eulália tranca seu quarto ã chave, cerra asjanelas, e admira as fotos que forram seuquarto iluminado por velas. Paloma está de-sesperada com a màe. e por nào ter uma cópiada chave. Helena avisa que vai embora de vez,e encontra Murilo que vai visitá-la. Chicochega a casa dela e lhe propõe casamento, omais breve possível.

Como salvar meu casamento,TV Tupi, 20h05m

A TV Tupi náo forneceu o resumo da novela.Gaivotas,

TV Tupi, 20h50mRaquel e Daniel pensam num médico paraMariana, que diz obedecer ordens da màemorta. Daniel quer convencê-la a aceitar seucasamento com Maria Emilia. Verônica nàoquer ir para o interior e tenta convencerJúnior, mas ele fica satisfeito com a idéia.Raquel conta a Daniel que Mariana estáincutindo em Geraldo o medo de Beatriz, que,segundo a menina, está viva e anda pelo solar.Daniel promete falar com a filha.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA — Proposta deAnna Bella Geiger. Centro Cultural CândidoMandes, Ruo Vise. de Pirajá, 351. De 2o a 6a,das 1 Oh às 12h e das 17h às 22h30m, sáb edom, dos lóh às 20h. Até dia 30.CHARLES WATSON — Pinturas. Galeria doIbeu, Av. Copacabana, 690/ 2o. De 2° a 6°, daslóh às 22h.

MOSTRA DE FOTOGRAFIAS DOS ALUNOSDA ESDI — Exposição de trabalhos de cercade 40 alunos. Ruo Evaristo da Veiga, 95. De2° a 6o, das 8h às 17h. sexta-feira.

SÉRGIO MAGALHÃES E GÊ ORTHOF —Desenhos. Galeria Divulgação e Pesquisa,Rua Maria Angélica, 37. De 2o a 6o, das I Ohàs 21 h. Até dia 31.

LATINI — Pinturas. Galeria Momento, RuaBarão de Ipanema, 94, loja 106. De 2o a 6o,das 14h às 22h, sáb, das 14h às 21 h.

RONALDO PEREIRA REGO — Gravuras.AABB, Av. Borges de Medeiros, 829. De 3J a6a, das I2h às 20h, sáb e dom, das lOh às22h. Até domingo.

A HISTÓRIA DO RIO — Mostra de documen-tos raros, fotografias e jornais. Arquivo Geralda Cidade, Rua Amoroso Lima, 15, CidadeNova. De 2o a 6a, das 12h às 16h. Até dia 30.

COLETIVA — Obras de Alda Lofego, AmarilisChaves, Carlos Gomes, Feitosa Kandel eoutros. Luxor Hotel Regente, Av. Atlântica,3716. Diariamente, das 1 Oh às 20h. Atéquarta-feira.

WANDA PIMENTEL — Pinturas. GaleriaSaramenha, Rua Marquês de S. Vicente, 52s/ 165. De 2o. a 6°., das 13h às 22h, sáb, daslOh às 13h e das lóh às 21 h. Até dia 31.

ROSANE PIO E ALBERTO BRAGA — Pinturase artesanato em metal. Galeria da AliançaFrancesa do Meier, Rua Jacinto, 7. De 2°. a6a., das 9h às 18h, Até dia 30.

TILDA THAMAR — Pinturas. Galeria Bonino,Rua B arata Ribeiro, 578. De 2a. a sáb, daslOh às 12h e das lóh às 21 h. Até sexta-feira.

ELZA O.S. — Pinturas. Tempo Galeria deArte, Av. das Américas, 2300, Km 4. De 3". àsáb, das 14h às 22h, dom das 14h às 18h

STAMPA 4 — Mostra de estamparias emtecido criadas e manufaturadas por Ana LuizMorales, Bia Braga, Gaspar Saldanha eSilvio Da-Rin. Galeria Oca, Rua Jangadeiros,14-8 de 2o. a 6°. f, das lOh às 18h. Até dia30.

TIZIANA — Pinturas. Amniemeyer InterioresRua Marquês de S. Vicente, 52/ 205. De 2°. àsáb, das I lh às 22h. Até sábado.

CIRO — Xilogravuras. Sala Cecília Meireles,Lgo da Lapa, 47. Diariamente, das 1 Oh às18h. Até dia 30.

MARINETE DANTAS — Jóias. Galeria Macu-naíma, Funarte, Rua Araújo Porto Alegre, 80.De T a 6°, das 10 às ISh. Até sexta-feira.

MARCOMEDE E MARÍLIA JACI - Pinturas.Galeria da Secretaria Municipal de TurismoRua S. José, 90/10°. De 2° a 6o, das 9h às18h. Até dia 31.

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS POPULARES— Mostra de 156 brinquedos fabricados porcrianças de vários Estados. Galeria RodrigoMelo Franco de Andrade, Funarte, Rua Araú-jo Porto Alegre, 80. De 2° a 6°, das lOh às18h.

CAMPANHA AMÉRICA FABRIL — Mostra depainéis fotográficos, documentos e objetoscontando a história da indústria têxtil. Casade Rui Barbosa, Rua S. Clemente,. 134.Diariamente, dos I4hàs 18h. Até domingo.

FÚLVIA GONÇALVES — Desenhos. GaleriaSérgio Milliet, Funarte, Rua Araújo PortoAlegre, 80. De 2° a 6°, das lOh às 18h. Atéquarta-feira.

VISÕES ASTROLÓGICAS — Pinturas de Este-vam Ribeiro. Galeria Depósito, Rua Viscondede Pirajá, 580-subsolo. Sem indicação dehorário. Até sábado.

COLETIVA — Obras de Teresa Coelho César,Rubem Ludolf, Evany Fanzeres, Sérgio Ribei-ro e outros. Galeria Andréa Sigaud, Rua

Visconde de Pirajá, 207, loja 307. De T a 6",das 13h30m às 22h. Até dia 2 de novembro.

TEATRO DE BONECOS — Mostra de fotogra-fias do espetáculo Mãe do Mato e do 8°Festival Brasileiro de Teatro de Bonecos,realizado em Ouro Preto, de autoria deMarcelo Souza e Otávio Coutinho. AliançaFrancesa de Botafogo, Rua Muniz Barreto,54. Sáb. e dom., das 16h30m às 18h.

ACERVO —Obras de Jenner Augusto, CíceroDias, Bianco, Sigaud, Sami Mottar e outros.Galeria Bahiart, Rua Corlos Góes, 234. De 23a 6°, das 1 Oh às 22h, sáb., das 10h às 1 3h.

ACERVO — Obras de Inimá de Paula, JoséPaulo, Lazzarini, Adilson Santos, HumbertoCosta e outros. Galeria Signo, Rua Viscondede Pirajá, 580, subsolo 114. De 2= a 6°, doslOh às 21h30m, sáb., das 1 Oh às I3h. Atéquarta-feira.

JOSÉ CARLOS CRUZ — Aquarelas. Galeriade Arte Fesp, Av. Carlos Peixoto, 54. De 2° a6°, das 12h às 20h. Último dia.

A HISTÓRIA DO BRASIL ATRAVÉS DA OBRADE ANTÔNIO PARREIRA — Mostra de pintu-ras e desenhos. Museu Antônio Parreiras,Ruo Tiradentes, 47, S. Domingos, Niterói. De3J a dom., das 13h às 17h. Até dio 2 dedezembro.

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ANTÔNIO TEIXEIRA — Retrospectiva de foto-grafias, Galeria de Fotografia, Funarte, RuaAraújo Porto Alegre, 80. De 2° a 6a, das 10bàs 18h.

RETRATO FEMININO DO SÉCULO 19 - Mos-tra do acervo. Museu Nacional de Bela*Artes, Av. Rio Branco, 199. De 3° a 6°, das12h30m às 18h30m, sób. e dom., das 15h às18h. Até dia 4 de novembro.

JOS DECOCK — Desenhos e aquarelas. Cafédes Arts, Hotel Méridien, Av. Atlântica,1020. Diariamente, das 10 h às 20h. Até dia2 de novembro.

CARMEN BARDY - Serigrafias. GravuraBrasileira, Av. Atlântica, 4240. s/l 1 29. de 2°a 6a, das 1 Oh às 21 h, sáb. das 1 7h às 21 h.Inauguração hoje, às 21 h.

GILDA BARROS — Pinturas em porcelana.Clube dos Decoradores, Av. Copacabana,11,00, sobreloja. De 2a a 6o, das 14h às 22h.Até sexta-feira. Inauguração hoje, às 21 h.

DA MINUTI— Pinturas. Galeria Roberto Al-ves, Av. Princesa Isabel, 186. De 3° a sáb.das 15h às 22h. Até dia 31. Inauguraçãohoje.

1 ENCONTRO NACIONAL DE AQUARELIS-TAS —Centro de Cultura de Petrópolis, RuaVise. de Mauá, 305. Diariamente, das 14hàs20h. Até dia 30.

FACETAS-- Pinturas, xilogravuras, e objetosde J. Landa. Salão de Exposições da Hebrai-ca, Rua das Laranjeiras, 346. Sem indicaçãode horários. Até dia 31.

Rádio Jornaldo Brasil

ZYJ-453AM-940 Hz — OT-4875 KHz

Diariamente das tlh às 2h30m

8h30m — HOJE NO JORNAL DOBRASIL — Apresentação de EliakimAraújo.23h — NOTURNO — Lançamentos-musicais, destaques internacionais,entrevistas. Produção de Luís CarlosSaroldi.JORNAL DO BRASIL INFORMA —7h30m, 12h30m, 18h30m, 0h30m.Dom.: 8h30m, 12h30m, 18h30m,0h30m. Apresentação de EliakimAraújo, Zanoni Nunes e Orlando deSouza.

FMEstéreo

ZYD-46099,7MHz

Diariamente das 7h à lh

Rádio CidadeZYD-462

FM ESTÉREO — 102,9 MHzDiariamente das 6h às 2h

Os grandes sucessos da músicapopular dos anos 60/70 e os melhoreslançamentos em música nacional einternacional. Editor musical: Alber-to Carlos de Carvalho.

Cidade Disco Clube — O som dasdiscotecas cariocas. De 2a a 5a das22h às 23h, 6a e sáb., das 22h às 24h.Produção e apresentação de IvanRomero.

O Sucesso da Cidade — As músi-cas mais solicitadas da programaçãoda Rádio Cidade. De 2a a 6a, das 18hàs 19h. Apresentação de RomilsonLuiz.

HOJE

20 h — Transmissão Quadraíóni-ca — SQ — En Saga, Op. 9, de Sibe-Uus (Karajan—18:13); Scherzi n°s3 e4, de Chopin (Antônio Barbosa —17.41); Vesperae Solennes de Confes-sore, K 339, de Mozart (Jochum —27:10); Fantasia para Piano e Or-questra, de Debussy (Ciccolini e Mar-tinn — 23:38).

21h35m — Stereo, 2 Canais —Sigurd Jorsalfar, Op. 56, de Grieg(Karajan — 16:23); Bénédiction deDieu dans Ia Solitude, de Liszt (Ar-rau —19:00); Sinfonietta, de Poulenc(Prètre — 27:50); Trio com Piano n°28, em Mi Maior, de Haydn (Beaux-Arts — 17:09).

AMANHÃ

20 h — Sinfonia Concertante emLá Maior, de Johann Christian Bach,e Concerto em Ré Menor, para Cravoe Orquestra, de Carl Philipp Ema-nuel Bach (Leonhardt e CollegiumAureum — 34:50); Sinfonia n° 4, emSi Bemol Maior, Op. 60, de Beetho-ven (Jochum—35:48); Prelúdio, Áriae Final, de César Franck (MichèleBoegner — 25:20); Concerto paraViolino e Orquestra n° 5, em LáMaior, K 219, de Mozart (Grumiaux— 27:00); Sinfonias do Festim Realdo Conde d'Artois, Suíte n° 4, deFrancoeur (Paillard — 20:00); Sonatapara Violino e Violão, de Giuliani(Perlman e John Williams — 21:00);Concert en Sextuor n° 1, de Rameau(Paillard — 7:00).

NATALA CESTA

PRESENTEMagazins e papelarias já ven-

dem árvores laminadas e bolas co-loridas: é o primeiro sinal de que oNatal vem aí. "Ainda bem", diriamalguns, felizes pela repetição roti-neira e previsível. "Deus me livre",dirá a maioria, preocupada com ascompras e correrias atrás de pre-sentes e idéias novas

Uma firma paulista, a Ricardo,que conta com representantes emvárias cidades brasileiras, propõesugestões diferentes, que associamas delícias das cestas de Natal tra-diclonais, com a permanência dospresentes comuns. Os interessadosdevem pedir o catálogo em qual-quer um dos escritórios (no Rio, naR. Santa Clara, 75 s/ 404. Tel. 257-3986 ou 256-9645).

Os preços variam de Cr$ 398 aCr$ 24.630. Entre as muitas esco-lhas, destacam-se o barzinho de pa-rede, em madeira, com uma garrafade vodea Stolichnaya, um licor TiaMaria, duas latas de amêndoas eseis copos, (Cr$ 3.300,00), ou a sériede pratos de porcelana, estampa-dos com peixes, e seis garrafas devinhos variados, franceses e ale-mães (Cr$ 3.420,): Quem gosta debombons e castanhas, poderá ga-nhar a cesta tradicional, com uís-que, cidra, vermute e latarias quevão desde a sardinha até a geléia,incluindo torrones e bolo inglês(Cr$ 742,00). As encomendas feitaspor particulares devem chegar aoteto minimo de Cr$ 2.500,00, com ofrete correndo por conta da Ri-cardo.

DOCECASEIRO, FÁCIL

DE PROVARMônica e Cebolinha apresentam

a nova goiabada da Cica, à vendanos supermercados por Cr$ 9,80. Osabor não mudou, só a embalagemque se tornou mais atraente e práti-ca. Bem menor que na embalagemtradicional, a nova goiabada vemna medida exata para uma peque-na família, um casal sem filhos, olanche das crianças ou um fim desemana acampado. É fácil de abrir(basta retirar o envólucro) e nuncavolta. Acaba na hora.

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Goiabada¦:032t:

Novaembalagem

para agoiabada

RELÓGIOS DAZONA FRANCAAlém da tecnologia moderna,

que dota os relógios Beta do movi-mento a base de pilhas de quartz,dispensando o hábito de dar cordadiariamente, esta nova coleção, fa-bricada na Zona Franca de Manaustem a vantagem da beleza dos mo-delos. Pulseiras pretas, tipo lézarde mostradores bem desenhados co-locam o Beta entre as marcas usá-veis em pulsos sofisticados.

¦ 1 Ili II

Relógiosmovidos a quartz,fabricados no Brasil

• Animada inauguração, com ar-tistas de televisão vestindo as novi-dades da temporada, marcou aabertura da boutique John Wayne.A loja é representante da etiquetaLee, o que garante a semelhançacom o cow boy do cinema. (R. Mar-quês de São Vicente, 52 loja 166).

PÁGINA 8 O CADERNO R D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, sep.nda-feira, 22 de outubro de 1979

AVIAÇÃO VERÍSSIMO

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PRIMEIRO DIRIGIVELINGLÊSVOA COM SUCESSO

Waldyr Figueiredo

OAD-500,

primeiro dirigível comer-ciai construído na Grã-Bretanhanos últimos 50 anos, realizou, recen-temente, com grande sucesso, o seuprimeiro vôo que teve a duração de

30 minutos, partindo de Cardington, no Lesteda Inglaterra. Este é o primeiro de 22 dirigi-veis que estão sendo construídos pela Aeros-pace Development, de Londres, para umacompanhia venezuelana. A foto de cima mos-tra o AD-500 pouco antes do seu primeiro vôoe a de baixo, a gôndola e os propulsores donovo dirigível.

NOTICIASO DC-8 da Braniff In-

ternational pintado exter-namente reproduzindo otrabalho de AlexanderCalder, "Flying Colours ofSouth America" vai voltaràs cores originais da em-presa. Sua pintura será re-movida para possibilitar arevisão obrigatória a que,periodicamente, todo oavião é submetido.

Pela terceira vez con-secutiva, a Lufthansa estárealizando uma competi-ção entre os jovens passa-geiros dos seus vôos delonga distância. A compe-tição está dividida emdois grupos: um até oitoanos de idade e o outro deoito anos para cima. Osjovens participantes têmque responder a uma sériede testes e os vencedoresrecebem valiosos pré-mios. Para este ano, a Luf-thansa reservou mais deSOO prêmios para os pri-•meiros colocados, mas vaipremiar, também, todosos participantes dessacompetição.

A partir do primeiro sá-nado de novembro, osvôos AF 093 e ÁF 094, fei-cos pela Air France com oBoeing 747, ligando o Riode Janeiro a Paris e vice-versa, naò terão mais esca-las intermediárias.

A Varig recepcionoucom um jantar no HotelNacional, no Rio de Janei-ro, os chefes das delega-ções dos 160 paises queparticiparam do XVIIICongresso Postal Univer-sal. Após o jantar, a quecompareceram mais de500 convidados, foi apre-sentado o show "SéculoXX Século de Ouro".

Santiago Faz, diretorda Ladeco, receberá dia26, a medalha Euclides daCunha, oferecida pelo Clu-be dos Estados a persona-lidades que se tenham des-tacado em serviços presta-dos ao Brasil. A entregaserá feita pelo Chancelerda Ordem, General Lan-¦\eberto Pinheiro Soares.

Charles Manz, que hámuitos anos vinha respon-dendo pela gerência geralde vendas da Swissair noBrasil, assumiu as mes-mas funções no Cairo, Egi-to. Para o seu lugar foidesignado Walter Vollen-weider que, nos últimostrês anos, ocupava a ge-rência de vendas de SãoPaulo e Sul do Brasil, car-go que foi ocupado porBedo von Alvensleben.

A Aiitalia realizou re-centemente, no Rio de Ja-neiro, uma reunião de tra-balho convocada pela di-reção da América do Sul-Central. O objetivo princi-pa) da reunião foi o estudoda possibilidade de im-plantar uma nova progra-

mação de vôos para 1980,visando um maior incre-mento da capacidade daempresa, abrangendo to-dos os setores da rede su-lamericana. Os responsa-veis por esse estudo chega-ram a uma conclusão favo-rável para a adoção dessaprogramação. Durante areunião os representantesdo Brasil, Argentina, Chi-le, Peru e Venezuela, deba-teram o andamento do trá-fego dos setores sulameri-canos nos primeiros oitosmeses deste ano.

Estará sendo encerra-da amanhã, em São Josédos Campos, a I Feira Na-cional de Aeronáutica eEspaço — Fenaesp — idea-lizada e organizada peloInstituto de Fomento eCoordenação industrial,órgão vinculado ao Minis-tério da Aeronáutica. Nostand múltiplo da Em-braer foram feitas apre-sentações de áudio-visuais sobre a empresa eseus produtos e recepcio-nados os convidados espe-ciais e autoridades. Naárea externa, a Embraercolocou em exposição to-dos os tipos de aviões porela produzidos inclusive,os dois novos modelosEMB 712 Tupi, um mono-motor de quatro lugares eo EMB 711Corisco II comnova configuração e em-penagem em T que já esta-rá no mercado brasileiro apartir de janeiro.

A Scandinavian Airli-nes apresentou um au-mento de 5% em tonela-das/quilômetros, no seutráfego, no periodo de 1 deoutubro de 1978 a 30 dejunho de 1979. Esse au-mento foi conseguido ape-sar da paralisação dosseus aviões DC-10 no mêsde junho.

A Aeroperu já estáoperando o seu segundoTristar, com capacacida-de para 271, na rota Rio-/Sáo Paulo/Lima/México/Los Angeles. O primeirodesses aparelhos a entrarem serviço na companhiaserve ã rota Buenos Aires-/Santiago/Lima' Gauva-quil/Miami/Nova Iorque.

• De passagem peloRio, foi recepcionado noAeroporto Internacionaldo Rio de Janeiro, o presi-dente da British Airways,Sr Ross Stalion.

O presidente da Vasp,Sr Geraldo Meira Silvarecebeu a visita do diretorfinanceiro da British Ca-ledonian, Colin Smith queestava acompanhado deCélio Alvim e Paulo Ma-chado, gerente de vendaspara o Brasil e gerente daempresa em Sâo Paulo,respectivamente. Forampara tratar de assuntos dcinteresse comum às duascompanhias.

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HORÓSCOPOPEANUTS CHARLES M. SCHULTZ

a luz. do t elequarto do deveCHUCK SE ./TER CAÍ-APAGOU! 1 DONO

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SENTI-MOS SUAFALTA,

CHUCK!

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A.C.QUE SEU CARRO EMGUICEauSTO NA SUBIDA D£ UMA

LADEIRA 'r JOHNNY HART

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QUE UM DESAFETO BOTECOLA MÁGICA NOS SEUSSOLADOS-, JUSTO NO INS-jTANTE EM QUE VOCÊ TVER DE FUGIR DE UM.

FEROZ NA ARENA'

^- \r A TANTE EM QUE VOCÊ TI-s.^ A C-K VER DE FUGIR DE UM

\\Ç^ ^k)y TOURO FEROZ NA ARENA^

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JEAN PERRIER

KID FAROFA TOM K. RYAN

7 SE NÂO QUER, POU-CO IMPORTA ! MÃOLARGAREI VOCÊ,MESMO

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\PANHIA?/

O MAGO DE ID

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BRANT PARKER E JOHNNY HART'

PODER IA \CONTRIBUIRÁPARA OFUNDO DECOMBATE

> AO ESCOR*. BUTO?

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FIZ 23 PRATAS.E você ?

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MAIS UMA TERRÍVEL MOLÉSTIA

DOMADA!

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LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

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BR L S

PROBLEMA N° 1801. abertura de vaso (5)2. aromático (9)3. básico (7)4. bofetada (7)5. bolo grosseiro (7)6. casa comercial modesta (7)7. condutor de balsa (8)8. conforto (7)9. ferir de leve (8)

10 formado em Direito (8)11. fundamentar (6)

12. guerreira (8)13. opilação do baço (7)14. prego de cabeça chata e larga(6)15. raivosa (7)16. relativo a bacilo (7)17. silvestre (8)18. vendedor de balas (7)19. vida airada (6)20. vinha nova (6)

Palavra-chave: 12 letras

Soluções do problema n° 179: Palavra-chave. TRANSFORMACIONALParciais: tafia; tamangar; tocarola; triscar; trofa; tronco; taloso,- talcoso; tricolor;transcoar; talisca; trilo; tarrafa; transacional; tráfico; tônica; tarifa; tonismo; troiano;tosnar:

Consiste o LOGOGRI-FO em encontrar-se de-terminado vocábulo,cujas consoantes já es-lão inscritas no quadroacima. Ao lado, ò di-reita, é dada uma rela-ção de 20 conceitos,devendo ser encontra-do um sinônimo porocada um, com o nume-ro de letras entre po-rénteses, e Iodos come-çados pela letra inicialda palavra-chave. Ajletras de todos os sino-mmos estão contidasno termo encoberto, crespeitando-se as le-trás repetidas.

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS - 1 - designação dadapor Carl Friedrich Philipp von Martius,botânico alemão (1794-1869), a uma dasgrandes regiões geobotânicas em que divi-diu o Brasil (regiáo cálido-seca); 10 —título dos chefes de certas tribos ou provín-cias muçulmanas; 1 1 — elemento de nú-mero atômico 39, metálico, branco-acinzentado, leve,- 12 — cutelo pequenocom que se abatem reses no matadouro; 14— outra coisa mais; 15 — que pertence, oufaz parte da bacia,- 16 — palavra tibetanaque significa lago e figura em designaçõesgeográficas; 17 — (ant.) neste ano; 18 —ídolo adorado pelos árabes, antes da con-versão ao islamismo,- 19 — largo, amplo;20 - espécie de betume feito de pó detijolo, cal e azeite; 22 — indivíduo de uma

tribo indígena de Mato Grosso; 23 — fitamembranoso móvel, provida de numerososdentes quitinosos, dispostos em filas trans-versais, encontrada no soalho da boca dosmoluscos, exceto nos lamelibrânquios; 24

homem hipócrita; 26 — grupo de diale-tos romances das províncias meridionais daFrança; 27 — sacerdote romano que tiravapresságios do canto e do vôo das aves; 29

movimento defensivo-ofensivo, pareci-do com a cambalhota, em que ocapoeiristalança o corpo de lado e gira no ar, descre-vendo um semicírculo com as duas pernas,apoiado com as mãos no chão; 30 — tecidoondeado de lã ou de seda, que era usadoem decoração de ambientes; qualidade deescuro ou sombrio.

VERTICAIS — 1 — adorador do Sol; 2 —misrurc de elementos que , embora diver-sos, contribuem para formar um todo; ligade mercúrio,- 3 - pintura, desenho oufotografia muito delicada, e em pontopequeno; 4 - designação genérica deremédio secreto; lugar recôndito; 5 — con-junto de leis adjetivas reguladoras do exer-cício duma ação em juízo,- 6 — navio emgeral de baixa tonelagem, que fazia opercurso entre o N. S. do país; 7 —semelhança; 8 - edificio cujas colunasestão ajustadas entre si de três diâmetrosou seis módulos; 9 vento forte,- 13 —pessoa ou entidade que repete ou propaga

o que é dito por outrém; 16 — variedadede porco doméstico,- modalidade de fan-dango,- 18 — leitora; 20 — jogador profis-sional; 21 —agrupamento regular de doisindivíduos cristalinos dos quais um se de-duz do outro, ou pela rotação em torno deum eixo (eixo de geminaçâo) ou pelareflexão especular em relação a um piano(plano de geminaçâo); 23 — cosmético empó ou em pasta, usado para colorir asmaçãs do rosto; 25 — um dos nomesindígenas do bicho-de-pé; 28 — sacerdoteprincipal de um santuário. Léxicos: Morais;Melhoramentos; Aurélio e Casanovas.

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tuɱLL:m_SOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — crupe,- ícas; hepar; xote; abasia; mol;po; cordoma,- ao,- aedo; anal; ca; amilase; pe; rim; rostir;ades; asana,- rasos; olas. VERTICAIS chapa; rebo; upa;pascoal; erio; ix; cômodo; átomo,- sela; ara; decesso;animes; amida; lar; ceras; arar; soa; pino; tal; so.

Correspondência e remessa de livros e revistas para:Rua das Palmeiras, 57 apto 4 - Botafogo - CEP 22.270.

CARNEIRO — 21/3 a 20/4

Finanças-Trabalho — Com soluções simples epraticas, você triunfará sobre certos imprevistos.As solicitações ooaeráo dar bons resultados Possi-bilidade de êxito se você fô r lornalista Amor —Otimismo e clima harmonioso nas suas relaçõescom a Dessoa amado. Em caso de brigas, vocêdeve dor o primeiro posso para umo reconcilio-ção Pessoal — Dê aos seus próximos uma provade estima e de amor. Saúde — pratique esporte.

TOURO — 21/4 a 20/5

Finanças —Trabalho — Comercio de luxo favore-cido Se uma proposta lhe fôr feita, estude-a comcuidado. Sorte nas solicitações,. Ótimo dia paraprocurar emprego ou emprestar dinheiro Amor —Com vênus em oposição, não espere milagres.Uma Ruptura e possivel. Cuidado com certaspalavras infelizes. Humor péssimo, no planofamiliar Pessoal — Deixe os outros Morem eouça seus interlocutores antes de agir ou reogir!Saúde — Boa forma

GÊMEOS — 21/5 a 21/6

Finanças — Trabalho — Cuidado pois vocêpoderá ter alguns problemas administrativos porcausa de sua negligência. No trabalho, nãodiscuta com seus chefes. Ponha em ordem a suacorrespondência. Amor — Atualmente, você seencontra em um chmo bastante benéfico quedeverá facilitar os contatos com seus próximos.Satisfações na família. Pessocl — Procure serindulgente com seus amigos(as) mesmo que vocênão concorde com eles, Saúde — faça logo

CÂNCER — 22/6 a 22/7

Finanças —Trabalho — Secretários (os) e conta-dores (as) favorecidos As conversações que vocêtiver poderão ter uma feliz influência sobre ocon|unto de suas atividades Boa inspiração co-mercial Amor —- o dia será marcado por umadecepção ou por problemas sentimentais. Umapessoa que não corresponderá aos seus desejoso(a) atrairá. Pessoal — Hoje, você frenquentarápessoas dignas de sua confianaça. Saúde — Seuorganismo anda um pouco cansado, cuidado

LEÃO — 23/7 a 22/8Finanças — Trabalho — Profissões industriaisfavorecidas. Procure seguir o programo que defi-niu se quiser chegar ao fim de suas tarefas.Procure agir só/inho(a). Evite as especulaçõesAmor — Se o domínio não estiver indo bem, dè oprimeiro passo. Não seja egoísta, nem indiferentee você nada deverá temer, hoje. Pessoal — Aatmosfera amistosa desse dia o(a) ajudará aconsolidar sua situação Saúde — Pratique umpouco de ginástica.

VIRGEM — 23/8 a 22/9

Finanças —Trabalho — Se possível evite assumirriscos se nâo quiser ver as suas chances de sucessodesaparecerem. Prefiro as técnicas já usadas.Excelente clima financeiro. Amor — Dia repleto depromessas As pessoas que o (a) amam saberãodemonstrar seu umor e diversos gestos de suaparte as comoverão Pessoal — Cuidado pois suasopiniões poderão se voltar contra você Saúde —Hoje, você náo estará em boo forma física.

BALANÇA — 23/9 a 23/10

Finanças—Trabalho — Sorte se você for represen-tante Não hesite em agir apesar dos obstáculosou das promessas incertas. Seu entusiasmo e seudinamismo farão maravilhas Estudos e escritosfavorecidos. Amor — Sua vido sentimental seráum pouco movimentada, tensa e irritado mas sembrigas. Alegrias com seus amigos (as) e suafamília Pessoal — Não brigue hoje Saúde —Nervosismo e perturbações digestivas

ESCORPIÃO — 24/10 o 21/11

Finanças—Trabalho — Discussões com seus che-fes se você for secretário (a). Riscos assumidos umpouco sem pensar podem prejudicar a suo sorte.Acontecerá um milagre sobre um negócio queparecia perdido. Amor — Procure ser lúcido (a),menos inquieto (a) e não procure falar aindo decertos laços de sua existência. Pessoal — Nàotenha as reações de uma criança mesmo sentindo-se infeliz. Saúde — Náo canse demais a sua vista. *

SAGITÁRIO — 22/11 a 20/12Finanças—Trabalho — Dia pernicioso Setor fi-nanceiro relativamente perigoso com Júpiter emquadratura: é melhor não emprestar dinheiro.Mesmo clima no plano profissional, evite aidiscussões. Amor — Você se sentirá atraído (a) poruma pessoa que nâo lhe convém. Você se obstina-rá mas no fundo de seu coração saberá muito bemque você esta errado (a). Pessoal —• Convide seusamigos (as). Saúde — Cuidado, nâo coma pratosapimentados.

CAPRICÓRNIO — 21/12 a 20/1Finanças—Trabalho — Profissões comerciais fa-vorecidas. Dia excelente para as transações imo-biliárias. O domínio financeiro será de primeiraordem. Estudos bem influenciados Amor — En-contros favorecidos assim corno as relações senti-mentais. Você terá muita sedução hoie e umarelação antiga se tornara realidade Pessoal —Mantenha o sua atenção fixado sobre obietivosque você poderá atingir rapidamente. Saúde —E>celente forma.

AQUÁRIO —21/1 a 18/2

Finanças—Trabalho — Empregados (as) do co-mércio favorecidos. Um negócio que você ocredi-tava perdido poderá se realizar. Examine-o novo-mente com muito cuidado. Você poderá mudar deemprego se quiser. Amor — As contrariedaaes o(a) deixarão abatido (a) e o (a) incitarão 3 discutir.Reaja se você quiser evitar complicações Pessoal— Hoje, os compromissos que exig,\m -.uidodos

podem conhecer imprevistos. Saúde — Vigie osua alimentação.

PEIXES — 19/2 a 20/3

Finanças—Trabalho — Com relação as suas fi-nanças, respeite as decisões que você tomou.Ótimo dia para efetuar uma transação imobiliá-ria. Seja diplomata no setor profissionol Amor —A pessoa que você ama será bastante amorosaAproveite de suos boas disposições paro estreitaros laços Bom clima familiar Pessoal - Lembre-se aue seu sucesso depende de sua perseverança.Saúde — Sua saúde será excelente. Fuça gmás-tica.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, segunda-feira, 22 de outubro de 1970 a PÁGINA 9

DESBUROCRATIZAÇÃO DA MODA

COMOTIRAR A

GRAVATA ECONTINUARELEGANTE

lesa Rodrigues

EM

meio às pastas, documentos ecarimbos inúteis, abolidos peladesburocratização das repartiçõespúblicas, serão jogadas tambémnas cestas de lixo as pobres grava-

tas e os ternos completos, de paletós e calçasiguais. O Ministro Hélio Beltrão apoia amedida, e este endosso elimina de vez ptrapinho pendurado no pescoço dos senho-res funcionários. O paletó sem gravata aindaserá conservado, já que protege dos arescondicionados, dos ventiladores, das corren-tes de ar.

Mas o súbito desgravatamento deixamuitos elegantes tradicionais desorientados.Como substituir a seda estampada, a etique-ta italiana, que valorizava tanto a roupagemdo dia-a-dia? E o presentear, como fica difi-cultado: nunca mais ele ganhara novas gra-vatas das namoradas, das sogras e filhos.Bem, mas este já é um problema alheio. Parao funcionário interessa como vestir para con-tinuar elegante das 9 às 18hs.

As boutiques como a Company,' Ri-chard's, Clínica de Moda e Oliver oferecem

muitas, opções coloridas, joviais e absoluta-mente em moda, que agradam aos maisousados. Blazers de linho, calças mais bufan-tes e estreitas na barra, camisas de algodõeslistrados ou quadriculados, com sapatos desolas de borracha e cores vivas constituemas bases da roupa-executiva em voga.

Mas quem usava terno-gravata ontem,não vai passar para a calça de pregas e parao paletó verde hoje. Este senhor poderácontinuar comprando nas lojas clássicas, sóque com maior liberdade em criar conjuntosdiferentes e confortáveis. O jeans dos fins-de-semana está consagrado e mesmo a camise-ta de algodão vai à luta, por baixo de blazersbonitos. Acompanhando, entram as meiasgrossas de algodão, com sapatos de lona comsolas de borracha.

Um pouco mais barata, bem mais leve,esta nova maneira de vestir vai valorizar otemo-gravata das ocasiões sociais. É a me-lhor solução para acabar com a moda dascamisas de voile estampado, abertas no pei-to, mostrando correntes e medalhas. O fun-cionário que passou o dia no trabalho, comsua roupinha esportiva, terá mais ânimopara enfrentar o nó da gravata de seda e osatléticos ombros dos paletós formais, nassaídas noturnas.

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Desenho d* hia Rodrigu**

Calças pretas debrim saem com cami-sa de malha branca,tipo Lacoste e paletóde algodão cru. Oucom a camisa risca-da, de colarinho re-dondo e mangascompridas arregaça-das por cima dasmangas da jaquetatambém preta, de-bruada e forrada deatoalhado branco

(Station)Foto*: Evondro Teixeira

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Se as calças são brancas, vale a versão esportiva, com camisa de abotoamentopolo, em algodão caqui (Bee) e a jaqueta longa, cor-de-vinho ou marinho(Ballassiano) ou a camisa listrada com colarinhos e punhos brancos (.Bee). A pasta

de couro ainda é insusbstituível

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Jânio Quadros inventou os conjuntos safaris enunca mais eles saíram do guarda-roupa mascu-lino. Como opções para o dia-a-dia, sáo leves efáceis de vestir. Devem ser evitadas as coresescuras que acabariam negando a funcionalida-de desta roupa de verão. Em tecido rústico ousintético, completam-se ou náo com camisetas

de algodão (Adonis)

Um guarda-roupa básico para o funcionário sem gravata inclui*, camisa dealgodão, mangas curtas; camisa social branca; camisa de gola redonda, tecidolistrado ou quadriculado fino e camisetas. Calças: um jeans sem desbotar; umabege, de gabardine ou brim, pregueada; uma preta e outra branca, de linho oualgodão. O blazer de linho branco ou cru pode ser usado de mangas arregaçadas,enquanto o modelo tradicional, azul.marinho, é clássico no uso e no corte, e ajaqueta é a solução mais à vontade. Três sapatos básicos são: o amarrado, com

sola grossa, o mocassim e a botinha de camuça, com meia de algodão

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Os ternos crus têm as opções que atualizam seuuso. Basta tirar a gravata (em geral.é branca, oubege, e combina mal) e vestir a camisa quadricu-lada com cinto de lona ou, no caso do jaquetão, acamisa de estampa pequena. (Station). No caso,os sapatos de lona e até os tênis mais simplesficam bem, um pouco no gênero drop-out

americano

JOSÉ CARLOS COCARELLI

O ESTILOFOGOSO DE UMJOVEMPIANISTA

Maria Eduarda Alves de Souza

TROFÉU

Concurso Brasil-150, hors-concours, Institu-to Villa-Lobos, 1972; Troféu Lúcia Branco, Concur-so das Américas, quarto lugar, 1973; Troféu DomQuixote e medalha de prata, 5o Concurso Interna-cional de Montevidéu, segundo lugar, 1978. Todos

esses prêmios pertencem ao pianista José Carlos Cocarelli eenfeitam um piano marca Yamaha, no seu apartamento noFlamengo,

Cocarelli interpretará hoje, às 21 horas, na Sala Funarte,dentro da série Quiomar Novaes dos Concertos Funartes, aSuite Le Tombeau de Couperain, Ravel, Fantasia Wanderer,Schubert. Suite da Prole do Bebê N° 1, Villa-Lobos, SonatinaN° 3, Francisco Mignone, e Sonata N° 4. Prokofieff.

Já tocou este ano no Rio Grande do Sul, com a OrquestraSinfônica de Porto Alegre, em Sáo Paulo, no Sesi e com aOrquestia Estadual de Sào Paulo, e no Rio, na Sondotécnica ena concha acústica da UERJ

Aos 2ü anos de idade, está no quinto periodo do curso de

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Cocarelli: na Funarte, hoje, tocará Ravell,Schubert, Villa-Lobos, Mignone e Prokofieff

Composição da Escola de Música da UFRJ. E já aos três anossentia-se atraído pelo piano, quando ouvia sua mãe, JudithCocarelli, na época, pianista, tocar. Com ela, que atualmente éprofessora catedrática da Escola de Música, onde ensinaPercepção Musical, José Carlos aprendeu piano dos seis aos 18anos.

Filho de músicos (seu pai, José Cocarelli, toca corne-inglèsna Orquestra Sinfônica Nacional e na Orquestra Sinfônica doTeatro Municipali, nào foi em absoluto influenciado por eles.Pelo contrário, resolveu ser pianista porque quis. Uma profis-sâo que nào atraiu seu irmão mais velho, José Mauricio,cardiologista, 33 anos.

Os vários cursos de Interpretação que fez com Seidlhofer,Jacques Klein (durante dois anos, no Conservatório Brasileirode Música), Miguel Proença e Magdalena Tágliaferro influèn-ciaram bastante a sua formação. "Eles permitiram que eutomasse contato com escolas, personalidades e temperamen-tos diferentes, abriram os meus horizontes.

Há cerca de dois anos. o maestro Henrique Morelenbaumfoi ao Chile. Lá, conheceu um oboísta da Orquestra Filarmòni-ca de Santiago e com ele falou sobre José Carlos Cocarelli. Ooboísta veio ao Rio, ficou amigo do jovem pianista e, quando

partiu, levou seu currículo. Em abril de 1977, Cocarelli, acontrato da Corporação Cultural de Santiago, estréia interna-clonalmente com a Filarmônica. Toca, no Festival Beethoven,os Concertos Números 1 e 4.

De outubro de 1977 a fevereiro de 1978, estuda em NovaIorque com Adele Marcus, professora da Juilliard Scholl, umadas maiores escolas de música do mundo.

Devido ao sucesso da sua estréia, a Corporação Culturalde Santiago, recontrata-o novamente. Em Nova Iorque assinao contrato. Volta ao Brasil e em abril de 1978 viaja paraSantiago. Interpreta Concerto de Chopin n" 1 e Concerto, deGrieg. Em seguida, sob o patrocínio do Ministério da Educa-ção do Chile, cumpre uma temporada que inclui 10 recitais em10 cidades chilenas.

Na sala do seu apartamento, além do piano Yamaha, háoutro, "um Pleyel comprado por minha mâe há vários anos".Mas aos dois prefere um Steinway que está no seu quarto echama de "meu piano de guerra".

Se para ele, por um lado, ter três pianos em casa é umavantagem ("afinal sào três para se praticar"), por outro, essavantagem não representa nada, quando tem de apresentar-seem público:

— Em termos de sonoridade, todos os pianos sào diferen-

AMANHÃ CRIANÇA NÃO PAGA NOMARACANÃZINHO

flf jy k9J(^^ Grandes atrações: ^^BprSk

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LX personagens do filme "Guerra nas Estrelas" /[/ N^_BA PANTERA COR DE ROSA. O ROBÔ R2D2 epersonagens do Filme "Guerra nas Estrelas"Amanhã às 20 30 h. Criança acompanhada

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tes. Uns têm agudos metálicos, outros, graves que náo soam.Há os pesados e os leves. Se tivesse de escolher, escolheria ospesados, porque os leves são difíceis de ser controlados,parecem que nâo tém alma.

Sobre o piano Yamaha, há. ainda, uma pequena lira debronze, que recebeu pelo seu recital dado por ocasião doSesquicentenário de Limeira, "onde nasceu meu pai". Porémde todos os seus prêmios, o mais significativo é o Concurso dasAméricas:

O concurso dava como prêmio uma bolsa para aEuropa. Mas eu tinha 14 anos, precisava acabar o colégio. Pediao Itamarati para prorrogá-la. Anos depois, quando fui pedi-lanovamente, disseram que náo dava. Mas acabei conseguindooutra para os Estados Unidos.

Se perguntassem a José Carlos Cocareeli qual é o seuestilo de tocar, diria*. "Acho que é fogoso, brilhante, caindomais para o emocional do que para o racional". Mas, mesmojogando o máximo da sua emoção no piano, considera queemoção ou razão, tanto faz, depende da personalidade de cadaautista.

No fundo, tudo é válido, mesmo porque emoção náoresolve certos problemas técnicos que, para serem resolvidos,têm de ser racionalizados.

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MEMÓRIANACIONAL

OSÓRIO, 0 LIBERAL, NÃO PÔDESER HOMENAGEADO EM SUA CASA

Mara Caballero

Si

EM botas, de sapatos co-muns, exatamente comona vitoriosa batalha doHavaí, o-General Osório,montado, em seu cavalo e

de espada em punho, não chega a sermuito notado pela massa enfileiradanos pontos de ônibus multiplicadospela Praça 15, longe da praça que levaseu nome, a Osório, de Ipanema, ondeo quadro é outro: muitas boutiques,bebês e babás. No interior da estátuada Praça 15, o corpo do General estáembalsamado, longe também da casaonde ele morreu, na Rua do Riachuelo,303.

Essa casa — que já esteve abando-nada e foi até cabeça-de-porco — estásendo reformada com tanto vagar quenão pôde ser sede de nenhuma progra-maçâo nas comemorações, este ano,do centenário da morte daquele quefoi chamado de Centauro dos Pampas,Lança do Império e o Legendário. Issodeixou o professor Gilberto Mitchell,ex-diretor do Museu do Exército, pro-fundamente indignado. Ele dedicougrande parte de sua vida a recolhermaterial perdido e a pesquisardocumentos sobre o General Osório, aquem dedica, desde menino, uma'grande admiração. Foi o professor Mit-chell quem levou avante o processo detombamento e a recuperação da casada Rua do Riachuelo, para onde —promete — ainda levará todos os obje-tos do General.

Mas por que o General está desapatos na sua estátua? Depois deuma detalhada explicação do proces-so de tombamento da casa, com nume-ros e datas dos decretos, os nomes detodos os que passaram, nesse periodo,pelo cargo de *Secretário-Geral doExército, minúcias da vida do Generale até da vida do construtor da casa deOsório, o professor Gilberto Mitchellesclarece: o escultor Bernardelli ga-nhou a concorrência pública e apre-sentou à filha do General a maqueteda escultura. Dona Francisca — queconfiou ao professor Gilberto muitosdos papéis e objetos de seu pai —observou que durante a batalha doHavaí, que deveria ser retratada nahomenagem, o General não usava bo-tas. E exigiu, "por amor à verdade dos

fatos", que Bernardelli não o deixassede botas, o que acabou causando cons-trangimento aos militares presentes,ao lado do então Presidente FlorianoPeixoto, à inauguração da estátua, a12 de novembro de 1894.

Sem botas porque, pouco antes, nabatalha do Passo da Pátria, o GeneralOsório, depois de combater durante 24horas, ao tirá-las arrancou a própriapele, ferido na perna. Em carne viva,fizeram-lhe uma sangria. O Generalacabou vítima de grave infecção, che-gando até a andar por algum tempoem cadeira de rodas à frente de suatropa.

O professor Gilberto lembra que oGeneral Osório sofreu um outro feri-mento, no rosto. E o historiador Gus-tavo Barroso contou que em outrabatalha o General recebeu um tiro nomaxilar. Para não deixar seus coman-dados abatidos moralmente, Osórioretirou-se, evitando que eles o vissemferido. Na sua ausência, os soldadosdesorientaram-se e Osório mandoupreparar sua carruagem, enfeitandc-ae fazendo-a desfilar, para que a tropapensasse que ele estava lá dentro, emplena ação. Os soldados recuperaramo ânimo.

—Conversa fiada —- atalha o profes-sor Gilberto: "Osório foi o último a sairdo campo de batalha. Eu tenho a or-dem-do-dia. Gustavo Barroso gostavamuito de florear".

Segundo o historiador e acadêmicoJosé Honório Rodrigues, distinguiamo General Osório a bravura e o espiritoliberal. Esse liberalismo é destacadotambém por outro historiador (e Gene-ral). Nelson Werneck Sodré, paraquem Osório somava a esse traço ou-tra característica simpática: era netode peão.

Osório tinha fama também de serágil no debate, rápido na pronta res-posta. Certa vez, — conta-se—, duran-te uma audiência com D Pedro n, oImperador cochilava. Para desperta-lo, Osório deixou cair a espada. OImperador acordou: "Então, General,o senhor deixa cair sua espada naguerra?" E Osório: "Majestade, naguena ninguém dorme para deixarcair a espada".

— Por causa dessa história—obser-va o professor Gilberto — querem di-zer que ele era um homem prepotente,autoritário. Mas náo: ele era um ho-

mem simples, do povo. E o povo gosta-va dele.

Como prova, lê dois anúncios publi-cados alguns dias depois de sua morte:"As últimas palavras de Osório. Cho-ros e lágrimas, um profundo pesar pelamorte do General. Melodias para pia-no, dedicadas à sua ilustre família,parentes e amigos. É muito bonito,muito sentimental. Vendem-se no es-tabelecimento musical J.G. Avelar,Rua do Hospício, 159. Preço: 500 réis."E o outro: "Marcha fúnebre à memóriado legendário Osório, Marquês do Her-vai, composição de F. Gonzaga, 103,Travessa do Ouvidor".

Grande vocação militar, lutando jáantes dos 15 anos, como lembra oprofessor José Honório Rodrigues,Osório permaneceu grande parte desua vida no Sul, nas fronteiras dospampas. Sua primeira noiva — conta oprofessor Gilberto — acabou por mor-rer de amor, quando o General, pornecessidade de serviço, teve de se afãs-tar. Ele perdeu também muitos deseus bens, por náo poder ficara frentede seus negócios. Voltou ao Rio, defini-tivamente, em 1877. Os jornais de en-tão mostram a apoteose que foi suarecepção. Pouco antes, ele receberauma carta de Caxias. O historiadorHélio Silva afirma que havia uma cer-ta rivalidade entre os dois e consideraOsório uma figura "romanesca".

Caxias escreveu: "Estimo que vámelhor dos seus incômodos e que játenha cuidado das suas vaquinhas,que é com o que seus filhos se hão deachar, no fim das contas. Porque astais grandezas com que costumam re-munerar os nossos serviços, sei porexperiência própria, servem sim paranos tirar dinheiro das algibeiras. Fezbem em espaçar a sua vinda a estaCorte, onde lhe haviam de receber comvivas e foguetório que não enchembarriga e, no fim das festas, se V Excianào tivesse casa de algum amigo parase eecolher, o haviam de deixar na rua,porque assim sào as coisas deste mun-do, pois diz o velho refrão que festaacabada, músicos a pé."

Quase uma premonição. Depois daapoteótica festa de sua chegada, Osó-rio foi hospedar-se num hotel "tradi-cional", como disse um jornal de en-tào, o Hotel Inglaterra, onde foi assai-tado durante a noite.

"Deve-se antes de tudo servir àPátria, qualquer que seja o seu Gover-no". "O Governo de meu país há desempre encontrar em mim um colabo-rador fiel e obediente". "O povo é anação, a nação é a Pátria, e a Pátria éuma religião". Essas três frases doGeneral estào em destaque no livro doprofessor Gilberto Mitchell, Históriada Casa de Osório.

Claro. É claro que era contra osgolpes—responde, rápido, o professor,e cita um por um os atos do Generalcomo Ministro da Guerra:

Como Ministro, foi infatigável.E como Senador (nos seus dois

últimos anos de vida, já morando noRio)?

Como Senador, foi fabuloso.O historiador Nelson Werneck So-

dré mostra menos entusiasmo. Dizque, como Senador, Osório nào teveimportância histórica. Mas reafirmaque como Ministro confirmou-se umliberal, defendendo seus comandados:

E como militar — conclui o pro-fessor Werneck Sodré — foi um grandecomandante de tropas, um troupier,que é o termo francês. Mas não era umintelectual, era mais ligado ao traba-lho prático.

E a Guerra do Paraguai, da qualOsório e Caxias foram dois expoentes?Quase uma nova história da Guerra doParaguai tem sido contada por algunsestudiosos, recentemente. Uma novaHistória que enfatiza a verdadeira cha-ema que essa guerra teria sido. O

professor Gilberto Mitchell contesta.E cita unj livro que defende essa tese,Genocídio Americano: a Guerra doParaguai, de Júlio José Chiavenatto,que, segundo ele, contém dois erros jáno título:

—- Genocídio é uma palavra só en-contrada no dicionário do AurélioBuarque de Hollanda. Nenhum léxicoantigo fala desse sinônimo, segundoAurélio, de crime contra a humanida-de. E a guerra foi contra o Governodespótico de Solano Lopez, nâo foicontra o Paraguai. Isso é chamar dementirosos todos os historiadores dopassado. Solano Lopez era um ditador.

Descalço, no alto de uma compridaescada, Edvaldo pinta cuidadosamen-te de preto as grades superiores daporta principal da casa de Osório. Elee mais 24 homens estão dando os reto-quês finais nos trabalhos de recupera-çãó da casa de três salas, oito quartos,grande cozinha e dependências de em-pregados. O responsável, Sr .Olímpio,garante que tudo estará pronto dentrode dois meses. Parte do atraso dasobras é debitada ao fato de que aspeças (portas, janelas etc) têm de serfeitas por encomenda específica, poisas medidas do prédio, construído emoutro século, são maiores dos que asutilizadas hoje. Os cômodos da casa,com pé direito muito alto, são certa-mente dos poucos lugares arejados daRua do Riachuelo. Todo o forro, chão erodapés, em cedro e ipê, estão prontos.Logo será restaurada a carruagem do

General, em mau estado, num cantoda casa.

O professor Gilberto Mitchell nãorevela o custo da obra, mas garanteque para lá irão a lança e a espada doGeneral, avaliadas em Cr$ 10 milhões,moldadas em ouro maciço, cravejadasde brilhantes e com desenhos e mlnia-turas de Pedro Américo e Vítor Meire-les. O professor mostra-se mais umavez inconformado:

—- A casa está em condições dereceber as relíquias, de ser palco deuma solenidade. Mas só fazem corri-das de cavalo, quando o que interessaé o povo unido em tomo da memóriade seus heróis. A juventude passa porali e nào sabe de quem é a casa. Ajuventude brasileira procura novos li-deres porque não conhece os nossoslideres. E a casa assim, sem uma festa.Tanto dinheiro, tanto trabalho, tantaluta, para que? Por que deixar-se acasa assim? Por ignorância.

O professor Gilberto Mitchell contapor fim um episódio que na sua opi-nião define muito bem o caráter doGeneral. Diz que Osório certa vez foiprocurado por um amigo de infância,ator teatral, que queria uma farda de

¦ General, "antiga, naturalmente", parausar em uma peça:

Pois o General lhe deu uma no vi-nha, recém-chegada do alfaiate. É essaimagem de homem do povo, simples,patriota, cheio de coragem, que queroque fique na lembrança do povo.

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Os retoques finais, —inclusive nas gradessuperiores da portaprincipal, prometem para •=£-"breve a conclusão dostrabalhos de recuperação t<-l.da Casa de Osório.