CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO Começa restauração do mercado Adolpho Lisboa

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CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO Começa restauração do mercado Adolpho Lisboa Os primeiros passos para restauração do mercado municipal Adolpho Lisboa foram dados em agosto pela Secretaria Municipal de Cultura, ao iniciar os trabalhos de prospecção que revelará as cores originais do mercado. Inaugurado em 1883, o mercado é um importante patrimônio histórico da cidade, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1987 e funciona como um Centro de Distribuição para a produção agropecuária dos municípios do estado, que é incentivada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). A autarquia disponibilizou recursos de R$ 2,6 milhões para o empreendimento. A obra está orçada em R$ 7 milhões. O Ministério da Cultura participará com R$ 1,9 milhão e a Prefeitura de Manaus, com R$ 3 milhões. De acordo com a presidente da Fundação Municipal de Turismo (Manaustur), Arminda Mendonça, as obras de restauração devem se estender pelo período de 18 a 24 meses. Nesse tempo, os 311 permissionários ficarão trabalhando no armazém 20, localizado próximo ao mercado e de propriedade do Porto Privatizado de Manaus. Todas as etapas do processo de restauração estão sendo discutidas com os permissionários. A Prefeitura realizou uma pesquisa para avaliar o impacto sócio-ambiental que os trabalhos de restauração acarretariam. A especialista em restaurações da Manaustur, Elisabete Edelvita, comentou que a pesquisa revelou, entre outras coisas, que 67% dos permissionários acreditam que o trabalho de restauração trará melhorias ambientais e de vendas para quem trabalha no mercado. “O projeto do mercado tem uma preocupação essencial com o ser humano, onde a Prefeitura não pensa apenas em resgatar o

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 CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

Começa restauração do mercado Adolpho Lisboa

Os primeiros passos para restauração do mercado municipal Adolpho Lisboa foram dados em agosto pela Secretaria Municipalde Cultura, ao iniciar os trabalhos de prospecção que revelaráas cores originais do mercado. Inaugurado em 1883, o mercado éum importante patrimônio histórico da cidade, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1987 e funciona como um Centro de Distribuição para a produção agropecuária dos municípios do estado, que é incentivada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).A autarquia disponibilizou recursos de R$ 2,6 milhões para o empreendimento. A obra está orçada em R$ 7 milhões. O Ministério da Cultura participará com R$ 1,9 milhão e a Prefeitura de Manaus, com R$ 3 milhões.De acordo com a presidente da Fundação Municipal de Turismo (Manaustur), Arminda Mendonça, as obras de restauração devem se estender pelo período de 18 a 24 meses. Nesse tempo, os 311permissionários ficarão trabalhando no armazém 20, localizado próximo ao mercado e de propriedade do Porto Privatizado de Manaus. Todas as etapas do processo de restauração estão sendo discutidas com os permissionários. A Prefeitura realizou uma pesquisa para avaliar o impacto sócio-ambiental que os trabalhos de restauração acarretariam. A especialista em restaurações da Manaustur, Elisabete Edelvita, comentou que a pesquisa revelou, entre outras coisas, que 67% dos permissionários acreditam que o trabalho de restauração trará melhorias ambientais e de vendas para quem trabalha no mercado.“O projeto do mercado tem uma preocupação essencial com o ser humano, onde a Prefeitura não pensa apenas em resgatar o

patrimônio edificado, recuperando suas características físicas, mas também os usos e costumes das pessoas que trabalham ou que freqüentam o local. Hoje o espaço não tem condições, nem estrutural nem higiênica, de atender as pessoasque nele trabalham ou transitam”, avaliou Edelvita.Avaliações preliminares constataram a existência de muitas rachaduras, problemas estruturais em alguns pavilhões e muitosoutros relacionados às condições sanitárias do mercado, que está bastante comprometido pelo mau uso e falta de conservação.Além disso, as diversas intervenções realizadas no mercado ao longo dos anos desvirtuaram algumas características originais do prédio, como as colunas de ferro que foram ocultadas após aconstrução dos boxes, na década de 50. A idéia é tornar as colunas novamente visíveis, assim como a escada de ferro que fazia o contato do mercado com o rio.

Parceria garante restauraçãoA parceria entre a Prefeitura e a Suframa para a restauração do mercado foi firmada no ano 2000, quando um montante de R$ 2milhões foi disponibilizado para o início dos trabalhos. À época, o acordo previa apenas uma obra de reforma, o que, segundo orientação do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (IPHAN) é inadequado para um bem tombado pelo patrimônio histórico. “A preocupação da Suframa sempre foi quea revitalização do mercado atendesse às exigências de preservação do patrimônio, por isso, após a formalização do convênio, nós exigimos que qualquer intervenção passasse necessariamente pela aprovação do IPHAN”, explicou a coordenadora geral de desenvolvimento regional da Suframa, Eliany Gomes.Ela esclareceu que os valores dos convênios aprovados pela Suframa são depositados em contas bancárias criadas especificamente para os projetos, onde geram rendimentos pelo tempo que permanecerem aplicados. Dessa forma, os R$ 2 milhõesconveniados em 2000 com a Prefeitura de Manaus já renderam mais de R$ 600 mil que também serão utilizados nas obras de restauração do mercado municipal. Os empreendimentos custeados pela Suframa são avaliados quantoà sua relevância, viabilidade técnica, social, ambiental e econômica. Se aprovados, recebem recursos da autarquia para sua implementação, por intermédio da Caixa Econômica Federal.

Uma vida dedicada ao MercadoAos 70 anos, o feirante Jorge de Matos (foto) é o permissionário que trabalha há mais tempo no mercado Adolpho Lisboa. Ele conta que sua relação com o mercado começou cedo, em 1948, quando ele tinha apenas 13 anos e precisou passar o dia das crianças tomando conta da banca de frutas e verduras no mercado, porque sua mãe adoecera. Tempos depois, já adulto,ele ampliou o negócio comprando cinco bancas. Em 1966, Jorge

vendeu suas bancas e comprou o box nº 70, onde trabalha até hoje.Ele acredita que a restauração do mercado é algo positivo, masse preocupa porque ainda guarda viva na memória os problemas causados pela reforma realizada em 1985. “Aquelas obras nos prejudicaram em todos os sentidos. Os trabalhos foram feitos sem qualquer consulta aos permissionários”, disse. Jorge considera positiva a iniciativa da Manaustur em ouvir os feirantes.A restauração do mercado também deve viabilizar o potencial turístico do local. É o que espera o feirante Antônio José da Trindade. “Hoje, o turista vem, olha, mas não compra nada. Falta um serviço bilíngue de informações e até lixeira. Os guias de turismo até evitam de trazer os gringos aqui”, comentou.

Mercado Municipal Adolpho Lisboa O Mercado Municipal Adolpho Lisboa éum dos mais importantes centros decomercialização de produtosregionais em Manaus.

O Mercado Municipal Adolpho Lisboa,construído de frente para o RioNegro, no período áureo da borracha,em estilo art noveau, foioficialmente inaugurado em 1882.

Tombado pelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional -IPHAN, possui um pavilhão central emalvenaria, ladeado por doispavilhões com estrutura em ferrofundido e forjado, com pórtico deferro rendilhado e vitrais.8/02/2013 22h52 - Atualizado em 28/02/2013 23h23

Em Manaus, reforma do Mercado Adolpho Lisboa termina em outubroInauguração está prevista para acontecer no dia 24 deoutubro.

Restauro do Mercado Municipal é uma obra orçada em R$8,8 milhões.Do G1 AM

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www.suframa.gov.br/publicacoes/suframahoje/centro.htm

www.manausonline.com/turismo_ptturistico.asp

g1.globo.com/.../em-manaus-reforma-do-mercado-adolpho-lisboa-termi.

Mercado Adolpho Lisboa chega aos 129 anos de existência neste domingo (15) em Manaus (Foto: Reprodução/TV Amazonas)

Em visita ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, nesta quinta-feira (27), o prefeito de Manaus, Athur Virgílio Neto, afirmou que não haverá nenhum atraso na obra e que o patrimônio histórico será inaugurado no aniversário de Manaus, dia 24 de outubro deste ano.Artur disse ainda que o mercado deverá ser atração obrigatória para a Copa de 2014. "Esse mercado é um legado do período áureo

da borracha no Amazonas e, por isso, deve ser um ponto de visita obrigatória dos turistas a partir de outubro e especialmente durante a Copa do Mundo".Sobre os permissionários, Artur Neto afirmou que, aqueles que estavam nas bancas antes do início da reforma, em 2006, e que hoje estão em feiras improvisadas ao redor do Mercado Municipal, terão prioridade. "Eles estão, atualmente, trabalhando em condições humilhantes. Mas serão eles que voltarão a dar vida para o monumento", observou.O titular da Secretaria Municipal Extraordinária para Requalificação do Centro (Semex), Rafael Assayag, informou que o restauro do Mercado Municipal é uma obra orçada em R$ 8,8 milhões. "O pagamento será feito em oito parcelas, até o mês desetembro, quando a obra deverá ser concluída", disse o secretário.Apesar da previsão de conclusão para setembro, Rafael Assayag disse que o Mercado Municipal será entregue somente em outubro,após os reparos e a instalação das operações de carne, peixe, frutas, verduras e também dos restaurantes que irão funcionar nas duas torres do pavilhão frontal.Durante o restauro, que está sendo feito pela Construtora Biapó, a Secretaria do Centro dará apoio à Secretaria Municipalde Infraestrutura (Seminf), na fiscalização dos trabalhos, e à Fundação Municipal de Cultura (ManausCult), responsável pela liberação do recurso do projeto.O gerente da Biapó em Manaus, engenheiro Paulo Henrique Ahvener, explicou que a empresa foi contratada em 2010, após uma interdição do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Os trabalhos voltaram a ser paralisados por falta de pagamento na gestão anterior.Segundo Paulo Henrique, o acordo com o Município permite que a construtora cumpra com os prazos. "Agora será necessário efetuar apenas alguns ajustes no projeto original, o que não será empecilho para cumprirmos com o que ficou acordado com a Prefeitura", garantiu.De acordo o gerente, os trabalhos começaram com 60 funcionários, mas até o pico da obra o número chegará a 200 pessoas. "O trabalho de restauro é delicado. Muito artesanal. Por isso, precisamos de mão de obra qualificada para conseguir devolver a originalidade e manter as características originais,

preservando a história do monumento", explicou o Paulo Henrique.tópicos:

Amazonas ,  Manaus

3. Resgate histórico da feira da Manaus Moderna No período áureo da economia gomífera no Amazonas surge o Mercado Adolpho Lisboa, inaugurado no dia 15 de julho de 1883. O mercado foi por algum tempo o principal responsável pelo abastecimento de gêneros alimentícios em Manaus. As transformações ocorridas na área central de Manaus, referência para o abastecimento, principalmente pela construção de um Porto Flutuante, deslocou o comércio de alimentos para a área do mercado e arredores. De igual modo, todo o pequeno comércio de gêneros alimentícios vindos do interior foi deslocado, passando a ser comercializados na praia do mercado e seu entorno (PINHEIRO, 2003). Toda a orla nas proximidades do porto de Manaus recebiam produtos e realizavam transações comerciais. Com destaque para a rua barão de são domingos até a rampa ao lado do mercado Adolpho Lisboa e a escadaria dos Remédios. Segundo Silva (2006) a área permaneceu sem intervenções significativas do poder público desde a construção do porto flutuante e consolidou-secomo espaço de abastecimento e como área de abrigo de uma população local e muitas vezes vindas do interior e até mesmode outros estados, que construíram ali suas casas avançando inclusive para dentro do rio Negro, dando origem à famosa Cidade Flutuante. Segundo Silva (apud CRUZ e SERRA, 1964), desde a década de 1920 surgem flutuantes em Manaus. Mas somente em 1967 o poder público e capitania dos portos somaram forças em uma campanha ressaltando a insalubridade dacidade flutuante e encomendando estudos que comprovassem a necessidade de remover os moradores. Não podemos esquecer queem 1967 é efetivada a Zona Franca de Manaus, criada em 1957. Portanto remover os 4.100 habitantes da cidade flutuante fazia parte da necessidade de “limpar” a frente da cidade transferindo seus moradores para as áreas periféricas. Em 12 de Agosto de 1980 os atacadistas que atuavam na feira tiveram

garantida sua transferência para a Feira da Panair que se localiza no bairro de Educandos. Já os pequenos varejistas seriam distribuídos pelas feiras e mercados situados nas adjacências. “Muitos pequenos varejistas resistiram permanecendo no local, se não morando, mas pelo menos trabalhando, com barracas de madeira, o que foi aumentando aolongo de uma década” SILVA (2006, p. 6). De acordo com Silva (2006)

Mercado Municipal Adolpho LisboaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

No século XIX, preocupações a respeito das condições higiênicas na comercialização de alimentos criaram a necessidade da construção de mercados públicos em várias cidades, a exemplo do existente em Manaus, às margens do rio Negro.

O Mercado Municipal de Manaus teve sua construção iniciada em 1880, pela firma"Bakus & Brisbin", de Belém, com pavilhões construídos em estrutura de ferro, pela firma "Francisc Norton, Engineers, Liverpool". Sua inauguraçãose deu em 1883. Dessa época é datado o edifício principal. Trata-se de um galpão de aproximadamente 45 metros de comprimento e 42 de largura, construído em estrutura de ferro. A estrutura é sustentada por 28 colunas,sendo os parapeitos onde estas se apoiam, e as duas salas laterais, em alvenaria de pedra e tijolo. Seu calçamento é de laje de cantaria, de forma retangular, e sua rua central é calçada em paralelepípedos. As salaslaterais possuem vinte "boxes", separados entre si, por grades de ferro, possuindo, cada um, balcões de madeira, com tampo em mármore. Em 1890 foram construídos dois outros pavilhões (galpões) laterais de igual tamanho, também com estrutura de ferro e cobertura de zinco.1

Os "novos" pavilhões possuem 360 m² de área útil. Sua estrutura é formada por beirais abertos, encimados por arcos de ferro, os quais são sustentados por colunas, também em ferro. Nas duas fachadas principais, fechando os arcos, há gradis de ferro com ornatos decorados, acompanhados por vidros coloridos. Por volta de 1908, foi construído o pavilhão posterior para a comercialização, na época, de tartarugas, o qual possuía iluminação a querosene. Tal pavilhão teve a estrutura em ferro construída pela companhia "Walter Macfarlane, Glasgow". Seu formato difere dos

outros, sendo este totalmente fechado, possuindo cobertura em quatro águase feita com chapas onduladas. A construção possui venezianas em todo o seucontorno, tendo oito entradas de acesso (uma em cada fachada principal, e três em cada lateral).

A construção também possui frontões formados por gradis ornados em ferro, e vidros coloridos. Ladeando esse pavilhão existem dois menores, de forma octogonal, possuindo também venezianas laterais em seu contorno e janelas em vidro (acima das venzianas). As janelas são encimadas por gradis de ferro decorados por motivos florais.

Mercado Adolpho Lisboa, Manaus, AMinShareLúcia GasparBibliotecária da Fundação Joaquim [email protected]

Em meados do século XIX, o abastecimento alimentar de Manaus erasuprido por produtos da região, comercializados numa feiralocalizada às margens do rio Negro, em local conhecido como Ribeirados Comestíveis, onde se vendiam peixes, carnes, farinhas, frutas,legumes, grãos, além de outras mercadorias, produzidas emmunicípios próximos.

No entanto, com o crescimento da cidade, foi necessário ampliar oponto de venda, transformando-o em mercado, o que ocorreu em1869, por ordem do então presidente da Província do Amazonas,João Wilkens de Matos, o Barão de Maruiá. Com a ampliação, afeira mudou-se para a Praça da Imperatriz, local onde funcionoupor doze anos.

O desenvolvimento de Manaus, na chamada época áurea da borracha,propiciou diversas melhorias urbanas.

Em 1881, na gestão dopresidente Satyro de OliveiraDias, foi desapropriado umterreno de 5.400 metrosquadrados, próximo ao porto,situado na Rua dos Barés,antigo bairro dos Remédios,dando-se assim o primeiro passopara a edificação de um mercado

público coberto, com adequados padrões sanitários e comerciais,iniciada em agosto de 1882, na gestão do então presidente AlaricoJosé Furtado.

Após diversos editais de concorrência para a realização dasobras, o governo Provincial firmou um contrato com a Backus &Brisbin, empresa que atuava em Nova Orleans (EUA), no México e emBelém, no Pará. O contrato previa a construção de um galpãocoberto (91.476 m2), com paredes de alvenaria, sustentado porcolunas e com a fachada voltada para o rio Negro. 

Inaugurado em 15 de julho de 1883, o Mercado Público de Manaustinha um frontão de pedra, em estilo neogótico e um relógio defabricação alemã acima do lanternim do galpão. Sua parteinterna, com vinte boxes destinados à exposição e à venda demercadorias, era calçado com pedras de Lioz (tipo raro decalcário originário de Portugal) e paralelepípedos.

Com o passar do tempo, o Mercado começou a ficar inadequado,sendo necessário ampliá-lo para atender a demanda da população.Em 1902, começou uma obra para ampliação do prédio, cuja novafachada seria voltada para a Rua dos Barés e não para o rioNegro, como anteriormente. A obra só foi concluída em 1906, sendoinaugurada pelo então prefeito Adolpho Lisboa, que colocou seunome na nova fachada. A partir dessa data, O Mercado AdolphoLisboa passou a ostentar duas fachadas: uma para o rio Negro –onde havia um embarcadouro para descarregar as mercadorias –outra para a Rua dos Barés. 

Com a crise da economia amazonense, a partir de 1910, váriosprédios públicos foram destruídos. O Mercado Adolpho Lisboaresistiu devido aos seus freqüentadores. Com o advento e osucesso da Zona Franca de Manaus, no início da década de 1970,grandes cadeias nacionais e estrangeiras de supermercados seinstalaram na cidade, porém o manauara continuou fiel às comprasno Grande Mercado, como passou a ser conhecido, adquirindo produtosfrescos e de qualidade para o preparo dos pratos datípica culinária do Norte do Brasil. 

Situado no centro histórico de Manaus, com 3.500 metros quadradosde área construída, o conjunto arquitetônico do Mercado AdolphoLisboa é composto por quatro pavilhões de ferro importados daEuropa: o Central, o da Carne, o do Peixe e o das Tartarugas.

Com recursos da Prefeitura de Manaus, o Mercado fez uma pequenareforma em 1977 e, em dezembro de 2006, iniciou outrareformulação bem maior, por meio de um convênio entre aPrefeitura e a Superintendência da Zona Franca de Manaus(Suframa). Para a realização das obras, seus 378 permissionáriosforam transferidos para o armazém 20, próximo ao PortoPrivatizado de Manaus, nas margens do rio Negro.

Atualmente, cerca de setenta profissionais trabalham parareproduzir e restaurar a fisionomia original do prédio, buscandoao mesmo tempo reformas e adaptações que possam dotá-lo depadrões sanitários atuais.

Fechado desde 2006, a conclusão da obra do Mercado Adolpho Lisboafoi adiada diversas vezes, em meio a polêmicas envolvendo aPrefeitura Municipal, a Câmara de Vereadores, o MinistérioPúblico e o Instituto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (IPHAN). 

As pedras de Lioz, piso original do Mercado, serão mantidas nanave central e no calçamento em torno do prédio e o restante serásubstituído por cerâmica. Serão conservados também os doisquiosques de ferro, localizados nos cantos da calçada da Rua dosBarés, com telhas de metal em forma de pétalas, que eram usadospara vender fumo, jornais e bombons.

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, o prédio seráentregue, em 2012, com duas praças de alimentação e 163 boxes.Tombado pelo IPHAN, no dia 1º de julho de 1987, o Mercado PúblicoAdolpho Lisboa é um dos mais significativos exemplares daarquitetura de ferro do País.

Recife, 19 de junho de 2012.

FONTES CONSULTADAS:

KOELER, Sylvia. A história e o restauro do Mercado Adolpho Lisboa. 2008.Disponível em:< http://portalamazonia.globo.com/new-structure/view/scripts/noticias/noticia.php?id=64127>. Acesso em: 11 jun. 2012.

LEONG, Leyla Martins. Mercado Adolpho Lisboa, Manaus – 1883.  In:MERCADOS de ferro do Brasil, aromas e sabores. Brasília, D.F:Instituto Terceiro Setor, 2011.   p.  51-71.

MERCADO Adolpho Lisboa. [Foto neste texto]. Disponível em:<http://historiamurilobenevides.blogspot.com.br/>. Acesso em: 15jun. 2012.

MONTEIRO, Eliena; RODRIGUES, Ayda. Fim do impasse para o Mercado AdolphoLisboa fica para 2012. Dezembro de 2011. Disponível em:<http://www.portalamazonia.com.br/editoria/atualidades/audiencia-publica-decide-futuro-do-mercado-adolpho-lisboa-em-manaus/>.Acesso em: 11 jun. 2012.

COMO CITAR ESTE TEXTO:

Fonte: GASPAR, Lúcia. Mercado Adolpho Lisboa, Manaus, AM. PesquisaEscolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: .Acesso em: dia mês ano. Ex: 6 ago. 2009. 

MERCADO MUNICIPAL “ADOLFO LISBOA” – No centro, em frente ao colorido cais de Manaus, o Mercado Municipal é uma grande construção de ferro, inteiramente importada da Europa, no início do século XX. Seus desenhos são quase uma réplica do famoso mercado “Les Halles”, em Paris. Cedo, pela manhã, o mercado inicia seu agitado comércio de diversas espécies de peixe, frutas regionais, verduras, legumes e artesanato. É a principal porta de entrada na cidade, tanto da produção pesqueira quanto rural do Estado. Endereço: Rua dos Barés, s/n.º (entre a Rua Tabelião Lessa e os armazéns do Porto de Manaus) – Centro.