ACEP ensina português em Paris sem ajudas do Estado ...

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Philippe Mendes identificou obra desconhecida de Eugène Delacroix Edition nº 377 | Série II, du 26 juin 2019 Hebdomadaire Franco-Portugais GRATUIT EDITION FRANCE 06 Geminações: Groslay com Mogadouro e Antony com Arcos de Valdevez 03 Futebol feminino: Portuguesa Jéssica Silva foi contratada pelo Lyon 15 Associação de Puteaux vai acolher Dia da Defesa Nacional 04 PUB PUB ACEP ensina português em Paris sem ajudas do Estado português Melhores alunos foram premiados na Festa do fim do ano LJ / Mário Cantarinha 06 11 Festa de S. João voltou a juntar milhares em Clermont-Ferrand 11 ‘Marché portugais’ de Cenon voltou a ser um “franco sucesso”

Transcript of ACEP ensina português em Paris sem ajudas do Estado ...

Philippe Mendes identificou obra desconhecida de Eugène Delacroix

Edition nº 377 | Série II, du 26 juin 2019 Hebdomadaire Franco-Portugais

GRATUITEDITION FRANCE

06

Geminações: Groslay comMogadouro e Antony comArcos de Valdevez

03

Futebol feminino: Portuguesa Jéssica Silvafoi contratada pelo Lyon

15

Associação de Puteauxvai acolher Dia da Defesa Nacional

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PUB

PUB

ACEP ensina portuguêsem Paris sem ajudas doEstado portuguêsMelhores alunos foram premiados na Festa do fim do ano

LJ / Mário Can

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Festa de S. João voltoua juntar milhares emClermont-Ferrand

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‘Marché portugais’ deCenon voltou a ser um“franco sucesso”

LUSOJORNAL02 OPINIÃO 26 juin 2019

LusoJornal. Le seul journal franco-portugais d’information | Édité par CCIFP Editions SAS. N°siret: 52538833600014 | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, António Marrucho, CarlaLobão, Céline Pires, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Fátima Sampaio, Gracianne Bancon, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), JoséPaiva (Orléans), Lia Gomes, Manuel André (Albi), Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, PatríciaGuerreiro (Lyon), Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Vítor Santos | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: AntónioBorga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: juin 2019| ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

A Associação de Exilados PolíticosPortugueses vai organizar em agosto,em Vilar Formoso, umas jornadas so-cioculturais que destacam a passa-gem da fronteira “a salto”, pormilhares de Portugueses, nos anosda ditadura e da guerra colonial.As jornadas estão marcadas para osdias 10 e 11 de agosto para a vilafronteiriça de Vilar Formoso, conce-lho de Almeida, distrito da Guarda, epretendem ser uma homenagem atodos aqueles que atravessaram afronteira “a salto” (de forma clandes-tina) e “corriam risco de prisão ouexpulsão”.O Presidente da Associação de Exi-

lados Políticos Portugueses (AEP61-74), Fernando Cardoso, disse à Lusaque, no dia 10 de agosto, está pre-vista a presença, num colóquio, doshistoriadores Irene Pimentel e Pa-checo Pereira, e de Ana Gomes.O programa do primeiro dia da ini-ciativa também inclui, entre outrosmomentos, a projeção do filme “OTrilho do Poço Velho”, de Luís Godi-nho, e a apresentação de um livro.No segundo dia, 11 de agosto, terálugar a marcação e o percurso de umdos antigos trilhos do “salto” (trilhodo cruzeiro) até à localidade espa-nhola de Fuentes de Onõro e a colo-cação, na zona da alfândega de Vilar

Formoso, de uma placa alusiva àpassagem “a salto” da fronteira.Fernando Cardoso disse à Lusa quea ideia para a iniciativa que a AEP61-74 vai realizar em Vilar Formoso sur-giu no decurso de um projetointitulado “Os Trilhos do Salto”, quetem como objetivo “produzir peque-nos documentários sobre as cincoou seis zonas de passagem de fron-teira” que os exilados utilizavam du-rante a ditadura. Já foi produzido oprimeiro filme, “O Trilho do PoçoVelho”, com realização de Luís Godi-nho, precisamente sobre a passa-gem em Vilar Formoso.“Também porque Vilar Formoso foi o

ponto de passagem mais importantequer para exilados quer para emi-grantes económicos”, acrescentou oresponsável, lembrando que “amaior parte da emigração na Eu-ropa”, nos anos de 1960/70, praticoua modalidade do “salto”.Segundo o responsável, o “salto” erarealizado essencialmente de doismodos: “Ou através de um passadorao qual se pagava uma quantia (naépoca 5.000 ou 7.000 escudos). Essepassador conduzia um grupo atéParis, por exemplo, ou dava, após apassagem da fronteira entre Portu-gal e Espanha, indicações concretascomo chegar a França. Ou os ‘salta-

dores’ poderiam utilizar umas dasredes de passagem já organizadasquer pelo PC [Partido Comunista]quer pela extrema-esquerda”.A organização espera reunir vá-rias dezenas de pessoas em VilarFormoso, nos dois dias das jorna-das socioculturais, adiantando oPresidente da Associação de Exi-lados Políticos Portugueses que,até ao momento, estão inscritas“cerca de 60”.A iniciativa tem o apoio da CâmaraMunicipal de Almeida, da Junta deFreguesia de Vilar Formoso e doAyuntamiento de Fuentes de Oñoro(Espanha).

Memória

Associação lembra em agosto a passagem dafronteira de Vilar Formoso “a salto”

No passado dia 11 de junho, tiveramlugar, no Consulado Geral de Portugalem Lyon, as comemorações oficiais doDia de Portugal, de Camões e das Co-munidades Portuguesas.Nesta comemoração do 10 de Junho, oCônsul Geral Luís Brito Câmara convi-dou a Comunidade portuguesa a par-ticipar num cocktail e este encontro

contou com a presença de Presidentesdas Associações portuguesas da re-gião Auvergne Rhône Alpes, empresá-rios e representantes das empresas ebancos portugueses instaladas na re-gião, assim como os meios de comu-nicação social dirigidos à Comunidadeportuguesa.O Cônsul geral agradeceu a presençade todos e brindou ao dia do poeta,com vinho do Porto.

Por Patrícia Correia

Comemorações do 10 de Junho no ConsuladoGeral em Lyon

Os grandes homens morrem, sim!Como os outros… Pequenos ou gran-des, a lei da vida é igual para todos.Mas os grandes homens vivem parasempre na nossa memória. O pri-meiro panteão é a memória coletiva,feita da gratidão e reconhecimentodos que ficam.D. Paulino Livramento Évora, Bispoemérito desde a sua jubilação em2009, deixa consternadas as suasovelhas e a nação caboverdeananesta hora di bai. E como a morte ésempre pretexto para recordar oshomens e mulheres que marcaram asua época, muito já se escreveu efalou sobre D. Paulino, que terminouagora a sua existência neste baixo-mundo, quase a contar 89 primave-ras.Ordenado sacerdote em 1962, emPortugal, D. Paulino viria a tornar-seno primeiro prelado nascido emCabo Verde (nasceu na Praia, em1931). Foi nomeado Bispo de CaboVerde em abril de 1975, quando o seupredecessor, D. José Alves Colaço, foichamado a Lisboa. A sua nomeação

levava já o selo da independênciaiminente que encerra o longo pe-ríodo colonial e abre uma nova erapara a Igreja católica nas ilhas.Ao ingressar na sua Diocese, em 22 dejunho de 1975, D. Paulino estava cons-ciente que não iria ser fácil exercer oseu ministério numa Igreja em con-flito com a sua própria história e comas teses marxisantes do novo poderpolítico instituído pelo Partido único.

A coabitação entre o clero e o braçosecular chegaram a ser tensas, numasociedade por demais politizada ecom tendência a alienar-se dos mis-térios da espiritualidade. Em meio àdesconfiança entre a fé e a ideologiareinante, pontificava o perfil concilia-dor deste sábio clérigo, homem dediálogo e de consenso, sem jamaisabdicar dos princípios e valores emque acreditava. De carácter firme, re-

sistiu na fé dos que acreditam numahumanidade acima de crenças eideologias que dividem famílias e na-ções.Em janeiro de 1990 os Caboverdea-nos mobilizaram-se em torno do seuBispo numa receção apoteótica aopapa João Paulo II. Em tempo deabertura, Perestroïka e Glasnost “ob-ligent”, a classe política renova, porassim dizer, o seu sufrágio à Igreja ca-tólica, e a nação vai-se reconciliando,aos poucos, com a fé, de resto indis-sociável da sua cultura e vivência so-ciais.Foi para mim uma bênção ter conver-sado, em Paris, com o primeiro Bispodo pós-independência. Corria o anode 1999, há precisamente 20 anos.Como ouvira dizer que D. Paulino seencontrava em visita pastoral a Nice,propus à Embaixadora Luisa Ribeiroconvidá-lo para uma gala que o ser-viço cultural da Embaixada estava aorganizar na UNESCO para celebrar anossa festa nacional. E foi com orgu-lho que anunciei a presença donosso Bispo na prestigiosa Sala 1 da

UNESCO onde foi muito ovacionadoe fez boa impressão.Anos depois, tive a honra de ser re-cebido por D. Paulino na presença domeu amigo François Yverneau, Freijesuíta que o hospedava em sua casaem S. Ouen l’Aumône, sobraçandoum estudo que lhe apresentei sobrea Comunidade caboverdeana emFrança.D. Paulino falava com a sabedoriados humildes. Tenho ainda nos ouvi-dos esse seu timbre pausado, sereno,mas firme na sua autoridade moral,num mundo movido por ganânciasde poder e interesses puramentematerialistas. A sua retórica fazia-melembrar o escritor António AurélioGonçalves, originário, como ele, de S.Nicolau. Impressionante era a simpli-cidade que irradiava da sua pessoa.A mesma simplicidade na hora da ju-bilação, em 2009, recolhendo-se namais humilde discrição, como era seutimbre.

Mantenhas da Terra-Longe, 17 dejunho de 2019

D. Paulino Livramento Évora, mais um grande Caboverdeano no panteão da nossa memória

Opinion de David Leite, Conseiller culturel de l’Ambassade du Cabo Verde en France

LUSOJORNAL COMUNIDADE 03

Dois Protocolos de geminação vãoser assinados no próximo fim desemana. O primeiro vai ser assi-nado na sexta-feira, dia 28 dejunho, às 19h00, em Antony (91),com o município de Arcos de Val-devez e o segundo vai ser assinadono sábado de manhã, em Groslay(95), com o município de Moga-douro.Nos dois casos, a iniciativa parte dePortugueses residentes em França.Em Antony, a Conselheira Munici-pal Delegada para as animaçõesséniores e para os assuntos euro-peus, Rosa Maceira-Dumoulin, es-teve na origem da aproximaçãoentre as duas localidades e nasexta-feira concretiza-se enfimesta geminação que vai ser assi-nada pelo Maire de Antony, Jean-Yves Sénant e pelo Presidente daCâmara Municipal de Arcos de Val-devez, João Esteves.

Em Groslay (95), há muitos anosque esta cidade tem mantido rela-ções intensas com o concelho de

Mogadouro, por iniciativa de Olím-pia Garnacho, a Presidente da as-sociação Mogadouro no Coração.

O Maire Joël Boutier vai agora assi-nar o Protocolo de Geminação como Presidente da Câmara Municipal

de Mogadouro, Francisco Guima-rães, depois de vários encontrosentre os dois autarcas, tanto emFrança, como em Portugal.Através da associação Mogadourono Coração, que tem um grupo deBombos e organiza vários eventosrecreativos durante o ano, os ha-bitantes de Groslay foram desco-brindo Mogadouro, como foi ocaso no fim de semana passado,quando a coletividade apresentouum “Carro elétrico” no desfile decarnaval da cidade, com as coresde Lisboa, mas com as bandeirasde Mogadouro e de Groslay.Durante dois dias a cidade de Gros-lay vai vestir as cores de Portugalcom artesanato, missa e procissão,com bandas filarmónicas e commuita música, nomeadamente como grupo Europa Som, e os artistasJérémy da Cruz, Ruizinho de Pena-cova e Chris Ribeiro.

Durante o próximo fim de semana

26 juin 2019

O Dia nacional de Cabo Verde vaiser comemorado na localidade deVillenauxe-la-Grande (10), na re-gião Champagne-Ardenne, numainiciativa conjunta da Embaixadade Cabo Verde em França e da au-tarquia de Villenauxe.As festividades vão ter lugar du-rante o fim de semana dos dias 6e 7 de julho, precisamente napraça da Mairie de Villenauxe-la-Grande.A inauguração das comemoraçõesvão ter lugar ao meio-dia de sá-bado na presença das autoridadesoficiais, que vão inaugurar osstands de artesanato e de produ-tos gastronómicos.

Durante toda a tarde haverá de-monstração de grupos de folclorede Champagne e de Cabo Verde,músicas e danças dos dois países,tradicionais e contemporâneas,jogos, degustações e até desfilesde moda. Vão ser dois dias commuita animação orquestrados porDavid Leite, o Conselheiro Culturalda Embaixada de Cabo Verde.No sábado, às 17h00, as comemo-rações vão guardar uma “tradição”que precisamente David Leite temanimado em Paris: um passeio debicicleta, com uma duração de 60minutos. Desta vez, as ruas deParis e do Parque de Vincennesvão ser substituídas pelas ruas da

Champagne, mas sempre ao ritmoda batucada cabo-verdiana.No domingo, às 11h30 a igreja deSaint Pierre Saint Paul vai acolheruma missa franco-caboverdiana, àqual se segue uma procissão commúsicos tradicionais. Durante atarde várias personalidades vãoser entronizadas pela Ordre desVignerons de Sézanne.O grande baile de sábado à noitevai ser animado pelo grupo musi-cal Terra Nua, e para terminar ascomemorações, Dj Fredson vaitomar conta das platinas.Villenauxe-la-Grande, no departa-mento do Aude, está a 1h30 deParis pela autoestrada A4. Senão,

a partir da Gare de Provins (a par-tir da Gare de l’Est) há um auto-carro que faz a ligação comVillenauxe em apenas 15 minutos.Várias associações estão a proporuma viagem de autocarro com es-tadia na região para quem queirapassar o fim de semana nestascomemorações. Dois autocarrospartirão de Sarcelles, com reser-vas obrigatórias junto de EçaMonteiro (06.24.05.21.10) ou Adèleda Luz (06.25.13.75.88) e um outropartirá no sábado às 8h30 deParis Porte de Choisy, para um re-gresso no domingo às 20h00. Re-serva junto de Théo Fortes(06.24.05.21.10).

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“Cabo Verde en Champagne”: Dia nacional de Cabo Verde vai ser comemoradoem Villenauxe-la-Grande

Antony e Groslay vão assinar Protocolos de geminação com Arcos de Valdevez e Mogadouro

Elétrico português nas ruas de GroslayLJ / Carlos Pereira

LUSOJORNAL04 COMUNIDADE

Almoço do Portugal Business Clubde Lyon faloude ortografia

Decorreu na sexta-feira dia 14 dejunho, o almoço mensal do Portu-gal Business Club (PBC) de Lyon, nobarco-restaurante Bellona, atra-cado no rio Rhône, em permanên-cia na cidade de Lyon.No decorrer deste almoço, a orto-grafista Marie Planchon explicouvários métodos de formação e decorreção ortográfica para se obte-rem valores mais positivos da ex-pressão escrita.Vários aderentes do PBC que parti-cipavam neste almoço escutaramentusiasmados e participaram nofinal em vários jogos dando assimaplicação na prática, aos métodosapresentados por Marie Planchon. “Fui convidada pelo empresárioCésar, e pelo Presidente do PBC,Gilles Martins, e estou muito felizpela escuta e o interesse aqui de-monstrado pelos membros destaassociação no decorrer da minhaintervenção. Eu tenho uma forma-ção profissional de ortografista ede informática, sou diplomada pelaescola Voltaire e tenho a meu cargoa gestão da empresa ‘Orthogagne’com a minha mãe, e regularmentefazemos intervenções nas empre-sas a pedido dos membros direti-vos, e onde a comunicação escritatem um lugar prioritário” disse aoLusoJornal Marie Planchon.Este almoço foi o último antes dasférias de verão para os membrosdo Portugal Business Club de Lyon,mas já está agendado um encontroentre vários clubes, no 11 de setem-bro, onde o Brasil, a Espanha e Por-tugal confraternizarão num encon-tro conjunto de amizade.

Óscar Casaresdistinguidopela AcademiaFrancesa dasartes, ciências e letrasO artista Óscar Casares, de Braga,recebeu o prémio da AcadémieFrançaise Arts-Sciences-Lettres,que distingue anualmente figurasnacionais e internacionais do do-mínio das artes, das letras e dasciências. O prémio foi entregue numa ceri-mónia nos Salons Opéra, Ravel et laVerrière, em Paris

Puteaux recebe atividades do Dia da Defesa NacionalO Governo escolheu este ano os ar-redores da capital francesa, Puteaux,para as atividades do Dia da DefesaNacional, entre 28 e 30 de junho, vi-sando mostrar aos jovens lusodes-cendentes o trabalho das ForçasArmadas portuguesas.O Dia da Defesa Nacional (DDN) rea-liza-se em Portugal desde 2004 e,desde 2016, também junto de Comu-nidades portuguesas no estrangeiro.De acordo com um comunicado doMinistério da Defesa, este ano vaidecorrer nos arredores de Paris, naAssociação Franco-Portuguesa dePuteaux (AFFP), no 17 rue Charcot,92800 Puteaux.Segundo nota do Ministério da De-fesa enviada às redações, o eventocontará com o apoio da associaçãoCap Magellan e com a presença daSecretária de Estado da Defesa Na-cional, Ana Santos Pinto, no dia 30 dejunho.Fundada em 1999, a AFPP é uma as-sociação sem fins lucrativos que pro-move a cultura portuguesa em Françae as trocas culturais e desportivasentre os dois países.Instituído pela Lei do Serviço Militar,o Dia da Defesa Nacional é de parti-cipação obrigatória para os cidadãoscom 18 anos. Em 2019, abrange 121.520cidadãos a residir em território nacio-nal e 19.810 residentes no estrangeiro.De acordo com o Ministério da De-fesa, em 2016 o DDN realizou-se como“experiência piloto” no Rio de Janeiro,com a participação de 400 jovens lu-sodescendentes em dois dias. Em2017, a cidade escolhida foi Santos,em São Paulo, com a participação de250 cidadãos e, em 2018, decorreu em

Boston, EUA, com a participação decem jovens, indicou o Ministério daDefesa.Com a realização do DDN junto de Co-munidades de lusodescendentes, oGoverno pretende proporcionar aoportunidade de dar a “conhecer me-lhor o significado da Defesa Nacionale o trabalho desenvolvido pelos pro-fissionais das Forças Armadas Portu-guesas”.

Ao participarem num destes dias, osjovens “ficam com o dever militarportuguês cumprido evitando os pro-cessos burocráticos que estão subja-centes aos pedidos de dispensa” dizo Ministério da Defesa.Este ano foram convocados cerca de141 mil jovens portugueses com 18anos, anunciou em janeiro o Ministé-rio da Defesa Nacional. Nas ativida-des realizadas em território nacional,

os jovens participam em ações deformação sobre as missões essen-ciais e a forma de organização e re-cursos dos três Ramos das ForçasArmadas (Marinha, Exército e ForçaAérea), as principais ameaças e riscosà sociedade portuguesa e as diferen-tes formas de prestação de serviçomilitar.O serviço militar deixou de ser obri-gatório em 2004. A partir de 2010, dei-xou também de ser obrigatório fazero recenseamento, passando os servi-ços a manter uma base de dados comessas informações.

Programa:09h00 Acolhimento dos participantes10h00 Cerimónia do hastear da Bandeira Nacional10h15 Palavras de boas-vindas10h45 Defesa Nacional: o caso de Portugal11h15 Pausa para café11h30 Atividades dos Ramos das Forças Armadas Portuguesas12h30 Almoço (a cargo da organização)14h30 As Forças Armadas Portugue-sas: missões, organização, dispositivo,efetivos e principais meios: Marinha,Exército e Força Aérea15h30 Pausa para café15h45 Atividade pela Associação Cap Magellan16h45 Entrega do Kit “Defesa Nacional” e “Cap Magellan”17h00 Cerimónia do arrear da Bandeira Nacional

Inscrição obrigatória:http://bit.ly/lusojornal377

Dias 29 e 30 de junho

O designer Hugo Costa regressou aocalendário oficial da Semana daModa de Paris, na terça-feira da se-mana passada, e Portugal marcoupresença com 30 marcas nacionaisde designers, industriais, calçado ejoalharia, reunidas num só espaço,até sexta-feira.A inspiração para esta coleção deHugo Costa, designer que aposta no‘street wear’ masculino e tem vindo aganhar cada vez mais relevo nas suasapresentações na capital francesa,vem da Coreia do Sul, mais precisa-mente das mulheres Haenyeo, mer-gulhadoras em apneia que criaramuma sociedade semi-matriarcalnesse país. “Numa altura em quetanto se fala de igualdade, pareceu-me pertinente reforçar a inversão depapéis”, disse Hugo Costa, em comu-nicado do Portugal Fashion, enviadoà Lusa.O designer português apresentou naterça-feira a sua coleção no Le Ma-rais, o bairro da moda por excelência,tendo escolhido, para a primavera-verão 2020, cores vibrantes e fortes,com texturas clássicas em contrapo-sição a alguns tecidos tecnológicos,como o impermeável e rede 3D.

Também na terça-feira, a moda por-tuguesa começou uma mostra detrês dias na capital francesa quetrouxe 30 designers e marcas nacio-nais a esta Semana da Moda.Este evento, denominado “ShowcasePortugal”, é promovido pelo Centrode Inteligência Têxtil (CENIT) e pelaAssociação Nacional das Indústrias eVestuário e Confeção (ANIVEC) e é co-financiada pelo Fundo Europeu deDesenvolvimento Regional. “Apesar

de centrada no vestuário e na moda,esta ação coletiva tem a mais-valiade incluir outros elementos de apre-sentação numa perspetiva de pro-moção complementar e sinérgicacom outros setores fundamentaispara a economia portuguesa”, indi-cou Luís Hall Figueiredo, Administra-dor do CENIT, em comunicado deimprensa enviado à Lusa.Entre as marcas de vestuário presen-tes em Paris estão Baccus, Frenken,

Impetus, Inimigo, Maria by Fifty e o‘tailoring’ da Crialme e da Unilopes,assim como os designers ConstançaEntrudo, David Catalán e tambémHugo Costa. Nos acessórios estive-ram marcas como Almavina, AntónioHandmade Story e Branco_Chá.O “Showcase Portugal” decorreu de18 a 20 de junho, e o seu evento inau-gural contou com a participação doSecretário de Estado da Internacio-nalização, Eurico Brilhante Dias.

Por Jorge Campos

Moda masculina portuguesa reforçoupresença em Paris

LJ / Jorge Campos

LJ / António Borga

26 juin 2019

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LUSOJORNAL06 CULTURA

A Associação Cultural para os EstudosPortugueses (ACEP) organizou no sá-bado passado a festa anual de fim doano escolar e entregou prémios aosdois melhores alunos de cada turma.O evento teve lugar durante a tarde, noanfiteatro da Escola Fénelon, em Paris8, onde a ACEP dá aulas todas as quar-tas-feiras e sábados.Durante toda a tarde, professores ealunos contribuíram para a animaçãodo evento. As turmas da Primária in-terpretaram os temas populares “Ma-lhão, Malhão” e “Indo eu a caminho deViseu” acompanhados ao acordeãopor Eva Simões, uma aluna de 5ème.Anaïs Marques e Emma Moussière,também alunas de 5ème leram a“Pedra Filosofal” de António Gedeão.As alunas de 3ème Diana Macedo eMathilde da Silva, assim como o alunode 6ème Bruno Teixeira, interpretaram“Gosto muito de cantar”, “Valsa 3” e “A13 de maio”. Seguiu-se a leitura depoemas: Joana da Cunha e Leticia Fi-gueiredo de 2de leram “Mar Portu-guês” e “Infante” de Fernando Pessoa;Mariana Quental de 1ère leu “A Flôr”de Almada Negueiros e “Ler devia serproibido” de Guiomar Grammont; Ma-riana Munchenbach de 1ère leu “Eu,Etiqueta” de Carlos Drummond de An-drade.A ACEP ocupa as instalações da EscolaFénelon, uma escola privada em plenocentro de Paris, numa transversal aoboulevard Malesherbes, a dois passos

do Consulado Geral de Portugal. “Aquisomos tratados como reis” afirma ZitaSalgado, Diretora da ACEP. “Dão-nos li-berdade de acesso a todas as salas,sem qualquer problema, mas tambémtemos acesso ao anfiteatro, que está ànossa disposição”.A escola funciona normalmente à se-gunda, terça, quinta e sexta-feira, comos alunos do ensino francês. À quarta-feira e ao sábado é ocupada pela ACEP,em contrapartida de um aluguer quea estrutura associativa paga desde1982. Aliás, a ACEP tem um escritório deDireção no quarto andar do edifício eao sábado é Zita Salgado quem seocupa do acolhimento de alunos. “Nóstrocamos serviços, eu sou a responsá-vel da Fénelon ao sábado. Por exem-plo, se houver alunos das ClassesPrépa, sou eu que tomo conta deles.Há um acordo com a Direção da es-cola”.Mas Zita Salgado queixa-se da falta deapoios do Governo português. “Nãotemos nenhuma ajuda do Governoportuguês. Nenhuma. O Governo por-tuguês não ajuda absolutamente nadaesta escola, nem nunca ajudou, a nãoser em 82-84. Nem nenhuma ajuda fi-nanceira, nem outra. Talvez ajude ou-tras, a nossa não” confirmou aoLusoJornal.Para além da Direção, a ACEP tem 14professores e três assistentes deeducação que se ocupam do enqua-dramento dos alunos. “Temos umaequipa extraordinária. Nenhum pro-fessor nesta escola pode ensinar sem

ser diplomado, foi sempre o que nosfoi exigido desde o início” diz Zita Sal-gado. “Foi-nos dado um paralelismopedagógico em 1983/84, o que querdizer que há do Governo portuguêsum reconhecimento do nosso en-sino, mas não há qualquer ajuda mo-netária”.O argumento por vezes evocado pelosGovernantes portugueses é surpreen-dente. “Disseram-nos na altura quenão tinham dinheiro para isso e aténos disseram, na altura, que as famí-lias dos nossos alunos tinham sufi-cientemente dinheiro para poderempagar o ensino de português” explica

Zita Salgado. “Ora, é exatamente omesmo que nos dizem os Governantesfranceses”!A Diretora da ACEP garante que o en-sino tem qualidade. “Temos ensino dequalidade, e temos um nível por cadaturma” o que contrasta fortementecom as aulas “oficiais” de portuguêsno ensino primário, que junta quasesempre, alunos de vários níveis esco-lares na mesma turma.A ACEP acompanha os alunos desde oCP até ao BAC e Zita Salgado diz que aprocura é grande. “Temos muitascrianças da primária porque algumasescolas pagas pelo Governo português

fecham por falta de alunos, por moti-vos vários, e nós temos realmente umaprocura bastante grande”.Todos os anos, no fim do ano escolar,a ACEP organiza uma festa com os paise os alunos e o Banque BCP patrocinaa entrega de prémios aos dois melho-res alunos de cada turma. 35 alunosforam recompensados desta vez,numa escolha feita pelos professores.No próximo ano letivo, a ACEP vai lan-çar um novo serviço de apoio aos alu-nos. “Vamos fazer ateliers de escritaem língua francesa, porque nos damosconta que os alunos têm muitas difi-culdades nas escolas e liceus em lín-gua francesa e nós podemos dar umaajuda aos nossos próprios alunos, semnenhum custo” garante Zita Salgado.“A cotização que eles pagam no prin-cípio do ano já cobre isso”.Outra novidade para o próximo ano éo início de aulas de português paraFranceses. “Temos muitos pedidos. Atéagora não o temos feito, porque há oInstituto Camões, mas por vezes o Ins-tituto não responde a certos horáriosexigidos e no próximo ano letivo esta-mos a pensar abrir uma ou duas tur-mas” diz a Diretora.O LusoJornal é distribuído semanal-mente pelos alunos da ACEP, é utili-zado por alguns professores comosuporte pedagógico e os alunos levamo jornal para casa. “Até o nosso cola-borador que todas as semanas está nareceção da escola, que é Angolano, es-pera com ansiedade a chegada do jor-nal” conta Zita Salgado.

Por Mário Cantarinha

Uma escola de português em plena cidade de Paris

O galerista Philippe Mendes, lusodes-cendente residente em Paris, expõedesde a semana passada um quadroinédito do pintor francês Delacroix,que antecede a famosa pintura “Fem-mes d’Alger dans leur appartement”,exposto no Louvre.Foi a grande exposição patente noLouvre durante o ano passado, sobrea obra de Eugène Delacroix (1798-1863),o pintor do Romantismo francês, quecomeçou por levantar questões à atualproprietária do quadro. Depois deuma vida inteira com esta obra pen-durada no escritório, e que terá sidocomprada por seu pai, a sua dona in-terrogou-se sobre as duas mulheresem poses e vestes exóticas - se não te-riam alguma coisa a ver com “Femmesd’Alger dans leur appartement”, umdos mais conhecidos quadros do pin-tor francês.E foi aqui que entrou o galerista luso-descendente Philippe Mendes, que fezparte da equipa científica do Museudo Louvre. “A senhora pensou que oque tinha em casa tinha alguma coisaa ver com o que viu na exposição. Veiover-me e aí questionei-me se só comduas mulheres seria possível haver re-lação. Mandei analisar o quadro por-que, pictorialmente, esteticamente eartisticamente, estava tudo como umDelacroix. Com essa íntima convicção,comecei estudos históricos e artísti-

cos”, relatou o galerista, em declara-ções à Lusa.A composição original do “Femmesd’Alger dans leur appartement” repre-senta quatro mulheres e pensava-seque tivesse sido pintado logo após ouainda durante uma curta estadia deDelacroix na capital argelina. Este qua-dro foi apresentado com estrondo nosalão de 1834 e marca um dos perío-dos mais interessantes do artista.Já o quadro apresentado a PhilippeMendes consistia apenas em duasmulheres, mas com traços muito pró-ximos do quadro mais conhecido. Aí, o

galerista decidiu avançar com umalimpeza e com uma radiografia, des-cobrindo finalmente que o que tinhaem mãos era um esboço detalhado doque viria a ser uma das obras primasde Delacroix. O processo de autenti-cação demorou cerca de ano e meio.Mesmo não estando assinado, os tra-ços, as cores, assim como a telausada e o reposicionamento da com-posição mostram que o quadro des-coberto e exposto até dia 11 de julho,na galeria Mendes é mesmo um De-lacroix, mudando também a narra-tiva da viagem do pintor.

Este será o quadro original, em queDelacroix fez o retrato das mulheresque mais tarde utilizaria na grandetela. “Eu chamo-lhe as primeiras im-pressões de Delacroix. É uma coisarápida, lembra-se daquilo, vê a cenae pinta. O quadro tem um brilho in-crível. Tal como diz uma das especia-listas que consultámos, o quadro nãoé um estudo. É o retrato de uma dasmulheres”, disse o galerista à Lusa.Mas as provas não ficaram por aí.Havia registo de um Delacroix na co-leção do Conde Mornay, diplomata eamigo do pintor, que se pensou atéhá pouco tempo ser uma versão tar-dia do “Femmes d’Alger dans leur ap-partement”, que está atualmente emexposição em Montpellier. No en-tanto, o número do leilão atribuído aesta obra aquando a venda da cole-ção foi 118, e o quadro de PhilippeMendes tem essa marca 118, pro-vando assim a sua proveniência.Esta descoberta tem agitado omundo da arte e a corrida estáaberta para a compra do quadro. Ogalerista assegura que está em con-versações com pelo menos quatrograndes museus norte-americanos,assim como também há interessepor parte do Louvre de Abu Dhabi,para a aquisição desta obra de Dela-croix.Sem desvendar valores da compra,Philippe Mendes avança só que ocusto dos seguros para expor o qua-

dro é “imenso” e de modo a protegeresta obra, o quadro passará as noitesnum cofre e será trazido todas asmanhã para a galeria.O quadro de Delacroix foi apresen-tado, na galeria Mendes, com um ca-tálogo de cerca de cem páginas,“redigido por um grupo de especia-listas que atestam a autenticidade daobra”, na sequência de realização devárias análises científicas.Delacroix é o pintor do Romantismofrancês, o autor da pintura de refe-rência da Revolução Francesa, “La li-berté guidant le peuple”, e dequadros como “L’orpheline au cime-tière”, “Fantasia Árabe” ou “Les Fana-tiques de Tanger”, assim como de umconhecido retrato de Chopin.Philippe Mendes, membro do Conse-lho da Diáspora Portuguesa, nasceuem Paris. Estudou Direito, na Sor-bonne, e História da Arte, na Escolado Louvre e nos Museus do Vaticano,em Roma. Fez parte do departa-mento científico do museu de Paris,onde lecionou História da Pintura.Em 2008, estabeleceu-se por contaprópria com a Galerie Mendes, dearte e antiguidades.Em 2016 levou para a exposição per-manente do Museu do Louvre umquadro de Josefa de Óbidos, “MariaMadalena consolada pelos anjos”, naexpectativa de poder vir a criar umasala dedicada à pintura portuguesano museu francês.

Por Catarina Falcão, Lusa

ACEP entregou prémios aos melhores alunos

LJ / Mário Cantarinha

26 juin 2019

“Íntima convicção” de galerista português permite descobrir quadro inédito de Delacroix

LUSOJORNAL CULTURA 07

Cerca de 200 pessoas, na grandemaioria militares, assistiram estaquinta-feira à projeção do filme do-cumentário “Les Héritiers de la Ba-taille de La Lys” de Carlos Pereira, nocomplexo militar da Citadelle de Lille.O evento foi organizado pelo CônsulHonorário de Portugal em Lille,Bruno Cavaco, e pelo Comité FrancePortugal des Hauts-de-Seine.Na Citadelle de Lille - construída noséculo 17 por Vauban, conhecidatambém por Rainha das Citadelles -está o Comando do Corpo de Inter-venção Rápida da NATO, com cercade 430 militares de 14 nacionalida-des diferentes, comandadas peloGeneral Laurent Kolodziej.“É simbólico apresentar aqui estedocumentário porque fala-se poucoda participação dos Portugueses naI Guerra Mundial e temos todos umdever de memória. Tanto mais quenós estamos aqui num contextomultinacional” disse o General antesda projeção.O realizador apresentou o filme, ex-plicou em que contexto tinha sidorealizado e dedicou-o à memória deAfonso Maia, um autodidata, espe-cialista da participação por Portu-gueses em terras da FlandresFrancesa, falecido há três anos.

Na sala estavam algumas das pes-soas que intervêm no filme, comopor exemplo Felícia de AssunçãoPailleux, filha de um soldado portu-guês que participou na I GuerraMundial e que acabou por ficar emFrança. “Obrigado por este filme queresume perfeitamente a participa-ção dos Portugueses na I Guerra

mundial. Está bem feito e era umfilme necessário” disse na sua inter-venção Aurore Rouffelaers, neta deFelicia Pailleux, que está, ela-própriaa fazer um trabalho de recolha dememória junto dos descendentesdos soldados portugueses que de-cidiram ficar em França depois daGuerra.

Também o Maire de Richebourg fe-licitou o realizador do filme e contoua história do Cristo das Trincheiras,como símbolo religioso dos solda-dos portugueses.O General Laurent Kolodziej chamoua atenção para “a forma como o rea-lizador tratou o filme, com huma-nismo e até uma dose de pudor,

dando a palavra às pessoas, e mui-tas vezes no silêncio pode ler-seemoções”.Bruno Cavaco agradeceu a colabo-ração da Citadelle de Lille e seguiu-se depois uma prova de produtosportugueses, desde vinho do Portoaos Pastéis de Nata, passando pelosBolos de Bacalhau e até Alheiras.

Numa organização do Cônsul Honorário Bruno Cavaco

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LJ / LSG LJ / LSG

Documentário “Les Héritiers de la Bataille de La Lys” foi projetado na Citadelle de Lille

26 juin 2019

LUSOJORNAL08 CULTURA

Cinematecaportuguesaevoca obra do francêsJean-ClaudeBrisseauA Cinemateca Portuguesa vaimostrar o cinema do realizadorfrancês Jean-Claude Brisseau, emjulho, e cruzar géneros clássicos,da comédia ao musical, no ciclo“A Noite”, que domina toda aprogramação do próximo mês.O pensamento do cineasta e en-saísta alemão Alexander Kluge eo regresso das sessões na espla-nada são outras propostas daprogramação, disponibilizada nosite da Cinemateca Portuguesa,em Lisboa.A retrospetiva dedicada a Jean-Claude Brisseau, que morreu emmaio, aos 75 anos, apresentapela primeira vez, em Portugal,grande parte da sua filmografia.A Cinemateca fala de Brisseaucomo autor de uma “obra crucialdo cinema contemporâneo”, mastambém como um nome “muitofalado” nos últimos anos “pelaspiores razões”, ao recordar o pro-cesso de assédio que lhe foi mo-vido em 2003. “Um cineasta domistério em todos os sentidos”,escreve a Cinemateca, que pro-mete reunir, nesta retrospetiva,“todas as longas-metragens deBrisseau de que exista cópia fí-sica, em condições de projeção”.O ciclo começa com “Céline”(1992), “um dos mais belos fil-mes” do realizador, e prosseguecom a sua estreia no cinema, “Lacroisée des chemins” (1976).Prossegue com outros títulosinéditos em Portugal: “La viecomme ça” (1978), “Les ombres”(1982), “Un jeu brutal” (1983), “Debruit et de fureur” (1988), “NoceBlanche” (1989), “L’ange noir”(1994), “Les Savates du Bon Dieu”(2000) e “À l’aventure” (2008).Termina com filmes mais recen-tes, já estreados no país: “CoisasSecretas”, “A Rapariga de ParteNenhuma”, “Os Anjos Extermina-dores” e “Que o Diabo Nos Carre-gue”. Será ainda exibido odocumentário/entrevista “Bris-seau - 251, rue Mercadet”, de Lau-rent Achard.

Português de Marseille condenado emPenafielO tribunal de Penafiel condenouum homem a seis anos e oitomeses de prisão pela prática decinco crimes de violência domés-tica em que as vítimas foramcinco filhos menores da compa-nheira com quem viva em uniãode facto, na freguesia de Rio deMoinhos, concelho de Penafiel.As crianças (quatro rapazes euma rapariga) tinham idades, àdata dos factos, entre os 04 e os12 anos.

A cineasta portuguesa Regina Pessoarecebeu o Prémio do Júri do Festivalde Cinema de Animação de Annecy,em França, pela curta-metragem “TioTomás - A Contabilidade dos Dias”,indica o palmarés do certame.O filme foi também distinguido como Prémio para Melhor Música Origi-nal, da autoria do compositor cana-diano Normand Roger.Com produção francesa, portuguesae canadiana, a curta-metragem éuma homenagem ao tio da realiza-dora, que “foi uma inspiração artís-tica e desempenhou um papelfundamental no seu desenvolvi-mento enquanto cineasta”, lê-se napágina oficial do festival.O principal prémio do festival foi paraa longa-metragem “J’ai perdu moncorps”, de Jérémy Clapin, que tam-bém recebeu o Prémio do Público,depois de já ter sido distinguida naSemana da Crítica do Festival de Can-nes.O Prémio do Júri para longas-metra-gens foi atribuído a “Buñuel aprèsl’âge d’or”, de Salvador Simo. Nascurtas-metragens, além do Prémiodo Júri atribuído a Regina Pessoa, foidistinguida a produção “Mémorable”,de Bruno Collet, que também rece-beu o Prémio do Público.A cineasta Regina Pessoa, que parti-

cipa regularmente no Festival de Ci-nema e Animação de Annecy, foi dis-tinguida em 2006, no mesmo festival,com o prémio máximo, Cristal de An-necy, pelo filme “História Trágica comFinal Feliz”.A realizadora de cinema de animaçãopertence, desde 2018, à Academia deArtes e Ciências Cinematográficas deHollywood, por convite da organiza-ção.Regina Pessoa, que começou a traba-lhar como animadora nos filmes docineasta português Abi Feijó, é aindaautora das curtas-metragens “CicloVicioso”, de 1996, “Estrelas de Natal”,

de 1998, “A Noite”, de 1999, e “Odis-seia nas Imagens”, de 2001.Nascida em Coimbra, conquistoutambém prémios em França, Espa-nha, Alemanha, Itália, RepúblicaCheca, Coreia do Sul, Austrália, Brasil,Japão, China, Estónia, Canadá e Esta-dos Unidos.Na edição deste ano do Festival deAnnecy - o principal festival de ci-nema de animação - foi estreada asérie televisiva “Crias”, que reúne 26realizadores de Portugal e França.A série, que está em fase de finaliza-ção, é uma ideia original da realiza-dora portuguesa Joana Peralta, do

coletivo Videolotion, e foi feita em co-produção com a Praça Filmes, de JoséMiguel Ribeiro, e com a produtorafrancesa JPL Films, de Jean-Pierre Le-mouland.Mais do que uma série televisiva, oprojeto, que obteve financiamentodos dois países, “é uma coleção decurtas-metragens como uma janelado que é a produção nacional efrancesa. É uma montra da riquezada animação. Há ‘stop motion’, hádesenho, 3D, pintura sobre tela,sobre areia”, sublinhou José MiguelRibeiro à Lusa, antes da aberturado festival.

Curta-metragem “Tio Tomás - A Contabilidade dos Dias”

O grupo “Roda do Cavaco” volta aoStudio de l’Ermitage em Paris, nodomingo, dia 30 de junho, às 19h30.Criada na primavera de 2006, a“Roda do Cavaco” é uma associaçãode lei 1901, cujo objetivo é o de dara conhecer o cavaquinho, um pe-queno instrumento pilar da músicabrasileira (Samba, Pagode) e pre-sente em outras músicas, CaboVerde por exemplo com a Morna. Odesejo da associação é também ode promover a prática do cavaqui-nho e o site internet foi pensadopara ser um verdadeiro apoio paraos músicos membros da associa-ção.A associação presidida por DamienBoullier tem como atividades asaulas de cavaquinho, estágios mu-sicais em França e no Brasil e en-contros musicais, os “Cavaq Party”.Cada semestre é constituído em al-ternância de sessões teóricas erodas conduzidas por professores,para que todos toquem juntos in-

dependentemente do nível. Estasreuniões musicais realizam-se numbar no bairro de Ménilmontant eestão abertas a todos os estudantesda associação (novos e antigos),membros e todos os amigos da as-sociação Roda do Cavaco.O presidente Damien Boullier des-cobriu por acaso o cavaquinho.

Desde então é uma paixão que seperpetua. Com Fernando Cavacoaprendeu em primeiro lugar a tocarcavaquinho e depois criaram juntosem 2006 a associação Roda do Ca-vaco, na qual Bouillier intervém comaulas para os alunos. Tocou em ba-tucadas e grupos de samba, e éhoje, paralelamente à Roda do Ca-

vaco, um dos membros do grupoSamba Cidade Luz.O Studio de l’Ermitage é um localatípico situado na parte alta dobairro de Ménilmontant. No iníciodo século passado, este espaçoabrigava a fábrica de bolachas Brun.O local conservou até hoje a belezabruta desse passado industrial comum rés-do-chão de 200 m2 e umamezzanina de 100m2 que borda ostrês lados do espaço. Foi no iníciodos anos 2000 que o Studio l’Ermi-tage se transformou numa sala deconcerto. O Jazz e as músicas domundo são os estilos privilegiadosna programação da sala que contacom uma atividade intensa de maisde cinco concertos por semana du-rante todo o ano. A sala possui aindaum bar que permite aproveitar doconcerto e beber um copo.

Studio de l’Ermitage8 rue de l’Ermitage75020 ParisTarifa: 10 euroswww.studio-ermitage.com

Por Luísa Semedo

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Roda do Cavaco no Studio de l’Ermitage

26 juin 2019

Regina Pessoa premiada no Festival deCinema de Animação de Annecy

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LUSOJORNAL10 CULTURA

Flávia Coelho em tournée em FrançaA cantora Flávia Coelho irá apresentarao seu último álbum, Sonho Real, emvárias salas de concerto e festivais fran-ceses. Entre várias outras datas, estarádia 28 de junho no Parc La Poya, na Fêtedu travailleur alpin em Fontaine (38) às17h30, dia 29 de junho na La Fête Effron-tée em Massillargues-Attuech (30), às20h00 e dia 12 de julho no Théâtre An-tique em Vienne (38), às 20h30.Flavia Coelho nasceu no Rio de Janeiro,de pais oriundos do nordeste do país,a 26 de julho de 1980 e instalou-se emFrança em 2006. Como a artista des-creve “No começo, apenas um violão euma vida inteira a tiracolo. Amigos,amores, encontros, desencontros, ale-grias e caminhões de esperanças e ri-sadas. Não ficar esperando a beleza domundo. Idealizá-la sozinha”. Ganhouem 2011 o “Tremplin musical” de Géné-

ration Réservoir e assinou um contratocom a editora independente Disco-graph, com a qual produziu o seu pri-meiro álbum nesse mesmo ano, “BossaMuffin”. O álbum seria reeditado noano seguinte com mais quatros can-ções inéditas. Com este álbum FláviaCoelho atua na célebre sala de con-certo parisiense Divan du Monde, aoque se segue a La Cigale e festivais in-ternacionais na Bélgica e na Inglaterra.O seu segundo álbum saiu em 2014, in-titula-se “Mundo Meu” e conta com aparticipação do conhecido bateristanigeriano Tony Allen. “Sonho Real” éo terceiro álbum, produzido em 2016e é descrito na sua página oficialcomo “(…) incandescente como umamor à primeira vista, urgente comoum desejo de existir. Ela desdobra seuser e desenrola sua alma. Cada can-ção evoca uma ideia de viagem. Asmelodias são solares, leveza pura,

sempre dançantes”.O estilo de Flávia Coelho é híbrido com

“(…) um gostinho de forró e um cheiri-nho de ragga, a frenesia dos ritmos ska

e a indolência do dub reggae”. O tra-balho de mixagem foi feito por Victor-Attila Vagh “(…) que consegue fazer osinstrumentos brilharem através de umsom moderno e vintage ao mesmotempo, ao serviço dos coros e da vozde Flávia, carnal, alegre, às vezes infan-til”.O álbum tem 14 músicas que “(…) seseguem, se ligam, se encaixam e, porfim, se escutam de um só fôlego, comose bebe um copo de milk-shake. Osmetais, as guitarras, os teclados, aspercussões, as baterias, os baixos e asanfona se misturam em um todo coe-rentemente pensado (…)”.A última canção do disco, intitulada“Temontou” é cantada em francês esignifica “Tu es mon tout”.Para além de França, Flávia Coelhotambém estará em tournée em Portu-gal e na Polónia.www.flaviacoelhomusic.com

Por Luísa Semedo

A partir de 28 de junho

Black Alien no Favela Chic em ParisO rapper brasileiro Black Alien dará umconcerto, na quinta-feira, dia 11 dejulho, na sala Favela Chic em Paris, às19h30. Este concerto insere-se na suatournée europeia intitulada “Abaixo deZero” onde irá apresentar o seu maisrecente álbum “Abaixo de Zero: HelloHell”.Este seu seu terceiro álbum foi maisuma vez já considerado um clássicoinstantâneo. Tendo sido ovacionadopelo público e pela imprensa comoum dos melhores álbuns do ano.Black Alien é o nome artístico deGustavo de Almeida Ribeiro, nascidoem 1972 no Rio de Janeiro. Conside-rado um dos MC’s mais versáteis dahistória do rap brasileiro, Gustavo foipioneiro na construção de uma lin-guagem local, libertando-se dosconstrangimentos das referênciasnorte-americanas e criando um ver-dadeiro som brasileiro.Como explica o próprio numa entre-

vista à Globo: “Em nenhum momentoda minha vida eu fiz isso (seguir aonda do momento). Não vou fazerrap com samba porque tem batutafazendo. Se eu continuar sendo eu,vou ser único. Eu não gosto de trap,com todo respeito. A minha escolaconsidera o flow, a levada, como umaarte dentro da arte, são infinitas li-

nhas para explorar. A batida do trapsó permite dois jeitos de rimar. Isso,pra mim, é antiarte, é estreitar umcanal aberto para um monte demané sair como bom no que faz”.O disco tem como ponto central asua vitória diária na luta contra asdrogas e o álcool (Black Alien encon-tra-se sóbrio desde 2014) e a recupe-

ração da boa forma mental e físicamas sem se encontrar, segundo aGlobo, “no seu trabalho um tom deautocomiseração, muito menos demoralismo”. Black Alien declara aeste propósito que “Eu não sou ne-nhum santo só porque estou-merecuperando (...) A recuperação éuma coisa que eu faço por uma

questão de sobrevivência. Eu en-tendi que meu cérebro é tudo o quetenho. Se eu não conseguir produzir,como vou pagar as contas? Vouviver de disco ao vivo? De remix?Virar youtuber?”Neste álbum, o rapper, teve comoprincipal colaborador o beatmakerPapatinho, revelado pela grupo derap carioca ConeCrewDiretoria e,que é hoje, um dos produtores maisimportantes do país.Distribuído pela Alta Fonte, o álbumconquistou novos públicos e recon-quistou aqueles que já eram seusfãs. No Brasil, a sua tournée passoupelos principais festivais do país.O Favela Chic é um restaurante, bare clube localizado perto de uma daspraças mais emblemáticas de Paris,a Praça da República. Aberto desde2000, verdadeira referência das mú-sicas do mundo e nomeadamentebrasileira, o Favela Chic é um lugarincontornável na capital francesa.www.favelachic.com

Por Luísa Semedo

A cantora brasileira Céu é uma das ca-beças de cartaz do Festival All Star dasala New Morning, na quinta-feira, dia25 de julho, às 20h30.Céu é o nome artístico de Maria do CéuWhitaker Poças, nascida em São Pauloem 1980, filha de Edgard Poças, ummaestro e compositor brasileiro. Éuma das artistas brasileiras mais ba-daladas do momento, apresenta umapop tropical, com os ritmos calorososdo samba, electrojazz e afro-beat. Asua voz virtuosa é uma mistura entrea brasileira Gal Costa e a americanaLauryn Hill. Céu já foi nomeada 4 vezespara os prestigiosos prémios Grammye já fez tournées mundiais.A carreira de Céu começou em 2005,quando foi reconhecida como umacantora que fugia dos padrões. O seuprimeiro disco “Céu”, foi influenciadopelo samba de raiz e música urbana eofereceu à cantora três nomeações

para um Grammy. Neste mesmo ano,Céu foi a primeira artista internacionalconvidada a integrar a série “HearMusic Debut” da rede norte-ameri-cana Starbucks.O seu disco de estreia vendeu mais de

200 mil cópias só nos Estados Unidos,a mais alta posição no Top 200 da Bi-llboard. No seu segundo álbum “Vaga-rosa” (2009), Céu inspirou-se damúsica jamaicana, e o disco foi nova-mente aclamado pela crítica e venceu

o segundo lugar em World Music daBillboard.A estrada é o tema de seu terceiroálbum, Caravana Sereia Bloom, de2012, e Céu percorreu o mundo commais de 300 concertos em 20 países.Nos últimos dez anos, Céu já se apre-sentou nos maiores festivais domundo, como Montreal Jazz Festival,North Sea Jazz, Coachella, Roskilde,Rock in Rio, SF Jazz, JVC Jazz, entre ou-tros.A Paris vem apresentar o seu quartoálbum “Tropix”, produzido pela editoraSix Degrees Records em 2016 e que écomposto de doze títulos.Graças a Hervé Salters (General Elec-triks) e o seu domínio dos teclados,Céu conseguiu, mais uma vez, rein-ventar-se um som. Não se a pode de-finir como uma artista puramenteelectro pois os seus gostos cosmopo-litas são misturados com a músicatradicional.Com o baterista brasileiro Pupillo

(Nação Zumbi), Céu continua a trans-cender géneros ao incorporar electro-batidas e texturas na sua gamasonora que ultrapassa a world musice a música brasileira. “Tropix” renovaapresentando uma obra onde o ritmoocupa todo o lugar devido. O título“Tropix” combina “tropical” e “pixel”.Uma mistura de calor tropical e depequenos sons variados.O New Morning é uma das salas deJazz de maior renome internacional,inaugurada a 16 de abril de 1981, já viupassar pelo seu palco nomes comoDizzi Gillespie, Art Blakey, Miles Davis,Chet Baker, Gil Scott Heron ou Prince.www.newmorning.com/20190725-4486-festival-all-stars-ceu.html

New Morning7/9 rue des Petites Ecuries75010 ParisMétro Bonne Nouvelle ou Châteaud’eauwww.newmorning.com

Por Luísa Semedo

Céu no Festival All Star do New Morning

26 juin 2019

LUSOJORNAL ASSOCIAÇÕES 11

Um mar de gente no S. João de Clermont-FerrandNa cidade de Clermont-Ferrand foirealizada a 33ª Festa de S. João, nosdias 22 e 23 de junho. É tambémnesta localidade que se concentra asegunda maior Comunidade portu-guesa de França, depois de Paris.Mais de 20 mil pessoas estiverampresentes para a comemoraçãodeste Santo Popular.No sábado 22, os vários grupos fol-clóricos convidados foram recebidospela autarquia. E foi na Place Jaude,coração da cidade, que por volta das17h30 o desfile folclórico começou eseguiu pelas principais ruas de Cler-mont-Ferrand.Estavam presentes, os grupos Re-cordações de Portugal de Antibes,L’Iraliot Cantal, Rosita de Charvieu-Chavagneux e a Banda Dub de Or-leat, seguiram até ao “Hôtel deVille” onde foram recebidos peloMaire de Clermont-Ferrand, OlivierBianchi.Neste desfile seguiam também osDeputados portugueses Carlos Gon-çalves e Paulo Pisco, os Conselheirosdas Comunidades Manuel CardiaLima e João Veloso, e a Miss PortugalRégions de France 2019, Joana daSilva, assim como as suas damas dehonor, eleitas este ano na cidade deClermont-Ferrand.A atuação dos grupos teve lugar naPlace du 1er Mai por volta das 20h00,com animação proporcionada pelogrupo de concertinas, pela bandaDub e pelo Grupo folclórico Rosita.Estiveram presentes o Maire de Cler-mont-Ferrand, Olivier Bianchi, o Côn-sul de Portugal em Lyon, Luís BritoCâmara, os Deputados Carlos Gon-çalves e Paulo Pisco, o Cônsul Hono-rário de Portugal em Clermont,

Isidore Fartaria, os Conselheirosdas Comunidades, Deputadas fran-cesas, nomeadamente a luso-fran-cesa Christine Pires-Beaune e arepresentante da Região Auvergne-Rhône-Alpes.Olivier Bianchi saudou a “riqueza dacidade” pela sua diversidade, disseque Clermont “foi enriquecida pelacultura de todas as Comunidadespresentes na cidade”, como a portu-guesa, e é devido a estes fatores quea cidade “é mais solidária, mais fra-terna e respeita as diferenças”. Nofinal agradeceu ao público presente.O Cônsul de Portugal em Lyon agra-deceu o convite e felicitou o Presi-dente da Associação, João Veloso,por organizar esta Festa de S. João hámais de 33 anos, bem como pelo ex-celente trabalho desenvolvido aolongo de quase 40 anos de existên-cia da associação Os CamponesesMinhotos “para ajudar os nossoscompatriotas, que tanto honra e dig-nifica Portugal”. Salientou a natureza

exemplar da associação, que conse-guiu ao longo de quase 40 anos“manter um espírito caloroso deamizade, de família e de lusitani-dade que apenas dignifica o movi-mento associativo em França”.No seu discurso, o Deputado CarlosGonçalves (PSD) agradeceu o pú-blico presente, agradeceu Os Cam-poneses Minhotos pelo “trabalhonotável” desempenhado, e afirmouque “esta Festa de S. João repre-senta bem a nossa tradição e anossa cultura”.Já o Deputado Paulo Pisco (PS), agra-deceu ao Maire de Clermont-Ferrandpelo apoio que tem demonstrado aolongo dos anos à Comunidade por-tuguesa e particularmente à associa-ção Os Camponeses Minhotos.Por volta das 22h00 subiu ao palcoRichy Halliday - sósia oficial deJohnny Halliday - para os muitos fansde Johnny Halliday. Foi o momentomais aguardado. Nesta altura esta-vam cerca de 25 mil pessoas no re-

cinto. Foi ao som de “Allumez le feu”,à meia-noite, que a fogueira de SãoJoão se acendeu, seguindo-se ofogo-de-artifício. O grupo de baileTOP5, subiu ao palco pouco depoisda 1h00 da manhã e atuou até altashoras da madrugada.Os curiosos poderiam visitar os vá-rios stands de patrocinadores e par-ceiros do evento espalhados pelorecinto e também provar as especia-lidades portuguesas.Em conversa com o LusoJornal aindaantes do espetáculo, João Velosolembrava que “tenho muito boasmemórias do S. João em Portugal,especialmente no Porto e em Braga.Lá, cada terra, cada bairro, celebra oS. João. Obviamente sinto um imensoorgulho em organizar aqui” diz emo-cionado.Hoje garante que está muito bem in-tegrado na sociedade francesa esente-se “em casa”. Tem uma exce-lente equipa de trabalho, na qual dizdepositar toda a sua confiança, com

cerca de 120 voluntários no recinto.Este festival é aberto a todos, nãoapenas para a Comunidade portu-guesa mas também a toda a popu-lação de Clermont-Ferrand earredores.No domingo 23, mais de 10 mil pes-soas assistiram ao Festival de fol-clore, que começou, mais uma vez,com um desfile dos grupos desde ocentro da cidade, iniciado pela cale-che com a Miss eleita e as suasdamas de honor, escoltada por doisCavalos Lusitanos. Seguiam os gru-pos Os Camponeses Minhotos deClermont-Ferrand, Recordações dePortugal de Antibes, Gergovia deMontbrison, Les Portugais de Riom,e no final do cortejo os Bombinhosde Malemort. O cortejo desceu daPlace Delile, no centro da cidade, atéà Place du 1er Mai, onde estava o re-cinto da Festa.Depois das atuações dos grupos fol-clóricos, foi a vez do baile propostopelo grupo musical TOP5, para ani-mar os convivas.Os Camponeses Minhotos irão orga-nizar em 2020 as comemorações dos40 anos de existência da associaçãocom um jantar de gala previsto paradia 6 de julho, e a sua intenção é na-turalmente que seja “uma grandefesta à boa moda portuguesa”, comamigos, música, exposições e identi-dade lusa bem presente em Cler-mont-Ferrand.O Presidente da associação, JoãoVeloso, agradeceu a presença daequipa do LusoJornal e do pro-grama português Raízes da RadioPluriel, em Lyon, pela divulgação epromoção dos eventos da Comuni-dade portuguesa na região Au-vergne Rhône Alpes. E ficou desdejá o convite feito para 2020.

Por Patrícia Guerreiro

Festa foi organizada pela associação Os Camponeses Minhotos

26 juin 2019

Le Marché Portugais de Cenon a 10 ans et se porte bienLe Marché Portugais de Cenon, orga-nisé par l’Association Alegria Portu-gaise de Gironde et par la Ville deCenon, s’est déroulé entre le 7 et le 9juin dernier. Un marché, une fête, unmoment de rencontres entre des com-merçants portugais, et un public com-posé de français et de portugais.Cette 10ème édition s’est ouverte levendredi avec un millier de personnesprésentes pour l’ouverture et un vind’honneur. L’événement comptait 30stands: «On était limité sur le nombrede stands, mais cela représentait toutde même 80 commerçants», reconnaîtFernanda Alves, Maire Adjointe deCenon.Un marché, une fête gratuite où toutétait disponible sur place: magasinsd’alimentation, gastronomie avec de lacharcuterie, des producteurs de mielet d’huile d’olive, ainsi que l’artisanat,des bijouteries, des ventes de vête-ments, sans oublier les banques, lesavocats, les agences immobilières etmême une Permanence consulaire.Tout cela concentré dans un parc mu-nicipal de Cenon, le Loret, en l’honneurd’un rassemblement portugais: «Les

gens pouvaient venir passer un bonmoment, discuter, partager, manger,s’amuser… Nous avions même unevente de ‘farturas’, ou des auto-tam-ponneuses comme dans les fêtes ty-piques portugaises. C’est un peucomme si on était au Portugal», assurela Maire Adjointe.Un village avec des animations: «On aeu un concert du groupe Lua Cheia, unorchestre d’Arcos de Valdevez ‘Micro-son’, as Rusgas, os Bombos, et leGroupe Folklorique de l’AssociationAlegria Portugaise de Gironde. Toutcela sans oublier le feu d’artifice quiattire énormément de public, tant por-tugais que français», souligne Fer-nanda Alves.Un Marché qui a réuni entre 30 à 35mille personnes: «L’essentiel, c’est queles gens consomment, achètent, serestaurent, et passent un bon mo-ment. Tout cela aidés par 100 béné-voles de l’Association. C’est une vraiefourmilière. On a en plus pu comptersur la présence de deux Secrétairesd’État: João Sobrinho Teixeira, Secretá-rio de Estado da Ciência, Tecnologia eEnsino Superior, et José Luís Carneiro,Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas. Ainsi que sur les

deux Députés portugais Carlos Gon-çalves et Paulo Pisco, le Député de laGironde (et ex-Maire de Cenon) AlainDavid, le Consul Général du Portugal àBordeaux Marcelo Mathias, et des re-présentants des villes jumelles et par-tenaires, Paredes de Coura et Arcos deValdevez.D’ailleurs une rencontre a été organi-sée entre les deux Secrétaires d’État etle monde associatif, plus de 50 per-

sonnes, au sein des installations del’Association. Tout cela est global, cen’est pas simplement un Marché», af-firme l’élue.La ville de Cenon est aujourd’hui uneplaque tournante à tous les niveauxpour le Portugal: «On est reconnu pournotre Marché. Des gens viennentmême de notre pays natal pour cettefête. C’est 10 ans de réussite pour notreville de presque 25 mille habitants, qui

compte 10% de Portugais. Et puis ilsemmènent toujours un souvenir dechez nous pour que Cenon soit aussivisible sur le sol portugais. Cette annéeaux commerçants portugais, nous leuravons offert un tire-bouchon gravé aunom de la Fête et qui était à l’intérieurd’une bouteille. C’est notre façon ausside les remercier», nous confirme Fer-nanda Alves.Quant à l’avenir, la Maire Adjointe n’estpas inquiète: «Presque tous les standssont réservés pour 2020. Notre objectifest de maintenir le marché, la qualitésurtout, et nous n’avons pas d’obliga-tion de grandir. Et cela même si je doisreconnaître que des fois on peut avoirdes petits problèmes de logistique,mais avec l’Association et avec la Mai-rie, on arrive à tout résoudre. Tout estpossible avec José Rodrigues, Prési-dent de l’Association, et Jean-FrançoisEgron, Maire de Cenon».En attendant le Marché Portugais de2020, Fernanda Alves nous invite à laFête de ‘Santoinho’ à Cenon, organiséepar l’Association Alegria Portugaise deGironde, le 29 juin et pour laquelle 630personnes se sont déjà inscrites. Cettefête s’inspire du ‘Santoinho’ de Vianado Castelo qui est un Arraial Minhoto.

Par Marco Martins

LJ / Patrícia Guerreiro

LUSOJORNAL12 ASSOCIAÇÕES

Associação“Verde Minho”organizou aFesta da Músicaem Ternay

A Associação Portuguesa “VerdeMinho” de Ternay (69), organizou aFesta da Música na sexta-feirapassada, dia 21 de junho, naquelacidade a sul de Lyon, e reuniu oRancho Folclórico da Associação eum grupo de música da Escócia.O Cônsul Geral de Portugal emLyon, Luís Brito Câmara, participouneste evento e foi recebido peloMaire de Ternay e pelo Presidenteda Associação, António Pereira.Este evento reuniu mais de 400Portugueses, com suas famílias eamigos, “numa clara demonstra-ção de rendição às nossas tradi-ções, música, dança e convívio”disse o Cônsul Geral em Lyon. “Oapoio e presença de numerosasAssociações portuguesas no even-to veio reforçar a presença de Por-tugal e aproximar os nossos com-patriotas uns dos outros”.Luís Brito Câmara aproveitoupara felicitar a Associação portu-guesa “Verde Minho” de Ternay,tendo felicitado o Presidente daAssociação António Pereira e a suaequipa por organizar o evento.Sublinhou a importância de semanter os laços com Portugal, aonível cultural e da nossa língua eencorajou os Portugueses a “con-tinuarem a reforçar as suas tradi-ções e hábitos culturais, quehonram Portugal, designadamenteos ranchos folclóricos que trazemPortugal para a França”.

Canal+: Clap de fin pour «Catherine et Liliane»Les deux secrétaires les plus célè-bres de la télévision française,«Catherine et Liliane» quittent dé-finitivement les écrans de Canal+après six saisons de succès.Depuis 2012, Catherine (jouée parAlex Lutz) et Liliane (jouée par lelusodescendant Bruno Sanches)passent leurs journées de travailassises derrière leur bureau àcommenter l’actualité telles deuxlangues de vipères. Les adieux auxcommères se dérouleront surgrand écran au music-hall Bobino,à Paris, avec la diffusion d'un best-of.Alex Lutz et Bruno Sanches nequittent pas Canal+ et dès la ren-trée prochaine, ils seront sur d’au-tres projets.

L’association Graines de Luso a rem-porté le prix du meilleur char au Fes-tival de Cinéma de Taverny qui s’esttenu du 7 au 9 juin dernier.Pour cette 5ème édition, le thèmechoisi par la ville était «sport et ci-néma».La programmation a, cette année en-core, été riche et complète avec desexpositions photographiques, desconférences et ateliers avec des pro-fessionnels du cinéma, des anima-tions sportives, des projections defilms, etc. Et il y a eu les incontourna-bles, et tant appréciés du public,concours de courts-métrages et défiléde chars.L’association Graines de Luso a parti-cipé, pour la troisième fois, au défiléde chars avec son véhicule décoré surle thème du film «Pelé, la naissanced’une légende».

Les décorations ont été réalisées parles enfants des ateliers ludiques d’ini-tiation à la langue portugaise et à laculture lusophone, et par les parents.

En amont, durant les ateliers, les en-fants ont pu découvrir le Brésil, Rio deJaneiro en particulier, les favelas oùPelé a grandi, et bien sûr découvrir

Pelé. Le Roi Pelé et son histoire, no-tamment par la projection privée dufilm.Ce projet a été conçu et réalisé avecl’aide de l’artiste Kazeiro, d’origineportugaise.Graines de Luso, dirigée par Isabeldos Santos Carvalho, a égalementreçu l’aide de l’atelier municipal d’artsplastiques de la ville et du centretechnique municipal.Les enfants et leurs familles ont défiléavec fierté en tenue de football, auxcouleurs du Portugal ou du Brésil,derrière leur char qui mettait enscène avec beaucoup de détails l’his-toire du film.L’association Gingado Baiano a ac-compagné Graines de Luso tout aulong de la parade en faisant des dé-monstrations de capoeira rythméeaux sons du berimbau et du pandeiro.

Véhicule décoré sur le thème du film «Pelé, la naissance d’une légende»

Realizou-se no passado domingo,dia 18 de junho, a Festa de final deano da Associação de pais e alunosda Secção Internacional Portuguesade Chaville e Saint Cloud (APESIP92).O ano letivo que agora finda foi oprimeiro ano de grande mudança naSecção, com a abertura da escolaprimária e do collège no polo deSaint Cloud.Nos últimos anos, foi tudo feito paramanter esta Secção internacionalda forma que estava idealizada,Ecole e Collège em Chaville e Liceuem Saint Cloud. Mas, após muitaentrega e luta, quer por parte daAPESIP, quer por parte da Coorde-nação do Ensino Português emFrança, “chegou-se à solução pos-sível”. Com o passar dos anos, opolo de Chaville será integralmentesubstituído e toda a Secção passarápara Saint Cloud.A Secção Internacional Portuguesa

de Chaville / Saint Cloud está atual-mente distribuída pelo Collège JeanMoulin no polo de Chaville e pelaEcole des Couteaux, Collège Verhae-ren e Lycée Alexandre-Dumas, no

polo de Saint Cloud.Esta Secção tem ainda uma “turmaespecial” na Ecole Paul Bert, emChaville, para dar apoio aos alunosda primária que possam integrar a

Secção a partir do collège nos pró-ximos anos.A tradicional festa tem como obje-tivo reunir todos os intervenientesda Secção Internacional Portuguesade Chaville / Saint Cloud e “festejarmais um ano de dedicação e amor àlíngua portuguesa” dizem ao Luso-Jornal os representantes da associa-ção dos pais. “A força da Secção estána forte implicação por parte depais, alunos e professores que acada ano disponibilizam parte dosseus estudos, bem como das suavidas, para manter viva a chama dalíngua e cultura portuguesas”.Na festa do passado domingo foramapresentadas algumas peças deteatro e pela primeira vez Chaville eSaint Cloud fizeram representaçõesem conjunto.No final da festa foram distribuídosalguns prémios pelos alunos e reco-nhecido o trabalho dos professores.

Nîmes: Torneio de Futebol da AssociaçãoForça Lusitana acabou em festaA Associação Força Lusitana (AFL) -Rádio Força Lusitana, de Nîmes, nodepartamento do Gard, presidida porHélder Amorim, organizou o seu pri-meiro Torneio de Futebol.Apesar da manhã ter acordado comchuva, o estádio municipal do SCManduel juntou muita gente no pas-sado dia 15 de junho para assistir aeste primeiro Torneio que convidouequipas portuguesas e franco-portu-guesas: Garons, Bouillargues - Dra-gons Vétérans, Manduel - Piratas, AFL,Juventude Lusitana de Toulon, Car-dina, APFH - Costa Construction, LesInconnus e FC Loccos.O ambiente no recinto do estádio erade festa, assim como à volta do bar.

Os voluntários da associação prepa-rarem a refeição que foi servida a

toda a gente durante a pausa de al-moço: frango assado na brasa.

A Rádio RTG, também de Nîmes, e di-rigida por Alex, ocupou-se das ani-mações, passando música diversapara todos os gostos.Já com uma tarde de sol, o númerode espectadores aumentou, sobre-tudo para o jogo da final do Torneioque fez defrontar as equipas da AFL -Força Lusitana e a APFH - Costa Cons-truction. A equipa organizadora doTorneio venceu por 1-0.O dia acabou com cantares ao desa-fio ao som das concertinas e ani-mado pelo duo Gipsy Sueno deRumba.Força Lusitana participará também,no próximo dia 7 de junho, no Torneiode Beach Soccer (futebol de praia) deBallaruc-les-Bains, com a sua equipaCantonalive.

Por Tony Inácio

Graines de Luso: Meilleur char au Festival de Cinéma de Taverny

Festa na Associação de pais da SecçãoInternacional de Chaville e Saint Cloud

LJ / Tony Inácio

26 juin 2019

LUSOJORNAL DESPORTO 13

Pedro Sousavenceu Torneiode Ténis deBloisO tenista português Pedro Sousaconquistou no domingo passado,o sexto título no circuito ‘challen-ger’, o primeiro em 2019, ao vencero belga Kimmer Coppejans na finaldo torneio francês de Blois, emterra batida.Pedro Sousa, 122º do rankingmundial, superou o 165º da hierar-quia da ATP em três ‘sets’, com osparciais de 4-6, 6-3 e 7-6 (7-4), numencontro que durou duas horas esete minutos.Aos 31 anos, Pedro Sousa garanteo sexto ‘challenger’ da carreira, de-pois de triunfos em Pullach (Ale-manha) e Braga, em 2018, e Como(Itália), Liberec (República Checa)e Francavilla (Itália), em 2017.

Dani Alves termina contrato edeixa o ParisSaint GermainO internacional brasileiro DaniAlves, cujo contrato com o PSG ex-pira no fim deste mês, vai deixar oclube pelo qual se sagrou bicam-peão francês de futebol, anunciouo defesa nas redes sociais. “Tudotem um início, um meio e um fime chegou o momento de colocarum ponto final. Termino um ciclona minha vida, um ciclo de vitórias,aprendizagem e experiências”, re-fere a conta oficial no Instagramdo veterano jogador, de 36 anos.Sem revelar o clube no qual pre-tende prosseguir a carreira, DaniAlves agradeceu ao PSG “a oportu-nidade de participar na criação deuma página na história do clube”da capital francesa, afirmando quesempre “fez o melhor possível” emdefesa da equipa.

Liga das Nações: Seleçãolusa de voleibolderrotada pelaFrançaA seleção portuguesa de voleiboldeu grande luta à sua congénerede França, mas foi derrotada por3-0, no segundo encontro noGrupo 15 da quarta jornada da Ligadas Nações, em Ardebial, no Irão.A formação das ‘quinas’, que navéspera havia perdido com o anfi-trião Irão por 3-1, num embate emque teve um ponto para ficar a li-derar por 2-0, foi derrotada pelos‘tangenciais’ parciais de 25-23 (28minutos), 26-24 (34) e 25-23 (30).Alexandre Ferreira e Bruno Cunhaforam os melhores pontuadoresde Portugal, ambos com oito, facea um conjunto gaulês que contoucom 12 de Timothée Carle parasomar o oitavo triunfo em 11 en-contros na prova

Le talonneur portugais qui jouait àGrenoble, Mike Tadjer, rejoint l’ASMClermont Auvergne pour la saison2019-2020. Formé à Massy et passésuccessivement par Agen, Brive etGrenoble, il poursuivra sa carrièresous les couleurs de l’ASM ClermontAuvergne où il s’est engagé pour unesaison, plus une optionnelle.Depuis l’annonce du départ de Ben-jamin Kayser, la recherche d’un talon-neur JIFF - Joueurs Issus des Filièresde Formation française - était la prio-rité de cette fin de saison avant ladate limite des mutations (15 juin àminuit). La signature du talonneurgrenoblois (libéré par son club aprèsla relégation de celui-ci) est ainsi unebonne nouvelle pour le Directeursportif clermontois, Franck Azéma:«Nous sommes très contents d’avoirtrouvé le renfort que nous cherchionsdans le temps et les contraintes im-partis. Mike est un talonneur expéri-menté, solide sur les fondamentauxdu poste qui connaît bien le Top-14pour y avoir évolué successivement àAgen, Brive et Grenoble lors des der-nières saisons (60 matches disputés).Nous avons également de solides ga-ranties vis à vis de ses valeurs, sonétat d’esprit et nous ne doutons pasde sa rapide intégration dans notrecollectif», a affirmé le Directeur spor-tif au site du club.LusoJornal a pu s’entretenir avecMike Tadjer sur ce nouveau défi quil’attend.

Quel est le sentiment personnelaprès avoir signé pour l'ASM?Le sentiment d’avoir signé à l’ASM,c’est évidemment une grande fierté

en premier!

Dans le rugby, c’est un rêve ou pas

d’arriver à un tel club?Oui, c’est un rêve de rejoindre un trèsgrand club et Clermont fait partie de

ces clubs-là.

Vous vous attendiez à recevoir cetteproposition? Comment tout s’estpassé?Non, pas trop, on finissait la saisonavec Grenoble, j’avais entendu queClermont peut-être chercherait untalonneur si Kayser devait arrêter,mais je n’avais pas prêté attentionpuis jusqu’au jour où ça s’est concré-tisé.

Quels seront vos objectifs personnelset collectifs pour la prochaine saison?Mes objectifs seront de faire unebonne préparation physique et dem’intégrer au groupe! Puis, par lasuite, d’engranger le plus de tempsde jeu possible.

Cette année, une courte défaite en fi-nale, qu’en avez-vous pensé?Pour rien vous cacher je n’ai pas tropvu la finale, j’étais à un mariage... Maisils sont très fort, je sais que ClermontFerrand va rebondir.

Vous allez retrouver Morgan Parra, unmot sur ce joueur qui est lusodes-cendant?Parra est un joueur bien connu denotre Championnat voilà, ça faitlongtemps qu’il joue en Top-14, il esten équipe de France, c’est un grandjoueur.

Un mot sur la sélection. Ils sont re-montés en Deuxième division euro-péenne, une bonne nouvelle pour lerugby portugais?Oui le rugby a gagné. J’ai vu passerune photo des copains là-bas, c’estune superbe nouvelle pour le rugbyportugais !

Par Marco Martins

Un international portugais arrive à Clermont

A Associação Portuguesa Cultural eRecreativa de Caluire (69) organizou,no passado sábado dia 22 de junho,uma Festa de S. João, que decorreunas instalações da associação, emCaluire, nos arredores de Lyon.As festividades iniciaram-se pelahora do almoço, com várias especia-lidades grelhadas colocadas à dis-posição dos associados, tendo asportas aberto ao público em geralpelas 16h30. Para a hora do jantar,foram disponibilizadas finalmenteas tão desejadas sardinhas assadase o famoso caldo verde, preparadocom todo o preceito pela equipa daassociação.Fernando Abreu, o limiano que pre-side esta associação desde março,em substituição do mítico Presi-dente José Cunha, mostrava a suaenorme satisfação pelo grande es-pírito de sacrifício revelado portodos os membros da Direção, bemcomo pelos muitos voluntários queajudaram a que tudo pudesse corrercom muita alegria.Igualmente presentes, a convite daDireção, estavam o Conselheiro dasComunidades Manuel Cardia Lima,

António Rabeca em representaçãodo Banco Santander Portugal e oDeputado à Assembleia da Repú-blica Portuguesa Carlos Gonçalves,que aproveitou a ocasião para sau-dar o dinamismo que todos osmembros desta associação têm re-velado ao longo dos últimos anos,incentivando os mesmos a conti-nuar.Carlos Gonçalves salientou ainda aimportância do papel do emigranteno apoio à recuperação económicaque se verificou em Portugal nos úl-timos anos, bem como a importân-

cia dos parceiros financeiros nestemovimento, destacando o papel dosescritórios de representação doBanco Santander Portugal.Com a animação sonora a cargo deSérgio Karaoke que animou os pre-sentes com a sua música até de ma-drugada e proporcionou a alegriados muitos dançarinos presentes,durante a tarde e serão foi possívelapreciar as intervenções de váriostocadores de concertina, das inter-venções de Fernando Calheiros,Norberto Ferreira e Jorge Lima, estesdois últimos vindos da Comunidade

portuguesa de Genebra, Suíça.O Presidente da Direção agradeceua todos a presença, anunciou desdelogo em primeira mão a data do Fes-tival de folclore que irá realizar-se a21 de setembro, relembrou quetodos os fins de semana até final dejulho, a associação vai disponibilizarvárias atividades de convívio para osassociados e não se despediu semantes dar uma palavra de agradeci-mento ao anterior Presidente JoséCunha que tem sido um apoio im-portante nestes primeiros meses dadireção.

Por Manuel Lopes

Mike TadjerNé le 10 mars 19891,80m pour 106 kgPoste: TalonneurFormé à Massy, puis Agen (2015-2017), Brive (2017-2018) et Grenoble (2018-2019)International Portugais, 11 sélections60 matchs de Top 14

Festa de S. João em Caluire

Rugby: Mike Tadjer a signé à l’ASMClermont Auvergne

LJ / Tony Inácio

26 juin 2019

LUSOJORNAL14 DESPORTO

La France élimine le Brésil et file en quartDans une rencontre au sommet enhuitième de finale, les Brésiliennesont longtemps cru pouvoir fairetomber le pays hôte avant de fina-lement céder au bout du suspense(1-2 a.p).Certains observateurs s’attendaientà un match à sens unique entre laFrance et le Brésil au Havre. Dans unstade Océane plein à craquer, lesjoueuses de Vadão ont fait mentirles critiques, mettant à mal desFrançaises bien maladroites dans lejeu. Incapables de tenir le ballonavec beaucoup d’erreurs dans lespasses, les Bleues ont laissé la Sele-ção mener la danse, à tel pointqu’elle n’avait toujours pas cadréune frappe à la pause.Si Gauvin s’est vue refusé un but surune action dure à juger (27 min), ellen’a pas tremblé au moment de re-prendre un centre tendu de Dianidès la reprise de la seconde période(1-0, 52 min). Un but qui aurait pu as-sommer les coéquipières de Marta.Mais bien décidées à ne pas quitterla compétition de cette manière, cesdernières réagissent en égalisantsur une frappe de Thaisa suite à uncentre mal repoussé par Renard (1-1, 63 min).Dos-à-dos à la fin des 90 minutes,les deux équipes continuent de setenir en prolongation. Une rencontrequi bascule finalement en quelquesminutes. Juste avant la mi-temps dela prolongation, M’Bock réalise unénorme sauvetage sur un tir de De-binha qui venait de battre Bouhaddi(105+3 min). Et dès la reprise, sur uncoup franc d’Amel Majri, c’est la ca-pitaine française Henry qui se jette

au point de penalty pour marquer lebut de la victoire (2-1, 107 min).Une fin de match cruelle pour leBrésil, qui sort du tournoi par lagrande porte comme l’a souligné Ta-mires après la rencontre: «Le Brésiltombe aujourd’hui. Mais le Brésiltombe debout. On savait que laFrance était meilleure sur le terrain.L’idée était de les bloquer et les em-pêcher de ressortir tranquillement.Elles n’ont pas eu la liberté qu’ellessouhaitaient. Il nous a manqué leréalisme devant la cage mais c’étaitun match équilibré. On a respecté latactique de jeu et ça a bien fonc-tionné. Mais le match s’est décidésur un coup de pied arrêté».Même sentiment de déception et de

fierté pour la portière brésilienneBarbara: «C’est un moment trèstriste, le rêve s’est de nouveau ter-miné ce soir. Le résultat aurait puêtre différent. On a joué les yeuxdans les yeux et on méritait la vic-toire je pense. Il nous a manquébeaucoup de choses: les jambes, latête, le niveau sur le terrain… Nousfaisons des erreurs bêtes commesur le deuxième but. Mais pourquoic’est arrivé? Je ne sais pas, c’estcompliqué de parler à chaudcomme ça. En tout cas, nous avonslutté jusqu’au bout».La joueuse est d’ailleurs restée flouesur son avenir: «Je ne prétends pasêtre à la prochaine Coupe dumonde, vous savez, je ne sais déjà

pas ce que je vais manger demain.J’aimerais disputer les Jeux Olym-piques, peut-être terminer ma car-rière là-bas. Il faut qu’on se préparepour ce nouvel objectif, pour allerchercher la médaille d’Or».Andressa Alves, restée sur le bancaprès s’être blessée en phase depoule, à tenu de son côté à rappelerla belle prestation brésilienne: «Jesuis très fière de l’équipe au-jourd’hui. Certains ont pu critiquermais ils ont pu voir que les joueusesse battent jusqu’au bout. Cristiane amême terminé le match en se bles-sant. Sans ce coup de pied arrêté, onaurait pu aller aux tirs au but et avoirune issue heureuse. Mais ce n’estpas arrivé».

Mais la réaction la plus intense de lasoirée est venue de la capitaine duBrésil, Marta. Alors qu’elle disputaitsans doute son dernier match dansun Mondial, l’attaquante a tenu àlaisser un message à la future géné-ration à la sortie du terrain: «On doitvaloriser plus notre équipe. On de-mande beaucoup de soutien maison doit se donner plus. J’aurais aimésourire et pleurer de joie ce soir.Mais il faut retenir le plus important.On doit pleurer au début pour sou-rire à la fin. On doit en vouloir plus,s’entraîner plus, faire plus attentionà nous, être prêtes à jouer 90 mi-nutes ou plus. C’est ce que je de-mande aux jeunes aujourd’hui. Vousn’aurez pas éternellement une For-miga, une Marta ou une Cristiane! Lefootball féminin dépend de vouspour survivre! Pensez à cela. Pleurezau début pour sourire à la fin!»Un message sur lequel Marta a denouveau appuyé en zone mixte:«Quand on voit Formiga à 41 ans,on se dit c’est un miracle. Mais elleprend soin d’elle, elle se donne.Pour la sortir d’un terrain d’entraî-nement, il faut être deux ou troispour lui faire entendre raison. Elles’entraîne avec acharnement, ellese donne jusqu’au bout. Mais ellen’est pas éternelle. Il faut que lesjeunes s’inspirent de ça pour pren-dre le relais.Si la France est aujourd’hui à ce ni-veau c’est parce qu’elles jouent en-semble depuis longtemps. Mais leBrésil a mis tout son courage dansce Mondial, on a lutté jusqu’aubout. Le bilan de la Coupe dumonde est plutôt positif, pas seule-ment la mienne et mon record,mais toute la sélection».

Par Daniel Marques

Coupe du Monde de Football Féminin 2019

Mélissa Gomes, l’arme fatale du Stade de ReimsL’équipe française du Stade deReims a fini à la 3ème place del’Euro Winners Cup de football deplage, version féminine, qui s’est dé-roulé sur la plage de Nazaré au Por-tugal.La victoire lors de cette compétitiona été acquise par les espagnoles duclub ‘Playas de San Javier’, qui ontbattu les espagnoles du Madrid FFaux penaltys, après le match nul, 3-3, lors du temps réglementaire et dela prolongation.Lors du match pour la 3ème place,c’est le Stade de Reims qui s’est im-posé, 9-3, face aux Italiennes du Lo-krians Beach Club. Un tournoidurant lequel la lusodescendanteMélissa Gomes a marqué 14 butspour Reims. La Franco-Portugaise ad’ailleurs terminé meilleure buteuselors de ce tournoi.Un tournoi Euro Winners Cup qui serapproche de la Ligue des Cham-pions, si on devait comparer le for-mat au football à 11. Chez leshommes, c’est le Sporting de Bragaqui s’est imposé pour la troisièmeannée consécutive.Mélissa Gomes achève ainsi une sai-

son parfaite, car en plus du footballde plage, elle représente le Stade deReims sur les pelouses françaises,qui est monté de division, atteignantainsi la première division française.Pour LusoJornal, Mélissa Gomes

s’est livrée sur cette saison incroya-ble et sur ce tournoi disputé au Por-tugal.

Comment s’est déroulé le tournoi?3ème place, objectif atteint?

Ce fut une grande première pournous sous les couleurs du Stade deReims, on ne pensait pas arriveraussi loin. La plupart des fillesn’avait jamais joué sur un terrain debeach. C’était une bonne expérience

et on en gardera un bon souvenir.Merci à Maxence Prévost et le Stadede Reims pour tout leur dévoue-ment et travail effectué pour avoirpu participer à ce magnifique tour-noi, l’Euro Winners Cup 2019.

Meilleure buteuse, la saison ne pou-vait pas être meilleure pour Mé-lissa? Si on compte la montée avecReims et le retour en sélection...Effectivement, pour ma part, la sai-son 2018-2019 a été une magnifiquesaison en terminant Championne deD2 et meilleure buteuse de ceChampionnat. De plus, le retour ensélection en 2019 m’a fait énormé-ment de bien. Ce fut et c’est une im-mense fierté de pouvoir représentermon pays. Cette saison restera gra-vée dans ma mémoire, c’est sûr.

Le beach soccer féminin, Mélissa atoujours aimé cette discipline?Depuis petite je passe mes étés auPortugal, plus particulièrement àNazaré où je jouais au Beach soccerla plupart du temps car mes grandsparents sont originaires de là-bas.C’est très différent du vrai footballmais ça reste un plaisir de jouer surdu sable.

Par Marco Martins

Meilleure buteuse lors de l’Euro Winners Cup

Assessoria / CBF

Stade de Reims

26 juin 2019

LUSOJORNAL DESPORTO 15

BOA NOTÍCIA

«Deixa tudo esegue-Me»No próximo domingo, dia 30, oEvangelho convida-nos a medi-tar a seguinte questão: «paraJesus, quem é o verdadeiro dis-cípulo?». Graças a três respos-tas dadas a três “candidatos”,conhecemos algumas das con-dições para entrar no discipu-lado de Jesus e percorrer oCaminho que leva à plenitudeda salvação. Que condições sãoessas?«As raposas têm as suas tocas eas aves do céu os seus ninhos;mas o Filho do homem não temonde reclinar a cabeça». Com aprimeira resposta aprendemosque o discípulo deve despojar-se totalmente das preocupa-ções materiais: para ele, o Reinotem de ser infinitamente maisimportante do que as comodi-dades e o bem-estar material.«Deixa que os mortos sepultemos seus mortos; tu vai anunciaro reino de Deus». A segundaresposta ensina que os deverese obrigações deste mundo,mesmo os mais importantes,são secundários quando com-parados com o compromisso deseguir Jesus Cristo.«Quem tiver lançado as mãosao arado e olhar para trás nãoserve para o reino de Deus». Aterceira resposta sugere-nosque o discípulo deve despegar-se de tudo e fazer do Reino asua prioridade fundamental:nada deve adiar ou demorar anossa resposta.É uma página do Evangelho quesurpreende e choca pelo radica-lismo e nível de compromissoque exige. Ao mesmo tempo,confirma-nos que Jesus não éum “guru” sedento de adeptos,disposto a atenuar as condiçõesdo discipulado ou a baixar oideal de vida proposto, para au-mentar o número dos fiéis dasua Igreja. O “Caminho” pro-mete vida nova, vida em Deus!Mas pede sacrifícios, abnega-ção, fidelidade.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Paroisse Saint Jean Baptiste de Neuilly158 avenue Charles de Gaulle92200 Neuilly-sur-SeineDomingo às 9h30

A futebolista internacional portu-guesa Jéssica Silva disse ter atingidoo topo ao assinar pelo tetracampeãoeuropeu Lyon e considerou que estatransferência para a “melhor equipado mundo” vem comprovar a quali-dade das jogadoras lusas. “Tenho acerteza que cheguei ao topo. Tenhodois anos de contrato e quero afir-mar-me, embora haja sempre umano de adaptação. Sei que vou con-seguir evoluir, porque vou treinarcom as melhores jogadoras. É umagrande responsabilidade vestir a ca-misola do Olympique”, afirmou Jés-sica Silva, em entrevista à Lusa.Um dia depois de ter firmado con-trato por dois anos com o conjuntofrancês, a jogadora, que represen-tou o Levante nas duas últimastemporadas, disse ter concretizadoo objetivo “de chegar a uma grandeequipa” e de participar na Liga dosCampeões feminina, prova que oLyon conquistou nas últimas quatrotemporadas.Jéssica pretende agora “desfrutar,aprender e crescer” no emblemaque venceu os últimos 13 Campeo-natos em França. “Tive outras pro-postas aliciantes, mas o Lyon é oLyon, é a melhor equipa do mundo enão pensei duas vezes. Acho que vouencaixar bem no Campeonato fran-cês. É um futebol mais físico, mais in-tenso e com menos paragens do que

em Espanha”, disse à Lusa a ala, de24 anos, que em setembro do anopassado já tinha estado próxima dereforçar o Lyon.De resto, Jéssica Silva confessou quejá se vê a “assistir” as colegas deequipa e consagradas Ada Heger-berg e Eugénie Le Sommer: “Já so-nhei com isso. A Le Sommer é umajogadora incrível, na qual me revejoaté mais do que na Ada. Claro que jáimaginei e estou muito ansiosa porcomeçar a treinar com elas”.Após ter representado Clube de Al-bergaria, Linkoping (Suécia), Sporting

de Braga e, mais recentemente, o Le-vante, a internacional lusa vai conti-nuar a atuar no estrangeiro, àsemelhança de outras jogadorasportuguesas, como Mónica Mendes(AC Milan), Cláudia Neto (Wolfs-burgo), Dolores Silva (Atlético de Ma-drid) ou Matilde Fidalgo (ManchesterCity). “Os grandes clubes europeusreconhecem cada vez mais a quali-dade da jogadora portuguesa. Temosuma geração fantástica a aparecer.Os clubes percebem que há trabalhoe ambição na jogadora portuguesa eque temos qualidade. Estão mais

atentos ao que se faz em Portugal”,salientou.A presença no Europeu feminino de2021 é outra das ambições de JéssicaSilva, que falhou a primeira partici-pação de Portugal naquela compe-tição, em 2017, devido a lesão.“Infelizmente, tive duas lesões gravesque me podiam ter feito abanar, masnunca olhei para trás. Fiquei fora doEuropeu, mas agora quero estarnuma grande competição europeiacom a minha Seleção”, vincou aatleta, que vê Cristiano Ronaldo e Ri-cardinho “como exemplos”.

Futebol feminino

Um pouco de história:Foi no tempo de D. João I (1415), numperíodo onde o processo de expansãomarítima e colonial imperava, quandoo monarca organiza uma expedição aCeuta com o objetivo de conquistar acidade, que D. João I incumbiu os seusfilhos (D. Henrique e D. Pedro) de or-ganizar uma armada poderosa. O Reigozava de uma relação privilegiadacom a cidade e os Portuenses.D. Henrique, natural do Porto, teve aresponsabilidade de preparar embar-cações nos estaleiros do Douro (en-quanto D. Pedro faria algo semelhanteno Tejo). A junção das frotas visava oassalto à cidade de Ceuta.Ora, a lenda conta que a cidade for-neceu tudo o que tinha para que nadafaltasse às embarcações, sacrifi-cando-se em nome de D. Henrique.Apenas as tripas restaram e foi cominvulgar criatividade gastronómicaque se criaram as Tripas à moda doPorto. Assim, os habitantes da cidadeficaram com alcunha de Tripeiros.Esta lenda, como muitas outras, pos-sui um fundo verdadeiro. Contudo,como todas as lendas, esta não asse-gura 100% da verdade não podendo,por isso, ser encarada como um factohistórico. Isto porque sobre o con-sumo de tripas, sabe-se que não foieste o único momento em que talaconteceu, na história da humani-dade. Existem relatos de outros epi-sódios históricos, no qual as tripas

foram consumidas (pela mesma razãode escassez de alimentos).

Ingredientes:1,5kg de tripas, folho e favos de vitela150g de presunto100g de banha de porco4 cenouras2 cebolas1 orelha de porco1 mão de vitela1 chouriço1 lata feijão branco1 folha de louro1 ramo de salsa1 limão1/2 frangoSal e cominhos, q.b.

Preparação:Lave muito bem as tripas, folhos efavas, esfregando com limão e sal.Deixe em água com rodelas de limão,até ficarem brancas.Coza as cenouras e todas as carnes.Derreta a banha noutro tacho ealoure a cebola picada, com a folhade louro.Ao refogado, junte todas as cenourascozidas, o feijão, as carnes (partidasem pedaços), um pouco de caldo decarne e tempere tudo com cominhose sal.Permita que as tripas cozam por 25minutos, aproximadamente.Polvilhe com salsa picada e sirvanuma terrina.

Atenção: Dizem os entendidosque… “As tripas ficam melhoresuma semana depois. Experimentecongelar e servir na semana a se-guir”.

Nota: Devem ser servidas com arrozbranco.Vinho: Como homenagem à cidade,escolha um vinho do Douro paraacompanhar a refeição.

Na cozinha do VitorTripas à Moda do Porto

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Jéssica Silva diz ter atingido o “topo”com a mudança para o Lyon

26 juin 2019

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