Proposta Para Moderniza o Do Setor Primrio Do DF

8/19/2019 Proposta Para Moderniza o Do Setor Primrio Do DF

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

LUIZ VICENTE GENTIL

Proposta para aModernização do Setor Primário do Distrito Federal

Brasília – 2003


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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

LUIZ VICENTE GENTIL

Proposta para aModernização do Setor Primário do Distrito Federal

Brasília – 2003


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Gentil, Luiz Vicente

G338 Proposta para a modernização do setor primário do Distrito Federal/ Luiz Vicente Gentil. – Brasília : Editora Universidade de Brasília, 2003.

110p.

1. Agropecuária-Distrito Federal. 2. Sociedade rural. 3. Política dedesenvolvimento sócioeconômico. I. Título.

CDU 63(817.4)


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P r e f á c i o

O setor agrícola do Brasil em geral e do Distrito Federal em particular, vem experimentando nestasúltimas décadas um grande desenvolvimento social e econômico, trazendo renda, emprego e bemestar social.

A Universidade nas suas funções de ensino, pesquisa, extensão e preocupada em trabalhar e criar informações privilegiadas para um sistema de apoio à decisão dos nossos líderes públicos e dainiciativa privada, vem agora com o lançamento de mais um trabalho do Prof. Luiz Vicente Gentil,enriquecer com orientações e alternativas, a regularização e a reestruturação desta área da sociedadeque leva alimento às nossas mesas e gerando riqueza em divisas pelas exportações.

Este trabalho desenvolvido junto à disciplina de Administração Rural e Comercialização Agrícolada Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, durou nove meses, envolveu mais de 350

pessoas e teve a participação de entidades públicas e civis como o Sindicato Rural do Distrito

Federal, SEBRAE, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do GDF e associaçõesclassistas de cada um dos onze segmentos produtivos prospectados.

Parabenizamos a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, assim como todos colaboradoresdeste trabalho, inclusive alunos que vieram somar no desenvolvimento sócioeconômico daagropecuária do Distrito Federal.

Lauro MorhyReitor

Universidade de Brasília

Brasília, novembro de 2003


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P r e f á c i o

Todos nós estamos orgulhosos pelo excelente desempenho da agricultura brasileira nos cenáriosnacional e internacional.

Temos hoje a agricultura tropical mais desenvolvida do mundo, somos os maiores exportadores desoja, suco de laranja, açúcar de cana, café e neste ano galgamos o primeiro lugar na exportação decarne bovina.

O saldo comercial da agricultura brasileira em 2003 deverá atingir 23 bilhões de dólares, contribuindode maneira decisiva para o equilíbrio das contas externas do país.Em 2002 a contribuição do agronegócio para a formação da renda nacional correspondeu à 29 %do PIB Brasileiro.

Estes resultados só foram possíveis pelo espírito empreendedor dos produtores rurais com apoio da pesquisa e medidas governamentais, principalmente na área de exportação.

O Distrito Federal nunca terá expressão quantitativa relevante na agricultura brasileira, principalmente pela exígua área considerada rural, com cerca de 420 mil hectares.

Não obstante, por tratar-se da capital da república, com excelentes condições estruturais e outrosfatores sócioeconômicos, o Distrito Federal é importante pólo de desenvolvimento do país, e ondea agricultura deverá ocupar lugar de destaque em termos de excelência, pelas repercussões queterão no cenário nacional, principalmente como área demonstrativa de aproveitamento do cerrado

brasileiro, maior ecossistema do país.

Prefaciar este trabalho do professor Gentil da Universidade de Brasília e denominado “Proposta para a Modernização do Setor Primário do Distrito Federal”, é uma satisfação, pois foram novemeses de trabalho em que estivemos juntos neste desafio, mobilizando 350 pessoas de 11 setores

produtivos e 23 segmentos ou cadeias deste setor.

Foram considerados diferentes aspectos da realidade rural como legislação, economia, planejamentoestratégico, sociologia, marketing mix, além de uma detalhada fotografia da agropecuária por meiode pesquisas e estudos com os envolvidos, entre eles, 198 entrevistados produtores, seis painéiscom 35 especialistas, além de 75 entrevistas com lideranças de cada setor.

O objetivo deste trabalho em parceria entre o Sindicato Rural do DF, a UnB e o SEBRAE/DF éoferecer às lideranças e autoridades brasileira, informações atuais, detalhadas e confiáveis paraadequadas decisões do progresso atual e futuro do DF num desenvolvimento economicamenteviável e socialmente justo.

Numa fase em que as lideranças rurais, através de seus Sindicatos, implantam a Federação daAgricultura e Pecuária do Distrito Federal, sentimo-nos gratificados em apresentar esta pesquisa,feita com a participação dos diferentes setores econômicos da agropecuária do Distrito Federal.

Renato Simplício LopesPresidenteSindicato Rural do Distrito Federal


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ABSTRACT This socioeconomic survey of the primary sector of the BrazilianFederal District (DF) lays out paths for the development of agriculture, stockraising and services during approximately the nexttwenty years. The study arose in response to requests of the rural

population of the Federal District for guidelines based on scientificwork of the University for channeling investments, time, priorities,

public policies and energy in benefit of the rural population andthe activities which form around it, which would be economicallysustainable, socially just and ethically correct.The generation of employment, incentive to enterprises andindustries, and a structure for better distribution of means andresources and creation of peace in the countryside were given

priority in the proposals.During nine months 350 persons were mobilized from 11

productive and service sectors re la ted to agriculture andstockraising in the Federal District, with the Federation of Agriculture and Stockraising of the Federal District, private and

public enterprises and government bodies providing information.Using available scientific methodology, information was collectedfrom five sources: review of previous studies, high level interviews

with 75 persons, market research with 198 rural producers, aworkshop with 15 coordenators of the program Pró-Rural of EMATER/DF (rural extension service), and six panels for environmental analysis with 35 leaders of complex sectors. Theresults detail the competitive advantages, or not, of each sector,using the techniques of SWOT analysis and multiple andconvergent focal points and interests of the rural population of the Federal District.The conclusions present 15 macrostrategic approaches for thesocioeconomic and ethic development of the primary sector of

the Federal District.


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RESUMO Esta proposta para a modernização do setor primário do DistritoFederal, aponta caminhos para o desenvolvimento da agropecuáriae serviços para até os próximos 20 anos. Nasceu dos pedidos deum governador do Distrito Federal e da sociedade rural do DF,que sem uma diretiva baseada num trabalho científico daUniversidade, pudesse direcionar investimentos, tempo,

prioridades, políticas públicas e energia em benefício da sociedaderural e das atividades que ao redor dela gravitam, ao mesmo tempoque fosse economicamente sustentado, socialmente justo e

eticamente correto.A geração de empregos, incentivo às empresas e indústrias, aestrutura que melhor distribua meios e recursos criando paz nocampo, foram prioridades e cujos resultados seguem numa

proposta.Durante nove meses mobilizaram-se 350 pessoas de 11 segmentos

produtivos e serviços da agropecuária do DF, onde o SindicatoRural do DF, empresas privadas, públicas e órgãos de governo

participaram com informações. Usando-se a metodologia científicadisponível, estas vieram de cinco fontes como revisão de trabalhosanteriores, entrevistas de alto nível de informações com 75 pessoas,

pesquisa de mercado com 198 produtores rurais, um wokshop com15 coordenadores do Pró-Rural da EMATER/DF e seis painéiscom 35 líderes de setores complexos em análise conjuntural. Osestudos mostram as vantagens competitivas ou não das cadeias

produtivas de cada setor onde se usou a técnica de SWOT Analysis,assim como de cruzamentos múltiplos e convergentes de pontosfocais e de interesse da sociedade rural do DF.As conclusões apresentam 15 linhas macro estratégicas para odesenvolvimento sócioeconômico e ético do setor primário doDistrito Federal, entre elas legislação, monitoramento ético,

organização e competitividade das cadeias produtivas, indústriade transformação, capacitação profissional, crédito, banco decérebros, uso responsável dos recursos naturais, reestruturaçãofundiária, administração das infra-estruturas públicas, integraçãouniversidade-mercado, apoio aos não competitivos e pequenos

produtores rurais, criação de pólos setoriais de desenvolvimento.


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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 12. Revisão da literatura ................................................................................................................ 23. Materiais, instalações e serviços ............................................................................................. 14

3.1 - Instalações ................................................................................................................... 143.2 - Processamento de dados.............................................................................................. 143.3 - Equipe ......................................................................................................................... 143.4 - Orçamento ................................................................................................................... 153.5 - Questionários e formulários ........................................................................................ 15

4. Metodologia ............................................................................................................................. 164.1 - Cooperação.................................................................................................................. 164.2 - Região de abrangência ................................................................................................ 164.3 - Amostragem ................................................................................................................ 164.4 - EANI - Entrevistas de alto nível de informações........................................................ 16

4.5 - Pesquisa de mercado com questionários..................................................................... 174.6 - Workshop ..................................................................................................................... 174.7 - Painel ........................................................................................................................... 174.8 - Segmentos produtivos ................................................................................................. 174.9 - Split da amostragem .................................................................................................... 174.10 - Cronograma e fases ..................................................................................................... 18

5. Resultados obtidos ................................................................................................................... 195.1 - EANI - Entrevistas de alto nível de informações........................................................ 19

5.1.1 - Turismo rural ................................................................................................... 205.1.2 - Agroindústria ................................................................................................... 215.1.3 - Orgânicos ......................................................................................................... 225.1.4 - Hortaliças ......................................................................................................... 235.1.5 - Flores................................................................................................................ 245.1.6 - Pecuária de corte e frigoríficos ........................................................................ 255.1.7 - Leite ................................................................................................................. 265.1.8 - Pequenos animais............................................................................................. 265.1.9 - Abelhas............................................................................................................. 275.1.10 - Aves .................................................................................................................. 275.1.11 - Porto Seco ........................................................................................................ 285.1.12 - Agentes financeiros .......................................................................................... 295.1.13 - Cooperativas .................................................................................................... 30

5.1.14 - Assentamentos ................................................................................................. 315.1.15 - Supermercados e distribuição .......................................................................... 315.1.16 - Capacitação da mão-de-obra ........................................................................... 335.1.17 - Conjuntura ....................................................................................................... 335.1.18 - Desenvolvimento sócioeconômico .................................................................. 345.1.19 - Tributos ............................................................................................................ 345.1.20 - Fiscalização pública ......................................................................................... 355.1.21 - Universidade de Brasília.................................................................................. 355.1.22 - SEBRAE .......................................................................................................... 365.1.23 - Ética ................................................................................................................. 36

5.2 - Pesquisa de mercado ................................................................................................... 375.2.1 - Maiores problemas dos empresários................................................................ 385.2.2 - Fatores mais importantes para a produção ...................................................... 38


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5.2.3 - Fatores que mais pesam no custo da produção ................................................ 395.2.4 - Bens e instalações mais encontrados nas propriedades ................................... 395.2.5 - Formas de melhorar a qualidade do produto ................................................... 405.2.6 - Sugestões para reduzir o custo da produção .................................................... 405.2.7 - Como eliminar intermediários desnecessários ................................................ 415.2.8 - Algum tipo de benefício já recebido pelo SEBRAE........................................ 41

5.2.9 - Maiores problemas para vender ....................................................................... 425.2.10 - Participação em cooperativa ou associação..................................................... 425.2.11 - Padrão ideal para descendentes ....................................................................... 435.2.12 - Equipamentos, instalações e veículos nas empresas ....................................... 435.2.13 - Tipos de serviços mais contratados ................................................................. 445.2.14 - Imagem que se tem das cooperativas............................................................... 445.2.15 - Origem dos entrevistados................................................................................. 455.2.16.a - Índice de aceitação para fatores associados à atividade .................................. 455.2.16.b - Índice de aceitação para fatores associados à atividade .................................. 465.2.17.a - Índice normal para fatores associados à atividade .......................................... 47

5.2.17.b - Índice normal para fatores associados à atividade .......................................... 475.2.18.a - Índice de rejeição para fatores associados à atividade .................................... 485.2.18.b - Índice de rejeição para fatores associados à atividade .................................... 495.2.19 - Opinião de desunião entre os empresários ...................................................... 495.2.20 - Uso de assistência técnica................................................................................ 505.2.21 - Maiores problemas para a produção ................................................................ 505.2.22 - Sugestões para melhorar o crédito ................................................................... 51

5.3 - Workshop com coordenadores do Pró-Rural ............................................................... 515.3.1 - Resenha das respostas abertas do Workshop .................................................... 51

5.3.1.1 - Perfil cultural, psicológico e econômico .................................................... 515.3.1.2 - Capacitação e qualidade da mão-de-obra ................................................... 515.3.1.3 - Ações para aumento da demanda ................................................................ 515.3.1.4 - Formas para implantação de sistemas de custos ......................................... 525.3.1.5 - Formas para melhor distribuição de renda.................................................. 525.3.1.6 - Formas de agregar valor à produção ........................................................... 525.3.1.7 - Formas de se ter mais justiça social ............................................................ 525.3.1.8 - Formas da agropecuária ser controlada por pessoas do setor primário ...... 525.3.1.9 - Formas de explorar facilmente atividades extensivas no DF...................... 525.3.1.10 - Medidas possíveis para a titulação das terras ............................................. 52

5.3.2 - Segmentos dos coordenadores do Pró-Rural ................................................... 525.3.2.1 - Horticultura ................................................................................................. 52

5.3.2.2 - Fruticultura .................................................................................................. 535.3.2.3 - Agricultura orgânica .................................................................................... 545.3.2.4 - Floricultura .................................................................................................. 555.3.2.5 - Bubalinocultura ........................................................................................... 555.3.2.6 - Avicultura .................................................................................................... 565.3.2.7 - Bovinocultura de corte ................................................................................ 565.3.2.8 - Suinocultura ................................................................................................ 575.3.2.9 - Piscicultura .................................................................................................. 585.3.2.10 - Irrigação localizada ..................................................................................... 585.3.2.11 - Turismo rural ............................................................................................... 59

5.3.2.12 - Agroindústria ............................................................................................... 595.3.2.13 - Ovinocultura ................................................................................................ 605.3.2.14 - Apicultura .................................................................................................... 61


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5.3.2.15 - Estrutiocultura ............................................................................................. 615.4 - Painéis ......................................................................................................................... 62

5.4.1 - Grãos ................................................................................................................ 625.4.2 - Turismo rural ................................................................................................... 655.4.3 - Agroindústria ................................................................................................... 675.4.4 - Aves .................................................................................................................. 70

5.4.5 - Flores................................................................................................................ 715.4.6 - Pecuária de corte.............................................................................................. 73

6. Análise e discussão dos resultados .......................................................................................... 766.1 - EANI-Entrevistas de alto nível de informações .......................................................... 766.2 - Pesquisa de mercado ................................................................................................... 786.3 - Workshop ..................................................................................................................... 806.4 - Painel ........................................................................................................................... 80

7. Conclusões e proposta ............................................................................................................. 817.1 - Legislação.................................................................................................................... 827.2 - Monitoramento ético ................................................................................................... 82

7.3 - Organização e competitividade das cadeias produtivas .............................................. 837.4 - Indústria de transformação.......................................................................................... 837.5 - Capacitação profissional ............................................................................................. 837.6 - Crédito ......................................................................................................................... 847.7 - Banco de cérebros ....................................................................................................... 857.8 - Uso responsável dos recursos naturais ........................................................................ 857.9 - Reestruturação fundiária ............................................................................................. 857.10 - União ........................................................................................................................... 857.11 - Administração das infra-estruturas públicas ............................................................... 867.12 - Integração universidade-mercado ............................................................................... 867.13 - Apoio aos não competitivos e pequenos produtores rurais ......................................... 877.14 - Criação de pólos setoriais de desenvolvimento .......................................................... 877.15 - Pólo especial de inovação tecnológica e excelência................................................... 88

8. Bibliografia .............................................................................................................................. 89


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1 - Introdução

A falta de um trabalho que apontasse os caminhos que o setor primário do Distrito Federal deve e pode seguir nos próximos 20 anos, ensejou que a Universidade de Brasília tomasse a iniciativa derealizar esta proposta de modernização.Os líderes entre eles governos, investidores, diretores, entidades classistas, executivos e empresáriosnão tem ainda para o DF, seguras informações da agropecuária. A universidade na sua função degerar pesquisa, ensino e fazer extensão, realizou esta proposta de modernização, sem detalhar

particularidades setoriais ou de curto prazo. Tenta-se responder a seguinte pergunta: Qual a potencialidade natural da agropecuária do DF? É um tipo de SAD-Sistema de Apoio à Decisão.Foram relacionados os benefícios para os adequados investimentos locais, exteriores, públicos e

privados. Estudaram-se as relações ideais nas cadeias produtivas, sugestões para otimização deserviços e infra-estruturas, assim como levantaram-se os fatores que impedem o bomdesenvolvimento do setor, criando-se bases para alívio das tensões sociais no campo. Da mesmaforma, analisaram-se as melhores formas de aproveitamento dos recursos hídricos e energéticos,apresentação de preceitos sociais para maior renda, emprego e auto-estima da população rural

beneficiária da atividade primária, assim como bases para segurança alimentar da população doDF-RIDE.As projeções para os próximos 20 anos, caso persista este atual quadro é desanimador pela populaçãodo DF que terá cerca de três milhões de pessoas onde o Estado não terá fôlego para investir,

principalmente em saneamento básico e geração de empregos ou renda. Este total de três milhõescorresponde ao acréscimo vegetativo dos atuais 2,2 milhões, exceto a eventual transformação daatual área geográfica do DF, na região do entorno denominada RIDE, isto sem contar com a entradade novos contingentes de pessoas de outras unidades da Federação.Foi firmada uma parceria entre a disciplina de Administração Rural da Faculdade de Agronomia eMedicina Veterinária da Universidade de Brasília e o Sindicato Rural do Distrito Federal para que

as forças unidas pudessem gerar este trabalho, considerado um Pré Plano Diretor Agropecuário para o DF.Adotou-se a premissa que o desenvolvimento de um grupamento humano é feito por três grandesvertentes, quais sejam a Ética, a Economia e o Social, as quais foram consideradas na plenitude detoda estrutura do trabalho.Em função deste complexo e possível quadro para o setor primário do DF, inferiram-se probabilidadesfuturas ancoradas em pesquisa da atual situação, criando-se informações e projeções de tal formaa que os líderes tivessem alternativas para decidir sobre fatos concretos da realidade aliviandomazelas da fome, miséria, desemprego e de forma a evitar os tradicionais remendos administrativosde última hora quando não são previstas políticas públicas adequadas para o longo prazo.

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2 - Revisão da literatura

As informações necessárias e suficientes para a realização desta pesquisa da Universidade de Brasíliaabrangeu três conceitos de desenvolvimento sustentado como o social, o econômico e o ético, nãosó para as sociedades atuais do DF como futuramente da RIDE-Região Integrada de Desenvolvimentodo Distrito Federal e Entorno. De outro lado, procurou-se atingir todos tipos de atividades do setor

primário, do secundário como do terciário, nas suas vertentes respectivas de agroindústria,agronegócio e comercialização, tanto do atacado, varejo e da prestação de serviços particulares ou

públicos.Assim e durante a execução, foram reunidos os estudos, livros, análises, relatórios, publicações,anais, reportagens, revistas, pareceres técnicos, econômicos ou éticos, além da revisão eletrônica

bibliográfica junto aos meios de informação acadêmica, científica e classista.Um dos trabalhos recentes de autoria do SENAI/DN/SEBRAE/DF (59) e denominado PerfilCompetitivo do Distrito Federal, registra resultados, fatos, testemunhos e opiniões como:1. o perfil macrocompetitivo considera cinco critérios como mercado, população, infra-estrutura,

investimentos, governo, dados secundários e dados primários,

2. no perfil mesocompetitivo para as cadeias produtivas estudadas neste trabalho, quatro motivossão registrados a importância econômica, a importância em geração de empregos, o potencialde desenvolvimento a partir da existência de vantagens comparativas, potencial de integraçãoregional dentro do Mercoeste,

3. para desenhar o perfil microcompetitivo do DF, cinco critérios representam as áreas maisimportantes de um negócio tecnologia, gestão, capital e informação, recursos humanos, operação,

4. é um trabalho de consulta para estudiosos, planejadores e investidores, com uma nova visão dodesenvolvimento industrial, relacionando cadeias produtivas, agregação de valor ao produto,aproveitando as características da potencialidade inclusive pelo caminho da autosustentação,

5. a não adição de conhecimentos científicos e tecnológicos existentes ou mesmo a serem

desenvolvidos na região, causará atraso e dependência,6. em agosto de 2002 surgiu a Carta de Brasília, fruto de uma parceria entre a UnB-Universidadede Brasília e a FIBRA-Federação das Indústrias de Brasília, mostrando a intenção de trabalhar

juntos para superar os desafios comuns em busca do desenvolvimento do oeste brasileiro e suasvizinhanças,

7. a implantação da Estação Aduaneira do Interior do DF-Porto Seco, constituirá mecanismodecisivo para consolidar a posição de Brasília como porta de acesso privilegiado aos mercadoexternos e externo,

8. o Distrito Federal tem 14.700 propriedades rurais sendo 87 % com menos de 100 ha,caracterizando área ocupada por micro, mini e pequenas propriedades,

9. precisamos continuar a concretização da visão de Dom Bosco, ao planejar e executar um arrojado plano de desenvolvimento para o setor agropecuário do DF e a RIDE, cujas linhas mestrasforam idealizadas por Juscelino Kubitschek no seu plano de governo,

10. com infra-estrutura física, humana e pequenos acertos na política de incentivos e pelas evidentese relevantes vantagens comparativas, o DF e a RIDE ganham condições para se tornar emimportantíssimo pólo agroindustrial e centro de agronegócios do país, gerando empregos erenda,

11. o Distrito Federal possui a maior renda per capita do Brasil e a sua população cresce três vezesmais rápido que em outros estados, ou seja, tem um mercado consumidor maior e mais rico,

12. o Governo do Distrito Federal vem implementando ações por meio da Agência deDesenvolvimento Tecnológico, o Programa de Desenvolvimento Econômico Integrado e

Sustentável do DF-Pró-DF, e o Plano de Desenvolvimento Rural do DF-Pró-Rural, as quais jácriaram 95.000 novos empregos e melhoram a qualidade da vida das 33.000 pessoas jáempregadas dentro das propriedades rurais,

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13. Brasília se tornará num grande pólo não só produtor como exportador de flores e plantas e emfunção da sua localização estratégica, disponibilidade de recursos naturais, terras agricultáveis,topografia e clima,

14. o Projeto Alavancagem do Mercoeste surgiu para impulsionar a integração regional entre assete unidades federativas como TO, RO, AC, MS, MT, GO e DF. Baseia-se na concepção deque o fator dominante da qualidade de vida e da competitividade é a capacidade de atuação de

forma organizada de sua própria sociedade civil. A iniciativa privada e as instituições da sociedadeassumem papel ativo no processo do desenvolvimento,

15. a região Centro-Oeste possui uma história e uma cultura de pouca acumulação de capital socialou de pequena ação entre os atores sociais. Esta isenção da sociedade foi fortalecida até o finalda década de 70 e o povo foi levado a crer que a solução para todos os problemas vinha edeveria vir sempre do governo. Esse modo de pensar impregnou todas as estruturas nacionais,empresas e empresários passando para as instituições de classe.

Conforme VASCONCELOS FILHO (69), a malha de um macroambiente envolve fatores comoeconômicos, demográficos, políticos, culturais, tecnológicos, legais, ecológicos e sociais.

Da mesma forma e citando Carlos Alberto Rabaça, a missão da universidade teria a seguinte proposta:“a Universidade tem de servir a sociedade e ao país, ser solidária com seu povo, tem de estar nocentro dos graves problemas nacionais, ela não pode ser um castelo de marfim, reduto escondido,ela deve ter uma postura gerencial, cabendo-lhe a responsabilidade de identificar os problemas emcooperação com a comunidade, deve formar homens e não somente técnicos, deve dotar a juventudede valores de amor à humanidade, ela não pode ser apenas uma autorizadora de títulos profissionaisnem deve manter-se estática e satisfeita com a tradição, tem de ser criadora e heróica, original ereformuladora, dinâmica e atenta, deve ter uma missão de culto à verdade, para assim manter elevadas as bandeiras da democracia e da justiça em nosso país”.

Na relação dos programas prioritários da SEAPA (52), são relacionados os seguintes: 1) Pró-Rural(pecuária de corte, centrais de transferência e fruticultura, laboratório de biotecnologia), além daampliação e término do Parque de Exposição Granja do Torto, 2) projeto de desenvolvimentoagrotecnológico do DF, 3) desenvolvimento social da área rural, 4) titulação das terras rurais, 5)recuperação, conservação e manutenção das estradas vicinais do DF.

A EMATER/DF (17), (19), (18), (20), (21), (15), (14) e (16) num relevante, detalhado e atualconjunto de relatórios de 2002 denominados: Relatório de Atividades; Conjuntura Rural do DistritoFederal; Relatório dos Principais Entraves e Proposta de Medidas Facilitadoras para suas Soluções;Principais Atividades Agropecuárias; Principais Atividades Agropecuárias das RegiõesAdministrativas e Perfil Agrícola das Regiões Administrativas, apresentam um retrato da

contextualização do Distrito Federal, mercado, planejamento, agricultura, pecuária e outros ligadosao macroambiente do setor primário do DF e do Entorno. Neles são registradas estatísticas de

produção, demanda dos produtos agrícolas e de criação animal, com detalhes de áreas, públicorural, núcleos rurais, estruturas de comercialização, estabelecimentos, empregos diretos geradosna agricultura e na pecuária. Este trabalho da EMATER/DF serve de referência atual e adequadaaos estudos como este.

Valores e demandas específicas de produtos são mencionados pelo SIMA-SISTEMA NACIONALDE INFORMAÇÃO DE MERCADO AGRÍCOLA (62), órgão pertencente ao Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento e que estão associados ao sistema CEASA.

O fornecimento de estatísticas de valores, regionalização, sazonalidade, origem e produção de produtos agrícolas com ênfase a hortaliças e frutas, são feitos pela CEASA/DF-Centrais de

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Abastecimento do Distrito Federal (8). Nele são registrados dados do Programa de AbastecimentoIntegrado-PAI, fluxo de entrada de caminhões, desempenho do varejão, programa de desperdíciozero, participação dos estados no volume comercializado e movimentação geral dos produtos.

Dentro da legislação associada ao desenvolvimento do setor primário do GDF (24), (25) destaca-sea Lei nº 2.499 de 7 de dezembro de 1999 e que institui o Plano de Desenvolvimento do Distrito

Federal-Pró-Rural/DF-RIDE. Nela, o objetivo deste plano é criar uma nova base de sustentação daagropecuária na região para, através da diversificação e da agregação de valor à matéria-prima,utilizar o potencial do mercado de Brasília, promovendo a geração de empregos e renda no meiorural. O decreto nº 21.500/00 regulamenta a Lei nº 2.499/99, e que institui o Pró-Rural/DF-RIDE.A Lei nº 2.652/00 de 27 de dezembro de 2000 cria o Fundo de Aval do Distrito Federal, com afinalidade de conceder garantias complementares necessárias a contratação de financiamentos juntoàs instituições financeiras operantes do crédito rural do Distrito Federal à micro, mini e produtoresrurais, inclusive em fase de implantação, de forma individual ou organizados em grupos associativosou cooperativos.O decreto nº 22.024/01 regulamenta a Lei nº 2.650/00 que criou o Fundo de Aval do Distrito Federal.A Lei nº 2.653/00 de 27 de dezembro de 2000 dispõe sobre a criação do Fundo de DesenvolvimentoRural do Distrito Federal-FDF. O Decreto nº 22.023/01 regulamenta a Lei nº 2.653/00 que criou oFundo de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal. A portaria conjunta nº 01/2001 trata daoperacionalização dos incentivos fiscais no Pró-Rural/DF-RIDE. O Banco de Brasília (BRB) é oagente financeiro do Pró-Rural. O setor agropecuário do DF foi beneficiado pelo Decreto 22.236de 28 de junho de 2001, que reduziu a base de cálculo do ICMS que era de 17 % para 1 % para

produtos agropecuários, gerando um aumento na produção. A renovação e transferência de contratosde concessão de uso, em seguida a regularização, passaram a ser atribuições da Secretaria daAgricultura, por força do Decreto 23.138 de 2 de agosto de 2002, que transferiu também para estasecretaria, o Conselho de Administração e Fiscalização de Áreas Públicas Rurais. Foi criado também

pelo Decreto 23.846 de 18 de junho de 2003, a Assessoria Técnico Legislativa que compete emitir

pareceres sobre as questões de administração e fiscalização das terras públicas rurais. A Lei nº 229de 10 de janeiro de 1992 dispõe sobre a inspeção sanitária e industrial dos produtos de origemanimal no Distrito Federal, além do Decreto nº 19.341 de 19 de junho de 1998, seguindo-se suaregulamentação.

A SEAPA (51) junto com a EMATER/DF apresentam um Estudo de Demandas na Área da Pesquisae Desenvolvimento (P&D), no âmbito do Plano de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal eRegião Integrada de Desenvolvimento do Entorno-RIDE. O objetivo deste estudo é um diagnósticoda situação do Pró-Rural/DF-RIDE, avaliando os pontos de estrangulamento com vistas aodesenvolvimento de uma proposta de apoio tecnológico que possibilite encontrar soluções aos

problemas detectados.

Em suas publicações, a SDE-SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (49), (50)do Governo do Distrito Federal, apresenta o Produto Interno Bruto do DF de R$ 30 bilhões em2000 e com um crescimento real de 19,9 % acumulado no período de 1994-2000. A participação daeconomia local na brasileira foi de 2,7 % em 2000. Neste ano, a renda per capita é a maior doBrasil, com valores de R$ 14.405,00, mais que o dobro da nacional que era de R$ 6.473,00. Para oano de 2000, o produto interno bruto a preços de mercado no setor de agropecuária, silvicultura e

pesca do DF foi de R$ 149 milhões. Sobre um total de R$ 29,58 bilhões, a parcela deste setor foi deapenas 0,5 %. Em contrapartida, o setor que mais pesa é a administração pública, defesa e seguridade

social, com um montante de 59,01 %. A população do DF em 2000 era 1,2 % em relação ao Brasil.Em 1996 era de 1,16 %.Dentro de uma programação de longo prazo, o SRDF-Sindicato Rural do Distrito Federal (64),realizou em junho de 2003 e sob a coordenação do SEBRAE/DF, um workshop de planejamento

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estratégico visando a criação e consolidação da Federação de Agricultura e Pecuária do DistritoFederal-FAPE/DF. Este direcionamento estratégico abordou questões como a visão do futuro, missão,valores, análise do ambiente, objetivos estratégicos e metas da agropecuária no DF.

http://globonews.globo.com/GloboNews/article/0,6993,A459638-2,00.html (33) no artigo “Melhoraa posição do Brasil no índice de desenvolvimento humano municipal”, é registrado o seguinte:

1. em 2000, o Distrito Federal tem o mais alto índice brasileiro do IDH-M com um valor de 0,844,seguido de São Paulo com 0,814, Rio Grande do Sul 0,809, Santa Catarina 0,806 e Rio deJaneiro 0,802,

2. a educação foi responsável por 60,78 % do aumento do IDH-M no Brasil entre 1991 e 2000. Jáa renda contribuiu com 25,78 % e a longevidade com 13,44 % no índice e todas Unidades daFederação.

HOFFMANN, R et allii (31) especificam que o objetivo da administração rural é o estudo queconsidera a organização e operação de uma empresa agrícola visando ao uso mais eficiente dosrecursos para obter resultados compensadores e contínuos.

A SECRETARIA DE FAZENDA E PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL (57) registraque a receita tributária de janeiro-dezembro em 2002 foi de R$ 2,625 bilhões e em 2001, de R$2,315 bilhões, mostrando uma variação nominal positiva de 13,4 %. Da mesma forma, a arrecadaçãodo ICMS da agropecuária foi de apenas 0,2 %, enquanto que comércio atacadista foi de 30,8 %,seguido de indústria com 29,16 %, comércio varejista com 20,53 % e serviços com 17,97 %. Aarrecadação do ICMS entre janeiro-março de 2003 para o setor agropecuário foi de 0,11 %.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9625.shtml (38) no artigo “União Européia quer manter cérebros no continente”, registra que a fim de conter a fuga de cérebros europeus para osEstados Unidos, a Comissão Européia afirmou que pretende incentivar o recrutamento de

pesquisadores e oferecer a eles melhores condições de trabalho. A Europa gera mais cientistasespecializados que os Estados Unidos, mas os perde por causa dos salários baixos, pouca estruturae muita burocracia. Segundo a comissão européia ela precisa contar com 700 mil cientistas em2003 para tornar o bloco uma referência no setor.

Em seu programa Avança Brasil, o MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO EGESTÃO (34), e na sua vertente Vida no Campo, traz especificado que o Brasil é a oitava economiado mundo ao mesmo tempo convive com a fome. A melhoria das condições de vida no campo écondição para o desenvolvimento. O investimento no agronegócio é importante pois o campo é quealavanca a conquista de mercados externos. Levar infra-estruturas ao campo é fundamental e que

viabilizar a agricultura familiar é essencial pois a pequena propriedade é a principal responsável pela produção de alimentos. Ao lado disto, é registrado que o Plano Plurianual é o principalinstrumento de planejamento de médio prazo para as ações do governo brasileiro e conformedetermina a constituição. O programa de governo aprovado pela população serviu como orientaçãoestratégica e os eixos nacionais de integração e desenvolvimento balizaram a organização espacialdas ações e a seleção de empreendimentos estruturantes, que aportam no Plano Plurianual, adimensão de um projeto de desenvolvimento nacional. Coerente com o Plano de EstabilizaçãoFiscal, a quantificação dos programas e suas ações foi baseada na previsão de recursos fiscais parao período.

Numa consolidação dos resultados finais do perfil competitivo do Distrito Federal, SENAI/DN/SEBRAE/DF (59), registra que a avaliação macro do DF é boa, a avaliação meso do DF é media ea micro como média. Na avaliação macro alguns pontos são relevantes como: o mercado local temum grande potencial de desenvolvimento pela elevada renda per capita, com uma vocação voltada

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para o terciário, tem surgido novas áreas de negócios, crescem biotecnologia e comunicaçõesfortalecendo as atuais cadeias. Educação e saúde apresentam melhores condições no DF que emoutras regiões do Mercoeste, a presença do Governo Federal apresenta vantagens em termos deempregos, renda e mais alta contratação de serviços especializados. No aspecto meso desta avaliaçãocompetitiva do DF, as cadeias produtivas locais desfrutam de vantagens comparativas e resultamem bons índices econômicos, existem elevados índices de autofinanciamento, podem ser notadas

limitações nas cadeias produtivas quanto a organização e integração, fruto da deficiência da gestãonestas mesmas cadeias. A mão-de-obra é um dos gargalos da competitividade no DF. Em relação àcompetitividade sob o ponto de vista micro, são consideradas satisfatórias nos itens de capital eequipamentos, destacando-se investimentos para atualização tecnológica. A estrutura de apoiocompetitivo local reflete uma boa simbiose entre instituições e empresas. Será necessário maior integração entre as empresas e destas com seus fornecedores.

O GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL-GDF (55), ao estabelecer o Plano Plurianual do DistritoFederal para os anos 2004-2007, criado pela constituição de 1988 como instrumento de médio

prazo das políticas públicas do governo, trás um enfoque nas ações sociais e no incentivo ao

desenvolvimento econômico. Este terceiro PPA do DF prevê uma verba de R$ 41,3 bilhões para os próximos quatro anos. Nele há uma previsão de arrecadação de mais 7,7 % por ano.

Uma comparação entre os anos 1998 e 2002 feita pela SEAPA (53), mostra que houve no programaPró-Rural/DF-RIDE, um aumento de oito para 65 produtores de agricultura orgânica; de 10 para 51

produtores de floricultura; um aumento na produção de 48,1 mil toneladas para 67,8 mil toneladasde carne de aves. Ao mesmo tempo, a quantidade de agroindústrias passou de 176 para 179 empresasneste quatro anos; de 20,5 mil empregos para 21,6 mil na área de horticultura. O valor da produçãoagropecuária do DF-RIDE passou de R$ 235,9 milhões para R$ 424,5 milhões. Além disto, atividadescomo bubalinocultura e estrutiocultura passam a surgir nas estatísticas agropecuárias do DF.

O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL-DF (27), atua nos níveis preventivo, promocional, assistencial e emergencial, tendo como objetivos entre eles o rural, de promover odesenvolvimento humano, o combate a fome, estabelecer parcerias, instituir mecanismos decoordenação e implantar o cadastro único dos beneficiários dos programas sociais do Governo doDistrito Federal. São 25 programas.

A SDE-SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO GDF (56), em matériadivulgando os resultados do Pró-DF, onde registra que desde agosto de 1999 até junho de 2003,4.294 empresas, geraram 33.540 empregos diretos e ainda estão a gerar outros 44.359. Estas empresasinvestiram R$ 1,15 bilhões na construção e instalação de suas unidades produtivas. Os benefícios

deste programa de desenvolvimento social e econômico do DF registram que há um desconto deaté 90 % da aquisição do terreno, financiamento de até 70 % do ICMS, empréstimo de capital degiro, isenção do IPTU e do ITBI, além de carência de até 24 meses para início do pagamento dataxa de ocupação.

REVISTA VEJA (43) em artigo denominado “O lucro de nossas empresas”, são registrados algunsfatos como: 1) o Brasil não cresce porque as empresas não tem lucro suficiente para reinvestir eaumentar a produção, com exceção dos bancos, 2) o lucro médio das 500 maiores empresas doBrasil nos últimos dez anos foi de 2,3 % sobre as receitas e citando os Maiores e Melhores daRevista Exame, 3) o consumidor paga 52 % de imposto sobre todas atividades, com um pequeno

retorno de benefícios sociais dados pelo governo, esperando-se daí, uma crise política para os próximos anos, pois a maioria da população não sabe nada disto.

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http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/07/24/ger017.html (36) no artigo “Brasil sobe duas posições no IDH da ONU”, registra que o Brasil em 2002 é o 73° colocado no ranking de 173 países. A Noruega é o primeiro colocado no mundo e Serra Leoa, o último. O PNUD-Programa deDesenvolvimento das Nações Unidas avalia que a quantidade de analfabetos é o maior problemada educação, onde 14,8 % da população brasileira maior de 15 anos não sabe nem ler ou escrever.Informa anda o especialista em desenvolvimento humano do PNUD no Brasil e autor deste artigo,

que o Brasil não está conseguindo transformar o aumento de renda em bem estar. Este IDH-Índicede Desenvolvimento Humano usa como fatores de avaliação, esperança de vida, taxa dealfabetização, matrícula escolar e PIB per capita.

A SECRETARIA DA FAZENDA DO GDF (55) registra que a integração dos instrumentos de planejamento, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias-LDO e a Lei do OrçamentoAnual-LOA garantirá que as ações planejadas para médio e longo prazo efetivamente orientem oadministrador no decorrer dos exercícios fiscais.

http://www.globo.com (37) no artigo “GO: Fiscais investigam 2.860 produtores rurais”, informa

que fiscais da Secretaria da Fazenda de Goiás farão operações de monitoramento em agronegócioem 2.860 propriedades rurais, 270 armazéns gerais e em 1.270 agroindústrias goianas. O objetivoé aumentar a arrecadação em 17,64 % da receita bruta do estado.

A CEASA/DF (7), (8) pelo seu Departamento de Planejamento, Análise e Estudo, apresenta mensal,anualmente e para cada produto agrícola, estatísticas de fluxo tanto por volume e preço de produtosdo DF e oriundos de outros estados da Federação. Este empresa pertencente a Secretaria daAgricultura é a que detém os números mais detalhados da produção de hortifrutis do DF, sendofonte valiosa para planejamento e análises de desenvolvimento regional agrícola.

HOLANDA, FERREIRA A (32) define Sociedade como um conjunto de pessoas que vivem emcerta faixa de tempo e espaço, seguindo normas comuns e que são unidas pelo sentimento deconsciência de grupo. Ética é definida como estudo dos juízos de apreciação referentes a condutahumana, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente adeterminada sociedade ou seja de modo absoluto. O termo Desenvolvimento é definido como oestágio econômico, social e político de uma comunidade caracterizada pelos altos índices derendimento dos fatores da produção, isto é, recursos naturais, capital e trabalho. Economia é definidacomo a ciência que trata dos fenômenos relativos a produção, distribuição, acumulação e consumode bens materiais. O termo Progresso é definido como o desenvolvimento ou alteração em sentidofavorável, avanço, melhoria, acumulação de aquisições materiais e de conhecimento objetivoscapazes de transformar a vida social e de conferir uma maior significação e alcance no contexto da

experiência humana.Epistemologia é o estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das ciências já constituídase que visa determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo deles; teoria da ciência.

STUKART, H (65), estabelece três teses em relação à ética e corrupção no tecido social, comosejam: 1) a ética é indispensável à sobrevivência de qualquer comunidade e ao convívio de seusmembros, 2) a falta de ética deve ser punida a fim de que famílias, sociedades e nações possamconviver e sobreviver, 3) a ética nos permite atingir individual e coletivamente, o bem maior, afelicidade. Reunindo vários autores e material documentário, este autor caracteriza de forma sintéticamuitos pontos de interesse com o enfoque de ética, como sejam:

1. Ethos em grego antigo significa estudo de juízos referente a conduta humana,2. a ética é o principio que rege aplicações em diferentes campos como profissional, público e privado e nos segmentos como social, ecológico, médico, político, agrícola,

3. o summum bonnum reúne felicidade, liberdade e o bem que são os grandes temas da ética,7


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4. todas as religiões pregam um código de ética,5. algumas teorias atribuem o nascimento da ética como a necessidade de se regular a vida em

comum,6. Confúcio afirmava que o caminho da verdade e da moral poderia ser resumido como

reciprocidade,7. Voltaire coloca o axioma de que a única medida da boa ou má moral é o bem da sociedade,

8. na Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada em 10 de dezembro de 1948 pelas Nações Unidas e assinada por quase todos os países do mundo, os três primeiros artigos rezam:1) todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de razão econsciência, devem agir uns com os outros com o espírito de fraternidade, 2) todos os seremhumanos tem a capacidade de gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaraçãosem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, de língua, de religião, de opinião

política ou outra, ou de qualquer outra situação, 3) todos os seres humanos tem direito a vida,a liberdade e a segurança pessoal,

9. os dez mandamentos mosaicos são um código de ética,10. Sócrates considerava o bem a sabedoria, e o mal a ignorância,

11. Platão afirma que a idéia do bem é a forma suprema,12. a essência da ética é ficar na média áurea, isto é, sem excessos e sem diferenças,13. o Direito e a Ética regulam as relações dos homens por meio de normas,14. Dante deu a melhor definição de corrupção: situação em que o não se torna sim por dinheiro,15. uma observação interessante de Platão, feita há 2.450 anos atrás: “os homens bons não querem

governar porque não querem aceitar um salário para serem chamados de empregados, nemsecretamente adquirir bens para serem chamados de ladrões. As pessoas boas precisam ser forçadas a governar. O governo é uma tarefa da alma”.

16. Peter Bauer registra que subdesenvolvidos são os países cujo regime político é a cleptocracia,o roubo do público pela classe política,

17. a falta de ética sempre destrói,18. em 31 de dezembro de 1988, o dono de um barco no Rio de Janeiro para sair na baía de

Guanabara em mar agitado, deu uma propina de R$ 150,00, causando a morte de 55 pessoas,19. Paul Noack relaciona algumas formas de corrupção: 1) tirar fraudulentamente e das maneiras

as mais diversas, dinheiro do Estado, 2) usufruir de mordomias proibidas, 3) conseguir empregose licenças para o comércio, 4) figurar entre os remunerados, sem trabalhar, 5) sonegar impostos,6) conseguir viagens desnecessárias, 7) emitir faturas falsas, 8) conseguir divisas no estrangeiro,com importação e exportação feitas somente no papel, 9) utilizar indevidamente carimbos e

papéis oficiais,20. Pero Vaz de Caminha em carta a D. Manuel teria pedido um emprego, caracterizando o primeiro

caso de nepotismo no Brasil,

21. pesquisa feita entre empresas públicas e privadas de porque não respeitam princípios éticos: 1)49,7 % acham que é um hábito nacional, 2) 32,2 % acham que é uma questão de sobrevivência,3) 11,5 % acham que tem excesso de controles,

22. Marcos Gonçalves, da Fundação Getúlio Vargas afirma quanto maior a corrupção, maior adificuldade para o crescimento do Brasil,

23. John Noonan Jr, Juiz Federal da California, EUA, afirma o suborno é irracional e por isto chegoa concluir que uma sociedade mais racional tende a eliminá-lo, enquanto que uma sociedademais primitiva, o costume está mais arraigado,

24. na Divina Comédia, de Dante, 10 % do inferno está reservado aos corruptos,25. Maquiavel afirma que uma sociedade corroída é aquela em que os homens não mais sabem

exercitar a liberdade,26. o índice de percepção da corrupção do Brasil em relação aos 90 países do mundo, está na posição nº 49. A mídia e os órgãos de defesa do consumidor são aliados da ética na sociedade brasileira,

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27. a Família, a Igreja e a Escola são fontes de princípios éticos para a sociedade.28. é fato histórico que civilizações desmoronaram quando a ética é relegada a um segundo plano,29. o artigo 382 da CLT diz que constitui justa causa para a rescisão do contrato o ato de improbidade

praticado pelo empregado,30. sem ética não conseguimos manter uma vida satisfatória em comunidade.

SOUZA, C (63) tratando sobre ética na sociedade contemporânea brasileira faz algumas observaçõescomo: 1) nosso século é marcado pela morte das ideologias e das grandes narrativas totalizantesentre elas o positivismo, freudismo, progresso, socialismo ou marxismo, 2) quando se dissolvemas ideologias coletivas, nascem a formas do individualismo como a tirania do eu, era do narcisismo,as delícias do super eu, o culto a descontração e a promoção de valores hedonistas, 3) as éticas

buscam justificativas para as suas normas em fatores como sobrevivência pacífica, bem estar dogrupo, razão humana, religiões ecumênicas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 4)hoje observamos um retorno a filosofia ética dentro de novas formas de pensamento como o holismoecológico, o pragmatismo norte americano, o neoliberalismo e o relativismo.

ARRUDA, M (4) propõe um indicador de ética nas organizações brasileiras. O objetivo destetrabalho da Fundação Getúlio Vargas é estimular os executivos a se preocuparem com a qualidadeética da sua organização.

Conforme YOGANANDA, P (70), um autor hindu e associado à filosofia do bem viver, estabeleceque: 1) obedecer ao ego leva à escravidão e obedecer à alma leva à libertação, 2) até você agir, vocêé livre, mas após agir, você é perseguido pela sua ação, boa ou má, 3) o caminho da libertação é oserviço ajudando os outros, 4) a alma está presa ao corpo por uma corrente de desejos, tentações,

problemas e preocupações, mas está sempre tentando libertar-se, 5) quando pelo discernimento eação correta o homem torra todas as sementes das más tendências acumuladas na mente, cadacélula microscópica do cérebro torna-se um trono para um brilhante rei da sabedoria, inspiração esaúde, que canta e proclama a glória do Todo. Os homens que alcançam este estado, são livres.

Para o ano de 2002, o SENAR (61) registra 365 mil pessoas treinadas nos setores de agricultura, pecuária, silvicultura, equicultura, extrativismo, agroindústrias, atividades de apoio agrosilvopastoril,atividades relativas à prestação de serviços, tendo crescido neste ano 17 % em relação a 2001.Segundo esta instituição, o agronegócio em 2001 tem um valor de R$ 345 bilhões valendo 27 % doPIB nacional. E absorvendo 24 % de toda mão-de-obra brasileira. Cada produtor e trabalhador rural contribui com R$ 17 mil por ano para o crescimento da economia do Brasil. Assim, o SENAR capacita o mão-de-obra do campo para uma maior competitividade deste setor. As ações do SENAR cobrem áreas de qualificação, aperfeiçoamento, atualização e especialização em quase todos os

campos das atividades do setor primário.

O SENAR/DF (39) registra uma média de 154 treinados por instrutor, um valor de R$ 478 mil derecursos aplicados em 2002.

No ANUÁRIO DO COOPERATIVISMO BRASILEIRO (44), são relacionados entre outros, osseguintes tipos de associações cooperativas classistas: agropecuário, crédito, educacional, infra-estrutura, saúde, trabalho, transporte e lazer. O setor cooperativo agropecuário é o maior deles, temimportante participação no PIB Brasil e cuida de toda cadeia produtiva, desde o preparo do solo atéa industrialização e comercialização da produção. O DF tem 181 cooperativas entre todos segmentos,

agregando 83 mil cooperados e empregando 1.326 pessoas. Este anuário registra a existência desete cooperativas agropecuárias entre elas a CEPA-Cooperativa de Empreendedores da Pecuáriade Avestruz.

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GORGA NETO, R (30) registra que neste início de terceiro milênio, há necessidade de persuadir as pessoas a reconhecerem que a cooperação é o instrumento ideal para promover a comunhão deesforços e superar os desafios de uma sociedade competitiva, onde as oportunidades são cada vezmais propícias aqueles que estiverem melhor organizados e capacitados. O cooperativismo éalternativa viável para o desenvolvimento econômico e social voltado para a solidariedade, acooperação dentro de um modelo distributivo que prioriza o homem em detrimento do capital. A

Aliança Cooperativa Internacional-ACI conta com cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo.

CARVALHO, G (6) num artigo denominado “O pais que tem fome, esbanja”, relata que o Brasil perde por ano 20 milhões de toneladas de grãos, o que representa em termos agregados à produçãode soja, milho, arroz, feijão e trigo entre 14,4 % e 20,7 % da produção nacional. Além disto comentaque metade das hortaliças é perdida entre o campo e o prato.

A CNA-CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA (9) registra em sua pesquisa feitano ano de 2000 quanto ao perfil do produtor brasileiro em 40 mil proprietários rurais maiores de 50ha de todo Brasil, num total de 90 mil propriedades, dando-se enfoque em informações qualitativas.

Este trabalho da CNA denominado “Quem é o agricultor comercial brasileiro?”, apresenta umasérie de informações como: o Paraná é o estado que mais tem propriedades rurais; 89 % dosentrevistados são homens; 62 % tem apenas o primeiro grau; o Mato Grosso do Sul é o tem a maior renda média; o maior problema é o crédito com 34 % das referências desta pesquisa, seguido decustos elevados e baixo preço do produto vendido; 96 % são proprietários das terras; 70 % das

propriedades foram compradas; 66 % não usou assistência técnica nos últimos 12 meses; 63 % daassistência técnica é privada e 37 % pública; 88 % dos trabalhadores no campo são temporários eapenas 4,7 % são permanentes; 68 % não tem trator; 56 % tem energia elétrica na fazenda e 44 %não; 94 % não usa irrigação na propriedade; milho é a cultura mais plantada; gado de corte é acriação predominante; 83 % não possuem computador e sendo destes, 62 % estão na cidade; televisãoé a mídia mais importante com 37 % seguida por jornal, rádio e revista; 61 % pertencem acooperativas ou a associações de produtores.

CODEPLAN (12) registra que a projeção para a população do Distrito Federal será de 2,522 milhõesde pessoas em 2010, e em 2020 terá atingido um total de 3 milhões, representando um valor de 51% sobre a base demográfica original de 1997.

LANA, M.M (40) em seu trabalho de manipulação e comercialização de hortaliças, assim como NASCIMENTO, E (43) em outro trabalho a respeito de hortaliças minimamente processadas,registram técnicas e benefícios da agregação de valor à matéria-prima. Estes trabalhos objetivaminformações ao mercado para a implantação de pequenas agroindústrias, gerando assim um

diferencial de renda, emprego e desenvolvimento sócioeconômico, acoplado aos fatores capital,tecnologia e gestão.

Em agosto de 2002 foi realizado um FÓRUM DO SETOR PRODUTIVO DO DF (23), onde sãoapresentadas as seguintes políticas para o desenvolvimento nos próximos quatro anos: políticasfiscal e tributária; política de desenvolvimento local; políticas sociais e de geração de emprego;

políticas de desenvolvimento regional; políticas relacionadas ao meio ambiente; políticas dedesenvolvimento urbano; infra-estrutura; compras governamentais; políticas de segurança pública.

O PERFIL DO DISTRITO FEDERAL E GUIA DO INVESTIDOR (28) publicado pela Secretaria

da Indústria e Comércio do DF em 1998, registra dados, como:1. o DF tem 440 mil ha de terras apropriadas às explorações rurais,2. a produção local é insignificante, mesmo sabendo-se que hortifrutigranjeiros atende a toda

demanda local,10


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3. a atividade agropecuária no PIB Brasil é inexpressiva e da ordem de 0,5 %,4. as atividades agrícolas demandam muita mão-de-obra com participação de 1,5 % em relação

ao do Brasil. As atividades hortifrutis demandam muito pessoal,5. entre 1990 e 1996, a atividade de suínos cresceu 148 %, carne 654 % e aves cerca de 50 %.

Numa pesquisa feita pela CNA-CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA (11) em

2001 e cobrindo 12,3 mil produtores rurais do Brasil, alguns números e fatos merecem destaque:1. os proprietários rurais com maior valor da terra nua representam 70 % a 80 % de toda a produção

agropecuária, ao mesmo tempo que seus ganhos de produtividade aumentam e sua renda vemcaindo, por conta dos insumos cada vez mais caros,

2. 63 % afirmam que o tem dificuldade de conseguir preços remuneradores para seus produtos,3. 47 % reclamam da falta de crédito,4. 55 % das solicitações de crédito foram negadas sob a alegação da falta de recursos,5. 79 % são favoráveis ao plantio de plantas transgênicas sob a afirmativa de trazerem mais ganhos

e diminuir as perdas,6. 35 % enfrentam dificuldades com a legislação trabalhista, a qual ignora as peculiaridades do

campo,7. 63 % informam serem incapazes de contribuir para a previdência por meios eletrônicos - internet ou caixas eletrônicos, conforme estabelece a Portaria Ministerial nº 375,

8. 98 % dos produtores rurais consideram muito importante a aplicação de uma política de defesado produto nacional contra países que adotam práticas desleais de comércio.

A ANFAVEA (1) registra que em 2002 o Distrito Federal contribuiu com apenas 0,22 % e 0,21 %respectivamente das compras de tratores agrícolas de rodas e de colheitadeiras.

A UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA (67) em setembro de 2003, realizou um semináriointerinstitucional denominado Projeto Rio Preto, um núcleo rural do DF, onde foram discutidos eapresentados caminhos sobre energia, ambiente e desenvolvimento, dentro do programa de pós-graduação em Planejamento e Gestão Ambiental daquela Universidade do DF.

Considerando que esta pesquisa da Universidade de Brasília se propõe a colocar uma terceiradiretiva no conceito de desenvolvimento para o Distrito Federal, além dos tradicionais econômicose sociais mundialmente aceitos, devemos nos referir à ética como elemento intimamente ligada àsociedade e como decorrido no livro Desenvolvimento como Liberdade e de autoria de SEN (58).Este autor professor de Oxford e Harvard, Master do Trinity College, Cambridge, é especialista,reconhecido como teórico e acadêmico na área do desenvolvimento humano sob o alicerce daliberdade, da ética e da economia. Opera diretamente junto a presidência das Nações Unidas.

Algumas observações deste importante autor:1. são muitos os males sem precedentes que assolam o mundo: pobreza extrema, a fome coletiva,

a subnutrição, a destituição e a marginalização sociais, a privação dos direitos básicos, a carênciade oportunidades, a opressão e as inseguranças econômica, política e social,

2. a liberdade é vista como o principal fim e o principal meio do desenvolvimento,3. o desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e

as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de agente,4. existem visões mais restritas de desenvolvimento como as que identificam o Produto Nacional

Bruto-PNB, aumento de rendas pessoais, industrialização, avanço tecnológico ou modernizaçãosocial. O crescimento do PNB pode ser o meio para expandir as liberdades políticas e sociais,

mas tem outros fatores que influenciam como educação, saúde e direitos civis,5. se a liberdade é o que o desenvolvimento promove, existe então um argumento em favor daconcentração neste objetivo abrangente e não apenas nos meios como citados de PNB e outras

puramente econômicos,11


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6. a rejeição da liberdade de participar do mercado de trabalho é uma das maneiras de manter asujeição e o cativeiro da mão-de-obra,

7. para se manterem vivas, as pessoas aceitam ações que ameaçam até a sua própria vida,8. aqueles que se opõe às democracias e liberdades civis ou políticas em países desenvolvidos

afirmam que estas liberdades e direitos tolhem o crescimento e o desenvolvimento econômico.Além disto, afirmam que este conceito de liberdade e democracia são prioridades “ocidentais”,

o que contrariam os “valores asiáticos” os quais são mais supostamente orientados para a ordeme a disciplina. Outros governos e pensadores desta linha não democrática afirmam que ”osindivíduos devem colocar os seus direitos sob a ordem do direito do Estado”,

9. há poucas evidencias de que governos autoritários sejam benéficos para o desenvolvimentoeconômico de uma sociedade, onde um sistema democrático é componente essencial para o

processo de desenvolvimento,10. para se eliminar a fome no mundo há de se entender a causação de um modo amplo e não em

função de algum equilíbrio mecânico entre produção de alimentos e população. O crucial aoanalisar a fome é a liberdade do indivíduo ou da família para estabelecer a quantidade adequadade alimento, o que pode ser feito de inúmeras formas. Uma pessoa pode ser forçada a passar

fome, mesmo numa sociedade rica em produção de alimentos.11. a fome relaciona-se não só com a produção de alimentos e a expansão das áreas agrícolas, masao funcionamento de toda a economia ou até mesmo mais amplo, com a ação das disposições

políticas e sociais que podem influenciar direta ou indiretamente o potencial das pessoas emadquirir alimentos, obter saúde e nutrição,

12. há uma tendência mundial da produção de alimentos ser cada vez maior, junto com umaremuneração cada vez menor,

13. Malthus e o iluminista francês Condorcet, referidos por SEN (68), afirmam que o aumento donúmero de homens, ultrapassando seus meios de subsistência, resultaria numa diminuiçãocontínua da felicidade e da população, um movimento retrógrado, ou no mínimo, uma espéciede oscilação entre ventura e infortúnio. Os conceitos de Malthus tem provado desde a suamorte em 1834, que a prática tem mostrado que a fome no mundo não seguiu a previsãooriginal feita por ele, em função de ferramentas sociais como fecundidade, informação,tecnologia e outras que tornam mais abundante a quantidade e a qualidade de alimentos nestassociedades cada vez mais numerosas,

14. a prevalência da corrupção é considerada uma das piores barreiras no caminho para o progressoeconômico. Um nível elevado de corrupção pode tornar ineficazes as políticas públicas, afastar os investimentos e os setores produtivos,

15. Platão indicou no seu livro “As Leis” que um forte senso de dever ajudaria a prevenir a corrupção,afirmando que “isto não seria uma tarefa fácil”,

16. a corrupção envolve a violação de regras estabelcidas para ganho e lucro pessoal,

17. a tentação de ser corrupto é maior quando os funcionários tem muito poder mas são relativamente pobres,

18. os autores de “ Hui-nan-Tzu”, no ano de 122 AC, expuseram o seguinte problemas: “se a linhaestiver certa, a madeira será reta, não porque se faz algum esforço especial, mas porque aquiloque a dirige, faz com que assim seja. Da mesma maneira, se o dirigente for sincero e íntegro,funcionários honestos servirão em seu governo, e os velhacos se esconderão, mas se o dirigentenão for íntegro, os perversos farão como querem, e os homens leais se afastarão”,

19. W.A.Lewis afirma em sua obra “The Theory of Economic Growth”, que o objetivo dodesenvolvimento é aumentar o conjunto das escolhas humanas,

20. tanto na “Ética à Nicômaco” (3) como na “Política” de Aristóteles, dedica-se a tarefa de examinar

os tipos de raciocínio que podem ser usados com discernimento.

CNA (10) numa pesquisa do Perfil da Agropecuária Brasileira feita em 2002, registra que: 62 % daárea do território nacional apresenta possibilidade de produção agrícola; os cerrados brasileiros

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tem um potencial de 90 milhões de hectares agricultáveis; o total de área das propriedades ruraisvale 35,6 milhões de hectares, ou seja 4,4 % de toda a área do território nacional; o Brasil possui4,8 milhões de propriedades rurais; sendo 47 % localizadas no nordeste e fruto da muitas pequenasáreas; o PIB agrícola em 2002 foi de R$ 99,4 bilhões, com 7,8 % do PIB Brasil; a participação doagronegócio foi em 2001 foi de 27 % do valor de R$ 345 bilhões e para 2002, a estimativa é de R$356 bilhões; O PIB agrícola tem um efeito multiplicador nas cadeias produtivas, de tal forma que

a cada R$ 1,00, são gerados outros R$ 2,40 nos setores periféricos como insumos, bens de capitale serviços, o que representa uma multiplicação de renda de 140 %; 20 % do PIB agrícola brasileiroé exportado, sendo que as exportações agrícolas representam 41 % de toda a pauta das exportações

brasileiras.

A SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO GDF (56) apresenta em sua sínteseestatística do DF, alguns fatos como: 1) o PIB agropecuário do DF em 2000 era 0,49 % e do Brasil7,49 %; 2) a participação do ICMS do DF em relação ao Brasil era em 2001, de 1,72 %; 3) o índicede Gini no DF era em 2000, de 0,608; 4) a população estimada em 2001 era de 2,097 milhões dehabitantes, com 1,22 % da população brasileira; 5) a população urbana considerada por esta secretaria

em 2000 como sendo de 1.961,5 mil pessoas e a rural de 89,6 mil, ou seja, uma população rural de4,57 %; 6) o número de veículos por 1.000 habitante no DF era em 2001, de 311, contra o do Brasilde 172; 7) 26,6 % da população do DF ganha até 2 salários mínimos, enquanto a do Brasil 47,7 %esta mesma faixa.

Esta proposta de modernização estratégica de longo prazo para o setor primário do Distrito Federale RIDE, para os próximos até 20 anos, tem não só uma visão holística e macro da conjuntura, mastambém uma visão detalhada das atividades estudadas de forma separada. Assim, são referidastodas as cadeias produtivas tanto de produtos, como serviços. Os produtos estudados englobam aagroindústria, hortaliças até a criação de avestruz. De outro lado, os serviços vão de comercialização,distribuição, crédito, cooperativas, transporte, além de serviços públicos como energia,telecomunicação e conservação de estradas. Até segurança, educação e conservação de estradas

públicas no meio rural.Pertencendo ao Ministério da Integração Regional, Secretaria Extraordinária do Desenvolvimentodo Centro-Oeste, a RIDE-Região Integrada do Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno tem900 mil habitantes, exceto o DF, agrega 22 municípios de Goiás e Minas Gerais, tem uma área de57,1 mil Km2 e está regulamentada pela Lei complementar 94 de 19/02/1998. Foi criada paraimplementar soluções imediatas e de curto prazo para os problemas existentes, como promoçãodas atividades econômicas gerando emprego, renda, saúde, educação e infra-estruturas. Tem quatrograndes potenciais como agricultura, pecuária, turismo e pólos produtivos e quatro grandes problemascomo saneamento, educação, saúde e segurança. Objetiva o desenvolvimento sócioeconômico desta

região do Planalto Central com políticas públicas e investimentos do Banco do Brasil, CaixaEconômica Federal e Fundo Constitucional.Por fim, foi incluída nesta proposta a premente necessidade de parcerias entre as universidades

públicas e privadas com os segmentos do setor produtivo com a finalidade de realizar pesquisasgeradoras de tecnologias aplicadas. Os principais desdobramentos seriam a inserção de ganhos de

produtividade, segurança nos investimentos e a consequente implantação do sistema de proteção à propriedade intelectual, fator fundamental de estímulo à pesquisa.

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3 - Materiais, instalações e serviços

3.1 - Instalações utilizadas

1. Universidade de Brasília-UnB,

2. Sindicato Rural do Distrito Federal-SRDF,3. sede da Aproleite-Associação dos Produtores de Leite do DF,4. auditório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF-EMATER/DF,5. sala de reuniões do SEBRAE/DF,6. escritórios da empresa Tecnocomp Informática Ltda,7. sala de reuniões da Central Flores, junto ao CEASA/DF,8. escritório da empresa dos Sr.Darci Haas e Raul Machado de Lima,9. escritório da empresa Restaurante Rural Trem da Serra, Sobradinho,10. reuniões setoriais nas residências de líderes de cada segmento,11. sede da Aviplac,12. sala de reunião da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social do GDF.

3.2 - Processamento de dados

Foi contratada a empresa Tecnocomp Consultoria e Informática Ltda para executar os trabalhosde digitação, processamento, edição e tabulação.

3.3 - Grupos de pessoas e entidades que foram envolvidas naparticipação do trabalho

1. alunos das disciplinas de Administração Rural, Marketing Agrícola e de Máquinas Agrícolasda UnB,

2. diretoria e funcionários do Sindicato Rural do Distrito Federal-SRDF,3. diretorias dos sindicatos de produtores rurais associados ou não do SRDF, entre eles turismo

rural, produtos orgânicos, pecuária de corte, hortaliças, flores, pequenos animais e avicultura,4. pessoas e profissionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do GDF-SEAPA,

entre elas CEASA, EMATER/DF e Dipova,5. pessoas e profissionais da Secretaria da Fazenda, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e

Social do GDF,6. produtores rurais e empresários do setor entre eles dos segmentos de turismo rural, agroindústria

e dos segmentos produtivos como floricultura, orgânicos, pecuária de corte e leite, horticultura, pequenos animais, apicultura e grãos,7. pessoas e profissionais dos setores de serviços privados e públicos que gravitam na cadeia do

sistema produtivo, como Porto Seco, centros de capacitação da mão-de-obra, distribuição dealimentos e produtos da terra, cooperativas agrícolas, empresas públicas de serviços,distribuidores de insumos e máquinas agrícolas, agentes financeiros, agentes comunitários dosnúcleos rurais e das cidades satélites onde acontece a produção agropecuária,

8. professores e funcionários da UnB, das Faculdades de Agronomia e Medicina Veterinária,Faculdade de Administração, Instituto de Filosofia e Centro de Desenvolvimento Sustentável,

9. pessoas e profissionais de associações classistas, produtivas ou institucionais ligadas aos temas

estudados,10. equipe de alto nível de revisores finais do trabalho, composta por seis especialistas.

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3.4 - Orçamento

As despesas cobriram áreas do trabalho em si, serviços gráficos e divulgação por meio de evento. Na realização do trabalho, foram alocadas verbas para: 1) processamento de dados, 2) edição, 3)materiais de consumo e de administração, 4) despesas de viagens e serviços gerais, 5) pagamentode alunos e pessoal de campo.

3.5 - Questionários e formulários

A conquista de dados primários e secundários foi feita por meio de planilhas, roteiros, questionáriose formulários dirigidos aos interesses da pesquisa em setores como: 1) EANI-Entrevista de Alto

Nível de Informações, 2) pesquisa de mercado - questionário para entrevista individual, estruturadoem semi profundidade contendo perguntas livres e dirigidas, além de imagens para captação deníveis de percepção em temas prospectados, 3) painel - pauta padrão de trabalho durante os painéiscom líderes setoriais, contendo planilhas específicas para cada segmento das cadeias produtivas.

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4 - Metodologia

Adotaram-se os procedimentos epistemológicos mundialmente aceitos pelas universidades e usadosnesta proposta para a modernização do setor primário. O planejamento estratégico da metodologiaminimizou os possívies problemas desta complexa estrutura, assim como se multiplicaram os níveisda boa qualidade, inclusive a forma de apresentar-se as conclusões à sociedade rural desta região.Para tanto, esta vem em forma de tópicos práticos e diretos dos possíveis caminhos que os líderesdeverão tomar para modernizar a agropecuária do Distrito Federal, da mesma forma que foi montadoum pacote de cinco frentes para a tomada de informações e que embasam todo trabalho. Elas sãouma ampla revisão da literatura, pesquisa de mercado, entrevistas de alto nível de informações,

painéis e um workshop.

4.1 - Cooperação

A UnB por meio do responsável da Disciplina de Administração Rural e autor deste trabalho procurouo presidente do Sindicato Rural do DF, hoje em tratativas para ser transformado em Federação daAgricultura e Pecuária do DF-FAPE/DF para receber desse, um apoio institucional, classista ematerial para que unidos, pudessem levar a cabo tal empreendimento em benefício da sociedaderural e urbana do DF que ao redor dela gravita.

4.2 - Região de abrangência

Tomou-se como área de ação para esta pesquisa o Distrito Federal. Fizeram-se ainda, fez-se algumasinferências informativas e prospectivas futuras para a região considerada como a RIDE.

4.3 - AmostragemO universo deste trabalho abrangeu sub-universos, de tal maneira que um deles foi no setor produtivoe o outro, nas áreas paralelas ligadas ao desenvolvimento sócioeconômico do setor primário do DFe refletidas na RIDE. A maioria da economia do DF agrícola e de criação animal foi amostrada emforma de 11 segmentos detalhados no capítulo 4.8 e em três extratos de pequeno, médio e grande,conforme exposto no capítulo 4.9. As áreas produtivas não detalhadamente prospectadas fora dos11 segmentos foram avaliadas mais pelas entrevistas de alto nível, workshop feito com oscoordenadores da EMATER/DF e nos painéis setoriais.

4.4 - EANI-Entrevistas de alto nível de informaçõesSelecionaram-se 75 profissionais de todos os setores considerados relevantes para esta pesquisa,capazes de fornecer informações e contribuindo com os objetivos propostos. Assim, para cadasegmento, entrevistaram-se pessoas tão díspares como diretoria do atual Porto Seco, diretoria daassociação de supermercados, diretoria de planejamento estratégico da Embrapa Sede, Secretariada Fazenda do DF, presidentes de associações de produtores rurais, presidência do sindicato da

pecuária de corte e os outros conforme detalhados nas Entrevistas de Alto Nível de Informações.O método usado para a obtenção das informações requeridas pelo entrevistador foi aquele em quese pudesse prospectar o presente e o futuro de até 20 anos, para a conjuntura sócioeconômica

daquele mercado ou fator gravitacional, onde ele se inserisse. Foram estudados todos os fatoresque impedem e favorecem o maior desenvolvimento do setor, incluindo variáveis externas e futurasda tecnologia, da ética, da economia e do social. As pessoas disponíveis, eleitas, convidadas e que

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aceitaram participar a dar a sua colaboração foram indicadas depois de vários contatos preliminarescom lideranças de cada setor. Foram pessoas de bom nível cultural, com visão holística e históricado DF, além de sólidos conhecimentos da conjuntura e daquele segmento específico. Teve duraçãode até duas horas, feita nas sedes das entidades ou empresas e com hora marcada.

4.5 - Pesquisa de mercado com questionários

Foram realizadas 198 entrevistas usando-se questionários individuais estruturados em semi profundidade, com perguntas livre e dirigidas, por meio de entrevistadores treinados. Estesquestionários foram elaborados procurando-se coletar informações representativas do mercado emtrês grandes famílias como: 1) o produto e a produção, 2) produtor e administração, 3) mercado deação e conjuntura onde aquele segmento se insere.

4.6 - Workshop

Considerando-se a importância do Plano de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal-Pró-Rural/DF-RIDE, instituído pela Lei nº 2.499, de 23 de dezembro de 1999, decidiu-se fazer um workshopcom 15 coordenadores destes programas referidos nos resultados obtidos, sob a responsabilidadeda EMATER/DF, durante duas reuniões de trabalho com três horas cada uma e usando-se formuláriose planilhas de estudos estratégicos como é o SWOT Analysis entre outras técnicas de planejamento,

políticas públicas e táticas de longo prazo.

4.7 - Painel

A ferramenta painel foi usada para um acabamento na qualidade das informações da propostafinal. Para este painel foram convidadas de três a oito pessoas líderes de cada um dos seis segmentosestudados, totalizando 35 profissionais no sentido de preencherem-se formulários consideradosrelevantes, assim como permitir inferências por meio de livre manifestação individual e para os

pontos requeridos pelo coordenador de cada painel. Desta forma, foram feitos painéis nos segmentosde flores, turismo rural, leite, agroindústria, grão e pecuária de corte. Estes segmentos foram mais

profundamente prospectados, pois exigiram maior volume de informações, já que tem característicasdiversificadas dentro de suas próprias conjunturas sócioeconômicas, principalmente para os próximosaté 20 anos, destino do trabalho.

4.8 - Segmentos produtivos

Para ter-se uma amostragem real do setor primário do DF, agrupou se a diversidade de atividadesnos seguintes onze segmentos: 1) grãos, 2) turismo rural, 3) agroindústria, 4) produtos orgânicos,5) hortaliças, 6) flores, folhagens, vasos e grama, 7) pecuária de corte, 8) leite, 9) pequenos animaiscomo ovinos, caprinos e suínos, 10) abelha, 11) aves. As outras atividades de menor expressãoeconômica ou social, embora importantes, foram consideradas em todas as análises e com ênfaseàquelas emergentes ou possíveis de crescer no longo prazo como a indústria de transformação e ocomércio exterior de produtos agrícolas já agrega

Proposta Para Moderniza o Do Setor Primrio Do DF

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