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Sub-programa de Educação com base no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC ) nº 120. Material para Funcionários ARSO Produzido por Sapiens Vita PROGRAMA DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA AVIAÇÃO CIVIL

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Sub-programa de Educação com base no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC ) nº 120.

Material para

Funcionários ARSO Produzido por Sapiens Vita

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS NA AVIAÇÃO CIVIL

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Nossa Proposta:

Este material é um produto de pesquisa científica com o objetivo

principal de difundir conhecimentos sobre a influência do uso, abuso e dependência química de álcool e drogas, no ambiente de trabalho.

Cientes que as organizações, públicas ou privadas, são importantes agentes de conscientização social e que o ambiente de trabalho influencia o comportamento das pessoas, a Sapiens Vita incentiva a implantação de Programas Corporativos que ajudam a proteger saúde e segurança dos Empregados.

Nossa proposta é auxiliá-lo a detectar, solucionar e prevenir

possíveis casos de uso de álcool e drogas e difundir boas práticas que

influem na Qualidade de Vida, na Preservação das Relações Interpessoais e

na Segurança, individual e coletiva, com base nas exigências do

Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 120 (RBAC nº 120), intitulado

“Programa de Prevenção do Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na

Aviação Civil”.

Pretendemos passar ao leitor uma síntese de conhecimentos atuais, úteis e de fácil leitura.

Este Material foi desenvolvido por

Carla Maria Montalto

• Pós-Graduação: Especialização Lato Sensu em Dependência Química: UNIAD/Unifesp – SP

• Aperfeiçoamento em Dependência Química: Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ipq - HCFMUSP / GREA

• Extensão Universitária: Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias- SENAD PRONASCI -Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC

• Extensão Universitária: Entrevista Motivacional para Dependência Química e Transtornos do Impulso – Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ipq - HCFMUSP / GREA

• Curso de Agente Multiplicador na Prevenção ao uso de Drogas – Polícia Civil do Estado de São Paulo- Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico – DENARC- Divisão de Prevenção e Educação - DIPE

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O Consumo de Drogas: UMA INTRODUÇÃO

O crescimento do consumo de álcool e drogas, notadamente e dos problemas

relacionados ao uso do crack constituem, atualmente, um grande desafio para toda sociedade brasileira. O consumo de drogas tem afetado indivíduos independentemente de sua faixa etária, sexo ou condição cultural e socioeconômica.

De acordo com a última pesquisa realizada, em 2005, pela SENAD em parceria com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (CEBRID), 22,8% da população brasileira já usou algum tipo de droga ilícita. Ao se tratar das lícitas, como o álcool e o tabaco, cerca de 74% ingeriu algum tipo de bebida alcoólica e 12,3% são dependentes. No caso do tabaco, 44% já apontaram ter fumando alguma vez na vida e 10,1% tornaram-se dependentes.

As informações que constam do Relatório Mundial sobre Drogas de 2008, lançado nesta quinta-feira no Instituto Internacional da Paz em Nova York, pelo diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), analisam o consumo de drogas ilícitas:

O último relatório mundial sobre drogas WDR publicado em 25 de junho de 2009, trás dados preocupantes. Enquanto o consumo de drogas encontra-se em declínio na América do Norte e estabilizado na Europa, na América do Sul (incluindo o Brasil) ainda está em crescimento.

Os estudos do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) e da CICAD

(Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas) mostram ainda, entre outros dados, que:

• O Brasil tem hoje a maior população de usuários de opiáceos (ópio, heroína, morfina etc.) na América do Sul.

• O tráfico de cocaína tem aumentado de importância. A maior parte da cocaína apreendida do mundo foi interceptada nas Américas (88%). Nos países do Cone Sul (Argentina, Chile, Brasil, Paraguai e Uruguai) as apreensões aumentaram significativamente nos últimos anos.

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• O alastramento do consumo de Crack, os problemas estão se agravando, principalmente nas parcelas mais carentes da população. Onde ele está presente, a violência, a taxa de homicídios e de roubos aumenta. Hoje o Brasil é o “campeão” mundial no consumo de Crack, e só perde para os EUA no consumo de Cocaína em pó.

• O Consumo de maconha aumentou. A taxa anual de prevalência mais do que dobrou, passando de 1% em 2001 para 2.6% em 2005, e, de acordo com as autoridades brasileiras, esse número parece continuar subindo.

• O tráfico de Ecstasy, droga sintética originalmente vinda da Europa, usada nas “baladas” e “haves” teve claramente um aumento. Em 2008, o primeiro laboratório clandestino foi descoberto no Brasil. As apreensões estão aumentando com o aumento do poder aquisitivo dos últimos anos.

Estudos científicos apontam inúmeras evidências de que o uso, abuso e dependência de

álcool e outras drogas estão relacionados a importantes prejuízos pessoais, familiares, profissionais e sociais, sendo considerados, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como graves problemas de saúde pública mundial.

Esses números indicam a necessidade da elaboração e integração das políticas setoriais e o

estabelecimento de parcerias, para a redução dos riscos e danos do consumo abusivo de qualquer tipo de droga. Este desafio exige respostas mais focadas e eficazes na construção de programas de intervenção integrada, que incluam ações relacionadas à promoção da saúde, de conscientização e informação sobre os riscos do uso de drogas e disponibilização de serviços de atendimento.

Uso de substância psicoativa no ambiente de trabalho

Engana-se aquele que pensa que o uso abusivo de substâncias psicoativas e a dependência química estão fora do ambiente de trabalho.

Existem diversos estudos sobre o uso de drogas pelos trabalhadores brasileiros e sua

influência nos acidentes dentro e fora do ambiente de trabalho, doenças e afastamentos médicos. O consumo de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) no ambiente organizacional é um problema cada vez mais recorrente e que tem afetado a vida de boa parte dos trabalhadores brasileiros.

Os consumos de álcool e drogas reduzem a capacidade de trabalho, na medida em que

afetam o raciocínio, a concentração e alteram o comportamento, diminuem seu senso de responsabilidade e a segurança no trabalho, repercutindo muitas vezes na imagem organizacional

Segundo cálculos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), o Brasil perde por

ano US$ 19 bilhões de absenteísmo, acidentes e enfermidades causadas pelo uso do álcool e outras drogas.

Estatísticas recentes apontam o Brasil entre os cinco primeiros do mundo em número de

acidentes no trabalho. São em média 500 mil por ano e 4 mil deles resultam em mortes. Segundo Dr. Arthur Guerra, psiquiatra presidente do Grupo de Estudos de Álcool e Droga

(GREA) da Faculdade de Medicina da USP, os efeitos das drogas, que envolvem queda na

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produtividade, absenteísmo e falta de motivação, muitas vezes passam despercebidos. "Aparentemente, aos olhos dos colegas e dos superiores, os usuários estão com a situação sob controle", diz ele.

Outro expoente na temática no Brasil, o psiquiatra Dr. Ronaldo Laranjeira, coordenador da

Unidade de Álcool e Drogas (UNIAD) da Unifesp, diz: "O grande problema é a empresa não aceitar que o consumo de drogas existe em qualquer setor sociedade. A dependência,independentemente do tipo de droga, não elege cargo ou função. De diretores a auxiliares, todos podem ter problemas".

Independente das razões que levam ao alcoolismo ou a dependência de drogas, este é um

problema que deve ser enfrentado sem estigma, para as empresas ganhem em qualidade de vida e não percam em produtividade e segurança.

Mais dados sobre o problema:

O médico Dr. Luis Alberto Chaves de Oliveira, em seu livro Drogas no Ambiente de

Trabalho, ressalta que prevenir custa 7 vezes menos que tratar um funcionário e que tratar custa 4 vezes menos que repor um funcionário, trazendo vantagens econômicas e sociais para a corporação.

A dependência de álcool e drogas está entre as dez principais causas de incapacidades no

mundo:

Tipo de deficiência - Custo (em AVAIs*) Depressão maior unipolar 42.972 Tuberculose 19.673 Acidentes de trânsito 19.625 Consumo de álcool/tabaco 14.848 Lesões auto-inflingidas 14.645 Doença maníaco-depressiva 13.189 Guerra 13.134 Violência 12.955 Esquizofrenia 12.542 Anemia ferropriva 12.511

Obs: *AVAIs: anos de vida ajustados para incapacidades. Tempo perdido devido à mortalidade prematura e ao tempo vivido com a deficiência. (WHO, 2002)

Historicamente, as primeiras iniciativas de implantação de programas de prevenção no

ambiente de trabalho, datam dos anos de 1960, nos EUA. Posteriormente estes programas foram transformados em EAP – Employee Assistance

Program e atualmente estão incorporados no Programas de Qualidade de Vida. No Brasil, embora as primeiras iniciativas datem das décadas de 70 e 80, por influência da

implantação de filiais de multinacionais, que já possuíam programas em suas matrizes, somente na última década as corporações tem percebido a importância da prevenção e tratamento pois é notório o íntimo relacionamento entre a dependência ou uso abusivo de álcool e drogas com:

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• Absenteísmo / atrasos: o As faltas chegam a ser 16 vezes mais freqüentes. As faltas por 8 dias ou mais

são 3 vezes mais freqüentes

• Acidentes de Trabalho e Falhas na Segurança: o Estima-se o envolvimento em acidentes que são 4 vezes maiores

• Problemas de saúde física e mental: o Os custos de assistência médica, que chegam a ser 300% maiores

• Contaminação das relações internas e do clima organizacional e queda na produtividade:

o A produtividade do funcionário tem uma queda de cerca de 1/3! Sem esquecer dos reflexos e impacto causados no núcleo familiar (violência familiar,

depressão, divórcios, etc.). Estima-se que familiares de dependentes usam cerca de 10 vezes mais licenças médicas

que os membros de famílias em que a dependência não está presente. Segue abaixo os 10 problemas sociais apontados com maior relevância (Fonte: Secretaria

do Desenvolvimento e Assistência Social do estado de São Paulo-2007)

193

219

223

289

305

377

379

383

423

518

Violência doméstica

Migração

Prática de atos infracionais

Desemprego na entre safra

Baixa escolaridade

Gravidez precoce

Alcoolismo

Uso de droga

Desemprego

Baixa qualificação profissional

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Como a ANAC se posicionou frente a esta questão?

No Brasil com o surgimento da Lei nº 11.182/2005, nasceu a entidade integrante da Administração Pública Federal indireta, a ANAC- Agência Nacional De Aviação Civil, que necessitou estabelecer normas, observando os acordos, tratados e convenções internacionais.

A presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial e responsável na América Latina pelo programa de prevenção do uso de álcool e drogas na aviação, Dra. Vânia Melhado, levou o problema à ANAC, visando a implantação de um Programa de Prevenção.

Deste modo, no ano 2010, apresentou-se o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 120 (RBAC 120) para atender à uniformidade regulamentar prevista na referida Convenção de Chicago, instituindo o “PPSP -Programa de Prevenção do Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na Aviação Civil” .

Seguiram-se as publicações: Resolução 190, de 31 de maio de 2011, publicada no Diário Oficial da União nº 104, de 1º de junho de 2011, seção 1, pág. 3 INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR - IS Nº 120-002 - A Portaria nº 607/SSO, de 4 de abril de 2012, publicada no Diário Oficial da União nº 67, de 5 de abril de 2012, Seção 1, p. 11. E a Emenda nº 1: Resolução nº 273, de 29 de maio de 2013,publicada no Diário Oficial da União nº 104, de 3 de junho de 2013, Seção 1, página 3. Nestes documentos estão contidas orientações gerais para a implantação do “PPSP -Programa de Prevenção do Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na Aviação Civil” atualmente em vigor.

Vale a ressaltar que a RBAC é uma norma jurídica e que apesar de não ser LEI, ela poderá ter força de LEI, somada ou analisada juntamente com as Leis que a amparem ou sustentem.

A aviação civil implantou um ato legislativo de efeito interno – RBAC nº 120, e que deverá ser cumprido essencialmente nos seus itens, ponto a ponto. Assim também sendo somado quando possível às Instruções Suplementares, que visam o bom desempenho do Regulamento em questão.

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A quem se aplica a RBAC 120?

Este Regulamento se aplica:

�A qualquer pessoa que desempenhe Atividade de Risco à Segurança Operacional na Aviação Civil (ARSO).

Empregado ARSO é todo aquele que poderá ou traz riscos à segurança operacional na sua atividade, a exemplo de possíveis eventos de acidentes, incidentes graves, incidentes, ocorrências de solo, ocorrências anormais ou qualquer situação de risco que tenha o potencial de causar dano ou lesão ou ameace a viabilidade da operação de uma empresa responsável.

Todo indivíduo que tenha algum contato com a segurança operacional e principalmente que a coloque em risco, mesmo que seja de forma intermitente ou temporária, seja até mesmo um indivíduo da área de suprimentos, deverá ser incluído no conceito de funcionário ARSO.

O empregado ARSO, seja ele permanente ou não, a exemplo daqueles que exercem atividade integral, parcial, temporários, e intermitentes, incluindo também os seus assistentes, ajudantes e em treinamento; dentro das suas atividades de risco à segurança operacional, não poderão fazer uso de substâncias psicoativas no horário de trabalho e nem estar sobre o efeito delas.

Desempenho Atividade de Risco à Segurança Operacional na Aviação Civil (ARSO):

CATEGORIAS DE EMPREGADOS ARSO O PPSP se aplica essencialmente a todos os empregados ou funcionários que exercem

atividade de risco à segurança operacional mesmo que temporariamente Portanto o Regulamento – RBAC 120 se aplica a pessoas que desempenhem Atividade de

Risco à Segurança Operacional na Aviação Civil (ARSO), incluindo:

(1)exploradores de serviços aéreos: (i) empresas de transporte aéreo; e (ii) empresas que operem serviços aéreos especializados públicos;

(2) empresas de manutenção, detentores de certificado sob o RBHA 145, ou RBAC que venha a substituí-lo; exceto as que aprovam para retorno ao serviço aeronaves operadas segundo o RBAC 121; (3) detentores de certificado sob o RBAC 139; e (4) empresas subcontratadas, direta ou indiretamente, por qualquer dos anteriores para desempenhar ARSO. São consideradas ARSO:

• 1) qualquer atividade realizada por uma pessoa, exceto passageiro, na área restrita de segurança do aeródromo (ARS);

• (2) cálculo das posições de carga, bagagem, passageiros e combustível nas aeronaves; • (3) manutenção, manutenção preventiva e modificações, incluindo reparos e

inspeções obrigatórias de qualquer dos seguintes itens: • (i) aeronave; • (ii) produtos aeronáuticos; • (iii) produtos de radionavegação aeronáutica; e

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• (iv) produtos de telecomunicações aeronáuticas. • (4) inspeção e certificação da manutenção de:

• produtos aeronáuticos; • produtos de radionavegação aeronáutica; e • produtos de telecomunicações aeronáuticas.

• (5) abastecimento e manutenção dos veículos que serão utilizados para o abastecimento das aeronaves na ARS;

• (6) atividades realizadas por um agente de segurança do aeródromo ou um operador de raio-x;

• (7) atividades realizadas por um membro da tripulação de uma aeronave; • (8) carga e descarga de veículos de transporte de bagagem (trolleys) para

carregamento e descarregamento da aeronave e a condução destes veículos; e • (9) atividades de prevenção, salvamento e combate a incêndio.

• Este Regulamento também se aplica a pessoas responsáveis por desempenho das

ARSO que fazem atividades do item (2) até o item (9) (acima), mesmo que essa atividade não ocorra na ARS.

O que são Substâncias Psicoativas:

Substâncias Psicoativas por definição, são as que têm a capacidade de ultrapassar a

barreira hemato-encefálica e alterar o funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), provocando sintomas físicos e modificando o estado mental e/ou psíquico, alterando a consciência, a disposição, o humor, a cognição e os pensamentos, e, por atuarem em uma área do nosso cérebro responsável pelas sensações de prazer (o Sistema de Recompensa), possuem grande propriedade reforçadora de uso, tem a capacidade de induzir a auto-administração.

Em relação ao efeito que provocam no SNC, As substâncias podem ser classificadas em:

Substâncias Depressoras do Sistema Nervoso Central

Os DEPRESSORES DA ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL referem-se ao grupo de substâncias que DIMINUEM a atividade do cérebro, ou seja, DEPRIMEM o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa fique “desligada”, “devagar”, lentificada. Este grupo de substâncias é também chamado de PSICOLÉPTICOS.

As substâncias que compõem o grupo de DEPRESSORES são: • ÁLCOOL • INALANTES/SOLVENTES • ANSIOLÍTICOS,CALMANTES • BARBITÚRICOS,SEDATIVOS • OPIÁCEOS (ópio, morfina, codeína, heroína)

Substâncias Estimulantes do Sistema Nervoso Central

Os ESTIMULANTES referem-se ao grupo de substâncias que AUMENTAM a atividade dos

do cérebro. Ou seja, ESTIMULAM o seu funcionamento, produzem euforia, aumento da atividade cerebral, diminuem a fadiga causando estado de vigília, aumentam a percepção

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ficando os demais sentidos, todos ativados, fazendo com que a pessoa fique mais “ligada”, “elétrica”.

As substâncias que compõem o grupo de ESTIMULANTES DO SNC são: • Nicotina • Cafeína • Anfetamina • Cocaína • Metanfetaminas/ anfetaminas modificadas

Substâncias Perturbadoras do Sistema Nervoso Central

Os PERTURBADORES DA ATIVIDADE DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL referem-se ao grupo

de substâncias que MODIFICAM QUALITATIVAMENTE a atividade do cérebro, ou seja, PERTURBAM, DISTORCEM o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa passe a perceber as coisas deformadas, parecidas com as imagens dos sonhos. Este grupo de substâncias é também chamado de PSICODISLÉPTICOS, PSICODÉLICOS, ALUCINÓGENOS, PSICOTOMIMÉTICOS, PSICOMETAMÓRFICOS, ALUCINANTES.

Várias são as substâncias que compõem o grupo de PERTURBADORES do SNC: • Maconha ( Cannabis Sativa) • Ayahuasca (Banisteriopsis caapi) chacrona (Psichotria viridis)- chá do Santo Daime • Cacto Peyote • Cogumelos psicoativos • Datura stramoniun • Ipomoea violácea • Beladona • LSD • Medicações Anticolinérgicas

As substâncias psicoativas abordadas pelo PPSP da ANAC são:

o O álcool; o metabólitos de opiáceos (heroína/ morfina/metadona/codeína);

metabólitos de canabinóides ( maconha/ haxixe);

o metabólitos de cocaína (folhas de Coca/ merla/ crack / cloridrato de cocaína- pó);

o As anfetaminas ( bolinha/ rebite/ ice ou crystal); o As metanfetaminas / metilenodioximetanfetamina /

metilenodioxianfetamina (designer drugs, club drugs/ ecstasy / MDMA /MDA).

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O Uso de Medicamentos Restritos para funcionários ARSO:

Atenção: Existem medicamentos acompanhados ou não de prescrição médica, de uso restrito para empregados ARSO, a saber: Medicamentos que tenham o potencial de gerar prejuízo físico ou cognitivo ao desempenho. Desta forma podem trazer prejuízo à segurança operacional.

Existem pessoas que tomam estas medicações de forma aleatória, e isso pode funcionar como tóxico e gerar dependência química.

Existem substâncias psicoativas que são prescritas para alívio de sintomas físicos e psiquiátricos. Os medicamentos psiquiátricos são prescritos para o tratamento de doenças mentais e emocionais.

Existem 6 classes principais de medicamentos : • Antidepressivos, que são usados para tratar diversos males, tais como depressão

nervosa, epilepsia, ansiedade, transtornos alimentares e transtorno de personalidade limítrofe.

• Estimulantes, usados para tratar distúrbios como o transtorno do déficit de atenção e como supressores do apetite.

• Antipsicóticos, que são usados para tratar psicoses, esquizofrenia e mania. • Estabilizador do humor, utilizados para tratar o transtorno bipolar e o transtorno

esquizoafetivo. • Ansiolíticos, usados para tratar transtornos da ansiedade. • Depressores, que são utilizados como hipnóticos, sedativos e anestésicos. Esta classe

de drogas incluem narcóticos opiáceos, como a morfina e a codeína.

O uso de medicação restrita deverá ser declarada e registrada.

É função do médico revisor triar os medicamentos que possam trazer algum prejuízo à segurança operacional, mesmo aqueles com prescrição médica, para considerar se o funcionário está apto e exercer a função ARSO.

RBAC 120: Definição de Médico Revisor

O Médico Revisor trata-se de profissional médico com diploma registrado no MEC e registro profissional válido e vigente que o habilite ao exercício da medicina

No resultado laboratorial positivo, ocorrerá sempre a avaliação clinica do Médico Revisor, que vai ou não referendar o laudo do exame, analisando se houve condições clinicas ou de interação medicamentosa que possam ter interferido no resultado laboratorial.

O sigilo: O médico revisor não deve divulgar ou permitir o acesso às informações sobre os exames e seus resultados apresentados, sendo que esses deverão ficar arquivados no prontuário do paciente por 5 anos, com exceção dos requeridos em lei ou expressamente autorizado.

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Definição de uso/ uso nocivo/ dependência química de álcool e drogas Diretrizes diagnósticas - CID10

O padrão de uso de substâncias psicoativas apresenta uma diversidade importante. O

continuum de gravidade vai desde a primeira experimentação, uso eventual ou recreativo, uso nocivo até a manifestação mais grave da síndrome de dependência química.

O padrão de uso de drogas pode ter as seguintes classificações: USO� O indivíduo possui um vínculo frágil com a substância e que permite a manutenção

de outras relações e responsabilidades. USO NOCIVO OU ABUSO � Mesmo com o uso eventual, é um padrão de uso de

substância que está causando dano real à saúde, podendo ser este ser de natureza física ou mental.

DEPENDÊNCIA QUÍMICA� Segundo os Critérios do CID 10, para se estabelecer que uma

pessoa é Dependente, observa-se a presença de um agrupamento de sintomas, cognitivos, comportamentais e fisiológicos, que indicam que o indivíduo continua usando a substância (auto-administração repetida) apesar de evidencias significativas de prejuízos com três ou mais dos seguintes aspectos:

Critérios do CID 10 Classificação internacional das doenças- 10a revisão/1993 Capítulo V- Transtornos mentais e de comportamento

Síndrome da Dependência Química:

� Forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância; � Dificuldade de controlar o comportamento de consumir a substância em

termos de seu no início, término ou níveis de consumo (perda do controle); � Estado de abstinência fisiológica quando o uso da substância é reduzido ou

interrompido, como evidenciado por Síndrome de Abstinência para a substância, ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência;

� Evidência de Tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância

psicoativa, são requeridas para alcançar os efeitos originalmente produzidos com doses mais baixas;

� Abandono progressivo de prazeres dos outros interesses, em favor do uso da

substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessário para se recuperar dos efeitos;

� Persistência no uso, apesar das evidências nocivas claras.

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Proibições:

Independentemente do padrão de uso, fica proibido o uso de substâncias psicoativas em situação de trabalho, de uma ou mais substâncias psicoativas por qualquer pessoa responsável pelo desempenho de atividades de risco à segurança operacional: É vedado a qualquer empregado ARSO:

� o uso de substâncias psicoativas durante o exercício de suas atividades; � o exercício de suas atividades enquanto estiver sob o efeito de qualquer substância

psicoativa; � o exercício de suas atividades caso tenha sido envolvido em um evento impeditivo e

não tenha obtido um resultado negativo em um ETSP de retorno ao serviço após ter sido considerado apto pelo Subprograma de Resposta a Evento Impeditivo.

Toda empresa responsável deve tomar as providências necessárias, conforme a legislação brasileira vigente e este regulamento, para afastar de suas atividades qualquer empregado ARSO que contrarie esta proibição.

Introdução ao conceito das bases neurobiológicas – O Sistema de recompensa e as neuroadaptações

A base neuro-biológica do fenômeno da Dependência química é decorrente do uso destas substâncias de forma repetitiva, fazendo com que as células nervosas (neurônios), submetidas a estes estímulos recorrentes, reajam tentando buscar um novo equilíbrio, modificando assim a anatomia cerebral e fisiologia celular original.

Alterações nos neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer são chamadas de Neuroadaptações.

Tais mudanças fazem com que o consumo de droga fique cada vez mais importante na vida para o indivíduo.

Segundo a neurocientista e psiquiatra Nora Volkow, pioneira no uso de tomografia para estudar vício em droga, a Dependência Química “ É uma doença crônica e reincidente, que envolve mudanças no cérebro que levam ao consumo compulsivo de drogas, apesar de suas consequências devastadoras. A decisão inicial de usar uma droga é voluntária, mas seu uso crônico pode precipitar mudanças cerebrais que comprometem os sistemas de recompensa, motivação e mesmo o livre-arbítrio”.

A explicação científica está baseada na bioquímica cerebral.

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Como se sabe as células cerebrais - os neurônios - guardam uma distância entre si e nisto são diferentes das demais células do organismo humano. Entre elas há um espaço chamado fendas sinápticas.

Na presença de substâncias psicoativas, modifica-se significativamente o funcionamento normal dos neurotransmissores, daí decorrendo os efeitos, danos e lesões.

O uso de drogas causa um aumento inicial principalmente na neurotransmissão de dopamina e serotonina, fazendo com que haja um acúmulo desses neurotransmissores na fendo sináptica.

Estes neurotransmissores são largamente responsáveis pelos efeitos prazerosos e portanto

são reforçadores do uso da droga (para voltar a sentir um prazer intenso). A desregulação destes neurotransmissores durante a síndrome de abstinência tem um

importante papel no desenvolvimento da “fissura” pela droga ou craving ( vontade irresistível de repetir o uso).

As Bases neurológicas explicam também a “tolerância” que é uma das neuroadaptações importantes que ocorrem na Síndrome da Dependência Química.

O indivíduo, para obter o mesmo patamar de prazer recorrerá a uma escalada progressiva que pode ser:

o ESCALADA QUALITATIVA: passagem de um consumo de drogas “leves” para o uso de

drogas “pesadas” ou mais concentradas. o ESCALADA QUANTITATIVA: passagem de um consumo ocasional para um consumo

intenso, contínuo ou crônico.

Pode ainda recorrer a mistura de várias drogas, à procura de efeitos compensatórios (ex: uso de maconha para aliviar o efeito da cocaína) ou mais fortes ( ex: associação de álcool com calmante). Cabe lembrar que a ação de cada substância depende:

o Do Tipo de droga (estimulante, depressora ou perturbadora), o Da via de administração, o Da quantidade da droga, o Do tempo e freqüência de uso, o Do grau de impurezas misturadas ou associadas o Do tipo de absorção, o Da capacidade de eliminação e metabolização do indivíduo, o Da interação com outras drogas ou medicamentos.

Quadro Resumo do ciclo que induz ao agravamento do quadro:

Consumo de álcool e drogas Sistema de recompensa do SNC

Propensão a repetir o consumo Euforia e bem-estar

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Exemplo de modificação causada pelo Ecstasy:

( normal) ( com Ecstasy)

Conhecendo os efeitos das Substâncias Psicoativas que fazem parte do PPSP:

Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde, é qualquer substância não

produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. Drogas psicotrópicas, são as utilizadas para alterar o funcionamento cerebral, causando modificações no estado mental, no psiquismo.

O Álcool

A palavra álcool origina-se do árabe al-kuhul que quer dizer líquido. O principal agente do álcool é o ETANOL (álcool etílico), obtido pela fermentação ou

destilação de diversos vegetais, segundo procedimento no início primitivo e depois cada vez mais sofisticado. É uma substância presente em todas as grandes culturas e em geral, relacionada a momentos festivos.

O álcool é a substância psicoativa mais usada na sociedade e acompanha a humanidade há séculos, tendo ampla penetração social.

Seu consumo tem sido incentivado na mídia e jovens, de ambos os sexos, tem cada vez mais precocemente se tornado usuários abusivos ou dependentes de álcool. No Brasil, se consome mais álcool per capita do que o leite.

Uma das razões que fazem o álcool um problema é a permissividade social. É servida em aviões, teatros, jogos de futebol e até mesmo em ambientes de trabalho, por isso uma droga difícil de ser evitada.

O Álcool é ingerido oralmente, sua absorção é rápida e é feita pela mucosa oral e gastrointestinal.

O pico de absorção se dá entre 15 e 20 minutos da ingestão da dose. O efeito desta dose dura até 45 a 90 minutos. Se o consumo se prolongar, e outras doses

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forem ingeridas, o efeito também se prolongará por mais tempo. Os efeitos físicos vão de sensação de moleza e cansaço e dificuldade para se concentrar a

dor de cabeça e enjôo, entre outros. A principal via de metabolização do álcool é o fígado, num processo chamado de oxidação

hepática. 98% da excreção após metabolização é feita principalmente pela urina, pois o álcool estimula a diurese. Também é excretado puro, pela respiração e pelo suor (2%)

O álcool estimula comportamentos com agressividade inadequada, provoca humor

instável, prejudica a capacidade de julgar a realidade, lentifica o pensamento, diminui a autocrítica, predispõe as falas com incoerência, falta de coordenação motora, andar instável, nistagmo (movimentos involuntários de tremor dos olhos), causa prejuízo na memória, na concentração e na aprendizagem.

No uso crônico pode provocar lesões cerebrais, que podem levar a disastria grave (defeito

na emissão dos sons e articulação das palavras por lesão no SNC), demência e pode precipitar o aparecimento de outros sintomas psiquiátricos latentes. Aumenta a probabilidade de câncer na boca, laringe, trato digestivo e pulmão e cirrose hepática.

Na síndrome de abstinência os sintomas são sudorese, taquicardia, hipertensão, tremores

intensos, insônia, náuseas, vômitos, alucinações ou ilusões visuais, agitação psicomotora, crises convulsivas e “delirium tremens”( síndrome de abstinência grave), que podem até levar à morte.

Como é a droga de maior participação feminina no consumo, consumo este que tem

crescido de forma alarmante nas últimas três décadas, aproximando-se rapidamente do padrão de consumo masculino.

Consumo de Álcool e as relações de trabalho: O álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho, principalmente os que

acontecem logo pela manhã ou após o almoço. Quem usa essa droga tende a ser inquieto, ansioso e, às vezes, agressivo quando quer

beber e não pode. Os médicos alertam para o perigo da cultura do "happy hour": recorrer à bebida para

relaxar após o expediente pode levar à dependência. O álcool é ainda um dos grandes responsáveis pelo absenteísmo na segunda-feira: a

pessoa bebe muito no final de semana e não consegue encarar o trabalho por causa da ressaca.

Embora o artigo 482, alínea “f”, da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) disponha que a

embriaguez habitual ou a embriaguez em serviço possibilitem a rescisão do contrato de

trabalho por justa causa , há várias decisões judiciais reconsiderando a questão e até

determinando a reintegração de funcionários.

O entendimento predominante no Tribunal Superior do Trabalho é no sentido de não considerar o alcoolismo crônico como motivo para dispensa por justa causa do trabalhador. O alcoolismo é reconhecido como doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e consta no CID (Código Internacional de Doenças). Sendo o alcoolismo uma doença crônica e reincidivante, o indicado é que a empresa encaminhe o funcionário para tratamento especializado.

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Como regra geral, somente quando o funcionário diagnosticado se recusa a submeter-se a

tratamentos ou programas de reabilitação propostos pela empresa, admite-se sua dispensa por justa causa. Cabe lembrar que a conduta da empresa perante a questão deve ser cuidadosa, para não estigmatizar ou constranger o funcionário perante seus colegas de trabalho.

Um caso totalmente diverso é quando um funcionário, não portador da síndrome da

dependência alcoólica, apresenta-se ao serviço embriagado. Basta um único episódio para

haverem fundamentos para sua dispensa por justa causa por desvio de conduta e violação das

regras de segurança e da disciplina da empresa.

ÓPIO e seus derivados O ópio é uma seiva resinosa, coagulada que é extraída através da incisão nas cápsulas dos

frutos imaturos, depois da floração de papoulas gênero Papaver. O ópio (“suco”, em grego) é obtido a partir de um líquido leitoso da cápsula verde da papoula (Papaver somniferum), planta que cresce naturalmente na Ásia. É também chamada de “dormideira”, sendo originária do Mediterrâneo e Oriente Médio.

Quando seco, o suco passa a se chamar pó de ópio. O ópio é apresentado em barras de cor marrom e gosto amargo que podem ser reduzidas a pó; aquecido produz um vapor amarelo que é inalado. Pode ser dissolvido na boca ou ingerido como chá.

A papoula é legalmente cultivada, servindo de fonte de matéria-prima a laboratórios farmacêuticos; contudo, em sua maioria, as plantações são ilegais e destinam sua produção ao comércio clandestino de ópio e heroína. Era amplamente aceita como droga recreativa no Oriente e comprado livremente na Inglaterra e Estados Unidos, até fins do século passado, o ópio provocou o surgimento de “casas de ópio” na maioria das cidades européias. Para se fumar o ópio, utiliza-se um cachimbo especial, com uma haste de bambu e um fornilho de barro, e os seus adeptos seguem um verdadeiro ritual. Pode ser utilizado ainda, como comprimido, supositórios, etc.

Foi somente no início deste século que o seu consumo começou a ser proibido. Esta resina contém alcalóides cuja ação apresenta-se nas formas: � alcalóides de ação depressora: morfina, codeína, papaverina, narcotina e narceína.

� influência no córtex cerebral - morfina;

� influência no sistema respiratório - codeína;

� antiespasmódicos e paralisantes das fibras musculares dos órgãos de musculatura

involuntária (estômago, por exemplo) - papaverina, narcotina e narceína.

� alcalóides de ação excitante - laudanosina e tebaína.

Os Opiáceos ou drogas opiáceas são substâncias derivadas do ópio. Todas produzem uma

analgesia (diminuem a dor) e uma hipnose (aumentam o sono). Em função disso, recebem o nome de ANALGÉSICOS NARCÓTICOS.

o OPIÁCEOS NATURAIS: derivados do ópio que não sofreram nenhuma modificação (Ópio - Pó de Ópio, Morfina, Codeína)

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o OPIÁCEOS SEMI-SINTÉTICOS: resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (Heroína)

o OPIÁCEOS SINTÉTICOS ou OPIÓIDES: totalmente sintéticos, são fabricados em laboratório e tem ação semelhante à dos opiáceos naturais (Zipeprol, Metadona)

A morfina é a mais conhecida das várias substâncias existentes no pó de ópio. Foi isolada

em 1806, sendo uma das mais potentes drogas analgésicas. Os mecanismos de fiscalização sobre a sua produção e comercialização são severos.

Os efeitos agudos da morfina são semelhantes aos do ópio, porém mais potentes. Tolerância e dependência se instalam rapidamente. O dependente de morfina vive em um

estado de torpor e insensibilidade. A síndrome de abstinência é muito grave, acompanhada de intensa angústia, tremores, diarréia, suores e câimbras.

A hospitalização é sempre uma imposição nos tratamentos de desintoxicação. A droga

nunca é retirada bruscamente, havendo necessidade de se estabelecer um programa de retirada progressiva da droga ou sua substituição por derivados sintéticos mais seguros tais como a Metadona.

A codeína, ou metilmorfina, é um alcalóide natural (opiáceo natural) que compõe o ópio. O Ziprepol é uma substância sintética (opióide), isto é, fabricada em laboratório. A codeína e o Ziprepol são drogas capazes de inibir e bloquear esse centro da tosse. Com a

codeína, a pessoa sente menos dor (é analgésico) e pode ficar sonolenta. A pressão do sangue, o número de batimentos do coração e a respiração podem ficar diminuídas.

Indicadas para tosses irritativas e sem expectoração (tosse seca), são chamadas de

substâncias antitussígenas, estando presentes em xaropes e gotas para tosse como, por exemplo: Belacodid, Gotas Binelli, Tussaveto, etc.

Os métodos usuais de administração são oral ou endovenoso. A duração do efeito é de 3 a

6 horas. A codeína é um narcótico de origem natural mais amplamente empregado na clínica

médica. Mesmo sendo menos potente que outros opiáceos, seu uso continuado induz a certa tolerância.

O Zipeprol, devido a sua grande toxicidade, foi recentemente banido do Brasil (ou seja,

está proibido fabricar ou vender remédios à base desta substância no território nacional). O pior aspecto do uso crônico (repetido) dos produtos à base de Ziprepol é a possibilidade da ocorrência de convulsões.

No ano de 1991, foram retirados do comércio remédios com Ziprepol como, por exemplo:

Eritos, Nantux, Silentos e Tussaveto.Isto ocorreu pelo fato de que houve várias mortes de jovens que abusavam destas substâncias.

Atualmente os xaropes e gotas à base de codeína só podem ser vendidos nas farmácias brasileiras com a apresentação da receita do médico.

A Codeína, quando tomada em doses maiores do que a terapêutica,produz uma acentuada

depressão das funções cerebrais. Como conseqüência, a pessoa fica apática, a pressão do sangue cai muito, o coração funciona com grande lentidão e a respiração torna-se muito fraca. A pele fica fria, pois a temperatura do corpo diminui, e meio azulada, por respiração insuficiente.

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A pessoa pode ficar em estado de coma, inconsciente, e, se não for tratada, pode morrer. A codeína leva rapidamente o organismo a um estado de tolerância. Calafrios, câimbras, cólicas, nariz escorrendo, lacrimejamento, inquietação, irritabilidade e insônia são os sintomas mais comuns da abstinência.

A Heroína é obtida a partir da morfina, é muito mais potente do que ela. Conhecida como a “rainha das drogas” por causa de seus efeitos. Foi sintetizada em 1874,

em Berlim.A palavra heroína vem do termo “heroich” que, em alemão, significa potente, enérgico.

De início foi preconizada como substituta da morfina e chegou a fazer parte dos

MEDICAMENTOS analgésicos, antitussígenos e hipnóticos. Hoje em dia, não tem qualquer indicação médica. Na sua forma pura, é um pó branco e amargo. Vendida clandestinamente, tem coloração

que varia do branco ao marrom escuro. A via de administração preferida pelos usuários de heroína é a endovenosa. Pode ser também aspirada ou fumada.

O comércio ilegal da heroína representa um dos segmentos mais importantes e rentáveis

do tráfico de drogas. A produção e a distribuição estão sempre ligadas às grandes organizações de tráfico de drogas.

O uso de heroína é raro no Brasil. Por outro lado, os Estados Unidos vivem uma situação epidêmica, cujo início se localiza por

volta da metade da década de 60, coincidindo com o envolvimento dos americanos na guerra do Vietnã.

A grande dificuldade em ajudar os dependentes de heroína levou vários países a criar os programas de “manutenção pela metadona” , sintetizada por químicos alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, em resposta à escassez de morfina.

A metadona é utilizada no tratamento dos dependentes de heroína. Não desenvolve tolerância e o seu efeito pode durar até quatro vezes mais que os efeitos

de outros opiáceos. O uso do ópio e seus derivados, provocam uma euforia inicial seguida de um estado de

sono onírico, seguida de apatia, analgesia, sensação de flutuação e distanciamento, depressão respiratória, prejuízo do julgamento, da atenção e da memória, fala lentificada, torpor e até coma.

Causa, irritabilidade crescente e lenta deterioração intelectual, com declínio marcante dos

hábitos sociais. Quanto aos aspectos físicos, os dependentes ficam magros, com cor amarelada e mais

suscetíveis às infecções . A síndrome de abstinência pode começar dentro de aproximadamente, doze horas e

normalmente é complicada. A retirada brusca da droga pode ocasionar até a morte. Os sintomas mais comuns são diarréias severas, rinorréia, lacrimação, suores, falta de

apetite, pele com arrepios, tremores, câimbras abdominais e insônia , inquietação e vômitos e rabdomiólise (lesão nos rins causada por conteúdo tóxico das células musculares).

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Cannabis Sativa - Cânhamo (Maconha ou Marijuana, Haxixe)

É considerada uma planta perturbadora ou alucinógena. A palavra alucinação significa, em linguagem médica, percepção sem objeto, ou seja, a pessoa que está em processo de alucinação percebe coisas sem que elas existam. Assim, quando uma pessoa ouve sons imaginários ou vê objetos que não existem, ela está tendo uma alucinação auditiva ou uma alucinação visual, respectivamente.

Esses efeitos são também chamados de psicodélicos - termo contestado por alguns autores, pois significa expansão da mente. Tal contestação deve-se ao fato de acreditarem que alucinação nada tem de aumento da capacidade mental; ao contrário, são aberrações, perturbações do perfeito funcionamento do cérebro.

Grande parte das drogas alucinógenas é proveniente de plantas

Cannabis é o gênero botânico de algumas plantas, das quais a mais famosa para fins psicoativos é a Cannabis sativa. Esta planta produz uma resina, que recobre principalmente inflorescências femininas e os brotos, mas está presente em menor concentração também nos ramos e nas folhas.

A cannabis contém pelo menos 60 canabinóides, muitos dos quais biologicamente ativos. Através de “melhorias” genéticas, existem variedades híbridas que vem apresentado cada vez maior concentração dos princípios psicoativo, como é o caso das variedades Skunk e Armageddon que apresentam concentrações 5 vezes maior de THC.

O THC - delta-9-tetraidrocanabinol, é seu principal princípio psicoativo, além de resina ser rica alcalóides que induzem ao relaxamento muscular e sedação e outras substâncias que proporcionam um efeito euforizante.

Os efeitos prazerosos relatados da maconha são: sensação de relaxamento, euforia, aumento do prazer sexual e distorção dos sentidos, devaneios, principalmente a visão e a audição, modificando a percepção de sons e músicas.

Na intoxicação, prejudica a capacidade de dirigir veículos, bem como de outras atividades complexas que requerem habilidade porque interfere na capacidade de concentração, na capacidade de raciocínio aritmético, na memória de curto prazo, na percepção do tempo, nos reflexos e na coordenação motora.

As percepções sensoriais ficam distorcidas, prejudicando a percepção de profundidade, a visão periférica, diminuição acomodação visual pela redução da reação da pupila à luz, dilatação dos vasos sanguíneos oculares.

Outros sinais de intoxicação podem incluir ansiedade excessiva, desconfiança ou idéias paranóides, em alguns com euforia, com risos inadequados e idéias de grandeza ou em outros casos com apatia, sedação e letargia, secura da boca. Pode haver prejuízo do julgamento, e do juízo crítico.

O THC tem um efeito cumulativo no organismo, pois se acumula no tecido adiposo, tanto que o THC pode ser detectado vários dias após seu uso.

O uso crônico compromete o SNC. Pode abrir quadros em indivíduos com pré-disposição ou precipitar recaídas em quadros de psicose, mania, esquizofrenia e demência secundária.

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Doenças psiquiátricas também pré-dispõe ao uso de Cannabis.

O uso intenso da cannabis provoca taquicardia, hipertensão entre outras doenças.

Há conseqüências também na fertilidade do homem por haver uma queda de 50 a 60% na produção de testosterona.

Identificou-se também alterações no discurso prejudicando a fala, redução da audição, tosse, pigarro, e outros danos ao sistema respiratório, visto que a fumaça é muito irritante, seu teor de alcatrão é muito alto (maior que do tabaco) e contém benzopireno, substância cancerígena.

Como agravante, o fumante de maconha tem comportamentos mais arriscados que o de cigarro: traga mais profundamente, não usa filtro e retém a fumaça por mais tempo no pulmão.Maior probabilidade de aparecer câncer na cavidade bucal e laringe.

É especialmente danosa para crianças e adolescentes, que não tem ainda a personalidade formada.

Quem consome a droga três vezes por semana, pelo menos, pode apresentar menor motivação no dia-a-dia.

A síndrome amotivacional, que é a apatia, desinteresse, indiferença, retraimento e

embotamento emocional, que a droga pode causar, leva à perda do pragmatismo e objetividade, é freqüente em jovens, aumentando a probabilidade de repetências na fase escolar, distanciamento das atividades diárias e do convívio social, trazendo também crises na família.

Na abstinência os dependentes apresentam irritabilidade, sudorese, cefaléia, inquietação e insônia, diminuição do apetite, humor deprimido e tremores. Podem precipitar crises de pânico, crises de ansiedade e taquicardia.

Socialmente aqui no Brasil, por tratar-se de substância ilícita, o consumo de cannabis, abre o contato do usuário com a sub-cultura da droga. Hoje as pesquisas comprovam que alguém que usa maconha está mais propenso a experimentar outra droga. Este, quando tenta retomar suas atividades, tende a ficar mais desatento, disperso e com dificuldade para realizar tarefas mais complexas ou para processar várias informações ao mesmo tempo.

Esses efeitos podem acometer também o usuário de final de semana e ainda com mais intensidade quem consome um cigarro de maconha todo dia. Segundo os médicos, a capacidade de concentração fica comprometida durante dois ou três dias posteriores ao uso.

Apresentação e Formas de consumo: Baseado de Maconha ou Marijuana: Preparados com ramos, folhas e flores. O vegetal é

cortado e desidratado. O cigarro é enrolado em papel de seda. Haxixe ou Hashish: Resina extraída das inflorescências, por fricção manual e depois

transformadas em bolotas ou tabletes marrom escuro esverdeado. São utilizados cachimbos onde o Haxixe é fumado puro ou associado ao tabaco e maconha.

Óleo de Haxixe: Extraído por destilação ou solventes do haxixe. Usa-se cachimbos (do tipo marguilé) onde é fumado puro ou associado ao tabaco e maconha (pode ser pingado no cigarro).

Bhang: Líquido extraído das inflorescências femininas. Pode ser misturado em bebidas e sucos, ingerido por via oral.

Crasy Cake: Inflorescências femininas panificadas. Misturado em bolos e biscoitos, ingerido por via oral.

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Outros Anticolinérgicos Alucinógenos- AkinetonR (biperideno), ArtaneR (triexifenidi), BentylR (diciclomina)

Estes medicamentos estão indicados para mal de Parkinson e tratamento de cólicas de

intestino e estômago. Quando consumido em doses elevadas, sem prescrição médica, podem provocar pupilas

dilatadas, taquicardia, aumento da pressão arterial, aumento da freqüência respiratória, boca e garganta seca, constipação e retenção urinária e bloqueio do suor, que faz com que a temperatura do corpo suba hipertermia, aumentando o risco de convulsões.

Provocam ilusões visuais e auditivas, alteração da consciência, euforia ou sensação de

perseguição e pânico. Pode desencadear quadros psicóticos em pessoas pré-dispostas.

Cocaína (pó, crack, merla, oxi)

A cocaína provoca sensação de euforia e bem-estar, idéia de grandiosidade, irritabilidade e aumento da atenção a estímulos externos. Em geral, usuários de cocaína tendem a ficar instáveis mentalmente, apresentando comportamento mais impulsivo e irritadiço.

O consumo no ambiente de trabalho pode deixar o usuário muito eufórico em uma reunião, agressivo em outra e, não raro, deprimido após o efeito do entorpecente.

Causa prejuízo na crítica e no julgamento, na memória, funções executivas, aprendizagem

e da atenção, manifestações psicóticas, sensação de estar sendo perseguido, às vezes alucinações auditivas e táteis, delírios paranóides, pânico e agressividade.

Na abstinência aparecem depressão (humor depressivo, desinteresse, perda da iniciativa),

fadiga. Presença de “fissura” intermitente, anedonia (ausência de prazer, tédio). Os principais efeitos físicos são: agitação psicomotora, aumento da velocidade articulatória

com prejuízo na fluência e na articulação da palavra, euforia, grandiosidade, autoconfiança, decréscimo do apetite, aumento do estado de alerta, da pressão arterial e do pulso, sudorese, tontura, febre, tremor, tiques e espasmos musculares, rabdomiólise (lesão nos rins causada por conteúdo tóxico das células musculares).

Nas overdoses o consumo de cocaína está associado ao maior número de acidente

vascular cerebral (AVC), isquemia e infarto do miocárdio, arritmias com falência respiratória, danos cerebrais permanentes por convulsões e morte súbita na população jovem, com menos de 30 anos .

A cocaína (cloridrato de cocaína) é um sal que tem o aspecto de um pó branco e cristalino,

é o produto final do refino, e pode ser consumida via nasal, ou aspirada, “cheirada” e mais raramente, injetada por via endovenosa, pois é solúvel em água. Tem efeito estimulante e anestésico local. Nomes populares: Pó, neve, brisola, bright, branquinha, pico, crack, coca, basuko, pedaço, farinha, etc.

A merla surge em meados dos anos 80 é um subproduto grosseiro da pasta de coca. Em

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sua formulação, é adicionado uma quantidade significativa de solventes, tais como ácido sulfúrico, querosene e cal virgem.Tem consistência pastosa, forte odor e cor amarelada. Pode ser fumada. É difundida no centro-oeste do Brasil, principalmente em Brasília.

O “Crack”,que pode ser fumando, inalado e absorvido pelos pulmões é uma versão mais

acessível à população de baixa renda. Neste caso a pasta base é misturada com bicarbonato. Recentemente uma versão nova surgiu: o “Oxi, onde a basta base é mistura ao cal virgem

e querosene no processo de elaboração da “pedra”, que são mais baratos ainda e fáceis de encontrar. A “pedra” fica com uma cor mais amarela ou mais branca, dependendo da quantidade de querosene ou cal, adicionados ao processo.

O "Oxi" entrou a pouco tempo no Brasil pela fronteira da Bolívia com o Acre e já está

presente no Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão e Goiás e começa a se difundir também em outros Estados .

Esta droga foi pensada pelos traficantes para atrair os dependentes com menor poder

aquisitivo, ou já empobrecidos pelo uso do “Crack”, e portanto, há uma probabilidade de grande disseminação.

Devido à toxicidade destes aditivos, os usuários freqüentes correm muito mais risco,

chegando a óbito em cerca de 30% dos casos,isso no período de consumo de menos de um ano.

No uso crônico são comuns a irritação na mucosa nasal, rinite e vaso constrição dos vasos

sanguíneos, causando até perfurações no septo nasal. Para a forma fumada, pela presença de impurezas, agrava-se o quadro, com a presença de pneumonia, asma, bronquite, edema pulmonar, etc.

A cocaína apresenta fenômeno de tolerância de estabelecimento rápido. Para obter os

mesmos efeitos o consumidor tem de usar doses cada vez maiores. Provoca danos extensos ao fim de apenas alguns anos de consumo. As formas fumadas tem efeito muito rápido devido a capacidade do pulmão de absorver a droga e ter um poder aditivo ainda maior. O mesmo acontece com a cocaína injetada, que ainda atrai o risco de contaminação por HIV e Hepatite.

Anfetaminas (moderadores de apetite, rebite, bolinha)

São substâncias sintéticas, que foram sintetizadas primeiramente na Alemanha em 1887 .

Foi lançada no mercado farmacêutico em 1932 na França com o nome de Benzedrine. Por ser estimulante do sistema nervoso central, faz o cérebro trabalhar como se estivesse

sob efeito de adrenalina, provocado euforia, sensação de maior vigor, hiperatividade, inquietação, redução do sono e da fome, foi amplamente utilizada pelas tropas em combate na Segunda Grande Guerra. No Japão por exemplo, os combatentes recebiam doses generosas de anfetamina e no pós-guerra havia milhões de dependentes de anfetaminas.

O consumo destas drogas no Brasil muito grande, tanto que ONU, Organização das Nações

Unidas vem alertando o Governo brasileiro sobre a excessiva prescrição de anfetaminas. A

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maior incidência de consumo está entre as mulheres, na busca da “fórmula mágica de emagrecer”.

• Uso médico: Indicado para tratamentos para obesidade (DualidR, HipofaginR, InibexR, Desobesi-MR, lipomaxR , entre outros)

• Também é prescrita para o déficit de atenção com hiperatividade, para narcolepsia,

que é um distúrbio que produz sonolência e na depressão do idoso (ConcertaR, RitalinaR).

• No abuso ou dependência: Automedicação para emagrecer, para guiar por longos

períodos e aliviar sintomas de sonolência, para dopings de jogadores e animais de corrida.

As anfetaminas provocam efeitos no organismo tais como taquicardia, boca seca, irritação, dilatação da pupila, que é prejudicial para os motoristas, que ficam mais ofuscados pelos faróis dos carros em direção contrária. Na gíria, estas drogas são conhecidas, por exemplo, como “rebite” e/ou “bolinha”. “Rebite” é como são chamadas as anfetaminas entre os caminhoneiros. Usadas com o nome de “bolinha”, deixam a pessoa “acesa”, “ligada”, com o objetivo de realizar esta tarefa por mais tempo, evitando o cansaço.

As anfetaminas provocam dependência física e psíquica. Sendo consumidas por via oral ou injetadas, elas são consideradas estimulantes, por induzir a um estado de grande excitação e sensação de poder, facilitando a exteriorização de impulsos agressivos e incapacidade de julgar adequadamente a realidade. O no abuso ou uso prolongado pode provocar forte dependência, sendo que no extremo podem surgir alucinações e delírios, sintomas denominados “psicoses anfetamínicas”.Na abstinência, os dependentes referem exaustão, falta de energia (astenia), depressão.

Metanfetaminas

Ecstasy – MDMA O MDMA foi sintetizado pelo Laboratório alemão Merck em 1912 mas, segundo os

arquivos oficiais, não foi utilizado em testes com humanos até 1960. É um derivado de anfetamina, porém com alterações na estrutura molecular que provocam efeitos psicoativos estimulantes e levemente alucinógenos.

Mitos e rumores falam que a substância foi ministrada às tropas na primeira grande guerra pois provoca a redução do apetite e manutenção do estado alerta.

No final dos anos 70 foi indicado como auxiliar psicoterapêutico por induzir a um aumento

na capacidade de comunicação, facilitando o contato social, ampliando a auto-confiança e melhorando a sensação de proximidade nas trocas emocionais e sensoriais.

Devido aos efeitos colaterais e complicações clínicas observadas, e casos de óbito por hipertermia (temperatura corpórea acima dos 40o C.) e hepatoxicidade, em 1977 foi proibido no Reino Unido e em 1985 nos EUA. Atualmente é produzido por laboratórios clandestinos para uso ilícito.

No Brasil é encontrado em tabletes ou cápsulas coloridas, com símbolos e desenhos. O uso do Ecstasy está fortemente associado ao ambiente de danceterias e "raves" onde há

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concentração de jovens com dança e música eletrônica contínua.

Os efeito do Ecstasy nas primeiras 4 a 8 horas são:aumento do estado de alerta, perda de sono e fadiga, euforia, agitação,extroversão, aguçamento da percepção sensorial e interesse sexual, despreocupação, autoconfiança, despersonalização.

Após estes efeitos, aparecem : sudorese, taquicardia, boca seca, ondas de frio e calor, náusea, ataxia (descoordenação motora), dificuldade de concentração, fuga de idéias, dores de cabeça, midríase (dilatação da pupila), tensão muscular.

Complicações mais graves também podem ocorrer: crises de pânico, depressão, ocorrências de paranóia, alucinações visuais, hipertermia, aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca e cardiopatias, insuficiência renal aguda, lesão hepática (no fígado) que se manifesta como uma hepatite viral na qual o paciente fica ictérico (amarelado) com o fígado levemente aumentado.Este quadro porém pode evoluir para uma hepatite fulminante, mesmo com doses reduzidas.

Ainda não há evidências de que o Ecstasy provoque dependência física, contudo ainda é cedo para afirmar que isso não acontecerá. Mais estudos são necessários. Várias vezes na história da medicina uma substância inicialmente considerada inócua mostrou-se, com o tempo, que era na verdade nociva.

Metanfetamina fumada – Ice, Glass, Speed ou Meth

Metanfetamina é um derivado de anfetamina porém com alterações na estrutura molecular. Foi desenvolvida nos anos 30 em baixa dosagem e utilizada inicialmente como descongestionante nasal.

Aparece nos EUA no início dos anos 90, na forma fumada e mais poderosa proporcionando aos seus usuários, um efeito poderoso com uma sensação de prazer intenso (“rush”), euforia, excitação e impulso sexual.

Comparável aos efeitos psicoativos provocados pela mistura de Ecstasy com cocaína/crack, porém com duração que pode chegar a dez ou doze horas. Mais raramente encontrado no Brasil, restrito a algumas casas noturnas.

Causa rápida dependência e tolerância. Deteriora o organismo, que pode apresentar problemas cardiovasculares, como

taquicardia, aumento da pressão arterial, podendo ocasionar AVC e infarto do miocárdio. A hetero-agressividade e o comportamento violento estão também muitas vezes

presentes. Irritabilidade, comportamento psicótico, delírios persecutórios e problemas mentais crônicos, perda dos dentes, anorexia, acne profunda, envelhecimento precoce, aparência decadente, fazem parte dos efeitos altamente deletérios do consumo do Ice.

A exposição do feto (em mães grávidas consumidoras) constitui outro grave problema. O

abuso de metanfetaminas durante a gravidez pode resultar em complicações pré-natais, aumento do índice de partos prematuros e padrões de comportamento neonatal alterados e deformidades congênitas. Recentes estudos demonstram fortes indícios que em grávidas que fazem uso de ICE, estão pondo em risco a visão dos fetos.

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Ansiolíticos ou Calmantes: Barbitúricos, Benzodiazepínicos, Sedativos e Hipnóticos

É uma classe de medicamentos de uso restrito, sintéticos que tem efeito depressor,

sedativo. Reduzem ansiedade e induzem ao sono. Nesta classe estão incluídos o diazepam,

clorazepam, bromazepam, alprazolam, midazolam, lorazepam, clordiazepóxido, flurazepam, flunitrazepam, entre outros.

Os ansiolíticos surgiram em 1950, com o Meprobamato, que praticamente desapareceu

após a descoberta do Clorodiazepoxido, em 1959. A partir daí, seguiu-se uma série de derivados que se mostraram muito eficientes no controle da ansiedade, insônia e certos distúrbios epilépticos.

Os barbitúricos como medicação para o tratamento de ansiedade, porém causavam forte

dependência e predispunham os pacientes à overdose pois a dose letal é muito próxima da dose terapêutica. Até algum tempo atrás, sedativos leves, que continham barbitúricos em pequenas quantidades, não estavam sujeitos aos controles de venda, podendo ser livremente adquiridos em farmácias. Era o caso dos analgésicos. Vários remédios para dor de cabeça, além da aspirina, os antigos Cibalena, Veramon, Optalidon, Fiorinal etc., tinham o Butabarbital ou Secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas.

O abuso de barbitúricos foi muito mais freqüente até a década de 50 do que é hoje em dia. Como opção, em meados de 1960, surgiram os benzodiazepínicos, que são mais seguros.

A Benzodiazepina, sintetizada na década de 50, tem mais de 2.000 derivados. Existem muitas substâncias comercializadas no Brasil, com mais de 250 nomes comerciais.

Tem uso terapêutico como ansiolítico, hipnótico e síndrome de dependência do álcool. Como toda a “novidade”, nos anos 70 e 80, foram prescritos maciçamente. Com o passar

do tempo, observou-se que esta classe de medicamentos também causa tolerância e dependência.

A maior incidência de consumo está entre as mulheres, com mais de 50 anos, que iniciaram o uso através de receitas médicas prescritas por clínicos gerais.

Hoje em dia, cerca de 50 milhões de pessoas usam benzodiazepínicos, um em cada 10

adultos, aproximadamente, o que indica excessiva medicalização. � Uso médico: Indicado para transtornos ansiosos (mesmo no longo prazo), a curto

prazo para insônia, para epilepsia, como pré-anestésico. O uso deve ser controlado.

� No abuso ou dependência: Automedicação para intoxicar-se ou para aliviar sintomas de intoxicação/abstinência de outras drogas, dependência física por uso em longo prazo, aumento da dose por conta própria,na tentativa de suicídio ou suicídio.

Sob a intoxicação provoca sonolência, dificuldade de concentração, falta de coordenação

motora, fraqueza muscular, vertigem, problemas de memória e confusão mental. Causa comprometimento do tempo de reação e da capacidade de dirigir veículos,

aumento dos acidentes com veículos automotores. Causa uma “anestesia emocional”: os dependentes de BDZ se tornam progressivamente

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mais incapazes de tolerar as emoções dos fatores estressantes. Foram observadas associações entre uso de BDZ e sintomas depressivos e ideações

suicidas. As “overdoses” fatais geralmente envolvem uso conjunto com álcool. Na abstinência, com redução rápida das doses, podem aparecer sintomas de ansiedade,

alucinações e ilusões, instabilidade autonômica, depressão, apatia, insônia, irritabilidade e hipersensibilidade sensorial, déficits de memória, pesadelos e ataques de pânico.

Efeitos tóxicos o Misturados com álcool, seus efeitos se potencializam, podendo levar a pessoa a estado

de coma. o Em doses altas a pessoa fica com hipotonia muscular (“mole”), dificuldade para ficar

de pé e andar, queda da pressão e possibilidade de desmaios. o O seu uso por mulheres grávidas tem um poder teratogênico, isto é, pode produzir

lesões ou defeitos físicos na criança. ALGUNS NOMES COMERCIAIS: Valium, Diempax, Kiatrium, Noan, Diazepam, Calmociteno (substância ativa - Diazepam) Lorax, Mesmerin, Relax (substância ativa - Lorazepam) Deptran, Lexotan, Lexpiride (substância ativa - Bromazapam) Hipinóticos: Nembutal (substância ativa - Pentobarbital) Tiopental – substância ativa

(utilizado por via endovenosa, exclusivamente por anestesistas para provocar anestesia em cirurgia).

Antipiléticos: Gardenal, Comital, Bromosedan (substância ativa: Fenobarbital) NOME POPULAR: Calmantes, Soníferos, bolinha.

Exames Toxicológicos de Substâncias Psicoativas (ETSP)

EXIGENCIA DO ETSP:

Todo empregado ou funcionário ARSO deverá ser submetido a um ETSP (exame toxicológico para identificação de Substâncias Psicoativas) conforme os métodos e procedimentos contidos no PPSP.

Já que está clara a necessidade de se atuar sobre a questão, afim de aumentar a segurança, e diminuir os problemas (e custos) oriundos do problema, é necessário:

• Investimento em Informação sobre o PPSP e Prevenção; Conscientização e educação dos funcionários ARSO.

• Identificação dos usuários de álcool e outras substâncias psicoativas, através da aplicação dos ETSP (Exames toxicológicos de substâncias psicoativas) que constatam a presença das substâncias através de metabólitos presentes em amostras biológicas corporais.

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• Treinamento de supervisores para reconhecer problemas de desempenho no trabalho que possam ser oriundos do uso de substâncias e para documentar ocorrências fazendo o encaminhamento do funcionário para realização do ETSP.

• Encaminhamento para o Médico Revisor para efetuar diagnóstico diferencial e referendar resultado do ETSP.

• Encaminhamento para o Especialista em caso de exame positivo referendado pelo médico revisor, para indicação de modalidade de tratamento e monitoramento dos resultados.

• Avaliação da possibilidade de reinserção na função de origem, se possível.

O que são os Exames toxicológicos de substâncias psicoativas (ETSP):

A Agencia Nacional da Aviação Civil, colocou o ETSP, exame toxicológico de substâncias psicoativo, como instrumento essencial ao desempenho do seu PPSP, devidamente utilizado, vale dizer num contexto apropriado.

Porque usa-se esta ferramenta diagnóstica? Os problemas mais comuns encontrados no auto-relato é que os usuários de drogas

tendem a omitir ou minimizar a questão. Uma série de variáveis psicológicas e sociais pode influir também na confiabilidade de

informações obtidas pelo auto-retato, principalmente se envolver o consumo de drogas ilícitas.

Já os Exames toxicológicos de substâncias psicoativas (ETSP) apresentam uma solução

confiável pois são altamente específicos e sensíveis.

São Exames Toxicológicos que oferecem a evidência de uso recente, através da identificação de metabólitos oriundos da metabolização corporal (amostras biológicas) do uso de substâncias, aumentando sensivelmente a segurança no trabalho, permitindo inclusive uma comparação com o auto-relato e relato de terceiros.

Embora as amostras biológicas, além do álcool, possam ser sangue, urina, cabelos, a amostra sugerida pela IS120-002 – Instrução Suplementar é a Coleta de Urina.

Para identificar o uso recente do álcool será utilizado o Medidor de alcoolemia, o etilômetro (“bafômetro”).

Vale lembrar que, excetuando-se para identificação do uso de álcool, o ETSP será laboratorial e, portanto o Laboratório que irá realizar os exames deverá ter todas as especificações relacionadas e exigidas pela RBAC 120.

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Será garantido ao empregado o direito à contraprova caso haja um resultado laboratorial positivo.

Os Exames Toxicológicos permitem ainda o acompanhamento do tratamento, quando feito em ambulatório e do monitoramento do pós-tratamento, como complemento de técnica cognitivo-comportamental (através do reforço positivo, através do aumentando da percepção de auto-eficácia)

Informação e Circunstâncias de um ETSP pode ser requerido ao funcionário.

Conforme a RBAC 120, o ETSP fará parte do PPSP -Programa de Prevenção do Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na Aviação Civil, e, portanto será exigido conforme os itens correspondentes:

� Previamente= antes de exercer atividade ARSO, a exemplo da contratação; � Aleatório= conforme taxa percentual mínima anual, conforme tabela específica

com nº de empregados ARSO; � Acidente= após envolvimento em acidente, incidente ou ocorrência de solo e

que contribuíram para o evento; � Suspeita= suspeita justificada como a verificação de estar sob influência; � Retorno= volta a desempenhar a atividade de risco � Acompanhamento= 6 (seis) ETSP mínimo nos 12 (doze) meses após a data do

retorno, sem exceder 60 (sessenta) meses, após dessa data.

Os Supervisores

Os supervisores deverão ser aqueles que tenham contato com os empregados ARSO e que tenham condições de verificar se estes apresentam sintomas de uso de substâncias psicoativas, assim permitindo um encaminhamento para um ETSP por suspeita justificada em evidências.

Sendo que a taxa percentual mínima anual de empregados examinados de forma aleatória deverá ser conforme RBAC120, a seguir:

50% (cinquenta por cento), para uma empresa responsável que possui até 500 (quinhentos) empregados ARSO, inclusive;

28% (vinte e oito por cento) ou 250 (duzentos e cinquenta) ETSP, o que for maior, para uma empresa responsável que possui de 501 (quinhentos e um) a 2000 (dois mil) empregados ARSO, inclusive; e

7% (sete por cento) ou 560 (quinhentos e sessenta) ETSP, o que for maior, para uma empresa responsável que possui mais de 2000 (dois mil) empregados ARSO.

Toda empresa responsável deverá submeter aos ETSP seus empregados ARSO, mediante Termo de Consentimento específico, assinado pelo empregado.

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Como se realizam esses exames e grau de confiabilidade dos exames

Algumas regras para aplicação do Teste são importantes para serem observadas: O ETSP será realizado conforme os procedimentos de coleta, manuseio e devido

armazenamento.

Sendo que esta metodologia, com suas etapas, poderão ser realizadas dentro do laboratório ou em recinto específico dentro da própria organização, entretanto por funcionário devidamente treinado – COLETOR, com formação técnica a exemplo de técnico em enfermagem ou equivalente.

Sempre deve ser garantido a privacidade do indivíduo examinado e se utilizar de todas as técnicas para manter a integridade da amostra

Na realização dos ETSP, devem constar as matrizes biológicas utilizadas e os níveis de corte adotados.

Cada empregado ou funcionário ao fornecer a amostra a exemplo da urina deverá ser identificado através de documento oficial com foto para evitar tentativas de fraude.

Deverá haver um Livro de registro no local de coleta.

ESPECIFICAÇÕES DO LABORATÓRIO:

O Laboratório contratado para realizar os ESTP deverá ter pelo menos uma das acreditações a seguir conforme o Regulamento RBAC 120:

A empresa responsável somente poderá contratar os serviços de um laboratório para ETSP que seja:

(1) autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mediante habilitação pela Gerência-Geral de Laboratórios de Saúde Pública (GGLAS/ANVISA), e credenciamento pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial);

(2) acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação - CGCRE/INMETRO;

(3) acreditado pelo Sistema Nacional de Acreditação segundo requisitos da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - Sistema DICQ-SBAC;

(4) acreditado pelo Sistema Nacional de Acreditação segundo requisitos da Organização Nacional de Acreditação - Sistema DICQ-ONA;

(5) acreditado pelo Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial (SBPC/ML); ou

(6) acreditado por um organismo acreditador que faça parte do Multilateral Agreement (MLA) do International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC).

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O MEDIDOR DE ALCOOLEMIA: O etilômetro (“bafômetro”) será usado conforme os limites e condições estabelecidos pela

legislação metrológica em vigor e deverá se observar a aprovação do INMETRO - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE TECNOLOGIA ou RBMLQ - REDE BRASILEIRA DE METROLOGIA LEGAL E QUALIDADE, e posteriormente a verificação periódica anual

Poderá ser realizado por profissional autorizado dentro da organização ou por terceiro

contratado.

Recusa em submeter-se ao ETSP e suas consequências

Todo empregado ARSO terá o direito de se recusar antes de submeter-se a um ETSP, sendo que essa recusa deverá ser documentada e assinada pelo empregado.

Em se tratando de recusa ostensiva, vale dizer, sem escusa justificada deverá ser avaliada

pelo Representante Designado do PPSP.

Representante Designado

É a pessoa-funcionário que será designado para responder pela elaboração, execução e manutenção do seu PPSP e de todos os subprogramas associados, sendo que deverá sempre estar atualizada esta informação e fornecida à ANAC.

No entanto, se for por motivo de alguma condição médica, o Médico Revisor terá

condições de avaliação para considerá-la como resultado positivo ou não. Também se considera recusa quando o empregado ARSO tentou ou interferiu na

integridade da amostra necessária para o ETSP O médico revisor poderá também avaliar um resultado positivo e não referendá-lo, ou

melhor dizendo, não confirmá-lo sendo então considerado como negativo.

A consequência imediata da recusa é o afastamento do empregado

da atividade de risco à segurança operacional, pois será considerado

conforme o caso, como se tivesse obtido um resultado positivo no

exame toxicológico.

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Demais providências estarão de acordo com o que a Política da Empresa tenha estipulado,

inclusive o afastamento das atividades.

Destacando que a Recusa deverá ser documentada e assinada pelo funcionário ARSO.

Resultado positivo no exame laboratorial e contraprova

Quando da obtenção de um resultado positivo, para a caracterização de um resultado positivo ocorrerá sua confirmação através de técnica de espectrometria de massa.

Assim o empregado terá garantido o seus direito de contraprova para um resultado laboratorial positivo. Ainda o médico revisor deverá confirmá-lo ou referendá-lo conforme menciona a RBAC 120

O que é um Evento Impeditivo

Evento impeditivo se trata de circunstância que propiciou o afastamento do empregado ARSO das suas atividades, a exemplo do resultado positivo no ETSP ou a recusa ostensiva.

Cada empresa responsável deverá após um evento impeditivo submeter o empregado ARSO ao subprograma de resposta a evento impeditivo

Subprograma de resposta a evento impeditivo

Dada a ocorrência de um evento impeditivo, o funcionário ARSO deverá ser abordado por um profissional ESPECIALISTA em Dependência Química.

Este profissional tem a missão de estabelecer a proposta terapêutica, analisando a especificidade de cada situação e o histórico de uso de substâncias psicoativas pelo funcionário. ARSO.

O Especialista deve monitorar a adesão do funcionário ao tratamento proposto.

O Especialista deverá estabelecera cronologia dos exames de controle e também o exame de retorno à atividade ARSO, quando considerar o funcionário apto a reassumir sua função original. Fará :

1. orientação sobre normas e requisitos de segurança operacional da aviação civil; 2. indicação de aconselhamento terapêutico, por profissional habilitado; 3. indicação de psicoterapia; quando necessário 4. Identificação da necessidade de uso de farmacoterapia; com encaminhamento para

profissional psiquiatra. 5. Indicará o programa de tratamento em regime de tratamento (ambulatorial; ou em

regime de internação.)

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Conforme indicação do Especialista, a empresa deverá permitir condições para que o funcionário seja devidamente encaminhado, sendo que o método do cumprimento do programa de resposta ao evento impeditivo, já deva estar previsto no PPSP da empresa.

O Especialista (ESP)

O especialista deve ser detentor de diploma devidamente registrado no MEC e registro profissional em conselho de classe válido e vigente que o garantam a prerrogativa de realização de avaliação abrangente.

O ESP deve ter, com relação ao tratamento dos transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas, dependência química ou equivalentes, no mínimo: 2 (dois) anos de experiência de trabalho; ou curso de extensão cujo currículo perfaça no mínimo 90 (noventa) horas e 1 (um) ano de experiência de trabalho; ou diploma de curso de pós-graduação, lato ou stricto sensu (especialização, mestrado ou doutorado), reconhecido pelo MEC.

Conhecendo Modelos de Tratamento:

Modelos extra- hospitalares

Os Grupos de ajuda – mútua (modelo dos 12 passos do AA/ NA)

Estes programas de origem norte-americana são bastante disponíveis em todo o Brasil por serem gratuitos. Servem de apoio ao dependente químico, pois se orientam pela experiência dos demais participantes e pela identificação (metodologia do espelho). Frequentemente, os AA ( Alcoólicos Anônimos)ou NA ( Narcóticos Anônimos) estimulam uma rede saudável de contato e apoio social. Além disso, a filosofia dos 12 passos divulga algumas idéias psicológicas e espirituais que facilitam lidar com as pressões de vida diárias e segundo as pesquisas, costumam ser bem sucedidos . Segundo a RBAC 120, este modelo pode ser indicado como um apoio suplementar ao tratamento.

Atendimento em Consultório

O tratamento ambulatorial é para pacientes que voluntariamente buscam ajuda para a dependência ou do uso abusivo de álcool e drogas , pois reconhecem a necessidade de mudança de um estilo de vida que está gerando ônus. É indicado para os que ainda estão administrando sua rotina diária sem muita dificuldade. Para os que

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ainda estão com seus vínculos ou obrigações profissionais e familiares mantidos, mesmo que afetados.

Hospital Dia ou semi-internação:

São centros de apoio terapêutico, a exemplo do CAPS ad ( Centro de apoio psicossocial destinado ao tratamento de álcool e drogas) e outros serviços particulares, que não excluem o paciente do convívio social, pois ele retorna para casa ao final de cada dia.

O paciente é acolhido pela equipe e passa a se inserir nos grupos terapêuticos e atividades em geral. Um projeto clínico define os horários e grupos que irá participar. Representa uma alternativa intermediária entre o ambulatório e a internação. É indicado para pacientes que tem potencial para se comprometer e retornar diariamente ao tratamento ou para egressos da internação, enfim para pacientes que apresentem menos riscos.

De acordo com a Reforma Psiquiátrica, a rede assistencial proposta por esta política é baseada na criação de uma rede de atenção aos usuários de modelo extra-hospitalar, inserido na comunidade, de caráter interdisciplinar e que evita a cronificação dos pacientes e o isolamento social.

Na saúde pública, o aparato organizativo pensado para promover a Reforma Psiquiátrica no Brasil foi a disseminação do modelo extra-hospitalar de saúde, chamados Centro de Atenção Psicossocial (CAPS),

As atividades desenvolvidas ambulatorialmente nos CAPS são: Atendimento individual, Atendimento em grupo, Atendimento para a família e Atividades

comunitárias Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-juvenil (CAPS i). No caso dos municípios que não tiverem CAPS AD, está previsto a atenção aos usuários de

álcool e outras drogas na modalidade CAPS que estiver disponível no município. As atividades e funções dos CAPS AD são: • Prestar atendimento diário aos usuários dos serviços, dentro da lógica de redução de

danos; • Gerenciar os casos, oferecendo cuidados personalizados; • Oferecer atendimento nas modalidades intensiva, semi-intensiva e não-intensiva, de

acordo com a necessidade do usuário garantindo que eles recebam atenção e acolhimento; • Oferecer condições para o repouso e desintoxicação ambulatorial de usuários que

necessitem de tais cuidados; • Oferecer cuidados aos familiares dos usuários dos serviços; • Promover, mediante diversas ações, esclarecimento e educação da população, a

reinserção social dos usuários, utilizando recursos intersetoriais; • Trabalhar, junto a usuários e familiares, os fatores de proteção para o uso e dependência

de substâncias psicoativas, buscando ao mesmo tempo minimizar a influência dos fatores de risco para tal consumo;

• Trabalhar a diminuição do estigma e preconceito relativos ao uso de substâncias psicoativas, mediante atividades de cunho preventivo/educativo.

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Internação Para indivíduos que precisam de tratamento em regime intensivo em ambiente

controlado. Para indivíduos com dificuldade de aderência ou pouca melhora com o tratamento breve

ou ambulatorial devem ser encaminhados para serviços especializados: • Quando o usuário se sente incapaz de cumprir as combinações propostas em

atendimento ambulatorial e precisa ser encaminhado para algum ambiente que envolva mais estrutura e segurança, o tratamento em regime de internação deve ser oferecido.

• Na Ausência de adequado apoio psicossocial que possa facilitar o início da abstinência • Na Necessidade de interromper uma situação externa que reforça o uso da droga.

Internação de Emergência nos leitos de Hospital Geral

•Para pacientes com condições médicas ou psiquiátricas que requeiram observação

constante (estados psicóticos graves, idéias suicidas ou homicidas, debilitação ou traumas). • Para situações onde haja complicações orgânicas devidas ao abuso (intoxicação) ou

cessação do uso da droga (síndrome de abstinência grave) Para triar quem precisa de tratamento e qual o tipo de tratamento mais indicado Para

responder esta pergunta, é necessária uma avaliação cuidadosa e ampla do indivíduo. Nesta avaliação, deve-se perguntar sobre as substâncias utilizadas, o tipo de consumo de cada uma delas (se o uso em experimental, recreacional, abuso ou dependência); tratamentos anteriores; comorbidades clínicas e psiquiátricas; história familiar ; perfil psicossocial. Fazem parte desta estratégia, entre outras, a prevenção e o tratamento de doenças clínicas (como HIV, hepatites) e psiquiátricas (como depressão, psicose).

Indicações de internação em regime residencial em Comunidades Terapêuticas

As comunidades terapêuticas e as fazendas para tratamento têm normalmente um

modelo que é baseado na recuperação via convivência com os pares,sem a obrigatoriedade de presença de médicos, psicólogos e equipe de enfermagem, é exclusivamente indicado para casos onde haja Adesão Voluntária ao tratamento, com pacientes sem presença de comorbidades psiquiátricas (de acordo com a RDC 29, que regulamenta a atividade das CTs). A maior parte das Comunidades terapêuticas se apóia no tripé, utilizam uma filosofia terapêutica baseada em trabalho ,disciplina e oração/religião e na metodologia dos 12 passos da sobriedade. A Intervenção dura em média 6 a 9 meses.

Indicações de internação em regime residencial em Clínicas Especializadas

As Clinicas especializadas devem disponibilizar especialistas da área da saúde, como

psiquiatras, enfermeiros e psicólogos. Normalmente se propõe a oferecer um tratamento multidisciplinar, individualizado e intensivo.

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É também indicada quando há suspeita de outras questões psiquiátricas (comorbidades) que ocorrem juntamente com o uso de drogas pode ser causa e/ou consequência de sintomas psiquiátricos tais como depressão e outros transtornos de humor, etc.

Desse modo, é necessário combinar a intervenção médica- farmacológica e as terapias

psicossociais. A equipe deve : • Deter o conhecimento científico e se manter atualizado e saber como fazer

aconselhamentos e intervenções ; • Identificar as fases de motivação do usuário e atuar de modo a provocar engajamento na

proposta terapêutica, suportando oscilações no envolvimento e adesão do paciente e mudanças lentas e graduais.

Obs: Somente as Clinicas especializadas com suporte médico/enfermagem 24 horas e

hospitais psiquiátricos estão aptos a realizar internações nas modalidades:

Internação Involuntária: É aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido

de terceiro responsável pelo usuário. A internação involuntária deve ser feita somente quando a tentativa de internação

voluntária não tem sucesso. Para quando o dependente químico está colocando sua vida em risco, ou a vida de outras pessoas e, mesmo assim é incapaz de tomar e manter uma atitude coerente para sua recuperação.

É amparada pelo Decreto 891/38 e, pela Lei 10.216, de 6 de abril de 2002, regulamentada

pela portaria federal nº 2.391/2002, realizada mediante laudo do médico psiquiatra e imediatamente comunicada ao Ministério Publico.

Internação Compulsória: É aquela determinada pelo Juiz. O pedido pode ser formulado

por autoridade policial, pelo Ministério Público, ou conforme o caso, por familiares do paciente.

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Bibliografia Consultada:

Todo o material foi elaborado com bases científicas, utilizando como fonte dados

produzidos , publicados, tomados como referencia bibliográfica de consulta ou divulgados pelos seguintes institutos:

• Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo - Ipq - HCFMUSP / GREA - Grupo

Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas.

• Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de São

Paulo (UNIFESP)

• Material elaborado pelo SENAD - SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE

DROGAS em parceria com UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC)

• OBID – Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas

• Organização Mundial da Saúde - OMS

• Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) e Associação

Médica Brasileira (AMB)

• World Health Organization (WHO).

• United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC).

• National Institute on Drug Abuse (NIDA).

Livros :

Aconselhamento em Dependência Química – Laranjeira R, Figlie NB, Bordin S; São Paulo: Editora Roca, 2009.

Álcool e suas Conseqüências: Uma Abordagem Multiconceitual - Andrade A Guerra de, Antony J. C. ; Silveira C M- Barueri: Ed. Manole, 2009

Drogas no Ambiente de Trabalho- Luiz Alberto Chaves de Oliveira; São Paulo: COMUDA – Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas e Álcool-2007

O Tratamento psicológico do usuário de maconha e seus familiares: um manual para

terapeutas- Junguerman, F., Zanelatto N A.- São Paulo, Ed. Roca, 2007 Drogas – Onde Obter Ajuda e Orientação – Luiz Alberto Chaves de Oliveira & José

Florentino dos Santos Filho; São Paulo: COMUDA - Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas e Álcool-2007.

Boas Práticas no Tratamento de Usuários e Dependentes de Substâncias - Figlie, NB;

Cordeiro, DC; Laranjeira, São Paulo, Editora Roca LTDA,2007 Alcoolismo no trabalho – Vaissman, M. Rio de Janeiro: Ed.Garamond, 2005. O Tratamento do Alcoolismo - Griffith Edwards, E. Jane Marshall, Christopher C. H. Cook –

Porto Alegre: Ed.Artes Médicas, 2005.

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Dinâmicas de Grupo aplicadas a Dependência Química -Figlie, NB; Melo, DG; Payá, São Paulo, Ed. Roca LTDA, 2004

Usuário de Substâncias Psicoativas – abordagem, diagnóstico e tratamento- Conselho

Regional de Medicina do Estado de São Paulo ( CREMESP) São Paulo: CREMESP, 2002 Entrevista Motivacional – Miller WR, Rollnick S: Porto Alegre; Artmed, 1999

Drogas: maconha, cocaína e crack -Jungerman F., Dunn. J., Laranjeira. R.- São Paulo: Contexto, 1998

Prevenção de Recaída: estratégias de manutenção no tratamento de comportamentos adictivos - Marlatt, G.A.; Gordon,J.R. Porto Alegre:Artes Médicas Sul, 1993.

Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da CID -10 -Organização

Mundial de Saúde. Porto Alegre: Artmed; 1993 Abuso de Álcool e Drogas- Schuckit, M. – Porto Alegre : Artes Médicas, 1991

Sites úteis:

SENAD (Secretaria Nacional sobre Álcool e Drogas): www.senad.gov.br ABEAD (Associação brasileira de estudos do álcool e outras drogas): www.abead.com.br

UNIAD (Unidade de pesquisa em álcool e drogas)- www.uniad.org.br

CEBRID ( centro Brasileiro de Informações sobre drogas psicotrópicas )- www.cebrid.epm.br

OBID ( Observatório Brasileiro de Informação sobre Drogas)- www.obid.senad.gov.br GREA ( Programa Interdisciplinar de Estudos de Alcool e Drogas) - www.grea.org.br

NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein Álcool e Drogas sem Distorção - www.einstein.br/alcooledrogas PsiqWeb: www.psiqweb.med.br

Grupos de Auto-ajuda:

Alcoólicos Anônimos: www.alcoolicosanonimos.org.br

Narcóticos Anônimos: www.na.org.br

Al-Anon do Brasil: www.alanon.org.br

Amor Exigente:www.amorexigente.org.br

Pastoral da Sobriedade: www.sobriedade.org.br