Maquinas 85

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Maio 2009

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Rodando por aí

Armazenagem equilibrada

Armazenagem de precisão

Agrishow 2009

Ficha Técnica - Panther Precision

Tecnologia de aplicação

Ficha Técnica - Fankhauser 5045

Empresas - Agrimec

Planejamento e qualidade na mecanização

Fertirrigação

Coluna Estatística Máquinas

Coluna jurídica

Índice Nossa Capa

Amazone

Destaques

Tecnologia de aplicaçãoConfira os ganhos obtidos com a diminuição do volumede água na aplicação de defensivos, que aumentam acapacidade operacional das máquinas em até 30%

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados podem

solicitá-las à redação pelo e-mail: [email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos que todosos leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitos irão, fatal-mente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foram seleciona-dos entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemos fazer maispelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões, para que o leitorjulgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidos nos artigos. Aceita-mos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a oportunidade de divulgarseus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Editor• Editor• Editor• Editor• EditorGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan Quevedooooo

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoCharles EchCharles EchCharles EchCharles EchCharles Echererererer

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiCristiCristiCristiCristiananananano Ceio Ceio Ceio Ceio Ceiaaaaa

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Circulação• Circulação• Circulação• Circulação• CirculaçãoSimSimSimSimSimononononone Lopese Lopese Lopese Lopese Lopes

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasÂnÂnÂnÂnÂngggggela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveira Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalves

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 85

Ano IX - Maio 09ISSN - 1676-0158

DireçãoDireçãoDireçãoDireçãoDireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton Peteretereteretereter

SchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

SecretáriaSecretáriaSecretáriaSecretáriaSecretáriaRosimRosimRosimRosimRosimeri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alves

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 129,90(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00Assinatura Internacional:

US$ 130,00EUROS 110,00

ArmazenagemO que é armazenagem deprecisão e quais assuas vantagens

Ficha TécnicaSemeadoras com taxa variávelVence Tudo Panther eFankhauser 5045

Matéria de capa

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• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson AlvesEdson KrEdson KrEdson KrEdson KrEdson Krauseauseauseauseause

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

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GatesGatesGatesGatesGatesSuzan Petter, gerente de Vendas e Aplicação da Gates, juntamente com a equipe da empresa,apresentou na Agrishow 2009 a linha completa de produtos da marca, com destaque para osegmento de correias e mangueiras agrícolas.

MantovaniMantovaniMantovaniMantovaniMantovaniA equipe da Mantovani destacou na Agrishow produtos como a carreta para transporte de plata-forma de colheita de milho e plataforma de grãos, o guincho Big Bag para dois mil quilos, acolhedora de espigas de milho, o desintegrador de grãos e forragens e a capota aberta para tratores.

GEO line e CometGEO line e CometGEO line e CometGEO line e CometGEO line e CometTiziano Ferrari, Giampaolo Dall’aglio, Miguel Tale e Daniele Bianchini, da Yama Group, marca-ram presença na Agrishow, em Ribeirão Preto. A empresa comercializa os produtos da Comet,responsável pela industrialização de bombas agrícolas e industriais, e da GEO line, especializadana produção de peças e componentes para pulverização.

BaldanBaldanBaldanBaldanBaldanLuciana Antoniosi,gerente de Marketingda Baldan, destacoua semeadeira SPAMegaflex, com caixade engrenagem abanho de óleo, detroca rápida com 62combinações develocidade pararegulagem dedistribuição de aduboe sementes.

MagnojetMagnojetMagnojetMagnojetMagnojetEduardo Gonzaga,

técnico em aplicaçãoda Magnojet,

destacou na Agrishowos bicos com jato de

impacto (defletor)usados em áreas onde

não se entra combarras de aplicação,

como reflorestamen-to, pecuária e curva

de nível. O produto éconfeccionado em

cerâmica.

Eduardo Gonzaga

KKKKK.O.O.O.O.O.....Ronaldo Nogueira da

Cruz, diretor-presidente da K.O.

lançou na Agrishow oatomizador Speed Jetcom ramal auxiliar eo K.O 600 eucalipto

(de 800l), equipa-mento que nãopossui cardan,

movido por motorhidráulico.

Ronaldo Nogueira da Cruz

AgrosystemAgrosystemAgrosystemAgrosystemAgrosystemA Agrosystemmostrou naAgrishowprodutos daslinhas agrícola,analítica, meteo-rológica e debiotecnologia.Carolina Dias é anova gerente deMarketing daempresa.

Luciana AntoniosiAGCOAGCOAGCOAGCOAGCO

A AGCO esteve presente naAgrishow apresentando os im-plementos da Valtra e MasseyFerguson. Dois novos modelosde plantadeiras, a MF 500, daMassey Ferguson, e a BPM 2711M, da Valtra, foram apresenta-dos aos visitantes. Rubens San-dri, gerente Comercial, e JonesEscobar, coordenador de Marke-ting, foram responsáveis pelaapresentação dos produtos noestande da empresa.

Carolina Dias

Rubens Sandri e Jones Escobar

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MaggionMaggionMaggionMaggionMaggionSebastião Ferrari, geren-te de Marketing da Mag-gion Pneus, e DanielaSchadtich, da Dclemente& Associados, participa-ram da Agrishow 2009. AMaggion tem como carrochefe pneus para tratorese colheitadeiras, além dofornecimento deste pro-duto para implementosagrícolas.

IACIACIACIACIACO pesquisador científicoCláudio Alves Moreira,do Instituto Agronômicode Campinas (IAC),apresentou na Agrishowuma máquina para testarcardans. O projeto épatrocinado pelasIndústrias ReunidasColombo.

Santiago e CintraSantiago e CintraSantiago e CintraSantiago e CintraSantiago e CintraA Santiago e Cintra participou da Agrishow 2009. Rodrigo Tamani, gerente comercial, InácioRosolem, gerente de Vendas do Mato Grosso e Goiás, Constantino Júnior, gerente de Vendasde Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Rinaldo Lorenzon,gerente de Monitores e Controladores, aproveitaram o evento para expor os produtos comer-cializados pela empresa e estreitar o relacionamento com os clientes.

GoodyearGoodyearGoodyearGoodyearGoodyearA coordenadora deMarketing da GoodyearPneus, Rosana SilvaSacramento, participouda Agrishow 2009juntamente com aequipe da empresa.

AgrimecAgrimecAgrimecAgrimecAgrimecOdilo Pedro Marion,diretor-presidente da Agri-mec, lançou na Agrishowo MulticultivadorPulverizador sob palha,equipamento projetadopara o setor canavieiro.

Rosana Silva Sacramento

Cláudio Alves Moreira

Daniela Schadtich e Sebastião Ferrari

Odilo Pedro Marion

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MontanaMontanaMontanaMontanaMontanaEduardo Martinatti

apresentou junto com aequipe da Montana o

trator Telescópico commúltiplas funções, com

capacidade paraacoplagem de até 15

implementos.

VipalVipalVipalVipalVipalRodrigo Martini Refatti,

coordenador de Marketingda Vipal, apresentou na

Agrishow a linha de pneusFate, produto argentino quejá estava presente no merca-

do brasileiro e que agorapassa a ser distribuído exclu-

sivamente pela empresa.

CooperaçãoCooperaçãoCooperaçãoCooperaçãoCooperaçãoA John Deere assinou um

termo de cooperaçãotécnica com o Senar doestado do Mato Grosso

para promover atividadesde formação e atualizaçãotécnica dos instrutores da

entidade. O convênioprevê formação técnica

inicial, aperfeiçoamentoou atualização dos

instrutores do Senar, comfoco na operação e namanutenção básica de

máquinas e implementosagrícolas. Os cursos serãoministrados por profissio-

nais da John Deere ouindicados pela empresa.

Rodrigo Martini Refatti

Eduardo Martinatti

PlastroPlastroPlastroPlastroPlastroA Plastro Brasil, fabricante de equipamentos de precisão no segmento de irrigação localiza-da, incluindo gotejamento, microaspersão, miniaspersão e nebulização, expôs sua linha deprodutos na Agrishow. A empresa foi fundada em 1966, em Israel, e conta atualmente com14 fábricas no mundo, seis delas na América Latina. Miguel Gutierrez, diretor comercialpara a América Latina, Joseph Szyfer, gerente de Vendas para a América Latina e Espanha,Marcelo Ziochevskjy, diretor comercial para o Brasil, Uri Goldstein, diretor de Marketing,Tereza Reis, gerente de Projetos Especiais, e Eurico G. S. Camões, gerente regional de Ven-das, fizeram parte da equipe que esteve presente na feira.

AquariusAquariusAquariusAquariusAquariusNo início de abril, o Projeto Aquarius realizou a colheita de soja em dois talhões pertencentes acooperados da Cotrijal nas cidades de Passo Fundo e Lagoa dos Três Cantos (RS), em uma áreatotal de cerca de 42 hectares. A demonstração de Agricultura de Precisão foi realizada com uma

colheitadeira Massey Fergu-son modelo MF 32 Advancedequipada com o sistema Fiel-dstar com sensor de umida-de, com bons resultados. Naárea de 13,57 ha localizada emPasso Fundo foram colhidas2,95 toneladas por hectare, oque dá um rendimento mé-dio de 49 sacas de soja.

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O monitoramento da qualidade dosgrãos armazenados incorreránuma melhor conservação e em

perdas menos expressivas relacionadas a que-bras. O mercado permite que grãos sejam ne-gociados com umidade de 13%, portanto, quan-to mais próximo o produto estiver desses teoresno pós-armazenamento, maior será o lucro ge-rado ou menor a quebra oriunda do processode conservação.

Dois são os elementos a serem trabalhadosem conjunto na massa de grãos para obtençãodo equilíbrio, água e ar. A água é o fator chave aser monitorado no elemento armazenado e oar é o fator a ser controlado.

O processo pelo qual os grãos armazenadossão “cuidados” ou é regulado o seu estado deconservação chama-se aeração. Aeração é a téc-nica pela qual uma massa de grãos ou qualqueroutro produto é submetida à passagem de arem condições ambientais adequadas (termodi-nâmicas ideais) obedecendo a forma de trans-ferência de calor por convecção. Convecção -Processo de transferência de temperatura nosmeios líquidos ou gasosos. No caso em questãoa água é o agente de transferência de tempera-

tura (de camadas profundas até a superfície),por isso a importância do monitoramento des-se elemento.

No processo de aeração, volumes de ar comtemperatura menor que a temperatura internada massa de grãos são insuflados por ventila-dores pré-dimensionados para tal, de modo que,após a passagem desse ar pela massa, este atinjao lado oposto com temperatura mais elevada ecarregado de água.

A movimentação de ar uniformemente re-tirando água elimina a infestação de fungos einsetos. Em resumo, o sucesso da conservaçãorelaciona-se exclusivamente à administração daágua no produto. A movimentação da águaocorre pelo ar.

A água é um constituinte elementar paraqualquer ser vivo e comporta-se de maneiraespecífica em cada tecido vivo.

No grão e em alimentos, o comportamen-to da H2O tem parâmetros já traçados e suainteratividade no meio afeta as estruturas quí-mica e física dos solutos constituintes dos teci-dos, existindo aí uma relação bem estreita en-tre a água livre e conservação.

O que é água livre ou, o que chamamos de

água livre? Existem alguns estudos, inclusive, com

equações aferidas para cada tipo de alimentoou grão. (1)Numa teoria, demonstra-se essenci-almente que a água livre é dada por uma rela-ção direta entre a pressão de vapor da água emequilíbrio sobre o elemento em análise e a pres-são de vapor da água pura em uma mesma tem-peratura.

(2)Numa outra forma de entendimento docomportamento da atividade da água, afirma-se que água livre é a umidade relativa em equi-líbrio com o produto a uma mesma tempera-tura considerada. Essa atividade pode ser me-dida e já foi colocada em gráficos (Figura 1a).Analisando a figura, verificamos que existe umvalor 1,0, onde a atividade da água é máxima.Em alimentos ricos em água, um número deágua livre acima de 0,90 resulta em soluçõesdiluídas que servem para substratos. É nesseponto onde pode ocorrer crescimento microbi-ano devido a reações químicas internas (embo-loramento e presença de fungos, resultando con-forme o meio em cimentação da massa arma-zenada após a reação química).

Na faixa entre 0,40 e 0,80 existe um au-

automatização

Em busca doequilíbrioEm busca doequilíbrio

Charles Echer

A conservação de grãos por longos períodos exige, antes de mais nada,armazenamento em local adequado, atendendo às condições físicas necessáriaspara tal. Como estes lugares estão sujeitos a variações de temperatura e umidade,o monitoramento deve ser constante para alcançar a qualidade desejada

A conservação de grãos por longos períodos exige, antes de mais nada,armazenamento em local adequado, atendendo às condições físicas necessáriaspara tal. Como estes lugares estão sujeitos a variações de temperatura e umidade,o monitoramento deve ser constante para alcançar a qualidade desejada

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mento de velocidade nas reações químicas peloaumento da concentração de substratos. Emtorno de 0,60, a atividade microbiana fica pra-ticamente estática e para a água livre, inferior a0,30, entra-se na zona de adsorção primária.

A água recebe uma nomenclatura específi-ca, conforme o seu comportamento, sendo:

Água livre - Comportamento físico seme-lhante à água pura, com pressão de vapor igualà água pura;

Água ligada - Comportamento reduzido.A água torna-se menos ativa, não mantendomais as propriedades químicas e físicas da águapura, passando a não mais poder atuar comosolvente em reações. A água nessa forma podeestar presa tanto em alimentos processados,como em grãos in natura com força menor oumaior. Portanto, cabe-nos administrar a peque-na faixa entre a água tida como ligada e a águalivre.

Em particular, no armazenamento de grãoso acompanhamento do comportamento daágua de forma segura dá-se através das isoter-mas de sorção, que são as curvas de equilíbriopara o referido grão (milho, soja, feijão, trigo

etc).Estas curvas (Figura 1 b) são compostas

pelas umidades do grão, as umidades relativasdesse grão ou da atividade da água para umadada temperatura. Através da isoterma sabe-sequal a umidade de equilíbrio para conservaçãode cada produto em questão. O conhecimentodessas curvas é essencial para determinar o teorde umidade final possível para armazenamen-to e estabilidade do produto, sendo ele proces-sado ou pré-processado (in natura).

Utilizando-se desses conhecimentos bási-cos, essenciais, pesquisados ao longo de déca-das, que se desenvolveram sistemas mecânicosde modo a satisfazer as condições de tempera-turas e umidades anteriormente mencionadas.Falando a partir de agora, especificamente emarmazenamento de produto in natura, soja,milho, arroz etc, e mais especificamente emconstruções horizontais de alvenaria (armazénshorizontais), passamos então ao mais impor-tante o controle de altos volumes de produto.“Armazéns horizontais ou silos horizontais ca-racterizam-se por ter a dimensão horizontalmaior que a vertical, independentemente de

Figura 1– Velocidade Relativa de Reações em função da Atividade de Água (A) e atividade de água em função da Umidade (B) (Alonso,2001)

A) B)

Figura 2– Armazém Graneleiro Modelo V com sistema de turbinas centrais e sifonamento de ar

serem retangulares ou cilíndricos.”O dimensionamento do sistema de insu-

flação de ar depende das dimensões do arma-zém, do tipo de armazém (modelo plano, côni-co, semi-V, V ou W), do produto a ser armaze-nado, das condições de temperatura e umida-de ao longo do ano para o referido local, alémdos caracteres de ordem técnica pertinentes àfisiologia do grão a ser armazenado.

A partir das definições de todos esses parâ-metros de produto ou produtos a serem arma-zenados, que se parte para o dimensionamentode uma estrutura de monitoramento de mas-sa. Essa estrutura é constituída por um sistemade monitoramento de temperatura e um siste-ma capacitado a insuflar ar em condições ne-cessárias para conservação.

Definido o tipo de grão armazenado, par-te-se ao dimensionamento do layout de distri-buição do ar, podendo ser por túneis primáriose secundários, turbinas centrais, túnel central,sifonamento, móvel ou fixo, tipo de chapa, %de área vazada nas chapas de aeração e, por fi-nal, a estrutura e a potência necessárias dosventiladores. Sempre obedecendo aos parâme-

Figura 3– Produto soja deteriorado por insuficiência de Aeração em Armazém Semi-V. (Não detecta-da por falta de sistema de termometria)

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“““““O processo pelo qual os grãos armazenados são “O processo pelo qual os grãos armazenados são “O processo pelo qual os grãos armazenados são “O processo pelo qual os grãos armazenados são “O processo pelo qual os grãos armazenados são “cuidados” ou écuidados” ou écuidados” ou écuidados” ou écuidados” ou éregulado o seu estado de regulado o seu estado de regulado o seu estado de regulado o seu estado de regulado o seu estado de ccccconservação chama-se onservação chama-se onservação chama-se onservação chama-se onservação chama-se aaaaaeraçãoeraçãoeraçãoeraçãoeração”””””

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tros físicos de pressões estáticas e dinâmicas emcada caso.

Existem métodos de aeração lateral, consti-tuídos de aeradores laterais em número devida-mente calculados, bem como métodos longitu-dinais, onde a ventilação é feita pelo túnel cen-tral. Nessa opção aproveita-se a mesma estru-tura de descarregamento do armazém.

No Método longitudinal, uma maneira dedistribuir melhor o ar é a utilização de sifões(Figura 2). Sua utilização aumenta a superfíciede contato, proporcionando assim a movimen-tação do fluxo de ar na totalidade da massa degrãos. Essa é uma prática que evita a condensa-ção da umidade nas paredes do armazém, poisextrai quaisquer eventuais focos de aquecimen-to. Modelo de aeração por turbinas aeradoras esistema de sifões perfurados para distribuiçãodo ar por toda a superfície do armazém.

A importância do monitoramento é indis-cutível, umidade de entrada, produto a ser re-cebido e fim de destino (alimentação humanaou animal) devem ser plenamente monitora-dos. No Brasil, desde 2000, a Lei 9.973 exigerecursos tecnológicos de termometria e aeraçãopara credenciamento junto à Companhia Na-cional de Abastecimento. Num demonstrativoda Conab de 2006, afirmou-se que a capacida-de estática de armazenamento encontrava-se emtorno de 110 milhões de toneladas, desses, 25%em armazéns convencionais. Três anos antes, arevista Safra afirmou através de citação de Silva(UFV), que 70% das unidades armazenadorasencontravam-se abaixo dos padrões técnicosmínimos. Com certeza para 2009, acrescentou-se em muito na capacidade estática e pratica-mente na totalidade, adequando-se as normasvigentes.

As normas precisam ser cumpridas, embo-ra a norma principal para o armazenador nãoafetar o bolso. Sendo assim, o importante den-tro de armazéns graneleiros é o monitoramentoconstante da massa armazenada. Pequenos des-cuidos no controle da massa de grãos podemincorrer em prejuízos de relativa amplitude.

Uma camada de três a 4cm de massa estra-gada, conforme Figura 3, incorre em prejuízossignificativos dentro da totalidade do processode armazenamento. Agregados mais alguns pon-

tos com umidade inadequada, somadas outrasfalhas ou imprevistos, o número aumenta. Alémde o número aumentar unidades com proble-mas de produto danificado, acabam sendo co-locadas em segundo plano pelos depositáriosde produto, em função dos riscos.

Armazéns antigos, ou nos que não foi op-tado por um sistema de monitoramento de tem-peratura através de conjunto de cabos termo-métricos, o levantamento dos dados de tempe-ratura pode ser feito através de sondas portá-teis (Figura 4). O monitoramento da massa sobessa estrutura é feito através da leitura de inú-meros pontos, onde, através dessa análise, exe-cutam-se as medidas cabíveis. Sendo elas aera-ção da massa nos pontos de necessidade ou in-transilagem da massa dentro do armazém.

SISTEMA DE MONITORAMENTOA construção e o formato do armazém es-

tão relacionados aos fatores de maior peso den-tro do processo, podendo ter ponderação mai-or o sistema de descarga, a forma construtiva, onúmero de funcionários envolvidos no proces-so etc. Em algumas decisões os fatores de mai-or peso, no entanto, não são as facilidades, massim fatores ligados ao condicionamento do ter-reno para execução da construção, sendo ca-racterísticas determinantes a profundidade doperfil, a profundidade do lençol freático, a ca-pacidade do solo a cargas verticais, a coesão dosolo, entre outras. Todos esses fatores devemser considerados quando da construção de um

sistema de armazenagem de grandes dimen-sões horizontais.

Os sistemas em V são de construção maiscustosa, porém, seu descarregamento ocorre deforma mais fácil. Utilizados em terrenos comperfis profundos, perfis de solo acima de 20m elençol freático bem profundo.

Uma estrutura semi-V geralmente é cons-truída em regiões com limitação de lençol freá-tico. Tem a vantagem de poder ser utilizada emalguns casos como depósito de fertilizantes egalpão de máquinas.

O dimensionamento dos sistemas de ma-nejo, implícita aqui aeração, engloba a estrutu-ra de dutos total do sistema (Figura 5) , dosdutos primários (dutos de alimentação) aos dedistribuição (aeração), diminuição e aumentodos dutos, aquecimento nos aeradores, rendi-mentos, temperaturas ambientais locais da re-gião e umidade relativa padrão para a região naépoca de armazenamento.

O monitoramento de temperatura atravésde cabos termométricos (cabos com sensoresequidistantes) é feito através da distribuição doscabos junto aos arcos de sustentação do telha-do por sistemas de olhal de encaixe rápido (Fi-gura 7). Compostos de um sistema de cabos deaço internos geralmente são presos na parteinferior, piso do armazém por cordões de pe-queno diâmetro, possibilitando a ruptura con-forme o enchimento. A distribuição é feita emlinhas longitudinais em números de 1, 2, 3 oumais, dependendo das dimensões do armazéma ser considerado. Na Figura 7 verifica-se a uti-lização de 19 cabos termométricos distribuídosem três linhas longitudinais.

Na Tabela 1, observam-se os dados levan-tados no monitoramento de um armazém car-regado com milho com os dados de umidadede equilíbrio gerados durante o armazenamento

Observa-se através de uma parte da tabelaanexada que em temperatura próxima a 20°C,com uma umidade em torno de 70%, a massade milho armazenada está próxima ao limitede umidade para conservação, expedição. Con-servação em umidades relativas muito baixas,a partir desse ponto, incorre em perdas quanti-

Figura 4– Sonda para obtenção da Temperatura da massa em pontos específicos; Controle de Umidade relativa e temperatura Externa emunidade armazenadora

Figura 5– Sistema de Aeração dimensionado para Armazém Graneleiro modelo Semi-V, com divisória, para dois tipos de produto

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“““““No Brasil desde 2000, a lei 9.973 exige recursos tecnológicos de termometria eNo Brasil desde 2000, a lei 9.973 exige recursos tecnológicos de termometria eNo Brasil desde 2000, a lei 9.973 exige recursos tecnológicos de termometria eNo Brasil desde 2000, a lei 9.973 exige recursos tecnológicos de termometria eNo Brasil desde 2000, a lei 9.973 exige recursos tecnológicos de termometria eaeração para credenciamento junto aeração para credenciamento junto aeração para credenciamento junto aeração para credenciamento junto aeração para credenciamento junto ààààà Companhia Nacional de Abastecimento Companhia Nacional de Abastecimento Companhia Nacional de Abastecimento Companhia Nacional de Abastecimento Companhia Nacional de Abastecimento”””””

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7816,9116,8116,7016,6016,4916,3916,2816,1816,0815,9715,8715,7715,6715,5715,4715,3715,2715,1715,0814,98

7917,2817,1717,0616,9616,8516,7416,6416,5316,4316,3216,2216,1216,0115,9115,8115,7115,6115,5115,4115,31

8017,6617,5517,4417,3317,2217,1117,0016,8916,7916,6816,5816,4716,3716,2616,1616,0615,9515,8515,7515,65

8118,0417,9317,8217,7117,6017,4917,3817,2717,1617,0516,9416,8416,7316,6316,5216,4216,3116,2116,1016,00

8218,4418,3218,2118,1017,9917,8717,7617,6517,5417,4317,3217,2117,1017,0016,8916,7816,6816,5716,4716,36

8318,8518,7318,6118,5018,3818,2718,1618,0417,9317,8217,7117,6017,4917,3817,2717,1617,0516,9516,8416,73

UMIDADE REALTIVA DO AR %

Tabela 1 – Teor de umidade x temperatura do grão armazenado (milho)

%MILHOARROZSOJA

SORGOALGODÃO

FEIJÃO

ATÉ 1 ANO12-1313-14

11121112

PÓS-1 ANO10-1111-129-10

10-111112

%TRIGOAVEIA

CEVADAAMENDOIMGIRASSOL

CAFÉ

ATE 1 ANO12-1313-14

1399

12

PÓS-1 ANO1112117-8811

Recomendados para armazenamento de grãos de agumas culturas pelo período de 1 anoTabela 2 – Teores de umidade para grãos de algumas culturas

tativas (quebras) na massa armazenada.A detecção através dos cabos termométri-

cos de regiões de aquecimento provocado porinsetos ou outros agentes dentro da massa ar-mazenada, deverá ser indicativo de insuflaçãoimediata de ar em condições adequadas. Deveprocurar-se preferencialmente períodos notur-nos para não incorrer em diminuição de teor deumidade do grão abaixo dos níveis interessan-tes comercialmente. A Tabela 2 informa umi-dades praticadas para armazenamento de algu-mas culturas comerciais no período de um ano.

CONSIDERAÇÕES FINAIS1) Trata-se de um investimento percentu-

almente insignificante comparado a uma uni-dade armazenadora e ao produto armazenado(em lei desde 2000);

2) Leva à racionalização e à redução do con-sumo de energia elétrica;

3) Permite a manutenção do peso do pro-duto;

4) Possibilita o monitoramento da qualida-de dos grãos na totalidade da massa armazena-da;

5) Prevenção, objetivando ao máximo a re-dução de temperatura, evitando o aquecimen-

to da massa do grão econsequentemente per-da de peso por danos fí-sicos e por insetos;

6) Permite o arma-zenamento com teoresde umidade maiores,aumentando a capaci-dade e a velocidade docomplexo de recebi-mento (secador);

7) O sistema de ae-ração e termometria emarmazéns graneleirosconstitui de 5-10% doinvestimento total eminfraestrutura, percen-tual relativamente pe-queno em relação ao

Clóvis e Marcos alertam para os principaiscuidados no processo de armazenagem de

grãos com qualidade

Figura 6– Armazém graneleiro modelo V com soja sem aeraçãocom termometria e armazém graneleiro modelo V com milho comsistema de aeração e termometria

Figura 7– Sistema de Termometria dimensionado para Armazém Graneleiro modelo V

todo;8) Tomando como base a importância de

não termos perdas por aquecimento, nada jus-tifica a construção de uma estrutura sem siste-ma de controle e monitoramento da massa.

As empresas do segmento pós-colheita cal-culam e disponibilizam todos os dados paraexecução da infraestrutura necessária.Clóvis Priebe Bervald,GSI Group BrasilMarcos Fioravante,Camera Alimentos

. M

Page 10: Maquinas 85

10 • Maio 09

informatização

Fotos Adriano Mallet

Abusca contínua pela redução dasperdas quantitativas e qualitativasno processo de armazenagem é de

fundamental importância para a conquista deuma liderança mundial no que se refere à pro-dução e à estocagem de grãos. A busca por essaproposta e desafio levou o Brasil a desenvolverequipamentos avançados de gerenciamento(Sistemas Controladores Automatizados) deforma gradativa e isolada em relação às demaisetapas da cadeia agrícola do produtor, acompa-nhando a evolução da informática e engenha-ria eletrônica. Os avanços e a possibilidade deunificá-las entre si, possibilitaram termos umaa armazenagem com mais precisão em todas asetapas do processo de beneficiamento - recep-ção, limpeza, secagem, armazenagem/conser-vação de grãos e gestão administrativa/operaci-onal.

Existem sistemas para secagem e monito-ramento da massa de grãos armazenada em si-los verticais ou armazéns que têm como objeti-vos reduzir erros de processo e desvios de ope-ração, registrando e formando um banco dedados para tomada de decisão imediata e cor-reção do processo instantaneamente.

Na secagem, o objetivo da atividade é pro-cessar com uma temperatura contínua e den-tro dos parâmetros definidos pelo fabricante,reduzindo a danificação dos grãos (queima, fis-

suras no tegumento etc) e manter a capacida-de nominal dentro de um fluxo (t/h) que pro-porcione rendimento máximo do secador comequilíbrio termodinâmico. Os sistemas evitamproblemas de falta de alimentação de combus-tível (lenha, casca de arroz, óleo ou outros) nafornalha (fonte geradora de calor), risco de in-cêndio, danificação dos grãos por estarem ex-postos a altas temperaturas e promovem umequilíbrio entre vazão de ar (quente e frio). Con-trolar as pressões internas e as temperaturas natorre de secagem é requisito que buscamos con-tinuamente, melhorando o rendimento de se-

cagem (fluxo) e proporcionando economia decombustível com qualidade final.

Os sistemas atuais indicam e controlam atemperatura em até quatro ou mais sensoresinstalados e distribuídos dentro do secador, in-dicando umidade de entrada e saída do grão,monitorando o nível mínimo e máximo da co-luna de secagem, com alarmes de temperatura,umidade e nível interno, comandam e contro-lam todos os tipos de descarga - pneumática,mecânica-temporizada ou com inversores defrequência - variando a velocidade no painel decomando. São operações que anteriormenteeram realizadas de forma manual e registradasem planilhas avulsas e não impossibilitavam ocruzamento de informações que, muitas ve-zes, eram perdidas nas salas de comando. Estesdispositivos de medição podem ser instaladosem qualquer secador, atual ou antigo. De fáciladaptação, são colocados sensores (temperatu-ra, umidade, pressão e outros) e equipamentosde regulagem de entrada de ar no secador, to-dos gerenciados por um software.

Os sistemas de precisão permitem o acessoe acompanhamento do processo de secagem eoutros de qualquer lugar, via Internet, com da-dos visualizados no equipamento pelo softwa-re, em tempo real. Toda a informação armaze-nada é compilada em forma de gráficos e plani-lhas.

Armazenagemde precisãoArmazenagemde precisão

A implementação do conceito de armaze-nagem de precisão é possível também na

unidade armazenadora em nível de fazenda

Além de ajudar a diminuir perdas e apresentar ganhos em relação àeficiência dos equipamentos e à precisão das informações, os sistemas deinformatização das unidades armazenadoras permitem acompanhamentoremoto da qualidade dos grãos em tempo real, com menor esforço

Além de ajudar a diminuir perdas e apresentar ganhos em relação àeficiência dos equipamentos e à precisão das informações, os sistemas deinformatização das unidades armazenadoras permitem acompanhamentoremoto da qualidade dos grãos em tempo real, com menor esforço

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“““““Os sistemas inteligentes de gerenciamento da armazenagemOs sistemas inteligentes de gerenciamento da armazenagemOs sistemas inteligentes de gerenciamento da armazenagemOs sistemas inteligentes de gerenciamento da armazenagemOs sistemas inteligentes de gerenciamento da armazenagemabrangem termometria, aeração e controle de estoqueabrangem termometria, aeração e controle de estoqueabrangem termometria, aeração e controle de estoqueabrangem termometria, aeração e controle de estoqueabrangem termometria, aeração e controle de estoque”””””

Os sistemas inteligentes de gerenciamentoda armazenagem abrangem termometria, ae-ração e controle de estoque. São equipamentosque controlam com máxima eficiência a quali-dade dos grãos armazenados e possibilitam aooperador inúmeros recursos para realizar umtrabalho de precisão. Com isso, acontece umgerenciamento completo da unidade, acompa-nhando a aeração, volume de estoque, tempe-raturas máxima e mínima e as médias internasdos grãos. Os focos de calor são detectados porsensores (cabos de termometria) e visualizadosatravés do recurso de imagem térmica de for-ma dinâmica, podendo fixar pontos com valo-res e realizar comparações da variação de tem-peratura durante um período. O gerente daunidade tem a possibilidade de programar oenvio automático de relatórios de temperaturae alarmes de focos de calor e outros dados paraendereços de e-mails e celulares, acompanhan-do 24 horas por dia o comportamento da mas-sa de grãos e a eficácia da operação de formatotal. Como segurança, também existe a opçãode observar o nível do talude dos grãos em cadasilo ou armazém e obter informações sobre car-ga ou descarga dos grãos com a possibilidadede valorizar o produto estocado e o que estásendo expedido, com precisão.

Na aeração é possível definir os padrões detrabalho que desejamos para cada cultura (soja,milho, arroz, trigo, cevada, aveia etc) quantoaos limites de temperatura e umidade dos grãosarmazenados. De forma programada, este sis-tema é acoplado a uma estação meteorológicaque realiza leituras instantâneas das condiçõesclimáticas vigentes. Assim, a previsão de ter-mos desvios de calibragem e leitura é mínima.Nas condições determinadas pelo operador, osventiladores (exaustores) são acionados para re-alizar aeração de resfriamento, correção, seca-aeração ou manutenção. Assim, conseguimosregistrar todos os dados disponíveis para análi-se e verificar também o consumo de energia,possibilitando calcular o custo/benefício da ar-mazenagem. Hoje o processo de armazenamen-to de grãos está simplificado na medida em quedominamos as ferramentas automatizadas queo mercado disponibiliza para nós. Ficamos comhistóricos de operação acima de dez anos, o quecontribui muito para desenvolver e percebercomo são as variações e as características na re-gião que está instalada a unidade armazenado-ra. Armazenar no Sul do Brasil é muito dife-rente de armazenar no Centro-Oeste, onde astemperaturas são mais elevadas e a umidaderelativa (U.R.) é, em média, mais baixa. Estes

registros nos possibilitam criar metas de açãode redução das perdas técnicas (quantitativas),ou seja, só podemos determinar metas quandopossuímos uma sequência de históricos e suasvariações.

No processo de limpeza, para melhorar aqualidade final do produto, existem equipamen-tos que regulam a rotação do exaustor, aumen-tando ou diminuindo a velocidade do ar den-tro do corpo da ventilação (câmara gravitacio-nal), evitando arraste de produto para o ciclo-ne ou excesso de impureza na massa de grãos.Em caso de excesso de impurezas, o sistemabloqueia a alimentação numa ação em cascata,da máquina até a moega (ponto inicial da ali-mentação). Para a variação de tamanho dosgrãos, os sistemas operam na inclinação daspeneiras, aumentando ou diminuindo a capa-cidade de processamento. No ciclone, temoscontrole de nível máximo para quando estiverno limite das impurezas e, também, sensores

Sistema de Monitoramento de Temperatura para silos e armazéns

Modelo de controladorautomatizado de máquina

de limpeza

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12 • Maio 09

de pressão interna do mesmo, facilitando a re-gulagem da abertura do ar que atravessa a mas-sa de grãos arrastando as impurezas leves, quan-do da entrada na máquina.

Todos os sistemas que compõem este con-junto de precisão possibilitam a verificação dashoras trabalhadas de cada motor (equipamen-to) e tempo de parada para manutenção. Comestes dados podemos calcular o desgaste daspeças e atuar ou programar uma manutençãopreventiva, tendo as peças críticas em estoquepara agilizar o ritmo de trabalho quando dasparadas necessárias.

Na armazenagem de precisão também in-cluímos os sistemas de gestão que geram todosos processos administrativos de uma unidadearmazenadora, como romaneios, notas fiscais,contratos, serviços contábil, financeiro, fiscal,produção, suprimentos, atendimento a clien-tes e custos de manutenção - preventiva e/oucorretiva. São ferramentas que geram todos ostipos de controles, desde o recebimento até aexpedição e comercialização do produto, inclu-indo custo de produção e margem de lucrativi-dade atual e futura, com previsões de valores econtroles rigorosos de dados e informações pre-cisas para tomada de decisão. Inclui, também,a gestão de contratos com controles integradosde saldos de produtos, classificação, quebra téc-nica e prestação de serviços (secagem e arma-zenagem).

Ao conjunto dos sistemas de operação de

limpeza, secagem e armazenagem, com a ges-tão dos processos administrativos/operacionais,conceituamos como “Armazenagem de Preci-são”, que possibilita ao produtor aumentar suarentabilidade, reduzir as perdas (quantitativase qualitativas), que na armazenagem chegamaté 7,5% dependendo da cultura. É fato que omercado onde o Brasil está inserido apresentaferramentas para sermos competitivos, o que,aliado à capacitação dos profissionais que ope-ram estes processos, permite dimensionar aextrema importância e saber quais as consequ-ências e os custos de uma armazenagem inade-quada e mal operacionalizada.

O Brasil é a ultima fronteira agrícola domundo. Necessitamos avançar de forma pro-fissional, rentabilizando o campo e reduzindoas perdas, pois estas, caso ocorram, têm seucusto dobrado.

O processo de transferência de um sistema

manual para um automatizado de forma com-pleta, como acima descrito, pode ser executadoem etapas, minimizando o investimento inici-al. A cada etapa implantada, somente com oganho de operação e produtividade, já aconte-cerá enorme contribuição não somente parapagar o investimento já realizado, mas tambémo próximo e, assim, sucessivamente até o finalde toda a implantação. A partir desse momen-to, os ganhos financeiros serão destinados anovos investimentos, tanto em máquinas eimplementos agrícolas como também em ar-mazenagem e infraestrutura no campo. A vi-são de empreendedor mostra que necessitamosavançar tecnologicamente e sermos treinados,para sermos competitivos mundialmente.

Tela com gráficos e relatórios gerados pelo sistema de monitoramento

Esquema de automatização de secadores Painel de controle de automação de secadores de grãos

Adriano Mallet,Agrocult Consultoria & Treinamentoem Armazenagem

Adriano Mallet, da Agrocult, mostracomo é possível implantar um sistema

de armazenagem de precisão

. M

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Maio 09 • 13

Os fabricantes de máquinas e im-plementos agrícolas brasileirosestão otimistas em relação ao mer-

cado interno. Prova disso é o que ocorreu du-rante a Agrishow 2009, no período de 27 deabril a 2 de maio, em Ribeirão Preto, São Pau-lo. Diversas empresas apresentaram novida-des e destacaram produtos, apostando no oti-mismo dos produtores agrícolas e nas vanta-gens oferecidas por diversas linhas de financi-amento.

SEMEATOA Semeato destacou a semeadora Sol To-

wer, indicada para o sistema de plantio direto,com capacidade para até 15 linhas, no espa-çamento de 45cm. O equipamento é compa-tível com diversos sulcadores para a linha deadubo, conforme a necessidade do produtor,considerando o tipo de cobertura, textura dosolo e cultura a ser desenvolvida.

BALDANEntre os destaques da Baldan esteve a

semeadora de plantio direto SPD-e com Spe-ed Box, caixa de engrenagem a banho de óleo,de troca rápida com 62 combinações de ve-locidade para regulagem de distribuição deadubo.

VENCE TUDOA Vence Tudo mostrou sua linha de se-

meadoras adubadoras de arrasto, com des-taque para a linha Panther SM. Destinadaespecialmente aos produtores que cultivamem terrenos pedregosos, vem equipada como sistema Pula Pedra, destinado a garantirplantio uniforme e mais eficiente, com me-lhor germinação, além de prevenir proble-mas com quebras e paradas, comuns nestetipo de operação.

JUMILEntre os destaques da Jumil esteve a co-

lhedora de cereais JM 390G, desenvolvida paraacoplamento em tratores com potência míni-ma de 75cv. Possui opção de fornecimento complataformas para colheita de milho, com es-paçamento de 45cm a 90cm; plataforma decereais de 2m de largura para a colheita desoja, sorgo, trigo e arroz ou plataforma pararecolher feijão.

AGRIMECA Agrimec deu ênfase ao Multicultivador

e Pulverizador Canavieiro sob palha, projeta-do, desenvolvido e testado pela empresa. Oequipamento reúne quatro operações tratori-zadas. Executa subsolagem, adubação e pul-

verização sob a palha, além de servir para aoperação de retirada do material pós-colheitade cima da soca, o que facilita o rebrote.

MIACA Miac destacou três produtos da linha

Eco-Café. O depolpador vertical ecológico comseparador de verde, Eco-DVE, consome ape-nas 0,3 litro de água para cada litro de cafécereja processado. O separador de cascas Eco-SCA, como o próprio nome já sugere, eliminaa casca proveniente do depolpador e envia ocafé com mucilagem diretamente para o des-

Agrishow 2009

ApostaApesar da crise que atinge alguns setores da

economia, fabricantes de máquinas e implementosagrícolas apostam no mercado brasileiro e

apresentam novidades aos produtores

SPD-e com Speed Box, da Baldan, possibilita 62 combinaçõesde velocidade para distribuição de adubo

A Sol Tower, da Semeato, temcapacidade para 15 linhas de 45cm

O ECO-DVE, despolpador vertical ecológico comseparador de verde, foi um dos destaques da Miac

Fotos Pedro Batistin

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14 • Maio 09

mucilador vertical Eco-Dev, que completa otrabalho. O conjunto processa cinco mil litrosde café cereja por hora.

SANTIAGO & CINTRANo segmento de equipamentos de preci-

são, a Santiago & Cintra mostrou o monitorFMX, com barras de luzes externas, tela 35%maior (30,73cm), barra de luzes virtual quefornece informação em tempo real, opções in-ternas de rádio (de 450MHz a 900MHz inte-grados e entrada de vídeo externa), troca deperspectiva ao toque do dedo, dois receptores(GPS + Glonass que oferecem precisão tan-to com o veículo como com o implemento atrásdo trator), além de contar com a tela integra-da AgGPS FmX, que suporta todas as aplica-ções oferecidas pela Trimble (fabricante).

K.O.A K.O. levou para a feira sua linha de pul-

verizadores. Entre os destaques esteve o turboatomizador Speed Jet Cerrado, com turbinade 900mm de diâmetro. A altura do volutebilateral alcança 3,6 metros, o que auxilia nadistribuição uniforme do volume de ar e faci-lita a cobertura da planta desde o ponteiro atéa saia. O equipamento conta ainda com 60bicos laterais (30 posicionados de cada lado).

Um dos destaques da Jumil foi a colhedora decereais para acoplamento em tratores, JM 390G

Sistema pula-pedra e possibilidade de trabalharcom taxa variável são os diferenciais da Panther

MAGGIONA Maggion levou sua linha completa de

pneus agrícolas e lançou o modelo de alta flu-tuação Super MHF nas medidas de 400/60-15,5 e 400/50-22,5. Trata-se de um pneu dia-gonal, sem câmara de ar e de alta flutuaçãopara uso em implementos agrícolas. Sua cons-trução reforçada resiste a cortes e quebras decarcaça e oferece um alto desempenho e du-rabilidade no campo. Outro lançamento foi opneu para uso em tratores e implementosmodelo Frontiera 2, com barras de tração pro-jetadas para obter alto índice de tração.

MONTANAA Montana apresentou na Agrishow o tra-

tor telescópico em três modelos: 75cv, 100cv e130cv. Os modelos 75cv e 100cv vêm com bar-ra de tração e comando individual. O modelo130cv tem comando duplo, barra de tração,hidráulico e tomada de força. São vários osimplementos acopláveis: concha, suporte deBig Bag, lança para empilhadeira, lança comaté seis metros de altura e capacidade de le-vante de até 2.500kg no modelo 75cv, lançade sete metros e capacidade de levante de3.500kg no modelo de 100cv, lança de novemetros e capacidade de levante de 4.500kg nomodelo de 130cv. Também é possível acoplarplantadeiras, roçadeiras, grua para manuten-ção geral, entre outros. Possui 4x4 integral eopção de giro nas quatro rodas.

MANTOVANIA Mantovani lançou na Agrishow a carreta

universal para transporte de plataformas em trêsmodelos. De 16 a 23, de 23 a 30 e de 30 a 35pés. A carreta possui sistema de suspensão tan-den com aro 16, chicote e iluminação traseira.

AGCOOs implementos Massey Ferguson estive-

ram presentes na Agrishow 2009 com suacompleta linha de plantadoras, semeadoras,plataformas para milho e distribuidores desemente e fertilizantes. Destaque para a sérieMF 500, plantadoras para culturas de verão,disponíveis de três até 30 linhas, atendendoàs mais variadas situações de solo e topogra-fia, além dos dosadores de fertilizante e se-mente de precisão. A Valtra apresentou seumais novo lançamento, a série de semeadorasMultiple, para plantio de culturas de verão einverno, com reservatórios em polietileno e ex-clusivo sistema de inversão, aumentando a ca-pacidade de sementes. A Valtra apresentouainda a linha completa de plantadoras, plata-formas para milho e distribuidores de semen-tes e fertilizantes.

TOYOTAA Toyota apresentou novidades na pi-

cape Hilux e no utilitário esportivo SW4,ambos com visual novo, maior lista de equi-pamentos e agora com versões também a ga-

O Multicultivador e Pulverizador Canavieiro sobpalha chamou a atenção no estande da Agrimec

A Maggion lançou o Super MHF, pneu diagonal dealta flutuação para uso em implementos agrícolas

A Valtra lançou a semeadora Multiple BPM2711 M, para plantios de inverno e verão

A Massey destacou a série MF 500 para culturasde verão, disponível em até 30 linhas

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“““““Lançamentos demonstram otimismo de fabricantes de máquinas eLançamentos demonstram otimismo de fabricantes de máquinas eLançamentos demonstram otimismo de fabricantes de máquinas eLançamentos demonstram otimismo de fabricantes de máquinas eLançamentos demonstram otimismo de fabricantes de máquinas eimplementos agrícolas, apesar da crise em alguns setores da economiaimplementos agrícolas, apesar da crise em alguns setores da economiaimplementos agrícolas, apesar da crise em alguns setores da economiaimplementos agrícolas, apesar da crise em alguns setores da economiaimplementos agrícolas, apesar da crise em alguns setores da economia”””””

solina. Entre as mudanças apresentadas,ambos os modelos têm nova grade frontal,novo para-choque frontal e novas lentes dosfaróis. A Hilux vem com computador debordo, comando do rádio e do computador

O destaque da Santiago & Cintra foi omonitor FMX com tela de 30,37cm

A carreta universal para transporte de plataformas,da Mantovani, está disponível em três modelos

Turbo atomizador SpeedJet Cerrado exposto pela K.O.

Fotos Pedro Batistin

no volante, painel de instrumentos tipoOptiron, ar-condicionado digital, bancos emcouro de série e console central com porta-óculos. Já a SW4 tem terceira fileira de ban-cos traseiros, novo sistema de ar-condicio-

nado com saída no teto e controle individu-al para 2ª e 3ª fileiras de bancos, comandode rádio e computador de bordo no volan-te, interior com acabamento bege premiume retrovisor interno eletrocrômico. . M

Page 16: Maquinas 85

Semeadora

16 • Maio 09

Com o desenvolvimento do sis-tema de agricultura de preci-são, a Vence Tudo lançou no

mercado a semeadora Panther Precision,equipada com moderno sistema de distri-buição de fertilizantes e sementes. O sis-tema de taxa variável para fertilizante eduplo reservatório possibilita dosagens di-ferentes de acordo com a necessidade decada área analisada e a distribuição de se-mente tem o exclusivo sistema de regula-gem digital com taxa variável.

A Panther Precision é a primeira plan-tadeira do Brasil com duas caixas de fer-

tilizantes trabalhando em taxa variável,com regulagem instantânea de semente,que oferece tecnologia para baixar custosde operações e melhorar o rendimento docultivo.

DISTRIBUIÇÃO DE ADUBOEste modelo sai de fábrica com duas

caixas de fertilizantes e reservatório de se-

mente tipo pipoqueira, acionados por umsistema eletro-hidráulico, programável,controlado por um painel instalado na ca-bine do trator, que permite uma progra-mação fácil e rápida. O sistema é equipa-do com sensores e receptores GPS quepermitem à máquina aplicar em qualquer

Panther PrecisionPrimeira semeadora da Vence Tudo que trabalha com taxa variável, a Panther

Precision tem diferenciais como caixa de adubo dupla e sistema pula-pedra

A Panther pode ser configurada com rodascompactadoras simples ou duplas em “v”

Detalhes dos discos de corte e das linhasdesencontradas para facilitar o ataque ao solo Detalhes do sistema sulcador com discos duplos

(acima) ou facão (abaixo) para fertilizantes

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“““““A PA PA PA PA Panther Precision é a primeira plantadeira do Brasil comanther Precision é a primeira plantadeira do Brasil comanther Precision é a primeira plantadeira do Brasil comanther Precision é a primeira plantadeira do Brasil comanther Precision é a primeira plantadeira do Brasil comduas caixas de fertilizantes trabalhando em taxa variávelduas caixas de fertilizantes trabalhando em taxa variávelduas caixas de fertilizantes trabalhando em taxa variávelduas caixas de fertilizantes trabalhando em taxa variávelduas caixas de fertilizantes trabalhando em taxa variável”””””

Fotos Vence Tudo

ponto da lavoura, controlar a taxa varia-vél e a quantidade de fertilizante de for-ma precisa e em tempo real.

O princípio de funcionamento propor-ciona regularidade na distribuição do fer-tilizante ao longo da linha de plantio. Ofertilizante é acionado pelo impulsiona-

O dosador Fertisystem Auto-Lub AP distribui fertilizantes ecorretivos com diferentes propriedades físicas e granulometrias

dor (sem-fim) autolimpante e flutuante,conduzindo até uma câmara de represa-mento. O transbordo em quantidades vo-lumétricas uniformes e homogêneas é fei-to através do regulador de nível para o bo-cal de descarga e deste até o solo. Na taxavariável, os mapas de aplicação são arma-

zenados em uma memória do sistema quepode guardar mais de mil hectares. Atransferência desses mapas é feita conec-tando um pendrive no controlador.

A distribuição precisa e uniforme favore-ce a absorção dos fertilizantes pelas plantasem quantidades corretas, sem desperdícios,

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18 • Maio 09

Fotos Vence Tudo

O modelo Panther Precision sai de fábricacom duas caixas de fertilizantes

Sistema de molas que facilita o ajusteda pressão sobre as linhas de planio

A Panther possui sistema de cardanque dispensa o uso de correntes

Anel corretor de folga permite ajuste entreo disco alveolado e o mecanismo dosador

. M

proporcionando um efetivo desempenho acampo e o desenvolvimento vegetativo e pro-dutivo das mesmas.

A Panther Precision é aprimeira no mer-cado que faz aplicação de adubos a taxa vari-ável em dois reservatórios (fósforo e potássio), uma grande ferramenta para agricultoresque buscam na tecnologia formas de aumen-tar sua produção reduzindo custos. Váriostrabalhos de pesquisas se somam positiva-mente à questão da adubação no sulco portaxa variável, como um maior aproveitamen-to do fertilizante pela planta, deixando-a comum sistema radicular mais profundo e resis-tente a estiagens prolongadas. A Panther Pre-cision pode vir nas configurações de seis a16 linhas para grãos grossos. Os produtoresque ainda não possuem toda as áreas mape-adas têm a possibilidade de trabalhar com aregulagem digital instantânea de sementes eadubo.

CARDANA linha pantográfica da Vence Tudo vem

com transmissão a cardan, ligado entre pon-tos fixos no paralelogramo, tem uma arti-culação do conjunto de sua posição de tra-balho para diferentes ângulos, sem necessi-dade de correntes, luvas e eixos, usando ape-nas um eixo e ligado entre pontos centra-dos no mesmo giro do paralelogramo.

PRESSÃO DAS LINHASSem uso de ferramentas e com fácil e

ampla regulagem, é possível configurar apressão das linhas de plantio, garantindopressão constante e uniforme em qualquersituação de terreno.

Um anel corretor de folga, com trêspontos de ajuste, é responsável por fazera correção de possível folga entre o discoalveolado e o mecanismo dosador confor-me espessura do disco, mantendo a pres-

são na distribuição das sementes.

RODAS LIMITADORAS E PULA-PEDRAAs rodas, de profundidade de borracha

flexível e independente acompanham as ir-regularidades do terreno e compactadorasem “v” são facilmente reguláveis. Atenta aosapelos de diversos produtores que cultivamem terrenos pedregosos, a Vence Tudo de-senvolveu um eficiente sistema de penetra-ção e ataque ao solo, batizado e patenteadode Pula-Pedra, nome simples, que exempli-fica de forma prática seu funcionamento in-dispensável para plantio uniforme e muitomais eficiente, garantindo melhor germina-ção e evitando significativamente as quebrase paradas, comuns nestas situações de so-los, reduzindo também tempo e gastos deplantio.

Com o desencontro de 320mm entre-linhas a Panther proporciona maior fluxode palha, gerando um melhor desempe-nho de plantio, otimizando o tempo detrabalho.

O acionamento por motores hidráulicos substitui o tradicionalsistema de correntes acionado pelo rodado da semeadora

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20 • Maio 09

tecnologia de aplicação

Em todos os campos montados, os equipamentosutilizados na pulverização foram os mesmos que

as usinas adotam nas suas aplicações

Por definição, a tecnologia de aplica-ção de defensivos é o emprego detodos os conhecimentos científicos

que proporcionem a correta colocação do pro-duto biologicamente ativo no alvo, em quanti-dade necessária, de forma econômica e com omínimo de contaminação de outras áreas. Porenvolver conhecimentos em diferentes campos,muitas vezes é reduzidaa adoção de volume decalda por hectare, ou quando muito a volumeassociado a tamanho de gotas especificado. En-tretanto, quando se pergunta a técnicos ou aprodutores, não quantos l/ha se utilizam, maso porquê da utilização daquele volume, as res-postas quase sempre são “não sei” ou “porqueeste é o mais usual”. Quase nunca os volumesempregados tomam por referência avaliaçõesou testes preliminares de cobertura, deposiçãoe controle. Apesar da pouca importância atri-buída, o volume de água para aplicação de de-fensivos é hoje um dos principais itens na com-posição do custo operacional do tratamento fi-tossanitário.

A cana-de-açúcar não é exceção a esta re-gra. Apesar das grandes áreas e da qualidadedas máquinas empregadas, principalmente pe-las usinas, o mais comum é que os volumesutilizados na aplicação de herbicidas sejam pré-fixados, independentemente de todos os fato-res envolvidos, em volumes que variam de 200l/

ha a 300l/ha. Quando se busca o porquê disso,ou mesmo parâmetros básicos à correta regula-gem dos equipamentos (como qual a coberturado solo necessária para que os herbicidas consi-gam expressar adequadamente seu potencial decontrole), tais respostas não são encontradas.O fato de o volume de aplicação (l/ha) não terinfluência direta no resultado biológico - umavez que a quantidade de água por unidade deárea tem a finalidade única de diluir, transpor-tar e facilitar a distribuição do ingrediente ati-vo sobre a superfície alvo (solo, palha ou plan-ta), com a cobertura necessária - simplesmentenão é considerado no processo de regulagem.Dessa forma, principalmente em épocas de pre-ços mais baixos, a redução do volume na apli-cação de herbicidas, aumentando a capacidadeoperacional dos equipamentos, pode ser ferra-menta essencial na redução dos custos da apli-cação, além do ganho ambiental associado aomenor consumo da água. Provar isso tem sidoo objetivo do Programa de Valorização da Águaem Pulverizações Agrícolas (Provar), parceriaentre o Centro de Engenharia e Automação do

Instituto Agronômico (CEA/IAC), a Basf eusinas de cana-de-açúcar de São Paulo.

O INÍCIOPara comprovar a possibilidade de redução

nos volumes de água na aplicação de herbici-das em cana-de-açúcar e possíveis limites a estaredução, o CEA/IAC, em parceria com a Fa-culdade Doutor Francisco Maeda (Fafram), deItuverava (SP), e a Usina Buriti, em Buritizal(SP), desenvolveu em 2007 um ensaio preli-minar. O objetivo foi avaliar as interferênciasdo volume de calda (50 l/ha, 100l/ha, 150l/ha e200l/ha) e do tamanho de gotas (grossa, muitogrossa e extremamente grossa) sobre a deposi-ção, a cobertura e a uniformidade da pulveriza-ção proporcionadas pela aplicação de cobre so-bre amostradores colocados no solo plantadocom cana-de-açúcar. Os resultados mostraramque, quando se analisa a deposição, ou seja, aquantidade de produto por cm2 de solo, volu-mes acima de 50 L/ha não são justificáveis paraaplicação de herbicidas em cana-de-açúcar paraqualquer dos tamanhos de gotas avaliados, uma

EssênciaEssência Projeto avalia redução do volume deágua nas aplicações de defensivos em

cana-de-açúcar e atesta ganho nacapacidade operacional próximo de30%, o que, além de gerar economia,auxilia na preservação do ambiente

Projeto avalia redução do volume deágua nas aplicações de defensivos em

cana-de-açúcar e atesta ganho nacapacidade operacional próximo de30%, o que, além de gerar economia,auxilia na preservação do ambiente

Page 21: Maquinas 85

“““““Em todos os campos montados os equipamentosEm todos os campos montados os equipamentosEm todos os campos montados os equipamentosEm todos os campos montados os equipamentosEm todos os campos montados os equipamentosforam os mesmos utilizados pelas usinasforam os mesmos utilizados pelas usinasforam os mesmos utilizados pelas usinasforam os mesmos utilizados pelas usinasforam os mesmos utilizados pelas usinas”””””

Maio 09 • 21

vez que não apresentaram resultados significa-tivamente melhores. Nestas situações, os coefi-cientes de variação das amostras sobre a barratambém foram bastante baixos, entre 3,86% a7,67%, representando uma adequada uniformi-dade da deposição. Por outro lado, como era dese esperar, a cobertura (% do solo coberta pelapulverização) foi influenciada pelo tamanho dagota e pelo volume de aplicação, variando entre4,97% e 34,64%. Portanto, uniformidade e de-posição não se mostraram problema, restandoresponder à seguinte pergunta: qual a cobertu-ra do solo (cana queimada) ou da palha (cana-crua) necessária para que os herbicidas consi-gam expressar adequadamente seu potencial decontrole?

O PROVARPara buscar resolver tal pergunta, o CEA/

IAC e a Basf apresentaram em 2008 o Progra-ma de Valorização da Água em PulverizaçõesAgrícolas (Provar), a ser desenvolvido no perío-do de 2008 a 2010 para avaliar a interferênciade diferentes volumes de água sobre a eficácia ea capacidade operacional da aplicação de herbi-cidas em cana-de-açúcar. No seu primeiro ano,os ensaios foram realizados em áreas comerciaisde seis usinas parceiras no estado de São Paulo(Usina Buriti, Usina Colorado, Usina SantaElisa Vale, Usina da Pedra, Usina São Marti-nho, Usina Cruz Alta).

TRATAMENTOS E APLICAÇÕESEm todos os campos montados, os equi-

pamentos de pulverização foram os mesmosutilizados pelas usinas para as aplicações nasáreas comerciais. Empregaram-se os volumes:mínimo possível aplicado pelo pulverizador(70l/ha a 80l/ha), 100l/ha, 150l/ha, 200l/ha eo padrão da usina (250l/ha ou 300l/ha). Ascondições-padrão, bem como os tratamentosadotados em cada um dos ensaios, são des-critos na Tabela 1.

Na determinação dos tratamentos, o mo-delo da ponta de pulverização e a classe detamanho de gotas utilizada não foram altera-dos em relação ao padrão adotado pelas usi-nas, tendo-se empregado para regulagem dosdiferentes volumes somente a alteração da va-zão e pressão das pontas. A menor pressão

considerada na determinação do mínimo vo-lume de aplicação foi de 1,5bar, uma vez quecom pressões próximas a 1,0bar podem ocor-rer falhas na pulverização (por estar muitopróxima à pressão de abertura do antigote-jante, podendo o sistema não funcionar deforma adequada, interferindo assim negati-vamente na qualidade de aplicação). Também,pontas que utilizem peneiras malhas 100 nãoforam consideradas por elevar o risco de re-tenção de produtos nos filtros, o que prejudi-ca a eficácia operacional.

As aplicações foram realizadas no “Início”(junho-julho), “Meio” (agosto-setembro) e “Fi-nal” (outubro-novembro) da safra e as condi-ções ambientais monitoradas (mas não contro-ladas), buscando representar as condições reaisde aplicação. O Plateau (imazapic) foi padroni-zado como o herbicida adotado em todas as áreas(para que não se constituísse em mais uma fon-te de variação), com doses entre 140g/ha emmistura e 240g/ha, de acordo a textura do solo ea comunidade infestante de plantas daninhas.Cada tratamento, representado por um volumede pulverização, foi instalado em um talhão co-mercial com aproximadamente dez hectares decana-crua (aplicação sobre a palha) ou queima-da (aplicação sobre o solo). Na fase “Início”, emcada tratamento foi deixada uma área testemu-nha sem aplicação com a extensão da barra depulverização de largura por 10m de comprimen-to. Nas demais fases, três áreas semelhantes fo-ram deixadas como testemunhas, a fim de seavaliar as plantas daninhas presentes. Um re-sumo dos dados de cada área pode ser observa-do nas Tabela 2 (Início), Tabela 3 (Meio) e Ta-bela 4 (Final).

AVALIAÇÕES E RESULTADOS

CoberturaPara possibilitar a análise da cobertura do

solo e, posteriormente, relacioná-la com o con-trole, seis papéis hidrossensíveis foram coloca-dos sob a barra na área aplicada, sendo três soba barra direita e três sob a barra esquerda dopulverizador. Após a amostragem, os papéisforam armazenados em sacos de papel devida-mente identificados e encaminhados ao labo-ratório para análise da cobertura. No laborató-rio, os papéis hidrossensíveis trazidos do cam-po foram digitalizados por meio de “scanner” eas imagens assim obtidas analisadas através dosoftware de análise de imagem Idrisi, para de-terminação da porcentagem de cobertura emfunção do contraste de cores, conforme méto-do desenvolvido e avaliado pelo CEA/IAC. Umaamostra das coberturas obtidas nos diferentestratamentos pode ser observada na Figura 1.Pelos dados obtidos (Tabela 5), a cobertura dosolo variou de 8,34% a 51,81%, o que permitiurelacionar controle com uma faixa bastanteampla de cobertura.

CONTROLEÀs testemunhas e a pontos selecionados

foram atribuídas notas percentuais de cober-tura total e específica para as espécies aos 30dias, 60 dias, 90 dias e 120 dias após a aplica-ção e, quando possível, em função do porte dacultura, também aos 150 dias depois da aplica-ção. As notas foram atribuídas individualmen-te por cada um de três observadores, devida-mente treinados. Os pontos para avaliação daeficácia dos tratamentos foram escolhidos aoacaso, em número de cinco, no caminhar entreuma testemunha e outra dentro da parcela, obe-decendo à forma W. Os observadores aplica-ram uma nota percentual de cobertura geral

Figura 1 - Exemplos das coberturas obtidas nos papéis hidrossensíveis nos diferentes tratamentos e usinas

70l/ha (9,75%) 100l/ha (15,93%) 150l/ha (27,02%)

200l/ha (37,96%) 250l/ha (50,24%) 300l/ha (40,80%)

120 dias após a aplicação, os tratamentos com variação de 70 l/ha a 250 l/ha apresentavam o mesmo controle

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22 • Maio 09

Sta Elisa Vale

MF 25852a B1800

10

FMCopling1400

TTI 1100327

0,50

Teejet 844 E

200XG

TTI 110031,676,0XG

TTI 110031,253,4XG

TTI 110020,833,3XG

70TTI 11002

0,581,6XG

Pedra

Uniport3a

180015

2500AVI 11005

690,35

JSC 6000

250MG

AVI 110052,193,7MG

AVI 110041,753,7MG

AVI 110041,312,0MG

AVI 110020,883,7MG

74AVI 11002

0,652,0MG

Guarani /Cruz Alta

Parruda

12

2000TTI 11004

550,5

Arag Bravo

300XG

TTI 11005/3003,007,0XG

TTI 110042,004,8XG

TTI 110041,52,7XG

TTI 110021,004,8XG

Colorado

John Deere 63002a C20008,2

Falcon Vortex1400

AVI 1100327

0,50

JSC 5000

250G

AVI 110031,716,3G

AVI 1100251,375,7G

AVI 110021,035,0G

AVI 1100150,684,0G

70AVI110015

0,482,0G

São Martinho

MF 2921a B17006,9

Albatroz1800

AVI 1100424

0,63

200MG

AVI 110041,452,5MG

AVI 110031,092,6MG

AVI 110020,722,5MG

Pedra / Buriti

Valtra BM 100

170010

Falcon1400

AI 1100429

0,50

JSC 5000

200MG

AI 110041,673,4MG

AI 110031,253,4MG

AI 110020,833,4MG

78AI 11002

0,652,0MG

CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO

TratorMarca/ModeloMarchaRotaçãoVelocidade (km/h)PulverizadorMarca/ModeloCapacidade de tanque (l)PontasBicos na barraEspaçamento entre bicos (m)ControladorMarca/ModeloPulverização padrãoVolume de calda (l/ha)Tamanho de gotas

250/300 l/haPontaVazão (l/min)PressãoGota200 l/haPontaVazão (l/min)Pressão (bar)Gota150 l/haPontaVazão (l/min)Pressão (bar)Gota100 l/haPontaVazão (l/min)Pressão (bar)GotaMínimol/haPontaVazão (l/min)Pressão (bar)Gota

USINA

TRATAMENTOS

Tabela 1 - Dados dos equipamentos, da regulagem dos pulverizadores e dos tratamentos utilizados.

entre 0% e 100% sobre a comunidade infes-tante presente na parcela, sendo 0% correspon-dente à ausência de infestação e 100% à totalinfestação da área (cobertura geral em relação àárea observada). Posteriormente, foram identi-ficadas as cinco espécies mais presentes na par-cela e aplicou-se uma nota visual de frequênciaespecífica considerando o indivíduo (planta da-

ninha), sendo que a somatória das notas deve-ria totalizar 100%. Os dados assim coletadosforam utilizados para o cálculo da porcentagemde controle.

As avaliações visuais de controle não apre-sentaram diferenças significativas para qualquerdos volumes, épocas de aplicação ou usina con-siderados, conforme o exemplificado nas fotos

das avaliações aos 120 dias e 155 dias após aaplicação, evidenciando a semelhança entre ostratamentos. Dessa forma, coberturas do solode até 8,34%, como as obtidas na avaliação decobertura, foram suficientes para a máxima efi-cácia do herbicida utilizado. Deve-se destacarque o Plateau é um produto de alta solubilida-de e portanto com elevada capacidade de redis-

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“C“C“C“C“Coberturas do solo de até 8,34%, como as obtidas na avaliação,oberturas do solo de até 8,34%, como as obtidas na avaliação,oberturas do solo de até 8,34%, como as obtidas na avaliação,oberturas do solo de até 8,34%, como as obtidas na avaliação,oberturas do solo de até 8,34%, como as obtidas na avaliação,foram suficientes para a máxima eficácia do herbicida utilizadoforam suficientes para a máxima eficácia do herbicida utilizadoforam suficientes para a máxima eficácia do herbicida utilizadoforam suficientes para a máxima eficácia do herbicida utilizadoforam suficientes para a máxima eficácia do herbicida utilizado”””””

Abril 09 • 23

Tabela 2 - Dados operacionais e climáticos observados durante a aplicação na fase “Início da safra”

Crua35,07

10/6/200828,5 a 3729 a 34

1 a 3

Queimada46,01

10/6/200843 a 60

24,7 a 29,30,5 a 5

BuritiCrua57,6230

5/6/200837 a 6522 a 320,5 a 1,5

Usina

Área Aplicada (ha)Dose (g/ha)Data de AplicaçãoUmidade Relativa (%)Temperatura (ºC)Velocidade do Vento (m/s)

Cruz AltaCrua54,2200

8/7/200819 a 45

20 a 31,50,5 a 4,5

São MartinhoCrua52,59210

3/7/200822 a 45

23,5 a 330,5 a 2,5

Colorado

140 Plateau+ 350 Contain

Crua61,93230

16/5/200839 a 59

26 a 31,70,3 a 2,5

Queimada40,41230

21/6/200824 a 55

25,4 a 32,70,3 a 3,5

Vale do Rosário PedraQueimada

53,74220

3/6/200832 a 44

26 a 32,72 a 6

Tabela 3 - Dados operacionais e climáticos observados durante a aplicação na fase “Meio da safra”

Crua34,87

19/8/200817 a 4821 a 330,1 a 1,4

Queimada60,78

19/8/200835 a 6119 a271,5 a 5

BuritiCrua39,57210

11/8/200820 a 4927 a 36

1,1 a 7,1

Usina

Área Aplicada (ha)Dose (g /ha)Data de AplicaçãoUmidade Relativa (%)Temperatura (ºC)Velocidade do Vento (m/s)

CruzAltaCrua

41,39200

17/8/200822 a 43

18 a 30,80,1 a 4,5

São MartinhoCrua

21028/8/2008

15 a 3027 a 35

2,5 a 4,7

Colorado

230

Crua33,19

6/8/200829 a 8021 a 33

1,1 a 4,7

Queimada28,37

13/8/200818 a 5119 a 361,4 a 6,5

Vale do Rosário

210

PedraQueimada

40,05200

28/08/200815 a 3023 a 390,1 a 5

Tabela 4 - Dados operacionais e climáticos observados durante a aplicação na fase “Final da safra”

Crua- x -

- x -- x -- x -- x -

Queimada- x -

- x -- x -- x -- x -

BuritiCrua

44.88230

3/10/200829 a 63

1.6 a 3.4

Usina

Área Aplicada (ha)Dose (g /ha)Data de AplicaçãoUmidade Relativa (%)Temperatura (ºC)Velocidade do Vento (m/s)

CruzAltaCrua- x -- x -- x -- x -- x -- x -

São MartinhoCrua

14.23180

24/10/200815 a 3931 a 40

1.5 a 3.9

Colorado

- x -

Crua32.48

30/10/200870 a 8721 a 29

0.4 a 4.4

Queimada22.43

3/11/200836 a 6325 a 35

1,1 a 2.9

Vale do Rosário

240

PedraQueimada

29.92200

22/10/200868 a 8421 a 25

0,1 a 2.6

Tabela 5 - Médias das coberturas obtidas nos papéis hidrossensíveis nos diferentes tratamentos, usinas e épocas de aplicação

Gota

GG

XGXGXGMGMGMG

Cobertura

CruaQueimada

CruaCrua

QueimadaCrua

QueimadaCrua

Usina

ColoradoColoradoCruz AltaSta ElisaSta ElisaSão MartinhoPedraBuriti

100

14.9415.0918.8917.4516.6313.0916.7414.57

150

28.4224.2621.3130.4028.2932.6322.5028.32

200

45.7840.1230.2635.4644.3634.1538.7334.86

300

40.80

Min

8.658.84

8.778.34

13.2210.70

250

50.8748.05

51.81

Tratamentos (l/ha)

Coberturas Médias das 3 Fases (%)

tribuição na solução do solo e de penetração napalha. Tal cobertura talvez não se aplique a her-bicidas de solubilidade muito baixa.

CAPACIDADE OPERACIONALDurante toda a operação, com a finalidade

de possibilitar a comparação econômica emfunção da adoção dos diferentes volumes con-siderados, foram coletados os tempos referen-tes ao abastecimento do pulverizador com a cal-da, às manobras nos carreadores para esgota-mento do tanque de pulverização, ao necessá-rio para deslocar do abastecimento até a área,além de medido o comprimento do talhão. Osdados operacionais médios das três fases sãodescritos na Tabela 6

O ganho na capacidade operacional, calcu-lada com base no tempo necessário para se pul-verizar um ha, foi analisado considerando-se aseguinte fórmula:

As capacidades operacionais e as porcenta-gens de ganhos operacionais obtidos nas trêsfases, considerando-se os dados médios coleta-dos em cada usina, alterando-se apenas o volu-me de aplicação, são apresentadas nas Tabelas7 e 8, respectivamente. Observa-se que as ca-pacidades operacionais não são muito diferen-tes entre as usinas, exceto para a Cruz Alta e a

Pedra, que já adotam o sistema de calda pron-ta, com tempos de abastecimento e de desloca-mento para abastecimento bastante reduzidos.No entanto, em todas, o ganho na capacidadeoperacional foi significativo, variando entre4,18% e 29,80%.

A análise conjunta dos dados mostrou queo herbicida Plateau, aplicado com volumes deaté 65l/ha, com cobertura do solo de até 8,34%,controlou as plantas daninhas de forma efici-ente na cultura da cana-de-açúcar quando apli-cado no “Início”, “Meio ou “Final” de safras.Apesar da não interferência no controle, a ado-

t = 10000 + 10000 . TV + d . v + Tr . V Vp . L C . L Vd. Ca Ca

Onde:t = Tempo para pulverizar 1 hectare (min/ha)Vp = Velocidade de pulverização (m/min)L = Largura da faixa de pulverização (m)Tv = Tempo de virada (min)C = Comprimento da faixa de tratamento (m)d = Distancia total percorrida para cada reabastecimento (m)V = Volume de pulverização (L/ha)Vd = Velocidade de deslocamento para reabastecimento (m/min)Ca = Capacidade do tanque (L)

Tr = Tempo de reabastecimento do tanque (min)

Page 24: Maquinas 85

24 • Maio 09

Tabela 6 - Identificação dos dados operacionais médios das três fases da aplicação de herbicidas em cana-de-açúcar

Queimada6,910,3368,375,684,78

560,00

BuritiCrua15,530,4764,57,514,65

564,00

Item Analisado

Abastecimento (min)Manobra (min)Secar o Tanque (min)Tiro (min)Deslocamento a área (min)Comprimento do talhão (m)

Cruz AltaCrua7,350,28

60,886,014,33

501,25

São MartinhoCrua8,270,30

77,8110.285,79

553,00

ColoradoCrua

11,300,35

76,469,484,72

541,00

Queimada15,320,29

86,296,333,42

405,00

Vale do Rosário PedraQueimada

7,410,4555,646,633,84

656,00

Crua4,280,4276,007,275,92

550,00

Usina

Usina

Tabela 7 - Tempos médios para a pulverização de 1ha utilizando-se diferentes volumes de calda, por usina

Queimada

6.716.947.337.718.10

BuritiCrua

6.256.547.267.98

Mínimo100150200250/300

Cruz AltaCrua

2.753.043.333.92

São MartinhoCrua

6.987.357.72

ColoradoCrua

6.056.406.977.54

Queimada

6.286.687.358.02

Vale do Rosário PedraQueimada

2.462.582.803.023.25

Crua

6.847.047.387.728.06

Tempo para pulverizar 1 ha (min)

Volume

Usina

Tabela 8 - Porcentagem de ganhos operacionais para a pulverização de 1ha utilizando-se diferentes volumes de calda, por usina

Queimada

17.1614.309.534.770.00

BuritiCrua

21.6718.069.030.00

Minimo100150200250/300

Cruz AltaCrua

29.8022.3514.900.00

São MartinhoCrua

9.534.770.00

ColoradoCrua

19.7115.167.580.00

Queimada

21.6716.678.330.00

PedraQueimada

24.2520.6613.786.890.00

Crua

15.0512.548.364.180.00

Redução em relação ao volume máximo (%)

VolumeSta Elisa

um tanque com capacidade de 1.400l, a umcusto operacional de R$ 30,00 por ha. Supondoque esta usina resolva não adotar o menor volu-me possível (por ser muito técnico e próximo dolimite do equipamento), mas o de 100l/ha, a re-dução média chega a 17% no seu custo operaci-onal (desempenho obtido nos dados do Provar).Tal opção representaria para a usina, sob dife-rentes aspectos, a economia de 3.000.000 de li-tros de água, ou 2.143 tanques, ou ainda R$143.000,00 (30.000 ha x R$ 30,00/ha x 17%)de redução no custo operacional por safra.

CONCLUSÃOOs resultados do Provar apresentados

referem-se apenas ao primeiro ano de ava-liações e em maio de 2009 iniciaram-se asaplicações do segundo ano, com os mes-mos parceiros. Para esta nova fase, comoúnica diferença, definiu-se trabalhar ape-nas com cana-crua, uma vez que esta é atendência da canavicultura brasileira. Con-firmando-se os resultados obtidos, o Pro-var vem confirmar os ganhos ambientais eeconômicos passíveis de serem obtidos peloadequado investimento em tecnologia deaplicação, servindo como modelo de tra-balho para diferentes culturas e condiçõesde aplicação.

Hamilton Humberto Ramos,Kiyoshi Yanai,Caio Eduardo Pínola,Eduardo Pedrosa,Rodrigo Soares Ferreira eWillian Garofo Amim,CEA/IAC

Visualização do controle na Usina Colorado com variações de 74l/ha a 250l/ha, 155 dias após a aplicação

ção de menores volumes de água pode repre-sentar para as usinas reduções no custo opera-cional da aplicação (que variam de 4,18% a29,80% do total investido).

ANÁLISE DA ECONOMIAPara que se possa possibilitar a análise do

que tais resultados podem representar no custooperacional da aplicação de herbicidas, conside-remos uma usina que possua 30 mil hectares decana-de-açúcar (área média aproximada das usi-nas parceiras), utilizando 200l de calda/ha com

. M

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Plantadora-adubadora

26 • Maio 09

É crescente a quantidade de planta-doras e equipamentos agrícolas cu-jas suas funções são coordenadas

mediante equipamentos eletrônicos (compu-tadores e GPS), na Ficha Técnica desta ediçãoiremos apresentar a Plantadora-Adubadora5045 da Fankhauser, que possibilita o plantiocom taxa variável de sementes e fertilizantes.

O sistema de agricultura de precisão taxavariável Fankhauser tem como objetivo, atin-gir os mais variados tipos de dosagem de se-mentes e fertilizantes durante a sua aplica-ção, visando corrigir as irregularidades de pro-dução que existem em determinados pontosdas lavouras. Este sistema garante uma apli-cação precisa e uniforme de acordo com asnecessidades de cada solo.

Fazendo-se um mapeamento da área a serplantada e obtendo uma análise em determi-nados pontos da mesma, o sistema permite fa-zer uma aplicação correspondente à necessida-de de cada ponto estipulado, alterando sua do-sagem durante a aplicação, dispensando o mar-

cador de linhas.A distribuição é feita através de motores

movidos com fluxo de óleo, os quais são con-trolados por um computador que é levado até acabine do trator. As dosagens de aplicação sãopreestabelecidas em um programa de mapea-mento e dosagem, o qual levará as informaçõespara o computador do sistema que está equi-pado com GPS, eliminando qualquer regula-gem pelos operadores das máquinas.

Todas as linhas de plantio são monitoradaspor sensores de fluxo de sementes e sensoresde fluxo de fertilizantes. A operação pode seracompanhada pelo operador através do moni-tor e alarmes são acionados em eventuais obs-truções dos condutores ou irregularidades dedosagem e velocidade.

Este sistema pode ser instalado tambémnas Plantadoras-Adubadoras Fankhausermodelos 5030, 5040. As Plantadoras-Aduba-doras modelo 5045 foram desenvolvidas parao plantio direto e convencional e projetadaspara atender aos requisitos de um ótimo plan-tio, sendo indicadas para médias até grandes

e modernas propriedades rurais. Esse modeloexecuta plantio de precisão de grãos graúdoscomo soja, milho, girassol, sorgo, algodão,amendoim e mamona e apresenta sistemadosador de sementes tipo discos horizontais,sistema padrão brasileiro ou pneumático avácuo. Os reservatórios de fertilizantes sãoconfeccionados em polietileno de alta durabi-lidade e resistência contra a corrosão ocasio-nada pelo adubo e intempéries do tempo.

O espaçamento entrelinhas é regulável aolongo do chassi e há um amplo acesso para ocompartimento de carga de fertilizante atra-vés de escada e estribo. A 5045 possui roda-dos internos ajustáveis, os quais facilitam atroca de espaçamentos quando necessário,também em cada rodado há um cilindro in-dependente que nivela a máquina de formaproporcional ao erguer e baixá-la nas posi-ções de trabalho e transporte. Possui molastriplas para regulagens da profundidade e dapressão no braço do sulcador.

Seu conjunto de ataque ao solo é compostopor disco de corte, sulcador para o adubo componta cambiável e diversas opções de regula-

Fankhauser 5045O modelo 5045 da Fankhauser vem equipado com o sistema de agricultura de

precisão, que possibilita aplicações em taxa variável de adubo e sementes

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“““““As Plantadoras-Adubadoras modelo 5045 foram desenvolvidas para o plantio diretoAs Plantadoras-Adubadoras modelo 5045 foram desenvolvidas para o plantio diretoAs Plantadoras-Adubadoras modelo 5045 foram desenvolvidas para o plantio diretoAs Plantadoras-Adubadoras modelo 5045 foram desenvolvidas para o plantio diretoAs Plantadoras-Adubadoras modelo 5045 foram desenvolvidas para o plantio diretoe convencional e projetadas para atender aos requisitos de um ótimo plantioe convencional e projetadas para atender aos requisitos de um ótimo plantioe convencional e projetadas para atender aos requisitos de um ótimo plantioe convencional e projetadas para atender aos requisitos de um ótimo plantioe convencional e projetadas para atender aos requisitos de um ótimo plantio”””””

Maio 09 • 27

Fotos Fankhauser

Funcionamento das linhas de plantio pode ser acompanhado pelo operador através do monitor e alarmessão acionados em eventuais obstruções dos condutores ou irregularidades de dosagem e velocidade

gens de profundidade e disco duplo defasadopara a incorporação de sementes. A profundi-dade de trabalho é mantida constante pela açãodas rodas limitadoras articuladas. O sulco é fe-chado por um par de rodas compactadoras, comregulagem de pressão e abertura sobre o sulco.Para a incorporação de adubo podem ser utili-zados discos duplos defasados como opcionais.Ela possui grande altura para dar fluxo à palha-da e melhor visualização entre linhas.

As Plantadoras-Adubadoras modelo 5045Fankhauser são equipadas com braços panto-

gráficos de grande amplitude e movimentaçãovertical que acompanham as ondulações doterreno. Ainda na distribuição da semente, pos-sui eixos sextavados retráteis (cardan), isto ga-rante que a transmissão se mantenha em mo-vimento constante na distribuição da semente.Possui disco duplo 18x20’’ para adubo e discoduplo 14x15’’ defasado ou 13x15’’ desencon-trado para semente.

Para adubo e semente, há possibilidade deoptar entre transmissão por caixa de câmbio(opcional), que através de uma simples troca

nas posições das alavancas se consegue colocara dosagem necessária oferecendo maior gamade regulagens, conjunto troca rápida de engre-nagens ou ainda sistema de agricultura de pre-cisão taxa variável. Sistema dosador de fertili-zantes do tipo rosca sem-fim passo longo e pas-so curto para altas e baixas dosagens, com op-ção pelo sistema fertysistem.

Duas rodas limitadoras trabalham de for-

A distribuição é feita através de motores movidoscom fluxo de óleo, controlados por um computador

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28 • Maio 09

ma independente umas das outras para pro-porcionar melhor uniformidade na distribui-ção de sementes, possibilitando mantê-las namesma profundidade durante o todo o plantio.As duas rodas compactadoras também são in-dependentes umas das outras, confeccionadasem ferro fundido, com sistema que dispensaqualquer tipo de chave para realizar as regula-gens no conjunto.

O disco de corte possui regulagens especi-ais e até mesmo podem ser colocados calçospara aumentar a profundidade quando neces-sário. Os discos são de 20’’ que otimizam o tra-balho na palhada, facilitando e aumentando aeficiência do sulcador e consequentemente ofluxo da palhada por todo este conjunto, evi-tando o embuchamento.

O distribuidor de semente mancalizadoproporciona maior vida útil ao sistema e conse-quentemente menor manutenção. A transmis-são da semente é feita por meio do eixo cardan,

dispensando o uso de correntes. O pantógrafoé largo e robusto por se tratar de uma máquinade porte maior, o que proporciona maior efici-ência em terrenos ondulados e a transposiçãode terraços.

O chassi é reforçado e o tubo de engate dalinha de adubo com dimensional maior, o queproporciona maior vida útil ao equipamento.Caso a máquina não esteja equipada com o sis-tema de agricultura de precisão com GPS, pode-se utilizar o marcador de linhas de acionamen-to hidráulico convencional.

Também como opcional, é oferecido con-junto tandem, que permite trabalhar comduas máquinas unidas, aumentando aindamais a autonomia de trabalho. Este equipa-mento pode ainda ser equipado com o siste-ma pneumático de distribuição de sementes(opcional). O cliente Fankhauser que já pos-sui máquinas sem o sistema taxa variável etiver interesse em adquiri-lo poderá instalarem sua maquina, consultando a fábrica paramaiores esclarecimentos.

As rodas compactadoras são duas e independentesumas das outras, confeccionadas em ferro fundido

O disco para adubo é duplonas medidas de 18x20'’

É possível optar pela transmissão por caixa de câmbio queajusta a dosagem através das posições das alavancas

Os discos de corte são de 20”, que otimizam o trabalhona palhada, aumentando a eficiência do sulcador

A 5045 pode ser equipada com o sistemapneumático de distribuição de sementes

O distribuidor de sementes mancalizadoproporciona maior vida útil ao sistema

Sistema dosador de fertilizantes do tipo rosca sem-fimpasso longo e passo curto para altas e baixas dosagens

Fotos Fankhauser

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No mês de maio deste ano, a Agri-mec Agro Industrial e MecânicaLtda completou 35 anos de atua-

ção no mercado de implementos agrícolas. Fun-dada em 1974, em Santa Maria, a empresa é,atualmente, a maior fabricante de implemen-tos para a lavoura arrozeira da América Latina.

Nos últimos anos, a empresa expandiu suaatuação de implementos agrícolas para os seg-mentos da cana-de-açúcar e de outras culturasde terras altas, como feijão e soja. Além de cres-cer no mercado interno, as exportações repre-sentam hoje 25% do seu faturamento. A marcajá atende todo o continente sul e centro ameri-cano, com negócios também em países africa-nos como Angola e Moçambique.

Compõe a linha de produtos implementospara preparo do solo, preparo e irrigação, irriga-ção, colheita e terraplanagem. O grande desta-que da linha de preparo do solo é a plaina nive-ladora multilâminas, oferecida em seis mode-los para melhor se adequar as potências dos tra-

tores e cuja tecnologia foi desenvolvida na pró-pria empresa.

Para o mercado canavieiro empresa dispõeo Pulverizador e multicultivador canavieiro sobpalha, cujo protótipo foi lançado na Agrishowdeste ano. O equipamento concilia o melhordas práticas de preparo de cultivo ao executarquatro operações simultâneas: a subsolagem, aadubação, a pulverização de herbicida e o en-leiramento da palha nas entrelinhas, desobs-truindo as soqueiras, sendo todas estas execu-tadas por baixo da palha.

EXPANSÃOA Agrimec se consolidou como um grupo

fundando e expandido outras empresas: Insu-mec Insumos e Mecanização Agrícola Ltda, queatua no ramo de ferragens em geral; Acespe-ças Máquinas e Implementos, especializada emcorte e conformação de peças e componentesindustriais próprias e para terceiros; IntecsolIndústria de Tecnologia Solar, que atua no ramode energia renovável.

Numa retrospectiva dos últimos cinco anos,destacam-se em 2005, o fechamento de con-trato de fornecimento de componentes para aSanta Fé Vagões, a conquista do Mérito Indus-

trial do Setor Metal-Mecânico e o troféu Des-taque Indústria de Santa Maria, já recebidoanteriormente em 1979, ambos pela Câmarade Comércio, Indústria e Serviços de SantaMaria - Cacism.

Em 2006, a empresa recebeu novamente oMérito Industrial do Setor Metal-Mecânico,mesmo ano em que seu fundador Odilo PedroMarion foi eleito Empresário do Ano de SantaMaria.

Em 2008, o grupo Agrimec ampliou suaárea de abrangência entrando para o ramode energias renováveis, fabricando painéissolares para aquecimento d’água através damarca própria Intecsol – Tecnologia emEnergia Limpa.

Para coroar de êxito a boa fase por quepassa a empresa, a mesma repetiu a perfor-mance dos últimos anos conquistando oMérito Industrial do Setor Metal-Mecâni-co de 2009.

Segundo Odimara Marion Lamb, direto-ra de marketing da empresa, a divulgação e ascomemorações dos 35 anos da Agrimec se es-tenderão até o final do ano, acompanhandotodas as ações de comunicação da empresa, in-cluindo as feiras e eventos do setor.

Odilo Pedro Marion, fundador da empresa há 35anos e responsável pela expansão do grupo

Agrimec

Maio 09 • 29

. M

35 anos35 anos

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projetos

30 • Maio 09

Valtra

Aagricultura brasileira é desafiadaconstantemente por diversos fato-res, dentre eles: instabilidade econô-

mica, aumento dos custos de produção, barrei-ras técnicas impostas por mercados consumi-dores e exigências ambientais. Nesse contexto,os empresários agrícolas estão sempre em bus-ca de melhores métodos e soluções tecnológi-cas para garantir a qualidade e a competitivida-de de seus produtos e a sobrevivência do seunegócio.

A dinâmica natural e a complexidade dossistemas agrícolas, devido às interações entre aplanta, o ambiente, as máquinas, a mão de obrae os avanços tecnológicos, exigem um gerenci-amento sistêmico, com visão holística, sobre oimenso volume de variáveis e informações dis-poníveis.

Sabe-se que para gerir bem qualquer ativi-dade, seja uma fazenda ou simplesmente umaoperação agrícola, é imprescindível ter em mãosuma boa fonte de dados e indicadores de de-sempenho. Os indicadores devem mostrar se aatividade caminha rumo aos objetivos, dandosuporte às tomadas de decisões. Definir ade-quadamente os indicadores de desempenho éextremamente importante para monitorar e

garantir o sucesso.Quando se trata de processo ou operação

agrícola, são inúmeros os indicadores que vêmem mente: profundidade, espaçamento, altura,umidade, temperatura, produtividade, perdas,consumo, taxa de aplicação e muitos outros.Quantificar todos eles é uma tarefa complexa.É necessário definir quais indicadores são osmais importantes, prioritários e, dentre eles,quais devem ser medidos e controlados. Dessaforma, é possível concentrar esforços e agir di-

retamente sobre aqueles que trarão os resulta-dos esperados, com melhor eficiência e eficácia.

Mas como definir as prioridades de um pro-cesso agrícola? Quais são os indicadores quemonitorados e controlados garantem a qualida-de desejada da operação? Um dos métodos pos-síveis é utilizar o “planejamento da qualidade”conhecido pela sigla QFD (Quality FunctionDeployment).

No Brasil, o QFD é conhecido como Des-dobramento da Função Qualidade, sendo mui-to utilizado como ferramenta de planejamento,no desenvolvimento e melhoria de produtos,processos e serviços. O método tem como prin-cipal característica traduzir, na forma de parâ-metros técnicos, os desejos e necessidades dosconsumidores em relação à qualidade de umdeterminado produto ou serviço. Esses parâme-tros devem ser obtidos pelas áreas operacionaisda empresa, atendendo assim as necessidadesdos consumidores.

Inserido no contexto do Controle da Quali-dade Total, (TQC-Total Quality Control) o QFDfoi desenvolvido na década de 60 por Yoji Akao,no Japão, com o principal objetivo de garantir aqualidade de um produto desde a fase de plane-jamento do projeto, para agir de forma preven-

Figura 1 – Matriz da qualidade

Qualidade total

Métodos de planejamento de qualidade aplicados a empresas agrícolasgarantem retorno financeiro, além de auxiliar na organização de todosos itens desde o plantio até o armazenamento da produção

Métodos de planejamento de qualidade aplicados a empresas agrícolasgarantem retorno financeiro, além de auxiliar na organização de todosos itens desde o plantio até o armazenamento da produção

Qualidade total

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“Definir adequadamente os indicadores de desempenho é“Definir adequadamente os indicadores de desempenho é“Definir adequadamente os indicadores de desempenho é“Definir adequadamente os indicadores de desempenho é“Definir adequadamente os indicadores de desempenho éextremamente importante para monitorar e garantir o sucesso”extremamente importante para monitorar e garantir o sucesso”extremamente importante para monitorar e garantir o sucesso”extremamente importante para monitorar e garantir o sucesso”extremamente importante para monitorar e garantir o sucesso”

Maio 09 • 31

tiva e eliminar os problemas potenciais antesda produção.

Atualmente, o método é utilizado em todoo mundo nas mais variadas áreas do conheci-mento. A fase mais conhecida do método é aMatriz da Qualidade (Figura 1), também cha-mada de “Casa da Qualidade”.

A Matriz da Qualidade traduz e prioriza asexigências dos clientes, (O quê?), em especifi-cações técnicas de um produto, processo ouserviço, (Como?), de forma a atender as exi-gências dos clientes. O processo de construçãopode ser dividido, basicamente, nas etapas: (1)Qualidade Exigida; (2) Qualidade Planejada;(3) Características da Qualidade; (4) Matriz deRelações; (5) Qualidade Projetada; (6) Matrizde Correlações.

Antes de iniciar um projeto de QFD é pre-ciso que algumas questões estejam bem defini-das. Primeiramente, é necessário formar umaequipe de profissionais experientes, de seis aoito integrantes, e com bom conhecimento téc-nico sobre o produto, processo ou serviço a seranalisado. Essa equipe será a responsável pelodesenvolvimento de todo o projeto. Em segui-da, deve-se definir com clareza e objetividade,qual o cliente e produto foco do projeto.

A primeira etapa de construção da matriz,a Qualidade Exigida (1), também chamada de“O quê?”, identifica os desejos e necessidadesdos clientes. No caso de um processo agrícola,uma operação de preparo de solo, por exemplo,procura-se responder às perguntas: “O que éum bom preparo?”; “O que é necessário para seobter um bom preparo de solo?”; “O que deve con-ter um bom preparo de solo?”. Dessa forma, se-rão listados numa tabela itens que descrevam aqualidade exigida no processo. Essa etapa é con-siderada como a mais importante do QFD, poisela define o que o cliente quer, direciona o focodo trabalho e garante a eficácia do projeto.

Na segunda etapa, Qualidade Planejada (2),a equipe de desenvolvimento é responsável pordecidir o que a empresa, ou fazenda, pode e sedispõe a fazer para atender a Qualidade Exigi-da. Nesse momento são estabelecidas as priori-dades dentre os itens da etapa anterior.

No processo de extração das Característi-cas da Qualidade (3), terceira etapa, a equipebusca definir características técnicas mensurá-veis (indicadores) que estabeleçam “Como?”

garantir e atender às exigências da qualidade.A próxima etapa, Matriz de Relações (4), é

responsável por estabelecer as relações entre ositens da Qualidade Exigida com cada Caracte-rística da Qualidade. A equipe deve classificarcada possível relação como: forte, média, fracaou inexistente.

Relacionando-se as prioridades estabeleci-das na Qualidade Planejada com as relaçõesentre a qualidade exigida e a característica daqualidade, obtém-se a Qualidade Projetada (5).Essa etapa apresenta o resultado final da Ma-triz da Qualidade. Ela define quais as priorida-

des dentre as Características da Qualidade epermite à equipe estabelecer o “Quanto?”, emnúmeros, para atender a qualidade desejada doproduto, processo ou serviço em questão. Émuito importante aqui analisar se esses valoressão passíveis de serem obtidos com a atual tec-nologia empregada.

A última etapa, Matriz de Correlações (6),também conhecida como Telhado ou MatrizAuxiliar, apresenta as possíveis correlações en-tre as Características da Qualidade. Através douso de correlações, positivas e negativas, de-monstra como a alteração de uma característi-ca interfere na outra. Ela fornece suporte à equi-pe para escolher entre agir direta ou indireta-mente num determinado indicador.

Há aproximadamente uma década, o QFDé utilizado no Brasil no desenvolvimento emelhoria de produtos, processos e serviços vol-tados ao agronegócio. Particularmente, a Esalq

Figura 2 – Visão parcial da Matriz da Qualidade

Para garantir a qualidade desejadano processo de plantio é precisocompreender as variáveis existentes

John

Dee

re

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32 • Maio 09

Unesp

- Escola Superior de Agricultura “Luiz de Quei-roz” (USP), por meio do Programa de Pós-gra-duação em Máquinas Agrícolas, desenvolve tra-balhos de aplicação do método QFD na me-lhoria da qualidade de processos agrícolas me-canizados. O método já foi aplicado ao planeja-mento da qualidade do preparo de solo paraplantio de florestas de eucaliptos, à produçãode mudas de café e atualmente aos processosmecanizados de plantio e colheita de cana-de-açúcar.

PLANTIO DE CANAA qualidade do processo de plantio na cul-

tura da cana-de-açúcar é fundamental paragarantir o bom desenvolvimento da cultura e odesempenho dos processos subsequentes comoos tratos culturais e a colheita. Atualmente, osprodutores de cana podem optar por realizar oplantio de forma totalmente mecanizada. Asoperações de sulcação, distribuição de mudas ecobertura de sulcos são realizadas simultanea-mente por uma mesma máquina (plantadora).

Muitos produtores encontram ainda difi-culdades com o plantio mecanizado por se tra-tar de um processo com implantação relativa-mente recente e com muitas variáveis envolvi-das. As variáveis abrangem desde as caracterís-ticas do viveiro de mudas ao estabelecimento edesenvolvimento inicial da cultura. Para se ga-rantir a qualidade desejada nesse processo épreciso compreender como e com que intensi-dade as variáveis se relacionam e estabelecer asprioridades entre elas, definindo indicadores crí-ticos que, quando controlados, garantam o su-cesso do plantio.

Nesse contexto, realizou-se um trabalho deplanejamento da qualidade do plantio mecani-zado de cana-de-açúcar, o qual teve como prin-cipal objetivo estabelecer as prioridades técni-

cas e definir as metas de desempenho para esseprocesso. Para tanto, formou-se uma equipe deseis engenheiros, gerentes e coordenadores daárea agrícola de uma usina sucroalcooleira, que,utilizando o método QFD, definiu as estraté-gias para atender a qualidade desejada pela em-presa. Na Figura 2 é apresentada uma visãoparcial da Matriz da Qualidade, referente ape-nas às operações de “Plantio” realizadas pelaplantadora.

A análise da Matriz inicia-se a partir doprimeiro nível da Qualidade Exigida. Primei-ramente, verifica-se o que é necessário para re-alizar um “bom plantio” (item 4). Para tanto, épreciso ter uma “boa deposição e distribuiçãode mudas” (item 4.2), a qual é possível por meiode uma “distribuição em quantidade adequa-da” (item 4.2.2).

Através da Matriz de Relações observa-seque o item 4.2.2 possui forte relação com qua-tro Características da Qualidade (indicadores):densidade de gemas viáveis (item 2.4), gemas

Figura 3 – Itens da qualidade exigida no plantio mecanizado de cana-de-açúcar e representação gráfica dos seus pesos relativos

Figura 4 – Características técnicas da qualidade (indicadores) do plantio mecanizado de cana-de-açúcar e representação gráfica dos seus pesos relativos

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“Muitos produtores encontram ainda dificuldades com o plantio mecanizado por se tratar de“Muitos produtores encontram ainda dificuldades com o plantio mecanizado por se tratar de“Muitos produtores encontram ainda dificuldades com o plantio mecanizado por se tratar de“Muitos produtores encontram ainda dificuldades com o plantio mecanizado por se tratar de“Muitos produtores encontram ainda dificuldades com o plantio mecanizado por se tratar deum processo com implantação relativamente recente e com muitas variáveis envolvidas”um processo com implantação relativamente recente e com muitas variáveis envolvidas”um processo com implantação relativamente recente e com muitas variáveis envolvidas”um processo com implantação relativamente recente e com muitas variáveis envolvidas”um processo com implantação relativamente recente e com muitas variáveis envolvidas”

danificadas (item 2.5), consumo de mudas(item 2.6) e espaços vazios no sulco (item 2.7).Logo abaixo dos indicadores, na Matriz, en-contram-se os símbolos (setas) que indicam odesempenho desejado de cada um deles e asunidades de medida que os expressam.

Na parte inferior da Matriz (QualidadeProjetada), são estabelecidas as prioridades doplantio. A partir da classificação dos pesos ob-serva-se que os itens 2.4 e 2.6 ocupam as pri-meiras colocações. Logo abaixo, na “avaliaçãotécnica comparativa”, a equipe apresenta a con-dição “real” do indicador na empresa e a consi-derada como “ideal” e, com base nessas infor-mações, são estabelecidas as “metas de desem-penho”.

Para auxiliar a tomada de decisão, por meioda Matriz de Correlações, verifica-se que os itens2.4 e 2.6 possuem correlação fortemente posi-tiva (++). Isso demonstra que ao reduzir o“consumo de mudas”, a “densidade de gemasviáveis” também será reduzida, o que permitecontrolar indiretamente um indicador atravésdo controle de outro.

Portanto, a Matriz da Qualidade torna-sepraticamente um mapa do plantio, no qual épossível identificar a importância dos parâme-tros do processo e entender como e com queintensidade eles se relacionam.

De forma geral, na Figura 3 é possível visu-alizar “O quê?” a empresa exige em relação àqualidade do plantio. Ela apresenta os itens que

a empresa julga necessário para atender no pro-cesso de plantio. Já na Figura 4, são listados ositens que estabelecem “Como?” atender as exi-gências descritas na Figura 3.

A Figura 4 também traz em destaque osindicadores considerados como metas de de-sempenho pela equipe. Essas metas expressamem quais fatores a empresa concentrará esfor-ços.

Num primeiro momento, identificaram-se59 características da qualidade, um númerorelativamente grande de indicadores. Por meioda matriz, esses foram priorizados e reduzidospara 36, que, por fim, a equipe estabeleceu quesomente 15 deles fossem considerados como

metas de desempenho.Vale ressaltar que as informações contidas

nas Figuras 2, 3 e 4 não constituem uma recei-ta de como deve ser realizado um plantio me-canizado de qualidade. Tais informações foramobtidas a partir da realidade da empresa emquestão e representam características específi-cas do processo realizado por ela.

Além de priorizar esforços e mostrar à em-presa o melhor caminho para alcançar a quali-dade de sua atividade, a utilização do QFD pro-porciona um melhor relacionamento entre áreasfuncionais da empresa e promove a aprendiza-gem organizacional, uma vez que todas as eta-pas de execução são realizadas em consenso comos integrantes da equipe de desenvolvimento.

A partir desse trabalho, verificou-se que ométodo QFD, como ferramenta de planeja-mento, possui um grande potencial de aplica-ção em sistemas produtivos agrícolas, princi-palmente nos mecanizados, em que o númerode variáveis envolvidas é grande e geralmentedifícil de serem controladas. A Matriz da Qua-lidade permite definir “O quê?” e “Como?”atender as exigências da qualidade e, dessa for-ma, atingir a eficácia e a eficiência nas ativida-des, concentrando e priorizando ações para re-duzir custos, desperdícios.

Com a possibilidade de optar pelo plantiocompletamente mecanizado, produtores de cana

conseguem controlar melhor a qualidade da operação

Daniel Gustavo de Pauli,Marcos Milan eJosé Vitor Salvi,Esalq/USP

. M

Massey Ferguson

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34 • Maio 09

gotejadores

Charles Echer

Afertirrigação, aplicação de fertilizan-tes via água de irrigação, é uma prá-tica empregada na agricultura irri-

gada, constituindo-se em um meio eficiente denutrição, pois combinam dois fatores essenci-ais para o crescimento, desenvolvimento e pro-dução das plantas: água e nutrientes. Esta téc-nica também permite um melhor ajuste no for-necimento dos nutrientes nos diferentes está-dios de desenvolvimento da cultura.

O manejo inadequado da fertirrigação, alémde reduzir a produtividade e a qualidade doproduto, por efeito do desequilíbrio nutricio-nal, pode aumentar o custo de produção, am-pliar a perda de água e de fertilizantes, causar asalinização dos solos devido à aplicação exces-siva e, ainda, por meio de lixiviação, contami-nar mananciais de águas, causando danos aoambiente (Villas Boas et al, 2001).

O monitoramento de forma eficiente dosistema de fertirrigação resulta em um melhore racional uso da água, da energia e dos insu-mos utilizados no processo. Nesse capítulo pre-tende-se alertar ao usuário que utiliza a técnicade fertirrigação sobre a importância do moni-

toramento da solução do solo e a formação dobulbo molhado.

IRRIGAÇÃO LOCALIZADAOs sistemas de irrigação localizada são

propícios à implantação da fertirrigação, querpela elevada eficiência na irrigação localiza-da característica do método, quer pela facili-dade de injeção do adubo no sistema de irri-gação e sua distribuição às plantas. A exten-sa rede de tubulações e emissores disposta,quando se adota essa irrigação, facilita a fer-tirrigação. Nesse contexto, já existe um con-senso de que a fertirrigação é uma técnicaviável em larga escala (Pires et al, 2005).

Segundo Benani e Ofen (1994), na irriga-ção por gotejo, a água aplicada pelo gotejadorpenetra no solo e move-se para baixo e para oslados, formando um bulbo. O tamanho e a for-ma do bulbo são afetados principalmente pelavazão do gotejador, tipo de solo e tempo de apli-cação (Figura 1).

No gotejamento, a distribuição horizontalda água no solo depende muito mais dos atri-butos físico-hidráulicos do solo, portanto, com

grande variabilidade em relação à distância doponto de emissão, quando comparada à micro-aspersão onde a distribuição depende quase queexclusivamente do próprio emissor e dos parâ-metros operacionais (Laurindo, 2005).

O conhecimento da conformação dos bul-bos para as diferentes condições de solo é fun-damental, para projetos de irrigação e para ocorreto manejo da prática de fertirrigação (Za-nini, 1991).

SOLUÇÃO DO SOLOA solução do solo compreende a sua fase

aquosa, da qual as raízes das plantas retiram osnutrientes necessários ao seu desenvolvimentoe produção. O conhecimento da concentraçãode nutrientes na solução do solo é desejável parao manejo racional da adubação e, mais recen-temente, da fertirrigação, técnica que permitegrande flexibilidade no parcelamento da adu-bação ao longo do ciclo das culturas.

MONITORAMENTOA amostragem e a realização de análise

periódica do solo, com a finalidade de acom-panhar as concentrações dos íons na solu-ção durante as fases de crescimento e de-senvolvimento da cultura, são inviáveis eco-nomicamente em uma atividade agrícola co-mercial, além de não ser uma metodologiainstantânea, que possibilita tomada de de-cisões imediatas. Entretanto, a amostragemda solução do solo é uma alternativa capazde solucionar o problema de forma eficaz ea um baixo custo, principalmente se associ-ada a determinações rápidas no campo (Silvaet al, 2000).

Em se tratando do monitoramento dasolução do solo, algumas propriedades têmutilizado o extrator de solução como ferra-menta para avaliar na solução extraída dosolo, se a quantidade de fertilizante aplica-da está adequada, restrita ou excessiva, querseja pela determinação da condutividadeelétrica ou pela avaliação dos teores de nu-trientes. Há ainda a vantagem de poder re-ajustar a quantidade de nutrientes aplica-da, em um mesmo ciclo da cultura, desdeque feito um adequado monitoramento.

Conta-gotas

CulturaAlfaceBatataCebola

CenouraCitrosMelão

MorangoPimentãoTomate

Profundidade de instalação do extrator (cm)25

22,5302560303020

15 a 30

Tabela 1 – Profundidade de instalação dos extratorespara algumas culturas (Santana et al, 2002)

Conta-gotas

O monitoramento do sistema defertirrigação com extratores decápsula porosa possibilitaaumento da racionalização nouso da água, da energia e dosinsumos utilizados no processo

O monitoramento do sistema defertirrigação com extratores decápsula porosa possibilitaaumento da racionalização nouso da água, da energia e dosinsumos utilizados no processo

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“O manejo inadequado da fertirrigação, além de reduzir a produtividade e a qualidade do“O manejo inadequado da fertirrigação, além de reduzir a produtividade e a qualidade do“O manejo inadequado da fertirrigação, além de reduzir a produtividade e a qualidade do“O manejo inadequado da fertirrigação, além de reduzir a produtividade e a qualidade do“O manejo inadequado da fertirrigação, além de reduzir a produtividade e a qualidade doproduto, por efeito do desequilíbrio nutricional, pode aumentar o custo de produção”produto, por efeito do desequilíbrio nutricional, pode aumentar o custo de produção”produto, por efeito do desequilíbrio nutricional, pode aumentar o custo de produção”produto, por efeito do desequilíbrio nutricional, pode aumentar o custo de produção”produto, por efeito do desequilíbrio nutricional, pode aumentar o custo de produção”

EXTRATORES DE SOLUÇÃO DO SOLOO extrator de solução do solo é um equipa-

mento que retira parte da solução do solo, nascondições de umidade do solo em que a plantase desenvolve. Constitui de um tubo de PVCconectado, em sua parte inferior, a uma cápsu-la de cerâmica porosa, e sua extremidade supe-rior fica hermeticamente fechada com uma ro-lha ou uma borracha de silicone, conforme ilus-tra a Figura 2.

INSTALAÇÃOA instalação do extrator de solução do solo

é simples, sendo necessário apenas um tradoque tenha diâmetro igual ou menor que o dacápsula porosa, se o solo estiver úmido facilita-rá a instalação, pois é necessário que a cápsulafique em contato com o solo. Dependendo dotamanho do tubo de PVC a cápsula de cerâmi-

ca porosa pode ser enterrada até a profundida-de que se deseja amostrar a solução, sendo estaa profundidade efetiva do sistema radicular dasculturas (profundidade em que fica a maioriadas raízes). A Tabela 1 apresenta a profundida-de recomendada de instalação dos extratoresde solução do solo para diferentes culturas.

Segundo Dias et al, (2004), antes de levaros extratores ao campo, estes devem ficar emum balde com água limpa por 24 horas no mí-nimo, para saturação dos poros da cápsula comágua. Os extratores devem ser instalados emlocais representativos no campo. Devido à gran-de variabilidade dos solos e dos sistemas de cul-tivo, não é possível recomendação específica comrespeito ao número de extratores necessáriospor área e o local de instalação. No caso de irri-gação localizada se sugere instalar o extrator auma distância de 10 a 20cm de um emissor,

porém, deve-se considerar o tamanho do bul-bo molhado e o tipo de cultura.

A instalação de extratores de solução do soloabaixo da profundidade efetiva do sistema ra-dicular também é recomendada, pois permitemonitorar a presença ou ausência de lixiviação.

COLETA DA SOLUÇÃO DO SOLOA solução do solo é obtida com a aplicação

de um vácuo (retirada do ar) de aproximada-mente 80kPa na parte interna do extrator, esteprocedimento deve ser realizado com o auxílio

Figura 2 – Extrator de solução do soloFigura 1 – Formação do bulbo molhado na irrigação por gotejo em função do tempo (A), da textura do solo (B)e de diferentes vazões do emissor (C)

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36 • Maio 09

Cultura

CebolaCenouraFeijão

MorangoAlfaceBatata

BrócolosCouve

EspinafreMilho Doce

PepinoPimentãoRabaneteTomate

AbobrinhaBeterraba

Limite máximo de salinidade do solo semregistro de perda de produtividade (dS m-1)

1,21,01,01,01,31,72,81,82,01,72,51,51,22,54,74,0

Tabela 3 – Tolerância relativa de algumas culturas à salinidade (Lorenz e Maynard, 1988)

Efeito na produtividade quando se aumenta1dS m-1 no limite máximo de salinidade (%)

1614193313129108121314131099

Concentração (%)15

102550

Ácido fosfórico1,881,521,350,940,66

Tabela 2 – Efeito de diferentes concentrações de fertilizantes no pH da solução (adaptado de Vivancos, 1992)

Nitrato de amônio5,17 (506)1

5,055,004,804,78

Sulfato de amônio5,61 (5,5)

5,625,725,835,87

Uran7,647,798,898,058,19

Ureia7,28 (5,08)

8,989,209,619,65

1Valores dentro dos parênteses foram obtidos nos folhetos de divulgação da empresa SQM.

de uma bomba de vácuo elétrica, manual ouuma seringa (Figura 3A), isso forçará a entradada solução pela cápsula porosa. Entre 12 a 24horas após a fertirrigação se aplica o vácuo eaproximadamente de 12 a 24 após a aplicaçãodo vácuo deve ser feita a coleta da solução como auxílio de uma seringa descartável conectadaa um microtubo, que percorre toda a parte in-terna do extrator (Figura 3B).

Dias et al, (2004) sugere coletar a soluçãodo solo semanalmente ou a cada 15 dias paraque ocorra um bom monitoramento da soluçãodurante o ciclo da cultura.

DETERMINAÇÕESFeita a coleta da solução o conteúdo da se-

ringa deve ser colocado em um frasco com aidentificação do extrator, nesta solução poderãoser determinados, direto no campo, os valoresde pH e condutividade elétrica, com o auxíliorespectivamente de um peagâmetro e um con-dutivímetro portátil também poderá ser deter-minada a concentração iônica utilizando medi-dores de íons específicos (Cardy – Horiba).

PHO acompanhamento dos valores de pH na

solução do solo é muito importante para verifi-car principalmente problemas de acidificação.Geralmente solos ácidos são pobres em cálcio,magnésio e potássio, possuem alto teor de alu-

mínio e este apresenta um efeito tóxico para avida das plantas. Sabe-se que a disponibilida-de de nutrientes adequada no solo ocorre emuma faixa de pH que varia de 6,0 a 6,5 (Mala-volta, 2006).

Nas adubações convencionais, nas quaisfertilizantes sólidos são aplicados em uma áreamaior do solo, o efeito da acidificação pelo usode fertilizantes com reação ácida pode ser im-portante após alguns anos de sua utilização. Noentanto, quando esses fertilizantes são aplica-dos via irrigação, principalmente no caso degotejamento, onde o fertilizante se encontra nazona de molhamento que é um volume de solorestrito, o efeito de acidificação é intenso e podepromover o abaixamento do pH em um únicociclo da cultura (Villas Boas et al, 1999).

Na Tabela 2 são apresentados os valores depH de alguns fertilizantes em diferentes con-centrações na solução.

CONDUTIVIDADE ELÉTRICAA condutividade elétrica está relaciona-

da ao conteúdo de sais na solução do solo. Oexcesso de sais na zona radicular, sem consi-derar o tipo de espécie iônica, prejudica a ger-minação, o desenvolvimento e a produtivi-dade das plantas. O teor de fertilizantes nosolo deve ser sempre o adequado às plantascultivadas, assim, a manutenção da concen-tração da solução do solo a níveis inferioresao máximo tolerado pela cultura e superio-res ao mínimo necessário para sua nutrição éuma prática considerada ideal, por ser maiseconômica e menos agressiva ao ambiente(Dias, 2004).

A condutividade elétrica obtida por ex-tratores de cápsulas porosas reflete as condi-ções reais em que a planta desenvolve-se edeve ser mantida no limiar da cultura. A Ta-bela 3 mostra o efeito que ocorre com a pro-dutividade de algumas culturas, quando seaumenta 1dS m-1 na condutividade elétricaem relação ao limite máximo registrado semperdas de produtividade.

NUTRIENTESA aplicação de fertilizantes, na fertirriga-

ção, deve ser diferenciada ao longo do ciclo dacultura, visto que a absorção de cada nutrienteé função do estádio em que a cultura se encon-tra. A análise no próprio campo da concentra-ção de nutrientes na solução do solo pode serfeita utilizando medidores de íons específicosde N-NO3, K e Na, estes devem ser calibradosantes do início das análises de acordo com asrecomendações do fabricante. Caso seja neces-sário avaliar outros elementos e nutrientes, ofrasco identificado, contendo a solução do solo,deve ser encaminhado a um laboratório.

CONSIDERAÇÕES FINAISO extrator de solução do solo pode ser

considerado uma ferramenta auxiliar no mo-nitoramento da fertirrigação, principalmen-te se associado a determinações rápidas nocampo, além de possuir um baixo custo. Uti-lizando esta ferramenta espera-se tornar a fer-tirrigação mais eficiente.

Figura 3 – Aplicação do vácuo (A) e coleta da solução do solo (B)

Thais Regina de Souza eAlessandra Conceição de Oliveira,FCA/Unesp

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Unidades

TotalNacionaisImportadasTratores de rodasNacionaisImportadosTratores de esteirasNacionaisImportadosCultivadores motorizadosNacionaisImportadosColheitadeirasNacionaisImportadasRetroescavadeirasNacionaisImportadas

ABRA

3.9303.645285

3.3283.072256543519

127127

020519510

216216

0

MARB

4.1494.033116

3.4083.325

8351438

1541540

28827018

248241

7

JAN-ABRC

14.79814.100

69812.01911.543

476169116535335330

1.1311.082

49946826120

ABRD

4.4774.332145

3.6403.50213853494

1521520

287284

33453450

JAN-ABRE

15.64715.245

40212.04611.719

327167163

45725720

1.6251.554

711.2371.237

0

A/B-5,3-9,6

145,7-2,3-7,6

208,45,9

-18,6137,5-17,5-17,5

--28,8-27,8-44,4-12,9-10,40,0

A/D-12,2-15,996,6-8,6-12,385,51,9

-28,6375,0-16,4-16,4

--28,6-31,3233,3-37,4-37,4

-

C/E-5,4-7,573,6-0,2-1,545,61,2

-28,81.225,0

-6,8-6,8

--30,4-30,4-31,0-23,5-33,2

-

2009 2008 Variaçõespercentuais

VENDAS INTERNAS DE MÁQUINAS AGRÍCOLASAUTOMOTRIZES NACIONAIS E IMPORTADAS - ATACADO

Unidades

TotalTratores de rodasAgraleCase CNHJohn DeereMassey Ferguson (AGCO)New Holland CNHValtraOutras EmpresasColheitadeirasCase CNHJohn DeereMassey Ferguson (AGCO)New Holland CNHValtraCultivadores motorizados (1)Tratores de esteiras (2)Retroescavadeiras (3)

ABRA

3.9303.328

926257198694251915620517907

8110

12754

216

MARB

4.1493.408

9431

4491.09576180617228837

13462505

15451

248

JAN-ABRC

14.79812.019

385205

1.6383.6873.0362.484584

1.13114146317132432533169946

ABRD

4.4783.64011462

66097289080513728741

11033985

15254

345

JAN-ABRE

15.64812.046

474160

1.5773.6742.6992.980482

1.62519257226556234572168

1.237

A/B-5,3-2,3-2,1

100,027,2-10,023,8-35,6-9,3

-28,8-54,1-32,8-88,762,0100,0-17,55,9

-12,9

A/D-12,2-8,6-19,30,0

-13,51,45,8

-35,513,9-28,6-58,5-18,2-78,8-17,3100,0-16,40,0

-37,4

C/E-5,4-0,2

-18,828,13,90,412,5-16,621,2-30,4-26,6-19,1-35,5-42,3-5,9-6,80,6

-23,5

2009 2008 Variaçõespercentuais

MÁQUINAS AGRÍCOLAS AUTOMOTRIZES POR EMPRESA

(1) Empresas não associadas à Anfavea.(2) Caterpillar, New Holland CNH (sucede Fiatallis CNH a partir de 1º/02/05), Komatsu.(3) AGCO, Case CNH, Caterpillar, New Holland CNH (sucede Fiatallis CNH a partir de 1º/02/05).

Unidades

TotalTratores de rodasTratores de esteirasCultivadores motorizadosColheitadeirasRetroescavadeiras

ABRA

5.2454.647

49161200188

MARB

5.6224.654

74168471255

JAN-ABRC

19.92616.737

300606

1.653630

ABRD

7.0255.360325150754436

JAN-ABRE

26.07519.6251.190530

3.1301.600

A/B-6,7-0,2

-33,8-4,2-57,5-26,3

A/D-25,3-13,3-84,97,3

-73,5-56,9

C/E-23,6-14,7-74,814,3-47,2-60,6

2009 2008 Variaçõespercentuais

PRODUÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS AUTOMOTRIZES

Mil unidades200720082009

JAN1,82,93,1

FEV2,44,03,6

MAR3,04,34,1

ABR2,94,53,9

MAI3,24,7

JUN3,45,1

JUL3,55,1

AGO3,95,1

SET3,65,5

OUT4,25,5

NOV3,74,3

DEZ2,83,7

ANO38,354,514,8

Mil unidades200720082009

JAN3,25,94,7

FEV4,16,64,4

MAR5,06,65,6

ABR5,27,05,2

MAI5,66,5

JUN5,77,3

JUL6,57,6

AGO6,88,0

SET5,88,0

OUT6,88,8

NOV6,37,4

DEZ4,15,4

ANO65,085,019,9

Fonte: ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

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38 • Maio 09

Ogrande número de processos onde se questionam cláu-sulas de contratos celebrados com bancos gerou inte-ressante manifestação do Judiciário. A partir de agora,

o mero ajuizamento de ação contra a instituição bancária não temo condão de embasar decisão que a impeça de inscrever o devedorem cadastros de restrição ao crédito.

Trata-se de resposta às ações onde os autores poucas chancestêm de obter êxito: buscam o Judiciário simplesmente para ganhartempo. Não esperam vencer, apenas protelar.

De acordo com a nova orientação, prolatada sob o regime doart. 543-C do Código de Processo Civil, a concessão de antecipaçãode tutela ou de medida liminar para impedir inscrição no cadastrode inadimplentes depende:

1. De ser a ação fundada em questionamento da totalidade oude parte do valor;

2. Da demonstração efetiva da aparência do bom direito (nãobasta dizer genericamente, deve-se demonstrar) e do embasamen-to em jurisprudência do STF ou do STJ;

3. Se apenas parte do débito for contestado, deve ser deposita-da a parte incontroversa.

Como essa decisão ocorreu sob o regime dos Recursos Repetiti-vos, haverá dificuldade de se fazer prevalecer tese contrária.

O entendimento serve também como base para a recente Sú-mula 380 do STJ: “a simples propositura da ação de revisão de contra-to não inibe a caracterização da mora do autor”.

Já em termos de sentença, será legítima a inscrição caso fiquecaracterizada a mora.

Por fim, essa decisão não vale para os seguintes casos: cédulasde crédito rural, industrial, bancário e comercial; contratos cele-brados por cooperativas de crédito; contratos regidos pelo SistemaFinanceiro de Habitação, bem como os de crédito consignado.

ustiça em debateSchubert K. Peter - [email protected]

Saída mais difícil

Maiores cuidados são requeridos dos sócios em em-presas. Decisão recente, também sob os efeitos

do regime de recursos repetitivos, consolidou entendimentodo Superior Tribunal de Justiça sobre o redirecionamentodas execuções fiscais contra pessoas físicas.

Caso o nome do sócio conste, juntamente com o dapessoa jurídica, na Certidão de Dívida Ativa, haverá altera-ção do ônus da prova. Caberá à pessoa sustentar a ausên-cia de responsabilidade tributária. Antes, a incumbênciaera suportada pelo Fisco.

A dificuldade na produção de prova negativa é grande.Como demonstrar um não acontecimento? Em muitos ca-sos, inexistem meios.

Sócio devedor Sem casamento

Para que ocorra casamento, os nubentes devem declarar,perante o oficial, que realizam o ato por livre e espontâ-

nea vontade. Se há um momento certo para dizer o “sim”, pode-se ser indenizado por rompimento de noivado? Em regra, não.

Eventuais reparações devem ser baseadas nas circunstânci-as. Em um dos casos onde houve condenação a indenizar, onoivo rompeu o compromisso no dia da festa de “despedida desolteira” da noiva, faltando um mês para a data do casamento equando os convites para a cerimônia haviam sido distribuídos.

A partir do conjunto fático foi determinado o dever deindenizar. Não se tratou do mero rompimento, portanto,mas do momento e da forma escolhida para o desfazimentodo vínculo.

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