Maquinas 80

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novembro 2008

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Rodando por aí

Piloto automático

Segurança em tratores

Compactação

Ficha Técnica - Fankhauser

Segurança em pulverização

Pulverização em café

Ficha Técnica - Landini Technofarm

Plantio calculado

Coluna jurídica

Índice Nossa Capa

Claas

Destaques

Busca pela segurançaPesquisadores e empresas brasileirasbuscam alternativas para aumentar asegurança em aplicações de defensivos

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Editor• Editor• Editor• Editor• EditorGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan Quevedooooo

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoCharles EchCharles EchCharles EchCharles EchCharles Echererererer

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiCristiCristiCristiCristiananananano Ceio Ceio Ceio Ceio Ceiaaaaa

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Circulação• Circulação• Circulação• Circulação• CirculaçãoSimSimSimSimSimononononone Lopese Lopese Lopese Lopese Lopes

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasÂnÂnÂnÂnÂngggggela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveira Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa GonçalvesTTTTTaiaiaiaiaiananananane Ke Ke Ke Ke Kohn Rodohn Rodohn Rodohn Rodohn Rodriririririguesguesguesguesgues

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 80

Ano VIII - Novembro 2008ISSN - 1676-0158

DireçãoDireçãoDireçãoDireçãoDireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton Peteretereteretereter

SchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

SecretáriaSecretáriaSecretáriaSecretáriaSecretáriaRosimRosimRosimRosimRosimeri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alves

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00Assinatura Internacional:

US$ 90,00EUROS 80,00

No piloto automáticoUso de sistemas automatizados emtratores agrícolas ganha cada vezmais espaço nas lavouras brasileiras

Ficha TécnicaPulverizador Fankhauser6200 Garça e tratoresLandini Technofarm

Matéria de capa

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• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson AlvesEdson KrEdson KrEdson KrEdson KrEdson Krauseauseauseauseause

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

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Walfner Leitão

FFFFFertilizantesertilizantesertilizantesertilizantesertilizantesA empresa Centro Oeste Agricultura, pertencente a Ariel Destéfano, inovou na produção defertilizantes naturais biodegradáveis, através do uso do resíduo proveni-ente da fabricação do biodiesel como matéria-prima. Entre as novidadesestão a ausência do emprego de água na composição e o uso adequado daglicerina. A Tecnologia de Hygrogem está baseada na combinação dosmais modernos aditivos que conferem à glicerina maior rapidez de absor-ção e, por conseqüência, translocação mais rápida do fertilizante dentrodas plantas. Absorção imediata pelas plantas em 100% (folhas), não entu-pir os bicos e a ausência de perdas por lixiviação ou fixação estão entre asvantagens, explica Destéfano. Campo Verde (MT) conta com fábrica comcapacidade de produção de 30 mil litros por dia do produto.

ErrataErrataErrataErrataErrataAo contrário do que publicamos na edição 79, na matéria Mais Máquinas, página 25, o mo-delo da Yanmar que aparece na foto é o 1175-4, com tração 4x4, motor de 75cv, TDF de 59cva 540rpm, transmissão de 12 velocidades à frente e três à ré; e não o modelo 1030D, confor-me veiculado. O mesmo ocorre com a foto da página 27, que trata do modelo 1155-4, comtração 4x4, motor de 55cv diesel, TDF de 45,6cv a 540rpm, transmissão de oito velocidadesà frente e 2 à ré; e não o modelo 1145-4, conforme veiculado.

ExcelênciaExcelênciaExcelênciaExcelênciaExcelênciaA Agrocult, umaempresa que já surgecom experiência de22 anos em Sistemasde Armazenagem,está oferecendocursos de armazena-gem com o objetivode treinar para aexcelência, levandoaos seus clientes asmelhores práticaspara uma ótimaarmazenagem,conservação ebeneficiamento degrãos. “Saberarmazenar correta-mente faz parte dessedesafio pela liderançamundial no agrone-gócio, onde aqualidade final dassafras deve garantir acompetitividade dopaís no cenáriomundial”, explicaAdriano Mallet,responsável pelaempresa. Os cursosministrados pelaAgrocult englobam apreparação dos grãospara a conservaçãodurante a armazena-gem e a operação emanutenção dosequipamentos queintegram a unidadearmazenadora, comduração de 16 horasem aulas práticas eteóricas. Informaçõespelo [email protected].

CanavieirosCanavieirosCanavieirosCanavieirosCanavieirosRepresentantes dos concessionários das regiões canavieiras e dirigentes da John Deere reu-niram-se em Ribeirão Preto (SP), em um encontro para discutir os resultados de 2008 e asperspectivas para o próximo ano. Cerca de 120 pessoas participaram do encontro no dia 10de novembro e assistiram na abertura a uma palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues, quefalou sobre as “Tendências e Desafios da Cadeia de Produção Canavieira no Brasil e noMundo”. A avaliação da safra 2007/2008 e a apresentação da estratégia comercial para opróximo ano foram os temas apresentados em seguida por Werner Santos, diretor comercialda John Deere Brasil, e José Luís Coelho, gerente nacional de Vendas Corporativas.

B100B100B100B100B100A Valtra pretende anunciar os

resultados dos testes com B-100 até o fim do ano. Os tes-tes a campo, na Usina Barral-

cool, em Barra do Bugres(MT), superaram as quatro

mil horas de trabalho pre-vistas. “No próximo mês, os

motores serão abertos paraavaliação de consumo, desem-

penho e desgaste de compo-nentes”, conta o coordenadorde Marketing de Produto da

Valtra, Rogério Zanotto.“Pretendemos completar esteano a última fase de avaliaçãodos testes com B-100 e liberar

o uso deste combustível em2009”, informa.

CaravanaCaravanaCaravanaCaravanaCaravanaA revenda Super Tratores de Pelotas (RS) levou a Caravana Mundo New Holland aos produtoresda Zona Sul do Rio Grande do Sul na primeira semana de novembro. Na oportunidade, osprodutores, principalmente de pequenas propriedades,conheceram toda a linha de tratores que a empresadisponibiliza no programa Mais Alimentos do Gover-no Federal. Diretores, gerentes e supervisores da Su-per Tratores, acompanhados por gerentes de marke-ting e comunicação da New Holland acolheram osprodutores durante a Expofeira de Arroio Grande.

Goodyear Goodyear Goodyear Goodyear Goodyear cccccorreiasorreiasorreiasorreiasorreiasA Goodyear EngineeredProducts colocou no ar

seu novo site:www.goodyearep.com.br.

De fácil acesso, osinteressados poderão obter

dados sobre correiasautomotivas, molas

pneumáticas, correiasindustriais, mangueiras ecorreias transportadoras,

além de acessar toda alinha de catálogos.

VisitaVisitaVisitaVisitaVisitaO presidente e CEO Mundial da Case IH, Randy Baker, visitou o Brasil no início de novembro.

Dentre seus compromissos, o executivo participou de um en-contro com clientes, organizado pela concessionária Pivot, nafilial de Formosa (GO). Acompanhado por outros membros docorpo diretivo mundial, além do diretor geral da Case IH paraAmérica Latina, Sérgio Ferreira, Baker conheceu as instalaçõesda concessionária, conferindo de perto toda a sua estrutura depeças e serviços, além de discutir tendências do agronegócio eouvir as expectativas e sugestões quanto aos produtos empresa.

Ariel Destéfano

Adriano Mallet

AquisiçãoAquisiçãoAquisiçãoAquisiçãoAquisiçãoO grupo Kuhn adquiriu a

companhia Blanchard SAS,sediada em Chémeré, LoireAtlantique, França, focadana fabricação de pulveriza-

dores para a agricultura epara a manutenção de

áreas. A Kuhn, com sedesocial em Saverne, empregaaproximadamente três mil

pessoas, operando comcinco fábricas, localizadas,

respectivamente, emSaverne, Châteubriant e LaCopechagnière, na França,

Brodheau, nos EstadosUnidos e no Brasil, em

Passo Fundo, no RioGrande do Sul.

Randy Baker (centro)

Homero, Émerson, Michel e Paulo

Yanmar 1175-4 Yanmar 1155-4

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piloto automático

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Oposicionamento geográfico comtecnologias de Sistemas de Nave-gação Global por Satélites (SNGS)

(do inglês – Global Navigation Satellite Syste-ms – GNSS) é um recurso que recentementefoi incorporado à agricultura. Dentre outros, éessencial em diversas etapas do processo de agri-cultura de precisão, na coleta de dados georre-ferenciados para a elaboração de mapas. Temse tornado comum o uso de receptores de GPSpara coleta de amostras de solo e para a aplica-ção de insumos em taxa variável, seguindo ummapa de prescrição. Outra aplicação já bastan-te popular é o uso de GPS para a orientação demáquinas no campo com recursos tipo “barrade luz” ou equivalentes. Já tivemos um período(2002 a 2006) em que esses sistemas de orien-tação eram o centro de muitas discussões.

A recente evolução natural para a orienta-ção em faixas paralelas deu origem aos siste-mas de auto-esterçamento ou piloto automáti-

co. Tem-se registros de que estudos sobre veí-culos autônomos agrícolas, principalmente re-lacionados ao desenvolvimento do sistema depiloto automático, surgiram no início da déca-da de 1960. No entanto, apenas mais recente-mente, com o surgimento da tecnologia GPS,esses desenvolvimentos têm obtido sucesso.Nesse momento os sistemas automatizados (pi-lotos automáticos) tomam a cena e adquiremgrande importância no cenário nacional. Éimportante destacar que existem outras opçõesde orientação para piloto automático, que nãoo GPS. Existem, no mercado, sistemas que uti-lizam ultra-som atuando nos rastros do veícu-lo, em culturas em crescimento, como o trigo esemelhantes e outros que utilizam visão artifi-cial, especialmente na colheita dessas mesmasculturas.

Nos países de origem, especialmente naAmérica do Norte, Europa e Austrália, o siste-ma de auto-esterçamento propicia aumento da

capacidade de cultivar áreas com o mesmomaquinário em razão do aumento do númerode horas trabalhadas, à maior velocidade alcan-çada e à redução da sobreposição. Uma pesqui-sa realizada em 2004 no cinturão do milhonorte-americano mostrou que o tamanho óti-mo da propriedade com o sistema de pilotoautomático com base em sinal de GPS é supe-rior ao tamanho ótimo sem o uso da tecnolo-gia. Além disso, essa diferença se deve à econo-mia de tempo, uma vez que a utilização da tec-nologia possibilita o aumento da velocidade, aredução da sobreposição e o acréscimo de ho-ras trabalhadas por dia pelo operador. Outraconclusão do trabalho diz respeito às taxas dearrendamento da terra. Com o sistema de pilo-to automático, foi observado que o produtorestá disposto a pagar um valor superior por hec-tare arrendado até atingir o tamanho ótimo daárea produtiva dele. Nesse sentido, a tecnolo-gia gera maior competição por terras e, conse-

No pilotoautomático

Os sistemas automatizados, co tomando conta do cená

importância pelos benefícios que t

Os sistemas automatizados, co tomando conta do cená

importância pelos benefícios que t

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“““““O piloto automático O piloto automático O piloto automático O piloto automático O piloto automático é um enorme salto em direção à melhor qualidade dasé um enorme salto em direção à melhor qualidade dasé um enorme salto em direção à melhor qualidade dasé um enorme salto em direção à melhor qualidade dasé um enorme salto em direção à melhor qualidade dasoperações, com maior regularidade e uniformidade de espaçamentosoperações, com maior regularidade e uniformidade de espaçamentosoperações, com maior regularidade e uniformidade de espaçamentosoperações, com maior regularidade e uniformidade de espaçamentosoperações, com maior regularidade e uniformidade de espaçamentos”””””

qüentemente, maior taxa de arrendamento.Mas isso é verdade na condição deles, onde oproprietário é o operador. Por aqui os argumen-tos e os benefícios serão outros.

Essa automação, ligada à orientação e aoauto-esterçamento de veículos, tem um signi-ficado muito expressivo para a agricultura por-que provavelmente marca o início de uma jor-nada que não se sabe exatamente onde vai che-gar, mas certamente vai fomentar definitiva-mente a robótica aplicada à agricultura. Com aautomação dos comandos de entrada e saídada lavoura, já incorporada em muitos modelosde tratores, especialmente na Europa, só nosfaltam a programação de manobra de cabecei-ras e a solução de problemas de segurança aolongo dos percursos. No entanto, teremos umalonga caminhada até definir o traçado ideal dostalhões e a sistematização das lavouras para essanova realidade.

Por enquanto, vamos nos ater ao piloto

automático, que já é um enorme salto em dire-ção à melhor qualidade das operações, commaior regularidade e uniformidade de espaça-mentos, velocidade maior e mais constante,indiscutivelmente maior conforto ao operador,autonomia entre máquinas num mesmo talhãoe outros aspectos que ainda poderão ser indica-dos como potenciais vantagens dessa tecnolo-gia.

Existem basicamente duas opções de pilo-to automático no mercado. Uma delas consistede um atuador que é instalado na coluna dadireção do trator ou diretamente no seu volan-te, e esse atuador, normalmente de motor elé-trico, faz o esterçamento. A outra consiste deum circuito hidráulico dedicado e integrado aosistema de direção do trator. Dessas formasconstrutivas distintas surgem as diferenças dedesempenho. É esperado que os dispositivos queatuam diretamente no volante tenham menorresposta que aqueles que atuam diretamentena direção hidráulica, incorporando inclusiveproblemas de folgas ou mesmo pequenos de-feitos de alinhamento e simetria do sistema dedireção do trator. Por outro lado, um sistemade volante é de fácil e rápida instalação, sendo,portanto, facilmente intercambiável entre asmáquinas, enquanto que o outro exige um lon-go trabalho de montagem.

Associado ao atuador existe um aparato ele-

trônico composto basicamente por um proces-sador, alimentado por sinais de GPS e de sen-sores que medem mudança brusca de posiçãoem diferentes eixos (acelerômetros ou giroscó-pio). Quanto ao sinal de GPS, é necessário queseja corrigido para redução do erro a valorescompatíveis com as aplicações de piloto auto-mático. Normalmente os equipamentos traba-lham com correção diferencial RTK (Real timeKinematic), via rádio, e que garantem acuráciaestática com erro médio em torno de 1cm a2cm e as correções enviadas por sinal via satéli-te, de diferentes categorias, com erros médiosque variam de 10cm a 50cm.

Uma das vantagens do piloto automático é

Fotos José Paulo MolinJohn Deere

Estação de referência de GPS RTK, que fornece acorreção via rádio UHF para reduzir

drasticamente os erros de posicionamento

Sistema piloto automático que utiliza um motorelétrico atuando diretamente na coluna da

direção do trator

Novembro 08 • 07

mo pilotos automáticos, estãorio agrícola e adquirem granderazem às operações em campo

mo pilotos automáticos, estãorio agrícola e adquirem granderazem às operações em campo

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a facilidade e o conforto que proporciona aooperador da máquina durante a jornada de tra-balho, diminuindo o estresse e melhorando aqualidade do serviço. Inicialmente, o operadorprecisará gerar uma passada de referência (li-nha A-B) com percurso reto ou curvo; auto-maticamente o software do equipamento repli-ca infinitas linhas virtuais à direita e à esquerdada linha referência. A partir daí o operador aci-ona o piloto automático que irá corrigir o posi-cionamento da máquina automaticamente naspassadas seguintes, seguindo sempre passadasparalelas à referência. A manobra de cabeceiraé realizada manualmente, bastando que paraisso ele toque no volante e o controle passa devolta às suas mãos.

Vamos focar especificamente a produção decana-de-açúcar, que consiste em diversas ope-rações mecanizadas, empregadas desde a im-plantação da cultura com o preparo do solo eplantio, passando pelos tratos culturais duran-te o seu desenvolvimento até chegar à colheita.Por ser uma cultura semiperene, a qualidadedo plantio é fundamental, pois erros durante ademarcação das fileiras de plantio e na manu-tenção do paralelismo entre as fileiras podemcausar discrepância no espaçamento desejado,podendo gerar dificuldades no manejo da cul-tura em todos os ciclos e cortes realizados.

Os espaçamentos inadequados e a ausên-cia de paralelismo entre as fileiras podem resul-tar em redução do número de metros de sulcopor hectare, no caso de espaçamentos maioresdo que o planejado. Da mesma forma, vai ocor-rer diminuição da eficiência de aplicação de fer-tilizantes, corretivos e do controle fitossanitá-rio. Mas, acima de tudo, vai ocorrer o tráfegoinadvertido sobre as soqueiras, conhecido comopisoteio, que prejudica o sistema radicular dassoqueiras devido à compactação do solo, mortedos brotos por esmagamento, atraso na emis-são de novas raízes e da própria brotação, con-figurando-se na destruição parcial ou total dassoqueiras, falhas na brotação e redução da po-pulação de colmos, que ao longo dos cortes iráreduzir a longevidade do canavial. Percebe-seque é hora de se dispor de sistemas de direcio-namento mais eficientes que os sistemas utili-

zados tradicionalmente como riscadores de solo.Assim, nas últimas safras, as usinas vêm inves-tindo no auto-esterçamento ou piloto automá-tico para as atividades que exigem algum tipode orientação, principalmente no plantio me-canizado e na colheita.

A equipe do Projeto AP da USP/Esalq vemrealizando uma série de trabalhos envolvendoas tecnologias de sistemas de orientação e pilo-to automático e recentemente realizou umaampla avaliação dos sistemas de piloto auto-mático da John Deere®, envolvendo as suas duasversões: o Auto Track Integrado (ATI), que atuadiretamente na direção hidráulica, e o AutoTrack Universal (ATU), que utiliza um motorelétrico atuando diretamente na coluna da di-reção de praticamente qualquer trator de mer-cado. O trabalho, realizado na Usina Guaíra,no município com o mesmo nome, no noroes-te de São Paulo, foi conduzindo tendo comoreferência a operação de abertura de sulcos parao plantio semimecanizado de cana-de-açúcar.Para tanto, foi utilizado um sulcador de duaslinhas montado no engate de três pontos e fo-ram utilizados um trator John Deere 7815 eum trator Valtra BH 180.

O procedimento consistiu de trajetos em

linhas retas e em linhas curvas em uma áreacom declividade de aproximadamente 4%. Paracada combinação avaliada foram realizadas cin-co passadas com aproximadamente 300m decomprimento, com três repetições para cadacombinação. As combinações consistiram desistemas (ATI ou ATU) e de sinais de correçãode GPS. Nesse caso foram utilizados o RTK,que é a correção via rádio a partir de uma esta-ção de referência, ao lado da área de trabalho, eo sinal StarFire 2 (SF2), via satélite. Os mes-mos percursos foram executados sem nenhumdispositivo auxiliar ao operador, servindo comotestemunho.

Para a mensuração dos erros de paralelis-mo foram coletados pontos ao longo das repe-tições, com uma freqüência de um ponto porsegundo, e esses foram armazenados em umcomputador portátil conectado ao sistema. Pos-teriormente esses dados foram tratados e trans-formados para coordenadas geográficas. Paraos trajetos em linha reta, foi utilizada uma me-todologia desenvolvida internamente (Povh etal, 2007) para mensuração dos erros.

Na Figura 1 são apresentados exemplos degráficos do erro de desalinhamento em funçãodo tempo de coleta durante todo o percurso de

Trator

JD 7815BH 180

Sistema

ATImanual

Sinal deGPS

RTK-

Reto

0,0340,147

Curvo

0,0590,196

Percurso

Erro médio (m)

Tabela 1 - Erros médios de desalinhamento para a condi-ção de piloto automático ATI com correção RTK e para aoperação manual envolvendo percursos retos e curvos

VANTAGENS DO USO DE PILOTO AUTOMÁTICO• a operação pode iniciar em qualquer

ponto da lavoura;• permite a integração das operações au-

tomatizadas sob uma mesma base de dados– plantio, tratos culturais e colheita (percur-sos gravados).

Se observarmos atentamente, alguns dositens são facilmente suportados pelo que foimensurado em campo nessa oportunidade.No entanto, outros itens deverão merecerestudos para comprovação e quantificação,especialmente considerando-se os inúmerossistemas de produção, não apenas para acana-de-açúcar, mas para grãos, citros, flo-restas implantadas, hortigranjeiros e tantasoutras culturas.

De uma forma mais ampla, as vanta-gens do uso de piloto automático

poderiam ser resumidas desta maneira:• permite a redução da compactação do

solo e danos às soqueiras de cana por meiodo controle de tráfego;

• permite velocidades operacionais mai-ores;

• reduz a fadiga do operador;• permite a operação mesmo com falta

de visibilidade (24 horas por dia);• otimiza o raio de manobras;• minimiza os erros de paralelismo;• aumenta o rendimento operacional;• permite a operação com mais do que

um conjunto na mesma área;

Pesquisador José Paulo Molin coordenoua equipe da Esalq na avaliação do piloto

automático em tratores agrícolas

Fotos José Paulo Molin

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“““““Uma das vantagens do piloto automático é a facilidade e o conforto que proporciona ao operador daUma das vantagens do piloto automático é a facilidade e o conforto que proporciona ao operador daUma das vantagens do piloto automático é a facilidade e o conforto que proporciona ao operador daUma das vantagens do piloto automático é a facilidade e o conforto que proporciona ao operador daUma das vantagens do piloto automático é a facilidade e o conforto que proporciona ao operador damáquina durante a jornada de trabalho, diminuindo o estresse e melhorando a qualidade do serviçomáquina durante a jornada de trabalho, diminuindo o estresse e melhorando a qualidade do serviçomáquina durante a jornada de trabalho, diminuindo o estresse e melhorando a qualidade do serviçomáquina durante a jornada de trabalho, diminuindo o estresse e melhorando a qualidade do serviçomáquina durante a jornada de trabalho, diminuindo o estresse e melhorando a qualidade do serviço”””””

cinco passadas. Observa-se nitidamente a ca-pacidade que o piloto automático teve de man-ter-se mais estabilizado ao longo do desloca-mento em relação ao percurso com operadorsem nenhum sistema de apoio ao direciona-mento. A Tabela 1 sintetiza os resultados deerro médio de paralelismo apenas para as com-binações ATI versus operação manual. É im-portante salientar que esses números expres-sam sempre valores médios, ou seja, os errosmédios de desalinhamento, tanto à esquerdacomo à direita do trator.

Observa-se que os erros de desalinhamen-

Figura 1 - Exemplos de gráficos do erro de desalinhamento em função do tempo de coleta durante todo o percurso de cinco passadas, com três e duas repetições, para ospercursos com piloto automático (ATI com RTK) e operação manual, respectivamente.

to obtidos com o sistema ATI são sensivelmen-te menores que aqueles com o operador diri-gindo o trator. Outro fato que deve ser destaca-do é que o erro médio de desalinhamentos empercursos curvos apresenta valores superioresaos erros do percurso em reta, neste caso, naordem de 73% para o piloto automático. Nopercurso sem piloto automático, executado porum operador experiente, da própria usina, oserros médios de desalinhamento foram bemmaiores (de 15cm a 20cm) e a diferença entrepercursos retos e curvos foi da ordem de 0,05m(33%), superior para os trajetos curvos.

José Paulo Molin,Tiago Carletti A. de Oliveira,Fabrício Pinheiro Povh eJosé Vitor Salvi,USP/Esalq

. M

Nesse caso avaliou-se a abertura de sulcos,mas a prática do plantio mecanizado expanderapidamente e o uso de plantadoras altera sensi-velmente a relação entre o trator, onde está atu-ando o piloto automático e a máquina reboca-da. A tecnologia está disponível e as discussõessobre o assunto estão apenas no seu início.

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segurança

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Fotos Paulo Rinaldi

Aintensificação do uso de máqui-nas agrícolas no Brasil começou apartir da década de 60, em decor-

rência da modernização da agricultura. Otrator destaca-se entre estas máquinas, sen-do considerado como a base da moderna me-canização agrícola.

A operação de tratores agrícolas englobabasicamente o operador e a máquina, constitu-indo assim a relação homem-máquina. Quan-do esta relação é ineficiente o operador podeestar exposto a uma elevada carga de trabalho,podendo ocasionar, além de uma perda na pro-dutividade e na qualidade do trabalho, a ocor-rência de acidentes e o desenvolvimento dedoenças ocupacionais.

A ergonomia e a segurança no posto deoperação buscam a eficiência da realização dotrabalho com o menor risco possível ao traba-

lhador. A grande parte dos acidentes envolven-do tratores poderia ser evitada com a incorpo-ração de dispositivos de segurança, com a utili-zação dos equipamentos de proteção pelos ope-radores e respeitando as regras de segurança narealização das atividades durante a jornada detrabalho.

Com este trabalho objetivou-se avaliar ascondições de segurança de 29 tratores agrícolasde diversas marcas, modelos e anos de fabrica-ção, pertencentes à Universidade Federal deViçosa, todos eles em condições normais de tra-balho. Os itens verificados nos tratores foramobservados em conformidade com as normasISO 4253 (1993) e ABNT NBR ISO 4254-1(1999). Requisitos para segurança e necessári-os para o tráfego em rodovias, não especifica-dos nas normas anteriormente mencionadas,foram analisados pelo Código Brasileiro de

Trânsito (Lei 9.503, de 23/9/1997).Os 29 tratores em uso pela instituição apre-

sentavam a seguinte distribuição por idade:menos de dez anos: 31,03%; de 11 a 20 anos:13,80% e acima de 20 anos: 55,17%.

POSTO DE OPERAÇÃOAs classificações utilizadas para a identifi-

cação do posto de operação foram: “acavala-do”, atribuída quando o monobloco do tratorficava entre as pernas do operador, ficando ospés apoiados em estribos colocados lateralmente

Sob riscoA segurança em tratores agrícolas deve merecer atençãoespecial, uma vez que o operador está sempre atento aoutras operações além de dirigir a máquina. Avaliaçãofeita com 29 tratores mostra que os mais antigos estão

longe de oferecer condições adequadas à atividade

O trabalho avaliou as condições desegurança em 29 tratores agrícolas dediversos modelos e anos de fabricação

Sob risco

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“““““A ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciada realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhador”””””

MarcaAgraleDeutzFord

John DeereMassey Ferguson

New HollandValmetValtra

% de presença6,903,45

10,346,90

34,486,90

20,6910,34

Item avaliado

TIPO DO POSTO DE OPERAÇÃO- Plataforma- Acavalado

- Superfície antiderrapanteACESSO AO POSTO DE OPERAÇÃO

Existência de degrauAltura do 1° degrau = 550 mm(1)

Largura do 1° degrau = 200 mm(1)

Superfície antiderrapante(1)

Apoio para acesso ao posto de operação(1)

Regulagem do volante de direção ACIONAMENTO/DESLIGAMENTO DA TDP(2)

- Luz no painel - Sem necessidade de esforço auxiliar

- Acessibilidade Indicador do bloqueio do diferencial

ASSENTO DO OPERADOR - Regulagem horizontal

- Regulagem vertical - Regulagem do encosto - Apoio para os braços

Proteção contra sol/intempériesProteção contra calor do motor

Direcionamento do escape acima do toldo solarTIPO DE ESTRUTURA DE PROTEÇÃO

- Cabine de segurança- EPCC de 4 pontos- EPCC de 2 pontos

- AusenteCertificação da estrutura de proteção(3)

% presença

--------34,4865,5288,66--------65,52

100,0090,0065,0040,00

10,34--------27,5965,5262,0717,24--------96,556,903,45

31,03

82,7613,7944,83--------0,006,90

37,9355,170,00

Características do posto de operação e seu acesso

Características dos comandos do posto de operação e do assento

Outras características do posto de operação

(1) em relação ao total de tratores com degraus(2) TDP: Tomada de potência(3) em relação aos tratores que apresentavam estrutura de proteção

a esse monobloco; “plataforma”, quando o postode operação era totalmente horizontal e mon-tado sobre o monobloco; e a superfície do pisodo posto de operação foi considerada como an-tiderrapante quando apresentava orifícios oupossuía material emborrachado.

A porcentagem de presença de acesso, co-mandos, assento, toldo solar, isolamento tér-mico do motor e direcionamento dos gases deescape foi realizada baseando-se à norma ABNTNBR ISO 4254-1 (1999).

A norma estabelece que os acessos commono ou multidegraus devam ter larguraigual ou superior a 200mm e altura do pri-meiro degrau de no máximo 550mm. A su-perfície dos degraus foi considerada comoantiderrapante quando era constatada a pre-sença de rugosidades.

Os gases de escape devem estar acima dacabine e no caso dos tratores não-cabinados,estes devem estar direcionados em posição su-perior ao toldo solar.

Foram analisados os percentuais de presen-ça dos tratores que apresentaram estrutura deproteção do tipo cabine de segurança, EPCCde quatro pontos e EPCC de dois pontos e au-sência de estrutura de proteção. A classificaçãode “dois ou quatro pontos” foi analisada de acor-do com a fixação no chassi do trator.

A altura e a largura dos degraus enquadra-ram nos padrões da ABNT NBR 4254-1(1999), sendo que a média da altura do pri-meiro degrau nos tratores foi de 494,75mm(desvio padrão: 46,65mm), enquanto que a lar-gura média dos degraus foi de 329mm (desviopadrão: 90,74mm).

De acordo com a norma ISO 4253 (1993),

as regulagens horizontal e vertical são obriga-tórias. Os resultados descritos na tabela a se-guir mostraram a regulagem horizontal bastantesatisfatória, 96,55%, mas as regulagens verticale do encosto insatisfatórias, com 6,90% e 3,45%,respectivamente.

Dos tratores analisados, 82,76% possuíam

estrutura de proteção contra sol e intempéries.Esta estrutura não garante a proteção do ope-rador, para a completa segurança seria necessá-ria a presença da estrutura de proteção contracapotamento (EPCC), que no presente estudorepresentou 40,83% nos tratores.

O direcionamento dos gases de escape aci-

Dos tratores avaliados, 82,7% possuíam estruturade proteção contra sol e chuva, mas apenas40,8% tinham arco de segurança certificado

Dos modelos testados, mais de 96%apresentaram faróis dianteiros, mas nenhum

deles possuía a luz para a marcha ré

Menos de 40% dos tratoresapresentaram os itens de

segurança necessários

Novembro 08 • 11

Page 12: Maquinas 80

12 • Novembro 08

34% dos tratores testados eramplataformados, enquanto 65%eram do tipo acavalado

Fotos Paulo Rinaldi

% de presença--------86,2186,2179,31--------13,7924,1455,17

Item avaliadoPROTEÇÃO DE PARTES MÓVEIS

- Polia do motor- Pás do ventilador

- Tomada de potênciaTIPO DE PROTEÇÃO DA TDP(1)

- Escudo ou tampa- Invólucro

Invólucro adicional

(1) TDP: tomada de potência

% de presença6,9010,3410,346,90

(1) TDP: Tomada de potência

Item avaliadoRisco de tombamentoRisco de giro da TDP(1)

Partida do motorOrientação sobre acoplamento

Farol dianteiroLuz de direção

Luz de advertênciaLuz de freioLuz de réBuzina

Espelho retrovisorCinto de segurança

Características dos requisitos para tráfego em rodovias% de presença

96,5520,6920,6944,830,0027,596,9024,14

% de inoperante6,903,450,003,450,00

13,790,006,90

Avisos de advertência

ma do toldo solar representou 44,83% de pre-sença nos tratores.

PROTEÇÃO DAS PARTES MÓVEISA presença de estruturas que impeçam

o contato direto do operador com partes mó-veis do trator, como polia do motor, pás doventilador e eixo da tomada de potência, di-minui o risco de acidentes. Para especifica-ção dos tipos de proteção da tomada de po-tência (TDP), foram considerados os defi-nidos na norma ABNT NBR ISO 4254-1(1999). A denominação “caixa ou invólu-cro” é atribuída quando todos os lados pró-ximos à TDP são protegidos, e “escudo outampa”, quando pelo menos um dos lados éprotegido. Também foi verificado o percen-tual de presença de um invólucro adicional,

normalmente constituído de uma capa ros-queável, e seu uso é recomendável quandoa TDP não estiver acionada.

Dos tratores analisados, a proteção es-cudo ou tampa apresentou 13,79% de pre-sença, já o tipo invólucro, 24,14%, e 55,17%vieram de fábrica com a proteção tipo invó-lucro adicional e apenas 3,45% desse totalhaviam perdido esta proteção, já que nãoexiste um local para o mesmo ser fixadoquando a tomada de potência não estiversendo utilizada.

AVISOS DE ADVERTÊNCIA E REQUISITOSPARA TRÁFEGO EM RODOVIAAlém dos avisos em forma de texto, figuras

ou símbolos que informem sobre o risco de tom-bamento, risco de giro da tomada de potência(TDP), partida do motor e orientação quantoao acoplamento de implementos agrícolas, tam-bém foram inspecionados a presença de faroldianteiro, luz de freio, luz de advertência, luzde direção, luz de ré, buzina, cinto de seguran-

ça e espelho retrovisor.Os baixos níveis de presença de avisos

em todos os itens avaliados nos tratores in-dicam que este aspecto de prevenção nãorecebeu merecida atenção por parte dos pro-jetistas e fabricantes.

Os itens, risco de tombamento e orien-tação sobre acoplamento apresentaram6,90% de presença, enquanto os demais so-maram 20,68%.

Pode-se observar que, com exceção dofarol dianteiro, 96,55%, os demais disposi-tivos apresentaram baixo índice de presen-ça. Com relação ao item luz de ré, nenhumdos tratores em estudo apresentava esse dis-positivo em seus componentes.

Alguns dispositivos, mesmo existindonos tratores em estudo, encontravam-se ino-perantes por falta de manutenção corretivae tempo de uso. Os percentuais dos itensinoperantes para o trafegabilidade em ro-dovias encontram-se na tabela a seguir.Observa-se na mesma que o item que apre-sentou o maior percentual, 13,79%, foi paraa buzina.

A maior parte dos tratores avaliadosapresentou menos de 40% de presença dositens requisitos de segurança. No Brasil,existe um grande número de tratores agrí-colas antigos em operação e possivelmente,muitos desses, como no estudo realizado,não apresentam requisitos básicos de segu-rança para o operador, tornando, assim, umaatividade de alto risco e potencialmente cau-sadora de acidentes de trabalho.

Os pesquisadores Paula e Haroldoconduziram a avaliação com os tratores da

Universidade Federal de Viçosa

Paula Cristina Natalino Rinaldi,Haroldo Carlos FernandesUFV

. M

Page 13: Maquinas 80

compactação

Avaliação mostra o grau de compactaçãodo solo com diferentes tipos de manejo e

implementos usados para a operação

Avaliação mostra o grau de compactaçãodo solo com diferentes tipos de manejo e

implementos usados para a operação

Algumas práticas de manejo do solo edas culturas provocam alteraçõesnas propriedades físicas do solo, as

quais podem ser permanentes ou temporárias.Assim, o interesse em avaliar a qualidade físicado solo tem sido incrementado por considerá-lo como um componente fundamental na ma-nutenção e/ou sustentabilidade dos sistemas deprodução agrícola (Lima, 2004).

Com a modernização da agricultura, asmáquinas agrícolas aumentaram sua massa,como também a intensidade de uso do solo.Este processo não foi acompanhado pelo au-mento do tamanho e largura dos pneus, o queresulta em alterações nas propriedades físicasdo solo. Assim, o tráfego contínuo de máqui-nas dentro da área tem provocado alteraçõesno solo, a compactação.

Normalmente, as operações mecanizadasnão seguem as corretas regulagens, o que causaproblemas, principalmente quando se fala empreparo periódico do solo, pois ocorre a cadaano. Desse modo, o uso dos equipamentos de

preparo do solo, pela ação de seus órgãos ativos,mobiliza o solo a determinada profundidade,causando pressão sobre o mesmo, o que resultana sua compactação, ou seja, na formação decamadas compactadas. Aliado a esse fato tem-se a questão da irrigação, muito utilizada nosemi-árido, pois se sabe que o solo na capacida-de de campo está sujeito a deformações e quan-do as máquinas operam nessas condições osproblemas da compactação são agravados.

Para as culturas anuais, com sistemas depreparo do solo, quando os equipamentos tra-balham a mesma profundidade, agrava-se oproblema da compactação pela ação dos órgãosativos. Para as culturas perenes, esse problemaé ainda maior, pois não há mobilização do solona entrelinha, e com a constante movimenta-ção de máquinas a compactação é agravada acada operação.

Assim, o diagnóstico da compactação e re-comendações de manejo para as culturas anu-ais e perenes podem propiciar melhores produ-tividades, como também melhorar a dinâmica

da água no solo.O termo compactação do solo refere-se à

nova estrutura originada do processo de com-pressão que o mesmo recebe, seja por meio dotráfego de máquinas como também dos equi-pamentos de preparo do solo.

Embora a compactação mais profunda sejadita como permanente, ela causa menos preju-ízos às culturas quando comparada com umacamada compactada a 0,25m de profundida-de. Entretanto, quando há veranicos e as raízesestão presas até 0,40m, podem ocorrer prejuí-zos quanto ao desenvolvimento das raízes e dasplantas (Camargo e Alleoni, 1997). Os soloscompactados podem contribuir também parao aquecimento global, por aumentarem a emis-são de CO2, CH4 e N2O do solo (Horn et al,1995).

A compactação dos solos tem sido motivode preocupações e estudos, especialmente quan-do se trata da sua ocorrência em solos agríco-las. Os sistemas de manejo do solo objetivamfavorecer o crescimento e o desenvolvimentodas culturas; todavia, o desrespeito às condi-ções mais favoráveis ao preparo do solo, bemcomo o uso excessivo de máquinas cada vezmais pesadas, podem levar a modificações naestrutura do solo, causando maior compacta-ção. Atualmente, o emprego de máquinas agrí-colas e implementos de grande porte, na buscade maior capacidade operacional, tem propor-cionado problemas de compactação.

Em geral, os solos arenosos são mais susce-tíveis à compactação pelo tráfego de máquinasdo que os mais argilosos, devido à menor poro-sidade total e à menor capacidade de armaze-namento de água nos microporos dos solos are-nosos. Isto faz com que o solo arenoso retenhamenos umidade e por período menor, reque-rendo maiores cuidados com a umidade do solono tráfego de máquinas para reduzir os riscosde compactação.

A compactação do solo pode facilitar a ero-são, pois em locais onde a água não penetra,ocorre o carreamento da fração mineral e defertilizantes presentes. Um fator que interferena erosão é a granulometria, assim, solos are-nosos são mais suscetíveis à erosão do que solosargilosos.

O tráfego contínuo de máquinas dentro damesma área provoca alterações nas

propriedades físicas do solo

Novembro 08 • 13

Fotos Valtra

CompactadoCompactado

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No sistema de preparo convencional do solo,a grade aradora tem sido o equipamento maisutilizado. Normalmente, a grade trabalha o soloa pouca profundidade e apresenta alto rendi-mento de campo, porém, o uso contínuo desseimplemento pode levar à formação de camadascompactadas, chamadas “pé-de-grade” (Silva,1992).

PESQUISACom trabalho realizado no Campus de Ci-

ências Agrárias na Universidade Federal do Valedo São Francisco (Univasf) em Petrolina (PE),a uma altitude de 376m e clima tropical semi-árido, seco e quente, caracterizado pela escas-sez e irregularidade das precipitações com chu-vas no verão e forte evaporação em conseqüên-cia das altas temperaturas, visou-se avaliar ossistemas de preparo em Argissolo. A área deestudo estava equipada com sistema linear deirrigação.

Os sistemas de preparo do solo são opera-ções simples, que são indispensáveis ao bomdesenvolvimento das culturas e compreendemum conjunto de técnicas que, se utilizadas ra-cionalmente, proporcionam alta produtivida-de, mas, se mal utilizadas, podem levar à des-

truição dos solos em curto prazo, podendo che-gar à desertificação de áreas extensas.

As grades são utilizadas em operações se-cundárias nos sistemas de preparo do solo, afim de fazer o acabamento do solo para a seme-adura. No entanto, grades com discos grandessão consideradas como “aradoras”, pois apre-sentam maior profundidade de penetração nosolo, permitindo operações similares às dos ara-dos.

Desta forma, os sistemas de preparo do soloforam realizados com grade média em tandem,com sete discos (quatro seções), sendo recorta-dos na dianteira de 20” (50,8cm) e lisos na tra-seira; grade média Off-set, com oito discos em

cada seção (duas), sendo recortados de 22”(55,8cm); grade pesada Off-set, com sete dis-cos em cada seção (duas), com discos recorta-dos de 24” (60,9cm) e escarificador com trêshastes e ponteira estreita de 5cm.

Após as operações de preparo avaliou-se acompactação do solo por meio do penetrôme-tro de impacto, que está diretamente relaciona-do com a elongação radicular, densidade, infil-tração de água e a porosidade no solo.

Os resultados são apresentados nos gráfi-cos e verifica-se que após a passagem de equi-pamento de preparo do solo a pressão modificasuaa estrutura física. Pode-se verificar que mes-mo em agrisolo onde há camada de maior con-centração de argila em 40cm a 50cm de pro-fundidade, há aumento da compactação. Oaumento da compactação ocorre principalmen-te na camada de 30cm a 40cm (Figuras 1, 2 e3), a que suporta o tráfego de máquinas e apressão dos discos das grades.

O escarificador é um equipamento de pre-paro do solo que consiste em revolve-lo de bai-xo para cima, sem inverter camadas, com a fi-nalidade de evitar a formação de crostas maisduras que impedem as sementes de germinarou de criar raízes. Pela Figura 4 observa-se que

14 • Novembro 08

Figura 1 - Compactação no preparo do solo com grade média off-set Figura 2 - Compactação no preparo do solo com grade pesada off-set

Figura 4 - Compactação no preparo do solo com escarificadorFigura 3 - Compactação no preparo do solo com grade média em tandem

A compactação do solo pode facilitar a erosão, poisonde a água não penetra ocorre o carreamento da

fração mineral e de fertilizantes presentes

Massey Ferguson

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“““““Atualmente, o emprego de máquinas agrícolas e implementos de grande porte, na buscaAtualmente, o emprego de máquinas agrícolas e implementos de grande porte, na buscaAtualmente, o emprego de máquinas agrícolas e implementos de grande porte, na buscaAtualmente, o emprego de máquinas agrícolas e implementos de grande porte, na buscaAtualmente, o emprego de máquinas agrícolas e implementos de grande porte, na buscade maior capacidade operacional, tem proporcionado problemas de compactação”de maior capacidade operacional, tem proporcionado problemas de compactação”de maior capacidade operacional, tem proporcionado problemas de compactação”de maior capacidade operacional, tem proporcionado problemas de compactação”de maior capacidade operacional, tem proporcionado problemas de compactação”

ocorreu aumento da resistência à penetração(compactação) após 35cm de profundidade,área em que não ocorreu ação da haste escarifi-cadora. Nas áreas onde ocorreu ação da hasteescarificadora os resultados foram similares àsáreas de pousio. Este equipamento é conside-rado como um sistema de preparo reduzido,por diminuir o número de operações na área, ese manter a cobertura do solo superior a 30%pode ser caracterizado como preparo conserva-cionista.

CONSIDERAÇÕES FINAISA recuperação de solos compactados pelo

cultivo pode ser obtida por meio de práticasculturais e mecânicas. As práticas culturais con-sistem no emprego de plantas, que possuem osistema radicular com capacidade de recupera-ção da estrutura e penetração em camadas com-pactadas do solo. Dentre as práticas mecânicasa subsolagem/escarificação, que consiste na re-moção da camada compactada por meio dehastes.

As principais formas de prevenção da com-pactação seriam o uso de equipamentos com-binados que diminuíssem o trânsito de máqui-nas sobre o solo, o controle deste tráfego e queas operações de preparo do solo não sejam rea-lizadas quando o este se encontra próximo à

capacidade de campo, pois é quando o solo seencontra mais suscetível à compactação.

Portanto, a compactação do solo pelo tráfe-go de máquinas agrícolas tem sido preocupa-ção desde o início da mecanização na agricul-tura brasileira, pois é um dos fatores que maisinfluenciam a sustentabilidade dos solos agrí-colas, em virtude das modificações ocasiona-das em algumas propriedades físicas do solo.

As principais modificações nas proprieda-des físicas do solo ocasionadas pela compacta-ção comprometem a infiltração de água e a pe-netração das raízes no perfil do solo, o qual setorna mais suscetível à erosão. Desta forma, autilização da mecanização na agricultura devevir acompanhada de técnicas que possibilitem

a menor alteração possível nas característicasfísicas dos solos, permitindo a sustentabilidadedessas áreas e evitando sua degradação.

Com a adoção dessas técnicas por parte dosagricultores, os efeitos da compactação do solopoderão ser minimizados, melhorando assim oambiente para desenvolvimento do sistema deraízes das culturas e possibilitando a sustenta-bilidade da agricultura.

Jorge Wilson Cortez,Bernardo José Marques Ferreira,Aline Dantas da Silva Alves,Marcelo Rubens Dias de Moura eHideo de Jesus Nagahama,Univasf

. M

John Deere

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6200 Garça

16 • Novembro 08

Aficha técnica desta edição é do pul-verizador 6200 Garça, daFankhauser, indicado para aplica-

ções de defensivos em lavouras arrozeiras,projetada para atuar em terrenos acidenta-dos que exijam equipamentos com capaci-dade de estabilização das barras.

O pulverizador 6200 Garça apresenta ca-racterísticas especiais para o trabalho na cul-tura do arroz, pois o rodado tandem auxiliano equilíbrio quando forem transpassadasas taipas. Ele possui barras de 14 metros re-

forçadas e acionadas através do comando hi-dráulico triplo de acionamento manual(semi-hidráulico) próprias para estas con-dições de terreno, pois o sistema de braçospantográficos por meio de um cilindro hi-dráulico central permite manter sempre averticalidade das barras e o controle imedi-ato da altura.

O Comando regulador de vazão manualCRV para duas seções de barras, garanteconstante da pressão/vazão ao produto. Elevem equipado com tanque de 2.200 litros e

tanque de rinsagem de 220 litros que tam-bém serve como escada para subir até na es-cotilha do tanque principal, ambos confecci-onados em polietileno de alta resistência. Seuchassi em aço perfilado é reforçado, o que éimprescindível na cultura do arroz.

FILTROS E VÁLVULASUm conjunto de filtros equipa o pulveri-

zador, junto com um conjunto de válvulas.O filtro principal tem duas finalidades. A pri-meira é filtrar a impureza da calda antes depassar pelos comandos de pressão, bomba deágua e os filtros de linha até chegar aos bicosde pulverização, que também são equipadoscom um pequeno filtro cada um deles. Nahora de fazer o abastecimento, entra a se-gunda funçaõ, quando a mangueira, que tam-bém tem um filtro de malha grossa em suaextremidade, é acoplada no orifício que estáprotegido pela“tampa amarela” na qual omesmo também faz a filtragem da água doreservatório em que o pulverizador foi rea-bastecido. Dentro do filtro existe um meca-

6200 GarçaIndicado para terrenos irregulares, o pulverizador

6200 Garça da Fankhauser possui tanque de 2,2mil litros e barras de 14 metros

Page 17: Maquinas 80

“““““O pulverizador 6200 Garça apresenta características especiais para o trabalho na cultura doO pulverizador 6200 Garça apresenta características especiais para o trabalho na cultura doO pulverizador 6200 Garça apresenta características especiais para o trabalho na cultura doO pulverizador 6200 Garça apresenta características especiais para o trabalho na cultura doO pulverizador 6200 Garça apresenta características especiais para o trabalho na cultura doarroz, pois o rodado tandem auxilia no equilíbrio quando forem transpassadas as taipasarroz, pois o rodado tandem auxilia no equilíbrio quando forem transpassadas as taipasarroz, pois o rodado tandem auxilia no equilíbrio quando forem transpassadas as taipasarroz, pois o rodado tandem auxilia no equilíbrio quando forem transpassadas as taipasarroz, pois o rodado tandem auxilia no equilíbrio quando forem transpassadas as taipas”””””

Novembro 08 • 17

Fotos Fankhauser

nismo no qual evita que a água contaminadaretorne à fonte, fazendo o que é chamado dereabastecimento ecológico.

Já o conjunto de válvulas é composto portrês válvulas principais das quais desempe-nham varias funções. Com um simples girode seus manípulos, se consegue lavar o fras-co do produto, deslocar o produto que ficouno reservatório do lava frascos até o tanque Opcional, o kit comando a cabo hidráulico/água pode

ser instalado no comando de água e no hidráulico

O conjunto de válvulas é composto por três válvulasprincipais que desempenham varias funções

principal, deslocar água limpa do tanque derinsagem de 200 litros até o tanque principalde 2.200 litros e reabastecer o pulverizador.Para abastecer e para pulverizar não é neces-sário girar nenhum manipulo, deste conjun-to de válvulas.

BOMBA TIPO MEMBRANASA bomba que equipa o Garça possui qua-

tro cabeçotes e quatro pistões. Com a ajudadas membranas, confeccionadas em mate-rial resistente aos diversos tipos de produ-

Marcador de linha é um dos itensopcionais do 6200 Garça

Page 18: Maquinas 80

18 • Novembro 08

tos existentes no mercado, utilizados parafins agrícolas (tratamentos em culturas),elas impulsionam a água até os comandosde regulagem de vazão. A bomba possui umacâmara de ar que ajuda a manter o jato sem-pre constante. A capacidade de vazão é de160 litros/minuto e a pressão máxima é de20bar; o óleo utilizado é “SAE 20W 40” edeve ser sempre mantido no nível, mostra-do através de um visor.

O tanque misturador de produtos e lava-frascos, confeccionado em polietileno de alta

resistência, é acoplado junto ao tanque prin-cipal por um sistema de engate rápido. Osfiltros de linha são eficazes quanto ao nãoentupimento das pontas de pulverização,além de ajudar a aumentar a durabilidadedos bicos

BICOSOs pulverizadores 6200 Garça saem de

fábrica equipados com dispositivo “D” de pul-verização, válvula anti-gotejo “V” e ponta (P)de uso ampliado. OPCIONAIS

Além dos diversos itens de série, diversosopcionais são oferecidos para personalizar o6200 Garça de acordo com necessidades es-pecíficas de cada propriedade.

Um dos opcionais é o comando CRV dequatro seções, que mantém constante a pres-são nos bicos, independente do número desegmentos das barras em uso, é de fácil ma-nuseio e possui uma válvula especial (válvu-la de segurança - verde) que evita sobrecar-gas no sistema. Seu manômetro é banhado

A bomba tipo membrana possui quatro cabeçotes equatro pistões e ajuda a manter a vazão constante

Reservatórios do marcador de linha (acima) e tanquede água limpa (abaixo) também são de polietileno

Tanque misturador de produtos e lava-frascos é acopladojunto ao tanque principal por sistema de engate rápido

O comando CRV de quatro seções mantém constante a pressão nosbicos independentemente do número de segmentos das barras em uso

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Novembro 08 • 19

“Se o produtor preferir“Se o produtor preferir“Se o produtor preferir“Se o produtor preferir“Se o produtor preferir, pode equipar o pulverizad, pode equipar o pulverizad, pode equipar o pulverizad, pode equipar o pulverizad, pode equipar o pulverizadooooor com navegador via satélite. Tr com navegador via satélite. Tr com navegador via satélite. Tr com navegador via satélite. Tr com navegador via satélite. Trata-se de um computador derata-se de um computador derata-se de um computador derata-se de um computador derata-se de um computador demão, com display luminoso de 4’’, que torna os trabalhos de pulverização no campo muito mais precisos”mão, com display luminoso de 4’’, que torna os trabalhos de pulverização no campo muito mais precisos”mão, com display luminoso de 4’’, que torna os trabalhos de pulverização no campo muito mais precisos”mão, com display luminoso de 4’’, que torna os trabalhos de pulverização no campo muito mais precisos”mão, com display luminoso de 4’’, que torna os trabalhos de pulverização no campo muito mais precisos”

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Detalhes do filtro de linha e bicos simplescom válvula de antigotejo

em glicerina.

CORPO DE BICOS TRIPLOSOutro opcional é o corpo de bicos tri-

plos. De fácil manejo basta girar e em pou-co tempo obter a ponta de bico ideal para otratamento a ser realizado. Os pulverizado-res 6200 Garça saem equipados com dispo-sitivo “D” de pulverização, válvula antigo-tejo “V” e bicos de pulverização (P) de usoampliado.

Marcadores de linha também são ofere-cidos como opcionais. Esse equipamentopode ser acionado através de um comandoque fica fixado na cabina do trator e ligado àbateria do mesmo. O reservatório para esseproduto é confeccionado em polietileno dealta resistência, sua capacidade volumétricaé de 20 litros.

Para aplicações que exijam um controlemais criterioso, é oferecido o comando re-gulador eletrônico, que alia simplicidadepara a aplicação computadorizada. Esse co-mando informa a vazão, tipo de trabalho,quantidade pulverizada, tempo trabalhado,dosagem programada, dosagem média, bicoutilizado, data e hora do início do tratamen-to, volume, pressão, velocidade do pulveri-zador e superfície já coberta. Também fa-zem parte do pacote tensão de alimentaçãode 12 Vcc e placa de memória para registraros dados de trabalho.

Como opcionais, também são oferecidos comandoregulador eletrônico, GPS e comando regulador elétrico

Como item opcional, o produtor pode configurar o pulverizador com corpo debicos triplos, que facilita o manuseio na hora da aplicação

Se o produtor preferir, pode equipar opulverizador com navegador via satélite.Trata-se de um computador de mão, comdisplay luminoso de 4’’, que torna os tra-balhos de pulverização no campo muitomais precisos. Com o auxílio deste equi-pamento é possível realizar aplicação comtaxas variáveis, corte automático das se-ções de barra e/ou válvula geral, comuni-cação sem cabos com outros dispositivos,como por exemplo, o comando reguladoreletrônico, fazer o registro de trabalhos emmemória interna.

Ainda são opcionais o comando regula-dor elétrico e os comandos a cabo. O regula-dor elétrico permite o ajuste de pressão pelosimples toque de uma tecla. É possível a aber-tura e fechamento das secções de barras in-dividual ou totalmente, possui manômetro

. M

banhado em glicerina.Já o kit de comando a cabo hidráulico/

água proporciona maior agilidade e confortopara o operador na aplicação do produto quí-mico com colocação dos comandos dentroda cabina do trator, podem ser instalados nocomando de água e no comando hidráulicodo pulverizador.

Fotos Fankhauser

Page 20: Maquinas 80

20 • Novembro 08

segurança

Oassunto defensivos tem desperta-do grande interesse da sociedade,principalmente em função da sua

relação direta com alguns aspectos da susten-tabilidade da agricultura, tais como a contami-nação ambiental, a contaminação dos alimen-tos, dos trabalhadores e os custos sociais envol-vidos. Trabalhar, portanto, a segurança no usodestes produtos, mais do que necessário, podeser considerada uma necessidade à saúde pú-blica. Entendendo-se que dentro dos princípi-os básicos, a segurança deve ser trabalhada ini-cialmente na fonte, posteriormente na trajetó-ria e finalmente no indivíduo, este artigo tentadiscutir como a Tecnologia de Aplicação deDefensivos vem auxiliando neste processo.

Trabalhar a segurança nos sistemas de apli-cação, ou a segurança na fonte, é uma das maisimportantes medidas a serem tomadas comobusca da segurança na aplicação, uma vez querepresenta uma medida coletiva de controle.Apesar de ser rotina em países europeus, ondea certificação de pulverizadores novos e em usoé obrigatória, no Brasil tais atividades come-çam a aparecer não ainda como uma atividadeestruturada, mas como iniciativa de pessoas ou

instituições preocupadas com a área.Como exemplo, auditores fiscais

integrantes do Programa

Estadual Rural da Delegacia Regional do Tra-balho de São Paulo, do Ministério do Trabalhoe Emprego (MTE), em parceria com empre-sas-membros da Abimaq (Associação Brasilei-ra da Indústria de Máquinas e Equipamentos)e o Centro de Engenharia e Automação do Ins-tituto Agronômico (CEA/IAC), discutiramdurante dois anos (2004-2006), através de reu-niões mensais, normas de segurança para pul-verizadores. Tais discussões tiveram por objeti-vo definir padrões mínimos de segurança parapulverizadores novos, fazendo com que itensde segurança deixem de ser opcionais, comoforma de redução de custo do equipamento,para serem obrigatórios. Destas discussões, trêsdiferentes conjuntos harmonizados de padrões(pulverizadores automotrizes, montados/tra-cionados e costais) foram elaborados e hojeencontram-se no MTE em Brasília, integran-do as discussões de revisão da Norma Regula-mentadora (NR) 12 – Máquinas e Equipa-mentos. Ao final da revisão, qualquer pulveri-zador que não atenda aos padrões de segu-rança ali especificados não poderá ser comer-cializado no Brasil.

Também na área de pulverizadores novos,foi recentemente restabelecida na AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas (ABNT), den-

tro do CB 04 – Comitê Brasileiro de Máquinase Equipamentos Mecânicos, a CE 04:015.10 –Comissão de Estudos de Máquinas e Imple-mentos para Aplicação de Defensivos. Tal CE,que é aberta a todos os interessados (fabrican-tes, pesquisadores ou usuários), visa discutirnormas de qualidade e segurança para pulveri-zadores que, depois de elaboradas, discutidas eavaliadas através de consulta pública, tornam-se uma Norma Brasileira (ABNT NBR), quetem caráter voluntário mas pode tornar-se obri-gatória quando essa condição é estabelecida pelopoder público. Assim, a definição de padrõesde qualidade representa um importante primei-ro passo na certificação da qualidade dos equi-pamentos disponibilizados ao agricultor e con-seqüentemente da segurança da operação.

Não só os equipamentos novos devem terboas características de segurança, como tam-bém se deve certificar de que estes as mante-nham durante sua vida útil. Para isso, paíseseuropeus desenvolveram padrões específicos dequalidade para pulverizadores em uso e, em al-guns deles como Alemanha e Bélgica, os pulve-rizadores devem ser reavaliados e certificadosperiodicamente. No Brasil, iniciativas deste tipocomeçam a acontecer. Projetos como o IPP –Inspeção Periódica de Pulverizadores, coorde-

Busca pela segurançaApesar de já existirem diversas iniciativas para conscientizar sobre a segurança na

aplicação de defensivos e implementar medidas concretas, a realidade brasileiraainda está distante de índices como os da Europa, por exemplo, que exige a

certificação de pulverizadores antes mesmo de saírem da fábrica

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“““““TTTTTrabalhar a segurança nos sistemas de aplicação, ou a segurança na fonte, é uma das mais importantes medidas arabalhar a segurança nos sistemas de aplicação, ou a segurança na fonte, é uma das mais importantes medidas arabalhar a segurança nos sistemas de aplicação, ou a segurança na fonte, é uma das mais importantes medidas arabalhar a segurança nos sistemas de aplicação, ou a segurança na fonte, é uma das mais importantes medidas arabalhar a segurança nos sistemas de aplicação, ou a segurança na fonte, é uma das mais importantes medidas aserem tomadas como busca da segurança na aplicação, uma vez que representa uma medida coletiva de controleserem tomadas como busca da segurança na aplicação, uma vez que representa uma medida coletiva de controleserem tomadas como busca da segurança na aplicação, uma vez que representa uma medida coletiva de controleserem tomadas como busca da segurança na aplicação, uma vez que representa uma medida coletiva de controleserem tomadas como busca da segurança na aplicação, uma vez que representa uma medida coletiva de controle”””””

Em alguns países como Alemanha e Bélgica, ospulverizadores saem de fábrica certificados e devem

ser reavaliados e certificados periodicamente

nado pela Unesp-Botucatu-SP, financiado ini-cialmente pela Fapesp – Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de São Paulo - e desen-volvido junto a produtores de grãos de diferen-tes estados; o Sistema de Inspeção de Pulveri-zadores Epagri, coordenado pela Epagri – Em-presa de Pesquisa Agropecuária e ExtensãoRural de Santa Catarina S.A. - realizado emparceria com a Basf e desenvolvido junto a pro-dutores de maçã integrantes do sistema de Pro-dução Integrada de Maçã (PIM) nos estadosde Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul,que já em 2006 atuava em 80% dos produtoresintegrados ao PIM; e o Programa “ApliqueBem”, coordenado pelo CEA/IAC em parceriacom a Arysta LifeScience, que foi iniciado em2007, trabalha com todos os tipos de pulveri-zadores e culturas, exceto aeronaves, e tambémtem atuação em vários estados brasileiros, ten-do avaliado em seu primeiro ano 91 pulveriza-dores em 89 cidades de oito estados, já são rea-lidade na agricultura brasileira. De uma formageral, observa-se que o nível de entendimentosobre a periculosidade do uso dos pulverizado-

res é bastante baixo. A manutenção inadequa-da dos equipamentos e o próprio desconheci-mento sobre a forma correta de utilização fa-zem com que os mesmos estejam sujeitos a pro-blemas como vazamentos ou rompimento demangueiras durante a operação, aumentandoassim o risco de contaminação dos aplicadores

por uma exposição acidental à calda de pulve-rização. Apesar de uma harmonização dos pa-drões adotados ainda ser necessária para queos dados sejam comparáveis, em todos eles, ospadrões iniciais de reprovação foram superio-res a 60%, chegando mesmo próximos a 100%para alguns modelos de pulverizadores, o que

Fotos Claas

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devidamente convencidos da qualidade da téc-nica apresentada.

Como se pode perceber, trabalhar a segu-rança e a saúde do trabalho no meio rural não étarefa simples, depende da integração de dife-rentes atores e muito há ainda a ser feito. En-tretanto, várias ações no sentido de melhorarsegurança e a qualidade de vida do aplicador, asegurança ambiental e a segurança alimentarestão sendo observadas. Simplesmente puniros agricultores e trabalhadores não resolverá oproblema. Ele só poderá ser solucionado atra-vés de uma ação conjunta, envolvendo o setorregulador, a pesquisa, a extensão, a iniciativaprivada e, principalmente, os profissionais liga-dos à segurança e à saúde no trabalho com de-fensivos. Mais do que acharmos os culpados,precisamos buscar as soluções.

Independente da quantidade de defensivos e dotipo de equipamento a ser utilizado, é

indispensável o uso de EPIs

Operador usando todos os equipamentosnecessários para manuseio de produtos

químicos: regra que nem sempre é seguida

Flagrantes de trabalhadores sem o usode nenhum tipo de EPI são comuns nas

lavouras brasileiras

justificaria uma melhor atenção para esta ativi-dade por parte de técnicos e autoridades com-petentes.

Apesar de muito importante, um equipa-mento de boa qualidade não garante a qualida-de da aplicação. Ele deve estar adequado às con-dições da praga (localização na planta), do pro-duto (capacidade de redistribuição na planta),da cultura (porte e enfolhamento) e das condi-ções ambientais, para proporcionar um controleadequado, ao menor custo possível e com omínimo de contaminação de outras áreas. Nestesentido, estudos de tecnologia de aplicação sãoimportantes e devem ser estimulados. Comoexemplo, pontas de pulverização que produzamgotas muito pequenas, com elevado risco dederiva (carregamento pelo vento), ou mesmotécnicas que promovam a excessiva exposiçãodo aplicador ao produto, elevando os riscos decontaminações tanto crônicas quanto agudas,devem ser legalmente proibidas. Entretanto, talproibição deve ser precedida de estudos e di-vulgação em massa de métodos alternativos, quepermitam ao produtor continuar sua ativida-de. Como exemplo, em culturas típicas de pe-quenas propriedades como a olericultura e afloricultura, segundo dados do Programa deSegurança e Saúde do Trabalhador Rural (PSS-TR), convênio entre a Secretaria de Agricultu-ra e Abastecimento do Estado de São Paulo(SAA-SP) e a Fundacentro do Ministério doTrabalho e Emprego (MTE), obtidos no finalda década de 90, 85% dos agricultores entre-vistados utilizavam pulverizadores costais ousemi-estacionários, onde a distância entre ooperador e o bico de pulverização é via de regrabastante curta e o aplicador pulveriza à frentedo seu corpo, cortando a nuvem de pulveriza-ção ao caminhar, e 55% dos trabalhadores naolericultura e 70% dos trabalhadores na flori-cultura afirmaram pulverizar durante o anotodo. Tal situação já deveria ser suficiente paraalertar de que algo grave possa estar acontecen-

do e desencadear linhas de pesquisa que possi-bilitem a redução dos problemas esperados,mesmo tais culturas ocupando áreas muitomenores se comparadas a outras como soja oumilho, onde as aplicações são mecanizadas, con-centradas em um curto período do ano e com afonte de pulverização muito distante do apli-cador. Trabalhos realizados pelo CEA/IAC de-monstram que, apenas alterando a forma deaplicação, como na seleção de pontas adequa-das, ou o sentido de caminhamento ou mesmodesenvolvendo pequenas alterações no equipa-mento, como o uso da barra às costas ou barrasprotegidas, é possível reduzir em até 70% o vo-lume de calda aplicada e em mais de 90% orisco de contaminação do aplicador. Tais resul-tados têm sido corroborados pela pesquisa par-ticipativa feita dentro do Programa ApliqueBem, onde alterações simples resultam em enor-mes benefícios à segurança, além do que, aocontrário do que muitos dizem, os agricultoressão ávidos por informações de qualidade, mu-dando seus hábitos sem muito esforço quando

Kiyoshi Yanai,Hamilton Humberto Ramos eViviane Corrêa Aguiar,IAC

Fotos Divulgação

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café

Nos últimos anos a tecnologia deaplicação tem sido alvo de vá-rios estudos, sendo os principais

o uso de adjuvantes, o uso de pulverizadorescom assistência de ar na barra, o uso de pulve-rização eletrostática, tudo isso visando a redu-ção do volume de calda por hectare, diminuin-do assim os desperdícios de defensivos agríco-las e conseqüentemente a contaminação do am-biente. A redução do volume de calda tem van-tagens como aumento na capacidade operacio-nal dos pulverizadores, diminuindo o tempode parada para reabastecimento e também ocusto da pulverização, devido à menor quanti-dade de água que precisa ser transportada parao local da pulverização. Por outro lado, a redu-ção do volume de calda, com a manutençãodos mesmos equipamentos, acarreta uma di-minuição na cobertura foliar, sendo necessári-

os maiores cuidados durante a aplicação e o usode pulverizadores mais eficientes, principalmen-te no que se refere à subdivisão do líquido emgotas.

Na cultura do café, a aplicação de defensi-vos começou a se destacar na década de 50,devido ao aparecimento da broca do cafeeiro,

praga que ameaçava destruir as lavouras exis-tentes naquela época. Mais tarde, no início dadécada de 70, a tecnologia de aplicação desta-cou-se ainda mais, devido à descoberta da fer-rugem do cafeeiro, praga que também ameaça-va a cafeicultura nacional.

Como no café existem vários tipos de pra-

Ainda em operação, apulverização aérea em cafezaisteve seu auge na década de 50

Para cada situação específica, em pequenas ou grandes lavourasde café, existem pulverizadores diferentes, com características e

tecnologias apropriadas a cada tipo de manejo

Para cada situação específica, em pequenas ou grandes lavourasde café, existem pulverizadores diferentes, com características e

tecnologias apropriadas a cada tipo de manejo

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Para aplicarPara aplicarW

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“““““Como no café existem vários tipos de pragas e doenças, é muitoComo no café existem vários tipos de pragas e doenças, é muitoComo no café existem vários tipos de pragas e doenças, é muitoComo no café existem vários tipos de pragas e doenças, é muitoComo no café existem vários tipos de pragas e doenças, é muitoimportante que se dê atenção especial à cobertura da pulverizaçãoimportante que se dê atenção especial à cobertura da pulverizaçãoimportante que se dê atenção especial à cobertura da pulverizaçãoimportante que se dê atenção especial à cobertura da pulverizaçãoimportante que se dê atenção especial à cobertura da pulverização”””””

gas e doenças, é muito importante que se dêatenção especial à cobertura da pulverização,visando sempre uma alta eficácia do tratamen-to fitossanitário, visando também uma pulve-rização sem danos ao meio ambiente. No casoda aplicação de alguns fungicidas para o con-trole de determinadas doenças, onde qualquerárea desprotegida é porta de entrada para opatógeno, a cobertura da pulverização temuma grande influência na eficiência do trata-mento, desse modo uma baixa cobertura foli-ar resulta em uma baixa eficácia de controle.No caso dos inseticidas a cobertura da pulve-rização não precisa ser exatamente semelhan-te à cobertura dos fungicidas, pois, além daspragas serem geralmente móveis, os insetici-das agem de diversas formas, como: contato,ingestão, translocação. Portanto, a coberturada pulverização tem que ser de acordo com oalvo desejado, sempre evitando que ocorradeposição de calda fora do alvo, evitando as-sim desperdícios de defensivos e também evi-tando a contaminação ambiental.

APLICAÇÃO DE PRODUTOS VIA FOLHAA aplicação de produtos via folha na cultu-

ra do café pode ser realizada por via aérea outerrestre, sendo a aplicação terrestre predomi-nante na maioria das lavouras.

A aplicação aérea em cafezais foi muito usa-da na década de 50, para o combate à broca docafeeiro, que ameaçava destruir os cafezais exis-tentes na época. O fato de as lavouras seremimplantadas em áreas recém-desmatadas e ode não existir máquinas adequadas para as pul-verizações terrestres, tornaram a pulverizaçãoaérea uma valiosa ferramenta no combate a essapraga. No que se refere à ferrugem do cafeeirousando fungicidas cúpricos, trabalhos mostra-ram que para se conseguir uma deposição e umresultado satisfatório, era necessário realizarduas passadas no mesmo lugar, o que aumen-tava muito o custo da pulverização.

Os aviões usados na época não eram de uso

exclusivamente agrícola, eram aeronaves mo-dificadas e adaptadas para o uso nas lavouras.Atualmente a pulverização aérea não está sen-do usada nas lavouras cafeeiras, devido a inú-meros fatores, como, por exemplo, falta de co-nhecimento desta técnica de aplicação, tantopor parte dos produtores rurais quanto dos res-ponsáveis técnicos.

O uso de aplicações aéreas com helicópte-ros foi no passado, mas, devido ao alto custooperacional, tornou–se excessivamente caro estetipo de aplicação. O helicóptero tem como van-tagem a capacidade de poder acompanhar orelevo, mantendo sempre uma altura constan-te de vôo.

PULVERIZAÇÃO TERRESTREÉ o processo mais utilizado na cafeicultu-

ra, atualmente, e existem vários equipamentospara esse fim, desde equipamentos de tração

Pulverizadores de pressão constante trabalhamcom o líquido pressurizado, mantendo uma

vazão constante na hora de aplicar

Os pulverizadores pneumáticos possuem canhãosuperior direcionável, que impulsiona o produto sobre ocafeeiro, atingindo faixas de dez a 40 metros de largura

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animal, tração humana e equipamentos moto-rizados e tratorizados, entre os quais podemoscitar os pulverizadores costais manuais, costaismotorizados, costais de pressão constante, pul-verizadores pneumáticos e hidropneumáticos.

Hidráulicos costais manuaisSão pulverizadores equipados com tanque

de até 20 litros, geralmente de plástico, onde apressão é obtida através de uma bomba hi-dráulica acionada por alavanca manual. A pres-são varia de acordo com a freqüência de acio-namento da alavanca e alguns modelos são equi-pados com uma válvula reguladora de pressão,onde só ocorre a passagem do líquido quando omesmo atinge uma determinada pressão.

É um equipamento usado desde pequenosaté grandes produtores, em lavouras em for-mação e em lavouras em produção, tanto paraaplicação no dossel da cultura, quanto paraaplicação de herbicidas nas entrelinhas do ca-feeiro. Muito usado em lavouras onde a incli-nação do relevo não permite a entrada de pul-verizadores tratorizados. O seu rendimentodepende do porte das plantas e do volume decalda utilizada.

Costais hidráulicos de pressão constanteSão pulverizadores semelhantes ao costal

manual, com a vantagem de não precisar aci-onar a alavanca. Existem dois tipos disponí-veis no mercado: um com o qual o bombea-mento é feito com o equipamento ainda nochão, antes de iniciar a pulverização, e a pres-são interna é mantida por um sistema de vál-vulas, e o outro o líquido é carregado sob pres-são, oriundo de um depósito com capacidadepara 400 a dois mil litros, acionado por trator,bastando o trabalhador carregar o equipamen-to nas costas e manejar a lança de pulveriza-

ção, até acabar a calda.

Pulverizadores hidropneumáticosSão pulverizadores dotados de ventilador

axial, onde a corrente de ar arrasta as gotas pro-duzidas por bicos hidráulicos. Os bicos são dis-postos em dois ramais (semicírculos) e permi-tem tratar os dois lados da fileira de café, con-tribuindo para um aumento na capacidadeoperacional do conjunto trator-pulverizador.São equipamentos recomendados para grandeslavouras, devido ao grande rendimento opera-cional e eficiência da aplicação. Não são reco-mendados para lavouras adensadas ou semi-adensadas e para lavouras implantadas em ter-renos inclinados.

Atualmente existem no mercado brasileirodois tipos de pulverizadores hidropneumáticos.O primeiro tipo é um equipamento acopladoao sistema de levante hidráulico de três pontostrator, acionado pela TDP, com tanques de 200a 600 litros. O segundo tipo é um equipamen-to tracionado pela barra de tração, também aci-onado pela TDP, com tanque de mil a dois mil

litros, e possui um grande rendimento operaci-onal.

Devido à pressão exercida pelo ventiladorpodem trabalhar à baixa pressão, diminuindoassim a deriva e a evaporação e propiciando umaboa penetração no dossel do cafeeiro. Este tipode pulverizador pode ser adaptado para funci-onar com o sistema de mangueiras, dependen-do do tipo de tratamento e do porte da lavoura.

Pulverizadores pneumáticosSão equipamentos com tanque de capaci-

dade de 400 a 600 litros, acoplados ao trator eacionados pela TDP. O líquido e o ar saem porum canhão superior direcionável, sendo impul-sionados sobre o cafeeiro, atingindo grandesfaixas, de dez a 40 metros de largura. A largurada faixa depende da capacidade do ventilador,da direção e velocidade do vento, da tempera-tura e umidade relativa do ar. Devido ao pe-queno tamanho das gotas neste tipo de pulve-rizador deve-se tomar muito cuidado com aderiva e evaporação das gotas, dando priorida-de para o uso somente nas horas mais frescas,como por exemplo no final da tarde e à noite,onde a temperatura é mais baixa e ocorre me-nos vento.

É um equipamento muito usado em áreasde declive acentuado, onde o opera nos carrea-dores em nível e o líquido pulverizado é lança-do morro abaixo, atingindo, de forma irregular,a parte superior dos cafeeiros. Este equipamentoaplica-se também em lavouras adensadas esemi-adensadas.

Costais pneumáticos motorizadosSão pulverizadores cuja divisão do líquido

Costais de pressão constantetambém podem ser movidospor motores a gasolina

Pulverizadores hidráulicos de barra protegida sãousados para aplicação de herbicidas, sob a saia do

cafeeiro e nas entrelinhas de lavouras formadas

Jacto

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“““““A aplicação aérea em cafezais foi muito usada na década de 50, para o combateA aplicação aérea em cafezais foi muito usada na década de 50, para o combateA aplicação aérea em cafezais foi muito usada na década de 50, para o combateA aplicação aérea em cafezais foi muito usada na década de 50, para o combateA aplicação aérea em cafezais foi muito usada na década de 50, para o combateà broca do cafeeiro, que ameaçava destruir os cafezais existentes na época”à broca do cafeeiro, que ameaçava destruir os cafezais existentes na época”à broca do cafeeiro, que ameaçava destruir os cafezais existentes na época”à broca do cafeeiro, que ameaçava destruir os cafezais existentes na época”à broca do cafeeiro, que ameaçava destruir os cafezais existentes na época”

em gotas e o transporte dessas gotas até o alvosão feitos devido à grande corrente de ar, pro-duzida por um ventilador centrífugo, acionadopor um motor de dois tempos (2 a 3,5cv). Sãoequipados com tanque de capacidade de dez a18 litros. Devido ao acionamento do ventila-dor por um motor de combustão interna, essetipo de pulverizador apresenta um elevado ní-vel de ruído para o operador, em torno de 100dB, limite bem acima do permitido para umajornada de oito horas diárias de trabalho.

Alguns modelos possuem bombas centrí-fugas, o que permite pulverizar com a lança dopulverizador inclinada para cima e, também,para manter a agitação da calda constante.

Pulverizadores hidráulicos de barra protegidaEquipado com tanque de 200 a 600 litros,

montados nos sistema de levante hidráulico detrês pontos do trator e acionado pela TDP. Sãousados para aplicação de herbicida, sob a saiado cafeeiro e nas entrelinhas de lavouras for-madas. Apresentam alto rendimento e só po-

dem ser usados em lavouras planas.

Aplicação de produtos sólidosOs equipamentos para aplicação de produ-

tos granulados, via solo, podem ser de operaçãotratorizada (granuladoras), de tração animal oumanual (matraca).

As granuladoras tratorizadas são acopladasao trator através dos três pontos do sistema delevante hidráulico, acionadas pela TDP ou poruma roda motriz, possuindo um depósito su-perior, que é carregado com os grânulos do pro-duto. O dispositivo dosador, localizado no fun-do do depósito, pode ser de discos ou de cana-letas.

Na parte inferior da máquina existe um sis-tema de discos sulcadores, que abre um peque-no sulco no solo, atrás do qual fica um tubo poronde fluem os grânulos até o sulco recém-aber-to. Logo atrás, vem uma corrente cobrindo osulco e os grânulos com terra.

As granuladoras manuais (matracas) devemser de modelo especial, de plástico com dispo-sitivo dosador regulável com boa precisão. Existeum modelo novo de matraca no mercado, ondeos grânulos ficam armazenados em um depó-

sito costal (mochila) e acoplado à matraca atra-vés de uma mangueira flexível.

Aplicação de produtos líquidos via soloNos últimos anos foram lançadas no mer-

cado formulações de inseticidas e fungicidaspara o uso no solo, via líquido. São formulaçõesgranuladas para serem diluídas na água e osequipamentos usados para essas aplicaçõespodem ser de vários tipos: a matraca líquida,que injeta o produto a 5cm no solo: pulveriza-dor costal manual com dosador universal, quecoloca o líquido debaixo e próximo do pé decafé, em cobertura no solo, e as adaptações emtrator, com tanque e bomba acoplados na mes-ma plataforma da granuladora.

As granuladoras tratorizadas são acopladas ao tratoratravés dos três pontos do sistema de levante

hidráulico, acionadas pela TDP ou por uma roda motriz

Para aplicação de produtos líquidos viasolo, existem equipamentos especiais,

acoplados no trator ou costais

Ronaldo Goulart Magno JúniorMauri Martins Teixeira eWalter Luís de Castro Mewes,UFV

Divulgação Ronaldo Goulart Charles Echer

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Technofarm

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Os tratores da linha Technofarmpossuem motor da nova gera-ção Perkins (tier II), que reúne

alta potência e economia de combustível,sobretudo, respeitando o meio ambiente. Osquatro modelos desta linha possuem moto-res de três e quatro cilindros aspirados e tur-binados, com potências de 58,5cv a 75cv. Sãomotores Perkins da série 1103C para os trêscilindros com 3.300 cilindradas e para os qua-tro cilindros 1104C com 4.400 cilindradas,possuem uma rotação de trabalho de2.200rpm e uma rotação de torque máximode 1.400rpm, com torque de 222Nm a256Nm. Eles contam com sistema de con-trole de emissão de gases à camada de ozô-nio, ou seja, são motores emissionados.

Os motores Perkins usados nestes tra-tores possuem cabeçote de fluxo cruzado econdutores de admissão em aspiral, melho-rando, assim, a concentração de oxigênio nacâmara de combustão. Possuem sistema deinjeção com bomba rotativa Delphi, de úl-tima geração.

O capô é feito em peça única, agilizan-do assim a manutenção do mo-tor, filtros de ar e filtro decombustível. O fil-

tro de ar com elemento duplo filtrante é defácil acesso, localizado na dianteira do tra-tor, buscando agilidade na hora da manu-tenção, e toda a linha possui sistema de par-tida a frio para as regiões de temperaturasmais baixas.

TRANSMISSÃOA linha Technofarm da Landini já sai

de fábrica com uma das transmissões maiscompletas do mercado para a sua categoria,possibilitando 12 velocidades à frente, de1,3 a 28km/h ou com seis velocidades den-tro da faixa de trabalho de 4 a 12km/h, e 12velocidades à ré com velocidades similares.

A sua transmissão busca a máxima efi-ciência do conjunto, motor e caixa de velo-cidades, garantindo, assim, que se tenha umótimo aproveitamento do torque do motor.A transmissão tem engrenagens de denteshelicoidais, buscando engrenamentos cons-tantes com o mínimo de ruído e baixo aque-cimento, totalmente sincroni-zada. Esse mo-

delo traz como item de série um inversor desentido mecânico sincronizado, ou seja, namarcha que o trator está à frente o opera-dor pode reverter o sentido sem ter a neces-sidade de modificar a alavanca de marchas,o que facilita os trabalhos que exijam ma-nobras rápidas.

Para trabalhos que exijam velocidadessuper-reduzidas eles podem vir equipadoscom transmissão de 24 velocidades à fren-te, com velocidade mínima de 300m/h, e 24velocidades à ré, com velocidades simila-res, todas sincronizadas.

Possuem como item de série uma em-breagem dupla com disco cerametálico de305mm de espessura, marca Luk.

TOMADA DE FORÇAA tomada de força de acionamento me-

cânico é totalmente independente, propor-ciona agilidade e melhor desempenho ope-racional nas operações que exijam este sis-tema e uma maior versatilidade em aplica-ções que utilizam TDP pela sua vasta op-ção das velocidades de trabalho. A veloci-dade 540 normal pode ser usada para tra-balhos convencionais, como roçadoras, for-rageiras etc, com rotação do motor de1.944rpm. Outra opção é a 540E, utilizada

TechnofarmA linha de tratores Technofarm da Landini possui

configuração para trabalhar em atividades agrícolasem pequenas ou médias propriedades

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“““““Os quatro modelos desta linha possuem motores de três e quatroOs quatro modelos desta linha possuem motores de três e quatroOs quatro modelos desta linha possuem motores de três e quatroOs quatro modelos desta linha possuem motores de três e quatroOs quatro modelos desta linha possuem motores de três e quatrocilindros aspirados e turbinados, com potências de 65cv a 75cvcilindros aspirados e turbinados, com potências de 65cv a 75cvcilindros aspirados e turbinados, com potências de 65cv a 75cvcilindros aspirados e turbinados, com potências de 65cv a 75cvcilindros aspirados e turbinados, com potências de 65cv a 75cv”””””

Novembro 08 • 29

Fotos Landini

para trabalhos com motores estacionários,obtendo a mesma rotação de 540 no eixo desaída, mas com uma rotação mais baixa domotor, de 1.392,rpm propiciando assim umaeconomia de combustível.

A linha Technofarm possui também aTDP sincronizada com a roda, onde a rota-ção do eixo da TDP é proporcional ao girodas rodas do trator em uma proporção de 1para 11, o que facilita as operações de lim-peza nas aplicações que exijam desembu-chamento do implemento, na medida emque reverte o eixo de saída ao inverter o sen-tido do trator, como forrageiras,

A limpeza de filtros e a manutenção das baterias e faróis podemser feitas com facilidade na parte dianteira do trator

O capô, feito numa única peça, bascula totalmente,facilitando o acesso ao motor

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distribuidores de calcário, adubadeiras, pul-verizadores etc.

EIXO DIANTEIROOs tratores da série Technofarm podem

vir na versão 4x4 e 4x2. As versões 4x4 pos-suem acionamento mecânico por uma ala-vanca localizada ao lado direito do opera-dor. Possuem raio de giro de 52 a 55 graus,ou seja, podem dar um giro de 360 graus

em apenas 4.100mm, graças a seu eixo di-anteiro coaxial, ou seja, o cardam de acio-namento é central e não lateral, sem juntasuniversais (cruzetas), sendo acoplado porluvas contrapinadas, diminuindo assim aperda de potência no sistema. Possui umcilindro de direção de efeito duplo e um dosmaiores vãos livres da categoria, com 42,5cm. Toda a linha pode vir com eixo diantei-ro da marca Landini, Carraro ou ZF.

Para não deixar o volante pesado nasmanobras de cabeceira, o trator contacom uma bomba independente, com va-

O posto do operador possui plataforma com piso antiderrapantee acesso facilitado aos principais comandos do trator

zão de 20 l/min.

SISTEMA HIDRÁULICOOs tratores Technofarm possuem co-

mandos duplos de série, com duas válvu-las de comando de centro aberto de duplaação. E para agilidade deste sistema estáacoplado a uma bomba independente comvazão de 42 l/min, montada externamen-te no trator. Essa linha possui uma capa-cidade de levante hidráulico de 2.700kg,com regulagens de sensibilidade mecâni-ca dos braços inferiores do levantador hi-dráulico. Além disso, conta com estabili-zadores telescópicos nos braços de levan-te, dando mais segurança e estabilidade

Painel analógico-digital com funções instrutivas mostraas principais informações da parte de motor e elétrica

O sistema hidráulico possui comandos duplos de série comduas válvulas de comando de centro aberto e dupla função

As alavancas de marchas e comandos estão localizadasà direita e à esquerda do posto do operador

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“““““Os tratores TOs tratores TOs tratores TOs tratores TOs tratores Technofarm possuem comandos duplos de série comechnofarm possuem comandos duplos de série comechnofarm possuem comandos duplos de série comechnofarm possuem comandos duplos de série comechnofarm possuem comandos duplos de série comduas válvulas de comando de centro aberto de dupla açãoduas válvulas de comando de centro aberto de dupla açãoduas válvulas de comando de centro aberto de dupla açãoduas válvulas de comando de centro aberto de dupla açãoduas válvulas de comando de centro aberto de dupla ação”””””

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Fotos Landini

nas operações de três pontos.

POSTO DE OPERAÇÃO E SISTEMA ELÉTRICOOs tratores da série Technofarm possu-

em plataforma plana com piso emborracha-do antiderrapante. Contam também comarco de segurança como item de série, res-peitando as normas internacionais de segu-rança. Têm baixo nível de ruído ao nível dooperador, acentos com regulagens de peso ealtura, alavancas de marchas e comandosergonomicamente posicionados para melhorconforto do operador. Possuem um capôarredondado, melhorando, assim, o ângulode visão do operador. As luzes sinalizadorasdão segurança ao transportar o trator sobre

as estradas.A linha Technofarm conta com um pa-

inel analógico-digital totalmente instrutivo,com luzes em cores diferentes para instruiro operador, possui bateria localizada na di-anteira do trator, com capacidade de 100ah,trazendo confiança em trabalhos noturnos.

FREIOSO sistema de freios tem acionamento

hidráulico auto-ajustável, um sistema a dis-co em banho de óleo com grafite e dois pa-cotes com cinco discos cada, que dão segu-rança e confiabilidade nas frenagens. Os frei-os de estacionamento têm acionamentomecânico e o bloqueio do diferencial mecâ-nico é acionado por pedal do lado direito dooperador e desligado pelo pedal de freio.

PNEUSOs pneus que equipam esta linha são

radiais como item de série nos modelos 320/70R20 e 480/70R30, que possibilitam tra-balhar sem câmara de ar, mantendo umavida útil de no mínimo o dobro dos pneusconvencionais. O modelo radial proporcio-na também uma economia de consumo re-lativamente superior à dos pneus convenci-onais, por sua área de contato ser 20% mai-or, diminuindo, assim, o patinamento e oaquecimento dos flancos.

Para os clientes que realmente sentem anecessidade de pneus diagonais são ofereci-dos pneus 18.4x30 e 12.4x24. Estes mode-los de pneus podemos oferecer nas versõesR1 e R2 (pneu com garra maior).

Filtro do óleo e vareta para verificação do nívelsão facilmente acessados pela lateral do motor

Todos os modelos saem de fábrica comarco de segurança certificado

. M

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32 • Novembro 08

distribuição de sementes

Plantio calculadoPrograma computacional para cálculo de engrenagens de semeadoras de precisão é umaferramenta inédita que auxilia os produtores na hora de fazer os cálculos para o plantio

As modernas semeadoras de precisãoestão sendo projetadas para desem-penhar várias funções numa única

passada, realizando a abertura do sulco, dosa-gem de uma quantidade de sementes e adubosnuma disposição e taxa predeterminada, cober-tura do sulco e compactação do solo ao redordas sementes.

As semeadoras devem permitir tambémobter uma regularidade de profundidade e derepartição da semente na linha, alinhamento eespaçamento perfeitos, economia sensível desemente e maior rapidez de trabalho. E paraatingir os objetivos mencionados, as semeado-ras devem ter polivalência em relação ao tipode sementes, distribuição regular e fácil regula-gem, profundidade constante e possibilidadede trabalho a velocidades elevadas.

Atualmente, a semeadora é uma das má-quinas agrícolas utilizadas no processo de pro-dução agrícola que mais incorpora tecnologia.A precisão durante a operação de semeadura égarantida por mecanismos bem projetados, efi-cientes e precisos. Porém, a regulagem adequa-da de seus mecanismos é o fator mais impor-tante que influencia sua precisão.

Durante a regulagem, deve-se estabelecer,inicialmente, para a cultura a ser implantada, adensidade e o espaçamento de semeadura, eem seguida são considerados os fatores relati-vos à semente utilizada – índices de germina-ção, pureza e sobrevivência – informados pelofornecedor de sementes. Finalmente, há que selevar em conta o índice de enchimento do me-

canismo dosador de sementes e a patinagemda roda motriz da semeadora. Estes fatores po-dem interagir e interferir na expressão do po-tencial produtivo da cultura.

INFORMÁTICA NA AGRICULTURAO uso da informática e programas compu-

tacionais no setor agrícola permite atingir obje-tivos específicos na área. Na mecanização agrí-cola, por exemplo, a seleção de máquinas e im-plementos agrícolas adequadas ao sistema deprodução é um processo bastante complexo epode ser auxiliado por meio da informática.

Visando facilitar e tornar de maneira maisrápida a regulagem de uma semeadora de pre-cisão, determinando as engrenagens a seremutilizadas pela máquina, foi desenvol-vido, no setor de Mecanização Agrícolada Universidade Estadual do Norte Flu-

minense Darcy Ribeiro (UENF), um progra-ma computacional para selecionar a combina-ção do sistema de transmissão da máquina pararegulagem da densidade de sementes recomen-dada. Utilizou-se a linguagem de programaçãovoltada para internet PHP versão 5.0.

Para a execução do programa, o usuáriodeverá fornecer alguns dados de entrada –modelo de semeadora; população de plantaspara a área; índices de germinação, pureza, so-brevivência, patinagem do rodado, enchimen-to do disco; número de furos do disco dosador;e espaçamento entre linhas.

Após a entrada de dados, o programa retor-nará o resultado das engrenagens a serem utili-

zadas no sistema de transmissão,de acordo com o mo-

Figura 1 - Principais funções desempenhadas pelas semeadoras de precisão

Kuhn

Met

asa

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“““““A ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciaA ergonomia e a segurança no posto de operação buscam a eficiênciada realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhadorda realização do trabalho com o menor risco possível ao trabalhador”””””

Novembro 08 • 33

delo de máquina selecionado.Com a utilização deste programa compu-

tacional, busca-se a rapidez na saída de dadoscombinado com cálculos precisos de regulagensdas engrenagens, tornando-se assim uma fer-ramenta facilitadora de cálculos, reduzindo er-ros matemáticos e de consultas a tabelas.

O programa desenvolvido apresenta duasversões de execução. A primeira versão de usopela internet, sem a necessidade da instalaçãode qualquer aplicativo. O usuário acessa o en-dereço eletrônico do programa e executa atra-vés da digitação dos dados de entrada. Outraopção é fornecida com a versão de instalação,para o usuário que não possui internet.

No exemplo apresentado, o modelo de se-meadora de precisão utilizado é a MAX SEED-MAX PCR 2226, que apresenta mecanismo dedosagem de sementes do tipo disco perfuradohorizontal. O sistema de acionamento do dis-co de distribuição de sementes é composto porengrenagens, correntes e eixos (Figura 2).

FUNCIONAMENTOO programa para regulagem da semeadora

desenvolvido é de interface amigável e em fun-ção disso pode ser usado por alunos, professo-res ou produtores, com ou sem experiência.

Após iniciar o programa pelo acesso do en-

O índice de enchimento de discos, normal-mente recomendado para semeadoras do tipodisco perfurado horizontal é de 90%, e paramáquinas com sistema de fluxo de ar, conside-ra-se 100%. O usuário pode digitar esta infor-mação se tiver disponível, ou optar pelo dadofornecido pelo programa para cada tipo de sis-tema de distribuição de sementes.

Após a entrada dos dados, o programa cal-cula o espaçamento entre sementes, e retorna-rá para o usuário os valores de combinação deengrenagens dos eixos da semeadora que deve-rão ser utilizados para alcançar o valor maispróximo do espaçamento entre sementes cal-culado.

A rapidez na saída de dados é notória e acombinação dos cálculos de espaçamento en-tre sementes e regulagens das engrenagens damáquina faz do programa uma ferramenta fa-cilitadora de cálculos e consulta a tabelas.

Foi observada ainda a capacidade de adap-tar a linguagem usada pelo programa e o códi-go fonte para atender a demandas de diversaspesquisas, podendo ser utilizado em diferentestipos de máquinas agrícolas.

O projeto contou com o apoio da UENF,FAPERJ e MAX Implementos Agrícolas.

dereço eletrônico ou pela instalação, o usuáriofaz a escolha do modelo da máquina que seráutilizada na implantação da cultura. Em segui-da, o usuário deve fornecer os seguintes dados– população de plantas recomendada para a área(plantas.ha-1); índice de germinação (%), índi-ce de pureza (%); índice de sobrevivência (%);índice de patinagem do rodado da semeadora(%); índice de enchimento do disco dosador(%); número de furos do disco dosador; e espa-çamento entre linhas (m). A população de plan-tas recomendada normalmente é feita em fun-ção da variedade utilizada, clima e região.

Os índices de germinação, pureza e sobre-vivência devem ser informados pelo fornece-dor das sementes – em caso da ausência destesdados, recomenda-se fazer testes em laborató-rio para a determinação destes valores.

O índice de patinagem do rodado da seme-adora é interferido principalmente pelo tipo derodado da máquina, seu peso e tipo de cober-tura do solo – solo descoberto (plantio conven-cional) ou com palhada (plantio direto).

Na ausência do índice de patinagem, pode-se fazer a determinação deste índice de formarápida – Revista Cultivar Máquinas, edição dejulho de 2005. Em testes de determinação depatinagem, observou-se índice de 10,7% parasemeadura em solo descoberto; e 7,2% em solocom palhada. Estes dados podem ser utiliza-dos pelo programa caso o usuário faça a opção.

Figura 2 - Esquema do sistema de acionamento dodisco de distribuição de sementes da semeadora deprecisão SEED-MAX PCR 2226

Pablo Pereira Corrêa KlaverRicardo Ferreira Garcia,UENF

Figura 3 - Tela de entrada de dados do programa para regulagem da semeadora Figura 4 - Tela de resultado do programa com valores de engrenagens a serem utilizadas

. M

Pablo Klaver

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Empresas, administração pública e profissionais liberaisde nível superior têm novas obrigações. A Lei 11.788/08 foi promulgada com o objetivo de valorizar os estu-

dantes e melhor regular suas relações com aqueles que concedemestágio. Contudo, até o meio de novembro, causou redução de40% no número de vagas anunciadas, informa o jornal O Estadode São Paulo.

A nova lei vigora desde 26 de setembro. Os contratos em an-damento continuam regidos pela lei antiga. Todavia, na prorroga-ção, deverão ser adaptados às atuais disposições.

Composta por 22 artigos, a Lei 11.788/08 normatiza estágiosem qualquer área. Podem ser obrigatórios ou não. Na segundahipótese, bolsa (remuneração) e vales-transporte deverão ser for-necidos ao estagiário.

Após um ano de duração, haverá recesso de 30 dias. Se o estagi-ário receber bolsa, terá direito à remuneração durante esse período.Para estágios com duração inferior, o descanso será proporcional.

A jornada do estagiário restringe-se a quatro horas diárias e a20 semanais, para concluintes do Ensino Fundamental. Para es-tudantes do Ensino Superior, profissionalizante e Médio, seis ho-ras diárias e 30 semanais. Neste caso, recomenda-se intervalo de15 minutos após a quarta hora trabalhada, nos termos do artigo71, parágrafo 1º, da CLT.

O contrato pode perdurar por dois anos, salvo para portadoresde deficiência física, para quem não há prazo estabelecido.

Incidem nos períodos de aprendizado as normas sobre saúde esegurança no trabalho. Portanto, os artigos 154 a 201 da CLTdevem ser respeitados. Por exemplo, submetem-se os estagiários aexames para avaliar seu estado de saúde nos momentos do início edo término do contrato.

Importante frisar que as atividades praticadas pelo aluno de-vem ser compatíveis com as constantes do termo de compromissoassinado. Desnaturado o estágio, restará uma relação de empregonormal.

Mais informações podem ser obtidas na Revista Cultivar Jus-tiça nº 41.

ustiça em debateSchubert K. Peter - [email protected]

O estágio mudou

ALei 11.804/08 estabelece o direito da gestante àpercepção de alimentos. Embora o Judiciário já os

deferisse em muitos casos, a nova lei define suas caracte-rísticas. As mais temidas resultam das partes do texto ve-tadas pelo Presidente da República.

Na redação original, a lei previa a necessidade de examepericial para comprovar a paternidade no caso de negativapor parte do réu. Não existindo mais a determinação, aber-ta está a possibilidade para que alguém preste alimentossem ser o pai do nascituro.

Por semelhante modo, caso o resultado do exame peri-cial fosse negativo, poderia o réu receber indenização damulher que ingressou com o processo. Não mais. O Presi-dente entendeu que essa disposição poderia amedrontaras gestantes.

Alimentos Erro médico

A quantidade de processos baseados em erro médi-co no Superior Tribunal de Justiça, 3ª instância ju-

diciária, cresceu mais de 200% desde 2002.Existem três tipos de indenização possível nesses ca-

sos:Em primeiro lugar, o dano moral. Trata-se de uma com-

pensação pelo sofrimento psicológico experimentado por pa-ciente ou por seus familiares em decorrência de ato médico.

Em segundo lugar, tem-se o dano estético, uma repara-ção pelo prejuízo causado à sua aparência, como cicatrizese deformidades.

Por último, há o dano material. Objetiva repor o valordespendido com o tratamento ineficiente e os valores queeventualmente deixou de ganhar por causa do erro, comodias de trabalho, por exemplo.

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