Maquinas 79

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Outubro 2008

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Rodando por aí

Pulverizadores autopropelidos

Cultivo de cana no RS

Contaminação de lubrificantes

Ficha Técnica - Agrale

Estrutura de Proteção na Capotagem

Matéria MDA

Ficha Técnica - Trakker

Manejo por produtividade

Sima 2009

Técnica 4x4

Índice Nossa Capa

John Deere

Destaques

Estrutura que protegeEstrutura de Proteção na Capotagemlogo será item obrigatório nostratores agrícolas no Brasil

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Por falta de espaço, não publicamos as referências bibliográficas citadaspelos autores dos artigos que integram esta edição. Os interessados

podem solicitá-las à redação pelo e-mail:[email protected]

Os artigos em Cultivar não representam nenhum consenso. Não esperamos quetodos os leitores simpatizem ou concordem com o que encontrarem aqui. Muitosirão, fatalmente, discordar. Mas todos os colaboradores serão mantidos. Eles foramselecionados entre os melhores do país em cada área. Acreditamos que podemosfazer mais pelo entendimento dos assuntos quando expomos diferentes opiniões,para que o leitor julgue. Não aceitamos a responsabilidade por conceitos emitidosnos artigos. Aceitamos, apenas, a responsabilidade por ter dado aos autores a opor-tunidade de divulgar seus conhecimentos e expressar suas opiniões.

NOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONESNOSSOS TELEFONES: (53): (53): (53): (53): (53)

• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL• GERAL3028.20003028.20003028.20003028.20003028.2000• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINA• ASSINATURASTURASTURASTURASTURAS3028.20703028.20703028.20703028.20703028.2070

• Editor• Editor• Editor• Editor• EditorGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan QuevedGilvan Quevedooooo

• Redação• Redação• Redação• Redação• RedaçãoCharles EchCharles EchCharles EchCharles EchCharles Echererererer

• Revisão• Revisão• Revisão• Revisão• RevisãoAlinAlinAlinAlinAline Pe Pe Pe Pe Partzsch dartzsch dartzsch dartzsch dartzsch de Alme Alme Alme Alme Almeieieieieidddddaaaaa

• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e Diagramação• Design Gráfico e DiagramaçãoCristiCristiCristiCristiCristiananananano Ceio Ceio Ceio Ceio Ceiaaaaa

• Comercial• Comercial• Comercial• Comercial• ComercialPPPPPedededededrrrrro Batistino Batistino Batistino Batistino BatistinSedSedSedSedSedeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijóeli Feijó

• Circulação• Circulação• Circulação• Circulação• CirculaçãoSimSimSimSimSimononononone Lopese Lopese Lopese Lopese Lopes

• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• Assinaturas• AssinaturasÂnÂnÂnÂnÂngggggela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveirela Oliveira Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa Gonçalvesa GonçalvesTTTTTaiaiaiaiaiananananane Ke Ke Ke Ke Kohn Rodohn Rodohn Rodohn Rodohn Rodriririririguesguesguesguesgues

Grupo Cultivar de Publicações Ltda.www.revistacultivar.com.br

Cultivar MáquinasEdição Nº 79

Ano VIII - Outubro 2008ISSN - 1676-0158

DireçãoDireçãoDireçãoDireçãoDireçãoNNNNNewton Pewton Pewton Pewton Pewton Peteretereteretereter

SchSchSchSchSchubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Pubert K. Peteretereteretereter

SecretáriaSecretáriaSecretáriaSecretáriaSecretáriaRosimRosimRosimRosimRosimeri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alveseri Lisboa Alves

[email protected]

Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): Assinatura anual (11 edições*): R$ 119,00(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)(*10 edições mensais + 1 edição conjunta em Dez/Jan)

Números atrasados: R$ 15,00Assinatura Internacional:

US$ 90,00EUROS 80,00

Capacidade de pulverizarEstudo avalia capacidadeoperacional dos pulveriza-dores autopropelidos

Ficha TécnicaAgrale linha 5000e caminhão IvecoTrakker

Matéria de capa

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16 e 32

• RED• RED• RED• RED• REDAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO3028.20603028.20603028.20603028.20603028.2060• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING• MARKETING3028.20653028.20653028.20653028.20653028.2065

• Expedição• Expedição• Expedição• Expedição• ExpediçãoDiDiDiDiDianferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson Alvesanferson AlvesEdson KrEdson KrEdson KrEdson KrEdson Krauseauseauseauseause

• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:• Impressão:KKKKKunununununddddde Ine Ine Ine Ine Indústridústridústridústridústrias Gráfias Gráfias Gráfias Gráfias Gráficas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltdcas Ltda.a.a.a.a.

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Walfner Leitão

CrescimentoCrescimentoCrescimentoCrescimentoCrescimentoA empresa Tuzzi

iniciou recentementeum processo demodernização e

reestruturação dassuas unidades para

atender à demanda dosetor automobilístico,agrícola e de lamina-

dos, apresentando umcrescimento geral de45% no comparativoentre 2007 e 2008. A

ampliação dasinstalações da empresae os investimentos em

novos equipamentostambém são alguns

dos fatores descenden-tes deste aumento de

capacidade. “Recente-mente estivemos em

viagem a alguns paísesda Ásia e da Europa

para aquisição denovos equipamentos e

tecnologias a fim deintensificarmos nossa

produtividade”, afirmaAlexandre Tuzzi,

diretor industrial.

B25B25B25B25B25Pioneira no lançamentode tratores movidos abiodiesel no Brasil, namistura B5 desde 2004,a Agrale torna-setambém a primeirafabricante a aprovar ouso do biodiesel namedida B25 em sualinha 4000 de tratoresde pequeno porte. Paraavaliar o desempenho ea durabilidade dosmotores de suafabricação abastecidoscom essa nova misturade biodiesel, a Agralerealizou, com o apoio doMinistério da Ciência eTecnologia, da Finep –Financiadora de Estudose Projetos e da Universi-dade de Caxias do Sul,exaustivos testes delaboratório e de campocom diferentes produ-tos, entre tratores egrupos geradores, nasregiões Norte e Sul dopaís, para considerar asdiferentes condiçõesclimáticas.

CertificaçãoCertificaçãoCertificaçãoCertificaçãoCertificaçãoA empresa de aviação

agrícola Sana AgroAérea Ltda recebeu o

selo de qualidadeISO 9001:2000,

certificado emitidopelo Bureau Veritas

Certification. Acertificação, atreladaao escopo “Prestação

de Serviços Aéreos naAgricultura”, foi

ganha depois de umaauditoria realizada

na empresa nos dias17 e 18 de setembro.A Sana, fundada em1977 e com sede em

Leme, interior doestado de São Paulo,é a primeira compa-

nhia do setor areceber o selo no

segmento de aviaçãoagrícola.

MotoresMotoresMotoresMotoresMotoresA AGCO Corporationanunciou este mêsalterações estratégicasrelacionadas ao seunegócio de motores,anteriormente SisuDiesel, tornando-seAGCO Sisu Power,posicionada como umamarca especializada nacriação e montagem demotores resistentes epoderosos, comliderança na indústriaem performanceambiental. A AGCOanunciou tambéminovações tecnológicasque oferecem soluçõesmais econômicas para oprodutor rural: motorescom sistema deemissão E3 SelectiveCatalytic Reduction(SCR), pela primeiravez utilizados emequipamentosagrícolas, e o novomodelo AGCO SisuPower de sete cilindros(com 9,8 litros), únicono mundo na classe depotência de 400 a500hp.

PresidênciaPresidênciaPresidênciaPresidênciaPresidênciaO engenheiro mecânico e administradorWalfner Leitão assumiu recentemente ocargo de CEO da Santal. Walfner, que ocu-pou cargos de alta direção em multinacio-nais como Husky Injection Molding, Te-tra Pak e Coplay do Brasil, assume a presi-dência da Santal com a missão de executarum plano agressivo de estruturação e cres-cimento nos mercados interno e externo.Arnaldo Adams Ribeiro Pinto que acumu-lava função executiva e uma posição noConselho de Administração se dedicará in-tegralmente ao Conselho.Walfner Leitão

Mais alimentosMais alimentosMais alimentosMais alimentosMais alimentosA Valtra entregou seu primeiro trator fi-nanciado pelo plano Safra Mais Alimen-tos no final de setembro para o produtorcatarinense Antonio Dacheri. O diretor deMarketing da Valtra, Leandro Marsili, acre-dita no crescimento do setor nos próximosquatro anos, impulsionado pela demandapor alimentos. “Com o impulso do planoMais Alimentos, trabalhamos com um au-mento de 1.500 a 1.900 unidades a maispor ano”, calcula. “O plano vai refletir noaumento do volume de negócios e tambémna geração de empregos”, acrescenta.

AMSAMSAMSAMSAMSA John Deere promoveu em outubro o AMS Master Training, um treinamento sobre osprodutos AMS que utilizam o direcionamento por satélite para tornar as operações agríco-las mais precisas e eficientes. Em semanas diferentes, participaram dos cursos funcionári-os de concessionárias, coordenadores de Vendas e de Pós-vendas da companhia e um gru-po de clientes, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos para que eles possamorientar os clientes na aplicação do sistema AMS nos equipamentos da empresa

Case IHCase IHCase IHCase IHCase IHA Case IH promoveu o 1° Grande Encontro Internacional de Gerentes de Peças e Servi-ço da rede. Após quatro anos ocorrendo separadamente, um encontro para Peças e outropara Serviço, o primeiro evento que reuniu as duas áreas aconteceu entre os dias 22 e 25de setembro, em Curitiba. Cerca de 170 participantes entre gerentes de peças e serviço

do Brasil e América Latinaparticiparam do evento. Se-gundo o gerente de Suporteao Produto para a AméricaLatina, Adriano Chiarini, oencontro proporcionou a tro-ca de experiências e a inte-gração da rede de concessio-nários Case IH com os vári-os departamentos da CNHe os principais fornecedoresde Pós-venda.

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autopropelidos

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Acapacidade de campo operacio-nal é a capacidade da máquinaobservada em condições reais de

operação, onde se levam em conta os efei-tos dos fatores operacionais, relacionando aárea tratada com o tempo da máquina, porsua vez, constituindo da soma entre tem-pos de preparo, de interrupção e de produ-ção (Matuo, 1990). A capacidade de campooperacional de pulverizadores é dependen-te de variáveis como: velocidade e volumede pulverização, tempo de virada, distânciapercorrida, tempo e velocidade para cadareabastecimento do tanque, largura e com-primento da faixa de tratamento que, secompreendidos e adequados, podem melho-rar a eficiência da mecanização da cultura.

Para racionalização de uma aplicação deprodutos fitossanitários, é fundamental asua análise operacional e econômica, já queuma correta análise permite a redução docusto da operação, sem prejuízo do contro-le. Essas análises podem ser feitas a partirde simulações obtidas através do conheci-mento dos movimentos e tempos do pulve-rizador dentro da operação de pulverização.O exercício de simulação permite avaliar ainfluência isolada ou conjugada de váriosfatores, com poupança de recursos físicos ehumanos, ao mesmo tempo antecipandoperspectivas e soluções.

É de suma importância ter o conheci-mento sobre quais são os fatores que inter-ferem diretamente para a redução do rendi-mento operacional, e dessa forma conhecera importância de cada fator, com finalidadede melhorar o rendimento da máquina nocampo. Entre esses fatores é importantepensar na diminuição dos valores do tempode virada ou manobra de cabeceira, a dis-tância percorrida e o tempo para reabaste-cimento, o volume de pulverização, a velo-cidade de pulverização e deslocamento parareabastecimento, a capacidade dos tanquese o comprimento das faixas a serem trata-das. É muito comum verificar uma má dis-tribuição dos pontos de abastecimento deágua nas fazendas, o que leva ao caminha-mento de vários quilômetros após o esvazi-amento do conteúdo de cada tanque. Um

sistema de abastecimento em que um tan-que fique sempre a uma distância aproxi-mada de 150m poderia gerar aumento nacapacidade de campo operacional em tornode 122%, quando comparado ao reabaste-cimento realizado à distância de 1,5km. Parase conseguir atingir distâncias menores parao ponto de reabastecimento é possível pen-sar na utilização de caminhões-pipa comdisponibilidade de realizar o reabastecimen-to com calda pronta. Para isso, o caminhãodeve possuir agitador em funcionamentoconstante para assim manter homogênea acalda fitossanitária. Tem-se pensado muitoem que quanto maior a capacidade do tan-que, maior seria a capacidade de campooperacional. Porém, a partir de determina-do tamanho a capacidade do tanque tempouca influência na capacidade operacional

As corretas análises operacional e econômicapermitem a redução do custo da aplicação

sem causar prejuízos no controle

Capacidadeoperacional

Grande capacidade operacional empulverizadores autopropelidos não

depende apenas do tamanho dotanque e das barras; diversos

fatores envolvidos no processoinfluenciam positiva ou

negativamente na operação

John Deere

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“““““Um sistema de abastecimento em que um tanque fique sempre a uma distância aproximadaUm sistema de abastecimento em que um tanque fique sempre a uma distância aproximadaUm sistema de abastecimento em que um tanque fique sempre a uma distância aproximadaUm sistema de abastecimento em que um tanque fique sempre a uma distância aproximadaUm sistema de abastecimento em que um tanque fique sempre a uma distância aproximadade 150m poderia gerar aumento na capacidade de campo operacional em torno de 122%de 150m poderia gerar aumento na capacidade de campo operacional em torno de 122%de 150m poderia gerar aumento na capacidade de campo operacional em torno de 122%de 150m poderia gerar aumento na capacidade de campo operacional em torno de 122%de 150m poderia gerar aumento na capacidade de campo operacional em torno de 122%”””””

da máquina, isto considerando constantesos demais fatores da pulverização (Figura1).

Entre os outros fatores que interferemdiretamente na capacidade de campo ope-racional, a largura da barra, a velocidade depulverização e o volume de aplicação apre-sentam importante função no que diz res-peito ao possível aumento da capacidadeoperacional da pulverização.

Levando em consideração os aspectosagronômicos, não se deve operar em veloci-dades elevadas que sejam inadequadas parao equipamento de pulverização que está sen-do utilizado, pois podem levar a uma exces-siva desestabilidade de barra, que resultaránum tratamento fitossanitário deficiente,causado pela não-uniformidade da aplica-ção e com possíveis colisões da barra com osolo, podendo resultar em ruptura e entu-pimento de bicos, o que levaria a paradasdesnecessárias.

Em relação ao volume de aplicação éimportante lembrar que este é uma conse-qüência e não uma condição. Por isso, a suaescolha deve ser feita criteriosamente emfunção da localização do alvo, do estádio dacultura, da tecnologia empregada na pro-priedade, sempre procurando diminuir osriscos em relação ao impacto ambiental.

Considerando esses fatores citados comoimportantes na capacidade de campo ope-racional, foi realizada uma simulação a par-tir de dados reais de movimentos e temposobtidos a campo, com um pulverizador au-topropelido com capacidade de 3.200l para

armazenagem de calda e comprimento debarra de 24m. Para simulação do tempo depulverização foi utilizada uma fórmulaadaptada de Matuo (1990), onde foi obtidoo tempo necessário para pulverizar um hec-tare.

Foram propostos para efeito de simula-ção cinco volumes de aplicação (100, 150,200, 250 e 300l ha-1), cinco velocidades deaplicação (8, 11, 14, 17 e 20km h-1) e cincolarguras da barra de pulverização (12, 18,24, 30 e 36m). Os valores obtidos comoconstantes foram os dados de tempo de vi-rada (30s), comprimento da faixa de trata-mento (100m), distância para reabasteci-mento (1.000m), velocidade de deslocamen-to para reabastecimento (18km h-1), capa-cidade do tanque (3.200l) e tempo de rea-

bastecimento (12min). Para simulação dovolume de aplicação a velocidade de pulve-rização foi de 17km h-1. Para a velocidadede pulverização o volume de aplicação foide 100l ha-1 e para ambas simulações a lar-gura da barra foi de 24m.

Na Figura 2 são apresentados os resul-tados da CcO para os volumes de aplicação.

Pode-se observar a maior capacidade decampo operacional para o volume de 100lha-1, com 14,9ha h-1. Já o volume de 200lha-1 obteve 13,3ha h-1, apresentando 10%de CcO menor que o volume de 100l e 9%de CcO superior em relação ao volume de300l. A diferença na CcO entre os volumesde 150 e 250l.ha-1 foi de 10%.

Para o fator velocidade de pulverizaçãopode-se observar (Figura 3) a maior CcO

Operações com velocidades elevadas podemlevar a uma excessiva instabilidade da barra, o

que resultará em tratamento deficiente

Fotos Charles Echer

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para a velocidade de 20km.h-1 (15,7ha.h-1).A velocidade de 8km.h-1 foi 33% menor naCcO em relação à maior velocidade. É evi-dente o ganho de CcO com o aumento davelocidade. Velocidades acima dos 11km.h-

1 só podem ser atingidas por pulverizadoresautopropelidos, devido à tecnologia que es-tes apresentam em relação à estabilidade dabarra.

Para o fator largura de barra, pode-seobservar o aumento linear da capacidadede campo operacional. Na simulação ado-tada foram consideradas cinco larguras debarras diferenciadas em seis metros de lar-gura uma da outra. Para a largura de bar-ra mínima adotada (12m) a CcO foi de

7,9ha.h-1, para a largura de 18m a CcOfoi de 11,2ha.h-1, 29% a mais na CcO, parabarra de 24m a CcO foi de 14,9ha.h-1, 18%menor na CcO em relação à barra de 30mque obteve 18,1ha.h-1. A maior largura debarra adotada (36m) é pouco utilizadapela indústria de pulverizadores, é poucocomum ver pulverizadores trabalhandocom largura de barra de tal dimensão. ACcO para a largura de 36m foi de21,1ha.h-1, onde pode-se observar 64% deaumento na capacidade de campo opera-cional em relação à menor largura, o quemostra a importância da dimensão da lar-gura da barra.

Pode-se concluir com as observações da

simulação que: o menor volume de aplica-ção, a maior velocidade de pulverização e amaior largura de barra apresentam maiorcapacidade de campo operacional, mas é im-portante lembrar que não adianta fazer maishectares por hora se o tratamento fitossani-tário apresenta má qualidade. Deve-se tra-balhar dentro dos limites que o pulverizadorapresenta para realizar um bom tratamento,pois o melhor desempenho final deve-se en-contrar na produtividade, no respeito ao tra-balhador e ao ambiente, na qualidade e nasegurança dos produtos colhidos.

Marcelo e Rodrigo avaliaram a capacidade operacionaldos pulverizadores autopropelidos e mostram os fatoresque interferem positiva e negativamente na aplicação

Figura 1 - Capacidade de campo operacional em função da capacidade do tanque de pulverização em pulveriza-ção com volume de 200l.ha-1, velocidade de aplicação de 17km h-1, distância para reabastecimento de 1.000m elargura de barra de 24m

Figura 2 - Capacidade de campo operacional em função do volume de aplicação

Figura 3 - Capacidade de campo operacional em função da velocidade de pulverização Figura 4 - Capacidade de campo operacional em função da largura da barra de pulverização

Rodrigo Alberto Alandia Román,Mestrando em AgronomiaMarcelo da Costa Ferreira,Unesp – Jaboticabal/SP

. M

Charles Echer Divulgação

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gerar 1,5 mil empregos diretos e indiretos. Es-tas são as principais metas do empreendimen-to. “Os estudos da Fepagro (Fundação Estadu-al de Pesquisa Agropecuária) demonstram aaptidão para usina de álcool no Rio Grande doSul, o que para nós já era uma certeza há maisde dois anos”, defende Cláudio Morari, dire-tor-presidente da Norobios, braço industrial doprojeto que engloba ainda a Canasul, o grupoRede Energia (com sede em São Leopoldo eresponsável por uma rede de 40 postos de re-venda de combustíveis na região metropolita-na de Porto Alegre), além da Sultepa, empresaque atua há mais de 50 anos no mercado deconstrução civil.

O início das obras da usina está previstopara o começo do próximo ano, tão logo estejaconcluído o processo de licenciamento ambi-ental junto à Fundação Estadual de ProteçãoAmbiental Henrique Luiz Roessler (Fepam).A estimativa é de que até abril de 2011 a uni-dade entre em operação. “Teremos colheita100% mecanizada, sem queima de cana, con-forme prevê a legislação. Isso vai demandar emtorno de 20 colhedoras”, explica Morari.

O projeto prevê também o uso do bagaçoda cana para a produção de bioenergia. “Tere-mos capacidade para 30 megawatts de co-gera-ção de energia por hora”, projeta. Já a vinhaça,rica em potássio, deve ser aproveitada para fer-tirrigação.

VANTAGENS E DESAFIOSNos dois últimos anos foi possível testar o

comportamento de diversas variedades quanto

O início do plantio de cana na região co-meçou no ano seguinte, em 2006, dividido emsete pólos de 23 hectares cada. As novas lavou-ras mudaram a paisagem da região, tradicionalno cultivo de milho, soja, trigo e também naexploração da pecuária. “É importante salien-tar que ninguém aqui vai deixar de plantargrãos. O que se pretende é cultivar cana em20%, no máximo 30% das propriedades, emáreas menos afetadas pela geada”, adianta-seem esclarecer Giovelli, que atualmente tambémproduz soja, milho, trigo e girassol em uma áreade 1,5 mil hectares.

Diferentemente do que ocorre em outrasregiões produtoras de cana no Brasil, os própri-os agricultores reunidos pela Canasul serão osfornecedores. “São produtores independentes,donos de suas terras, que não vão arrendá-las esim produzir a matéria-prima”, salienta.

PLANOS AMBICIOSOSPlantar 16 mil hectares na região de São

Luiz Gonzaga nos próximos quatro anos, pro-duzir 100 milhões de litros de álcool por ano,

No momento em que o Rio Gran-de do Sul se encontra a um pas-so de ver formalizada sua inclu-

são no zoneamento agrícola para o cultivo decana-de-açúcar, uma experiência no municípiode São Luiz Gonzaga, na região das Missões,noroeste do estado, ganha força e marca pon-tos a favor dos que defendem a viabilidade deplantio da cultura em grande escala em sologaúcho. Da área atual de 300 hectares de vivei-ro primário para a produção de mudas, um gru-po formado por produtores e empresas priva-das pretende saltar para 16 mil hectares culti-vadas com cana na região nos próximos quatroanos. O empreendimento, estimado em R$ 270milhões, prevê a construção de uma usina paraa produção de 100 milhões de litros de álcoolpor ano.

O projeto de plantio de cana em São LuizGonzaga nasceu em 2005, em meio à estiagemque antecedeu uma das piores crises enfrenta-das pela agricultura brasileira. A inspiração veioda experiência da produção de cana no muni-cípio de Porto Xavier, distante 80 quilômetros,onde já existia uma usina instalada. “Vimos quenaquele ano os produtores de lá perderam todaa soja com a seca, mas com a cana isso nãoocorreu”, relata Régis Augusto Giovelli, presi-dente do Conselho de Administração da Ca-nasul Participações, empresa que reúne 70 agri-cultores e fornecedores, sócios do empreendi-mento.

Grupo gaúcho projeta plantio de 16 mil hectaresde cana-de-açúcar e a geração de 100 milhões de

litros de álcool/ano até 2012

Canavial nos pampas

Onde fica

Régis Giovelli, da CanasulParticipações, e Cláudio Morari,

da Norobios

cana-de-açúcar

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à adaptação ao clima e ao tipo de solo da região.“Em nível comercial as que apresentaram me-lhor desempenho foram a RB855156,RB855536, RB855453, RB855345,RB956911, RB72454, RB928064, RB 845210e SP81-3250”, explica o consultor Roberval Car-valho, engenheiro agrônomo, com 30 anos deexperiência na cultura da cana-de-açúcar. A pro-dutividade obtida em São Luiz Gonzaga alcan-çou até 167 toneladas por hectare, "A média deprodutividade esperada nos plantios comerci-ais nos seis cortes previstos em função de pa-

drão de solos, clima, variedades eépoca de plantio, estásendo estimada em 82toneladas por hectare",relata.

Para Carvalho, maisque desafio, a produçãode cana no Rio Gran-de do Sul apresentavantagens. “O queprecisa é fazer o ma-nejo adequado. Ageada, por exemplo,

pode ser usada como maturador na-tural. Aqui não precisa de irriga-ção como em outras regiões,

não se tem problemas com déficit hídrico, solo,topografia e logística”, cita.

Se os picos com frio podem ser superadoscom manejo, na avaliação do especialista res-tam pelo menos mais duas dificuldades paraserem transpostas: quebrar paradigmas em umaregião tradicionalmente produtora de grãos equalificar a mão-de-obra. “O entrave não é aparte técnica, mas treinar pessoas que não es-tão acostumadas com este tipo de cultivo paraoperar os equipamentos”, lembra.

DOS GRÃOS À CANAA fazenda da Agropecuária Copagril, dis-

tante sete quilômetros do centro de São LuizGonzaga, foi o ponto de partida da produçãode cana no município. “Aqui foi plantado o pri-meiro pólo”, relata o engenheiro agrônomo Mar-condes Picoli. Com área de 1,2 mil hectares de-dicada à agricultura, a propriedade tem projetopara chegar ao plantio de até 300 hectares comcana. O restante deve continuar a ser utilizadopara o cultivo de grãos como soja, milho, trigo eaveia.

O produtor Luiz Antonio Mattione é ou-tro que abraçou o projeto. Proprietá-rio de uma área de mil hectares, onde

explora pecuária e cultivo de soja,trigo e milho, busca na cana-de-açú-car mais uma alternativa de renda.

“É preciso diversificar”, defendeMattione, que até 2011 pretende de-

dicar 200 hectares de sua propriedadeà produção de cana.

CC

Fotos Gilvan Quevedo

CHUVA NA COLHEITAAlém de vencer as barreiras para a produ-

ção da cana-de-açúcar, outro desafio enfrenta-do pelos produtores de São Luiz Gonzaga serefere aos picos de chuva registrados na regiãodurante o período de colheita. Tal cenário exigepressa, para aproveitar os dias de tempo seco, oque demanda colhedoras que estejam prontaspara entrar na lavoura assim que a chuva parar.

Os primeiros testes com máquina de gran-de porte começaram a ser realizados com umacolhedora JD 3510 cedida pela John Deere.Em setembro ocorreu um dia de campo, paraque produtores do município pudessem acom-panhar de perto o funcionamento da máqui-na.

A John Deere possui Unidade de Negóci-os Cana em Ribeirão Preto (SP) com um gru-po de profissionais voltados à cultura. “Temosvisto que a cana atingiu sua área em São Pau-lo e está migrando para outros estados. Nocaso do Rio Grande do Sul, a cana já é tradici-onal, mas ainda não na escala de produçãoque se pretende em São Luiz Gonzaga. Sementrar no campo da discussão agronômica,apostamos na sua viabilidade de produção emqualquer parte do Brasil, desde que haja em-presários dispostos a levar o empreendimentoadiante. Mas nossa participação se dá comoum dos elos, no que diz respeito especifica-mente à mecanização”, explica Werner San-tos, diretor comercial da John Deere para oBrasil.

Colhedora JD 3510 foi cedida pela John Deere para sertestada. Werner Santos, diretor comercial: “Partici-

pamos como um dos elos, na parte de mecanização”

Marcondes Picoli trabalha na fazendaonde foi plantado o primeiro pólo de

cana no município

Luiz Antonio Mattione pretendeexpandir o cultivo para 200

hectares da propriedade

. M

“O projeto de plantio de cana em São L“O projeto de plantio de cana em São L“O projeto de plantio de cana em São L“O projeto de plantio de cana em São L“O projeto de plantio de cana em São Luiz Gonzaga nasceu em 2005, em meio àuiz Gonzaga nasceu em 2005, em meio àuiz Gonzaga nasceu em 2005, em meio àuiz Gonzaga nasceu em 2005, em meio àuiz Gonzaga nasceu em 2005, em meio àestiagem que antecedeu uma das piores crises enfrentadas pela agricultura brasileira”estiagem que antecedeu uma das piores crises enfrentadas pela agricultura brasileira”estiagem que antecedeu uma das piores crises enfrentadas pela agricultura brasileira”estiagem que antecedeu uma das piores crises enfrentadas pela agricultura brasileira”estiagem que antecedeu uma das piores crises enfrentadas pela agricultura brasileira”

Outubro 08 • 11

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12 • Outubro 08

Mantenha os tambores de óleo lubrificante em locaiscobertos. Se isto não for possível coloque-os na posição

horizontal para evitar acúmulo de água na tampa

armazenagem

Fotos Marcos Lobo

Muita manutenção custosa edesnecessária tem sido reali-zada nos equipamentos agrí-

colas por falta de alguns cuidados básicoscom os lubrificantes. A função básica dolubrificante é inserir um filme de materiallubrificante entre superfícies que sofremmovimento relativo a fim de que não hajacontato metálico. Porém, se não evitarmosa contaminação dos lubrificantes a funçãode lubrificar fica comprometida e haveráabrasão das superfícies deslizantes, proces-so que se inicia de forma lenta, alimentan-do-se com os resíduos do desgaste.

O meio agrícola já é particularmenteagressivo por si só. Em épocas de estiagema poeira, constantemente soprada pelosventos, contamina os óleos e graxas lubri-ficantes. Em época chuvosa a umidade re-lativa do ar ou água da própria chuva acu-mulada sobre a tampa dos tambores tam-bém causa grandes danos aos óleos e gra-xas lubrificantes.

Diz um adágio popular: “Difícil é en-

xergar o óbvio”. Muito do que falaremosneste artigo são conceitos que muitos di-rão: “Isto eu já sei”. Que vários já são co-nhecedores desses conceitos não há dúvida.

Porém, surge a pergunta: “São tomados oscuidados necessários para que a contami-nação dos lubrificantes não ocorra?”.

Por isso, abordamos algumas sugestões

Proteção limpa

Cuidados básicos para evitar a contaminação noarmazenamento e manuseio dos óleos e graxas lubrificantesaumentam a proteção contra o desgaste dos equipamentos

Cuidados básicos para evitar a contaminação noarmazenamento e manuseio dos óleos e graxas lubrificantesaumentam a proteção contra o desgaste dos equipamentos

Proteção limpa

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“Se não evitarmos a contaminação dos lubrificantes a função de lubrificar fica comprometida e haverá abrasão“Se não evitarmos a contaminação dos lubrificantes a função de lubrificar fica comprometida e haverá abrasão“Se não evitarmos a contaminação dos lubrificantes a função de lubrificar fica comprometida e haverá abrasão“Se não evitarmos a contaminação dos lubrificantes a função de lubrificar fica comprometida e haverá abrasão“Se não evitarmos a contaminação dos lubrificantes a função de lubrificar fica comprometida e haverá abrasãodas superfícies deslizantes, processo que se inicia de forma lenta, alimentandodas superfícies deslizantes, processo que se inicia de forma lenta, alimentandodas superfícies deslizantes, processo que se inicia de forma lenta, alimentandodas superfícies deslizantes, processo que se inicia de forma lenta, alimentandodas superfícies deslizantes, processo que se inicia de forma lenta, alimentando-se com os resíduos do desgaste”-se com os resíduos do desgaste”-se com os resíduos do desgaste”-se com os resíduos do desgaste”-se com os resíduos do desgaste”

práticas simples para evitar a contaminaçãodos óleos e graxas lubrificantes.

PARA EVITAR CONTAMINAÇÃOO cuidado para evitar a contaminação

ou depreciação dos óleos e graxas lubrifi-cantes deve começar na armazenagem.Mantenha os tambores de óleo lubrificanteem locais cobertos. Se isto não for possível

coloque-os na posição horizontal para evi-tar acúmulo de água na tampa do tambor.A variação de volume do óleo lubrificante,provocada pela elevação e diminuição da

temperatura, provoca sucção da água acu-mulada para o interior do tambor.

O almoxarifado de lubrificantes deve serarejado e, dentro do possível, vedado à en-trada de pó. Se isto não for possível, deve-se efetuar limpeza criteriosa da tampa dotambor antes de começar a utilizá-lo. Deve-mos nos lembrar que a sílica (principal com-ponente da poeira) tem dureza muito alta eprovoca desgaste abrasivo nos componen-tes metálicos das máquinas.

É recomendável também a utilização defiltros de ar nos respiros dos sistemas hidrá-

Os filtros de óleo e ar não devem ser escolhidosaleatoriamente, recomenda-se obedecer asindicações específicas para cada máquina

Recomenda-se manter osequipamentos de lubrificação

limpos e abrigados

Não deixe tambores abertos após a sua utilizaçãopara evitar a contaminação do óleo lubrificante

pelo pó existente no ar

Filtre óleos novos, mesmo os armazenados em tamboreslacrados, porque não satisfazem os padrões de limpeza

necessários para uso em sistemas hidráulicos

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14 • Outubro 08

Marcos Lobo explica quais os cuidadosnecessários no armazenamento e manuseio

de óleos e graxas lubrificantes

ulicos para evitar a contaminação do óleohidráulico por poeira. Se for utilizado filtrodessecante o resultado será bem melhor,pois, além de reter a poeira este tipo de fil-tro, retém a umidade existente no ar. E issoé importante, porque vale lembrar que água,mesmo em proporções mínimas, provocadesgaste corrosivo em componentes metá-licos reduzindo substancialmente a vida útildo equipamento. Já os filtros de óleo nãodevem ser escolhidos aleatoriamente. De-vem ser levados em conta a porosidade, otipo do meio filtrante e a Razão Beta (quantomaior a Razão Beta mais partículas o filtroretém).

Outra fonte de contaminação são osequipamentos de lubrificação utilizadospara manusear os produtos. Por isso, man-tenha funis, pistolas graxeiras e espátulaslimpos e abrigados. Os equipamentos delubrificação são fontes de contaminação dosóleos lubrificantes quando deixados ao tem-po.

Evite que os tambores fiquem abertosapós a sua utilização para evitar a contami-nação do óleo lubrificante pelo pó existenteno ar.

O ideal é que os óleos hidráulicos novossejam filtrados antes do abastecimento. Óle-os novos, mesmo em tambores lacrados, nãosatisfazem os padrões de limpeza necessári-os para uso em sistemas hidráulicos. Filtra-ções durante paradas do equipamento paramanutenção são muito recomendáveis para

descontaminação do óleo hidráulico.Mas de nada adiantaria cuidar do pro-

duto antes de utiliza-lo, se não forem toma-das medidas preventivas no equipamento aser lubrificado. O ideal é que os pinos gra-xeiros sejam protegidos com capa plásticapara que o pó acumulado na superfície dopino graxeiro não seja transferido, ao se re-lubrificar, para o interior dos mancais, pro-vocando a aceleração do desgaste.

Mangueiras hidráulicas devem ser plu-gadas quando se efetua a manutenção dossistemas hidráulicos para evitar a sua con-taminação com pó e, conseqüentemente,redução da vida útil das válvulas e da bom-ba hidráulica. Peças não utilizadas ou quesofreram reparos devem ser protegidas comcobertura plástica.

Alguns, ao lerem este artigo, talvez sedigam: “É muito difícil seguir estas práti-cas”. Porém, as recomendações de controlede contaminação apresentadas neste artigojá estão sendo implantadas em muitas em-presas rurais com bastante êxito, mostran-do que o controle da contaminação dos óle-os lubrificantes é perfeitamente plausível,

bastando que se desenvolva esta cultura naempresa.

O controle da contaminação de óleoslubrificantes é algo que se traduz, em curtoprazo, em redução de custos de manuten-ção, sendo útil tanto para o pequeno comopara o grande empresário, pois possibilitaevitar aqueles conhecidos transtornos ines-perados decorrentes de paradas de equipa-mentos nas horas mais impróprias.

Marcos Thadeu Giacomin LoboPetrobras Distribuidora S.A.

Sem proteção, os pinos graxeiros ficamempoeirados e, na hora da lubrificação,

transferem o pó para o interior do equipamento

Mangueiras hidráulicas devem ser plugadas nahora da manutenção no sistema hidráulico para

evitar contaminação

Peças que recebem reparos e sãodeixadas paradas demandam

proteção com cobertura plástica

. M

Fotos Marcos Lobo

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Agrale 5000

AAgrale acaba de modernizar asua linha 5000 de tratores mé-dios, com potência entre 75cv

e 85cv. Os novos modelos mantiveram aversatilidade, durabilidade e economia játradicionais nesta família, mas receberaminovações para melhorar a ergonomia etornar mais fácil e rápida a operação e amanutenção. A principal novidade é atransmissão Side Shift, com alavanca decâmbio localizada na lateral, que facilitaas trocas de marchas e proporciona mai-or conforto ao operador. Outro recurso

é a tomada de força que pode ser aciona-da diretamente da rotação do motorcomo também ser acionada direta da cai-xa de velocidade utilizando todo o recur-so de redução da transmissão para ob-tenção de alto torque na tomada.

TRANSMISSÃO E MOTORA nova caixa de

câmbio dos tratoresda linha 5000 pos-sui dez velocida-des à frente e

duas à ré, com as 4ª e 5ª marchas sincro-nizadas. Os sincronismos da 4ª e 5ª mar-chas facilitam o acionamento, pois sãomarchas que se utilizam constantemen-te no translado da máquina onde exijauma maior velocidade e, conseqüente-mente, a troca de marcha torna-se im-portante. Como opcionais, a transmissão

Agrale 5000A nova linha 5000 da Agrale mantém o design mas apresenta

diversas alterações em relação ao modelo anterior

16 • Outubro 08

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“Os novos modelos mantiveram a versatilidade, durabilidade e economia já tradicionais nesta família, mas“Os novos modelos mantiveram a versatilidade, durabilidade e economia já tradicionais nesta família, mas“Os novos modelos mantiveram a versatilidade, durabilidade e economia já tradicionais nesta família, mas“Os novos modelos mantiveram a versatilidade, durabilidade e economia já tradicionais nesta família, mas“Os novos modelos mantiveram a versatilidade, durabilidade e economia já tradicionais nesta família, masreceberam inovações para melhorar a ergonomia e tornar mais fácil e rápida a operação e a manutenção”receberam inovações para melhorar a ergonomia e tornar mais fácil e rápida a operação e a manutenção”receberam inovações para melhorar a ergonomia e tornar mais fácil e rápida a operação e a manutenção”receberam inovações para melhorar a ergonomia e tornar mais fácil e rápida a operação e a manutenção”receberam inovações para melhorar a ergonomia e tornar mais fácil e rápida a operação e a manutenção”

dispõe de recurso de inversão de marchase sistema Super-Redutor. A versão cominversor de marchas proporciona 12 ve-locidades à frente e 12 à ré. O aciona-mento é totalmente mecânico, porém,sincronizado, o que dá à máquina umacaracterística de fácil acionamento emoperações que requeiram constantes ma-nobras. É ideal para o uso em áreas es-treitas onde é difícil realizar manobras,como nas plantações de arroz irrigado.O sistema permite que o operador inver-ta o sentido de direção do trator confor-me a necessidade (para frente e paratrás), sem precisar efetuar manobras.

A opção de transmissão com sistemaSuper-Redutor oferece velocidades ade-quadas às mais diversas operações agrí-colas. Com 20 marchas à frente e quatroà ré, é indicada para as operações que pre-cisam ser executadas em ritmo extrema-mente lento, como nas forrageiras decana e colhedoras de café, e possibilita

A nova versão da linha 5000 vem com diversas inovações, como vedações e componentes específicos, para aplicações em terrenos alagados, no eixo dianteiro

Outubro 08 • 17

Fotos Agrale

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18 • Outubro 08

namento da tomada de força.

MANUTENÇÃOA manutenção dos novos tratores Agra-

le da linha 5000 também se tornou maisfácil em relação ao modelo antigo, graças àmaior acessibilidade aos componentes. Atampa de acesso ao motor é simples de re-mover e montar, e para manusear a trans-missão, não é necessário retirar toda a pla-taforma. A unidade de direção hidrostáticae os itens relacionados à central elétrica tam-bém podem ser alcançados sem a necessi-dade de se retirar o painel. Todas essas mu-danças no projeto do trator vão colaborarpara diminuir o tempo de manutenção e,conseqüentemente, reduzir custos.

A linha 5000 dispõe de eixo de tra-ção dianteiro mais reforçado, com veda-ções e componentes específicos projeta-dos para aplicações imersas em águacomo o cultivo do arroz, proporcionan-

que o trator trabalhe na velocidade mí-nima de 180 metros por hora.

A ergonomia aprimorada dos tratoresAgrale da linha 5000 também pode serpercebida nas novas alavancas de acio-namento dos sistemas 4x4, de inversão edo Super-Redutor, localizadas ao alcan-ce das mãos do operador. O acionamen-to do acelerador, tanto o manual quantoo de pedal, é feito por meio de hastes enão por cabo, o que facilita a regulageme garante maior precisão.

Destinados ao cultivo de soja, milhoe trigo e adequados às necessidades deprodutores de grande, médio e pequenoportes, os modelos da linha 5000 (5075e 5085) são equipados com o motorMWM TD 229-4 e contam com sistemahidráulico com capacidade de levante deaté 3.300kg.

HIDRÁULICO E TRÊS PONTOSEquipado com uma bomba dupla de

engrenagem, sendo que uma delas é ex-clusiva para a direção e a outra para osistema hidráulico. O acionamento é di-retamente do motor. Os tratores da li-nha 5000 possuem sistema de levante detrês pontos com excelente controle deposição, sensibilidade e profundidadeque facilitam nas suas regulagens e pos-sui capacidade de levante de até 3.300kgno olhal, possuindo ainda um recursoquanto à regulagem da velocidade de le-vante.

FREIOSO sistema de freio é acionado hidrau-

licamente, diminuindo significativamen-te a força de acionamento do usuário so-bre o pedal de freio. Quanto aos discosde freio os mesmos são imersos em óleo,garantindo vida longa e eficiência na fre-nagem.

EMBREAGEMO mesmo possui embreagem de du-

plo disco a seco, sendo que um dos dis-cos é responsável pelo acionamento datração da máquina e o outro pelo acio-

O posto de comando ficou mais ergonômico,com nova localização das alavancas

A principal novidade é a transmissão Side Shift, com alavanca de câmbio localizadana lateral, que facilita as trocas de marchas e proporciona maior conforto ao operador

Fotos Agrale

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“““““Os tratores da linha 5000 possuem sistema de levanteOs tratores da linha 5000 possuem sistema de levanteOs tratores da linha 5000 possuem sistema de levanteOs tratores da linha 5000 possuem sistema de levanteOs tratores da linha 5000 possuem sistema de levantede três pontos com excelente controle de posiçãode três pontos com excelente controle de posiçãode três pontos com excelente controle de posiçãode três pontos com excelente controle de posiçãode três pontos com excelente controle de posição”””””

. M

do à tração uma maior vida útil sem efe-tuar manutenção.

SEGURANÇAA máquina já vem de fábrica com es-

trutura de proteção, como um arco de se-gurança feito em aço que protege o ope-rador em caso de capotagem (Rops). Valeressaltar que a máquina já vem com ositens exigidos pela NR31, norma regula-mentadora que tem por objetivo estabe-lecer os preceitos a serem observados naorganização e no ambiente de trabalhode forma a tornar compatíveis o planeja-mento e o desenvolvimento das ativida-des da agricultura, pecuária, silviculturae exploração florestal com a segurança esaúde no ambiente de trabalho, que sãobasicamente sinalização luminosa, sina-lização sonora, proteção dos itens gira-tórios, como tomada de força, dentreoutros.

PNEUSQuanto aos pneus, pode ser utilizado tan-

to o conjunto de pneus R1 como R2 (comgarra maior), em vários tamanhos de acordocom a necessidade do cultivo predominantena região. Vale ressaltar que ao mudar o ta-manho do mesmo, não será necessária a subs-tituição do conjunto pára-lamas, que muitasvezes dificulta ao usuário e proporciona in-vestimento para tal modificação.

BIODIESELA harmonia entre o motor e a nova

transmissão Side Shift resulta em melhorperformance, mais economia e maior pro-dutividade. Assim como os outros tratoresda Agrale, os novos modelos 5000 tambémestão preparados para operar com biodieselB5 (5% de mistura de óleo de origem vege-tal misturado em 95% de diesel), extraídodos óleos de palma (dendê), mamona, sojaentre outros.

A linha 5000 já vem de fábrica com arco de segurançaem aço, que protege o operador em caso de capotagem

. M

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20 • Outubro 08

segurança

Vai mudar de nome, mas suas ca-racterísticas e função continuamas mesmas. A expressão “estrutura

de proteção na capotagem (EPC)” substitui onome “estrutura de proteção contra a capota-gem (EPCC)”, na norma de ensaio recente-mente elaborada pela Comissão de Estudos deTratores Agrícolas da ABNT. A ponderação foique a estrutura não é contra a capotagem, istoé, não impede que ela aconteça, mas protege ooperador na ocorrência da mesma. A EPC, cujotermo em inglês correspondente a Rops (Ro-

llOver Protective Structure), é um dos itens quebreve deverão fazer parte de todos os tratoresnovos fabricados no Brasil, como resultado detratativas entre o Ministério do Trabalho e aAnfavea. Algo digno de comemoração, se con-siderar que esta determinação chega com mui-tos anos de atraso em relação ao tempo em quepesquisadores vêm debatendo o assunto pelasua importância e em relação a outros paísesque há muitos anos já adotam o EPC comoitem obrigatório.

A estrutura de proteção (EPC) é uma es-

trutura montada sobre o trator com a finalida-de de proteger o condutor em caso de capota-gem do trator durante a sua utilização normal,garantindo um espaço seguro para o operador.

RISCOS DE ACIDENTESTratores agrícolas não são veículos de alta

velocidade, mas, em geral, necessitam de gran-de potência e peso para bom desempenho dasfunções para as quais são destinados. Os riscosque podem ocorrer durante atividades envol-vendo trator são: tombamento e/ou capotagem

Estrutura que proEstrutura que proDepois de anos de pesquisas e debates sobrepadronização, a Estrutura de Proteção naCapotagem (EPC) logo será item obrigatórioem tratores agrícolas fabricados no Brasil

Depois de anos de pesquisas e debates sobrepadronização, a Estrutura de Proteção naCapotagem (EPC) logo será item obrigatórioem tratores agrícolas fabricados no Brasil

Page 21: Maquinas 79

“““““A EPC, cujo termo em inglêsA EPC, cujo termo em inglêsA EPC, cujo termo em inglêsA EPC, cujo termo em inglêsA EPC, cujo termo em inglês correspondente correspondente correspondente correspondente correspondente a a a a a Rops (Rops (Rops (Rops (Rops (RollOver Protective StructureRollOver Protective StructureRollOver Protective StructureRollOver Protective StructureRollOver Protective Structure), é um), é um), é um), é um), é umdos itens que breve deverdos itens que breve deverdos itens que breve deverdos itens que breve deverdos itens que breve deverãoãoãoãoão fazer parte de todos os tratores novos fabricados no Brasil fazer parte de todos os tratores novos fabricados no Brasil fazer parte de todos os tratores novos fabricados no Brasil fazer parte de todos os tratores novos fabricados no Brasil fazer parte de todos os tratores novos fabricados no Brasil”””””

Outubro 08 • 21

Acidentes acontecem independentemente de a máquinaser nova ou usada. Falta de atenção do operador eexcesso de confiança são os principais causadores

lateral, tombamento e/ou capotagem para trás,aprisionamento por peças móveis, queda dooperador. O operador pode ainda estar sujeitoa adquirir doenças, como perda auditiva devi-do ao ruído excessivo do trator; a problemas decoluna em decorrência da inadequação do pos-to de operação, a problemas gastrintestinais pela

exposição excessiva a vibrações verticais.O tombamento é resultado da perda de es-

tabilidade do trator, o que está relacionado àdistância entre eixos e à bitola utilizada. Assim,o uso de tratores estreitos oferece maior riscoque os tratores convencionais.

O tombamento lateral pode ocorrer em tra-balhos realizados em terrenos inclinados, que-da de roda em buraco no terreno, afundamen-to das rodas traseiras na lama, deslocamento efrenagem brusca em alta velocidade, presençade pedras e outros obstáculos que se encon-trem no percurso do trator.

Já o tombamento para trás normalmenteocorre quando são tracionados implementosfora da barra de tração, utilizados pontos deengate muito elevados, tentativas de puxar to-cos ou outros objetos fixos com marcha parafrente e carga acima do peso do trator. O tom-bamento para trás ocorre de forma tão rápidaque o condutor muitas vezes não consegue evi-tá-lo. Tais situações são potencializadas quan-do os tratores são desprovidos de requisitos desegurança e apresentam precária manutenção(por exemplo problema no sistema de freio, EPCdanificada).

TOMBAMENTO E/OU CAPOTAGEMA despeito de não existir estatísticas siste-

máticas da ocorrência de acidentes, diversascitações bibliográficas ao longo dos anos men-cionam que é expressivo o índice de acidentescom tratores: a) 70% dos acidentes são relacio-nados à capotagem (Rodrigues & Silva, 1986);b) Metade dos acidentes fatais na Espanha édevido ao tombamento de tratores (Márquez,1995); c) 59,8% dos acidentes são capotagem(Debiasi, 2002); d) 47,8% dos acidentes comtratores são relacionados ao tombamento (Cor-

rêa & Ramos, 2002); e) Acidentes com tratoresforam a principal causa de morte (31% dos aci-dentes rurais) em Queensland no período de1990-1998, sendo 45,5% devido ao tombamen-to (Ferguson, 1999 citado por Pope, 2000); f)Cerca de 250 pessoas morrem todo ano nosEUA em decorrência do envolvimento de tra-tores em capotagem, aprisionamento e colisõesem estradas (Schenker, 2004).

Para quem pensa que os acidentes com tra-tores agrícolas é coisa muito distante de ocor-rência no passado ou que acontece longe deseu meio de convívio, basta procurar na Inter-net relatos dos acidentes divulgados em perió-dicos locais. Veja Box nesta matéria.

TIPOS DE EPCSão três os tipos de EPC:a) EPC de dois pontos ou dois pilares: tam-

bém denominada arco de segurança, constitui-

Massey Ferguson

Arq

uivo

tegetege

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22 • Outubro 08

se de um elemento estrutural fixo ao trator emdois pontos resistentes no chassi, na frente ouatrás do operador.

b) EPC de quatro pontos ou quatro pilares:constitui-se de um conjunto de barras resisten-tes que se fixam à frente e atrás do operador emquatro pontos de apoio no trator.

c) Cabine de segurança: conjunto de ele-mentos resistentes semelhantes à EPC de qua-tro pontos, sobre os quais são feitos recobrimen-tos para proteger o operador do sol, poeira, chu-va, calor e frio.

A EPC de dois pontos, geralmente utiliza-da em tratores estreitos ou de pequeno porte, éa que tem merecido maior desenvolvimentotecnológico para adequar o uso do trator àsnecessidades particulares como em parreiraiscultivados em caramanchão, pomares e edifi-cações para confinamento de animais. É umaalternativa interessante para adaptar em trato-res velhos que permitam este tipo de EPC. Al-guns projetos de EPC de dois pontos são cons-tituídos de barras dobráveis de modo que aooperar em culturas de baixo vão livre o opera-dor tenha a opção de abaixá-la.

O que acontece, entretanto, é que muitosoperadores não retornam a estrutura à posiçãooriginal quando executando outras tarefas oudeslocando-se em estradas. Desta forma ficamexpostos à gravidade de um acidente por tom-bamento.

Para evitar este problema há um estudo dePowers et al, (2001) denominado Niosh Auto-

Rops, que consiste de uma estrutura “telescó-pica” que fica normalmente abaixada e está li-gada a um sensor que monitora o ângulo deoperação do trator (Figura 2). Se uma condi-ção de tombamento é detectada pelo sensor aEPC retraída estenderá e trava na posição ver-tical antes de tocar o solo.

É preciso ressaltar, porém, que qualquer queseja o tipo de EPC utilizada a proteção do ope-rador só será garantida com o uso de cinto desegurança que também deve estar presente notrator que possua estrutura de proteção na ca-potagem.

EXIGÊNCIA DE USO DA EPCSegundo Schencker (2004) o desenvolvi-

mento da EPC começou na década de 30, massó se tornou real na década de 50. A Suécia foio primeiro país a legislar sobre a EPC, estabele-cendo a obrigatoriedade de uso em tratores agrí-colas novos em 1959 (Springfeldt, 1993). Pos-teriormente outros países adotaram legislaçãosemelhante. O Quadro 1, elaborado por Sprin-gfeldt (1993) apresenta as formas de adoção daEPC em alguns países. De modo geral é exigi-do algum tipo de EPC. Nesse quadro destaca-se novamente a Suécia como o único país queobriga o uso de cabine de segurança como úni-ca forma de EPC, tanto em tratores novos comoem tratores velhos.

No Brasil, foram feitas várias tentativas delegislação, visando impor a EPC em tratoresagrícolas novos produzidos no país ou impor-tados: 1) a Fundacentro quando elaborou asNormas Regulamentadoras Rurais – NRRs,aprovadas em abril de 1988, contemplava, en-tre outras, a questão da segurança das máqui-nas e equipamentos agrícolas, entretanto, anorma foi publicada sem vários itens, inclusivesem os itens referentes a máquinas e a equipa-mentos agrícolas. 2) Neste mesmo período, aFundacentro, a pedido da Secretaria de Defesado Consumidor, tentou negociar a adoção daEPC com a Anfavea, em face de um ofício re-cebido de um órgão similar da Finlândia ques-tionando por qual razão o Brasil permitia a fa-bricação de produto sem proteção, quando eraobrigatório em seu país de origem. Infelizmen-te, a negociação não teve êxito. 3) Posterior-mente, o deputado Antônio Carlos MendesThame, que teve colaboração técnica da Fun-dacentro, encaminhou o Projeto de Lei Nº 552/1991, e o deputado Carlos Nader encaminhouo Projeto de Lei Nº 532/2003, porém, ambosse perderam nos trâmites legislativos. Por ou-tro lado sempre houve a resistência da indús-tria de máquinas em aceitar a adoção da EPC,apesar da maioria dos fabricantes terem exigên-cias por lei em seus países de origem ou mesmoexportarem para países, cujas exigências estão

Tratores não foram feitos para trafegar em altasvelocidades, mesmo em rodovias. Por isso, deve-serespeitar os limites estabelecidos pelo fabricante

Figura 1 – Zona de segurança

Arquivo

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“““““É preciso ressaltarÉ preciso ressaltarÉ preciso ressaltarÉ preciso ressaltarÉ preciso ressaltar, porém, que qualquer que seja o tipo de EPC utilizada a proteção do operador só será garantida com, porém, que qualquer que seja o tipo de EPC utilizada a proteção do operador só será garantida com, porém, que qualquer que seja o tipo de EPC utilizada a proteção do operador só será garantida com, porém, que qualquer que seja o tipo de EPC utilizada a proteção do operador só será garantida com, porém, que qualquer que seja o tipo de EPC utilizada a proteção do operador só será garantida como uso de cinto de segurança que também deve estar presente no trator que possua estrutura de proteção na capotagemo uso de cinto de segurança que também deve estar presente no trator que possua estrutura de proteção na capotagemo uso de cinto de segurança que também deve estar presente no trator que possua estrutura de proteção na capotagemo uso de cinto de segurança que também deve estar presente no trator que possua estrutura de proteção na capotagemo uso de cinto de segurança que também deve estar presente no trator que possua estrutura de proteção na capotagem”””””

estabelecidas em lei.Atualmente, diante das negociações do

Ministério do Trabalho com a Anfavea, com arecente publicação da Norma RegulamentadoraNR-31 (obriga a utilização de máquinas comtodos os dispositivos de segurança), das exigên-cias do mercado externo e pelo compromissocom os princípios da responsabilidade social, aindústria admite equipar seus tratores novoscom EPC para o mercado interno.

Equipar tratores velhos com EPC nem sem-pre é possível, devido às características de cons-trução do trator que não previa este dispositivoou porque não existem ROPS prontamente

Outubro 08 • 23

disponíveis no mercado para o modelo em ques-tão, e se projetadas necessitam de testes paraverificar sua adequação.

MÉTODOS DE ENSAIO DA EPCOs ensaios têm como objetivo verificar se a

EPC oferece a resistência mínima necessáriapara ser considerada como tal, ou seja, se é ca-paz de absorver a energia dos impactos prescri-tos na norma sem provocar deformações queafetem a zona de segurança do operador.

No passado, faziam-se testes de tombamen-to real, onde o trator montado com a estruturaera forçado a cair de um talude de inclinação

acentuada. Eram, então, observados os danosà estrutura, o alcance destes à zona de proteçãoe realizados cálculos para se obter o valor daforça e o sentido de direção da mesma, respon-sáveis pela deformação na estrutura. Devido aocusto deste teste (danos ao trator e dificuldadede repetição), a avaliação dessa forma deixoude ser realizada. Atualmente a verificação des-sa resistência é feita em testes de laboratório.Nesses testes a estrutura é submetida a cho-ques ou esforços com energia equivalente a queum tombamento real produziria. São dois ostipos de ensaios que podem ser realizados: en-saio dinâmico e ensaio estático. Ambos têmprocedimentos estabelecidos em normas e/ouregulamentos técnicos (Quadro 2).

ENSAIO DINÂMICOÉ aplicável em tratores de rodas com massa

compreendida entre 600kg e 6.000kg e combitola traseira superior a 1.150mm. A estrutu-ra é fixada ao trator que é ancorado ao solo. Oensaio consiste de três testes de impacto (tra-seiro, frontal e lateral) e dois de esmagamento(traseiro e frontal). O teste de impacto é reali-zado por meio de uma massa pendular de2.000kg aplicado na parte traseira, frontal e la-teral da estrutura de proteção. O teste de esma-gamento é realizado por meio de uma carga igualao dobro do trator e cabine aplicada primeira-mente sobre o bordo superior traseiro do teto

Figura 2 – EPC de 2 pontos dobrável: facilidade para abaixamento da estrutura

John Deere

Ila C

orre

a

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24 • Outubro 08

PaísSuécia

Noruega

Finlândia

Grant Bretanha

Alemanha

Espanha

EUA

AplicaçãoTratores novosTratores velhos

Todos os tratoresTratores novos

Tratores entreguesTratores novosTratores novosTratores velhosTratores novosTratores novosTratores velhosTratores novosTratores velhosTratores novosTratores velhosTratores novos

Condição*OOOROOOOOOOORORO

Tipo de EPCEPC 4 pontosEPC 4 pontos

CabineEPC 4 pontosEPC 4 pontosEPC 4 pontos

CabineEPC 4 pontosEPC 4 pontos

CabineCabine

EPC de 2pontos

EPC de 2pontos

EPC 4 pontos

Exigido desde19591965

1970, 19831964, 1967

19771969198519761970

1976, 19901977, 1980

1970197019751978

1972, 1976

Quadro 1 – Regulamento relativo ao uso da EPC em vários países. Adapta-do de Springfeldt, 1993. (Sigla: O = Obrigatório; R = Recomendado)

TIPO DE ENSAIODinâmico: para tratores de 600kg até 6.000kg.Estático: para tratores de 800kg a 15.000kg.Dinâmico e estático: para tratores estreitos.De 600kg a 3.500kg, com arcos dianteiros.Dinâmico e estático: para tratores estreitos.De 600kg a 3.500kg, com arcos traseiros.

ISOISO 3463ISO 5700

ISO 12003-1

ISO 12003-2

OCDECód. 3Cód. 4Cód. 6

Cód. 7

UEDiretiva 77/536/CEEDiretiva 79/622/CEEDiretiva 87/407/CEE

Diretiva 86/298/CEE

BRASILNBR 10000/87NBR 10001/87*

Quadro 2 - Normas e/ou regulamentos técnicos aplicáveis aos tratores agrícolas de rodas

*A ser substituída pelo projeto de norma ABNT NBR ISO 5700:2008, em estudo na Comissão de Tratores Agrícolas.

da cabine com uma viga de 25cm de largura edepois sobre o bordo superior dianteiro. Paraevitar a deflexão dos pneus durante o teste deesmagamento o trator é calçado.

ENSAIO ESTÁTICONo ensaio estático o conjunto trator-estru-

tura é submetido aos mesmos impactos e es-magamentos, porém, por meio de um cilindrohidráulico no lugar da massa pendular e de umaviga acionada por dois cilindros hidráulicos. Avantagem deste tipo de ensaio é que, devido àaplicação lenta das cargas, é menos destrutivo epermite melhor observação do comportamen-to da estrutura.

Por ainda não existir laboratório de ensaiono Brasil os fabricantes nacionais utilizam-sede suas próprias instalações para realizar ensai-os ou enviam a EPC para ensaio no exterior.Em ambos os casos a EPC, quando disponibi-lizada no trator, deve apresentar uma rotula-gem fixada permanentemente à estrutura queinforme nome e endereço do fabricante, nú-

mero de identificação da EPC, marca do trator,modelo(s) ou número(s) de série(s) para oqual(is) a EPC é projetada e referência à nor-ma de ensaio utilizada. É a garantia atestadapelo fabricante ou laboratório de ensaio de quea EPC atende aos requisitos de segurança.

CUIDADOS COM A EPCA integridade da EPC pode ser

afetada ao longo de sua idade e usoconstante do trator. Para que a EPCmantenha suas características de se-gurança ao longo da vida útil do tra-tor, é preciso que se façam inspeçõesperiódicas procurando detectar sinaisde deterioração. Scarlett et al, (2004)apontam os seguintes indicadores dedeterioração da estrutura: furos, rup-turas ou corrosão nos elementos es-truturais; falha, perda ou uso incorre-to de parafusos na montagem da es-trutura; reparos em membros estru-turais ou não-estruturais que invali-dariam a aprovação para uso, poden-do causar mais tarde deterioração emoutra parte da estrutura.

No caso de cabine de segurança,além de checagens regulares, é impor-tante mantê-la limpa e bem vedada,removendo lama ou entulhos úmidos.

Figura 3 - Niosh AutoRops, estrutura “telescópica” quemonitora o ângulo de operação do trator

A presença de fertilizante granular ou esterco,combinado com umidade, pode causar corro-são acelerada. Quando detectada a corrosão otratamento deve ser feito o mais breve possível.

O usuário, entretanto, não deve fazer ne-nhuma modificação nos elementos estruturaisna EPC, sob pena de perder a garantia do fa-bricante e de que ela continua segura. Se hou-ver necessidade de reparo ou modificação estadeve ser feita pelo fabricante da mesma e reva-lidado o teste de resistência.

Para que a EPC mantenha suas características desegurança é preciso que se façam inspeções periódicas

procurando detectar sinais de deterioração

Ila Maria Corrêa,CEA/IACRosa Yasuko Yamashita,Fundacentro/MTbEJosé Valdemar Gonzalez Maziero,CEA/IAC

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Valtra

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mercado de tratores

Anova linha de financiamento do Go-verno Federal, Pronaf Mais Alimen-to, que é parte do Plano Safra 2008/

09, conta com recursos de R$ 13 bilhões para aAgricultura Familiar. A meta é beneficiar ummilhão de agricultores familiares até 2010 e au-mentar a produção de arroz, feijão, milho, tri-go, mandioca, café, cebola e frutas, além de for-talecer as atividades leiteira e avícola. Para a as-sistência técnica vão ser destinados R$ 397milhões e os produtores ainda vão ter descon-tos de até 17,5% para comprar tratores e equi-pamentos agrícolas.

A comercialização de tratores, motoculti-vadores, equipamentos e implementos agríco-las com descontos é parte da estratégia do Mi-nistério de Desenvolvimento Agrário (MDA)de aumentar a produção e a produtividade pormeio de investimentos na infra-estrutura daspropriedades da agricultura familiar. A linha definanciamento para essa finalidade concederácréditos de até R$ 100 mil, com prazo de paga-mento de até dez anos, até três anos de carên-cia e juro de 2% ao ano, a produtores que te-nham renda bruta de até R$ 110 mil.

São 14 categorias de produtos e mais de 30diferentes modelos de 11cv a 75cv, que vão demotocultivadores a tratores com tração simplesou 4x4, todos com fabricação nacional. Paraestarem hábeis a receber esta linha de financia-mento, os agricultores precisam ter a Declara-ção de Aptidão ao Pronaf (DAP) e elaborar pro-jetos junto à entidade de Assistência Técnica eExtensão Rural (Ater) do seu município e pas-sar por avaliação cadastral e verificação da via-bilidade do seu projeto.

O preço dos produtos varia de acordo comcada Estado e é definido em função do valor do

frete e do ICMS. Mas os preços podem ter des-contos de até 17,5%. Para saber exatamente ovalor das máquinas para cada Estado, o produ-tor pode acessar o site do MDA http://comunidades.mda.gov.br/principal/tratores_mais_alimentos e preencher os cam-pos necessários.

AS MÁQUINASConfira as categorias que se enquadram

nesta linha de crédito e um valor aproximado,tendo por base o Estado do Rio Grande do Sul.Mas é importante lembrar que estes valoresvariam de acordo com cada Estado.

11cvMotocultivador motorizado sem rotativa -

Motor diesel refrigerado a água de 11cv de po-tência a 2.400rpm. Com duas rodas, caixa detransmissão com seis velocidades avante e trêsà ré. Com sistema de engate rápido de imple-mentos, regulagem de bitola contínua e eixosextavado. Sem enxada rotativa. Preço aproxi-mado R$ 10.000,00

Motocultivador motorizado com rotativa -Motor diesel refrigerado a água de 11cv de po-tência a 2.400rpm. Com duas rodas, caixa detransmissão com seis velocidades avante e trêsà ré. Com sistema de engate rápido de imple-mentos, regulagem de bitola contínua e eixosextavado. Equipado com enxada rotativa. Pre-ço aproximado R$ 12.500,00

14cvMotocultivador motorizado sem rotativa -

Motor diesel refrigerado a água de 14cv de po-tência a 2.400rpm. Com duas rodas, caixa detransmissão com seis velocidades avante e três

à ré. Com sistema de engate rápido de imple-mentos, regulagem de bitola contínua e eixosextavado, Sem enxada rotativa. Preço aproxi-mado R$ 13.200,00.

Motocultivador motorizado com rotativa -Motor diesel refrigerado a água de 14cv de po-tência a 2.400rpm. Com duas rodas, caixa detransmissão com seis velocidades avante e trêsà ré. Com sistema de engate rápido de imple-mentos, regulagem de bitola contínua e eixosextavado. Equipado com enxada rotativa. Pre-ço aproximado R$ 16.300,00.

15cvTrator 4x2 - Trator agrícola de quatro ro-

das, tração 4x2, com 14,7cv de potência. Trans-missão com sete marchas à frente e três à ré,tomada de força, pneus dianteiros 400x15 epneus traseiros 8,3/8x24 R1. Plataforma deoperação aberta com estrutura de segurança etoldo, levante hidráulico de três pontos com-pleto, barra de tração e contrapeso dianteiro.Preço aproximado R$ 24.500,00.

Trator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-das, tração 4x4, com 14,7cv de potência. Trans-missão com sete marchas à frente e três à ré,tomada de força, pneus dianteiros 650/80x12 epneus traseiros 8,3/8x24 R1. Plataforma deoperação aberta com estrutura de segurança etoldo, levante hidráulico de três pontos com-pleto, barra de tração e contrapeso dianteiro.Preço aproximado R$ 31.000,00.

18cvTrator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, tração 4x4, com 18cv de potência. Trans-missão com sete marchas à frente e três à ré,tomada de força, pneus dianteiros 650/80x12 e

Mais máquinasCom 13 bilhões de reais, a linha de financiamento Pronaf Mais Alimento promete

aumentar o número de máquinas agrícolas em pequenas propriedades rurais

O Yanmar 1030D tração 4x4 tem motor de 26,5cv diesel, TDF de17cv a 540rpm, transmissão de oito velocidades à frente e duas à ré

O New Holland TL75E, tem motor MWM-International, fabricado no Brasil, de 75cv,com sistema Lift-O-Matic e tração dianteira de acionamento eletro-hidráulico

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pneus traseiros 8,3/8x24 R1. Plataforma deoperação aberta com estrutura de segurança etoldo, levante hidráulico de três pontos com-pleto, barra de tração e contrapeso dianteiro.Preço aproximado R$ 33.400,00.

26cvTrator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, tração 4x4, 26,5cv de potência e tração 4x4.Transmissão com oito velocidades avante e duasà ré. Pneus dianteiros 4.00x16 e traseiros 9.5x24R1. Sistema hidráulico com capacidade de le-vante com 850 quilos, categoria I. Com estru-tura de segurança e toldo, controle de ondula-ção e posição, embreagem simples, direção hi-drostática e contrapeso dianteiro. Preço aproxi-mado R$ 39.193,09.

30cvTrator 4x2 - Trator agrícola de quatro ro-

das, com 30cv de potência e tração 4x2. Trans-missão com seis marchas à frente e duas à ré.Tomada de força, pneus dianteiros 600x16 epneus traseiros 9,5x24 R1. Plataforma de ope-ração aberta com estrutura de segurança e tol-do, levante hidráulico de três pontos completo,barra de tração e contrapeso dianteiro. Preço

aproximado R$ 37.252,00.Trator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, com 30cv de potência e tração 4x4. Trans-missão com seis marchas à frente e duas à ré.Tomada de força, pneus dianteiros 7,5 Lx15R1 e pneus traseiros 9,5x24 R1. Plataforma deoperação aberta com estrutura de segurança etoldo, levante hidráulico de três pontos com-pleto, barra de tração e contrapeso dianteiro.Preço aproximado R$ 41.200,00.

39cvTrator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, 39cv de potência e tração 4x4. Transmis-são com oito velocidades à frente e duas à ré.Pneus dianteiros 4.00x16 e pneus traseiros9.5x24 R1. Sistema hidráulico com capacida-de de levante com 850 quilos, categoria I. Comestrutura de segurança e toldo, controle de on-dulação e posição, embreagem simples, direçãohidrostática e contrapeso dianteiro. Preço apro-ximado R$ 44.000,00.

50cvTrator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, 50cv de potência e tração 4x4. Transmis-são com oito marchas à frente e duas à ré, com

tomada de força. Pneus dianteiros 8.0-18 R1 epneus traseiros 14.9-24 R1. Plataforma de ope-ração aberta com estrutura de segurança e tol-do. Levante hidráulico de três pontos comple-to, com barra de tração e contrapesos diantei-ros. Para tratores com aplicações específicas (fru-tas e café), os pneus dianteiros são 7.0-18 R1.Preço aproximado R$ 47.900,00.

65cvTrator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, 65cv de potência e tração 4x4. Transmis-são com seis marchas à frente e duas à ré, comtomada de força. Pneus dianteiros 9.5-24 R1 epneus traseiros 14.9-24 R1. Plataforma de ope-ração aberta com estrutura de segurança e tol-do. Levante hidráulico de três pontos comple-to, com uma válvula de controle remoto, barrade tração e contrapesos dianteiros. Para trato-res com aplicações específicas (frutas e café), ospneus dianteiros são 7.0-18 R1. Preço aproxi-mado R$ 60.200,00.

75cvTrator 4x4 - Trator agrícola de quatro ro-

das, 75cv de potência e tração 4x4. Transmis-são com oito marchas à frente e duas à ré, comtomada de força. Pneus dianteiros 9.5-24 R1 epneus traseiros 14.9-24 R1. Plataforma de ope-ração aberta com estrutura de segurança e tol-do. Levante hidráulico de três pontos comple-to, com barra de tração e contrapesos diantei-ros. Para tratores com aplicações específicas (fru-tas e café), os pneus dianteiros são 7.0-18 R1.Preço aproximado R$ 64.500,00.

MÁQUINAS FINANCIÁVEIS PELO MDAA seguir, descreveremos as empresas e má-

quinas da marca que se enquadram neste mo-delo de financiamento. Todos são modelos na-cionais.

YANMARA Yanmar disponibiliza sete equipamentos

JD 5603 4x4 tem motor de 75cv, embreagem de disco cerametálico, direçãohidrostática com bomba independente de alta vazão e transmissão sincronizada

O Valtra 585 é um trator de 47cv equipado com motor Simpson A3000- T II 325 de três cilindros, com oito marchas à frente e duas à ré

O Agrale 4230.4 possui motor M790 de dois cilindros verticaisem linha, de 1.200 cilindradas, 30cv e refrigeração a ar

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“““““A meta é beneficiar um milhão de agricultores familiares até 2010 e aumentar a produção de arroz,A meta é beneficiar um milhão de agricultores familiares até 2010 e aumentar a produção de arroz,A meta é beneficiar um milhão de agricultores familiares até 2010 e aumentar a produção de arroz,A meta é beneficiar um milhão de agricultores familiares até 2010 e aumentar a produção de arroz,A meta é beneficiar um milhão de agricultores familiares até 2010 e aumentar a produção de arroz,feijão, milho, trigo, mandioca, café, cebola e frutas, além de fortalecer as atividades leiteira e avícola”feijão, milho, trigo, mandioca, café, cebola e frutas, além de fortalecer as atividades leiteira e avícola”feijão, milho, trigo, mandioca, café, cebola e frutas, além de fortalecer as atividades leiteira e avícola”feijão, milho, trigo, mandioca, café, cebola e frutas, além de fortalecer as atividades leiteira e avícola”feijão, milho, trigo, mandioca, café, cebola e frutas, além de fortalecer as atividades leiteira e avícola”

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neste financiamento.Motocultivador (microtrator) modelo

TC12, motor de 11cv diesel refrigerado a água.Opcionalmente fornecido com enxada rotativaou sem, destinado para aplicações em horticul-tura, carreta para transporte, frutas, café, ex-clusivo para pequenas propriedades.

Motocultivador (microtrator) modeloTC14, motor de 14cv diesel refrigerado a água.Opcionalmente fornecido com enxada rotativaou sem, também destinado à horticultura, car-reta para transporte, frutas, café, exclusivo parapequenas propriedades.

Trator modelo 1030D tração 4x4, motorde 26,5cv diesel, TDF de 17cv a 540rpm, trans-missão de oito velocidades à frente e duas à ré,direção hidrostática e levante hidráulico de850kg, categoria I, indicado para trabalhos comfruticultura, hortaliça, café, pecuária e em pe-quenas propriedades.

Trator modelo 1050DT tração 4x4, motorde 50cv turbo diesel, TDF de 41,5cv a 540rpm,transmissão de oito velocidades à frente e duasà ré, direção hidrostática e levante hidráulicode 850kg. categoria I, indicado para aplicaçõesem fruticultura, hortaliça, café, pecuária e empequenas propriedades.

Trator modelo 1145-4 tração 4x4, motorde 39cv diesel, TDF de 31cv a 540rpm, trans-missão de oito velocidades à frente e duas à ré,direção hidrostática e levante hidráulico de850kg. categoria I, também para aplicações emfruticultura, hortaliça, café, pecuária e peque-nas propriedades.

Trator modelo 1155-4 tração 4x4, motorde 55cv diesel, TDF de 45,6cv a 540rpm, trans-missão de oito velocidades à frente e duas à ré,direção hidrostática e levante hidráulico de850kg. categoria II, destinado para aplicaçõesem fruticultura, hortaliça, café, pecuária e pe-

quenas propriedades.Trator modelo 1175-4 tração 4x4, motor

de 75cv e 16 válvulas diesel, TDF de 59cv a540rpm, transmissão de 12 velocidades à fren-te e três à ré, direção hidrostática e levante hi-dráulico de 2.000kg. categoria II, indicado parafrutas, hortaliça, café, pecuária e pequenas pro-priedades.

NEW HOLLANDA New Holland possui cinco versões de

duas diferentes categorias de tratores que seenquadram na linha de financiamento doMDA.

Da linha TT, fazem parte os tratoresTT3840, TT3840F e TT3880F, que vêm comtrombetas do eixo traseiro reforçadas, arco desegurança rebatível, tração nas quatro rodas,transmissão nas opções 8x2 e 12x3 com super-redutor e a maior reserva de torque da catego-ria. Os tratores TT3840F e TT3880F são asversões estreitas da linha. Eles possuem uma

largura 1,45 metro, 40 centímetros a menos queo trator TT convencional.

A linha TT tem aplicação em pequenaspropriedades no preparo de solo e transportecom carretas, entre outras atividades. Os doismodelos na versão estreita são projetados parao trabalho em culturas que exigem máquinasde pequenas dimensões, como frutas e café.

Já a Linha TL, com os modelos TL60E eTL75E, é equipada com motores MWM-In-ternational, fabricados no Brasil, de 62cv noTL60E e 75cv no TL75E. As máquinas vêmcom sistema Lift-O-Matic que permite traba-lhar com o implemento no terceiro ponto comapenas um toque no painel durante as mano-bras, mantendo o ritmo do trabalho. A traçãodianteira de acionamento eletro-hidráulico e atomada de força independente são alguns dosdiferenciais.

Essa linha é bastante usada no cultivo delaranja, grãos e na pecuária.

JOHN DEEREA John Deere possui apenas um modelo

disponível para esta linha de financiamento. Éo JD 5603 (4x4), com motor de 75 cavalos. Estemodelo possui embreagem com disco cerame-tálico, direção hidrostática com bomba inde-pendente de alta vazão e transmissão sincroni-zada com nove marchas à frente e três marchasà ré. Duas válvulas de controle remoto (VCR)de alta vazão, proteção contra capotagem, freioem banho de óleo auto-ajustável e tomada deforça econômica.

O 5603 pode ser empregado em uma am-pla gama de aplicações em diversas culturas,como em grãos e cereais, citros, café, frutas,hortaliças e legumes, pecuária, movimentaçãode cargas e transporte industrial.

VALTRAA Valtra possui cinco diferentes modelos

que obedecem aos critérios de financiamentodo MDA.

O Valtra 585 é um trator de 47cv equipado

O MF 265 XE tem motor MWM International de quatro cilindros com 65cv,de aspiração natural e tração nas quatro rodas

O Yanmar 1145-4 tem tração 4x4, motor de 39cv diesel, TDF de 31cva 540rpm, transmissão de oito velocidades à frente e duas à ré

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com motor Simpson A3000 - T II 325 de trêscilindros e caixa de câmbio de oito velocidadesà frente e duas velocidades à ré, com tração nasquatro rodas, capacidade de levante hidráulicode 2.100kgf nos olhais de levante, direção hi-drostática e estrutura de proteção contra capo-tagem (Rops). Ele é indicado para aplicaçõesagrícolas em pequenas propriedades, tais comopreparo de solo, pulverização, plantio e serviçosgerais.

O modelo Valtra 685 é equipado com mo-tor MWM D - 229 - 3 VA, 62cv, de três cilin-dros e caixa de câmbio parcialmente sincroni-zada de seis velocidades à frente e duas à ré,com tração nas quatro rodas, capacidade de le-vante hidráulico de 1.560kgf nos olhais de le-vante, direção hidrostática e estrutura de pro-teção contra capotagem (Rops). Este modelo éindicado para as mesmas aplicações do modeloanterior.

Já com motorização maior, o modelo Valtra785 tem 75cv MWM D - 229 - 4 VA de quatrocilindros e caixa de câmbio parcialmente sin-cronizada de nove velocidades à frente e três àré ou 12 velocidades à frente e quatro à ré, comtração nas quatro rodas, capacidade de levantehidráulico de 2.600kgf nos olhais de levante,direção hidrostática e estrutura de proteçãocontra capotagem (Rops).

O Valtra BF 65 Fruteiro tem motor Sisu

Diesel 320DR de três cilindros de 60cv e caixade câmbio parcialmente sincronizada de seisvelocidades à frente e duas à ré, com tração nasquatro rodas, capacidade de levante hidráulicode 1.560kgf nos olhais de levante, direção hi-drostática e estrutura de proteção contra capo-tagem (Rops). É um trator indicado para ope-rações em pequenas e médias propriedades, emculturas que exijam baixa altura e menor lar-gura da máquina.

O modelo BF 75 Fruteiro vem equipadocom motor Sisu Diesel 320DSR de três cilin-dros de 72cv e caixa de câmbio parcialmentesincronizada de nove velocidades à frente e trêsà ré ou 12 velocidades à frente e quatro à ré,com tração nas quatro rodas, capacidade de le-vante hidráulico de 1.560kgf nos olhais de le-vante, direção hidrostática e estrutura de pro-teção contra capotagem (Rops). Baixo custooperacional e grande robustez, com ampla redede concessionários em todo o país. Este mode-lo também é indicado para operações em cul-turas que exijam máquinas baixas e estreitas.

AGRALEA Agrale tem cinco modelos disponíveis

para financiamento no Plano Safra Mais Ali-mento, com motorizações de 15cv a 30cv.

O modelo 4100 vem equipado com motorM93, de 15cv, 668 cilindradas, refrigerado a ar,

embreagem monodisco a seco e transmissãocom sete marcas à frente e três à ré, aciona-mento mecânico do bloqueio do diferencial.Possui sistema hidráulico com vazão de 13,75l/min, engate de três pontos padrão Agrale comcapacidade de levante de 440kg, direção mecâ-nica ou hidrostática e freios com sapatas ex-pansíveis e acionamento independente ou con-jugado. O modelo 4100.4 possui as mesmascaracterísticas, com a diferença de ter traçãonas quatro rodas.

O modelo 4118.4 possui motor M95Wvertical, de 18cv a 3.000rpm, 744 cilindradas,com refrigeração a água mediante circulaçãoforçada. A embreagem é tipo monodisco seco180mm e transmissão com sete marchas à fren-te e três à ré, bloqueio de diferencial com acio-namento mecânico por alavanca auxiliar. O sis-tema hidráulico possui vazão de 25,8l/min,engate de três pontos categoria Agrale, comcapacidade de levante de 440kg. Possui direçãohidrostática e freios com sapatas expansíveis eacionamento independente ou conjugado.

Com 30cv de potência, o modelo 4230.4possui motor M790 de dois cilindros verticaisem linha, de 1.200 cilindradas, refrigeração aar, com turbina incorporada ao volante. A em-breagem é tipo monodisco seco de 180mm etransmissão com seis marchas à frente e três àré, sendo que o bloqueio do diferencial possui

O BF 65 é o modelo fruteiro da Valtra, com motorSisu Diesel 320DR de três cilindros de 60cv

Três tratores da linha TT, da New Holland, fazemparte do programa, um convencional e dois estreitos

O MF 250 XE tem motor Simpson TIIS 325 de 50cv, com trêscilindros de aspiração natural, e possui transmissão 8x2 deslizante

O Valtra BF 75 Fruteiro vem equipado com motor Sisu Diesel 320DSR detrês cilindros de 72cv e caixa de câmbio parcialmente sincronizada

O modelo 4100 da Agrale vem equipado commotor M93, de 15cv, 668cc e tem versão 4x4

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PASSOS PARA ENCAMINHAR O PEDIDO DO TRATORsão do Pedido do Concessionário e retorneà entidade de Ater para encaminhar o pedi-do, que será parte do projeto que vai para oagente financeiro.

5 – O agente financeiro informa a apro-vação da compra à entidade de Ater e aofabricante do modelo escolhido. A entidadede Ater informa ao agricultor e ao Ministé-rio do Desenvolvimento Agrário (MDA). Ofabricante informa ao concessionário.

6 – O fabricante processa o faturamen-to, emite a nota fiscal e providencia o trans-porte até o concessionário, que encaminhacópia da nota fiscal para formalização e con-tratação do trator ao agente financeiro.

7 – O fabricante, após a confirmação dorecebimento, autoriza formalmente a entregado trator pelo concessionário.

Oque é preciso fazer para conse-guir o financiamento:

1 – O agricultor precisa ter a DAP (De-claração de Aptidão ao Pronaf).

2 – Procure a entidade de AssistênciaTécnica e Extensão Rural (Ater) do seu mu-nicípio e solicite a elaboração do projeto. Ostécnicos avaliarão os dados cadastrais e aviabilidade do seu projeto.

3 – Depois, avalie sua capacidade de cré-dito junto ao agente financeiro de seu mu-nicípio que opera com o Pronaf. Será feitoum estudo e o agente de crédito dará auto-rização para prosseguimento do projeto.

4 – Procure o concessionário que comer-cializa o trator ou motocultivador escolhi-do em sua região para encaminhar o pedi-do. Concluída a negociação, solicite a emis-

acionamento mecânico por pedal de retrocessoautomático. O sistema hidráulico possui vazãode 25,8l/min, engate de três pontos categoria I,com capacidade de levante de 650kg. A toma-da de potência possui rotação nominal de540rpm a 2.870rpm no motor. A direção destemodelo é hidrostática e os freios são com sapa-tas expansíveis e acionamento independente ouconjugado. O modelo 4230.4, também dispo-nível no financiamento, tem as mesmas carac-terísticas do 4230, além da tração 4x4.

Todos os modelos são indicados para apli-cações em pequenas propriedades em opera-ções de preparo da terra, pulverização, plantioe pequenas cargas. Devido às pequenas altura elargura, os modelos são indicados também paraoperações em culturas que exijam tratores comessas características.

MASSEY FERGUSONA Massey Ferguson tem três modelos de

tratores disponíveis para esta linha de crédito,o MF 250 XE, o MF 265 XE e o MF 275 XE.

O modelo MF 250 XE tem motor Simp-

son TIIS 325 de 50cv, com três cilindros deaspiração natural. Possui transmissão 8x2 des-lizante e tomada de potência dependente, comrotação nominal de 540prm. Este modelo éversão 4x4 com acionamento do eixo dianteirolateral, bloqueio do diferencial automático edireção hidrostática. O sistema hidráulico temacionamento mecânico e capacidade de levan-te de 2.100kg.

O modelo MF 265 XE tem motor MWMInternational de quatro cilindros com 65cv, deaspiração natural. Possui transmissão 8x2 des-lizante e tomada de potência dependente, comrotação nominal de 540rpm, tração 4x4 comacionamento do eixo dianteiro lateral, bloqueiodo diferencial automático e direção hidrostáti-ca. O sistema hidráulico possui controles me-cânicos de posição, profundidade, reação, bom-

beamento constante e transporte, com capaci-dade de levante de 2.100kg.

Já o MF 275 XE possui motor de 75cvMWM Internacional, de quatro cilindros comaspiração natural. A transmissão é 8x2 desli-zante, com tomada de potência dependente,rotação nominal da TDP de 540rpm e direçãohidrostática. Possui tração 4x4 com acionamen-to lateral do eixo dianteiro e bloqueio do dife-rencial automático. O sistema hidráulico pos-sui controle mecânico de posição, profundida-de, reação, bombeamento constante e transpor-te com capacidade de levante de 2.100kg. Ocontrole remoto é independente, com uma vál-vula.

Todos os modelos são indicados para ope-rações de preparo da terra, pulverização e trans-porte de cargas.

Com 30cv de potência, o Agrale 4230.4 possui motor M790 de dois cilindrosverticais em linha, de 1.200 cilindradas e refrigeração a ar

O trator TT 3880F é a versão estreita, com 1,45 metro delargura, 40 centímetros a menos que o modelo convencional

O motocultivador (microtrator) modelo TC12 da Yanmarpossui motor de 11cv diesel refrigerado a água

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Trakker

32 • Outubro 08

AIveco, marca de caminhões quemais cresce no Brasil, apresentaao mercado brasileiro o novo Ive-

co Trakker, caminhão extrapesado com arobustez necessária para enfrentar o traba-lho fora de estrada e que também executaoperações em estradas asfaltadas.

Desde seu lançamento, em outubro de2004, o Iveco Trakker já soma 50 mil uni-dades vendidas em mais de 100 países. So-mente em 2007, foram 16.800 unidades. Dejaneiro a setembro de 2008, o Iveco Trakkervendeu 13.800 unidades no mundo.

Com ele, a Iveco passa a ingressar nosegmento off-road, que representa cerca de8% das vendas dos caminhões extrapesadosno Brasil. Especificamente, o Trakker sedestinará aos serviços de transporte de cana-de-açúcar, mineração, construção e indús-tria da madeira e celulose.

Inicialmente oferecido na configuração6x4, nas versões plataforma e cavalo-mecâ-nico, o novo modelo chega ao mercado per-feitamente adaptado às condições de uso noBrasil e na América Latina. Este trabalhofoi desenvolvido em dez meses e nove milhoras de engenharia no Centro de Desen-volvimento de Produtos da Iveco, em SeteLagoas (MG), a partir de testes de campo

com clientes brasileiros e argentinos, quedeterminaram adequações do produto àscondições de uso locais.

A novidade do novo Iveco Trakker é odesign da cabine, que repete as linhas doIveco Stralis, o caminhão extrapesado ro-doviário da Iveco que multiplicou por trêsas vendas da marca naquele segmento. DoIveco Stralis vem, também, o motor IvecoCursor 13, que tem economia de combustí-vel, baixo custo de manutenção e durabili-dade.

O Trakker co-meça a ser pro-

duzido a partir de janeiro de 2009 na novafábrica de caminhões pesados que está sen-do erguida no Centro Industrial Integradoda Iveco, em Sete Lagoas (MG). Compo-nentes como chassi, motor, caixa de câmbioe outros serão fabricados no Brasil.

Com isso, o modelo poderá ser adquiri-do na modalidade Finame, um fundamen-tal fator de competitividade para os veícu-los vendidos neste segmento, ao qual o mo-delo anterior não tinha acesso, por ser im-portado da Argentina.

OFF & ROADDiferente de outros caminhões do setor,

que são derivados de versões rodoviárias, onovo Iveco Trakker é resultado de um pro-jeto específico criado para atender às durasexigências das operações off-road. Seu chassié robusto, com longarinas de aço especialcom 10mm de espessura e perfil mais alto –e, portanto, mais rígido – que os utilizados

Off & RoadA Iveco coloca no mercado brasileiro o Trakker,caminhão para operações fora de estrada, com

380cv e 420cv, nas versões plataforma e cavalo-mecânico, com tração 6x4

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“““““Desde seu lançamento, em outubro de 2004, o Iveco TDesde seu lançamento, em outubro de 2004, o Iveco TDesde seu lançamento, em outubro de 2004, o Iveco TDesde seu lançamento, em outubro de 2004, o Iveco TDesde seu lançamento, em outubro de 2004, o Iveco Trakkerrakkerrakkerrakkerrakkerjá soma 50 mil unidades vendidas em mais de 100 paísesjá soma 50 mil unidades vendidas em mais de 100 paísesjá soma 50 mil unidades vendidas em mais de 100 paísesjá soma 50 mil unidades vendidas em mais de 100 paísesjá soma 50 mil unidades vendidas em mais de 100 países”””””

Outubro 08 • 33

em versões estradeiras.Os eixos traseiros têm a marca Iveco e

são de ferro fundido, com redução nos cu-bos. Cada um deles tem capacidade para 16toneladas de PBT. O eixo dianteiro tem ca-

pacidade técnica para nove toneladas, re-sultando em grande resistência,

maior estabilidade do con-junto e segurança na

operação. O mo-delo traz

tam-

bém pára-choque dianteiro em aço triparti-do, ideal para as difíceis condições fora deestrada, mais resistente, resultando em me-nor custo operacional.

A suspensão da cabine é de quatro pon-tos, com molas helicoidais que trazem mai-or conforto para o motorista e durabilidademáxima do conjunto, quando comparada auma suspensão a ar.

Ao mesmo tempo, o novo Iveco Trakkerpossui características de dirigibilidade, es-tabilidade e conforto que permitem ao mo-delo um bom comportamento nas estradasasfaltadas, colocando-o como uma opção su-perior para operações mistas on e off-road.

O chassi do Trakker é robusto, com longarinas de aço especial com 10mm de espessura e perfil mais alto - e, portanto, mais rígido - que os utilizados em versõesestradeiras. Os eixos traseiros têm a marca Iveco e são de ferro fundido, com redução nos cubos, com capacidade para 16 toneladas de PBT cada um

Fotos Iveco

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34 • Outubro 08

co Stralis, que proporciona alta performan-ce na operação com fácil e confortável con-dução e resultados operacionais. O eixo tra-seiro Iveco 453291 é disponível com três

relações de redução, cada uma delas apro-priada para situações específicas de utiliza-ção do caminhão.

Os freios são a ar nas seis rodas, tipo S-Cam, com circuitos independentes (dian-teiro e traseiro), solução característica paraeste tipo de veículo. O sistema conta aindacom o eficiente freio motor ITB Iveco Tur-bo Brake, com acionamento optativo pormeio de chave seletora no painel.

Os pneus de série são do tipo 11.00R22,mistos off-road com câmara. Opcionalmen-te, o novo Iveco Trakker pode vir com pneus295/80R22.5, mistos off-road sem câmara.

A suspensão da cabine é de quatropontos, com molas helicoidais

A cabine tem bancos com nova padronização e o do motorista possui suspensão pneumáticade série. O volante pode ser regulado na altura e no alcance. O climatizador de ar é de série

Isso é garantido pela suspensão em tanden,com molas semi-elípticas na dianteira e tra-seira, com amortecedores telescópicos, con-junto calibrado para o perfeito compromis-so na estrada e em terrenos difíceis.

MOTOR CURSOR 13O Trakker possui motor Iveco Cursor 13,

o mais econômico de sua categoria, com 12,8litros, seis cilindros, quatro válvulas por ci-lindro e gerenciamento eletrônico. Ele é ofe-recido em duas versões de potência, 380cve 420cv, com 1.800Nm e 1.900Nm de tor-que respectivamente, disponíveis em amplafaixa de utilização. Já sai de fábrica homo-logado para rodar com o B5.

O motor Iveco Cursor 13 é, no Brasil,certificado para a norma Euro 3 (em vigor),mas já é preparado para futuras e mais res-tritivas normativas. Na Europa, por exem-plo, onde o diesel disponível permite a ado-ção de limites mais severos para a emissãode poluentes, o Cursor 13 já é vendido den-tro da norma Euro 5.

Ele vem acoplado à caixa de câmbio ZF16S-2280 TO, uma combinação já aprova-da pelo mercado, a mesma utilizada no Ive-

O painel tem desenho funcional, com superfícies planase de fácil limpeza e manutenção, a pedido dos usuários

Fotos Iveco

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“““““A configuração 6x4 representa, hoje, por volta de 65%A configuração 6x4 representa, hoje, por volta de 65%A configuração 6x4 representa, hoje, por volta de 65%A configuração 6x4 representa, hoje, por volta de 65%A configuração 6x4 representa, hoje, por volta de 65%do mercado total de caminhões extrapesados offdo mercado total de caminhões extrapesados offdo mercado total de caminhões extrapesados offdo mercado total de caminhões extrapesados offdo mercado total de caminhões extrapesados off-road-road-road-road-road”””””

Outubro 08 • 35

CABINEA cabine tem linhas derivadas do Iveco

Stralis, lançado no Brasil em outubro de2007, com grande sucesso. Comparado aomodelo anterior, são muitos os sinais de re-novação, como a nova grade frontal, comsulcos mais largos e profundos e que incor-pora o novo e imponente logotipo tridimen-sional e metalizado.

A mudança de posição do logotipo abremais espaço para a aplicação da marca dosclientes. Novos e maiores espelhos retro-visores são um importante aspecto de se-gurança. Possui também vidros verdes desérie, aerofólios laterais e pára-sol novos,sendo oferecida na versão teto baixo, amais apropriada para a utilização nestesegmento.

A cabine conta com barra estabilizado-ra e suspensão com quatro pontos de apoio,o que contribui para suavizar movimentose melhorar o conforto geral do motorista edo passageiro. Dentro, os bancos têm novapadronização e o banco do motorista pos-sui suspensão pneumática de série, o quetambém garante mais conforto. O volantepode ser regulado na altura e no alcance. O

climatizador de ar é de série e o ar-condici-onado é opcional.

O painel tem desenho funcional, comsuperfícies planas e de fácil limpeza e ma-nutenção. Essa opção foi adotada depoisde consultas junto a clientes e também combase na realidade de operação dos cami-nhões fora de estrada, cujo dia-a-dia é do-minado pela poeira, umidade e lama. Alémde mais prático, este painel também con-tribui para a favorável equação do custo-benefício que o novo Iveco Trakker ofereceaos operadores.

TRÊS VERSÕES 6X4Inicialmente, o novo Iveco Trakker che-

ga ao mercado em três configurações, todascom tração 6x4. Uma delas é o cavalo-me-cânico com motor de 420cv e capacidademáxima de tração (CMT) de 172 tonela-das. As outras duas são veículos platafor-ma, uma com motor de 380cv e outra coma opção dos 420cv. Para as aplicações do ca-minhão plataforma na cana-de-açúcar, ma-deira, mineração e construção, há duas op-ções de entre eixos de 3.500mm ou4.500mm. Em ambos os casos, o PBT téc-nico do produto é de 41 toneladas.

Os modelos seguem a denominação tra-dicional Iveco assim definidas:

Cavalo: Trakker 720t42tPlataforma: Trakker 380t38; Trakker

380T42A configuração 6x4 representa, hoje, por

volta de 65% do mercado total de caminhõesextrapesados off-road. Além disso, esta ver-são é a mais apropriada para o trabalho emcanaviais, um dos mais dinâmicos setoresda economia brasileira e que hoje comandasubstanciais 60% das encomendas de veí-culos deste segmento.

Configuração própria para serviços off-road,pode ser vista até nos faróis

O motor é Iveco Cursor 13, com 12,8 litros, seis cilindros, quatro válvulas por cilindro e gerenciamento eletrônico,oferecido em duas versões de potência, 380cv e 420cv, com 1.800Nm e 1.900Nm de torque, respectivamente

. M

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mapas de produtividade

36 • Outubro 08

Figura 1 - Malha de amostragem da produtividade

Avariabilidade na produtividadede grãos tem sido utilizada comoum dos recursos para a definição

de zonas de manejo das culturas agrícolas.As zonas de manejo são áreas da lavoura quepossuem características de solo homogêne-as, as quais deveriam proporcionar a mesmaprodutividade da cultura e eficiência de uti-lização de fertilizantes.

Baseado nestas zonas pode-se recomen-dar práticas de manejo como a aplicação defertilizantes em doses variáveis, com o obje-tivo de corrigir aquelas características queestão comprometendo a produtividade, per-mitindo a elevação do potencial produtivo.Alternativamente, se os fatores limitantes àprodutividade não são solucionáveis, deve-se ajustar a quantidade de fertilizantes aopotencial produtivo da área, aumentando asua eficiência de utilização.

Para a determinação de zonas de manejodentro da lavoura podemos utilizar diversasmetodologias, como mapas de produtivida-

de de grãos, análise de solo, topografia, foto-grafias aéreas etc. O mapeamento da produ-tividade é a metodologia mais divulgada atu-almente para definição de unidades de ma-nejo, principalmente mapas de produtivida-de de várias safras seguidas. Os mapas de

produtividade fornecem informações básicaspara o balanço de nutrientes e para avaliaçãode manchas de fertilidade, o que permite or-ganizar a lavoura em zonas específicas demanejo. Além disso, a produtividade de grãosé responsável por materializar a resposta dacultura ao manejo realizado.

Com a finalidade de determinar zonas demanejo na cultura do arroz irrigado em fun-ção da produtividade de grãos, realizou-se umtrabalho em uma lavoura comercial de arroz

Figura 2 - Sensor de rendimento

John

n D

eere

Grãos cominformaçãoGrãos cominformação

O manejo da lavoura baseado nos dadosde colheita é outra ferramenta utilizadana agricultura de precisão, que possibilitacorrigir cada talhão de acordo com aprodutividade na safra anterior

O manejo da lavoura baseado nos dadosde colheita é outra ferramenta utilizadana agricultura de precisão, que possibilitacorrigir cada talhão de acordo com aprodutividade na safra anterior

Case IH

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irrigado no município de São Francisco deAssis (RS), nas safras 2004/05 e 2005/06. Aárea de 70 hectares foi mapeada com um GPSde navegação para gerar a malha de amostra-gem de um ponto por hectare (Figura 1), atra-vés do software Campeiro.

A amostragem de plantas de arroz irriga-do para estimativa da produtividade de grãosda cultura foi realizada em cada ponto (hec-tare) da malha, através da coleta manual dequatro subamostras de plantas em uma áreade 0,25m2. Estas subamostras foram debu-lhadas manualmente e posteriormente pesa-das, sendo a umidade dos grãos corrigida para13%.

Este mapeamento da produtividade podeser feito de forma mecanizada, através da uti-lização de um sensor de rendimento instala-do no elevador de grãos limpos de uma co-lhedora automotriz (Figura 2). Este sensorquantifica a massa de grãos que chega ao tan-que graneleiro e, associado a um GPS quefornece a posição da máquina na lavoura,permite gerar o mapa de produtividade da

cultura.Outro método alternativo para mapea-

mento da produtividade é a colheita e pesa-gem dos grãos por partes (talhões) da lavou-ra, que no caso da cultura do arroz irrigado éfacilitado pelos quadros delimitados por tai-pas, canais de irrigação e estradas presentesna área.

Para a determinação das zonas de mane-jo em função da produtividade da cultura dearroz irrigado utilizou-se a metodologia pro-

posta por Molin (2002), baseando-se emmapas seqüenciais de produtividade, confor-me descrito abaixo:

a). Produtividade alta: produtividade aci-ma de 105% em relação à média da lavoura;

b). Produtividade média: produtividadeentre 95% e 105% em relação à média da la-voura;

c). Produtividade baixa: produtividadeabaixo de 95% em relação à média da la-voura.

Os dados no arroz irrigado mostraram grandesvariabilidades espacial e temporal, encontrando-se

pontos que produziram a metade em relação a outros

Massey Ferguson

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38 • Outubro 08

Ponto

202203204205302303304305306307308402403404405406407408409410411502503504505506507508509510511602603604605

Safra 2004/05 6336 6551 8721 9658 8094 7203 6655 882910309 917010096 9394 7670 7977 7921 6825 8050 7265 6373 6748 8307 6268 9505 9440 9045 9483 6771 8220 8162 8945 8358 7857 7452 7584 6707

Safra 2005/06 9390 7058 7615 885810142 782210264 7489 8374 8119 909510812 7705 8166 8576 7627 9651 9076 8825 7630 8241 8218 9304 8252 5853 8449 7884 9530 7694 7953 9331 9214 9180 7919 9467

Ponto

606 607 608 609 610 702 703 704 705 706 707 708 709 803 804 805 806 807 808 809 902 903 904 905 906 907 90810031004100510061007110511061107

Safra 2004/0567436657732174446948871665539944835180107654629048558278684480447532561156038894962163588048645076626518620185477014671576686986873460417570

Safra 2005/06 6568 936010644 6898 7712 8674 8831 7966 7389 8956 8698 8640 7299 9422 8128 9462 7727 8500 7630 9205 8426 9593 8750 942810048 8890 855610622 9500 886310447 9701 9043 7829 7743

Produtividade de arroz (kg/ha) Produtividade de arroz (kg/ha)

Quadro 1 - Produtividade de arroz irrigado em cada ponto da malhade amostragem nas safras 2004/05 e 2005/06

ParâmetroProdutividade mínima (kg/ha)Produtividade média (kg/ha)

Produtividade máxima (kg/ha)Produtividade total área (kg)Coeficiente de variação (%)

Safra 2004/054855771110309

53837215,6

Safra 2005/0658538628

10812603931

11,6

Variação (%)+ 20+ 12 + 5+ 12- 26

Quadro 2 - Comparativo da produtividade de arroz irrigado entre assafras 2004/05 e 2005/06

Safra

2004/052005/06

Mínima48555853

Máxima1030910812

Média77118628

95% da Média73258197

105% da Média80979060

Produtividade de grãos de arroz irrigado

Quadro 3 - Produtividade de arroz irrigado utilizada na determina-ção das zonas de manejo

Os dados de produtividade dacultura de arroz irrigado mostraramgrande variabilidade espacial e tem-poral, encontrando-se pontos queproduziram a metade em relação aoutros (Quadro 1). Na safra 2004/05, a produtividade mínima verifi-cada foi de 4.855kg/ha, média de7.711kg/ha e máxima de 10.309kg/ha, apresentando um coeficiente devariação (CV) entre os pontos amos-trais de 15,6% (Quadro 2). Na safra2005/06, a produtividade mínimaverificada foi de 5.853kg/ha, médiade 8.628kg/ha e máxima de10.812kg/ha, com um CV de 11,6%entre os pontos amostrais. Os dadosrepresentam um aumento na pro-dutividade de arroz irrigado na se-gunda safra avaliada, verificando-seum acréscimo de 20% na produtivi-dade mínima, 12% na média, 5% namáxima e 12% na total, indicandomaior facilidade em aumentar a pro-dutividade em zonas de baixa, atra-vés do manejo localizado.

Os dados de produtividadesmínima, máxima e média de arrozirrigado, bem como os valores deprodutividade equivalentes a 95%e 105% em relação à média para assafras 2004/05 e 2005/06 encon-tram-se no Quadro 3, os quais fo-ram utilizados para a determina-ção das zonas de manejo. O inter-valo de produtividade de arroz paraas zonas de manejo baixa, média ealta encontra-se no Quadro 4.

Analisando as zonas de manejo(produtividade), verifica-se umagrande variabilidade espacial dasmesmas justificada pela variação na

produtividade de arroz entre as duas safras (va-riabilidade temporal), sendo grande parte destavariabilidade induzida pelo manejo da área,através da aplicação de calcário a taxa variávelanteriormente à safra 2005/06.

Na safra 2004/05, a área da zona de ma-nejo de baixa produtividade foi de 29 hec-tares, enquanto na safra 2005/06 esta áreafoi de 12 hectares (Figura 3), representan-do uma redução de 58% na área desta zonade manejo (produtividade). Em contrapar-tida, a área na zona de manejo de médiaprodutividade passou de 18 hectares na sa-fra 2004/05 para aproximadamente 34 hec-tares na safra 2005/06, representando umaumento de 89% na área desta zona demanejo. Para a zona de manejo de alta pro-dutividade houve um aumento de 9% naárea na safra 2005/06.

A análise das zonas de manejo (produti-vidade) na cultura de arroz irrigado em ape-

Figura 3 - Área de cada zona de manejo na cultura de arroz irrigado nas safras 2004/05 e 2005/06

O mapeamento da produtividade é ametodologia mais divulgada atualmente para

definição de unidades de manejo

John

Dee

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“““““As estratégias dependem das particularidades e do conhecimento prévio da área, dosAs estratégias dependem das particularidades e do conhecimento prévio da área, dosAs estratégias dependem das particularidades e do conhecimento prévio da área, dosAs estratégias dependem das particularidades e do conhecimento prévio da área, dosAs estratégias dependem das particularidades e do conhecimento prévio da área, dosprincípios de gerenciamento e das circunstâncias econômicas e financeiras envolvidasprincípios de gerenciamento e das circunstâncias econômicas e financeiras envolvidasprincípios de gerenciamento e das circunstâncias econômicas e financeiras envolvidasprincípios de gerenciamento e das circunstâncias econômicas e financeiras envolvidasprincípios de gerenciamento e das circunstâncias econômicas e financeiras envolvidas”””””

Safra

2004/052005/06

Baixa4855 – 73255853 – 8197

Média7325 – 80978197 – 9060

Alta8097 – 103099060 – 10812

Zona de manejo (Produtividade – kg/ha)

Quadro 4 - Intervalos de produtividade de arroz irri-gado utilizados na determinação das zonas de manejo

O mapeamento de produtividade, bemcomo o manejo dessas informações, podeser feito em qualquer cultura

nas duas safras não permitiu obter informa-ções seguras a respeito da distribuição daszonas de baixa, média e alta produtividadedentro da lavoura. A quantidade de safrasmonitoradas vai definir a qualidade da in-formação, pois quanto maior esse número,melhor será o ajuste da medição da variabili-

dade temporal e maior será a segurança nadelimitação das zonas de manejo.

Existem várias possibilidades de se abor-dar o processo de tomada de decisão para aintervenção com manejo localizado. As es-tratégias dependem das particularidades e doconhecimento prévio da área, dos princípios

de gerenciamento e das circunstâncias eco-nômicas e financeiras envolvidas. Para finsde tomada de decisão é necessário estabele-cer critérios. Um deles pode ser a variabili-dade espacial e temporal da produtividade.Porém, ainda existem outros aspectos geren-ciais a serem considerados, como atuar nasáreas de alta produtividade buscando otimi-zá-las ou isolar as áreas de produtividade bai-xa para intervir nelas.

Reges Durigon,José Fernando Schlosser,Eder Dornelles Pinheiro,Alexandre Russini eLeonardo Basso Brondani,UFSM

Valtra

. M

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40 • Outubro 08

Sima 2009

Vender máquinas e equipamentospara a Rússia e demais países doleste europeu é um dos principais

objetivos das empresas que participarão doSalão Internacional de Máquinas Agrícolas(Sima), de 2 a 26 de fevereiro, em Paris, noCentro de Exposições Paris-Norte Villepin-te. Fabricantes de equipamentos europeusse organizam para o atendimento, em larga

escala, de visitantes daquela região, que re-organiza seu modelo agrícola em velocida-de espantosa, para se adaptar ao crescimen-to econômico e às elevadas exigências de pro-dutos agrícolas.

As mudanças no mercado financeiro dasúltimas semanas não afetaram a demandapor equipamentos, uma vez que está empleno andamento o processo de reescalona-

Olhos noleste

A venda de máquinas e equipamentos para a Rússiaa partir das profundas modificações ocorridas no

modelo agrícola do leste europeu é uma das apostasda edição 2009 do Sima, em fevereiro, em Paris

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Outubro 08 • 41

“““““A presença garantida de compradores de regiões do leste europeu, inacessíveA presença garantida de compradores de regiões do leste europeu, inacessíveA presença garantida de compradores de regiões do leste europeu, inacessíveA presença garantida de compradores de regiões do leste europeu, inacessíveA presença garantida de compradores de regiões do leste europeu, inacessívelllllaos vendedores ocidentais até pouco mais de uma década, é a grande expectativaaos vendedores ocidentais até pouco mais de uma década, é a grande expectativaaos vendedores ocidentais até pouco mais de uma década, é a grande expectativaaos vendedores ocidentais até pouco mais de uma década, é a grande expectativaaos vendedores ocidentais até pouco mais de uma década, é a grande expectativa”””””

O acabamento fechado da máquina, além de diminuiro ruído, emite menos poeira ao ambiente externo

. M

Fotos Newton Peter

mento da produção agrícola. A substituiçãodo modelo em vigor no regime político de-saparecido nos anos 90, que se iniciou len-tamente, precisou de tempo para que osprodutores se adaptassem às tecnologiasagrícolas disponíveis, porém, nos últimosanos se nota a aceleração no ritmo, coman-dada pela necessidade de suprir os merca-dos locais. A melhoria do padrão de vidadas populações dos países do leste europeusignifica uma elevação nunca vista no con-sumo de produtos agrícolas.

Os organizadores do maior evento demecanização agrícola europeu – associaçõesde maquinaria agrícola – informaram emoutubro que 95% dos espaços demarcadosna área coberta de mais de 22 hectares doparque de exposições já haviam sido vendi-dos. Assinalaram, porém, com a oferta debons estandes para fabricantes de equipa-mentos de outros países, também interes-sados. A presença garantida de comprado-res de regiões do leste europeu, inacessívelaos vendedores ocidentais até pouco maisde uma década, é a grande expectativa. Nosdois últimos eventos, em 2005 e 2007, veri-ficaram-se alterações muito interessantestanto no tipo de equipamento apresentadoquanto no público presente. Começou em2005, por exemplo, a mostra de máquinasde menor porte, destinadas aos ainda pou-co tecnificados agricultores orientais. Ogrande interesse demonstrado perdurou eainda se intensificou em 2007, o que leva auma expectativa ainda maior em 2009.

Como preparação para o recebimentodos agricultores do leste europeu no grandeevento em Paris, já em novembro os organi-zadores do Sima montarão na Rússia, co-meçando em Moscou, uma amostra em pe-quena escala do que estará disponível naFrança. A mostra é patrocinada por umaassociação de fabricantes russos de equipa-

mentos agrícolas e está centrada na meca-nização das lavouras. Depois de Moscouhaverá apresentações em Krasnodar, Rostov,Altai e Belgorod. Além disso, representan-tes do governo russo e inúmeros membrosde entidades que congregam agricultores jáconfirmaram presença em Paris.

Nas últimas décadas o Sima tem sido amelhor oportunidade para os europeus en-contrarem, num só local, todas as novida-des tecnológicas nos segmentos de grandesculturas, pecuária e energias renováveis,soluções concretas para cada uma de suasnecessidades. Ali são mostradas as inova-ções em equipamentos, por exemplo, emestréia mundial. Como ocorre no mundo da

moda, em que o que se vê em Paris deter-minará a tendência mundial, o Sima repre-senta uma estréia do que será apresentadonos próximos eventos, no resto do mundo.

QUEM VAINo Salão de 2007 – o evento se realiza a

cada dois anos – houve 213.761 visitantes,dos quais 79% eram da Europa ocidental e12% da oriental. Os continentes America-no, Africano e Asiático tiveram 3% de par-ticipação cada um. A estatística de 2007conta ainda com visitantes de 107 países. Odestaque, no entanto, foram os cerca de 25mil russos e seus vizinhos, cada vez maisinteressados em mecanizar suas lavouras,ainda desatualizadas tecnologicamente.Desde 2005, registra-se um crescimento de31% na economia do que se classifica comoEuropa Central e da Europa do Leste. Omercado dessas regiões permanece franca-mente comprador.

Em 2007 a metade dos 1.349 exposito-res era de estrangeiros. Dos visitantes, 63%são tidos como utilizadores líderes dos equi-pamentos e 50% exploram áreas agrícolassuperiores a 100 hectares, o que, em termoseuropeus, é média alta. Distribuidores, con-cessionários, importadores e outros empre-sários preencheram uma fatia de 37% dototal de visitantes.

O Sima ocorre estrategicamente no mêsde fevereiro, pleno inverno europeu, épocade paralisação total da atividade agrícola, oque responde pelo acréscimo do número devisitantes a cada evento.

Nos dois últimos eventos, em 2005 e 2007, ocorreram alteraçõesimportantes tanto em relação ao público como ao tipo de máquinas expostas

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radiocomunicação

42 • Outubro 08

Técnica 4x4

Estando dentro de um jipe abertono meio de uma estrada de terraé quase impossível ouvir o que o

colega do outro carro está dizendo pelo rá-dio, seja um PX ou radioamador. Pior aindase for num equipamento portátil com alto-falante muito pequeno.

Este problema não é exclusivo do mun-do off-road e, por conta disto, foram cria-das algumas soluções para facilitar a com-preensão das mensagens no meio de tantobarulho. Sinais tênues e com muito ruídono meio de um tiroteio na guerra fizerama criatividade desenvolver dois sistemas decodificação de mensagens. Eles podem serdivididos em duas classes, o Código Foné-tico, que foi criado na Segunda GuerraMundial e aperfeiçoado em 1956, e o Có-digo Q. Conheça a seguir os códigos maisutilizados, memorize e procure usá-losquando falar ao rádio, quando precisartransmitir um endereço, soletrar algumnome ou palavra mais complicada. Vocêpode usar o código fonético, por exemplo,para transmitir dados cadastrais e endere-ços ao telefone, veja como é simples:(Tabelaao lado)

Já o Código Q é enorme, mas para o ra-dioamador e faixa do cidadão pode ser re-sumido em uma pequena lista, normal-mente cedida junto com a apostila para oexame de habilitação. Seguem os códigosmais utilizados:

Pratique em casa, use no dia-a-dia e fa-cilite a compreensão de mensagens nas tri-lhas e aventuras em geral. Divirta-se!

Código FonéticoA - Alfa

B - BravoC - CharlieD - DeltaE - EcoF - FoxG - GolfH - HotelI - ÍndiaJ - JulietK - KiloL - LimaM - Mike

N - NovemberO - OscarP - Papa

Q - QuebecR - RomeuS - SierraT - Tango

U - UniformV - VictorX - X-RayY - YanqueW - Wiskie

Z - Zulu

Código QQAP - Permaneço na freqüência determinada

QRA - Qual é o nome do operador?QRG - Qual é a freqüência/canal de operação?

QRM - Sua transmissão está com interferência de outras estaçõesQRN - Sua transmissão está com interferência por efeitos atmosféricos (estática)

QRO - Aumente a potência do transmissor (p/radioamadorismo)QRP - Diminua a potência do transmissor (p/radioamadorismo)

QRT - Encerramento da transmissãoQRV - Estou à disposição

QSA - Qual é meu nível de sinal?QSB - Sua transmissão está com desvanecimento de sinal (fading)

QSJ - DinheiroQSL - Mensagem entendida

QSY - Mudar para freqüência/canalQTC - Tenho uma mensagem para você

QTH - Qual é a localização exata?QTI - Qual é a localização aproximada?

QTR - Qual é o horário?

Para números use:0 – zero ou negativo

1 – primo ou primeiro2 - segundo3 - terceiro4 - quarto5 - quinto6 - sexto7 - sétimo8 - oitavo9 - nono

10 - décimo

. M

Para participantes de off-road saber o idioma daradiocomunicação é um diferencial importante, que

facilita a vida na hora de utilizar o aparelho

João Roberto de Camargo Gaiotto,www.tecnica4x4.com.br

RadiocomunicaçãoRadiocomunicação

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