Luis Hu Rivas - Doutrina Espírita para Principiantes

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Transcript of Luis Hu Rivas - Doutrina Espírita para Principiantes

Introdução ao estudo da Doutrina que

ilumina consciências e consola corações.

Traduzido e organizado

por LUIS HU RIVAS

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL

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A Doutrina EspíritaAntecedentes

Os Fenômenos de HydesvilleAs Mesas Girantes

Allan KardecOs Continuadores

Atividades

Mensagem Espiritual

O Espírito de Verdade

A CodificaçãoObras Básicas

De que trata o Espiritismo?O que é o Espiritismo?

Princípios FundamentaisA Revelação Espírita

O Consolador PrometidoAtividades

Mensagem Espiritual

O Espírito de Verdade

DeusIdéia de Deus

O que é Deus?Deus e as Provas da sua Existência

Atributos da DivindadeElementos Gerais do Universo

CriaçãoPrincípio Vital

Princípio EspiritualAtividades

Mensagem Espiritual

Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco

Imortalidade da AlmaOs Espíritos

A AlmaEscala Espírita

Progressão dos EspíritosPerispírito

Propriedades e FunçõesDepois da Morte

Perturbação e PercepçõesAtividades

Mensagem Espiritual

Amélia Rodrigues / Divaldo Pereira Franco

Sum

ário

120 Anexo 1

122 Anexo 2

124 Anexo 3

128 Anexo 4

130 Anexo 5

132 Anexo 6

Conheça o Espiritismo

Evangelho no Lar

Credo Espírita

Projeto 1868

Conhecimento de si mesmo

Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

1

3

4

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SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

ReencarnaçãoPluralidade de ExistênciasJustiça DivinaAntecedentesNo EvangelhoEvoluçãoAspectos GeraisVidas PassadasExortaçãoAtividades

Mensagem Espiritual

Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

Leis Morais eAspectos DiversosO Dormir e os SonhosVisitas EspirituaisAs Leis MoraisA Lei Divina ou NaturalMundos HabitadosA TerraAtividades

Mensagem Espiritual

Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

MediunidadeInfluência EspiritualAnjo da GuardaA MediunidadeOs MédiunsClasses de MédiunsA Proibição de MoisésConseqüênciasAtividades

Mensagem Espiritual

Scheilla / Francisco Cândido Xavier

Obsessão e PassesNoções ElementaresO que é a Obsessão?Causas da ObsessãoO que é o Passe?Tipos de passeProcedimentosÁgua FluidificadaAtividades

Mensagem Espiritual

Bezerra de Menezes / Divaldo Pereira Franco

62

76

90

104

134 Centro EspíritaO que é o Centro Espírita?O Dirigente EspíritaO que é ser Espírita?

140 Movimento EspíritaTrabalho FederativoConselho Espírita InternacionalCampanhas Espíritas

146 Vocabulário, Doutrina e páginas eletrônicas

148 Livros e autores espirituais

150 Membros do CEI

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POR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERPOR QUE CONHECERO ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?O ESPIRITISMO?

maioria das pessoas, vivendo a vidaatribulada de hoje, não está interessada nosproblemas fundamentais da existência.Preocupa-se primeiramente com seusnegócios, com seus prazeres, com seus

problemas pessoais, e pensam que questões como«a existência de Deus» e «a imortalidade da alma»são da competência de sacerdotes, de chefesreligiosos, filósofos e teólogos. Quando tudo vaibem em suas vidas, estas pessoas nem se lembramde Deus e, quando lembram, é para fazer umaoração apenas ou ir à igreja, como se tais atitudesfossem simples obrigações das quais todos devemse desincumbir de uma maneira ou de outra. Areligião se torna mera formalidade social, algo queas pessoas devem ter, e nada mais; no máximo,será um desencargo de consciência, para estar bemcom o Criador. Tanto que muitos nem alimentamfirme convicção daquilo que professam,carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e dacontinuidade da vida após a morte.

Quando, porém, tais pessoas são surpreendidaspor um grande problema, a ruína financeira, aperda de um ente querido, uma doença incurável– fatos que acontecem na vida de todos nós – nãoencontram em si mesmas a fé necessária, nem asabedoria para enfrentar o problema com corageme resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.

O conhecimento espírita abre-nos uma visãoampla e racional da vida, explicando-a de maneiraconvincente e permitindo-nos iniciar umatransformação interior, aproximando-nos deDeus.

A

Colaboradores e Revisores

Evandro Noleto Bezerra

Brasília –– Brasil

Nina Fernandez

Brasília –– Brasil

Juliana Pinheiro

Brasília –– Brasil

Rosilene Pereira da Silva Oliveira

Brasília –– Brasil

Allan Kardec (1804-1869)Codificador do Espiritismo

A cepa é o emblema do trabalho do Criador,nela se acham reunidos todos os princípiosmateriais que melhor podem representar o

corpo e o espírito.O corpo é a cepa, o espírito é o licor; e a

alma, o espírito unido à matéria, é o grão.

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APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO

CMesmo entre as pessoas que se

dizem espíritas, poucas conhecemrealmente o Espiritismo. A grande maio-ria prefere ouvir de outros, a ler asinformações em fontes seguras. E, emse tratando de Doutrina Espírita, asfontes reconhecidamente seguras são asobras de Allan Kardec:

1) O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857)2) O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861)3) O EVANGELHO SEGUNDO O

ESPIRITISMO (1864)4) O CÉU E O INFERNO (1865)5) A GÊNESE (1868)

Talvez para muitos, a leitura deKardec, logo de início, ofereça difi-culdade, razão pela qual elaboramosesta obra auxiliar para aqueles queestiverem decididos a estudar o Espi-ritismo. No entanto, as orientações aquicontidas NÃO DISPENSAM A LEITURAE O ESTUDO DAS OBRAS BÁSICAS DADOUTRINA ESPÍRITA, e se o leitor quiserrealmente conhecer a Doutrina, terá queestudá-las.

«As instruções dadas pelos Espíritos de categoria elevadasobre todos os assuntos que interessam à Humanidade, asrespostas que eles deram às questões que lhes forampropostas, recolhidas e coordenadas com cuidado, constituemtoda uma ciência, toda uma doutrina moral e filosófica,sob o nome de Espiritismo. O Espiritismo é, pois, a doutrinafundada na existência, nas manifestações e no ensinamento dos Espíritos.Esta doutrina se acha exposta de modo completo emO Livro dos Espíritos, quanto à sua parte filosófica; emO Livro dos Médiuns, quanto à parte prática e experimental;e em O Evangelho segundo o Espiritismo, quanto à partemoral.» (1)

ALLAN KARDEC

ientes das inumeráveis inquietudes e necessidadesque enfrentam os seres humanos, sobretudo naatualidade, devido a vida acelerada que levamos,decidimos elaborar o seguinte material didático,com o uso de recursos visuais e ilustrativos, para

mostrar de forma simples e direta as noções básicas doEspiritismo.

Trata-se de um trabalho que oferece às pessoas queestejam interessadas na Doutrina Espírita uma oportunidadede entrar em contato com os seus princípios, podendotambém servir aos companheiros espíritas dispostos a releros ensinamentos básicos de forma mais ilustrativa,apoiando-se no uso de mais de 300 elementos gráficos,fotos, gravuras, tabelas, quadros e desenhos diversos parafixar alguns conceitos por associação.

Os oito capítulos que compõem esta obra forampreparados de forma seqüencial, em similitude com O Livrodos Espíritos. Como sugestão, incluímos no fim seis anexose textos de apoio ao Centro e ao Movimento Espírita,para que o leitor tenha um panorama real sobre a formaçãode uma Instituição Espírita e o seu papel na sociedade.

Com esta publicação não se pretende substituir o EstudoSistematizado da Doutrina Espírita – ESDE. Seu objetivoé dar uma visão sucinta e geral do Espiritismo,

recomendando aos que desejam conhecê-lo afundo, realizar um estudo pausado, metódico econtínuo.

Auguramos ao leitor amigo uma boa leiturae que receba a paz proporcionada pela Doutrinaque ilumina consciências e consola corações.

Luis Hu Rivas

Conselho Espírita InternacionalSecretaria GeralSGAN – Q. 603 – Conj. F70830-030 – Brasília – [email protected]

Doutrina Espírita para [email protected]

Agradeço aos amigos espirituais queincentivaram e acompanharam a elabo-ração deste trabalho, em especial aosEspíritos Antônio Carlos e Ana Celeste,que me estimularam durante diversas noitesa prosseguir e perseverar sem cair nodesânimo.

Prólogo

A obra Doutrina Espírita para Principiantes, de autoria do confrade Luis HuRivas, resgata, através do Conselho Espírita Internacional, um método didático,renovador e progressista.

O autor demonstra, com êxito e rara competência, aquilo que os Espíritosfalaram a Allan Kardec, em «Prolegômenos», O Livro dos Espíritos: «O prazer queexperimentarás, vendo a Doutrina propagar-se e bem compreendida, será para tiuma recompensa, cujo valor total conhecerás, talvez, mais no futuro do que nopresente».

A História, ensina Cícero: «É testemunha do passado, luz da verdade, vidada memória, mestra da vida e anunciadora dos tempos antigos». Cervantes, certavez, a qualificou como: «A mãe da verdade, êmula do tempo, depositária dasações, testemunha do passado, exemplo e anúncio do presente, advertência para ofuturo».

O livro, que constitui leitura obrigatória para todos que militam noMovimento Espírita, em especial os dirigentes de centros espíritas, compõe-se departes bem ilustrativas e de fácil compreensão, numa linguagem comovente aoalcance de todos os estudiosos e pesquisadores.

Escrito com leveza, com senso e objetividade, o conteúdo aguça-nos a leiturae estimula a ampliar o conhecimento. Aliando e imprimindo suas qualidades ehoras, na Causa Espírita, Luis Hu Rivas nos presenteia com uma obra preciosa decabeceira, primeira e única.

Salvador, Bahia, março de 2006.

Clemildo Barbosa

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s fatos atinentes às revelaçõesdos Espíritos ou fenômenosmediúnicos remontam à maisrecuada Antigüidade, sendotão velhos quanto o nosso

mundo; e sempre ocorreram em todosos tempos e entre todos os povos.

A História, a este propósito, estárepleta desses fenômenos de intercomu-nicação espiritual.

O homem primitivo mantinhacontato com o mundo invisível, colocavao crânio do defunto fora da caverna nadireção do leste, pensando que dessemodo a alma do falecido não voltaria;na Antigüidade, na Índia, China e Egito,eram recebidas mensagens do outro ladoda vida através de sacerdotes, hierofantes epitonisas.

Sócrates, desde a infância, era inspirado porDaemon, seu Espírito guia.

Os historiadores confirmaram que a imortali-dade da alma e a comunicação espiritual estiverampresentes nas culturas antigas, como faculdadenatural, sexto sentido ou faculdade Psi.

O «Novo Testamento» mostra uma amplagama desses fenômenos, chamando a mediunidadede carismas ou dons e os médiuns de «profetas».

O livro «Atos dos Apóstolos» oferece um amploconteúdo de fenomenologia paranormal, pratica-das pelos seguidores de Jesus.

Na Idade Média, destaca-se a figura admirávelde Joana d’Arc, a grande médium, que escutava«as vozes do céu». (2)

Nesta época moderna situamos melhor a faseinicial do Espiritismo, em que vamos encontraralguns notáveis precursores, como o famoso videntesueco, Emanuel Swedenborg, engenheiro de minas,dotado de vasto potencial de forças psíquicas.

Antecedentes

O

Saul e SamuelCom a ajuda da pitonisade Endor, o rei Saul, oprimeiro rei de Israel,comunicou-se com oprofeta Samuel (Espírito)e este desvelou-lhe oseu futuro e o das suastropas ao enfrentar osFilisteus.(I Samuel, 28:5 a 29.) (3)

Teresa de Ávila(1515-1582)

Conhecida como «amaior mística da Igreja»,

mostrou diversosfenômenos como o

êxtase, umsonambulismo maisdepurado, o qual foi

representado pelo artistaLorenzo Bernini.

(1598-1680)

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

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Em 1775, aparece a figura de Franz AntonMesmer, descobridor do magnetismo curador,que reconhece o poder da cura mediante a aplicaçãodas mãos, ou seja, através da fluidoterapia. Acreditaque por nossos corpos transitam fluidos curadores,preparando o caminho para o Hipnotismo doMarquês de Puységur.

O surgimento do Espiritismo foi predito porAndrew Jackson Davis, magnífico sensitivo eclarividente norte-americano, no livro Os Princípiosda Natureza. Este começou a preparar o terreno,antes que se iniciasse a revelação.

Sir Arthur Conan Doyle(1859-1930)

Célebre pelo seu personagem deficção «Sherlock Holmes»,

manifestou que os fenômenosespíritas tinham sido até o

momento esporádicos, mas agoraapresentavam uma seqüência

metódica. No seu livro A História

do Espiritismo asseverou:«Possuem a característica deuma invasão organizada». (6)

Andrew Jackson Davis(1826-1910) Sensitivo, considerado por ArthurConan Doyle como «o profeta daNova Revelação». (5)Em 6 de março de 1844, Davis foitomado por uma força que o fez voar,em Espírito, da pequena cidade onderesidia, os até as montanhas deCatskill, cerca de 40 milhas desua casa. Swedenborg foi um dos seusmentores espirituais.

Franz Anton Mesmer(1734-1815)

O famoso alemão que realizouum avanço na saúde humana,

realizou experiências com o magnetismoe curas com as suas mãos ou

«fluidoterapia», entre elas curou MariaAntonieta que sofria de terríveis dores de

cabeça; os doutores da Salpêtrièrepedem a Luís XVI que seja proibido otrabalho de Mesmer e que retorne a

Viena. Mais tarde, em Meesburg, sul daAlemanha, este morreria.

Joana d’Arc(1412-1431)Desde os 12 anos escutava asvozes do mundo espiritual.Defendeu o território francêsdurante a «Guerra dos CemAnos» contra os ingleses. Foicondenada à fogueira com 19anos, num processo religiosoque a considerava feiticeira.Em 1920 foi canonizada peloPapa Bento XV.

Emanuel SwedenborgUm dos mais extraordinários filhos daSuécia. Contribuiu notavelmente paraa ciência e a filosofia do seu país e daEuropa do setecentista.Nos últimos trinta anos de suaexistência se dedicou às visõesinteriores, à mediunidade eclarividência que se devolveram nele.Em abril de 1774, em Londres,afirmou: «O Senhor abria os olhos demeu espírito para ver, perfeitamentedesperto, o que se passava no outromundo e para conversar, em plenaconsciência, com os anjos eEspíritos». (4)

Informa-nos Immanuel Kant, na obra«Sonhos de um vidente», que em1756 Swedenborg encontrava-se comuns amigos em Gothenborg a 400Kmde Estocolmo; às 18h, o videnteanunciou que tinha iniciado umincêndio que avançava em direção desua própria casa. Às 20h,demonstrou grande perturbaçãopelos danos produzidos. Mas numdado momento acalmou-se eexclamou com alegria que oincêndio tinha cessado 3 portasantes da sua! Dois dias depoisconfirmou-se a notícia chegada deEstocolmo.

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Hydesville

O

As irmãsFoxLitografia de1850 deMargareth,Katherine eLeah Fox.

Os Fenômenos de

ano de 1848 constitui o ponto departida do Espiritismo.

Nos Estados Unidos da América,na aldeia de Hydesville, condado deWayne, Estado de Nova Iorque,

começaram a ocorrer uma série de fenô-menos que chamaram a atenção da sociedadeda época.

Foi em 31 de março de 1848 às 22 horasque esses fenômenos aumentaram, comgrande intensidade. A noite foi terrível, dasparedes provinham pancadas ou ruídos(rappings ou noises) que pareciam provir de umainteligência oculta que desejava comunicar-se.

As irmãs Katherine e Margareth Fox, duasmeninas de 11 e 14 anos foram dormir no quartode seus pais, mas os ruídos aumentaram; a irmãmais nova começou a bater palmas e da paredeouviu-se o mesmo número de batidas. A meninafazia perguntas e a parede respondia com um golpepara dizer «SIM» e com dois golpes para dizer«NÃO».

Descobriu-se que as revelações ruidosaspartiam do Espírito de um mascate, de nomeCharles Rosma, que fora assassinado e sepultadono porão da casa, pelos antigos proprietários eque só agora podia comunicar-se com a famíliaFox, adeptos da igreja Metodista.

Os acontecimentos comoveram a populaçãoda vila, aparecendo depois as primeirasdemonstrações públicas no maior salão deRochester, o Corinthian Hall, o que resultou naformação do primeiro núcleo de estudos.

Um dos freqüentadores, o Sr. Isaac Post,implementou um sistema de comunicação atravésde um alfabeto, mediante a convenção de que cadaletra corresponderia a determinado número depancadas.

Foi somente em 1910 que uns meninosencontraram no porão da casa, cabelos e ossos doantigo mascate Charles Rosma, constatando o fato.

Ilustração daprimeira

comunicaçãoobtida emHydesville,

quando Kathe Foxrecebia resposta a

seus sinais,preparando oterreno para o

início doEspiritismo.

Casa da família Foxem Hydesville.

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GirantesAs Mesas

Em 1850, os fenômenos se traslada-ram para Europa e surgiram aschamadas tables parlantes ou mesasgirantes.

Tratava-se de uma mesinharedonda com uma base de três pernas, em voltada qual sentavam-se as pessoas, colocando as suasmãos sobre a superfície da mesma, que semovimentava, girava ou se mantinha sobre duaspernas para responder as perguntas. Por meio deum código alfabético semelhante ao usado pelasirmãs Fox, era possível conversar com o «invisível».A sociedade francesa se divertia ao fazer perguntasà mesa. Estas sessões se converteram numa espéciede febre em Paris.

A senhora Girardin desenvolveu uma sofisticadamesa, que tinha o alfabeto desenhado na suasuperfície. Um ponteiro metálico fazia partetambém do engenhoso instrumento. Conformegirava, ela anotava as letras escolhidas pelas forçasinvisíveis para fazer seus ditados.

A comunicação evoluiu, passando-se a utilizaruma cestinha, na qual se introduzia uma caneta esobre ela, os participantes colocavam as mãos.

Logo surgiu a escrita automática, em que secolocava a caneta apoiada na mão do médium parareceber as mensagens.

As mesas «girantes» ou«dançantes» semprerepresentaram o ponto de partidada Doutrina Espírita.Paris inteira assistia, atônita eestarrecida, a esse turbilhãofantástico de fenômenosimprevistos que, para a maioria,só alucinadas imaginaçõespoderiam criar, mas que arealidade impunha aos maiscéticos e frívolos. (7)

Diversos tipos de objetos foramutilizados para a comunicação

mecânica com os Espíritos.Tal é o caso das tabelinhas e cestasusadas inicialmente na obtenção da

psicografia.

Grace RoserMédium dotadapara a «escritaautomática» chegoua reproduzir comexatidão a caligrafiado Espíritocomunicante.

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Yverdon, Suíça.O Instituto do célebreJohann HeinrichPestalozzi (1746-1827),conhecido como «oeducador da Humanidade»,foi um dos mais famosos erespeitados em todaEuropa, conceituado comoescola-modelo, por ondepassaram sábios eescritores do velhocontinente.

Kardec

H

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Allan

ippolyte-Léon Denizard Rivail nasceu em3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon,França; e tornou-se célebre com opseudônimo de Allan Kardec.

Em Lyon fez os seus primeirosestudos, seguindo depois para Yverdon, na Suíça,a fim de estudar no Instituto do célebre professorJohann Heinrich Pestalozzi, que era a escola-modeloda Europa.

Concluídos os seus estudos em Yverdon,regressou a Paris, onde tornou-se Mestre não sóem Letras como em Ciências. Estudou diversaslínguas como o italiano e o alemão. Veio a conhecerno mundo literário de Paris a professoraAmélie-Gabrielle Boudet, contrai com elamatrimônio.

Rivail publicou numerosos livros didáticos.Entre suas obras, destacam-se: Curso teórico eprático de Aritmética, Gramática francesa clássica, alémde programas de cursos de Física, Química,Astronomia e Fisiologia. Ao término destaexperiência pedagógica, o professor Hippolyteestava preparado para a tarefa de codificar oEspiritismo.

Começa então a missão de Allan Kardecquando, em 1854, ouviu falar pela primeira vezdas mesas girantes, através do seu amigo Fortier,que o convida para assistir a uma reunião de mesasfalantes.

Pensando em descobrir novos fenômenosligados ao magnetismo, pelo qual se interessava,aceita o convite. Depois de algumas sessões,começou a questionar para achar uma respostalógica que podesse explicar o fato de objetos inertesemitirem mensagens inteligentes.

Rivail se perguntava: como pode uma mesapensar sem ter cérebro e sentir sem ter nervos?Mais tarde chegaria à conclusão de que não era amesa quem respondia, e sim, as almas dos homensque já tinham vivido na Terra e que agora se valiamdela para se comunicarem.

Allan Kardec(1804-1869)

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Hippolyte-LéonDenizard Rivailtornou-se célebrecom o pseudônimode Allan Kardec.

Amélie-Gabriel leBoudet(1795-1883)Conhecida mais tardecomo «Madame AllanKardec», a professoraAmélie colaborou comseu esposo nas suasatividades didáticas,além de ser umadedicada companheiraque o apoiou em todosos momentos.

A Missão

Codificador intrigava-se diaapós dia. Em 30 de abril de 1856,uma mensagem foi destinadaespecificamente para ele. UmEspírito chamado «Verdade»

revelou-lhe a missão a desenvolver.Daria vida a uma nova doutrina, que viria

para dar luz aos homens, esclarecerconsciências, renovando e transformando omundo inteiro.

Kardec afirmou que não se considerava umhomem digno para uma tarefa de tal magnitude,não obstante, faria todo o possível pordesempenhar as obrigações que lhe tinham sidoencomendadas. No que tange ao método, Kardecadota o intuitivo–racionalista Pestallozziano: teoria,teoria-prática e prática na aprendizagem.

Em 18 de abril de 1857 publica O Livro dosEspíritos, 1.019 perguntas realizadas através dediferentes médiuns aos Espíritos superiores. Porsugestão dos próprios Espíritos, assina com opseudônimo de Allan Kardec, nome que tiveranuma existência anterior quando fora sacerdotedruida.

No ano 1858 edita a Revista Espírita, em 1o deabril funda a primeira Sociedade Espírita – SociétéParisienne des Études Spirites – sucessivamentepublica O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo oEspiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

Trabalhador infatigável, chamado por CamilleFlammarion: o bom senso encarnado (8), Allan Kardec,desencarna a 31 de março de 1869.

Cumprida exemplarmente estava a missão doexpoente máximo do Espiritismo, a coordenação ecodificação da Terceira Revelação.

Residência deAllan Kardec, naRue e PassageSainte-Anne no 59,em Paris, ondeconcentrava assuas atividadesespíritas.

Ilustração da época com a cúpulade vidro da Galerie d’Orléans do

Palais Royal em Paris, França,local de lançamento de O Livro

dos Espíritos.

Dólmen de Allan Kardec,com arquitetura de estilo

celta, encontra-se no Père--Lachaise. O cemitério mais

importante de Paris, eum dos mais visitados

do mundo.Em 31 de março de 1870,

foi inaugurado o dólmen deKardec, que se converteuem ponto de atração para

os turistas que visitam anecrópole.

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Continuadores

I

Os

numeráveis pesquisadores somaram-se àcausa espírita, assim como notáveismédiuns, entre eles: Daniel DunglasHome (levitação); Eusapia Palladino(materializações), estudada por Cesare

Lombroso, o grande criminalista italiano; FlorenceCook, estudada até a saciedade e levada aolaboratório por Sir William Crookes, que chegoua comprovar a realidade dos fenômenos dematerialização de Katie King (Espírito).

Outros estudiosos como: Léon Denis, GabrielDelanne, Camille Flammarion, Alexandre Aksakof,Gustave Geley, Sir William Barret, Sir OliverLodge, Ernesto Bozzano, Albert de Rochas e odestacado Prêmio Nobel de Fisiologia CharlesRichet deram continuidade às investigações.

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Léon Denis(1846-1927)Considerado como um dos principaisseguidores de Allan Kardec e difusor daDoutrina Espírita. Escreveu diversos livros comoCristianismo e Espiritismo; Depois da Morte;O problema do ser, do destino e da dor, entreoutros.Sua mensagem amplamente expressada era:«Sempre adiante; sempre mais longe; sempremais alto».

Amalia Domingo Soler (1835-1909)Conhecida como a «Grande Dama doEspiritismo», Amalia é considerada umadas maiores médiuns e escritorasespíritas da Espanha. Fomentou oprimeiro Congresso Espírita Internacionalem 1888 e promoveu os movimentosespíritas nascentes em vários países daAmérica Latina. Escreveu diversos livros,entre eles Memórias do Padre

Germano; Ramos de violeta;Perdôo-te! e A Luz da Verdade.

Camille Flammarion(1842-1925), famoso

astrônomo francêssoma-se às fileirasespíritas, amigo de

Allan Kardec, a quemchamou «o bom senso

encarnado».

Gabriel Delanne(1857-1926)

Junto com Léon Denis foio discípulo mais próximo

de Kardec. Fundou aRevista Científica e

Moral do Espiritismo.Escreveu diversos livros,entre eles O Espiritismo

perante a Ciência; Ofenômeno espírita e A

evolução anímica.

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Daniel Dunglas Home (1833-1886)O maior médium de efeitos físicos.

Em 1868, Home, ao estar num dos quartos doterceiro andar do hotel Ashley House, diante

de várias pessoas, levitou saindo por umajanela e entrando por outra. Foi estudado por

Sir William Crookes e por Allan Kardec.

Eusapia Palladino(1854-1918)

Estudada porLombroso, Richet

e diversospesquisadores, afamosa médiumitaliana produziagolpes, levantava

objetos diversos, comosinos que soavamestrondosamente.

Pierre-GaëtanLeymar ie

Pioneiro espírita,continuador daRevue Spirite eeditor de Obras

Póstumas.

Charles Richet (1850-1935)Prêmio Nobel de Fisiologia

em 1913, descobridor daSoroterapia e pai da

Metapsíquica, teve um papelfundamental ao desvendar os

fenômenos anímicos.

Sir William Crookes (1832-1919)Sábio eminente, que difundiu novosconhecimentos de Física, é considerado amaior autoridade da Ciência na Inglaterraem 1878, estudou a médium FlorenceCook e o Espírito Katie King, a quempesou, mediu, tomou a temperatura e opulso, examinou as vestes, unhas, ecorpo, tirando 18 fotografias suas.

Com experiências repetidas emlaboratório, concluiu em 31 de maio de1875 e escreveu à Sociedade Dialéticade Londres: «Os senhores mesolicitaram observar se os fenômenossão possíveis, mas eu lhes direi quenão só são possíveis como são reais».Foi condecorado pela rainha Vitóriacom o título de «Sir».

Cesare Lombroso (1835-1909)Cientista mundialmente conhecidopelos seus trabalhos no campo jurídico.Lombroso foi um dos maiores médicoscriminalistas do século XIX.Tornou-se espírita depois de realizarexperiências mediúnicas com EusapiaPalladino, quando numa sessãoparticipou da materialização doEspírito de sua própria mãe.Escreveu o livro Hipnotismo e

Mediunidade.

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Francisco Cândido Xavier (1910-2002)Com mais de 400 livros psicografados, o brasileiroChico Xavier é considerado o maior médiumpsicógrafo de todos os tempos.Em 1981, recebeu cerca de 10 milhões deassinaturas para receber o prêmio Nobel da Paz.Humildade e caridade são palavras que designamperfeitamente este grande missionário da luz.

Adolfo Bezerra de Menezes(1831-1900)Respeitado político brasileiro,foi conhecido como «médicodos pobres», ocupou apresidência da FederaçãoEspírita Brasileira nos anos1889 e 1895-1900.Trabalhou pela unificação doMovimento Espírita no Brasil e éconsiderado como «o Apóstolodo Espiritismo Brasileiro».

o Brasil, pelo ano de 1865 começam aaparecer os primeiros centros espíritas.Em 1869 é publicado o primeirojornal espírita Eco de Além-túmulo, porLuís Olimpio Teles de Menezes. Surge

a figura do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes quedará um grande impulso à difusão espíritabrasileira.

Posteriormente nascem no Brasil vários mé-diuns como Francisco Peixoto Lins, conhecidopelas materializações luminosas, em que Espíritosaparecem corporificados irradiando luz. EurípedesBarsanulfo, Yvonne do Amaral Pereira, DivaldoPereira Franco e Francisco Cândido Xavier: ChicoXavier.

Cosme Mariño(1847-1927)Jornalista argentino,fundador daConfederaçãoEspiritista Argentina ––CEA, dedicou a suavida à difusão doEspiritismo naArgentina.

Divaldo Pereira Franco(1927- )

Médium psicógrafo epsicofônico, já publicou cerca

de 200 livros de temáticadiversa, sob a orientação de

Joanna de Ângelis, suamentora espiritual. Com 11mil conferências proferidas

em todo o mundo, Divaldo éconsiderado o maior orador

espírita na atualidade.

N

CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1

1221

o ano de 1932, na Universidade de Duke,Carolina do Norte (USA) foi criada aprimeira faculdade de Parapsicologia,dirigida pelo casal Rhine junto aoprofessor Karl Zener, iniciando uma

nova ordem de experimentos, os chamados PSIou extra-sensoriais.

A Parapsicologia sucedeu a Psychical Research(Inglaterra) e a Metapsíquica (França).

Em 1963, iniciam-se os primeiros estudos dePsicobiofísica, ciência que estuda os fenômenos Psi,fenômenos que interferem no corpo em nívelemocional e mental.

Finalmente surge a Psicotrônica, que estuda aparanormalidade registrada através de aparelhoseletrônicos, iniciada com os experimentos degravadoras, por Friedrich Jurgenson e peloprofessor Konstantin Raudive. Mais tarde aparecea Transcomunicação Instrumental – TCI (ainda naetapa experimental), permitindo contatos viatelefone, televisão e computador, criando-seaparelhos como o Spiricom e o Vidicom com osquais captam-se mensagens e imagens do Além,confirmando o que tinha sido comunicado pelosEspíritos superiores a Kardec.

Friedrich JurgensonEm 1959, o cineasta sueco gravou o cantode pássaros numa ilha; ao verificar a fitadetectou que haviam «vozes estranhas»,chamando-as «vozes paranormais».Jurgenson chegou a ter milhares demensagens do mundo espiritualgravadas, considerado um dos pioneirosda Transcomunicação Instrumental –– TCI.Em 1969 foi condecorado pelo PapaPaulo VI com a ordem de «São Gregórioo Grande» por este trabalho.

Joseph BanksRh ine

O «Pai daParapsicologia»,

levou em 1934 estaciência à Universidade

de Duke, na Carolinado Norte, onde criou

um laboratório para asexperiências usando o

método científico.

N

Dr. Raymond MoodyO famoso psiquiatra norte--americano, autor do best--seller «Life after Life»(Vida depois da Vida) e aDra. Elisabeth Kübler-Rosssão pesquisadoresdas Experiências deQuase-Morte.

Konstantin Raudive(1906-1974)

Filósofo e psicólogonascido na Letônia, foi

pioneiro da TCI naEuropa.

A partir de 1964dedicou-se à

investigação das«vozes», deixandoarquivadas 72 mil

mensagens gravadas.

VidicomAparelho de televisão quepermite capturar imagensdo outro lado da vida.Nas fotos aparecemKonstantin Raudive(superior) e FriedrichJurgenson (inferior). Aolado esquerdo quandoestavam encarnados e aolado direito suas imagensdepois de desencarnados.

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2. Relacione:

a) Léon Denis ..... Sábio vidente sueco.b) Emanuel Swedenborg ..... Famoso médium de efeitos físicos.c) Johann H. Pestalozzi ..... Autor do livro Cristianismo e Espiritismo.d) Daniel D. Home ..... Professor de Allan Kardec na Suíça.e) Sir William Crookes ..... Pesquisador do Espírito Katie King.

1. Complete as frases:

a) Os fatos atinentes às revelações dos Espíritos ou ..................................................................... remontam àmais recuada Antigüidade.

b) Em 1850, os fenômenos se trasladaram para Europa e surgiram as chamadas ..................................................

c) A missão de Allan Kardec começa no ano .............................................................................................

d) No Brasil, em 1865, começam a aparecer os ....................................................................................................

e) Em 1o de abril de 1858, Allan Kardec fundou ........................................................................................................

3. Responda:

a) Qual foi a missão de Allan Kardec?...........................................................................................................

b) O que foi predito por Andrew Jackson Davis?...........................................................................................................

c) Que fenômeno ocorreu em 31 de março de 1848?...........................................................................................................

d) Que livro publicou Kardec em 18 de abril de 1857?...........................................................................................................

e) Qual foi a médium pesquisada por William Crookes?...........................................................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... Allan Kardec nasceu em 3 deoutubro de 1804.

b) ..... Camille Flammario chamouKardec de «o bom senso encarnado».

c) ..... Charles Richet foi o descobridordo magnetismo curador.

d) ..... Eusapia Palladino foi esposa deAllan Kardec.

e) .... Chico Xavier é considerado omaior médium psicógrafo detodos os tempos.

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Nota de Allan Kardec:

A instrução acima, transmitidapor via mediúnica, resume aum tempo o verdadeiro caráterdo Espiritismo e a finalidadede O Evangelho segundo o

Espiritismo.

EspiritualMensagem

s Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imensoexército que se movimenta ao receber as ordens do seucomando, espalham-se por toda a superfície da Terra e,semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos eabrir os olhos aos cegos.

Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas ascoisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas,confundir os orgulhosos e glorificar os justos.

As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticosdos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para estedivino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hinosagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.

Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos,também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades doPai, que está no Céu: Senhor!

Senhor!... e podereis entrar no Reino dos Céus. (9)

O ESPÍRITO DE VERDADE

O

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

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Básicas

O Livro os Espíritos(original em francês)

Em 18 de abril de 1857 foipublicado e com ele veio à

luz a Doutrina Espírita.

Obras

desenvolvimento da Codificação Espírita,basicamente, teve início na residência dafamília Baudin, no ano de 1855. Na casahavia duas jovens que eram médiuns.Tratava-se de Julie e Caroline

Baudin, de 14 e 16 anos respectivamente.Todo o trabalho da nova revelação

era revisado várias vezes, para evitar errosou interpretações duvidosas. As questõesmais graves, relativas à Doutrina, eramrevisadas com o auxílio de até dezmédiuns.

Das perguntas elaboradas aosEspíritos nasceu O Livro dos Espíritos,publicado em 18 de abril de 1857.

Allan Kardec, na etapa de sua vidaespírita, dedicou-se intensivamente aotrabalho da expansão e divulgação da BoaNova. Viajou 693 léguas, visitou 20 cidadese assistiu a mais de 50 reuniões doutrináriasde Espiritismo, na sua viagem pelo interior daFrança no ano de 1862.

Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas,que se destinaria a estudar, divulgar e explicar anova doutrina.

Em 1o de janeiro de 1858, o Codificadorabraçou uma nova atividade. Inaugura a RevistaEspírita, de publicação mensal, cujo objetivo era

Ilustração da época daLivraria Dentu, na Galeried’Orléans do Palais Royal,Paris. Lugar onde foilançado O Livro dos

Espíritos.

O

informar aos adeptos do Espiritismo sobre seucrescimento e debater questões vinculadas àspráticas doutrinárias; assim teve início a imprensaespírita.

As cincoobras

básicas

O objetivo essencial doEspiritismo é o melhoramento

dos homens. (10)

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

1857

1861 1864

1865 1868

1227

Obras Básicas da Codificação Espírita para aorientação dos seguidores do Espiritismo.Os cinco livros básicos de Allan Kardec queconstituem a Codificação Espírita, tambémconhecidos como «Pentateuco Kardequiano», são:O Livro dos Espíritos

O Livro dos Médiuns

O Evangelho segundo o Espiritismo

O Céu e o Inferno

A Gênese

Neles, Allan Kardec reuniu os ensinamentos daEspiritualidade Superior, organizando e analisando,de forma que ficassem claros e interessantes.

O Professor Rivail,adotou o pseudônimode Allan Kardec, emreferência a umaexistência anteriorcomo sacerdote druida,para diferenciar a obraespírita das suasproduções pedagógicasanteriormentepublicadas.

1) O Livro dos Espíritos (1857):

Contém os princípios da Doutrina Espírita.Trata sobre a imortalidade da alma, a natureza dosEspíritos e suas relações com os homens, as leismorais, a vida presente, a vida futura e o porvirda Humanidade – segundo os ensinos dados porEspíritos superiores com o concurso de diversosmédiuns – recebidos e coordenados por AllanKardec. Divide-se em quatro tópicos: «As causasprimárias»; «Mundo espírita ou dos Espíritos»; «Asleis morais»; e «Esperanças e consolações».

2) O Livro dos Médiuns (1861):

Orienta a conduta prática das pessoas queexercem a função de intermediar o mundoespiritual com o material. Mostra aos médiuns osinconvenientes da mediunidade, suas virtudes e osperigos provindos de uma faculdade descontro-lada. Ensina a forma de se obter contatosproveitosos e edificantes junto à Espiritualidade.A obra demonstra ainda as conseqüências moraise filosóficas decorrentes das relações entre oinvisível e o visível. É o maior tratado deparanormalidade já escrito.

Em 9 de outubro de1861, em Barcelona,Espanha, o bispoAntonio PalauTermens determinouque os livros de AllanKardec fossemqueimados em praçapública, por seremofensivos e contráriosà fé católica.

Revue Spirite

(Revista Espírita, Jornal de EstudosPsicológicos)Publicada em janeiro de 1858, aRevista Espírita constitui umaimportantíssima contribuiçãodoutrinária; nela se pode apreciarcomo Kardec apresentava as idéiasespíritas, esclarecia as dúvidas dosleitores, estudava outras correntes depensamento e contestava os ataquescontra a doutrina.

La Revista Espírita

(edição emespanhol )

Editada desde o 4o

trimestre de 2003, apartir da seleção de

artigos já publicados naedição francesa, com a

introdução de algunsartigos e notícias de

interesse para os paísesde fala hispânica.

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3) O Evangelho segundo o Espiritismo(1864):

Trata-se da parte moral e religiosa da DoutrinaEspírita. Ensina a teoria e a prática do Cristianismo,através de comentários sobre as principaispassagens da vida de Jesus, feitos por Allan Kardece pelos Espíritos superiores. Mostra que asparábolas existentes no Evangelho, que aos olhoshumanos parecem fantasias, na verdade exprimemo mais profundo código de conduta moral de quese tem notícia.

4) O Céu e o Inferno (1865):

Neste livro, através da evocação dosEspíritos, Allan Kardec apresenta averdadeira face do desejado «céu», dotemido «inferno», como também dochamado «purgatório». Põe fim às penaseternas, demonstrando que tudo noUniverso evolui e que as teorias sobre osofrimento no fogo do inferno nada maissão do que uma ilusão. Comunicações deEspíritos desencarnados, de culturae hábitos diversos, são analisadas ecomentadas pelo Codificador, mostran-do a situação de felicidade, de arrependi-mento ou sofrimento dos que habitam omundo espiritual.

5) A Gênese (1868):

Este livro é um estudo a respeito de como foicriado o mundo, como apareceram as criaturas ecomo é o Universo em suas faces material eespiritual; é a parte científica da Doutrina Espírita.Explica a Criação, colocando Ciência e Religiãoface a face. A Gênesis bíblica é estudada e vistacomo uma realidade científica, disfarçada poralegorias e lendas.

Os seis dias narrados nas Escrituras Sagradassão mostrados como o tempo que o Criador teriagasto com a formação do Universo e da Terra;eras geológicas, que seguem a ordem cronológicacomprovada pela Ciência em suas pesquisas.Os «milagres», realizados por Jesus, são explicadoscomo sendo produto da modificação doselementos da natureza, sob a ação de sua poderosamediunidade.

No livro O Evangelho segundo o

Espiritismo o Espírito de Verdadeafirma:«Aproxima-se o tempo em que secumprirão as coisas anunciadaspara a transformação daHumanidade. Ditosos serão os quehouverem trabalhado no campo doSenhor, com desinteresse e semoutro móvel senão a caridade! Seusdias de trabalho serão pagos pelocêntuplo do que tiverem esperado».

Ditosos os que hajam dito a seusirmãos: “Trabalhemos juntos eunamos os nossos esforços, a fimde que o Senhor, ao chegar,encontre acabada a obra”,porquanto o Senhor lhes dirá:«Vinde a mim, vós que sois bonsservidores, vós que soubestesimpor silêncio aos vossos ciúmes eàs vossas discórdias, a fim de quedaí não viesse dano para a obra!».(11)

Obras PóstumasPublicado em 1890, 21 anos depois dadesencarnação de Allan Kardec, o livro foicompilado pelos seus sucessores e nos oferece abiografia do Codificador, com comentáriosreferentes às suas preocupações relativas àorganização das sociedades espíritas e ao futurodo Espiritismo.

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

1229

OEspiritismo?

De que trata o

Espiritismo responde às questõesfundamentais de nossa vida, comoestas: Quem é você?; Antes de nascer,o que você era?; Depois da morte, oque você será?; Por que você está neste

mundo?; Por que umas pessoas sofrem mais queoutras?; Por que alguns nascem ricos e outrospobres?; Por que alguns cegos, aleijados, débeismentais, etc., enquanto outros nascem inteligentese saudáveis?; Por que Deus permitiria tamanhadesigualdade entre seus filhos?; Por que há tantadesgraça no mundo e a tristeza supera a alegria?;

Os cartazes do Bicentenário doNascimento de Allan Kardec utilizaramas frases que foram a bandeira doCodificador: «Trabalho, Solidariedade,Tolerância»; «Fora da caridade não há

Allan Kardec manifestou emObras Póstumas:«Apliquei a essa nova ciência,como o fizera até então, o métodoexperimental; nunca elaboreiteorias preconcebidas; observavacuidadosamente, comparava,deduzia conseqüências; dosefeitos procurava remontar àscausas, por dedução e peloencadeamento lógico dos fatos,não admitindo por válida umaexplicação, senão quando resolviatodas as dificuldades da questão».(12)

Logo expressa:«Compreendi, antes de tudo, agravidade da exploração que iaempreender; percebi, naquelesfenômenos, a chave de problema tãoobscuro e tão controvertido dopassado e do futuro da Humanidade, asolução que eu procurara em toda aminha vida. Era, em suma, toda umarevolução nas idéias e nas crenças;fazia-se mister, portanto, andar com amaior circunspecção e nãolevianamente; ser positivista e nãoidealista, para não me deixar iludir».(13)

De três pessoas que viajam num veículo, porexemplo, após pavoroso desastre, uma perde avida, outra fica gravemente ferida e a terceiraescapa sem ferimentos. Por que sortes tãodiferentes? Onde está nisso a Justiça de Deus?;Por que uns, que são maus, sofrem menos queoutros, que são bons?; Perguntas como estas aDoutrina Espírita responde, porque tais são asperguntas que todos fazemos para nós mesmos,ao contemplarmos tanta desigualdade e tantosdestinos diferentes na vida atribulada de nossoplaneta.

salvação»; «Nascer, morrer, renascer eprogredir sempre, tal é a lei» e «Féinquebrantável é aquela que pode olhara razão face a face em todas as épocasda Humanidade».

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Espiritismo?O que é o

llan Kardec criou o neologismoEspiritismo, palavra que até então nãoexistia, para designar a este novo conjuntode idéias, definindo assim: «O Espiritismoé uma ciência que trata da natureza, origem

e destino dos Espíritos, bem como de suas relaçõescom o mundo corporal.» (14)

«O Espiritismo é, ao mesmo tempo, umaciência de observação e uma doutrina filosófica.Como ciência prática, ele consiste nas relaçõesque se estabelecem entre nós e os Espíritos;como filosofia, compreende todas asconseqüências morais que dimanam dessasmesmas relações.» (15)

«O Espiritismo é uma doutrina filosóficade efeitos religiosos, como qualquer filosofiaespiritualista, pelo que forçosamente vai ter àsbases fundamentais de todas as religiões: Deus, aalma e a vida futura. Mas, não é uma religiãoconstituída, visto que não tem culto, nem rituais,nem templos.» (16)

«Sem ser uma religião, o Espiritismo se prende

«O Espiritismo (…) instituirá averdadeira religião, a religião

natural, a que parte docoração e vai diretamente a

Deus.» (18)

A

Principais objetivos doEspir i t ismo1. Realizar o progresso espiritual

da Humanidade.2. Transformar o homem num ser

de bem e, conseqüentemente, a sociedade.

3. Reviver o Cristianismo puro sob as bases dos ensinamentos de Jesus.

4. Dar ao homem uma fé sólida baseada na razão.

O ideal do Espiritismo é,conseqüentemente, lograr estesobjetivos, independente dos

valores econômicos, dasformas exteriores ouconvencionalismos restritivos;pode ser cultivado tanto pelopobre como pelo rico, pelojovem como pelo velho, pelodoente como pelo sadio, poisestá inteiramente ligado aomundo subjetivo de cada ser,onde se opera a transformaçãodo espírito eterno.Chegou à Terra para ajudar ohomem a resolver seusproblemas, esclarecendo-osob sua realidade espiritual eencaminhando-o para umconhecimento superior da vida.

Os trêsaspectos

d oEspir i t ismo

Cientí f ico

Fi losóf ico Rel ig ioso

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

essencialmente às idéias religiosas, desenvolve-asnaqueles que não as têm incertas». (17)

1231

FundamentaisPrincípios

s ensinamentos dos Espíritossuperiores fundamentam-se em:

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Inteligência Suprema, causaprimeira de todas as coisas.

A IMORTALIDADE DA ALMA

Somos em essência Espíritos, seresinteligentes da Criação. O espírito é o princípiointeligente do Universo.

A REENCARNAÇÃO

Criado simples e ignorante, o Espíritodecide e cria seu próprio destino usando olivre-arbítrio. Seu progresso é conseqüênciadas experiências adquiridas em diversasexistências, evoluindo constantemente, tantoem inteligência como em moralidade.

A PLURALIDADE DOS MUNDOS

HABITADOS

Os diferentes orbes do Universoconstituem as diversas moradas dos Espíritos.

A COMUNICABILIDADE DOS

ESPÍRITOS

Os Espíritos são os seres humanosdesencarnados. Através dos médiuns podemcomunicar-se com o mundo material.

A MORAL ESPÍRITA

Baseada no Evangelho de Jesus, é a máximamoral para a vida.

«Como moral, ele éessencialmente cristão,porque a doutrina que ensinaé tão-somente odesenvolvimento e a aplicaçãoda do Cristo, a mais pura detodas, cuja superioridade nãoé contestada por ninguém,prova evidente de que é a Leide Deus; ora, a moral está aserviço de todo mundo.» (21)

O

Léon Denisafirmou:

«O Espiritismoserá científico

ou nãosobreviverá».

(22)

Os fundamentos do Espiritismo estãoexpostos na «Introdução» de O Livro

dos Espíritos, item VI, quando Kardecresume os pontos principais da

Doutrina, (...) podemos desdobraralguns itens sem causar prejuízo ao

contexto». (20)

«O Espiritismo é, pois, adoutrina fundada na

existência, nas manifestaçõese nos ensinamentos dos

Espíritos». (19)

Deus

Imortalidade da Alma

Reencarnação

Pluralidade dos MundosHabi tados

Comunicabilidade dosEspír i tos

A Moral EspíritaO Evangelho de Jesus

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«Nos últimos tempos,disse o Senhor,derramarei o meuespírito sobre toda acarne; os vossos filhose filhas profetizarão, osmancebos terão visõese os velhos, sonhos.»(Atos, 2:17 e 18). (23)

EspíritaA Revelação

1a RevelaçãoMoisés

Definamos primeiro o sentido da palavrarevelação. Revelar, do latim revelare, cujaraiz, vel m véu, significa literalmentedescobrir de sob o véu e, figuradamente,descobrir, dar a conhecer uma coisa.

A característica essencial de qualquer revelaçãotem que ser a verdade. Revelar um segredo é dara conhecer um fato; se este é falso já não é umfato e por conseqüência não existe revelação.

O Espiritismo, partindo das próprias palavrasdo Cristo, como este partiu das de Moisés, éconseqüência direta da sua doutrina.

À idéia vaga da vida futura, acrescenta arevelação da existência do mundo invisível que nosrodeia, povoa o espaço e levanta o véu queocultava aos homens os mistérios do nascimentoe da morte.

A primeira revelação teve a sua personificaçãoem Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não atem em indivíduo algum. As duas primeiras foramindividuais, a terceira coletiva; aí está um caráteressencial de grande importância.

Ninguém, por conseqüência, pode inculcar-secomo seu profeta exclusivo; foi espalhadasimultaneamente, por sobre a Terra, a milhões depessoas, de todas as idades e condições, a fim deservir um dia, a todos, de ponto de ligação.

Chegou numa época de emancipação ematuridade intelectual, na qual o homem não aceitanada às cegas.

A revelação espírita é progressiva. OEspiritismo não têm dito a última palavra, mastem aberto um campo amplo para o estudo e aobservação.

Pela sua natureza possui duplo caráter, é aomesmo tempo divina e humana. Divina porqueprovém da iniciativa dos Espíritos e humanaporque é fruto do trabalho do homem.

Os ensinamentos dos Espíritos, por toda parte,nos mostram a unidade da lei. Em virtude dessaunidade, reinam na obra eterna a ordem e aharmonia.

2a RevelaçãoJesus

3a RevelaçãoOs Espíritos

CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2CAPÍTULO 2

-

1233

O Consolador

PrometidoConsolador prometido por Jesus,também designado pelo apóstolo Joãocomo o «Santo Espírito», seria enviadoà Terra com a missão de consolar elidar com a verdade. Sob o nome de

Consolador e de Espírito de Verdade, Jesusanunciou a vinda daquele que havia de ensinartodas as coisas e de lembrar o que ele dissera. Arelação entre o Espiritismo e o Consolador estáno fato de a Doutrina Espírita conter todas ascondições do Consolador que Jesus prometeu;

Oou seja, o Espiritismo vem abrir os olhos e osouvidos, pois fala sem figuras, sem alegorias,levantando o véu intencionalmente lançado sobrecertos mistérios; vem, finalmente, trazer aconsolação suprema aos deserdados da Terra ea todos os que sofrem. Jesus sabia que seriainoportuna uma revelação mais ampla, já que ohomem da sua época não estava amadurecido ealém disso previa que a sua mensagem seriadistorcida com o correr do tempo; e por issoprometeu um Consolador.

Os «Prolegômenos», de O Livro dos

Espíritos, levam a assinatura de homensveneráveis como São Luís, JoãoEvangelista, Vicente de Paulo, Fénelon,Sócrates e Platão.

(Ver ilustrações da esquerda à direita.)Existe também a menção de diversospersonagens importantes como SantoAgostinho, o Espírito de Verdade, Franklin,Swedenborg, entre outros.

«Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei ameu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fiqueeternamente convosco: –– O Espírito de Verdade, que o mundonão pode receber, porque não o vê e absolutamente não oconhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficaráconvosco e estará em vós.Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito,que meu Pai enviaráem meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordartudo o que vos tenho dito.» (S. João, 14:15 a 17 e 26.) (24)

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1. Complete as frases:

a) O desenvolvimento da Codificação Espírita, basicamente, teve início ......................................................................

b) .................................................................. responde às questões fundamentais de nossa vida.

c) O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ....................................................... e uma .......................................................

d) O Espiritismo, parte das próprias palavras do .................................................. , como este partiu das de..............................................

e) A moral espírita está baseada no ............................................................... , como máxima moral para a vida.

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... A primeira revelação estevepersonificada em Moisés e asegunda em Jesus.

b) ..... Léon Denis afirmou: «OEspiritismo será científico ou nãosobreviverá».

c) ..... Em 1868 o Codificadorfundou a Revista Espírita.

d) ..... O Espiritismo oferece umafé sólida baseada na razão.

e) ..... A revelação espírita éprogressiva.

3. Responda:

a) Por qual outro nome são conhecidas as obras básicas deKardec?

...................................................................................................................

b) Explique o aspecto científico do Espiritismo.

...................................................................................................................

c) Explique o aspecto filosófico do Espiritismo.

...................................................................................................................

d) Explique o aspecto religioso do Espiritismo.

...................................................................................................................

e) Por que o Espiritismo é o Consolador Prometido?

...................................................................................................................

2. Relacione:

a) O Livro dos Espíritos ..... Mostra inconvenientes e virtudes da mediunidade.b) O Livro dos Médiuns ..... Explica a Criação, os aspetos de ciência e de religião.c) O Evangelho segundo o Espiritismo ..... Mostra as fases do céu, inferno e purgatório.d) O Céu e o Inferno ..... Contém os princípios básicos do Espiritismo.e) A Gênese ..... Trata da parte moral e religiosa do Espiritismo.

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Advento do Espírito de VerdadeDo livro: O Evangelho segundo o Espiritismo,de Allan Kardec.

EspiritualMensagem

enho, como outrora aostransviados filhos deIsrael, trazer-vos a ver-dade e dissipar as trevas.Escutai-me.

O Espiritismo, como o fez antigamentea minha palavra, tem de lembrar aosincrédulos que acima deles reina a imutávelverdade: o Deus bom, o Deus grande, quefaz germinem as plantas e se levantem asondas. Revelei a doutrina divinal. Como umceifeiro, reuni em feixes o bem esparso noseio da Humanidade e disse: «Vinde a mim,todos vós que sofreis».

Mas, ingratos, os homens afastaram-sedo caminho reto e largo que conduz aoreino de meu Pai e enveredaram pelasásperas sendas da impiedade. Meu Pai nãoquer aniquilar a raça humana; quer que,ajudando-vos uns aos outros, mortos evivos, isto é, mortos segundo a carne,porquanto não existe a morte, vos socorraismutuamente, e que se faça ouvir não mais avoz dos profetas e dos apóstolos, mas ados que já não vivem na Terra, a clamar:Orai e crede! pois que a morte é aressurreição, sendo a vida a prova buscadae durante a qual as virtudes que houverdes

Vcultivado crescerão e se desenvolverão como ocedro.

Homens fracos, que compreendeis as trevasdas vossas inteligências, não afasteis o facho quea clemência divina vos coloca nas mãos para vosclarear o caminho e reconduzir-vos, filhosperdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixãopelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa,para deixar de estender mão socorredoraaos infelizes transviados que, vendo o céu, caemnos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobreas coisas que vos são reveladas; não mistureis ojoio com a boa semente, as utopias com asverdades.

Espíritas! amai-vos, este o primeiroensinamento; instruí-vos, este o segundo. NoCristianismo encontram-se todas as verdades;são de origem humana os erros que nele seenraizaram. Eis que do além-túmulo, quejulgáveis o nada, vozes vos clamam: «Irmãos!nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal,sede os vencedores da impiedade». (25)

Paris, 1860.O Espírito de Verdade

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

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DeusIdéia de

esde os tempos maisremotos, o ser humanosempre sentiu no íntimo dasua alma, a existência de um«Ser» superior: DEUS.

O homem primitivo demonstrouesse sentimento íntimo com respeitoe temor às forças da natureza,adorando o mar, a lua, o trovão, asestrelas, etc. Sentindo que taisfenômenos vibram de forma misteriosa dentro deseu ser, cujos reflexos positivos, não podereconhecer na sua consciência.

À medida que o homem evolui, esse «Deus» setorna mais real e positivo na sua consciência; maisadiante, o homem lhe atribuiu qualidades, emoções,desejos e personalidade como se tratasse de umafigura humana – o Deus antropomorfo, suscetívelde experimentar o ciúme, cólera, a necessidade e aexpectativa de oferendas, rituais e sacrifícios.Progressivamente vimo-lo começar adorandopedras, estátuas; logo ervas e plantas, depoisanimais e feras, para passar logo a personificarDeus em seres humanos.

Na verdade o homem sempre procurou aDeus, a idéia de Deus foi mudando de povo empovo, os homens primitivos adoravam as forçasda natureza, seguros de que existia um poder

«Deus é a inteligência suprema, causaprimeira de todas as coisas». (26)

D

superior. Os astecas, incas e egípcios adoravam oSol, vendo através do astro rei, o centro da vida;os judeus louvaram a Jeová, um deus guerreiro evingativo que protegia uma única raça eleita; osantigos católicos eram devotos de um velhinho debarbas brancas que vivia no céu e distribuía graçaa seus fiéis, jogando no inferno os hereges.

Não há duvida de que a idéia de Deus evoluiusempre conforme o progresso, o entendimento ea cultura da Humanidade. Deus não é uma idéiaou fruto das necessidades psicológicas de umaépoca, e, sim, uma realidade que se mostra ou revelamais nítida à medida que compreendemos as leisque regem a vida e que o nosso psiquismo vaipercebendo, com mais precisão a realidadeespiritual.

Desde a Antigüidade,o homem já sentiaem si a existência deDeus, adorando anatureza à base derituais, cerimônias ecantos rudimentares.

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1239

Deus está por toda parte;porque irradia em todas as

partes e pode se dizer que estámergulhado na Divindade como

nós estamos na luz solar; nãoobstante, os Espíritos atrasadosestão cercados de uma espéciede nuvem que os oculta a seus

olhos e que somente se dissipaà medida que se purificam e se

desmaterializam.

Em realidade, pouco sabemos sobre anatureza de Deus. Somente outro Deuspoderia defini-lo. Chamaram-no«Varuna» os arianos, «Elim» osegípcios, «Thien» os chineses,«Ahuramazda» os persas, «Brahma» osindianos, «Buda» os orientais, «Jeová»os hebreus, «Zeus» os gregos,«Júpiter» os latinos, «Eidos» Sócrates,«Natureza da Natureza» Espinoza; nãoobstante, nosso Deus é aindadesconhecido, «como o foi para osvedas e os sábios do Areópago de

llan Kardec colocou logo no início deO Livro dos Espíritos um capítulo que trataexclusivamente de Deus. Com issopretendeu chegar a causa inicial de tudoo que existe. Perguntou, e os Espíritossuperiores definiram:

1. O que é Deus?«Deus é a inteligência suprema, causa primeira

de todas as coisas.»2. Que se deve entender por infinito?«O que não tem começo nem fim: o

desconhecido; tudo o que é desconhecido éinfinito.»

3. Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?«Definição incompleta. Pobreza da linguagem

humana, insuficiente para definir o que está acimada linguagem dos homens.»

Deus é infinito em suas perfeições, maso infinito é uma abstração. Dizer que Deusé o infinito é tomar o atributo de uma coisapela coisa mesma, é definir uma coisa quenão está conhecida por uma outra que nãoo está mais do que a primeira.

Atenas...». (27)«Deus é um ser vivo, sensível econsciente. Deus é uma realidade ativa.Deus é nosso Pai, nosso guia, nossocondutor, nosso melhor amigo; infunde--nos ânimo, luz e vontade para atingir aperfeição.» (28)Tal é o conceito que a nossainteligência, na fase evolutiva em que seencontra, pode formar-se de quemJesus chamou “meu Pai”, designando-ocom o atributo da máxima virtude: Deusé amor.

Deus?O que é

(*) O texto colocado entre aspas, em seguida àsperguntas, é a resposta que os Espíritos deram.Para destacar as notas e explicações aditadas peloCodificador, quando haja possibilidade de seremconfundidas com o texto da resposta.

AA pintura no afresco do

renascentista Michelangeloretrata a imagem da idéia

de Deus na época.

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40

Deuse as Provas da sua Existência

llan Kardec perguntou aosguias da Humanidade arespeito das provas daexistência de Deus e obteveas seguintes respostas:

Provas da Existência de Deus

4. Onde se pode encontrar aprova da existência de Deus?

«Num axioma que aplicais àsvossas ciências. Não há efeito semcausa. Procurai a causa de tudo o quenão é obra do homem e a vossa razãoresponderá.»

Para crer-se em Deus, basta quese lance o olhar sobre as obras daCriação. O Universo existe, logo,tem uma causa. Duvidar daexistência de Deus é negar que todoefeito tem uma causa e acreditar que o nada

pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimentoinstintivo, que todos os homens trazem em si,da existência de Deus?

«A de que Deus existe; pois, donde lhes viriaesse sentimento, se não tivesse uma base? É aindauma conseqüência do princípio — não há efeitosem causa.»

6. O sentimento íntimo que temos daexistência de Deus não poderia ser fruto da

A inferioridade das faculdades do homem não lhepermite compreender a natureza íntima de Deus.Na infância da Humanidade, o homem oconfunde muitas vezes com a criatura, cujasimperfeições lhe atribui; mas, à medida que nelese desenvolve o senso moral, seu pensamentopenetra melhor no âmago das coisas; então, fazidéia mais justa da Divindade e, ainda quesempre incompleta, mais conforme à sã razão.(29)

A

educação, resultado de idéias adquiridas?«Se assim fosse, por que existiria nos vossos

selvagens esse sentimento?»Se o sentimento da existência de um ser

supremo fosse tão-somente produto de umensino, não seria universal e não existiriasenão nos que houvessem podido receber esseensino, conforme se dá com as noções

científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedadesíntimas da matéria a causa primeira daformação das coisas?

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1241

12. Embora nãopossamos compreender

a natureza íntima deDeus, podemos formar

idéia de algumas desuas perfeições?

«De algumas, sim. Ohomem as compreende

melhor à proporção que seeleva acima da matéria.

Entrevê-as pelopensamento.»

«Mas, então, qual seria a causa dessaspropriedades? É indispensável sempre uma causaprimária.»

Atribuir a formação primária das coisas àspropriedades íntimas da matéria seria tomaro efeito pela causa, porquanto essas proprie-dades são, também elas, um efeito que há deter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos queatribuem a formação primeira a umacombinação fortuita da matéria, ou, por outra,ao acaso?

«Outro absurdo! Que homem de bom sensopode considerar o acaso um ser inteligente? E,demais, que é o acaso? Nada.»

A harmonia existente no mecanismo doUniverso patenteia combinações e desígniosdeterminados e, por isso mesmo, revela umpoder inteligente. Atribuir a formaçãoprimeira ao acaso é insensatez, pois que oacaso é cego e não pode produzir os efeitosque a inteligência produz. Um acaso inte-

ligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, serevela uma inteligência suprema e superior atodas as inteligências?

«Tendes um provérbio que diz: Pela obra sereconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procuraio autor. O orgulho é que gera a incredulidade. Ohomem orgulhoso nada admite acima de si. Porisso é que ele se denomina a si mesmo de espíritoforte. Pobre ser, que um sopro de Deus podeabater!»

O poder de uma inteligência se julgapelas suas obras. Não podendo nenhum serhumano criar o que a Natureza produz, acausa primeira é, conseguintemente, uma

inteligência superior à Humanidade.

10. Pode oh o m e mcompreender anatureza íntimade Deus?«Não; falta-lhepara isso osentido.»

11. Será dado umdia ao homemcompreender omistério daDivindade?«Quando não mais tivero espírito obscurecidopela matéria. Quando,pela sua perfeição, sehouver aproximado deDeus, ele o verá ecompreenderá.»

Quaisquer que sejam os prodígios que ainteligência humana tenha operado, elaprópria tem uma causa e, quanto maior for oque opere, tanto maior há de ser a causaprimeira. Aquela inteligência superior é que éa causa primária de todas as coisas, seja qual

for o nome que lhe dêem.

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Pante ísmoA idéia de que todas as coisas são Deus, não é compatívelcom os ensinamentos espíritas; o panteísmo faz de Deusum ser material que, embora dotado de supremainteligência, seria em ponto grande o que somos em pontopequeno. Ora, transformando-se a matériaincessantemente, Deus, se fosse assim, nenhumaestabilidade teria; achar-se-ia sujeito a todas as vicissitudes.«A inteligência de Deus se revela em suas obras como a deum pintor no seu quadro; mas, as obras de Deus não são opróprio Deus, como o quadro não é o pintor que oconcebeu e executou.» (30)

P

DivindadeAtributos da

or não poder abranger, o homem,pela sua carência perceptiva, atodos os atributos divinos daperfeição absoluta, pode, noentanto, formar uma idéia de

alguns, exatamente aqueles que não podemfaltar a Deus.

Nesses atributos, que vamos seguida-mente numerar, Deus deve possuir emgrau supremo essas perfeições, porquanto,se uma lhe faltasse, ou não fosse infinita, jáele não seria superior a tudo, não seria, porconseguinte, Deus.

Deus é eterno. Se tivesse tido princípio,teria saído do nada, ou, então, também teriasido criado por um ser anterior. É assimque, de degrau em degrau, remontamosao infinito e à eternidade.

É imutável. Se estivesse sujeito à mudanças,as leis que regem o Universo nenhuma estabilidadeteriam.

É imaterial. Quer isto dizer que a sua naturezadifere de tudo o que chamamos matéria. De outromodo, ele não seria imutável, porque estaria sujeitoàs transformações da matéria.

É único. Se muitos deuses houvesse, nãohaveria unidade de vistas, nem unidade de poder

na ordenação do Universo.É onipotente. Ele o é, porque é único. Se não

dispusesse do soberano poder, algo haveria maispoderoso ou tão poderoso quanto ele, que entãonão teria feito todas as coisas. As que não houvessefeito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom. A sabedoriaprovidencial das leis divinas se revela, nas maispequeninas coisas, assim como nas maiores, e essasabedoria não permite que se duvide nem da justiçanem da bondade de Deus.

Eterno

Imutável

Imater ia l

Ún ico

Onipotente

Soberanamente justo e bom

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1243

Q

21. A matéria existe desdetoda a eternidade, comoDeus, ou foi criada por eleem dado momento?«Só Deus o sabe. Há uma coisa,todavia, que a razão vos deveindicar: é que Deus, modelo deamor e caridade, nunca esteveinativo. Por mais distante quelogreis figurar o início de suaação, podereis concebê-lo ocioso,um momento que seja?»

UniversoElementos Gerais do

uanto mais consegue o homem penetrarnesses mistérios, tanto maior admiraçãolhe devem causar o poder e a sabedoriado Criador. Entretanto, seja por orgulhoou seja por fraqueza, sua própria

inteligência o faz joguete da ilusão. Ele amontoasistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhemostra quantos erros tomou por verdades equantas verdades rejeitou como erros. São outrastantas decepções para o seu orgulho.

Espírito: O princípio inteligente do Universo.A inteligência é um atributo essencial do espírito.Uma e outro, porém, se confundem num princípiocomum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.O espírito independe da matéria, mas, a união de ambosé necessária para dar inteligência à matéria.

Matéria: Variação de um elemento chamadofluido universal. A matéria é o agente, o intermediáriocom o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito.

Existe em diversos estados, inclusive tão etéreae sutil que escapa inteiramente ao alcance dosnossos sentidos.

Há dois elementos gerais do Universo: a matéria e oespírito. Acima de tudo Deus, o criador, o pai detodas as coisas. Deus, espírito e matéria constituemo princípio de tudo o que existe, a trindade universal.Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluidouniversal, que desempenha o papel de intermediárioentre o espírito e a matéria propriamente dita, por

demais grosseira para que o espírito possa exerceração sobre ela.

Embora, de certo ponto de vista, seja lícitocompará-lo com o elemento material, ele sedistingue deste por propriedades especiais. Se ofluido universal fosse positivamente matéria, razãonão haveria para que também o espírito não o fosse.Está colocado entre o espírito e a matéria; é fluido,como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suasinumeráveis combinações com esta e sob a açãodo espírito, de produzir a infinita variedade dascoisas de que apenas conheceis uma parte mínima.Esse fluido universal, primitivo, ou elementar, sendoo agente de que o espírito se utiliza, é o princípiosem o qual a matéria estaria em perpétuo estado dedivisão e nunca adquiriria as qualidades que agravidade lhe dá.»

ElementosGerais doUniverso

Deus

Espírito Matéria

35. O Espaço universal éinfinito ou limitado?

«Infinito. Supõe-no limitado: quehaverá para lá de seus limites?Isto te confunde a razão, bem o

sei; no entanto, a razão te diz quenão pode ser de outro modo. Omesmo se dá com o infinito em

todas as coisas. Não é napequenina esfera em que vos

achais que podereiscompreendê-lo.»

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O

Criação

Universo abrange a infinidadedos mundos que vemos e dosque não vemos, todos os seresanimados e inanimados,todos os astros que se movem

no espaço, assim como os fluidos queo enchem.

39. Poderemos conhecer o modode formação dos mundos?

«Tudo o que a esse respeito se podedizer e podeis compreender é que osmundos se formam pela condensaçãoda matéria disseminada no Espaço.»

FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS

«No começo tudo era caos; os elementosestavam em confusão. Pouco a pouco cada coisatomou o seu lugar.

Apareceram então os seres vivos apropriadosao estado do globo.

A Terra lhes continha os germens, queaguardavam momento favorável para sedesenvolverem. Os princípios orgânicos secongregaram, desde que cessou a atuação da forçaque os mantinha afastados, e formaram osgermens de todos os seres vivos. Estes germenspermaneceram em estado latente de inércia, comoa crisálida e as sementes das plantas, até o

momento propício ao surgimento de cada espécie.Os seres de cada uma destas se reuniram, então,

e se multiplicaram.»APARIÇÃO DO HOMEM

O homem surgiu em muitos pontos do globoe em épocas várias, o que também constitui umadas causas da diversidade das raças, pelo clima,vida e costumes.

PLURALIDADE DOS MUNDOS

Deus povoou de seres vivos os mundos;acreditar que só os haja no planeta que habitamosfora duvidar da sabedoria de Deus, que não fezcoisa alguma inútil e que a esses mundos há de eleter dado uma destinação mais séria do que a denos recrearem a vista.

621. Onde estáescrita a Lei deDeus?«Na consciência.»

«As condições de existência dosseres que habitam os diferentesmundos hão de ser adequadas

ao meio em que lhes cumpreviver. Se jamais houvéramos visto

peixes, não compreenderíamosque pudesse haver seres que

vivessem dentro da água.Assim acontece com relação aosoutros mundos, que sem dúvida

contêm elementos quedesconhecemos.» (32)

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

«(...) Deus renovaos mundos, como

renova os seresvivos.» (31)

1245

O

VitalPrincípio

s seres orgânicos são os que têm em siuma fonte de atividade íntima que lhesdá a vida. Nascem, crescem, repro-duzem-se por si mesmos e morrem. Sãoprovidos de órgãos especiais para a

execução dos diferentes atos da vida, órgãos essesapropriados às necessidades que a conservaçãoprópria lhes impõe. Nessa classe estão compreen-didos os homens, os animais e as plantas. Seresinorgânicos são todos os que carecem de vitalidade,de movimentos próprios e que se formam apenaspela agregação da matéria.

Tais são os minerais, a água, o ar, etc.

lº os seresinanimados,constituídos só dematéria, semvitalidade neminteligência: são oscorpos brutos.

2º os seresanimados quenão pensam,formados de matériae dotados devitalidade, porém,destituídos deinteligência.

3º os seresan imadospensantes,formados de matéria,dotados de vitalidadee tendo a mais umprincípio inteligenteque lhes outorga afaculdade de pensar.

68. Qual acausa da mortedos seresorgânicos?«Esgotamentodos órgãos.»

68. a) Poder-se--ia comparar amorte à cessaçãodo movimento deuma máquinadesorganizada?«Sim; se a máquinaestá mal montada,cessa o movimento; seo corpo está enfermo,a vida se extingue.»

«A quantidade de fluido vital seesgota. Pode tornar-se

insuficiente para a conservaçãoda vida, se não for renovada pela

absorção e assimilação dassubstâncias que o contém.

O fluido vital se transmite de umindivíduo a outro. Aquele que o

tiver em maior porção pode dá-loa um que o tenha de menos e em

certos casos prolongar a vidaprestes a extinguir-se.» (34)

Classes de seres orgânicos (33)

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«A inteligência é umafaculdade especial, peculiar a

algumas classes de seresorgânicos e que lhes dá, como pensamento, a vontade deatuar, a consciência de que

existem e de que constituemuma individualidade,

assim como os meios deestabelecerem relações com

o mundo exterior e deproverem às suas

necessidades.» (35)

61. Há diferença entre a matéria dos corposorgânicos e a dos inorgânicos?

«A matéria é sempre a mesma, porém noscorpos orgânicos está animalizada.»

62. Qual a causa da animalização damatéria?

«Sua união com o princípio vital.»O conjunto dos órgãos constitui uma

espécie de mecanismo que recebe impulsão daatividade íntima ou princípio vital que entre

eles existe.

70. Que é feito da matéria e do princípiovital dos seres orgânicos, quando estes morrem?

«A matéria inerte se decompõe e formaránovos organismos. O princípio vital volta à massadonde saiu.»

Morto o ser orgânico, os elementos que ocompõem sofrem novas combinações, de queresultam novos seres, os quais haurem na fonteuniversal o princípio da vida e da atividade, oabsorvem e assimilam, para novamente orestituírem a essa fonte, quando deixarem de

existir.

71. A inteligência é atributo do princípiovital?

«Não, pois que as plantas vivem e não pensam:só têm vida orgânica. A inteligência e a matéria sãoindependentes, porquanto um corpo pode viversem a inteligência. Mas, a inteligência só por meiodos órgãos materiais pode manifestar-se.Necessário é que o espírito se una à matériaanimalizada para intelectualizá-la.»

74. Pode estabelecer-se uma linha deseparação entre instinto e a inteligência, istoé, precisar onde um acaba e começa a outra?

«Não, porque muitas vezes se confundem. Mas,muito bem se podem distinguir os atos quedecorrem do instinto dos que são da inteligência.»

«O instinto é umainteligência rudimentar,que difere da inteligênciapropriamente dita, emque suas manifestaçõessão quase sempreespontâneas, ao passoque as da inteligênciaresultam de umacombinação e de um atodeliberado.» (36)

75. É acertado dizer-se queas faculdades instintivasdiminuem à medida quecrescem as intelectuais?“Não; o instinto existe sempre,mas o homem o despreza.O instinto também podeconduzir ao bem. Ele quasesempre nos guia e algumasvezes com mais segurança doque a razão. Nunca setransvia.»

a) Por que nemsempre é guia

infalível a razão?«Seria infalível, se não

fosse falseada pelamá-educação, pelo

orgulho e peloegoísmo. O instinto não

raciocina; a razãopermite a escolha e dá

ao homem o livre--arbítrio.»

«O instinto varia emsuas manifestações,

conforme àsespécies e às suasnecessidades. Nos

seres que têm aconsciência e apercepção das

coisas exteriores, elese alia à inteligência,

isto é, à vontade e àliberdade». (37)

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

1247

Oprincípio espiritual tem existência própria,individualizado, o elemento espiritualconstitui os seres chamados Espíritos.

Os Espíritos são criados por Deus esubmetidos a sua vontade. É indiscutível

que Deus é eterno, mas nada sabemos de quandoe como fomos criados; o que sabemos é que Deusnunca deixou de criar e que os Espíritos são aindividualização do princípio inteligente. A épocae o modo por que essa formação se operou sãodesconhecidos.

Os Espíritos não são imateriais, pobreza denossa linguagem, o que é mais exato dizer éincorpóreo, porque sendo uma criação, o Espíritohá de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada,mas sem analogia para nós, e tão etérea que escapainteiramente ao alcance dos nossos sentidos.

EspiritualPrincípio

72. Qual afonte dainteligência?«Já odissemos; ainteligênciauniversal».

80. A criação dosEspíritos épermanente, ou sóse deu na origemdos tempos?«É permanente. Querdizer: Deus jamaisdeixou de criar.»

84. Os Espíritosconstituem um mundo

à parte, fora daqueleque vemos?

«Sim, o mundo dosEspíritos, ou das

inteligências incorpóreas.»

77. Os Espíritos são seres distintosda Divindade, ou serão simples

emanações ou porções desta e, poristo, denominados filhos de Deus?

«Meu Deus! São obra de Deus, exatamentequal a máquina o é do homem que a

fabrica. A máquina é obra do homem, não éo próprio homem. Sabes que, quando faz

alguma coisa bela, útil, o homem lhechama sua filha, criação sua. Pois bem! Omesmo se dá com relação a Deus: somos

seus filhos, pois que somos obra sua.»

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1. Complete as frases:

a) Não há duvida de que a idéia de Deus evoluiu sempre .................................................................................. ,entendimento e cultura da Humanidade.

b) A prova da existência de Deus no axioma: ...........................................................................................................

c) Há dois elementos gerais do Universo: ......................................... e a ................................................................

d) Os Espíritos são os seres .............................................................................................................................................

e) Os Espíritos não são imateriais, o que é mais exato dizer é ....................................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... A razão é sempre guiainfalível.

b) ..... A inteligência é um atributodo princípio vital.

c) ..... Podemos conhecer o modocomo foram formados osmundos.

d) ..... Deus é o infinito.

e) ..... A matéria é a variação deum elemento chamado fluidouniversal.

3. Responda:

a) Que é Deus?

................................................................................................................

b) Que se deve pensar sobre a opinião que atribui a formaçãodos mundos ao acaso?

..............................................................................................................

c) Onde está escrita a Lei de Deus?

..............................................................................................................

d) Qual é a causa da animalização da matéria?

..............................................................................................................

e) Quais são os principais atributos da divindade?

..............................................................................................................

2. Relacione:

a) Panteísmo ..... Nome dado por Espinoza a Deus.b) Espírito ..... Agente intermediário entre o espírito e a matéria.c) Matéria ..... Princípio inteligente do Universo.d) Natureza da Natureza ..... Meio pelo qual os Espíritos se desenvolvem.e) Fluido Universal ..... Idéia de que todas as coisas são Deus.

CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3

Atividades

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53

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Convite à PerseverançaDo livro: Convites da Vida.

Psicografado por Divaldo Pereira Franco.5 a edição. Salvador (BA): LEAL, 1991.

EspiritualMensagem

ão asseveres: «é-me impossívelfazer!».Nem redarguas: «Não consigo!».Nunca informes: «sei que étotalmente inútil aceitar».

Nem retruques: «é maior do que as minhasforças».

Para aquele que crê, o impossível é tarefa quesomente demora um pouco para ser realizada,já que o possível se pode realizar imediatamente.

Instado a ajudar não te permitas condições,especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.

Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo semsacrifício, ser cristão sem auto-doação...

Perseverança nos objetivos elevados, comoferenda de amor, é materialização de fésuperior.

Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se dopoder dos esforços caldeados para as finalidadesque parecem inatingíveis.

Todos podem iniciar ministérios...Tarefas começantes produzem entusiasmos

exaltados.Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e,

particularmente, o espírita pelo investimento que

Ncoloca na bolsa de valores imortalistas a renderjuros de paz...

Unge-se, portanto, de fé e deixa queresplandeça a tua fidelidade ao lado de quempadece.

Não fosse o sofrimento, ninguém suplicariasocorro.

Não fosse a angústia ninguém se encorajariaa romper os tecidos da alma para exibirexulcerações...

Ninguém se compraz carregando demoradacanga, não obstante, confiando em alívio,lenitivo...

Nas cogitações que te cheguem ao plano darazão, interroga como gostarias que fizessemcontigo se foras o outro, o sofredor, onecessitado que ora te roga ajuda.

Assim, envolve-te na lã do «Cordeiro deDeus» e persevera ajudando.

Não somente dando o que te sobra masaquela doação maior que te parece difícil, a quaseimpossível...

A perseverança dar-te-á paz e plenitude.Insiste na sua execução.

JOANNA DE ÂNGELIS

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4

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s Espíritos são os seres inteligentesda Criação e povoam o Universo.Constituem um mundo a parte, omundo dos Espíritos, o qualpreexiste e sobrevive a tudo.

São as almas dos que viveram na Terraou nas outras esferas. Geralmente fazemosdos Espíritos uma idéia completamente falsa;eles não são, como muitos imaginam, seresabstratos, vagos e indefinidos; são, aocontrário, seres muito reais, com suaindividualidade e uma forma determinada.São seres semelhantes a nós, ou seja, são anossa realidade após a morte do corpo físico.Os Espíritos estão por toda parte no espaçoe ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando--nos de contínuo. Atuam sobre a matéria esobre o pensamento e constituem uma daspotências da Natureza e instrumentos de que sevale Deus para realizar sua providência.

Cada Espírito é uma unidade indivisível e pordifícil que possa parecer, a existência dos Espíritosnão tem fim. Eles passam através de tudo. O ar, aterra, as águas e até mesmo o fogo lhes sãoigualmente acessíveis.

Espíritos*Os

«É um erro crer-se que basta a certosincrédulos o testemunho de fenômenos

extraordinários para que se tornem convictos.Quem não admite no homem a existência da

alma ou Espírito, também não a aceita foradele; e portanto, negando a causa, nega

implicitamente os efeitos.Os contraditores se apresentam com umaidéia preconcebida que os desvia de umaobservação séria e imparcial, e levantamquestões e objeções a que é impossível

responder-se logo.» (39)

«Todos os Espíritos nãopassam pela fieira do mal parachegar ao bem e sim pela fieira

da ignorância». (38)

O emotivo filme«Ghost», enfoca aimortalidade da almae a continuidade doamor, as percepções,sensações depois damorte e acomunicaçãomediúnica.

A incredulidadeda sobrevivênciado Espíritodepois da morteperdura no outrolado da vida,como mostra ofilme «OsOutros.»

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4

(*) NOTA –– A palavra Espírito éempregada aqui para designar asindividualidades dos seres extracorpóreose não mais o elemento inteligente doUniverso.

O

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AlmaA

Desde aAntigüidade osEspíritos foramconhecidos comdiversos nomes:gênios, duendes,demônios, anjos,sereias, fadas,deuses e semi-deuses, guias,guardiões, etc.

llan Kardec indagou sobre a alma, aosEspíritos superiores:

134. Que é a alma?«Um Espírito encarnado.»a) Que era a alma antes de se unir

ao corpo?«Espírito.»b) As almas e os Espíritos são, portanto,

idênticos, a mesma coisa?«Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes

de se unir ao corpo, a alma é um dos seresinteligentes que povoam o mundo invisível, os quaistemporariamente revestem um invólucro carnalpara se purificarem e esclarecerem.»

Antes do Espiritismo, errônea ou muitoimprecisa, vaga e confusa era a idéia que se faziada alma humana. Erradamente considerada comoefeito e não causa pelos materialistas estes viamnos fenômenos psicológicos, dela dependentes,apenas o resultado da atividade funcional do sistemanervoso do homem.

Um decantado, mas mal compreendidoparalelismo psico-fisiológico parecia justificar essemodo de ver, porquanto, de fato, lesado o cérebro,ou a medula espinhal, ou os nervos, perturbam-seas funções superiores da consciência, o pensamentológico, o juízo, o raciocínio, a memória, as sensaçõese percepções, bem como a afetividade e amortalidade voluntária, instalando-se a demência,

os delírios, as alucinações, a amnésia, as paralisias,a afasia, a insensibilidade, etc. Foram, assim, oshomens de ciência, levados a um erro fundamental,que foi inverterem os papéis do corpo e da alma,dando primazia àquele que, entretanto, é apenasinstrumento desta para suas atividades.

Erradamente foi confundida a alma com oprincípio da vida orgânica pelos vitalistas, os quais,não explicam o atributo essencial da alma humana,que é a consciência individual.

Finalmente, foi a alma considerada como umser real e distinto do corpo, pelos espiritualistas,mas imaginando-a ainda, erroneamente, criada como corpo e para esse corpo e que tem um destino,do qual se fazem idéias muito vagas, atédesaparecer com Deus.

Com o Espiritismo, a alma humana ou Espíritoencarnado, é definida como um ser real que vaidepurando-se gradativamente até tornar-se Espíritopuro, atingindo o topo da Escala Espírita.

No filme «O Sexto Sentido» retrata-se arealidade de diversos Espíritos depois da

sua desencarnação. Muitos ainda complena consciência da sua última

existência corpórea.

136. b) Queseria o nossocorpo, se nãotivesse alma?

«Simples massade carne sem

inteligência, tudo oque quiserdes,

exceto umhomem.»

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s Espíritos revelam quesão ilimitadas em númeroas ordens ou graus deperfeição dos Espíritos,porque entre elas não há

linhas de demarcação traçadascomo barreiras, de sorte que asdivisões podem ser multiplicadasou restringidas livremente.

96. São iguais os Espíritos,ou há entre eles qualquerhierarquia?

«São de diferentes ordens,conforme o grau de perfeição quetenham alcançado.»

Pode dizer-se que existem trêsordens segundo sua perfeição:

1. Espíritos puros, nenhumainfluência da matéria. Superioridadeintelectual e moral absoluta, comrelação aos Espíritos das outrasordens.

2. Espíritos bons, predominância do Espíritosobre a matéria; desejo do bem. Suas qualidades epoderes para o bem estão em relação com o graude adiantamento que hajam alcançado.

3. Espíritos imperfeitos, predominância damatéria sobre o espírito. Propensão para o mal.Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixõesque lhes são conseqüentes.

EspíritaEscala

122. Como podem os Espíritos, em sua origem,quando ainda não têm consciência de si mesmos,gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal?Há neles algum princípio, qualquer tendência que osencaminhe para uma senda de preferência a outra?«O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquirea consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desdeque a escolha fosse determinada por uma causa independenteda vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele,nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É oque se contém na grande figura emblemática da queda dohomem e do pecado original: uns cederam à tentação, outrosresistiram.»

«A classificação dosEspíritos se baseia no grau

de adiantamento deles.Esta classificação, aliás,

nada tem de absoluta.Apenas no seu conjunto

cada categoria apresentacaráter definido. De um

grau a outro a transição éinsensível». (40)

Ordem Classe Característica

1 1o Espíritos puros Ministros de Deus

2 Espíritos bons2o Espíritos superiores Ciência + sabedoria + bondade

3o Espíritos de sabedoria Conhecimento + bom juízo

4o Espíritos sábios Conhecimento científico

5o Espíritos benévolos Bondade + conhecimento limitado

3 Espíritos imperfeitos6o Espíritos batedores Atitude para efeitos materiais

7o Espíritos neutros Nem bons nem maus

8o Espíritos pseudo-sábios Conhecimento + orgulho

9o Espíritos levianos Ignorância + malícia

10 o Espíritos impuros Inclinação ao mal

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4

O

1255

119. Não podia Deus isentar os Espíritos dasprovas que lhes cumpre sofrer para chegaremà primeira ordem?«Se Deus os houvesse criado perfeitos, nenhummérito teriam para gozar dos benefícios dessaperfeição. Onde estaria o merecimento sem a luta?Demais, a desigualdade entre eles existente, énecessária às suas personalidades.Acresce ainda que as missões que desempenhamnos diferentes graus da escala estão nos desígnios daProvidência, para a harmonia do Universo.»

EspíritosProgressão dos

s Espíritos vão aperfeiçoando-se, e aoconsegui-lo, passam de um grau inferiora um superior.

115. Dos Espíritos, uns terão sidocriados bons e outros maus?

«Deus criou todos os Espíritos simples eignorantes, isto é, sem sabedoria. A cada um deudeterminada missão, com o fim de esclarecê-los ede os fazer chegar progressivamente à perfeição,pelo conhecimento da verdade, para aproximá--los de si.»

Os Espíritos seriam como crianças, as rebeldesse conservam ignorantes e imperfeitas. Seuaproveitamento depende da sua maior ou menordocilidade. Todos atingirão a perfeição (perfeiçãorelativa, só Deus é a perfeição absoluta), podempermanecer estacionários, mas não retrogradam.À medida que avançam, compreendem o que osdistanciava da perfeição. Concluindo uma prova,o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e nãoa esquece. O livre-arbítrio se desenvolve à medidaque o Espírito adquire a consciência de si mesmo,passando pela série da ignorância (não a do mal),pois Deus não os criou maus; criou-os simples eignorantes, isto é, tendo tanto aptidão para o bemquanto para o mal. Os que são maus, assim setornaram por vontade própria.

ANJOS E DEMÔNIOS

A palavra anjo desperta geralmente a idéia deperfeição moral. Entretanto, ela se aplica muitas vezesà designação de todos os seres, bons e maus, queestão fora da Humanidade. Diz-se: o anjo bom e oanjo mau; o anjo de luz e o anjo das trevas. Nestecaso, o termo é sinônimo de Espírito ou de gênio.

A palavra demônio não implica a idéia de Espíritomau, senão na sua acepção moderna, porquanto otermo grego daïmon, do qual ela derivou, significagênio, inteligência e se aplicava aos seres incorpóreos,bons ou maus, indistintamente. Como todas ascoisas, eles teriam sido criados por Deus. Ora, Deus,que é soberanamente justo e bom, não pode tercriado seres prepostos ao mal e condenados portoda a eternidade. Se há demônios, são esses homenshipócritas que fazem de um Deus justo um Deusmau e vingativo e que julgam agradá-lo por meiodas abominações que praticam em seu nome.

«Os anjos são os Espíritos puros: os que seacham no mais alto grau da escala e reúnemtodas as perfeições. Uns aceitam submissos

essas provas e chegam mais depressa à metaque lhes foi assinada.» (41)

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á no homem além da alma e do corpoum laço que os liga, chamado perispírito.

O perispírito, substância semimaterialque serve de primeiro envoltório aoEspírito e liga a alma ao corpo.

O homem é, portanto, formado de três partesessenciais:

1o — o corpo ou ser material, análogo aodos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

2o — a alma, Espírito encarnado que tem nocorpo a sua habitação;

3o — perispírito, substância semimaterial queserve de primeiro envoltório ao Espírito e liga aalma ao corpo.

O perispírito está constituído do fluido universalde cada globo.

Quanto mais evoluído o Espírito, mais sutil éseu perispírito, dando impressão de não existir nosEspíritos puros; enquanto nos mais atrasados, oseu envoltorio é mais grosseiro.

Perispírito

147. Por que é que os anatomistas,os fisiologistas e, em geral, os queaprofundam a ciência da Natureza,são, com tanta freqüência, levadosao materialismo?«O fisiologista refere tudo ao que vê.Orgulho dos homens, que julgam sabertudo e não admitem haja coisa algumaque lhes esteja acima do entendimento.A própria ciência que cultivam os enchede presunção. Pensam que a Naturezanada lhes pode conservar oculto.»

«Envolvendo o gérmen de um fruto,há o perisperma; do mesmo modo,

uma substância que, porcomparação, se pode chamar

perispírito, serve de envoltório aoEspírito propriamente dito.» (42)

«(...) Acresce que o nada osamedronta mais do que eles

quereriam que parecesse, e osespíritos fortes, quase sempre,

são antes fanfarrões do quebravos. Na sua maioria, só são

materialistas porque não têmcom que encher o vazio do

abismo que diante deles se abre.Mostrai-lhes uma âncora de

salvação e a ela se agarrarãopressurosamente.» (43)

1Alma ouEspír i toencarnado

2Perispír i to

3Corpo ouser material

H

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4

Os três elementosdo ser humano.

1257

O perispírito é conhecido como «Manu, Manã eKosha» pelo vedanta, no Budismo esotérico«Kama-rupa», o hermetismo egípcio «Kha», naCabala Hebraica «Rouach», Pitágoras nominava--o «Carne Sutil da Alma», os neoplatônicos como«Aura», Tertuliano o chamou «Corpo Vital daAlma», Proclo o caracterizava como «Veículo daAlma», o Apóstolo Paulo já o chamava «CorpoEspiritual», Paracelso, «Corpo Astral», Spinoza«Corpo Fluídico», os russos «MOB, ModeloOrganizador Biológico» e atuais pesquisadores«Corpo Bioplasmático.»

FunçõesPropriedades e

«O perispírito,pela sua

natureza etérea,matéria

nenhuma lheopõe obstáculo;ele as atravessa

todas, como aluz atravessa os

corpostransparentes.»

últiplas são as propriedades doperispírito, entre elas podemos destacartrês:

1. EXPANSIBILIDADE

Pela sua natureza é flexível eexpansível, adapta-se à vontade do Espírito,tomando a aparência que deseje.

2. IRRADIAÇÃO

Forma em torno do corpo físico umaatmosfera que o pensamento e a vontade podemmodificar em alcance e intensidade.

3. ABSORÇÃO

Através da qual, consegue assimilar essênciasmateriais finas, que oferecem ao Espírito,temporariamente, certas sensações como seestivessem encarnados. Segundo o progresso doEspírito, absorve as essências sutis que dãovitalidade e usufrui de prazeres materiais.

Citamos as outras propriedades não menosimportantes como bicorporeidade, capacidaderefletora, corporeidade, densidade, luminosidade,mutabilidade, odor, penetrabilidade, perenidade,plasticidade, ponderabilidade, sensibilidade global,sensibilidade magnética, tangibilidade, temperatura,unicidade e visibilidade.

Elencaremos as principais funções doPerispírito:

1. PERSONALIZAR O ESPÍRITO

Conserva sua individualidade, personifica oEspírito guardando-lhe a aparência de sua últimaencarnação.

2. PRINCÍPIO DA COMUNICAÇÃO

MEDIÚNICA

De acordo com a estrutura neurológica domédium, o perispírito do desencarnado faz vibrarcertas zonas do sistema nervoso central, entrandoem contato com o perispírito do médium, destemodo se estabelece uma interação entre menteencarnada/mente desencarnada.

3. PROPORCIONAR AÇÃO DO ESPÍ-

RITO SOBRE A MATÉRIA

Servir de veículo de união do corpo físico como Espírito.

4. ARQUIVO REENCARNATÓRIO

Grava as experiências de vidas passadas, impõeao corpo limitações físicas e mentais, já que pelasua sutileza, sofre o impacto com os tóxicos,sentimentos e pensamentos corrompidos dohomem.

M«Surpreso de improviso pela morte, o Espírito fica

atordoado com a brusca mudança que nele se operou.»(44)

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o instante da morte, a alma volta aser Espírito, isto é, volve ao mundodos Espíritos, de onde se apartaramomentaneamente, conserva a suaindividualidade, jamais a perde; esta

individualidade é representada pelo perispírito queguarda a aparência de sua última encarnação.

152. Que prova podemos ter da individuali-dade da alma depois da morte?

«Não tendes essa prova nas comunicações querecebeis? Se não fosseis cegos, veríeis; se não fosseissurdos, ouviríeis; pois que muito amiúde uma vozvos fala, reveladora da existência de um ser queestá fora de vós.»

Os Espíritos informam que não é dolorosa aseparação da alma e do corpo, geralmente o corpoquase sempre sofre mais durante a vida do que nomomento da morte.

Os sofrimentos que algumas vezes seexperimentam no instante da morte são um gozopara o Espírito, que vê chegar o termo do seuexílio. A morte se opera depois que se rompem oslaços que retinham a alma ao corpo.

Muitas vezes a alma sente que se desfazem oslaços que a prendem ao corpo. Já em partedesprendida da matéria, vê o futuro desdobrar-sediante de si e goza, por antecipação, do estadode Espírito.

N

Morte

160. O Espírito se encontraimediatamente com os que conheceuna Terra e que morreram antes dele?

«Sim, conforme à afeição que lhes votava e aque eles lhe consagravam. Muitas vezes

aqueles seus conhecidos o vêm receber àentrada do mundo dos Espíritos e o ajudam a

desligar-se das faixas da matéria. Encontra--se também com muitos dos que conheceu eperdeu de vista durante a sua vida terrena. Vê

os que estão na erraticidade, como vê osencarnados e os vai visitar.»

No filme «Amor além da vida»são descritas as esferas

espirituais guardando similitudecom as descrições relatadas

pelos Espíritos.

Depois da

159. Que sensação experimenta a alma nomomento em que reconhece estar no mundo dosEspíritos?

«Depende. Se praticaste o mal, impelido pelodesejo de o praticar, no primeiro momento tesentirás envergonhado de o haveres praticado. Coma alma do justo as coisas se passam de modo bemdiferente. Ela se sente como que aliviada de grandepeso, pois que não teme nenhum olharperscrutador.»

150. b) A alma nadaleva consigo destem u n d o ?«Nada, a não ser a lembrançae o desejo de ir para ummundo melhor, lembrançacheia de doçura ou deamargor, conforme o uso queela fez da vida. Quanto maispura for, melhorcompreenderá a futilidade doque deixa na Terra.»

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4

1259

163. A alma temconsciência desi mesmaimediatamentedepois de deixaro corpo?«Imediatamentenão é bem o termo.A alma passaalgum tempo emestado deperturbação.»

PercepçõesPerturbação e

244. Os Espíritos vêem a Deus?«Só os Espíritos superiores o vêem e

compreendem. Os inferiores osentem e adivinham.»

or ocasião da morte, tudo, a princípio, éconfuso. De algum tempo precisa a almapara entrar no conhecimento de simesma. Ela se acha como que aturdida,no estado de uma pessoa que despertou

de profundo sono e procura orientar-se sobre asua situação.

Muito variável é o tempo que dura aperturbação que se segue à morte, depende daelevação de cada um. Aquele que já está purificado,se reconhece quase imediatamente, pois que selibertou da matéria antes que cessasse a vida docorpo, enquanto que o homem carnal, aquele cujaconsciência ainda não está pura, guarda por muitomais tempo a impressão da matéria.

Semelhante ilusão se prolonga até ao completodesprendimento do perispírito. Só então o Espíritose reconhece como tal e compreende que nãopertence mais ao número dos vivos. Este fenômenose explica facilmente quando o Espírito consideraainda a morte como sinônimo de destruição, deaniquilamento.

Uma vez de volta ao mundo dos Espíritos,conserva a alma as percepções que tinha quandona Terra porque o corpo as obscurecia. Ainteligência é um atributo, que tanto maislivremente se manifesta no Espírito, quanto menosentraves tenha que vencer. O Espírito vê as coisastão distintamente como nós, pois que sua vistapenetra onde a nossa não pode penetrar, assim

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mesmo percebe os sons, transportam-se com arapidez do pensamento, pode-se dizer que vê aomesmo tempo o que acontece em todas as partes,mas isso varia segundo o seu aperfeiçoamento.

Quando um Espírito diz que sofre, refere-seàs angústias morais, que o torturam maisdolorosamente do que todos os sofrimentos físicos.

Não podem sentir a fadiga, como o entendemos(corpórea); o Espírito, entretanto, repousa, nosentido de não estar em constante atividade. Asensação de frio ou calor é reminiscência do quepadecem durante a vida, reminiscência não rarotão aflitiva quanto a realidade. Quando se lembramdo corpo que revestiram, têm impressãosemelhante à de uma pessoa que, havendo tiradoo manto que a envolvia, julga, passado algumtempo, que ainda o traz sobre os ombros.

165. O conhecimento doEspiritismo exerce

alguma influência sobre aduração, mais ou menos

longa, da perturbação?«Influência muito grande

porque o Espíritoantecipadamente

compreende a sua situação.Mas, a prática do bem e a

consciência pura são o quemaior influência exercem.»

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1. Complete as frases:

a) Os Espíritos são os seres inteligentes da Criação e ..............................................................................................

b) Com o Espiritismo, a alma humana ou Espírito encarnado, é definida como um ser real, individual,que vai depurando-se gradativamente até tornar-se ...................................................................................................

c) Os Espíritos são criados ...................................................................... e ..........................................................................

d) O perispírito tem como propriedades ..............................................................................., irradiação,............................................................................... e penetrabilidade, entre outras.

e) Quanto mais elevado é o Espírito, mais sutil é .....................................................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... Quando um Espírito diz quesofre, refere-se às angústiasmorais.

b) ..... Alma equivale a dizer Espíritoencarnado.

c) ..... Existe uma barreira traçada quedetermina a ordem dos Espíritos.

d) ..... O livre-arbítrio desenvolve-seà medida que o Espírito adquireconsciência de si.

e) ..... A alma é o princípio da vidaorgânica.

3. Responda:

a) Os Espíritos encontram os que morreram antes?

................................................................................................................

b) De que depende a intensidade e a duração da perturbação?

................................................................................................................

c) O que leva a alma consigo deste mundo?

................................................................................................................

d) De que é constituído o Perispírito?

................................................................................................................

e) Onde estão as provas da individualidade da alma depoisda morte?

...............................................................................................................

2. Relacione:

a) Espíritos puros ..... Conhecimento + orgulhob) Espíritos superiores ..... Atitude para as coisas materiaisc) Espíritos batedores ..... Ministros de Deusd) Espíritos pseudo-sábios ..... Inclinação ao male) Espíritos imperfeitos ..... Ciência + sabedoria + bondade

CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4CAPÍTULO 4

Atividades

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na

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a 1

53

.

1261

Poema de GratidãoDo livro: Sol de Esperança.Psicografado por Divaldo Pereira Franco. Editora Leal.

EspiritualMensagem

enhor Jesus, muito

obrigada!

Pelo ar que nos dás,

pelo pão que nos

deste,

pela roupa que nos

veste,

pela alegria que possuímos,

por tudo de que nos nutrimos.

Muito obrigada, pela beleza da

paisagem,

pelas aves que voam no céu de anil,

pelas Tuas dádivas mil!

Muito obrigada, Senhor!

Pelos olhos que temos...

Olhos que vêem o céu, que vêem a

terra e o mar,

que contemplam toda beleza!

Olhos que iluminam de amor

ante o majestoso festival de cor

da generosa Natureza!

E os que perderam a visão?

Deixa-me rogar por eles

Ao Teu nobre coração!

Eu sei que depois desta vida,

além da morte,

voltarão a ver com alegria incontida...

Muito obrigada pelos ouvidos meus,

pelos ouvidos que me foram dados por

Deus.

Obrigada, Senhor, porque posso

escutar

o Teu nome sublime, e, assim, posso

amar.

Obrigada pelos ouvidos que registram:

a sinfonia da vida,

no trabalho, na dor, na lida...

O gemido e o canto do vento nos

galhos do olmeiro,

as lágrimas doridas do mundo inteiro

e a voz longínqua do cancioneiro...

E os que perderam a faculdade de

escutar?

Deixa-me por eles rogar...

Sei que em Teu Reino voltarão a

sonhar.

Obrigada, Senhor, pela minha voz.

Mas também pela voz que ama,

pela voz que canta,

pela voz que ajuda,

pela voz que socorre,

pela voz que ensina,

pela voz que ilumina...

E pela voz que fala de amor,

obrigada, Senhor!

Recordo-me, sofrendo, daqueles

que perderam o dom de falar

E o Teu nome não podem

pronunciar!...

Os que vivem atormentados na afasia

e não podem cantar nem à noite, nem

ao dia...

Eu suplico por eles

sabendo, porém, que mais tarde,

No Teu Reino voltarão a falar.

Obrigada, Senhor, por estas mãos, que

são minhas

alavancas da ação, do progresso, da

redenção.

Agradeço pelas mãos que acenam

adeuses,

pelas mãos que fazem ternura,

e que socorrem na amargura;

pelas mãos que acarinham,

pelas mãos que elaboram as leis

pelas mãos que cicatrizam feridas

retificando as carnes sofridas

balsamizando as dores de muitas vidas!

Pelas mãos que trabalham o solo,

que amparam o sofrimento e estacam

lágrimas,

pelas mãos que ajudam os que sofrem,

os que padecem...

Pelas mãos que brilham nestes traços,

como estrelas sublimes fulgindo em

meus braços!

...E pelos pés que me levam a marchar,

ereta, firme a caminhar;

pés da renúncia que seguem

humildes e nobres sem reclamar.

E os que estão amputados, os aleijados,

os feridos e os deformados,

os que estão retidos na expiação

por ilusões doutra encarnação,

eu rogo por eles e posso afirmar

que no Teu Reino, após a lida

dolorosa da vida,

hão de poder bailar

e em transportes sublimes outros braços

afagar...

Sei que a Ti tudo é possível

Mesmo o que ao mundo parece

impossível!

Obrigada, Senhor, pelo meu lar,

o recanto de paz ou escola de amor,

a mansão de glória.

Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho

e pelo lar que é meu...

Mas, se eu sequer

nem o lar tiver

ou teto amigo para me aconchegar

nem outro abrigo para me confortar,

se eu não possuir nada,

senão as estradas e as estrelas do céu,

como leito de repouso e o suave lençol,

e ao meu lado ninguém existir, vivendo e

chorando sozinha, ao léu...

Sem alguém para me consolar,

direi, cantarei, ainda:

Obrigada, Senhor,

porque Te amo e sei que me amas,

porque me deste a vida

jovial, alegre, por Teu amor favorecida...

Obrigada, Senhor, porque nasci,

Obrigada, porque creio em Ti.

...E porque me socorres com amor,

Hoje e sempre,

Obrigada, Senhor!

Amélia Rodrigues

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CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5

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64

eencarnação quer dizer ressurreição nacarne, o renascimento do Espírito noplano físico. Allan Kardec utiliza o termocom relação à pluralidade das existências.

Em O Livro dos Espíritos se lê:166. Como pode a alma, que não alcançou

a perfeição durante a vida corpórea, acabarde depurar-se?

«Sofrendo a prova de uma nova existência.»A alma passa então por muitas existências

corporais?«Sim, todos contamos muitas existências. Os

que dizem o contrário pretendem manter-vos naignorância em que eles próprios se encontram. Esseo desejo deles.»

Logo, Kardec comenta: «Todos os Espíritos(criados simples e ignorantes) tendem para aperfeição, e Deus lhes faculta os meios de alcançá--la, proporcionando-lhes as provações da vidacorporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar,em novas existências, o que não puderam fazer ouconcluir numa primeira prova. (45)

A cada nova existência, o Espírito dá um passona senda do progresso e quando limpo de todasas impurezas, não tem mais necessidade da vidacorporal. O número das encarnações para todosos Espíritos é ilimitado, tantas vezes sejamnecessárias, sendo menor naquele que progridemais depressa.

R

ExistênciasPluralidade de

«Se a sorte do homem se fixasseirrevogavelmente depois da morte, não

seria uma única a balança em que Deuspesa as ações de todas as criaturas e não

haveria imparcialidade no tratamento que atodas dispensa.» (46)

167. Qual o fimobjetivado com areencarnação?«Expiação,melhoramentoprogressivo daHumanidade.Sem isto, onde ajustiça?»

169. É invariável onúmero das

encarnações paratodos os Espíritos?

«Não; aquele quecaminha depressa, a

muitas provas se forra.Todavia, as encarnações

sucessivas são sempremuito numerosas,

porquanto o progresso équase infinito.»

CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5

1265

A

172. As nossasdiversas existênciascorporais se verificamtodas na Terra?«Não; vivemo-las emdiferentes mundos. As queaqui passamos não são asprimeiras, nem as últimas;são, porém, das maismateriais e das maisdistantes da perfeição.»

Justiçareencarnação fundamenta-se na justiçade Deus e na revelação espiritual, pois obom pai deixa sempre aberta a seusfilhos uma porta para o arrependimento.A razão nos diz que seria injusto privar

para sempre da felicidade eterna todos aqueles dequem não dependeu o melhorarem-se.

A doutrina da reencarnação é a única quecorresponde à idéia que formamos da justiça deDeus para com os homens que se acham emcondição moral inferior; a única que pode explicaro futuro e firmar as nossas esperanças, pois quenos oferece os meios de resgatarmos os nossoserros por novas provações. A razão no-la indica eos Espíritos a ensinam.

O homem, que tem consciência da suainferioridade, haure consoladora esperança nadoutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deusnão pode contar que venha a achar-se, para sempre,em pé de igualdade com os que fizeram maisque ele.

FINALIDADES DA REENCARNAÇÃO:

REPARAÇÃOSe praticarmos o mal, teremos que arcar com as conseqüências.Por isto a reencarnação funciona como resgate e corretivo do Espírito culpado.

APRENDIZAGEMCom as numerosas experiências que a vida nos proporciona na Terra,educaremos os nossos sentimentos e o nosso coração. Do mandamento:«amar a Deus e ao próximo como assim mesmo» derivam todos os outrosprincípios educativos. A aprendizagem na Terra nos dá também aoportunidade de instruir nosso Espírito, enriquecendo-o de sabedoria.

ELEVAÇÃOÀ medida que vamos educando nosso amor e adquirindo sabedoria,simultaneamente nos capacitamos para habitar em planos superiores.

«A duração da vida, nos diferentesmundos, parece guardar proporçãocom o grau de superioridade física emoral de cada um, o que éperfeitamente racional. Quanto menosmaterial o corpo, menos sujeito àsvicissitudes que o desorganizam.Quanto mais puro o Espírito, menospaixões a miná-lo. É essa ainda umagraça da Providência, que desse modoabrevia os sofrimentos.» (47)

Divina

170. O quefica sendo o

Espír i todepois da sua

ú l t imaencarnação?«Espírito bem-

-aventurado;puro Espírito.»

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Os egípcios eram dos povos maisreencarnacionistas da Antigüidade.No antigo Egito acreditava-se que ofaraó estava dotado de potestadesdivinas que o colocavam fora docomum dos mortais. Assim comosupunha-se que em vida, era areencarnação de «Horus», o deusdo céu, na morte se unia ao deusdo sol, «Rá» e navegava pelofirmamento na sua embarcaçãocelestial.

Antecedentes

Desde tempos remotos, a imortalidade daalma e a reencarnação inspiram as maisextraordinárias filosofias, constituem noconhecimento dos santuários dos antigoscentros iniciados. Já Platão, retratando as

dissertações de Sócrates manifestou: «Em realidade,uma vez mais evidenciando que a alma é imortal,não existirá, para ela, nenhuma fuga possível paraos seus males, nem a sua salvação a não serretornando melhor e mais sábia».

A Índia milenar, cujo pensamento é anterior aogrego, apresenta na sua filosofia védica a existênciada reencarnação; no Bhagavad Gita se lê: «Assimcomo deixamos de lado a roupa usada e vestimosa nova, assim o Espírito troca a indumentária decarne e se reveste de uma nova». E um pouco maisadiante sintetiza de modo magistral: «Chorarás sete disserem que o homem recém-falecido é comoo homem recém-nascido? O fim do nascimento éa morte e o fim da morte é o nascimento; tal é alei».

O budismo de Sakyamuni nos diz: «Osofrimento provém do desejo da criatura humana,que o conduz a nascimentos sucessivos.Conjuntamente com a luxúria, o desejo encontrasatisfação em todo lugar. O desejo das paixões,dos poderes, tais são as fontes do sofrimento».

O Egito faraônico versou praticamente todasua filosofia e sua ciência no princípio da

A frase inscrita no dólmen de Kardec«Nascer, morrer, renascer ainda eprogredir sempre, esta é a lei» é deorigem druida e está em relação comuma encarnação anterior do Codificador.

Na Grécia areencarnação

estavapresente nafilosofia de

Sócrates,Platão e

Pitágoras.

CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5

Os druidas eram sacerdotesceltas que exerciam as maisimportantes funções legais e

educativas. Defendiam aimortalidade e a reencarnação.

1267

reencarnação. Os egípcios chegaram a conhecer operispírito, chamando de Kha, e sabiam que suaelevação dependeria de seu grau evolutivo. E tudoisto em épocas que ultrapassam os cinco mil anos!

Todos os estudiosos das ciências psíquicas sãounânimes em afirmar a existência da reencarnaçãocomo veículo da imortalidade. Teosofistas,martinistas, rosa-cruzes, esoteristas, templários,ocultistas em geral, todos abraçam os postuladosque Allan Kardec, o missionário lionês, esclareceue divulgou, colocando para o homem asresponsabilidades que ele mesmo gera.

Na Índiaencontramos areencarnação ou“transmigraçãodas almas”explícita no livroBhagavad Gita,nos diálogos elições do mestreespiritual Krishnaao seu discípuloArjuna.

O caminho da vida budistaoferece preceitos para o bem-

-estar ético e espiritual de cadaindivíduo e os exorta a ter

compaixão por qualquer que sejaa forma de vida.

Como reencarnacionistas, osbudistas devem aceitar a

responsabilidade em queexercem sua liberdade, já que as

conseqüências da ação podemser vistas em vidas posteriores.

Leonardo da Vinci(1452-1519)O famosorenascentista italianoafirmava:«Leia-me, ó leitor, seem mim encontrasdeleite, porque rarasvezes retornarei denovo a este mundo».

II Concílio de Constantinopla 553Até a metade do século VI, areencarnação fazia parte do

Cristianismo. Depois do segundoConcílio de Constantinopla, atual

Istambul, Turquia, por exigências doImpério Bizantino, ficou abolida, sendo

substituída pela ressurreição. Porpetição de Teodora, esposa do

Imperador Justiniano, partidária daescravidão e das idéias

preconcebidas, temerosa de retornarao mundo na pele de escrava negra,

desencadeou uma forte pressão sobreo Papa da época, Virgílio, para quem

os desejos de Teodora eram lei.Assim, o Concílio, decidiu eliminar

todo o pensamento de Orígenes deAlexandria, conforme se lê em latim:

«Se alguém diz, ou pensa, que asalmas dos homens preexistem e que

têm sido anteriormente Espíritos evirtudes, e que foram enviadas em

corpos como castigo: que sejamdeclarados anátemas». (49)

Orígenes (185–253d.C.)Considerado o «Pai da ciência da Igreja»e «o maior mestre da Igreja depois dosApóstolos», nos seus ensinamentosmanifestava:«Existe a preexistência das almas. AAlma é imaterial e portanto não há nemprincípio nem fim na sua existência. Aspredições dos Evangelhos não foramfeitas com a intenção de umainterpretação literal. Existe um progressoconstante rumo a evolução, sendo nosprimeiros como copos de barro, logo devidro, logo de prata, finalmente comocálice de ouro.Todos os Espíritos foram criados semculpa e todos têm que retornar, ao fim,sua perfeição original. A educação dasalmas continua em mundos sucessivos.Há inumeráveis mundos que se seguemuns dos outros durante eternas eras. Nãoserá isto mais conforme à razão? Quecada alma por certas razões misteriosassejam introduzidas num corpo, conformeseus méritos e ações anteriores?». (48)

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Evangelho

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No

esus foi o ser que ensinou a reencarnaçãocom maior contundência em todos ostempos. Ele falava aramaico, um dialeto comum vocabulário muito limitado, no qual ummesmo termo admite diversos significados.

Todo o Evangelho predica a ressurreição, tantoda carne como a do espírito. A ressurreição nacarne deve entender-se como reencarnação.Lembremos o diálogo com Nicodemos: «Emverdade, em verdade digo-te: Ninguém pode vero Reino de Deus se não nascer de novo».

Disse-lhe Nicodemos: «Como pode nascer umhomem já velho? Pode tornar a entrar no ventrede sua mãe, para nascer uma segunda vez?».

Retorquiu-lhe Jesus: «Se um homem não renasceda água e do Espírito, não pode entrar no Reinode Deus».

– O que é nascido da carne é carne e o que énascido do Espírito é Espírito. Não te admires deque eu te haja dito ser preciso que nasças de novo.

Respondeu-lhe Nicodemos: «Como pode issofazer-se?». – Jesus lhe observou: «Pois quê! Ésmestre em Israel e ignoras estas coisas? Se não mecredes, quando vos falo das coisas da Terra, comome crereis, quando vos fale das coisas do Céu?».

(S. João, 3:1 a 12.) (50)

Quando Jesus anunciou: «ninguém pode vero Reino de Deus se não nascer de novo», falavada reencarnação?

Tomando por base que o Espírito não atingenuma só existência a gloriosa condição de angelicale não percebe imediatamente o «Reino de Deus»,daí que precise de muitas vidas. Lenta e constan-temente o Espírito começa a progredir através doesforço próprio, para integrar-se na vida elevada.Por isso Jesus anunciou categoricamente «ninguémpode ver o Reino de Deus se não nascer de novo».

A reencarnação formava partedos dogmas judaicos sob o

nome de ressurreição.

Em João, 3:1 a 15está escrito comdetalhes, o diálogoque Jesus mantevecom Nicodemos,membro do Sinédrioe mestre de Israel,explicando-lhe anecessidade denovas existênciaspara entrar no Reinode Deus.

Allan Kardec explica que na Antigüidadesabia-se que a água era o elemento gerador

absoluto. A água vinha a ser o símbolo danatureza material, como o Espírito era o

da natureza inteligente e não quer dizer que éa água do batismo.

As palavras: «Se o homem não renasce daágua e do Espírito, não pode entrar no Reino

de Deus», significam, pois: «Se o homemnão volta ao nascer do corpo e da alma».

Neste sentido foram inicialmentecompreendidas. (51)

CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5

1269

Evolução«A vida do Espírito, em seu conjunto, apresenta as

mesmas fases que observamos na vida corporal. Elepassa gradualmente do estado de embrião ao de

infância, para chegar, percorrendo sucessivosperíodos, ao de adulto, que é o da perfeição, (...) oseu progresso se realiza, não num único mundo,

mas vivendo ele em mundos diversos.» (52)

O conceito que diz «Se um homem nãorenasce da água e do Espírito» está se referindoao processo do batismo?

Lamentavelmente os homens não têm sabidointerpretar corretamente os conceitos e princípiosde Jesus, que sob simbólico conceito referia-se areencarnação.

Se um homem não renasce da água é evidenteque não teria um corpo físico, já que o corpo

humano é aproximadamente 70% água. Estainterpretação está, adicionalmente, justificada comestas palavras: «o que é nascido da carne, carne é, oque é nascido do espírito, espírito é».

Jesus faz aqui uma distinção positiva entre oEspírito e o corpo.

«O que é nascido da carne, carne é» indicaclaramente que o corpo somente precede do corpoe que o Espírito é independente do corpo.

Tudo se encadeia na natureza desde o átomo primitivo até o arcanjo, que por sua vez iniciou como átomo.

Lembremos o episódio emque Jesus assevera queJoão Batista (esquerda) é areencarnação de Elias(direita).Seus discípulos então ointerrogaram desta forma:«Por que dizem os escribasser preciso que antes volteElias?» –– Jesus lhesrespondeu: «É verdade queElias há de vir e

restabelecer todas ascoisas, mas, eu vos

declaro que Elias já veioe eles não o conheceram

e o trataram como lhesaprouve.

Então, seus discípuloscompreenderam que fora

de João Batista queele falara».

(S. Mateus, 17:10 a 13;S. Marcos, 9:11 a 13) (53)

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AOS MUNDOS

s reencarnações se realizam em diferentesmundos, a terrestre não é a primeira nema última, mas sim, uma das maismateriais e distantes da perfeição.Pode-se viver muitas vezes no

mesmo mundo, dependendo da afinidadee progresso do Espírito com o mundoque irá habitar.

HOMEM E MULHER

Os Espíritos reencarnam comohomens e mulheres já que o Espírito nãotem sexo. Como devem progredir em tudo,cada sexo, e mesmo cada posição social,lhe faculta provas e deveres específicosincrementando assim a bagagem deexperiências. O que apenas se reencarna comohomem, não saberia mais do que sabem os homens.

RESSURREIÇÃO

A ressurreição como hoje se concebe, empouco se assemelha à reencarnação. O bom sensose opõe à aberração de que a alma possareconstituir o seu corpo, decomposto ereassimilado pelos outros organismos da natureza.É insensato materializar o que se encontra «morto»e sacrificar aos que se encontram vivos. AReencarnação é hoje um fato comprovado, quedemonstra o retorno do Espírito ao plano físicosem derrogar, de forma alguma, as leis da natureza.

ERRANTES

Os Espíritos errantes são aqueles que estãoesperando uma nova existência para melhorar-se.Os há de diversos graus e a sua espera varia desdehoras até séculos, se dando geralmente, depois deperíodos mais ou menos longos.

LEI DE CAUSA E EFEITO – KARMA

A palavra karma provém do sânscrito e querdizer ação. Quer dizer que tudo o que se fazequivale a dizer karma. Allan Kardec preferiu

612. Poderia encarnar numanimal o Espírito que animou

o corpo de um homem?«Isso seria retrogradar e o Espírito

não retrograda. O rio não remonta àsua nascente.»

GeraisAspectos

330. Sabem osEspíritos em queépoca reencarnarão?«Pressentem-na, comosucede ao cego que seaproximado fogo. Sabem que têmde retomar a um corpo,como sabeis que tendesde morrer um dia, masignoram quandoisso se dará».

CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5

«Depende de estarem mais oumenos adiantados, os Espíritos

não se preocupam com a suareencarnação, mesmo assim

reencarnarão.» (54)Em alguns casos, é imposto

pela mesma lei a reencarnar--se, em outros escolhem as

provas (quer dizer corpo,condições, época, família, etc.),quanto maiores os obstáculos,

maior o progresso.

1271

«A encarnação dosEspíritos se dá sempre

na espécie humana; seriaerro acreditar-se que aalma ou Espírito possa

encarnar no corpo de umanimal «metempsicose».As diferentes existências

corpóreas do Espírito sãosempre progressivas e

nunca regressivas.» (55)

344. Em que momento a alma seune ao corpo?«A união começa na concepção, mas sóé completa por ocasião do nascimento.Desde o instante da concepção, oEspírito designado para habitar certocorpo a este se liga por um laço fluídico,que cada vez mais se vai apertando atéao instante em que a criança vê a luz.O grito, que o recém-nascido solta,anuncia que ela se conta no número dosvivos e dos servos de Deus».

chamar de Lei de Causa e Efeito, e pautou que osatos positivos, caritativos e benevolentes reparamações delituosas do passado.

As tradições espiritualistas afirmam que as boasações seriam karmas positivos ou dharmas, nãoobstante karma é empregado para designar os fatosque o Espírito fez contra outros, contra a naturezaou contra si mesmo. O karma negativo é resgatadona atual existência ou numa futura a maneira decorretivo e não de castigo.

Existem resgates individuais e coletivos, com afamília, cidade, país e planeta.

Com a Lei de Causa e Efeito são explicadoscentenas de casos como os de mongolismo, defor-mações físicas, acidentes, abandono, esterilidade,homossexualismo, doenças incuráveis, miséria, lou-cura, etc., assim como os de genialidade, saúde,tranqüilidade emocional, etc., todos têm a suaorigem no pretérito e dessa maneira vemos a justiçade Deus agindo.

Nosso destino é a fatalidade do bem; ninguémestá destinado ao mal ou ao sofrimento.

205. Para algumas pessoas a doutrina dareencarnação se afigura destruidora doslaços de família porque faz que seconsiderem outras existências além da atual.«Ela os distende; não os destrói. Fundando-se oparentesco em afeições anteriores, menosprecários são os laços existentes entre osmembros de uma mesma família.Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade,porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo,pode achar-se um Espírito a quem tenhais estadopresos pelos laços da consangüinidade.»

«O viajante queembarca sabe a queperigo se lança, masnão sabe se naufragará.O mesmo se dá com oEspírito: conhece ogênero das provas a quese submete, mas nãosabe se sucumbirá.»(56)

«Assim como, para o Espírito,a morte do corpo é uma

espécie de renascimento, areencarnação é uma espéciede morte, ou antes, de exílio,

de clausura. Ele deixao mundo dos Espíritos pelo

mundo corporal, comoo homem deixa este mundo

por aquele. Sabe quereencarnará, como o homem

sabe que morrerá.» (57)

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O Dr. Brian Weiss, médico diplomado pela Universidade de Yale,com especialização em Psiquiatria na Universidade de Columbia, é oautor do livro Muitas Vidas, Muitos Mestres, onde relata as suasexperiências com Catherine, a quem depois de um ano detratamento convencional não conseguiu a cura. Weiss, valendo-se dahipnose, fez que retrocedesse o origem de seus problemas e ela dizque se chamava Aronda e que morou no Egito, morta 18 séculos a.C.A sua desconfiança foi diluindo-se quando Catherine foi curando edescobrindo 85 vidas. Experimentou com centenas de pacientes,concluindo que todos reencarnamos. Atualmente, o Dr. Weiss proferepalestras sobre o tema nos Estados Unidos e em diversos países.

xistem meios de provar a reencar-nação?

A lembrança de vidas passadaspesquisadas por grandes psiquiatras,psicólogos e pesquisadores da matéria é

um dos métodos mais completos para provar areencarnação.

Citemos o Dr. Ian Stevenson, diretor doDepartamento de Psiquiatria da Universidade deVirgínia, nos Estados Unidos, com o seu livro «20Casos que Sugerem Reencarnação»; ou o Dr. BrianWeiss, diretor do Departamento de Psiquiatria doHospital Mount de Sinai Medical Center em Miami;ou os casos de experiências de memória extracerebral realizados na Índia pelo Dr. Banerjee.

Adicionalmente, as comunicações mediúnicas,as lembranças espontâneas nas crianças e oschamados Déjà vu, lembranças antes do nascimento,são outras das tantas provas que confirmam areencarnação.

392. Por que perde o Espírito encarnado alembrança do seu passado?

«Não pode o homem, nem deve, saber tudo.Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véuque lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, comoquem, sem transição, saísse do escuro para o claro.Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si.»

Não temos lembrança exata do que fomos nopassado; mas temos de tudo isso a intuição, sendo

as nossas tendências instintivas uma reminiscênciado passado. E a nossa consciência, que é o desejoque experimentamos de não reincidir nas faltas jácometidas, nos concita à resistência naquelespendores.

Gravíssimos inconvenientes teria o de noslembrarmos das nossas individualidades anteriores.

Recordar-nos-íamos dos antigos adversários,algozes e vítimas, reativariam-se rancores econtinuaríamos caindo. Por isso, o esquecimentonos serve como ajuda do progresso espiritual.

Dr. Ian StevensonNa Universidade deVirgínia, Estados Unidos,o psiquiatra epesquisador dareencarnação reuniumais de 3 mil casos, portodas partes do mundo,de crianças quelembram as suas vidaspassadas. Ian Stevensoncumpriu rigorosamentecom os padrõescientíficos exigidos.

PassadasVidas

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1273

As terapias regressivas ou TVP (terapia de vidas passadas),devem ser realizadas por profissionais na matéria. Devemser justificadas por traumas ou conflitos concretos, poisque, poderiam ser prejudiciais quando são tratadas comouma simples brincadeira ou quando são encaradas comleviandade para satisfazer a nossa natural curiosidade.Os efeitos terapêuticos têm efeitos positivos em neuroses,fobias, manias, complexos, traumas e tiques nervosos quepodem ser revelados em estado de hipnose, como porexemplo: uma terrível fobia de uma mulher a água, pelofato de ter sido, na existência anterior, encadeada numagalera, jogada no rio e devorada por jacarés.

Exortaçãodmitindo, de acordo com a crençavulgar, que a alma nasce com o corpo,ou, o que vem a ser o mesmo, que, antesde encarnar, só dispõe de faculdadesnegativas, perguntamos:

1o Por que mostra a alma aptidões tão diversas e

independentes das idéias que a educação lhe fez adquirir?

2o Donde vem a aptidão extranormal que muitas

crianças em tenra idade revelam, para esta ou aquela arte,

para esta ou aquela ciência, enquanto outras se conservam

inferiores ou medíocres durante a vida toda?

3o Donde, em uns, as idéias inatas ou intuitivas, que

noutros não existem?

4o Donde, em certas crianças, o instinto precoce que

revelam para os vícios ou para as virtudes, os sentimentos

inatos de dignidade ou de baixeza, contrastando com o meio

em que elas nasceram?

5o Por que, abstraindo-se da educação, uns homens são

mais adiantados do que outros?

6o Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomardes

de um menino hotentote recém-nascido e o educardes nos nossos

melhores liceus, fareis dele algum dia um Laplace ou um Newton?

Qual a filosofia ou a teosofia capaz de resolverestes problemas? É fora de dúvida que, ou as almassão iguais ao nascerem, ou são desiguais. Se são iguais,por que, entre elas, tão grande diversidade de aptidões?Dir-se-á que isso depende do organismo. Mas, então,achamo-nos em presença da mais monstruosa eimoral das doutrinas. O homem seria simplesmáquina, joguete da matéria; deixaria de ter aresponsabilidade de seus atos, pois que poderiaatribuir tudo às suas imperfeições físicas.

Se as almas são desiguais, é que Deus as criouassim. Nesse caso, porém, por que a inatasuperioridade concedida a algumas? Corresponderáessa parcialidade à justiça de Deus e ao amor que Eleconsagra igualmente a todas as suas criaturas?

Admitamos, ao contrário, uma série deprogressivas existências anteriores para cada alma etudo se explica.

A

«À vista da sexta interrogação acima, dirão naturalmente que ohotentote (*) é de raça inferior. Perguntaremos, então, se ohotentote é ou não um homem. Se é, por que a ele e à sua raçaprivou Deus dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se nãoé, por que tentar fazê-lo cristão? A Doutrina Espírita tem maisamplitude do que tudo isto. Segundo ela, não há muitas espéciesde homens, há tão-somente homens cujos espíritos estão mais oumenos atrasados, porém todos suscetíveis de progredir. Não éeste princípio mais conforme à justiça de Deus?» (58)

*Hotentote –– Povo Khoisan, que habita no sudoeste da África.

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2. Relacione:

a) Errante ..... Reencarnação de Elias.b) Hotentote ..... Espírito em espera de uma nova existência.c) João Batista ..... Discípulo de Sócrates.d) Brian Weiss ..... Espírito atrasado susceptível de progredir.e) Platão ..... Autor do livro Muitas Vidas, Muitos Mestres.

1. Complete as frases:

a) ................................................................... como hoje se concebe, em pouco se assemelha a reencarnação.

b) Jesus estava se referindo à ................................................................................................... quando anunciou:«ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo».

c) As reencarnações se realizam em ......................................................, a terrestre não é a primeira nem aúltima.

d) As formas de resgate são ............................................................. e ........................................................................

e) As terapias regressivas devem ser realizadas por ................................................................................................

3. Responda:

a) Em que princípio se fundamenta a reencarnação?

...............................................................................................................

b) Quais são as finalidades da reencarnação?

...............................................................................................................

c) Quantas vezes deve um Espírito encarnar-se?

...............................................................................................................

d) O que vem a ser o Espírito depois da sua última encarnação?

...............................................................................................................

e) Quem são os Espíritos errantes?

...............................................................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... Os egípcios não conheciam a reencarnação.

b) ..... Se um homem não renascesseda água, não teria corpo físico.

c) ..... Um Espírito pode reencarnarcomo homem ou mulher.

d) ..... A ressurreição na carne equivaledizer reencarnação.

e) ..... Os laços familiares são forta-lecidos pela reencarnação.

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Atividades

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Definindo RumosDo livro: Roteiro

Psicografado por Francisco Cândido Xavier.Editora FEB.

EspiritualMensagem

m verdade, meu amigo, terásencontrado no Espiritismoa tua renovação mental.O fenômeno terá modificadoas tuas convicções. As conclu-

sões filosóficas alteraram, decerto, a tua visãodo mundo.

Admites, agora, a imortalidade do ser.Sentes a excelsitude do teu próprio destino.

Mas se essa transformação da inteligêncianão te reergue o coração com o aperfeiçoa-mento íntimo, se os princípios que abraças nãote fazem melhor à frente dos nossos irmãosda Humanidade, para que te serve oconhecimento? Se uma força superior te nãoeduca as emoções, se a cultura te não dirigepara a elevação do caráter e do sentimento, quefazes do tesouro intelectual que a vida te confia?

Não vale o intercâmbio, somente pelocapricho atendido.

A expressão gritante do inabitual pode estarvazia de substância.

A ventania impetuosa que varre o solo, comimenso alarido, costuma gerar o deserto,enquanto que o rio silencioso e simples garantea floresta e a cidade, os lares e os rebanhos.

Se procuras contato com o plano espiritual,recorda que a morte do corpo não nos santifica.

Além do túmulo, há também sábios eignorantes, justos e injustos, corações no céu econsciências no inferno purgatorial...

EAs excursões no desconhecido reclamam

condutores.O Cristo é o nosso Guia Divino para a

conquista santificante do Mais Além...Não te afastes dele.Registrarás sublimes narrações do Infinito na

palavra dos grandes orientadores, ouvirás muitasvozes amigas que te lisonjearão a personalidade,escutarás novidades que te arrebatam ao êxtase,entretanto, somente com Jesus no Evangelhobem vivido é que reestruturaremos a nossaindividualidade eterna para a sublime ascensãoà Consciência do Universo.

Estas páginas despretensiosas constituemum apelo à congregação de nossas forças emtorno do Cristo, nosso Mestre e Senhor. Sem aBoa Nova, a nossa Doutrina Consoladora seráprovavelmente um formoso parque de estudose indagações, discussões e experimentos, reuniõese assembléias, louvores e assombros, mas afelicidade não é produto de deduções edemonstrações.

Busquemos, pois, com o Celeste Benfeitor alição da mente purificada, do coração aberto àverdadeira fraternidade, das mãos ativas naprática do bem e o Evangelho nos ensinará aencontrar no Espiritismo o caminho de amor eluz para a Alegria Perfeita.

EMMANUEL

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SonhosO Dormir e os

urante o sono, a alma não repousa comoo corpo, o Espírito jamais está inativo.Durante o sono, afrouxam-se os laços queo prendem ao corpo e, não precisandoeste então da sua presença, ele se lança pelo

espaço e entra em relação mais direta com osoutros Espíritos.

402. Como podemos julgar da liberdade doEspírito durante o sono?

«Pelos sonhos. Quando o corpo repousa,acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do queno estado de vigília. Lembra-se do passado ealgumas vezes prevê o futuro.

Adquire maior potencialidade e pode pôr-seem comunicação com os demais Espíritos, querdeste mundo, quer do outro. Dizes freqüentemente:Tive um sonho extravagante, um sonho horrível,mas absolutamente inverossímil. Enganas-te. Éamiúde uma recordação dos lugares e das coisasque viste ou que verás em outra existência ou emoutra ocasião. Estando entorpecido o corpo, oEspírito trata de quebrar seus grilhões e deinvestigar no passado ou no futuro.

Pobres homens, que mal conheceis os maisvulgares fenômenos da vida! Julgais-vos muitosábios e as coisas mais comezinhas vos confundem.Nada sabeis responder a estas perguntas que todasas crianças formulam: Que fazemos quando

«Graças ao sono, os Espíritosencarnados estão sempre em

relação com o mundo dosEspíritos. Por isso é que os

Espíritos superiores assentem,sem grande repugnância, em

encarnar entre nós.» (59)

D

dormimos? Que são os sonhos?O sono liberta a alma parcialmente do corpo.

Quando dorme, o homem se acha por algumtempo no estado em que fica permanentementedepois que morre.

Ainda esta circunstância é de molde a vosensinar que não deveis temer a morte, pois quetodos os dias morreis, como disse um santo.

«Os sonhos são efeito da emancipação da alma, quemais independente se torna pela suspensão da vidaativa e de relação. Daí uma espécie de clarividênciaindefinida que se alonga até aos mais afastadoslugares e até mesmo a outros mundos. Daí também alembrança que traz à memória acontecimentos daprecedente existência ou das existências anteriores.As singulares imagens do que se passa ou se passouem mundos desconhecidos, entremeados de coisasdo mundo atual, é que formam esses conjuntosestranhos e confusos, que nenhum sentido ou ligaçãoparecem ter». (60)

CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6

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Visitas

«O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante osono. Notai, porém, que nem sempre sonhais. Que querisso dizer? Que nem sempre vos lembrais do que vistes,ou de tudo o que haveis visto, enquanto dormíeis. É quenão tendes então a alma no pleno desenvolvimento desuas faculdades.Muitas vezes, apenas vos fica a lembrança daperturbação que o vosso Espírito experimenta à suapartida ou no seu regresso, acrescida da que resulta doque fizestes ou do que vos preocupa quando despertos.(...) Tratai de distinguir essas duas espécies de sonhosnos de que vos lembrais, do contrário cairíeis emcontradições e em erros funestos à vossa fé.» (61)

«O sono é a porta queDeus lhes abriu, para

que possam ir ter comseus amigos do céu; é

o recreio depois dotrabalho, enquantoesperam a grande

libertação, a libertaçãofinal, que os restituirá

ao meio que lhes épróprio.» (62)

llan Kardec indagou dos Espíritos sobreas visitas espirituais durante o sono,obtendo as seguintes respostas:

406. Quando em sonho vemospessoas vivas, muito nossas conhe-

cidas, a praticarem atos de que absolutamentenão cogitam, não é isso puro efeito deimaginação?

«De que absolutamente não cogitam, dizes. Quesabes a tal respeito? Os Espíritos dessas pessoasvêm visitar o teu, como o teu os vai visitar, semque saibas sempre o em que eles pensam. Demais,não é raro atribuirdes, de acordo com o quedesejais, a pessoas que conheceis, o que se deu ouse está dando em outras existências.»

414. Podem duas pessoas que se conhecemvisitar-se durante o sono?

«Certo e muitos que julgam não se conheceremcostumam reunir-se e falar-se. Podes ter, sem que

«Os sonhos não são verdadeiros como oentendem os ledores de buena-dicha, pois foraabsurdo crer-se que sonhar com tal coisa anunciatal outra. São verdadeiros no sentido de queapresentam imagens que para o Espírito têmrealidade, porém freqüentemente, nenhumarelação guardam com o que se passa na vidacorporal. São também, como atrás dissemos, umpressentimento do futuro, permitido por Deus, ou avisão do que no momento ocorre em outro lugar aque a alma se transporta.» (63)

o suspeites, amigos em outro país. É tão habitualo fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, comamigos e parentes, com os que conheceis e quevos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeisessas visitas.»

O Espírito vai visitar aqueles com quem desejaencontrar-se. Mas, não constitui razão, para quesemelhante coisa se verifique, o simples fato de eleo querer quando desperto.

A

Espirituais

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«Entre as leis divinas, umas regulam omovimento e as relações da matéria

bruta: as leis físicas, cujo estudopertence ao domínio da Ciência.

As outras dizem respeitoespecialmente ao homem,

considerado em si mesmo e nas suasrelações com Deus e com seus

semelhantes. Contêm as regras davida do corpo, bem como as da vida

da alma: são as leis morais». (64)

647. A Lei de Deus seacha contida toda nopreceito do amor aopróximo, ensinado porJesus?«Certamente esse preceitoencerra todos os deveres doshomens uns para com osoutros. Cumpre, porém, selhes mostre a aplicação quecomporta, do contrário

MoraisAs Leis

Lei Divinaou Natural

1. Lei deAdoração

2. Lei doTrabalho

3. Lei deReprodução

4. Lei deConservação

5. Lei deDestruição

9. Lei deL iberdade

8. Lei deIgualdade

7. Lei doProgresso

6. Lei deSociedade

10. Lei deJustiça, deAmor e deCar idade

deixarão de cumpri-lo, como ofazem presentemente.Demais, a lei natural abrangetodas as circunstâncias da vidae esse preceito compreendesó uma parte da lei. Aoshomens são necessáriasregras precisas; os preceitosgerais e muito vagos deixamgrande número de portasabertas à interpretação.»

CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6

Ilustração didática

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A

NaturalA Lei Divina ou

lei natural é a Lei de Deus. É aúnica verdadeira para a felicidadedo homem. Indica-lhe o quedeve fazer ou deixar de fazere ele só é infeliz quando dela se

afasta.A lei natural é eterna e imutável como o

próprio Deus.Todos podem conhecê-la, mas nem

todos a compreendem.Os homens de bem e os que se decidem

a investigá-la são os que melhor acompreendem. Todos, entretanto, acompreenderão um dia, porquanto forçosoé que o progresso se efetue.

629. Que definição se pode dar damoral?

«A moral é a regra de bem proceder,isto é, de distinguir o bem do mal. Funda--se na observância da Lei de Deus.

O homem procede bem quando tudofaz pelo bem de todos, porque entãocumpre a Lei de Deus.»

630. Como se pode distinguir o bemdo mal?

«O bem é tudo o que é conforme à Leide Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim,fazer o bem é proceder de acordo com a Lei deDeus. Fazer o mal é infringi-la.»

625. Qual o tipo mais perfeito queDeus tem oferecido ao homem para

lhe servir de guia e modelo?«Jesus.»

662. Pode-se,com utilidade,orar porout rem?«O Espírito dequem ora atuapela sua vontadede praticar o bem.Atrai a si, mediantea prece, os bonsEspíritos e estes seassociam ao bemque deseje fazer.»

663. Podem as preces, que por nósmesmos fizermos, mudar a natureza das

nossas provas e desviar-lhes o curso?«As vossas provas estão nas mãos de Deus ealgumas há que têm de ser suportadas até ao

fim; mas, Deus sempre leva em conta aresignação. A prece traz para junto de vós osbons Espíritos e, dando-vos estes a força de

suportá-las corajosamente, menos rudes elasvos parecem. Temos dito que a prece nunca

é inútil, quando bem feita, porque fortaleceaquele que ora, o que já constitui

grande resultado.»

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«O Espiritismo se tornarácrença comum e marcaránova era na história daHumanidade, porque está nanatureza e chegou o tempoem que ocupará lugar entreos conhecimentos humanos.Terá, no entanto, quesustentar grandes lutas, maiscontra o interesse, do quecontra a convicção, porquanto

«Os Espíritos hão ditosempre: A forma nadavale, o pensamento étudo. Ore, pois, cada umsegundo suasconvicções e da maneiraque mais o toque. Umbom pensamento valemais do que grandenúmero de palavras comas quais nada tenha ocoração.» (65)

não há como dissimular aexistência de pessoasinteressadas em combatê-lo,umas por amor-próprio, outraspor causas inteiramentemateriais. Porém, como virãoa ficar insulados, seuscontraditores se sentirãoforçados a pensar como osdemais, sob pena de setornarem ridículos.» (66)

1. LEI DE ADORAÇÃO

649. Em que consiste a adoração?«Na elevação do pensamento a Deus. Deste,

pela adoração, aproxima o homem sua alma.»Origina-se de um sentimento inato como o da

existência de Deus. A consciência da sua fraquezaleva o homem a curvar-se diante daquele que opode proteger.

A adoração verdadeira é do coração. Em todasas vossas ações, lembrai-vos sempre de que oSenhor tem sobre vós o seu olhar.

660. A prece torna melhor o homem?«Sim, porquanto aquele que ora com fervor e

confiança se faz mais forte contra as tentações domal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.

É este um socorro que jamais se lhe recusa, quandopedido com sinceridade.»

2. LEI DO TRABALHO

674. A necessidade do trabalho é lei daNatureza?

«O trabalho é lei da Natureza, por isso mesmoque constitui uma necessidade, e a civilização obrigao homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta asnecessidades e os gozos.»

Tudo na Natureza trabalha. Como tu,trabalham os animais, mas o trabalho deles, deacordo com a inteligência de que dispõem, se limitaa cuidarem da própria conservação.

A natureza do trabalho está em relação com anatureza das necessidades. Quanto menos materiaissão estas, menos material é o trabalho. Mas, nãodeduzais daí que o homem se conserve inativo einútil. A ociosidade seria um suplício, em vez deser um benefício.

3. LEI DE REPRODUÇÃO

686. É lei da Natureza a reprodução dosseres vivos?

«Evidentemente. Sem a reprodução o mundocorporal pereceria.»

687. Indo sempre a população na progressãocrescente que vemos, chegará tempo em que sejaexcessiva na Terra?

«Não, Deus a isso provê e mantém sempre oequilíbrio. Ele coisa alguma inútil faz. O homem,que apenas vê um canto do quadro da Natureza,não pode julgar da harmonia do conjunto.»

695. Será contrário à lei da Natureza ocasamento, isto é, a união permanente de doisseres?

«É um progresso na marcha da Humanidade.»

683. Qual olimite do

trabalho?«O das forças. Em

suma, a esserespeito Deus

deixa inteiramentelivre o homem.»

CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6

1283

696. Que efeito teria sobre a sociedadehumana a abolição do casamento?

«Seria uma regressão à vida dos animais.»

4. LEI DE CONSERVAÇÃO

702. É lei da Natureza o instinto deconservação?

«Sem dúvida. Todos os seres vivos o possuem,qualquer que seja o grau de sua inteligência. Nunsé puramente maquinal, raciocinado em outros.»

703. Com que fim outorgou Deus a todos osseres vivos o instinto de conservação?

«Porque todos têm que concorrer paracumprimento dos desígnios da Providência. Porisso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver.Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamentodos seres. Eles o sentem instintivamente, sem dissose aperceberem.»

711. O uso dos bens da Terra é um direitode todos os homens?

«Esse direito é conseqüente da necessidade deviver. Deus não imporia um dever sem dar aohomem o meio de cumpri-lo.»

5. LEI DE DESTRUIÇÃO

728. É lei da Natureza a destruição?«Preciso é que tudo se destrua para renascer e

se regenerar. Porque, o que chamais destruição nãopassa de uma transformação, que tem por fim arenovação e melhoria dos seres vivos.»

731. Por que, ao lado dos meios deconservação, colocou a Natureza os agentes dedestruição?

«É o remédio ao lado do mal. Já dissemos:para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.»

742. Que é o que impele o homem à guerra?«Predominância da natureza animal sobre a

natureza espiritual e transbordamento das paixões.No estado de barbaria, os povos um só direitoconhecem — o do mais forte. Por isso é que, paratais povos, o de guerra é um estado normal.

760. Desaparecerá algum dia, da legislaçãohumana, a pena de morte?

«Incontestavelmente desaparecerá e a suasupressão assinalará um progresso da Humanidade.Quando os homens estiverem mais esclarecidos, apena de morte será completamente abolida naTerra. Não mais precisarão os homens de serjulgados pelos homens. Refiro-me a uma épocaainda muito distante de vós.»

710. Nos mundos demais apuradaorganização, têm osseres vivos necessidadede alimentar-se?«Têm, mas seus alimentosestão em relação com a suanatureza. Tais alimentos nãoseriam bastantesubstanciosos para os vossosestômagos grosseiros; assimcomo os deles não poderiamdigerir os vossos alimentos.»

«O estado de natureza é oda união livre e fortuita dos

sexos. O casamentoconstitui um dos primeiros

atos de progresso nassociedades humanas,

porque estabelece asolidariedade fraterna e se

observa entre todos ospovos, se bem que em

condições diversas.» (67)

743. Da face da Terra, algum dia, a guerradesaparecerá?«Sim, quando os homens compreenderem a justiça epraticarem a Lei de Deus. Nessa época, todos os povos serãoirmãos.»744. Que objetivou a Providência tornando necessáriaa guerra?«A liberdade e o progresso.»a) Desde que a guerra deve ter por efeito produzir oadvento da liberdade, como pode freqüentemente terpor objetivo e resultado a escravização?«Escravização temporária para esmagar os povos, a fim defazê-los progredir mais depressa.»

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«Homem nenhum possuifaculdades completas.Mediante a união social éque elas umas às outras secompletam para lheassegurarem o bem-estar eo progresso. Por isso é que,precisando uns dos outros,os homens foram feitospara viver em sociedade enão insulados.» (68)

6. LEI DE SOCIEDADE

766. A vida social está na Natureza?«Certamente. Deus fez o homem para viver

em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra etodas as outras faculdades necessárias à vida derelação.»

770. Que se deve pensar dos que vivem emabsoluta reclusão, fugindo ao pernicioso contatodo mundo?

«Duplo egoísmo.»Fazer maior soma de bem do que de mal

constitui a melhor expiação. Evitando um mal,aquele que por tal motivo se insula cai noutro, poisesquece a lei de amor e de caridade.»

7. LEI DE PROGRESSO

776. Serão coisas idênticas o estado denatureza e a lei natural?

«Não, o estado de natureza é o estadoprimitivo. A civilização é incompatível com oestado de natureza, ao passo que a lei naturalcontribui para o progresso da Humanidade.»

780. b) Como é, nesse caso, que, muitasvezes, sucede serem os povos mais instruídosos mais pervertidos também?

«O progresso completo constitui o objetivo.Os povos, porém, como os indivíduos, só passoa passo o atingem. Enquanto não se lhes hajadesenvolvido o senso moral, pode mesmoacontecer que se sirvam da inteligência para aprática do mal. O moral e a inteligência são duasforças que com o tempo chegam a equilibrar-se.»

8. LEI DE IGUALDADE

803. Perante Deus, são iguais todos oshomens?

«Sim, todos tendem para o mesmo fim eDeus fez suas leis para todos. Dizeisfreqüentemente: ‘O Sol brilha para todos’ eenunciais assim uma verdade maior e mais geraldo que pensais.»

804. Por que não outorgou Deus asmesmas aptidões a todos os homens?

«Deus criou iguais todos os Espíritos, mascada um destes vive há mais ou menos tempo,e, conseguintemente, tem feito maior ou menorsoma de aquisições. A diferença entre eles estána diversidade dos graus da experiênciaalcançada e da vontade com que obram, vontadeque é o livre-arbítrio.»

9. LEI DE LIBERDADE

825. Haverá no mundo posições em queo homem possa jactar-se de gozar de absolutaliberdade?

«O Espiritismo contribuirá para o progressodestruindo o materialismo, que é uma daschagas da sociedade, ele faz que os homenscompreendam onde se encontram seusverdadeiros interesses. Deixando a vida futurade estar velada pela dúvida, o homemperceberá melhor que, por meio do presente,lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo osprejuízos de seitas, castas e cores, ensina aoshomens a grande solidariedade que os há deunir como irmãos.» (70)

«Sendo o progressouma condição da

natureza humana,não está no poder

do homem opor-se--lhe. É uma força

viva, cuja ação podeser retardada,

porém não anulada,por leis humanas

más.» (69)

CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6

1285

«O primeiro de todos osdireitos naturais dohomem é o de viver. Porisso é que ninguém tem ode atentarcontra a vida de seusemelhante, nem defazer o que quer quepossa comprometer-lhe aexistência corporal.» (73)

«Não, porque todos precisais uns dos outros,assim os pequenos como os grandes.»

843. Tem o homem o livre-arbítrio de seusatos?

«Pois que tem a liberdade de pensar, temigualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, ohomem seria máquina.»

851. Haverá fatalidade nos acontecimentosda vida?

«A fatalidade existe unicamente pela escolha queo Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela provapara sofrer.»

10. LEI DE JUSTIÇA, DE AMOR E DE

CARIDADE

873. O sentimento da justiça está nanatureza, ou é resultado de idéias adquiridas?

«Está de tal modo na natureza, que vos revoltaisà simples idéia de uma injustiça. É fora de dúvidaque o progresso moral desenvolve esse sentimento,mas não o dá.

Deus o pôs no coração do homem. Daí vemque, freqüentemente, em homens simples e incultosse vos deparam noções mais exatas da justiça doque nos que possuem grande cabedal de saber.»

874. Sendo a justiça uma lei da Natureza,como se explica que os homens a entendam demodos tão diferentes, considerando uns justo oque a outros parece injusto?

«É porque a esse sentimento se misturampaixões que o alteram, como sucede à maior partedos outros sentimentos naturais, fazendo que oshomens vejam as coisas por um prisma falso.»

886. Qual o verdadeiro sentido da palavracaridade, como a entendia Jesus?

«Benevolência para com todos, indulgência paraas imperfeições dos outros, perdão das ofensas.»

«A alta posição dohomem neste mundo eo ter autoridade sobre osseus semelhantes sãoprovas tão grandes e tãoescorregadias como adesgraça, porque,quanto mais rico epoderoso é ele, tanto

mais obrigações tem

que cumprir e tanto maisabundantes são osmeios de que dispõepara fazer o bem e omal.» (71)

«No pensamentogoza o homem de

ilimitada liberdade,pois que não há

como pôr-lhe peias.Pode-se-lhe deter o

vôo, porém, nãoaniquilá-lo.» (72)

«A Humanidade progride, pormeio dos indivíduos que pouco apouco se melhoram e instruem.Quando estes preponderam pelonúmero, tomam a dianteira earrastam os outros. De tempos atempos, surgem no seio delahomens de gênio que lhe dão umimpulso; vêm depois, comoinstrumentos de Deus, os que têmautoridade e, nalguns anos,fazem-na adiantar-se de muitosséculos.» (74)

«A caridade, segundo Jesus,não se restringe à esmola,

abrange todas as relações emque nos achamos com os

nossos semelhantes, sejam elesnossos inferiores, nossos iguais,

ou nossos superiores. Ela nosprescreve a indulgência, porquede indulgência precisamos nós

mesmos, e nos proíbe quehumilhemos os desafortunados,

contrariamente ao que secostuma fazer.» (75)

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HabitadosMundos

esus disse: «Há muitas moradasna casa de meu Pai».

A casa do Pai é o Universo.As diferentes moradas são osmundos que circulam no

espaço infinito e oferecem, aosEspíritos que neles encarnam, moradascorrespondentes ao seu adiantamento.

Em função disso, a conformaçãofísica de cada mundo é diferente econseqüentemente, a de seus habitantes.Cada mundo oferece aos seus habitantescondições adequadas e próprias para avida planetária. As necessidades vitais deum planeta poderão não ser as mesmase até podem ser opostas.

Do ensino dado pelos Espíritos,resulta que muito diferentes umas dasoutras são as condições dos mundos,quanto ao grau de adiantamento ou deinferioridade dos seus habitantes. Entreeles há os em que estes últimos são aindainferiores aos da Terra, física emoralmente; outros, da mesma categoriaque o nosso; e outros que lhe são maisou menos superiores a todos os aspectos.

«Há muitas moradas na casa de meu Pai;se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito,pois me vou para vos preparar o lugar.Depois que me tenha ido e que voshouver preparado o lugar, voltarei e vosretirarei para mim, a fim de que onde euestiver, também vós aí estejais.» (S. João,14:1 a 3.) (77)Jesus com esta passagem estavaensinando o princípio da pluralidade dosmundos habitados, de uma maneira clarapara não deixar dúvidas.

J

Só reina o bem.

1Mundos

Primit ivos

2Mundos deExpiaçãoe Provas

3Mundos deRegeneração

4MundosDitosos

5Mundos

Celestes ouDivinos

Destinados às primeirasencarnações.

Domina o mal sob o bem.

O mal e o bem sãosemelhantes.

O bem sobrepuja o mal.

«Nos mundos onde a existênciaé menos material do que neste,

menos grosseiras sãoas necessidades e menos

agudos os sofrimentos físicos.Lá, os homens desconhecem as

paixões más, que, nos mundosinferiores, os fazem inimigos

uns dos outros.» (76)

CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6

1287

Terra

Capela, estrela da cor ouro,é a mais brilhante daconstelação do Cocheiro,distante 42 anos –– luz daTerra. A literatura espíritanarra que há milhares deanos atrás, com o surgimentoda Humanidade, o nossoplaneta recebeu aencarnação de diversos seresdo cosmos, em destaque osEspíritos exilados de Capela,os quais propiciaram oprogresso terrestre.

planeta Terra, pertence à categoria deexpiação e provas, porque nele existepredomínio do mal sobre o bem. Aquio homem leva uma vida de vicissitudes,por ser ainda imperfeito, há para seus

habitantes mais momentos de infelicidade que dealegria.

Não obstante, a Terra passará a ser um mundode regeneração, onde os Espíritos se dedicarão aobem, mas isto será gradativamente.

A época atual é de transição, onde nosso planetaascenderá a níveis mais elevados, até atingir aperfeição a qual, todos estamos predestinados.

OS MUNDOS TRANSITÓRIOSMundos particularmente destinadosaos seres errantes, mundos que lhespodem servir de habitação temporária,espécies de bivaques, de camposonde descansem de uma demasiadalonga erraticidade. São, entre os outrosmundos, posições intermediárias,graduadas de acordo com a naturezados Espíritos que a elas podem teracesso e onde eles gozam de maiorou menor bem-estar. São mundos denatureza temporária.

A

Embora não se possa fazer uma classificaçãoabsoluta dos diversos mundos, Allan Kardec, nosoferece uma comprensão que nos permite umaclassificação geral sobre o assunto:

MUNDOS PRIMITIVOS, destinados àsprimeiras encarnações da alma humana; a vida,toda material, limita-se à luta pela subsistência; osentido moral é quase nulo e, por isto, as paixõesreinam soberanamente.

MUNDOS DE EXPIAÇÃO E PROVAS,onde domina o mal; resgatam-se dívidas contraídasperante a Lei Divina e passam por provas

destinadas ao aperfeiçoamento moral.MUNDOS DE REGENERAÇÃO, onde

as almas ainda têm o que expiar, porém, não têmas dores amargas da expiação.

MUNDOS DITOSOS, onde o bemsobrepuja o mal; predomina o bem e a justiça. Ospovos são fraternos uns com os outros.

MUNDOS CELESTES OU DIVINOS,habitações de Espíritos depurados, ondeexclusivamente reina o bem. A felicidade écompleta, devido a que todos têm atingido o cimoda sabedoria e da bondade.

O

O planeta Terra pertenceu a esta classedurante sua formação.236. Pela sua natureza especial,os mundos transitórios seconservam perpetuamentedestinados aos Espíritos errantes?«Não, a condição deles é meramentetemporária.»a) Esses mundos são ao mesmotempo habitados por serescorpóreos?«Não; estéril é neles a superfície. Os queos habitam de nada precisam.»

A Caminho da Luz, livrodo Espírito Emmanuel,psicografado por Chico

Xavier, descreve emsíntese a história da

Humanidade, suatrajetória evolutiva, as

grandes civilizações dopassado e menciona a

reencarnação de Espíritosexilados de «Capela».

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Atividades1. Complete as frases:

a) Graças ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com ....................................................

...................................................................................................................................................................................................

b) A prece atrai os ............................................................................ e estes se associam ao bem que se deseje fazer.

c) O bem é tudo o que é conforme ......................................................... o mal, tudo o que lhe é ....................................

d) O Espiritismo contribuirá para o progresso ............................................, que é uma das chagas da sociedade.

e) A forma nada vale, .....................................................................................................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ...... O sono libera parcialmente aalma do corpo.

b) ..... A Lei de Deus é a única para afelicidade do homem.

c) ..... Preciso é que tudo se destrua pararenascer e se regenerar.

d) ...... O planeta Terra ainda não temsido mundo de Transição.

e) ....... Nos mundos de regeneração ospovos são fraternos uns com osoutros.

3. Responda:

a) Podem duas pessoas que se conhecem visitar-se durante o sono?

................................................................................................................

b) Qual o limite do trabalho?

................................................................................................................

c) Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido aohomem para lhe servir de guia e modelo?

.........................................................................................................................

d) A qual categoria de mundo pertence a Terra?

...............................................................................................................

e) Qual é o primeiro de todos os direitos naturais do homem?

................................................................................................................

2. Relacione:

a) Matrimônio ..... Eleição da prova antes de encarnar.b) Caridade ..... Regra para portar-se bem.c) Moral ..... Progresso na marcha da Humanidade.d) Transição ..... Benevolência para com todos.e) Fatalidade ..... Serve de estação para os Espíritos errantes.

CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6CAPÍTULO 6

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«Livro espírita é vida»Do livro: Caminho Espírita

Psicografado por Francisco Cândido Xavier.Livraria Espírita Candeia.

EspiritualMensagem

Opão elimina a fome.O livro espírita suprime a penúria moral.O traje compõe o exterior.O livro espírita harmoniza o íntimo.O teto abriga da intempérie.

O livro espírita resguarda a criatura contra os perigos da obsessão.O remédio exclui a enfermidade.O livro espírita reanima o doente.A cirurgia reajusta os tecidos celulares.O livro espírita reequilibra os processos da consciência.A devoção prepara e consola.O livro espírita reconforta e explica.A arte distrai e enternece.O livro espírita purifica a emoção e impele ao raciocínio.A conversação amiga e edificante exige ambiente e ocasião para socorrer

os necessitados da alma.O livro espírita faz isso em qualquer lugar e em qualquer tempo.A força corrige.O livro espírita renova.O alfabeto instrui.O livro espírita ilumina o pensamento.Certamente é dever nosso criar e desenvolver todos os recursos humanos

que nos sustentem, e dignifiquem a vida na Terra de hoje; todavia, quantonos seja possível, auxiliemos a manutenção e a difusão do livro espíritaque nos sustenta e dignifica a vida imperecível, libertando-nos da sombrapara a luz, no plano físico e na esfera espiritual, aqui e agora, depois e sempre.

EMMANUEL

CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7

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459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e emnossos atos?«Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário,são eles que vos dirigem.»460. De par com os pensamentos que nos são próprios,outros haverá que nos sejam sugeridos?«Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que,freqüentemente, muitos pensamentos vos acodem a um temposobre o mesmo assunto e, não raro, contrários uns aos outros. Poisbem! No conjunto deles, estão sempre de mistura os vossos com osnossos. Daí a incerteza em que vos vedes. É que tendes em vósduas idéias a se combaterem.»

O

EspiritualInfluência

s Espíritos podem ver tudo o quefazeis, pois que constantementevos rodeiam. Cada um, porém,só vê aquilo a que dá atenção.Não se ocupam com o que lhes

é indiferente.457. Podem os Espíritos conhecer os

nossos mais secretos pensamentos?«Muitas vezes chegam a conhecer o que

desejaríeis ocultar de vós mesmos. Nematos, nem pensamentos se lhes podemdissimular.»

Influem os Espíritos em nossospensamentos e em nossos atos.

Quando um pensamento vos ésugerido, tendes a impressão de que alguémvos fala. Geralmente, os pensamentospróprios são os que acodem em primeirolugar. Afinal, não vos é de grande interesseestabelecer essa distinção.

464. Como distinguirmos se um pensa-mento sugerido procede de um bom Espíritoou de um Espírito mau?

«Estudai o caso. Os bons Espíritos só para obem aconselham. Compete-vos discernir.»

465. Com que fim os Espíritos imperfeitosnos induzem ao mal?

«Para que sofrais como eles sofrem.»

a) E isso lhes diminui os sofrimentos?«Não; mas fazem-no por inveja, por não

poderem suportar que haja seres felizes.»469. Por que meio podemos neutralizar a

influência dos maus Espíritos?«Praticando o bem e pondo em Deus toda a

vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritosinferiores e aniquilareis o império que desejem tersobre vós.

Um belo exemplo de como omundo espiritual se comunica einfluencia o nosso foi a anúncio

do anjo Gabriel a Maria deNazaré, na anunciação de Jesus.

CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7

1293

H

462. É sempre de dentro de simesmos que os homens inteligentese de gênio tiram suas idéias?«Algumas vezes elas lhes vêm do seupróprio Espírito, porém, de outras muitas,lhes são sugeridas por Espíritos que osjulgam capazes de compreendê-las edignos de vulgarizá-las. Quando taishomens não as acham em si mesmos,apelam para a inspiração. Fazem assim,sem o suspeitarem, uma verdadeiraevocação.»

«Nem anjos nem demôniossão entidades distintas, acriação de seresinteligentes é uma só.Unidos a corpos materiais,constituem a Humanidadeque povoa a Terra e asoutras esferas habitadas;uma vez libertos do corpomaterial, constituem omundo dos Espíritos, quepovoam os Espaços.» (78)

da Guardaá Espíritos que se ligam particularmentea um indivíduo para protegê-lo, o irmãoespiritual, ao qual chamamos o bom

Espírito ou o bom gênio.490. Que se deve entender por anjo

de guarda ou anjo guardião?«O Espírito protetor, pertencente a uma ordem

elevada.»A missão do Espírito protetor é a de um pai

com relação aos filhos; a de guiar o seu protegidopela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos,consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimonas provas da vida.

Dedica-se ao indivíduo desde o seu nascimentoaté a morte e muitas vezes o acompanha na vidaespírita, depois da morte, e mesmo através demuitas existências corpóreas, que mais não são doque fases curtíssimas da vida do Espírito.

496. O Espírito que abandona o seuprotegido, que deixa de lhe fazer bem, podefazer-lhe mal?

«Os bons Espíritos nunca fazem mal. Deixamque o façam aqueles que lhes tomam o lugar.Costumais então lançar à conta da sorte asdesgraças que vos acabrunham, quando só assofreis por culpa vossa.»

Há três gradações na proteção e na simpatiados Espíritos protetores:

O Espírito protetor, anjo de guarda, ou bomgênio é o que tem por missão acompanhar ohomem na vida e ajudá-lo a progredir.

Os Espíritos familiares, ligam-se a certaspessoas por laços mais ou menos duráveis.

Os Espíritos simpáticos, são os que se sentematraídos para o nosso lado por afeições particularese ainda por uma certa semelhança de gostos e desentimentos.

O mau gênio é um Espírito imperfeito ouperverso, que se liga ao homem para desviá-lo dobem. Obra, porém, por impulso próprio e nãono desempenho de missão. O homem gozasempre da liberdade de escutar-lhe a voz ou delhe cerrar os ouvidos.

Anjo

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A

A quem pode considerar-se um bomm é d i u m ?«A mediunidade não implica necessariamenterelações habituais com os Espíritos superiores.É apenas uma aptidão para servir deinstrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos,em geral. O bom médium, pois, não é aqueleque comunica facilmente, mas aquele que ésimpático aos bons Espíritos e somente delestem assistência. Unicamente neste sentido éque a excelência das qualidades morais setorna onipotente sobre a mediunidade.» (79)

MediunidadeA

mediunidade é uma faculdade existentena criatura humana, que, pelo, seu inter-médio os Espíritos desencarnados conse-guem comunicar-se com os encarnados.

Desde que há homens, há Espíritos, ese estes conseguem comunicar-se, podem terconseguido em todos os tempos. As religiões e ahistória assim o confirmam.

A mediunidade, conhecida também como

talento, carisma ou dom do Espírito Santo é umadas faculdades independentes das condições moraisdo indivíduo; encontra-se nos mais dignos comonos indignos, não acontecendo o mesmo com apreferência que oferecem os bons Espíritos aosmédiuns.

A mediunidade, conforme a definiu AllanKardec, depende de uma organização física maisou menos apropriada para manifestar-se.

Médiuns

Médiuns deEfeitos FísicosBatedores,Tiptólogos,Motores,Translações ede suspensões,Efeitos musicais,Aparições,Transporte,Noturnos,Pneumatógrafos,Curadores,Excitadores.

Médiuns deEfeitosIntelectuaisAudientes,Falantes,Videntes,Inspirados,Pressentimentos,Proféticos,Sonâmbulos,Extáticos,Pintores oudesenhistas,Músicos.

Variedades de Médiuns

Instrumentais

Vidicom, spiricom, aparelhos detranscomunicação por telefone, fax,rádio, tv, computador, etc.

Segundo o Modo deExecuçãoEscreventes ou psicógrafos,Escreventes mecânicos,semimecânicos,Intuitivos, Polígrafos,Poliglotas, Iletrados.Segundo oDesenvolvimento daFaculdadeNovato, Improdutivos, Feitosou formados, Lacônicos,Explícitos, Experimentados,Maleáveis, Exclusivos, Paraevocação, Para ditadosespontâneos.Segundo o Gênero e aParticularidade dasComunicaçõesVersejadores, Poéticos,Positivos, Literários,

Incorretos, Historiadores,Científicos, Receitistas,Religiosos, Filósofos emoralistas, e decomunicações triviaise obscenas.Segundo as QualidadesFísicas do MédiumMédiuns calmos, velozes,convulsivos.Segundo as QualidadesMorais dos MédiunsObsidiados, Fascinados,Subjugados, Levianos,Indiferentes, Presunçosos,Orgulhosos, Suscetíveis,Mercenários, Ambiciosos,De má-fé, Egoístas eInvejosos.Bons MédiunsSérios, Modestos,Devotados e Seguros.

CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7

1295

Jesus quando se referiu à mediunidaderecomendou aos discípulos: «Restituí a

saúde aos doentes, ressuscitai os mortos,curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai

gratuitamente o que gratuitamente haveisrecebido». (S. Mateus, 10:8.) (80)Dando a entender com isto que a

mediunidade deve ser gratuita, poisninguém deverá cobrar por aquilo que

recebeu gratuitamente.

MédiunsOs

MApalavra médium provém do latim —medium, e indica precisamente o meio ouponte de comunicação entre os Espíritose os homens.

Todos somos médiuns?Todos somos médiuns porque, em

maior ou menor grau, todos estamos sujeitos àsinfluências dos Espíritos e porque transmitimospara o ambiente da matéria os mais variadosinfluxos de nosso Espírito, influenciando aos outroscom nossos pensamentos, atos e sentimentos.

Se todos somos médiuns, a quem deveaplicar-se o termo «médium»?

Denominam-se formalmente médiuns àquelescuja faculdade está claramente caracterizada e seconhece pelos efeitos de intensidade.

As pessoas que demonstram a sua faculdadede forma ostensiva em que se percebe nitidamenteo fenômeno insólito, algo que lhes domina a mente,a vontade ou padecem de perturbações psíquicas,são seres que precisam de um desenvolvimentomediúnico disciplinado e sob a supervisão depessoas experimentadas.

Qual é a primeira obrigação do médium?A primeira obrigação é evangelizar-se, inclusive

antes de entregar-se às grandes tarefas doutrinárias,pois de outro modo poderá estropiar-se com opersonalismo em prejuízo da sua tarefa.

Quais são os fatores que atuam contra omédium?

O primeiro inimigo do médium reside dentrodele mesmo. Freqüentemente é o personalismo, aambição, a ignorância ou a rebeldia no voluntáriodesconhecimento dos seus deveres à luzdo Evangelho, fatores de inferioridade moral que,não raro, o conduzem à invigilância, à leviandade eà confusão em seus propósitos.

Um dos maiores escolhos da mediunidade é aobsessão, ou seja, a influência perniciosa de umEspírito sobre o médium.

A Glândula Pineal –– No relato do Espírito André Luiz, através dapsicografia de Chico Xavier, no livro Missionários da Luz, considera:como a glândula da vida espiritual do homem. Segregandoenergias psíquicas, a glândula pineal conserva ascendência emtodo o sistema endócrino. Ligada à mente, através de princípioseletromagnéticos do campo vital, que a ciência comum ainda nãopôde identificar. Localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos,vem sendo estudada pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico,pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade deSão Paulo, que chegou à seguinte conclusão: «A pineal é umsensor capaz de 'ver' o mundo espiritual e de coligá-lo com aestrutura biológica». (81)

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Fotos de materializações deEspíritos com a presença de ChicoXavier. Estes fenômenos sãoproduzidos pelos médiuns deefeitos físicos.

O

MédiunsClasses de

s médiuns podem ser divididosem duas grandes categorias:médiuns de efeitos físicos emédiuns de efeitos intelectuais.Cada uma delas tem uma

finalidade específica frente à Humanidadedo nosso tempo.

I – MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS

São os que têm o poder de provocar efeitosmateriais, ou manifestações ostensivas. Seustrabalhos têm a finalidade de chamar a atençãodos incrédulos a respeito da existência dos Espíritose do mundo invisível.

II – MÉDIUNS DE EFEITOS

INTELECTUAIS

Os que são mais aptos a receber e a transmitircomunicações inteligentes, com as quais, é possívelaprender conceitos morais e filosóficos. Estasmanifestações nos ajudam a compreender omundo invisível e a forma de vida de seus

«Os médiuns escreventes, por ser ogênero de mediunidade mais

espalhado e, além disso, porque é, aomesmo tempo, o mais simples, o mais

cômodo, o que dá resultados maissatisfatórios e completos.» (82)

Os Espíritos utilizam uma substânciachamada ectoplasma, que a extraem

do médium pelos orifícios do corpo,para poderem apresentar-se. Por este

meio eles se tornam visíveis egeralmente com a aparência da sua

última encarnação.

habitantes. Dentro da variedade de médiunsmencionamos os mais comuns.

1) AUDIENTES

Estes ouvem a voz dos Espíritos. Algumasvezes uma voz interior, que se faz ouvir no foroíntimo; doutras vezes, é uma voz exterior, clara edistinta, qual a de uma pessoa viva. Os médiunsaudientes podem, assim, travar conversação comos Espíritos.

Esta faculdade é muito agradável, quando omédium só ouve Espíritos bons. Assim, entretanto,já não é, quando um Espírito mau se lhe agarra,pode caracterizar-se numa tenaz obsessão.

CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7

1297

«Médiuns curadores: osque têm o poder de curarou de aliviar o doente,pela só imposição dasmãos, ou pela prece.»(84)A fé, aliada aomagnetismo do médiume ao auxílio dos bonsEspíritos, realizafenômenos de cura.

Desenhomediúnico da

casa de Mozartem Júpiter,

elaborado pelomédium Victorien

Sardou epublicado na

Revista

Espírita do ano1858.

2) FALANTES OU DE PSICOFONIA

Neles, o Espírito atua sobre os órgãos dapalavra. Geralmente se exprime sem ter consciênciado que diz e muitas vezes diz coisas completamenteestranhas às suas idéias habituais, aos seusconhecimentos e, até, fora do alcance de suainteligência. Embora se ache perfeitamenteacordado e em estado normal, raramente guardalembrança do que diz. Alguns há que têm a intuiçãodo que dizem, no momento mesmo em quepronunciam as palavras. Na mediunidade intuitiva,também denominada natural, o médium expõecom suas próprias palavras o que a espiritualidadequer revelar.

3) VIDENTES

São dotados da faculdade de ver os Espíritos.Alguns gozam dessa faculdade em estado normal,quando perfeitamente acordados, e conservamlembrança precisa do que viram. Outros só apossuem em estado sonambúlico, ou próximo dosonambulismo. Raro é que esta faculdade se mostrepermanente; quase sempre é efeito de uma crisepassageira. Tanto vêem com os olhos fechados,como com os olhos abertos. Cumpre distinguir asaparições acidentais e espontâneas da faculdade

propriamente dita de ver os Espíritos. A faculdadeconsiste na possibilidade, se não permanente, pelomenos muito freqüente de ver qualquer Espíritoque se apresente, ainda que seja absolutamenteestranho ao vidente.

4) SONAMBÚLICOS

Age sob a influência do seu próprio Espírito; ésua alma que, nos momentos de emancipação, vê,ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. Oque ele externa tira-o de si mesmo; numa palavra,ele vive antecipadamente a vida dos Espíritos.Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente osEspíritos e os descrevem com tanta precisão, comoos médiuns videntes.

Sócrates (470-399 a.C.)O filosofo grego tinha um guiaespiritual denominado«Daemon», que o acompanhoudesde a sua infância, conformecomenta: «Graças ao favorceleste, sou acompanhado porum ser quase divino, cuja vozme desaconselha algumasvezes de empreender qualquercoisa, mas jamais me obriga aexecutar tal ou qual ação». (83)

EctoplasmaSubstância de origem

psíquica, que emana docorpo do médium de

efeitos físicos. Por meiodesta substância, osEspíritos operam no

mundo material.Sem ela não há

mecanismos paraentrelaçar o plano físico e

espiritual.

Os médiunscuradores,

sãoclassificados

comomédiuns de

efeitosfísicos.

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5) ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS

Os que têm a faculdade de escrever por simesmos sob a influência dos Espíritos. Para estamediunidade devem tender todos os esforços,porquanto permite que se estabeleçam, com osEspíritos, relações tão continuadas e regulares. Épor ele que os Espíritos revelam melhor suanatureza e o grau do seu aperfeiçoamento, ou dasua inferioridade. Eles nos revelam seus maisíntimos pensamentos e nos facultam julgá-los. Afaculdade de escrever é, além disso, a mais suscetível

Francisco Cândido Xavier(Chico Xavier)

Considerado a maior antena entre osdois planos da vida (material eespiritual), Chico Xavier recebeu aseguinte orientação de Emannuel, seumentor espiritual:–– Está mesmo disposto a trabalhar namediunidade com Jesus?–– Sim, se os bons espíritos não meabandonarem.–– Você não será desamparado, mas,para isso é preciso que trabalhe, estudee se esforce no bem.–– O senhor acha que estou emcondições de aceitar o compromisso?–– Perfeitamente, desde que respeite ostrês pontos básicos para o serviço.Diante do silêncio do desconhecido,Chico indagou:–– Qual o primeiro ponto?–– Disciplina.–– E o segundo?–– Disciplina.

–– E o terceiro?–– Disciplina. (85)

Vejamos agora outra importanteorientação sobre a mediunidade:«Lembro-me de que num dos primeiroscontatos comigo, ele me preveniu quepretendia trabalhar ao meu lado, porlongo tempo, mas que eu deveria, acimade tudo, procurar os ensinamentos deJesus e as lições de Allan Kardec edisse mais, que, se um dia, ele,Emmanuel, algo me aconselhasse quenão estivesse de acordo com aspalavras de Jesus e Kardec, que eudeveria permanecer com Jesus eKardec, procurando esquecê-lo». (86)

Foi este o caminho que Chico Xavieradotou, com uma vida dedicada aoserviço, renúncia e caridade.Chico, com centenas de livrospsicografados do além, tornou-se pelasua mediunidade cristã, o maiormédium de todos os tempos.

Os médiuns pintoresrealizam telas dos

mais célebresartistas com uma

velocidadesurpreendente e com

a técnicacaracterística do

pintor.

A pintura mediúnica, ou pintura dosEspíritos, definida por Allan Kardecpara os portadores desta faculdadecomo aqueles que «desenham ou

pintam por influência dos Espíritos.»Ressaltando que só pode ser chamado demédium pintor «aquele que obtémproduções sérias». (87)

CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7CAPÍTULO 7

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Mensagem especular escrita pelo Espírito LéonDenis através do médium Divaldo Franco, emoutubro de 2004, durante o 4

o Congresso EspíritaMundial, em Paris.

Psicografia Especular, lida ao espelho(ver imagem ao lado), é uma variante dapsicografia.

Transcomunicação Instrumental –– TCITermo criado pelo Prof. Ernest Senkowski, para designar acomunicação com os Espíritos através do uso de aparelhos eletrônicos.Em 1927 o famoso inventor americano Thomas Edison declarou estarinvestigando um aparelho que lhe permitisse estabelecer contato com ooutro mundo. Só em 1959 se obtiveram os primeiros resultados,quando Friedrich Jurgenson gravou acidentalmente as primeiras vozesde Espíritos. Diversos investigadores passaram a estudar os fenômenoscomo o professor Konstantin Raudive conseguindo gravar mais de 72mil frases de Espíritos. A transcomunicação é hoje uma realidade,mesmo que em estado experimental, continua sendo estudada emdiversos países, principalmente na Europa e no Brasil.

de desenvolver-se pelo exercício.Os psicógrafos se dividem em três classes:a) Mecânicos, não têm a menor consciência

do que escrevem. Quando atua diretamente sobrea mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todoindependente da vontade deste último. Ela se movesem interrupção. Pode, pois, o Espírito exprimirdiretamente suas idéias, quer movimentando umobjeto, quer a própria mão.

b) Semimecânicos, sentem que à sua mãouma impulsão é dada, mau grado seu, mas, aomesmo tempo, tem consciência do que escreve, àmedida que as palavras se formam. Nos mecânicoso pensamento vem depois do ato da escrita; nosintuitivos, precede-o; no semimecânicos,acompanha-os. São os mais numerosos.

c) Intuitivos, têm consciência do queescrevem. Agem como o faria um intérprete; paratransmitir o pensamento, precisam compreendê--lo, apropriar-se dele, para traduzi-lo fielmente.Existem outras variedades de médiuns queaconselhamos estudá-las em O Livro dos Médiuns,no capítulo que trata da sua classificação.

Reconhecimento a Allan KardecTradução –– No mesmo ano em que NapoleãoBonaparte foi consagrado Imperador dosfranceses, Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceuem Lyon, a 3 de outubro de 1804. Transferido dafogueira de Constança, em 6 de julho de 1415,para os dias gloriosos da intelectualidade de Paris,Kardec dedicou-se ao apostolado da Doutrinaensinada e pregada por Jesus. Sua vida e sua obratestemunham sua grandeza –– Missionário daVerdade! Nós, os beneficiários da tua sabedoria,agradecemos, emocionados, e pedimoshumildemente: ora por nós, tu que já estás no reinodos céus! Léon Denis (88)

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MoisésA Proibição de

or que Moisés proibiu ao povo judeu acomunicação com o plano espiritual?

A proibição feita por Moisés na Bíblia

Sagrada, Deuteronômio e Levítico, serviu comoargumento de algumas seitas para con-

denar a prática mediúnica.Ao analisar com profundidade observaremos

ao que estava se referindo Moisés.Em primeiro lugar, se a comunicação com os

Espíritos foi proibida, é porque esta era possível,e se a lei moisaica deve ser tão rigorosamenteobservada neste ponto, forçoso é que o sejaigualmente em todos os outros.

Por que seria ela boa no tocante às evocações emá em outras de suas partes? É preciso serconseqüente. Desde que se reconhece que a leimoisaica não está mais de acordo com a nossaépoca e costumes em dados casos, como apedrejara mulher adúltera, a mesma razão procede para aproibição de que tratamos. Demais, é precisoentender os motivos que justificavam essa proibiçãoe que hoje se anularam completamente.

O legislador hebreu queria que o seu povoabandonasse todos os costumes adquiridos noEgito, onde as evocações estavam em uso efacilitavam abusos. O intercâmbio era grosseiro eprejudicial.

Moisés (séculos XIV–XIII a.C.)Foi sem dúvidas um grandemédium da época, proibiu a

mediunidade pelo mal uso quedela era feito.

Nesse tempo as evocações tinham por fim aadivinhação, ao mesmo tempo em que constituíamcomércio, associadas às práticas da magia e dosortilégio, acompanhadas até de sacrifícios humanos.Moisés tinha razão, portanto, proibindo tais coisas.Mas hoje, a razão predomina, ao mesmo tempoem que o Espiritismo veio mostrar o fimexclusivamente moral, consolador e religioso dasrelações com o além-túmulo.

O próprio Moisés, que proibiu aoshebreus a comunicação com os Espíritos,mil quatrocentos anos depois seapresentaria a Jesus no Monte Tabordurante a transfiguração, junto com Eliase nessa oportunidade conversam amboscom o Mestre.Desta comunicação pode deduzir-se quea proibição tinha cessado.

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«Todos os homens são médiuns, todostêm um Espírito que os dirige para obem, quando sabem escutá-lo. Agora,que uns se comuniquem diretamentecom ele, valendo-se de umamediunidade especial, que outros nãoo escutem senão com o coração e coma inteligência, pouco importa: não deixade ser um Espírito familiar quem osaconselha.Chamai-lhe espírito, razão, inteligência,é sempre uma voz que responde à

«A verdade é que o Espiritismo condenatudo que motivou a interdição deMoisés; (...) Uma vez, porém, que osespíritas não oferecem sacrifícios, nãointerrogam aos adivinhos, não usaminsígnias, nem talismãs. (...) Repelir ascomunicações de além-túmulo érepudiar o meio mais poderoso deinstruir-se, já pela iniciação nosconhecimentos da vida futura, já pelosexemplos que tais comunicações nosfornecem.» (89)

Conseqüênciasprática da mediunidade no Espiritismonão tem como meta somente aprodução de fenômenos físicos,destinados a despertar os incrédulos, oucurar enfermidades carnais e espirituais.

As atividades curativas, além de demonstrarem aação da Misericórdia Divina, servem ainda paraalertar o ser humano de que ele é algo mais do quesimples matéria.

Deve despertá-lo para o real sentido da vida,provocando-lhe uma conseqüência de ordemmoral. Frente ao mundo terreno, repleto deinteresses imediatistas, o homem busca suafelicidade afogando-se nas ilusões provocadas pelasimples matéria.

Perde-se em paixões transitórias, não atentandopara o nobre ideal da vida, que é o aprendizado e

o progresso do Espírito como criatura imortal. Amediunidade é um meio pelo qual os Espíritossuperiores apresentam novos conceitos ehorizontes mais amplos às pessoas. Isso lhes renovao ânimo e as esperanças em relação ao futuro.

O contato com o mundo espiritual, através damediunidade, nos mostra que, pela ação da Lei deCausa e Efeito, colhemos tudo aquilo queplantamos.

Que uma vida egoísta e orgulhosa só conduzao sofrimento, ao passo que uma conduta pautadanas orientações do Evangelho encaminha-nos paraum estado de equilíbrio e à verdadeira felicidade.

vossa alma, pronunciando boaspalavras.Apenas, nem sempre ascompreendeis. (...) Escutai essa vozinterior, esse bom gênio, queincessantemente vos fala, e chegareisprogressivamente a ouvir o vosso anjoguardião, que do alto dos céus vosestende as mãos. Repito: a voz íntimaque fala ao coração é a dos bonsEspíritos e é deste ponto de vista quetodos os homens são médiuns.» (90)

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1. Complete as frases:

a) Influem os Espíritos em nossos ........................................................ e em nossos ....................................................

b) Os bons Espíritos nunca ..................................................., deixam que o façam aqueles que lhes tomam olugar.

c) O bom médium é aquele que é simpático ................................................................................................................

d) A mediunidade é uma ........................................................... independente das condições morais do indivíduo.

e) Um dos maiores escolhos da mediunidade é .......................................................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... É sempre de dentro de simesmos que os homens de gêniotiram suas idéias.

b) ..... Os Espíritos podem ver tudoo que fazemos.

c) ..... Moisés proibiu o Espiritismoao povo hebreu.

d) ..... Existem médiuns de efeitosfísicos e de efeitos intelectuais.

e) ..... Os Espíritos conhecemos nossos mais secretospensamentos.

3. Responda:

a) A quem deve aplicar-se o termo médium?

................................................................................................................

b) Por que Moisés proibiu ao povo judeu a mediunidade?

................................................................................................................

c) Quais são as três graduações dos Espíritos protetores?

................................................................................................................

d) Quais são as três condições para a mediunidade?

................................................................................................................

e) Quais são as classes de médiuns psicógrafos?

................................................................................................................

2. Relacione:

a) Vidência ..... Transmite a comunicação pela escrita.b) Psicofonia ..... Capacidade para captar imagens.c) Psicografia ..... Faculdade de curar enfermidades.d) Sonambulismo ..... Transmite a comunicação pela palavra.e) Cura ..... Age sob a influência do seu próprio Espírito.

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Atividades

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Francisco Cândido Xavier.Da obra: Luz no lar.Ditado pelo Espírito Scheilla.Editora FEB.

EspiritualMensagem

rganizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Laré o coração do organismo social.

Em casa, começa nossa missão no mundo.

Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.

Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimentodaquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.

Fujamos à frustação espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublimecultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedourae demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelomundo.

Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a RevelaçãoDivina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque,segundo a promesssa do Evangelho Redentor, «onde estiverem dois ou trêscorações em Seu Nome», aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à LuzCelestial, hoje, amanhã e sempre.

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s Espíritos imperfeitos sãoinstrumentos próprios a pôrem prova a fé e a constânciados homens na prática dobem. Como Espírito que és,

tens que progredir na ciência doinfinito. Daí o passares pelas provasdo mal, para chegares ao bem. Amissão dos Espíritos superioresconsiste em colocar-nos no bomcaminho. Desde que sobre nós atuaminfluências más, é que as atraímos,desejando o mal; porquanto osEspíritos inferiores correm a auxiliar--nos no mal, logo que desejemospraticá-lo. Só quando queremos omal, podem eles ajudar-nos para aprática do mal. Se formos propensosao assassínio, teremos em torno denós uma nuvem de Espíritos a nos alimentaremno íntimo esse pendor. Mas, outros também noscercarão, esforçando-se por nos influenciarem parao bem o que restabelece o equilíbrio da balança enos deixa senhor dos nossos atos.

472. Os Espíritos que procuram atrair-nospara o mal se limitam a aproveitar ascircunstâncias em que nos achamos, ou podemtambém criá-las?

«Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas

ElementaresNoções

Os médiuns tambémpodem sofrer obsessão.

Kardec classificou estaintervenção em três níveis.

também costumam criá-las, impelindo-vos, maugrado vosso, para aquilo que cobiçais. Assim, porexemplo, encontra um homem, no seu caminho,certa quantia. Não penses tenham sido os Espíritosque a trouxeram para ali. Mas, eles podem inspirarao homem a idéia de tomar aquela direção esugerir-lhe depois a de se apoderar da importânciaachada, enquanto outros lhe sugerem a de restituiro dinheiro ao seu legítimo dono. O mesmo se dácom relação a todas as demais tentações.»

A pessoa tem consciência de que nãoobtém nada bom, não fazendo caso dainfluência do Espírito; este, cansado denão ser ouvido, se retira.

O Espírito que lhe domina, apodera-seda sua confiança até paralisar seupróprio juízo e fazer-lhe encontrarsublimes as comunicações maisabsurdas. O obsidiado não temconsciência do que acontece.

Chega-se a sofrer uma dominaçãotamanha, que o Espírito pode levar-lheàs mais ridículas e comprometedorasdeterminações. Às vezes há umdomínio corporal.

AObsessãoSimples

AFascinação

ASubjugação

«O vocábulo possesso, na sua acepção vulgar, supõe aexistência de demônios, isto é, de uma categoria de seres mauspor natureza, é a coabitação de um desses seres com a alma deum indivíduo, no seu corpo. Pois que, nesse sentido, não hádemônios e que dois Espíritos não podem habitarsimultaneamente o mesmo corpo, não há possessos naconformidade da idéia a que esta palavra se acha associada.O termo possesso só se deve admitir como exprimindo adependência absoluta em que uma alma pode achar-se comrelação a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.» (91)

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468. Renunciam àssuas tentativas osEspíritos cujainfluência a vontadedo homem repele?«Que querias quefizessem? Quando nadaconseguem, abandonamo campo. Entretanto,ficam à espreita de ummomento propício, comoo gato que tocaia o rato.»

Obsessão?O que é a

473. Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporalde uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e obrarem lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?«O Espírito não entra em um corpo como entras numa casa. Identifica-se comum Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que osseus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quematua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito nãopode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecerligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material.»475. Pode alguém por si mesmo afastar os maus Espíritos e libertar--se da dominação deles?«Sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se a um jugo, desde quecom vontade firme o queira.»

obsessão é uma enfermidade de ordempsíquica e espiritual, que consiste numconstrangimento das atividades de umEspírito pela ação de um outro. Ainfluência maléfica de um Espírito

obsessor pode afetar a vida mental de uma pessoa,alterando suas emoções e raciocínios, chegando atémesmo a atingir seu corpo físico. A influênciaespiritual só é qualificada como obsessão quandose observa uma perturbação constante. Se ainfluência verificada é apenas esporádica, ela nãose caracterizará como uma obsessão.

Somente os Espíritos maus e imperfeitosprovocam obsessões?

Sim, interferindo na vontade do indivíduo,fazendo com que ele tenha ações contrárias ao seudesejo natural.

A obsessão só se instala na mente do pacientequando o obsessor encontra fraquezas morais quepossam ser exploradas. São pontos fracos que,naturalmente, todos nós temos, pela imperfeiçãoque nos caracteriza. Deste modo, conclui-se quetodos estamos sujeitos à obsessão.

469. Por que meio podemos neutralizar a influência dosmaus Espíritos?«Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança,repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o impérioque desejem ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dosEspíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram adiscórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más.Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois queesses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, naoração dominical, vos ensinou a dizer: Senhor! não nos deixes cairem tentação, mas livrai-nos do mal.»

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A obsessão, como todas asenfermidades, pode ser curada através detratamentos especializados. Para se trataressa enfermidade espiritual, sãonecessários alguns procedimentosterapêuticos:

a) Conscientização –– Deve-seconscientizar o paciente da situação deenfermo em que se encontra, paraque, com sua força de vontade, possaajudar-se na cura.

b) Reeducação –– É preciso orientar oassistido sobre a necessidade demelhoria de sua conduta na vida diária.Que se esforce para evitar os víciosmais grosseiros e que procurecontrolar suas más tendências.

c) Evangelização –– Enfatizar sempreao enfermo a necessidade de observaros ensinos morais do Evangelho deJesus, roteiro seguro para libertaçãodos males do Espírito. Orientar anecessidade da freqüência regular àcasa espírita, até que sua enfermidade

seja curada ou esteja sob controle.d) Dialogo com o obsessor –– Orientar

moralmente o Espírito obsessor nasreuniões mediúnicas, evocando-o emmédiuns preparados para esta tarefa.

e) Reequilíbrio familiar –– Sempre quepossível, a equipe responsável pelotratamento do enfermo deverá orientarmoralmente sua família que, em muitoscasos, está envolvida direta ouindiretamente na problemáticaobsessiva.

f) Tratamento médico –– Nos casos emque o processo obsessivo apresentar-secom grave comprometimento psíquico, opaciente deverá receber assistência deum profissional habilitado, que lheadministrará medicação se necessária.

g) Ascendência moral –– Para seconseguir bons resultados nas tarefas dedesobsessão, é preciso que a equipe deatendimento tenha ascendência moralsobre o Espírito obsessor e isso só épossível cultivando uma vida moralsadia.

Como agem os obsessores?O Espírito obsessor, conhecendo as fraquezas

morais do enfermo, vai aos poucos obtendo acessoà sua área mental, chegando em alguns casos adominá-lo. Se a obsessão se intensificar, e não fortratada espiritualmente em tempo hábil, ocorreráum aumento de afinidade fluídica entre obsessor eobsidiado, o que poderá acarretar no agravamentoda enfermidade.

479. A prece é meio eficientepara a cura da obsessão?«A prece é em tudo um poderosoauxílio. Mas, crede que não basta quealguém murmure algumas palavras,para que obtenha o que deseja. Deusassiste os que obram, não os que selimitam a pedir. É, pois, indispensávelque o obsidiado faça, por sua parte, oque se torne necessário para destruirem si mesmo a causa da atração dosmaus Espíritos.»

Às pessoas que seencontram dentro deum tratamento dedesobsessão érecomendável quefreqüentem um CentroEspírita, pelo menosaté que a sua obsessãoesteja sob controle.

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«Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe sãoinerentes constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritosmais se afligem pelos nossos males devidos a causas de ordem moral, doque pelos nossos sofrimentos físicos, todos passageiros.Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossasidéias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas pueris das crianças.Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos asconsideram como a crise ocasional de que resultará a salvação do doente.Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos deum amigo. Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo,os apreciam de um modo diverso do nosso. Então, ao passo que os bonsnos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro, os outros nos impelemao desespero, objetivando comprometer-nos.» (93)

Causasasicamente tem quatro causas:

a) As causas morais.

São aquelas provocadas pela máconduta do indivíduo na vida cotidiana.Ao andarmos de mal com a vida e com

as pessoas, estaremos sintonizando nossospensamentos com os Espíritos inferiores e atraindo--os para perto de nós. Desse intercâmbio deinfluências poderá nascer uma obsessão. Víciosmundanos como o cigarro, a bebida em excesso,o cultivo do orgulho, do egoísmo, da maledicência,da violência, da sensualidade doentia e da luxúriapoderão ligar-nos a entidades espirituais infelizes.

b) As causas relativas ao passado.

São aquelas provenientes do processo deevolução a que todos os Espíritos estão sujeitos.Nas suas experiências reencarnatórias, porignorância ou livre-arbítrio, uma entidade podecometer faltas graves em prejuízo do próximo.Se a desavença entre eles gerar ódio, odesentendimento poderá perdurar por encarnaçõesa fio, despontando nos desafetos, brigas, desejosde vingança e perseguição. Casos assim podem darorigem a processos obsessivos tenazes.Desencarnados, malfeitor e vítima continuam aalimentar os sentimentos de rancor de um paracom o outro.

c) As contaminações espirituais.

Geralmente acontecem quando uma pessoafreqüenta ou simplesmente passa por ambientesonde predomina a influência de Espíritos inferiores.

B

Seitas estranhas, onde o ritualismo e o misticismose fazem presentes; terreiros primitivos, onde sepratica a magia negra; benzedeiras e mesmocentros espíritas mal orientados são focos ondepodem aparecer contaminações obsessivas.Espíritos atrasados, ligados ao lugar onde a pessoafreqüentou ou visitou, envolvem-se na sua vidamental, prejudicando-a.

d) Causas anímicas ou auto-obsessão.

São causadas por uma influência mórbidaresidente na mente do próprio paciente. Por causade vícios de comportamento, ele cultiva de formadoentia pensamentos que causam desequilíbrio emsua área emocional. Muitas tendências auto--obsessivas são provenientes de experiênciasinfelizes ligadas às vidas passadas do enfermo.Angústia, depressão, mania de perseguição oucarências inexplicadas podem fazer parte deprocessos auto-obsessivos.

«Os bons Espíritossimpatizam com oshomens de bem, oususcetíveis de semelhorarem. OsEspíritos inferiores comos homens viciosos, ouque podem tornar-setais. Daí suas afeições,como conseqüência daconformidade dossentimentos.» (92)

da Obsessão

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palavra passe de origem latina,significa passar, isto é levar de umlugar a outro.

O passe magnético ou imposiçãode mãos define-se como uma

transfusão biopsicoenergética, um ato desocorro fraterno, pelo qual existe uma doaçãodo magnetismo pessoal do doador para como paciente ou receptor, com a finalidade deequilibrar e restabelecer a saúde, no qual seconjugam energias do ser humano e de seuambiente natural. Qualquer pessoa pode aplicaro passe e de fato, todos os seres humanos ofazemos constantemente ainda que sem dar--nos conta de isso, como ao dar uma caríciaou um abraço.

Os fluidos curativos são absorvidos pelaspessoas com necessidades por intermédio doscentros vitais, conhecidos na Índia comochakras, que são acumuladores e distribuidoresde energias, localizadas no perispírito.

Estão assim explicadas, teoricamente, ascuras realizadas por Jesus e pelos curadores detodos os tempos.

Quem é o passista?O passista é aquele que ministra o passe. Ser

um passista espírita é uma tarefa de granderesponsabilidade, pois se trata de ajudar e abençoaras pessoas em nome de Deus. Pessoas carentes e

Passe?O que é o

O passe magnético outransfusão biopsicoenergéticaé uma prática comum entre osespíritas. Antes de dedicar-seàs pesquisas dos fenômenosmediúnicos que antecederamo surgimento do Espiritismo,Allan Kardec foi estudioso epraticante do magnetismo.No início de seus contatoscom o mundo dos Espíritos,

sedentas de melhoria, procuram no centro espíritao recurso do passe como forma de alívio daspressões psicológicas e sustentação para suas forçasmorais e físicas.

O passe, prática do bem aopróximo, foi empregado por Jesus e

difundido pelos seus seguidores.

através da mediunidade damenina Ruth Japhet, o EspíritoHahnemann, Pai daHomeopatia, assim como outros,mantiveram com ele contatosocasionais, instruindo-o.O mestre de Lyon tinha, entreseus colaboradores, diversosadeptos do magnetismo devárias escolas e muito se discutiasobre as suas aplicações.

CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8

A

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Benefícios do Passe Espírita

Todo espírita praticante, que nãosimplesmente se deteve na teoria,conhece a importância do passeespírita como poderoso recursorestaurador do equilíbrio psicofísico,eficiente nos mais variados casos.Já compreendeu e experimentouque neste procedimento deinteratividade magnético mental--emocional, não só existe o impulsobiopsicoenergético do médium,como também o de competentesEspíritos qualificados e

Que recomendações podem ser dadas aosaspirantes a passistas?

O passista não precisa ser um santo, masnecessita esforçar-se na melhoria íntima e noaprendizado intelectual, deve procurar viver umavida sadia, tanto física quanto moralmente paraoferecer um bom serviço.

O uso do cigarro e da bebida devem serevitados, nem consumir alimentos em demasia,pricipalmente no dia do passe.

Como o passista doa de si uma parte dosfluidos que vão fortalecer o lado material e espiritualdo necessitado, esses fluidos precisam estar limposde vibrações deletérias oriundas de vícios.

No aspecto mental, o passista deve cultivar bonspensamentos no seu dia-a-dia.

O orgulho, o egoísmo, a maledicência, asensualidade exagerada e a violência nas atitudes

devem ser combatidos constantemente.A Espiritualidade superior associa equipes de

Benfeitores aos trabalhadores que se esforçam,multiplicando-lhes a capacidade de serviço.

A fé racional e a certeza no amparo dos bonsEspíritos são sentimentos que devem estar presentesno coração de todos os passistas.

É fundamental no trabalho de passe, doar-secom sinceridade à tarefa sob sua responsabilidade,vendo em todo sofredor uma alma carente deamparo e orientação.

O passista não deve ter preferência por quemquer que seja. Seu auxílio deve ser igualmentedistribuído a todas as criaturas.

As elevadas condições morais do passista sãofundamentais para que ele consiga obter umresultado satisfatório no serviço do passe.

comprometidos com a prática dobem, assumindo com naturalidadejunto ao médium o papel que cabe atodo ser de boa vontade em cooperarna grande obra divina.Nesses preciosos momentos,pequenas maravilhas acontecem edelas conseguem desfrutar os queforam e continuam sendobeneficiados, tanto na condição dedoadores, como na de receptoresdessas benéficas energias físicas eespirituais. (94)

«Fé, amor aopróximo, disciplina,vontade,conhecimento,equilíbrio psíquico,humildade, devoçãoe abnegação sãoalgumas dascondições básicaspara o exercício dopasse espírita». (95)

Samuel HahnemannO «Apóstolo da Medicina

Espiritual» foi chamado «Pai daHomeopatia». A homeopatia é a

prática médica de curar ossemelhantes com os semelhantes

(do grego homois=similares ousemelhantes e pathos=doenças).

Os princípios homeopáticosmantêm similitude com os

benefícios do passe e da águafluidificada.

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s passes podem ser classi-ficados em três categorias:

Passe magnético – Éo tipo de passe em que apessoa doa apenas seus

fluidos, utilizando a forçamagnética existente no própriocorpo espiritual. Pelo menos emtese, qualquer criatura podeministrá-lo. Suas qualidades variamsegundo a condição moral dopassista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejosincero de amparar o próximo. No passemagnético, geralmente se recebe assistênciaespiritual. Como vimos, isso acontece porque osEspíritos superiores sempre ajudam aqueles que,imbuídos de boa vontade, atendem aos maiscarentes.

Passe espiritual – É uma espécie demagnetização feita pelos bons Espíritos, semintermediários, diretamente no perispírito daspessoas enfermas ou perturbadas. No passeespiritual o necessitado não recebe fluidosmagnéticos de médiuns, mas outros, mais finos epuros, trazidos dos planos superiores da Vida peloEspírito que veio assisti-lo. Pelo fato de não estarmisturado ao fluido animalizado, o passe espiritualé bem mais limitado que as outras modalidadesde passes. Com isso, pode-se compreender os

PasseTipos de

«Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreveuma metodologia para o passe. Cada grupo é livrepara se posicionar de um modo ou de outro,desde que sem exageros.O que é preciso levar em conta, é que nenhumadas duas formas de aplicar o passe surtirá efeito,se o médium não tiver dentro de si a vontade deajudar e condições morais salutares paraconcretizá-la. Mesmo que se aplique a melhormetodologia, não se conseguirão bons resultadosse o passista for pessoa de má índole.» (97)

recursos oferecidos nas reuniões públicas deEspiritismo.

Passe magnético-espiritual ou misto – Éuma modalidade de passe onde se misturam osfluidos do passista com os dos bons Espíritos. Acombinação é muito maior do que no passemagnético, e seus efeitos bem mais salutares.Geralmente, é este o tipo de passe aplicado noscentros espíritas.

«O Espiritismo e o magnetismonos dão a chave de uma

imensidade de fenômenossobre os quais a ignorância

teceu um sem-número defábulas, em que os fatos se

apresentam exagerados pelaimaginação.» (96)

CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8

O

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Procedimentosomo aplicar o passe?

A terapia do passe como recursonatural que é, deve ser praticada comsimplicidade, sem dramatizações, nemgestos remanescentes ao ritual, simpli-

cidade é garantia de seriedade.O tempo de cada aplicação não deve estender-

-se demasiado; pode oscilar entre 1 a 5 minutos,conforme o caso.

O paciente sob prescrição médica devecontinuar seu tratamento até que o médico indiqueo seu término; o magnetizador não compete como médico nem o substitui, pelo contrário, podeajudar positivamente atuando nos efeitos dosmedicamentos.

Cura a distânciaO poder desta energia benéficaemanada pelo médium de cura nãose sente afetada pela distância. Emcerto experimento, o Dr. Miller pediuà Dra. Worral que visualizasse porcinco minutos, o crescimento de umaplanta localizada a 600 milhas dedistância. A planta estava conectadaa um aparelho desenvolvido peloMinistério de Agricultura Americanopara medir índices de crescimentodas plantas. A taxa de crescimentoque mostrou a planta em questão

Acelerando o crescimento e a mobilidade de bactérias

estava estabilizada em 0,00625polegadas por hora. Às 9 horas danoite, quando a Dra. Worral começoua emitir energia, o registro do traçadopassou a marcar um crescimento eaté as 8 horas da manhã seguinte aplanta manifestou um crescimento de830% maior que o esperado.A conclusão dos pesquisadores foique a energia emitida pelo sensitivopode produzir manifestações visíveisno mundo físico, mesmo que sejamgeradas a distância. (98)

Como deve iniciar-se o passe?Durante vários minutos prévios à aplicação do

passe, o passista deve concentrar-se, afastando dasua mente idéias estranhas à tarefa que está porrealizar, concentrando-se unicamente no firmedesejo de oferecer amor e ajuda ao paciente.

Fotos KirlianFotografia que registraas cores da aura,campos energéticos queenvolvem todos osmateriais e aos seresanimados.Depois do passe, ascores da nossa aura,tendem a obter umaforma harmoniosa.

curadores Dr. Alex Tanous e Dra.Olga Worrall.Experimentos comprovaram quea imposição das mãos sobrecultivos de bactérias acelerou seucrescimento e mobilidade, aindacom a presença de inibidores decrescimento como a tetraciclina ecloranfenicol ou inibidores demovimento como o fenol. (99)

Entre inúmeros experimentosrealizados com enzimas,hemoglobina, bactérias,fungos, plantas, água, etc., valea pena mencionar os do Dr.Robert Miller, engenheiroquímico, e os da Dra. ElizabethRauscher, especialista emMedicina Nuclear.Ambos trabalharam com os

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Os Centros de Força ou«Chakras»A Codificação Espírita nãomenciona os centros de força,embora, o Espírito André Luiz osmencione nos seus livros.A teoria dos «Chakras», palavra deorigem no sânscrito, nasceu naÍndia, e refere-se aos «vórtices» oucentros de energia do perispírito,que se encontram nos plexos docorpo.

O passe é uma transfusãodas energias universais,seja entre desencarnadosou encarnados. Elege-sepor ser um valoroso auxiliara ser utilizado notratamento de doenças alongo prazo; em crisesbruscas e repentinas de dore no combate às chamadas«doenças fantasmas».(100)

A solicitude da Assistência Espiritual

Se bem o passe esteja baseado na exteriorizaçãoda força magnética do homem, nunca devedispensar-se a participação dos amigos espirituais,entidades amorosas e sábias que desejam somar--se no processo de cura. Sendo conveniente que opassista ore ao Alto, solicitando proteção ecolaboração.

Receberá eflúvios benévolos das fontes purasda espiritualidade superior, atuando comoacumulador, transformador e distribuidor deenergias para com o assistido. Importantíssimo émanter-se em sintonia com os amigos espirituais,que nos inspiram e sugerem idéias positivas sobreo tratamento e somarão ao mesmo, seus própriosrecursos magnéticos.

Onde devem aplicar-se os passes?

É recomendável um local específico, queofereça um bom ambiente mental e espiritual.

Se bem pode dar-se em qualquer lugar e horário,convém que a sua aplicação seja em dias e horasdeterminadas dentro da Casa Espírita, para umaboa coordenação entre os passista e os trabalhosdo Centro Espírita.

O passe, por ser um ato deamor e solidariedade, deveser dado sem esperarretribuição alguma, o quevale dizer, simplesmentepelo desejo de ajudar.Adicionalmente o passe éessencial nos tratamentosde desobsessão, poisequilibra o paciente dasinfluências de Espíritosperturbadores.

«A mudança daspropriedades da água

por obra da vontade dosEspíritos, produzida

por meio do fluidomagnético, realizando

um fenômenoanálogo com os fluidos

do organismo tendoefeito curativo.» (101)

CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8

As pessoas querecebem passes

devem permanecerem estado de

tranqüilidade e com amente colocada em

pensamentospositivos, fazendo umaprece. Esta disposição

mental ajudará naabsorção do fluido

magnético.

Têm sido estudados na Índiaprincipalmente e identificados comoos receptores de energia vital denosso organismo.Ligados aos plexos nervosos, os sete“chakras” são: Coronário, Frontal,Laríngeo, Cardíaco, Solar, Esplênicoe Genésico ou “Kundalíneo”.Ao tomar um passe, estes centros serevitalizam e por conseqüênciaexiste uma melhora em quem osrecebe.

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FluidificadaÁgua

passe pode ser complementado com aágua fluidificada ou magnetizada, a qualé energetizada pelos amigos espirituais.Ela é de grande valor, mesmo nos casosem que não se dispõe de passistas.

A água fluidificada tem tido ótimos resultadosnos tratamentos de ajuda espiritual, motivo peloqual é aconselhada pelos Espíritos superiores, sendoeles mesmos que a fluidificam ou magnetizamdepois da nossa prece, por isso, pode ser utilizadacomo medicamento.

No livro O Consolador, o Espírito Emmanuelafirma: «a água pode ser fluidificada, de modogeral, em benefício de todos; todavia, pode sê-loem caráter particular para determinado enfermo,e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoale exclusivo».

A água energetizada ou fluidificada, ao seringerida, é assimilada pelo organismo, que absorveas quintessências (matéria da dimensão espiritual)que atuarão no periespírito, semelhante ao remédiohomeopático.

O trabalho do pesquisador japonês Masaru Emoto(foto) é surpreendente. Durante 8 anos, ele e a suaequipe, cristalizaram e fotografaram moléculas deágua em várias partes do mundo.As mostras foram extraídas dos rios, lagos, chuva,neve e submetidas às vibrações de pensamentos,sentimentos, palavras, idéias e músicas. O maisadmirável é que foi possível registrar em imagens areação das moléculas de água a esses estímulos,tanto os considerados positivos como os negativos.

Imagens das moléculas de água cristalizadas e fotografadas com aparelhossofisticados e rigor científico, pelo professor Masaru Emoto, quem submeteu a águaa música, palavras faladas, escritura, preces e os mais variados tipos de sentimentos.(Fotos de esquerda para direita: Adolph Hitler, Molécula do Rio Shimanto, Fonte deLourdes e Moléculas ao compasso de Bach.)

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1. Complete as frases:

a) Somente os Espíritos maus e imperfeitos provocam .....................................................................................................

b) O passe, por ser um ato de ............................................................ e ......................................................................deve ser dado sem esperar retribuição alguma.

c) O passe foi empregado por Jesus e difundido pelos .............................................................................................

d) Existem três tipos de passes: ............................................. , ......................................... e ............................................

e) A água fluidificada tem tido ótimos resultados nos tratamentos de ..................................................................

4. Verdadeiro ou Falso:

a) ..... A prece é meio eficiente para acura da obsessão.

b) ..... A influência maléfica de umEspírito obsessor pode afetar avida mental de uma pessoa.

c) ..... A evocação é um remédioterapêutico para a cura da obsessão.

d) ..... A Doutrina Espírita nãoprescreve uma metodologia para opasse.

e) ..... O passe surtirá efeito mesmo seo médium não tiver a vontade deajudar.

3. Responda:

a) Quais são os três níveis de obsessão?

......................................................................................................................................

b) Que espécie de enfermidade é a obsessão?

......................................................................................................................................

c) Quem é o passista?

......................................................................................................................................

d) Por que meio podemos neutralizar a influência dos mausEspíritos?

......................................................................................................................................

e) Quais são as principais causas da obsessão?

......................................................................................................................................

2. Relacione:

a) Obsessão simples ..... Imposição de mãos.b) Água Fluidificada ..... Nível mais suave de obsessão.c) Fascinação ..... Auxiliar dos passes.d) Passes ..... Império total do Espírito.e) Subjugação ..... O obsidiado tem seu livre-arbítrio paralisado.

CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8CAPÍTULO 8

Atividades

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(Mensagem recebida por via psicofônica, pelomédium Divaldo Pereira Franco, com a qual seencerrou o 1o Congresso Espírita Mundial,promovido pelo Conselho Espírita Internacional,em Brasília, Brasil, em outubro de 1995.)

EspiritualMensagem

necessário que nos convençamosque esta é a hora. Não amanhã,nem mais tarde. Este é omomento azado para a nossaentrega.

Sem abandonarmos os compromissos a quenos vinculamos, deixemos Jesus tomar contado nosso coração.

Permitamos que Ele interpenetre nossa vida,e lenta quão suavemente se aposse do nossoser, produzindo a grande transformação moralque irá facilitar a edificação de um MundoNovo.

Concluída a tarefa de natureza teórica,debatidos os temas centrais que foramprogramados para nosso ágape, ide, servidoresda fé renovada, com a certeza de que sois osconstrutores do mundo de amanhã.

Não vos recuseis aos calos nas mãos ante acharrua do dever.

Não vos negueis à dedicação total da vossaalma, das vossas horas e dos vossos corpos paraque esplenda o Evangelho do reino.

Evitai a discórdia; superai as dificuldades deinterpretação; esquecei as antipatias, as diferençasde natureza afetiva.

Se não fordes capazes de vos amar, nomesmo ideal, como podereis programar amoràqueles que não concordam convosco?

Formai um todo homogêneo, um todoharmônico, e com as bases estruturais daDoutrina Espírita, em toda parte interpretadae aplicada, variará cada questão conforme a

região.Sede cristãos! Esta palavra, cristãos, define

bem a ética moral da Doutrina, sem desrespeitoàs outras denominações que vicejam na Terra.

Nós, vossos amigos espirituais, aqui estamosde pé, em intercâmbio convosco, paraapressarmos o grande momento da fraternidadeuniversal, para construirmos a civilização justa,onde os fatores de perturbações sociais,econômicas, desapareçam diante da grandezamoral dos postulados avançados.

Ide, servidores da Boa Nova! Cantai amúsica da Nova Era.

Se chorardes, sem qualquer masoquismo,transformai as feridas ocultas em condecoraçõesque vos identificarão com o Mestre Divino.

Jesus espera! Demo-nos as mãos, espíritasdo Mundo, e construamos a Era Melhor.

Os Espíritos da luz, que estão conosco eaqui se congregam de diferentes partes da Terra,cantam hosanas, a cujas vozes unimos a nossavoz para dizer: Ave Cristo! Aqueles que te amamentregam a sua vida nas tuas mãos para a glóriaeterna.

Muita paz, meus filhos.Que o Senhor vos abençoe!São os votos dos Espíritos-espíritas, e nossos

votos de servidor humílimo e paternal desempre,

BEZERRA DE MENEZES.

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ANEXOS

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ANEXO 1ANEXO 1ANEXO 1ANEXO 1ANEXO 1

*«O Espiritismo é uma ciência que trata danatureza, origem e destino dos Espíritos, bemcomo de suas relações com o mundo corporal.»Allan Kardec (O que é o Espiritismo – «Preâmbulo».)

«O Espiritismo realiza o que Jesus disse doConsolador Prometido: conhecimento das coisas,fazendo que o homem saiba donde vem, para ondevai e por que está na Terra; atrai para os verdadeirosprincípios da Lei de Deus e consola pela fé e pelaesperança.» Allan Kardec

(O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4.)

O QUE REVELA*

*Revela conceitos novos emais aprofundados a respeito deDeus, do Universo, dos Homens,dos Espíritos e das Leis que regema vida.

*Revela, ainda, o que somos,de onde viemos, para ondevamos, qual o objetivo da nossaexistência e qual a razão da dor edo sofrimento.

Conselho Espírita Internacional (CEI)promove a Campanha de Divulgaçãodo Espiritismo através dos folhetos«Conheça o Espiritismo» e «Divulgue oEspiritismo», com o objetivo de

conseguir que a Doutrina Espírita seja cada vezmais conhecida e melhor compreendida pelopúblico em geral, em todos os lugares.

O conteúdo deste folheto «Conheça oEspiritismo», está destinado às pessoas de todas asidades, raças, países e de todos os níveis, condiçõessociais e culturais, que ainda não conhecem aDoutrina Espírita.

Doutrina Espírita ouEspiritismo

O QUE É*

*É o conjunto de princípios e leis,revelados pelos Espíritos superiores,contidos nas obras de Allan Kardec,que constituem a CodificaçãoEspírita: O Livro dos Espíritos,O Livro dos Médiuns, O Evangelho

segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno eA Gênese.

EspiritismoConheça o

Campanha de Divulgação do Espiritismo,aprovada pelo CEI, em outubro de 1998.

Uma nova era para a Humanidade

DEUS,

a inteligência suprema,causa primeira detodas as coisas.

JESUS,

o guia e modelo.

KARDEC,

a base fundamental.

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SUA ABRANGÊNCIA*

*Trazendo conceitos novos sobre o homem etudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todasas áreas do conhecimento, das atividades e docomportamento humano, abrindo uma nova erapara a regeneração da Humanidade.

*Pode e deve ser estudado, analisado e praticadoem todos os aspectos fundamentais da vida, taiscomo: científico, filosófico, religioso, ético, moral,educacional e social.

SEUS ENSINOS FUNDAMENTAIS*

*Deus é a inteligência su-prema, causa primeira de todasas coisas. É eterno, imutável,imaterial, único, onipotente,soberanamente justo e bom.

*O Universo é criação deDeus. Abrange todos os seresracionais e irracionais, animadose inanimados, materiais eimateriais.

*Além do mundo corporal,habitação dos Espíritos encarna-dos, que são os homens, existeo mundo espiritual, habitaçãodos Espíritos desencarnados.

*No Universo há outrosmundos habitados, com seres de diferentes grausde evolução: iguais, mais evoluídos e menosevoluídos que os homens.

*Todas as leis da Natureza são leis divinas, poisque Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leisfísicas como as leis morais.

*O homem é um Espírito encarnado emum corpo material. O perispírito é o corposemimaterial que une o Espírito ao corpo material.

*Os Espíritos são os seres inteligentes daCriação. Constituem o mundo dos Espíritos, quepreexiste e sobrevive a tudo.

*Os Espíritos são criados simples e ignorantes.Evoluem, intelectual e moralmente, passando deuma ordem inferior para outra mais elevada, até aperfeição, onde gozam de inalterável felicidade.

*Os Espíritos preservam sua individualidade,antes, durante e depois de cada encarnação.

*Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantasforem necessárias ao seu próprio aprimoramento.

*Os Espíritos evoluem sempre. Em suasmúltiplas existências corpóreas podem estacionar,mas nunca regridem. A rapidez do seu progressointelectual e moral depende dos esforços que façampara chegar à perfeição.

*Os Espíritos pertencem a diferentes ordens,conforme o grau de perfeição que tenhamalcançado: Espíritos Puros, que atingiram aperfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais odesejo do bem é o que predomina; EspíritosImperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelodesejo do mal e pelas paixões inferiores.

*As relações dos Espíritos com os homenssão constantes e sempre existiram. Os bons

Espíritos nos atraem para obem, sustentam-nos nas provasda vida e nos ajudam a suportá--las com coragem e resignação.Os imperfeitos nos induzem aoerro.

*Jesus é o guia e modelopara toda a Humanidade, e aDoutrina que ensinou e exem-plificou é a expressão mais purada Lei de Deus.

*A moral do Cristo, contidano Evangelho, é o roteiro paraa evolução segura de todos os

homens. Sua prática é a solução para todos osproblemas humanos e o objetivo a ser atingidopela Humanidade.

*O homem tem o livre-arbítrio para agir, masresponde pelas conseqüências de suas ações.

*A vida futura reserva aos homens penas egozos compatíveis com o procedimento derespeito ou não à Lei de Deus.

*A prece é um ato de adoração a Deus. Estána lei natural e é o resultado de um sentimentoinato no homem, assim como é inata a idéia daexistência do Criador.

*A prece torna melhor o homem. Aquele queora com fervor e confiança se faz mais forte contraas tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritospara assisti-lo. É este um socorro que jamais se lherecusa, quando pedido com sinceridade.

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. Conheça o

Espiritismo, uma nova era para a Humanidade: Folhetos da

Campanha de Divulgação do Espiritismo. Brasília: CEI, 1998.

O estudo das obras de AllanKardec é fundamental para oadequado conhecimento da

Doutrina Espírita.

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ANEXO 2ANEXO 2ANEXO 2ANEXO 2ANEXO 2

Ee a esperança, a alegria e a boa vontade para comtodos, necessárias para vencer as dificuldadesmateriais e espirituais da vida no mundo.

*Vibrações fortificadas no Bem robustecem a alma para

as lutas redentoras.

Como realizar o Evangelho no Lar:

1. Escolher um dia e uma hora da semana emque seja possível a presença de todos os familiares,ou da maior parte deles, inclusive das crianças.

*Observar rigorosamente o dia e o horário estabelecido

para o Evangelho no Lar.

2. Reunir os familiares, e possíveis amigos queestejam presentes, em um local da casa onde possamestudar e orar tranqüilamente sem sereminterrompidos.

*Nada deve interferir na realização da reunião: nem

visitas, nem telefonemas, nem conversas.

3. Colocar um pequeno copo com água paraser fluidificada, para cada pessoa presente.

*Essa água, ingerida, transmitirá fluidos revitalizantes.

4. A reunião poderá ser dirigida peloresponsável pela família ou por quem eledeterminar. Este escolherá quem fará a prece inicial,quem fará a leitura, quem fará a vibração e quemfará a prece final da reunião.

Evangelhono Lar

«Há no homem alguma coisa mais, além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Oslaços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. Eis por queos segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem aamar-se como irmãos.»Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 774.)

ntende-se por Evangelho no Lar a reuniãoda família, em dia e hora previamentemarcados, para o estudo do Evangelho ea oração em conjunto.

O Evangelho no Lar tem por finalidade:

1. Estudar O Evangelho segundo o Espiritismo demaneira sistemática para compreender as lições deJesus «em espírito e verdade» e aplicá-las no dia-a--dia.

*Evangelho bem compreendido pode ser melhor sentido

e exemplificado.

2. Criar o hábito do estudo e da oração emfamília, fortalecendo a amizade e o sentimento defraternidade que deve existir em cada um e unir atodos.

*Os corações que vibram unidos fortalecem os laços

do amor.

3. Criar, no ambiente doméstico, momentosde paz e de compreensão, higienizando o Laratravés de pensamentos e sentimentos elevados, oque facilita o amparo dos Mensageiros do Bem,que vêm em nome de Jesus.

*Quando o Cristo entra em casa, o Lar se transforma

em templo de Luz.

4. Fortalecer, nos integrantes do Lar, a coragem

12123

*Organização nas funções e disciplina darão maior

segurança e aproveitamento à reunião.

5. Iniciar a reunião com uma prece curta,simples e espontânea em que o coração, mais queas palavras, pede a presença de Jesus e dos AmigosEspirituais que velam pelo lar.

*O pensamento bem direcionado atrairá as bênçãos do

Alto.

6. Fazer a leitura, em seqüência, de umtrecho de O Evangelho segundo o Espiritismo. Emseguida cada participante procurará comentá--lo com simplicidade, buscando a essência doensinamento evangélico e a sua aplicação na vidadiária.

*Cada um deve comentar o trecho que mais o tocou,

ou que achou mais bonito e importante, de tal maneira

que todos possam falar com simplicidade e sem

constrangimentos, para que o assunto fique bem

compreendido.

7. Fazer então a oração fraternal. Compalavras simples. O participante encarregado defazê-la, encaminhará os pensamentos pedindo:

a) proteção para o lar, afastando asvibrações doentias que por acaso estejamenvolvendo-o;

b) proteção para os familiares presentes eos ausentes, os amigos, os vizinhos;

c) assistência espiritual a todos os enfermos,para os velhos para as crianças, para os jovens,para os desencarnados, para os toxicômanos,encarcerados, suicidas e outros;

d) paz para o seu bairro, para sua cidade, parao Brasil e paz para o mundo todo;

e) vibrações para casos especiais;f) a fluidificação das águas.*A vibração de amor é o veículo natural da paz.

8. Fazer a prece final ou de encerramento, compalavras simples de agradecimento a Deus, a Jesuse aos Amigos Espirituais.

Recomendações:

*Não permitir conversação menos dignaantes, durante ou depois da reunião.

*Não permitir comentários menos edificantessobre tragédias, pessoas ou religiões.

*Não suspender a reunião por motivo devisitas inesperadas (estas serão convidadas aparticipar), passeios ou acontecimentos fúteis.

*As crianças presentes serão convidadas aparticipar das atividades da reunião, com umcanto ou poesia de fundo moral elevado,contando uma história ou fazendo uma prece,ou mesmo participando dos comentários,tudo conforme sua idade, capacidade oupossibilidade.

*A reunião deverá ter a duração mínima de30 minutos e máxima de 1 hora.

«Quando o Evangelho penetrao lar, o coração abre maisfacilmente a porta aoMestre Divino.»(Emmanuel)

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. La Revista Espírita: Edição emespanhol. No 3. Brasília: CEI –– USFF, 2004. P. 8.

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s males da Humanidade provêm daimperfeição dos homens; pelos seus víciosé que eles se prejudicam uns aos outros.Enquanto forem viciosos, serão infelizes,porque a luta dos interesses gerará constantes

misérias. Sem dúvida, boas leis contribuem paramelhorar o estado social, mas são impotentes paratornar venturosa a Humanidade, porque mais nãofazem do que comprimir as paixões ruins, sem aseliminar. Em segundo lugar, porque são maisrepressivas do que moralizadoras e só reprimemos mais salientes atos maus, sem lhes destruir ascausas.

Aliás, a bondade das leis guarda relação com abondade dos homens; enquanto estes seconservarem dominados pelo orgulho e peloegoísmo, farão leis em benefício de suas ambiçõespessoais. A lei civil apenas modifica a superfície;somente a lei moral pode penetrar o foro íntimoda consciência e reformá-lo.

Reconhecido, pois, que o atrito oriundo docontato dos vícios é que faz infortunados oshomens, o único remédio para seus males está em-se melhorarem moralmente.

Uma vez que nas imperfeições se encontra acausa dos males, a felicidade aumentará naproporção em que as imperfeiçõesdiminuírem.

Por melhor que seja umainstituição social, sendo maus oshomens, eles a falsearão e lhedesfigurarão o espírito para aexplorarem em proveito próprio.Quando os homens forem bons,

organizarão boas instituições, que serão duráveis,porque todos terão interesse em conservá-las.

A questão social não tem, pois, por ponto departida a forma de tal ou qual instituição; ela estátoda no melhoramento moral dos indivíduos e dasmassas. Aí é que se acha o princípio, a verdadeirachave da felicidade do gênero humano, porqueentão os homens não mais cogitarão de seprejudicarem reciprocamente. Não basta se cubrade verniz a corrupção, é indispensável extirpar acorrupção.

O princípio do melhoramento está na naturezadas crenças, porque estas constituem o móvel dasações e modificam os sentimentos. Também estánas idéias inculcadas desde a infância e que seidentificam com o Espírito; está ainda nas idéiasque o desenvolvimento ulterior da inteligência eda razão podem fortalecer, nunca destruir. É pelaeducação, mais do que pela instrução, que se

transformará a Humanidade.O homem que se esforça

seriamente por se melhorar,assegura para si a felicidade, já nestavida. Além da satisfação queproporciona à sua consciência,ele se isenta das misérias materiaise morais, que são a conseqüência

CredoEspírita

ANEXO 3ANEXO 3ANEXO 3ANEXO 3ANEXO 3

«A crença navida futura é,

pois, elementode progresso,

porque estimulao Espírito.»

O

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inevitável das suas imperfeições. Terá calma, porqueas vicissitudes só de leve o roçarão. Gozará desaúde, porque não estragará o seu corpo com osexcessos. Será rico, porque rico é sempre todoaquele que sabe contentar-se com o necessário.

Terá a paz do espírito, porque nãoexperimentará necessidades fictícias, nem seráatormentado pela sede das honrarias e dosupérfluo, pela febre da ambição, da inveja e dociúme. Indulgente para com asimperfeições alheias, menossofrimentos lhe causarão elas,que, antes, lhe inspirarão piedadee não cólera. Evitando tudo oque possa prejudicar o seupróximo, por palavras e por atos,procurando, ao invés, fazer tudoo que possa ser útil e agradávelaos outros, ninguém sofrerá com o seu contato.

Garante a sua felicidade na vida futura, porque,quanto mais ele se depurar, tanto mais se elevarána hierarquia dos seres inteligentes e cedoabandonará esta terra de provações, por mundossuperiores, porquanto o mal que haja reparadonesta vida não terá que o reparar em outrasexistências; porquanto, na erraticidade, só encontrará

seres amigos e simpáticos e não será atormentadopela visão incessante dos que contra ele tenhammotivos de queixa.

Vivam juntos alguns homens, animados dessessentimentos, e serão tão felizes quanto o comportaa nossa terra.

Ganhem assim, passo a passo, esses sentimentostodo um povo, toda uma raça, toda a Humanidadee o nosso globo tomará lugar entre os mundosditosos.

Será isto uma utopia, uma quimera? Sê-lo-á paraaquele que não crê no progresso da alma; não oserá, para aquele que crê na sua perfectibilidadeindefinita.

O progresso geral é a resultante de todos osprogressos individuais; mas, o progresso individualnão consiste apenas no desenvolvimento dainteligência, na aquisição de alguns conhecimentos.Nisso mais não há do que uma parte do progresso,que não conduz necessariamente ao bem, pois quehá homens que usam mal o seu saber. O progressoconsiste, sobretudo, no melhoramento moral, nadepuração do Espírito, na extirpação dos mausgermens que em nós existem. Esse o verdadeiroprogresso, o único que pode garantir a felicidadeao gênero humano, por ser o oposto mesmo domal. Muito mal pode fazer o homem de inteligênciamais cultivada; aquele que se houver adiantadomoralmente só o bem fará. É, pois, do interessede todos o progresso moral da Humanidade.

Mas, que importam a melhora e a felicidadedas gerações futuras, àquele que acredita que tudo

se acaba com a vida? Que interessetem ele em se aperfeiçoar, em seconstranger, em domar suas paixõesinferiores, em se privar do que querque seja a benefício de outrem?Nenhum. A própria lógica lhe dizque seu interesse está em gozardepressa e por todos os meios

possíveis, visto que amanhã, talvez, ele nada maisserá.

A doutrina do nadismo é a paralisia doprogresso humano, porque circunscreve as vistasdo homem ao imperceptível ponto da presenteexistência; porque lhe restringe as idéias e asconcentra forçosamente na vida material. Com essadoutrina, o homem nada sendo antes, nem depois,cessando com a vida todas as relações sociais, a

«É pela educação,mais do que pelainstrução, que se

transformará aHumanidade.»

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solidariedade é vã palavra, a fraternidade uma teoriasem base, a abnegação em favor de outrem meroembuste, o egoísmo, com a sua máxima — cadaum por si, um direito natural; a vingança, um atode razão; a felicidade, privilégio do mais forte edos mais astuciosos; o suicídio, o fim lógico daqueleque, baldo de recursos e de expedientes, nada maisespera e não pode safar-se do tremedal. Umasociedade fundada sobre o nadismo traria em si ogérmen de sua próxima dissolução.

Outros, porém, são os sentimentos daquele quetem fé no futuro; que sabe que nada do que adquiriuem saber e em moralidade lhe estará perdido; queo trabalho de hoje dará seus frutos amanhã; queele próprio fará parte das gerações porvindouras,mais adiantadas e mais ditosas.

Sabe que, trabalhando para os outros, trabalhapara si mesmo. Sua visão não se detém na Terra,abrange a infinidade dos mundos que lhe servirãoum dia de morada; entrevê o glorioso lugar quelhe caberá, como o de todos os seres que alcançama perfeição.

Com a fé na vida futura, dilata-se-lhe o círculodas idéias; o porvir lhe pertence; o progresso pessoaltem um fim, uma utilidade real. Da continuidadedas relações entre os homens nasce a solidariedade;a fraternidade se funda numa lei da Natureza e nointeresse de todos.

A crença na vida futura é, pois, elemento deprogresso, porque estimula o Espírito; somenteela pode dar ao homem coragem nas suas provas,porque lhe fornece a razão de ser dessas provas,perseverança na luta contra omal, porque lhe assina umobjetivo. A formar essa crençano espírito das massas é,portanto, o que devem aplicar--se os que a possuem.

Entretanto, ela é inata nohomem. Todas as religiões aproclamam. Por que, então, nãodeu, até hoje, os resultados quese deviam esperar? É que, em geral, a apresentamem condições que a razão não pode aceitar.Conforme a pintam, ela rompe todas as relaçõescom o presente; desde que tenha deixado a Terra,a criatura se torna estranha à Humanidade: nenhumasolidariedade existe entre os mortos e os vivos; oprogresso é puramente individual; cada um,trabalhando para o futuro, unicamente para sitrabalha, só em si pensa e isso mesmo para uma

finalidade vaga, que nada tem de definido, nadade positivo, sobre que o pensamento se firme comsegurança; enfim, porque é mais uma esperançaque uma certeza material. Daí resulta, para uns, aindiferença, para outros, uma exaltação mística que,isolando da Terra o homem, é essencialmente

prejudicial ao progresso real daHumanidade, porquanto negli-gencia os cuidados que reclamao progresso material, para oqual a Natureza lhe impõe odever de contribuir.

Todavia, por muito incom-pletos que sejam os resultados,não deixam de ser efetivos.Quantos homens não se

sentiram encorajados e sustentados na senda dobem por essa vaga esperança! Quantos não sedetiveram no declive do mal, pelo temor decomprometer o seu futuro! Quantas virtudesnobres essa crença não desenvolveu! Nãodesdenhemos as crenças do passado, porimperfeitas que sejam, quando conduzem ao bem:elas estavam em correspondência com o grau deadiantamento da Humanidade.

«A Doutrina Espírita marcauma etapa importantíssima noprogresso humano, não impõe

uma crença, convida aoestudo, depurando a razão e o

sentimento e satisfazendo aconsciência.»

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Mas, tendo progredido, a Humanidade reclamacrenças em harmonia com as novas idéias. Se oselementos da fé permanecem estacionários e ficamdistanciados pelo espírito, perdem toda influência;e o bem que hajam produzido, emcerto tempo, não pode prosseguir,porque aqueles elementos já não seacham à altura das circunstâncias.

Para que a doutrina da vida futuradoravante dê os frutos que se devemesperar, é preciso, antes de tudo, quesatisfaça completamente a razão; que correspondaà idéia que se faz da sabedoria, da justiça eda bondade de Deus; que não possa ser desmentidade modo algum pela Ciência. É preciso que a vidafutura não deixe no espírito nem dúvida, nemincerteza; que seja tão positiva quanto a vidapresente, que é a sua continuação, do mesmo modoque o amanhã é a continuação do dia anterior. Énecessário que seja vista, compreendida e, por assimdizer, tocada com o dedo.

Faz-se mister, enfim, que seja evidente asolidariedade entre o passado, o presente e o futuro,através das diversas existências.

Tal a idéia que da vida futura apresenta o

Espiritismo. O que a essa idéia dá força é que elaabsolutamente não é uma concepção humana como mérito apenas de ser mais racional, sem contudooferecer mais certeza do que as outras.

É o resultado de estudos feitos sobre ostestemunhos oferecidos por Espíritos de diferentescategorias, nas suas manifestações, que permitiramse explorasse a vida extracorpórea em todas assuas fases, desde o extremo superior ao extremoinferior da escala dos seres. As peripécias da vidafutura, por conseguinte, já não constituem umasimples teoria, ou uma hipótese mais ou menosprovável: decorrem de observações. São oshabitantes do mundo invisível que vêm, elespróprios, descrever os seus respectivos estados ehá situações que a mais fecunda imaginação nãoconceberia, se não fossem patenteadas aos olhosdo observador.

Ministrando a prova material da existência e daimortalidade da alma, iniciando-nos nos mistériosdo nascimento, da morte, da vida futura, da vidauniversal, tornando-nos palpáveis as inevitáveisconseqüências do bem e do mal, a DoutrinaEspírita, melhor do que qualquer outra, põe emrelevo a necessidade da melhoria individual. Pormeio dela, sabe o homem donde vem, para ondevai, por que está na Terra; o bem tem um objetivo,uma utilidade prática. Ela não se limita a preparar

o homem para o futuro, forma-otambém para o presente, para asociedade.

Melhorando-se moralmente, oshomens prepararão na Terra oreinado da paz e da fraternidade.

A Doutrina Espírita é assim omais poderoso elemento de mo-

ralização, por se dirigir simultaneamente aocoração, à inteligência e ao interesse pessoal bemcompreendido.

Por sua mesma essência, o Espiritismo participade todos os ramos dos conhecimentos físicos,metafísicos e morais. São inúmeras as questões queele envolve, as quais, no entanto, podem resumir--se nos pontos seguintes que, consideradosverdades inconcussas, formam o programa dascrenças espíritas.

KARDEC, Allan. «Preâmbulo». Obras Póstumas. 83a ed. Rio de

Janeiro: FEB, 2002. P. 383.

«A Doutrina Espírita é assim omais poderoso elemento de

moralização, por se dirigirsimultaneamente ao coração,

à inteligência e ao interessepessoal bem compreendido.»

«Melhorando-semoralmente, os

homens prepararãona Terra o reinado

da paz e dafraternidade.»

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PROJETO 1868PROJETO 1868PROJETO 1868PROJETO 1868PROJETO 1868

«A Mensagem Espírita é uma atualização doEvangelho de Jesus e Allan Kardec é o excelente

discípulo que imitou o Mestre e segue-lhe ospassos com fidelidade, ensinando ao mundo

como ser feliz a criatura humana.» (102)

Um dos maiores obstáculos capazes deretardar a propagação da Doutrina seria a faltade unidade. O único meio de evitá-la, senãoquanto ao presente, pelo menos quanto aofuturo, é formulá-la em todas as suas partes eaté nos mais mínimos detalhes, com tantaprecisão e clareza, que impossível se tornequalquer interpretação divergente.

Se a doutrina do Cristo deu lugar a tantascontrovérsias, se ainda agora tão malcompreendida se acha e tão diversamentepraticada, é devido a isso que o Cristo se limitoua um ensinamento oral e a que seus própriosapóstolos apenas transmitiram princípios gerais,que cada um interpretou de acordo com suasidéias ou interesses. Se ele houvesse formulado

a organização da Igreja cristã com a precisão deuma lei ou de um regulamento, é incontestável quehouvera evitado a maior parte dos cismas e dasquerelas religiosas, assim como a exploração quefoi feita da religião, em proveito das ambiçõespessoais. Resultou que, se o Cristianismo constituiu,para alguns homens esclarecidos, uma causa de sériareforma moral, não foi e ainda não é para muitossenão objeto de uma crença cega e fanática,resultado que, em grande número de criaturas,gerou a dúvida e a incredulidade absoluta.

Somente o Espiritismo, bem entendido e bemcompreendido, pode remediar esse estado decoisas e tornar-se, conforme disseram os Espíritos,a grande alavanca da transformação da Humani-dade. A experiência deve esclarecer-nos sobre ocaminho a seguir. Mostrando-nos os inconvenientesdo passado, ela nos diz claramente que o únicomeio de serem evitados no futuro consiste emassentar o Espiritismo sobre as bases sólidas deuma doutrina positiva que nada deixe ao arbítriodas interpretações. As dissidências que possamsurgir se fundirão por si mesmas na unidadeprincipal que se estabeleceria sobre as bases maisracionais, desde que essas bases sejam claras e nãovagamente definidas. Também ressalta destasconsiderações que essa marcha, dirigida comprudência, representa o mais poderoso meio deluta contra os antagonistas da Doutrina Espírita.Todos os sofismas quebrar-se-ão de encontro a

ANEXO 4ANEXO 4ANEXO 4ANEXO 4ANEXO 4

FUTURO DOFUTURO DOFUTURO DOFUTURO DOFUTURO DOESPIRITISMOESPIRITISMOESPIRITISMOESPIRITISMOESPIRITISMO

15 de abril de 1860.(Marselha; médium: Sr. Jorge Genouillat.)

O Espiritismo é chamado a desempe-nhar imenso papel na Terra.

Ele reformará a legislação ainda tãofreqüentemente contrária às leis divinas;retificará os erros da História; restaurará areligião do Cristo, que se tornou, nas mãosdos padres, objeto de comércio e de tráficovil; instituirá a verdadeira religião, a religiãonatural, a que parte do coração e vaidiretamente a Deus, sem se deter nas franjasde uma sotaina, ou nos degraus de um altar.

Extinguirá para sempre o ateísmo e omaterialismo, aos quais alguns homensforam levados pelos incessantes abusos dosque se dizem ministros de Deus, pregam acaridade com uma espada em cada mão,sacrificam às suas ambições e ao espíritode dominação os mais sagrados direitos daHumanidade.

UM ESPÍRITO

KARDEC, Allan. «Futuro do Espiritismo», Obras Póstumas.83a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Parte II, p. 299.

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O SERMÃO DAO SERMÃO DAO SERMÃO DAO SERMÃO DAO SERMÃO DAMONTANHAMONTANHAMONTANHAMONTANHAMONTANHA

As Bem-aventuranças

1 Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte;e, tendo se assentado, aproximaram-se os seusdiscípulos,

2 E ele se pôs a ensiná-los, dizendo:3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque

deles é o reino dos céus.4 Bem-aventurados os que choram, porque eles

serão consolados.5 Bem-aventurados os mansos, porque eles

herdarão a terra.6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de

justiça porque eles serão fartos.7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque

eles alcançarão misericórdia.8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque

eles verão a Deus.9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles

serão chamados filhos de Deus.10 Bem-aventurados os que são perseguidos por

causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.11 Bem-aventurados sois vós, quando vos

injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todomal contra vós por minha causa.

12 Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vossogalardão nos céus; porque assim perseguiram aosprofetas que foram antes de vós.

As Escrituras Sagradas, Evangelho segundo São Mateus. Disponívelem < http://www.novavoz.org.br/biblia.htm > Acesso em 2 de nov.de 2006.

princípios aos quais a sã razão nada acharia paraopor. Dois elementos hão de concorrer para oprogresso do Espiritismo: o estabelecimentoteórico da Doutrina e os meios de a popularizar.O desenvolvimento cada dia maior, que ela toma,multiplica as nossas relações, que somente tendema ampliar-se, pelo impulso que lhe darão a novaedição de O Livro dos Espíritos e a publicidade quese fará a esse propósito.

Para utilizarmos de maneira proveitosa essasrelações, se, depois de constituída a teoria, eu tivessede concorrer para sua instalação, necessário seriaque, além da publicação de minhas obras,dispusesse de meios para exercer uma ação maisdireta. Ora, creio fora conveniente que aquele quefundou a teoria pudesse ao mesmo tempoimpulsioná-la, porque então haveria mais unidade.Sob esse aspecto, a Sociedade tem necessariamenteque exercer grande influência, conforme o disseramos próprios Espíritos; sua ação, porém, não será,em realidade, eficiente, senão quando ela servir decentro e de ponto de ligação donde parta umensinamento preponderante sobre a opiniãopública. Para isso, faz-se mister uma organizaçãomais forte e elementos que ela não possui.No século em que estamos e tendo-se em vistao estado dos nossos costumes, os recursosfinanceiros são o grande motor de todas as coisas,quando empregados com discernimento. Nahipótese de que esses recursos, de um modo oudoutro, me viessem às mãos, eis o plano que euseguiria e cuja execução seria proporcional àimportância dos meios e subordinada aos conselhosdos Espíritos.

«Se Jesus não houvesse vindo primeiro nãoteríamos o Espiritismo depois.

Como o Mestre sabia que a sua mensagem seriadesnaturada pelas paixões humanas, alterados

os seus ensinamentos e adaptados aosinteresses mesquinhos do imediatismo dascriaturas, prometeu que rogaria ao Pai e Ele

enviaria o Consolador, para repetir-lhe as lições,ensinar coisas novas que então não se poderia

entender, conforme vem sucedendo.» (103)

KARDEC, Allan. «Projeto 1868.» Obras Póstumas. 83a ed. Rio de

Janeiro: FEB, 2002. Parte II, p. 339 a 343.

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CONHECIMENTO DE SI ME SMCONHECIMENTO DE SI ME SMCONHECIMENTO DE SI ME SMCONHECIMENTO DE SI ME SMCONHECIMENTO DE SI ME SM

919. Qual o meio prático mais eficaz que

tem o homem de se melhorar nesta vida

e de resistir à atração do mal?

«Um sábio da Antigüidade vo-lo disse:Conhece-te a ti mesmo».

*Toda a prática espírita é gratuita, comoorienta o princípio moral do Evangelho: «Daide graça o que de graça recebestes».

*A prática espírita é realizada com sim-plicidade, sem nenhum culto exterior, dentrodo princípio cristão de que Deus deve seradorado em espírito e verdade.

*O Espiritismo não tem sacerdotes e nãoadota e nem usa em suas reuniões e em suaspráticas: altares, imagens, andores, velas,procissões, sacramentos, concessões deindulgência, paramentos, bebidas alcoólicas oualucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos,horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ouquaisquer outros objetos, rituais ou formas deculto exterior.

*O Espiritismo não impõe osseus princípios. Convida osinteressados em conhecê-lo asubmeterem os seus ensinos aocrivo da razão, antes de aceitá-los.

*A mediunidade, que permitea comunicação dos Espíritos comos homens, é uma faculdade quemuitas pessoas trazem consigo aonascer, independentemente dareligião ou da diretriz doutrináriade vida que adotem.

*Prática mediúnica espírita só éaquela que é exercida com base nosprincípios da Doutrina Espírita edentro da moral cristã.

*O Espiritismo respeita todasas religiões e doutrinas, valorizatodos os esforços para a práticado bem e trabalha pela confrater-nização e pela paz entre todos ospovos e entre todos os homens,independentemente de sua raça,cor, nacionalidade, crença, nívelcultural ou social. Reconhece, ainda,que «o verdadeiro homem de bemé o que cumpre a lei de justiça, deamor e de caridade, na sua maior pureza».

ANEXO 5ANEXO 5ANEXO 5ANEXO 5ANEXO 5

PRÁTICA ESPÍRITAPRÁTICA ESPÍRITAPRÁTICA ESPÍRITAPRÁTICA ESPÍRITAPRÁTICA ESPÍRITA

a) – Conhecemos toda a sabedoria destamáxima, porém a dificuldade está precisa-mente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qualo meio de consegui-lo?

«Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: aofim do dia, interrogava a minha consciência, passavarevista ao que fizera e perguntava a mim mesmose não faltara a algum dever, se ninguém tivera

motivo para de mim se queixar.Foi assim que cheguei a me

conhecer e a ver o que em mimprecisava de reforma. Aqueleque, todas as noites, evocassetodas as ações que praticaradurante o dia e inquirisse de simesmo o bem ou o mal quehouvera feito, rogando a Deuse ao seu anjo de guarda que oesclarecessem, grande forçaadquiriria para se aperfeiçoar,porque, crede-me, Deus oassistiria. Dirigi, pois, a vósmesmos perguntas, interrogai--vos sobre o que tendes feito ecom que objetivo procedestesem tal ou tal circunstância, sobrese fizestes alguma coisa que,feita por outrem, censuraríeis,sobre se obrastes alguma açãoque não ousaríeis confessar.Perguntai ainda mais: ‘Seaprouvesse a Deus chamar-meneste momento, teria que temero olhar de alguém, ao entrar denovo no mundo dos Espíritos,onde nada pode ser ocultado?’.

«Examinai o que pudestes ter obrado contraDeus, depois contra o vosso próximo e,finalmente, contra vós mesmos.

Os Obreiros do Senhor

Aproxima-se o tempo em quese cumprirão as coisas

anunciadas para atransformação da

Humanidade. Ditosos serãoos que houverem trabalhado

no campo do Senhor,com desinteresse e sem

outro móvel, senão acaridade! Seus dias de

trabalho serão pagos pelocêntuplo do que tiverem

esperado. Ditosos os quehajam dito a seus irmãos:

«Trabalhemos juntos eunamos os nossos esforços,

a fim de que o Senhor, aochegar, encontre acabada aobra», porquanto o Senhorlhes dirá: «Vinde a mim, vósque sois bons servidores,vós que soubestes impor

silêncio aos vossos ciúmes eàs vossas discórdias, a fimde que daí não viesse dano

para a obra!».O Espírito de Verdade (104)

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI.Divulgue o Espiritismo, uma nova era para a Humanidade:Folhetos da Campanha de divulgação do Espiritismo. Brasília:CEI, 1998.

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ME SMOME SMOME SMOME SMOME SMO

«Muitas faltas que cometemos nos passamdespercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho deSanto Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossaconsciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o

suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos anatureza e o móvel dos nossos atos. A forma interrogativa

tem alguma coisa de mais preciso do que qualquermáxima, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós

mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um simou um não, que não abrem lugar para qualquer alternativa

e que não outros tantos argumentos pessoais. E, pelasoma que derem as respostas, poderemos

computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.»(105)

Santo Agostinho

(354 - 430),Bispo de Hipona, doutor daIgreja e um dos quatrodoutores originais da IgrejaLatina.Formou parte da equipeespiritual convocada peloEspírito da Verdade, pararealizar a CodificaçãoEspírita.

As respostas vos darão, ou o descanso paraa vossa consciência, ou a indicação de um malque precise ser curado.

«O conhecimento de si mesmo é, portanto,a chave do progresso individual. Mas, direis,como há de alguém julgar-se a si mesmo? Nãoestá aí a ilusão do amor-próprio para atenuar asfaltas e torná-las desculpáveis? O avarento seconsidera apenas econômico e previdente; oorgulhoso julga que em si só há dignidade.Isto é muito real, mas tendes um meio deverificação que não pode iludir-vos.

Quando estiverdes indecisos sobre o valor deuma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis,se praticada por outra pessoa. Se a censuraisnoutrem, não na podereis ter por legítima quandofordes o seu autor, pois que Deus não usa de duasmedidas na aplicação de sua justiça. Procuraitambém saber o que dela pensam os vossossemelhantes e não desprezeis a opinião dos vossosinimigos, porquanto esses nenhum interesse têmem mascarar a verdade e Deus muitas vezes oscoloca ao vosso lado como um espelho, a fim deque sejais advertidos com mais franqueza do queo faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, asua consciência aquele que se sinta possuído dodesejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de sios maus pendores, como do seu jardim arranca aservas daninhas; dê balanço no seu dia moral para,a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas eseus lucros e eu vos asseguro que a contadestes será mais avultada que a daquelas.Se puder dizer que foi bom o seu dia,poderá dormir em paz e aguardar semreceio o despertar na outra vida.

«Formulai, pois, de vós paraconvosco, questões nítidas e precisas enão temais multiplicá-las. Justo é que segastem alguns minutos para conquistaruma felicidade eterna.

Não trabalhais todos os dias com ofito de juntar haveres que vos garantamrepouso na velhice? Não constitui esserepouso o objeto de todos os vossosdesejos, o fim que vos faz suportarfadigas e privações temporárias? Pois

bem! que é esse descanso de alguns dias, turbadosempre pelas enfermidades do corpo, emcomparação com o que espera o homem debem? Não valerá este outro a pena de algunsesforços? Sei haver muitos que dizem ser positivoo presente e incerto o futuro. Ora, estaexatamente a idéia que estamos encarregados deeliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazerque compreendais esse futuro, de modo a nãorestar nenhuma dúvida em vossa alma. Por issofoi que primeiro chamamos a vossa atenção pormeio de fenômenos capazes de ferir-vos ossentidos e que agora vos damos instruções, quecada um de vós se acha encarregado de espalhar.Com este objetivo é que ditamos O Livro dos

Espíritos.»

SANTO AGOSTINHO

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 83a ed. Rio de Janeiro:FEB, 2002. Parte III. Cap XII, questão 919-a.

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ESTUDO SISTEMATIZADO DAESTUDO SISTEMATIZADO DAESTUDO SISTEMATIZADO DAESTUDO SISTEMATIZADO DAESTUDO SISTEMATIZADO DA

A necessidade de sistematização do estudo doEspiritismo foi antevista por Allan Kardec, conforme

se lê no Projeto 1868, inserido em Obras

Póstumas, in verbis:«Um curso regular de Espiritismo seria professadocom o fim de desenvolver os princípios da Ciência

e de difundir o gosto pelos estudos sérios (...)Considero esse curso como de natureza a exercer

capital influência sobre o futuro do Espiritismo esobre suas conseqüências.» (106)

Fé inabalável ésomente aquela quepode encarar arazão face a face, emtodas as épocas daHumanidade.

Todo efeito temuma causa; todoefeito inteligente temuma causa inteligente;a potência de umacausa está na razão dagrandeza do efeito.

Sejam quaisforem os prodígios realizados pelainteligência humana, esta inteligência temtambém uma causa primária. É a inte-ligência superior a causa primária de todasas coisas, qualquer que seja o nome peloqual o homem a designe.

«Reconhece-se a qualidade dos Espíritospela sua linguagem; a dos Espíritos verda-deiramente bons e superiores é sempre digna,nobre, lógica, isenta de contradições; respira asabedoria, a benevolência, a modéstia e a moralmais pura; é concisa e sem palavras inúteis. NosEspíritos inferiores, ignorantes, ou orgulhosos,o vazio das idéias é quase sempre compensadopela abundância de palavras. Todo pensamentoevidentemente falso, toda máxima contrária àsã moral, todo conselho ridículo, todaexpressão grosseira, trivial ou simplesmentefrívola, enfim, toda marca de malevolência, depresunção ou de arrogância, são sinaisincontestáveis de inferioridade num Espírito.»

«Reconhece-se o verdadeiro espírita pelasua transformação moral, e pelos esforços quefaz para domar as suas más inclinações.»

«Caminhando de par com o progresso,o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque,se novas descobertas lhe demonstrassem estarem erro acerca de um ponto qualquer, ele semodificaria nesse ponto. Se uma verdade novase revelar, ela a aceitará.»

«Melhorados os homens, não fornecerãoao mundo invisível senão bons espíritos; estes,

ANEXO 6ANEXO 6ANEXO 6ANEXO 6ANEXO 6

FRASES DE KARDECFRASES DE KARDECFRASES DE KARDECFRASES DE KARDECFRASES DE KARDEC

Qual é a importância do Estudo Sistemati-zado da Doutrina Espírita?

Nas palavras de Kardec, um curso regular deEspiritismo exerceria «capital influência sobre ofuturo do Espiritismo e sobre suas conseqüências».E isso porque, sendo o crivo da razão o princípiobásico de aceitação das idéias espíritas, a divulgaçãodo Espiritismo reclamava a formação de adeptosesclarecidos, que fossem capazes de manter aDoutrina isenta dos erros e dos desvios causadospela ignorância.

O que é o ESDE (Estudo Sistematizado daDoutrina Espírita) e quais são seus objetivos econseqüências?

É uma reunião privativa de grupos, a qualobjetiva o estudo metódico, contínuo e sério doEspiritismo, com programação fundamentada naCodificação Espírita. Embora seja óbvio que oseu objetivo é o de estudar o Espiritismo de formametódica, contínua e séria, não é demais ressaltaresse aspecto, uma vez que, ocasionalmente, se vêemtentativas de se incluírem, nos cursos de ESDE,teorias estranhas ao conteúdo das obras básicas doEspiritismo. Desse modo, é preciso que estejamossempre alertas, uma vez que o ESDE visa ao estudosistematizado do Espiritismo, e nada mais.

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O DA DOUTRINA ESPÍRITAO DA DOUTRINA ESPÍRITAO DA DOUTRINA ESPÍRITAO DA DOUTRINA ESPÍRITAO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Capa da apostila doESDE em espanhol

encarnando-se, por sua vez só fornecerãoà Humanidade corporal elementos aperfei-çoados. A Terra deixará, então, de ser ummundo expiatório e os homens não sofrerãomais as misérias decorrentes das suasimperfeições.»

«Onde quer que as minhas obraspenetraram e servem de guia, o Espiritismo évisto sob o seu verdadeiro aspecto, isto é, sobum caráter exclusivamente moral.»

«Pelo Espiritismo a Humanidade deveentrar em uma nova fase, a do progresso moral,que é a sua conseqüência inevitável.»

«Antes de fazer a coisa para os homens, épreciso formar os homens para a coisa, comose formam obreiros, antes de lhes confiar umtrabalho. Antes de construir, é preciso que noscertifiquemos da solidez dos materiais. Aqui osmateriais sólidos são os homens de coração,de devotamento e abnegação.»

Só o fato da comunicação com osEspíritos, seja o que for que se possa dizer,provava a existência do mundo invisívelambiente; era já um ponto capital, um campoimenso aberto à nossa exploração, a chave deuma multidão de fenômenos inexplicados.

O auto-de-fé deBarcelona não produziumenos o efeito esperado,pela ressonância queteve na Espanha, ondecontribuiu poderosamentepara propagar as idéiasespíritas.

Um dos maioresobstáculos que podementravar a propagação daDoutrina, seria a falta dehumildade.

Se o Espiritismonão pode escapar das fra-quezas humanas, com asquais é preciso sempre

contar, pode paralisar-lhes as conseqüências, eé o essencial.

TÉCNICAS

Nas apostilas de estudo se tem sugerido técnicasgrupais e individuais, assim também recursosaudiovisuais com a finalidade de que as tarefas sejammais dinâmicas e possibilitem a participação ativade seus integrantes.

Para uma correta aplicação das apostilaspropostas, o orientador devera consultar a lista detécnicas no «Manual de Orientação», especialmenteas que se referem ao trabalho coletivo, a fim deadquirir um mínimo de conhecimentos sobre as basesteóricas da direção de um grupo.

Sugestões de Atividades:

Introdução – Geralmente inicia-se o estudoatravés da exposição introdutória do assunto,determinando a sua importância.

Desenvolvimento – Solicita-se aos participantesque se reúnam em grupos para realizar diversasatividades, como ler e comentar a sínteses do assuntoem estudo; responder as perguntas contidas no textolido.

Conclusão – São escutadas as respostas dosgrupos e promove-se um debate geral.

Técnicas – Existem técnicas variadas comoexposição introdutória do assunto, estudo em grupo,debate das conclusões dos grupos, entre outras.

Recursos – Podem ser usados textos,sínteses do assunto, lâminas ou quadro,giz, lápis e papel, etc.

Avaliação – Ao final o estudo seráconsiderado satisfatório se os participantesresponderem corretamente às perguntaspropostas durante o trabalho em grupo.

Benefícios nos Centros Espíritas –

Entre os principais benefícios, o ESDEforma trabalhadores comprometidos,fomenta a integração entre os compa-nheiros espíritas, preserva a purezadoutrinária, contribui para a unificação doMovimento Espírita e ajuda aocrescimento em quantidade e qualidadedo público espírita.

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. EstudoSistematizado da Doutrina Espírita –– ESDE. Disponívelem <http://www.consejoespirita.com> Acessado em1o de fev. de 2005.

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. La RevistaEspírita: Edição em espanhol. No 4. Brasília: CEI –– USFF, 2004. P. 2.

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CENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITA

Missão dos Espíritas

«Ide, pois, e levai a palavra divina: aosgrandes que a desprezarão, aos eruditos queexigirão provas, aos pequenos e simples que

a aceitarão; porque, principalmente entreos mártires do trabalho, desta provação

terrena, encontrareis fervor e fé. Ide; estesreceberão, com hinos de gratidão e louvores aDeus, a santa consolação que lhes levareis, ebaixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas

aflições que a Terra lhes destina.Arme-se a vossa falange de decisão e

coragem! Mãos à obra! o arado está pronto; aterra espera; arai! Ide e agradecei a Deus a

gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas,atenção! entre os chamados para o Espiritismo

muitos se transviaram; reparai, pois, vossocaminho e segui a verdade.»

ERASTO (108)

«Esses grupos,correspondendo-se entre si,visitando-se, permutandoobservações, podem, desdejá, formar o núcleo da grandefamília espírita, que um diaconsorciará todas asopiniões e unirá os homenspor um único sentimento: oda fraternidade, trazendo ocunho da caridade cristã.»(107)

É a unidade fundamental do MovimentoEspírita. É acima de tudo escola do Espírito, ondesão ensinados os princípios básicos da DoutrinaEspírita sob as bases do Evangelho de Jesus.

Tem cinco aspectos principais:

Lar – De solidariedade humana.Escola – Estudo e trabalho para a vida.Templo – Ativo de oração e vida cristã.Hospital – Ajuda espiritual a encarnados e

desencarnados.Oficinas de trabalho – Onde se coloca em

prática o que se aprende na teoria.

GRUPOS, CENTROS OU

SOCIEDADES ESPÍRITAS

O que são?

*são núcleos de estudo, de fraternidade,de oração e de trabalho, praticados dentro dosprincípios espíritas;

*são escolas de formação espiritual e moral,que trabalham à luz da Doutrina Espírita;

*são postos de atendimento fraternal paratodos os que os procuram com o propósitode obter orientação, esclarecimento, ajuda ouconsolação;

*são oficinas de trabalho que proporcionamaos seus freqüentadores oportunidadesde exercitarem o próprio aprimoramentoíntimo pela prática do Evangelho em suasatividades;

*são casas onde as crianças, os jovens, osadultos e os idosos têm oportunidade deconviver, estudar e trabalhar, unindo a famíliasob a orientação do Espiritismo;

*são recantos de paz construtiva, queoferecem aos seus freqüentadores oportunida-des para o refazimento espiritual e a uniãofraternal pela prática do «Amai-vos uns aosoutros»;

*são núcleos que se caracterizam pelasimplicidade própria das primeiras casas doCristianismo nascente, pela prática da caridadee pela total ausência de imagens, símbolos,rituais ou outras quaisquer manifestaçõesexteriores;

*são as unidades fundamentais doMovimento Espírita.

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«A maior caridade que podemos fazer para aDoutrina Espírita é a sua própria divulgação.»

EMMANUEL

O papel que o Centro Espírita devedesempenhar, primordialmente, é o depropagar a Doutrina Espírita para atingir arenovação do indivíduo, integrando-o como grupo familiar, com vistas ao progressomoral da sociedade.

As Casas Espíritas devem movimentartodos os seus recursos para instruir, orientar,despertar o interesse e educar aosencarnados, para a realidade do EspíritoImortal, despertando consciências dentrodos postulados legados por Allan Kardec,sem nenhum tipo de artifícios, cerimônias,rituais, símbolos, flores ou imagens;unicamente operando dentro da intimidadede cada ser.

Seus objetivos

Os Grupos, Centros ou SociedadesEspíritas têm por objetivo promover o estudo,a difusão e a prática da Doutrina Espírita,atendendo às pessoas que:

*Buscam esclarecimento, orientação eamparo para seus problemas espirituais, moraise materiais;

*Querem conhecer e estudar a DoutrinaEspírita;

*Querem trabalhar, colaborar e servir emqualquer área de ação que a prática espíritaoferece.

«O objetivo do Centro Espírita deveser o de levar às pessoas a

mensagem do Mestre Jesus, à luzdo Espiritismo.» (109)

PrincipaisAtividades

DOUTRINÁRIAS* Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE)* Palestras públicas* Assistência espiritual* Estudo e educação mediúnica* Desobsessão

ASSISTÊNCIA SOCIAL* Atividades de Assistência Social

INFÂNCIA E JUVENTUDE* Evangelização de crianças e jovens

DIVULGAÇÃO* Livraria* Biblioteca* Divulgação da Doutrina através da imprensa, rádio, televisão e internet

ADMINISTRAÇÃO* Administração do Centro* Patrimônio

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O DIRIGENTE ESPÍRITAO DIRIGENTE ESPÍRITAO DIRIGENTE ESPÍRITAO DIRIGENTE ESPÍRITAO DIRIGENTE ESPÍRITA

CENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITA

Influência do Espiritismo no Progresso

798. O Espiritismo se tornará crença

comum, ou ficará sendo partilhado,

como crença, apenas por algumas

pessoas?

«Certamente que se tornará crença geral emarcará nova era na história da Humanidade,

porque está na natureza e chegou o tempoem que ocupará lugar entre os

conhecimentos humanos. Terá, no entanto,que sustentar grandes lutas, mais contra o

interesse, do que contra a convicção,porquanto não há como dissimular a

existência de pessoas interessadas emcombatê-lo, umas por amor-próprio, outraspor causas inteiramente materiais. Porém,

como virão a ficar insulados, seuscontraditores se sentirão forçados

a pensar como os demais, sob pena de setornarem ridículos.»

O trabalho espírita para conseguir umaexpressão significativa, precisa ter uma finalidade,uma liderança capaz de fomentar um ideal naquelesque se aproximam da casa para conhecer aDoutrina; dotados de boa vontade. Os dirigentespoderão conduzir as pessoas, na teoria e na práticado Espiritismo, segundo o ensinamento dosEspíritos superiores.

Para que uma casa espírita não caia emerros, o que é necessário fazer na prática comona teoria?

Não é possível que nós, tenhamos uma casaespírita onde não existam problemas, porque eles

Suas atividades básicas

Os Grupos, Centros ou SociedadesEspíritas têm por atividades básicas:

*realizar reuniões de estudo da DoutrinaEspírita, de forma programada, metódica ousistematizada, destinadas às pessoas de todasas idades e de todos os níveis culturais e sociais,que possibilitem um conhecimento abrangentee aprofundado do Espiritismo em todos osseus aspectos;

*realizar reuniões de explanação doEvangelho à luz da Doutrina Espírita, aplicaçãode passes e atendimento fraterno através dodiálogo, para as pessoas que procuram efreqüentam os núcleos espíritas em busca deesclarecimento, orientação, ajuda e assistênciaespiritual e moral;

*realizar reuniões de estudo, educação eprática da mediunidade, com base nosprincípios e objetivos espíritas, esclarecendo,orientando e preparando trabalhadores paraas atividades mediúnicas;

*realizar reuniões de evangelização espíritapara crianças e jovens, de forma programada,metódica ou sistematizada, atendendo-os,esclarecendo-os e orientando-os dentro dosensinos da Doutrina Espírita;

*realizar o trabalho de divulgação daDoutrina Espírita através de todos os veículose meios de comunicação social compatíveiscom os princípios espíritas, tais como: palestras,conferências, livros, jornais, revistas, boletins,folhetos, mensagens, rádio, TV, cartazes, fitasde vídeo e áudio;

*realizar o serviço de assistência epromoção social espírita destinado a pessoas

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O verdadeiroEspiritismo tem pordivisa benevolência ecaridade. Não admitequalquer rivalidade, anão ser a do bem quetodos podem fazer.Todos os grupos queinscreveremessa divisa em suasbandeiras estenderãouns aos outros asmãos, como bonsvizinhos, que não sãomenos amigos pelofato de não habitarema mesma casa. (110)

são inerentes ao ser humano; nós, que somosEspíritos imperfeitos, estamos sujeitos a cometererros e enganos.

O que podemos conseguir é uma casa comum número menor de problemas, para isso quantomaior seja a organização interna, a ordem, aexistência de normas claras sob as situações decomportamento, de conduta doutrinária, de estudoe de trabalho, ajudará a diminuir as dificuldadesexistentes.

Conselhos aos iniciantes no Espiritismo

É fundamental que se tenha um bomconhecimento dos livros básicos que Allan Kardecelaborou; depois de estudar esses livros, teremoscondições para discernir as obras subsidiárias eindagar em qualquer outra doutrina, separando ocerto do errado.

É necessário ter boa vontade, disciplina, amorao Cristo e seriedade em tudo o que se faz. Quantoas pessoas percebem que o ambiente num CentroEspírita é sério, elas se sentem em casa e queremparticipar do trabalho. Assim, pois, os que desejamter sucesso nas suas práticas precisam ter um ideal,seriedade e amor no trabalho que abraçaram.

carentes que buscam ajuda material:assistindo-as em suas necessidades maisimediatas; promovendo-as por meio decursos e trabalhos de formação profissionale pessoal; e esclarecendo-as com os ensinosmorais do Evangelho à luz da DoutrinaEspírita;

*estimular e orientar os seus freqüen-tadores para a implantação e manutençãoda reunião de estudo do Evangelho no lar,como apoio para a harmonia espiritual de

suas famílias;*participar das atividades que têm

por objetivo a união dos espíritase das Instituições Espíritas e aunificação do Movimento Espírita,conjugando esforços, somandoexperiências, permutando ajuda eapoio, aprimorando as atividadesespíritas e fortalecendo a ação dosespíritas;

*realizar as atividades administra-tivas necessárias ao seu normalfuncionamento, compatíveis com a suaestrutura organizacional e com alegislação do seu país.

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI.Divulgue o Espiritismo, uma nova era para aHumanidade: Folhetos da Campanha de Divulgaçãodo Espiritismo. Brasília: CEI, 1998.

HU, Luis R. Entrevista cedida para Andespírita.Andespírita: Boletin Espírita Peruano Boliviano. Arequipa(Peru): CEAK, ano 2, no 5, janeiro de 1997.

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O QUE É SER ESPÍRITA?O QUE É SER ESPÍRITA?O QUE É SER ESPÍRITA?O QUE É SER ESPÍRITA?O QUE É SER ESPÍRITA?

«O verdadeiro espíritajamais deixará de fazero bem. Lenir coraçõesaflitos; consolar,acalmar desesperos,operar reformas morais,essa é a sua missão. Énisso também queencontrará satisfaçãoreal.» (111)

Resposta – Sem dúvida, ter descoberto umtesouro. O homem atual chegou às estrelas epenetrou no universo microscópico, mas não tevevalor para adentrar-se em si mesmo. O Espiritismolhe propõe um desafio, o do autodescobrimento,mostrando-lhe que é um ser imortal e que a mortesomente é uma transissão de uma para outrarealidade.

Para as pessoas alheias ao seumundo, espírita é aquele que secomunica com outras entidadesprocurando explicação a muitas dassuas interrogações. Mas você nos falade algo além...

R. Ser espírita é acreditar em Deus,na imortalidade da alma, na comuni-cação com os Espíritos, na reencarnaçãoe na pluralidade dos mundos habitados.A base da nossa conduta ética e moralradica nos ensinamentos de Jesus. Apresença dos Espíritos é uma questãosecundária neste planejamento transcen-dental e transpessoal da vida.

É possível convencer a alguém quenão vê os Espíritos de que estesexistem?

R. Para isso a parapsicologia temnos proposto toda uma ética depesquisa, demonstrando que há maisfenômenos anímicos e mentais etambém outros fenômenos quepertencem ao além da morte. Todosacreditamos no vírus da AIDS, mesmoque pessoalmente nunca o tenhamos

TIPOS DETIPOS DETIPOS DETIPOS DETIPOS DEESPÍRITASESPÍRITASESPÍRITASESPÍRITASESPÍRITAS

«Bem compreendido, mas sobretudo bemsentido, o Espiritismo leva aos resultados (...)[descritos] (características do homem de bem),que caracterizam o verdadeiro espírita, como ocristão verdadeiro, pois que um o mesmo é queoutro.

O Espiritismo não institui nenhuma novamoral; apenas facilita aos homens a inteligência ea prática do Cristo, facultando fé inabalável eesclarecida aos que duvidam ou vacilam.

(...) Reconhece-se o verdadeiroespírita pela sua transformaçãomoral e pelos esforços que empregapara domar suas inclinações más.»

1o Espíritas Experimentadores

Os que crêem pura e simplesmente nas manifestações.Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de observação,

uma série de fatos mais ou menos curiosos.2o Espíritas Imperfeitos

Os que no Espiritismo vêem mais do que fatos;compreendem-lhe a parte filosófica; admiram a moral daídecorrente, mas não a praticam. Insignificante ou nula é ainfluência que lhes exerce nos caracteres. Em nada alteram seushábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. Considerama caridade cristã apenas uma bela máxima.

3o Verdadeiros Espíritas ou Espíritas Cristãos

Os que não se contentam com admirar a moral espírita, quea praticam e lhe aceitam todas as conseqüências.

Convencidos de que a existência terrena é uma provapassageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes paraavançar pela senda do progresso, única que os pode elevar nahierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se por fazer obem e coibir seus maus pendores.

As relações com eles sempre oferecem segurança, porque aconvicção que nutrem os preserva de pensar em praticar o mal.A caridade é, em tudo, a regra de proceder a que obedecem.

4o Espíritas Exaltados

Esta espécie de adeptos é mais nociva do que útil à causa doEspiritismo. Infunde confiança cega e freqüentemente pueril,no tocante ao mundo invisível, e leva a aceitar-se, sem verificação,aquilo cujo absurdo o exame demonstraria.

CENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITACENTRO ESPÍRITA

KARDEC, Allan. «Sede Perfeitos». OEvangelho segundo o Espiritismo. 119a ed.Rio de Janeiro: FEB, 2002. Cap. XVII. Item 4.

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visto. Assim também acreditamos que existem osEspíritos porque outras pessoas qualificadas têmnos falado, aquelas que possuem clarividência. Mas,se isto fosse pouco, também hoje desfrutamos dasevidências que nos proporciona a tecnologia. Aspsicofonias e as psicoimagens são um materialabundante na pesquisa parapsicológica.

Você como um respeitado médium, comovivencia esta condição? Em que é diferente doresto dos mortais?

R. A vidência, a clarividência e a precogniçãosão faculdades ou atributosde nossa mente. Mas nomomento em que um Espíritointervem em nossa consciênciajá estamos diante de umfenômeno mediúnico e nãoanímico.

Se numa reunião materia-liza-se um Espírito capaz dedeixar as suas impressõesdigitais que podem depoisser confrontadas com suaspegadas em vida, isso já nãopode ser criação da mente. Nósmédiuns somos pessoas quesentimos essas presenças comtanta realidade que chegam amudar as nossas vidas.

O que têm a dizer osEspíritos ao homem do mun-do moderno?

R. Vem a repetir o que jáestá dito e a dizer coisas novas.Nestes momentos de tantapressão emocional, nos trazema mensagem de esperança. Ocerto é que temos progredidomuito tecnologicamente, masainda não sabemos o que fazercom as nossas vidas. OsEspíritos vem a mostrar-nos ocaminho da caridade. A reali-dade do ser é a vida plena; a vida física é só oseu meio.

Como o Espiritismo em forma práticacontribuirá ao progresso da Humanidade?

R. Despertando o homem para sua própriarealidade. Fazendo-o consciente de si mesmo, paraque descubra a finalidade da vida na Terra. OEspiritismo oferece as propostas para que o homemtorne-se perfeitamente completo.

O que dizem os Espíritos sob o terceiro milênio?R. No terceiro milênio, que naturalmente se

demorará mil anos, eles dizem quea Terra atingirá seu ponto deevolução.

Mudará de um mundo deprovas e expiações a um mundo deregeneração. Embora, muitas doresnos esperam, muitos testemunhas;porque a proposta de transforma-ção moral para erradicar os vícios,os atavismos e os primitivismosnegativos, é feito pouco a pouco.Mas, pelo intermédio do amor e dalei de caridade, conseguiremos essaplenitude, desde que estejamosresolvidos a transformar-nos e porconseqüência transformar a Terra.

Uma mensagem para aspessoas que nunca na vidaescutaram falar da DoutrinaEspírita ou Espiritismo.

R. Uma mensagem de otimis-mo. A vida é uma bênção de Deuse deve ser vivida com essa plenitude.Os sofrimentos e problemas sãoacidentes no caminho, o valor quetêm, nós atribuímos-lhes, mas comoconsideramos que são técnicas deevolução, transformamos aquiloque parece desagradável numarealização de edificação e de enobre-cimento do ser humano. Vale a penaamar, aquele que ama é feliz, aqueleque espera ser amado é uma criança

psicológica.

ESPIRITISMO EESPIRITISMO EESPIRITISMO EESPIRITISMO EESPIRITISMO EESPÍRITASESPÍRITASESPÍRITASESPÍRITASESPÍRITAS

Divaldo Pereira Franco,professor aposentado. Fundou

em 1952, na cidade de Salvador(BA), com seu primo Nilson deSouza Pereira, a Mansão do

Caminho, instituição que oacolheu e tem educado a mais de600 filhos sob o regime de lares

substitutos. Palestrante e médiumespírita, realizou mais de 11 mil

palestras em 54 países,psicografou quase 200 livrosespíritas, que venderam 7,5

milhões de exemplares e que temsido traduzidos em 13 idiomas.Quando fala sob o Espiritismo

demonstra entusiasmo,jovialidade e sabedoria. Comesta bagagem, torna-se sem

dúvida o maior difusor daDoutrina Espírita no mundo.

FRANCO, Divaldo P. Entrevista Andespírita. Andespírita: Boletín EspíritaPeruano Boliviano. Arequipa (Peru): CEAK, ano 1, no 1, janeiro de 1996.

FRANCO, Divaldo P. Entrevista. Revista Más Allá de la Ciencia. Madri(Espanha): MC edições, janeiro de 1990.

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TRABALHO FEDERATIVOTRABALHO FEDERATIVOTRABALHO FEDERATIVOTRABALHO FEDERATIVOTRABALHO FEDERATIVO

MOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITA

«Os Espíritos anunciam que chegaram os temposmarcados pela Providência para uma manifestação

universal e que, sendo eles os ministros de Deus e osagentes de sua vontade, têm por missão instruir e

esclarecer os homens, abrindo uma nova era para aregeneração da Humanidade.» (112)

TRABALHO FEDERATIVO E

DE UNIFICAÇÃO DO

MOVIMENTO ESPÍRITA

O que é:

*Trabalho federativo e de unifica-ção do Movimento Espírita é umaatividade-meio que tem por objetivofortalecer, facilitar, ampliar e aprimo-rar a ação do Movimento Espírita emsua atividade-fim, que é a de promovero estudo, a difusão e a prática daDoutrina Espírita.

*Decorre da união fraterna,solidária, voluntária, consciente eoperacional dos espíritas e das

Instituições Espíritas, através da permuta deinformações e experiências, da ajuda recíproca edo trabalho em conjunto.

*É fundamental para o fortalecimento, oaprimoramento e o crescimento das InstituiçõesEspíritas e para a correção de eventuais desvios daadequada prática doutrinária e administrativa.

O que realiza:

*Realiza um permanente contato com osGrupos, Centros ou Sociedades Espíritas,promovendo a sua união e integração e colocandoà disposição dos mesmos, sugestões, experiências,trabalhos e programas de apoio de que necessitempara suas atividades.

*Realiza reuniões, encontros, cursos, confra-ternizações e outros eventos destinados a dirigentese trabalhadores espíritas, para a renovação eatualização de conhecimentos doutrinários eadministrativos, visando ao aprimoramento e àampliação das atividades das Instituições Espíritase à abertura de novas frentes de ação e de trabalho.

*Realiza eventos destinados ao grande público,para a divulgação da Doutrina Espírita, a fim deque o Espiritismo seja cada vez mais conhecido emelhor praticado.

Movimento Espírita

É o conjunto das atividades que têm porobjetivo estudar, divulgar e praticar a DoutrinaEspírita, contida nas obras básicas de AllanKardec, colocando-a ao alcance e a serviço detoda a Humanidade.

As atividades que compõem o MovimentoEspírita são realizadas por pessoas, isoladamenteou em conjunto, e por Instituições Espíritas.

As Instituições Espíritas compreendem:

*Os Grupos, Centros ou SociedadesEspíritas, que desenvolvem atividades gerais deestudo, difusão e prática da Doutrina Espíritae que podem ser de pequeno, médio ou grandeporte;

*As Entidades Federativas, que desenvolvemas atividades de união das Instituições Espíritase de unificação do Movimento Espírita;

*As Entidades Especializadas, que desen-volvem atividades espíritas específicas, tais comoas de assistência e promoção social e as dedivulgação doutrinária;

*Os Pequenos Grupos de Estudo doEspiritismo, fundamentalmente voltados para oestudo inicial da Doutrina Espírita.

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OOOOO

«O Espiritismo é uma questão de fundo;prender-se à forma seria puerilidade indigna dagrandeza do assunto. Daí vem que os centros

que se acharem penetrados do verdadeiroespírito do Espiritismo deverão estender as

mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-separa combater os inimigos comuns: a

incredulidade e o fanatismo.» (113)

Como se estrutura:

* Estrutura-se através da união dos Grupos,Centros ou Sociedades Espíritas que, preservandoa sua autonomia e liberdade de ação, conjugamesforços e somam experiências, objetivando opermanente fortalecimento e aprimoramento dassuas atividades e do Movimento Espírita em geral.

* Os Grupos, Centros ou Sociedades Espíritas,unindo-se, constituem as Entidades e Órgãosfederativos ou de unificação do MovimentoEspírita local, regional, estadual ou nacional.

* As Entidades e Órgãos federativos e deunificação do Movimento Espírita em nívelnacional, constituem a Entidade de unificação doMovimento Espírita em nível mundial – oConselho Espírita Internacional.

Diretrizes do trabalho federativo e de

unificação do Movimento Espírita

O trabalho federativo e de unificação doMovimento Espírita, bem como o de união dosespíritas e das Instituições Espíritas, baseia-se nosprincípios de fraternidade, solidariedade, liberdadee responsabilidade que a Doutrina Espíritapreconiza.

Caracteriza-se por oferecer sem exigircompensações, ajudar sem criar condicionamentos,expor sem impor resultados e unir sem tolheriniciativas, preservando os valores e as característicasindividuais tanto dos homens como das Instituições.

A integração e a participação das InstituiçõesEspíritas nas atividades federativas e de unificaçãodo Movimento Espírita, sempre voluntárias econscientes, são realizadas em nível de igualdade,sem subordinação, respeitando e preservando aindependência, a autonomia e a liberdade de açãode que desfrutam.Todo e qualquer programa oumaterial de apoio colocado à disposição dasInstituições Espíritas não terão aplicaçãoobrigatória, ficando a critério das mesmasadotá-los ou não, parcial ou totalmente, ouadaptá-los às suas próprias necessidades ouconveniências. Em todas as atividades federativas e

de unificação do Movimento Espírita deve sersempre estimulado o estudo metódico,constante e aprofundado das obras de AllanKardec, que constituem a CodificaçãoEspírita, enfatizando-se as bases em que aDoutrina Espírita se assenta.

Todas as atividades federativas e deunificação do Movimento Espírita têm porobjetivo maior colocar, com simplicidade eclareza, a mensagem consoladora e orientadorada Doutrina Espírita ao alcance e a serviço detodos, especialmente dos mais simples, pormeio do estudo, da oração e do trabalho.

Em todas as atividades federativas e deunificação do Movimento Espírita deve sersempre preservado, os que delas participam,o natural direito de pensar, de criar e de agirque a Doutrina Espírita preconiza, assentando--se, todavia, todo e qualquer trabalho, nas obrasda Codificação Kardequiana.

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. Divulgue oEspiritismo, uma nova era para a Humanidade: Folhetos daCampanha de Divulgação do Espiritismo. Brasília: CEI, 1998.

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O CONSELHO ESPÍRITA INO CONSELHO ESPÍRITA INO CONSELHO ESPÍRITA INO CONSELHO ESPÍRITA INO CONSELHO ESPÍRITA INTTTTT ERERERERER

MOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITA

O Conselho Espírita Internacional ––CEI, fundado o 28 de novembro de1992, é o organismo resultante daunião, em âmbito mundial, dasassociações que representam osMovimentos Espíritas Nacionais.O CEI, inicialmente iniciou com 9instituições, hoje em dia conta com32 em 4 continentes, sendo estasrepresentantes dos seguintespaises: Alemanha, Angola,Argentina, Austrália, Bélgica,Bolívia, Brasil, Canadá, Chile,Colômbia, Cuba, Equador, ElSalvador, Espanha, EstadosUnidos, França, Guatemala,Holanda, Honduras, Itália, Japão,México, Nova Zelândia, Noruega,Paraguai, Peru, Portugal, ReinoUnido, Suécia, Suíça, Uruguai eVenezuela.

1. O Estatuto do Conselho Espírita Interna-cional observa:

O Conselho Espírita Internacional (CEI) é oorganismo resultante da união, em âmbito mundial,das Associações Representativas dos MovimentosEspíritas Nacionais.

São finalidades essenciais e objetivos do CEI:I – promover a união solidária e fraterna das

Instituições Espíritas de todos os países e aunificação do Movimento Espírita mundial;

II – promover o estudo e adifusão da Doutrina Espírita emseus três aspectos básicos:científico, filosófico e religioso;

III – promover a prática dacaridade espiritual, moral ematerial à luz da DoutrinaEspírita.

As finalidades e objetivos doCEI fundamentam-se na Dou-trina Espírita codificada por AllanKardec e nas obras que, seguindosuas diretrizes, lhe são comple-mentares e subsidiárias.

ESPIRITISMO NOESPIRITISMO NOESPIRITISMO NOESPIRITISMO NOESPIRITISMO NOMUNDOMUNDOMUNDOMUNDOMUNDO

A A A A A REVISTA ESPÍRITAREVISTA ESPÍRITAREVISTA ESPÍRITAREVISTA ESPÍRITAREVISTA ESPÍRITAAllan Kardec iniciou a sua publicação em

janeiro de 1858 e continuou na direção até a suadesencarnação 1869; o último número sob asua orientação foi em abril de 1869. De 1869até 1914 a Revista continou sendoeditada, tinha entre os seus colabo-radores eminentes espíritas como LéonDenis e Camille Flammarion.

Entre 1914 e 1918, sofreu inter-rupção por motivo da I GuerraMundial. Em outubro de 2000, foiaprovada na 7a reunião do ConselhoEspírita Internacional, a proposta daUnion Spirite Française et Francophone(USFF), para a publicação em conjuntoda Revista.

Atualmente La Revue Spirite continuasendo editada, além da edição emfrancês, existe a edição em espanhol,inglês e esperanto.

Depois da publicação deO Livro dos Espíritos, o Espi-ritismo cresceu rapidamente naEuropa. Allan Kardec mencionaem O Evangelho segundo o Espiritismo

que manteve correspondênciacom quase mil Centros Espíritasem todo o mundo. A propagaçãoespírita continuou até 1914. Porcausa da I e II Guerra Mundial, oEspiritismo praticamente desapa-receu do solo europeu, para florirnas Américas. Argentina, México,Cuba, Colômbia, entre outrospaíses, promoveram sua conti-nuação durante o século XX,

destacando-se o Brasil, país que conseguiu iniciaro século XXI com um número estimado de 30milhões de espíritas e simpatizantes.

O surgimento do Conselho EspíritaInternacional e a reaparição de novos gruposespíritas em vários continentes vislumbram umanova etapa do Espiritismo no mundo.

Divaldo Franco

contribuiu para a

difusão do Espiritismo

em todo o mundo.

A Revista Espírita,

editada pelo CEI e a

USFF circula em

diversos paises.

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NNNNNTTTTT ERNACIONAL ERNACIONAL ERNACIONAL ERNACIONAL ERNACIONAL –––––––––– CEI CEI CEI CEI CEI

Alguns acontecimentos e dados sob os reflexosda obra de Allan Kardec no Brasil.

1) Quantidade de espíritas no Brasil: 2,3milhões (dados do último Censo 2000 – IBGE).Considera-se que há 30 milhões de simpatizantes;

2) Número de Instituições Espíritas no

Brasil: 10 mil, oficialmente cadastradas junto àFederação Espírita Brasileira;

3) Serviço social: Aproximadamente 10 mil(hospitais, creches, orfanatos, asilos e centrosespíritas), atuando junto à comunidade efavorecendo a inclusão social. Somente uma dessasinstituições, o Lar Fabiano de Cristo, com uma redenacional, anualmente, ampara 100 mil famílias emestado de extrema pobreza. Este trabalho foiadotado como modelo recomendado pelaUNESCO para países em desenvolvimento. Entreas instituições beneficentes, há 76 hospitais espíritas;

4) Livros Espíritas: há 200 editoras espíritasno país, responsáveis pela edição de 6 mil títulos etotalizando aproximadamente 100 milhões de livroseditados. Todos esses livros decorrem do estudodas obras de Allan Kardec. Apenas a FederaçãoEspírita Brasileira (FEB) mantém a edição de maisde 400 títulos, tendo editado cerca de 11 milhõesde exemplares de livros de Allan Kardec, 15milhões de livros de Francisco Cândido Xavier e13 milhões de exemplares de autores variados,

totalizando perto de 39 milhões delivros publicados.

5) Reconhecimento público:

Há centenas de cidades que possuemlogradouros públicos, como praças eruas, com o nome de Allan Kardec.As lideranças espíritas do Brasil foramagraciadas com centenas de home-nagens, pela atuação em atividades, emserviços sociais desenvolvidas nas insti-tuições espíritas, por iniciativas daCâmara dos Deputados, de Assem-bléias Legislativas dos Estados e deCâmaras Municipais. Há Câmara de

Vereadores e Assembléias Legislativas, das váriasregiões do país, que aprovaram Leis estabelecendoo «Dia do Livro Espírita».

Todo e qualquer programa e material de apoiooferecido pelo CEI não terá aplicação obrigatória,ficando a critério das Entidades Espíritas adotá-loou não, parcial ou totalmente, ou adaptá-lo às suaspróprias necessidades ou conveniências.

As entidades que integram o CEI mantêm asua autonomia, independência e liberdade de ação.A vinculação com o CEI tempor fundamento e objetivo asolidariedade e a união fraterna.

2. As atividades relacionadasno presente documento sãoapresentadas a título de sugestão.As Instituições Espíritas, no usode sua liberdade, poderão realizá--las na medida em que o seudesenvolvimento e crescimentocriem condições para tanto equando os seus dirigentesconsiderarem oportuno.

3. As atividades espíritasserão sempre realizadas de formacompatível com as característicasdo ambiente social e com a legislação do país emque se desenvolvam.

A Federação EspíritaBrasileira –– FEB tem editado10 milhões de livros de Allan

Kardec e atualmentepublica a Revista Espírita

de 1858 a 1869.

BRASILBRASILBRASILBRASILBRASIL

ConselhoEspíritaInternacionalSecretaria GeralSGAN – Q. 603 – Conj. F70830-030 – Brasília – [email protected]

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. La Revista Espírita:Edição em espanhol. No 4. Brasília: CEI –– USFF, 2004. P. 34.

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL –– CEI. Divulgue oEspiritismo, uma nova era para a Humanidade: Folhetos daCampanha de Divulgação do Espiritismo. Brasília: CEI, 1998.

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CAMPANHAS ESPÍRITASCAMPANHAS ESPÍRITASCAMPANHAS ESPÍRITASCAMPANHAS ESPÍRITASCAMPANHAS ESPÍRITAS

MOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITAMOVIMENTO ESPÍRITA

Campanha do Estudo Sistematizado da Doutrina

Espírita –– ESDE

Campanha para estimular a implantação do ESDE nos

grupos espíritas. ESDE é a reunião privativa dos grupos,

com o objetivo do estudo metódico, continuado e sério do

Espiritismo.

Campanhas «Conheça o

Espiritismo» e «Divulgue o

Espiritismo»

Com o objetivo de tornar aDoutrina Espírita cada vez maisconhecida e melhor compreendidae praticada o Conselho EspíritaInternacional aprovou dois textos queestão à disposição do MovimentoEspírita Internacional: um sob aDoutrina Espírita «Conheça oEspiritismo», dirigido às pessoasinteressadas em conhecer oEspiritismo; e outro sob o próprioMovimento Espírita «Divulgue oEspiritismo», destinado às pessoas einstituições interessadas em pôr aDoutrina Espírita ao alcance e aserviço de todos os homens, parapromover e realizar o seu estudo,divulgação e prática.

12145

SSSSS

A Campanha «Em Defesa da Vida» alerta

as sociedades sobre as conseqüências

espirituais dos atentados contra a vida

sob a ótica espírita, como o aborto, a

eutanásia, a pena de morte e o suicídio.

No Brasil, o Conselho Federativo Nacional –CFN, da Federação Espírita Brasileira – FEB,elaborou um plano de ação trazendo váriosprojetos, procurando melhorar o trabalho deunificação.

Entre outros, surgiu a proposta de realizar umacampanha dedicada a oferecer caminhos deconstrução da paz, para os homens em geral«Campanha construamos a Paz promovendo oBem», e uma outra para implementar a açãointegrada junto às instituições espíritas, envolvendoas famílias, especialmente as crianças e jovens daevangelização infanto-juvenil «Campanha o Melhoré viver em Família» e uma outra valorizando aimportância da vida «Campanha em Defesa daVida».

Logomarca do

Bicentenário

do Nascimento

de Allan

Kardec,

1804 – 2004.

CAMPANHA

EVANGELHO

NO

LAR

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PÁGINASPÁGINASPÁGINASPÁGINASPÁGINASELETRÔNICASELETRÔNICASELETRÔNICASELETRÔNICASELETRÔNICAS

Agênere — (Do grego – a, privativo, e –géiné, géinomai, gerar; que não foi gerado.) —Modalidade da aparição tangível; estado decertos Espíritos, quando temporariamenterevestem as formas de uma pessoa viva, ao

ponto de produziremilusão completa.

Alma — Espíritoencarnado.

Animismo — Todamanifestação mediúnicaoriginária do Espírito domédium.

Batedor — Qualida-de de alguns Espíritos,daqueles que revelam suapresença num lugar pormeio de pancadas e ruídosde naturezas diversas.

Desencarnado —

Estado do Espírito depoisda morte do corpo.

Desobsessão — Tratamento mediúnico paraesclarecer aos Espíritos que perturbam o serencarnado.

Ectoplasma — Subs-tância extraída pelosEspíritos do corpo dosmédiuns de efeitos físicospara a produção de fenô-menos materiais.

Encarnado — Estadodo Espírito na matéria.

Erraticidade — Es-tado dos Espíritos errantes,ou erráticos, isto é, nãoencarnados, durante ointervalo de suas existên-cias corpóreas.

Espírita — O quetem relação com o Espiri-

tismo; adepto do Espiritismo.Espiritismo — Doutrina fundada sobre a

crença na existência dos Espíritos e em suasmanifestações.

Espírito — Princípio inteligente doUniverso.

Espiritualismo — Usa-se em sentidooposto ao de materialismo; crença na existência

VOCABULÁRIOVOCABULÁRIOVOCABULÁRIOVOCABULÁRIOVOCABULÁRIO

Ectoplasma

Erraticidade

Mater ia l ismo

Doutrina que nãoadmite a existência dealgo além da matéria.(Deus, Espírito, etc.)Tem servido de basepara muitas doutrinas evem sendo adotada pordiversos homens deciência.

Doutrina que admite aexistência de algo, alémda matéria. (Deus,Espírito, etc.) Temservido de base paratodas as doutrinasreligiosas como oCristianismo, o Budismo,o Hinduísmo, etc.

Espir i tual ismo

Para obter maiores informações sobre a Doutrina

Espírita visite as seguintes páginas eletrônicas:

Em espanhol:

www.espiritas.eswww.espiritismo.eswww.larevistaespirita.com

www.consejoespirita/esde

Em francês:

www.spiritisme.net

12147

da alma espiritual e imaterial.O espiritualismo é a base de todas as religiões.Espiritualista — É espiritualista aquele que

acredita que em nós nem tudo é matéria.Espíritos — os Espíritos são os seres

inteligentes da criação, que povoam o Universo,fora do mundo material, e constituem o mundoinvisível. Não são seres oriundos de uma criaçãoespecial, porém, as almas dos que viveram naTerra, ou nas outras esferas, e que deixaram oinvólucro corporal.

Expiação — Resgate de débitos passados.Fluidificada — Água

fluidificada ou água magne-tizada.

Mediunidade — Facul-dade dos médiuns.

Médium — Pessoa quepode servir de intermediáriaentre os Espíritos e oshomens.

Passe — Imposiçãode mãos, transmissão deenergia.

Perispírito — Envoltó-rio semimaterial do Espírito.Nos encarnados, serve deintermediário entre o Espí-rito e a matéria; nos Espíritoserrantes, constitui o corpofluídico do Espírito.

Psicofonia — Comuni-cação dos Espíritos pela vozde um médium falante.

Psicografia — Escritados Espíritos pela mão deum médium.

Psicógrafo — Aqueleque faz psicografia; médiumescrevente.

Reencarnação — Voltado Espírito à vida corpórea,pluralidade das existências.

Sematologia — Lingua-gem dos sinais. Comunicação dos Espíritos pelomovimento dos corpos inertes.

Tiptologia — Linguagem por pancadas, oubatimentos: modo de comunicação dosEspíritos.

A mediunidade é a

faculdade que permite obter

informações do mundo

espiritual, tal como

demonstra a ilustração

(abaixo) de Maria de

Nazareth, orientada pelo

médium Chico Xavier

(acima).

DOUTRINADOUTRINADOUTRINADOUTRINADOUTRINA

Espir i t ismo

Doutrina espiritualista que não sóadmite a existência de Deus e aImortalidade da Alma, mas comprovas materiais demonstra a suaexistência. A diferença doEspiritualismo, aceita a comunicaçãocom os Espíritos.

Em português:

www.espirito.org.brwww.febnet.org.brwww.irc-espiritismo.org.brwww.mansaodocaminho.com.br

www.panoramaespirita.com.brwww.pinturamediunica.comwww.plenus.net

www.radioboanova.com.brwww.tvcei.com

Em inglês:

www.buss.org.uk

www.sygn.comwww.usspiritistcouncil.comwww.ssbaltimore.org

Em diversos idiomas:

www.geae.inf.brwww.conselhoespirita.com

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LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROS

Allan Kardec

O Livro dos Espíritos 1857O que é o Espiritismo 1859O Livro dos Médiuns 1861O Espiritismo na sua expressão

mais simples 1862O Evangelho segundo o Espiritismo 1864O Céu e o Inferno 1865A Gênese 1868Revista Espírita (12 vol.) 1858-1869Obras Póstumas 1890

OBRAS BÁSICASOBRAS BÁSICASOBRAS BÁSICASOBRAS BÁSICASOBRAS BÁSICAS

André Luiz

Nosso Lar 1944Os Mensageiros 1944Missionários da Luz 1945Obreiros da Vida Eterna 1946No Mundo Maior 1947Agenda Cristã 1948Libertação 1949Entre a Terra e o Céu 1954Nos domínios da mediunidade 1955Ação e reação 1957Evolução em dois mundos 1959Mecanismos da mediunidade 1960Conduta Espírita 1960Sexo e destino 1963Desobsessão 1964E a vida continua... 1968

Emmanue lÉ o nome do Espírito quetutelou a atividade mediúnicade Francisco Cândido Xavier.Autor de diversos livros comoHá dois mil anos, Emmanuelfoi o Senador Publio Lentulus,autor de uma carta famosaonde descreve o Cristo. NoBrasil viveu como o padreManuel da Nóbrega, maistarde na Espanha foiconhecido como o PadreDamião.

Humberto de Campos(Pseudônimo Irmão X)Famoso jornalista e escritor,membro da renomadaAcademia Brasileira de Letras.Escreveu doze livros atravésdo médium FranciscoCândido Xavier-Chico Xavier,narrando espetacularesreportagens do além.

Schei l laTemos notícias de apenasduas encarnações deScheilla: uma na França doséculo XVI, conhecida comoSanta Joana de Chantal(canonizada em 1767) e outrana Alemanha, ondedesencarnou em 1943, comoScheilla, enfermeira daSegunda Guerra Mundial. Nomundo espiritual vinculou-se aequipe do Dr. Bezerra deMenezes.

O livro Nosso Lar, jásuperou aextraordinária soma deum milhão e meio deexemplarespublicados, além de tersido traduzido emquatorze idiomas,convertendo-se na obramediúnica maisdifundida no mundo.

Breves resenhas históricas de autoresespirituais de destaque, conhecidos pelamediunidade de Francisco Cândido Xaviere Divaldo Pereira Franco. Algumas dassuas mensagens psicografadas forampublicadas nos capítulos deste livro.

OBRASOBRASOBRASOBRASOBRASSUPLEMENTARESSUPLEMENTARESSUPLEMENTARESSUPLEMENTARESSUPLEMENTARES

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AUTORESAUTORESAUTORESAUTORESAUTORESESPIRITUAISESPIRITUAISESPIRITUAISESPIRITUAISESPIRITUAIS

Francisco Cândido Xavierpsicografou mais dequatrocentas obras

mediúnicas, de centenas deautores espirituais,

atingindo os mais diversosassuntos, entre poesias,

romances, contos, crônicas,histórias em geral, ciência,religião, filosofia, literatura

infantil, etc. Sem dúvida, foium presente valioso que o

Alto ofereceu ao homem doséculo XX.

Emmanuel – Narrativas Históricas

Há dois mil anos 1939Cinqüenta anos depois 1940Paulo e Estêvão 1942Renúncia 1943Ave, Cristo! 1953

Emmanuel – Mensagens Espirituais

Caminho, Verdade e Vida 1949Pão Nosso 1950Vinha de Luz 1952Fonte Viva 1956

OBRASOBRASOBRASOBRASOBRASSUPLEMENTARESSUPLEMENTARESSUPLEMENTARESSUPLEMENTARESSUPLEMENTARES

Leituras de outros autores recomendados:

Alexandre AksakofAmalia Domingo SolerCamille FlammarionDivaldo Pereira FrancoErnesto BozzanoGabriel DelanneHerculano PiresHermínio C. MirandaLéon DenisSir Arthur Conan DoyleYvonne do A. Pereira

Joanna de ÂngelisEspírito que orienta a

mediunidade de DivaldoPereira Franco, integrou a

equipe do Espírito daVerdade. Encarnada, foi

conhecida como Joana deCusa, contemporânea de

Jesus; Soror Joana Inês daCruz, no México do século

XVII e como a abadessaJoanna Angélica, no Brasil

do século XVIII.

André LuizMédico brasileiro

desencarnado, autor dediversos livros psicografados

pelo médium FranciscoCândido Xavier. Sua principal

obra Nosso Lar foipublicada em 1944, onde

descreve cidades espirituaispróximas à Terra.

Amélia RodriguesPoetisa brasileira, autora dediversos livros psicografados

pelo médium DivaldoPereira Franco. No seu livroSol de Esperança destaca-

-se a mensagem “Poema deGratidão” utilizado pelo

médium e orador espíritaem diversas palestrasrealizadas em todo o

mundo.

A U T O R E SA U T O R E SA U T O R E SA U T O R E SA U T O R E SDIVERSOSDIVERSOSDIVERSOSDIVERSOSDIVERSOS

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MEMBROS DO CEIMEMBROS DO CEIMEMBROS DO CEIMEMBROS DO CEIMEMBROS DO CEI

1 — A L E M A N H AUnião dos Grupos Espíritas AlemãesGerhart-Hauptmann-Str. 11-FD-40699 ERKRATH ––DEUTSCHLANDTel. + Fax: 0049 (0) 211-25 25 26e-mail: [email protected] — A N G O L ASociedade Espírita Allan Kardec deAngolaRua Amílcar Cabral, 29 –– 4o BLUANDA –– ANGOLATel./Fax: 00 2 442 334 030 (residencial)e-mail: [email protected] — A R G E N T I N AConfederación Espiritista ArgentinaSánchez de Bustamante, 4631173 –– BUENOS AIRES –– ARGENTINATel./Fax: 00 54 11 4862-63 14e-mail: [email protected] — A U S T R Á L I AFranciscans Spiritist House1 Lister Ave. –– Rockdale 2216 ––SYDNEY –– NSWGloria Collaroy (02) 9597 6585e-mail:[email protected] — B É L G I C AUnion Spirite Belge43 Rue Maghin, B-4000 LIEGE ––BELGIQUE (BÉLGICA)Tel.: 00 32 (04) 227-6076http://users.skynet.be/usbe-mail: [email protected] — B O L Í V I AFEBOL –– Federación Espírita BolivianaCalle Libertad, 382 entre Seoane yBuenos Aires. Casilla de Correo 6756SANTA CRUZ DE LA SIERRA ––BOLIVIATel.: 00 59 133363998 –– 00 591 3337.6060www.spiritist.org/bolivia/e-mail: [email protected] — B R A S I LFederação Espírita BrasileiraAv. L2 Norte –– Quadra 603 –– Conj. F ––Asa Norte70830-030 –– BRASÍLIA –– DF –– BRASILTel.: 00 55 (0) 61 3321-1767www.febnet.org.bre-mail: [email protected] — C A N A D ÁMouvement Spirite Québécois4866, Ste-Catherine est MONTRÉAL ––QUÉBEC H1V 1Z6Tel.: 514 899-0139http://spirite.qc.cae-mail: [email protected] — C H I L ECentro de Estudios Espíritas BuenaNuevaCalle Nelson, 1721 –– Ñuñoa –– SantiagoSANTIAGO –– CHILETel.: 056 2 737.9424e-mail: [email protected]/chile1 0 — C O L Ô M B I AConfederación Espiritista ColombianaCalle 22 A Sur No. 9-71/81 BOGOTÁ —COLOMBIATel./Fax: 00 57 1 287-0107www.geocities.com/confecole-mail: [email protected] 1 — C U B ASociedad Amor y Caridad UniversalCalle 30 N. 2305, e/23 y 25, PlayaLA HABANA — CUBAe-mail: [email protected] 2 — E Q U A D O RFederación Espiritista del EcuadorCdla, Huancavelica Mz. D-1 Villa 1 —GUAYAQUIL –– ECUADORCasilla Postal: 09 – 01 – 11336

Tel.: 00 52 5715-0660 –– Fax: 00 52 5715-2545e-mail: [email protected] 3 — N O R U E G AGruppen for Spiritistiske Studier AllanKardecJens Bjelkesgt. 13B 0562 OSLO ––NORWAYTel.: (47) 22 19 44 69www.geeaknorge.come-mail: [email protected]—NOVA ZELÂNDIAAllan Kardec Spiritist Group of NewZealand3/10 Croydon Road –– Balmoral ––AUCKLANDNEW ZEALANDTel.: 00 64 9 630 5506http.://groups.yahoo.com/group/AllanKardecSpiritistGroupOfNewZealand/e-mail: [email protected] 5 — P A R A G U A ICentro de Filosofía Espiritista ParaguayoCalle Amancio González, 265 ––ASUNCIÓN –– PARAGUAYTel./Fax: 00 595 21 90.0318www.spiritist.org/paraguay/e-mail: [email protected] 6 — P E R UFederación Espírita del Perú –– FEPERÚJr. Salaverry 632-1 Magdalena –– LIMA ––PERÚTel.: 00 (51) 1 273 5902 y 44O1919e-mail: [email protected]/peru2 7 — P O R T U G A LFederação Espírita PortuguesaPraceta do Casal Cascais, Lote 4-R/C AAlto da Damaia 2720-090 AmadoraTel.: 00 (351) 214975754e-mail: [email protected]—REINO UNIDOBritish Union of Spiritist Societies-BUSS59, Wandsworth High StreetLONDON SW18 2PT –– ENGLAND –– UKwww.buss.org.uke-mail: [email protected] 9 — S U É C I ASvenska Spiritistiska Förbundetc/o Olof Bergman. Sotingeplan 44, 1tr ––16361STOCKHOLM –– SVERIGETel.: 00 46 (8) 89-4105www.spir i t ism.see-mail: [email protected] 0 — S U Í Ç AUnion des Centres d’Études Spirites enSuissePostach: CH 8404 –– WINTERTHUR ––SUISSETel. privé: ++ 41/ 055 210 1878www.spir i t ismus.che-mail: [email protected] 1 — U R U G U A IFederación Espírita UruguayaAv. General Flores 4689,11100 –– MONTEVIDEO –– URUGUAYTel.: 00 598 62 24980e-mail: [email protected] 2 — V E N E Z U E L AAsociación Civil "Sócrates"Carrera 23 entre Calle 8 y Av. MoranEdificio: Roduar IV apto 2-3Barquisimeto –– ESTADO LARA ––VENEZUELATel.: 0251-2527423e-mail: [email protected]

Tel.: (593-4) 2 434048www.spiritist.org/ecuadore-mail:[email protected] — EL SALVADORFederación Espírita de El Salvador39 Calle Poniente No. 579 y 571, Barrio BelénSAN SALVADOR –– EL SALVADORTel.: 00 (503) 502 2596e-mail: [email protected] — ESPANHAFederación Espírita EspañolaC/Dr. Sirvent, 36 A. 03160 –– AlmoradíALICANTE –– ESPAÑATel.: 00 34 626311881www.espir i t ismo.cce-mail: [email protected] — ESTADOS UNIDOSUnited States Spiritist CouncilP.O BOX 14026 20044-4026, WASHINGTON,D.C. –– USATel.: 00 1 (240) 453.0361/Fax: 00 1 (240)453.0362www.usspiritistcouncil.orge-mail: [email protected] 6 — F R A N Ç AUnion Spirite Française et Francophone1, Rue du Docteur Fournier Boite postale 27 0737027 TOURS –– FRANCETel.: + 33 (0) 2 47 46 27 90e-mail: [email protected]/1 7 — G U A T E M A L ACadena Heliosóphica Guatemalteca14 Avenida 9-66, Zona 12.CIUDAD DE GUATEMALA –– GUATEMALA01012.Tel.: 00 (502) 440 1292–00 (502) - 471 8511www.guatespirita.orge-mail: [email protected] 8 — H O L A N D ANederlandse Raad voor het SpiritismePostadres: Klokketuin 15 –– 1689 KN HOORNTel.: 00 31 (0) 229 234527www.nrsp.nle-mail: [email protected] 9 — H O N D U R A SAsociación Civil de Proyección Moral ––ACIPROMOZona de Tiloarque, Colonia El Contador,Calle principal, lote 3 y 4Apartado postal # 2634 TEGUCIGALPA ––HONDURASTel.: 504-2379312e-mail: [email protected] 0 — I T A L I ACentro Italiano Studi Spiritici Allan KardecCasella Postale 207, Aosta Centro, 11100 ––AOSTA –– ITALIAwww.spiritist.org/italiaTel.: 00 39 (0) 165 903487e-mail: [email protected] 1 — J A P Ã OComunhão Espírita Cristã Francisco C. XavierCódigo Postal 272-0143 Flat Top Valley 1013-13-20 Ainokawa –– ICHIKAWA-SHI –– CHIBAe-mail: [email protected] ism.jp2 2 — M É X I C OCentral Espírita MexicanaRetorno Armando Leal 14 –– Apartado PostalNo. 117-060. CP. 07091 –– CIUDAD DEMÉXICO –– D. F. –– MÉXICO

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La Biblia Sagrada. Evangelio según san Mateo. Disponível em < http://www.ciudadseva.com/textos/otros/sermon.htm > Acesso em 1 de fev. de2005.

PORRAS, Isabel G. ¿Qué es el Pase? II Parte. Disponível em < http://www.espiritismo.cc/modules.php?name=News&file=article&sid=131 >Acesso em 1 de fev. de 2005.

OLIVEIRA, Sergio F. Pineal – A união do corpo e da alma. Instituto dePesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas – IPPB. Disponível em < http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1900 >Acesso em 20 de fev. de 2005.

SIMÕES, Vanda. A Reunião pública. Grupo Espírita Bezerra de Menezes.Disponível em < http://www.espirito.org.br/portal/palestras/gebm/a-reuniao-publica.html > Acesso em 1 de fev. de 2005.

Revistas, Boletins e Folhetos

CONSEJO ESPÍRITA INTERNACIONAL – CEI. La Revista Espírita:Edição em espanhol. Números 1 a 6. Brasília: CEI – USFF, 2004-2005._____. Conheça o Espiritismo, uma nova era para Humanidade: Folhetos daCampanha de Divulgação do Espiritismo. Brasília: CEI, 1998._____. Divulgue o Espiritismo, uma nova era para a Humanidade: Folhetos daCampanha de Divulgação do Espiritismo. Brasília: CEI, 1998.

HU, Luis. Andespírita: Boletín de información espírita peruano boliviano.Entrevista Andespírita. Arequipa (Perú): CEAK, ano 2, no 5, janeiro de 1997._____. Andespírita: Boletín de información espírita peruano boliviano.¿Qué es ser espírita?. Arequipa (Perú): CEAK, ano 1, no 1, janeiro de 1996.

MÁS ALLÁ DE LA CIENCIA, Revista. Diversos números. Madrid(Espanha): MC Ediciones.

VISÃO ESPÍRITA, Revista. Diversos números. Salvador (BA): SEDA.

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Créditos das Ilustrações

Embaixo estão numeradas as fontes das ilustrações deste livro.A localização está designada como: (a) acima (b) abaixo (c) centro (i)esquerda (d) direita.

Solução das Atividades

Capítulo 1

1. a) fenômenos mediúnicos.b) mesas falantes ou mesas girantes.c) 1854.d) primeiros centros espíritas.e) a primeira Sociedade Espírita Société Parisienne des Études Spirites.

2. b, d, a, c, e.3. a) Codificar o Espiritismo.

b) O surgimento do Espiritismo.c) O Fenômeno de Hydesville.d) O Livro dos Espíritos.e) Florence Cook.

4. a) V b) V c) F d) F e) VCapítulo 2

1. a) na residência da família Baudin.b) O Espiritismo.c) ciência de observação –– doutrina filosófica.d) Cristo –– Moisés.e) o Evangelho de Jesus.

2. b, e, d, a, c.3. a) Pentateuco Kardequiano.

b) Consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos.c) Compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas.d) Como religião natural, a que parte do coração e vai diretamente a Deus.e) Porque contém todas as condições que Jesus prometeu.

4. a) V b) V c) F d) V e) VCapítulo 3

1. a) conforme o progresso.b) não há efeito sem causa.c) espírito –– matéria.d) inteligentes da Criação.e) incorpóreos.

2. d, e, b, c, a.3. a) Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

b) Uma insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz.c) Na consciência.d) Sua união com o princípio vital.e) Eterno, Imutável, Imaterial, Único, Onipotente e Soberanamente justo e bom.

4. a) F b) F c) F d) F e) VCapítulo 4

1. a) povoam o Universo.b) Espírito puro.c) simples –– ignorantes.d) expansibilidade –– absorção.e) seu perispírito.

2. d, c, a, e, b.3. a) Sim, conforme à afeição que lhes consagravam.

b) Depende da elevação de cada um.c) Nada, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor.

d) Do fluido universal.e) Nas comunicações mediúnicas.

4) a) V b) V c) F d) V e) FCapítulo 5

1. a) a ressurreição.b) reencarnação.c) diferentes mundos.d) individuais –– coletivas.e) profissionais da matéria.

2. c, a, e, b, d.3. a) Na justiça de Deus e na revelação espiritual.

b) Reparação, Aprendizagem e Elevação.c) Tantas vezes quantas sejam necessárias.d) Espírito puro.e) São aqueles que estão esperando uma nova existência para melhorar-se.

4) a) F b) V c) V d) V e) VCapítulo 6

1. a) o mundo dos Espíritos.b) bons Espíritos.c) a Lei de Deus –– dela o separa.d) destruindo ao materialismo.e) o pensamento é tudo.

2. e, c, a, b, d.3. a) Certo e muitos que julgam não se conhecerem costumam reunir- -se e falar-se.

b) O das forças.c) Jesus.d) Expiação e provas.e) O direito a vida.

4. a) V b) V c) V d) F e) FCapítulo 7

1. a) pensamentos –– atos.b) fazem mal.c) os bons Espíritos.d) faculdade.e) a obsessão.

2. c, a, e, b, d.3. a) A aqueles cuja faculdade está claramente caracterizada.

b) Pelo mau uso.c) Protetores, familiares e simpáticos.d) Disciplina, disciplina, disciplina.e) Mecânicos, semimecânicos e intuitivos.

4. a) F b) V c) F d) V e) VCapítulo 8

1. a) obsessões.b) amor –– solidariedade.c) seus seguidores.d) Magnético, Espiritual e Magnético Espiritual.e) ajuda espiritual.

2. d, a, b, e, c.3. a) Obsessão Simples, Fascinação e Subjugação.

b) De ordem psíquica e espiritual.c) O passista é aquele que ministra o passe.d) Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança.e) As causas morais, relativas ao passado, as contaminações espirituais e as causas anímicas ou auto-obsessão.

4. a) V b) V c) V d) V e) F

112bi. 132ai. 134ad. 136ad. 142ad. 143b.

145ad. 145(2)c. 145bd.

Florencio Anton

98cd. 98b. 132ad. 137(1)bi. 137(2)bi. 138.

148bd.

Hemera Photo Objects

45ci. 64ad. 85ad. 137ad. 141.

Key Photo Clips

43bi. 43bd. 46(1)ci. 46(2)ci. 46bi. 46bd.

53bd. 65cd. 71bd. 71(2)cd. 109ad. 109bi. 129.

Luis Hu Rivas

1: Portada. 6-7: Ilustrações. 10-11.12a. 23.

26ad. 27ad. 30ad. 31ad. 32ad. 32bi. 36-37.

38bi. 39ad. 40ad. 41ad. 42ad. 42bi. 43ad.

44ad. 44bd. 45ad. 47ad. 50-51. 53bi. 54ad.

55ad. 56ad. 58bi. 62-63. 65bd. 66cd. 67ai.

69c. 70ad. 73ai. 76-77. 78ad. 78bi. 79cd.

79bi. 80a. 81bi. 82bi. 85(2)cd. 86ad. 86bi.

87cd. 90-91. 101ad. 101bi. 104-105. 106bi.

107ad. 112ad. 113cd. 114ai. 114ad. 114bi.

115bd. 120a. 123ad. 126-127. 128. 132. 133.

135bd. 139. 142bd. 142ad. 144ad. 145(1)c.

145bi. 146bi. 150.

La Revista Espírita

5. 13ai. 13(2)cd. 13bi. 13bd. 14ad. 14bi. 14bd.

15cd. 16ad. 16bi. 17ad. 17(1)cd. 18ad. 18ci.

18bi. 18bd. 19a. 19c. 19bi. 19bd. 20ai. 26bi.

26bd. 27(1)cd. 27(2)cd. 27bi. 27bd. 84bi. 92bi.

94bi. 97cd. 97bi. 98ai. 99ai. 99ad. 110bi.

111bd. 115a. 115bi. 121c. 130. 140. 144c.

144b. 146ad. 146bd. 147ad. 147bd. 148ai.

148ad. 148cd. 148bi. 149ci. 149cd. 149bi.

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Fabiane Oliveira

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Antonio Cesar Perri de Carvalho

17(2)cd. 17bd. 66ad.

Consejo Espírita Internacional

17bi. 20cd. 29b. 147bi.

Divulgação

12bi. 12bd. 13(1)cd. 16bd. 20bd. 21ai.

21ad. 21(1)cd. 21(2)cd. 21bi. 21bd. 28bi.

33a. 33bi. 38ad. 41cd. 52cd. 52bi. 53ad.

57bi. 58ad. 64bi. 65bi. 66bi. 66bd. 67cd.

67bi. 67bd. 68ad. 68bi. 68bd. 69bi.

69bd. 72ad. 72bi. 73bi. 80bi. 81ad. 81bi.

82ai. 85bi. 87ad. 92ad. 92bi. 93bi. 95ad.

95bi. 96ad. 97ad. 97ai. 99bi. 100ad. 100bi.

107bi. 110ad. 111ai. 114(1)cd. 149ad.

a) Filme «Amor além da vida»

52ad. 54bi. 59ad.

b) Filme «Ghost»

55bi. 57ad. 57bd. 59bi.

c) Filme «Cidade dos Anjos»

93ad.

Frederico Piffiano

24-25. 71ai. 71(1)cd. 82ci. 84ci.

Federação Espírita Brasileira

4ad. 4cd. 15ad. 15bi. 16bi. 20bi. 28ai.

29ad. 30bi. 70bd. 96b. 97bd. 108bi.

ISBN

B.N.

1a edição - Do 1o ao 5o milheiro

Capa e projeto gráfico: LUIS HU RIVAS

Copyright 2005 by

CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL - CEIAv. L-2 Norte - Q. 603 - Conjunto F70830-030 - Brasília, DF - Brasil.

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Esta publicação foi elaborada originalmente por Luis Hu Rivas, em abril de 1997, na cidade de Arequipa – Perú.

Adaptada e modificada pelo autor em fevereiro de 2005, na cidade de Brasília - Brasil.