Estado da Paraíba...2020/08/17  · CULTURA E PARA ESPAÇOS CULTURAIS NO ESTADO DA PARAÍBA DURANTE...

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N° 7.982 http://www.al.pb.leg.br João Pessoa - Segunda-feira, 17 de Agosto de 2020 CADERNO LEGISLATIVO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Estado da Paraíba MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 1° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO FELIPE LEITÃO 2° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO MANOEL LUDGÉRIO 3° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO INÁCIO FALCÃO 4° VICE-PRESIDENTE DEPUTADA CAMILA TOSCANO 1° SECRETÁRIO DEPUTADO NABOR WANDERLEY 2° SECRETÁRIO DEPUTADO BOSCO CARNEIRO 3° SECRETÁRIO DEPUTADO EDMILSON SOARES 4° SECRETÁRIO DEPUTADO WALLBER VIRGOLINO 1° SUPLENTE DEPUTADO MOACIR RODRIGUES 2° SUPLENTE DEPUTADO GALEGO SOUZA 3° SUPLENTE DEPUTADA DRA. PAULA 4° SUPLENTE DEPUTADO CAIO ROBERTO DEPUTADO ADRIANO GALDINO PRESIDENTE COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO TITULARES SUPLENTES 1. Dep. Pollyanna Dutra - Presidente 1. Dep. Jeová Campos 2. Dep. Ricardo Barbosa - Vice-Presidente 2. Dep. Lindolfo Pires 3. Dep. Dr. Taciano Diniz 3. Dep. Caio Roberto 4. Dep. Júnior Araújo 4. Dep. Dr. Érico 5. Dep. Edmilson Soares 5. Dep. Manoel Ludgério 6. Dep. Camila Toscano 6. Dep. Del. Wallber Virgolino 7. Dep. Tovar Correia Lima 7. Dep. Cabo Gilberto COMISSÃO DE ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, TRIBUTAÇÃO E TRANSPARÊNCIA 1. Dep. Wilson Filho - Presidente 1. Dep. Branco Mendes 2. Dep. Ricardo Barbosa 2. Dep. Doda de Tião 3. Dep. Tião Gomes 3. Dep. Júnior Araújo 4. Dep. Taciano Diniz 4. Dep. Dr. Érico 5. Dep. Eduardo Carneiro 5. Dep. Raniery Paulino 6. Dep. João Henrique 6. Dep. Anderson Monteiro 7. Dep. Lindolfo Pires 7. Dep. Edmilson Soares COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS 1. Dep. Estela Bezerra - Presidente 1. Dep. Pollyanna Dutra 2. Dep. Chió - Vice-Presidente 2. Dep. Cida Ramos 3. Dep. Anderson Monteiro 3. Dep. Camila Toscano 4. Dep. Del. Wallber Virgolino 4. Dep. 5. Dep. Dr. Érico 5. Dep. COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO, TURISMO E MEIO AMBIENTE 1. Dep. Moacir Rodrigues - Presidente 1. Dep. 2. Dep. Chió - Vice-Presidente 2. Dep. Wilson Filho 3. Dep. Jeová Campos 3. Dep. Estela Bezarra 4. Dep. Galego Sousa 4. Dep. Anderson Monteiro 5. Dep. Júnior Araújo 5. Dep. COMISSÃO DE ADMINISTRAÇÃO, SERVIÇO PÚBLICO E SEGURANÇA 1. Dep. Buba Germano - Presidente 1. Dep. 2. Dep. Cabo Gilberto - Vice-Presidente 2. Dep. João Henrique 3. Dep. Doda de Tião 3. Dep. 4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Del. Wallber Virgolino 5. Dep. Eduardo Carneiro COMISSÃO DE SAÚDE, SANEAMENTO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 1. Dep. Dr. Érico - Presidente 1. Dep. Lindolfo Pires 2. Dep. Anderson Monteiro 2. Dep. Tovar Correia Lima 3. Dep. Buba Germano 3. Dep. 4. Dep. Wilson Filho 4. Dep. 5. Dep. Dra. Jane Panta 5. Dep. Raniery Paulino CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR TITULARES SUPLENTES 1. Dep. Tião Gomes - Presidente 1. Dep. Ricardo Barbosa 2. Dep. Edmilson Soares - Vice-Presidente 2. Dep. Doda de Tião 3. Dep. Buba Germano 3. Dep. Cida Ramos 4. Dep. 4. Dep. Taciano Diniz 5. Dep. Felipe Leitão 5. Dep. Dr. Érico 6. Dep. Camila Toscano 6. Dep. Anderson Monteiro 7. Dep. Galego Souza 7. Dep. João Henrique COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS 1. Dep. Edmilson Soares - Presidente 1. Dep. 2. Dep. Cida Ramos - Vice-Presidente 2. Dep. Inácio Falcão 3. Dep. Cabo Gilberto 3. Dep. Galego Souza 4. Dep. Del. Wallber Virgolino 4. Dep. Moacir Rodrigues 5. Dep. Tião Gomes 5. Dep. COMISSÃO DE DIREITOS DA MULHER 1. Dep. Camila Toscano - Presidente 1. Dep. 2. Dep. Dra. jane Panta 2. Dep. Moacir Rodrigues 3. Dep. Estela Bezerra 3. Dep. Inácio Falcão 4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep. 5. Dep. Pollyanna Dutra 5. Dep. Manoel Ludgério COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO CIDADÃ 1. Dep. Buba Germano 1. Dep. Lindolfo Pires 2. Dep. Branco Mendes 2. Dep. Doda de Tião 3. Dep. Raniery Paulino 3. Dep. 4. Dep. Anderson Monteiro 4. Dep. 5. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Tião Gomes COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 1. Dep. Cida Ramos - Presidente 1. Dep. Inácio Falcão 2. Dep. Raniery Paulino - Vice-Presidente 2. Dep. Tovar Correia Lima 3. Dep. Ricardo Barbosa 3. Dep. Manoel Ludgério 4. Dep. Genival Maas 4. Dep. 5. Dep. Anderson Monteiro 5. Dep. COMISSÃO DE INCENTIVO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DE NEGÓCIOS 1. Dep. Eduardo Carneiro - Presidente 1. Dep. Tovar Correia Lima 2. Dep. Pollyanna Dutra - Vice-Presidente 2. Dep. Edmilson Soares 3. Dep. Wilson Filho 3. Dep. Chió 4. Dep. Camila Toscano 4. Dep. Anderson Monteiro 5. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Taciano Diniz DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO

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N° 7.982 http://www.al.pb.leg.br João Pessoa - Segunda-feira, 17 de Agosto de 2020CADERNO LEGISLATIVO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Estado da Paraíba

MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

1° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO FELIPE LEITÃO

2° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO MANOEL LUDGÉRIO

3° VICE-PRESIDENTE DEPUTADO INÁCIO FALCÃO

4° VICE-PRESIDENTE DEPUTADA CAMILA TOSCANO

1° SECRETÁRIO DEPUTADO NABOR WANDERLEY

2° SECRETÁRIO DEPUTADO BOSCO CARNEIRO

3° SECRETÁRIO DEPUTADO EDMILSON SOARES

4° SECRETÁRIO DEPUTADO WALLBER VIRGOLINO

1° SUPLENTE DEPUTADO MOACIR RODRIGUES

2° SUPLENTE DEPUTADO GALEGO SOUZA

3° SUPLENTE DEPUTADA DRA. PAULA

4° SUPLENTE DEPUTADO CAIO ROBERTO

DEPUTADO ADRIANO GALDINOPRESIDENTE

COMISSÕES PERMANENTESCOMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

TITULARES SUPLENTES

1. Dep. Pollyanna Dutra - Presidente 1. Dep. Jeová Campos

2. Dep. Ricardo Barbosa - Vice-Presidente 2. Dep. Lindolfo Pires

3. Dep. Dr. Taciano Diniz 3. Dep. Caio Roberto

4. Dep. Júnior Araújo 4. Dep. Dr. Érico

5. Dep. Edmilson Soares 5. Dep. Manoel Ludgério

6. Dep. Camila Toscano 6. Dep. Del. Wallber Virgolino

7. Dep. Tovar Correia Lima 7. Dep. Cabo Gilberto

COMISSÃO DE ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, TRIBUTAÇÃO E TRANSPARÊNCIA1. Dep. Wilson Filho - Presidente 1. Dep. Branco Mendes2. Dep. Ricardo Barbosa 2. Dep. Doda de Tião3. Dep. Tião Gomes 3. Dep. Júnior Araújo4. Dep. Taciano Diniz 4. Dep. Dr. Érico5. Dep. Eduardo Carneiro 5. Dep. Raniery Paulino6. Dep. João Henrique 6. Dep. Anderson Monteiro7. Dep. Lindolfo Pires 7. Dep. Edmilson Soares

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTOS1. Dep. Estela Bezerra - Presidente 1. Dep. Pollyanna Dutra

2. Dep. Chió - Vice-Presidente 2. Dep. Cida Ramos

3. Dep. Anderson Monteiro 3. Dep. Camila Toscano

4. Dep. Del. Wallber Virgolino 4. Dep.

5. Dep. Dr. Érico 5. Dep.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO, TURISMO E MEIO AMBIENTE1. Dep. Moacir Rodrigues - Presidente 1. Dep. 2. Dep. Chió - Vice-Presidente 2. Dep. Wilson Filho3. Dep. Jeová Campos 3. Dep. Estela Bezarra4. Dep. Galego Sousa 4. Dep. Anderson Monteiro5. Dep. Júnior Araújo 5. Dep.

COMISSÃO DE ADMINISTRAÇÃO, SERVIÇO PÚBLICO E SEGURANÇA1. Dep. Buba Germano - Presidente 1. Dep.

2. Dep. Cabo Gilberto - Vice-Presidente 2. Dep. João Henrique

3. Dep. Doda de Tião 3. Dep.

4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep. Caio Roberto

5. Dep. Del. Wallber Virgolino 5. Dep. Eduardo Carneiro

COMISSÃO DE SAÚDE, SANEAMENTO, ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL1. Dep. Dr. Érico - Presidente 1. Dep. Lindolfo Pires

2. Dep. Anderson Monteiro 2. Dep. Tovar Correia Lima

3. Dep. Buba Germano 3. Dep.

4. Dep. Wilson Filho 4. Dep.

5. Dep. Dra. Jane Panta 5. Dep. Raniery Paulino

CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTARTITULARES SUPLENTES

1. Dep. Tião Gomes - Presidente 1. Dep. Ricardo Barbosa

2. Dep. Edmilson Soares - Vice-Presidente 2. Dep. Doda de Tião

3. Dep. Buba Germano 3. Dep. Cida Ramos

4. Dep. 4. Dep. Taciano Diniz

5. Dep. Felipe Leitão 5. Dep. Dr. Érico

6. Dep. Camila Toscano 6. Dep. Anderson Monteiro

7. Dep. Galego Souza 7. Dep. João Henrique

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS1. Dep. Edmilson Soares - Presidente 1. Dep.

2. Dep. Cida Ramos - Vice-Presidente 2. Dep. Inácio Falcão

3. Dep. Cabo Gilberto 3. Dep. Galego Souza

4. Dep. Del. Wallber Virgolino 4. Dep. Moacir Rodrigues

5. Dep. Tião Gomes 5. Dep.

COMISSÃO DE DIREITOS DA MULHER1. Dep. Camila Toscano - Presidente 1. Dep.

2. Dep. Dra. jane Panta 2. Dep. Moacir Rodrigues

3. Dep. Estela Bezerra 3. Dep. Inácio Falcão

4. Dep. Felipe Leitão 4. Dep.

5. Dep. Pollyanna Dutra 5. Dep. Manoel Ludgério

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO CIDADÃ1. Dep. Buba Germano 1. Dep. Lindolfo Pires

2. Dep. Branco Mendes 2. Dep. Doda de Tião

3. Dep. Raniery Paulino 3. Dep.

4. Dep. Anderson Monteiro 4. Dep.

5. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Tião Gomes

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA1. Dep. Cida Ramos - Presidente 1. Dep. Inácio Falcão

2. Dep. Raniery Paulino - Vice-Presidente 2. Dep. Tovar Correia Lima

3. Dep. Ricardo Barbosa 3. Dep. Manoel Ludgério

4. Dep. Genival Matias 4. Dep.

5. Dep. Anderson Monteiro 5. Dep.

COMISSÃO DE INCENTIVO ÀS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DE NEGÓCIOS1. Dep. Eduardo Carneiro - Presidente 1. Dep. Tovar Correia Lima

2. Dep. Pollyanna Dutra - Vice-Presidente 2. Dep. Edmilson Soares

3. Dep. Wilson Filho 3. Dep. Chió

4. Dep. Camila Toscano 4. Dep. Anderson Monteiro

5. Dep. Caio Roberto 5. Dep. Taciano Diniz

DIÁRIO DO PODER LEGISL ATIVO

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 20202

SECRETARIA LEGISLATIVA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

PARECER

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

VETO TOTAL 119/2020 AO PROJETO DE LEI Nº 1.743/2020

Veto total ao Projeto de Lei nº 1.743/2020, que “estabelece vedação à administração pública direta e indireta do estado da Paraíba de celebrar contratos, parcerias ou convênios com empresas privadas, nas situações em que especifica, em decorrência de guerra, calamidade pública, pandemia ou outra grave circunstância de comoção social”. EXARA-SE PARECER PELA MANUTENÇÃODO VETO.

Veto total fundado em inconstitucionalidade. Alegação de violação da competência da União para legislar sobre regras gerais sobre licitações e contratos. Invasão da competência concorrente. Ocorrência. Parecer pela manutenção do veto. AUTOR(A): GOVERNADOR DO ESTADO AUTOR(A) DO PROJETO: DEP. CIDA RAMOS RELATOR(A): DEP. FELIPE LEITÃO, substituído na Reunião pelo DEP. RICARDO BARBOSA

PARECER Nº 275 /2020

I - RELATÓRIO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise

e parecer o Veto de nº 119/2020, de autoria doGovernador do Estado, João

Azevêdo Lins Filho, ao Projeto de Lei nº 1.743/2020,que “estabelece vedação à

administração pública direta e indireta do estado da Paraíba de celebrar contratos,

parcerias ou convênios com empresas privadas, nas situações em que especifica,

em decorrência de guerra, calamidade pública, pandemia ou outra grave

circunstância de comoção social”. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

O Chefe do Poder Executivo Estadual, com fulcro no § 1°, do

artigo 65, da Constituição Estadual, vetou totalmente o referido projeto, por

considerá-lo inconstitucional.

É o relatório.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

II – VOTO DO RELATOR O veto que neste momento é submetido a esta Comissão é fundado,

resumidamente, em eventual vício de competência por abordar matéria que

deveria ser tratada pela União, associado uma extrapolação da competência

concorrente, além de afronta à separação dos Poderes e ao princípio do

devido processo legal.

Para embasar as suas razões, o Governador diversos trechos da

legislação pertinente às licitações e contratos.

Pois bem, efetivamente cabe a esta Comissão, nos termos do

parágrafo único do art. 227 da Resolução 1.578/2012 (Regimento Interno da

ALPB), manifestar-se a respeito do veto quando o mesmo for, no todo ou em

parte, fundado em inconstitucionalidade.

Em que pese o enorme mérito da propositura, entendo que assiste

razão ao Governador no que tange à invasão à esfera de atuação da União para

legislar sobre regras gerais sobre licitações em contrato.

É o que diz a CF/88:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Interpretando esse texto da Carta Magna de 1988, posicionou-se o

Supremo Tribunal Federal nos seguintes termos:

"Ao se determinar que o poder público adquira o mínimo de 65% (sessenta e cinco por cento) dos bens e serviços definidos em sistema de registro de preços, na Lei estadual se invadiu a competência privativa da União para estabelecer normas gerais sobre licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

prevista no inc. XXVII do art. 22 da Constituição da República. No § 4º do art. 15 da Lei 8.666/1993 se dispõe que ‘a existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições’.[ADI 4.748, rel. min. Cármen Lúcia, j. 11-9-2019, P, DJE de 27-9-2019.]"

Dessa maneira, verifica-se que o STF é extremamente rígido quanto

à avaliação do que é norma específica sobre licitações e contratos para afastar a

incidência do Art. 22 da Constituição.

No caso em tela, em que pese o enorme mérito da propositura, não

se vislumbram elementos que, à luz da posição do STF, afastem a competência

legislativa privativa da União.

Assim sendo, diante de todo o exposto, entendo pela

MANUTENÇÃO do VETO119/2020.

Sala das Comissões, em 28 de julho de 2020.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por

maioria,posiciona-se pelaMANUTENÇÃO do Veto n° 119/2020, nos termos do

voto do(a) Senhor(a) Relator(a), com votos contrários dos Deputados Camila

Toscano, Pollyanna Dutra e Taciano Diniz.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO N° 120/2020

(Veto Total ao Projeto de Lei nº 1.756/2020)

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI

1.756/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO

JEOVÁ CAMPOS E DA DEPUTADA ESTELA

BEZERRA, QUE "INSTITUI A LEI ZABÉ DA

LOCA, DISPONDO SOBRE A CRIAÇÃO DO

PROGRAMA DE AUXÍLIO EMERGENCIAL

PARA TRABALHADORES DO SETOR

CULTURA E PARA ESPAÇOS CULTURAIS NO

ESTADO DA PARAÍBA DURANTE O

PERÍODO DE CALAMIDADE PÚBLICA

DECORRENTE DO CORONAVÍRUS (COVID-

19), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Exara-se

o parecer pela MANUTENÇÃO DO VETO.

MANUTENÇÃO DO VETO.

Realmente assiste razão ao Governador do Estado ao vetar o projeto, visto que o mesmo ao

estabelecer despesa obrigatória ao Poder Executivo deveria vir acompanhado de estimativa

do impacto orçamentário e financeiro nos termos do art. 113 dos Atos das Disposições

Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, além do que na forma como

estabelecido a propositura afronta o princípio constitucional da separação dos Poderes. A

instituição de programa de tamanha envergadura necessitaria de um planejamento acerca dos

recursos públicos para a cobertura da despesa. Diferentemente da União, os Estados Federados

não podem emitir moeda e tampouco títulos da dívida pública para financiamento dos seus

gastos. O Orçamento estadual não suportaria bancar com recursos próprios o pagamento do

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 3

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO N° 120/2020

(Veto Total ao Projeto de Lei nº 1.756/2020)

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI

1.756/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO

JEOVÁ CAMPOS E DA DEPUTADA ESTELA

BEZERRA, QUE "INSTITUI A LEI ZABÉ DA

LOCA, DISPONDO SOBRE A CRIAÇÃO DO

PROGRAMA DE AUXÍLIO EMERGENCIAL

PARA TRABALHADORES DO SETOR

CULTURA E PARA ESPAÇOS CULTURAIS NO

ESTADO DA PARAÍBA DURANTE O

PERÍODO DE CALAMIDADE PÚBLICA

DECORRENTE DO CORONAVÍRUS (COVID-

19), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Exara-se

o parecer pela MANUTENÇÃO DO VETO.

MANUTENÇÃO DO VETO.

Realmente assiste razão ao Governador do Estado ao vetar o projeto, visto que o mesmo ao

estabelecer despesa obrigatória ao Poder Executivo deveria vir acompanhado de estimativa

do impacto orçamentário e financeiro nos termos do art. 113 dos Atos das Disposições

Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, além do que na forma como

estabelecido a propositura afronta o princípio constitucional da separação dos Poderes. A

instituição de programa de tamanha envergadura necessitaria de um planejamento acerca dos

recursos públicos para a cobertura da despesa. Diferentemente da União, os Estados Federados

não podem emitir moeda e tampouco títulos da dívida pública para financiamento dos seus

gastos. O Orçamento estadual não suportaria bancar com recursos próprios o pagamento do

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

auxílio sem comprometer o próprio funcionamento da máquina pública e das ações emergenciais

de enfrentamento a pandemia do covid-19 visto que num cenário de diminuição de receitas o

Estado seria obrigado a cortar despesas essenciais em diferentes áreas para tentar cobrir os

custos do pagamento do auxílio. Inconstitucionalidade Formal Orgânica. Precedentes da CCJR que ao analisar projetos

análogos a matéria vetada PLO de nº 1.768/2020 e 1800/2020 posicionou-se pela

inconstitucionalidade dos mesmos, conforme (Pareceres da CCJR nº 176/2020 e 201/2020), sob o

argumento que aCriação de benefício assistencial é matéria afeita à seguridade social.

Competência legislativa da União (CF, art. 22, XXIII).

Objetivo da matéria contemplada a partir da entrada em vigor da Lei federal nº

14.017/2020 cujo objeto é garantir renda emergencial aos trabalhadores do setor cultural.

(Lei Aldir Blanc).

VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO

AUTOR (A) DO PROJETO: DEP. JEOVÁ CAMPOS e ESTELA BEZERRA

RELATOR (A): DEP. RICARDO BARBOSA

PARECER- Nº ___276_____/2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e elaboração de

parecer técnico o Veto nº 120/2020, remetido a esta Casa pelo Governador do Estado da

Paraíba, referente a totalidade do Projeto de Lei nº 1.756/2020 de autoria conjunta dos

nobres DeputadosJeová Campos e Estela Bezerra, cuja ementa tem a seguinte redação

“Institui a Lei Zabé da loca, dispondo sobre a criação do programa de auxílio

emergencial para trabalhadores do setor cultura e para espaços culturais no Estado da

Paraíba durante o período de calamidade pública decorrente do coronavírus (covid-19),

e dá outras providências”

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

O Chefe do Poder Executivo Estadual, com fulcro no § 1°, do artigo 65, da

Constituição Estadual, vetou totalmente o referido projeto, em suma por considerá-lo

INCONSTITUCIONAL.

Nas razões jurídicas para o veto, argumenta Sua Excelência que, a proposição

padece de inconstitucionalidade por afrontar o princípio da Separação dos Poderes e por

não cumprir o disposto no art. 113 dos atos das disposições constitucionais transitórias da

Constituição Federal o qual exige que a proposição legislativa que crie ou altere despesa

obrigatória ou renúncia de receita deverá vir acompanhada da estimativa do seu impacto

orçamentário.

O presente parecer foi elaborado a partir da assessoria institucional prestada pela

Consultoria Legislativa desta douta Comissão de Justiça, tendo como servidor

responsável pela assessoria o Consultor Legislativo Josean Calixto de Souza.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II – VOTO DO RELATOR

A proposição objeto do veto governamental total tinha por objetivo precípuo

instituir espécie de renda emergencial aos trabalhadores do setor cultural paraibano

durante o período da pandemia do covid-19.

Os objetivos centrais do projeto estão dispostos nos seguintes dispositivos.

Art. 1º Fica instituído no âmbito do Estado da

Paraíba o Programa de Auxílio Emergencial para

Trabalhadores do Setor Cultural e para Espaços Culturais,

durante o período de estado de calamidade pública

decretado pelo governo do Estado da Paraíba, decorrente

da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), no período

em que perdurar o fechamento dos espaços culturais por

razões sanitárias. (...)

Art. 2º Durante o período de que trata o caput do art.

1º desta Lei, o trabalhador do setor cultural fará jus ao

recebimento do auxílio emergencial instituído por esta

norma no valor equivalente a R$ 600,00 (seiscentos reais),

ou da complementação até esta quantia, caso receba auxílio

de renda básica no âmbito do Governo Federal. (...)

Art. 3º Durante o período que de trata o art. 1º desta Lei,

os espaços culturais farão jus a um subsídio mensal no valor de

R$ 1.000,00 (um mil reais).

O Chefe do Executivo vetou totalmente o projeto, segundo a sua argumentação,

por que a proposição padece de inconstitucionalidade por afrontar o princípio da

Separação dos Poderes e por não cumprir o disposto no art. 113 dos atos das disposições

constitucionais transitórias da Constituição Federal o qual exige que a proposição

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá vir

acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário.

Em que pese àargumentação do Governador, cabe a essa douta Comissão de

Justiça, durante a análise do veto governamental fundado em razões de

inconstitucionalidade, realizar um estudo minucioso das razões que sustentam a decisão

pelo veto e ao fim exarar posição sobre a manutenção ou rejeição parcial ou total do dos

dispositivos vetados.

No caso em tela o Governador justificou de maneira bastante apropriada e

aprofundada as razões de ordem jurídica que o levaram a lançar mão do instrumento do

veto jurídico. Realmente ao analisarmos detidamente as razões do veto não há outra

conclusão possível senão concordar com as justificativas explicitadas pelo Chefe do

Executivo. A Constituição Federal no art. 113 dos atos das disposições constitucionais é

peremptória ao determinar que:

Art. 113 (ADCT) - A proposição legislativa que crie ou

altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá vir

acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário.

Ao analisarmos o projeto resta claro que o mesmo, apesar de vincular os recursos

para a cobertura do programa ao fundo de erradicação da pobreza e ao fundo de incentivo

à cultura, não apresentou nenhuma estimativa do impacto financeiro orçamentário

necessário para a cobertura do programa, assim como determina o art. 113 do ADCT da

CRFB/88. Além do que na forma como estabelecido, a propositura afronta o princípio

constitucional da separação dos Poderes, por estabelecer obrigação cogente ao Poder

Executivo na sua função precípua de administrar.

A instituição de programa de tamanha envergadura necessitaria de um

planejamento acerca dos recursos públicos necessários para a cobertura da despesa.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

legislativa que crie ou altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá vir

acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário.

Em que pese àargumentação do Governador, cabe a essa douta Comissão de

Justiça, durante a análise do veto governamental fundado em razões de

inconstitucionalidade, realizar um estudo minucioso das razões que sustentam a decisão

pelo veto e ao fim exarar posição sobre a manutenção ou rejeição parcial ou total do dos

dispositivos vetados.

No caso em tela o Governador justificou de maneira bastante apropriada e

aprofundada as razões de ordem jurídica que o levaram a lançar mão do instrumento do

veto jurídico. Realmente ao analisarmos detidamente as razões do veto não há outra

conclusão possível senão concordar com as justificativas explicitadas pelo Chefe do

Executivo. A Constituição Federal no art. 113 dos atos das disposições constitucionais é

peremptória ao determinar que:

Art. 113 (ADCT) - A proposição legislativa que crie ou

altere despesa obrigatória ou renúncia de receita deverá vir

acompanhada da estimativa do seu impacto orçamentário.

Ao analisarmos o projeto resta claro que o mesmo, apesar de vincular os recursos

para a cobertura do programa ao fundo de erradicação da pobreza e ao fundo de incentivo

à cultura, não apresentou nenhuma estimativa do impacto financeiro orçamentário

necessário para a cobertura do programa, assim como determina o art. 113 do ADCT da

CRFB/88. Além do que na forma como estabelecido, a propositura afronta o princípio

constitucional da separação dos Poderes, por estabelecer obrigação cogente ao Poder

Executivo na sua função precípua de administrar.

A instituição de programa de tamanha envergadura necessitaria de um

planejamento acerca dos recursos públicos necessários para a cobertura da despesa.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Diferentemente da União, os Estados Federados não podem emitir moeda e tampouco

títulos da dívida pública para financiamento dos seus gastos. O Orçamento estadual não

suportaria bancar com recursos próprios o pagamento do auxílio sem comprometer o

próprio funcionamento da máquina pública e das ações emergenciais de enfrentamento a

pandemia do covid-19 visto que num cenário de diminuição de receitas o Estado seria

obrigado a cortar despesas essenciais em diferentes áreas para tentar cobrir os custos do

pagamento do auxílio.

Ademais é importante ainda citar os precedentes da CCJR que na análise de

projetos de lei que instituíam espécie de auxílio emergencial, PLO de nº 1.768/2020 e

1800/2020 (Pareceres da CCJR nº 176/2020 e 201/2020), posicionou-se pela

inconstitucionalidade formal orgânica dos mesmos, visto trata-se de criação de benefício

assistencial. Matéria afeita à seguridade social. Competência legislativa da União

(CF, art. 22, XXIII).

Portanto, com base nos fundamentos expostos e diante de tais considerações, esta

relatoria, depois de retido exame da matéria, vota pela MANUTENÇÃO DO VETO

120/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 28 de julho de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

III- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por maioria, com votos contrários

dos deputados Dr. Taciano Diniz, Tovar Correia Lima e Camila Toscano, opina pela

MANUTENÇÃO DO VETO nº 120/2020.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 28 de julho de 2020.

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 20204

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO TOTAL N° 121/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI Nº

1.713/2020 DE AUTORIA DO DEPUTADO DEL.WALLBER VIRGOLINO, O QUAL "Dispõe sobre a prioridade na realização de teste rápido (testagem) e sorológico para o COVID-19, das pessoas que especifica’’. - Parecer pela MANUTENÇÃO DO VETO.

VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO

AUTOR (A) DO PROJETO: DEP. DEL.WALLBER VIRGOLINO

RELATOR (A) DO VETO: DEP. RICARDO BARBOSA (redesignado na reunião

para o DEP. JÚNIOR ARAÚJO)

PARECER- Nº ____277____/2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e parecer o Veto Total nº 121/2020, aposto ao Projeto de Lei nº 1.713/2020, o qual

"Dispõe sobre a prioridade na realização de teste rápido (testagem) e sorológico para o

COVID-19 das pessoas que especifica”.

A presente matéria foi APROVADA pela unanimidade dos Deputados

presentes na Sessão Extraordinária do dia 25 de junho de 2020, na forma do

SUBSTITUTIVO aprovado pela CCJR, com dispensa de Redação Final e parecer

favorável do relator especial designado pela Mesa Diretora.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II – VOTO DO RELATOR

II.I – Das razões apresentadas:

Em análise nas razões apresentadas pelo Governador do Estado ao

presente Veto Total, fora alegado que a matéria, embora imbuída de bastante mérito,

apresenta vícios de constitucionalidade que inviabilizariam sua admissibilidade, ainda

que fosse posteriormente por ele sancionada.

Alegou-se que o Projeto de Lei Ordinária N° 1.713/2020 pretende

estabelecer regramentos no regime jurídico dos servidores públicos estaduais, bem

como nas relações de emprego estabelecidas pela Administração Pública Estadual,

relacionando seu conteúdo normativo ao Direito do Trabalho, bem como com o Estatuto

dos Servidores Públicos Civis do Estado da Paraíba.

Neste contexto, assegurou o Chefe do Poder Executivo Estadual que a

propositura apresenta vícios de constitucionalidade de natureza formal e material.

Primeiramente, por carregar conteúdo cuja iniciativa legislativa é constitucionalmente

reservada ao Chefe do Poder Executivo Estadual, de forma privativa, conforme norma

constitucional reproduzida por simetria na Constituição Paraibana, no art.63, §1º, inciso

II, alínea ‘c’.

Ademais, por dispor sobre a relação de emprego regida pela

Consolidação das Leis do Trabalho, matéria cuja competência legislativa é privativa da

União, conforme o art.22, inciso I da Constituição Federal. Sendo estas, em breve

síntese, as razões apresentadas por Sua Excelência para a aposição do presente veto

de natureza jurídica.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II.II – Análise técnica da CCJR:

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação é o órgão técnico

competente para a análise constitucional, legal, jurídica, regimental e de técnica

legislativa das proposituras que tramitam nesta Casa, de acordo com o art.31, inciso I

do Regimento Interno.

Por conseguinte, o presente Veto Total nº 121/2020, aplicado pelo

Governador do Estado ao Projeto de Lei nº 1713/2020, por considerá-lo

inconstitucional, retorna a este colegiado para análise de suas razões e deliberação

quanto a sua eventual manutenção ou rejeição.

Neste sentido, analisando o arrazoado apresentado como fundamentação

jurídica à presente peça, entendemos que assiste razão ao Governador do Estado

quanto a sua decisão pelo veto ao Projeto de lei ora analisado. Em outras palavras,

entendemos que as razões elencadas por sua Excelência demonstraram a

impossibilidade de esta Casa deliberar sobre a matéria ora em debate.

Entre outras razões, entendemos que a matéria possui como finalidade,

ainda que de forma indireta, propor alterações no regime jurídico aplicável aos

servidores públicos em âmbito estadual, bem como nas relações de emprego

estabelecidas entre a Administração Pública Estadual e seus contratados.

É bem verdade que há vigoroso mérito na discussão, por visar oferecer

uma proteção mais eficiente aos servidores e empregados que se enquadrem nos

chamados “grupo de risco” de contágio pelo novo coronavírus. Proteção essa

consistente na priorização para a realização das testagens, de natureza rápida e/ou

sorológica, voltada especificamente para as pessoas com deficiência, bem como os

profissionais das áreas de saúde e segurança.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II.II – Análise técnica da CCJR:

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação é o órgão técnico

competente para a análise constitucional, legal, jurídica, regimental e de técnica

legislativa das proposituras que tramitam nesta Casa, de acordo com o art.31, inciso I

do Regimento Interno.

Por conseguinte, o presente Veto Total nº 121/2020, aplicado pelo

Governador do Estado ao Projeto de Lei nº 1713/2020, por considerá-lo

inconstitucional, retorna a este colegiado para análise de suas razões e deliberação

quanto a sua eventual manutenção ou rejeição.

Neste sentido, analisando o arrazoado apresentado como fundamentação

jurídica à presente peça, entendemos que assiste razão ao Governador do Estado

quanto a sua decisão pelo veto ao Projeto de lei ora analisado. Em outras palavras,

entendemos que as razões elencadas por sua Excelência demonstraram a

impossibilidade de esta Casa deliberar sobre a matéria ora em debate.

Entre outras razões, entendemos que a matéria possui como finalidade,

ainda que de forma indireta, propor alterações no regime jurídico aplicável aos

servidores públicos em âmbito estadual, bem como nas relações de emprego

estabelecidas entre a Administração Pública Estadual e seus contratados.

É bem verdade que há vigoroso mérito na discussão, por visar oferecer

uma proteção mais eficiente aos servidores e empregados que se enquadrem nos

chamados “grupo de risco” de contágio pelo novo coronavírus. Proteção essa

consistente na priorização para a realização das testagens, de natureza rápida e/ou

sorológica, voltada especificamente para as pessoas com deficiência, bem como os

profissionais das áreas de saúde e segurança.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Entretanto, a matéria termina por adentrar no âmbito das relações

institucionais estabelecidas entre os servidores e empregados públicos. Uma vez que

visa estabelecer a referida priorização na testagem dessa classe de indivíduos,

funcionando como um instrumento que inovará o rol de garantias as quais estes fazem

jus.

Ou seja, em outras palavras, trata-se claramente da discussão de matéria

que representa a criação de direitos que os servidores e empregados públicos gozam

em razão das prerrogativas e dos cargos que ocupam. Sendo nesta perspectiva onde

repousa a impropriedade que inviabiliza sua aprovação por este colegiado.

Posto que, além da violação da prerrogativa do Chefe do Poder Executivo

para iniciativa de leis que versem sobre o regime jurídico dos servidores públicos

estaduais, a matéria também peca ao buscar estender a referida garantia àqueles que

possuem vínculo jurídico de natureza contratual com o poder público estadual. Algo que

representaria também em violação, desta vez à regra constitucional da repartição das

competências legislativas.

Não custa asseverarmos a nobreza e a oportunidade da presente matéria,

que revela a preocupação do legislador em propor simples mudanças na realização das

testagens rápidas e sorológicas, em favor daqueles que compõem os grupos mais

suscetíveis ao contágio pelo novo coronavírus. Sobretudo, diante da excepcionalidade

das circunstâncias atuais, justificadas pela edição do ato que decretou a calamidade

pública em âmbito estadual, em face do avanço da pandemia do COVID-19.

Entretanto, atendo-se às discussões das proposituras em seu aspecto

técnico e jurídico, com base na competência deste douto colegiado, entendemos que a

presente matéria, caso aprovada, violaria as prerrogativas conferidas ao Chefe do

Poder Executivo Estadual para a iniciativa de leis, de acordo com o art.63, §1º, inciso II,

alínea ‘C’ da Constituição Paraibana, além de versar sobre a matéria legislativa de

competência da União, trazida no art.22, inciso I da Constituição Federal.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II.III – Conclusão

Diante de tais considerações, depois de retido exame da matéria, esta

relatoria vota pela MANUTENÇÃO do Veto Total nº 121/2020.

É como voto.

Reunião remota, em 06 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

III- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por unanimidade dos

membros presentes, opina pela MANUTENÇÃO DO VETO nº 121/2020, nos termos do

voto da relatoria.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

DEP.TACIANO DINIZ DEP. RICARDO BARBOSA Membro Membro

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 5

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

VETO TOTAL N° 122/2020

PROJETO DE LEI N° 1.721/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI 1.721/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO DELEGADO WALLBER VIRGOLINO, QUE "DISPÕE SOBRE A REALIZAÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ESTADO DA PARA/IBA, MEDIANTE REQUERIMENTO DO INTERESSADO, DE EXAMES LABORATORIAIS PARA DETECÇÃO NO NOCO CORONAVÍRUS – SARS-COV-2, CAUSADOS DA DOENÇA COVID-19, NOS COMUNICANTES FAMILIARES DOS PROFISSIONAIS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA DIAGNOSTICADOS COM A DOENÇA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”. PARECER PELA MANUTENÇÃO DO VETO.

MANUTENÇÃO DO VETO. A proposta vetada, muito além de tratar sobre matéria vinculada

à proteção da saúde da sociedade paraibana durante a pandemia, cuja iniciativa seria

concorrente entre o Parlamentar estadual e o Governador, estabelece em seu bojo

verdadeiro serviço público, de estrita e única responsabilidade do Poder Executivo, o que

nos leva a entender que esta proposição, por mais protetiva que seja, invade a iniciativa

privativa do Governador, contrariando as disposições previstas no art. 63, §1º, II, b da

Constituição Estadual, além de ferir o Princípio Constitucional da Reserva da Administração,

que impede a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva

competência administrativa do Poder Executivo, como é o caso em análise.

VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO RELATOR(A): DEPUTADO DR. TACIANO DINIZ (Substituído pelo Dep. Júnior Araújo)

P A R E C E R Nº 278 /2020

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

I – RELATÓRIO

O Senhor Governador do Estado, usando da competência que lhe confere o § 1º do artigo 65 da Constituição Estadual, vetou totalmente o Projeto de Lei nº

1.721/2020, de autoria do Dep. Delegado WallberVirgolinoque “Dispõe sobre a

realização pela Administração Pública do Estado da Paraíba, mediante requerimento

do interessado, de exames laboratoriais para detecção do novo Coronavírus- Sars-

CoV-1, causador da doença COVID-19, nos comunicantes familiares dos

profissionais da rede estadual de saúde e segurança pública diagnosticados com a

doença, e dá outras providências” por entendê-lo INCONSTITUCIONAL e CONTRÁRIO AO INTERESSE PÚBLICO. Nas razões do veto, argumenta Sua Excelência que a proposição padece de

inconstitucionalidade formal, pois a matéria seria de iniciativa privativa do

Governador do Estado.

Instrução processual em termos.

Tramitação dentro dos preceitos regimentais.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

II - VOTO DO RELATOR

A proposição em apreço tem por objetivo obrigara Administração Pública do

Estado, mediante requerimento do interessado, a realizar exames laboratoriais para

detecção do novo Coronavírus nos comunicantes familiares dos profissionais da

rede estadual de saúde e segurança pública diagnosticados com a doença. O Chefe

do Poder Executivo, ao vetar o projeto, o fundamentou em razões de ordem jurídica,

conforme consta nas razões do veto encaminhadas a esta Casa:

“Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1º do art. 65 da Constituição Estadual, por considerar inconstitucional e contrário ao interesse público, decidi vetar totalmente o projeto de lei nº 1721/2020, de autoria do Deputado WallberVirgolino, que “Dispõe sobre a realização pela Administração Pública do Estado da Paraíba, mediante requerimento do interessado, de exames laboratoriais para detecção do novo Coronavírus- Sars-CoV-1, causador da doença COVID-19, nos comunicantes familiares dos profissionais da rede estadual de saúde e segurança pública diagnosticados com a doença, e dá outras providências”.

As alegações jurídicas são que o projeto invade a iniciativa privativa do

Governador, pois,por se tratar de serviço público e em observância ao princípio constitucional da reserva de administração, o mesmo deveria ter seu processo iniciado pelo Chefe do Poder Executivo, conforme prevê o art. 63, § 1º, II, b da Constituição Estadual.

Cabe a esta Comissão, por força do parágrafo único do art. 227 do Regimento

Interno desta casa Legislativa, analisar a inconstitucionalidade suscitada pelo Exmo.

Sr. Governador do Estado. Os autores administrativistas, ao adotarem o conceito restrito de serviço

público o fazem definindo-o como atividade administrativa concreta, traduzida em

prestações que diretamente representem, em si mesmas, utilidades ou comodidades

materiais para a população em geral, executadas sob regime jurídico de direito

público pela administração pública ou, se for o caso, por particulares delegatários

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

(concessionários e permissionários, ou, ainda, em restritas hipóteses, detentores de

autorização de serviço público).

Dentre os serviços públicos de competência comum da União, dos estados,

do Distrito Federal e dos municípios listados no art. 23 da Constituição Federal

destaca-se o contido no inciso II, qual seja, cuidar da saúde e da assistência pública,

onde se insere o objeto da proposta vetada Ocorre que a Constituição Estadual (artigo 63, §1º, inciso II, alínea “b”)

concedeu ao Governador do Estado a competência privativa para dar início a leis

sobre matérias que tratem sobre organização administrativa, matéria orçamentária e serviços públicos.

Ora, ao impor, de maneira verticalizada, que a Administração Pública realize

exames laboratoriais para detecção do novo Coronavírus nos familiares dos

profissionais da rede estadual de saúde e segurança, sem antes se verificar o

planejamento e a possibilidade fática disso ocorrer, a proposta acaba por limitar

completamente a atuação do Poder Executivo no que diz respeito a esse serviço

público, de forma que ressaltando-se a boa intenção do autor, o projeto de fato

interfere em matéria de iniciativa privativa do Governador. Além disso, oprincípio constitucional da reserva de administração impede

a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva

competência administrativa do Poder Executivo, como é o caso em análise.

Nesse sentido, a proposição vetada, muito além de tratar sobre matéria

vinculada a proteção da saúde da sociedade durante a pandemia, cuja iniciativa

legislativa seria concorrente entre o Deputado e o Governador, trata em seu bojo da

criação de um serviço público, o que nos leva a entender que esta proposição, por

mais protetiva que seja para a sociedade, invade a iniciativa privativa do Governador,

devendo o veto ser mantido. Neste sentido, a legislação de iniciativa parlamentar que, contrariando as

determinações da Constituição Estadual, trata de questões de iniciativa privativa

do Governador, não está de acordo com as regras constitucionais.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

É importante esclarecer que a aprovação de uma proposição de iniciativa

parlamentar que possua matéria de iniciativa privativa do Governador do Estado, por

padecer de inconstitucionalidade formal, em analogia ao disposto pelo STF na ADI 700, não terá a inconstitucionalidade sanada pela rejeição do veto, prejudicando

completamente a segurança jurídica da lei que vier a ser promulgada a partir desta

proposição.

Por todo o exposto, concluímos que assiste razão ao que foi aduzido peloExmo. Sr. Governador, já que a proposição legislativa parlamentar invade a

competência legislativa privativa do Chefe do Executivo.

Diante de tais considerações, após uma objetiva análise da matéria, esta relatoria vota pela MANUTENÇÃO do Veto nº 122/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação opina, por unanimidade dos membros presentes, pela MANUTENÇÃO do VETO Nº 122/2020, por entender que

suas razões são consistentes.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

DEP. RICARDO BARBOSA DEP. DR TACIANO DINIZ

Membro Membro

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 20206

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO N° 123/2020

(Veto Parcial ao Projeto de Lei nº 1.821/2020)

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI Nº

1.821/2020, DE AUTORIA DA DEPUTADA

CIDA RAMOS, QUE "ESTABELECE O USO DE

MÁSCARAS ACESSÍVEIS POR NO MÍNIMO

5% (CINCO POR CENTO) DOS

FUNCIONÁRIOS DE ESTABELECIMENTOS

PÚBLICOS OU PRIVADOS, QUE REALIZEM

ATENDIMENTO PRESENCIAL, DURANTE O

PERÍODO DE PANDEMIA DO COVID-19, NO

ESTADO DA PARAÍBA.Exara-se o parecer

pela REJEIÇÃO DO VETO.

REJEIÇÃO DO VETO.

Com a devida vênia aos que pensam de maneira diferente, mas em nossa concepção não assiste

razão ao chefe do Poder Executivo nas razões que fundamentaram o veto jurídico. A matéria

vetada não afronta as normas gerais de proteção à pessoa com deficiência, muito pelo

contrário, há na verdade o reforço da proteção concedida pela norma federal. Aos estados foi

concedida pelo Poder Constituinte Originário a competência legislativa concorrente para

tratar da proteção as pessoas portadoras de deficiência, conforme art. 23,II da CRFB/88.

Ampliação do núcleo central de proteção prevista pela legislação federal. Norma de efeitos

temporários. O fornecimento de máscaras acessíveis tem um caráter temporário, pois exaure

seus efeitos com o fim da pandemia do COVID-19, tendo assim um caráter excepcional e não

permanente.Ademais não se pode alegar inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa,

visto que não há interferência da organização administrativa do Poder Executivo, tendo em

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

vista que já é obrigação do Poder Público e dos empregadores o fornecimento de equipamento de

proteção individual aos seus funcionários, havendo apenas a especificação dessa obrigação para

que um percentual das máscaras fornecidas sejam acessíveis para que estes atendam ao público

garantindo o respeito à acessibilidade dos usuários surdos e mudos que necessitam de leitura

labial para a realização exitosa do atendimento.

VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO

AUTOR (A) DO PROJETO: DEP. CIDA RAMOS

RELATOR (A): DEP. CAMILA TOSCANO

PARECER- Nº ___279_____/2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e elaboração de

parecer técnico o Veto nº 123/2020, remetido a esta Casa pelo Governador do Estado da

Paraíba, referente ao Projeto de Lei nº 1.821/2020 de autoria da nobre DeputadaCida

Ramos, cuja ementa dispõe“Estabelece o uso de máscaras acessíveis por no mínimo 5%

(cinco por cento) dos funcionários de estabelecimentos públicos ou privados, que

realizem atendimento presencial, durante o período de pandemia do COVID-19, no

Estado da Paraíba”.

O Chefe do Poder Executivo Estadual, com fulcro no § 1°, do artigo 65, da

Constituição Estadual, vetou totalmente o referido projeto, em suma por considerá-lo

INCONSTITUCIONAL, em tese por extrapolar a competência concorrente dos estados

para legislar sobre proteção as pessoas com deficiência e por suposta

inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa ao estabelecer obrigações para órgãos

do Poder Executivo.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

O presente parecer foi elaborado a partir da assessoria institucional prestada pela

Consultoria Legislativa desta douta Comissão de Justiça, tendo como servidor

responsável pela assessoria o Consultor Legislativo Josean Calixto de Souza.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA

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II – VOTO DO RELATOR

A proposição objeto do veto em apreço tem por intuito garantir que pelo menos

5% das máscaras de proteção individual destinadas aos funcionários que trabalhem

diretamente com atendimento ao públicos sejam acessíveis para leitura labial dos usuários

portadores de deficiência auditiva. Senão vejamos o texto da propositura vetada:

Art. 1º Fica estabelecido o uso de máscaras

acessíveis por no mínimo 5% (cinco por cento) dos

funcionários de estabelecimentos públicos ou privados, que

realizem atendimento presencial, durante o período de

pandemia do COVID-19, no Estado da Paraíba.

§ 1º Esses estabelecimentos deverão dispor de no

mínimo 1 (um) funcionário utilizando a máscara acessível,

nos casos em que o percentual previsto no caput não atingir

um quantitativo maior.

§ 2ºAs máscaras acessíveis dispostas nesta lei

deverão ser confeccionadas com material transparente, que

possibilite a leitura labial por pessoas surdas.

Ao se utilizar da prerrogativa constitucional do veto jurídico o Chefe do

Executivo alegou que a matéria extrapolava a competência concorrente dos estados para

legislar sobre proteção as pessoas com deficiência tendo em vista que na visão do

Executivo ao projeto contrariava as normas nacionais de proteção as pessoas com

deficiência, alegou ainda suposta inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa,

pois segundo a argumentação do veto a matéria estabelece novas obrigações para órgãos

do Poder Executivo.

Em que pese à argumentação do Governador, cabe a essa douta Comissão de

Justiça, durante a análise do veto governamental fundado em razões de

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II – VOTO DO RELATOR

A proposição objeto do veto em apreço tem por intuito garantir que pelo menos

5% das máscaras de proteção individual destinadas aos funcionários que trabalhem

diretamente com atendimento ao públicos sejam acessíveis para leitura labial dos usuários

portadores de deficiência auditiva. Senão vejamos o texto da propositura vetada:

Art. 1º Fica estabelecido o uso de máscaras

acessíveis por no mínimo 5% (cinco por cento) dos

funcionários de estabelecimentos públicos ou privados, que

realizem atendimento presencial, durante o período de

pandemia do COVID-19, no Estado da Paraíba.

§ 1º Esses estabelecimentos deverão dispor de no

mínimo 1 (um) funcionário utilizando a máscara acessível,

nos casos em que o percentual previsto no caput não atingir

um quantitativo maior.

§ 2ºAs máscaras acessíveis dispostas nesta lei

deverão ser confeccionadas com material transparente, que

possibilite a leitura labial por pessoas surdas.

Ao se utilizar da prerrogativa constitucional do veto jurídico o Chefe do

Executivo alegou que a matéria extrapolava a competência concorrente dos estados para

legislar sobre proteção as pessoas com deficiência tendo em vista que na visão do

Executivo ao projeto contrariava as normas nacionais de proteção as pessoas com

deficiência, alegou ainda suposta inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa,

pois segundo a argumentação do veto a matéria estabelece novas obrigações para órgãos

do Poder Executivo.

Em que pese à argumentação do Governador, cabe a essa douta Comissão de

Justiça, durante a análise do veto governamental fundado em razões de

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

inconstitucionalidade, realizar um estudo minucioso das razões que sustentam a decisão

pelo veto e ao fim exarar posição sobre a manutenção ou rejeição parcial ou total do dos

dispositivos vetados. Temos por competência realizar um estudo minucioso das alegações

feitas pelo Executivo e por fim trazer para o conjunto dos pares da Comissão a posição

técnica-jurídica dessa relatoria sobre cada ponto suscitado pelo Governador em suas

razões.

Com a devida vênia aos que pensam de maneira diferente, mas em nossa

concepção não assiste razão ao chefe do Poder Executivo nas razões que fundamentaram

o veto jurídico.

A matéria vetada não afronta as normas gerais de proteção à pessoa com

deficiência, muito pelo contrário, há na verdade o reforço da proteção concedida pela

norma federal. Aos estados foi concedida pelo Poder Constituinte originário a

competência legislativa concorrente para tratar da proteção as pessoas portadoras

de deficiência, conforme art. 23,II da CRFB/88. Analisando o projeto vetado não

identificamos nenhuma extrapolação ou afronta as normas gerais de caráter nacional que

dispõem sobre a proteção ás pessoas com deficiência. Estas normas nacionais estabelecem

um piso de proteção, não havendo impedimento para que os estados avancem na

legislação reforçando esses direitos. O que não poderia haver eram os estados legislarem

contrariamente as normas nacionais reduzindo os direitos estabelecidos nacionalmente, o

que não é o caso do projeto vetado, já que esse estabelece um plus na proteção já

reconhecida nacionalmente.

Norma de efeitos temporários. O objetivo de fornecimento de máscaras

acessíveis, tem um caráter temporário, pois exaure seus efeitos com o fim da pandemia do

COVID-19. Ademais não se pode alegar inconstitucionalidade formal por vício de

iniciativa, visto que não há interferência da organização administrativa do Poder

Executivo, tendo em vista que já é obrigação do Poder Público e dos empregadores o

fornecimento de equipamento de proteção individual aos seus funcionários, havendo

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

apenas a especificação dessa obrigação para que um percentual das máscaras fornecidas

sejam acessíveis para que estes atendam ao público garantindo o respeito à

acessibilidade dos usuários surdos e mudos que necessitam de leitura labial para a

realização exitosa do atendimento.

Portanto, com base nos fundamentos expostos e diante de tais considerações, esta

relatoria, depois de retido exame da matéria, vota pela REJEIÇÃO DO VETO TOTAL

Nº 123/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

apenas a especificação dessa obrigação para que um percentual das máscaras fornecidas

sejam acessíveis para que estes atendam ao público garantindo o respeito à

acessibilidade dos usuários surdos e mudos que necessitam de leitura labial para a

realização exitosa do atendimento.

Portanto, com base nos fundamentos expostos e diante de tais considerações, esta

relatoria, depois de retido exame da matéria, vota pela REJEIÇÃO DO VETO TOTAL

Nº 123/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

III- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, pela unanimidade dos presentes,

nos termos do voto da relatoria, opina pela REJEIÇÃODO VETO TOTALnº 123/2020.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 06 de agosto de 2020.

DEP. DR. TACIANO DINIZ DEP. RICARDO BARBOSA

Membro Membro

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 7 ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

VETO TOTAL N° 124/2020 PROJETO DE LEI N° 1.693/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI 1.693/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO DELEGADO WALLBER VIRGOLINO, QUE "DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE COMITÊ INTERSETORIAL, NO ESTADO DA PARAÍBA, COMPOSTO POR ENTIDADES DE REPRESENTANTES DAS EMPRESAS, DOS TRABALHADORES, DOS PODERES PÚBLICOS E DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA, A FIM DE ESTUDAR A REABERTURA GRADATIVA DO COMÉRCIO, ESCOLAS, IGREJAS E ÓRGÃOS PÚBLICOS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS."PARECER PELA MANUTENÇÃO DO VETO.

INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. MANUTENÇÃO DO VETO. A legislação que disponha sobre a criação de órgãos públicos é de iniciativa privativa do Governador do Estado, sendo inconstitucional a lei de iniciativa parlamentar que trate da matéria. VETO TOTAL: Governador do Estado RELATOR(A): Deputado Ricardo Barbosa

P A R E C E R Nº 304 /2020 I – RELATÓRIO O Senhor Governador do Estado, usando da competência que lhe confere o §

1º do artigo 65 da Constituição Estadual, vetou totalmente o Projeto de Lei nº

1.693/2020, que trata da criação de comitê intersetorial, por entendê-lo

INCONSTITUCIONAL. Nas razões do veto, argumenta Sua Excelência que a proposição padece de

inconstitucionalidade formal, pois a matéria seria de iniciativa privativa do

Governador do Estado.

Instrução processual em termos.

Tramitação dentro dos preceitos regimentais.

O parecer foi elaborado com o assessoramento institucional do Consultor

Legislativo Humberto Carlos do Amaral Gurgel Filho, matrícula nº 290.862-0.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

II - VOTO DO RELATOR

A proposição em apreço tem por objetivo criar comitê intersetorial. O

Chefe do Poder Executivo, ao vetar o projeto, o fundamentou em razões de

ordem jurídica, conforme consta nas razões do veto encaminhadas a esta

Casa:

“Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1º do art. 65 da Constituição Estadual, por considerar inconstitucional, decidi vetar o projeto de lei nº 1693/2020, de autoria do Deputado Wallber Virgolino, que “Dispõe sobre a criação de comitê intersetorial, no estado da paraíba, composto por entidades de representantes das empresas, dos trabalhadores, dos poderes públicos e da sociedade civil organizada, a fim de estudar a reabertura gradativa do comércio, escolas, igrejas e órgãos públicos, e dá outras providências”. As alegações são que o projeto invade a iniciativa privativa do

Governador, pois, conforme a Constituição Estadual, a legislação que cria órgãos públicos é matéria de iniciativa privativa do Chefe do Executivo.

Esta Comissão, por força do parágrafo único do art. 227 do Regimento

interno, analisará a inconstitucionalidade suscitada pelo Exmo. Sr.

Governador do Estado.

A Constituição Estadual (artigo 63, parágrafo 1º, inciso II, alínea “e”)

concedeu ao Governador do Estado a competência privativa para dar início

a leis sobre matérias que tratem sobre criação de órgãos públicos no

Estado. Esta proposição, muito além de tratar sobre matéria vinculada a

proteção da sociedade durante a pandemia, cuja iniciativa legislativa seria

concorrente entre o Deputado e o Governador, trata de criação de órgão público, o que nos leva a entender que esta proposição, por mais protetiva

que seja para a sociedade, invade a iniciativa privativa do Governador,

devendo o veto ser mantido.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

Neste sentido, a legislação de iniciativa parlamentar que, contrariando as determinações da Constituição Estadual, trata de questões de iniciativa

privativa do Governador, não está de acordo com as regras constitucionais.

A criação, no âmbito da Administração Pública, de Comitê Intersetorial,

com a designação de suas funções, corresponde a criação de “Órgão Público”, que, conforme Hely Lopes Meireles (2009), são “centros de

competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de

seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.” e,

conforme Celso Antônio Bandeira de Mello (1975), “os órgãos nada mais

significam que círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes

funcionais repartidos no interior da personalidade estatal e expressados

através dos agentes neles providos.”.

Desta feita, nos termo do disposto na “ADI 3.179”, em razão da a

cláusula de reserva prevista no art. 61, § 1º, II, “e)”, da Constituição Federal, é

da iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo a lei estadual que disponha sobre criação de órgãos da administração pública, o que

abrange a criação de Comitês Intersetoriais. Ainda segundo o entendimento

do STF, a proposição legislativa que não obedeça tal desiderato afronta, na espécie, ao disposto no art. 61, § 1º, II, e, da Constituição de 1988, o qual se aplica aos Estados-membros, em razão do princípio da simetria.

O Governador do Estado, no uso das suas atribuições, editou a Lei

Estadual nº 8.186/2007, que dispõe sobre a organização da administração direta, e, em seus artigos, já dispôs sobre a criação de todos os órgãos

públicos que deverão compor a Administração Pública Direta do Estado da

Paraíba, de maneira que esta matéria não pode ser abordada por lei de

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

Neste sentido, a legislação de iniciativa parlamentar que, contrariando as determinações da Constituição Estadual, trata de questões de iniciativa

privativa do Governador, não está de acordo com as regras constitucionais.

A criação, no âmbito da Administração Pública, de Comitê Intersetorial,

com a designação de suas funções, corresponde a criação de “Órgão Público”, que, conforme Hely Lopes Meireles (2009), são “centros de

competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de

seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.” e,

conforme Celso Antônio Bandeira de Mello (1975), “os órgãos nada mais

significam que círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes

funcionais repartidos no interior da personalidade estatal e expressados

através dos agentes neles providos.”.

Desta feita, nos termo do disposto na “ADI 3.179”, em razão da a

cláusula de reserva prevista no art. 61, § 1º, II, “e)”, da Constituição Federal, é

da iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo a lei estadual que disponha sobre criação de órgãos da administração pública, o que

abrange a criação de Comitês Intersetoriais. Ainda segundo o entendimento

do STF, a proposição legislativa que não obedeça tal desiderato afronta, na espécie, ao disposto no art. 61, § 1º, II, e, da Constituição de 1988, o qual se aplica aos Estados-membros, em razão do princípio da simetria.

O Governador do Estado, no uso das suas atribuições, editou a Lei

Estadual nº 8.186/2007, que dispõe sobre a organização da administração direta, e, em seus artigos, já dispôs sobre a criação de todos os órgãos

públicos que deverão compor a Administração Pública Direta do Estado da

Paraíba, de maneira que esta matéria não pode ser abordada por lei de

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA “Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

iniciativa parlamentar, pois padeceria de inconstitucionalidade por vício de iniciativa.

É importante esclarecer que a aprovação de uma proposição de

iniciativa parlamentar que possua matéria de iniciativa privativa do

Governador do Estado, por padecer de inconstitucionalidade formal, em

analogia ao disposto pelo STF na ADI 700,não terá a inconstitucionalidade sanada pela rejeição do veto, prejudicando completamente a segurança

jurídica da lei que vier a ser promulgada a partir desta proposição.

Por todo o exposto, concluímos que assiste razão ao que foi aduzido

peloExmo. Sr. Governador, já que a proposição legislativa parlamentar

invade a competência legislativa privativa do Chefe do Executivo.

Diante de tais considerações, após uma objetiva análise da matéria,

esta relatoria vota pela MANUTENÇÃO do Veto nº 124/2020. É o voto.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

III - PARECER DA

COMISSÃO

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

“Comissão de Constituição, Justiça e Redação”

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por votação da maioria, com votos divergentes da Dep. Camila Toscano e do Dep. Wallber Virgolino, adota e recomenda o parecer da Relatoria pela MANUTENÇÃO do VETO Nº 124/2020, por entender que suas razões são consistentes.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

VETO PARCIALNº 125/2020 AO PROJETO DE LEI Nº 1.636/2020

Veto parcial ao Projeto de Lei nº 1.636/2020, que “Dispõe sobre procedimentos complementares para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus, e dá outras providências”. EXARA-SE PARECER PELA MANUTENÇÃODO VETO.

Veto parcial ao Projeto de Lei nº 1.636/2020 (artigos 4º e 5º)fundado em inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público.Alegação de violação da competência da União para legislar sobre regras gerais sobre licitações e contratos. Procedência das alegações. A Lei Geral de Licitações (Lei nº 8.666/93) é clara ao estabelecer o prazo de 5 (cinco) dias para a publicação dos atos de dispensa de licitações, sendo assim, não há lacunas na legislação federal a serem preenchidas pelo legislador estadual que justifiquem o disposto no artigo 4º do projeto de lei vetado.No mesmo sentido, entendo que os Princípios Constitucionais da Publicidade e Transparência já foram comtemplados pela norma federal de licitações. Da mesma forma, em relação ao art. 5º vetado, não cabe ao legislador estadual, sob o argumento de complementar a legislação federal, proibir que a administração pública, por dispensa de licitação, adquira bens e contrate serviços se tais atos não se destinarem a atender às necessidades inadiáveis decorrentes da pandemia provocada pelo coronavírus. Ora, a legislação federal elencou diversas hipóteses em que o Estado está autorizado a contratar por dispensa de licitações, não cabe ao Poder Legislativo Estadual contrariar o disposto em lei geral federal, restringindo o instrumento de dispensa de licitação unicamente aos casos que se relacionem ao combate à pandemia de coronavírus.O que foi estabelecido pela União no exercício da competência concorrente como regra geral não poderá ser contrariado pelos Estados no exercício da competência suplementar. Interpretação contrária poderá gerar grande prejuízo ao interesse público, visto que, caso surja qualquer outra situação de emergência diferente da pandemia de coronavírus, o Estado estaria proibido de exercer a dispensa de licitação para contratações emergenciais inadiáveis. PARECER PELA MANUTENÇÃO DO VETO. AUTOR(A): GOVERNADOR DO ESTADO AUTOR(A) DO PROJETO: DEP. RANIERY PAULINO RELATOR(A): DEP. TACIANO DINIZ (Redesignado para o Dep. Júnior Araújo)

PARECER Nº 305 /2020

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 20208

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

VETO PARCIALNº 125/2020 AO PROJETO DE LEI Nº 1.636/2020

Veto parcial ao Projeto de Lei nº 1.636/2020, que “Dispõe sobre procedimentos complementares para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus, e dá outras providências”. EXARA-SE PARECER PELA MANUTENÇÃODO VETO.

Veto parcial ao Projeto de Lei nº 1.636/2020 (artigos 4º e 5º)fundado em inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público.Alegação de violação da competência da União para legislar sobre regras gerais sobre licitações e contratos. Procedência das alegações. A Lei Geral de Licitações (Lei nº 8.666/93) é clara ao estabelecer o prazo de 5 (cinco) dias para a publicação dos atos de dispensa de licitações, sendo assim, não há lacunas na legislação federal a serem preenchidas pelo legislador estadual que justifiquem o disposto no artigo 4º do projeto de lei vetado.No mesmo sentido, entendo que os Princípios Constitucionais da Publicidade e Transparência já foram comtemplados pela norma federal de licitações. Da mesma forma, em relação ao art. 5º vetado, não cabe ao legislador estadual, sob o argumento de complementar a legislação federal, proibir que a administração pública, por dispensa de licitação, adquira bens e contrate serviços se tais atos não se destinarem a atender às necessidades inadiáveis decorrentes da pandemia provocada pelo coronavírus. Ora, a legislação federal elencou diversas hipóteses em que o Estado está autorizado a contratar por dispensa de licitações, não cabe ao Poder Legislativo Estadual contrariar o disposto em lei geral federal, restringindo o instrumento de dispensa de licitação unicamente aos casos que se relacionem ao combate à pandemia de coronavírus.O que foi estabelecido pela União no exercício da competência concorrente como regra geral não poderá ser contrariado pelos Estados no exercício da competência suplementar. Interpretação contrária poderá gerar grande prejuízo ao interesse público, visto que, caso surja qualquer outra situação de emergência diferente da pandemia de coronavírus, o Estado estaria proibido de exercer a dispensa de licitação para contratações emergenciais inadiáveis. PARECER PELA MANUTENÇÃO DO VETO. AUTOR(A): GOVERNADOR DO ESTADO AUTOR(A) DO PROJETO: DEP. RANIERY PAULINO RELATOR(A): DEP. TACIANO DINIZ (Redesignado para o Dep. Júnior Araújo)

PARECER Nº 305 /2020

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

I - RELATÓRIO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise

e parecer o Veto Parcial de nº 125/2020, de autoria doGovernador do Estado,

João Azevêdo Lins Filho, ao Projeto de Lei nº 1.636/2020,que “Dispõe sobre

procedimentos complementares para enfrentamento da emergência de saúde

pública decorrente do coronavírus, e dá outras providências”.

O Chefe do Poder Executivo Estadual, com fulcro na Constituição

Federal, artigos 22, inciso XXVII, e 24, §§ 1º ao 4º, vetou parcialmente o

referido projeto, mais precisamente seus artigos 4º e 5º, por considerá-

losinconstitucionais e contrários ao interesse público.

É o relatório.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

II – VOTO DO RELATOR O veto aos artigos 4º e 5º, do Projeto de Lei nº1.636/2020, que

neste momento é submetido a esta Comissão, é fundado, resumidamente, em

vício de competência por abordar matéria que deveria ser tratada pela

União, associado a uma extrapolação da competência suplementar, além de

afronta ao interesse público.

Para embasar as suas razões, o Governador usa diversos trechos da

legislação federal pertinente às licitações e contratos administrativos (Lei nº

8.666/1993).

Pois bem, efetivamente cabe a esta Comissão, nos termos do

parágrafo único do art. 227 da Resolução 1.578/2012 (Regimento Interno da

ALPB), manifestar-se a respeito do veto quando este for, no todo ou em parte,

fundado em inconstitucionalidade.

Entendemos que, em relação aos aspectos que devem ser

analisados por esta Comissão, apresenta razão o Governador do Estado, na

justificativa do veto parcial, pela inconstitucionalidade dos artigos 4º e 5º do

Projeto de Lei vetado.

Vejamos o teor dos artigos vetados pelo Excelentíssimo

Governador:

Art. 4º Deverão ser publicizadas no prazo de 24 horas, em observância à transparência pública, todas as contratações e requisições destinadas ao atendimento da emergência decretada pelo Poder Executivo.

Art. 5º Durante o período de emergência em saúde decretado pelo Poder Executivo, os órgãos e as entidades estaduais não poderão, por dispensa de licitação adquirir bens ou contratar serviços que não se destinem ao atendimento de necessidades coletivas inadiáveis decorrentes da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

Quanto ao artigo 4º vetado, entendo que a Lei Geral de Licitações

(Lei nº 8.666/93) é clara ao estabelecer o prazo de 5 (cinco) dias para a

publicação dos atos de dispensa de licitações, sendo assim, não há lacunas na

legislação federal a serem preenchidas pelo legislador estadual que justifiquem o

disposto no artigo 4º do projeto de lei vetado.

Da mesma forma, entendo que os Princípios Constitucionais da

Publicidade e Transparência já foram comtemplados pela regra prevista na norma

federal de licitações, não existindo razões que justifiquem a edição de uma norma

específica estadual com esta finalidade.

Em relação ao art. 5º vetado, o entendimento desta relatoria segue

o mesmo raciocínio, ou seja, não cabe ao legislador estadual, sob o argumento de

complementar a legislação federal, proibir que a administração pública, por

dispensa de licitação, adquira bens e contrate serviços se tais atos não se

destinarem a atender às necessidades inadiáveis decorrentes da pandemia

provocada pelo coronavírus.

Ora, a legislação federal elencou diversas hipóteses em que o

Estado está autorizado a contratar por dispensa de licitação, não cabe ao Poder

Legislativo Estadual contrariar o disposto em lei geral federal, restringindo o

instrumento de dispensa de licitação unicamente aos casos que se relacionem ao

combate à pandemia de coronavírus, sob o argumento do exercício da sua

competência suplementar.

Interpretação contrária poderá gerar grande prejuízo ao interesse

público, visto que, caso surja qualquer outra situação de emergência diferente da

pandemia de coronavírus, o Estado estaria proibido de exercer a dispensa de

licitação para contratações emergenciais inadiáveis.

O que foi estabelecido pela União no exercício da competência

concorrente como regra geral não poderá ser contrariado pelos estados no

exercício da competência suplementar.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

Quanto ao artigo 4º vetado, entendo que a Lei Geral de Licitações

(Lei nº 8.666/93) é clara ao estabelecer o prazo de 5 (cinco) dias para a

publicação dos atos de dispensa de licitações, sendo assim, não há lacunas na

legislação federal a serem preenchidas pelo legislador estadual que justifiquem o

disposto no artigo 4º do projeto de lei vetado.

Da mesma forma, entendo que os Princípios Constitucionais da

Publicidade e Transparência já foram comtemplados pela regra prevista na norma

federal de licitações, não existindo razões que justifiquem a edição de uma norma

específica estadual com esta finalidade.

Em relação ao art. 5º vetado, o entendimento desta relatoria segue

o mesmo raciocínio, ou seja, não cabe ao legislador estadual, sob o argumento de

complementar a legislação federal, proibir que a administração pública, por

dispensa de licitação, adquira bens e contrate serviços se tais atos não se

destinarem a atender às necessidades inadiáveis decorrentes da pandemia

provocada pelo coronavírus.

Ora, a legislação federal elencou diversas hipóteses em que o

Estado está autorizado a contratar por dispensa de licitação, não cabe ao Poder

Legislativo Estadual contrariar o disposto em lei geral federal, restringindo o

instrumento de dispensa de licitação unicamente aos casos que se relacionem ao

combate à pandemia de coronavírus, sob o argumento do exercício da sua

competência suplementar.

Interpretação contrária poderá gerar grande prejuízo ao interesse

público, visto que, caso surja qualquer outra situação de emergência diferente da

pandemia de coronavírus, o Estado estaria proibido de exercer a dispensa de

licitação para contratações emergenciais inadiáveis.

O que foi estabelecido pela União no exercício da competência

concorrente como regra geral não poderá ser contrariado pelos estados no

exercício da competência suplementar. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

Assim sendo, diante de todo o exposto, entendo pela

MANUTENÇÃO DO VETO Nº125/2020.

É o voto. Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por maioria,

posiciona-se pela MANUTENÇÃO do Veto n° 125/2020, nos termos do voto

do(a) Senhor(a) Relator(a).

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO TOTAL N° 126/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI Nº

1.736/2020 DE AUTORIA DO DEPUTADO DEL.WALLBER VIRGOLINO, O QUAL "Dispõe sobre a realização pela Administração Pública do Estado da Paraíba, mediante requerimento do interessado, de exames laboratoriais para a detecção do novo coronavírus (Sars-CoV-2), causados da doença COVID-19, em servidores dos órgãos públicos onde houver pessoas já diagnosticadas com a doença e dá outras providências’’. - Parecer pela MANUTENÇÃO DO VETO.

- A matéria adentra no âmbito das relações institucionais estabelecidas entre os servidores públicos e a Administração Pública. Uma vez que visa garantir a testagem dessa classe de indivíduos, funcionando como um instrumento que inovará o rol de garantias as quais estes fazem jus; - Em outras palavras, trata-se claramente da discussão de matéria que representa a criação de direitos que os servidores públicos estaduais gozam em razão das prerrogativas e dos cargos que ocupam. Sendo nesta perspectiva onde repousa a impropriedade que inviabiliza sua aprovação por este colegiado; - Posto que, além da violação da prerrogativa do Chefe do Poder Executivo para iniciativa de leis que versem sobre o regime jurídico dos servidores públicos estaduais, a matéria também peca ao buscar interferir indevidamente na autonomia da condução das políticas estaduais de gestão da saúde. Diante do notório e elevado custo financeiro e logístico para a realização destes testes, sem que tenha havido a mínima demonstração acerca da repercussão que sua execução traria para o orçamento das referidas secretarias estaduais; - Assim, a matéria representa uma temerária invasão das prerrogativas inerentes à chefia do Poder Executivo, e consequentemente viola de maneira severa a autonomia preconizada pelo Princípio Constitucional da Separação e Harmonia entre os Poderes Constituídos. VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO AUTOR (A) DO PROJETO: DEP. DEL.WALLBER VIRGOLINO RELATOR (A) DO VETO: DEP. TACIANO DINIZ

PARECER- Nº ___306_____/2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e parecer o Veto Total nº 126/2020, aposto ao Projeto de Lei nº 1.736/2020, o qual

"Dispõe sobre a realização pela Administração Pública do Estado da Paraíba, mediante

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 9

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO TOTAL N° 126/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI Nº

1.736/2020 DE AUTORIA DO DEPUTADO DEL.WALLBER VIRGOLINO, O QUAL "Dispõe sobre a realização pela Administração Pública do Estado da Paraíba, mediante requerimento do interessado, de exames laboratoriais para a detecção do novo coronavírus (Sars-CoV-2), causados da doença COVID-19, em servidores dos órgãos públicos onde houver pessoas já diagnosticadas com a doença e dá outras providências’’. - Parecer pela MANUTENÇÃO DO VETO.

- A matéria adentra no âmbito das relações institucionais estabelecidas entre os servidores públicos e a Administração Pública. Uma vez que visa garantir a testagem dessa classe de indivíduos, funcionando como um instrumento que inovará o rol de garantias as quais estes fazem jus; - Em outras palavras, trata-se claramente da discussão de matéria que representa a criação de direitos que os servidores públicos estaduais gozam em razão das prerrogativas e dos cargos que ocupam. Sendo nesta perspectiva onde repousa a impropriedade que inviabiliza sua aprovação por este colegiado; - Posto que, além da violação da prerrogativa do Chefe do Poder Executivo para iniciativa de leis que versem sobre o regime jurídico dos servidores públicos estaduais, a matéria também peca ao buscar interferir indevidamente na autonomia da condução das políticas estaduais de gestão da saúde. Diante do notório e elevado custo financeiro e logístico para a realização destes testes, sem que tenha havido a mínima demonstração acerca da repercussão que sua execução traria para o orçamento das referidas secretarias estaduais; - Assim, a matéria representa uma temerária invasão das prerrogativas inerentes à chefia do Poder Executivo, e consequentemente viola de maneira severa a autonomia preconizada pelo Princípio Constitucional da Separação e Harmonia entre os Poderes Constituídos. VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO AUTOR (A) DO PROJETO: DEP. DEL.WALLBER VIRGOLINO RELATOR (A) DO VETO: DEP. TACIANO DINIZ

PARECER- Nº ___306_____/2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e parecer o Veto Total nº 126/2020, aposto ao Projeto de Lei nº 1.736/2020, o qual

"Dispõe sobre a realização pela Administração Pública do Estado da Paraíba, mediante

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

requerimento do interessado, de exames laboratoriais para a detecção do novo

coronavírus (Sars-CoV-2), causados da doença COVID-19, em servidores dos órgãos

públicos onde houver pessoas já diagnosticadas com a doença e dá outras

providências’’.

A presente matéria foi APROVADA pela maioria dos Deputados presentes

à Sessão Extraordinária do dia 08 de julho de 2020, na forma aprovada pela CCJR,

com dispensa de Redação Final e parecer favorável do relator especial designado pela

Mesa Diretora.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II – VOTO DO RELATOR

II.I – Das razões apresentadas:

Em análise nas razões apresentadas pelo Governador do Estado ao

presente Veto Total, nos termos do art.65, §1º da Constituição Estadual, fora alegado

que a matéria seria inconstitucional e contrária ao interesse público.

Alegou-se que o Projeto de Lei Ordinária N° 1.713/2020 pretende

estabelecer obrigações para as Secretarias Estaduais da Saúde e da Segurança, cuja

execução se mostraria inviável. Além disso, apontou para uma possível insegurança

jurídica causada pela previsão de aplicação de penalidade administrativa aos dirigentes

das instituições que não observarem seus mandamentos, devido à falta de definição

acerca de questões como a tipicidade da conduta e o procedimento para sua apuração.

Ademais, além do vício de constitucionalidade consubstanciado na

privatividade de iniciativa legislativa do Chefe do Poder Executivo Estadual para criação

de atribuições aos órgãos da Administração Pública, o Governador do Estado também

destacou a exclusividade de iniciativa legislativa quanto as matérias que estabeleçam

alterações no regime jurídico dos servidores públicos estaduais, bem como nas

relações de emprego estabelecidas pela Administração Pública Estadual.

Neste contexto, assegurou que a propositura apresentaria vícios de

constitucionalidade de natureza formal e material. Primeiramente, por carregar

conteúdo cuja iniciativa legislativa é constitucionalmente reservada ao Chefe do Poder

Executivo Estadual, de forma privativa, conforme norma constitucional reproduzida por

simetria na Constituição Paraibana, no art.63, §1º, inciso II, alínea ‘c’.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Ademais, por violar os Princípios da Reserva da Administração e da

Separação Dos Poderes, ao estabelecer ingerências em matérias sujeitas à exclusiva

competência política e administrativa do Poder Executivo. Sendo estas, em breve

síntese, as razões apresentadas por Sua Excelência para a aposição do presente veto

de natureza jurídica.

II.II – Análise técnica da CCJR:

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação é o órgão técnico

competente para a análise constitucional, legal, jurídica, regimental e de técnica

legislativa das proposituras que tramitam nesta Casa, de acordo com o art.31, inciso I

do Regimento Interno.

Por conseguinte, o presente Veto Total nº 126/2020, aplicado pelo

Governador do Estado ao Projeto de Lei nº 1736/2020, com fulcro no art.65 §1º da

Constituição do Estado, por considerar seu conteúdo inconstitucional e contrário ao

interesse público, retorna a este colegiado para análise de suas razões e deliberação

quanto a sua eventual manutenção ou rejeição.

Neste sentido, analisando o arrazoado apresentado como fundamentação

jurídica à presente peça, entendemos que assiste razão ao Governador do Estado

quanto a sua decisão pelo veto ao Projeto de lei ora analisado. Em outras palavras,

entendemos que as razões elencadas por sua Excelência demonstraram a

impossibilidade de esta Casa deliberar sobre a matéria ora em debate.

Entre outras razões, entendemos que a matéria possui como finalidade,

ainda que de forma indireta, propor alterações no regime jurídico aplicável aos

servidores públicos em âmbito estadual, ao garantir-lhes a prestação de um serviço em

razão do seu vínculo com a Administração Pública Estadual.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

É bem verdade que há vigoroso mérito na discussão, por visar oferecer

uma proteção mais eficiente aos servidores públicos estaduais, no tocante às medidas

de prevenção do contágio pelo novo coronavírus. Proteção essa consistente na

realização, mediante requerimento do interessado, das testagens de natureza rápida

e/ou sorológica, voltadas especificamente àqueles órgãos onde já tenha sido registrada

a positivação sorológica em algum de seus funcionários.

Entretanto, a matéria termina por adentrar no âmbito das relações

institucionais estabelecidas entre os servidores públicos e a Administração Pública.

Uma vez que visa garantir a testagem dessa classe de indivíduos, funcionando como

um instrumento que inovará o rol de garantias as quais estes fazem jus.

Ou seja, em outras palavras, trata-se claramente da discussão de matéria

que representa a criação de direitos que os servidores públicos estaduais gozariam em

razão das prerrogativas e dos cargos que ocupam. Sendo nesta perspectiva onde

repousa a impropriedade que inviabiliza sua aprovação por este colegiado.

Posto que, além da violação da prerrogativa do Chefe do Poder Executivo

para iniciativa de leis que versem sobre o regime jurídico dos servidores públicos

estaduais, a matéria também peca ao buscar interferir indevidamente na autonomia da

condução das políticas estaduais de gestão da saúde. Diante do notório e elevado

custo financeiro e logístico para a realização destes testes, sem que tenha havido a

mínima demonstração acerca da repercussão que sua execução traria para o

orçamento das referidas secretarias estaduais.

Assim, a matéria representa uma temerária invasão das prerrogativas

inerentes à chefia do Poder Executivo, e consequentemente viola de maneira severa a

autonomia preconizada pelo Princípio Constitucional da Separação e Harmonia entre os

Poderes Constituídos.

Não custa asseverarmos a nobreza e a oportunidade da presente matéria,

que revela a preocupação do legislador em propor a realização das testagens em favor

daqueles que compõem os quadros funcionais da Administração Pública Estadual.

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

Sobretudo, diante da excepcionalidade das circunstâncias atuais, justificadas pela

edição do ato que decretou a calamidade pública em âmbito estadual, em face do

avanço da pandemia do COVID-19.

Entretanto, atendo-se às discussões das proposituras em seu aspecto

técnico e jurídico, com base na competência deste douto colegiado, entendemos que a presente matéria, caso aprovada, violaria as prerrogativas conferidas ao Chefe do

Poder Executivo Estadual para a iniciativa de leis, de acordo com o art.63, §1º, inciso II,

alínea ‘C’ da Constituição Paraibana, bem como interferiria na autonomia administrativa

conferida ao Chefe da Administração Pública Estadual.

II.III – Conclusão

Diante de tais considerações, depois de retido exame da matéria, esta relatoria vota pela MANUTENÇÃO do Veto Total nº 126/2020.

É como voto.

Reunião remota, em 11 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

III- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, por maioria dos votos

dos membros presentes, opina pela MANUTENÇÃO DO VETO nº 126/2020, nos

termos do voto da relatoria.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

DEP.RICARDO BARBOSA DEP. EDMÍLSON SOARES MEMBRO MEMBRO

(VOTO CONTRÁRIO) (VOTO CONTRÁRIO)

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 202010

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

VETO N° 127/2020

(Veto Total ao Projeto de Lei nº 1.766/2020)

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI

1.766/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO

WALLBER VIRGOLINO, QUE "DISPÕE

SOBRE A AMPLIAÇÃO DAS MARGENS PARA

CONTRATAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS

CONSIGNADOS, PELOS SERVIDORES

ESTADUAIS, JUNTO ÁS INSTITUIÇÕES,

ENQUANTO PERDURAR OS EFEITOS DOS

DECRETO 40.194/2020". Exara-se o parecer

pela MANUTENÇÃO DO VETO.

MANUTENÇÃO DO VETO.

Realmente assiste razão ao Governador do Estado ao vetar o projeto, visto que o projeto

dispõe sobre matéria tipicamente administrativa, cabendo a cada Chefe de cada Poder

estabelecer por ato próprio o limite máximo do comprometimento dos salários dos seus

servidores com empréstimos consignados. Afronta ao Princípio da Separação dos Poderes.

Ademais é importante ainda salientar que o veto se sustenta na preservação do princípio d

mínimo existencial, garantindo que o servidor não comprometa mais de o que 30% de sua

renda com uma modalidade crédito. Precedentes do STJ.

VETO TOTAL: GOVERNADOR DO ESTADO

AUTOR (A) DO PROJETO: DEP. Delegado Wallber Virgolino

RELATOR (A): DEP. Ricardo Barbosa ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

PARECER- Nº ___307_____/2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e elaboração de

parecer técnico o Veto nº 127/2020, remetido a esta Casa pelo Governador do Estado da

Paraíba, referente a totalidade do Projeto de Lei nº 1.766/2020 de autoria do nobre

Deputado Wallber virgolino, cuja ementa tem a seguinte redação Dispõe sobre a

ampliação das margens para contratação dos empréstimos consignados, pelos servidores

estaduais, junto ás instituições, enquanto perdurar os efeitos dos decreto 40.194/2020”

O Chefe do Poder Executivo Estadual, com fulcro no § 1°, do artigo 65, da

Constituição Estadual, vetou totalmente o referido projeto, em suma por considerá-lo

INCONSTITUCIONAL E CONTRÁRIO AO INTERESSE PÚBLICO.

Nas razões jurídicas para o veto, argumenta Sua Excelência que, a proposição

padece de inconstitucionalidade por afrontar o princípio da Separação dos Poderes , ser

matéria reservada a iniciativa legislativa do chefe do executivo e por contrariar o

princípio do mínimo existencial em relação á remuneração dos servidores.

O presente parecer foi elaborado a partir da assessoria institucional prestada pela

Consultoria Legislativa desta douta Comissão de Justiça, tendo como servidor

responsável pela assessoria o Consultor Legislativo Josean Calixto de Souza.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

II – VOTO DO RELATOR

A proposição objeto do veto governamental total tinha por objetivo precípuo a

ampliação das margens para contratação dos empréstimos consignados, pelos servidores

estaduais, junto ás instituições, enquanto perdurar os efeitos dos decreto 40.194/2020.

Os objetivos centrais do projeto estão dispostos nos seguintes dispositivos. Art. 1º Ficam ampliadas para 40% (quarenta por

cento) as margens de contratação de empréstimos

consignados, pelos servidores públicos e/ou aposentados

do Estado da Paraíba, junto às instituições financeiras,

enquanto perdurarem os efeitos do Decreto 40.194/2020, e

demais normas de enfrentamento à pandemia do Covid-19.

Parágrafo único. A ampliação da margem prevista no

caput será concedida após requerimento ao setor de

recursos humanos do órgão ou setor responsável da

autarquia previdenciária com a prova, por qualquer meio

idôneo, de que o beneficiário sofreu aumento real de suas

despesas em decorrência da pandemia.

O Chefe do Executivo vetou totalmente o projeto, segundo a sua argumentação,

por que a proposição padece de inconstitucionalidade por afrontar o princípio da

Separação dos Poderes, ser matéria reservada à iniciativa legislativa privativa do Chefe do

Poder Executivo e por contrariedade ao princípio da preservação do mínimo existencial

em relação a remuneração dos servidores.

Em que pese à argumentação do Governador, cabe a essa douta Comissão de

Justiça, durante a análise do veto governamental fundado em razões de

inconstitucionalidade, realizar um estudo minucioso das razões que sustentam a decisão

pelo veto e ao fim exarar posição sobre a manutenção ou rejeição parcial ou total do dos

dispositivos vetados.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

No caso em tela o Governador justificou de maneira bastante apropriada e

aprofundada as razões de ordem jurídica que o levaram a lançar mão do instrumento do

veto jurídico. Realmente ao analisarmos detidamente as razões do veto não há outra

conclusão possível senão concordar com as justificativas explicitadas pelo Chefe do

Executivo. A matéria tem caráter tipicamente administrativo sendo, portanto, inerente a

atuação administrativa de cada Poder. Cada chefe de Poder ou órgão autônomo detêm

autonomia administrativa para dispor sobre os limites de consignações aplicáveis aos seus

servidores, desde que respeite os limites legais impostos. O projeto fere o princípio da

Separação dos Poderes, pois é uma interferência do Poder Legislativo na órbita

administrativa dos demais poderes dotados de autonomia constitucional. Ainda assim,

vale lembrar, que o próprio Superior Tribunal de Justiça tem uma jurisprudência

consolidada que em atendimento ao principio do mínimo existencial estabelece que a

remuneração do servidor deve ser preservada, não podendo haver um endividamento com

uma única modalidade de empréstimo, o qual, desconta diretamente em folha, do salário

do servidor, sob pena de inviabilizar a própria subsistência e a dignidade da pessoa

humana.

Portanto, com base nos fundamentos expostos e diante de tais considerações, esta

relatoria, depois de retido exame da matéria, vota pela MANUTENÇÃO DO VETO

127/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

III- PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, nos termos do voto da relatoria,

opina pela MANUTENÇÃO DO VETO nº 127/2020, com os votos contrários dos

deputados Del. Wallber Virgolino e Camila Toscano

.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

DEP. DR. TACIANO DINIZ

DEP. EDMÍLSON SOARES

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

1

VETO TOTAL N° 128/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI Nº 1.806/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO BUBA GERMANO, QUE "DETERMINA A TESTAGEM PARA A COVID-19, A CADA 30 (TRINTA) DIAS, DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA".Exara-se parecer pela MANUTENÇÃO do Veto.

Manutenção do Veto -Apenas o Governador do Estado tem competência para deflagrar o processo legislativo referente a Projetos de Lei que venham dispor sobre o regime jurídico dos servidores estaduais civis e militares. O projeto em análise, apesar de meritória iniciativa, invade a competência exclusiva do Poder Executivo neste ponto (art. 63, §1º, II, “c”, da Constituição Estadual). Bem como, o PL n° 1.806/2020 cria obrigações para os empregadores (públicos ou privados) dos profissionais das áreas de saúde e segurança pública ao determinar a realização de testagem para a Covid-19 e afastamento desses profissionais para isolamento, sem prejuízo da remuneração. Sob esse enfoque, o projeto interfere na relação contratual entre o profissional e o seu empregador. Assim, entendo que o PL 1.806/2020, ao abarcar a relação de emprego no âmbito da legislação trabalhista, também é inconstitucional, pois a competência para legislar sobre direito do trabalho é privativa da União (art. 22, inciso I, da Constituição Federal). AUTOR: Governo do Estado da Paraíba

RELATOR(A):Dep.JUNIOR ARAÚJO

P A R E C E R Nº 308 /2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e

parecer o Veto Totalnº 128/2020,do Governo do Estado da Paraíbaao Projeto

de Lei nº 1.806/2020, que"DETERMINA A TESTAGEM PARA A COVID-19, A

CADA 30 (TRINTA) DIAS, DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E SEGURANÇA

PÚBLICA”.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 11

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

1

VETO TOTAL N° 128/2020

VETO TOTAL AO PROJETO DE LEI Nº 1.806/2020, DE AUTORIA DO DEPUTADO BUBA GERMANO, QUE "DETERMINA A TESTAGEM PARA A COVID-19, A CADA 30 (TRINTA) DIAS, DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E SEGURANÇA PÚBLICA".Exara-se parecer pela MANUTENÇÃO do Veto.

Manutenção do Veto -Apenas o Governador do Estado tem competência para deflagrar o processo legislativo referente a Projetos de Lei que venham dispor sobre o regime jurídico dos servidores estaduais civis e militares. O projeto em análise, apesar de meritória iniciativa, invade a competência exclusiva do Poder Executivo neste ponto (art. 63, §1º, II, “c”, da Constituição Estadual). Bem como, o PL n° 1.806/2020 cria obrigações para os empregadores (públicos ou privados) dos profissionais das áreas de saúde e segurança pública ao determinar a realização de testagem para a Covid-19 e afastamento desses profissionais para isolamento, sem prejuízo da remuneração. Sob esse enfoque, o projeto interfere na relação contratual entre o profissional e o seu empregador. Assim, entendo que o PL 1.806/2020, ao abarcar a relação de emprego no âmbito da legislação trabalhista, também é inconstitucional, pois a competência para legislar sobre direito do trabalho é privativa da União (art. 22, inciso I, da Constituição Federal). AUTOR: Governo do Estado da Paraíba

RELATOR(A):Dep.JUNIOR ARAÚJO

P A R E C E R Nº 308 /2020

I – RELATÓRIO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise e

parecer o Veto Totalnº 128/2020,do Governo do Estado da Paraíbaao Projeto

de Lei nº 1.806/2020, que"DETERMINA A TESTAGEM PARA A COVID-19, A

CADA 30 (TRINTA) DIAS, DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E SEGURANÇA

PÚBLICA”.

Instrução processual em termos.

Tramitação na forma regimental.

É o relatório.

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

2

II – VOTO DO RELATOR

O veto Totaldo Executivo fundamenta-se, segundo o Governador do

Estado, em razão do Projeto de Lei apresentar dispositivos inconstitucionais.

O Governador adota o entendimento,assim como pontuouao vetar o PL nº

1.713/2020, que este projeto de lei (PL nº 1.806/2020) também envereda por

temática relacionada com o regime jurídico do servidor público, cuja

competência para iniciar o processo legislativo é privativa do chefe do Poder

Executivo.

Afirma também, queo PL n° 1.806/2020 cria obrigações para os

empregadores (públicos ou privados) dos profissionais das áreas de saúde e

segurança pública (art. 1º), ao determinar a realização de testagem para a Covid-

19 e afastamento desses profissionais para isolamento (§ 2° do art. 1°), sem

prejuízo da remuneração (§ 3º do art. 1º). Sob esse enfoque, o PL n° 1.806/2020

interfere na relação contratual entre o profissional e o seu empregador, seja

público ou privado. Assim, entende que o PL 1.806/2020, ao abarcar a relação de

emprego no âmbito da legislação trabalhista, também é inconstitucional, pois a

competência para legislar sobre direito do trabalho é privativa da União (CF, art.

22, inciso I). Portanto, nesse aspecto, o PL nº 1.806/2020 é inconstitucional.

Assevera ainda que se o enfoque passar a ser a relação do profissional com

seu empregador no âmbitopúblico, o PL nº 1.806/2020 tambémincide

eminconstitucionalidade. Segundo o Governador, a lógicaconstitucional"regime

jurídico dos servidores públicos" corresponde ao conjunto de normas que

disciplinam os diversosaspectos das relações, estatutárias ou contratuais,

mantidas pelo Estado com os seus agentes. Nessa matéria, o processo de

formação das leis está sujeito, quantosua válida instauração, por efeito de

expressa reserva constitucional, à exclusiva iniciativa do Chefe do Poder

Executivo. Comissão de Constituição, Justiça e Redação

3

Por fim, argumenta que a autonomia administrativa do Poder Executivo

restou violada pelo PL nº 1.806/2020 pois não cabe ao Legislativo qualquer

ingerência na fixação de programas entre o estatuto que rege a relação entre

servidor e o Executivo, sob pena de usurpação do efetivo controle da política de

gestão administrativa de seus servidores.Somente o chefe do Poder Executivo

Estadual terá autoridade para instaurar processo legislativo que tenha repercussão

sabre o regime jurídico dos servidores estaduais, no que se inclui, obviamente, a

propositura de leis que interfiram diretamente na relaçãojurídica entre o servidor

e o poder público. Não obstante o mérito da matéria apresentada, o projeto de lei

padece de inconstitucionalidade formal, uma vez que trata de matéria,

dependendo do enfoque adotado, de iniciativa privativa da Unido ou do chefe do

Poder Executivo, conforme se infere das Constituições Federal e Estadual.

Segundo o Poder Executivo, a SES e a SESDS tambéminformaram acerca

da total impossibilidade de atender ao preceituado no PL1.806/2020 por não

disporem de insumos para realizar a testagem contra a Covid-19 a cada 30 dias.

Esclareceram ainda que os profissionais de saúde e da segurançacompõem

públicoprioritário para testagem ao apresentar sintomas sugestivos ou passar por

exposição. Assim, diante da impossibilidade de se atender ao disposto no

presente projeto de lei, o interesse público recomenda o veto.

Entendemos que, com relação aos aspectos que devem ser analisados por

esta Comissão,APRESENTA razão o Governador do Estado, na justificativa do

veto.

De fato, o Projeto de Lei adentra, em sua essência, na competência

privativa do Poder Executivo para tratar de servidores públicos do Estado, seu

regime jurídico e provimento de cargos. A Constituição do Estado da Paraíba

estabelece em seu artigo 63 que:

“Art. 63 [...]

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

4

§1º São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:

[...]

II – disponham sobre:

[...]

c) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de

cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de

militares para a inatividade;”

Portanto, apenas o Governador do Estado tem competência para deflagrar

o processo legislativo referente a Projetos de Lei que venham dispor sobre o

regime jurídico dos servidores estaduais civis e militares. O projeto em análise,

apesar de meritória iniciativa, invade a competência exclusiva do Poder

Executivo neste ponto.

A jurisprudência do ordenamento jurídico nacional é pacífica no sentido

de que leis que tratam do regime jurídico de servidores estaduais civis e

militares, são de competência privativa do Executivo. A título de exemplo,

seguem os seguintes julgados do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF): “Dentre as regras básicas do processo legislativo federal, de observância compulsória pelos Estados, por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes, encontram-se as previstas nas alíneas a e c do art. 61, § 1º, II, da CF, que determinam a iniciativa reservada do chefe do Poder Executivo na elaboração de leis que disponham sobre o regime jurídico e o provimento de cargos dos servidores públicos civis e militares. Precedentes: ADI 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26-2-1999, ADI 2.115,Rel. Min. Ilmar Galvão e ADI 700, Rel. Min. Maurício Corrêa. Esta Corte fixou o entendimento de que a norma prevista em Constituição estadual vedando a estipulação de limite de idade para o ingresso no serviço público traz em si requisito referente ao provimento de cargos e ao regime jurídico de servidor público, matéria cuja regulamentação reclama a edição de legislação ordinária, de iniciativa do chefe do Poder Executivo. Precedentes: ADI 1.165, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 14-6-2002 e ADI 243, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, DJ de 29-11-2002. [ADI 2.873, rel. min. Ellen Gracie, j. 20-9-2007, P, DJ de 9-11-2007.] = ADI 2.856, rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-2-2011, P, DJE de 1º-3-2011” – GRIFO NOSSO

“O art. 61, § 1º, II, c, da CF prevê a iniciativa privativa do chefe do Executivo na elaboração de leis que disponham sobre servidores públicos, regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria. Por outro lado, é pacífico o

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

4

§1º São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:

[...]

II – disponham sobre:

[...]

c) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de

cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de

militares para a inatividade;”

Portanto, apenas o Governador do Estado tem competência para deflagrar

o processo legislativo referente a Projetos de Lei que venham dispor sobre o

regime jurídico dos servidores estaduais civis e militares. O projeto em análise,

apesar de meritória iniciativa, invade a competência exclusiva do Poder

Executivo neste ponto.

A jurisprudência do ordenamento jurídico nacional é pacífica no sentido

de que leis que tratam do regime jurídico de servidores estaduais civis e

militares, são de competência privativa do Executivo. A título de exemplo,

seguem os seguintes julgados do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF): “Dentre as regras básicas do processo legislativo federal, de observância compulsória pelos Estados, por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes, encontram-se as previstas nas alíneas a e c do art. 61, § 1º, II, da CF, que determinam a iniciativa reservada do chefe do Poder Executivo na elaboração de leis que disponham sobre o regime jurídico e o provimento de cargos dos servidores públicos civis e militares. Precedentes: ADI 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26-2-1999, ADI 2.115,Rel. Min. Ilmar Galvão e ADI 700, Rel. Min. Maurício Corrêa. Esta Corte fixou o entendimento de que a norma prevista em Constituição estadual vedando a estipulação de limite de idade para o ingresso no serviço público traz em si requisito referente ao provimento de cargos e ao regime jurídico de servidor público, matéria cuja regulamentação reclama a edição de legislação ordinária, de iniciativa do chefe do Poder Executivo. Precedentes: ADI 1.165, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ de 14-6-2002 e ADI 243, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, DJ de 29-11-2002. [ADI 2.873, rel. min. Ellen Gracie, j. 20-9-2007, P, DJ de 9-11-2007.] = ADI 2.856, rel. min. Gilmar Mendes, j. 10-2-2011, P, DJE de 1º-3-2011” – GRIFO NOSSO

“O art. 61, § 1º, II, c, da CF prevê a iniciativa privativa do chefe do Executivo na elaboração de leis que disponham sobre servidores públicos, regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria. Por outro lado, é pacífico o

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

5

entendimento de que as regras básicas do processo legislativo da União são de observância obrigatória pelos Estados, "por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes". Precedente: ADI 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26-2-1999. A posse, matéria de que tratou o diploma impugnado, complementa e completa, juntamente com a entrada no exercício, o provimento de cargo público iniciado com a nomeação do candidato aprovado em concurso. É, portanto, matéria claramente prevista no art. 61, § 1º, II, c, da Carta Magna, cuja reserva legislativa foi inegavelmente desrespeitada. [ADI 2.420, rel. min. Ellen Gracie, j. 24-2-2005, P, DJ de 25-4-2005.] =RE 583.231 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 8-2-2011, 1ª T, DJE de 2-3-2011” – GRIFO NOSSO

“Significação constitucional do regime jurídico dos servidores públicos (civis e militares). A locução constitucional "regime jurídico dos servidores públicos" corresponde ao conjunto de normas que disciplinam os diversos aspectos das relações, estatutárias ou contratuais, mantidas pelo Estado com os seus agentes. Precedentes. [ADI 2.867, rel. min. Celso de Mello, j. 3-12-2003, P, DJ de 9-2-2007.]” – GRIFO NOSSO

Por tudo isso, verifica-se que a proposta parlamentar, de fato, padece

devício de iniciativa, em afronta ao disposto no artigo 63, §1°, inciso II, alínea

‘c’ da Constituição do Estado da Paraíba.

III – CONCLUSÃO

Diante de tais considerações, esta relatoria, depois de retido exame da

matéria, vota pela MANUTENÇÃO do Veto Total nº 128/2020.

É como voto.

Sala das Comissões, 11 de agosto de 2020.

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

6

IV - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, adota e recomenda o

parecer doSenhor(a) Relator(a), pela MANUTENÇÃO do VetoTotal nº

128/2020, com voto contrário doDep. Del.WallberVirgolino.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agostode 2020

DEP. EDMILSON SOARES

Membro

DEP. TACIANO DINIZ

Membro

Page 12: Estado da Paraíba...2020/08/17  · CULTURA E PARA ESPAÇOS CULTURAIS NO ESTADO DA PARAÍBA DURANTE O PERÍODO DE CALAMIDADE PÚBLICA DECORRENTE DO CORONAVÍRUS (COVID-19), E DÁ

DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 202012 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

VETO TOTALNº 129/2020 AO PROJETO DE LEI Nº 1.808/2020

Veto total ao Projeto de Lei nº 1.808/2020, que “Institui a obrigatoriedade de adoção de barreira física transparente para a proteção e diminuição do contágio dos auxiliares administrativos que atuam na portaria, recepção, cadastro, bem como triagem de pacientes em Unidades Públicas de Saúde, durante o plano de contingência para combate ao Covid-19 no âmbito do Estado da Paraíba.”EXARA-SE PARECER PELA MANUTENÇÃODO VETO.

Veto total ao Projeto de Lei nº 1.808/2020, fundado em inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público.Alegação de violação da competência privativa do Chefe do Poder Executivo, e aos Princípios da Separação dos Poderes e Reserva Administrativa.Procedência das alegações. AUTOR(A): GOVERNADOR DO ESTADO AUTOR(A) DO PROJETO: DEP. ESTELA BEZERRA RELATOR(A): DEP. TACIANO DINIZ (Redesignado para o Dep. Júnior Araújo)

PARECER Nº 309 /2020

I - RELATÓRIO A Comissão de Constituição, Justiça e Redação recebe para análise

e parecer o Veto Totalde nº 129/2020, de autoria doGovernador do Estado, João

Azevêdo Lins Filho, ao Projeto de Lei nº 1.808/2020,que “Institui a

obrigatoriedade de adoção de barreira física transparente para a proteção e

diminuição do contágio dos auxiliares administrativos que atuam na portaria,

recepção, cadastro, bem como triagem de pacientes em Unidades Públicas de

Saúde, durante o plano de contingência para combate ao Covid-19 no âmbito do

Estado da Paraíba.” COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

O Chefe do Poder Executivo Estadual, com fulcro na Constituição

Federal, artigos 6º, 63, § 1º, incisoII, alíneas “b” e “c” e 84, II e IV, alínea “a”,

vetou totalmente o referido projeto, por considerá-lo inconstitucional e

contrário ao interesse público.

É o relatório.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

II – VOTO DO RELATOR

O VetoTotal ao Projeto de Lei nº1.808/2020, que neste momento é

submetido a esta Comissão, é fundado, resumidamente, em violação de

competência privativa do Chefe do Poder Executivo, associado a uma

eventual violação aos Princípios da Separação dos Poderes e Reserva

Administrativa.

O projeto de lei vetado tem por objetivo instituir a obrigação de

instalação de barreiras físicas transparentes para proteção e diminuição do

contágio dos auxiliares administrativos que atuam na portaria, recepção,

cadastro, bem como triagem de pacientes, nas unidades públicas de saúde do

Estado da Paraíba. A medida deverá ser implantada durante a pandemia, devendo

permanecer após o plano de contingência para o combate ao coronavírus, como

forma de proteção permanente de tais profissionais.

Pois bem, efetivamente cabe a esta Comissão, nos termos do

parágrafo único do art. 227 da Resolução 1.578/2012 (Regimento Interno da

ALPB), manifestar-se a respeito do veto quando este for, no todo ou em parte,

fundado em inconstitucionalidade.

Entendemos que, em relação aos aspectos que devem ser analisados

por esta Comissão,apresenta razão o Governador do Estadona justificativa

do veto total, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei nº 1.808/2020, pelos

motivos que passamos a expor.

Não obstante o mérito do conteúdo, a propositura padece de

inconstitucionalidade formal, ferindo o seguinte dispositivo constitucional:

art. 63, §1°, II, “e”, da Constituição Estadual.

Observando o projeto de lei, entendemos que a proposta de

iniciativa Parlamentar que ultrapasse a indicação de diretrizes gerais e crie

despesas de grande monta para o Poder Executivo, bem como estabeleça

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

novas atribuições a órgãos administrativos, fere os princípios da

razoabilidade, da reserva de administração e da separação dos poderes,

sendo inconstitucional.

Assim, tendo em vista ser proposta que cria despesas de grande monta,

e estabelece novas atribuições a órgãos administrativos, no que se refere à

iniciativa, entendo que a presente propositura viola o art. 63, §1º, da Constituição

do Estado, que trata das hipóteses de competência exclusiva do Chefe do Poder

Executivo para deflagrar o processo legislativo.

Assim sendo, diante de todo o exposto, entendo pela

MANUTENÇÃODOVETO Nº129/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

novas atribuições a órgãos administrativos, fere os princípios da

razoabilidade, da reserva de administração e da separação dos poderes,

sendo inconstitucional.

Assim, tendo em vista ser proposta que cria despesas de grande monta,

e estabelece novas atribuições a órgãos administrativos, no que se refere à

iniciativa, entendo que a presente propositura viola o art. 63, §1º, da Constituição

do Estado, que trata das hipóteses de competência exclusiva do Chefe do Poder

Executivo para deflagrar o processo legislativo.

Assim sendo, diante de todo o exposto, entendo pela

MANUTENÇÃODOVETO Nº129/2020.

É o voto.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação posiciona-se

pelaMANUTENÇÃOdo Veto n° 129/2020, nos termos do voto do

SenhorRelator.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

1

PARECER VENCEDOR Nº 311 /2020

(Ao parecer proferido no VETO TOTAL Nº 130/2020)

AUTOR(A): GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA – JOÃO AZEVEDO

AUTOR(A) DO PROJETO: Dep. ESTELA BEZERRA

RELATOR(A): Dep. RICARDO BARBOSA

RELATOR(A) SUBSTITUTO(A): DEP. CAMILA TOSCANO

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

O VetoTotal nº 130/2020, aposto ao Projeto de Lei nº 1.809/2020, de autoria daDep.

Estela Bezerra,foi apreciado na data de hoje pela Comissão de Constituição, Justiça e

Redação.

Remetida a matéria nos termos regimentais a este colegiado, foi designado como

Relator o Dep. Ricardo Barbosa, cuja manifestação em seu parecer fora pela

MANUTENÇÃO DOVETO, sob o argumento de que o projeto vetado, de fato, padece de

vício de iniciativa por invadir o espectro de matérias cujo tratamento exige deflagração do

processo legislativo pelo Chefe do Executivo Estadual, sendo inconstitucional sua

instituição por lei estadual de iniciativa parlamentar, entendimento seguido pelo

DeputadoJúnior Araújo.

Abrindo a divergência, a DeputadaCamila Toscano votou em sentido contrário, pela

REJEIÇÃOdoveto, tendo sido seguida pelos Deputados Del. Wallber Virgolino e

Pollyanna Dutra.

Em virtude de a maioria dissentir, o parecer do relator Dep. Ricardo Barbosa foi

VENCIDO. A Excelentíssima DeputadaCamila Toscano, em seu entendimento, afirmou ser

o projeto vetado constitucional, pois a proposição apenas fomenta que dados como raça/cor

constem nos registros e sejam setorizados nos relatórios, que já são feitos na rotina dos

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

2

órgãos do Executivo. Logo, não há uma invasão nem se propõe uma nova política

administrativa, mas se aprofunda a existente, inclusive, no próprio governo há uma gerência

especializada em tais assuntos, que é a Gerência de Equidade Racial.

Assim, por maioria, a CCJR, no dia 11 de agosto de 2020, entendeu que era

constitucional o PLO 1.809/2020, posicionando-se pela rejeição do veto, sob o fundamento

de que o projeto vetado busca analisar se a proteção integral à saúde, principalmente durante

a pandemia, é direito que está sendo amparado pelo Estado à população negra, ou é direito

que está sendo violado, necessitando de aprofundamento de políticas públicas nesse sentido.

Dessa forma, com o devido respeito, divirjo do parecer do ilustre Deputado Ricardo

Barbosa, por entender improcedentes as razões sustentadas no seu parecer.

Assim, designado como relator para o voto vencedor, opino pela REJEIÇÃOdo

VETO n° 130/2020, e pugno por sua regular tramitação.

É o voto.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 13

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

2

órgãos do Executivo. Logo, não há uma invasão nem se propõe uma nova política

administrativa, mas se aprofunda a existente, inclusive, no próprio governo há uma gerência

especializada em tais assuntos, que é a Gerência de Equidade Racial.

Assim, por maioria, a CCJR, no dia 11 de agosto de 2020, entendeu que era

constitucional o PLO 1.809/2020, posicionando-se pela rejeição do veto, sob o fundamento

de que o projeto vetado busca analisar se a proteção integral à saúde, principalmente durante

a pandemia, é direito que está sendo amparado pelo Estado à população negra, ou é direito

que está sendo violado, necessitando de aprofundamento de políticas públicas nesse sentido.

Dessa forma, com o devido respeito, divirjo do parecer do ilustre Deputado Ricardo

Barbosa, por entender improcedentes as razões sustentadas no seu parecer.

Assim, designado como relator para o voto vencedor, opino pela REJEIÇÃOdo

VETO n° 130/2020, e pugno por sua regular tramitação.

É o voto.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

Comissão de Constituição, Justiça e Redação

3

PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação, nos termos do Voto do Relator

Substituto, opinapela REJEIÇÃO do VETO TOTAL n° 130/2020.

É o parecer.

Sala das Comissões, em 11 de agosto de 2020.

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

“Divisão de Apoio às Comissões Permanentes” 19ª Legislatura 2ª Sessão Legislativa

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A PRESIDENTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 40, inciso II da Resolução

nº 1.578, de 19 de dezembro de 2012 (Regimento Interno), C O N V O C A os

senhores Deputados e Senhoras Deputadas do supramencionado órgão técnico para

participarem da REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA, a ser realizada no próximo dia 18 de

agosto (terça-feira), às 10:00h, através do sistema eletrônico de vídeo conferência,

com a finalidade de deliberar sobre os pareceres emitidos às matérias que constam

na seguinte pauta da Ordem do Dia em anexo, conforme determina o art. 45, §5º do

Regimento Interno:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBA, João Pessoa, 14 de agosto de 2020.

Presidenta

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Comissão de Constituição, Justiça e Redação

“Divisão de Apoio às Comissões Permanentes” 19ª Legislatura 2ª Sessão Legislativa

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A PRESIDENTA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 40, inciso II da Resolução

nº 1.578, de 19 de dezembro de 2012 (Regimento Interno), C O N V O C A os

senhores Deputados e Senhoras Deputadas do supramencionado órgão técnico para

participarem da REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA, a ser realizada no próximo dia 18 de

agosto (terça-feira), às 10:00h, através do sistema eletrônico de vídeo conferência,

com a finalidade de deliberar sobre os pareceres emitidos às matérias que constam

na seguinte pauta da Ordem do Dia em anexo, conforme determina o art. 45, §5º do

Regimento Interno:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBA, João Pessoa, 14 de agosto de 2020.

Presidenta

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

PAUTA

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Casa de Epitácio Pessoa

2ª Sessão Legislativa - 19ª Legislatura SECRETARIA LEGISLATIVA

DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA ÀS COMISSÕES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

1

Pauta da 13ª Reunião Extraordinária

Local: Videoconferência Data: 18/08/2020 (terça-feira) Horário: 10 horas

MEMBROS TITULARES PARTIDO Dep. Pollyanna Dutra (Presidente) PSB

Dep. Ricardo Barbosa (Vice-Presidente) PSB Dep. Taciano Diniz AVANTE Dep. Júnior Araújo AVANTE

Dep. Edmilson Soares PODEMOS Dep. Camila Toscano PSDB

Dep. Tovar Correia Lima PSDB

MEMBROS SUPLENTES PARTIDO Dep. Jeová Campos PSB Dep. Lindolfo Pires PODEMOS Dep. Caio Roberto PR

Dep. Dr. Érico CIDADANIA Dep. Manoel Ludgério PSD Dep. Wallber Virgolino PATRIOTA

Dep. Cabo Gilberto Silva PSL Secretário Legislativo: Guilherme Benício de Castro Neto (Tel: 3214-4586) Diretora do Departamento: Marta Carolina Soares (Tel: 3214-4501) I – Discussão e votação da Ata II – Expediente III – Ordem do Dia/Pauta

ESTADO DA PARAÍBA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Casa de Epitácio Pessoa

2ª Sessão Legislativa - 19ª Legislatura SECRETARIA LEGISLATIVA

DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA ÀS COMISSÕES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO

1

Pauta da 13ª Reunião Extraordinária

Local: Videoconferência Data: 18/08/2020 (terça-feira) Horário: 10 horas

MEMBROS TITULARES PARTIDO Dep. Pollyanna Dutra (Presidente) PSB

Dep. Ricardo Barbosa (Vice-Presidente) PSB Dep. Taciano Diniz AVANTE Dep. Júnior Araújo AVANTE

Dep. Edmilson Soares PODEMOS Dep. Camila Toscano PSDB

Dep. Tovar Correia Lima PSDB

MEMBROS SUPLENTES PARTIDO Dep. Jeová Campos PSB Dep. Lindolfo Pires PODEMOS Dep. Caio Roberto PR

Dep. Dr. Érico CIDADANIA Dep. Manoel Ludgério PSD Dep. Wallber Virgolino PATRIOTA

Dep. Cabo Gilberto Silva PSL Secretário Legislativo: Guilherme Benício de Castro Neto (Tel: 3214-4586) Diretora do Departamento: Marta Carolina Soares (Tel: 3214-4501) I – Discussão e votação da Ata II – Expediente III – Ordem do Dia/Pauta

A – VETOS Nºs:

131/2020 – DO GOVERNADOR DO ESTADO - Veto total ao

projeto de lei nº 1.831/2020, de autoria do Deputado Chió,

que “Estabelece penalidades administrativas aos agentes

públicos que cometerem atos de corrupção e improbidade

envolvendo recursos e bens destinados ao enfrentamento de

pandemias e/ou calamidade pública”.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Tovar Correia Lima

132/2020 – DO GOVERNADOR DO ESTADO - Veto total ao

projeto de lei 1.850/2020, de autoria do Deputado Tião

Gomes, que “Torna obrigatório teste de detecção da Covid-19

(sars-cov-2) em todas as amostras de sangue de doadores no

estado da Paraíba”.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Taciano Diniz

B – PROJETOS DE LEI ORDINÁRIA Nºs:

2.069/2020 – DO GOVERNADOR DO ESTADO - Dispõe sobre

a implantação de agrovilas no estado da Paraíba e dá outras

providências.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Pollyanna Dutra

2.070/2020 – DO GOVERNADOR DO ESTADO - Dispõe sobre a

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 202014

estrutura de cargos em comissão na estrutura organizacional

da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Júnior Araújo

2.079/2020 – DO GOVERNADOR DO ESTADO - Institui o

Cadastro Técnico Estadual de atividades potencialmente

poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais - CTE,

integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente -

SISSNAMA e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do

Estado da Paraíba - TCFA/PB, de acordo com a Lei Federal nº

6.938/81 e alterações, e dá outras providências.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Júnior Araújo

2.041/2020 – DO DEPUTADO CHIÓ - Torna obrigatória a

realização de testes diagnósticos do coronavírus-sars-cov-2,

nos alunos das instituições de ensino, públicas e privadas,

antes do reinício de suas atividades, no âmbito do Estado da

Paraíba, na forma que menciona.

Recebido na Comissão: 29/07/2020

Relator: Dep. Ricardo Barbosa (Redesignado na reunião

anterior – Dep. Júnior Araújo)

Adiado a pedido do relator.

2.059/2020 – DO DEPUTADO CABO GILBERTO SILVA –

Determina a disponibilização gratuita de kits de medicamentos

aos profissionais de saúde infectados pelo novo coronavírus

(covid-19) pelo SUS (Sistema Único de Saúde) do Estado da

Paraíba.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Taciano Diniz

2.061/2020 – DO DEPUTADO JOÃO HENRIQUE - Dispondo

sobre o acesso ao prontuário médico do paciente por meio de

plataformas eletrônicas, na rede pública e privada de saúde,

no âmbito do estado da Paraíba, e dá outras providências.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Dep. Taciano Diniz

2.063/2020 – DA DEPUTADA CIDA RAMOS - Dispondo

sobre a obrigatoriedade de estabelecimentos comerciais

disponibilizarem o tapete pedilúvio para a proteção contra o

Covid-19, no estado da Paraíba.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Camila Toscano

2.068/2020 – DA DEPUTADA POLLYANNA DUTRA -

Denominando Rodovia Dr. Geraldo Arnaud de Assis Júnior a

Rodovia Estadual PB-366, em toda sua extensão.

Recebido na Comissão: 13/08/2020

Relator: Júnior Araújo

B.1 MATÉRIAS NÃO RELACIONADAS À PANDEMIA DO

CORONAVÍRUS

1.208/2019 – DO DEPUTADO TACIANO DINIZ - Dispõe sobre a

obrigatoriedade da inclusão do leite de cabra, das carnes de

caprino e ovino na dieta alimentar dos alunos da rede pública

estadual.

Recebido na Comissão: 11/11/2019

Relator: Dep. Pollyanna Dutra

1.213/2019 – DO DEPUTADO BOSCO CARNEIRO - Classifica

o município de Lucena – PB como município de interesse

turístico (MITS).

Recebido na Comissão: 12/11/2019

Relator: Dep. Edmilson Soares

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Segunda-Feira, 15 de Agosto de 2020 - DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO 15

1.214/2019 – DO DEPUTADO BOSCO CARNEIRO - Classifica o

município de Ingá –PB como município de interesse turístico

(MITS).

Recebido na Comissão: 11/11/2019

Relator: Dep. Pollyanna Dutra

1.215/2019 – DO DEPUTADO BOSCO CARNEIRO - Classifica

o município de Baía da Traição – PB como município de

interesse turístico (MITS).

Recebido na Comissão: 11/11/2019

Relator: Dep. Edmilson Soares

1.249/2019 – DO DEPUTADO CHIÓ - Assegura, ao aluno

com deficiência, prioridade na matrícula em escola pública

estadual mais próxima de sua residência e dá outras

providências.

EM APENSO o PL nº 1.259/2019, de autoria do Dep. Adriano

Galdino.

Recebido na Comissão: 19/11/2019

Relator: Dep. Camila Toscano

1.250/2019 – DO DEPUTADO CHIÓ – Dispõe sobre a

obrigatoriedade da divulgação e atualização permanente

em sítio eletrônico do estoque de medicamentos no sistema

único de saúde do estado da Paraíba.

Recebido na Comissão: 19/11/2019

Relator: Dep. Taciano Diniz

1.258/2019 – DO DEPUTADO ADRIANO GALDINO - Dispõe

sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos que

comercializam no varejo produtos lacrados, a disponibilizarem

em seus estacionamentos, para melhor acomodação do

consumidor, espaços adequados destinados a colocar os

carrinhos de compra, após o consumidor desocupá-los, e dá

outras providências.

Recebido na Comissão: 19/11/2019

Relator: Dep. Tovar Correia Lima

1.260/2019 – DO DEPUTADO ADRIANO GALDINO - Dispõe

sobre dispensa de cobrança da tarifa de utilização de terminal

de passageiros para as pessoas que fazem jus à gratuidade

da passagem nos transportes intermunicipais no âmbito do

estado da Paraíba.

Recebido na Comissão: 19/11/2019

Relator: Dep. Tovar Correia Lima

1.278/2019 – DO DEPUTADO NABOR WANDERLEY – Dispõe

sobre a política de promoção da educação socioemocional

no estado da Paraíba e dá outras providências.

EM APENSO o PL nº 1.398/2019, de autoria do Dep. Eduardo

Carneiro, e o PL nº 2.065/2020, do Dep. Chió.

Recebido na Comissão: 25/11/2019

Relator: Dep. Tovar Correia Lima

1.288/2019 – DO DEPUTADO WILSON FILHO – Dispõe sobre

a prorrogação do vencimento das faturas cobradas por

fornecedores de serviços continuados no estado da Paraíba e

dá outras providências.

Recebido na Comissão: 25/11/2019

Relator: Dep. Camila Toscano

1.304/2019 – DA DEPUTADA CIDA RAMOS – Reconhece

de utilidade pública o serviço pastoral dos migrantes do

nordeste – SPMNE, com sede no município de Bayeux, nesse

estado.

Recebido na Comissão: 06/12/2019

Relator: Dep.: Camila Toscano

1.314/2019 – DO DEPUTADO JÚNIOR ARAÚJO - Denomina

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DIÁRIO DO PODER LEGISLATIVO - Segunda-Feira, 17 de Agosto de 202016

E X P E D I E N T E

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBAPraça João Pessoa s/n - Centro - João Pessoa PB

CEP 58013-900

GUILHERME BENÍCIO DE CASTRO NETOSECRETÁRIO LEGISLATIVO

FRANCISCO DE ASSIS ARAÚJODIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ACOMPANHAMENTO

E CONTROLE DO PROCESSO LEGISLATIVO

MARIA DE LOURDES MEDEIROS DE OLIVEIRADIRETORA DA DIVISÃO

DE PUBLICAÇÕES OFICIAIS

FRANCISCO DE SOUZA NETODIAGRAMADOR

EVERALDO FERNANDES DE OLIVEIRAEDITOR

EXPEDIENTE

PRESIDÊNCIA

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃOE RECURSOS HUMANOS

PORTARIA

CADERNO ADMINISTRATIVO

como Biblioteca Francisca Afonso Dias (Nega de Valderi), a

Biblioteca da E.C.I.T. Professora Nicéa Claudino Pinheiro, no

município de Cajazeiras – PB.

Recebido na Comissão: 06/12/2019

Relator: Dep.: Pollyanna Dutra

1.354/2019 – DO DEPUTADO WALLBER VIRGOLINO - Dispõe

sobre a classificação do município de Cacimba de Dentro

como “interesse turístico”.

Recebido na Comissão: 10/12/2019

Relator: Dep. Edmilson Soares

1.356/2019 – DO DEPUTADO WALLBER VIRGOLINO - Declara

a cavalgada como patrimônio cultural imaterial do estado da

Paraíba.

Recebido na Comissão: 10/12/2019

Relator: Dep. Taciano Diniz

1.379/2019 – DO DEPUTADO RANIERY PAULINO – Dispõe sobre

isenção de tarifa de transporte rodoviário intermunicipal

para os guardas civis e os agentes de segurança, e dá outras

providências.

Recebido na Comissão: 06/02/2019

Relator: Dep. Ricardo Barbosa

1.382/2019 – DA DEPUTADA POLLYANNA DUTRA - Classifica

Brejo do Cruz – PB como município de interesse turístico.

Recebido na Comissão: 03/02/2019

Relator: Dep. Edmilson Soares

Departamento de Assistência às Comissões,

17 de agosto de 2020