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4 Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás Tocantins

Conselho Regional de Psicologia (9ª Região)Manual para o exercício profissional do psicólogo/Conselho Regional de Psicologia de Goiás e Tocantins. Goiânia: CRP – 09, 2010. 136 p.

1. Orientação profissional – Manual. 2. Psicólo-gos – Goiás e Tocantins.

Gestão 2007/2010

ElaboraçãoComissão de Orientação

e Fiscalização – COF

Manual do PsicólogoJulho/2010

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CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 9ª REGIÃO - GOIÁS E TOCANTINS

VI PLENÁRIO - Gestão: “INTEGRAÇÃO - Psicologia, uma construção coletiva”

DIRETORIAConselheiro Presidente: Sebastião Benício da Costa Neto (CRP09/1019) Conselheira Vice-Presidente: Márcia Freire Ribeiro (CRP09/0650)Conselheira Secretária: Márcia Freire Ribeiro (CRP09/0650)Conselheira Tesoureira: Marnene Soares de Souza (CRP09/2751)

CONSELHEIROSAlba Lucínia da S. Magalhães de Sensi (CRP09/0727) Candice Marques de Lima (CRP09/2821) Cariacy dos Santos Domingues (CRP09/4392) – Secretária 27/09/07-25/03/09Eliana Nubia Moreira (CRP09/5029) Filomena Guterres Costa (CRP09/2007) – Vice-Presidente 27/09/07-29/04/09Heloiza Helena Mendonça A. Massanaro (CRP09/0362) – Presidente 27/09/07-06/06/10José Helder Teixeira (CRP09/1668) – Presidente da COE 27/09/07-10/02/09Lucelita Maria Alves (CRP09/5051) Márcia Freire Ribeiro (CRP09/0650) – Secretária 25/03/09-18/01/10Maria Aparecida Alves da Silva (CRP09/1289) Maria Betânia Gondim da Costa (CRP09/3907) – Vice-Presidente 18/01/10-27/02/10Maria Regina dos Reis Dutra (CRP09/2081) – Presidente da COF 27/09/07-20/12/08Marluce de Oliveira (CRP09/4917) Marnene Soares de Souza (CRP09/2751) Milton Marinho Nogueira Júnior (CRP09/2905) Sebastião Benício da Costa Neto (CRP09/1019) – Vice-Presidente 29/04/09-18/01/10; 27/02/10-02/06/10Suse de Araújo Santos (CRP09/2582) – Secretária 18/01/10-30/04/10Susie Amâncio Gonçalves de Roure (CRP09/0768)

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CONSELHEIRA PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO (COF)Suse de Araújo Santos (CRP09/2582)

CONSELHEIRA PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ÉTICA (COE)Candice Marques de Lima (CRP09/2821)

PSICÓLOGOS COLABORADORES DA COFKelly Martins Lourenço (CRP09/5906)Leonardo de Lima Oliveira (CRP09/5248)Wilma Maria da Silva (CRP09/2100)

COORDENAÇÃO GERALFelícia Leal R. Bezerra e Silva (CRP09/0976)

COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA Beverlei dos Reis Rocha

FUNCIONÁRIAS PSICÓLOGASJacqueline Andrade Amaral (CRP09/1106)Renata Costa Teixeira (CRP09/1834)Rubia Cristina Canedo (CRP09/4014)Simone Meirelles Bastos (CRP09/3494)

FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOSAlessandra Lima Costa - RecepcionistaAline Jesus de Oliveira Barbosa - Assessora ContábilAnelise Souza Rocha - Auxiliar Administrativo IDivina Naiar Pereira - Auxiliar Administrativo IEduardo Braga de Oliveira - Assistente Administrativo IFernanda Canedo Silva - Auxiliar Administrativo IHamilton Correia Lima Júnior - Assistente Administrativo IJônathan Souza Dias - Auxiliar Administrativo I Lorrayma Fernandes de Medeiros - Auxiliar Administrativo IMaria Tereza Almeida Menna Barreto - Assistente Administrativo I - TocantinsSimone Vaz Lettry - Auxiliar Administrativo I

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AGRADECIMENTOSAgradecemos ao V Plenário do Conse-

lho Regional de Psicologia da 9ª Região – GO/TO, Gestão: “Acolhendo para crescer”, que idealizou a criação deste Manual, em especial à Psicóloga Conselheira Maria Regina dos Reis Dutra que muito contri-buiu em sua realização, no intuito de dis-ponibilizar um instrumento técnico, numa linguagem acessível e dialógica, com in-formações sobre o Funcionamento do Sis-tema Conselhos de Psicologia, bem como temas diversos pertinentes à atividade profissional do psicólogo.

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APRESENTAÇÃO

O Conselho Regional de Psicologia de Goiás e To-cantins – 9ª Região (CRP-09), tem desenvolvido ações marcadas pelo compromisso social e a defesa dos direi-tos humanos, contudo, sem se descuidar da orientação e fiscalização do exercício profissional, contribuindo para a qualificação técnica, política e ética dos psicólogos, de acordo com a legislação e normatização que regula-menta a profissão no Brasil.

A regulamentação no Sistema Conselhos de Psicolo-gia não é feita pelos conselheiros, mas é o resultado da construção coletiva dos psicólogos brasileiros, por meio da produção de teses no Congresso Nacional da Psico-logia (CNP), as quais são trabalhadas pela Assembléia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF). Só então, são transformadas em resoluções pelo plenário do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Desta forma, entendemos que a construção de uma resolução é coletiva e passa pela experiência de cada psicólogo brasileiro que participa deste amplo processo democrático da profissão. Assim definidas, as resolu-ções passam a normatizar o exercício profissional e se-rão cumpridas por todos os Psicólogos que tem o dever de atuar, nos diversos contextos, de forma a respeitar os direitos dos indivíduos, grupos, instituições e comunida-des com as quais se relaciona.

Portanto, inscrever-se no CRP-09 é fazer parte desta congregação que se torna cada vez mais forte com a participação de cada colega que chega. São muitas as formas de participação para a sua escolha: escrever teses para o CNP, participar de debates regionais e nacional, candidatar-se a conselheiro, votar nas eleições, participar de GTs e Comissões de acordo com sua área de inte-resse, dos seminários e debates, apresentar sugestões, acessar o site e acompanhar as ações do plenário, pagar a anuidade, participar de campanhas e manifestações em defesa da profissão, denunciar o exercício ilegal ou postura que fere a ética profissional, cumprir a legislação e o Código de Ética do Psicólogo, etc.

Assim, o CRP-09 convida todos os psicólogos a se

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aprofundarem no conhecimento da regulamentação da profissão e deseja que este Manual de Orientações faça parte do cotidiano de psicólogos, professores e estudan-tes de psicologia, e dos cidadãos em geral, como ferra-menta de formação e orientação profissional.

Esperamos também, que a partir da utilização deste manual surjam questionamentos e propostas, de forma a contribuir para o crescimento da profissão de psicólogo.

VI Plenário do Conselho Regional de Psicologia da 9ª Região – GO/TO

Gestão: “INTEGRAÇÃO – Psicologia, uma construção coletiva”

Julho de 2010

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I. INSTITUIÇÕES QUE ATUAM JUNTO ÀS CATEGORIAS PROFISSIONAIS1.1. O QUE É UMA ASSOCIAÇÃO? 141.2. O QUE É UM SINDICATO? 141.3. O QUE É O SISTEMA CONSELHOS DE PSICOLOGIA? 151.4. DIFERENÇA ENTRE IMPOSTO SINDICAL, CONTRIBUIÇÃO SINDICAL E CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA 161.5. CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DA 9ª REGIÃO - CRP09 161.6. COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO CRP09 17 1.6.1. Instâncias Deliberativas 17 1.6.2. Grupos de Trabalho - GTs 18 1.6.3. Assessores 18 1.6.4. Funcionários 181.7. COMISSÃO PERMANENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO (COF) E COMISSÃO DE ÉTICA (COE) 19 1.7.1. Comissão Permanente de Orientação e Fiscalização (COF) 19 1.7.2. Comissão Permanente de Ética (COE) 201.8. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO 20

II. ORIENTAÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE PSICÓLOGO 2.1. REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO 22 PROFISSIONAL DE PSICÓLOGO 2.1.1. Inscrição de Pessoa Física 22 2.1.2. Inscrição Secundária 23 2.1.3. Transferência para outro Regional 24 2.1.4. Cancelamento 24 2.1.5. Reinscrição 25 2.1.6. Interrupção Temporária de Pagamento de Anuidade 25 2.1.7. Isenção de Anuidade 26

Sumário

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2.1.8. Registro e Cadastro de Pessoa Jurídica 26 2.1.9. Cancelamento de Pessoa Jurídica 27 2.1.10. Profissionais estrangeiros 27 2.1.11. Alteração em documentos civis 28 2.1.12. Mudança de endereço 28 2.1.13. Anuidade e Assembléia Orçamentária 28 2.1.14. Inadimplência 302.2. CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE PSICÓLOGO 302.3. TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA 332.4. OUTROS ASPECTOS PROFISSIONAIS 59 2.4.1. Aspectos Éticos 59 2.4.1.1. Material Técnico Privativo do Psicólogo 59 2.4.1.2. Condições legais exigidas para atuar como autônomo e abrir um consultório 61 2.4.1.3. Condições do local de atendimento 62 2.4.1.4. Sigilo profissional 62 2.4.2. Honorários e acordos de prestação de serviços 64 2.4.3. O Psicólogo em relação à Justiça 65 2.4.4. Avaliação Psicológica 68 2.4.5. Elaboração de relatórios, laudos e outros documentos escritos 71 2.4.6. Psicotécnico 72 2.4.7. Atendimento a Crianças, Adolescentes ou Interditos 73 2.4.8. O Psicólogo e as Organizações 74 2.4.9. Publicidade e Mídia 76 2.4.10. O psicólogo na Mídia 78 2.4.11. O Psicólogo e o Atendimento Domiciliar 79 2.4.12. Atendimento via Internet 80 2.4.13. Supervisão e Estágios 81 2.4.14. Pesquisa e Divulgação em Psicologia 832.5. CÓDIGO DE PROCESSAMENTO DISCIPLINAR 84

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2.5.1. Irregularidade Ética e Denúncia 84 2.5.2. Denúncia de Offício 85 2.5.3. Julgamento dos psicólogos que infringem o Código de Ética 852.6. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 872.7. LEIS, DECRETOS E RESOLUÇÕES REFERENTES À PRÁTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO 103 2.7.1. Atendimento mediado por computador ou internet 103 2.7.2. Atestado Psicológico 103 2.7.3. Avaliação Psicológica 104 2.7.4. Código de Ética Profissional do Psicólogo 106 2.7.5. Inscrição no CRP (Pessoa Física e Pessoa Jurídica) 106 2.7.6. Métodos e técnicas complementares 107 2.7.7. Orientação Sexual 107 2.7.8. Pesquisa 108 2.7.9. Publicidade e oferta de serviço 108 2.7.10. Preconceito e discriminação racial 109 2.7.11. Psicoterapia 109 2.7.12. Registro documental 109 2.7.13. Regulamentação da profissão 109 2.7.14. Residência em Psicologia 111 2.7.15. Título de Especialista em Psicologia 111 2.7.16. Escuta psicológica de crianças e adolescentes112 2.7.17. Atuação do Psicólogo no Sistema Prisional 1122.8. ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO NO BRASIL – CATÁLOGO BRASILEIRO DE OCUPAÇÕES NO MINISTÉRIO DO TRABALHO (CBO) 112III. INFORMAÇÕES GERAIS 132IV. BIBLIOGRAFIA 134

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I. INSTITUIÇÕES QUE ATUAM JUNTO ÀS CATEGORIAS PROFISSIONAIS

1.1. O QUE É UMA ASSOCIAÇÃO?

Associação, em um sentido amplo, é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas físicas ou outras socieda-des jurídicas com objetivos comuns, vi-sando superar dificuldades e gerar bene-fícios para os seus associados.

Formalmente, qualquer que seja o tipo de associação ou seu objetivo podemos dizer que a associação é uma forma jurí-dica de legalizar a união de pessoas em torno de seus interesses e que sua cons-tituição permite a construção de condi-ções maiores e melhores do que as que os indivíduos teriam isoladamente para a realização dos seus objetivos.

1.2. O QUE É UM SINDICATO?

Os sindicatos existem para organizar e de-fender os interesses da categoria nos assun-tos trabalhistas, tanto no setor público como no setor privado, inclusive dos profissionais autônomos. É o sindicato que organiza a luta pela melhoria do salário, dos recursos técni-cos, pela jornada de trabalho, pelos valores referenciais da prestação de serviços, pelos direitos e benefícios dos profissionais.

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1.3. O QUE É O SISTEMA CONSELHOS DE PSICOLOGIA?

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) juntamente com os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) são entidades criadas pela Lei Federal nº 5.766, de 20 de dezem-bro de 1971, dotadas de personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa e financeira, competindo--lhes, privativamente, orientar, disciplinar e fiscalizar pela fiel observância dos prin-cípios ético-profissionais. É também fun-ção do CFP e dos CRPs contribuir para o desenvolvimento da Psicologia como ci-ência e profissão, conforme previsto nos regimentos internos desses órgãos.

Sendo assim, o Sistema Conselhos de Psicologia organiza as referências para o bom exercício profissional por meio da normatização de suas práticas. Portan-to, mais do que somente fiscalizar e pu-nir infrações, sistematiza tais referências, tornando-as públicas, conhecidas e de-batidas, de modo a garantir a presença qualificada e reconhecida da Psicologia na sociedade Brasileira.

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1.4. DIFERENÇA ENTRE IMPOSTO SINDICAL, CONTRIBUIÇÃO SINDICAL E CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA

Imposto Sindical – é uma taxa obriga-tória, prevista no Art. 149 da Constitui-ção Federal/88, bem como na CLT. Esta cobrança é dirigida aos profissionais em exercício - sindicalizados ou não - uma vez por ano, entre fevereiro e março.

Contribuição Sindical – é uma taxa co-brada apenas dos profissionais filiados voluntariamente ao Sindicato.

Contribuição Confederativa – a Federa-ção Nacional dos Psicólogos (FENAPSI), utiliza esta taxa como forma de fortalecer as finanças de seus filiados (sindicatos e representações regionais). É uma taxa fa-cultativa.

1.5. CONSELHO REGIONAL DE PSICO-LOGIA DA 9ª REGIÃO - CRP09

O Conselho Regional de Psicologia da 9ª Região – GO/TO tem por finalidade orientar, disciplinar, fiscalizar e proporcio-nar condições para o aprimoramento do exercício e das atividades profissionais do Psicólogo, zelando pela fiel observância dos princípios Éticos da classe, pela digni-dade e independência da Profissão.

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O CRP09 é uma ramificação do Sistema Conselhos de Psicologia, tem sua sede na cidade de Goiânia e jurisdição nos estados de Goiás e Tocantins.

1.6. COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMEN-TO DO CRP09

1.6.1. Instâncias deliberativas:

Plenário: composto por nove conselhei-ros efetivos e nove suplentes, eleitos por voto direto.

Diretoria: composta pelo presidente, vice-presidente, secretário e tesoureiro. É eleita anualmente pelos conselheiros do plenário.

Comissões: podem ser permanentes (Co-missão de Orientação e Fiscalização - COF e Comissão de Ética - COE) ou especiais;

Assembléia Geral: composta pelos psicó-logos com inscrição principal no CRP09 e em pleno gozo de seus direitos;

Congresso Regional: evento no qual são eleitos os delegados para o Congresso Nacional - CNP. O CNP é responsável por estabelecer as diretrizes para a atuação do CFP e dos CRPs, sendo realizado a cada 3 (três) anos, coincidindo com o ano das eleições da autarquia.

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1.6.2. Grupos de Trabalho - GTs: são ins-tituídos pelo Plenário para fins específicos e definidos, sempre que esse assim julgar conveniente. Tem como coordenador um membro do CRP e a escolha de seus com-ponentes é feita pelo Plenário, dentre as seguintes possibilidades: conselheiro efe-tivo ou suplente, psicólogo ou qualquer profissional cuja contribuição seja neces-sária ao alcance dos objetivos do GT.

1.6.3. Assessores: para o bom desem-penho de suas atribuições, o Conselho pode contar com assessorias de caráter permanente ( jurídica, contábil, comunica-ção, etc.), e assessorias especiais, de cará-ter transitório, exercidas por profissionais legalmente habilitados, escolhidos em função de sua competência e idoneidade. As assessorias especiais são criadas pelo Plenário, observando-se os critérios de necessidade e oportunidade.

1.6.4. Funcionários: são contratados, após processo de seleção através de edi-tal público, cabendo ao CRP a definição dos critérios.

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1.7. COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO (COF) E COMISSÃO DE ÉTICA (COE)

1.7.1. Comissão Permanente de Orien-tação e Fiscalização (COF)

Em cada Conselho Regional de Psico-logia funciona uma Comissão de Orien-tação e Fiscalização (COF) que coordena e executa em sua jurisdição as atividades de orientação e fiscalização da entidade e assessora ao Plenário nos assuntos de sua competência.

A COF tem como objetivo assegurar o cumprimento da lei, decretos e resoluções que regulamentam o exercício da pro-fissão de psicólogo, garantindo, no res-guardo do direito da população, que os serviços psicológicos prestados estejam dentro dos preceitos técnicos e éticos da profissão. É da competência da COF reali-zar visitas de orientação e fiscalização nos locais onde ocorre o exercício da Psicolo-gia e mediante denúncias relacionadas ao exercício profissional do psicólogo.

Essa Comissão é constituída por, no míni-mo, três membros indicados pelo Plenário, sendo presidida por um conselheiro efetivo, podendo os demais serem conselheiros efe-tivos, suplentes ou psicólogos convidados.

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1.7.2. Comissão Permanente de Ética (COE)

Essa Comissão tem a função de ze-lar pela aplicação do Código de Ética da Psicologia, recebendo as representações contra psicólogos, conduzindo os pro-cessos éticos, bem como assistindo o Ple-nário nos assuntos de sua competência. Pode ser formada por conselheiros e psi-cólogos convidados.

Os processos éticos seguem uma tra-mitação determinada pelo Código de Pro-cessamento Disciplinar (CPD), instituído pela Resolução nº 006/2007 do Conselho Federal de Psicologia.

1.8. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO

Todo psicólogo pode participar das co-missões permanentes, especiais e grupos de trabalho. Estudantes interessados tam-bém podem ser convidados.

Para ser um colaborador da COF ou COE é preciso aprovação do plenário. Uma vez que isso ocorra, o psicólogo colaborador se compromete a disponibilizar horas de trabalho para a Comissão.

Para se candidatar a Conselheiro do CRP é preciso satisfazer aos seguintes requisitos: ser cidadão brasileiro; estar em dia com suas obrigações eleitorais e

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militares; encontrar-se em pleno gozo de seus direitos profissionais; ter inscrição principal no respectivo Conselho Regio-nal e domicilio na região correspondente, quando concorrer ao Conselho Regional; inexistir contra si condenação criminal a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em julgado, salvo reabilitação legal; inexistir contra si con-denação, por infração ao Código de Ética, transitada em julgado há menos de 5 (cin-co) anos; estar quite com a tesouraria do Conselho Regional de Psicologia relativa-mente aos exercícios anteriores, ainda que sob a forma de parcelamento de débito. As eleições ocorrem a cada três anos e o voto é obrigatório e universal para todos os psicólogos inscritos.

A participação nos eventos, seminários, debates, manifestações e audiências pú-blicas promovidas pelo Conselho também são formas importantes de participação. São meios eficazes do psicólogo expres-sar sua opinião, atuando em prol da psi-cologia.

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II. ORIENTAÇÕES PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE PSICÓLOGO

2.1. REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DE PSICÓLOGO

Para exercer a profissão de psicólogo é obrigatória a conclusão do Curso de Psico-logia em uma Faculdade reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC, bem como a colação de grau na modalida-de formação de psicólogo, conforme defi-ne a Lei nº 4.119 de 27/08/62 que dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de Psicólogo.

Além disso, o profissional deverá estar devidamente inscrito num Conselho de Psicologia.

2.1.1. Inscrição de Pessoa Física

A inscrição representa, além do requi-sito legal para o exercício da profissão, uma forma de fazer parte de uma cate-goria para a qual não bastam apenas co-nhecimentos técnicos, mas também um conjunto de outros conhecimentos (ética e demais aspectos da profissão) relativos ao fazer psicológico, indicados pelo Con-selho Federal de Psicologia.

O profissional só se inscreve uma vez e passa a contribuir com o Sistema Conse-

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lhos através de anuidades. A anuidade vai financiar os projetos aprovados pela cate-goria e desenvolvidos pelo CRP-09 com o objetivo de cumprir sua obrigação legal e zelar pela ética e disciplina da classe, e ainda, contribuir para os avanços da psi-cologia no cenário político e social.

A inscrição terá caráter provisório, quando for realizada com certificado de colação de grau, que deverá ser substituí-do pelo diploma de formação de psicólo-go, no prazo de dois anos.

2.1.2. Inscrição Secundária

Se o profissional atuar em mais de um Estado, deverá ter sua inscrição principal no estado no qual atua por mais horas e deverá solicitar uma inscrição secundária, pela qual não pagará anuidades, no estado no qual atua por um número menor de horas.

Portanto, ao exercer atividade profissio-nal fora da área de jurisdição do CRP onde tem sua inscrição principal, o psicólogo de-verá observar as seguintes situações:

a) Caso o exercício profissional seja reali-zado por um período de em tempo infe-rior a 90 dias por ano em outra jurisdição, as atividades serão consideradas de cará-ter eventual e, assim sendo, não sujeitarão o psicólogo à inscrição secundária.

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b) Caso o exercício profissional seja reali-zado em tempo superior a 90 dias por ano, contínuos ou intercalados, não será carac-terizado como exercício eventual, de forma que o psicólogo deverá solicitar inscrição também, no CRP da jurisdição onde está realizando a atividade. Nesse caso, o psi-cólogo receberá uma carteira de identida-de profissional secundária. No CRP 09 esta carteira tem validade de um ano, sendo necessária sua renovação anual.

2.1.3. Transferência para outro Regional

Em caso de mudança de estado fede-rativo, isto é, quando o psicólogo for de-sempenhar sua atividade profissional em outra jurisdição, não tendo caráter even-tual, o psicólogo solicitará sua transferên-cia no CRP onde pretende se estabelecer. Para a transferência, é necessário estar com a inscrição regularizada no CRP de origem.

2.1.4. Cancelamento

O profissional psicólogo poderá reque-rer o cancelamento de sua inscrição no CRP desde que não esteja exercendo a profissão. O cancelamento poderá ocorrer mesmo se existir débito, isto é, se o profis-sional deixar de recolher a anuidade, pas-

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sando a ter sua inscrição irregular junto ao CRP. Porém, o valor devido será cobrado pelas instâncias previstas em Lei.

A anuidade é paga por todos os cole-gas profissionais no início de cada ano, podendo o psicólogo participar das ple-nárias orçamentárias que a definem com base nos parâmetros nacionais.

No ato de cancelamento, o psicólogo deve devolver a Carteira de Identidade Profissional que será destruída pelo CRP.

2.1.5. Reinscrição

A reinscrição do registro profissional perante o CRP dar-se-á a qualquer tempo, sendo que o número de registro original do Conselho será preservado para todos os efeitos. O interessado preencherá, no ato do pedido de reinscrição, declaração onde conste a inexistência do exercício profissio-nal no período em que esteve impedido em virtude do cancelamento de sua inscrição.

A solicitação de reinscrição é deferida pelo plenário do Conselho Regional de Psicologia.

2.1.6. Interrupção Temporária de Paga-mento de Anuidade

Será concedida interrupção tempo-rária do pagamento das anuidades, nos

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seguintes casos: viagem ao exterior, com permanência superior a 6 (seis) meses e doença devidamente comprovada, que impeça o exercício da profissão por prazo superior a 6 (seis) meses. Cessado o mo-tivo que impedia o exercício da profissão, durante a vigência do prazo concedido, o beneficiário da interrupção de pagamento de anuidade deverá regularizar a sua situ-ação no Conselho Regional de Psicologia, para reiniciar as suas atividades mediante comunicação, por escrito pelo profissio-nal, e pagamento da anuidade, de acordo com a tabela em vigor.

2.1.7. Isenção de Anuidade

O psicólogo que completar 65 (ses-senta e cinco) anos de idade, conforme estabelece a Resolução CFP nº 001/1990, estará isento de pagamento da anuidade.

2.1.8. Registro e Cadastro de Pessoa Jurídica

Quando houver uma personalidade jurídica diferente da física, o responsável deverá solicitar a inscrição de Pessoa Jurí-dica (PJ). Será considerada PJ, com obriga-ção de registro no CRP, aquela que ofere-cer serviços de Psicologia a terceiros e que tem a Psicologia como atividade primor-dial no seu contrato social.

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Este registro é obrigatório, inclusive para associações, fundações de direito privado e entidades de caráter filantrópico (tendo esta última isenção de anuidade e taxas).

A Pessoa Jurídica que não tem a Psico-logia como atividade principal fará apenas o cadastro junto ao Conselho Regional de Psicologia e indicará o Responsável Técnico.

2.1.9. Cancelamento de Pessoa Jurídica

O cancelamento do registro ou cadas-tro de pessoa jurídica dar-se-á a pedido da entidade, em decorrência de processo disciplinar ordinário, em virtude do come-timento de falta disciplinar ou mediante constatação do encerramento de suas ati-vidades, de acordo com o Art. 40 da Re-solução Nº003/2007 do Conselho Federal de Psicologia.

2.1.10. Profissionais estrangeiros

Os profissionais com formação e ativi-dade profissional em psicologia no exte-rior, que venham a atuar no Brasil a convite (de entidades educacionais, profissionais ou científicas, de grupos de psicólogos, etc.), por um período de, no máximo, três meses por ano, deverão comunicar ao Conselho Regional de Psicologia da juris-dição, quando as atividades que realizarão sejam atribuídas, por lei, ao psicólogo.

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2.1.11. Alteração em documentos civis

Havendo alteração nos documentos civis (casamento, divórcio, etc.) ou nos documentos acadêmicos do solicitante (título de especialista, etc.), estes deve-rão ser encaminhados ao CRP para que se procedam as mudanças necessárias. Alguns destes procedimentos prevêem o pagamento de uma taxa.

2.1.12. Mudança de endereço

É de responsabilidade do psicólogo manter seus dados atualizados no CRP. Assim, segundo a RES CFP N.º 05/2001 que dispões sobre a obrigatoriedade da atualização de endereço dos psicólogos e das pessoas jurídicas junto aos CRPs, se houver mudança de endereço, o mesmo deverá ser comunicado imediatamente ao CRP, para que este possa contatar o pro-fissional (pessoa física) ou a pessoa jurídi-ca, sempre que se fizer necessário. Caso não o faça, poderá sofrer um processo de natureza administrativa, de acordo com a Resolução CFP N.º 03/2008.

2.1.13. Anuidade e Assembléia Orçamentária

Além da inscrição, o psicólogo e a Pes-soa Jurídica (inscrita na modalidade Re-gistro) têm a obrigatoriedade de pagar a

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anuidade. Sendo assim, a inadimplência acarreta cobrança judicial, por meio da inscrição do nome do psicólogo na Dívida Ativa da União.

O valor da anuidade, bem como o das multas, taxas e emolumentos, são defini-dos em Assembléia Geral na região na qual o psicólogo está inscrito. Porém devem ser respeitados os parâmetros definidos pela Assembléia das Políticas Administrativas e Financeiras (APAF), da qual participam os representantes dos Conselhos Regionais, sob a coordenação de representante do Conselho Federa de Psicologia.

A Assembléia Geral é realizada no se-gundo semestre de cada ano, estando aberta à participação de todos os psicólo-gos inscritos, que recebem por carta a no-tificação do evento. Na ocasião, também é apresentado um balanço das ações que a gestão realizou no ano anterior e o plano de trabalho do próximo ano.

Geralmente o boleto para o pagamento da anuidade é enviado em janeiro. Caso não o receba, o psicólogo deverá procurar imediatamente o CRP. Havendo dúvidas em relação aos prazos, ou dificuldade em saldar o pagamento, o psicólogo deverá consultar o Conselho, porque o não paga-mento acarretará multa, juros e atualiza-ção monetária.

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2.1.14. Inadimplência

Considera-se inadimplente o profissio-nal ou pessoa jurídica que não efetua o pagamento da anuidade ao Conselho até o dia 31 de março do ano subseqüente ao vencido. Nesse caso, o Conselho envia correspondência avisando do atraso, con-cedendo prazo de 30 dias, a partir da data do recebimento, para quitação. Caso o de-vedor não se manifeste, o CRP inscreve o profissional na dívida ativa da União, con-forme exigência da lei.

2.2. CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE PSICÓLOGO

As atribuições profissionais do psicó-logo no Brasil são as aprovadas pelo XIII Plenário do Conselho Federal de Psicolo-gia, divulgadas pelo Ministério do Traba-lho e Emprego e integrantes do Catálogo Brasileiro de Ocupações - CBO.

As funções privativas do Psicólogo são estabelecidas no § 1º do art. 13 da Lei Nº 4.119, de 27 de agosto de 1962:

§ 1º- Constitui função privativa do Psicólogo a utilização de métodos e técnicas psicológicas com os se-guintes objetivos:a) diagnóstico psicológico;b) orientação e seleção profissional;

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c) orientação psicopedagógica;d) solução de problemas de ajusta-mento.§ 2º- É da competência do Psicólo-go a colaboração em assuntos psi-cológicos ligados a outras ciências.

Segundo a Resolução do CFP nº 03/2007 os métodos e as técnicas psicológicas uti-lizados no exercício das funções privativas do Psicólogo a que se refere o § 1º do art. 13 da Lei Nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, são entendidos da seguinte forma:

IV - DIAGNÓSTICO PSICOLÓGI-CO - é o processo pelo qual, por intermédio de Métodos e Técnicas psicológicas, analisa-se e estuda-se o comportamento de pessoas, de grupos, de instituições e de comu-nidades, na sua estrutura e no seu funcionamento, identificando-se as variáveis nele envolvidas;

V - ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL - é o processo pelo qual, por intermé-dio de Métodos e Técnicas Psicoló-gicas, investigam-se os interesses, aptidões e características de per-sonalidade do consultante, visando proporcionar-lhe condições para a escolha de uma profissão;

VI – SELEÇÃO PROFISSIONAL - é o processo pelo qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicológicas, objetiva-se diagnosticar e prognos-

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ticar as condições de ajustamento e desempenho da pessoa a um cargo ou atividade profissional, visando a alcançar eficácia organizacional e procurando atender às necessida-des comunitárias e sociais;

VII - ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓ-GICA - é o processo pelo qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicológicas, proporcionam-se con-dições instrumentais e sociais que facilitem o desenvolvimento da pes-soa, do grupo, da organização e da comunidade, bem como condições preventivas e de solução de dificul-dades, de modo a atingir os objeti-vos escolares, educacionais, organi-zacionais e sociais;

VIII - SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE AJUSTAMENTO - é o processo que propicia condições de auto-realiza-ção, de convivência e de desempe-nho para o indivíduo, o grupo, a ins-tituição e a comunidade, mediante métodos psicológicos preventivos, psicoterápicos e de reabilitação.

O psicólogo pode também, utilizar como recurso terapêutico a Acupuntura, conforme Resolução CFP Nº 005/2002, e a Hipnose, conforme Resolução CFP Nº 013/2000.

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2.3. TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA

O título de Especialista em Psicologia é considerado como uma referência so-bre a maior dedicação do profissional na área da especialidade, constituindo-se numa especificidade na qualificação do Psicólogo. Nesse sentido, ele não consti-tui condição obrigatória para o exercício profissional.

A obtenção do título de especialista pode ocorrer a partir de diversas situa-ções, sendo que para cada uma há exi-gências específicas. As situações são as seguintes:

a) Realização de curso de especialização em instituição de ensino superior credenciada ao Ministério da Educação e Cultura – MEC;

b) Realização de curso de especialização em instituição de ensino de Pós-Graduação;

c) Realização de curso de especialização em instituição credenciada junto ao Con-selho Federal de Psicologia (acesse o site www.pol.org.br e consulte a tabela de Cursos Credenciados pelo CFP);

d) Aprovação em Concurso de Provas e Títulos, promovido pelo Conselho Federal de Psicologia;

A realização das alternativas descritas

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acima, nos itens “c” e “d”, dá o direito do Registro do Titulo Profissional de Especia-lista em Psicologia pelo Conselho Regio-nal de Psicologia, fazendo-o constar na Carteira de Identidade Profissional. Cada psicólogo poderá registrar até dois títulos de especialista, sendo possível o cancela-mento de um título para sua substituição por outro, a qualquer tempo, conforme anexo III da Resolução CFP nº 13/2007.

Segue abaixo, a definição das especiali-dades a serem concedidas pelo Conselho Federal de Psicologia, para efeito de con-cessão e registro do Título Profissional de Especialista em Psicologia, de acordo com o anexo II, da Resolução CFP nº 13/2007:

Psicólogo especialista em Psicologia Escolar/Educacional

Atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e inter-venção preventiva ou corretiva em grupo e individualmente. Envolve, em sua análi-se e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino- aprendizagem. Nessa tarefa, considera as características do cor-po docente, do currículo, das normas da instituição, do material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema. Em conjunto com a equipe, colabora com

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o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de po-líticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais. No âmbito administrativo, contribui na análise e intervenção no clima educacional, bus-cando melhor funcionamento do sistema que resultará na realização dos objetivos educacionais. Participa de programas de orientação profissional com a finalidade de contribuir no processo de escolha da profis-são e em questões referentes à adaptação do indivíduo ao trabalho. Analisa as carac-terísticas do indivíduo portador de neces-sidades especiais para orientar a aplicação de programas especiais de ensino. Realiza seu trabalho em equipe interdisciplinar, integrando seus conhecimentos àqueles dos demais profissionais da educação. Para isso realiza tarefas como, por exemplo: a) aplicar conhecimentos psicológicos na escola, concernentes ao processo ensino--aprendizagem, em análises e intervenções psicopedagógicas; referentes ao desenvol-vimento humano, às relações interpessoais e à integração família-comunidade-escola, para promover o desenvolvimento integral do ser; b) analisar as relações entre os diver-sos segmentos do sistema de ensino e sua repercussão no processo de ensino para auxiliar na elaboração de procedimentos

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educacionais capazes de atender às neces-sidades individuais; c) prestar serviços di-retos e indiretos aos agentes educacionais, como profissional autônomo, orientando programas de apoio administrativo e edu-cacional; d) desenvolver estudos e analisar as relações homem-ambiente físico, ma-terial, social e cultural quanto ao proces-so ensino-aprendizagem e produtividade educacional; e) desenvolver programas visando a qualidade de vida e cuidados indispensáveis às atividades acadêmicas; f) implementar programas para desenvolver habilidades básicas para aquisição de co-nhecimento e o desenvolvimento humano; g) validar e utilizar instrumentos e testes psicológicos adequados e fidedignos para fornecer subsídios para o replanejamento e formulação do plano escolar, ajustes e orientações à equipe escolar e avaliação da eficiência dos programas educacionais; h) pesquisar dados sobre a realidade da es-cola em seus múltiplos aspectos, visando desenvolver o conhecimento científico.

Psicólogo especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho

Atua em atividades relacionadas a análi-se e desenvolvimento organizacional, ação humana nas organizações, desenvolvimen-

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to de equipes, consultoria organizacional, seleção, acompanhamento e desenvolvi-mento de pessoal, estudo e planejamento de condições de trabalho, estudo e inter-venção dirigidos à saúde do trabalhador. Desenvolve, analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde do trabalhador, ob-servando níveis de prevenção, reabilitação e promoção de saúde. Participa de pro-gramas e/ou atividades na área da saúde e segurança de trabalho, subsidiando os quanto a aspectos psicossociais para pro-porcionar melhores condições ao trabalha-dor. Atua como consultor interno/externo, participando do desenvolvimento das or-ganizações sociais, para facilitar processos de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis hierárquicos de organiza-ções. Planeja e desenvolve ações destina-das a equacionar as relações de trabalho, o sentido de maior produtividade e da re-alização pessoal dos indivíduos e grupos inseridos nas organizações, estimulando a criatividade, para buscar melhor qualidade de vida no trabalho. Participa do processo de desligamento de funcionários de orga-nizações, em processos de demissões e na preparação para aposentadorias, a fim de colaborar com os indivíduos na elaboração de novos projetos de vida. Elabora, executa e avalia, em equipe multiprofissional, pro-gramas de desenvolvimento de recursos

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humanos. Participa dos serviços técnicos da empresa, colaborando em projetos de construção e adaptação dos instrumentos e equipamentos de trabalho ao homem, bem como de outras iniciativas relacio-nadas a ergonomia. Realiza pesquisas e ações relacionadas à saúde do trabalhador e suas condições de trabalho. Participa da elaboração, implementação e acompanha-mento das políticas de recursos huma-nos. Elaborar programas de melhoria de desempenho, aproveitando o potencial e considerando os aspectos motivacionais relacionados ao trabalho. Atua na relação capital/trabalho no sentido de equacionar e dar encaminhamento a conflitos organi-zacionais. Desempenha atividades relacio-nadas ao recrutamento, seleção, orienta-ção e treinamento, análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de avaliação de desempenho de pessoal, atu-ando em equipes multiprofissionais. Utiliza métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, pro-vas, dinâmicas de grupo, etc. para subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimentação de pes-soal, incentivo, remuneração de carreira, capacitação e integração funcional e pro-mover, em conseqüência, a auto-realização no trabalho.

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Psicólogo especialista em Psicologia de Trânsito

Procede ao estudo no campo dos pro-cessos psicológicos, psicossociais e psi-cofísicos relacionados aos problemas de trânsito; realiza diagnóstico da estrutura dinâmica dos indivíduos e grupos nos as-pectos afetivos, cognitivos e comporta-mentais; colabora na elaboração e implan-tação de ações de engenharia e operação de tráfego; desenvolve ações sócio-educa-tivas com pedestres, ciclistas, condutores infratores e outros usuários da via; desen-volve ações educativas com: diretores e instrutores dos Centros de Formação de Condutores, examinadores de trânsito e professores dos diferentes níveis de ensi-no; realiza pesquisas científicas no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos, para elaboração e implan-tação de programas de saúde, educação e segurança do trânsito; realiza avaliação psicológica em condutores e candidatos à carteira de habilitação; participa de equi-pes multiprofissionais no planejamento e realização das políticas de segurança para o trânsito; analisa os acidentes de trânsi-to, considerando os diferentes fatores en-volvidos para sugerir formas de evitar e/ou atenuar as suas incidências; elabora laudos, pareceres psicológicos, relatórios

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técnicos e científicos; desenvolve estu-dos sobre o fator humano para favorecer a elaboração e aplicação de medidas de segurança; elabora e aplica técnicas de mensuração das aptidões, habilidades e capacidades psicológicas dos condutores e candidatos à habilitação, atuando em equipes multiprofissionais, para aplicar os métodos psicotécnicos de diagnóstico; dialoga com os profissionais da área mé-dica e da educação (instrutores /professo-res/examinadores) por meio de estudos de caso de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação; desenvolve estudos de campo e em laboratório, do comportamento in-dividual e coletivo em diferentes situações no trânsito para sugerir medidas preventi-vas; estuda os efeitos psicológicos do uso de drogas e outras substâncias químicas na situação de trânsito; presta assessoria e consultoria a órgãos públicos e privados nas questões relacionadas ao trânsito e transporte; e atua como perito em exames de habilitação, reabilitação ou readaptação profissional.

Psicólogo especialista em Psicologia Jurídica

Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência, centrando sua atuação na orienta-

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ção do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possi-bilitar a avaliação das características de per-sonalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formula-ção, revisão e interpretação das leis: Avalia as condições intelectuais e emocionais de crian-ças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos, seja por deficiência men-tal e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, aplicando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para deter-minar a responsabilidade legal por atos cri-minosos; atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da famí-lia, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem ane-xados aos processos, a fim de realizar atendi-mento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares; orienta a admi-nistração e os colegiados do sistema peni-tenciário sob o ponto de vista psicológico, usando métodos e técnicas adequados, para estabelecer tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabe-lecimentos penais; realiza atendimento psi-cológico a indivíduos que buscam a Vara de Família, fazendo diagnósticos e usando tera-pêuticas próprias, para organizar e resolver questões levantadas; participa de audiência,

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prestando informações, para esclarecer as-pectos técnicos em psicologia a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico; atua em pesquisas e programas sócio-educativos e de prevenção à violência, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica, para atender às necessidades de crianças e adolescentes em situação de risco, abandonados ou infratores; elabora petições sempre que solicitar alguma providência ou haja necessidade de comunicar se com o juiz durante a execução de perícias, para serem juntadas aos processos; realiza avaliação das características das personalidade, através de triagem psicológica, avaliação de periculosi-dade e outros exames psicológicos no siste-ma penitenciário, para os casos de pedidos de benefícios, tais como transferência para estabelecimento semi aberto, livramento condicional e/ou outros semelhantes. Asses-sora a administração penal na formulação de políticas penais e no treinamento de pesso-al para aplicá las. Realiza pesquisa visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do direito. Realiza orientação psicológica a casais antes da entrada nupcial da petição, assim como das audiências de conciliação. Realiza aten-dimento a crianças envolvidas em situações que chegam às instituições de direito, visan-do à preservação de sua saúde mental. Auxi-lia juizados na avaliação e assistência psicoló-

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gica de menores e seus familiares, bem como assessorá-los no encaminhamento a terapia psicológicas quando necessário. Presta aten-dimento e orientação a detentos e seus fa-miliares visando à preservação da saúde. Acompanha detentos em liberdade condi-cional, na internação em hospital penitenci-ário, bem como atuar no apoio psicológico à sua família. Desenvolve estudos e pesquisas na área criminal, constituindo ou adaptando os instrumentos de investigação psicológica.

Psicólogo especialista em Psicologia do Esporte

A atuação do psicólogo do esporte está voltada tanto para o esporte de alto rendi-mento, ajudando atletas, técnicos e comis-sões técnicas a fazerem uso de princípios psicológicos para alcançar um nível ótimo de saúde mental, maximizar rendimento e otimizar a performance, quanto para a identificação de princípios e padrões de comportamentos de adultos e crianças participantes de atividades físicas. Estuda, identifica e compreende teorias e técnicas psicológicas que podem ser aplicadas ao contexto do esporte e do exercício físico, tanto em nível individual – o atleta ou indi-víduo praticante – como grupal – equipes esportivas ou de praticantes de atividade física. Sua atuação é tanto diagnóstica, desenvolvendo e aplicando instrumentos

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para determinação de perfil individual e coletivo, capacidade motora e cognitiva voltada para a prática esportiva, quanto interventiva atuando diretamente na trans-formação de padrões de comportamen-to que interferem na prática da atividade física regular e/ou competitiva. Realiza estudos e pesquisas individualmente ou em equipe multidisciplinar, observando o contexto da atividade esportiva competi-tiva e não competitiva, a fim de conhecer elementos do comportamento do atleta, comissão técnica, dirigentes e torcidas; realiza atendimentos individuais ou em grupo, empregando técnicas psicoterápi-cas adequadas à situação, com o intuito de preparar o desempenho da atividade do ponto de vista psicológico; elabora e participa de programas e estudos de ati-vidades esportivas educacionais, de lazer e de reabilitação, orientando a efetivação do esporte não competitivo de caráter profilá-tico e recreacional, para conseguir o bem--estar e qualidade de vida dos indivíduos; desenvolve ações para a melhoria planeja-da e sistemática das capacidades psíquicas individuais voltadas para otimizar o rendi-mento de atletas de alto rendimento bem como de comissões técnicas e dirigentes; participa, em equipe multidisciplinar, da preparação de estratégias de trabalho ob-jetivando o aperfeiçoamento e ajustamen-

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to do praticante aos objetivos propostos, procedendo ao exame de suas característi-cas psicológicas; participa, juntamente com a equipe multidisciplinar, da observação e acompanhamento de atletas e equipes esportivas, visando o estudo das variáveis psicológicas que interferem no desempe-nho de suas atividades específicas como treinos e competições. Orienta pais ou res-ponsáveis nas questões que se referem a escolha da modalidade esportiva e a con-seqüente participação em treinos e com-petições, bem como o desenvolvimento de uma carreira profissional, e as implicações dessa escolha no ciclo de desenvolvimento da criança. Colabora para a compreensão e transformação das relações de educado-res e técnicos com os alunos e atletas no processo de ensino e aprendizagem, e nas relações inter e intrapessoais que ocorrem nos ambientes esportivos. Colabora para a adesão e participação aos programas de atividades físicas da população em geral ou portadora de necessidades especiais.

Psicólogo especialista em Psicologia Clínica

Atua na área específica da saúde, em di-ferentes contextos, através de intervenções que visam reduzir o sofrimento do homem, levando em conta a complexidade do hu-mano e sua subjetividade. Estas interven-

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ções tanto podem ocorrer a nível individu-al, grupal, social ou institucional e implicam em uma variada gama de dispositivos clí-nicos já consagrados ou a serem desen-volvidos, tanto em perspectiva preventiva, como de diagnóstico ou curativa. Sua atu-ação busca contribuir para a promoção de mudanças e transformações visando o be-nefício de sujeitos, grupos, situações, bem como a prevenção de dificuldades. Atua no estudo, diagnóstico e prognóstico em situações de crise, em problemas do de-senvolvimento ou em quadros psicopato-lógicos, utilizando, para tal, procedimentos de diagnóstico psicológico tais como: en-trevista, utilização de técnicas de avaliação psicológica e outros. Desenvolve trabalho de orientação, contribuindo para reflexão sobre formas de enfrentamento das ques-tões em jogo. Desenvolve atendimentos terapêuticos, em diversas modalidades, tais como psicoterapia individual, de casal, familiar ou em grupo, psicoterapia lúdica, terapia psicomotora, arteterapia, orienta-ção de pais e outros. Atua junto a equipes multiprofissionais, identificando, compre-endendo e atuando sobre fatores emocio-nais que intervêm na saúde geral do indi-víduo, especialmente em unidades básicas de saúde, ambulatórios e hospitais. Atua em contextos hospitalares, na preparação de pacientes para a entrada, permanência

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e alta hospitalar, inclusive pacientes termi-nais, participando de decisões com relação à conduta a ser adotada pela equipe, para oferecer maior apoio, equilíbrio e proteção aos pacientes e seus familiares. Participa de instituições específicas de saúde mental, como hospitais-dia, unidades psiquiátricas e outros, podendo intervir em quadros psicopatológicos tanto individual como grupalmente, auxiliando no diagnóstico e no esquema terapêutico proposto em equipe. Atende a gestante, no acompa-nhamento ao processo de gravidez, parto e puerpério, contribuindo para que a mes-ma possa integrar suas vivências emocio-nais e corporais. Atua junto aos indivíduos ou grupos na prevenção, orientação e tra-tamento de questões relacionadas a fases de desenvolvimento, tais como adolescên-cia, envelhecimento e outros. Participa de programas de atenção primária e centros e postos de saúde na comunidade, orga-nizando grupos específicos na prevenção de doenças ou no desenvolvimento de formas de lidar com problemas específi-cos já instalados, procurando evitar seu agravamento em contribuir ao bem estar psicológico. Acompanha programas de pesquisa, treinamento e desenvolvimento de políticas de saúde mental, participan-do de sua elaboração, coordenação, im-plementação e supervisão, para garantir a

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qualidade da atenção à saúde mental em nível de macro e micro sistema.

Psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar

Atua em instituições de saúde, partici-pando da prestação de serviços de nível secundário ou terciário da atenção a saú-de. Atua também em instituições de ensi-no superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a complementação da formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior, incluindo pós graduação lato e stricto sensu. Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade den-tro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente administrativa, visando o bem estar físico e emocional do paciente; e, alunos e pes-quisadores, quando estes estejam atuando em pesquisa e assistência. Oferece e de-senvolve atividades em diferentes níveis de tratamento, tendo como sua principal tarefa a avaliação e acompanhamento de intercor-rências psíquicas dos pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos mé-dicos, visando basicamente a promoção e/ou a recuperação da saúde física e mental. Promove intervenções direcionadas à re-

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lação médico/paciente, paciente/família, e paciente/paciente e do paciente em relação ao processo do adoecer, hospitalização e re-percussões emocionais que emergem nes-te processo. O acompanhamento pode ser dirigido a pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas diferentes especialidades médicas. Podem ser desenvolvidas diferen-tes modalidades de intervenção, dependen-do da demanda e da formação do profis-sional específico; dentre elas ressaltam-se: atendimento psicoterapêutico; grupos psi-coterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e Unidade de Terapia Intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsul-toria. No trabalho com a equipe multidisci-plinar, preferencialmente interdisciplinar, participa de decisões em relação à condu-ta a ser adotada pela equipe, objetivando promover apoio e segurança ao paciente e família, aportando informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para possíveis difi-culdades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe.

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Psicólogo especialista em Psicopedagogia

Atua na investigação e intervenção nos processos de aprendizagem de habilidades e conteúdos acadêmicos. Busca a compre-ensão dos processos cognitivos, emocionais e motivacionais, integrados e contextualiza-dos na dimensão social e cultural onde ocor-rem. Trabalha para articular o significado dos conteúdos veiculados no processo de ensi-no, com o sujeito que aprende na sua singu-laridade e na sua inserção no mundo cultural e social concreto. Na relação com o aluno, o profissional estabelece uma investigação que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a intervenção que facilite uma vinculação sa-tisfatória ou mais adequada para a aprendi-zagem. Ao lado desse aspecto, o profissional também trabalha a postura, a disponibilida-de e a relação com a aprendizagem, afim de que o aluno torne-se o agente de seu pro-cesso, aproprie-se do seu saber, alcançando autonomia e independência para construir seu conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorização. Na escola, o profissional trabalha contribuindo com uma visão mais integrada da aprendizagem, possibilitando a recondução e integração do aluno na dinâmica escolar facilitadora de seu desenvolvimento. Contribui na detecção

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de problemas de aprendizagem do aluno, atendendo-o em suas necessidades e per-mitindo sua permanência no ensino regular. Nesse sentido sua intervenção possibilita a redução significativa dos índices de fracasso escolar. Atua utilizando instru-mental especializado, sistema específico de avaliação e estratégias, capazes de atender o aluno e sua individualidade, auxiliando em sua produção escolar e para além dela, colocando-os em contato com suas reações, diante da tarefa e dos vínculos com o obje-to do conhecimento. Dessa forma, resgata, positivamente, o ato de aprender. O psicó-logo especialista em psicopedagogia, nesse processo, promove: o levantamento, a com-preensão e análise das práticas escolares e suas relações com a aprendizagem; o apoio psicopedagógico a todos os trabalhos reali-zados no espaço da escola; a ressignificação da unidade ensino/aprendizagem, a partir das relações que o sujeito estabelece entre o objeto de conhecimento e suas possibilida-des de conhecer, observar e refletir, a partir das informações que já possui; a prevenção de fracassos na aprendizagem e a melho-ria da qualidade do desempenho escolar. Esse trabalho pode ser desenvolvido em diferentes níveis, propiciando aos educado-res conhecimentos para: a reconstrução de seus próprios modelos de aprendizagem, de modo que, ao se perceberem também como

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“aprendizes”, revejam seus modelos de ensi-nantes; a identificação das diferentes etapas do desenvolvimento evolutivo dos alunos e compreensão de sua relação com a aprendi-zagem; o diagnóstico do que é possível ser melhorado no próprio ambiente escolar e do que precisa ser encaminhado para profis-sionais fora da escola; a percepção de como se processou a evolução dos conhecimentos na história da humanidade, para compre-ender melhor o processo de construção de conhecimentos dos alunos; as intervenções para a melhoria da qualidade do ambien-te escolar; a compreensão da competência técnica e do compromisso político presentes em todas as dimensões do sujeito. A partir da eficiência constatada na prática profis-sional, o psicólogo estrutura um corpo de conhecimentos e um vasto campo de inter-ligação e produção de conhecimento sobre os fenômenos envolvidos no processo de aprendizagem humana.

Psicólogo especialista em Psicomotricidade

Atua nas áreas de Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora, utilizando-se de re-cursos para o desenvolvimento, prevenção e reabilitação do ser humano. Participa de planejamento, elaboração, programação, implementação, direção, coordenação, aná-lise, organização, supervisão, avaliação de

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atividades clínicas e parecer psicomotor em clínicas de reabilitação, nos serviços de as-sistência escolar, escolas especiais, hospitais associações e cooperativas; presta audito-ria, consultoria, assessoria; dá assistência e tratamento especializado, visando a pre-paração para atividades esportivas, esco-lares e clínicas. Elabora informes técnico--científicos, gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produtos e serviços, assistência e educação psicomotora a in-divíduos ou coletividades, em instituições públicas ou privadas, estudos e pesquisas mercadológicas, estudos, trabalhos e pes-quisas experimentais e dá parecer técnico--científico, desde que relacionadas com as áreas de clínica, educação e saúde em psi-comotricidade. Por meio da participação em equipes multidisciplinares, criadas por entidades publicas ou privadas, planeja, co-ordena, supervisiona, implementa, executa e avalia programas, cursos nos diversos ní-veis, pesquisas ou eventos de qualquer na-tureza, direta ou indiretamente relacionadas com atividades psicomotoras, que envolvam os aspectos psíquicos, afetivos, relacionais, cognitivos, mentais, junto a atividade corpo-ral. Atua em projetos pedagógicos das es-colas, concentrando sua ação na orientação dos profissionais da instituição, mostrando a importância dos aspectos do desenvolvi-mento psicomotor na evolução do desen-

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volvimento infantil. Atua no campo profi-lático (educativo e preventivo) nas creches, escolas, escolas especiais e vem possibilitar ao sujeito um desenvolvimento integrado às interfaces dos aspectos afetivo, cognitivo e social, pela via da ação e da atividade lúdi-ca, que constituem os alicerces do acesso ao pensamento. Este processo pode se dar in-dividualmente ou em grupo através das téc-nicas psicomotoras. Atua junto à crianças em fase de desenvolvimento: bebês de alto ris-co, crianças com dificuldades/atrasos no de-senvolvimento global; crianças portadoras de necessidades especiais (deficiências sen-soriais, preceptivas, motoras, mentais e rela-cionais) em conseqüência de lesões. Atua junto à adultos portadores de deficiências sensoriais, perceptivas, motoras, mentais e relacionais. Atua junto à família na orienta-ção de atividades para estimular o desen-volvimento neuropsicomotor do paciente e na verificação das dificuldades que possam estar surgindo durante o processo terapêu-tico, utilizando-se de técnicas especificas da psicomotricidade. Atua no atendimento à 3º idade. Atua junto a escolas e empre-sas, no diagnóstico das situações-problema vivenciadas na organização, objetivando a conscientização da importância do relacio-namento humano, através de técnicas psi-comotoras que buscam o respeito do limite, da autonomia e do ritmo de cada indivíduo.

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Psicólogo especialista em Psicologia Social

Atua fundamentada na compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos so-ciais e coletivos, sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos, com o objeti-vo de problematizar e propor ações no âmbito social. O psicólogo, nesse cam-po, desenvolve atividades em diferentes espaços institucionais e comunitários, no âmbito da Saúde, Educação, trabalho, la-zer, meio ambiente, comunicação social, justiça, segurança e assistência social. Seu trabalho envolve proposições de políticas e ações relacionadas à comunidade em geral e aos movimentos sociais de grupos e ações relacionadas à comunidade em geral e aos movimentos sociais de grupos étnico-raciais, religiosos, de gênero, gera-cionais, de orientação sexual, de classes sociais e de outros segmentos sociocultu-rais, com vistas à realização de projetos da área social e/ou definição de políticas pú-blicas. Realiza estudo, pesquisa e supervi-são sobre temas pertinentes à relação do indivíduo com a sociedade, com o intuito de promover a problematização e a cons-trução de proposições que qualifiquem o trabalho e a formação no campo da Psi-cologia Social.

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Psicólogo especialista em Neuropsicologia

Atua no diagnóstico, no acompanhamen-to, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do com-portamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. Utiliza-se para isso de conhecimentos teó-ricos angariados pelas neurociências e pela prática clínica, com metodologia estabele-cida experimental ou clinicamente. Utiliza instrumentos especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológi-cas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, racio-cínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas. Estabelece parâme-tros para emissão de laudos com fins clíni-cos, jurídicos ou de perícia; complementa o diagnóstico na área do desenvolvimento e aprendizagem. O objetivo teórico da neurop-sicologia e da reabilitação Neuropsicológica é ampliar os modelos já conhecidos e criar novas hipóteses sobre as interações cérebro--comportamentais. Trabalha com indivíduos portadores ou não de transtornos e seqüelas que envolvem o cérebro e a cognição, utili-zando modelos de pesquisa clínica e experi-mental, tanto no âmbito do funcionamento

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normal ou patológico da cognição, como também estudando-a em interação com ou-tras áreas das neurociências, da medicina e da saúde. Os objetivos práticos são levantar dados clínicos que permitam diagnosticar e estabelecer tipos de intervenção, de reabili-tação particular e específica para indivíduos e grupos de pacientes em condições nas quais: a) ocorreram prejuízos ou modifica-ções cognitivas ou comportamentais devido a eventos que atingiram primária ou secun-dariamente o sistema nervoso central; b) o potencial adaptativo não é suficiente para o manejo da vida prática, acadêmica, profis-sional, familiar ou social; ou c) foram geradas ou associadas a problemas bioquímicos ou elétricos do cérebro, decorrendo disto mo-dificações ou prejuízos cognitivos, compor-tamentais ou afetivos. Além do diagnóstico, a Neuropsicologia e sua área interligada de Reabilitação Neuropsicológica visam realizar as intervenções necessárias junto ao pacien-te, para que possam melhorar, compensar, contornar ou adaptar-se às dificuldades; jun-to aos familiares, para que atuem como co--participantes do processo reabilitativo; junto a equipes multiprofissionais e instituições acadêmicas e profissionais, promovendo a cooperação na inserção ou re-inserção de tais indivíduos na comunidade quando pos-sível, ou ainda, na adaptação individual e fa-miliar quando as mudanças nas capacidades

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do paciente forem mais permanentes ou a longo prazo. Ainda no plano prático, fornece dados objetivos e formula hipóteses sobre o funcionamento cognitivo, atuando como auxiliar na tomada de decisões de profissio-nais de outras áreas, fornecendo dados que contribuam para as escolhas de tratamento medicamentoso e cirúrgico, excetuando-se as psicocirurgias, assim como em proces-sos jurídicos nos quais estejam em questão o desempenho intelectual de indivíduos, a capacidade de julgamento e de memória. Na interface entre o trabalho teórico e prá-tico, seja no diagnóstico ou na reabilitação, também desenvolve e cria materiais e ins-trumentos, tais como testes, jogos, livros e programas de computador que auxiliem na avaliação e reabilitação dos pacientes. De-senvolve atividades em diferentes espaços: a) instituições acadêmicas, realizando pesquisa, ensino e supervisão; b) instituições hospitala-res, forenses, clínicas, consultórios privados e atendimentos domiciliares, realizando diag-nóstico, reabilitação, orientação à família e trabalho em equipe multidisciplinar.

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2.4. OUTROS ASPECTOS PROFISSIONAIS

2.4.1. Aspectos Éticos

2.4.1.1. Material Técnico Privativo do Psicólogo

O Código de Ética Profissional do Psi-cólogo, em seu art. 1º, alínea “i”, orienta como dever fundamental do psicólogo “zelar para que a comercialização, aqui-sição, doação, empréstimo, guarda e forma de divulgação do material priva-tivo do psicólogo sejam feitas conforme os princípios deste Código”.

Neste sentido, ao ministrar cursos, o psicólogo deve ser cuidadoso, devendo seguir as orientações contidas na Reso-lução CFP Nº. 012/1997 e na Instrução Normativa CFP Nº. 001/1997. Em alguns casos, dependendo de seu conteúdo e objetivos, o curso deverá ser restrito so-mente a Psicólogos. Caso haja necessi-dade de mais esclarecimentos, a Comis-são de Orientação e Fiscalização – COF, também poderá ser consultada.

Outra cautela importante refere-se à guarda do material sigiloso produ-zido durante o trabalho do psicólogo. Por exemplo, os registros documentais decorrentes dos atendimentos psico-

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lógicos, que passaram a ser obrigató-rios, de acordo com a Resolução CFP n.º 01/2009. O psicólogo é responsável pela guarda destes materiais, devendo garantir seu armazenamento de forma adequada e segura, por cinco anos. Para tanto, é recomendado seu armazena-mento num armário com tranca, deven-do a chave do mesmo ficar sob a posse exclusiva do psicólogo.

Para os Psicólogos que trabalham em empresas, quando, por motivos diver-sos, deixarem de trabalhar nesse local, ele deverá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo que o substituir. Ao realizar o lacre, deve-se ter o cuidado de con-feccionar um documento, em duas vias, onde deverá ser relacionado todo o ma-terial que está sendo lacrado. Para a se-gurança do Psicólogo, uma via ficará em sua posse e a outra deverá ser entregue ao responsável imediato pela área e/ou departamento em que o profissional psi-cólogo trabalhar. Já em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável informará ao Conselho Re-gional de Psicologia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais. (Ver Art. 15 do Código de Ética).

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2.4.1.2. Condições legais exigidas para atuar como autônomo e abrir um consultório

O psicólogo, regularmente inscrito no CRP09, deve fazer sua inscrição junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de sua cidade. Também deve procu-rar a Prefeitura da cidade para inscrever-se como prestador de serviços de Psicologia, bem como cumprir as demais exigências municipais previstas pela legislação brasi-leira. A partir dessa inscrição, o psicólogo passará a pagar o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN).

Além disso, deve se cadastrar também junto à Superintendência de Vigilância Sa-nitária do Estado de Goiás que determina o cadastramento de todos os profissionais da área da saúde que não utilizam proce-dimentos invasivos. Para maiores informa-ções, consulte a Secretaria da Saúde ou a Vigilância Sanitária de seu município.

Ao cumprir todos esses requisitos, o psicólogo poderá emitir recibos de con-sultas para fins diversos, dentre eles, para serem utilizados na Declaração de Impos-to de Renda. Ao emitir recibos de consul-tas, o psicólogo deverá guardar uma via para prestar conta às autoridades fiscais, caso seja solicitado.

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2.4.1.3. Condições do local de atendimento

O psicólogo deve ficar atento para as condições do local em que realiza seus atendimentos. Em caso de atendimen-to clínico, este deve se dar em local que garanta a privacidade e o sigilo (visual e acústico). O consultório também deverá ter boa ventilação, iluminação adequada ao trabalho realizado e respeitar os de-mais critérios estabelecidos pelos órgãos públicos.

2.4.1.4. Sigilo profissional

O novo Código de Ética Profissional do Psicólogo, em seus artigos 9º, 10º e 11º dis-ciplina acerca de questões que envolvem o sigilo profissional. O Código Penal Brasileiro (CP), em seu Art.154 – DOS CRIMES CON-TRA INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS – violação do segredo profissional – estabe-lece que: “revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem” é crime e sujeita o autor à pena de detenção de três meses a um ano, ou multa.

Entretanto, o dever de guardar segredo não é absoluto. O Código de Ética Profis-sional do Psicólogo, em seu Art. 1º, pará-grafo único, prevê a quebra de sigilo nos

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casos previstos em lei. E a lei não consi-dera crime quando a revelação do segre-do ocorre por justa causa, ou seja: por autorização do interessado; em legítima defesa; pelo exercício regular de direito; e pelo estrito cumprimento do dever legal e estado de necessidade (Art. 23 do CP). O que a lei proíbe “é a revelação ilegal, à que tenha por móvel ou simples leviandade, a jactância, a maldade”. Da mesma forma que o segredo profissional não tem cará-ter absoluto, há casos em que a recusa ao fornecimento de informações requisitadas judicialmente não constitui delito de de-sobediência, conforme a Constituição Fe-deral (1988):

O sigilo objetiva ou subjetivamente considerado (como obrigação ou como direito de mantê-lo), é asse-gurado por diversas leis, seja por-que haja um interesse público em mantê-lo (questões de segurança da sociedade ou do Estado), seja porque haja um interesse privado (o direito à privacidade do indiví-duo). Contudo há casos em que o próprio interesse público impõe sua revelação ou quando há inte-resse do seu beneficiário em que seja revelado.

Assim, excetuando-se os casos em que a própria Constituição determina que a quebra de sigilo dependa de decisão judi-cial (sigilo das comunicações telefônicas,

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art. 5 XII), no mais, cabe à legislação disci-plinar sobre questões referentes ao sigilo.

Lembrando que, tanto sobre as maté-rias objetivamente consideradas sigilosas, como sobre aquelas cobertas por sigilo subjetivamente considerado, terá acesso o órgão do Ministério Público, quando no exercício de suas funções na defesa de in-teresses ligados, por exemplo, à infância e adolescência.

2.4.2. Honorários e acordos de prestação de serviços

Os psicólogos poderão considerar a “Tabela Referencial de Honorários”, ela-borada pela entidade de representação sindical dos psicólogos que cuida das questões trabalhistas, FENAPSI – Federa-ção Nacional dos Psicólogos (www.fenap-si.org.br), em conjunto com os Conselhos Regionais de Psicologia. A tabela é divul-gada pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP, no site www.pol.org.br.

Ao estabelecer a remuneração pelos traba-lhos realizados, de acordo com o código de ética profissional, o psicólogo levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário. O valor estipulado deverá ser informado ao interessa-do antes do início do trabalho a ser realizado.

A qualidade do trabalho desenvolvido

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deverá ser assegurada pelo psicólogo, independentemente do valor cobrado pelos honorários, inclusive nos casos de trabalho voluntário.

Além da estipulação da remuneração pelas atividades realizadas, o acordo de prestação de serviços, que deve ser rea-lizado entre as partes interessadas ante-riormente ao início do trabalho, também pode contemplar outras características do trabalho que será prestado, tais como: o esclarecimento do tipo e objetivo do tra-balho, a previsão ou estimativa do tempo necessário ao alcance das metas etc.

No tocante a este assunto, o Código de Ética estipula que é dever fundamental do psicólogo estabelecer acordos de presta-ção de serviços que respeitem os direitos dos usuários ou beneficiários de serviços de Psicologia. Nesse sentido, fica a critério do profissional formalizar esse acordo por escrito. Caso opte por redigir um contra-to formal de prestação de serviços, se faz prudente consultar um contador para re-ceber orientações adequadas sobre a for-ma de redigir tal documento.

2.4.3. O Psicólogo em relação à Justiça

Em qualquer momento de seu trabalho o psicólogo pode ser requisitado por au-toridade judicial a depor em juízo. Nes-

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ses casos, ele poderá prestar informações, desde que respeite os princípios previstos no Código de Ética. Neste sentido, o psi-cólogo poderá optar pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo, desde que restrinja-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Portanto, embora seja um dever de todo profissional colocar o seu conhecimento à disposição da Justiça (considerando a na-tureza da relação com a pessoa atendida e das informações obtidas), o psicólogo deverá discriminar em que situações po-derá assumir tal tarefa, bem como o limite das informações que serão comunicadas, respeitando os princípios éticos referentes ao sigilo profissional.

No exercício de sua profissão, o psicólogo deve estar atento às situações que envolvem crianças e adolescentes. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), especial-mente no art. 245, constitui infração discipli-nar, pelos técnicos, quando os mesmos dei-xam de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envol-vendo suspeita ou confirmação de maus--tratos contra criança ou adolescente.

Não existe um procedimento padrão para os casos relacionados a essa questão. De acordo com a legislação sobre o assunto, verifica-se que é prudente que o profissio-

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nal procure discutir a questão numa equipe multiprofissional e/ou busque dialogar com membros da Comissão de Orientação e Fis-calização - COF, do Conselho Regional de Psicologia, uma vez que conduzir a situação de forma isolada pode trazer complicações para todos os envolvidos.

Neste âmbito, as instâncias que rece-bem as denúncias são as entidades de defesa dos direitos da criança e do ado-lescente. No que se refere a ação do psi-cólogo, ela não pode e não deve parar na denúncia. É importante o acompanha-mento, tanto da criança ou do adolescen-te, quanto da família.

Outra forma, bastante frequente, em que o psicólogo se envolve com questões rela-cionadas à justiça, consiste na sua nomeação, como Perito, por uma autoridade judicial, para se manifestar sobre matéria específica.

Em algumas cidades, o psicólogo é pre-viamente inscrito junto ao órgão compe-tente da Justiça, de forma que ele se dis-ponibiliza, por livre escolha, a atuar como Perito nos processos em que o Juiz o no-mear. Mas existem cidades em que essa inscrição prévia não existe, de forma que o juiz nomeia qualquer psicólogo da cidade como Perito. Nesses casos, o psicólogo de-verá atender à nomeação, salvo se não pos-suir os conhecimentos técnicos necessários

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à atuação, como perito. Nessa situação, o psicólogo deverá elaborar uma resposta, por escrito, ao juiz, informando sua impos-sibilidade de atuar como Perito, justifican-do que está procedendo de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo que prevê como um dever fundamental do psicólogo, assumir responsabilidades pro-fissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente. Deverá também, indicar ou-tro psicólogo para realizar a avaliação psi-cológica e fornecer o laudo.

Ao exercer a função de Perito, o psicólo-go deve estar atendo também, ao seguinte dever fundamental, descrito no Código de Ética Profissional, em seu Art. 1º, alínea “k”: “o psicólogo não poderá ser perito, avalia-dor ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam comprometer a qualidade de seu trabalho”.

2.4.4. Avaliação Psicológica

A avaliação psicológica é entendida como processo técnico-científico de cole-ta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da inter-secção do indivíduo/sociedade, utilizan-do-se, para tanto, de estratégias psicoló-

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gicas – métodos, técnicas e instrumentos (ver Resolução CFP nº 007/2003).

Uma questão básica que o psicólogo deve levar em consideração, refere-se a qualificação profissional adequada para realizar a Avaliação Psicológica, assim como outras práticas na Psicologia. Nesse sentido, o profissional deve estar atento ao que o Código de Ética normatiza como dever fundamental: assumir responsabili-dades profissionais somente por ativida-des para as quais esteja capacitado pesso-al, teórica e tecnicamente.

Um aspecto importante no processo de avaliação psicológica é a devolutiva à pes-soa que se submete à avaliação. O Código de Ética é claro nesta questão, apontando que deve ser informado tanto o objetivo do trabalho psicológico a ser realizado quanto seus resultados, inclusive sob a forma de documento escrito, quando o mesmo for solicitado.

Outro aspecto que merece destaque, refere-se aos instrumentos de avaliação psicológica. No dia 6 de novembro de 2003, o CFP divulgou uma lista com a conclusão da análise da maioria dos tes-tes psicológicos enviados para sua avalia-ção (www.pol.org.br SATEPSI – Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos). A partir dessa data, o psicólogo poderá utilizar

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apenas os instrumentos que tiverem um parecer favorável, salvo os casos de pes-quisa, conforme Art. 16 da Resolução CFP n.º 002/2003, descrito abaixo:

Art. 16 - Será considerada fal-ta ética, conforme disposto na alínea c do Art. 1º e na alínea m do Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo, a utili-zação de testes psicológicos que não constam na relação de testes aprovados pelo CFP, salvo os ca-sos de pesquisa.

Parágrafo Único - O psicólogo que utiliza testes psicológicos como instrumento de trabalho, além do disposto no caput des-te artigo, deve observar as infor-mações contidas nos respectivos manuais e buscar informações adicionais para maior qualificação no aspecto técnico operacional do uso do instrumento, sobre a fundamentação teórica referente ao construto avaliado, sobre pes-quisas recentes realizadas com o teste, além de conhecimentos de Psicometria e Estatística.

No mais, uma avaliação psicológica deve ser, sempre, realizada em todas as suas etapas e todo o material utilizado deve ser original. O uso de cópias/xé-

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rox de material de testagem psicológica constitui falta ética, sujeitando o psicó-logo a um processo ético no Conselho Regional de Psicologia.

2.4.5. Elaboração de relatórios, laudos e outros documentos escritos

Além dos cuidados técnicos e éticos na avaliação psicológica, na elaboração dos documentos, resultantes desta ava-liação, há aspectos específicos a serem respeitados.

O CFP, pela Resolução nº 007/2003, apresenta um Manual de Elaboração de Documentos Escritos, que descreve em detalhes o que precisa constar em qua-tro modalidades de documentos: decla-ração, atestado psicológico, relatório ou laudo psicológico e parecer psicológico.

Ao produzir o documento, o psicólo-go deve apresentar uma fundamentação científica, para embasar os dados, propo-sições e conclusões, nos casos em que a natureza do documento assim o exigir.

Quanto aos princípios éticos, o psi-cólogo deverá estar atento aos seus de-veres em relação à pessoa atendida, ao sigilo profissional, à justiça e ao alcance das informações.

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2.4.6. Avaliação Psicológica de Candidatos à Carteira Nacional de Habilitação - CNH

Os psicólogos que realizam avaliação psicológica junto aos DETRAN’s, devem se orientar pelo Manual para Avaliação Psi-cológica de Candidatos à Carteira Nacio-nal de Habilitação e Condutores de Veícu-los Automotores (anexo da Resolução CFP Nº 12/2000).

A quantidade de atendimentos na ava-liação psicológica em candidatos à ob-tenção da CNH limita-se ao que indica a Resolução CFP nº 03/2007, art. 85: no máximo 10 (dez) candidatos por jornada diária de 8 horas de trabalho.

Pela Resolução CFP Nº 16/2002, o psi-cólogo que trabalha neste tipo de ativi-dade, é considerado perito, portanto, não pode manter vínculos com Centros de Formação de Condutores ou outros locais cujos agentes manifestem interesse no re-sultado dos exames psicológicos.

Além disso, há também, a legislação específica do DETRAN, a qual o psicólogo credenciado neste órgão, deve respeitar. As principais Portarias são as citadas abai-xo (www.detran.sp.gov.br):

Portaria nº 388/1985; Portaria nº 51/1998 (alterada pela Portaria nº 80/1998);

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Portaria nº 541/1999; Portaria nº 1335/2000; Portaria nº 208/2002; Portaria nº 1708/2002.

2.4.7. Atendimento a Crianças, Adolescentes ou Interditos

Interdito é um termo jurídico designa-do a pessoa que perdeu a sua capacida-de civil, ficando privada juridicamente de reger a si mesma e a seus bens. Ela fica impedida de tomar decisões quanto a sua própria vida, sendo representada por uma pessoa (geralmente um parente) indicada pelo Juiz, podendo a interdição ser por tempo determinado ou não.

Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psi-cólogo deve seguir as orientações do Art. 8º do Código de Ética:

Art. 8º - Para realizar atendimen-to não eventual de criança, ado-lescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente;

§1º - No caso de não se apresen-tar um responsável legal, o aten-

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dimento deverá ser efetuado e comunicado às autoridades com-petentes;

§2º - O psicólogo responsabilizar--se-á pelos encaminhamentos que se fizerem necessários para garan-tir a proteção integral do atendido.

Além disso, tendo em vista o princípio do sigilo profissional, é importante ter cui-dado para comunicar ao responsável pela criança, adolescente ou interdito apenas o estritamente essencial para se promove-rem as medidas cabíveis em seu benefício (Art. 13 do Código de Ética).

Ao psicólogo que trabalha nessa área, faz-se importante também, manter-se informado sobre a legislação referente à criança e ao adolescente, principalmente, sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-cente (ECA).

2.4.8. O Psicólogo e as Organizações

Os serviços em psicologia podem ser re-alizados em organizações de caráter público ou privado, em diferentes áreas de atividade profissional: saúde, trabalho, educação, so-cial, abrigo, sistema prisional etc.

E o psicólogo deve ficar atento aos ca-sos em que o exercício profissional estiver

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sendo prejudicado, do ponto de vista de sua qualidade teórica, técnica e ética, de-vido a problemas e questões da organi-zação, tais como, as relações de poder e seus impactos sobre seu trabalho.

Nessas situações, o psicólogo deverá zelar pelo cumprimento dos princípios e regras do Código de Ética. Sendo assim, caso constate a incompatibilidade entre a missão, a filosofia e as políticas da or-ganização e o Código de Ética, caberá ao psicólogo posicionar-se de forma crítica e recusar-se a prestar seus serviços. Em determinados casos, se o psicólogo julgar pertinente, deverá, também, apresentar denúncia no órgão competente.

Ao atuar nessa área, o psicólogo deve estar atento, também, ao art. 2º, alínea d, l e m, do Código de Ética:

Art. 2º - Ao psicólogo é vedado:...d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qual-quer outra atividade profissional;...l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou or-ganizações atendidas por institui-

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ção com a qual mantenha qual-quer tipo de vínculo profissional;

m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privi-legiadas;

2.4.9. Publicidade e Mídia

A publicidade dos serviços de psicologia, de um modo geral, inclusive nos sites da internet, deve ser realizada de acordo com as orientações do Código de Ética e Resolu-ções do Conselho Federal de Psicologia.

Assim, em qualquer forma de divulga-ção do seu trabalho, o psicólogo deverá in-formar com exatidão o nome completo, a palavra psicólogo, a sigla do Conselho Re-gional de Psicologia onde tenha sua inscri-ção e o número de registro (CRP 09/XXXX).

Poderão ser informadas, ainda, as habili-tações do profissional, limitando-se apenas às atividades, recursos e técnicas que este-jam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão.

Além disso, ao realizar a publicidade, o psicólogo cuidará para que:

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- sejam informados somente os títulos ou qualificações profissio-nais que possua (ex.: Dr., Especia-lista etc.);- o preço do serviço não seja utili-zado como forma de propaganda; - não haja a previsão taxativa de resultados; - não haja a autopromoção em de-trimento de outros profissionais;- não haja apresentação de ativi-dades que sejam atribuições pri-vativas de outras categorias pro-fissionais; - não haja divulgação sensaciona-lista das atividades profissionais; - não se divulgue a prática da Psicologia associada a crenças religiosas ou posições filosóficas alheias ao campo da Psicologia.

O psicólogo deverá estar atento tam-bém, à Resolução CFP Nº 011/2000, que disciplina a oferta de produtos e serviços ao público. Entende-se como produtos, os testes psicológicos, inventários de in-teresse, material de orientação vocacional, jogos ou outros instrumentos. Os serviços referem-se às atividades profissionais do psicólogo prestadas a uma ou mais pesso-as, organizações ou a comunidade.

Com relação à publicidade realizada

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em fachada de prédio, muro, letreiro etc., o psicólogo deverá buscar informa-ção sobre os critérios exigidos pela Pre-feitura local.

2.4.10. O psicólogo na Mídia

Independente do veículo de comuni-cação em que o profissional se manifeste publicamente, é fundamental que sejam seguidas as orientações contidas no Có-digo de Ética Profissional do Psicólogo:

Art. 19 - O psicólogo, ao parti-cipar de atividade em veículo de comunicação, zelará para que as informações prestadas dissemi-nem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Além disso, quando o psicólogo presta depoimento, participa de entrevista ou fornece opinião sobre determinado as-sunto ou situação relacionados à prática profissional do psicólogo, é fundamental que seja priorizado o uso do conheci-mento da Psicologia em favor do bem--estar da população e não da exposição de pessoas ou organizações.

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2.4.11. O Psicólogo e o Atendimento Domiciliar

A prática de atendimento domiciliar na área da saúde vem crescendo, nos setores público e privado, com argumentos que vão desde a relação custo-benefício até a busca da humanização do tratamento. O atendimento domiciliar (muitas vezes denominado home care) em Psicologia é uma modalidade de atuação ainda pou-co conhecida pela maioria dos psicólogos e que tem trazido algumas questões re-ferentes à sua natureza e aos problemas éticos que podem estar envolvidos.

Ele pode ser definido como o atendi-mento que o profissional faz a pessoas que apresentem dificuldades ou impedimentos de locomoção, devido a patologias ou ou-tros motivos que as impedem de se dirigir ao hospital ou ao consultório para receber tratamento. Em alguns casos, o trabalho en-volve orientação à família ou ao responsá-vel pelos cuidados prescritos ao paciente. O pedido ou a indicação para o atendimento psicológico domiciliar pode ser feito pelo próprio paciente, por seus familiares, pelo médico ou pela equipe de saúde que o as-siste. A partir disso, o psicólogo deve pro-ceder a uma avaliação, identificando as ne-cessidades do atendimento. Caso decida-se pelo atendimento, o trabalho a ser realizado

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deve ser feito da mesma forma como se fosse realizado em local de trabalho do pro-fissional, com as devidas adaptações que se fizerem necessárias. Assim, as referências éticas, por exemplo, de sigilo e confidencia-lidade, devem ser consideradas igualmente.

O atendimento domiciliar pode ser rea-lizado nos seguintes casos:

- quando a pessoa atendida não tem condição de se locomover ou encontra-se em estágio terminal;- quando houver expressão da ne-cessidade da pessoa atendida; - quando o psicólogo atua na área judicial e é designado para isso;- quando o psicólogo fizer parte de equipe de saúde da família - Programa Saúde da Família. - no caso de atendimento aos que têm liberdade assistida. - quando se trata de uma estraté-gia específica de intervenção psi-cológica em que o atendimento domiciliar seja necessário.

2.4.12. Atendimento via Internet

O atendimento psicoterapêutico me-diado pelo computador, de acordo com a Resolução CFP Nº 12/2005, por ser uma prática ainda não reconhecida pela Psi-

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cologia, só pode ser utilizado em caráter experimental, desde que faça parte de projeto de pesquisa, conforme critérios dispostos na Resolução N.º 196/96, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde ou legislação que venha a subs-tituí-la, e na Resolução CFP Nº 16/2000 que dispõe sobre a realização de Pesquisa em Psicologia com Seres Humanos.

2.4.13. Supervisão e Estágios

O estágio curricular é de responsabili-dade da instituição de ensino e se cons-titui como atividade de aprendizagem social, profissional e cultural, desenvol-vida na comunidade ou junto a institui-ções públicas ou privadas, de acordo com a Lei nº 6.494 de 07 de dezembro de 1977, alterada pela Lei nº 8.859 de 23 de março de 1994.

A relação de trabalho do estagiário com o local que disponibiliza a vaga para estágio não constitui vínculo em-pregatício de qualquer natureza.

Em nenhuma hipótese poderá ser co-brada do estudante qualquer taxa adi-cional referente às providências admi-nistrativas para a obtenção e realização de estágio curricular.

É considerado estagiário o estudan-te regularmente matriculado em Curso

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de Psicologia de Instituição de Ensino Superior, reconhecido pelo MEC, reali-zando atividades profissionalizantes em estágios supervisionados.

Sem prejuízo do caráter privativo da atividade profissional, o psicólogo po-derá delegar funções ao estagiário como forma de treinamento.

O estagiário não pode ser contrata-do para realizar o trabalho de um pro-fissional. As atividades a ele delegadas devem ter como objetivo a sua forma-ção (capacitação), sendo que a natureza didática do estágio é garantida por meio da realização de supervisão efetiva das atividades por profissional qualificado, respeitando a legislação sobre estágio.

O psicólogo supervisor é o responsá-vel direto pela orientação sobre a apli-cação adequada dos métodos e técnicas psicológicas e sobre o cumprimento da ética profissional, devendo verificar pes-soalmente a capacitação técnica de seu estagiário.

Conforme o Código de Ética, em seu Art. 17:

Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e nor-mas contidas neste Código.

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2.4.14. Pesquisa e Divulgação em Psicologia

A Resolução CFP Nº 016/2000 trata da realização de pesquisa em Psicolo-gia com seres humanos, dispondo que toda pesquisa deverá estar instruída de um protocolo, a ser submetido à apre-ciação do Comitê de Ética em Pesquisa, reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde.

As pessoas envolvidas devem dar seu consentimento, por escrito, e serem in-formadas acerca de possíveis riscos ine-rentes à pesquisa (Termo de Consenti-mento Livre e Esclarecido).

Os trabalhos científicos devem garan-tir o respeito à dignidade e à liberdade das pessoas e grupos envolvidos, e não podem promover risco ou prejuízo aos seres humanos.

Além desta Resolução, os pesquisadores psicólogos deverão seguir o que determina a Resolução CNS nº 196/1996, bem como o Art. 16 do Código de Ética Profissional do Psicólogo, alíneas “a”, “b”, “c” e “d”.

Ao divulgar seus resultados, o pesqui-sador garantirá o sigilo e a privacidade dos envolvidos.

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2.5. CÓDIGO DE PROCESSAMENTO DISCIPLINAR

2.5.1. Irregularidade Ética e Denúncia

Qualquer pessoa poderá denunciar aos Conselhos Regionais o profissional psicó-logo que esteja exercendo a profissão sem a respectiva inscrição ou infringindo as le-gislações do CFP. Há, inclusive, a obriga-toriedade da denúncia pelos Psicólogos, conforme esclarece o Código de Ética, no Art. 1º, alínea “l”:

A denúncia deve ser formalizada de acordo com o estabelecido pelo Código de Processamento Disciplinar, Resolução CFP N.º 06/2007 que institui o Código de Processamento Disciplinar.

Sendo assim, o denunciante deverá en-viar carta endereçada ao Presidente do Conselho Regional de Psicologia, com o título “DENÚNCIA”, contendo:

a) nome completo, endereço e telefone para contato do(a) denunciante;

b) nome completo, endereço e telefone para contato do(a) psicólogo(a) denunciado(a);

c) descrição circunstanciada do fato (resu-mo dos fatos);

d) toda prova documental que possa servir

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à apuração do fato e de sua autoria;

e) indicação dos meios de prova de que pretende o denunciante se valer para provar o alegado;

f) assinatura. A falta dos elementos descritos nas le-

tras “d” e “e” não é impeditiva ao recebi-mento da denúncia.

A fim de preservar o sigilo necessário, a carta só poderá ser enviada pelo correio ou entregue pessoalmente, sendo que cartas enviadas por fax e e-mail não serão aceitas, por não se constituírem em docu-mentos oficiais.

2.5.2. Denúncia de Ofício

Há situações em que ocorre a prática de alguma irregularidade por um psicó-logo, suscitando a devida investigação pela Comissão de Ética, mas não há uma pessoa que assuma tal denúncia. Nesses casos, o CRP, por meio de um conselheiro representante, pode assumir a denúncia, procedendo ao seu encaminhamento para a Comissão de Ética.

2.5.3. Julgamento dos psicólogos que infringem o Código de Ética

O CRP09 funciona também como um Tribunal Regional de Ética Profissional,

86 Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás Tocantins

conforme o seu Regimento Interno e assim procede aos julgamentos éticos quando o caso denunciado o exigir, po-dendo o plenário de julgamento decidir--se pela absolvição ou punição do pro-fissional.

As punições previstas e indicadas pelo Código de Ética, Art. 21 são:

a) Advertência;

b) Multa;

c) Censura pública;

d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia;

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psi-cologia.

O Conselho Federal de Psicologia é a instância em que tanto o profissional quanto o denunciante podem recorrer em caso de discordância das decisões do julgamento.

As normas que regem os processos, estão previstas na Resolução CFP nº 006/2007 que institui o Código de Pro-cessamento Disciplinar – CPD.

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2.6. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de nor-mas éticas que garantam a adequada re-lação de cada profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.

Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coleti-vamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primor-dial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria.

Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de socieda-de que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em prin-cípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus direitos

88 Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás Tocantins

fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como os cons-tantes na Declaração Universal dos Direi-tos Humanos, sócio-culturais, que refle-tem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjun-to fixo de normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões trans-formam-se e isso exige, também, uma re-flexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.

A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é re-flexo da necessidade, sentida pela cate-goria e suas entidades representativas, de atender à evolução do contexto institucio-nal-legal do país, marcadamente a partir da promulgação da denominada Consti-tuição Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes.

Consoante com a conjuntura democrá-tica vigente, o presente Código foi cons-truído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão, suas responsabilidades e compromissos com a

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promoção da cidadania. O processo ocor-reu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta dos psicólogos e aberto à sociedade.

Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua cons-trução buscou-se:

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a pro-fissão, as entidades profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.

b. Abrir espaço para a discussão, pelo psi-cólogo, dos limites e interseções relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que estabelece com a socie-dade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários dos seus serviços.

c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente inser-ção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes multiprofissionais.

d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas prá-ticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem a práticas

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específicas e surgem em quaisquer contex-tos de atuação.

Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabi-lidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do sig-nificado social da profissão.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integri-dade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando pro-mover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

III. O psicólogo atuará com responsabilida-de social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.

IV. O psicólogo atuará com responsabili-

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dade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvi-mento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

V. O psicólogo contribuirá para promo-ver a universalização do acesso da popu-lação às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

VI. O psicólogo zelará para que o exer-cício profissional seja efetuado com digni-dade, rejeitando situações em que a Psi-cologia esteja sendo aviltada.

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;

b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;

c) Prestar serviços psicológicos de qua-

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lidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamenta-dos na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;

d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal;

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usu-ário ou beneficiário de serviços de Psico-logia;

f) Fornecer, a quem de direito, na pres-tação de serviços psicológicos, informa-ções concernentes ao trabalho a ser reali-zado e ao seu objetivo profissional;

g) Informar, a quem de direito, os resul-tados decorrentes da prestação de servi-ços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de deci-sões que afetem o usuário ou beneficiário;

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e for-necer, sempre que solicitado, os documen-tos pertinentes ao bom termo do trabalho;

i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e forma de divulgação do material privati-

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vo do psicólogo sejam feitas conforme os princípios deste Código;

j) Ter, para com o trabalho dos psicó-logos e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo im-pedimento por motivo relevante;

k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho;

l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou irregu-lar da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional.

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:a) Praticar ou ser conivente com quais-

quer atos que caracterizem negligên-cia, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

b) Induzir a convicções políticas, filo-sóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;

c) Utilizar ou favorecer o uso de conhe-cimento e a utilização de práticas psicoló-

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gicas como instrumentos de castigo, tor-tura ou qualquer forma de violência;

d) Acumpliciar-se com pessoas ou orga-nizações que exerçam ou favoreçam o exer-cício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional;

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contraven-ções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;

g) Emitir documentos sem fundamen-tação e qualidade técnico científica;

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer decla-rações falsas;

i) Induzir qualquer pessoa ou organiza-ção a recorrer a seus serviços;

j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa inter-ferir negativamente nos objetivos do ser-viço prestado;

k) Ser perito, avaliador ou pareceris-ta em situações nas quais seus vínculos

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pessoais ou profissionais, atuais ou ante-riores, possam afetar a qualidade do tra-balho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício pró-prio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qual-quer tipo de vínculo profissional;

m) Prestar serviços profissionais a orga-nizações concorrentes de modo que pos-sam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas;

n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;

o) Pleitear ou receber comissões, em-préstimos, doações ou vantagens outras de qualquer espécie, além dos honorá-rios contratados, assim como intermediar transações financeiras;

p) Receber, pagar remuneração ou por-centagem por encaminhamento de serviços;

q) Realizar diagnósticos, divulgar pro-cedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comu-nicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma orga-

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nização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código.

Parágrafo único: Existindo incompati-bilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresen-tar denúncia ao órgão competente.

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:

a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário;

b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comuni-cará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;

c) Assegurará a qualidade dos servi-ços oferecidos independentemente do valor acordado.

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá que:

a) As atividades de emergência não se-jam interrompidas;

b) Haja prévia comunicação da parali-sação aos usuários ou beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamen-to com profissionais não psicólogos:

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a) Encaminhará a profissionais ou enti-dades habilitados e qualificados demandas que extrapolem seu campo de atuação;

b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço pres-tado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a respon-sabilidade, de quem as receber, de preser-var o sigilo.

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profis-sional, nas seguintes situações:

a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;

b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço, quan-do dará imediata ciência ao profissional;

c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da interrup-ção voluntária e definitiva do serviço;

d) Quando se tratar de trabalho multi-profissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada.

Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou inter-dito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as determinações da legisla-ção vigente:

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§1º – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e comunicado às autorida-des competentes;

§2º – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem necessários para garantir a proteção inte-gral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10 – Nas situações em que se con-figure conflito entre as exigências decor-rentes do disposto no Art. 9º e as afirma-ções dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar in-formações, considerando o previsto neste Código.

Art. 12 – Nos documentos que emba-

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sam as atividades em equipe multiprofis-sional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumpri-mento dos objetivos do trabalho.

Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser co-municado aos responsáveis o estritamen-te essencial para se promoverem medidas em seu benefício.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da práti-ca psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

Art. 15 – Em caso de interrupção do tra-balho do psicólogo, por quaisquer moti-vos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

§ 1º – Em caso de demissão ou exone-ração, o psicólogo deverá repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí--lo, ou lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo substituto.

§ 2º – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável in-formará ao Conselho Regional de Psico-logia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais.

Art. 16 – O psicólogo, na realização de

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estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção de conhecimento e de-senvolvimento de tecnologias:

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela divul-gação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizações e comunidades envolvidas;

b) Garantirá o caráter voluntário da parti-cipação dos envolvidos, mediante consenti-mento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação específica e respei-tando os princípios deste Código;

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse manifesto destes;

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das pesqui-sas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docen-tes ou supervisores esclarecer, informar, orientar e exigir dos estudantes a obser-vância dos princípios e normas contidas neste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológi-cas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.

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Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do pa-pel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover pu-blicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente:

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;

c) Divulgará somente qualificações, ati-vidades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou re-gulamentadas pela profissão;

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

e) Não fará previsão taxativa de resultados;f) Não fará auto-promoção em detri-

mento de outros profissionais;g) Não proporá atividades que sejam

atribuições privativas de outras categorias profissionais;

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração discipli-nar com a aplicação das seguintes penali-dades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:

a) Advertência;b) Multa;c) Censura pública;d) Suspensão do exercício profissional, por

até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conse-lho Federal de Psicologia;

e) Cassação do exercício profissional, ad re-ferendum do Conselho Federal de Psicologia.

Art. 22 – As dúvidas na observância des-te Código e os casos omissos serão resol-vidos pelos Conselhos Regionais de Psico-logia, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.

Art. 23 – Competirá ao Conselho Fe-deral de Psicologia firmar jurisprudência quanto aos casos omissos e fazê-la incor-porar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser al-terado pelo Conselho Federal de Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvi-dos os Conselhos Regionais de Psicologia.

Art. 25 – Este Código entra em vigor em 27 de agosto de 2005.

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2.7. LEIS, DECRETOS E RESOLUÇÕES REFERENTES À PRÁTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

As leis, decretos e resoluções referentes à profissão de Psicólogo podem ser aces-sados no site www.pol.org.br. A consulta freqüente da normatização é importante, pois é comum que ocorram alterações ou revogações de algumas delas.

2.7.1. Atendimento mediado por computador ou internet

Resolução CFP nº 6 / 2000 - Institui a Comissão Nacional de Credenciamento e Fiscalização dos Serviços de Psicologia pela Internet.

Resolução CFP nº 12 / 2005 - Revoga a Re-solução CFP N° 003/2000 e regulamenta o atendimento psicoterapêutico e outros servi-ços psicológicos mediados por computador.

Instrução Normativa nº 1/2007 - Regu-lamenta a Resolução CFP nº 12 / 2005.

2.7.2. Atestado Psicológico

Resolução CFP nº 15 / 1996 - Institui e re-gulamenta a concessão de atestado psicoló-gico para tratamento de saúde por proble-mas psicológicos.

104 Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás Tocantins

2.7.3. Avaliação Psicológica

Resolução CFP nº 1 / 2002 - Regulamenta a Avaliação Psicológica em Concurso Público e processos seletivos da mesma natureza.

Resolução CFP nº 2 / 2003 - Alterada pela Resolução CFP n° 006/2009 e pela n° 006/2004. Revoga a Resolução CFP n° 25/2001 e define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos.

Resolução CFP nº 16 / 2002 - Alterada pela Resolução CFP n.º 06/2010 que dis-põe acerca do trabalho do Psicólogo na avaliação psicológica de candidatos à Car-teira Nacional de Habilitação e conduto-res de veículos automotores.

Resolução CFP nº 7 / 2003 - Revoga a Resolução CFP º 17/2002 que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo Psicólogo, de-correntes de avaliação psicológica.

Resolução CFP nº 6 / 2004 - Revoga a Resolução CFP n° 25/2001 e altera a Reso-lução CFP n.º 002/2003 que define e regu-lamenta o uso, a elaboração e a comercia-lização de testes psicológicos.

Resolução CFP nº 18 / 2008 - Alterada pela Resolução CFP nº 10/2009 e pela nº 02/2009. Dispõe acerca do trabalho

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do Psicólogo na avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo.

Resolução CFP nº 02 / 2009 - Altera a Resolução CFP nº 018/2008 que dispõe acerca do trabalho do Psicólogo na ava-liação psicológica para concessão de re-gistro e/ou porte de arma de fogo, e dá outras providências.

Resolução CFP nº 07 / 2009 - Revoga a Resolução CFP nº 012/2000 que institui o Manual para Avaliação Psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habili-tação e condutores de veículos automo-tores, e institui normas e procedimentos para a avaliação psicológica no contexto do Trânsito.

Resolução CFP nº 10 / 2009 - Altera a Resolução CFP nº 018/2008 que dispõe acerca do trabalho do Psicólogo na ava-liação psicológica para concessão de re-gistro e/ou porte de arma de fogo, e dá outras providências.

Resolução CFP nº 06 / 2009 - Revoga a Resolução CFP n° 025/2001 e define um novo prazo para o artigo 14 da Resolução CFP nº 002/2003 que define e regulamen-ta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos.

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Resolução CFP nº 006/2010 - Altera a Resolução CFP nº 016/2002 que dispõe acerca do trabalho do Psicólogo na avalia-ção psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores.

Resolução CFP nº 08/2010 - Dispõe so-bre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder Judiciário.

2.7.4. Código de Ética Profissional do Psicólogo

Resolução CFP nº 10 / 2005 - Aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

2.7.5. Inscrição no CRP (Pessoa Física e Pessoa Jurídica)

Resolução CFP nº 12 / 1997 - Disciplina o ensino de métodos e técnicas psicológi-cas em cursos livres e de pós-graduação, por Psicólogos a não Psicólogos.

Resolução CFP nº 8 / 1998 - Disciplina o pagamento das contribuições dos Psi-cólogos autuados pelos Conselhos Regio-nais de Administração.

Resolução CFP nº 15 / 2000 - Dispõe so-bre a inscrição nos Conselhos Regionais de Psicologia de egressos de cursos se-quenciais na área de Psicologia.

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Resolução CFP nº 2 / 2002 - Institui e normatiza a inscrição dos Psicólogos es-trangeiros e dá outras providências.

Resolução CFP nº 1 / 2005 - Alterada pela Resolução CFP n.° 17/2005. Veda a inscrição nos Conselhos Regionais de Psi-cologia de egressos de cursos tecnológi-cos na área de psicologia.

Resolução CFP nº 17 / 2005 - Altera a Resolução CFP nº 001/2005 que veda a inscrição nos Conselhos Regionais de Psi-cologia de egressos de cursos tecnológi-cos na área de Psicologia.

Resolução CFP nº 3 / 2007 - Alterada pela Resolução CFP nº 08/2008. Revoga as Re-soluções 18/00, 04/01, 04/02, 03/03, 09/03 e 02/05. Institui a Consolidação das Reso-luções do Conselho Federal de Psicologia.

2.7.6. Métodos e técnicas complementares

Resolução CFP nº 13 / 2000 - Aprova e regulamenta o uso da hipnose como re-curso auxiliar de trabalho do Psicólogo.

Resolução CFP nº 5 / 2002 - Dispõe sobre a prática da acupuntura pelo Psicólogo.

2.7.7. Orientação Sexual

Resolução CFP nº 1 / 1999 - Estabelece

108 Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás Tocantins

normas de atuação para os Psicólogos em relação à questão da orientação sexual.

2.7.8. Pesquisa

Resolução CFP nº 11 / 1997 - Dispõe sobre a realização de pesquisas com mé-todos e técnicas não reconhecidas pela Psicologia.

Resolução CFP nº 16 / 2000 - Dispõe so-bre a Realização de Pesquisa em Psicolo-gia com Seres Humanos.

2.7.9. Publicidade e oferta de serviço

Resolução CFP nº 16 / 1996 - Institui as regras gerais para concessão de Mala Di-reta na Autarquia.

Resolução CFP nº 10 / 1997 - Estabele-ce critérios para a divulgação, a publicida-de e o exercício profissional do Psicólogo, associados a práticas que não estejam de acordo com os critérios científicos estabe-lecidos no campo da Psicologia.

Resolução CFP nº 11 / 2000 - Disciplina a oferta de produtos e serviços ao público.

Resolução CFP nº 5 / 2005 - Estabelece o instrumento de Convênio para a forma-ção de parcerias relacionadas ao apoio do Conselho Federal de Psicologia e iniciati-vas de divulgação da psicologia.

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2.7.10. Preconceito e discriminação racial

Resolução CFP nº 18 / 2002 - Estabele-ce normas de atuação para os Psicólogos em relação a preconceito e discriminação racial.

2.7.11. Psicoterapia

Resolução CFP nº 10 / 2000 - Especifica e qualifica a psicoterapia como prática do Psicólogo.

2.7.12. Registro documental

Resolução CFP nº 005/2010 - Altera a Resolução CFP nº 001/2009 que dispõe sobre a obrigatoriedade do registro docu-mental decorrente da prestação de servi-ços psicológicos.

Resolução CFP nº 01 / 2009 - Alterada pela Resolução CFP nº 05/2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade do registro docu-mental decorrente da prestação de servi-ços psicológicos.

2.7.13. Regulamentação da profissão

LEI n.º 4.119 - DE 27-08-1962 - Dis-põe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de Psicólogo.

110 Conselho Regional de Psicologia 9ª Região Goiás Tocantins

DECRETO n.º 53.464 - DE 21-01-1964 - Re-gulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo.

LEI n.º 5.766 - DE 20-12-1971 - Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências.

DECRETO n.º 79.822 - DE 17-06-1977 - Regulamenta a Lei n.º 5.766, de dezembro de 1971, que criou o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências.

Catálogo Brasileiro de Ocupações - CBO - Apresenta as atribuições profissionais do Psicólogo no Brasil.

Resolução CNS n° 218/1997 - Reconhece o Psicólogo como profissional da Saúde.

Resolução CFP nº 5 / 2001 - Dispõe so-bre a obrigatoriedade da atualização de endereço dos Psicólogos junto aos Con-selhos Regionais e pessoas jurídicas.

Resolução CFP nº 2 / 2006 - Estabele-ce referência para os símbolos oficiais da psicologia.

Resolução CFP nº 3 / 2007 - Alterada pela Resolução CFP nº 08/2008. Revoga as Re-soluções 18/00, 04/01, 04/02, 03/03, 09/03 e 02/05. Institui a Consolidação das Reso-luções do Conselho Federal de Psicologia.

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2.7.14. Residência em Psicologia

Resolução CFP nº 15 / 2007 - Revoga a Resolução CFP n.º 009/2000 e dispõe so-bre o credenciamento de cursos de Resi-dência em Psicologia na área de Saúde.

Resolução CFP nº 16 / 2007 - Dispõe so-bre a concessão do título de especialista para os profissionais egressos dos progra-mas de residência credenciados pelo CFP.

2.7.15. Título de Especialista em Psicologia

Resolução CFP nº 10 / 2002 - Dispõe so-bre a prorrogação do prazo constante na Resolução CFP Nº 009/02.

Resolução CFP nº 9 / 2002 - Alterada pela Resolução CFP n.º 10/2002 que dis-põe sobre a prorrogação do prazo para solicitação do título profissional de es-pecialista em psicologia por experiência comprovada.

Resolução CFP nº 13 / 2007 - Revoga as Resoluções CFP nº 14/2000, 02/2001, 07/2000, 03/2002, 05/2003, 02/2004, 33/2005, 04/2005, 08/2005, 13/2005, 14/2005. Institui a Consolidação das Re-soluções relativas ao Título Profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro.

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Resolução CFP nº 16 / 2007 - Dispõe so-bre a concessão do título de especialista para os profissionais egressos dos progra-mas de residência credenciados pelo CFP.

2.7.16. Escuta psicológica de crianças e adolescentes

Resolução CFP nº 10/2010 - Institui a regulamentação da Escuta Psicológica de Crianças e Adolescentes envolvidos em si-tuação de violência, na Rede de Proteção.

2.7.17. Atuação do Psicólogo no Siste-ma Prisional

Resolução CFP nº 09/2010 - Regulamen-ta a atuação do psicólogo no sistema pri-sional.

2.8. ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO NO BRASIL – CATÁLAGO BRASILEIRO DE OCUPAÇÕES DO MINISTÉRIO DO TRABALHO (CBO)

0-74: Psicólogos

Os trabalhadores deste grupo de base es-tudam a estrutura psíquica e os mecanis-mos de comportamento dos seres huma-nos. Desempenham tarefas relacionadas a problemas de pessoal, como processos de recrutamento, seleção, orientação pro-fissional e outros similares, à problemática

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educacional e a estudos clínicos individu-ais e coletivos. Suas funções consistem em: elaborar e aplicar métodos e técnicas de pesquisa das características psicológicas dos indivíduos; organizar e aplicar méto-dos e técnicas de recrutamento,seleção e orientação profissional, proceder à afe-rição desse processos, para controle de sua validade; realizar estudos e aplicações práticas no campo da educação (creches e escolas);realizar trabalhos em clínicas psi-cológicas, hospitalares, ambulatoriais, pos-tos de saúde, núcleos e centros de atenção psicossocial; realizar trabalhos nos casos de famílias, crianças e adolescentes, sistemas penitenciários, associações esportivas, co-munidades e núcleos rurais.

0-74.10: Psicólogo, em geral

Procede ao estudo e à análise dos proces-sos intra e interpessoais e nos mecanismos do comportamento humano, elaborando e ampliando técnicas psicológicas, como teste para determinação de características afetivas, intelectuais, sensoriais ou motoras, técnicas psicoterápicas e outros métodos de verificação, para possibilitar a orienta-ção, seleção e treinamento no campo pro-fissional, no diagnóstico, na identificação e interferência nos fatores determinantes na ação do indivíduo, em sua história pesso-

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al, familiar, educacional e social: procede à formulação de hipóteses e à sua comprova-ção experimental, observando a realidade e efetivando experiências de laboratórios e de outra natureza, para obter elementos relevantes ao estudo dos processos de de-senvolvimento, inteligência,aprendizagem, personalidade e outros aspectos do com-portamento humano e animal;analisa a in-fluência dos fatores hereditários, ambien-tais e psicossociais e de outras espécies que atuam sobre o indivíduo, entrevistan-do o paciente, consultando a sua ficha de atendimento, aplicando testes, elaborando psicodiagnóstico e outros métodos de ve-rificação, para orientar-se no diagnóstico e tratamento psicológico de certos dis-túrbios comportamentais e de persona-lidades; promove a saúde na prevenção, no tratamento e reabilitação de distúrbios psíquicos, estudando características indivi-duais e aplicando técnicas adequadas para restabelecer os padrões normais de com-portamento e relacionamento humano; elabora e aplica técnicas de exame psicoló-gico, utilizando seu conhecimento e prática metodológica específicos, para determinar os traços e as condições de desenvolvi-mento da personalidade dos processos intrapsíquicos e interpessoais, nível de inteligência, habilidades, aptidões, e pos-síveis desajustamentos ao meio social ou

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de trabalho, outros problemas de ordem psíquica e recomendar a terapia adequada; participa na elaboração de terapias ocupa-cionais observando as condições de traba-lho e as funções e tarefas típicas de cada ocupação, para identificar as aptidões, co-nhecimento de traços de personalidade compatíveis com as exigências da ocupa-ção e estabelecer um processo de seleção e orientação no campo profissional; efetua o recrutamento, seleção e treinamento, acompanhamento e avaliação de desem-penho de pessoal e a orientação profissio-nal, promovendo entrevistas, elaborando e aplicando testes, provas e outras verifica-ções, a fim de fornecer dados a serem uti-lizados nos serviços de emprego, adminis-tração de pessoal e orientação individual; atua no campo educacional, estudando a importância da motivação do ensino, no-vos métodos de ensino e treinamento, a fim de contribuir para o estabelecimento de currículos escolares e técnicas de ensi-no adequados e determinação de caracte-rísticas especiais necessárias ao professor; reúne informações a respeito do paciente, transcrevendo os dados psicopatológicos obtidos em testes e exames, para elaborar subsídios indispensáveis ao diagnóstico e tratamento das respectivas enfermidades; diagnostica a existência de possíveis pro-blemas na área de distúrbios psíquicos,

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aplicando e interpretando provas e outros reativos psicológicos, para aconselhar o tratamento ou a forma de resolver as di-ficuldades momentâneas. Pode atuar na área de propaganda, visando detectar mo-tivações e descobrir a melhor maneira de atendê-las. Pode participar da elaboração, adaptação e construção de instrumentos e técnicas psicológicas através da pesquisa, nas instituições acadêmicas, associações profissionais e outras entidades cientifica-mente reconhecidas.

0-74.15: Psicólogo do Trabalho

Exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho, como recrutamen-to, seleção, orientação, aconselhamento e treinamento profissional, realizando a identificação e análise de funções, tarefas e operações típicas das ocupações, orga-nizando e aplicando testes e provas, reali-zando entrevistas, sondagem de aptidões e de capacidade profissional e no acom-panhamento e avaliação de desempenho de pessoal, para assegurar às empresas ou onde quer que se dêem as relações la-borais a aquisição de pessoal dotado das habilidades necessárias, e ao indivíduo maior satisfação no trabalho: desempe-nha atividades relacionadas ao recruta-mento, seleção, orientação e treinamento,

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análise de ocupações e profissiográficas e no acompanhamento de avaliação de desempenho de pessoal, atuando em equipes multiprofissionais e aplicando os métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, pro-vas, dinâmicas de grupo, etc. para possi-bilitar a identificação dos candidatos mais adequados ao desempenho da função e subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimenta-ção de pessoal, incentivo, remuneração de carreira, capacitação e integração funcio-nal e promover, em conseqüência, a auto--realização no trabalho; desenvolve e ana-lisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde observando níveis de prevenção e reabilitação, participando de programas e/ou atividades na área da saúde e segu-rança de trabalho, subsidiando os quanto a aspectos psicossociais para proporcio-nar melhores condições ao trabalhador; atua como consultor interno/externo, par-ticipando do desenvolvimento das organi-zações sociais, para facilitar processos de grupo e de intervenção psicossocial nos diferentes níveis hierárquicos de estrutu-ras formais; planeja e desenvolve ações destinadas a otimizar as relações de tra-balho, o sentido de maior produtividade e da realização pessoal dos indivíduos e grupos, intervindo nos conflitos e estimu-

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lando a criatividade, para buscar melhor qualidade de vida no trabalho; participa do processo de desligamento de funcionário, colaborando nos processos de demissões e no preparo para aposentadorias, a fim de ajudar a elaboração de novos projetos de vida. Pode elaborar, executar e avaliar, em equipe multiprofissional, programas de desenvolvimento de recursos huma-nos. Pode participar dos serviços técnicos da empresa, colaborando em projetos de construção e adaptação das ferramentas e máquinas de trabalho do homem (ergo-nomia). Pode realizar pesquisas e ações no campo das relações capital/ trabalho, bem como de assuntos relacionados à saúde do trabalhador e condições de trabalho. Pode participar da elaboração, imple-mentação e acompanhamento das políti-cas de recursos humanos. Pode elaborar programas de melhoria de desempenho, aproveitando o potencial e considerando os agentes motivacionais. Pode atuar na relação capital/trabalho no sentido de mi-nimizar conflitos.

0-74.25: Psicólogo educacional

Atua, no âmbito da educação, realizan-do pesquisas, diagnósticos e intervenção psicopedagógica em grupo ou individual, procede ao estudo dos educadores e ao

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comportamento do aluno em relação ao sistema educacional, às técnicas de ensino empregadas e aquelas a serem adotadas, baseando-se no conhecimento dos pro-gramas de aprendizagem e das diferenças individuais para colaborar no planejamen-to de currículos escolares e na definição de técnicas de educação mais eficazes, a fim de uma melhor receptividade e apro-veitamento do aluno e a sua auto-realiza-ção: elabora e aplica princípios e técnicas psicológicas, empregando conhecimen-tos dos vários ramos da psicologia, para apropriar o desenvolvimento intelectual, social e emocional do indivíduo; procede ou providencia a reeducação nos casos de dificuldades escolar e familiar, baseando--se nos conhecimentos sobre a psicologia da personalidade e no psicodiagnóstico, para promover o desenvolvimento do in-divíduo; estuda sistemas de motivação da aprendizagem, métodos novos de plane-jamento pedagógico, treinamento, ensino e avaliação, baseando se no conhecimen-to dos processos de aprendizagem da na-tureza e causa das diferenças individuais para ajudá-lo; analisa as características do indivíduo portador de necessidades es-peciais, empregando métodos de obser-vação e baseando se em conhecimentos de outras áreas da psicologia, para reco-mendar programas especiais de ensino

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compostos de currículos e técnicas ade-quadas aos diferentes níveis de inteligên-cia; participa de programas de orientação profissional e vocacional, aplicando testes de sondagem de aptidões e por outros meios, a fim de contribuir para a melhor adaptação do indivíduo ao trabalho e sua conseqüente auto-realização; planeja e executa pesquisas relacionadas à compre-ensão do processo de ensino aprendiza-gem e conhecimento das características psicossociais da clientela, atualizando e reconstruindo projetos pedagógicos da escola, relevantes ao ensino, bem como suas condições de desenvolvimento e aprendizagem a fim de fundamentar a atuação crítica do psicólogo, dos profes-sores e dos usuários e de criar programas educacionais completos, alternativos ou complementares; participa do trabalho das equipes de planejamento pedagó-gico, currículo e políticas educacionais, concentrando sua ação nos aspectos que dizem respeito aos processos de desen-volvimento humano, da aprendizagem e das relações interpessoais e colaborando na constante avaliação e no redireciona-mento dos planos e práticas educacionais, para implementar uma metodologia de ensino que favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento através de treinamento, quando necessário. Pode supervisionar,

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orientar e executar outros trabalhos na área da psicologia educacional.

0-74.35: Psicólogo clínico

Atua na área específica de saúde, proce-dendo ao exame de pessoas que apre-sentam problemas intra e interpessoais, de comportamento familiar ou social ou distúrbios psíquicos, e ao respectivo diag-nóstico e terapêutica, empregando en-foque preventivo ou curativo e técnicas psicológicas adequadas e cada caso, a fim de contribuir para a possibilidade de o indivíduo elaborar sua inserção na vida comunitária: atende à gestante, acom-panhando a gravidez, parto e puerpério para integrar suas vivências emocionais e corporais; prepara pacientes para a entrada, permanência e alta hospitalar, inclusive pacientes terminais, participan-do das decisões com relação à conduta a ser adotada pela equipe, para oferecer maior apoio, equilíbrio e proteção aos pacientes e seus familiares; acompanha programas de pesquisa, treinamento e política sobre saúde mental, elaborando, coordenando e supervisionando-os, para garantir a qualidade de tratamento em ní-vel de macro e microsistemas; atua junto a equipes multiprofissionais identificando e compreendendo os fatores emocionais,

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para intervir na saúde geral do indivíduo em unidades básicas, ambulatórios, hos-pitais, adaptando os indivíduos a fim de propiciar a elaboração das questões con-cernentes à sua inserção social; participa de programas de atenção primária em centros e postos de saúde na comunida-de organizando grupos específicos, para prevenir doenças ou agravamento de fa-tores emocionais que comprometem o bem-estar psicológico; desempenha tare-fas similares às do psicólogo, em geral (0-74.10), porém é especializado no estudo, prognóstico e diagnóstico de problemas na área de psicomotricidade e psicopeda-gogia, problemas emocionais, num gran-de espectro, procedendo a terapêuticas, através de técnicas psicológicas a cada caso, como atendimento psicoterapêutico individual, de casal, familiar ou em grupo, ludoterapia, arteterapia, psicomotricidade e outras, avaliando através de entrevistas e testes de dinâmica de grupo, a fim de contribuir para prevenção, tratamento e elaboração pelo indivíduo à sua inserção na sociedade.

0-74.45: Psicólogo de trânsito

Procede ao estudo no campo dos pro-cessos psicológicos , psicossociais e psi-cofísicos relacionados aos problemas de

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trânsito, elaborando e aplicando técnicas psicológicas, como exames psicotécnicos, para a determinação de aptidões moto-ras, físicas, sensoriais e outros métodos de verificação, para possibilitar a habilita-ção de candidatos à carteira de motorista e colaborar na elaboração e implantação de sistema de sinalização, prevenção de acidentes e educação de transito: desen-volve pesquisas científicas no campo dos processos psicológicos, psicossociais e psicofísicos, relacionando-os às questões do trânsito, para elaborar e implantar programas de treinamento à capacitação; realiza exames em candidatos à habilita-ção de trânsito, aplicando entrevistas e testes psicotécnicos, para dirigir veículos automotores, participa de equipes mul-tiprofissionais, elaborando e aplicando técnicas psicológicas em programas, para prevenir acidentes de trânsito; avalia a relação causa/efeito na ocorrência de acidentes de trânsito, levando atitudes--padrão dos envolvidos nessas ocorrên-cias, para sugerir formas de evitar e/ou atenuar as suas incidências; colabora com as autoridades competentes, quando de-signado, apresentando laudos, pareceres ou estudos sobre a natureza psicológica dos fatos, para favorecer a aplicação da lei e da justiça, elabora e aplica técnicas de mensuração das aptidões, habilidades

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e capacidade psicológicas dos motoristas e candidatos à habilitação, atuando em equipes multiprofissionais, para aplicar os métodos psicotécnicos de diagnóstico; desenvolve estudos, relativos à educação e ao comportamento individual e coletivo na situação de trânsito, especialmente nos complexos urbanos, levantando atitudes--padrão dos envolvidos e sua causa/efei-to, para sugerir formas de evitar e atenuar as ocorrências. Pode estudar as aplicações psicológicas do alcoolismo e de outros distúrbios nas situações de trânsito. Pode atuar como perito em exames para mo-torista objetivando sua readaptação ou reabilitação profissional. Pode prestar as-sessoria e consultoria a órgãos públicos e normativos em matéria de trânsito.

0-74.50: Psicólogo jurídico

Atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e pre-venção da violência, centrando sua atu-ação na orientação do dado psicológico repassado não só para os juristas como também aos indivíduos que carecem de tal intervenção, para possibilitar a avalia-ção das características de personalidade e fornecer subsídios ao processo judicial, além de contribuir para a formulação, re-

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visão e interpretação das leis: avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em co-nexão com processos jurídicos, seja por deficiência mental e insanidade, testa-mentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças, apli-cando métodos e técnicas psicológicas e/ou de psicometria, para determinar a res-ponsabilidade legal por atos criminosos; atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados aos processos, a fim de reali-zar atendimento e orientação a crianças, adolescentes, detentos e seus familiares; orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário sob o ponto de vista psicológico, usando métodos e téc-nicas adequados, para estabelecer tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos pe-nais; realiza atendimento psicológico a in-divíduos que buscam a Vara de Família, fa-zendo diagnósticos e usando terapêuticas próprias, para organizar e resolver ques-tões levantadas; participa de audiência, prestando informações, para esclarecer aspectos técnicos em psicologia a leigos ou leitores do trabalho pericial psicológi-co; atua em pesquisas e programas sócio-

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-educativos e de prevenção à violência, construindo ou adaptando instrumentos de investigação psicológica, para atender às necessidades de crianças e adolescen-tes em situação de risco, abandonados ou infratores; elabora petições sempre que solicitar alguma providência ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz durante a execução de perícias, para se-rem juntadas aos processos; realiza avalia-ção das características das personalidade, através de triagem psicológica, avaliação de periculosidade e outros exames psico-lógicos no sistema penitenciário, para os casos de pedidos de benefícios, tais como transferência para estabelecimento semi--aberto, livramento condicional e/ou ou-tros semelhantes. Pode assessorar a admi-nistração penal na formulação de políticas penais e no treinamento de pessoal para aplicá-las. Pode realizar pesquisa visando à construção e ampliação do conheci-mento psicológico aplicado ao campo do direito. Pode realizar orientação psicoló-gica a casais antes da entrada nupcial da petição, assim como das audiências de conciliação. Pode realizar atendimento a crianças envolvidas em situações que che-gam às instituições de direito, visando à preservação de sua saúde mental. Pode auxiliar juizados na avaliação e assistência psicológica de menores e seus familia-

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res, bem como assessorá-los no encami-nhamento a terapia psicológicas quando necessário. Pode prestar atendimento e orientação a detentos e seus familiares vi-sando à preservação da saúde. Pode fazer acompanhamento de detento em liberda-de condicional, na internação em hospital penitenciário, bem como atuar no apoio psicológico à sua família. Pode desenvol-ver estudos e pesquisas na área criminal, constituindo ou adaptando os instrumen-tos de investigação psicológica.

0-74.55: Psicólogo de esporte

Procede ao estudo e exame do compor-tamento e das características psicológicas dos esportistas, elaborando, desenvolven-do a aplicando técnicas apropriadas, como testes para determinação de perfis de per-sonalidade, de capacidade motora, senso-rial e outros métodos de verificação para possibilitar o diagnóstico e orientação in-dividual ou grupal dentro da atividade que desempenha: realiza estudos e pesquisas individuais ou em equipe multidisciplinar, observando o contexto da atividade es-portiva, a fim de oferecer o conhecimento técnico e prático do comportamento dos atletas, dos dirigentes e do público, realiza atendimentos individuais ou em grupo de atletas, empregando técnicas psicoterápi-

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cas adequadas a cada caso, a fim de pre-parar psicologicamente o desempenho da atividade; elabora e participa de progra-mas e estudos educacionais, recreativos e de reabilitação física, orientando a efetiva-ção de um trabalho de caráter profilático ou corretivo, para conseguir o bem-estar dos indivíduos; desenvolve ações para realização pessoal e melhoria de desem-penho do atleta, utilizando-se de técnicas psicológicas adequadas, para otimizar as relações entre atletas, pessoal técnico e dirigentes; participa, em equipe multi-profissional, da preparação de planos de trabalho procedendo ao exame das ca-racterísticas psicológicas dos esportistas, a fim de conseguir o aperfeiçoamento ou ajustamento aos objetivos da atividade.Pode acompanhar e observar o compor-tamento de atletas, visando ao estudo das variáveis psicológicas que interferem no desempenho de suas atividades especi-ficas, como treinos e competições. Pode orientar pais ou responsáveis visando fa-cilitar o acompanhamento e o desenvol-vimento dos atletas. Pode colaborar para a compreensão e mudança, se necessário, do comportamento de educadores no processo de ensino e aprendizagem e nas relações intra e interpessoais que ocorrem nos meios esportivos.

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0-74.60: Psicólogo social

Exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho social, orientando os indivíduos no que concerne a proble-mas de caráter social com o objetivo de levá-los a achar e utilizar os recursos e meios necessários para superar suas di-ficuldades e conseguir atingir metas de-terminadas: atua junto a organizações comunitárias e em equipes multiprofis-sionais, diagnosticando, planejando e executando os programas no âmbito da saúde, lazer, educação, trabalho e segu-rança pra ajudar os indivíduos e suas fa-mílias a resolver seus problemas e superar suas dificuldades; dedica-se à luta contra a delinqüência,organizando e supervi-sionando atividades educativas, sociais e recreativas em centros comunitários, para recuperar e integrar os indivíduos à socie-dade; colabora com a Justiça, quando so-licitado, apresentando laudos, pareceres e depoimentos, para servir como instru-mentos comprobatórios para melhor apli-cação da lei e da justiça; assessora órgãos públicos ou de caráter social, técnico e de consciência política, para resolver situa-ções planejadas ou não; dedica-se à luta contra delinqüência e fenômenos sociais emergentes, organizando e supervisio-nando programas sociais e recreativos,

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em centros comunitários ou equivalentes, para buscar a melhoria das relações in-terpessoais e intergrupais, estendendo-a ao contexto sócio-histórico-cultural.Pode realizar levantamentos de demanda para planejamento, execução e avaliação de programas junto ao meio ambiente.Pode realizar trabalhos para uma instituição, in-vestigando, examinando e tratando seus objetivos, funções e tarefas em lideranças formais e informais e nas comunicações e relações de poder.Pode trabalhar o cam-po das forças instituídas e instituintes, intervindo nos processos psicológicos que afetam a estrutura institucional. Pode promover estudos sobre características psicossociais de grupos étnicos, religioso, classes e segmentos sociais e culturais. Pode atuar junto aos meios de comuni-cação, assessorando quanto aos aspectos psicológicos nas técnicas de comunicação e propaganda.

0-74.90: Outros psicólogos

Incluem-se aqui os psicólogos não-clas-sificados nas anteriores epígrafes deste grupo de base, por exemplo, os que se encarregam da formulação de hipóteses e de sua comprovação experimental, os que se ocupam dos aspectos psicológicos dos programas e medidas de prevenção de

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acidentes nas empresas, os que se dedi-cam à pesquisa, análise e comprovação de fenômenos sobrenaturais provavelmente procedente de faculdades humanas.

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III. INFORMAÇÕES GERAIS

Conselho Regional de Psicologia da 9ª Região GO/TO - www.crp09.org.br

Conselho Federal de Psicologia - www.pol.org.br

Contatos no Conselho Regional de Psicologia:

Coordenação Geral [email protected]

Coordenação Administrativa [email protected]

Orientação e Fiscalização [email protected] [email protected]

Projetos e Eventos [email protected]

Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas [email protected]

Revista Eletrônica [email protected]

Comissão de Ética [email protected]

Financeiro [email protected] [email protected]

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Setor de Registros [email protected] [email protected]

Recepção [email protected]

Licitação licitacao@[email protected]

Eventos [email protected]

Comissões e Grupos de Trabalho [email protected]

Sindicato dos Psicólogos (GO): [email protected]; Av. República do Líbano, nº. 2341, sala 407, Center Shopping Tamandaré, Setor Oeste, Goiânia / GO. Fone: (62): 3215-2826 / Fax: (62): 3215-1512. Contato: Walúzia.

FENAPSI - http://www.fenapsi.org.br

Anuidade do Conselho – obrigatória

Imposto Sindical – obrigatório

Contribuição Sindical – caráter associativo, somente pagam os psicólogos voluntariamente filiados ao sindicato.

Contribuição Confederativa (FENAPSI) – facultativo (retirar essa informação)

Contribuição Confederativa (FENAPSI) facultativo

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Contribuição para o INSS obrigatória para quem tem vínculo empregatício. Facultativa ao profissional liberal.

Contribuição para o ISS obrigatória para profissionais liberais e autônomos. A inscrição deve ser feita na Secretaria de Finanças da Prefeitura.

IV. BIBLIOGRAFIA

MAZZILI, Hugo Nigro e DE PAULA, Paulo A Garrido, 1991 – O Ministério Público e o Estatuto da Criança e do Adolescente – Série: cadernos informativos APMF, São Paulo: APMF.

http://www.sebraeminas.com.br/culturadacooperacao/associacoes/02.htm

http://www.pol.org.br Resoluções do Conselho Federal de Psicologia

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